Na Inglaterra do século XVI uma questão legal relativamente simples podia, muitas vezes, levar os juristas a discussões que pareceriam mais apropriadas a um teólogo se não dissessem respeito ...
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Usos e abusos da historia oral
Algumas respostas, frutos de intensas pesquisas sobre morte e reencarnação, estão nesta obra que traz, de forma clara, objetiva, informações sobre um assunto da maior importância para todo s…Descrição completa
Descrição: Mario Pedrosa
FILOSOFIA PERSUASÃO E MANIPULAÇÃO 1. Conhecer a origem da discussão entre o bom e o mau usos da retorica (oposição entre Platão e os sufistas) (pág. 108-109). A distinção entre os dois usos da retórica remonta à filosofia grega e ao seu intenso debate com os sofistas, ligado ao nascimento da democracia ateniense. Platão opunha-se aos sufistas, dizendo que o que eles ensinavam não podia conduzir à verdade nem ao saber, mas apenas à opinião. Platão dizia também que a retórica não devia de ser excluída das actividades da cidade e da filosofia, mas que era necessário saber de que modo e com que objectivos a retórica deveria de ser usada. A grande crítica platónica não se dirigia à existência da retórica, mas à utilização por parte dos sufistas não em nome da razão, da verdade e da justiça, mas apenas em nome da opinião que, segundo Platão, conduzia ao engano dos cidadãos. Os sufistas diziam que conseguiam ensinar qualquer assunto, cabendo a quem aprende fazer um bom ou mau uso dessa aprendizagem. A retórica para Platão: É um instrumento que pode ser usado para os mais diferentes fins (bem ou mal). Não deverá ser utilizada como um fim em si mesma. Deve estar submetida a uma finalidade extrínseca: a justiça ou o bem. A argumentação retórica torna-se reprovável quando utilizada, não para promover o que é “melhor ” mas para o que é “mais agradável”, independentemente de o conteúdo ser verdadeiro ou falso.
2. Distinguir o bom e o mau uso da retórica: persuasão e manipulação; exemplificar formas de manipulação (pág. 109-112). O discurso persuasivo é aquele em que o orador procura persuadir o auditório, levando-o a reforçar as suas convicções e a agir num certo sentido. Alguns filósofos contemporâneos recuperaram, reinventando, a distinção clássica platónica entre os dois usos da retorica. Actualmente há um consenso entre a caracterização geral dos dois usos: Bom uso ou uso persuasivo: é persuasivo: é o que preserva a adesão racional e crítica às ideias do orador. Mau uso ou uso manipulatório: é manipulatório: é o que se serve de estratégias retóricas de que o interlocutor não tem conhecimento e que anulam o seu sentido crítico. A separação entre o bom e o mau uso da retórica não visa realçar as diferenças ao nível da eficácia dos argumentos (capacidade para convencer e para agir sobre o auditório) mas sim distinguir os argumentos ao nível do respeito ou desrespeito pelos princípios éticos de bem, justiça e verdade. Podem dizer que esta distinção é não de natureza retorico-argumentativa, mas sim de natureza ética. Persuasão: situação Persuasão: situação comunicacional que visa operar uma mudança no comportamento do outro. Aquele que persuade procura respeitar os legítimos direitos da pessoa. Envolve argumentos racionais e emocionais. Manipulação: forma Manipulação: forma de comunicação na qual os destinatários não conhecem ou não compreendem as estratégias utilizadas para os influenciar; é esta falta de conhecimento/compreensão que motiva o julgamento moral negativo associado à manipulação e a atribuição de responsabilidade pelas suas consequências àquele que influencia. Podemos encontrar nas condições de produção e nas próprias mensagens. Partimos do princípio que há manipulação a partir do momento em que a influência não está de boa-fé. Não há uso da retorica mas sim um abuso dela. Ignora deliberadamente as razões e as estratégias que visam o conhecimento e aposta na sedução e sugestão. Esta atua de forma ardilosa, explorando habilmente as fraquezas das pessoas, tende a iludi-las e oculta muita informação.
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Gonçalo Paiva
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FILOSOFIA PERSUASÃO E MANIPULAÇÃO
PERSUASÃO
MANIPULAÇÃO
Visa o consentimento voluntario e consciente do auditório. Orienta-se pela verdade e pela racionalidade. Os factos não são deturpados. É racional e explícita. O auditório tem consciência das estratégias persuasivas usadas. O auditório é activo, crítico e problematiza.
Gonçalo Paiva
Visa modelar as crenças e os comportamentos do auditório O orador pode enganar o auditório através da distorção da informação, da mentira, ou de mecanismos psicológicos inconscientes. Pode coincidir com uma deturpação dos factos É uma persuasão oculta O auditório não tem consciência das estratégias persuasivas usadas. O auditório é passivo, o seu sentido crítico é adormecido e não problematiza.