Territorialidade Humana: sua teoria e história.
Robert David Sack
Cambridge Cambridge University Press 1986
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Introdução. A Territorialidade Territori alidade
Humana é um elemento poderoso e
gene general raliza izado do em noss nossas as vida vidas, s, no enta entanto nto,, estu estudo doss sério sérioss têm têm some soment nte e delin delinea eado doss seus seus períme perímetr tros os.. Este Este livro livro tent tenta a ajud ajudar ar a redir redirec ecion ionar ar
as
pesquis pesquisas as em direção direção ao âmago âmago da Territor Territorialida ialidade. de. Conceben Concebendo-a do-a como como sendo um meio meio indispensável, indispensável, em geral, geral, para o poder em todos todos os níveis: do pessoal ao internacional. Uma vez que o assunto é tão vasto e os usos da Territorialidade são variados, não se pode fazer mais em um único volume do que oferecer um esquema e esperar que a publicação sirva para estimular pesquisas futuras. Objetivando preparar o leitor para a filosofia embutida neste livro, eu gostaria de dizer umas poucas palavras sobre os contextos, aos quais eu acho que uma discussão frutífera da Territorialidade, pertencente e não pertencente. Talvez,
as
afirmativas
melhores
publicadas
sobre
a
Territorialidade Humana tenham vindo dos biologistas e dos críticos sociais. Que a concebem como um ramo do comportamento animal. Estes escritores afirmam, que que a Territorialidade nos humanos é parte de um instinto agressivo que é dividido com com outros animais animais territoriais. O ponto de vista vista apresentad apresentado o neste livro é um pouco diferente. Embora, eu veja a Territorialidade como uma base do poder, eu não a vejo como uma uma parte de um instinto, instinto, nem eu vejo o poder como essencialmente agressivo. O poder que um pai exerce sobre uma criança pode ser para o próprio bem da mesma, e este poder pode ou não ser territorial. Um pai pode decidir que é mais seguro manter a criança dentro de casa e longe da umidade e do frio da chuva. Mantendo a criança em casa, confor conforme me nós veremo veremoss adiante, adiante, é uma uma restriçã restrição o territor territorial. ial. Pode ser uma estratégia conveniente, mas não é o único meio de manter a criança seca e aquecida. O pai pode permitir que a criança brinque do lado de fora se ela estiver com agasalho quente e com roupa de chuva. Os humanos podem usar a Territorialidade para uma variedade de razões geralmente abstratas, poucas poucas se algumas delas delas forem motivações motivações por animais. De fato, devido a Territorialidade nos humanos supostamente ser
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um controle sobre uma área ou espaço que deve ser concebida e comunicada, então alguém pode levantar que a Territorialidade, neste sentido, é muito improv improváve ávell na maioria maioria senão senão em todos os animais animais.. A Territor Territorialida ialidade de nos huma humano noss é melh melhor or ente entendi ndida da como como uma uma estra estratég tégia ia espa espaci cial al para para afet afetar, ar, influenci influenciar ar ou control controlar ar fontes fontes e pessoa pessoas, s, control controlando ando área; área; e, como como uma uma estr estrat atég égia ia,, a Terr Territitor oria ialilida dade de pode pode ser ser liga ligada da e desl deslig igad ada. a. Em term termos os geográficos ela é uma forma de comportamento espacial. A questão então é desc descob obrir rir sobre sobre que que cond condiç ições ões e porqu porquê ê
a Terri Territo toria rialid lidad ade e é ou não é
empregada. Este livro examinará a Territorialidade Humana do contexto da motivação humana. No entanto, ainda permanece o fato que a imagem popular da Territorialidade Territorialidade parte de trabalhos trabalhos que enfatiza enfatizam m as as ligações ligações biológicas. biológicas. Assim, os esforços para desviar a atenção de tais conexões podem ser confundidos ao se usar um termo que às conota. Apesar das restrições ao termo termo Territo Territorialid rialidade ade (o que certam certament ente e não é uma uma palavra palavra sonora sonorame mente nte bonita), eu não tenho sido capaz de encontrar uma melhor palavra. Soberania, prop propri ried edad ade e e juri jurisd sdiç ição ão são são rest restri rita tass dema demais is nest neste e âmbi âmbito to para para ser ser alterna alternativa tivass adequa adequadas das.. Embor Embora, a, sendo sendo um termo termo impróp impróprio, rio, eu usarei usarei a Territor Territorialid ialidade ade e confiar confiarei ei que as conota conotaçõe çõess anterio anteriores res não desvia desviarão rão a atenção do que eu quero acreditar ser o seu significado verdadeiro: é uma estratégia humana para afetar, influenciar e controlar. A Territorialidade Territori alidade nos humanos é melhor pensada não como algo biologicamente motivada, mas sim enraizada socialmente e geograficamente. Seu uso depende depende de quem quem está influenciando influenciando e controlando controlando o quê e quem, nos contextos geográficos de espaço, lugar e tempo. A Territorialidade está intimam intimamen ente te relaciona relacionada da em como como as pessoas pessoas usam a terra e como como elas organizam-se no espaço, e como elas dão sentido ao lugar. Claramente, essas relaç relaçõe õess muda mudam, m, e a melh melhor or manei maneira ra
de estudá estudá-la -lass é a de revelar revelar sua
mudança mudança de caráter caráter em relação ao tempo. tempo. A Territorialidade assim repous repousa a em duas tradições geográficas: a Geografia Social e a Geografia Histórica. Nós podemos, é claro, afirmar que elas não são realmente interconectadas e formam uma filosofia única - a Social Histórica. Assim, uns poucos negariam que estas duas devem ser ligadas e alguns têm sido capazes de incorporar
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ambas as tradições em seus trabalhos, não é fácil combiná-las e satisfazer satisfazer a todos. todos. O proble problema ma reside reside nas diferen diferenças ças compl complex exas as compl complex exas as entre entre as filosofias particularistas particularistas e a Geografia Geografia Histórica, Histórica, e a filosofia generalizante generalizante da Geografia Social com seu componente teórico - análise espacial. As diferenças entre o particular e o geral estão confrontadas novamente no resto da Ciência Social. A geografia Histórica, que está fortemente aliada com a História, tende a impor exames exames detalhado detalhadoss de lugares em certos certos períodos. Ela pode empregar generalizações da Geografia Social e de outras Ciências Sociais e pode chegar a descrições gerais de pessoas e sociedade, mas o seu foco primário é o entendimento das relações particulares que existiam em um lugar particular durante um período particular. Geralmente, é “longa” nos fatos e nas descrições, descrições, mas mas “curta” na teoria. teoria. Em termos termos de filosofia filosofia da Geografia, Geografia, ela tende a ser ideográfica. ideográfica. A Geografia Geografia Social (e seu compone componente nte generalizado generalizado a análise espacial), por outro lado, está mais fortemente aliada às Ciências Sociais sistemáticas tais como as econômicas, a sociologia e a ciência política, e tende a formar modelos abstratos das relações social-geográfica e testá-los, geralmente, em cenários contemporâneos, embora ocasionalmente dados do pass passad ado o seja sejam m usad usados os.. Na term termino inolo logia gia geog geográf ráfic ica a essa essass filos filosof ofias ias são são chamadas “nomotéticas”. Claramente estas podem ser concebidas como formando em algo cont contín ínuo uo,, e assi assim m elas elas não não prec precis isam am a princ princíp ípio io repr repres esen entar tar filos filosof ofias ias diferentes. A História e a Geografia Histórica podem usar teorias sociais e ajud ajudar ar a refo reform rmul ulá-l á-las as,, e as teori teorias as soci sociais ais pode podem m ser ser mais mais prec precisa isass e pertinentes sobre o exame cuidadoso dos historiadores. Ainda na prática devido talvez a preferênc preferências ias pessoais pessoais na pesquis pesquisa, a, a estilo estilo de análises, análises, há lacuna lacunass entre o fato e a teoria teoria - a continuid continuidade ade tem sido sido fina no meio. meio. Os historiadores historiadores e os geógrafos geógrafos históricos históricos geralmente geralmente criticam criticam os modelo modeloss de ciências sociais sistemáticos como algo histórico e afirmam que quando os modelos são testados do passado, nós aprendemos muito pouco sobre o perí períod odo, o, porqu porque e este estess são são mode modelo loss supe superg rgen ener erali aliza zado dos, s, ao invé invéss dos dos contextos históricos serem os fatos a serem explicados. Geógrafos sociais e cientistas sociais são contra que muitos geógrafos históricos e historiadores
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estejam desejosos demais demais em generalizar e a aceitar o fato de que até mesmo mesmo desc descriç riçõe õess deta detalha lhadas das deve devem m ser ser base basead adas as em gene genera raliz lizaç açõe õess sobr sobre e comp compor orta tame ment nto o e sobr sobre e o pass passad ado. o. E é claro claro,, que que quan quando do algué alguém m tent tenta a construir uma ponte entre essas diferenças praticando no meio do contínuo sempre se corre o risco de não satisfazer alguém no final. Então é dentro da tradição da Geografia Humana, que em algum lugar entre as tradições das análises sociais e históricas, que esse trabalho sobre Territorialidade se baseia. O seguinte contém tanto a teoria e a história com talvez uma ênfase mais pesada desta primeira, porque o meu treinamento tem sido na parte espacial-analítica da Geografia Social. Na teoria, eu não quero falar sobre sobre uma concep concepção ção positivista positivista total de uma série série de relações relações nomotéticas ligadas axiomaticamente e que podem ser usadas para predizer açõ ações huma humana nass. Ao inv invés da teor teoria ia,, eu que quero fala falarr sobre obre um grup rupo interrelacionado de características que pode ser usado para explicar ou para dar sentido ao comportamento. Este significado mais flexível tende a sugerir menos do que o ideal positivista, porém bem mais do que noções frouxamente conectadas. Uma importante característica da teoria territorial é que ela é projetada para revelar razões potenciais para o uso Territorialidade. Quais as razões usadas depende do contexto atual. Algumas das razões ou efeitos serão usados em praticamente qualquer situação, e outros ou outras serão usad usados os some soment nte e em cont contex exto toss parti particul culare ares. s. A este este respe respeito ito,, a teori teoria a é expressa geralmente ou adestrativamente em cima de estruturas sociais, mas sua especificação e exemplificação depende do contexto histórico-particular e de agên agência cia indiv individu idual. al. O obje objetiv tivo o dest deste e livro livro não não é simp simple lesm smen ente te test testar, ar, exem exempl plifi ifica carr ou ilust ilustrar rar gene general raliza izaçõ ções es.. Espe Espera ra-se -se tamb também ém que que o livro livro aprofunde o nosso entendimento de certos contextos históricos demonstrando como como e porq porquê uê a Terri errito tori rial alid idad ade e é usad sada. Ela pod pode derr derra amar mar luz luz, espe especi cial alme ment nte, e, no surg surgim imen ento to da civi civililiza zaçã ção o e em face faceta tass crít crític icas as da modernidade. A Territorialidade Territorial idade então é um uso sensato historicamente do espaço. Especialmente, uma vez que ela é socialmente construída e depende de quem está está controlando controlando quem e porquê. porquê. Ela é o componente componente geográfico geográfico chave para se entender como a sociedade e o espaço estão interconectados.
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Na exploração destes assuntos, o livro não somente usa o passado para ilustrar a teoria, mas também reconstrói partes da história da Territorialidade, visando disseminar mais luz no passado e nas organizações sociais presentes. Mas ao combinar a teoria e a história, o livro não tem pretensão de desvendar novos fatos históricos ou fontes. Ao invés disso, ele tenta colocar de maneira antiga e bem conhecida fatos, mas sobre uma luz diferente.
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O significado da Territorialidade. A Territorialidade para os humanos é uma estratégia geográfica
poderosa para controlar pessoas e coisas através de um controle de área. Os territórios políticos e a propriedade privada da terra podem ser as suas formas mais familiares, mas a Territorialidade ocorre em vários graus e em inúmeros contextos sociais. Ela é usada nas relações do dia-a-dia e nas organizações complexas. A Territorialidade é uma expressão geográfica primária do poder social. Ela é um meio pelo qual o espaço e o tempo estão interrelacionados. A mudança de funções da Territorialidade nos ajuda a entender as relações históricas entre a sociedade, o espaço e o tempo. Este livro explora algumas das mais importantes mudanças que ocorrem nas relações entre a sociedade e a Territorialidade, desde o começo da história até o presente. Ele faz, analisando as possíveis vantagens e desvantagens que a Territorialidade pode proporcionar, e considerando porque algumas e não todas surgem somente em períodos históricos. Explorando as vantagens e desvantagens somos conduzidos à teoria da Territorialidade. Explorando quando e porquê estas vêm à tona constituem a história da Territorialidade e a mudança das suas relações com o espaço e a sociedade. A história da Territorialidade e da relação da Territorialidade com o espaço-sociedade são informados teoricamente pelas possíveis vantagens que aqui podemos esperar da Territorialidade. Após introduzir um significado da Territorialidade neste capítulo, nós exploraremos no capítulo 2 as
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vantagens
possivelmente
teóricas
da
Territorialidade.
Os
capítulos
subsequentes considerarão como e quando essas vantagens são usadas historicamente e os efeitos que elas têm na organização social. No capítulo 3 teremos um esquema das principais mudanças entre a Territorialidade e a sociedade desde os tempos primitivos até o presente e focalizados nos mais importantes períodos: o começo da civilização e o começo do Capitalismo. No capítulo 4 analisaremos o desenvolvimento pré-moderno dentro de uma organização complexa - a Igreja Católica. Os capítulos 5 e 6, considerarão o desenvolvimento da Territorialidade do período moderno: o capítulo 5 explorará o surgimento da organização política de 400 anos de idade da América do Norte; e o capítulo 6 explorará o desenvolvimento da Territorialidade dentro do ambiente de trabalho para o mesmo período de tempo. Estes períodos e contextos foram selecionados para ilustrar os mais importantes desenvolvimentos históricos no uso da Territorialidade. Eles nos permitirão ver que alguns efeitos territoriais são universais, ocorrendo em praticamente qualquer contexto histórico e organização social, e que outros são específicos a períodos históricos particulares e a organizações, e que somente a sociedade moderna tende a usar a gama total de possíveis efeitos. Estudando como a sociedade moderna emprega esta gama especialmente porque ela emprega os efeitos territoriais que não eram usados nas sociedades pré-modernas, nós entenderemos o significado e as implicações da modernidade e o papel futuro da Territorialidade.
Exemplos de Territorialidade. Antes de nós considerarmos a teoria e a história da Territorialidade, nós devemos primeiro descrever o que ela é e o que ela faz. Para familiarizarmos com a abrangência do nosso assunto, vamos organizar os usos territoriais em três contextos. O primeiro se refere aos índios Chippewa da América do Norte e o seu contato com os europeus. E serve para ilustrar as diferenças nos usos territoriais entre as sociedades pré-modernas e
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moderna. O segundo se refere a Territorialidade no lar moderno e o terceiro considera a Territorialidade no ambiente de trabalho moderno. Ambos exploram os usos territoriais contemporâneos em contextos familiares de pequena escala e apontam a onipresença da Territorialidade na vida moderna.
Os Chippewa. Considere o grupo de índios americanos, chamados Chippewa ou Ojibwe, os quais nos primeiros dias de contato com os europeus, ocupavam uma larga área ao redor da metade ocidental do Lago Superior. Os Chippewa pertencem ao grupo de linguagem Algonkuian, que cobrem a maior parte da América do Norte
Central, exceções do nordeste dos Estados Unidos e
também o centro-sul e porções orientais do Canadá. Haviam bem mais de 20.000 Chippewa no tempo do primeiro contato com os europeus. Embora, os Chippewa, possuíssem uma linguagem comum, cultura e sistema de crenças, eles não possuíam uma organização política central. Eles eram mais de uma coleção de bandos do que uma tribo propriamente dita. Os Chippewa eram primariamente caçadores, colhedores e coletores. Eles viviam de amoras, castanhas, raízes, arroz selvagem, peixe e de gamos. Aqueles que viviam nas porções sul e oeste do Lago Superior em áreas que tinham aproximadamente 100 ou mais dias por ano livres do frio, eram capazes de suplementar as suas dietas cultivando milho e abóbora. Os seus artefatos incluíam canoas, arcos e flechas, lanças, armadilhas e cestas. As suas proteções iam desde de os tapís de madeira até alpendres e abrigos rudimentares. Alguns dentro da comunidade, eram melhores do que outros para fazer artefatos, mas o conhecimento de como construí-los estava a disposição de todos. Aqueles que tinham habilidades superiores eram olhados como os lideres. A liderança era conquistada. O líder não podia impor suas decisões em cima dos outros e não podia impedir que uma pessoa obtesse a sua independência. Em termos econômicos, estas pessoas eram igualitária s.
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O tamanho das unidades sociais Chippewa além da família variavam com as estações. Durante a primavera, verão e o começo do outono, quando as amoras, as raízes, o arroz selvagem e o peixe estão prontos e à disposição e também quando os gamos adultos eram abundantes, as famílias se reuniam para formar uma vila de talvez 100 ou 150 pessoas. Durante os meses de inverno, quando o alimento era escasso, as famílias normalmente se dispensavam em pequenas unidades, com individualidade doméstica ocasionalmente solitária. Mesmo famílias simples podiam sobreviver durante uma estação por si mesmas, elas raramente estavam distantes das outras durante o inverno, e nos meses mais quentes elas reconstituíam as vilas para realizar várias atividades econômicas e culturais que requeriam uma cooperação sustentada. Quando juntos, os membros nos bandos caçavam, colhiam e dividiam o seu produto. A amizade era estabelecida e os casamentos planejados. Ser membro de um bando parece ser algo voluntário. Se a tensão aumentava, ou se as necessidades mudavam, uma família podia sair de um bando e se juntar a outro. O que pode-se dizer sobre a organização territorial Chippewa? Está claro que eles como uma entidade ocupavam uma vasta área. Mas, as suas habitações nunca foram claramente ligadas e flutuavam de ano a ano. No leste, os Chippewa estavam misturados entre os amigáveis Ottawa e os Potawatomi; no norte eles estavam misturados entre os normalmente amigáveis Cree; e no oeste com mais Cree e Assiniboin. Os Chippewa tinham grandes dificuldades com os Dakota do leste das pradarias, que se estabeleciam próximos as suas fronteiras do sul e do oeste. Mas um amplo trato de desocupação de uma faixa de terra, proporcionou uma zona neutra entre eles e o seus vizinhos Dakota. Mesmo que o perímetro da nação Chippewa tenha sido estabelecido, duvidase que ele tenha sido circulado por um único Chippewa, ou que muitos entre eles possuíssem um mapa, representando os seus domínios coletivos. Os bandos Chippewa, também ocupavam áreas particulares, mas estes lugares mudaram após muitos anos, conforme as suas composições sociais. O estabelecimento de um bando em um local particular e o seu uso das fontes e das áreas ao redor devem ser conhecidos e aceitos pelos bandos vizinhos. Mas, isso não significa que o bando precisa proclamar o território
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específico exclusivamente
para seu próprio uso e defendê-lo contra as
incursões de outros Chippewa. A população era esparsa e o alimento abundante o suficiente de forma que quando um bando usava uma área era improvável que esta fosse excluída para o uso por outros camaradas. Indivíduos e famílias dentro desses bandos igualitários não possuíam a terra. A terra era para o uso da comunidade, e os membros dos bandos tinham permissão para dividir o seu uso. Um bando podia se apropriar de parte de uma área para uma família particular, mas isso não significava que a família possuía a terra e que pudesse excluí-la de outras. Isto se aplica ao uso da terra para a agricultura bem como para caça e colheita. A extração de plantio no norte dos grandes lagos, era curta demais para que Chippewa pudessem praticar a agricultura, mas ao sul e ao oeste do lago superior, o cultivo do milho e da abóbora formaram um importante suplemento para a dieta do Chippewa. Estes índios tinham seus campos próximos as suas vilas. Cada família possuía o seu próprio jardim que era limpo, plantado e cultivado sozinho, ou o processo podia ter sido coletivo. Neste caso, estes jardins não eram claramente demarcados e não possuíam cercas de territórios. No tempo do contato europeu, então, essas pessoas dificilmente eram territoriais como uma nação, embora elas pudessem ter sido, ocasionalmente, territoriais como bandos individuais ou como famílias dentro de bandos. Mesmo aqui a sua asserção do controle sobre uma área era geralmente imprecisa, sisonal e estratégica. Bandos ou famílias podem ter reclamado uma área somente se eles fossem razoavelmente confiantes que os recursos continuariam lá e se eles soubessem que haveria competição por estes recursos por outros grupos. Imaginando essas condições de predomínio é possível considerar como um grupo “por exemplo” os Chippewa podem alterar e intensificar o seu uso territorial. Nós dizemos “por exemplo” porque alguns fatores que nós consideraremos, embora sejam causas importantes de mudanças no uso territorial em outras sociedades pré-literatas, e embora presentes na sociedade Chippewa, não são de fato os primários que alteram o uso territorial Chippewa. E ainda, se referindo a eles como possibilidades que nos ajudarão a entender como em geral uma sociedade simples e pré-literata
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pode desenvolver pressões internas primárias que alteram as relações entre a Territorialidade e a organização social. Neste aspecto, suponha que o gamo se torne escasso e também que os Chippewa do sul devotem mais tempo a agricultura. Suponha também que para alguns no Minnesota no Wisconsin, os cavalos se tornem parte de sua cultura. Membros da comunidade podem ainda coletivamente limpar os campos, plantar e cultivar as colheitas, mas como estas agora colheitas vitais podem ser protegidas dos animais selvagens, das crianças muito jovens e dos cavalos? É possível que estas sejam dificuldades menores e que nenhuma precaução especial seja necessária. A ameaça dos animais selvagens pode ser desprezadas; os adultos podem supervisionar as crianças e o seu acesso às colheitas; e os cavalos podem encontrar grama o suficiente para pastar de forma que eles não vão danificar os jardins. Mas, pode também ser o caso que mesmo estes não sendo problemas sérios, a comunidade ache mais conveniente construir uma cerca nos campos ou colocar os cavalos em cercas também, ou ambos. Os propósitos desta clara demarcação territorial seriam estabelecer diferentes graus de acesso a coisas no espaço. Ainda, pouca coisa precisa ser mudada. A comunidade pode ainda manter os seus objetivos originais. Mas não é difícil deixar nossas imaginações avançarem até condições mais
consideráveis de grande tumulto, tornando inevitável
partições territoriais mais complexas. O tamanho da comunidade pode aumentar ao ponto de esforços de trabalhos comunitários casuais se tornem incontroláveis, e a pressão da população de outros grupos podem tornar impossível para uma família simplesmente sair de um bando para outro. Embora, a comunidade possa ainda ser igualitária - a terra ainda é da comunidade - os campos agora podem ser alocados a famílias conforme as necessidades básicas, e as famílias devem demarcar as suas áreas e o acesso deve ser restrito simplesmente para prevenir um pisotiamento inesperado. As possibilidades para a Territorialidade podem multiplicar-se dentro desta sociedade igualitária. Mas, há um ponto em que algumas destas possibilidades podem realmente interferir nos valores da divisão comunitária e cooperação. Não se quer dizer que os diferentes usos da Territorialidade em si
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podem transformar as relações sociais de, neste caso, uma sociedade igualitária para uma sociedade estruturada em classes. Mas, a Territorialidade pode ser um catalisador no processo de mudança e pode ser usada diferentemente em vantagem para uma classe dividida, bem como para uma sociedade igualitária. Se por exemplo, uma família Chippewa começasse a reclamar o acesso a algumas ou todas as fontes da comunidade (recursos), a Territorialidade seria
um mecanismo extremamente útil para afetar essas
reclamações. Estas especulações apontam para a possibilidades das mudanças territoriais ocorrerem amplamente a partir de forças dentro da sociedade. Tais transformações têm de fato sido documentadas por várias sociedades pré-literatas e serão examinadas mais proximamente em um capítulo subsequente. Mas para os Chippewa, a maioria das transformações sociais e territoriais foram impostas pelos europeus e pela economia americana e política. O comércio de peles europeu logo pressionou as relações sociais dentro dos bandos. Ele pressionou os esforços comuns e igualitários. Afetou os hábitos de caça e a ecologia da área, e pode ter aumentado o controle territorial individual e de família as custas do acesso comum. Mas, a adoção da propriedade privada foi seletiva. Alguns alegam que como resultado do comércio de pelem, algumas famílias entre as tribos de índios de Woodland, incluindo os Chippewa, parecia ter o seu próprio território de caça que era passado de pai para filho. Mas, após uma inspeção mais detalhada, a evidência parece que o controle territorial privado, pode ter sido exercido somente sobre o acesso às peles e não sobre aos outros recursos. De acordo com Leacock estes territórios de caça, pelo menos para os Montagnais, “não envolvia a propriedade real da terra”. As pessoas não podiam armar armadilhas para caçar animais perto da fronteira dos outros, mas qualquer um poderia caçar gamos, podia pecar ou podia colher madeiras, amoras ou cascas de bétula, desde que os produtos da terra fossem para uso e não para venda.
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O assentamento europeu no leste do Alleghenys também aumentou a pressão sobre a população do meio-oeste, conforme as tribos se mudavam para mais a oeste com objetivo de encontrar novas terras. A pressão da população e a confiança em futuros negócios pressionou relações socialterritorial comuns dos bandos; muitas famílias se tornaram dependentes e hábeis no negócio de peles. Esta adaptação realmente ajudou a estender o domínio Chippewa e até 1840 os Chippewa cobriam as áreas do Lago Superior oeste, o leste das margens do Lago Huron, o norte, praticamente, até as praias da baía de Hudson, o oeste até o lago Winnipeg e o sul até o centro do Minnesota e Winsconsin. Mas, o maior efeito do alcance da organização social e territorial dos Chippewa veio da imposição pelos europeus da hierarquia e da jurisdição política-territorial. Desconhecidamente, para os Chippewa e para os colonizadores originais, as concessões inglesas e as capitanias formando as unidades territoriais das colônias (ver na figura 1.1) reclamaram muito das áreas dos Chippewa. A capitania de Virgínia de 1609 incorporou a parte superior do meio oeste toda. Mas estas reivindicações não foram reforçadas. Do meio do século XVII até o meio do século XVIII, a parte superior do meio-oeste estava nominalmente sobre o domínio francês até que foi dada aos ingleses e a suas colônias em 1763. E logo a seguir, a Virgínia, Massachusetts, Connecticut e New York reclamaram parte desta terra. Entre as prioridades do 1 o Congresso dos Estados Unidos, estava a disposição e o governo do território norte-oeste, aproximadamente, 170 milhões de acres a oeste de Ohio até o Mississípi. Em 1786 e após muitas pelejas, os reclamantes cederam todas estas terras aos Estados Unidos. E uma série de ordens baseadas na Lei de Tomas Jefferson de 1783 e 84, culminaram nas ordens de 1787 e 1796, que providenciaram procedimentos para o governo deste território. O plano (ilustrado pelas áreas 1 e 5 na figura 1.2), foi dividido para o norte-oeste e não menos que três e não mais do que cinco estados e admitir cada na União, que tinha uma população de 60 mil. Além disso, a terra seria dividida de acordo com uma grade retangular regular. As unidades de cada uma ajudariam a delinear as bordas
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dos Estados, formar as fronteiras inteiras para os condados e cidades e as fronteiras para as parcelas de terra à venda (ver figura 1.3). Estes eram os planos, escritos e mapeados no papel, para uma terra , virtualmente, desconhecida aos europeus e que, para o seu alcance rápido, estava a mais de mil milhas de distância da costa oriental do país, aonde as decisões eram tomadas na ponta de uma caneta. Os americanos de descendência européia, eles classificavam, dividiam e controlavam as pessoas, incluindo os Chippewas, somente nas bases de sua localização do espaço. Esta imposição de território, tinha uma dimensão social e econômica. A nível social uma nação, um estado ou um vilarejo local, podia incluir uma sociedade entre um número de jurisdições. As unidades políticas , as quais os Chippewa pertenciam, mudavam, freqüentemente, conforme o mapa do território do norte-oeste tomava forma. Eventualmente, parte dos Chippewa estavam no Canadá, outra parte no Minnesota e outras em Michigan. E ainda, uma outra parte em Winsconsin. Com exceção das reservas, a maioria das terras dos Chippewa dentro de territórios particulares ou estados. E após estes serem admitidos na União, a política territorial de parcelamento continuou ao longo das linhas dos condados e cidades. Subdividindo, ainda mais e segmentando as terras indígenas antigas. Essas unidades locais, formaram comunidades políticas para a não preservação dos índios. Bem como, para o estabelecimento dos europeus. As reservas eram territórios permanentes, somente, se contivessem terras que os europeus achassem que eram indesejáveis. Além destas retaliações contra a Territorialidade impor restrições à cultura indígena, as fronteiras da reserva, geralmente, formavam um entendimento para uma geometria simétrica dos estados vizinhos. Cortando a terra retangular e interrompendo os domínios da autoridade local. Estas novamente impuseram que os territórios políticos (a nação, o Estado, o condado e a cidade), foram designados para servir as necessidades da sociedade orientada pelo mercado do homem branco. Enquanto, as fronteiras impostas segmentavam ainda mais as comunidades antigas, elas forjavam novas e diferentes comunidades direcionadas para um
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sistema de mercado dinâmico. E dentro deste sistema territorial de parcelamento, tornou-se um veículo primário para a definição de propriedade. Diferentemente do uso comum da terra pelos índios, o homem branco usava o território para parcelar a terra, em porções vendáveis. Cada pedaço da propriedade privada, era um território sobre o controle de um indivíduo. Cada um tinha um valor monetário, podia ser comprado e vendido várias vezes. As diferentes funções que os homens brancos e os índios têm da Territorialidade, lança uma luz nos problemas de relacionamento que eles tiveram ao longo do tempo. Mas, também serve para ilustrar como o estabelecimento e o uso do território, estão interneados com os contextos sociais e históricos. As linhas acuradas dos mapas políticos e das divisões de terra pelo homem branco, foram possíveis de serem construídas porque a sociedade dele era literata. E capaz de imprimir, dividir e determinar longitude e latitude. Mas, mais fundamental é que, estes territórios foram criados e usados para suportar a sua sociedade hierárquica complexa, que foi baseada na propriedade privada. E que o uso do território define e organiza a sua própria comunidade. Em contraste com um Chippewa, que nasceu em uma comunidade Chippewa e que foi aceito socialmente e culturalmente pelas pessoas Chippewa. Uma pessoa de Wisconsin tinha, simplesmente, alguém que residia entre os cidadões de Wisconsin. Na cultura ocidental moderna viver simplesmente dentro de um território geralmente capacita alguém a ser um membro de uma comunidade. As áreas que foram ocupadas pelos bandos de imigrantes Chippewa, agora são, virtualmente, labirintos de hierarquias confusas de territórios políticos, quase políticos e privados (ver figura 1.4). Embora, não sempre visíveis na terra , elas têm fronteiras precisas e fixas, especificadas em mapas e documentos. E afetam numerosas numerosos seguimentos de nossas vidas. Simplesmente, estando localizando em determinado momento no lugar x , digamos uma cidade da parte superior do meio-oeste, alguém estará em um pedaço de terra privada ou pública. Em qualquer caso, alguém está automaticamente agrupado junto de outras pessoas na mesma localidade,
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como estando situados dentro da jurisdição do distrito de polícia a, do distrito de bombeiros b, do distrito sanitário c , do distrito escolar d , do distrito de planejamento e, do distrito da corte do estado f , do distrito da corte federal g , da cidade h, do condado i e do Estado z . Mudar a sua posição somente um pouquinho, mudará o seu relacionamento com um ou mais de uma dessas unidades. Bem como, a sua relação com os outros. Estabelecendo, a jurisdição política e delimitando a propriedade privada da terra, são os usos mais familiares da Territorialidade no mundo ocidental. Entretanto, a Territorialidade tem e continua a ter, importantes papéis em outros aspectos das relações sociais. Vamos considerar, brevemente, dois exemplos modernos: a Territorialidade dentro de casa e dentro do ambiente de trabalho. Cada uma pode ser usada para especificar significados futuros de Territorialidade. E ilustrar suas interconexões com os contextos sociais.
O lar. Considere um pai norte-americano do século XX, que é um proprietário na antiga terra Chippewa. Ele está em casa, fazendo o trabalho doméstico e ensinando os seus dois filhos jovens. Enquanto, o pai está espanando e usando o aspirador, lhe ocorre que as crianças estão na cozinha, ajudando a lavar os pratos. A dificuldade é que estes jovens ajudantes , estão próximos de quebrar os pratos. Suas atividades
estão acontecendo no
espaço. Em termos geográficos, elas são espaciais. Embora, as redondezas sejam diferentes, o pai se depara com um problema que se parece muito com aqueles que os pais Chippewa teriam enfrentado se eles estivessem se preocupado
com seus filhos, que
estariam caçando
nos campos.
Geograficamente falando, o pai norte-americano e os Chippewa tem somente duas estratégias para prevenir o desastre. Ele pode ter uma conversa franca com as crianças, agradecendo por seus esforços, mas explicando que pode
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haver dificuldades se elas continuarem. Ele pode também remover os pratos do seu alcance (e um pai Chippewa, não poderia remover as plantas). Em nenhuma ocasião o pai está tentando controlar as ações espaciais de suas crianças e aquilo a que elas têm acesso no espaço, focalizando objetos específicos nas ações, como os pratos ou as plantas. A intenção é alterar o acesso das crianças as coisas no espaço mas, no exemplo acima, a Territorialidade não está sendo invocada. A Territorialidade, como a segunda estratégia, é trazida à tona quando o pai decide simplesmente restringir o aceso das crianças as coisas no espaço dizendo que “elas não podem entrar na cozinha sem permissão” (ou nos campos desacompanhadas). Assim, a cozinha ou o campo, está agora fora do alcance. Aqui o pai está tentando limitar o acesso às coisas impondo um controle sobre uma área. Note que a cozinha ou o campo está lá o tempo todo, ela é um lugar restrito. No caso não-territorial, ela não foi, simplesmente, demarcada como uma área de controle, no segundo caso, ela foi. em outras palavras, um lugar pode ser um território em um momento e não mais em outro. Em um território pode criar um lugar onde anteriormente não existia. Além disso, a confirmação da Territorialidade pode ser aplicada somente por um tempo limitado. O pai moderno pode ter dito: não entre na cozinha agora, enquanto eu estou aspirando!. Ou as restrições territoriais podem ser levantadas quando os objetos que o pai deseja proteger estão agora no armário fora de alcance. A cozinha está gravada em outros locais, que também são territórios; a casa, a cidade e o Estado. A autoridade destes territórios, não foi diretamente invocada neste caso, mas estava por trás dele e poderia ser notada em situações que surgissem, mesmo na cozinha. Note, também, que declarando a cozinha fora dos limites das crianças e reforçando a proibição, não é o fim do assunto. As afirmações dos pais, têm que ser claras para as crianças. Elas devem ser capazes de entendê-las e o seu comportamento tem que ser monitorado. Todas essas tarefas, envolvem mais comportamento no espaço. Usar a Territorialidade pode ajudar a reduzir alguns tipos de interações espaciais, na quantidade de monitoração e as destruição dos
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pratos. Mas, se as afirmações do controle territorial não podem falhar, então, a alternativa é uma estratégia espacial não-territorial. Se as crianças, persistem em entrar na cozinha e tocar nos pratos, o pai pode, fisicamente, ter de remover as crianças. Em termos geográficos, a Territorialidade é uma forma de interação espacial, que influência outras interações espaciais e requer ações não-territoriais para sustentá-la. Dentro do contexto da criação da criança e o lar, o pai Chippewa e o norte-americano, teriam escolhas similares sobre o papel da Territorialidade. Mas, as escolhas são muito diferentes no contexto do trabalho. A maioria das pessoas na América do Norte, agora, trabalham em um lugar que está sobre o controle de outro.
O local de trabalho. Suponha, que o mesmo pai norte-americano seja empregado como secretário em um prédio de escritórios modernos. Tipicamente, estes locais contém quartos grandes cheios de mesas e máquinas de escrever. Cada mesa foi projetada como uma estação de trabalho. O secretário é empregado para datilografar e parte do acordo de trabalho é que ele estará no escritório em sua mesa de trabalho, por um determinado número de horas por dia, 5 dias na semana, 50 semanas no ano. O secretário moderno pode sair da estação de trabalho. Mas, se ele o fizer muitas vezes e sem permissão ele estar violando o contrato de trabalho e pode perder o seu emprego. Mesmo se o secretário tem permissão de deixar sua estação de trabalho, seus movimentos dentro do prédio são, provavelmente, restritos. Ele não pode, simplesmente, andar por qualquer escritório. Talvez, as únicas áreas nas quais ele é livre para ir, são aquelas projetadas para tráfico, tais como halls e corredores. E aquelas abertas aos trabalhadores, como banheiros e salas de café. Para o secretário, a Territorialidade age como uma restrição física.
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Após o horário de trabalho, lá pelas 5 da tarde, as funções territoriais do prédio se tornam invertida. O secretário sai para casa, ao invés de restringir e modelar suas ações. O prédio está agora fora dos seus limites e do público. Presentes durante o dia , mas dissolvidas durante a noite, estão as partições territoriais internas de escritórios e estações de trabalho, que separam trabalhadores e níveis de pessoal. O prédio pode estar ainda ocupado, mas nesta hora é por faxineiros e pelos vigias noturnos que, igual aos gerentes de níveis elevados, têm acesso a, praticamente, todas as partes do prédio. Mais mudanças eventuais podem ocorrer na Territorialidade do prédio de escritórios. A firma usando o prédio, pode se mudar ou ir à falência e o prédio pode ser demolido. Indo mais longe nos seus efeitos geográficos, está a possibilidade de que, com sistemas modernos de telecomunicações
o
escritório, como um território, possa se tornar obsoleto. Porque a maior parte, senão todo o trabalho de secretário, pode ser feito em algum, até mesmo em casa.. Isto acaba com a necessidade de pessoas se reunirem em um local, chamado de escritório. Isto, ainda não elimina, por completo, os territórios de trabalhos. É preciso ainda restringir o acesso ao local onde o trabalho e o equipamento serão localizados, mesmo que seja em casa. E os empregadores podem muito bem ter que entrar na casa, para checar o trabalhador e o equipamento que ele está usando. O que mudou é a forma da organização territorial e sua relação com as relações espaciais não-territoriais.
Notas sobre significados. Está claro, a partir destes exemplos, que a Territorialidade cobre uma grande área de atividades. Para as quais há, talvez, nomes ricamente descritivos. Usar-se: quartos, prédios, direitos de propriedade na terra, soberania política e jurisdições legais sobre área, bem como estradas e cidades, territórios, não tem nenhum propósito, a menos que o termo alcance o nosso entendimento sobre elas. Isto significa que a Territorialidade deve ser definida, amplamente, o suficiente para cobrir estes e outros casos e ainda ricamente o suficiente para iluminar seus diferentes efeitos. Nós precisamos
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saber, não somente o que a Territorialidade é, mas o que ela faz. É principalmente em se ajudar a apontar a importância dos efeitos de um fenômeno, que está o valor de uma definição. Uma definição nunca é, completamente, inclusiva. Ela se focaliza sobre uma ou poucas características de um fenômeno. Um fenômeno que contém estas características cabe na definição . Ele ainda possuirá, muitas outras características e pode ter outros nomes. Uma estátua pode ser um trabalho de arte, um investimento, uma lembrança da habilidade humana, um pedaço de mármore e uma massa. Cada uma, por sua vez, contribui para o nosso entendimento dos usos da estátua e efeitos. Uma maçã também é muitas coisas, a maioria das quais diferentes da estátua . Mas, as duas têm coisas em comum. As duas ocupam lugar no espaço e ambas tem peso ou massa. Saber quais são suas massas, significa dizer que a massa está, claramente, definida. Tal que, pode ser observada em todo tipo diferente de fenômeno. Mas, um conceito ou termo precisa ser mais do que claro. Ele precisa apontar para as conexões com outros atributos. Neste sentido, a massa não é somente um conceito claro, mas também um útil. Sabendo-se a massa de um objeto, pode nos ser dito muito sobre as conexões atuais e potenciais do fenômeno com seu ambiente. Nós gostaríamos de saber, por exemplo, o quão forte um piso deve ser para suportar a estátua e a maçã. Nós seríamos capazes de antecipar o impacto que cada uma causaria se jogadas da janela de um segundo andar. Saber a massa de algo, aumenta a nossa compreensão daquilo e as suas conexões com o mundo. Mas, de maneira alguma isso nos diz tudo que se há pra saber sobre o objeto e suas interrelações. A estátua e a maçã são ambas massas, mas elas exibem muitos outros atributos definidos e significantes, que elas não partilham e que não podem ser descobertos, olhando-as somente como exemplos de massa. O mesmo se aplica sobre a Territorialidade. É uma coisa definir a Territorialidade. Tal que, um quarto, um lar, um campo, um escritório e uma cidade, parecem ser exemplos de Territorialidade. É outra coisa diferente, ter a nossa compreensão destes fenômenos e suas interrelações mais profundas,
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através do exame delas como território. Condições posteriores ocorrem somente, se o nosso sentido de Territorialidade é claro e rico o suficiente para sugerir como elas se junta com outras facetas do comportamento.
Definindo a Territorialidade. A Territorialidade, simplesmente como o controle da área, serviu até agora como uma definição curta. Mas esta descrição, nem é precisa, nem rica o suficiente para nos levar muito adiante. A partir dos nossos exemplos do pai e das crianças, da secretária no local de trabalho e os membros de uma sociedade de cata e coleta, pôde ser visto que a Territorialidade envolve a tentativa, de um indivíduo ou de um grupo, em influenciar ou afetar as ações de outros, incluindo não-humanos. Isto é importante e ainda o efeito geral deve ser enfatizado. O qual está elaborado na seguinte definição formal de Territorialidade. Neste livro a Territorialidade será definida como a tentativa de um indivíduo ou grupo de afetar, influenciar ou controlar pessoas, fenômenos e relações, através da delimitação e da afirmação do controle sobre uma área geográfica. Esta área será chamada: o território. Antes de nós explorarmos o significado desta definição, alguns esclarecimentos do seu domínio devem ser feitos. Novamente, deve ser enfatizado que um local pode ser usado como território em um momento e não mais em outro. Isto significa que, ao criarmos um território, nós também poderemos estar criando um tipo de local. Mas é importante distinguir entre um território como um local e outros tipos de locais. Diferentemente de outros locais comuns, os territórios requerem esforço constante para estabelecer e mantê-lo. Eles são resultados de estratégias para afetar, influenciar e controlar pessoas, fenômenos e relações.. Circunscrevendo coisas no espaço ou em um mapa, como quando um geógrafo delimita uma área para ilustrar onde o milho cresce ou onde a indústria está concentrada, identificar locais, áreas ou regiões no censo comum. Mas, não criando propriamente um território. Esta delimitação se torna um território, somente quando as suas fronteiras são usadas para afetar o
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comportamento ou para controlar o acesso. Por exemplo, um local formalmente geográfico ou uma região, tal como o cinturão do milho ou a área
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manufatura, pode se tornar designado pelo governo como uma região que vai receber assistência financeira especial ou como uma área que administrada por uma bancada do governo. Neste caso, as fronteiras da região estão afetando o acesso aos recursos e ao poder. Elas estão moldando o comportamento. E assim o local se torna um território. No mesmo raciocínio, o que os geógrafos de regiões noudais, áreas de mercado ou interiores centrais, não são, necessariamente, territórios. Essas áreas podem ser, simplesmente, descrições da Incisões geográficas das atividades no espaço. Elas se tornam territórios, somente se as fronteiras são usadas por alguma autoridade para moldar, influenciar ou controlar atividades. Assim, uma cadeia de supermercados pode usar as áreas de mercado, que são o limite geográfico atual do alcance do poder de um supermercado para definir a jurisdição de cada gerente de supermercado. Por exemplo, suas responsabilidades por propagandas. Uma pessoa ou grupo pode, claro, controlar mais do que um território. E na sociedade moderna, muitos tipos comuns de lugares devem se tornar territórios para existirem como lugares. A Territorialidade não precisa ser uma área defendida, se considerarmos a área como objeto da defesa e que os defensores devem estar dentro do território defendido. O território pode ser usado para conter ou restringir, bem como para excluir. E os indivíduos que exercem controle não precisam estar dentro do território. E é claro que eles não precisam estar próximos dele. Uma cerca ou um muro pode controlar, da mesma forma um sinal de não passe. A definição aponta que a Territorialidade estabelece um controle sobre uma área, como um meio de controlar as coisas e as relações. A Territorialidade é uma estratégia para se estabelecer diferentes graus de acesso às pessoas, coisas e relações. Sua alternativa é sempre uma ação não-territorial. E a ação não-territorial é usada em qualquer caso para sustentá-la. Por exemplo, se um Chippewa decide colocar cerca ao redor dos seus jardins. Essas cercas devem ser mantidas pelo trabalho direto físico. E se elas quebrarem, as crianças e os cavalos, devem ser observados e guardados por controle não-territorial direto. (Se as crianças do lar moderno, continuarem
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a entrar na cozinha, mesmo que o pai tenha dito para não fazê-lo, então, o pai deve recorrer a uma forma de intervenção não-territorial). As fronteiras de um território e os meios pelas quais elas foram comunicadas não são inalteráveis. Propriedades mudam de tamanho, da mesma forma os estados. Uma cerca fronteiriça pode ser substituída por um tipo diferente, por exemplo o foço. Uma criança pode reconhecer a entrada de um quarto como uma fronteira ou até mesmo a porta do quarto fechada. A maioria dos territórios tendem a ser fixos no espaço geográficos. Mas, alguns podem mudar, por exemplo, o espaço pessoal ou a distância social que envolvem uma pessoa viaja com esta pessoa quando ela mantêm a distância. A convenção entre de navios de guerra para não se aproximarem de outros navios estrangeiros no alto mar, é um exemplo de território móvel. Os territórios podem ocorrer em diversos graus. Uma cela numa prisão de segurança máxima é mais territorial do que uma cela numa cadeia do estado e que mais territorial do que um quarto numa casa. Uma sala de aula fechada, com suas carteiras presas ao chão e suas crianças sentando todos os dias no mesmo lugar, é mais territorial do que uma sala de aula aberta, que não tem assentos fixos e que cada criança pode se mover durante uma atividade. Os graus de Territorialidade são mais difíceis de se comparar, quando selecionamos exemplos de diferentes instituições e sociedades. As atividades de um trabalhador de uma fábrica de automóveis ou de uma linha de montagem são mais territorialmente circunscritas do que aquelas de uma secretária de escritório em uma secretaria? Os pontos de medição mais precisa da intensidade da Territorialidade, serão estudados mais tarde. Por hora, deve ser adotado que, embora nós possamos ter estimativas rudes da intensidade do território, as dificuldades surgem quando comparamos um contexto com outro. A Territorialidade pode ser afirmada de várias maneiras, estas incluem a descrição do trabalho, quanto tempo você deve ficar sentado, onde você está e onde não é permitido ir, etc. Os direitos legais na terra, a força bruta ou o poder , normas culturais e proibições sobre o uso das áreas e em formas menores de comunicação, tais como a postura do corpo. Mas,
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novamente, se a asserção ou afirmação não é clara e compreensível, então não está claro se a Territorialidade está sendo exercida. As definições devem ser claras o suficiente para dizer se alguma coisa cabe ou cabe na definição. Mas, mesmo uma definição clara tem algumas confusões na prática. Se eu estou em uma biblioteca e coloco os meus livros em cima de uma mesa vazia eu estou, simplesmente, me aliviando de um fardo ou reclamando uma parte da mesa como minha?. E neste último caso, estou eu afirmando um controle sobre o objeto, a mesa ou sobre o território que o objeto limita?. Não há mal em admitir-se que caos extremos ocorrem de uma maneira ou de outra. Uma definição pode ter algumas exceções ou, então, partes confusas e ainda ser útil, especialmente, quando há muitos exemplos claros que cai dentro deste domínio. Considerando a Territorialidade como uma estratégia para acessos diferenciados, entramos num campo infrutífero, de que se a Territorialidade Humana está, de alguma maneira biologicamente enraizada. Tomando isto como uma estratégia, colocamos a Territorialidade, inteiramente, dentro do contexto das motivações humanas e objetivas. Nossa definição de Territorialidade, é claro, atravessa as perspectivas e níveis de análises. Ela envolve as perspectivas dos controlados e daqueles que estão controlando, se eles são indivíduos ou grupos. Ela discerne sobre os efeitos físicos, sociais e psicológicos. Este atravessar em outros campos, não é novo para a Geografia e ocorre de forma paralela pela gama de interconexões que têm se desenvolvido no resto do campo.
O significado da Territorialidade. A definição formal da Territorialidade , não somente nos diz o que a Territorialidade é, mas também sugere o que ela pode ser. Essa sugestão vem de três relações interdependentes, que estão contidas na sua definição. Essas três explicam a lógica e os significados dos efeitos da Territorialidade. Primeiro, por definição, a Territorialidade deve envolver uma
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forma de classificação por área. Quando alguém diz que alguma coisa ou mesmo algumas coisas, em um quarto são dele ou estão fora do limite par você ou ainda que você não pode tocar em nada fora deste quarto, ele está usando uma área para classificar ou determinar coisas em uma categoria como dele, não sua. Ele não precisa enumerar ou definir os tipos de coisas que são dele e não suas. Quando usa a Territorialidade, o pai não tem que dizer a criança o que ela não pode tocar. Elas, simplesmente, não são admitidas no compartimento, no quarto. De acordo com Piaget, existem duas maiores formas de classificação: uma é pelo tipo e a outra é pela área. A Territorialidade é claro pode empregar ambas, mas ela sempre emprega esta última. Segundo, por definição, a Territorialidade deve conter uma forma de comunicação. Isto pode envolver uma marca ou sinal, tal como é comumente encontrada em uma fronteira. Ou uma pessoa pode criar uma fronteira, através de um gesto, tal como apontar. uma fronteira territorial, pode ser somente a forma simbólica que combina uma afirmação sobre a direção no espaço e uma afirmação sobre a posse ou exclusão. Terceiro, cada exemplo de Territorialidade deve envolver uma tentativa no esforço de controlar o acesso sobre a área e as coisas dentro dela ou restringir a entrada das coisas de fora. De maneira mais geral, cada exemplo deve envolver uma tentativa de influenciar as interações. Transcressões da Territorialidade serão punidas e isto pode envolver outra ação não-territorial e territorial. A lógica da Territorialidade reside no fato de que as vantagens de usá-la devem estar ligadas, com uma ou mais dessas relações interconectadas. Uma vez que elas são facetas essenciais da Territorialidade, as três devem, também, ser as bases para o significado da Territorialidade. É simples ilustrar como cada uma delas p[ode ser um motivo para usar a Territorialidade. Considere a 1a característica, de que a Territorialidade envolve uma forma de definição ou classificação por área. Definição por área pode ser, extremamente, útil quando não podemos enumerar as coisas, pessoas ou relações sobre as quais nós queremos ter acesso ou quando nós
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desejamos não divulgar tal lista. O time de futebol, treinando para um grande jogo, pode desejar que o oponente não saiba sobre os novos atletas. Pra ajudar a manter o segredo, o treinador pode usar a Territorialidade para excluir os observadores do campo e das arquibancadas. Considere a segunda característica: se comunicando usando uma fronteira. A fronteira pode ser um recurso mais simples para comunicar a posse, do que a enumeração por tipo. Se a criança na cozinha é muito jovem, ela pode ter dificuldade em, entender que os objetos na cozinha são e não permitidos se tocar. A Territorialidade pode ser somente um meio de convenção do desejo dos pais às crianças. Este é, especialmente, o caso se em algum outro lugar e sobre circunstâncias diferentes, as crianças não são permitidas tocar em objetos similares, como os pratos. Ao invés de apresentar às crianças uma regra complicada de que, não é permitido manusear os pratos é, simplesmente, mais direto dizer a elas, que elas não podem atravessar uma linha ou entrar ou sair do compartimento. Considere a terceira característica: o reforço do acesso no contexto da comunidade de caça Chippewa. Para se certificar que as crianças não sairiam pelos campos, é mais fácil colocar as crianças dentro de uma cerca, do que seguí-las por aí. Circunstâncias similares ocorrem em nossa sociedade. É mais fácil supervisionar os prisioneiros, colocando-os atrás das grades , do que permitir que eles circulem por aí, com guardas os seguindo. Controlar as coisas territorialmente pode poupar muitos esforços. Estas três facetas da Territorialidade, podem ser encontradas em todas as sociedades. Mas, elas por sua vez, geram efeitos potenciais mais adiante, que podem ser igualmente importantes, mas que ocorrem somente em contextos históricos particulares. Como isto acontece e quais são os efeitos , é alguma coisa técnica e que será discutida no capítulo 2. Para propósitos de ilustração, nós podemos apontar que, classificando-a pelo menos em parte pela área, ao invés de por tipo e espécie, a Territorialidade pode ajudar relações a se tornarem impessoais. E pode ajudar a moldar atividades futuras dentro de uma hierarquia. Nós notamos que os Chippewa, não precisam usar a Territorialidade para definir os seus membros. Mas o homem branco, sim. A
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definição primária de membro dentro de um estado norte-americano ou cidade, é o domicilio dentro do território político. Esta definição permite que estrangeiros se tornem membros da mesma comunidade. Além disso, diferentemente da comunidade Chippewa, o território da cidade age como um container e como um molde espacial para outros eventos. A influência de uma cidade e autoridade, embora se espalhe e seja muito ampla, é legalmente afirmada por suas fronteiras políticas. A cidade territorial se torna um objeto, pelo qual outros atributos são reafirmados, como no caso do território político da cidade, que recebe ajuda federal. Promover relações impessoais e atividades geograficamente moldadas dentro de uma hierarquia, são duas das muitas conseqüências identificáveis das três facetas da Territorialidade, que seguem a partir desta definição. Estas e as outras serão abordadas no capítulo 2, para delimitar os alcances dos usos territoriais. E ainda, precisamente, se aprofundar no nosso conhecimento sobre os casos particulares. Os efeitos são potenciais, porque cada um deles não precisa ser empregado a cada instante da Territorialidade. E alguns têm sido usados somente em momentos particulares na história. Uma definição adequada e clara que aponte para as implicações gerais da Territorialidade para os humanos, é o que tem faltado nos trabalhos prévios sobre Territorialidade.
Métodos Prévios. A maioria da literatura, considerada sobre a Territorialidade, é sobre o comportamento animal, e não diz respeito a nós. A menos que os cientistas sociais tenham se valido dela para discutir a Territorialidade Humana. Embora, não tão volumosas quanto a literatura animal, as discussões sobre a Territorialidade Humana são extremamente variadas e difíceis de sintetizar. Não há ainda revisões compreensíveis. E o que vem a seguir, não é uma tentativa de providenciar uma. Mas sim, uma breve ilustração sobre problemas-chaves que muitos estudos territoriais humanos sofrem.
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De maneira geral, as análises prévias da Territorialidade Humana tem sido deficiente em três importantes aspectos, com estudos particulares contendo uma ou mais dessas três deficiências. Primeiro, em muitos casos os pesquisadores não distinguem, claramente, o termo Territorialidade do termo espacial. Para eles, temos eventos ocorrendo no espaço e através dele, é suficiente para que a ação caia na categoria de territorial. Por causa disso, esses estudos não definem a Territorialidade como um tipo particular de comportamento no espaço. Eles perdem a oportunidade de oferecer uma análise sistemática da Territorialidade. Qualquer insight que eles apresentem são difíceis de se generalizar sobre (existem até mesmo aqueles que usam o termo, figurativamente, para se referir a território cognitivos). Muito relacionados com o primeiro, estão os estudos que, atualmente, focalizam sobre exemplos da Territorialidade Humana , sem chamá-los como tal.. E o estudo do zoneamento dos direitos da propriedade privada da terra e da soberania política, geralmente, não reconhece que seus assuntos pertencem a classe territorial das ações. Assim, nestes estudos fica faltando importantes implicações territoriais. No caso do pai controlando as suas crianças, é porque nós conhecíamos pelo menos três possíveis efeitos de Territorialidade, porque nós seríamos capazes de sugerir para o pai recorrer a ele identificar, por tipo, as coisas que ele desejava controlar. E é este conhecimento dos efeitos territoriais, que nos faz esperar que o uso da Territorialidade ocorra em outros contextos diferentes. Não é este efeito que os estados da nação usam, quando eles declaram soberania sobre todas as coisas dentro dos seus domínios geográficos?. Os pais e os estados da nação, não podem listar, provavelmente, o que eles desejam controlar. E não listar o que está sobre seu controle, permite à Territorialidade esconder o que está sendo controlado. Considere o número de vezes os pais, simplesmente, escondem as coisas das suas crianças, e não permitem que elas entrem nos locais. Ou que o Estado esconda as coisas dos estrangeiros ou mesmo dos cidadões, para restringir a entrada a áreas ou regiões dentro do país. É conhecido que a Territorialidade é uma estratégia geral para estabelecer aceso à coisas e apontar os efeitos, geralmente, esperados, pode ajudar a aprofundar o nosso entendimento sobre o uso em casos particulares.
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Em terceiro, estão os estudos que têm consciência em isolar o comportamento territorial real nos humanos. Mas que são, em contrapartida, muito simplórios no seu significado. Eles devem ter se voltado, inteiramente, para uma escala social-geográfica. Este é o caso da literatura social psicológica, enquadrando a Territorialidade como uma forma de espaço pessoal. Outros estudos podem ter sido simplórios demais nos efeitos territoriais, que eles estipularam. Por exemplo, alguns estudos psicológicos viram o uso da Territorialidade por um indivíduo, como uma expressão de característica pessoais e específicas, tais como o desejo pelo domínio ou segurança. Ligar a Territorialidade às necessidades
particulares ocorre,
especialmente, nos estudos que supõem, que os humanos e os animais usam a Territorialidade pelas mesmas razões biológicas. Por exemplo, como um meio para se obter alimento, amigos e controlar o tamanho da população. Focalizar sobre estes efeitos frágeis, pode fazer a Territorialidade nos humanos, parecer alguma coisa como um instinto, ao invés de uma estratégia que pode ser ligada e desligada. Além disso, estes significados superficiais e suas ênfases nas escalas particulares, propósitos ou funções estão, geralmente, incorporados nas definições formais da Territorialidade. O psicólogo social, explorando somente o nível pessoal e os efeitos psicológicos da Territorialidade pode defini-la com esta ênfase na mente. Por exemplo, o eu e a personalidade são partes da definição de Altman de Territorialidade. Como um mecanismo de regulagem das fronteiras entre eu e outro, que envolve a personalização ou a construção de um lugar ou abjeto e a comunicação que pertence a pessoa ou ao grupo. A personalização e a posse são designados para regular a interação social e para ajudar a satisfazer os vários motivos sociais e físicos. Ai ocorre o problema oposto de se definir a Territorialidade de maneira muito geral. Quando se intenciona estudar, simplesmente, o controle da área, nós somos deixados sem qualquer sugestão sobre propósito ou intenção, exceto de que a área é ao mesmo tempo um objeto e um fim. Embora, estas estejam entre as maiores armadilhas nos trabalhos prévios sobre Territorialidade, poucos pesquisadores às têm evitado. E muitos daqueles que não têm, não tem nada sobre os aspectos importantes. Ao invés, de isolar os componentes positivos pouco a pouco, eles serão notados e incorporados no trabalho a seguir.
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A Territorialidade e a Geografia. Enquanto que, o trabalho sobre Territorialidade tem sido, geralmente, errôneo sobre o comportamento espacial não-territorial. O trabalho na Geografia sobre o comportamento espacial tem, geralmente, ignorado o territorial. Na Geografia, tanto as atividades naturais e humanas ou culturais, são chamadas espaciais, para lembrar a todos que elas ocorrem num espaço e tem propriedades espaciais, tais como localização, forma e orientações. A análise espacial é o ramo da Geografia interessado na interrelações entre, as atividades na terra e as suas propriedades espaciais. Na Geografia Humana, estas incluem não somente as localizações atuais, as extensões e os padrões das coisas, mas também como estas são descritas e concebidas em diferentes perspectivas sociais e intelectuais. (O padrão de identificação da terra, pode ser descrito e avaliado economicamente, esteticamente, simbolicamente, etc). A preocupação da Geografia com os usos múltiplos e conceitos de espaço e com a Geografia Histórica dos diferentes povos, apresentam o espaço como uma moldura complexa, na qual indivíduos e grupos estão situados. Através, da qual eles interagem e pela qual eles fazem afirmações. Estas interconexões entre o espaço e o comportamento residem na Territorialidade, cujo o estudo tem permanecido em segundo plano, completamente negligenciado pela análise espacial. As firmas fazendo as incidades estudadas pelos geógrafos, não somente são lugares ou localidades no espaço com múltiplos significados. Mas, também, ocorrem e permanecem em um local porque existem numerosas regras sociais e regulamentações que permitem que algumas coisas estejam em certos locais e não em outros. Até mesmo o movimento das pessoas , mercadorias e idéias requerer que a sociedade estabeleça as estradas e o tipo de transporte e que desaprovem outras atividades de ocorrem naquele local. As ruas da cidade moderna , são construídas para bicicletas, carros, caminhões e ônibus e não para pedestres. As auto-estradas são projetadas para o tráfico de veículos movidos a motores com combustão interna.
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Para a maior parte, as pessoas e suas atividades não podem encontrar local no espaço sem formas de controle sobre a área - sem a Territorialidade. O desafio é mostrar como e
porque é este o caso.
Infelizmente, os analistas espaciais não têm explorado, sistematicamente, a Territorialidade para descobrir se há uma lógica no controle territorial, da mesma forma que tem havido uma exploração na questão se há uma lógica para a organização espacial não-territorial e interação. Ao invés disso, eles têm focalizados em objetos que a Territorialidade tem ajudado a formar e a manter e tem deixado a Territorialidade - o agente de ligação geográfico - em segundo plano. Os analistas espaciais entendem muito bem que atividades competem por localização. A este respeito, o foco de suas pesquisas tem sido sobre
o processo de seleção de um lugar sobre outro e o papel
desempenhado pela distância ou a sensibilidade geográfica na conexão desses locais. Enfatizando a distância, tem conduzido a uma lógica geográfica baseada nas propriedades métricas do espaço. Mas, os analistas espaciais não têm, seriamente, considerado a possibilidade que, a lógica geográfica pode ser estendida até mesmo pela lógica mais complexa envolvida nos usos territoriais do espaço. A lógica da ação territorial é mais complexa do que a lógica da distância, porque a Territorialidade está incorporada nas relações sociais. A Territorialidade é sempre socialmente construída. Ela precisa de um ato do desejo e envolve múltiplos níveis de razão e significados. A Territorialidade pode ter implicações normativas também. Deixando de lado os locais e reforçando os graus de acesso, significa que indivíduos e grupos têm removido algumas atividades e pessoas de locais e incluindo outras, o que é, eles têm estabelecido diferentes graus de acesso às coisas. A Territorialidade, então, forma um cenário para as relações espaciais humanas e as concepções do espaço. A Territorialidade aponta para o fato de que as relações espaciais humanas não são neutras. As pessoas, simplesmente, não interagem no espaço e se movem através do espaço como bolas de bilhar. Ao invés disso, a interação humana, o movimento e o contato são também questões de transmissão de energia e informação, para afetar,
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influenciar e controlar as idéias e ações de outros e seus acessos às fontes. As relações espaciais humanas são resultados da influência e poder. A Territorialidade é a forma espacial primária do poder.
Territorialidade e História. Diferentes sociedades, usam diferentes formas de poder. Elas têm organizações geográficas diferentes e conceitos de espaço e local. As áreas geográficas e os significados mudam conforme as sociedades mudam. A Geografia Histórica está preocupada com essas interconexões. A Geografia Histórica aponta para o contexto sócio-historicamente dependente da organização espacial e significado. E a Territorialidade aponta para o fato que, a organização geográfica e significado, enquanto dependem de muitas coisas, também pressupõem a manutenção de diferentes graus de acessos às pessoas, coisas e relações. As organizações espaciais e significados do espaço têm histórias e como também têm os usos territoriais do espaço; as três histórias estão, intimamente, ligadas e interrelacionadas. A lógica da Territorialidade mostrará que, como uma estratégia espacial ela, geralmente, oferece vantagens para ajudar a afetar, influenciar e controlar. Estas constituem o domínio da razão ou conseqüência de se usar a Territorialidade. Elas explicam, como e porquê a Territorialidade está sendo usada e quais são as bases de sua importância. Se vantagens particulares, estão usadas ou não em um caso particular depende de quem está controlando quem e para quê propósitos. Algumas vantagens podem ser esperadas que se ocorram em praticamente em qualquer situação em qualquer tempo. Nós encontramos o pai moderno empregando a Territorialidade na cozinha, porque não se faz necessário a ele explicar o que ele não quer que seus filhos manuseiem. Nós, também, podemos imaginar o pai Chippewa usando a Territorialidade pela mesma razão. Não definir o que está sob o controle de outro é, praticamente, uma vantagem universal da Territorialidade. Nós podemos esperar que outros
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efeitos muito importantes apareçam na maioria dos tipos de sociedades. E ainda que outros
apareçam somente em uns poucos. Por exemplo, a
Territorialidade no mundo moderno é, geralmente, um meio essencial de definir as relações sociais. Conforme nós apontamos, as pessoas que residem em uma cidade norte-americana têm acesso aos serviços públicos daquela cidade. A localização dentro de um território define um membro e um grupo. Este uso do território - para definir-se como parte de uma comunidade - ocorre de maneira menor em civilizações pré-modernas e dificilmente ocorre em sociedades primitivas, onde as relações sociais estão tão claramente e tão fortemente arrigadas. Os primitivos podem usar a Territorialidade para delimitar e defender a terra que eles ocupam, mas eles raramente a usam para se definir a si próprios. Outros efeitos da Territorialidade ocorrem, primariamente, na sociedade contemporânea. E ainda outros ocorrem, com igual importância, nas civilizações moderna e pré-moderna. Conforme nós veremos, os usos da Territorialidade têm sido cumulativos. As sociedades primitivas encontraram necessidade para uns poucos, as civilizações prémodernas empregaram estes e outros mais e a sociedade moderna tem empregado, virtualmente, a gama total de possíveis efeitos. Nós temos mencionado um pouco dos possíveis efeitos territoriais, a facilidade pela qual a Territorialidade pode classificar, comunicar e reforçar o controle, a facilidade pela ela pode definir as relações sociais impessoalmente e hierarquicamente. E o que nós devemos considerar agora é o leque de efeitos, teoricamente, possíveis e suas interrelações. Estes assuntos estão endereçados na teoria da Territorialidade.
2. Teoria. Nós notamos que, a definição de Territorialidade contém três facetas interrelacionadas. A Territorialidade deve propor uma forma de classificação por área, uma forma de comunicação por fronteira e uma forma de reforço ou controle. O que será discutido agora é que, aproximadamente,
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sete dos outros efeitos potenciais podem estar ligados a estas três facetas. E que estes efeitos, mais os três originais nos levam a, aproximadamente, quatorze combinações de características. Notem que, o número preciso não é o assunto crítico, eles podem ser reduzidos a menos que dez ou quatorze. O que é crítico, é que a definição de Territorialidade deve ser rica o suficiente para delimitar o alcance das vantagens potenciais oferecidas por uma estratégia territorial e um nível de generalidade que seja preciso e útil. Especificando esses efeitos, como eles estão conectados um ao outro e as condições sobre as quais
eles serão empregadas, constitui a teoria de
Territorialidade. A teoria será apresentada em duas partes. Primeiro, a Territorialidade é conceituadamente abstraída da multiplicidade de contextos social-históricos. Isto permite espaço para descrever a lógica interna da Territorialidade, para revelar o alcance dos efeitos que constituem o domínio das razões, para usar estratégias territoriais em oposição a não-territoriais e suas interrelações lógicas. Segundo, a teoria hipotetiza que, certos contextos históricos serão desenhados sobre efeitos potenciais específicos e numa maneira geral se combina contextos históricos com efeitos territoriais. A teoria é tanto empírica quanto lógica. As primeiras três tendências são derivadas da definição de Territorialidade. As outras que não são inteiramente deriváveis da definição, nada mais estão do que, logicamente, interrelacionadas e ligadas a ela. Chamando, a seguinte análise de teoria, não significa que nós estamos impondo um método mecânico para as pessoas e os seus usos do território, pelo contrário, a teoria apresentará os efeitos do território como possibilidades que vão do físico ao simbólico. O alcance recheado pelo amplo campo das análises espaciais. Nem a palavra teoria, significa que predições acuradas sobre a Territorialidade podem ser feitas. O comportamento humano é de longe muito variável para tornar possível, previsões sociais precisas de qualquer conseqüência. Ao invés disso, pela teoria queremos dizer que nós podemos desvendar um sete de proporções, que são ao mesmo tempo, impiricamente e logicamente interrelacionados e que podem dar sentido as ações complexas. Em outras
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palavras, a teoria pode nos ajudar a entender e a explicar. Mas, não é provável que ela nos ajude a predizer, precisamente, o que acontecerá no futuro. A estrutura complexa da teoria pode ser mais facilmente visualizada, se nós recorremos a uma analogia da ciência física. Notem que a teoria contém duas partes - o campo dos efeitos e os seus usos nos casos históricos - nós podemos dizer sobre o risco de estarmos sendo mecânicos, que a primeira parte é análoga ao examinar a estrutura atômica da Territorialidade: As três facetas (a classificação, a comunicação e o reforço) são o seu “núcleo”. E as dez ou quatorze combinações primárias dos efeitos ou tendências são as suas “valências”. Estas formam as ligações potenciais que serão desenhadas, se e quando a Territorialidade é usada. A segunda parte é análoga , ao se colocar a Territorialidade em uma tabela periódica de tipos de organizações sócio-históricas e sugerir que existe ligações que podem
ser esperadas quando estes contextos usam a Territorialidade.
Esquematizar as ligações entre os contextos históricos e os efeitos territoriais, serão o propósito dos capítulos subsequentes. Antes de retornarmos a teoria, umas poucas palavras sobre o método e a terminologia estão na pauta. Os efeitos da Territorialidade não são, simplesmente, relações, porque eles pertencem às pessoas, não aos átomos. Eles são mais, apropriadamente, chamados de razões potenciais ou causas ou ainda conseqüências potenciais ou efeitos da Territorialidade. A probabilidade de um grupo de nomes sobre os outros, depende se um indivíduo (ou grupo) está estabelecendo novos territórios (neste caso o nome apropriado seria razões ou causas) ou se ele está usando alguma coisa já existente (neste caso o nome apropriado seria conseqüências ou efeitos). Para sabermos se uma coisa é uma razão ou uma causa ou uma conseqüência ou um efeito, é impossível saber se examinarmos mais proximamente um caso específico. E ainda assim, haverão muitos que discutiram as pequenas diferenças existentes entre os dois. Em nome da simplicidade, razões, causas, conseqüências, efeitos estes serão usados misturadamente para mostrar que eles são aplicáveis em qualquer caso; e os termos, potencialidades e tendências cobrirão todas as quatro opções.
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Apesar deste esforço de simplificação, a teoria é ainda complexa e técnica . Nós precisaremos descrever as dez tendências e as quatorze das combinações das tendências para um total de vinte e quatro efeitos, isto é inevitável. A teoria deve ser desenvolvida tão completamente quanto possível, uma vez que os capítulos históricos são organizados ao redor de reclamações da teoria. A cada um dos vinte e quatro efeitos será dado um nome do censo comum. Além disso, para ajudar a distinguir a estrutura interna da teoria, os dez primeiros receberão um número e as quatorze combinações uma letra (Por exemplo, a primeira tendência - a classificação - será identificada como 1, e a terceira combinação - a hierarquia complexa - será identificada como c ). Os números e as letras serão somente usados neste capítulo para referência cruzada. O restante do livro se referirá às tendência e às combinações por seus nomes. Omitir as letras e os números, pode tornar o leitor mais difícil de ser alertado ao fato de que uma tendência particular está sendo endereçada. Mas, usar somente o nome do efeito, permitirá ao leitor identificá-lo, enquanto torna a estrutura teórica menos desviante e distrativa para a narrativa.
A construção social da Territorialidade. A Territorialidade, conceituadamente isolada e descritiva, para alguns graus distante dos contextos sociais particulares, pode parecer análoga a questão para o sentido da distância geográfica nas análises espaciais. Uma diferença crítica é que a Territorialidade é sempre construída socialmente ou humanamente de uma forma que a distância física não é. Podemos considerar, de uma maneira rudimentar, o ato de conceber, descrever e medir distâncias é uma questão de construção social. Da mesma forma são as forças sociais, que localizam as coisas dentro de certos padrões no espaço. Mas a Territorialidade é mais intimamente envolvida com o contexto social. A Territorialidade não existe, a menos que haja uma tentativa de indivíduos ou grupos em afetar as interações de outros. Não necessariamente esta tentativa e nem também a interação, precisa existir entre dois objetos no espaço para haver uma distância especificável entre eles. As distância podem ser comparadas e medidas, mas ainda é pouco que possa se dizer abstratamente
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sobre seus potenciais em afetar o comportamento. A sua influência depende de que haja canais reais de comunicação, tais como estradas, rodovias e semelhantes que contenham estas distâncias. A substituição indiscriminada da medição física da distância para os canais de comunicação ou interações significantes fisicamente e socialmente correm o risco de tratar a distância não relacionamente. De maneira diferente da distância, as relações territoriais são necessariamente constituídas de contextos sociais (de uma maneira geral) nas quais algumas pessoas ou grupos estão reivindicando acesso diferencial a coisas e a outros. Por causa disto, mais pode ser dito abstratamente sobre os efeitos da Territorialidade, do que pode ser dito sobre a distância. E ainda, a Territorialidade é um produto do contexto social, e o que quer que seja dito sobre isto, não importa o quão abstrato seja, pode ter implicações normativas afixadas a ela e desta forma nos levar de volta ao contexto social. É importante tornar claro que, estas implicações normativas se referem ao julgamento que as pessoas fazem sobre os usos da Territorialidade. Um efeito da Territorialidade, deve ser considerado como bom, neutro ou mal. A maioria pode concordar que, usar a Territorialidade para evitar o acesso das crianças aos pratos na cozinha, pode ser uma estratégia efetiva e até mesmo benigna. Para uns poucos isto pode ser ruim, porque os pais não têm que esconder das crianças os objetos que elas não têm que tocar. As implicações nominativas das pessoas se referem às ações, e neste caso a ações territoriais, são importantes partes de seus efeitos. Um pai pode perceber que a Territorialidade é eficiente, mas pode não usá-la, porque ele acredita que ela é ruim. A teoria, então, deve ter espaço para os julgamentos, éticos e normativos , que podem ser feitos por outros para os usos da Territorialidade. Isto ajuda a ligar a teoria à sociedade. Ainda, a própria teoria não apresentará procedimentos, pelos quais alguém pode julgar se uma ação é, com seus próprios méritos, boa ou má. Quando apresentarmos
as tendências, os contextos sociais
serão deixados em segundo plano (e embora exemplos específicos sejam usados para exemplificar os seus significados, eles não devem ser interpretados como especificando o contexto da tendência) e as implicações
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normativas gerais não serão formuladas, até que as combinações sejam discutidas. É claro que algumas dessas combinações, se diferem uma das outras no grau de que, elas se dirijam ao que os outros podem rotular como conotações benignas ou malevolentes. Estes termos normativos, ainda tendem a ser muito abstratos ou gerais. Mas, por meio de uma ilustração, nós podemos considerar que, um contexto benigno para alguém pode significar que uma relação é não-explorativa. Tal contexto pode ser compreendido, a nível individual, quando um pai usa a Territorialidade para impedir que uma criança jovem corra pelo trânsito. E em um nível grupal, quando os trabalhadores de uma fábrica, organizada e controlada democraticamente, elegem alguns de seus membros para servir como gerentes. Uma relação territorial malévola, pelo outro lado, pode ser pensada em ocorrer quando diferentes acessos através da Territorialidade, beneficia aqueles que exercem a Territorialidade em detrimento àqueles que estão sendo controlados. Manter as descrições das tendências dos significados neutros e normativos das combinações, geralmente, ajuda a separar a expressão da teoria da Territorialidade, das teorias particulares de poder e sociedade. Isto permite à Territorialidade, um espaço intelectual de si mesmo e evita que a Territorialidade se torne refém de qualquer teoria ética particular ou teoria do poder. A segunda parte da teoria nos leva à capacidade destas tendências terem implicações normativas e assim nos conduzir a tipos particulares de contextos sociais, que podem empregá-las. Desta forma, a teoria pode ser religada a casos históricos específicos e a teorias do poder.
Teoria: Parte 1. As dez tendências da Territorialidade. Por definição, a Territorialidade como uma afirmação do controle, é um ato consciente. A pessoa ou pessoas exercendo a Territorialidade não precisam estar conscientes dos dez potenciais ou tendências para que esses efeitos existam. Estas tendências da Territorialidade vêm à tona sobre certas condições. Além disso, elas não são independentes uma das outras. De fato,
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as três primeiras listadas abaixo: a classificação, a comunicação e o reforço, podem ser consideradas prioritárias logicamente, embora não trincamente. Elas são as bases, pelas quais as outras sete potencialidades da Territorialidade serão interrelacionadas. Em qualquer uma ou todas dez podem ser razões possíveis para o seu uso. Mesmo que as três primeiras não fossem importantes como razões em alguns casos, elas deveriam, entretanto, ainda estar presentes, porque elas são partes da definição. Em outras palavras, a Territorialidade deve propor classificação, comunicação e reforço, mas ela pode ser causada por uma ou várias ou ainda por todas as dez. Vamos continuar na ordem, do número 1 até o número 10 . E novamente lembrar, que os termos usados para descrevê-las podem ser aplicados aos contextos sociais benignos, neutros ou malévolos. Cada tendência está numerada e as palavras itálizadas servirão como nome das tendências nos capítulos subsequentes. Conforme a segunda seção mostrará, as tendências estão, logicamente, interconectadas em várias maneiras. O que vem a seguir, é mais uma lista de definição das tendências do que uma ilustração das suas interrelações. A ordem na qual elas são discutidas, sugere como conduz a outras: 1. A Territorialidade envolve uma forma de classificação que é, extremamente, eficiente sob certas circunstâncias. A Territorialidade classifica, pelo menos em parte, por área ao invés de por tipo. Quando nós dizemos que alguma coisa nesta área ou lugar é nossa ou que está fora do seu limite, nós estamos classificando ou colocando as coisas numa categoria como, nossa ou não sua, de acordo com sua localização no espaço. Nós não precisamos estipular os tipos de coisas no lugar, que são nossa ou não sua. Assim, a Territorialidade evita, em vários graus, a necessidade por uma enumeração e classificação por tipo e pode ser o único meio de afirmar o controle se nós não podemos enumerar todos os fatores significantes e relações aos quais nós temos acesso. Este efeito é, especialmente, útil na arena política, onde uma parte da política é sua preocupação com condições inéditas e relações. 2. A Territorialidade pode ser fácil para comunicar, porque ela requer um tipo de marca ou sinal, a fronteira. A fronteira territorial pode ser somente a forma simbólica que combina a direção no espaço e uma afirmação sobre a
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posse ou exclusão. Os sinais de estrada e outros sinais de direção, não indicam posse. A simplicidade da Territorialidade para a comunicação que explique o uso constante pelos animais. 3. A Territorialidade pode ser a estratégia mais eficiente para reforçar o controle, se a distribuição no espaço e tempo, dos recursos ou coisas a serem controlados, cai entre a onipresença e a imprevissibilidade. Por exemplo, os modelos da procura animal por alimentos têm mostrado que a Territorialidade é mais eficiente para os animais, quando o alimento é, suficientemente, abundante e mais previsível no espaço e tempo quando as ações não-territoriais são mais adequadas para a situação de conservação. A mesma coisa tem sido mostrada em caso de, humanos caçando e sociedades de coleta. 4. A Territorialidade propicia meios de reavivar o poder. Poder e influência, não são sempre tão tangíveis quanto riachos e montanhas, estradas e casas. Além disso, o poder e semelhantes são sempre potencialidades. A Territorialidade torna os potenciais explícitos e reais, tornando-os visíveis. 5. A Territorialidade pode ser usada para desviar a atenção da relação entre o controlador e o controlado no território. Como quando nós dizemos, é a lei da terra ou você não pode fazer isto aqui. Afirmações legais e convencionais do comportamento em territórios, são tão complexas e importantes e bem entendidas nos indivíduos bem socializados que, geralmente, se despreza tais afirmações e assim o território parece ser o agente do controle. 6. Ao classificar, pelo menos em parte, por área ao invés de por espécie ou tipo, a Territorialidade ajuda a constituir relações impessoais. A cidade moderna é uma comunidade impessoal. O critério primário para pertencer a ela, é o domicilio dentro do território. A prisão e o local de trabalho, exibem esta impersonalidade no contexto de uma hierarquia. Um guarda de prisão é responsável por um bloco de celas, nas quais existem prisioneiros. O domínio do guarda como supervisor, é definido territorialmente. O mesmo é
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verdade na relação entre o capataz e os trabalhadores e uma linha de montagem e etc. 7. As interrelações entre as unidades territoriais e as atividades que elas englobam, podem ser tão complicadas que é, virtualmente, impossível descobrir todas as razões para o controle das atividades territorialmente. Quando isto acontece, a Territorialidade aparece como meio geral, neutro e essencial pelo qual o local é feito ou o espaço é limpo e mantido para as coisas existirem. As sociedades tornam esta função de limpeza do local, algo explicito e permanente no conceito de direitos de propriedades na terra. Os muitos controles sobre as coisas distribuídas no espaço, tornam condensado o ponto vista de que as coisas precisam de espaço para existir. De fato, elas precisam de espaço no sentido que elas estão localizadas e precisam de uma área. Mas, a necessidade é territorial, somente quando existem certos tipos de competição pelas as coisas no espaço. Não é uma competição por espaço que ocorre, mas sim uma competição por coisas e relações no espaço. 8. A Territorialidade age como um container ou molde para as propriedades espaciais dos eventos. A influência e a autoridade de uma cidade, embora se espalhe à distância, é legalmente afirmada por suas fronteiras políticas. O território se torna o objeto ao qual outros atributos estão afirmados, como no caso do território político que se torna a unidade a receber a ajuda federal. 9. Quando as coisas a ser contidas não estão presentes, o território está, conceituadamente, vazio. De fato, a Territorialidade ajuda a criar a idéia de um lugar, socialmente, esvaziável. Pegue um pedaço de terra livre na cidade, ele é descrito como um lote vazio. Embora, não seja fisicamente por haver nele grama e solo. Ele é esvaziável, porque ele é desprovido de artefatos de valor social ou econômico ou coisas que tendem a ser controladas. A este respeito, a Territorialidade, conceituadamente, separa o lugar das coisas e então recombina-os como uma afirmação de coisas em lugares e lugares em coisas. Como nós veremos, esta tendência pode ser
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combinada com outras para formar um componente, extremamente, importante da modernidade, que é o espaço esvaziável. 10.
A Territorialidade pode ajudar a criar mais Territorialidade e mais
relações para moldar. Quando há mais eventos do que territórios ou quando os eventos se estendem em grandes áreas maior do que os territórios, novos territórios são gerados por estes eventos. De maneira contrária, novos eventos precisam ser produzidos por territórios novos e vazios. A Territorialidade tende a ser uma preenchedora de espaço. Estas são as descrições breves das dez conseqüências que nós hipotetizamos vir do uso da organização territorial e que serão abordadas para explicar as razões para se ter atividade territorial, ao invés de atividade não-territorial. Novamente, estas tendências não são independentes e o seu número preciso definição não é tão critico quanto a questão de que se elas englobam ou não o domínio dos seus efeitos potenciais. Nem todas precisam ser usadas, num momento territorial particular na história. E conforme mencionado, os seus significados ou importâncias dependerão das condições históricas específicas e de quem controla quem, como e para que propósito. Algumas de suas interconexões, serão notadas e se tornaram mais aparentes, conforme nós discutirmos as combinações primárias.
Combinações primárias. A maioria do comportamento humano ocorre com hierarquias das organizações territoriais. Indivíduos moram em cidades, que estão em estados, que estão em nações. Pessoas trabalham em mesas, que estão em compartimentos, que estão em prédios. Assim, tudo que nós dissermos sobre território se aplica por adição à organização territorial hierárquica. Por exemplo, ter o território usado como molde dentro da hierarquia dos territórios como no contexto de municípios, estados e nação, pode significa que um objetivo, tal como um desemprego de 4%, pode ser determinado, precisamente, para um nível geográfico, tal como o nacional, ao invés de para
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outro, tal como o estado ou o município. Determinando tarefas ou responsabilidades para diferentes níveis territoriais, pode se tornar uma estratégia política geral. A Territorialidade como um meio de englobar o conhecimento e a responsabilidade, pode ser usada para determinar o menor nível e o menor território, o menor conhecimento e responsabilidade e o maior nível e o maior território. Neste sentido e ainda sem sermos específicos sobre os contextos sociais, nós podemos continuar a ilustrar, mais das interrelações lógicas entre as tendências, considerando as combinações primárias possíveis e sua importância geral dentro das hierarquias sociais. Nós começaremos com uma lista, como nós fizemos com as tendências. Esta lista determinará as relações das tendências e as combinações dentro da hierarquia. A ordem da lista sugere como as combinações conduzem as outras, mas as maiores interconexões entre as combinações serão discutidas mais tarde. A figura 2.1, é uma matriz trançando as conexões entre as tendências elementares, de 1 a 10 , para formar as combinações primárias (de a a n). A disposição das combinações na figura 2.1, não está em ordem
alfabética, como é a ordem na lista das combinações. Isto é porque, a figura 2.1, agrupa as combinações discutidas na lista por suas misturas de
tendências, ao invés de por suas interconexões entre as combinações. (As dinâmicas entre combinações estão ilustradas na figura 2.2). A figura 2.1, mostra somente as ligações importantes. O quadrado escuro significa que, um potencial é, extremamente, importante. E um quadrado listrado de que ele é moderadamente importante. Um quadrado branco significa que a tendência não é importante, para aquela tendência particular, não significa que ele não tem efeito totalmente. (Note, novamente, que onde o 1, o 2 e o 3, devem ser atributos da Territorialidade, eles não precisam ser importantes causas ou conseqüências da Territorialidade. Sua inclusão na matriz era para indicar quando eles, como características da Territorialidade, também se tornam importantes conseqüências do território). Sem ligar a Territorialidade a contextos sociais específicos, é impossível ser mais preciso sobre o grau que cada tendência contribui para a combinação ou
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se uma área escurecida pode ser chamada de condição necessária e ou suficiente. Deve ser lembrado que algumas combinações diferem-se somente nas conotações e pesos colocados em suas tendências. a.
Talvez, a combinação mais geral é aquela em que todas as dez tendências podem ser componentes importantes da hierarquia complexa e rígida. 1, 2, 3, 6, 8 são especialmente importantes, porque elas podem permitir a
inclusão hierárquica do conhecimento e responsabilidade, relações impessoais e canais estritos de comunicação, todos estes componentes essenciais da burocracia. A força do número 8 , as relações impessoais, afeta o grau da burocracia moderna, de acordo com o critério de Weber. b.
Não somente o escopo do conhecimento pode ser tabelado, de acordo com os níveis territoriais. Mas, também o escopo da responsabilidade no espaço e no tempo, através da afirmação 3 e da modelação ao acesso a informação 8 .
Um planejamento de longo prazo, poderia ser feito sobre a
responsabilidade do maior nível que teria acesso ao maior conhecimento e responsabilidade. E um planejamento de curto prazo ou nenhum planejamento, seria a responsabilidade do menor nível territorial. Além disso, uma ação poderia ser subdividida em estágios. O primeiro tendo a ver com uma iniciação geral da norma e o último tendo a ver com o andamento dos detalhes. O primeiro seria pertinente aos maiores níveis territoriais e o último aos menores níveis. c.
Escalões maiores da hierarquia, tendem a usar os territórios para definir ( 1), afirmar (2 ) e moldar grupos ( 8 ), com o resultado que os membros podem ser coletados e tratados com impersonalidade ( 6 ). Este é o caminho ( 1, 3, 6 e 8 ) , para o qual a literatura histórico-antropológica aponta, quando ela
discute sobre a definição territorial das relações sociais. Este é um conceito relativo e seu oposto é uma definição social do território. As diferenças entre eles é uma questão de grau. Um caso, relativamente, extremo de uma definição territorial das relações sociais, pode ser encontrado em nossa comparação prévia do membro de uma comunidade norte-americana do século XX, quando comparado com um membro da comunidade Chippewa. Mesmo na América do Norte, as definições territorial e social podem ser
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encontradas no mesmo local. A exigência para se receber a proteção da polícia, proteção legal e proteção dos bombeiros, de um município americano, é que a pessoa esteja localizada dentro das fronteiras geográficas daquela comunidade. Aqueles que não residissem dentro dessa fronteira, simplesmente, não teriam esses benefícios. Por outro lado, dentro da mesma cidade, a pessoa sendo um visitante na casa de alguém, não torna essa pessoa parte do domicilio e não dá ao visitante o direito de usar os recursos do domicilio. Uma reivindicação atual de Territorialidade, pode envolver elementos de ambos, como quando uma cidadania política completa dos municípios americanos, embora avaliada quanto a base da residência, é somente dada a cidadões americanos. Como nós notamos no exemplo Chippewa, as sociedades primitivas baseavam-se, quase que inteiramente em uma definição social de Territorialidade, enquanto as civilizações, especialmente as sociedades modernas, fazem o contrário. Definições territoriais contínuas e intensas conduzem, conforme nós veremos, a um espaço, conceituadamente, vazio ( 3). Uma combinação significante e simples, é aquela em que uma englobação territorial hierárquica do conhecimento e responsabilidade, pode propiciar um meio muito eficiente de supervisão. Por exemplo, limitar os movimentos dos prisioneiros colocando-os em celas, torna mais fácil a tarefa de supervisioná-los, do que se eles tivessem permissão para andar livremente pela prisão. É claro que, mesmo uma prisão sem celas, mas com muros ao redor , propicia um meio mais efetivo de supervisão, do que uma forma nãoterritorial de contato, tal como algemando um prisioneiro a um guarda. O indicador quantitativo importante do grau da eficiência de supervisão, seria a extensão do controle, por exemplo, os números de supervisores por supervisionados. Esta medida é um indicador conhecido da estrutura organizacional e é exibida por todas as organizações territoriais.
A combinação dos elementos que constituem uma definição territorial das relações sociais (1, 3, 6 e 8 ), na conjunção com um mecanismo neutro de limpeza de espaço ( 7 ) e, especialmente, um lugar conceituadamente vazio (9), apontam para a possibilidade em um nível prático de preencher,
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esvaziar e rearranjar, continuamente, coisas em um território, com o propósito de um controle funcional eficiente. Esta constante manipulação das coisas dentro de um território, conduziriam, em um nível abstrato, a uma separação conceitual e recombinação das coisas e espaço e assim a um espaço, conceituadamente, esvaziável. O espaço, não somente um local como no 9, apareceria como uma moldura funcional eficiente para os eventos. Os eventos e o espaço pareceriam estar somente relacionados continuamente . Esta possibilidade é, especialmente, significante na sociedade moderna e caracteriza o conceito do território, mais intimamente ligado com os modos modernos de pensamento. A ciência, a tecnologia e o capitalismo tornam prática a idéia de preenchimento e esvaziamento, repetido e eficiente e de movimento das coisas dentro do território em todas as escalas. Os planejadores esperam que os estados, percam ou ganhem população ano a ano. E os suportes federais ou estados permitem estas mudanças. Em uma escala menor, os edifícios
servem como moldes
territoriais ou containers, para abrigar primeiro uma indústria, então outra ou quando ninguém quer alugar o prédio para não conter nada. A mobilidade geográfica e o poder territorial em um nível político, esvaziando, preenchendo e organizando a um nível arquitetônico, afrouxam os laços entre os eventos e o local, entre o território atual e o espaço como um pano de fundo para a ocorrência dos eventos, pano de fundo que pode ser descrito abstratamente ou metricamente. As mudanças nas atividades são, especialmente, prevalentes na cultura moderna. A sociedade de consumo, torna essa mudança essencial. Geograficamente, a mudança e o futuro são vistos como um sete de configurações espaciais. Diferentes daqueles que existem agora ou daqueles que existiam no passado. Um lugar que não mudou sua aparência, foi ultrapassado pelo tempo, ele permaneceu parado. Planejar mudança e pensar no futuro, significa imaginar diferentes coisas no espaço. Isto envolve imaginar separação e a recondenação das coisas no espaço. A Territorialidade serve como um recurso para manter o espaço esvaziável e preenchível. f.
As combinações de reificação ( 4) e o deslocamento ( 5 ), podem nos levar a uma perspectiva mística mágica. A reificação, através do território, é um meio de tornar a autoridade visível. O deslocamento, através do território,
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significa ter as pessoas em manifestações territoriais visíveis como uma fonte de poder. A primeira torna as fontes de poder proeminentes, enquanto a segunda às disfarça. Quando as duas são combinadas, elas podem nos levar a um ponto de vista místico do território ou local. Isto, normalmente, ocorre dentro dos usos religiosos do espaço. Por exemplo, o catolicismo reifica, quando faz a distinção entre as fontes primárias do poder, por exemplo a fé da e a Igreja invisível e as manifestações físicas desta, por exemplo a Igreja visível. Mas, o catolicismo se desloca quando ele tem seus adoradores acreditando que as estruturas físicas da Igreja e seus locais santos, emanam poder. As mesmas relações ocorrem no nacionalismo. O território é uma manifestação física da autoridade do Estado. Assim, a fidelidade ao território ou à terra natal, faz com que o território apareça como uma fonte de autoridade. g.
O componente territorial nas organizações complexas, pode ter um momento seu. Por um lado, aumentando a necessidade pela hierarquia e burocracia. E pelo outro lado, diminuindo a sua efetividade. Isto pode ocorrer, quando a definição pela área ( 1), leva não intencionalmente a uma circunscrição da área errada ou da escala errada e assim nos levar a uma má escolha do território ou então a um desperdício do processo. A má escolha, pode ser agravada usando-se o território como um molde ( 8 ). A má escolha e o desperdício diminuiriam a efetividade da organização. Mas, devido o conhecimento e a responsabilidade dentro da organização serem divididos de maneira diferente, a responsabilidade para retificar o problema , pode cair dentro da hierarquia existente, desta forma intricheirar ou até mesmo aumentar o papel da burocracia.
h.
Deslocamento ( 5 ) e multiplicação territorial ( 10 ), facilitam para o território parecer ser o final ao invés do meio de controle. Parecer é enfatizado, porque a Territorialidade como uma estratégia é sempre um meio para um fim. A Igreja católica oferece um exemplo disto. No século V depois de Cristo, os poderes dos arcebispo eram medidos, em parte, pelo número de dioceses e comunidades sobre seu controle. Para aumentar este poder, um arcebispo subdividiria a sua atenção. E desta forma, aumentaria o número de bispos e padres sobre sua supervisão.
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i.
O componente territorial, pode ter um momento seu para criar diferenças. A sua facilidade em ajudar a reforçar os diferentes acessos às coisas ( 3), pode se tornar institucionalizada em imposto, privilégio e classe.
j.
As mesmas tendências que contribuem para a organização efetiva e burocracia, conforme discutido em a, podem mudar a sua importância ao serem usadas como um meio geral de dividir e conquistar e tornar a organização mais intricheirada e indispensável para a coordenação das partes. No contexto do local de trabalho, as dez tendências podem ser usadas para desabilitar uma força de trabalho e criar a disciplina fabril.
k.
Classificação (1) e molde ( 8 ), podem ser usados especialmente, sem intenção, para obscurecer a má escolha do território e eventos, tornando as pessoas crentes de que a designação de tarefas particulares para territórios particulares é apropriada, quando de fato as tarefas são designadas para a escala errada. Um exemplo disto, seria designar maiores responsabilidades para o abatimento da poluição em níveis locais de governo, quando de fato as fontes de poluição particulares não são locais.
l.
Deslocamento ( 5 ) e multiplicação territorial (10 ), podem desviar a atenção das causas do conflito social, para conflitos entre os próprios territórios. Exemplos disto, podem ser vistos na atenção dada às crises urbanas e aos conflitos entre as cidades do interior versus os subúrbios e ao cinturão da neve versus o cinturão do sol, ao invés de se dar atenção às relações sócioeconômicas que causam os conflitos.
m. Moldar
a Geografia das ações em várias escalas ( 8 ), aliada com o reforço
de responsabilidades de planejamento de longo e curto alcance à correspondentes níveis de hierarquia ( 3), dá a organizações a oportunidade de obscurecer o impacto geográfico de um evento. Isto ocorre, através de uma especificação correta da Geografia em uma escala, digamos a nacional, e não em outras ou dividindo uma decisão em partes, tal que o inicio de uma ação, que pode ser irreversível, é considerado no contexto do maior território. E a implementação da ação é deixada mais tarde para os
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territórios menores. Uma combinação das duas coisas, é encontrada na história da política dos Estados Unidos com relação ao poder nuclear. Foi decidido , a um nível nacional, que uma parcela significante da nossa eletricidade seria gerada por usinas nucleares. Este objetivo era pertinente à nação como um todo, e estava a caminho antes que as decisões de localização das fábricas fossem tomadas a níveis locais, e antes mesmo que
as decisões
de
aproveitamento
da
perdas
fossem mesmo
contempladas. n. As
mesmas tendências que podem ajudar a fazer o controle organizacional
hierárquico efetivo ( 1, 2, 3, 6 e 8 ou a e j ), podem se virar contra nós, conduzindo a uma redução do controle e até mesmo a uma secessão. Dividir, conquistar, desabilitar e tornar as relações impessoais, podem ser coisas anuladas pelos potenciais que elas têm de criar desorganização, alienação e hostilidade. Em muitos casos, a linha de montagem foi muito longe em englobar e desabilitar. Os trabalhadores têm reagido a afirmações sem sentido e à alienação com vários graus de resistência. E a indústria tem, recentemente, começado a explorar novos tipos de organizações, visando diminuir a limitação territorial dos trabalhadores em níveis menores de hierarquia. Além disso, aqueles que resistem à limitação, podem fazer uso dos territórios existentes de várias maneiras, como quando os prisioneiros, literalmente, tomam posse da cela ou dos pavilhões ou quando unidades políticas se separam.. Nos casos onde as unidades separadas tomam uma forma territorial, nós supomos que as razões para o emprego territorial vem das dez tendências e de suas combinações. Estes potenciais, então, não são isolados e independentes. A matriz na figura 2.1, juntamente com as descrições anteriores das combinações, tornam claro que algumas das usam, exatamente, as mesmas tendências das outras. Mas, se difere nos pesos atribuídos a elas e às ênfases impostas em suas conotações e significados normativos. Por exemplo, a hierarquia e a burocracia ( a), a divisão e a conquista ( j ) e a secessão ( n), todas repousam fortemente nas tendências 1, 2, 3, 6 e 8 , mas elas fazem isto em graus diferentes. A hierarquia e a burocracia ( a), podem ser entendidas tanto como benevolente ou neutras na organização do uso do território. A
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divisão e a conquista ( j ), enfatizam os aspectos negativos de 1, 2, 3, 6 e 8 e descrevem o que pode ser achado como uma organização malévola. A secessão ( n), descreve a condição na qual um indivíduo ou grupo usa as tendências territoriais (1, 2, 3, 6 e 8 ), para diminuir ou remover a autoridade de outros. Similarmente, a ofuscação pela adoção da escala errada do território (k ), é o lado malévolo da má escolha ( g ). O conflito social, obscurecido pelos conflitos territoriais, impõe uma ênfase diferente nas mesmas tendências, do que faz a Territorialidade como um fim ( h). A ofuscação pelos estágios, em termos de tempo e escala ( m), é o lado negativo do planejamento de longo e curto alcance ( b). As diferenças (l ), é o lado negativo da eficiente supervisão a limitação (d ). Estas quatorze combinações, juntamente com as dez tendências primárias, são razões e causas potenciais e conseqüências e efeitos
da
Territorialidade, que estão ligadas a nossa definição. O restante do livro, ilustrará que estas delimitam o domínio das vantagens potenciais, em um nível suficientemente preciso e geral, para ser historicamente significante. Algumas combinações, tais como a divisão e a conquista, têm sido associados com a Territorialidade antes, mas a maioria das tendências e combinações, não. Isto é uma pena, porque elas são componentes necessárias no entendimento de como o efeito da Territorialidade familiar opera. Nós entendemos mais o papel da Territorialidade em dividir e conquistar, quando nós percebemos que a Territorialidade permite o emprego conjunto das dez usando estas dez,
tendências ou que
com diferenças pequenas na ênfase, pode ajudar as
organizações a se tornarem hierárquicas e burocráticas ou pode ajudar a criar uma organização ineficiente, ao invés de ajudá-las a dividir e conquistar. Algumas das combinações, podem ser
sintetizadas
em
categorias mais gerais, como quando juntamos todas as combinações que podem ser ofuscantes (k , l , m) - Estas é claro formam um importante componente da modernidade no capitalismo, de acordo com a teoria Marxista, como nós veremos, e algumas podem ser mais subdivididas ainda. Certamente, elas todas podem se tornar mais restritas, como quando a má escolha (g ) , é substituída pelo conceito econômico mais restrito da externalidade ou quando a divisão e a conquista ( j ), é substituída pelo exemplo mais restrito da política colonial britânica do século XIX na África. Mas, ao se
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fazer alguma coisa neste sentido corremos o risco de nos tornamos gerais ou específicos demais. Novamente, uma definição e seus vínculos estão em nível próprio que não podem ser provadas abstratamente. Nós somente podemos ilustrar a utilidade da teoria, em explorar casos de estudo da Territorialidade. Os potenciais estão mais interrelacionados e suas interconexões parecem constituir as dinâmicas e estruturas internas da teoria. A figura 2.1, propõe algumas sugestões sobre interconexões, mais ou menos prováveis, sobre como algumas potencialidades podem reforçar e algumas podem negar outras. De uma maneira geral, há sugestão de que a Territorialidade pode ajudar a aumentar a eficiência de uma organização, se for um estado, um negócio ou uma igreja, até certo ponto. E isto pode ajudar a mudar os objetivos de uma organização de benignos para malévolos. Por exemplo, definir as responsabilidades territorialmente, pode ser eficiente, mas também pode criar contratempos inadvertidos e más escolhas, quando a definição territorial se torna um substituto para não se saber o que está sendo controlado. Estas ineficiências, podem levar a necessidade de mais hierarquia territórios maiores para coordenar os contratempos e as más escolhas. Mas, eventualmente, o controle central será prejudicado, isto pode resultar dos níveis locais terem mais autonomias de fato, senão de jura. Definir as responsabilidades pela área, pode também ser usado intencionalmente para obscurecer ou disfarçar processos, aumentar as vantagens daqueles no controle e mudar a organização de benigna para malévola. Algumas dessas sugestões estão ilustradas na figura 2.2. Este diagrama, começa com a adoção ilustrada pela reta até a, de que os objetivos originais de uma organização são benignos ou neutros e que a instituição parte das tendências da Territorialidade para aumentar o seu controle hierárquico. Mas, algumas dessas curvas internas em pontos extremos, sugeridos acima, podem atrasar e tornar a organização ineficiente. Isto pode aumentar a autonomia local e até mesmo fragmentar a organização ou isto pode tirar a organização da neutralidade e levá-la para um estado maléfico de divisão e conquista daquele que está se controlando. Os círculos apontam para as curvas que são, especialmente, prevalecentes na sociedade moderna.
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Estas são somente umas poucas das muitas possibilidades que surgem das interconexões entre os potenciais. Visando acompanhá-las mais um pouco , a teoria deve se tornar mais explicita sob os tipos de contexto social
que
serão
empregados
nas
potencialidades
particulares
da
Territorialidade. É claro, que deve ser lembrado, que o contexto social nunca foi completamente ignorado. De uma maneira muito geral, ele está intrínsicamente ligado na própria definição de Territorialidade, nós somente o colocamos em segundo plano, mais com relação às tendências e menos com relação às combinações. A lógica da Territorialidade, pode carregar a discussão ainda mais além. Mas, somente combinando-a, com mais e mais tipos explícitos de contextos sociais, que pode ser esperado que se utilize a Territorialidade. O contexto social deve, agora, ficar no primeiro plano, para preencher mais das estruturas internas da teoria, tal como a tabela periódica dos elementos deve estar disponível para que a estrutura atômica de um átomo possa fazer sentido.
Teoria: Parte 2. Fronteiras: história e teoria. A ciência social está familiarizada com inúmeros tipos e modos de sociedades. Para focalizar a discussão, nós concentraremos nos modelos sociais de Weber e Marx. Além de serem muito influentes, este modelos têm norteado uma ampla gama de organizações sociais e tem muito a ver com a estrutura territorial. De maneira alguma eles são os únicos modelos aos quais a teoria pode ser combinada.
Weber.
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Duas facetas, especialmente, do trabalho de Weber, têm a ver com a nossa discussão. A primeira considera as dinâmicas internas das organizações
e especialmente das burocracias, e a segunda norteia o
contexto histórico-social, no qual certas organizações sociais são mais ou menos prováveis de ocorrer. Partindo desse segundo exemplo, primeiro, nós notaremos que Weber se refere a três tipos gerais ou ideais de organizações: a carismática, a tradicional e a burocrática. A primeira não é necessariamente ligada a qualquer período ou tipo de sociedade. Seus seguidores e lideres formam uma organização sem vínculos. Existem poucos oficiais, regras de procedimento e hierarquias claras. Mas, conforme o grupo persiste e especialmente na questão da sucessão, o carisma se torna rotilizado. Isto abre caminho para um dos dois tipos mais formais de organizações: a tradicional e a burocrática. Conforme o próprio nome, as organizações tradicionais são encontradas, primariamente, nas sociedades pré-modernas ou civilizações, contendo classes sociais e divisões complexas de trabalho. Estas organizações , repousam nos modos tradicionais de conduzir e resolver problemas. Geralmente, a liderança é tirada de um clã específico, família ou circulo de amigos. A justificativa para a autoridade é baseada no costume. A hierarquia pode ser bem desenvolvida e complexa, mas a habilidade de uma pessoa e a personalidade podem mudar o poder e o objetivo do seu compromisso. A legitimidade da autoridade, não é tirada de se possuir um escritório próprio, mas de estar se conectado as posições tradicionais de liderança. As organizações tradicionais ocorrem através das civilizações prémordenas. E elas caracterizam as organizações quando o carisma se torna rotineiro. Muitos estudiosos têm chamado as hierarquia tradicionais de burocracias,
mas Weber reserva
o
termo
para as
características
organizacionais encontradas, primariamente, nas sociedades modernas que incluem economias capitalista e socialistas. Nós prosseguiremos com a prática de chamar todas as organizações de burocráticas, mas até o ponto em que elas contenham características modernas, tais como as que Weber nota. A banalização do carisma na sociedade moderna, de acordo com Weber, conduziria, normalmente, a uma organização burocrática. As burocracias, nos
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termos de Weber, são caracterizadas pelas linhas formais de comunicação, também pela hierarquia clara e definições de autoridade e ainda por relações impessoais, estas constituem as organizações hierárquicas modernas. Mais especificamente, Weber diz que: 1) Os proprietários de escritórios individuais das burocracias modernas são pessoalmente livres e sujeitos a autoridade somente com respeito a suas obrigações oficiais impessoais. 2) As próprias burocracias são organizadas em hierarquias, claramente, definidas de escritórios. 3) Cada escritório tem uma esfera, claramente, definida de competência no censo legal. 4) O escritório é preenchido pelo uma relação contratual livre. 5) Os candidatos são selecionados com base nas qualificações técnicas. Geralmente, por exames ou diplomas técnicos, treinamento ou ambos. Os candidatos são apontados, não eleitos. 6) Eles são remunerados por salários fixos em dinheiro. O salário é, primeiramente, estabelecido de acordo com o grau na hierarquia. 7) O escritório é tratado como único ou pelos menos pela ocupação primária do incumbente. 8) Ele constitui uma carreira. Existe um sistema de promoção, de acordo com a antigüidade e aquisição ou por ambos. A promoção depende do julgamento de superiores. 9) O oficial trabalha, inteiramente, separado do proprietário dos meios de administração. 10)
Ele está sujeito a disciplina sistemática e estrita e ao controle da
conduta no escritório. Por outro lado, as organizações hierárquicas burocráticas que não são modernas tendem a não ter: a) Uma esfera, claramente, definida de competência, sujeita a regras impessoais. b) Uma ordenação racional das relações de superioridade e inferioridade.
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c) Um sistema regular de compromissos e promoções com bases em um contrato livre ou treinamento técnico. d) Salários fixos. Notem que a impessoalidade, é a coisa principal na lista. Quanto maior o grau de impessoalidade, mais moderna é a burocracia. Pesquisas mais recentes sobre a estrutura organizacional, consolidaram e estenderam os componentes de Weber e contém sugestões específicas sobre as suas interconexões. Os objetos de estudo, para a maior parte delas, têm sido as organizações industriais ocidentais do século XX. Mas, muitas das variáveis e das suas supostas interconexões podem servir como guia para uma análise das instituições pré-modernas. Estes trabalhos recentes, como o de Weber, apontam para o significado da impessoalidade e imparcialidade dentro da organização moderna e das estruturas burocráticas. E também sugerem o seguinte, como importantes facetas das organizações: •
Especialização: aquilo que se refere à divisão do trabalho.
•
Padronização: aquilo que se refere a extensão da regularidade dos procedimentos na organização.
•
Formalização: aquilo que se refere ao uso da documentação para a definição do trabalho e comunicação.
•
Centralização: aquilo que se refere ao local da autoridade na organização.
•
Configuração: aquilo que se refere a forma da autoridade e a hierarquia e também pode, geralmente, ser pelo alcance do controle. Claro que estas são características muito gerais. Significados
mais específicos, se diferem consideravelmente de estudo a estudo. Existe ainda o consenso de que a especialização, a padronização e a formalização estão fortemente interrelacionadas e conectadas à estrutura hierárquica das organizações e também à tecnologia. Pequenas modificações têm sido feitas na faceta histórica da formulação de Weber. Com exceção que, conforme nós notamos, outros têm
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usado o termo burocracia mais, geralmente, para descrever as hierarquias nas organizações tradicionais e têm encontrado dentro delas alguns exemplos das facetas burocráticas modernas, tais como as relações impessoais. Por outro lado, a maioria das correções têm sido feitas no primeiro aspecto da formulação de Weber: a descrição dos processos ocorrendo dentro das organizações modernas e burocracias.. E aqui dois caminhos da pesquisa têm a ver com a Territorialidade: Primeiro, conforme nós descrevemos, o trabalho recente em cima das
estruturas
organizacionais
tem
introduzido
tais
facetas
como
padronização, formalização, centralização e configuração, para consolidar componentes do modelo de Weber. Segundo, a pesquisa em cima das organizações, têm sido, explicitamente, endereçada às implicações normativas da burocracia. Weber viu a forma burocrática como, potencialmente, a mais racional e eficiente. Ele reconheceu algumas das suas características negativas, tais como a sua tendência em tornar as relações uniformes demais e impessoais, o que poderia causar a dissolução da organização e poderia criar oportunidades para níveis carismáticos formar novos. Mas, ele estava mais impressionado com os potenciais positivos da burocracia, da racionalidade e da eficiência. Acima de tudo, ele apresentou a burocracia como um instrumento com potencial para se sair bem. O lado negativo da burocracia foi investigado e mais elaborado pelos sucessores de Weber, especialmente, Michels e Merton. Michels, examinou as organizações socialistas alemãs e encontrou que, apesar do começo igualitário-idealista, estas organizações se tornaram, gradativamente, institucionalizadas, autoritárias e rígidas hierarquicamente. Os oficiais se tornaram mais interessados em perpetuar a si próprios e a seus escritórios, do que se importar com os compromissos originais da organização. Ele atribuiu estas tendências às burocracias em gerais e chamou-a de “Lei de ferro das oligarquias”. Merton, descobriu outro lado malévolo da burocracia. Uma ênfase em cima dos procedimentos formais rígidos das disciplinas e regras, ele argumentou que deixa os oficiais com uma visão de que, a aderência aos procedimentos formais é um fim em si próprio. A isto Merton chamou de deslocamento.
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Muitos outros estudos dos problemas da burocracia podem ser citados. E sua importância coletiva, embora a caracterização de Weber não estivesse errada, ainda havia mais das dinâmicas internas das burocracias que, geralmente, às afastam da eficiência e dos efeitos benignos ou neutros. Assumindo então, que as organizações são dinâmicas, que a sociedade moderna tem organizações hierárquicas complexas, com características particulares que Weber chama de burocráticas e que as sociedades tradicionais possuem os tradicionais “poréns”, geralmente, hierarquias complexas com poucas características burocráticas modernas, como tudo isto pode ser ligado a Territorialidade ? A união ocorre porque muitas destas dinâmicas estão espelhadas na lógica da Territorialidade. E porque, tanto as organizações tradicionais e modernas têm empregado a Territorialidade como partes integrais das suas próprias estruturas. Juntando a pesquisa sobre as facetas modernas da organização com a Territorialidade , podemos chegar às seguintes expectativas. Em termos muito gerais, a teoria sugere que a Territorialidade da sociedade tradicional e a da moderna, pode aumentar a eficiência organizacional, a centralização e a extensão do controle, mas novamente em um ponto. A teoria também antecipa, conforme na figura 2.2, que os pontos extremos podem ser alcançados, tornando possível para a Territorialidade, enfraquecer uma instituição. As unidades territoriais, podem ser extintas ou se tornar capturadas por outras organizações. O processo pode ser súbito, como quando as unidades territoriais geram ineficiências burocráticas e se tornam fim em si próprias. Se nós focalizarmos, especialmente, nas facetas modernas da burocracia, nós podemos esperar que nas sociedades modernas, mas também em alguns graus nas sociedades pré-modernas (conforme foi nos mostrado na nossa discussão sobre a Igreja Católica), que a facilidade da Territorialidade em propiciar desembaraço de classificação, comunicação e controle, também pode aumentar a especialização, a padronização e a formalização até certo ponto. A expressão “até certo ponto”, deve ser enfatizada, novamente, porque a sociedade na qual essas organizações ocorrem têm muito a ver com as coisas específicas dessas relações e porque os pontos críticos nas dinâmicas internas da teoria podem, novamente, ter
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alguma coisa a ver com alguns destes efeitos. Estes pontos críticos, são equivalentes territoriais dos efeitos oligarquicos e conservativos da burocracia . A lógica interna da teoria, pode ser redefinida para produzir relações mais especificas, quando o tipo de organização usando a Territorialidade é mais claramente definido. Conforme nós veremos no capítulo 6, para organizações burocráticas centralizadas e modernas como a militar, a escola e a fábrica, relações quantitativas especificáveis podem ser esperadas de conter certos graus de Territorialidade, extensão de controle, hierarquia, complexidade de tarefa e tecnologia. Embora muitas relações entre a Territorialidade e as divisões sociais hierárquicas complexas do trabalho, possam apresentar na praticidade e organização, nós não devemos perder de vista o fato de que algumas predominariam na sociedade moderna. Isto significa que alguns dos usos da Territorialidade dentro de uma organização, dependem da sociedade na qual a organização ocorre. Os governos de impérios nos estados modernos, têm a Territorialidade subdividida nos seus domínios, porque a Territorialidade pode propiciar a estas organizações, algumas vantagens. Mas, justamente por haver diferenças entre as organizações tradicionais e as burocracias modernas, também existem diferenças nos efeitos territoriais que elas empregam. Comparando as dinâmicas destes tipos de organização, com as dinâmicas potenciais da Territorialidade, pode ajudar a especificar as condições de cada. Por exemplo, as organizações tradicionais, diferentemente das burocracias modernas, não se esperar enfatizar os efeitos da Territorialidade em criar relações impessoais e espaços, conceituadamente, vazios. Ainda existem os casos fascinantes e importantes das organizações pré-modernas, contendo alguns desses efeitos modernos. Conforme nós veremos, a Igreja Católica é um caso a se apontar. Mas, também existem o sistema dos mandarins chineses de selecionar oficiais e o sistema feudal inglês das cortes do rei. Estes sistemas, possuíam aparelhos territoriais para ajudar a manter as relações a nível impessoal. Um dos
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recursos era o rodízio de oficiais de um território a outro ou pelo menos não estabelecer um oficial na sua região nativa.
Marx. Uma segunda teoria social que pode ser ligada com sucesso com a Territorialidade, é o Marxismo. Marx não examinou a possibilidade das dinâmicas burocráticas como um fenômeno independente. Ao invés disso, os seus escritos discutem sobre a burocracia como uma instituição a ser manipulada pela classe dominante. Isto é porque, Marx ensinou que a divisão social do trabalho, conforme manifestado nos arranjos, especializações e papéis, é determinada pela divisão econômica do trabalho. As idas e vindas da burocracia, são ligadas ao desenvolvimento das classes econômicas e suas interrelações. Uma vez que o comunismo remove o conflito de classe, o Estado como um agente da opressão, definharia. Marx não se prendeu diretamente à questão de que, se a burocracia também definharia junto com o Estado. Mas, em sua crítica inicial a Hegel, ele vê o socialismo simplificando a burocratização do Estado. Recentemente, os marxistas reconheceram que a burocratização é uma força a ser considerada nos países socialistas, senão no mundo utópico do comunismo. As burocracias soviéticas, têm dinâmicas internas e contradições próprias. As tendências oligarquicas do governo da burocracia por exemplo, podem criar o equivalente da estrutura de classe e interesses e suas formas, importâncias e dinâmicas são afetadas pelos contextos social-históricos. Este trabalho literário então, pode adicionar especificações outras, as direções e as importâncias das dinâmicas dentro da burocracia. Mais diretamente, o nosso propósito é que a teoria Marxista do conflito de classes no capitalismo, quando aplicada na Territorialidade, separaria as combinações que causam ofuscação da Territorialidade (a k , l e m), como as mais importantes dos estágios mais avançados do capitalismo. As
combinações que causam ofuscação, seriam esperadas devido a tendência geral do Capitalismo em disfarçar os conflitos de classe. E por causa da
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posição peculiar do trabalho vis-à-vis do Estado e do capital, que tem uma importância particular, com relação a teoria do Estado. Por outro lado, o Estado tenta manter o capitalismo, que por sua vez deve conter ou reduzir o conflito de classe, proclamando ser o campeão das pessoas e um veículo para se conseguir mercadorias públicas. Este papel duplo, significa que os recursos e as formas de poder, devem sempre ser disfarçados e as tendências da Territorialidade, que causam a ofuscação, devem ajudar nisso. A ofuscação territorial, não precisa ser aplicada somente a nível de Estado ou a nível local. Ela pode aparecer também no local de trabalho, na escola e nos reinos de consumo. Além disso, a teoria Marxista em conjunto com uma análise geral da modernidade, aponta para o presente e o passado recente, como a hora de se esperar uma ocorrência mais intensa e mais freqüente do espaço esvaziável ( e). Isto é porque o capitalismo reforçar visão do espaço como uma moldura para locação e distribuição dos eventos. O capitalismo ajuda a transformar o espaço local em comodidades. Ele ajuda a ver a superfície da Terra como uma moldura espacial, na qual, os eventos são locados, contingentemente e temporariamente. A necessidade do Capitalismo pela cumulação de capital e por crescimento, torna a mudança superior. E geograficamente, mudar significa uma relação fluida entre as coisas e o espaço. O futuro e as ações produzidas no futuro, são concebidos de contínuas alterações das relações geográficas. A Territorialidade então, se torna um molde para o preenchimento do espaço e para a definição e manutenção do espaço vazio. Os seguidores de Weber, bem como os marxistas, apontariam para o fato de que as civilizações pré-modernas, podem ser diferenciadas nos seus usos da Territorialidade, mas que as diferenças nos usos entre elas são, sobre vários aspectos, não tão grandes quanto as diferenças entre os seus usos e aqueles usos na sociedade moderna. Eles também concordariam, que somente mais um marco histórico comparável, ocorreu no uso territorial. E este aconteceu na transição entre a sociedade primitiva e a civilização.
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Marx e, especialmente,. Angells, caracterizam o modo primitivo como, essencialmente, diferente dos outros modos pré-capitalistas. Para eles, o modo primitivo significa uma sociedade igualitária em pequena escala, com poucos, senão nenhuma, instituição de opressão. O uso primitivo
da
Territorialidade, parecia diferente daquele encontrado nas civilizações, tanto pré-capitalistas quanto capitalistas. Por exemplo, na sociedade primitiva se esperaria encontrar o uso freqüente ou intenso da Territorialidade., para formar relações impessoais ( 6 ), para moldar (8 ), conceituadamente para o local vazio ( 9) ou para multiplicar territórios (10 ) e não se esperaria encontrar a maioria das combinações , especialmente, a definição territorial para relações sociais (c ). Há ainda, muito a se dizer sobre as ligações entre a teoria da Territorialidade e as teorias marxistas de Weber e de outros, sobre o poder e a organização. Conexões mais específicas, podem e serão feitas mais adiante no livro e examinadas nos casos concretos e históricos. Ao discutirmos a modernidade
nos
capítulos
subsequentes,
nós
consideraremos
as
interpretações da Territorialidade pelos neo-Smithianos e pelos neoKeynesianos, bem como pelos Weberianos e marxistas. Mas, esse esquema é suficiente para apontar as possíveis áreas sobre as quais, uma história da Territorialidade se devia concentrar. A figura 2.3, resume as relações principais que nós mencionamos, entre os usos da Territorialidade e suas associações com aqueles contextos social-históricos sugeridos, especialmente, por Marx e Weber, e o entendimento geral da história. Ela enfatiza, a ampla conexão entre a Territorialidade e a mudança na economia política. Ela então considera, uma divisão econômica do trabalho, como sendo um fator primário em determinar quem controla quem e para que propósito. Isto não significa, é claro, que a Territorialidade seja afetada por outros fatores, econômicos e nãoeconômicos. A figura 2.2, sugere como a organização hierárquica é um fator de influência na Territorialidade, ela propõe que a maioria das mudanças territoriais podem ser associadas com as mudanças na economia política. Os dois períodos históricos críticos, indicados na figura 2.3, são o surgimento das civilizações e o surgimento do capitalismo e da modernidade(Embora, o
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capitalismo e a modernidade não sejam sinônimos - esta última inclui componentes culturais e ideológicos que não são reduzíveis a termos econômicos - o Capitalismo é um elemento historicamente crucial do modernismo. E por razões de brevidade, os dois termos serão às vezes usados intercambiavelmente. Países chamados de socialistas, como a União Soviética, também são modernos, mas como há pouco consenso sobre a forma econômica-política deles, o seu uso da Territorialidade não será discutido separadamente). No surgimento das civilizações, os efeitos mais importantes da Territorialidade, são os seus usos para o governo de outros, par definir relações sociais, para dividir, subjugar e para organizar populações. O efeito territorial mais importante que acompanha o surgimento do capitalismo, são os seus usos em espaços, conceituadamente, vazios e criar burocracias modernas e em camuflar as fontes do poder. Estes esquemas das conexões predominantes entre as organizações históricas e as funções territoriais e juntamente com a figura 2.2 e as sugestões gerais contidas na figura 1.2, servirão como modelos de organização para o resto do livro. A figura 2.3, resume as idéias sobre o passado, mas assim também o faz toda a história escrita, em oposição talvez ao que realmente aconteceu no passado. Os capítulos subsequentes, tentarão mostrar que o registro histórico(incluindo o que outros além de Marx e Weber disseram sobre o passado), tende a confirmar estas associações hipotetizadas e usam a palavra “tende”, por várias razões. A extensão de tempo e espaço a ser coberto
é muito vasta. Somente as partes principais podem ser
esquematizadas, o que significa uma seleção judiciosa de casos e amostragem da vasta quantidade de fontes secundárias. A interpretação histórica está em fluxo contínuo. Visões alternativas são abundantes para praticamente qualquer período, como também debates sobre a importância do período e a duração. O que o capitalismo é e quando ele praticamente se tornou importante, é algo timidamente resolvido. O mesmo ocorre para outros períodos e organizações sociais. O que Marx e Weber oferecem, são modelos gerais(e modelos, especialmente, os sociais, são representações parciais e aproximadas da realidade), um número maior de estudos históricos mais
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detalhados, pode ser encontrado, o que tende a aceitar as suas tipologias sociais gerais. A evidência desses
trabalhos detalhados, será usada no
próximo capítulo, para citar as relações sugeridas na figura 2.3; e especialmente para destacar as duas transações globais - da primitiva para a civilizada, e da pré-capitalista para a capitalista. Estas mudanças também serão descritas na conjunção com as mudanças nos conceitos e usos do espaço e tempo. O capítulo 3 então, é um resumo da história da Territorialidade, do espaço e do tempo. A figura 2.3, enfatiza as forças econômicas atrás das relações social-territoriais. Mas, ela também sugere que vários efeitos territoriais, tais como definir as coisas pela área e reforçar o acesso, pode ocorrer em qualquer sociedade, ao passo que outras, tais como o uso da Territorialidade para tornar relações impessoais e para aumentar a extensão do controle, podem ser achados em todas as civilizações, porém, principalmente, nas modernas do que das pré-modernas. Em outras palavras, as instituições com características modernas podem existir dentro das sociedades pré-modernas e vice-versa. Além disso, o que não está descrito da figura 2.3, mas está implicado na matriz geral da figura 2.1 e está ilustrado na figura 2.2, é que as relações entre as pessoas e o território podem sofrer mudanças importantes, enquanto a sociedade na qual elas ocorrem pode não sofrer. Embora, a política econômica de uma sociedade, pelo menos no nível da generalização descrito na figura 2.3, possa permanecer a mesma, os efeitos territoriais sobre as pessoas e dentro de uma organização, conforme ilustrado pela figura 2.2, podem ter uma dinâmica própria. O capítulo 4, sobre a Igreja, vai explorar estas possibilidades. Examinando as dinâmicas territoriais internas das organizações da Igreja e suas relações com a mudança econômica-política. A Igreja é um dos exemplos mais duradouros e melhor documentados, de uma instituição usando a Territorialidade como parte integral da sua organização. A paróquia , a diocese e a arquidiocese e também a divisão arquitetural dos prédios das igrejas, claramente, revelam a crença da Igreja na Territorialidade. Estes aspectos da organização da Igreja, foram desenvolvidos diferentemente durante os três principais períodos históricos: o clássico, o feudal e o moderno. Durante o último período, as dinâmicas
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internas da Igreja parecem ter resistido, principalmente, a muitas mudanças político-econômicas externas que acompanharam a modernização. Nos períodos , romano e feudal , os efeitos territoriais da Igreja foram mais modernos do que o caso de outras instituições da época. Mas, no final da Idade Média, os mesmos efeitos serviram para separar a Igreja da sociedade e isolá-la da mudança social. De forma que, desde então, a reforma da Igreja serve de exemplo de uma organização arcaica, ao invés de uma organização moderna. Esta mistura de mudança e persistência das dinâmicas internas e a resistência à mudança, faz da Igreja um caso importante para o estudo das interconexões entre a hierarquia, burocracia e a Territorialidade, dos tempos pré-modernos até o presente. O capítulo 5, que é sobre o sistema territorial americano, usará a formação política da América do Norte, do século XVI até o presente, para concentrarmos novamente nos temas do uso moderno da Territorialidade, especialmente, o seu papel em criar um conceito de espaço esvaziável, de facilitar a burocracia e de obscurecer as fontes do poder. O capítulo 6, o local de trabalho, concentrará em como estes mesmos usos modernos da Territorialidade se desenvolverem nos últimos 300 anos, a níveis locais e arquiteturais.
3. Modelos históricos: Territorialidade, espaço e tempo. Para os humanos a Territorialidade é uma estratégia que afeta, influencia e controla. Ela é usada em conjunto com as estratégias espaciais não-territoriais. A seleção da Territorialidade e o efeito, dependem do contexto social, em como o espaço em geral é usado e concebido e bem como quem está controlando quem e para que propósitos. Isto significa que a história da Territorialidade, está intimamente ligada a história do espaço, do tempo e da organização social. Antes de explorar estas interconexões e, especialmente, a
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Territorialidade dentro de dois marcos históricos - o surgimento da civilização e o surgimento do capitalismo e do mundo moderno - faz-se por bem apontar algumas tendências históricas gerais da Territorialidade:
Tendências e Complexidades. Primeiro, existe uma forte evidência indireta de que o número total de unidades territoriais autônomas no mundo, têm diminuído enormemente desde os períodos pré-históricos até o presente. O declínio não tem sido initerrupido, mas desde o surgimento das civilizações, não se tem dúvidas sobre suas direções gerais. A população total do mundo, durante o período Paleolítico, pode não ter sido mais de 3 milhões. A humanidade era dividida, em cerca de 100 mil ou mais, pequenas entidades independentes. Através da observação contemporânea da caça pré-literata das sociedades de colheita e refletindo sobre os motivos pelos quais tais grupos têm sido territoriais do passado, nós podemos concluir que, embora cada um destes povos pré-históricos ocupassem uma área geográfica, nem todos fizeram uso da Territorialidade e muitos fizeram muitos uso somente intermitentemente. E mais ainda, havia espaço suficiente para um número de unidades territorialmente autônomas, que eram na ordem de dezenas de milhares. Isto é um número muito grande quando comparado com as 150 nações-estados dos anos 80, que de alguma forma são independentes ou autônomas. Segundo, desde os tempos pré-históricos, o tamanho dessas unidades territoriais autônomas têm aumentado, das áreas de coleta e caça e também das áreas para a agricultura das vilas e povoados, para enormes impérios estados-nações. (conforme nós notamos com os Chippewa, as poucas sociedades de caça e coleta que tinham grandes áreas, uma razão para o seu domínio vasto e não-territorial pode ter sido a escassez e a imprevissibilidade do alimento e de outros recursos, mesmo se eles pudessem reforçar a Territorialidade, isto faria, inevitavelmente, da Territorialidade uma estratégia pobre.)
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Terceiro, estas poucas e enormes unidades autônomas, se tornaram gradativamente subdivididas e fragmentadas em várias sub-unidades territoriais, estas formam as hierarquias territoriais dentro da sociedade. É através desta subdivisão que o número total de territórios, além do tipo autônomo tem aumentado. Os antigos impérios foram subdivididos em uma multiplicidade de camadas menores de jurisdição, também da mesma forma foram os espaços de produção e consumo. A criação de enormes complexos de edifícios, subdivididos em salas e compartimentos, indica os layouts dos territórios nos menores níveis geográficos. A nação-estado moderna possui níveis territoriais sem precedentes, para cada reino da vida. As unidades políticas são hierarquicamente ordenadas, da nação-estado até as administrações locais. E mesmo os distritos com o único propósito; os escritórios, as fábricas e as casas têm se tornado independente com hierarquias próprias. Entender estes padrões gerais e os inúmeros efeitos que eles englobam, requer desvendar os tipos de territórios e os contextos sociais e históricos em que eles ocorrem - sabendo especialmente quem está influenciando e quem está controlando quem e porquê. A teoria da Territorialidade diz que sociedades que não têm hierarquias formais, classes econômicas e outros tipos de diferenças institucionalizadas, usariam a Territorialidade de uma maneira diferente daquela que o fazem. Os historiadores e os pré-historiadores, sugerem que sociedades, relativamente, não-hierarquicas (similares aos aborígenes Chippewa), foram comuns antes do surgimento da civilização e algumas têm persistido até os dias de hoje nos lugares mais remotos do mundo. Estas têm sido chamadas, por tanto tempo, de sociedades primitivas, que nós empregaremos o termo, apesar da conotação negativa que ele tem. No seu uso que se pensa indicar, uma condescensão sobre a parte da pessoa, presumidamente, não-primitiva que o usa. Entretanto, o sentido original do termo não é de maneira alguma pejorativo. Ele significa, primário ou original no tempo ou mesmo na classificação. O nosso uso do tempo tem a intenção de convencionar o uso original não-pejorativo. Nós estamos interessados nos tipos de sociedades primárias, originais ou primitivas e seus usos do espaço e se seus usos se comportam, conforme aqueles citados na discussão no capítulo 2.
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Outro ponto sobre o termo primitivo, é que ele também implica que os humanos progrediram através de dois estágios no mínimo - do primitivo para o não-primitivo ou civilizado. Mas, exatamente o que as idéias de estágio e progresso significam? Alguns diriam que este estágio é uma seqüência necessária, na qual a sociedade anterior, de alguma forma, causa ou dá razões para o surgimento da última e que o estágio é também uma progressão necessária em direção a uma forma maior ou melhor. Tais significados de estágios são impossíveis de se suportarem, no caso da história humana. E certamente não são o que se intenciona ser os nossos interesses no primitivo, nas transições do primitivo para o civilizado ou para a questão das transições do feudalismo para o capitalismo. O nosso interesse em formas particulares de organização social, incluindo a primitiva, tem a intenção de apontar para o fato que muitos tipos diferentes de organizações sociais, existiram, que alguns predominaram somente por períodos particulares e que outros ajudaram a ocasionar outros. Estas mudanças e seqüências, entretanto, devem ser separadas das idéias de que elas foram de alguma forma inevitáveis, necessariamente, para melhor e em uma direção somente. A idéia de mudança deve permitir ao fato, que as formas primárias de organizações sociais, não sejam inteiramente substituídas por formas novas e que as formas novas podem ter algumas representações anteriores. A idéia de mudança, então, deve ser sensível ao fato de que organizações do passado persistem , embora de formas alteradas, com estruturas atuais e que, embora uma estrutura particular possa predominar, uma sociedade, usualmente, contém outras formas misturadas. Com referência primitiva, nós podemos dizer que antes de 7 mil anos atrás, não haviam sociedades cujas características fossem dominadas por aquelas que são associadas com a civilização. Mas, logo após o período de 7 mil anos, nós achamos que haviam várias sociedades possuindo importantes características associadas com a civilização. Isto não significa que as sociedades primitivas não continham traços dos atributos associados com as civilizações ou que as civilizações não contém atributos das sociedades primitivas. As fronteiras das primeiras civilizações, englobavam comunidades
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primitivas. As comunidades primitivas, continuavam a existir, além das fronteiras da civilização. Entretanto, nós devemos assumir que, aquelas que persistiam, além dos domínios dos impérios, foram ,eventualmente, embora geralmente indiretamente, alteradas pelas presenças das civilizações. Talvez, seus costumes e culturas materiais foram mudados ou talvez eles, simplesmente, foram forçados a se mudar para novas regiões, porque pressões indiretas da população, demandavam por uma expansão da civilização, isto é a intermistura do velho com o novo. E não somente com relação ao surgimento do capitalismo, que é o nosso objeto de discussão das transições e mudanças históricas. Retornando à caracterização da primitiva, é importante para nós construir uma descrição mínima desta sociedade, que melhor comporte a evidência e que enderece os assuntos sobre o uso do espaço e da Territorialidade, mas a evidência não é tão facilmente compreendida. O conhecimento sobre a primitiva é indireto e vem de duas fontes diferentes: primeiro, o registro arqueológico e em segundo, as observações escritas através da história das sociedades com uso de tecnologias comparáveis àquelas que foram usadas pelos arqueólogos. Estes registros escritos são sobre sociedades que indubitavelmente mudaram e que foram influenciadas pelos contatos com as civilizações. Entretanto, suas tecnologias, organizações sociais e sistema de crenças são, por outro lado, muitos diferentes dos destas civilizações e também possuem fortes semelhanças com que nós sabemos das sociedades primitivas a partir do restos arqueológicos. A abstração e a combinação dos dois tipos de evidência, apresenta um quadro composto que, com as devidas precauções, servirá para a caracterização das sociedades primitivas.
As economias políticas primitivas.
A economia doméstica.
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Uma vez que a Territorialidade é uma forma geográfica de poder e sua importância depende de quem está controlando quem e para quê propósitos, nós devemos começar as nossas explorações da Territorialidade nas sociedades primitivas, com um quadro geral de como elas usam o poder e a autoridade. Isto é melhor alcançado, examinando-se as suas economias políticas. De una maneira geral, as sociedades primitivas são menos complexas do que as civilizações. Elas têm menos divisão de trabalho, especialização interna, menor número de pessoas e contém menores áreas geográficas. Sua sobrevivência pode ser obtida através de qualquer combinação de coletas, caça, busca por comida, criação de gado e agricultura. Virtualmente em todo grupo primitivo, o domicílio é a unidade básica da produção e consumo. Esta unidade pode ser composta de uma família primária ou de uma estendida. Uma mistura de domicílios (relacionados ou não) pode ser chamada de um bando. Nas sociedades de caça, de coleta e de busca de alimentos, os bandos são geralmente sisonais. Os domicílios se mudam de acordo com a distribuição dos recursos e, geralmente, se juntam em bandos novamente quando é época de esforços cooperativos. Os tamanhos dos bandos variam, mas raramente eles se aproximam do tamanho, mesmo de uma cidade moderna pequena. Entre os caçadores e coletores, talvez os esquimós tenham as maiores vilas, existindo nos locais de boa caça, várias centenas de habitantes. Os clãs e as tribos, são mais complexos do que os bandos e podem se manter unidos através dos laços familiares e linhagens, reais e fictícias. O termo tribo, se refere a uma extensão dos tipos organizacionais., muitos dos quais têm sido uma resposta das sociedades primitivas às pressões da civilização. Para a sociedade primitiva, as forças sociais, empurrando os indivíduos para grupos maiores, tendem a ser mais fracas, conforme o tamanho ou nível de complexidade do grupo aumenta. Ela é mais forte dentro do domicílio e mais fraca dentro da tribo, se e quando ela existe. O termo geral, comunidade, será usado para abarcar a extensão das unidades sociais, as quais o domicílio pode pertencer.
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A natureza da economia primitiva, repousa nas interrelações entre seu tamanho pequeno, sua tecnologia acessível e seus valores comuns igualitários. A figura 3.1, ilustra como cada uma destas reforçar a outra. Sob muitos aspectos a sociedade primitiva carece de classes econômicas, bem estar herdado e instituições legais, políticas ou administrativas ou ainda do aparato do Estado para as pessoas. A sociedade primitiva é participatória. Os conflitos dentro da comunidade não são dirigidos contra as instituições ou entidades corporativas, mas sobre indivíduos específicos. A liderança é um consenso e os lideres são aqueles que surgem de acordo com a ocasião. Pode haver um líder de caça, outro de assuntos espirituais, outro que é o homem sábio e etc. Estes papéis não são coercivos, eles não são herdados. Os usos primários institucionalizados do poder podem ser restritivos - não igualitários - e são aqueles que designariam responsabilidades sob as bases do sexo e da idade. Esta base consensual da política está intimamente relacionada
com
a
natureza
igualitária
do
sistema
econômico.
Freqüentemente, se ouve que ninguém passa fome em uma comunidade primitiva, a menos que todos passem. Geralmente, um bom líder de caça doa a sua porção, então recebe uma porção (modesta) para ele próprio e para seus dependentes. A divisão toma a forma da reciprocidade e é reforçada conforme a figura 3.1 sugere, pelo tamanho pequeno das comunidades. Se um homem forte começa a usar o seu poder injustamente ou sem sabedoria, aqueles que estão descontentes ou que estão sendo prejudicados, podem sair para formar a sua própria comunidade ou se juntarem a outra. Se isto não for possível, a comunidade pode adotar uma postura de ostracismo com relação ao “brigão”. Uma vez que estas comunidades são pequenas, os efeitos da ação de alguém sobre outros pode ser visto rapidamente por todos. Esta intimidade e a interdependência econômica dos membros da comunidade torna a ajuda mutual e a cooperação importantes coisas. Novamente, conforme a figura 3.1 indica, a inegualdade econômica é mais improvável ainda por se ter uma tecnologia acessível. As ferramentas podem ser complexas e intrigantes, mas o conhecimento de como usá-las é largamente difundido. Embora alguns possam ser capazes de fazê-
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las melhor do que os outros, isto não torna impossível que os outros a produzam. O conhecimento da manufatura da ferramenta, não pode ser monopolizado e nem ninguém dentro da comunidade pode monopolizar o gamo, o peixe, as amoras ou as castanhas. Mesmo se a sociedade é de agricultura, raramente há uma escassez de terra arável. E então, novamente, a monopolização dos lotes dentro da comunidade é algo improvável. Isto não significa, entretanto, que a comunidade não possa designar lotes diferentes da terra., para ser usados por diferentes domicílios. Isto pode, freqüentemente, ter sido o caso, mas a terra permaneceria da comunidade. As designações seriam baseadas na necessidade do domicílio e seriam periodicamente reavaliadas. A própria terra pode nem sempre ser o foco primário de valor, geralmente são feitas distinções entre a terra e seus produtos. A terra em si, não pode ser designada a ninguém em particular. Ao invés disso, pode ter sido dado a uma pessoa ou uma família o direito de fazer a colheita das arvores de amora. A família, os relacionamentos e as amizades ritualizadas propiciam os canais complexos da reciprocidade, através dos quais o trabalho, as fontes e os produtos fluem para igualar as discrepâncias e par serem divididos nas horas de emergências. Não poderiam essas obrigações familiares recíprocas conter arranjos diferentes de relacionamentos?. Elas podiam!. A idade e o sexo, conforme nós notamos, podem criar diferenças e é provável que existam outras que tenham a ver com a habilidade e a personalidade. Mas, estas não vão sair do controle e permitir que indivíduos e famílias monopolizem o poder e os recursos, por causa das restrições impostas em cima das diferenças da tecnologia acessível e da baixa densidade da população. Em resumo, sobre estas condições a reciprocidade significa um retorno igual de obrigações. Nós devemos ressaltar, que o igualitarismo destas comunidades se aplica primariamente à circulação e ao consumo das necessidades e que inúmeros tipos de diferenças, existem em outros reinos. As pessoas se diferem em talentos e habilidades e os povos primitivos também possuem propriedades pessoais ou privadas. Eles podem possuir as suas próprias
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armas, os seus próprios abrigos e suas próprias vestimentas. Em alguns casos, eles podem até mesmo possuir, as suas próprias lendas. Mas, estas diferenças nas habilidades e posses, não impedem que outros tenham uma sobrevivência, também. Embora estas comunidades sejam pequenas, pessoais e, geralmente, muito ligadas, elas não são necessariamente harmoniosas. Os conflitos, mesmo os violentos, estão documentados nas observações etnológicas e também são partes de muitas destas lendas desses povos. O pequeno tamanho destas comunidades e sua falta de especialização e divisão de trabalho, afeta não somente a sua economia política, mas também as suas relações com a natureza. Ele faz com que o contato delas com seus arredores pareça fechado e íntimo. Isto é freqüentemente expresso no uso da família como uma analogia das relações entre a sociedade e o mundo. Esta extensão analógica da família contribui para a visão geral primitiva da unidade da natureza. Ela apresenta a natureza como pessoal e vital. Ela cria um senso de responsabilidade entre o homem e a natureza e conduz a importantes conceitos de espaço, local, tempo e território.
Territorialidade. A conexão entre um povo primitivo e o local que ele ocupa, se torna extremamente fechada, deixando de lado o momento em que o local é territorial ou não, não somente devido a familiaridade e a dependência, mas também porque as pessoas começam a pensar nelas mesmas como ligadas organicamente e até mesmo espiritualmente ao local. O seu domínio geográfico pode ainda ser uma área inteiramente ocupada ou somente os locais especiais. Em cada caso, acredita-se que a terra é habitada pelos espíritos dos ancestrais e seu local geográfico no mundo pode ter sido dado a eles pelos seus deuses. Na Austrália, cada grupo totêmico está associado com um local, do qual um ancestral totêmico, supostamente, emergiu. Quando uma pessoa morre, seu espirito retorna ao lugar da origem totêmica. Os aborígenes Aranda, do norte da Austrália
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se apegam ao seu solo nativo com cada fibra do seu ser. Eles sempre falam dos seus locais de nascimento com amor e reverência. Hoje as lágrimas vêm aos seus olhos, quando eles mencionam que um local ancestral tem sido às vezes
violado
pelos
brancos
usurpadores
do
território
do
seu
grupo...Montanhas e riachos, primaveras e olhos d’águas, são para eles nada além de interessante ou bonitas características cênicas...; eles são o trabalho dos ancestrais, dos quais eles descendem. Eles vêem, registrados nos arredores, a história antiga das vidas e os atos dos importantes seres a quem eles reverenciam. Seres que, por um breve momento no espaço, podem tornar a forma humana, novamente. Seres que, para muitos deles, foram conhecidos através das suas próprias experiências, como seus pais, avós, irmãos, mães e irmãs. O campo inteiro é uma árvore da família viva. A história dos seus ancestrais totêmicos, é para o nativo o que conta desde o começo da sua vida até o final dela, quando o mundo que ele conhece está sendo moldado e formado por mãos poderosas. As formas da paisagem predominantes são geralmente aquelas incorporadas dos mitos, que ajudam a dar sentido ao espaço vivo. De acordo com o folclore índio Penobscot, a maioria da paisagem é um resultado das peregrinações do personagem mítico Gluskabe. As pegadas do sapato de neve de Gluskabe, estão ainda impressas nas rochas perto de Milla, Maine; uma rocha de 25 pés de comprimento próximo de Castine é a sua canoa virada; as rochas que conduzem a ela são as suas pegadas; a montanha de Kineo é a sua panela virada. Um local na terra e muitos mitos das criações foi dado às pessoas especificamente pelos deuses. Os Pawnee , por exemplo, acreditavam que eles foram guiados desde a terra até o presente local pela mãe Millo. A crença na habitação da terra pelos espíritos dos ancestrais e no concedimento místico da terra para as pessoas, é uma razão pela qual é provável que, se a comunidade tivesse que impor um controle territorial sobre a terra, eles o fariam através da definição social do território. Mas, antes que nós exploremos estes pontos mais profundamente, nós precisamos determinar que condições fazem as comunidades primitivas usar a Territorialidade.
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A teoria sugere que a Territorialidade, pode ser esperada, simplesmente, porquê ela pode ser um mecanismo eficiente para estabelecer acessos diferenciais, quando os recursos a serem controlados ocorrem relativamente de maneira previsível e densa no espaço e no tempo. Limpar, plantar, retirar as ervas daninhas e colher, são todas atividades estáveis, densas e previsíveis no espaço e no tempo. E assim, as comunidades agrícolas, se não for por outra razão além de manter os animais longe e de prevenir que as pessoas passem pelo caminho, podem ser esperadas usar a Territorialidade. A necessidade pela Territorialidade na comunidade, também aumentará se houver competição por terra de fora dela. A mesma lógica se aplica à estratégia de Territorialidade para os não-agrícolas - os caçadores e coletores. Eles podem ser esperados de usar a Territorialidade, se os recursos que eles precisam forem relativamente previsíveis no espaça e no tempo. Estas expectativas são abundantes na literatura. As comunidades agrícolas tendem a ser territoriais como um todo e tendem a subdividir a terra dentro da comunidade. E estas tendências aumentam, conforme a densidade das populações aumentam. A Territorialidade nas sociedades de caça e coleta depende da distribuição dos recursos no espaço e no tempo. Duas sociedades similares social e culturalmente, como por exemplo, Utes e os Paiutes se diferem em seus graus de Territorialidade, por causa das diferenças na distribuição dos seus recursos no espaço e no tempo. A eficiência do acesso é uma razão para a sociedade primitiva empregar uma estratégia territorial. Mas, outras razões mais fortemente relacionadas podem também ser encontradas na evidência. Por exemplo, a facilidade pela qual uma fronteira territorial comunica posse ou controle, pode ser vantagem particular nas sociedades pré-literatas. Também na medida em que o mágico e o ritual, são componentes extensivos das comunidades primitivas. A reificação e os efeitos de deslocamento da Territorialidade, podem ser usados como vantagens em demarcar locais sacros e áreas de tabu. Dados estes efeitos fazem, o sagrado visível e o visível sagrado.
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Mas, outras potencialidades tais como a criação de relações impessoais, o aumento do limite de controle e o efeito do planejamento de longo e curto alcance, simplesmente, não são usados por uma sociedade que não seja grande e que não tenha hierarquia e burocracia. E o mais importante, uma sociedade
primitiva, provavelmente,
não teria
que se definir
territorialmente. Lembremos que, uma definição territorial das relações sociais é sempre uma questão de grau. Uma definição social significa que, para ter acesso a terra, uma pessoa deve ser um membro da sociedade, o que na sociedade primitiva significa participar da história espiritual do grupo. Por exemplo, na tradição Bakongo a propriedade do solo é coletiva, mas este conceito é muito complexo. É o clã ou a família que possui o solo. Mas, o clã ou a família não é composto somente dos vivos, mas também e, primariamente, dos mortos; que é o Bakulu . O Bakulu não são todos os mortos do clã; eles são somente os
ancestrais de direito, aqueles que estão levando uma vida bem sucedida em suas vilas debaixo da terra. Os membros do clã que não respeitam as leis da tradição...são excluídos da sociedade. É o Bakulu que conquistou os domínios do clã, com suas florestas e rios, riachos e primaveras. São eles que estão enterrados nessa terra, eles continuam a comandar a terra. Eles, geralmente, retornam das suas primaveras e rios e dos riachos. As bestas selvagens da floresta são os seus bodes, os pássaros são suas aves de criação. São eles que dão as lagartas comestíveis das árvores, os peixes dos rios, os vinhos das palmas e as colheitas dos campos. Os membros do clã que estão sob o solo podem cultivar, colher, caçar, pescar; eles fazem uso do domínio de seus ancestrais, mas é o morto que permanece como guardião. O clã e o solo que ele ocupa, constitui uma coisa indivisível e o todo está sobre as regras do Bakulu , de maneira que uma alienação total da terra ou de parte dela, é algo
contrário à mentalidade dos Bakongo. Uma definição social da Territorialidade é encontrada em todas as sociedades, mas ela constitui o senso social primário do território nas sociedades primitivas. A vantagem territorial da classificação pela área e não pelo tipo ou espécie - que é um fator principal na definição territorial das relações sociais - é desnecessária para uma comunidade primitiva usar para
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definir o seu próprio quadro social. O tamanho pequeno e a associação próxima das pessoas em uma comunidade primitiva, significa que seus membros estão familiares o suficiente uns com os outros, para requerer um território e para definir quem e quem não faz te dele. Da mesma forma, não é necessário identificar estranhos ou não-membros. Eles são simplesmente aqueles que não têm relações com os membros da sociedade. Pode se supor que uma definição territorial da comunidade poderia ser útil com aqueles grupos ou bandos primitivos que permitem a entrada, relativamente, livre e a saída dos seus membros. Nestes casos, simplesmente, estabelecendo a residência dentro das fronteiras do grupo, varia com que a pessoa fosse um membro da comunidade e permitiria à ela o acesso a seus recursos. E desta forma isto significaria que tal comunidade estaria usando da Territorialidade para se autodefinir, isto entretanto, não é real. Primeiro, a entrada nestas comunidades não seria livre, ela ainda dependeria de um grau considerável de aceitação social e contato pessoal. Segundo, mesmo se a entrada fosse relativamente livre, seria difícil para uma sociedade pré-literata, com um alto fluxo de membros, se definir pelas fronteiras que teriam de ser demarcadas e relembradas ano após ano. Como tais reivindicações territoriais persistiriam e como elas poderiam ser transmitidas numa sociedade pré-literata com um alto fluxo?. Assim parece razoável dizer que quando uma sociedade primitiva emprega a Territorialidade, ela se define socialmente. Isto se aplica não somente para o território do grupo inteiro, mas também para as unidade subterritoriais dentro do domínio do grupo, porque estas sociedades não possuem hierarquias formais e elas não têm membros que excluem outros membros dos seus recursos. Isto constitui o parcelamento subterritorial, tal como a designação de território de caças, jardins e construções a famílias. Isto serve ao propósito de estabelecer e perpetuar diferenças. Mais ainda, possuir estes tipos
de subterritórios não colocar ninguém em desvantagem. Os
direitos de posse são simétricos, eles são usados, primariamente, como mecanismos para coordenar esforços e para manter pessoas e coisas fora do caminho dos outros. Se eu não tenho permissão de livre entrada em sua
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cabana ou campo eu, entretanto, tenho permissão para entrar em minha cabana e em meu campo e eu posso negar a você a li vre entrada neles. A figura 3.2, chama a atenção para várias relações entre o domicílio, a comunidade e a fonte terra, nas sociedades primitivas igualitárias (pág. 64). Estas se tornam parte dos encontros dos homens com os locais. Os locais e os eventos, na vida cotidiana e comum, se tornam ligados e infusos com o significado; e assim como o grupo vê a sua sociedade e o seu habitat intimamente conectados, assim também o indivíduo vê intimamente interconectado o seu envolvimento com os eventos e suas configurações espaciais. Assim, o espaço físico e suas propriedades não são abstratos por causa
das experiências que eles contém. Um lugar é um encontro com
eventos. Sem a ajuda da tecnologia moderna, que carrega pessoas e informações a grande distâncias com regularidade, o movimento através do espaço, se tornaria uma aventura, com a natureza oferecendo ao viajante experiências inesperadas, conforme ele passasse de lugar em lugar. A este respeito,
nas
sociedades
primitivas
as
distâncias
também
eram
experimentadas, como seqüências de encontros com eventos, conforme a pessoa se movesse de lugar em lugar, ao invés de considerar as distâncias que separavam os pontos. Mesmo quando, uma distância métrica estivesse disponível em unidades de comprimento, digamos pés ou milhas, ou em unidades de tempo, digamos horas ou dias, a sociedade primitiva encontraria dificuldade em atribuir uma unidade a uma distância particular. Tal unidade tem pouco significado nas experiências de superar uma separação. Uma distância de 50 milhas, pode conter uma enorme gama de experiências imprevisíveis, algumas boas, algumas não. Além disso, estas podem mudar cada vez que a viagem é feita. Uma viagem de 50 milhas feita em outra direção, certamente, conterá experiências diferentes. Ou uma jornada de 5 dias, pode se aplicar a uma jornada particular em uma estação, mas não em outra. A medida abstrata da distância, então, não coincidiria suficientemente com a variedade de tempo, energia ou experiência de viajar, que terá um valor muito grande.
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Nas sociedades com tecnologias simples, a ligação do espaço e do tempo com a experiência, despreza a utilidade de um conceito de espaço abstrato, distância e lugar. Não significa que não é possível considerá-las abstratamente ou expressar o comportamento em termos de tais sistemas. Significa não é uma forma dominante e socialmente útil de concebê-las. A mesma coisa é a verdade do tempo, novamente não significa que o tempo seja imensurável, pelo contrário, como com o espaço, significa que o tempo e a experiência estão intimamente interrelacionados que suas medidas seriam calculadas pelos eventos que são importantes e que estão conectados com a experiência. A trajetória do sol através do céu, fases da lua e as mudanças das estações, tudo isso são pedaços naturais do tempo, que podem ser e que tem sido contados. Mas, é importante contá-los somente quando eles correspondem com a duração de eventos importantes. Assim, nas sociedades de caça e coleta é importante medir o tempo das estações, porque isto marca a progressão do gamo, das plantas comestíveis e assim também o movimento das próprias pessoas. Para uma comunidade agrícola, ela marca a hora para semear, cultivar, tirar as ervas daninhas e colher. O ciclo do sol ajuda a rotinizar as atividades diárias associadas com o cuidar das plantas e dos animais domésticos. Os primeiros calendários podem ter sido mantidos para ajudar a marcar o tempo de um nascimento humano. Marshack, argumentou que as Vênus neolíticas têm linhas ao redor delas que correspondem aos dias e às fases da lua. Estas podem ter sido usadas para registrar os estágios da gravidez de uma mulher. Tal registro, poderia dizer a um bando andarilho, quando deviam parar e se preparar para o nascimento. Mas, é mais raro encontrar povos pré-literatas mantendo um controle acurado das suas idades, porque ninguém sabe quanto tempo viverá, e virtualmente não há casos de sistemas de calendários pré-literatas, que seriam usados como referências para situar eventos num passado distante. O tempo se torna vago quando se vai da geração atual até o passado. Até um certo ponto a sucessão dos ancestrais pode ser lembrada - mas não a sua duração; a partir daí o passado
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distante se torna não-literata e mitológico. Um conceito mítico de um passado distante é uma característica comum da sua visão de mundo. Nós incluímos a experiência mítico-mágica no contexto da visão ordinária do espaço e do tempo, porque a visão mítico-mágica da terra é, em grande escala, uma intensificação da ligação ordinário entre o espaço e o evento. A relação entre os dois pode ser pensada em termos de uma medição contínua da intensidade de associação entre o espaço e o tempo e das experiências únicas que eles parecem conter. Quanto mais intensas forem as interconexões, é mais provável que elas se tornem conflitantes e assim se tornem parte da experiência mítico-mágica. Esta parte da nossa discussão tem a intenção de caracterizar a visão ordinária (e às vezes mítica) do espaço e do tempo na sociedade primitiva. É uma visão defendida pelo primitivo em seus dias e dias de experiência. Mas, devido essas comunidades serem pequenas e estáticas e seus membros viverem perto da natureza e repetidamente dividirem as mesmas experiências, ela é também uma caracterização do significado público ou grupal comum do espaço, do tempo e do lugar. O que significa os contextos dos seus encontros privados se tornam divididos e publicamente aceitos. Além disso, esta caracterização pode ser aplicada às experiências comuns, pessoais e até mesmo públicas do espaço, do lugar e do tempo na maioria das civilizações pré-modernas. A maior parte da população nestas sociedades são camponeses ligados ao local. Camponeses vivem em comunidades pequenas e relativamente fechadas. E também aqui as experiências privadas da terra e do tempo surgem como algo público ou comum. Esta descrição do senso comum, do espaço e do lugar não se aplica sem modificações às experiências modernas. A sociedade moderna é mais dinâmica e envolve massas de pessoas de diferentes backgrounds. A tecnologia fez lugares distantes acessíveis e a viagem através do espaço algo confiável. E a ciência tem dado ao público uma descrição do espaço e do tempo que é abstrata e métrica, uma descrição que é útil no controle da natureza e que se encaixa mais e mais aos processos da vida social. A qualidade dinâmica da sociedade faz pouco provável que nós todos possamos
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dividir as mesmas experiências pessoais complexas. Além disso, o efeito nivelador das culturas das massas têm, sob muitos aspectos, diminuído a variedade de terras. E mesmo muito das experiências pessoais das localidades podem, sem muitas perdas, serem resumidas dentro do significado métrico-abstrato do espaço e do tempo. Dentro do transporte das massas, viajar é sempre experimentado privativamente, conforme a duração no tempo. E locais como o subúrbio, são tão uniformes que cada um pode ser experimentado, conforme a localização no espaço. Entretanto, nós ainda mantemos as experiências privadas, que são variadas demais para serem reduzidas a relações métricas abstratas e nós, geralmente, queremos ter mais delas. Mas, isto não altera o fato de que a sociedade moderna repousa em uma moldura métrica abstrata, para seu significado público de lugar e espaço. E as pessoas, geralmente, acham esse sistema harmônico com muitas das suas experiências pessoais.
Civilizações. Muito embora, os modelos para as sociedades primitivas ( figura 3.1 e 3.2), enfatizem a estabilidade social, essas sociedades mudam e umas
poucas se transformaram nas primeiras civilizações. A palavra civilizado, não precisa conotar uma mudança para melhor. As civilizações se diferem das sociedades primitivas em vários aspectos críticos. De maneira geral, as civilizações não são igualitárias, elas contém elites ou “classes” de uma maneira ou de outra que podem extrair e consumir os excedentes e suas economias são redistribuitivas, ao invés de recíprocas. Diferentes das sociedades primitivas, todas as civilizações são territoriais e usam o território para ajudar a definir a si próprias e a suas partes. Como as primeiras civilizações realmente surgiram e em grau elas surgiram independentemente, é algo incerto, mas as maiores teorias apontam para os processos fundamentais que, provavelmente, estavam envolvidos e que tem a ver com a Territorialidade. Estas teorias se diferem, de acordo com as partes do modelo do equilíbrio primitivo ( figura 3.1), que elas acham que foi o primeiro a ser
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alterado. O problema fundamental que elas encaram, é explicar o surgimento e a perpetuação das classes econômicas sociais. Quase todas as teorias de transição assumem que o excesso para suportar uma elite foi extraído de uma base agrícola. Algumas apontam para a possibilidade de que o poder para extrair o excesso, se tornou concentrado nas mãos de uma elite. Por causa da necessidade de coordenar esforços para alimentar uma população em crescimento, com uma base de recursos limitados. A escassez nos recursos pode ter ocorrido por causa de fatores como a seca ou a pressão da população ou ambos. Em termos da figura 3.1, tal ocorrência alteraria o componente de baixa densidade. Um caso
paralelo é discutido por aqueles que vêem o aumento no tamanho social e o surgimento das elites, como uma conseqüência do aumento da especialização econômica e da interdependência das comunidades agrícolas. Neste caso, as elites desempenhariam um papel crucial de extrair e redistribuir os recursos. Outras teorias apontam para a conquista de grupos agrícolas de nômades como uma força primaria no desenvolvimento das elites. Isto altera a relação igualitária reciprocidade da figura 3.1. Outras ainda enfatizam que as elites surgiram pelo monopólio de alguma forma de conhecimento ou tecnologia. Isto alteraria o componente igualitário, por tornar a tecnologia menos acessível. Em uma sociedade primitiva o conhecimento espiritual ou religioso, poderia ser uma importante tecnologia a se monopolizar. O espiritual pervertia a sociedade primitiva e os lideres espirituais poderiam ganhar seus status, monopolizando poderes que todos pensavam serem essenciais para o sucesso da comunidade. Cada teoria sozinha é inadequada como uma explicação geral. E ainda, cada uma enfatiza alguns fatores que as outras colocam para trás. Nossa intenção não é discutir sobre os méritos relativos de cada uma e nem oferecer novos. Ao invés disso, é lançar mão de algumas afirmações de uma ou duas teorias, visando ilustrar as possíveis mudanças que ocorreram no uso da Territorialidade, conforme a sociedade mudou de uma economia primitiva de reciprocidade, para uma economia de estruturas de classes de redistribuição. Embora, a conquista de uma comunidade agrícola por uma não-
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agrícola, possa ser o modelo mais simples de transição, para nossos propósitos ele é inadequado, porque ele não esclarece como os conquistadores continuam no poder e se tornam uma elite legítima. Uma explicação alternativa que pode ajudar com relação a legitimidade de uma elite e que também permite um alcance das funções territoriais, assume que as elites surgiram nativamente e combinaram uma papel religioso com um redistribuitivo.
Vejamos como
esta
alternativa
pode
servir para
a
Territorialidade: Nós sabemos que o mito, o mágico e o ritual eram inegavelmente importantes nas sociedades primitivas e que as primeiras civilizações eram, geralmente, conduzidas por sacerdotes-reis, eles coletavam, estocavam e redistribuíam os excessos. Os papeis expandidos dos lideres espirituais, combinados com a interdependência econômica crescente entre as comunidades, poderia muito bem ser a chave para o surgimento de uma elite permanente, que era responsável pelo excedente e que exercia controle territorial sobre uma população de camponeses. Para ilustrar os possíveis passos desta e das mudanças na Territorialidade que a acompanharam, considere o seguinte caso hipotético. Suponha, se as linhas do Elman Service, que uma comunidade agrícola A, estabelecida em uma planície fértil e bem regada, conforme o ponto a na figura 3.3, e situada entre o mar e uma cadeia de montanhas, a terra é possuída comunalmente,
mas dividida pelos
domicílios a uso, conforme a figura 3.2. Um domicílio consome muito do alimento que ele produz, mas algum é dado para ser consumido fora do domicílio e algum é distribuído para a comunidade através de rituais e festas. Suponha que a agricultura seja um sucesso e que a comunidade economize, após várias gerações, conforme a população aumenta, os habitantes da vila A, encontram novas vilas ( A e B e etc.), modeladas nos mesmos princípios de A e que também economizam. Cada comunidade, embora autônoma, pode achar que elas podem produzir algumas coisas mais efetivamente do que as outras, assim, alguma espécie de comercio e especialização começa. Uma coisa importante, os membros das comunidades atribuem a sua boa sorte aos deuses e vêem em seus lideres espirituais, meios indispensáveis para solicitar assistência
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divina. Embora a liderança na arena religiosa, como em outros reinos, não fosse originalmente uma posição herdada, mas sim algo dado, uma diferença importante é que, dentro de uma sociedade simples com uma tecnologia acessível, conhecimento religioso e, especialmente, com encantamentos e feitiços rituais se oferece então um grande potencial para se manter o segredo, que é o caso de outras formas de conhecimento especializado. E além disso, a chave física e os atributos mentais da maioria dos lideres religiosos, pode ter de fato sido herdada. Não era incomum para os Xamãs, nas sociedades primitivas, terem visões, escutarem vozes
e terem características físicas
marcantes. Tendências como estas, podiam ser passada de uma geração para outra e a comunidade podia ter pensado que estas características, eram a chave para o sucesso espiritual. Tais características físicas e mentais, juntamente com o conhecimento secreto, pode ter propiciado a possibilidade de um meio poderoso de manter-se a liderança religiosa dentro de uma família e talvez através do pai passando o conhecimento para o seu primeiro filho nascido. Uma vez que a vila A é a mais velha, vamos assumir que ele também seja assumir que também seja a maior e a mais próspera e que sua família sacerdotal também seja a mais poderosa, as outras podem encorajar os seus sacerdotes a se casarem com as filhas desta família ou talvez a vila peça para o segundo filho mais velho desta família, que se estabeleça entre eles para que se torne um sacerdote local. Conforme o tempo passa, as vilas se tornam mais interdependentes economicamente e o papel da religião se torna mais e mais responsabilidade de um a família ou de uma linhagem, centrado nos sacerdotes da vila A, com ramos familiares em cada uma das outras vilas, conforme A na figura 3.3. Os rituais de todas as vilas, se tornam mais e mais responsabilidade da família sacerdotal. Um componente extremamente importante deste rituais, sempre será a coleta e o consumo do excedente da comunidade. Com a consolidação do poder sacerdotal, vem também uma consolidação e uma centralização desta função econômica. O maior passo para transformar este monopólio espiritual em econômico é ter-se a família sacerdotal monopolizando o papel de coordenar e redistribuir o excedente. Assim se torna obrigação da família
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sacerdotal, centralizado na vila A, organizar e coordenar a estocagem e a distribuição ritual e o consumo do excedente para as cerimônias. A estocagem do excedente, bem como as cerimônias para a sua redistribuição, provavelmente ocorre num lugar de residência dos lideres espirituais da vila A. Desta forma, os maiores rituais para todas as vilas podem agora ser
conduzidos em A ou em B (conforme a figura 3.3) tal que os representantes das outras vilas, conduzidos pelos seus sacerdotes, podem convergir para a vila A, para as ocasiões principais. Conforme o alcance e a centralização deste processo aumenta, a vila A constrói acomodações cerimoniais maiores e armazéns permanentes maiores. Estas são as fundações para os centros cerimoniais monumentais das civilizações antigas. Neste momento a vila A, se torna uma proto-cidade. Conforme a centralização religiosa se acelera, também se acelera a centralização econômica e que a classe religiosa se torna mais intimamente envolvida com os mecanismo de extrair, estocar e redistribuir o excedente. Agora o poder da religião e o poder econômico estão firmamente nas mãos de uma família particular e sua comitiva ou classe. E o mais importante, esta concentração pode ocorrer com a cumplicidade senão com o encorajamento da comunidade geral. Os cidadões atribuem o seu próprio sucesso aos sacerdotes e se o poder e a glória podem ser realçados sacerdotalmente, também o faz o homem comum. Esta atitude faz com a maioria dos membros da comunidade, dê de bom grado alguma parte do seu excedente para esta autoridade central. Fazer isto é algo para o seu próprio benefício, bem como para o bem da própria comunidade. Desta forma, a concentração do poder pode ocorrer sem a coerção física. Se alguns são relutantes em dar, a comunidade pode ser pequena o suficiente para outros notarem e assim os relutantes serão discriminados pelo resto e ficarão em perigo ou se isso não é possível, os lideres religiosos poderão humilhar publicamente os relutantes. Conforme o excedente vem para as mãos dos sacerdotes e conforme maiores armazéns são construídos, vem a expectativa de que celeiros serão enchidos e que cotas serão alcançadas. Para se preencher os celeiros rituais, em algum ponto a classe sacerdotal deve saber o quanto seria e poderia ser dado por cada unidade de produção, seja ela domicílio ou
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comunidade. Estimar e organizar as contribuições, requer registros, supervisores e administradores. Em outras palavras, isto requer o aparato do Estado, com administradores e com coletores de impostos, ainda aqui pode haver a cumplicidade da população. Neste ponto, nós temos um centro cerimonial maior de uma proto-cidade, entre uma comunidade agrícola que aumentou em número e produtividade econômica e que agora tem algo equivalente de uma classe econômica, aumentando o poder político e responsável em acumular e redistribuir o excedente. A autoridade final sobre a terra, não reside mais na comunidade ou nos deuses, mas no representante de ambos, o governo e os sacerdotes-reis. As pessoas podem ainda dar o excedente sem a coerção e a vida dentro das vilas, pode ser como era antes, com a importante exceção de que agora, o cidadão está na posição de produzir um excedente, que não será consumido diretamente pela comunidade local. Mesmo que o excedente que ele produza não seja mais do que antes, a sua extração e o consumo são diferentes agora. Ele é mais redistribuitivo do que recíproco, mas agora é somente uma questão de tempo, antes que o excedente extraído se torne maior do que antes. E o mais importante para nós, a extração do excedente, por uma autoridade central e seu eventual fardo pesado, significa que haverá uma mudança no conceito da terra e de suas pessoas, haverá uma definição territorial maior de relações sociais. A autoridade central, esperará que cotas sejam cumpridas e as relações com os camponeses e a terra será em parte imposta. Esta imposição pode ter várias formas históricas, conforme ilustrado na figura 3.4.
Modelos territoriais. Uma forma ilustrada pelo a na figura 3.4, é caracterizada pela possibilidade de que as economias domésticas comunais, podem ainda ser a norma, mas que a própria comunidade deve cumprir a cota imposta pela autoridade central. Se existem muitas vilas, então, estas devem ser agrupadas dentro dos seus distritos. O ponto chave é que, nos olhos do governo, tanto a
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vila quanto os distritos se tornam uma unidade social definida territorialmente e este território molda outras funções administrativas. Talvez, muitas dessas vilas se tornem administradas por um magistrado, apontado pelo governo central ou o mesmo grupo de vilas, deve agora criar trabalhadores ou soldados. Talvez, o reino imperial se torne governado como se fosse uma coleção de distritos e da própria terra, embora, teoricamente, o poder dos sacerdotes-reis esteja ainda nas mãos da vila e de seus camponeses. Esta forma se aproxima de algumas áreas nas civilizações asiáticas, que extraiam o excedentes das suas vilas, mas deixavam suas organizações internas virtualmente intocadas. Outro sete de opções ilustrado por B na figura 3.4, surge quando nós consideramos que o imposto nas vilas, como aqueles descritos, podem muito bem alterar as suas relações internas e destruir o seu equilíbrio. Possivelmente, alguma terra da vila foi alocada para o clã sacerdotal local ou para suas relações. Esta terra podia ter pertencido aos ancestrais da família da família sacerdotal local, quando a terra foi distribuída para todos os membros da comunidade ou a terra sacerdotal pode ter sido adquirida da terra possuída em comum pela vila. Assim, pode parecer que o sacerdote-rei e sua família, como se fossem a personificação da sociedade como um todo, tem direitos sobre a terra comum e que a terra comum de todo lugar se torna parte da propriedade sacerdotal. Esta terra obtida, pode agora ser trabalhada pelas vilas como um meio de pagar os tributos e as taxas, para a classe governante. Esta terra sacerdotal local, pode não estar sobre a supervisão direta da família sacerdotal, mas sim sobre as direção de seus agentes ou de um capataz local. Se nós considerarmos que a elite pode consistir, não somente da classe sacerdotal, mas também de uma nobreza secular e que podem estar alojadas em uma porção de terra que eles possuem (mesmo que eles a possuam indiretamente no nome sacerdote-rei ou de outra autoridade) então nós temos um modelo de um Estado, cuja autoridade e representantes são mais descentralizados e que interferem mais na vida dos camponeses. Estes elementos de posse da terra e de autoridade, correspondem intimamente ao que tem sido chamado de feudal.
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Uma forma mais extrema desta intrusão ocorre, as terras das vilas são tomadas pela classe dominante e os camponeses são, simplesmente, servos em Estados vastos, como na Europa Oriental, durante o século XVI e XVIII (ver a letra c na figura 3.4). A forma mais extrema - a escravidão - ocorre quando os trabalhadores não tem nenhuma liberdade, quando eles têm donos e quando nem a terra e nem as ferramentas são deixadas em suas posses. A maior parte do dia de trabalho, deve ser organizada pelos controladores dos escravos e eles devem providenciar ao escravo as necessidades da vida. Ainda, outra possibilidade (a letra d na figura 3.4), é que as conexões na comunidade local, venham se enfraquecer e que os domicílios dos camponeses venham a possuir a sua própria terra, deixando a sociedade com proprietários de terra, relativamente, independentes. Alguns dos quais se tornam mais ricos do que os outros. Uma autoridade central fraca, pode ainda tentar extrair as taxas, mas a sociedade é composta, primariamente, de fazendeiros independentes, com os mais ricos empregando ou arrendando para os mais pobres e até mesmo possuindo escravos. Uma situação não muito diferente desta, ocorreu na sociedade Viking. Embora, um destes tipos possa caracterizar uma sociedade particular em um determinado ponto no tempo, todos podem existir em vários graus juntos. Além disso, em todos os sistemas exceto os de escravos, os camponeses, individualmente ou comunamente, possuíam a maioria das suas ferramentas e implementos. Eles não eram deixados para se virarem sozinhos e se isso fosse feito, eles estavam no controle da maioria do seu processo de trabalho. Mesmo quando eles trabalhavam para o lorde da província ou do estado, eles eram, geralmente, responsáveis pelos detalhes do processo de trabalho. E usavam os seus próprios implementos para cumprir as suas obrigações de trabalho. O excedente era extraído e assim as pessoas trabalhavam e também suportavam uma elite, mas o ritmo do trabalho e seus detalhes estavam principalmente nas mãos dos camponeses. Nós temos nos concentrado nas relações entre o lorde, a terra e o camponês, porque a riqueza das sociedades pré-modernas era baseada na
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agricultura. Mas, é mais importante na figura 3.4, notar a posição dos mercadores que estavam presentes em vários graus em todas as civilizações. Suas vidas, como aquelas dos camponeses, eram reguladas pela classe dominante. No caso do tipo a, a maioria dos mercadores estaria concentrada nas cidades capitais, propiciando comodidades escassas e caras para as classes dominantes. Não somente os seus clientes eram ricos, mas a elite política ou o governo, provavelmente, licenciou e taxou estes mercadores e controlou os preços das suas comodidades. A concentração da riqueza nas cidades imperiais, além disso também teria levado a elas. artesãos e escultores. No caso do tipo b - o feudalismo - os mercadores teriam alimentado a nobreza. Mas, porque eles eram dispersos e, geralmente, viviam entre os camponeses, deve ter havido uma descentralização maior no controle do seu negócio. Mesmo os camponeses feudais, podem ter tido um acesso maior a algumas das mercadorias menos caras. Os mercadores também devem ter visitado a nobreza nos Estados vastos sob servidão ou c , mas é improvável que o mercador tenha tido um contato direto com os domicílios dos camponeses, nos tipos ilustrados em d . Ao invés disso, eles provavelmente devem ter ficado nas cidades, nas quais as elites residiam e estabeleceram feiras ocasionais e mercados nas áreas rurais.
Mudanças no espaço, tempo e Territorialidade. Saber qual dessas relações predomina, é um caso particular que ajuda a explicar a distribuição da terra e do poder e alguns dos detalhes da organização espacial. Todos este tipos de divisão resumem os efeitos territoriais. O sentido de uma comunidade possuir a terra e passá-la de uma geração para, é substituído em vários graus pela noção de que as classes dominantes (embora elas possam ser diferentes) são personificações das pessoas e os deuses e também são as guardiãs da terra; e a terra, como a
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fonte básica da riqueza, é um território a ser administrado e um lugar ao qual as pessoas estão ligadas. Ligar um cidadão ou um proprietário a terra, faz dele um camponês ou um servo. Do ponto de vista do proprietário, a terra em que ele trabalha e a vila em que ele mora, podem ainda parecer para ele como uma entidade natural, como o local ao qual ele pertence emocionalmente e espiritualmente. Ele pode não ter a terrível consciência do fato de que o seu território definido socialmente, é também um território imposto - formando uma definição territorial das relações sociais. Mesmo que as fronteiras dos seus territórios sejam de alguma forma criadas artificialmente ou impostas de cima para baixo, a imposição da autoridade territorial, pode não ter afetado o seu senso pessoal de pertencer a um local. A menos que a criação e o conteúdo dos territórios mudem extremamente rápido e repetidamente, existe uma tendência de um povo tentar um local como se fosse o seu lar. Isto significa, vê-lo como se fosse algo socialmente definido, um território natural. Isto pode, entretanto, requerer esforço considerável para adotar tal atitude e mesmo assim, pode ser mais frágil e menos envolvente do que a definição social de território, obtida em uma sociedade primitiva que não tem nenhuma autoridade sobre ela. Se o camponês vê a si mesmo como parte de um território imposto ou não, o ponto crucial é que, de cima as autoridades centrais vêem. Para eles, o camponês é a personificação do instrumento, que faz a terra produtiva. O camponês se torna a ligação com a terra, a este respeito, bem como de outras maneiras, a autoridade central divide o seu império e as pessoas territorialmente, classificando e controlando grupos, tanto os grandes quantos os pequenos, através do controle de área. Assim, o surgimento da civilização com que territórios definidos internamente desta última forma também sirvam como moldes para outras formas de relações sociais. Um grupo de vilas (dos tipos a, b, c e d de acordo com a figura 3.4 ou com outras combinações), se torna uma área administrativa, estabelecida para o surgimento de rendas. E estas áreas, como na figura 3.5, se tornam unidades administrativas, para o alívio, no caso de pragas e fome ou para alimentação de soldados, no caso de guerra. As
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fronteiras territoriais podem ser usadas deliberadamente para dividir ou subjugar ou conquistar comunidades hostis, pela separação das áreas de comunidades naturais mais velhas. Em todos estes casos, A Territorialidade está sendo usada hierarquicamente e assimetricamente. O controle do território está nas mãos de uma classe dominante e de seus representantes, quanto maior o número de hierarquias territoriais, mais provavelmente as fronteiras serão impostas artificialmente e quanto mais os administradores foram deslocados de território em território, mais a Territorialidade produz, relações distantes impessoais entre os governos e os governados. Na pré-moderna a terra era a fonte primária de riqueza e agricultura a principal ocupação. Mas, não deve ser esquecido que o surgimento da civilização, também ocasionou o surgimento da cidade e da arquitetura complexa. Aqui também são encontrados múltiplos territórios, que moldam os eventos e hierarquicamente e assimetricamente definem as relações sociais. Os templos e os palácios por exemplo, são subdividos internamente, na maioria das vezes, para delimitar o grau de sagrado. Quanto mais sagrado é o lugar, menos acessível ele é para uma pessoa comum. Somente o mais alto sacerdote, tem permissão de entrar no mais santo dos lugares e somente a família real e sua comitiva tem permissão de entrar no coração do palácio
( ver figura 3.6).
Talvez o exemplo mais forte nas civilizações pré-modernas de uma definição territorial de relações sociais, é o uso do território para definir toda política da comunidade, do estado ou do império. Este uso do território, embora importante para os impérios, não foi de maneira alguma preciso para os padrões
modernos.
As fronteiras nunca
foram delimitadas
tão
acuradamente como elas são agora, uma vez que as técnicas de pesquisa e mapeamento eram limitadas. E os registros das propriedades da terra, não eram mantidos uniformemente e acuradamente. Um lorde podia saber, que uma vila e sua terra pertenciam a ele, mas ele e a maioria dos cidadões da vila podiam não saber exatamente onde a terra da vila começava e terminava. E ainda, um senso geral da extensão no espaço era claramente parte da definição de cada civilização. Os imperadores controlavam os povos dentro de
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um território, é claro que o imperador controlava qualquer um dentro do território. Um povo era socialmente diverso, ainda que territorialmente definido. Estas reivindicações territoriais, bem como outros detalhes da posse imperial, eram
geralmente representados por mapas e às vezes
desenhados em escala com projeções especificas. O tempo também era geralmente apresentado metricamente por complexos sistemas de calendário. Estes mapas e calendários eram certamente mais elaborados e abstratos do que aqueles encontrados nas sociedades primitivas (os primitivos desenharam mapas, mas não metricamente e nem projetivamente), e a este respeito, eles podem indicar um nível diferente qualitativamente da noção espacial e temporal, pelos menos na parte das elites que empregavam estes recursos. Este nível era diferente daquele existente antes do surgimento das civilizações. Esta mudança na representação do espaço e do tempo entre as sociedades primitiva e a civilização, não foi, entretanto, tão profunda quanto a mudança no uso da Territorialidade. (E, conforme nós veremos mais tarde, uma mudança mais fundamental no sentido do espaço e do tempo ocorre com outra mudança fundamental na Territorialidade no tempo do Renascimento). O camponês nas civilizações pré-modernas, concebia o espaço e o tempo da mesma maneira ordinária que os primitivos. E mesmo os calendários e mapas mais abstratos dos oficiais imperiais, eram ornamentados com significados místicos e ritualísticos. Os sistemas de calendário dos impérios, tinham representações astrológicas. Os sacerdotes eram os controladores do tempo e o tempo era controlado para manter o império em harmonia com os céus. Os símbolos do espaço geográfico, desempenharam um papel especialmente importante em estabelecer a harmonia imperial. O espaço tinha um conteúdo mítico, por exemplo, a divisão do império chinês em quatro quartos foi concebidas como se fosse um espelho da ordem cósmica. Mesmo o sistema de coordenada métrica, aparentemente moderno encontrado na cartografia chinesa do terceiro século, estava cheio de significados místicos. Cada quadrado na grade, era um microcosmo do mundo todo. E cada lado do quadrado continha parte do significado da direção em que ele apontava. Estes conceitos infusos miticamente do espaço e do tempo, também foram usados extensivamente nos rituais do governo. Controlar
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impérios tão vastos, contendo diferentes tipos de povos, significava se escorar, fortemente, no ritual. Para garantir o seu sucesso, as novas cidades, geralmente, eram localizadas e projetadas de acordo com o espaço mítico e com o tempo. Os investimentos dos governadores, requeriam conexões rituais entre a capital e o império. A prosperidade da agricultura podia requerer que a terra fosse fertilizada ritualmente e arada pelos deuses, na forma simbólica do imperador. Geralmente,
o
espaço
ritual
e
o
tempo
estavam
interrelacionados. Mesmo os conceitos de espaço e de tempo no mundo clássico, estavam infundidos com este teor. A geometria grega, era sobre objetos bi ou tridimensionais e não sobre o abstrato, o espaço vazio. A filosofia grega de espaço, não era sobre um contínuo métrico vazio. Os gregos por exemplo, não desenvolveram a geometria projetiva. A cosmografia de Ptolomeu, chegou perto de uma representação abstrata do espaço, mas as suas projeções não eram sobre objetos sólidos e sua geografia foi intimamente ligada à astrologia. Finalmente, estas representações de espaço e de tempo, não constituíam o dia-a-dia das experiências dos camponeses. Para eles, o espaço ordinário e o tempo eram ainda limitados com as experiências locais e pessoais.
Capitalismo. Nós temos falado sobre importantes diferenças entre as civilizações pré-modernas, visando focalizar sobre as maiores mudanças na Territorialidade. Mas, nós devemos acrescentar que, não somente as sociedades pré-modernas foram diferentes, somente uma delas deu surgimento ao Capitalismo e ao Estado Moderno. Isto deve significar que, haviam diferenças cruciais entre a Europa Ocidental onde o Capitalismo começou e o resto do mundo. Mas, quais exatamente elas foram ainda permanece como uma discussão em aberto. São mais claras as características do sistema econômico atual e as mudanças nos conceitos de espaço, tempo e
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Territorialidade que, primeiro o Capitalismo de mercado e depois o Capitalismo industrial, iniciaram. Novamente, deve ser notado que, embora o Capitalismo e a modernidade não sejam sinônimos, o primeiro foi um importante componente do último. Será recordado do capítulo 2, que as coisas importantes entre os usos da Territorialidade que pode ser esperado primariamente no Capitalismo e na era moderna são o sentido de um espaço esvaziável, também o uso crescente das hierarquias territoriais para relações impessoais e o uso da Territorialidade para obscurecer as fontes do poder. Aqui nós consideraremos as interconexões destes efeitos dentro do Capitalismo, concentrando primariamente no primeiro, porque ele é, ao mesmo tempo, prioritário historicamente e necessário para os outros. A nota que nós faremos é que, o uso repetido e consciente do território, como um instrumento para definir, conter e moldar um povo em movimento e os eventos dinâmicos, conduz a um sentido de espaço abstrato esvaziável. Isto faz a comunidade parecer ser artificial, faz o futuro aparecer geograficamente como uma relação dinâmica entre os povos e os eventos e de que alguma forma os moldes territoriais são feitos em cima de outros. Isto faz o espaço parecer estar relacionado amplamente com os eventos.
Mecanismos. Geralmente, se concorda que uma importante necessidade para o surgimento do Capitalismo, é um sistema de mercado extensivo, para comprar e vender comodidades, mas isto dificilmente pode ser o suficiente para as sociedades tradicionais contendo mercadores e mercados. E ainda, nos casos pré-modernos, a negociação fundamentalmente não altera e nem desloca as economias domésticas de subsistências, ao invés disso, os mercadores estão submissos a elas. Em adição, para um segmento comercial, então, o Capitalismo precisa tornar o trabalho e o capital, dependentes do
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comércio. Esta dependência transforma o papel do mercador, de uma pessoa que supre conveniências para alguém que supre necessidades e transforma o papel do camponês, de alguém que depende de si mesmo e de sua comunidade para a subsistência, para alguém que depende do mercado e do mercador. Estas são as características que nós chamaremos de Capitalismo Mercante e ilustraremos em a, na figura 3.7. Muitos marxistas, podem não considerar o Capitalismo Mercante, como um modo distinto de produção, mas sim uma transição ou uma parte do Capitalismo. Uma maneira de fixar o capital mercante é “libertar”, os camponeses da terra, tal que eles entrem no mercado pensando que eles não têm a opção de retornar à sua subsistência ou a seu modo de vida tradicional, caso o comércio fali. A venda do seu trabalho e dos seus produtos, devem se tornar essenciais para a sua sobrevivência. As obrigações econômicas tradicionais e as relações da comunidades, devem ser diminuídas. E a terra do típico camponês libertado, se ele tiver alguma, deve ser insuficiente para proporcionar a ele, alternativa de subsistência. E deve se engajar no trabalho relacionado com o mercado, seja deixando a terra ou trabalhando nela ou nas proximidades de sua moradia, para suplementar o seu produto minguado dos campos pequenos e de suas hortas. Se ele tiver
a opção de ignorar o
mercado e viver fora dele na sua própria terra ou então encontrar apoio suficiente da terra comunal, então a sua conexão com o mercado seria somente voluntária. O mercado seria então, somente um enfeite comercial para o modo de vida do camponês. A alternativa de subsistência, também deve ser tirada dos maiores proprietários de terra, isto significa que eles devem ser impedidos, por uma convenção social ou por alternativas mais lucrativas, de trabalhar as suas próprias terras e assim se tornarem camponeses e também de atrair trabalhadores camponeses para trabalhar nas suas terras, dentro das velhas relações de costume do feudalismo e da servidão. O lorde da terra, deve ser colocado em uma posição, tal que a sua escolha racional, seja comprar o trabalho livre e isto significa que a sua terra deve estar produzindo para o mercado. Uma rede comercial extensa e penetrante no local, conforme tiveram porções da Europa, nos séculos XIII e XIV (conforme a Liga Ransiática), era
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certamente uma parte crítica da mudança para o Capitalismo, mas em si ela não “libertou” o trabalho ou o capital. Os detalhes de como esta transição, do feudalismo para o Capitalismo Mercante, se deu variam de lugar pra lugar na Europa Ocidental. Parte das diferenças geográficas, entre o Capitalismo Mercante, o capitalismo Industrial e as economias pré-capitalistas, estão indicadas quando a ou b, da figura 3.7 são contrastados com a figura 3.4. No Capitalismo Mercante (o a da figura 3.7), o domicilio individual continua como uma unidade de produção. O trabalho ocorre no domicilio e, geralmente, com ferramentas ou instrumentos que o domicilio possui. A diferença chave entre o que ocorria antes, nos modos pré-capitalista e agora nos capitalista, é que a dependência no mercado rompe a conexão do domicilio com a comunidade de subsistência local. O domicilio, geralmente, tem que comprar matérias primas do mercado e trazê-las para casa e trabalhar sobre elas e então vender o produto final de volta para o mercado, visando receber dinheiro para comprar as necessidades do domicilio. O mercado, geralmente, serve como intermediário entre a produção do domicilio e o mercado, vive de comprar barato e vender caro. Ele, normalmente, não possui, organiza ou supervisiona o processo de produção e a este respeito os marxistas diriam que eles não extraem o valor do excedente, ele, simplesmente distribui as matérias-primas e os produtos finais. O proprietário, em algum grau pelo menos, continua na organização interna do processo de trabalho. Ele decide como ele é feito e em que passo ele ocorre. No Capitalismo industrial (o b da figura 3.7), entretanto, o trabalhador não mais possui as suas próprias ferramentas ou trabalha em sua própria casa. Agora ele tem que trabalhar nas ferramentas e em um local de trabalho, tal como uma fábrica ou escritório que pertence a um capitalista que organiza, supervisiona e controla cada faceta do trabalho, o trabalhador não mais vende o seu próprio produto, agora ele vende o seu tempo de trabalho para o dono da fábrica . O uso deste tempo é determinado pelo proprietário, trabalho e casa geralmente são fisicamente separados e territorialmente entidades distintas e com maridos e mulheres tendo que de trabalhar fora de casa por longas horas. Outras funções da vida se tornam territorialmente
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segmentadas, surgem escolas para tomar conta e educar as crianças e hospitais para tomar conta dos doentes. Estas outras separações territoriais e segmentações que acompanham o Capitalismo industrial, têm profundo efeito em como a Territorialidade é usada no Capitalismo e será abordada mais tarde. Aqui é importante enfatizar que a comercialização do trabalho e do capital dentro do Capitalismo Mercante e do Industrial resulta em uma complexa mudança no locus da força política e na forma que ela é percebida. A caracterização desta mudança depende, em grande parte, da ideologia de alguém. Em sociedades tradicionais ou divididas por classe, o poder político e o governo estavam, sem dúvida, nas mãos da elite. O poder era altamente
visível e coercivo, qualquer outra função que tenha sido
representada pelo Estado, o seu propósito final era manter a elite através do reforço da extração do excedente. Mas, no Capitalismo o poder político e o Estado aparecem em uma luz diferente, eles parecem ser forças potencialmente neutras. O trabalho e o capital, como fatores de produção entram em um acordo salário-trabalho ou contrato. Os defensores do Capitalismo interpretam este acordo, como algo livre e justo, na longa corrida pelas forças de oferta e procura em um sistema de mercado competitivo. Se o trabalho pensa que lhe é pago muito pouco, ele pode barganhar por mais ou então ir para outro lugar e o capital também pode contratar o trabalho que escolher. No Capitalismo Industrial, o capital pode se mover para novas localidades, afim de encontrar novos trabalhos e também pode substituir mais capital e materiais. Para os defensores do Capitalismo, o Estado é ou pode ser um agente neutro, reforçando, imparcialmente, estes e outros contratos e acordos. Neste sentido, o econômico e o político parecem ser independentes um do outro. O econômico é a esfera privada, que no Capitalismo Industrial está baseada , particularmente, no contrato de trabalho e salário e governada pela mão invisível do mercado. O político é a arena pública acessível para resolver conflitos, de acordo com regras justas e procedimentos. Ele assiste a economia, primariamente, assegurando que acordos sejam cumpridos e providenciando mercadorias públicas e serviços, tais como estradas, canais,
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defesa e justiça. Em retorno, ele recebe legitimação deste recipiente e se suportar através de taxas. Entretanto os defensores do Capitalismo podem descordar que os poderes do Estado sejam neutros e devam ser limitados. Eles também percebem que de fato o papel do Estado é vasto e que a maioria dos analistas concordariam que o Estado afeta grandes segmentos da vida. Esta aparência de neutralidade política e quase independência do econômico, é uma diferença fundamental entre o Estado no Capitalismo e o Estado nas sociedades pré-capitalista ou divididas por classe. Entretanto, os defensores do Capitalismo e seus críticos discordam se isso é mais do que uma aparência. Os marxistas argumentam que, particularmente no Capitalismo Industrial, a opressão herdada do sistema capitalista, é baseada e ainda camuflada pelo acordo salário-trabalho, o capital possui os meios de produção e o trabalho cria valores. Para o trabalhador trabalhar, deve ser dado a ele algum capital dos valores que ele criar. O contrato de trabalho é um mecanismo pelo qual o capitalismo esconde a extração do excedente, sob a máscara de um acordo livre e aberto, em outras palavras, o trabalho é pago menos do que vale. O capital extrai este dinheiro simplesmente por ter o poder de reter os empregos. Esta diferença e a extração do excedente é disfarçada pela aparente liberdade do trabalhador entrar em um contrato de trabalho. Através deste contrato, o excedente é extraído sem o uso de força e sem a intervenção política. Ao providenciar o suporte para este contrato e para a propriedade privada dos meios de produção, o Estado sob o Capitalismo é cúmplice em suportar esta relação desigual. Não surpreendentemente, as diferenças entre os marxistas e os não-marxistas, são sobre as visões da economia política e a influência do Estado com suas respectivas avaliações da Territorialidade. A maior coisa que os marxistas tendem a ver as unidades políticas, como criando e legitimizando as diferenças e obscurecendo as fontes do poder, enquanto, os não-marxistas não o fazem. Nós abordaremos este assunto mais tarde, mas agora é importante reconhecer que, embora as duas visões possam ver a Territorialidade empregando diferentes aspectos de efeitos, nem todas as interpretações dos usos do território no capitalismo caem dentro da divisão dos marxistas ou não-marxistas. E que as duas visões podem coincidir ,
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consideravelmente, com algumas tendências básicas nas relações entre o surgimento do Capitalismo e com o Estado de um lado e as concepções de espaço, tampo e Territorialidade de outro. Ambos concordariam que, além de apresentar o Estado num papel mais neutro, o Capitalismo tem aumentado a mobilidade geográfica da população geral. Com o comércio e a mobilidade veio a extensão geográfica do poder político. Isto ajudou o acesso seguro a novos mercados e a novas matérias-primas e ajudou a manter o transporte confiável e o salvo-conduto dentro do domínio. (A integração
nacional era interesse da burguesia
emergente e também da monarquia, ela deu ao monarca uma fonte direta de rendas e ajudou a passar os interesses feudais locais, que diluíram a autoridade do monarca). Com o Capitalismo veio a necessidade de uma acumulação crescente e também de uma inovação. Tanto o mercado quanto o industrial devem continuar a expandir os seus mercados, para vender (e produzir) mais e mais novas mercadorias. Se eles não o fazem, eles correm o risco de perder o seu negócio para outros que o farão, que podem vender mais barato do que eles. Assim, a mudança se torna algo imperativo do sistema e a racionalização ou uma justificação ideológica para a mudança, se torna personificada na idéia de progresso. O tempo, como se acredita, levará à mudança, uma mudança para melhor. Esta abstração e atribuição do valor ao tempo se torna mais intensa com o crescimento do salário-trabalho e do capitalismo Industrial. Ela também se torna fortemente interrelacionada com as mudanças nos significados de espaço e território.
Ideologia.
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Muito do pensamento do Renascimento, reflete as necessidades do novo sistema econômico emergente. O homem tomou o centro do palco e as sensações do homem foram as fontes primárias do seu conhecimento do mundo, colocando a experiência, ao invés da escritura, tradição e autoridade como a fonte de conhecimento aberta para o mundo e para uma visão experimental e até mesmo científica. Novas necessidades e experiências podem ser encontradas, viajando-se ou também através de novas comodidades. A exaltação da riqueza e do consumo (que as novas denominações protestantes proclamaram na sua idéia de um chamado) é tão importante como um componente do sucesso do Capitalismo, quanto são os negócios competitivos de acúmulo e acesso a recursos e mercados, ajudando a tornar a acumulação da riqueza e dos novos produtos possível, foi um mecanismos de mercado de oferta e procura que propiciou um mecanismo poderoso de revelar e medir as necessidades. O mecanismo de mercado quantifica o valor e conforme o reino da atividade de mercado se expandia, mais e mais coisas se tornavam valiosas em termos de preço de mercado, ao invés do seu valor ou utilidade tradicional. Quantificar valores, foi paralelo ao uso de medidas na ciência, os fatos podiam se descritos em termos unidades quantificáveis, tais como localidades, tamanhos e pesos, tão bem quanto as mercadorias, podiam ser descritas em termos de preços. Experiências de todos os tipos foram se tornando mais fáceis de se medir. Usar termos quantitativos para descrever a realidade impirica e o valor econômico, foi muito mais útil para uma sociedade dinâmica do que descrevê-los em termos dos seus usos tradicionais ou costumeiros, que não eram mais partilhados ou sobre a autoridade estava perdendo a sua legitimidade. Mas a quantificação teve ainda outra conseqüência, ajudou a tornar outros reinos do ocidente mais abstratos e autocríticos. Representar a realidade através de números, não é em si intrínsicamente mais abstratos do que representar a realidade através de palavras ou figuras, mas quando isto é acompanhado com um cálculos das relações quantitativas, tais como uma geometria ou uma álgebra, isto então reforça uma forma de representação que é precisa e convencional, ainda que
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fria e remota pelas complexidades e contradições da experiência ordinária, tal clareza e distância são características da concepção cientifica em geral. Os significados dos conceitos científicos são coinciamente criados e chegam através de um consenso da comunidade cientifica, eles não são vistos como símbolos naturais, mas sim como construções conscientes. Esta consciência encoraja a ciência e os reinos relacionados a se tornarem autocríticos de suas próprias representações. A quantificação engloba clareza, precisão e natureza pública dos termos científicos, representar a natureza através de termos ou símbolos bem definidos específicos e geralmente quantificáveis facilita uma separação e recombinação conceitual prolongada e complexa das partes da realidade, isto deixa os cientistas alertas que eles estão criando símbolos cujo significados são negociáveis. Esta atividade conceitual consciente, acrescenta algo à autocrítica da natureza da ciência, ela promove um alerta de que alguém está construindo modelos da realidade e não criando realidade ou afetando a realidade representada. Qualquer coisa que alguém faz, pode afetar a realidade, mas os cientistas reconhecem que os símbolos usados não manipulam diretamente as coisas que eles representam (como se acredita ser o caso no ritual e no mágico). E esta consciência do papel da simbolização, assistida pelo uso da quantificação, ajudou a aumentar o espirito da experimentação intelectual nos outros modos de pensamento. O papel dado pelo Renascimento à observação e à experiência humana, à quantificação dos fatos e valores e à emergência das ciências não foram de maneira alguma as causas diretas e os efeitos um do outro e nem eles dominaram imediatamente o pensamento ocidental, eles foram diferentes com idéias que foram impostas e reforçadas conforme o capitalismo se desenvolvia, eles estavam também interrelacionados com as mudanças que ocorriam nos conceitos e usos do espaço da terra, do território e do tempo. É claro que o desenvolvimento de um conceito mais métrico-quantitativo do espaço, do lugar e do tempo tinha um efeito paradoxal de facilitar o movimento, a coordenação e o controle de atividades sobre a terra, enquanto removia o significado do espaço e do tempo da experiência mais ordinária. O espaço e o tempo se tornaram molduras abstratas, as quais os eventos e as experiências estão relacionados. Esta abstração foi grandemente afetada pelas idéias ocidentais modernas da realidade, isto ajudou a tornar o
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pensamento ocidental autocrítico; e ajudou a diminuir o ritual e a aumentar o ceticismo.
Espaço e tempo. O Capitalismo é a primeira economia dinâmica confiável, as mudanças que o Capitalismo cria são racionalizadas através da crença no progresso. As pessoas esperam que o futuro signifique mudança para melhor, isto é verdadeiro. Geralmente, outras sociedades dizem que o futuro podia ser melhor, mas isto usualmente significa que existem ciclos de bons e maus tempos e o que aconteceu eventualmente acontecerá novamente ou que alguma coisa inteiramente nova e revolucionaria ocorrerá, mas somente através da intervenção divina. A crença na noção ocidental do progresso entretanto, significa crer em uma mudança secular mais ou menos contínua para melhor, para novo e não disponível até o presente momento e isto ocorrerá mesmo em condições imprevistas. A fé sega no progresso, como a fé sega em qualquer coisa, é um uso não sofisticado de uma abstração, mas haviam bases firmes na sociedade pós-renascentista, para uma crença mais cautelosa no progresso, que poderia ser tomado como uma generalização sobre as mudanças que poderiam ocorrer na vida material. A idéia de progresso bem como as experiências mais mudanas de mudança na sociedade moderna, estão baseadas na noção métrica abstrata do tempo. Medir uma passagem do tempo ainda requer medir as mudanças no mundo material, como o caminho do sol. Entretanto, as diferenças primárias residem no fato de que a medida pode ter referências irrestritas, ela pode se referir a eventos familiares, tais como o movimento de corpo celestes ou a idade das pessoas, mas sua função primária se torna, simplesmente, servir como uma medida neutra para marcar a duração e a seqüência de qualquer e de todos os eventos. De fato, ao invés dos eventos marcarem o tempo, as unidades métricas do tempo têm sido usadas para definir os eventos, como quando na vida da fábrica o trabalho começa às oito e termina às seis.
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O tempo métrico se torna uma parte importante de uma visão de mundo, com referência a cada novo avanço nos pedaços do tempo mecânico, isto permite que o tempo seja medido em unidades menores, iguais e precisas. Estas unidades, bem como a antiga divisão dos dias, semana e anos começou a ter valor, conforme o trabalho começou a ser calculado em termos de compra e venda do tempo de trabalho. Conforme o tempo métrico foi se tornando livre de qualquer experiência particular ou contexto, também foi o espaço geográfico. Poucas sociedades, incluindo Europa medieval, fizeram uso sistemático de uma grade espacial para representar o mundo. Os chineses fizeram uso de um sistema de coordenadas, mas isto parece estar cheio de significados espirituais. A geometria grega e a cartografia, estavam mais preocupadas com objetos sólidos do que com o espaço abstrato, ainda uma parte da matemática grega e da cartografia tinham o potencial para se referir a terra e ao espaço celeste, como um sistema métrico. A discussão de Ptolomeu, das projeções e coordenadas, chegou perto de qualquer formulação pré-moderna para uma abstração e metrificação do espaço. A este respeito que o sistema de Ptolomeu tenha sido útil para a Idade Média cristã até 1150, mas não foi usado para os geógrafos medievais, ao invés disso os cientistas medievais aplicaram-no no espaço e até mesmo lá ele estava interrelacionado com a astrologia. Para o espaço da Terra, a Geografia medieval geralmente substituía uma visão mística derivada da doutrina da Igreja. Em uma importante série de representações medievais, ilustrada na figura 3.8, a Terra foi dividida em três regiões, África, Ásia e Europa e estas eram reunidas no centro em Jerusalém. A importância deste conceito, é que onde quer que alguém estivesse realmente localizado no espaço físico, isto era algo material, a menos que alguém estivesse no centro da cidade santa, Jerusalém. Não somente até o século XV, com o despertar dos interesses na navegação e comércio, que o sistema de Ptolomeu de mapeamento da Terra foi redescoberto. O ano de 1405, viu a primeira translação no ocidente das Geografia de Ptolomeu, a partir daí a representação do espaço, em termos de coordenadas, tais como a longitude e a latitude, se tornou a concepção geográfica padrão de espaço. Usar um sistema de coordenadas para
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repr repres esen enta tarr um espa espaço ço,, depe depend nde e de imag imagin inar ar o glob globo o não não como como uma uma topografia morta, mas como uma superfície homogênea dirigida por uma grade uniforme. Um espaço métrico abstrato foi unido a tempo métrico abstrato, para formar uma moldura de referência geral e precisa, na qual as experiências humanas estão provavelmente localizadas. O mapeamento do espaço, em termos de coordenadas, somente um dos dois instrumento instrumentoss primários para expressar expressar a consciência consciência do espaço como uma moldura abstrata para os eventos. O outro foi a descoberta no século XV, da pintura em perspectiva, antes desta época o conceito de espaço nas pinturas, estava dominado pela posição e tamanho. t amanho. O tamanho de objeto e sua posição, na pintura, indicavam alguma coisa da sua importância, mas nada da sua localização real na realidade geográfica. Dentro do contexto da pintur pintura a em pers perspe pect ctiva iva,, os even evento toss a sere serem m pinta pintado doss eram eram litera literalme lment nte e pintados em um sistema de coordenadas preexistente, que representava o próprio espaço. A pintura em perspectiva e a cartografia do Renascimento, se reforçaram uma a outra. Os artistas estavam conscientes dos novos métodos cartográficos cartográficos e os cartógrafos cartógrafos eram, geralmente, geralmente, artistas. Suas interconexões interconexões podem ter sido tão fortes, que as regras de Ptolomeu para as projeções de mapa podem ter sido adotadas por Alberti, um dos fundadores da pintura em perspectiva em suas construções de perspectivas. Os desenv desenvolv olvim imen ento toss na cart cartogr ograf afia ia e na pintura, pintura, foram foram
de
grande importância para conceitualizar e para apresentar um sistema espacial abst abstrat rato, o, mas mas empr empreg egar ar um siste sistema ma para para fins fins práti prático cos, s, enco encontr ntrou ou vário várioss empeci pecilh lhos os.. O dicio icioná nári rio o geo geográf gráfic ico o de Pto Ptolom lomeu, que foi foi usad usado o na Renascência como base do mapa do mundo conhecido, foi consideravelmente inexato. A latitude era fácil de ser medida com exatidão no mundo antigo, através da observação da altura da estrela polar ou do sol. Mas, a longitude que requeria observações simultâneas em diferentes locais geográficos de even eventos tos celes celestia tiais, is, não não era era poss possív ível el de ser ser medi medida da em qualq qualque uerr grau grau de exatidão até que peças confiáveis e portáteis foram desenvolvidas no século XVIII, até lá somente aproximações grosseiras grosseiras puderam ser feitas. fe itas. Apesar destas limitações temporárias da aplicabilidade aplicabilid ade da moldura espacial métrica-abstrata, ela foi achada útil o suficiente para permitir
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novo novoss dese desenv nvolv olvim imen ento toss na proj projeç eção ão de navi navios os e na nave navega gaçã ção o e esta estass inovações tecnológicas ajudaram a melhorar a exatidão dos mapas, mais e mais mais cois coisas as se torn tornar aram am geog geogra rafifica came ment nte e aces acessí síve veis is e exat exata ament mente e localizáveis. Mas, em um mundo complexo alimentado pelo Capitalismo, a Territor Territorialid ialidade ade é requer requerida ida para para clarear clarear o camin caminho ho para para a acessi acessibilid bilidade ade geográ geográfica fica e vários vários desenv desenvolv olvime imento ntoss precisa precisaram ram aconte acontecer cer antes antes que o sistema espacial abstrato pudesse ser incorporado e ligado em sua abstração ao uso moderno do território.
Territorialidade. Um uso moderno do território é baseado principalmente principalmente em uma autoridade autoridade política suficiente suficiente ou poder para ligar as dinâmicas dinâmicas do Capitalismo, Capitalismo, para para ajud ajudar ar repe repetid tidam amen ente te a move mover, r, mold moldar ar e a cont control rolar ar a orga organiz nizaç ação ão espacial humana em escalas vastas. Este uso moderno do território é primeiro uma questão de grau e intensidade mas, em algum ponto, ele começa a conduz conduzir ir a sentido sentido diferent diferente e qualitat qualitativa ivamen mente te do territóri território o e do espaço espaço.. O território se torna conceituadame conceituadamente nte e até mesmo realmente realmente esvaziável esvaziável e isto apresenta o espaço como uma superfície real e esvaziável ou estágio no qual os eventos ocorrem. Desd Desde e o iníc início io dos dos regi regist stro ross hist histór óric icos os,, exis existe tem m caso casoss de definições territoriais das relações sociais de moldar pessoas para formar comunidades e de planos abstratos para novas cidades e colônias. Por toda part parte e pode podem m ser ser enco encont ntrad rados os exem exempl plos os da criaç criação ão de nova novass unid unidade adess territoriais políticas, a partir de antigas em uma escala menor da posse da terra como uma propriedade não cumulativa. Estas definições territoriais devem ter feito pensar, em algum grau, que a terra bruta era simplesmente uma área do espaço espaço,, mas estas definiç definições ões dificilm dificilment ente e constit constituía uíam m uma uma maioria maioria ou em muito uitoss caso casoss uma prop roporçã orção o signi ignifi fica can nte dos dos usos sos da socie ocied dade ade e experiências do território, pelo contrário, a grande maioria das comunidades foram estabelecidas tão gradativamente e em tão longa duração que mesmo
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que que a Terri Territo toria rialid lidad ade e foss fosse e usad usada a para para inicia iniciarr um asse assent ntam amen ento to,, com com a passagem do tempo o lugar se tornaria uma entidade natural e unificada. A nível político, o Velho Mundo não encontrou vastas porções de terra e nem tinha necessidade ou habilidade para criá-las. Mesmo quando um grupo conquistava outros, os conquistadores, com poucas exceções, tais como o esforço esforço Mongol para banir os chineses das estepes, estepes, não tentavam tentavam expulsar expulsar as comu comuni nida dade dess pree preexi xist sten ente tess e suas suas relaç relaçõe õess de poss posse e da terra terra.. Para Para qualquer valer alguma coisa, ela tinha que ser ocupada por agricultores e a maioria das terras no velho mundo, era então ocupada. Desalojar populações resid residen ente tes, s, mes mesmo se um mona monarc rca a ou Esta Estado do tives tivesse se pode poderr para para isso isso,, significava que os refugiados deveriam somente ser removidos e isto era um empreendimento tedioso e custoso. A conquista no velho mundo, antes da era da exploração, envolvia subjugar e estabelecer suserania sobre as populações agrícolas antigas e residentes, isto não envolvia desabrigá-las inteiramente, mesm mesmo o quan quando do esta estass popu populaç laçõe õess eram eram vist vistas as de forma forma infer inferior ior por por seus seus conquistadores. Embor mbora a a Euro Europa pa medi mediev eval al,, como como toda todass as civi civiliz lizaç açõe ões, s, empregasse uma definição territorial das relações sociais em alguns graus, o conc concei eito to pred predom omin inan ante te da Terr Territitor oria ialilida dade de no mund mundo o anti antigo go,, ante antess do Renascimento, era de uma definição social e a transição para uma consciência de uma definição territorial para acompanhar o surgimento do Capitalismo, teria sido mais gradual se não fossem as descobertas do Mundo Novo. O Mundo Novo e, especialmente a América do Norte, apresentou aos poderes europeus uma área vastas, distante, desconhecida e nova, isto significou que, com a tecnologia limitada e o poder político ao seu dispor, os europeus poderiam ainda “limpar” muito do espaço e formar territórios em todos os níveis geográficos, com uma intensidade que era impossível de ser aplicada no Velho Mundo. A descoberta do Novo Mundo acelerou o uso de uma definição terri territo toria rial,l, mas mas levou levou temp tempo o para para este este sent sentido ido se ligar ligar às abst abstra raçõ ções es das das representaçõ representações es cartográficas cartográficas do espaço. espaço. Além disso, a intensidade intensidade crescente crescente de uma uma definiç definição ão territo territorial rial juntam juntament ente e com com o uso de um espaço espaço métric métrico o
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abstrat abstrato o
não substitu substituiu iu e pelo contrári contrário o comple complemen mentou tou conceito conceitoss antigos antigos..
Indicações de mudanças de atitude com relação ao território e ao espaço, são encontradas em muitas facetas da nova política mundial, especialmente na América do Norte. A evidência de se pensar no território como um espaço esvaziável, está indicada cedo nas constituições e concessões americanas, que delimita delimitaram ram suas suas reivindi reivindicaç cações ões usando usando linhas linhas métric métricas as abstra abstratas tas de latitude e pela provisão por uma hierarquia de subterritórios administrativos, antes que se fizesse o levantamento topográfico da terra e o assentamento. Isto Isto está está indi indica cado do pela pelass aleg alegaç açõe õess euro europé péia iass de que que a Terr Terra a esta estava va virtualmente desabitada e pelo deslocamento da maior parte da sua população aborígene, algumas para reservas. Isto é encontrado na mudança gradual da definiç definição ão de comun comunida idade, de, que primei primeiro ro era quando quando um novo novo cidadã cidadão o era some soment nte e admi admitid tido o com com cons consen enso so da comu comuni nida dade de,, pass passan ando do para para uma uma admis admissã são o que que requ requeri eria a some soment nte e uma uma resi residên dência cia dent dentro ro do terri territó tório rio da comunidade, está indicado pela mudança de uma forma de representação em que a comunidade comunidade era pensada pensada ser uma entidade orgânica orgânica com um interesse comum e assim precisava somente de um representante para dar voz às suas necess necessidad idades, es, para para uma represe representa ntação ção propor proporcion cional al basead baseadas as em censos censos periódicos, nos quais a comunidade é pensada mais como uma coleção de indi indiví vídu duos os,, do que que como como um corp corpo o unif unific icad ado. o. Evid Evidên ênci cias as tamb també ém são são encontradas na Constituição dos Estados Unidos, no uso da representação de áreas como um instrumento para dividir facções e para balancear o poder, são também encontradas no parcelamento territorial das terras ocidentais. Os casos de se tratar o território como um molde esvaziável e preenchível, multiplicam-se conforme nós se aproximamos do presente. E a mesm mesma a tend tendên ência cia é vist vista a quan quando do nós nós olha olhamo moss os terri territó tório rioss em esca escala lass geográ geográfica ficass menore menoress dentro dentro das vizinha vizinhança nçass e dos edifício edifícios. s. A diferen diferença ça primá primária ria é que que aqui aqui difere diferent nte e do níve nívell políti político co que, que, devi devido do os mapa mapass de coordenadas, podia ser representado como um espaço vazio para a partição e aí preenchimento. A escala menor e os níveis arquiteturais, foram vistos como esvaziáveis somente após terem sido reduzidos, somente após cada coisa ter sido sido colo coloca cada da em luga lugarr sepa separa rado do.. Esta Esta sepa separa raçã ção o não não sign signifific ica a uma diminuição da densidade, pelo contrário, significa primeiro isolar e segmentar
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atividades específicas a serem contidas e isto, geralmente, resultou em uma multiplicação e intensificação da Territorialidade. Antes desta transformação, as ruas das cidades medievais da Renascença e aquelas outras das sociedades pré-modernas, por exemplo, estavam lotadas com empurra-empurra de numerosas atividades. Podia se encontrar mercadores vendendo as suas mercadorias, pedintes, famílias se socializ socializando ando,, pregoe pregoeiros iros espalha espalhando ndo as notíci notícias, as, julga julgamen mentos tos público públicoss e enforcamentos tudo isso ocorrendo ao mesmo tempo nas ruas e nas praças. Mas, Mas, conforme conforme os interess interesses es comerciai comerciaiss se tornaram tornaram mais import importante antess
e
conforme os efeitos do capital comercial expulsou mais e mais os camponeses, houve houve um desenvolvimen desenvolvimento to maior maior das restrições sobre o acesso acesso aos espaços públicos, como estradas e praças. Regras foram criadas, proibindo os mercadores de negociar as suas suas merc mercad ador orias ias nas nas ruas ruas,, rest restrin ringin gindo do os pedin pedinte tess em certo certoss locais locais,, proibindo encontros sociais e em geral limitando o uso das ruas e rodovias somente para o transporte de pessoas e de mercadorias de um lugar para o outro. Conforme as atividades nas ruas diminuíram e ficaram limpas para os transporte, a cidade se tornou mais e mais economicamente diferenciada, as fontes de água foram limpas para armazenagem, as trocas de estoque foram estabelecidas em áreas acessíveis e com o Capitalismo Industrial a cidade assumiu a sua forma moderna de áreas residenciais e de distritos de produção e de negócios. Uma redução correspondente do lugar, através da isolação e da segmentação, pode ser encontrada a nível da arquitetura doméstica. Antes
da
revolução
comercial,
a
principal
organização
arqu arquite itetu tural ral,, até até mesm mesmo o das das maio maiore ress casa casas, s, não não era era base basead ada a em uma uma desi design gnaç ação ão cuid cuidad ados osa a das das funç funçõe õess espe especí cífifica cass para para comp compar artitime ment ntos os específicos ou locais, ao invés disso, os lares eram subdivididos em quartos que que podia podiam m serv servir ir para para múlt múltipl iplas as funç funçõe ões. s. E na maio maioria ria dos dos caso casos, s, cada cada compa comparti rtimen mento to levava levava um outro, outro, os poucos poucos corred corredore oress centrai centraiss existi existiam am somente para o acesso, mas conforme as atividades nas ruas e lojas se tornavam reduzidas, também elas se tornavam especializadas dentro da casa. Novos projetos para mansões, continham corredores especificamente para o
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movimento e acesso e os compartimentos se tornavam mais e mais específicos para tipos particulares da funções, logo, casas mais modestas possuíam plantas-terras especializadas. A redução e o conceito eventual de esvaziar os locais, ocorreu mais dramaticamente no ambiente de trabalho. Conforme a figura 3.7 sugere, uma diferença básica entre o Capitalismo Mercantil e o Industrial, é que neste último, primariamente, as ferramentas e os locais de produção pertenciam ao capitalista ao invés de pertencerem aos trabalhadores. Os trabalhadores agora têm que trabalhar fora de casa, com máquinas que não são deles, isto implicou que o capitalista, tinha que definir, supervisionar e controlar os mínimos detalhes do processo de trabalho. Os trabalhadores vinham para fábricas em horários definidos e eles trabalhavam em locais específicos dentro das fábricas e em máquinas específicas por intervalos de tempo específicos. Eles não podiam deixar as suas estações de trabalho sem a permissão e eles não podiam variar o ritmo do trabalho. Os trabalhadores estavam constantemente sob os olhares do supervisor e os corpos dos trabalhadores eram pouco mais do que apêndices das máquinas. Uma vez que o trabalho agora foi separado de casa e os membros da família agora estão fisicamente separados durante as horas do dia, outras instituições geograficamente distintas surgem para suprir os velhos e os novos serviços para os domicílios. Novas formas territoriais, surgem pra produção, consumo e vigilância, escola contendo salas de aulas e carteiras com os assentos nomeados e ordenados, prisões subdividas em celas e blocos de celas, hospitais e asilos com alas e vilas ordenadas de quartos e camas. Uma coisa comum para muitas dessas estruturas foi o arranjo dos lugares que facilitaram o acesso hierárquico, a supervisão e controle. A divisão crescente do trabalho e a segmentação espacial dos elementos da vida, reduziu as atividades no espaço. Somente um ou no máximo uns poucos evento definido ocorreu em local cuidadosamente preparado. Em muitos casos, os processos que eram segmentados e organizados, eram tão incomuns que as estruturas designadas para contê-los não eram adequadas para nada. Quando os processos não eram mais
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abrigados no prédio restava a estrutura vazia, abandonada a menos que o edifício fosse totalmente renovado, mas a maioria dos processos, embora grandemente subdivididos, segmentados e reduzidos, podiam ser abrigados dentro de um tipo geral de arquitetura, desde que as partições interiores fossem flexíveis o suficiente para permitir uma reorganização. As mesmas estruturas básicas, somente com leves modificações, poderiam então servir para uma variedade de propósitos, este era o caso para instituições tais como hospitais, asilos, escolas, prisões ou fábricas. Mesmo os prédios de apartamento, eram projetados com partições interiores moveis, tal que o ocupante poderia organizar o espaço interior conforme ele desejasse. Este sentido de um containner flexível e conceituamente esvaziável, foi incorporado na língua da arquitetura, os arquitetos ainda construíam edifícios, mas agora eles o chamavam de volumes ou espaços. O poder para criar formas arquiteturais versáteis e capazes de subdividir, organizar e reorganizar cada aspecto interior fez do universo da construção, algo ao mesmo tempo, conceituamente e realmente, esvaziável e um espaço reusável ou containner. Ver e usar o espaço como um containner, a nível arquitetural, ladeia a consciência do espaço geográfico como uma superfície ou volume na qual os eventos ocorrem. O mesmo sentido pertencem a ambas as escalas, uma vez que as sociedade moderna possui o poder, através do territorial, para repetidamente esvaziar, preencher e reorganizar os eventos no espaço, isto significa que os eventos e o espaço são conceituadamente separáveis e que um apenas está relacionado com o outro. As pessoas, as coisas e os processos não estão ancorados a lugar, eles não são essencialmente e necessariamente do local. A sociedade moderna é dinâmica, ela coordena populações vastas e móveis e isto faz locais distantes acessíveis, através de sistemas uniformes de transporte, além disso a sociedade moderna exalta a ciência e a tecnologia e estes modos vêem o espaço tão abstrato e métrico quanto a geometria. Não de se surpreender que a visão técnica da sociedade do espaço, se torne uma importante, se não a primária, visão prática e experiência do espaço. De maneira alguma, entretanto, nossa experiência de lugar é um sentido métrico abstrato, ela é, entretanto, o componente primário
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na nossa visão pública e ela afeta até mesmo as nossas experiências pessoais do mundo. As dinâmicas da sociedade moderna, tornam difíceis as coisas ficarem paradas criarem raízes, ver os lugares como reuniões de eventos, leva tempo e em nossa sociedade as coisas mudam rapidamente. Não admirem, então, que até mesmo a disciplina da Geografia, que está preocupada principalmente com o lugar e com o espaço, tenha acabado com o ambiente físico, dentro do espaço métrico isotrópico. Ela também tem enfatizado de maneira genérica lugares, ao invés de maneira específica e também reduziu relações físicas em distâncias métricas. O papel da Territorialidade em forma um sentido de um espaço abstrato esvaziável, é somente um dos muitos efeitos territoriais possíveis que podem ser esperados na sociedade moderna. Em adição a isto a teoria sugere que a Territorialidade, pode ser usada pela sociedade moderna para desenvolver estruturas burocráticas e para mascarar as fontes do poder. Estes efeitos e suas relações, para o espaço métrico abstrato, serão examinados mais tarde quando nós consideraremos o desenvolvimento do sistema territorial americano e o local de trabalho. Ao invés de explorar a outra linha divisória descrita no começo deste capítulo e na figura 2.3, que é a transição para a civilização, e ao invés de considerar as diferenças nos usos territoriais entre as diferentes civilizações pré-modernas, o objetivo deste livro será focalizado em questões da modernidade. Mas, é importante lembrar que nem todo uso significante da Territorialidade, pode ser ligado diretamente a mudanças na economia política. As conexões descritas na figura 3.3, que formaram as bases deste capítulo, sugerem que vários efeitos territoriais, podem ser esperados de ocorrerem em qualquer sociedade e que algumas características modernas podem ser encontradas na civilizações pré-modernas e vice-versa. Além disso, a relação na figura 3.2, bem como a interconexões gerais na figura 3.1, indicam que até mesmo quando os efeitos territoriais estão ligados às relações econômicapolíticas, ligação nem sempre é forte. A Territorialidade, especialmente dentro das organizações, pode possuir uma dinâmica própria. Uma organização pode usar a Territorialidade e se desenvolver e mudar (conforme ilustrado na figura 2.2), mesmo quando a maior economia-política da sociedade não o faz. Para
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ilustrar esta conexão complexa entre os efeitos entre os efeitos territoriais dentro de uma organização e entre a organização e a sociedade, nós examinaremos os usos modernos e os não tão modernos da Igreja Católica, em aproximadamente 2.000 anos de sua existência. A Igreja é um arquétipo da hierarquia organizacional e uma das organizações territoriais mais velhas e mais explícita. Ela exemplifica, a persistência e a mudança no uso territorial, através de contextos sociais sucessíveis.
4.A Igreja. A Igreja Romana Católica contém, os exemplos mais complexos dos efeitos territoriais. Durante os seus quase 2.000 anos de história, ela formou um sistema territorial hierárquico elaborado, que tem influenciado os objetivos da Igreja e a sua política. Até o final da Idade Média, a Igreja era mais avançada do que a maioria das instituições do seu tempo. Mas, desde o surgimento do Mundo Moderno, segmentos importantes da organização da Igreja, começaram a ser pensado de forma conservativa e até mesmo arcaica. E através de sua história, a Territorialidade tem desempenhado um papel importante. O que fez a Igreja territorial e como a Territorialidade tem afetado a natureza da Igreja?
Territórios e a Igreja visível. A Igreja Católica Romana, começou com um líder carismático e com um grupo de seguidores fracamente organizado e desenvolveu-se em uma das maiores, mais claramente articuladas organizações hierárquicas e burocráticas. As burocracias se desenvolvem, para ajudar a alcançar os objetivos de uma instituição. Mas, freqüentemente os oficiais da organização, começam a ter interesses próprios, que se divergem daqueles da instituição. Tais oficiais subvertem o papel da burocracia, para conseguir os seus próprios escritórios e status. As ambições desses oficiais são melhor servidas, quando se fazem os outros acreditarem que suas visões de hierarquia e burocracia são componentes indispensáveis da organização. A história da Igreja Católica
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Romana, tem si do particularmente sucestível a estes conflitos de interesses, especialmente porquê os objetivos originais e guias da Igreja - a salvação das almas e a promulgação da virtude - são coisas abstratas e intangíveis. Críticos da Igreja, argumentam que a hierarquia católica evitou que a Igreja alcançasse a sua missão religiosa. As autoridades da Igreja não concordam. Elas alegam que de fato, a sua organização e hierarquia são coisas sagradas e partes essenciais da Igreja e de sua missão. Ainda mais, mesmo para os apóstolos da Igreja, a união dos ideais da Igreja e a organização é, geralmente, uma coisa difícil. Os interesses hetero e o prático da Igreja e suas interrelações são refletidos na noção geral de que a Igreja tem duas naturezas. A primeira inclui o sistema abstrato da crença e valores encontrados nas escrituras, os quais a Igreja se propõe a representar e aos quais aqueles que já estão no céu aderiram. Isto será chamado de a Igreja invisível. A segunda se refere as instituições sociais da Igreja e engloba seus membros, seus oficiais, suas regras e regulamentos, suas estruturas físicas e propriedades. Isto será chamado de Igreja visível ou física. Os prédios da Igreja, as propriedades, os lugares santos, as paróquias, dioceses são elementos na Igreja visível. Não são coisas simplesmente localizadas no espaço. Elas são lugares separados por fronteiras, dentro das quais a autoridade é exortada é o acesso é controlado. Em outras palavras, elas são territórios.
Tipos de territórios da Igreja. A Igreja reconhece e controla muitos tipos de território, mas nós focalizaremos primariamente em dois: aqueles que são separados como locais santos e prédios da Igreja, e aqueles que estão ligados às estruturas administrativas da Igreja, tais como paróquias, dioceses e arquidioceses. Os lugares santos da Igreja Romana Católica, incluem a localização de eventos milacurosos, a localização física e a estrutura dos prédios da Igreja. Os prédios e suas localidades são considerados santos e desde o quarto século da era de Cristo, eles têm sido consagrados. Todos os locais santos, não
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igualmente santos ou sagrados para os católicos. Algumas igrejas são mais santas; além de serem consagradas, elas têm que ser construídas próximo dos locais de um evento milacuroso. E nem todos os milagres, são olhados com o mesmo carisma. Geralmente, a Igreja tem maior consideração com lugares que têm conexão com Cristo e o Apóstolos. No topo da lista estão os lugares como a Terra Santa, a Igreja do Santo Sepulcro em Roma e o local da tumba de São Pedro. Os locais santos estão ligados com a hierarquia da Igreja porque, por um lado, os locais mais santos, Geralmente, têm os oficiais de cargo mais alto na Igreja a cargo deles e, por outro lado, a autoridade de um oficial é em parte derivada de se ter autoridade sobre um local santo. A tumba de São Pedro em Roma, dá um peso extra aos bispos de Roma para torná-los também vigários de São Pedro. Em escalas geográficas menores, as igrejas católicas são subdivididas em áreas de vários graus de santidade. Embora, as formas de seus prédios variem de planos longitudinais para planos centrípetas, elas rodas contém lugares similares, divididos de acordo com a santidade ( figura 4.1). No geral, nós encontramos primeiro o santuário com seu lugar mais
santo, o altar, e então o seu lugar para o coro e presbíteros, em segundo, a nave que o lugar para a congregação. Aqui também existe uma relação entre a posição na hierarquia e acessibilidade geográfica. Durante as cerimônias da Igreja, somente aqueles que são oficiais da igreja têm acesso ao santuário, o altar é acessível somente para o maior oficial da igreja, enquanto que a nave é reservada para as pessoas. O segundo tipo de território da Igreja, que nos diz respeito está em uma escala geograficamente maior e se refere às unidades associadas com a organização da Igreja Episcopal (Embora os sistema monásticos estivessem intermeados com o Episcopal, é este último ao invés do primeiro que será o foco primário da nossa atenção). A Igreja Católica divide a maior parte do seu reino em linhas de hierarquia territorial, tais com paróquias, dioceses, arquidioceses e em algumas áreas em sés metropolitanas (ver figuras 4.2 e 4.3). Cada um desses territórios é comandado por um oficial da
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Igreja, cuja posição no governo da Igreja corresponde à posição na hierarquia territorial. Os padres têm jurisdição sobre as paróquias, os bispos sobre as dioceses, os arcebispos sobre as arquidioceses e o Papa sobre todas. A relação de curso não é perfeita, nem todos os padres têm suas própria paróquias. E o bispo é o padre da Catedral da sua diocese. Diferente dos prédios da Igreja e dos lugares santos, as unidades territoriais na segunda categoria, não são santas. Mesmo assim, elas têm se tornado tão importante para a Igreja visível quanto são os prédios e os lugares santos. Estes dois tipos de território, têm muito a ver com a organização interna da Igreja como uma organização religiosa e eles serão o foco da nossa atenção. Suas histórias são importantes e seu desenvolvimento, multiplicação e organização hierárquica serão mostrados estarem fortemente associados com o desenvolvimento da organização da Igreja. Conforme os críticos têm apontado, a religião não é o único interesse da Igreja. A Igreja também é uma instituição política e econômica. Estes outros papéis inevitavelmente afetam as funções de ambos os tipos dos territórios da Igreja e criam outro tipos também. Em alguns casos, as funções política, econômica e religiosa da Igreja visível e seus territórios conduzem a fontes múltiplas e conflitantes de controle. Por exemplo, a adoção do Cristianismo como a religião de Estado pelo Império Romano, não somente deu status aos lideres oficiais da Igreja e apressou a burocratização da Igreja, mas também colocou numerosas unidades territoriais nas mãos da Igreja. As dioceses Romanas eram territórios com múltiplos propósitos somente uma das suas funções era religiosa. Além disso, da metade do quarto século até o final do século VI, os limites geográficos da Igreja eram os limites práticos do Império. As políticas de dissolução do Império Romano, estavam longe de sobrepujar as diferenças teológicodoutrinais como causas do cisma da Católico-Romana com a Ortodoxa Oriental. Foi uma decisão política dos Papas se aliarem ao ocidente, para preencher o vazio político deixado pelo colapso do Império. Ligar a Igreja Católica às fortunas do ocidente, abre os caminhos para os territórios da Igreja se tornarem uma parte da economia política feudal. Uma paróquia na Idade Média era, geralmente, uma unidade político-administrativa e econômica, bem como uma religiosa. Os lideres
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seculares na Idade Média exerciam um controle sobre os compromissos dos padres e bispos e as rendas da propriedade da Igreja e território. Os ricos fundaram igrejas e deram propriedades para o seu suporte. Em retorno, eles queriam manter o controle sobre elas. A despeito destas transações seculares, a Igreja se tornou um importante Estado politicamente soberano com poder sobre grandes territórios políticos como na formação dos Estados Papais que começou com as doações de Pepin no século VIII. O efeito destes empreendimentos políticos e territórios sobre a Igreja foi extremamente importante. Muito da sua implicação está refletida na mudança de caráter e funções dos tipos de organizações territoriais a serem considerados - os territórios Episcopais e os lugares santos e prédios. A história da Territorialidade dentro da Igreja é complicada, mesmo quando a investigação é restrita há somente dois tipos de territórios. Mas, a união da teoria da organização e a Territorialidade, discutida no capítulo 2, sugere muito efeitos territoriais gerais, que podem ser antecipados mesmo em um contexto complexo como na história da Igreja. No geral, nós podemos esperar que a teoria nos guie para um entendimento do uso do território pela a Igreja. Nós podemos esperar que a Territorialidade ande de mãos dadas com o desenvolvimento da organização da Igreja e hierarquia. Assim como a hierarquia aumentou, também aumentou a organização. Especificamente, nós podemos esperar ver uma associação positiva entre o desenvolvimento do território da Igreja e as dimensões sociológicas da especialização, padronização, formalização e o alcance organizacional do controle. Nós também podemos esperar que a Territorialidade tenha ajudado a criar algumas das facetas modernas da organização da Igreja, tais como a impersonalidade do escritório e uma intensa definição territorial das relações sociais. Nós também podemos antecipar que as dinâmicas internas e os pontos extremos da Territorialidade, tal como ilustrado na figura 2.2, têm influenciado o desenvolvimento da estrutura da Igreja e os objetivos dela. Assim, a Territorialidade da Igreja pode ser esperada de se ter criado má escolha geográfica e desperdícios e ter se tornado um fim em si mesmo. Estes e outros efeitos territoriais, mencionados no capítulo 2, guiaram a nossa discussão sobre a Igreja. Mas, duas qualificações devem ser
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mantidas em mente. Primeira, focalizar as mudanças organizacionais e territoriais não significa que estas características possam ser isoladas prontamente e quantificadas. Os registros da Igreja são vastos mas incompletos, os historiadores da Igreja não os têm reunidos em termos dos critérios da teoria organizacional ou com vistas para os efeitos territoriais. Estas limitações significam que as mudanças entre o território e a organização, mencionadas acima, podem ser apenas sugestivas. Segundo, uma que nós estamos concentrando em cima do território da Igreja e somente em dois tipos, nós também devemos enfatizar somente uma porção do caráter organizacional da Igreja - a sua estrutura organizacional hierárquica. Isto é claro, é uma faceta importante da Igreja, mas nós devemos ser cuidadosos para não esquecer que a Igreja e sua organização possuem outras características. O Clero, por exemplo, vê a si mesmo como profissionais e profissionais, geralmente, têm objetivos que diferem dos burocratas. A Igreja também tem pensado nela mesmo como uma família. Os bispos tendem a cuidar de seus paroquianos, como um pai cuida das suas crianças, as freiras são “noivas” de Cristo e os clérigos na Igreja são, geralmente, parte da família no sentido de que eles vivem juntos e, em geral, comunalmente. A Igreja é, então, muitas coisas, nada menos é um corpo religioso interessado em assuntos éticos e todas estas características têm afetado o desenvolvimento da estrutura da Igreja. Entretanto, a Igreja emergiu como uma das mais extensivas, duradouras organizações burocráticas hierárquicas no mundo e sua estrutura, por sua vez, tem afetado os seus objetivos. Sob a luz dos objetivos mundiais da Igreja, está o de mais impressionante nesta instituição, ao contrário dos outros tipos, tais como exércitos e governos, que têm declaradamente conceitos mudanos, ela se tornou tão claramente hierárquica e burocrática.
O Cristianismo primitivo. Durante a maioria dos 300 anos da história da Igreja, as comunidades cristãs eram pequenas, variadas no caráter, geograficamente
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distantes, compostas geralmente das classes baixa e média e freqüentemente perseguidas. Elas existiam em uma sociedade contendo outras religiões, que eram hierarquicamente organizadas com claras unidades territoriais e dentro de um império que era ele próprio uma mistura de organizações e territórios. Assim, dentro deste contexto, nós encontramos forças poderosas na Igreja primitiva resistindo a criação da hierarquia de uma Igreja visível e de um território. Mesmo quando a Igreja primitiva professou a necessidade pela organização ela era, geralmente, expressa em termos de modelo de família. Mas, a despeito desta resistência a organizações mais formais e impessoais e a uma estrutura da Igreja visível mais clara, os primeiros 300 anos do Cristianismo mostram um movimento perceptível e relutante partindo de uma coleção fracamente organizada de seguidores, para um grupo mais organizado formalmente, impessoalmente e hierarquicamente. Este movimento, foi acompanhado pelos aumentos na Territorialidade em ambas as escalas, tal que pelo ano 300 da era de Cristo, ao invés de uma comunidade, simplesmente, residir e adorar um lugar, os cristãos estavam a caminho de usar a Territorialidade para ajudar a definir a sua comunidade, os seus lugares de adoração e suas relações entre si.
O contexto judeu. O Cristianismo é um ramo do Judaísmo. Cristo e a maioria senão todos os Apóstolos eram Judeus. A maioria dos cristãos originais, eram Judeus convertidos e trabalho original da Igreja aconteceu em comunidade judaicas. Por muitos anos, não estava claro se o Cristianismo era somente mais uma das seitas judaicas ou um culto misterioso ou realmente outra religião. A ligação entre o Judaísmo e o Cristianismo tem um grande efeito na organização cristã. Embora, o Judaísmo fosse uma religião de Estado, ela gerou numerosos grupos dissidentes, um dos quais foi o Cristianismo primitivo.
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O Cristianismo primitivo era, em parte, uma rebelião contra a rígida estrutura hierárquica do Judaísmo. É significante notar que o Judaísmo também tinha uma rígida estrutura territorial. A ligação entre as duas é importante porque os primeiros cristãos, geralmente, criticavam uma através da outra. O Judaísmo tinha importantes dilemas, os quais encontravam eco, principalmente, na distinção dos cristãos entre a igreja visível e a invisível. Os Judeus acreditavam que havia somente um Deus e que ele era onipresente. E que ainda ele parecia preferir um povo - os Judeus - e parecia residir na Terra Santa e mais precisamente no Templo. O Templo era o ponto focal entre o paraíso e a terra e seu interior santo era o mais santos dos locais. O Templo foi oficialmente sancionado, como o centro da adoração religiosa pra todos os Judeus. Os judeus, além disso, acreditavam que Deus era acessível a todo homem, que cada um poderia conhecê-lo através da adoração e da obediência a seus mandamentos. Eles desenvolveram um elaborado sacerdócio, que trabalhava no Templo e que servia como intermediário entre Deus e o homem. A relação entre os Judeus, a terra e Deus é complexa. Deus tomou Israel como seu povo escolhido. Era uma terra santa, a qual os judeus deviam fazer por merecer, seguindo os ensinamentos de Deus. Uma das maneiras de fazer os Judeus aderirem à vontade de Deus, era através do desenvolvimento de uma hierarquia da Igreja reforçada pela autoridade do Estado. Quanto mais próxima fosse essa ligação, mais emaranhada se tornava a Territorialidade do poder político e da prática religiosa. Uma podia ser usada para suportar a outra. Como uma religião de Estado, os pronunciamentos sobre os lugares de adoração podiam ser impostos e a concentração sobre um lugar primário, poderia ajudar a focalizar a autoridade religiosa e a concentrar politicamente e unificar o Estado. É claro que o judaísmo parece ter levado isto ao extremo. O Templo para os Judeus era o lugar mais sagrado de todos. Os Judeus de Israel eram esperados ali para fazerem as suas adorações e sues sacrifícios. Embora, Eretz Israel fosse um país pequeno, era difícil para os Judeus de fora de Jerusalém fazer a viagem mais do que umas poucas vezes
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por ano. É provável que outros locais de adoração tenham surgido, mas não há evidências de que tais lugares fossem encorajados pela ordem estabelecida. E assumindo que eles eram tolerados, suas funções seriam restritas porque a Bíblia contém referências à tentativa pelo Judaísmo organizado de extinguir lugares competidores de sacrifício, embora talvez não de oração. A origem e o propósito das primeiras sinagogas não está claro. As sinagogas são mencionadas somente no final do Velho Testamento e no Novo. Mas, elas eram escolas, lugares de oração ou lugares de sacrifício? Parte da dificuldade é porque o termo é grego e parece ter significado um ato, e então mais tarde um lugar ou uma assembléia. O termo Hebreu para sinagoga é ‘bet ha-knesset’, e significava originalmente uma casa de reunião. Um termo de acompanhamento ‘bet ha-midrash’significava lugar de estudo. Vários estudiosos acreditam que qualquer que fosse as suas funções, a sinagoga pode ter sido uma instituição antiga contemporânea com o Templo.. Mas, a maioria sugere que ela começou no exílio da Babilônia e que continuou entre os Judeus que foram viver fora de Eretz Israel até o tempo de Cristo, quando ela foi também fundada dentro da Terra Santa. Esta interpretação é sensata, porque o Judeu diáspora precisava de algum lugar dentro do Templo inacessível. Embora, o propósito para que servia a sinagoga antes de Cristo ainda permaneça não claro, nós sabemos que após a destruição do Templo e no ano 70 na era de Cristo as sinagogas foram o principal foco da vida social e religiosa dos Judeus. Além do Templo, o Judaísmo também desenvolveu uma rigorosa hierarquia dos escritórios religiosos, que eram preenchidos por famílias seletas. No topo estavam os Cohens os sacerdotes que conduziam os serviços e de onde se selecionava um alto sacerdote ou cabeça da religião. Havia os Levitas que assistiam no Templo, agiam como guarda dos portões e formavam o acompanhamento musical para os serviços. Também haviam os grupos que providenciavam serviços específicos à manutenção e ao ritual do Templo. O próprio prédio estava nas mãos da hierarquia religiosa. A estrutura continha sub-áreas, algumas mais sacra do que as outras e o aceso
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para os locais mais sacros correspondia a posição de alguém na hierarquia religiosa. Em Crônicas 1, 28 e em Crônicas 2,3 e 4 são encontradas as especificações divinas do primeiro Templo, consistindo de um vestíbulo e de um santuário interior: o lugar mais sagrado de todos. Planos para um segundo Templo são encontrados em Ezequiel 40-7 e um novo Templo foi construído após o retorno do exílio da Babilônia. No tempo de Heródes, este segundo Templo incluía uma cerca ao redor do projeto original de dois compartimentos do vestíbulo e do interior mais sagrado de todos. O cercado de alguma forma podia ser ligado à comunidade, englobando uma variedade de câmaras que eram como escritórios. O espaço aberto ao sul do Templo era disponível para os Gentis. E havia mais outro, uma área menor que somente os homens judeus poderiam entrar e ainda uma outra restritas aos sacerdotes. O santuário interior do Templo, era restrito ao alto sacerdote e até mesmo ele só tinha permissão de entrada no dia da expiação dos pecados. No tempo de Cristo, a teologia judaica se juntou ao universalismo, mas na prática o Judaísmo era uma organização hierárquica com uma estrutura territorial hierárquica. Os Judeus ocupavam um Estado territorial que impunha uma religião de Estado. O Templo era um território de adoração e o próprio Templo continha uma hierarquia de sub-territórios com o lugar mais sagrado reservado somente para os mais altos sacerdotes. A este respeito o Judaísmo não era diferente das outras religiões da época. Lugares sacros e a hierarquia religiosa eram partes fundamentais das vizinhanças e das religiões preexistentes no Oriente Médio e também eram importantes facetas da religião de Roma. A organização hierárquica religiosa, entretanto, era somente uma fração pequena da hierarquia dentro da civilização Romana. Assim como o Judaísmo tinha seus dilemas, também tinha o Cristianismo original. Um em particular - a matéria versus o espiritual - é especialmente importante para a organização da Igreja. Os primeiros cristãos eram fortemente escatológicos; eles tentavam vigorosamente não serem influenciados pelos oficiais, lugares santos e territórios. O Novo Testamento contém numerosos pronunciamentos contra a organização religiosa. Paulo
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escreveu aos Corinthians, que eles próprios, eram um Templo do Deus vivo (Corinthians 2 ,6:16). De acordo com Matheus, Jesus não gostava de demonstrações públicas de oração; aqueles que adoram rezar de pé nas sinagogas e nos cantos da ruas ( Matheus 6:5). Ao invés disso, quando desejar rezar, entre no seu quarto, feche a porta, ore ao pai que está em segredo e pai qua está em segredo lhe dará a recompensa abertamente ( Matheus 6:6); e onde dois ou três se reunirem em meu nome ali eu também estarei entre eles ( Matheus 18:20). É provável que tais posições contra a organização e a hierarquia estivessem sendo adotadas por grupos dissidentes Judeus, alguns dos quais surgiram contra a hierarquia e a religião de Estado, enquanto outros queriam purificar e reformá-la. Os samaritanos por exemplo tinham construído o seu próprio Templo em Gerizim e os Essenos se mudaram do templo para Qumran no Mar Morto. Lá eles estabeleceram um Templo alternativo onde eles adoraram por m determinado tempo, esperando retornar para Jerusalém quando o Templo tivesse sido purificado propriamente. Quanto mais tempo eles permaneciam lá, mais eles acreditavam que Deus seria atraído para aquele lugar contendo uma comunidade de verdadeiros seguidores. Esta idéia encontrada nos seus últimos escritos, antecipou que as concepções dos primeiros cristãos de templo ou de igreja não era de um prédio, mas de uma comunidade de adoradores; uma definição social do território. Além disso, os sacrifícios fora do Templo levaram a fundação da aceitação de uma noção cristã mais geral de um sacrifício simbólico. Estes conceitos incipientes foram compatíveis com a confiança dos Judeus diáspora nas sinagogas no local do Templo, como um local de adoração e assembléia. A sinagoga era situada em qualquer lugar que os crentes se reunissem. Estes experimentos Judeus dissidentes deram um passo na direção da visão cristã primária de um sentido de comunidade cristã não-física e não-territorial. A resistência a hierarquia Judaica, a religião de Estado, e ao território religioso reforçou a reivindicação cristã pela universalidade. Isto fez a conversão ser mais fácil. Isto fez as comunidades cristãs serem mais flexíveis. Mas, também fez O Cristianismo mais incomum e mais difícil para Roma compreender. Enquanto isso, a perseguição dos Romanos aos cristãos fez dos
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cristãos mais conscientes da sua própria identidade e aumentou a necessidade pela organização, pela reação primária, se esse fosse o motivo, porque os cristãos primeiros aceitaram melhor a organização e hierarquia é que, como todos os grupos, eles precisavam de disciplina interna para continuar a existir. E o Novo Testamento podia ser usado tão facilmente para justificar a autoridade como podia ser usado para condená-la. As autoridades construíram seus pronunciamentos em ciam do Novo Testamento, para justificar e estender as suas posições. Apesar da resistência original e sincera à rígida hierarquia e organização, e apesar do fato de que as descrições da estrutura da Igreja fossem originariamente tomadas em termos de uma organização familiar, mais e mais as hierarquias e as características impessoais começaram a entrar na organização da Igreja: primeiro para definir as relações entre as comunidades, e segundo para estipular relações entre elas. Acompanhando estes desenvolvimentos na organização estava uma maior territorialização da Igreja.
A organização Cristã Inicial. As comunidades cristãs iniciais estavam geograficamente dispersas e geralmente eram mini-culturais. A uniformidade em sua organização não podia ser esperada no começo. Talvez estas comunidades, que eram originariamente em maior parte de Judeus, pode ter retido alguma coisa da estrutura comunal Judaica. As comunidades Judaicas diaspóricas, geralmente, tinham o conselho dos mais velhos para manter a comunidade junta e para reforçar a disciplina. Este conselhos de presbíteros eram, geralmente, conduzido por um presidente ou, nos termos cristãos, por um bispo. Naquelas primeiras Igrejas estabelecidas pelos Apóstolos, os bispos podem ter sido selecionados pessoalmente, mas em qualquer caso o presidente ou o bispo, em conjunto com os presbíteros, formavam um corpo de governo natural dos mais velhos. O Novo Testamento contém poucos termos de organização consistente com o velho. Paulo, por exemplo, não a palavra sinagoga nem arquinogogos, nem os títulos Judeus para clérigo. E o papel das mulheres na sociedade cristã primária é mais liberal do que o papel
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desempenhado por elas no Velho Testamento. Fosse uma mistura do velho e do novo, está claro que os padres da Igreja tinham uma organização em mente - uma que era provavelmente sensível aos diferentes costumes regionais e às heranças dos primeiros convertidos. Em Corinthians 1,12:28-30, Paulo repetidamente se refere aos papéis dos Apóstolos, dos profetas e dos professores.(Esta lista muda levemente em Corinthians 1, 12:8-10; Romanos 12:6-8; e Efésios 4:11). A discussão continua em Clemente 1, 41-2 (escrito circa na época de Cristo no ano 90), onde os Corinthians são apressados a seguir a hierarquia. As epístolas de Inácio (circa no ano 100 na era de Cristo) feitas a várias igrejas menciona um estabelecimento de um governo da Igreja uniforme baseado no papel do bispo, propriamente estabelecido, ordenado e assistido por diáconos e presbíteros. Nestes e em outros documentos contemporâneos nós encontramos preocupações sobre os heréticos, sobre pregadores itinerantes que não propriamente ordenados e entraram nas congregações e nós encontramos em geral uma urgente necessidade para uma organização da Igreja. Estas cartas foram escritas para as comunidades por homens da Igreja altamente respeitáveis que eram de outras comunidades, e esse pessoal “de fora” fazia as visitas, o que sugere a voluntariedade de uma comunidade e de seu bispo em reconhecer e submeter-se e uma autoridade maior. No final do século II, a hierarquia tanto dentro de uma comunidade como entre comunidades estava se tornando solidificada e explícita. Isto é revelado por exemplo os registros dos encontros dos conselhos. Estes conselhos seguiram um modelo após o encontro dos Apóstolos que ocorreu entre o ano 50 da era de Cristo e 52 em Jerusalém. Provavelmente nenhum outro conselho foi realizado no primeiro século (não há registro deles), mas há registros de vários no segundo século e mais ainda no terceiro. As disputas entre e dentro das congregações eram geralmente discutidas nestas assembléias locais e regionais, a partir delas pode ser compreendida a formação da hierarquia da Igreja. Por exemplo, os conselhos da África, realizados em Cartage e começando no ano de 251, foram convocados por Cipriano e ilustram que havia naquele tempo uma conexão hierárquica estabelecida entre os oficiais da Igreja de Roma e os oficiais nas capitais das províncias. O propósito do conselho foi endereçado a questão se um grupo cristão dissidente dentro da
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comunidade estava correto em tirar o poder de seu bispo Cipriano. O problema surgiu quando Cipriano teve que deixar sua congregação pra escapar da perseguição Romana. Enquanto estava fora, membros dissidentes da congregação depuseram Cipriano e elegeram o seu próprio bispo e então apelaram à Roma para uma confirmação. Roma não aprovou e Cipriano convocou um conselho para decidir então que era o legítimo bispo. Este conselho em Cartage saiu em favor de Cipriano e pediu pelo consentimento de Roma, que foi então dado. As decisões deste e de outros sínodos eram geralmente enviadas pra Roma para serem aprovadas, o que indica que mesmo neste período primário o ocupante daquela sé era considerado primeiro entre os iguais. Lá pelo terceiro século, nos termos de Weber, a Igreja estava a caminho de desenvolver hierarquias definidas dos escritórios. Cada comunidade estava começando a ter uma esfera definida de competência em um senso administrativo e o protetor do escritório estava se tornando sujeito à disciplina sistemática. Mas, a burocracia da Igreja estava ainda embriônica e facetas particularmente modernas, como a impersonalidade ainda não estavam em evidência. As comunidades eram pequenas e dispersas. O bispo era selecionado pela congregação e era suposto a servir toda vida. Ele e os membros da Igreja local, conhecia um aos outros, sua vivência não era derivada somente do seu ofício. E embora ele fosse consagrado por outros bispos, ele e os outros oficiais da Igreja não precisavam de treinamento formal para exercer o ofício. Dada esta organização emergente e largamente pessoal, o que pode ser dito da sua Geografia? A Igreja primária usava a Territorialidade para reforçar a disciplina e a coerção? Os bispos usavam-na para definir o seu domínio de responsabilidades?
Territorialidade. As comunidades cristãs estavam localizadas no espaço. Os cristãos geralmente viviam próximos um dos outros nas cidades e eles se reuniam para adorar. Os cristãos em cada cidade tendiam a formar uma
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comunidade única e uma comunidade ou cidade para a maior parte tinha um bispo e uma organização governamental. A comunidade era geograficamente focalizada e, em menores, o bispo mantinha a autoridade pessoal sobre seus assistentes e paroquianos. Caso a comunidade fosse grande em população e área e se estender-se além dos limites da cidade até os arredores do interior, o bispo da cidade permitia que os diáconos viajassem para locais específicos para presidir sobre alguns aspectos da adoração. O bispo dava tais concessões pessoalmente e ainda que relutantemente toda congregação esperava se reunir na cidade para ocasiões importantes e em alguns casos até mesmos para eucaristia, especialmente nos dias de festa. Conforme Inácio disse: ‘não deixe ninguém fazer nada com relação à Igreja sem o bispo. Deixe que a eucaristia considerada válida seja aquela realizada pelo bispo ou por alguém que ele aponte’. As
cidades
Romanas
tinham
fronteiras
administrativas
relativamente bem delimitadas. As cidades grandes, além disso, eram geralmente as capitais da província. A questão surge naturalmente se as comunidades cristãs primárias não eram somente geograficamente localizadas e focalizadas, mas se elas também se definiam territorialmente, talvez usando os limites da cidade ou do interior do território para classificar e moldar a comunidade. À primeira vista, dificilmente seria surpresa se elas fizessem isto, porque isto era a prática geral para definir comunidades políticas, e de que outra forma elas poderiam chegar à indicação de se ter virtualmente um bispo para cada cidade? O status não-oficial e geralmente marginalizado do Cristianismo sugere que nesta escala geográfica as comunidades cristãs individuais começaram como grupos não-territoriais, e então, talvez no segundo século, o lugar, senão o território, se tornou parte da definição da comunidade. No terceiro século, o grupo pode ter até mesmo usado a Territorialidade para suplementar as suas próprias definições sociais e para ajudar a manter estrangeiros fora e para ajudar na imposição da disciplina. O território era ainda uma unidade primariamente englobando uma organização social viável e assim socialmente definida. No primeiro século, talvez devido a escatologia e ao caráter peripatético dos Apóstolos, os padres da Igreja saiam pelo caminho para fazer
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ver a Igreja visível e que ela não está ancorada a nenhum território. As cartas da Igreja primária ( as cartas de Paulo aos Corinthians, as primeiras epístolas de Clemente para os Corinthians, as epístolas de Inácio para os Efésios, Magnésios, Trallians e Romanos), se referem a uma Igreja ser em um lugar (e não) de um lugar e às vezes surgindo em um lugar. Embora, freqüentemente se referindo ao governo da Igreja, estas cartas não falam diretamente sobre o território. As cartas de Paulo aos Corinthians se referem à necessidade para autoridade e hierarquia da Igreja e também avisos para a congregação está alerta quanto aos profetas itinerantes, que podem desviar a congregação do verdadeiro caminho da fé. As cartas reconhecem que a congregação ou comunidade está na cidade e que normalmente há uma por cidade e o conceito de profetas itinerantes sugere que a posição de um bispo ou clérigo tenha se tornado geograficamente fixada. Mas, nenhuma menção é feita de se usar os limites da cidade ou alguma outra fronteira especificável como um meio de definir ou de impor uma jurisdição a uma congregação. O mesmo pode ser dito de Clemente e mais ainda das epístolas de Inácio. Elas exortam demais a congregação a seguir os seus bispos elas incentivam contra os falsos profetas, os pregadores itinerantes e os faladores. Elas alertam contra se ter tais pessoas ‘entre você’ e elas incentivam a congregação a ‘não admitilas’, mas novamente não há nenhum uso explícito do território para confirmar o controle sobre a comunidade. É claro que isto que se esperava, porque elas não tinham ainda nenhuma autoridade para recorrer nas afirmações territoriais. Ainda os traços do começo da mudança são talvez revelados em uma das cartas de Inácio, na qual em um ponto ele se refere a si mesmo como o bispo da Síria. Enquanto, isto é quase um exemplo, a forma de se referir se torna mais comum no final do segundo século, e no terceiro a conexão entre um bispo e um local, senão um território, se torna explícita. Os conselhos contém representantes para os lugares e eles pedem às congregações para excluir os heréticos dos seus lugares. O exemplo do grau ao qual um lugar, ou talvez um território, tenha começado a ser associado com a autoridade está parece na controvérsia cercando o bispo Origem. As influências ocultas teológicas são complexas mas as geográficas são simples. Origem era da Alexandria. Ele foi convidado pelos bispos da Cesárea e Jerusalém para
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pregar na Palestina.. Isto enraiveceu o seu próprio bispo, Demetrius da Alexandria. Origem mais tarde retornou para Jerusalém ode ele foi ordenado como padre por seu bispo. Esta transgressão de Jerusalém que foi vista por Demetrius como a prerrogativa de Alexandria enfureceu Demetrius tanto que baniu Origem e convocou dois sínodos (no ano de 321 da era Cristo) para censurar a ordenação de Origem. Aqui claramente uma área ou território administrativo está ligado à autoridade, mas exemplos de controles territoriais mais fortes não ocorreram, e talvez não pudessem ocorrer, até que a Igreja não fosse mais um movimento subterrâneo. Assim, por mais de 300 dos primeiros anos da história da Igreja nós encontramos uma progressão gradual geralmente relutante para um começo não-territorial até a emergência da Territorialidade no nível episcopal. A mesma tendência pode ser vista em escala menor a nível dos lugares santos e prédios da Igreja. Muitos
dos
padres
Apostólicos
viam
a
Terra
Santa
diferentemente daquela que viam os Judeus. Poucos acreditavam no Cristianismo como sendo, em qualquer sentido, um lugar específico e há pouco para sugerir que eles pensassem de Israel ou até mesmo de Jerusalém, como lugares especialmente sagrados. Uma separação espacial similar é encontrada na sua falta de entusiasmo para separar lugares específicos para adoração. Nós notamos que na sua profissão primária a Igreja é uma comunidade de adoradores e nós mencionamos a resistência de Cristo dos Apóstolos para os edifícios formais de rezas. Deus e a comunidade estavam irremediavelmente ligados. A vida não era pra ser dividida em partes seculares e sagradas. No termos de Davi, ‘Adoração não podia ser extraída do processo de viver e resumida em um lugar secular. Uma vez que Deus era onipresente a todo lugar que era santo’. De acordo com Saint Daniel, ‘Não é um lugar que é chamado de Igreja nem uma casa feita de pedra e terra’... O que é a Igreja então? É a reunião santa daqueles que vivem em retidão’. Embora tais sentimentos possam ser encontrados bem no terceiro século, os cristãos se reuniam para rezar, e a conveniência para se encontrar em um lugar específico gradualmente levou ao uso daquele lugar como constituindo uma parte básica da congregação.
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As comunidades cristãs eram geralmente pequenas, pobres e clandestinas e até a metade do terceiro século os encontros e adoração ocorriam em casas privadas. Nos dois primeiros séculos, estas eram geralmente ocupadas por uma ou mais famílias cristãs e abriam para a congregação em ocasiões religiosas. Depois disso, era comum para uma casa desocupada ser dada ou doada para a congregação e usada somente para o propósito de encontros e para orações. Mesmo assim as casas ainda pertenciam a um ou mais indivíduos porque a Igreja não era reconhecida pela Lei Romana e não podia possuir propriedade até o início do quarto século. Mesmo quando uma casa de encontro era ocupada por uma família, logo se desenvolvia uma diferenciação interna das suas partes, cada parte era locada para funções específicas e para personagens da escala. Por exemplo, uma diferenciação geográfica do compartimento para eucaristia é encontrada na seguinte descrição do terceiro século: Escolha os lugares para os irmãos com cuidado e serenidade. E para os presbíteros deixe ser escolhido um lugar na parte leste da casa; e deixe o trono do bispo ser colocado no meio dela e deixe os presbíteros sentar com ele. E novamente, deixe o leigo sentar em outra parte da casa na direção do leste...Mas com os diáconos, deixe um ficar sempre com as obrigações da eucaristia; e deixe outro sem elas perto da porta para observar aqueles que entram. Os quartos geralmente eram modificados para se adequarem à necessidade da adoração. Em uma ocasião um compartimento foi aumentado, ‘um estrado foi colocada, provavelmente para a cadeira do bispo, contra a parede leste, além do qual estava uma pequena sacristia...Parece ter havido também algumas câmaras para catecismo e para pequenos batismos. No final do terceiro século nós encontramos Igrejas construídas com propósito, algumas das quais eram estruturas impressionantes; e no começo do século IV os importantes negócios da Igreja eram esperados de serem conduzidos especificamente dentro dos prédios da Igreja. No sínodo de
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Cirta ( no ano 305) foi anotado que os bispos se encontraram numa casa particular porque as Igrejas foram destruídas e não tinham sido restauradas. Nas vésperas da sua aceitação por Roma, o Cristianismo, embora relutante, tinha começado a criar uma Igreja visível e territorial. A hierarquia da Igreja tinha se tornado explícita e os oficiais da Igreja tinha se tornado em algum grau separados do resto da comunidade de adoradores. A adoração estava sendo confinada mais e mais aos prédios da Igreja, a parte sagrada da vida tinha sido separada em alguma extensão da secular. Os prédios da Igrejas e suas partes reacenderam enormemente o governo da Igreja bem como o sagrado. A própria comunidade e a autoridade dos bispos estavam se tornando mais e mais territoriais. Os bispos eram de uma cidade, e o tamanho da cidade afetava o prestígio do ofício.
A Igreja Romana primária. Uma vez que o império Romano adotou o Cristianismo, no início do século IV, o aparato inteiro do governo de Roma estava à disposição da Igreja e os oficiais da Igreja. A escala e a autoridade estavam mais claramente especificadas. Os bispos cobravam taxas de consagração ou ordenados de acordo com o valor das suas sés, as classes entre o clero geralmente eram traduzidas nos níveis dos lucros e os estágios regulares para o sacerdócio eram introduzidos. O tamanho das comunidades da Igreja e o aparato da Igreja aumentaram a um ponto onde, nas grandes cidades, as relações entre o bispo e seus paroquianos, e até entre o bispo e o quadro da Igreja, eram geralmente impessoais. Além disso, os fundos se tornaram disponíveis para construir igrejas e os cristãos podiam reformar as basílicas Romanas antigas e os templos. Não somente a adoração foi territorializada dentro do prédio das igrejas, mas também foi a comunidade toda territorializada. O poder dos oficiais da Igreja, voltou ao Estado e se tornou definido de acordo com as fronteiras administrativas territoriais do Império das dioceses. O conceito de lugar sagrado em geral começou a assumir importantes papéis na vida cristã. Não estava restrito somente aos prédios da igreja, que estavam para ser
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consagrados, mas se aplicou também a lugares nos quais os milagres ocorriam, particularmente na Terra Santa. Alguns ainda resistiram a estas mudanças, mas a direção geral foi em direção a uma centralização hierárquica maior, a diferenciação e a Territorialidade. A fonte mais rica que ilustra a ligação entre a burocratização e a Territorialidade é o registro acumulado dos conselhos da Igreja e os cânones que foram promulgados. O número destes conselhos aumentou enormemente uma vez que a Igreja tinha sido reconhecida por Roma. Nós ressaltamos, que os conselhos eram convocados pelos bispos ou pelos metropolitanos das maiores cidades. Este costume continuou, mas agora o formato dos encontros era modelado conforme o sistema político legal do Senado Romano e os Imperadores eram convocados e presidiam sobre muitas pessoas importantes. Estes eram chamados de conselhos ecumênicos. A religião era o interesse primário da Igreja mas questões da fé eram, desde o princípio, inseparáveis dos assuntos da organização, o que explica porque muito deste negócio dos conselhos se referia à organização. O inicio do quarto século, onde o Cristianismo se tornou a religião oficial do Império, até o colapso de Roma no século V, define o período durante o qual o Império Romano ajudou a organizar e a consolidar o Cristianismo. Os registros da Igreja mostram que deve ter havido centenas de conselhos regionais e quatro ecumênicos durante este período. Mesmo uma lista breve de todos os cânones que estes conselhos promulgaram seria constituída de volumes. O melhor uso do espaço aqui seria resumir os resultados desses conselhos primários, o de Nicea e o do Antióquia, para dar o sabor destes encontros e a atenção dada à organização, e então tirar uma amostra do resto e separar aqueles cânones referentes à Territorialidade e à hierarquia. Estes serão discutidos de acordo com as tendências e combinações das tendências da Territorialidade que eles exemplificam. O primeiro e extremamente conselho ecumênico, o de Nicea, foi convocado no ano de 325 pelo Imperador Constantino para se referir à heresia Ariana, que tem o nome devido a Arius, que proclamava que o filho não tinha a imagem e semelhança do pai. A heresia foi rejeitada pelo conselho e uma
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doutrina “verdadeira” foi apresentada no Credo de Nicine. Esta declarava que o pai e o filho dividem a mesma essência divina. Após isto ter sido resolvido (e uma época oficial para a Páscoa ter sido estabelecida), Arius foi exilado por Constantino por cinco anos, e o conselho se prendeu a assuntos da disciplina da Igreja em vinte Cânones. Estes incluíam regras como: proibir as eleições de neófitos para o sacerdócio ou episcopado; a exclusão de eunucos autoinfligidos dos lugares santos; rescindir a ordenação imprópria de bispos e padres; declarar que aqueles que deixaram a Igreja por causa de perseguições devem ser admitidos após doze anos de penitência; proibir a negação da comunhão para alguém que esteja prestes a morrer; proibir que bispos, padres e diáconos tivessem mulheres, outras que não fossem suas parentes, em suas casas; expulsar clérigos culpadas de usura; e ordenar que as preces durante os Domingos e Pentecostes fossem ditas de pé. Em adição, entre estes cânones muitos se relacionavam explicitamente com o território e o lugar. O Cânone quatro declara que um bispo deveria ser consagrado por todos os bispos da província, mas se isso fosse impossível, então deveria ser feitos pelo menos por três com o consentimento escrito dos bispos ausentes e uma confirmação posterior da metrópole. O Cânone cinco ordena que aquele que tivesse sido excomungado pelo seu bispo deveria ser negado a ele a comunhão por outros bispos. O Cânone quinze proíbe os bispos, diáconos e padres de deixar suas próprias cidades (congregações) para outros. Se eles fizerem são forçados a voltar atrás. O Cânone dezesseis é similar ao quinze exceto que ele é endereçado aos bispos de outras congregações em não receberem ou seduzirem bispos ou diáconos de outras congregações. Se um bispo ordenava um homem pertencendo a outra igreja, a ordenação era inválida. Os Cânones seis e sete se referem às disputas jurisdicionais e territoriais entre bispos e metropolitanos ou arcebispos. A autoridade do arcebispo ou metropolitano era reafirmada e alguma hierarquia entre os metropolitanos era estipulada. O Cânone dezoito se refere ao território interno dos prédios da igreja. Ele os diáconos de dar eucaristia aos padres, de recebê-la antes dos padres e de se sentarem entre eles.
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O conselho de Antióquia, no ano de 341, é importante por sua mistura de política e teologia, e por seus cânones territoriais. ( Há um desacordo se eles foram realmente promulgados em 341 ou antes.). O conselho começou dedicando a chave de ouro de Antióquia. Mais de noventa bispos foram neste conselho, nenhum dele era do oeste e muitos eram Arianos. Eusébio de Nicomédia foi o principal bispo. Ele tinha usurpado a sede Constantinopla, e era, entre outras coisas, dito como responsável pelos assassinatos que ocorreram quando ele estava presente em Alexandria. Ele foi condenado e substituído por Gregório, um Ariano. Além de atuar nas intrigas, o conselho formulou Credos referente ao filho e ao pai e promulgou vinte cinco cânones. O número três proíbe ou padres e os diáconos de se ausentarem por longos períodos de suas dioceses. O número cinco estabelece que se algum padre ou diácono se opõe ao seu próprio bispo e se separa da Igreja e reúne uma congregação particular e desobedece os conselhos do seu bispo, ele deve ser deposto. O número seis proíbe os bispos de receberem alguém excomungado por outro bispo. O número nove ordena que todos os bispos de uma província deve obedecer o metropolitano e dar a ele a precedência. O número onze estabelece que nenhum bispo ou padre pode ir ao Imperador sem o consentimento escrito do bispo da sua província. O número treze depõe um bispo que ordena sem ter sido convidado em outra província. O número quinze não permite apelação de uma decisão unânime do sínodos provinciais. (Encarando este fato ele faz a hierarquia parar no nível do arcebispo. Ele é virtualmente autônomo. Ainda que aproximações de Roma fossem permitidas em certas ocasiões o número quinze de fato desencoraja tais aproximações). O número dezesseis estabelece que um bispo que não tenha sido escolhido em um sínodo regular - um que não tenha metropolitano - deve ser deposto mesmo se tiver sido eleito pelas pessoas da sua diocese. O número vinte e um proíbe os translados de bispos de uma sé para outra e o número vinte dois proíbe os bispos de interferirem na sé de outros bispos. Conforme estes conselhos revelam, uma vez que o Cristianismo tinha a autoridade legal de Roma por de trás, uma aceleração dramática ocorreu na definição da hierarquia da Igreja e no seu uso da Territorialidade. Inúmeros outros conselhos e seus cânones também revelam que a autoridade dentro da hierarquia estava intimamente relacionado ao território. A teoria da
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Territorialidade pode ajudar a clarear porque isto seria o caso. Uma consideração mais básica é que o Império tinha uma população vasta geograficamente dispersa e com vários graus de mobilidade, e tais condições fariam a Territorialidade o meio mais simples e mais claro para definir e dividir as populações em grupos e atribuir a elas a supervisão dos oficiais da Igreja. É claro que as fronteiras territoriais, para a maior parte, já estavam claramente demarcadas como jurisdições e geralmente reconhecida pela população. A Igreja podia simplesmente usá-las como um molde para a sua própria autoridade. No final do quarto século as comunidades cristãs urbanas em muitos casos cresceram até um ponto onde o conhecimento pessoal dos congregantes e pressão informal dos companheiros não eram suficiente para definir uma comunidade ou para reforçar uma disciplina. Mas a autoridade efetiva poderia ser obtida reforçando as asserções territoriais de controle. A Igreja não controlava a residência dos paroquianos embora alguns cânones afetassem os movimentos de longo alcance. Por exemplo, em Arles, no ano de 314, o número dezesseis (que parece ser o mesmo número cinqüenta e três de Elvira, no ano de 305 e 306), e o de Antióquia, no ano de 341, o número seis, ordenam que para alguém excomungado receber a comunhão novamente, ele deve receber a comunhão no mesmo lugar onde ele foi excomungado, o que significa que a pessoa deve estar, ou retornar, a uma jurisdição territorial. Para a maior parte os cânones usavam um lugar de residência do indivíduo dentro do território da Igreja como uma meio de incluir aquela pessoa a um sete particular do Clero ou a uma igreja particular, como em Nicea, no número cinco, onde se a comunhão fosse negada em um lugar não podia ser recebida em outro. A Igreja, entretanto, podia e tentou controlar a localização geográfica dos seus oficiais e usava a Territorialidade para mantê-los no lugar, para definir e delimitar suas autoridades, define os canais de comunicação, e para englobar hierarquicamente as responsabilidades da Igreja. Mas fazendo isto a Igreja se abriu para outros efeitos territoriais, tais como a possibilidades de más escolhas e abuso da autoridade território, e a possibilidade de ter o território se tornando um fim ao invés de um meio, também a possibilidade de ter o território criando diferenças nos acessos aos recursos e autoridade. Virando para a associação geral entre a hierarquia e o território, é impressionante quanto atenção foi dada aos cânones em definir e
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delimitar as responsabilidades entre os arcebispos, bispos, padres e outros oficiais da Igreja usando circunscrições territoriais da autoridade. Nós encontramos estipulações gerais que todos os clérigos, incluindo os monges, e os prédios da igreja que eles ocupavam, estão sob autoridade do bispo daquela jurisdição (Chalcedon, ano de 451, cânones quatro e cinco); que todas as disputas dentro de uma diocese deve ser levadas ao bispo (Chalcedon, ano de 451, cânone nove) e não for resolvida eles devem ir ao arcebispo ou metropolitano e não a outra província, e além disso todos os clérigos ordenados em uma comunidade permaneçam naquela comunidade (Arles, ano 314, cânone dois). Os cânones assim tornam o arcebispo extremamente poderoso e mais ou menos autônomo com relação a sua própria sé. Sua autoridade é difícil senão impossível de ser questionada se nem o bispo e nem o padre podem ir ao Imperador para apelar sem o consentimento do arcebispo (Antióquia, ano 341, cânones onze e quinze) . O arcebispo deve ser obedecido (Antióquia, ano 341, cânone nove) e deve estar envolvido nos compromissos dos bispos dentro de sua província. Se por algum motivo ele estiver incapaz de cumprir a sua função pelo menos três outros bispos dentro da arquidiocese devem representá-lo ( Nicea, ano 325, cânone quatro; Arles, ano 314, cânone vinte). A hierarquia da Igreja existe além do metropolitano ou arcebispo, embora ela não esteja ainda trabalhada completamente neste período. Há, entretanto, referências nos conselhos com relação ordem do metropolitanos, usualmente se referindo a Roma primeiro (Nicea, no ano 325, cânones seis e sete; Chalcedon, ano 451, cânone vinte e oito), o que corresponde a autoridade que a Igreja de Roma realmente exercia neste tempo. Uma vez que o território estava intimamente conectado com a definição de autoridade, a primeira forma para os oficiais da Igreja resistirem à autoridade era saírem dos seus territórios. A evidência para esta prática são inúmeras proibições contra ela. Por exemplo, há regras contra um bispo deixar a sua diocese sem a permissão e geralmente cânones separados especificavam quais seriam as conseqüências (Nicea, ano 325, cânone quinze; Arles, ano 314, cânones dois e dezessete; Antióquia, ano 341, cânones treze, vinte e um, e vinte e dois; e Sárdica, ano 347, cânone um). Há
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proibições contra diáconos e presbíteros deixarem a diocese ou paróquia de suas igrejas sem a permissão(Arles, ano 314, cânones dois e vinte e um); Laodicea, entre 341-381, cânones quarenta e um, e quarenta e dois). Há proibições contra um bispo receber ou atrair presbíteros, diáconos e outros, e às vezes cânones separados especificavam as conseqüências ( Nicea, 325, cânone dezesseis; Antióquia, 341, cânones seis e treze; Arles, 314, cânone dezessete; Sárdica, 347, cânone dezenove; Chalcedon, 451, cânone vinte). Estas movimentações ilegais dos oficiais da Igreja revelavam más escolhas e abusos entre a autoridade territorial e as individuais e relações a serem controladas. A única forma de prevenir uma escolha errada era ter maiores autoridades territoriais reforçando proibições contra tais movimentos e coordenando as atividades dos pequenos territórios. A este respeito além da Territorialidade oferecer vantagens à hierarquia ela tem um momento seu para aumentar a necessidade por mais hierarquia e burocracia enquanto diminui a sua própria eficácia. Talvez o atrito territorial mais óbvio para o funcionamento suave da burocracia venha do fato de que a Territorialidade também tenha tendência em ser usada para criar diferenças entre as unidades e assim entre os oficiais que às governam. Embora tratadas em muitos aspectos como níveis equivalentes dentro de uma hierarquia, cada sé não era de fato igual em poses e prestígio. Os avisos contra a translação de uma sé para outra, conforme expresso pelo bispo Hosius, “a causa sendo bem conhecida; por nunca se ter visto um bispo que deixasse um bispado grande para pegar um outro menor”, e os avisos no conselho do quarto sínodo em Cartage, em circa ano de 398, cânone vinte e sete, estabelecendo que nem o bispo e nem um outro eclesiástico deveria ir de um lugar menor para outro mais importante sem o consentimento escrito de seu superior., isto claramente revela que as fortunas diferentes das unidades territoriais eram claramente um fator. Ligar a hierarquia com a Territorialidade agravou as diferenças verticais. Os arcebispos comandam os recursos de suas províncias. Eles também são responsáveis pela disciplina e doutrina da Igreja e era eles que convocavam e presidiam os conselhos onde doutrinas e políticas de longo
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alcance são preparadas. Ser um arcebispo dava a estes privilégios e ser o arcebispo de Constantinopla ou de Roma dava ainda mais. Não é surpresa que os cânones revelam que o controle sobre um específico território era geralmente considerado como um fim ao invés de um meio para um fim, e que os conflitos sobre assuntos teológicos e até mesmo sobre personalidades eram geralmente deslocados como conflitos entre territórios. A Territorialidade não pode somente clarificar as relações da autoridade, ela pode torná-las impessoais. Quem que assumisse um arcebispado teria controle total sobre a hierarquia da Igreja dentro de um território. O pronunciamento de Chalcedon, no ano de 451, de que o bispo controla todos os monges e novos prédios dentro do território (cânone quatro), e que o clérigo das capelas e os monastérios estão submissos a seus bispos (cânone oito), tem uma áurea impessoal. Assim também tem aqueles cânones estipulando o relacionamento dos paroquianos com o bispo. Em Arles, no ano de 314, o cânone dezesseis, por exemplo, estabelece que aqueles que foram excomungados deverão receber a comunhão no mesmo lugar onde eles foram excomungados. Estes e outros cânones apontam claramente para o potencial de usar a Territorialidade como um modelo impessoal. Novos paroquianos podem ser moldados à comunidade de uma igreja em virtude
da sua
localização e padres, bispos e outros oficiais podem ser ligados uns aos outros e às comunidades pelo local. As dimensões geográficas de qualquer nova regra são moldadas pelas fronteiras territoriais das comunidades, Claramente, mesmo neste estágio primário, os potenciais impessoais estão lá. Mas nós podemos supor que somente nos centros urbanos muito grandes, onde os oficiais das Igrejas chegavam a ser centenas e os congregantes milhares, este potencial teve um impacto significante. Além disso, após a dissolução do Império, este potencial estava obscurecido e não se tornou novamente importante até os séculos onze e doze. O uso do território aprece também causar mais território no sentido de que as definições da autoridade se tronam mecanismo básicos para a organização da Igreja, e também no sentido de que criar novas dioceses e paróquias se trona um meio de realçar a presença de um bispo ou de um arcebispo. Em Chalcedon, no ano de 451, o cânone doze, proíbe qualquer de
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dividir sua província par obter cartas patentes do Imperador, e em Sárdica, no ano de 347, o cânone seis, proíbe a consagração de um bispo para um local pequeno quando um padre é suficiente.(Ver também Laodicea, ano 341-81, cânone cinqüenta e sete). Então muitos dos cânones são regras sobre as condutas das paróquias, dioceses ou arquidioceses que as pessoas a quem elas se aplicam devem ter sido supervisionadas. Era comum a prática em alguns casos para as regras serem promulgadas para classes de territórios. O territórios pode ser usado para desviar a atenção das fontes de conflito, sejam elas teológicas ou pessoais, e o território pode fazer com que o problema pareça ser um conflito entre lugares. A sé de Constantinopla compete com a sé de Roma, a de Alexandria com Jerusalém e Antióquia. A sé se torna um objeto de orgulho. Em combinação, então, estas tendências podem então fazer o território parecer ser um fim ao invés de um meio. Da evidência dos cânones não parece que a Igreja visse seus territórios episcopais como espaços conceituadamente esvaziáveis e preenchíveis.. O mais próximo que eles chegaram de uma concepção de espaço vazio pode ter sido quando a Igreja decretou, no século XII, que as paróquias deviam ser erguidas onde não havia nenhuma. Outra tendência, entretanto, vem da anterioridade destes documentos. A reificação está ocorrendo através do processo inteiro de tornar a Igreja visível. Alusões a esta tendência são encontradas quando a congregação, a paróquia e as dioceses são citadas como sendo a Igreja física. A paróquia é a partir deste dia citada como uma reificação da comunidade cristã. Mas as referências mais abundantes da reificação se referem ao nível dos prédios da Igreja. Conforme citado anteriormente, no terceiro século, o prédio da igreja estava já se tornando um lugar santificado, contendo uma hierarquia de locais dentro dele que eram acessíveis aos diferentes níveis da hierarquia da Igreja. Em Gangra, no ano de 325, o cânone cinco, excomunga aqueles que desprezam a igreja, a casa de Deus, e o cânone seis desaprova encontros religiosos particulares fora da igreja, sem o consentimento do bispo. Em Nicene, no ano 325, o cânone dezoito, proíbe diáconos de se sentarem entre os padres. Em Laodicea, no ano de 341-81, nós encontramos que os heréticos não são
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permitidos em colocarem os pés na igreja, no cânone quinze nós encontramos que somente aqueles apontados podem ascender ao púlpito, e cânone dezenove diz que somente os clérigos têm permissão de se aproximar do altar e se comunicar. Os diáconos e os membros de outras ordens inferiores não podem sentar na presença de uma padre, a menos que tenham permissão para fazer isto pelo padre (cânone vinte). O tão chamado ‘ágape’ não deve ser realizado na igreja e ninguém deve colocar poltronas nas casas de Deus ( cânone vinte e oito). As mulheres não podem se aproximar do altar (cânone quarenta e quatro); e os padres não devem entrar e tomar seus assentos próximos ao altar antes do bispo fazer a sua entrada (cânone cinqüenta e seis). Além disso, os clérigos são proibidos de viver em outros lugares e de terem outras atividades específicas em qualquer partes. Eles não podem oferecer sacrifício fora da igreja, eles não podem entrar em lugares públicos ou realizar funções religiosas em cemitérios pagãos. Estipulações posteriores consagrando e subdividindo o uso do prédio da igreja continuaram até o final da Idade Média. A reificação está muito proximamente ligada ao processo de deslocamento. Em alguns casos é impossível dividir a linha entre elas, Geralmente, a reificação torna visível o agente influenciador ou controlador. Ela o trás a realidade. O prédio da igreja, bem como a paróquia e a diocese, nos lembram, através da reificação, de Deus e da comunidade cristã. O deslocamento vai além de nos fazer perder a visão do fato de que o território é um mecanismo ou um instrumento e ao invés disso ele leva as pessoas a acreditarem que de alguma forma o território é um objeto representado. Os prédios como locais consagrados podem realmente ser percebidos como se tivessem poderes próprios. O poder é realçado quando o lugar é especialmente sacro e quando o prédio contém relíquias. Peregrinações são feitas a local porque o próprio local pode trazer conforto ou cura. Danificar um prédio consagrado ou entrar em um lugar santo impropriamente, pode fazer mal a você. A reificação e o deslocamento fazem com que os lugares pareçam ter poderes.
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O início da Idade Média. Com a conversão de Constantino (em circa, no ano de 313), a Igreja recebeu a proteção e o estímulo do Império. É claro que a influência do Império sobre a Igreja foi muito maior do que a influência da Igreja sobre o Império. Enquanto houve um Imperador cristão a Igreja pôde ser uniforme e organizada, mas enormemente dependente do poder secular. O período próximo ao ano 500 marca o começo de uma queda, e por várias centenas de ano, uma retração do desenvolvimento da uniformidade crescente das regras da Igreja. Quando o Império Ocidental sucumbiu, a Igreja foi deixada como um modelo de uma organização religiosa sem nenhuma equivalente, maior, ou uma organização secular para suportá-la. A Igreja não podia sozinha preencher o vazio político, então ela teve que fazer alianças com os novos poderes emergentes no ocidente que tinham o potencial de se tornar grandes poderes. Os invasores Germânicos e seus herdeiros, os príncipes feudais, imaginavam suas posições como sacerdotes-reis divinamente ungidos. Eles exerciam um forte controle sobre a Igreja e suas terras e transformaram os conselhos religiosos em assembléias nacionais
(freqüentadas por
lordes seculares bem como por bispos da Igreja) sobre as quais eles presidiam. A aliança da Igreja Ocidental com estes poderes seculares aumentou a distância entre o oriente e o ocidente, e aumentou ainda mais a dependência da Igreja por forças políticas emergentes. Exceto pelo Império de Carlos Magno, estes ditadores seculares não desenvolveram num sistema político unificado substancial. Ao invés disso, as entidades políticas eram fragmentadas em uma teia e sempre em mudança de pequenos reinos que tendiam a dividir a Igreja em uma série de unidades nacionais pequenas e locais. Esta época sombria não produziu conselhos ecumênicos e sínteses grandes. Ao invés disso, os conselhos foram locais e muitos dos cânones revelaram o grau ao qual os precursores do feudalismo tinham desatado a autoridade hierárquica e controle territorial. Esta “feudalização” da Igreja veio a
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ser revestida no século XII que marca o início do final do feudalismo em geral e um ressurgimento na hierarquia e organização da Igreja.
A feudalização. Do final do século VI até o século XI, nós encontramos uma eufeudalização progressiva da Igreja Católica que diminuiu consideravelmente sua organização hierárquica e autoridade territorial. . No fundo da hierarquia da Igreja os efeitos da eufeudação podem ser vistos no aumento das igrejas privadas sobre as quais a Igreja oficial tinha pouco controle. A prática Romana ocasional de uma família bastada doando uma igreja ou capela e escolhendo seu padre se tornou desenfreada após a quebra do Império. A Igreja logo reconheceu e sancionou sua prática. Em Orleans, no ano 541, o cânone trinta e três, requeria formalmente que qualquer um que quisesse fundar uma paróquia deveria providenciar o seu suporte com propriedade e clero. Muitos dos que construíram e doaram estas igrejas privadas também queriam para eles próprios e para seus herdeiros o direito de apontar o clero. Estes e outros privilégios eram parcialmente concedidos aos fundadores enquanto a Igreja ainda tentava manter algum grau de controle. A hierarquia da Igreja tentou manter alguma autoridade requerendo que os compromissos clericais fosse aprovados pelo bispo e que o bispo seria ainda responsável pela consagração de padres e de prédios de igreja (Orange, ano de 441, cânone dez). Mas se o bispo não aceitasse as escolhas do fundador, ele era obrigado a encontrar alguém que fosse aprovado pelo fundador ( Toledo, ano de 655, cânone dois). A Igreja não somente concedia muitos dos compromissos ao fundador, mas também permitia a ele alienar à propriedade (Frankfort, ano de 794). Mesmo o direito da proteção era alienável. Em muitos casos a Igreja era realmente transferida da família do fundador e dos proprietários posteriores do domínio ao qual ela era fixada., e por uma transação comercial se tornava a proteção de pessoas que viviam a distância dela e que não tinham motivo especial para se interessar pelos adoradores.
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O problema do controle e território era ainda mais complicado pelo fato de que os bispos eram geralmente os fundadores e proprietários de tais igrejas em dioceses que não eram as suas (Orange, 441, cânone dez). Mesmo aquelas igrejas que não eram particulares e eram parte da organização diocesana freqüentemente se tornavam equivalentes das igrejas particulares porque as residências dos padres precisavam de proteção física da nobreza local. Em efeito tais igrejas se tornaram feudos do lorde local. Transformações similares ocorreram nos escalões mais altos da Igreja. Os bispos e arcebispos não eram somente líderes religiosos de vastas áreas mas também lordes de Estado. Camponeses e nobreza eram geralmente vassalos dos bispos e arcebispos que eram capazes de organizar exércitos e manter a lei e a ordem. Mas estes prelados por sua vez eram vassalos de uma maior nobreza e de reis. (No século X, Otto I da Alemanha fez cortes de numerosos bispos e desta forma de seus vassalos diretos.). Os líderes tinham muitas razões para se interessarem em quem era apontado para as sés dentro dos seus domínios e se esforçavam muito para influenciar tais escolhas. Freqüentemente estes esforços tinham sucesso. O processo da eufeudação acordou a burocracia e hierarquia da Igreja bem como a sua rigidez territorial. A perda do controle por Roma significou tanto um ganho de autonomia sobre a parte das unidades locais quanto um ganho de controle sobre essas unidades por autoridades seculares. Em ambos os casos o controle territorial local enfraqueceu o poder de Roma. O papel crescente da autoridade secular nos assuntos da Igreja, entretanto, não diminuiu a importância da Igreja como uma instituição religiosa nos olhos dos contemporâneos. Pelo contrário, ela sugere que o sacro e o secular não podiam ser separados, que o sacro está presente em todos os reinos da vida. A penetração da comunidade local pela religião e assuntos da Igreja é mais claramente vista no papel dos próprios edifícios da Igreja. A lei da Igreja permanecia improdutiva na sua visão de que a igreja era um local consagrado, e que a adoração deveria ocorrer dentro de suas paredes e de que o território da igreja devia ser divididos em partes mais ou menos
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sagradas aos quais os membros da comunidade teriam acessos diferenciáveis. Mas o ambiente da comunidade local fez essas distinções de uso rígidas serem difíceis de se impor. Durante o início da Idade Média, o prédio da igreja era geralmente a estrutura maior e mais segura na comunidade e se tornou costume colocar algumas partes do prédio para uso não-religiosos. Em tempos de instabilidade política, a igreja servia como um local de defesa. Em outros tempos ela era um lugar de encontro para os assuntos da vila, uma prefeitura, um hospital ou uma hospedagem.
O final da Idade Média e a Renascência. O feudalismo começou a definhar e até mesmo a ser revestido nos séculos XII e XIII. As causas são muito complexas para serem citadas aqui, mas alguns dos efeitos significantes das mudanças foram estes. As unidades econômicas e políticas relativamente fechadas e insulares do feudalismo foram sendo transformadas em uma economia mais aberta e interdependente. O papel da superstição senão da religião na vida cotidiana foi reduzido de tal forma pelo aumento no secularismo e empiricismo. O Rei se tornou menos de uma pessoa abençoada e mais de um ditador secular. Sob muitos aspectos a sociedade em geral estava mais desejosa em ter a Igreja controlando as funções religiosas e a Igreja ativamente assumiu este papel. Mas, mais e mais o termo da Igreja veio àqueles que foram ordenados pela hierarquia da Igreja e não aqueles que eram membros da Igreja no sentido mais amplo. A tentativa da Igreja em restabelecer o controle dela sob a sua própria hierarquia levou a um estreitamento do domínio religioso. Conselhos ecumênicos foram convocados, os cânones de leis se tornaram codificados e extensos. A disciplina da Igreja para a maior aumentou e Papa se tornou um foco inegável da liderança da Igreja. Uma estratégia geral para acompanhar a centralização da Igreja e sua tentativa de retomar o controle foi reafirmar a Territorialidade e aumentar a possibilidade de forças seculares tomarem o controle do território da Igreja.
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Isto ocorreu pelas reclamações reiteradas nos cânones dos primeiros períodos. O poder dos bispos é reafirmado sobre aqueles em seu território. No conselho de Lateran, ano de 1123, o cânone dezenove ordenava que os monastérios reconhecessem seu bispos e em Lateran, em 1215, o capítulo 9, era ordenado que os bispos providenciassem tudo dentro das suas dioceses para uso nos mesmos rituais. Para prevenir a má escolha, abusos e uso do território como um fim, proibições familiares contra pluralidades e translações foram promulgadas (Lateran, ano de 1179, cânones treze e quatorze; Lateran, ano de 1215, capítulo vinte e nove; e Lions, ano de 1274, cânone dezoito). Similarmente nós encontramos as proibições de bispos interferindo dentro das jurisdições de outros, como em Lateran, em 1139, cânone três ( proibindo os bispos de receberem aqueles que foram excomungados por outros bispos), e Lions, 1274, cânone quinze (proibindo os bispos de ordenar aqueles que pertencessem a outra Igreja). Também foram promulgadas restrições familiares sobre o poder dos bispos quando em visitações (Lateran, 1215, capítulos trinta e três e trinta e quatro). Novas proibições foram colocadas para prevenir o controle dos oficiais da Igreja pela investidura e pelo fortalecimento do poder do Papa. Isto fez os ofícios da Igreja mais burocráticos e hierárquicos. Em Roma, em 1059, o cânone seis, proíbe os padres e outros clérigos de receberem igrejas particulares. Em Clermont, em 1095, o cânone cinco proíbe o apontamento de leigos e de qualquer abaixo do subdiácono para os bispados; o cânone seis proíbe a compra de um benefício; o cânone quinze e dezesseis proíbe o clérigo de receber qualquer preferência eclesiástica de leigos e também deles fazerem qualquer investimento; e o cânone dezoito proíbe o leigo de ter capelões que não estejam sobre a autoridade de um bispo. Estes foram repetidos e elaborados em outros concílios posteriores e formaram partes da posição da Igreja sobre investimento. Em Lateran, em 1112, o Papa Pascal revogou o direito do investimento. Em Lateran, em 1123, o cânone vinte e dois, declara nulo e em branco todas as ordens conferidas inapropriadamente a bispos, o cânone quatorze proíbe o leigo de interferir com a propriedade da Igreja. Em Lateran, em 1139, se ordena que as pessoas leigas que tiverem propriedades da Igreja devem retorná-las ao bispo, e em Dalmatia, em 1199, o cânone oito, condena o leigo de patrocinar oficiais da Igreja.
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Deter o poder do secular e aumentar a burocracia do oficialato da Igreja focalizou a autoridade da Igreja no topo. O papa mudou de uma posição entre os bispos de primus inter parus para soberano absoluto da Igreja. Uma das justificativas mais importantes para o papel central do Papa foi a doação ilegítima de Constantino. Este documento foi interpretado como dizendo que o Papa sozinho poderia depor e restituir bispos; que ele sozinho pode fazer novas leis, heregir novos bispados e dividir os velhos, Ele sozinho pode transladar bispos e os seus legados têm o precedente sobre todos os bispos. Em 1335, o Papa exerceu o seu direito de apontar e de conduzir eleições locais de clérigos. Embora este direito de apontar parecesse tornar o poder do Papa absoluto, em muitos aspecto ele enfraqueceu o controle efetivo sobre a Igreja ao longo do tempo. Em primeiro lugar ele podia possivelmente não conhecer todas as pessoas que ele estava apontando, e elas muito freqüentemente eram patrocinadas por forças locais que já estavam no poder. Segundo, os príncipes achavam que uma centralização do poder da Igreja em Roma seria mais fácil de se lidar (ou ignorar) do que uma multidão de fontes diferentes. Durante este período poucas mudanças na atitude oficial ocorreram em relação à igreja como um prédio (embora muitos dos hereges fossem hostis aos prédios da igreja). Ela continuou o primeiro e mais importante local consagrado que tinha divisões internas de santidade do pórtico ao altar. As velhas regras prescrevendo a conduta apropriada nas subáreas dentro do prédio da igreja continuaram aplicáveis, mas da mesma forma continuou o costume de usar a igreja para propósitos seculares. A despeito do fato de que a parte final da Idade Média foi um tempo um pouco mais secular, e que a própria Igreja estava pronta para aumentar a distância entre o secular e o sagrado, o prédio da igreja geralmente continuava a estrutura física mais importante na comunidade e seu uso não refletia as distinções entre o sagrado e o secular. Ao invés disso, ela continuava a servir, entre outras funções, como a prefeitura, local de defesa, local de refúgio e hospital. A separação da Igreja do resto da sociedade está talvez mais claramente ilustrada em dois exemplos não-territoriais, mais espaciais. O
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primeiro tem a ver com a posição do padre durante o serviço. Era costume até o século XII para o padre ficar de frente para a congregação durante o serviço; mas as reformas Gregorianas do final do século XI e XII tem o padre agora encarando o altar e dando a sua costa para a congregação, desta forma aumentando a ‘distância pessoal’ entre o padre e os paroquianos. O segundo tem a ver com a acessibilidade da própria Bíblia, declarando que somente o clérigo deveria possuí-la. Em 1080 a Igreja proibiu qualquer leigo de até mesmo ler a Bíblia em sua totalidade. “A partir do Waldenses em diante tentar examinar a Bíblia se tornou prova presumível de heresia.” A partir do século XII, a Igreja fez um esforço concentrado para restabilizar e ampliar a sua organização formal e hierarquia. Isto foi feito em grande escala pelo restabelecimento da ligação entre a hierarquia, o poder e a Territorialidade, e pela redução da autonomia local das unidades territoriais e o controle sobre elas pelo poder secular. Dentro da Igreja, a impersonalidade dos oficiais cresceu, e os cânones- lei foram ampliados e codificados, a organização foi centralizada, e o poder hierárquico e Territorialidade foram feitos explícitos. Mas, no século XIV a máquina do governo, suas regras, regulamentos e tamanho começaram a ruir. Havia corrupção, ineficiência e prostituição ostensiva dos valores, tudo isto foi manifestado no uso do território pela Igreja. O acesso territorial diferenciado aos recursos criou enormes diferenças na hierarquia da Igreja e entre a Igreja e o mundo secular. O controle do território e o compromisso com uma sé em particular geralmente se tornou um fim em si mesmo. Este valor do controle territorial aumentou os números de transferências e pluralidades (de más escolhas) entre indivíduos e territórios. Além disso, os esforços da Igreja na consolidação a fez mais separada e visível para a comunidade. O líder onipresente da Igreja, o Papa, passou a representar a própria Igreja.. O fim do século XIV também o crescente desassossego social e o ressentimento geral com as autoridades que atuaram na reforma. Profundas mudanças econômicas estavam ocorrendo. Os números de desabrigados aumentou e as cidades estavam crescendo no tamanho. Os interesses seculares tendiam a estancar em algumas restrições da Igreja sobre negócios e usura. A separação e até o mesmo distanciamento da Igreja era parte do
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desligamento geral da atual mudança político-econômica. Como o lorde da terra, conservador e dono da propriedade, a Igreja não era simpática às necessidades dos novos interesses capitalistas emergentes. O Capitalismo, conforme Weber indicou, não florescia nos locais dominados pela Igreja católica. Muitos líderes do governo que se aliaram com os interesses capitalistas tinham a intenção de se apropriar ou “nacionalizar” a propriedade da Igreja. E a corrupção na Igreja estava por toda parte. A consolidação hierárquica e territorial do poder da Igreja e sua visibilidade crescente deu ao insatisfeito politicamente um objetivo claro. Se a corrupção da Igreja não fosse maior do que nunca (e provavelmente era), a fonte parecia ser mais prontamente identificável. Eram as facetas visíveis da Igreja que os reformistas atacaram.
A Reforma e o após. Importantes mudanças ocorreram na Igreja Católica desde de a Reforma, mas em termos de Territorialidade e hierarquia estas foram menores quando comparadas com a variedade de estruturas organizacionais que ocorreram dentro das denominações Protestantes. As estruturas destas denominações demonstram novamente que a Territorialidade está associada com a hierarquia organizacional e a burocracia. Além disso, o estabelecimento das primeiras Igrejas Protestantes repete, embora num espaço de tempo mais curto, os antigos dilemas cristão com respeito a hierarquia da Igreja, ao território e ao propósito religioso. Apesar do fato de que o Protestantismo oferece um leque maior de alternativas para as questões da estrutura da Igreja e fé do que ofereceu o catolicismo, é importante reconhecer que o Protestantismo encontrou problemas com respeito a autoridade e a fé que foram similares àqueles que nós descrevemos para o primeiro catolicismo, e que a Territorialidade novamente desempenhou um papel previsível. Nós destacaremos alguns desses assuntos com relação a estrutura da Igreja Protestante e ao território antes de sumarizar algumas das mudanças da pósreforma na organização da Igreja Católica.
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Protestantismo. As reformas Protestantes atacaram os elementos mais visíveis da Igreja católica: a hierarquia dos oficiais da Igreja, seus rituais, e seus monumentos físicos. O próprio prédio da igreja, que era consagrado pela tradição da Igreja, era distinguido como a maior entidade territorial. A maior parte das paróquias ou dioceses geográficas não foi mencionada. Conforme nós notamos, o ataque a consagração dos prédios, e as orações em prédios, não era novo no Cristianismo. É encontrado também no Velho e no Novo. É encontrado no conselho do quarto século de Gangra pelos seguidores de Erustatius, e novamente nas vésperas das Reformas no movimento dos Alumbrados ou Illuminati, e os Anabatistas. Estes grupos escolheram as facetas mais visíveis da igreja por causa desses aspectos, que eram pensados como se tivessem desviado a atenção dos objetivos verdadeiros do Cristianismo. Os líderes da Reforma alegavam que a hierarquia da Igreja subverteu os princípios fundamentais contidos nas escrituras e que somente havia um meio de repará-los que era purificar a Igreja da sua organização e voltar as condições do Cristianismo primitivo. Atacando a hierarquia e a Igreja visível, o Protestantismo, como o Cristianismo primitivo, tinham o objetivo de separar o sagrado do secular. Ao invés de se ocupar somente com o segmento da vida, a disciplina Protestante queria penetrar cada faceta da vida. A ênfase do Protestantismo sobre “riqueza conforme o trabalho” e em “um chamado” fez este movimento de vital interesse para o Capitalismo. A ligação entre o Capitalismo e o Protestantismo foi fortalecida por fortes laços políticos nos países capitalistas emergentes. O Protestantismo se tornou a religião do Estado para a maioria das nações capitalistas mais avançadas na Europa. As condições do Cristianismo primitivo que Lutero desejava restabelecer foram definidas por ele em termos extremamente pessoais e idealístico que vinham sendo baseados primariamente na fé. Lutero atacou as distinções entre os padres e os leigos. Ele condenou aqueles que achavam a
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religião no alimento e nas vestimentas, nos lugares santos e nos dias santos. Às vezes ele permitia que as igrejas fossem simplesmente locais convenientes de adoração: “Nós não devemos restringir o prédio de igrejas adequadas e seus adornos, nos não podemos viver sem eles. E a adoração pública deve ser corretamente conduzida da maneira mais adequada. Mas deve haver um limite para isto, e nós devemos tomar cuidado para que as intenções da adoração sejam pura ao invés de monetárias.” Mas, em outros tempos ele as teria eliminado todas junto. “A Igreja não tem mais nenhum laço com uma cidade, pessoal ou tempo.” Ele via a forma física como desviando a atenção do sagrado: “Nós somos desviados dos mandamentos de Deus por tal barulho e agitação.” Não é preciso dizer que uma comunidade de fé não é fácil de se estabelecer. Uma organização religiosa precisa mais do que isso para a direção, especialmente porquê,
como os cristão primitivos antes, os
Protestantes não estavam operando em um vácuo social. Eles estavam competindo com a Igreja Católica, com um grupo burguês de fé Protestante, e talvez mais significativamente, eles estavam encravados nas instituições políticas que continuariam a usar as organizações da Igreja para suplementar o seu controle. Na Europa, a Igreja e o Estado estavam intimamente ligados, e assim teria que ser segundo as perspectivas contemporâneas, pois salvar almas ainda era um negócio sério. Uma organização religiosa não poderia esperar se sustentar sem algum suporte político. E os interesses políticos viram estes novos grupos religiosos como um meio para os fins políticos. A comunidade de Lutero da fé precisaria de uma organização mais visível, quer Lutero quisesse ou não, e o sucesso do seu movimento forçou a se referir aos assuntos organizacionais. Seus assuntos sugerem que ele preferia uma forma onde a congregação ou a assembléia cristã tivesse o direito a julgar, apontar e a dispensar os ensinadores. Ele notou que até mesmo a Igreja primitiva tinha disciplina e que se a Igreja atual não pudesse reforçar suas regras então as autoridades civis deveriam fazê-lo. Isto não significava que um grupo era separado do outro, porque as autoridades civis também eram cristãs. Significava que a Igreja precisava da autoridade civil para ajudá-lo na reforma. Chamando as autoridades seculares para suportar e
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impor a conduta da Igreja resultou numa ligação forte entre a Igreja e o Estado. Em muitos países o Luteranismo se tornou a religião do Estado. Lutero era também contra os prédios da igreja ou os tolerava como convenientes, mas lugares inconsagrados para assembléia e adoração. Tolerar as igrejas significava tolerar ou encorajar a adoração nelas e isto levantou o problema de decidir que outras funções elas eram permitidas de conter. Isto não era uma questão insuperável para as comunidades Protestantes porque ao ligar o religiosos a vida secular, a comunidade impôs restrições severas nesta última. Vários reformistas Protestantes tentaram banir a leitura de qualquer outra coisa que não fosse a Bíblia e canto de qualquer outra coisa que não fosse os hinos, tal que permitindo a adoração dentro de um prédio pode não ter feito muito diferente o que acontecia dentro do prédio do que acontecia fora dele. Ao nível episcopal, Lutero aceitou, sem questionamento, o uso da paróquia e da diocese. Isto foi compreensível porque a paróquia tinha se tornado também uma unidade secular de administração e se o Luteranismo recebesse o apoio do Estado, o governo provavelmente usaria os territórios políticos existentes para definir
e moldar a comunidade religiosa. Lutero
insistia no atendimento obrigatório da igreja dentro da paróquia até mesmo para os não crentes, para ser reforçado pela autoridade secular local; “quem quer que estivesse na paróquia era da paróquia.” A paróquia continuava a ser político-administrativa bem como uma unidade da igreja. No Luteranismo Sueco, antiga hierarquia Católica e a estrutura territorial episcopal forma mantidas virtualmente intactas. A única mudança significativa foi na liturgia e nos procedimentos da escolha. A velha estrutura da paróquia continuou e se tornou uma unidade de consenso. O padre da paróquia registrava todos os eventos principais tais como nascimentos, mortes, posses de terras e valores das fazendas. Se qualquer um entrasse na paróquia ele tinha que se registrar com o padre da paróquia. Quando o governo Sueco reconheceu oficialmente os direitos de outras religiões, a estrutura da paróquia pertencia a elas também. Uma área não-
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Luterana deveria
ter
uma igreja não-Luterana
que deveria ter a
responsabilidade de manter os registro da paróquia. Assim Lutero não se dedicou muito ao governo da Igreja (embora desde o começo o Luteranismo fosse firmamente ligado à hierarquia do governo e as igrejas Luteranas mantivessem as formas episcopais Católicas), Calvin tinha muito mais a dizer sobre o governo da Igreja, e os primeiros movimentos Calvinistas “coexistiram” com tais governos ao invés de se tornarem uma parte deles. O ataque de Calvin à Igreja católica foi similar ao de Lutero, mas os interesses de Calvin no governo e disciplina vieram da sua crença de que a fé não era suficiente para definir uma comunidade. Uma vez que Calvin via o homem como maior pecador do que via Lutero, Calvin acreditava que o homem precisava de mais guia e supervisão. O homem tinha o desejo de fazer o bem, mas não podia ter sucesso sem a ajuda da Igreja. Para um Calvinista, a fé era um presente de Deus, dada para uns poucos que tinham sido predestinados para a salvação. Mas até mesmo eles não eram perfeitos na sua fé, e nenhum sinal visível diferenciava estes daqueles reprovados. A Igreja, da necessidade, inclui ambos, e ambos precisam da orientação e da disciplina da Igreja. O governo da igreja de Calvin foi projetado para trabalhar com o governo secular, e em particular o governo da cidade de Genebra. A Igreja tinha quatro camadas de oficiais: os doutores em ensino, os pastores de pregação, os anciões da disciplina, e os diáconos administrativos. O corpo central do governo da Igreja, o consistório, era composto de ministros e de representantes do conselho da cidade que cooptaram pelo Clero. Outro corpo, a companhia venerável dos pastores, era composto de todos os pastores e de dois anciões selecionados pelos conselhos. Estes corpo propunha a legislação para o consistório e também analisava a indicação dos pastores. O governo da Igreja e a disciplina era para ser aplicados territorialmente. O prédio da igreja e para ser mantido, mas não consagrado. Calvin tinha a mesma bivalência para estrutura como tinha Lutero. Ele acreditava que as igrejas eram necessárias devido a necessidade de oferecer uma assembléia para a comunidade, mas elas não eram especialmente
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sagradas e nem eram para ser chamadas de casa de Deus: “Deixe aqueles que atribuem à Igreja poder no sentido comum, ouçam o que Hilório tem a dizer sobre esse assunto, ‘nós fazemos errado em venerar a Igreja de Deus nos tetos e nos edifícios.’” As igrejas eram simplesmente locais de adoração e por causa das rígidas regras sobre o comportamento do público, o alcance real da conduta permissível dentro delas era bem pequeno. As igrejas rurais eram fechadas quando não eram usadas para adoração. Calvin, pelas mesmas razões que Lutero, manteve as paróquias como um meio de definir e moldar a comunidade. Antes da Reforma, Genebra era dividida em cinco paróquias. Calvin redefiniu as fronteiras para dividir a cidade em três. A supervisão da comunidade pelo consistório deveria ocorrer em parte territorialmente, Dois membros do consistório, acompanhados pelo pastor, deveriam visitar cada paróquia regularmente tal que “seus olhos deveriam estar sobre as pessoas.” A fronteira da paróquia era essencial para definir as funções críticas; “para se trazer crianças ao catecismo e para se receber o sacramento, as fronteiras da paróquia devem ser o máximo possível obedecidas.” Outros reformistas Protestantes foram além do que Calvin e Lutero foram, não somente atacaram as organizações da igreja, mas tentaram evitar a criação de novas; uns poucos até mesmo atacaram a paróquia. John Smythe, por exemplo, em seus “Princípios e avaliações com relação a Igreja visível”, de 1607, tentou definir as verdadeiras manifestações de um governo cristão da Igreja. Uma comunhão da fé genuína ou “santos”, disse Smythe, produziria uma Igreja visível. “A Igreja visível é somente uma sociedade religiosa que Deus ordenou aos homens na terra. Todas as sociedades religiosas exceto aquela da Igreja visível são ilegais e entre as mais notórias destas estão: as Abadias, os monastérios, os conventos, as catedrais, os colégios e as paróquias.” Os primeiros elementos Batistas e Congressionalistas não foram organizados ao longo das linhas da paróquia e suas visões sobre o prédio da igreja eram bem mais flexíveis do que as dos Luteranos e dos Calvinistas. Talvez os amigos ou Quakers fossem e continuem sendo o grupo com a menor
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hierarquia; e ,não surpreendentemente, suas divisões, mesmo na Europa, não eram baseadas nas paróquias nem os seus prédios eram consagrados ou especificados somente para adoração. Eles eram casas de “encontro”. E até mesmo entre os Quakers havia a tendência a uma leve reflexão espacial ou territorial da hierarquia. As casas de encontro geralmente tinham assentos separados para os mais velhos do grupo. As condições incomuns dentro dos Estados Unidos da separação da Igreja e do Estado se espalharam no contínuo organizacional das denominações cristã na direção de uma menor hierarquia e rigidez e menor Territorialidade. Com exceções das denominações dos Episcopalians e de alguns Metodistas, a fé americana Protestante do século XX
não faz
referência a paróquias ou dioceses ao descrever suas estruturas. Congregantes são concebidos em termos não-territoriais, embora geralmente espaciais. As congregações podem formar regiões noudais. Uma igreja pode decidir não se localizar próximo de outra com a mesma denominação por medo que não haja congregantes o suficiente para encher ambas. Mas que prédio uma pessoa vai escolher para freqüentar não é uma questão de domicílio, mas sim de conveniência. Assim as bases da freqüência não estão ligadas às regras sobre a residência, algumas igrejas Protestantes usam os territórios para definir o domínio da responsabilidade entre os seus oficiais de mais alto nível. No sentido mais fraco os territórios podem ser usados simplesmente como um mecanismo de agrupar as igrejas e congregações quando se é pra mandar delegados para os conselhos de mais alto nível da Igreja. Tal Territorialidade suave é usada pelos Quakers para selecionar delegados para os encontros nacionais. Um pouco mais fortes são aquelas poucas denominações Protestantes que têm alguém como um bispo observando a conduta dos ministros dentro de uma unidade territorial.
A pós-reforma da Igreja.
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No extremo final do contínuo territorial ainda reside a Igreja Católica. Mas mesmo ai tem havido relaxamento no controle territorial em níveis dos paroquianos. Agora é possível para os Católicos freqüentar missas em igrejas que não são as das suas paróquias. É também possível se casar, batizar e comungar em igrejas diferentes da sua se houver uma permissão da própria igreja. Estas condições foram iniciadas para refletir uma população mais geograficamente móvel. Ainda, a hierarquia da Igreja continua tão territorial quanto antes. Assim, nos últimos 400 anos em geral a organização da Igreja Católica comparada a outras Igrejas tem parecido menos moderna ou mais tradicional. A Reforma foi parte das mudanças radicais históricas; entre elas o surgimento do Capitalismo,
do individualismo, e o questionamento da
autoridade tradicional. Estes foram desenvolvimentos poderosos. Diferente das mudanças nos mundos Clássico e Feudal que tiveram efeitos profundos na Igreja, estes desenvolvimentos modernos tiveram relativamente pouca repercussão na estrutura e doutrina da Igreja Católica. Em seus esforços para retomar o terreno perdido nas Reformas, e na sua subsequente expansão no Novo Mundo, África e Ásia, a Igreja continuou a consolidar a sua autoridade bem como lutar velhas batalhas tais como os assuntos do feudalismo. Foram dados passos em direção ao estabelecimento de uma maior impersonalidade na disciplina e no ofício da Igreja, e um reforço mais rígido na escolha por exame, promoção por mérito, e padronização do pagamento por salário ou comissão. Apesar do fato de que estes se tornaram os elementos dos governos modernos e dos negócios incorporados em suas próprias burocracias, os grandes e conservadores holdings econômicos da Igreja, o seu compromisso com outras formas organizacionais tais como o modelo de família, o seu compromisso com a tradição e o rito, e sua perda de influência naquelas áreas do mundo que foram a vanguarda do desenvolvimento econômico impediram a estrutura da Igreja de se desenvolver em linhas mais modernas e impediram a Igreja de se tornar uma força para a mudança. Nós agora já vimos porque a Igreja empregava a Territorialidade e nós vimos como esses efeitos foram componentes integrais da organização da Igreja e ajudaram a forma aquelas facetas da estrutura da Igreja que
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parecem modernas, especialmente aquelas referente às relações hierárquicas impessoais. Mas os efeitos da impersonalidade dentro da hierarquia da Igreja pôde somente avançar até antes de entrar em conflito com o compromisso da Igreja da tradição, do ritual e outros modelos organizacionais. As duas outras maiores contribuições da Territorialidade para a modernidade - a camuflagem das fontes do poder e a apresentação de um espaço esvaziável e preenchível - foram de menos uso para a Igreja. A Igreja estava mais interessada em fazer o seu poder visível do que disfarçá-lo. Isto significa se apoiar na reificação e no deslocamento que, conforme nós notamos, não é a mesma coisa de que camuflar as fontes do poder. Esvaziamento e preenchimento repetido do espaço também não era um uso importante do território da Igreja. Em larga escala geográfica este uso aparece quando o poder político suficiente existe para realmente se planejar, mudar, estabelecer, ou remover largas populações. Embora a Igreja tivesse o aval de Espanha e Portugal para redistribuir populações dos nativos americanos e asiáticos, estes esforços dirigidos da igreja forma pequenos e curtos comparados com aqueles ligado às venturas territoriais políticas dos poderes coloniais.. A Igreja possuía poder o suficiente para controlar o que ocorria dentro dos seus prédios. Mas esta escala era uma forma arquitetural tradicional e ritual que impedia o espaço da Igreja de se tornar concebido como um molde conceituadamente esvaziável e preenchível. O prédio da Igreja estava geralmente sem os paroquianos. Mas isto não significa que ele era então pensado como um vácuo, potencialmente preenchível com atividades inespecificadas. Pelo contrário, cada detalhe do prédio da Igreja continha um significado simbólico e usos preestabelecidos (embora as atividades seculares ocorressem dentro dele conforme nós vimos na Idade Média), e a estrutura inteira, como um local consagrado, nunca estaria sem o conteúdo espiritual. Isto novamente é muito diferente do sentido arquitetural moderno de que os edifícios podem ser projetados como conchas contendo volumes ou espaços que pode ser colocado para uso múltiplos e interligados. É claro, que para ter o poder territorial de esvaziar e preencher o espaço e
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conceber o espaço como uma moldura contingente inibe o sentido de que o espaço e o local são preenchidos com a experiência e a importância espiritual. Os efeitos territoriais de obscurecer as fontes de conflito e de conceituadamente e realmente esvaziar e preencher o espaço, bem como de criar relações impessoais, são os componentes mais importantes da Territorialidade moderna. Para explorá-los nós retornaremos aos reinos que exerciam enormes poderes sobre o comportamento espacial enquanto desprezavam o conteúdo e o significado do local e do espaço: os reinos da política e do trabalho. A organização política e o trabalho foram as áreas mais intimamente associadas com as mudanças no Capitalismo e cada uma exibiu efeitos territoriais modernos, mas em escalas geográficas diferentes.
5. O sistema territorial Americano. A Reforma foi uma grande transformação ocasionada pelo Renascimento e pelo surgimento do Capitalismo. As outras foram a exploração do mundo, as descobertas e as colonizações. O vasto continente Norte Americano, com sua população relativamente esparsa de indígenas na época do contato, propiciou aos colonos norte-europeus Protestantes o mais fértil dos solos para o desenvolvimento de uma economia-política moderna. Como e porquê a Territorialidade se tornou um instrumento de assentamento e de governo e quais são seus componentes modernos?
Descoberta e colonização. Emergência do espaço e do território abstrato. Os usos modernos do território não apareceram de uma vez só. As concessões e alvarais para o Novo Mundo eram documentos primariamente feudais nos quais os monarcas concediam privilégios econômicos e políticos para pessoas e companhias. As condições apresentadas no Novo Mundo eram tão diferentes dos casos prévios de expansão territorial que as velhas formulas foram forçadas a ter novos nuances. Da perspectiva territorial, o que se
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destaca aos olhos modernos sobre o começo das “descobertas” é a natureza geométrica abstrata para as reivindicações de soberania sobre uma área. Estas reivindicações parecem ser a pré-condição natural para limpar um lugar para comunidade e autoridade e para moldar outras e mais específicas organizações sociais. Em sua escala e intensidade, e não menos em sua concepção, esta filosofia para pessoa e lugar tem uma áurea moderna. Ela aponta para uma definição territorial explícita e intensa das relações sociais. Quando as relações entre as pessoas e o território mudam freqüentemente a definição territorial conduz a um senso abstrato do território e do espaço, no qual é separável conceituadamente dos eventos que ele contém. Em resumo, desde o começo os europeus pareciam estar empregando a Territorialidade em um grau abstratamente significante e isto ao mesmo tempo pressupõe e reforça a concepção abstrata do espaço. A presença no século XVI de um uso mais moderno do território e do espaço é clara no retrospecto, e ainda as concepções contemporâneas foram de fato uma mistura complexa do novo e do velho. A maioria dos observadores dificilmente estavam alertas das mudanças que estavam ocorrendo. É claro que as características do espaço e do território que nós associamos com os usos modernos são até hoje desconhecidas e nós temos penetrado em níveis diferentes de consciência social em diferentes graus e em diferentes períodos. Estes pontos sobre os estágios do desenvolvimento e os níveis de penetração serão retomados, mas devemos primeiramente considerar a aparência inicial geral da visão moderna de espaço. As descobertas e os novos significados de espaço e território, foram parte de duas mudanças sociais fundamentais: a substituição da velha ordem econômica do feudalismo pelo Capitalismo; e a substituição da mentalidade medieval pela Renascência. O Capitalismo Mercante tirou a Europa de uma economia e política feudal fragmentado e celular, para uma rede econômica global baseada em um punhado de sistemas econômicos e políticos nacionais procurando novos mercados, novas rotas de transporte e aumentando a jurisdição territorial. E de tradicional para outra mundialmente intelectual, a orientação surgiu como uma curiosidade vital sobre o mundo, um apetite insaciável por novas experiências e o Protestantismo para justificá-las.
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A visão do espaço terrestre que predominava nos mil anos entre a queda de Roma e época das descobertas derivou das experiências geográficas de uma sociedade feudal fechada e da influência da interpretação da Igreja Católica da Bíblia. A primeira oferecia uma conceituação comum de espaço, de lugar e de distância intimamente ligada com as experiências diárias dos seus conteúdos. Ela era baseada no mesmo sentido de espaço que nós descrevemos para as sociedades primitivas e de camponeses. Os eventos e as Experiências, e não a locação no espaço abstrato, definiam os lugares e as distâncias. Embora fosse possível medir rudemente as distâncias entre os locais, estas unidades abstratas tinham poucas relações com experiências concretas. Além disso, o mundo medieval simplesmente não tinha o aparato técnico para representar acuradamente até mesmo áreas locais. Os mapas medievais de terra eram esquetes (ver a figura 5.1) contendo escalas e distorções numerosas. Quando lugares distantes eram coletados juntos dentro de um sistema conceituadamente abstrato era na conformidade com a cosmografia religiosa. A representação visual deste mundo usualmente tinha a terra dividida em três regiões: a África, Ásia e a Europa; e estas eram geralmente centradas em Jerusalém (ver figura 3.8). A importância desta concepção é que onde quer que alguém estivesse realmente localizado no espaço físico é irrelevante; a pessoa deveria empenhar-se para estar no centro - em Jerusalém. Ao invés de usar esse sistema simbólico fechado, os exploradores pensavam o espaço da terra (e o tempo) mais abstratamente e geometricamente: a longitude, latitude, distância e o tempo eram referências espaciais primarias. Exemplos podem ser encontrados no ocidente e em outras civilizações de pessoas usando o sistema de coordenadas para descrever a Terra. Mas conforme nós notamos estes tinham importâncias diferentes e foram usados para propósitos diferentes do que o caso do sistema ocidental emergente de relações espaciais. O sistema de coordenada chinês foi infundido com significados cósmicos; cada quadrado era um microcosmo do mundo. As grades que costumavam mapear os planos das cidades e das propriedades de terra no Império Romano não sugerem uma concepção de um contínuo espacial abstrato. Ao invés disso, as unidades estavam amarradas e
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geralmente ligadas às propriedades de terras preexistentes e conformadas com a topografia local. O tempo bem como o espaço foi lentamente alterado pelos eventos pós-Renascência. O mundo simplesmente não ficaria esperando o tempo passar até a segunda vinda de Cristo. O surgimento e a queda do Velho Mundo tinha sido redescoberto. Os europeus estavam agora ciente de que as civilizações mudam através do tempo. Na verdade, a nova ordem econômica estava para impelir o ocidente em uma era de mudança rápida e não paralela. A sociedade atual estava sendo compreendida de maneira diferente das sociedades passadas e o futuro teria ainda diferenças maiores no estoque. Para muitos, estas mudanças forma para melhor; a passagem do tempo estava para se tornar a estrada para o progresso. Como uma medida da mudança e do progresso, o tempo se tornou abstrato para eventos particulares. E esta abstração aumentava, conforme o tempo se tornava mais finamente medido e as unidades de trabalho se tornaram definidas por ele. Estas mudanças na consciência do espaço da terra e o tempo não tiveram efeito imediato na política ocidental e na especulação teórica sobre o território e a sociedade. O pensamento Renascentista sobre o território continuava no modelo medieval a ser limitado por duas áreas principais. Uma era a relação do tamanho geográfico com o processo político. Outra eram os méritos das diferentes formas das propriedades de terra ou de direitos de propriedade. Estes foram discutidos abstratamente, mas o entendimento geral e que a despeito das suas origens, as relações territoriais foram primeiro definidas socialmente. Elas tendiam a englobar comunidades orgânica reais. Uma comunidade em geral era pensada como sendo uma entidade unificada com um propósito comum. Embora muitas comunidades não-geográficas existissem (as comunidades dos cristãos para um), os territórios eram geralmente vistos como ligações das entidades sociais coesas. Para o feudalismo este era o caso especialmente nas escalas geográficas mais baixas - o imóvel e a cidade - onde o político e o econômico eram conciliáveis. Aqui a comunidade e o território eram praticamente sinônimos. Esta associação
e
percebida
claramente
nas
visões
predominantes sobre a representação da comunidade.
contemporâneas
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Uma vez que as necessidades essenciais e os objetivos da comunidade eram para ser divididos entre os seus membros, uma representação resultaria se alguém pudesse transferir estas necessidades para o governo. Este alguém, fosse eleito ou não, era um representante. Este sistema era forma costumeira antes do século XVII, mas não parece ter recebido um nome. Nós vamos chamá-lo de “representação orgânica”, embora ele possua característica similares àquelas descritas por Burke na “representação visual.” Diferente da visão moderna de representação proporcional a representação orgânica não via a tarefa de representação refletir os números dos indivíduos na comunidade. Cada comunidade era vista como uma entidade única com um desejo comum e uma necessidade, e desta forma cada comunidade, independente da sua população, podia ser representada por uma única pessoa que tinha conhecimento sobre a comunidade e era sensível aos seus interesses. Aquela pessoa nem mesmo precisaria ser da comunidade que ela representava. Não foi até o século XVIII (conforme demonstrado nas constituições locais adotando a representação proporcional) que tal visão foi seriamente desafiada, embora não totalmente substituída. Aí se tornou fortemente evidente que as comunidades geográficas não estavam mais necessariamente unidas em seus interesses, mas ao invés disso elas geralmente eram coleções de indivíduos com interesses e necessidades diferentes e competitivos. Com mais esta definição territorial de relações sociais vem a necessidade de conceber um sistema com algum tipo de representação proporcional. O Velho Mundo via a Territorialidade primariamente como socialmente definida, mas os eventos estavam quase para mudar isto. A consciência do Novo Mundo acelerou uma abstração do espaço, porque as Américas apresentaram aos poderes europeus um espaço vasto, distante, desconhecido e novo. Isto significou que com a tecnologia limitada e o poder político ao seu dispor, os europeus podiam “limpar” o espaço e formar territórios para organizar e preencher em seus níveis geográficos como uma intensidade que era impossível encontrar no Velho Mundo. Novamente é importante notar esta realização e o uso do espaço que não ocorreu de uma
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vez. Ela é de fato ainda emergente e intensa. As descobertas, entretanto, deram um enorme impulso ao processo.
As reivindicações coloniais. As bulas papais Alexandrinas de 1493 são o primeiro exemplo do que parece para nós e o que foi para um número de gerações, em efeito, uma definição territorial métrica abstrata total das relações sociais. Estes documentos, logo suplantados pelo Tratado de Tordesilhas, em 1493, reconhecia a autoridade da Espanha sobre qualquer terra não-cristã descoberta a aproximadamente 100 léguas ao oeste de Açores e das Ilhas Cabo Verde, e para Portugal a autoridade era reconhecida sobre novas descobertas ao leste. Esta linha era de fato uma latitude de pólo a pólo. Pela primeira vez na história um sistema geométrico abstrato tinha sido usado para definir uma vasta área (global) de controle. Até o século XV isto pode não ter parecido tão grande e abstrato uma divisão geométrica do mundo por causa das descobertas de Colombo e suas sucessoras imediatas não seriam os continentes mas inúmeras ilhas fora da costa da Ásia. O termo ilha aparece freqüentemente no próprio Tratado de Tordesilhas e é através das ilhas que o Papa justificava o seu envolvimento porque, de acordo com a Igreja, a doação ilegítima do oitavo século de Constantino incluía um legado para a Igreja das ilhas na porção ocidental no Império Romano. Estendendo a fronteira do velho Império para incluir o Oceano Atlântico, este documento foi interpretado pelos Papas como um meio que eles tinham autoridade para garantir o domínio sobre as ilhas naquele mar bem como no Mediterrâneo. As concessões papais de domínio para Espanha e Portugal foram dificultadas pelas obrigações religiosas e seculares. Num lado religioso esperou-se que a Espanha e Portugal tivessem autoridade e responsabilidade por todas as almas dentro dos seus respectivos domínios. Como uma concessão secular ela interpretada como uma extensão da autoridade feudal sobre qualquer entidade política que este territórios pudessem conter.
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Não somente a vastidão do Novo Mundo foi subestimada, mas também as primeiras indicam que o final do século XV até o meio do século XVI esperava-se que os habitantes desses reinos possuíssem costumes e unidades territoriais que eram similares àquelas dos europeus. A conquista então necessitaria de uma soberania estabelecida sobre estas pessoas e suas terras. A suposição de que as novas terras conteriam velhos tipos de organizações políticas é vista na linguagem das primeiras concessões. As Cartas de Patente do Rei Henrique VII para John Cabot, em 1496, declaram que Cabot deve subjugar, ocupar e possuir todas as cidades, castelos e ilhas que eles encontrassem e que ele também poderia subjugar, ocupar e possuir todos os vassalos e governadores, impondo as mesmas regras, títulos e jurisdições das mesmas vilas, cidades e castelos e das terras até aqui encontradas, e a concessão a Sir Walter Raleigh, em 1584, deu a ele autoridade sobre as terras, territórios e países que foram conquistados e sobre suas cidades, castelos, vilarejos e vilas. Embora os exploradores entrassem em contato com altas civilizações nas Américas Central e Sul, eles não encontraram tais cidades, castelos e vilas da forma esperadas por muitos na América do Norte, e gradualmente o caminho foi aberto para os territórios norte-americanos se tornarem presentes para o público como uma terra selvagem e, em termos de conteúdo social, como um espaço vazio. Muitos dos nativos norte-americanos que os europeus encontraram tinham economias primitivas com o uso comunal da terra. Eles praticavam agricultura mas também eram caçadores e coletores. Seus campos pareciam vagos e desarrumados para os olhos europeus e, com exceção do cachorro, eles não tinham animais doméstico. Seus costumes e usos da terra pareciam tão estranhos e seus processos políticos tão indistintos que muitos europeus concluíram que os índios eram subumanos e que poderiam e deveriam ser removidos da terra. Em sua “História geral da Virgínia, Nova Inglaterra e das Ilhas Summer”, John Smith descreve os índios ( voltando atrás, porque ele tinha escrito antes que eles eram gentis e generosos) como “pérfidos e inumanos; besta cruéis com uma brutalidade maior do que as próprias bestas”, e o amigo de Smith, Purchase, argumentou ( de acordo com Jennings) que “o cristão
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inglês deve com todo direito tomar a terra dos índios porque Deus intencionou que suas terras deveria ser cultivadas e não deixadas nas condições de um lugar selvagem e desabitado, que eles, os selvagens, não faziam mais do que habitar.” Embora esta idéia de desabitado fosse contrária ao fato, ela se tornou uma racionalização das expropriações européias das terras dos índios e foi usada por colonização européia como uma desculpa para remover os povos aborígenes de todos os lugares. Definir os índios como selvagens ou subumanos foi um passo importante na sua remoção porque os europeus contemporâneos geralmente alegavam que “invadir e despossuir as pessoas de um país civilizado não-ofensor violaria a moralidade e transgrediriam os princípios das leis internacionais.” Os índios conquistados
eram tratados
diferentemente do que os europeus. A maioria dos colonos holandeses em Nova Iorque não eram despojados de suas terras quando os ingleses tomavam a colônia. Ao invés disso, eles simplesmente pedidos para obedecer a lei inglesa ao invés da lei holandesa. Nem todos os Irlandeses foram removidos de suas terras quando os ingleses plantaram colônias em Ulster. Os holandeses e os Irlandeses eram cristãos e os ingleses pensavam que os primeiros, especialmente, eram um povo civilizado cujos direitos de propriedades deveriam ser respeitados. Acreditar que os índios eram nãocivilizados e selvagens, mais do que qualquer coisa, diminuiu a responsabilidade dos europeus com as reclamações de terra pelos índios e fez a grande expansão das Américas parecer espaço vazio para se tomar. É claro que a expulsão dos índios foi mais fácil de se pensar do que se fazer. Os índios, em maiores números do que os primeiros colonizadores europeus, geralmente eram capazes de usá-los. Em muitos casos dois grupos viviam misturados, às vezes em amizade, mas geralmente não, e geralmente afetando a cultura um do outro. Alguns europeus falaram contra a apropriação da terra dos índios. Mas estes eram geralmente argumentos vazios e aqueles que os faziam ficariam felizes de possuir a terra dos índios se a oportunidade surgisse. Roger Williams, que tentou proteger o direito de Salém a terras que foram compradas dos índios ao invés da Coroa
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Inglesa, teve que justificar o fato de que a terra pertencia aos índios. De acordo com Cronon, Williams argumentou que o Rei tinha cometido uma injustiça ao dar o país para seus assuntos ingleses que pertenciam aos índios nativos. Mesmo se os índios usassem a terra diferentemente do que os ingleses, eles entretanto a possuíam pelo direito de a terem ocupado primeiro e pelo direito das mudanças ecológicas que eles tinham operado nela. Se os índios tinham conduzido a agricultura ou não, eles caçavam por todo país, e pela expedição das suas viagens de caça, eles queimavam todos os arbustos no país, uma ou duas vezes por ano. A queima de madeira, de acordo com Williams, era uma melhoria que deu aos índios tanto o direito ao solo quanto o rei da Inglaterra poderia reclamar para as suas florestas imperiais. Se o inglês podia invadir os territórios de caça dos índios e reclamar direito de propriedade sobre eles porque eles estavam sendo improdutivos, então os índios poderiam fazer da mesma forma com os parques de jogos reais. Mas, os argumentos pelos direitos indígenas, fossem eles para proveito próprio ou não, foram descartados pelo clamor pelas terras indígenas. No começo do século XVII, a caracterização dos índios e suas relações nãoagriculturais com a terra como subumanos serviu como razão para a expansão branca. Em 1629, o governador Winthrop de Massachusetts declarou que a maioria da terra na América estava sobre a rubrica legal
do vacuum
domicilium porque os índios não a tinham subjugado, e John Cotton escreveu que “em um solo vago aquele que tomar posse e realizar culturas e benfeitorias nele tem direitos sobre ele.” Esta posição persistiu através do século XIX. O chefe de justiça Marshall em 1823, argumentou que os índios eram bárbaros selvagens cuja ocupação era a guerra e cuja subsistência era dirigida da floresta e além disso a lei que regula as relações entre o conquistador e o conquistado era incapaz de se aplicar a pessoas sob tais circunstâncias. As concessões do Novo Mundo descrevem as reivindicações territoriais abstratamente e geometricamente e, em conjunto com a limpeza conceitual e real das terras dos índios, as linhas geométricas da autoridade
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territorial se tornam uma vassoura para a limpeza do espaço e um mecanismo de manutenção das comunidades territorialmente instituídas. A primeira concessão de Virgínia em 1606 estabelecia jurisdição sobre um território definido pelas linhas de latitude, entre 34 o e 45o ao norte e a mais de 100 milhas da praia. Ele foi usado para estabelecer dois assentamentos em alguma parte no espaço métrico, um entre 34 o e 41o ao norte, e outro a 38 o e 45o ao norte. Cada um tinha uma reivindicação para os recursos a 50 milhas ao norte
e ao sul e a 100 milhas ao oeste. Estas reivindicações foram
elaboradas e estendidas na segunda (1609) e terceira (161-12) concessões. A terceira estendeu as reivindicações marítimas para 300 léguas, mas nenhuma continha detalhes sobre como os territórios seriam subdivididos adiante. No dia 3 de Fevereiro de 1618, a companhia deu à colônia autoridade para conceder incorporações e em 1619 os procedimentos da primeira assembléia de Virgínia menciona que os representantes foram de cada incorporação e plantação. No dia 24 de agosto de 1621, as ordenanças de Virgínia estabeleceram uma assembléia geral baseada na representação da burguesia de cada uma cidade, de cem ou de outras plantações em particular. Assim no início de 1618, e certamente em 1621, uma colônia contendo somente umas poucas milhares de pessoas estabelecia subdivisões territoriais para representações políticas. Em 1634, a assembléia geral criou a forma de condado do governo local e assim uma organização territorial hierárquica foi instituída. As concessões de Virgínia usavam fronteiras métricas abstratas, mas não elaboraram o tipo de subdivisões territoriais. As primeiras concessões das colônias subsequentes eram para serem feitas e na ocasião descreviam procedimentos para uma representação real. Na realidade, elas aparentavam freqüentemente ter uma filosofia flexível e até mesmo experimental para a Territorialidade subdividindo o espaço. A concessão de 1629-30 para Sir Robert Heath definiu seus domínios como: Todo aquele território ou trilha de terra, situado e estando dentro dos domínios da América, se estendendo do final norte das ilhas Lucke, que ficavam nos mares da Virgínia, e dentro de seis e trinta graus da latitude norte para o oeste
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até os mares do sul, e então para o sul até o rio St. Matthias, que bordeava a costa da Flórida, e dentro de um e trinta graus da latitude norte, e então para oeste numa linha direta até o mar do sul já citado acima. Isto deu a ele poderes plenos para transformar vilas em municípios, e municípios em cidades para os méritos dos habitantes e a conveniência dos lugares com privilégios e imunidades condizentes para serem erguidas e incorporadas, e fazer todo o resto diferente e singular, baseado nas primícias que parecerem mais convenientes para ele ou para eles. Uma declaração e proposta do proprietário de terra da Carolina, em 1663, artigo 4, contém estipulações para unidades sub-territoriais e para representações de área. Ela declara que: Nós devemos dar poderes a maior parte dos proprietários livres ou a seus deputados ou representantes para serem escolhidos entre eles mesmos; dois de cada tribo, divisão ou paróquia, de maneira que todos concordem, para fazer suas próprias leis, com a orientação e o consentimento do governador e do conselho. A concessão da Ilha Rhode, em 1663, (suas fronteiras foram estabelecidas em concessões prévias), cobra aquela assembléia geral edifique e estabeleça lugares e cortes de jurisdição e prescreva, limite e distinga os números e ligações de todos os lugares, vilarejos ou cidades. A concessão da província de Maine, em 1639, permite a incorporação das cidades, municípios e lugarejos com todas as liberdades e coisas pertencentes aos mesmos e concede pleno poder e autoridade para dividir toda e qualquer parte dos territórios aqui concedidos, em províncias, condados, cidades, lugarejos, centenas ou paróquias em outras partes ou porções. Se estabelecendo em todas ou em cada uma delas, para apontar ou lotear tais porções de terras para usos públicos. A concessão de Nova Cesárea ou New Jersey, em 1664, criou uma assembléia geral
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para estabelecer taxas iguais dentro dos vários recintos, centenas, paróquias, feudos ou qualquer outra divisão que seja feita e estabelecida na dita província. E para dividir tal província em centenas, paróquias, tribos ou divisões que eles acharem adequadas, e que tal representação deve ser baseada nas divisões dessas áreas. Na Constituição Fundamental da província de New Jersey do Leste, em 1683, são encontradas filosofias geográficas até mais flexíveis para representação. A representação para o grande conselho é destacada, mas sem pontos específicos porque as unidades territoriais não estão fixadas ainda em número e tipo: Considerando que até o presente não há tantas cidades construídas como poderia ter, nem províncias divididas em condados como deveriam estar divididas, e que consequentemente nenhuma divisão certa pode ser feita de quantos devem ser escolhidos de cada cidade e condado; embora até o presente quatro e vinte serão escolhidos para as oito cidades e oito e quarenta para o condado. A concessão para William Penn, em 1681, é notavelmente métrica. Ela deu a ele toda terra ligada ao leste pelo Rio Delaware, a partir de 12 milhas de distância ao norte da cidade de New Castle até os graus três e quarenta da Latitude Norte, e a partir da nascente do rio citado, as ligações ao leste são determinadas por uma linha meridiana, a ser desenhada da nascente do rio citado, até os graus três e quarenta. As terras citadas se estende a oeste cinco graus na longitude, a serem consideradas nas fronteiras leste citadas; e as terras citadas a serem ligadas ao norte pelo começo da latitude norte de três e quarenta graus, e no sul por um circulo desenhado a 12 milhas de distância da parte norte e oeste de New Castle até o começo da latitude de quarenta graus ao norte, e então por uma linha reta a oeste até o limite da longitude acima citada. Dentro deste domínio Penn recebeu o poder absoluto para dividir o dito país em cidades, centenas e condados, e para promover e incorporar
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cidades em municípios e municípios em grandes cidades. Penn tentou fazer isto em seu elaborado trabalho “Diretrizes do Governo” (1682-96 e 1701) que continha esquema detalhados de unidades sub-territoriais. Os planos de 1669 para a Carolina foram talvez os mais fantásticos e elaborados esquemas para o parcelamento territorial hierárquico. Supostamente ele era pra ter sido delineado por Locke, mas nunca foi totalmente colocado em prática. A extensão para a qual a hierarquia é estipulada pode ser vista a partir da primeira de muitas regras com relação às subdivisões das terras: Toda província deve ser dividida em condados, formando quadrados; cada condado deve consistir de oito senhorios, oito baronatos e quatro recintos; e cada recinto deve consistir de seis colônias. Cada senhorio, baronato e colônia deve consistir de doze mil acres. Tal que estabelecendo e plantando nas terras, o balanço do governo pode ser preservado. Estas
concessões
oferecem
evidências
para
atitudes
experimentais e abstratas com reação ao território e a comunidade em uma larga escala geográfica. O que pode ser dito sobre as atitudes em relação a comunidade e a terra a um nível mais local? Embora a resposta seja complexa, aqui também nós encontraremos evidências para uma concepção mais abstrata progressivamente de espaço. Embora as concessões primárias contivessem várias características feudais, o tipo de título de terra que a maioria geralmente estipulava foi modelado após o título de terra de Greenwich Leste no condado de Kent. (As concessões de terra em Maryland e Pensilvânia foram modeladas após o título de terra no bispado de Durham que foi muito parecido com o de Kentish). As características gerais dos títulos de Kentish, ou títulos de terras livres ou comuns como eles eram chamados, eram que: 1. A terra era partida livremente em porções iguais entre os herdeiros homens desde que não houvesse primogênito na descendência de propriedade em Kent. 2. Os homens de Kent poderiam livremente vender ou dar suas terras e poderiam acionar a justiça pelos mesmos motivos na corte do Rei, mesmo
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contra os seus lordes. 3. Os procedimentos da corte eram mais diretos e menos incômodos do que em qualquer outra parte. E 4. Todos os homens de Kent nasciam livre; a vilania era desconhecida em Kent. Conceder terra conforme a prática em Kent significava que o sistema menos complicado feudamente de títulos de terra seria praticado nas colônias da América do Norte. Este tipo de propriedade de terra foi o melhor encontrado para as relações comerciais especulativas envolvendo uma população móvel, comprando e vendendo terras inexploradas e concebendo-a como parcelas do espaço quantificáveis e valiosas. Assim esses sistema de terras descomplicado encorajou uma concepção abstrata do lugar, os primeiros colonos tinham que vir e conhecer a terra e queriam fincar raízes. Mas o conhecimento geográfico era limitado, especialmente porquê haviam poucos deles e a terra era muito vasta. Algum grau de conhecimento é mostrado nas primeiras reivindicações de terra para os condados, cidades e para a propriedade de terra privada. As reivindicações de terra geralmente mencionavam as características naturais tal como a costa, um rio, um riacho ou uma colina. Freqüentemente nomes índios para os locais e descrições foram incluídas nas primeiras reivindicações européias de terra. Por exemplo, a porção de terra comprada dos índios em 1636 por William Pychon descreve a propriedade em Springfield como o solo e o muckeosquittaj or madows, accomsick, no outro lado de Guana; e todo o solo em muckeosquittaj no lado de Agaam, exceto Cottinackeesh ou o solo que agora está plantado. E todo o solo no lado leste do Rio Quinnecticot, alcançando a quatro ou cinco milhas de extensão ao norte do final de Masaksicke até o Rio Chickuppe. Um indivíduo viria conhecer os conteúdos da sua fazenda e de alguma coisa da sua própria cidade, mas a vastidão da terra e a escassez dos seus habitantes europeus tornou improvável que ele conhecesse bem a área adjacente que existiria até a próxima cidade. Assim, a formação das cidades era geralmente irregular, deixando em aberto, espaços não reclamados. Até que no século XVIII, Massachusetts requereu que os assentamentos fossem
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contínuo para facilitar a proteção dos colonos durante as rebeliões índias. E mesmo se área fosse diretamente adjacente àquela que estava sendo assentada, isto ainda não significava que aqueles que estavam sendo assentados a conhecessem em primeira mão. A terra era geralmente colocada a disposição antes que ela fosse pesquisada. Isto ocorreu até 1715, quando Massachusetts fez o seu primeiro esforço concentrado para prospectar as terras antes de colocá-las a disposição, neste caso as terras entre os rios Connecticut e Merrimac. As prospecções neste período descreviam a terra nos termos mais superficiais, em parte porque elas estavam se tornando abstratas e geométricas. O aumento na precisão espacial ocorreu no meio do século XVIII ao descrever-se a terra em termos de retangulações ou distâncias simples e direções a partir de um único ponto que era geralmente conhecido às custas da menção das suas características físicas locais e história. Por exemplo, o tipo de detalhe físico e cultural, embora modesto, contido no acordo de 1636 com William Pychon (acima) está ausente em um mesmo ato do século XVIII de um mesmo município que transferiu os direitos a duas cidades definidas abstratamente como o conteúdo total de seis milhas em largura e sete milhas em extensão e as cidades a serem situadas em uma forma regular no canto sudoeste do dito trato de terra começando no canto nordeste de uma nova cidade chamada e conhecida pelo nome de New Framingham e a partir daí indo até o norte e o leste para incluir as duas cidades acima descritas e colocá-las em uma forma regular conforme dito acima.
A América do Norte e a Irlanda. Uma breve comparação dos processos na América do Norte com aqueles acompanhando a colonização inglesa da Irlanda (que foi outra área grande da expansão inglesa além-mar naquela época) ilustra quanto mais abstratas foram as reivindicações territoriais norte-americanas, e quanto mais vazia a terra parecia. O inglês tinha invadido a Irlanda no século XII desde ai tinha feito reivindicações de um tipo ou de outro sobre a terra irlandesa. O conhecimento sobre os costume irlandeses e Geografia estava disponível para
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os ingleses e embora alguns irlandeses não fossem agricultores eles todos eram cristão, embora para os ingleses Protestantes após o reinado de Henrique VIII talvez do tipo errado. De fato eles eram cristãos por mais tempo do que os ingleses. O longo conhecimento e o contato da Inglaterra com a Irlanda, e sua aceitação invejável dos irlandeses como humanos e cristãos, adicionava detalhes específicos e geralmente significativos para a imagem inglesa da terra irlandesa que era impossível conceituadamente de se apagar. Esta familiaridade tornou difícil para os ingleses pensarem a Irlanda como um espaço vazio que podia ser geometricamente subdividido em unidades territoriais, isto é visto nos graus com que os mapas as prospecções e os planos das plantações inglesas na Irlanda se conformavam com o contexto irlandês rico preexistente. Os ingleses prospectaram as terras irlandesas antes que eles empregassem maiores esforços na colonização nos séculos XVI e XVII. Estes, bem como os registros dos atos de propriedade, apontam para o grau na qual as plantações inglesas eram enxertadas nas propriedades irlandesas preexistentes. Os planos geralmente incluíam a disseminação dos irlandeses dentro das plantações inglesas. Por exemplo, o decreto inglês precedendo as ordens de 1608 com relação a fundação para a plantação de terras confiscadas nos Estados de Ulster na parte quatro diz que “os usuários dessas terras seriam de vários tipos. 1. Ingleses e Escoceses que quisessem plantar suas porções com inquilinos ingleses e escoceses. 2. Pessoas que estivessem servindo na Irlanda que pudessem pegar inquilinos ingleses ou irlandeses a sua escolha e 3. Nativos desses condados, que deviam ser proprietários livres.” Então a prospecção da terra se dá de condado a condado. Para prevenir a necessidade de futuras prospecções, havia a estipulação de que medidas de terras preexistentes e unidades deveriam der usadas: nas palavras do decreto para evitar confusão e o trabalho de se medir o condado inteiro outra vez, cada ballyboe (unidade irlandesa de área) deve ter os mesmo laços e quantidade que são conhecidos, estabelecidos e usados na época da
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partida do Traidor Tyrone. Instruções posteriores sobre a conformação aos usos da terra preexistente são encontradas nas “Ordens e condições a serem observadas pelos usuários sobre a distribuição e plantação das terras confiscadas no Ulster” (de uma cópia impressa em 1608), e nos “Artigos para instruções de quais devem ser os comissários apontados para as plantações da Irlanda.” Estes, por exemplo, expressão a necessidade de se ser cuidadoso em distinguir as terras confiscadas das outras terras, e que a divisão de terra dentro dos condados deve reconhecer os limites antigos das velhas paróquias ou estarem ligados pelos conhecidos Metts e nomes, com a menção particular tanto do número e do nome de cada Ballyboe, Tath, Polle ou Quarto ou recinto similar irlandês de terra, e dar a cada uma porção um nome próprio para ser conhecida. As prospecções inglesas de Ulster em 1618 (dez anos após os planos para o assentamento) ilustram ainda mais o quão detalhado foi o conhecimento para a terra e quanto a população nativa e o conhecimento do passado foi incorporado nos novos assentamentos. Um exemplo típico está na prospecção de Pynnar. Para o condado de Cavan, Pynnar começa com a menção de 3.000 acres possuídos por Sir James Hamilton. Os nomes das principais terras são Keneth, 2.000 acres, e Casbell, 1.000 acres. Pynnar descreve a terra de Casbell da seguinte forma: Sob esta proporção está construído um castelo muito forte e grande de Calcário, chamado de Castelo de Aubignie, com as armas do Rei esculpidas em uma pedra sobre o portão. Este Castelo tem cinco compartimentos de altura, com quatro torres redondas por flanco, o corpo do Castelo tem cinqüenta pés de comprimento, e vinte e oito pés de largura. E há uma junção de um bawne de Calcário no final do Castelo, com oitenta pés quadrados com dois flancos de quinze pés de altura. Ele é muito solidamente construído, e certamente bem trabalhado. Neste castelo ele próprio habita, e mantêm moradia com sua esposa e família. Este castelo é situado no encontro de cinco caminhos, e guarda toda aquela parte do país.
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Ele continua a descrever o número de proprietários ingleses e aldeões na suas terras, os proprietários de terras e suas características, bem como a prospectar as terras loteadas para os servidores e os nativos. Os assentados ingleses na Irlanda podiam saber muito mais do que sabiam aqueles na América do Norte sobre a terra na qual eles estavam sendo assentados. Os mapas, as prospecções e os acordos continuavam a incorporar características detalhadas da terra e o uso da terra irlandesa preexistente com suas práticas e divisões. Além disso, os planos de assentamento tinham a população irlandesa misturada entre a inglesa. Compare isto com as reivindicações abstratas do controle territorial feitas pelas concessões da América do Norte. Aqui uma característica física pode ser mencionada, lá um nome indígena, mas mais o sentido predominante é o da reivindicação e subdivisão de um espaço vazio.
As
definições
sociais
diminuídas
de
um
Território. Na sua fundação, praticamente toda colônia na América do Norte Britânica estava usando formas geométricas abstratas para reclamar a terra, e estavam preparando um meio de subdividir seu território em níveis convenientes e números de unidades sub-territoriais. Até mesmo os subterritórios eram pensados pelos contemporâneos como estando, pelo menos em parte, definindo as relações sociais e são vistos na freqüência com a palavra “conveniência” é usada para justificar o seu estabelecimento. Além disso, a liberdade dada aos colonos para determinar o mais conveniente tipo, nível e número de unidades sub-territoriais sugere também que a relação entre as pessoas e o território é em alguns aspectos como um gigantesco experimento social no uso do espaço, para afetar, organizar e controlar o comportamento. Também acompanhando a criação territorial das unidades sociais estava o sentimento de que estas unidades deviam englobar as entidades
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sociais orgânicas. Mas a vitalidade desta visão foi diminuída conforme o papel do comércio e da mobilidade geográfica aumentou. A batalha perdida para reter um sentido definido socialmente de comunidade em nível local está ilustrada por toda América do Norte, mas também mais fortemente no caso puritano. Os puritanos se estabeleceram na Nova Inglaterra para estabelecer teocracias, e a paróquia desempenhou uma grande parte na definição e organização da comunidade. A cidade de Nova Inglaterra era uma paróquia com autoridade civil outorgada. O caráter dinâmico dos eventos no Novo Mundo foi logo reconhecido pelos colonizadores e foram incorporados na estrutura da Igreja. Em 1648, os puritanos estabeleceram regras nas quais os pregadores e paroquianos poderiam mudar de paróquias. Mas, essas concessões para a mobilidade não foram suficientes sempre para manter a comunidade e a paróquia como uma entidade única. As fronteiras da paróquia, especialmente nas cidades, eram geralmente ignoradas. Igrejas separadas surgiram o que não coincidia com os territórios preexistentes, e algumas denominações não reconheciam as paróquias de maneira alguma. Outros indícios de uma perda da definição social de território pode ser visto no aumento da ênfase sobre as residências como uma definição para a adesão nas comunidades da Nova Inglaterra. Entre as razões para manter a sociedade da Nova Inglaterra fechada estava o desejo de que elas contivessem cidadãos, divisões religiosas compatíveis e que não seriam atrapalhados como eles eram na Inglaterra com o fardo de suportar os pobres. O meio direto de afastar aqueles que eram indesejáveis era criar restrições legais para residência. A terra da cidade pertencia inicialmente aos fundadores e novos moradores tinham que ser aprovados pelos homens da cidade antes que eles pudessem se estabelecer na comunidade e possuir a terra. Isto significava que a cidade se preocuparia somente com aqueles pobres que eram membros da comunidade. Umas das primeiras tentativas registradas de restringir a entrada na Nova Inglaterra é encontrada em uma regra de 1639 para a vila de Sandwich que estabelecia um princípio geral de entrada conforme a seguir: “E
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para melhor realizar os negócios entre eles, é assim ordenado que nenhum homem deve ser admitido como
habitante em Sandwich, ou gozar de
privilégios, sem a provação da Igreja e de Mr. Theo Prence, ou de qualquer um dos assistentes que eles escolherem.” Regras similares foram estabelecidas por outras cidades, mas geralmente era o caso de que se outra cidade garantisse receber de volta os seus imigrantes, então ele poderia ficar por um pouco mais; mas cedo ou tarde ele teria que pedir pela admissão à cidade na qual ele agora residia. Em 1636, a colônia de Plymouth estabeleceu regras para os novos moradores, estipulando que “nenhuma pessoa vindo de outras partes seria permitida como habitante na sua jurisdição sem aprovação do governador e de dois magistrados no mínimo”, e no mesmo ano Boston estabeleceu regulamentos para controlar até mesmo a estadia de convidados ordenando que “nenhum homem da cidade deve abrigar estranhos em suas casa por mais de 14 dias, sem comunicar aqueles que são apontados para ordenar os negócios da cidade.” Para proteger ainda mais a entrada, muitas comunidades estipularam que ninguém era permitido vender terras a estranhos sem aprovação da comunidade. Em uma disputa sobre transações de terra, a cidade de Sudbury, em 1636, afirmou que Richard Fairbanke “tinha vendido a dois estranhos as duas casa no final de Sudbury que eram de William Balstones, contrário a uma ordem anterior, assim a venda deveria ser anulada, e o dito Richard Fairbanke deveria pagar por seu rompimento acima citado.” E em 1657, a corte de Plymouth respondendo as queixas da cidade de Taunton para o efeito que Algumas pessoas sem posses e difamadas se estabeleceram na dita cidade para habitar aqui, não tendo a aprovação de nenhum dos dois magistrados de acordo com uma ordem da corte, e contrários às opiniões dos habitantes. A corte determinou que: 1. nenhuma pessoa será abrigada por qualquer habitante da cidade , ou a pena a ser estabelecida será de vinte shillinges para cada semana que eles abrigarem a pessoa sem a aprovação de cinco homens escolhidos e apontados para ordenar os negócios públicos da cidade; e 2. Da mesma forma é ordenado que, você deve tomar cuidado com os homens da sua cidade, para que nenhuma pessoa ou pessoas da sua cidade vendam,
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deixe de herança ou dêem a casa ou a terra para qualquer pessoa, de modo a trazer pessoas para habitar entre eles, mas que devam ter aprovação de dois magistrados no mínimo de acordo com a ordem antiga da corte, que terão como resposta o desdém se fizerem o contrário. Muitas comunidades adotaram tais restrições na adoção de membros visando controlar o acesso à propriedade da terra e especialmente controlar a elegibilidade para o alívio dos pobres. Mas a maioria das comunidades estavam se tornando maiores, e os estrangeiros entrando nelas estavam aumentando em números. Para manter a ordem e propiciar o serviço social, um critério mais indulgente para
residência era necessário. Um
consenso formado baseado em uma cláusula em uma lei adotada em Plymouth, em 1642, estabelecia que “cada pessoa que vivesse e estivesse estabelecida em qualquer cidade e não fosse contestada no prazo de três meses após a sua chegada neste caso seria declarada como habitante daquele lugar.” “Advertência”, como era chamada, tinha o efeito de mudar para a Territorialidade algumas das definições de adesão de membro da comunidade. Simplesmente estar em um lugar por três meses sem ser encontrado ou sem se tornar um empecilho, permitia a alguém se tornar um membro da comunidade e elegível para o alívio do pobre. O alerta também foi logo adotado por outras comunidades da Nova Inglaterra e foi incorporado em 1672 nos Artigos da Confederação (o Artigo XIII). Mas, a população e a mobilidade geográfica continuavam a crescer até o ponto em que as comunidades não podiam pagar e nem suportar por todos os pobres que entravam e que não eram alertados. Então, o século XVIII viu uma extensão do tempo que uma pessoa deveria residir antes de ser aceita na comunidade e sendo elegível para o alívio do pobre ou melhor dizendo a ajuda para sua sobrevivência. Prolongar o tempo também foi calculado para fazer os governos coloniais, e mais tarde o Estado, se tornarem parte da obrigação da ajuda ao pobre. O Estado só veio a fazer isto no século XIX e isto permitiu que as comunidades locais diminuíssem o tempo para residência. O aumento da população, a mobilidade geográfica e as divergências internas fizeram a Nova Inglaterra parecer mais com as comunidades de conveniência do que com entidades orgânicas; e nos meados
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do século XVIII essas tendências davam mais reconhecimento legal quando as concessões coloniais continham não somente as estipulações para a representação proporcional, mas também pedidos para o repartimento periódico baseado no censo. Isto significava que as entidades territoriais eram oficialmente reconhecidas como moldes convenientes e contingentes e não simplesmente como entidades orgânicas. A representação proporcional foi um importante elemento na filosofia política dos federalistas e uma parte da Constituição. Mas, antes de examinar a evidência do período revolucionário, nós devemos notar que haviam ainda outros usos da Territorialidade na era colonial.
Outros efeitos territoriais. As concessões do territórios eram bases predominantes da organização do governo colonial, mas logo ocorreram assentamentos sem tais concessões. Dois famosos são de Plymouth e de New Haven. É interessante que as colônias não concedidas ou companhias tinham eventualmente que reclamar o território e faziam isto comprando-o de índios (ver notações precedentes de Roger Williams). Enquanto as compras não podiam ser vistas da perspectiva dos índios, os colonizadores acreditavam que o território era necessário e de uma forma que os europeus lhe reconheceriam. As colônias que tinham terras concedidas tinham menos compulsão em se estabelecer com os índios morando dentro da concessão porque, da perspectiva européia, os europeus já a possuíam. A Territorialidade foi o modo preferido de governo e este modo gerou mais território. Formariamente as colônias não-territoriais também tinham que reivindicar terras de si próprias ou eram incorporadas em colônias adjacentes que tinham feito tais reivindicações. O período colonial exibe muito dos efeitos territoriais que nós esperaríamos de uma organização hierárquica emergente. Ele foi usado pelos governos para definir os reinos de controle e as hierarquias de responsabilidade. Mas, ele também teve o efeito inesperado de criar más
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escolhas e abusos. Isto parece não-intencional porque nenhuma evidência clara existe de que a Territorialidade foi usada na época para disfarçar as fontes do poder. Sobre as muitas más escolhas e abusos, um exemplo obscuro com relação a estrutura da paróquia da Nova Inglaterra vale a pena ser descrito simplesmente por causa que seus efeitos eram tão claramente inesperados. Conforme nós notamos, Massachusetts estava preocupada que a paróquia e a autoridade civil deveriam coincidir e que o congressionalismo deveria ser a religião oficial. E o Clero da colônia, originariamente seria querido para ser suportado por contribuições voluntárias dos seus paroquianos. Mas uma vez que as contribuições voluntárias não estavam vindo em quantidade suficiente, em 1650, o governo teve que promulgar taxas para suportar o Clero. As taxas a se pagar ao Clero foram estabelecidas em bases proporcionais. Mesmo aqueles que não eram congressionalistas deviam ser taxados para suportar tanto as funções e eclesiásticas da cidade em 1692 o suporte do Clero da cidade pelas taxas da cidade foi reiterado na concessão dada a William e Mary. Em 1728, exceções a estas taxas foram dadas aos Anabatistas e aos Quakers, e em 1734 aos Batistas. Mas, não haviam exceções para aqueles congressionalistas leais que não queriam suportar a sua igreja particular ou ministro e ainda para aqueles que queriam como congressionalistas. O único jeito que eles tinham de escapar de uma taxa dupla era se converter a uma das religiões existentes para suportar a paróquia daquela igreja. A parte central deste paradoxo é que enquanto o controle territorial ocorria parcialmente bem no estabelecimento formal de domínios de responsabilidade para suportar e para a freqüência da Igreja Congressional, ele não ocorria bem em conter as pessoas que ele intencionava controlar. O sistema territorial colonial teve importantes conseqüências para o governo e para a concepção das comunidades, mas não deve ser esquecido que a intenção primária da colonização era providenciar riqueza para o país-mãe. Dar concessões territoriais ajudava o país-mãe a explorar os recursos do Novo Mundo. Para ajudar com o estímulo da exploração, uma porção significante das primeiras concessões continha uma longa lista de recursos que eram reivindicados dentro do território. Estas listas são
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surpreendentes na luz do fato de que a Territorialidade pode tornar possível estabelecer simplesmente que uma reivindicação estava sendo feita para qualquer coisa de valor dentro das fronteiras da concessão, e assim invocar a vantagem
territorial de classificar por área e não por tipo. Mas, talvez
houvesse a necessidade de lembrar os colonizadores dos itens em demanda e talvez era o costume então nomear o que era de valor ao invés de usar um termo abstrato tal como recurso. Em todo caso, as listas nos lembram que a colonização era uma aventura econômica em uma época em que a Europa estava entrando em uma economia global de comércio. Nomear as coisas de valor a serem tiradas da terra torna claro que a terra era primariamente de valor até aqui uma vez que ela continha os recursos e as comodidades. Mas, as comodidades mudam conforme os mercados mudam. A posse de terra é especulativa em uma economia de mercado. A mudança da natureza das comodidades e suas flutuações nos valores estimula a noção de que o espaço e seus locais uma vez podem ser preenchidos com coisas de valor, e que em outra vez, pode ser esvaziado do valor; aquele espaço é meramente uma moldura na qual as comodidades são locadas; e aquele lugar e eventos estão relacionados
contingentemente.
Esta noção é
reforçada
pelo meio
desembaraçado de possuir a propriedade e pelo sistema métrico abstrato de descrever a propriedade e o território político. Juntos estes apresentam o espaço como um sistema abstrato, conceituadamente e quase sempre realmente esvaziável e preenchível.
O período revolucionário e a expansão para o oeste. No século XVI até o século XVIII - durante os quais a exploração e a colonização da América do Norte aconteceu - foi um período de mudança econômica e política para o resto do mundo ocidental. As nacões-estados estavam sendo forjadas e a maior parte da Europa Ocidental estava se tornando o foco de uma economia global emergente. Não de se surpreender
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que este período também viu o desenvolvimento das importantes novas idéias na política. Filósofos como Hobbes, Locke, Rousseau, Bodin, Montesquieu, e seus contemporâneos realizaram análises sistemáticas da natureza da sociedade e do governo. Eles estavam interessados em que as sociedades realmente eram e como elas podiam ou deveriam ser. Coletivamente seus questionamentos levantaram vários assuntos interrelacionados que tiveram a ver com o desenvolvimento da organização política americana. Entre as questões mais importantes que eles levantaram se referem ao melhor tipo de governo. As maiores escolhas da época eram a monarquia, aristocracia, democracia (direta, por exemplo, sem representantes, ou indireta, por exemplo, com representantes) ou algumas misturas destas. Intimamente ligada com a questão do governo ideal esta a concepção do tipo de sociedade que era ou devia ser governada. Esta comunidade seria dividida em classes sociais e econômicas, caso sim de que tipos? Esta comunidade seria grande ou pequena em tamanho e população? Quais seriam as suas facções sociais predominantes? Cada filosofo descreveu de alguma forma diferentemente as condições do atual e do ideal. Além disso, a maioria pensou que o tipo de governo deveria se combinar com o tipo de sociedade. Haviam teorias medonhas como a de Hobbes, que focalizava primariamente na explicação e justificativa da concentração do poder em um monarca. O poder do soberano era transferido a ele com o consentimento dos seus submissos para prevenilos de perseguir seus próprios interesses e se meterem em conflitos prolongados. A sociedade sem o governo seria um caos. Ela estava em um estado de natureza e permaneceria assim a menos que as pessoas dessem a alguém a autoridade para ser um soberano. Em comparação com este estado de natureza qualquer abuso real do poder empalidece. Os outros viram as relações mais complexas entre a sociedade e o governo. Eles acreditavam que era importante ter os interesses da sociedade representados (organicamente, que é até o século XVIII) e não ter poder demais concentrado em um único ofício. Balancear o poder a temperaria, varia justa e a legitimaria. Havia o específico, mas a consideração
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prática de como a sociedade deveria ser subdivida e representada, e como as divisões territoriais e hierarquias seriam parte do sistema de poder. Alguns até mesmo consideravam como estas partes e suas funções seriam afetadas pelo tamanho e escala da sociedade. Era geralmente afirmado que os Estados grandes com inúmeros povos como na Inglaterra e na França continham mais facções, grupos de interesses ou classes do que os pequenos tais as cidades-estados. Quando a sociedade era grande e continha classes tais como uma aristocracia, um Rei e o povo, seus interesses separados de alguma forma refletiriam no governo; talvez por se ter um monarca voluntariamente delegado para as comunidades de graus de interesses e de independência (conforme Bodin) ou por ser ter mais divisões formais ou constitucionais de poder. Isto significava dividir o poder legislativo entre a aristocracia e o povo enquanto se tinha o poder executivo residindo num monarca (conforme Montesquieu). Outros que viam a sociedade como uma multiplicidade de interesses acreditavam que alguns desses interesses eram localizados no espaço, e que o governo deveria manter um balanço entre as unidades locais. Isto podia ser conseguido através de alguma forma de representação geográfica. Milton e Hume, por exemplo, viram uma divisão de representantes baseada em uma escala geográfica. Eles insistiram com os conselhos locais de cada condado para se referir a questões de interesse comum e o conselho nacional para lidar com o resto. Havia alguns como Rousseau que acreditavam que a comunidade devia ser pequena e desta forma relativamente homogênea com relação aos interesses de classe. Isto varia que o desejo das pessoas se tornasse o interesse do grupo e tornaria possível a democracia pura (a democracia do governo sem representantes) que seria preferível à democracia indireta. Estados que eram grandes em população e área tinham suas vantagens, mas eles não uniformes nos interesses e poderiam não ter democracias verdadeiras.
Os fundadores.
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Estes e outros ramos da teoria política foram selecionados e transformados pelos fundadores para formar novas visões de governo para se encaixar as novas sociedades. Nas véspera de se escrever a Constituição, havia algum consenso sobre os assuntos. Geralmente se acreditava que um largo território político e uma grande população ofereciam algumas vantagens, especialmente nas áreas de relações estrangeiras e de defesa, mas era difícil governar democraticamente. Era pensado que superconcentrações de poder deviam ser evitadas - mas como? Defendia-se que interesses diferentes ou facções da sociedade deviam ser representados - mas quais ele seriam e como? O governo democrático era a melhor forma, mas as suas virtudes seriam alcançadas somente em pequenas comunidades? Além disso, não importava se o governo era ou não misturado ou se o poder estava balanceado, naquele tempo somente dois tipos de estados-territórios eram conhecidos. Por um lado estava o Estado unitário dentro qual as organizações sub-territoriais como condados e cidades derivavam dos seus poderes e muito da existência de uma autoridade nacional ou central, uma existência que poderia ser revogada se o governo central assim escolhesse. No outro lado estavam as confederações formada pela união de autônomos e estados territoriais independentes que renunciavam virtualmente nenhuma autoridade para o governo confederal ou liga. Esta última forma caracterizava as colônias e a sua união durante a Revolução e sobre os artigos da Confederação. Antes de se escrever a Constituição nenhuma posição intermediária clara entre o confederal e o unitário ou a forma nacional era conhecida. O problema primário para os fundadores, então, era encontrar um meio de balancear os interesses e prevenir concentrações de poder para um grande território, democraticamente governado. Uma alternativa para continuar a se ter a confederação com algumas modificações, era a posição favorável pelos anti-federalistas de convenções de ratificação do Estado, muitos dos quais não viam nenhuma solução porque eles acreditavam que nações grandes e populosas não podiam ser verdadeiramente republicanas. Eles argumentavam que uma nação grande tentando ser democrática eventualmente viria a ter uma forma unitária de governo e aqueles que a governassem teriam poder demais e assim seriam uma ameaça para a democracia. Os representantes seriam remotos demais, e
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a representação demais impessoal e aristocrática para ser responsável com o povo, tudo isto aumentaria a probabilidade de que facções fortes tomassem o poder. A separação de funções em níveis nacionais não era o suficiente para checar e balancear. O único de se preservar a liberdade e ainda manter as vantagens do tamanho seria restringir a concentração de poder no topo através de alguma forma de confederação - muito parecida com aquela sobre os artigos da Confederação. A visão oposta (expressa no plano de Virgínia, por exemplo) era a favor de um Estado unitário ou nacional democraticamente através de representação indireta. Ela defendia que a única forma de manter as vantagens de tamanho era o Estado renunciar a soberania para uma autoridade central. Para prevenir a supercentralização do poder, as funções do governo (legislativo, executivo e judicial) deveriam estar separadas em ramos e proporcionariam checagem e balanços uma sobre a outra. O solo comum para ambas posições era o desejo partilhado por um governo democrático, seu medo por uma superconcentração do poder dentro da hierarquia e sua visão de que a sociedade americana não continha ou não deveria conter uma classe aristocrática. A oposição ao plano unitário não veio somente do desejo dos anti-federalistas ou confederalistas de ter o Estado retendo a soberania porque eles já eram entidades existentes com interesses, mas de uma suspeita genuína de democracia indireta em organizações de larga escala e uma preocupação de que o perigo de se concentrar o poder não seria diminuído somente por se dividir as funções. O compromisso de posição profundo e revolucionário veio primariamente de uns poucos federalistas. Eles afirmavam que era errado acreditar que a democracia florescia primariamente em pequenos territórios. Eles argumentavam que pequenas sociedades, ao contrário da crença convencional, eram mais propícias a serem divididas em facções e tirânicas do que as maiores. Madison em particular via a sociedade americana como composta de facções; algumas como a de manufatura, agricultura, a rica e a pobre, eram prováveis de durar muito tempo, enquanto outras eram mais efêmeras. Mais importante, facções ou classes não correspondiam
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necessariamente ou não corresponderiam a entidades territoriais. As partições territoriais eram de algum modo como moldes impessoais para um sistema geográfico fluido. Conforme Madison descreveu, “estas classes (dentro de uma área) entendem muito menos de interesses e negócios de cada um do que homens da mesma classe habitando distritos diferentes.” Quanto maior a escala da sociedade, maiores as chances de que nenhuma facção pudesse controlar o governo enquanto o contrário era verdade, para as menores escalas. Não eram os grandes mas os pequenos Estados que ameaçavam a democracia. Ter-se grandes áreas e muitos cidadãos por representante, precisamente porquê isto aumentava a impersonalidade, dava aos representantes alguma liberdade dos interesses provinciais e faccionais. A concentração e o poder das facções podia ser reduzido mais dando-se a eles vários caminhos ou escapes para checar e balancear a influência um do outro. A Territorialidade era um meio essencial de providenciar tais balanços para eles e para o governo em geral. Uma vez que os territórios não coincidiam com a distribuições das facções, com a representação territorial e com a definição territorial das constituintes, isto em diferentes escalas, entre outras coisas, fragmentaria as facções. Par Madison, “dividir e controlar o inegável axioma da tirania, é, sobre certas circunstâncias, a única política na qual uma república pode ser administrada sobre princípios justos.” Embora não fosse um membro da Convenção Constitucional, Jefferson defendeu visões sobre o território que foram sentidas na Convenção e após. Ele acreditava que os americanos dividiam interesses comuns como numa economia agrária e que a democracia podia operar somente através da participação direta nos menores níveis possíveis. Ele estavam especialmente concentrado sobre a má escolha do território e responsabilidade. Para Jefferson, teria sido ideal se maiores níveis territoriais tivessem sido dados somente àquelas funções que não poderiam ser endereçadas pelas unidades menores. Para os Estados Unidos, isto significava que quase todos os assuntos seriam locais ou do estado, exceto os assuntos de defesa e estrangeiros.
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Não é pela consolidação, ou concentração de poderes, mas por sua distribuição que o bom governo é efetivado . Este grande país ainda não foi dividido em Estados, esta divisão deve ser feita, cada um deve fazer por si mesmo o que se refere a si diretamente, e que pode ser feito pode ser feito muito melhor do que por uma autoridade distante. Cada Estado novamente está dividido em condados, cada um para tomar conta do que está dentro das suas fronteiras locais; cada condado está dividido em cidades ou vilas, para administrar os seus detalhes mais minuciosos; e cada vila está dividida em fazendas, para serem governadas cada uma por seu proprietário individual. Nós temos sido dirigidos de Washington para quando plantar, e quando colher, em breve será a mesma coisa quando quisermos pão. As visões de Madison eram aquelas para prevalecer na Constituição e sue entendimento da sociedade americana seria o mais profético. Além disso, a consideração detalhada de Jefferson da hierarquia territorial propiciou o molde usado para organizar os novos territórios dos Estados. Suas propostas forma incorporadas na ordenação do nordeste e na prospecção de terras, e sua imagem de autoridade local e independência estava para servir como um impulso para uma visão mais realística de um governo forte centralizado e de uma sociedade de facções.
A Constituição. A primeira destilação das idéias dos fundadores sobre o governo americano está na Constituição dos Estados Unidos. Este documento usa o território para definir as constituintes para diferentes partes de um governo. A versão sem correções estipulava (no Artigo I, seção 2): que os membros casa seriam escolhido a cada dois anos pelas pessoas de vários Estados e os eleitores em cada Estado deveriam ter qualificações para eleitores dos ramos mais numerosos da Legislatura do Estado. Os representantes devem ser agrupados entre os vários Estados que podem ser incluídos dentro desta união, de acordo com seus respectivos números. A enumeração real deve ser feita dentro de três
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anos após o primeiro encontro do Congresso dos Estados Unidos, e dentro de cada termo subsequente dos dez anos. O Senado seria composto por “dois senadores de cada Estado, escolhidos pela Legislatura” (Artigo I, seção 3). O presidente representando o país todo seria escolhido pelo processo de eleição. “Cada Estado deveria apontar, de uma maneira que a Legislatura deveria dirigir um número de eleitores, igual ao número total se senadores e representantes pelo qual o Estado poderia ser representado no congresso.” O presidente é eleito pelos eleitores através de um sistema complexo de votação e contagem. (O processo foi corrigido em 25 de setembro de 1804, no Artigo XII). A compreensão de que estas unidades de representação não eram inteiramente unidades orgânicas, mas eram pelo menos em parte jurisdições convenientes para populações móveis está demonstrada pela provisão para representação proporcional que deve ser ajustada a cada dez anos de acordo com os resultados do censo nacional. A representação proporcional e as regras para o reagrupamento começaram a ser incorporadas no governo colonial nas vésperas da revolução, e em 1780 todas as colônias originais elegeram suas câmaras por voto popular direto e a maioria tinha requerimentos distritais severos para equalizar os distritos de voto. O sistema americano de governo estabelecido entre 1776 e 1789 pode ter sido a conceber as suas sub-unidades, os Estados, como territórios genéricos - todos parecido em sua forma e lugar no governo. O nome de nenhum Estado aparece dentro da Constituição. Embora um Estado possa ter mais representantes do que outro, isto pode mudar novamente conforme a população muda. Tratar os Estados como iguais torna mais simples para os novos Estados serem admitidos. Os sentidos que os territórios servem como moldes convenientes e eles são eles mesmos sujeitos da mudança está construído no processo constitucional para adicionar novos Estados. Mesmo as fronteiras e os números dos Estados existentes podem mudar. O Artigo IV, seção 3, afirma que:
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Novos Estados podem ser admitidos pelo Congresso nessa união: mas nenhum novo Estado será formado ou erigido dentro da jurisdição de qualquer outro Estado; e nenhum outro Estado será forçado a se unir a dois ou mais Estados, ou a partes de Estados, sem o consentimento das Legislaturas dos Estados referentes bem como do Congresso. Não há estipulações constitucionais com relação aos números dos novos Estados nem as provisões dos seus tamanhos. A Constituição estabelece simplesmente que: “O Congresso terá poder para dispor de e fazer todas as mudanças necessárias e regulamentações com respeito ao território ou a outra propriedade pertencendo aos Estados Unidos.” (Artigo IV, seção 3) “e garantir a cada Estado na União uma forma republicana de governo.” (Artigo IV, seção 4). Os procedimentos gerais para entalhar novos Estados no oeste americano foram delimitados na Ordenância Nordeste de 1787 passada sob os Artigos da Confederação. Esta Ordenância foi baseada em parte nos planos de Jefferson de 1784 para um governo temporário das terras do oeste cedidas por Virgínia para o Congresso e para sua divisão em Estados para entrarem na União; em parte pela Ordenância de 1785; em parte pelos reportes do comitê do dia 10 de Maio de 1786, dia 19 de Setembro de 1786 e 26 de Abril de 1787. Estas ordenâncias e relatórios propiciaram duas inovações territoriais. Primeiro, os territórios no Noroeste eram esperados para serem divididos de acordo com as linhas paralelas a eles de longitude e latitude, e estas formariam os componentes das fronteiras dos Estados quando viáveis e as fronteiras para praticamente todos os condados, cidades e parcelas privadas de terra. Este sistema retangular de prospecção de terra foi usado subseqüentemente através de muitas partes do oeste. Segundo, o território Noroeste eventualmente era composto entre dois e cinco estados. O número exato no final dependeria do número de assentamentos na região (Jefferson, entretanto, tinha planos diferentes sobre o número e a locação dos Estados, ver figura 1.2). Isto significava que não somente as populações estavam nestes territórios para mudar, mas o números exato de estados e suas fronteiras eram negociáveis. Formar novos estados envolveria uma interrelação dinâmica entre as pessoas e a terra. Uma vez que as fronteiras
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dos estados fossem criadas, um estado precisaria de 60.000 habitantes livres para para ser admitid admitido o na Confed Confedera eração ção.. Quando Quando a Constit Constituiç uição ão substi substituiu tuiu os Artigos da confederação, a Ordenância do noroeste foi completada e adotada pelo pelo Cong Congre ress sso o na Orde Ordenâ nânc ncia ia de 1787 1787.. Para Para form formar ar novo novoss esta estado doss se seguiria seguiria geralm geralment ente e os proced procedime imento ntoss descrit descritos os nas ordenâ ordenância nciass prévia prévias. s. Suas fronteiras dependeriam em parte da distribuição da população. Eram ente entend ndido idoss que que as fronte fronteira irass dos dos esta estado doss já admi admitid tidos os na Uniã União o ainda ainda pode poderia riam m ser ser muda mudada das, s, mas mas some soment nte e de acord acordo o com com os proc proced edim imen ento toss descritos no Artigo IV, seção 3, na Constituição. Todos os estados tinham auto autorid ridad ade e para para subd subdiv ividi idirr e altera alterarr os seus seus terri territór tórios ios dent dentro ro das das suas suas fronteiras, assim continuava em uma escala geográfica menor às dinâmicas entre as pessoas e o território. O poder para subdividir a área em unidades convenientes de ‘condados, cidades, vilarejos, castelos, feudos etc.’ conforme estipulado nas primeiras concessões, tinham se tornado agora o poder dos camponeses para reivindicarem, e dos legisladores para criarem, unidades políticas de estados em condados ou cidades, e para dispor da seções e quartos de seções da terra; e a maioria destas unidades serão dispostas corretamente em territórios geométricos. Este era um sistema bem adequado para aqueles tempos. A América do início do século XIX continha uma economia comercial rapida rapidamen mente te cresce crescendo ndo,, com com uma uma base base industri industrial al em desenv desenvolvi olvimen mento. to. A popula população ção estav estava a cresce crescendo ndo atravé atravéss de aument aumento o natura naturall e especi especialm alment ente e através da imigração, e o país tinha vastas terras ao seu dispor. Vender a terra imedia imediatam tament ente e aumen aumentari taria a as divisas divisas para para o governo governo federa federall e em longo período aumentaria a base industrial e comercial da economia. Uma economia come comerc rcia iall e indu indust stri rial al em cres cresci cime ment nto o requ requer er libe liberd rdad ade e de mobi mobililida dade de geográfica tanto para o trabalho quanto para o capital. O capital deve ser permitido de ser investido em diferentes locais, oferecendo diferentes misturas de materiais, trabalho e de suporte de governo, enquanto o trabalho deve ser móvel o suficiente para seguir os investimentos do capital. Isto significa que deve haver um único conjunto de leis regulamentando as atividades comerciais sobre o país todo; leis uniformes para banco, crédito, dinheiro e etc. Isto significa que a propriedade na terra deve ser facilmente comprada e vendida. E isto isto tamb também ém sign signifi ifica ca que que as comu comunid nidad ades es polít política icass de cida cidade dess para para
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cond condad ados os e esta estado dos, s, deve devem m esta estarr pron pronta tass para para acom acomod odar ar o capit capital al e o trabalho, para oferecer a eles leis, escolas, polícia e proteção militar e outros serviços básicos, e isto deve ser feito sem se impor restrições na mobilidade futura ou nas suas conexões com outros locais. Estas unidades territoriais podem diferir em contextos culturais, no grau em que elas encorajam o capital ou o trabalho, mas elas não podem diferir no ponto onde elas obstruem a mobil mobilida idade de de dois dois.. As cond condiç içõe õess geog geográf ráfic icas as esta estabe belec lecida idass nas nas leis leis e ordenâ ordenância nciass para para subdiv subdividir idir territór territórios, ios, para para admitir admitir novos novos estado estadoss e para para prospe prospecta ctarr e subdiv subdividir idir a terra terra oferec oferecera eram m uma uma hierarq hierarquia uia indefinid indefinidame amente nte expan expansív sível el e subdiv subdividív idível el de unidade unidadess territor territoriais iais polític políticas, as, cada cada uma com alguma economia, mas todas dentro de um sistema unificado. Uma vez que essas promulgações legislativas providenciavam os containners geográficos para uma população em movimento em uma economia economia dinâmica, elas próprias não definiam o balanço entre uma autonomia local e a integração nacional, entre os interesses do fazendeiro local, do trabalhador, do mercador e do industrialista. As políticas nos níveis nacional, do estado e local reunia reuniam m diferent diferentes es interes interesses ses em diferent diferentes es regiões regiões,, e estas estas mudav mudavam am o tempo todo. Além disso, em virtude de más escolhas e abusos, as formas territor territoriais iais criava criavam m proble problemas mas para para coorde coordenar; nar; proble problemas mas que atrapa atrapalha lham m qualq qualque uerr orga organiz nizaç ação ão terri territor torial ial hierár hierárqu quica ica.. Feliz Felizme ment nte, e, a Cons Constit tituiç uição ão ofer oferec ecia ia orien orientaç tação ão a resp respeit eito o dest deste e aspe aspect ctos os do esta estado do e das das relaç relaçõe õess federais. Em adição as numerações de poderes dado ao governo federal e a afirmação no Artigo X de que “Os poderes não delegados para os Estados Unidos pela Constituição, nem proibidos pelos estados, são reservados para os estados respectivamente ou para as pessoas,” duas partes da Constituição tivera tiveram m um gran grande de impac impacto to em defin definir ir as interr interrela elaçõ ções es entre entre os níve níveis is territoriais. Primeiro, é o Artigo I, seção 8, começando com a afirmação de que “O Congresso, deve oferecer, para o bem estar dos Estados Unidos” e entã então o enum enumer eran ando do os pode podere res, s, e daí daí conc conclui luindo ndo com com a fras frase e no últim último o parágrafo na seção 8, de que o Congresso deve “fazer todas as leis que forem necessárias e próprias para levar à execução os poderes já citados.” Os conservadores ou os construcionistas rígidos interpretam a última frase bem
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limitadamente, enquanto os liberais interpretam-na amplamente. Emprestando algum peso à última interpretação está o número federalista 31, explicam do porquê o poder do governo federal não pode ser absolutamente definido e limitado. Segu Segund ndo, o, entr entre e os pode poderes res enum enumer erad ados os no Artig Artigo o I, está está a cláusula do comércio interestados (seção 8, cláusula 3) afirmando que “O Congresso deve ter poder para regular o comércio com as nações estrangeiras e entr entre e os vário árioss esta estado dos” s” que, que, em conj conjun unto to com com outr outras as auto autori rida dade dess constitucionais, tem sido usado como um meio de limitar os podres do estado e dos dos gove governo rnoss locais locais,, para para esta estabel belec ecer er leis leis que que de algum alguma a rest restrin ringe gem m os movi movime ment ntos os das das pess pessoa oass e do capit capital. al. Dado Dadoss os requ requeri erime ment ntos os de uma uma econ econom omia ia come comerc rcia iall dinâ dinâmi mica ca,, pare parece ce inev inevititáv ável el que que esta estass prov provis isõe õess constitucionais seriam eventualmente interpretadas e usadas para aumentar a integr integraç ação ão naci naciona onall limit limitan ando do a auto autono nomia mia loca local.l. Isto Isto não não foi foi claram claramen ente te antecipado até mesmo por aqueles entre os fundadores que viram o futuro dos Estados Unidos repousar no comércio e na indústria. Madison e Hamilton expressaram preocupação que apesar do balanço de poderes oferecido pela Constituição havia ainda uma grande chance para o balanço oscilando em favor dos estados. De acordo com Hamilton Sempre será mais fácil para os governos dos estados passar dos limites das autori autoridad dades es nacion nacionais ais do que o governo governo nacion nacional al passar passar dos limite limitess das autoridades dos estados. Porque um homem justo está mais ligado à sua famí famílilia a do que que à sua sua viz vizinha inhanç nça, a, e à sua sua viz vizinha inhanç nça a a mais mais do que que à comunidade ao largo, as pessoas de cada estado deveriam estar aptas para sentir um preconceito maior em relação aos seus governos locais do que em relação ao governo da União. Os usos para o qual a Territorialidade foi colocada foi colocada no período colonial foram repetidos ainda mais intensamente no tempo da Revo Revolu luçã ção; o; espe especi cial alme ment nte e aque aquele less que que a ver ver com com o esva esvazi ziam amen ento to e preenchimento conceitual dos espaços, com a definição das relações sociais territor territorialm ialment ente e e a organi organizaçã zação o de hierarqu hierarquias ias comple complexa xa.. Os fundad fundadore oress assu assumir miram am que que o seu seu gove govern rno o teria teria um sist sistem ema a terri territor torial ial hierá hierárq rquic uico. o. O
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problema era evitar suas armadilhas e usar isto para vantagem. Para alguns, a maior preocupação era a tendência para a Territorialidade em diferentes níveis da hierarquia em criar diferenças diferenças no conhecimento conhecimento e responsabilidade responsabilidade,, dando àqueles que tinham acesso ao topo maiores poderes do que àqueles mais abai abaixo xo.. Uma Uma vez vez que que tais tais difere diferenç nças as exis existia tiam m até até mesm mesmo o nas nas mais mais bem bem intencionadas sociedades, eles poderiam corromper aqueles no poder e limitar as liberdades dos cidadãos comuns. As eleições democráticas poderiam não ser o suficiente para restringi-las porque o tamanho do país e seu número de cidadãos tornavam a representação remota e impessoal. Também, havia a preocupação de que as responsabilidades seriam dadas aos níveis errados do governo. Estas más escolhas do poder e responsabilidade criariam injustiças e ineficiências. Nem todos viram o potencial da Territorialidade para englobar o conhecimento e a responsabilidade primariamente em uma luz negativa. Os federa federalista listass acredi acreditav tavam am que a distânc distância ia dos repres represent entant antes es no nível nível local local seria um benefício. Isto dava ao representante uma perspectiva mais alta e o faria faria menos menos suscet suscetíve ívell às pressõ pressões es faccion faccionais. ais. Os federal federalista istass achava achavam m o principal meio de assegurar a liberdade era remover as responsabilidades do nível local, que estava misturado com as facções, e dar o poder ao governo federal. É claro, que até mesmo os proponentes de um governo nacional mais fort forte e conc concor orda dava vam m com com os anti anti-fe -fede dera ralilist stas as na nece necess ssid idad ade e de sere serem m cautelosos com a concentração demais de poder. É nesta maneira com que a preocupação preocupação foi conduzida conduzida territorialmente territorialmente que nós encontramos encontramos uma grande e orig origin inal al cont contri ribu buiç ição ão - o uso uso do efei efeito to da Terri Territo tori rial alid idad ade e de divi dividi dirr e conquistar para checar e balancear as concentrações do poder. A filosofia era original na sua concepção e nos seus detalhes. Desta forma dividir e conquistar ou checar e balancear o poder tinha que ser a vantagem de alguns grupos em relação a outros, aqueles que eram para ser chec checad ados os e bala balanc ncea eado doss nunc nunca a foi foi uma uma ques questã tão o de cons consen enso so entre entre os fundadores. Alguns viam que os grupos deviam ser divididos em facções, mas outr outros os recon reconhec heciam iam que que os esta estado doss e o gove governo rno fede federal ral (e aque aqueles les que que controlavam eles) eram os poderes a serem checados e balanceados. O papel da Territorialidade foi, entretanto, entendido e apreciado. A Territorialidade
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ofer oferec eceu eu um inst instru rume ment nto o vers versáti átill para para o cont control role, e, um que que não não prec precis isav ava a enum enumer erar ar os indiv indivídu íduos os e grup grupos os a sere serem m englo engloba bado dos. s. Não Não prec precisa isand ndo o identificar o que está sendo controlado, e ainda dando poder aos territórios com com vári vários os grau grauss de auto autori rida dade de e perm permititin indo do a sua sua mult multip iplilica caçã ção, o, isto isto significava significava conceber o território no abstrato como um meio de definir e moldar as relações sociais. Novamente, nós devemos alertar que a nossa discussão tem enfatizado o uso dos efeitos mais modernos da Territorialidade. Estes não remo remove vem m os velh velhos os,, mas mas ao invé invéss diss disso o se mist mistur uram am com com eles eles.. Nós Nós encont encontram ramos os neste neste período período,, como como també também m nos períod períodos os prévios prévios,, esforç esforços os concentrados para manter a relação entre as pessoas e o lugar íntima; para criar o sentido de que a comunidade é mais do que uma conveniência. O final do século XVIII e o começo do século XIX, a vida americana estava cheia de patriotismo nacional e de amor pela terra. Este período cultivou uma paixão pelas pelas fronte fronteiras iras da Améri América ca e geralm geralment ente e coloca colocava va a Améri América ca como como uma sociedade enraizada na terra. Logo se viu que o manifesto do destino da América era ocupar o continente de mar a mar. A lealdade ao lugar estava dirigida também à região, ao estado e à comunidade local. Haviam novos ingleses e sulista, vermontes e virginianos. Apesar das formas mecânicas abstratas abstratas de assentamen assentamento to empregad empregadas as nas ordenâncias ordenâncias do noroeste, noroeste, e a rápida ocupação geográfica desta área, muitos dos primeiros colonizadores ainda esperavam criar unidades orgânicas fechadas. Em Ohio, por exemplo, inicialmente se praticou a regra da Nova Inglaterra de chamado, mas logo os requisitos para residência tiveram que ser relaxados para acomodar com as realidades da mobilidade geográfica. Ainda o sentido de que as pessoas e os lugares devem ser mais do que relacionados continuamente permaneceu um importante importante componen componente te nas expectat expectativas ivas da América América sobre a comunidade comunidade.. Mas Mas as expec expectat tativa ivass eram eram difíceis difíceis de ser alcanç alcançada adass em uma uma socieda sociedade de dinâmica. As pessoas gradativamente se conscientizaram da tensão entre a necessidade de se mover e o desejo de ficar. Criar raízes se tornou um ideal em oposição a não criar raízes.
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Perspectivas sobre os efeitos territoriais do século XX. O desenvolvimento do sistema político americano do século XIX é instrutivo nos usos territoriais. A secessão do sul propicia uma ilustração dramática das complexidades da Territorialidade. A Guerra Civil merece uma consideração cuidadosa de uma perspectiva territorial, mas não será explorada aqui porque, a longo prazo, ela não alterou apreciavelmente a direção das relações intergovernamentais apontadas nesta última seção. O sistema político americano no século XIX continuava a se estabelecer em cima de dois dos três efeitos territoriais modernos enfatizados até agora, são eles: esvaziar o espaço conceituadamente e usar a Territorialidade para criar relações impessoais nas estruturas burocráticas complexas. O perfil geral pode ser visto na continuação dos assentamentos no oeste; a remoção dos índios para as reservas; o aumento no número de estados e municípios e de distritos com propósitos especiais; o aumento na hierarquia governamental e burocracia; e especialmente a centralização do poder no governo federal e seus ramos executivos. Estas tendências territoriais modernas, entretanto, tiveram de alguma forma manifestações diferentes no século XX. A fronteira foi oficialmente finda como uma área contínua em 1890; os espaços vazios literais da América foram preenchidos. Assim, a expansão e intensificação do Capitalismo fez
os
efeitos
territoriais
modernos
de
espaço
vazio
conceituadamente e de burocracia impessoal serem ainda mais uma parte integrante do ambiente geográfico. Um crescente sistema financeiro interconectado estava penetrando em cada faceta da vida. Para manter a economia crescendo mais mercadorias tinham que ser produzidas e novos tipos de produtos tinham que ser inventados. Produzir comodidades incluía não somente coisas físicas para consumo, mas estender os serviços de todos os tipos e até mesmo ter mais facilidade de lazer.
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Tudo podia ser uma comunidade. Cada produto tinha uma variedade de formas e os produtores dirigiam a sua atenção crescente para a propaganda e o marketing para assegurar que os consumidores desejariam o produto e veriam-no como uma forma diferente dos outros que eram quase idênticos. Conforme os números e tipos de produtos se multiplicavam, o aumento da atenção para a propaganda e o marketing deu aos negócios um grau de controle sobre o consumo e permitiu ser sincronizado com a produção. A penetração crescente do mercado foi tanto causada quanto ajudada pela tecnologia e pelas inovações da comunicação. A mobilidade geográfica do capital, do trabalho e da comunicação explodiram. Do ponto de vista econômico, isto o efeito de fazer os lugares e o espaço se parecerem ainda mais com as comodidades, e de moldar a sociedade em massas que eram simultaneamente produtores e consumidores. Embora parte de uma massa abstrata, as pessoas ainda se diferem em suas características e nas suas conexões sociais. Da perpectiva econômica estas diferenças eram usadas para definir mercados para os produtos, e os novos produtos eram provocar a mudança de grupos, subgrupos e até mesmo de indivíduos. Embora nós possuíssemos as características de idade, sexo, etnia, e embora nós possuíssemos laços familiares e ocupações, nosso lugar dentro dessas categorias era mais dinâmico do que nunca, e através das comodidades nós consumiríamos, bem como os efeitos que nós esperaríamos que elas produzissem, nos estaríamos continuamente nos apresentando como novos indivíduos, como pertencendo a novos grupos e associações. Mas, tanto a nossa posição geográfica quanto as nossas identidades (ou imagens) se tornariam mutáveis. Nós nos veríamos mais e mais como agentes potencialmente livres e independentes escolhendo o nosso próprio local , a nossa própria ocupação e o nosso padrão de consumo. É este estado alto de individualismo e mobilidade na sociedade massa que constitui o contexto significante para examinar os usos da Territorialidade no século XX. O primeiro dos dois efeitos modernos - o espaço esvaziável e as relações impessoais - são claramente evidentes na América moderna. Embora os Estados Unidos esteja literalmente preenchido quando comparado aos seus
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usos da terra nos séculos anteriores, o aumento da mobilidade geográfica e a contínua modificação do lugar torna o significado econômico-público do espaço mais e mais um sistema métrico de localidades e distâncias, ao qual os eventos estão conectados contingentemente. Dentro deste contexto, os territórios políticos continuam a ser moldes convenientes para trânsito do trabalho e do capital. Eles são moldes que podem ser conceituadamente esvaziáveis e preenchidos, e estas hierarquias da Territorialidade que definiam as comunidades reforçam as relações impessoais. Além disso, a multiplicação das hierarquias territoriais e seu cada vez mais importante papel na organização das relações sociais aumentou a concentração do poder nos níveis mais altos do governo federal. Isto ajudou a aumentar a burocratização do governo e aumentou o poder dos ramos federais. Os teóricos do espectro político completo provavelmente concordariam, se a questão tivesse sido apresentada a eles, de que os efeitos territoriais de esvaziar o espaço conceituadamente e de aumentar a impersonalidade e a burocracia intensificaram neste século. E exatamente quais são os índices e o que eles significam, dependeria de que filosofia política alguém está usando. Ao invés de considerar como os conservadores e os radicais poderiam traçar os detalhes das relações históricas entre o território, o governo e a sociedade nos últimos oitenta anos da história americana, nós tomaremos uma filosofia geral mais breve e apontaremos como as perspectivas teóricas de cada um levará a avaliações diferentes do processo em geral. Em termos de teoria da Territorialidade isto significa que as diferentes filosofia políticas enfatizaram especialmente as partes diferentes dos grupos “fechados” ou efeitos, e vai interpretá-los diferentemente. Os economistas mais políticos podem concordar que tem havido uma elaboração contínua dos dois primeiros efeitos modernos da Territorialidade - esvaziamento do espaço conceituadamente e o avanço da impersonalidade e burocracia. Mas, a maioria dos economistas políticos descordariam sobre a importância que eles atribuem a eles, e eles descordariam especialmente no papel que eles atribuem ao terceiro efeito territorial moderno - usar o território para camuflar as fontes do poder. Para ilustrar estas diferenças na avaliação da Territorialidade do Capitalismo no
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século XX, nós examinaremos como elementos diferentes do espectro político - chamados neo-Smithianos, neo-Keynesianos e neo-Marxistas (nomeados após os três economistas políticos influentes, Smith, Keynes e Marx) conduziriam quatro questões interrelacionadas no desenvolvimento do território político americano se essas questões fossem expostas por eles. As questões são: Porque alguns processos políticos são territoriais; porque eles ocorrem em escalas territoriais diferentes; porque há uma tendência para concentração em uma maior escala, por exemplo, a nacional; e porque tem havido tanto uma multiplicação em números de estado e níveis locais e também um aumento na uniformidade entre eles. Os nomes neo-Smithianos, neo-Marxistas e neo-Keynesianos podem ser mais precisos e serem menos pensados do que são os nomes conservador, liberal e radical. Eles são ainda imprecisos. Quando nós nos referimos a um neo-Smithiano, por exemplo, nós estamos discutindo sobre um indivíduo que provavelmente não concordaria com todas as posições de Smith. A teoria do valor do trabalho, por exemplo, não seria defendida por qualquer contemporâneo de Smith. Um indivíduo, é claro, pode assumir posições que são Smithiana, Keynesiana e Marxista. Estas questões serão exploradas dentro do contexto americano, mas elas podem ser reconhecidas por Smithianos, Keynesianos e Marxistas conforme elas se aplicam em parte para outros sistemas capitalistas. Isto significa que as nossa filosofia para estas questões e a nossa revisão das posições da política de direita, de centro e de esquerda são em parte teóricas, se referindo ao geral das relações que pode ser esperado entre o governo e a economia nas sociedades capitalistas, e em parte específica para o contexto americano com seus costumes, leis e provisões constitucionais para delegar responsabilidades a diferentes níveis e ramos do governo. Estas quatro questões relatadas serão apresentadas primeiro dos lados neo-Smithianos e neo-Keynesianos e então da perpectiva do neo-Marxista.
Porque o território?
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Os neo-Smithianos vêem o governo no Capitalismo como desempenhando o papel do juiz no sistema de mercado Capitalista. Governo limpa o campo para o jogo do Capitalismo e se certifica que os jogadores obedeçam as regras. Os neo-Smithianos vêem o mecanismo do mercado conforme Adam Smith via. Cada indivíduo possuiria seu próprio auto-interesse e através da mão invisível do mercado viria o avanço de tudo. Assim, os neoSmithianos percebem que o sistema de mercado não pode providenciar tudo. Ele necessita ter o campo limpo e as regras do jogo reforçadas. Em termos econômicos modernos isso significa que há certas mercadorias ou serviços chamadas de mercadorias públicas que somente o governo pode oferecer. Os neo-Keynesianos concordam que o governo deve providenciar mercadorias públicas, mas a posição extrema dos neo-Smithianos confina o governo exclusivamente a este papel. “As mercadorias públicas puras” estão aproximadamente nos serviços, tais como a defesa da lei e nacional. Para uma mercadoria pública ser pura ela necessita possuir três características: 1. Primeiro ela é uma reunião de suprimentos. Isto significa que o suprimento de uma particular quantidade para qualquer pessoa não diminui a possibilidade de suprir a mesma quantidade de mercadoria ao mesmo preço para qualquer outro. 2. Segundo é a impossibilidade de exclusão (não há exclusividade). Esta característica tem duas partes: a. Significa que o suprimento para qualquer pessoa evita a mercadoria de ser inacessível para qualquer outra pessoa que deseja ter acesso a ela. b. Significa que as pessoas que não paguem pela mercadoria ou serviço não podem ser excluídas dos seus benefícios ou dores. Isto geralmente se referia ao problema da livre escolha. O outro lado do problema da livre escolha é a tendência para as pessoas em “camuflarem” suas preferências para este tipo de mercadoria. 3. Terceiro é a impossibilidade de rejeição: isto significa que uma vez que o serviço é empregado ele deve ser completamente e igualmente consumido por todo, mesmo aqueles que não desejavam .
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Um bem público é impuro quando uma ou todas estas características não são cumpridas. As características 2 e 3 constituem uma externalidade do bem público. Isto significa que aquelas pessoas que não querem o bem ou aquelas que não, ou aquelas que não revelam as suas preferências porque elas esperam-na de qualquer forma, ainda serão afetados por sua provisão. As externalidades podem ser positivas ou negativas. Um caso trivial de uma externalidade negativa (mas não de um bem público puro) pode surgir se você comprar uma camisa berrante e a veste no escritório. Eu comprei a camisa porque eu gostei dela, e a loja vendeu-a pra mim porque eles queriam fazer um lucro. A loja e eu - as duas partes da troca - ficamos satisfeitos. Mas quando eu visto a camisa, as pessoas podem se ofender. E se elas se ofendem, elas seriam afetadas pelo produto, embora elas não fizessem parte dessa negociação, e o desconforto de cada não diminui o desconforto dos outros. Para o neo-Smithianos, o papel do governo seria limitar as externalidades negativas em massa e propiciar positivas. A principal razão porque isso recai sobre o governo é que oferecer mercadorias públicas puras para um grande número de pessoas requer uma enorme quantidade de dinheiro. As companhias privadas também não teriam suficiente capital ou poderia não esperar receber um retorno adequado sobre o investimento, se eles sozinhos tivessem que oferecer o bem. Especificamente, por causa da não-exclusividade, é racional (por exemplo, no interesse de cada pessoa) e não voluntário contribuir para oferta deste bem (por exemplo, comprá-lo) porque a longo prazo ele seria oferecido de qualquer forma. A não participação de um indivíduo seria racional mesmo quando o bem é impuro, se benefícios suficientes viessem para ele, uma vez que o bem se torna disponível e sua falta de participação não afetaria apreciavelmente a probabilidade da sua provisão. Esta racionalidade da não-participação é geralmente citada como um problema na lógica da ação coletiva. Isto significa que ela pode parecer estar no alto interesse de um indivíduo em não participar de grupos grandes, que se tornam após até mesmo um bem público impuro, porque as conseqüências do seu esforço individual seria pequena e a sua não-participação pouparia tempo e ou dinheiro dele e dificilmente seria sentida
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a falta falta dela, dela, enquan enquanto to a partici participaçã pação o dos outros indivíd indivíduos uos assegu assegurari raria a a prov provis isão ão do bem. bem. Claro Claro que que isto isto é um proble problema ma porq porque ue se todo todo mund mundo o pensasse da mesma forma ninguém participaria voluntariamente. voluntar iamente. Para a maior maior parte, para assegurar a provisão provisão dos bem públicos públicos era preciso que houvesse algum tipo de coerção ou incentivo adicional para cooperação. Em alguns casos isto seria conseguido através da distribuição de algu algum m bem bem priv privad ado o some somen nte para para aque aquele less que que cont contri ribu buís ísse sem. m. Mais ais freqüentemente cabe ao Estado “coagir” as pessoas a contribuírem ou para assegurar a uma participação. Os neo-Smithianos e os neo-Keynesianos podem concordar que alguns bens públicos se aproximam (se é que não alcançam) à pureza e que o Estado precisa ajudar a providenciá-los. Eles discordam sobre a freqüência que isto ocorre e sobre o grau de ajuda. Isto em si explicaria o papel do governo no Capitalismo senão o seu aumento no tamanho e as suas funções. Mas o nosso primeiro problema é focalizar sobre porque o papel do governo é territorial. Ainda concentrados na falha dos lugares de mercado como justificativas para o governo, nós achamos que o papel do governo em providenciar mercadorias públicas territorialmente pode ser explicado de duas maneiras. Primeiro, sabe-se que as externalidades tendem a ser contíguas no espaço geográfico. Mas esta adjacência no espaço é mais provável como sendo resultado do fato de que as mercadorias públicas são providenciadas territorialmente. A segunda razão é consequentemente mais fundamental. Ela aleg alega a que que as merc mercad ador oria iass públ públic icas as são são prov provid iden enci ciad adas as por por unid unidad ades es territor territoriais iais políticas, políticas, porque porque elas podem podem arrecada arrecadarr taxas taxas
para para suportá suportá-las -las
enquanto tentam conter ou excluir as externalidades e os mercadores livres. As razões para a Territorialidade Territoria lidade dos bens públicos é, então, a razão para a Territor Territorialid ialidade ade das unidades unidades política políticas. s. Isto Isto oferec oferece e um meio meio de definir definir e moldar uma comunidade.
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Níveis de territórios. Para os quase puros bens públicos como a justiça e a defesa, o território seria a nação-estado. Mas, em muitos casos os bens públicos podem ser entregues mais efetivamente se a nação estiver dividida em unidades administrativas locais. Pode ser mais eficiente em um país grande ter muitas cortes federais dispersas geograficamente, cada uma com sua própria área de jurisdição, do que ter todos os julgamentos realizados em um lugar. A lógica por por trás trás de esta estabe belec lecer er este estess e outro outross tipos tipos de distri distritos tos para para prop propós ósito itoss administrativos ou especiais conduz à possibilidade de organizar o governo, simp simple lesm smen ente te por por dele delegar gar resp respon onsa sabil bilida idades des.. Pura Purame ment nte e nas nas base basess da efic eficiê iênc ncia ia,, pode poderi ria a ser ser argu argume ment ntad ados os que que os dife difere rent ntes es bens bens públ públic icos os tend tender eram am a ser ser ofer oferec ecido idoss mais mais efici eficient entem emen ente te em esca escala lass geog geográf ráfica icass diferentes. diferentes. (Em termos termos técnicos eles teriam economias economias diferentes de escala e diferentes alcances e limites). Levando em conta somente isto, e deixando de lado o fato de que os Estados Unidos, por exemplo, tem as fileiras do governo já colocadas e protegidas pela Constituição Federal e do Estado, poderia ser defe defend ndido ido que que uma uma form forma a efici eficien ente te de prov provisã isão o seria seria de ter ter juris jurisdiç diçõe õess e propósitos separadas ou unidas para cada bem público. Assim poderia haver um distrito de polícia, um distrito de bombeiros, um distrito de costura, um distrito escolar e etc. Esta lógica de proliferação, entretanto, é logo exaurida. Muitos serviços não completamente independentes um do outro e pode podem m se bene benefic ficiar iar dividi dividindo ndo as fron fronte teira irass com com os serv serviç iços os que que pode podem m teori teorica came ment nte e ter ter algu alguma mass esca escala lass geog geográf ráfica icass difere diferente ntes. s. A prote proteçã ção o de incêndio complementa a proteção da polícia, e ambos podem ajudar o distrito da escola. Além disso, isto pode ocasionar, de termos todos dividindo as fronteiras em um distrito com multi-propósitos. Além disso, a existência de muitos distritos com propósitos especiais tornaria mais difícil para manter a responsabilidade dos servidores públicos. Assim a vantagem de se proliferar os distritos com único propósito deve ser comparada contra as vantagens de diminuir o número através da consolidação. Simplesmente então, por uma questão de eficiência, um estado unitário terá que ter várias escalas territoriais para dispensar os bens públicos nacionais. Muita cosia permanece em aberto.
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No caso dos Estados Unidos, a Constituição garantiu que os níveis menores na forma dos governos dos estados existiriam e que estes teriam poder para taxar, para eleger oficiais e para dispensar os seus próprios bens públicos locais. Os estados por sua vez podem subdividir suas unidades e delegar poderes a elas se eles desejarem. Como uma federação, os Estados Unidos contém contém uma hierarquia territorial política pela lei bem como pela conveniência conveniência econômica. Mas, a união das duas não é sempre suave. Ofe Oferece recerr
ben bens
públi úblico cos, s, gera gerallment mente e
em
vária áriass
esc escalas alas
geográficas, é o coração do domínio concedido ao governo pela economia política conservadora. Por si só, e interpretado rigidamente não se oferece muit muito o para para o gove govern rno o faze fazerr exce exceto to supr suprir ir um ambi ambien ente te prop propic icio io para para o Capit Capitali alism smo; o; assi assim m o pape papell limita limitado do que que ele dese desemp mpen enha ha pode pode expa expandi ndir r conforme a economia nacional expande. Deve também ser notado que embora este papel limitado esteja baseado na visão teórica da economia política neoSmithiana, os interesses de negócios reais não tem resistido às provisões do gove governo rno quan quanto to isto isto comb combin inav ava a com com eles. eles. Os neo-K neo-Key eynes nesian ianos os,, claro, claro, conc concor orda dam m que que o gove governo rno prec precisa isa prov provide idenc nciar iar bens bens públi público cos, s, mas mas eles eles também acreditariam que as obrigações do governo devem englobar muito mais mercadorias públicas impuras e que o Capitalismo deve ser assistido pela intervenção das expansões federalmente fundadas.
Aumentando o papel do território nacional. Terr Territitor oria ialid lidad ade e os bens bens públ públic icos os prov provid iden enci ciad ados os por por uma hierarquia de lugares, cada um tentando excluir competidores livres e conter as externalidades, isto geralmente conduz a grande número de problemas causados primariamente pelo fato de que o território nem sempre contém o que se espera dele conter. Na economia, as incontáveis conseqüências de uma ação são chamadas de “spillovers” e estes criam uma maior necessidade por uma coordenação governamental em maior escala. Por exemplo, todos podem concor concordar dar que a provisão de uma educaç educação ão adequada adequada para a nossa juventude é sempre de interesse nacional. Suponha que “x” é o total que tal
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educação custaria por estudante. De acordo com a teoria neo-Smithiana, a educação seria privada exceto para os realmente necessitados, que teriam que que rece recebe berr ajud ajuda a de algu algum m tipo tipo de nív nível gove govern rnam amen enta tall loca local.l. Se a responsabilidad responsabilidade e pela educação do pobre fosse inteiramente deixada deixada na mão das unidades territoriais locais (distritos escolares, ou mesmo de condados e estados) haveria uma tendência para sub-oferecer a educação pública para os pobres. Os fundos seriam derivados de taxas locais, e por um lado áreas pobres achariam achariam difícil difícil senão impossív impossível el assegurar assegurar taxas o suficiente suficiente para alcançar o nível “x”. Pelo outro lado, uma área rica não estaria interessada em pagar pela educação de outras. Uma vez que, eles também estavam pagando pela sua própria educação. Além do mais, se eles que tivessem que pagar por tal educação generosamente ou mesmo adequadamente, eles poderiam atrair mais pessoas pobres para aquele território e aumentar a sua taxa de impostos. O único meio de se ter o pobre sendo ajudado adequadamente seria ter (ou pelo menos parte) do encargo assumido por uma grande unidade territorial política, e isto pode conduzir o governo a um papel maior do que os neoSmithianos desejariam. Ter uma maior organização territorial política engloba e coordena meno menore ress que que pode podem m ser ser o únic único o meio meio de asse assegu gura rarr a coop cooper eraç ação ão e a eficiência entre as unidades locais. A ausência de tal cooperação poderia levar a uma provisão abaixo do esperado dos bens públicos, e sito logo apareceria como uma externalidade negativa nível nacional. A citação a seguir mostra como pode pode ser difícil a cooperação sem a ajuda de uma uma autoridade maior. ... duas duas jurisd jurisdiçõ ições es podem podem ambas ambas invest investir ir juntam juntamente ente em uma facili facilidad dade e pública necessária com o resultado de que a facilidade será oferecida, e qualquer economia de escala conseguida neste investimento tornará as coisas mais mais bara barata tass para para cada cada juri jurissdiçã dição. o. Entr Entret etan anto to,, se uma uma área área inve invest ste e independentemente ela pode conseguir a facilidade, mas a um custo maior. O dilema é que, sem a colusão ou cooperação entre as jurisdições, a ação racional individual de cada governo é investir independentemente. A mesma lógica se aplica também a competição de taxas. Duas jurisdições podem ter ince incent ntiv ivos os forte fortess em aume aumenta ntarr as taxa taxass locai locais, s, mas mas esta esta ação ação toma tomada da inde indepe pend nden ente teme ment nte e por por uma uma juri jurisd sdiç ição ão favo favore rece cerá rá a outr outra a juri jurisd sdiç ição ão
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encorajando a migração. Novamente, sem a colusão, os serviços de cada jurisdição tenderão a se deteriorará ou ambas jurisdições começarão a se individar. Este problema se aplica especialmente com freqüência ao contexto urbano, no qual um grande número de jurisdições se ligam a outras. Assim, se este tipo de problema será ou não incorporado pelo modelo neo-Smithiano é uma questão em aberto. Assim, um meio lógico de referência a ele é envolver unidades territoriais-governamentais de maiores níveis, tais questões bem como outras criadas e agravadas pelo parcelamento territor territorial, ial, seriam seriam funçõe funçõess justifi justificáv cáveis eis de governo governo na filosofi filosofia a política política neoneoKeynes Keynesiana iana.. A visão visão neo-Key neo-Keynes nesiana iana veria veria o governo governo não somen somente te como como oferec oferecedo edorr dos bens público públicoss e como como regulad regulador or e facilitad facilitador or do merca mercado do privado, mas também como engenheiro social e como árbitro dos conflitos entre os grupos. Os neo-Keynesianos veriam muito mais dos problemas da ação ação colet coletiv iva, a, das das exte extern rnali alida dades des,, e spill spillov overs ers cons constit tituin uindo do assu assunt ntos os de interesses nacional. É claro, que os problemas de distribuição geográficas des desigua iguais is dos dos rec recurso ursoss são gera geralm lme ente nte criad riados os ou agra agravvado ados pela ela Terri Territor torial ialida idade de e para para os neo-K neo-Key eyne nesia siano noss este estess assu assunt ntos os se torn tornari ariam am preocupações apropriadas para o Estado. Os neo-Keynesianos mais do que os neo-Smithianos esperariam aumentos no tamanho do governo e os dois atribuiriam isto ao aumento geral na complexidade e na escala da sociedade. Além disso, os dois esperariam que o topo da hierarquia do governo assumisse um papel maior. No caso dos Estados Unidos isto significaria uma mudança no poder dos estados para o governo federal, e dentro de cada nível, do legislativo para o executivo, porque maiores níveis territoriais e ramificações têm acessos a informações maiores e têm distritos eleitorais mais amplos. Os neo-Keynesianos podem desejar esta mudança enquanto os neo-Smithianos podem vê-la somente como um meio para conseguir o acesso justo e distribuição. Uma vez que os estados têm responsabilidad responsabilidades es mais limitadas, limitadas, suas políticas são de curto alcance quando comparadas às nacionais. Os estados e as localidades não podem formular os seus próprios planos sem conhecer o que a política nacional será, enquanto a política nacional raramente leva em consideração os planos da comunidade local.
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Aumento nos números e na uniformidade dos territórios. Até mesmo o papel restrito do governo, visualizado pela teoria neo-Smithiana resultaria em um parcelamento territorial e hierarquia e levaria a uma relação de multiplicação territorial e integração ou uniformidade. A Constituição oferece os fundamentos legais tanto para a proliferação territorial quanto para a uniformidade nos Estados Unidos. Com respeito à multiplicação dos territórios, a Constituição (Artigo IV, Seção 3) espera que novos estados sejam formados e admitidos. Estes deveriam ser regulares com respeito ao governo, uma vez que eles teriam de ser modelados pelas constituições de um dos trezes estados originais. Os níveis e autoridades da jurisdição do subestado seriam deixados para cada estado decidir. Mas, diferente da relação entre os estados e a nação destacada na Constituição Federal, qualquer providência de um estado em se subdividir em jurisdições menores seria uma delegação da autoridade do estado que em qualquer tempo poderia ser alterada ou revogada pelo estado. Apesar de tal descrição nos poderes dos estados há notavelmente pouca variedade nos níveis hierárquicos e funções das subdivisões entre os estados. A maioria dos estados são subdivididos essencialmente em dois níveis governamentais básicos; o condado e a capital ou cidade, embora haja muitos de cada um e também distritos com propósitos especiais que não se encaixam facilmente em nenhum dos dois. A maioria das explicações territoriais de porque há unidades menores, também a explicações da proliferação. Aumentar a complexidade e a especialização resulta na tendência por um parcelamento territorial maior para ajudar a oferecer bens e serviços. A visão neo-Keynesiana é cética, quanto o quão justos e democráticos são os territórios e seus serviços. Os neoKeynesianos apontam para o desbalanço e para as diferenças em riquezas e acessos que caracterizam os territórios. Por exemplo, eles apontam que o rico e não o pobre são aqueles que podem se mudar para locais mais desejáveis.
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Então, neste sentido, somente o rico tem o voto. O capital é mais móvel que o trabalho e uma comunidade que tem feito investimentos públicos em infraestrutura pode ser deixada na mão quando o capital encontra passos mais verdes. Os ricos são mais móveis e sua ausência torna a comunidade ainda mais pobre. Nós vemos esta tendência no trabalho no “vôo branco”, também na situação geral na cidade do interior e na remoção do capital do Cinturão da Neve para o Cinturão do Sol ou para países estrangeiros. A reação neoKeynesiana seria uma simpatia pelo deslocamento e uma crença de que o governo federal tem a responsabilidade de pelo menos facilitar estas transições. O lado oposto da multiplicação dos territórios é o seu aumento na uniformidade. Estas unidades territoriais oferecendo aos cidadãos e aos negócios vantagens através da criação de misturas geográficas diferentes de oportunidades, ainda são parte de um sistema econômico político único e têm sido submetidas a padrões e procedimentos mais uniformes para permitir a mobilidade e a integração das atividades. Com relação a isto, o alcance da autoridade local tem diminuído e a uniformidade de padrões tem aumentado, Novamente, a idéia geral de que o crescimento econômico envolve a diferenciação hierárquica territorial e a integração pode ser usada para explicar a tendência à integração. A teoria neo-Smithiana não tem muito a dizer sobre isto, exceto em fazer apelos pelo menor governo possível e nos níveis mais baixos, enquanto que os grandes negócios e os seus aliados políticos têm geralmente endossado o papel do governo no aumento da uniformidade. Nem a teoria neo-Keynesiana adicionou algo à explicação da uniformidade, além de ver a uniformidade política nacional como um antídoto para as injustiças locais.
As perspectivas neo-Marxistas. A teoria neo-Marxista vê uma relação diferente entre o político e o econômico no Capitalismo e assim também um diferente papel para o território. A teoria marxista não vê a política como um árbitro neutro, permitindo
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às regras de livre empreendimento para operar. A política não é uma unidade autônoma, mas não está ligada de maneira simples ao econômico. Os estado existe para auxiliar os interesses do capital, mas também interfere contra o capital e a favor do trabalho. O capitalismo torna o governo por um lado a sua mão-de-obra e pelo outro o campeão das vítimas do sistema. As relações são complexas por causa da existência de diferentes tipos de capital e trabalho, e por causa dos diferentes níveis de estado que têm diferentes ligações a diferentes seguimentos de cada. Cada vez que o estado age, seja para ajudar uma porção do trabalho ou uma porção do capital, ele altera e até mesmo agrava as tensões entre o trabalho e o capital. A semente do conflito está na exploração do trabalho pelo o capital. Os neoMarxistas concordam que o Estado capitalista oferecer bens públicos, mas a economia na sua capacidade como um oferecedor de bens privados, cria e até mesmo aumenta as tensões e os deslocamentos. Conforme o Capitalismo se desenvolve estes antagonismos potenciais crescem e assim também crescem o papel do governo em endereçar, reprimir ou deslocá-los. Por exemplo, o capital deve ser deixado livre para procurar custos mais baixos. Isto pode significar uma liberdade para se mudar para diferentes locais que oferecem matéria-prima ou custo de trabalho mais baixos. Mas ao se mudar, o capital pode deixar uma comunidade na mão. Também o capital deve constantemente inventar novos produtos e tornar os velhos obsoletos. Edifícios e sistema de transporte e todo o ambiente da construção, são comodidades geralmente comprados como bens públicos com os fundos públicos. O Capitalismo constantemente sujeita estes à obsolescência. A invenção de uma nova forma de transporte pode destruir uma cidade tornando obsoletas as suas velhas formas de capital e de força de trabalho. Contradições como estas envolve o Estado em uma complexa rede de relações entre os seguimentos do trabalho e do capital. Assim, é sempre interesse do capital , senão sempre interesse do estado desviar a atenção do problema fundamental: o conflito entre o trabalho e o capital. Assim não é surpresa de que, da perspectiva marxista, o maior conjunto de efeitos territoriais a se esperar no Capitalismo são aqueles relacionados em obscurecer as fontes do poder e desviar a atenção dos seus propósitos; assim na seguinte discussão da visão marxista do território político nós exploraremos como os marxistas endereçariam estes quatro assuntos
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pertencentes à Territorialidade no século XX da América do Norte, mas enfatizam a sua preocupação de que o território político pode ser ofuscativo. A teoria marxista esperaria que os níveis do governo do Estado tivessem o efeito não somente de suprir os bens públicos em um nível econômico, que no caso dos Estados Unidos significa suprir pelo menos aqueles serviços destacados na Constituição, mas também providenciar ambientes geográficos que reproduzam a cultura e as mentalidades dos diferentes seguimentos da força de trabalho. Viver em uma vizinhança desprevilegiada significa que os serviços públicos que alguém recebe são abaixo da média e que a expectativa de alguém sobre esses serviços pode ser ainda mais baixa. Isto significa que um grupo de pessoas será produzido esperando pagamentos mais baixos e empregos sem expressão. O oposto é caso nos distritos com aluguéis altos e comunidades mais afluentes. Aqui as pessoas crescem recebendo mais e esperando mais. Os governos e as comunidades locais também podem dar às pessoas o sentido de que elas podem participar e dar foz aos seus interesses. Isto pode ser um sentido falso, uma vez que o poder do governo local em afetar mudanças fundamentais é limitado. Este sentido de participação pode servir para legitimar governo enquanto atende um pouco das necessidades do cidadão. E também pode servir às diferentes necessidades do capital. Os negócios se operam em níveis diferentes. Enquanto a telefonia e o telégrafo americano procuram se aliar ao governo federal, as indústrias de construção procuram ajuda através das casas de governos locais. O aumento no número dos territórios governamentais locais pode dividir e fragmentar a consciência da classe trabalhadora. As pessoas podem formar alianças com seus vizinhos e distritos, ao invés de que com suas classes. Além disso, as localidades irão competir entre elas pelos recursos escassos ao invés de se confrontar com os ricos. Assim o território pode desviar a atenção do conflito entre o trabalho e o capital e focalizar em um conflito colocando um distrito contra o outro, a cidade contra o subúrbio, o Cinturão do Sol contra o Cinturão da Neve, ou os trabalhadores da América contra os trabalhadores do México. Mas juntar pequenas unidades políticas
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para formar maiores, como é o caso na forma metropolitana do governo, também pode ser desvantagens para os pobres porque isto pode aumentar os custos da campanha e da propaganda política. Isto dificultaria para o pobre concorrer para um cargo público. A hierarquia territorial permite, no caso da má escolha de poder e responsabilidade, que se possa camuflar mais adiante o uso do poder. É possível possível delegar a unidades locais de governo governo a responsabilidad responsabilidade e de resolver problemas que não são possíveis para elas. A tarefa de prevenir o crime pode ser dada à jurisdição local, embora a incidência do crime esteja diretamente relacionada com o estado da economia, que é uma questão nacional. Delegar erroneamente as responsabilidades para os territórios pode ser uma estratégia para para desc descar arre rega garr as deci decisõ sões es polí polítitica cass impo impopu pula lare res. s. Um pres presid iden ente te conservador pode não querer o bem estar como sendo uma responsabilidade nacional. Dar às comunidades locais a responsabilidade pela assistência aos pobres pode dar a aparência de que alguma coisa está sendo feita para ajudar os pobres, quando de fato o problema é nacional em escopo e em causa. Segu Segund ndo o os marx marxis ista tas, s, a unif unifor ormi mida dade de é mais mais faci facilm lmen ente te alca alcanç nçad ada a em um esta estado do unit unitár ário io,, no qual qual as divi divisõ sões es terr territitor oria iais is são são primariamente devidas a eficiência na administração e na provisão dos bens públicos e serviços. Mas no caso de um sistema federal, os Estados Unidos em particular, os territórios de níveis mais baixos, por exemplo, os estados, são originariamente autônomos e Constitucionalmente retém um significante quad quadro ro de autor utorid idad ades es.. Assi Assim m, neste este caso caso,, alg alguém uém esp esperar eraria ia que a unifo uniform rmid idad ade e foss fosse e mais mais difíc difícilil de ser ser alcan alcança çada da.. Mas Mas as mes mesmas mas forç força a econ econôm ômic icas as que que faze fazem m tais tais unida unidades des e suas suas subd subdivi ivisõ sões es nece necess ssár árias ias e importantes, também requerem que elas não sejam tão diferentes e que de fato elas se tornem mais semelhantes para facilitar o movimento das pessoas, dos bens e do capital. Conforme nós notamos antes, para os Estados Unidos, a base legal para a uniformidade, como para a multiplicidade, pode ser encontrada na Constituição. Constituição. Em adição às implicações implicações constitucionais constitucionais da uniformidade uniformidade entre as Constituições Constituições dos estados estados (Artigo IV, Seção 4) e a asserção asserção constitucional constitucional
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de que que as leis leis naci nacion onai aiss são são as leis leis supr suprem emas as da terr terra a (Art (Artig igo o VI), VI), a Constit Constituiçã uição o tem oferec oferecido ido vários vários mecan mecanism ismos os para para afetar afetar a uniform uniformida idade. de. Existem os poderes enumerados e exclusivos do Congresso (Artigo I, Seção 8) inclui incluind ndo o a auto autorid ridade ade em cunh cunhar ar dinhe dinheiro iro,, regul regular ar o come comerc rcio io entre entre os estados e coletar taxas. Existem restrições explícitas sobre os poderes dos estados e proibições contra o Congresso tratar os estados diferentemente. Por exemplo, existe o direito do impedimento, existe a afirmação de que nenhuma taxa ou imposto deve ser cobrados sobre artigos exportados para qualquer estado (Artigo I, Seção 9) e de que nenhuma preferência será dada por qualquer regulamentação de comércio ou acordo a portos de um estado sobre outros (Artigo I, Seção 9). Existem as restrições específicas sobre sobre os estados no Artigo I, Seção 10. Existem também as provisões de que as jurisdições dos estados não devem interferir com as liberdades civis individuais. Por exemplo: “Os cidadãos de cada estado devem ter todos os privilégios e as imunidades dos cidadãos nos outros estados” (Artigo IV, Seção 2) e a provisão na Emenda XIV de que “Nenhum estado deve forçar ou impor qualquer lei que abolirá os privilégios os as imunidades dos cidadãos dos Estados Unidos. De acordo com Gordon Clark a interpretação pelas cortes desta e de outras provisões tem despojado os governos locais “de qualquer poder que possa significativamente mant manter er as excl exclus usivi ivida dades des e poss possibi ibilid lidad ades es da auto autono nomia mia local local no reino reino econ econôm ômic ico. o. E o pode poderr polí polítitico co e econ econôm ômic ico o tem tem se torn tornad ado o espa espaci cial al e administrativamente centralizado”. Os marxistas enfatizariam que estas e outras bases legais têm sido sido usadas usadas para a vantag vantagem em do capitalis capitalismo. mo. A uniform uniformida idade de permit permite e ao indivíduo indivíduo - como consumidor consumidor e produtor produtor - de ser livre das restrições territoriais locai. locai. A unifo uniform rmida idade de perm permite ite a mobi mobilid lidade ade do capit capital al,, do traba trabalh lho o e dos dos produtos. A importância geral é que os estados originariamente autônomos em muitos aspectos têm se tornado pouco mais do que moldes ou receptáculos para o capital fluido e o trabalho. Este papel passivo dos territórios locais é ideolo ideologic gicam amen ente te just justifi ifica cado do ao gara garanti ntirr a noss nossa a liberd liberdad ade e de esco escolha lha e movimento. Não levou muito tempo para as forças do Capitalismo usarem as prov provis isões ões cons constit tituc ucion ionais ais para para limit limitar ar as difere diferenç nças as geog geográf ráfica icass e para para aume aumen ntar tar
a unif unifo ormid rmida ade naci nacion onal al.. O grau grau no qual qual as conc oncessõ essõe es
cons constit tituc ucion ionais ais têm têm sido sido interp interpret retad adas as em favor favor da cent central raliza izaçã ção o
e da
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uniformidade e o grau ao qual a penetração do Capitalismo tem estendido o significado significado da interconexão interconexão econômica econômica estão ilustrados na interpretação interpretação legal da “Cláusula do Comércio” e no direito do Congresso em imprimir dinheiro. Originalmente a “Cláusula do Comércio” foi pensada para ser aplicada somente sobre o mercado; entretanto, a cláusula rapidamente se tornou aplicável ao movimento de todas as comodidades, do trabalho e até mesmo da da informação entre e dentro dos estados. As transações de negócios, se for mais através da troca de dinheiro e ou comodidades comodidades,, ou tão implícita implícita quanto quanto na s obrigações obrigações de um contrato contrato que afetam as leis de comércio entre os estados, também foram incluídas dentro do escopo da cláusula de concessão de autoridade. Isto também deu ao Congresso o direito de regular o comércio entre os estados. O Congresso pode estabelecer padrões , condições, preços e até mesmo as taxas do comércio. A cláusula dando ao Congresso a autoridade de imprimir dinheiro dinhei ro “tem sido interpretada como se aplicável virtualmente a todos os aspectos de dinheiro e de troca, incluindo a velocidade de circulação do dinheiro, a forma que o dinheiro toma e o pagamento uniforme dos débitos. Esta Esta visõ visões es marx marxis ista tass com com relaç relação ão ao pape papell das das unid unidad ades es terri territo toria riais is sub-n sub-nac acion ionai aiss pode podem m ser ser este estendi ndida dass para para incl incluir uir o pape papell das das nações-estados dentro de uma economia global. Na teoria, as nações-estados, diferentes dos sub-estados, são politicamente autônomas e a despeito dos esforços esforços das Nações Nações Unidas Unidas e das alianças alianças regionais, não existe existe ainda um fede federa ralis lismo mo globa globall ou um conf confed edera eralis lismo mo,, apro aproxi xima mand ndo o até até mesm mesmo o as unidades centralizadas fracamente das treze colônias originais. Entretanto, as ligações econômicas internacionais têm levado a um grau de interdependência e de cooperação que tem tendido ao nível de impedimentos nacionais para uma economia global. As moedas nacionais são fortalecidas, os sistemas de contabilidade são padronizados e os débitos são geralmente honrados, e, embora as tarifas sejam comuns uma interferência excessiva na negociação intern internac acion ional al levará levará a repre represá sália liass e a bloqu bloqueio eioss intern internac acion ionais ais que que são são
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equivalentes a declarações de guerra. Assim. Apesar da ausência de uma autorid autoridade ade política política central central,, uma rede rede econôm econômica ica internac internaciona ionall tem tem surgido surgido obedecendo as regras que ajudam a aumentar a fluidez das mercadorias do capital e a diminuir as diferenças econômicas internacionais. Ainda, este sistema cresce a um grau de diferença geográfica que não interfere com a mobilidade do capital e oferece ao capital misturas vantajosas de oportunidade geográficas. Assim um país pode oferecer taxas mais baixas, um outro salários mais baixos, e um outro estabilidade política e etc. Oferecendo Oferecendo diferentes diferentes pacotes pacotes sócios-econô sócios-econômicos micos,, as nações-esta nações-estados dos então competem para atrair um porção da economia global. Além disso, se as funçõe funçõess das nações nações-es -estad tados os são criar criar pacote pacotess geográ geográfico ficoss diferent diferentes es que contribuem com o capital, então essas funções não podem ser preenchidas a menos que o nacionalismo encuque a lealdade e a ofereça legitimidade para estas unidades unidades territoriais. territoriais. Ao fazer isto, o nacionalismo nacionalismo desvia a atenção atenção do nível global para o nível nacional. Ele desvia a atenção das relações globais entr entre e o capit capital al e o trab trabalh alho o para para ques questõ tões es polít política icass intern internac acion ionais ais e subsubnacionais. Em outras palavras, o nacionalismo usa a Territorialidade para obscurecer o conflito de classe nas maiores escalas geográficas. Aplicando a teoria da Territorialidade Territorial idade para as organizações políticas da América do Norte, tem ajudado a explicar como e porquê as unidades territoriais políticas desenvolveram-se e os efeitos que elas têm tido no processo político americano. americano. Todas essas tendências da teoria podem ser argume argumenta ntadas das como como sendo sendo uma evidên evidência cia no sistem sistema a político político americ americano ano contemporâneo,
mas
novamente
as
combinações
moderna rnas
são
especialmente importantes. Os teóricos político-econômicos de todos os tipos defenderiam que o desenvolvimento da mobilidade de massa geográfica do Capitalismo e a comodificação do lugar tem intensificado o sentido de que o território é esvaziável e preenchível conceituadamente e que o espaço é um sist sistem ema a métr métric ico o abst abstra rato to cont conting ingen ente teme ment nte e relac relacion ionad ado o aos aos event eventos os.. O desenvolvimento das hierarquias dos territórios tem definido as comunidades para conter, conduzir e moldar os processos geograficamente dinâmico; tem também aumentado o efeito da impersonalidade; e, em muitos casos, tem aume aument ntad ado o a buro burocra cratiz tizaç ação ão e a cent central raliz izaç ação ão do pode poder. r. Disc Discord ordân ância ciass
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pode poderi riam am surg surgir ir com com resp respei eito to a aval avalia iaçã ção o dest destes es efei efeito toss e se ou não não Territorialidade Territorialidade é usada pra obscurecer obscurecer as relações relações do poder. O debate sobre essas questões têm tomado a forma de perguntas com relação as razões para a Territorialidade dos bens públicos, os números de territórios e suas escalas geográficas e as razões para concentrar e centralizar a autoridade. O espectro político total assume que o território e os bens públicos estão funcionalmente interconectados porque o território está sendo usado como um mecanismo para para control controlar ar e moldar moldar as exter externali nalidade dades, s, os compe competido tidores res livres, livres, e para para englobar o domínio dos usuários e dos contribuintes. A hierarquia territorial é também também pensada pensada como como sendo inevitável inevitável nos sistemas sistemas políticos capitalistas capitalistas complexos, porque os bens públicos têm diferentes alcances geográficos e porque existe a necessidade de coordenar os spillovers e as más escolhas. Os neo-Sm neo-Smith ithiano ianoss acresc acrescent entam am que a prolifer proliferaçã ação o dos territó territórios rios resulta resulta dos difere diferent ntes es alca alcanc nces es dos dos bens bens públi público coss e tamb também ém de uma uma expre express ssão ão de liberdade da população em escolher e controlar os seus próprios ambientes sociais. A teoria neo-Keynesiana aponta para o perigo que vem do parcelamento territorial. Ela enfatiza as más escolhas entre as jurisdições e como, como, isso aumenta aumenta as diferenças diferenças (uma tendência tendência freqüenteme freqüentemente nte associada associada com o parcelamento territorial) e como o território pode se tornar um fim ao invés de um meio. Mas, os neo-Keynesianos não vêem estas questões como tendo sido criadas e usadas pelo capital para atrapalhar a classe trabalhadora. A posição neo-Marxista estende o criticismo e reformula-o most mostra rand ndo o os efei efeito toss nega negatitivo voss do terr territitór ório io em ser ser de acor acordo do com com os interesses do capital . O território se torna (geralmente inconscientemente) uma ferramenta do rico para explorar as massas. O território ajuda a “dividir e conquis conquistar” tar” o pobre pobre fragme fragmenta ntando ndo-o -o em distritos distritos eleitor eleitorais. ais. Isto Isto desloca desloca a atenção do conflito social para o conflito territorial e isto ajuda a evitar o confrontamento de assuntos socialmente sensíveis. O nível político é uma das duas esferas intimamente ligadas aos usos modernos da Territorialidade. A outra é o local de trabalho. E, conforme nós veremos, veremos, o desenvolvi desenvolvimento mento e as interpretações da Territorialidade Territorialidade nesta
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escala pequena ou micro levanta questões similares àquelas que nós confrontaremos no nível dos territórios políticos. É claro que ambos os níveis da Territorialidade estão conectados.
6. O local de trabalho. Virtualmente cada faceta da vida agora ocorre em um lugar separado e distinto reservado especificamente para aquela atividade. As fábricas têm estações de trabalhos para os trabalhadores da área de estocagem para as ferramentas e suprimentos, escritórios para as secretarias e para o gerenciamento. As escolas têm salas de aulas para diferentes séries e escritórios para os administradores, e a casa tem partições separadas para viver, jantar, recreação e para dormir. As doenças são mantidas nos hospitais com alas e enfermarias para diferentes tipos de doenças e para diferentes necessidades. Os criminosos estão nas prisões contendo celas e blocos de celas para separar as categorias de transgressores. Os insanos estão nos asilos. Os mais velhos estão nas casas de repouso. Nós vamos aos museus para ver grandes trabalhos de arte; para a salas de sinfonia por causa de concertos; para os teatros por causa das peças. As ruas são reservadas somente para movimentação, as lojas são locais de compra de produtos, os parques são locais para recreação e os estádios abrigam esportes organizados. A lista pode ser continuada adicionando tipos de fábricas, escritórios, escolas, casas, prisões, asilos, casas de repouso, museus, casas de sinfonia, teatros, ruas, lojas, parques e estádios. Mas estes são o suficiente para sugerir como a maior parte de nossas atividades - e é claro a maior parte de
nossas
vidas
-
estão
tão
espacialmente
segmentadas
e
compartimentalizadas. Porque esta segmentação espacial surgiu e quais são as suas conseqüências? A resposta é mais claramente vista quando nós agrupamos os processos históricos do período Moderno pelos seus efeitos territoriais.
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O espaço esvaziável e impessoal. Estas tendências na segmentação manifestam intenso e minucioso controle territorial. Para o trabalho ocorrer como ele ocorre em uma fábrica moderna, para o aprendizado ocorrer como ele ocorre em uma escola moderna, significa que o poder legal e social deve ser mantido para excluir todas as outras atividades de um local e para organizar todos os detalhes que servem ao propósito dessas atividades. É em locais especificados para atividades tais como trabalho, recreação, aprendizado e para cura que nós experimentamos a Territorialidade
mais intensamente. Nós estamos tão
acostumados com essas formas penetrantes de segmentação espacial que nós podemos esquecer não somente que essas são unidades territoriais , mas também que elas são novas naquilo. Antes do surgimento do Capitalismo, o trabalho, a educação, a cura e a família eram em maior parte espacialmente interligados. O trabalho geralmente ocorria em casa ou próximo dela para a grande maioria e também a casa era o lugar da instrução. O doente e o mais velho não eram comumente separados fisicamente do resto da comunidade. Os criminosos eram punidos publicamente através da humilhação, da tortura, da mutilação ou da morte; mas eles normalmente não eram confinados a prisões. As ruas das vilas e das cidades continham múltiplas atividades, elas não eram artérias para o transporte. O mercado era realizados nas casas, nas lojas e nos lugares públicos, e o entretenimento ocorria praticamente em qualquer parte. As coisas não eram geograficamente “bonitinhas” e organizadas no mundo pré-moderno. Nada tinha o seu lugar. Uma amostra desta mistura geográfica está representadas nas figuras da época. Uma cena de Hogarth (figura 6.1),
por exemplo, mostra o quão bagunçadas as cidades pré-
industriais eram. Lyn Lofland captura algumas destas intermisturas nas palavras quando ela apresenta o seu “Retrato Composto da Cidade Préindustrial”.
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Imagine você caindo por meio de uma máquina do tempo, no meio de alguma cidade mítica Pré-industrial composta. Você está perplexo, primeiro de tudo, pela grande quantidade de atividades aqui. Mercadores, operando em seus pequenos espaços, espalhando as suas mercadorias na rua. Próximo a eles, uma escola de algum tipo parece estar em aula e você se pergunta como os estudantes podem se concentrar. Um vendedor ambulante está indo em direção de você, gritando as maravilhas de suas mercadorias, e fora do burburinho das ruas, você pode apenas notar os gritos de outros vendedores ambulantes se movendo através das outras ruas. Um homem pára o vendedor e eles começam a negociar sobre o preço de um item. Então você nota que os mercadores mais imóveis também estão envolvidos em tal negociação, algumas de longa duração. Aqui e ali, um encontro inesperado chamou a atenção da multidão e os espectadores se envolveram eles mesmo na interação. Todo mundo está gritando com muitos insultos indo e vindo. Descendo a rua, um pedinte, seus olhos obviamente sem visão, sua face cheia de cicatrizes de queimaduras, ele estende a mão em um gesto de pedido de ajuda. Conforme você passa pelas ruas você nota que elas estão cheias de pedintes. Alguns parecem serem membros de uma ordem religiosa, outros são aleijados ou mutilados, mas muitos parecem não ter nenhuma aflição no corpo. Dentre os pedintes, muitos são crianças; algumas estão com adultos, mas um grande número “trabalha” sozinha. Você vira uma esquina e você fica perplexo com uma visão repulsiva aos seus olhos modernos; um homem foi pregado pelas orelhas em uma porta. Perguntando você descobre, que este é o seu castigo por enganar os seus clientes. Ele é um mercador e ele foi pregado na porta do seu próprio estabelecimento. Agora um grande choro atrai a sua atenção você vira outra esquina e descobre três pessoas, esfarrapadas, sendo conduzidas através das ruas com chicotadas e empurrões. Mais tarde, nos arredores da cidade, você vê o resto de corpos pendurados em grilhões e alguns em algum tipo de gaiola elevada. Um ou dois dos grilhões sustentam corpos inteiros; o resto, pendura somente “pedaços”.
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De volta à cidade, um ator ambulante ou cantor da rua ou contador de história atraiu uma multidão e ele está no meio de uma performance. Em uma praça, você vê um orador público pregando de maneira monótona
absolutamente coisa nenhuma e você fica maravilhado com a
paciência dos seus ouvintes. De repente o pregoeiro da cidade aparece, gritando para todos que passam que um incêndio está acontecendo em tal lugar. Você segue a multidão e, chegando no local, você assiste os cidadãos tentando lutar contra as chamas. Ninguém em especial parece estar encarregado daquilo e os esforços para conter ou para extinguir o fogo parecem sem esperanças. As pessoas estão trazendo coisas das suas casas para ajudar - panelas ou baldes - correndo para o poço com elas e então retornando para jogar águas nas chamas. Tudo é um caos. Eventualmente, após destruir muitos dos edifícios na área onde ele começou, o fogo se extingue por si mesmo. Assistindo as pessoas correrem pela água, você as segue e pára por um momento perto de uma fonte ou de um poço, onde você vê homens e mulheres se banhando, lavando roupas e fofocando. Você vê homens com grandes baldes virem e encherem os seus baldes e então se apressarem para entregar a água nas casas vizinhas. E você vê as mulheres indo com jarros para pegarem a sua própria água. O choque inicial desse lugar estranho começa a passar, você começa a notar coisas que de primeira não atraíram a sua atenção. A imundice total das ruas lhe assombra. Em todo lugar parece haver refugo, lixo e excremento humano e animal. E então você nota que pela primeira vez o grande número de animais nas ruas - porcos comendo lixo, insetos atraídos pelo excremento, cachorros brigando por ossos etc. Há até mesmo animais maiores, cavalos e bois puxando carroças através das ruas tumultuadas e pequenas, e outros animais sendo levados pelo mercado. E por toda parte crianças: brincando nas ruas, correndo para cima e para baixo nos becos apertados; zombando dos aleijados e dos pedintes; cutucando com varas um homem possivelmente retardado que é incapaz de se proteger. Aqui e ali elas são ajuntadas nos jogos por um adulto, e suas sensibilidades modernas são
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despertadas pelas descoberta de que os seres humanos podem achar o sofrimento dos outros tão divertido. Esta bagunça geográfica e social foi característica da maioria das cidades pré-modernas, mas na Europa do norte, e então na América do Norte, uma mudança geográfica maior ocorreu com o surgimento do Capitalismo. O espacial muda do pré-moderno para o moderno neste local ou a micro escala paralela para aquelas de política ou macro. No nível micro nós novamente encontramos o surgimento dos três efeitos territoriais associados com a modernidade: o espaço esvaziável, as relações impessoais-burocráticas, e possibilidade da camuflagem. Desta forma os processos geográficos de ambos os níveis são interligados. Assim as duas exibiram importantes diferenças no desenvolvimento territorial. Uma se refere ao efeito do espaço vazio. No nível macro, um espaço métrico abstrato logo se torna uma parte da consciência geográfica do público. As descobertas do novo permitiram a este sistema de espaço se tornar aplicável a áreas reais, e, através do político, os espaços vazios e os territórios do Novo Mundo puderam ser preenchidos com pessoas e comunidades. Ao nível local ou micro o efeito territorial de um espaço vazio se desenvolveu diferentemente. Ao invés de começar com uma grade espacial abstrata e que poderia caber em um espaço vasto e conceituadamente vazio como o Novo Mundo e então colocando as coisas nele, o nível micro começando com a geralmente tumultuada intermistura de eventos dentro um lugar, teve que ser diminuído, por assim dizer, tal que mais e mais locais se tornaram containner para apenas um tipo de coisa. Quando coisas suficientes foram diminuídas (a despeito do fato de que a diminuição requer uma delineação de mais e mais território), uma estrutura espacial métrica abstrata e esvaziável e preenchível, em um espaço parcelável (ilustrado na Figura 6.2 e 6.3) - surgiram como a forma geográfica destacável. Assim o espaço da política começou como “vazio” e foi “preenchido” enquanto o espaço de trabalho e de lazer foi “reduzido” e então “esvaziado”. Em ambos os níveis nós encontramos uma multiplicação dos territórios e das hierarquias e o efeito territorial de promoção das relações
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impessoais e burocráticas. O próprio espaço abstrato e vazio sentido como frio e impessoal. Assim alguns dos efeitos são experimentados com grande intensidade no nível micro. Aqui o controle territorial pode penetrar em detalhes menores. Um datilógrafo em um escritório não está somente preso a sua estação de trabalho, mas o controle territorial sobre este pequeno lugar especifica até mesmo a orientação física e a inclinação deste corpo. Embora o micro espaço possa parecer frio e impessoal, e neste nível que nós encontramos os esforços mais intensos para humanizar os lugares. O nível micro inclui a casa, que é geralmente o lugar de maior conforto. Nesta escala também são encontradas outras tentativas de estabelecer lugares de aconchego e conforto mesmo nos ambientes mais frios e mais impessoais. Um trabalhador na estação de trabalho ou em uma linha de montagem pode se sentir mais confortável em sua estação usual
do que em outra, e os
prisioneiros podem tentar “humanizar” até mesmo as suas celas das ditas prisões. Aumentar o parcelamento territorial pode significar numa diminuição da especialização e na divisão das atividades. Mas ele também pode apresentar problemas de unificação e integração. Nós podemos conter as coisas sem conhecer o que elas são e nós podemos fragmentar sem recombinar. Estas dificuldades da integração territorial das más escolhas e spillovers podem ter conseqüências extremamente pessoais. Trabalhar em lugar, aprender e jogar em outros, e ir para casa, uma casa na qual compartimentos distintos são separados para jogos, socialização, para comer e dormir pode afetar a nossa habilidade de entender como o nosso dia está interconectado. A segmentação geográfica das nossas próprias atividades pode segmentar o nosso sentido de eu. Como era o caso no nível macro, as transformações territoriais no nível micro têm sido afetadas pelos desenvolvimentos na economia política e na interpretação desses efeitos que dependem novamente da visão de alguém sobre o Capitalismo. Mas, ao invés de três pontos de vistas distintos somente dois pertencem a esta escala; o neo-Smithiano e o neo-Marxista. O tipo de unidade territorial que expressa as diferenças na interpretação mais acuradamente é o lugar de trabalho.
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Interpretações. Os neo-Smithianos abordariam as mudanças no lugar de trabalho da mesma forma que eles abordariam as mudanças na organização política. Eles argumentariam que o surgimento do Capitalismo aumentou a complexidade econômica e a interdependência e particularmente o grau de especialização e divisão do trabalho. Como um processo se torna
mais
complexo, dividindo em tarefas mais simples aumenta a sua eficiência. Mesmo as tarefas simples podem ser realizadas mais efetivamente com a especialização e a divisão do trabalho. Tarefas simples e repetitivas poupam tempo e energia e assim permitem mais para ser produzidos. Poderia se economizar mais adiante se todos os processos pudessem ocorrer próximos um do outro e se possível debaixo do mesmo teto. A especialização e a divisão do trabalho também tornam a interdependência maior, e especificar e coordenar esta interdependência é o trabalho do gerente. Estas interconexões são mais claramente ressaltadas por Adam Smith quando ele descreve a organização do trabalho na famosa produção de pinos: um trabalhador não educado para o seu negócio, nem acostumado com o uso do maquinario empregado nele poderia, escassamente talvez, com o máximo de esforço, fazer um pino por dia, e certamente não poderia fazer vinte. Mas da maneira que este negócio é agora realizado não somente todo negócio é um negócio peculiar, mas está também dividido em um número de filiais, das quais a grande parte são similarmente negócios peculiares. Um homem desenrola o arame, outro o estica e um terceiro o corta, um quarto o aponta e um quinto o prende pelo topo para receber a cabeça; fazer a cabeça requer duas ou três operações distintas; laqueá-lo é um negócio peculiar, e esbranquiçar os pinos é outro; e até mesmo um processo diferente para colocá-los no papel; e um importante negócio de fazer um pino é, desta maneira, divido em cerca de dezoito operações distintas, que em algumas fábricas, são realizadas por mãos distintas, embora em outras o mesmo homem irá às vezes realizar duas ou três delas. Eu tenho visto pequenas fábricas deste tipo onde dez homens somente estão empregados, e onde
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apenas um deles consecutivamente realiza duas ou três operações distintas. Mas embora eles sejam muito pobres, e desta forma mais indiferentemente acostumados como o maquinario necessário, eles podem, quando eles se esforçam, fazer mais de quarenta e oito mil pinos em um dia. Cada pessoa, portanto, fazendo uma décima parte de quarenta e oito mil pinos, pode ser considerada como se fizesse quatro mil e oitocentos pinos por dia. Smith acredita que as lições da manufatura de pinos são generalizáveis. “Em toda arte e manufatura, os efeitos da divisão do trabalho são similares a este pequeno exemplo. A divisão do trabalho até agora como pode ser introduzida, ocasiona, em cada arte, um efeito proporcional dos poderes produtivos do trabalho”. Smith argumenta que as vantagens da divisão do trabalho são devido primariamente a três circunstâncias. Primeira, há um aumento na destreza do trabalhador. Segundo, há “uma economia de tempo que é comumente perdida ao se passar de uma espécie de trabalho para outro”. Terceiro, a divisão do trabalho tem ocasionado a invenção de um número grande de máquinas que facilitam o trabalho possibilitando “um homem a fazer o trabalho de muitos”. Acompanhar a crescente divisão do trabalho chega-se a crescente necessidade de se coordenar as atividades econômicas e colocar as interconectadas mais próximo possíveis. Esta necessidade por si só pode fazer as fábricas, ao invés de pequenas casas e lojas dispersas, a forma espacial mais econômica. Além disso, Smith aponta, que a divisão do trabalho ajuda a aumentar a inventividade tecnológica. O surgimento do Capitalismo viu o surgimento de novos equipamentos. Grandes maquinarios e caros vieram para substituir as ferramentas simples. O maquinario tinha que ser colocado em fábricas. E mais e mais as fábricas surgiram e a competição aumentou, isto tornou ainda mais importante para o capitalista organizar o trabalho dentro da fábrica. A sempre crescente escala de operações e as complexidades das tarefas fez do parcelamento territorial e da hierarquia um componente essencial do trabalho. Os lugares precisavam ser limpos para que o trabalho ocorresse e somente um tipo de atividade poderia ocorrer em cada lugar. Esta
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diminuição territorial das atividades o aumentou com o surgimento de necessidades da tecnologia , complexidade, escala de tempo. É importante não se prender demais ao fato de que os processos ocorre dentro dos contextos das classes econômicas. Um grupo possui as fonte de produção e controla e supervisiona o trabalho, e o outro são simplesmente trabalhadores, vendendo o seu tempo e trabalhando em um maquinario que eles não possuem. Mas de acordo com o Smithiano a relação a longo prazo é justa. Os trabalhadores podem sair para encontrar outros empregos que paguem melhor e os donos ou gerentes podem despedir trabalhadores e contratar mais baratos. Além disso, as categorias “trabalhador”, “gerente” e “proprietário” não são separadas pelas fronteiras imutáveis de classe. Com habilidade e uma boa sorte um trabalhador pode se tornar um gerente ou um proprietário, e com pouca habilidade e má sorte, os proprietários podem perder as suas fortunas. Os trabalhadores mais esforçados trabalham e o gerenciamento mais efetivo se torna na organização do trabalho, o melhor de que todo mundo será. Sob esta luz, o local de trabalho - a fábrica - parece tão necessário quanto o espaço neutro limpo, tal que as atividades essenciais podem ser moldadas e coordenadas para fazer que todo mundo prospere. Mesmo o caráter impessoal das grandes fábricas, as suas hierarquias de unidades territoriais, e suas grandes cadeias de controle, com claras demarcações de responsabilidades, acrescentam algo à eficiência do trabalho. Relações pessoais interfeririam com o objetivo dos negócios e com decisões gerenciais. A circunscrição territorial das tarefas aumenta a distância social entre os trabalhadores e entre eles e a gerência. Isto ajuda a tornar as tarefas mais claras, mais simples, e a facilitar o treinamento e reposição de trabalhadores e gerentes. A figura neo-Smithiana, então, a de uma progressão natural do territorial diminuindo, da especialização, e das relações impessoais para acompanhar o aumento na escala social e econômica, e a complexidade e a divisão do trabalho. Embora o neo-Marxista também reconhecesse o espaço vazio e a impersonalidade e burocracia como efeitos da organização territorial
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moderna no nível micro, eles as explicaria de maneira diferente. Porque ele vê o conflito de classes como a base do Capitalismo que ele naturalmente esperaria encontrar neste conflitos no lugar mais importante do processo econômico - o lugar de trabalho. Para o neo-Marxista, as relações entre o trabalho e o capital são desiguais e opressivas, embora a diferença seja geralmente disfarçada pelo contrato de trabalho. Este dá a aparência de que os trabalhadores são livres para vender o seu trabalho para qualquer capitalista, bem como os capitalistas são livres para contratar o trabalho. Mas na realidade, os Marxistas argumentam, que os trabalhadores deve vender o seu trabalho e eles não capazes de escolher qualquer outro meio mais significante. A fábrica em si não é então um local neutro na qual o trabalho complexo ocorre, mas ao invés disso é um território sobre o controle do capital, para ser usado pelo capital para extrair o valor excedente do trabalho. Isto pode ser feito literalmente mandando embora o trabalhador se ele não trabalhasse por menores salários e por mais horas, ou, como no século XIX, literalmente trancando os trabalhadores na fábrica desde a madrugada até o entardecer. O controle do capital da fábrica permite segmentar o processo de trabalho e restringir o movimento de trabalho dentro da fábrica. Os trabalhadores que tinham conhecimento do processo inteiro logo não vão precisar dele para realizar suas tarefas altamente especializadas e os trabalhadores sem habilidade podem substituir formalmente os trabalhadores com habilidade. A divisão de tarefas territorialmente pode até mesmo criar a ilusão de que há mais para o processo industrial do que realmente existe. Esta ilusão faz os trabalhadores se sentirem inferiores e leva-os a acreditar que eles não podem gerenciar o processo de trabalho sozinhos. Além disso, a divisão territorial isola o trabalhador de outros trabalhadores e o impede de compreender as verdadeiras relações entre o trabalho e o capital. Em outras palavras, a subdivisão territorial e as hierarquias do local de trabalho são usadas pelo capital e pelo gerenciamento para dividir, conquistar e tirar a habilidade da força de trabalho. Finalmente, o neo-Marxista acrescentaria que sobre a luz do efeito real esta divisão territorial tem isolado o trabalhador, e a asserção do capital nesta divisão territorial é uma conseqüência natural e mecânica da complexidade e da tecnologia e aponta o importante papel que
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está sendo desempenhado pelo terceiro efeito territorial moderno - o da camuflagem. Novamente nós devemos ser cuidadosos em deixar claro que esta posições são hipotéticas e que ninguém precisa ser Smithiano ou Marxista para defender alguma ou mesmo todas elas. Mesmo os marxistas ferrenhos podem aceitar algumas posições neo-Smithianas, e vice-versa. Engels, por exemplo, aponta que a especialização e a integração hierárquica foram acompanhamentos naturais da vida tecnológica moderna. Com respeito especialmente à necessidade pela hierarquia ele disse: Se um homem, por meio do seu conhecimento e do seu gênio inventivo, subjugou as forças da natureza, esta se vinga dele subjugando-o, uma vez que ele as emprega para um despotismo real, independente de toda organização social. Querer abolir a autoridade na industria de larga escala é equivalente a querer abolir a própria indústria, a destruir um tear mecânico para retornar a um tear de roda. Estas diferenças na interpretação dos efeitos modernos da Territorialidade são melhor ilustradas através do desenvolvimento do local de trabalho. Mas as relações entre o Capitalismo e o local de trabalho também afetam a natureza de várias outras instituições tais como o asilo, o hospital, a prisão, a escola e o lar. E nestas nós encontramos operando as mesma tendências territoriais bem como a possibilidade de interpretações alternativas dos seus significados. A evolução dessas formas e suas interconexões é algo complexo; dentro do ambiente de trabalho, a hora de mudanças particulares varia de acordo com uma série de fatores o tipo de processo de manufatura, o tipo de grupo de trabalho e papel do governo. Complexidades similares pertencem a outras instituições também. É possível rascunhar as mudanças rudimentares em uma poucas delas comparação para outros estudos.
e estas se firmam como ponto de
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O efeito do trabalho. Os vastos rompimentos sociais acompanhando a dissolução do feudalismo e o surgimento do Capitalismo deixaram a sociedade com uma necessidade por novos tipos de organizações sociais e de controles. Os camponeses sem-terras, os exércitos de vagabundos e o surgimento das populações urbanas forçaram os sistemas convencionais de trabalho, de bemestar e de formas pessoais de autoridade. Haviam vastos seguimentos das populações que estavam em “transição” - que não se encaixavam às categorias sociais convencionais. Uma reação significante a estas pressões foi empregar geograficamente para isolar e conter os desajustes sociais ou os desvios. Ninguém contribuiu mais para o entendimento deste importante processo do que Foucault. Nos seus trabalhos ele vê que os modernos hospitais, asilos, casas de pobre e prisões têm raízes comuns nas tentativas dos séculos XVI e XVII de se isolar fisicamente os números crescentes e os tipos de desabrigados sociais. Foucault chamou o século XVII do início de um grande confinamento e, de acordo com ele , “o que tornou este confinamento necessário foi o imperativo do trabalho”. Categorizar os desvio tão acuradamente como nós fazemos agora, tal que nós distinguimos entre doenças físicas e doenças mentais, entre aqueles que não podem se manter por causa de deficiências sociais, deficiêncais físicas, deficiêncais mentais e entre aqueles que se mantém apenas através do crime, isto tudo levou vários séculos para ser alcançados. A visão do século XVI e do XVII era mais rude: aqueles que nós separaríamos em diferentes categorias e os colocaríamos em diferentes instituições - o criminoso, o pobre e o mentalmente doente - eram geralmente colocados juntos na mesma instituição cruel de confinamento. Confinar pessoas diversas juntas em geral em condições de superlotação e sub-sanitárias imediatamente apresentou a necessidade por uma tipologia de desvios que ajudara a subdividir e a separar fisicamente os confinados. Tal que eles poderiam ser mais efetivamente controlados. O problema precisava que a organização
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espacial do confinamento permitisse os desvios serem cuidadosamente observados
e os resultados de diferentes misturas notados. Confinar e
organizar os desviados se tornou responsabilidades especificas das agências de governo e gerou agências novas bem como grupos de profissionais privados. Houve, entretanto um critério predominante usado para desenvolver a tipologia do desvio, e que foi o trabalho. Não de se surpreender que o trabalho desempenhou um papel central por causa que muitos problemas tinham tudo a ver com a mudança na natureza do trabalho. A transformação de uma economia camponesa para uma comercial significou que a interdependência econômica comunal e tradicional estava sendo substituída por uma dependência ou por uma economia de mercado impessoal (ver figura 3.7), alguém que tentasse aumentar os lucros, diminuía os custos, introduzia novos produtos e substituía um trabalhador por outro. Uma considerável extensão de desviados teve problemas de lidar com estas mudanças. Assim parecia natural que a tipologia do desvio devia ser guiada pela extensão a qual as pessoas eram incapazes ou inábeis para trabalhar e as razões pelas quais suas desabilidades deveriam ser explicadas em termos de características de trabalho. Assim o pobre com o corpo sadio poderia ser separado do pobre que era doente demais para trabalhar, ou do pobre que era mentalmente defeituoso e que não podia freqüentar o local de trabalho, ou daquele que não podia ter um dia de trabalho honesto. As possibilidades do trabalho como um critério para a tipologia do desvio foi elaborado com surgimento do Capitalismo Industrial. Aqui, como ilustrado na comparação de “a” com “b” na figura 3.7, o capitalista não está simplesmente negociando os bens produzidos pelos artesãos e pelas pessoas que trabalham em casa com suas próprias ferramentas, em sue próprios estabelecimentos e com suas próprias horas. O capitalista agora está realmente preocupado em organizar e controlar cada detalhe do processo de trabalho. Ele pode fazer isto por causa que ele tem a posse das ferramentas da produção, e o trabalho ocorre em seu próprio território - a fábrica - e sobre sua supervisão. Dentro destas condições, a especialização das tarefas se multiplica. O trabalho se tornar minuciosamente subdividido e geralmente
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monótono. Os rigores da fábrica refinaram a tipologia do trabalho tal que mais categorias e graus de desvios puderam ser isolados. O trabalho não foi usado somente para definir o desvio, mas também para corrigi-lo. Sobre o capitalismo e a ética Protestante o trabalho era uma virtude. Ele estalava os hábitos da responsabilidade, disciplina e a economia. Forçar as pessoas a trabalhar as curaria de suas desabilidades. Os prisioneiros eram posto pra trabalhar, e assim também eram muitos dos doentes. Eles estariam se curando através de seu trabalho, ou se falhassem com seu trabalho eles revelariam um desvio mais adiante. Mesmo quando as casas de confinamento de se tornavam especializadas como as prisões, asilos, orfanatos e casas para pobres o trabalho era parte do regimento. “A função repressiva do confinamento foi combinada com um novo uso. Não era mais meramente uma questão de confinar aqueles fora do trabalho, mas de dar trabalho aqueles que tinham sido confinados”. Mesmo quando estava claro que as classes dos desviados eram simplesmente incapazes de trabalhar, as instituições nas quais eles eram colocados eram geralmente organizadas como fábricas. Os internos estavam separados claramente em espaços demarcados tal que eles podiam ser supervisionados de perto. Seus dias eram regimentados. As atividades seguiam horários rigorosos. O staff era hierarquicamente organizado e a instituição era controlada com a eficiência de uma fábrica. De cabanas e prédios simples para conter pessoas, estas instituições de confinamento, tal como os chãos das fábricas se tornaram estruturas para propósito arquiteturalmente sofisticadas para classificar, conter, ordenar
e integrar. Hospitais foram transformados através da
regimentação espacial e temporal de barracões de doentes para instituições de reforma moral. As escolas, também, foram aprimoradas na sua missão como veículos para educar as massas para trabalharem nas fábricas. Will iam Temple, um mercador inglês do século XVIII, quando chamado para substituir crianças pobres nas casas de trabalho onde elas deveriam ser colocadas para trabalhar e dada duas horas de escola por dia, foi explícito quanto a influência social deste processo; “Há um uso considerável para o ser de uma forma ou de outra que está constantemente trabalhando no mínimo doze horas por dia, não
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importa se podem trabalhar ganhar o seu sustento ou não; por estes meios, nós esperamos que as gerações vindouras se habituem ao trabalho constante que será no futuro agradável e interessante a eles”. Os trabalhadores davam valor à educação para os seus filhos, mas eles viam a aquisição do conhecimento ao invés do encutimento da disciplina da fábrica como sendo a missão primária da escola. As crenças nas expectativas forma claramente colocadas em 1861 pelo comissário assistente das áreas vizinhas de Durham e Northumberland: A hora para freqüentar a escola é permitida somente com uma visão de ser uma preparação para o trabalho. Os pais não têm nenhuma idéia de que haja alguma vantagem nas crianças em passarem tanto anos na escola se a mesma quantidade de aprendizado poderia ser adquirida num tempo menor. Em resumo, eles vêem a escola não somente como um curso de disciplina, mas somente como um meio de adquirir leitura, escrita, aritmética, costura e bordado como uma preparação do principal negócio da vida - ganhar dinheiro.
O território e o espaço. A transformação do trabalho, o surgimento da fábrica e o desenvolvimento das prisões, asilos, hospitais e escolas foram todos interrelacionados. Eles foram cada um modelados sob formas racionais e eficientes de gerenciamento. Elas todas requeriam a subdivisão minuciosa intensa e uma integração do território. O todo devia ser territorialmente parcelado. Cada divisão devia conter um tipo de indivíduo ou processo. E ainda cada uma devia estar integrada no total. As metafísicas espaciais fundamentais por de trás da diminuição geográfica dos eventos para criar uma superfície espacial esvaziável e impessoal que contenha, classifique e organize as ações humanas está ilustrada na discussão de Foucault da arquitetura e do controle.
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A regimentação de indivíduos ou a disciplina em suas palavras ‘procede da distribuição de indivíduos no espaço. Para alcançar este fim, ela emprega várias técnicas”. Primeiro ela requer o estabelecimento do território ou o “enclasuramento” conforme ele põe como - “a especificação de um lugar heterogêneo para todos os outros e fechado em si mesmo. Ele é o lugar protegido da monotonia disciplinar”. Com um exemplo de clausura na França, ele descreve o grande confinamento de vagabundos e pobres; e a criação de “colégios, ou escolas secundárias” após o modelo monástico. Haviam também os quartéis militares: o exército, aquela massa de vagabundos, tinha que ser mantido no local; a pilhagem e a violência deveriam ser combatidas. A ordenância francesa de 1719 autorizou a construção de várias centenas de barracas,
para
segurar
os
confinamentos
estritos:
“Todas
seriam
enclausuradas por uma muralha externa de dez pés de altura, que cercaria todas estas barracas, a uma distância de trinta pés de todos os lados”; isto teria o efeito de manter as tropas em “ordem e disciplina, tal que um oficial estaria em uma posição para responder por elas”. Haviam é claro as grandes fábricas com suas grossas paredes e portões de ferro; abertas uma vez a cada manhã num horário preciso para admitir os trabalhadores, e trancada seguramente para confiná-los até o momento preciso na parte da noite quando eles eram dispensados. A clausura é suficiente se o objetivo é simplesmente coletar e isolar. Mas com a industrialização e o sistema de fábricas, os objetos fechados deviam ser subdivididos, moldados e ordenados. Os espaço interior deve ser trabalhado minuciosamente e flexivelmente. Isto é realizado primeiro de tudo através do princípio da locação elementar ou da divisão. Cada indivíduo tem o seu próprio lugar e cada lugar o seu indivíduo. O espaço disciplinar tende a ser dividido em muitas seções conforme são os corpos ou elementos a serem distribuídos. Devem se eliminar os efeitos das distribuições imprecisas, o desaparecimento inconsolado de indivíduos, sua circulação difusa, sua coagulação inútil e
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perigosa. É um procedimento, desta forma, que almeja conhecer, lidar e usar. A disciplina organiza um espaço analítico nos elementos básicos das “celas”. Mas a divisão territorial deve ser integrada em um sistema funcional. Os lugares funcionais gradualmente, nas instituições disciplinares, codificariam um espaço que a arquitetura deixou à disposição de vários usos diferentes. Os lugares particulares foram definidos para corresponderem não somente à necessidade de supervisionar, de quebrar comunicações perigosas, mas também de criar um espaço útil. O processo parece mais claramente nos hospitais, nas prisões, escolas e fábricas. Nas fábricas que surgiram no final do século, o princípio da divisão individual se tornou mais complicado. Era uma questão de distribuir indivíduos em um espaço no qual alguém podia isolá-los e mapeá-los; mas também de articular a sua distribuição em um maquinario de produção que tinha os seus próprios requisitos. A distribuição dos corpos, o arranjo espacial do maquinario de produção e as diferentes formas de atividade na distribuição dos postos tinham que ser ligados juntos. As divisões territoriais e seus conteúdos eram ao mesmo tempo definidos e flexíveis. A organização interior do espaço pode mudar, os territórios podem se unir ou se tornarem mais subdivididos. Na ausência do maquinario, as partes podem ser interconectadas por um schedule. Enquanto alguém se move de um lugar para o outro alguém está mudando de posição ou de classe de acordo com a serialização dos lugares. Por exemplo, a divisão de uma escola em classes significa que conforme os estudantes mudam de ano na escola eles também mudam a sua localização no espaço. Cada estudante se move constantemente em uma série de compartimentos - alguns desses são compartimentos “ideais”, marcando uma hierarquia de conhecimento ou habilidade, outros expressam a distribuição de valores ou méritos em termos materiais no espaço do colégio ou da sala de aula. A organização do “espaço serial” (conforme Foucault chama) tornou possível a supervisão de cada indivíduo e o trabalho simultâneo de todos. Ela fez o espaço educacional funcionar como máquina de aprendizado, mas também como uma máquina
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para supervisionar, hierarquizar e recompensar. A distribuição espacial pode oferecer uma série de distinções de uma vez só: de acordo com o progresso do aluno, com o valor, com o caráter, aplicação, limpeza e fortuna dos pais. O enclausuramento, a divisão, os arranjos funcionais e a serialização do espaço; estas são as estruturas principais de uma forma arquitetural impessoal abstrata para organizar e controlar o comportamento. A explicação mais clara destes princípios em um design atual é encontrada na descrição do filosofo bem conhecido Jeremy Bentham de Panopticon. O projeto de Bentham está contido em uma série de cartas que ele escreveu em 1787 enquanto estava visitando seu irmão na Rússia. As cartas mais um postscript constituem a publicação de Panopticon de 1791. Muitas das idéias contidas no Panopticon têm estado no ar por algum tempo, mas nunca antes integradas e propostas como um arranjo dos princípios arquiteturais. O poder compreensivo de Bentham colocado na organização do espaço arquitetural está indicado na primeira porção do título longo do trabalho: “Panopticon; ou, a Casa de Inspeção; contendo a idéia de um novo princípio de construção aplicado para qualquer tipo de estabelecimento, nos quais pessoas de qualquer descrição são mantidas sobre inspeção; e em particular nas casas penitenciarias, prisões, casas de indústria, casas de trabalho, casas de pobre, manufaturas, casas de loucos, lazarentos, hospitais e escolas: com um plano de gerenciamento adaptado ao princípio. A compreensão das reivindicações pelo poder arquitetural é mais expandida no prefácio. “Reformados morais - saúde preservada - indústria revigorada - instrução difundida - encargos públicos aliviados - economia estável, como se estivesse sobre uma rocha - o nó górdio da lei dos pobres não corta, mas desata - tudo por uma simples idéia na arquitetura”. Bentham continua exorta os poderes da arquitetura na Carta Um: Será achada aplicável... sem exceção, para todo estabelecimento de qualquer tipo no qual,.. um número de pessoas é mantido sob inspeção. Não importa o quão diferente, ou quão oposto o propósito; se é punir o incorrigível, guardar o insano, reformar o viciado, confinar o suspeito, empregar o ocioso,
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manter o sem ajuda, curar o doente, instruir o desejoso em qualquer ramo
da indústria, ou treinar a geração que surge no caminho da educação: em uma palavra, se ela deve ser aplicada para os propósitos das prisões perpétuas na cela da morte, ou a prisões para confinamento antes do julgamento, ou as casas penitenciárias, ou as casas de correção, casas de trabalhos, manufaturas, casas de louco, hospitais ou escolas. O Panopticon tem a intenção de manter o controle completo e a ordem. Isto é conseguido projetando a estrutura tal que os inspetores, enquanto saem de vista, podem observar os internos das instituições a qualquer tempo, e tendo eles acreditando que eles estão sob vigilância a toda hora. Ao permitir que os inspetores vejam, sem serem vistos, “as pessoas a serem inspecionadas... se sentirão sempre como se estivessem sob inspeção, pelo menos têm a grande chance de estar sendo”. A chave é a “onipresença aparente do inspetor... combinada com a extrema facilidade da sua presença real”. Com o que este esquema poderoso e compreensível para o controle parece? Um esquema incluindo nas última edições e mostrado na figura 6.4 está baseado na seguinte descrição original, na qual Bentham
seleciona o papel das prisões como a ilustração primária das funções do Panopticon. O prédio é circular. Os apartamentos dos prisioneiros ocupam a circunferência. Você pode chamá-los se você desejar, de celas. Estas celas (mais de 900) são divididas uma das outras e os prisioneiros por este meio são excluídos de toda comunicação uns com os outros, pela partição da forma do raio saindo da circunferência em relação ao centro, e estendendo quantos forem pensados necessário para forma a maior dimensão da cela. O apartamento do inspetor ocupa o centro; você pode chamá-lo se você desejar de sala do inspetor. Será conveniente na maior parte, senão em todos os casos, ter um espaço livre ou área ao redor, entre o centro e a circunferência. Você pode chamá-la se você quiser de área intermediária ou anelar . .. cada cela tem uma circunferência externa, uma janela, grande o suficiente, não somente para iluminar a cela, mas, através da cela, para iluminar o suficiente a parte
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correspondente do compartimento. A circunferência interna da cela é formada gradio de ferro, tal que a luz não deixe de iluminar nenhuma parte da cela da visão do inspetor. Deste gradio, uma parte suficientemente grande abre, em forma de uma porta, para admitir o prisioneiro na sua primeira entrada; e para permitir a entrada em qualquer hora do inspetor e de seus assistentes. Para cortar de cada prisioneiro a visão de outros, as divisões são realizadas a uns poucos pés além do gradio na área intermediária: essas partes do projeto, eu chamo de partições prolongadas. Imagina-se que a luz vindo desta maneira através da celas e então através da área intermediária será o suficiente para o compartimento do inspetor. Mas, para este propósito, tanto as janelas nas celas, quanto aquelas correspondentes a elas no compartimento, devem ser tão largas quanto a largura do prédio, o que deverá ser uma atenção necessária para a economia. Nas janelas do compartimento existem venezianas , tão altas quantos os olhos dos prisioneiros nas celas podem, por
qualquer meio que possam empregar, alcançar. Para prevenir a luz total, por conseguinte, não suportando as venezianas, os prisioneiros veriam das celas se qualquer pessoas estava ou não no compartimento, o apartamento é dividido em quartos , pelas partições formadas pelos dois diâmetros do circulo, cruzando
cada um com os ângulos direitos. Destas partições os
materiais mais finos podem servir; e eles podem ser removíveis a bel-prazer; e a sua altura, o suficiente para impedir que os prisioneiros vejam acima de suas celas. As portas para estas divisões, se deixadas abertas a qualquer hora, podem produzir a luz total. Para impedir isto, divida cada partição em duas, colocando a metade a tal distância da outra que deve ser igual a abertura de uma porta. Estas janelas da sala do inspetor abrem para a área intermediária, na forma de portas, em tantos lugares quanto se achar necessário para admitir a sua comunicação pronta com qualquer uma das celas. Pequenas lâmpadas, no lado de fora de cada janela do compartimento, com um refletor atrás, para jogar a luz nas celas correspondentes, isto aumentaria para a parte da noite a segurança do dia. Para economizar o problema do esforço da voz que pode vez ou outra ser necessária, e para evitar que um prisioneiro saiba que o inspetor estava ocupado com outro prisioneiro a uma certa distância, um pequeno tubo de lata pode alcançar de cada cela até a cela do inspetor, passando através da área, e assim até a sala do inspetor... Com relação a instrução, nos casos onde ela não pode ser dada sem o instrutor estar perto
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para o trabalho, ou sem dar o seu toque na frente do aluno, o instrutor deve aqui como em toda parte, mudar sua atenção tão freqüentemente haja ocasião para visitar diferentes trabalhadores; a menos que ele chame os trabalhadores para si... ou faça uso destes tubos. Eles pouparão, por um lado, o esforço da voz, que seria necessária pela parte do instrutor, para comunicar as instruções aos trabalhadores sem a sua estação central no compartimento; e, por outro lado, a confusão que seria formada se diferentes instrutores de pessoas no compartimento ou alojamento fossem chamadas ao mesmo tempo. E, no caso dos hospitais, o silêncio que pode ser alcançado através desse pequeno aparelho... garante uma vantagem adicional. A chave para o gerenciamento e organização é “a centralidade da situação do inspetor”. Ele possui o mecanismo mais poderosos para supervisão: “ver sem ser visto”. A centralidade, a transparência das celas e a invisibilidade do inspetor intensificam os efeitos da supervisão dando ao inspetor “uma onipresença aparente”. A segmentação territorial adiciona outra economia à supervisão. Ela permite que alguém ou uns poucos inspetores supervisionem muitos internos e permite que os subalternos sejam também eficientemente supervisionados. Uma vantagem colateral que o Panopticon possui, é aquela com respeito ao número de inspetores necessários... E, outra vantagem importante... é que sob os guardas ou inspetores... estará o mesmo controle irresistível com respeito ao guarda chefe ou inspetor, como os prisioneiros ou outras pessoas a serem governadas estão com respeito a eles. O controle pode ser absoluto, penetrante e minuciosamente ordenado, e ainda adaptável a uma variedade de funções. As divisões interiores do prédio são flexíveis o suficiente tal que o número de celas , seus tamanhos e seus graus de divisões, bem como as conexões entre elas e o alojamento, podem ser alteradas para se encaixar a diferentes propósitos. O tipo de atividade a ser contido determina os pontos mais finos com relação a organização espacial interna, e especialmente a intensidade de controle dentro das celas (e o grau de permeabilidade entre elas). As celas “serão... mais ou menos espaçosas, de acordo com os empregos aos quais estão
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designados que devem ser realizados nelas”. Quando o estabelecimento é usado para uma fabricação, a centralidade da situação da pessoa presidente terá seu uso em todos os eventos; para o propósito da direção e da ordem pelo menos, se pra nenhum outro mais. O ocultamento desta pessoa será de uso até que o controle possa ser julgado útil. Como para as partições, se elas serão mais úteis para prevenir a distração, ou inúteis para impedir a comunicação, vai depender da natureza particular da manufatura particular. Mas a organização minuciosa do espaço, mesmo para os prisioneiros, não precisa necessariamente ser usada para punir e coagir. Ao invés disso, controlando o que está presente e ausente em um ambiente, o Panotipticon pode ser usado para saúde, virtude e moralidade. A organização do espaço age como o agente moral, contendo o bom e removendo o mau. É por isso que Bentham acredita que a estrutura pode ser usada não somente para uma prisão, mas para uma escola, separando os estudantes e as séries, e também para um quadro da escola para “preencher o circulo total de tempo, incluindo as horas de repouso, e descansos e a recreação”. “Toda distração de qualquer tipo , é efetivamente banida”. Bentham sabia que era mais difícil pessoadir os leitores dos benefícios morais do Panopticon de que dos seus efeitos coercivos. Para diminuir os medos do público de que a instituição pudesse ser usada somente para a coerção ele faz consideráveis esforços para descrever a sua adequação para propósitos humanitários como nos hospitais. “Se qualquer pudesse ainda estar esperando para mostrar qual a distância deste plano de qualquer conexão necessária com medidas severas e coercivas, não pode ser a consideração mais forte do que as das vantagens com isto se aplica aos hospitais”. No restante do tratado Bentham expõe sobre os projetos da construção e as suas estalações (incluindo os tipos de mobília, encanamento, ventilação e aquecimento) que são mais apropriados para funções específicas. A contribuição de Bentham foi unir os princípios morais e os projetos arquiteturais que já estavam em prática no início do século XVIII. Sua
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síntese foi tanto abstrata quanto concreta. Embora seus projetos fossem detalhados, eles tinham a intenção de oferecer uma estrutura versátil, ilustrando o potencial para o controle territorial hierárquico. No abstrato, o Panopticon incorpora os princípios da organização territorial que são adequados para o uso do espaço pelo Capitalismo Industrial. Ele apresenta um design arquitetural compreensivo para instituir os efeitos territoriais modernos
do espaço esvaziável e preenchível, e do facilitamento das
relações impessoais e burocráticas. A construção é uma concha contendo um volume abstrato de espaço que pode ser divido variadamente, esvaziado, preenchido e interconectado. Dentro de suas paredes, as subdivisões espaciais impõem relações sociais impessoais, facilita a hierarquia e a supervisão eficiente, e torna os espaços e os eventos relacionados contingentemente. No nível concreto, o projeto do Panopticon tem inspirado a arquitetura institucional e de fábricas dos séculos XIX e XX. Várias tentativas têm sido feitas para seguir os planos de Bentham literalmente e construir prisões de formas de Panopticons. Entre os mais famosos estavam o projeto de Robert Adam para Edinburgh Bridewell, o design de Grand para criminosas mulheres em Lancaster Castle Gaol, o de Joshua Jebb em Pentonville, e o de John de Haviland na Penitenciária de Filadélfia. Muitas mais estruturas institucionais dos séculos XIX e XX têm adotados os princípios de Bentham e alguns componentes de seus designs. Embora elas possam diferir consideravelmente nos detalhes - especialmente na alteração da forma total do circular, para o retangular ou quadrado, e em combinar as formas para formar alas e unidades - e em suas funções - sejam hospitais, asilos, prisões ou escolas - o efeito geral (conforme a figura 6.5, 6.6, e 6.7) é de uma concha arquitetural contendo unidades sub-territorias relativamente flexíveis para permitir a supervisão , a organização e o controle. Foi a transformação do ambiente de trabalho que criou a necessidade por uma arquitetura de supervisão e de controle no primeiro lugar, mas é o ambiente de trabalho para o qual os princípios detalhados embora não os abstratos - do Panopticon são menos adequados. Bentham não explica o fato de que os processos de trabalho e o maquinario e as suas
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interrelações espaciais são tão variados que qualquer forma geométrica complexa, mesmo com divisões internas flexíveis podem ser restritivas demais para oferecer um molde geral para o trabalho. Muitas indústrias tais como as de fundição de aço e a geração hidrelétrica precisam ser instaladas em estruturas espaciais únicas que são projetadas especificamente para elas. Mas existem outros processos para os quais o maquinario não é tão monumental e existem muitos mais para qual o equipamento é relativamente pequeno. Cada um deste processos pode ser contidos dentro de um tipo geral de prédio de fábrica. Assim uma firma de eletrônicos, uma loja de folhas de metal, um fabricante de caixas de papelão e uma companhia de impressão
pode
simplesmente precisar de aquecimento, espaço iluminado e desta forma cada uma podia ocupar o mesmo tipo de estrutura. Como elas usam o espaço interior difere, mas todas podem possuir o mesmo conceito abstrato de uma fábrica como uma concha. É para estes tipos de processos de trabalho especialmente que a teoria, embora não os detalhes, do Panopticon se aplica. A arquitetura industrial moderna tem um fato que considera os princípios do Panopticon como um passo mais adiante. As divisões dentro da fábrica se tornaram bem mais flexíveis do que Bentham antecipava, a um ponto onde a maioria era literalmente invisível na forma das estações de trabalho. Tal estação pode ser definida como a área pessoal imposta do trabalhador. Ela pode ter um centro, talvez uma bancada ou uma peça do maquinario, mas ela também tem uma fronteira, que embora não fisicamente marcada está claramente delimitada na mente do trabalhador e do supervisor, e podem bem ter sido especificadas nos desenhos originais para o layout da planta. Prender os trabalhadores a estações de trabalhos bem ordenadas em uma planta sem divisões físicas estende a possibilidade da supervisão e do controle. Um único supervisor, enquanto caminha de estação para estação, dando a este ou aquele trabalhador instruções pessoais, pode ainda estar em posição para ver, com uma única olhada, o que está acontecendo no resto do piso. E o trabalhador também pode que o olhar do supervisor pode alcançar o piso todo em qualquer momento. Foucault
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descreve como estas condições ocorriam na fábrica de Oberkampf no final do século XIX em Jouy. O maior dos edifícios, construídos em 1791 por Toussaint Barré , tinha 110 metros de comprimento e tinha três andares. O andar térreo era devotado principalmente para o bloco de impressão; ele continha 132 mesas arranjadas em duas fileiras, a extensão da bancada de trabalho, que tinha oitenta e oito janelas; cada impressor trabalhava em uma mesa com o seu “empurrador”, que preparava e espalhava as cores. Haviam 264 pessoas no total. No final de cada mesa havia uma espécie de rack com todo material que tinha acabado de ser impresso e que era deixado para secar...Andando para cima e para baixo no corredor central da bancada de trabalho, era possível realizar uma supervisão que era ao mesmo tempo geral e individual: para observar a presença dos trabalhadores e aplicação, e a qualidade dos seus trabalhos; para comparar os trabalhadores uns com os outros, para classificá-los de acordo com a habilidade e a velocidade; e para acompanhar os estágios sucessivos do processo de produção. Os desenvolvimentos tecnológicos no material de construção ajudou a tornar o espaço interior mais flexível. A introdução no final do século XVIII de colunas de ferro fundido na arquitetura funcional eliminou o tijolo e as pedras interiores obstruintes ou os pilares de madeira. As colunas de ferro criaram visibilidade, flexibilidade e o sentido de que um espaço vazio era ininterrupto. No meio do século XIX, o ferro fundido foi usado para estrutura inteira de muitos edifícios, que aumentaram o tamanho e a flexibilidade dos interiores desobstruídos. Estes avanços na engenharia arquitetural tornou possível utilizar cada porção do espaço interior para a produção, e com este avanços o próprio espaço tomou um significado mais econômico permitindo que áreas do espaço fossem divididas de acordo com o seu grau de eficiência econômica. O aluguel era a medida monetária costumeira da economia de espaço, mas, no século XIX, o espaço industrial começou a ser descrito e medido também como produtivo ou improdutivo. O espaço produtivo era definido como “a área de esforço, o teatro daquelas operações que distingue uma fábrica de um lugar
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vazio”. O oposto era chamado de “solo desperdiçado”, “lugares desperdiçado”, “espaço que não gerava renda”, ou “território improdutivo” ou simplesmente “lugares vagos”. Estes “tinham que ser aquecidos e cuidados, e também burilados, sem de maneira alguma adicionar algo aos poderes produtivos da loja; mas, ao invés disso, eles realmente diminuem a produção pelo aumento do transporte que é sempre uma conseqüência do território improdutivo”. No final do século XIX, a construção de aço em um formato particular chamava-se de “construção de esqueleto” que era comumente empregada nos prédios de escritórios e fábricas. A construção esqueleto, representada nas figuras 6.8 e 6.9, surgiu para dar a possibilidade de se ter uma grande parte do espaço do piso “sem as divisões tal que elas poderiam ser subdivididas mais tarde para se adequar aos inquilinos”. É esta flexibilidade interior que é a vantagem maior da construção de esqueleto: “o esqueleto - seja de ferro ou aço ou de concreto reforçado - é essencialmente uma rede espacial neutra. É uma ‘construção de gaiola’ que liga um certo volume de espaço com completa imparcialidade, e sem nenhuma direção intrínseca”. Este tipo de flexibilidade foi a pedra fundamental na filosofia arquitetural de um dos maiores arquitetos industriais, Alfred Kahn. De acordo com Oswald Grube, Kahn defendia que “o layout da fábrica deveria ser suficientemente elástico para permitir o rearranjo de acordo com as mudanças nos métodos de produção, ou a expansão de departamentos ou a expansão da produção sem desorganizar o esquema exato”. Nos Estados Unidos especialmente, o design da fábrica geralmente inclui a possibilidades para mudanças completas nos processos de produção que ocorrem dentro do prédio. Os arquitetos industriais falam de containers de construção, volumes, espaços ou “barracões conectados de tamanho gigante que podem ser alterados facilmente de acordo com as demandas de mudança por espaço das várias divisões de uma companhia ou departamentos”.
O lar.
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Nós temos discutidos os efeitos territoriais de um espaço esvaziável e da facilitação das relações impessoais no contexto das instituições e os locais de trabalho. Mas e a casa? Certamente o lar é o espaço mais pessoal de todos. Ele é preenchido com conteúdo e significado, e pode dificilmente ser comparado ao interior de instituições ou locais de trabalho. Assim devem haver ocorridos desenvolvimentos arquiteturais na construção do lar que sugere que o uso do espaço tem de alguma forma seguido o seu uso no trabalho. A remoção no século XVIII e XIX de todas as atividades das ruas que interferiam no movimento e no comércio, e a redução das funções dentro das lojas e fábricas, tinham seus semelhantes nas arquiteturas do lar. Antes as casas grandes e os castelos, as únicas estruturas com divisões internas para se falar alguma coisa sobre, podem ter tido muitos compartimentos, mas aqueles para o convívio raramente eram lugares reservados para funções especializadas. A alimentação podia ser preparada em qualquer outro dos vários compartimentos que continham uma lareira, dependendo do número de pessoas a serem alimentadas; e o mesmo compartimento pode ter sido também reservado como um dormitório ou como um hall social. Além disso, não haviam passagens ou halls separados para propósitos únicos de se movimentar de quarto para quarto. Chegar a um compartimento usualmente significa atravessar outro. Somente a partir do século XVII que os interiores das grandes casas se tornaram especializados e que as passagens foram introduzidas. Conforme os interiores das casas se tornavam mais especializados, as divisões se tornavam mais flexíveis; mais nas casas americanas do que em outras. A arquitetura americana tem sido marcada por uma tendência desde a chegada dos primeiros colonizadores. A casa americana geralmente continha um plano térreo que podia ser aumentado (ou contraído) quando quer que novas condições sociais e econômicas tornassem isto desejável. O contínuo da Nova Inglaterra é um caso clássico de uma casa expandível. Os americanos não tinham nenhum reforço sobre cortar uma casa e dividi-la em duas ou mais porções. As casas eram até mesmo movidas livremente de um lote para outro. Ajudando nesta flexibilidade estava o “formato balão” da construção americana, um precursor de madeira do modelo esqueleto de construção. Parece que os americanos, mais do que outros, usavam portas
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deslizantes como divisões flexíveis. A flexibilidade
no design interior se
estendia aos apartamentos. No final do século XIX, ao mesmo tempo que os prédios de escritório estavam sendo projetados com molduras esqueletos, os apartamentos estavam sendo construídos com divisões removíveis tal que os compartimentos individuais poderiam ser juntados. É claro, que o espaço interior flexível é uma das maiores contribuições de tais arquiteturas modernas como as de Frank Lloyd Wright. Uma casa não é uma fábrica, ou asilo, ou prisão. A supervisão e o gerenciamento não são suas funções explícitas. Assim a eficiência do movimento é certamente a maior consideração no design de uma casa. As cozinhas são dispostas tão cientificamente quanto são alguns lugares de trabalho nas fábricas, e os corredores e os quartos são espaçados de forma a se manter um fluxo eficiente do tráfico. Aquecimento eficiente, ventilação e iluminação também são importantes no design da casa. Permitir que os interiores sejam flexíveis torna a realização de eventos e o espaço mais abertos. Isto significa que existe uma consciência com relação ao arquiteto e o usuário de que o espaço e a coisa estão somente relacionados contingentemente, que o espaço pode ser repetidamente subdivido e reintegrado, esvaziado e preenchido. Pode-se argumentar, entretanto, que isto não é um sinal de que o espaço é abstrato e impessoal, porque a flexibilidade permite que o ocupante organize e projete o interior da casa do jeito que ele gosta. Isto permite a oportunidade de dar ao lugar uma marca pessoal. Contra tal argumento pode ser levantada a questão das fontes dos nossos gostos pessoais. Com que freqüência eles vêem de outros: da televisão, dos vizinhos, das revistas de modas ou dos projetistas de interiores? Nós estamos expressando o nosso gosto ou nos estamos definindo aqueles de outros pelos objetos que nós consumimos? E o quão confortável nós podemos estar com os nossos interiores se nós os mudamos freqüentemente?
Camuflagem. Nós temos esquematizado como a diminuição do espaço arquitetural - o uso do território para criar um sentido de um espaço esvaziado
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e preenchido e das relações impessoais sociais - desenvolveu e reforçou a natureza das relações sociais e de trabalho no Capitalismo. Por debaixo da superfície desta discussão tem se escondido as questões normativas com relação a esta transformação . o espaço esvaziável abstrato moderno e as relações impessoais podem em si parecer nem serem benignas nem malévolas. Mas elas têm sido usadas no geral para um ou para outro efeito? Nós não podemos esperar de qualquer maneira provar que elas têm sido ou não; nós somente podemos apresentar argumentos em favor de uma interpretação ou outra. Duas visões compreensivas que podem ser usadas para construir os julgamentos normativos sobre os processos que nós temos investigados são a neo-Smithiana e a neo-Marxista. Cada uma acharia na transformação algumas misturas do bom e do mau, mas os neo-Smithianos enfatizariam a primeira e os neo-Marxistas
a última. O argumento neo-
Smithiano para o nível micro seria similar aqueles para o macro. Ele iria defender que os usos do território dentro do capitalismo pode ser um benefício para a sociedade como um todo. Enquanto, talvez pensando que o Panopticon de Bentham é extremo, o neo-Smithiano defenderia que a especialização e a divisão do trabalho requer lugares segmentados e uma hierarquia de supervisão. Conforme esta última cresce, também cresce a primeira, e o processo inteiro é acelerado pelo desenvolvimento de uma nova tecnologia, de um maquinario a e da escala de operação. No geral, o efeito territorial ajuda a aumentar a produtividade e a eficiência que, sob o capitalismo, é para benefícios de todos. Os neo-Marxistas, é claro, apontariam que os usos territoriais e os efeitos não podem ser propriamente entendidos a menos que eles sejam colocados dentro do contexto do conflito de classe do Capitalismo. Embora o acordo trabalho-salário possa disfarçar o conflito, há uma desigualdade inerente entre o trabalho e o capital que é traduzida no conflito sobre o ambiente de trabalho. O capital usará o espaço de trabalho para subjugar o trabalhador e extrair dele o valor excedente. As subdivisões territoriais e as hierarquias dentro do local de trabalho serão usadas para dividir, conquistar e desabilitar a força de trabalho. Chamar o processo de natural e benéfico vem
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da tecnologia e da complexidade conforme os neo-Smithianos sugerem fortemente para os neo-Marxistas de que o Capitalismo está empregando a Territorialidade para conseguir o terceiro efeito territorial moderno: que é o de camuflar o conflito de classes. É importante lembrar que os efeitos territoriais ligados teoricamente com a obfuscação (ou camuflagem) são os mesmos que podem ser ligados com as operações ordinárias das organizações complexas, mas com uma abordagem malévola . a divisão territorial do conhecimento e da responsabilidade pode ser obfuscativa se o efeito não é a verdadeira eficiência mas ao invés disso, por exemplo, é manter a maioria ignorante do processo total. Dar a um território de pequena escala a responsabilidade por um processo que passa de suas fronteiras pode ser uma má opção inadvertida, ou pode ser um meio de enganar os outros pela alegação de que alguma coisa está sendo feita sobre este processo. Casos para a importância normativa e especialmente para a presença da obfuscação podem ser apresentados mais claramente se nós primeiro examinarmos exemplos relativamente simples de mudanças micro territoriais. Uma oportunidade ideal é oferecida por estas mudanças das indústrias caseiras para as fábricas que ocorreu antes que houvesse maiores mudanças na tecnologia. Nestes casos as pessoas mudaram de uma condição de trabalho com ferramentas específicas de suas próprias casas para trabalharem praticamente com as mesmas ferramentas em um galpão ou fábrica que pertencia a outros e era supervisionada por outros também. Isto é para dizer que existem casos importantes nos quais o desenvolvimento do sistema de fábrica não foi dependente da invenção do maquinario de larga escala. Focalizando primeiro em tais exemplos nos quais pouco ou nenhum novo maquinario foi introduzido e mantendo esses exemplos em mente conforme nós discutimos casos mais complexos nos permite isolar os efeitos da Territorialidade e apresentar argumentos sobre as suas implicações normativas. No começo da revolução comercial muitos produtores possuíam as suas próprias ferramentas e produziam seus produtos em suas próprias casa ou próximo delas. O trabalho geralmente envolvia a família inteira. Mesmo os aprendizes viviam nas casas dos trabalhadores como membros da família.
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Estes domicílios eram parte do que pode ser chamados de uma economia doméstica ou do lar ( figura 3.7a). Os trabalhadores estavam produzindo uma comodidade especializada e eram dependente do mercado para sua sobrevivência. Eles e suas famílias geralmente trabalhavam por longas horas sob condições pobres - as casas eram geralmente estabelecimento em salubres. Assim o trabalhador (e o aprendiz quando se tornava o seu próprio mestre) estava ainda responsável pelo seu próprio processo de produção. Ele podia decidir de alguma forma quando e como ele trabalharia dentro do seu próprio estabelecimento. Ele podia se ele quisesse ficar a noite toda de pé e então tirar o outro dia de folga. Esta liberdade do esquema de trabalho e a divisão das tarefas com os membros da família permitia ao trabalhador algumas oportunidades de realizar outras atividades para suplementar as suas rendas no mercado. Com a exceção de uma poucas fábricas de tecelagem, que serão discutidas brevemente, a maioria da indústria têxtil na Inglaterra estava baseada neste tipo de “sistema doméstico” até o século XIX. Antes deste período a maioria dos trabalhadores têxteis ingleses trabalhava em seus próprios teares em suas casas, e muitos possuíam, além disso, alguma terra para agricultura e até mesmo para um animal ou dois. Estas “tecelagem de tear manuais” podiam vender seus tecidos em suas próprias casas (se eles morassem nas cidades), ou poderiam trazer os seus produtos para o mercado central ou para o prédio da associação dos tecelões, como era o caso em algumas partes de Yorkshire, ou, como era comum em Leicestershire, onde um mercador poderia oferecer intermediários chamados de “carregadores” para trazer até as residências dos tecelões lã e algodão que tinham sido desfiado ou enrolados em outras residências, e então coletar deles o produto final, as jardas de tecido. Várias melhorias tecnológicas ocorreram na indústria de tecelagem, mas, para a maior parte até a invenção dos vários teares movidos a vapor no final do século XVIII e XIX, os tecelões de residências eram capazes de construir, comprar e até mesmo alugar essas novas máquinas e ferramentas e assim ainda permanecerem em casa. Embora os artesãos geralmente empobrecessem e trabalhassem por longas horas por um pequeno pagamento, eles ainda mantinham o controle sobre o processo de produção . eles, exceto como aprendizes, não trabalhavam fora de casa e sobre o controle de outras pessoas.
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No caso da tecelagem não foi a invenção de grandes e caros teares dirigidos que ocasionou o surgimento das primeiras fábricas (embora esta tecnologia eventualmente pusesse a maioria dos tecelões domésticos fora do negócio), conforme nós notamos, os poucos experimentos com relação às fábricas de tecelagens começaram bem antes da invenção dos teares a vapor, em alguns casos bem antes do século XVI. Embora esses casos prematuros fossem raros eles deixaram uma marca como protótipos da organização de fábrica e da disciplina e eles aumentaram em número e importância conforme nós nos aproximamos da Revolução Industrial. O que aconteceu nesses casos prematuros foi simplesmente que alguém com capital suficiente para comprar um número de teares e assim o fez. Talvez o mercado estivesse expandindo e esta pessoa viu que haviam tecelões desempregados sem teares; ou talvez houvesse uma depressão no mercado têxtil, e os tecelões domésticos, não sendo capazes de encontrar no mercado, precisassem vender os seus teares para levantar dinheiro para manter suas famílias. Em qualquer caso o capitalista que comprou os teares estocou-os em um grande prédio ou barracão , e quando o mercado se aqueceu ele tinha agora aqueles trabalhadores que não tinham mais os seus próprios teares para trabalharem em seu prédio sob sua supervisão. Entre os mais famosos industrialistas têxteis precoces estão William Stump que tem um crédito de ter colocado mais de 100 teares sobre o mesmo teto, e Jack de Newbury que tinha um estabelecimento ainda maior. Um livro de nome, A história
de John Winchcome, publicado em 1597,
descreve a manufatura de Jack de Newbury. Este estabelecimento supostamente teria contido 200 artesãos juntos em um grande compartimento manuseando 200 teares, assistidos por 100 mulheres desfiadeiras, 200 enroladores, 50 prendedores e 80 vestidores. Importantemente, estes primeiros donos de fábricas foram reconhecidos por suas habilidades de gerenciamento e de disciplina. O crescente número de casos de tais manufaturas ou de lojas de trabalho pode ser encontrado em outras indústrias bem como nas têxteis conforme nós nos aproximamos da Revolução Industrial. Pode-se achar que eles fazem parte de um contínuo territorial: da residência, para loja de trabalho residencial, para fábrica, e para fábrica de larga escala
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O ponto crítico de comparação entre a residência e a fábrica é que os mesmos produtos podem ser transformados nas mesmas ferramentas em ambos os locais. Quais, então são as vantagens de um sobre o outro, e quem lucra com elas? A maioria dos neo-Smithianos começaria a apontar que a fábrica seria mais eficiente do que seria a residência. Colocar o processo sobre um teto e sobre o controle de uma equipe, economiza movimentos, horários, acordos internos e trocas. No caso da tecelagem sincronizaria os tecelões , os enroladores e as desfiadeiras. Isto eliminaria o transporte desperdiçado de lã ou de algodão e de tecido de uma residência para outra. Além disso, se tendo muitas mãos dá a todo mundo a oportunidade de se especializar, e isto, conforme Adam Smith argumentou, aumenta a eficiência pelo aumento da habilidade e da inventividade. Isto também permite às tarefas de serem simplificadas a ponto onde menos habilidade é necessária para cada uma tal que uns poucos trabalhadores habilidosos por salários baratos podem ser contratados e assim o preço do produto pode ser reduzido. Para um neoSmithiano, estes efeitos são a vantagem pra todos. Eles ofereceriam um produto acessível e colocariam as pessoas pobres para trabalhar. Estas inovações podem não ocorrer, entretanto, sem as habilidades organizacionais do proprietário da fábrica ou do gerente. Ele deve ser capaz de subdividir o processo de trabalho, para coordenar suas partes, e treinar e gerenciar os trabalhadores. Oferecendo a estes as habilidades essenciais ele cria empregos, e além disso não somente ganha mas justifica o seu l ucro. O sucesso desses primeiros “industrialistas” em todas as áreas era freqüentemente atribuído à sua disciplina gerencial mesmo mais do que ao seu uso dos novos desenvolvimentos da tecnologia. Os fabricantes contemporâneos explicam que colocando os processo sobre um teto criaria-se eficiências de movimento e se reduziria as despesas por se ter menos intermediários, se os trabalhadores pudessem ser treinados e disciplinados. O papel crítico do gerenciamento tornou-se formalizado e subdividido no século XIX em campos especializados. Embora o processo de fábrica total pudesse parecer uma progressão natural, não era colocado em prática sem um esforço enorme.
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Era difícil disciplinar uma força de trabalho para o regime da fábrica. O trabalho em uma fábrica era diferente do trabalho doméstico, e os trabalhadores geralmente resistiam à mudança, embora a resistência variasse de acordo com o tipo de trabalho e indústria. A resistência do trabalhador à disciplina da fábrica foi uma razão importante porque o sistema de fábrica não extinguiu a indústria têxtil antes do uso dos teares a vapor. Muito da resistência pelo trabalho da fábrica vem daqueles moradores que viram o sistema de fábrica com salários baixos e produtos mais baratos como uma ameaça as suas próprias sobrevivências. Tais preocupações tomaram voz no começo de 1550 nas reivindicações contra as lojas de trabalho de tecelagem e as manufaturas que barateavam o trabalho. A inconveniência e os problemas que os trabalhadores atribuíam aos primeiros e pequenos empreendimentos de trabalho de fábrica se tornaram maiores conforme as fábricas aumentaram em tamanho e número, e os novos perigos se tornaram evidentes. No século XIX o sistema de fábricas em todos os campos de manufatura era também visto como uma ameaça à fábrica ou à vida família. Se o sistema de fábrica prevalecer... ele tirará todos os trabalhadores pobres de suas residências e de seus lares para colocá-los em fábricas, e então eles serão obrigados a trabalhar separados, e não terão as mesmas ajudas e as vantagens que eles têm em casa. Suponha que eu seja um pai que tenha quatro, cinco ou seis crianças, e uma delas tem quatorze, outra doze e outra dez: se eu estiver como a minha família em casa eu posso dar a eles emprego, a um deles eu peço para bobinar, ao outro eu coloco para trabalhar no tear, e um outro para trabalhar na fiadeira; mas se que for para a fábrica, eles não deixarão que eu leve esses garotos, e então eu os deixarei a este mundo grande para perecer. Outra e velha fonte de resistência foi o medo de que o tempo da fábrica e a disciplina iriam diminuir a flexibilidade dos trabalhadores. Ele perderia o comando do seu próprio horário de trabalho. Mesmo quando o trabalho em casa era incerto, quando o pagamento era baixo e quando o número de horas na residência devotados ao trabalho era maior do que seria o
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caso na fábrica, ele entretanto parecia ter um prêmio pela liberdade de organizar o seu trabalho e lazer dentro de seu próprio lar. Esta liberdade era difícil de se medir e estava se erodindo no início do século XVIII com a autorização da legislação que permitiam às autoridades de entrarem nas casas dos trabalhadores para verem se tinham guardado qualquer retalho de tecido ou outros materiais que eram tecnicamente dos mercadores. Tais perdas de autonomia e o aumento do passo da produção doméstica para muitos tecelões independentes ainda não compensava o balanço em favor do emprego na fábrica. Os extraordinários sacrifícios que alguns fariam para manter a liberdade do trabalho doméstico está ilustrado nas medidas tomadas pelos tecelões de faixa de seda no século XIX em Coventry, Inglaterra. Relativo a outras áreas de tecelagem, os teares a vapor chegaram tarde para a tecelagem de faixas de seda. Até a metade do século XIX os teares produziam a maioria das faixas. A indústria tinha visto a introdução da nova tecnologia na “máquina” holandesa e tear Jacquard, mas ambos eram teares manuais, e além disso nas produções de faixas mais finas estas eram inadequada. No início do século XIX praticamente toda produção de Conventry era feita por teares manuais nas residências dos trabalhadores. Este era ainda o caso até o início do ano de 1830, embora as horas de trabalho desiguais dos artesãos domésticos e as disputas sobre os desfalques entre eles e os mercadores fez estes últimos pensarem seriamente no sistema de fábrica no qual “homens e mulheres trabalham em horas regulares, em um ritmo estabelecido por toda semana” de forma que em 1838 varias fábricas empregavam os tecelões de teares manuais nas lojas de trabalho e nas fábricas. As fábricas de teares modernos para faixas foram introduzidas em Conventry no ano de 1850 e estas foram vistas pelos artificies trabalhando em casa como uma enorme ameaça para os seus lucros e suas liberdades. Para permanecer em casa estes artífices precisavam competir com o sistema moderno. O ponto notável foram os passos que eles tiveram para resistir em se tornar empregados nas fábricas com teares modernos. Muitos desses artesãos de Conventry viviam em casa com três andares enfileiradas; melhor dizendo, cada casa com três andares dividia as suas paredes exteriores com
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outra casa tal que um bloco inteiro continha uma fileira ininterrupta de edifícios ligados uns aos outros. O terceiro andar era um sótão o “topshop” no qual a tecelagem ocorria. A alternativa dos donos das casas em entrarem em uma fábrica moderna movida à vapor era deixar o “monstro” do vapor entrar em suas casas; transformar as suas próprias casas em fábricas à vapor. O que eles faziam era colocar o motor à vapor no final das fileiras das casas dos artesãos, e conduzir o poder para cima até o topshop no final da fileira, e transmitir o poder e mudando a fileira de um topshop para outro através das partições das paredes separando as casas. No inicio de 1850 várias centenas de casas tinham sido assim transformadas, e novas estavam sendo construídas nessas bases. Havia um esquema para desenvolver “utopias” urbanas pequenas de vários quarteirões baseados nessas casas-fábricas. Claro que elas não podiam competir por muito tempo. As despesas do aluguel do motor de vapor (a maioria senão todos, eram alugados) fez necessário para cada morador trabalhar por longas horas. Ele tinha que pagar a sua parte do aluguel mesmo se estivesse doente demais para trabalhar. No final do ano de 1860 estas pressões reduziram as casas de lojas de trabalho em Conventry para uma coisa do passado. Muitos dos medos do trabalho na fábrica expressado por estes e outros produtores domésticos passariam uma vez que as fábricas com máquinas de poder substituíram a indústria doméstica. As condições destas primeiras fábricas na maioria das indústria eram geralmente cruéis. Homens, mulheres e crianças trabalhavam por longas horas, sob condições miseráveis , e por pouco pagamento. A associação de fábricas com prisões, asilos e casas de pobres não era baseada simplesmente no fato de que o trabalho era pensado como sendo um agente moral e que as fábricas serviam como um modelo organizacional. A conexão mais direta naqueles internos destas instituições que geralmente faziam parte da força de trabalho da fábrica. Eles faziam isto de duas maneiras. Primeiros as instituições ofereciam trabalhos para os seus internos, assim havia uma combinação de prisão e fábrica. “Algumas fábricas-casas de trabalhos foram iniciadas no final do século XVII, incluindo em Bristol, em 1697 e em Exeter em 1698-1701, mas o principal ímpeto veio do ato de 1723 que rapidamente levou à construção de pelo
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menos sessenta casas de trabalhos nas províncias e cinqüenta em Londres. Segundo, e mais espalhado, foi o emprego maciço de aprendizes paupérrimos na indústria privada... Estes aprendizes pobres não eram empregados por causa que eles necessariamente eram baratos... Os aprendizes eram contratos porque de outra forma os moinhos ficariam sem trabalho suficiente ou no mínimo sem o trabalho suficiente das crianças... e as crianças pobres representavam o único tipo de trabalho que em muitas áreas podia ser realizados neles. Assim não há dúvida de que o controle territorial do capitalista sobre o processo de trabalho na fábrica reduziu a liberdade dos trabalhadores, parece impossível determinar se, no geral, o sistema da fábrica realmente aumentou mais a dureza e o empobrecimento para o pobre trabalhador do que fez a indústria doméstica. O neo-Smithiano argumentaria que se o pobre trabalhador foi deixado na miséria isto era um problema temporário, e que o padrão de vida dos trabalhadores da fábrica nos países industrializados desde o início e o meio do século XVIII tem aumentado consideravelmente. E, se os trabalhadores perdem algum tipo de liberdade ao entrarem nas fábricas, eles eventualmente ganham mais em prosperidade e encurtamento no dia de trabalho. Estes ganhos, é claro, seriam devidos ao aumento geral na eficiência que vem do sistema de fábrica. O neo-Marxista apontaria que o argumento da eficiência para o sistema de fábrica é obscuro em algumas distinções críticas. Primeiro, se há uma eficiência em trabalhasse próximos sob um mesmo teto , então esta mesma eficiência pode ser conseguida colocando os trabalhadores dentro de uma cooperativa ao invés de uma fábrica capitalista. Uma cooperativa permitiria que os trabalhadores que trabalham juntos em um local estivessem no controle de suas próprias ferramentas e tivessem um representante no gerenciamento dos seus processo de trabalho. Se os trabalhadores em uma cooperativa pudesse essas mesmas ferramentas, as suas próprias, em um a proximidade próxima um do outro para produzir as mesas comodidades que eram produzidas nas fábricas capitalistas, então com o que o dono e o gerente da fábrica contribuiram para a produtividade e eficiência?
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A resposta neo-Marxista seria que o capitalista de fato não contribui de maneira essencial para o processo. A eficiência imposta gerenciamento descrita pelo Smithianos é uma medida atenue, e geralmente incluí os trabalhadores trabalhando por horas mais longas e por menos dinheiro. Fazer o trabalhador trabalhar por mais horas e por menos dinheiro é como o capitalista reduz o seu custo por produto e extrai um lucro. O sistema é baseado na descaracterização do trabalho e na desabilitação do trabalho. Sumarizando o processo todo, Gras afirma que a mudança para a fábrica foi parcialmente para propósitos de disciplina, de forma que os trabalhadores poderiam ser efetivamente controlados sob a supervisão de um capataz. Sob um mesmo teto, ou dentro de um espaço pequeno, eles poderiam iniciar o trabalho com o nascer do sol e continuar trabalhando até o nascer do sol, sem períodos para descanso e refresco. E sob pena de perda de emprego eles poderiam ser mantidos assim por quase todo ano. Fazendo eco a Gras, Braverman afirma: que o controle sem a centralização do emprego (dentro de uma fábrica) era, se não impossível, certamente muito difícil, e assim a pré-condição para o gerenciamento era a união dos trabalhadores sob um teto único. O primeiro efeito de tal movimento era um reforço sob as horas regulares de trabalho, em contraste com o ritmo alto imposto que incluía muitas interrupções, dias curto e feriados, e em geral impediam uma prolongação do dia de trabalho para os propósitos de produzir um excedente sob as condições técnicas então existentes. Naquelas industria que não tinham um maquinario caro, uma desabilitação da força de trabalho e barateamento das tarefas de trabalho pode ter sido o único meio pelo qual um capitalista tinha o lucro. Se os processos, que eram familiares para os artesãos, podem ser espacialmente divididos dentro das fábricas, e se os trabalhadores não fossem permitidos de
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ver a operação a operação da fábrica inteira, mas ao invés disso fossem mantidos espacialmente segmentados, os trabalhadores podiam então pensar que havia mais do processo do que realmente havia. Visto que cada artesão habilidoso sozinho poderia ter realizado os planos, ordenado as matériasprimas, operado e reparado o equipamento, e estocado o produto final até a hora de vendê-lo; na fábrica cada um desses processos seria realizado por especialistas que estariam espacialmente restritos a suas respectivas estações de trabalho, seja no compartimento de planejamento, no de estocagem,
no de produção, no armazém, ou em qualquer outro
compartimento. De acordo com Marglin, “Separar as tarefas designadas para cada trabalhador era o único meio pelo qual o capitalista poderia, nos dias precedendo o maquinario custoso, assegurar que ele poderia continuar sendo essencial para o processo de produção como integrador dessas operações separadas em um produto para o qual um grande mercado existia. Mesmo em uma relativamente simples fábrica de algodão, um produtor notou que um competidor não permitia que qualquer um dos seus empregados , nem mesmo o seu gerente, misturasse algodão “de forma que ele nunca poderia arruinar o seu negócio”. O Espectador , em 1866, admitia que o papel do gerenciamento é artificial, quando ele apontava que uma cooperativa, “embora apontando que o trabalhador poderia gerenciar lojas, moinhos e todas as formas de indústria com sucesso, e que as cooperativas imensamente aumentava as condições de vida do homem, eram entretanto defeituosas porque elas não deixavam um lugar claro para os mestres”. A eficiência da fábrica, que o neo-Smithiano atribui ao sistema de trabalho capitalista, é vista pelo neo-Marxista como sendo uma medida atenue da produção que incorpora formas perversas, embora geralmente disfarçadas, de exploração assistida pelas relações territoriais da autoridade dentro da fábrica - especialmente os efeitos territoriais modernos de esvaziamento do espaço e de relações impessoais. Para os Marxistas, a segmentação espacial do trabalho, a restrição dos movimentos dentro da fábrica, a separação territorial do planejamento de longo e curto alcance, tudo isso ajuda a desabilitar o trabalho, a fragmentar o conhecimento do trabalho e a responsabilidade, e a dividir o próprio trabalho. Assim esses efeitos são obscurecidos pela racionalização do capital que apresenta eles primariamente
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como componentes geográficos neutros para um processo eficiente e impessoal. O desenvolvimento do maquinario dirigido melhorado e a instrumentação transformou ainda mais os efeitos do território. Sob estas inovações o trabalhador da fábrica é virtualmente um apêndice da máquina. Ele está preso a ela no espaço. Mesmo a orientação do seu corpo e o movimento dos seus membros
são determinados pelas necessidades da
máquina. É a máquina dirigida e não o trabalhador que dita o ritmo do trabalho. E este passo mecânico se torna uma ajuda em um substituto para supervisão pessoal do gerente, uma vez que ela intensifica e disfarça as funções do supervisor. De acordo com Braverman: “O maquinario oferece para o gerenciamento a oportunidade de fazer por meios totalmente mecânicos o que tinha sido previamente tentado de se fazer por meios de supervisão e de disciplina. Citando Babbage, Braverman acrescenta “que uma grande vantagem que nós podemos derivar do maquinario, é a checagem que ela impõe sobre a desatenção, o ócio ou a desonestidade dos agentes humanos”. O supervisor não precisa mais está fisicamente presente a todo momento para ter certeza que os trabalhadores estão trabalhando a plena capacidade. Agora o ritmo e a duração do trabalho pode ser estabelecido pela velocidade da máquina. Talvez somente uma olhada ocasional pelo capataz seria o suficiente para permitir a ele julgar se o trabalhador estava realizando o trabalho. E, em muitos casos, até mesmo essa olhada poderiam não ser necessária, para muitos tipos de máquinas que têm alimentação instantânea que pode avisar o supervisor se o maquinario não está funcionando bem ou se o trabalhador não está realizando a sua tarefa. Tal maquianario pode até mesmo conter testes embutidos para a qualidade, desta forma incorporando mais uma função do supervisor. Ter as máquinas assumindo parte do papel do supervisor abre a possibilidade de novas relações geográficas entre os trabalhadores e os supervisores. Os trabalhadores não precisavam mais serem colocados ao longo de fileiras em um grande e aberto espaço fabril. Nem precisavam haver mais supervisores do que os atualmente presentes no piso da fábrica. Com a introdução de processos de telecomunicações modernos é até mesmo possível
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para alguns trabalhadores de negócios não precisem estar trabalhando juntos sob um mesmo teto. As tarefas podem ser realizadas localidades menores e mais dispersas, e até mesmo em casa. O sistema de comunicações pode permitir que a informação viaje eficientemente de uma unidade para outra e os aparelhos de alimentação automática podem monitorar a velocidade e a qualidade do trabalho. Os neo-Smithianos podem anunciar tais mudanças conforme aumenta-se a flexibilidade do trabalhador e a liberdade. Através dessas inovações os trabalhadores podem ser capazes de exercitar mais controle sobre o tempo do seu trabalho e sobre a natureza do ambiente de trabalho. O neo-Marxista pode alegar que estas mudanças podem tornar o processo de trabalho mais impessoal e misterioso , e ainda mais podem obscurecer as funções gerenciais de supervisão e controle, e podem fragmentar ainda mais a força de trabalho e reduzir a consciência de classe. Os dois pontos de vistas político-econômico providenciam importantes diferenças na interpretação da Territorialidade sobre o Capitalismo. Não deve ser esquecido entretanto que estas diferenças são consoantes com os possíveis efeitos teoricamente da Territorialidade, e que a teoria da Territorialidade apontou que as diferentes teorias políticoeconômicas enfatizariam alguns potenciais territoriais sobre outros. A lógica da Territorialidade não é cativa de uma teoria econômica-política particular. Isto torna possível para diferentes visões enfatizar alguns efeitos territoriais, e para outros efeitos simplesmente estarem além de uma teoria econômico-política particular. Deixando de lado as implicações morais da especialização, os teóricos concordariam no geral que o aumento da Territorialidade contribuiu para a divisão minuciosa do trabalho sob o Capitalismo, tornando o trabalho impessoal,
e circunscrevendo as hierarquias
do conhecimento e
responsabilidade. Em adição, os neo-Smithianos e os neo-Marxistas podem concordar que existe tanto para a sociedade capitalista quanto para a nãocapitalista interrelações dinâmicas entre a Territorialidade, a tecnologia e tais características organizacionais como a centralização, a hierarquia e o alcance do controle. Os esboços dessas interconexões eram parte das dinâmicas internas da teoria da Territorialidade e estão ilustrados na figura 2.1 e 2.2. Os neo-Smithianos e os neo-Marxistas podem se basear nestas dinâmicas particulares, mas outros teóricos sociais que têm focalizado em questões
253
menores da estrutura organizacional também pode ajudar a especificá-las. Conforme nós mencionamos na discussão da Territorialidade e ilustramos no capítulo 4, sobre a Igreja, essas interrelações se tornam mais precisas quando a teoria da Territorialidade é combinada especialmente com os ramos dos modelos Weberianos de organização. Nós mudaremos agora e examinaremos a Territorialidade em várias instituições contemporâneas, focalizando nas dinâmicas internas entre a Territorialidade e a estrutura organizacional enquanto mantemos em mente as interpretações neo-Smithianas e neoMarxistas.
As
dinâmicas
territoriais
nos
cenários
contemporâneos. O capítulo 2 aponta que muitos dos efeitos potenciais da Territorialidade são em oposição uns com os outros. A vantagem de não se ter de descobrir o que está sendo realmente controlado pode também significar que a pessoa controlando pode não saber que ela está sobre controle, e não definir pelo tipo o que está sendo controlado pode ser uma causa de má escolhas ineficientes. Subdividir territorialmente o conhecimento e a responsabilidade pode fazer uma organização mais eficiente, até um ponto, por exemplo, de requerer menos supervisores por supervisionados - em outras palavras pelo aumento do alcance do controle da organização. Mas o mesmo grupo de tendências pode levar à desorganização, à segmentação demais , e à alienação (ver figura 2.2). Algumas dessas interconexões gerais entre a Territorialidade e a estrutura organizacional têm sido ilustradas através de exemplos da história. A tarefa agora é torná-las mais precisas e aplicáveis a organizações contemporâneas particulares. Isto significa estender a lógica interna da teoria para desenvolver as relações que são adequadas às organizações modernas. Conforme notado no capítulo 2, um caminho frutífero para explorar as dinâmicas internas da teoria em um contexto contemporâneo seria primeiro focalizar nas interrelações hipotetizadas entre a Territorialidade ( t ), o
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alcance do controle (sp) (que é a razão do supervisor por supervisionados), e a variabilidade geográfica (gv ). A interrelação entre as duas primeiras foi discutida no capítulo 2 no contexto da combinação ( d ) “supervisão eficiente por alcance do controle”, e conduz diretamente à hipótese de que , tudo mais está sendo igual, com tudo mais sendo igual conforme a Territorialidade (t ) aumenta, o alcance do controle (sp) aumenta até um ponto. A variabilidade geográfica (gv ) e sua relação com a Territorialidade (t ) foi discutida no capítulo 2 no contexto do terceiro efeito territorial (o reforço eficiente do acesso) e conduz à conexão da variabilidade geográfica ( gv ) da Territorialidade com a variabilidade geográfica/temporal das coisas a serem controladas. Em adição, a teoria geral propõe que a Territorialidade é uma estratégia para estabelecer acessos diferenciais aponta para a conexão óbvia entre a utilidade desta estratégia e a disponibilidade de outra, os meio nãoterritoriais de contato (i ) que por sua vez dependem em parte da disposição tecnológica. Por exemplo, se os computadores podem substituir os professores - um exemplo de (i ) - e então seria a não necessidade dos estudantes se encontrarem mais dentro do território da sala de aula. Duas outras variáveis ligadas à Territorialidade - o nível de habilidade individual e o nível de complexidade da tarefa - são partes implícitas da teoria, especialmente na discussão das hierarquias de trabalho. A habilidade e a complexidade estão geralmente intimamente relacionadas, e para simplificar o assunto elas podem ser combinadas em uma medida única de complexidade (com). Resumindo, então, nós temos as seguintes interrelações estipuladas diretamente, ceteris paribus: 1.
conforme t aumenta, sp aumenta;
2.
conforme gv aumenta, t diminui;
3.
conforme gv aumenta, i aumenta;
4.
conforme i aumenta, t diminui;
5.
conforme i aumenta, sp aumenta. Entre os colorários estão ceteris paribus:
255 6.
conforme com aumenta, sp diminui;
7.
conforme com aumenta, gv aumenta;
8.
conforme com aumenta, i aumenta;
9.
conforme com aumenta, t diminui. Por conveniência o arranjo completo das relações bivariadas
hipotetizadas pode de ser colocada na seguinte matriz de resumo. t
gv
sp –
t
com i +
–
–
–
+
+
–
+
gv
–
sp
+
–
com
–
+
–
i
–
+
+
+ +
Cada cela contém a direção hipotetizada da mudança entre os pares da variáveis, mantendo todo resto constante. Testar estas interrelações significa que organizações devem ser encontradas para as quais os dados sobre duas os mais das cinco variáveis existentes e para os quais os valores dessas variáveis mudam enquanto virtualmente tudo mais é mantido constante. É a segunda parte que tornar a seleção tão difícil entre até mesmo os casos contemporâneos, e deixa sozinhos os casos históricos , entretanto parecem ser os dados para várias organizações se aproximando destas condições. Uma destas é a militar. A discussão da Territorialidade micro tem envolvido o trabalho indoor e parece peculiar mudar para um exemplo “outdoor”, tal como o das forças armadas. Mas a militariedade entretanto oferece um ambiente de trabalho. Sua estrutura é claramente hierárquica e autoritária. Seu propósito é explícito e a sua forma é a mesma na maior parte do mundo. Esta claridade e uniformidade permite a nós focalizarmos primariamente nas interrelações hipotetizadas da Territorialidade e da estrutura organizacional sem ter que se preocupar sobre quem está controlando quem e para quê propósitos.
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Dentre os serviços, o exército oferece os casos mais claros de graus de Territorialidade, e os manuais oficiais do exército descrevendo as organizações militares têm estado disponíveis por décadas. Destas e de outras fontes pode ser inferido o grau para o qual as tarefas de uma unidade militar são territoriais (t ), para dá a medida do alcance das unidades de controle ( sp), formas de contato indireto (i ), complexidades/habilidades (com) e a variabilidade geográfica e temporal de suas tarefas ( gv ). Por exemplo, as unidades de combate de níveis mais baixos dentro da infantaria, dos Rangers, dos Green berets ou das Forças Especiais se diferem uma das outras nos graus de Territorialidade em suas missões, em suas extensões de controle, em grau de contato indireto, e na complexidade de suas tarefas. Se graus de Territorialidade ( t ) podem ser inferidos a partir de descrições das suas missões. Da mesma forma pode ser feito a variabilidade geográfica (gv ) da suas tarefas. Seus alcances de controle (sp) são simplesmente os números de oficiais por homens em cada nível na hierarquia; os canais de comunicação (i ) são medidos pelo total de equipamento de comunicação designado a cada unidade; e as habilidades e a complexidade das tarefas (com) são indicadas pela lista de homens e oficiais. Localizadas ao longo de uma continuação que se estende desde de muito territorial até levemente ou não-territorial, nós temos respectivamente o pelotão da Infantaria, que tem como um dos seus principais objetivos a “manutenção e a segurança do terreno”; também os Rangers áereotransportados, cujo principal objetivo é a exploração
e cuja única função
territorial é “ a segurança dos objetivos alvos” (uma escala menor a ser guardada por um breve período de tempo); e as Forças Especiais ou Green Berets, cujo objetivo é a guerra não-convencional. Isto significa “operações que incluem mas não são limitadas pela guerra de guerrilha, evasão e fuga, subversão e sabotagem, conduzidas durante períodos de paz e guerra em território hostil ou politicamente sensível”. Manter o território não é uma das suas missões estabelecidas.
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Em outras palavras, os objetivos da infantaria são mais estacionários e podem ser alcançados territorialmente, e os objetivos dos Green Berets são menos estacionários e menos territoriais. (Podem haver outras diferenças geográficas não-territoriais nos seus objetivos, mas quais elas são não é tão aparente). Da nossa teoria nós esperaríamos que, tudo mais fosse igual, quanto maior for o objetivo, maior será o alcance do controle e menos será a necessidade pela comunicação e habilidades variadas. Por outro lado, se o objetivo se torna menos territorial e a tarefa mais complexa e variada geograficamente, então haverá um aumento na comunicação e na habilidade e um decréscimo no alcance do controle. (Nós não podemos predizer em que isto ocorre ou em que proporções). A descrição do exército de 1970 da sua própria organização combina com as nossas expectativas. As unidades selecionadas têm as seguintes composições. A mais territorial, o batalhão de Infantaria, tem: no nível da companhia de rifle, 6 oficiais (dos quais um é um capitão), e 165 homens; no nível de batalhão de rifle, 1 oficial ( um tenente) e 43 homens; e no nível de esquadrão de rifle, nenhum oficial e 10 homens com os seguintes postos; um sargento do staff, 2 sargentos, 4 especialistas e 3 particulares de
primeiras classe; Também no nível do esquadrão existem duas peças de
equipamento de
rádio.
No grupo intermediário territorialmente, os Rangers de transporte aéreo, temse: no nível da companhia, 8 oficiais 9 (dos quais 2 são capitães), e 208 homens; no nível do pelotão,
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3 oficiais (todos tenentes) e 129 homens; e no nível da patrulha, nenhum oficial e 5 homens com os seguintes postos: 1 sargento de staff, 1 sargento, 2 especialistas e um particular de
primeira classe; também cada patrulha tem 3 peças de equipamento de rádio. Para os Green Berets (que são menos territoriais), as unidades
são chamadas de destacamentos e são geralmente de três tipos: “A”, “B” e “C”. O destacamento “A” é a unidade operacional básica e tem 2 oficiais (um capitão e um tenente) e 10 homens, dos quais todos são sargentos de vários postos. O destacamento “B” é uma unidade de comando pequena e tem 2 oficiais (um major e um capitão) e 3 homens, todos de vários postos de sargento. O destacamento “C” tem 7 oficiais ( um tenente-coronel, 2 majores e 4 capitães) e 15 homens, todos de vários postos de sargento. Não há lista de equipamento padrão para estas unidades. Suas necessidades variam por missão e em geral eles terão pouco equipamento de comunicação, uma vez que a forma preferida de contato entre eles é a face a face. A partir desses dados, nós podemos ver que o exército, embora relutantemente, se encaixa à nossa predição. Ele altera seus requisitos para um alcance do controle, formas de comunicação, e habilidade de seus homens conforme o grau da Territorialidade das missões mudam. As unidades de infantaria têm um grande alcance de controle, o número mais baixo de oficiais graduados por tropas e o menor número de oficiais por particulares de primeira classe. A companhia Ranger tem o maior número de sargento por particulares de primeira classe no nível do pelotão e mais um capitão por companhia do que a infantaria. Também, os Rangers são divididos em pequenas unidades as patrulhas - e têm mais equipamentos de rádio. (Se eles não tivessem, se esperaria um alcance de controle mais baixo). As Forças Especiais ou os Green Berets têm uma proporção notavelmente maior de oficiais por homens, e todos os homens têm os postos de sargento ou acima. (Se houvesse mais equipamento de rádio por pessoa, poderia se esperar um alcance levemente maior de controle).
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A exanimação de organizações do exército em outros países, e no passado (comparando, por exemplo, os objetivos territoriais e as organizações internas das unidades de cavalaria e Infantaria), provavelmente confirmaria as relações hipotetizadas. Quanto mais estudos são realizados, mais precisas podem ser a calibração das relações e dos seus alcances. Esta evidência foi tirada das regras publicadas da organização. As regras podem não ser seguidas letra por letra na prática, mas elas realmente influenciam um comportamento. Estes manuais são distribuídos para as tropas e são usados nos cálculos estratégicos. Conforme qualquer levemente familiarizado com a vida do exército pode atestar, o exército segue o “manual” e as regras tão uniformes e inflexíveis quanto elas podem ser. A evidência para algumas dessas interrelações em outros tipos de locais de trabalho pode ser reconstruída a partir do grande número de trabalhos existentes sobre os ambientes da fábrica e do trabalho. Estes estudos estão baseados no comportamento real ao invés de regras, embora muito do comportamento no trabalho seja minuciosamente estipulado pela regras. Muitos desses estudos não tinham a intenção de ser sobre a Territorialidade, nem eles citam as cinco variáveis exatamente como nós temos. Assim seus dados podem ser re-examinados para indicar os efeitos da Territorialidade. Por exemplo, um estudo bem conhecido dos trabalhadores industriais mede as seguintes características das tarefas: a variedade do objeto - o número de partes, ferramentas e controles a serem estipulados; a variedade do motor - a variedade em prescrever o local de trabalho, variedade na locação física do trabalho, variedade das operações físicas prescritas do trabalho; e autonomia - quantidade de latitude do trabalho na seleção do método de trabalho, na seleção do ritmo de trabalho, em aceitar ou rejeitar a qualidade de materiais de entrada, em servir para serviços externos; a interação necessária - número de pessoas necessária para se interagir por pelo menos duas horas, o total de tempo gasto nas interações necessárias; a interação opcional no trabalho - número de pessoas disponíveis para interação na área de trabalho, quantidade de tempo disponível para interação enquanto se trabalha; a interação opcional fora do trabalho - total de tempo que o trabalhador é livre para escolher sair da área de trabalho sem repressão;
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conhecimento e habilidade - total de tempo requerido para aprendera realizar um trabalho com proficiência; responsabilidade - o grau de ação remedial necessário para corrigir problemas da rotina do trabalho. Em termos de variáveis da teoria, a Territorialidade ( t ) pode ser encontrada nas medidas de autonomia e nas interações opcionais dentro e fora do trabalho. A complexidade geográfica ( gv ) é indicada pelo objeto e pela variedade motor, e a complexidade/habilidade da tarefa ( com) é indicada pelo conhecimento/habilidade e responsabilidade. Como nós esperaríamos da teoria, os dados mostram que os índices que nós usamos para a Territorialidade estão inversamente relacionados com aqueles para a complexidade/habilidade e variabilidade geográfica. É interessante notar que o estudo revela também que as prerrogativas para a baixa Territorialidade e a alta complexidade e a variabilidade geográfica estão positivamente relacionadas com a satisfação no trabalho. Pode não ser surpresa dado que nós sabemos sobre a subdivisão minuciosa do trabalho, o controle territorial e a resistência histórica dos trabalhadores à disciplina da fábrica. As interrelações específicas entre estas variáveis podem se manter somente quando tudo continua o mesmo. Mas isto acontece raramente mesmo no laboratório. O trabalho ocorre em um contexto social sempre em mudança e as atitudes dos trabalhadores são variáveis. O trabalho moderno requer uma força de trabalho gerenciável, para usar os termos de Foucault, de “corpos dóceis”. Recentemente os trabalhadores no ocidente industrializado têm aparentado ser menos dóceis. Nos anos de 1960 e 70 marcou-se um período nos Estados Unidos de casos severos de ausência de trabalhadores, e de baixa produtividade, e de sabotagem industrial. Estes problemas eram parte de um descontentamento social mais geral. Ignorando o contexto social maior e focalizando somente no trabalho, têm-se colocado o peso da baixa produtividade do trabalhador sobre os ombros do próprio trabalhador. Isto foi algo fácil demais. As uniões têm tornado os trabalhos moles demais. O que é preciso é uma disciplina maior. As uniões devem ser enfraquecidas, os salários abaixados ou a indústria deve ir embora para encontrar grupos de trabalhos mais baratos ou mais dóceis. Em
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resumo, a solução é ainda mais disciplina industrial. Outros nos gerenciamentos põem a culpa no gerenciamento excessivo e geralmente pobre. O planejamento de longo alcance e a tecnologia têm sido sacrificados por lucros rápidos. A automação e a especialização minuciosa tem tornado os trabalhos monótonos e o trabalho parece sem sentido. Os empregos deveriam ser reprojetados e tornados mais interessantes e devem ser dadas maiores responsabilidades aos trabalhadores. Propostas para tornar o trabalho mais atraente têm passado das mudanças essencialmente domésticas na descrição do trabalho, para o aumento real das complexidades dos mesmos, para ter os trabalhadores se envolvendo no gerenciamento. Daquilo que aumenta a complexidade (real ou aparente) e as responsabilidades das tarefas, a maioria implica se não for construída explicitamente na nova descrição, em um controle menos estritamente territorial sobre o trabalho. É claro que é isto que a lógica territorial sugere. Enquanto as tarefas foram simplificadas usando-se a Territorialidade para reduzir o ambiente, relaxar a Territorialidade ajudaria a “aumentar” e tornar as tarefas mais complexas. Como a teoria espera, e o trabalho no gerenciamento industrial demonstra, para tarefas especificas, a complexidade do trabalho, o movimento discreto no espaço e no tempo e uma satisfação com o trabalho são geralmente interrelacionados. As restrições territoriais certamente teriam que ser elevadas até algum grau se os trabalhadores tivessem que participar no gerenciamento. Se eles têm que ajudar a fazer a companhia andar, eles também devem ter acesso a maioria das áreas no local de trabalho. Mesmo as tentativas mais modesta em aumentar a responsabilidade do trabalhador geralmente resulta em se dar aos trabalhadores uma liberdade geográfica maior correspondentemente Um dos esforços pioneiros em aumentar a complexidade do trabalho e a responsabilidade do trabalhador foi realizado na indústria automotiva sueca. No meio dos anos 70, a Volvo e a Saab deram aos trabalhadores tarefas mais complexas alterando a linha de montagem para incluir “grupos de trabalho” e “buffers”. Um time de trabalho para a linha de montagem automotiva é composto de sete trabalhadores;
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seis trabalham em pares enquanto que o sétimo serve como um coordenador, vendo que materiais chegam e entrando em cena quando alguém está temporariamente ausente. De algumas maneiras o coordenador tem a função do capataz, mas há uma diferença importante: a posição é alternada entre os membros do grupo numa base de uma semana. Os grupos não somente constrói as carcaças, ele leva à cabo muitas funções até então reservadas para trabalhadores habilidosos e para empregados de colarinho branco. Ele faz a maior parte da manutenção do seu maquinario, a maior parte do controle de qualidade e, em consultas com o gerente, contrata novos membros e controla um... orçamento para um novo equipamento. Ele também pode, dentro dos limites, contratar substitutos temporários para membros doentes. O buffer é um meio de estocar o trabalho de forma que a próxima peça... não chega ditada por um tempo mecânico pela linha mas é removida do estoque do buffer; o time de produção vai ao buffer entre ele e o grupo subsequente. As conseqüências desse sistema é que a autonomia do grupo é radicalmente aumentada. O grupo controla o seu próprio tempo de produção. E uma produção mais rápida para preencher o buffer, permite intervalos mais longos, geralmente de mais de um hora e meia. O sistema de buffer permite a cada grupo controlar o seu próprio processo de trabalho mais ou menos como ele gosta. Os limites são definidos pelo tamanho do buffer, mas, dentro deles, o grupo estabelece o seu próprio tempo, determina o seu calendário e se o buffer estiver completamente cheio, pode simplesmente tirar uma hora ou mais de folga. Os grupos de trabalhos e as zonas de buffer não estão sem problemas. “A união tem dificuldade em persuadir os grupos a contratarem mulheres e trabalhadores mais velhos que podem cortar a eficiência do grupo... e problemas pessoais têm se desenvolvido”. E o sistema de buffer é caro de se manter, “porque ele requer espaço para os buffers entre os grupos e ele amarra o capital no estoque”. Entretanto ele tem os seus benefícios. Ele tem uma flexibilidade maior e menores custos para o gerenciamento, trabalho mais interessante e maior controle do processo de trabalho pelos
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trabalhadores. Estas mudanças têm diminuído as faltas e a rotatividade de trabalhadores. O
gerenciamento
tem
tentado
outros
sistemas
menos
hierárquicos e centralizados. Um exemplo é chamado de organização matriz. Este sistema coloca os indivíduos em arranjos sobrepostos de grupos de tomada de decisão. Cada indivíduo pertence a mais de um grupo e quando quer que seja possível as decisões são feitas pelo consenso. Uma tentativa interessante na introdução da organização matriz ocorreu dentro de um dos ambientes de trabalhos mais tradicionalmente rígido e hierárquico e territorial: o navio. A vida e o trabalho a bordo de um navio é enormemente dividida territorialmente. O espaço é dividido de acordo com a posição. A história dos navios pode dar exemplos contínuos mais antigos das relações entre a Territorialidade e a hierarquia. Para experimentos modernos, uma companhia marítima mercante norueguesa tentou democratizar o navio; para se ter decisões tomadas não-hierarquicamente, através de matrizes organizacionais e consensos. Isto tornou claro que um aumento na flexibilidade significa uma diminuição na Territorialidade. Além disso, planos para uma nova organização do navio e o projeto incluíam “equiparar as condições de vida; e espaço comum para todos a bordo, incluindo uma biblioteca, um bar, etc.”. Exemplos do aumento da flexibilidade das tarefas e a diminuição da Territorialidade podem ser encontrados no ambiente de trabalho da escola. As escolas elementares têm tentado criar atmosferas de sala de aula estruturadas menos rigidamente. No lugar das tradicionais salas de aulas “fechadas” nas quais os estudantes estão presos às suas carteiras (como se fossem trabalhadores nas estações de trabalho de uma fábrica), recebendo um calendário rígido de tarefas do professor que geralmente está estacionado na frente da sala supervisionando a turma, as escolas têm tentado uma sala de aula aberta na qual as crianças tem a permissão para se mover de um lugar para outro dentro da sala para selecionar o seu próprio assunto e trabalhar no seu próprio ritmo. As salas de aulas abertas geralmente contém mais de uma série por turma, permitindo assim à criança um alcance maior de oportunidades das quais elas podem escolher. A questão é que dando a criança mais liberdade para selecionar o que ele quer aprender e quando ele
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quer aprender aumentará o seu interesse geral no aprendizado. (Se isto diminui ou não o alcance do controle é algo que ainda não foi determinado). O trabalho e a Territorialidade não formam um sistema fechado. Isto dificulta se ter confiança de que as interrelações que se mantém em um contexto se manterão em outro. Então muito do equilíbrio depende das preocupações sociais maiores e de como o ambiente do trabalho é percebido. A pesquisa sobre o projeto do escritório ilustra esta complexidade. Em uma revisão compreensiva da literatura de Oldham e Brass apontou que dois efeitos opostos do design do escritório aberto podem ser esperados. Por um lado, o que os autores chamavam de método da interação social nos levaria a esperar que um plano de um escritório aberto encorajaria a interação, que a interação maior aumentaria a amizade e estas aumentariam a performance no trabalho. Pelo outro lado, o que os autores chamaram de método sócio-técnico onde uma falta de barreiras claramente física, tais como as paredes, reduziria a claridade das tarefas do sentido da autonomia individual e assim diminuiria a efetividade do trabalho no geral. Cada um usa partes diferentes dos efeitos da Territorialidade. O primeiro enfatiza (como aqueles que clamavam por uma divisão menor do trabalho) o enriquecimento do trabalho que vem de menos territorialidade, e o segundo (como aqueles que clamavam por uma divisão maior do trabalho), a clareza da definição que vem de uma maior Territorialidade. Os mesmos autores tentaram determinar que efeitos realmente operaram em um caso particular. Eles examinaram a atitude dos trabalhadores em um jornal de tamanho médio, antes e após eles serem movidos de um lugar fechado para uma estrutura de escritório aberto. A mudança ocorreu em parte porque o gerenciamento esperava que um plano de escritório aberto aumentasse o sentido de coesão do grupo - para criar uma “atmosfera familiar”. Os resultados dessas pesquisas intensas sugerem que neste caso os trabalhadores estavam menos satisfeitos após a mudança do que antes, e primariamente por causa da falta de privacidade, da falta de descrição das suas tarefas e dos seus subgrupos. Eles acharam o plano escritório aberto barulhento , descrevendo como uma “grande estação central”, ou como “viver em um aquário”.
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Este caso particular sugere que o ponto chave foi alcançado entre a diminuição da territorialidade, o aumento da variabilidade do emprego e a satisfação no emprego. Mas porquê ele foi alcançado? É difícil responder isto apesar do projeto experimental elaborado do estudo. O novo escritório era excessivamente aberto e barulhento. Umas poucas divisões e uma diminuição do barulho poderia ter feito com os trabalhadores sentissem que a mudança teve uma melhoria. Mas talvez uma pista mais básica possa ser encontrada nas razões do gerenciamento e procedimentos para a nova realização. A mudança foi originariamente estimulada por um desejo em parte do gerenciamento em aumentar o sentido do trabalhador de corporativismo, mas aparentemente o processo foi feito sem a consulta e assistência dos empregados. Talvez a motivação do gerenciamento e o sentimento dos trabalhadores como se estivessem em um aquário, apontem que no começo haviam sérios problemas de gerenciamento que deveriam ser agravados por qualquer mudança iniciada pelo gerenciamento. Os desenvolvimentos nos novos tipos de comunicação podem ser esperados de se afetar à organização espacial territorial e não-territorial. Nós temos visto que a Igreja Católica tem relaxado algumas de suas pressões territoriais sob seus paroquianos na luz da sua mobilidade geográfica crescente e que a televisão tem dado a alguns ministros evangélicos congressos nacionais. Novos meios de “manter em contato” também têm diminuído o controle territorial dos prisioneiros. Os convictos podem ser liberados mais cedo se eles permitirem um pequeno transmissor seja colocado em seus pulsos ou tornozelo tal que a polícia seja capaz de monitorar eles em qualquer lugar. Estes são os casos da tecnologia mudando os acessos e do uso da estratégia espacial mais eficiente (neste caso a não-territorial) para manter o contato. Juntar a lógica da Territorialidade com a teoria organizacional tem ofertado hipóteses específicas sobre o território, sobre a complexidade do trabalho, hierarquia e tecnologia. A abertura do ambiente de trabalho tornar difícil afinar até mesmo estas relações específicas para um caso particular, e quase impossível generalizar sobre eles e fazer previsões. O máximo que se
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pode esperar é que se esteja a par das possibilidades, que é o caso para a teoria social no geral. Uma boa teoria social ajuda a dar sentido aos eventos do passado e do presente e indica o que razoavelmente pode ser esperado se certas condições forem obtidas. Se as interrelações entre a Territorialidade e a mudança das estratégias gerenciais e tecnologia são importantes, mas difíceis de se prever, então o que muda nas relações sociais? Como elas afetariam a organização territorial e vice-versa? A democratização do local de trabalho reduziria as suas necessidades pela Territorialidade? O Socialismo e o Comunismo reduziriam o controle territorial no local de trabalho e no reino político? Ou a organização territorial é de uma forma ou de outra essencial para qualquer sociedade complexa e tecnologicamente avançada? Se nós encontramos dificuldades em comparar os efeitos territoriais de um local contemporâneo de trabalho com outro, seria tolice se esperar respostas precisas para estas questões amplas e importantes. Tudo que pode ser sugerido é que a Territorialidade, embora de formas diferentes e com efeitos diferentes, parece ser um elemento onipresente da organização em quase todas as sociedades primitivas, embora quando ela foi usada lá, fosse um mecanismo para controlar os recursos entre as pessoas. Além disso, está claro que a Territorialidade sozinha não pode alterar as relações sociais a ponto de mudar a compleição de uma sociedade inteira, mas ela pode, através de suas próprias dinâmicas internas, colocar em movimento, conseqüências sociais imprevisíveis e geralmente indesejáveis até aqui. Isto foi verdade com as civilizações antigas. Foi verdade com a Igreja Católica. Foi o caso com o sistema territorial americano e o local de trabalho. De toda forma é verdade nos países socialistas e pode-se esperar que seja verdade nas tentativas de estabelecer
organizações
comunais
mais
utópicas.
Os
efeitos
Territorialidade são múltiplos, importantes e devem ser considerados.
7. Conclusão: sociedade, território e espaço.
da
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O espaço e o tempo são componentes fundamentais da experiência humana. Eles não são meramente facetas da realidade geográfica, mas são transformados por ela, e afetam as pessoas e suas relações umas com as outras. A Territorialidade como a expressão geográfica básica da influência e do poder oferece uma ligação essencial entre a sociedade, o espaço e o tempo. A Territorialidade é o pano de fundo do contexto geográfico - ela é o aparelho através do qual as pessoas controem e mantém as organizações espaciais. Para os humanos a Territorialidade não é um instinto ou impulso, mas ao invés disso uma estratégia complexa para afetar, influenciar e controlar o acesso de pessoas, coisas e relações. Sua alternativa geográfica é o comportamento espacial não-territorial. Focalizar neste último tem levado a ciência geográfica e a social a enfatizar os efeitos no comportamento humano de tais propriedades métricas de espaço como a distância. Infelizmente, este enfoque tem sido restrito demais para permitir o desenvolvimento de uma lógica espacial complexa. Adicionar um componente territorial com uma ênfase não-métrica para a análise geográfica pode ajudar a expandir a lógica do espaço, tornando-o mais flexível e realístico incrustando-o nas relações sociais. Os territórios são formas construídas socialmente de relações espaciais e seus efeitos dependem de quem está controlando quem e para quê propósitos. A tarefa da teoria da Territorialidade é descobrir os possíveis efeitos da Territorialidade em níveis que são ao mesmo tempo gerais o suficiente para englobar suas muitas formas, e também específicos o suficiente para iluminar e seus exemplos particulares. As interrelações múltiplas e complexas entre as tendências e as combinações constituem as dinâmicas internas da teoria. Algumas destas, como dividir e conquistar, são familiares. A maior parte não é. Mesmo as familiares são tornadas mais claras quando as suas conexões lógicas com outros efeitos territoriais são especificadas. Nós entendemos mais do papel da Territorialidade em dividir e conquistar quando nós percebemos que a Territorialidade pode resultar no emprego conjunto de um grupo específico de tendências, e que usar estes com ênfases levemente diferentes podem ajudar as organizações a se tornarem hierárquicas e burocráticas ou pode levá-las à ineficiência ao invés de ajudá-las a dividir e conquistar.
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A estrutura interna complexa da teoria - seus pontos de máximo e mínimo - revelam as dinâmicas internas da própria Territorialidade. Quais desses efeitos e interrelações são realmente usados e qual seria a sua importância depende dos contextos sociais de quem está realmente usando a Territorialidade e para quê propósitos. Especificar o contexto não é simplesmente uma questão de descobrir os fatos, nós caminhamos para a evidência e as interpretações que nós damos a elas dependem de nossas idéias ou os modelos de quem está à cargo, partindo do nível pessoal através do social. Este livro explorou somente umas poucas das muitas muitas conexões possíveis entre a Territorialidade, a teoria e o contexto. Reexaminar as ligações da Territorialidade a estas, bem como explorar as suas conexões com outras, oferece um caminho amplo para pesquisa futura. Juntar a Territorialidade como nós fizemos a uns poucos modelos amplos das relações sociais revela que alguns efeitos da Territorialidade podem ocorrer em praticamente qualquer sociedade. Outros, entretanto, estão geralmente mais associados com as organizações econômico-políticas particulares. O surgimento das civilizações e surgimento do Capitalismo e da modernidade, são duas transições históricas que têm visto as grandes mudanças na Territorialidade. Na primeira, a mais importante mudança foi o uso da Territorialidade para definir e controlar as pessoas dentro de uma sociedade bem como entre as sociedades; e na segunda, foi o uso da Territorialidade para criar um sentido de espaço esvaziável, de relações impessoais e mascaramento das fontes do poder. Desta forma a Territorialidade sofreu as duas maiores mudanças históricas, o espaço social e o tempo parecem ter passado somente por uma mudança no significado das proporções comparáveis, e isto ocorreu com o surgimento do Capitalismo e da modernidade. A Territorialidade, e a mudança de significado do espaço e do tempo, não ocasionaram estas mudanças econômico-políticas, mas elas desempenharam papéis fundamentais na especificação da função do significado da mudança. As relações históricas e globais entre o território, o espaço, o tempo e a sociedade são de longe importantes demais e complexas para que
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tenhamos feito mais em um único volume do que esquematizar seus pontos principais. Mesmo o enfoque no papel da Territorialidade nos tempos modernos foi examinado dentro somente de um contexto cultural. Sem dúvida, as três facetas modernas da Territorialidade - embora críticas para a modernidade em todo lugar - aparecem com diferentes ênfases em outras partes do mundo além dos Estados Unidos. Na Europa, por exemplo, o desenvolvimento de um sentido abstrato de espaço não ocorreu tão logo no nível territorial político como ocorreu nos Estados Unidos. E nos países do Terceiro Mundo ela ainda não penetrou em níveis tão profundos quanto na América do norte. O continente africano que, como o continente norteamericano, foi explorado abstratamente e geometricamente pelo poderes coloniais, retém, em nível local, muito mais de um sentido de uma definição social do território, muito embora muitas dessas áreas territoriais tribais fossem originariamente demarcações coloniais que tinham sido instauradas com sentidos sociais. Similarmente na África e em outras partes do Terceiro Mundo, a propriedade de terra, seja social ou pessoal, não tem um significado histórico-cultural como tinha na América do Norte onde elas aparecem como divisões esvaziáveis e preenchíveis. Embora nessas sociedades do mundo ocidental o uso do território tenha se tornado mais importante, eles ainda permanecem profundamente misturados com os padrões complexos dos significados preexistentes e dos usos, e formam diferentes misturas e intensidades do velho e do novo que são encontrados no exemplo norteamericano. Mesmo no Japão, uma sociedade industrial moderna em qualquer padrão, usa-se esses potenciais modernos da Territorialidade com diferentes intensidades do que aquelas nos Estados Unidos. Comparar essas misturas é outro motivo para se cuidar contra a associação das mudanças territoriais inteiramente com as econômico-políticas. Justamente como a cultura, a tradição e a história mediam a mudança econômica, elas também devem mediar a maneira que o povo e o local estão ligados, o jeito que as pessoas usam a Territorialidade, e o jeito que elas avaliam a terra. Mesmo no contexto norte-americano nós podemos apontar para a persistência das formas pré-modernas, bem como para as estratégias sobre o espaço e o tempo que têm sido adotadas para neutralizar as experiências prevalecentes da modernidade. E aqui também estas tentativas são
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representadas pela cultura. Os americanos têm tentado se manter no espaço criando lugares históricos nas formas de parques históricos, monumentos nacionais, museus ao ar livre, áreas de preservação histórica, e até mesmo lugares pré-históricos nas áreas selvagens. Os americanos têm encorajado o amor e a aliança no nacionalismo e no patriotismo, eles têm estabelecidos raízes nas vizinhanças e pequenas cidades da América. Outro antídoto para ver o espaço tão frio e abstrato e o esforço pelos geógrafos de incluir componentes humanisticos para as análises geográficas: para lembrar-nos que o espaço não é experimentado nos afazeres diários somente como uma moldura esvaziável abstrata nas quais os eventos estão contingentemente relacionados. Ao invés disso, o espaço e o local são preenchidos com conteúdo e significado. Mas a sociedade moderna, e especialmente a americana, usa outros meios e talvez mais penetrantes para colocar o conteúdo pessoal em um espaço que é frio e abstrato. Ironicamente estes meios são parte do mesmo processo que tem ajudado a extrair estas qualidades frias e impessoais do contexto geográfico. Nós temos visto o desenvolvimento de um espaço métrico abstrato andou de mãos dadas com a necessidade do Capitalismo de aumentar a produção e o consumo. Um espaço abstrato e o tempo oferecem a economia uma moldura poderosa, prática e facilmente manipulada
para
organizar as pessoas e os recursos para uma sociedade de massa. Nós também temos visto que este mesmo sistema espacial torna difícil se sentir em casa, a se ligar a um lugar. Ao mesmo tempo que nós condenamos a perda destes laços pessoais e tentamos restabelecer as raízes, o sistema econômico com sua ênfase sobre o consumo, acena com uma promessa de uma solução para estes paradoxos. Eles nos dizem que é através do consumo de produtos, especialmente pela propaganda, que nós podemos novamente estar no centro do mundo; que nós podemos estabelecer o controle sobre nossos próprios destinos. O ato de consumir é visto como para criar conforto e contexto significativo - ao mesmo tempo pequenos e grandes, efêmeros e substanciais assim ele alega citar muitos dos problemas de consumo que eles mesmo cria. Ainda de fato o consumo aumenta o problema porque é através do consumo que esses contextos geográficos e históricos são fragmentados, tornados abstratos e justapostos.