Resumo do livro A Odisseia de Homero A Odisseia é um dos mais importantes poemas épicos da Grécia Antiga, atribuída a Homero. É importante destacar que o poema não foi escrito por Homero, mas provavelmente composto – naquele tempo, esses longos poemas épicos eram memorizados e declamados de cidade em cidade, popularizando-se. Assim, o poema manteve-se através da tradição oral. A trama da Odisseia é a continuação da obra Ilíada, sobre a famosa Guerra de Troia. A obra seguinte, portanto, trata do retorno do guerreiro Odisseu (ou Ulisses) à sua terra natal, Ítaca, na Grécia. Durante o seu retorno pelo mar, o herói de guerra enfrenta muitos perigos e aventuras, levando dez anos para voltar. A Odisseia inicia-se com a história de Telêmaco e Penélope, respectivamente filho e esposa de Odisseu. O herói saiu de casa para a Guerra de Troia quando o filho tinha apenas um mês de idade, e passou vinte anos ausente – dez na guerra e mais dez no regresso. Enquanto isso, 108 pretendentes batem à porta de Penélope, tentando convencê-la que seu marido morreu e casar-se novamente. Enquanto isso, como é comum nos poemas épicos gregos, acompanhamos uma rixa entre os deuses do monte Olimpo e como ela influenciará o destino dos homens. Quando Poseidon (o deus do mar) se ausenta, a protetora de Odisseu, Atena, resolve discutir seu destino com Zeus. Ela desce à terra e, ao testemunhar a forma inapropriada como os pretendentes de Penélope se comporta, resolve ajudar Telêmaco a encontrar o pai, entregando a ele navio e tripulação. Telêmaco inicia sua missão para encontrar Odisseu: primeiro, ele vai a Pilos, na Grécia continental, onde recebe a ajuda do guerreiro Nestor; juntos, eles partem para Esparta, onde encontram Menelau e Helena (pivô da Guerra de Troia) já reconciliados. Menelau conta a Telêmaco que seu pai foi aprisionado pela ninfa Calipso. De fato, o herói estava preso pela ninfa há sete anos, em ilha que leva seu nome – Calipso. Zeus envia outro deus, Hermes, como mensageiro para convencer Calipso a soltá-lo. Ela faz isso, e entrega a ele uma jangada, além de roupas e mantimentos. Por obra de Posseidon, Odisseu acaba naufragando – mas ele salva-se do desastre, nadando até a ilha de Esquéria. Lá, no começo ele permanece anônimo, mas quando os homens começam a contar das glórias da Guerra de Troia e principalmente do Cavalo de Troia (importante estratagema que ele ajudou a criar), ele acaba revelando-se e contando sua histórias de heroísmo a todos. Assim, ficamos sabendo de todas as aventuras (e desventuras) de Odisseu até então: como ele e seus doze navios foram desviados do curso original em Ismara; como depois ele foi capturado pelo ciclope Polifemo, escapando ao cegar o monstro com um pedaço de madeira; como Eólo, o senhor dos ventos, presenteou Odisseu com um saco de couro contendo quase todos os ventos do mundo para assegurar seu retorno ao lar; e
como foi justamente esse saco, aberto na hora errada, que causaram ainda mais confusões e enviou os navios para longe de casa. Após ouvir toda a história, os feácios resolvem ajudar Odisseu e deixam-o em Ítaca. Primeiro, o herói reencontra seu filho Telêmaco. Ele ainda vinga-se dos pretendentes, e finalmente retorna ao lar.
Principais Personagens de A Odisseia Casa de Odisseu: Odisseu (conhecido também pela forma latina, Ulisses), herói da guerra de Troia e que quer voltar para junto dos seus familiares; Penélope, esposa de Odisseu, prima de Helena de Troia; Telémaco, filho de Odisseu e de Penélope; Laertes, pai idoso de Odisseu; Eumeu, porqueiro; Euricleia, ama de confiança de Odisseu; Antinoo, um dos pretendentes o mais malvado de todos; Eurimaco, um dos pretendentes que copia tudo o que Antinoo diz. Casa dos Feácios: Alcínoo, rei dos feácios; Areta de Cirene, esposa de Alcínoo; Nausícaa, princesa dos Feácios; Laodamante, irmão de Nausícaa, desafiador de Odisseu nos jogos; Hálio, idem; Clitóneo, idem; Equeneu, velho herói; Demódoco, aedo, contador lírico de histórias;
Pontónoo; Anfíloo, atleta; Euríalo, atleta, desafiador de Odisseu nos jogos. Marinheiros de Odisseu: Baio, Euríloco, Perimedes, Elpenor. Deuses intervenientes: Zeus rei dos deuses; Atena deusa da sabedoria (a favor de Odisseu); Circe feiticeira, filha de Hélio e Persa (a favor de Odisseu); Posseidon deus dos mares (maior inimigo de Odisseu); Éolo deus dos ventos, que recebe Odisseu e seus amigos em sua ilha; Hermes mensageiro dos deuses; Hélio o Sol, de quem os companheiros de Odisseu mataram o gado; Calipso ninfa, filha de Atlante, que se apaixona por Odisseu; Leucótea deusa marinha que salva Odisseu de um naufrágio. Monstros e criaturas: Cila, monstro com doze pernas e seis cabeças, cada uma com três fileiras de dentes, habitava o interior de uma gruta cavada no rochedo; Ciclopes, (literalmente “Olho redondo”, “Olhicircular”) em particular Polifemo (lit. “que fala muito”, “Multifalaz”), filho de Poseidon e da ninfa Toosa. Gigante de um olho só, dedicado ao pastoreio e que vive em estado selvagem; Caríbdis, monstro das profundezas marinhas que três vezes ao dia sorvia e vomitava a água do mar. Sua morada ficava a curta distância de Cila; Hárpias, em Homero, dois monstros com corpo metade mulher e metade pássaro, habitantes de uma ilha na qual há bonança. Com seus cantos, encantam os homens que passem perto, devorando-os depois; Lotófagos (“Comedores de Lótus”), povo fantástico que vive próximo as regiões da Líbia na África e se alimentam de flores de lótus, a qual provoca certo esquecimento. Lestrigões gigantes antropófagos e arremessadores de rochas.