UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO – UFES CENTRO DE CIENCIAS AGRARIAS – CCA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA RURAL
KARGEAN VIANNA BARBOSA MARY ESTER SANTIAGO MACHADO RENATA FREIRE DAVEL
RELATÓRIO DE PEDOLOGIA
ALEGRE 2010
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KARGEAN VIANNA BARBOSA MARY ESTER SANTIAGO MACHADO RENATA FREIRE DAVEL
RELATÓRIO DE PEDOLOGIA Trabalho apresentado à disciplina Pedologia para Geologia do Curso de Geologia – Relatório de Pedologia – da Universidade Federal do Espírito Santo de Alegre como requisito para avaliação. Professor: José Augusto
ALEGRE 2010
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SUMÁRIO 1. OBJETIVOS ................................................................................................................ 4 2. METODOLOGIA ........................................................................................................4 3. DESCRIÇÃO DOS PONTOS ...................................................................................... 6 4. CONCLUSÃO ........................................................................................................... 10
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1. OBJETIVOS Este trabalho de campo teve como objetivo básicos: Delimitar e definir os horizontes pedogenéticos; Descrever o perfil da seção em estudo, por meio de critérios morfológicos; Associar sua gênese à geologia e geomorfologia local e regional; Classificação dos solos da região; E como objetivo principal colocar em prática o conteúdo ministrado nesta disciplina.
2. METODOLOGIA Os materiais utilizados neste trabalho de campo foram: Trena, GPS, câmera digital e fichas para descrição do perfil. Os pontos foram pré-selecionados pelo professor e a turma foi separada em grupos de três componentes. Cada grupo ficou responsável por analisar um perfil da seção (quando possível). Nas seções era observado o relevo local (próximo ao perfil) e regional (os arredores); Capacidade de drenagem; O potencial de erosão bem como sua classe e tipo; Se o mesmo apresentava pedregosidade e rochosidade; E presença vegetação primária. Já nos perfis foi dada ênfase nas características morfológicas tais como: Espessura e profundidade dos horizontes quando possível aferi-los Cor: A definição da cor não pôde seguir lealmente o código de Munsell devido ausência do mesmo, sendo assim definida pelos componentes do grupo; Textura: Era identificada através do tato e aferimento das porcentagens dos componentes (areia, silte e argila); Cascalhos: Observando-se o teor de fração grosseira no perfil; Estrutura: Definida com base nos critérios texturais; Cerosidade: Observada a partir do brilho após espalhamento da amostra de solo em uma superfície;
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Consistência: Em solo seco ou úmido define-se um estagio de agregação, além disso, um teste o qual se coloca um pouco de água sobre uma quantidade de solo, friccionando este até que se forme uma espécie de cordão, com a finalidade de verificar a pegajosidade e plasticidade do solo. Transição: Definida pela mudança da topografia no perfil e variação de coloração.
Foto 1 - Teste de pegajosidade e elasticidade (Foto: Mary Ester)
Foto 2 - Pedregosidade (Foto: Mary Ester)
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3. DESCRIÇÃO DE PONTOS Ponto 01: Coordenadas: 7700755N
0235726E
Altitude: 250m
Foto 3 – Perfil 01 (Foto: Mary Ester)
O ponto está localizado na estrada próxima ao trevo café/prainha. Foi realizada a descrição do perfil completo que está inserido em um relevo regional suavemente ondulado, e relevo local suavemente ondulado. Apresenta boa drenagem, erosão não aparente, ligeira pedregosidade, não rochoso, com vegetação gramínea a de pequeno porte. A descrição morfológica é dada pela visualização dos horizontes pedogenéticos A, B e C visualizados neste perfil. As características observadas do horizonte B são: profundidade e espessura de aproximadamente 5,0 e 3,0 metros, respectivamente; possui coloração vermelha escura, textura franco-arenosa e franco-argilosa, apresentando poucos cascalhos, textura granular, cerosidade comum e moderada. A consistência quando seca é solta, quando úmida é friável, há plasticidade e ligeiramente pegajosa. A transição para o horizonte C é irregular e gradual. As características observadas do horizonte C são: profundidade e espessura, aproximadamente de 5,0 metros e 1,10 metros, respectivamente; Apresenta a coloração bege, textura franco-arenosa, cascalhos, estrutura granular; A consistência quando seco é solta e úmida é solta [?], não há plasticidade e pegajosidade; A transição do horizonte se dá de forma irregular e gradual.
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Foto 4 - Horizonte C (Foto: Mary Ester)
Ponto 2: Coordenadas: 7701447N
0236171E
Altitude: 242m.
Foto 5 – Perfil 02 (Foto: Mary Ester)
O ponto está localizado próximo ao Morro da Cruzinha. Foi realizado uma descrição do perfil completo que está inserido em um relevo regional suavemente ondulado, e relevo local suavemente ondulado. Apresenta drenagem moderada, erosão
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não aparente, há pedregosidade e rochosidade, vegetação gramínea. A descrição morfológica é dada pela visualização dos horizontes pedogenéticos A, B e C. As características visualizadas no horizonte C são: Profundidade e espessura, de aproximadamente 5,0 metros e 2,5 metros respectivamente. Apresenta coloração cinza a esbranquiçado, ocorrendo predominância da coloração branca, textura franco-arenosa com cascalhos, estrutura granular com pouca cerosidade; A consistência quando seca é solta e quando úmida é muito friável, não há plasticidade e nem pegajosidade; A transição do horizonte C para o B se dá de forma irregular com contraste gradual.
Foto 6 – Horizonte C (Foto: Mary Ester)
As características visualizadas no horizonte B são: Profundidade e espessura, de aproximadamente 2,2 metros e 2,5 metros respectivamente. Apresenta coloração vermelha, um pouco mais escura devido à presença de matéria orgânica, textura é franco-arenosa e franco-argiloarenosa com pouco cascalho, estrutura é granular, há pouca cerosidade; A consistência é solta quando seco e solta quando úmido, é ligeiramente plástica e pegajosa; A transição do horizonte B para o horizonte A se dá de forma difusa. As características visualizadas no horizonte A são: Profundidade e espessura, de aproximadamente 0,20 centímetros e 2,0 metros respectivamente. Apresenta coloração alaranjada, com textura areia-franca, textura granular, há pouca cerosidade; A consistência quando seco e úmido é solta; A transição para o horizonte O é clara.
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Ponto 03: Coordenadas: 7702655N
0235416E
Altitude: 250m.
Foto 7 – Perfil 03 (Foto: Mary Ester)
O ponto está situado atrás da quadra da Guararema. Foi realizada a descrição do perfil completo que está inserido em um relevo regional suavemente ondulado, e relevo local suavemente ondulado. Apresenta boa drenagem, a erosão presente é forte com sulcos representando quase uma ravina, é ligeiramente pedregosa e rochosa, apresenta vegetação gramínea. A descrição morfológica é dada pela visualização dos horizontes pedogenéticos A, B e C visualizados neste perfil. As características visualizadas no horizonte C são: Profundidade e espessura, de aproximadamente 9,0 metros e 5,0 metros respectivamente. Apresenta coloração clara e esbranquiçada, textura areia-franca com cascalhos, estrutura granular, cerosidade presente com pouca quantidade e fraca; A consistência é quando seca ligeiramente dura e quando úmida é solta, não pegajosa e a transição para o horizonte B, se dá de forma ondulada e de contraste claro.
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Foto 8 – Horizonte C (Foto: Mary Ester)
As características visualizadas no horizonte B são: Profundidade e espessura, respectivamente de 9,0 metros e 2,0 metros. Apresenta coloração vermelha, textura franco-arenosa e argilosa, estrutura granular com cerosidade comum; A consistência quando seca é solta e quando úmida é firme, há uma ligeira plasticidade e pegajosidade;
4. CONCLUSÃO Os três primeiros perfis visitados, apesar de não estarem diretamente relacionados, possuem características semelhantes entre si, tanto na textura quanto na estrutura. Isto de deve à gênese dos mesmos, que se constitui basicamente de gnaisses, o qual é predominante em toda a região. O último perfil distingue-se dos demais principalmente pela sua coloração amarelada e pela textura mais arenosa, é possível que isso ocorra devido... Pela quantidade de horizontes que foram descritos nos perfis, pode-se dizer que os solos da região não são muito desenvolvidos. A geomorfologia contribui com esse retardo, já que o relevo local e regional é constituído por morros o que dificulta a percolação da água e sua ação sobre as rochas. A rochosidade e distinção entre os horizontes, na maioria das vezes difusa, indicam que o solo em estudo é jovem, já que não houve tempo para uma maior
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lixiviação de minerais entre os horizontes, nem total decomposição dos fragmentos de rochas contido no mesmo. Além disso, as frações granulométricas do solo, ainda se encontram bem misturadas, ou seja, não houve uma separação entre as classes das mesmas. O que influencia na pegajosidade e elasticidade do solo em questão. A cerosidade só pôde ser vista em algumas porções do afloramento, indicando que na composição geral do afloramento não há uma grande presença de argila. Com base nos dados coletados em campo, com o conteúdo lecionado em aula e com o “Sistema Brasileiro de Classificação do Solo” ,
o solo desta região pode ser
classificado como cambissolo, já que suas características são compatíveis com as citadas no corpo desse relatório.