B-& ' centro desse centro era a cidade de
< Repblica Holandesa o principal europeuU de in)ormaçSes sobre o leste da sia)oi nas considerada d1cadas de >B0 e >>0& 'entreposto resto do mundo não era esIuecido& Em dos principais editores da repblica, /lse;ier, lançou a Iue tal;ez se3a a primeira s1rie de li;ros com um editor acad@mico& Jo$annes de %aet, estudioso Iue era tamb1m diretor da +ompan$ia das [ndias 'cidentais, )oi o editor de uma s1rie de comp@ndios de in)ormaçSes 6;er p&57 sobre a organização e recursos de di)erentes estados
do mundo&
Londres no século XVIII ' mercado britLnico de li;ros nos s1culos MK* e MK** 3? )oi considerado essencialmente pro;incianoU por comparação com o do continente&
sucessores de illar, os sFcios Oilliam Atra$an e T$omas +adell, pelos direitos autorais do relato do dr& Jo$n Ha#"es#ort$ sobre as descobertas do capitão +oo"&B ' coment?rio do dr& Jo$nson a !os#ell sobre essa publicação )oi mordaz: Ae ;oc@ )ala dele como ob3eto de com1rcio, ele ser? lucrati;o se como um li;ro para aumentar o con$ecimento $u mano, creio Iue não $a;er? muito disso&U Cão de;emos nos precipitar e idealizar a situação dos escritores do s1culo MK***& Para cada $omem de letras de sucesso podiam contar4se centenas de trabal$adores e Street trabal$adoras liter?rios pobreza, do na MK**7& Iue )oiB8con$ecida como Grub os 6comode na Keneza do s1culo MK* ou nana
MK*** e a pr?tica se tornou mais comum depois disso& Ca Repblica Holandesa, 3? era registrada em >>& Ca
8ornais e re,istas 's periFdicos em particular, por e(emplo o Journal Vtranger dependiam de assinaturas& /mbora os pan)letos sobre e;entos da atualidade 3? )ossem comuns no s1culo MK*, os 3ornais e re;istas, Iue começaram a ser publicados depois de >00, são os g@neros liter?rios Iue mel$or ilustram a comercialização da in)ormação& B Gazetas de notícias impressas, registradas por primeira ;ez na
;ez de esperar sua c$egada, e en;iou um correspondente a Paris em >== para cobrir a inauguração de uma no;a est?tua de %uís M*K& < *nglaterra tamb1m se tornou uma terra de 3ornais, apro(imadamente 80 anos depois da Repblica Holandesa& Ema e(plosão de publicaçSes se seguiu e(tinção da lei de licenças em >=B& /m 05, %ondres tin$a no;e 3ornais e, em 0=, o nmero c$ega;a a =& 8 +on$ecimentos de tipo acad@mico eram di)undidos por re;istas cultas, publicadas mensalmente ou a cada dois meses& ' g@nero começara na d1cada de >>0, com o Journal des Savants em Paris, e as <"iloso+"ical !ransactions da Roal Aociet de %ondres& /m )ins do s1culo MK**,
surgimento das o$ras de refer(ncia ' problema de encontrar a in)ormação Iuando necess?rio, a recuperação da in)ormaçãoU como $o3e 1 c$amada, 1 antigo&
cidades, regiSes, países 6especialmente a s1rie de /lse;ier7 e do mundo: as CelaNiom universali do padre italiano Gio;anni !otero, publicadas na d1cada de B=0, ou a Descri>4o 6>5-7 de Pierre d`<;it, em Iuatro ;olumes, um para cada um dos Iuatro continentes con$ecidos& Ha;ia $or?rios postais e diretFrios de endereços de negociantes e outros, ancestrais da lista tele)Xnica de $o3e&>= Ha;ia ainda antologias de anedo tas e coletLneas de te(tos mais longos 6;iagens, leis, tratados, ou decretos de concílios da *gre3a7& Ha;ia tamb1m con3untos de li;ros Iue da;am instruçSesredação sobre $abilidades caligra)ia, gra;ura, cozin$a, dança, ;ida de )azenda, de cartas etc&como Noram identi)icados mais de &>00 guiasagricultura, para comerciantes impressos entre 50 e B==, e mais Iue o dobro no s1culo MK** o s1culo MK*** assistiu ascensão de enciclop1dias de com1rcio e indstria em ;?rios ;olumes&0 < proli)eração de obras de re)er@ncia 3? )ora ridicularizada em meados do s1culo MK*** por um $omem de letras, elc$ior Grirnm& < mania pelos dicion?rios 6 la fureur des dictionnaires7 1 tão aguda entre nFs Iue algu1m acaba de imprimir um Dicionrio dos dicionriosU& Cão e(agera;a& Tal dicion?rio )oi publicado em Paris em B8 por um certo Dure de Coin;ille& 's títulos dessas obras de re)er@ncia incluem antologiaU, ?r;oreU, atlasU, a(iomasU, comp@ndioU, bibliotecaU, bre;i?rioU 6ou resumo7,6ou casteloU, 6 Ilavis7, coleçãoU, corpoU, dicion?rioU l1(ico7,cat?logoU, diretFrioU,c$a;eU enciclop1diaU, epítomeU, espel$oU, )lorestaU 6silva7, )loril1giosU 6)lores +olyant"ea7, gloss?rioU, guiaU, in;ent?rioU, itiner?rio U, 3ardimU, lugares comunsU, mina de ouroU 6aurofodina Dre(el, >-87, manualU 6seguindo a tradição cl?ssica do enc"iridion e do manuale) medulaU, prontu?rioU, repertFrioU, sum?rioU, teatroU, tesouroU, e ;ade mecumU& W possí;el obser;ar ao lo ngo do te mpo um mo;imento do concreto 6)lores, 3ardins e ?r;ores7 para o mais abstrato& /ntre os li;ros de maior sucesso esta;am o dicion?rio $istFrico do padre %ouis or1ri 6com 25 ediçSes em )ranc@s e > em traduçSes entre >5 e B=7 e o dicion?rio !"eespan$ol, GaNeteerRsitaliano $nter+reter geogr?)ico do don Jo$n /ac$ard, Iue atingiu j edição em Bdee +ambridge )oi traduzido para o )ranc@s, e polon@s antes dea 800&
du aine& Pouco mais princípio do s1culo MK**,$istFria ;ieram6;er as bibliogra)ias por assunto, usando categorias comotarde, teologia, direito, medicina, p& >487 e política 6em -5, o estudioso )ranc@s Cicolas %englet publicaria a primeira selecionada bibliogra)ia dos romances7& Em nmero crescente de obras de re)er@ncia era produzido para )ai(as especí)icas de pblico, como o clero, comerciantes, m1dicos, ad;ogados, mul$eres etc& 's pregadores, por e(emplo, podiam ;oltar4se para o A++aratus concionatorum \$nstrumento dos +regadores], de Nrancisco %abata 6;er p&=07, ou para a #ibliot"\/ue des
+rLdicateurs 627, do 3esuíta )ranc@s Kincent Houdr&
&nciclo#édias Cesse período, as enciclop1dias se tornaram mais numerosas, maiores, mais pesadas e mais caras& ' dicion?rio $istFrico de or1ri, publicado em um ;olume, aumentou para 0 no curso de menos de um s1culo& ' 3ornalista alemão Jo$ann Georg Qrnitz compilou uma enciclop1dia econXmica em > ;olumes 6427& ' ?e;iIon de .edler, c$ega;a a B8 ;olumes, a ncyclo+Ldie )rancesa, a -2, e seu ri;al suíço, o Dictionnaire raisonnL des connaissances "umaines 604807, a B8& < obra de Qrnitz )oi atualizada e ampliada regularmente at1 atingir 252 ;olumes em 8B8& /ssa prFpria e(pansão gerou a necessidade de um oposto complementar, a obra de re)er@ncia port?tilU, como o ?e;iIon genealogicum +ortatile 627, o Dictionnaire +ortatif +rLdicateurs domesti/ue +ortatif o Dictionnaire 6>27, 67, 6B7, o Dictionnaire 6887 e oo Dictionnaire +ortatif des dR$talie +ortatif des femmes Dictionnaire gLogra+"i/ue +ortatif 6=07& Noram )eitas tentati;as de atender os leitores em geral e ;ender4l$es enciclop1dias com base no argumento de Iue não poderiam er os 3ornais sem sua a3uda, ou mesmo con;ersar de maneira inteligente 6daí a ideia do Konversationsle;iIon \Dicionrio de conversa>4o]7&
#ritannica ambas srcinadas na /scFcia, recorriam tanto a assinaturas como a associaçSes
de li;reiros para compartil$arem despesas e lucros, sistema de parc eria 3? comparado ao das compan$ias de acionistas 6ocasionalmente as açSes eram compradas e ;endidas7& /p$raim +$ambers publicou a primeira edição de sua 1yclo+aedia em 28, em dois ;olumes in folio ao preço de Iuatro guin1us, obra Iue alcançou sua Iuinta edição em 5>& ' custo )oi compartil$ado entre ;?rios editore s, entre os Iuais T$omas %ongman, Iue )oi comprando de seus at1 Iue em 50 9> 5 dade empresa& DeadIuirira maneira similar, OilliamaçSes Atra$an, IuesFcios tamb1m possuía açSespossuía do Dicionrio Jo$nson, 5 cinco das >5 partes de +$ambers at1 >0& Vuanto #ritannica srcinou4se como uma empresa con3unta do gra;ador
Com#arações e conclusões ' conte(tocomo mais aamplo da e;oluçãodonas publicaçSes Iue podem resumidos comercialização li;roU, constitui descritas o Iue os acima, $istoriadores ;ieramsera c$amar de re;olução do consumoU ou nascimento da sociedade de consumoU no s1culo MK***, mudança particularmente ;isí;el na *nglaterra, mas estendendo4se a outras partes da /uropa e mesmo al1m dela&
período, 1 pro;?;el Iue a comercialização do li;ro no Japã o do período To "uga#a, ligad a urbanização e comercialização do lazer, corra paralela s tend@ncias no 'cidente em lugar de estar a elas conectada& = Co J apão, a partir do s1c ulo MK**, $? sinais de uma e (plosão da impressão gr?)ica 3unto c om o aumento do nmero de li;raria s& /ssa e(pansão do com1rcio de li;ros esta; a ligada ao surgimento de no;os tipos de li;ros, os Iana6Nos"i termo Iue pode ser traduzido como li;ros para consumoU& /sses li;ros, romances ou consel$os para )azer )ortuna, não eram impressos, como de costume, ideogramas c$ineses, mas em tipos sil?bicos mais simples 6Iata6Iana 7, permitindo Iueem essas publicaçSes mais baratas atingissem no;os tipos de leitores, especialmente as mul$eres, Iue não tin$am aprendido os caracteres c$ineses& 80 /m >B=, os cat?logos dos li;reiros de Qioto da;am in)ormaçSes sobre autores, títulos, editores e preços& /m >=>, $a;ia apro(imadamente 8 mil títulos em circulação& Ca +$ina, o mission?rio 3esuíta italiano do s1culo MK* atteo Ricci, o indi;íduo mais bem situado para )azer a comparação, comenta;a os bai(os preços dos li;ros em relação aos de seu prFprio p aís& Dado o taman$o do mercado p ara li;ros num país com mais de 00 mil$Ses de pessoas praticando uma nica língua liter?ria, e a possibilidade de economias de escala daí decorrentes, a obser;ação de Ricci )az sentido& < al)abetização era mais abrangente na +$ina do período do Iue os $istoriadores costuma;am pensar& W ;erdade Iue para ser considerado um $omem educado seria preciso con$ecer apro(imadamente -0 mil ideogramas, ob3eti;o impossí;el sem muitos anos de estudo& Por outro lado, era possí;el le;ar a ;ida cotidiana com o con$ecimento de 2 mil caracteres, e $? e;id@ncia de Iue pessoas comuns das cidades, tanto $omens Iuanto mul$eres, muitas ;ezes atingiam esse ní;el&8 PublicaçSes baratas, inclusi;e almanaIues e peIuenas enciclop1dias, eram abundantes, sendo os impressores da pro;íncia de Nu"ien especializados nesse nic$o do mercado& /m outras pala;ras, $a;ia uma tend@ncia mercantilizaçãoU da in)ormação na +$ina assim como na /uropa, embora na primeira essa tend@ncia pareça ter se detido aIu1m da enciclop1dia& < tradição enciclop1dica c$inesa data do s1culo *** e, di)erentemente da tradição cl?ssica ocidental, )oi contínua e não intermitente& AF no período ing, entre ->8 e >55, são con$ecidas -= enciclop1dias& , sob patrocínio imperial, de um empreendimento ainda mais grandioso, desta ;ez impresso, a Zinding Guin tus"uic"eng com mais de B0 mil p?ginas, )azendo dela muito pro;a;elmente o mais longo li;ro impresso do mundo& ' ob3eti;o do empreendimento era reunir o con$ecimento tradicional, ob3eti;o ilustrado pelo SiIu Zuans"u, uma seleção de apro(imadamente - mil e B00 li;ros 82 di)erentes& ' empreendimento Iue de;eriam ser )oi preser;ados le;ado a e)eito em cFpias entremanuscritas 2 e o )imalo3adas da d1cada em sete de 80& lugares ' contraste entre a organização, )unção e pblico leitor das enciclop1dias c$inesas e ocidentais merece destaIue& Desde a dinastia Tang, as enciclop1dias eram produzidas principalmente para ser;ir s necessidades dos candidatos nos e(ames Iue le;a;am aos postos na burocracia imperial& 's e(ames assumiam a )orma de ensaios, e as obras de
re)er@ncia consistiam principalmente em citaçSes ordenadas por tFpicos, permitindo Iue os candidatos com boa memFria rec$eassem suas respostas com re)er@ncias apropriadas aos cl?ssicos da literatura& J? os !us"u -c"eng seu patrocínio imperial, 3untamente com o peIueno nmero de cFpias impresso, sugerem Iue eram produzido s essencialmente para au(iliar os mandarins em seu trabal$o& ' contraste com +$ambers, .edler e a nciclo+Ldia 1 Fb;io& Ca +oreia, o controle da impressão pelo go;erno era ainda mais cabal do Iue na +$ina, e a produção e ;enda pri;ada de li;ros eram s ;ezes proibidas&8contraste est? necessariamente aberto deespeculação, mas gostaria'designi)icado sugerir Iuedesse pode ser considerado um sintoma ou indicador di)erenças mais agudas entre os dois sistemas de con$ecimento, entre o Iue poderia ser c$amado de organização burocr?tica do con$ecimento, na +$ina, e a organização mais empresarial do con$ecimento, na /uropa, s ;ezes con$ecida como capitalis mo da impressãoU&85 Koltando aos termos de Gellner 6;er p&>7, poderíamos dizer Iue nos primFrdios da +$ina moderna, o con$ecimento esta;a ligado coer ção, neste caso mais aos mandarins do Iue aos soldados, mais pena 6literalmente, o pincel da escrita7 do Iue espada& Cos primFrdios da /uropa moderna, por outro lado, o con$ecimento esta;a ligado cada ;ez mais intimamente produção ;ia impressão, e isso le;ou a um sistema de con$ecimento mais aberto& < in;enção da prensa tipogr?)ica e)eti;amente criou um no;o grupo social com interesse em tornar pblico o con$ecimento& *sso não Iuer dizer Iue a in)ormação se tornou publica apenas por razSes econXmicas como o capítulo anterior sugeriu, ri;alidades políticas s ;ezes le;a;am um go;erno a re;elar os segredos de outro&
/III - A A!uisição de Conhecimento% a Parte do Leitor ntrar no +alcio do con"ecimento +ela +orta +rinci+al re/uer gasto de tem+o e de formasE "omens de muita +ressa e +ouca cerim^nia contentam6se com a +orta dos fundos*
AO*NT
O con"ecimento L de dois ti+os* .ós mesmos con"ecemos o obeto ou sabemos onde encontrar informa>es sobre ele*
J'HCA'C
' ltimo capítulo se ocupou da produção de con$ecimento por lucro e sua relação com o surgimento da sociedade de consumoU do s1culo MK***& W $ora de nos ;oltarmos para os prFprios consumidores, para a maneira como adIuiriram ou se apropriara m do con$ecimento e os usos Iue para ele encontraram& Co campo do con$ecimento , o consumo indi;idual 1 relati;amente bem documentado& *n;ent?rios de bens muitas ;ezes arrolam o contedo de bibliotecas, título por título& < pr?tica da publicaçã o por assinaturas discutida no capítulo K** 6;er p& B7 le;ou publicação de listas de assinantes Iue deram aos $istoriadores alguma noção da natureza do pblico leitorpor em e(emplo, di)erentesIue lugares e momentosdoe d?e;iIon os di)erentes tipos dedeli;ros& W )ascinante descobrir, os assinantes tec"nicum Jo$n Harris 6;er p& BB7 abrangiam desde *saac Ce#ton e o estudioso cl?ssico Ric$ard !entle at1 um construtor de na;ios e um relo3oeiro, ou Iue os assinantes da nciclo+Ldia )reIuentemente percebida como um empreendimento anticlerical, incluíam nmero substancial de padres )ranceses& %istas de assinaturas são tamb1m um bom lembrete do problema das limitaçSes ao acesso indi;idual ao con$ecimento nessa 1poca& AF uma proporção ín)ima da população podia permitir4se assinar uma enciclop1dia in folio ou mesmo uma re;ista& /(istiam bibliotecas p blicas e Iuase p blicas, co mo ;imos 6c ap& *K, p&>>7, mas o acesso a elas era restrito, de modo mais Fb;io pela localização do indi;íduo, $abitantes des)rutando de ;antagens consider?;eis em relação a todosos os demais de 6;erRoma p&>7&e Paris Jean !arberac, escritor )ranc@s de direito, dese3a;a em > estar ;i;endo em !erlim e não em %ausanne, porIue o acesso a biblio tecas era menos restrito na primeira& ' $istoriador ingl@s /d#ard Gibbon trabal$ou nas bibliotecas pblicas de %ausanne e Genebra em >- e deplora;a a )alta de uma biblioteca pblica em %ondres 6)oi admitido como leitor no useu !ritLnico em 0, logo depois Iue este )oi inaugurado7&2
Leitura e rece#ção +omo 1 Fb;io, a aIuisição do con$ecimento depende não sF da possibilidade de acesso a acer;os de in)ormação, mas tamb1m da intelig@ncia, pressupostos e pr?ticas indi;iduais& < $istFria das maneiras de ou;ir e das maneiras de ;er não )oi e studada em pro)undida de, mas a $istFria da leitura atraiu bastante atenção nas duas ltimas d1cadas, le;ando , por e(emplo, a uma no;a maneira de escre;er a $istFria da ci@ncia& B
/ssa no;a abordagem tamb1m gerou muitos debates, em particular o debate sobre o surgimento do Iue 1 con$ecido co mo leitura e(tensi;aU, em outras pala;ras, )ol$ear, passar os ol$os, consultar& Em $istoriador a)irma Iue uma re;olução da leituraU te;e lugar na
papel ou )ic$as, Iue tin$am a ;antagem de poderem ser reordenada s em combinaçSe s di)erentes sempre Iue necess?rio& +omo os pedaços de papel esta;am su3eitos a deterioração, alguns estudiosos pre)eriam )azer anotaçSes nas costas de cartas de baral$o, ancestrais do sistema de )ic$as tão importante na ;ida intelectual ate a recente c$egada do computador pessoal&0 < pr?tica de tomar notas era ensinada nas escolas no s1culo MK*, Iuando não antes: tal;ez se3a signi)icati;o Iue a pala;ra notasU nesse sentido, como o termo digestU no de sum?rio, sF senaregistre ingl@s no s1culo MK*&de/ralugares4comunsU, muitas ;ezes aconsel$ada asentido manutenção do Iue 1poca em se c$ama;a de li;ros cadernos organizados de )orma sistem?tica, )reIuentemente em ordem al)ab1tica de tFpicosU ou lugares4comunsU 6loci communes lieu; communs etc&7& +omo ;imos 6p&=07, esse era um modo comum de ordenar o con$ecimento& Juntamente com os lugaresU da memFria arti)icial, os lugares4comuns a3uda;am os escritores a produzir no;os te(tos e os leitores a assimil?4los com o mínimo es)orço, )ossem estudantes, ad;ogados compondo seus discursos ou pregadores ocupados com seus sermSes& ' ltimo grupo, por e(emplo, podia se ;oltar para a coleção de esboços de sermSes Iue 3? circula;a impressa no s1culo MK, apelidada de Dorme bemU 6Dormi securL7, porIue ali;ia;a a ansiedade relati;a ao sermão do domingo seguinte ou para o dos +regadores 6>57, de Nrancisco %abata, mencionado no capítulo K 6;er p&$nstrumento B57 ou ainda para a #iblioteca dos +regadores 627 em oito ;olumes, de Kincent Houdr& ' li;ro de Houdr, Iue alcançou 2- ;olumes na Iuarta edição, era uma lista al)ab1tica de tFpicos para sermSes, principalmente tFpicos morais como a)liçãoU ou ambiçãoU, completa, com re)er@ncias apropriadas da !íblia, dos Padres da *gre3a, teFlogos e pregadores& Aua srcem na tradição dos lugares4comuns 1 re;elada pelo $?bito do autor de considerar pares de Iualidades opostas em con3unto, $umildade e orgul$o e assim por diante& 's lugaresU incluíam conceitos abstratos como comparaçSes e oposiçSes, Iue a3uda;am o leitor a organizar a in)ormação e a recuper?4la Iuando necess?rio& +omo recomenda;am escritores como /rasmo e Ki;es, os tFpicos tamb1m incluíam Iualidades morais como prud@ncia, 3ustiça, coragem e temperança, s ;ezes em pares com os ;ícios correspondentes& Aob essas rubricas, os estudantes de;iam anotar e(emplos not?;eis de Homero, Kirgílio e outros cl?ssicos, para utiliz?4los em argumentos a )a;or ou contra uma lin$a de conduta particular& +omo os mesmos e(emplos muitas ;ezes se repetiam, a ideia do lugar4comumU gradati;amente mudou do ati;o para o passi;o, de um esIuema para organizar a in)ormação para o Iue c$amamos de clic$@ ;erbal& < abordagem retFrico4moral incorporada nos li;ros de lugares4comuns e ensinada nas escolas e uni;ersidades in)luenciou os modos de ler nos primFrdios da /uropa moderna e pode ser utilizada para reconstruir esses modos& Tomemos a $istFria, por e(emplo *nmeros tratados )oram dedicados arte de ler li;ros de $istFria& ' %Ltodo +ara a fcil com+reens4o da "istória 6B>>7, de Jean !odin, com seu capítulo Aobre a o rdem da leitura dos tratados $istFricosU, 1 o e(emplo mais )amoso do g@nero& /m seu terceiro capítulo, Aobre a organização apropriada do material $istFricoU, !odin aconsel$a seus leitores a manterem um li;ro de lugares4comuns dos e(emplos Iue encontrarem ao lerem sobre o passado, di;idindo 4os em Iuatro tipo s, ;il, $onroso, til e intilU&
' estudo da $istFria era em geral 3usti)icado por moti;os morais& %eitores de Tito %í;io, T?cito ou Guicciardini de;iam procurar e(emplos morais, bons e(emplos a seguir e maus e(emplos a e;itar&
$ras de refer(ncia Ae os li;ros de lugares4comuns incenti;a;am a leitura intensi;a, seu oposto complementar, a leitura e(tensi;a, era estimulada pelo )lorescimento das obras de re)er@ncia& /sse g@nero ou con3unto de g@neros liter?rios 3? )oi discutido do ponto de ;ista do produtor 6;er p& >=7& W $ora de relacionar as obras de re)er@ncia sua demanda e perguntar o Iue o)ereciam a Iuem, e como eram usadas& Ema obra de re)er@ncia pode ser de)inida como um li;ro Iue não se destina a ser lido de )io a pa;ioU, mas a ser consultadoU por algu1m Iue passa os ol$osU ou se re)ereU a ele em busca de uma peça especí)ica de in)ormação, um atal$o para o con$ecimento& ' ponto essencial )oi cristalinamente apontado por Jonat$an A#i)t, na passagem citada em epígra)e a este capítulo, como a porta dos )undosU do pal?cio do con$ecimentoU& W razo?;el argumentar Iue, do ponto de ;ista do leitor, não e(iste tal coisa como uma obra de re)er@ncia, dado Iue IualIuer li;ro, mesmo um romance, pode ser consultado, e IualIuer li;ro, mesmo uma enciclop1dia, pode ser lido& Vuanto maior o li;ro, menor a probabilidade de Iue se3a lido do princípio ao )im& el$or do Iue pensar num con3unto )i(o de ob3etos 1 de)inir as obras de re)er@ncia pelas pr?ticas dos leitores& Ke3amos o caso do ?ivro do cortes4o de !aldassare +astiglione, por e(emplo& W pro;?;el Iue o autor desse di?logo, publicado por primeira ;ez em B28, pretendesse e(plorar um con3unto de Iuest Ses relati;as educação e ;ida na corte mais do Iue o)erecer respostas claras e de)initi;as& esmo assim, a edição srcinal in folio a Iue )alta mesmo a
di;isão em capítulos, 1 uma edição em Iue era e 1 di)ícil encontrar IualIuer coisa com rapidez& as o li;ro se tornou um sucesso de ;endas Iue alcançou 2B ediçSes em ;?rias línguas no s1culo Iue se seguiu sua publicação& +Fpias subsistentes mostram Iue alguns leitores usa;am o li;ro como )onte de in)ormaçSes sobre bom comportamento ou mesmo de anedotas para contar socialmente&
A ordem alfa$ética +omo obser;a d`
'cidente7& /m primeiro lugar, o Iue c$amou de princípio enciclop1dicoU, em outras pala;ras, a organização tem?ti ca, a tradicional ?r;ore do con$eci mento& /m segundo lugar, o Iue c$amou de princípio do dicion?rioU, em outras pala;ras, a ordem al)ab1tica dos tFpicos& < ordem al)ab1tica aparecera no s1culo M*, numa enciclop1dia bizantina con$ecida como AuidasU& [ndices desse tipo eram usados pelos cistercianos e outros no s1culo M***& < )amosa biblioteca da abadia de Aaint4Kictor, em Paris, )ora catalogada al)abeticamente no Adagia princípio6B007, do s1culo MK*, enIuanto ordena;a os da mesma )orma& 0B, )osse organizado em ordem al)ab1tica, embora o )undador, Air T$omas !odle, insistisse na tradicional distribuição por disciplinas, e T$omas ten$a tido Iue se contentar com um índice al)ab1tico 6a ;ersão de >20 do cat?logo )oi estruturada al)abeticamente7& > Ha;ia títulos como A#1 do mundo inteiro 6>B7& < biblioteca do estadista Jean4!aptiste +olbert incluía tabelas al)ab1ticasU listando tipos importantes de manuscritos, como mapas e tratados& /(emplos )amosos de obras de re)er@ncia organizadas desse modo incluem o !eatro da vida "umana 6>-7, de %aurentius !eerlinc", reorganização da enciclop1dia tem?tica de .#inger o Grande dicionrio "istórico 6>57, de %ouis or1ri, Iue te;e sucessi;as ediçSes e a resposta a or1ri, o Dicionrio cr-tico e "istórico 6>=7, de Pierre !ale&
' con)lito entre os dois sistemas mostra bem os problemas le;antados pela apresentação da $istFria do con$ecimento como uma $istFria de progresso& < mudança do sistema tem?tico para o sistema al)ab1tico não 1 uma mera mudança de menor para maior e)ici@ncia& /la pode re)letir uma mudança na ;isão de mundo 6;er p& 087, uma perda da )1 na correspond@ncia entre o mundo e a pala;ra& Tamb1m corresponde a uma mudança na maneira de ler& W bastante claro Iue as enciclop1dias tradicionais apresentadas no capítulo K eram inadeIuadaspoupa para tempo& a consulta poressa leitores procura tFpicos especí)icos& < ordem al)ab1tica Cor?pida entanto, solução para de o problema da recuperação da in)ormação, a solução suidaU, como podemos c$am?4la, tamb1m te;e um preço& Harold *nnis, teFrico canadense da comunicação, Iuei(ou4se certa ;ez de como as enciclop1dias retal$am o con$ecimento, separando4o em escanin$os al)ab1ticosU&2 /las ao mesmo tempo e(primem e incenti;am a moderna )ragmentação do con$ecimento& < con)usãoU a Iue se re)eriu Herbelot era mais do Iue uma simples incapacidade de adaptação dos leitores aos reIuisitos do no;o sistema& <)inal, a estruturação tradicional do con$ecimento, tem?tico, orgLnico ou $olístico, tem ;antagens grandes e Fb;ias& /ncora3a os leitores intensi;osU a perceber o Iue d`
Au2.lio 9 #es!uisa histórica Para dar uma ;isão mais clara sobre os no;os recursos Iue )oram se tornando disponí;eis para algu1m em busca de con $ecimento sob re um assunto especí)ico, to memos o e (emplo da prFpria $istFria& *maginemos, por e(emplo, um estudioso interessado em descob rir a data de um determinado acontecimento, ou alguma in)ormação sobre um indi;íduo Iue ;i;eu $? s1culos, ou ainda o te(to de um documento&
/m 5B0, nosso estudioso teria Iue depender inteiramente de )ontes manuscritas& +em anos mais tarde, poderia consultar algumas obras de re)er@ncia& Para geogra)ia, por e(emplo, podia recorrer 1osmografia 6B507, de Aebastian nster& Para bibliogra)ia, podia ir a Gesner 6;er p& 887 ou lista de escritores eclesi?sticos compilada pelo abade alemão Jo$annes Trit$emius e publicada em 5=5& Aobre a $istFria de países especí)icos, podia recorrer obra dos $umanistas italianos e(ilados Paolo /mili, sobre a Nrança 6publicada em B>4207 %uca arineo, sobre a /span$a 6B--7 Poldore Kergil, sobre a *nglaterra 6B-57 e
incluíam um sobre as ;idas dos estudiosos, ?L;ico dos sbios 6B7, de enc"e, bem como as ;olumosas %emórias de "omens ilustres 6245B7, em 5- ;olumes, de Pierre Cic1ron& uitos outros te(tos de documentos, como tratados, crXnicas medie;ais ou editos dos concílios da *gre3a, esta;am disponí;eis em con3untos de ;olumes in folio organizados por estudiosos como o ingl@s T$omas Rmer 620 ;olumes7, ou os italianos %udo;ico uratori 628 ;olumes7 e o arcebispo Gio;anni Domenico ansi 6- ;olumes7& Normas arcaicas do latim não eram um obst?culo tão grande desde a publicação de um gloss?rio pelo estudioso )ranc@s +"istórica $arles Duem+ange !ibliogra)ias li;ros d ede$istFria agorae incluíam a #ibliografia Iuatro6>87& ;olumes 6>8B4 7, ded e+ornelis !eug$em, a #ibliografia "istórica selecionada 60B7, de !ur"$ard Atru;e, ambas compiladas por estudiosos alemães e duas produçSes )rancesas, #iblioteca universal dos "istoriadores 607, de %ouis4/llies Du Pin, e %Ltodo do estudo da "istória 6-7, de Cicolas %englet, ensaio na tradição de !odin& Co;os li;ros de $istFria e sobre muitos outros assuntos podiam ser encontrado s )ol$eando4se as p?gina s de re;istas cultas como as .ouvelles de la CL+ubli/ue des ?ettres e as Acta ruditorum de %eipzig&
A#ro#riações indi,iduais W claro Iue muitas obras de re)er@ncia se dirigiam a setores particulares do mercado, ao clero, ad;ogados, m1dicos, mul$eres, e assim por diante& Co mundo de língua alemã, por e(emplo, $ou;e um aumento das enciclop1dias destinadas s mul$eres& 2Para reconstruir o modo como os primeiros leitores modernos adIuiriam con$ecimentos e os utiliza;am, são tamb1m necess?rios estudos de casos de indi;íduos& W esclarecedor descobrir os li;ros de re)er@ncia adIuiridos pelos donos de peIuenas bibliotecas& 's in;ent?rios dos li;ros dei(ados por estudantes e pro)essores da Eni;ersidade de +ambridge, por e(emplo, incluem 6sobretudo muitas re)er@ncias a dicion?rios particular o de Em caso particularmente bem documentado de um leitor ;oraz 1 o do polímata Peiresc& Cicolas4+laude Nabri de Peiresc era um magistrado de interesses intelectuais e(tremamente amplos& Ki;endo na Pro;ença uma geração antes Iue surgisse o g@nero da re;ista culta, Peiresc dependia de uma rede internacional de amigos para obter notícias da Repblica das %etras, de pessoas curiosas como nFsU 6 gens curieu; comme nous7 como as c$ama;a& Aua ;olumosa correspond@ncia, boa parte dela publicada, est? repleta de
re)er@ncias a li;ros no;os, ediçSes dos Padres da *gre3a, uma $istFria dos ?rabes, o ltimo tratado de Galileu, a s1rie de descriçSes de /lse;ier da PolXnia e de outros /stados, as antologias de ;iagens editadas por Ric$ard Ha"lut e Aamuel Purc$as e, não menos importante, boletins ou noticiosos manuscritos ou impressos de Keneza&
*e 'ontaigne a 'ontes!uieu +omo um capítulo anterior deste li;ro destacou a importLncia das principais cidades como Roma e Paris, seria interessante considerar o s indi;íduos Iue ;i;iam no campo& Co )inal do s1culo MK, $? e;id@ncias de )idalgos ingleses do campo Iue obtin$am e troca;am in)ormaçSes $istFricas&28 ' caso de Peiresc acabou de ser mencionado& Para perceber a mudança no período, podemos comparar e contrastar dois ;ia3ados ca;al$eiros )ranceses com boas bibliotecas e amplos interesses, ambos ;i;endo no campo, prF(imo de !ordeau(, mas separados por um s1culo e meio de distLncia: ontaigne e ontesIuieu& Vuando ontaigne se retirou para sua propriedade no campo, assegurou4se de Iue a torre em Iue passaria a pensar e escre;er esti;esse bem pro;ida de li;ros& Aabe4se Iue utilizou 2 li;ros: apenas tr@s de direito, seis de medicina e > de teologia, mas Iuase 00 de $istFria, antiga e moderna&2= +omo bom renascentista, ontaigne con$ecia bem os cl?ssicos gregos e latinos, e era apreciador em particular das obras morais de A@neca e de
Plutarco& Tin$a interesse na $istFria de sua prFpria região, e )azia uso consider?;el dos Anais da A/uitnia do $umanista Jean !ouc$et& Aobre a $istFria da Nrança, leu as crXnicas de Jean Nroissart e as memFrias do diplomata P$ilippe de +ommnes sobre a *t?lia, a )amosa $istFria de Nrancesco Guicciardini& ontaigne )azia uso do %Ltodo de seu contemporLneo Jean !odin, e tamb1m do estudo comparati;o do mesmo autor sobre os sistemas políticos, Seis livros sobre a Ce+Qblica* Aeu interesse pelo mundo al1m da /uropa )oi alimentado pela $istFria da +$ina do mission?rio espan$ol Juan Gonz?lez de endoza e por um pun$ado de li;ros sobre as
ontaigne era intensi;a, permitindo4l$e citar passagens de memFria 6como mostram as peIuenas imprecisSes7, e centra da em e(emplos morais& ontesIuie u, ao contr?rio, muitas ;ezes )ol$ea;a os li;ros sem l@4los at1 o )im, e o )azia com a atenção ;oltada para os )atos e para as estatísticas&
A!uisição do conhecimento de outras culturas ' Iue ontaigne e ontesIuieu tin$am em comum era um ;i;o interesse por outras culturas, ainda Iue se baseassem em )ontes di)erentes& uitos pensadores europeus importantes dos s1culos MK** e MK*** compartil$a;am essa curiosidade: na Nrança, Koltaire, Diderot e Rousseau na Grã4!retan$a, Jo$n %oc"e e
< >=, por e(emplo, a Roal Aociet publicou em suas <"iloso+"ical !ransactions algumas obser;açSes relati;as ao Japão )eitas por uma pessoa engen$osa Iue ;i;eu muitos anos
naIuele paísU reduzidas a 20 obser;açS es, entre as Iuais: eles escre;em de cima para bai(o& Aeu go;erno 1 despFtico &&& Aua mão esIuerda 1 a mais $onor?;elU& Aubsistiam, no entanto, s1rias lacunas no con$ecimento e, no )im do s1culo MK**, um importante cartFgra)o )ranc@s, Delisle, ainda discutia se o Japão era ou não uma il$a& Co caso da + $ina, os lugares4comuns eram partic ularmente numerosos& * ncluíam a ideia de Iue o imperador c$in@s era um mero testa de )erro Iue 6como o amigo de Kico, o )ilFso)o Paolo attia Doria dissera em sua ida civil de 0=7 os c$ineses eram um po;o a;esso sub3ug?4los guerra, Iue se contra os b?rbaros os conIuistassem então, Iuede)endia os c$ineses )aziam uso permitindo da escrita Iue antes do 'cidente, para, com ideogramas em ;ez do al)abeto e Iue tin$am in;entado a pFl;ora e tal;ez tamb1m a imprensa& ontaigne a)irmou Iue a imprensa e a pFl;ora eram mil anos mais antigas na +$ina do Iue na /uropa e a $istFria da imprensa do estudioso4impressor Prosper arc$and 6507 discutiu sua possí;el di)usão do leste para oeste& ' don de '()ord Robert !urton, $omem lido mas não especialista em estudos orientais, se re)eriu +$ina em di;ersas ocasiSes em sua Anatomia da melancolia 6>207& !urton )icara especialmente impressionado pela posição dos mandarins, os literati como os c$ama;a 6;er p&->7& Tamb1m comentou sobre a aus@ncia de mendigos na +$ina a pr?tica do suicídio por ;ergon$a de não ter sido apro;ado nos e(ames e o contraste entre a medicina c$inesa e a ocidental& Ca +$ina, segundo !urto n 6com base em atteo Ricci7, os m1dicos dão co nsel$os opostos aos nossos&&& sF utilizam raízes, er;as e símplices em seus rem1dios e toda sua medicina cabe num comp@nd io sobre er;as: sem ci@ncia, sem escola, sem arte, sem diploma, mas, como num o)ício, cada $omem 1 instruído em pri;ado por seu mestreU li;ro 2, parte 5, seção ,B7& Ae 3? não o )ossem, as obser;açSes de !urton logo se tornariam lugares4comuns e outros )oram acrescentados lista& Ca resen$a de li;ro recente sobre a +$ina em >>> as <"iloso+"ical !ransactions obser;a;am Iue os c$ineses t@m grande apreço pela raiz ginsengU o uso tamb1m do c$? como longo doeras1culo MK**, medicina,eaprescre;em )iloso)ia c$inesa atraiu rem1dio& atenção e
esmo assim, não podemos supor Iue os leitores dos primFrdios da odernidade acredita;am em tudo o Iue liam sobre o mundo e(terno /uropa ou sobre IualIuer coisa& < con)iabilidade do con$ecimento esta;a su3eita a debate ou, mais precisamente, a inmeros debates , o Iue ser? discutido no prF(imo capítulo&
I7 - A Confiança e a *esconfiança no Conhecimento% uma Coda Os antigos cLticos /ue nunca declarariam ter encontrado uma verdade mostraram no entanto o mel"or camin"o +ara +rocur6la*** a/uele /ue evita suas dis+utas fr-volas mas*** assume +ara si mesmo a liberdade de investiga>4o esta no Qnico camin"o /ue em /ual/uer ti+o de estudo +ode levar ao santurio da verdade*
A/%D/C
< con)iabilidade do con$ecimento não pode ser tomada como certa& /m di)erentes culturas
e em di)erentes períodos, crit1rios nos de primFrdios con)iabilidade ;ariammoderna e mudam& das tend@ncias intelectuais mais os importantes da /uropa )oi aEma ascensão de di;ersos tipos de ceticismo em relação pretensão ao con$ecimento& edir essa tend@ncia 1 impossí;el e(plic?4la seria presunçoso& ' te(to Iue segue, Iue 1 Fb;ia e necessariamente um misto de simpli)icação e de especulação, de;e ser lido com certa dose de ceticismo& +omo passo preliminar, tal;ez se3a til distinguir entre um altoU ceticismo geral ou )ilosF)ico e um bai(oU ceticismo especí)ico ou pr?tico& Jean !odin, por e(emplo, era crítico do $istoriador italiano Paolo Gio;io no ní;el pr?tico: /le relatou muitas coisas dos imp1rios dos persas, dos abissínios e dos turcos, mas nem mesmo ele sabia se eram ;erdadeiras, porIue aceita;a rumores&U Podemos cote3?4la com a reação de Aamuel Jo$nson ao s+-rito das leis de ontesIuieu, a seu modo abrupto costumeiro, diante de !os#ell, durante uma ;isita a A"e, em -: Vuando ele Iuer sustentar uma opinião e(Ftica, cita a pr?tica do Japão, ou de algum outro país distante, do Iual não sabe nada&U < interação entre um altoU ceticismo )ilosF)ico e uma descon)iança mais cotidiana ou pr?tica relati;a s pretensSes ao con$ecimento ser? um dos principais temas deste capítulo&
renascer do #irronismo Cum ní;el mais gen1rico, $a;ia consider?;el interesse pelo ceticismo )ilosF)ico ou pirronismoU, assim denominado em re)er@ncia ao )ilFso)o grego Pirro& os 6Hy+oty+oses7 de Ae(tus /mpiricus, a)irmando, diante da di;ersidade de pontos de ;ista, Iue se de;ia suspender o 3ulgamento sobre todas as pretensSes ao con$ecimento Iue )ossem al1m das apar@ncias& 2 ' te(to de
Ae(tus /mpiricus )oi redescoberto na *t?lia renascentista& Noi publicado na Nrança em B>2 e l? traduzido para o latim em B>=& ' te(to era con$ecido por ontaigne, tendo inspirado seu )amoso lema: Vue sais43eYU \Vue sei euYU], o ponto de interrogação sugerindo Iue era c1tico inclusi;e em relação ao prFprio ceticismo& Pierre +$arron, discípulo de ontaigne, por outro lado, pre)eria o Je ne saisU \/u não seiU] dogmaticamente negati;o& /m princípios do s1culo MK** $a;ia um grupo de estudiosos )ranceses, os c$amados libertins Lrudits \libertinos eruditos] Iue ac$a;am essas ideias atraentes&J? seao disse apelo das c1ticas na dos com s1culos MK** uma reação IueIue )oi oc$amado dedoutrinas crise intelectual da/uropa Re)ormaU, baseMK* em eIue, nas)oi contro;1rsias entre catFlicos e protestantes sobre as crenças religiosas, as /scrituras ou a tradição da *gre3a, cada lado te;e mais sucesso no ataIue a seus oponentes do Iue na de)esa de suas prFprias posiçSes&5 ' argumento 1 plausí;el& +omo Iuer Iue ten$a começado, por1m, o ceticismo acab ou por estender4se pa ra al1m das Iu estSes religiosas& Nrançois %a ot$e %e Kaer, escritor )ranc@s do s1culo MK**, por e(emplo, argumentou Iue as obras de $istFria não eram con)i?;eis porIue os mesmos acontecimento s pareciam di)erentes de di)erentes pontos de ;ista, tanto nacionais como religiosos& ' problema, segundo %a ot$e, era essencialmente o da parcialidade, a dos espan$Fis ou dos catFlicos, por e(emplo, destacando os sucessos e minimizando os )racassos de seu prFprio lado& Pierre !ale concorda;a, e c$egou a a)irmar Iue lia os $istoriadores modernos para se in)ormar de seus preconceitos e não sobre os )atos& De )ato, o problema da parcialidade, interesse ou ;i1sU era um dos principais problemas discutidos em tratados sobre a escrita da $istFria no s1culo MK**&B 'utro problema Iue mobiliza;a os estudiosos era o de distinguir entre te(tos genuínos e te(tos )or3ados no passado & Em caso )amoso )oi o das c$amadas +artas de Nal?risU 6go;ernante tirLnico da Aicília em tempos remotos7, cartas e(postas como tendo sido )or3adas em >== pelo estudioso ingl@s Ric$ard !entle& ' arIuic1tico Jean Hardouin não esta;a )ora de sintonia com sua 1poca& 's debates sobre a autenticidade incenti;aram a produção de muitas obras de re)er@ncia desmascarando autores anXnimos ou alguns Iue escre;iam sob pseudXnimos, como o li;ro Sobre escritos an^nimos 6>57, do estudioso alemãoAe Kincent Placcius& não eram aut@nticos, o Iue dizer dos episFdios narradosY 's os testemun$os estudiosos começa;am a se perguntar se /neias teria estado um dia na *t?lia 6uma ;ez Iue Kirgílio esta;a escre;endo )icção7 e se seria possí;el saber IualIuer coisa sobre os primeiros s1culos da $istFria de Roma 6uma ;ez Iue o $istoriador Tito %í;io escre;era muito mais tarde do Iue os e;entos Iue narrara7&
'utra das arenas em Iue a pretensão ao con$ecimento era debatida )oi a da )iloso)ia natural, especialmente no s1culo MK**& Cesse domínio, o ceticismo )oi estimulado pela descoberta de um mundo al1m das apar@ncias um mundo de ?tomos, por e(emplo e pelas contro;1rsias Iue se seguiram sobre a natureza desse mundo& Cesse conte(to, a muito citada )rase de Jo$n Donne segundo a Iual a no;a )iloso)ia pSe tudo em d;idaU 1 particularmente apropriad a& Ca Nrança, os )ilFso)os naturais Pierre Gassendi e arin ersenne, por e(emplo, pro)essa;am um ceticismo moderado ou mitigadoU relati;o ess@ncia das coisas, aceitando um con$ecimento das apar@nciasU 6sc-entia a++arentiae7 baseado na descrição, mas e(cluindo a e(plicação& /m C?poles, o m1dico %eonardo di +apoa argumenta;a contra a certeza do con$ecimento m1dico& /m %ondres, Robert !ole e(pressou suas posiçSes atra;1s de um personagem c$amado +arn1adesU em seu di?logo ' /u-mico cLtico 6>>7& !ole usa;a o termo de ontaigne, ensaioU, para seus escritos precisamente para en)atizar sua Iualidade pro;isFria, assim como usa;a e(pressSes como não 1 impro;?;elU para dei(ar implíc ito o Iue c$ama;a de descon)iança relati;a s opiniSes pelas Iuais me inclinoU& 8 'utro Nello# da Roal Aociet, Josep$ Glan;ill, publicou um ensaio em de)esa de um ceticismo moderado intitulado A vaidade do dogmatismo* /m sua discussão sobre +on$ecimento e opiniãoU em seu nsaio sobre o entendimento "umano 6>=07, Jo$n %oc"e argumenta;a Iue nossas não27& são
Ceticismo #ragmático /sse mo;imento dos )ilFso)os )oi acompan$ado por uma ascensão gradual do ceticismo pr?tico ou pragm?tico Iue pro;a;elmente a)etou muito mais gente a longo prazo& < autoridade dos antigos, especia lmente de
obser;a secamente Iue, ao ler dois tratados escoceses de teoria política ao mesmo tempo, ac$ou Iue suas ;isSes da monarIuia não podiam ser mais contr?rias: ' democrata pSe o rei abai(o do carroceiro o monarIuista o pSe bem acima de Deus em poder e soberania&U < consci@ncia do problema de Iue di)erentes autoridadesU se contradizem não era no;a: no s1culo M**, o tratado Sim e n4o 6Sic et non7 do )ilFso)o Pedro
)enXmenos ou di)erentes relatos do mesmo e;ento& Relatos de ;iagens esta;am su3eitos ao e(ame crítico de maneira semel$ante s narrati;as de e;entos& medida Iue mais ;ia3antes para lugares distantes publica;am o relato do Iue tin$am ;isto, as contradiçSes entre eles )ica;am claras&
ou a re;olta $olandesa contra a /span$a, demoliam mutuamente os argumentos ad;ers?rios diante do pblico& Para usar uma e(pressão cara ao período, cada lado desmascara;aU as mentiras e os ;erdadeiros moti;os do outro, encora3and o assim o leitor a suspeitar de ambos os argumentos, obser;ação semel$ante de ann$eim 6;er p& 57 na d1cada de =-0& DiscrepLncias entre di)erentes relatos dos mesmos e;entos logo depois Iue aconteciam pro;a;elmente trans)ormaram ainda mais leitores em c1ticos pr?ticos& +omo comentou um ingl@s em B>=, temos todo dia ;?rias notícias, e s ;ezes se contradizem, 2
mas todas apresentadas ;erdadeirasU& ' surgimento gazeta de notícias no s1culo MK**são tornou a )alta decomo con)iabilidade dos relatos dos )atosUdamais ;isí;el para maior nmero de pessoas do Iue nunca, pois relatos ri;ais e discrepantes dos mesmos e;entos, por e(e mplo, batal$as, c$ega; am ao mesmo te mpo s principa is cidades e, assim, podiam ser comparados e contrastados& < prFpria $onestidade dos primeiros 3ornais, em Iue ediçSes posteriores corrigiam os erros dos relatos apressados em ediçSes anteriores, pro ;a;elmente le;ou muitos leitores a ol$arem para as notícias com um ol$o crítico& Historiadores do )inal do s1culo MK** não raro descarta;am o trabal$o dos concorrentes comparando4o a romancesU ou gazetasU, dois termos Iue eram Iuase sinXnimos nesse conte(to&'s $istoriadores são notFrios por )azer uso e(cessi;o de e(pressSes dram?ticas, como criseU e re;oluçãoU, reb ai(ando assim seu capital intelectual&
método geométrico Ema era o m1todo geom1trico, associado a Ren1 Descartes, Iue 3? tin$a encontrado a solução para sua prFpria crise c1tica po r meio dele, como conta em seu Discurso do mLtodo 6>-7, deduzindo seu sistema intelectual de um nmero mínimo de a(iomas& /ssa solução te;e consider?;el apelo na Nrança e em outros lugares& Co pre)?cio sua $istFria da
< a)irmação de Nontenelle pode parecer e(agerada $o3e, mas ele não )oi o nico a acreditar Iue o m1todo geom1trico era aplic?;el muito al1m da es)era da matem?tica& ' 3ansenista Pierre Cicole, por e(emplo, escre;eu um ensaio geom1tricoU sobre a teologia da graça& /m sua Demonstra>4o do vangel"o 6>=7, Pierre4Daniel Huet, bispo de <;ranc$es, tentou estabelecer a ;erdade do cristianismo como religião $istFrica com base em a(iomas como o seguinte: Toda obra $istFrica 1 ;erídica se contar o Iue aconteceu da maneira como os e;entos são narrado s em muitos li;ros contemporLneos ou mais ou menos contemporLneos dos e;entos narradosU& ' entusiasmo pelo m1todo geom1trico não se limitou Nrança& Apinoza, por e(emplo, apresentou sua Vtica na p?gina de rosto como demonstrada pelo m1todo geom1tricoU 6ordine geomLtrico demonstrata7& /m seu nsaio sobre o entendimento "umano 6>=07, Jo$n %oc"e )ez declaração semel$ante, incluindo a moralidade ao lado da matem?tica entre as ci@ncias capazes de demonstraçãoU& /m suas Cegras da evid2ncia "istórica 6>==7, Jo$n +raig, seguidor de *saac Ce#ton, discutiu o m1todo $istFrico na )orma de a(iomas e teoremas como este: < con)iabilidade das )ontes ;aria de acordo com a distLncia da )onte em relação ao e;ento registrado&U %eibniz era c1tico em relação aplicabilidad e geral do m1todo geom1trico, mas tin$a esperança numa esp1cie de matem?tica uni;ersal Iue permitisse Iue os )ilFso)os em desacordo se sentassem e calculassem a ;erdade& ' meio para esse )im seria a concepção de uma linguagem geralU ou al)abeto do pensamentoU 6 al+"abetum cognitionum7& < crença em tal língua uni;ersal não era incomum no s1culo MK**& Ema das tentati;as mais con$ecidas )oi )eita por um bispo ingl@s Iue tamb1m era Nello# da Roal Aociet, Jo$n Oil"ins& *nspirado pela matem?tica e pelos caracteres usados na escrita c$inesa, o nsaio rumo aos caracteres reais e X linguagem filosófica 6>>87 de Oil"ins o)erecia um sistema de signos Iue se re)eriam diretamente s coisas, não s pala;ras& B
surgimento do em#irismo
*n)elizmente era impossí;el estudar todo o mundo natural atra;1s do e(perimento, para não )alar do mundo so cial& Em m1todo Iue )unciona;a para a )ísica o u a Iuímica nã o podia ser uni;ersalizado& < astronomia e a botLnica, por e(emplo, reIueriam outros m1todos& +ontudo $a;ia sempre indução ou empirismo, um m1todo 6;er cap& *, p&2-7 Iue poderia ser descrito como uma ;ersão mais )raca ou menos sistem?tica do e(perimento, com a ;antagem de maior aplicabilidade& Pode parecer estran$o apresentar o empirismo como uma reação ao ceticismo, em outras pala;ras parece como uma in;enção descobertaouIue te;e lugar período particular& Pro;a;elmente e;idente Iue oouempirismo a indução 1 umnum m1todo uni;ersal, Iue a maioria de nFs utiliza como o onsieur Jourdain de oli_re )ala;a em prosa, sem sab@4 lo& Em ensaio recente sobre a $istFria da ;erdade sugere Iue sF $? Iuatro razS es para aceitar proposiçSes como ;erdadeiras sentimento, autoridade, razão e percepção sensorial& /mbora as Iuatro categorias sempre ten$am estado aíU, o eIuilíbrio entre elas ;aria entre culturas e entre períodos&8 Co início do período moderno esse eIuilíbrio se inclina;a para uma combinação de razão e percepção sensorial 6s ;ezes direta, s ;ezes mediada por instrumentos como o telescFpio e o microscFpio7& ' Iue era no;o era uma consci@ncia cad a ;ez mais aguda do m1todo, ligada ao uso de instrumentos cientí)icos, coleta ca da ;ez mais sistem?tica de )atos particulares e ao surgimento dos manuais pr?ticos nada nos torna tão conscientes de nossos m1todos como ter Iue descre;e4los por escrito& Koltemos aos altos terrenos da )iloso)ia& < despeito de seu interesse por esp1cimes de plantas ou sistemas políticos,
social, dado o surgimento de tratados sobre a arte da ;iagemU, no sentido de uma t1cnica de obser;ação dos costumes de países estrangeiros& Ae a cura 6incluindo a pr?tica dos empíricosU: ;er p&2-7 era um modelo para a reconstrução de teorias do con$ecimento, outro era a ati;idade pr?tica de )azer 3ustiça nos tribunais&
adotou a ideia de %oc"e de graus de aceitaçãoU e discutiu as e;id@ncias segundo o Iue c$ama;a de escala de probabilidadeU 6pro;a, ;erossimil$ança etc&7&28
A nota de #é de #ágina < no;a importLncia ao particular associada a$a;ia mudanças na pr?ticacon)iança cotidiana dos estudiosos& /ntreatribuída os )ilFso)os naturaisesta;a e os burocratas uma crescente nos nmeros, associada a um ideal de con$ecimento imparc ial ou impessoal 6Iue seria mais tarde designado como ob3eti;idadeU7&2= /ntre os $istoriadores, o surgimento da indução esta;a ligada da nota de p1 de p?gina& -0 ' termo nota de p1 de p?ginaU não de;e ser tomado literalmente& ' importante era a di)usão da pr?tica de dar algum tipo de orientação ao leitor de um te(to particular sobre aonde ir para encontrar a e;id@ncia ou in)ormaçSes adicionais, )osse essa in)ormação dada no prFprio te(to, sua margem 6nota lateralU7, ao p1 6nota de p1 de p?ginaU ou de rodap1U7, ao )inal ou em ap@ndices especiais de documentos& /m seu Dicionrio Pierre !ale usou tanto notas marginais 6com re)er@ncias7 Iuanto notas de p1 de p?gina 6incluindo citaçSes e ataIues a outros estudiosos7& ' ob3eti;o principal dessas p r?ticas era )acilitar um retorno s )o ntesU, seguindo o princípio d e Iue a in)ormação, como a ?gua, era mais pura Iuanto mais prF(ima esti;esse da )onte& < nota $istFrica, como a descrição detal$ada de um e(perimento, pretendia permitir Iue o leitor pudesse repetir a e(p eri@ncia do a utor se assim o dese3asse& ' retorno s )ontes 6ad fontes7 era uma di;isa tanto dos $umanistas do Renascimento como dos re)ormadores protestantes, e alguns $istoriadores do s1culo MK* eram cuidadosos ao re)erir os manuscritos em Iue basea;am seus relatos do passado& +omo pr?tica comum, contudo, as notas de p1 de p?gina datam do s1culo MK**& Jo$n Aelden, por e(emplo, preenc$eu as margens de sua História do d-Nimo 6>87 com re)er@ncias s )ontes, e(plicando orgul$osamente no pre)?cio Iue os testemun$os )oram escol$idos pelo peso, não pela Iuantidade, e e(traídos sF dos lugares apontados nas margens, nunca de segunda mãoU&
margemU em sua História da $nglaterra* /m carta a Oalpole escrita em B8, Hume diz ter sido seduzido pelo e(emplo de todos os grandes $istoriadoresU, como aIuia;el e Aarpi, sem considerar Iue a pr?tica de dar as re)er@ncias tendo sido introduzida, de;eria ser seguida por todo escritorU& Hume era em ;erdade um tanto antiIuado nesse particular, dado Iue alguns $istoriadores 3? cita;am suas )ontes em princípios do s1culo MK**& ' procedimento das notas, ainda seguido em muitos e studos $istFricos incl usi;e e ste , se desen;ol;eu a partir dos debates modernos sobre o problema do con$ecimento&
Credulidade3 incredulidade e a sociologia do conhecimento 's debates sobre a probabilidade e a certeza no seio das disciplinas acad@micas ou entre elas 1 relati;amente )?cil de documentar& enos ;isí;eis são as mudanças no ní;el pr?tico, para ;oltar distinção )eita ac ima& W de )ato di)ícil respo nder pergunta de se as pessoas comuns esta;am mais ou menos cr1dulas ao )inal do s1culo MK**& Ema razão dessa di)iculdade 1 Iue o signi)icado da credulidadeU ;aria culturalmente&
$omens entre siU& Co s1culo MK***, Giambattista Kico o)ereceu sua prFpria an?lise dos ídolos, ou, como ele dizia, a arrogLnciaU 6 boria7, em particular a arrogLncia das naçSes, cada uma supondo ter descoberto a ci;ilização, e a arrogLncia dos eruditos, Iue acredita;am Iue suas ideias eram tão antigas Iuanto o mundo 6 .ova ci2ncia seçSes 25487& 257& < c1lebre $istFria das Guerras civis da Fran>a 6>-07, de /nrico Da;ila, as e(plica;a 3? no primeiro par?gra)o como con)litos de interesses pri;adosU ocultos sob ;?rios prete(tosU como a religião& Jo$n Aelden )azia uma interpretação semel$ante da guerra ci;il inglesa em obser;ação registrada ao dizer Iue o mist1rio pretender a religião em ten$am todas asinteresse& guerras Cisso 1 Iue otal;ez se possa descobrirmesmo alguma de coisa em Iue;er todos os $omens ca;alariço tem tanto interesse Iuanto o sen$or& Ae )osse pela terra, um possui mil acres e o outro apenas um este não se a;enturaria a ir tão longe Iuanto o outroU& Ema apresentação mais geral da relação entre interesses e crenças )oi dada pelo bispo ingl@s / d#ard Atilling)leet, na i ntrodução de sua de)esa da cristandade, Origens do
sagrado 6>>27& /m sua prFpria ;ersão dos ídolos de !acon, tentando e(plicar por Iue tão poucos dos Iue pretendem o con$ecimento alcançam a ;erdadeU, Atilling)leet discutiu o Iue c$amou de parcialidadeU, preconceitoU, ;i1sU, os coloridos espet?culosU da autoridade, costumes e educação, e a correspond@nciaU entre ideias e interessesU& Qarl ann$eim esta;a ciente da rele;Lncia da s guerras ci;is dos s1culos MK* e MK** e das lutas partid?rias da *nglaterra do s1culo MK*** para a sociologia do con$ecimento& !asicamenteU, a)irmou, )oi na luta política Iue os $omens tomaram por primeira ;ez
con$ecimento das < moti;açSes inconscientes Iue sempre orientaram no a direção de seu pensamento&&& descobertacoleti;as das raízes sociossituacionais do pensamento princípio, portanto, assumiu a )orma de d esmascaramento&U +omo out ras )ormas de con$ecime nto, a sociologia do con$ecimento tamb1m est? socialmente situada&-5 'utro te(to do s1culo MK***, Iue ann$eim não discute, nos le;a das guerras ci;is guerra dos se(os& %ul"er n4o inferior ao "omem 6-=7, publicado por Ao)ia, uma pessoa de IualidadeU, argumenta;a Iue a doutrina da in)erioridade )eminina era um erro a ser e(plicado em termos do interesseU ou parcialidadeU masculina& De modo semel$ante, o )ilFso)o )ranc@s Nrançois Poulain de %a !arre, em seu $gualdade dos dois se;os 6>-7 atacara os preconceitosU masculinos Iue de;iam ser e(plicados por interessesU&
+otas Ca#.tulo I :entre #;<< e =>? & 2& -& 5& B& >& & 8& =& 0& &
B& >&
Oiener6==57 6=587,Oebster p& , !ell 6=>7 !^$me e Ate$r 6=8>7 +astells 6=8=7 Poster 6==07 Ate$r 6==B7& ac$lup 6=>2, =804857 Rubin e Huber 6=8>7& Ac$iller 6=8>, ==>7& !erger e %uc"mann 6=>>7 endelso$n 6=7 .iman 6=87 %u$4mann 6==07& !ourdieu 6=857 c)& Ginzburg 6==>, ==7& Geertz 6=B7 c)& Keblen 6=87& Nlec" 6=-B7, p&22 c)& !aldamus 6=7& ann$eim 6=->7 Atar" 6=>07& erton 6=57& Dr"$eim e auss 6=0427& Oorsle 6=B>7 %u"es 6=-7 %amo de /spinosa, Gonzalez Garcia e Torres
& 8& =& 20& 2& 22& 2-& 25& 2B& 2>& 2& 28& 2=& -0& -&
ann$eim 6=2B7 c)& Ac$eler 6=2>7& oore e Tumin 6=5=7 Acott 6==7& Noucault 6=807, p&2 A$apin 6==57& erton 6=-8, =5, =5B, =B, =>87 %u$mann 6==07& !erger e %uc"mann 6=>>7 Gur;itc$ 6=>>7& %1;i4Atrauss 6=>2, =>57& Noucault 6=>>, =807& Qu$n 6=>27& /lias 6=827 c)& Oilterdin" 6=7& Habermas 6=>27& !ourdieu 6=2, =85, =8=7& Geertz 6=B, ==, =8-7& Good 6=87 Gellner 6=887& Pred 6=-7 T$ri)t 6=8B7 ac$lup 6=>2, =80457 Ac$iller 6=8>, ==>7& %a# 6=8>7 Ooolgar 6=887&
2& -& 5&
-2& --& -5& -B& ->& -& -8& -=& 50& 5& 52& 5-& 55& 5B& 5>& 5&
!arnes 6=7 Ooolgar 6=887& ann$eim 6=->7, p&5>n Nlec" 6=-B7 c)& !aldamus 6=7& endelso$n 6=7 Qnorr4+etina 6=87& Pels 6==>, ==7& !erger e %uc"mann 6=>>7 !ourdieu 6=27 Turner 6=57& +rane 6=27 %atour 6=8>7 !ro#n 6=8=7 Porter 6==-7
58& 5=& B0& B& B2& B-&
Qosellec" 6=27 Qenn 6==87& %ugli 6=8-7 *mpe e acgregor 6=8B7 Pomian 6=87 Nindlen 6=8=, ==57& Rossi 6=>27, p&B c)& Roc$e 6=87, parte - !^$me 6=857 Oorsle 6==7& !erger e %uc"mann 6=>>7, p&2>& Gur;itc$ 6=>>7& Nigueiredo 6=857 !al 6==>7 Gro;e 6==>7 und 6==>7 /dne 6==7, p&>8, >, 8, =8,2B& Roc$e 6=87& Potter 6==-7& !allester 6=, ==-7 Huisman 6=8=7& !ur"e 6==8c7, p&-5, B& .ilsel 6=57 Pano)s" 6=B-7 Hall 6=>27 Rossi 6=>27 /isenstein 6==7&
B5& BB& B>& B& B8& B=& >0&
Ca#.tulo II :entre #;=@ e B? & 2& -& 5& B&
ann$eim 6=->7, p&l-48& Pipes 6=>07 +$arle 6==07& %e Go)) 6=B7& Oalzer 6=>B7& Aolt 6=B>7&
>& & 8& =& 0& & 2& -& 5& B& >& & 8& =& 20& 2&
Gellner 6=887, p&04, =& Goldgar 6==B7 !ots e OaIuet 6==7 !ur"e 6===a7& .naniec"i 6=507& Qing 6=>7 Jardine 6=8-, =8B7& Ac$iebinger 6=8=7 Goodman 6==57 A$teir 6==>7& !ou#sma 6=-7& %e Go)) 6=B7 c)& urria 6=87, p&224--& 2>-4B, !rocc$ieri 6=87, Kerger 6l==7& Qristeller 6=BB7 Dionisotti 6=>7 Romano e Tenenti 6=>7 !ur"e 6=8>7& !enzoni 6=87, p&lB=ss& Ac$ottenlo$er 6=-B7& /lias 6=-=7, p&, -& !ur"e 6l=887 Prosperi 6=87& +urtis 6=>27 c)& +$artier 6=827, p&Roc$e 6=827& Cigro 6l==7& Ate$r 6==27& Kiala 6=8B7&
22& 2-& 25& 2B& 2>& 2& 28& 2=& -0&
Kiala 6=AB7, p&25& Kiala 6=8B7, p&20480 Kanderme4ersc$ 6==>7, p&22-45, 25>48& Hall 6=>B7 Roc$ot 6=>>7 Aolomon 6=27 Oebster 6=B7 Re;el 6==>7& Qelle 6l=l, =807& Goldie 6l=87& Hill 6=27 Oebster 6=B7, p&2B04>5& Houg$tor 6=527 Qenn 6==87& Ha$n 6=, =B7 c+lellan 6=8B7, p&((i;4((;, 2--4B& +lar"e 6=>>7 Rosa 6==57&
-& -2& --& -5& -B& ->&
!ur"e Ringer6l==27& 6=>=7& +itado por Dlmen 6=87, p&2B& organ 6=2=7 Gardair 6=857 %ae4;en 6=8>7& %abrousse 6=>-45, =8-7 !ost 6==57& Haase 6=B=7, p&5054 %abrousse 6=>-457 ardeni 6=-, =8B7 artens 6=57 Gibbs 6=B7 !ost 6==57, p&2-24=& !el3ame 6887& Darnton 6=827 asseau 6==57& Repp 6=2 =8>7 Nleisc$er 6=8>7 .il)i 6=887& *tz"o#itz 6=27& essic" 6==-7 Robinson 6==-7& ars$ 6=>7 iaza"i 6=>-7 +$a4)ee 6=8B7& Teng 6=524-7&
-& -8& -=& 50& 5& 52& 5-&
Ca#.tulo III :entre #; e @? & 2& -& 5& B& >& & 8& =& 0& & 2& -& 5&
Ac$umpeter 6=527& %emaine et al& 6=>7, p 84=& Pareto 6=>7, seção 2&2--& !ourdieu 6=8=7 /lias 6=827& %e Go)) 6=B7, p&80ss Ridder4A4moens 6==2, ==>7& Ridder4Amoens 6==27 Kerger 6==7& *nnis 6=B07& Atoc" 6=8-7& c+lellan 6=8B7& Oebster 6=B7& Nield 6=887 Han"ins 6==7& Garin 6=>7 c)& Goldstein 6=>B7& Ate;enson 6=27 Pulido Rubio 6=B07, p&>B, >8, 2BB4=0 Goodman 6=887, p&248& ates 6=57 Aeal 6=87 Han"ins 6==07&
B& >& & 8& =& 20& 2& 22& 2-&
!ur"e 6=8-7& Grossmann 6=B7& +odina ir 6=>87, p& 845=& !entle 6=8-7, p&04& %unsing$ Ac$eurleer e Post$umus ees 6=B7 Oansin" 6=B7& Nletc$er 6=87 Giard 6=8-4B7 Regg 6==27, p&5B>4= Pedersen 6==>7& A$apin 6==>7& Hall 6=>27 Rossi 6=>27& Ruesto# 6=-7, esp& p 4-&
25& 2B& 2>&
'rnstein 6=-7, p&2B c)& !ro#n 6=-57 iddleton 6=7& Hill 6=>B7 Oebster 6=B7, p& 8B4202& Ruesto# 6=-7 Tac"e 6=87 Neingold 6=85, =8=, ==, ==7 !roc"liss 6=87 %u( 6==a, ==b7 Porter 6==>7& +o$en 6=8=7& *mpe e acgregor 6=8B7 Pomian 6=87 Nindlen 6==57& /;ans 6=-7, p&=>4252 oran 6==7, p&>=ss Amit$ 6==57, p&B>4=2& !iagioli 6==-7 Atroup 6==07, esp& p& 08& Hill 6=>B7, p&-4> azauric 6==7
2& 28& 2=& -0& -& -2& --& -5& -B& ->& -&
-8& -=& 50& 5& 52& 5-& 55& 5B& 5>& 5& 58& 5=& B0& B& B2& B-&
Koss 6=27, p&2204= Gasnault 6=>7 Hammermeer 6=>7 .iegler 6=87& Koss 6=27, p&2-04- Roc$e 6=>, =87 Koss 6=807& Qlaits 6=7 Qeens4Aoper 6=27 Koss 6==7& *m Ho)) 6=82 ==5, 0B4B57 Dlmen 6=8>7& Goodman 6==57, p&B-, -48= *m Ho)) 6==57, p&-4& Habermas 6=>27 Ate#art 6==27 Jo$ns 6==87, p&BB-4>& +alculado a partir de Agard 6==7& Julia 6=8>7, p&=5& Pedersen e a"disi 6==7 a"disi 6=87& !er"e 6==27,p&20, -0 +$amberlain 6==57& +urtis 6=B=7 Atic$#e$ 6==7,p&B>& !er"e 6==27, p&-0 +$amberlain 6==57, p&5& Repp 6=2 =8>, 2427 Nleisc$er 6=8>7 .il)i 6=887& Hu)) 6==-7, p&48-, B4>0, 048>& /isenstein 6==7& Gillispie 6=807, p&B %u( 6==a7, p&=5&
B5&
Qu$n 6=>27 A$apin 6=827 /lias 6=827, p&B0&
Ca#.tulo I/ :entre #;@> e ? & 2& -& 5&
& 8& =& 0& &
+ipolla 6=27 Ac$illing 6=8-7& Qoeman 6=07& Du;enda" 6=->7& T$ri)t6=8B7 T$ri)t, Dri;er e %i;ingstone 6==B7 c)& %i;ingstone 6==B7, Harris 6==8, ===7 e Jacob 6===7& Hess 6=57 Aouce" 6==27, p&2>=& Hec"sc$er 6=B87 Noucault 6=>7 Habermas 6=>27 Hanna#a 6=8>7 A$apin 6=887 etc&
2& -& 5& B& >& &
Ac$a))er 6==>7& Numaroli 6=887 !ots e OaIuet 6==7& Niering 6=>7 %osman 6=8-7, p& =B48 <"erman 6==7& Ric$ter 6=5>7, p&55 Kucinic$ 6=>-7 Aazono;a 6==>7&
B& >&
8& =& 20& 2& 22& 2-&
%ac$ 6=>B7& !o(er 6=->7, esp& p&B84>> Qeene 6=B27 Goodman 6=>7, p&8425, -2452& %ac$ e Qle 6==-7, p&8BB& !ustamante García 6==7 !rent3es 6===7& !o(er 6=587& Ate;enson 6=27 Pulido Rubio 6=B07, p&>B, >8, 6BB4=07 %amb 6=>=, =>7 Goodman 6=887, p&848&
25& 2B& 2>& 2& 28& 2=& -0& -& -2& --& -5& -B& ->& -& -8& -=& 50& 5& 52& 5-& 55& 5B& 5>& 5& 58& 5=& B0&
!ro#n 6=87, p&245-& Aardella 6=587& Doria 6=8>7 !ur"e 62000a7&
B& B2& B-& B5& BB&
!o(er 6=>-7 Nigueiredo 6=857 Gro;e 6==>7& Gro;e 6==>7 !ustamante García 6==7& Qaramusta)a 6==27, p&28& ee 6==5b7, p&0, 54B& Enno 6==57, )ig& &22, p&5-5&
Ca#.tulo / :entre #;D e
Dur"$eim 6=27, p&28 c)& Oorsle 6=B>7& Granet 6=-57 %1;i4Atrauss 6=>2, =>57& Noucault 6=>>7, p&B54B c)& /l"ana$ 6=87 e&+ric" 6=827 .$ang 6==87, p& =425& Qelle e Pop"in 6==7 Daston 6==27 .edelmaier 6==27 Qusu"a4#a 6==>7 Qelle 6==7&
B& >& & 8& =& 0& & 2& -&
Noucault 6=>>7 'lmi 6==27 Qoer4ner 6==>7&
5& B& >& & 8& =& 20& 2& 22& 2-& 25& 2B& 2>& 2& 28& 2=& -0& -& -2& --& -5& -B& ->& -&
!ur"e 6==Bb7& Aalmond 6=827 !ec$er 6=8=7& Rossi 6=>07, p&5, B4> %adner 6==7 Tega 6=857 Aerrai 6=884=27, ;ol&2, p& 204-& Gilbert 6=>07, p&25420 .edelmaier 6==27, p&2B& Oood 6==-7& .edelmaier 6==27& p& 2ss& Qelle 6==7, p&i(& Atic$#e$ 6==7 c)& %enoir 6==7& Neingold 6=857, p& & +ostello 6=B87 !roc"liss 6==>7& Grant 6==>7, p&524=& Rosent$al 6=07& !ouza 6=887 +$artier 6==27 .edelmaier 6==27, p&2& !esterman 6=-B7 Pollard e /$rman 6=>B7 Aerrai 6=884=27 cQitte4ric" 6==27& Aerrai 6==0 =884=2, ;ol&2, 24B7 .edelmaier 6==27, p&-4B-& Dr_ge 6==7 Gu 6=87& +$amberlain 6==57, p& >& Oells 6=>>7 Dierse 6=7 Qa)"er 6=87 /bl et al& 6==B7& +urtius 6=587, p&-0245 Gellric$ 6=8B7& Dierse 6=7, p&ss& Ac$midt4!iggemann 6=8-7, p&-54B& Teng e !iggersta)) 6=->7,p&0& Ac$midt !iggemann 6=8-7, p&84B& Gilbert 6=>07, p& 2B48 Ac$midt4!iggemann 6=8-7, p& =42 oss 6==>7, p&=4-0& Ac$midt4!iggemann 6=8-7, p&B=4>> eo 6==,==>7 !lair 6==27 Goet 6==>7, p&554 - !lair 6==7, p&5>48&
-8& -=& 50& 5& 52& 5-& 55& 5B& 5>& 5& 58& 5=& B0& B& B2& B-&
%emaine et al& 6=>7 Giard 6==7& Nlint 6=057 Rossi 6=>07 Ac$ulte4
B5& BB& B>& B& B8& B=& >0& >& >2&
%ies$out 6==57, p&-5& .edelmaier 6==27, p&=n& Ategmann 6=887 +$artier 6==27& !lum 6=>-7 Atenzel 6==-7 Re;el 6==>7 Celles 6==7& Petrucci 6==B7, p&-B04& Ac$ulte4
>-& >5& >B& >>& >& >8& >=& 0& & 2&
'lmi 6==27 Has"ell 6==-7, p& -4B 6==>7, p&04-& Nindlen 6==57, p&-, B0 c)& %ugli 6=8-7+ropper *mpe ee Demse acgregor 6=8B7 Pomian 6=87& eo 6==7& !riggs 6==7, p&50, >B& T$orndi"e 6=B7 Rossi 6=>27, p&>8402& Jacob 6==27, p&88, 2& Oebster 6=B7, p&00425B& Kenturi 6=B=7& Diec"mann 6=>7 Gandt 6==57 al$erbe 6==57, esp& p&2=4-& Darnton 6=857&
Ca#.tulo /I :entre #;
Deutsc$ 6=B-7& +arter 6=>57
>& & 8& =& 20& 2& 22& 2-& 25& 2B& 2>& 2& 28& 2=& -0& -&
!oulding 6=>>7Huc"er *nnes 6=>87 6=87& etzger 6=-7 T$iel4Horstmann 6=807 !al 6==>7, !ar"an 6=B87 p&04BB& Aouce" 6==27 Enno 6==57 ee 6==5a7& +lanc$ 6==7, p&2B Atoc" 6=8-7, p&-& Partner 6=80, ==07 Prodi 6=827& !ur"e 6==7 azzone e Turc$ini 6=8B7& Atrauss 6=B7 Jo$ansson 6=7& 'llard e Oal"er 6=2=4-7 Ju"es 6=B7& Henningsen e Tedesc$i 6=8>7& attingl 6=BB7, p&0=45 Vueller 6=-7 Toscani 6=807& attingl 6=BB7, p&2554>, 2B=4> Preto 6==57, p&=0, --45& !ur"e 6==8a7, p& 0-& +arter 6=>57, esp& p&>, 2- /c$e;arria !acigalupe 6=857 ars$all 6==57, p& -54B, 25& !el 6==07& irot 6=257& Aaid 6=87& Goodman =887, p&B048& Hooc" 6=807 eer 6=87, p&222&
-2& --& -5& -B& ->& -&
!ur"e 6===b7& !ur"e 62000b7& !ur"e 6==7& !ustamante García 6==7& +line 6=>57 Goodman 6=887, p&>B42 undi 6==>7& Da;ids 6==B7, p&--8&
-8& -=& 50& 5& 52& 5-& 55& 5B& 5>& 5& 58& 5=& B0& B& B2& B-&
Golder 6=227, p&>48
B5& BB& B>& B& B8& B=& >0& >& >2&
Ha$n 6=7, p&2 Qon;itz 6=87 !uisseret 6==27& Pelletier 6==07& !el 6==07, p&5>&
>-& >5& >B& >>& >& >8& >=&
Herli$ e Qlapisc$ 6=87& %et#in 6=>-7 Glass 6=-7 Holmes 6=7& *nnes 6=87 !re#er 6=8=7& !uc" 6=, =827 Rassem e Atagl 6==57, p&28=4=& Gro;e 6==>7, p&BB& Qing 6=5=7, p&8B4& eer 6=87& /smonin 6=>57, p -4-0 Rot$4"rug 6=>B7, p&l0n, 2854> Rassem e Atagl 6==57, p&-524 B& Cordenmar" 6=-=7, p&2-24>= +on4)ino 6=>27, p&>045 Reic$mann 6=>87 Glass 6=-7 Rassem e Atagl 6=807, p& 8 Qlueting 6=8>7&
0& & 2& -& 5& B& >&
!ur"e 6=87 Glass 6=-7, p&=& !autier 6=>87& +lanc$ 6==7, p -8ss Gu1n1e 6=807, p&=400 Oer$am 6=B>7, p&-& Ranum 6=>-7 !autier 6=>87 D`
& 8& =& 80& 8& 82&
!oislisle 6857, p&iii !asc$et 68B7, p&2>4=, -, =-40- +$urc$ 6=27 Pomian 6=27 Qolmar 6==7 Aaunders 6==7& Qing 6=5=7, p&54B-& !asc$et 68B7, p&B4>& Prosperi 6==7& Pardo Tom?s 6==7, p&2=8 *n)elise 6===b7, p&BB& Aantsc$i 6=87&
8-& 85& 8B& 8>& 8& 88& 8=& =0& =&
Da;ids 6==B7& Aiebert 6=>B7 Aut$erland 6=8>7, p&2B& artin 6=>=7 P$illips 6==7 !irn 6=8-,=8=7& %ac$ 6=>B7, p& B4- Tei(eira da ota 6=>7& !uisseret 6==27, p&0>& +ortesão 6=557, p&l(;4l(;iii %ac$ 6=>B7, p&B45& Preto 6==57, p&5--& !uisseret 6==27, p&& Qa$n 6=>7, p& 0>48&
=2& =-& =5& =B& =>& =& =8& ==& 00& 0& 02& 0-& 05& 0B&
Doole 6===7, 6===7, p&824>, Doole p&-2& , 2& !1l 6==07, p&-284=, 5>0& T$omas 6=7, p&B>& Nogel 6=8=7& Da$l 6=B7, p&->& ars$all 6==57, p&284-0& oureau 6==B7& Qoran 6857 Qa$n 6=>7, p&0>48 'a"le 6=>87 ars$all 6==57, p&8B4=B& orel4Natio 6=-7, p&B2& Doole 6===7, p&-2& !asc$et 6807, p&-584B2 Tucci 6==07, p&==40, esp& 00 Preto 6==57, p&>>& Heat$ 6=8-7 !alsamo 6==B7& Prosperi 6==>7, p&>2&
Ca#.tulo /II :entre #;<B e <@D? & 2& -& 5& B&
Atigler 6=>7 ac$lup 6=>27
>& & 8& =& 0& & 2& -& 5& B&
!urc"$ardt 68>07 Cisard 68>07, esp& ;ol&2, p&2ss .ilsel 6=2>7 ann$eim 6=2=7 *nnis 6=B07 Kiala 6=8B7, p&=540- +$artier 6==27& /amon 6==57, p&0, -85 c)& Tennant 6==>7& erton 6=B7 *li))e 6==27 Nindlen 6==57, p&-254B& +on)ino 6=>27, p&B84=& Oal"er 6=-7 Porter 6=8=7 one 6==-7 %a#rence 6==>7, p& >-, >4=& %andes 6==87, p&2>4=&
2& 22& 2-& 25& 2B& 2>& 2& 28&
/amon 6==57, p&B, 8& /amon 6==57, p&884=& Gerulaitis 6=>7, p&-B4> %andau e Pars$all 6==57, p&->2& Ac$ottenlo$er 6=--7
2=& -0& -& -2& --& -5& -B& ->& -&
Amit$ 6=857, p& 004-& Poel$e""e 6=>07 Amit$ 6=857, p&==> Ro#en 6=87& *srael 6==0b7& !arbour 6=B07 Rein$artz 6=87 *srael 6==0a7& !arbour 6=284=7 Da#son 6=-27& orineau 6=8B7, p&524BB Pop"in 6==07, p&20B Agard 6==7& Harmsen 6==57, p&>5& !alsamo 6=-7& Darnton 6==7&
-8& -=& 50& 5& 52& 5-&
Ric$ardson Da$l 6=-=76==57& Aut$erland 6=8>7& Oal"er 6=-7& Ra;en 6==-7& Ric$ardson 6===7, p&52, >=& Ric$ardson 6===7, p&--&
>& & 8& =& 20&
55& 5B& 5>& 5& 58& 5=& B0& B& B2& B-& B5& BB& B>& B& B8& B=&
Da;is 6=8-7& %ucas 6=8=7& Gardair 6=857, p&0& Qoeman 6=07& Ho)ti3zer 6=87& Kerner 6=87& Da$l 6=-=7 Da;ies 6=B27 Gibbs 6=7 !ots 6=8-7 !er"4;ens4Ate;elmc" et al& 6==27& A$a# 6==>7, p&>5& Da;ies 6=B27 Da;ies 6=B57, p&>ss Qle 6=7, p&-& Darnton 6=827& cQenzie 6==27 Ra;en 6==27& !arber 6=87& +oc$rane 6=>57& +oc$rane =>57, p&224-, 504B c)& A$er 6==7 Rogers 6=27& Darnton 6==7, p&-4> Neat$er 6==57 Jo$ns 6==87&
>0& >& >2& >-& >5& >B& >>& >& >8&
+lapp 6=-, =--7& Oallis 6=57, p&2-& %an"$orst 6==07 OaIuet 6==-a7& Oallis 6=57 Darnton 6==7, p&2B54>-, 284=5 Pedle 6==7 Pelletier 6==07, p&42>& artin 6=B7 artin e +$artier 6=8-457, ;ol&2, p&-04Aeguin 6=>57 *n)elise 6==7 Doole 6===7, p&=455& Harris 6=87& Da$l 6=-=7& Harris 6=87&
>=& 0& & 2& -& 5& B& >& &
Goss Perrot6=-27& 6=87 Hooc" e Jeannin 6==4-7 /l"ar 6==B7 %an"$orst 6=8-7& Proust 6=>27 %oug$ 6=>87, p&5>>4- Vuedenbaum 6=7 +a4rels e Nlor 6=87& Garo)alo 6=80 !rads$a# 6=8a7& !rads$a# 6=8b7& Darnton 6==7, p&--4& Darnton 6==7, p&2> /isenstein 6==27, p&l-2& Plumb 6=-7 cQendric", !re#er e Plumb 6=827 !re#er e Porter 6==-7 !erming$an e !re#er 6==B7& Robinson 6==-7& A$i;el 6==7, p&-& Qornic"i 6==87, p&2& Ra#s"i 6==7 Ra#s"i 6=8B7, p&428& !auer 6=>>7 onnet 6==>7&
8& =& 80& 8& 82&
8-& 85& 8B&
Giesec"e 6==7, p&254=&
Ca#.tulo /III :entre #;l@F e <@? & 2& -& 5& B& >& & 8&
Trenard 6=>B4>>7 A$ac"leton 6=07& Qenes 6=5=7, p&84= Goldgar 6==B7, p&-& +lar"e 6=07, p&8-& Nindlen 6==57, p&2=45>& A$erman 6==B7 !lan 6==7 Jo$ns 6==87& /ngelsing 6=>=, =57 +$artier 6=87& Rossi 6=>07 ates 6=>>7& ars$all 6==57, p&524-&
=& 0& & 2& -& 5& B& >& & 8& =& 20& 2& 22& 2-& 25& 2B& 2>&
Qearne 6=07, p&>04-, -, B Gra)ton e3ardine 6=8>7, p&B, 8420, 8Bn, >54>, 04- Atagl 6=807& A$ac"leton 6=>7, p&22=4-8& Ac$midt4!iggemann 6=8-7 !lair 6==2, ==>7 oss 6==>7& !ur"e 6==Bc7& Oitt 6=>B7 Dal 6=>7 !rinc"en 6=27 Rouse e Rouse 6=82, =8-7& Talor 6=5B7, p&8=4=8 Hop"ins 6==27& Aerrai 6=884=27& +lement 6==7, p&25& Aaunders 6==7& %ies$out 6==-7, p&2=2& Oellisc$ 6==7, p&-=& eo 6==,==>7& *nnis 6=807& Pomian 6=-7& Ooods 6=87& %eed$am4Green 6=87, n&, 82, =2& Par"er 6==27, p&- Par"er 6==87, p&25& !ro#n 6=8=7, p&l>45 Gra)ton e Jardine 6=8>7 Gra)ton 6==27 A$erman 6==B7 !lair 6==7& Nindlen 6==57, p&5245& %e; 6=827& Kille 6=087, ;ol&, p&25540& Kille 6=087, ;ol&2, p&2, 0, B2 Goet 6=8>47 oss 6==>7, p&224-& Dodds 6=2=7, p&8, =54B, ==400 A$ac"leton 6=>7, p&22=4-8&
2& 28& 2=& -0& -&
-2& --& -5& -B& ->&
Ca"aga#a 6==27, p&254>& Aantos %opes 6==27& Duc$et 6=7, p&>=, 2, =-, 0=40& A#itzer 6=>7 iller 6=87& Grosric$ard 6==7&
-& -8& -=&
!roc"liss 6=87, p&BB& !ernard4aitre 6=B-7 %ac$ 6=>B7, p&>B, >>0n %ac$ 6=7, p&2>48& Pinot 6=-27 %ac$ e Qle 6==-7&
Ca#.tulo I7 :entre #;<B e
.iman 6=87& Pop"in 6=>07&
-& 5& B& >& & 8& =& 0& & 2& -& 5& B& >& & 8& =& 20& 2& 22& 2-& 25& 2B& 2>&
Pintard 6=>07, 6=5-7 p&l4>& Gregor et al& 6=87& Pop"in !org$ero 6=8-7 K^l"el 6=87 !ur"e 6==8b7& ates 6=>57, p&-=845- Agard 6=87 Gra)ton 6==07& Gregor 6=>7, p&5& Kan %eeu#en 6=>-7 A$apin e Ac$a))er 6=8B7, p&>& /isenstein 6==7, p&5& Rennie 6==B7, esp& p&B5, B, - Atagl 6==B7, p&420& A$apin e Ac$a))er 6=8B7, p&-= Oool) 6=887 A$apin 6==57, p&2B42 No( 6===7, p&2B8& A$aaber 6=2=7, p&25& acDonald e urp$ 6==07, p&-0> Doole 6===7, p&-, 8, 88, =ss& Hazard 6=-B7& Rossi 6=>07, p&2-B4B8 Alaug$ter 6=827 /co 6==B7, esp& p&2-84B=, 2>=488& A$apin e Ac$a))er 6=8B7, p&-& +rombie 6=B-7, p&2--4 A$apin 6==>7, p&=>4& Nern?ndez4
2& 28& 2=& -0& -& -2& --& -5&
A$apin e Ac$a))er 6=8B7, p&B>& Hac"ing 6=B7 A$apiro 6=8-7, p&-04, 84B& Gillispie 6=>07 Daston 6==7& %ip"ing 6=7 Gra)ton 6==7& +itado em +lar" 6==7, p&8-& Goldie 6=87, esp& p&22n !erti 6==27 !enitez 6==-7& einec"e 6=254B7 Gunn 6=>=7 Hirsc$man 6=7& ann$eim 6=->7, p&-B, B>&
4i$liografia Selecionada Aão incont?;eis os li;ros rele;antes para este estudo& < lista abai(o se limita s obras secund?rias citadas nas notas& < menos Iue especi)icado, o local de publicação dos li;ros em ingl@s 1 %ondres e o dos li;ros em )ranc@s, Paris& <+Q/R-7, p 54-2& !<%D<EA, O& 6=7& %ud#ig Nlec" and t$e Aociolog o) AcienceU, in Human Figurations, p&-B4B>& !<%%/AT/R, %& G
!<%A<', J& 6==B7& %es 'rigines parisiennes du !esoro
!/RC
!'M/R, +&R& 6=->7& Jan 1om+agnie in Ja+an & 6=587& !"ree Historians of
6==07& !"e Frenc" Historical CevolutionW !"e Annales Sc"ool &:6* +ambridge& 6==27& !"e Fabrication of ?ouis M$ Ce# Ha;en& \/d& bras&: A fabrica>4o do reiW a constru>4o da imagem +Qblica de ?u-s M$* Rio de Janeiro, Jorge .a$ar, ==-]& 6==Ba7&