PDF Mario Ferreira Dos Santos Porfirio Isagoge (2)

 Notícias biográficas sobre sobre PORFÍRIO PORFÍRIO, cujo nome próprio era Malco, nasceu por volta de 233, tendo falecido,  possivelmente, em 304 d ! "ra natural de #iro ou de $at%nia &'(ria) Iniciou os seus estudos em *le+andria, onde teve por mestre Or(enes e, posteriormente, em *tenas, *tenas, -onino -onino !.ssio, !.ssio, o retórico, e o ram.tico ram.tico /emtrio /emtrio "m 201, foi para Roma, onde se tornou disc(pulo do rande Plotino de -icópolis, receido, ento, devido  aus5ncia deste, por *mlio "steve seis anos nessa escola, escola, devotando-se a uma vida asctica, 6ue o levou certa ocasio ao desespero, do 6ual 6uis evadir7se  pelo suic(dio

 Ga Moral, a salva9o se otm atravs do auto7con
8ra9as 8ra9as  interven9 interven9o o de Plotino, retirou7se retirou7se para -iliia, -iliia, na 'ic(lia, onde se demorou demorou por alum tempo, at  morte de seu mestre &2:0) &2:0) /iriiu7se /iriiu7se,, depois,  para a ;frica, retornando, afinal, para Roma, onde assumiu a direc9o da escola de Plotino "scritor enciclopdico, escreveu cerca de :: oras, das 6uais poucas c Introducção > Introducção às Categorias de Aristóteles Isagoge! e" grego! introducção )>, 6ue foi tradu?ida  para o latim por M.rio @ictorino e por $ocio, com edi9Aes posteriores em v.rios idioma idiomas s O papel papel dessa dessa ora, desde desde ento, ento, foi imenso imenso,, soret soretudo udo por ter  inauurado, na Idade Mdia, a rande controvrsia sore os conceitos universais /as oras 6ue escreveu citam7se como as principaisB >/a Filosofia e+tra(da dos Or.culos>, >Cistória da Filosofia>, na 6ual consta a sua famosa >@ida de Pit.oras>, >Introduc9o  *stroloia>, >DuestAes Comricas>, >!oment.rios aos Carm=nicos de Ptolomeu>, >'ore as imaens de /eus>, >!ontra os cristos>, em E livros, >'ore >'ore o retorno retorno da alma a /eus>, /eus>, >!arta >!arta ao sacerdote *non>, *non>, >'enten9as >'enten9as introductórias ao inteli(vel> e pulicou, seundo o ditado de seu mestre Plotino, as "n5adas, das 6uais nos c@ida de Plotino>, 6ue se tornou famosa Filosofica Filosoficamente mente,, sua doutrina  a plotineana plotineana,, dando maior relevo, porm, ao ascetismo, ascetismo, e devotando7se devotando7se  defesa defesa das pr.ticas pr.ticas reliiosa reliiosass pas Para mel
Foram seus disc(pulos !risaórios, 8auro, 8ed.lio, Gemrcio e %mlico

P-O#IGO /" -I!JPO-I' Plotino &20472:0 d !, natural de -icópolis, -icópolis, "ito) "m Roma, Plotino fundou sua escola, na 6ual professou at o fim da vida #eve como disc(pulos, alm de Porf(rio, 6ue recompilou sua filosofia, em seis "n5adas, divididas em nove tratados cada uma, *mlio de "trKria, o mdico ale+andrino "ustó6uio, o poeta Lótico e aluns senadores e pessoas influentes na casa imperial romana "+aminemos os temas principais da doutrina de PlotinoB a) Com P, e tamm com Proclo, o neoplatonismo empreende uma rande especula9o final reliiosa #udo vem de /eus por raus e tudo volve, por raus, a ele * unidade universal universal se estaelece na continuidade continuidade do c(rculo, 6ue une o tr7 mino com o princ(pio  ) O princ(pio  /eus *centua P P sua transcend5ncia /eus  inconosc(vel e inef.vel para os
inferiores, 6ue só podem susistir pelo apoio da nidade, do $em, do *cto Puro /eus coloca7se, assim, alm de 6ual6uer determina9o c) N /eus /eus a fon fonte te de de todo todoss os ser seres es "mo "mora ra no no ten ten
a passa passaem em do pecado pecado  virtud virtudee  a purifi purifica9 ca9o, o, en6uan en6uanto to liera liera9o 9o da espiritualidade de 6ual6uer 6ual6uer sujeito do corpo corpo !om essa purifica9o, purifica9o, a alma inicia sua converso a /eus, 6ue se reali?a por tr5s camin
 )ssa obra IN*RO+,C-.O /0 CA*)1ORIA0 CA*)1ORIA0 +) ARI0*2*)3)0 4 Isagoge5 6 u"a $re$aração $ara o estudo das categorias! 7ue abre o fa"oso OR1ANON de  Aristóteles8 9 a 3ógica u"a ci:ncia e arte introductória ao estudo da Ci:ncia8  Pretende co" ela Porfírio introdu;ir! introdu;ir! $elo e&a"e dos cinco PRA)+ICA na $ri"eira! e&$lica a sua intenção $elo  $refácio? na segunda trata si"$les"ente dos PRA)+ICA
inferiores, 6ue só podem susistir pelo apoio da nidade, do $em, do *cto Puro /eus coloca7se, assim, alm de 6ual6uer determina9o c) N /eus /eus a fon fonte te de de todo todoss os ser seres es "mo "mora ra no no ten ten
a passa passaem em do pecado pecado  virtud virtudee  a purifi purifica9 ca9o, o, en6uan en6uanto to liera liera9o 9o da espiritualidade de 6ual6uer 6ual6uer sujeito do corpo corpo !om essa purifica9o, purifica9o, a alma inicia sua converso a /eus, 6ue se reali?a por tr5s camin
 )ssa obra IN*RO+,C-.O /0 CA*)1ORIA0 CA*)1ORIA0 +) ARI0*2*)3)0 4 Isagoge5 6 u"a $re$aração $ara o estudo das categorias! 7ue abre o fa"oso OR1ANON de  Aristóteles8 9 a 3ógica u"a ci:ncia e arte introductória ao estudo da Ci:ncia8  Pretende co" ela Porfírio introdu;ir! introdu;ir! $elo e&a"e dos cinco PRA)+ICA na $ri"eira! e&$lica a sua intenção $elo  $refácio? na segunda trata si"$les"ente dos PRA)+ICA
Co"o "6todo! dei&ará de lado os $roble"as sobre 7ual a 0I0*=NCIA de tais  PRA)+ICA
ISAGOGE Introduc9o de PORFÍRIO o Fen(cioE, disc(pulo de P-O#IGO de -icópolis PR"F;!IO

+

'endo mister, !risaórios 2, para para aprend aprender er a dou doutri trina na das Categorias de *ristóteles, con
5 C%a"ado ta"b6" ,encio ! $or7ue as cidades às 7uais se atri.ui  o   o seu nasci"ento $ertencia" à região c%a"ada Fenícia! %oe $ro$ria"ente a 0íria8 H5 Cris Crisaó aóri rios os!! co" co"o #i"o i"os na biog biogra raffia de Por Porfíri fírio! o! foi foi u" de seus seus discí$ulos! ao 7ual dirige este trabal%o! dando a entender 7ue a "at6ria á %a#ia  sido tratada $or ele! $ois enu"era no#a"ente as ra;Bes 7ue le#a" à necessidade de estudá'la $ara a "el%or co"$reensão e "anuseio da obra de Aristóteles8 5 Os ter ter"o "oss greg gregos os!! 7ue 7ue corr corres es$o $ond nde" e" à def defin iniç ição ão são são>> horismos ! 7ue  significa a acção de li"itar! li"itar! de traçar fronteiras! do #erbo hori/0 ! de onde ta"b6" hori/on ! %ori;onte! hori/on 121los ! daí horos ! o li"ite! de onde a deter"inação de  sentido de u"a $ala#ra> definição> horisti10s horisti10s lo3os ! ! o logos 7ue define8 A definição! co"o se #erá na obra aristot6lica! 6 u" uí;o deter"inati#o de "á&i"a deter"inação8 3i"ita'se! "el%or"ente! u" conceito 7uando se l%e indica o g:nero  $ró&i"o 7ue! co"o #ere"os! deter"ina 7Jididati#a"ente essencial"ente! "as inco"$leta inco"$leta"ente "ente55 e a diferença diferença es$ecífica es$ecífica 7ue o deli"ita deli"ita 7Jididati# 7Jididati#a"ent a"entee e co"$leta"ente! 7uando unto co" a7uele g:nero58 *al não 7uer di;er 7ue sea essa a Knica es$6cie de definição8 Pode'se definir! ta"b6"! $elas $ro$riedades! e at6  $elos accidentes! "as tais definiçBes á são de "enor deter"inação! c%a"ando'se definição própria ! a 7ue define $or $ro$riedades! co"o são fre7Jente"ente as definiçBes definiçBes das ci:ncias ci:ncias naturais! e definição accidental  ! a segunda! 7ue 6 u"a descrição dos accidentes8 (uitas das definiçBes da
5 "he0ria ! e" grego! #e" de thea ! acção de ol%ar! de con te"$lar e ta"b6" lugar de onde se conte"$la! lugar no teatro onde se ordena" os es$ectadores! de onde the0rós ! o es$ectador! 7ue ta"b6" significa#a o 7ue #iaa $ara #er o "undo! ter"o si"ilar ao nosso turista ! de tour  ! #olta! e" franc:s8 )ra" c%a"ados the0rói  ! usado $articular"ente $elos atenienses! a7ueles de$utados en#iados $ara assistire" aos grandes ogos olí"$icos ou $íticos! etc8 "he0ria era! assi"! a acção de #er! de obser#ar! de e&a"inar! co"o ta"b6" as de$utaçBes das cidades gregas! en#iadas às festas solenes de Oli"$o! de +elfos ou de Corinto! ou aos te"$los de  Leus! A$olo! etc8 No te"$o de P6ricles! c%a"a#a'se the0ria o din%eiro $ara $agar  u" lugar no teatro de thea 58 Foi co" Platão 7ue a $ala#ra to"ou a ace$ção de conte"$lação do es$írito! "editação! estudo! e $or Aristóteles! "ais $recisa"ente! a de es$eculação teórica! o$osta à $rática8 Co"o as de$utaçBes às festas solenes era" ligadas $or festBes de flores! the0ria $assou! de Platão e" diante! a con'  siderar essa nota de cone&ão! daí a significar toda conce$ção! "editação ou estudo 7ue liga! costura! alin%a#a8 A7ui significa o estudo! a "editação! a conte"$lação das regras e nor"as! 7ue entrosa" a de"onstração! cuo con%eci"ento o da di#isão! da definição e o da de"onstração5 i"$rescindí#el! e! sobretudo Ktil $ara o estudo! 6! assi" 3n0sis ! saber8 Q5 ,"a bre#e e&$osição! u"a  par6dosis ! a e&$osição sucinta 7ue reali;a u" "estre $ara os discí$ulos8 Porfírio não $retende e&$or co" e&austão a "at6ria! "as tudo indica 7ue tal "at6ria á era estudada! e&austi#a"ente! e" sua 6$oca! e antes at6 $elos antigos filósofos! co"o o foi $osterior"ente! na filosofia renascentista e barroca! $or inter"6dio de escolásticos e não escolásticos! cuos trabal%os c%egara" e" grande $arte at6 nós! o 7ue co"$endiare"os! tanto 7uanto  $ossí#el! nos co"entários às di#ersas $artes desta obra8 5 )is u" $onto i"$ortante! 7ue foi "at6ria da fa"osa contro#6rsia dos uni#ersais8 0ão as es$6cies e os  g:neros realidades subsistentes e" si "es"as! sist*ncias per se e in se ! o 7ue l%es daria a característica de sere" substDncias! ou  são a$enas entes de ra;ão! noçBes do es$írito! entes es7ue"ati;ados $ela nossa "ente8 0e são realidades sistentes per se e in se resta saber se são cor$óreas ou incor$óreas8 0e são tais! se se$aradas ou não! ou sea> se se dão per se e se$aradas das coisas! ou se a sua sist:ncia se dá in re ! na coisa! a$enas8 Considera Porfírio o te"a de u"a #astidão i"ensa! o 7ual e&ige a$rofundados estudos8 )le se e&i"e de  fa;:'lo! "as! note'se! 7ue recon%ece 7ue são de u"a e&tensão e de u"a $rofun' didade 7ue desafia a argKcia! não de u"! "as de "uitos %o"ens8 O te&to não 6 tão anódino co"o o $retende classificar 1ilson! a $onto de não co"$reender co"o  $oderia ele des$ertar tanto interesse na Idade (6dia! de modo 7ue provocou ! de  
no"inalistas  7ue afir"a" 7ue os conceitos uni#ersais são a$enas $ala#ras 7ue designa" as coisas  desi3natum das coisas5! 6 te"a 7ue $erdura $or s6culos e te" %oe algu"a re#i#esc:ncia! $ela ressurreição de alguns #el%os erros facil"ente re'  futá#eis8  )sta "at6ria $ertence! $or suas características! à (etafísica! e foi sobretudo e&a"inada $elos escolásticos e" suas obras de Crítica8 S5 0ão os seguidores de Aristóteles! ta"b6" c%a"ado o peripatético8 de peri  ! e" torno e pathos ! $ai&ão! $or gostar de dar suas aulas andando8 G5  9o3i10teron8 ter"o for"ado de lo3i10s e teron ! lógico e cuidado de algu"a coisa8 0ignifica "aior cuidado lógico e foi "uito usado $or Aristóteles co"o sinTni"o de diale1ti10s ! e" o$osição a theolo3i10s ! no sentido e"$regado  $or Platão! co" o significado do estudo! 7ue tende ao e&a"e dos $rincí$ios e fins das coisas! sentido ta"b6" usado $or Aristóteles! $osterior"ente8 O "ais racional 6 o raciocínio lógico! 7ue se $rocessa co" os conceitos gerais e não $articulari;ados! co"o os da ci:ncia $articular8 0e$ara'se! ta"b6"! o raciocínio  ph2si10s ! 7ue se debruça sobre as coisas reais! ade7uado "el%or"ente à filosofia da nature;a8 Para 0cot! a (etafísica de Aristóteles 6 "ais u"a  filosofia da fsica  7ue u"a genuína "etafísica8 Para tornar'se tal! seria "ister outras  $ro#id:ncias! das 7uais tratare"os nos co"entários à  etafsica de Aristóteles8 5 uer referir'se ao gênero e à espécie e" o$osição à diferença8 ao próprio e ao accidente ! do 7ue tratará a seguir8

PROBLE!"ICA #O PRE$!CIO * classifica9o de Porf(rio foi aceita, soretudo pelos medievalistas e pelos escol.sticos, como uma oa diviso, e tamm ade6uada Ora, como a diviso, na -óica, e+ie a oedi5ncia a certas reras 8 a primeira  per3unta a sur3ir em torno desta matéria consistiria em saer se a diviso de Porf(rio  oediente a tais rerasB em suma, se é rea%&ente 'oa e adeada * diviso, na -óica,  uma opera9o 6ue consiste na distriui9o de um todo em suas partes "stas partes c
Rea%, ou acta%,  o um 6ue pode realmente ser dividido &resolvido) em suas partesH %ógico, ou tamm c
* resposta implica o e+ame de muitos aspectos 6ue foram tema de lonas especula9Aes pelos escol.sticos e no7escol.sticos 'e tent.ssemos compendiar a6ui a matria, prolonar(amos desnecessariamente o tema $asta7nos, para a mel
Ora, o ojecto da -óica  o ente de ra*+o (ens rationis), portanto, o ente lóico Os praedica'i%ia de Porf(rio so entes %ógicos " como so tomados como partes de um todo, esse todo  necessariamente lóico

"ssa diviso funda7se na ra?o da universalidade, por6ue se trata da diviso dos conceitos universais "m suma, em face de 6ual6uer conceito, este se refere a um 5nero, ou a uma espcie, ou a uma diferen9a, ou a um próprio, ou a um accidente "+clui7se, contudo, o conceito individual &o indiv(duo), por no ser um conceito universal, portanto no fa? ele parte dos conceitos universais

!omo a diviso possui reras, estas devem ser consideradas para 6ue se possa devidamente classific.7la "stas reras so as seuintesB E) A di,is+o de,e ser adeada N mister 6ue todas as partes &memros), tomadas simultaneamente, constituam ade6uadamente o todo ma diviso do ser ,i,o, constituda de -o&ens e p%antas seria inade6uada, por faltarem os animais, os vrus, etc 2) Gen
"sta diviso tem, portanto, uma ra?o, um %ogos ana%ogante, na e+presso  pitaórico7socr.tico7plat=nica  Ga verdade, todos os memros da di,identia so predic.veis de muitos e no de um só, pois muitos so os 5neros, as espcies, etc O 6ue se predica de um só  o conceito individual *demais, essas predica9Aes so formais e no id5nticas, por6ue ao di?ermos 6ue   5nero e S  5nero, no os identificamos seno formalmente, en6uanto 5neroB ou seja, em dada precis+o "ssas predica9Aes so, pois 8 artificiais, no om sentido do termo lóico, como se ver. ao comentarmos a ora aristotlica, j. 6ue o conceito artificia%  o 6ue  constru(do apenas pela mente, en6uanto o e5peri&enta% parte da intui9o sens(vel #al no 6uer di?er 6ue tais predic.veis no ten
"m face dessas reras, a perunta, 6ue e+ie resposta, B

A #I.IS/O #E POR$0RIO 1 BOA E A#E23A#A4

* predica9o das ine ,oces &as cinco vo?es, as acima citadas) refere7se ao formal,  ra?o formal da universalidade ou predicailidade, no propriamente  nature?a da coisa, o 6ue no se deve jamais es6uecer e 6ue, contudo, muitos es6uecem

* nature?a de uma coisa no  facilmente determinada, nem sempre  certa, ra?o  pela 6ual esta classifica9o no se ade6ua  nature?a, mas  ra?o formal &* nature?a  o 6ue constitui o princ(pio de ser e de operar de uma coisa, a sua emer5ncia como composto
: RA89ES E $A.OR #A #I.IS/O Pode7se peruntar se estes universais so apenas cinco ustificam os escol.sticos o nKmero com as seuintes ra?AesB /ecorre da propor9o de um composto sustancial de 6ue so eles propriamente  predicados, pois o 6ue verdadeiramente se predica de outro deve di?er tot&, j. 6ue  imposs(vel predicar a parte do todo !ontudo, um todo pode ser denominado  pelo todo, e, tamm, por uma parte e, deste modo, o predicado pode denominar o todo, ou por uma parte, ou por outra 6ual6uer, ou por uma parte simultaneamente com o todo ma coisa, conse6Tentemente, pode receer cinco predicados, se ela  alo material Duando se denomina o composto pelo 6ue tem ele de material, di?7se 5neroH 6uando se denomina pelo princ(pio formal, di?7se diferençaH 6uando se considera o -a,er do 5nero para com a diferen9a, unindo matria e forma, di?7se espécieH se se refere aos accidentes, causados pelos princ(pios da espcie ou do 5nero, di?7se próprio, e se pelos accidentes causados pelos princ(pios de um indiv(duo, di?7se accidente /emonstramos de outro modoB Pode7se di?er 6ue 8 ao predicar7se aluma coisa de outra, predica7se tota% o parcia%&ente O 6ue se predica tota%&ente, fa?7se necessaria&ente 6uando  da 6Tididade da coisa, ou contingente&ente, 6uando se predica em rela9o ao todo, não se referindo : sua ess*ncia Go primeiro caso, predica7se a espécie, 6ue  essencia%, necess7ria e tota%&ente, e predica7se a diferença, 6ue  constituinte da espcie Go seundo caso, predica7se a propriedade, 6ue  um accidente necess.rio da espcie da coisa  6ual se refere, porm, actualmente necess.ria do sujeito 6ue a represente Duando se predica parcia%&ente, pode7se predicar ainda essencia%&ente ou n+o:essencia%&ente Go primeiro caso, temos o gênero, 6uer  re&oto , 6 uer pró5i&o, 6ue se refere ; essência de uma coisa tomada inco&p%eta&ente, &por6ue 6uando se di? 6ue
* clare?a e a profundidade com 6ue os antios lóicos escol.sticos e+aminavam os cinco praedica'i%ia, manifestam7se na e+posi9o sucinta 6ue fa?emos aai+o, na 6ual se e+pressa a nitide? de um pensamento seuro e em ordenado, to descon'ócrates  um animal racional>   predicar in id, atriuir a 6Tididade O 6ue convm de modo necess.rio a aluma coisa l
Espécie, o 6ue de modo necess.rio convm a aluma coisa, constituindo7a totalmente *ssim, 6uando se predica de Pedro e Paulo 6ue so -o&ens, predica7se o mesmo in id, distinuindo7os apenas numericamente, en6uanto

 especificamente considerados, sem atender ao 6ue accidentalmente os distinue, ou o 6ue os distinue fora da espcie

Gênero  o 6ue convm a alo de modo necess.rio in id  6ue, parcial e indeterminadamente, o constitui *ssim 8 animal, 6uando predicado do 9ES /i?em aluns 6ue a espcie no predica totalmente a 6Tididade de uma coisa, mas apenas parte, pois a6uela  parte do indiv(duo e no todo o indiv(duo, j. 6ue no se di? tudo de Paulo ao di?er 6ue  ele ani&a% raciona%, como  a defini9o espec(fica deleH iualmente se d. com o 5nero, 6ue tamm  parte do indiv(duo Mas a espcie implica, na defini9o, todo o 5nero e a diferen9a, e e+pressa toda a ess5ncia da coisa, como vimos * 6Tididade  a ess5ncia do indiv(duo, e refere7se a este, no como parte deste, por6ue a ess5ncia  tomada universalmente e no se refere  sinularidade do indiv(duoH portanto, no  parte interante deste, como  um ra9o ou uma perna, mas a tota%idade espec6fica 6ue ele tem *leam outros 6ue <. predica9Aes 6ue se fa?em de muitos e 6ue no se incluem na classifica9o de Porf(rio, como o indi,6do ,agoB
6Tididade da coisa, nem serem propriedades, por6ue no dimanam de princ(pios intr(nsecos, nem accidentes, por6ue estes, en6uanto tais, nem ao se apro+imarem, nem ao se afastarem provocam a corrup9o do sujeito, como  próprio dos accidentes, es6uecem7se 6ue a morte  realmente um accidente 6ue no se d. sem apro+ima9o da corrup9o f(sica do sujeito, da sua e+ist5ncia Outros di?em 6ue no <. necessidade de cinco predic.veis, por uma ra?o muito simplesB o 6ue predicamos de uma coisa ou se predica essencialmente ou se predica accidentalmente, portanto, no <. luar para a diviso proposta * diviso  de certo modo justaH mas 6uando predicamos essencialmente,  predicamos ou completamente &espcie) ou incompletamente &5nero), e   propor9o 6ue os 5neros so mais remotos, a incompletude  maior O mesmo se d. com a diferen9a, 6ue pode ser de uma espcie superior, 5nero de uma sualterna, como a diferen9a espec(fica de animal, constituinte da espcie, 6ue  5nero de
 sua individualidade, e no se univoca com a coisa, pois a sua aus5ncia no nearia a coisa

0@(,3A +O CAPI*,3O 8 +O 1=N)RO5  Neste ca$ítulo! $ro$Be Porfírio tr:s ace$çBes do ter"o 1=N)RO e" gr8 1)N2058 5 9 a "ultidão de seres %u"anos $ro#enientes de u" $rogenitor! ou descendentes de u"a $átria co"u"8 Assi" os her6clidas ! 7ue $ro#:" de U6rcules! os ro"anos! de RT"ulo8 H5 O 7ue $ro#:" de u" $arente ou da $átria! co"o Píndaro! do g:nero *ebanos? Platão do g:nero ateniense! etc8 1:nero 6! então! o $rincí$io da geração de 7ue" 7uer 7ue sea8 5 9 o $redicá#el! ace$ção 7ue l%e dão os filósofos8 Co"o $redicá#el! 1=N)RO 6 descrito $or Porfírio; o 7ue 6 $redicado essencial"ente de "uitas es$6cies diferentes! co"o ani"al! 7ue 6 $redicado da es$6cie %u"ana e da es$6cie e7Jina8  Final"ente! distingue g:nero do indi#íduo! $or7ue este se $redica de u" só? en7uanto g:nero se di; de "uitas es$6cies! e não de "uitos indi#íduos! $ois este as$ecto 6 7ue caracteri;a a es$6cie8 O $ró$rio 6 o 7ue se di; da es$6cie e ta"b6" dos indi#íduos! co"o Vca$a; de ad"irar'seV! 7ue se di; de cada %o"e"! Pedro!  Paulo! etc8 +istingue'se da diferença e do accidente $or7ue estes se $redica" IN  ,A3) e não IN ,I+! "uito e"bora a diferença se $redi7ue IN ,A3) IN  ,I+! $ois refere'se a u" ,A3) do ,I+! co"o #ere"os "ais adiante8

!*PÍ#-O E

#O G?
#udo leva a indicar 6ue nem o 5nero nem a espcie so termos simplesE O 5nero, com efeito, di?7se, desde loo, de uma colec9o de indiv(duos 6ue se comportam de certa maneira em rela9o a um Knico ser e HG em rela9o entre si N em virtude dessa sinifica9o 6ue se fala da ra9a dos Cer.clidas, pelo facto de sua maneira de comportar7se 2 e de ter uma oriem Knica, a saer, Crcules, e usa7se tamm de todos a6ueles 6ue t5m entre si um certo parentesco, a partir do antepassado comum, e o nome 6ue se l4 E "ste, parece,  o sentido mais correnteB so c
E0 HG O gênero@ @  por e+emplo, ani&a% a espcie, -o&e& a diferen9a, raciona% o próprio, fac%dade de rir accidente, 'ranco@ negro@ o >sentar7se> *ssim, pois, os 5neros diferem, de um lado, dos atriutos aplic.veis a um Knico indiv(duo, em serem atri.udos a uma pluralidadeH diferem, tamm, por outro lado, dos atriutos aplic.veis a uma pluralidade, a saer  8 HE  as espcies, pelo facto das espcies, sendo totalmente atriu(das a diversos indiv(duos, no o serem, contudo, seno a indiv(duos, 6ue no diferem entre si especificamente, mas apenas numericamente

H5

 51esis ! e" gr8! relação! "odo de co"$ortar'se e" face de outro8

5  Ar1h*  6 o $rincí$io! $onto de $artida8 9 distinto de stoi1heion ! 7ue 6 ele"ento! causa i"anente8 A causa 6 u" $rincí$io! to"ado generica"ente! não!  $or6"! todo $rincí$io 6 causa8 O $onto 6 $rincí$io da lin%a! não! $or6"! sua causa8 M5

+i;'se "ais a mãe $átria8

N assim 6ue -o&e&@ 6ue  uma espcie,  atriu(do a 'ócrates e a Plato, os 6uais diferem um do outro, no em espcie, mas em nKmero, en6uanto animal, 6ue  um 5nero,  atriu(do ao
E5 U6rcules! co"o orige"! 6  3enos ! 3enus ! e" lati"! e 3enos 6 o conunto de todos os seus descendentes8

O 5nero difere do próprio, por sua ve?, por ser este atriu(do a uma Knica espcie, da 6ual  próprio e aos indiv(duos classificados so essa espcieH por e+emplo, a faculdade de rir  próprio só do
Q5  $athe3orein ! significa afir"ar! atribuir! "as a7ui a atribuição 6 essencial! en t0 ti esti   de Aristóteles! cuo to ti   e7ui#ale ao 7ui est   latino! a ess:ncia! a 7Jididade! 7ue e7ui#ale "uitas #e;es à $ri"eira categoria! a substDncia! ousia ! co"o #ere"os no V+as CategoriasV! de Aristóteles8

O gênero difere, por fim, da diferen9a, assim como dos accidentes comuns, emora as diferen9as e os accidentes comuns sejam atriu(dos a termos mKltiplos, e 6ue diferem especificamente, por no serem, contudo, atriu(dos essencialmente

5 "6 6toma ! os 7ue não são di#ididos! ou não'di#ididos! i"$artí#eis! insecá#eis! e7ui#ale! a7ui! a indivduos ! os 7ue não cont:" g:neros ne" diferenças 7ue l%es sea" inferiores! co"o #ere"os8

!om efeito, se peruntamos a 6ual termo diferen9a e accidente so atriu(dos, di?emos 6ue eles so atriu(dos no essencialmente, G mas, sim, 6ualitativamenteH se se perunta, por e+emplo, a% & a%is )  o
S5 CondiçBes e&igidas $elas regras da definição! co"o analisa"os nos co"entários! $ois a boa e ade7uada definição de#e conter todo o definido e nada "ais 7ue o definido8

!onclusoB ser afirmado de uma pluralidade de termos  o 6ue distinue o 5nero dos predicados individuais atriu(dos a um Knico indiv(duoH ser afirmado de termos especificamente diferentes  o 6ue o distinue dos termos atriu(dos como espcies ou como própriosH enfim, ser atriu(do essencialmente  o 6ue o separa das diferen9as e dos accidentes comuns, 6ue so atriu(dos aos sujeitos, dos 6uais so respectivamente atriutos, no em ess5ncia, mas em 6ualidade, ou numa rela9o 6ual6uer * no9o de 5nero, tal como HG acaamos de descrever, no peca, contudo, nem por e+cesso, nem por defeito, de ci5ncia  5 0i"$les! apl0s le3esthai  ! e" 7ue o ad#6rbio ap+0s  e7ui#ale ao conceito latino de simp+e4 8

5

U6rcules 6 o $rincí$io dos Ueráclidas8

S0<"ESE #A I#1IA #E G?
EE Proporcionalmente, o 5nero refere7se  matria de uma coisa, como a diferença refere7se  forma 'e o 5nero constitui um todo, 6ual6uer todo no constitui um gênero  * diferença  6ue d. a determinailidade ao gênero , 6ue, en6uanto tal,  indeterminado, e predica7se in id, incompletamente, de uma coisa  Gas especula9Aes filosóficas sore o sentido lóico do gênero , conclui7se, 6uando se filosofa com sanidade, 6ue o gênero contm as diferenças potencialmente, no actualmente * espécie , in concreto, o composto de &atéria e for&a, por isso di?7se 6ue o gênero refere7se  &atéria, e a diferença  espécie *ssim 8 animal, no ne amas *ssim 8
* diferença  na espcie no advm como uma parte da parte, mas um todo determinado e assinalado a um todo indeterminado, e no assinalado *ssim, loicamente, podem ser tomados como gênero e diferença !ontudo, gênero e diferença no so considerados como uma unidade per accidens, mas como  uma unidade per se Go <. o 5nero sem a espcie Go <. animal 6ue no seja
E2

COE<"!RIOS AO CAP0"3LO  /efine Porf(rio como 5nero >o atriuto principal aplic.vel a uma pluralidade de coisas, 6ue diferem entre si especificamente>, no seu id, no 6ue constitui o seu id &a sua espcie) O primeiro prolema 6ue sure a6ui  saer se essa defini9o  oa /esdoremos os pontos principais da6uela E)

atriuto predic.vel de muitos, portanto sua ni,ersa%idade  manifestaH

2) de muitos, mas especificamente distintos, o 6ue torna o conceito atriu(do um conceito genérico, pois o 5nero contm as suas espcies, dada a sua enereidade &genereitas)H 3) predicado in id, en tF ti esti , 6ue  a sua ratio praedicandi N, pois, um atriuto essencial, e este  predicado de todos in id, de todos os indiv(duos 6ue entram na e+tenso do conceito #orna7se, aora, de m.+ima import%ncia e+aminar os termos >de muitos especificamente diferentes>, e o sinificado de essencia% &in id) &en tF ti esti ) O 6ue  enrico implica suordinados 6ue ten
espec(fico seno potencialmente e no actualmente como j. o acentuava 'anto *lerto in #e Praedica'i%i's, tract 3 c 4 Ora, jamais se deve es6uecer 6ue, para *ristóteles, como para os escol.sticos, tanto 5nero como espcie so entes de ra?o, e no entidades sistentes de per se e in se, separadas ou no das coisas Predicar in id sinifica predicar essencialmente, e distinue7se da predica9o in a%e, 6ue  a predica9o accidental, do 6ue  accidental *ssim, a predica9o in id   uma predica9o sustantiva, en6uanto a predica9o in a%e   uma  predica9o adjectiva, como nos mostra #om.s de *6uino em seu >S&&a totis Logicae Aristote%is> * diferen9a, como raciona% no
*o 6ue constitui essa estructura eidtica do ser c
/este modo, nota7se 6ue 8 acrescentando7se a predica9o da diferen9a, o 5nero se contrai, ou melpredicar7se in id &essencialmente) de muitos diferentes especificamente>, v57se 6ue tal  contra(vel pela diferen9a, contida potencialmente, 6ue, deste modo, mais o especifica, o 6ue mostra ser oa a defini9o de Porf(rio

/e modo 6ue a6uele aspecto, 6ue  eral, genera%is, constitui o 5nero, e o 6ue  deste e da6uele em sua
Poderia
E3 aristotlica, di?7se 6ue se define& as espécies e descre,e&:se os indi,6dos , pelo menos no 6ue tane  sua individualidade e  sua sinularidade, en6uanto tomadas como tais N f.cil, pois, notar7se 6ue a ra?o de universalidade refere7se ao espec(fico, en6uanto a ra?o de sinularidade, ou os aspectos sinulares referem7se ao indiv(duo * defini9o de Porf(rio  do primeiro caso, e, portanto, no pode ser  considerada uma defini9o descriptiva, e no o pode, soretudo, por6ue define in id e no apenas in a%e *leam aluns 6ue a diferen9a, sendo predicada da ess5ncia, pois constitui a ess5ncia da espcie, e sendo ela in a%e, predica7se tamem in a%e da ess5ncia do 5nero, pois <. espcies 6ue t5m outras suordinadas, para as 6uais so seus 5neros #om.s de *6uino, em seus coment.rios  etaf6sica de *ristóteles,  %ect  , oserva 6ue a diferen9a  conceida como modo determinante e actuanteH o 5nero, como determin.vel e contra(vel Portanto, o 6ue se predica in a%e &6ue  a  predica9o da diferen9a), predica7se in id  tamm, in a%e in idH  uma determina9o actual, portanto 6ualitativa do id, e  o 6ue *ristóteles cS&&a "-eo%ogica, E2 6 E art : ad 3 !omo Kltima prova, tomemos estas palavras de oo de 'o #om.s Log II P 2 @II, art E, 6uando oferece esta predica9oB >$ranco  colorado>, o colorado  tomado sustantivamente com respeito a ranco, e  adjectivo com respeito a corpo ou sujeito da cor /e onde, com respeito ao sujeito,  uma predica9o denominativa e adjectivaH com respeito, contudo, a ranco, 6ue  seu inferior, , pois, predica9o 6Tididativa em ra?o da forma importada>

Duanto s e+pressAes >6ue se predica de muitos especificamente diferentes>, no se deve es6uecer 6ue um 5nero superior contm suas espcies inferiores, 6ue, por sua ve?, so 5neros das espcies 6ue l
PROBLE!"ICA E "OR Das !ateorias> !onse6Tentemente, se a defini9o de 5nero implica a presen9a da sua diferen9a, e esta  um accidente, como se pode admitir 6ue da composi9o de uma sust%ncia com um accidente,  possa surir 6Tididade per se, uma 6Tididade na per se, 6ue no  nem sust%ncia nem accidenteU Go <. a( nen
E4 concre9o "stamos, ento, numa seunda inten9o, pois a primeira  a 6ue se refere ao indiv(duo em sua onticidade, Paulo, e seunda inten9o por6ue nos referimos  sua loicidade *ssim j. o entendiam oo do 'o #om.s, no luar  anteriormente citado, !aietanus, no cap #e Genere e no cap 4 >/e Ente et Essentia>, e tamm #om.s de *6uino em etap- %ect  e em %ect  e em %ect 4, e ademais em %ect : e E encontramos, tamm, a mesma maneira de considerar O nome concreto sinifica o s'Dect& in co&&ni, no em sua onticidade Ga verdade,  nossa mente 6ue apan Pedro  ranco>, no predicamos de Pedro ser o ranco, mas ter o ranco /i?emos 6ue tal sujeito est. afectado da 6ualidade ranco, e no 6ue o sujeito  o ranco N ele sinificado pelo ranco, sem ser o ranco * rancura, a( predicada, no  tomada em astracto, no  o mesmo 6ue a rancura, tomada apenas 6Tididativamente /i?7se apenas 6ue nele <. alo 6ue se pode classificar como rancura Ga verdade, Pedro no  constitu(do de
 Gum conceito universal, a rela9o entre o todo e as partes pode ser consideradaB a) segndo o &odo de conce'er ou ) segndo a coisa conce'ida e significada &E) 'eundo o &odo de conce'er@ o universal tem ra?o de todo para os seus inferiores como partes, desde 6ue possa ser predicado a esses *ssim, conceptivamente, a espcie
E como tamm a parte sensitiva do cavalo, etc, ou de um insecto 6ual6uer, sem 6ue tal 6ueira di?er 6ue o animal de um
6ue se comportaria como matria inform.vel Ora, tais opera9Aes no se podem emprestar ao 5nero, 6ue  um ente de ra?o, um ente metaf(sico, mas a outros entes, o 6ue levaria a especula9o a afastar7se do campo da -óica para penetrar,  propriamente, no da Metaf(sica, matria 6ue no caeria tratar a6ui Portanto, impAe7se colocar o prolema em outros termos, como faremos a seuirB o 5nero  um id potencial em rela9o  composi9o metaf(sica,  por7ue, em sua 6Tididade espec(fica, o 5nero desina a parte contra(vel pela diferen9a, e  assim indeterminado e potencial, en6uanto a diferen9a procede como parte contraente e determinante, j. 6ue o 6ue tem a fun9o determinante a6ui seria ela Gesse caso, o 5nero procederia como matria e a diferen9a como forma, para permanecermos dentro da es6uem.tica aristotlica *demais, o 5nero comportar7se7ia como matria em rela9o ao todo composto, como alo incompleto em rela9o ao completo /este modo, o 5nero procederia como um todo potencial ou como uma parte  potencial Ora, como as partes metaf(sicas no so propriamente partes, mas raus, compAem, na verdade, o todo implicitamente, 6ue no  totalmente e+plicitado por nen
E1 matria, como se ver. no e+ame da Metaf(sica de *ristóteles "ntre os escol.sticos, e seria desnecess.rio citar as passaens em suas oras, 6ue so inKmeras, muitos aceitam 6ue o 5nero, na coisa e+istente, pode tomar7se como referindo7se  matria e a diferen9a  forma Mas note7se desde loo 6ue matria e forma esto na coisa, a primeira como estructura f(sica, e a seunda como estructura formal &ou mel
E:
CompBem este captulo tr*s partes > na PRI()IRA! oferece"'se tr:s ace$çBes da es$6cie? na 0)1,N+A! ensina'se co"o se ordena o $redica"ento $or g:nero e es$6cie? e! na *)RC)IRA! define'se o indi#íduo8

O 5nero contm a espcie e as diferen9as no actualmente, mas potencialmente O 5nero, en6uanto tal, no se predica per se da diferen9a, por6ue, ento, a definiria, e a diferen9a no participa do 5nero, como o demonstra *ristóteles in  "ópicos e, tamm, na Metaf(sica, em v.rias passaens do livro E0

 Na $ri"eira $arte! a $ri"eira ace$ção 6 a de es$6cie! to"ada co"o bele;a e&terna? a segunda! 6 a es$6cie subordinada ao g:nero! da 7ual se $redica o  g:nero? a terceira! a es$6cie co"o $redicá#el! 7ue 6 definida $or ele> V  A es$6cie 6 o atributo 7ue se a$lica essencial"ente IN ,I+5 a u"a $luralidade de ter"os! 7ue difere" entre si a$enas nu"erica"enteV8

O 5nero no se predica das diferen9as, mas das espcies * diferen9a, 6ue advm ao 5nero, no l
 Na segunda $arte! na coordenação dos $redica"entos! te"os o g:nero su$re"o! a es$6cie ínfi"a e os g:neros inter"ediários8 O 1=N)RO 0,PR)(O 1)N,0  0,((,(5 6 a7uele su$erior ao 7ual não se dá outro? a )0P9CI) ÍNFI(A )0P9CI) )0P)CIA3Í00I(A5! a7uela abai&o da 7ual não se dá outra? 1=N)RO0   IN*)R(9+IO0! "6dios ou subalternos são a7ueles 7ue se co"$orta" co"o es$6cies e" relação aos su$eriores e co"o g:neros e" relação aos inferiores8  Na terceira $arte! a$resenta"'se tr:s definiçBes do indi#íduo> 5

indi#íduo 6 o 7ue se $redica de u" só?

H5 eti"ologica"ente! o 7ue não $ode ser di#idido IN'+II'+,,(5? 5 indi#íduo 6 a7uele e" 7ue todas as $ro$riedades não $ode" si"ultanea"ente con#ir co" outro8

" o fundamento est. em a matria de um contr.rio ter pot5ncia para outro contr.rio !*PÍ#-O 2 5 )stabelecia" os escolásticos u"a distinção entre o  3*nero ló3ico e o  3*nero fsico8 O $ri"eiro 6 o  g:nero en7uanto $redicá#el! e o  segundo! o g:nero en7uanto 6 na coisa! ou! e" outras $ala#ras> o  $ri"eiro en7uanto A coisa conce.ida ! o segundo en7uanto !A coisa conce.ida8 Co"o #i"os! o $ri"eiro está  $ara a es$6cie na relação de todo e $arte! en7uanto! o segundo está na relação de  $arte e todo8 O g:nero físico ta"b6" era c%a"ado  3*nero sujeito ! e era considerado a coisa física! en7uanto a$ta a receber di#ersas "utaçBes8

 5?@9A D' CAP) < #DA E5PCIE(

#A ESP1CIE /i?7se espécie a forma de cada coisa, no sentido em 6ue se disseB



>/e in(cio ele?a, dina da Reale?a>2

!
E diferentes, ao di?ermos, a6ui, 6ue a espcie  o 6ue est. suordinado ao 5nero dado3,  mister saer 6ue o 5nero, sendo 5nero de aluma coisa, e a espcie, espcie de aluma coisa, os dois termos so relativos um ao outro, e 6ue se deve, necessariamente, na defini9o de um, servir7se da defini9o do outro4 /efine7se, pois, tamm a espcie, da G maneira seuinteB espcie  o 6ue est. classificado so o 5nero, e ao 6ual o 5nero  atriu(do essencialmente Pode7se di?er ainda; a espcie  o atriuto 6ue se aplica, essencialmente, a uma pluralidade de termos, 6ue diferem entre si numericamente Mas esta Kltima defini9o seria apenas a da espcie especial(ssima, 6ue  apenas espcieH as outras, ao contr.rio,  podem, tamm, aplicar7se s espcies no especial(ssimas1 O 6ue di?emos E  poderia e+pressar7se claramente da maneira seuinteB em cada cateoria:, <. certos termos 6ue so 5neros mais erais, outros, 6ue so as espcies mais especiais, outros, enfim, 6ue so intermedi.rios entre os 5neros mais erais e as espcies especial(ssimas N o mais eral o termo acima do 6ual no poderia


/o mesmo modo 6ue a sust%ncia, sendo o termo mais elevado, do 6ual no <. nen
termos 6ue esto antes deles, só podem ser espcies, e para os termos 6ue v5m depois, 5neros Por conseuinte, estes termos t5m duas faces, uma volvida para a6ueles 6ue os  precedem, e  o 6ue leva a c
E 'e, com efeito, o 'er fosse o 5nero Knico, comum a todas as coisas, todas as coisas se riam chamadas de seres por sinonmia Mas como G <. de facto de? 5neros primeiros, esta comunidade de denomina9o  puramente veral e no se aplica  defini9o e+pressa por esta palavra *ssim, pois, os 5neros mais erais so em nKmero de de?H as espcies especial(ssimas so em nKmero definido e no em nKmero infinitoE4 Duanto aos indiv(duos, 6ue v5m após as espcies especial(ssimas, so em nKmero infinito *ssim 8  PlatoE  recomendava, 6uando se desce at s espcies especial(ssimas, a partir dos 5neros mais erais deter7se nessas espcies e da( descer, E  passando pelos termos intermedi.rios 6ue dividimos conforme suas diferen9as espec(ficasH 6uanto  infinidade dos indiv(duos, declara 6ue se deve dei+.7los de lado, pois no poderia
Os seres dessa sorte so c
*ssim, por sua participa9o  espcie, a multido dos
'ore o 5nero e a espcie, sore a nature?a do 5nero mais eral, da espcie especial(ssima, dos termos 6ue so ao mesmo tempo E 5neros e espcies, e dos indiv(duos, e sore as diversas acep9Aes do 5nero e da espcie, eis o 6ue nos caia falar

/epois de ter e+posto a nature?a do 5nero e a da espcie, e mostrado a unidade do 5nero    e a pluralidade das espcies &pois sempre o 5nero se divide em v.rias espcies), devemos di?er 6ue se o 5nero  sempre atriu(do  espcie, e todos os termos superiores aos termos inferioresH a espcie, ao contr.rio, no  atriu(da nem ao 5nero imediato, nem aos 5neros superiores, por aus5ncia de reciprocidade !ontudo, o 6ue se impAe, com efeito,  6ue termos iualmente e+tensivos sejam atriu(dos a termos iualmente e+tensivos, como E >o 6ue relinc a cavalo, ou ento, termos mais e+tensivos a termos menos e+tensivos, como animal a
aplica7se a todos os 5neros 6ue l
5  Eidos ! na linguage" aristot6lica! significa a es$6cie  species ! no lat85! e" o$osição a g:nero! 7ue significa a forma ! i"anente à coisa8 H5

*a"b6" especioso significa bele;a! sentido $ri"iti#o do ter"o8

5 Co"o #e"os nos co"entários a este ca$ítulo! não %á $etição de $rincí$io na definição do g:nero e da es$6cie! $ois são correlati#os! co"o #ere"os8 M5 Os correlati#os são definidos uns $elos outros! $ois o $ai 6 $ai do fil%o! o  fil%o 6 fil%o do $ai! o dobro 6 o dobro da "etade! a "etade 6 a "etade do dobro8 E5

A es$6cie es$ecialíssi"a! to 6tomon8

5

0ão os g:neros e as es$6cies8

Q5 As cate3orias de Aristóteles são os summa 3enera ! os atributos gerais do ente8 As categorias são ontológica e ogica"ente fundadas! e não a$enas for"as  subecti#as da "ente! co"o ulga#a Want8

20 5  Respectu superiores 3eneris ou respectu inferiorum specierum ! escre#e 0Xl#ester (aurus! fa"oso esuíta co"entarista de Aristóteles ou sea> as es$6cies! en7uanto su$eriores! são g:neros! e es$6cies en7uanto inferiores! co"o #i"os no te&to e nos co"entários ao fi" do ca$ítulo8 S5

M5 9 co"u" aos gregos c%a"are" infinito o nK"ero descon%ecido8 Porfírio 7uer afir"ar 7ue o nK"ero $ode ser "á&i"o! nunca! $or6"! infinito8

+a"os abai&o u" e&e"$lo da fa"osa r#ore de Porfírio8

1:nero

0u$re"o

 5u.stGncia

 +iferença composta  +iferença

simples

1:nero subalterno  +iferença

5  52nonimós ! e" gr8! na linguage" aristot6lica! significa uní#oco8 Nos co"entários às Cate3orias de Aristóteles essa "at6ria 6 e&a"inada  $or"enori;ada"ente8

corpo

vivente

não vivente

 +iferença

E5 Para Aristóteles! só %á ci:ncia do uni#ersal! á 7ue o indi#íduo não 6 obecto de ci:ncia8 +i;er'se daí 7ue 6 i"$ossí#el o estudo do 0er ou a *eologia! $or   ser +eus indi#idual e" sentido científico no conceito clássico do ter"o e não no  $recisi#o 7ue %oe se dá5! re#ela $ouca co"$reensão da "at6ria8 A ustificação científica da *eologia cabe a esta disci$lina fa;er8 No entanto! o estudo 7ue  fa;e"os! nos co"entários! sobre o indi#íduo co"o conceito deter"inante! e o indi#íduo co"o algo deter"inado! $er"ite desde á esclarecer certas dificuldades! 7ue são a$enas a$arentes8

animado

1:nero subalterno  +iferença sensvel  +iferença

insensvel  

1:nero ínfi"o

5 A ci:ncia co"o con%eci"ento das coisas $or suas causas de#ida"ente de"onstradas! 7ue 6 u" saber culto! epistéme ! o$Be'se à do4a ! 7ue 6 o con%eci"ento #ulgar! no 7ual se ausenta" o con%eci"ento das causas e ta"b6" a  sua de"onstração8

animal  Q5

 +iferença racional  +iferença

o indi#idual to 1athHe1aston o$Be'se ao geral!  to 1atholon8

irracional  

 )s$6cie

 %omem

 +iferença nu"6rica

Pedro

 )s$6cie es$ecialíssi"a +iferença nu"6rica

 Indi#íduo 5 G5

9 o summum 3enus ! a cate3oria8

5

Pro$ria"ente! não %á sub'es$6cies8

H5 0e" dK#ida! a doutrina de Aristóteles nega ao 0er o carácter de g:nero!  $elo "enos na Ontologia! "uito e"bora $ossa ser to"ado assi" na 3ógica! de "odo u" tanto inde#ido8 A discussão deste te"a cabe! $or6"! à Ontologia8

5 As sete $ro$riedades do indi#íduo! segundo Alberto (agno! estão $or nós e&$ostas nos co"entários a este ca$ítulo8 S5 A es$6cie 6 $arte do g:nero8 )n7uanto coisa cogitada 6 todo e" relação ao g:nero na coisa cogitada e significada! co"o #i"os nos co"entários ao ca$ítulo anterior8 O g:nero 6 todo e" relação à es$6cie! co"o esta 6 todo e" relação ao indi#íduo! en7uanto coisas cogitadas8 O $roble"a á foi $or nós resol#ido8

S0<"ESE #O CO
2E vimos !onstituem a espcie, o 5nero, ao 6ual se suordina, e a diferença, 6ue a caracteri?a, 6ue a tipifica  Gas especula9Aes filosóficas em torno desta matria lóica, surem v.rios aspectos merecedores de nota, como os 6ue seuemB * espécie predica7se de muitos ou pode predicar7se de muitos 'e uma espécie só tivesse um Knico indiv(duo, 6ue a representasse, nem por isso perderia sua aptido a ser predicada potencialmente de muitos #amm se
COE<"!RIOS E PROBLE!"ICA #O CAP K (#A ESP1CIE) *luns comentaristas acusam aluns defeitos no tocante a esta matria, pois aleam 6ue Porf(rio define o 5nero 8 apoiando7se na espcie, e define a espcie 8 apoiando7 se no 5nero, o 6ue o coloca num verdadeiro ciclo vicioso !ontudo,  improcedente esta alea9o, por6ue  a reciprocidade, 6ue <. entre 5nero e espcie, como correlativos, 6ue e+ie 6ue assim seja, por6ue o 5nero 

5nero de suas espcies e as espcies so espcies do seu 5nero /o mesmo modo no se pode definir a paternidade sem a filia9o, nem a filia9o sem a paternidade,  por6ue o pai  pai do fil
22 /este modo,
O 5nero divide7se em espcies por opostas diferen9as Resta aora saer se era  poss(vel
O universal e+ie pluralidade, no, porm, actual, mas em pot5ncia

O 5nero  realmente contra(do formalmente por diferen9as, 6ue so incompat(veis entre si e distantes no mesmo 5nero Os e+tremos formariam a m.+ima con7 trariedade

 Ga espcie, a diferen9a predica7se de certo modo essencialmente, no, porm, in id, por6ue no  predicada sustantivamente, mas adjectivamente ou 6ualitativamente Go  predicada in id 6uanto  ess5ncia, mas apenas 6uanto ao modoH ou seja, no essencialmente de modo sustantivo, mas essencialmente de modo adjectivo, ou seja in a%e Duanto  6Tididade, a espcie  inclusa no 5nero, mas formalmente apenas -óica e ontoloicamente, ela pertence 6uele !ontudo, como a espcie no se caracteri?a apenas por ser inclusa no 5nero, por6ue a diferen9a  a parte 6ue a e+7 clui da6uele, essa diferen9a só poderia ser considerada no 5nero no actualmente, mas potencialmente Ou seja, a diferen9a  inclusa, potencialmente, no 5nero, no actualmente *ssim o 5nero, en6uanto tal, no actuali?a a diferen9a Duando esta  actuali?ada, temos a espcie * suordina9o, portanto, a s'ici'i%itas da espcie ao 5nero, e+ie, portanto, reparos importantes * parte enrica da espcie  actual, mas a parte da diferen9a  actual na espcie apenas *luns lóicos modernos enleiam7se, a6ui, numa prolem.tica sem fundamento, como a seuinteB como  poss(vel conter o 5nero contradi9AesU O por6ue desta  perunta funda7se no facto de um 5nero conter espcies contr.rias Mas as espcies contr.rias no so, na verdade, contraditórias Mas, mesmo 6ue essas
'e um 5nero possui v.rias espcies, normalmente estas devem distinuir7se por  suas diferen9as /evemos tomar o 5nero formalmente, en6uanto em sua loicidade e ontoloicidade, e este contm as suas espcies contr.rias, por for9a da sua própria 6Tididade 'e onticamente &materialmente, para usarmos a linuaem cl.ssica ) essas espcies no t5m nen
23

/as tr5s defini9Aes de indiv(duo propostas por Porf(rio, pode7se construir a seuinte defini9oB >Indiv(duas di?em7se as propriedades, cuja colec9o nunca est. de iual modo em nenhum outro> *s propriedades ou caracter(sticas indi,idais so de tal modo 6ue o seu conjunto de modo alum pode estar de iual modo em outro ente 6ue a6uele do 6ual so pre7 dicadas, pois, do contr.rio, no a individuariam

 Ga verdade, a individua9o pode predicar7se de muitos Ora, a primeira defini9o de Porf(rio refere7se  individua9o in pri&a intentioneB indiv(duo  o 6ue se predica de um só !ontudo, di?em, indiv(duo predica7se de muitos Mas <. um rave erro a6ui !lassifica7se como indi,6do a6uilo 6ue se predica de um só, e  indiv(dua o 6ue se di? apenas desse um * univocidade com outro no est. no 6ue  predicado, mas apenas na aptido de ser predicado alo individual

"ssas propriedades individuantes, 6ue foram determinadas por *lerto Mano, em seu Li'er de Praedica'i%i's@ tract 4 c :, so sete, inclusas no seuinte versoB

'e considerarmos a defini9o outra de Porf(rioB a6uele >cuja colec9o de  propriedades no est. em outro>, deve7se considerar 6ue se define o indiv(duo pelas  propriedades individuadas neste indiv(duo Geste caso, di?7se 6ue o 6ue est. neste como coisa sinificada só est. nesteH ou seja, est. onticamente neste

$or&a@ figra@ %ocs@ te&ps@ c& no&ine sangis@ P7tria snt septe&@ ae non -a'et ns et a%ter

/as sete propriedades podem estar elas repetidas em outros, mas o 6ue individua  o estar onticamente neste o 6ue neste est., en6uanto  o 6ue  neste

'o, pois a forma, a fiura, o local, o tempo, a estirpe, o nome, a p.tria

m aspecto e outro podem convir a muitosH um accidente e+tr(nseco pode convir a muitos, mas o 6ue individua  a onticidade da sinularidade, do ser este a6ui

#om.s de *6uino, em HS&&a "-eo%ogicaH, I 6 2 art 4, peruntaB 'e &tr&) o indiv(duo  indistinto em si e distinto dos outros " in E0 etap-Ms@ %ect EE, escreveB >O indiv(duo  o 6ue no  dividido por outro, nem em forma, nem por  material diferen9a> "sta propriamente  a resposta 6ue ele d., resposta em ade6uada, por6ue serve para definir no só o indiv(duo sustancial como o accidental  Go  propriamente a colec9o dos accidentes 6ue marca a individualidade Go caeria a6ui discutirmos nem analisarmos a lona pol5mica 6ue se trava entre os escol.sticos em torno do factor de individua9o, &se  a matria marcada & signata)  pela 6uantidade &signata antitate) dos tomistas, ou o conjunto da própria entidade, como o propAe 'cot) Interessam7nos, por ora, aluns outros pontos, como os 6ue vamos estaelecer a seuirB  Ga sust%ncia, sure uma peculiar ra?o de individualidade;  a inferioridade ao universal /este modo, os 5neros intermdios, em rela9o aos seus superiores, so indiv(duos, en6uanto tomados em sua loicidade e ontoloicidade !ontudo, indiv(duo, em sua onticidade,  só o 6ue  suic(vel  espcie especial(ssimaH ou seja, o indiv(duo este ou a6uele, a -aecceitas, na linuaem justa de 'cot *leam aluns 6ue o indiv(duo, dadas as suas condi9Aes sinulares, no pode ser  definido Os indiv(duos apenas se descrevem, no so definidos Portanto, 6uerer  Porf(rio ou outro 6ual6uer definir o indiv(duo  aldado esfor9o

N verdade 6ue em torno desta matria <. uma lona controvrsia, pois muitos admitem 6ue o factor de sinularidade  a matria assinalada 6uantitativamente, outros o ente em sua totalidade sinular, como 'cot e 'uare?, em sua entidade =ntica 'em 6uerermos discutir a6ui este tema, desejamos, contudo, assinalar 6ue a nossa posi9o se apro+ima da de 'cot e 'uare?, a 6ual afirma 6ue a individualidade  dada pela sinularidade =ntica da entidade &ou seja da entidade en6uanto esta, -aec) !aracteri?a a individualidade a incomunicailidade, por6ue o indiv(duo no pode comunicar7se, pois, se tal fi?esse, dei+aria de ser indiv(duo * incomunicailidade  um efeito formal da própria 6Tididade do indiv(duo N mister ainda considerar o sentido do 6ue na Filosofia se chama >indiv(duo vao>, como >alum  /i?em muitos 6ue essa individualidade predica7se de muitos, o 6ue a torna um universal Mas tal no sinifica 6ue <. uma nature?a comum * predica9o, a6ui,  neativamente tomada, por6ue 6uando se di? 6ue al7 um  alum alum no torna o este  distinto de >alum  "sta e+presso no sinifica apenas a nature?a, mas a nature?a com modo de individua9o "sse modo de individua9o  conceido em comum e se sinificasse em sinular, o termo *lum  uma e+presso an.loa e no un(voca Go se deve confundir o indiv(duo em comum com o indiv(duo determinado O termo

24 indiv(duo  tomado como indiv(duo em comum, mas, onticamente, ao 6ue se refere,  ao indiv(duo determinado "m suma, indiv(duo, como conceito de prima inten9o, refere7se ao ente sinular, onticamente determinado, como conceito de seunda inten9o, refere7se aos entes 6ue se individuali?am Go <., portanto, motivo para as confusAes 6ue aluns comentaristas reali?am, soretudo modernos, alOntoloia e !osmoloia>

 $ri"eira definição> a diferença 6 o $elo 7ual a es$6cie e&cede ao g:nero?  segunda definição> a diferença 6 o 7ue se $redica de "uitas es$6cies diferentes IN  ,A3)! essencial"ente! $or6"? terceira definição> a diferença 6 o 7ue di#ide a7uelas! 7ue se coloca" sob o "es"o  g:nero? 7uarta definição> a diferença 6 o 7ue difere de si as coisas singulares? 7uinta definição> a diferença 6 o 7ue distingue u"a es$6cie de outra! e 7ue 6 sua  $arte essencial8

'WM-* /O !*P 3 &/* /IF"R"GX*) !*PÍ#-O 3  )ste ca$ítulo 6 di#idido e" duas $artes8 Na $ri"eira! e&a"ina as cinco di#isBes da  +IF)R)N-A8 Na segunda! oferece definiçBes8  A $ri"eira di#isão da diferença! oferecida $elo autor! consiste e"> CO(,(!  PR2PRIA e PROPRIÍ00I(A (AYI(A()N*) PR2PRIA58  A diferença co"u" 6 7ue e" si difere de 7ual7uer outra coisa! co"o o ser "o#ido "ó#el58 A diferença PR2PRIA 6 a for"a accidental! inse$ará#el da coisa 7ue a fa; diferir de outra! co"o o ser ca$a; de ad"irar'se! no %o"e"8  A PROPRIÍ00I(A 6 a for"a $ela 7ual u" ser difere essencial"ente de outro! co"o racional! e" %o"e"! 7ue o difere de outros ani"ais8  A segunda di#isão das diferenças> P)R 0)! 7ue 6 a $ro$riíssi"a! e P)R  ACCI+)N0! a co"u" e a $ró$ria8  A terceira di#isão> as diferenças 0)PAR)I0 e as IN0)PAR)I08 )ntre as  $ri"eiras te"os a co"u"! e entre as segundas> a $ró$ria e a $ro$riíssi"a8  A 7uarta di#isão 6 a de inse$ará#el 7ue $ode ser $er se! co"o ser "ortal no %o"e"! e as outras P)R ACCI+)N0! co"o o ter fisiono"ia a7uilina ou c%ata8  A 7uinta di#isão consiste e" ser a diferença +II0IA 7uanto ao g:nero! e CON0*I*,*IA 7uanto à es$6cie! 7ue são duas funçBes da "es"a diferença8  Na segunda $arte! e" 7ue oferece as definiçBes! te"os>

#A #I$ERE<>A * diferen9a tem uma sinifica9o comum, uma sinifica9o própria e uma sinifica9o propri(ssima Go sentido comum, uma coisa di?7se 6ue difere de outra, 6uando  dela distinta por uma alteridade 6ual6uer, ou em rela9o a si mesma, ou em rela9o a uma outra coisaH 'ócrates difere de Plato por6ue  outroH de si G mesmo no ser crian9a e, depois,
2

N, pois, seundo as diferen9as 6ue fa?em a coisa outra, 6ue se produ?em as divisAes dos 5neros em espcies, e 6ue se formam as defini9Aes, as 6uais se compAem do 5nero e das diferen9as desse modo 2 *s diferen9as, ao contr.rio, 6ue fa?em somente a 6ualidade E outra, no constituem seno diversidades e mudan9as da maneira de ser Retomando a 6uesto desde o in(cio,  mister di?er 6ue, entre as diferen9as, umas so separ.veis, e outras, insepar.veisH com efeito, mover7se, estar em repouso, ser  saud.vel, estar doente, e outras diferen9as similares, so separ.veis, en6uanto ter  nari? a6uilino ou ac


*crescentemos, a6ui, uma nova sudivisoB entre as diferen9as per se@ umas so a6uelas com ajuda das 6uais dividimos os 5neros em espcies, e outras, as  pelas 6uais as coisas divididas so constitu(das em espcies Por e+emplo, todas as diferen9as per se de animal, sendo as seuintesB animado e sens(vel, e tamm racional e irracional, mortal e E imortal, a diferen9a animado e sens(vel  constitutiva da sust%ncia de animal, pois o animal  uma sust%ncia animada sens(vel, en6uanto as diferen9as de mortal e imortal, de racional e irracional, so apenas diferen9as 6ue dividem o animal, pois  por elas 6ue divi7 dimos os 5neros em suas espcies

Mas essas diferen9as, 6ue dividem os 5neros, completam e constituem as espcies *nimal, com efeito,  partil
21 saer  8 o animal Outra fórmula aindaB a diferen9a  o pelo 6ual todas as coisas diferemE3 *ssim, o
5 0ubstituída a diferença! "odifica'se a es$6cie! 7ue $assa a ser outra! $ois a diferença! $or constituir a ess:ncia! 6 constituinte da for"a8 H5 A es$6cie define'se logica"ente $ela diferença! e não $or u" accidente co"u"8 5  Per se #1athHaut6( ! 7uer di;er! atributos essenciais! 7ue decorre" da ess:ncia da coisa! se" $ertencer a essa ess:ncia8 Os atributos  per accidens são definidos a seguir8 M5 A substDncia não ad"ite "ais ou "enos! co"o o de"onstra Aristóteles e"  Das Cate3orias ! E!  b 'M e S8 E5

," $roble"a! 7ue surge a7ui! 6 o seguinte> actuali;ada u"a das diferenças! dá'se! necessaria"ente! a irracional! ou #ice'#ersaZ )sta discussão não cabe na análise desta obra! "as a$enas trata"os $or alto nos co"entários 7ue fa;e"os a este ca$ítulo8 5 ea"'se! nos co"entários! a análise desta definição! e os re$aros feitos  $or [oão de 0ão *o"ás8 S5 9 a o$osição á acentuada $or Aristóteles entre o 7uid e o 7uale ! entre o 7Jididati#o essencial5 e o 7ualitati#o accidental58 G5 A analogia 6 te"a de "á&i"a i"$ortDncia e" todo o filosofar aristot6lico! e 6 "at6ria $or nós e&a"inada no  Das Cate3orias8 5 A "at6ria e a for"a constitue" u"a das $olaridades "ais i"$ortantes da  filosofia de Aristóteles! e não são se"$re to"adas co"o correlati#as! co"o acentua *ricot e" seus co"entários a esta obra8 H5 A for"a! 7ue $ertence à categoria da 7ualidade 6 a forma predicamental 8  Uá! ainda! a  forma  substancial! 7ue $ertence à categoria da substDncia8 *ricot  engana'se a7ui! ulgando 7ue %á a$enas a $ri"eira! co"o o fa; e" seus co"entários8 5

)" sentido essencial! 7Jididati#a"ente8

M5 A e&$ressão constante"ente usada $or Aristóteles 6 to ti en eina #7uod  7uid erat esse( ! o 7ue era do ser! o 7ue 8 sendo 8 no ser á era e 7ue continua nele  sendo! 7ue 6 a for"a! $ois esta 6 o 7ue $erdura? $ortanto! o 7ue #in%a sendo! e 8  sendo 8 6 o 7ue continua sendo! indicando! assi"! o 7ue 6 está#el e $erdurante e" si "es"o! no 7ue se "utaciona8

S0<"ESE #O COA

Ani"al! to"ado $recisa"ente! não 6 ne" racional! ne" irracional8

5 O te"a de acto e $ot:ncia 6 tratado es$ecial"ente na  etaph2sica de  Aristóteles! e"bora $olaridade se"$re $resente e" toda a sua obra8 Q5 As diferenças estão contidas e" $ot:ncia no g:nero! "as este não cont6" e" acto! en7uanto este g:nero! as diferenças contrárias8 Assi"! o g:nero ani"al  não cont6"! e" acto! racional e irracional! "as os cont6" a$enas e" $ot:ncia8

/i?7se diferença propri6ssi&a, a diferença espec6fica , 6ue  o terceiro predicado "sta  o 6ue de muitos in a%e id se predica /i?7se in id, por6ue sinifica a  parte da 6Tididade, di?7se in a%e in id, por6ue sinifica a parte da 6Tididade determinante e 6ualificante, 6ue  o rau enrico * espécie constitui7se 8 contrain: do o gênero com a diferença

2: * diferen9a refere7se aos inferiores, aos indiv(duos, e ela se refere  in a%e apenas aos indiv(duos da espcie Ga especula9o filosófica em torno deste ente de ra?o lóico, c
co&& 7 a 6ue convm a indiv(duos de v.rias espciesH /iferen9a própria &propriedade) a 6ue se seue da forma,  por e+B ris(velH

propri6ssi&a 7 a diferen9a sustancial, 6ue divide o 5nero *luns classificam ainda a diferen9a espec6fica per se &a constitutiva da espcie) p e+B a raciona%, 6ue muitos consideram apenas como a propri6ssi&a * diferen9a superior &constitutiva do 5nero) predica7se in a'stracto  da inferior  &cuja diferen9a  constitutiva da espcie)

O conceito de diferen9a, tomado relativamente, opAe7se  ra?o de semel
COE<"!RIOS AO CAP N (#A #I$ERE<>A) " ainda e+emplifica ele como diferen9a individual a 6ue se d. entre 'ócrates e Plato, 6ue  uma diferen9a individual

2

* diferen9a ma+imamente própria  apenas a6uela 6ue se predica in a%e essencialmente, como ele a define * diferen9a implica, portanto, 6uatro fundamentosB E) 2) 3) 4)

a forma 6ue fa? diferirH a serea9o ou diviso, 6ue resulta dessa forma 6ue fa? diferirH a rela9o de diferen9a ou de dissimilitudeH a própria ra?o de terceiro predic.vel &diferen9a)

Pode7se resumir o 6ue at a6ui foi tratado por esta r.pida e+plana9o 6ue damos a seuir, antes de analisarmos a proced5ncia, ou no, das diversas defini9Aes  propostas por Porf(rio YYY * diferen9a, alm de matria lóica,  matria fundamental metaf(sica, e  e+aminada na Ontoloia, cujas provid5ncias vamos dispensar a6ui, para considerar  apenas as 6ue se referem ao campo lóico * defini9o de Porf(rio 6ue di?B a diferen9a  o 6ue  atriu(do na cateoria da 6ualidade >a uma pluralidade de termos 6ue diferem especificamente>, justifica oo de 'o #om.s 6ue se deveria tradu?ir por >6ue se predica de muitos e tamm especificamente diferentes> &etia&) /a maneira 6ue tradu?imos, essa advert5ncia de oo de 'o #om.s est. considerada, por6ue no  só o >6ue se predica de muitos>, mas tamm do 6ue  especificamente diferente, j. 6ue essa predica9o in a%e, por6ue  6ualitativa,  tamm in id, por6ue se refere ao 6ue  actual na ess5ncia da coisa /a( propor ele como sendo essa defini9o a verdadeira inten9o de Porf(rio *leam aluns autores 6ue nem *ristóteles nem Porf(rio
O 5nero no  predicado da diferen9a, em como a diferen9a no participa do 5nero, como e+amina *ristóteles in 4 "ópicos &E22  E) 'e o 5nero fosse inclu(do nas diferen9as tornar7se7ia an.loo Por outro lado, porm, a diferen9a enrica constitui o 5nero &5nero em rela9o s espcies, espcie em rela9o aos seus 5neros)  parte 6Tididativa dele * diferen9a espec(fica contrai o 5nero 8 mas 8 contraindo7o est. fora do seu conceito N o 6ue prova *ristóteles in etap-Msica 3 &  24), para onde remetemos o leitor, onde se alin
2 conceito de finito implica o de infinitoH ontoloicamente, a ra?o de finitude, como depend5ncia, implica o de 6ue depende e a possiilidade do ser independente em  plenitude, infinito "ste, se no se der onticamente &sinularmente e+istente), implicaria contradi9o na conceitua9o ontolóica, emora sem contradi9o na -óica, por6ue no cae a esta provar nen
neste caso, o animal 6ue, por no estar suprido de um princ(pio inteliente de rau elevado, incapa? de reali?ar as opera9Aes superiores da mente, neste caso tomaria, ento, um conteKdo positivo 'e essas opera9Aes no contradi?em a estructura  ps(6uica da animalidade,  ela poss(vel "ra, portanto, poss(vel
30  5?@9A D' CAP)  #D' PRKPRI'(  Pro$Be Porfírio neste ca$ítulo 7uatro ace$çBes do PR2PRIO! das 7uais ele $refere a Klti"a8  +ei&a"os de dar sua e&$lanação na sK"ula 8 $or estare" $erfeita"ente delineadas no te&to8

!omo vimos, o próprio (propriedade)  o 6ue  predicado in a%e, mas necessariamente "ntretanto, a propriedade  predicada no constitutivamente de uma coisa, mas alo 6ue sure, 6ue emere da constitui9o da coisa Porf(rio estaelecia 6uatro acep9Aes do próprioB E) o 6ue convm somente  espécie, mas no a todos os seus indiv(duos, como o ser ram.tico ou mdico no -o&e&H 2) o 6ue convm a todos os indiv(duos, no porm, somente  espécie, como, no -o&e&, convm ser '6pedeH

!*PÍ#-O 4

#O PRPRIO O próprio divide7se em 6uatro sentidos N 8 de in(cio 8 o 6ue pertence accidentalmente a uma Knica espcie, mesmo sem pertencer a toda a espcieB para o
3) o 6ue convm somente  espécie e a todos os indiv(duos, porm nem sempre, assim o fa%ar no -o&e&H 4) o 6ue seria o próprio ma+imamente consideradoB o 6ue somente pertence  espécie, a todo o indiv(duo, e sempre convm, como o ser ris(vel ou admirativo no -o&e& "sta Kltima acep9o  a do próprio 6ue se converte com o seu sujeito O  próprio si&p%iciter considerado  este "ste próprio deve resultar da constitui9o da ess5ncia *ssim 8 a ravidade no
o accidente  predicado do sujeito &
2)

o sDeito  predicado do accidente &este ranco 
3)

o accidente  predicado do accidente &este ranco  mKsico)

S0<"ESE #O "EA #O PRPRIO Predica7se per seB E)

pelo 5neroH

3E

2)

pela espcieH

3)

pelo próprio enricoH

4)

pelo próprio espec(fico !*PÍ#-O 

Duando o próprio  predicado do sujeito no o  per accidens, como se predica o accidente co&&, por6ue o próprio tem uma -a'itdo &conveni5ncia) em rela9o ao sujeito, diferente da 6ue tem o accidente co&&, j. 6ue o próprio emere e5: constititti,is da ess5ncia, por isso pode ser predicado per se dele O próprio tem de estar sempre inin 6uale> distinue7se do 5nero e da espcieH pelo >accidentalmente>, distinue7se da diferen9a, 6ue  a%e essencialmente, e pelo >necess.rio>, distinue7se do accidente comum, 6ue  o 6uinto predic.vel

#O ACCI#E<"E O accidente  o 6ue se produ? e desaparece HE sem acarretar a destrui9o do sujeito "le se divide em duas espciesB uma  separ.vel do sujeito, a outra insepar.vel *ssim 8  dormir  um accidente separ.velH ser nero, emora sendo um accidente insepar.vel para a corvo e para o "t(ope, no impede 6ue se possa conceer pelo menos um corvo ranco e um "t(ope N 6ue ten
 5?@9A D' CAP)  #D' ACCIDE!"E( 5 O desa$areci"ento do accidente não acarreta a destruição do sueito! o 7ue 6 da definição da7uele8  +e início! $ro$Be Porfírio tr:s definiçBes de ACCI+)N*) e u"a di#isão8  A $ri"eira definição 6 o 7ue A+)0* )* A<)0* se" corru$ção do sueito ad#6" ou se afasta58  A segunda 6> accidente 6 o 7ue $ode igual"ente IN)00) )* NON IN)00) ser'e" e não'ser'e"58 *erceira> accidente 6 o 7ue não 6 g:nero! ne" es$6cie! ne" diferença! ne"  $ró$rio! "as 7ue! contudo! está no sueito8  A di#isão 6> algu" accidente 6 se$ará#el! co"o dor"ir! an dar? outro inse$ará#el! co"o a negrura no cor#o! 7ue $ode! contudo! ser se$arado $ela "ente! se" 7ue se d: sua destruição8

H5 )ssa definição não 6 $ura"ente negati#a! co"o o $retende" )lias! +a#id  e *ricot! $or7ue ela 6 si"ultanea"ente negati#a e $ositi#a! o 7ue 6 aliás u"a das "el%ores características da boa definição! segundo os grandes dial6cticos dos s6cs8  YI e YII! onde $ri"ara" os esuítas8 Assi" 8 a definição de unidade 6 $ositi#a e negati#a si"ultanea"ente! $or7ue 6 o indiviso in se não di#isí#el e" si5 et diviso a. alio ! "as distinto dos outros8 O accidente não 6 nen%u" dos outros 7uatro  $redicá#eis! $or7ue 6 o 7ue 6> algo subsistente e" outro! in alio ! no sueito! se"  ser! contudo! nen%u" dos 7uatro outros $redicá#eis8

S0<"ESE #O CO
32 O accidente pode ser separ.vel do sujeito 8 como sentar:se, ca&in-arH ou insepar7,e%, como &asc%ino e fe&inino Os accidentes so separ.veis da 6Tididade ou da ra?o espec(ficaH ou seja, 6uando tomados em astracto Duando o accidente  insepar.vel, no do sujeito, mas da ess5ncia,  ele propriedade &próprio), como j. vimos

 Neste ca$ítulo! Porfírio e&a"ina longa"ente os cinco $redicá#eis e co"$ara entre  si o 7ue neles con#6"! e" relação uns aos outros! o 7ue aliás fa; clara"ente no te&to8

"m torno dessa matria, a especula9o alcan9ou os seuintes postuladosB E) o accidente  alo 6ue acontece ao sujeito pass(vel de corrup9o N o accidente predica&enta% * propriedade  um accidente necess7rio da espécie e do gênero, e  predic.vel &6uando  próprio) por isso mesmo 'eundo *ristóteles, caracteri?a o accidente o inesse na s'stncia, e divide7o em nove 5neros O accidente predica&enta%  predica7se do sujeito, no da sua ess5ncia &o >estar  sentado> predica7se de Pedro no do
S3LA #O CAP J (COPARA>9ES #OS PRE#IC!.EIS)

!*PÍ#-O 1

#OS CARAC"ERES CO3
33 constitui !om efeito E, animal, sendo 5nero, a sust%ncia l
G O 5nero e a espcie t5m por car.cter comum serem atriu(dos a uma multiplicidade de termos, como j. o dissemos !ompreendemos alumas ve?es 6ue se trata da espcie en6uanto espcie, e no da espcie tomada tamm como 5nero4, pois  verdadeiro 6ue o mesmo termo pode ser, ao mesmo tempo, espcie e 5nero

G m outro car.cter comum  6ue o 5nero ou a diferen9a, uma ve? destru(do, todos os termos 6ue l
m outro car.cter comum  a sua anterioridade em rela9o aos termos aos 6uais so atriu(dos *demais, cada um deles forma um todo

/* /IF"R"GX* "G#R" O 8ZG"RO " * /IF"R"GX*

E 85nero e espcie diferem em o 5nero conter as espcies, en6uanto as espcies esto contidas no 5nero, e no o cont5mH pois o 5nero tem mais e+tenso 6ue a espcie *demais,  mister 6ue os 5neros sejam colocados anteriormente, e 6ue, informados pelas diferen9as espec(ficas, completem a constitui9o das espciesH e da( provm, ainda, 6ue os 5neros sejam anteriores por  nature?a 'eu desaparecimento acarreta o da espcie, no inversamenteB sendo dada a espcie, de HG 6ual6uer maneira, o 5nero e+iste tamm, mas se  o 5nero 6ue  dado 8 a espcie no e+iste necessariamente " os 5neros so atriu(dos por  sinon(mia s espcies, 6ue l
m car.cter próprio ao 5nero  o de ser atriu(do a um maior nKmero de termos do 6ue a diferen9a, a espcie, o próprio, e o accidenteH E animal  atriu(do ao
/* /IF"R"GX* "G#R" O 8ZG"RO " * "'PN!I"

HG Outra distin9oB o 5nero contm a diferen9a em pot5ncia 3H animal, com efeito, U compreende o racional e o no racional *demais, os 5neros so anteriores s diferen9as 8 6ue l
m car.cter comum ao 5nero e ao próprio  de serem loicamente J  posteriores s espciesB do mesma modo, se <.
/O' !*R*!#"R"' !OMG' *O 8ZG"RO " V "'PN!I"

/* /IF"R"GX* "G#R" O 8ZG"RO " O PRJPRIO

Finalmente, nem a espcie poderia tornar7se 5nero mais eral, nem o 5nero, espcie especial(ssima /O' !*R*!#"R"' !OMG' *O 8ZG"RO " *O PRJPRIO

34 'ua diferen9a consiste em 6ue o 5nero  anterior, e o próprio, posterior N mister, de in(cio, 6ue o animal seja dado, e  só depois 6ue  dividido por suas diferen9as e suas propriedades *lm disso, o 5nero  atriu(do a G  diversas espcies, en6uanto o próprio o  a uma só espcie da 6ual  próprio *demais, o próprio sustitui na atriui9o o de 6ue  próprio, en6uanto o 5nero no se reciproca nuncaH se <. animal, no <. for9osamente
*caa7se de e+por 6uais so as diferen9as E entre o 5nero e os 6uatro outros termos, mas nota7se 6ue cada um desses outros termos tamm difere dos outros 6uatro, de maneira 6ue, como <. cinco termos, e cada um deles difere dos 6uatro outros, dever7se7ia oter 6uatro ve?es cinco, ou seja vinte diferen9as ao todo Go ,  porm, assimH como os termos suse 6Tentes entram sempre em lin
3 *demais, a diferen9a  perceida muitas HG ve?es numa pluralidade de espciesB 6uadrKpede aplica7se a muitas espcies, 6ue diferem especificamente, en6uanto a espcie aplica7se somente aos indiv(duos colocados so a espcie *lm disso, a diferen9a  anterior  espcie, 6ue ela constitui, o racional, uma ve? ani6uilado, o
/O' !*R*!#"R"' PRJPRIO' V /IF"R"GX* " *O *!!I/"G#" HG "les diferem em 6ue a diferen9a contm e no  contidaB o racional contm
/* /IF"R"GX* "G#R" * "'PN!I" " O PRJPRIO * espcie difere do próprio em poder ser 5nero de outros termos, en6uanto  imposs(vel 6ue o  próprio seja o próprio doutros termos * espcie ainda est. reali?ada antes do próprio, e o próprio sorevm após  espcieB  mister 6ue
31 e outras defini9Aes an.loasH o  próprio, ao contr.rio, define7se por estar presente a uma só espcie, sempre, e a toda espcie /O' !*R*!#"R"' !OMG' V "'PN!I" " *O *!!I/"G#" E m car.cter comum  espcie e ao accidente  o de serem atriu(dos a uma  pluralidade de termos Os outros caracteres comuns so raros, por6ue o accidente e o sujeito do 6ual  accidente esto a maior distGncia poss(vel um do outro /* /IF"R"GX* "G#R" * "'PN!I" " O *!!I/"G#" !ada um destes termos tem seus caracteres próprios * espcie  atriu(da essencialmente s coisas das 7uais  espcie, en6uanto G 6ue, para o accidente, a atriui9o se fa? na 6ualidade ou na maneira de ser *demais, cada sust%ncia só participa de uma só espcie, en6uanto participa de muitos accidentes, 6uer separados, 6uer inseparados *lm disso, as espcies so conceidas anteriormente aos accidentes, mesmo 6uando so separ.veis &pois  mister de in(cio 6ue o sujeito e+ista, para 6ue 6ual6uer accidente l
E Próprio e accidente diferem em 6ue o primeiro est. presente apenas numa só espcie, como a faculdade de rir no
A diferença! $ortanto8

H5 I"$Be'se 7ue tais accidentes $ertença" a seres inclusos no "es"o g:nero8 A""8 ! HH58 5

Não cont6" in#ersa"ente8

M5

 Por7ue seria ela! então! anterior a si "es"a! o 7ue seria absurdo8

E5  5pecies non continet 3enus ut partem su.jectivam sed ut partem essentialis  Pacius! Ar8 Org8 HM! cit! $or *ricot58 9 o 7ue de"onstra"os nos co"entários anteriores! segundo a boa doutrina anterior"ente e&$osta $elos escolásticos! cua distinção á fora clara"ente delineada e $recisada8 O g:nero cont6" as es$6cies e" $ot:ncia8 5 &enus supra sin3ulas species addit alias species8 7uas continet actu; e4   3r)8 animal ultra hominem dicit in potentia e7uum8 avem8 etc)O homo ultra animal  includit acti differentiam rationalis 0Xl#ester (aurus! HG5 ' O g:nero! al6" das es$6cies singulares! acrescenta outras es$6cies! as 7uais cont6" e" $ot:ncia? a es$6cie! al6" do g:nero! acrescenta as diferenças! as 7uais cont6" e" acto> $or e&e"$lo! ani"al! al6" de %o"e"! di; e" $ot:ncia ca#alo! a#e! etc8? %o"e"! al6" de ani"al! inclui e" acto a diferença racional8 Q5  5icut animal univoce dicitur de homine et leone8 sic risi.ile univoce dicitur de 5ocrate et Platone  0Xl#8 (aurus! H! cit $or *ricot58 +o "es"o "odo co"o animal se di; uni#oca"ente de %o"e" e leão! risvel  se di; uni#oca"ente de 0ócrates e Platão8