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MAIO 1999
ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas
NBR 14321
Paredes de alvenaria estrutural Determinação da resistência ao cisalhamento
Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210-3122 Telex: (021) 34333 ABNT - BR Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA
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Origem: Projeto 02:123.04-008:1998 CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil CE-02:123.04 - Comissão de Estudo de Alvenaria Estrutural de Blocos Vazados de Concreto NBR 14321 - Structural S tructural masonry walls - Determination of shear strenght Descriptors: Masonry walls. Shear strenght Válida a partir de 30.06.1999 Palavras-chave: Alvenaria. Parede
Sumário
Prefácio Introdução 1 Objetivo 2 Referências normativas 3 Definições 4 Construção das paredes 5 Aparelhagem 6 Procedimentos para os ensaios 7 Expressão dos resultados 8 Relatório de ensaio
6 páginas
rificação da resistência à flexão simples ou à flexo-compressão, forma um conjunto de três normas em desenvolvimento que possibilita avaliar o desempenho estrutural de paredes ou painéis executados com blocos de diversos materiais constitutivos e sob variadas condições de assentamento. Estas normas também são adequadas para o desenvolvimento de novos produtos. 1 Objetivo
Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os associados da ABNT e demais interessados. Introdução
Esta Norma, em conjunto com a NBR 8949 - Paredes de alvenaria estrutural - Ensaio à compressão simples - e com a NBR 14322 - Paredes de alvenaria al venaria estrutural - Ve-
Esta Norma prescreve o método para a determinação da tensão convencional de cisalhamento da alvenaria (τalv) e o seu módulo de deformação transversal (Galv), em paredes estruturais. Esta Norma também se aplica a alvenarias executadas com blocos cerâmicos, blocos sílico-calcários, blocos de concreto celular autoclavado ou alvenarias de tijolos de barro. Os corpos-de-prova representativos dos componentes das paredes, a saber: blocos, prismas, argamassa de assentamento, graute e, quando for o caso, armaduras, devem ser preparados na mesma data do preparo da alvenaria, sendo que os ensaios dos corpos-de-prova dos componentes devem ser realizados na mesma data do ensaio da alvenaria.
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NBR 14321:1999
2 2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento. NBR 5738:1994 - Moldagem e cura de corpos-deprova cilíndricos ou prismáticos de concreto - Método de ensaio NBR 6136:1994 - Bloco vazado de concreto simples para alvenaria estrutural - Especificação NBR 6460:1983 - Tijolo maciço cerâmico para alvenaria - Verificação da resistência à compressão - Método de ensaio NBR 6461:1983 - Bloco cerâmico para alvenaria Verificação da resistência à compressão - Método de ensaio NBR 7184:1992 - Blocos vazados de concreto simples para alvenaria - Determinação da resistência à compressão - Método de ensaio
As paredes devem ser construídas por um mesmo pedreiro. As paredes devem ser construídas entre duas guias (podendo ser barras metálicas ou pontaletes de madeira), a fim de se garantir a sua verticalidade. É obrigatório o uso do fio de prumo e do nível. Nestes trabalhos deve ser obedecida a NBR 8798. 4.2 Número de corpos-de-prova 4.2.1 Número de paredes
A tensão de cisalhamento convencional (τalv) deve ser determinada após o ensaio do número mínimo de três corpos-de-prova. 4.2.2 Número de blocos ou tijolos
A resistência média de blocos vazados de concreto, segundo as NBR 7184 e NBR 12118, de tijolos maciços cerâmicos, segundo a NBR 6460, ou de blocos cerâmicos, segundo a NBR 6461, deve ser determinada após o ensaio do número mínimo de seis corpos-de-prova. 4.2.3 Argamassa de assentamento
Durante a construção de cada parede, devem ser moldados seis corpos-de-prova da argamassa de assentamento. 4.2.4 Graute
NBR 7215:1996 - Cimento Portland - Determinação da resistência à compressão
De cada parede armada devem ser moldados dois corpos-de-prova do graute.
NBR 8215:1983 - Prismas de blocos vazados de concreto simples para alvenaria estrutural - Preparo e ensaio à compressão - Método de ensaio
4.3 Amarração
NBR 8798:1985 - Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto Procedimento
4.4 Dimensões das paredes ou corpos-de-prova
NBR 10837:1989 - Cálculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto - Procedimento NBR 12118:1992 - Blocos vazados de concreto simples para alvenaria - Determinação da absorção de água, do teor de umidade e da área líquida - Método de ensaio 3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições das NBR 8798 e NBR 10837.
A forma de amarração entre os blocos deve ser a mesma da parede que se quer simular no laboratório.
Os corpos-de-prova devem ter as dimensões que os tornem representativos representativos da estrutura real, de modo que sejam minimizadas as influências das variações das características dos materiais e da mão-de-obra na resistência das paredes. Não sendo praticável reproduzir as paredes nas mesmas dimensões reais, admite-se como sendo corpos-de-prova representativos aqueles que tenham por dimensões mínimas 1,20 m x 1,20 m, sendo que a espessura deve ser a mesma da parede real. 4.5 Assentamento
A argamassa deve ser colocada do mesmo modo que nas paredes reais.
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NBR 14321:1999 4.6 Grauteamento
Quando houver o grauteamento, este deve ser efetuado em etapas de altura não maior do que 1,40 m e após (24 ± 2) h do término do assentamento dos blocos. Existindo armaduras, elas devem ser posicionadas executando-se o grauteamento posteriormente. O graute deve ser adensado com soquete metálico ou com vibrador apropriado. Nesta fase devem ser moldados os corpos-de-prova do graute de acordo com a NBR 5738.
5 Aparelhagem 5.1 Dispositivos para aplicação de cargas
As paredes devem ser ensaiadas aplicando-se cargas concentradas de compressão segundo uma das suas diagonais. Este arranjo pode ser conseguido em uma prensa hidráulica ou com um sistema de reação mostrado na figura 1. Para possibilitar a aplicação da carga e impedir esmagamentos pontuais, as duas extremidades carregadas dos corpos-de-prova devem ser protegidas com dispositivos metálicos como sugerido na figura 2. O sistema de reação e de carregamento deve permitir a aplicação das cargas com precisão de até 3%.
4.7 Prismas
5.2 Extensômetros mecânicos e defletômetros
De cada parede devem ser moldados dois corpos-deprova, denominados prismas, de acordo com a NBR 8215, sendo um deles pertencente à metade inferior da parede e o outro à superior.
Os alongamentos e encurtamentos nas faces das paredes devem ser determinados por meio de quatro aparelhos, instalados nestas faces, cuja sensibilidade deve ser de 0,01 mm, no caso de defletômetros, ou 20 x 10-6, no caso de serem usados extensômetros mecânicos.
4.8 Cura
Em quaisquer dos casos recomenda-se uma base de medida de no mínimo 500 mm, disposta conforme indicado na figura 1.
A idade básica para a execução dos ensaios é de 28 dias, contados a partir do término do assentamento. Tratando-se de parede grauteada com ou sem armadura, a data do ensaio deve ser determinada pela idade do graute. No entanto, nos casos onde haja interesse especial, esta data pode ser alterada, visando a simulação de condições de obra. Nesta mesma data devem ser ensaiados a argamassa e o graute. Os corpos-de-prova da argamassa e do graute devem passar o seu período de cura em uma câmara úmida ou imersos em água, de acordo, respectivamente, com as NBR 7215 e NBR 5738. Os prismas devem permanecer no mesmo ambiente das paredes. 4.9 Transporte e manuseio
6 Procedimentos para os ensaios 6.1 Preparação das paredes
Inicialmente é feito um capeamento dos cantos das paredes para possibilitar a acomodação nos dispositivos metálicos de carga (ver figura 2). Posteriormente as paredes devem ser pintadas de cal para realçar as trincas e para permitir a observação do modo de ruptura. Após estas etapas devem ser montados os aparelhos de medida. 6.2 Carregamentos 6.2.1 Corpos-de-prova não instrumentados
Para os corpos-de-prova sem instrumentação, a carga deve ser aplicada continuamente até a ruptura. A carga deve ser aplicada de modo que a tensão de cisalhamento convencional se eleve progressivamente à razão de (0,25 ± 0,05 ) MPa em cada segundo. 6.2.2 Corpos-de-prova instrumentados
Nos casos em que as paredes são construídas fora do local em que serão ensaiadas, estas podem ser transportadas para o local do ensaio, desde que neste transporte não ocorram choques ou esforços que as dani-
Para os corpos-de-prova instrumentados, a carga deve ser aplicada em incrementos comparáveis aos de 6.2.1. Deve-se escolher os incrementos de modo a se ter no
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6.2.3 Tempo de permanência do carregamento
8 Relatório
Cada nível de carregamento deve permanecer sobre a parede por um intervalo de tempo de 5 min.
O relatório dos ensaios deve conter as seguintes informações:
7 Expressão dos resultados
Os resultados devem ser apresentados de modo que se possa obter os principais parâmetros indicativos da resistência e deformabilidade das paredes, quais sejam: a) cálculo da tensão de cisalhamento convencional (τalv): τalv =
(0,70P )
a) características geométricas das paredes, dos componentes (blocos), dos prismas e o posicionamento dos eventuais furos grauteados; b) características gerais da construção das paredes, traço da argamassa de assentamento e do graute, e a localização por meio de desenhos da posição das armaduras com a indicação dos seus diâmetros; c) condições de cura das paredes, da argamassa e do graute;
A
d) datas de assentamen assentamento, to, da execução do grauteamento e dos ensaios, detalhando fases particulares, quando existirem;
onde: P é
a carga aplicada média de três paredes, em newtons;
e) descrição da aparelhagem utilizada e sua posição nas paredes;
A é a m édia da área bruta (ou líquida) das duas faces contíguas ao carregamento, em milímetros quadrados.
f) tensões de ruptura individuais e médias dos componentes (blocos);
NOTA - Pode ser a área líquida quando se tratar de componentes vazados conforme a definição da NBR 6136.
g) tensões de ruptura individuais e médias da argamassa de assentamento usada em cada parede;
b) cálculo da distorção da parede (γ alv)
h) tensões de ruptura individuais e médias do graute usado em cada parede;
γ alv =
(∆V + ∆H ) 2 L0
onde:
i) cálculo da tensão de cisalhamento convencional (τalv); j) cálculo da distorção da parede (γ alv);
γ alv é a distorção, em milímetros por milímetros;
k) módulo de deformação transversal (Galv);
∆V é o encurtamento vertical, em milímetros;
l) tensão de ruptura das paredes;
∆H é o alongamento horizontal, em milímetros;
m) descrição do modo de ruptura das paredes;
L0 é o comprimento da base de medida, em milímetros.
n) gráficos cargas x deslocamentos e cargas x encurtamentos;
NOTA - As bases vertical e horizontal devem ser as mesmas.
o) descrição de eventuais anormalidades surgidas nos ensaios;
c) módulo de deformação transversal (Galv ), sendo calculado entre 20% e 50% da carga de ruptura:
p) fotografias podem ser usadas para mostrar mostrar as condições gerais dos ensaios e para registrar as suas
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NBR 14321:1999
Dimensões em metros
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Dimensões em milímetros
NOTA - O valor do espaçamento entre enrijecedores (x) depende da espessura das paredes.
Figura 2 - Dispositivos metálic