Este trabalho trabalho e 0 re resu sult ltad ado o par parcia iall de urn projet projeto de pesquis squisa mais amplo denominado denominado "A Pre Pressenya nya do Ne Neg gro na Bahia na Pr Primei imeira ra Metad Metade e do Seculo XX", XX",a apoia oiad do pe pella Fun Fundayao Ford. Aol Ao longo ongo da pesq pesquis uisa a de campo campo ate ate chega chegarr a redaya redayao final, final, conte contei com com a colabo colaborraya ayao de mu muito itoss pe pessquiquisadores adores e estudio estudiossos da cu cultura tura afr afro-brasi -brasilleir ira a alem, evidente identement mente, e, da a juda juda inestimave nestimavell de pesso pessoas as dire reta ta-mente nte envolv olvidas co com m 0 mundo religioso eligioso dos ca candomble ndombless. Dificil seria eria citar citar nome nomes sem come cometer 0 eq equ uivoco da omis omis-san de muitos. muitos. Mas Mas nao poderia deria deixar deixar de cita citarr 0no nome me de Jeferson Bacel Ba cela ar, pes pesquisad quisador or do CEAO CEAO e tamb tambem respon esponsave savell por urn subpro subprojet jeto o de pesqui pesquisa, sa, de cujo cujo convi conviv vio / e perma perman nente nte discu discussao ssao sobr sobre 0 andame andamento nto desse desse es esttud udo o resultou uma uma cotidiana e proveitosa colaborayao. A profe professo ssora ra Cecil Cecilia ia Sarden Sardenber berg g sempre mpre esteve teve ao meu meu lado revendo revendo meu meu texto, texto, apres apresentan and do sugest6es e, muitas muitas vezes vezes, reclam reclamand ando o do meu meu estilo estilo n em semp semprre academico. mico. 0 meu carinho carinho de sempre. sempre. eficiente equipe do CEAO CEAO, que env envidou es esf f oryo oryoss A eficiente para par a que que es este te trabalh trabalho o pudess pudesse e ser conc concluido luido,, quero quero consignar os me us agradec agradecime imentos ntos e, em particular, particular, a Mirian Car ardia dial, l, Ivanildes nildes Santos Santos da Conceiya Conceiyao o e Sayonara Sayonara Lima Lima Brassil que cuida Bra uidara ram m da digita digitaya yao o com com indis indiscu cutt ivel comp co mpe et € €mc mcia. ia.
Agr Agrade adecime cimentos especiais especiais vao para para Olga Primo, Secreta reta-ria -ria do CEAO CEAO durant~ durant~ a minha ges gesttao de Dir Dire etor. Uma amig miga de sempr mpre. A pesquisapesquisa--con -contou, tou, desd des de 0 inicio com 0 apoi poio da Fun und day ayao ao Ford Ford e, posterior posteriorme mente, nte, do CNPq CNPq que que co con nce ced deu i W W pr pro o je jeto tres tres bolsa bolsass de inicia iniciaya yao o cienti cientif f ica e uma uma de II] erfeiy feiyoamento oamento.. Aos meus meus amigos amigos dos candom candombles bles da Ba Bahia, que que minha preoc preoclip lipay ayao ao em conta contarr a hist hist6r 6ria ia 'I tenderam a minha da resis sisttencia ncia do povo povo-d -de e-s -san anto to cont contra ra a perm perman anen ente te L Itativ tiva a da socie socieda dad de baian baiana a em qu querer ex exclu cluir ir do se seu u 'ol olwf wfvi vio o elemento entoss prof profun undo doss da for formaya mayao o de no nossa ssa eida idad dania. Valeu Valeu a pena pena..
APRESENTAQAo CAPITU CAPITULO LO 1 CANDOMBLE CANDOMBLE,,
:
A REPREssAo
RESISTENCI RESISTENCIA A
13
17
CAPITUL CAPITULO O 2 MARTINIANO MARTINIANO
E A RESISTE RESISTENC NCIA IA
RELIGIOSA
37
CAPITULO 3 CANDOM CANDOMBLE BLE E 0 ESPIRIT ESPIRITO O
DA RESISTENCIA
59
CAPfTUL04 JUBIAB JUBIABA A E A RESIST RESISTENC ENCIA IA
DO ESPIRIT ESPIRITO O
93
CAPITULO 5 CANDOMBLE CANDOMBLE,, CAPITU CAPITULO LO 6 CANDOM CANDOMBLE BLE REFERENCIAS
FEITIQARIA FEITIQARIA E FAL FALSAMEDICINA
E RESIST RESISTENC ENCIA IA
LEGAL LEGAL
BIBLIOGRAFI BIBLIOGRAFICAS
125
147
195
AP A P R E S E N TAc;X TAc;XO O
Na Gam amel ela a do Feit Feiti~o: i~o: repre epress ssao ao e resist esisten enci cia a nos nos candombIes candombIes da Bahia pertence pertence aquela casta de livros que, inicia iniciada da sua leitu leiturra, nao nao se conse consegu gue e para pararr ate ate atin atingi girr sua ultima ultima pagi pagina. na. 0 fas fasCinio inio de uma uma tematic tematica a pratic praticaament mente e virge virgem m; a rique riqueza za das das font fontes es onde onde muito muitoss dos dos pr6prios pr6prios ator atores "f alam" alam" atraves atraves de document documenta~ao a~ao de priprimeira mao; mao; 0 estilo escor escorreito reito e agradav agradavel, el, tao caracteri caracterisstieode Julio Br Brag aga, a, e, sob sobretudo, etudo, sua paixao paixao de antrop6logo antrop6logo engage, inte interessa ressado do nao nao apenas apenas em desc descrev rever er como como 0 Candomble resistiu a repressao pressao polici policial, al, mas mas como como Pais Pais e Maes-de Maes-de-Santo -Santo foram foram vitimas vitimas de odiosa odiosa discrim discrimina ina~ao ~ao raci racial al-- tod todas estas estas virtu virtu des fazem fazem deste livro urn marco marco paradig paradigma mall na hist6ria hist6ria das religi6e religi6ess no Brasi Brasil. l. Insisto Insisto;; trata-se trata-se de obr obra basilar basilar nao apenas apenas para a historio historiogra grafia fia dos dos cul cultos afroafro-bra brasile sileiro iross - e pe~a pe~a crucia cruciall para para a compre compre-ensao da macro-hist6ri macro-hist6ria a das rela~6es rela~6es interconfession interconfessionais ais em nosso pais, a medida medida que comprova, comprova, atraves atraves de evidenevidencias documentais, 0quanto quanto a intolerancia intolerancia cat6lica, cat6lica, herdeiherdeira da Inqui Inquisi~ si~ao, ao, foi respons responsave avell pela pela ilegalid ilegalidade ade e persepersegui~ao dos rituais ituais de origem origem african africana. a. Repre Repressao ssao patropatrocinada inicialmen inicialmente te pela hierarquia hierarquia eclesiastica, eclesiastica, sucedida sucedida dep epois ois pelo pelos lacaio$ caio$ do poder poder estatal, estatal, mas mas que mant mantinh inha a em sua sua raiz 0 mesmo mesmo etnocentrism etnocentrismo o biblico biblico que se escorava escorava em dois postula postulados dos abominavei abominaveis: s: primeiro, primeiro, que "fora da Igre ja ja nao ha salva~ao"; salva~ao"; segundo segundo,, que que enxe enxerg rgav ava a nos nos
rituai ituaiss ali~ ali~n nig ige enas, so sob bretudo naqu aque eles pratica aticad dos por l!-egr l!egros osafncanos afncanos,, a pre prese sen n~a fi fissica do proprio proprio De Dem monio. nio. ~om ex exemp mpllo deste sectar sectariismo smo re reli ligi gio oso e dado pe pelo mais lrr rrev eve erente de nosso nossoss poeta poetas, Gregor Gregoriio de Mato atos ele p.ro roprioap prioape elidado de Boca Boca de Inf ern erno'e, comot comota al, de~ e~un un-clado cla do ao Santo Ofie Ofieio io da Inqu Inquis isi~ i~ao, ao, 0 qual, qual, mesmo mesmo demonstrand mo nstrando o pr prom omis isc cua simpa impati tia a para com com neg negra rass e mula ulatas, nao deix deixa de destilar 0mesmo smo preconceito cr crista istao con!ra as man anif if est esta~6 a~6es es religi religio osas afro-brasileiras, afro-brasileira s, ja ntao bastan bastante te po pop pulare ularess nos nos fins fins do se seculo XVII: XVII: ... nos Cal Calundu ndus e F eitit eitit ;os ;os . ven ve ntura di zem zem que busc buscam am . que em t ais d ant ;as o que sei e que Satanas anda anda metido tido ... Extrapollan Extrapo and do 0 signif ignif ica cad do mer erament amente e re reli lig gios ioso r pres pressao sao po poli lici cial al aos candombles, ombles, Dr. Dr. Julio Julio Bra raga ga < I ( nde ~comprova uma ass asse er~ao capit capita al: 0 que que se pre retten en-dlficult cultar ar e perse ersegu guir ir as casa casass de culto aos Or Orixas dl / / l, ao dlfi 1 1 1 1 pri prime meiira metade metade dose doseculo culo XX,e XX,erra atingir mort morta alme lment~ nt~ "Ii a es de uma cid cidad adan ania ia dif dif eren enc cia iada da para para os baianos I 111 ral, ra l, e aos desce escen ndentes entes de af rica ricano noss em par particu ticular. dono os dopoder local, local, her erd deiros dire diretos de de Fami Famili lia a1 ' 1 ro s don I't Ii doSa doSanto nto Ofie Ofieioe de trafica traficantes ntes de escravos escravos af af ricano ricanoss senta ntado doss pe pellos donos 'de jorna nall, autorida utoridades des civ civis' is' "Ol'll" se lIIil Iiliitare ress e r eli eligiosas, giosas, a modern moderniiza~ao da velh velha a Bahi~ hi~ enass a demoli~ demoli~..aod aode casa asar6e r6ess e predi predio os colo colo-(xii 'a nao apena (x imp pedia iam m 0liv livre trafeg fego dos bond bondes es eletrico eletricoss Il iai que im f11 11H H8 tambem a "desaf "desaf ricani icaniza~ao" za~ao" des estta sociedade ociedade mar arca~ ca~ dHrnent nte e negra egra.. So Soci cie edade ohde os os des esc cendente ndentess de euroeuroP ( us se sem mpre pre f ora ram m minoria_ inoria_ demog mografica, afica, e cuja maio maiorr purt rt~ ~ da popula~ao, ula~ao, apesar apesar dos anatemas mas da hiera hierarquia 'Ilto ltoh hca e das multas multas im imp post~§ st~§ pelas Po Possturas Municipais Municipais mpo o do Imperi mperio, o, insistia insistia em bus buscar car nos Candomble Candombles 110 temp (/ (;onfor fortoemoc toemociiona onal e 0 lenitivo nitivo para para va variegadas riegadas anglistias anglistias < I l l.
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que ou outr tra as ag~nc nciia8 in tituciona titucionais is na nao o soluc soluciiona nav vam a contento. Ap contento. Apra rati tic ca da m dicl diclna na tradi adicion cional al no noss "Terr "Terreiros eiros" " passa pa ssa en enta tao o a se serr consid ra rad da co cont ntrave raven~a n~ao, o, apo apon ntada pelos elos novos escu scullapios co como mo char charllatanis anism mo contnirio a modern moderna a Cie Cienci ncia a Me Medi dica ca tal qual er era a ensina nad da na se seleta leta Facu culdad ldade e de Medicin Medicina a do Ter Terre reiiro de Jes esu us. a bem col coletivo e a saud saude publi ublica ex exig igiam iam a re repre pressa ssao o aos "temp "templlos da superst ersti~ i~a ao". E a medida que os "Te "Terreir rreiro os" represent representayam 0 fulcro fulcro irra rradiati diativo vo da dass tra tradi~ di~6es afri africanas canas,, 0 locus princ princiipa pall de endo ndocultura~ao cultura~ao das novas gera~6e gera~6ess e reduto inexp inexpu ugmlvel de resiste resistencia ncia cultural ultural,, seu confiname onfinamen nto, contr ontrole e aniquila~a aniquila~ao o foram foram as solu~6ese olu~6esen ncontra contrad das pela elite lite baia baiana a f im de imp imp or a hege egemoni monia a euro rop pocentr ocentric ica, a, sempre mpre amea~ ea~ad ada a pel pelos eco ecoss dos tambore tamboress e fascin fascinada pela pelas comi omidas de santo santo. neste mundo mundo a urn temp tempo fas fasci cin nan antte e E pois neste como co mov vente nte que que 0 atual Dire iretor do Ce Centro ntro de de Es Estud tudos os Mro Mro-Orie rienta ntais nos leva a conhe conhecer, faz fazendo no nossos guias dois luminares luminares do Candombl C andomble e baiano na primeira imeira met metade ade do seculo XX XX:: a Babala6 Babala6 Mart Martin iniiano ano Elis Elise eu do Bomfim, Bomfim, e 0 Cab Ca boc ocllo Jubia ubiaba, Sever eriiano Manoel noel de Abreu eu,, cu jas desve desventuras nturas com com as for~ for~a as de re repressao pressao sac mi minuciosaiosamente reco reconstruidas, uidas, provas provas incontestave incontestaveis da intol intolera eran ncia ra raci cissta. ta. Alem destes stes pro protago agonista nistass, N :a Gam amela ela do Feiti~o: ~o: repressao epressao e resi esistenc nciia nos ca cand ndom omble bless da Bahi hia a resga resgatta outros outros nomes nomes nao menos nos sig signifi nifica cati tiv vos, alguns alguns nos nossos contempor contemporaneo aneoss, que que desem esemp penha nharam pape papel des esttacado nest nesta a luta luta ainda nao nao comp complletamen tamentte terminada, terminada, de ret r etira irarr a "gamela gamela do feiti~ feiti~o" das garras do precon econceito, ito, entr ntre estes estes Nina Nina Rodrigues, odrigues, Edison Edison Carnei Carneirro, Jorge Ama Amado, Antonio Monte Monteiro, Roberto Roberto Santo antos. s. Nes este tess tempos tempos bicudos, bicudos, onde fana fanatism ismos os re religioligiosos de ins inspir pira~a a~ao fundame fundamentalis ntalista decl declar ara am guerr erra a sa sant nta a contra con tra as demais demais religi religi6es 6es,, es estte novolivr ovolivro de d e Julio ulio Br Bra aga, alem de resgat resgatar pagi pagin na dra dramatica tica e pou pouc co conh conhec ecid ida a de noss sso o passado passado recent recente, e, onde onde a intolerancia ntolerancia et etno noce centrica ntrica
goz oza ava foro de de legali legalidad dad~; chama chama nossa atenr;: atenr;:ao par ara a 0 perigo de todas per todas as ideologi ideologias as "purista "puristas", s", seja de inspira~ao inspira~ao urop uro pocentrica, ntrica, seja de de matriz matriz nago, nago, que, quando quando aca ac aste steladas na negar;: negar;:ao da dive divers rsid idad ade e multi ulticu cult ltur ural al e do sincre cretis tismo mo,, redundam em odiosa odiosass e injust injustas as discri discrimi minana~iie iies. s.Q Que a resistenc resistencia ia heroica heroica destes nossos nossos antepassad antepassados os Airva de lir;:aoe lir;:aoe es estimulo ;para para a defesa defesa intran intransig sigent ente e da 'ida idad dania difere diferenci nciada ada nesta nesta Bahia Bahia de todo todoss os Santos antos '--nntas e Orixas. ' ,
CANDOMBLE: CANDOMBLE: RESI RESISTEN STENCIA CIA REPREssAo* REPREssAo*
. Luiz Mott Mott D~pto. de Antropolo Antropologia gia da UFBa.
A
0 go Cen Ce nsur ar am-me am-me gosst o pela leit ur ur a d os os r elat 6 6 r rios i os da poU cia d e Rom Roma. a. E que neles d escubr o sempr e mo mot t ivo ivo d e surp urpr r esa esa: am amiigos ou sus pe peito itoss , d esconh onhec eciido doss ou {ami{amilia liar es, e s, to tod d a es essa sa gent e me per t tur u r ba ba e suas loucur as as serv rveem de d escu escull pa pas as minhas nhas..
Mar Ma r guer it it e Y our ce;wr ce;wr . M em6 r rias i as d e Adri Adria ano.
Bahia,, mais mais do que que em qualquer lquer outra outra re reg giao do E na Bahia pais, notadam notadamente ente na cidad cidade e de Salva lvador dor e no Re Reco con ncavo, forteme fortemente marca marcados dos pela pela gra gr ande nde conce cen ntra rarr;:ao aod de escr escra avos africanos fricanos principalm principalmente ente a p ar artir tir do s~ s~cu cullo XIX, IX, que que o forte forte conti continge ngente nte popula populac ciona ional negro mais cons consegue impor impor uma expressiv expressiva a vige vigencia ncia dos val valores civ civilizato ilizatorios rios afro-brasileiros afro-brasileiros 1. Com muito sacrificio sacrificio,, 0 negro edificou edificou,, dur durant ante secu se culo los, s, as bases bases soli solid das que sustenta ntam e ate hoje hoje
* Es Estte
tex exto to,, na sua versa versao pre prelim liminar inar,, fo foii aprese resen nta tad do a 42n 2nd d Annua nnual Confe Con ferrence (Black Brazil) Brazil) em Gaines Gainesv ville lle, na Flor Florid idaa, em 1993, e, no mesmo ano, ano, publicado com 0 titulo tulo "Ca Cand ndo ombIe mbIe da Ba Bah hia: repres esssao e res esiisUmcia" ia" na Rev Revis ista ta USP, USP, junh junho/j o/julh ulho/ago o/agossto/9 to/93 3. p.52/59 p.52/5 9. 0 pro pr o j jeeto "A Prese Presenca do Negro Negro na Ba B ahia hia na prime primeira ira metade do seculo ulo XX"", no qua XX quall es esta ta inc incluida a pes esqui quissa so sob br e a re repre press ssaao pol oliicial ao aoss can ca nclomb mbJJes da Bahia, Bahia, e reali realiza zado do no Centr Centro o de EstudosAfrotudosAfro-O OrienLai~ cla UFB FBaa., e con conta ta com 0 apo apoiio da Fund Fundaacao Ford e do CNP CNPq.
promove promo vem m a cont contin inui uida dade de do doss valore ress cult ltu urais que permeiam perm eiam difer diferente entess form formas as de luta lut a e auxil ilia iam m no esfor~o desenv des envolvid olvido o em bus busca ca de sua inser~ in ser~a ao na soc ociiedade mais ampla. Tudo isto, evidentemente evidentemente,, elaborado num numa a nitid nitida a orientaorie nta-;ao ;ao para nao se per pe rde derr de vis istta su sua a id ide enti ntida dade de e especificidad specificidade e culturais culturais.. . No alvorecer alvorecer do s~culo s~culo XX XX,, ho houv uve e for forttes rea~6es da socied sociedade ade contra as tentativa tentativass do neg negro ro de se s e projetar na con condi~ di~ao ao de elemento elemento ativ ativo o da form forma~ a~a ao dos valores valores permane perm anentes ntes que hoje hoje me mellho horr sin singu gular lariza izam m e define definem m a soci so cied edad ade e e a cu culltura baianas. baianas. El Ele e se viu ob obrig rigad ado o a est estabe abe-lece cerr est estrat rategi egias as qu que e permiti permitiram ram a conquis conquista ta de espa espa~o ~o dentro den tro do qua quall se proce processav ssavam am as a~6es a~6es que visava visavam, m, so bretudo bret udo,, sua afirm afirma~a a~ao o psic psicosso ossocial cial.. Surg Surgiram iram,, ao longo longo das primeiras primeiras dec decada adass dest deste e secu seculo, lo, varios varios mo movim vimento entoss orga rganiz nizad ados os qu que e ten tendia diam m ao enfre enfrenta ntam m ent nto, o, ap apar aren en-temente tem ente nao ostensi ostensivo, vo, as diferen diferentes tes fo forrmas de discrimidiscrimina~a a~ao o social social a que esteve s~b s~bme metida tida a popula~a popula~ao o neg negro ro baiana, Certo e qu que e 0 neg negro ro sou soube be criar e soube valer-se valer-se de situ itua~ a~6e 6ess soc sociai iaiss e cultJr cultJrais ais qu que e th the e perm rmitir itiram am,, de mamaneira maneira,, alcan~ar resultados pr pra aticos, ne necessarios H 19uma consol co nsolida~ ida~aode aode algu alguns ns de seus interess interesses es fund fundame amentais ntais,, I t profu ofund ndam amen ente te err err6n 6neo eo e ate at e mesm mesmo o preconce preconceituoso ituoso ima im aginal' que 0 neg negro ro foi apen apenas as vitim vitima a do siste sistema ma soci social al vigente vige nte e da cla classe sse domina dominante nte qu que e 0 co coma mand ndav ava. a. Es Esse se julga j ulgamen mento, to, qua quase se sem sempre pre aligeirado aligeirado e pres presente ente em certas certas ref lex6es e estud studos os rech rechead eados os deu deufani fanismo smo,, ape apenas nas serv serviu iu para pa ra esc escon onde derr ou ma masc scara ararr Inu Inuit it as a~6e a~6ess do ne negro gro contra contra uma um a soc socieda iedade de que insis insistia, tia, n em sempre sempre com sucesso sucesso,, em empu purr rraa-lo lo perm pe rman anen ente tem men ente te para pa ra um uma a posi~ posi~ao ao de de inferio feriorida ridade de soci social al.. Essa visao distorcida distorcida da luta luta do neg negro ro em defesa defesa de se seus us dire direitos itos ma mais is elem elementa entarr es ali alime mento ntou, u, pO pOll 'muito tempo, te mpo, 0 que cham chamariam ariamos os de "ideologia "ideologia do coitadin coitadinho", ho", abjeta e nociva, nociva, que somente somente corr corrobo oborou rou a manuten~ manuten~ao ao
do prec precon onc ceit ito o e da di dis l' l'iim;na~ao ra racia ciall. Essa per persp spe ectiva em nada ajudou par a mpree reensa nsao o e 0 avan~o de suas luta lu tass e pa pare rec ce tel el'' f unc nciionado comou mourn rn en entra trave ve a mais mais no dificil pl' pl'oc oce ess sso o de sua inse inserryao na soc sociiedad dade e de classes. classes. Na verd verdad ade, e, tod toda a vez qu que e inter interesso essou u aos prop6prop6sitoss de sua sito suas rei eiv vind ndiica~6e a~6ess so soc ciais, 0 negr gro o soub ube e, com extre trema ma comp mpe etencia, ap apll'o 'ove veitar-s itar-se e da situa~ao social em que vivia. vivia. Conduziu se seu u proj proje eto maior de ascensao ascensao soci social al comhabilidade,, sa comhabilidade sab ben end do neg ego ociar ciar,, apro aproveita veitando ndo das raras ocasi6es favorav favorave eis, para sed sedim imen entar tar ba bases ses s6 s6lid lidas as qu que e ainda aind a serv serve em de su substr tra ato as difere diferente ntess fre frente ntess de lut lutas as e invest investida idass po poHt Htic ica as atua atuais is.. A man maneir eira a co como mo 0 negro reagiu reag iu a re repress pressa ao po pollici icia al e urn dos exp expressi ressivos vos exem exemplos plos de sua cap capacid acidad ade e de neg egocia ociarr na ad adve versi rsida dade de e obter obter ganhos importa importante tess na pre reserv serva~a a~ao o de valo valorr es fundam fundamenentaiss qu tai que e marca marcam m su sua a iden identida tidade de cult cultura ural. l. Ao lon long go dest deste e estudo studo,, urn esbo esbo~o ~o de hist6r hist6ria ia da repr re pre essao poli policial cial aos aos candom ndombles bles da Bahia Bahia,, pretende-se, com co m 0materi materia al di disspo pon niv ive el, tra~ar tra~ar urn rotei roteiro ro linear dess dessas as ocorre ocorr encias lembr lembrad ada as pO pOII'alguns vel velhos Hderes religiosos ou POI'outr POI'out ros ma mais is jove jovens que se valem da tradi~ao tradi~ao para enalte enalt ece cerr a brav avu ura do doss se seus us an antep tepass assad ados os.. Mas sera preocupa~a preocupa ~ao o pr prec ecipu ipua a id ide entificar ntificar,, nos noti noticiari ciarios os jorn jornaH aHssticos e nos docu docume ment nto os disponivei disponiveis, s, para alem das ocorre ocorr encias poli policiais ciais e seu significado espe specific cifico, o, as dife diferent rentes es estrate estrat egi gia as de ne nego goc cia ia~a ~ao o de qu que e se valeu 0 povo-de povo-de--santo para pa ra sup supe erar as difi dificu culd ldad ades es cr cria iada dass pe pela la so soci cied edad ade e dominante domin ante contra 0 surg surgime imento nto de uma uma relig religiao iao pop popular ular capa ca paz z de que quebra brarr do domi minio nio absolu absoluto to da re ligiao cat6 cat6lica, lica, identi ide ntific ficad ada a co com m a cl cla ass sse e de deten tentor tora a do po pode derr s6 s6cio cio-econom conomico ico na Bahia. Contudo, Contu do, comov como verem remos, os, a repress repressao ao poli policial cial aos candombl dombles es nao nao pade ser ser vista como um uma a sim simples ples rea~ rea~ao ao da so soci cie edade a um uma a religia giao o qu que e de qualqu qualquer er ma mane neira ira ficariia quase re ficar rest stri rita ta as clas lasses ses me meno noss fav favor oreci ecida dass da soc ociiedade. 0 Candom andomble, ble, da man maneira eira com como o se organiz organizava ava
e se projetava projetava na Bahi ahia, repre represe sent ntav ava a ine inegav gave elmen lmente te urn focode res resistenci cia a contra ntra--aculturat culturatiiva da popula populayao negra e de sua sua cul ultu tura ra face a sociedade ciedade baiana que ainda ainda se espelhava, spelhava, na primeira imeira metade tade des estte seculo, eculo, preferencialme lmente nte nas nas id i deologias e nas formas formas de viver ocidentais. Na ver erdade dade,, com 0 candomble andomble se constr construia uia uma uma s6lida lida estrutura estrutura de susten sustentaya tayao o sociocul sociocultural tural que nao se limito li mitou u simpl simples esm mente nte a apoiar apoiar 0 sistema sistema de crenya crenyass que lhe e caracter caracteristi istico, co, e ali ali fora fora engendrado ngendrado como como peya essenessenciall de cia de uma engre engrenag nage em sag agrada rada de grande grande complex complexidad idade e formall e simbO forma simbOlic lica. 0 Ca Candombl ndomble e e'; pelas pelas suas caractecaracterf stica sticas basicas, basicas, uma comunidade comunidade de natureza natureza alternati alternativa va que qu e pe permit rmite e ao aoss se seus us membros membros urn estilo de vida bastante bastante dif di f erenc erenciad iado o do que se te tern na sociedade sociedade mais ampla. ampla. Em utross te utro term rmo os, 0 sistema sistema re religio ligioso so esta profundam profundamente ente impl'eg impl 'egn nado de fory foryas as civilizato ivilizatorias rias negro-afric negro-africanas anas.. Tudo ieto corro corrobor bora a par ara a a compree compreensao nsao do Candomb Candomble le como como Huport uporte e pe perm rmane anent nte e do pro roc cesso de de construy construya ao e revitali7 . / / I I' ' ~ ~ d '3 . ident identiida dad de do neg egrro que que se apropria apropria constan1 . ( Jr1 nt nem se sempre mpre de de man maneira ira conscie ciente nte de urn urn vas vasto ( '() ()mp mpll xo con conte teud udo o sim simb6lico que que re reme mete, te, via via de regra, regra, I H 0 'o 'orr rr~ ~nc nciias his historic toric as e na mes mesma dimen dimenssao aos aos mitos mitos I r t ri rito toq que que subjaze ubjazem na memoria memoria coletiva coletiva e, conjunconjunLam nt nte e - mito e hist6 hist6ria - elab elabo ora ram m os cami caminho nhoss da !In stra tralidad lidade e afr fro-bras o-brasile ileira ira2. Porta Portanto, nto, a ana analise lise nao se afastara afastara da ideia ideia t1l1p 1pit ita alde que que a repressao repressao policial aos candom candomble bless da Hnh Hn hia tinha inha pro propositos positos mais largo largos e ambicios mbiciosos e 0 que pretendia ve verd rda adeirame deiramente era atingir atingir mortalm mortalmente ente H 1 ba base sess de um uma cida cidad da.nia difer difere enciada. nciada. A repressao polici cia al, justif justif ica icada de mod modos os dive divers rsos os,, era era apen apenas as urn urn instr tru ume men nto do poder fomentado fomentado e acionado cionado pela classe classe domina domin ante par para alcanyarse lcanyars eus objetivos objetivos.. Contudo, Contudo, a avalia avalia-'5..0 qu '5 que e se faz ho ho je je da significa significativa tiva pre presenya senya da religiao religiao doCand doCa ndomble omble na vida baiana baiana e brasil brasileira, ira, comoexpressao como expressao dum uma a cultura, cultura, reve revell a de certa mane maneira 0 insucesso insucesso da
classe dom class omiinan antt. D' uma classe dom dominan inantte que, pO pOII'anti antinomia ou ma vont vonta ad , t rmi min nou pOI pOI'f fa vore vorec cer os es esq quem ema as montados ontados pelo n gro na def esa de seu seu patri patrim m6nio nio cultu ultura rall relig eligioso ioso.. Esqu Esquema mass ess esses es que serao eviden evidenciado ciadoss paul aulat atiinamente na mente a medid medida a que forem sendo sendo desven svendad ado os os sub- .. terrane terra neos os da rep repres ressa sao o po polici licia al e os me meand andros ros das reayoe yoess do povo-de-s povo-de-santo. anto. A re r epressa pressao o policial licial aos ter terreiro reiross de ca cand ndom omb ble na Bahia Bahia se verificou verificou per ermanen manente tem mente ao longn longn da primeira met metade deste deste seculo. Pouco Pouco ou quas quase nada de sis sisttematico se escreveu escreveu sobre isso, isso, embora embora dive diversos autor autore es fay fa yam referenc referencias ias as batidas batidas policiai policiaiss regi stra rando, ndo, ve vez z pO pOI' I' outra, outra, 0 acontecimento, acontecimento , com com 0 auxilio ilio de alguma uma notici oticia a dejornal. dejornal. POI POI'outro lade, as pes· pes·soas soas dos candombles candombles tam tam-bem nao nao se mo mostram tram muito muito inte interess essadas adas em disc iscutir 0 ass ssunt unto. o. Pare Parece ce existi existirr uma uma-especie cie de res estri triya yao o mental em torn torno o de urn dos ma mais serio serioss pro problemas blemas enf rentados ntados no passado ssado recente pe pela comunida omunidade religiosa ligiosa afro-b afro-baian aiana a. Aimpressa impressao que que se tem tem'e a de exis xistir, tir, na me memoria ria col coleti etiv va, urn urn velado velado interesse em esque esquecer as ayoe ayoes po polliciais ciais que "varavam "vara vam" " templos sagr sagrados ados,, agr gre edindo br bruta utalme lmente nte lid lideres religios ligiosos e quan quanto toss estivesse tivessem m pre resent sentes es no momento momento das famige famigerradas bati batid das, ferindo, ferindo, as assim, sim, a dig igni nida dad de do povo-deo-de-santo. Entretan Entretanto, to, as batidas polici policiais nao conse consegui guirram ja jamais mais macula macularr 0 conte conteudo mais mais sa sag grado rado da relig ligiao af robrasileira, ileira, e muito muito menos menos 0profundo compromi compromisso de seus ade adeptos ptos com com as as divind divindad ades. es. Ortiz Ortiz faz refer refer encia as di difi fi-culdades encontr ncontrad adas as e super supera adas das pela pela Umba Umband nda a no processo processo de legitim legitimayao ayao e reconhec reconhecim imento ento soci ocial. Arep eprres es-sac policial policial como como urn compone component nte e da resist€ resist€mc mcia ia da so so-cie ciedade dade contra contra a presen preseny ya de va valores lores culturai culturaiss dif erenerenciado ciadoss do ide ideal padrao padrao ocidenta ocidentall foi, foi, segurame eguramente nte, urn urn dos mais ma is difi dific ceis obsta bstac culo ulos a ser serem supe superr ados ados pe pella comunida omunidade de religiosa religiosa negra negra, exi exigindo-lhe indo-lhe a utiliza utilizayao de diferentes difere ntes es estr trat ateg egia iass que que varia variava vam m do enf enf rentame ntamento
puro e simple mples, as mais mais dife difere rent ntees cont nteemporizadora, •
for formas mas de negocia gocia(({ao
, Na tent tentat ativ ivad adee ente entend nder er como como a repres pressa sao o polili'lal ge 'la gerou rou uma forma forma tipica tipica de resi resiste stenci nciaa cultur cultural, al, este trabalho preten etende de tamb tambem em veri verifi fica carr em que que nivel nivel e em em Que circunsta cunstancia nciass se deu deu absor({ao absor({ao de de valores valores nao afri africanos pe pelo loss grupos upos religi religioso ososs afro-b afro-bras rasile ileiro iross na Bahia Bahia.. Ortiz coment comenta, a, airtda airtda,, que ahist ahist6ri 6riaa da repr repress essaao polieia iall ao s te terrei rreiro ros, s, aind aindaa nao nao foi foi esc escri rita ta e que que "ela "ela se se )tl 'o 'ond ndee no 'dossier 'dossier'' da poli poliei eia, a, a espe espera ra de alg algue uem m par para I ','.( I"3. Para 0 caso «()) 1 'rCl- a «( caso da Bahia, Bahia, temos temos depara deparamomo-no noss ('"'lit nteme ment ntee com serias serias dificu dificulda ldades des de aee aeesso a doc docuIll( n tE 1 y ao que deve deve trata tratarr desse desse assunto assunto e que que,, sem duvida duvida ( / nv xi ti tirr, Os process process os os criminais, criminais, pOI'exemplo, pOI'exemplo, que s~ nll(' ll('O Oll!; ll!;J'arnnos Arquivo rquivoss da Bahia Bahia,, princi principal pal mente mente os que que "01 "0 111 11''( Jl) 0 p rf odo odo de maior maior intensid intensidade ade da repres repressao sao poli poliIl( H I, ulo (1920-1930), (1920-1930), aind aindaa se enco encont ntra ram m num numa 1 '1 1 1 Il( 1'llI lItt I 1'(lillli llli lia liar de siste sistematiza({ao matiza({ao e catalogar catalogar;;:ao. ao.Ate Ate agora ra,, cas par araa desc descob obri rirr tais tais pr p rocessos, essos, que que I II I It do V I " F l s buscas II '( lll!.r dados dos pre preciosos ciosos sobr sobre a rea({ rea({ao do negr negro a i ll t I "I"" "I polli ial a que que es este teve ve submet submetid idaa a comunida omunidade Ii 1 0 po II III I II I U l, dUJ'l:lnte a pri prime meir iraa meta de do seculo seculo XX. Il( I n Hriidadedo aehado aehado e sua importa importancia intrins intrinseen 'I'Hr do 'illn llnento, inclui incluim m'os neste neste trabal trabalho, ho, na forma forma de de 1 111 1 111 0 tura dos dois dois unicos unicos proces processos sos ate agora ago ra 1lIIIIIIilo, [IIl1H Iitura 1111 1111 11''''( / 01; litt 11 ness ssaa leitura leitura avanr;amos avanr;amos algumas eonsideraeonsidera1 li I II' t i t ''''''Itllr za etnognifica tnognifica quepossibi quepossibilitam litam umacompreumacompreI II I I I < I I I 1 11 1 1 1 iv rso religioso afro-brasile afro-brasileiro iro no qua quall se envo envollI 1 11 1 1 1 1 1 0 Homente os reus reus mas juri jurista stass e homen homenss que labu labuIIIVi VillliI ('OlllD leis vigentes igentes na:primeira na:primeira metade metade des deste seculo seculo. f - ) ~ j l l; ; l l POl POl'' falta falta de dados dados ou pOI'out pOI'outra ra razao razao qualqual1 / 1 1 1 " ', P O ll 'os se detiver etiveram am numa numa analis analisee mais mais profun profund da < III 1'll jl jll'nH nHH Hiipoli poolieeial e de de stlas stlas conse conseqiiencia qiienciass para para a proprovene neia ia dessa dessass manifestar; manifestar;6es religi religiosa osas, s, 1 " 1 / ' H o ln 'vive Nina Ro Rodrigu drigues es foi o·primei primeiro ro a tratar tratar mais mais demodemo,',,11111'1 11 ILedo ass ssunt unto, o, que oeupa oeupa algumas algumas pagina paginass de sua sua
a
obra obra clas classsiea Os african africanos os no Br Braasil, na qual, em not notaa explicativ plicativa; ~sse ura que esses cultos na Afr Afriica er eraam verdadeiras verdadeiras relig ligi6es d Es Esttado e que que, pOI'isto OI'ist o, sua pn pniitica devia estar estar gar garant antiida pelos gov goveernos e pel pe los costumes. "No Brasil, Brasil, na Bahia hia", aer eres esce cent ntaa ele "s "sao ao ao contrar ontrario io consid consideeradas pratic praticas de f eit itir ir;ar ;ariia, sem prot roter er;ao ;ao nas leis, co condendenadas nadas pela pela religi religiao ao domina dominante nte e pelo despr desprezo, ezo, muitas muitas vezes vezes apenas apenas apar aparente nte, e verd verdad adee, das cl classes influente influentess que, que, apesar apesar de tudo tudo,, as temem temem.. Durante a eseravidao, seravidao, nao ha ainda ainda vinte vinte anos anos portanto portanto,, sofri sofriaam ela elas todas as violenviolencias cias pOI' pOI' parte parte dos senhor senhores es de escr escravos, avos, de todo prepoprepotentes tentes,, entreg entregues ues os negros negros,, nas fazenda fazendass e planta plantar;6 r;6es, es, a jurisdir;ao e ao arbitrio quase ilimitado de administradores dores de feit feitore oress tao brut brutais ais e crueis quant quanto o ignorantes"4, ignorantes"4, , Babe Babe-s -see que que a Afr Afric icaa, especialme especialmente a Ocidental, Ocidental, pas sou pOI'serias pOI'serias transformar;6es transformar;6es em funr;ao da colonizar;ao que ali se implantou implantou,, especialme especialment ntee a par partir da segun segunda da metade metade do seculo seculo XI XIX. Os eoloniza eolonizadore doress usa usaram ram de todo todoss os artifi artificio cioss de pers persuas uasao ao para para conv converter 0 afr africano icano as suas reli religi gi6e 6ess dita ditass rev revelada ladas. s. Assi Assim m e que, que, desde desde 0 seculo passad ssado, o, as reli religi gi6e 6ess nati nativa vass estiver stiveram am em contat contato o eont eontin inua uado do com com as re religi6es estr strangeir angeiras e sofreram 0 imp acto acto das fricr; fricr;6es 6es entre cultur culturas as,, qua quase sempre sempre em situa({ao situa({ao de desigualda desigualdade, de, espeei espeeialmente lmente quand uando o se reestrut trutur urou ou a vid vidaa poli politi tica ca dess desses es povo povoss dentro ntro do mod modeelo europe europeu u import importado ado.. As relig religi6e i6ess tradie tradieion ionaais perderam muito muito de sua forr;a forr;a e capac capacida idad de de inte intervir direta diretamen mente te nos neg6cios neg6cios politicos politicos da sociedade sociedade africana, africana, embor mbora nao seja despreziv desprezivel el a sua sua presenr;a presenr;a no cotidiano cotidiano dos african africanos os,, espe especi cial alme ment ntee daqu daquel eles es que que vive vivem m em zona zonass mais afasta afastadas das dos grande grandess centro centross urbano urbanoss. Da mesm mesmaa form forma, a, na Bahi Bahia, a, ess essas prat pratic icas as reli reli-gios iosas tradie tradieion ionais ais fora foram rej rejeitadas itadas sob a aleg egar; ar;ao ao de que se trat tratav avaa de pra prati tica cass de fei feiti tirr;aria aria, POI' isso, deveriam deveriam serr afastad se fastadas as de urn meio meio social social que qu e se pre pretendia tendia oriund oriundo o e po port rtaador de um uma civiliza({a iliza({ao ocid ociden enta tal. l. Aind Aindaa nes este te
sEkulo, sEkulo, essa justificativa justificativa ,bastava bastava pa para ra que se pratic aticasse asse todo todo tipo tipo de vi violenci olencia a contra esses nucleos religi ligiosos osos af rorobaianos baianos que surgiam surgiam pOl' pOl'toda a cidade cidade do Salva Salvador. dor. Mas, as, e ain ainda da Nina ina Rodri odrig gues, observador privilegi pri vilegiado ado porter vivido vivido'na Bahia Bahia na virada virada deste ste seculo que bem bem sint sinteti etiza za as mazel mazelas as pOl'que pOl'que pa passaram ssaram essa~ essa~ pl''aticas religiosas pl religiosas.. "Hoje", "Hoje", diz Nina, Nina, " 'ces 'cessada sada'' a escravid~o, pa~saram ~saram elas a prepote prepotencia ncia e ao arbitri arbitrio o da policia policia II! II!:tO malS esclare esclarecid cida a do que que os antigos senho enhores res e aos mos da opiniao opiniao publica publica que, que, pret preten ende dend ndo o fazer fazer de I' clamos . pf ri:o f?rte f?rte e culto culto, reve revela a toda toda hor hora a mais supina supina oranC nCla la do fenome fenomeno no sociologico"5 ociologico"5. Nina comenta, comenta, l / : r nora /: Lnrrnb m, a manei Ln maneira ra como como a imprensa imprensa se compraz compraz em noti,:iiln, ,: m a necessaria ssaria isenya isenyao o de de animos, animos, as f reqiientes diferent ntes es terreiros de candomble candomble.. I n ' \I \I I' 6 s da policia, a difere Ali l A, tom to m ironico, quas, quas,e de de deboche, vai estar estar sempre 1,t em quase pI'O uase toda todass as notic noticia iass jornalist rnalisticas icas que I . " ILn1 1 1 c 1 re repr pre essao ssao policia policial. l. 0 discurs discurso o agres essiv sivo o foi foi 11 1 1 11 \ 11 \(( nL abra ran ndado dado com com 0 surgime surgimento de uma uma serie erie de pOII'LI LI1 1f{ ns sob 1 ' 1 pO obrre os candom candomble bless da Bahia ia,, a partir rtir de I 1:lli, )1" niza zad da pOl pOl' Edison Edison Carne Carneiro e publica publicadas das no 11 1 '1 1 d Esta Es tado do da Bahi Bahia a. Esta Esta seri serie e de repor reportage tagens PIII'I \ ('(L l' mal' al'ca cado do uma nova nova postura postura dos jorna jornaiis e dos dos lliili / ili L il A da epoca frente a presen ll presenya ya da cultu cultura ra af roandament ento, o, pelo meno menoss em ter erm mos de 1 1/1 / 1 / I/II I/III, 1 ' : 8 e abrandam \ \11 1 1 1 1 1 I il /p l/ p ia' m menos agr' agr'ess essiva, nao provocou, entretanIIIII1 I11 1I i rof unda unda mudan udanya ya nas nas relafoes lafoes sociais ainda Ill, II d , 1 1 1 '1 1V Ol ' IV is a populayao negro-baiana negro-baiana. Ain inda da co comenta mentando ndo a mane maneira ins insidiosa diosa com que iciiavam as batid batidas as policia policiais is aos candombles 1 1 1 . /0 /0 1 ' 1 1 1 1 i H notic I 1 ' 1 vnln ndo 0 mesmo sentimento sentimento de intransigenci intransigencia a, assi assim m Nina Rodrig~es: III (Xpl' 'HSOU Nao e me men nos para para t amentar ntar que que a im pr ensa local r evele , ent r re n6s , a mesma d eso esorie rienta tar r ;a o n o mo mo do do de tratar 0 ass unt o , pr egando egando e a pr pr egoando goandoa a cr enr ;a d e que 0 sa sabr br e do sol solda dad d o d e pol jc jcia bor ;al ;al e a estupi estupida da vi viol oleen ci ci a de
comiss6 .l' ios comiss6 ios p li ' iais iais igua uallme men nte ignor ant es es heio heio d e tel' tel' maior los osee d e l I I irtud irtud e cat equi uist st a , mai mais e fi fica caccia como inst r ru m ' nto le .on' )er. r.~ao ~aor r elig igiiosa do que que t eve 0azorra azorragu guee d os os I i it or or r r. s. I ; ;
Nina Nina deixo eixou u ap ape enas de di dize zerr que essas essas bat batidas policiais policiais nao ref ref letiam apena apenass a prepotencia prepotencia da soci sociedade dominante dominante mas, mas, na ver erd dade, demonstrav monstravam seu medo em vel' vel' que essas essas formas formas de religios ligiosidade popular, popular, chamadas chamadas comescarnio comescarnio de cultos cultos "pr "primitiv imitivos" os" ou feitifar feitifarias, ias, avanfaavanfayam e se reprod reproduzia uziam m rapi apid damente, nte, e se cons constit titui uiam am em serio serio entrave entrave par para a sedime sediment nta ac;ao da desejad desejada a civiliz civilizaayaomoldada yaomoldada em padroes padroes eur europeus. opeus. Era sobretudo urn serio problema problema para a hegemonia hegemonia da Igreja Catolica Catolica, que representava sentava os interess interesses es dospoderoso dospoderososs e do Estado, Estado, nao sendo sendo de estranh estranhar ar que sur surgisse gisse a repress repressao ao a uma uma cultu culturra reli reli-giosa giosa diferenciad diferenciada. a. Mais Mais do que que isto, a religiao religiao do negro negro se revelav revelava a capaz capaz de de crescer, sem controle, controle, no meio meio popupopular, lar, especialme pecialmente nte entre ntre negros gros e mestiyos, maioria aioria da populafa populafao o na Bahia ahia.. Ma Mass es essa sass hos hostilidad tilidades es vao provocar urn urn fort forte e sentime ntimento nto de resi esist ste encia ncia forjado forjado na na ide ideia basica de que que esses esses era eram valo valore ress pro profundo fundos, enra raizad izados os na propria propria nOfao nOfao de se ser e de pessoa soa do negr negro o na Bahia. Talve Talvez isso isso ex expliqu plique e 0 que que Nina Nina chamou de "ex "extratraordina ordinaria ria resistencia sistencia e vitalidade talidade dessas dessas crenfas crenfas da rafa negra. negra. Para Para apaga apaga--la tern si sid a debalde lde a antiga ntiga e tao tao prolongada longada repres repressa sao o, desuma sumana pOl pOl'vezes vezes,, semp sempre violen violen-ta, ta, dos senhor senhores es de es escr cra avos vos e dos feitore feitores, como como a interintervenyao, venyao, nao menos menos viole olenta nta da policia"7 policia"7. Essas batida batidas policiais, policiais, assim como como outr outras formas formas de reaf ao da classe lasse domina dominante nte, em face ace dos valores valores cultuculturais afro-bai afro-baiano anos, s, vao ser menos menos freqiie freqiientes ntes a part partir ir dos dos anos anos cinqiien cinqiienta, ta, em raz razao de uma uma nova nova postur postura a da pro propria comuni comunidad dade e negra negra que co comefa mefa a melhor melhor se org organizar anizar na luta luta pela pela def esa de de seus inte interesses resses e bens bens culturai culturaiss. Nesta epoca, poca, com 0 proces processo crescente scente de industrializafa industrializafao, o, insta instala-se no pais pais uma ideologi ideologia a triunfante triunfante,, imprim imprimind indo o
uma nova co uma consc nsciienci ncia ano seu desti destin no e desvia sviarr rrd do 0 eix eixo o dess de ssa as pr preoc eocu upa~6 pa~6es es para a const constrru~ao de um uma a sociedade ~ue poder poderiia ser indust industrrialm lme ente melho melhorr equip quipa ada e, com l~SO,provoca l~SO,provoc ar pr pro ofu fun ndas ref ormas ormas no noss padr6 adr6es es socia sociais is Vlg~ntes e qu que e ate entao de def f ini iniam a socie socieda dade de brasi brasileira leira.. Asslm, essa ssass for form mas consid consider eradas adas sing singulare ularess e bizarras de re re~igi ~igio osid sida ade deixa xarriam de se serr um uma a questao questao es esssenc nciial e de mteres mteressse ma maio iorr e. se acomodaria acomodariam m nos nos limites imites das preocu preoc upa~6 pa~6e es mais local localizada izadass. Na verdad rdade e, isto sig signif nifica icava va a ado~aode do~aode uma nov ova a postu post ura da 60ci 0cie edad dade e do domi minan nante te e que deveria veria ser aci acionada por out outros meca mecani nissmos capaze pazess de ref rear rear 0 cons constan tante te ~va ~v an~oe cons consolida olida~ ~ao da religiao afro-b afro-bra rasil sile eira na Bahia. E po porr essa epoca epoca que pratic praticamen ente te se instituc tuciona ionaliz liza a urn tipo tipo de op oprressao esp spe ecia cia::I,a I,a do cont contro rolle policia licial dos terreiterreir?s de de Candombl Candomble e, ob obrrigand ndoo-os os a se f ichar harem na Del Delega ega-Cl~d; Cl~ d; Jogo Jogoss ~ Cost Costu u:nes, da S~cretaria de Seg Seguran ran~a ~a Pu Pu-b!llca . A pa b! part rtIr Ir da decada de cm cmq qiien ienta, ta, pa pass so sou u a ser exigIda a solicita~ solicita~ao ao de um uma Iic ice en~ n~a a para para "bater" Cand Candomomble, isto e, e, par para a qu que e pudess udessem em rea reallizar suas suas cer cerimonias religiosas giosas,, os cul culto toss as suas divin divindade dades, s, gera gerallme men nte ob obe edecendo, cend o, quase todo todoss eles es,, urn ca calen lend dar ario io liturg liturgic ico o in inte terr~amente ~am ente estab estabe elecido cido..9 Os sac ace erdo rdotes tes que nao providen oviden-Classem, a tempo tempo,, a Iic Iice e:p~ae p~ae,, sem ela, real realiizass zassem suas festas pU.bl pU.blicas, icas,e est sta ari ria a~ cometend tendo o uma uma inf ra~ao ra~ao e podiam, po porr lSSO lSSO,,ter seus espa~ espa~os os sagra sagrad dos in intterdi erdittados ou invadidos invad idos tao agre agressivam ssivamente ente quan quanto to 0fora foram duran urantte as prime meira irass dec decada adass do seculo ulo XX. XX.10 Contudo,, muit Contudo muitos os dos cand cando ombles consi onsid dera erad dos de grand rande e influ influe enci ncia a na Bahia Bahia nao se f ich ichava avam m na polic licia e se v~ng v~nglloriav oriavam am de nunc nunca a terem passad passado pela hum humilha ilha~ao e 0 d.lss lssa aborde serem obrigados a "tir:ar" uma uma licen~ licen~a a para reah ahzar zarem em sua suass fes festas tas relig eligios iosas. as. E qu que muito muitoss desses candomb ca ndomblles ja desfrut sfruta avam de gr gran and de pr pre estigio jun unto to ao poder constitu constituido, ido, com borntransit borntransito o nas classe classes mais mais altas ltas e com efe efetiv tivas as alian ian~a ~ass com autor toriida dad des polic policiiais que que os
isentavam isent avam de 'sa ob obrriga~ a~a ao. Essa situa tua~a ~ao o era ideolo deolo-gicame men nte tra rab balhada usa sada da por esses esses ca candom ndomb bles como urn simbol simbolo o de PI PI'' sLiJju social e de pode derr, nao som s oment ente e na com omun uniida dad de inc incllusi siv va do te terrreiI iI''os, mas tam amb bem junto a sociiedade bai soc baia ana de uma mane aneira ira ger gera al. Porem rem,, se as as mais dif erent nte es fo forrmas de ag agrressao •. nao surt surtira iram m os ef eit itos os al a lme j ja ados os,, ent ntre re ou outtro ross 0 de fazer desapa saparrece ecerem rem "e "essses cult culto os pr primitivos imitivos", ", comoer moera am geral ral-mente me nte denomin denominados, ados, esp spe erava rava-se -se que 0 nov novo o qu qua adro soci ocia al e econo conomico mico que se im imp plant antava ava gra grad dativament tivamente e na Bahi ahia a doss anos cinqiienta do cinqiienta pudess desse e encarregar encarregar-se -se de transfor transformalos em algo algo despr desprezive ezivell e que, que, na melh lhor or das hi hip6teses, p6teses, poderi pode ria a ser acomo acomoda dad do docil docilmen mentejun tejunto to as cois coisa as folc folclor oriizada dass e inofens inofensiiva vass ao sistem sistema a socia sociall vigente vigente. Na verdad verdade, a vis vista ta da gr gran and de for~ for~a a da re reli lig giosidade si dade afr afro o-b -brras asiile leir ira a no noss dia diass atuais, atuais, a class sse e domi min nan antte mostrou ostrou--se in inca cap paz de obte obterr qu qual alqu quer er tip tipo o de suc sucess esso o dia iant nte e do processo processo rap rapid ido o de ex expans nsao ao dess sse es culto ultoss na vid ida a e na menta mentallidad ade e dopov dopovo o ba baia iano no.. A rep repres ressao sao po poIi Iici cial al refor for~ ~ou inicia inicialm lme ente te,, na comunidad co munidade e negr negra a, um forte se sentim ntime ent nto o de re j je ei<;aosoc sociial, constru cons truido ido e aIi aIicer~ cer~ado ado nas nas rel rela~ a~6 6es soci socia ais e raciai raciais qu que e con onf f igura uravam vam a socie ocied dade escrav escravist ista a. Co Contu ntudo, do, num se s egundo mom momento,s ento,se e usa sara ram m f req eqiiientem ienteme ent nte e est stra rattegia egiass alt lta ament mente e eficaze eficazess de resiste resistencia ncia e qu qu~ ~ se a ju jussta tava vam m int nte eli lig gentemen entementte a cada caso especifico especifico e de acor acordo com os in intteres resses ses ma maio iores res a serem salva salvaguardados ardados.. Ja no vizi zi-nho nh o Estad Estado o de Alagoa agoas, s, a persegui~ persegui~ao fo foii ta tao o cr cru uel qu que e 0 povo-de-sa povo-de-s anto teve prati praticam cament ente e que ree reestru strutur turar ar 0 cul culto to,, elimin limina and ndo o 0 us uso o dos dos instr stru ume mento ntoss de pe percu rcussa ssao o com como o os atabaq ata baques ues,, e "tirando" irando" os ca can nticos em ba baiixa voz, voz, par para a qu que e nao fo fosssem adm admo oesta tado doss pela po pollic iciia. Regina nalldo Pran Prandi di lemb mbra ra que "0povo-d "0povo-de e-san santo to de Al Alago agoas as teve de 'inv ' inve enta ntarr' uma nova religiao ligiao,, 0 'Xa 'Xang ngo o rezad rezado o baix ixo' o' co com mo a cha cham mou Gon~ Go n~a alves Fe Ferrnan and des es,, sem instr instru umen ento to de percuss rcussa ao, 0 volum olume e da dass vo voz zes pia ian nis issim simo. o. Ra Rasp spar ar a ca caber;a e abrir
cur uras as (in (incis ciso oes ritua ituaiis na; pele) pele) e exatament exatamente e (0 mesmo) que ent que entre regargar-se se a policia, 0 pod poderoso inimigo inimigo des des sa religi rel igia ao".ll Na Bahia, Bahia, a tradi~ tradi~ao ao da ne negocia~ao gocia~ao do negro parec par ece e rem emo ontar ntar ao peri period odo o escr escrav avoc ocra rata ta.. Joao Joao Reis eis ana nallisand ando o as diferente diferentes revoltas voltas e movimen movimentos tos libertario~ libertario~ de es: s:..ravo ravoss eclodidos clodidos na regiao regiao no seculo seculo XIX, chamou a aten~a n~ao o ~ar~ 0fato de que que os negros negros recorriam recorriam a estrate estrategia gia da negoc negoclla~ a~ao ao com com os se seus senho senhores res e autori autoridad dades es toda toda v~z que a consider consideravam avam mais convenien conveniente te do que 0'expec11 11e ente do enf renta entame ment nto. o. "Os "Os escra escravo voss tambe tambem m nao nao cnf rentara rentaram m .os .ossenhores senhores some somente nte atrave atraves da for for~ ~a indiv individua du al ou coletlva. As rev revoltas oltas,, a forma~ao forma~ao de quilomb quilombos os e 8ua de def f esa, esa, ~violen ~violen,,ciapess ciapessoal oal convive conviveram comestrategias o~ te tecno cnollog ogIIas paclfi paclficas cas de de resistencia. resistencia. Os escravos escravos romromI lam a do dom mina~ao cotidia cotidiana pelo meio meio de peque pequenos nos atos rl deso sob bedie iencia, ncia, manipula manipula~ao pessoal e autonomi autonomia a cultuculturaJ",12No que se ref ere as: rea~oes a~oes da comunid comunidade ade afrobrasileira con contra tra as as suces cessi siv vas incursoes incursoes policiais policiais aos aos seus essa sass tecno nolo log gias pacif pacif icas de resi resist ste encia Hf tlOS sagrados, es dura du ran nte a pr prim ime eira meta etad de do seculo XX XX,, for foram, am, com~ v r mos, freqi freqiie ientem nteme ente nte uti utilizadas e se revelara revelaram de exex1 ,1,1 ,',' ma eficaci eficacia a na polftica polftica de preserva~ preserva~a ao dos be bens relireli(.;'IOS OSOS OS afro-b afrobras rasil ile eiros iros na Bahia. desllocame camento nto gr gr~ ~dativo dativo desse essess grupo gruposs religioo des para zon para zonas as perif ericas ricas da cidade idade f oi uma uma das das consequenc nciias mais diretas diretas dessa essass estra estratteg egias ias.. "Diante Diante das v.iolenciasda ciasda polfcia" polfcia",, assegura egura Nina Nina Rodrigu Rodrigues, es, "as praI.l I.lcas casn negr egras as se fur furtarao tarao a publicidade: publicidade: hao de refugiar-se nos re recessos das matas, matas, nos nos recondito conditos das das man mansa sard rdas as e l"( "())r~ r~i~ i~os os; se ; ret retra raira irao o as horas horas morta mortass da noite; noite; se ampaampar~wa wao o ~a_prote prote~ ~ao dos dos pod. pod.erosos erosos que que busca buscam m orgias orgias e dcva vass ssld ldo oes que elas Ihes Ihes Pll Plloporcion oporcionem; em; tomarao tomarao por fim ;IS ;I S ~ou oup pagen agenss doca docatoli tolic cismo:e da supers supersti~ ti~ao ao ambie ambiente. nte."13 "13 I~dlsonCa onCarrne neiiro, com 0 levantame ntamento nto que que fez, na de decada rle quarenta, das das areas e bairros popular populare es onde onde estava estava ,'0 '
inst instalado gr gra and pre predissera dissera Nin ina a:
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1"0d
can andombl dombles es,, conf irm a
0 que
Os ca can nd omb mbll s se d ist r ribu i buem pelos bai bairr os os pob pobr r e s d a C idad e , d esd esd e 0 N or d d este ( Ama Amara rallin ina) a) at atee sa sao Ca Caet et ano ano , jd jd na estr ada ada d e I ' ' Oda dage gem m entr e Bah Bahia ia e F eir eir a. a. Pod e-se d ize izer que sitiam itiam a zona propriam propriameent e ur bana da Bahi Bahia. a. Assim Ass im vamos enco con ntra trar r ca candom ndomb bles no Rio V er er melh melho o , na Mat a E scura , na Vi Villa Ame Amer ica ica , na F ed erar;ao erar;ao , na F a z zeend a Gr ande de , , nas Quin.tas Quin.tas da Barr Barr a , na Avenida Avenida Oc Oceed nica, nica, ern Br otas tas , na Gomea , ern sao Go Gonr nr ;alo e na F azend azend a Grand e do Retir o, o, no Beiru , no Bat e- f olha lha , na Ar eia da Cru z d o Cos Cosme, na Ci Cida dade de d e Pa Palh lha, a, na Quintas Quintas d as as Bea Beat t as, as, no Enge Engenho nho Ve lho, lho, na Ilha Ilha Amar Amar ela, na F or or miga miga , nos Fiais Fiais , na E str ad a da Libe Liber dad dad e, e, no Matatu Matatu Gr and e, e, no Bogu ogum m , n o For no, na Calr ;ada. ;ada.14
Entretanto Entretanto,, Nina Rodrig Rodrigues ues e pou pouco feliz feliz no se seu u diagn6stic diagn6stico, o, quando quando afirma afirma que esses esses cultos esta estariam a disposi~ao de de qua quantos ntos desejasse sejassem usa usa-Ios par para todo todo tipo de entrete ntretenime nimento nto, praticas org rgiastic iastica as e de devass vassid ida ao. 0 candomble ndomble nao est esta livre livre de se serr, ve vez z PO POI'o I'outra utra,, usa sad do in< in<,levidame vidamente nte para fins fins esc escu usos. Contudo tudo,, ele foi, foi, pouco a pouco, assum assumindo postura postura de institui~ institui~ao religiosa ligiosa mais org or ganiz nizada ada e bus buscou elimina eliminarr de seu me meio, tanto tanto quanto uanto pos possivel, vel, pess pessoas inescr inescrupulo upulosa sass que que tentava ntavam m usa sa-lo -lo para fins inconf inconf essavei ssaveiss e pr prove oveitos itos pessoais essoais.. Alia Alias, s, esta sta tem sido uma uma lut luta permane rmanente nte de par partte consi consid derave ravell dos dos gran de des lfde lfderes dos candombl candombles es,, que que se enco encontram ntram empenhados na luta pela mora moraliza~ liza~a aoe discipli disciplina na des esta ta religia ligiao. discussa sao o e se se essa "morali "moraliz za~a a~ao" o que nao esta aqui em discus t ern obtido bons resultad esultados os capazes pazes de elim imiinar definitidefinitivamente 0 usa do Cand Candom omble ble para para outros f ins ins nao nao religioso iosos. s. Discussa Discussao o que nao nao cabe cabe nas inte intenr;:6ese nr;:6ese nos limite limites des estte trabalho. Mas era inev inevit itave avell que esses sses grupos grupos se af asta astasssem se m do c ntro ntro ur urb bano e se ins instalasse lassem em areas reas mai mais d i titiLL a n t ' titi,, nas zona zonass peri rif f ericas cas.. Aqui nao nao somente omente inter interf l",Ill ()fi mr 'un uniisrno no,, no norrmalment mente e acionad aciona dos pel a
socie ocie..dadeco dadecon ntra a pr pres ese eh~a desses grupos grupos re rellig igiios osos os e suas mam amfes~ fes~a~6 a~6es es cul cultura turais, is, num numa a are area a eli liti tiz zada por um uma a popul~~ po pul~~ao ao de gra grande nde pod poder er aqu aquisiti isitivo vo ma mass, tam tambem bem,, a pr6pna pr6 pna red red~fi ~fin ni~a ~ao o da ,es esttrutura urb rban ana a, que pau paulati lati-,:a ,: ame mente nte Val Val ~=wan ~=wand doa popul popula~a a~ao o de me menor nor pod pode er aquisiL,v ,vo opar para a reg reglO lOes es ou areas me meno noss nobres nobres da cidade. cidade. Donalld Pierson Dona Pierson; que reali realizou zou pesquisas pesquisas na Bahia Bahia Il& Il & de. e.c cadade trinta, re rellata que, que, naque naquela epo epoca ca,, os ca can ndom om-bl S Ja estav avam am situado ituados em areas dist distan ante tess do ce cent ntrro 1/ rb no ~m re regi gioe oess em que que era mai aior or a presen presen~a ~a de uma p pu pulla~a ~ao o negra. negra. A esse resp respeito to,, es esc creve: As se As seitas itas estao localizadas nas nas areas areas onde os habita abitan ntes sa D sa D quase ~xc ~xcllu~ u~..ivam ivameent e pre ret t os os ou mu mullat atos os es escu cur r os, o s, ou nas ce cerca rcamas mas da ctdade tdade.. Se Seu u nume mer r o, o , qua quando ndo estiv stivee na 1935/37,, er a d e s et Bah Ba hta em 1935/37 etenta a ce cem. Al Algu gun ns a{ irmavam e xist ir du ze zent nt as a s ou treze trezenta ntass , ma mass est e ca callculo '. pa p ar e~e e~e exagerad ~. Ao redor redor do " lago sagrado sagrado", ", ou Dique Dique , e na ar ea ent r r e as lmhas de bond e Rio V erm rmeelho d e Cima e Rw V er r r nelh nelho o de Bai Bai xo, xo, hav avia ia ma mais is d e vint e. Um pr eto, que fr eque equent ntav ava a re regu gullar mente a se seit ita a co conh nheecid ida a co como mo E ng. ng.enho Ve lho, pon onh hec eciia pe pessso soal alme ment ntee d ez ezoi oito to de dela lass po p odt dt~ ~ lo loca callizaiza-llas, ind ica car r sua descen descend d enc ncia ia af afri riccana ; r e p peettr os nom nomees d e se seu us che f es. es. Das d ezoito e zoito seita itass , on ze , dt z zta ta ele , era ram m de or igem igem nag6 , se seiis angol angola e um uma a gege. Est t avam Es avam t odas odas localiza izad d as as na pe perif rif er ia da ci cidade , na nass par pa r t t es habtt habttada adass prin princcipa ipalm lmeent e pela porr;ao mai mais es esccura d a popular ;ao ao , , ou :no noss luga gar r es e s af afas ast t adosJ 5
. Ra Rap pi~a i~am men entte f oram oram, em e m con onsseqiiencia qiiencia do pro proces cessso voJuttIvo voJu Ivod da cld c ldade ade do Sa Sallva vad dor, rei reintegrados a paisagem rba ana,co co~ ~ 0re redi dime men nsiona ionam men entto da cidade, idade, especi especialme men nu rb (, na nass ultlmas lmas de deca cad das quando 0 siste stem ma vi viar ariio teve que que f' e~rre ~rrerr ao aos gr gran and des val vales ~area areass men menos nobres nobres para consconsLn..~lI Ln lI: ext ex : tensa nsass ave aven nidas idas.. Muitos uitos desse essess primeir meiros os grup grupo os f' hglOSOS de que que se tern noticia ticia, cujos lfdere lfderes mora rav vam no 'Ol~tr 'O l~tro our urb ban ano o ouem area reass be bem m pr pr6x 6xiima mass, Va VaG Gexa exatamente tamente Hemsta He mstallar nas regi regi5es de ~vales e nas suas suas encos costtas por onde a ci cid dade vai se este estender nder e gaI gaIfh fhar ar..nov novos os co con ntornos.
Mais isoJ oJado adoss, p diam os terr terreiros realiza ealizarr seus culto cultos com urn poueo poueo mai maiss de se seg gura ran~a n~a.. Al Aliias, mesmo nos dias atuai uaiss, qu quan and do urn sac sacer erd dot ote e intenc intenciona iona instalar urn novo ovo terreiro, re ree eorre ao ex exp pedie diente nte de pro procur curar ar lug luga ares mais afa afastad stado os do centro da cida cidade de,, on ond de espera espera ter mais ais tr tra anqii nqiiili ilidade e sos sosse seg go e, porta portan nto, enc encont ontrrar as cond co ndi~ i~o oes mai mais favorav favorave eis pa para ra a realiza realiza~ao ~ao de diferen diferenttes rituais ri tuais.. Exi xist ste e uma expressa expressao util utiliza izada da pelas pessoas do candombIe ndombIe que afir afirma que 0 povo povo j je e je, je, por exempl exemplo, o, gost gosta mui muito de mate, mate, num numa ev eviidente alusao a necessi essid dade que que tern tern 0 cul culto de disp dispor de ar areas de abu abunda ndante nte veg vegeta eta~ ~ao, ond on de es esta tao o "assentados assentados" " os el ele eme men ntos simb mb6 61icose 1icose rep repre re-sentativ entativos de dete deterrmin minad adas as di div vindades ndades do pan pantteo eon n af afro ro-bras rasil ile eiro. iro. Eviden Evidente te que, que, compl comple etan ando do es este te qu quadro, incluise a di difi fic cul ulda dade de de se comprar comprar ter erre reno noss em are areas as ma maiis pr6x pr6xim ima as dos dos gr grandes centros - tao carentes de es espa pa~ ~os vaz va zios -, em de d ecorre correncia do baixo poder aqui aquisit sitiivo dessa ssa popul po pula~ao a~ao que dific dificilmente ilmente dispor isporiia do doss rec recursos neces cessariios a aquisi~ao sar quisi~ao de terras nas cha chama mad das ar area eass no nob bres da cida cidade. Costuma-se tuma-se minimiza izarr as di dif iculdad culdades es fina finannceiras, reah reah;: ;:ando-s ando-se e a necess necessiidad dade e de boa boass condi9 condi90 0-es~a o anda ndamento nto dos dos ritua ituais. is. Certo e que urn terre erren no ma malS lS af astado astado do cent centro ro da da cida idade de po pod de ser eom eompra prado do por urn pre~o mais acessive acessivel, alem de se pod poder esc61her uma area pr6xim pr6xi ma a uma uma lagoa, lagoa, a urn c6rrego qu qualquer, ou nas im imedia~oe dia~oess de uma uma mat mata de onde se possa ossam m colher olher as raiz raizes, as folha folhass e os f rutos in indi disspensave ensaveiis a exec execu u~ao de va vari rios os ritu ri tuai aiss in intternos rnos dos cando candombles bles.. Ess sse e de desl slo ocamen ento to par ara a ar area eass pe perriferi iferic cas da cidad cida de, que que poderia poderia ser cons onsid ider er ad ado o urn urn recuo diante diante das perman perma nente tess in incurs6 curs6e es e bat atid idas as poli policiais ciais aos cand candombl mbles resulto ultou u, na verdade, verdade, nu num ma f orma orma de vit vit6r 6riia, se consi sid derarmos rarm os os res resul ulttado adoss pos positi itiv vos obti obtid dos a medio e a lo lon ngo praz razo. o. Ess Esse e dista distanciamen nciamento to perm permiti itiu u que que dife ferrente tess gr gruupos pudesse pudessem m se inst stal alar ar em te terrren renos os e espa espa~ ~os mais
apropria propriados dos para para 0 cu cullto as divi divinda ndad des af roo-b brasileiras, estrutura estrut urando ndo melho melhorr e def ini initivam vament ente e os seus terre terreiros iros.. E possive ssivel ate que esse afastam afastament ento o co compulso mpulsorrio tenha tenha desemp dese mpenh enhado ado urn papel papel relev r eleva ante nte na pre prese serv rvar;ao ar;ao de de uma uma hturgi htur gia a que que pod podia, ass assim, ser praticada aticada mais livremente livremente longe do asse ssedio, muitas uitas vezes indes eseja ejado do e impe impertinente, d pess ssoa oass estr estranhas. anhas. Os grupos grupos evitava itavam m 0 confronto com a policia pOl' pOl' nbssoluta nb luta incapaci incapacidade dade de enfrenUi enfrenUi-la -la comalguma margem margem ucessso. Dificilmente urn terr erreiro de candom candomble ble poderia poderia 1 uce dil:l di l:lpor pord de meios par para a tal tal enfre nfrentame ntament nto o diant diante e de uma uma pi ia extre tremame mamente nte agr agressiva siva e for fortement temente e armada armada,, ( 11 1 1 1 ndo dosse des esloc loca ava para para realizar alizar as denominadas denominadas batidas batidas poli 'l 'lssi . Is Istto nao impediu impediu,, ve vez z pOl pOl'outra, outra, que determinado f " \ 1 po 'bo borr;a ;asse sse uma uma rea reacao de confron confronto to.. Mas Mas era uma I Ii \'1 uall e sempre mpre a policia lev levava ava vantage vantagem. \' 1 I cl jgua \ Dest De sta a man maneira, pode podemos afirmar firmar que essas essas rearealimitava itavam, m, quase quase sempr sempre e, as f orma rmas mais sutis utis de \ ' (H rnpo porizar rizar;a ;ao o da agressa agressao, o, se sem m que 0 negr negro o jamais ('o n \' rn asse se 0 se sentid ntido o de res resiistencia subje ubjetivo e for forte. 1I1 I111 J \ 1 1 I nas I I : H HI H I I Fl r ay ayoes oes podiam diam se con conf f igu gurraI' no f ingi ngimen entto de suhlll'din dina ar;ao. Diante nte dos dos olhos olhos dos dos agre agressore sores, esses cultos ! \ Htal' l'ii,amsuj sujeit eito os a ser f acilm acilme ente abandon bandonados ados ou entao ituiidos pOl' f ormas mais "s "so of istic ticada adas" de prat praticas icas H 1 stitu ,'( li~ i~ii as, e compati compative veiis com os inte interres essses da classe classe dl))minant dl nte e. As inves investid tidas as da Ig Igrre ja e da soci s ocie edade domina dominante nte foram am capa capazes de re redu duzi zirr os anse seio ioss de libe liberdade I1nO I1 nO for munida idade ne negr gra a na Bahia ia.. Ao co contrario, rario, " ' Ii losa da comun \ :I'ista talizo lizou u-s -se e entre ntre 0 povo povo-d -de e-sa -santo nto urn prof profun undo do senti1 1 1 nt nto o relig ligios ioso capa capaz z de supe uperar, nos nos dia dias atuais, tuais, as adverHida dad des or oriu iund ndas as das intr intra ansige igencias de se segmento gmentoss da Hocieda dad de que que reluta lutam em aceitar itar a ide identidade ntidade cultural chf erenc renciada iada,,da popular popular;ao neg negra ra no Br Brasil. Esse Esses anseios Ie liber liberd dade religiosa ligiosa apar aparecem fre freque quentem ntemen ente te em (l'if 'if ere rent nte es mome momentoshisto ntoshistoric ricos da pre presenr;a nr;a do n ne egro na
forma rmass de rear;ao contr ontra a . " " " e l j' j '! : ' r nt s fo BahIa e prom prom v '" ' . d d toss do xO to xOll'cicioliv ivre re de dess ssa a hbe hberr a e, TIl Corma de capitul Impe Imp e Ime men n I' capitulo o, descreveNes estte Ivro, l' . , _ 19umas 19u mas situ situa ayo yoe es sociocu ociocullturals rals,, as vez vezes c?n.pr c?n.pro o remoss a remo ' l'd l'de era ran( n('a 'a on onde de se se descortmara rtmaram m t do apenas um uma a I ~~ e: estr stra ategia giass qu que e se re reve ve1 1aram efi eficaz caze es n~ pre preser ser-ntes I e: de valor ore es re reli lig giosos e des; des;vend venda aram man~l man~lras ras apavarr;a va ;ao o en ente te si sim mples ples mas pr prof of unda undamente ef Icaz Icazes na rentem _ d t'nuida idad de da hera eranr nr;a ;a cultura turall neg negrropromo prom oyao a con I brasilleira. brasi
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Pelo valioso valioso signific ifica ado das ob obsserv rva a~6es, tran transcr scre eve vemo moss aq aqu ui 0t~x t~xto to integra tegrall, em qu que e se ac ace entu ntua a a capacid cida ade ~o ~oss cu cul~os afro:brasll afro:brasllelros de reagire eagirem m a intensa e permanen rmanentte mvestl estld da po poh hcl cla al a qu que estiveram estive ram subm submet etiido doss na epo poca ca de Nina:
I
2
"Ae "A eloquencia quencia dest estes es docu documento mentoss nao to tollera sofi sofisma smass.:. .:. ~~s 0 q~e deles sobres bresssae aem m em admirave miravell dest esta aque e a extraordm extraordmana reSlStencia ten cia e vitalid vitalida ade de desssa sass cre cren n~a ~ass da ra~a negra egra.. Para apag paga a-Ias tudo tudo tern sido de deb balde de:: a antiga ntiga e tao tao pro rollonga gad da repress epressa ao, desu desu-mana por vezes, vezes, sem sempr pre e vi viol olenta enta,, dos senhores hores de es;ravo s;ravoss .e dos feiito fe torres es,, co como mo a interve interven n~ao, nao menos violenta nta, da pohcl pohcla; os mce mcesssantes san tes rec rec1 1ai ain nos da imp impren rensa sa,, co com mo a instiga~ instiga~ao ao da dass outras classes classes,, para pa ra que se ja ja erradicad erradicado o 0 mal. 0culto ulto je je je-nag6 nag6,, terr terreiro eiross c0l c0lIIl;0 l;0 candom cando mbles (sic) sic),, con contin tinua ua a func funciiona onarr reg regul ularmente armente e cada vez ma mallS se impl implanta anta nas cid cidade ade prin princip cipais ais do Est Estado ado" " (Ibi bid d, p. 245) 245)..
Para uma uma vis visao ao geral geral de proc proce edencia ncia de af rica icanos nos e sua pres presen~a n~a na Ba Bah hia, ver, entr entre e outr utros: Rodrigues, ues, Os afric african anos os no Bra Brasil. Viana Vian a Filho Filho,, 0 ne neg gro na Bahia Bahia;; Ve Verg rger, er, Flux Fluxo e ref luxo ... Tenho Tenh o me dedica icado do,, ultima ultimamente nte, a ent e nte ende derr como se se process processa a e se se conce conc eit itu ua essa anc ancestra estralid lidad ade e eco ecomo mo ela e elaborada, laborada, na sua vertente po pollitica, pe pell a popula~ao negr egro-b o-ba aiana. iana. Exe xemp mpllo tipico dessa con co nstru~ao stru~ao;; e que que merec rece e ur urn n es estud tudo o part particular iculariza zad do, ocorr ocorre e atualtualmen me nte na Ba Bahi hia a com 0 trabalho lho que que es estta se sendo ndo rea realiza lizad do pelos bloc blocos carn ca rnaval avale esc sco os e gr grupos upos af ros, de uma uma mane aneir ira a ge gerral, que que nao se Iimit Iimitam am as ativi tivid dades ca carrnava avalles esc cas de laz azer er e ter tern n uma uma part participa~a ipa~ao o extr xtre emamente ativa tiva na vid vi da dac acid ida ade e uma inte intensa rela~ao com com a propriia di propr dim mensao da vi vid da soc sociiocult ultura rall af ro-bai ro-baia ana. na. Deum ponto de vist vis ta teo teorico rico,, essa ances cesttra ralidade lidade,, cons onstruida a partir de uma especifici specificid dade cult cultura ural.e psicos sicosso soc cial, tendo ndo por base idea ideall uma f igura ancestra ncestrall, se manifes nifesta ta em dois dois camp campo os bem dis istint tintos os da soc sociiedade dade.. No campo ob j je etivo tivo da form forma~ao soci social, atr atra aves de uma uma heran~a heran ~a recon reconh hecida e rec recrria iad da no seg segm mento nto das das comu omunida nidades religiosa osass af ro-brasi brasilleiras eiras.. Acres Acresc cente nte-se -se ainda, inda, nes estte mesmo plano, plano, outro tross ritua rituaiis ma mais is hermeticos oude se ven vener era am ta tamb mbe em ance ncestrais afro--bras afro brasiilei leirros. E no camp campo o subjet ubjetiv ivo o das repr represe esen nta ta~6 ~6es es co colletiva tivas de uma heran~a heran~a af rica ricana na rec ec1 1amada e re red defini finida no campo campo da a~a a~ao socio-po io-pollitic itica, a, com como o pr press essu upo posto sto f undame undamen nta tall da identi tidade dade etnica tnica do negro negro na Bahia. Bah ia.
A di d iscuss ssao ao so sobr bre e a ob obriga rigattori orie edade do pedido de lice cen~ n~a a ju junt nto o a Secre Secr etar tariia de Seg Segura uran~ n~a a Pub Publica lica,, par para a ce cellebra~ao dos culto ultoss pu pub blicos, ser era a retoma retomad da em ou outra parte sobr sobre a rep repress ressao ao po pollici icia al ao aoss candom candom--
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ble bles. Os terre rreiiros de can candom domble ble ma maiis es esttrutu ruturrados obedecem a ur urn n callen ca end dar ariio liturg liturgiico de f estiv tivida idades anuais. Ess Esses es ca callend enda arios sac orga org ani niza zado doss em f un~a un~ao o de vari varias circ rcu unstan nstan..cias fun funci cion ona ais dos terr te rrei eiro ross que busca buscam m co con nte tem mplar sit situ ua~6 a~6e es slgmfi gmfi~ ~at atllvas .d .da a sua histo istoria, ria, co com mo da data ta da su sua f unda~a unda~ao, o, div divin inda dade de para a qual fOllmcla fOllmcla-do 0lider do gru grupo, po, ou ou al~a outra liga igad da aos, aos,a~erdot a~erdote e qu que e 0 ant ante ecedeu na n a dire dire~ao da cas casa. As ve vez zes, es essses calendano endanoss re resspel~ pel~a am, 19 19u ualmente, 0 ca callendario liturgic iturgico o da Igre greja ja Ca Cattolica ica,, nao rea reahzando nenhum hum ritual na naq queles period periodo os ma maiis sagr sagrados ados,, com omo o a Semana Semana Santa e tod todo 0perio eriod do de Pasc ascoa, oa, quand ando o quase todo odoss os ca~ ca~d do~ o~b bles :s :sta tao o f echados, soment ente e retoma tomando ndo suas ativid atividad ade es nor norma mallS apos 0 saba bad do
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de Ale Alelui luia. a. 10
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Rodrig Rod rigu ues es,, op. cit., p.21 p.214. No corpo corpo des destte trabalho, lho, f aremos aremos uso uso dos dos tex extos tos comp compiilado adoss po porr Nina ina nos jo jorna rnais da epoc oca a e qu que co comp mpllet etam am as nossa nossas pro propr priias buscas buscas nos jorn j orna ais de gr gra ande cir circ cula~ao ula~ao..
tra tr aba balh lho o de Go Gon( n(:a :allves Fern rna ande ndess ref er erid ido o no te texto e 0 Xang ango os do Nordeste. Mari Nordeste. ariano Ca Carrneiro da Cunh Cunha, a, res respon ond dendo a uma uma perg ergunun-
I I
Refiro-me Refiro -me aq aqu ui ba bassicame camen nte ao gra ran nde num umer ero o de inve investidas pollici po iciais ais con contra tra os cando ndombles da Ba Bah hia na p prrime meiira metade do sec se culo XX XX, ob jeto jeto princip principa al deste trabalh trabalho o. Prand Pra ndii, p.222. Arg Argume umen nto utiliza ilizad do por Regi Regina nalldo Pra Prand ndii du durrant ante e uma co conv nve ersa com um dos seu seus entrevista ntrevistad dos que reclamava a fa falt lta a de tr tra adir ir;;ao ao,, de axe, de cert certas as pes pessoa soass-de-santo de Sao Paulo. 0
CAPiTULO 2
tra tr aba balh lho o de Go Gon( n(:a :allves Fern rna ande ndess ref er erid ido o no te texto e 0 Xang ango os do Nordeste. Mar Nordeste. ariiano Ca Carrneiro da Cunh Cunha, a, res respon ond dendo a um uma a perg ergununt~ s~br ~bre e 0 culto de Guelede qu que e era f eito ao ar li liv vre, ga garran antte qu que e dlficlll~e. dlfic ~e.nt nte e ele pod pode eri ria a se manter dent entro ro de uma uma repr repres esssao po polic liciial slstema slstem atl tlCa Ca a que que estav avams amsu ubm bme etid tidos os os can candom domble bles. s. Lembr Lembra a ta tammbem que que Mari ria a Ju Jullia Fig Figu uered redo o do Enge Engen nho Velho era Iala laxe xe das Gue Gu eledes (Cunh unha a, 1984). 12
13
lo j
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Reis, & Silv Silva, a, p.3 .32 2. Nn Nnd da, nes nestta mesma Iinha Iinha de compree compreen nsa sao o Reis & Si Sillveira. .
ver
CAPiTULO 2
MART MAR TINIAN ANO O E A RESI ESIS STENCIA RELIGIOSA RE LIGIOSA
'
R~drig R~dri gue.s e.s,, op op.. cit cit.. p.246 246.. Na pagina seguinte, uinte, do mesmo capitul capitulo, Nma aS aSS Slm conc oncllui suas obs obse erva( a(::oe oess: "E "Em m tais caso asos, s, pe pellos m6veis a q? q?~ ~ ob obe edece com como o pela form forma a por que proce roced de, a a(: a(:ao ao da d a no nossa ssa po!!lcl po lcla a nao f az mai mais doq doqu ue repr eproduzi oduzirr co com m to tod do 0 rigor rigor a pre prepot pote encia ceg ega, a, apalxon ona ada e viol violent nta a dos pequen pequenos potent potentad ados os e regulos ulos afric frica ano nos". s". : Carn rne eiro, Can Cando dom mbles
De t udo isso r esul ulto tou u qu que, e, obri obriga gad d os os i t vida int eir ira a a di diss ssimu imullar e a ocultar a sua {Ii e ticcas r eli lig gio iossas, subsi ubsisst e ainda as suas pr ati hojee na me hoj m em6 r r ia d o neg egro ro e sub subssist ir a pOl' larg argo o t emp mpo o a le lembranc mbranc;;a da dass per seguic seguic;oes ;oes de que (or am vit vitim imas as nas suas cr enc nc;;as , intimameent e assoc mam socia iada da no se u esp spiir ito ao t emor d e con{ essa-l essa-la a e dar ex pli pliccac ac;oes ;oes a r es es p peeito ito..
da' Ba Bahi hia, a, p.3 p.30. 0.
Pie Pi erson on,, p. p.3 341.
Animissmo Animi
F eti ticchi hista sta
Nina Rodrig Rodrigues es.. d os os Negros Negros Bahian hianos. os.
No moment momento o em que se discut discute, e, nao soment somente e nos meios acade acad emicos micos mas mas tarnb tarnbem no ambito ambito dos candom candomb bles, 0 atua tual process ocesso o de rea reaf ricaniza ricaniza~ao ~ao da re religiao afroafro-bras brasil ileieira, como como uma uma necess necessid ida ade pa para ra a pl plen ena a e co cont ntiinuada pratica liturg turgica, ica, conve convem m res ressa salltar a fi gura de Martinia Martiniano no Elise Eliseu do Bomfim Bomfim como urn dos prec recu ursor rsores es des desse se ret retor orn no as orige gen ns, a busca de ele elem men enttos cap capa azes de atu atuare arem m co com mo reanim re animadore adoress das das pra praticas ticas rel relig igiiosa osass e de provocarem uma resiistencia, res ia, de dentro dentro para dentr entro o, f ortal ortalecen ecendo, do, assi assim m, 0 sisttema de defe sis defesa sa do teci ecid do reli eligioso gioso.. Ess Essa reafric reafrica ani niz za~ a~ao ao,, da ma maneira como se ve veri ri-ontribu buido ido,, so sob bre retu tudo, do, par para a ref refor~ or~ar ar f l ou na Bahia, tern contri () 'on 'on 'o ' oito de "pureza nag6" e ali alime ment ntar ar a no no~a ~ao o de pres presL / I ilil)) d O H 'an (om ombl bles es quetos quetos,, consid conside era rad dos mais tradi tradi-I' Oll / dll, IllniH 1J"6x 6ximo imossdaor oriige gem m afr afric ica anae ae,, supostam upostame ente,
men enos os vulnen vulneniv iveis eis
ao processo ocesso de absoq:ao de novos novos
fons que
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p1''6x p1 6ximo imo d
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men enos os vulnen vulneniv iveis eis ao processo ocesso de absoq:ao de novos novos "con "c ontteudos" religiosos de varia ariada dass proc roceden dencias. cias. Na verdade, como como afirma afirma Dantas, antas, o que estri subjace subjacente nte neste raciodnio If que 0 modelo modelo "nag6 puro", resultado de uma continuidade de instituir;oes cultur culturais ais africa africanas nas par a aqui transplantadas transplantadas e conservadas grar;as a memoria memoria coletiva coletiva negra, negra, se reproduziria guar guarda dand ndo o fide fidelid lidad adee as ori orige gens ns,, incl inclus usiv ivee nos nos seus seus significado significados, s, tomando-se tomando-se assim, sinal de resistenci resistencia.1 a.1
Nesse caso, 0 que parece parece estar emjogo, emjogo, tambem, tambem, alut uta a pe pela la hegemonia hegemonia "nag6", "nag6", como omo f orma de dominayao, 11 1 mo em relayao relayao a outros outros candomb candombIes Ies igualm igualment ente e traditradi'ianais e estru strutu tural ralme ment nte e pr6x pr6xim imo~ o~ de suas suas orig origen enss nas. s. lI('r j ana A tao propalada propalada "cruzad "cruzada a contra contra
0 sincretismo"
d iA utida durant durante e a II Confer Conferenc encia ia Mundi Mundial al da Tradiya Tradiyao o d08 d0 8 Ori rix xas e Cultura, Cultura, realizada realizada em Salvado Salvadorr em 1983 e h m uma amostra mostra dessa dessa busca busca da hegemo hegemonia nia do cando: cando:UUbl "nag "nag6 6". Naquel Naquele e concla conclave, ve, nao se discutira discutiram, m, em ne11hummomento, omento, as efetivascont efetivascontribuir;o ibuir;oes es de outras outras cultucultuI'W:l re religi ligiosa osass tambem tambem afr±can afr±canas as e sua importan importancia cia na : nstrur;ao ur;ao da estrut estrutura ura e da organizayao ganizayao social dos candombIes da Bahia. Bahia. Sabe-se, Sabe-se, por exemplo exemplo,, que os elementos elementos rutura conven conventua tuall do povo povo Fon Fon (jeje) (jeje) reaparec reaparecem em,, c i A estrutura fre eqiiencia, qiiencia, nos candombles candombles ditos ditos "nag6s "nag6s puros" puros" e defi(' \ \ lm fr sentido de reclusao reclusao a que se submetem submetem Il(( m a concepyaoe 0 sentido Il / lqueles que se iniciam iniciam na r~ligi r~ligiao ao afro-bras afro-brasilei ileira. ra. 0 cancandom omb ble como como resultad resultado o de divers divers as interfe interferen rencias cias de difedifer ntes ntes procedencias socioculturai socioculturaiss contem urn urn certo numero de ocorren ocorrencias cias etnoling etnolingiifs iifstica ticass que bem definem definem 0 andomble domble como como produto produto'' de recr recriar iar;a ;ao, o, adap adaptay tayao ao e l:lmalgama lgama de valores valores religiosos ocorridas no Brasil. Brasil. Yeda Castro, em artigo bastante bastante esclarecedor, esclarecedor, chama chama a atenr;ao atenr;ao par ara a a presen presenya ya na estrut estruturq urq doscandomb doscandombles les que se dizem dizem da "nar;aonag6-qu "nar;aonag6-queto eto ou quetos quetos puros de segmentos segmentos rituais
fons que os f azem azem mui uitto p1 p1''6x 6ximo imoss das organi ganizar;oes zar;oes conventuais e inici iciat atiicas d quela po popu pullar; ar;ao ao do Benim".2 sistem ema a de cl classi assifica ficarr;a ;ao o construfdo strufdo a partir partir da o sist formar;ao do do grupo ini inici cia atico (b (bar arc co das ia6s), ia6s), cujos cujos inteintegrantes sao ident identif if icado adoss pela ordem de entrada entrada no espar;o espar;o de reclusa reclusao o conv conventu ntual, pelos termos "dofono,dofonitinh "dofono,dofonitinha, a, fomo,fomot fomo, fomotiinha nha, gam amo o, gam gamot otiinha, nha, domo, domo, domotinha domotinha,, vito, vitoti vitotinha nha", ", e um ex exem emp plo co contunde ntundente nte de que 0 candomble nag6 nag6 e constru construfdo fdo com a presen presenr;a, r;a, na sua estrutura estrutura proprofunda, funda, de outros outros elementos elementos nao nag6-ioruba nag6-iorubas. s. De qualque qualquerr mane maneira ira,, as pouc poucas as tentat tentativ ivas as de reafrica reafricaniz niza~a a~ao o do cand candom omble ble da Bahia Bahia tem ajudado ajudado a legitimar;ao legitimar;ao e qualificar;ao qualificar;ao dos terreiros terreiros nag6s nag6s como os de maior maior solidez estrutural, estrutural, tradir;ao e poder. poder. Para tanto, tern existid existido o ao longo longo do tempo, tempo, no interio interiorr desses desses terreiro terreiros, s, uma uma intenci intenciona onalid lidade ade permane permanente nte de se ter a Africa Africa redes redes-coberta coberta e qualifi qualificad cada a como como mercad mercado o produt produtor or de sfmbol sfmbolos os sagrados sagrados capazes capazes de preenche preencherr os vazio vazioss deixad deixados os com a fragmentar;ao do saber religioso religioso trazid~ para 0 Brasil. Brasil. E, o que e mais mais freqqen freqqente te,, consid considerar erar a Africa Africa como como fonte fonte inesgot inesgotave avell onde onde podem podem ser encont encontrad rados os os element elementos os religio religiosos sos indisp indispens ensave aveis is ao preenc preenchim himent ento o das lacunas lacunas deixada deixadass pela pela faIta de inform informar;o ar;oes, es, de que que se ressen ressente te a nova nova geraya gerayao o de iniciad iniciados. os. Estes Estes acusam acusam seus seus pais-de pais-de-santo santo de nao nao lhes trans transmi mitir tirem em os cha chama mado doss "fun "fund d amento mentoss da sei seita". Dant Dantas as escla esclarec rece, e, com com muita muita perti pertine nenc ncia, ia, as razoes razoes dessa dessa busca busca cont continuada nuada da Afric Africa: a: movimento nto de "desco "descober berta" ta" da Afri Africa ca no Brasi Brasil, l, que se o movime iniciar iniciara a no fim do secul seculo o passado passado com Nina Nina Rodrig Rodrigues ues,, um racista racista que no inte interio riorr da inferi inferiori oridad dadee atribu atribuida ida aos africa africanos nos exalta exalta os nag6s, nag6s, I f retoma retomado, do, nos anos anos 30, no A bojo de preocupar;oe preocupar;oess regionalist regionalistas as e nacionalistas. presenr;a daAfrica-servia como diacritico para distinguir o norte norte do sul e, ao mesmo mesmo tempo tempo 0 Bras Brasil il do resto resto do mundo, A heranr;a heranr;a africa africana na mais autentica autentica representa representada da pelos pe los "nag6s "nag6s puro puros" s" da Bahia Bahia I f exaltada e apresentada
como uerd o.d o.d eir a r eli lig giao co contr ntr asto. to.nd nd o , o. o.sssim, co com m a mo..gio. mo o. / / f f eitir ;o. ;o.rio. do doss banto bantos. s. Alo lo..r go.-se go.-se a fr ont ntei eira ra,, que N ina Rod r ri gu gues es esbor ;ar a , en ent t r re os nag8s e os outro outros, s, a[ se inclu luiindo os ca candombl ndombles es d e ca cabocl boclo o qu quee , d ot ad os os de uma estru trutu tur r a org rgani ani za zacional muito mais flu fluida ida e mais adap daptada tada as ex exiigen enccia iass do do.. soc sociedad iedad e mo mode dern rna, a, mu multi lti- pllicam p icam--se r apida apidament ment e e faz fazeem concorrenci oncorrencia a aos t err err eiros "nag8s "n ag8s mai mais puros puros" " . 3
Com Co m sem seme elhant lhante e significas gnificas;;ao,a "re "redes descob cobert erta" a" da Af rica se ope pera, ra, inicialm inicialme ente nte,, pOII' intermedio pO de Martin Mart iniiano Eli lise seu u do doBo Bomfim mfim e vai vai,, exatamente exatamente,, em dire dire-50dos Io Iorrub ubas as da Ni Nig ger eriia, co com m qu que em con onv viveu POI' POI'longos onze an anos os.. Viva valldo da Costa Lim ima a, no se seu escla esclarece recedor dor Lra Lr abalho sobre 0 candombIe da da Bahi Bahia a, na decad decada a de trint trinta, Lra Lr aya uma verda rdad deir ira a bi biog ogra raf f ia de Martiniano Martiniano.. DiscorI' ndo sob sobrre as gr gra and nde es pe perrsonali onalidade dadess dos cando candombl mbles es naquella dec naque deca ada, e categ eg6rico: 6rico: "Dos mui muito toss !ider !idere es re relligio igio-exerci ciam am,, comm omma aior ou me menor nor influenci nfluencia a comuniH O que exe lria ia,, pap ape eis imp mpo ortant rtantes es no noss candombl candomble es da Bahia, no noss I ; lr trinta, a, dois se destacav destacava am de man ane eira indis indiscutiv cutive el; H I os trint o baba bala la6 6 Ma Martini rtinia ano El1s 1se eu do .Bomfim e a ia iallorixa ~uge ~u geni nia a Ana dos San Santos tos,, An Aninh inha, a, do Cent Centro ro Cru Cruz z Sa Santa nta doAx oAxe e do do Op6A 6Af f on ja" ja"..4 E sobre sobre a popul populal'ida al'idade de de ambos ambos,, < I res esce cent nta: a: "Mart artini inian ano o e An Aninh inha a sac atua atualm lmen ente te nom nomes es I mbra mbrados dos na tr tra adiya diyao o oral de to todo doss os te terr rre eir iros os da Ba Bah hia, mit itif if icad cado os ja, na lem lemb branya da 'gente-d 'gente-de e-santo anto', ', dos qu que o con onh hece cera ram m em vi vida da e do doss que ouv ouviram conta contarr hist6 hist6rias rias I se seu u pader, de seu co conh nhe ecim cime ento, de seu im ime enso pl'estig tigio" io"5 5. . Inicia ciallmente, re reprodu produzirem ziremos, os, coma comallguns come comen nUirrios, Ui ios,ttrechos da gr gra ande entrev entrevis ista ta qu que e Mar arttinia niano no co con nce jorrnal 0 Es Estad tado o da 'Ba Bahia hia,, na edi ediya yao o do di dia 14de I u ao jo maio de d e 1936. Es Esta ta entr ntre evi vissta e, certamente, certamente , ur urn n dos memeI ho horres documentos escritos; escritos;que se con conh hecem para ava1 ava1iar us suas relayQ relayQes es com a com comunida unidade de re reli ligiosa giosa afroafro-baiana. L{e L{ evel vela a,igualm lme ente nte,, tra trass;os im impor portan tantes tes da perso persona nallida idad de
do entrevist ntrevista ado, doss es esse sess de SUIl vi '1 d mundo, dado que me serv servii em ou outtro tr 1os deste tl'a tl'abalho balho.. . Os res r espo pon ns v is p 10 j jor orn na1 0 Esta Estad do da BahIa esttavam informa es informados ob obrre a imp mpo ort rta anc ncia ia de Mart Martiiniano e de sua con ondi diya yao o de grand nde e !ider da comunidad comunidade e af ro-ba baiiana e, sab saben endo, do, po porrta tant nto, o, da re rep per ercu cuss ssao ao qu que e a entrevis ntrevistta alc al cany anyari aria. a. No dia dia anteri nterior or,, 0 jo jorrna1 fez uma uma "ch "cham amad ad..a" sobre sob re a rep report ortage agem m que seria publi publica cada da no di dia a 14 de ma maw w. Depoiis d e in Depo inform forma al' que ha dias havia rea1izado rea1izado um uma a "movimenta me ntada" da" ent entrev revist ista a com "Jubiaba" Jubiaba",, 0 her6i do Romance de Jo Jorrge Amado Amado e 0 famoso "curandeir "curandeiro", que ate atende pe1 pe1a alcunh alc unha a tam tambem bem de Jubi biab aba a e cuj cuja a f ama ultra ultrap pass assou ou as fronteiras fronte iras esta estadua duaiis, torna tornan ndo do--se co conh nhec ecid ido o em ou outra trass regi6e gi6ess do pais ais,, ac acrrescenta escenta:: "Aman "Amanha ha daremos aos nos osssos leitore itoress as re reve vellayo ayoes es do ve velho lho Pr Prof of esso ssorr Ma Martin rtinia ian no, 0 amigo am igo e co1 co1aborador de Nina Ro Rodr driigues gues.. 0cli clich che e acim ima a mostra--no mostra noss 0 ve ve1h 1ho o 'b 'ba aba1a6 a1a6'' fa1ando ao Esta Estado da Ba Bahia est sta and ndo o pr pres ese ente os acad acade emicos Ayd Aydano ano Co Cout uto o Fe Ferr rra az e Reg Re gin inal aldo do Guimare ares, s, est estudio udiossos dos pro probl blem emas as ~f ~frrobrasi1eiro i1eiros" s"..6 E 0jo 0jorn rna al, na pr priimeira pag agina ina,, de ca capa pa,, amda f az az ma maiis uma chama chamada: "Ma Martinia rtiniano no 0 velho baba baballao, qu que e tanto coo coope perou rou com Ni Nina Ro Rodri drigue guess nas suas suas pesqui uisas, sas, f ezaoE zaoEsstado da Bahia Bahia inte interessantes rev eve elas; as;o oes qu que e dam damas as a public ublico o hoj hoje, e, na quint quinta a pagi gina na de dessta edi ediyao yao". ". 7 Urn Ur n dos asp aspec ecto toss logo ressa ressaltados e 0 fa fatto de Marti Ma rtini nian ano o tel' sido urn cola colaborad boradol ol'' de Nina Nina Ro Rod drig rigues ues.. Alia ias, s, em todos todos os escl scl'ito 'itoss sob sobre re su sua a vida, esse f ato ato e situad sit uado o em 1ugar de destaque destaque. Na vel' vel'da dad de, ess ssa a co collabol'aya l'a yao o de Martiniano a ob obrra de Nin Nina a deve se serr enc nc~ra ~rad da tambe bem m co com mo ur urn n pr prim ime eil'o ins instan tantte de ex exa alt ltay ayao ao do candomb ndomblle na nag6 g6 na Ba Bahia hia e de sua sua "pu "purez reza": a": Re f er e-se com Re com profun profundo des pr ezo e zo a pn pnit it ica d o cando andomb mblle quee se e x qu e xeecut a at ualme ualment e, e, t od od o de deturp turpado ado e onde entr entr a br anco. anco. P O l' isso nao os fr eque uen nta. Cul ult t ua co com m mawr mawr r es es p peeito a r elig ligiao iao d e seus pai paiss que er am am d o is is a f r ricano i canos gr ar ar ;as a Deus8 .
Ruth uth Lan andes des,, no seu clas classi sico co A Cida idad de das Mulh ulheres, es, obra indispensavel a co com mpr pre eens ensao ao da comucomunid nidade ade afro-baian afro-baiana a na decada decada de de trinta trinta, e con onssulta ulta ob obri rigagatoria qua quando ndo se quer falar falar de Martiniano e de Menininha Menininha do Ga Ganto ntoiis, transcre transcreve uma uma entrevis entrevista ta em que 0 velho Martinia artiniano no justifica justifica sua ause ausencia ncia das fe festas publ ublica icass do doss candombles. ndombles. E, comove moveremos, remos, tece tece os mais mais du durros com comen en-tar arios ios aos novos novos tempo temposs e templo templos, s, criticando iticando sever severame amente nte os te terr rre eiro iros que que ho hoje sao considerad considerados os mod mo delo da hegemon monia e da "pureza pureza nago" nago": Os mo({os nri rio o quer em em sabe aber do. ve verdad e. e. Quer em ost ent a({rio, ost a({rio, d inhe nheiro, iro, barulho rulh o. As verdad es es impo impor tant tant es d evem evem ser mantidas ntidas em pa z e em em sigilo ilo. Nr io io me sinto mais d este mundo mundo.. Os mo({os mo({os blasf emam - tudo tudo is issso me choca oca..
Edison Carne arneiro, iro,' 0 "protetor" protetor" de Ruth La Land ndes es e quem a apres presen ento tou u a Ma Martini tiniano, ano, acompanha acompanhando-a o-a por varias ve vez zes a sua sua res eside idenci ncia a no Caminho aminho Novo Novo,, tentou sugerir a Martini Martiniano ano que que ele fos fosse visit visitar ar ess ssa as pesso ssoas e esse ssess cando candombl mbles es,, no que 0 velho, contunde contundente, ret etruco rucou u: "Na "N ao conhe~ conhe~o o todos ele eles, conhec onhecii os pais pais e os avos vos deles es.. Houv ouve apenas enas uma uma mulh mulher er que que sabia sabia f azer as coisa oisas e esta ja mor morreu". reu". Martin Martinian iano o se re refere fere a Eug Eugenia Ana Ana dos dos Santos, Aninha, ninha, Oba-bil,fun -bil,fundad dadora ora da Cruz Cruz Santa Santa doAxe do Opo Opo Afonja, fonja, de quem foi amigo e muito muito a a judou judou na cons nsolid olida a~ao ~ao do seu terreir rreiro. Ruth Ruth Landes Landes,, garante: arante: "Ele era na ver erd dade indispensav indispensavel, el, mais do do que que qualque qualquer ogan, e 0 exito de Aninha Aninha cresce cresceu u com esta esta assoc associia~a ~ao o"9. E pro ross sse egue gue, Mar Martiniano tiniano,, a lastima lastimarr as transfo transforrma~6es do Candomble ndomble da Bahia.Bahia. E les mod ific ificam as coisas. oisas. (...) N rio rio posso aguen ent t ar ar isso. Ve ja ja M aximian aximiana a ----.: ----.Tia Ti : a Mass Massii - como a chamam. E a che f e d o mais ve velho lho.. t emplo mplo d o Bras Brasil , , 0 E nge genh nho o Ve Velh lho, o, que que dev devee t el' mais 01 / - menos 150 anos os.. M as as ela f a z t ud ud o errad o e , aind a, a, pio pior, t enta nta fa ze zerr baixar ixar as allm mas as d os
mo ,.t ,.t os os no sc scu u t em p pllo! I sso sso e um sac sacr ileg ilegio io!! - gr itou itou , r eall' nent e ho ,. ,. ,. ,.or i za zad o. o. - S 6 6 os hom homeens de devvem en enccarar arar o s mo ,.t ,.t os! Ma Mass , nv E nge genh nho o Ve Velho, lho, as as mu mullher es en enca car r am ,.t os e [ c r z. z ' m-lhes per gunt as! POI ' isso ' isso me me a f ast ast ei. ei.1O os mo ,.
E evi evid dent ente e qu que e a sua re restri~ao stri~ao aos candom andombles da Bah Bahia que se af astavam, astavam, gradativamente adativamente,, de urn urn padrao original iginal idea ideall, ou idea idealliza izad do pelos prim primeiro eiross li lid deres religios iosos, os, 0 impedia impedia de se s e sent sentir a vonta vontad de para f requentar equentar esses es ses templos. E de se imag imagiinar tam ambem bem que ess esse es lidere ideress, tao durant durante e criticados iticados por ele, devi deviam ter ter suas re rese serrvas em re r ela~ a~a ao ao ve velho lho Martin Martinian iano o e, con conh hecen cend do 0 povo-desanto, anto, como como nos co conhece nhecemos, el ele segu segura ram mente nte f oi alvo lvo de duras restri~6e tri~6es quan quantto ao se seu "carran "carranc cismo" smo",, em embo borra a reputa~a puta~ao de grande rande conhece conhecedor dor dos ritu ritua ais pare~a ter sido preserv preservada. ada. Mas conce concedamos, damos, uma uma vez mais, a palav avra ra a Ruth Ruth Lande Landes: "Martini "Martinia ano cump cumprriu a amea~ amea~a a - 0 seu voto de nao comparece comparecerr aos te templ mplos - e eu jam jama ais 0 vi nas nas famofamosas sas cerimonias. rimonias. Nun Nunca 0 vi em outr utro luga lugarr a nao nao ser ser no apa apartame rtamento dele, com entrevist evista a mar arc cada, onde eu ia supo uposta stamen entte para apre prender nder del dele 0 lore lore af ricano" cano".u Voltemos Voltemos urn pouco pouco a en enttrevis revistta para f alar lar da cola colabora~ bora~ao ao de Martiniano ao trabalh alho deNina deNina Rodr driigues ues e da da dime dimensao nsao de seus compr compromis missos com com a'cultura ultura afroc baiana. 0 jornal jornalista ista de 0 Es Esttad ado o da Bahi Bahia a sabi sabia a que Mar Martiniano e pai Adao Adao de Pernam nambu buc co havia viam assumido assumido posi~ao contrar contraria ao Prim Primei eiro ro Congress ongresso o Afro-B fro- Brasile rasileiro iro realiz re alizado ado em no novembr vembro de 1934 1934,, em Re Recif cif e. E como como tinha conheci conhecimento nto de que Mar Martinia niano f azia par parte da comiss comissa ao orga organizadora nizadora do Segundo Co Con ngres esso so Af ro-B ro-Brasile sileiro, que que se reuniu emjanei mjaneiro ro de 193 1937, proc procurou ouv ouvir a opiniao iniao do velho ve lho Pr Prof essor essor de Ingle Ingless: Acom pa Acom panh nheei , quand qua nd o hou ouvve no Recif e , 0 Prime Prim eir o Con Co ngr ess esso A fro fro- Br asil asileiro, ( Nov Noveembr o d e 1934) a a t itude tude do meu amigo migo pai Adr io , hci hci pouco f ale aleci cid d o. o.
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Francamen Fra ncament t e nii iio o atin tineei log ogo o com a seri rieeda dade de do C ongr esso esso. Pr e feri ficar na som ombr br a ag agu uardando os acont ac ont ecim imeento ntoss. 0negro t em sof sofri rido do muito e 0 pouo d i z: z: Pobr Pob r e quand quando o ue muita esmo smola la de dessconf ia. Eu descon descon fie fiei. Dee poi D poiss un unss mot ;os falaram e ex ex p plicaram licaram 0 que queria riam e sen se nt i qu quee eram sin ince ceros ros.. Ja e t empo e mpo de se olha olhar r a rat;a rat;a neg egra ra com simpatia mpatia.. e d e nos fazer just it; t;a a. T enho nho lido lido algun unss liur os sobr sobr e os negr os os , que me trazem trazem aqu aquii , , co com mo thur Ramo amoss , Renat nato o Men Mendont dont ;a , Gilbe Gilber to to F reyr reyr e os d e Ar thur amig igo o Ed zson zs on Car Carnei neir r o. o. S int nto o em todos todos uma uma e do meu am grand e uontad e d e ac aceerta rtar r ; uma gra rand nd e honestida onestidad d e int elec ectu tua al. Al Alg gun unss enos d e deta detallhe, 0 que que e natu natur r al sab abeend o-se o-se a dific dificuldad e qu quee ha em se re reuni unirr mat materi eria al pa p ar a es est t udo udoss ass ssim. im. Princ Principa ipalme lmente nte sobr obr e 0 cat iuei iueiro ro.. Os noss no sso os pa pat t r r [cio [cioss par ece ece qu quee se enuerg enuergonh onham am muito muito co com m a e xist enci ncia a dos es escrauos crauos" " .
. ne neir iro o do Segu egund ndo o ongr ss sso o Af ro-Br ro-Bras asiilei leirro, inti intittulado ~'~ '~llog ogiiO de ur urn n Ch D d ita it a", co conc nc~u~ ~u~,, enf atiz tiza ando .a possivell inf luen possive enc cia x rcida POl' MartIm tIman ano o ne ness sse es dOlS intelec ectu tua ais: Nina Rod r Nina r igu igues e J or ge ge Ama Amad d o tiu tiueer am assim' " "com c om um int er ual alo o d e mais d e qu quare arent nt a a no no s , um , no mot ;o ;o d e Lagos" Lago s" qu quee f ala laua ua iorub ruba a , 0outr o, o, no ue uelho lho baba babala8 cheio d e sab abeedo dor r ia ia e d e co compr mpr een eensao humana , a palaura de seg se gur a info infor r mat mat ;iio ;iio , d e ajuda confi onfia auel. E 0 pion pionei eir r o do doss estudos estud os antro antropol pol6g 6giicos do negr o no Bra Brass Ll e 0 grand e romancist t a bra romancis brasil sileir eiro o r e(l (leetir am , d essa essa maneira , na nass sua suass obras ja class assiicas, a cu culltura e 0 sab abeer d e um negr o na Bahi Ba hia a. 12
Mass e ai Ma ain nda Mart artiiniano 0 inte intellectua ctuall, 0 tradutor do text texto em ing nglles do au autor afr africa icano no Lad Ladip6 ip6 Sol Solank ank e, "A concep~ao de Deu Deus entre os neg negros ros Iorubas" s",, apr~s apr~se entado ao Segu Segundo Co Congr ngress esso o Mr Mro o-Brasi Brasilleir eiro, o, na Bah BahIa Ia,, quem falla: "M fa "Meus eus pais fo forram escravos. escravos. Min Minh ha ma mae e, m~ lembro bem be m tin tinha ha um uma a f erid rida a nas nadega gass de um uma a qu que elm lma adur dura a que flze flzeram com como o cas casttigo go.. Isto tudo tudo prec eciisa ser estu estud dado (0 gri grifo e nosso). nosso). Pe Pesssoa soalme mente nte cola colabor bore ei na f eitur tura a de "Oss African "O Africanos os no Br Brasil" asil" de Nina Nina Ro Rodr driigue uess e "A Ra~ Ra~a a Africana Africa na e os seus seus Costum tumes na Ba Bahi hia" a" de Manoe Manoel Qu Quer eriino"..13 "Infe no" "Infelizme lizmente", nte", diz Mart Martini inia ano co com mjeit ito o de critico severo "0 Sr Sr.. Ro Rom mero Pires nao te teve muito cuidado quando reviu revi u ; livr ivro o de Nina na,, de quem f ui grande grande am amiigo. Tinh Tinha amo moss ate ideali idealizado zado uma viagem viagem a Lag Lagos os e eleja tinha tinha cinqu nque enta contos,, quando infe contos infelizm lizme ente morre orreu u. Muit uita coi~ oi~a a iria ~er revelad reve lada a, po poiis de Nige gerria (Co (Costa sta dos Esc Escrav ravos) os) ve velo 0 ma~or numero num ero de cat cativos". E, ind indaga agad do quanto aote aotema de ma malOr significa~ao significa ~ao que deveri deveria a ser tra tratado tado no S~ S~~nd ~ndo o Con Con~e. ~e.ss~ ss~ Afro--Br Afro Bra asile ileiro, na Bahia hia, fa fallou Ma MarrtIma tIman no, 0 polIt olItIc Ico o. "Ta "T alvez 0 tem tema a num nume ero urn se ja ja a liberda liberdad de religio igiosa, sa, poi poiss e no culto que se reve evella to tod da a expr pre essao ~oc ~ocia iall de ~m povo ovo.. Prin incipalme cipalmen nte nos afr africa icanos nos" "14 14,, con conc clul ulU U com mUlta sab abe edoria .
Neste ponto da conversa, conversa, diz ojor ojornalist nalista, "Marti~ 11i 1ia anose levanto evantou u penosamente penosamente,, remexe remexeu u outro monte monte de trouxe va varrias gra grav vuras do album album de De Debret P G lP is e de la trou escravid dao ne negr gra a no Bra Brasi sil. l. Negr egros a~oitados, a~oitados, f.! ( bre a escravi 1 1 , ros car carre regadores gadores,, negro negross no tr t ronco". Quem penos penosam ame entese levantou naque aquelle momen menitice eiro" iro".. Foi Foi:: 0 negro preocup preocupa ado com os C o nao foi 0 "f eitic 1'1I1 I1110 110S S de su sua a cu culltu tura ra e de de sua ra~ ra~a; a; 0 intelec ectu tua al be bem m j 1 1 rormado dos estud studos os afr afro o-brasi asilleiro iros, s, 0 cola colabora orado dorr de Nina Ro Rod drig igu ues es.. Provavelm ovavelme ent nte e nao apen apenas urn simples simples illf 'orma man nte mas urn col colabo aborad rador or que, se sem m duvida, ida, inf luenluenrumo o das pesquisa esquisass iniciadas pelo ('i u decisivamente 0 rum uLo ord rdo o classico Os Os afr africa icanos nos no Brasil Brasil.. Ta Tallvez 0 ger ermimiIi uL I) / lelor, or,inconsciente inconsciente,, na Bah Bahia ia,, do "nag nago oce cen ntris ism mo" como omo it! 'a 'all de religiosi religiosid dad ade e af afro ro-b -brasi rasilleira eira.. De urn "nag nagocenI.l'ismo mo" " qu que e tomo tomou u con conta ta do do..s es esttudo doss af afrro-b o-baia aianos nos mas mas qL! ho j je e est sta a segu seguiindo outr tros os rumo moss, num proces esso so inL rp rpre rettativ tivo o que engl engloba oba,, quan and do da anal nalise da re religiao, / IH L:on ontribui~6 tribui~6e es qu que e es esta tao o na ba base se da form forma a.~a .~ao da ml igios osiidade pop popular ular na Bahia. Bahia. Costa Lima, Lima, depois de re ref f erir rir-se ao text texto escr escrito Jorge e Amado Amado e lido lido pel pel¢ autor na se sesssao sao de 15 de POl' .Jorg
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Nessa mesma entrevis trevista, ta, Martini tiniano def ende nde a religiao religiao afro-b afro-brrasileira, comp compara arand ndoo-a a com ados dos brancos, ancos, embora embora manten ntendo-se -se sempre mpre reservado reservado e garantin garantindo do a seu interlocutor interlocutor que nao a praticava. praticava. Temia, Temia, como como muitos muitos,, a repres represali alia a da polic policia ia,, na epoca, epoca, tao hostil hostil a quanto quantoss se declarass declarassem em membr mbros dos candom candombles bles:: "Religia "Religiao o do negro negro e igua iguall a de branco nco. Eu nao nao pratico, pratico, porq porque ue respei respeito to as leis, leis, 0 'regime'. Br Branc anco o nao faz faz santo, santo, nao nao pinta, pinta, nao nao faz prome promessa ssa (sic). (sic). Par Para ser ser feliz feliz e tambe tambem m para para faze fazerr mal aos outros outros,, nao leva bra~6 bra~6 de cera, para para ficar born de reumatismo? 0 negr negro o tambe mbem faz isso. isso. Constr6 Constr6ii seus santos e tern seu culto culto.. Uns vao vao-para as Igrejas Igrejas,, outro outross para para os "terreir rreiros" os". Uns Uns tern seusorix seusorixas, as, outros outros batem os "ataba"atabaques". Religiao Religiao de ne negro eboa como como ados ados brancos. brancos. Branco Branco tern as festa festas da Pe Penha nha, de Juaz Juaze eiro e do Bomfim Bomfim.. Negro Negro tern, rn, tambe tambem, m, seus seus dia dias: Sao Cosme Cosme e S. Damiao, Damiao, Dia da hor ora, a, etc. Fest Festa a de branco branco tern suas comidas comidas.. Nas de negro se come "acaraje acaraje", "aba abara", "vatapa" "vatapa",, "car caruru" uru",, comi comid d a da Af rica, rica, de nossos nossos pais". pais". E, mais uma vez se resguardando resguardando,, acrescenta: escenta: "Eu "Eu, porem, porem, respeito respeito as 'constitui 'constitui~6es ~6es'' e sendo sendo proibido oibido pelas autor autoridade idadess nao fa~ fa~0. 0...."15. Na verd verdade ade,, ele sab sa bia que que a polici policia 0 consid considera erav va feiticeiro ticeiro e vigia vigiava va os seus se us passos passos,, suas a~6esI6. a~6esI6._ Contudo, ontudo, era not6rio not6rio que que Martin Martiniano iano praticav praticava a a religiao, giao, embo embora nao fr freqiien qiientas tasse se nenh nenhum um terrei terreiro ro com com assidui ssiduidade, dade, nem mesm mesmo o (;)de de Aninha Aninha,, que tanto ajudou ajudou a construir onstruir.. "Embor "Embora a tido co como urn urn dos maiores maiores feiticeiro feiticeiross af ricanos ricanos no Bra Brasil- 0 outro outro era Felisberto Felisberto Sowz Sowzer (Benzinho) inho) e respeitado speitado como como tal, tal, torcia torcia a conve conversa rsa para trazer trazer o caso a baila baila e de desmentismenti-Ip: Ip: Eu, feiticeiro! feiticeiro! explodi explodia a como como se 0 acusasse acusassem de pro profa fana narr sepu sepultu ltura rass. Sabia, Sabia, naturalment almente, e, que que a feiti~ feiti~ari ariaer aera a ilegal ilegal no Bras Brasil il e tamb tambem em que nao nao havia havia lugar lugar para para eia na atmosf atmosfera era amav amavel el do cancandomble mble da Bahia; Bahia; mas 0 nega negav va, esto estou u cert certa" a",, - conc conclu luii Ruth Land Landes es - "princ "principa ipalin linen ente te porq porque ue e da ess essencia ncia da feiti~aria disfar~ar-se."17 disfar~ar-se."17
Af ama d f ili ir iro o nao f oiexata oiexatam mente con onsstruida em razao de sua pa.rticip ticipa a~ao nos can andombles dombles da Bahia hia.. Alias, lias, Mar Martinia tinian no nu nun nca xe xerrceu as fun~6es fun~6es de chefe chefe religioso gioso de urn can cand dombl omble, e, no se sen ntido tido estrito da pala palavr vra a. "Eu nao nao sou pai-de pai-de-sa -san nto com omo o ja disse. disse. Se me me pede pedem m urn ser ervi~o vi~o eu f a~o pa para ra gan ganh har algu lguns cob res "1 . 8 A SS.lm lm,, a fama, fama, a notori notoriedad dade, de Martinia rtiniano no esta esta essencia ssencialme lment nte e ali alicer~ada, cer~ada, no fato fato de ter ele vivido vivido,, por por longo longoss ano anos, na Africa, Africa, mais mais precisam precisame ente nte na Nig Niger eria ia,, e de de ter-se r-se fami-fami-liarizado liarizado,, como como ningu ninguem, com com a trad tradi~ i~ao ao reli religi gios osa a dos nagosnagos-ioru iorubas. bas. Ela se consolid consolida a atraves atraves de sua sua mar marcante nte atua~ atua~ao aoe e influe influenc ncia ia exerc exercida idass junto junto a Aninh Aninha, a, nos nos primeiros meiros mome momentos ntos de organ organiza~ iza~ao ao do Candom Candomble ble da Cruz Santa do Axe Axe do Op6 Monja, Monja, no Sao Gon~alo Gon~alo do Ret Retiro, em Salvador. E precisamente precisamente nesse prestigioso prestigioso candomble candomble da Bahia Bahia,, onde onde Martinia Martiniano no detinha detinha 0 alto posta posta (oie (oie)) de Ajimuda Ajimuda,, na cas a de Omolu Omolu,, que vai vai ser implanta implantada da uma uma singu singular lar estru estrutur tura a de apo apoio, io, muito muito semelh semelhan ante te ao gru grupo po ja ja existente existente dos ogas, ogas, mas mas comfun~ao bem bem definida definida dent dentro do grupo grupo religioso religioso.. E ex exatamen atamente te Martiniano, Martiniano, em trabalho apresentado apresentado ao Segundo Segundo Congresso CongressoAfroAfro-Brasileiro Brasileiro,, 1937, quem quem primeiro primeiro inform informa a as raz6es raz6es miticas - e funcion funcionais ais _ da cria~ao do grup grupo o dos Obas Obas de Xang Xango. o.19 Martini Martiniano ano come come~a descre descreven vendo do uma uma das muit muitas variante variantess miticas miticas que tratam tratam da saga saga de Xango Xango eo que foi foi feito para para a perpet perpetua~a ua~ao o de seu seu nome: nome: Os minis mini stros tros d e Xang8 Xang8 , que haviam haviam provo provocado 0 d esapar ecime cimento de Xang Xang8 , voltar voltaram am as sua suass t erras rras d e orige origem. Os ministros ministros d e Xang8, mongba , instituiram 0 culto do orixt i, i, atribuindo-lhe atribuindo-lhe , no ceu, as mes mesmas mas pr e ferencias ferencias pes essoai soaiss que que denunc denunciar iara, a, cti na t erra, rra, por ce c ert os animais animais , como 0 carneiro , por ce certos rtos come omestiveis , stiveis , como 0 qui quiabo , et c.
Allaum A um.. t em po po d e po pois , f ormo rmou-se um co cons nseelho lho d e ministros r ' 'lI l I .c n n l l' ' I I ' ' r r :p :p n nr r l l o os s d e ma man nt er vivo 0 se seu u culto. ulto. E sse conselho / i /i / JI ' gl gl l .l l l, i aelu co cor r n as d o ze mini inist ros ros que que , na t erra, I)
haviiam acomp hav acompan~a an~ado, do, seis d o lado dir dir e ita, se seiis d o lad o esquerdo squerdo.. Os da d ireita , eram Abi bio odu.m (d esc escend ent e d o reii Abiodum J re Abiodum J pr incip ipee , On Oniikoyi, Ar essa essa , Ona Onanx6 nx6 kun kun , Oba Tela e Ol Olugban ban.. Os da esq squ uer da, d a, Ar e , Otun Onil ilw w yi , , Ot un un Onan Ona n xokun, Ek8, K aba Nn Nnf f 8 e Ossi On Onik iko o y yi. i. E st es mmlls tr mm tro s - a nt nti go goss re reiis, pr inci inci pe pes au governant es do doss t er r rit i t 6 6 rios r ios con conqui quissta tado doss pela bra bravu vur r a d e X ang8 - nao d elx lxar aram am qu quee a lemb mbra ranq nqa a do he her6i se ap apaga agasse sse na mem6 r r ia das gerar;6es rar;6es.. Par isso , isso , no C entro C ru ru z S ant a do Ache Ache d e O p8 p8 A f A f on on ja, ja, d e Sao Gon Gonqa qallo do Re Reti tir r o , se levou a e f eito ito , , es est t e a no no, a f est a de entr oniz o nizaq aqao ao d os os do z zee lmmst r r os os d e Xa Xan ng8 g8,, esco collhido hidoss entr e os ogas ogas mai maiss velho lhoss presstigioso tigiososs do c~ndomb ndomblle. e pre E ste candom dom..bl blee , e f :igido em. em. honra d e Xan Xang g8, Ii 0 uni nico, co, na Bahi Bahia, - e ta tallvez no Brasil , Brasil , - a r ealizar ealizar essa f esta esta , , quee ta qu tan nta r ecorda ecordaq qao bo boa a tr a z para os filh filhos es p piiritu ritu..ai aiss do cont inent e af r r icano. icano.20
o sau saud dos osiismo de ;l \ 1artin 1artiniiano ao f alar da dass boas record recor da~oes para os fi filh lhos os ~spi ~spiri rittuais ais do co cont ntiinen nentte afr afrii'an 'a no, com a imp implanta~ao, d u "en "enttroniza~ roniza~ao" ao" como ele diz, rlc urn comp mpo onente signific nific~ ~tivo da cultu cultura re relligio giossa na nag go, ~lO ~an?omb ~an?omblle da Ba Bah hia ia,, e q,msina msinall ineq nequ uivoc ivoco o do qua quanto lgnlficav nlficava a, naqu naquela epo epoc c!:l,a reafr reafriicaniza caniza~ao ~ao ou, me melh lho or . J Islg d Ize zen ndo do,, a "renagoi renagoiz zayao" desses terre rreiiros ros.. De qual qualquer ma mane neiira ra,, a in indi discutive scutivell in inf f lue luenci ncia a e 1 ) 1 1 rticipayao de Ma Martin tiniano ano;;na "en "entron troniza~ iza~a ao dos Obas de ung ngo" o",, com como conselh conselho o at atu uf mte mte na comu comunida dad de e com a rcsponsabili onsabilid dad ade e de ze zellar pel pelo culto ulto daq daque uella divindad divindade e rnarca indu ndubitave itavellmente 0 inicio de urn processo de reafri afri~ ~ 'I::mizacaodos cand 'I candom omb bles qu que e segue, ho je, je, novos rumos ou novas rota rotas, s, uma certam rtame ent nte e tray trayada ada pe pella Varig com Hell vo voo o 79 794, 4, Sa Sao Paulo Paulo, Rio Rio,, La Lagos. Antes, pa parr'e 'em m, de es esttud uda ar a rota rota,, acim acima a as asssin ina aq~e e vem f aci acilit ita a?do grand nde ement nte e as vi via age gen ns I, In(~a, e q~ Af ri a, ssencialm lme enLe a Ni 'ri rin n 11[ \ 1 ' e ma s-de-s81 to im,, --mhilS a c l - noLf i: = t s 'ob obrr- 0 culto aO aOf f -O ; l'iXI XIIIH, ( / II) B nim III~ I'S 'an~i1isn 1isnrru illf illflllfl lllfln n 'illd Hqllli, rldn!'l '/: '1 \ 1 ' ldn n I -Hq !'l i'IT( VI11 /:' !il illl
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sant sa nto o co com m lid lid r fric canos. E, com ma maior ior l' ligi so' afri H<;; j I· 'S proce interesse, a inf lu interesse lu H< rocesso sso de reafr friicanizayao ou de "na "nago goizay izaya ao" do ul ultt s af ro-brasil asile eiro ross, de sua vast vasta obI' obI'a publicad publicada a em fi fi::'anc~s, s,pr princ inciipalme men nte 0 Notes sur Ie cult lte e des Ori Orisa sa et Vod Vodu un; a Bahia, la Ba Baie ie de Taus Taus les Sai Sain nts, au Br Bresil et a l'an anci cie enne cot ote e des esc esclav laves es en Afriqu Afrique e (D (Dak akar ar,, IF IFAN AN, 1956 1956.. 60 609 9p. Memoires de l'Ins 'Institu titutt Fra ran nyais d'Mriq 'Mriqu ue No Noir ire e, 51). E, mais mais re rece cenntemente, nte, seus trabalhos lhos publicados blicados,, em lin lingu gua a po porrtug ugu uesa, pela pela Editora Editora Corrupio, upio, sobre obrettudo 0 livre Orixas ixas;; deuses ioru rub bas na Af ric rica e no No Novo Mu Mund ndo o (Sa Sallvador, Co Corrrupio rupio,, 198 1981. 295 295p p.), obI'a de cabec cabeceira de muito muitoss pais e mae aess-d desanto hoje, hoje, no Bras rasil. il. Nesse me mesm smo o qua quad dro de inter interp pre retay taya ao dos pri primei eirros momentos ntos de ur urn proc rocesso esso de red ede esc sco oberta da Af ric rica e reafr friica can nizayao dos dos cultos cultos af ro-brasileir o-brasileiro os, que alcan~ lcan~a a sobret sobretu udo 0 suI do pais (Eix (Eixo Rio/ Sao Sao Paul Paulo) o),, ha de se an analisar, lisar, igualme men nte, 0 papel e com omp prom omiisso do Ce Cenntro tr o de Estudos Af Afrro-Or -Orient ientais ais da Uni Unive verrsid sidad ade e Fe Fed deral da Bahia ahia,, que desenvo vollve veu u, a pa parti rtirr da de dec cada de 60 60, uma serrie de at se ativida vidade dess numa uma persp erspe ecti ctiva va de aproxim aproximayao ayao cultural entre 0 Brasi rasill e a Africa com omo o exec ecuto utorr de varias programas da UFBa. e do Minist Ministe eri rio o da dass Re Relayo layoe es ExteExteriores iores.. Di Dissso res resu ult ltou ou,, de imediato mediato,, a Ida de de professores, pesq esqui uisa sad dor ores es e ge gen ntee-d de-santo a Ni Nig geria e ao antig antigo o Daome, Daom e, Be Benim nim at atu ual. E, em cont contrrapartida partida,, a vinda vinda do doss primei primeirros estuda tudantes niger igeriianos a Ba Bahia hia ond onde e, na sua maioria, conclu concluira iram m se seu us estudos univers niversit itarios arios.. E de urn urn professo professorr niger nigeriano iano,, Lasebikan asebikan,, pa parra ministrar 0 primeiro curs rso o de lingu lingua a Ior orub uba a no CE CEAO, urn curso qu que fora eminente nen teme ment nte e f reqii reqiie enta ntado pOl pOl'pessoas ligadas ligadas aos cand candombles bl es da Bah Bahia ia e que, pOl'f on;a de novas novas inform informa ayoes adqu ad quiiridaR, c rtament nte e re red def ini nirram muitos do doss seus conhe conhec ciIll( n LO H / I P IrL rL''irda apr pre end ndiizag zage em de um uma a ling ingu ua que, na / 1n n I ' 'n izant nte e e sa sag gra rad da, e utili utiliza zad da no cotid cotidiia1 1 \ 1 1 1 d 1 1 11 1 1l1l / r()'li~o li~o a .. 1 \ I ill 11 11 1 \ /1 1lI'I L i ( : n H
Mas Mas isso e uma uma outr outra hist6 st6ria, que prete pretendem ndemos os conta ntar em outra outra oportunid oportunidade ade.. Que seja permitido permitido aprese apresentar al alg guns dados ados biograf gr af icos icos complemen complementares tares sobre sobre Mart Martini inia ano, com 0 intuito de melhor lhor trayar trayar urn perfil perfil do ilustre ilustre cola colaborador dor de Nina Rodrigues e tanto tantoss outro outros. s. : "Preto alto, de rosto largo largo e simpa impatico, olhos cheios cheios d esper perteza. teza. Fala Fala pausad pausada ate dole dolent nte, e, por porem, em, doce. doce. Tern 77 anos nos de idade idade,, aparen aparentan tando do muito muito men menos, man tendo tendo u ind inda a, sem curvat curvatura ura,, a colu~a colu~a vertebral. . I t aparentemenaparentemenL f orte orte e de espi espitr trito ito saga sagaz" z"21 21.. Este Este foi foi 0 Martiniano d Gni nid do pelo pelo jornal jornalista ista de 0Esta Estad do da Ba Bahia, na entreentrevista de 14 maio maio de 1936 1936, surpreend surpreendido ido com a sua inteliinteli, nc ncia ia e sagacidade. sagacidade. ~ No ana seguinte seguinte,, Jorge Amado, dur durante 0 Segundo ;on ong gre ress ssoM oMro-B ro-Brasilei rasileiro, ro, n,a Bahi Bahia, a ele se s e ref eriu eriu com I I H s gui uintes ntes palayras: palayras: ...Prof essor essor Martini Martinia an o E lilise seu u d o Bo Bonfim nfim , che f e d e se seita ita , , a mais mais nobr e eimpr ~ssionant e f igur a da rar ;a negra gra no Bras Brasil d e hoje hoje. Sua sinceridad e , se seu u amor a sua rar;a rar;a , a sua sua d edic dicar ;ao , a sud int elige ligen ncia , a sua cultu cultura ra fa ze zem m d est est e che che f e d e seita ita Um do dos tipos tipos r e pr esentat ntat ivo ivos da s melhor es es quali qualidad es es dos dos brasi brasilleir os 22.
Marrtiniano Ma niano Eliseu Eliseu do do Bomfim nasce asceu u "livre" a 16 d outubr outubro o de 1859, 1859, filho de Eliseu Eliseu,, Oia Oiatogum togum e, de acordo radiyao diyao,, seu avoe urnprestig urnprestigiado ancestra ancestrall de nome nome : o m a tra BHb BH ba Ila Ilarri, urn Egun Egun de Oia, Oia, ~cujaroup cujaroupa a sagrada sagrada era toda i 1 1 rustada de buzio buzioss e espelh espelhos os.. De acordo com a entreentreviALacon onc cedidapor edidapor Martiniano Martiniano a Turne Turner, seu pai pai foi trazido trazido para 0 Brazi razil de Abe Abeok okut uta, a, como como esc escra ravo vo,, e teria teria sido sido lib rtado entr entre 1850 1850 e 1852; 1852;Ainda Ainda segund segundo o esse esse depoidepoi,n nto, se seu u pai comprar comprara a a liberd liberdade ade de sua mae pOl'mil pOl'mil ( quin quinh hentos tos re reis is23,". ,"...sua na nayao era era ior ioruba e f oi alfor lforriada polo se seu u mar marido ido em 185 1855. 5. ~eu ~eu pai e sua mae mae nuhc nuhca a se 'usara ram m de acord acordo o comos rito~ rito~ cat6lico cat6licoss nem mu~ul mu~ulma manos nos..
Seu av ava a, que era Ll IT il'o na Af Af rica, teve quar quare enta mulhe lhe-res e seu pai, seg segu uin indo do a pr pra atica cass poligam amiica cass af ricanas, teve cinco mu mullher s, da' quais su sua a mae er era a a espo sposa principal"2 cipal"24. 4. Piedad ade e, su sua a mae mae, de nome ome afric fricano ano Ma Man n je jegbassa gbassa, que de acor acord do com Vivaldo da Cos ostta Lima Lima,, "se pronunci pronuncia Ma je jebass ssa, a, e urn an antro rop ponimo nimo de uma longa longa serie rie de nome nomes dados a crian~ ian~as as que na nasc scem em e 'vin ingam gam'', isto e, e, sobrev sobrevivem, depois de ir irm maos natimortos ou morto mortoss na primeira imeira inf ancia ia" "25 - se tor orn nou uma uma fig figura len end d aria na mem6r m6ria co colletiv tiva a do pov povo-de de--santo, anto, embora pouco pouco se saiba iba a se seu res resp peito, ito, a nao ser 0 que que relatou relatou Marti rtinia niano nas suas suas entr entrevi evisstas e 0 qu que e a tradi~ao encarre ncarrego gouu-se se de guardar guardar . . I t sem sempre lembrad mbrada a como uma pesso pessoa de grande conhec conheciment imento o da reli relig giao af ro-brasileir -brasileira a e deix deixou algumas filhas filhas de santo, santo, como Dami mina na Ox Oxa afa falaqu laque e, mae ae-d -dee-santo santo de Cecilia cilia Ejilomi, Ejilomi, Ce Cec cilia do Bonoco, Bonoco, como como era era mai mais conhe conhecida. Dentr ntre e as entr ntre evistas istas,, re ref f erindo-se a sua sua mae mae, desta staca-se a que que der era a a Dona nald ld Pier erson son e que que foi foi tra transcrita nscrita no seu livro livro Branc Branco os e pre rettos na Bahia: Bahia: "0nom nome de minha mae mae era Man jen jeng gbasa asa,, qu que e quer quer dizer 'Nao deixe eu sozinha'. nha'. Ela Ela nasceu sceu depoi pois que que a mae tinh tinha per erdid dido o os do dois primeiros fi filh lho os. Tinha uma cicatr cicatriz iz no rosto rosto pr pra mostrar que era era Ioruba, por porque que todo todos os Iorub Iorubas, as, hom home.me mulh ulher, tern de te tel' esta esta mar arc ca. Ela casou com me meu pai pai aqui qui no Brasil Brasil e quando quando eu nas nasci ele less me cha chamar maram Oge Ogelade"26 26.. Alias, Alias, a essa essas marca arcass tribais ibais iam se soma somal' as mar arca cass da atrocidade da escravida vidao: "Meus pa pais is f oram escra cravos vos. Minha mae, mae, me lembro lembro bern bern, tinha tinha uma uma ferida ferida nas na nadegas de uma uma que queima imadura dura que fizera fizeram m com como cas asti tig go"27 o"27.. Num tre rech cho o da entre ntrevi vissta a Donald Pier Piersson, on, Marrtinian Ma tiniano o f ala de suas uas via viagens gens a Africa: frica: Quand o eu ti tin nha t r r e z zee anos e on ze meses meu pai me levou pra A frica frica , pr a Lag ago os, C osta Oest e I ja ja A f rica rica , Nige Nigeri ria a. I gesh gesha fica fica doi doiss di dias as Longe ge.. O yo er a a ca pital. pital. E t em Akk r r a na Cos Cost t a, a, ist o e, aqu aquii e Achanti e Gr oweh, e la e E gbr i.
M eu pai er a d e E g M e Efun e Dah aho ome y y..
pai d ele d e Abeo eokut kut a.
0
E te tem
M eu p pa ai tinha id o s6 f azer azer uma uma vi vissita ita.. Vol Volt t ou o u log logo o pro, Bahw, pm~u Ld ar Bahw, ar dos dos neg6ci 6cios os.. N esse t empo ele comprava cmsas d o , Af r r ica. M as eu f iqu quei ei em La Lagos os , , onz onzee ano anoss e novve me~ no e~es es , d esd esd e 1875 at e 1886 1886.. Mai Maiss tarde f ui u i ou out t r a vez pr a A fr ica e fiqu fiqueei ma maiis um ano. ano. E tr es an os d e po poiis voit e L d e novo pr O. vend er cor cora al e le leii grossa e f ino,. Com prei prei pa p ano d o , C ost ost a prO rO.. vend er aqui" .28
Exist istem em algumas disc iscrrepa epanci ncias as quan antto as datas tas ens de Mar arttin inia ian no a Af Africa rica.. Asseg Assegu ura Vi Vival vald do da Lim ma que "s "s6 6 ur urn n ex exam ame e des dessa sa entrev treviista - e das das (lOlltll Li fala a de silas s ilas viagens, viagens, prec preciisa sari ria a a exa xatta tllld,rnH nas quais fal tl 1"'0',)010 i da vid ida a de Martin artiniiano ano,, naq naqu uele te tem mpo, entr tre e a Bah hia" Na ent ntre revis vista ta a Tu Turne rner, r, pe pello me men nos a / 1 l:l.Ba j j''", ' / ime eira vi via age gem m coincide coincide comas citadas citadas na ent entre1 / 1 1 . / / 1 (in prim rson. on. "E "Em m 18 187 75, ele foi leva evad do pOl' pOl' se seu u pa paii a H I , 1l D Piers Nige geri ria a, para ser ser educad cado o e la perma permanec neceu eu on onze ze I II I I :O H , n Ni 1I1 10H, / -It j jane aneiiro de 18 188 86, visitan itando do seus parent parentes som some ente IlllH I v z m 18 1884 84" "29. Tud udo o indi ndica ca que Martini artinia ano in intterrompeu rrompeu,, efetiVIIIIIInt. ' a sua est VI sta ada em emLag Lagos os evi evisi sittou se seu us par paren enttes inferiorr a urn ano ano.. Po Poiis Turn rner er se 1 1 / 1 D 1 11 1 3. num periodo inferio " (' r uma vi via agem de delle de vol volta a Afr Afric ica a em 1884: ~u ndo Marti tin niano fo foii par para a La Lago goss em 1875 e 188 884 4 a quase se qua quaren renta ta dias com para parada da de urn urn viug' m durava qua loi dias no Ca Cabo bo (C (Cape ape Coa oast) st) e em Ac Acc cra, na Cost Costa do / I uro (Gold Coast) e em urn porto porto no Daom Daome e (H (Hoj oje e nim))"a "ao." o."S Seu pai pe perm rma anece eceu u em Lag Lagos pOl Ol'o 'onze nze mes ese es 1 \ nim ( If l 1875 75" "31.Depr pre eend ende e-se dai qu que 0 pai de Mar Martin tiniian ano o 0 / I .mp mpa anh nho ou em ~a ~ag gos nos primeiro primeiross me messes de su sua a pri pri1 1 1 'Ira estada na Afri Africa ca.. E prossegu prossegue Turner: Turner:
d /l
V iA
I I
M ais t ar d de , em 1880 880;; ele (0 pai de M ar tini tinian ano) o) vi visi sito tou u 0 filho por um per (od o d e de z me filho meses ses.. Du Dur r ante a nte a sua sua estad estad a em Lagos os , , 0 S r r : M ar tini t inian ano o aj aju ud ou ou os custo toss de suas d es es pe pesas sas tr abalh lha ando com omo o carpinteiro eiro.. El Elee e oleiro
r ecebi ecebia a s is shill illin ings gs e seis pen pencces pO pOll' d ia ia e foi um dos dos t r raba a balhn.do dor r ' 's qne con:;tr u(r am a I gr e j ja a d e S ant a Cr u z e quee ant es qu es r eu' r r a 0 nome portu rtug gues de Ig Igr r eja eja d o B onf im. im. Em.. Lago Em agoss , ele e:;tu tucclou no , , E E sco scola Pr esbi bit t er iana iana con conh heci ecid d a como a E sco scola F aji aji e seu euss pr o f essor es es for am os r ever end o:; M . T J ohn , M ichael Thoma Thomass J ones e H e z zeek iah Lewis t od od os a f r ri ca can n os. : 1 2
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que e e no nottavel nisto tudo tudo e que, embor mbora a f req equ ueno qu tando um tando uma a esc esco ola de missi missionario onarioss presbite esbiterrianos ianos,, Ma Mart rtiiniano na nao o despr pre ezo zou u a cult cultu ura reli religio giosa sa trad tradiicio cional nal intei int eirando rando--se se,, sempre sempre,, do que aconte aconteci cia a, a co con nsid side erar 0 seu prof prof undo undo conh conhec eciimento adqu dquirid irido o sob sobre re os rit rituais nagos. nago s. Ain Aind da e Turne rnerr qu quem em inf inform orma a: "Naqu que ela epoc poca a, Dosumu Dosu mu era Rei de Lagos e do dois is de seus filh filho os, Falade e Oguy Og uye e, eram co collegas do Sr. Sr. Mart Martiini nia ano no.. Desde sua volta a Bahia em 1886, Martini Martiniano ter tern n sido urn urn lide lider proe oemi mi-nente nent e nos cultos fetichi fetichista stass ior iorub ubas as e tern sido sido re reconh conhe ecido pellos negro pe negross bras rasil ileir eiros os com como o um uma autoridad autoridade e em todas as qu que estoes relativas 13 .0 povoiorubano povoiorubano.. Se Seu u pai - Eli Eliseu, seu, Oya Togu Togum ma3 - e su sua a mae - Piedad dade e Ma jebas jebasssa mor orrer reram am na Ba Bahia. Se Seu pai em 1887 e su sua a mae em 1918 18.. Ela El a tin tinha ha,, en enttao ao,, 11 111 1 anos" anos"..34 Ma Martin rtinian iano o pO pOl' l' sua ve vez z fale fal ece ceu u a 2 de novemb novembro ro de 194 1943 3 e, se ;s da data tass est sta a~ corrretas cor etas,, com 84 anos anos de idade idade. Para Pa ra alem dos dados dados acim acima a arr arrolad olado os, a pa parti tirr da documentat documentat;ao escri escrita e con conh hecida sobr sobre e 0velh velho o Marti ti-niano,, existe urn conju niano conjunto de informa informat;oe oess qu que e ci cirrcu cullam na tra trad diya yao o or oral al do pov povoo-d de-s -san anto to da Ba Bahia hia.. Em Emb bora contendo conten do alguma mass co con ntradiyo tradiyoe es, alias lias perf eitamen eitamente te com com-pre pr eensi ensiv vei eiss na nass cie cienc ncias ias huma man nas, qua quando ndo se trat trata de materiial co mater colletado na tradi tradiyao oral oral de urnpovo,acr urnpovo,acre edit dita amos conve conv enie niente nte tra traze zerr a public blico o esses dados, dados, na expe expect cta ativ tiva a de que possam possam se serrvir a elabor aborayao ayao de uma biogr iogra af ia POl Ol'' acas caso o ma maiis sistem ema atic tica a de Marti tin niano do Bo Bom mf im, im, 0 gr gra and nde e lide lid er neg negro ro da Bah Bahia ia.. De acordo, acordo, por porttanto anto,, com os meus meus inf orm ormant nte es, Martin rtiniian ano o era de Ox6s 6sssi, Od Ode e Wa Wale le,, cujo "as asssentame ntamento nto" " deve se encon ontra trarr no Terr Terre eir iro o da Casa
Ilranca ca.. A conside nsiderrar ve verrdadeira dadeira a in informar;a ;ao, o, f icamos icamos m sa sab ber prec preciisamen amentte porq porqu ue aque quele "asse assentam ntame ent nto" o" ncon ntra no Op Opo Af onja onde onde Ma Marrtinia tinian no te teve ve II!lO e enco Lic cipar; ipar;aoat aoatiiva na sua sua edificar;ao, dificar;ao, f oi oi Presiden ente te de p / I I'Li Iionra da Socie ciedad dade e Civil Civil e detinha detinha 0 presti estigia giado posta osta de A j jimu imuda. da. 0 nome nome de santo, santo, 0 oruk6, uk6, Ode Ode Wa Walle, (0 pot otll inicia iniciallmente nte sug sugerir erir que que Ma Martinia rtiniano er era a "f eito de isto to €, teria teria passad passado o pelos pelos ri r igidos gidos rituais rituais de iniiniII Ilid', is tanto, o, existem pessoas, ligadas aos candomcandomC' II~' . ' . ntretant 111H1, qu que e de dettem nomes, nomes, orukos, orukos, mas mas que que nao sao adox adoxus, diz;; podem podem tel' passad passado o pelos pelos rituais rituais inici iniciaticos ticos ,'nin ino o H diz 1 11 1 1 11 I l l l O r ce cebe bem m 0 santo, santo, nao entram entram em trans transe. I t difici dificil filho-de-santo. to. Caso ele fosse fosse lidII IILir 11 Martiniano fosse filho-de-san rLa ame ment nte e a memori memoria a coletiva coletiva teria teria preser preservad vado o lido II, ' rL ILlI IL lIlllcaoc, omoocorre sempre sempre com pessoas pessoas que desfru, HI IIII I I O il d f rutar tara am grande grande prestfg prestfgio io nos cando candomb mblles da IH
Ill llI Ihll.
A luta de Martiniano Martiniano Eliseu do Bomfim Bomfim pOI'ur pOI'urn n 1 / ' / llld lldo ornb rnbll que se aprox aproximasse imasse de urn padrao padrao af rica icano, 1 1 11 1 ( 1 " qu este padrao adrao fosse fosse obviame obviamente nte for formal, € bem resistepcia pcia inter interna, na, de den denttro par ara a I C V I III lora de uma resiste d c II IIll.ro, paz de despertar, spertar, como efetiva fetivamente nte ocorre ocorreu u, 'ssid ida ade de defesa perma permanente nente contra contra a de descara carac1 1 1 11 11 / / 1 II Ic I 1':1 1 'n . ate mesma per perda de valores valores basicos basicos e "fundaIll,, / / lif ::dl"a re relligiao afro-bi afro-bi:'asileira. Embora Embora movido movido POI' POI' 1 1 1 1 Ill t nsao digamos "etno-nagois etno-nagoista" ta" ou "nagocentrist "nagocentrista a" 11 11 11 \ \ 1 1 pI pI'' lim imiiLo Lou, u,e em mui muito, to, sua atuar;ao atuar;ao enquanto enquanto lfde lfder relil itH I O H O , Mmtin tiniiano parec parece e ter acredita acreditado do a vida vida inte inteira ira que que Cao o da tradir; dir;ao religio religiosa sa african africana a na sua forma forma I I pI' H rvaCa ondir;ao esse essencial ncial para para sua continu continuiidade dade. 1 11 1 1 ' 1 \ /\ inFlIera a condir;ao Enttre En retan tanto, to, a dinam dinamica ica social social engen engendra dra situar;o situar;oes es toscultu culturrais ais que que ree reelaboram constant constantement mente e os dl \ \ '011 Latos s perma rman nentes ntes da soci socie edade, tornando-o tornando-oss vige vigente ntess V I II ( )I ' ( \ IILuli '. '.0 0 Ca Candom ndomble ble nao constitu constituii excer excer;;aoe es esta ta inev neviL / lvol lvolmente integra integrado do na onda dessas mudan mudanr;as r;as socia sociais, is, IId,nndo pela pre preservar;a rvar;ao ~os ~os valor valores es basi basico coss de uma uma
liturgi liturgia a igualm ualment nte e sub ubm m tida as expe xpecta ctativ tiva as dos novo novoss tempos. autor, conqu onqua ant nto o na nao o poss ssa a com comp part artilh ilhar ar das o autor, ideias de Martini Martiniano, re resp spei eitta-as e homen omena ageia urn dos dos mais mais ilustres ilustres baiano baianoss do qua qual a comuni unida dad de negra ainda nao nao se deu conta conta do seu exe exemp mpllo de vid vida a e do legad egado o de sua sabedori sabedoria a ance ancestr stral. al.
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1)lIl1l Il1lll~, Pur ureeza e poder nomu nomund ndo o dos dos Cand Candom ombl bles es,, p. 122 122.. E sta vol!,1 vol!, 11,n 1,nf sti tica ca a Af ric ric a, a, para uma rea reali limen menta< ta<;ao ;ao da tradi< tradi<;;ao f oi prll lllll irumente col oloca ocad da pOI'Ay pOI'Aydano do Couto Couto Ferraz Ferraz,, em pequen pequeno o 111'1,lrrosp cialme ment ntee escri escritto para a Revista Revista do Arquivo Arquivo Municipa Municipall d H 0 Pa Pau ulo. Os pro produtos af rica icanos nos, cOglo cOglo os frut fruto o s Obi e OroM, OroM, IIlIlp lprr ~ll:lv lvaam uma mag magiicida idade mai aior or l;lOS lOSrituais rituais com eles eles rea ealiz lizaados. dos. (illn lno o conta que'o alabeM;lnue nuel SHvino, do candombl candomblee de I'"Iq II ria ria ('I 'I''erre rreiro iro do Ganto{s), tonse seg guiu cer erta ta f eita com urn urn toqu toqu e IId' Id'"'1'1111 f azer azer com que alguma umas filhas filhas-d -dee-s an ant o que es estav tavam am 1 11 1 ( , / / 1 'ionadas no Ca Cam mpoGr'imde mde,;em dia de carnaval, rnaval, entras entrasse sem m em 1,"1 ,"11I1H 1I1H"luc luc10 is so a' uma gran rand de dis dista tanci nciaa. Cons Conseg egui uiu u tal tal proeza proeza "portp, 0 seu tabaqu que( e(ssiC) Vleik Afri frica: E 0 sorti sortileg legio io d a terra rra quee f ico cou u para tras ras.. Vma Vma es esp pecie cie de revivescencia atav aviica" p r 'O '" Ucla qu (1''''((''I'I 'IIIZ, p.1 p.17 76).
12
13
de
"'I'oc 'ocll S OR ca can ndombl mbles es,, 'pri prihcipa ipaltll tllent entee os cle cle mai maior or pre resstigio loe oeii lligico que se diz dizeem de "na<;ao" nagonago-qu queto eto ou quet queto o puro puro n a ('lillie!' do Sal Sa lva vador dor,, apres preseenta ntam uma estrut estrutur uraa religiosa e cerimonial qlllo H aprox ql oxiima mais dO'mode modelo do s conve conventos ntos ou "humkpa humkp ame" me" nll lllr lr os f ons do Benim im,, ccimo mo··denuilci uilciam am as evidencia videnciass lingiif lingiif stica ticas dos nomes nomes iniciati iniciaticos cos do grupo grupo de i1 1' 0 H oncontram nos etimos f ons dos 11!( !(;;if lC;;oiou barco co,, tais como ad adof ona, fona, fona, fomo, fomo, gamo etc; etc; no nome nom e dll Imntl.llhio OUp e ji (barqui<; rqui< ;o OUbaquice, Ubaquice, etim etimo o bant banto, o, entr entree a s Illl(:f ioH ioHcong ongo o-ango ngolla) a);; no titulo tulo do re responsav sponsavel el pelo peji, peji, 0 pejiga; pejiga ; 1111 IIIII lie lie do quar artto de reco ecolhime lhimen nto dos dos ini iniciados, 0 runc6 runc6 (tb rudeme rudeme , 11('1'('sce cen nto toeeu); no no nom me dos tre ress tambores bores sagrad sagrados os,, rum, rum, rumpi rumpi e 1'111 1111 11, o,u Ie; no nome da vareta de percus rcussao desses desses atabaq atabaques ues,, 0 1I1:lIid idaavi vi;; no nome do idio idiofone fone sa sag grado, do, 0 ga; no nome do lugarlugar"SH "S Honto - on ond de se co colloc ocaa 0 as asse sem m, obje objetos consagra consagrado doss a uma uma divi di vin ndade determ rmin inaada; no nome do es espiri pirito to guardiao guardiao,, 0 adjunt6 adjunt 6, l'lll.re l.re outr tro os ex exeemplos", plos", (C (Caastro tro,'p. 75).
If)
No mundo cheio de mister misterio ios, s, dos espfr friito toss e pais-d -dee-san antto. Martiniano .. , Babalao Babalao e Prof essor essor de Ing Ingles es.. 0Esta tad do da Bahi Bahia, a, Salv alvador ador,, 14 de mai maio o d e 193 936 6. Para melho elhor f aci cillidad idadee de leit itu ura, atu at ualiza lizamos mos a graf grafia ia do tex exto to da entr entreevista ista.
pA8. 0tex Lima, Lima, op. cit. pA8. texto de Jorg Jorge Ama Amad do f oi pub pu blic licado em 0Negro no Bras asiil, p.3 .32 25-328 28.. No livro livro de Manoe noel Querino Querino,, A Ra<;a Ra<;a Africa African na e os seus cost stu umes, es, estta repro es produz duzida ida, na esta estamp mpaa XI - Tip Tipo Ige ge--ch chaa, a fot foto ograf ia ia de Piee dade, a mae de Marti Pi Martinia niano no d o Bomfim. omfim. "E uma fot foto ografia fia constante do liv livro de Man Manue uell Que Querino rino, Cos Costu tum mes Afri frica cano noss no Br Bras asiil, sobre brepos ostta a legenda "Tipo Ijexa" Ij exa",, e tida tida com como o 0 re retrato de Ma j jeebassa,, segun sa segundo do depoime poiment nto o que que t eria sido ido feit feito pOl Ol''Mar arttiniano a amigos seu se us" (Lima Lima, op. op. cit., cit., p.51) 51).
0grup rupo o inc inclu lussivo dos "Obas "Obas de Xango" foi exa exau usti tiva vam ment ntee
analis isaado POl' Viv POl ivaaldo da Cos Costa Lima Lima, e pu publi blica cad do or orig igin inaalmente na Re Rev vista Afro--Asia, Sa Afro Sallva vador: dor: CEAO CEAO, n. 2 / 3, p. 5 / 36, 36, jun jun. / / dez. 1966 e ree eedit ditaado om MOlll' lll'a, p. 87-126.
M l l M
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li' i'roz roziiel'. Vel', tambem tambem,,
CAN CA NDOMBLE E 0 ES ESP PIRIT IRITO O DA RESISTE RES ISTEN NCI CIA A
Lima Lima, op: op: cit. cit. p.50. p.50 .
Lima, op. op. cit. cit. p.50-51 50-51.. Para Para uma leitur leituraa sob sob re os abi abik u _ m pa para ra morrer, orrer, vel': vel': Verge~, Verge~, La societe societe eg egbe be orun ...
os que
I \ I \ ' \ R
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'P I I'son, p.278.
Sobre 0 nome nome Ogel Ogelf tde, tde, Vivald Vivaldo o da Costa osta Lima, e: "Alguns uns auto tore ress conte cont emporane mporaneo os suge rem que O jela jelade I , I~llYl titulo, urn oie oi e que que Mal' Mal'tinia tiniano no recebera cebera no culto do doss eguns eguns 1\ 11 1 Iltn do Itaparic 1\ aricaa, onde er e ra .re rever verenc enciad iado o pelos pelos velhos oje ojes e 11 / / 11 ' I :J do culto, Na verdade, I 1 ,111 erdade, contudo, O jelade jelade era 0 nome nome pl'6prio O " I I t.t . d Mal' l'tin tiniano iano"" (Lima, (Lima, op. op. cit. cit. p.5l). 5l). Ali~ Ali~ s, s, a e nt ntre revi vista sta l'OIl IlII:o(lid idaa pOl' Ma Marrti tiniano niano a Pierson esclarece larece definitiv finitivame amente nte 0 I u ~ 1 I1 1l 1ltt. O . De Q,ua uallquer maneira, neira, no culto culto d e Baba Egu Egun, em Ita Itapar ariica, HI. tf tul tulo, 0 oie, Oje Ojelade. I ! I
I
I
('ior
(l,, II:tll.udo (l dod da Bahia,
14 maio 1936. 1936.
III ( 1 . p. 61 e 63. No mesmo mesmo artigo artigo,, Turner Turner fala fala longamente longamente de Marcos "Ill Illllll~t Jose Car Card doso, so, casado com: com :Fortunata, Fortunata, filha filha de Am Amaaro Mar MariI l1 1 0 q u via j jo ou para Lagos Lagos com sua esposa em 1879 1879 nov nov e anos ant antes I I I I Ol O l lo l i C o. Marco Marcoss Cardoso, ardoso, que foi pa para Nigeria Nigeria ~m 1869 1869 com seu / lId, n tol tol''nou urn respei respeita tad d o l id ider religios ligioso o e cons constru truiu iu a prim primeeira I H " \ J o at6li lica ca de Lagos, Lagos, pOl' volta volta d e 1880."Th e money money necessar necessary y , 0 I,h cons onsttruction tion of the the building building was suppl suppl ie d by e x-slav -slaves who Lagos os from Brazil Brazil, Cuba Cuba, a nd nd t h e Wes W estt Indies Indies". ". . ' ( 1 , 1 1 rn d to Lag
I ' I I I n,II II''rnaca cao o prestad prestadaa
111 11 11'10
de 1993 93..
pelo pelo Oha Oha Kank Kank anfO do Axe Axe do Opo Af onja, onja , em .'
o terre terreiro iro de Ca Can ndomble tran transfo sforrmou ou--se em ce cen nario privilegiado a par leg arti tirr do qual se desenvo envollveu uma gra gran nde e efic eficaz az rede re de de solidar solidariedade, iedade, cap apaz az de pr prepara epararr a co comu mun nid idade ade para 0 enfre enfrentamen ntamento geralme alment nte e in ind direto to,, da re repre ress ssa ao policia licial. Esta luta luta co con ntou com omg gran rand de nu num mero de pes pessoa soass de fora fora do Cando andomble mble que, que, por raz raz6e 6ess div diver erssas as,, se coloca coloca-ram ra m comofortes mofortes al aliadas e f oram oram de ext extrem rema a im imp por orttancia ncia no processo ocesso de negoc gociia9a a9ao o com a soc sociiedade ou mes mesmo no abra rand nda amento da agressivid ressivida ade po pollicia ciall, qu quand ando o nao consegu se guia iam m eliminalimina-IIa de todo todo.. Esse foi foi 0caso caso,, po porr exe e xemp mpllo, de intelect intelectu uais ais,, professores fessor es e esc escri rittores que ue,, ao lad lado o de lideres lideres negros ros,, rea realliI zara aram m 0I Cong ongres resso Afro Afro-bras brasiile leir iro o na Bahia hia, em 1937, 1937, o qual qual mer ere ecera aten9a ten9ao o pelo que ele re rep presen esentou tou com como momen ento to inicia nicial da disc scu ussao mais sis isttem~t ~tic ica a desse proce ocesso de res resiste isten nci cia a doneg donegrro em Salva vado dor. r. Contudo Co ntudo,, nessa rede de al aliiad ados os,, e de al aliian9a n9as, especial aten9ao de deve se serr dada ao gr grupo upo dos dos oga ogas, grupo de presti stigio na socieda ociedade inclus lusiva dos ca can ndomble ombles e que tiv tiveram salie liente nte papel na na intermedi intermedia a9ao e mes esmo mo na constr constru9ao 9a o de par parametro ross de intermed rmediia9ao de conflitos entre 0 grupo re religio ligiosso af af roro-bras brasil ile eiro ea sociedade sociedade baia baiana. Entr Entretanto nto, os ogas devem se serr vist sto os na sua dime dimensao mais amp mplla, ist sto o e, na qualida lidade de memb membros ef etivos tivos dos cancandomb mblles, com dire direito itoss, devere eress e pre rerr rrog oga ativas religiosas defin finid ida as no inte interior ior dess essa as comun munida idades. Ha uma tende tendencia ge gen ner era aliz liza ada a acredi dittar que 0 Ca Cando ndom mble ble se valeu
mprre do exped mp pedient ent~ de escolhe escolherr pe pesso ssoas as imp mpo ortan antes tes na socied ociedade ade para para lhes lhes concede conceder 0 honro honrosso tit titu ulo de og oga ae I'n I' nze-la -lass pr prot ote etoras toras da com omu unid nidad ade e religiosa religiosa.. E que essa OH 'olha recai recaia a sem sempre pre em individu individuo os que que desfr esfrut utav ava am de 11I / -1i r pod poder aquisitiv aquisitivo o ou que detinh detinha am urn de d eterminado pod I' na socie ocieda dad de. Esq squ uece~se, par exempl mplo, que muitos !I(HH S ele leito itoss eram neg negrros que detin tinh ham ra razoav zoave el poder der 11!ll llli liH Hitivoe gozav gozavam de grande presti restig gio dentro tro da j''Olt j ltlll'lll ll''ida dade denegr egra em gera geral. l. Mas ha ha de se dizer, zer, a bem da verdad verdade, e, que que muitas a inda a saDe saDesco colhi lhidos dos na vasta sta rede das re relaVI ;1,( H ram e aind , I e I I I ssoais do lider lider religio religioso so,, onde se incluem pessoas 111 11 11il 111 11 I1 , parente ntes de fi filh lhos os-de-de-sa santo, nto, vizinhos vizinhos que que prestautra, algum algum ti tipo de a juda juda dur durante as fest festas as 1 1 1 1\ V ZlJ l' outra Pll llh hli lic cllHou aux uxiliavam iliavam nos momentos ntos de nec ecessidad essidade es !III IIII . I'" il'o se agre agreg gara aram m a'co comu mun nidade idade religios religiosa. Nao Nao !ll lliill ll~ ~(1', a:ind nda, a, que no interior rior dos candom candombles bles existe existe I IIItI IItIIIII I'I1Iane nentere ntered de de aju ajud da mu muttua, de tro trocas de favofavolilli, !l110 I, nn nniina pOl'eng l'engend endrar rar re rella~ a~6 6es mai mais pr6 pr6ximas, imas, voss e af etivo vos, s, muita uitass ve veze zess con conssoli111IIt!,1I1.0H 111 rn is ef etivo d'ltiOHI 10 tabeleci lecim men ento to de la~os relig ligios oso os dur duradouros. Ass ssiim e que muitosJ muitosJ::t:a :ap p~.fQ fQrr.ma marram-se em em oga gass anttes proteg egiido urn determin determina ado ca cand ndo ombl mble e 11 1 1 1 LlI ' man f 1 , 11 1 ' 1 1 1 1 ram, assim assim,, merece ereced dOFe OFess da hon honra rari ria a. Nin ina a Ro Rod drig rigu ues "medic ico o par f orma~ orma~ao ao e etn6logo 1 11 1 1 ' HOH 0 , (e qu que e) teve de enfrent enfrentar a arr arro oga gan ncia cia e a vioII IWil d \ S nho nhores res acos acostum tumado adoss a oprimi primir, r, a ex explor plora ar, a Wilii I p 11 \( \('/ '/ 11' 0' sere seress humanos humanos qu que e se enc encontra ontravam a seu seu serser'(, (," "', 'xaLame mente nte par par se mos osttrar interes nteresssado pela cultura dOliI\ ( ,'I'OS humil humild des na Bahia, Bahia, em que q ue pese sua sua boa dose dose tI, pl'V'ollce ceito, ito, termin termino ou escolhi hido do como og oga a de urn dos terreiros da sua epoc poca, 0 ter terrreiro iro do Ill /J /Jill pI' 'tig'iosos ter (:''III (: IIL LI) I)iiH. H.A Aten~ n~ao aoes espe pec cial, al, porUmt orUmto, o, de deve ser ser dada, no par parI,('1 1 1 1 11 ', ao cara aratter humanis humanisti tic co de Nina Rod Rodrig rigue uess que que v I·1me PI'OVI VII ment nte e nao se recusa usava va a inte interme rmediar diar inte interesses tI( pOH OHH Hoasdo doss can cando dom mbles bles dentr ntro da socie sociedade mais R
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ampla ampla, ne nem m tamp tamp '1'0 d ixa r de atend nder er comom mome edico urn negro negro doe oent nte e e pr 8 r v r-lhe alg lgu um tratam ame ento, ou enco encont ntra rar, r, com a ju jud da d seus col ole egas de profi fisssa sao o, um apoio qu qua alqu que er para atender es esssa ge gent nte e pobr bre e de Salv Salvado dorr, avi aviando ndo uma rec ece eit ita, a, f aci cili litand tando o urn inter intern namen ento to na rede rede hospitalar hospitalar da cid cidad ade. e. Mas e 0 pr6prio Nin Nina Ro Rodrigu drigue es, no seu seu livro livro Animis Animism mo fe feti tich chis ista ta do f egro egro bah bahiano no,, que quem fo fo::mece mece ref erencia nciass pr pre ecios iosas sobre obre a fun~ fun~a ao politi politica ca dos dos ogas, ogas, esse esses protetor protetores es dos ter errreiros, iros, embora mbora ofer ofere~a esca escassa sass noticias ticias sobre suas pr princ incipai ipaiss atr atribui~ ibui~6es 6es religi eligiosa osass: A perseg ersegui ui~a ~ao o de que que eram aluo luo os ca cand nd ombl ombles es e a ma f ama em que que Sa SaD D tidos tidos os f eit eit iceir iceir os , os , t ornaua rnauam m uma uma neccess ne essiid ad ad e a pr ocur ocur a de pr ot et or es f or tes tes e pode poder r oso oso s q ue ue gar ga r antisse tissem m a t oleninci cia a da poU cia. ia. A est estes es pr ot etor es es que pode odem m se serr iniciados iniciados ou nao nao , mas que que ac acr r ed ed it it am na f eiti~a iti~aria, ria, ou tem um int er esse esse qua qualque lquer nos cand ombles, mbles, dao el eles em r ecompen ecompensa 0t itulo e as honr as a s de og oga ans.2
Ap6s co c ome menta ntarr sucinta ucintamente nte as obr obriga~6es religiosas giosas dos oga gass de urn terre erreiiro ro,, co como mo a de of erecer erecer ao se s eu santo santo prote rotettor anima nimais para as f est estas e sa sacr crifi ific cios votivo votivoss e de d e f ala alar dos direi ireittos que que tern como como 0 de serem cump cumprrimenta ntados dos pelos f ilhos ilhos-d -de e-sa san nto que que lhe lhes pedem a be ben~ao, n~ao, gar gar ant ante que seri seria urn equivoco imag imagin ina al' que 0 titulo tulo de Oga fosse fosse espinho espinhoso so e pouco ambicio mbicion nado. do.3 Aqui, Aqui, Nina Rodrigues Rodrigues tr tra ata de umas umasp pecto ecto ate ate hoj hoje pouco pouco disc discutid utido. o.-Se 0 cando candombl mble se val valeu e aind ainda se vale vale des esse se jogo jogo de de alian~ alian~as em mome men ntos tos de dificulda dificuldades es,, e igualme lmente nte verdad dadei eiro ro que que ser ser oga de urn candombl candomble, e, tanto tanto no pa passado com como so s obre bretud tudo o nos nos dia dias que que corre correm, signi ignifica fica deter urn urn certo certo pres presttigio gio dent dentrro e fora fora do grup grupo o r eligioso, e isto inde independe nde da situa~ situa~a ao social de quem e por ortado tadorr do titulo, tulo, pret preto o ou branc branco o, rico ou pobre pobre.. Nao somen somente te as pessoas soas humi humild ldes es se compra compraze zem m de seu seu status dentr dentro do grup grupo, o, como co mo pa para ra mu muito itoss del deles e tao some somente 0 unico re ref erencial erencial depres depr estig tigiio so soci cia al. Ma Mass outros, outros, de situa~ situa~6e 6ess privileg privilegiadas iadas,,
I.f lmbe lmbem m se ja jact ctam am dess sse e posta e ace acenam com como o figuras figuras mporta mpor tant ntes es POl Ol't 'te ere rem m si sido do acei ceitos tos den enttro do gr gru upo e, no no serem prote protetore toress, sac sobret retud udo o pro proteg egiidos. III ar de serem Nina Nina Rod Rodrrigu gue es, ap6s ap6s l'embrar que que ef etivamente nte ogas as sac reco recomp mpensa ensados dos pela pela prote prote~ao que que dis dispen pen j /i R S og terreiro,comen nta 0 valor valor que que tinha tinha essa essa pr prote ote \ :ao, Mi l lO ao terreiro,come doseculo lo pass ado mas mas que se se prolongou POI' POI'toda toda 11 01 0 1 fin dosecu metade des deste sEkulo sEkulo -, sobr obretudo etudo enquant enquanto o II (ll'irneira meta rsegu ui~ao policial: na perseg c l Ill'o E m tod todo o cas caso, esta esta prot errao errao e r eal eal e e f et et iva. As pr oibi oibirroes rroes poli po licciai iaiss ma mais is t er mina minant es es e ri rig gorosas desfa z zeem-s -see PO I ' ' encant o d iant e d os os recur s€ J s e em pe penh nhos os que os ogan ganss poe poem m ' r r n ar r riio. i io. A mola e se sempr mpr e 0int er esse e sse eleitoral itoral,, que que neste pa p ais f a z d e tu tud d o catave cataven nto e nas nas grand es in{l uencias po p o[£ tic ticas vao eles busc buscar os seus melho lhor es pro proteto tetor r es. Se Seii d e um S enador e chefe po polit ico local que que s e tem co con nstit uido uido pr ot et or -ch -che f e dos ogas ogas e pais-de pais-de--t er r r eir o. o. 4
Nina ac Nina acrrescen scentta as su suas an ana aIise Iises, urn dado tantte reve vellador dor da situ situa a~a ~ao o de troca simb6 simb6lica lica I IIt·illl ba tan 11111IIn At belece entre 0 oga oga, qua qualque lquer se ja ele, ele, e 0 se seu u I I II po d r f erenci cia a. Se 0 candom candombIe bIe pod pode ser ser ev eve entuficiiario de uma uma ajuda, ajuda, 0 og oga a esta perm permanen anen- / 11 11 111 1 1 \ 1.(b nefic prottegi pro gido do do ponto de de vis vista religioso religioso,, 0 que que para 1 1 1 11 1111 11 (. 'adu duz z-s -se e em sati satissfa~aoe fa~aoe re rec compensa mpensa indes indesc cri ritti11 1 11 1 , 0 1 0 1 l.l'a nte enc ncia ia muito cri ritic tica amen entte Nina Rod Rodrig rigu ues: " " , M / 18, sent E acr escent e-se e-se ao aoss inte inter r esses rnateriais rnateriais e dir et os, o s, a cr cr enr r ra :;up upeer sti ticcios osa a na nass pratica prati cass f et ichistas pO I part ' ' e d e pesso ssoa as ill. f f lue luent es es , e po pod d er-se r-se-a -a f aze azer uma uma id eia d o gr gra au de pr p r ot er r r ao indir eta d e que que hole pode podem m d is po por os f eitice eiticeiir os. os. 5
8mbora se ja ja dificil ficil acred acreditar itar que que Nina Rodrigues Rodrigues °e da ex experie perienci ncia a relig religiosa iosa afro-brasile fro-brasileira, tortor111 11 111111 pesquiisa sado dorr e POI OI''for for~a dis disto, fre fre-1 1 , P 1 0 f ato de ser pesqu / ldo dor assf r duo duo do Candomble, ndomble, e urn de se s eus alia aliados dos 'I( 1I111, / pilli I.ico!';que po pi pod dia, de cer certa maneira, ira, toma tomarr pos posi~6es i~6es J I l l hi i o n con ontra tra as perse persegui~ gui~ge gess polici policiais. ais. Tudo udo isto isto,, I II Illl l I ljljf f H H
inf in f ormante, respeitado Ba Bab bal alo orix rixa a na Bah Bahia esta con contida tida
evide iden nteme temen nte te,, lh deu Cl comunidad munidade e re reli ligio giosa sa,, Cl'' dito na co que f ind indou pOl' Ol'e estabelec r com ele la~ la~os os ma mais is s6li lido doss de parrticip pa ticipa~a a~ao o no co cont nte exto do doss rit ritu uais. Como assina assinala la Re Renat nato o Silve Si lveir ira a, "e "erra 0 advoga vogad do qu que e def endia diant iante e do pu pub blico bernern-pens ante ante, embora mbora den denttro de uma uma 6tica ev evo oluc luciionista onista,, a dignidade dignidade da cultura ultura ne negr gra a. PO POI' I'esta esta raz razao, sem sempr pre e foi recebi ebido com com estima timas e ho honra nraria riass pel pelo o pov povo o do candom candomble, ble, e ter terminou nou consagrado nsagrado Og Ogan an de Oxal Oxala do terre erreiiro do Gan an-toiS"6. oiS"6.Isso se de deu u no te tempo mpo de Pulqueria, fi filh lha a de Mari Maria a Julia Jul ia da Concei~ oncei~ao ao que que, com com outr tros os dissiden dissidente tess do He Iy Iya a N asso, asso, fundou fundou aquele aquele Terre Terreiiro, ainda a Renato enato Silve ilveiira quem quem relata ta,, no trecho : It aind seguinte, seguinte, 0 que que signif significa ica a pres p rese en~a de uma uma figu figura emieminente nente da.soc da.sociedade baiana, baiana, ain ainda que muitas muitas vezes critic critic ada pOl'seus pOl'seus pares, pares, na qua qualidade de Oga de de urn urn ter terrreir eiro o de Candomble andomble: Este f at o e d a ma is is alta import a import anci cia a no pr proc ocees so so de con co nst ituir tuir rao r ao da re rellig igiiii iio o a fr o-baiana o-baiana e d e uma soci cieedade civi vill em Salv Salvad or . N o culto ulto d e orige origem m african africana a , o s ogans com poe poem m um sacer d6 d6 cio es pe pecific cifico; si io io os mern mernbro bross masc asculino ulinoss do candom candombl blee que que nunca nunca en ent t r ram a m em trans transee e se enca e d iploencarr rr egam ta nto de tar tar e f as as admi adminis ist t rativas rativas iplomati ma ticas, cas, como como d a musi musica ca e d os os sacri f f icios icios. Na r ees estru tru-t ur ur arrao arrao dos cult os o s na Bahia ia,, es est t e sacerd6cio f oi oi mant id id o em to toda da sua co compl mplee x xid id ad ad e , ac acr r escentando; escentando; , ,se se urn ram ra mo es pecia peciall: cert os os " br br anco cos" s" que detinh detinha am urn es est t atu tuto to eleva evad d o no seiq seiq da so socc ied ad e o ficial e qu quee eram sim pa patizant tiz ant es do cand omble mble r eceb eceberam, enquant o ogan ans, s, a funr funr r r iio iio d e pr otet otet or es es d o cult o. 7
Na ver verdade, de, gene general alizou izou--se a ideia de que os ogas tern no Candomble andomble apenas apenas uma uma fun~ao honorifica honorifica,, ser servinvindo para para aumentar 0pres prestf gio da ca casa sa e possib possibiilita r a ent entrrada de mais re recur curss os que que ajuda ajudam a cobri cobrirr as desp spes esas as com as cerimonia cerimoniass sag sagrradas. das. Isto re redu duzi ziri ria a as fun~5 fun~5es es do og oga a urn papel pur purament amente e soc social na estr strutura utura do Candom ombl ble e sem levar em co considera~ao nsidera~ao as dif eren erentes tes responsa sponsab bilid ilidades ades reli re lig gio iosas sas qu que e the sao sao inere neren ntes. Na ex exp pressao de urn
inf ormante, respeitado Ba inf Bab bal alo orix rixa a na Bah Bahia, esta con contida tida a me mellhor defini definit; t;ao ao que se po~ po~sa te terr da figu figura ra do oga: Da-s Da-se 0 nome nome d e oga a uma pessoa que se sub met e a grandes randes obri obriga gacc;o ;oees int ernas rnas d e um a xe , par a se conf irma irmar a um determin determina ad o or ixa. ixa. A es est t es es , os portador es es do sant o toma tomam m como como Pa Pai , , t endo ele autor idade dade sobr sobr e 0 santo e 0 filho muito muito mais mais 0 , ,0 filho d o ' tal tal ori xa. xa. T em a obr obr igw; igw;ao d e ze zellar pe pelo orixa 0,0 qua qual f oi co confi nfir r mado, es pecialment pecialment e nas suas obrigac;oes brigac;oes. E x xiiste stem m td mbe mbem os ogas gas de sala , que sao os r es es ponsaveis pela orna rnament ac;ao e discip disciplin lina a do ba bar r ra cao cao..8
E absolutame olutamente nte necessa cessaria, ria, para para que que seja seja ac ace eito itado comooga, ita comooga, a sujeit sujeit;;iioaos ritu ritu-ais pr6p pr6prios de dessa ssa incluind luindo-se o-se sempr sempre e a cerim cerimonia onia do Bor Bori9, alem 1lidn dnV V ,inc uLrossandam amento entoss rituai rituais complem complementa entares res e igualmen igualmen-d . ouLro I., IJ \) pOlta tan ntes na liturg liturgia ia de consagrat;a nsagrat;ao. o. Caso na nao se inicia9ao,, ele ele permanec permanecera era na subca subcategoria Illl Il llh hlll lllOL l a . ssa inicia9ao f lU pen so ouapon t I, ouapontad~, tad~, sem mere merecer cer os benefi nefici cios os nto o que tern aque queles que que ass assim im proce proced der era am. I II 1 . " / 1 1,1 1,11 In nt Carn rne eiro des escr cre eve com com riq iqu uez eza a de I'; I' ; lison Ca / ll" \ H, seu Candomb andombles. les. da Bah Bahia, 0 proce procedimento H, no seu t li d, / II, I II Hp c nd . r ou o u levanta vantarr uma uma pe p essoa para para ser ser oga de de urn luindo tambem alg algumas umas justificativ justificativas as da razao II ," i1'( I in luindo r cair sobre sobre uma uma deter ermi mina nada da pesso pessoa a: til l I coli ( I'
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er to to d ia, a ma mae d eci ecid e: leva van nta tarr ogan do seu ca can ndo dombl mblee urn cava cavalh lheeir o que con conq q ui uissto tou u as si simp mpa atias ge ger r ais ais d o , ,g gent e do , ca cassa , seja pela libe liber alid lid ad ad e, e, se ja pela sua atr ac;a ;ao o peessoa p oall , , se ja pela posic; ic;a ao que que d es es fruta. fruta. Ern me meio a uma er im6 im6 n ia ia p ubli ublicca, a f ilh ilha A, poss ssu u id id a pOl' Xa Xan ng6 , pOl' exeemp ex mpllo , toma toma pela mao 0 indica indicad d o e 0 leva at e d iant iant e d o alt t ar d e Xang al Xang 8, 8, ond e int errog rroga 0 orixa, orixa, em ling lingua a fri frican.a, sobr e a co conv nveeniencia d e t omama-lo como como seu oga gan. n. Volta Vo lta d epoi epoiss co com m ele para 0 barracao e, enqua nquanto os al. l.a abaques ques se f aze azem ouvl uvlr ; f estiv estiva ament mente, e, outr outr os ogans ans do , casa 0 carr egam e 0 pa passe sseiiam carr egando egando em volt a do, sala , sob os aplaus aplauso s d o , ass ssiist encia. ia. Outras Outras vez ezees 0 ori xa xa esco es colh lhee 0 ogan ent r regand e gand p p--lhe lhe as suas uas insignias - no caso caso , o mac machado hado d e X ang8 ang8 . 10 ' c .'
Edi Edison arn iro prova provave velm lme ente descre descrev veu a cerimonia cerimonia de 's 'su usp spe eI ao' d urn oga oga de um uma a determinad determinada a casa casa.. Mas Mas sua sua descri9 escri9ao ao aind inda a permanec manece e valid valida, a, pois pois 0 que acontece, acontece, nos nos dias dias atua tuaiis, sac varia90e ria90ess form formais ais que que nao alteram alteram,, signific significa ativ tivamen entte, 0 essen ssencia ciall do ritual itual que que consiste, consiste, em ultima ultima instanci cia, a, em apresenta apresentarr ao publico a pessoa pessoa escolhid escolhida. a. Entre Entretanto nto, e som somente a parti partirr dest deste e estagio estagio pre-inici pre-iniciatico atico que que 0 candi ndidato suspen uspenso so passar passara a a assumir maiores compromisso compromissoss com 0terr terreiro de candom candom-bIe que 0 elegeu. Muitos perm perma ane ce cerrn 0 tempo todo nesta catego categoria ria e termi terminam nam por por nao freq frequ uenta tarr, co comassiduid massiduida ade, os locaisde locaisde culto culto.. Avent Avento o a possi possibil bilid ida ade de que, que, entre entre esse esses, estao muitos dos que interrned interrnedia iara ram m situat; ituat;oes de conflito conflito do Cand Candom omble ble com com a socied sociedad ade e maio aiorr como, como, por por ex e xemplo, na epoca epoca da persegu perseguit;ao it;ao polici policial. Co Contud ntudo, o, e a cerimonia cerimonia de confirma9ao confirma9ao que consagra consagrara definitivamente 0 candidato na categoria categoria propriam propriame ente dita de confirmado confirmado.. Valho-me, Valho-me, uma vez ma mais, da descrit;ao de Edison Carne Carneiro, sobre sobre preparat preparativ ivos os e et etapas de confirmat;ao confirmat;ao de urn oga oga, por por conte conterr dados dados es esssenci nciai aiss ex explica plicativo tivoss dessa dessa cerimo cerimonia, nia, validos para ente ntende nder as que que sac realizada realizadass nos nos dias dias atua atuais is.. Esta Esta cerimo rimonia nia vari ria, a, como omo semp sempre, re, de casa para para casa, apenas apenas em de detalhes lhes op oper eracio acionais, nais, pelo menos para para os candomb candombles les que que trilha rilham m a tra tradi9aojeje di9aojej e-na -nago:
o futu futuro ro oga oga d eve, eve, nesse int er valo, subme ubmet er-se r-se a um proce processo sso que varia aria mui muit o de candom dombl blee para candomble andomble , mas inc inclui vas vast os os sacrif ici cio os d e animais, banhos nhos de f 6 6lhas l has , inv invocac; ocac;oes, Depo Depois d esses esses 17dia diass de r etiro , tera d e passar algum tempo tempo dor m indo indo ob obri rig gat or or iame ament nt e no candomble candomble , embora mbora possa possa pas pas so ,I' a d ia a tr at at ar ar d os os seus afaze afazer es no ext t erior. ex rior. Natura Naturallment e, e, d esd e en ent t ao ja j a nao pr ecisa cisa obed ecer a cert os os t abus, bus, co com mo, pOl' ' ex exeemplo , mplo , 0 das das r elac; lac;o oes se x xu uais. Termi Termin nad a a sua inic iciiac;ao como como oga , r est est a-lhe, -lhe, ent retant retanto, o, dar dar uma f est est a - paga do seu proprio proprio bo bollso pa para 0 orixa orixa que que pr otege. otege. Pa Par r a isso, d eve compr compr ar uma uma cad eira ira nova nova , d e br ac; ac;os, d e ond e ass assiistira a f esta, esta, que r ealme almente nte redun redund d a em homenagem a sua pesso pessoa. a. A ma mae, par pa r amentada em gr and e gala , a t oma pelo brac brac;o ;o , d e pois pois
de beijar-lh beijar-lhee a mao ' e abr abr ar ;t ;t i-lo i-lo , e com ele passeia passeia pelo pelo ba..r raciio ba raciio , sob 0 rutdo rutdo ensurde urdeccedor das palmas e dos gntos esp:ciais esp:ciais para 0seu orixti. orixti. As filhas filhas cobrem de flores poruma, the the vem pedir a benr;ao, depois depois o novo ~ga e, uma poruma, de a mae 0 haver haver deixad deixado o no seu trono, trono, onde 0 oga recebe, sornden sorndente, te, todo de branc branco, o, a homen homenage agem m dos assisten assistentes tes.. Com peq~enas peq~enas varia'! varia'!' te~, te~, especialment especialmentee quanta ao tempo de reclusao e aos anzma£s anzma£s a sacrificar; sacrificar; este e 0 processo de confirmat;iio dos ogas na Bahia. 11
Em sintese sintese,, os oga ogass constitu constituem em uma uma especi especie e de Jho consultiv consultivo o informal informal ao qual podeni recorrer 0 gioso oso quando quando necessi necessita ta de uma ajuda ajuda comple comple-I do' r ligi 1 11 1 II.ta tar,ta r,tan nto do ponto ponto de vista religioso igioso quanto quanto do ponto ponto rela~5es la~5es sociai sociais envol envolvendo 0 Candomble Candomble com III vlFlta das re III, I , I ' O /; A gme ment ntos os da soci socie edide. de. l'OIl / ;
undo un do Edison Edison Carne Carneiro iro,, "Em "Em qualqu qualquer er difidifimae recorre corre as suas luzes, luzes, a sua capaci capacidade dade de seu u dinheiro, :sejapara auxilia auxiliarr na manu manuI , 1 \ h it I h ( ) on ao se I, 11 \ 10 ,dll r~em nas festas pl.iblicas pl.iblicas,, seja seja para para tratar tratar com / I pol C:I', aa pa parra fin financial' ancial' este este ou aque aquele le conse conserto rto na direito da' da'mae, em todas todas as quest5 quest5es es IIHlI lIii..' 0 a bra~~ direito II 1 111 1t; t,a ,am mente hgad hgadas as a reli religiao giao" "12.Discordamos, Discordamos, porem, frase se de Edison Edison Car Carneiro, pois 0 lider religioso !I I t 1 .1 1 ultima fra lllll! / ) m 1'·car carrre, e com com frequ frequen encia cia,, aos ogas da casa para para / 1 /1 1 1 1 , · 1 m quase toda todass as cer cerimo imonia nias intern internas as do CanCanpo~to to de vista vista fun funcional, cional, existe uma especie especie d"," / )I . ?o. po~ .I. (tiP elahz hza a~a ~ao o desses desses ogas ogas em razao razao das tarefa tarefass que que 'uLH LHm m na estrutur strutura a religi religiosa osa do grupo grupo.. , E 0 caso do OgaAxogum, OgaAxogum, figura figura da maior maior imporimporsponsavell pela execu~ execu~ao ao da matan~ matan~a a dos 1 . ( \ \ llllJJ l H .pOl' s~r responsave llllliSvo vottIvos. Ivos. 0 Axogum Axogum e, a rigor, rigor, urn especialista especialista do 1III Ill / flfl l li l () ando domb mble le nao pode pode prescind prescindir. ir. Alem disso, disso, deve ~essso~ .de ~bsoluta ~bsoluta confian~a confian~a do lider lider religioso, religioso, II( " lima ~e Ilo omana pnV pnVllleglada paraguard paraguardar a tecn tecnic ica a, bastante d, IIl l'lIll lliiplex exa a, de execu execu~aode ~aode suas suas tarefas tarefas sem erro erro e de for forma ma ('~)Jl JlL Lin inu uada,sem que haja in~ in~errup~ao errup~ao do andame andamento nto do "ILw Lwd d do qual ele e 0 principal principal responsav responsavel. el. Ele deve deve ser , I ' l dd l t d ( ,
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Se e Oga d
preferenc preferencia ialm lme ent nte e, urnfi rnfillho do or oriixa Ogu gum m, pel pelas rel rela~6e a~6es miticas iticas des dessa sa divi vin ndad dade e com os metais e os instr instrum ument ento os de corta cortarr -, no cas aso o a faca faca - com que que se real realizam izam prati prati-camente todo todoss os sac acrrifici ficio os de anima nimais. is. Ele e tambem eonheci eonhecido pOl' og oga a de f aca ca,, num numa a 6bv 6bvia alusao alusao ao instru instru-mento com 0 qu qua al real realiz iza a sua tar taref a durante durante as cerimonias cerimonias religiosas. religiosas. : I t 0 "don "dono o da faea" faea",, como como se diz, diz, numa numa exalta~ao exalta~ao a sua impor importa tancia ncia dentro entro do grupo grupo reli religioso. Tambe Tambem deex deextrema trema importanci importancia a dentro dentro do CanCandomble e 0 OgaA gaAlabe, labe, 0 tocador tocador dos atabaque atabaques, s, os instruinstrumento mentoss de percussa ussao. Ele se subm submete ete,, igualm igualmen ente, te, aos aos ritua rituais is de con consag sagrra~ao a~ao e tern tern a obriga obriga~ao ~ao princip principal al de conduzi conduzirr os toqu toques, especial especialme mente nte duran durante te as festa festass pupublicas. blicas. 0 Oga Alabe deve deve conhecer conhecer praticame praticamente nte todas todas as cantiga cantigas liturgi liturgic c as e e pe~a fundame fundamental ntal na organiza~ao organiza~ao s6cio-religi s6cio-religiosa de urn terrei terreiro ro.. Diz-se Diz-se,, comfrequencia comfrequencia,, que o atabaque atabaque e a f ala dos orixas, orixas, 0 instrumen instrumento to principal principal do seu apelo, 0 que que pode pode dar uma uma medida medida exata dos comprocompromisso missoss religi ligiosos osos de urn urn Oga Alabe. Alabe. Quase Quase sempre sempre tern uma uma segun segunda da e uma uma tercei terceira ra pessoa pessoa,, urn Otum Otum e urn urn Ossi Alabe, Alabe, e pode pode rece eceber, durante durante sua confirm confirma~ao a~ao,, urn nome nome iniciatico. iniciatico. E escla esclarece urn inform informante ante:: "Sao em numer numero o de tres, tres, pOl pOl'ser 'serem tres os atabaq atabaque uess utiliza utilizado doss nos nos candombles. Sao eles que que devem devem tomar tomar conhecimen conhecimento to de todas todas as obriga~5 obriga~5es es dos atabaque atabaques, s, pais ha urn dia que os atabaatabaques ques comem comem.. Estes Estes ogas ogas tambem tambem sac chamad chamados os de Pais pelos pelos iaos que que foram foram puxa puxado doss no toque toque dos dos seus seus ataba ataba-ques". Alias, Alias, todos todos sao reverencia reverenciados dos como como pai, pai, mesmo mesmoss pelos pelos inic iniciaticamente aticamente mais velhos, velhos, que the pedem pedem a ben~ao ben~ao publicame publicamente nte. Maria Stella de Azevedo Azevedo Santos, Santos, no seu seu livro Meu Meu tempo empo e ago agorra, escrev escreve e alguma algumass pagin paginas as sobre sobre 0 oga no Terreiro rreiro do Axe OpoMonja OpoMonja e assim assim se refere refere ao prob problema lema da benya nyao: deve ser cham chamado ado de pai pelo filho filho do orisa orisa que 0 o Oga deve a pontou por todo todoss os outr outros os daqu daquel ela a casa casa,, e por
independ indepen d ente ntem ment e do temp tempo o d e ini iniccir ;ao. ;ao. Se e Oga d e Own, ~s fllh fllhas as de Os Osunpe unped d ir-lhe r-lhe-ao as ben enr r ;aos: da mais ve yw ...a ma mallS n~,va ~,va , , e ele e obr igad ado o a ab abenr ;oa oar r e pedi dir r a benga ngao o a elas, t rocando rocando as benr ;aos" como como se di z di z.. M as as muit t as uezes, par mui par va vaida idad d e au par ignor dncia, dncia, isso isso nao acon.,t t ece. acon., ce. Ha Ha.. um ditado que que diz: "Ant "Ant igu igui da da de de e posta osta" " . Ele e pal es es p p!!ntua ntuall da f ilha , lha , ela e mais velha lha na r eligiao , send o a Oga obng obng ad ad o - tomo tomo a r e pe pet ir ir - a tamb tambem pre~tar pre~ta r-lh lhee as de devvida idass ho hom menag enageens r ituais ituais.. E star star a., agi agind nd o assllm, es ass est t ende ndend nd o a gr andi andio osidade idadedo do O ye que r ecebeu. ecebeu. E sse nao se ser r a. "Oga d e ben benr r ;a'~ mas um Oloye Oloye d e prime primeira llnh lln ha. E PO I I ' ' f alC1: C1:t t .~ .TI1- trac trac a d e benr ;aos , ;aos , t ambem ambem e lmpor lmpo r tant tant e se ser r dit iJ iJ que 0 Oga e obrigado brigado a tomar tomar as bengao ngaoss a t odos odos os Ado Adossu e Oloy loyee Ados Adosu u. 13
Em muit uitos os ter terrreiros de Candombl Candomble e na Bahi ahia a ciI1'0 ' i dade da benr;:aotambe otambem m ocorre ocorre ent entre 0 oga oga e 'o 'oss I 1 1 10 H - d -santo mai mais velhos, osebom osebomiis inc ncluind luindo o nao rar raro o . ' " ntemen II JlI' ) 1 1'18 mae ou pa paii-de de-s -san antto que freqiie freqiienteme nte se ante nteI' PII 110 'o 'oli lici cittar;:ao.0 auto torr observo servou u, durante urante uma uma f est esta t ll ('Ollf 'ir irma marr;:a ;:ao d oe Oga, uma uma respeit respeitav ave el e conheci conhecida da ebomi lha a na seita) da Ba Bah hia pedir a benr;:ao benr;:aoa a urn oga (I 1 / I ou v lh rmad ado o e este, ap6s ap6s aben enrr;: ;:o oa-la, -la, q lll ," '/ >lb .va de ser conf irm uallmente a benr; nr;:ao ao..Enf Enf im, a benr;:ao,pa nr;:ao,para ra a18m III dil illl-II. II. 19ua reliigiosas qu que the the sac inere inerent ntes es e tambe mbem d,ll Ill() Ivar;:6esrel astante nte obser serva vad do ~o int inte erio iorr ' jLual de delicadeza basta 1 IIII , jLua dom mbl ble es da Bah Bahiia. d llll (' Indo 'xiste tem m tam tambe bem m os og ogas as que que realiz realizam am urn traba trabancia ia ao aoss que que vis visiita tam m 0 terre rreiro. Sa Sao o ogas ogas 1 1 1 0 d a' istenc oll lltro tross quaisqu quaisque er e da me messma fo forrma imp importantes rtantes l ' O r liliO O organizacio iona nall dos can cando domb mblles es.. Eles sao 1 1 1 1 ( l Lnrtura organizac .te e deno nom mina nad dos og ogas as de sa salla. A ex exp pres resssao se l'OI,IIl! In n.t 111 11 11(,. no fato de que, nas f estas estas public publicas eles ter tern n a tarefa rece ceb ber os vi visit sitantes, antes, cUi cUida; da boa boa ordem dem no Ilq)( e i F l l de re "I.I ri rin nr do barracao barracao,, enfim, nfim, re rea alizam lizam urn urn tra trabalho de publ bliicas sob a ori orien enttar;:a ;:ao o do Hd Hder relig ligioso. ,1'1 I II vi! 'S pu A nive nivell da ling ingu uag age em inter ntern n a dos te terre rreiros os .ogass a eles se ref erem com uma certa ca~ ca~ga IIII.I.I'(),· .oga P°.J°l'8 '8ttlV lVa a,ate mes mesmo mo com c om urn de malda maldade , com como a . pouco de "l
que uere rerr diminu diminuir ir sua i rnp npor orttanci a den denttro da est estrrutu turra reli li-giosa. Po Porem, ss tipo d in nt ine nenc nciia ve verbal rbal esta muito prese esente nte no disc iscu urso do gr grup upo o re rellig igioso ioso,, on ond de as rel rela a96 96e es jocosa joc osass ser servem vem mu muiito par para a def ini nirr papei papeiss, pa para ra ref ref or9ar or9ar as re resp spo onsabi nsabillidad idades es de cada ur urn n e, de ce cert rta a mane aneiira, para aprox apro ximar cada vez v ez mais mais as pesso ssoas as,, sem pr pre e jui juizo zo da hierarqu hierarq uia e das f un9 n96e 6ess de de mand ndo o. De qu qualq alqu uer manei neira, ra, os "og "ogas as de sa salla" tam tambe bem m passa passarram pela "g "ga ame mella do f eiti tirr;:o", ;:o",qu qua ando se qu quer dize dizerr que realizaram realizaram,, co com mo todo todoss os outro outross, suas obriga96e riga96ess re relligiosas igiosas.. Fica clar aro o que, alguma mass fun fun96 96es es rel religi igio osas, atri atri-buida bu idass a certas certas categor categoriias de ogas, ogas, jam jamais ais po pode derriam ser realiiza real zad das pO pOll' pesso pessoas as que nao de ded dicass icasse em pa part rte e imp mpor or-tante do se seu u tempo mpo a co comu munida nidad de ou que nao tive tivess sse em passado passa do pOl pOl'' ur urn n proc proce ess sso o demora demorad do de "encul encultturac;ao" capaz de absor sorv ver os elemen ento toss es esse senc ncia iais is da pratica relligiosa re igiosa.. Mas e certo certo tamb tambem, sob sobret retu udo duran rante te a perse erse-guic;aopoli guic;ao policia ciall, que que 0Ca Can ndombl ble e seva sevalleu freq freqiiienteme ntemente nte do exp expe ediente de colo coloca carr co como mo negoc negociad iador or fr fren ente te as autor torid ida ades, og ogas as oriun riund dos de seg segme ment nto os soc sociiais ma mais altos altos e em melhor lhor co con ndic;aode dic;aode obtere bterem m resu resulltad tado os po posit sitiv ivos os e benef icos icos para 0grupo reli relig gioso. Mas nao se deve dev e esqu esque ecer que esses esses ogas neg ego ocia ciad dores enco encon ntravam ravam,, vez pOl' pOl'outr outra, a, aliado iadoss dentro daburocrac daburocraciia po pollicia iciall onde era era co con nsid side erav ave el o cont contin inge gen nte de negros que que nao se escusa escusava vam m de prest prestar ar-lhes lhes algum tipo ipo de a juda juda na difici ficill tare tare fa de cont conte empori mporiz zar interesse interes sess tao dist distint intos os ou de atenua atenuarr a ir ira a deurn deurn delegado mai aiss re recal calcitran citrantte. Ainda hoj hoje 0 Ca Cand ndomble, omble, nas suas suas relac;6e ;6ess com a sociedad sociedade e ma maiis ampla, es esp pecia ecialm lmente ente quan quando do es esta ta em jogo jogo algu alguma ma a juda juda ofici oficia al das das in inst sta ancia nciass govern erna ame men ntai aiss, sollicita de urn oga so oga que reali realize ze ess esse e contato contato,, pr pre eservando rvando-se, as asssim, im, 0 pai ou ma mae e-de -de-sa san nto do diss ssab abor or de uma eventua ntuall respost sposta a neg ega ativa que, de cer ertta maneir aneira, a, co comp mprrometeria a nOC nOC;a ;ao ode prest restiigi gio o e au autor torida dad de.
as oga gass sao se sempre mpre bham ama ados a servir servir de negonego<;illclore oressto tod da vez que que existea istea possib ossibiilida idade de re rella~6 ~6es es trit ito os candomb candomble le com segmento segmentoss da soc sociedad ade e d e atr "Ilil \n \na a. As Asssim, im, desenv senvolv olveram uma bem articulada articulada capa('idllde de neg ego ocia~ao a~ao que que se s e traduz traduz numa numa maneira espe pec cia iall !II r s'istencia, marcada basicament basicamente e po porr uma inter interloc locu~ao IIHHntada na nass re rela~6 la~6es es de pr~s pr~sttigio e inter nterpenetra~ penetra~ao ao de sses es.. Afiria firiall decontas, decontas, laes esttao tam amb bem 0oga bra ran nco co,, 1\ L l I' ss o 01( I rico, a cIamar por por resp respeito, ito, jus justi~a ti~a e liberd liberdad ade e reli" OHI \ \ A. on onc clu~a lu~ao o da negoci negocia~ a~a ao e tambem fato fatorr imp imp or1.1I1 II.l 1 1 1 ; ; \ \ pro prod du~ u~a ao de ben benss simb imb6licos licos que que ope operam na ('OII IIH HLrtlcao na dimens dimensao ao do pre rest stig igio io dent dentro ro e fora fora do II "1 '1 ir o . M some mente nte 0 compromet comprometimento imento do oga co com ma I 1111I,'11 ll Il groo-ba baiiana ou 0seu envolvime olvimento nto religioso religioso com II 1' \ \ II1.0IIl Il''ro-bras brasile ileiro iro pod poderia, ria, talve vez z, explicar 0 qua quanto I "1 1 1 I l l . I:I:ll xpun unha ha ao def def ei),d ei),der er 0 Ca Candombl ndomble e, em par arti ti-IItl tlllIl'1111IO' O'a a de in inttensa nsa perse rsegui~a ui~ao o a que esteve steve sub subme me-dlll, 1 \ / 1I I'im ira me I dl meta ta de des deste te secul culo. I~ra d se esper perar que a resist ste enci ncia se limitass limitasse, e, II lI pi 111 das a~6e 6ess ime imedia iattas as,, a def esa esa imedia imediatta do 1'111 111 1'111 111 iore 1 eli lig gioso ioso.. Era uma questa questao o vital a prese preserva~ao rva~ao I Iior , 1 " I1 I1II1iH I impor importtantes si simbolo mboloss de ide identida ntidade para para parce cella 1111 111 11 idl I' V I da popula~a ula~ao negr negra da-Ba da-Bahi hia. a. Contudo, ontudo, 0 que que nva a defe fen nder era era mai maisd sdo o que que a estrutura estrutura e org rga a, I 1.1 1 1 Lnv candombie es. Como diss isse Bastide, Bastide, "a "ass II V.II~' () r 1igiosa dos candombi , L I I H 11 I'ri ana nass constitu nstituiam iam urn urn verda rdadeiro estan estanqu que eal'icano em ter terra estra estran nge geira ira:: a par p artir tir dos dos valor alore es II!lU II!l U t I , l ) Ilf I I I 11 111 1.i< i<::Oon onse Hserrva vad dos e tra transplant nsplanta ados, reconstituiu-se constituiu-se 11111 111 H 11O'i dade inteira"Y inteira"Y Basti stide, nes essse trecho recho, na nao o II1111H 1I1 \()) as \( aspe pec cto dinamic dinamico o dos a jus justame tamentos tos ocorri rrid dos 1'011I \ IHLr Lra acli~6e cli~6essreligiosas af ricanas, ricanas, redefinidas em ter11 \ 11/ d 1' Ll Llm mare reli lig giao afro-br afro-bra asileira leira, pro pronta nta par para aten end der I(1 1(' ('((lns ns''idade des esspi spiritua ituais que que se col colo ocam na socieda sociedad de 1 1 1 1 1I(
do
11i,llId.
Cand dombl o Can
n 0 roprcse csen nta ta tao o some somente ur urn n comple omplex xo sistema de cr n~as aJim ime entado dorr do compor porttament amento o relig igiioso de s us m mb mbro ross. Ele constitu constituii, na ess sse enci ncia, a, urn rna a comunid comunida ad d tentora de um uma a divers versiifica ficad da heran~a cult ultural af rica ricana que pela sua din inam amiica interna nterna e gerad gera dor ora a permanen ermanentte de valores .eti .etic cos e. e .co com~ort m~orta amentaiis qu ta que e em'iqu iquec ece em, par parti tic cul ula anzam e Impnmem sua mar arc ca no pat atrrimon moniio cu culltural do pa pais is.. E, dif erent erente ement ente e de out outras form forma~ a~oes oes rel relig igiiosas sas,, 0 ca cand ndo omb mblle e uma uma fon fonte per permanente nente de gest gesta~a a~ao o de va vall ores ores e de prom promo~ao soc so cio iocul culttura ural que se se so sob brepo poe em a dime imensa sao o cultu culturralreligiosa iosa strictu plasmand ando o os c~ntor c~ntorno noss da ide identi~ nti~ trictu sensu, plasm dade do negro gro no Brasi Brasil. l. Nest ste e sentldo, tldo, 0 Candomble andomble deve ser ente ntendido como um co con n ju junto mais amplo mplo que que envolve, nvolve, para para ale alem dos dos comp compromi romiss ssos os reli. li.giosos, .uma uma filosofia filosofia de vida, ida, uma uma maneira es esp peci cia al de mtera~ mtera~ao do homem homem consigo consigo mesmo e com os os element mento os ess sse encia nciaiis da natureza, tureza, essa essa ultim ultima a, na con conce cep~ao p~ao dos dos afro fro-bra -braslleiros, uma uma expressa expressao o da sacr cra alid lidade qu que e envolve nvolve e toma conta de todas todas as coisas. coisas.15
A re resistencia sistencia,, mui muita tass vezes repres prese entada pela insistencia nsistenci a da retoma retomada da das "fun~ fun~6e 6ess religiosa sass" toda ve vez z que ocorr ocorria uma uma inv invasao pol polic iciial, ou a busc~ de luga lugarr~s mais mais dista distante ntes do ce centro ntro da cidade par ara a a relmp lmplanta~ lanta~a ao do terreir terreiro , era uma uma quest questao ao de vid vida a ou morte morte.. Aca Acabar ba . r com com 0 Candomble, Candombl e, para muito muitoss dos dos se seu us me memb mbrros, os, eqmva qmva-leria, leria, de cert certa a mane maneira ira,, a cond conden ena a-Io -Ios a abso soll'uta f alta lta de refere eferencia ncia soci socia al, deixa-Ios des despro rov vido idoss dos equipame quipamentos ntos simbolicos simbolicos com os os quais eles tec teciiam sua suas redes de sobr sobre evivencia vivencia numa numa soc sociedade sempr sempre e hos osttil. En Enf f im, im, era era neg negarlhes lhes a possi possibil bilida idade de de vivere verem m den dentro tro.. de ~m projet. ojet.o existen istencia ciall tra~ado a~ado e definid definido o por uma Iden dentIdade Idade ple pleltea teada nas nas difer diferentes entes formas formas de de luta. luta. a Candomble ndomble nunca nunca fez prose proseliti litismo smo de uma uma nova orde ordem so soc cial para para exist existiir. Buscou, sempre, urn espa espa~o ~o dentro ntro da so soc cieda iedade bai baiana, ain ai nda qu que e na nao o se tenha tenha po porr ni nittid ida a essa f orm ormula~ ula~a ao no discurso religio ligioso que que the e prop proprio. Se Seu us membr mbros se davam co con nta, entre ntretanto, tanto, de que que perte p ertenc nce er ao Candomble andombl e era um uma a pra rattica social social da qual nao deviam se afastar afastar e
l1 ·mse
envergonha ergonhar,· r,· posta osta que que ist sto o re rep presen senta tav va uma uma ira, ainda que nao nao muito fa faccil, de buscar a integra tegra~ao ~ao In neira, cieedade dade.. Em urn urn certo certo sentido, ido, a luta se re reaalizava n il soci d uas fre frentes ntes disti distint ntas as mas mas comp compllem emeentar ntarees: a defesa I In duas omble como ins institu titui~ i~ao ao e a defe defessa do direi reito to de se d o 'andomble og--ra rare rem m na socie ociedade dade semperder sua especif icida idade e IILog Lidad de cultural. i d rl Lida Bas astide tide,, ao comentar, comentar, na dec decaada de se seten tenta, ta, que que 011 I'i i' dos candomble candombles passava savam m facil fa cilme men nte do seu 1111 1111 111 t o 1relig igios ioso o para outra outrass instancias socia ociais se sem m que que II I IIh um rid idiiculo compo port rtaamental se ver erifi ificcas se se , e cateI 01' (10 Clmmd mmdo o afir firma ma:: "pode "pode-se -se ate mes esm mo dize dizer que a sua 111.1 111 .,1 '11'L soci cieedade dade bras brasil ileira eira e tanto mais bem suc suce"1l111
II
A Ild,1ILI'lIvHc vHcllapela com comu unida dad de
religio rel iossa pare recce I r l o II I IIlh,'i l(l d . mov II, movim imen enttos mais orga ganiz nizac acllos que II PIII'LiI' dOFa: nos cin cinqu queenta e, seg egu ura ram ment nte, e, urn III I 1 / 1111 1111 111 1111'011 111 Id1,i1IiZ 1 1 'H O d valore ress cul ulttura raiis, numa dim nsa sao o oL((~I cla idntidade culltural do n ~gro na cu IlIlIdd rl I'll d, ll"oL m d i A , 0 r F lC nt movim I L a 1111 1111 11111COIIIl IlL LIIL ILIIl-H " h o j II il"lIl1ll1l1Lo do elJiLllI'A n ,(;nl, POl' ~ l'y I rlo AUil uLili'iii "I '!io I 01 Li 'II(' I 0111 111 / / lilliIf. II' I II ('01110 V l I ( '11 1 0 el l ' O I iH 'il J1Lii',a I H O ( H I . I II J o l < 1 I /II / II ' I . i '( II I ilH ll,, !>1I110H d I 1 1 1 1 I'll II I ' do < i U I I
ince incessante ssante busc scaa da icl ntid cI tnica do neg egro ro na Bahi Bahiaa, Sao notori notorios os r sultado doss ob obL Lidos pela man manipu ipullat;ao dos bens bens cultu culturais, p 1 0 pr ) ri negro, como elemento elemento ef icaz icaz de negocia~ negocia~ao ao com a classe domina inante nte.. co dos va vallores cultura ulturais afro ro-br -braao usa polititico sileiros, sileiros, ale alem de pos osssibi ibillit itaar urn tr traabalho de def def esa e pre re-serv servayao ayao desse patrimo mon nio pelas pess pessoas oas diretame iretamente nte a ele ele vinculadas inculadas, res esult ulto ou tamb mbeem na apro propriaya ayao o e geren erenci ciaamento mento de urn urn espa~ spa~o de tra raba balh lho o ate ate entao ntao fora fora do alcanc alcancee do negro negro na Ba B ahia. Parece existir urn urn cer certo consens consenso o de que, que, par para romp romper er com com a sec ecul ulaar mar marginaliza~a ginaliza~ao socio-e cio-economica, ca, 0 negro negro deve deve recor recorrer rer ao ex expediente pediente de ten tar melho lhorar rar as condi~6e condi~6es de com competit titivi vid dade no merca rcado de trabaIho, elevando 0 seu nive nivell de instru~a instru~ao e profiss profissionaliza ionaliza~ao. ~ao. De qua qualque lquer ma ne neira ira,, esse sses fen fenomenos emergentes colocam 0 negro num numa situa~a situa~ao o de reava reavaliat liat;a ;ao o de suas estrate estrategia gias tr tradici adicio onais de luta, luta, com res resulta ultados efetiv fetivos na esf era de ref lexao dos dos pos ostul tulaados dos da po pollitica tica de co conscinscientiza~ao ntiza~ao da comunida idade neg egrra. E ness essee ca cam min inho ho de refle eflexao xa o, a s avali avaliaayoes devem estar pauta utadas na ide ideia ce cent ntra rall de que que 0 negr negro o some omente deve se serr consi sid der ado na sua dimensae de element elemento int integr graante nte da socie ociedade e ag ageente at ativ ivo o da historia historia..
A analise da luta luta em defesa fesa dos dos va valo lore ress negro groafric africanos e das pra rati tica cass de ne nego gocciat;ao uti utilizadas pelo negr negro, visa visan ndo a prese reserrvay vayaao de se seu us bens cultura culturais, nao pode de descuidar scuidar-se da refle flexao sobre bre 0papel desemp esempenhado enhado pelo pelo II Cong ngrress esso oAfro-B fro-Bras asil ilei eiro ro,, realiz re alizaado de 11 a 19 de jan janeeiro na Bahia, em 1937, com ses sesso soes es nas depend € €mcia mciass do Institut Instituto o Geogra rafic fico o e Histor istoriic o e, sem duv duvida, ida, 0 mais mais i,mpo porrtante aco acontec ntecim imeento nto cult cultur ural al naque quele ano. no. o Congres ressso, alem de s it ituar-se r-se como como 0 mais mais importan mportantte eve ven nto af ro-b o-baia aiano na prime rimeira ira de ca cad d a do
culo ulo XX , f oi oi igualme ualme~ ~te, duran ante te ess esse per eriod iodo o, a pr primeir imeira 89ao fo~mal de grand ande signi signif f icado icado e cons conseqtie qtiencia ncia para para ",P0 P0p pulayao .negra egra.. 0 II Co Con ngre ressoMro-brasil ssoMro-brasile eiro f oi oi orgaorga',llz llzado deb debalX~ lX~ da critica itica de Gilberto ilberto Freyre, Freyre, que esteve esteve a I " ,nt nte e da reahzacao reahzacao do Primeri Primerio o Congr Congress esso, o, em Recif Recife, e, sucesso, o, a conside considerar rar os textos textos apresent apresentados ados IIIII i . s com sucess 1I l i iA que qu e nao nao acred acredita itava va napos napossib sibili ilidad dade e de suce sucesso sso d~ undo,, na Bahia Bahia,, assunt assunta a que abord abordare aremo moss em outr outra a I ( Hundo desste capitulo. illlrto de I :l
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DoII Congress Do CongressoMr oMro-Br o-Brasile asileiro iro do Recife Recife em 193 1934 4 ja se f alou e se enalt enaltece eceu u 0 seu seu caniter ci~nt ci~ntifi ifico co ~ /1 1 1 1 1 i~ld i~ldy yen end denci ncia, 0 nive nivell dos dos tra traba balh lhos os apre aprese sent ntad ado~ o~ e /I e 1 I H'IWllfica ficad dopara para a culturane culturanegra. gra. Jose Antonio Antonio Gonyal Gonyal-V I i d M 110no prefacio, prefacio, "Uma "Uma reediyao reediyao necessa necessaria" ria" a f a - imila imilarr do livro livro Estudos Estudos afro-b afro-bras rasile ileir~ ir~ss I d ~ ' I IO undayao Joaq Joaqui uim m Nabu Nabuco co em 1988' 1 1 1 111 1 1 1 '11 pela Fundayao Irillitto Irilli
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J l . id eia do Congresso Congresso Afro-Brasil Afro-Brasileiro eiro foi de Gilberto Gilberto Freyre Freyre sua r nLC nLC ~atLUade de realiza-lo realiza-lo Decorria Decorria ele do livro que acaba abara ra de pub publi lica car, r, no fim fim de 1933, Casa-Grand e & Sen Se n z za ala , no qual em dois capitulos estudava a partici pac;;ao do negro na vida e na cultura pac cultura brasileira brasileira.. A extraordinari dina ria a r e percussao que teve esse grande livro e a entusias asm mo que que despe despert rtou ou entr entree home homens ns de letr letras as do pai paiss ex p pll~cam a pron pronta ta aceita aceita<;a <;ao o de tantos tantos cienti cientista stass socia socia is d e pa par r tici t icipa parr com com colab colabor ora< a<;;ao para para 0 proj projet eto o do Con Co ngr ess sso o.17
B.m outro trecho trecho desse desse mesm mesmo o prefac prefacio, io, lembra lembra r hza9a za9ao o do Congresson ongressonao ao teve acolh acolhida ida unanime unanime Lod da.,as are areas as da comu comunida nidade de de Recif Recife, e, e algun algunss setosetoI III Lo tradi dic cionais ionais temiam temiam que se tratasse tratasse de atividad atividade e '" Ii mais tra I!< ·orrnun ·o uniistas. E acre acresc scen ento tou u Gonsa onsalv lves es de Mel Mello lo em 11I 1I1 11'~tom de desculpa desculpa:: "Nao "Nao posso posso negar que nao tivesse Illlvido te tenta ntativ tivas as de infilt infiltra9 ra9ao ao por parte parte de comu comunis nistas tas ,~to tod das re repeli pelidas das por Gilbert Gilberta a Freyre"1 Freyre"18. 8. Mas e 0 proprio bcrto to Freyre reyre quem quem faz uma uma avali avaliay ayao ao do Congre Congresso sso,, ( , IIbcr If
II(
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em tex extto in inti tittula lad do "0 qu fot 0 Primeir rimeiro o Congress ngresso o Afro Afro-brasile leiiro do Re Recif cif e", inc nclluf do no livro Novos Novos estudo estudoss af afrrobrasiileir bras iro os, tra rab balho aprese esentad ntados os ao I Congresso Af robra rassileiro eiro do Recif e, e, co com m pre prefa fac cio de Ar Artthu hurr Ramos e publicado licado em 193719,po porta rtanto nto no mesmo an ana da re r eal aliiza zay yao do Seg Segundo na Bahia hia:
o Primei Primeir r o C ongr ongr esso Afro-Br Afro-Brasi asilei leiro ro foi 0 menos solene solene dos Congr ess ess os. Nele Nele nao brilhou brilhou um colarinh colarinho o duro. duro. Nao apar eceu ceu um fr fr aque. que. Nao trovejo trovejou u um tribuno tribuno.. Nao houve discurso em voz tremida tremida.. Foi tudo simpl simples es e em U m s6 dis voz de con versa. Entretanto, quando se encerr encerrou ou a Congr Congress esso, o, no mesmo mesmo velho velho teatro teatro - 0 Sant Santa a Isab Isabel el-do qual qual diss disse Joaquim Nabuco - "aqui vence vencemos mos a bata batalh lha a da aboli aboli< <;ao" sent sentiu iu-s -see que se defi defini nira ra um mov movime nt nt o d a ma ma io io r import importanc ancia ia para a vida e para a cultura do Bras Brasil.20
Em out outro trecho, trecho, ressalta ressalta 0 carater carater de indepe indepenndencia dencia na realizay ealizayao ao do Congres Congresso so e 0seu descompro descompromisso com po politic liticos, os, numa possivel possivel alusao ao Segundo Segundo Congresso Congresso na Bahia que, se nao foi foi obra de partido partido politico, politico, teve entre seu seus organizad ganizadores ores figuras figuras exponen exponencia ciais is locais locais do Partido Comuni omunista: "0Congresso ongresso do Recife Recife foi, foi, ainda, ainda, 0 mais mais inde indepen pendente dos cong congres ressos sos.. Nao Nao recebeu recebeu nenhu nenhum m favo favor do gover governo. Nao se associ associou ou a nenhum nenhum movime movimento nto politico, politico, a nenhu nenhuma ma doutr doutrina ina religi religiosa osa,, a nenhu nenhum m partid partido" o"..21 Referindo-se a mane maneira ira como como fora fora organ organiza izado do e realizad ealizado, o, dentro dentro da maior maior simplicida simplicidade de e comparti com participa cipa9ao 9ao ativ ativa de memb membros ros da comu comunid nidad ade e afro-b afro-bras rasile ileira ira - "uma "uma negra negra velha velha,, com com seu fogare fogareiro iro,, seu vestid vestido o de baian baiana a, seu chale chale encarn encarnad ado, o, assou assou milho milho e fez tapioc tapioca a de c6co c6co""Freyre gara garant nte e que que 0 Congresso Congresso do Recife Recife ,.. deu novo feitio ,.. feitio e novo novo sabor sabor aos estudo estudoss afro afro-brasile brasileros, libert libertand ando-o o-oss do exclus exclusivi ivismo smo academ academico ico ou cientificista das das "esc "escol olas as"" rigi rigidas das,, par um lado lado,, e por por outr outro, o, da leviandade e da ligeirez ligeireza a dos que cultiva cultivam m a ass ass unto unto par
simpl imples es gosto do pitor pitor esco esco , pO pOll' ' lit lit eratic ratice, e, POl'politiqui POl'politiquice ce , , pOl' est eti pOl' tissmo , ser ern n nenh nhum uma a di disscip ipli lina na in int t electual ou cienUfi nUficca , sem um :sentido social ma maiis pro f und undo o d os fatos fatos.. A co colab labora orar r ;ao ;ao d e cmalfabetos , de co z zinhei inheir r as , as , de pai pais d e t err eiro , 0.0 lado do. do . dos doutores, doutores, como que que deu uma for for r r ;a nova nov a ao aoss estu studos dos,, a f rescura rescura e a vivac vivaciidci dcide de dos conta contato toss dir eto toss co com m a r ealidade brut brut a.22
Em carta datada atada'' de 30 de nov novemb embro de 1936 e ( ndere~ e~a ada a Ar Artthur hur Ra Ramo mos, s, Edison Edison Carne Carneiro, iro, 0 gran rand de Con ngr gres esso so Afro-Brasileiro, fro-Brasileiro, co com menta ie t lizador do I ICo In nica camente mente 0 art artigo igo de Gilb Gilber erto to Freyre Freyre,, public publica ado no I)ilir liriio de Pernam Pernamb buco uco: "0 co con ngresso vai bem. bem. 0 Mar ario io do Andr dra ade esta stara ra aq aqu ui desde 0 dia 6, 6, estudando a musica musica dOH dO H·l1 l1n nclom ombl ble es.0 Gi Gilbert lberto o Freyr eyre deu deu uma entre ntrev vista Ill) It eif e, escan scang galhand alhando o 0 Congr ongresso, esso, f aland ndo o em coisa ovisa ada da,, nao sei sei 0 que mai aiss"(O grifo grifo e nosso)2 nosso)23.E 1 1 1 J}l"ovis pi'OVI~V 1que Edison Carnei Carneiro ja tive tivesse lido lido a entre vis vista dl (: i Ib rto Fr Fre eyre yre,, pub publi lica cad da dezessete ssete dias an ante tess na lidi~'11) d 13/11 / 36 36 de 0 Estado tado da Ba Bah hia sob 0 titulo "11'lIlllnd ao Di Dia ari rio o de Pernamb Pernambu uco 0 es esc critor Gilb ilberto 11'1'1I'ydt"iz do seu receio receio que 0 ce cerrtame se marq arque ue dos improv{sa sad das". Aim Aimpre pressa ssao o que fica e ,III / / 'i iI.' das coisas improv{ / I e l l \ qLl \ Edis ison on Carneiro tent tento ou minimi minimiza zarr os efeitos efeitos da t Ill fallando mui muitoa toali lig geirada iradamen mente a seu amigo ll..r'( vist· , fa AI'i, / / tlI r Ramo moss do ocor ocorrido rido..' A ntre revi vissta de Gilber ilberto to Frey Freyrre ao Diari rio o de 1'( rllumb mbu uco e editad ditada a em emO O Esta Estad do da Bah Bahia, em 13 de IIOVr(nbl nbl''o de 1936, urn ana ana antes da realiza lizaya yao o do II (:() ()II1I-P' "lJ "l J Afro fro--Brasileiro, Brasileiro,;;na Ba Bahia hia,, com comeya com 0 autor
par a os cs pa cst t ud 08, 08, par a as contr ibuir ;i5e 5ess do doss verd ad eiros est wlio. wlio. as. S U 'r C Cl ad eir os os estu estudio diossos t rabalh rabalha am d evagar . A nao s ' r r qt W r 1 1ani za zador es es do a t ual ual Co Con ngress gresso o es est t e jam W os or pr eocu p pa ad os com 0 lado mai aiss p itor esco e mais arUstico d o ass unto: a: a:; " r rn d as" d e capo apoeeira e d e samba , os toques d e "c "ca and omble", et c. Es Est t e lado e int er er essanti santiss ssimo imo e no. Bahia t ert i d ecert o um col colori orido do uni unico co.. Ma Mass 0 prog progr r ama ama trar ;ado no prime primeir iro o Co Con ngr ess sso o fo foii um progr program ama a ma mais is ext enso e inc inclu luindo indo a part e arida , po por r em igu igualm alment entee pr p r ove oveitosa , para os estud os soci ocia ais, de pesquisa squisass e tr abalho lhos cientificos.
Todavia, Todavia, e no tr trec echo ho em que que Gilb lber erto to Freyre insi sinu nua a que hav havera era imparcia imparciali lidade dade cientific ntifica a pe pello fato fato de o Governo erno do Estad Estado o da Bahi Bahia a ter sido cham chamado ado a sub subv venencionar nar 0 Congresso, Congresso, ond onde e reside reside a cri criti tica ca mais contu contunden entte: Dis Discordo , cordo , ai ain nd a, a, d o. o. ori orieentar ;ao ;ao d o II II C on on gr gr esso A f roro Bras Brasile ileir o que va vaii se r eal alii zar zar na Bahia no to toccant e as r elar ;i5 ;i5es com com 0 Gov Govern ernado adorr do E stado tado.. Estou infor inform m ado pel pelo o esc escri rito tor r Ediso Edison n Carn Carneeiro que que e , se j ja a di dit t o d e pas passsagem , um d os os n ossos ossos afri africcan ano ologo ogoss mais inte teli lige gent nt es , qu quee se ple pleitea tear r a uma subv ubveenr ;ao d o Go Govverno d o E sta tado do p ara 0 II Con Co ngr esso esso Afro-B Afro-Bra rassil ileeiro iro.. Discord ordo o rad radii calment e. Creio que esses Congress Congress os d e estudio tudiossos d eviam se ser r como f oi 0 I Co Con ngress gresso o Afro Afro-- Br asil asileeiro r e unid o no Recif e , int eir aament e ind e pe pend ent e doss Gov do oveern rnos os ou d e qua qualqu lqueer or ganizar; anizar;ao ao polit politico ico.. com int int er ess ssees partid ar ios ios ou fin fi ns imed med iat iat os. Es sa ind e p peend enci ncia a foi um ,do doss trar ;os car acteacteristic risticos d o I Co Con ngr esso esso - 0 do Rec ecif if e , e para afirm afirmaa-llo, Jose Lins Lins do Rego ego,, Ci Cice cer r o Dias Dias , Mari Mario o Lac Laceer da da de M elo, eu e alg alguns uns out r r os tiv tiveemo moss d e pr o por r esist encia energica aos aos que que pr eten etend er er am am de formar aqu aqueela r euni uniiiio d e pesqui pesqui-sad sa d or es es e d e est udio diossos , pr esti estig gia da da p ela col colabo abor r ar ar ;iio de a frica fricanolog ogiist stas as co como mo 0 pr o f ess essor H er slwvit wvits, s, num ajunta ajunta-ment me nt o d emag6gico e d e cor partid aria ria..24
Edison Carne arneiro ga garr an ante te qu q ue 0 Cong Congresso resso,, ai aind nda a que pa parcialme rcialmente nte subve subven nciona onado do pe pello Governo do Estado, tado, dec eco orr rrer era a com a mais abso solu luta ta libe iberrda dade de sem que nenh nenhuma injunyao injunyao de natu natureza eza po pollitica detu deturpass sse e a sua serie riedade e se realizou livre livre das incurs6es e comprom comprometime etiment nto os
polliticopo tico-par partidarios rios tao tao temid9s mid9s de Frey reyre re.. Edison Carne Carneiiro acomp ompanhou a organiza organizaya ya6 6 do Cong Congress resso o em Perna rnammbuc bu co e dele participo participou ativam ativament ente. e. Ele Ele pr proprio urn at ativista rfeitamente tamente das conseque consequencias ncias nef nef astas caso aconHel bia perfei L es essse a cooptayao cooptayao politica politica,, e para para evitaita-la tomou mou todas todas as pr ca cau u~6espara que a Cong Congres resso so nao se envolves olvesse se com com as pol:(ticas ticas.na Bahi Bahia., ' , I i , C es pol Como omo se constata constata,, Gilber lberta Freyre eyre mos mostrava-se , 8s 8siva ivame mente nte cuidad cuidadoso oso com a nece necessi ssidad dade e de se fazer I' n ia social seria e despojad despojad:;l.d :;l.de e academicism academicismo o e parece parece Flttavar Fl varealm ealmente ente preocupad preocupado o com a utilizayao utilizayao do ConII " politicoss e partidarios partidarios.. Embora Embora exaltando exaltando I "( liR para fins politico cia de Edison Carneiro, Gilberta ilberta Freyr Freyre temi temia a Iii,d , ( li~ ncia fit ( ongressso resvalasse esvalasse paJi paJia a lugar lugar comurn comurn das das analianali0 ongres interesses resses pur~m pur~ment ente e pito pitorescos cos da vida vida e f I' 'is dos inte I III ~ 1111 'ldLU LUll'O 'O.. do ne negro gro na Bahia Bahia,,; Ma8.nao faltou faltou a respos resposta ta de Ediso Edison n Carneiro que que, exalt lta a as quali quali~ades ~ades cienti cientific ficas as e a forma forma I IIlh o l' I tlll-dIa, exa ""WI'( l.1I" 'o 'om m que se realizou realizou a Segundo Segundo Congre ongresso sso na 193 37. Esta resposta sposta parece parece tel' tel' sido redigida redigida 1 1 / 1 1 1 I I , m 19 1 11 1 1 11 11 \ \ 1 11 , m 1940, data data enco encont ntra rada da no te texto original original,, e IlIlh lhlli'l 'lIIds no seu seu liv ivro ro Ur Ursa M~ior M~ior,, em 19 1980. 80.25 Sabre esse II Lo Lo,,Waldir Fr Fre eitas Oliveira, liveira, responsav responsavel el pela ediyao de II, / 1 1 / Ma Maiior, a ele assim se referiu: referiu:
embor embora este este de depoim nLo j L nh nha a sid side e publicad cado o no li livro vro Ursa rsa Maior ior de Edi Edison arn iro iro..
As ves es p peer as da r eali zar; zar;iio iio d o C ongr ess sso o A fro-Br asile ileir o da Bahi Bahia , os es est t ud ios oso os d o pr oble blem a d o h om omem negro foram surpr urpr eendid os com as d ecl eclar ar ;oes ;oes fr ancame ament e pess pessimi imisst as as d o Gilbe ilbert o Fr e y yr r e - or gani ani z za a do do r d o C ononDit t ir ir io io d e Per nambuco: gresso gresso do Rec Recif if e , em 1934 - ao Di 'Recei 'Receio o muito muito que que vei t el' t od os os d e f eit os os das das co coiisas improv improvisad isadas as ... que que s6 est est e jam pr eocupa upados dos co com m 0 lado mais mais pitores pitoresco co e mai mais arU stico tico d o ass ass unto: unto: a s "r odas das" d e capoeira e de samba, os toques toques d e candomble andomble , et c ..
C
Dentr e as tr abalho De lhos ago agor r ' ' apubl a publicados, considero onsidero dos dos mais mais im p po or t t ant es par a 0es estudo tudo do dese desenvol nvolvviment imento o dos dos es estudos tudos a fr ica can nist as no Bras Brasil , il , 0 se seu u d e poimento sobre 0 C ongr esso A fr o- Br asile ileir o d a Bah(a Bah(a,, no qua quall ques questo toes es bem pou pouco d ivulgadas siio r elataq,as lataq,as ajudando a posic posicion ionar ar d e maneira d evid a a impo import ancia do mesmo em relar relar ;iio ao C ongr esso esso ant es r ealiza alizad: d:o o na cidade idade d o Recif e. 26
Pella impor Pe importan tancia cia deste deste depoi depoim mento ento,, que que vale vale 'spos osta ta a Gilbe Gilberto rto Freyre Freyre,, acham achamos os pertin pertinent ente e 've e-lo aqui qui, na Integra, Integra, ~J.ind ~J.inda aque que entrem entremead eado o de Ir'lI lIel' 'v ('ll llil illlont nta arios ios,, para para que que nao nao seperc seperca a a opor oportu tuni nida dade de de (,Oil rl rl''on onU Ui-lo -locom com a texto texto da entr; entr;evista evista de Gilbert Gilberta a Freyre, Freyre, l'nll llllO
I'
(Gilber (Gilber to to F r reyre e yre)) julg julga a a p peenas pit or or esc esco , constituini , justam justament entee a parte parte de ma ma ior inte ter r ess ssee cienUfico",
A verdad verdade e e que que ambo ambos, s, Freyre eyre e Car Carn neir eiro, esta esta-yam muito muito preocupad preocupados os coma participa~ participa~ao ao da comunidad comunidade e religiosa religiosa afro-brasile afro-brasileiira. Buscava uscavam m desta desta maneira maneira,, e fora dos circulos circulos oficiais oficiais,, a legitima~ao legitima~ao popular. popular. Mas Mas , jei aqu queela e poc poca a , 0 Co Con ngr ess sso o estav stava a pro fund a ment e enrai zad zado o entr entr e as popular ;oes negras ras d a velha C !dad !dad e. Eu, Aydano do Cout o F erra z e Regi ginald nald o Guimar iies iies tinhamos jei conseg consegu ui do do a ade adesd sdo o d e cer ca d e 40 candombles, dombles, que se comprome compromet eram a enviar nviar d elegar ;oes ;oes para discut discutir ir os assunt assunto os a ser em ventila ntilados dos. Alg Alguns uns dos dos mejei h,a lhores lhores e mais mais puro puros d esses esses cand omble mbles jei h,aviam co commbina binado do cono conosc sco o r eceber os cong ongr ess ssiistas tas; em f estas estas especiais. speciais. Tinham Tinhamos os tido tido ent endime ndimento dire t o com os capoei capoeiras ras e com com os sambis ambistas tas , para para que que 0 C ongr esso esso pud esse esse apresentar apresentar ilustrar; ilustrar;aes aes vivas vivas dos t emas mas do folc folclor e negro na Bahia Bahia. Pais Pais e miiesiies-d d e-san e-santo to tinham tinham escrito , do seu se u pr6prio pr6prio punho , comunic omunicar ;oes int er essant essant £Ssima £Ssimass sobr e jei est avam em noss a sua religii religiiio, io, que que jei ssa as md os quand o das declarar;oe declarar;oess do organi za zad d or do Cong Congr r esso d o Rec ecif if e. Esta ligar;do imediata com 0 povo negr o , que que f oi a gl6 ria ria maio I' do Congre Congress sso o da Bahia Bahia , d eu ao ce certam rtamee "um jei pr evi ra colorido unico", unico", como jei ra G ilil be berto Fr e yr e. Artur Artur Ramos, em carta carta que que me escr eveu sobr e a ent r re v is is ta ta ao zia: "0 mat eria rial dai , , que que Dit D it ir ir io io de Per nam nambuco , di zia
hos p peed ag ag 11 1 , u l L ' iat iat par a congr essistas part es d o Pals: part can ana ar go Gua uarn rnie ieri ri
vindos de outras outras Jorg Jorgee An: An: ado e
(Gilber (Gilber to to F r reyre e yre)) julg julga a a p peenas pit or or esc esco , constituini , justam justament entee a parte parte de ma ma ior inte ter r ess ssee cienUfico",
Edison cr critic itica a a f orma orma como omo f oram oram utiliz utilizadas as manif esta~6es religiosas durante 0 Congresso ongresso de Recife, Recife, i ,to e, transladadas do espa~o espa~o natural natural onde elas normalnormalment nte e acontec acontecem em para os pakos pakos do Teatro. Teatro. A discussa discussao o quant nto o a utili utiliza~ao za~ao de sim simbolo bolos sagrados sagrados afro-baia afro-baianos nos fora d eu context contexto o religioso religioso tern sido sido permane permanente nte nao somensoment ntre os que freqiienta freqiientam m os candom candombles bles mas mas tambem tambem organismos os ligados ligados aos cultos cultos afro-bras afro-brasileir ileiros os IIC IC))t· parte de organism I in tit itui~ ui~6es 6es gover govern name amentai ntaiss que que se vale valem m dess desses es /I In Inh holos nas promo!(6e promo!(6ess tur turistic isticas da Bahia Bahia::
o C ongresso ongresso de Recife, Recife,
levando levando os babal babal8rix 8rixas, as, com a sua mr lsica ica , para 0 palc palco o do Sant Santa a Isab Isabel el,, p8s p8s em xeque xeque a pur p ur e z za a dos ritos ritos africano africanos. s. 0 Congresso Congresso do. do. Bahia Bahia nao caiu nes essse erro. rro. Todas Todas as ocasioes ocasioes em que os congressistas tom to mara ram m cont contat ato o com com as coisa coisass do negr negro o foram foram no seu seu J r 6 6 p pr r io io meio d e origem, origem, nos candomble candombless , nas "rodas" de samb mba a e d e capoe capoeira.
A critica tecida pOI' pOI 'Freyre Freyre,, ao fato fato de se ter obtido obtido Governo do Estad Estado o algum alguma a subven subven~a ~ao o para para a eao odo Congresso Congresso e que isto pode poderia comprometecomprometeI', ,,1Iz-llea III I oliti. amente nte com com prejuizo ejuizo do seu seu carater cientific cientifico, o, 1 11 1 , ' ( ; U a ma maiis contundente contundente resposta resposta de Edison Edison Carneiro Carneiro '1 11 1 II , 0 ac ace eitou insinua!(6 nsinua!(6es es dessa dessa natureza natureza.. Para demonsdemonsqu,, nao houve "confabula~ao" nem comprometimen 1 " Ill'qu comprometimento to ,II nntnT za politica com 0 entao Governador Governador Juracy MagaIil I:J,ref ere-se -se especific especificam amente ente ao fato de que 0 lider lider da ol!o !of! f!ii 13 13..0,Nestor Duarte Duarte,, foiquem interme intermediou diou os contato contatoss partir da Assem Assemblei bleia: a: ( '( )II I 0 governo a partir IllIto
H
Outr Outra a acus acusaq aqao ao de Gilb Gilber erto to Frey Freyre re foi foi a de de que 0 Congre Congresso sso,, tendo tendo aceito aceito a subven subvenqii qiio o de 1500$000 do Gove overno do Esta Estado, do, t inha, nha, de uma uma maneir maneira a ou de outr outra, a, influe influenci ncias as politi politicas cas.. Acresc Acrescent entemo emoss que a Comi Comissa ssao o Executiva do Congresso conseguiu, alem desse dinheiro,
part pa rtiicipa~ a~a ao de nomes nomes famosos famosos de pais e mae maes-de-sant s-de-santo
hos p peed ag ag 11 1 , u l L ' iat iat par a congr essistas vindos de outras outras part es d o Pals: part can ana ar go Gua uarn rnie ieri ri,, Jorg Jorgee An: An: ado e 0 Frut t uosO V ian Fru iana .. heg egin ina aldo Guimari uimariies ies assmou assmou memorial rial pOl' n6s envi nvia ado , niio 0.0 Governado Governadorr Juracy Juracy Mag Ma galh lhiiie " 17 ' I ' , ,a aaS Asse ssem m.bleia Estadual Estadual.. Nestor Nestor Duarte, Duarte, lid lid er do do.. op opos osiiqiio , f oi quem conse onsegu guiu iu que que nos nos fos fo sse facilit facilit ad o xtli tlio o ped ido, i do, sem sem que twess twessee havL havLdo do 0 au x qualque qualqu er con f abulaq aqiiio ante terior rior . Nos niio niio eramos, ramos, nem somos somos , aind a ho je je , polit ico coss no sent sentLd Ldo o que GLlbe GLlbert rto o Freyr e d ava a palavra. lavra. Nem 0 Congre Congresso sso tratou tratou de tiio int eress ressant e
ass ssunto unto..
Edison Edison Carne Carneiro enume enumera ra,, quase que triun triunf f alalmente ment e os nomes nomes de ilust ilustres conv convid idad ados os do mundo undo , d ' religioso, religioso, pais pais e mae maes-d s-de-s e-san anto to mais mais famoso famososs a epoca epoca,, que estive estiveram ram presente presentess desde desde 0 momento momento de sua orgaorganiza!(ao: niza!(ao: Muito antes de fixada a data do Congresso, eu obtive a adesiio adesiio de Manuel Manuel Hip6lito Hip6lito Reis, Reis, pai-d e-santo -santo jeje, jeje, e, por intermedi intermedio o dele , a de Anselm Anselmo, o, que ajudou ajudou 0 Congresso do Recife Recife e no. ocasiiio ocasiiio estava de passa passagem gem pela Bahw. Ambos morr eram, ram, infeli infelizme zmente nte,, ant es que que 0 Congresso pudesse se reunir. reunir. Martiniano Martiniano do Bonfi": Bonfi": , , ,, ,, comp:!nheiro d e Nina Rodrig Rodrigues, ues, conse consentiu ntiu em presL presLdLr dLr a se sessao maugural ural.. Anin Aninha ha,, a mai maiss ilustr ilustree das miies miies-de -de~s ~sant anto o do. Bahia Bernardino e Falefa Falefa escrev escrevera eram m memona memonass para para debat~ debat~,, Maria Maria Bada, Bada, velha velha sabedo sabedora ra dos mister misterios ios das seit as as africana africanas; s; a saudos saudosa a ceguinha ceguinha M.aria M.aria do Cal~betiio Cal~betiio , , 0 estwador o babala babala8 8 Felisb Felisbert erto o Sowzer Sowzer (Benzm (Benzmho) ho),, Expresso, prestaram inestimaveis serviqos a Comissiio Executiva. Os candom candomble bless de Proco Procopio pio,, Engenh Engenho o Velho, Velho, Aninha, Gantois, Bate-Folha receberam, com festas deslumbrantes, os congressis congressistas , que que para para l6 se transportaram taram em 8nibus 8nibus contra contratad tados os por n6s. Joiio Joiio do. Pedro Pedro . Preto.levou as negra negrass bonitas bonitas do seu seu candom candomble ble para uma exibiq exibiqiio iio de samba samba no Clube Clube de Rega Regatas tas Itapag Itapagipe ipe,, que 0 Dr. Antonio Matos nos cedera,
A cita!( cita!(aonominal aonominal de pessoas pessoas ilustres ilustres de Ca?d Ca?dom om-ble ble e bem uma mostra mostra de que Edison Edison,, assim assim como como Gllbert Gllberto o Freyr reyre e, esta stava consc conscien iente te da impor importan tancia cia da adesa adesao o e
d e sant o abu , ,q( q(u u /1 /1 ,c ,c t a li enr r ra . Ma Mass qu quee se hei de f a zer?
partiicipa~ part a~a ao de nomes nomes famosos famosos de pais e mae maes-de-sant s-de-santo que qu ele co con ncla clave. Entre tre tant tantas as figu figurras, Ca Carneiro rneiro cita ita ,Joaozi ozinh nho o da Gome Gomeia ia que compar comparece eceu u com suas suas filhasfilhas1 -s -sa anto que que fizeram fizeram uma uma ex j jbi~ao bi~ao de samba. samba. o proprio oprio Joaozi Joaozinho nho da Gome Gomeia, ia, em entrevist entrevista a . nce ced dida a 0 Estad Estado o da Bahia, de 7 de agosto agosto de 1936, CongressoAfro-B Afro-Brasileir rasileiro. o. Depo Depois ('ilia de sua adesao ao II Congresso recer cer como como se tornou tornou pai-de-sa pai-de-santo nto com a idade idade de d e sclare quin uinz ze anos, os, ao subs substitu tituir ir a sua mae-de mae-de-sa -santo nto que tinha tinha IIr n a casa de Candom Candomble ble na Ladeira Ladeira de Pedra Pedra, no fim da iberdade, acrescenta: acrescenta: 1 1 1 H trtr da da Liberdade, Acho que 0 Congress Acho Congressodare odareii bom resultado resultado e, ainda ainda mais, mais, se conta onta com os outros.pai .paiss d e santo santo da Bahia. Bahia. Pormim Pormim f ar ei 0 que que pud er pelo C ongr ongr esso. sso. JIi promet promet i a Edi Ediso son n Car Ca r neiro , iro , encarr egado gado do C ongr ongr esso, sso, dar dar uma uma festa festa aos int electuai tuais, mandaI' ndaI' alg alguns uns orixeis orixeis e alguns instrume instrumentos pa p ar a a e xpos xposir r rao , a o , apar ecer n as as se sessoes e levar gente para as: s:' ' ist ir os trabalho trabalhos. JI i e coi coisa hem? TImho, por e xemplo, f .una image magem d e anambur anamburucu ucu muito muito velha velha. Essa Essa vai para para o C ongr esso.
A pre presen sen~a ~a de Joaoz Joaozinh inho o da Gomeia Gomeia, da na~ao na~ao tan ta ntos outros de outras outras "na~6es"aquele "na~6es"aquele CongresCongrestorna relativ relativos, os, ja naquela naquela epoca, epoca, a pretenpretenI l, ('ont ntO O que tor d II n I mon onia ia e 0 purism purismo o ritual ritual nago nago tao discut discutido idos, s, dia a atuais, uais, por por af iccion iccionado adoss dos dos candom candomble bless com 1100 / 1 di 11 lOn nf :lncianos estudos estudos que que vem sendo sendo realizad realizados os por 1 / ' / WlO ••( IILi / :ltasso soci ciais. ais. Entrem Entremeiaeia-se se aqui, aqui, pela pertin pertinenc encia ia do II( p c j rn onto, outro tr trecho da entrev entrevista ista na qual qual Joaozinho Joaozinho pronu onunci ncia-se a-se a respei respeito to da liberd liberdade ade do culto culto dl\ ] I ia pr / I fro - I > r l:lsileiro: Illo Il loln,
Acho que 0 candomblii Acho candomblii d everli rli solu soluci ciona onar, r, de uma uma ve z, z, a questao stao da lib liberdade" rdade" de r eligia ligiao. o. Para Para dar a fest festa a de d omin o mingo go tive que que pag pagar 100$ 100$000 000.. Para Para outr outras as pag pago 60$ 60$000. 000. A minha minha opini opiniao ao f inal Ii a de que nao deve deve haver haver pagamento nenhum. nhum. 0 candomble andomble deve deve tel' a libe liberdad e d e funcion funcionar ar quando quando " quise uiser r . Reconhey conheyo o que alguns alguns pais pais
apoio apo io de Per c y Martin de Rob Robeert Par ll, d e F erna rnan ndo Or t t i z, z,
d e sant o abu , ,q( q(u u /1 /1 ,c ,c t a li enr r ra . Ma Mass qu quee se hei de f a zer? Agor a, Ag a, ass ssiim omo es est t d d e que Mi Mio o est ei ei cert o. Pen ensso que 0 C ong ongr esso d eue es estud tud ar mu muiit o um meio de r esol esolver est a quest ao. a o. Que di di f f er enr r r a hd ent r r e a r elig igiiii iio o dos br br anc ancos e a r elig ligiao d OBn OB neg egr r os?
Os pr p ronunciam onunciame entos pub publlicos de pais pais e maes-desanto reclamando a liberdade de culto, culto, a par partir da decada cada de trinta trinta,, sao bem bem sintom sintoma atico ticoss de uma uma nova orde rdem m no jogo jogo das rela~6e ela~6ess do can candomble domble com a soci socieda dad de maior, or, assunto assunto que abordar abordare emos mos em outra outra sec~ao ec~ao. Mas prossegue Carneir arneiro, citando tando os capoe capoeira irass em grande ande eviden evidencia cia naquel naquela a epoca epoca e qu que e colaboraram colaboraram para a gran grandez deza a do Cong Congress resso, o, para para termina minarr com com a cita~a cita~ao de personalid personalidades ades do mund mundo cientifico, cientifico, de pro professor fessore es nacionais e estrangeiros estrangeiros,, para com isso demonstra demonstrarr e dar pr prova ova de que que, alem da aceita~ao popular, popular, 0 Congr ongresso f ora ora prestigiado giado por esses renom renomado adoss home homens ns de cienci ciencia, a, tal como acontecera ontecera com 0 de 34 no Recif e: E ali mesmo, durant e t od a uma manha manha , 0melho lhor grupo rupo d e capoeiras apoeiras d a Bahia che fiado fiado pOl' ' Sa Samu mueel Quer id o d e De Deus e integ integrad o pelo ca camp mpeeao Ab Abeerr e e pOl' Bu Buga gaiia, On Onya ya Pr eta, Barbo Barbossa, Z e p peeiim , Juve Juvenal, nal, Polu Polu e Rica card rd o exibiu ex ibiu todas todas as var ieda dad d es es d a ce cellebr e lut a d os os negr os d e Angola. A ngola. Est e ' colorid c olorido o unic unico' t eve, pelo menos nos , uma uma va van ntag tageem: acabou ac abou com 0 es pant alho lho que que aind nda a eram, par a as classes lasses chamad hamadas as superior es es d a Bahia hia, os candombl candombles es.. M ui ui ta ta gente graud grauda, a, que que se insc inscr r ever a co como mo congres ongressis sist a, a, fic ficou sabe abendo que que os neg egr r os os nao comi comia am gent e nem pratic praticavam ind ecencia ecenciass durant e as ce cerim rim6 6 nia nias r eligiosas. ligiosas. A publipublicidade idade do C ongr esso esso , nos jornai rnaiss e pelo rei reidio , dio , contribuiu pa para cria criarr um ambient e d e maior tol tolercmcia em to torn rno o d essas caluniada caluniadass d o home homem d e cor. Qua Quando das das dec declar ar ar ri5es ri5es ao Diti Ditirio rio de Per Per nambuc nambuco, jei estavva em noss esta nossa as mao aoss a co contr ntr ibui buir r ra o do Prof M elville lville H er skovit s , da N orthw rthwes est t ern. U niver sit y y , , que que Gilbe ilbert o F r re y yr r e julgava julgava duvid duvid oso consegui eguirm rmos os.. Tinh Tinham amo os , jli, 0
Con Co n' l'
So O So O
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proc rocllamando mando--o
0
pio pi oneir o
apoio apo io de Per c y Martin , de Rob Robeert Par ll, d e F erna rnan ndo Or t t i z, z, d e Maria Ar che cher , do lrit er nacional nacional C ommit ommit t te e on A fri friccan A ffair s e d o,All o ,All Afric Africa Co Conv nveenti ntion. on. Ma Maiis ta tar r d e, e , er ern n carta carta ,0 para pa ra Ar t t ur ur Ramo amos, s, Rued iger Bi Billde den n de deu u 0 se seu u apoi apoio o 0 ,0 Con Co ngr esso esso. Do Dona nalld Pi Pieerson, do, Chicag Chicago o Univ Univeer sit y y , , enta ntao o no, B no, Bah ahiia , apr esento ntou u dua duass te tesses sobre problema roblemass d e r at;a at;a e at e pr esid esid iu u ma ma da da' s ses essoe soess or d dina i nar ias i as do Co Con ngr esso. Ja eram ram impo mpor r tant tant es , es ,.. no, ocasiao ocasiao,, as ad esoes esoes r ecebida dass do Bras Brasil. il. 0 De De partam partameent o d e Cu Cultura ltura do, Pr e f eitur a d e Sao Pau aullo , que Ma Mari rio o de Andr Andr ade ade dirigia, dirigia, ma nd nd ou ou a Bahia Ba hia 0 composito compositor r Cama Camar r go go Guar nie nieri, que r ecolheu not t at;oes no t;oes musicais musicais muito uito signi ficat ficat iva vas. s. De Alago Alagoas ch cheegar am-nos m-nos d uas com omu uni niccat;o at;oes es , , uma de Manu Manueel Di Dieegu gues es Junior Jun ior , so sobr br e as da dan nt ;as do No Nor deste, deste, e outr a d e Alfr edo Br B r andao , sobr e os negr .os de Palma mar r es. es. Do Rio d e Janei Janeir r o , Reenato Me R Mendo ndon nt ;a , Roba Roba Z Z i nh nh o Ca val valca canti nti , , J acqu acques Ra ymundo env nvia iaram ram tr tra abal alh hos os.. Joao Calasan asanss f ez ez ur n st udo u do da dass in inssur r re it ;oes d e es escr crav avos os no E s pi pir r ito i to Sa Sant nto. o. Dant t e de Laytano e Ra Dan Rario rio d e Bit t te nco cou urt gar garan anti tir r am am a r pr esent esent at ;ao ; ao do Ri Rio o Gr and and e do S ul. ul. De t odos odos os pontos do Br asi asi l c he hega gar r am-nos am-nos os mai maiss ent usiast ico coss ap apZa Zau usos. N o t ocant ocant e a Bahia , 0 Con Cong gr esso fo foii um aco acont nt ec ecim imeento inte ntellectua tua Z do doss mai maiss important es, nos ultimo timoss tr inta i nta anos. anos. Aydan Ayda no do Co ut o Fe rr az az escr eve veu u so sobr br e os males e Reeginal R inaldo do Gu Guima imar r aes est ud ud ou ou a mit mit ologi o logia a do doss neg egro ross !Jantos !Ja ntos.. J oao o ao M end ont ;a f ez ez obs bseer vat ;oes ;oes sobre 0 cr iminos iminoso neg egrro, que estudou no, quaZidade d e medi dicco do , Peni Pe nit t enciar ia do Es tado. 0Comi Comiss ssa ar io io J oao o ao Var ela esclar ece ceu u os mist erio rioss do culto ulto a Cos Cosme e Damiao iao.. A pr pr of of essora essora Ama A mand nda a Na Nasc scim imeento nto.. pr pr ocurou mostr ar as cau aussa s d o, o, atua Z d eseducat;ao eseducat;ao do ne negr o. o. Mart iniano d o Bonf im e xp xpli li-cou co u a lend a do doss Do ze M inistr inistr os de Xang6 Xang6 e trad u z ziiu um ensaio de Ladip Ladip6 6 S olank e sobr e 0 de deu us d os os neg egr r os iorubas iorubas.. o p pr r of o f Esta Estacio cio Lima Lima , dir et or do I n I nstitu titut t o Nin Nina a Rod Rodri rig gue ues, s, or gani zou zou aZi um not avel mu muse seu u af afro ro-b -bra rassileir o, o, qu quee os r ;ong ngr r essi essista stass vi vissit ar am a t ar ar de do ult ult imo i mo di dia. a. As As ses sesssoes do Co Con ngresso se r eal alii zar zar a m n o salao , ,de de leitura do I nstituto Hist 6ric 6rico, que T eodor eodor :o Sampai Sampaio , 0 grand e in indi dia anis ist t a negro neg ro do,Bahia do,Bahia , ab abr r ira i ra as r eunioes unioes.. 0 pinto pinto I' I' Jos Josee Guimauimaraes aco comp mpan anho hou u as c xc xcu ursoe rsoess ao aoss ca can nd ombles mbles , , fa ze zendo ndo desenh dese nhos os d e absoluta f id id elid ad ad e so sobr br e t emas a fr icanos. icanos. Con ngr esso e sso pr es estt ou ou a h om om en enage agem m que d evia a Nin Nina a o Co Ro Rodrigues drigues - in inee xplicav xplicaveelmente neglice glicen nci ad ada pelo
r o Brasil decisao isao de reali aliza zarr 0 II Co Cong ngrresso M r ile eiro na Bahia hia
Con' l' So Con rocllamando mando--o pio oneir o So O O d e U c ' il - proc 0 pi inco in con nt est est d d. u I do doss ' stv tv..d os sobl' e 0 negro no Bras Brasil il.. con ngl' essist as as votaram, pO I ' ' unanim unanimiidad e, e, uma um a Os co r eso esolut lut ;iio sobl sobl' a lib ibeer d da d e das r eli lig gioe ioess a fr icanas icanas e outra enca ncar r r regan e gando a C omi omissiio E xe xeccut iva iva de cr iar urn or ganis ganismo que con cong gr egasse, egasse, d emocra mocrati ticcament e , os che f es es do, se sei ta ta do , Cidade e do Est Est ado. Para de dem mon onst stra rarr a importfmccia po importfm popu pull ar ar d o Co Congr esso, esso, a Comi Comiss ssao ao Ex Exeecut iva va , , qu quat atro ro mes eses es de p po ois d e ence cerrad rrad os os tr aba abalhos , r eceb ecebeu 0 mai maiss amcwe cwell do doss convi convit t es, es, partid partido do ve velho can ca ndo dom mbl blee do A Z ahetu tu , , che fiado pol' mae Dioni ionissio" para Z acomp aco mparec areceer of icialm icialmeent e , pois , no,ocas no,ocasii iiio io do Cong Congr esso, a casa d o ca cand nd om ombZ bZ e es est t av a s of ofr endo endo r epar epar os e era 1937, f undava-se im poss possiv iveel nos r eceb eceber . A 3 d e agost osto o de 1937, undava-se a Un Uniiii iio o d as S eit as as A fr o- B o- Br r asiZ eir as as do , Ba Bah hia ia.. Sa Saeem , agor ago r a, a, a lum umee , o s an ana ais do Con Cong gr esso - 0 Negro no Brasil (194 940 0) - , r eun uniindo grand randee pa part rt e d os os t r rabal a balho hoss apr ap r esen esenta tado doss a cons nsid id er at ;ao ;ao do doss cong congr r essi essistas stas.. T eve, eve, assim, 0 Con Cong gr esso esso do , Ba Bah hia , uma du p plla fi fissionomia; foi foi um ce cert rt ame popular; 0,0 mes mesm mo t em em po po q ue ue foi cer tame tame cienti cientif f ico co.. Ho Hom mens d e ci cieencia e homen enss do po povvo se encon contr tr ar am am ombr o a ombro , d isc scutin utindo do as mesma smass questoes, questoe s, qu que, e, se int er essav essavam a un unss pelo lad ado o t e6 rico rico,, a out ros ros int er essa ssavvam pe pello lad o pr atico tico , , pOl' cons constit tituir uir par te te do, sua sua vid a. a.
Com Co m 0 tex exto to ac acim ima a - um uma a rese resenha nha em f orma de dep depoimen imentto sobre 0 II Congr Congre esso AfroAfro-Br Bra asile sileir iro o na Bahi Bahia e uma uma re resp spo osta contund contunden ente te as cri critticas de Gil Gilber berto Freyre _, cheg ega a a born tenno nno a gr gran ande de cel celeuma entre entre duas duas f igur iguras as exp ex ponen enciai ciaiss das das cienc ciencias ias soci socia ais, cad cada urn no no se seu u ca camp mpo o esp es pecif ico e pref pref eren enc cial de est estu udos. Mas nao nao esgo esgotta, entr entre etant ta nto o, 0 inte interesse resse e a rel relev eva anci cia a desses congressos congressos para a afirmayao de uma pro prof f und nda a re rev visao conce onceitua ituall dos dos es estud tudos os af ro-brasil ro-brasileiros. eiros. Tin Tinha ra raz zao Gil Gilberto berto Freyre Freyre ao af irmar que 0I Co Cong ngrresso doRec doReciifein feiniiciara uma uma etapa tapa pro promisso missorra e teor teoricam icame ente nte ren renovada dos es esttudos udos africanis fricanistas do Brasil.. Tin sil Tinha ha ig igualm ualme ente raz razao ao Ediso Edison n Ca Carn rne eiro com com a sab sabia
N o C ongr esso so Af Af i' o- B Br r asil ileeiro qu quee se r euniu na Bah Ba hia em
r o- Brasil decisao isao de reali aliza zarr 0 II Co Cong ngrresso M r ile eiro na Bahia hia. Pratica Pra ticam mente ente retomando a tema mattica do pr priime meiiro e inc incluin luindon do nov ovas as observa!( bserva!(oess6cio oess6cio-an -anttropo16 ropo16g gica cassob ssobrre a popula populaao ne neg gra, este este Cong Congrresso im imp primiu mais an aniimo na porspecti ctiva de uma uma perm perman anen ente te re refle flex xao sobre a vida e a .• Itura afro-brasil afro-brasile eira ira.. Ele Ele en engendrou, ou, pelo pelo menos menos para para a nllh lhia, ia, uma uma nova nova diretri diretriz nos estu tudos dos afro afro-brasil brasileir eiros os e fH I'v1U comoponto moponto de part partida ida para a rede redef ini!(aode diferendiferenI. H pr pra ati ticas cas do negr negro con conttra a opre opressao sao e 0 preconce preconceito , ( i n i A l. E este nao nao se furtou em utili tilizar 0 Congresso, como trum ume ento fo formal, rmal, pa parra reinvi reinvindica ndicarr nova postura postura tlill instr till H O 'iedade ba baiiana face a pre pressen!(a n!(a do negr negro o e de sua sua como elemento elementoss atua tuantes ntes na forma!(a forma!(ao o de uma uma 1'lliLlIl'a tI( IILd i a.de culturalmen almente di dife fere renciada. nciada. can ca ndombl mble, atr tra aves de sua suas lid lidera eran! n!((as mais mais ntativas tivas,, enco cont ntrrou no Qongress ngresso o uma uma ocasi ocasia ao I" I I' A 1 para exi xigi girr das autoridades utoridades competen competenttes I I " Iwin iberdade re relligiosa. Foi, efetivam efetivame ente, nte, tip p ito e libe III II I " " W · I' ti tltt ttlllllll,( () ong ngrress sso o que se plane jou a cria~ cria~ao ao de uma uma lil / d, Li Lid d, 0 capa paz z de cui cuidar ardos dosiintere nteress sses es da comu comun nidade dade I II I: OHIIIIfro fro--br bras asil ile eira, comose ve vera ra mais adiante. adiante. p ~a imp mpor orttante nte na af irm rma a~ao e cons consol oliida~a da~ao da roo-b baia ian na, 0 Congre Congresso sso pe permitiu rmitiu tambem tambem que que, I I t i l . l II' \ n fli III p r im ira vez, inte ntelectua tuaiis e lideran~as n~as negras negras se unisunisvalores es socioc sociocul ultu tura rais is afro-brasile afro-brasileiros. iros. t ill C I II d .~sa dos valor sse e Cong ongresso, pelo pelo que ele' ele'significou 1111 Ol't mcia dess I"u unh nho opo pollitic tico, o, ai aind nda a nao foi, foi,dev devidamente avaliada. III /I /II \ \) ) I" t (I I 'ul lades encontra contrad das pOl'se pOl'seu us organizadores foram , 1 "1 1 1 I I n nte nt e com omp pensada adas ~e ~ela la participa!(ao participa!(ao de lider lideran1 1 1 1 Il ( was do port porte e da mae-d mae-de e-sa -santo Aninha, ninha, do Ax Axe do Marrtiniano tiniano Elis Eliset etii doBom do Bomfim, fim, lider religioso religioso ( II 1 \ t()l1j a , e Ma comrellev eva antes s~rv ~rvi~osprestados i~osprestados a cultura H t t vel e comre 1 1 ( ' ( II 1 1. ( H aiana a. . ,'"li"ioH9 af ro-baian Ef etiva tivame ment nte, e, f oidu oi dura rant nte e aquele Congresso, como V(II'CIIIOI:: ::ll na ca cap pitulo seg seguinte uinte,, :que pela pela prime primeiira vez se rec conhe nhecimento cimento do Ca~doJllble doJllble pelas pelas institui~o institui~oes es I,oll lltt.ml 0 re "Ii 'iuis da Ba Bahi hia a. A esse res respei peito, comentav comentava Pierson: erson:
N o C ongr esso so Af Af i' o- B Br r asil ileeiro qu quee se r euniu na Bah Ba hia em 193 37, f oi r ed igido um memor ial Janeir o d e 19 Jane ial end er er ;ado ;ado ao Gov oveern rna ad or d o E st ado, ped indo indo r econhec onhec!m !meent o o f icia icial d o cand omble co c omo se seita ita reli relig gios iosa, c om os mes esmo moss dir eito toss e p pr r ivil ileegios e t oda dass as d ema maiis f or mas d e e x pr essiio essiio rellig re igiiosa, d e aco cord rd o com com a C onst it uir ;iioBr oBr asile ilei:a .. ..Para maio maior e fici ficieenc nciia d o pe p ed ido e obte obtenr nr ;ao d esse ssess d!r e!t os, os, e para 0 comba ombat e a bru xari xaria a e ao charla charlat anis nismo, que que est es t avam va m t alve alve z entr e os prin principa cipais obs obst 6 6 .culo ulos ao r eco conh nheecimento le l egal do candombl e como r elig ligiiio iiio , [e z-se uma uma t entat ntat iva iva , patr ocina cinada pelo jorna jorn alis lista Edi Ediso son n C ar ar neir o , par a congregart o ongregart odas das as seitas seitas baianas num a F ed ~!ar ;iio. resultado foi uma o r gan gani zar zar ;ii ;iio chamada chamada Umao da da s o resultado S eitas itas Afro- B Brasil rasileeiras da Bahia Bahia , , com dir etoria co constinstituida PO I ' ' um repr esentant e d e cada se seit it a e com encar ncar go espec special de elimina eliminarr a s pr 6 6. t icas nao nao or t todoxa o dox as.28
°
Como omo quer quer que tenha tenha sido, sido, Ediso Edison n Carneiro, arneiro, a quem Ar Arthur Ra Ramo mosse sse referi referia a co~o co~o 0 eru. eru.dito pr profes ofessor da Bahia Bahia, com intelige inteligencia ncia e perfelt perfelto sent sentId Ido o de oportunidade dade,, aproveit roveitou ou a reali realiza~ao za~ao daquele daquele congr congres~~ pa p ara promo omover com lider lideres reli religiosos a cri~!(ao i~!(ao da Un~ Un~ao das Seitas eitas Mroro-br bra asile sileira irass e, des desta manelra, manelra, neutrahza utrahzar as investida nvestidas policiais policiais contra contra os candomb candombII es da Bahia. ahia. Rene Ribeir beiro lem lembra que este este e ra urn dos pontos pontos pr progra ogramaticos do I Congre gresso Afro-B Afro-Bras rasile ileiro iro realiz realizado ado em Recife Recife,, e Uly Ulysses Pernambucano, nambucano, urn dos seus seus idealiz idealiza adqr qres, es, conseconseguiu do do entao entao Secretari Secretario o da Seguran! Seguran!((a Public~ Public~ "a tr transferenci ferencia da su supervisao pervisao e autoriza! autoriza!((ao de funclOnamento des desses ses cul cultos par para 0 recemrecem-criado criado Servi! Servi!((o de Higiene Higiene Mental ental da assisten assistencia cia aos psicopata psicopatass de Per ernambuco nambuco,, onde aos aos bel belegui guins poli polici ciai aiss subs substi titu tuia iam m-se medicos, . . . "29 psiq siquiatra uiatrass, psic610gose asslstente asslstent es socI socIal alss. . Ficamos amos a duvida duvidarr se essa essa transfe transferr encla ncla da susupervi pervisa sao o da policia policia aos candomb candombles les do Rec~f Rec~f epara urn s~rs~rvi!((ode ass vi! assiistencia stencia aos psicop psicopatas atas produzl,: produzl,: alguma lguma COIsa COIsa de benefico benefico,, ou nao nao haver haveria ia ai apenas apenas urn mter mteress esse e de se contro trollar a popula!(a popula!(ao o afro-bra afro-brasile sileira ira que ficaria ficaria como como cob obaia aia,, ame merce rce das pesqu pesquisa isasna sna area rea de psi psiqu quia iatri tria a e
areas af ins ns.. Lembr Lembra a Rene Rjb Rjbeiro, co com m mu muit ito o acert acerto o, que "as asso assoc cia~6es ba baiian ana as que que se seg egui uirram a Unia iao o nao scapar ara am a tend nde encia ncia, muit uito arra arraiga gad da no Candomble andomble aiano, de d e se vigia iarr e cobrar brar a maio aior pureza pureza em orto ortodoxi doxia a, Hossimten Ho end dend ndo o es esse sess cultos cultos' a urn es esfo for~ r~o o contra-a ntra-acultucultuI'utivo conce ncent ntra rado do que se refle refletiu, me mesm smo o pa pallidam ame ente, 1 1 I S simi millar ares es f eder era~ a~6es 6es que que posterio posteriorment rmente e se estabele stabele(; mm no Brasil" il" 30. Fica Fi ca ev evid ide ente, nte, portant portanto, que que a rea realiza~a liza~ao do II II o-B Brasile rasileiro foi, sem duvid duvida, a pri primeira (:on res so Af roI) 'I \ Hi~o para pa ra urn protest protesto o mai aiss f orma ormal contr contra a a agressao ssao cand ndo ombl mbles que ex exigiam igiam liber liberdade reli eligiosa. di p If 'ia aos ca resso sso,, de niti nitida da Orienta~a nta~ao o cultu culturralis alista, nao M I \ H 0 ongre Ii) 1'( ttliza zad do se sem m protes otestos tos de de intele intelectu ctuais ais e lideres res negros 1 /1 /11 1( ; 'iram uma dis discussao cussao mais aprof aprof unda undada dos dos politicoss erac eracia iais is que que ating atingiam a popuilI'oill( m H o S sociais, politico Bahia. hia. III ' III II g l'a na Ba uge gesst6es apresen apresenttadas das por urn pre preto bai aiano ano,, I \ . ,1 / '11;~lll nl;e nao identif ica cad do, ao 2°. Cong ongresso Afr AfroIIII1I Ii ir iro o, 9 . 0 bem indi dic cador ora as do grau rau de des desconte nten111111 11( parte da pop opula ula~ ~ao negra com com as re rellac;6es I!I(,()d micass que que impuls mpulsiona ionavam e mantinha ntinham a II 1 1 1 1 1 ( ( , n6mica 1 11 1 1 1 \ ' () I desigualda ldade entre ntre brancos brancos e pre preto toss na Bahia: I ) 0 Co Cong ngr r esso A fr o·bras brasil ileeir o d eue eue mostr a /' d e p pllor cwel cwel Ii a cond ir ;d o d o negr o no Br asil; Con ngr esso A fr o-bra -brassile ileir ir o 2) 0 Co linccham lin hameento soc sociial e pio io / / ' que Con ng / ' 'esso e sso A f r ro -bra brassileiro 3) 0 Co d a op opr r essao; .
qua D
d eue eue di zer zer do neg egro ro que linc lincham ameent o f isico;
0
0
d eue quebr ar os gr ilhoes
4) 0 Co Con ngr esso A fro- Br asile ileir o d eue d i ze zer r que que ele es est t a m.or r r end o d e tub tubeer cu~os ~osee , d e car r r ega gar r pes eso o , d e pas assar sar nece cess ssiida dades, des, e d e des desg8 g8 sto;
5) 0 C ongr esso esso A fro fro--br asileir o d eue lembrar ao neg egr r o que que ele Ii escolhido lhido e pr e f endo endo pa par r a fa zer zer tr abalho lho s b a aii xos xos;;
per r gunt ar 6) 0 ong / ' 'e sso A f l·o·br asileiro de ue pe at e quand o le q u .' / ' ' ser esc escr r auo? uo?3 31
ao negr o, o,
Era Era de ce c ert rta a maneira um uma a crit ritiica a preo reoc cup upa ac; c;ao ao culturalista ulturalista do Cong Congrresso esso,, comum omuma a tem ema atica tica mu muiito dire ire-ciona ionada para para a comp compree reens nsa ao das contr ntribuic ic;;6es af rica ricanas ao pr processo civ civiiliza izat6rio rio bras asil ile eiro, com poucas oucas inten enc c;6es de disc discutir utir os proble problemas mas politicos oliticos e soc ociiai aiss qu que e de dev veri eriam am intere nteressar ssar a populac; populac;ao neg egra ra do Brasil. A ver verdad dade e e que que 0 negro' ja estav stava a preocupa cupado do com 0 seu lugar lugar na socie ociedade da epoc poca e quais os ru rum mos politi po liticos cos que que dev deveriam ser tri rilh lha ados dos no se senti ntid do de pro rovoc vocar ar mud mudan~as n~as expressiva pressivass de sua si situac tuac;ao ;ao na na ord orde em soc sociial e econ6 con6mica vi vig gentes ntes. Parece Parece ter havido havido ig igu ualmente uma reac re ac;a ;ao o inte interna no Co Cong ngrress sso o para que que na nao o se discuti discutisse ssem m tao some somente problem problemas as rela relativos a heran heranc;a negr egro o-afric africa ana na.. egro ro Martini Martinia ano Eliseu do Bom Bomfi fim m, Presi sid dent ente e de o neg Ronra onra do II Congr ongress esso o Afro Afro--Bra rasil sileiro eiro,, po porr exem emp plo, inda ndagado por umj umjorna nali lissta sobr obrequ qual al ser eriia a pauta daqueIe Co Cong ngrres essso, foi foi mu muito pre precis ciso quan quando do di dissse que ali dev everi eria a se serr dis discuti cutid do tambe tambem m 0 serio pro probl blem ema a da lib liberdade religios ligiosa a como como ex exp press ssao ao mai aior or da cidad ada ani nia a.
em uma es estteira III v l~l l! 'Olll! C um uma a quart uartiinha de agua gua.. 0eleb6 dev eve e tr tra a jar jar--se todo d branco. Par ara a ac acom ompa panh nha ar os bichos ichos, as comid comi das sa sao o as s guin guintt s: acara j je e, abara bara,, aca~a aca~a,, bola de inhame inhame e ecur curu u. lsto a dep epe end ndo or do san anto to da cabe~a da pesso ssoa. a. 0 bori bori leva mel, aze azeit ite e e sal, dop nd nde end ndo o do santo nto.. Ant ntes es,, a pessoa toma urn banho nho de f olha e, depend nde end ndo o do ca casso, a pes esso soa a te tern rn seus eus dias dias de obriga~ obriga~a ao marca cado doss". Ainda sabre a cerimo mon nia doBo doBorri, ve vell' a tra trabalho lho pio pioneiro iro de Pierr Pierre Verger, "Bori "Bori,, pri primeir meira a ce cerrimo mon nia de inicia~ao inicia~ao ao cuI cuIto dos orisa risa nag ago o na Bahia ia,, Brasil" public licado inicia inicialmente lmente na Rev Revista ista do Muse Museu u Paulista sta,, p.269 269--291, 91,19 195 55 e, mais recenteme ntemente, ree eed dita itado do em Moura, Moura, Oloo oorrisa ...
~ It( t(lldri~ dri~u ues es.. 0 animismo ismo feticl;1 feticl;1ista ista do negro negro bahia bahiano, p.70. 70. Par Para stud udo o mais detalhado sobre obre os ogas, ogas, suas suas fun~ fun~oes e sua IIrn II IrOl't nc nciia dentr tro o da estrut estrutu ura organiz organizacio acional nal do candom candomble, vel' vel': I, In • A famil familia ia de santo santo nos candom candomble ble!;l !;l ... ...
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i.nfo nform rma a~ao res esul ulta ta de uma pesq esqui uisa sa realizada, alizada, com a partido autor utor,, no Centr Centro o de' de'Estudos tudos Afro-Orienta Afro-Orientais is,, na deca decada do 60. Essa mes esma ma defini"a fini"ao o de ogii ja foi citada citada POl POl' Vivaldo Vivaldo da seu trabalh trabalho o A Familia Familia-de -de-sa -santo nto nos Ca Candombles ndombles C o a L a Lima, no seu Bahia .. ..., ., p.91. • J j -nagos da Bahia 1': / lfllI
('i1!11~ 0
II
I 0 uma ma man neira ira ge geral, ral, ceri cerimo moni nia a de "dar comida comida a cabe" e"a a", no '" nt ntic icllo de for forttalece ecerr a pes pesso soa a e pre repa parara-la la para para outr outra as cerimonias IIII",i "pesa II sad das as" " dentro do candomb ndomble. " E uma cerim cerimo onia", nia", diz urn inf orm ant nte e qualif lif ica cado do,, "feita com obi ou orobo e as as bichos bichos necesHarrios a obr Ha obriiga" a"a ao que vao alime limental' a cabe cabe~a. ~a. Pode Pode ser f eita com 11mou ma maiis - obi ou orobo -. -.e tambe mbem, com urn urn ou mais bichos bichos. Scm Sc mpre 0 bori e mandado mandado pOl'consult ulta ou pelo pr6p pr6prio rio sa santo nto.. Pode Herr f cito com He com galinha, linha, pombo, p~ p~ixe, frutas frutas e doce docess. E obriga"a obriga"ao feita feita
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Oli Oliveira ira & Lima Lima p 125 Tra Trabalho lho da maior importfm importfmccia para para a
Mello llo, Prera eracio cio,, n. p. 0 au auttor nao pret etend ende e urna analise lise do cont conteudo dos te textos apresenta presentados ao aoss Con Congress sso os de Recif e e Sa Salvador. lvador. Ata Atarefa propos opostta e uma arruma~ao arruma~ao de dados dis disponiv poniveis em busc busca de uma uma quase quase historio historiograf ia ia como pano de fundo para a com ompr pree een nsa sao o do que que ele represen presentou tou na redef ini~a ini~ao o dos dos es estud tudo os af rica cani nisstas e co com mo os int nte electua ctuais deles les se seryir seryira am para rec ecol oloc oca ar as qu ques esto toe es bas asiicas da popul popula~ a~ao ao negr negra. 0 int interesse centra ntral e demonstra strarr que 0 negro se va valleu da ocasia ocasiao para exp xprressa ssarr a preo preocup cupa~ a~a ao co com m os os rumos rumos de sua prese presen n~a na f orma~ rma~a ao da soc ociiedade bras brasile ileira ira .
Oli Oliveira ira & Lima Lima, p.125. 125. Tra Trabalho lho da maior importfm importfmccia para para a compree ompr eens nsaao do mundo mundo e dos dos pro ble blemas af roo-bra brassileiros ileiros daquela epoca, poca, os verbetes rbetes esc escrritos itos por Viva ivaldo da da Costa osta Lima Lima e Waldir Fre Freita itas de Olive Oliveira vas vasculham culham as ca cart rtaas de Edis Edison on pa p ara enriquecer enriquecer a etn e tno olog logia com ve verdade rdadeira iras sinteses inteses interpretativ interpretativas as do cotidi cotidiaano da Bahia.
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Esse tex exto to foi transcrito transcrito no livro livro Car Carta tass de Edis Edison on Carn Carnei eiro ro Artl rtlmr Ramos, Ramos, ibid., ibid., p. 128 128-12 -129 9.
2' 1
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1~lbclro.Pre lro.Pref f acio, acio, n. p. p. A ver verd dade e que a criac;ao criac;ao do Se Servic; rvic;o de 111 1111~ 1~ini Me Ment ntaal, uma uma divi divisa sao o da Assist Assistenc encia ia a Psicop Psicopatas tas de P \' \'II'll< ll
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JUBI BIAB ABA A E A RESI RESIST STEN ENCI CIA A ESPIRI ESPIRITO
DO
Severia Severia no Man Manoe oell de Abreu Abreu e 0 nome nome de batism batismo o do pai pai-de-santo de-santo que recebia recebia urn "encantado", 0 caboclo Jubiaba e, por isso, isso, f icou cou conhe conhecid cido o a vida vida inteir inteira a pelo pelo nome nome de seu seu proteto protetor, r, E como como esta esta cons consign ignad ado o em 0 Estad Estado o da Bahia Bahia,, de 11 de de maio maio de 1936 1936,, com 0 titulo "No Mund Mundo o eheio eheio de Mister Misterios ios dos Espirito Espiritoss e Pais-dePais-de-San Santo", to", 0 nome de Jubiaba Jubiaba despert desperta a sempre sempre a eurio euriosida sidade, de, Seria Seria interesinteressante transerever transerever 0 dialogo dialogo do jornalist jornalista a com 0 proprio Severiano: - Eu th the e xplico xplico.. Eo no nom me do es pi pir ito ito meu obsessor. Y ou contar contar 0 , ,0 senhor nhor 0 co com meqo do , minha minha vid a de espi spir r it it a . H ri 0 se 36anos, 36anos, eu aind a r a paz paz , fui pr ocur ocur a do do p Ol' Ol' um pa par r ent e de um rapa z chama chamad o S y ydr dr onio onio pa par r a f aze azer uma con consult a numa sessao sessao espi spirita rita no,c no, cid ade a de de Palha lha em be ben ne fic ficio d e sua saude. Ate entao eu nao acr ed itav tava nest stas as cois oisas, mas fui. Manifestou-se Manifestou-se entao ntao um es es pirito pirito mal e atr asad asad o. E st e espiri espirito to declar declarou ou que que do corpo rpo do homem s6 sairi sairia a dali dali hr i 15 dias dias no ce cemit mit erio rio , Quin ze d ias d e pois pois 0 homem morria morria.. Ess Esse fat o me d ecidiu ecidiu a ac acr r editar ditar nos es p{rit os. - Passe seii a fr fr eque quentar ntar dali dali em dian diant t e aque quela se sess ssa ao, com com bastant bastantee f e e me torne tornei med iu iu m sem sabe aber. N esta esta sessa sessao o manif estou-se stou-se em mim mim um es p{ p{ rit rit o que que d ava 0 nome d e Candido Candido Ribeir Ribeir o. A uma pergunta nossa sobr e 0 que que t eria sid o em vida 0 esp{rit sp{rito o de Candid Candido o Ribe Ribeir o , r es es pond eu "Ju bi biabri" que que nunca 0 invest investiga igara. ra. Sua Sua capac apacid ad e ps{quica, {quica, por em , foi-se elevando gradativame gradativamente.
N a zo zona na d a' s d ocas ocas ,d e Wilson Wilson , ao aoss coque queiros do Pilar Pilar , existia ex istia , naquele naquele t empo mpo uma ses sesssao es p es p£ £ r ri t a d e nome nomeada , na res resiid encia do Dr. Dr. Valerio Valerio , pr esidida pelo Prof rof Firmo Firmo.. Dee uma f eita surgiu D surgiu .no grupo grupo um rapa rapa z chamado hamado Joao Joao Mir anda para para tratar tratar :se. Foi Foi ele entregue ntregue aos cuidados uidados de S everiano. everiano. 0esp£rito :de um cabo caboclo baixou baixou sobre sobre um dos dos mediuns diuns. Era 0 assist ente nte Sev Severiano riano.. Ca£do Ca£do em trans trans e, manif est ou-se, o u-se, enta entao; 0 esp£rito esp£rito que dec declarou larou se chama chamar r " Jubiabr i" . Come Comer;ou entao ntao a cura cura do paci pacien ent t e Jo{io Mirand a , que jri apr esentava considerr iveis melhor melhoras as quand o so sobr br eveio um incident incident e. '
o incid ent e
a que que alud aludim imos os v eio demo demons nstm tmrr que que nem mesmo os es p£ritos es estao tao isentos isentos d e melindr es e de vaidade. N o d eco corr rr er da cura cura de Joao Joao Mirand Miranda, a, por interm interm edio dio de ever ian iano, manif manifest estouou-se se num filho do dono dono da ca sa d e nome N elson, on, um atra atrasad sado o que que d eu 0 nome nome de "Re "Rei de M inas". inas". E st e entr ou logo a d e molir a influe influenci ncia a de 'J ubiab ubiaba" , qualific qualifican do do- o de impostor e perturbado. TT ouve , por por iss sso o , d esint esint elige ligencia no ambi ambieente astral astral e 0 p ,g ,g" " f .ri rito to d e "Jubiabr i "Jubiabr i" meli melind ndra rado do com com 0 seu irmao irmao iunic ico, o, abandonq bandon qu a cur a do doent e, e, que que veio fale falecer Iltt d iun Il l I I t t 1.ima d a uaidad e das espf .rit os. os. " ' ' irmad irma d o 0 seu conce conceito, ito, Seve Severia riano ou "Jubiab6:' "Jubiab6:' pas pas sou a t r r abalhar por conta conta propria, propria, em sua casa , abrindo abrindo uma l i i es . es . '{i '{io o na rua Nova do Queim Queimado ado,, a seguir, guir, na Caixa Caixa , ' A ua , N " " 10 e d e pois na Cruz do Cos Co sme, 205 , hoje hoje I I v ' nid a S aldanh ldanha a Marinh Marinho, o, cuja cuja nova d enominar ;ao ele / n z qu queest ao de ser ci c it ada. da. " ' 'l or esce esceu u , entao , ntao , ali ar ida dad d e" .
0
" Centr Centr :o E s p£rita Pa z Pa z Esperanr ;a e
vida apresenta apresenta~ao ~ao de Jubi Jubiaba aba,, a espiespiI " ita a devida ntrevista evista acima acima citada, citada, vejam vejamos os 0 outro If1, nLl'uv s da entr biab aba a e tambemo tambemo nome nome do famoso famoso romance .lllld dJi Jillll>'l. Jubi / orge ge..Amado, onde prosaicam prosaicamente ente conta uma "Hist6ria "Hist6ria t i t . / 11II IIhl hl'( '( gente humil humilde de de sua querida querida I vida dos negros e da gente Salva lvador dor". ". 0 Jubiaba Jubiaba do romanc romance e esta assim assim ( : . I n r i de Sa I
descrit scrito o na obr obra a de Pau Paullo Tavare Tavaress, Criaturas
de Jorge
Amado: Ama do: N egro uelho lho , qu quas asee ce cen nt enario " d de carapinha branc ranca; 0 corpo curvo urvo e sec seco, o, a po poiad o num bastao bastao", ", p ai-d e-santo que mantinha mantinha ca cassa d e mac macumba , umba , na qual qual m orav rava, com com "um grand e t err eir o na fr ente e um quintal se est endendo nos nos fundos" fundos " , situa ituado do no Morro Morro do Capa Negro Negro , bairr o fic ficUcio Ucio da Bahia. Bahia. M etido num camisu camisu bordado bordado , presid ia os ritos ritos d o candomble andomble , praticava cums , ministrava conse cons elhos e e xe xercia rcia indisp indisputa utada da ascend ascenden enccia sobre os negros e os pobr pobres es da cida cidade de.. Em uma uma de suas raras raras confidenc confidencias, ias, teve ocasia ocasiao o de reuelar reuelar haver sido escravo scravo1•
Na aparente aparente confusao confusao de nomes nomes e de person personalidaalidades, reside reside certamente certamente uma das raz6es raz6es que alimentara alimentaram m a fama fama de Jubiab Jubiaba a, 0pai-de-santo pai-de-santo da antiga antiga Cruz do Cosme osme na Cidade de Salvador. : It , tambem, tambem, a partir partir dessa dessa confusa confusao o de identidades identidades entre urn personage personagem m da obra obra amadian amadiana a e urn dos dos mais mais famosos famosos pais-de-santo pais-de-santo da Bahia Bahia na p rimeira imeira metade metade deste seculo que que se pretende pretende identificar identificar,, atraves traves dos dos relatos relatos de jornai jornaiss de grand grande e circula circula~ao ~ao na Bahia Bahia,, a trajet6 trajet6ria ria de uma uma figura figura ainda ainda hoje hoje celebr celebre e para a comuni comuni-dade religiosa afro-brasile afro-brasileira. ira. Pretende-se, Pretende-se, igualmente igualmente,, atra atrave vess do re relato lato das das fa~anhas fa~anhas do Caboclo Caboclo Jubiaba Jubiaba, entender 0 papEf papEf IdesempeIdesempenhado nhado por esta divind divindade ade na luta de Seve Severian riano o p ela superayao rayao das dificu dificulda ldades des que lhes lhes eram eram impost impostas as por por uma sociedade sociedade extremam extremamente ente refrataria refrataria a sistemas sistemas de crenyas crenyas diferenciad diferenciados os do padrao padrao ocidental. ocidental. : It bem verda verdade de que que Seve Severia riano no armo armou u umas umas boas boas trapa trapalh lhad adas as e nao nao fora foram m raras raras as vezes vezes em que que esteve esteve envolv envolvido ido com a po!icia. po!icia. Mas Mas as dificuld dificuldade adess maior maiores es foram foram,, sem duvid duvida, a, criada criadass pelo pelo fato fato de se projeta projetarr como como !ider !ider religioso, religioso, ser proteg protegido ido por por urn Caboclo Caboclo que cedo ganhou ganhou fama, fama, foi permanen permanentemen temente te not noticias dejornais dejornais mas sobretudo sobretudo profundam profundamente ente respei espeitado pela popula~ao popula~ao negra negra da Bahia e por por determinados determinados setore setoress da socieda sociedade de mais ampla ampla..
Na verdade, verdade, Severiim Severiimo o e 0 seu Cabo Caboc clo rep represen en-tavam nao somente tav somente uma uma forina forina diferent diferente e de cren cren9 9a mas a xpressao viva viva doredimensib doredimensibnam namento ento da re religiao afri afric can ana a na Bahia. hia. Com Com eles eles e atrav atravesd esdele eles, s, eleme elemento ntoss do espi espiriti itismo popula opularr da linha linha Alan Alan Kard Kardek ek e outro outross oriun oriund dos das ultu turas ras indige indigena nass contac contactad tadas as se interc intercru ruzam zam com os de ori rige gem m afri africa cana na para para prod produz uzir irem em a exp expre ress ssao ao mais ais IIh Ihrras asil ile eirada dos candombles, candombles, 0 denominado denominado Candomble Candomble tI Caboclo. Evide Evidente nteme mente nte que que tudo tudo isso isso incomo incomoda dav va a /10' /1 0'1 1 dade baian baiana a que que se preten pretendia dia socioc sociocult ultur uralm almen ente te nea, tendo tendo a religi religiao ao cat6li cat6lica ca como como param parametr etro o 1 1 0m genea ( lusivo da fe dos dos que que ali ali vivi viviam am.. Isto Isto pode pode expl explic ica ar porque a qua quase totalidad totalidade e das que que escreve escreveram ram nosjor nosjorn nais lIoilr as f a9a 9anh nhas as de Seve Severia riano no e as de Jubiab Jubiaba, a, sempre sempre 0 II /', /', fA fAm m co com m a tint tinta a da class classe e dom dominan inante te mist mistur urad ada a de aparente ente rejei~ao rejei~ao ao sentime sentimento nto religioso religioso III v ntade e de apar t i t pllr lr'' la consideni onsidenivel vel da popula~a popula~ao o negra negra na Bahia. E be bem m verdade verdade que a fama fama de Severi Severiano ano come~a come~a lill illii' ('Ilm hoss basta bastante nte obscu obscuro ros. s. Na decad decada a de vint vinte, e, il ho rande mime mimero ro de a~6es a~6es consi conside derad radas as pela pela f fl fllliH 1 , ( um grande /1 1 'I L i I , : I I da epoca ilegai ilegaiss e crihlino crihlinosas. sas. Em lugar lugar oportun oportuno, o, dlllz1re rem mos algun algunss desses desses relato relatos, s, com com 0 intuit intuito o de II pl'odl IIll llH HLl'uir uirum uma a quase quase biogr biografi afia a dessa dessa impre impressio ssionan nante te I II II''1 popular mas mas que que tinha tinha ficil ficil circul circula~ a~ao ao nos nos meios meios III III 1 1 1111 1 11 11 1 pI' peros da Bahia Bahia do seu seu tempo. tempo. • m repo report rtag agem em de 24 de agos agosto to de 1921, I iiii,, 1 . 1 111 1 ada "AT ATarde arde vai vai a urn dos dos mil ternplos ternplos da bruxari bruxaria", a", lI,io ioll'l)lli llista sugere, ugere, no pr6prio pr6prio titulo da materia materia,, a grand grande e / 1011e
espiritismo", esp ci cia almente qu.an ando do ess sses es temp emplos mais mais se aproxim aproximam am do deno nomi min nado Ca Can ndombl ble e de Ca Caboclo. oclo. Isto e, quanto quanto mais mais Ca Can ndombl domble e de Cabo Caboc clo mais mais baixo ixo espiriespiritismo tismo e mais mais br b ruxaria xaria.. Alias as,, esta f6r f6rmula parece ter ter ser servido de modelo modelo aos jor jornais para di dia agnostica osticar, r, com com as suas materia materias, s, a emerg emerge encia ncia de um uma a rel reliigiao diferenc diferenciada iada.. Eis a materia: Estavamos ont em, frias, frias, t imidos imidos , receosos, receosos, seniio seniio como todos todos as neur neuras aste teni nico cos, s, dep depr imid i midos os au psic psicop opat atas as maniacos, maniacos, antevendo antevendo a mal que nos cairi cairia a hoje hoje a caber;a em plena plena dia de aziago aziago,, a dia dia que que as cr enr;as populares regis tram como das mais trist es e tendo influenc influencia ia nefasta nefasta nos destinos destinos do homem. homem.
o cami caminh nho o era era proc procur urar armo moss quem quem nos nos pude pudess ssee dize dizer, r, claram clarament ente, e, franca franca ment mente, e, a que nos aconte acontecer ceria, ia, porventura, hoje e da mesm mesma a f eita ita nos imu imuni niza zass ssee de desastres, desastres, pesando-nos pesando-nos a caber;a caber;a. No caso, ninguem melhor que a "mestre" "mestre" Severiano, Severiano, inspirado inspirado de "Jubiab "Jubiaba", a", como um sultiio sultiio de baixa estirpe, estirpe, num harem harem a Cruz do Cosme. Cosme. A casa do "mestre" fica a esquer esquer da d a de quem quem sobe sobe a ladei ladeira ra da Quinta, Quinta, tem umas cinco janelas janelas de frente, frente, e no interior interior o caboc caboclo lo vive vive com duas duas comp compan anhe heir iras as que the the siio dedi dedica cada dass auxi auxili liar ares es na vida vida,, para quant quanta a mist mister er seja seja precioso. Recebeu-nos. Contamos-lhe a nosso desejo. Entramos Entramos a casa e, ao fundo fundo de uma uma saleta saleta,, um altar com uma grande grande varied variedade ade de imag imagens ens la estava estava,, na assis assisten tencia cia,, muda muda a tudo tudo quanto quanto ali se pratic pratica. a. Para Para falar a palav palavra ra santa santa a "mestre" "mestre" exige 2$ de prata. prata. Estava Estavamos mos preven prevenido idoss para para a ... facada. Por baixo do altar altar e atrave atravess de uma uma toalha toalha encard encardida ida,, uma linha linha de velas velas aces aces as em cacos de barro bruxoleava. bruxoleava.
" M estre estre" " S everiandJlc veriandJlcou em fr ent e do es paldor paldor e come~ ome~ou ou a ver, em giros giros da moe moed a em torn torno o d a vela pr6 x xima ima , 0 d estino stino do rep6rt rep6rt er, 0 que que the the estari taria a vind vindo o d e Deus , Deus , 0 disC£p disC£pulo ulo de " Jubiaba" Jubiaba" d esanuviousanuviou-nos todas as as apr eenso eensoes, es, ao meno menoss do mome momento, re pe petindo. - Va, meu meu filho, filho, e' e ' nada nada amanhi amanhiii the aconte aconteccera. ra. De De pois, d esci cido do do: do: sabio, sabio, " M estre" estre" Severiano Severiano prome prometeunos limpar limpar a vida vida , se la voltasse e the levasse levassemos mos 25$000 , set t e velas se las e uns uns bentinhos ntinhos.
- Isto aqui e mes esm m J .oque oque romaria , tanta gente 0 procura. procura. At e ge gent nt e da grand e roda dos maiores maiores da terra, procura 0 " M estr e" e" Seve Severiano: riano: Onde 0 Sr ve, ate ate mo~as mo~as donzel donzela as , que se acham em d .uvidas uvidas na vida, vida, vem aqui se trat tratar ar e passsam dias pa dias e dias, ;tratando-se tratando-se com ele... ele... e saem curadas curadas.. Eo jornalista, jornalista, enfatico, enfatico, conclui: Essa Essa report reportage agem m nao t eve outr o intuito , nem pod eria te ter, r, que 0 de verif verifica icarr at e que que pont po nto o aind ainda a camp campeeiam iam na Bah Bahia ia,, impu impun nemente , as pratl pra tlccas desabu desabussad qs qs da perniciosa feiti<;aria. E a report er viu e ouviu , edific edificado, 0que que acima singelam singelameent e narrou pa p ar a 0 publico e.. e.... p' ara ara a policia. policia. ' N ao avistamos istamos , d e fato, olhando olhando em derred derredor, or, nada nada que que melhor lhor este esteja ja a sol sol' icitar icitar uma a<;aopoli a<;aopolicial cial energic rgica e crit rit eriosa, riosa, que que vie viesse e xtirpar; radicalmente de uma .. .... 2
o jo jorna rnalista, lista, para para escrev escrever er a mate materia ria,, explo explora ra a ( / ' / '(duli ulida dade de alheia quando $olicita $olicita a consulta consulta a Severian Severiano o para a ter uma ideia da dimensao dimensao do que ele denomidenomiI I J I I 1 as par pra atica ticas desabusa desabusadas das da pernic perniciosa iosa feiti~aria". feiti~aria". Nao 1 1 1 1 d "pr 11 . d todo excluida I1 11 xcluida a possibilid possibilidade ade de Severian Severiano o, ao comcompI' onder as inten~ inten~6es 6es do jorna jornalist lista, a, forjar forjar a eleme elementa ntarr 1"( Hpo possta que foi oferec oferecida ida mesmo sem consultar consultar verdaverdaII iI'ar arn nente 0 seu Caboclo Caboclo Jubiaba. Jubiaba. Muitos Muitos pais e maesmaesdO-Ranto toda da Bahia, Bahia, nos nos dias dias atuais atuais e em maio maiorr nume numero ro tuayao semelh semelh~ ~nte, nte, utiliz utilizam am do expe expedia diante nte c 1il lo loLL e de situayao
de quas quase sempre ag agll"a "ad dar a ess sse es imp mprrude udentes ntes clie clientes comresp com respo ost stas as ag agrradavcis, af irm irman ando do que tud tudo ira melhorar. Evident Evidentem eme ent nte e que, 5e 0 cli lie ente volta voltarr para uma uma nova nova consu consulta lta e demo demon nstrar al alg guma crenya, eles les certamente farao a pn pnitica itica div divin ina at6r 6riia co com m todo rigor igor para para decodif codif icar icar as mensag mensage ens do universo sagr agrado ado. A repor eportagem, sobretud sobretudo, o, reve evella urn Seve Severiano ja famoso, famoso, com sua sua casa bastan bastante te f requ equen enttada, - no dize dizerr da vi vizinha zinha "uma romaria" ria" - e, ma mais que isto, isto, bem bem relaci relacion onado ado "na "na roda roda dos dos maiores maiores da terra", erra", relacionam lacionamento ento que soube soube preserva preservarr ate os ultimos ultimos dias dias de sua sua vida. vida. Esta Esta situ situayao ayao se to torn a mais ais verdadeir rdadeira com 0 passar passar do tempo. tempo. Por volta olta de 1936, 1936, vamos reencontrar reencontrar urn Severian Severiano o desenvo desenvolto lto recebend recebendo o em sua casa figuras impo importa rtante ntess do mun mundo do politi politico co,, mante mantend ndo o com algu alguns ns relacio elacionam nament ento o mais mais afetiv afetivo, o, como como foi foi 0 caso caso de Dr. Martine Martinelli lli Braga, Braga, entao oficial oficial de Gabinete Gabinete do Governador Governador Juracy Juracy Magalha Magalhaes, es, que tern em Severia Severiano no,, para para alem alem de urn alia do politico politico,, urn amigo amigo l eal. E 0 que que se depreende de urn trecho trecho da reporta reportagem gem de 11 de maio maio de 1936 1936 do jornal jornal 0 Estado da Bahia: Bahia: - Minh Minha a cas asa a di z z ele, e f r re que quent ad a por mui muita tass pess esso oas e d e importanci importancia a. M edicos dicos , bac achar har eis , nego gocciant es es autoridad es vem aqui. aqui. Dentr e os meus amig migos eu co cont nt o com 0 Dr. Martine Martinelli Braga. raga. Eu sou amig migo d o Governo! Nas elei<;oe lei<;oesMunic sMunicipa ipais d ei mil mil e tant os vot os ao Dr. Am A merica ricano no da Co Costa a pe ped id id o do Dr . Mar t t ine inelli. lli. Aquele e um velhi lhin ho ho bom e amigo migo dos dos pobr es. Para est as as cas casinha inhass dali dali do fun fundo do , ele d is pe pensou as plant as e vai mandar ndar bota botarr um chaf ar ar i z. z.
Na verdade, verdade, Severian Severiano, o, como como muitos muitos dos pais-depais-desanto santo da Bahia, Bahia, se vale vale dessas dessas relay relayoes oes de amiza amizade de para para solici olicitar dos dos 6rgaos 6rgaos public publicos os ou de de politicos politicos da situayao situayao algum tipo tipo de melh melhori oria a par para 0 bairr bairro o ou algum algum tipo tipo de assi ssisstencia cia aos que que estao a ele ligados ligados por layos layos re religiosos,
de paren enttes esco co ou pela pelass re rella~ a~5 5es vicinais mai aiss ampla amplass, Enfim, fim, tor t orn nam-s am-se e to tod dos, in inc contesta staveis lideres, na verda erdadeira acep~ p~ao ao da pa pallavr vra a, cuja lideran~ lideran~a a ultr ultrapas apassa sa os !im imiites de suas comunida dad des religiosa religiosass para para ser serem portaportavoz vo zes dos pobr pobres es e necessi ssittados dos. Esta Esta e um uma fun~ fun~ao ao que que resulta ulta da lideran~a re reli lig gios osa a que ainda ainda nao merece mereceu u urn trattam tra ame ento mais ana anallitico ico,, 0 que fog foge complet completam ame ente dos dos I J'op6s 6sito itoss dest ste e es esttudo udo, , Mass Se Ma Seve ved danose noserr"ia "iavif lma da pr6pria f ama, ma, 'orno 'orn o ve verremo mos. s. Nenhum hum ou outtro pai-de ai-de-sant -santo o foi foi tao perse perseguido la. repressa pressao o po poli licia ciall que caiu sobre os Cando Candomb mbles les da HAhiana hiana pr primeira meta de do seculo XX. XX. Parece Parece que que a ~ssao o polic licia iall, no se seu u cas caso, servia servia muito uito mais mais para para I' pr~ssa '010 a-lo ern ev evid ide enc nciia, transf ormando rmando Jubiaba. Jubiaba. no Caboclo Caboclo onssulta tad do, doque para refre refrear ar a pnltic pnltica a da "des desabu11 1 / 1 i. 'on Hilda ~ iti ti~ ~aria" aria".. E tudo udo ant a ntes es que que o Jubia Jubiaba ba se beneficiasse dl( p Ibl j jc ca~ a~a ao doliv dolivrro de igual nome nome do romanc romancista ista Jorge Jorge obre as con conse seq quenc nciias das rela~5es homoni homonimicas AIIIIIOO. explica ca~ ~5e 5ess de Jorge Amado e as rea~5 ~5es es IOIl, / ubi bas, das expli d t I' v l'iano ao ao sa sab ber da existe xistenc nciia do romance omance, daremo daremoss I I O /' "i"iss m outra parte rte des estte capitulo. As rep repo ortag age ens que se segu seguem em sac sac bem uma uma IIlo loH H /'rn /'rn da sistema s istemati tica ca per erssegui~ao gui~ao de que foi vitima vitima, tanto nto noq quanto a image gem m do Cabo Caboc clo Jubiaba. , '! v riFino A Ta Tard rde e de 04 de outubro utubro de 1921, 1921, em reportag reportagem em ('I j) Lf Lulo,"A ultim tima a fa~ fa~a anha nha do f eiticeiro" iticeiro",, suge sugere que (V riano es estteve env nvo olvido lvido em "trapalhadas", trapalhadas" , denuncia ((I (III [amoso pa paii-de de--sa san nto mantinh ntinha a em rec reclus lusao ao uma uma anos os.. An Anttes de noticiar, noticiar , em deta detalhe lhes, s, a hi hist6st6III II l' de 14 an ,'1,1 la jovem, 0 jor orn nalis lista te tec ce comenta comentarios rios sobre sobre 0 que que t l i vo Re Rerr pre reserv serva ado como tradi~ao baiana, baiana, condenand condenando, o, / l0l' 'onsequenc nciia, essas pr prllticas ticas religiosas afro-haianas: afro-haianas:
t iuc iuc I ' '(J ( J ,m antigo .. , antig
'/ I I,I , I ' 'SU S U
! J 1' I :m.eir o ,n ,neem ta tamb mbeem
no se seu u casario
E st a igualment e 1 /.0 quee ela co con nser v a ai nd nda de r e pr e /.0 qu senta tat t iuo iuo d as f ases ases que mar car car am os se seu us come comer ;os e qu quee mant emo mos, s, pr incipa ipallment e quand o se t r rata a ta do que men o s se d eue ma man nt el; ap apeenas c om om as lar uas u as de ciui iuilli zar zar ;ilo qu quee se uilo pond pondo o d e int er val valo. E ass assiim e qu quee ass ssiisti tim mos ao d ese semb mba ar a<;o a<;o e ao d esen esenuoluim luiment a , na r e pr esent esent a<;iia d os os cando candombl mblees , dos sambas ambas, da cu culina inaria ...
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A Ba Bahi hia a tr ad ad icion iona al n{ io est a some oment e na re memora<; mora<;Cio Cio d e suas gl6 ria rias pa pasSa sSada das, s, nas suas lutas lutas pelos los prinC prin C £pios £pios d a inde p peend encia e ' pelos sur ttos os d emoc mocrati ratico coss que que aqui aqui
Transfor Transformada mada a sua chou p pan ana a em orac raculo ulo , os ignor ant es es a procur am , na cert e za d e lenit ivos i vos se sen niio d e reali reali zar;6es zar;6es ef ect ivas, ivas, enqua nquanto 0 ve vellho ex p pllor ad or se vai vai enchend o d e d inhe nheiro , d a sua ignor ancia d omi min nand o , se nilo bancam a educ duca<;Cioe a civil ci vilii za za<; <;ii iio o d e quant os os ent endid os e let rad rad as o pr ocur ocur am.
o ultimo ultimo ca caso so d a at ualid ad ad e cr imin iminosa d e "Jubiab "Jubiaba a" , f oi verificado, ant em , pela nossa r epor epor t tage a gem, sempr e soU cita cita no combat e aos aos mal alee f icios d e qu quee a " M est est r re S eueri riano ano" " e sua pandilha vii viio o r eal ealiza izand nd o, o, Em Barra d o Rio Rio d e Cant Cantas as ha uma uma p' obr e mor;oi mor;oilla, com cer ca d e 15 ano anos, s, pO I ' inf ' inf elicidad e sur da da e muda. S ua ua f amilia lia achand o-a d oent oent e d as f acul aculd ad ad es es da int int eeligenci cia a , r esolveu-se a t r raze-l a ze-la a par a um t r ratame a tamento nesta capital. A rapar rapar iga iga ueio , na seman semana passa assad d a, a, pela barcar;a barcar;a Lib ibeer tadora, tadora, daque daquela pr oce ced d encia, aco acompanh mpanhada ada d e sua ir mii. mii. Aqui, procurou a f eitice iticeiir a Si Silv lvan ana, a, r esid esid ent e em Periper Periper i , , que nada fez pe pela sau aude de da indit osa o sa me men nina ina.. Entiio reso resolv lveeu-se a entr ega-l ega-la a aa "m es est t r r e S euer iano", 0 unico unico que que seria seri a capa z d e um t r r atam atamento a medi dida da do ad ian iant ad ad o da mo mollest ia.
A pr esen A pr enta tada da a mud d d ao or acul aculo da Cruz Cruz do Cosm Cosmee , foi e x xiigid a ali a s ua per nt nt ane anenc ia ia , a os os cuid idado adoss do f eitice ticeiiro satir r o, o, media diant e a iinpo nportdnc rtdncia adiantada d e ... 30 300 0$000 $000;; e sati para a cura , ou .,. .,. pelo que que acont ecer. ecer. A irmi irmii da rapari rapariga uolt uoltou ou a Barr Barra a do Ri Rio d e Cont Cont as e a inf eli z z fico ficou entr egiJ.e giJ.e a estupid ez ez e a boqa boqalid ade ade d o insp spir ir ado ado d e " Jubiaba" Jubiaba" , sobr e 0 qual a aqiio d a po pollicia saude publica ublica se d eue exerc exercee r. e da sau
Na ver erdade dade,, comobem comobem demons demonstra tra a pr6pri pr6pria a repor repor-1,11 / m((, a jo jorn rnal alis ista ta por por aritecipa~ao 0 conden condena a pela pela Lillid ida ade da pni pnitica tica da' da' chama chamada da "falsa "falsa medic medicin ina" a" POI tJiLi 1I('olllp lllpH Hnh nha adade feiti~a feiti~aria ria,, aMm aMm de susc suscitar itar uma uma a~ao a~ao da pil ilii (I publica.. P~lo P~lo menos menos a a~aopolicial a~aopolicial nao (I" " da saude publica 1.1I \ dia a se segu guiinte, nte, a ca c asa de Jubi Jubiab aba a foi foi cereada cereada por por , d 011. N o di IiH Hqll a in invadiram vadiram,, foram apree preendido ndidoss varios objebjepilii , j j Ii pil canv nviidado a Gomparecer, Gomparecer, no dia seguint seguinte, 1\/ ( ; 1 ( V ri no ca pOH H pollicia icial. l. : L o po I I i1 11 1 1 1 pO j ma mallA Tar Tarde, de, de' de'06.10.1921, 06.10.1921, notieia notieia a batida batida diant nta a que que 0Mestre Mestre Severiano Severiano,, 0 inspir inspirado ado p,II \ ' III Inl;l. adia assi sim m constant constante e~ent ~ente e descr descrito ito f oi, oi, talve talvez, 0 II, Illhillbfl, as possUfa 0 maior maior numero de clien ien' \ \ i "0" que na Bahia poss H I, I \ I, \ IIII ra ram m ba bassta tante nte concorrida oncorridass as sess6es sess6es espirita espiritas d "if :ia., fre freq quentadas ntadas indistintam indistintamente ente par gente gente do 1/\ 11 1 1/\ oasd de destaque staque na sociedade, sociedade, sendo que que essas essas 1 1 1 1 0 I P Hsoas IH ui.davam para que seus nomes f osse ssem guar guardados 1 11 1 1 1 1 1 11 11 \ 11 11 1
Hilil1 1ilo.
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ue a repor reportag tagem em dizend dizendo o que eram eram muitos muitos os mass que nenhum nenhum deles conseguir conseguira a notor notorieda iedade "1 \ I .i(' iI'o: o:::!" ma 11111 11'"H ' / / 1 f irma marr no animo animo eredu eredulo lo do povo povo da Bahia" Bahia",, batida polieia polieiall propri propriam ament ente e dita: dita: I e n ri rin ndo- e depois a bati Diant Di antee da cam cam p pa a nh nh a da " A Tard e", e", 0subd elegad o d a C ru z ru z do Cos Cosme, Sr . Antonio Antonio The Theod oro C oelh oelho o , t omand o a d iante ianteiira d o d elega egad d o L /Ls /Lsto to z za, a, aco companhad mpanhad o do es escri criui uiio io iciiador Cyri Cyrill lllo lo Patr Patr ic icio io d a Silua, Silua, onte ontem m as 20 e do polic horas oras,, cer cou cou a casa d e " Jubiabd " " . 0mome momento niio podia podia t el' sid o melho lhor esc escolhid olhid o. Todas Todas as d enuncias ias da " A
1ar d de " f or am am , onf l.rm rmada adass. 0 Fei Feiti tice ceiro iro , solen solenee~ ce cerc rca ado d uma umas uint p ssoas ileenciosa osass e ate tent ntas, as, pre pres~ s~dw dw uma oas, sil inuo inuoccaqao esp{ri sp{rit t a .. N unca lhe lhe pass sso ou pela id eia que que a po pollic iciia f osse osse um dia dia pe per segu segu{{-llo .. .... Pega gado do d e sur presa presa , J ubiaM ubiaM niio niio s~ o po z a que que a poU cia c ia ap apr r eendes dessse uma co co~ ~e9iio d e mampanq mampanqos , f 6 6 rmulas rmulas d e r eceitu eceitud d rio, rio, fol folhas has me med d lcmals, mals, d ~ sua F a~md a~md cia, po pois 0 e xplo xplorador rador ale alem d e engana ganar r as U!. U!.t~mas t~mas amda exe exer ce ce ileg ilegalm almen ent t e a med icina icina , , pass assan and d .o rec~ rec~ll~as,. Fm t ~mbem apr eendid eendida a uma cad eir a, a , com uma uma msc scrl rlq qao 51mb6 1mb6 l~ca, l~ca, subdelegado o subdele
intimo intimou u 0 or aculo culo d e Jubia Jubiab bd e tambe tambem as pesso pessoas as hospe hospedadas dadas em sua ca casa sa para para "s "sofr ofr er em _0 tratament o", o", a compar ecer ecer em , ho je, je, ao pos ost t o , ond e serao rao ouuidas em auto auto d e per guntas. untas. A prove proveiita tand nd o a hor ~ , a autoridad e ex ext t end eu a D ilil ige igen nci cia a at e ao cand omble mble d o feit iceiro Manoe Manoel C yr y ya aco , ond e se r e pet ir ir am am as a p pr r een eensi5es int imaq imaqii5es. e as int
Logono Logono dia seguint seguinte, e, 0 jor jornal nal ATar ATarde, de, em grande reportagem reportagem,, refer refere-se a "batida tida policial" cial" a casa cas a de .~ev .~ev~~riano riano e descrev descreve, e, com riquez riqueza a de de detalhes, lhes, a ambl amble encla intern interna a na ho hora em que que se deu deu a inva invassao. E, como acon~ acon~eeceu nas nas report reportage agens ns anteri anterior ore es, 0 jornal jornalis~ is~a a se p~rmlte rmlte alguns alguns comentari comentarios os introdut6rio introdut6rio~. ~. Desta sta felt. felt.a, arnsca-s arnsca-se a descre descreve verr a paisag paisagem em e ambl amblen entte exte~ xte~..lOre lOres, numa linguagem linguagem que denota denota alguma alguma pret pretensa ensa~ l~t l~tera rari ria, a, embor~ aqui nao seja espa~oideal espa~oideal para uma uma avah avah~a ~ao o de de suas suas quahdades nesse campo: campo: Na Cruz do Cos Cosme , aquela
hor a, a, and avava-se
a
lu z d e
archotes archotes.. A medida dida que que a noit e aua uan nqava , r ar eaua uam m os t r ra~seun a ~seunt t es. A es escur curidi idiio io nad a d ei xa xa va va vel' e l' eo si sillencio s 6 era mt er er r ro m pido pelo latido latido dos cachorr os os e pe pellas vozes alta altass que sub~ub~am d e uma uma tave taverna. rna. As 20 horas ras , t r res e s homens , u~ d o.s qua quais enve nvergand o a fard a d a polic licia, mar chavam ~~ ~~llenC! C!-osam osa m~nt e em d emand a da casa d e Jubiaba Jubiaba , cu ja jass J anelas iluminadas se via viam a d ist ist d dn cia.
Em br eve eve est avam i t por ta ta d o f eit ice ceir ir o. La d entr o ou ouvviamse vo zes, est ando a sala ala eo co corr rr edo dorr cheios. Dev Deviam es est t ar em sessao.
o mais mais r esoluto soluto do , ,!! tr es entrou ntrou , acompanhad o dos outros outros d ois. 0que que eles vir -am , entao , la d entro, ntro, foi uma ce cena na d e pur a f ant asi asia. Em segu seguid ida, a, lembr lembra a que que os tres tres prep prepos osto tos, s, 0 Ilubde bdellega ga::doda Cruz Cruz do Cosme, Cosme, seu escrivao escrivao e urn policial, 11. f ora oram reco reconh nhec ecido idoss e segu segura rame ment nte e passa passara ram m pOl' pOl' dint s, tama tamaIiha Iiha era a quant quantida idade de de pessoa pessoass presen presentes tes ( IHFlim im inc6g nc6gnito nitoss puderam puderam vel' vel' Jubiab Jubiaba a em plena plena sessao sessao.. i9ao o que oferece oferece tratava-se, tratava-se, pelo menos menos naquela I', 1 I cri9a uma um a sessao espirita ou "mesa "mesa branca". branca". Amaioria Amaioria I I> 1 1 , ,d 'il' uns nsttante ntes estava sE sEmtad mtada a em volta volta de uma mesa dOH ItlJlII'() a. Outr utros, os, porem porem,, se apertav pertavam am de pe tra transbordlllld ldo o plos quartos e pelo. pelo. corr corredo edorr.
!
Urn cida Urn idadao, de cor escura scura, 6culo culoss, ges esti tic cula ulando, anunc nunciava a vinda vinda de Jubia Jubiaba, cuja cade cadeira ira acolc olchoa oad da, a cab cabe eceira ira da mesa, est estava vaz vazia. Era Era 0 pres presid ide ente nte _ soube ube-se depoi pois - e chama chamava-se "Dr Carmello armello Lellis llis". Thda Thd as as noites ites quando quando a sala ala estava estava che cheia, ele f azia a pl''edica inicia pl inicial, que que finaliza finalizava sempre mpre comesta comestas palav avrras: "Oh v6s v 6s que que aqui entrais, esquece esquecei os pensa pensam mentos ntos modern rno os e voltai voltai os olhos olhos a Deus". Mal ele acaba acabava va de rep re petir tir a f6 f6rmul rmula a sacra sacramenta ntal, houv houve urn arras rras tar de pes na sa salla. Aperta rtavam-se am-se,, faze azendo ala para a passa passagem de Severiano, veriano, 0 ins inspira pirado de "Jubiaba". Jubiaba". 0 explorador explorador vinha nha ves estido tido como urn urn magico de circo, uma espec eciie de cam ca misa de dormir dormir caida ida ate ate os pes, cheio cheio de medalhas cloura uradas e de ca cap pacete cete de penas na cabe.,:a. :a. Encar and o-o Encar o-o bem, dava vontad vontad e de rir. A multida multidao o que aU mal r es es pi pir ava ava , com a maior maior contri contrir;a r;ao, o, inc inclinava linava as caber ;as, fic ficando nessa inc8moda inc8moda posir posir ;a o a te que que 0 f eiti eiticceir o sole olenement e tomou assento assento.. N ess ssee ponto , 0 subde ubdellegad o entrou na sala, sala, faze faz endo vale ale I ' ' a sua posir ;ao d e au aut t orid ad e e int errompe rrompendo ndo a rid! rid!ccula ula
COiin iia .. V I I / , r ai o q ue CO ue t ivesse pr OV OC 17 pr 17 . I I ' ' I t a;(1 man ma nho S Il Il..S tO. tO.
caiid o ca
na casa ,
nao
o cidadao de co corr es escu curra cita itado pelo jor jornalista, nalista, 0 Dr. Carmelo Carmelo Lelli llis, era 0 Presi residen dente te do Ce Centr ntro o Espir Espirita Paz, Espe Esperanya ranya e Car ariidade, onde Sever Severia ian no exe exerci rcia a sua lideran9a lideran9a absolut absoluta e 0 Cab abo oclo Jubiaba Jubiaba realizav realizava sua suas proezas oezas como como 0 mai mais imp mpo ort ante espi espirito ali ali inv invocado ado. Vale le lembrar mbrar que, que, na epoca poca da grande grande repressao (1920-1930), uma policial (1920-1930), uma das estrategi estrategias as freqiie freqiient nte emente utiliza utilizadas das pelos pelos can candomble dombles para para se liv livrarem rarem das garras garras policia policiais is era 0de se autodesignarem designarem Centros Espiritas Espiritas, trazendo zendo sempre sempre urn nome com como 0 d o Centr entro de Sever Severiano iano.. E tel' como preside presidente, nte, urn medico dico como como no Caso do Centro Espfrita Espfrita Paz, Paz, Esperan9a Esperan9a e Caridade aridade ou, em outro outros casos casos,, pessoas pessoas de alguma alguma notoriedade dade na soci sociedade mais ampla, significava significava urn re refor for90 complem complementa entall' que que pode poderia deter ou abrand abrandar ar a fur furia policialnas hora horas das famige famigerradas batidas batidas.. De qualque qualquer man maneira ira, e como omo ainda hoje hoje acontec a contece e, o Ce Centr ntro o Espirita Espirita pode inv invocar 0 es esp pirito rito de urn Caboclo, comoacontecia normalme normalmente nte com0 om 0 Ce Centro ntro Paz, Paz, Esperan9a peran9a e Ca Caridade ridade.. Pela descriya descriyao o for fornecida cida pelo jo jorna rnalis lista quanto a roupa roupa de Jubi Jubiab aba, a, - uma es esp pecie cie de ca cami misa sa de dor ormir mir cai caida ate os pes pes cheia cheia de medalhas lhas douradas douradas,, e de cap capa acete de pena penass na cabe9a abe9a -, e evide vidente nte que que 0 espir spirito ito ali pre presente revela revela os profun profundos dos compr pro omiss misso os daque uelle Ce Centro ntro com a mane maneir ira a de ve vestir dos dos espi spiritos nos Candombles andombles de Caboclo Caboclo na Bahia. Bahia. Mas Mas a mate materia ria prosseg segue, sempre mpre no se seu u tom de de descas descaso, a rela relatar tar a a9a a9ao policia policial, l, traz trazendo outros detalhes detalhes do inter interior ior da ca casa de Sever Severiano iano e da ambie ambiencia ncia religiosa profan profaniza izada da pela pela pres presen en9 9a polici policia al aqu aquele templo. Jubiaba es estav tava a as asse sen nt ado na sua c ad ade ira do dour ur ada, ada, rode ado dos seus ac 6lit os par amenta tad d os os como ele. Pr e parava-se parava-se , d e olhos lhos f echados f ingindo indo-se -se pos posssu!d o pelo es pirito, a r eceita tar r as pess essoa oass do doeent es es que, cr ed ulam ulameent e, e, procuravam. o procurav
A polic poli cia· tratou tratou qe apr een eend er a cad eir a d o explorador explorador e as musa musan ngas e [dolos dolos d e pau que f ormav rmavam os deus deuses es do culto, lto, r emet endo endo tod a aque aquela e x xt t ravagan ravagant t e cole colet;ao para polici licial al.. o posto po
Deste Deste trec trecho ho,, duas duas refere referenci ncias as merec merecem em ser co,~entada tadas. Aprimei Aprimeirra e quan quanto to a suposta suposta certeza certeza dojornadojorna11Ataao afi afirmar mar que Sever veriano iano esta estava va fingi fingind ndo o estar estar pelo espirit espirito. o. Para Para que que ele estives estivesse se certo certo e necesnecesp 'suido pelo imagina agina-Io -Io tambe tambem.espirita, espirita, com grand grande e conheciconheciIi It'io im III nto do quadro quadro s6cio-religioso s6cio-religioso onde ocorrem ocorrem essas essas cenas lot ota ado de ex excepci cepcio onal capacida capacidade de mediunica mediunica para perceperceven ve ntual tual embus embuste te de Seve Severian riano, o, A segun segunda da trata-s trata-se e h i" jl:ay aya aodo equipamen equipamento to religioso religioso que reforya reforya a certeza t I , \ · jl everiano, riano, aIem aIem de pratica praticarr 0 espiri espiritis tismo mo era era t l i qu -de-santo de urn Candom Candomble ble de Caboclo Caboclo ~ que: ( , / \ IIIb m, pai-de-santo ontass·, ele nunca negou. negou. \ nl I. conta / II I \ A ma matteria ria pros pros segue segue,, desta desta feita, feita, para para afirma afirmarr ajudantess fora foram intimados intimados a compacompalilll ~ i V riano e seus ajudante posta policial policial a fim de serem ouvidos, ouvidos, RefereRefere11 \ ('( " H urn pos que se encontrava ncontravam m no seu templo templo I ( (,lIllIb m a pessoas que I ndo nd o momento mom ento de serem submetidas subm etidas a tratamen trat amento, to, t '1 '111 )( " 0 lias, sera negado, gado, como como veremos veremos adiante adiante,, Dentre IIq lll, lia norninal nalme mente nte,, a meno menorr Maria Maria Rodri Rodrigue guess de I 1 1 \ 1 - 1 ita, norni { liv ir ira a., de 14 anos, anos, surdasurda-nud nuda, a, que que ja se encontr encontrava ava ,'(( ((~ ~() ()IIbi.danum quarto quarto,, e urn home homem m de nome nome Arman Armando do A,dado pOl pOl'maluco maluco etamb e tambem em esperando esperando os cuidados cuidados (]!lIlV Severi veria ano, Mas era comum comum negar negar qualquer qualquer "'11 ~i os" de .Se pi' 1(,I' nratIv tIva,o que seria considerado considerado "falsa medicina medicina" " ,I'a passivel ivel de ser condenad condenado. o. Assim e que Severiano Severiano ( por i. to pass eu a intimaya ntimayao, falou falou e tudo tudo negou negou:: lib d
Obe Obed ecend ecend o a intimat ;ao do subub-dele delega gado do,, S everiano com par eceu , a hora mar cada , 0.0 pos posto polic policial, ial, onde onde foi autua autuado. do. No seu d e poime poiment o nega que que a menina estivesse sendo se ndo subme ubmet ida a tratame tratam ento. nto. Ela, Ela, ape apenas , estava tava ali a
ped i I n d e • o ph ped phir r r . ,, r r r . mae d o. o. vUi Uima ma;; que d e fat o f or or a a pr p r o um.d o p n f "{ ( , ss' ! I .m, negando ando-se -se t er mina inante tem ment e t r r at o.r d o 1 / 1. n O a r ecolhe olheu at ende den ndo 0.0 OJ J ; ; que ar inal pe ped id o do do.. m{i {iee do do.. menor ; que n{i {io o empr ega beber age agens d e es pe pecie algumo. mo... Per guntado sobr e 0 que que t em a di zer zer sob obr r e a p peessoo. d o Dr ; C arme rmello llo Lellis, 0 pr esid ent e, e, nego gouuse a pr pr est ar quo.lque .lquer d e po poime imento, a respe respeito. A autor autor id ad e polic policial arr olou mai aiss as t est est emunh munhas as Jose Jose Pot aira, ira, Pedro Ribe Ribeir o e Anto Antoni nio o Mo Mont nt eiro eiro e tambem 0 Dr.Ca Dr.Carm rmeello llo , os quais quais se ser r ao ouvidos uvidos hoje hoje".
Nesta sta f ase da reportage reportagem, m, 0 jornal jornalista ista info informa que a menor Maria Rodrigues Rodrigues de Oliv Olive eira e 0 pob pobre louco louco Armando ndo Chaves foram foram con conduzid duzidos os para para a Sec Secre reta ta ria ria de Polic olicia. ia. Armand mando o voltou voltou para para sua familia familia resid reside ente em Itapagipe, e a menor foi recolhid recolhida a ao Asilo Asilo de Mend Mendicid icida ade igualme igualmente declarada declarada louca loucafurio furiossa. Na mesm mesma a noit noite, e, a fli fliria do subdelega subdelegado do Antonio Antonio Coelho oelho se estend estendeu eu a outros candomb candombIes Ies e fez verdadeira verdadeira devassa devassa no Cando Candombl mble e de Manoe Manoel Ciriaco dos Anjos, Anjos, a Rua Frei Henrique Henrique,, e 0 qual, qual, depois, pois, se tornou tornou Babal Babalaor aorixa ixa de, de, ~uita ~uita fama fama e respe respeito. ito. Ouvi uvido pela policia, policia, Ciriaco Ciriaco confessou confessou que empreg empregava ava bebebeberagen ra genss de folhas folhas e ervas ervas quando quando ordenadas ordenadas pelo santo inspirador dor e que osdem os demais ais tratame tratamentos ntos eram eram efetiva fetivamente mente f eitos comfei comfeitiyos, tiyos, e que que as plantas, plantas, tais como como rosas rosas e dalias dalias,, san geralme ralmente indica indicadas das pelos pelos espirit espiritos os,, e que as manip manipuulayoes san tao bem feita feitass quant quanto o as de qualq qualqller ller farm farm acia cia. Jamais amais saber saberem emos os as reais reais condiy condiyoes oes nas nas quais quais Ciri Ciriaco deu esse depoimen depoimento to a policia. policia. Parece Parece muito estranho stranho que urn pai pai-de-santo -de-santo pudesse pudesse tao facilmente facilmente se compr comprome omett er desta desta manei maneira, ra, a menos menos que que estive stivesse coagid coagido o pela polici policia a. Caso Ca so contrar contrario, io, era a exceyao exceyao que que justifica justificava va a regra. regra. No dia seguinte seguinte,, 08.10 08.10.19 .1921 21,, em reportag eportagem em de A Tarde Tarde com 0 titulo titulo "Apolicia "Apolicia ag a ge - 0 Depo Depoim imen ento to da meno me norr sequestra sequestrada" da" e 0 subtitu subtitulo lo "Acasa do Feiti Feiticeir ceiro o Nov ova a in intterv erve enyao nyao da Policia", Sev Severi riano ano volta volta a ser s er noticia noticia numa mate ateria onde onde ojor ojornal nalista ista iniqia iniqia afirma afirmand ndo o que que toda gente co com mentava 0 que que ele chama chama de "extrao "extraordi rdina narrio
~u.p .po or q l lU r f f oi env nveenena nada da,, U J J (I, po ! J Jf f " " ( ( ! ! m.u.lher minist r r a.d a~ j J J lo f eiti itice ceiiro ro..
com co m as d r r ogas
o at est ad o leva assinatu tura ra do Dr. C amillo amillo Le Lelli lliss , pr esiesid ent e d o, o, sess ssa ao e s6c 6ciio de Seve Severia riano no qu quee se va vale le do, sua qualid lid ad ad e d e medico para ocu cullt ar a r ta tall ve z z , , um !ene~r oso oso cr ime. A vl vlt t ima chama ma--se Philom hilomena M or ano, e ltahana ltahana , br anca , co com m. 34 anos d e id ad ad e. Faleceu em. cas casa d e Jubiaba Jubiaba , ond e se achav ava a r ecolh ecolhid id a pa para ra t r r atam atamento , ,.. a s 11 horas hora s d e 08 d e junho pr6 x xiimo passado passado.. 0 Dr Dr . C amlU amlU o Le Lellis llis at ~stou co com mo causa morti mortiss um uma a molestia qualqu qualqueer, d e que que pr ovav ovavelment e, e, a paci pacient e nun nunca so f~ so f~eeu.. A guia d e ent errame rramento f oi tira tirada da em ca cassa do esc escrwao rwao pelo Sr . Alfred A lfred o Fr aga, au xi xillia iarr do -com comeer cio cio , se send nd o Philome hilomena inumad a no car neiro 24, 4" qua quad ro ro do do.. or dem. dem. 3" d e S . Francis Francisco , no cemit erio rio d o , Quint uint a dos Lazar Lazar os. os. policia ja est a d e posse d e t oda dass estas in f ormar ;oes e A policia deve, quant quant a a nt nt es, i ns nst aurar 0 inqu inqueer ito proced procedend endo o a e x xumar umar ;ao do do.. vUima , visto isto que Sa SaD D mui muit t o fundad as as as sus peitas d e que que ela t enha morri morrid d o envenenada ada..
f I a d o is d ias, ias, por em , 0 subd elega gado do d o , C r ru z do Cos Cosme t eve eve d enunc unciias d ~ que , ha qu quatro atro meses, f alec eceera misst eri mi riosa osame ment nt e, e, no , " cas asa a de sau saud d e" d e S eever ver ian iano , uma mulh ulheer q ue ue al ali se tr ..atava. T rat rat ou de indaga ndagar r 0 qu quee d e ver dade dade havi havia a so sob br e 0 caso, obt end o 0 at estad o f de de 6 bit bit o do. vitima, 0 que que leva a se
Inf Inf elizmente lizment e nao f oi oi encon ncontra rad do nenhu hum m outro documento documento capaz de de forne fornec cer alguma lguma pista pista sobr bre e 0 desen esen-rolar rolar dessa hist6ria, hist6ria, se e que houv houve, sobre sobrettudo udo do po ponto nto de vis vista judicial. Ha de se adm admitir itir que que, a es essa sa epo poca ca,, Severiano, apoiado na fama de de Jubiaba, Jubiaba, ja se .tornar tornara a bastan stantte conhec conhecido e, por via de de conse conseqiie qiiencia, ncia, cna~ cna~..o uma r~~ r~~e de rela~6e rela~6es sociais sociais extre extremamente nte consistent consistente es, que faclhta faclhtava va seus seus contat contatos os com com a soci ociedade dade e ate ate acober acoberttava eventua ventual enr enrolada olada com com a polic policia ia.. Alias, lias, a prese presen~a de ur urn n medico, medico, 0 Dr. Camillo Lellis, e bem uma pr prova ova disso, embora 0 referido do doutor tambem tambem tenha nha se beneficiado neficiado de de suas rela~6es com Sever Severiano para ganh anhar algum dinh dinheiro ro.. Nao deixou de leva levanta ntarr suspe suspeita ita do jo jornalis rnalista 0 f ato ato desse doutor, doutor, e Pre Presiden sidente te doCentr doCentro o Paz Paz, Esperanya ranya e Ca Carrida dad de, ter ter sido sido o mesmo que que assi assin nou 0 atestado de 6b 6biito de Don Dona Philome hilomena. A verdade rdade e que Severiano riano pra rati tica cam mente nte des desapa aparec re ceu das paginas ginas dos dos jor jornais, is, e quando quando re ress ssu urgia, ia, vez
por outra, era em notic noticias ias !pais !pais bran br and das dif erente erentess das que ate ate agora transcrevem transcrevemos os e comen comentamo tamoss. Tu Tud do leva a cre cr er que que Severia veriano no ja se torna tornara ra bast bastan antte f amo mosso e 0 passa pa ssado do de alguma algumass compli complicay cayoes oes com a policia pol icia par parecia sepultad pultado, o, para para dar lugar lugar a urn Seve Severia riano no mais com comedido, proprietario oprietario de casas casas,, enfim,' enfim,'bem situado situado na vida, ida, ele que f oi,c oi,comoinform omoinformou ou ojornal D~ario D~ario da Bahia Bahia de 07 07.05. 05.1931, 1931, na materia ateria que traz traz a manch manchete ete "Comona "Comona Africa Ba Barba rbara inculta inc ulta" " e na subleg sublegend enda a "Os candombl candombles es e feitice feiticeiros £lin ind da agem em nossa velhacida velhacidade de ...Jubiaba ...Jubiaba lavado lavado r de fra fr asco coss que se fez paipai-d de-santo -santo tornando-se tornando-se proprietario proprietario inde ind epe pendent ndente" e" Na mesma mesma reportagem reportagem,, numa numa secyao intiLullada" Lu a"Mila Milagre gre que nao se realizou", realizou", ojornali ojornalista sta comenta comenta mprra feita mp feita por Sever Severian iano o de uma uma pequen pequena a emp emp resa II P H ra a pes pesca ca de balei baleia a e fala fala de sua inteny intenyao ao d e re realiz aliza ar tual capa capaz z de d e tornaf tornaf a pesca pesca abundante abundante:: III((Llrl1ritua 0;
J ubi ubiabd abd tran transp spo ortoli-se rtoli-se para para Itapoa Itapoan n com sua co cort rt e conue ueni nieent ement e , r idicul idicula ament e parame paramentado, f ez 0 batuqu ba tuquee , ent err ou um santo nto d e caber ;a pa p ara bai bai xo, f ez ez 0 d iabo a quat or z zee e pr ;e paro parouu-se se para a pes pesca da bal baleia. M as os dias dias se pas assd sd ram ram e as baleias baleias nao apar apar eci eciam. J ubia u biaba ba {oi {oi {i {i ca can nd o:d esacr esacr editado seu u dinh dinheeir o e 0 se esca esc asse sseando ando , d esort esort e que que r esolue solueu voltar voltar a atividad e na Cru z do Cosme Cosme , onde r ~cebe ~cebe os "clientes" convenient ement e tr avestido tido na indu indum m er-td r-tdri ria a que que the convem ao o{ic o{icio , a r a z zao ao d e cinco cinco mil mil rI ?is ?is por por caber ;a. Hoje, Jubiabri Jubiabri e um home homem in de pendent e: , ,-t t em casas, ror ;as, etc etc ...e ...etc tc ...
o invent inventari ario o dos bens bens deixad deixados os por Severi Severiano ano e b m um uma a mostra mostra de seu sucesso sucesso na vida, ele que come~ come~ou ou 'om 'o mo si simp mplles lavado lavadorr de frasco frasco de uma farma farmacia cia,, como v remos em em outra outra parte parte deste deste trabalho trabalho.. AMm AMm do contra contrato to d pesca de bale baleia ia em Itap Itapua ua,, Seve Severi rian ano o deix deixou ou os Hog Ho guintesbens, constan constantes tes do seu inventario inventario e testamen testamento to:: Uma cas casa grand e t end ' ' o cinco jane jan elas de {rent {rent e e uaranda ao lado, lado, na qual se enco encontr ntram am 02 mobili mobilias as compl compleetas tas d e sala ala d e vis visita , um rad~o " PHILCO" PHILCO" de 9 urilvulas, urilvulas, aind aind a
nao pago pago d e t od o, o, ' oll / / pr ado na F rut rut os Dias ..., image magen ns , orat 6 6 rio rios , obj obj , ,to toss r eli lig giosos os;; 24 cas casinh inhas, as, um comodo grand e se serv rviind o de gara arage gem m , ond e estri stri um autom6 autom6vv el Durant Durant , bast ant ant e est r r agado do;; um t err eno baldio cont endo uma uma ped r r eira ira , , no "ca "canho nhot t o" o" . E sses im6ve im6veis { icam icam a Rua Cru z d o Co Cossme, em t err eno do Es Es t ado, a{orad a{orado o ao inve inventariado. Um predio predio para neg6c g6ciio , no. no. 132com duas duas portas portas d e {r ent e oes; um pr ed io io de r esid esid encia , n" 132 duas e armar ;oes; 132 com dua janelas de (rent e (rent e e sei seiss comodos omodos;; uma casa em Camar;ari Camar;ari com um pequen pequeno t err eno 03 ca ca sinhas e duas duas lojas lojas , num terreno terreno baldio baldio , para 0 qual qual d d d aces aces so um portao portao.
Nasci ascido do a 20de abril de 188 1886, 6, Severiano Severiano construiu construiu uma singular singular familia familia.. Teve 14 filhos naturais naturais devidame devidamente nte reconhecid reconhecidos os mas nao teve filhos do casamen casamento to.. Eis, abaixo, a composi~ composi~ao ao de sua familia familia c om os nomes nomes das mulhemulheres e dos respectivos respectivos filhos: l)Aure l)Aurea a Verid Veridiiana ana de Abre Abreu: u: - Jose Jose,, 19 anos anos;; Zeferina, Zeferina, 13 an anos os;; Ma Maria riana, na, 12 anos; anos; Nadir Nadir,, 10 anos; Severiano, Severiano, 9 anos; Jose Tome, Tome, 8 anos. 2)Anna Bispo dos San anto tos: s: - Bras Brasil ilin ina, a, 19anos e Osvaldo, Osvaldo, 17 anos. 3)Isa )Isaur ura a Sil Silva: - Simphron ronio, Estephani Estephania, a, 6 anos. 4)Maria 4)Maria Pere Pereir ira a de Sou Souza za Justin Justinian iano, o, 7 anos.
11 anos;
Hild Hildet ete, e, 9 ano anos; s;
Depoi Depoiss do casa casame mento nto teve teve ainda ainda os seguin seguintes tes filhos: filhos: Aurea, Aurea, Railda, Railda, Maria Maria de Lourdes Lourdes,, Valdelice, Braulio, Jorge, Jorge, Marco Marcos, s, Jacira Jacira,, Eugen Eugenio, io, Nanci Nanci,, Lidia Lidia e FlorisFlorisvaldo. ldo.3
N a re repo porta rtage gem m do Dia iario rio da Ba Bahi hia a anteteriormente riormente citad tada, alias alias oasta oastant nte e extensa nsa,, onde se discute discute longame ngamente nte a in insstit titu ui~a i~ao o do fei feitti~o, a pre ressen~a n~a de bozos bozos nas ruas da cidad cidade, e, reser reserv va-se a-se uma uma sec~a c~ao especial especial para fala fa larr da faf faf f fia i a de Jubia ubiab ba, gar garantind antindo o prev previament amente e que que muita uita gente gente va v ai f icar car asso ssombrada, mbrada, "pas "pasmada mada mesmo mesmo com o que vamos mos relatar atar acerca de certo certo f eiticeiro, iticeiro, urn urn tal de Jubiaba, biaba, que impera impera la para as bandas andas escon esconsas daAreia daAreia la Cr Cruz uz do Cosme Cosme" ". . " Jubiabli" Jubiab li" , (. . .) er er a um humild e lavad or d e fras frascos numa numa f ar ar m6 .cia no bai airr rr o comercial. rcial. De pois pois d e levar levar muito muito tempo tempo lava lavand o fr ascos ascos e se sen nt ind ind o 0 cheiro carac aracter£stic ter£stico das das chaga hagas , "Jubi "Jubiabli" abli" t eve uma uma id eia que the the par eceu lumi luminosa nosa.. Che Chegando gando um d ia em casa , f ez ez uma pantomima qualque ualquer , d eu eu saltos, ltos, gritos e pulos e tornoutornou -se d e uma hora para out ra ra em " pai d e sa sant nt o" o" . N a C ru ru z do C osme 0 caso criou criou vulto, todos todos que qu eriam riam ver se prop Ju..biab6., Ju biab6., 0 nov ovo o " pa pai d e sant ant o" que que se propu unha nha a { azer azer "milagr es" te temp mpeer ados a dos co com m pip pipocas e aze azeiite d e d end e, e, galin inha ha mo mor r t ta , etc... et et c ... Os prime prim eiros iros " p pat at os" (oram caind ca ind o ali mes mesm mo·na ar mad mad ilha ilha ... cin c inco co mil r eis a con consulta em dias dias ut eis ... ... Os d ias ias { or am pa$sa san ndo e a {a {am ma d e Jubia Jubi ab6 . tr an.s n.s po pond o celer e , os lim cel limit es es d a Arei Areia d a C r ru z d o Cosm Cosme! ...
A verdade verdade e que a rep eportag ortage em acim acima a nao nao traz traz n hum uma a novida ovidade, a nao ser confirma onfirmar, r, uma uma vez mais, mais, a rtinencia cia com com que que osjor sj orna nalis listas tas se referiam feriam a ele, ele, de i InJ rtinen Illu n ir ira a des esel ele egante, nte, re refle fletin tindo do sempre 0ponto ponto de vista dominante, numa epoc poca tao dificilpara afirma~ao afirma~ao IIn 1 se dominante, dH cultura negro-baiana. Na de d ecada cada de 30, 30, quando da publica~ao do roman.. Ju Jub biaba, iaba, Jorge Jorge Amado envolve nvolveu-se u-se numa numa pol polemica jorn j orna alisti stic ca com com Severi everia ano que, aparentem parentemente, ente, nao ficou Htlti tissf eito coni coni 0 uso do nome nome de seu Caboclo aboclo naquele naquele romanc nce e. Viva ivaldo da Cos Costa Lima, Lima, no livro livro Cart Cartas as de Edis Edison on 11
Carrne Ca neir iro o a Arth thu ur Ra Ram mos, afirm firma a: "M "Ma as, em ver verdade, de, 0 pai-de ai-de--sa sant nto o da Cr Cru uz do Cosme me,, salvo 0 nome e, tal talvez cer erto toss asp aspect ecto os da p rson ona alidad ade e cari carism smat atic ica a dos dos doi doiss Jubiabas iabas,, na nada da tinh tinha a vel' co com m 0Pai-de-Sa Pai-de-Santo nto do romanc romance e de Jor Jorge Amado" o"1. 1. Na re rep pol' ol'ttage agemj mja a citada citada de 0 Esta Estado do da Bah Bahia, ia, de 11 de maio de 1936 com 0 titulo "No Mundo Mundo che cheio de 1936,, com Miste Misterios rios dos dos Espiritos piritos e Pais-de-S Pais-de-Santo anto", ", 0 jorna jornalist lista a "viu e ouviu" ouviu" 0 famoso famoso Jubia Jubiaba ba,, her6i do ultim ultimo o roma romance nce de Jorge Amado. Amado. Severia Severi ano M anoe oell d e Abr eu , C apit apit {io {io d e segund segund a linha , conform co nformee os di zer zer es es d e se seu u cartao, arta o, e 0 Jubiab6 . falad o, o, tipo fort e d e caboc caboclo, lo, est atur a tura a um pou poucco ac aciima da mediana, diana, fala mans mansa a e d e boas boas mane maneiras, iras, cinq inqilent ilent a ano anos d e id ad e , h6. dias dias f eito , Jubiabli Jubiabli t em na sua zo zon na, na Cruz do C osm osme - ho je je Rua C ond ond e Ar aujo ujo Por to to Aleg Alegr e - um ver d d ad ad eiro eiro { eud o onde seu seus tr abalhos balhos e co con nse selho lhoss sac seguid segu id os ceg cegam ameent e , co con{i n{ia ante tem mente ente..
Estado da Bahia Bahia,, em outra outra report reportage agem, m, de 21 o Estado de maio aio do meS eSillO illOano, sobre sobre Severiano, Severiano, fala de urn "mulato forte forte, alto, alto, gross grosse de cara larga e chamboqueira" C~:'a:na:nbouquei bouqueiro, ro, que quer diz dizer: grosseir rosseiro, rude, rude, tosco tosco,, de fery feryoes gross rosseiras) eiras). 0 bi bigode ode sem pon~as, pon~as, apar~d9 apar~d9 rente, rente, cobr cobre e: lhe todo urn be b ei~o de desce descen ndente dente de afncano afncano.. Quand Quando o n a boc boca e uma fenda fenda larga larga que que deix deixa a vel' peda~os cuidados cuidados de marmor marmore e branco. branco. Falando, Falando, tern urn gesto gesto branda branda,, humilhumilde mas caracten caractensti stico co de que quem enumel'a enumel'a verda rdades incontesincontestaveis receb recebida idass direta diretame mente nte de Sao Tom Tome sem pass passar ar pOl' pOl' nenhum nenhum interme intermediario diario". ". Sua Sua fama de curan curandei deiro ro ultraultrapassara passara pOl'isso pOl'isso mesmo mesmo,, os limites limites da cidade: cidade: estendeuestendeuse foi foi alem, alem, vindo vindo curiosos curiosos de outros outros estado estados, s, "atraidos po~ po~esta sta nomeada nomeada queja queja the grangeou grangeou foros foros de notab~lid notab~lid.ade .ade com a focaliza~ focaliza~ao ao da sua personalid personalidade ade como como fetlchlsta fetlchlsta no livro livro de Jorge Jorge Amad Amado, o, Jubiab Jubiaba. a. 'Nao 'Nao sou feiticei feiticeiro' ro',, excl ex cla amou Jubiaba Jubiaba aborrecid aborrecido. o. 'Pedem'Pedem-me me as vezes vezes conconsentime se ntiment nto o para para 'bat 'bater er', ', a fim de agra agrada darr os cabo cabocl clos os,,
minh nha a ca casa sa e de sess sessao ao,, curD curD e fay fayo ca carrida idade com 0 poder poder que De que Deu us me deu' ". ~a repo report rtag agem em dojo dojorn rnal al 0 Esta Estado do da Bah Bahia ia de cit~da, a, e que da contin continuid uidad ade e a 2 1 de ~~10 de 1~36, ja cit~d uma .se .sene orgamzada orgamzada por Edison Edison Carneiro Carneiro,, 0 jornal jornalist ista a ref re f ermdodo-se ao pers person onag agem em do rom romance ance e da da Vl' Vl'da Ih' .I i' , co eu uass m ormayoes: ua ...diant e do grand e altar altar de Sao Sao Tome, Tome, que que tinha, como f!-gura de fr ente a lma lmage gem m deitad deitada a de um um caboclo caboclo , tambe tambem mvocad mvocada a naquel naquela a casa casa de espiri espiritos tos e profec profecias ias ... Qutr os cabocl caboclozm ozmhos hos men os d estacad estacados os povoavam povoavam , t ambe mbem, 0 altar cUldado e alvo, como se aquil aquila a fasse fasse um ceu familiar, com uma cort e d e santos santos camarad amaradas as vive vivendo e brinc brincanda m~cent ement e, e, familiarme familiarmente. nte. Era Era a cave cavern rna a and and e a r es pe peltado e que querida Pai-d Pai-d e-Santa -Santa,, fazia fazia as suas suas invac invaca((oes, a((oes, as suas uas p'r e~es, e~es, as seus r eceitua ituari rios os d e t igua fluidi fluidica ca e pas p asse sess .mag/ cas para t oda o da essa papula papula(( ((ao ao baiana baiana que que ia onselhas. lhas. s e r eceltar e pedlr conse
Vi~it~dopor it~dopor jorn jorn~listas listas que vinham vinham a Bahi Bahia a para para eXIstI~n.avida IstI~n.avida real 0 Jubiaba Jubiaba do romance romance,, parece I.~I sldo~ e~ e~.t .te e ultImo ultImo rep6 rep6rter, 0 prim primei eiro ro a leva levarr a Se Sevevecorppararr a possive possivell identida identidade de dos dois dois 1 · l n n .o a Ideia ~e corppara ,Jl1blabas 1blabas:: "E IstO IstO agr agradav adava a imen imenso so ao Jub Jubia iaba ba da vid vida l!U stava doid doido o para para !il !ilncontrar ncontrar quem desteme destemeroso roso I>() >()L L~lsse nos os.jorna .jornais is urn desm desment entido ido aquel aquele e livro livro que ate at e n I'llse po podIa dIa ler de tanta pornografi pornografia". a". 'H1 'H 1~ ~. S
, .' N~ a.v~li~~aodo a.v~li~~aodo rep6rter, 0 inspirado inspirado de Jubiaba, Jubiaba, S v nano nano dizia dizia ISto com ta tanta since sincerid ridad ade e como como se nao nao 'ompreen 'ompree ndesse sse que que 0 livro, livro, pela pela arte do romanc romancist ista, a, houhouv ss sse e ope operado rado 0 gran grande de milag ilagre re de tir tiraa-Io Io daqu daquel ele e game mento nto de mac macum umba bass e can candom domble bles, s, para para leva-I leva-Io o IIpaga como per ersona sona~em ~em de romance romance,, as paginas paginas da literatura literatura" ": . S~venan venano o Manoe Manoell de Abreu Abreu,, capit capitao ao de segun segunda da 1 m ha, agn agnculto cultor, r, morado moradorr na Cruz Cruz do Cosm Cosme e 205 lera 'om gra grande nde interesse interesse 0 livro livro de Jorge Jorge Amad Amado. o. Lera Lera ~ nao gostara ra_ _ "Tudo Tudo mentira" mentira" disse disse Severia Severiano: no:
V er i f f iqu i qu , ,ee t ud ud o e mentira, nunca nca morei morei em casa d e bar ro ro , s ' r rn p pr r ' ' t ive mi min nhas po possses, sempre sempre fui fui arr eme medi diado ado.. Com Co mo e qu quee aqu I e r a p pa a z ziinho va vaii dizeresssas dizeresssas co cois isas as t od as d e urn hom homeem t ' 'l' l ' abal balh hado ador r e hones esto to como como eu. Quem leu o liv livl' O fi ,ca ,ca p peensand o que eu sou um mac macumbe umbeiira qualqu ualqueer que que viv vive t a pe peand o 0 p po ovo ignor ignor ant e. e. Eu fa z ziia um boc bocad ad o d e bai xo xo es pi pir r it it isr no no , porque rque e pr eciso ciso cont cont ent ent ar a r a tod todos os,, mas mas sou um homem que que est uda uda , que que aprend e , que que conh conhe((o bern as cois coisas. Co Como mo e que que aque aquele rapa rapazi zinh nho o vai fa ze zer r uma cois oisa d essa essas com um hom homem d e respons responsabi abilidad e como eu. eu. Mas Mas nao fa z mal , , eu sou conhe conheccid o no Bras Brasil todo, todo, em todo todo E stad stad o t enho os meus dis discipulo cipulos e aque quele livra livra nao me me d esm esmor ali za za , tambe tambem aquele aquele r apaz apaz nao est est a na terra dele, dele, que que e Ilhe Ilheus.
o rep6rt rep6rter er com decidi decidida da ma vontade vontade garante garante que a sua vida com espiritos espiritos e casas casas "com caboclos caboclos e fazenda fazenda de plantaya plantayao, o, com Sao Tome Tome e rendimento ndimento de alugu alugueis eis,, nao valer valeria ia uma uma pagina vulgar se a arte de urn romanci romancista sta nao interf interferi erisse sse nela nela pra d ar-Ihe r-Ihe os tons tons que aque aquele le nome nome de Jubiab Jubiaba a tanto tanto servi serviria ria para fazer fazer grande grande e admi admirad rada. a. Fique Fiquei, i, porem porem satis satisfei feito to em verifi verificar car que 0 personagem do romanc romance e era diferente diferente.. Fundam Fundamenta entalme lmen n te dife rente rente ao personagem rsonagem da vida. vida." o pr6prio pr6prio Jorge Amado em entrevista entrevista ao jor jornal nal o Estad Estado o da Bahia, Bahia, de 28 28 de maio maio de 1936 1936,, desme esmentiu ntiu a possivel possivel vinculay vinculayao ao com 0 verdad verdadeir eiro o Jubiab Jubiaba, a, na reportagem "0 Jubiab Jubiaba a do Roma Romance nce e 0 da Vida Real Real": "Nao Nao pense pensei no mula mulato to Seve Severia riano no urn s6 mome momento nto enqua enquanto nto escrevia 0 meu livro. Dias Dias antes antes os "Diario "Diarioss Associ ssociados" hav haviam publicado publicado outra outra entrevista entrevista do mesmo mesmo J ubiaba. ubiaba. Diz o rep6rter rep6rter:: "Em ambas 0pai-de-sa pai-de-santo nto se decla declarava rava furioso furioso com 0 romanc romancista ista 'que 0 fizera fizera negro e de de perna pernass tortas tortas'' e dizia dizia que era capa capaz z de faz faz e-Io engoli engolirr 0 livro". livro". Consulta Consultado, do, Jorge Amado Amado declarou declarou:: M eu per sanage anagem m a jo jornalista: rnalista:
est a humilha humilhad issimo issimo..
N o que que r etruco trucou u
Um personagerr i humilhado humilhado? ? H umil umilhadis adissimo simo,, acre acresscentou Jorge Amado. Amado. E eis, no no. int egr a , a r es r es posta de Jorge Amado, as insinuar;oes de que 0 seu Jubia Jubiaba ba era 0 mesmo do. vida vida real de Severiano. Severiano. Ora, calcule calcule voce que eu pretendi pretendi erial' erial' um tipo de macumbeiro que fosse urn verdadeiro verdadeiro sacerdote sacerdote no. sua religiao, um homem bom, um tipo nobre nobre esereno, verdadeira verdadeira figura figura de pai espiritual, espiritual, de mentor mentor de Uma multidao multidao de homens. homens. Ac; Ac;r(tica, r(tica, em mais de 70 artigos artigos saidos saidos ate agora agora sobre 0 meu livro, livro, esteve unanim unanimee em afirmar afirmar que 0 meu JUbiaba, JUbiaba, era um homem homem bom, bom, honest honesto, o, decent decente, e, nobre nobre figura figura que honrava 0 romancista romancista que 0 criara criara.. Pois, Pois, de repente repente,, me a parece 0 mulato mulato Severi Severiano ano a afirma afirmarr que e ele que fora 0 t lPOreal lPOreal sobre 0qual eu moldar moldara a meu person personagem. agem. Be vOce conheces nhecesse se a histor historia ia do mula mulato to Severi Severiano ano,, havera havera de compreender porque 0 meu personagem personagem esta tao humilhado humilhado..
b continua Jorge Amado Amado a defender defender seu personapersonaI I III e l ( qu .lquer semelhan semelhan9a 9a com 0personagem personagem Jubiaba Jubiaba e l l l ( J " u z d Cosme osme:: Dur ante Dur ante os dois dois meses que levei levei escreve escrevendo ndo Jubiab Jubiaba, a, nao me re recor cordei dei Uma unica vez sequel sequel'' do mulato mulato Severi Severiano ano M anoel de Abre Abreu u. 4inda domingo domingo 0 "Diario "Diario de Noticias" Noticias" publi pu bliccou uma nota nota sobre sobre a entre entrevis vista ta de Sever Severian iano o 0.0 " D Dia iar r io io do. Noite" Noite" e - "Estad "Estado o do. Bahia Bahia". ". Dizia Dizia que meu peer sonc;ge p onc;gem m era evide evidente ntemen mente te uma sintese sintese dos pais pais-de -de-santo. sa nto. E claro claro que que estao estao mesclados mesclados no meu Jubiaba Jubiaba varios varios pa p ais-deis-de-san santo to que deram deram aquele aquele tipo tipo: 0 fisico d: um, a moral de outro, outro, asslT(lPOl'diante. asslT(lPOl'diante. Nao the nego que pensei pensei muito numa figura de pai- de-santo de-santo do.Bahia, 0.0 levantar o J ubiaba, mas aquele em que pensei e uma grande grande figura, figura, um home homem m que que mere merece ce todo todo respei respeito to e ja mere merece ceu u de Gilberto Gilberto Freyre Freyre palcivras palcivras do maior maior elogio. elogio. E esse pai-de-s pai-de- santo anto foi Uma Uma das das prime primeira irass pessoa pessoass a rece rece-bel' 0 meu romance. romance.:: )i'oi )i'oi ele quem me deu a tradur tradur;ao ;ao daqueles daqueles canticos canticos nagos de macumba. macumba. (...)Nao pensei pensei uma so vez no mulato mulato Severi Severiano ano.. Mesmo porque, parece-me parece-me que 0 meu per sonag onagem em nao nao e um sujeit sujeito o de grand grandes es defeitos... ,_--. ,_
Duarte uarte Filho: "Personagem Personagemd de
romanc mance e e da vida" a".. Refefe-
C ita tar r ei mais d ois d e p po oim.e m.ento ntoss para para provar provar que 0 m.eu per son per ona age gem m nar la. t ern a vel vel'' com. c om. Se Severia.no, veria.no, e apenas apenas seu " xar 6 6 " " , islo e , lem 0 mesmo nom nome que que ele: ele: um um arti artigo go do poeeta Ayd po Aydano ano do C outo outo Fer raz r az ," J ubia u biaba ba e a poes poesia ia do mar ", ", publ publiicado no "D "Diiar io io de Noticias" Noticias" do Rio, Rio, onde este escrit or or baia aiano no esclar ece ece bem a diferenr;a diferenr;a entre os xanis xanis e um. um.a no not t a no livr o d e E dis dison Carneiro, Carneiro, 0grande grande estudioso estudioso em ques quest t ao ao d o neg egro ro bra brasilei ileiro ro que que se acha no prelo: prelo: "Religii5e "Religii5es negras negras". ". Ediso Edison n tambem tambem faz notal' notal' que muito muito difere diferem m os dois dois sujeitos, sujeitos, do mesmo mesmo nome, 0 do romance romance e o do. do . vida.s
Consultando 0livro de Edison Carneiro, Carneiro, Religioes Religioes negr negras as e neg negro ross ban bantos, nao nao encon encontra tramo moss nenh nenhum uma a informa.;:ao informa.;:ao que pudesse pudesse trazer alguma alguma explica9ao explica9ao sobre as person personalid alidade adess de Jubiaba Jubiaba,o ,o do romanc romance e eo da vida. vida. A refere referenci ncia a de Ediso Edison n se limita limita a explica explicarr as rela.;:o rela.;:oes es que man man tern os pais-de pais-de-sa -santo nto da Bahia Bahia com a figura figura de Exu Exu e que essa essa intimidad intimidade e alimenta alimenta muitas muitas vezes vezes a explora9 explora9ao ao da crendice crendice e da incredulidade incredulidade populares populares. Sobre Severiano, escreve escreve Edison Carneiro: Carneiro: Cabuclo S everian veriano o Manuel Manuel de Abr eu, - hoje pacato pacato o Cabuclo chefe chefe do grupo grupo espiri espirita ta Paz, Paz, F e, e, Esperanr;a e Caridade, do. Caixa Caixa D'agua D'agua,, e cabo cabo eleitoral eleitoral d e zona, - quando ainda era possu possuido ido pOl'JUbiab6, pOl'JUbiab6, vale dizer, dizer, pOI'Sao Tom.e , fazia nascer no seu barracao toda um.a "cildeia" de diabos, - a "aldei "aldeia" a" do Chefe Cunha. Cunha.6
Por todos OS meioso meioso Caboc Caboclo lo Jubiab Jubiaba a se torna tornava va cada vez mais mais famoso famoso,, agora agora coma publica publica.;: .;:aodo aodo romanc romance, e, sua fama fama vencia vencia as fronte fronteiras iras e variosj variosjorn ornalis alistas tas de outros outros Estados Estados estiveram estiveram interessados interessados em desvendar desvendar as rela.;:o rela.;:oes es eventu eventualm alment ente e existen existentes tes entre os dois Jubiab Jubiabas as e foram foram,, por isso mesmo, mesmo, tambem responsaveis responsaveis pela divulga9ao divulga9ao do nome nome de J ubiaba. ubiaba. Dentre Dentre eles, destacadestaca-se se 0 jornalis jornalista ta J oao Duarte Duarte Filho que acompanhou acompanhou 0 Sr. Lima Cavalc Cavalcante ante em sua viagem a Bahia. Bahia. No dia 21 de maio de 1936, 1936, 0 Diario da Bahi Bahia a publica publica a excelen excelente te materi materiajo ajorna rnaIisti Iistica ca de Joao Joao
saber d e " p sab po. o. d ' ' .~o.nt o" que f osse osse che f e poU t tico, i co, co com mma manndan da ndo um.a l , , f i(i (i..o d e vot ant es onde onde se mis mist ur ur assem
Duarte uarte Filho: "Personagem Personagemd de romanc mance e e da vida" a".. Refeferindo-se a Bahia Bahia como como de de Todo Todos os Sant nto os e do pai-depai-deHau Ha utoJ to Jubiaba, ubiaba, assinala: assinala: onagem d o r omance d e Jor Jor ge ge Ama Amado ha d e t er o per sonag fic ficado dam;a dam ;ando ndo vivo , ivo , no no.. imag imaginar inar ;ao d e t odos odos os seus leitor es. es. T ao ao bem f eito , to , t ao bem d ebuchado , buchado , tao maravimaravilhosame lhosament e d escr escr it o que que s6 se sen nd o realidad realidad e , vista e obs observada durant durant e muit o tempo tempo. Aquilo Aquilo s6 sendo endo vis visto mes mesmo. mo. Era 0.0 pai Jubiab Jubiaba no se seu u cas casebr e no morro do. Cru Cru z do Cosme Cosme , doutrinando a sua f eitir ;a ri ri a a sua r eligiao ligiao barba rbar a d e african africano o velho e modorr ento, nto, para toda toda uma po pula po pular r ;ao cr ent e , d e neg egr r os e de mulat os os , como omo a gente imag imagina ina hav haver sid o es esta ta Bahia hia f ormid avel d e alg alguns uns anos anos atra z tra z.. Foi por isso, po porq rq ue tinha tinha 0 velho me mentor ntor d e Antonio Bald Ba ldui uino no danr danr ;ando ando--se no. imag imaginar ;ao que eu quiz quiz ir visitar Jubi Jubia M, ass ssii m q ue ue cheguei em Sao Sao Salvad Salvador. or. A ur ios iosid ad ad e er a t ao ao gran g rand d e que que cont agiou , at e a ess essee d emomonio d e frie frie za e pe penetrai;a trai;ao o que e Al Alvar var o Lins Lins. E t ao a o grand e ' r r a a noss ssa a ce certe rte za d e que Jubi Jubiaba aba e xistia xistia mes esm m o q ue, ue, enq nqu uan.t o co compunham mpunhamo os a comitiva comitiva do Governad or Pernam na mbuc bucano ano em vis visitas e r ece ce p pr r ;oe oes, s, n 6 s estavamo tavamoss pr oc ocuur and ndo o intimidad e co com m 0 " Pae d e S ant o" f ormid avel. Foi quand o ja no e mba mbarque rque do che f e pernambuc rnambucano, ano, pergunlamo la moss a M artine rtinelli lli se conhec nheciia a fig figura ura ins insinuant e d o pr p r eto bahiano bahiano. E Mart Martin ineelli , lli , Mart inelli lli Brag Braga a , Offic Official se off er eceu de Gabinet e do Gov oveer;w r;wd or Juracy eceu a levar nos la , no dia dia seguint e , que que era d omingo. C onhec onhecia ia tan tant o J ubia ubiaba, que que at e tinha co com mo um d os os seus mais mais pr est igiosos che f es es politic liticQS do domin mina ando uma leva d e mil e quiinhent os eleitor es. qu es.
o .io .iorna nalista lista
igualme igualmente nte contagiad contagiado o com 0 perso-
r n Laobem descrito descrito que parecia real, sonhava sonhava enconencon1 . " 1 1 r ' U r n Jubiaba ubiaba,, da vida, vida, com as mesmas mesmas caracteristi caracteristicas cas 1 11 11 1 1 1 '
In I l'irn irne eiro. Mas Mas na Cruz do Cosme Cosme ele ele iria encontrar encontrar urn .11 11IIbi biA A b a de carne e osso, osso, vivendo vivendo as preocupa~ preocupa~6es 6es de seu j j,, j j IIIpo real, bem situado economicamente, economicamente, freqiientemente 1 1 1 '0
'urado pelos politicos politicos influentes influentes da Bahia Bahia:: De Dese sen ncant o! Jubiaba co com mer ;ou log ogo o aq ui ui a pe perd er um pouco pouco d o pr est igio qu~ tinh tinha a para para mim. mim. Que Queria eu lei lei
saber d e " p sab po. o. d ' ' .~o.nt o" que f osse osse che f e poU t tico, i co, co com mma manndan da ndo um.a l , , f i(i (i..o d e vot ant es onde onde se mis mist ur ur assem es pi piri rit t os os e homens pa par r a d is p pu uta tarr nas nas urnas urnas , a su p pr r emacia d e um d e p pu uta tado do ou d e um ver eador .oo E no d ia segu segu , ,iin.t n.t e M artine rtinelli, lli, que que pag paga dinh dinheiro iro para f a ze zer r um obsequio uio e um.a um.a g ent ile ile za , chegou a hor hor a mar cad a no. fr ent e do Palac acee H ot ot el para para levar-no levar-noss a Jubia Jubiaba; ba; 0.0 lend ar io io " pai pai d e santo" nto" que que 0 negr o Baldo Baldo tanto tanto d ese senncantar a com os se seu us form.idaveis form.idaveis disc discursos ursos co comm.uni mm.unissta tass. Era d oming mingo e a cidad e est est ava a va abe aberta , rta , pelas porta portass d e suas uas tr ez ezenta entass igr e jas, para r eceb ecebeer a multid multid ao ao cat 6 6 lic lica de Sao Sao Salv Salvad ador or.. A Rua Rua Chil Chilee era um.a rua rua dese deser r t ta , cortada, cortada, d e quando em quando , quando , por silhue ilhuet as d e mulhe mulher es com. livr livr os os d e mis missa , que que iam. adorar , no. no. belle lle z za a de uma uma igreja reja bahiana bahiana a santidad e d e um.a um.a imag magem anti antigo go... De t odas das as outras outras ruas ruas , da daqu queelas lad eir as empe mpedr ad as as e pitor esc escas co como mo daqu daquelas las prar ;as bonitas bonitas e mod ~rn. rn.as , vin.ha vin.ham d ese esemboca mbocand nd o um pun punha hado do d e ge gent nt e m~s m~sse se~r ~r a que que ia, no doming domingo d e manha , cumprir cumprir um dos dos princ principa ipais devver es de es do. religiao religiao , r eza ezando te rr ;os ;os fa z fa zeend o pr eces , pagando pr omes essa sass ou pedind dindo o gr a< a<;;as" .
E 0 pr6prio jornalista jornalista que que vai consta constatar tar pess pessoa oallmente ente a lide lideran~a ran~a e pres prestig tigio io desfru desfrutad tados os por por J ubiab ubiaba a. Com determina~ao determina~ao de incontestavellider incontestavellider,, vale-s vale-se e de sua suas amiza amizades des no mun mundo do politi politico co para para conseg conseguir uir melhoramentos mentos par para 0 distante distante Morro Morro da Cruz Cruz do Cosme Cosme: do. Cru z do Cosme Cosme estd toma tomando ndo ar es d e cida dad d e o Morro do. civili z civili zada ada.. Junto 0.0 case sebr br e de barro j6. se er gue , pr et end endo dominar dominar tudo tudo , a vila z ila zinha inha , 0bunga bungalow arr ebic bicad o ri zad ad o que que nao nao t em ori originalidad e nem t em e d escaract eri z art e. A forr ;a dos dos mil e quinhe quinhentos ntos eleitor es d e JubiaMja JubiaMja lhe lhe d eu ener gia ele eletrica e chafariz. hafariz. E 0 morro rro d o. Cru z Cru z d o Cos Cosme vai pe perd endo a sua pr ovavel f eir ;a.o antig antigo. , , co com m negros gros pac pachorr entes ntes cor ;ando, acoco acocorados rados no port al d e barr o batido , a perna rna cin ze cin zenta nta e es fumar fumar ;ad a d e que quem nao nao toma banho banho d esd e quin ze dias dias ou um um mes eso o Eu ia pr ocurando ocurando adivi divinhar ond e fica fica va 0 case sebr br e do t auma umathurgo thurgo,, com um port port ao ao z zii nh nho mod est est o encima imad o por
~m.ch ~m.c hif r r e d e boi o~ uma imagem imagem tos tosca , d e barro. Na (r ent e ena quat quat r r o ou ~z ~zn nco mole moleques ques r es es pe peit osos e admirados d o autom automo ove vel, l, do zs zs ve~hos ~hos cochiland cochiland o e um boc ocado ado d e ge gent nt e espallhad espa had a pelo t err e zr o es perando a Cru z que que b d t ' ' l" .d a enr ;ao o r emu 0 P~l . e santo" anto" viria de desenhar; desenhar; com um tra 0 d e pro~ ro~eeta r e~ pelta peltado, do, saudando saudando as nos nosssas che chegada gadass ~ ~ut om , ,o ovel ja ja.. est ava a va para parado do em (rent (rent e a um uma s6 lida lida ur guesa e gr ande ande casa de pedra pedra e eu aind ainda a nao tinh tinh~ enc~ c~n ntr ad o 0 qua quadro antigo antigo que criara criara para para aume aumentar mallls 0 pod ma pod er d o (eitice iticeiro iro sobr sobree toda toda a ne negraria graria d e S a vado dor. r.
hum hu mild 0 jo~~a ~~alis lista espera esperava va enco encont ntrar rar uma uma figura figura e, res esldl?d ldl?d~ ~ em, algum alguma a casa simples simples,, tipica tipica da pobre pobr eza da penfen nfena a d~ cidade do Salvador Salvador M d' onta do co con ntnir nirio: io: . . as se a
o nov ovo o d esen esenca' nt nt o que que 0 Bruxo me reservara reservara er a sua mor ada. mor ada. Grand e casa d e ped r r a, a , bem bem pint pint ad a com co m um largo t err ar ;op opr r eguir uir ;oso ao lado , lado , um enorme norme qU i~t i~t al at ra:z ra:z S ubs ubst lt lt uza uza aquela.. .... t oea oea d e fe feiticei iticeiro ro qu,e qu,e Jor ge Amado: Amado: ~~;; ~;;ra ra no se seu u lLUr a A p .A peen~s como uma indic indicar; r;a ao medio diocr cr e da a for ca d e JU b zaba, zaba, como es es pirit o e como omo f eit iceiro uma p , ,llac aca a d e f r r on ze , na fac fachada hada,, anu anu nciava u , ,;;" vulgans ansss zm zmo o - C entr o E s pirit a Lu z e Caridad e." J ubi u bi bd . -' . a nao na est t ava.... azend e zro , pro']Jrie pro']Jrieta' ta' r r z'o , _ aprovel-. t l o es .... F aze a~a aque a cal alm ma manha nha d e domingo domingo pr egui eguir r ;osament e bc: c:;;ano par par a corr ~r os seus seus dominios dominios de alma almas, s, d e t erras rras T q , o se casass . .om / i T q seu u , alto , magro, magro, fig figura esg esgu uia d e e e casa cont co nt empla mplatL tLUo Uo e r e z z;;ad or ; rece recebeu-nos beu-nos e disse disse-n -no os as rimelr as znfo znform rmar;o ar;oes es..: Jubia Jubiaba ba che chegaria aria dali dali apo apouco p n6s p d ' ' , mas l' 0 enamo namoss entra entrar; r; ex examin amina ar-lh r-lhee a cave averna , os alt ar es, es, os LUr os,os os,os santos santos e' as as zmage zmagens ns milagr milagr osa osas E eu . . . . com co mecel a ~er a casa on ond e ~. f f igur a do romanc romance d e J or ge ge Amado cnava f ama ama e cr ia~ ia~a; nome par a 0r esto esto d o Bras Brasil.
A des esc cri~ao da. · Cmo~ mo ~~dade JubiaM JubiaM e' d S ,. reve reve I a ora . d~u sucess ucesso o e~onomlCo,;pr proprietar oprietario io que foi de varias pI lOS,, fa lOS fazendel zendelrro em Ilheu Ilheus: c/o
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Caso Cas o Bu.r f ut !sa , r ealment e, e, com dois dois alt ar es es en(eit ados ados cheios d e f igur os os cleco cor r at at ivas ivas d e sa san ntos e caboc cabocllos pr esi esid id os , t odos o dos pe pella im image agem m barba rbad a d e S ao ao Th ome cujo E s p piirit rit o , seg segu und ndo o a voz do " Pae Pae d e Sant o" , se t r r ans(or mou no pr 6 6 prio pri o J ubia M . A mob f lia lia e d esse sess m6 veis d e carre arrega ga-r ;aotipo unico unico , , que as movelarias larias of er ecem ecem , nas vitr ines , d emons monstr ando a ndo,, co com m 0 ar abescoz scozinh inho o d os os espal spald d ar ar es es , qu quee se trata trata d e coisa chic hic , de socie sociedad e e bom gost o. T em em retrato retrato nas nas par ed es e nos nos centr os. Retr at os os d e gent gent e bOa , medicos, dicos, advog advogad os os , que que Jubia Jubiaba te tem m na conta conta d e se seu us amigos amigos d e t oda hor a e admirador es d e to tod d o minu nuto to.. U ma estant estantee d esarrumad esarrumad a guard a-lhe lhe os liv ivr r os d e leit ura ou de estudo estudo. Teosophia com Anni Annie Bessa ssan nt , Phi Philosop oph hia , Religiao. E em uma pr at at eleir a iso sollada, cheio d e poe oeiir a e coberto coberto d e aband ono , um livr o gr and and e , d e ca pa pa d e pa pan no encarnado , " off off er ecido cido ao Glorio Glorioso so Sao T home home invoc invoca ado neste neste planeta planeta pOI ' JubiaM". JubiaM". Junt o uma uma Bib ibllia e " A Esperanr;a do Mundo", Mundo ", gr and e liv livr o inco compr mpr een eensiv iveel chei eio o de ciencia.
E 0 jornalis jornalista ta,, sem quer querer er f azer etnog tnografi rafia a relig ligiosa, iosa, descreve descreve 0 ambien ambientte trazendo info nforrma~ a~6es 6es pre precios ciosas sobr sobre e os obj objetos, tos, embl mblemas e im ima age gens ns que pov ovoavam oavam 0 mundo mistico de Jubia Jubiaba: As As prime primeiras iras inf ormar rmar ;oes ;oes f or or am t om omad adas as ali , , di dia ant e d o grand e altar altar d e S ao ao Thom Thomee que que t inha , co com mo f igur igur a d e frente a imagem de deiita tad d a d e um ca cab boc ocllo ta tamb mbe. e.m m inv invo ocad o naque naquela la casa casa d e es pi pir r it o e prof eci ecias. E ra ra 0 "A "Avver egu egueto Marco de Marco" Marco" , um do doss mais pr est est igio iossos cab aboc oclo loss d e toda aquela aquela cort e d e es pi piri rito to que que J ubi ubiaba d omin mina a. Out r ro s caboclozinh ca boclozinhos os men enos os d esta staccado adoss povo ovoa ava vam, m, ta tamb mbeem , 0 altar cuid ado e alvo, alvo, com como se aquil ilo o f osse um ceu f a f amilia iliar r com uma cort e d e S ant os cama camar adas adas viv viveend o e bri brin nca cand nd o ino inocent ement e, e, f amiliar miliar mente te.. Er a a cav aveerna ond e 0 r es pe peitad o e que querid o " Pai d e Sa San nto to" " f a z ziia as suas inv invo ocar;o ar;oees , as suas pr eces , o s se seu us r eceitu eceitua ar ios ios d e cig igu ua { lui luidica , e pas passes ses mag magicos par a to toda da ess essa a po pular pular ;ao ;ao bahiana que ia se r eceitar itar e pedi dir r cons conseelhos. Des esd d e os Go Govver nado ador r es antigos antigos como como S eabr a, a, par and o mu muit ita as veze ezess 0 autom6 vel de palac palacio io na porta porta de Jubia Jubiaba, at e qualquer cr ed ula negra velha dos cand om ombl bles es d a Bahia ia..
Jubiaba, Jubiaba, naquela manha manha de domin oming go, est stav ava a fo forra, cui uid dando ndo de seus bens bens, :visi isitando su suas as prop oprrieda dade des. s. E certamente mente deve deve tel' tel' reagid reagido o com com na natur turalida dade de qu quan and do alg lgu uem for fora avisa avisa-lo -lo dapre dapresen sen~a ~a de mais mais urn jorn jornal aliista querendo uma entrevista. entrevista. Mas, Mas, eo jornalis jornalistta quem uem gar garante: N enhum nhum por em, leuara leuara , ainda, ainda, aque aquela id eia e ia d e compa omparar o JubiaM JubiaM do liuro liuro com 0 JubiaM do Morr o d o , C ru ru z d o Cosm Cos me. E i st o agradaua agradaua immenso 0 , ,0 Jubiaba ba do, do, uid uid a 0 Jubia que estau staua doid doid ' o para encontr ar que quem , d est emeroso meroso , " botasse botasse nos os jomai jomaiss um d esmentido aque quelle lle liur liur o que que ate nem se pod ia ia le I' . I' .de tanto, pomog pomogr a phia" phia" . Di zi zia isto isto com com t ant o , sinc sincerid ade como como se nao com p pr r eend eend ess esse que 0 liuro, pe pela art e d o romancis romancista , houuesse houuesse operad o 0 grand e millagre mi gre d e tira-lo tira-lo daque daquele apag apagame amento de " Ma Maccumba" umba" e candomble ndombles , parqle parqleuaa-llo, como personage rsonagem de roma romance , as pagina ginass do , liter atur a e do, entid ad e.
Neste trecho, ojornalista ojornalista, ate entao de desencantado dif ere ren n~as obser observ~das das entre entre os dois dois pers personag onage ens, pnl' tra tr aido pOl'alguma' pOl'alguma' evide evidencia, ncia, e parec parece suger sugeriir que que (I..Jubiaba da vi (I vida da tive tivesse sse algo algo a vel' vel' com com oJubia oJubiaba ba da arte arte IiL(n ri ria. a. E pO pOll'essa essass e out outras que que Jorge Jorge Ama Amado, de demonsd -se urn pouco aborrecido, responde responde: 1 "' / / 1 1 ('0111 HS
Com Co mo uoce uoce ue, estiio cr ian iando um r o manc mance em t orno o rno do m.eu romanc romance. Bod , , p pu ublici blicidad dad e alias alias , 0 pior e esse neg6c neg6ciio do mulato Se Seu ueriano est a a faze fazer a pub publi liccid ad ad e d ele as m.inhas nhas cus cust as. Alias , Alias , que quero fa z fa zer er notal' tal' um err o d o , entr evista pOl' sinal que muito ge genti ntill para m.im.d m.im.d e Jo Joao ao Duart Duart e F ilho ilho: Eu nao souBe ouBer gipano , ipano , nasc scii m.esmo f oi oi e m . Ilhe Ilheus no S ui u i do, B do, Bahi ahia. a. Ii: Ii:le err ou tambe tambem 0 ,0 lassijicar r 0 mulo,t o ,0 classijica S eueriano entr e os pais pais d e sant o pr est igios igioso os d o , Bahia. N est est e pon pont o , 0 Diario Diario " A Noite" ace cert rt ou porqu porquee disse disse que que ele er a muito muito mal vis to. to. S elle lleriano riano nao e um pai d e santo se t omarmos marmos ess essa a palaur a no sentid o d e um sace acerdote rdote das das r eligioe oess negras gras. Ele Ele e um cultor ultor d o baixo es es pi pir r iti tissmo. Os paiis de santo sao , pa ao , ger alme lmente, suje ujeitos itos serios rios , hones honest fs fs-simo si moss , acr edita ditand ndo o no , sua r eligiao ligiao.. S eueriano e um e x plo plor ad ad or or do , creduli redulidad e dos pobr pobr es e dos dos rico ricoss d o, o, Ba Bahia ia..
S'vccr iano pa S'v par r ec ec que est a go z za ando es esta ta hist hist 6 6 ria ria toda. toda. M et ' /, L L-se no , , p peet e do meu per sonag onageem e assim vest id o d e su j jeeit o d ecen ecent e e d igno es esta ta se la lasst imand o per ant e 0 pais pais t od o. E nt nt r re vi vissta tass pa par r a o j jo omal d o Rio Rio , , do do , , Bahi Bahia a , d e Recif e. e. La L amenta ta--se , amear ;a , a p pa ar ece , f inalme ment nt e. Or a , meu 0 se vel' e qu. pe per sonagem qu.ee nao f ica nada nada sat isf isf eito 0 , ,0 con fu con fun nd ido ido com S everi ria ano M anoel anoel d e Abr A br eu. Ao con ont t rario, rario, sent e-se e-se d esm esmor aliza izad d iss ssimo imo . ..
Severia Severiano no Mano anoel de Abreu breu,, fam famos oso o por porquanto inspirado inspirado de Jubiab Jubiaba a, do enca encan nta tad do e do per personag sonagem de Jorge, Jorge, viveu viveu vida farta na Ba Bahi hia, a, f oi amigo amigo de impor importtantes lide li deres res poli politicos, cos, super superou as di dif f iculd iculda ades des imposta mpostas J?el J?ela a repressao epressao polic policial aos cando candomb mblles e falece faleceu a 28 de outrib outribro ro de 1937 1937.. E foi, foi, quem quem sab sabe, POl' vontad ontade e do enc enca antado Jubiab Jubiaba, a, sepult sepultado ado no Mun Munic iciipio de Ilh Ilheus, us, na mesm mesma regiao regiao de Jorge Amado. Amado. Jubiab aba a do romance omance segu segue e seu curs curso o pelo pelo o Jubi mund mu ndo o afora afo ra falan fal ando do d da a v vida ida hum hu m ilde da gente gen te da Bahia Ba hia,, , . da sua luta luta,, das das suas suas espe pera ran n<;as ;as.. 0 Ca Cabo boc clo Jubiaba, 0 espir espirito, ito, perma permanece nece como como refere referencia nciall de resisten resistencia, cia, .que empre emprestou stou ao seu "insp "inspir ira ado" do" a energia rgia necessar cessaria ia para para supera uperar os obstaculos, culos, torna ornarr-se se amigo de de f iguras iguras important tantes es da poli politi tica ca e da so socieda ciedade baia baiana na e, na memoria memoria coletiva coletiva do povo-de-s povo-de-sa anto, nto, tern tern lug lugar de de destaque staque pelas pelas suas miraculo miraculosoas soas curas curas e tant tantas in iniguaIa iguaIa::veis proezas proezas e, mais mais do que que isto, Jubiab Jubiaba a, com como encarna~ao ncarna~ao de Sa Sao Tome realiz realiza, a, no mundo mundo ma magico-rellgioso da Bah Bahiia uma uma sintes sintese e que faz tremer tremer 0 mais mais comu comum m dos dos exegeta exegetass da religi religiao ao catolica. catolica. Mas Mas que quem viu acre creditou. ditou. "Xeto maromb maromba xeto" "Avida e pr prosa osaica, ica, a ar arte te e bela bela" ".
CAND O MBLE, FEITI CANDO FEIT I Q ARIA E FALSA ME D I C I N A
~
ri~6ees de tre trechos chos AH lrf ll scri~6 xto,, (in '01'1'01' clo texto A"q "qlllivo
•
Ai do
1 tiblico. Inve Inven nt ar ar io io
de jornais .
da epoca poca estao estao indica indicadas das
e Tes esttamento. nto.
Doc. Doc. 08/ 3368 3368 / 1013 1013
'pI'S ntee data, nao con nt conseg segui uimo moss co con nsultar ;OIIL IILo F rraz rraz,, "Ju "Jubi biaaba e ;I poe oessia do mar" mar",,
A'llllc!O,
no
.
tex texto de Aydano cit citad o p Ol Ol' Jorge
0
Varias Varias vitimas vitimas da repre repressao policial policial foram foram ar arbitrar bitrariamente presas,respo presas,responderam a inque inqueritos judiciai judiciaiss, f oram covarcovardemente demente espancadas, espancadas, tiveram seus lar lares invadidos, seus santuario tuarioss profa profana nado doss e macu maculad lados os e perte perten nces ces relig religiiosos, osos, emblemas emblemas e insignias insignias publicam publicamente ente ridiculari ridicularizado zados. s. Este capitulo ex examina amina exclusiva exclusivamen mente te urn pr processojudicial, sojudicial, entre entre os dois ate aqui encont encontrado rados, s, instaurado instauradoss contra contra pessoas, pessoas, qualifica qualificadas das como como supostas supostas praticant praticante es de feiti~ar feiti~aria e fals falsa a medic edicin ina. a. A escolha colha nao foi arbitniria e est e sta a relaci elacionada onada ao fato fato de de que que a vitim vitima a e cons onsiderada iderada culpada culpada e 0 processo ocesso che chegaao fim fim com com 0ato f ormal ormal de cond condena~ao, na~ao, 0 que que nao aconte aconteceu ceu com 0 outro outro proc processo sso que que consultam consultamos os e que sera sera objeto de urn urn outro outro estudo1. A justi~a, justi~a, como como se vera vera no suma sumario rio de culp culpa a2, opera ger geralmen almentte a p ar artir de uma uma denun denuncia cia,, e ; , na situa~ao em apre apre~o, ~o, enquadra 0 indici indicia a do no arti artigo 157 157 e seguintes da Consolida~ Consolida~ao ao das Leis Penais, Penais, por pra praticas ticas de f eiti~aria e falsa medicina medicina,, crimes crimes previstos nos referidos eferidos artigos artigos e como como pressuposto essupostoss da formu formula~a la~ao o da culpa. culpa. Exporemos Exporemos detalhadame detalhadamente nte es esse se processo ocesso judijudicial, acompanhand acompanhando o seus desdobrame desdobramentos, ntos, para para entender como como van se articul articulando ando os argum argumento entoss na formula~ formula~iio iio da culpa culpa da pratic pratica a de feit feiti~a i~aria ria e falsa falsa medicina, 0 unico camin ca minho ho que podia podia ser tril tri lhado hado pelaju pelajussti~a ti~a par para condenar condenar os ad a deptos ptos da religii religiiio io afro afro-br -brasi asilei leira ra e, por conseguinte, conseguinte, a pro ropri pria a religiiio. ligiiio.
o regis gistro tro et etno nog gratic ratico o se serra seguido, do, na medida do possive ossivel, de avalia avalia~6 ~6e es que pre pretende ndem aborda rdar outras imp im plica~6es ~6es qu que e vao alem dos dos limites da dis discussao ussao de naturezajur ezajuridic idica a e que nao cabem nos limites limites deste estudo.. Pretendedo tende-se eviden idencia ciarr os envolvimento envolvimentoss magicoigio iossos do reu, eu, a par partir da leitura leitura dos dos compo componen nentes tes l' lig sse senc nciiais do univers universo o afr afroo-rrelig eligioso. ioso. No dia tre ress de outub outubro ro de 1939 1939,, instau instaurou rou-se -se inqu inq uer erit ito o pol policial, atraves traves da Delega Delegacia cia da Terceir Terceira a CirCir''Lm Lmsscr cri~ i~ao ao Policial Policial,, contra 0 cida cidada dao o Nelso Nelson n Jose Jose do N tlsci scim mento, acus acusad ado o de "Prati Pratica ca de Feiti Feiti~a ~aria ria e Falsa Falsa dicina ina". ". No mesmo mesmo dia, dia, 0BacharelA BacharelA.. deAndrade deAndrade Teix TeixeiM dic I'll,da me messma Delegacia, elegacia, redige edige urn "Manda "Manda do de Busca Busca e o",, nos nos seguinte seguintes termos: Am' nsao" M and a ao sub-esc ub-escr r iviio iviio Oto toni nieel Be zerra d a S ilva ilva , no impedim impe dimeenta ocasional do t it it ular u lar efetiv efetivo o , qu quee acom pan pa nhand o es est t e par mim mim ass ssin ina ado, va a cas asa a d e N elso son n Jose d o N asci ascimento, r esid ent e a Ave Avenida Ce Cedr dr on , se sem m num nu mero, na Rua da I~pe I~pera ratri tri z, z, e ai a inti me me a fr anque nquear lhe lhe a casa sa,, a f im d e que se ja ja d ad a u ma ma b usc usca a na mesma , . ai apreend apreend endo to todo do e qualque ualquer mate r ia ia l de ca can nd omble mble au f eitir ;aria , pod endo par a iss sso o tudo tudo fa ze zer r que ac acha har r conv co nveenie nient e' pa para ra e x xeecur ;iio ;iio d est est e , inclus inclusive arrom arromb bar por po r tas tas e proc proced er da ma manei ra ra q ue ue melhor e nece ecessa ssar r ia ia se t amar. Dado Dado e pass ssa40 a40 nest a C idad idad e do Salva Salvador , Ba , 3 de outubro utubro d e 1939.
Em f un~ao un~ao diss disso, foipublicada portaria em termos agr gre essiv ivo os e mais "civilizados", lizados", orden orden an do ao 'Ill > cri riva vao o Otoniel toniel Bezer zerni da Silv Silva "lavra "lavrarr mand mandad ado o pllI lI''U f etua tuarr-se -se uma busca busca na re r eferida ferida casa, apr apreend endendo ndo lodo qua uallqu que er mate aterial rial que que ali seja encontra ncontrado, do, tende ndente nte 110 'iLado dofim fim,, de tudo tudo se lavran lavrando do os comp compete etente ntess autos autos,, nno o e cer certid6 tid6es es da Lei" Lei".. j j,, j j nn 111 \ 110
Na por portari aria, esta esta implicito implicito que a autorida autoridad de que que pI'() deria a busca busca e apr apreensa ensao o sabia perfeitam perfeitamente ente a que que IlllllL rial se refe Ill referria 0 Delega Delegado. do. Ass ssim im,, podia ele realizar IJ HAU tr tra abalho com com com comp petencia ncia sem corre correrr 0 risc risco o de
apree reend nde er ob je jetos que n n E E W esttives vesssem rel~ci el~cion~ on~~os ~o ~om m W es as pra ratica ticass que eles co con nsid ide erava vam m de ma magIa, felt feltI~a ~an na e falssa medi fal medicina na.. ls lstto nos re rem mete te,, claro, a dimensao do co commpromisso, omisso, famili familiari rid dad ade e ou pe pelo menos enos do conhecim conhecimento ento que tinham as autorida autoridades polic iciiai aiss nao somente quanto a natur aturez eza a e ex existen istenc cia dess esse es cultos mas tambe tambem m dos elementos ementos necessa necessarrios a sua sua execu~ao execu~ao.. Vale Vale lembr lembrar ar que que par parcela expressiv pressiva des dessas autor utoridade idadess polic policiai iaiss per pertencia as camad camadas as sociai sociaiss mais pobre pobres onde onde mais se veri verific ficam am essas essas pratic praticas as religiosas eligiosas. Certamente ertamente conhecia conheciam m esses "apetrechos" em deco decorrrencia de suas participa~ participa~6es 6es nas sucess sucessiivas batid batidas as que que se faz faziiam nos candomb candombles les da Bahia Bahia e tambem tambem pelo fato de conv convive ve-rem diaria diariame mente nte com essas essas manif manifest esta~ a~6e 6ess religi religiosa osass e terem, terem, muitas muitas vezes, vezes, suas reside residencias, ncias, em area areass pr6 pr6ximas imas a essas comunidades. comunidades. No dia 11de nove novemb mbro ro,, 0Promotor romotor Publico, Affonffonso de Castro Rebello Rebello Filho Filho, dirigiu-se dirigiu-se ao Excelent Excelentiissim ssimo o Dr. Dr. Juiz Juiz de Dire Direito ito da P. Var Vara Cr Criime da Coma Comarc rca a da Capita apitall da Bahia Bahia,, atra atraves ves do seguinte seguinte documen documento to::
o Promot Promotor or Publi Publicco ju nt nto a este J ui ui zo zo , n o usa usa d as as atribuir; atribuir;oe oess que que a lei the the conf er e, e, vem pe perant e V Ex Exccia, denunc denunciar iar Nelson Nelson Jose Jose do N ascim ascimeento , maior, natur al d est est e Estado , Au x xil iliiar do Co Com mer cio , r esident esident e a Avenida C endon, e ndon, n.3 , pelo fat fat o d elit lit uos uoso que que passa a r elat ar. Do inquerito policial que que a pr ese sent nt e acompa ompanh nha a verificarificase que a denunciad o, o, conhe onhecid o como curand eiro e paipaide-santo de-s anto , praticava , na sua r esid esid encia , a Avenida Ce Cendon. ndon. n.3 , Distrito dos dos Mar es es , d esta ci cidad dade, e, alem alem da magia magia negra e mais sortile ortilegios, a falsa falsa medici dicina na,, inc inculc ulcand o aos seus client client es es a cura d e molestias stias curaveis e incurave incuraveiis afim afim de fascin fascinar ar a cr cr edibilidad e publica publica.. E como como , assim proce proceden dendo, do, haja haja a d enuncia nunciado come ometido a crime crime pr evist o no artigo 157 da C onso nsolidar ;iio das L ei eis Penais , esta pr omoto motori ria a of erece rece a pr esent e d enuncia nuncia para para que que julga~a provada , seja a mes esm mo punido co com m a s pe penas do artt go go cit t ado. Pede-se ci Pede-se que que , A) t enha nha inic inicio io a forma formar;i r;iio io d a culpa , obsser va ob va da da s a s f or or ma malid ad es leg egais ais.. Testemunhas Testemunhas
arrolad arro lad as: a s: Alyrio lyrio ¥ agalluies. Auenida Bas Basto toss , n. 23. J ose Paulo d e Sa lle Paulo lles. Oar Oar cia cia , 1 1 . . 1 01 e Ag Agr r ari rio o Ramos , r esid ent e a Rua Barao de C .ote oteg gip ipee , 1 1. . 39
No mesm mesmo o dia emque emque foi lavrado lavrado 0 mandado de busca e apre busc apreensao ensao,, 0 Bach Bachare arell A. de Andra Andrade de Teixeira eira a sino nou u 0auto auto de busca busca e apreensa apreensao o, lavrado nos segq segq..intes intes I , rm rmo os: E m se segu guiid a , pr ese esente 0 dout or Delegad o com£ go sububescriu es criua ao d e se seu u car go abai xo xo no nom me assina inado, na cas asa a d e d . Aue r esi esid enc ia ia de N elson Jos Jose d e Nasc Nascim imeento Auenid nid a Cendo Ce ndon, n, naRua naRua da' da' Impe Imperatr iz iz , ahi int in t ime imei 0mesmo par a que me fr anq nqu ueasse a casa asa pa par r a uma uma bus busca; d e po pois is d e lhe t er lid o 0 mand ado ado d e bus busca e apr een eensao que r etro se ue , 0 mes esmo mo Nel Nelso son n J ose N asci cim ment o abr iu-me iu-me a por ta ta ond e enco con nt r re i com com as t estemunh estemunhas as F elinto linto Beze ezer r ra ra Filho Filh o , Ag A gr ario Ramos amos Bq. q.ce cela larr os obje bjetos tos seg seguint uint es: es: (2) dois dois nicchos , con ni cont t endo dua duass imagen imagenss; u.ma d e No Noss sa sa Se nhora d as as Ca Can nd eias e ou out t r r a d o M enin nino o J esus; um liuro liuro d e assen asse nt amento; um quad r r o d o S enho nhor d os os Passos; d uas image agens ns d e Cos Cosm me e Damia miao , em um s6 ped est al; uma ima im agem d e S ant o Onofr e; um uma a bacia e d oze o ze pr at os d e lour ;a. Dent ro ro d a pr imeira ond e t em uma tige tigella em d uas peed r p ras, a s, qu quee r e p pr r esentam 0 S ant ant o " Oxu Oxum" , ( N oss ssa a S enhora dass C and eias) da as);; uma uma ti tig gela com quat r ro ped r ra s, qu quee re p pr r esen se nt am Inha Inhansa san n" (S anta Bar bar bar a); um alguid ar ar d e barr o com um caqu caqueeir o che cheio d e a ze zeiit e d e d end end e , fa far r ofa ofa amar ela, que r e p pr r ese sent nt a 0asse assenta ntam ment o d e " Eixu" Eixu" ( Diabo) , na fa far r o f a est ao ao enf iado i adoss t r r es es lanr ;as ; as d e f erro; cinco bu zo zoss d o ma mar r ; quee r e pr ese qu senta ntam m 0 sant o "Obalua "Obaluae" (S ao ao La z za ar o , pa paii d a be xig xiga) a);; u.m u.ma f aca aca per t t ence ncent nt e ao asse senta ntam ment o d e Exu d o Diabo; uma talha peque quena pa ra ra a gua d e Inhan Inhanssan ; uma garr a f a com a ze zeiit e d e lu z lu z pa para ra as san sant os; qua uatro tro bonec bon ecas as d e ,pano; ,pano; dua duas ues estid tid as d e noiu noiua a , uma d e solda dad d o e a ultima d e luto; uto; dua duas gamelas para pedra d os sa san ntos; d oze oze tranr ;as d e cabe abelo de mulhe mulher ; um liur o co com m or ar ;i5es escritas esc ritas e dua duass outr as peque quenas cad er netas tas;; di diue uer r sos ja jarr os com flo fl or es, ues uest imentas tas , enf eit es , r osar ios d e cont as, e out r r os peque quenos obje objet os. E como nad a ma maiis houu ouueesse , mando dou u 0 Do Doutor utor Delegado lau laur r ar es est t e aut o que lid o e
achad o co conf nf or m , r ub ub / 'ic 'ica e ass ssiina co com m 0d ono ono da casa casa.. acim ima a r e f er id o , e 1 1 .0 pod er d e qu queem f oram ap apr r eendid osos osos obj bjeeto toss a.cim ima a mencion ona ado dos, s, tu tud d o na pr esenr ;a da dass te test st e· munh nha as cit ada dass no co com mer ;o d est e , da que que Otonie toni el Be ze zer r ra ra d a S ilua su.b .b--esc scri riu uao laur ou ou e es esccreu reueeu.
Na me mesma sma data e local foi foi lavr vrad ado o oA oAuto uto de de Rec Reco onhecime nhecimento nto e assina ssinado por por var ariias test teste emu mun nhas e, natunaturalme ralmente, te, pelo pr6 pr6prio Nelso son n Jose do Na Nasscimento cimento, que reconh reconhec ecia ia como como de sua propr ropriieda dade de to do mater material consta constante nte do auto auto de de apreensao preensao e que com com aquele mater material realizav realizava a fun~6es fun~6es da seita eita af ricana icana. Evidencia-se, Evidencia- se, deime deimediato, pela arrolagem gem domaterial terial citado citado no documen documento to e reconhe heci cido do por Nelson como de sua propri propriedade, edade, de que ele era e ra,, ef etiva tivam men entte, pessoade-santo com responsa esponsabilid bilida ades e envo envollvi vim men entos tos religiosos profun rofundos. dos. E os obj objet etos os,, imag image ens e embl mblemas mas, cita citados, dos, arrola arrolados e reconhe nhecidos dos por ele comode comode sua sua proprie opriedade, dade, prova rovavel elm mente nte compunham 0 "quar quartto do Santo Santo", ", ou peji, eji, area rea re reserv serva ada de urn ter terreiro ou mesmo mesmo de uma uma casa asa reside esidencial onde se se encon contram ins nsttaladas as repre resensenta~6 a~6es simb imb6licas licas das div divinda indades des, os "ass "asse enta ntam mentos ntos" " e eleme lementos ntos dive diversos rsos utili ilizados dos na pra ratic tica a re religiosa ligiosa.. prom omiiss sso o de Nelson lson com a religia religiao o afroo compr brasi asileira sera melhor melhor esclar esclare ecido cido no Auto uto de Pergu erguntas ntas a ser ser re relatad latado o e discutido em outra outra parte deste trabalho. Nel Nele, Nelson lson confir nfirma a sua sua co cond ndi~ i~a ao de pa pai-de-sant -de-santo. Infeli Infelizmente zmente, nao foi en encon contrad trado o 0livro livro de ora~6es ora~6es citado citado e fica ficamo moss s em sabe saber se era urn liv livro de ora~6 a~6es ligada's ligada's ao culto culto afro-br afro-brasile asileiro ou ape pena nass urn urn livr livro o de ora~6e ora~6ess cat cat6licas, 0 que que nao nao seria gra grande novi novidade. dade. Acontecia, como como oc ocorre ainda hoje, hoje, que pes pesssoas ligadas ligadas ao CanCan. domble domble nunc nunc a negar negaram am a condi condi~ao ~ao de cat6licas at6licas e nao nao sena estra estranho nho se gua guard rda assem os catec catecii smos, mos, ou outros utros livros que era ram m fre freqtientem qtientemente ente distribuid distribuido os dura durante nte a mi~s mi~sa. a. As dua duas cadernetas cadernetas citada citadass provavelmente tenam algo a ver com os rituai rituaiss afro-b afro-brrasile sileiro ross. E muito muito comum,
espec pecialm almente ente nos nos dias dias atu atuais, is, lidere eress sacerdot otai aiss pospossuir uire em'cader cadernos nos de anota anota~5 ~5es es,, guar ard dados com muito muito arinho inho e desve desvelo lo para que que nao sejam sejam f urtados, tados, copiados u manipulad anipulados os pOl'que pOl'quem m: nao merece merece a con confian fian~a de seu seu propr prieta ietarrio. Mas Mas as pessoas pessoas mais mais intim intimas as e princip principalm alment ente e estao mais mais pr6xim pr6ximas as do lide liderr religi religioso oso pOl' pOl'razoes razoes Ill'! que estao uicas, ou pOl' pOl' outra outra razao razao qualq qualquer uer,, geralm geralment ente e hi rarquicas, div di vide idem m com ele 0 privilegl privileglo o do acesso acesso a essas anota~o anota~oes, es, 'uidando todos todos para que nao nao cheguem cheguem ao dominio dominio publico. publico. Esses ses cade cadern rnos os ~ao ~ao ext extre rem mamen amente te utei uteiss para para 1~IIHrda rdarr,e sobret sobretud udo o preser preserva varr seque sequenc ncias ias mais mais elabo elabo-ndamentos tos rituais rituais mais mais epis6dico epis6dicoss ou de de maior maior ,'nd ndaa8 de andamen estrutur ural,c al,com omo o a famosa famosa roda roda de Xan Xang6 g6,, (OIl (O Il1 1pl xi,dade estrut dua a, ou a cerim cerim6n 6nia ia funer funeral al que que exige de quem a t i t Odudu i,~ ~ urn conh conheci ecime mento nto consi consiste stente nte de comple complexo xoss II ll'i, esse sencia nciais is a su~ realiza~ao realiza~ao.. t I t III nt A im impre pressa ssao o que que:se tern tern e a de que que estud estudios iosos, os, men nte os que que assum assumem em algum algum tipo tipo de rela~a rela~ao o p,' 1 1 'il alme lor'ltHll permanent manente e com 0grupo religioso, tendem tendem a miniminiua impo import rtan anci cia, a, para para enfa enfati tiza zarr a nat natur urez eza a da Ild:t.lIl" dad de como meio meio unico unicoda da transm transmiss issao ao do saber saber iniciainicia1 1 1 ' , , 1 ida I,('0, I ific ficiilmente lmente urn pai-de-sa pai-de-santo nto dinl que possu possuii urn desdesI (H 'Ild rn rnos de anota~o anota~oeS eS:: de andam andamento entoss de rituais. rituais. A tra tradi~ di~ao ao ainda ainda ~xige ~xige a oralid oralidad ade e para para a transtransIltl tlH HHii iio d oo sa sab ber liturgico liturgico e sua efetiva efetiva memoriz memoriza~ao a~ao.. Esta cada vez mais mais restri restrita ta ao corpus de conheconhefdtlll:ly 80 esta cada eralment ente e deno denomi mina nado doss "fund "fundam ament entos os da ,1 m nLos geralm fI( ita" e que sac transmi transmitido tidoss aos ne6fit ne6fitos os durante 0 perioI de rec reclu lussao convent conventuaf. uaf. Caso algue alguem m ousasse revelar revelar lizaya ayaodesse odesse materia materiall escrito escrito,, correria 0 risco de cair 11t 1tII Liliz no des escre credit dito o do povo povo-de -de-sa -santo nto ou de lidere lideress religi religioso ososs que que il--:lll il :lll::llme llmente ntese valem dessa' dessa'~.informayoes informayoes preciosas, preciosas, muitas veze zess anotad notadas as pOl' pOl' eles eles pr6p pr6prio rioss ou com com aux auxilio ilio de urn bo--de-s e-santo mais mais intimo intimoL mais mais discreto discreto e com razoav razoavel el f i Ibo I~raude alfabetizayao.
A ex exis isttenci e event ntu ual util utiliiza~a za~ao o de anotayoe yoes, sobretudo sobretud o de rituai aiss mais epi pis6di s6dic cos do ca callendar ndariio liturliturgico, gico, reme remete a pr pre eocupa~ao para uma discussa scussao eme emergente das condiyoes condiyoes reai reaiss da conti contin nuid uida ade da tradi adi~ao ~ao no co contex ex-to atu atual al da socieda dad de bra rasi silleira, tema tema que que nao cabe nos nos limites limites deste deste trabalh lho o. :Itbor tborn n fr frisa isarr que que 0 cuidado uidado de anoanotar tar comose comose des desenrolam cert certas cerim cerim6 6nias nias mais ais epis6di epis6dicas, insere insere-se -se na inten~ao nten~ao maior maior de se guard guardar ar uma uma liturg liturgia ia cada cada vez vez mais ais submetid etida a as inju injun n~oes oes das mudan mudanya yass sociai sociaiss com com as quais quais os cando candomb mbles les estao estao direta diretame mente nte compro compromet metidos idos.. :Itum tuma form forma a de resistenc resistencia ao proces processo so de alteray alterayoe oess mais mais rapid apidas as do cont onteudo udo simb6lico imb6lico que que alime alimenta nta e da da sen sentido a religiao religiao afrofro-brasileira. brasileira. Mas Mas essas anot anotay ayoe oess sac sac tam tambem bem inst instrrumen umento toss impo import rtan ante tess de consolid consolidaya ayao o do prestiigio e do pod poder de mando mando no interior interior dos candombl candombles. es. No ca caso so de Nelson Nelson,, podem podemos os muito muito bem conjectu conjectural' ral' que ajusti~a ajusti~a teve acesso acesso a esse materi material al para ajuizar 0 ato de condenay condenaya ao. Aind Ainda a no me mesmo smo dia do mand mandad ado o de busca busca,, isto e, 3 de outubr outubro o de 1939, na Delegacia legacia da Te Terceira Circunscriya criyao Policial, Policial, comp compar arece eceu u Nelso Nelson n Jose Jose do Na Nasci scimento, mento, com com vinte vinte e dois dois anos, anos, filho filho de Jose Jose Tom Tome do Nas Nascimen cimento, solteiro, solteiro, auxil auxiliar iar de comercio comercio,, natural natural deste deste Estado, Estado, sabe sabendo leI' leI' e escreve escrever, r, e a ele ele for foram formulad formuladas as!! as seguintes seguintes pergu pergunta ntass de form forma a qua quase inquisito inquisitorrial:
Per gunt gunt ado: ado: se 0 r es po ponde den nt e e pai-d e-sa sant nt o afric african a de nomi nominad a d e Ca Cand nd omble mble?
d a se seit it a
Ress po Re pon ndeu deu:: que que 0 vulgo ulgo a que quem m d enomina mina pai-d e-sant o Lugar que 0 r es es pond ent e ocupa upa na r e f erida rida se seiita. ta. ( e e ) 0 Lugar Per gunt gunt ad o: o: se 0 r espo spond ent e praticava praticava em sua r esid esid e-ne-ncia sita a Ave Aven id id a Ce dr on at os os r e f er ent es a se seit it a a fric fricana?
Re R e sp spon onde deu u: que pra rati tica cavva
apeessoqq ap ssoqqllgu guTl Tlw w;qu , ,ee
at os sem sem nunc nunca t el' f eito mal t r r abr abr ;t lhava ava em seu seu p pr r 6 6 prio bene f icio, icio,
que signif£ car ;ilo ;ilo t em e m os cab cabelos d e mu mullher quee f or am enconl qu nlr r o.do doss net caset ca set do r espond ent e?
Pe,, . gl Pe mt ado: ado:
se 0 res po ponde dent nt e pratica praticava atos em em bene fic ficio d e pes essoas soas estra stranh nhas? as?
Pergu Pe rguntad o o::
quee significa qu nificar;ilo r;ilo te tem m 0 a ze zeit it e , digo a f ar ar ofa ofa d e a zei zeit t e d e d end end e , d en ent r r o d e um caque caqueir o, o , on ond d e estao enfiado.s nfiado.s lanr;as d e f er er r r o?
Pe rgunt a do: do:
que Resp Respon onde deu: u: que que que doe doent es es feridos feridos que procuravam 0 r eses pon po nde dent ntee af afim im de se t ratare r atarem; m; que os bene benefic ficios ios do. do. seit a prat t iicados pra cados pelo r es es po pond ent e era pOl'intermedio pOl'intermedio d e banhos , Re s p o nd ndeu eu::
quanto qua nto 0 r es es pondentecobrava con onssulta qu quee the the f aii aiiam?
Pe , .gu n tado:
pOl' pOl' ca cada da
" E xu" anjo inf eri rior or guar arda da do do..
qual a sign signi f f icar icar ;il ilo o do doss pot e zi zin nh os os agua, agua, comida comidas, pi poca pocass etc?
Per Per gunt guntad ado o:
c om om
que silo para os sa sant nt os, o s, sendo qu que as pipocas Respo Respondeu ndeu:: que
e para
' que Pe P e ,. gu gu n tado: PO I ' q
sant t o 0 san
casa ,
0 res pond ente nte
boto botou u um d es es pacho ( f eitir ;o) , ont em a no:it e no no.. encru z zil ilha hada da de Mont Mont S err at ?
0
"Pai d o. Bex Bexiiga" (Sa (Sao o Laza azar r o), o),
Pe Pe rgun rguntad tado: par a que que se serv rvee em sua casa?
0
sin si no que f oi oi o. pr pr eendi did d o
Respo Respondeu ndeu:: que que para para quand ando o tiv tiveer de fa ze fa zer r p peedidos ,
que nao f oi 0 r es es pondente, mes esm mo porque rque , ont em a noi noit t e est ava ava ause sent nt e d e sua casa ond e ~hego ~hegou u as oito hor as do. noi noit t e aga agazzalhand alhando-s o-see em seguid seguida a ,
Resp Re spon onde deu: u:
lo chamand hamando o
toea-
os santos, santos,
se as bo bon necas ref er ida dass no. pe per r gunt gunt a ac aciima , serveem para serv para f eitir; itir;a ari ria a; dese desen nca cam minha nhamento de senhora nhorass casad casa d as, mort mort e d e pessoas e out r r os os mo. o.lle~ e~ , ,? ?
Pe Pe rgun rguntad tado:
que que se ser r ve, ve, por em nao na nass suas m ao aos do r es es pondent e, e, que que nem d elas se se ser viu viu , co com mo j6 . dis disse se an:t es, es, s igni(ieo gni(ieo..r;ilo das das pedras dras a pr een eend ~das Perg Pergun untad tado: qual a si no. cas casa d o r es es po ponde den nte?
Respo Respondeu ndeu::
constantes tes nos lilivros vros que que f oram Pe r gu ntado: do: se os names, constan a pr eend eend idos no. easel do r es es pond ent e, e, apr eensa eensao, o, silo silo de cli clieent es e s seu seus?
confor conforme me
t ermo rmo d e
que que silo silo "sant "sant os", o s", cuj cujos os nom no mes sao: sao: Xango Xango e out r Omol Omolu u - O x xal al6 6 . - O x xum um - Abal Abalu uae ros, o s,
Resp Respon onde deu: u:
- Ians Iansa a por que 0 r es es po ponden ndente te tinh tinha a bone bone cas cas d e po.no , vesti vestidas: das: de naiva naiva , d e lut o e de soldado? soldado? Pe rgunta rgunta do: do:
re f eridas ridas bonecas the fora foram m levadas vadas Respo Re spo n de deu u: que as re f para trab para traba alho lho que nil nilo f oram exe executado cutadoss pelo peloss r espondent de nt e; e; que er a par a t ;eso esolv lveer casamento amento atrapo.lha atrapo.lhados dos ,
Respond eu: que os bu z zo os 0 r es es po pond nd ent e niio sa be para que servem pOrlim que que a p6 lvo lvor a se ser r ve ve par a que ueiima man ndo do--
que que qualida qual idad d e encontrado em sua eas easa a?
Pergu Perguntado: do:
para q ue ue se ser r vem v em encont ont rados rados em sua cas casa?
Pergunta guntado: do:
de co.be o.belo
os bu bu z zo os
e
0
que f oi
e a p6lvora
Dep Depreend endo o-s doAu doAutto de Per Perg gun unta tass que que as quesquestoes sao sao f ormulad rmulada as e ori rie entad ada as de ma mane neir ira a a ide identif icar,
Respond eu: que os bu z zo os 0 r es es po pond nd ent e niio sa be para , ,q que servem , servem , pOrlim que que a p6 lvo lvor a se ser r ve ve par a , que ueiima man ndo do-a, afuge afugentar ntar os males males d e d e d entro ntro d e casa. casa. Perguntado Perg untado:: Res p pon o nde deu: u:
se tem mais alguma alguma
cois co isa a a d eclar ar ?
q qu uee 'n 'niio. iio.
A leitur leitura a desta desta pec;a pec;a do do proces processo so revel revel a claraclaramente que que Nelson Nelson,, apesar apesar de sua sua pouca pouca idade idade,, detinh detinha a e manipula ipulava urn certo certo nutnero nutnero de c6digos c6digos e inform informac;o ac;oes es lJa lJ asicas sobre 0 culto afro~b afro~brasile rasileiro. iro. A consider considerar ar os ele ele-mento toss apreendid preendidos os e 0 conjun conjunto to de suas suas respo resposta stass era, era, H m du duv vida, pai-de-sa pai-de-santo, nto, urn lider religioso, religioso, que realizava realizava balhos lhos" " em favor favor de seus clientes. clientes. /lttr ba /l As divindad divindades es africanas africanas citadas, citadas, tais comoX comoXang6 ang6, Illnsa sa,, Omolu, molu, Oxala, Oxala, etc. indicam indicam,, com grande grande possib possibiilidud de acerto, certo, que Nelson Nelson estava ligado ligado a tradic;ao je je jeIsso, so, contudo contudo,, nao elimina elimina a possibilid possibilidade ade da pre presenIIII / / l IT • Is lemento entoss de outras outras procede procedencia nciass etnicas etnicas na compocompo \ \'' " c l elem Hlv } 0 do seu universo universo sagrado sagrado.. A sua sua resp respos osta ta a :contu contund nden ente te pergu pergunta nta se ele tic cava 0 mal mal com os os seus seus servic servic;os ;os relig religios iosos os nao foi foi pI' ti va iva, respondendo-a espondendo-a n~gativamente n~gativamente.. Na verda verdade de,, a I~ 0 do pa pai-de i-de--santo, santo, quando quando realiza uma uma tarefa qualque qualquer, r, 1100 ambito de suas prerrog 11 prerroga,tiva a,tivass sacerdo sacerdottais, e marc marcada ada IHlsica came mente nte pelo pelo sentime sentimento nto de estar estar socorren socorrendo do algue alguem 'om 'o m algum tipo de problem problema, a, Pela sua cabec;a,certamen cabec;a,certamente, te, I1HO passaria passar ia a ide ideia ia de que que E \ stivessea stivessea praticar praticar ato pe perve rverH ou ma mallef ico ico contra alguem alguem.. Adicoto Adicotomia mia entre entre 0 bem e 0 J ll lla al nao es esta afastada afastada e diss9 parece parece tel' plenacon plenaconscien sciencia cia.. Mas 0 que interessa, interessa, no momento momento da intervenc;ao magicomagicoL l'apeuti tica, ca, e a convicC; convicC;ao aode estar estar realizand realizando o urn "traba"trabaIho", Ih o", urn servic;o rvic;o religioso religioso para 0 bem do cliente. cliente. Alem Alem do Il''ntis, nao par Il parece ece exis existir tir nEt nEtnhum nhum senti sentime mento nto de culpa culpa qua qu and ndo o da realiza realizac;a c;ao o des des~as cerim cerim6n 6nias ias,, geralm geralmen ente te prcce ced didas de uma uma consulta consulta::;as divind divindad ades es a quem quem cabe, cabe, em ultima instancia instancia,, respond responder er portal portal expedie expediente. nte.
Dep Depreend endo o-s doAu doAutto de Per Perg gun unta tass qu que e as quesquestoes sao sao f ormulad rmulada as e ori rie entad ada as de ma mane neir ira a a ide identif icar, na fala do inic inicia iad do, algum tip tipo o de resp respon onsab sabiilida lidade que configure configure urn compr compromis misso so de delituoso lituoso.. Aresp Arespo osta de Nelso elson n quanto quanto ao fato fato pre pressupos ssuposto de poder poder est estar fazendo fazendo mal a alguem, alguem, isenta-o isenta-o dessa ssa culpa posta posta que que form formul ula ada segundo segundo a expect expectati ativa va e visa visao o de mundo mundo af ro-bra -brasil sile eiro. iro. Por Porem, em, quando quando the pergu perguntar ntaram am se fizera fizera algum trabalho trabalho e~ benebeneficio de alguem alguem,, e exatam exatamente ente a respo respossta afirmatlva afirmatlva que lhe trouxe trouxe os maiores embarac;os dura durante 0processo. Fazel' beneficio beneficio a alguem alguem seria, ria, no caso caso,, preva revallecerecer-se se da med mediicina alternativa alternativa,, e neces necessaria sariamen mentte magico-re o-religiosa ligiosa uma uma vez manipul manipulada ada pOl'urn pOl'urn pai-depai-de-sant santo. o. 0 conhe conhecimento cimento de qualidad qualidades es terapeutic terapeuticas as (e magicas) magicas) de de ce cert rta as plan planta tas, s, ou alguma alguma noc;aode noc;aode sua eficaciaquan?o conve conveni nie ente nteme?~ me?~ pre pre~critas critas para tratame tratamento nto de algum algum tIpo tIpo de doe doenc;a,sera mdubltavelmente tavelmente considerado considerado 0 delitomaior delitomaior de Nelson e, e, emfunc;ao do qual, qual, continu continuara ara a respond responder er ao proc proce esso criminal. De qualquer qualquer maneira maneira,, Nelson lson respo respond nde e a todas todas as pergu perguntas ntas,, sem escamotear escamotear seu compromisso compromisso religioso e na linha linha do que que se se pode poderia ria espera esperarr de urn urn sa sacerdo cerdote te do culto afro-bras afro-brasileiro ileiro,, isto e, laconicam laconicame ente nte. Quan uando diz nao saber saber para para que que servem servem os buz buzios ios,, aind aindaai, ai, reag reage e de acordo com 0 padrao padrao comportam comportamenta entall tipico tipico'das pessoas pessoas do cand candom omble ble que se mostra mostram m quas quase sempre sempre reticentes reticentes ou evasiv evasivas as toda toda vez vez que esta esta em jog jogo o a preser preserva vac;a c;ao o de elemento elementoss mais mais secretos, secretos, as coisa coisas mais pr privativ ivativas, 0 saber iniciatico iniciatico,, enfim, enfim, as chama chamadas das "coisas "coisas de fund fundame amento nto da seita" seita", como como se diz diz. Seguind Seguindo o as formalidad formalidade es judi judici ciai aiss de prax praxe, e, foram foram arroladas arroladas algumas algumas testemun testemunh has, as, as quais quais foram foram inquerid inqueridas, as, no dia 4 de outub outubro ro de 1939 1939, na Delegaci legacia a da Terce rceira Cir Circunscric; cunscric;ao Policial Policial,, ond onde pre presen enttes se acha achavam o Doutor Doutor A. de Andrad Andrade e Teixeira Teixeira,, Delegado, legado, eo sube ubescrivao Manoel noel Bezerr zerra a da Silva Silva que que lavr lavro ou 0 termo termo abai abaixo, con onc cluso no dia seguinte seguinte::
Alipio Alip io M agalh agalhaes aes , ' com com tri trint nt a e quat ro ro anos d e ida idad d e, e, [ilho d e Vir g£ g£ lio Magal Magalh hiies iies , , solt eir o, o , car carp pint eir a, a, nat ural ural d este E st ad o, o, r esid ent e a Ave Avenida Bast os, numer o t r re z zee no. o. R Rua ua Rio d e Conta Contas, s, M ont e S er rat rat , sa sab bend o ler e es esccreve rever r , aos costum cos tumes es disse disse nada; da; t est est emunha munha f amil amilia r jur amentada no.forma .forma d o. le l ei, prome promet eu di zer zer a verd ade e se sen ndo inqueinquer ida a re s peito do lata cons onst ant e d o. o. port port a r ia d e folhas que the the f oi oi dada , diss disse que no di dia a t res res d o co corr rr ente mes, estava a d e poe poent e no. rua rua do. Imperat r ri zz quan quando do viu viu que r etirav tiravam de uma uma casa naA aAvvenida C end on on varios rios obje objetos pe perte rten ncent es es 0.0 culto ulto d e cand ombl omblees , que viu a dona dona de t od od os os esses obje objet os os , ,;;e r econhe onheceu ser a mesmo smo , bem bem r econhe nhecido ido d e vista , r esi sid d ent e no. no. r e f erida ca cassa, e que seguindo voz ger ger al no no.. rua d o. Im o. Im p peer atri z z , a mesmo e "pa "paee de sant o"; mais nao diss disse. Per gunt ad o se conhe conhecia a indicia ndiciado do pr ese sent nt e r es es pond pond eu: que que conhece nhece em em bo b or a nao nao t enha co com m a mesmo inti timid mid ad e; que que e a ind ind iciad o pr esent e a pae de santo anto r e f erido rido d o. linha linha ac acim ima a r e f er id o pelo d e poe poent e e , do. casa casa d e que quem f oram ram r et irad irad os as obje bjet os ap apr r eendidos eendidos stinavam magia negr a, seit a a fric fricana a . mag e que se d estina vullgarme vu arment e d enoTl1;ina Tl1;inad a cand omble. mble. Per guntado guntado se a ind iciad o pr ese sent nt e batia tia a ca can ndom dombl blee em sua r esid esid enci ncia r es po pond eu que nunc nunca ouvi ouviu u a indic diciado pr esent esent e bat er can ca ndomb domble; que que sempr e via a indi ndicciad o na ja janela do. casa asa d o mes mesm mo t od as as no noit it es es at e as vin vint t e e tr es hor as. as. Per gun: un: tado ta do se sab abee au ouui uiu u d i ze zer qu quee a in in..d ici cia ado pr ese sent nt e prati pra ticcava ava a fals falsa med icin ina a all all. tr ata tavva pess essoa oass do doeent es es au f er id id as par me meiio d e r eceit as as e f eit ir ir ;aria ariass , co conf nf or me ma.nda ri cano r es po pond eu que que so.be pa par t er ouvid o a r e f erid o cult o a f r 6 prio pri o indiciado indiciado pr ese esent e di zer, zer, qua quand o do. do. ocas oc asiiao d o. a pr 6 a p pr r een eensao , the the f oi pergun rgunt ad o a que que.. queri ria a di zer zer as nam ames es da.s da .s pes esssoas que que ·est cwa.m esc scri ritas tas nos livros ros qu quee f oram enco contr ntr ados dos no. no. r esi esid encia d o ind ici iciad o, o, que eram name names d e pess ssoa oass que que se t rat rat ava vam m a llll .s .se tr at ar am com a r es es po pond ent e. e. Per guntad o se () r es pond pond ent e sa sa..be e ouv ouviu d zer izer a que f oi a pr eendi eendid d o no. casa d o indici indicia a.d o pr esent e? e? r es es po pond eu: -que que sabe abe , que f oi mate teri ria al d e candomble ndomble , all.me all.melho lhor, d o. o. seit seit a africa african a, a, pert ence cen nt e a f eit ir ir ;aria , que que tant o ser via par a a bem co com mo par a a mal; mal; que a ap apr r eendido foi foi mais all ll.. men as a seg egui uin nt e: e: um ca ca..que queir a cheio de farafa com a ze zeit it e de d end e, e, .co com m tr es lanr ;as d e f er ro ro en f iada iadas; s; pe pedras dras r e pr esent and and o' " san sant os" , bonecas d e pano ve vest st id as d e noiva e soldad o; o; sino pa para chama chamar r a " cabocl caboclo o': imag imagens anto toss , um bio bi ombo mbo , ai air r as as d e ond e [icava cava.m .m a belic liche ond e e san esta es tavva a qua. a.r r tinh tinha a ~ont endo 6.gua par a " sant sant os", p6
d enom omiina cl cl o Pemb mba a Br anco, ves est t id os pa para ra as " sant sant os", os", ben z zo os, ga.l' m{ m{ a.s d e a. ze zeit e d e d end e , faca facao o d o cabo e out out l' l' OS OS obje bjeto toss qu qu..e ru ruio io se r ecordava ordava;; qu quee tud tud o qu.e u.e a d e poe poente diss dissee , t em ce cer r t t e z za a pO pOll' que viu. iu. E nada. mai mais have havendo, d euparr fin findo es est t e d e poi poim ment o , que lido e achad o confor me se pa vai r ubr icado e ass ssiinad ado o pe pello Delegado ado t est emun unha ha e pe pelo indi indicciad o pr ese esent e qu quee ant es d eclarou, ap6 s the the se serr d ad ad o. o. a pala alavr vr a, a, qu quee nada tinha tinha a co cont nt est est ar. E ll., ll., M anoe anoell Be z zeerra d o. o. S ilva ilva subb-esc escr r ivao que a es esccr evi.
A testemu testemunha nha acima acima pa parrece ter ter sido induzida induzida a responder 0 que que 0 De Deleg lega ado gosta gostari ria a de ouvir. Mesmo Mesmo assim 0 fazde mane maneiira evasiv vasiva a, li limi mittando-se ndo-se quas uase se semp mprre a confirmar 0 que Nelson Nelson ja dissera era no seu seu de depoimento. Intere Interessa ssante nte obse observ rva ar 0 se seu u depoime poimento na par artte que assegur assegura a que os obje objetos apre preendidos endidos pertenciam pertenciam ao candomble domble e que se destina destina va vam m a magi agia negra ra.. A expressa pressao magia magia negra negra e utiliz utiliza ada com como sin sin6nimo 6nimo de Candomble, andomble, 0 que refort; refort;:a0 pre precon conce ceito ito contra a relig ligiao afr afroo-b bra rasile sileira. ira. AMm do do mai mais, con conside ideraa-lla magi gia a neg egrra, me messmo sendo sendo urn conce conceito va vago, era 0 caminho minho inici inicial al para indiciat;:a indiciat;:ao o de algu algue em comopr comopra atic ticant ante de f eitit; it;:aria :aria e pratica ica de falsa falsa medicina, dicina, pois, pois, como ja ja tr tra atamo tamoss em out outra ra parte rte deste trabalho, trabalho , a pra pratica tica religios ligiosa a afro-bras afro-brasile ileira impl implic ica, a, como urn dos elementos es esssenci nciais, a no not;: t;:aode cur cura, esta sta ultima ultima buscada buscada atrave atraves da utili utiliz zat;:a :ao o de planta plantas e ervas medicinai nais que que adquir adquirem, em, neste ste contex contexto, to, uma uma fo fort rt;: ;:a a co comp mpllementa mentarr de natur naturez eza a mag agico-r ico-re eligiosa. ligiosa. Os equipa quipamentos descrito descritoss sao ef etivame tivamente nte de can candomble domble. 0 caque queiro cheio cheio de farofa com azeit azeite e de den end de, com tre tres lant;: nt;:as as de de fer ferro enfiadas e segur segurame amente nte urn asse ssentame ntamento de Exu Exu e a afirmativa tiva de qu que as pe pedras dras represe senta ntava vam m as santo santoss denota urn invulgar invulgar conhec conhecii me mento nto da tes testtemunha unha ou doDe doD elegado a respeito peito das re repr pre ese sent nta at;: ;:o oes simb6li imb6licas cas das das divin divindad dades af ro-bras -brasileiras ileiras. A segunda segunda tes esttemunha nha foi foi urn urn ind individuo duo de nom nome Jose Car Carlos los de Sales, les, comtr comtrinta inta e dois anos de de ida idade, filho de Jo Jose se Sa Salles, ca cassado, do, serve vent nte e de pedre dreiro, iro, baiano, baiano,
ana nalfa lfabe beto to e reside residente nte no Ga Garrcia, cia, n. 10.Tes 10.Testtem emu unh nha a j~ra j~ramen me ntada na form forma a da lei, ei, pr prom ome ete teu u diz dizer er a ver verd dade e dlsse: '" que que conh conhecia 0 ind ind iciad o p resent e sent e vist o que que ignor~ qual fissii iio o p oi oiss s empre 0 ve em casa asa ~uma ~an:ela ~an:ela a sua pr o fiss que que d 6 6 par a a rua rua da Imp~ Imp~ra~ ra~n, z , z , que saD as umca umcass infor infor maqoes que que po pod d e d ar do md m d LCw~o prese presen nte te.. Pe~gun Pe~gun-tado se sa be ou ouviu uviu di ze ze r q ue ue fOLf e Lta apr een eensao ~~ cas casa d o indiciad o pr esen esen te te de mat erial rial destin destinado ado a feLt~feLt~qaria d a se seiit a mag agiia neg egra ra africa afric ana , vulgarment e d enomLnada ca candombl ndomblee , r es pondeu: que sabe sab e porq porque ue VLU qua quand o er a retirad retira da d a casa do indic indiciad iado o pr esen esen , ,te te vasto vasto mat eria rial d estina stinado a f eitiq eitiqari aria a d enommad nommada a magLa magLa negr negra a ou can cand d omble. Pe Per r gunt ado se sabe abe ou ouvi ouviu u ~i zer zer q~e q~e ,0 indic indiciado pr esent esent e e xerc xerciia a fals falsa medic. dic.in:: p~r mt ermedLO. d a f eiti eitiqa qari ria a acima acima r e f erida em sua r es LdencL es LdencLa a r es es pondeu. que sa sab beque que 0 indiciado indiciado pr esen esente tr a~ava pess pessoa oass doentes eio o da f e LtLq LtLqar w, w , se Lt~ afn~a afn ~ana na , e , sabe sabe e fer idas pOl' mei que f or am a pr preend e end id os os na casa do mdLc mdL cwdo presen present t e livr liv r os conte tend ndo o nomes d e pes essoa soass que que eram e que que foram peelo mesmo tra p tra tada tadas. s. Perguntado se sr:be, o~ OUVlUdLze OUVlUdLz er quee em loc qu ocae aess pr6x r6xim imos os na casa do mdLc mdLctado tado presen present t e { or am co collocad os os f eit iqos qos , , res res po pond eu q ue ue s a~ a~e que erar;r collocados porque co porque j6 j6 viu v6rias v6ria s vezes estes f etttqos tttqos ou bozos e p peer gunt ado se sa sab be ou ouviu ouviu di zer zer quem quem os pr epar~v~ epar~v~ e os c olocava naque queles arr edor es r es es po pond eu que a umca umca coisa que que sabe , e que encontrou os "bo "bo z6~", que quem: os prep prep , ,ara ara igno nor r a. Pe Per r gunta ntad d o se sa be ou ou ouviu viu dt~er ~u. ~u.at s os ob]etos enco ncon nt r r ad ad os os e apre apreeendi ndid d os os n a cas casa a d o mdt cwdo presen present t e r es ponde es pondeu u que que av avia iam mentos d e mace acela la,, bon bonec eca a ,;' pedra,~ r e pr esen esentando tando "sa "san ntos", um sino ino para cham chama I ' caboclo , p6 p6 d e pemba mba br anco , um caqu caqueir o com farafa farafa amarela amarela e azeeit e d e d end e ond e estavam enfia az nfiadas das tres tres lanq lanqas de ferra os objetos bjetos que no mome moment o niio niio se. se. r ecord ecord a. E n,ada n,ada e outr os mais havendo , ndo , d eu-se pOl' find o 0 d e potme potmen to to q ue ue lLdo e acha achad o conforme onforme rubric rubrica e ass assina 0 Doutor J?e J? elegado, com poent nt e e com 0 indiciado , a qu e antes ntes fot dada dada a pala pala o d e poe vr a pelo mesmo smo d ito ri. ri.ada cont esta estar. r. F!u, M~noe M~noel Bezerr Bezerra a d a Silva, Silva, sub-esc sub-escri rivii viio o que que 0 escr eVL. VL. E nao nao sabendo 0 d epoen epoent e leI ' n ' nem esc escr r eve ver r , ass ssina ina a dedo dedo pOl' ser ser analfabeto Aar iio iio Freita Freitass F err eira da Silva Silva com as duas dua s te test st emun. mun.h~s abai xo xo e co comi migo, go, M anoe noel Beze ezerr rr a da Silva, Silva, sub-e ub-escrwao que que
0 ence cerra rra" " .
A seg egu und nda a t at mu munh nha a arr rrola olada da po pou uco ou ou quase nada acrescenta ao qu disse a pri prim meira. ira. Aqu Aqui uma vez maiis a testemun ma temunh ha par are ece ter sido ind indu uzida zida a afirm afirmar "qu "q ue sa sabe be qu que 0indici ndicia a dop doprese resen nte tr trata atava va pess pessoas doente doentess e ferid feridas as por meio meio da feiti~aria feiti~aria,, se seit ita a af ricana", icana", eviden evidentem emen entte sem se se dar conta conta do ef eito ito de suas res resposta postass para para fins fins de co condena~ao. ndena~ao. Res essa salte lte--se, nesse depoime depoimento nto,, a sequ sequenci encia a de adjetiv adjetivac;a ac;ao o pe pe jorati jorativ va utilizada utilizada pelo Del Dele egada para fala falar de Candom Candomble. ble. Aoperguntar Aoperguntar a testemunha testemunha se ele viu ou sabe algum alguma a cois coisa a sobr sobre e a apreen apreensa sao o de materi materiallitu alliturrgico, gico, acresc acrescent enta: a: destin destinad ado o a feiti~ feiti~ari aria a da sei seita magia agia negra negra africa africana, na, vulga vulgarm rment ente e denom denomina inada da candomb candomble. le. 0efeito haveria haveria de se ser extrema extremamen mente te neganegativo na cabec cabec;ade ;ade urn pobre pobre ajudante ajudante de pedreiro, pedreiro, tamanha tamanha incontinencia incontinencia verbal verbal pronunciad onunciada a por uma autorid autoridade. ade. A respo sposta have haverria de ser ser afirmativ afirmativa a e que que Nelso Nelson n eviden eviden-tem eme ente praticav icava a a cita citada da feiti feitic c;aria, aria, como como afir afirmou a teste testemunha munha. processo segue segue tramit tramite e nor normal. As autoridade autoridades o pro bus buscam cam uma uma tercei terceira ra testemun stemunha, ha, sendo sendo inti intima mado do urn individ individuo de nom nome e Jose Jose Martins Martins Rego, conforme conforme ofici oficio n. 364, de 10 de de outubro outubro de 1939. 1939. No dia seguinte, seguinte, 0sube subescrivao ivao infor informa ao Sr. Sr. Del DelegadoA. deAndrade deAndrade que procu procurou Jose Jose Martins Martins Regona go na antiga Vila Militar, Militar, n.22, nao sendo sendo ali resident residente e e nem conhe conhecid cido o das pessoa pessoass / residentes residentes naquele naquele local. local. Foi Foi intima timada da outr outra a pess pessoa oa de nome nome Agra Agrari rio o Ramos Bace Bacelar para depor depor como como testemunha testemunha no processo processo em curso, curso, no dia 12 de outub outubro ro de 1939 1939.. Aten Atendid didas as as formalida formalidades des legais, legais, foiinquerido foiinquerido Agrario Agrario Ramos Ramos Bacelar Bacelar,, com trinta trinta e oito anos anos,, filho filho de Lucia Luciano no Mata Bacelar, Bacelar, casa casado, do, Guarda Guarda Civil Civil n.211, n.211, baiano, baiano, residente residente a Rua Barao de Cotegipe, otegipe, na Vila Vila Terezi rezinh nha a n. 39, 39, sabe sabend ndo o ler ler e escrev screver er.. Disse Disse q ue ue no dia dia tres tres do corr ente acomp aco mpan anho hou u uma uma carava caravana na p olicial
mes ,
0
a Aven Aveniida
depoe depoent e Ce nd on on
na casa num numee r o t r res, e s, foi apr eendid eendid o grand e quan quantid tid ade de mat eria rial de mag agia ia negr negr a (s (seeita a fric fricana ana d enominada vullgarme vu armente d e candomble andomble); que viu imer sas sas image imagen ns de santo antoss , co como mo se jam Sao Cosme Cosme e S ao ao Damiao Damiao,, Sao La z La zaro, aro, et c , que que ale alem d est est es es , ainda viu p edras dras d entro de pratos de bar bar ro ro e lan anr r ;a ;a f erra en{iada en{iada s em um caque caqueiro iro d e f arafa amar ama r ela e azeite d e d end e t end o is to to r e pr esentado esentado " San Sant os" , que viu mais mais , , ' varias varias bonecas cas vestid as as d e noiva vari rios os outros outros obje objet os os que que nao nao sa be a no n ome; viu e soldado, va t amb ambem dive diver r sas t ranr;as ranr; as d e cabelo de mulhe mulher. E nada nada mais disse disse.. Pe Per r gunt adose dose sabe abe que que a ind iciad iciad o r eceitava eceitava gente e dava co con nsultas ultas paga pagass na casa casa onde onde foi apr eendido eendido est e mat eria rial r es es pon pond d eu que que ignorav orava. a. Perguntad Perguntad o se sabe que a indicia indiciad d o er a vis visitad itado o fr eque quent ement e r es es pondeu ! J ue era vis isiitado diari diaria ament e. e. Per gunt unt ado a do para para que qu e se servem rvem as ob je jetos tos que que ci cit t ou ou acima e que que foram foram apr ee eendid ndid os os na ·asa do indic diciad o pr esent esent e r es es po pond eu que que se ser r uem uem para para a pr p r 6 6 , ,ti ticca de feitir;a feitir;ari ria, a, magia magia n eg egr r a au candomble. andomble. Per gunlado se sabe que que a res po pon' d d ent e , d igo, se a acusa sad d o pra raticaticaua at os de ca can ndo dombl mblees e f eit ir ir ;aria ;ariass r espo spond eu que nao bat ia ia candomb andomblles , mas mas /a zi /a zia a r e zas quase todas todas as noites. Da D ada a pal palav avr r a ao indiciad o pr esent esent e est e d isse isse que que nada t ill.ha a co nt esta estar r . E par nada mai aiss have haver r , deu a a ut oridad oridad e po p or fi , , /1.do /1.do es est t e d e po poim imeent o qu quee lido e achad ado o co con n f orme rme r nbr ica e ass ssin ina, a, co conform nformee de depo poeente e acusa acusad d o e co comigo. migo. M anoel Be z zeerr a da S ilv lva a , subub-esc scr r iuao iuao que que a escr escr eve.
t \ t rce ceiira testemunh munhaa tamb tambeem nao acresce acrescenta nta do novo. Ser Serve ve apenas nas para para conf irmar irmar as res respos postas d llllllil p Iu outras anter eriiores a ins insidio idiosa sa perg ergunt untaa se praaLi Lica cava va a feit feitir;:ar ir;:ariia e afals afalsaa medicina. dicina. Ainte Aintenr;: nr;:ao ao N llilio / l pr se pre pretten end de e caracte caracteriz rizar urn del deliito prev reviisto I t' 1 , 1 1 '( 1 . 0 qu n15 57 d a Co Consolidar;: lidar;:ao ao .das Le Leiis Penais, Penais, 0 que que de III I Ii I'Lign1 1"li lillLocons guem. . r lat6ri t6rio o do sub s ubeescrivao encaminha aminhando ndo,, no dia bro o de 1939, autoss ao Pr Promo omotor tor Public Publico o por '~ od( outubr 1939, os auto dio do Dr. Dr. Juiz de Direit Direito o da Prim Primeira ira Vara Vara Crime IIC P r - 1 l l " n / ()Livame vamen nte, urn suma sumario deeulp deeulpa: a: 1 I 1 t1 1 l
E sta Dele elegac gacia ia teu teuee conhec conheciim en ent o de que que na r esid encia de Ne Nellson J ose do N ascim ascimeent o, o, sita it Au. Au. C endon, endon, rua rua da I mpera mperatr tr iz iz , se pr aticau a ticaua a a c ult o a fr ican icano , t endo par par a is to
tod o 0 mat eria riall n es esssari rio, o, e tamb tambeem a fa ls lsa m edicin dicina a. I medi dia atam tameent { or am t oma mada dass as medid didas as qu quee se faz faziiam mist mist er e ap apr r eendi ndido do a mat eria riall qu quee d e pois de fotografa do pe pelo I n I nstitu tituto to d e I d enti{icar;ao, f oi inuti nutilli zado, zado, ex excet cet uand o d ais ais (2) liv livr ·os , encad erna rnado doss , que ac acom ompa panh nham am ap apr r esent esent e inque inquerit o , Est es es liuros liuros sao sa o um d e duzent as as (200) f olhas lhas e um peque queno; co con nt eem eem names d e clientes do cu cur r andei andeira ( p pa ae d e S anto) e algumas umas orar;oes. orar;oes.
As tr es es (3) tes test emunhas munhas ouvidas, ouvidas, a{irma a{irmam m que que 0 ind icia iciad d o e f eit iceir iceiro, o, Pae Pae de S anto anto , que que prat prat ica cavva a falsa falsa me med d icina, ina, a{ irmar;oes est as as que que nao sofr er am a minim mini ma co con nt esta star r ;ao ;ao par parte do indic indi ciado. iado. Caso V.Exc. V.Exc. julgue nece ecessaria ssaria se ser r em em ouvidas uvidas mais te tesst emunhas munhas,, indi indi ca as d e names: names: Jose Jose M ar ar t ti ns Rego, r esid esid ent e it Av. Av. Militar Militar n o. 22 ntonio Flaviano Flaviano de Lima Lima , r esid esid ent e 22,, e Antonio itAvv. C endon itA ndon no. no. 1. De Deixou de ser f r f eita a per icia icia no mat er ial ial a preend preend ido, d evid o a propria d ecla clar r ar;ao ar;ao d o indi i ndicia ciado do que r econhe econheceu as obje bjet os os apr eend eend id os os, c omo omo d e sua pr o prie priedad dad e e qu quee as utili zava zava par par a a pr at at ica da fal falsa medici edicin na. F oi oi lavr ad o a comp co mpete etent nt e T ermo rmo de Rec econh onhecim ecimeento nto..
Aqui Aqui termina 0 inquer inquerito ito polic licial, uma per;:a concontendo inverdad inverdadees, sendo sendo a prin princi cipa pall a de que que Nelson confessou fessou haver haver pratic praticado ado falsa falsa medici medicin na. 0 inquerito segue agora 0 rumoju rumojudic dicial ial.. 0 Oficial Oficial de Jus Justir;: tir;:aa intima intima pessoa pessoass cita citada dass na denunc denuncia ia para para comp compare arece cerrem a Pretoria, etoria, no F6rum, a Rua da Mise Miseric6r ic6rdia dia,, n.22 n.22,, a fim de dare darem m seu seus depoirnent depoirnentos. os. Adenuncia Adenuncia e redigi redigida da nos se seguintes termos: ermos: - E x xmo mo.. Sr . Dr . J uiz u iz d e Dir eito ito d a 1 a. Var a Cri Crime me - 0 Promo romoto torr Publ Publii co junto a es est t e Juizo no usa das att ribuir r ibuir;oe ;oess que que a lei the the conf conf er e , ve vem m perant perant e V.E x xa. a. d enunc unciar Ne lso son n J ose ose do N ascim asciment ent o, o, maio aio!!", nat u-ral dest t e Estado , au x des xili ilia ar d o c om omer cio , r esident esident e it Av enida C end om n o. o. 3, pelo fac facto delictu delictuoso oso que que passa passa a r elat lat ar ar : Do inque nquerito polic poli cial que que a pr esent esent e ac aco ompanha mpanha , ve verifi rificca-
se que 0 denunciado , conhec conhecido ido com como o cur and eir o e p pae ae d e santo, santo, praticav praticava a na sua sua resid en enccia, a Aveni nid d a C en en dom no. 3, Districto Districto dos Mares, Mares, des desta cidad cidad e , alem da magia e seus sortilegios sortilegios,, e fals falsa a medi medici cina na,, inc ncul ulccand o aos seus cZientes cZientes a cura de molestias curciveis curciveis e incurcivei incurciveiss a f im im de fasc fascin inar ar a cre credi dibi bili lidad dadee publi publica ca.. - E como como assim assim procedendo, haja 0 denunciado, denunciado, esta Promotoria Promotoria offerece offerece a presente presente den uncia, uncia, que se espera, espera, digo, denuncia , para que julgada julgada provad provada a sf!ja sf!ja 0mesmo mesmo punido punido com as pen penas do citado citado artigo. - Pede-se Pede-se que A, tenha inicio inicio a formac;ao formac;ao da culpa, culpa, observ observada adass.as form formal alid idade adess legae legaes. s. -Tes -Teste te-munhas munhas - AUpio AUpio Magalh Magalhaes aes,, Av. Bastos Bastos 13 ;- Jose Paulo de Salle Salles, s, Garcia Garcia 10 e Agrcirio Ramos Bacellar, Barao de C ot ot egipe no. 39-Bahia, 39-Bahia,::10 de novem novembro bro de 1939; Q.P.P.(aJ A ffonso de Castro Rabello Filho - 0 que que cump cumpra ra na f orma rma da Lei Lei - Bahi Bahia, a, 17 de novemb novembro ro de 1939 - Eu Annib A nnibal al Oscar Oscar Carn Carnmlb mlba, a, sub-es sub-escri crivao vao que que 0 escrevi.
proc ocess esso o segue segue longo e demora demorado do curs curso na esfe1'1,
Iidl 'in com m sucessivas sucessivas apresentar; apresentar;oes oes de novas novas testeinll, co
1 I 1 1 1 r 1 h 1 lH 11 1 1 p I
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I VOl
No dia dia 18 dejan dejaneir iro o de 1941, 0 Exm ExmQ Sr. Dr. Juiz de Direito Direito da Primeira Primeira Vara Cr Crime ime redige despacho, despacho, para pronunciar 0 reu reu inc incluso luso na san anr;i r;iio io do artig artigo o 157 157 da Consolida Consolidar;ao r;ao das Leis Pena Penais, nos segui seguinte ntess termo termos: s:..
luiindo-se as apresentad lu apresentadas as pelo proprio proprio Nelson Nelson
uardo rdo Martine MartineIIli, co.nstituid co.nstituido o seu seu bastante In Ik Edua
eixamos de de apres~nt~r apres~nt~r esses autos autos de per pergunr m re r epetitiv petitivos os e nao cont contere erem m nenhu nenhuma ma inforinfornova que pudesse pudesse desviar desviar 0 rumo rumo de uma condeconde / III II I 1 Cl lO ticame mente nte defini definida. da. Eo caso, caso, pOl' pOl'exemp emplo, de 1 \ 1 1 1 oj pratica Magallhiie hiies, s, comtrinta comtrinta e quatro quatro anos de idade, idade, natunatuAI Iio Maga Esttado, carpin Es carpina, a, soltei solteiro, ro, residen residente te e domic domicil iliado iado 1 /1 '/ 1 1 d A t C ontas as naAven naAvenida ida Bastos Bastos,, n 13: 11 / 1I'ua Rio de Cont
/ I(I(
nao t endo j J J or em ell llee t est emu munha nha prova provass a r es es p peeit o. o . Dada Dada a palavr a ao D ,: E duar d uardo do M art ine inelli por este foi foi pergu pergunntad o 0 seguin int t e. P - qua quall 0 p proc roceedime diment nto o do d enunciado na Z ona d a r esi esid encia do mesm smo? o? R - que sempre sempre foi bem proce procedid did o. o. P - se a t est emunha nha conhece e vio os objectos appr endid os? R - que via por em por se s erem rem muit muitos os nao nao pod e se lembr ar ar d e t od os? os? P - como como a teste testemu munh nha a sabe que que os prato pratoss e ob je ject os sao de cand candom ombl ble? e? R - que que nao pod e afirma afirma r p or or que que foi tudo tudo mistur misturado ado para para a Poli Policia cia.. Dada a palav palavra ao d enuncia nunciado do por este foi dito dito que nada nada tem a cont estar. star. Nada mais mais havendo havendo a pergun perguntar tar pelo pelo Dr. Dr. Pret Pretor or foi foi mandad mandado o enc encerrar errar este este depoim depoimeen to to em qu que 0 denunc assi assina na com com a t est emunha, denunciado iado e advoga advogado do prezente depois de lido e achado conforme.
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Disse que: que: Efetiv Efetivame amente nte a PoUcia PoUcia appree appreendeu ndeu na res resiid encia ncia do denunc denunciad iado o presen presente te na Rua Rua da Impe Imperat ratriz riz todo todo mat er ia ia l q ue ue 0 mesm mesmo o se util utiliz izav ava a para para Cando Candomb mble le entreta ntretanto nto nao sabe inform informar ar se elle elle prat pratica icava va a medici medicina na con con forme referiu-se a den uncia que the foi lida e nada mais mais r ecord cordav avaa-se se para para decZ decZar arar ar.. P - a quanta quanta temp tempo o conhece 0 denunc denunciad iado o presen presente? te? R - ser ser 0 denunc denunciad iado o seu conhe conheci cido do dele dele testem testemun unha ha a cerca cerca de um ano ano e pouco pelo facto de vel-o sempre na janella· janella· d e sua residencia residencia ignora ignorando ndo qual a sua sua profissa profissao o e send sendo o tido tido na zona zona confor conforme me elle elle testem testemunha unha ouvio ouvio dizer dizer como como Pae de Santo Santo ,
Visto estes autos de processo processo crime entre partes: partes: a Justic; Justic;a a Publica, Publica, por seu Promoto Promotor, r, como autora autora e reo Nelson Jose do Nascime Nascimento denunc denunciou iou 0 Dr. Promotor Publico, junto a este este ... Nelson Nelson Jose Jose do Nasci Nascimen mento, to, maior, maior, natural natural deste deste Estado, auxiliar do comercio, residente a Avenida Avenida Cendon, Cendon, rua da Imper Imperatr atriz, iz, distri districto cto dos Mar Mar es, por haver 0 mesmo, conhecido conhecido como "curandismo" "curandismo" e "pae de santo", pratic ad ad o em s ua ua residencia , alem lem da magi magia a negr negra a e seus seus sorti sortillegios egios , , a {a {allsa medici dicina na,, enc encu lc lc an an do do a os os seus seus clie clien ntes a cur a d e mole molest stia iass cura curave veis is e incurave incuraveis, a {i {im d e {as ci cinar a credi credibi bili lida dade de publica. Recebid a a denu denunci ncia, a, foi design designado ado dia e hora para 0inicio inicio do summciri summcirio o de culpa. culpa. No dia designa designado, do, presente 0 denunc denunciad iado o foi qualifi qualificad cado, o, ouvindo ouvindo-se -se duas testem testemunh unhas as na presen presenc;a c;a do mesmo mesmo e do seu advogad advogado o aos quai quaiss foi dada dada a palavr palavra. a. Poster Posterior iormen mente te foi ouvida ouvida a terceira testemunha testemunha e, afinal, afinal, as de defeza defeza.. Em seguida foi designado dia para 0 interrogat6rio, que nao se 0 que realiz realizou ou por nao t er sido encontrado encontrado 0denunciado. denunciado. Com vista dos autos opinou 0 Dr. P . Public Publico o pela pronun pronuncia cia do denunc denunciad iado o no artigo artigo 157 de Cons Consol olid idac ac;a ;ao o das das Leis Leis Penaes Penaes visto entao, entao, os autos concZusos. concZusos.
Con Co nsid eran eran" do que es est t 6 sullL llLccient ement e prova provado do pelo depoimeento depoim da s t est emu mun nhas d o in inq querito , duas duas do sum su m6 rio rio de cul pa ul pa e p peela pr6pr ia con j1: j1:ss ssii iiodo odo denunc denunciad o no. PoU PoU cia cia , que que ell llee niio s6 pr p r atica ticavva, em sua resid resid encia , a magi magia negra , co com mo ta tamb mbeem a falsa medicina, medicina, sendo a ppr ehen endid did os os em sua casa d e r esid esid encia , ia , vdrios obje objetos tos d est est inados dos' a pr 6tica 6 tica do cr cr ime em aprego; aprego; assim, assim, consi. consi. d erand o-se que a dit o r eo inc incid id iu no. sancgiio ancgiio do artig artigo 157 157 d a Co Con nso soli lida dagi giio io da dass Lei Leis Penae naes, par par tel' tel' fun funda da-mentos e mais pr ovas ovas d os os aut os, os, julgo julgo pro proce ced d ent e a d enunc nuncia d e (ls, (ls, para pron ronu unc nciiar, co como mo pronun pronuncia ciado do t enho o r eo eo N elson J ose ose d o Nascim Nascimeent o como inc incluso luso no.sanc no.sancgiio d o ar t t igo 157 do. Con Conso sollid agi agii o d as as L ei ei s P en en ae ae s , , en jeit ando ando-a -a a pr isiio isiio e julga julgam mento. nto. Lance Lan ce--se 0 nome do :dito r eo no "Rol "Rol dos Culpad Culpados" os" e escr esc r eva-s a-see co con nst a elle lle .r nand ad ad o d e prisii prisiio o no qual qual devera const ar 0 va vallor d o. f ian ianr ;a que ... em t r rezent e zentos os mil reis. reis.
Lanya anyado do 0 nom nome de Nelson lson no rol dos culpad culpados os,, : 1 tl janeif ()._ ._d d~J~ J~4 4;J.Jo Joi~e i~e;;p~ p~f f Ji4Q, Ji4Q,mandadode prisa prisao 1111 fllt'llln ~J'a:"lei ei{ {'h;o's~iegtHnt~s termos:
II I I'
M and ado d e prisao ex pedido con contr tra a a r eu N elson J ose ose d o N ascim ascimeent nto, o, pa par r a se ser r Gump umprido rido no.forma e sob as penas penas do.. lei. do Eu, a Dr . Domi Domin ngos Ban Band d eira V ieir ieir a Tbs Tbsta, Juiz Juiz d e Dir eit o 0.. Va do.. 1 0.. do Var r a C rime rime d o. o. ( } ( }omarca omarca d o. o. C a pital do Est ado do. do. Bahia, se seu u Te Ter r mo m o e etc etc. Man Mando do aos Or icia iciaes es d e Jus Justig tiga d est e Jui zo zo , que vendo 0 pr ese esente pO I' mim ass assina inad o, o, em e seu. cum pri prim men ento to,, pr preendam onde for encont encontrad rado o 0reu r eco collha ham m a Ca Cade deia ia Pu Pub blic ica a , reu Nelso Nelson n Jose Jose do Nascimen Nascime nto, natu atur r al de desst e Estad o, o, so solt lt eiro , com 22 anos anos d e idad e, e, au xil xiliiar do com comeer cio e r esid esid ente a r ua ua do. Impeerat r Imp r iz no. 3, Zona do. Pe Penh nha a d est est a Cidade, Cidade, pelo (at o d e hav haveer sido pr onunc nuncia iado do POI 'es 'es t e Jui zo zo , como incur so nas penas d o Artigo 157, do. do. Co Con nsolid olidag agii iio o das das Leis Pena naes es , port er sido elJ,c elJ,co ont rad rad o no. pratic pratica a do. do. Magia Negr Neg r a e se seu us sortil sortileg egiios e 0 exe exer r c{cio c{cio d e (also. (also. medici medicina. na. E que POI POI'se 'se t ratar ratar d e de dellit ito o a[ia ian ngaue gauell , fora a respectiva respectiva fian fia nga arbit rbit r rada a da em t r re se sen ntos m ilil re is (300$0 (300$000) 00) que que pr p r est est a I' d quer endo do.. 0 que cump cumpra ram m no. (o (orma rma e sob sob as
941.. E u , Anniba penas do.L i. Ba pe Bahi hia a , 23 d e jan janeei ro ro d e 1941 nnibal Osc sca ar Vi Vita tall am , ,a a / 1ba, 1ba, subub-eescr scriui iuiio io qu quee 0 esc escr r evi.
Ainda Ain da houve ouve uma tenta ntativ tiva por pa parte da justiya ustiya de meter meter a mao nele. Em 19 de maio maio de 1941, 1941, e exped expediido urn Edital do Juiz uiz de Dire ireito, ito, intima intimando ndo-o, no pr prazo azo de 10 dias, a se se ap apre ressentar. tar. A cer certidao tidao de 30 de mai maio de 194 1941 infor informa que, decor decorrido 0 prazo dado no Edital, Edital, 0 re reu u nao compar comparec ece eu em juiz juizo o 3. . Nao se se sabe 0 fim de Nelson Nelson Jose Jose do Nas asci cim mento ento. Se perm erman anece eceu u em Sal Salva vado dorr ou fug fugiu iu para para outro lugar lugar. Aqui, Aqui, a resis sistencia ncia foi nao respeitar espeitar 0 arbitri bitrio o da jus justiya. tiya. E onde estive stiverr, vivo ou morto morto,, ele se serra. se semp mpre, re, com com 0 seu gesto ges to,, urn exe exemp mplo lo de repud repudiio a uma le lei injus injusta que tra ran nsfor formava em re reu u urn simp simples les fiel fiel de ur urn sistema sistema de cre creny nya a de que que se orgu orgulham lham todo todoss os qu que se liga ligam, m, por alg algum moti mo tivo vo,, aos terr terre eiros iros de Candomble andomble da Bahia hia.
I 'l' m sido per erman manent entes es as busc buscas as nos Arquiv Arquivos os Publico ublicoss da Bahia Bahia no xpec ecttativa de se identificar identificar mais processos processos ou outros outros e quaisquer quaisquer umeentos que possa ossam m melh melh''or espelh pelhar ar a freq freqii ii€m €mci ciaa dess dessas as d um t.llIlCO COss e com eles eles elabor elaborar ar urn quad quadro ro etnogr etnografi afico co mais amplo, amplo, r l t.ll itaa uma analis analise, e, por aeas aeaso o mais abrang abrangent ente, e, das rea«;6 rea«;6es es (li't p nnit )Cii dade ba baiiana contra contra difere diferente ntess formas formas de a«;6e a«;6ess e atua« atua«;6e ;6ess till / II)C ,'I I H O~IlHpo popu pullares.
II iI.,
I)d )do o f eita a coleta coleta,, que se pi'etende e tende sistem sistemati atica ca e quas quasee exausexausMnR, R,p para rao o periodo eriodo que se analisa, analisa, de 1900 1900 a 1950, 1950, infelizmente infelizmente pouca ca documenta«;ao cumenta«;ao phmaria foi identif identif icada. cada. E, no caso caso IiiI II Or pou ju udi dici ciai aiss cont contra ra a p ratica de feiti«;aria feiti«;aria ou f alsa alsa medicina medicina Ii" IIIiII I'iLos j , II IIII'ollt.,'nmo mos, s, apena nass, os relati relativDs aos reus reus Heri Herida e Nel Nelso son, n, de que que /III d conta deste Ultimo. /I Ultimo. 1 1 1 11 I
IIII II
VI I .
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A"I "III11 VI)Pub ubllico da Bahia, ahia, Sumano Sumano de Culp Culpaa (Proce (Processo sso), ),
1941, 1941, mar .
10" I
limaa ampla 1 '1 I , 'n lim
discus discussao sao da legisla legisla«;a «;ao o que cuida da liberdad liberdadee cons consul ul tar tar a excel excelen ente te tese tese de dout doutor orad ado o de Mill-Wi: Me Med d o d o fei feiti«;o ... JOR Ra no Brasil, il, ,',iI f JO
negr egros na Bahia, Bahia, e que tem implica~6 implica~ 6es diretas na conti conti-nuidade uidade de valores alores culturais afrofro-bra brasil ilei eirros na so sociedade
sepretende neste capitulo itulo e ente entender der com como a comu comu-o que sepretende nidade nidad e af ro-baiana o-baiana se articulou, articulou, ao longo longo do temp empo, pa parra super uperar os imped impedim ime entos e san~6 san~6es es qu que impun impunham ham re rest strri~6esao exercicio exercicio livre livre de sua religiao. religiao. Os segmentos segmentos sociais sociais mais resi resistente entes ao pleno exercicio da liber iberdade dade reli religiosa do negr negro na Bah Bahia ia gerageraram, ra m, mais do que que as leis puni punitiv tivas, as, urn conjun conjunto de reivindicw;6esque dicw;6esque terminaram terminaram por produz produzir leis leis volt voltadas exclusiva sivamente mente para a defesa defesa da religiao religiao afro-brasileir leira a. Alias, o sucess sucesso o dessa ssa luta luta - que que aqui aqui se pret preten end de re rela lattar tern sido reinvidica reinvidicado, do, ao longo longo do tempo, tempo, por por dif ere erentes pessoas essoas e ate mesmo mesmo institui~6es institui~6es,, como como se fosse fosse possivel atribuir ibuir a apena apenass uma uma delas 0 merito merito de urn trab trabalh alho o que que envolveu envolveu toda toda a comunid comunidade, ade, nao somente somente a religio eligiosa mas tanto ta ntoss quanto quantoss que, que, por raz6es raz6es as mais diferynte diferyntess, abra~aram aram a luta em defesa defesa do direito direito inalie inalienav navel el deste segmento mento da popula~ao popula~ao poder poder escolher escolher seu proprio sistema sistema de cren~a. Para Para situar situar 0 proble problema ma nos nos limite limitess desej deseja ados, utiliza-se utiliza-se aqui 0 trabalh rabalho o de Bitten Bittencou court, rt, aprese apresenta ntado do ao II Congresso Mro-Brasilei Mro-Brasileiro, ro, em 193 1937 71. Alias, Alias, urn estudo certamente motivado otivado pela realiza~ao realiza~ao do proprio proprio Congr Congresso na Bahia. Ordenand Ordenando o divers divers as leis e decretos decretos que trata tratavam do probl problema ema da lib liberdade erdade religiosa, eligiosa, Bitten Bittencour courtt ofere cia aoss co ao congres ngressistas sistas urn docum documento ento basico para a discussao de urn do dos problema blemass cruciai cruciaiss para para urn grande grande mim mimero de
A Cart rta a 'on ttit itu ucion ciona al de 18 1824, ai ainda nda que que rest striritiva, ja ja acenav acenava a pa parra 0 dire reiito de todos podere erem es esc colher
negr egros na Bahia, Bahia, e que tem implica~6 implica~ 6es diretas na conti conti-nuidade uidade de valores alores culturais afrofro-bra brasil ilei eirros na so sociedade baian ba iana a, Comose sabe, sabe, a religiao religiao afro-bra afro-brasil sile eira foi foi, ao lon ongo go dottempo do mpo, nucleo nucleo de produ~ao produ~ao e transmiss transmissa ao de exp expres ress6 s6es es cultu lturais rais dire diretament tamente e comp comprom rometi etidas das coma for forma~ao da identidade ntidade cultural cultural negro-ba negro-baiiana, o tex texto de d e Bittencourt e, efetivament efetivamente e, uma uma lei leitul'a 'a,, com cuidad cuidados os didaticos didaticos,, de como a legisla legisla~ ~ao tratava tratava as denominad nominadas as praticas praticas fetichista fetichistass . :I t 0 pr6prio pr6prio autor autor que for formu mula la a per pergunta: C omo , por em , d esd esd e 0 Br asil asil Impe Imperio rio at e ao Br asil cont em po poraneo raneo , enc encorar oraria ia a nos nosssa leg egislar islar ;ao ;ao es esssas prtitic prtiticas f etichis tichist as? Em bU bU5 ca d e r es es pos posta a ind agar ;ao, atiramonos nos num num d esa esa fio ao p6 vetus tusto, que que patina patina d e ancianidade, bibliot eca ecas e mus museus - aos arquivos arquivos , co como mo r esultado t r r a ze zend nd o es est t as notas, tas, e x xaminando aminando:: a libe lib erdad e r eligios ligiosa no Brasil: Brasil: a macumba macumba e 0 batuque batuque em face face d a lei.2
As denom nominad inadas as prat pratic icas as feti fetich chis ista tass e f alsa alsa f oram oram quase sempre sempre,, para para efeito efeito de estabe stabeleci1 1 11 r l !, O d penalidade lidades, arroladas arroladas conjuntam conjuntame ente, 0 que 1 / 1 1'1' II LI vu des ese empe mpenho nho da justi~ justi~a a quando quando dos atos juriI I I ( 'O H ndena~ao na~ao de quem as praticava. praticava. Ao analisar lisar a religi religiao ao afro-bra afro-brasil sileir eira a em fa fa ce des, I I /I /I I, it;, Bitt tte encourt ncourt tece tece coment comentari arios os que que parecem cem favo favoaplica~a ~ao o do est estat atut uto o lega legall toda toda vez vez que que essa essa if; "" I V ( ,'t Il/ :i I se ex exce cedes desse se dos limi limites tes da "c elebra~a lebra~ao do seu seu niall pr6prio, pr6prio, por mais mais extravagante extravagante que que se ja, simsim'I Ilmonia p i t Hln nte co com m caniter caniter religio religioso, realizand realizando o sua suas solenisoleniritos ri tos" ". Fica aqui, aqui, por enquant enquanto, o, apenas apenas urn le l embre(III I 1 . 1 Hobrea dificulda dificuldade de que certamen certamente te enfrentari enfrentaria a aquele aquele 1Itl,m' se desejasse sejasse efetivam efetivamente ente definir definir 0 campo semandenomina d~ "carater "carater religioso religioso" " do culto I.k o do que ele denomina IIl'l'o-bras brasiileiro. leiro. Tar Tarefa dif dif icil de ser realizad realizada a , ca caso so nao nao ,'onl: l:llid ider era asse sua especificid especificidii:lde :lde e dist distan ancia ciame mento nto real real do 1 11 1 lI'a I'ao o dassic dassico o de reli relig giao ocide ocidenta ntal. l. Mas Mas voltemo voltemoss a I I L I 's 'sttao da liberdade liberdade religiosa religiosa nos primeiros primeiros textos textos legais legais.. III.
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II Ii
A Cart rta a 'on tit titu ucion ciona al de 18 1824, ai ainda nda que que rest striritiva, ja ja acenav acenava a pa parra 0 dire reiito de todos podere erem es esc colher e pratic praticar ar livr livrem nt nte e a re relligi gia ao de sua pref ere renc ncia ia,, embo mbora prese preserva rvasse sse a cat6lic lica como a ofi ficial cial do Impe mperio: A r eligiii. i.o o ca cat t 6 6 lica a p post ost 6li 6lica r oman omana conti ontinu nua a I ' 'd d a se serr a r elig ligiao d o Im p peer io. io. T od as as outra trass r eligi igioe oess serao rao pe permi rmitid tid as as c om se seu u culto d omes omest t ico ou part icula icular r , em casas par a iss sso o d estina tinad d as, sem for ma ma alguma uma e xt er ior ior d e te templ mplo. o.3 3
Jose Jose Carlos Rodrig Rodrigu ues (Bitten ittencourt court 0 cha chamou mou de consplcuo constitucionalista), constitucionalista ), ao analisar lisar 0 dispositivo que trata da liberdade liberdade relig religiosa iosa na naq quel uela carta ma magna gna,, sentenc ntencia: ia: Ai Ainda que a C on onst it it uir uir ;ao ma mar r cass ssee uma r elig ligiao d e E stad o , tod avi avia ella lla , muito muito r e fle flectid ament e , r eco econhe nheceu que que ning ninguem d evia ser pe p er seg seguido uido pOl' ' m moti otivo vo d e r eligiao. Pensar d est a ou daq daqu uella lla maneir a sobr e mat eria ria r elig ligio iossa , nao p6d 6dee ser cr ime perant e a socieda edad d e ci civil vil , , porque rque a sociied ad e civi soc vill nao se institu tituiiu par ara a aniquilar os dir eito toss natur aes. aes.4
ilegalid alida ade nao decorria decorria da ce celebra ra-: It obvioque a ileg ~ao de uma uma religi religiao ao dif eren erente, isto e, na nao crista crista.. Todavia via, era pre precise justifica justificarr a pe persegui~ao ui~ao aos canqomb canqomblles e, para faze-lo, faze-lo, ele ter teria que que ser ide identifica ntificado do ou confundido onfundido com pratic pratica a de feiti feiti~a ~aria ria e fal fal sa medicina dicina para que que pudesse pudesse ser ser subme submetid tido o ao rigor rigor das leis vige vigentes ntes.. A utiliza~ao utiliza~ao,, por pais e maes-de maes-de-sa -santo, nto, do conhecim conhecimento ento de plantas plantas medicina medicinaii s e de suas qualidades terape terapeuti utica cass assim assim como como sua sua adequa~ao dequa~ao prescriti prescritiva va par para uma serie de doen~as doen~as comun comunss, e a~6esnao a~6esnao tant tanto o estr estr anhas a popula~a popula~ao, o, como como ofere oferenda nda publica publica e sacrificio sacrificioss votivo votivo s de anim animai aiss as divind divindad ades es,, jam jamais ais pod poderiam ser considerados, considerados, pela popula~a popula~ao, o, sobre sobretudo a cat6lica, como parte partes integ integran rantes tes e funda fundame ment nta ais do aconte ontecer cer reli~os li~oso afro-bra afro-brasileiro. sileiro. Em primeiro primeiro lug lugar, por porque estava emJo emJog go a def esa esa de uma uma preten pretendi dida da heg hegemonia monia do mercado
religi igio oso que que passa passava va a oferece oferecerr, a uma pa parrcela significativa da popula~a popula~ao o, urn produ roduto to de gran and de acei eita~a ta~ao o pop opul ular ar portanto rtanto capaz de prov provocar ocar uma redefini~ao redefini~ao desse mesm smo o mercado, mercado, 0 que de :re :ressto acon acontec teceu eu.. Em segundo segundo I.u I.ugar,e possivel possivel que a classe me med dic ica a em ger geral tivesse tivesse cer certa parce par cela la de responsabili responsabilida dad de, ai ain nda que subr subrepticia, epticia, na 'onc once eitua itua~ao ~ao do que que seria a "fal "falsa medicin dicina" a" para para os legislegis1 do dorres es,, para assim assim pre preserva servarr a ex exclusi clusiv vida idade do merca mercado do dura ura.. E prov provav avel elm mente ente nao viam via m, combons olhos olhos , esses . " tll"a tll"ande ndeiiros" soltos por ai ai pres resc crevere verem m bebera beberag gens de Lode.. specie e uma infinidade Lode infinidade de chas, preparad eparados os comas vullgare aress folhas folhas,, caules caules e frutos frutos encontra ontrados dos na rica rica l!llli vu tropicos picos,, 1 1 0 1 ' d s tro Para Pa ra condenar ondenar alguem alguem pel elo o exe xercicio rcicio da denomi denomi- \ "f ~1I8m a edicina", icina", deve dever~se-ia condenar antes tambe tambem II H I I \ LllllillII popu Ll pulla~ao de baix baixa renda que que se vale perman permane enII Ill( Illll,, d urn conhecime conhecimento nto ex extten enssivo dessas dessas plantas plantas I II iLas asv veze zess cultiva cultivadas no noss quin quinta tais is de suas moramoraII,, f III UiL 11111 prada dass em pequeno pequenoss f eixe xess na nass muitas muitas bar barracas 1) 1 1 'ompra l'il \ lizu lizudas das ness nesse e tipo tipo de comer omercio cio.. Elas Elas sao sao ver· I IIl IIl1dl l'I 1 H fm fm''ma maci cia as da pobre pobreza. E nao nao se creia eia que que pa p ais e lHn nto topr pre escrevesse screvessem ou prescr screvam evam outr outras as I I I II I - d < -I:lH nao o fossem, fossem, qua qua:se se semp mprre, do co conhecimento 1 ' 1 1 1 1 1 Lilliqu na uando atend. atend.em a uma clie lientela carente carente O ll u l 1 1 1 1 P Ol Ca a, quando doss poder poderes publ public ico os, I II I l l lllliiiH L I ia do tipo tip o de medic medicina ina alternat ternativ iva a nao e somente I~FlS I~ FlS ldlll por sace sacerdote rdotess da reli religiao af ro-brasileira. ro-brasileira. Basta 1 ' 1 1 1 1 . ('lld ouco as zona zonass ma maiis care carent ntes es da cidad cidade e 1LH H1" urn pouco f II q I 11L trarr verdade erdadeiro iross far farmac maceuticos uticos popul populare aress, 1 '1 1 1 / 1 ( n 'ontra memoria oria urn urn mime mimerro se semc mcon onta ta de medi medi- / I I H II d () d diferentes tipos de doen~a doen~as, prescrevendoJ ara diferentes " 1 1 11 1 ( ilL il L simples mples dores de cabe~ cabe~a, a, dores dores de I III JIll ,' / / 1 fl Cura das mais si aLedas mais estranh~i estranh~iss manifesta~6 anifesta~6es es da anemia anemia 1 I I 1 I 'I - if f ll, nto os miserave miseraveisde isdespr sprotegid otegidos os da perife periferia ria.. "I' Iii ' / / I d tant minada da "falsa falsa medi medici cina na" " nao e ou outra tra sen senao a A d( nomina ( \ l'(llId Idc cir ira a me medic dicina ina da pobr pobreza eza'.
a
Bitt tte enco court, urt, ao delim imita itarr 0 camp mpo o religio eligioso af rorobrasi rasillei eiro ro,, julgou gou--o simi mila larr ao da dass reli religi gi6es 6es dit ditas reve reveladas e ocident ocidenta ais is.. To Tod dav aviia, nao nao se deu co conta de que que os sistem sistemas as de cren~as cren~as sa sac diferen iferenttes e po porr iss isso o mes esmo mo a rel religi igiao ao af robrasile brasileira jam jama ais po pod der eriia corres correspo pon nder der ao modelo oc ocidental, tal, e que 0 acont conte ecer re religios igioso o, nes estte cas caso, requer r equer e depenpende de urn urn conjunt conjunto de pratica ticass e de sab saberes trad tradic iciionais agindo, agindo, or orde den nada adament mente, e, em fun~ao fun~ao da manifesta manifesta~a ~ao o do sagrado. sagrado. Em outras palavr palavras, as, se a religiao afro-brasilei afro-brasileira estiv estivesse enqu qua adr drad ada a no pad padrao ocidental, ocidental, provavelm provavelmen ente te nao ser seria co con nsi sid derada rada agre agressiva ssiva it ordem ordem publica, nem se se constitu constituiria iria num atentad tentado o aos bons bons costum costumes es e, muit muito o menos, menos, seri seria a ofens ofensiva iva it saude public publica a. Entre Entretanto, tanto, gara arant nte e Bittenco Bittencou urt rt:: ...s e os responsa ...se responsavveis por t al cult o , p aralelame ralelament e ao cerimoni rimonial al r eligios ligioso , invad ir em out ra ra es f era de ativid ativid ade (e x xeer cicio cicio d e med ici icina e da f ar maci macia, do hipnotis hipnotismo, a prat prat ica da mag magia e seus so sortil rtileegi gio os , 0 usa d e talis talismiis e car t t omi' omi' uwias uwias para d es pe pert ar sentime ntimentos de 6 d di o ou amor Y Y (sic (sic!), ent iio iio , em ta taiis ca caso soss , se sem m duvi duvid d a ser iio iio peer igosos p igosos e estar iio i io co contr ntr avin avindo a ord em publ publiica e aos bon bo ns cos costumes , inc incid indo indo na sanqi qiio io Legal.5 Legal.5
Assim ssim, por por exclusao, exclusao, e certame rtamente nte;sem 0 dese jar, jar, qua quase ter ermi mina na por def inir nir os ing ingredie dientes ntes fundamenta fundamentais da estr strutura relig eligio iosa sa af ro-bras o-brasil ile eira ira. Para alem do do atendime atendimento ao nivel da f e, 0 Candomble ndomble prescreve, prescreve, ate ate mes mesmo por por conse c onsequen quencia cia disso,aos disso,aos que ali buscam buscam paliatipaliativos para seus eus problemas oblemas existe existenciais, 0 necessario cessario tratament mento o de que que se julg julgam am nece necess ssita itado dos. s. Nest Neste e caso caso,, 0 element elemento magico gico comp completa leta a efica eficacia das plantas plantas medimedicina cinais ou empres mpresta ta a outra outrass ta t antas, ainda nao identi identificadas pela farm farmacolo acologia, gia, a eficacia eficacia simb6lic simb6lica a, indispensave indispensavel para seu se u us uso o no contex contexto rel religios gioso da cur cura. Com esses esses ingr ingredient ntes es,, es esp pecialm cialment ente e em epoca poca de maior maior rejei~ao rejei~ao aos cand can dom ombl bles es da Bahia, Bahia, era extremame extremamente nte facil consid conside eralos "ant ntrros de feiti~aria feiti~aria e brux bruxaria" onde onde emb embus uste teir iros os se
valiam da "fa valiam "fals lsa a medic mediciinfi" fi"pa pa~ ~illudibria illudibriar osin osincautos, cautos, para usaI us aI'' osconce osconceitos itos corr corriqu ique eiro ross;c()mque se def def inia inia a religiao do negro na Bahia. ahia. .3 :~ Era tambe tambem m nat1 nat1,lr ,lral al que que a justi justiya ya refle refletis tisse se a 'onfus 'on fusa ao que que se estabelece~ stabelece~' na socie socieda dade de baian baiana a da priimeira pr ira metade tade deste deste se seculo, culo,entre entre a nOyaod nOyaode e feitiya feitiyaria ria pniitica pn tica rel eligiosa igiosa dos candomble candombless da Bahia. Bahia. Alias, essa 'onf usa sao o aind ainda a rea eaparece parece,, vez' vez' pOl pOl' outra, outra, nas avaliayoes q L f' ze zem m os men menos avlsados avlsados,,.em grup grupos os que que disputam I Ima f atia do merca mercado do religios religios,Opopu Opopular lar ou entre entre os que I I rd rda arn uma uma ponta ponta de preco precob.ceito contra contra as manifesLncos Ln cos relig ligiosa iosass originar iginarias ias:: das cultu cultura rass afric african anas as Lmnl:: ::llporta portada dasspara para 0 Brasil:6,:,:.. Essa indef indef iniya iniyao seri j jia ia com como uma uma luva luva aos aos llll,~ r 8S S dos que se identific identific'av avam am exclusivam exclusivamente ente com II Illoclel oci ocide dent nta al de soc sociedad. dad.e, e que pOI'isso mov moviam tll'Ill \ \ 'OH m def esa esa de uma pret~ pret~ndida ndida hegemonia gemonia de uma uma l'IJILII LIIII'I0I id ntal nos nos tr6p tr6picos, Na com compo possiy8 y8.osocial .osocial EJ.J.-a;Bahia Bahida a primeir primeira a metametatI( tI < H L sec se culo, ulo, parece pareceq~~.e ~.e havia havia urn urn segme segment nto o 1 ratario a formay8. formay8.o o de uma sociedade sociedade L I ' I am nte ref ratario q ll( nb' rves esse se elem ement entos os de PTocede ocedencia nao europe europeia, ('1) 1)11 111 1 S oriun iundos dos do contine continent nt..e africa africano no que, que, paulati paulati-11 / 11 / 1 1 11 nt ,e quase se sem m controle controlei,comeyav comeyavam am a compor compor e a dl IiI i I' os cont ontornos ornos essenciais essenciais~ ~a socied sociedade ade e da da cultur cultura a l)lli Int'l. E, ness nesse e se sentido, ntido,_ _.o J~ J~dombl domble, e, como como fonte de 1 \ pI' 8Ha 8HaO O cultura ulturall de parc parce ela~ la~~mbem repres represent entativ ativa a da Jl( l())IJOIl-H;;a ;;aO deO Salvador; Salvador; era~~ ra~~]]:nstituiy nstituiy8.o 8.o mais mais visada visada a sociedade IHl Hlrrf llll1 l1n nto sign ignific ifica ava ve. ve.rdf l.d_~iil ~iil? ?,afronta sociedade que III p I' 't ndi ndia a ex exclu clussivamentec:~9 ivamentec:~91ica, 1ica, Era ra,, evidentem~nte,· videntem~nte,·~parti artirr da ileg ilegal alid idad ade e da Ilollo llolr \in \inada "pratica "pratica de teiti9ateiti9a-':; :;;;;:;falsa 'falsa medicina", embunOy yao igualmeri igualmeritte-· -·p p-. nceituo nceituosa sa de "falso "falso ou I.ldllH na nO 1 1I IiIixx o sp spir iriitismo" smo",, que s~arma s~armaf f ~ e se articul articulara aram m estraestral. I l \ \ ill F; de re repr pre essao ssao e reje rejei9 i9--aci;s ;s~ ~9svalores valores religiosos, ja / /II l'1'O-hrasile ileiros,de de que que a. a.p'~ise se~ ~~ao policial policial aos aos terreiros terreiros
de candombles candombles da Ba Bahi ra sua vertente tente mai mais ag agrressi siv va e visualiz isualizada pelos vei eic culos de comunicaya unicayao o de massa massa.. E para para melhor lhor clas asssif icar icar os candomble andombless com como o pratica aticass ilega ilegaiis, a sua ca cara ract cter eriza9 iza9ao ao como como "baixo espiritismo" espiritismo" ser ervi via a tam amb bem para para garanti I' 0 exer xerci cic cio do espiritismo espiritismo - 0 nao nao baix baixo o - certamente 0 que man manipulava ipulava urn discu discurso rso mais mais elabor elaborado ado e segura segurame mente nte f re requ que enta ntado p.oralgumas p.oralgumas pes pessoas soas "defino trato" trato" alem, alem, evid evidentemen ntemente, da presen presen\(a \(a mais mais signific significativ ativa a de tantas tantas outra outras pro rov veniente nientess da classe classe media. media. Nao Nao era soment somente e uma questa questao o de conteu conteudo do simb61 simb61ico ico,, de urn espiritism espiritismo o mais mais refin finado na sua linguagem teo16gica teo16gica e roupagem roupagem social, social, seguindo mais mais de perto perto a doutrin doutrina a de Allan Allan Kardec, Kardec, em oposiyao siyao a urn espiriti espiritism smo o mal mal verbal verbaliza izado, do, mais mais flexiv flexivel el e menos ref ratario a incorp incorpora orayao yao de outros outros ensina ensiname men ntos e influencias influencias magico-re magico-religiosa ligiosass diversificad diversificadas. as. Havia Havia,, nisto nisto tudo, tudo, a rela\ rela\ (ao de classe lasses soc sociais reproduz produzida ida no cont contexto xto das das dis disputa putass religio ligiosas e qu que colocava locava a popula9ao pobre pobre - e neg egra ra - e a classe classe media baixa, baixa, como praticantes praticantes de urn "bai "baixo espiritismo espiritismo" que que se conf confun undia dia com com as pratic praticas as f eitichistas e que que, pOI pOI' isso mes esmo mo,, devia devia ser extirpad extirpado o dos meios soc sociais. Ha dejulgar dejulgar que 0 surgimento surgimento de grande grande numero numero de Centros Centros Espfri Espfritas, especialmen specialmente te em epocas pocas de maior persegui\ (ao aos candomble candombles, revela revela,, de maneira neira ba bast stante ante clara, clara, a astuc astucia ia invent inventada ada e utiliza utilizad da pelo neg negro para que sua religiao escapasse escapasse ao cerco cerco permanen permanentte que the the f azi aziam as autor autoridades idades polici policia ais que respo respondi ndiam am pelos pelos inte interesse sess e ideais ideais das classes mais mais abastadas. abastadas. E evidente evidente que a denomina denomina9 9ao "baix baixo espi espirritismo" itismo" era uma constru\(ao constru\(ao verbal de fora fora para dentro e a dicotomia estabel estabeleci ecida da criava criava campos campos semant semantico icoss bem difediferenciados. renciados. De urn lado, lado, ou em cima, cima, melhor melhor dize dizendo, ndo, uma uma religia eligiao aceita ceita e prote protegida gida.. Do outro outro ou em ba baixo, uma uma out outra, numa uma escala scala valorativ valorativa a que que pare parecia tomar pOI pOI' paramet rametro ro a maior ou menor menor influencia africana. africana. Quanto maiis prese ma esen\ n\ (a (a af rican rican a mais mais baixo 0 espiritismo. espiritismo.
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De qualqu qualquer er man~i man~ira, ra, foi uma uma te tentativ ntativa de rela·tiv tivo o"'sucesso' sso' oacoh~rtgth acoh~rtgth~ ~rtto tto'dareligia religiao o' afro- bra brassileir eira com omurn urn nome nome de "fantasi "fantasia" a" com a denomina denomina~ao ~ao de Cent ntrro Espi pirita rita,, Eviden Evidentem tement ente e que nao nao se podem podem obscu obscurecer ecer as sem se melhan~as existe xistentes ntesi: i:ln lntre tre esse essess dois dois sist sistem emas as de cren~ cre n~a as em que que pese pesem m suas suas orig origen enss dist distin inta tas. s. Elas Elas erv rvira iram m a prop prop6s 6sit itos os osma osmais is difer diferen enci ciad ados os e 0 negro -'oub ube e de man manei eira ra pers perspi pica caz z se servi servirr da situa situa~a ~ao o para produ duz zir respaldo respaldo legal que asseguras assegurasse se 0funcionamento 10 culto ultos afro-brasileiro afro-brasileiros. s.;; Todav Todavia, ia, nao nao tar?o tar?ou u a iden identif tifica ica~a ~ao o do "baixo spiri piritis tismo mo" ", compratica com praticass de feiti~ari feiti~aria a, bruxaria, bruxaria, embusembusfallsa medicina, numa~ numa~formidavel confusao conceitua conceitual I .i 0 e fa qu . rv rviia aos prop6sitos prop6sitos da repressao. repressao. o j joornal A Tard Tarde e:de 29 de mai maio o de 1923, 1923, numa uma agem m com 0 titulo "N() "N()Antro Antro da Feiti~aria Feiti~aria", ", desvenda I'( I l'tage prop6sito dq disf arce dos candom candombl ble es em i \ \ c I J uncia 0 prop6sito piritas, tas, 0 jornalis jornalista, ta, ap6s ap6s se referir referir ao caso caso de () ( \ 1 1 1 .1 '0 8 Espiri 1 1 11 1 [ 1 III ya que, de pe pes e milos acorrentados, acorrentados, gritava gritava e se cse esperadame peradament, nt,e (urn (urn laud laudo o medic edico o do Nina ina !II illiL ill dcs HIldI'ifif'' u s diag diagnostica nosticarra eistar ela louca louca), ), e tax taxativo na 1 1 11 t I Ii tl9 l9a aOdos candombl candombles es como como pratica pratica de bruxaria:
da sua sua ex exttiny inya ao de emp nh nha aram papel pr prepon epond derante rante na for formay mayao de uma men enttalid lida ade hostil aos cultos cultos afrofrobrasile brasileiros, pois ac acirr irra avam diariam ariamen ente te os animo animoss de uma uma socieda sociedade ja locup locuplletad tada a de preco preconc nce eito socia ciall e racial. Os candombles, entr entre eta tant nto, o, se seg guiam em frente frente com suas suas estrate estrategias ias de resist resiste encia cia,, quas quase e sempr pre e ev evitando itando 0 confronto, fronto, "e nao se atrapal rapalh haram aram", ", como re rellata ojo ojorna nalista: lista: Par a fug fugir ao cer co, utili tili zar zar am-s m-se d e um " true true" r eabr eabr iram iram, nao mais como " cand ombl omblees" e s im im como "eeentr os "e os espiritas spiritas" " , for ji jieeando estat tat utos e f a ze zen nd o-os o-os r egis gistrar , prac pracurand urand o acob cobeert ar-se r-se no par agra agra fo co con nst itutucio cional que que asseg assegu ura 0 liv livr e e xe xer r cfeio cfeio d e t odas das as r eligioe ioes. A f eit iqaria , ria , nest a nova mo mod alida lidad d e , con cont t inua nua pernieiosa rnieiosa , r e pe petind tind o-se as cenas horr ipil ipilant es d e out rora. rora.
Para Para demonstrar monstrar a verac veracid ida ade de su s ua afirma afirmativa relata 0caso de de uma mocinha mocinha que que, em uma uma casa casa de aspect aspect~ misera miserav vel, no bairro irro da Massar Massarandub anduba, a, estava sendo tortura torturada sob sob pre retex texto to de tr trata atamento nto pel pela ciencia oculta, oculta, Em mater materia ia seg eguinte uinte,, come comenta 0 suce sucesso sso da da policia licia ao conconseguir seguir fechar "0 antro antro da Rua do Impera mperador" dor",, em re reporportagem no mesmo mesmo jornal, jornal, do dia dia 2 de de jun junho ho de 1923 1923:
N esses esses antr os os d e feitiq feitiqaria , dispe disper sos pela cid ade ade , ond e oco oc orl rl'e 'em m cenas mor istruosas, struosas, impr essi essionant es , es , nao raro raro viti tima man ndo os impr~d ent es que se se pr est am am as bru x xaria ariass.
A indu dusstria tria pr os pe pera , ra , e os " pa pais-d e-santo" anto" , fals falsos " mediuns" diuns" e que ja jando ndoss multipZic multipZicam-se, am-se, levand levando o vida vida farta farta a cust a d as as suas uas pobr es vf tirr tirr ws, w s, eegas pela ignoranc norancia ou temo temor r su p peer sticios ticioso.
jornalist lista a garan~~ ran~~que que uma campanh campanha a cerrada o jor (Ill i m pre pren nsa foi respons responsave avett pela perseguiyao perseguiyao policial policial aos ·lIn Ind dombles. bles. E evidente evidente qu~ qu~essas essas materi materias as jornalis jornalistica ticass ('(llllt ('( lltra raa a existe xistencia dessas dessas co: co:inunida nunidades des religio religiosas sas e a favor favor
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d o (eit iqo
Ont em, 0 Delegado Delegado Lus Lust osa d e Aragao Aragao,, re rees eser er eveu do mar na d evida vida eonsi eonsid d eraq raqao a come comemora moraq qao que que f oi oi f eit a pelo seu co collega da 3" de deleg lega acia, r elativ lativame ament e ao caso da rapa rapar iga Marie Mariet t ta , que f or a eneontr ada ada louea , com pes e e euj mao aoss aeo aeorr rr ent ados ados , euja a loucur a pr ove vem m d os os t r ra tament os a que que f oi subme ubmetida tida numa numa r oda oda d e eur and and eiros iros que que se d izem izem es pi piritas, es est t abe abelec ecida ida co com m co consult nsult 6r 6r io a rua do I mpe mper ad ad or or n" 78. Para a d ilig iligencia f oi escalad o 0 t enent e polic policiad or Ric Ric ar ar do do Gonqa onqallves, que que f ech echou 0 aludid o antra es es p piirit rit a, i nti ntim man ando do os se seus us e xplor ador ador es a mudar mudar em d e vid a. a.
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d o (eit iqo
A pOli~~ ~~~i ~iii.I1~ .I1~d d e- ' "" ": :'.•• • . . , , . . _ ~ . :'. "" ": . r eapa , ,r r , d ema mass ,
a~I' ir ma ma a 2" d e l eg egaaa aaa . pelo ' ' l " consult 6 6rio", r io", poi oiss os curande urandeiros iros - segU l' d d os e vl " " .t e' serao vlg gwdos.
Finalm Fina lmed ed , .. ..,,. c " : r ' c d ~ . " ." . ..,~,: ~,:': ':''o;~~ ~~~ ~z:, :,suce sucesssoa 3 Delegac Delegacla la,, com a.t va varn rnda da que qu e fo~ fo ~ i f~~ta f~ ~ta~ ~ ~6s ~6 s ? 'p' 'p ' rete ret e nsos" nso s" c ent en t ro d .----. ~~--""-" " s eSp eSpll' rI"tas -oss e as san~6 san ~6es es qu que e se seus us 1ide idere~ 1 an o-o , of reram reram::~:.s~ s~~: ~: .•{.2 - 'ii;. ~
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A 3 de delli f f i[{~l i[{~l f f ~ont ~ont em ,
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Ali esti ti~ ~~~' -:' -:' E ~~; ~~;~d is-d e-santo anto" " int imad i mados os,, sen se ndo os pn~elr pn~e ;t ~olau Pa Para rag guas uassu de S ant ' ' Anna pr p r esld esld en_ , ....~... .. .....4' ' '' ' A Am mor Car idad e e Jus Just iqa" : A pouci uci~ ~~~ f~ f~?:i ?:i J J / f lag agr r anC ia, ia, mando andou u 0 hom omeem em paz, por f!~ paz, f!~:: A Ae, e,r r ' ': ,a ,a ,l? ,l?;;t ;..~~T1 T1..ta tado dor egistr o ci civi vill do " gr upo" upo" , 0 (elt o em ] ,~ ,~ , ,-- f t t e' abr.J abr.J ,' ,' t t; d ii1922.
·~:~:ft :ft: ~}~f ~ ' ~: /1 /1f 'I
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E m s~ s~g gUi Ui~ ~~r O' f ;~H P f .~' t t er r rogado o gadoss Ma Mano noeel Fr ancisc sco o Ma Maia ia e , J J ose Edu( Edu( f f J .' 1;F!. F!.? ?:.l?i§f it it F ] , ,iEig ]Eig ilho , que dir dir igem a ca cassa "A "Am m or e H umlld~~e d~~e" " , a M ( J .!3 .!3 ,a ,ar r andu andub ba., imed iat ament e (echada , d e po polls d e'~ '~"= "=---I ! f f L . - L Laa aau ut oridad e. j ~ \ \;;·i·i~~ ~ ? ~ . ". r u , ,: ' : \ : l ~ ' :~: ·." : j~ . g ! ' ' z£ Vu·t Vu· ud e slt uad o no pr edio no. z£ k k " " - - ' ' , · · · 0 0 > > ~ ~ ~ ~e 0 0 ~ ~ t ud 14, a M a1! 1!..$a1; a1;!!1 / nd nd ' 'u :11 11iii J dir J .' eigid D ~. , pOll' emet no e Jose '-",-:-,,-,:;,,''''''-," ,",,, ' 0 pO Mi' ' -' Lud Lu d ger o d e Mi '-" " ' 'v e impeedido se imp seu u f unc uncio ion nam ameento. Ou t t ro ro
POl' ' ul ultim tim Caridad Ca ridad e ment os , a r ece cen nt eme A aut ori permit am pe r egi egistr o ci
A impre prens ns r~ada ada sati satisL i lidisf ar~ Iilima linguag age em qu prcc ccon once ceiituos oso, o, mu~
/ J , ,t t ant e d o " gr upo u po F e, e, E s p peer anqa e " " " M ont ont ' 'S S e rra rrat, t, pr est est ou escla clar r eci / e§~at ut os os que que (oram r egi egistra trados dos
, ,llninh nha ando as d ili lig gencia iass " " - - . 0 da dass casas , ampa ampar r adas adas
que pelo
'~9ticiava, '~9 iava, com de detalhe talhes e ~"entes ntes batidas batidas policiais i~!i ~!id da, atrave atraves de discurs~ ~ros rosse seiira rame men nte ir6 ir6nico nico na
maneira maneira in ind delicada co com m que se referi eferia a a essas essas vitimas mas do arbitr arbitrio. Ess sse e di disscur cursso, alias, era era tao pre jud judici cial al e danin daninho quanto quanto foram os ho horrores rrores das invas6es invas6es pol policiais as resi residencia nciass de pessoas hum humild ilde es ou as as c omunidad omunidades es religiosas religiosas que surgiam pOl'tod todo os os ca cantos ntos da cidade cidade . A report portage agem m do do j jo ornal A Noite Noite,, de 26 de maio de 1925, xemp mpllo bem tip ipico ico,, em que apare parece essa essa 25, e urn exe linguagem agre ress ssiva iva,, ir iro onica e desres desresp peitos itosa com que os jor jornalist nalistas prepar arav avam am suas materias materias. Com Com 0 tit titulo "NoRei oReinado nado da Fe Feiti iti~a ~arria", ia", ojornalista ini inicia cia a repo reporrtagem tagem,, comomembr omembro de uma civiliza~ao que ja ja nao pod pode ma maiis conv conviiver com essas pra ratticas de f eiti~ar i~arias ias: a gr au au de civili zar zar ;ao a que f elizm izmeent e ati atin ngimo s, s, nao com por por ta ta mais a pr pr ati ticca d e uns uns ta tant nt os at ato os, pr 6 6 prios d os ind ividuo duoss totalm totalmeent e ig ignorant norant es. A Bahia , pO pOl' l' e x xeemp mpllo, mui muito embo bor r a 0 se seu u progr esso esso mat eria rial , , con consser va va aind a a p prr rr iitic tica d e um uma as t antas antas cous cousas , or igin iginr r ir ias d e a f r ri canos imbeci mbeciss.
E conti contin nua a repo porrtage tagem m, tentan ntand do def inir, inir, segunsegundo sua co con nce cep~ p~ao, ao, 0 que acre redi dita ta ser ser ur urn f eiticei iticeiro ro ou paide-s de-santo, anto, des descrevendo crevendo--o em termos rmos agre re..ssi ssivo voss e sem nenhum nenhum cui cuidado de ex e xpor su sua antipa ntipatia P O l ' ess essa a gent gente: a que que e urn. f urn. f eiti itice ceiir o , 0que significa e a que se r edu z um "pai"pa i-de de sa san nt o" o" , t oda ge gent nt e co conh nheece ber n.. n.. Um tipo tipo mais ou menos imbec mbecil il , , po por r em es p peert alhao lhao e com muit uit a voc voca ar ;ao para " SC SC RaC RaC " " , que ap apr r oveit and o-se da inge ingenu nuiid ad ad e d os incautos , lhe lhes e xtorq xtorqu uem a bolsa, lsa, com com meia du zia d e " p pa asses d e es escam camot ot ear ;ao ;ao " , ou lhe lhes intoxica intoxicam o or ganis anism mo co m a a pl plicar ;ao d e beber agen agens nocivas nocivas e pr e ju judi dici cia ais. E sse sse , 0 t i po po em qu quee muit muita a gent e que se diz sabid a e inte nteli ligen gent t e, e, acr edita , em pr est and o-lhes , um pode oder r e uma uma f or r r; a mila m ilag gr osa osa , que eles na realid ad e nao poss ssu uem.
_ .N~st~ .altu lturra da rep epo ortag tagem em,, rec reclam lama a pO pOll' uma a~ao~a. ~ao~a.lls mC mClslv lslva a e ma mais is permane permanente nte da polici policia, a, def de f ende ende oesp oe spmt mtIIsr:r~ da da p~e ~esen~a sen~ad da fe feiti itiya yaria ria e espera spera qu que 0tra rab balho da pohc ohcla la seJa decisi decisiv vo para eliminar minar da ci cid dade, de, de uma vez POI OI'todas, t' odas, essa ~ren ~ren~aj ~ajul ulga gad da POI POI'ele con ond denave enavel: l: Ha t emp mpos os a po poU cia c ia des desta ta cap capita ital, l, enc enceetou cont ontra ra tai tais e xplor~do xplor~dor r es uma se seri rio o. e sanea sanead d or a camp ca mpan anka ka , que produ z produ z LU os melho lhor es r esu sulltados. Faltou Falt ou po por r em ' . . t ' ' . . ' , a per s~s enc~a no. per seguir;a seguir;ao e da dalli ..o mcr emento que ago agor r a es esta ta tomando tomando a f eitir eitir ;aria ria sob {allso {a so.. capa apa..de es piri es piritismo tismo.. ' a At e n~ pr6pr pr6pr ~0 ~ 0 "centr "centro o do do.. ci cida dade de,, a pa par ece ecem todas as manh man has , os ta ta~ ~~ .despacho despachos': s': os paco pacot t es, es, 0a ze zeit it e e quanta bugmgang bugm ganga a eX lst e, e, con co ntri tribuin buindo do {o {ort rt ement e pa para ra 0 empo mpor r calhameent calham nto o da dass ruas ruas,, ja pob pobr r ement e asseiadas ... C ~nv nveerihamo rihamoss ?ue ?ue;; d eveniOs ' e xting xtingu uir d o seio do povo ess essa a clenr;a cond enave navell , , que nao con cond d i z z co com m a civili ivili za zar r ;ao. A pol£cia precisa quanto quanto antes antes vo vollver-se par a os { eiti iticei ceiro ross per segum pe segumdodo-os os,, ex ext t inguindo-os. inguindo-os. '
Con Co nc!ui !uiu u sua re report portag age em afirma firmand ndo o que que "a "allem d pert? pert?,,rba~a rba~ao o do so soss ssego ego da da vizin izinhanya nya, em ta taiis antros 8 p~a ~atIcam tIcam cenas indeco indecorrosas" s",, se sem m explic explicar ar 0 que ele con onssldera cenas indecoro indecorosoas as.. Mas, no penultim penultimo o panigr igrafo afo,, ainda inda presta uma uma pequ que ena colabora~ao a pol policia, icia, entregand entregando nom nomes de pa pais is-dee-sa sant nto o que ele colhe colhera duran durantte a repor portagem: tagem: Fa ze zen nda Gr~ nde ' d do Reti tir r o, o , Cypr Cypriano iano d e ta tall no. Mat Esc~r a , Be Esc Be~ ~nard in in p d os o s Santos Santos,, nos lug lugar es es d e~ominado~ BreJo BreJo do. do. Fa ze zend nd a. a. Q~a~d ~a~d e e Pitan Pitang gueiras, ras, { unccionam unccionam com candombl candom blees,os md w~duos w~duos Bonifacio Bonifacio , , J oao oao e Franci Francisc sco o d e ta tal. l.
A re rep port ortag ag m do Diar Diariio da Bahia, de 10 de janeir ja eiro o de 1929 1929,, int intitu itullada "N "Na as Baixas Baixas Esfer feras as do Feit eitiichiismo ch smo", ", par parec ece e res resu umir to toda da a ide ideolog ologia da ep epoc oca a em refere eferen ncia as pr pra ati tica cass religios igiosa as af ro-brasileiras rasileiras.. De uma ideo ideologia que que se alimentava dotex dotexto jorna jornallist istiico qu que e f azi azia resenh senha a da per perssegu egui~ao i~ao po pollicial aos can candom omb bles es.. De urn texto que nao se li l imita mitava va ap apen enas as a informal informal'' sobre as incu ncurs6e 6ess polic oliciais iais,, com as f amiger igeradas adas bat atid idas as que que invai nvadiam moradas pob pobres e simples e templos templos rel religi igio osos os.. Os autores utores desses text textos os se colocav locavam com como verd verdadeiros guar ardi di6e 6ess da mor moral e dos bons bons costumes: costumes: A Bahia, Bahia, apesar apesar de se seu grau grau de cult cult ura u ra gera rall , , e uma cidade cheia de " mucambos mucambos e candom candombl bles" es" - 0 bai ai x xo o espi spirit rit ismo ismo vai fazendo fazendo ca cad d a dia maior maior num numero de vitim vitimas as.. Nen Nenhum huma a cidad ci dad e do Bras Brasil poss ossue ue ta tan ntos costumes costumes r epr epr ovavei ovaveis como a Bahia. hia. Apesar de ser um dos maio r es Apesar es centr centr os os d e cultur ultura a naci naciona onall , , a verd adeir a cida dade de un uniiver sitaria itaria , possuind possuin d o vari va rias as escolas las supe uper ior ior es , gina ginassio, E scol scola No Nor r mal mal , , colegios e um sem se m numer o de esc esco olas pri prima mari rias as , r eunidas eunidas ouiso ouisolad lad as , as , a Bah ia ia poss ossu ui ai ain nda um grand e coe f icient i cientee d e arwl farwl fabetos, milhar es es d e pessoa ssoass entreg ntregues a ig ignor ancia ancia e a tod as as as co con nse sequ queencias, de sse estado d e cegue cegueir a menta ntall.
Em segu seguida, da, 0 aut autor da re report porta ag~m re rep produ duz z ou traduz tradu z, no se seu u texto, xto, 0 que que cer ertam tamen ente te era era a visa visao o geral eral que se ti tinh nha a da relig religiao iao af a f ro-bnls -bnlsiileira. eira. Isto e, uma gros ros-seir seira mist istur ura a de mag magia neg egrra -ninguem -ninguem explic explica a 0 que que e essa essa mag magia negra - com f alsa alsa medicin medicina, a, tudo tudo issa a temper emperar e dar sentido ao que que se chamou chamou f reqii reqiien enttemente de "baix baixo o es espiritismo piritismo": ": T hmos hmos em primeiro primeiro Luga ugar, r, a assin assina alar os pr e juizos dos pela ex pl ex plo or ar;ao a r;ao to tor r pe do baixo baixo espiriti spiritissmo mo..
cau ca usa-
Sao pr pr aticas ticas f etichi e tichistas stas,, ori oriu undas das d as as t radir;6 radir;6 es a frica fricana nass par a aq ui par ui t ra nsp spllantadas com a escr avat avat ura. E st e
f etic tichis hismo , ass assoC iad iad o aos process processo os deturpa deturpados dos do es pi piri ri-tLs tLsmo e do. magia negra , e pr titic titicado ado nos cando candombl mblees qu quee se acham es pa palhad lhados os por por todo todoss os r ecantos cantos escusos do do.. cid ad e , zomband ombando o contin continuam uament entee do. uigila uigilanci ncia a polici policial al que que , apesar d e pouco efficiente, efficiente, tem surpreendi surpreendido do em flag~ant e mais mais. de uma uma dess dessas as estr estran anha hass asso assocciar oes , funcwnando , tard e do. noite, noite, em antros antros nauseabun nauseabundo doss e d e as pec pecto to horripila horripilant nt e. e.
Na parte parte seguirite seguirite da reportagem reportagem,,
jornalis jornalista ta
0
creve, ve, sem duvida, duvida, uma sessao espfrita seguramente seguramente I cre inf lu lue enc nciada iada pelos pelos chamado chamadoss Candom Candombles bles de Cabloco Cabloco.. 0 ( xorcis cism mo para a expulsa expulsao o de espfri espfritos tos nao e uma pnitica pnitica p( rmane rmanen nte da religiao religiao::afro-brasileira, afro-brasileira, embor embora a possa possa ( II IIJJ)ora ora,,di dica camenteacontecer: menteacontecer: A impr ensa , ja pOl pOl' diuers diuersas as uezes, uezes, tem descri descrito to es essas sas sessoe se ssoess d e satanis satanismo ou pratic praticas as diab6l diab6lica icas, s, ond e 0 che f e do. t er riue riuel comunidad comunidad e , chamado, entre elle elles " pae pae de sant o" o" , pratica pratica os e x e xo or cismos mos , a expulsii expulsiio de es pi piritos ritos mau auss ' Tile Tile se a p possa ossam m d os co corpo rposs d e muita muita gent e. e. quee adm qu dmir ir a e a' ' cconuic~ii c~iio o d e que que as " uitima timas" s" f ica icam possu J das po das d e que que tr a z zeem no corpo 0espirito espirito d e um ca cab boclo end iabra brad d o. E nesse es estad tad o d e auto suges ugestiio , tiio , grit am , ge gesstiticulam , i mi mita tam m as ·voz vozees e 0 pas passo dos animai animaiss at e que que , orn p pete eten nt ement e surrados urrado s pelo " pae de santo" , arma rmad o de fo fonni nnid d auel chic hicot e , uoltam ao estado nor mal, absollutam abso utameent e liur es do es pirito que os atorme atorment ou. ou.
Nos para paragrafos grafos seguinte seguintes, s, 0 jornalist jornalista a se sursurJ l l' O / 1d 1d cor orn n a quantida quantidade de de cando candomb mbles les onde, onde, diz ele pnmentess se repete repetem m todas todas as noites noites em (H1.1l8 . nas depnmente v t'i) i)!:l !:lba baiirro ros, s, ern lugares lugares quase quase ermos ermos,, e onde onde s6 se se I t J}on onLn Lnm m algumas umas casinhas casinhas·pobres pobres e rancho ranchoss misera miseraveis veis". ". . Muito menos menos paraena: paraena:Itec Itecer er do que que para triputripudIHt', com ome enta a for~a for~a e a infl influe uenc ncia ia que que 0 CandombIe t'cena imag agina~ao ina~ao de seus adeptos, geralmente, geralmente, segun(I X do cle, "ge gente nte de baix baixa a e~tir e~tirpe pe,, mas mas onde onde nao nao e raro ( ncont ontrrar pessoas ssoas de urn urn m~io m~io evidente evidenteme mente nte melhor melhor" ". E It
..
,
descreve descreve, corn corn re rellativ iva a riq iqu ueza de det detal alh hes es,, 0 que ev evide iden ntement temente e ass assitiu er ern n uma dessa essass se sess6es ss6es,, av ava an~an and do ex expliplica~6es ca~6es sobre sobre rea rea~6es psico icosssoma somatticas dessas pessoas, 0 que foge foge das pre preocupa ocupa~6 ~6es es imediatas desses pr prof issionais: issionais: Esses Esses cr ent es es f eruo ruor r osos da dass prati ratica cass do ba baixo espi spir r it it ismo , mesmo quand quand o a f ast ad os dos pati atio os on ond d e r e f inam a sua perue peruersiio rsiio moral, moral, si siio io const ant ement e atacadoss de um atacado ine inespe sperado rado f en8me n8meno d e sugestiio, acess esso os d e " transe" transe" , em uirtud uirtudee do que soltam soltam gr it it os, palaur as d esencontr adas das , fazem gestos muito par ecid ecid os com os f en8 menos e pile pile ptic pticos de histeri histerismo. smo. E'o es pi pirit o d o cabo cabocclo qu quee lhes lhes ent r r ou pelo corpo corpo a dentro dentro,, afim afim d e t ortur a-lo -los pOl' um ce cer r to to t empo mpo.
Na parte parte final final da re reportage portagem, m, ojor ojornalista nalista explica explica que esse tipo de sessao sessao aconte acontece ce ern mo morradas cole oletivas ern ern que que os habit habitan antes tes que que dela na nao par articip ticipa am "perde rdem a noite, noite, suporta suportando ndo os gritos gritos e 0 barulho rulho ens ensurdeced urdecedor or do que se julga endem endemonia oniado" do". Depois de de afirmar afirmar que que essas pratica praticass de fetichism fetichismos os sao bem bem reve revelladoras doras da ignorancia ern que que vivem as camadas camadas mai mais baixas da popula~a popula~ao o de Salvado Salvador, r, sugere sugere,, como como em quase quase todas as reportag portagens simi similares, uma a~aomais a~aomais energica e ef etiva da policia pa para que que se elimine eliminem, m, de uma uma vez vez por todas as,, essas pratica ticass que dep6em dep6em contra contra a cultura cultura e civiliza civiliza~ao baiana: A freqilenc freqilencia com que que se pr atic ticam "des pach pacho os " e outr os sortilegios , esta r euelan land o pOl' sua uez , qu e 0 po pou uo humild e esta sta send sendo o uiti uitima ma d os os neg egr r os os ab jec jecto toss qu quee uiuem d e e x plorar a boa fe , fe , a fr aque que z za a d e animo nimo e 0 es pi pirit o fac facililmente sugestionaue sugestionauel d aque aqueles qu quee lhes caem na nass ga garr rr as. A policia de cos costumes tumes d eue eue or gqni gqni za zar patrulha trulhas af im d e apreender esses sses antros d e perdi~ rdi~iio chama amad d os os " candomndombles" bles" , prendendo e pr oce ocessan and d o to tod d os quant os se d edic dicam a es essa sa indus industri tria a d e e xplor xplor a~iio a~ii o a inge gen nuid ad e e a ignorancia rancia das almas almas fracas fracas..
Essas Es sas reporta reportagen genss eram eram, evide vidente ntemente, nte, lidas lidas e com co menta ntad das nos meios meios religio religiossos af ro-bra o-brassile ileiro iros e nao
('Hltouquem ouquem,, em rep represa sali lia, a, usas sassse doex doexp pedi die ente ma mag gico , nt ntra ra esse ssess de dettra rato torres, "despa espac chando hando" " algun lgunss eb6s em red da~a a~ao o dos os j jorna ornaiis, ce cerrtam ame ente ped pedind indo o a Exu Exu ('I' nte a re pn ra ama mac ciar iar ou fa faz zer cal calar a lingua ngua desse dessess inimigos. inimigos. Arep Are por orta tage gem m do jorn~ jorn~IA Tarde de 30 de ab abri rill de I~)'5, igualme lmente re redi digi gid da de maneir aneira a preco preconceit nceituo uossa, unc cia a pre resen sen~a ~a de boz6s boz6s em frente frente ao predi predio o do III l1un jornal. Co Com m 0 titulo tulo' "Fei Feiti~ ti~a ari ria as e fe feiticeir iticeiro os", " de de rido jorn 1 1 " 1'111 te 0 jorna ornalista lista que "e "ent ntrr,e urn pov povo o que se diz civiliy ,l I d o , sim imp ples esm mente nte abomina abominavel a prat ratiica de fe feiiti~ar ~aria ia e ,nil r ti~ ti~6 6es" es".. Depo Depoiis de af irm irmar que pO pOl'var l'variias vezes ( , I t lmou a ate aten\ n\ (ao (ao da policia par para a 0 ass assu unt nto, o, di diz z que que "em (nos nossa) sa) re red da~ao ja j a se torno tornou u hab abit itua uall 0 apare arecici1','1 IlIlLL lilt li tad das as manhas manhas, de pa paco cotes tes com mi milho lho,, az aze eite, lito to ta 111'11' 'I f 'arof ia,que ia,que os crent crentes es em tais bu bugiga gigan ngas cham chamam am os" ". E conc onclui lui 0 jor jorn nalis istta de deso sola lado do:: "Conve "Conve-ill IInH nHppF l hos 1I 1 1 1 1 1 l\ I l A u tudo tudo''ist isto o e'devenis depriment eprimente e pa para ra os no noss sso o I I I Ii 1 11 . 1l1l /1 /1 ( ) policia policiam mento nto notlir tlirno no,, com urn u rn pou pouco de boa boa ' ," 11 1 1 1 1 1 1 1 , b m poder poderiia pOl Ol'' a ma mao o em sem seme elha lhant ntes es fe feiti iti- j j""d"il ilH H,
.. ",
I£x £xu u a j judou udou a ganh ganhar ar,,essa guer erra ra,, e a liber erdad dade e oi eon eonseg seguid uida a ai aind nda a que que tard tardia .., .. , l / i/ ji j i o S B f oi equ ue, no volumos lumoso o materia ateriall cole colettado sob sobre o certo eq ssao o po pollic iciial, quase nab se encontra urn disc iscu urso II I'( p I' ssa favo vorrave avell aos can and dom ombl bles es,, Os jorn jornalis listas 1 1 1 ) ( I'tamente fa umbiam m-se de suas suas tare taref as as com como o se f ossem ossem ver verdadaII. Hin umbia II( i ,. agentes age ntes policiais policiais. Quando uando nao se antec teciipava avam as lIu uncias publicas ublicas de pessoas que que se se diziam iziam incom incomodadas d t lI (ao das das pra rati tica cass re reli ligiosas giosas afro fro-br -bras asil ile eiras, il \ 1 1 ' 1 realiza \ (ao II 'orn rnp panhava nhavam m as batida batidass e dava davam m co con nta, no no dia se seguinte, uinte, IlI1S suas ma matter eria ias, s, das inves nvestid tidas as polic liciais que assi assist stiram iram judarampara mpara 0 suces ucesso da-re rep pres ressa sao. o. IIU l:l, judara Esses jor jornalis listas tas dificilmen ficilmentte poder eriiam se colocar locar 1 \ 0 la lado do dos dos candombles candombl es pois, pois, se ass assim im pr pro oce cede desssem, sem, C'((lrt C' rta ame men nte perde rderia riam se seus us-- empreg mprego os. Exe Exerrce cend ndo o a prof issao num perio period do de poued ued'sveic eicul ulos os de com omu unica~a ica~ao o, 1 '(
esse ssess pro rofis fission siona ais rim I t absor orv viam 0 diseu seurso rso dos seu seus patr6e tr6ess e en encaravam r a li li..da dade de social como como ver verd dadeir eiro os re repr prese esen ntan tanttes do cl c lasse dom domiinante. Cont ontudo, udo, rea~ rea~ii5 s e atitud tude es fav favora orave veiis ou ou,, pelo men enos os,, mai mais si sim mpatic ticas as aos candomb candomblles as ve vezes vinh vinha am de po poli lic ciais que prova provavelmen entte mantinh tinham am re rella~6es mais estre reit itas as com com ess essas as com comu unida dade dess re relligiosa giosass. Muit Muitos os deve deve-ria riam tel tel' compr compromi misssos ma mais is formai formaiss e mais mais profu rofund ndos os com com os candom candombles, bles, para arrisc arriscarem arem,, vez pOl pOl'o 'out utra ra,, alguma rea~a a~ao o que pudess udesse e dificu dificulltar as mano anobras bras de sua sua corp orpor ora a~ao mili militar tar. o jorn jornal al 0 Estado da Bahia de 13de f everei evereiro ro de 193 1936 relata elata, numa numa materi materia a in inttit itul ulad ada a "0 can and dom ombl ble e ia ser ser acaba cabado" do" com 0 exp expllicativo sub subti titu tulo lo "mas 0 sup upllente nte de comissar missario io as pres p resssas aviso avisou u tudo tudo", a at a titude tude do policia liciall Jos ose e Go Gome mess Fe Ferrre reiira ao av avisa sarr ao pai-de pai-de-sa santo nto Vivi da Qui Quinta nta da Ba Barrra par ara a na nao o re r eal aliz izar ar uma fest festa que estav estava a prog rogrramada po poiis haveri haveria a a ba batid ida a da policia.
"0 Esta Estado do do do.. Ba Bahia hia" " , pO pOll' v6 r r ias ias ve z zees , t em pu pub blicad o r eclamw;i5e eclamw;i5ess a r es es p peeit o do doss candomb andomblles do do.. Qui Quin nta do. Ba B arr rra, a, com os se seu us endiabrado ndiabradoss atabaqu atabaquees, tod tod(). ().sa sass noit es es arrastand arrastan d o para 0 t er r r eir iro o mu mula lat t inha nhas, s,~ ~ab abr r ochas, ochas, cabocllin caboc inh has , et c. A po pollicia , ont em an anoi oit t e, e, quando 0 ca can ndo dom mble d e papai Vivi estava no auge, auge, ia fazer a apr eensa eensao o dos ap ap etr echo chos, s, cond u zindo toda aqu aqueel la la g ent e pa par r a a xad xadrex rex,, in incclusiv ivee as ade ptos ptos fre frequ queentador es es do do.. macumba.
suppllen ent t e d e comi omiss6 ss6rio rio d e po polf lf cia c ia do dist dist r ri to to d o. o. o 1°. supp Barra, s r. Jos Josee Gom Gomes es F er reir reir a , c on onhec hecid id o pe pella al alcc unha unha d e "A "Alle xandr e" e" au " J uiz u iz de Meno Meno r es", es", pr ocur ocur ou o u on onte tem m as pr p r essas, 0.0 sr. Se Serv rvil ilio io de Menez Menezes es Ros Rosa , a " Pae de Santo Sa nto", ", avisando visando--o par para a nao bate bater r ontem a seu candombl candomblee ,
como d esejav como esejava t err eiro iro..
" p pa a pa paee V ivi" , por que a policia ia ao se s eu
o r e p6 r rt t e r ouvi uviu u t al al afirmar;iio d o pr 6 6 pr io io " papae papae Vivi" Vivi",, quando on quando onte tem m , f oi ele ped ir pr ovi vid d encias ncias ao Sr. Maximiniano nian o Ma Macchado hado , , co comis misss6 .r io i o do d istr ict ict o do Rio Rio Ver Verm melho lho. Levamo Le vamoss 0 cas aso o ao con onh heci cim men to to do ca pit iio iio J oiio oiio Fac6 , Secr Sec r et6 .rio da S egu egur anc; anc;a.Pr lbl lbliea, iea,.. pa para que se a pur pur e co com mo um au x au xiiliar daquela r e pa par r tic tic;i ;iio io es est t 6. 6. for nece n ecend ndo o aoss ao contrau ontraueentor es es as medi dida dass da pol£ cia r epr epr essor essor a d e tais pr 6 6. ti tica cass cond enadas.
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Na verda verdade, de, este jorna jornali lissta nao somente somente descrev creve e ncia ma mass se co collocacom ocacomo o guar uardiao diao "dos "dos bons bons co costustuquanto a at atitu itude de do su suplente nte de comissari comissario o Jo Josse l' rreira ira,, a ela se refere refere numa uma linguage linguagem m tipi tipica ca
II \ CII .
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(~po siv sivel que essas essas rep repor orttage gens ns tenha nham des esp per()pulla~ao a~aoafro-brasilei afro-brasileirra urn profundo sen senttimento nto I ,td llllll p()pu mbo mb ora poucas poucas vezes ti tivesse condic condic;6esefet ;6esefetiivas III II volLIl, 11 l1 l1 1 i(, ill At - 1 0 publicam licame ente te.. Algumas umas rea reac;6es mais 1 11 1 ' 1 , ( Ii pod m se seri ridentificadas dentificadas den enttro dote dotex xtojorna tojornali lisstico S mpre saD de vitima vitimas diretas da per erssegu eguic ic;ao ;ao ( 1 ] Il l \ \ H vezes,, sa saDre Drec clamac mac;6es de de ac;6es polle leil ill! l!.. Na maioria das vezes / It' It 'IlIlIL, L,.. tri rias as,, de espancamen espancamenttos os,, de invas6 invas6es es de es espac;os 11 \ 1I'Ildo ldos s do candombles ndombles.. Entre ntret tanto , saD raro raross os casos . vitimas mas procur procurara aram m as ins instituic;6 tituic;6es compe competentes ntes I III (]U a viti PII 1'1 \ qu fosse tor torn nado algu gum m ti tip po de providencia providencia legal. Com efe efeiito to,, dura duran nte 0 per eriiodo de mai maior or persecandombIIes, como nas decada de vinte e trinta trinta I IIi ·ttO aos candomb Ii if ' i iJmente ess ssas as vi vitim timas as poderiam riam manif manif est esta ar se~ d H 'onten ntentam tamen ento to as ac;6esbr ;6esbrutai utaiss das batida batidass policia policiais is. A vord rda ade e que essas bat atiida dass, mesmo smo que nao nao tives tivesssem I ' Hpa palldo legal legal, er eram am desen esenc cadea eada dass por por auto autorridades dades polliciais co po coma ma ev eviide den nte cumpli cumplic cidade idade da sociedade baiana. baiana. Urgia, Urg ia, pois pois,, qu que e a 'com comunidad unidade e relig religios iosa af rohl'8s 8siileira se organi organiz zasse de alguma mane maneira ira para poder
de 1936 1936,, Edis ison on Carne arneiro iro volt volta a a fala falarr da cria cria yao do lho Art Ram
comba com batter 0 inimi '0 co comur murn. n. Os Cong ongre ressos ssos Af rorobrasilei leiros ros,, do Recif e e da Ba Bah hia ia,, fo fora ram m deto deton nado adorres da discussa discuss ao e inc ncit ita ador ore es de um uma a lut luta a qu que e se este estend ndeu eu ate meados mead os dos ano noss se settent nta a na Ba Bahia hia,, co con ntra as diferent diferentes es forma for mass de repre represssao aos cand candomb mblles es.. Na Bahia, essa luta com come~aef e~aef etiva ivame mente nte den dentr tro o do II Congres CongresssoAfro oAfro--brasi brasilleiro em 1937, 1937, no qual se dec decidiu pela cria~ao de de Co Con nse selh lho o Afr fric icano ano da Bahia. A frente deste deste traba raballho ho,, es estev teve e semp sempre re Edison Ca Carne rneiiro, "sem duv duviida, urn dos dos pr prim ime eiros def ensor ensores da plena plena liberda berdad de reli religios giosa a do Candom andombl ble e na Bahia" Bahia" 6 e cu jo trabal abalh ho par para a con congre gregar gar os diferen iferenttes grupos num numa fe fed dera ra~a ~ao o na nao o de deve ve ter sid sido o muito faci facil e disso se se tern notici noticia. Vivaldo da Costa Lima Lima,, ap6s sugeri sugerir que se se fa~a fa~a urn est estudo acu acurad rado o do esfo esfor~o r~o de Edison Edi son Ca Carrneiro e de outro outross in inttele lect ctua uais is do se seu temp mpo o como com o Ay Ayd dano do Co Cout uto o Ferraz, Ferraz, Jorg Jorge e Am Amado ado,, Re Regina ginaldo Guimar uimares es e de lideres lideres de terreiros, em de def esa da liberdad liberdade relligio re igiosa sa pa parra os cando andombles, lemb mbra ra que "0 tr tra aba ballho de Carne Carn eiro nes nesse se cam amp po nao nao foi realiz lizado sem conflitos nem ambigiiid ambigiii dades es.. Por muito muito tem empo, po, suas firme firmes ati atitu tud des em defe fesa sa do doss valores valores e dire ireito itoss do doss neg negros ros da Bah ahia ia lhe trou tro uxer xeram am pro proble blema mass de va vari ria a ordem a qu que nao faltara faltaram, parad para doxa oxalm lme ente, te, a inc incompre preens ensao ao e a des descon confian fian~a ~a de algu alg uns lideres do candombl candomble" e"8. 8. Ediso ison n Ca Carn rne eiro na nao o de desa sanim nimou ou co com m as incom incompre reen ens6 s6es es e assumiu umiu a res resp pon onssabi abilid lidad ade e de cr cria iarr 0 Conse Conse-lho lho Af rica ricano no da Bahia Bahia. Alias, lias, den deno omina~ ina~ao ao esta que have ave-ria de ser logo altera lterad da pela ab abso solu luta ta inadeq nadequa~ao ua~ao com 0 que se pretendia pretendia criar. criar. Em car artta dirig dirigiida a Ar Artur tur Ra Ramo moss em 15 de julho ulho de 1937 1937,, ex expl plica ica a necessi essid dade da cria~ cria~a ao daquele 6rga rgao o: "Estou organ organiz iza ando ndo urn Consel ConselhoAfricano da Bah Bahia ia,, que que ficara encar ncarrrega egad do de dir dirigir a re religiao neg ne gra ra,, tiran irando do a polic policiia ess ssa as attrib tribui ui~6es. ~6es. Vam Vamos os mandar mandar urn memori memorial aogov aogover erno no,, pedindo dindo a liber liberd dade de relig religiiao, nao s6 s6 esse Conselho Conselho,, onde onde hav ave era rep repres resenta entante ntess de todo todoss os candomb candomblles ..."9 Em outra utra ca carrta data atada da de 19 de jul julh ho
de 19 1936 36,, Edis ison on Carne arneiro iro volt volta a a fala falarr da cria cria yao do onse on selho lho a Art Artur ur Ramos Ramos:: : Acho que jri the Ac the escr evf que que esto estou u vend venda a se con consigo a lib ibeer dad dad e r elig ligios osa a dos dos negros. gros. No dia 3 de agosto , vr ir ios oga gan ns , paess-d d e-sant o e ge gent nt e de candom candomble ble,, convo convoccados ados po por mi mi m, m, vao fun fundal' dal' 0 C onse selho lho Africa Africano no da Bahia Bahia (um r e p pr r esent an ant e d e ' cada candomb andomble) le),, que se prop proporr i a subs ubstit uir a poU cia cia na dir ecr ecr ;ao das seita seitass africanas africanas. No messmo d ia, me ia, t od os os ass assignaremos um me memorial ao govvernad or ; pedind o a libe go liberdade religiosa religiosa e a r econh econhec eciiment o do Co C onselho lho como autoridade autoridade supr ema dos cando dombl mblees , Acho cho que que conse consegu guir irem emos os tudo tudo , pais pais a gov oveernad rnad or t em uma brut brut a admira admirar;a r;ao o par voce voce e Nina Nina (qu (q ue eu , aliri iris, s, invQco nvQco no memor memorial ial)) e , como como voce voce sab sabe, pr p r estig tigiou e f ficie ficient nt emente 0 Congresso.10
o
memo me moria riall diri dirigido ao Gove Governa rnador dor da Bahia, Bahia, das cham chamadas adas seitas seitas africanas africanas culto foi encamin encaminhado hado some somente I I)
conhec nhecime imento nto 0 reco
I ) - C ada ada povo t em a B Bu ua r elig ligiao, a sua sua mane maneira es pe pecia cial d e ad or al' al' a Deus - e e 0 cand candom ombl blee a or gani zar zar ;ao r eligio igiossa dos N egro egross e d os Homen Homenss de Cor Cor da Bahia Bahia , d esce scend nd ent es dos N egr gros os es esccravos ravos , que lhes lhes d eixa ixar am, am, com omo o her anr;a int int eleetua tual , , as vririas vririas seitas seitas africana africanass em quee se subdivid qu s ubdivid em as f ormas rmas r eligiosas ligiosas trer . zidas zidas daAfric daAfrica. E ssa ssa her anr ;a int electua ctual , , mesmo fracionada fracionada e subd ubd iividida, t em di dir r eito toss' a vida , como expre expressfio sfio dos dos alt os sentime ntiment nt os os d e dign dignid id ad e humana humana que que d espe sper ta ta entr e aqueles sobr e que que influ influi. II ) - Como Como t em pr ovad ovad o , sufic suficient emente, nte, as mai mais ar gut os os obser vad vad or es, es, not adame dament e Nina Rodrigue Rodriguess e Arthur Ramo Ramos, s, e os C ong ongr esso soss Afro Afro--bras brasil ilei eiro ross jri jri r eali zad zad os, os, tant ta nt o no Reci f f e (93 (934);quan quanto to na Bahi Bahia a (1937), nada nada hri , , d ent r ro d as as seit as as a f ric& ric&n nas, que que at ente contra contra a mor mor al ou contr co ntr a a ord em pu fj fjll·ica (Ar t. 113 da Constituir Constituir ;ao F ed eral) ral). Ao co contrr ntrr irio, rio, tanto tanto Nina Nina Rodrig Rodrigues ues e Arthur Ra Ramos quant o os int elec ectua tuais is que que colaboraram colaboraram nos citados tados Con Co ngr essos, t od os os , se sem m' .e xce xcer r ;ao ;ao , t em r eclamado clamado a lib libeerd ad e
r eligiosa d os os Ne gr os curno um uma a d as a s con cond d ir;oe r;oess ess esseenci ciai aiss par er . a es par estab tabeele 'im 'imeent o da ju ju , ,sstir ;a entr e as hom homeens, Daf a lib liber dad dad e r li lig gio: io:;a ;a d e qu quee go z zam am os neg egr r os os d e Pernambuco e a r esol esolur;ao votada , nesse senti sentido, do, pelo Co Con ngr esso esso Af r roo Br er.si r.silleir o na Ba.hi hia a. III ) - S omente a r eligiao do doss neg egr r os o s estr estr i, i, no parti particcula ular r ; em plan plano o inf erior ; de pe pend endo dir etam etament e , para 0 exerc exe rcici icio o das das suas f unr ;oes so socciai iaiss , d as as auto autor r idad idad es po polic liciais iais do E st ad o. o. A d esig igu ualdade - que s6 se pod e j ju ust ific ificar ; em part e, e , com como re ressult ad ad o da poUtic poUtica seg segu uid a, a, d esd esd e muitos muitos anos anos , pelos los go govverno rnoss ant eced eced ent ent es es - nao pass passar ar r ri desp despeer ceb cebida ao alt o e esclar ecid o espf r ri t o d e V Ex., e stando tando essa essa d esi esiguald ad ad e , como es est t ri, ri, em em d esacor esacor do do com 0 estatu estatufdo fdo na C onstit uir ;ao ;ao d e 16 d e ju julh lho o de 1934. Tais razoes, Exmo. Exmo. sr . Governado rnador r ; que nos leva vam m a suge gerir rir a V Ex. 0 reconhec reconhecim imeent o da maio aior r id id ad e d as seita itass afri africa cana nass do E sta stad d o e a seu con conse seqi qillente di dir r eito a se dirigirem dirigirem pOI' si si mesma esmass.11
Nao resta resta dlivida dlivida de que que a ide ideia de redi redig gir e encaminhar 0 memo memoria riall ao Gove Governa rnador dor sai aiu u do Congres Congresso12 o12. Fica tambem tambem claro que Ed Ed ison Car Carneiro iro foi 0 res esp ponsav onsave el dire dire to pela pela redayao redayao,, ajulga ajulgarr pelos pelos t er ermo moss da cart carta, ainda inda que que tenha tenha recebido recebido algumas algumas sugest6 sugest6es es de sel.J.Spares. Na mesma corresponde correspondencia ncia,, Edison Edison pede pede a Artur tur Ram amos os que que se dirija dirija ao governad governador or reforyando reforyando 0 pedido, dido, co con nvencido ncido de que atacan atacando, do, por todos todos os lados lados,, as chan chanc ces se seri ria am maiores maiores de se obter a liberdade liberdade relig religios iosa. Nao Nao sei das das suas r elar;o ar;oes es co com m 0 gove govern rnad ad or ; mas calculo ulo que que voce voce poderia , no dia 3 d e agosto , esc escr r ever algo pa par r a elle, lle, reforr ;ando a pedid o d os os neg egr r os os , I sso se ser r ia ia exce excelllent e pa para todo todoss n6s, n6s, prin princcipa ipalme lme!1t e porqu rque a commi mmissa ssao o encarrega arregada da de orga organi zar zar 0 I nst it ut ut o Afro B Br r asile ileir o d a Bahia (ideia que que ser ri ri r ealid alid ad ad e de poi poiss d e co con nseg seguida uida a libe liberdade rdade religi religiosa osaJJ t ambe mbem r e f orr;ar orr;ar ri ri 0 memoria moriall d o Con Co nse selho lho,, envian enviando do um outr o no mesmo se sen nt ido. ido. Ass ssiim , at acand acando o pOI ' ' todos todos os lad os , pod emos fic ficar ar ce certo rtoss d e qu quee a boa vontade ntade do gov goveer nador nador ent r regar e gar ri r i ao aoss neg egr r os os ess essa a coisa cois a pa parr que elle elles tanto tanto lut am am , a liberd ade ade r elig igio iossa.1 3
Vivaldo da Costa Li Vivaldo Lim ma anal analis isa a os mo moti tiv vos qu que e I va vara ram m Edis dison Carne Carneir iro o a pe pedi dirr que Ar Artu turr Ra Ramo moss esc escrrev sse al algo ao ao gove verrnador dor que, que, na epoca, epoca, estava estava direta diretame menn1 ,(,( nvollvido nvo ido com com os acon contec teciment imentos os politic politicos os nac naciiona onais, is, [,,"lba balhando lhando pela can andida didattura ura deJos deJose Americo a Pre resi sid denRepublic publica a: . j Ida Re A interf er enci e ncia a de Ra Ra' ' mos, mos, ale alem das das ra zoes apr esenta entada dass par Carn par Carneeiro, pode tamb tambem se ex ex pli pliccarpo arpor outr outr os motivos tivos , nat ura rallmen mente te omi omitid tidos os numa car ta ta que po pod er ia i a ser ser contro contro-lad ada a pela ce cens nsur ur a : C arn arneeir o er a, a , com como ja se viu , iu , muito vissado pel vi pe la po poU U cia c ia poU poU t ti ca d o Gove overn rno o d o E stado. stado. Er a, a, ain inda da ma maiis , irm{ io d p jo jor r nali nalist a e advo dvogad o Ne Nellson d e S ou z za a Ca rn rneiro, hoj ojee Se Sen nador da Re publica, e aq aqu uela e po pocca t ena na z z inim inimiigo godo do Gove Go vern rna ad or qu e, e, a n as antes, a ji ze zera pr end er e depo depo' ' rtar rtar pa par r a a Rio Rio d e J ane aneir o. 14
I~~xa xatamen tamentte com 0 pro rop p6s 6sit ito o de fundar fundar uma lit'' lId Id jv lit ' jvil capa capaz z de "s "su ubs bsttit ituir uir a polic policia na dir direr;ao er;ao dll HI i I,I-IN" lutar pela libJr libJrd dade re reli ligi gio osa que que Ediso Edison n ( J I I I '1I 1 i I' on onvocou vocou pessoas ilus ilustres liga igada dass aos Ca CandomndomI I I I ' H , 0 11 aess-de -de-sa sant nto o para a criar; riar;aodo Conselho 1 1 ' , pais e mae "" 'ilno da Ba Bahi hia a que ficarl ficarla a "e "encar ncarrregad egado o de dirig rigir a ,', lil \ i to negra ra,, tiran rand do a policia licia essas essas atribuir;6e tribuir;6es".15 Eja II I I ri rim m ir ira a reuniao uniao de 3 de agosto e decidida a mudanr; mudanr;a a do 1101n para 0 de Uniao niao das das Seitas itas Afro-Bras Afro-Brasile ileira rass da in.. De acor acord do co com m Arthur Ramo Ramos, s, foi votada, votada, junto a 1 1 1 1 h in lJil lJ ilii 10, a cr cria iarr;a ;ao o de urn co con nse selho lho formado formado pOl'urn repre repre-IIII nLnnte de cad II cad a candomble ndomble que "ficar ficaria responsa responsav vel, el, pepe"III1 I1L L as auto toridad ridades es policiais e judicia judiciaria rias, s, pelo pelo fun fun('io iolllnme mento nto norma rmal das das se seiitas af rica icanas, nas, evitan evitando do abuso abusoss ( \ \ d d 'i'ivir irtua tuam men entto de suas uas f inalida inalidades religiosas"16 ligiosas"16.. o jorna jornall 0 Esta Estado do da Bah Bahia ia,, do dia dia 4 de de agos agosto to notic ticia ia a cr criar;ao iar;ao do Con Conse selho lho Africano Africano da Bahi Bahia < 1 ( : 1 93 7, no I I( )c anteriorr, e qu q ue naqueIa naqueIa ocas ocasiiao f oi oi escolhid escolhida a uma c ll ' i a anterio I
. . .
comissao comissao para elab labor ora ar os dire dire tor orii a provis6ri provis6ria a:
tatutos,
send se ndo o eleita uma
Re Realizo izouu-se se ont em , na sede d aA. aA. U . B , B , gent ilm lmeent e cedida, uma asse ssembl mbleeia c om om a com par ecim cimeento de va var r ios ios elemen men-tos d os os can. can.d ombl mblees da Bahi hia a e ch chee f es d e " terr terr eir os", os", para a or gani gani zat zat ;{io ;{io do C on.se on.selho lho African Africano o da Bah Bah ia. De Depo pois is d e vari va rias as dis discu cu..ss sso oes a asse a ssembl mbleeia r esolveu solveu , , par un.animidad e cr iar iar a dito Con. Con.se sellho, es escolhe colhen ndo um uma a comiss{ omiss{io io pa par r a elabor bo r ar ar as esta estatut tut os o s da nova organ organii z zat at ;{ ;{ io. i o. A mes mesma ma as asse sem mble bleia indicou ainda inda as S r rs . Ma Mart rtin inia iano no do Bom f im im , Silv Silvino ino M anoe noe l d a Silva il va e Edison Edison.. Carnei Carneiro ro para const constiituir em a di di re t oria pr ovis6r o vis6ria ia at e a pr 6 6 xi xim ma r euni uni{i {io o que r ealizar alizar -se-a -se-a no mesm esmo o loc loca al , , no dia 25 do corr corr ente, pa par r a a pr ovat;{ io dos dos est est atut atut os os e eleit ;{io do Conse Cons elho Dir etor .16
No dia 28 de agost agosto de 1937 1937, 0 jorna jornall 0 Estado da Bahia Bahia que rea reallizou, como como se ver vera, a, uma uma seri serie de re r epor portta,gen gens sobre obre a Uniao Uniao das Sei eittas AfroAfro-Bras Brasil ile eira ras, s, tr tra az notiotidas prec preciis as sobre as reso resolu~6es lu~6es tom tomadas na ultima ltima ses sessao sao,, segu seg ura ram mente nte realiza lizad da no dia dia 25, conform conforme fo foii an anu unciado nciado:: Rea Reallizo izouu-se se no salao salao da Be B ene fic ficeen.cia C ai xer xer al a t er ceira ceira reuni{io d os os r e pr ese esentant es es d os os cand ombl mbles es baian.o n.oss. A sess{io que d ecor ecor r r eu eu d entr ntro o da maior har harmon monia, ia, f oi oi pr esidid pr esidid a pelo l£dim l£dimo o re rep pr esentan esentan..t e da cultura a f r r icana no Br asil asil Mart Martiinian ano o do Bo Bomf mf im , es estando tando ! pr esent esent es es as a frican fricaniist as Ediso Edison n Ca Car r neiro iro , , Reg eginald inald o Guim Guima ar {ies, {ies, a Professo rofessorr Donald Pier son. da Unive Univer sid ad e d e Chi Chicag cago o , a poetisa poetisa Gilha M achado , achado , a ba baiila lar r ina i na Ev Evos os V obes esia iass e grand e nume umer r o de pesso pessoas as r epr epr esen sentan tando do a ma maiio ria d os os t er r r eiross d a Bahia ro ia.. N essa e ssa ses sess{ s{ io foi la lant ;ada a propo propossta ta , , par um d os os r e pr esent esent ante tess da dass r eligio ioes es neg egra ras, s, par a qu quee se mudasse mudasse a nome de Conse ConselhoAfri lhoAfriccano para a d e "Liga d e Seiitas Afr o-Br asil Se asilei eir r as" as", send o aprov aprovado ado par unan unanimida imida-de.. Em seguida de seguida , entr ou em di discu cuss ss{io {io as es est t atut os d a Liga Liga , , mass co ma com mo ja estivesse estivesse muito muito adian adiantada tada aha har r a e tives tivesse se sido apresenta apresentad d a va vari ria as e me mendas , fi fico cou u tr ans f er ida ida a d iscuss{io dos dos estatut os o s par par a a di dia a 31, se sen ndo ainda inclu incluiida na comi comiss ss{ { io io d e Organi zat zat ;{io ;{io do doss mesm smos os a B Beel. Alvaro Alvaro Mac Ma c- Dowe Dowell. ll.
. . . o j'' j
Par a t erm Par rmiina na~ ~ f ii: f L pr ~sen sent t ado ado pOI ' um ' um dos dos seu seuss pr esent esent es , es , par pa r a qu quee fi fi zes zes' ' { {e p pa art ed a act a um vot voto o de pesa esarr pe pello passam ameent nto o da da' ' " " j j~e ~e' ' dot dot err eir o C anuta , anuta , no Tan Tanque do Me io.
No dia dia 4 de s~t~inbr nbr6 6,O Estad Estado o da Bahia ahia notici noticia a Que no dia dia 9 do mesmd mesmd''.m~ m~ss.haveria uma uma reunia reuniao o da Iircto toria ria e,ate atend ndena enao o~' ~'f; f;''~S6i S6iiicita~ao da Secreta Secretaria ria Ger Geral I IUnia Uniao o das SeitasAf SeitasAf rd; rd;;Brasi asi..lei eiras ras,, publica a seguint seguinte '() ()nvoca nvoca~ao ~ao:: F icam con on~ ~id ad os os os' ' memb mbr r os ele eleito itoss da Co Com missiio E xe xeccutiva utiva , , da da' ' ;C od od iissao d e Sind ic fmcia e da Co Com miss ssiiio de Financ Financ;as ;as p na' ' r euniiio no pr 6xim 6ximo o d ia ia 9, as 8 p aa r. I } luna horas da noit e:ri ria a' sed e·' a.a AUB AUB , , ao Ro R osa sari rio, o, 122, dar r , 122, 2Q anda para pa ra t r r at ard ard tir tir £ £ ,{ , { ;;t at ~r ~r ;ao ;ao sol oleene d a U niiio niiio e da Divisiio visiio doss car gosiip do siip , , ,' ,' Dir et et o' t ti a - (a) - Edis Edison C arne rneir o , S ecr etr ir io io G' er iil. ' ., ., .. . ..... · l• . . · • , '
os:(la a s membr os:
Uniiio qu Uniiio quee d evem co comp mpa ar ecer a r euniiio uniiio do d ia 9 , siio l; l;ss seguint seguint es: es: r niss ssiio iio E . Jecgt Jecgt .i ,v ,v9-:_... Martinian Marti niano o ~:( j jo oc E ' 'or o r t t / im , Edi Edisson Ca Carn rnei eiro ro , M ar ar celi celin no livveir a , J oii6 li oii6 d a S ilva Fr eir e , Rodo Rodolph lpho o Bonfim nfim , F eli pe pe Con nce ceil iliitio, tio,' ' Id aJ aJ ice S anto ntoss , Vice Vicen nte F err eira e ira do doss M , , : y Co . antos tos , , Al Alva var r :' Q.¥a ¥acc Dow Doweell d e Oliv Oliveeir a, a, Joao Joao Ca pist pist r r ano ano 1 ir es es Dia Diass , W ii.ld emar F er r r eir a do doss S ant os. os. :' "~ .:.'" .'
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Comisssao d esi~"d Comi esi~"d .ica ican n' cia e Fisca Fiscalliz izw w;ao: Syll vi Sy vi no no M~( ~( I I .~k i-~d~ d~;;Sil Silll / / a , Jo Josse Cr Cres esce cenci ncio o Br andiio andiio , , Ro R omu mua aldo E .is po , ,do doss Sa San nto tos, s, Ar canj canjo o Manoe Manoell Bitt Bitt enco court urt , Ar A r senio C ru z ru z , , . M • M f llio~l~ paim , (Ba (Barr rr aquei ueirro no Me r cad cad o d e San Santa ta B6 . f f ~·gr (i) (i) S 4t urnino Lo pes pes dos Sant os , Amalia Mari Ma ria a d e sa:o a:o'" '" Pedi diw w-:: J .oa oa..oT or r r es F ilho ( N eive Br anca) , F er nando At i?7 es·d e:S a#a.
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C omissiio omissiio Oct rivio rivio F err eLra: eLra:S c)u )u z za a;: E smet aldo aldo J eremia eremiass d os os Santos Santos , Manoe Man oell vi vici ci~ ~-=' ;i j j j. j.5~ B Bg g' i.iQ iQs Gs;er mina ina do E sp£ri sp£rito to Santo. Santo. : = =Z Z :::; : ::; : : :.}~ :.}~ ; ; .~ .~ - - f~' f~' . :- : "~ "; "I' "I '
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No dia dia 28 d'e'i'sef emoro d e 193 1937, 0 Estad stado o da em am ampl pla a r¢.' .'rrl~ l~~ ~ .;.;-- > noticia oticia com destaque destaque a ",7 .~ :''o r :- . . , : ;
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if tr triia da Un poss sse e da pr prim ime eira Uniiao da dass Se Seita itass MroBrasil Bras ileiras eiras da Bah Bahia, rrid rri da no dia 26 de setembro do mesmo mesm o ano, inclu luindo indo uma foto da da mesa dir dire eto tora ra em que aparecem 0 Juiz Ma Matthias Olym ymp pio e 0 representante do Gover verna nado dorr aqu aque ela hi hisst6ric 6rica a se sesssao ao:: Emposs Empo sso ou-s -see ant e-o e-ont em , sol oleenement e, e, a pri primei meira ra dir e38 da Unii t or ia ia eleita pa para 0 p peer £odo £odo d e 1937 / 38 Uniiio das das Seitas Afro-- B Afro Br r asileira irass da Bah Bahia ia.. Pr esidi sidiu u a s essiio dan dando pos possse aoss eleito ao eitoss , 0 Dr . Ma Math thiias Ol ym ym pio pio,, Ju Juii z z F ed eral ral.. 0 ato t eve a pr esenc;a esenc;a d o r e pr esent esent ante do Gov Goveer nador nador e da dass alta tass auto tor r idades idades d o E stad tado e de or or ganizar ganizar ;oes ;oes cultur ais ais e po[[[t icas po cas , , como a U niiio niiio Dem Demo ocr riti riticca E studanti tudantill Associa Associ ac;ao Unive Univer sit r r ir ia i a da Bah Bahia ia,, Ar ;ii ;iio o Demo moccrri rrit t ic~ ic~ U nive iver r sitr sitr iria, Federar Federar ;ao ;ao N acional acionalista Democ ocr r ritic ritica , Liga Liga de Comba Combate te ao Raci Racissmo e ao An Anti ti-se -sem miti itissmo , Uniao Uni ao do doss inte intellectua ctuais da Bahi Bahia, C ong ongr esso Afr Afro-B o-Bra rassile ileir o, Sin , diccato dos Come di Comerciririos rciririos e d os Em pr Em pr egados egados em Ho Hot t eis , etc. For For am am lembrada mbradass co com m car car inho nho as fi fig gur as d e Ca Casstro Allves, Nin A Nina Rodrig drigues, M anoe anoel Qu Queer ino ino e do f amos amoso Pa Paii Ad iio do Rec ecif if e. e. PO I ' ' pro p ro pos posta ta do doss se senho nhor r es es Edi Edisson Car neir nei r o, o, Regina nalldo Guima Guimar es es e A y yda dano no Co Cout uto o F er r r a z z , , 0 prof essol essol' ' Arthur rthur Ramos mos foi con consid er ado a do S6 cio Benemer ito da Uni Uniiio iio.. Ence Encerr ou ou a so sollenidade um di disc scur urso so do Sr Sr . Alvar Alva r o Mac Macdow doweell d e Oliv Oliveeir a, a, or ador ador o fi ficcial. T odos odos os pr esent esentes es as asssinar a m a a ta ta d a solenidad e .
A presen~ presen~a a de urn urn re repre presen enttan antte do Go Gov vern erno o do Est stad ado o as assi sim m como omo a de urn Juiz Fe Fede dera rall a reuniao de posse posse da prime meiira Diretoria iretoria e bem uma uma dem demo onstra~ao do surg urgimento imento de canais canais mais mais solid solidos os para neg negoci ocia~6 a~6es es envolve envolvend ndo o os ca cand ndo ombl mbles da Bah Bahiia e a maqu maquin ina a admi dminis nistrativa ativa do Es Estado tado.. Contudo ontudo,, para aque quele periodo riodo nao se tern not notic icia ia da realiz realiza~ a~ao ao de nenhum enten ntendim dime ento entr ntre as partes partes citadas que implicas implicasse se num numa re red def ini~ao ini~ao compo mporta rtam menta tall da socied sociedade ade em re rela~a a~ao o aos candombles ombles da Bahia, hia, que que permaneceram submetidos ubmetidos a perseg segui~ ui~ao ao polici pol icia al, emb embo ora 0 ana de 1937 possa ate ser consi consid dera erado do de treg egua, ua, have avend ndo o urn urn num numero ero basta stante nte reduzid duzido o de ocorrenc ncia iass da repre repressao ssao polici policia al18. Ate Ate os jorna rnalis listas tas
moderaram sua li moder ling ng1.I 1.Iag age em e com comenta ntaram ram a repres ressao sao usand ndo o um uma a linguag linguage em menos nos ag agrress ssiiva va.. jorna nall A Ta Tarde, de 21 de agos agosto to de 1937, o jor 1937, traz n tic iciia sobr sobre e uma br brig iga a ocorrida dur durante uma uma cerimonia cerimonia irginia do Paqueta, queta, no Alto do I " ligiosa em casa de mae Virgi Cam Ca mpo For Formo mosso, que term erminou inou em grossa rossa pancad pancadaria. aria. Nu m trecho ond nde e pode ode se serr det detectada ctada uma uma certa certa ironia ironia,, l'om nta ta:: "0 ba batu tuqu que e ia qu que ente nte no terr terreir iro o de mae mae Virgin Virginia ia horra do pa pau u, 0 cabo caboClo'E Clo'Erru' abandonou 0 'apareIIIIIR l1aho ja num numa a ling lingu uagem que que aprox proxim ima a 0 ca cando ndomb mble le a IIllo' , . E ja II 1) 11 1 ,1 "0 sis isttemas re reli lig giosos, iosos, e co conclu nclussivo: "As chamadas 1 '( l i / ( i ( s negras em emb bora ora se seja jam m, co com mo as out outras, uma uma dedeIt'()11Htra / yaO yadO e temor pelo desco sconhe nhecido, cido, acarre acarretam tam,, quanprlllLi ada dn pr dass, ser serios ios inc6m inc6mod odos os aos que que mor moram per perto dos dos reu uni6es. Eis a ra razao zao de consta constantemente pOIIl Il,,o /; d" tais re IlIl IlI\ I\ -Il( f'}1 I" m . queixa ixass con contra tra es estte ou aquele abus buso, pro proveham ha mado doss can candombl domble es". s". 0 jor jornal relata, lata, com com II IIIILIIH I O H I i, I I I 1 1 11 Iii , IIr f erida oco ocorre rrenc nciia: ' J !' lI lI d do como gu guiia um as as in. forma formar ;oes ;oes qu quee t omamos omamos por (' sait o, o, lomo lomoss in indo do de de.. ind agar;a agar;ao o em ind agar agar ;ao, subi ubind nd o I ' r lescendo lad eir as as , ,at e qu quee d escob escobri rimo moss a ca casa sa ond e ()n () nt em it T wite wite est avam avam " bat endo ndo" " , E onde se ba bate te semp mpr r e, e, com co m ce cer r ta ta (orci (orcin nha ...Nao enc nco ont ntra ramo moss a Do Don na Vi Vir r ginia " M ile ile do T err eir o" o" , por em, morado orador r es e s da dass ci circ rcun unvvi zi zinh.n.nr ;asnos cont aram 0 (at (at o. Na casa que nos a ponta pontaram ram r .o /no sendo a d e Vir g{n {niia, to toda dass a s no noiite tess d e sabado par par a d omingo, r eali eali zam zam-se cand ombles , ruidoso ruidososs nu num m at enta ntad d o ao sossego dos que qu e re~id em po por r per to. to. As ve zes nos d ias ias d a se sem mana r en ende m. as suas hom homena enag gens aos se seu us "ca "c aboc boclo los". s". Th . do ist o es estav tava a mui muito to di dir r eito , nao (o (ossse tais hom homeenagen nagenss provem provem..
0 baru barulh lho o
quee d e qu
Ont em 0 " Cal1do C al1dombl mbleia eia no a uge. Con Con((or me 0 r itual, itual, a cachar;a e indi indiss p peensave avel. l. Foi ch chegan egando do gent e. Os " san sant os" t ambem ambem chegavam gavam.. E ntr e as pessoa pessoass pr ese esent es ac acha havvam-
se um indiuldu diulduo o que d e ha mu muit it o con conhec hecido ido na zon ona a de "Cab "Ca boclo E ru" ru" , d cuido ao nom omee do "irm "irmao ao"" qu quee 0 acomp ompa anh nh..n. e rUIl outr o Manoe Manoell cham hamado ado Ro ze zend nd o. o. Entr e 0 " Cab Caboclo Er u" uelha que quest ao. ao.
imortall) (0 imorta
e 0 Rozend o haui hauia a uma
Ont em. apar eceu um.a o por o por t tunid u nid ad ad e pa para ra 0 ace certo rto d e conta onta.. E es esccusado e d i zer zer que a " br br anquin anquinha ha" " a jud judou um. pouc pouco. o. " Ela Ela" sempr e a juda juda para 0 mal. al. Pois bem. Dura Durante nte 0 " exer exer c{ cio r elig ligios oso" o" os do dois, d esaf esaf etos se olha hava vam m de esgu esg uelha. lha. T er er minado est e , um pouco proxim proximo o ao "t er r re iro", os homens se de fr ontara onta ram. m.
E f o f oi 0 bast bast ant e. At r racara a caram-se m-se.. 0 Manoe Manoell Ro ze zendo ndo sacio aciou u a sua se sed d e co con nce cen ntrada trada.. E span spanco cou u 0 " Cab Cabocl oclo o E ru" ru" (0 da t err a) a) it vontade vontade.. 0out r ro "Cab "Caboc ocllo" o" p par ece que aba aban ndonou o "apar "apar elh elho", na hor hora a d as pancadas pancadas. POl' ma POl' maiis qu quee procura procurasssemo semoss " os os val valent es" es" .
nao no nos (oi poss possiivel
cobri obrir r
o qu quee e cer to to e que 0 fato se passo passou u e, ao que no noss pa par r ece, ece, nao chegou chegou ao conh conhec ecim imen ento to da Pollcia , / Nao ser ia bandas?
0 fato
par pa r a uma ba bati tida da ri rig goros orosa a para aque aqu elas
Tres Tres dias dias depois, pois, no dia dia 24 de agosto agosto 1937 1937,, 0 mesmo mesmo jor jornal, compl comple ementa nta as informa~6e nforma~6ess da mat mater eriia anterior, anterior, acrescentando: acrescentando: "Aca "Acassa de Mae Virg Virgin inia ia de Pa Paqu queeta, ta, Alto do For Formoso, moso, onde onde se realizou 0 "C "Can and dom ombl ble e" de sexta sex ta para sabado bado,, p. pass passad ado o, termina rminando ndo em gros grosssa pancad panca dar aria ia co con nf orm orme noticia noticiamo moss sa sab bado. Ning ngue uem m sa sab be em qu que f icou a que questao de Mano Manoel el Roz Rozendo com 0 "C "Ca aboc oclo lo Eru Er u", mas mas a casi asinh nha a de bar barro batido batido, com a cri crianya a fren fren-te, e urn docu docume mento nto vivo vivo da singular ingular hist6r hist6riiada ma macu cum mba
paulad pau adas as" ". E, da mesma mesma mane mane ir ira a,, ama amater eria ia jo jorrnal naliisti stic ca urn singula ingularr exemplo emplo de como se exce excediam osjornalista osjornalistass no ua f uny unyao para para se tornar tornarem em verdadeiro rdadeiross de dellato torres da r lig igiiao afro-brasileira. E no d diia 30 de seteJ, teJ,llbrode 193 1937 ojo ojornal 0 Estad Estado o Bnhia hia,, numa uma demons demonstra trayao yao de simpat simpatia ia pela Uniao da tass Af ro-Brasil Brasileira eirass da .13 13ahia, ahia,publ publica ica mais uma uma nota, 1'( ita redayao dojornal dojornal pelo Tes esou oure reiro iro I t H L a f eita, endereyada a redayao M" r 'clino Oliveira Oliveira,, convocan convocando do os chefes chefes de sei seitas para compromissos, issos, nos seguin seguintes tes ter erm mos: I 1 \ I lfir' eus comprom A T esouraria d a U :niao d as as S eitas itas Afr oo- Br asil asileir as as da Ba B ahia ped e , aos ch che f es es d e seit as as au a quem i nt nte r ess essar pos p ossa sa , , a favo favor r d e se dirigir em a H ervana rvanaria Sao Roque , Roque , se;; dirig na ent rada rada d o Mer cado d e Santa Santa Barb Barbar a, a, a r ua ua S eabra eabra dass 12 as 12.4 da 12.40 hor ns e d as as 19 as 19:3 19:30 , nos nos dias dias ute teis, is, ese jeni satis satis fa ze fa zer r as se seus us co compr mpr omiss isso os com s m pr e que d ese a U nWo. nWo. Bahia Bahia 29 d e set embro mbro d e 193 1937 .
Q
I)o )on nald Pierson ierson,, qtJ qtJ.eesteve .eesteve pre presente sente a se sessa ssao o de com omo o pes esquisa quisador dor intere interessado em tudo que om a populayao negro-baiana, assinal ssinalou ou que que 1 lI ' I I IIIILL n < : in preocupt ocupt!yoes !yoes da Uniao Uniao das das SeitasAf roII1I I d 1 1 4 pl'incipais pre ira as da Bahia hia seriaa riaa de elim elimin inar ar as praticas aticas nao 1 \ 1 I iloir I IIImlox I , 0 que de certo certo se constit constituir uiria ia na primeir primeira a e I,'II nd dif iculda ldade ao seu bornfuncionamen bornfuncionamento, to, numa numa epoca I II IIII Cpl j ra grande nde a pr preseny senya a na Bahi Bahia a de var vario ioss canbas astan tantte afastado tadoss dos dos pre pretendi tendido doss pad padro roes es d C lIl I l l ! > 1 od,() I xo , ou ou de urn modelo modelo african africano o origin original. al. E tex textualIll( il L af irm irma: "Na "Na prime primeira ira sessao sessao,, a anim animo osidade idade entre mais is ortodo ortodoxas xas e as "de "de caboclo" caboclo" era tao grande, grande, 1 1 1 - 1 R itas ma tIll qualquer acordo acordo substancia substanciall parecia parecia bastante bastante dificil" dificil"19. Ali Alias, a comple complexid xidade ade atual atual dos dos candom candomble bles, s, dos com com osmais osmais dif dif erentes rentes sistem sistemas as e estrutu estruturas ras n " l ..pmizados osa as e que que integram integram cada cada vez mais mais elementos lementos de 1'('1 ig'ios proc pr oce edencia nao african african a, tern sido 0 grande grande entrave para que as Fe Federa deray yoes oes obt obtenham nham exito exito com com a impl implan antay tayao ao de 1)1 )1)1 rhcas )1 "fiscalizado "fiscalizadoras" ras" e "~isciplinad "~isciplinadoras" oras" de urn padrao padrao
'\I, d l " 1 \ \I)I)HH Lo \I,
e) Esta Estabe bele lece cerr
rigor rigorosa osa
e per per manente
fiscalizar:; fiscalizar:;fio fio
ideal de re reli lig giao af ro-br bras asrri1 ira. De urn pa padr dra ao alia lias difi ificil cil de ser est estabel cicio mO mOlT lTer er 0 ris isco co de se criar criar ma maiis animosida animosidade en enttr os t rr iros qu que e se con onssidera ideram m, ca cad da urn de per per si, 0 ma maiis per£ ito ito,, 0 mais tra tradic dicional, ional, 0 mais puro, puro, 0 mais bem orga rganiz niza ado do qu que qualqu que er outro outro ex exisistente. tente. Ess Essas div diverg erge encia nciass muit itas as vezes sac sac detecta detectadas das ate mesmo entre can cand dom omb bles pr pro ovenien enttes de uma uma unic unica a proceden procedencia. cia. Essa ssas, s, dentr ntre outras utras,, deve devem m tel' sido as razoes doinsucesso da Uni Uniao ao das SeitasAf itasAf ro-B ro-Brasile rasileira iras da Bahi ahia e, atua atualme lmente nte,, talvez talvez 0 maior entra ntrave encontr encontrado ado pelas pelas institu instituiyo iyoes es que que se cr criara iaram mais ais tar tarde, todas todas elas elas zelosas do futur futuro o da religia religiao afro-bras afro-brasile leiira, com como a Fe Feder dera ayao Baiana Baiana do Culto Culto Afro-br Afro-brasi asileir leiro o. Fund Fundad ada a em 24 de novembro de 194 1946, 6, rec econ onh hecida de utilidade utilidade publica publica pOl pOl'Lei Lei Est Estadual n 126 1263 de 9 de mary aryo de 1960 1960 e como como reza 0 artig artigo II do seu Esta Estatuto, tuto, a Federayao rayao Baiana Baiana do CultoAf CultoAf ro-Br ro-Brasi asilei leirro foi foi cria criada da na con condi di-~ao de orgao orgao disciplinad disciplinador or,, de repres present entaya ayao o e defesa defesa de seus associados associados e conclam conclama a a libe liberda rdade de culto culto ja precopreconiza nizada da na Cart Carta a Mag agna na Bras Brasileira. Ma Mass e no artigo tigo III III onde onde estao definidas definidas as res espo pon nsa sabil biliidades esse senc nciai iaiss da Federayao: Federayao:
e
a) M ant ant er er e orie rient al' al' a cu cullto a f ro-br ro-br asil asileeiro d e suas trad iqoes; iqoes;
na mod alid ad e
b) Proce Proced d er a di divulg ulgaq ao ao d o cult o, o, r es es pe peitad os os os pontos ntos fundame fundament ais nas r es pec pecti tivv as as seitas , man mant end o para para iss isso o uma disciplina disciplina etic tica d e mod o a ev evit ar ex ex pl plo oraqo raqoes es ou profanaq profanaqo oes d e qualq qualquer es es pe pecie, cie, subme ubmet end o os i nfr at or es aos d is is pos positiv itivos os es p peecifica ificado doss no noss E stat stat utos tos;; c) Fa ze zell' r eali z ali zar ar palestr as
soas oas capa z zes es , conh co nhec ecim imeentos asso ass ociados; iados;
e con f er enci cias as a ca ca r go go d e pes es-que que pos osssam co con nco corr rr er para para melho lhor es cultur ais , tr azendo azendo , ass ssim im , , bene fic ficios ao aoss
d) M ant er int erca rcambio mbio co com m entida ntidad d es ambit o n ac aciona ional e int erna rnacional.
congener es , es ,
no
e) Esta Estabe bele lece cerr rigor rigorosa osa e per per manente fiscalizar:; fiscalizar:;fio fio e contral contralee discipl disciplina inarr das casas de cuUo cuUo feder federadas adas e, bem assim, assim, coibir coibir 0 procedimento ilegal e abusi abusivo vo de quem quem nfio esteja em condir:;oes condir:;oes do , prd t tica i ca do cuUo, cuUo, seja pessoa pessoa fisica ou entidade que funcionem irregularmente; irregularmente; Representar perante perante os 6rgfios e poderes competentes competentes f) Representar mediante mediante providencias providencias de direito, direito, contra os atos e prdticas prdticas comprov comprovadam adament entee prejudi prejudicia ciais is aos intere interesse ssess e a . dignidade do cuUo e que possam possam comprometer comprometer 0 seu concei conceito to e .mas tradir:;oes,aind tradir:;oes,ainda a os que venham explorando explorando pOl' outra lado a credibilidade credibilidade p6blica; p6blica; g) Procede rocederr contra contra qitaisq qitaisquer uer publica publicar:; r:;oes oes feitas feitas pOl' pOl' pesssoa pes oass ou 6rgfios 6rgfios publicitdr publicitdrio ioss que venham venham deturpa deturpar r os r it it os os e precei preceitos tos do cuUo, mormen mormente te em se trat tratand ando o de er im8 nias n ias de rit ritua uall i J J rivado, rivado, chamando chamando a . responsabilicla lad d e quantos assim procedam; procedam; h)
ont r ro lar e divulg divulgar ar publica publicar:; r:;oes oes que divu divulgu lguem em com r ttidfio ttidfio e fidelidade cuUo afraafra0 que se refere 0,0 cuUo IJ r rasi a sileir o, o, r espeitados, speitados, porem , os pontos fundamentais fundamentais d o 8 l i iU it ual ual que nfio nfio p' odem odem e nfio devem serprofanados serprofanados;; U r it (!
rarr com o s' s' poderes poderes publico publicoss constit constituid uidos os I { J olabora 'sentido politico-rel politico-religioso, igioso, pelo bem' / J nd ent emente de 'sentido I I I I / coletividade; , NI /W ' do, col
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I n I nler{ erir entre ntre as , associ associar: ar:;oe ;oess {edera {ederadas, das, quando quando estabelecer estabelecer a pacificar:; pacificar:;fio fio e harmoaso o de diverge , diverge ,ncias; ncias; i t t L m cas
I ;:;ui uir r io, io, obje bjetivandd tivandd II (' II (' 'C 1/
/ .) I l' Oibi bill' ' t t enninantemente permitir a apresentar:; apresentar:;fio fio e nfio permitir (' I I I. S O O ern f estej estejos os carrkw carrkwale alesco scos, s, de objeto objetoss e simbolos, ,: ,:nl; l;[g [glli.ias ascconcernentes' oncernentes' 0,0 cuUo afro-brasilei afro-brasileiro, ro, inclusive inclusive ind um.entd rias r ias caract caracteri eristi sticas cas do mesmo, mesmo, e bem bem assim assim a ibir r :;f :;f iod e cerim8 cerim8nia niass sagradas sagradas do ritua ritual; l; I! ibi m) T al proibir:;fio e ext ext rmsi r msiva va a espe espetd tdcu culos los arti artist stic icos os e I ' ' x xi ibir :;oes :;oes de qualquer ' 'especi e speciee mesmo mesmo de mani manifes festar tar:;o :;oes es j'o j'o / / .c / .6 I ' 'icas,realizadas i cas,realizadasiiPor quem quem quer que seja seja,, federado federado ou n fi fio o , sob qualquer J?retexto;
Prn rnccer ler c: c:nnl nnlm m , o s ill./ i' ator ator es, nos termos termos de direito direito,, usand o par a il;so , d Ol; r ecul' sos sos legais,20
1' 1.)
Nao Nao e prop op6s 6siito des d estte ca capi pitulo tulo analisar 0 Estatuto da Federa~ao Baiana do Culto Afro-Bra Afro-Brasileiro sileiro.. Apenas Apenas assinalar assinalar que difi dific cilmen entte ela alc alcan~ani an~ani os objetivos objetivos delinead neados os no arti artigo ac acim ima a que def def ine a amplid amplidao ao de suas suas responsabilidades, em que que pesem pesem a dedic dedica~ a~ao ao e os esfor~ esfor~os os de todos todos os os seus seus dir diretores. Essas dificulda dificuldades des estao situadas das basica basicame mente nte em dois dois niveis: niveis: prime primeiro iro,, no que diz respeito a avoca~a avoca~ao o de poderes poderes fiscalizad fiscalizadores ores da religiao, religiao, tarefa tarefa que foi foi assumida assumida pela Del Delegacia egacia de Jogos Jogos e CostuCostumes mes que que exer exerci cia a vigi vigila lanc ncia ia e cont contro role le das das a~6e a~6ess dos dos candom candombles bles da Bahia, Bahia, atraves atraves das listagens listagens dos terreiros terreiros que estivess estivessem em em f unc;aorel unc;aoreligios igiosa a e que eram obrigad obrigados os a pedir pedir licen licen~a ~a polici policial al para tanto. tanto. Nao Nao esquec esquecer er que que a Federa~ Federa~ao ao foi criada criada sobr sobretudo etudo para lutar lutar contr contra a tais exigencias gencias e defende defenderr a liberdade liberdade de culto. culto. Segund Segundo, o, no que tange tange ao dificil dificil prob problem lema a de se estab estabele elece cerr urn c6dig c6digo o etico etico capa capaz z de orien orientar tar as a~6es a~6es da Federa~ Federa~ao ao em termo termoss da tradi~ tradi~ao ao religi religios osa a e disc discipli iplina na das das casas casas de culto culto,, tao divers diversific ificad adas as nas nas suas suas estru estrutur turas as intern intern as e nas suas suas origens. E, dificuldade maior, contemporizar 0 sentido sentido de indepen independen dencia cia que todas todas guardam guardam comindisfar~ave comindisfar~avell zelo da autoridade autoridade e do poder poder de mando. mando. Conhec Conhecem emos os pais e maes-de maes-de-san -santo to que se vanglovangloriavam iavam de nunc nunca a terem ido a delegac delegacia ia pedir pedir licen~a licen~a para a rea realiza liza~ao ~ao de suas suas festas festas publica publicas.E s.Esta stasitu situa~ a~ao ao era trabalhad trabalhada, a, a nivel dogrupo, comoinequivo comoinequivoca ca demonst demonstrara~aode prestigio prestigio e poder, poder, acirran acirrando do ainda ainda mais as naturais naturais diverg divergen encia ciass entre entre cand candom omble bless que que possu possuiam iam efetiv efetiva a capacidade capacidade de negociar negociar com 0 poder constituido e aqueles aqueles que, nao desfrutando desfrutando de prestigio identico, eram obrigados obrigados a cumprir cumprir tais exigenc exigencias. ias. Caso Caso que ficou ficou famoso famoso na cr6nica cr6nica dos candom candombles bles da Bahia foi 0 que envolveu envolveu,, segundo segundo os diferentes relatos, o nome nome e pre prestigio de Aninha Aninha Obabii, Obabii, famosa famosa fundad fundadora ora
do Axe Axe do Opo Opo Afo fonja nja do Sao Sao Gon~ Gon~alo alo do Retir Retiro, o, que, que, usanda anda do seu prestf gio, conseguiu conseguiu chegar ate 0 Presidente Getul tulio Varg Vargas as par para pedi pedirr-lhe lhe que os candom candomble bless pudes pudes~ ~ see se em realizar alizar suas suas festa festass com com 0 uso uso dos atab atabaq aque uess ate nta nt ao proibido, bido, com a insta]a insta]a~ao ~ao do Estado Estado Novo Novo em nov mbro de 1937. 1937. 0 prim primel elro ro rela relato to e 0 de Luiz Sergio Sergio .Ba Barb rbo osa sa,, segund segundo o 0 qual 0 entao Comandante Comandante da VI VI Regiao Regiao Mi1itar ar,, General General Pinto Al Aleixo, mesmo mesmo sabendo sabendo que estava I roibido 0 usa de atabaq atabaques ues e para contraria contrariarr 0Interventor I.n .nnd ndu ulf o Alve Alves, autorizou autorizou que 0 Gantoi Gantoiss realiza realizasse sse a sua sua n at que foi, alem disso, disso, guarnec guarnecida ida pelo pelo Exerc Exercito ito.. Dias ( I I pois, Jor Jorg ge Manu anuel da Rocha Rocha,, oga do do Sao Gon~ Gon~alo alo,, fiscal do Ministerio do Trabalh rabalho o e;figura figura popular popular na Bahia Bahia,, foi a 1)( I a - a ia de J ogos ogos e Costum Costumes es para para solicit solicitar ar a licen~a licen~a concedido, com a ressalva PII 1'1 Loar candomble 0 que foi concedido, e l l flll n-o podia usar usar os ata ataba baqu ques es.. Jorge Jorge enta entao o disse disse:: N 0 HL·mais pr proibido oibido,, foicon foi conced cedido ido ao Gantoi Gantois". s". 0 DeleDeleI l I eIe I O , (n1, ,respondeu: pondeu: "0 Ganto antois is tocou tocou por ordem ordem do ( \lI \lIllll lllllll lld dnnt da VI Regiao Regiao Milita Militar. r. Va a ele, le, se ele lhe ,"111( 1(''( e l l r ' nf orm orme f eito com 0 Gantois, Gantois,voce voce 'toea" 'toea".. Diante till. IH I H i ua.cao, Jorg rge e procuro procurou u Aninh Aninha a no Rio Rio de Janeiro Janeiro III H I il,I'IW de OsvaldoAranha, svaldoAranha, marcou marcou audienc audiencia ia com ( Ii I.ul io Vargas e que resulto resultou u no Decr Decre eto 1202, liberando / 10 10 {;Hndom omb bIes uso dos atabaques.21 utra versa rsao foi forneci fornecida da por Esm Esmera eraldo ldo EmeEmeantana a Ana Ana Matia Matia Morale Moraless que, que, embora embora nao 1 . 1 rio d ( IIf' n ta tan ndo de Ser ergio gio Bar Barbosa, bosa, acresc acrescent enta a urn detalh detalhe e (II II'' Ltllv z ju jusstif ique ique a inter \ renyao renyao do Comandant andante e da VI VI IV I'i Mili ilittar em assunto assunto desta desta nature natureza za.. Segundo 0 seu relato, relato, "ASen "A Senhora hora de urn Capita Capitao o do I ' ; x rcit ito o da VI Reg Regia iao o teve teve nece necess ssida idade de de fazer fazer urn Ll'l \b \ba alho hon no Gantois. antois. Menini Menininha nha coment comentou ou a proib proibi~a i~ao o do \ IIill dos atabaques ques na festa festa.. 0 Com Comanda andant nte e da VI VI Regia Regiao o Mil i tar Ge General Onofre Pinto Aleixo mandou mandou uma guarni~.to disse: se: pode pode tocar. tocar. A "viuvinh "viuvinha" a" (radio (radio patrulh patrulha) a) · 1 1 gou, viu a guarni~a guarni~ao o e foi embora embora" ".22 Jorge Jorge Rocha Rocha,, tal I I
como no primeiro r lato, bu busscou a juda juda de Aninha ninha no Rio de Janeiro eiro,, para tam b m ter ter 0 dire direiito ao usa usa dos atabaq atabaqu ues no ter t errreir eiro que que fr fre equentava. Com omo o quer quer que tenha tenha sid side, a cora rag gem de Jorg rge e Ro Roc cha e a in indiscutivel discutivel lider ideran~ an~a de Ani Aninha, ha, que que the the perm ermit itia ia ter ace cesso sso relativame elativamente nte f acil ao Presi Presidente nte da Republi ublic ca, f oram indispensavei dispensaveis parra pa obt obten~ao n~ao de uma uma primeira ira conqui conquista sta dos ca candombles ndombles na luta que se se seguiria guiria ate a decada de setenta, setenta, como omo ver veremo mos. s. Na seque quencia ncia dest desta a luta luta,, a Fed Feder eray ayao ao s egur guramente ente teve teve pape papell impo importa rtant nte e na disc discuss ussao ao e no posic posiciionament namento o contra contra as arbitra arbitraried riedade adess a que estiver estivera am submetidos metidos os candom candombles bles da Bahia Bahia. Isto tanto tanto mais mais e verdade, se cons conside iderrarmos armos as a~6es a~6es ence enceta tada dass por por s eus dir iriigentes que, ue, no inter interior da instit institui~ ui~ao ao,, refle refletir tira am sobre urn urn dos problem problemas as mais mais serios ate hoje hoje enfre enfrentad ntados os pelos candomb ndombles les da Bahia. Bahia. Contud Contudo, o, a Fede Federa~ao ~ao nao nao co c onseguia avan~ar avan~ar obje objetiv tivam amen ente te para para urn urn traba trabalho lho poli polittic ico o mai aiss ef icient iente e capa capaz z de se sensib nsibili iliza zarr as auto autorid ridad ades es par ara a uma com compreen preensao sao melh melhor or da religiao afro-br afro-brasile asileira e sua fun funvan va n civilizador ivilizadora na Bah Bahia ia.. Mas a Feder Federayiio ayiio assim assim mesm mesmo o continuou a luta pelo respeito respeito e dignida dignidade de dos cand candom ombl bles es,, o que s6 s6 ser eria ia possive possivell com a desob desobriga riga~a ~ao o da lice licenva nva para para a realiza~a realiza~ao de seus seus cultos publicos publicos.. Ainda Ainda nem havia havia come~a come~ado do uma uma discus discusssao mais sistem sistemati atica ca sobr sobre a formula formula~ao ~ao de uma estrate estrategi gia a de luta luta cont contra ra a exig exigencia dos candom candomble bless pedirem pedirem autoriz autoriza a ~ii iio o na Delegaci Delegacia a na Jogos e Costum Costume es para para funci funcion onar ar,, 0 que se tornou tornou obrigat6 obrigat6rio rio durante durante 0 Gov GoverIio de de Luiz Vi Vian ana a Filho, Filho, e 0 povo-de-santo povo-de-santo e surpree urpreendid ndido o com a no noticia, ia, em set setembro mbro de 1974, 1974, do encaminhamento a Camara Federa ederal de urn urn Projeto Projeto de auto autoria ria do deputa deputado do padre padre Tem6 Tem6ssten tenes de Oliveira liveira do MDB MDB doAm do Amazo azonas nas,, pedindo pedindo a proibi~i proibi~iiio do f unciona uncionamento nto de tod todos os os terre terreiiros ros de Umb Umban and da no pa paiis. Entre Entre os qu que se pronu pronunc ncia iara ram m cont contra ra a te tentativa de ce cerrcea eame mento nto da liber liberdad dade e de culto culto,, estava 0 Pre resside idente nte da Co Conf ederav ava ao dos dos Umbandistas ndistas da Bahi Bahia, a, Mario Mario Xa Xango, ngo,
que aco conselhou nselhou 0 deputa putad do-padr o-padree a f azer urn lev evaantament ntamento o do nume merro de sa sacer erd dot otees que, com roupas civ ci vis is,, 1'1'qiientava tavam m as casas de Um Umbanda banda em todo pais, pais, do Rio ( : nmde do SuI SuI ao Pa Para. Ja 0 advoga dvogado do Rober erto to Pes Pesso soa, a, em entrevis ntrevistta a 'I' buna da Ba Bah hia de 20 de se settem emb bro de 19 197 74, apo apon ntav avaa II 1 1 1 1 L Ireza incons constituci titucio onal do pro je jeto do deputa putad do Illlllli': i':O OI1nse e para isso ci citava 0 artig rtigo 15 rag gra raffo 5, 153 3, para II" ()or)HLit Lituiyao uiyaon na epoca vige vigent nte, e, "qu "que gara rant ntee a liberda erdad de feio o de cul cultos, tos, conta contanto nto que que na nao o pre judique judique a paz II I ' (I' fei I I Ili liO OH8 0 alhe lheios" os".. Ressa Ressallta ainda, no mesmo smo ar arti tigo go,, quee "a Co Const nstiituiya tuiyao diz qu que pOl' pOl' motiv ivo o de 1"11' I I' "f a 6, qu I'" 1 \ '1 \ r' I'i 'osa osa,, co con nvi viccyao pol politica, itica, ningue inguem ser seraa pr priiva vad do dill III1IHdir it ito os". I rnane neir iraa compr ompreensi siv va e quas asee ecumeni cumenicc a, 0 H'r' I",ic icll)l'() Loreto to,, Diretor do Co Con nve vent nto o da Pieda edade, na jorrnaH naHss-tica tica;;-garan garanttia que que "a Igre ja ja Ca Catt61 1 1 1 , III" 11 1 1 1 1 , ria jo I I II, 1 1 11 I , L a to todo doss liberda iberdad de no tocan antte a re reli ligiao, giao, 1 1 ," 1 1 I l d l l qll qllll1lqu r pe pess ssoa oa es esccolhe herr co com m seg seguranya 0 que 1 11 1 1 1 10r'11I"iH 'onvenien nientte", p~ra em seg seguid uidaa af irm rmar ar:: "a e uma mal, l, 0 cHme. 0umba umbandis ndistta uma 111 \ 111 \ ' 1 / 1U O I I'A 'ue 0 ma III III II / li1\1 'om 0 Cando andom mble e 0 esp espiri irittism smo o, nos quais d, 111 \1 \10 0np npll' nder, obse observar, rvar, est estud udar ar e re resp spei eittar ar,, ba base seaados IIO II OIl Wi II • pio de liber liberd dade re reli ligi gio osa" 23. I':m janeiro de 19 197 76; Ant Antonio Mon ontteiro, entao Iin Hid ilL da Feder dera9a a9ao o Ba Baiiana do CultoMr ultoMro-B o-Bras rasil ileeiro, Irl rlv vio ioll ll Ol't l'taa ao Gove Governa rnado dorr Robert Roberto o San Santtos, solicit olicitando ando utor orida idad de a exclusa clusao o das das so soccie ied dades afro1I,lq \ l( Iu l:lut 1"" ""H Hil( iras da obrigayao do paga pagam men entto de taxas para a I I IIIii':lIt It,,:t :tlldos doos se seu us rit ritos os pOl'na pOl'nao se tratar atar de ato fo follcl6ric rico, I ll / / I H I ulto reli religioso. gioso. 0Jom Jomal da Bahi Bahia, de 9 de ja janeir neiro o eve na integra integr a a carta de Antoni nio o III ID7 6, trans creve MOIIlLcyiro0 MO , que f azemos mos igualme ualmente, nte, nes estte traba abalho lho, pO pOl' l' Iin LI'tILar arde de peya peya importa rtan nte no dese desenca ncadea eam mento gera eral II i Il Illlta ini nici ciad adaa com Jor orge ge Rocha, ocha, Aninh Aninha e sobre obretu tud do On Ca 1 ' : < 1 ii-l-lO Carneir rneiro o, na deca ecada da d"!'tr tri l inta:
A soli £ la.C ;n qu quee a. F ed emC ;ao Baiana d o C ult ult o Afro Br asil ilci cill'o I " " z a V n:;sa E xce xcellenc nciia par a a liber ac; ac;ao ,do doss cult os I ' 'e ligios s sincr et i zado zadoss com os culto cultoss cri risst aos, aos, estei fund ament ad a , ant es que tu tudo do , no. C ons nstitui tituicc;ao Fe Fed d eral em sw ar t t igo 141, para arag gr a fo 7. Em Per Per nambuco os cultos esta tao o vin vinccul ulad ad os os 0.0 I nstit ut ut o J oaq oaquim Nab Nabuco uco.. Em sa sao o Paul ulo o , ond e ha mais d e quinz quinzee mil tem temp plos, es esssas institui c;oes est est ao ao amp mpa ara rada dass pe pella Constitu Constituiic; c;ao ao F ederal , , bem com como o no Rio Gr and e do Sul, em Mina Minass Gerais , no no.. Guana Guan abara bara.. No Br asil asil , , hei mais mais d e nov noveent nta a mi mill t em plo ploss do cult o , sendo 0 Rio G r and and e do Sui, 0 es est t ado ado cujo ujo nume numero aiss elevado evado.. Some Soment nt e , e so som ment ntee no no.. Bahia, os ritos e 0mai par para a se ser r em em r ealizado alizadoss t em nece ecessidad ssidad ee de uma uma licenc nc;;a f orneci o rnecida da pe pella po pollicia , je jeii qu quee os Cul Cultos tos Pr otestante otestantess , Cat6 licos licos , J ude ude us , us , Bahai Bahais, s, Bud istas, Ze nbudi nbudisstas nao soli so liccitam pO I' estar I' estarem em ampa ampar r ad ad os pela Cons ConstituiC ;ao. ;ao. a) Examinando 0 " Guia G uia para para r ecolhim ecolhimeento de taxa taxass pelo exer exe r dcio d cio do pode poderr do. Pol Polici icia a " , ela e e xp xpeedid dida a pOI pOI'' uma uma instruc;ao nor no r mativa m ativa ori oriund unda a do do.. S ecr ecr eta tari ria a do do.. Fazenda (Dee pa (D par r tament t amento o de R enda ndass) , q ue ue , no seu it em nume numer o vi vin nte e se set t e , in incclui lui as sociedad es es afr o-b o-br asil ileeira irass para par a ato atoss folcl6 r ri cos. A inst inst r r Ul;a Ul;ao normativa est eifund amen ta ta da da no . Lei num numeero 3. 3.09 097 7 d e 27 d e d ezembr ezembr o d e 1972, publicada no Diei Dieirio Ofic Ofi cia l de 29 d e d e z zeem br br o d o mes mesm m o a no no. Est r ranho a nho nos par ece nao enc nco ontr ntrar ar no. li lissta nomin mina ativa as soc sociiedad es es Judaicas , Cat6l Cat6liica cas, s, Pr ot estan estante tess , Budi Budissta tas. s. Someent e estei a Afro Som Afro-- Bra Brassil ileeir a para ato toss fol folccl6 r r icos entr e cinemas , club clubes es , 'dan 'danccin ing gs' e cab aba ar es. " b) S enhor Go Govvernador , solici icit t amo amos a Vo Voss ssa a Exce Excelenci ncia a qu quee nos tem dado tod todo o apo apoio, io, no noss conta contactos ctos qu quee t emos tid tido o , per pe r missao missao par ara a en ent t r r ar no merit rito o do. fra frase se "Pa "Par r a at ato os follcl6 ricos" fo ricos" . F olclor e , como todo todoss sab abeem, e uma pala palavra vra cunhad cu nhad a pOI ' ' W . J . Thom Thomss , em 1846, pa par r a fo follgu gueedo doss po pu pular es. e s. Na Nao o co cons nst t a, a, em nen nenhum huma a nac nac;;ao eur opeia opeia , asiatica , am ameerica rican na, que os cul cult t os os r elig e ligio ioso soss s e jam con co nsi sid d er ad ad os " atos atos fol folcl6r cl6ricos" icos".. Nao os sao nesse nessess continen ne nte tes, s, nem em sao Pa Pau u lo, ne nem m no Ri Rio o Gr and e d o S ui, nem ne m em Mi Min nas Gerais , nem no. Guanaba uanabar r a , E stad os os d o Br asil asil onde s e con congre grega ga mai maior or num numeero d e templo temploss pa par r a os r itos. i tos. Po Por r que q ue so some ment ntee no no.. Bahia , he heii um di diss po possitivo, inclluindo 0 cult o af r inc ro -bra -brassil ileeiro co com mo folgu folgueedo fol folcl6 r ri co, ato at o fo follcl6rico 6rico? ? As proc pro cis isso soees cat6li ca t6liccas as,, as pr preg egac ac;;oe oess
protestantes com alto-falante em prar ;a publ public ica a com com grup.os grup.os musicai musicais, s, com irist iristrum rument ento o d e percus percussao, sao, nao sao sao consLderados consLderados atos folel6ric folel6ricos. os. Estao t odos o dos ampar amparados ados pela pela Constituir;ao. Para melhor melhor exporm expormos os nossas nossas conside considerar; rar;oes oes a fim de c) Para amparar amparar a prome promessad ssadee.Voss Vossa a Exce Excele lenc ncia ia de nos nos dar dar a ti~erar;ao ti~erar;ao do culto, consultam consultamos os antrop6logos, antrop6logos, soci6logos, soci6logos, t~ologo t~ologoss para nos eviden evidencia ciarr a diferen diferenr;a r;a entre entre ato folel6folel6nco e ato reli religio gioso so.. No ato religi religios oso, o, disse disseram ram-n -nos os as te6logo te6logos, s, hri sacrame sacramento nto sacram amen enta tais is hli hli rit ritos os e sacr liturgia, liturgia, culto; hli sacerd6cio, sacerd6cio, sacrificio, sacrificio, obla;ao; obla;ao; hri ado: rar;ao,ar;aodegrar;as, rar;ao,ar;aodegrar;as, propiar;ao, propiar;ao, impetrar;ao; impetrar;ao; hd ofert6rio, ofert6rio, consagrar;ao onsagrar;ao e comunhao. comunhao. Todos esses esses ritos, toda essa liturgia, estao todos no culto culto nacional. Segundo a que consultaconsultamas no livro "Estrutura "Estrutura do Pensamento Pensamento Afro-Brasil Afro-Brasileiro" eiro" 11.6 ale al . , , em do mais, mais, uma teologia teologia estrutur estruturada, ada, uma cosmo: cosmo: g?nia, nia, antropo antropogoni gonia, a, uma hierarqui hierarquia a de valor valores es metafi metafi- , LCO LCOS S .0 monotei monoteismo smo e eviden evidente te sobrema sobremanei neira, ra, posta posta que a upr ema Divindade Divindade Impess Impessoal oal chamachama-se se Olodum Olodumare are que se evide videnc ncia ia nas nas tide tidess da criar criar;a ;ao o como Oloru Olorum m ()ni ,ci ,cient e , onipotente, onipresente , onipresente , Criador Criador (Eleda (Eleda): ): S C C l Lh Lhor do do Espiri Espirito to (Elemi (Elemi), ), Rei Celestia Celestiall (Dba (Dba Orum) Orum) Juiz (Adak (Adaked edajo ajo), ), Mise Miseri rico cordi rdioso oso (Ala (Alanu nu/ / S U U , PI. " mo Juiz t / el.t or (Olore (Olore). ). Os orixd orixds, s, as mais mais conhec conhecido idoss para a / I I t deuses, mas mensageir mensageiros, os, numa numa hierar hierarquia quia I t;t; i . /{ ( /{ ( ) , nao sao deuses, II U U pe p enor , medi media, a, infe inferi rior or,, par par nao nao have haverr imag imagem em de larum , par nao haver alorma alorma,, figurar figurar;ao ;ao,, pelo pelo respei respeito to lhe t em , a leigo nao 0 conhece. conhece. Para 0culto em aprer;o, aprer;o, fi n ne e lhe rum), em sendo sendo infinito infinito,, nao pode pode ser figurado figurado,, I ~ ~ ~s (Olorum), l Lll Lll Ltta Lttad d o po por forma, forma, posta que e oAbsoluto. oAbsoluto. Como podemos podemos peer ceb p cebel; Senhor Governador, Governador, nao se trata trata de ato folel6rico, folel6rico, mass d e um culto religioso ma religioso em bases racionais racionais estruturado. estruturado. om estas considerar;o considerar;oes, es, esperamos que Vossa Excelenc Excelencia ia mandar retirar retirar as Socie Sociedade dadess Afro-B Afro-Brasi rasilei leiras ras se d igne mandar d as obrig~r;oes obrig~r;oes de pagame: pagame:nto de taxas taxas para a realiz realizar; ar;ao ao d e se seus us ntos, ntos, porqu porquant anto o todas todas elas est estao ao vincul vinculada adass a sua Federar;ao, Federar;ao, a unica unica que. que.deve responder responder pela existencia existencia /lciencia iencia dos atos liturgicos. liturgicos. e e /lc Agradecem Ag radecemos os a Vossa Vossa Exc Excelenc lencia ia par tudo que que tem tem feito feito em. nosso favor e esperamos esperamos que Olorum Olorum 0ajude a dirigir dirigir os destin destinos os da Bahia. Bahia. 24
Outra Outra in inic iciat iatiiva de An Anttonio onio Monte Monteiro iro e, desta desta feita, acompa acompanh nha ado de Luiz Se Serrgio Barbosa, arbosa, foi a de procurar 0 Governa Governador eleito Robe berrto Santos, Santos, no local local onde ele aten atendia dia no Ca Can nela, par ara a pedir pedir ao Gove Governad rnador or "que olhasse olhasse pelos pelos re reli ligioso giososs do Cando andomb mble, le, libert libertan ando do os 25.. mesmo mesmoss da polici policia a" 25 A exigenc exigenciia do re registro gistro policial policial para os cando candommbles foi foi igualme igualmente nte discutida discutida no Seminari Seminario o de Cultura Cultura da Cidade Cidade do Salvado Salvador, r, promovid promovido o pela Prefeitura Prefeitura da Cidade Cidade do Salv Salvad ador or e realiza realizado do de 15 a 22 de junho junho de 1975, 1975, na Biblio Bibliotec teca a Centr Central al do Esta Estado do.. Das Das recom recomen enda da\{o \{oes es do Grupo Grupo de Trabalh Trabalho, o, daquele daquele Seminar Seminario io (GT-16) (GT-16),, destacadestacase exatamente exatamente a recomend recomenda\{ao a\{ao relativa relativa a supressa supressao o da exigenci exigencia a de uma licen\{a icen\{a policial policial para a realiza\{ao realiza\{ao dos dos cultos do Candomble: Candomble: 26 Como parte parte da revisao conceitual dos valores concentrados concentrados nessas nessas comuni comunidade dades, s, recome recomendanda-se se que a religia religiao o pratipraticada nas mesmas mesmas seja seja conside considerada rada com a mesma mesma catego catego-ria de outras outras religi religioes oes existe existente ntess na Cidade Cidade. RECOMENDA-SE, pais, que a Prefeitura se interesse pela supre supress ssii iio o da exige exigenc ncia ia de regis registr tro o polic policia ial, l, a qual qual e dispens dispensado ado aquelas aquelas outras" outras"27 27
A Revis Revista ta Sarap Sarapeb ebe e da conta conta da repe repercu rcussa ssao, o, na imprens imprensa, a, da recom recomend enda\{aodo a\{aodo Gt-16 Gt-16 do referido referido SeminaSeminario, princip principalm almente ente de uma uma entrevista entrevista do entao entao Prefeito Prefeito Jorge Jorge Rage Rage que que se comp comprom romete eteu u a ser 0 porta-vo porta-voz z da comu comunid nidad ade e intele intelectu ctual al junto junto ao Gov Govern ernad ador, or, ao qual qual pediria pediria a supressa supressao o do registro registro policial. policial. 28 o certo e que, que, comoresulta comoresultado do de uma uma grande grande luta encetad encetada a por diferente diferentess setores setores da comunid comunidade ade baiana, baiana, onde onde nao faltaram faltaram as a\{oespo a\{oespontua ntuais is de diferen diferentes tes memmembros da religiao religiao afro-brasile afro-brasileira, ira, alias os mais diretamente diretamente envo envolvi lvido doss e inter interess essad ados os na questa questao o da supre supressa ssao o do registro registro policial, policial, 0 entao entao Govern Governado adorr Roberto Roberto Santos Santos decre decreta a Lei 25.095 25.095 de de 15 de de janeiro janeiro de 1976, 1976, publicad publicada a
no Dia Diario Ofi Oficial cial do Es Esttad ado o em 16 de janei janeirro do mesm mesmo o ana: De De fi fin ne 0se sent nt ido ido e alca alcanc ncee d a previsao previsao lega egall a que que alud e 0 Governadorr d o E sta Governado tad d o d a Bahi Bahia a no uso uso de sua suas atri atri-buit; t;o oes e C ONS ONS IDE RA NDO NDO que que , na ex pressao pressao " Soc Sociedadess a fr o-br asil dade asileira rass pa para ra ato atoss f olcl6 ricos" ricos" , a qu e se r e f er e 1972, se a ta tab bela I, an anexa a lei n. 3. 3.09 097 7 d e d e zembro d e 1972, tem te m id ent i ficado ficado para fins fins de r egi egistr o e cont rol role nela pr evist evist os os , as enti entidades dades que que ex exeer citam culto afroafro0 culto br asil asileeir o , como form forma a ex ext t erio rior d a re ligiao giao que pr o f essam; ssam; C O NS IDE RANDO qu~ se sem melhant e ent endi dim men ent t o se nao ajust e no sentido e alcance d a lei, send o antes ant agoni ajust agonico co ao prindp prindpiio que asseg ssegu ura a liberd ad e do exe exerd rd cio d o cult o; C ON ON SID SID E R AND ANDO O que e d ever d o pode poderr public blico aos int egr gran ante tess da comun omunh hao politica tica que que di dir r ige, 0 livr e e xe xerc rclc lcio io do culto culto d e cada um , obs obsta tan nd o qua quaisque uer r mba mb ar at;os at;os que que 0 dif icul iculta tam m ou impe impet ;am; am; O N S S IDE R ANDO afinal afi nal que, se ass assiim t he inc incumbe umbe pmcc pm ccd d er :Pl1ra com com toda todass as cr ent ;as ;as e co confi nfissoes ssoes r elig ligios iosas, j jn nslo nao ser ia que ta tam mbem nao fi zess zesse em r elat ;ao as es d o culto ulto a fr o-br o-br asileir asileir o, o, que que d e ide identi ntico co modo so ' iedad es t m a liberdad e de r ege ger r em-se d e acordo acordo co com m sua f e.
Artigo 1~- Nao se inclue Artig luem , na pr evis e visao ao do item item 27 d a T abela 1, anex exa a a Lei 3.097 de 29 d e d ezem ezembr o de 197 2 , as socied ociedades ades que pra rat t iqu iquem 0 cult o a fr o-br o-br asil asileeiro , como forma exte exteri rio or da r elig ligi ao ao q ue ue pr o f ess essam, qu e a ssim ssim podem e xe xer r cit cit ar ar 0 seit . cult o, o, ind e pe pend ent ement ement e d e r egi egist ro, ro, pagame pagament o d e tax taxa a e obte obtent nt ;ao d e lice licent nt ;aju ;ajunto a autori auto rida dade dess po poli licciais. Ar t t igo 2~- Est e d ecr ecr et o entr ar a em vigor na dat a de sua public publicat ;ao ;ao , r evog ogad ad a s a s dis dis posi posit t ;oes ; oes em co contrario ntrario.. Palaci Pal acio o do Gov Gover no n o do Estad Estado o da Bahia hia , 15 d e janei janeiro ro 1976. Robe Rober r to to F igueira Sa Sant ntos os Lui Luizz Ar t ur d e Ca Car r val valho ho' ' .29
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o decr to d varn rna ado doI' I' fo foii entusiasticamente tusiasticamente receb cebid ido o pela com comu uni nid dade baiana na,, em ple leno no dia de festa da Lavag Lavage em do Bo Bonti ntim m daqu daquele ano. 0 Jor Jorna nall da Bah Bahia ia,, em amp amplla re rep portag ortage em sob obrre a mais mais po popu pullar f est esta baiana aiana,, f az ref refere eren ncia a lib libera~ao do reg regis istro tro poli policial cial.. E na materia ateria,, cerrta ce tame men nte es escr criita no dia anter anterior ior,, com comenta: nta: o Gove Gover r nado n adorr Ro Rob be rt rt o Santos an tos pod er a anu anunciar nciar hoje oje , dur a nt nt e a lavag vageem. d o Bo Bonfim , a lib ibeerat ;ao ;ao do co con ntro trolle polic policiial da dass casas e t err eiros iros d os os cult os os afr o-br asile ileir os os por p or solic licit ar ;ao ;ao d a F ed erat;ao rat;ao Baia Baiana d o Cu Cullto A f r ro Bras Brasile ileir o. o. 0 Proc Procu ra ra do do r Ger al do Es Esta tado do,, S r. r. Di Dillson D6r ea, e a, entr egou ont em a noit noit e ao Go Govvernado rnador r pare pareccer favvorave fa oravell a me medi dida da.. Segundo 0 Pr ocur ad Segundo ad or or Ge Geral ral d o E st ado ado , f oi r eali zado zado um exam ex amee minuc minucioso ioso sobr e a mat mat er ia , a pe pedido dido d o pr opri oprio o Gove Gover nad or, e 0 par ecer favo favor r avel avel a libe liber at at ;ao e aco acom m panhad panhad o d e "c "con onvvince incent nt e jus just i fic ficativa" tiva" .30
Com Co m efe efeito ito,, 0 Gover Govern nador Rober erto to Santo ntoss aco acommpanhad nhado o de muitas uitas filhas filhas-d -de e-sa san nto, algumas umas da Ca Cassa Bran Br anc ca e, dentre dentre elas, Mae Mae Obal Obala ade, Raimunda imunda de Ch Chagas, assino ssinou u na tarde tarde de 15 15 de janeir janeiro o, no Palac aciio daAc daAcla lama~a ma~ao o, o decre ecretto acima cima cita citado. do. Em sina inal de rego regozi jo jo e ag agrradecimento nto, as f ilhas ilhas-d -de e-sa sant nto o pre presente tess ca canta ntarr am 0 an ango gorossi, rossi, que e uma lou louva~ao nos nos candomble ndombles de Ango Angolla. Naq aqu uela ocasiao, ocasiao, usou da palavra vra Anto Antoni nio o Monteir nteiro, o, Pre resid side ente da Federa~ao Baian Baiana a do Culto Afr Afroo-Br Bra asi silleiro, que f alou em no n ome de toda todas as cas casas.31 Em raza razao diss disso, o, 0 Go Gov ver ernado nadorr do Esta Estado foi foi alvo de var aria iass hom homenag nagens presta prestad das pela com comunida unidade re relligiosa af ro-baian ro-baiana. a. Des Destaca-s taca-se aqui aqui a da Federa~a ra~ao Baia aian na doC do CultoA ultoAfro-Bras fro-Brasileiro ileiro que que Ihe conce concedeu deu 0 titulo titulo de Ben Benemer eriito e of erece receu urn urn "Opaxor6 Opaxor6 de Oxala" ala" como como si simb mbo olo de gratidao porte porter ele ele liber liberad ado o os cando ndombl mbles da Bahia hia da chan hanc cela policia policial. Essas sas hom homenage nagens ns fo fora ram m 0 ponto ponto alto lto de uma uma vas vasta progr program ama~ a~ao ao da Fe Federa~a era~ao o. 0 J or ornal nal da Bah Bahia ia as assim sim relata: elata:
A f esta d e .agr ad ecim ecimeent o p ro rograma ramada da pela F ed er er ar ;iio Baiiana do Gult o Afro Ba Afro- Br asil asileeiro pre ve para para as 16 hor as a i naugur ar;iio ar;iio dos dos ' r re tratos tratos do Governado Governadorr Robe Roberto Santos x-Gov Goveernad i Jr Jr Juracy Magalhiies na galeria d e e d o e xhonra daF ed erar;ii() rar;ii().. As 19horas, horas, sera co-celebr co-celebrada ada missa missa sole olene , na igr e ja da Mise Miseric6rd ric6rdia. ia. As 21 horas, 0 Gove Governad or Rober to to Santos e a Sra. Sra. Maria Amelia Amelia se d esloc slocar ao ao pa par a 0 t err eir eir o lle lle:Tomim Tomim Bokun Bokun , no Beir Beiru, u, ond e ser serao ao homenage agead ad os" os" A entr ada do casal casal os atabaqu atabaquee s bat er ao , ao , enqua nquant o d ezen ezenas ;d e pombas pombas bran branca cas, s, em r evoa voada , se solt ar ao ao no t err eiro ... 32
Nessas ssas homena homenagen genss pratic praticam ament ente e nao se envolenvolram os gr grandes ndes terreiro terreiross de cand candom omble bless da Bahia Bahia. : I t qu os ass ssim im considerad considerados, os, pelamidia, pelamidia, sempre sempre se recusa recusa"am a pedir licen~a licen~a para para toear toear e contara contaram, m, para para isso, isso, com com () lp lpoo i o de figura figurass impo importa rtante ntess da soci socieda edade de baiana baiana I1 ' ( l'a Iment nte e ligados ligados a esses terreiros terreiros.. De toda maneir maneira, a, com 0 decreto do Governador Governador I lo h e Ito antos se encerra encerra,,:na Bahia Bahia,, uma uma luta luta come~ come~ad ada a 11 0 1 1 I I n O R trinta POl POl'figuras' figuras'exponenc exponenciais iais dos candomb candomblles II i" It , Ictua tualid lidade ade baian baiana a. f nsisto, entretanto, ntretanto, em afirma afirmarr que a ninguem 1lIII'U 'U I rrnente cabe 0 rne rne:rito da conquista conquista.. Ela resulta resulta II / d , Ii d urn se sentim ntime ento deconscien deconsciencia cia coletiva coletiva em torno I I I ( ( lIr pr pro oblema que que af etavi tavil diretarne diretarnente nte os candomb candomblles, Ifll( ~ ria fr fron ontalm talme ente nte urn: urn: dispositi dispositivo vo constituciona constitucionall e, I nil" Lu Ludo do,, era urna ag agres~ res~aO aO a urna sociedade sociedade profunprofund ll ill nte marc rcad ada a pela afro-ba fro-baian ianida idade de no seu modo modo de de I'll ", a ir e sentir. Os tempos mudaram. mudaram. Na decada cada de oit oiten enta ta e de de man manei eira ra menos enos I lip tncular, essa luta continuou continuou para incluir incluir 0 Artigo Artigo 275 r I llll If . pit itul ulo o da Cultura ultura daCo daConstit nstitui uiya yao o do Esta Estado do da IllIh;o., que coloca coloca como como dever dever do Estad Estado, o, v
...pr eseru eserua ar e garanti' aranti' r a int int eg egridad ridad e , a respeitabilidad e a permane rmanenci cia a d os os valor es da r eligiao ligiao afro-bra afro-brassile ileir a es pe pecialme lment e:
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com a poluiyao poluiyao sonora sonora provqc provqcada ada por urn vizinho, vizinho, que
inu nt ar ia / ia / ; r est est au.r ar e prot eger os do docum cumeent os os , ob obra rass Ust ico e cu cultu ltur r al , os monum monumeent os , e Ou.tr o.~b no d e ualor ar Ust mananciais, f lor lor a e s£ tios tios arqu arqueeol6g 6gic ico os vincu.la lado doss a r eligiao a f r r o-br asi asileir ira, a, cuja cu ja ide ident nt i ficar ficar ;ao caber a aos aos t er r r eir os e a F ed er ar ;ao do Gutto A fro- B Bras rasil ileeir o; o;
I )
I I) p pr r oib oibir aos 6 r r giios en.ca .carr rr egado doss d a pr omog oga ao tu tur r { {s tica , tica , uin.c in.culado uladoss ao E s E st ad ad o , a ex po posir ;ao ao , , e xp xpllor agao a gao co com mer cial, veicular ;ao , titula titular ;ao ou proc roceed ime imento pr e j judi udici cia al dos s{mbo {mbolos los , e x pr esso essoes , mus musicas , da dan nr ;as, ins instrume trumentos , ader egos egos , ues estuario tuario e cu. cu.linaria, ria, est rit rit amen.t e vi vin ncu.la u.lados dos a r eligiiio ligiiio afro-bra afro-brassile ileir a; a; Ill) assegura gurarr a part part ic icipa ipag gao pr o po por cion cional de r e pr esenta entant ntes es da r eligiao ligiao afr o-br asile ileir a, ao lad o d a r e pr esen.tar;iio tar;iio das das d emais mais r elig ligioes em co comi misso ssoees , conse conselho lhoss e 6rgaos 6rgaos que venham a ser cria criad os os , bem co com mo em euent os os e promor ;oes de carat carat er r elig ligioso; IV) promoue promouer a adequag adequagao d os os prog progr amas d e ensino nsino das dis discipl ciplin inas as de geo geografia , hist6 hist6 r r ia, comun.ic un.icar ;ao e e xpressiio, estudos tudos sociais iais e educa ducag gao ar U U stica tica a r ealid ad e his hist 6 6 ric rica afro-brasi afro-brasilleir a, a, nos es esta tab belec ecim imeentos estadua taduais fici fi cial - Cade d e 1~,2", e 3" graus graus. ( Diar io O Cadern rno o 3_ Diario do Legislativo, gislativo, p. 37, d e 06 .10.1989 0.1989)).
Os tempos mudaram. mudaram. Os candomb candombles les que, ate ate a de decada cada de, de,70, se submesubmeterarn terarn a todo todo tipo tipo de rejeiy rejeiyao, ao, muit muita as vez vezes es com 0 beneplacito placito de leis au normas normas estabelecid estabelecida as pelo pelo poder publico, publico, agora disp6em de docume documentos ntos legais legais que lhes asseguram a plena plena vigenc vigencia ia religio religiosa sa e defesa defesa de valor valores culturais culturais que lhes sao pr6prios. pr6prios. E invert invertend endo o a ordem ordem das coisas, oisas, eaqui eaqui citado, citado, a titulo de exemplo, exemplo, 0 Candomble Candomble do Mar Marok etu situ situad ado o a rua ruaAugusto Augusto Viana Viana 65, 65, Cosme Cosme de Farias, Farias, hoje sob a direyao de Mae Mae Pastora, Pastora, envia oficio oficio33 ao atual atual Secre Secretari tario o do Meio Meio Arnb Ar nbiiente nte da Prefe Prefeitu itura, ra, Sr. Sr. Juca Juca Ferr Ferre eira, solici solicitan tando do daquel quela a auto autori rida dade de a sua aten atenya yao o para para a fato fato de que que a Cor Cornun nunidade doMaroketu doMaroketu ha mais de urna urn ana ve vem sofren sofrendo do
com a poluiyao poluiyao sonora sonora provqc provqcada ada por urn vizinho, vizinho, que clia liariam riamente, ente, adentrando-se adentrando-se ate altas horas da noite, noite, num fla flagrante desrespeito desrespeito a ordem publica, publica, liga seu aparelho aparelho I som a to do volum volume, e, pertu perturb rban ando do as celeb celebra rayo yoes es t' ligiosas iosas interna internass e causa causando ndo serios serios prejuiz prejuizos os a tranrrOili lidade dade de quantos quantos ali residem. residem. Com os mesm mesmos os arguill"ntos que servir serviram am para para justi justific ficar ar as agres agressoe soess que que Lro ora rasofr sofrera eram m os cand candom omole oless da Bahia, Bahia, reclam reclama-s a-se e a Oil Lr IIIL IIL'l'venyaoda autoridad autoridade e para para que a comu comunida nidade de relirelil : i o F la . possa, ossa, livrem livrement ente e e sem atrop atropelo elos, s, realiza realizarr seus seus 1'lLlIl1i lIl1ie prosseguir prosseguir na sua missao civilizadora. civilizadora.
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Ibid. Ibid. Nao estaria estaria no caput caput da lei uma uma razao razao para que os candom candombles bles foss fossem em erig erigid idos os com com est estru rutu tura rass arqu arquit itet et6n 6nic icas as que que mais mais se assemel assemelhava havam m a uma uma easa residen residencial cial eomum eomum do que que a urn templo templo nos padroes padroes classico classicos? s? Pelo menos, menos, e claro, claro, "sem forma forma alguma alguma exterior exterior de templo" templo".. Se isto e verdadei verdadeiro, ro, teriamo teriamoss entao entao mais mais uma maneira maneira de resist resisteneia eneia pela suposta suposta adequa~a adequa~aO O e respeito respeito a lei. Vale lembrar lembrar que a Carta Carta Constitu Constitucion cional al de 1824 1824 estev esteve e vigente vigente ate 1889, 1889, e que 0 C6digo Criminal Criminal de 1831 nao alterou 0 disposit dispositivo ivo legal, legal, eo artigo artigo 276 276 que trata trata da mate materia ria apenas apenas assina assinala la que nao nao se consconstituira tituira em ofens ofens a a religiao eat6liea 0 eulto eulto de outra religiao religiao se eeleeelebrado brado em easa easa ou edifi edificio cio sem sem revestir revestir extern externam ament ente e a forma forma de templo templo (sem (sem torres, torres, sem camp campana anario rios, s, sem ieon ieones) es).. Para Para uma uma compree compreensao nsao do terreir terreiro o como como espa~o espa~o construi construido do e 'simb6Ii 'simb6Iieo, eo, ver Nasci Nascime mento nto,, 0 espa~o espa~o do terr terreir eiro o e 0espa~o espa~o da cidade ..... Rodrigu Rodrigues, es, Jose Carlos. Carlos. Constitu Constitui~ao i~ao Politica Politica do Imperi Imperio o do Brasil Brasil analy analysad sada. a. Rio Rio de Janei Janeiro: ro: Eduar Eduardo do & Henriqu Henrique e Laemme Laemmert, rt, 77,186 77,1863, 3, p. 145, 145, apud Bitteneo Bitteneourt, urt, op. eit. p.169. p.169.
Caso Caso tipico tipico e a prega~ prega~ao ao que faz a Igreja Igreja Unive Univers rsal al do Reino Reino de Deus contra contra os eandombles eandombles da Bahia, Bahia, taxando-os permanentemente permanentemente de seitas seitas demo demonia niacas cas onde reina reina 0 atras atraso o espir espiritu itual. al. E part parte e importa importante nte proseliti proselitismo smo do seu diseurso diseurso decorre decorre dessa difama~ difama~ao ao do C Cando andomble mble.. Reeente Reeentemen mente, te, a Igreja Igreja Univers Universal al do Reino Reino de Deus Deus iniciou iniciou urn atrito com a Igreja Igreja Cat6liea, Cat6liea, em eonseq eonseqiiene iieneia ia do gesto gesto
de urn pas pasto torr que que, frent frente e as ci ciimar aras as da TV Re Recor cord d chu chuttava uma image gem m de Nossa Nossa Sen enho horraApar Apare~ e~iida, venera erad da pelos' catolicos como padroeira ira do Bras rasil. il.
"Se "S entindo a nec ssi lad d uniao e de in intelec telecttual alid ida adede que se pos ossa sa repr pre esent senta ar m. toda todass a' es esf f eras soc sociiais is,, 0 Af Afrro-B o-Bras rasileir ileiro, o, comp co mprreendendo 0 dav I' d l' erguer mo mora rallment nte e a f amilia negr egra do Brassil, dese ja Bra jand ndo o colabor bora ar pelo engra rande ndecim cime ento da Patr Patria Bra Brassileir ira a, apontand ontando o a rnilhar ar·· s de negro gross a escol escola a e 0 civismo ivismo,, urn nuc nuclleo de idea ideallista istass res eso olve fu fund nda al' 0 Ce Cen ntro de Cult ultura raA Afr froo-Bra Brasil sile eiro" iro"..
Ihid, p. 151. 151. Aceito Aceitou-se u-se aqui a sugesta stao do ilustre ilustre Professo Professorr Viva ivaldo osta Lima, Lima, a que quem se pede a:de :devida ida lice licen~a para seguir, meto to-1lll lllluglCamente nte, a tr tril ilha ha que tra tra~ ~ou com a reda reda~a ~ao o das erudita eruditass notas notas Edison Carne rneiro a Ar Artu turr Ramos. I / I 'IIItas de Edis
"Af Afa astado tadoss de qua qualquer partido politico ou ou cre credo re r elig ligioso e aceita itando concurso concur so dos que que rec econh onhe ecerem 0altr tru uistico f im a que nos nos pro propomos, f arem aremos os a unific unifica~ a~a ao dos Neg egrros do Br Bra asil" sil".
dll
"Nao far fare emos luta lutass de ra~as contr contra a ra rar; r;::as, por pore em ens ensina narremos mos aos noss nossos irma irmaos Neg egrros que que nao ha rar;: r;:as asup upe erior rior nem inferio nferiorr e 0 que nos distin distinguir guir urn urn dos dos outr outro os eo dese esenvolvi nvolvime ment nto o cul cultur tura al". "Temos co como mo princi princip pais fin fins: Cultivar ltivar a memor oriia dos gr gra andes Neg egrros do Bras Brasil, il, instru nstruir ir a inf inf ancia negra, gra, f acilitar sua educa ducacao, ple pleitear ing ingress essos os gr gratuito atuitoss para ernba rnbate tess materiais riais e morais morais que que the the vem ao enc e nco ontro, eri erial al'' caix ixa a de benefice ficenci ncia, para assiste istenc nciia medic dica e denta ntaria" ria" (Ibid., Ibid., p. 201-202) 201-202).. II
I, "'ll, O f l . cit. p.154. 0 citado autor utor re rec corr rre e, nes essa sa parte do seu 1"lIlIdlll dlll), '0 studo de J.J. .J. Sea eab bra. Hu Hurrnilha nilhacao e devas devastac tacao ao da ocum ume entad tada a da adm admiinistra ra~ao ~ao do Sr Sr.. Juracy Juracy 1 1 .1. 1 , " : IlI,lilise doc MI" 1 1 11 1 ," , I' unida e anot notada pOl' Ne Nelson Ca Carrneiro. iro. Salvador: alvador: I', ',d d III,", 1 \ :" fi fic ca da Ba Bahi hia, a, 193 933 3. A res r esp peito ito do valor alor histor istorico ico da rthu hurr Ramo moss,de 19 de julho julho de 193 1937, escreve: 1 1 111 1 1 1 1 1 1 I':elison a Art rece ce,, sem qualquer duvida, desta staque que espec ecial ial no " 1 1 1 , , 1 " ( ' litH mere ressponde ndencia cia.. Talvez se ja ja ela 0 prime imeiro doc docuI IiI \ / II II11Lo d ssa Corre hia em f avo vorr <;I <;Ialibe liberda rdade re rellig igiiosa dos negro gros. 1111lit ito o 08 ('ito na Bahia I'n 'nll 1 1 > 1'i il'a vez, vez, tambe mbem. est sta arla sendo ndo tentada a cria c ria~ ~ao de uma uma 1' i II1 il' ivil qu que e co con ngrega egassse as casas de ca cand ndo omble mble ex exiistentes ntes 1 1 1 1 1 1 d le i esa dos seus seus inter nteresse essess e torna rnandondo-se a unic unic~ Inti 1I1,lIndoa def esa " I HI)llll1fl flu uvopJelos cultos ultos que que nelas fos fossem prati praticados" ados" (Ibid., (Ibid., p.155) 155).. mbra ar qu que e na cart rta a ant anteri erio or, a dat ata ada de 15 dejulho, dejulho, Edison Edison Villi lumbr (:, :,IIl'1I it'o.if ! se re ref f eria ria a cr criiac acao ao do Con Conselho Af ricano.
'" IIIIII IIIIOSop. o . p. cit cit., ., p.2 p.201., 01., Art Arthur hur Ra Ramo moss ain aind da lembra bra que, que, naque quele III II0H 0HII11anna de 1937, 1937, f oi oi cr criado ado no Reci Recife fe 0 Centro ntro de Cult ultura uraAfroAfro1I"IlHiloira, tendo a fr fre ente Vice icent nte e Lima ima e Sola Solano Trinda indade. Do MIIl1 Il1iiI'cs cstto do Centro entro de Cultur ltura a Af ro ro--Bras asil ile eiro iro ele dest esta acou os 1I' \ 1I ' \ IIII;l1 I;l1testre trechos: chos:
A cri c riacao acao des estte ce cen ntro tro e be bem uma uma demon monstra rarr;:ao de com como o irra irradio iou u pelo pe lo Brasi Brasill afora fora, a partir partir da Bahia, Bahia, a necess ecessidad idade e de estudos estudos e pes esqu quisa isass que que alcan canc cass asse em 0 neg negrro na perspe rspectiva de elemento ativo e form forma a dol' da soci ocie edade br bra asi silleira. ira. 17
Jose Cr Jose Cre esce cen ncio Brandao, ndao, membro mbro da Comissao omissao de Fis Fisca caliza liza~ ~ao e Sindica indicancia da Uni Uniao das Seitas Af Afro ro-Br -Bras asil ile eira ira,, e 0 mes esm mo Pai Crescenci encio o que f oi preso em Ca Cam ma~a a~ari ri quando ndo no exer exerc cic icio io de sua pra pr atica tica religi igio osa sa,, chamada de f eitir;:a ir;:ari ria a, pelo jorna jornali lissta que escrev creve eu a materi ria a do Jorn orna al A Ta T arde rde de 24 de outubr outubro o de 192 923 3, quator orz ze ano noss ant antes es do ref eri rido do paiai-d de-sant anto se to torn rna ar f igura igura''res espe peitad itada a no mundo undo re reli lig gioso ioso afro-bra afro-brassile ileiro, ao ponto nto de ocup ocupa ar lugar lugar releva levante na estrut strutura ura daque daquela rece recem-c m-criada riada ins instit titui~ao. ui~ao. Pai Cre Cresce scencio, ncio, tra trazido pela po pollic icia ia de Ca Cam ma~ a~a ari para ara Salva vado dor, r, nao se f ez de rogado e desfilo filou pel a cida cidade co comtr mtra a jes jes extrava xtravag gantes, antes, 0 que que susci suscittou a ob obser ser-va~ao va~a o do jornalista ista,, def inindonindo-o com omo o urn urn tipo ex extr tra avaga agant nte e que aind ain da nao perde rdeu a or origin igina alida lidade e cu jo jo des desfile file pela cida cidade af ora ora se con co nst stiituiu numa no notta de ires esssistiv tivel com omicid icida ade:
C hama hama-se Jose Jose C r re sce scen ncio Br andao ndao e pr eto , d e meia id ad e , at r raind a ind o a cur iios osid ad ad e public blica a 0 se seu u ves vestu tua ar io io bi zar bi zar r ro . Tr a ja java 0 homem uma ro roup upa a br anc anca , com {r i zo zos vermermelho lhos hor i zo zontais ntais , t r razend a zend o a ca cab be~a um gor ro, r o, ou melhoT, turb tu rbant ant e d e pen ena as.
Nos brar;os, rar;os, o,stentava o,stentava 0 pai Crescen Crescencio cio,, que e uma aut aut oridad o ridadee oracul oracular ar lli para para as su suas band band as, as, os apetrec apetrechos hos do seu seu o f ficio, seguindo-o pelas ruas, desde C alr;ada, alr;ada, bai bair r ro comercial, comercial, ate a secretaria secretaria de policia, policia, grande massa popular.
uma uma inici iniciativ ativa a de Edi disson a1 a1''11eiro ro,que ,que nutria uma es estima mu muit ito o gra grande pelo mes esttre alag ago oano. 19
A nota curiosa de tudo isso e que pai Crescencio Crescencio declarou declarou que muita muita gente gente boa , "depoi "depoiss que Deus Deus chamou chamou a uelha uelha S ilvan i lvana a para para 0 seu seu Tei Teino no", ", ia "bus "busca carr aven aventu tura ra em C amassary". amassary". D is dia diass depois, depois, 26/10/ 26/10/23, 23, outra outra reporta reportagem gem do mesmo mesmo Jornal Jornal inli in litu tullada "Pai Crescencio rescencio foiideiJ.tificadocriminalmente", foiideiJ.tificadocriminalmente", complet~ complet~ ()do:;f echo deste deste singular epis6dio: epis6dio: Pai Cres Crescencio cencio ou Jose Crescencio Crescencio Brandao, Brandao, 0homem homem que ant e-ontem ontem veio veio de Cama Camassa ssary, ry, escolt escoltado ado por dois soldasoldados d e policia, e que percor percorreu reu as ruas ruas da capital, capital, desde desde a est ar;ao ar;ao da Leste a calr;ada calr;ada ate a Secretaria Secretaria de PoUcia PoUcia na Piedade, todo vesti(io vesti(io de branco branco com fitas fitas vermelhas, vermelhas, um t urbante urbante de penasna penasna caber;a, caber;a, e uma trouxa trouxa de apetreapetrehos nos brar;o brar;os, s, acompa acompanha nhado do de mais mais de 500 curiosos curiosos I / ue lh lhee gritaua ritauam m aos' aos' ouui ouuido dos: s: - "Pai "Pai d e Santo! Santo!", ", foi id ntifi tificad cado o crimin criminalm alment ente. e.
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f acto acto da exibir; exibir;ao ao publica publica do curand curand eiro, iro, tem tem sido sido oment ado a do a cre cresc scen ente te,, pois pois nin ninguem uem comp compre reen ende de ess esse crit eri rio o policial policial numa cidad e com faros de civilidad civilidad e. per iodo iodo de quatorze rd de, 0 per quatorze anos anos parece parece tel' sido suficie suficiente nte gitima timarr;a ;ao o do Pai Pai de Santo Santo Cresce Crescenci ncio o que desap desapa arece rece das das II lIil1tl8 po polliciais para para ressu ressurg rgir ir nas nas notic noticias ias pres prestig tigios iosas as,, como como IIl Illlllnbro impo importa rtante nte da Uniao Uniao das SeitasM SeitasMro-Brasileir rasileiras as da Bahia. AIi, 8, situ itua ar;ao identica identica e em em tempos tempos diferentes ocorrreu com outros outros I~1 I~ 1(; r e i tes af ro-bra ro-brasile sileiros iros,, como como foi 0 caso do do pai-de-santo pai-de-santo Severiano Severiano Abrreu, 0 fa famoso moso J ubiaba, ubiaba, certamente certamente 0 de maior maior divulgar;ao divulgar;ao e do dll Ab !I 1 1 1 1 1 )1 )10S 0S serv rvimo imoss para, para, parad paradiigniatic gniaticam ament ente, e, explica explicarr 0 processo dll n;:; ;:;iistenc ncia ia no plano plano do envolvimen envolvimento to do sagrado, sagrado, 0 que fizemos fizemos I III C' pit pitu ulo especial. especial. Nil
Pier ierson, op. cit it., ., p. p.3 306. Para uma comp mprreensao ma maiis am ampl pla a e atualiz atualizada ada sob sobre os cand ndombl ombles es de cabo caboclo vel' 0tra trabalh lho o de San anto tos, s, o dono da terra ...... Est Estatut atutos os 1976. 1976.
da Fe Fed derar;a ;ao o Ba Baiian ana a do Cu Culto lto Af ro-B o-Brasi asilleiro.
Bah Ba hia,
Cf. Barb Barbosa osa,, A Fe Feder derar;a ar;ao Baia Baiana na do Culto ... Inf elizme zmente, nao conseguimos ate a presente esente data data 0 texto do Decreto 1202 1202 do Presidente dente Getuli Getulio o Varga Vargass que, que, parec parece, e, autori autorizava zava aos aos ca cand ndom omb ble less voltarem voltarem ao uso dos atabaques atabaques. Morales, Morales, Etnicidade Etnicidade e mobilizar;ao mobilizar;ao cultura cultural ... Esta sta citar;a tar;ao esta sta na nota nota 42 do Cap Cap.. 2. A auto autora ra trata, trata, sem detalh detalhes es,, dess dessa a notic ticia no artigo: 0 Moxe Filho Filho de Ghan Ghandi di pede pede paz. paz. In. In. Reis, is, Joa Joao Jose (org.) Escravidao Escravidao & inve invenr;ao nr;ao da liberda liberdade: de: estudos estudos sobr sobre 0 neg negro no Brasil. Brasil. Sao Paulo: ulo: Brasilien Brasiliense, se, 1988. 1988. p.26 p.264-74 4-74.. Maria ria Stela Stela de Azevedo Santos, Santos, no seu livr livro, Meu Meu tempo e agor ora a, ao rela relatar tar 0 mesmo f ato, ato, atribui atribui a Aninha Aninha Oba Bii a responsabilidad responsabilidade e de tel' liber liberado ado 0 culto afro-brasil afro-brasilei eiro ro,, pers perse eguido uido "nos "nos prim6rd prim6rdios ios do seculo, eculo, pela polfcia". Nao re resta a meno menorr duvida duvida deque a interv intervenr enr;;ao de Aninh Aninha a naquele epis6di pis6dio o foi fund fundamenta mentall para para que que fosse fosse libe libera rado do 0 uso dos atabaques atabaques nos candom candombles bles 0 que, como dissemo dissemos, est estava proibido desde a insta instalar;a lar;ao do Estado Estado Novo. Novo.
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A lc)ll1bra l1branr nr;a ;ado do nome do famoso famoso pai-de-santo pai-de-santo do Recife, Pai Adao, dl vOll-se provavelmente a Martiiii Martiiiiano ano do Bom Bomfim fim pois que eram eram Ilni nig gos e se freqiientavam freqiientavam.. Da mesma mesma maneira, maneira, a sugestao sugestao do nome nome < I l l Art Arthu hurr Ramos amos para para S6cio S6cio Benem Benemerito erito da Uniao Uniao foi foi seguramente
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Noticia Noticiass mais mais ampla amplass sobre sobre 0 Seminario inario de Cultur tura da Cidade idade do Salvador Salvador estao na revista SARAPE SARAPEBE BE da Sociedad Sociedade e de Estud Estudos os da Cultur Cultura a Negra Negra no Brasi Brasill - SECN SECNEB EB,, v. 1, n.3/4, jun. jun. dez. 1975 1975.. Rev Revista SARAPE SARAPEBE BE,, op. cit. cit., p.20. Vel' tambem: tambem: Re Revis vista ta da Cida Cidade do Sa Salvador, lvador, Prefeitur Prefeitura da Cidade do Salvador Salvador,, v. 1, n.1, n.1, ago. ago. 1975. 1975. A Revi vissta ainda nda discute discute,, com proprie propriedad dade, e, as opin opini6es i6es contr contra a e a f avor avor que se fi firmara rmaram m em relar;ao relar;ao a supr supressa essao do registro registro policia policial. l. Em sf sf ntese ese,, a comunidad omunidade e intelectual apoiou apoiou a supres supressao sao enq enquanto
rupo formad formado o por pre prepostos postos polici policiais ais "apoia "apoiados dos por agente ntes de urngrupo Lurismo , ( . ..) se opuse Lur opuseram ram fronta frontalme lmente nte supressao do registr stro", Ii supressao p,21p,2 1-22 22)). D ecreto creto ~ I '( ) I;cxto do De It vista SARAPEBE, RAPEBE,
II
":liliII, A / llhi llhi
do Govern Governado adorr op. cit. cit. p.23. p.23.
Oficio io encami encaminha nhado do 0 teor do Ofic ntee da Pre nt Pref eitur ituraa Muni Munici cipa pall
esta esta igualme igualmente nte
transc transcrrito
em 1995 ao Secreta Secretario rio d e Salvador:
REFERENC REFERENCIA IAS S
BIBLIOG IOGR RAFICAS
na
do Meio Meio
Permit rmit a-me cumprime cumprimeTitar Titar Vossa Vossa Exce Excelen lencia cia e, em nome nome da Soc Sociiedad e Bene fice ficent e Sao Lazaro Lazaro do Terreiro Terreiro Ile Ile A x xee M ar oket oket u , situado a rim rim Antonio Antonio Viana Viana 65, Cosme Cosme d e Pr r,r r,r ias, ias, soli soliccitar sua at ent;ao nt;ao para 0 que se se segue gue: lI d mai.~ i.~ de um ana a Comuni Comunidad dadee do Maro Marok k etu vem ,~() I i'e ,~ 'en ndo doccom. a po polui luit ;ao ;ao sonora onora provocada provocada por um vizinh vizinho r ic nom.e J ose ose Doming Domingos dos Santo Santos, s, reside residente nte na cas casa 6 1 , que d iariam iariameent e , ad entrand ntrando-s o-see ate altas altas horas da noit e , num flag flagrant e d esr espeito a ordem ordem publica publica,, liga liga 8 eu a pa par elho de som a todo volume, volume, perturban perturbandoas doas celebr at ;oes ;oes r elig ligios iosas int ernas e causando causando serios serios pr e jui zo zos a t r r anqu anquilid ade ade d e quanto quantoss ali r esidem. sidem.
Na ce cert rt eza eza d e que Vos Vossa Exce Excelencia encontrar encontrarri ri a nivel nivel d e sua S ecr ecr etaria ou d e se secretaria cretariass afins, afins, uma mane maneira de solu so luccionar es est t e grave grave prJble prJblema , ma , a Com.unida Com.unidade de Marok etu r enova, nes esta ta opo oportunidad e, e, S enhor Secretario Secretario,, prot es estos tos d e eleva evada da consid erat ;ao e apret;o.
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A TARDE , 21. 21.0 06 .1940 Eduard Edua rd o Daniel d e Paula e sua es po posa . Margarida. Margarida. Pr esos esos a 19 19..06 .194 940. 0. V endo-se f arto mat erial a pr pr eendid eendid o d o t err eir o d e Babd E gun d e Itaparica.. Itaparica
TARD RDE, E, 07 .10.1921 A TA "Varejada" a ca casa sa d e Jubiaba Jubiaba..
BAHIA IA,, 07 .10.1938 I ';S ';S TADO TADO DA BAH do Baba Babalo lori rixa xa Va Vau ua , r esid esid ent e / t t'oi ' oi p pr r eso ta tamb mbeem se seu u secr etario. i \ pr iso.o
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S ess essao de in inst st alac;ao alac;ao d a Uni Uniao ao das Seitas Seitas Afr o-Br asileira irass d a Bahia em 1937; a d ir eita eita , ve-se 0 Baba Baball ao ao Ma r tiniano tiniano Elise Eliseu u do Bomfim mfim.. , , p ,. ,.esid ent ent e ho honor norar ar io. Ao ce centro, ntro, E d d ison Car Carnei neiro, ro, o r es p po ol I.s I.savel pe pella r eali eali zac zac;;ao do Seg Segund o C ong ongr ess esso Afr o Br asil ileeir o da Bah Bahia ia em 1937 .
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ES T T A DoDABAHIA,17.12 DoDABAHIA,17.12..1936 1936 Par Pa r t t icipar ;ao do Candomble Candomble d e J oao d a Pe Pedr a Pr eta eta ( J oao oao z zin inh ho d a Gome Gomeia) ia) nas ativ ativiida dad d es es pr e p pa ar at6 rias rias do S egun egundo do Co Congr ngr esso esso A fr o- B Br r asile ileir o em 1937 .