Funç Função ão Fin Finan ance ceir iraa - Obje Object ctiv ivo os . Gerir o conjunto dos fluxos financeiros (quer recorrentes, quer pontuais) . Assegurar que os fluxos monetários de entrada (inflows) e de saída (outflows) não apresentam desequilíbrios permanentes (poderiam colocar em causa a continuidade da empresa) estes fluxos poderão ser de Arménio Breia
curto prazo longo prazo
Prin Princi cipa pais is tip tipos os de de flux fluxos os - Cicl Ciclos os . Ciclo de Exploração (curto prazo) – decorrente do negócio (produção, aprovisionamento, venda de mercadorias/produtos e actividades relacionadas) fluxos cíclicos (recorrentes) . Ci Ciclo de de Ren Reno ovação ação – Inves nvesttimento / Financiamento fluxos acíclicos (eventuais, não recorrentes) Arménio Breia
Prin Princi cipa pais is tip tipos os de de flux fluxos os - Cicl Ciclos os . Ciclo de Exploração (curto prazo) – decorrente do negócio (produção, aprovisionamento, venda de mercadorias/produtos e actividades relacionadas) fluxos cíclicos (recorrentes) . Ci Ciclo de de Ren Reno ovação ação – Inves nvesttimento / Financiamento fluxos acíclicos (eventuais, não recorrentes) Arménio Breia
Consequências financeiras de algumas decisões . Alargamento do prazo concedido aos clientes necessidades de reforço das origens de fundos adiamento da entrada de fluxos financeiros consequências na tesouraria
. Pagamento das compras a pronto saída imediata de fluxos financeiros consequência na tesouraria . Subsídio de férias e natal pagos em duodécimos dilui o efeito na tesouraria, eliminando “pico “picos” s” que exigem exigem solu soluçõe çõess pontua pontuais is Arménio Breia
Balanço – Noção contabilística .
Activo – conjunto de recursos controlados pela
empresa e dos quais se esperam benefícios económicos futuros . Passivo – obrigação presente, de que resulta fluxo posterior de recursos / benefícios económicos . Capital Próprio (situação liquida – equity – na terminologia anglo-saxónica) – interesse residual nos activos da empresa, depois de deduzir todos os seus passivos ou de forma simples: diferença algébrica entre Activo e Passivo Arménio Breia
Balanço – Aspectos Financeiros . Activo = Aplicação de Fundos . Passivo = Origens de Fundos Alheios (Recursos Alheios utilizados no financiamento das Aplicações de Fundos) . Capital Próprio = Origens de Fundos Próprios . Algumas considerações: - aumento de capital social por incorporação de reservas / resultados transitados não corresponde a qualquer fluxo financeiro - a distribuição de resultados reduz os capitais próprios - os resultados obtidos aumentam os capitais próprios (ver ligação Balanço / Demonstração de Resultados) . Capitais Permanentes = Passivo médio/longo prazo + Capital Próprio Arménio Breia
Balanço – Separação entre o curto e médio/longo prazo . Do ponto de vista financeiro é importante separar os activos e os passivos em curto prazo médio/longo prazo . Contabilisticamente, prevalece a separação em activos e passivos correntes não correntes . Poderão existir situações em que o curto prazo e corrente não coincidem embora frequentemente , por uma questão de simplificação, se usem os termos como equivalentes, quando as diferenças forem relevantes deverá ser tido em linha de conta o impacto na análise Arménio Breia
Preparação das Demonstrações Financeiras para análise . Separar os activos e passivos em curto e médio/longo prazo . Identificar as áreas cíclicas e acíclicas do Balanço . Analisar os relatórios de auditoria / certificação legal de contas as reservas na certificação corresponderão, no geral, a correcções (com base nas normas contabilísticas em vigor) ao Capital Próprio e/ou Resultados Arménio Breia
Preparação das Demonstrações Financeiras para análise . Exemplo de alguns ajustamentos: - imparidades insuficientes – clientes, inventários, participações financeiras - activos por impostos diferidos (prejuízos) dificilmente recuperáveis . Identificar ajustamentos efectuados em Capital Próprio (ver Demonstração de Alterações do Capital Próprio ) tomar eventualmente em consideração no cálculo alguns indicadores de rendibilidade . Analisar os resultados extra-exploração (operações continuadas ou descontinuadas fundamental na análise de rendibilidade / sustentabilidade Arménio Breia
Fluxos Económicos versus Fluxos Financeiros . . .
A compra ou venda de mercadorias / produtos corresponde a um fluxo económico (transferência de propriedade) O fluxo financeiro só ocorre quando se efectiva o pagamento ou o recebimento O resultado decorre (e é contabilizado) quando é registada a transacção poderão existir empresas com resultados elevados mas com graves dificuldades de tesouraria elevado Fundo Maneio (Activo de curto prazo – Passivo de curto prazo) poderá coincidir com dificuldades de tesouraria (ex: facturação não recebida) Arménio Breia
Demonstração de Fluxos de Caixa . Informação sobre a geração de cash flows nas suas três vertentes: - exploração - investimento - financiamento . Cash flow = recebimentos – pagamentos . Fluxos de caixa (cash flow) gerado pela área de exploração / operacional é fundamental numa óptica de sustentabilidade Arménio Breia
Fundo Maneio - Definições . Excedente dos Capitais Próprios sobre os Activos de médio/longo prazo FM=Capitais Permanentes
- Activo médio/longo prazo
. Excedente do Activo de curto prazo sobre os Passivos de curto prazo FM = Activo de curto prazo – Passivo de curto prazo
Arménio Breia
Equilíbrio Financeiro Mínimo .
Regra de Equilíbrio Financeiro Mínimo Fundo de
Maneio deverá ser maior ou igual a zero . Mesmo sendo o Fundo Maneio positivo, poderão ocorrer dificuldades no pagamento dos compromissos de curto prazo por: - diferença entre prazos de recebimento/pagamento . Condicionantes de aplicação (exemplos): - fase de expansão da actividade pode traduzir-se em mais necessidades de fundo maneio (mais inventários, mais crédito concedido a clientes) - contexto económico/financeiro – situações de crise poderão corresponder a mais dificuldades de mobilização dos activos de curto prazo (transformação em fluxos monetários) Arménio Breia
Balanço Funcional Aplicações de Fundos Activos Médio/Longo Prazo . Activo Fixo Tangível . Investimentos … … … … … ...
Origem de Fundos Capital Próprio . Capital Social . Reservas . Resultados Transitados . Resultados Líquidos … … … … … ...
Capital Alheio Estável (Passivo Médio/Longo prazo) . Empréstimos Bancários … … … … … ...
Activos Circulantes (Activos Curto Prazo)
Capital Alheio Circulante (Passivo de Curto prazo)
. Necessidades Cíclicas - Inventários - Clientes … … … … … ...
. Recursos Cíclicos - Fornecedores - Estado … … … … … ...
. Necessidades Acíclicas (Tesouraria Activa) - Disponibilidades … … … … … ...
. Recursos Acíclicos (Tesouraria Passiva) - Empréstimos Bancários … … … … … ...
Arménio Breia
Regra de Equilíbrio Financeiro Mínimo . Fundo de Maneio deverá ser maior ou igual a zero Questão: porque não é suficiente o zero em algumas circunstâncias? . Outra forma de enunciar – liquidez geral maior ou igual a 1; . Não esquecer: - não é verdade que maiores fundos de maneio ( ou mesmo liquidez ) correspondam a uma melhor situação; - as disponibilidades consomem recursos devendo ser mantidas ao nível indispensável
Arménio Breia
Equilíbrio Financeiro Equilíbrio Financeiro (Curto e Médio Prazo) permite (mas não garante) que:
. A transformação dos activos em fluxos monetários disponibilidades seja adequada à cadência das exigibilidades . Os capitais permanentes cubram os riscos inerentes à actividade / meio envolvente (crise económica e financeira, …)
Arménio Breia
Equilíbrio Financeiro Alguns condicionantes da estrutura de Capitais . Fiscalidade – quanto maior o nível de tributação sobre lucros menor o autofinanciamento (via resultados) . Dinheiro (crédito) “fácil e barato” no passado gerou níveis de alavancagem excessivos e perigosos face a alterações de conjuntura Arménio Breia
Necessidade de Fundo Maneio (ou Fundo de Maneio Necessário) . Diferença entre Necessidades Cíclicas e Recursos Cíclicos NFM = NC – RC . Exemplo de algumas rubricas → Necessidades Cíclicas - inventários - clientes - adiantamentos a fornecedores - sector público (associável ao ciclo de exploração) - acréscimos / diferimentos associáveis à exploração Arménio Breia
Necessidade de Fundo Maneio (ou Fundo de Maneio Necessário) . Exemplo Recursos Cíclicos - fornecedores de exploração (exclui fornecedores de investimentos / activos fixos) - adiantamentos de clientes - sector público (associável ao ciclo de exploração) - acréscimos / diferimentos associáveis à exploração (encargos com férias / subsídio de férias, etc.) Arménio Breia
Tesouraria Líquida . Diferença entre Tesouraria Activa (Necessidades Acíclicas) e Tesouraria Passiva (Recursos Acíclicos) Tesouraria = TA – TP ou Tesouraria = NA – RA
. Tesouraria Activa (Necessidades Acíclicas) – exemplos - caixa - depósitos bancários - títulos negociáveis . Tesouraria Passiva (Recursos Acíclicos) – exemplos - fornecedores de activos fixos tangíveis / investimentos - empréstimos bancários de curto prazo (livranças, descobertos, etc.) Arménio Breia
Alguns condicionantes do nível (de segurança) de tesouraria .
Clientes – grau de concentração, níveis do risco de
.
Existência (ou não) de instrumentos financeiros que permitam a mobilização rápida de fundos em situações imprevistas (ex: overdrafts e contas correntes caucionadas com saldos utilizáveis);
crédito;
. Composição do passivo de curto prazo e consequências / riscos associados ao não cumprimento (um elevado grau de dependência do fornecedor poderá obrigar a maior “segurança” de tesouraria); .
Contexto legal e económico (crise económica e o
deficiente funcionamento dos tribunais poderão agravar os atrasos nos recebimentos) Arménio Breia
Ciclo de Exploração . Respeita à duração das operações básicas ligadas à actividade 1ª fase do ciclo – tempo médio entre a compra e a venda (mercadoria) ou (empresas industriais)
a
entrada
em
produção
prazo médio de permanência em stock de mercadorias ou matérias primas 2ª fase do ciclo (apenas para empresas industriais) –
tempo que medeia entre a entrada venda
em
produção
e
a
prazos médios de produtos em curso + acabados 3ª fase do ciclo – tempo médio entre a venda e o
recebimento (fluxo financeiro)
.
prazo médio de recebimento
Às fases anteriores (ciclo activo de exploração) deverá ser deduzido o prazo que em média é concedido pelos fornecedores Arménio Breia
Duração Líquida do Ciclo de Exploração (DLCE) .
Corresponde ao período de tempo (dias ou meses) do ciclo de exploração activo que não é compensado pelo prazo concedido pelos fornecedores
prazo médio de prazo médio de prazo médio . DLCE = + recebimentos pagamento inventários (clientes) (a fornecedores)
.
Uma duração negativa significará que a empresa “roda” com rapidez os inventários e os clientes, conseguindo prazos dilatados dos fornecedores é o caso das empresas de distribuição
.
DLCE negativa significa que o ciclo de exploração é “auto-suficiente”, não exigindo outra captação de recursos para além dos fornecedores Arménio Breia
Distribuição de Resultados / Dividendos . Porque se distribuem resultados? - os resultados avaliam o retorno do capital investido (nível de eficiência da gestão desses capitais); - a distribuição de resultados concretiza esse retorno; . Condicionantes à distribuição de resultados: - legais (constituição de reserva legal, resultados transitados negativos, resultados não realizados, etc.); - fundo de maneio / tesouraria negativos (após distribuição); - solvabilidades “baixas” (ex: níveis mínimos de solvabilidade da banca) Arménio Breia
Alguns condicionantes das necessidades de fundo de maneio . Prazos médios de recebimento, pagamento e existências . Prazos de liquidação / pagamento de impostos (IVA, …) . Ciclo de exploração / processo produtivo (empresas industriais tenderão a ter maiores NFM) . Sazonalidade das vendas . Dificuldades / riscos associados à compra de mercadoria / matérias-primas . Clientes – tipo, dimensão, massa crítica (consequências diferentes conforme o peso de clientes do sector público, grande distribuição, retalho tradicional) . Conjuntura / enquadramento económico e financeiro (em situações de crise os saldos de clientes tenderão a aumentar) Arménio Breia
Tesouraria Líquida . Tesouraria Liquida
ou
Tesouraria Activa
=
Necessidades Acíclicas
. TL = FM - NFM Arménio Breia
-
Tesouraria Passiva Recursos Acíclicos
Tesouraria Líquida . Algumas considerações sobre Tesouraria / Fundo Maneio / Necessidades de Fundo Maneio - valores em euros – não permitem conclusões “taxativas” - estáticos – referem-se à situação num dado momento - comparabilidade – extremamente difícil , mesmo quando se analisam valores históricos da mesma empresa (basta terem mudado algumas condições …) - o fundo de maneio não deve ser “insuficiente nem excessivo” – sendo fácil do ponto de vista abstracto, é extremamente difícil definir o fundo de maneio ideal – (na mesma empresa , nas mesmas condições , dois directores financeiros diferentes terão facilmente “visões” diferentes) Arménio Breia
Análise de algumas situações de Tesouraria 1) FM > 0
NFM > 0
Tesouraria < 0
(NFM > FM) . Pode ocorrer em empresas com ciclos longos (construção, …) ou com deficiente gestão de clientes
/ inventários . Prolongamento no tempo pode implicar dependência do sector financeiro e risco grave em situações de “credit crunch” / subida de taxa de juro 2) FM > 0
NFM < 0
TL > 0
. Situação frequente nas empresas da grande distribuição (o crédito concedido pelos fornecedores ultrapassa as necessidades cíclicas) . Os excedentes resultantes de uma DLCE negativa poderão ser aplicados (investimentos financeiros, controlo de outras empresas, etc.) Arménio Breia
Fundo de Maneio negativo de forma recorrente .
Situação que pode apresentar riscos significativos de incumprimento . Tendência estrutural (situação recorrente) → Activos de Médio / Longo Prazo > Capitais Permanentes - financiamento inadequado dos Activos de Médio / Longo Prazo - frequente em situações de “overtrading” ( “excesso” de actividade face às capacidades financeiras da empresa) Notas: - As situações de falência não significam forçosamente inexistência de mercado / carteira de clientes; - Insolvência / Falência → incapacidade sistemática de cumprir os compromisso financeiros Arménio Breia
Variações de Fundo de Maneio Aplicações / Diminuições de Fundo de Maneio
. Distribuição de dividendos . Investimentos . Reembolso empréstimos médio / longo prazo Origens / Aumento de Fundo Maneio
. Auto-financiamento → resultados líquidos . Aumentos de capital (em numerário ou equivalente) . Aumento dos empréstimos de médio / longo prazo … Arménio Breia
Algumas questões prévias sobre os rácios financeiros . Sendo uma relação entre duas grandezas, fornecem uma informação mais adequada de que os indicadores em valor absoluto / unidades monetárias (ex: fundo de maneio, …); . São essencialmente formas de resumir dados financeiros e comparar o desempenho das empresas; . Ajudam a fazer as perguntas certas mas só por si não fornecem as respostas; . Rácios similares poderão traduzir situações diferenciadas: 2 empresas com 40 rácios iguais dificilmente serão iguais. Arménio Breia
Alguns condicionantes do valor / leitura dos rácios . Sector de actividade . Tipo / composição dos activos e passivos (ex: reduzido número de clientes e consequente risco associado poderá, por exemplo, exigir maior necessidade de liquidez) . Condicionantes contabilísticos – resultantes, por exemplo, de reservas na certificação legal de contas (no essencial, são ajustamentos ao capital próprio e/ou resultados evidenciados nas demonstrações financeiras) ex: imparidades não reconhecidas (clientes, inventários, participações financeiras) Arménio Breia
Algumas limitações da utilização dos rácios . Analisam elementos quantitativos ex: 2 prazos médios de recebimentos iguais podem traduzir riscos completamente diferentes (depende do número e tipo de clientes – um reduzido número de clientes pode agravar a incerteza / risco de transformação de saldos em fluxos monetários) . Podem levar a falsas comparabilidades (práticas / políticas contabilísticas diferentes) . São o reflexo de um facto histórico, sendo a análise da sustentabilidade, continuidade (bem como as demonstrações previsionais) um trabalho com alguma dose de subjectividade Arménio Breia
Agrupamento dos rácios (meramente ilustrativo) (Segundo Brealey e Myers – Cap. 27 – Corporate Finance) . . . . .
– perspectiva essencialmente de médio / longo prazo; Rácios de liquidez – no essencial, rácios de curto prazo, procuram avaliar a capacidade de reembolso do passivo de curto prazo; Rácios de rendibilidade / eficiência – avaliação do nível de eficiência na gestão dos recursos utilizados; Rácios de valor de mercado – incorporam elementos externos (ex: PER, EPS, Dividend Yield) Rácios de funcionamento – variantes dos rácios de eficiência (ex: rotações, prazos médios) Rácios
de
endividamento
Arménio Breia
Rácios de Funcionamento .
Avaliam o impacto financeiro de algumas decisões de gestão . Medida de eficiência na utilização dos recursos . Formas mais frequentes - rácios de rotação (número de “vezes” que volume de vendas comporta a componente do activo, por exemplo) - prazos médios (em dias ou meses) – ex: clientes, inventários, fornecedores . Os prazos médios são também indicadores do grau de liquidez (clientes, inventários) e do grau de exigibilidade (fornecedores) Arménio Breia
Rácios de rotação . São rácios de avaliação da gestão / actividade, podendo ser utilizados como medida de eficiência
. Limitações – são “estáticos” e menos “óbvios” em termos de “leitura” que os prazos médios . Poderão ser utilizados em comparações inter-empresas ou históricas . Em regra (existem excepções) relacionam Vendas / Prestações de Serviços com rubricas do Activo ou Origens de Fundos Arménio Breia
Rácios de rotação . Rácios de Rotação exemplos: -
Rotação do Activo Total =
Vendas Activo Total
- Rotação do Activo Fixo Tangível = - Rotação do Fundo Maneio =
Vendas Activo Fixo Tangível
Vendas Fundo Maneio
(importante na avaliação de situações de Overtrading)
-
Rotação do Capital Próprio = Arménio Breia
Vendas Capital Próprio
Rácios de rotação . Algumas variantes de cálculo (nem sempre seguidas por todos os autores) - Rotação de Inventários =
- Rotação de Clientes =
Custo de Vendas Inventários
Vendas (acrescidas de IVA) Clientes
(estas “correcções” visam no essencial facilitar a comparabilidade numerador / denominador) Arménio Breia
Rácios de Funcionamento – Prazos Médios . Prazo Médio de Recebimentos (em dias ou meses) Clientes (saldos médios) x 365 dias (ou 12 meses) Vendas (1+ taxa IVA) . Prazo Médio de Pagamentos (em dias ou meses) Fornecedores (saldos médios) (Compras + FSE) x (1+ taxa IVA)
x 365 dias (ou 12 meses)
. Prazo Médio de Rotação de Existências Inventários (médios) x 365 dias (ou 12 meses) Custo mercadorias vendidas (matérias consumidas) Arménio Breia
Rácios de Endividamento e Estrutura Financeira .
.
Avaliam, numa visão essencialmente de médio /longo prazo, a estrutura financeira, o endividamento, a capacidade de solver compromissos Solvabilidade =
Capital Próprio Passivo Total
. Autonomia Financeira = Capital Próprio Activo Total
(indica a parcela dos activos financiada por capitais próprios e, por diferença, a parte financiada por capitais alheios) Arménio Breia
Rácios de Endividamento e Estrutura Financeira . .
Passivo Total Rácio de Estrutura = Capital Próprio (Debt to Equity Ratio)
Rácio de Endividamento =
Activo Total Passivo Total
(valores próximos de 1 indicarão uma empresa fortemente endividada) . Todos estes rácios poderão ser apresentados em percentagem (multiplicando as fórmulas por 100) Arménio Breia
Rácios de Cobertura .
Capacidade de reembolso (Prazo de pagamento da dívida em anos)
Passivo Financeiro = Cash Flow (sustentável)
. Cobertura dos Gastos Financeiros =
Resultado Operacional Gastos Financeiros
alternativa (diferenciada) de cálculo EBITDA (cash flow sustentável) Gastos Financeiros Arménio Breia
Rácios de Liquidez (equilíbrio financeiro – curto prazo) .
Avalia a capacidade de solver compromissos no curto prazo
. Vantagem sobre o fundo de maneio dado tratarse de um valor relativo e não em euros . Limitações – trata-se de um indicador “estático”, devendo ser completado com outros rácios (ex: de funcionamento – prazos médios – que avaliem o grau de liquidez e exigibilidade) .
Activo Circulante (Curto Prazo) Liquidez Geral = Passivo Curto Prazo Arménio Breia
Rácios de Liquidez (equilíbrio financeiro – curto prazo) . Regra de equilíbrio financeiro mínimo FM ≥ 0 LG ≥ 1 . Duas empresas com LG igual poderão ser bastante diferentes em função da composição / grau de liquidez ou exigibilidade dos seus activos e passivos de curto prazo. .
Liquidez Reduzida =
Activo Curto Prazo - Existências Passivo Curto Prazo
- dado as existências serem normalmente a área com maior dificuldade de transformação em meios monetários líquidos , este rácio constitui uma visão prudencial / conservadora - permite avaliar até que ponto a empresa depende das existências para pagar o passivo de curto prazo Arménio Breia
Rácios de Mercado . PER (Price Earning Ratio) =
Cotação Resultado Líquido (Acção)
(indicador que representa o número de anos que o investimento – em acções – levará a ser recuperado, assumindo que o resultado líquido é sustentável) . Payout Ratio =
Dividendo (resultado distribuido) Resultado Líquido
(exprime a % de distribuição) .
PBV (Price Book Value ou Market to Book Ratio)
=
Arménio Breia
Cotação Valor Contabilístico
Indícios de desequilíbrio financeiro a médio / longo prazo . Diminuição progressiva dos capitais próprios em consequência de prejuízos (recorrentes) . Aumento sistemático do peso relativo das necessidades de fundo de maneio . Investimentos significativos com elevado financiamento por capitais alheios de curto prazo (ou compromissos assumidos em prazos inferiores ao retorno do investimento) . Fundo de maneio sistematicamente negativo Arménio Breia
Overtrading .
Acréscimo do volume de negócios sem suporte dos recursos financeiros adequados muitas vezes citado como “salto em frente” crescimento excessivamente suportado com recursos alheios (grave em situações de fortes restrições de crédito e subida das taxas de juro) . Algumas causas do Overtrading - prejuízos significativos - distribuição “excessiva” de lucros - predomínio , na gestão , de critérios essencialmente comerciais Arménio Breia
Overtrading . Situação agravada quando o acréscimo do volume de negócios é feito com base em clientes com prazos médios de pagamento elevados (ex: sector público) . Alguns “sintomas” de Overtrading - acréscimo relevante do prazo médio de pagamento a fornecedores - situações de incumprimento / atraso de pagamentos e consequentes dificuldades de negociação ou rotura de aprovisionamento - maior peso relativo dos gastos financeiros (face às vendas) - baixos níveis de liquidez Arménio Breia
Reestruturação Financeira (FM sistematicamente negativo) . Reestruturação do passivo de curto prazo – negociação de novas condições de prazo (passagem para passivo médio / longo prazo) . Aumentos de capital social (em numerário ou equivalente) . Desinvestimentos – redução dos activos de médio / longo prazo Arménio Breia
Reestruturação Financeira (FM sistematicamente negativo) Notas: - as soluções anteriores serão muitas vezes apenas o inicio da solução, criando condições para aplicação de outras medidas de fundo - quando a origem do desequilíbrio tem a ver com resultados negativos recorrentes , só reestruturações económicas consistentes criarão condições de sustentabilidade - aumento de capital (exclui aumentos por incorporação de reservas ou resultados transitados) poderão ser feitos com os sócios actuais ou entrada de novos sócios - a conversão de passivo (normalmente médio / longo prazo) em capital não resolve, como regra, os problemas estruturais de fundo maneio reduz gastos financeiros é indispensável que os resultados operacionais sejam sustentávelmente positivos Arménio Breia
Reestruturação de Tesouraria (FM > 0 e Tesouraria < 0) . Melhorar organização / gestão dos activos circulantes gestão mais eficaz do risco de crédito / incobrabilidade reduzir prazos de crédito (condições de venda) rever política de adiantamentos de clientes, condições gerais de venda, descontos de pronto pagamento rever níveis de stocks de segurança, ponto de encomenda, quantidade de encomenda . Utilizar formas de financiamento (curto prazo) recorrentes (renováveis) como o factoring em vez de fórmulas eventuais / extraordinárias (como livranças) Arménio Breia
Sustentabilidade / Continuidade (Going Concern) . Capacidade de gerar resultados / cash flows futuros . Possibilidade de pagar passivos / compromissos (solvência) Notas: - a não verificação do 1º requisito constitui forte entrave ao 2º (por muito elevado que seja o capital próprio) - exemplo de algumas limitações graves à continuidade capital próprio negativo (em consequência de resultados negativos sistemáticos) perdas de clientes / mercados muito relevantes catástrofes naturais insuficientemente cobertas pelo seguro ou com períodos de recuperação muito longos Arménio Breia
Questões para Discussão Coexistência de fundos de maneio elevados com dificuldades de tesouraria poderão ocorrer devido a: . Elevadas necessidades de fundo maneio . Ciclos de exploração longos (prazos médios de clientes e inventários elevados) . Não utilização de formas de financiamento adequadas (ex: utilização de livranças em vez de financiamentos renováveis / rec recorre rrente tess como o factoring ou contas correntes caucionadas) Arménio Breia
Questões para Discussão Resultados / Rendibilidades positivas poderão ocorrer em simultâneo com dificuldades financeiras devido a:
.Atraso no recebimento ou mesmo incobrabilidade das vendas (o resultado é con conta tabi bililiza zado do no mome omento nto da da ven venda da / transferência de propriedade) . Diferença Diferença entre o fluxo fluxo económ económico ico (venda (venda)) e o fluxo financeiro (recebimento), podendo este nunca ocorrer . Deficiênc Deficiência ia / atraso no reconhec reconhecimen imento to de imparidades associadas ao risco de crédito Arménio Breia
Questões para Discussão Conversão de créditos / passivos em Capital, sendo uma forma de reestruturação financeira pode ser insuficiente porque: . O passi assivo vo conv conveertido tido em capi capita tall soci social al é norm normal alme men nte de médio/longo prazo pelo que não terá efeito substancial ( imediato ) no fundo de maneio / tesouraria . As reestru reestrutura turações ções financ financeira eirass deverão deverão ser ser acompanhadas acompanhadas,, na generalidade , de reestruturações reestruturações económicas (comerciais, melhoria de produtividade, redução de gastos de estrutura) . A redu reduçã ção o dos dos gast gastos os fina finance nceir iros os nem nem semp sempre re é sufi sufici cien ente te para inverter resultados negativos (frequentemente (frequentemente originados por resultados operacionais negativos) Arménio Breia
Questões para Discussão Sustentabilidade (associado à continuidade /
“going concern”) é a capacidade de: . Gerar resultados futuros que permitam auto - financiamento ( endógeno – associado à actividade) remunerar o capital próprio pagar passivo médio / longo prazo (não associado directamente à exploração) Arménio Breia
Questões para Discussão Fundo de maneio sistematicamente negativo (associável a problemas estruturais) – soluções passarão por: . Aumento dos Capitais Permanentes Aumento do Capital Social em numerário ou equivalente Conversão de Passivo de curto prazo em Passivo de médio / longo prazo (reestruturação) . Desinvestimento – alienação de Activos de médio / longo prazo – venda de Activos Fixos, participações financeiras, etc. Arménio Breia
Questões para Discussão “Elevado” endividamento – Consequências no contexto actual de restrições de crédito e subida de taxas de juro? . Questão associada – o que é um endividamento elevado?
não é possível estabelecer níveis claros ( absolutos) de endividamento – ver Brealey e Myers (capítulo 36) – as 10 questões de finanças nunca resolvidas o endividamento “razoável” é função da empresa, sector , dependência de clientes / fornecedores, contexto legal, económico, financeiro, etc. … Arménio Breia
Questões para Discussão “Elevado” endividamento – Consequências no contexto actual de restrições de crédito e subida de taxas de juro? . Níveis elevados de endividamento poderão comprometer os resultados / rendibilidade (sobretudo em períodos de forte subida dos juros) influenciar a actividade operacional / exploração corrente ( ex: atrasos nos pagamentos a fornecedores poderão provocar “cortes” no fornecimento ou mesmo subidas de preços Arménio Breia
Questões para Discussão Regra de Equilíbrio Financeiro Mínimo Liquidez Geral maior ou igual a um Fundo Maneio maior ou igual a zero . Justificação: “permitir” o pagamento do passivo de curto prazo utilizando o activo de curto prazo . Porque nem sempre é suficiente fundo de maneio igual a zero? “velocidade” / prazos de realização dos activos de curto prazo (em meios monetários líquidos) pode não ser adequado / suficiente ao prazo de exigibilidade dos passivos de curto prazo quanto maior a incerteza / risco de realização (clientes, inventários, etc.) maior deverá ser a “margem de segurança financeira” (valor do fundo de maneio acima de zero) Arménio Breia
Questões para Discussão Relação entre Autonomia Financeira e Fundo Maneio / Tesouraria
.
Capital Próprio Autonomia Financeira = Activo Total
. Fundo de Maneio= Capitais Permanentes - Activos Médio/Longo Prazo . “Elevada” Autonomia Financeira ou Grau de Empenhamento dos Sócios nas Origens de Fundos pode coexistir com inadequado financiamento dos Activos de Médio/Longo Prazo Valores reduzidos de Passivo de Médio/Longo Prazo . O rácio Autonomia Financeira não nos dá qualquer informação sobre o montante / adequado do Passivo de Médio/Longo Prazo Arménio Breia
Rendibilidade .
Relação entre Resultados Obtidos / Meios utilizados
. Avaliação da eficiência na utilização dos meios / origens de fundos . Elementos base da análise – Demonstrações de Resultados (conjugadas com outros elementos) . Rendibilidade pode ser analisada sob diferentes perspectivas - expectativas do investidor - histórico - mercado concorrência aplicações alternativas Arménio Breia
Rendibilidade . .
.
Representa (ligação Balanço/Demonstração de Resultados) a origem de fundos endógena (com base na actividade da empresa) Rendibilidade deve permitir no mínimo - manutenção do Capital Próprio - acompanhar crescimento , “ mantendo ” relação com capitais alheios (em termos “ideais” / genéricos) Frequentemente , maiores rendibilidades correspondem a maiores riscos (daí a expectativa que o investimento em partes de capital gere maiores rendibilidades que a aplicação em depósitos a prazo ou obrigações) Arménio Breia
Análise de Resultados . Diferentes tipos de resultados - Margem Bruta (MB) ou de Contribuição (MC) - Resultados Operacionais - Resultados Antes de Juros e Impostos sobre Lucros (EBIT ou RAJI) - Resultados Extra Exploração - Resultados Antes de Impostos sobre Resultados (RAI) - Resultados Líquidos (RL) . A análise dos resultados extra-exploração é um dos aspectos que se reveste de alguma dificuldade (ultrapassável) com o SNC Arménio Breia
Análise de Resultados . Resultados Sustentáveis – em regra, uma operação extraordinária, não sendo recorrente, não produzirá efeitos repetitivos no futuro ressalvam-se situações como a venda da Vivo pela Portugal Telecom, dada a magnitude dos valores ( redução de gastos financeiros futuros, para além de ter “suportado” uma reestruturação operacional e do Grupo) Arménio Breia
Rendibilidade . Diferentes tipos - rendibilidade económica – independente da estrutura / origem de capitais Resultado Operacional ex: Rendibilidade = Operacional do Activo
Activo
- rendibilidade financeira – influenciada pela estrutura de capitais (utiliza resultados após a influência do custo dos capitais alheios – gastos financeiros) ex:Rendibilidade dos Capitais Próprios = Resultados Líquidos (RCP) ou Return on Equity (ROE) Arménio Breia
Capital Próprio
Condicionantes da Rendibilidade . Fase de desenvolvimento / maturidade da empresa . Estrutura Comercial / Produtos Multiprodutos “Mo “Mono no”” prod produt uto o . Massa crítica / capacidade de influenciar o mercado mercado . Quadros Qualidade Fidelização Cultura . Capacidade Organizacional / Produtiva . Estrutura de Custos . Concorrência Concorrência número dimensão . Dependência Clientes Fornecedores Enquadramento (legal, etc.) Arménio Breia
Algumas questões para discussão .
.
.
Consequências do aumento das vendas suportadas por capitais alheios - riscos riscos de overtr overtradin ading? g? - porque porque razão razão o aument aumento o dos dos resulta resultados dos rarame raramente nte é prop proporc orcion ional al ao das vendas vendas?? Efeitos da distribuição de resultados - Fund Fundo o de de Man Manei eio o - Tesour sourar aria ia - Solv Solvab abililid idad adee - Supor Suporte te de investi investimen mentos tos futur futuros os Consequências do desinvestimento - Fund Fundo o de de Man Manei eio o - Tesour sourar aria ia - Sust Susten entab tabili ilida dade de - Racion Racionaliz alização ação da estrutu estrutura/g ra/gast astos os Arménio Breia
Alguns condicionantes contabilísticos na análise da rendibilidade . Politica de depreciações depreciações / amortizações amortizações a utilização de taxas fiscais muitas vezes desajustadas da realidade económica (ex: viaturas ligeiras com valor líquido zero no final de quat quatro ro an ano os!!) s!!) . Imparidade reconhecimento frequentemente insuficiente risco associado a clientes, inventários, etc.
do
. “Ju “Just sto o” Va Valo lorr em algu alguma mass circ circun unsstâ tânc nciias poderá derá afe fecctar a comparabilidade (ex: Resultado Operacional / Activo) .
Fundamental análise de eventuais reservas na
Certificação Legal de Contas
Arménio Breia
Resultados extra-exploração . Grande parte – representam operações eventuais, não repetidas (ex: mais ou menos valias) . Efeito na sustentabilidade – situações em que a operação possa afectar de forma significativa: Passivo – reduzindo potencialmente futuros gastos financeiros (ex: venda da VIVO pela Portugal Telecom e da CCR pela Brisa, ambas em 2010) Resultados Operacionais futuros – fundos libertados por mais valias, por exemplo, poderão permitir reestruturações (ex: PT) ou os resultados extraexploração correspondem a venda ou encerramento de unidades com prejuízo (ex: TAP/Ground Force ou reestruturação do Grupo SLN/Galilei) Arménio Breia
Resultados extra-exploração . Ao projectar resultados sustentáveis (futuros), os resultados extra-exploração deverão ser ignorados, excepto no tocante aos impactos resultantes dos pontos anteriores ver impacto no PER – Price Earning Ratio – que como período de retorno de um investimento (deve considerar os resultados sustentáveis e não simples médias aritméticas) de resultados líquidos passados Arménio Breia
MVA – Market Value Added . O EVA evidencia o valor criado (ou destruído !) mas não tem em conta as expectativas futuras . MVA = Valor de mercado da empresa – Valor dos capitais investidos . Valor de mercado da empresa = Valor de mercado dos capitais próprios e do endividamento . Valor dos capitais investidos = valor contabilístico dos capitais próprios e do endividamento Arménio Breia
MVA – Market Value Added .
Na maioria dos casos a diferença resume-se à diferença entre a capitalização bolsista ou valor equiparável (!) e o valor contabilístico (!) do capital próprio (Nota: atenção aos eventuais ajustamentos necessários) . Condicionantes muito relevantes → Valor de mercado – flutuações, especulação, expectativas → Valor contabilístico – “rigor” das contas, reservas no relatório de auditoria, enquadramento normativo (contexto) Arménio Breia
EVA – Economic VALUE Added . Resulta da “redenominação” de um conceito antigo – resultado residual (residual income) .
Questões associadas à aplicação do EVA - Taxa de retorno do investimento - custo do capital investido - montante do investimento - necessidade de proceder a ajustamentos contabilísticos (nos anos 90, Stern Stewart identificou mais de 200 ajustamentos potenciais embora raramente o número de ajustamentos relevantes ultrapasse uma dezena) Arménio Breia
EVA – Economic VALUE Added . EVA = Resultados Operacionais Líquidos de Impostos – Custo Médio Ponderado do Capital * Capital Investido . Capital Investido – poderão ser utilizados duas ópticas distintas → activo fixo + fundo de maneio necessário → capital próprio + passivo financeiro (líquido) Arménio Breia
Demonstração de Resultados (para efeitos de análise económica) VN - GV MB
→
→ → →
- GE RO +/- Extra Expl. RAJI - G. Fin. (liq.) RAI - IRC RL
→ →
→
→
→ → →
Vendas (Mercadorias, Produtos e Serviços) → Volume de Negócios Gastos Variáveis Margem Bruta (contribuição) Gastos Estrutura (designados genericamente por "fixos" por não variarem proporcionalmente às vendas Resultado Operacional Resultados (positivos ou negativos) não referentes à exploração ou à área financeira Resultados antes de gastos financeiros e impostos sobre resultados Gastos Financeiros (líquidos de rendimentos de aplicações excedentárias) Resultados Antes de Impostos Imposto sobre Resultados Resultados Líquidos
Como é óbvio, esta Demonstração de Resultados não coincide com a D.R. do SNC, sendo necessário efectuar algum trabalho preliminar de preparação dos elementos financeiros Nota:
Arménio Breia
Rendibilidade Económica do Activo (REA) . REA =
RAJI (EBIT) Activo Total (AT)
. Multiplicando o numerador e o denominador por
Vendas (VN), Margem Bruta (MB) e Resultado Operacional (RO) RAJI x VN x MB x RO AT VN MB RO
ou
RAJI
RO
RO MB VN x x x MB VN AT Arménio Breia
Rendibilidade Económica do Activo (REA) . Identificamos assim alguns condicionantes da rendibilidade económica
- área extra-exploração (RAJI / RO) - efeito dos gastos de estrutura ou “fixos” (RO / MB) - % da Margem Bruta – reflexo dos níveis de eficiência / produtividade dos gastos variáveis (MB / VN) - rotação dos activos – nível de eficiência / produtividade na utilização dos activos (VN / AT) Arménio Breia
Rendibilidade Financeira .
Rendibilidade influenciada quer pela estrutura de capitais quer pelo custo dos capitais alheios utiliza resultados (após) influenciados pelos Gastos Financeiros
. Rendibilidade financeira essencial – RCP (Rendibilidade dos Capitais Próprios) ou ROE (Return on Equity) avalia o nível de eficiência na utilização dos capitais dos sócios / accionistas mede o retorno dos capitais próprios
.
RCP=
RL (Resultados Líquidos) Capital Próprio Arménio Breia
Modelos Multiplicativos de análise da RCP . Obtidos a partir da fórmula básica (RL / CP) multiplicando o numerador e o denominador pelos mesmos valores Objectivo: identificar os condicionantes da RCP analisando as razões da evolução da mesma (quando aplicados a vários anos) .
Modelo Multiplicativo Simples (exemplo ilustrativo, dado existirem vários modelos possíveis) RCP=
RL
VN
*
VN AT * CP AT Arménio Breia
Modelos Multiplicativos de análise da RCP RCP=
x VN x AT CP VN AT RL
VN
- Rendibilidade das vendas (% de lucro líquido das vendas)
VN AT
- Rotação dos activos totais (eficiência na utilização dos recursos)
AT
- Inverso da autonomia financeira / estrutura de financiamento dos activos por capitais próprios
RL
CP
Arménio Breia
Modelo Multiplicativo Desenvolvido RCP=
RL
RAI A
x
RAI x RAJI x RO x MB x VN x AT CP RAJI RO MB VN AT B C D E F G
RL / RAI – efeito fiscal RAI / RAJI – efeito dos gastos financeiros RAJI / RO – impacto da área extra-exploração RO / MB – efeito dos gastos de estrutura (“fixos”) e margem de segurança das vendas MB / VN - % da Margem Bruta VN / AT – rotação do activo total AT / CP – múltiplo da estrutura financeira – inverso da autonomia financeira / estrutura de financiamento dos activos por capitais próprios Arménio Breia
Modelo Multiplicativo Desenvolvido RCP=
RL
RAI A
x
RAI RAJI RO MB VN AT x x x x x CP RAJI RO MB VN AT B C D E F G
. Esta formulação permite nomeadamente - identificar causas das variações da RCP - analisar o comportamento (e peso relativo) dos vários condicionantes da RCP Arménio Breia
Modelo Multiplicativo Desenvolvido . Área fiscal (A) =
RL
RAI
. Área Extra-Exploração (C) = RAJI RO
. Área Financeira (B)x(G) = RAI x AT RAJI
CP
. Área Operacional / RO MB VN Exploração (D)x(E)x(F) = x x AT MB VN Arménio Breia
Modelos de Análise da Rendibilidade Financeira – Modelo Aditivo RCP=
PT REA + (REA - i) CP
(1-t)
REA – Rendibilidade Económica do Activo (também designada por ROI – Return on Investment – embora esta designação seja utilizada com significados distintos por alguns autores) PT/CP – Inverso do rácio de solvabilidade – relação entre as origens de fundos Gastos Financeiros i – custo médio dos capitais alheios Passivo Total (REA – i) – alavancagem ( diferença entre a rendibilidade económica dos capitais totais e o custo das origens alheias t – taxa efectiva de IRC (dependendo não apenas da taxa nominal mas das tributações autónomas, etc.)
(
Arménio Breia
)
Rendibilidade Financeira do Activo (RFA) (também designada por alguns autores rendibilidade dos capitais totais ou “custo” dos capitais totais) RFA =
RL + GF AT
AT = Capitais Próprios + Capitais Alheios (AT = CP + PT) RL = Remuneração dos Capitais Próprios G. Financeiros = Remuneração dos Capitais Alheios (= i x PT) Arménio Breia
Rendibilidade Financeira do Activo (RFA) Dedução RL = RFA x AT – i x PT .
RL = RFA x (CP + PT) – i x PT RL = RFA x CP + RFA x PT – i x PT RL = RFA x CP + PT (RFA – i) contributo do Capital Próprio para RL
contributo dos Capitais Alheios para RL
Calculável em valor absoluto (€) ou relativo (%) Arménio Breia
Risco versus Rendibilidade . Risco – probabilidade de variação de fluxos de caixa futuros associados à sustentabilidade dos resultados / fluxos futuros maior incerteza maior risco . Risco económico/negócio financeiro Arménio Breia
comercial → tecnológico →
Risco versus Rendibilidade . Risco Comercial – associado a posição de mercado ciclo económico estabilidade da procura concorrência enquadramento . Risco Tecnológico – associado a lay out fabril / racionalidade da produção / organização vida económica /risco de obsolescência do equipamento Arménio Breia
Risco versus Rendibilidade . Risco Financeiro – inerente à estrutura financeira / origens de fundos influenciado por decisões de endividamento (montante e custo) reforço de Capitais Próprios avalia o risco associado a aumento da taxa de juro restrições de crédito
Arménio Breia
Risco Económico (ou de Negócio) . Pode ser avaliado através de - Grau Económico de Alavanca (GEA) ou Grau de Alavanca Operacional (GAO) - Ponto Crítico (Break Even Point) - Margem de Segurança (MS) - Coeficiente de absorção dos gastos variáveis (ou coeficiente alfa) . O risco económico é influenciado por factores - externos (concorrência, enquadramento legal, etc.) - internos (organização comercial, produção, opções da gestão como nível de subcontratação e estrutura de gastos) Arménio Breia
Risco Financeiro .
Inerente à estrutura das Origens de Fundos (maior ou menor peso de Capitais Alheios) . Maior peso de capitais alheios poderá provocar: - maior alavancagem da RCP ( não necessariamente positiva no actual contexto) . Acréscimo do risco financeiro significará menor probabilidade de: - alavancagem positiva da RCP - geração de auto-financiamento Arménio Breia
Ponto Morto Económico (em valor) . PME = Gastos Estrutura (Operacionais) % Margem Bruta
. Identifica o valor das vendas necessário para cobrir os gastos de estrutura e variáveis (operacionais)
Arménio Breia
Ponto Morto Económico Total (em valor) . Difere do anterior conceito por se considerar, neste caso, os Gastos Financeiros também como Gastos “Fixos” / de Estrutura
. PME Total =
Gastos Estrut. Operac. + Gastos Financeiros % Margem Bruta
Arménio Breia
Ponto Morto Financeiro (em valor) . Parte de uma visão “imediatista”, de curto prazo, sendo dificilmente aceitável numa óptica de continuidade / longo prazo .
PMF =
Gastos Estrutura (Operac.) Desembolsáveis % Mar em Bruta
. São excluídos do numerador todos os gastos que não correspondem a fluxos monetários (out-flows), embora sejam gastos no sentido contabilístico (ex: amortizações, depreciações, ajustamentos, imparidades) Arménio Breia
Ponto Morto Económico . Vendas = Gastos Variáveis (operacionais) + Gastos de Estrutura (operacionais) . Resultado Operacional Nulo . Resultado Líquido provavelmente negativo (basta que existam Gastos Financeiros e a área de extra exploração seja irrelevante) . Representa o valor mínimo de vendas para que o resultado operacional não seja negativo Arménio Breia
Ponto Morto Económico Total . Mais realista, tendo em conta que, normalmente é mais difícil reduzir os gastos financeiros do que os gastos operacionais . Mais orientado para o resultado global e não para o resultado operacional Arménio Breia
Inconvenientes do Conceito de Ponto Morto (nas suas várias formas) . Valor em euros dificilmente utilizável em comparações inter-empresas . Assume alguma invariabilidade dos gastos de estrutura (daí a designação de “fixos”) . Dificilmente aplicável em empresas multi-produto, com alterações frequentes do mix de produtos Arménio Breia
Margem de segurança . Diferença entre volume de Vendas e o Ponto Morto Económico - em valor (€) → Vendas – PME - em % → Vendas – PME Vendas . Quanto maior a margem de segurança (%), menor o efeito potencial de uma redução do volume de negócios ex: MS = 10% significa que uma descida de vendas superior a 10% implica resultados operacionais negativos Arménio Breia
Margem de segurança .
Margem de Segurança negativa significará que o resultado operacional é negativo (vendas abaixo do volume de vendas correspondente ao ponto morto)
. Fórmulas alternativas MS =
1 GAO
(inverso do Grau de Alavanca Operacional)
ou
MS=
RO MB
(ver referências no modelo multiplicativo) Arménio Breia
Grau de Alavanca Operacional (GAO) ou Grau Económico de Alavancagem (GEA) .
Margem Bruta (ou de Contribuição) = Resultado Operacional
MB RO
. Avalia o impacto nos resultados operacionais de uma variação nas vendas . GAO mais elevado implica maior risco, mais “sensibilidade” do resultado operacional face a uma variação percentual das vendas fundamental num contexto em que possam existir grandes variações no mercado Arménio Breia
Grau de Alavanca Operacional (GAO) ou Grau Económico de Alavancagem (GEA) . Risco económico depende, para além da produtividade (que influencia a Margem Bruta), do montante e composição dos gastos de estrutura Maior peso dos gastos de estrutura (“fixos”) poderá significar menor capacidade de adaptação face, por exemplo, a reduções significativas do volume de negócios Arménio Breia
Grau de Alavanca Financeiro (GAF) ou Grau Financeiro de Alavanca (GFA) . Avalia o impacto nos resultados (antes de impostos) de uma variação nos resultados operacionais .
Resultado Operacional Resultado Antes de Impostos
Arménio Breia
=
RO RAI
Grau Combinado de Alavanca (GCA) ou Grau de Alavanca Combinado (GAC) . Avalia a sensibilidade dos resultados (antes de impostos) ao efeito conjugado do risco financeiro e económico . GAC = GAO x GAF ou GAC=
MC RO MC x = RO RAI RAI Arménio Breia
Questões para Discussão Efeitos económicos e financeiros da politica fiscal . Agravamento da taxa de imposto sobre resultados implica: redução da capacidade de auto-financiamento (menores resultados líquidos após impostos) menor rendibilidade de capitais próprios (poderá levar ao abandono de investimentos, deslocalização de empresas, desincentivo ao reforço de capitais próprios) impacto sobre o fundo de maneio (menores resultados menores capitais próprios) Tendência para aumento do endividamento, podendo conduzir em algumas situações a alavancagens negativas (contexto de agravamento das condições do sector financeiro) Arménio Breia
Questões para Discussão Importância do Excedente de Exploração (EBE) ou Meios Libertos Operacionais ou Cash-Flow de exploração . EBE =
Resultados Gastos não + Operacionais desembolsáveis (Amortizações / Depreciações / Ajustamentos / Imparidade / …) Arménio Breia
Questões para Discussão Importância do Excedente de Exploração (EBE) ou Meios Libertos Operacionais ou Cash-Flow de exploração . Base primária para análise da sustentabilidade . Fundamental na avaliação da capacidade de pagamento do serviço da dívida (médio / longo prazo) → ver rácio da capacidade de reembolso = Passivo Financeiro Cash Flow Sustentável Arménio Breia