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NBR 14486 Sistemas enterrados para condução de esgoto sanitário - Projeto de redes coletoras com tubos de PVC MAR 2000
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (21) 210-3122 Fax: (21) 220-1762/220-6436 Endereço eletrônico: www.abnt.org.br
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Origem: Projeto 02:111.01-001:1999 ABNT/CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil CE-02:111.01 CE-02:111.01 - Comissão C omissão de Estudo de Sistemas de Coleta C oleta de Esgotos - Tubos e Conexões de PVC NBR 14486 - Buried sewerage systems - Design of pipe lines with poly (vinyl chloride) (PVC) pipes Descriptors: Poly (vinyl chloride) (PVC) pipe. Buried sewerage system Válida a partir de 02.05.2000 Palavras-chave: Palavras-chave: Tubo de PVC. Rede. Esgoto sanitário
19 páginas
Sumário Prefácio 1 Objetivo 2 Referências normativas 3 Definições 4 Requisitos preliminares 5 Atividades de projeto 6 Requisitos específicos ANEXOS A Grandezas, notações e unidades B Cálculo das deformações diametrais devido à carga de terra e às cargas móveis C Ábaco para cálculo da altura da lâmina líquida D Condutores circulares Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS, circulam para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais interessados. Esta Norma inclui os anexos A a D, de caráter informativo. 1 Objetivo
Esta Norma fixa as condições exigíveis para a elaboração de projeto de redes coletoras enterradas de esgoto sanitário com tubos de PVC, funcionando sob pressão atmosférica, observada a regulamentação específica das entidades responsáveis pelo planejamento e desenvolvimento deste sistema. 2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento. NBR 7188:1982 - Carga móvel em ponte rodoviária e passarela de pedestre - Procedimento
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NBR 14486:2000 NBR 7362-1:1999 - Sistemas enterrados para condução de esgoto - Parte 1: Requisitos para tubos de PVC com junta elástica NBR 7362-2:1999 - Sistemas enterrados para condução de esgoto - Parte 2: Requisitos para tubos de PVC com parede maciça NBR 7362-3:1999 - Sistemas enterrados para condução de esgoto - Parte 3: Requisitos para tubos de PVC com dupla parede NBR 9648:1986 - Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário - Procedimento NBR 10569:1988 - Conexões de PVC rígido com junta elástica para coletor de esgoto sanitário - Tipos e dimensões 3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições: 3.1 coeficiente de retorno: Razão entre os volumes do esgoto produzido e da água efetivamente consumida. 3.2 coletor de esgoto: Tubulação da rede coletora que recebe contribuição de esgoto dos coletores prediais em qualquer ponto ao longo do seu comprimento. 3.3 coletor predial: Trecho da tubulação compreendido entre a última inserção de subcoletor, ramal de esgoto ou de descarga, ou caixa de inspeção geral e o coletor público ou sistema particular. 3.4 coletor principal: Coletor de esgoto de maior extensão dentro de uma mesma bacia. 3.5 coletor tronco (interceptor): Tubulação da rede coletora que recebe apenas contribuição de esgoto de outros coletores, sem receber contribuição de ligações prediais. 3.6 diâmetro nominal (DN): Simples número que serve como designação para projeto e para classificar, em dimensões, os
elementos de tubulação (tubos, conexões, dispositivos e acessórios) e que corresponde, aproximadamente, ao diâmetro interno dos tubos, em milímetros. NOTA - O diâmetro nominal (DN) não deve ser objeto de medição nem ser utilizado para fins de cálculos.
3.7 emissário: Tubulação que recebe esgoto exclusivamente na extremidade de montante. 3.8 ligação predial: Trecho do coletor predial compreendido entre o limite do terreno e o coletor de esgoto. 3.9 órgãos acessórios: Dispositivos fixos, desprovidos de elementos mecânicos (ver 3.9.1 a 3.9.8). 3.9.1 caixa de passagem (CP): Câmara não visitável localizada em pontos singulares por necessidades construtivas. 3.9.2 passagem forçada: Trecho de tubulação em que, por motivos construtivos, o escoamento está sob pressão. 3.9.3 poço de visita (PV): Câmara visitável através de abertura existente na parte superior, destinada à execução de trabalhos de inspeção e limpeza. 3.9.4 sifão invertido: Trecho de tubulação com escoamento sob pressão, cuja finalidade é transpor, por baixo, obstáculos, depressões do terreno ou cursos d'água. 3.9.5 terminal de limpeza (TL): Dispositivo não visitável que permite introdução de equipamento de limpeza, localizado no início de coletores. 3.9.6 tubo de inspeção e limpeza (TIL): Dispositivo não visitável que permite inspeção e introdução de equipamentos de limpeza. 3.9.7 tubo t ubo de inspeção e limpeza - tubo de queda (TIL-TQ): Dispositivo não visitável que permite inspeção, introdução de equipamentos de limpeza e ligação do coletor afluente ao fundo do TIL, quando houver diferença de cota entre ambos. 3.9.8 tubo de queda (TQ): Dispositivo instalado no poço de visita (PV), ligando um coletor afluente ao fundo do poço, quando houver diferença de cota entre ambos superior a 0,58 m. 3.10 profundidade: Diferença entre as cotas geométricas da superfície do terreno e da geratriz inferior do coletor. 3.11 recobrimento: Diferença entre as cotas geométricas da superfície do terreno e da geratriz superior do coletor. 3.12 rede coletora: Conjunto constituído por ligações prediais, coletores de esgoto e seus órgãos acessórios. 3.13 singularidade: Qualquer órgão acessório, mudança de direção, seção ou declividade ou, quando significativa, de
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b) levantamento planialtimétrico da área de projeto e de suas zonas de expansão, em escala mínima de 1:2 000, com curvas de nível de metro em metro e pontos cotados para todas as singularidades; c) planta, em escala mínima de 1:10 000, onde estejam representadas, em conjunto, as áreas das bacias de esgotamento de interesse para o projeto; d) levantamento de obstáculos superficiais e subterrâneos nos logradouros onde, provavelmente, deve ser traçada a rede coletora; e) levantamento cadastral da rede existente; f) levantamento das condições físicas da rede existente, visando sua possível utilização no projeto atual; e g) sondagens de reconhecimento para determinação da natureza do terreno e dos níveis do lençol freático. 5 Atividades de projeto 5.1 Projeto hidráulico 5.1.1 As prescrições desta Norma devem ser complementadas pelas disposições constantes nas instruções técnicas específicas, relativas à localidade ou área em estudo. Atenção especial deve ser dada às interferências com a rede de distribuição de água. 5.1.2 Delimitação das bacias de esgotamento, cujas contribuições podem influir no dimensionamento da rede, inclusive as zonas de expansão previstas, desconsiderando os limites político-administrativos. 5.1.3 Delimitação da área do projeto. 5.1.4 Fixação do início de operação da rede e determinação do alcance do projeto e das etapas de implantação para as diversas bacias de esgotamento. 5.1.5 Traçado da rede coletora, interligações com a rede existente e posicionamento dos demais componentes do sistema. 5.1.6 Delimitação de sub-bacias de esgotamento, considerando as diferenças de taxas de ocupação. 5.1.7 Determinação dos comprimentos de cada trecho e do comprimento total da rede. 5.1.8 Determinação da vazão de esgoto a ser coletada, determinando população de início e fim de plano, bem como sua distribuição espacial. 5.1.9 Determinação das taxas de contribuição linear inicial e final, definidas no anexo A. 5.1.10 Verificação da capacidade hidráulica da rede existente, se prevista sua utilização. 5.1.11 Dimensionamento hidráulico da rede, para cada trecho e órgãos acessórios, conforme 6.1. 5.1.12 Desenho da rede coletora e dos órgãos acessórios, em planta, localizando: as contribuições industriais e outras contribuições singulares; a identificação do trecho, seu comprimento, declividade e diâmetro; cotas de entrada e saída dos TILs, TLs e PVs, e suas profundidades. 5.1.13 Desenho, em perfil, de cada rua, indicando o nome da rua, os nomes das ruas que a interceptam e os órgãos acessórios. Indicar para cada trecho: identificação, comprimento, diâmetro, declividade, profundidade do fundo dos TILs, TLs e PVs, diferença de cotas nos TIL-TQs e cotas do terreno das tubulações afluentes e efluentes, tanto a montante como a jusante. Os escoramentos das valas devem estar representados, bem como todas as interferências detectadas em 4 d). 5.2 Projeto estrutural 5.2.1 Verificação, para trechos com profundidade superior a 4,0 m ou que apresentem solo com módulo reativo inferior a 2,8 MPa, da deformação diametral relativa da tubulação. Se maior que 7,5%, deve ser especificado solo de envolvimento que apresente maior valor do módulo reativo ou proteção especial para a tubulação, de forma a resultar em deformação diametral relativa de no máximo 7,5%.
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NBR 14486:2000 5.3.2 A largura da vala deve ser estabelecida com os seguintes valores mínimos: 0,60 m para altura de recobrimento igual ou inferior a 1,50 m; e, 0,80 m para altura de recobrimento superior a 1,50 m. 5.3.3 A vala destinada à colocação dos TILs e TLs deve possuir dimensão interna livre igual à medida externa da câmara ou balão, acrescida de 0,30 m de cada lado (ver figura 1). 5.3.4 As valas com profundidade até 1,50 m não exigem escoramento em solos estáveis. No caso de solos arenosos encharcados, argila muito mole e outros solos instáveis e para profundidades maiores que 1,50 m, deve ser previsto o escoramento, cujo projeto deve ser baseado em princípios da mecânica dos solos, tendo em vista as necessidades de segurança dos operários. 5.3.5 Caso o fundo da vala atinja o nível do lençol freático, deve ser prevista uma drenagem eficaz durante todo o tempo em que a mesma permanecer aberta. Neste caso, o escoramento não pode ser dispensado e deve-se atentar para a possibilidade de solapamento da base da vala e abatimento da superfície. 5.3.6 O fundo da vala deve ter uma superfície regular e uniforme. As irregularidades devem ser corrigidas com material granular fino e compactado, especificado em projeto. 5.3.7 As tubulações devem ser assentadas sobre berço com resistência suficiente para mantê-las na devida posição, evitando recalques. 5.3.7.1 Em terrenos firmes e secos, com capacidade de suporte satisfatória, podem ser previstos dois tipos de berço (ver figura 2): diretamente sobre o terreno ou com camada de material granular fino. 5.3.7.2 Se o fundo da vala estiver situado abaixo do nível do lençol freático em terrenos firmes com capacidade de suporte satisfatória, deve ser previsto um lastro drenante de brita nº 3 ou 4 ou cascalho grosso, com uma camada adicional de material granular fino, sobre o qual será executado o berço. 5.3.7.3 Quando as deformações diametrais calculadas superarem o limite máximo admissível de 7,5%, devem ser especificados assentamentos especiais, tais como os apresentados na figura 3.
Figura 1 - Vala para colocação do TIL
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NBR 14486:2000
Figura 3 - Assentamentos especiais 5.3.8 Deve-se detalhar os cuidados a serem tomados com os materiais em PVC no que se refere ao controle de recebimento, manuseio, armazenamento e transporte, bem como às condições do material a serem verificadas visualmente antes do assentamento. 5.3.9 O assentamento dos tubos e órgãos acessórios deve ser detalhado envolvendo alinhamento, nivelamento, montagem e execução das juntas. 5.3.10 As mudanças de diâmetros devem ser especificadas através de redução e TIL, a jusante da redução. 5.3.11 O comprimento máximo de cada trecho deve ser ser estabelecido estabelecid o em em função do alcance do equipamento de limpeza a ser empregado na manutenção do sistema. 5.3.12 Nas cabeceiras da rede devem ser previstos TLs e, nos casos em que esteja prevista a extensão do sistema, devem ser empregados TILs dotados de plugue (tampão). 5.3.13 Em trechos curvos, o coletor pode ser assentado aproveitando-se a flexibilidade dos tubos, devendo-se observar os seguintes aspectos:
a) as juntas elásticas não permitem deflexões pronunciadas, devendo ser consultado o fabricante dos tubos; b) as curvaturas máximas admissíveis dos tubos de PVC com parede maciça podem ser determinadas em função dos seus diâmetros nominais através da figura 4 e tabela 1; c) devem ser intercalados TILs de passagem (ver figura 5), formando trechos cujos comprimentos e curvaturas sejam compatíveis com o equipamento previsto para a limpeza, os quais devem preservar a integridade física dos componentes do sistema; d) a deformação diametral relativa é positiva na direção vertical, quando a curva for no plano horizontal, e negativa na direção vertical, quando a curva for no plano vertical.
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NBR 14486:2000 Tabela 1 - Valores médios calculados para as curvaturas máximas admissíveis dos tubos de PVC com parede maciça
Comprimento de coletor
Ângulo máximo admissível admissível para 12 m de coletor
(l)
(α)
Deslocamento admissível admissível para 12 m de coletor (D)
Raio médio de curvatura (R)
Deformação diametral vertical relativa
m
grau
m
m
%
100
12
17o 20'
1,82
40
0,16
150
12
12o 00'
1,25
57
0,16
200
12
9o 30'
0,99
72
0,16
250
12
7o 40'
0,80
90
0,14
300
12
6o 00'
Diâmetro nominal DN
350 400
12 12
0,63
115
0,14
o
0,56
129
0,14
o
0,49
147
0,14
5 20' 4 40'
NOTA - Devem ser utilizados dados fornecidos pelos fabricantes para tubos com outro tipo de parede.
Figura 5 - TIL de passagem 5.3.14 Devem ser previstos ensaios de verificação da estanqueidade a 0,2 MPa durante 10 min nas juntas sujeitas a escoamento (exceto para o selim) e da deformação diametral interna dos tubos, logo após o assentamento da tubulação e do reaterro e antes da pavimentação da rua. NOTA - A deformação diametral interna máxima deve ser determinada pela equação B.4, fazendo-seD L = 1,0 e q m m = 0, atendendo a 5.2.1.
5.3.15 Deve-se especificar as condições de reaterro, indicando o tipo de solo a ser empregado, a espessura e o grau de compactação das camadas. 5.3.16 Sempre que possível, deve-se prever que as ligações prediais sejam executadas em conjunto com a rede coletora através de conexão tipo junção 45o. 5.3.17 Deve-se apresentar desenhos detalhados dos órgãos acessórios utilizados. 5.4 Aspectos relativos à operação e manutenção
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NBR 14486:2000 5.5 Relatório de apresentação do projeto
O relatório de apresentação do projeto deve conter, no mínimo: a) apreciação comparativa em relação às diretrizes da concepção básica; b) projeto hidráulico; c) projeto estrutural; estrutural; d) projeto de execução; e) especificações de materiais e serviços; f) orçamento; orçamento; g) aspectos relativos à operação e manutenção; h) desenhos. 6 Requisitos específicos 6.1 Dimensionamento hidráulico 6.1.1 Para todos os trechos da rede devem ser estimadas as vazões inicial e final ( Q i i e Q ff ), conforme o anexo A. 6.1.1.1 Inexistindo dados pesquisados e comprovados com validade estatística, recomenda-se como o menor valor de vazão, 1,5 L/s em qualquer trecho. 6.1.2 Os diâmetros das tubulações a serem utilizadas devem ser aqueles previstos nas NBR 7362-1, NBR 7362-2 e NBR 7362-3. 6.1.3 A declividade de cada trecho da rede coletora deve ser superior à mínima admissível calculada de acordo com 6.1.4. 6.1.4 A declividade mínima admissível, em cada trecho, pode ser determinada pela expressão aproximada da equação 1: -0,47
I 0 0 mín . = 0,0035 x Q i i
...1)
onde: I 0 mín . é a declividade mínima admissível para a vazão Q i i , em metro por metro; Q é a vazão inicial de um trecho da rede, em litros por segundo.
6.1.4.1 A equação da declividade mínima foi estabelecida com o critério da tensão trativa média 0,6 Pa, calculada para a vazão inicial (Q i i) e coeficiente de Manning n = 0,010. 6.1.4.2 Para coeficiente de Manning diferente de n = 0,010, os valores da tensão trativa média e da declividade mínima a adotar devem ser justificados. 6.1.5 Quando a velocidade final V ff for superior à velocidade crítica V c c , a maior lâmina líquida admissível deve ser 50% do
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NBR 14486:2000 6.1.7 Sempre que a cota do nível do líquido na saída de qualquer PV ou TIL estiver acima de qualquer das cotas dos níveis de entrada, deve ser verificada a influência do remanso no trecho de montante. 6.2 Disposições construtivas 6.2.1 Esta Norma foi elaborada prevendo a utilização de TLs, TILs, TIL-TQs e conexões em material plástico. No entanto, os TLs, TILs e TIL-TQs podem ser substituídos por PVs ou PVs com TQ e as conexões podem ser substituídas por CPs. 6.2.2 Devem ser instalados terminais de limpeza (TLs) em todos os inícios de coletores. 6.2.3 Devem ser instalados tubos de inspeção e limpeza (TILs) na reunião de coletores e nas mudanças de direção, declividade, diâmetro e material. 6.2.4 Garantidas as condições de acesso de equipamento para limpeza do trecho a jusante, podem ser usadas conexões conforme a NBR 10569 em substituição aos TILs nas mudanças de direção, declividade, material e diâmetro. 6.2.4.1 As posições das conexões e CPs utilizadas devem ser obrigatoriamente cadastradas. 6.2.5 Para os casos de escoamento sob pressão deve ser verificado se a tubulação de PVC atende aos requisitos específicos. 6.2.6 Poços de visita (PV) devem ser obrigatoriamente usados nas extremidades de sifões invertidos e passagens forçadas e nos casos em que os órgãos acessórios estiverem em profundidade superior a 6 m. 6.2.7 Quando o coletor afluente apresentar diferença de cota (degrau) superior aos estabelecidos na tabela 2 em relação à tubulação efluente, é obrigatório o uso de TIL-TQ ou PV com TQ. Tabela 2 - Alturas mínimas de degrau
Diâmetro nominal do tubo (DN)
Degrau mínimo
100
0,58 m
150
0,84 m
200
1,00 m
250
1,25 m
300
1,45 m
6.2.8 O recobrimento mínimo admissível é de 0,90 m para coletor assentado no leito da via de tráfego, ou de 0,65 m para coletor assentado no passeio. Recobrimentos menores devem atender a 5.3.7.3. 6.2.9 Os poços de visita (PVs) devem atender às seguintes dimensões:
a) tampão e pescoço (chaminé): diâmetro mínimo de 0,60 m; b) câmara: dimensão mínima em planta de 0,80 m. 6.2.10 A distância entre TIL e TL ou entre TILs consecutivos deve ser limitada pelo alcance dos equipamentos de desobstrução e limpeza.
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NBR 14486:2000 Anexo A (informativo) Grandezas, notações e unidades A.1 População e correlatos
Notação
Unidade
A.1.1 Densidade populacional inicial
d i i
hab ha
A.1.2 Densidade populacional final
d ff
hab ha
P i i
hab
P ff
hab
Notação
Unidade
A.2.1 Coeficiente de retorno
C
-
A.2.2 Coeficiente de máxima vazão diária
k 1
-
A.2.3 Coeficiente de máxima vazão horária
k 2 2
-
A.2.4.1 Consumo efetivo inicial
q i i
L hab ⋅ dia
A.2.4.2 Consumo efetivo final
q ff
A.1.3 População inicial P i = Aei ⋅ d i
A.1.4 População final P f = Aef ⋅ d f
A.2 Coeficientes ligados à determinação de vazões
A.2.4 Consumo de água efetivo per capita (não inclui perdas do sistema de abastecimento)
A.3 Áreas e comprimentos
Notação
Unidade
A.3.1 Área esgotada total inicial da bacia de esgotamento
Aei
m2
A.3.2 Área esgotada total final da bacia de esgotamento
Aef
m2
A.3.3 Comprimento total de ruas
L
km
A.4 Vazões
Notação
Unidade
A.4.1 Vazão de infiltração I = TI
xL
I
L/s
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NBR 14486:2000
Notação
Unidade
Q ff
L/s
Notação
Unidade
A.4.6.2 Existindo hidrogramas utilizáveis no projeto: Q i = Q i máx. + ∑ Q ci
onde Q i máx. é a vazão máxima de hidrograma, composto com ordenadas proporcionais às do hidrograma medido A.4.7 Vazão final de um trecho da rede A.4.7.1 Inexistindo medições de vazão utilizáveis no projeto: Q f = ( k 1 x k 2 x Q f ) + l + ∑ Q cf
A.4.7.2 Existindo hidrogramas utilizáveis no projeto: Q f = Q f máx. + ∑ Q cf
onde Q f max é a vazão máxima de hidrograma, composto com ordenadas proporcionais às do hidrograma medido A.5 Taxas de cálculo
A.5.1 Taxa de contribuição linear inicial para uma área esgotada de ocupação homogênea: T xi =
Q i − ∑ Q c i
T xi xi
s x km
L
A.5.2 Taxa de contribuição linear final para uma área esgotada de ocupação homogênea: T xf =
L
Qf − ∑ Q c f
T xf xf
L s x km
L
A.5.3 Taxa de contribuição de infiltração
TI
L s x km
A.6 Grandezas geométricas da seção
Notação
Unidade
A.6.1 Área molhada de escoamento inicial
Ai
m2
A.6.2 Área molhada de escoamento final
Af
m2
A.6.3 Diâmetro interno do coletor
d 0 0
m
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11
NBR 14486:2000 Notação A.7.3 Altura da lâmina líquida
y
A.7.3.1 Altura da lâmina líquida inicial
y i i
A.7.3.2 Altura da lâmina líquida final
y ff
Unidade m
A.7.4 Velocidade inicial V i =
Q i Ai
ou
2 / 3
V i = 100 R hi
x I 1 / 2
ou
anexo D
x I1 / 2 ou
anexo D
V i i
m/s
V ff
m/s
V c c
m/s
σ
Pa
A.7.5 Velocidade final V f =
Q f Af
ou
V f = 100
2 / 3
R hf
A.7.6 Velocidade crítica A.7.7 Tensão trativa média σt = R h x I 0
t
A.8 Valores de coeficientes e grandezas
Inexistindo dados locais comprovados oriundos de pesquisas, podem ser adotados os seguintes valores: Valores 0,8
A.8.1 C, coeficiente de retorno A.8.2 k 1, coeficiente de máxima vazão diária
1,2
A.8.3 k 2 2, coeficiente de máxima vazão horária
1,5
A.8.4 TI, taxa de contribuição de infiltração; depende de condições locais, tais como: nível de água do lençol freático, natureza do solo, qualidade da execução da rede, material da tubulação e tipo de junta utilizada
0,01 a 1,0
L s
x km
NOTA - O valor adotado para TI deve ser justificado.
9,81 m/s2
A.8.5 g, aceleração da gravidade
_________________ /ANEXO B
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12
NBR 14486:2000 Anexo B (informativo) Cálculo das deformações diametrais devido à carga de terra e às cargas móveis B.1 Cálculo das pressões externas devido à carga de terra e às cargas móveis
Devem ser calculadas as pressões externas sobre a tubulação devido a dois tipos principais de cargas: a) cargas de terra resultantes do peso do solo acima da tubulação; b) móveis, representadas pelo tráfego na superfície do terreno, conforme a NBR 7188. B.1.1 Pressão devido à carga de terra (q t t) B.1.1.1 Para tubos flexíveis, a carga de terra se apresenta sob forma de pressão do solo, uniformemente distribuída ao longo da área projetada da tubulação e pode ser calculada pela equação B.1: q t = γ
x g x H
...B.1)
onde: q tt é a pressão devido à carga de terra, em pascals; γ
é a massa específica do solo de reaterro, em quilogramas por metro cúbico;
g é a aceleração da gravidade, em metros por segundo, por segundo; H é a altura do recobrimento, em metros.
B.1.1.2 No caso do nível do lençol freático situar-se acima da tubulação, a pressão devido à carga de terra deve ser calculada pela equação B.2, referida à figura B.1: q t = γ
x g x h + (H − h ) γ s x g
onde: q tt é a pressão devido à carga de terra, em pascals;
γ é a massa específica do solo de reaterro, em quilogramas por metro cúbico; g é a aceleração da gravidade, em metros por segundo, por segundo; H é a altura do recobrimento, em metros;
...B.2)
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13
NBR 14486:2000
B.1.2 Pressão devido às cargas móveis (q m m) B.1.2.1 A pressão resultante do solo na geratriz superior da tubulação devido às cargas móveis pode ser calculada pela equação B.3: q m ...B.3) m = c x f x p
onde: q m m é a pressão devido às cargas móveis, em pascals; c é o coeficiente de carga móvel, adimensional; f é o fator de impacto, adimensional; p é a carga distribuída na superfície sobre uma área (a x b ), ), em pascals.
B.1.2.2 Como fator de impacto (f ) recomenda-se adotar:
a) f = 1,50 para rodovias, adimensional; b) f = 1,75 para ferrovias, adimensional. B.1.2.3 Como coeficiente de carga móvel pode-se adotar a tabela B.1. B.1.2.4 Como forma simplificada, a figura B.2 fornece valores de q m m resultantes de cargas móveis de 120 kN, 300 kN e 450 kN, sendo considerada a situação mais desfavorável do veículo em relação ao tubo e fator de impacto f = 1,00. Tabela B.1 - Coeficiente de carga móvel (c ) aplicada em uma área (a x b ) em função da altura do recobrimento (H ) b /2H
0,02
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,40
0,02
0,001
0,002
0,004
0,006
0,007
0,009
0,011
0,014
0,05
0,002
0,005
0,009
0,014
0,018
0,023
0,027
0,034
0,10
0,004
0,009
0,019
0,028
0,037
0,045
0,053
0,067
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14
NBR 14486:2000 Tabela B.1 (conclusão) b / 2H 2H
a /2H
0,50
0,60
0,80
1,00
1,50
2,00
3,00
5,00
0,02
0,016
0,018
0,021
0,023
0,024
0,025
0,025
0,025
0,05
0,040
0,045
0,052
0,056
0,061
0,063
0,063
0,064
0,10
0,079
0,089
0,103
0,112
0,121
0,124
0,126
0,126
0,15
0,118
0,132
0,153
0,166
0,181
0,185
0,187
0,188
0,20
0,155
0,174
0,202
0,219
0,238
0,244
0,247
0,248
0,25
0,190
0,214
0,248
0,269
0,293
0,301
0,305
0,306
0,30
0,224
0,252
0,292
0,318
0,346
0,355
0,359
0,361
0,40
0,284
0,320
0,373
0,405
0,442
0,454
0,460
0,461
0,50
0,336
0,379
0,441
0,481
0,525
0,540
0,547
0,549
0,60
0,379
0,428
0,449
0,544
0,596
0,613
0,622
0,624
0,80
0,441
0,499
0,584
0,639
0,703
0,725
0,736
0,740
1,00
0,481
0,544
0,639
0,701
0,775
0,800
0,814
0,818
1,50
0,525
0,596
0,703
0,775
0,863
0,894
0,913
0,918
2,00
0,540
0,613
0,725
0,800
0,894
0,930
0,951
0,958
3,00
0,547
0,622
0,736
0,814
0,913
0,951
0,976
0,984
5,00
0,549
0,624
0,740
0,818
0,918
0,958
0,984
0,994
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15
NBR 14486:2000 D L
é o coeficiente de deformação lenta, adimensional;
q tt é a pressão externa do solo devido à carga de terra, em pascals; q m m é a pressão externa do solo devido às cargas móveis, em pascals; CR é a classe de rigidez dos tubos, em pascals; E' é o módulo reativo do solo de envolvimento, em pascals.
B.2.2 O coeficiente de deformação lenta (D L) leva em conta a deformação diametral do tubo que ocorre com o decorrer do tempo, sob ação contínua da pressão do solo. Recomenda-se adotar os seguintes valores para D L em função dos valores usuais de E' . B.2.3 O módulo reativo do solo de envolvimento dos tubos ( E' ) deve ser adotado em função do tipo de solo escolhido e do seu grau de compactação. As tabelas B.3 e B.4 permitem obter os valores usuais de E' . B.2.4 O ábaco da figura B.3 pode ser utilizado para se determinar a deformação diametral devido às cargas móveis, à qual deve-se acrescentar a deformação diametral de curto prazo multiplicada pelo coeficiente de deformação lenta adotado (D L). NOTA - Este ábaco é válido apenas para tubos de PVC com parede maciça, conforme a NBR 7362-2.
B.2.5 A deformação diametral relativa máxima admissível a longo prazo para tubulação é de 7,5%. Tabela B.2 - Valores do coeficiente de deformação lenta (D L) E ’ (MPa)
1,4
2,8
7,0
14,0
21,0
D L (adimensional)
2,00
1,75
1,50
1,25
1,00
Tabela B.3 - Classificação dos solos Class e
T ip o
Símbolo GW
Pedregulho limpo Pedregulhos (50% ou mais de fração grossa não passa na peneira nº 4)
GP
Nomes típic os Pedregulho e misturas de areia e pedregulho bem graduados com pouco ou nenhum material fino Pedregulho e misturas de areia e pedregulho mal graduados com pouco ou nenhum material fino Pedregulho siltoso, misturas de
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16
NBR 14486:2000 Tabela B.4 - Valores médios dos módulos reativos do solo de envolvimento (E ’ ) E’) Valor E ' (MPa), para vários graus de compactação PROCTOR
Tipo de solo Solo sem compactação
Baixo
Moderado
Alto
(< 85%)
(85% - 95%)
(> 95%)
7
21
21
21
Solos granulares granulares com pouco ou nenhum material fino: GW, GP, SW e SP
1,4
7
14
21
Solos granulares com material fino: GM, GC, SM, SC, solos finos com média ou nenhuma plasticidade (LL ≤ 50): ML, CL, ML-CL com mais de 25% de material granular
0,7
2,8
7
14
Solos finos com média ou nenhuma plasticidade (LL ≤ 50): ML, CL, ML-CL, com menos de 25% de material granular
0,35
1,4
2,8
7
Cascalho
Solos finos com média ou alta plasticidade (LL > 50): MH, CH, CH-MH NOTA - LL é o limite de liquidez.
Não há dados seguros. Considera-se E ' = 0
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NBR 14486:2000 Anexo C (informativo) Ábaco para cálculo da altura da lâmina líquida
17
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18
NBR 14486:2000
Anexo D (informativo) Condutos circulares Tabela D.1 - Condutos circulares 2
y/d 0 0
A/d 0 0
R h h /d 0 0
V/V p p
Q/Q p p
0,01
0,0013
0,0066
0,0890
0,00015
0,02
0,0037
0,0132
0,1408
0,00067
0,03
0,0069
0,0197
0,1839
0,00161
0,04
0,0105
0,0262
0,2221
0,00298
0,05
0,0147
0,0325
0,2569
0,00480
0,06
0,0192
0,0389
0,2891
0,00708
0,07
0,0242
0,0451
0,3194
0,00983
0,08
0,0294
0,0513
0,3480
0,01304
0,09
0,0350
0,0575
0,3752
0,01672
0,10
0,0409
0,0635
0,4011
0,02088
0,11
0,0470
0,0695
0,4260
0,02550
0,12
0,0534
0,0755
0,4499
0,03058
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19
NBR 14486:2000 Tabela D.1 (conclusão) 2
y/d 0 0
A/d 0 0
R h h /d 0 0
V/V p p
Q/Q p p
0,39
0,2836
0,2102
0,8909
0,32169
0,40
0,2934
0,2142
0,9022
0,33699
0,41
0,3032
0,2182
0,9131
0,35250
0,42
0,3130
0,2220
0,9239
0,36823
0,43
0,3229
0,2258
0,9343
0,38415
0,44 0,45
0,3328 0,3428
0,2295 0,2331
0,9445 0,9544
0,40025 0,41653
0,46
0,3527
0,2366
0,9640
0,43296
0,47
0,3627
0,2401
0,9734
0,44954
0,48
0,3727
0,2435
0,9825
0,46624
0,49
0,3827
0,2468
0,9914
0,48307
0,50
0,3927
0,2500
1,0000
0,50000
0,51
0,4027
0,2531
1,0084
0,51702
0,52
0,4127
0,2562
1,0165
0,53411
0,53
0,4227
0,2592
1,0243
0,55127