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CONTEÚDO “... os filmes históricos, mesmo quando sabemos que são representações fantasiosas ou ideológicas, afetam a maneira como vemos o passado.”. “... que palavras e imagens trabalham de maneiras diferentes para e!pressar e e!plicar o mundo. "m filme nunca ser# capa$ de fa$er e!atamente o que um livro pode fa$er e vice% versa. & história história apresentada nestas duas m'dias diferentes teria, em (ltima inst)ncia, de ser *ulgada a partir de crit+rios crit+rios diferentes.”. “... colocam em primeiro plano sua própria construção- contam o passado de forma auto autorre rrefle fle!i !iva va e a parti partirr de uma uma mult multip ipli lici cida dade de de pont pontos os de vist vistaa aban abando dona nam m o desenvolvimento narrativo normal ou problemati$am as narrativas que são recontadasutili$am humor, paródia e absurdo como maneiras de apresentar o passado- recusam%se a insi insist stir ir em um sign signifi ifica cado do coer coeren ente te ou (nic (nicoo para para os acon aconte teci cime ment ntos os-- utili utili$a $am m o conhecimento fragment#rio ou po+tico e nunca esquecem que o momento presente + o locus de todas as representações do passado.” “/ineastas criam filmes, e não teorias sobre filmes, e muito menos teorias sobre a história, o que significa que precisamos buscar em suas produções acabadas, e não em suas intenções declaradas, o entendimento do pensamento histórico que encontramos na tela.”. Três passos metodológicos para uma análise !lmica" “2oo enta “2 entant nto, o, os melh melhore oress film filmes es hist histór óric icos os,, como como a próp própri riaa 3a 3avi viss most mostra ra,, pode podem m estabelecer interseções, tecer coment#rios e acrescentar algo ao discurso histórico mais amplo do qual se originam e ao qual se dirigem. 4sse “algo” + o que nós, que nos importamos com o passado, precisamos aprender a ver.”. “/omo as narrativas históricas escritas, os filmes não são espelhos que mostram uma realidade e!tinta, mas construções, obras cu*as regras de interação com os vest'gios do passado são são necessariamente necessariamente diferentes das das obedecidas pela história escrita”. escrita”. Pass Pa ssos os me meto todo doló lógi gico coss pa para ra a an anál ális isee ! !lm lmic ica# a# /om /ompre pressã ssãoo ou co conde ndensa nsaçã ção, o, deslocamentos, deslocamento s, alterações, di#logo e personagens. Descri$%o de como se construiu e em &ue se 'aseia a tradi$%o (oll)*oodiana" “&lguns elementos dessa linguagem especial especial dos filmes foram delineados anteriormente. 7 filme histórico fala uma linguagem que + metafórica e simbólica, uma linguagem que cria uma s+rie de realidades apro!imadas ou poss'veis, mais do que uma realidade literalmente verdadeira embora ela tamb+m apresente pontos de interseção com o literal. 9rata%se de uma linguagem por meio da qual o filme levanta os mesmos tipos de questões acerca do passado que os historiadores, mas que precisamos aprender a “ler”, assim como aprendemos a ler um livro buscando não apenas o que est# na superf'cie, mas o que essa superf'cie tra$ : tona e sugere, e tamb+m o modo como aquela obra interagem com o que conhecemoss ;ou dese*amos conhecer<”. =obre a linguagem f'lmica histórica. conhecemo “/om filmes e história, temos de ser contraintuitivos para entender que, por mais realista que pareça, o filme dram#tico nunca pode ser um refle!o, mas tem que ser, como uma obra escri escrita, ta, uma const construç rução ão do passa passado. do. "ma narra narrativ tivaa prefig prefigura urada da pela pela con consci sci>nc >ncia ia do historiador?cineasta. "ma luta sobre o significado do presente e do futuro ambientada no passado.”. passado.”. “"m argumento sob a forma de um enredo- um enredo sob a forma de um argumento. "m argumento que tamb+m + um tipo de visão do mundo, uma visão que pode manter uma certa força e validade mesmo depois de muito tempo da eventual suplantação dos dados nos quais ela se baseia.”. “Aas a história em filme, como eu tenho argumentado ao longo deste livro, não pode falar de fatos literais. & tela não + uma boa m'dia para transmitir os dados concisos que enchem os livros de história. B...C 9alve$ história se*a a palavra errada. 9alve$ dev>ssemos escolher outra palavra para a tentativa de representar e dar significado ao passado em um filme dram#tico.”. “Dara apresentar seu argumento, Outubro não não nos cont contaa o que aconteceu ne nem o que poderia ter acontecido . 4m ve$ disso, apresenta uma mistura habilidosa das duas coisas uma mistura que ;não sendo totalmente diferente da história escrita< cria uma e!pressão
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simbólica ou metafórica do que chamamos de Eevolução Folchevique.”. BGrifos do autorC “"ma questão desse tipo aponta diretamente para uma outra questão mais amplaH antes de atribuirmos o rótulo de história a alguma coisa, o que precisamos saber a respeito do passado e por que queremos sabe%loI” “7bviamente, a representação da história na tela requer convenções diferentes das que tradicionalmente usamos. & história em filme est# muito ligada : emoção, + uma tentativa de nos fa$er sentir que estamos aprendendo algo do passado vivenciando indiretamente os seus momentos. 4 essa e!peri>ncia se d# por meio de enredos que, como nas obras de historiadores mais tradicionais, utili$am o discurso da história e, ao mesmo tempo, acrescentam%lhe algo. &o fa$er isso, os diretores tornam o passado significativo, no m'nimo, de tr>s maneiras diferentes criam obras que visualizam, contestam e revisam a história ;Eosenstone, 1bH 8%1<.”. BGrifo do autorC. “Visualizar a história + pJr carne e osso no passado- mostrar%nos indiv'duos em situações que parecem reais, dramati$ar acontecimentos, apresentar%nos pessoas com as quais nos identificar, fa$er%nos sentir como se tiv+ssemos vivido momentos e questões h# muito e!tintos. K nos proporcionar a e!peri>ncia e as emoções do passado e, nesse sentido, + algo muito diferente do distanciamento e da an#lise de um te!to escrito. Contestar a história + fornecer interpretações que contradi$em o conhecimento tradicional, desafiar visões geralmente aceitas de pessoas, acontecimentos, questões ou temas espec'ficos de car#ter pessoal, nacional ou internacional. Revisar a história + nos mostrar o passado de uma maneira nova e inesperada, utili$ar uma est+tica que viola os modos realistas tradicionais de contar o passado, que não segue uma estrutura dram#tica normal ou que mistura g>neros e modos tudo isso com a finalidade de transformar o usual em inusual e fa$er com que a plateia repense o que acha que *# conhece.”. BGrifo do autorC. “4sse filme tamb+m + um e!emplo perfeito de uma outra tarefa que podemos atribuir ao filme históricoH ser provocador. /riar um passado na tela tão ultra*ante ou pol>mico a ponto de forçar uma sociedade a debater abertamente uma importante questão histórica.”. “=ignifica aceitar a ideia de que a história não + mais ;nem menos< do que uma tentativa de recontar, e!plicar e interpretar o passado, dar sentido a acontecimentos, momentos, movimentos, pessoas, per'odos que desapareceram.”. “& minha sugestão + que a história tamb+m reside em obras como as que =tone criou para a tela. 4m uma sociedade na qual a leitura, especialmente a leitura s+ria sobre o passado, + cada ve$ mais uma atividade elitista, + poss'vel que uma história desse tipo nas telas se*a a história do futuro. 9alve$ em uma cultura visual, a verdade do fato individual se*a menos importante do que a verdade global da met#fora que criamos para nos a*udar a entender o passado. 7s fatos, cabe lembrar, nem sempre foram a ferramenta prim#ria para contar o passado.”. “ B...C a história escrita, a história acad>mica, não + algo sólido e sem problemas, e certamente não + um “refle!o” da realidade passada, mas a construção de um enredo moral sobre o passado a partir de vest'gios que sobrevivem. & história ;tal como a praticamos< + um produto ideológico e cultural do mundo ocidental em um momento espec'fico do seu desenvolvimento no qual a noção de verdade “cient'fica, baseada em e!peri>ncias replic#veis foi transportada para as ci>ncias sociais, inclusive a história ;na qual nenhuma e!peri>ncia desse tipo + poss'vel<. & história, na verdade, não passa de uma s+rie de convenções para se pensar sobre o passado. 4ssas convenções mudaram ao longo do tempo desde os enredos de Leródoto at+ o cientificismo de Mon EanNe e obviamente mudarão no futuro. & “verdade da história não reside na verificabilidade de dados individuais, mas na narrativa global do passado.”. “&lguns estudiosos e cr'ticos acham que as imagens dramati$adas de &uschOit$ são tão banais, tão e!cessivamente usadas e tão normali$adoras de uma e!peri>ncia que nunca poderia ser chamada de normal que só evitando imagens dos campos + poss'vel retratar o Lolocausto.”. “7 bar, sempre filmado em tons escuros, no qual multidões de rapa$es ;presumivelmente aqueles que *ogam ti*olos e bombas< brindam e cantam canções militares, certamente visa relembrar os elos masculinos e a viol>ncia do na$ismo, ou talve$, at+ mesmo o famoso