OBÌ Marcos Arino
(coletanea de textos publicados no blog
Olodumare e Orunmila )
Os mitos de Obì
Os mitos a seguir são originários da tradição Lukumi Cubana, são patakis. São estórias bastante representativas e que seguem a filosofia de os mitos traerem liç!es de "ti#a e moral que devem ser entendidos e seguidos pelos adeptos da religião.
Cabe observar que os Lukumi não usam o Obi, a nó que #on$e#emos, eles usam pedaços de #o#o e por isso e%iste em $istórias a equival&n#ia entre Obi e o #o#o. 'sso " uma limitação #ubana, eles pre#isam se (ustifi#ar. )%iste um pataki espe#*fi#o sobre a arvore de #o#o que eu omiti porque " espe#*fi#o dessa opção pelo uso do #o#o, ou falta opção em usar o Obi. +ntes de entrar no Orá#ulo do Obi " ne#essário a gente se #ituar na sua origem ou na forma #omo ele " visto atrav"s de mitos.
e todas as #riaç!es mortais de Obatalá obi era o mais puro. -as#ido #om todas as b&nçãos do #"u, sua vida foi de #aridade e da servidão. Cer#ado pela pobrea, ele iria renun#iar sua riquea para apoiar os ne#essitados. /endigos e vagabundos eram seus amigos. -o meio do desespero, era
dele a vo que poderia a#almar.
+s palavras de Obi foram e%emplares e nun#a proferidas em vão. 0al era a belea dentro do $omem que isso moldou o seu #orpo e sua imagem. Sua pele mortal era polida, suave #omo 1ni%, seus ol$os, es#uros #omo pis#inas de tinta, refletidas em torno dele.
+ pele de nen$uma mul$er era mais suave, nen$uma forma mas#ulina era mais mas#ulina. O #orpo de Obi #orpo era sólido, mesmo quando ele #amin$ou a sua fle%ibilidade era sensual e r*tmi#a, #omo m2si#a. 0ão desprovido de vaidade e do mal foi Obi que Olodumare favore#eu3o, #on#edendo3l$e a vida eterna #omo um Ori%á. + belea que estava dentro de Obi bril$ou mais. Obi bril$ava #om a bran#ura e a purea. 0odos os Ori%ás #on#ordaram que não $avia ningu"m mais radiante, mais bonito do que ele.
Outros que nas#eram após a #riação dos seres $umanos sabiam de Obi #omo uma no, uma fruta que (á foi um bril$ante, bran#o bril$ante. Sua pele era lisa #omo mármore, ainda irides#entes #omo a neve virgem, sempre, suas vestes eram ima#uladamente limpos e passados, refletindo a lu ofus#ante do sol e da lua. +penas as roupas de Obatalá foram mantidos mais limpas. 4uando Obi #amin$ava durante o dia ele #egava a visão dos outros sobre ele, e todos os Ori%ás fi#avam admirados da sua magnifi#&n#ia.
)mbora elevado por sua $umildade e rever&n#ia, o ego de Obi #res#eu lentamente ao longo dos s"#ulos, at" que ele a#reditava que não $avia ningu"m mais abençoado, mais importante do que ele. 5Se a belea " um dom de Olodumare5, ponderou Obi 5, então eu sou o mais talentoso. Certamente " por #ausa das boas obras que eu fi na terra. -ão $á ningu"m mais mere#edor do que eu de belea e eloqu&n#ia.5
)%u, que #on$e#e todas as #oisas, sabia que a es#uridão estava #res#endo #omo um #6n#er no #oração do Obi. /uitas vees, ele advertiu Obatalá, mas quando ol$ou para Obi, Obatala viu apenas a perfeição em sua #riação. )%u foi para Olodumare, mas, ainda estava Olodumare #ego pela magia que ele te#era quando Obi foi elevado ao status de um ori%á. Seu a%" trou%e a lu interior ao $omem, sua belea foi realçada pela bran#ura da #riação, e at" mesmo eus na terra não podia ver
al"m disso. Como muitos, Olodumare #onfundiu belea f*si#a #om a purea espiritual. ) que purea tin$a sido #ontaminada.
)ventualmente, a#onte#eu que Olodumare fe uma festa para todos os Ori%ás em seu próprio palá#io. Obi passou muitas semanas se preparando para a festa, ordenando roupas novas a serem feitas no mel$or pano bran#o #om rendas bran#as #intilantes e #etins. +penas a mais puro algodão foram usados, e eles foram #osturados por aqueles #om as mãos limpas. 4uando terminada, a roupa bran#a #ontrastava profundamente #om sua pele es#ura. O poder de sua aura ampliada a bran#ura, e (untos eles bril$avam e #intilavam assim pare#ia Obi era a fonte de toda a lu, que tudo era apenas um refle%o dele. )le fi#ou satisfeito.
O dia da festa #$egou, e Obi foi, #erto de que não $avia Ori%á mais bem vestido ou mais magn*fi#o do que ele.
C$egando #edo, Obi assistiu a uma dist6n#ia, #omo os outros Ori%ás vieram7 8eman(a em seu vestido de espuma e #on#$as, pingando #om p"rolas e pedras pre#iosas do mar9 O%um em seu mais lindo #etin amarelos, e :ang1 em sua flame(ante #alças vermel$as e #amisa bran#a.
)mbora todos $aviam se preparado muitos dias para a festa, a roupa de ningu"m podia se #omparar ao que Obi usava. ;are#ia que ele tin$a reunido tudo o que foi puro e bran#o do mundo, te#endo3o em uma tapeçaria que bril$ava e #intilava no bril$o próprio da lua pálida. Obi viu que um grupo de maltrapil$os mendigos su(os se reunira na entrada do palá#io para pedir esmolas dos poderosos. Suas roupas estavam su(as, endure#idas #om fol$as se#as e lama9 os trapos que usavam eram impróprias at" mesmo para um animal, e Obi se enri(e#eu quando se apro%imava deles. <á se foram os seus dias mortais quando trabal$ava desinteressadamente para os outros, agora ele era um ori%á, e mere#edor de respeito= Os vagabundos imploravam por din$eiro e Obi fingia que era surdo. >m estendeu a mão para to#á3lo, dei%ando uma pequena man#$a em seus bran#os e Obi fi#ou enfure#ido. 5ei%e3me soin$o5, disse ele, fervendo, #om os dentes #errados. 5?o#& não perten#e ao palá#io de Olodumare9 vo#& perten#e na floresta #om os animais=5 0al era a sua raiva que a roupa mági#a que ele usava queimava sobre sua figura selvagemente, #$i#oteando no ar quando ele sa#udia os pun$os em f2ria. +tordoados, os vagabundos não podia faer nada, mas se en#ol$eram ante a e%plosão do ori%á, e
#om medo eles #orreram.
0ão alto tin$a Obi rugido estas palavras que Olodurame #amin$ou #om #autela para a porta da frente para investigar o tumulto.
)le assistiu tristemente #omo o ori%á, uma ve $umilde, mandou embora os pobres que $aviam se reunido em frente ao palá#io. 4uando o ultimo vagabundo $avia desapare#ido de vista, Olodumare ol$ou para o fil$o #om piedade. Lembrou3se das advert&n#ias de )%u, que o seu elevado mortal $avia se tornado raso e grave e suas palavras foram apenas7 5?en$a para dentro.
Obi passou o dia seguinte analisando os a#onte#imentos. )le de#idiu plane(ar uma festa mais e%travagante do que Olodumare, uma que ele iria mostrar ser a mais gra#iosa de todas as #rianças de Olodumare. )le es#ol$eu a dedo a lista de #onvidados, #onvidando somente os esp*ritos mais importantes, in#luindo Olodumare, o pai de todos eles. >m aviso tamb"m foi enviado mendigos e vagabundos eram proibidos em sua porta.
Semanas de preparação se seguiram #om Obi dirigindo seus servos para faer sua mansão a mais limpa, mais bran#a e mais elegante de todas as $abitaç!es. )le forçou sua alfaiates e #ostureiras para te#erem os te#idos da mais bran#a lã e algodão, a#res#entando o sua própria a%" para as roupas #riadas.
-a noite da festa, apesar de sua preparação, apenas alguns daqueles que Obi $avia #onvidado apare#eram. ?ieram de #uriosidade, em ve de sin#eridade, os #onvidados tro#aram ol$ares furtivos e sussurros. Obi fi#ou furioso, porque al"m de Olodumare não $avia ningu"m mais grandioso do que ele. Como se atrevem os outros de não apare#em= Como se atrevem os presentes e%ibirem sua ingratidão sussurrando, questionando seus motivos. +s $oras se arrastaram, a raiva se transformou em furia e Obi se tornou o mais displi#ente dos anfitri!es. /ais tarde naquela noite, #omo os Ori%ás estavam #omeçando a sair, $ouve uma batida #alma na porta. Obi ainda estava esperando por #$egadas tardias e ele #orreu para atender.
@aiva, em seguida, virou3se para a f2ria, pois era apenas um mendigo esfarrapado. Seu #abelo estava embaraçado e suas roupas rasgadas e su(as, #omo Obi ol$ou #om $orror, ele estendeu as mãos para pedir esmolas. O ori%á só podia tremer quando ele viu as passagem branqueadas do seu palá#io #om terra e lama dos p"s do vagabundo. + f2ria e%plodiu.
5Como vo#& ousa, vo#& $omem, su(o e imundo5, Obi trove(ou. 5Como vo#& se atreve a vir a min$a #asa traendo su(eira, vestida de trapos e fedendo #omo um animal su(o= +faste3se de mim e dei%e esta #asa. )u nun#a gostaria de v&3lo novamente.5 Aatendo a porta na #ara do mendigo, Obi virou3se para ver todos os Ori%ás reunidos atrás dele, suas e%press!es em bran#o na des#rença. +lguns deles tremiam de medo ou raiva Obi não podia #ontar, nem se importava. 5?o#& enlouque#euB5 perguntou )%u, o primeiro a se re#uperar. 5Como vo#& pode #$amar o nosso pai um animal imundoB5 +ntes de Obi poder se a#almar3se e perguntar a )%u, veio outra batida na porta. +brindo3a, Obi foi novamente enfure#ido #om o vel$o estava diante dele. 4uando ele abriu a bo#a para gritar, a figura #omeçou a mudar e derreter at" o mendigo não estava mais, e Obi podia ver o que os outros Ori%ás viram Olodumare ele mesmo. Obi tin$a desa#atado o verdadeiro sen$or do universo.
O poderoso mostrou todo o bril$o e bondade. + sala foi invadida por uma lu bran#a que #obriu as paredes de marfim da mansão de Obi, todos fi#aram #egos no seu esplendor. Os Ori%ás se #olo#aram no #$ão antes do poderoso mostrar o seu a%", enquanto Obi só podia tremer e tremer quando ele #aia de (oel$os a implorar perdão. -o entanto, nen$uma palavra veio, pois sua l*ngua soltou e #aiu de sua bo#a. Obi foi definitivamente silen#iado. + raiva derreteu em medo, e o medo se tornou desespero quando Obi viu sua l*ngua mentirosa in2til no #$ão. )le foi $umil$ado por um poder maior do que ele próprio. +(oel$ado aos p"s de seu pai. Olodumare, vendo a mesma $umildade que Obi possu*a ainda $umano, sentiu pena do ori%á. )le disse7 5/eu fil$o, uma ve vo#& era puro de #oração, mas ao longo do tempo suas maneiras para #om os outros tornou3se mal. )m algum lugar, de alguma forma, vo#& perdeu as virtudes da $umildade e da #aridade para os meus fil$os na terra. /as eu ainda en#ontro isso em meu #oração .para te perdoar. ;or seus #rimes, sue próprio +%" removeu o seu poder da fala, e #om a bo#a que vo#& nun#a vai proferir uma palavra9. ainda vou l$e dar de volta o seu dis#urso de uma maneira diferente Se vo#& quiser se #omuni#ar #om outro , vo#& deve primeiro atira3se para o #$ão #omo em respeito para mim, e assim vo#& será #on$e#ido pelos outros.
5) desde que vo#& se tornou bril$ante e bonito por fora, mas dentro se tornou es#uro e duro, um $ipó#rita, a sua apar&n#ia para a eternidade deve ser mudada, e esta " a min$a punição para vo#&. + grossa #rosta irá mas#arar a sua belea f*si#a #omo a que e%iste dentro de vo#& agora, mas es#ondido dentro será o bril$o.
)sta pele será es#ondida e o bril$o visto apenas quando for #$amados a servir o outro, no serviço vo#& vai en#ontrar a sua salvação. Como vo#& se tornou de duas fa#es, bom para o ori%á e ruim para os pobres, assim será vo#& tem duas fa#es. >m irá mostrar a sua belea em um bril$o, que foi um presente de mim que nun#a se deve remover, e um vai mostrar a sua $ipo#risia atrav"s da es#uridão, trou%e um mal em si mesmo. este dia em diante, não importa o quão su(o ou vil quem pergunta que vo#&, vo#& " obrigado, Obi, sempre falar a verdade a seus p"s em $umildade. ?o#& estará sempre dispon*vel para servir os outros Ori%ás, para nun#a dei%ar de dar esmolas aos meus fil$os sobre a terra, os pobres e deformados. 5
+ssim, Obi foi obrigado a uma vida de servidão e de verdade para sempre. Obi tin$a sido $umano, um $omem puro, modesto, #u(a belea interior Olodumare de tão impressionado fi#ou que ele foi feito um ori%á, imortal. Aelea interior foi traida por b&nçãos. -o entanto, o orgul$o e a vaidade #res#eram nos primeiros s"#ulos, at" que, por suas próprias aç!es, Obi #aiu em desgraça. -ão mais vive ele em um opulento palá#io, situado al"m do reino mortal. Sua nova #asa foi uma árvore de altura modesta, bem enraiada na terra. -ão era mais vestido em pano bran#o #intilante. Sua forma estava verde e dura. Sua belea, um dom dotado para #ombinar a sua purea, foi es#ondido por esta #as#a, e novamente mas#arados por uma pele grossa, áspera nas#ido de seu mal. ?o musi#al de Obi foi silen#iada atrav"s dos tempos7 ningu"m se ouvi3lo falar, ou #antar, ou mesmo suspirar. ;ara se #omuni#ar, o Obi foi amaldiçoado a se (ogar no #$ão
epois de sua queda da graça, nova forma Obi veio sob a posse de Obatalá, porque não só ele " o guardião das #oisas deformadas, mas ele tamb"m " o proprietário de toda a bran#ura. Olodumare tin$a de#retado que Obi iria trabal$ar e falar em nome de todos os Ori%ás, Obatalá foi #onfrontado #om a distribuição deste presente para todos eles. Os esp*ritos foram #$amados debai%o de uma das árvores de Obi, e lá o rei das roupas bran#as estabele#eu uma nó quebrada em quatro pedaços e disse7 5Com isso, o orá#ulo de Obi, #ada um de vo#&s vai falar #om nossos fil$os na terra. Saibam que Obi nun#a pode mentir, nem para vo#&s e nem por vo#&s. Obi só falará a verdade 5
Aiague7 o -as#imento de adivin$ação #om o Obi
Obi tin$a #a*do, o outrora bril$ante imortal agora envolto em uma #as#a es#ura e infle%*vel. +maldiçoado por sua arrog6n#ia e pe#ados #ontra Olodumare e a $umanidade, ele foi forçado a servir e para sempre permane#er em sil&n#io.
;ela sabedoria Olodumare, era um sistema #on#ebido, uma s"rie de padr!es bási#os que poderiam ser usados por aqueles que #on$e#iam os segredos do orá#ulo. ;rimeiro, aos Ori%ás Obatalá ensinou as letras do Obi. >ma ve que tin$am esse #on$e#imento, ele foi #onfrontado #om um desafio maior7 ensinar os seres $umanos #omo divino #om o orá#ulo, uma tarefa que ele não sabia #omo preen#$er. + terra era #$eia de vida, e as fileiras daqueles que adoravam os Ori%ás #res#ia diariamente. Davia muitos que poderiam se benefi#iar do #on$e#imento, mas $avia demasiados para ele ensinar.
)nquanto o esp*rito ponderou estas #oisas, em uma #idade #$amada ile 'lu, um (ovem #$amado Aiague foi #oroado um sa#erdote de Obatalá. )le era um $omem simples que se deli#iava #om praeres modestoa e a sua feitura foi o momento mais profundo de sua vida. +queles na #erimonia disseram ao iEaF1 que os mist"rios do odu não eram dele, ele nun#a teria o a%" do orá#ulo #om as #on#$as.
'mpedido de adivin$ação, o iEaF1 lamentou que sua ini#iação nun#a benefi#iaria ningu"m, mas a si mesmo. )le não teria #amin$o para o orá#ulo para agradar ou mar#ar um ebó para os Ori%ás, ele não poderia a(udar ninguem a al#ançar o seu destino. -oturnamente este sa#erdote ia rear para seus esp*ritos, 5Se eu pudesse ter o orá#ulo se eu pudesse a(udar os outros. -ada mais importaria.5
Obatalá foi to#ado por gritos do seu iEaF1 e quando o ano do afastamento $avia terminado, o ori%á veio a Aiague e l$e ensinou os segredos do Obi. ;a#ientemente foram os sinais revelados e então os padr!es mais sutis dentro desses sinais. Obatala ensinou a Aiague #omo orar, #omo agrade#er e #omo agradar. )ste foi um orá#ulo novo e porque nen$um outro mortal sobre a terra tin$a seus segredos o (ovem sa#erdote logo en#ontrou fama e fortuna #om suas $abilidades.
0endo riquea, Aiague de#idiu se #asar e #onstituir fam*lia. )le es#ol$eu sua esposa e logo os dois tiveram um fil$o que #$amaram +diatoto. >ma ve que ele foi desmamado, o #asal pro#urou ter outro fil$o, mas a esposa Aiague morreu em trabal$o de parto e o beb& #om ela. +mor do sa#erdote para ela era tão profundo que ele nun#a se #asou, mas seu dese(o de uma grande fam*lia foi tão forte que #omeçou a adotar órfãos.
Cada um destes amava muito o adivin$o, pois ele tin$a os salvou vidas de pobrea e desespero. O tempo nas ruas tin$am feito os seus #oraç!es duros, no entanto, ao mesmo tempo que gostavam de Aiague, eles detestavam +diatoto, seu fil$o natural. 4uando ningu"m estava por perto para ouvi3 los, eles foram #ru"is #om o menino e ombavam dele, diendo7 5)stá quase #omo nós, sem mãe. Somos todos iguais=5 ;ara estas #oisas o vel$o adivin$o era #ego, seu #oração nun#a se #urara a partir da morte de sua esposa, e seu trabal$o o manteve o#upado.
Com o tempo, Obi disse a Aiague disse que sua vida estava #$egando ao fim. -ão querer segredos do orá#ulo de morrer #om ele, Aiague es#ol$eu dar a seu 2ni#o fil$o verdadeiro, +diatoto, o #on$e#imento de seu orá#ulo. )ste foi seu bem mais pre#ioso, e o segredo que o fe ri#o.
;or muitas semanas Aiague sentou pa#ientemente #om seu fil$o, lembrando #omo ele fe o tempo em que Obi e Obatalá tin$am primeiro ensinado os padr!es do segredo do orá#ulo. Lentamente, laboriosamente, o pai revelou esses padr!es, por sua ve, mostrando a +diatoto #omo o esp*rito $umilde de Obi sempre falava a verdade aos p"s de todos os que o questionavam. )sta #onversa entre o $umano e o Ori%á se baseia em #in#o padr!es espe#iais e dentro destas letras e%istem padr!es mais sutis que o menino lutou para dominar antes que ele pudesse aprender a lançar o orá#ulo por #onta própria.
Daviam oraç!es para aprender, ;atakis para dominar, e os nomes de louvor para a #$amada. 'sso e muito mais o fil$o de Aiague aprendeu, pois ele era dotado de bril$o. Como as aulas se apro%imavam do fim, Aiague per#ebeu que Obi tin$a tomado bem ao seu fil$o. O menino $avia adquirido o a%" para adivin$ar todas as #oisas no #"u e na terra.
5?o#& " abençoado por Olodumare e todos os Ori%ás9 Obi en#ontrou favor #om vo#&5, disse o pai #om orgul$o. 5/anten$a o querido presente para seu #oração, e sempre respeite o Obi ori%á. G
um presente que eu dou para vo#& e só vo#&, meu fil$o.5 -ão muito tempo depois disso, Aiague morreu de doença s2bita e os irmãos adotados de +diatoto fi#aram #om inve(a do dom divino que seu pai tin$a dado ao menino, roubou todos os seus bens terrenos, porque ele estava na posse do divino. 5-ós o impedimos nesta #asa5, disseram eles. 5O vel$o $omem o amou mais e toda a sua vida foi pre(udi#ada. +gora vo#& " #omo nós, sem mãe e pai. ?á para fora e aprender a #uidar de si mesmo, #omo fiemos durante tantos anos. Se vo#& voltar ou tentar roubar o que " nosso, vamos te matar= 5 Os irmãos adotados #ontinuaram a viver na terra de seu pai enquanto +diatoto foi forçado a vagar. +ssustado, ele dei%ou sua #idade natal, 'le 'lu #ompletamente, e logo assumiu uma e%ist&n#ia n1made, em uma aldeia viin$a.
+diatoto passou muitos anos em situação de pobrea, (untando a vida #om suas $abilidades em adivin$ação. Obi propor#ionou as ne#essidades bási#as da vida e o (ovem foi grato por isso. >sando o ora#ulo vees inumeráveis, ele #res#eu mais forte na sua práti#a e a quantidade de informação que ele foi #apa de re#ol$er, #om apenas quatro pedaços de Obi dei%aram seus #lientes at1nitos. Como ele andava ele soube que o rei da aldeia queria #omprar novas terras em ile 'lu para ter um palá#io maior e ele #obiçou as terras que foram uma ve possu*das pelo pai do +diatoto. O rei enviou seus guardas para en#ontrar os proprietários da terra, e os irmãos ganan#iosos, que ainda viviam na faenda, vieram para a frente para vender a propriedade.
)m sua missão os guardas des#obriram que a terra fora uma ve possu*da por Aiague adivin$o famoso, e que, embora os fil$os adotivos vivesse lá, ningu"m sabia ao #erto se eram os donos dela. Davia rumores de um menino desapare#ido, fil$o de verdade de Aiague, +diatoto, $avia desapare#ido das terras após a morte de seu pai.
+lguns diiam que ele $avia se reunido #om deslealdades, outros a#reditavam que ele saiu por #ausa de um #oração partido. Ouvindo estas #oisas, o rei e%igiu a prova da de#laração dos irmãos para o espólio do adivin$o, mas eles admitiram que não tin$am nen$uma. e uma aldeia viin$a, +diatoto tin$a ouvido falar de um de seus próprios #lientes, sobre os dese(os do rei e de#idiu ir ao palá#io para pleitear seu #aso para a terra de seu pai. Huardas, re#on$e#endo o nome, a#ompan$aram no diante do rei. O monar#a ainda estava e%igindo prova de propriedade dos irmãos adotados de +diatoto.
Dumildemente, o (ovem adivin$o veio diante dele7 5Sua ma(estade5, ele disse7 5)u não ten$o
nen$uma prova, mas eu sou o $erdeiro legal do meu pai, meus irmãos adotados roubaram tudo de mim e me dei%aram na pobrea. +pesar de eu não ter do#umentos legais, e%iste uma maneira que possamos determinar o verdadeiro dono da propriedade " Aiague.
5) o que poderia ser issoB5 o rei perguntou. Os irmãos tornaram3se nervoso, resmungando entre si quando +diatoto e%pli#ou a profissão do pai e os segredos que ele tin$a dei%ado. 5-ingu"m, senão meu pai sabia #omo usar este orá#ulo5, disse o (ovem, 5e de todos os que adoram e adoram os Ori%ás, ele ensinou os seus segredos só para mim.5 + prova que +diatoto ofere#eu foi o teste do orá#ulo. )le permitiria que o rei a faer qualquer pergunta um dos Obi, uma pergunta qual só ele saberia a resposta. Se o orá#ulo passasse neste teste ele que poderia usá3lo para determinar o verdadeiro proprietário dos perten#es de Aiague. Se o orá#ulo fal$asse e se mostrasse fraudulento, +diatoto iria desistir de seu direito terra e o rei poderia nego#iar #om seus irmãos.
)m testes #om o orá#ulo, o rei fe perguntas, não apenas uma mas várias, e #ada ve que o orá#ulo respondeu não apenas sim ou não, mas nas mãos e%perientes de +diatoto tamb"m revelou muitos segredos do rei não sabia. epois de uma longa lin$a de questionamento, o monar#a poderoso estava satisfeito de sua verdade. 5)la fala bem. ei%e3o de#idir quem " o verdadeiro dono da terra Aiague para que eu possa #omprá3lo5, disse ele. >m por um, +diatoto (ogou o orá#ulo aos p"s de seus irmãos adotados e Obi des#artada #ada um deles. )ntão +diatoto (ogou para si mesmo, e Obi respondeu que ele era o verdadeiro dono. +ssim fieram os irmãos perderam os direitos de toda a propriedade por sua traição, e +diatoto nego#iou uma venda que fe dele um $omem muito ri#o.
'mpressionado #om suas $abilidades #omo um adivin$o, o rei empregou +diatoto #omo seu #onsultor pessoal. ;rosperidade e abund6n#ia foram para todos os dias da sua vida, e todas na #idade o pro#uravam para a(udar em todos os seus problemas.
)m pro%*mo te%to vou #omentar sobre os mitos. I
Mitos de Obì II
Continuando a falar sobre o 'bì, a seguir mais alguns mitos, in#luindo versos de 'fá, de Origem -igeriana. G importante insistir nos mitos porque eles são a forma de transmissão de #on$e#imento desta religião. O mito seguinte " mais um ;ataki, o 2ltimo que #onsidero relevante sobre o Obi. )le " um pou#o #onfuso #omo todo pataki o " Jin#ompleto e mal es#ritoK. + gente tem que usar muito #riatividade para trans#rever. + asso#iação de Obì #om O%" 'ret" Certa ve Olófin, Odudua e runmilá vieram ao mundo para ver #omo andavam as #oisas por aqui. depois de muito andar viram uma #$oça, qual #$egaram para pedir água, to#aram porta e abriu3l$es o morador da aquela #$oça, que não era outro senão O%" Aile ao qual pediram água. O $omem trou%e3l$es a água em uma #abaça e o ultimo em tomar foi Olófin, mas por meio de seus poderes, quando devolveu a #abaça esta estava #$eia de água outra ve. )ntão, Olófin disse3l$e, vo#& quer que l$e #on#eda um poderB /as, nesse momento runmilá disse7 só que para ter este poder, vo#& tem que se asso#iar a outra pessoa. )ntão Olófin perguntou3l$e7 qual " teu dese(oB O%" Aile respondeu7 eu quero ter o poder de me #omuni#ar #om vo#& e o que eu peça a vo#& se(a atendido. Con#edido este dese(o os tr&s #amin$antes prosseguiram o seu #amin$o. Seguiram #amin$ando e en#ontraram3se #om Obì e Olófin pergunto3l$e7 O queque o#orre #om vo#&B Obì disse que, ningu"m se preo#upa #omigo, eu quero ser 2til= )ntão runmilá l$e disse7 mas alguma #oisa l$e faltará. Olófin l$e disse para saudar )%u JMṣ NK e eles se foram.
;ou#o tempo depois eles voltaram a terra para ver #omo seguiam as #oisas. oram #$oça ver se O%" Aile, o $omem, seguiam sem faer nada. Seguiram #amin$ando e foram ver Obì, o qual seguia orgul$oso mas triste e sem faer nada.
;assou o tempo e Obì de#idiu ir ver a runmilá o qual l$e disse7 Olófin deu3me um poder, mas não o ve(o.
)ntão runmilá voltou a dier, " que l$e falta algo.
) Obì l$e respondeu7 #omo vo#& pode saber mais que OlófinB ) se afastou aborre#ido.
;assado algum tempo Obì voltou onde estava runmilá outra ve e l$e disse7 runmilá, Olófin enganou3me, pois sigo igual que antes, runmilá l$e respondeu7 Olófin não te enganou, " que em realidade te falta algo.
Obì disse7 O que " o que me faltaB
runmilá l$e respondeu por aqui pre#isamente devias ter #omeçado, vai por esse #amin$o e ao final en#ontrará uma #$oça, to#a a porta e se une ao dono para que possa #$egar a este mundo o que Olófin o #on#edeu.
Obì partiu para a #$oça, to#ou a porta e perguntaram, quem "B Obì respondeu, sou eu, Obì.
)ntre Jl$e respondeu o moradorK. quando entrou O%" Aile l$e perguntou7 O que " que o sen$or dese(a B
Obì l$e respondeu, runmilá mando3me aqui para que eu me asso#iasse #om vo#& e ven$o bus#á3lo. )stão nos esperando na terra de 'fá para que vo#& vá #omigo.
O%" Aile respondeu. eu não posso #amin$ar, mas se vo#& me levar #arregado, eu vou #ontigo.
)ntão Ob* (ogou3o em #ima e partiu. 4uando #$egaram $avia uma grande epidemia, então Obì #omeçou a adivin$ar e no que Obì falava ou e%pli#ava #omo #urar as doenças, O%" Aile falava #om o #"u onde Olófin o es#utava e assim foi #omo o povo se salvou.
)m agrade#imento fieram3l$e uma grande festa a Obì, onde ele #omeu e bebeu sem se o#upar do $omem, O%" Aile, que $avia dei%ado atirado no solo.
epois disso Obì se foi para outra terra onde Ogun governava e mantin$a uma grande guerra #om seus inimigos. quando #$ego ali Ogun l$e perguntou7 eu vou gan$ar a batal$a B
Obì l$e respondeu, pode ir #om #onfiança e sem problemas, que a vitória sera sua. Ogun foi guerra #onfiando na palavra de Obì e perdeu a batal$a, quando regressou a primeira #oisa que fe foi ir bus#ar a Obì e o surrou de tal maneira que quase o destroça.
oi nesse momento que Obì se lembrou de O%" Aile e voltou para ir bus#á3lo. 4uando o en#ontrou l$e disse, perdoe3me o esque#imento mas #omo " que vo#& #aiuB
O%" Aile l$e respondeu7 enquanto vo#& se divertia e se fartava eu estava passando fome.
)ntão Obì voltou a pedir perdão e O%" Aile disse7 vamos faer um pa#to, antes de vo#& falar tem que me #$amar, para que o que vo#& fale a#onteça e assim não se esqueça mais de mim. +ssim Obì l$e respondeu, a#eito, assim sera at" o final do mundo.
?ersos de 'fá sobre Obì
Saindo um pou#o da tradição #ubana e indo para a tradição -igeriana de 'fá, podemos re#orrer aos versos de OdN ao inv"s dos ;atakis. )n#ontramos versos igualmente ri#os e afirmativos sobre a import6n#ia e naturea do uso do Obì.
@etirado de P ̣ṣ"̣ QretM O #a#$orro latiu e latiu O #ão não poderia faer Obì sua #omida Os an#estrais dos #ães não #omem noes de #ola 4ual seria uso do Obì para o #ãoB Pṣ"bì s*l"̣ Seu AabaláFo em Qṣ"bìr2n Consultou 'fá para eles na #idade de Qṣ"bìr2n + #riança " quem usa um grande n2mero de no de #ola #omo oferenda para Ọlófin ̣ 'fá di que " uma questão de #ortar as noes de #ola em pedaços )u tamb"m digo que " uma questão de #ortá3las em muitos pedaços 'fá di que sempre que nós a#ordamos evemos usar Obì para ofere#er aos nossos antepassados O poliglota disse sempre que nós a#ordamos ̣ evemos usar no de #ola #omo sa#rif*#io ao Prun para o inevitável ̣ ;orque quando os pedaços de Obì al#ançam o Prun
4uando os pedaços de Obì tomam o #amin$o eles se tornam um todo 4uando os pedaços de Obì al#ançam o Prun, eles se tornam um só ̣ 'fá foi #onsultado para +b*tul +b*tul o fil$o de +gbonniregun -o dia em que refletiu sobre sua vida )le estava #$orando por #ausa da falta de ter todas as #oisas boas da vida >m sa#rif*#io foi pres#rito #omo a solução, para ele e%e#utar +b*tul ouviu sobre o sa#rif*#io )le ofere#eu #om prestea ;ortanto +b*tul " o fil$o de 'kin 'sso foi quando ele dividiu o Obì que ele se tornou ri#o +b*tul " o fil$o de 'kin
oi quando ele dividiu Obì que ele teve uma esposa para se #asar +b*tul " o fil$o de 'kin oi quando ele dividiu Obì que ele teve um fil$o +b*tul " o fil$o de 'kin oi quando ele dividiu Obì que ele #onstruiu uma #asa +b*tul " o fil$o de 'kin oi quando ele dividiu Obì que ele teve todas as boas #oisas da vida +b*tul " o fil$o de 'kin oi quando ele dividiu Obì que ele não morreu de novo +b*tul " o fil$o de 'kin
O que 'fá di aqui " que tudo aquilo que falta a um $omem ele poderá, atrav"s de uma oferenda diária de um Obì para os seus an#estrais, pedir pela a(uda destes para a(udá3lo a obter e ter uma vida mel$or.
)sse verso mostra #omo " importante a presença e parti#ipação dos an#estrais, egun, na vida e no #ulto religioso dos 8oruba. +qui na diáspora, isso fi#ou abandonado e substitu*do pelos Ori%á JRrìṣK. )m parte esta atitude " (ustifi#ada porque os laços an#estrais foram quebrados no diáspora, as fam*lias e aldeias separadas. ;or outro lado tamb"m " um aspe#to da religião que se perdeu.
@etirado de P ̣ṣ"̣ QretM +deg2n(2 " o AabaláFo de +lárán QtámN(" ̣ " o sa#erdote de Qtmupo ̣ ̣ " a que trou%e Obì para o mundo Pkó
Hbagi " a que en#ontrou Obì no #amin$o 'fá foi #onsultado para #entenas de divindades -o dia em que todos resolveram enviar Obì em uma missão ;ortanto +deg2n(2 saltou e #onfigurou3se em quatro Obì tamb"m saltou para formar um formato de quatro
+lárán saltou e formou ele mesmo em quatro Obì tamb"m saltou e se formou em um formato de quatro /as " somente Obì que irá transmitir a mensagem #orretamente a* a missão que enviaram Obì ei%e Obì #ontá3la bem + mensagem que enviamos atrav"s de Obì
0anto os ;ataki da tradição #ubana #omo os versos de 'fá da tradição -igeriana #ara#teriam muito bem o papel 2ni#o e espe#ial de Obi na transmissão de mensagens das divindades.
O papel de mensageiro da verdade #abe apenas a ele. -ão será uma Cebola ou um #o#o que irá substitu*3lo. +ssim, que perdoem aqueles que a#reditam que pedaços de #o#o, #ebolas ou b2ios #olados em #as#a de #o#o podem substituir um Obì.
;ara a#reditar nisso a gente tem que ignorar essas $istórias e versos e se isso pode ser relativiado qualquer outra #oisa pode.
Somente Obì tem a missão de traer a verdade absoluta. Somente nele " que podemos #onfiar que a verdade esta sendo dita. -o que di respeito ao Candombl" usando a #ebola eu ten$o #ertea disso, porque qualquer pessoa pode manipular ela para obter o que quer.
Outro aspe#to que as pessoas de 'fá devem ter atenção " o v*n#ulo entre Obì e o OdN O%" 'rete JP ̣ṣ"̣ QrMtMK. )le sempre deve ser invo#ado antes do uso do Obì. )%istem outros OdN que tamb"m o ̣ ̣ devem e e%pli#arei mais adiante.
;ara os que estão a#ompan$ando essa s"rie, no pró%imo te%to vou faer uma avaliação de #ada livro sobre o assunto.
Livros sobre Obì
?ou rela#ionar a seguir os livros dispon*veis sobre Obì e a min$a opinião sobre eles7
3 +Fo Obi 3 Obi divination in t$eorE an pra#ti#e 3 Aaba OsundiEa Sem d2vida o mel$or livro sobre Obì. >m trabal$o bem #ompleto, #om linguagem #lara e #onte2do bastante e%tensivo. )%pli#a sobre o uso do Obì e tamb"m sobre o orá#ulo em geral. Obra de refer&n#ia e 2ni#o livro que vale a pena ser #omprado. )%plora todos os aspe#tos de se #onsultar o Obi, em detal$es. )%pli#a isso gradativamente adi#ionando mais detal$es e #omple%idade. )le #olo#a ainda e%pli#aç!es sobre outros aspe#tos ligados #onsulta de 'fá que tem utilidade mais ampla, #omo a interpretação dos estados de 're e 'bi e ebós. )le in#lui a mel$or e%pli#ação sobre o uso do opon que eu #on$eço, muito diferente da #oisa inutil e sem ob(etivo que o )pega fa. O livro " bem editado e impresso. G um livro 2til para quem quer entender tamb"m 'fá. 4uem le o livro não só aprende bem a base da interpretação #omo aprende outras #oisas ligadas a 'fá.
0odos os aspe#tos que uma pessoa pre#isa entender e que estão envolvidos em uma #onsulta #om o Obì ele e%pli#a. -ão " pre#iso perder muito tempo aqui elogiando, o livro " muito bom.
O 2ni#o problema " que esta em 'ngles. T 3 -eF Uorld Obi ivination 3 +Fodele 'faEemi
Livro em formato digital, um ;. ;ode ser adquirido diretamente no s*tio do autor o 'leifa.org. G apenas uma #ópia des#arada do livro do Aaba OsundiEa. )%atamente igual, mas, #omo menos detal$es em alguns pontos. -a maioria dos tre#$os " uma #ópia literal. )u não ve(o problema em se produir material usando outros autores #omo refer&n#ia uma ve que o #on$e#imento da religião " o mesmo, mas, aqui " #ópia mesmo. 0em mais figuras o que fa#ilita a e%pli#ação. -ão adi#iona nada mas " um material bom porque #opia o mel$or livro.
0amb"m em 'ngl&s.
V 3 Obì 3 Ora#le of Cuban Santer*a 3 O#$a ni lele
oi o primeiro livro que li. G um bom livro, bem voltado para a tradição Lukumi. as e%pli#aç!es são um pou#o e%tensa e proli%as o que #ansa J" o (eito do O#$a ni leleK, pare#e mais para en#$er #onteudo, mas, a abordagem " de#ente.
G diferente do livro do Aaba OsundiEa, aqui ele e se limita a e%pli#ar as W posiç!es bási#as e o m"todo de +pere ti que " a asso#iação de resposta #om a formação gráfi#a da #a*da. + forma #omo ele e%pli#a, #omo eu disse, " bem voltado para a interpretação lukumi que " realiada #om a #as#a de #o#o, por isso ele não e%plora Obi #omo Obi, " mais um livro voltado para usar as #as#as de #o#o.
0amb"m em 'ngl&s.
X3 Obi divination 3 +folabi +. )pega
Sem d2vida o pior livro (á feito sobre Obi. >ma enganação. -ão e%pli#a nada, muito fe#$ado #om re#eitas prontas. eito para idiotas. )sse " o tipo de livro que me fa pensar que esses -igerianos a#$am que nós somos todos idiotas.
G um livrin$o fino que não fa falta a ningu"m. +liás esse )pega " #o3autor de outra p"rola do mau gosto que " o livro que fe #om o -eFmark.
0amb"m em 'ngl&s.
W 3 Obi, O Ori%a da boa sorte 3 Orlando <. Santos
Yni#o livro em portugues. Certamente qualquer #oisa que eu es#reva aqui que não se(a um elogio vai me dar um trabal$o danado depois.
O autor tem seu m"rito. e uma produção própria e bem apresentada grafi#amente. +#ompan$a um C #om #atingas e reas. 'sso torna um livro mais #aro.
)le fe um bom trabal$o de organiação e estruturação. @euniu os mitos e #onduiu o assunto de forma adequada. )le tem a #ara#ter*sti#a de ser muito autoral e en#$er o livro #om seus #omentários pessoais sobre situaç!es do dia a dia da religião e at" pessoas Jnão nomeadasK o que nada tem $aver #om ensinar o orá#ulo./as " o (eito dele. 0anto aqu #omo no outro livro sobre Ori, estão #$eios de 5opini!es5. )le se deu ao trabal$o de reunir as reas que #onsidera adequadas e suas traduç!es faendo um bom trabal$o nisso. O livro tamb"m tem fotografias que fa#ilitam o entendimento do te%to.
-a min$a opinião ele se engana em T pontos. O primeiro foi basear o seu livro no do )pega Jnesse mundo nada se #riaK, que " uma refer&n#ia ruim. Se tivesse usado o livro do Aaba OsundiEa #omo base J#omo fe o 'faiEemuK teria feito um trabal$o muito mel$or porque o )pega fe um trabal$o ruim.
+ssim ele não e%plora alguns aspe#tos relevantes do uso do Obì que o )pega não o fa.
O segundo foi ter fo#ado muito em rela#ionar as #a*das #om 'fá, #omo o )pega fa tamb"m, #om igual import6n#ia #omo o )pega fe. Ou se(a, ele segue o que o )pega fe. )%iste de fato a indi#ação de que se pode tirar OdN atrav"s do Obì, mas, Obì não foi feito para ser usado #om OdN. G (ustamente o #ontrário " para ser usado sem invo#ar OdN e por pessoas que não se(am de 'fá, pessoas #omuns mesmo. ;ara mim essa " uma abordagem inadequada. )le dedi#a metade do livro a essa abordagem enquanto deveria ter se #on#entrado no que " #omum e simples e que qualquer pessoa teria a propriedade de faer. -ão entende que se distribua #omo sendo de uso #omum #oisas que faem parte da atribuição do AabalaFo.
Se um babalaFo pre#isar de usar OdN vai usar o seu Opele. -ão vai usar Obì para definir um Odu. >ma pessoa que não se(a de 'fá não tem sentido em interpretar #omo se fosse OdN. O OsundiEa foi muito mais #uidadoso em e%plorar o assunto Obì #om a finalidade de e%pli#ar e in#luiu a questão do OdN sem dar nen$uma enfase a isso e fe um livro ótimo.
;ara quem não sabe ler 'ngl&s sem d2vida esse livro, esse livro " uma opção de #ompra porque " a 2ni#a em portugues, mas eu não usaria ele livro para aprender nada.
onte7 $ttp7ZZblog.orunmila3ifa.#om.brZ
+daptação7 Lui L. /arins H@>;O O@':+S $ttp7ZZgrupoori%as.Fordpress.#om