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O SAMBA INDÍGENA Por Fabio Gomes
Palestra proferida em 15 15 de setembro de 2007 2007 no Seminário Os Sambas Brasileiros: ( Palestra Diversidade, Apropriações Apropriações e Salva!arda , Salva!arda , realizado no Teatro Teatro Dona Canô em Santo Amaro, Baia Baia"" A primeira ve# em $!e e! o!vi %alar de !ma poss&vel relaç'o do samba om os &)dios brasileiros %oi )o omeço omeço de *++, $!a)do o pes$!isador pes$!isador per)amb!a)o per)amb!a)o Ber)ardo Alves e)-ro! em o)-a-o omio. Ele lera me! ar-io Samba )/!S )/!S S"#T$"S , em $!e e! a%irmava $!e )'o era poss&vel $!e o samba -ivesse s!rido )o 0io de 1a)eiro, o)sidera)do $!e E!lides da 2!)3a, em s!a obra l4ssia la)çada em 56+*, o apo)-ava em v4rias passae)s omo se)do a m7sia -&pia dos va$!eiros do ser-'o )ordes-i)o. Ber)ardo me i)%ormo! $!e la)çara em *++* o livro A livro A Pr%&'ist(ria do Samba Samba, )o $!al a%irmava $!e o samba s!ri! e)-re os &)dios do Nordes-e brasileiro, ao $!e -!do i)dia ai)da a)-es do desobrime)-o, desobrime)-o, reebe)do r eebe)do depois impor-a)-es i)%l!8)ias e!rop9ias e a%ria)as. o;e, s'o po!os os povos i)d&e)as $!e ai)da !l-ivam o samba. Os
o?@ de Seripe da)çam o oo sambado em s!as %es-as e em al!mas oasiões espeiais, omo a eleiç'o a)!al do ai$!e. 14 os F!l)i de Per)amb!o ravaram !m 2D o)-e)do sambas de oo e -or9. Ambos os povos, ao lado dos >!?!r!=
s9!lo 5K, o )ome 2ariri ;4 es-4 mais assoiado a !ma rei'o do ser-'o )ordes-i)o = S'o 1o'o do 2ariri, )a Para&ba, 9 %!)dada em 5K* = do $!e propriame)-e a !ma %am&lia i)d&e)a: ;4 es-'o pra-iame)-e e-i)-os os 2ariri do 2ear4, Pia!& e Mara)3'o. A)-es de Ber)ardo Alves, o!-ros a!-ores ;4 3aviam -ra-ado da relaç'o do &)dio om o samba. O primeiro deles %oi o i)-ele-!al seripa)o S&lvio 0omero, em s!a 'ist(ria da *iterat)ra Brasileira, p!bliada )a #e+ista Brasileira (0io de 1a)eiro" em 5KK5. Di#ia 0omero: O samba, es-o! 3o;e o)ve)ido, 9 de oriem i)d&e)a. Fer)'o 2ardim, $!e esreve! em 5LK, assim a ele se re%ere: /azem se)s tro-ados e m)dan.as -om tantos /atimanos e treeitos )e % -oisa rid-)la3 de ordinário n4o se bolem de )m l)/ar, mas estando )edos em roda fazem o mesmo -om o -orpo, m4os e p%s3 n4o se les entende o )e -antam3 mas disseram&me os padres, )e -anta+am em tro+as )antas fa.anas e mortes tinam feito se)s antepassados/ (Narra-iva Epis-olar" larame)-e a oriem dos )ossos ibas e sambas a-!ais em $!e s'o e&mias as pop!lações do i)-erior. N'o os a3o rid&!los, omo s!ps Fer)'o 2ardimJ s'o a m7sia e a da)ça )a i)%)ia, e a i)%)ia 9 i)8)!a e )'o rid&!la. 0omero -amb9m me)io)ava, a prop@si-o do $!e 3amo! o)%li-o das -r8s l&)!as )o Brasil, $!e o idioma dos o)$!is-adores -e)de! a predomi)ar, deia)do=se o)-!do sa-!rar de eleme)-os es-ra)3os, -omados aos o!-ros. 2omo eemplo de versos a)-ados em por-!!8s e -!pi, apo)-o! !m %rame)-o i-ado pelo Dr. 2o!-o de Maal3'es: Te mandei )m passarino,6 Pat)á miri p)p%36 Pintadino de amarelo,6 poran/a ne ia)%66 8amos dar a despedida,6 9and) sarará,6 Como de) o passarino,6 9and) sarará66 Bate) asa, foi&se embora,6 9and) sarará,6 Dei:o) a pena no nino,6 9and) sarará (ei-or illa=Qobos ba-i#o! Ma)d!=Rarar4 !m bailado $!e omps em 56+ baseado em le)das i)d&e)as da Ama#)ia". O es$!ema dos versos, em espeial os das d!as 7l-imas es-ro%es, reprod!# !ma das %ormas po9-ias ara-er&s-ias dos &)dios do Nordes-e: o a)-o por !m solis-a ($!e em eral improvisa os versos" -e)do !m oro respo)de)do !m re%r'o %io. Es-a %orma po9-ia sobrevive )o par-ido=al-o, )o oo e )o samba orrido = !m dos -ipos do samba= de=roda do 0e)avo baia)o, o)de a respos-a do oro a)3o! o )ome de rela-ivo. 14 o -ema dos versos podia variar e)-re as %aça)3as me)io)adas por 2ardim e ass!)-os liados )a-!re#a omo o -re3o i-ado por 2o!-o de Maal3'es e omo veremos )es-a passaem dos Diálo/os das ;randezas do Brasil . O livro, p!bliado de %orma a))ima em 55K, 9 3o;e a-rib!&do a Ambr@sio Fer)a)des Bra)d'oJ os loais i-ados )a obra %iam )os a-!ais -erri-@rios de Per)amb!o e Para&ba. Sobre os os-!mes dos &)dios da rei'o, o)versavam Alvia)o e Bra)d)io )o Di4loo Se-o: A*8
B#A=D?= B#A=D?=a) em Per)amb!o, vi)do a o)l!ir $!e o samba )'o -eria omo oriem as m7sias a)-adas d!ra)-e os !l-os a%ro=brasileiros. 2i-ava ai)da !m es-!do de Ba-is-a 2ae-a)o, $!e ;4 )o s9!lo 56 a%irmava $!e )a l&)!a !pi samba -i)3a o si)i%iado de da)ça em roda. Ba-is-a 2ae-a)o ma)-eve !ma pol8mia em 5KK+, a-rav9s das p4i)as da #e+ista Brasileira, om o es-!dioso de l&)!as a%ria)as A. 1. Maedo Soares. e)do 2ae-a)o a%irmado $!e samba era da)ça para os !pi, %oi o)-es-ado por Soares, $!e a%irmava $!e, )a H%ria, es-a palavra era !sada para de)omi)ar oraç'o, )!)a !ma da)ça. A rior, ambos -i)3am ra#'o. Es-avam o)%ro)-a)do palavras de mesma ra%ia e pro)7)ia, mas e-ra&das de idiomas di%ere)-es. Ber)ardo Alves i)%orma $!e, )a H%ria, samba si)i%ia reza )os idiomas o)!8s e i!)3a)ea, la+ar o -orpo em Moçambi$!e e 9 !m )ome pr@prio em $!ioo. 14 )o -!pi, al9m de ser da)ça em roda e os-ra, samba 9 si))imo de -orda o! -ord4o (pode)do ser empreado i)l!sive em relaç'o a !ma roda de pessoas de m'os dadas" e 9 !m e!%emismo para desi)ar a e)i-4lia %emi)i)a. Em !ara)i, di#=se sambá de alo $!e es-4 amarrado. A palavra
e)-ro! ai)da para o voab!l4rio )ordes-i)o om os se)-idos de festa, -a-a.a e bri/a. No e-erior, Gilber-o Gil loali#o! e)-re os &)dios 1amai?, da 1amaia, a palavra samba -amb9m om o si)i%iado de da)ça de roda. poss&vel $!e o -ermo -e)3a 3eado a-9 l4 a-rav9s dos &)dios brasileiros Ar!a?, $!e aba)do)aram a il3a de Mara;@ ai)da a)-es da 3eada dos por-!!eses, r!ma)do para as A)-il3as b!sa)do esapar dos
+ezes anda )m par de mo.as -antando entre eles, entre as )ais á tamb%m m)i /randes msi-as, e por isso m)i estimadas A %orma po9-ia me)io)ada = versos improvisados por solis-a, se)do o %i)al repe-ido pelo oro = sobrevive )o samba=3!la, !ma das modalidades do samba=de=roda do 0e)avo baia)o, e ;4 %oi o padr'o do samba=e)redo das esolas de samba do 0io de 1a)eiro a)-es de 56K. A par-ir de e)-'o, )'o %oi mais permi-ido $!e as esolas e)-rassem )a ave)ida sem a)-es s!bme-er a le-ra dos sambas 2e)s!ra. A e)-rea a)-eipada da le-ra por esri-o, a pre-e-o de %aili-ar o -rabal3o dos ;!rados o! ai)da a div!laç'o dos e)redos ;!)-o impre)sa, ;4 o)s-ava )o re!lame)-o do des%ile arioa de 56, mas o)vive! por do#e a)os om o modelo de versadores improvisa)do )a ave)ida. Ai)da era poss&vel, por-a)-o, improvisar omo )as a)-ias aldeias )o des%ile de 56*, $!a)do a oriem i)d&e)a do samba %oi prolamada om -odas as le-ras )a Praça O)#e. Nesse a)o, a Por-ela saro!=se biampe' a)-a)do o samba de Alvaiade A ida do Samba: Samba foi )ma festa dos ndios6 =(s o aperfei.oamos mais6 E )ma realidade6 F)ando ele des-e do morro6 Para +i+er na -idade 66 Samba, t) %s m)ito -one-ido6 =o m)ndo inteiro6 Samba, or/)lo dos brasileiros6 oste ao estran/eiro6 " al-an.aste /rande s)-esso6 9)ito nos or/)la o te) pro/resso N'o sei de o)-es-aç'o al!ma a es-a a%irmaç'o -'o lara, )em $!a)do do des%ile, )em $!a)do a omposiç'o %oi ravada em 56L pelo r!po Os 2are-as )o QP 'ist(ria dos Sambas&"nredo 1GH2&1G75. S9rio 2abral, em se! livro As "s-olas de Samba do #io de Ianeiro (566", )em ome)-a o %a-o, ape)as des-aa)do $!e %oi )es-e a)o $!e a esola barro! se! %!)dador: Pa!lo da Por-ela )'o pde des%ilar por$!e, re9m=3eado de S'o Pa!lo om se!s pareiros de 2o);!)-o 2arioa (2ar-ola e ei-or dos Pra#eres", $!is e)-rar )a ave)ida om o !)i%orme pre-o e bra)o do r!po. Is-o, se!)do o dire-or Ma)oel Bambamb', o)-rariava a orie)-aç'o $!e o pr@prio Pa!lo sempre dera: a de $!e por-ele)se s@ podia sair )a esola ves-i)do a#!l e bra)o. A respei-o do e)redo aprese)-ado, 2abral i-a a ma-9ria p!bliada pelo ;or)al A 9an4, e)-'o !m ve&!lo i)orporado ao pa-rim)io da T)i'o pelo over)o di-a-orial do Es-ado Novo: /A ida do Samba/ %oi o -ema do e)redo, de%e)dido om m!i-a opor-!)idade. odos os de-al3es do samba %oram %oali#ados, %i)ali#a)do om a s!a vi-@ria represe)-ada pela s!a aei-aç'o i)-eral em ollCUood. (2o)sidera)do $!e o %ilme de Val- Dis)eC Alô, Ami/os, $!e -or)o! o samba de ArC Barroso A$!arela do Brasil !m s!esso m!)dial, s@ es-reo! em 56, ao %alar em a-eita.4o inte/ral J do samba K em 'ollLMood o ar-i!lis-a d/ A 9an4 s@ podia es-ar se re%eri)do aos -r8s %ilmes ameria)os de $!e 2arme) Mira)da 3avia par-iipado a-9 e)-'o = o $!e represe)-ava mais !ma vi-@ria pessoal dela, 2arme), do $!e propriame)-e do samba." Ape)as a psi@loa %ra)esa Mo)i$!e A!ras es-ra)3o! a liaç'o de &)dio om samba )o e)redo de Alvaiade. No livro ! Brasil do Samba&"nredo (566K", ela a-rib!i o %a-o s reome)dações dos radialis-as a%i)ados om o Es-ado Novo e ai)da i)spiraç'o )a mel3or -radiç'o )a-ivis-a do s9!lo >I>. Paree=me po!o pla!s&vel $!e Alvaiade es-ivesse pe)sa)do )os roma)es de 1os9 de Ale)ar o! )os poemas de Go)çalves Dias ao ompor. A pr@pria Mo)i$!e A!ras apo)-a 56K ()'o por aaso, o maro do %im de
$!al$!er improviso poss&vel )a ave)ida" omo o a)o em $!e se -or)o! obria-@rio o e)redo -er -ema )aio)alis-a, o $!e levava os omposi-ores a b!sar i)spiraç'o )os livros de is-@ria do Brasil. O!-ros a!-ores, al9m dos i-ados Ber)ardo Alves, S&lvio 0omero, S&lvio Salema, Ba-is-a Si$!eira e Alvaiade, ome)-aram $!e )ossos &)dios sambavam, sem por9m os a%irmar om er-e#a omo riadores do samba. Em ! =e/ro Brasileiro (56", 1a$!es 0aim!)do o)%ro)-a os si)i%iados da palavra em -!pi = da)ça = e em o)!8s = oraç'o =, e)-e)de)do $!e, mesmo $!e al!)s a!-ores ale!em $!e d!ra)-e as orações os )eros proediam a da)ças, )'o l3e pareia o bastante para )e se )stifi)e a filia.4o ne/ra3 assim -omo em Pernamb)-o os ne/ros adotaram o termo maraa-! , tomado aos brasilndios, assim poderiam ter adotado o samba3 nen)ma not-ia se/)ra á )e pro+e )e o samba % na-ionalmente afri-ano, nem entre os bant)s, nem entre os /)in%o&s)daneses (Observem a dis-i)ç'o $!e 0aim!)do es-abelee: ele %ala $!e os )eros -eriam ado-ado o termo maraa-! para !ma da)ça s!a, e assim poderiam -er ado-ado o samba, o! se;a, a da)ça, e )'o ape)as o )ome." No livro S)a ":-el@n-ia, o Samba (56", e)ri$!e Q. Alves ()e)3!m pare)-eso om Ber)ardo" i-a o -re3o reprod!#ido aima de 0aim!)do, para a se!ir desar-ar $!al$!er possibilidade de o samba -er oriem i)d&e)a. A oleç'o 'ist(ria do Samba, !m pro;e-o de Eli%as A)drea-o p!bliado pela edi-ora Globo em 566, me)io)a em se! primeiro %as&!lo 3oal3os e maraas ( si-" omo o)-rib!iç'o i)d&e)a ao samba, !;a oriem mais remo-a loali#a )a H%ria. A assi)alar, ape)as o %a-o de as d!as o)-rib!ições serem )a verdade !ma s@, pois o mara4 9 !m 3oal3o... 14 o Di-ionário do ol-lore Brasileiro (566" de Q!&s da 2mara 2as!do me)io)a a prese)ça do samba e)-re os &)dios, embora ape)as a par-ir do s9!lo 5K, e a%irma)do $!e a da)ça -eria 3eado aos aldeame)-os levado pelos esravos a%ria)os %!i-ivos = o $!e me paree po!o prov4vel, -a)-o pela si-!aç'o em $!e !m %!i-ivo se e)o)-ra, $!a)-o pelo ar4-er espor4dio desse -ipo de o)-a-o. roas !l-!rais e)-re povos di%ere)-es, pri)ipalme)-e a)-es da eis-8)ia dos meios de om!)iaç'o de massa, preisavam de !m maior per&odo de o)-a-o e de liberdade, omo o o%ereido pelos $!ilombos. O %ilme F)ilombo, diriido em 56K por 2a4 Die!es (om -ril3a so)ora de Gilber-o Gil" assi)ala a prese)ça de &)dios ;!)-o aos )eros )o $!ilombo de Palmares. Aer-adame)-e: de aordo om o livro Palmares & A ;)erra dos "s-ra+os (56", de D9io Frei-as, es-a o)viv8)ia se de! desde o i)&io. ave)do po!as m!l3eres )o $!ilombo, os primeiros palmari)os b!savam )as era)ias &)dias, )eras, m!la-as e bra)as. 4 )o-&ias de re!)i'o de a%ria)os )a rei'o da serra da Barria ;4 a par-ir de 5L6. Por vol-a de 55*, &)dios aba)do)avam espo)-a)eame)-e aldeame)-os ;es!&-ios para viver em Palmares. Al9m disso, era )as aldeias pr@imas $!e os $!ilombolas se re%!iavam $!a)do aler-ados de !m a-a$!e mili-ar por-!!8s o! 3ola)d8s. Frei-as observa $!e a liberdade eperime)-ada em Palmares %a#ia medrar )ovame)-e a se)sibilidade ar-&s-ia a-ro%iada pelo a-iveiroJ -odo %i)al de ol3ei-a era marado por
!ma sema)a i)-eira de da)ças e %es-as. 2l@vis Mo!ra, em #ebeliNes da Senzala (56L6", i-a -amb9m a prese)ça i)d&e)a )os $!ilombos de Geremoabo, )a Ba3ia (5LL", e 2!mbe, )a Para&ba (riado em 55 por sobrevive)-es da des-r!iç'o de Palmares", e)-re o!-ros. A di%!s'o a-rav9s do Nordes-e do samba, m!i-o a)-es dele vir a ser o)3eido )o 0io de 1a)eiro, 9 omprovada por Ber)ardo Alves a-rav9s da i-aç'o de i)7meros do!me)-os, e)-re livros, peri@dios e par-i-!ras. e;amos al!)s deles. O samba 9 me)io)ado -r8s ve#es )o ;or)al ! Carap)-eiro (0ei%e", edi-ado pelo padre Qopes Gama. Em d!as, ele deplora as pre%er8)ias das moças da api-al per)amb!a)a. I)iialme)-e, em ** de )ovembro de 5K, )a primeira ve# em $!e a palavra samba aparee )a impre)sa brasileira, Gama a%irmava $!e a mor parte das nossas 9at)tinas tem /ostos análo/os aos )sos e -ost)mes do -ampo "sta in-lina&se a Sr Ian4o da pin/)ela, por)e % insi/ne amansador de potros3 a)ela tem -ati+o o -ora.4o a Sr F)in)im do ria-o, por)e este zan/arrea em )ma +iola o samba, o -o-o e o min)ete rasteiro 14 a de %evereiro de 5KK, iro)i#ava di#e)do $!e e)-e)dia $!e, para as moças de 0ei%e, -'o arad4vel 9 !m samba d/almoreves omo Semramis, a ;azza *adra, o a)redi W ia. de 0ossi)i. A 7l-ima me)ç'o ao samba )/O 2arap!eiro ao)-ee! em 5* de )ovembro de 5K*, dia em $!e Gama p!blio! a se!i)-e $!adra: A$!i pelo )osso ma-oX !/es-ava e)-'o m!i -a-ambaX N'o se sabia o!-ra oisaX Se)'o a da)ça do samba. Os almoreves eram os meradores $!e, desde o per&odo olo)ial, %a#iam a liaç'o e)-re o ser-'o e a os-a, leva)do e -ra#e)do meradorias e )o-&ias. M!i-os -i)3am sempre s!a viola, pois a)-a)do o)se!iam dis%arçar a solid'o do ami)3o. S'o apo)-ados por Ber)ardo omo pri)ipais respo)s4veis pela di%!s'o do samba pelo Nordes-e, ao lado dos or!mbas = &)dios o! abolos $!e )a 9poa de sea iam b!sar -rabal3o )o li-oral (Fer)'o 2ardim os re%ere em -e-o de 5LK"J )em -odos re-or)avam ao ser-'o ap@s a vol-a das 3!vas eXo! %i)al da -are%a aer-ada. A es-es r!pos, e! arese)-aria os $!ilombolas e os pr@prios abolos $!e perma)eiam )o ser-'o = ba)das o)-empor)eas do 2ear4 de)omi)adas abaçal, omo a dos Irm'os A)ie-o, por eemplo, des-aam a oriem 2ariri de s!a %ormaç'o i)s-r!me)-al. Foi em For-ale#a em 5K6K $!e se imprimiram as primeiras par-i-!ras de samba omo m7sia pop!lar. S'o d!as m7sias de a!-oria do omposi-or 0amos 2o-oo, lassi%iadas omo sambi)3as: 1oo dos Bi3os e D/Es-4Y N'o S/Impor-e N'o.... Por $!e e! disse samba -omo msi-a pop)lar Z Por$!e a)-es desses sambi)3as, o )ome samba ;4 apareera )!ma par-i-!ra de m7sia de o)er-o. Alea)dre QevC omps em 5K6+ !ma das primeiras obras brasileiras em moldes si)%)ios, a S!&-e Br9silie))e. Para %iar de)-ro das reras em vior, al9m do -&-!lo em %ra)8s, des-i)o! o 7l-imo movime)-o a !ma da)ça )aio)al ara-er&s-ia. Assim omo os e!rope!s e)erravam s!as obras om a ia o! mi)!e-o, QevC 3amo! o %i)al de s!a s!&-e de Samba. O -ema por ele !-ili#ado = Balaio, Me! Bem, Balaio = !;a oriem loali#o! em ri-mos -&pios dos )eros do i)-erior pa!lis-a, -amb9m servi! omo i)spiraç'o para Bra#&lio I-iber8 ompor A Ser-a)e;a (embora I-iber8 a%irmasse $!e se! -ema era do
li-oral para)ae)se". Ali4s, Balaio..., mesmo $!e om o!-ros )omes, 9 o)siderado m7sia %oll@ria loal em Per)amb!o (o)de se 3ama O 2arapi)a e remo)-aria ao i)&io do s9!lo 5K", Mara)3'o (os mara)3e)ses v8em )o -ema !ma re%er8)ia Balaiada" e 0io Gra)de do S!l. A i)%l!8)ia do Nordes-e es-4 prese)-e a-9 )o samba o)siderado o maro 3is-@rio do samba arioa, Pelo ele%o)e (Do)a = Ma!ro de Almeida", ravado por Ba3ia)o em 565. Em se! livro =a #oda do Samba (56", Fra)iso G!imar'es (aal!me" i)%orma $!e Do)a apre)de! o -re3o da m7sia $!e 9 samba=orrido = Ol3a a roli)3aX Si)3Y Si)3YX Se embaraçX Si)3Y Si)3YX 2ai! )o laçoX Si)3Y Si)3YX Do )osso amorX Si)3Y Si)3Y = om Mira)della, o primeiro a a)-ar samba e embolada )o 2l!be dos Demor4-ios.
Ouça a gravação original de "Pelo Telefone" com Bahiano
pe)a $!e aal!me )'o %or)eça m!i-as i)%ormações sobre Mira)dellaJ )'o di# se era es-e mesmo se! sobre)ome o! o)de ele -eria )asido. O a!-or )os i)%orma, por9m, $!e ele era o i)-rod!-or diplom4-io de -!do $!a)-o 9 embaiada )or-is-a $!e vem ao 0io ()a 9poa, ai)da se 3amava )or-is-a ao )ordes-i)o". 2omo Mira)della 9 !m sobre)ome po!o om!m, 9 bas-a)-e poss&vel $!e es-e %osse !m apelido a i)diar $!e o ar-is-a %osse ori!)do do )or-e da Ba3ia, mais espei%iame)-e de Mira)dela, )ome dado em 5LK a)-ia aldeia ;es!&-ia do Sao dos Moreos. (A 4rea 3o;e %a# par-e do m!)i&pio de Ba)#a8J os
