Metodologia da pesquis pesquisaa
APRESENTAÇÃO
5
PLANO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
6
A ESTRUTURA DA PESQUISA CIENTÍFICA
8
TIPOS DE PESQUISA
20
INSTRUMENTOS DE PESQUISA
36
ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
52
ESTRUTURA PARA APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA
74
REFERÊNCIAS
86
RESPOSTAS DAS ATIvIDADES DE AUTOAvALIAÇÃO
92
O D I P Á R O I R Á M U S
Ardinete Rover
Metodologia da pesquis pesquisaa Joaçaba
2010
© 2010 Unoesc Virtual – Direitos desta edição reser vados a Unoesc Virtual Rua Getúlio Vargas, 2125, Bairro Flor da Serra, CEP 89600 -000 – Joaçaba, SC, Brasil Fone: (49) 3551-2123 – Fax: (49) 3551-2004 – E-mail:
[email protected] É proibida a reprodução desta obra, no todo ou em par te, sob quaisquer meios, sem a permissão expressa da Unoesc Virtual.
R873m
Rover, Ardinet e Metodologia da pesquisa / Ardinete Rover. – Joaçaba: Unoesc virtual, 2010. 96 p. ; 30 cm. Bibliograa: p. 86-88
1.
Ciência - Metodologia. 2. Pesquisa I. Título. CDD 001.42
Uniersidade do Oeste de Santa Catar ina – Unoesc Reitor Aristides Cimadon vice-reitor Acadêmico Nelson Santos Machado vice-reitores de Campus Campus de São Miguel do Oeste Vitor Carlos D’Agostini
Campus de videira Antonio Carlos de Souza Campus de Xanxerê
Genesio Téo
Coordenação Geral da Unoesc virtual Célio Alves de Oliveira
Secretaria executia e logística Elisabete Cristina Gelati
Coordenação Pedaggica Adriana Maria Corrêa Riedi
Reisão linguística e metodolgica Ronaldo Pasinato
Designer Instrucional da Unoesc virtual Cristiane Sbruzzi Berté
Projo gráco dagramação Mix Comunicação
Coordenações Locais da Unoesc virtual Campus de São Miguel do Oeste Aníbal Lopes Guedes
Professora autora Ardinete Rover
Campus de videira Rosa Maria Pascoali Campus de Xanxerê Cristiane Sbruzzi Berté
SUMáRIO APRESENTAÇÃO .....................................................................................5 PLANO DE ENSINO-APRENDIZAGEM ........................................................... 6 UNIDADE 1 A ESTRUTURA DA PESQUISA CIENTÍFICA ................................... 8 SEÇÃO 1 A PESQUISA CIENTÍFICA ........................................................................................... 10 SEÇÃO 2 PARADIGMAS CIENTÍFICOS ........................................................................................ 12 SEÇÃO 3 MÉTODOS E TÉCNICAS ............................................................................................... 15
UNIDADE 2 TIPOS DE PESQUISA ............................................................. 20 SEÇÃO 1 QUANTO à NATUREZA DOS DADOS............................................................................... 21 SEÇÃO 2 QUANTO AOS OBJETIVOS........................................................................................... 24 SEÇÃO 3 QUANTO àS FONTES DE INFORMAÇÕES E OS PROCEDIMENTOS DE COLETA............................ 26
UNIDADE 3 INSTRUMENTOS DE PESQUISA ................................................ 36 SEÇÃO 1 O QUESTIONÁRIO .................................................................................................... 37 SEÇÃO 2 A ENTREVISTA ......................................................................................................... 43 SEÇÃO 3 OUTROS INSTRUMENTOS DE PESQUISA......................................................................... 45
UNIDADE 4 ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA .................................. 52 SEÇÃO 1 ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA...................................................................... 53 SEÇÃO 2 ELEMENTOS QUE COMPÕEM O PROJETO DE PESQUISA ..................................................... 56
UNIDADE 5 ESTRUTURA PARA APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA ..74 SEÇÃO 1 ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE PESQUISA................................................................... 75 SEÇÃO 2 ELEMENTOS QUE COMPÕEM O RELATÓRIO DA PESQUISA..................................................................76
REFERÊNCIAS ....................................................................................... 86 ANEXO A - FÓRMULA PARA CÁLCULO AMOSTRAGEM .....................................90 RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DE AUTOAVALIAÇÃO ....................................... 92
5
APRESENTAÇÃO SEJA BEM-vINDO à DISCIPLINA METODOLOGIA DA PESQUISA! "Apesquisacientícaobjetivafundamentalmentecontribuirparaaevoluçãodo conhecimento humano em todos os setores [...]" (MEDEIROS, 2007, p. 41). Porisso,diz-sequeapesquisacientícadeveserplanejadacomautilizaçãodemétodos adequados,acompanhadosdetécnicasparaalcançarêxitonoresultadodoobjetivo traçado. Esta é mais uma oportunidade de relembrar conceitos como ciência, realidade, conhecimentoeasuarelaçãocomosfatoseosfenômenosjávistosnocomponente curricularMetodologiaCientíca,alémdeaprenderaplanejarospassosparaaaplicação dapesquisa,desdeadeniçãodotemadeestudos,elaboraçãodeumprojetodepesquisa, suaaplicabilidadeatéorelatórional;caminhoestequevaiprepará-loparaarealização de seu Trabalho de Conclusão de Curso.
Bons estudos! Prof.a Ardinete Rover.
6
PLANO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Noções básicas de pesquisa. Tipos de pesquisa. O I R á T N E M E
Métodos de pesquisa. Etapas do projeto de pesquisa: objetivo da pesquisa, revisão da literatura, população e amostra. Instrumento de coleta de dados: observação, entrevista, questionário, formulário, análise e interpretação de dados. Normas técnicas para apresentação de projetos e relatórios de pesquisa.
OBJETIvO GERAL LEVAR oalunoacompreenderosconceitosbásicossobreciência,a mdeproduzirumprojetodepesquisaeconhecerasetapasdeum trabalho acadêmico, preparando-se para a realização do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
OBJETIvOS ESPECÍFICOS DIFERENCIAR conhecimentocientícoeoutrostiposdeconhecimento; APLICAR deformacoerenteosprocedimentosparaarealizaçãode trabalhoscientícos; ASSUMIR umcomportamentocientícoapartirdeestudosde temáticasdaáreadeformaçãoparaquepossaelaborarumprojetode pesquisa; APLICAR os conhecimentos adquiridos na disciplina de Metodologia da Pesquisa nas etapas de elaboração do TCC.
METODOLOGIA OcomponentecurricularserádesenvolvidopormeiodoPortaldeEnsino Unoesc, que é a sala de aula virtual. As aulas serão acompanhadas porumgrupodeprofessoresqueprestaassistênciametodológicae pedagógica para o desenvolvimento da aprendizagem. Além disso, o Guia deEstudoserveparaorientaroaprendizadopormeiodeumdiálogo, facilitandoacompreensãodosconteúdosqueserãotrabalhados.
PLANO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
7
FORMAS E MOMENTO DE AvALIAÇÃO
Asatividadesavaliativas,descritasnonal de cada unidade, deverão ser realizadas a distância; compreendem a avaliação de G1, com peso 4.
Éfundamentalquevocêleiaasunidadesde estudo desta disciplina para realizar as atividades avaliativas!
Aavaliaçãonal,quecompreendeaavaliação de G2, é presencial; compreende uma prova sobre todo o conteúdo, com peso 6.
M E G A Z I D N E R P A O N I S N E E D
EvENTO Início da disciplina O D U T S E E D
Unidade 1
Unidade 2
A M A R G O N O R C
Unidade 3
Unidade 4
Unidade 5
ATIvIDADE Leitura do programa de aprendizagem. Orientações iniciais. Leitura da unidade. Realização das atividades de autoavaliação. Realização das atividades avaliativas a dist ância. Leitura da unidade. Realização das atividades de autoavaliação. Realização das atividades avaliativas a dist ância. Aula Virtual Leitura da unidade. Realização das atividades de autoavaliação. Realização das atividades avaliativas a dist ância. Leitura da unidade. Realização das atividades de autoavaliação. Realização das atividades avaliativas a dist ância. Leitura da unidade. Realização das atividades de autoavaliação. Realização das atividades avaliativas a dist ância. Avaliação Presencial - G3
DATAS ___/___ ___/___ ___/___ ___/___ ___/___ ___/___ ___/___ ___/___ ___/___ ___/___ ___/___ ___/___ ___/___ ___/___ ___/___ ___/___ ___/___ ___/___
DURAÇÃO Acargahoráriatotaldadisciplinaéde60horasaula, incluindo o processo de avaliação. O tempo previsto para a duração da disciplina é de um mês, a avaliação presencial ocorre a cada dois meses. O materialeametodologiaforamdesenvolvidosde
formaqueesseconteúdopossaservencidodurante essas horas. O cronograma de atividades serve para orientar o seuestudo,masvocêdevecaratendoàsdatase prazos para a realização das atividades.
BIBLIOGRAFIA BáSICA ASSOCIAÇÃOBRASILEIRADENORMASTÉCNICAS.RiodeJaneiro:BibliotecaNacional,váriasnormas. LÜCKMANN, Luiz Carlos; ROVER, Ardinete; VARGAS, Marisa. Diretrizes para elaboração de trabalos cnco:apresentação,elaboraçãodecitaçõesereferênciasdetrabalhoscientícos.3.ed.rev.e atual.Joaçaba:Ed.Unoesc,2009.(Metodologiadotrabalhocientíco,v.1). SEVERINO,AntônioJoaquim.Modooga do rabaho cnco. 23. ed., rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007.
O N A L P
8
UNIDADE 1 A ESTRUTURA DA PESQUISA CIENTÍFICA
OBJETIvOS DE APRENDIZAGEM Apósaleituradestaunidade,vocêterácondiçõesde:
DEFINIR oqueépesquisacientíca;
COMPREENDER asetapasqueantecedemàelaboraçãodeumapesquisacientíca;
DIFERENCIAR métodoetécnicaesuaimportânciaparaarealizaçãodeumapesquisacientíca.
ROTEIRO DE ESTUDO Comoobjetivodealcançaroqueestápropostoaestaunidade,oconteúdoestádivididonas seguintes seções:
SEÇÃO 1
SEÇÃO 2
SEÇÃO 3
A pesquisa cientíca
Paradigmas cientícos
Métodos e técnicas
A ESTRUTURA DA PESQUISA CIENTÍFICA
9
PARA INICIAR NOSSOS ESTUDOS O primeiro passo antes de conhecer a estrutura da elaboração de trabalhos cientícosésaberaimportânciadapesquisaeaspossibilidadese condiçõesdopesquisadornarealizaçãodeseustrabalhos,amdeque oresultadopossaserconável,proporcionandoconabilidadedosdados pesquisados, havendo maior possibilidade de generalizar aqueles resultados para outros casos. Nessaunidade,vocêteráaoportunidadedevericaroqueépesquisar, conhecer os paradigmas que envolvem o pesquisador no momento da decisão do tema de pesquisa e da literatura pertinente ao estudo, bem comoasincertezasquesurgemnadeniçãodométodoetécnicasna realização de uma pesquisa. ValerelembraroconteúdobasedadisciplinaMetodologiaCientíca,a diferençaentreconhecimentodosensocomumeconhecimentocientíco. Paratanto,encontra-sefundamentonaspalavrasdeFachin(2003,p.1012), Lakatos e Marconi (2001, p. 76-78, 80): a) a ciênciamostraqueécapazdefornecerrespostasdignasdeconança sujeitasacríticas.Éummododeentenderecompreenderosfenômenos queocorrem,analisandoomundoempírico,envolvendooconjuntode procedimentoseabuscadoconhecimentocientíco.Naverdade,a ciênciaéconstituídapelaobservaçãosistemáticadosfatos.Pormeio daanáliseedaexperimentação,extrairesultadosquepassamaser avaliados universalmente; b) o senso comum é algo que vem da experiência do dia a dia. São aqueles conhecimentos que se desenvolvem a partir do cotidiano, a partir das necessidades.Osensocomumcomoconhecimentoaprendidoàluzdas experiênciaseobservaçõesimediatasdomundocircundanteéumaforma deconhecimentoquecanoníveldascrenças,jáqueévivida,segundo uma interpretação previamente estabelecida e adotada pelo grupo social.Naverdade,osensocomumcaracteriza-secomoumconjunto desagregadodeideiaseopiniõesdifusasedispersasquefazemparte de um pensamento genérico de uma época ou certo ambiente popular. Quando se utiliza o conhecimento do senso comum, deste pode-se desenvolveroconhecimentocientíco,poisditospopularespodem gerarquestõesque,àsvezes,levamàpesquisaeaumainvestigação cientíca,ouseja,aquiloqueosensocomumnãorespondeequea ciência responde. Como exemplo, citam-se os tratamentos médicos, a descoberta de remédiosqueforamgerados,inicialmente,apartirdeumconhecimento vulgar. Posteriormente, os medicamentos passaram por um processo de cienticidade,amdequepudessesercomprovadasuaecácia.Quando nãohácomprovaçãododitopelosensocomum,mesmoquediversas doençasjátenhamsidocuradas,nãoháciência.
A C I F Í T N E I C A S I U Q S E P A D A R U T U R T S E A
10
METODOLOGIA DA PESQUISA
SEÇÃO 1
A PESQUISA CIENTÍFICA
O A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
que é pesquisar? Pesquisar signica,deformabem simples, procurar respostas para indagações propostas. Demo (1987,, p. 34) (1987 3 4) insere a pesquisa p esquisa como atividade cotidiana cot idiana,, considerando-a como uma atitude, "[...] um questionamento sistemáticocríticoecriativo, mais a intervenção competente narealidade,ouodiálogocrítico permanente com a realidade em sentidoteóricoeprático." De acordo com Cervo e Bervian (2002, p. 50), pesquisa é um conjuntodeaçõespropostaspara encontrar a solução de um problema, que tem por base procedimentos cientícos.Osautoresressaltam que, para acontecer a pesquisa, é necessáriotermosumproblemaaser investigado. Concorda Medeiros (2007, p. 41) quando expõe que:
sobretudo, consciência social. Ainda sobre o assunto, a ssunto, Dencker (2000, p. 15) diz que é preciso: prec iso: a) uma teoria que permita interpretar os dados, dotando-o designicação,baseadaem textoscientícos; b) ométodocientíco,queseinicia pelaobservaçãodosfenômenos (objetodeestudo)atétestá-los; c) uma técnica para registrar e quanticarosdadosobservados, bemcomoordená-loseclassicálos. Na Área das das Ciências Ciências Sociais Aplicadas, segundo Demo (1996, (1996, p. 23-28), 23-28 ), existem, pelo p elo menos, quatro gêneros de pesquisa: a) terica:dedicadaaformular quadrosdereferência,a estudarteorias,aaperfeiçoar conceitos. Por meio do domínio dabibliograa,aprofunda-se o conhecimento da produção existente, podendo ser aceita ourejeitada,contribuindopara a criatividade do pesquisador e para uma visão crítica na produçãocientíca;
Apesquisacientícaobjetiva fundamentalmentecontribuir para a evolução do ser humano emtodosossetores[...]Será chamadapesquisacientíca sesuarealizaçãoforobjeto deinvestigaçãoplanejada, b) metodolgica :refere-seaos desenvolvidaeredigidaconforme instrumentos para captação e normas metodológicas [...]
Richardson (1999, p. 15-16) colabora enfatizandoqueapesquisaéuma ferramentautilizadaparaadquirir conhecimento, assim pode ter porobjetivos:resolverproblemas especícos,gerarteoriasouavaliar teorias existentes. Além disso, parafazerpesquisaéprecisoter conhecimento da realidade, algumas noçõesbásicassobremetodologiae técnicas de pesquisa, seriedade e,
manipulaçã o da realidade. Nesta, manipulação éprecisodedicar-seàdiscussão sobre caminhos seguidos pelos autores para construir suas teorias, contrastando com outros existentes, analisando-se, segundo a realidadedaproblemática,os métodos existentes existentes e qual o mais adequado para aplicar a determinada pesquisa;
A ESTRUTURA DA PESQUISA CIENT ÍF ICA
c) empírica :volta-sesobretudoà experimentação experimen tação e observação dofenômeno.Ograndevalor dessa pesquisa é trazer a teoriaàrealidadeconcreta, cuidando, porém, porque com afaltadeumametodologia, pode ser expressa apenas com base na crença do pesquisador que acredita só na realidade que observa. As coisas mais relevantes da realidade não se manifestamàprimeiravistae semprehádimensõesrefratárias àmensuração.Seconsiderar somenteomensurável,caria comosupercial.Opesquisador, nesse caso, domina a técnica de computação e sabe muita estatística; assim, acumula tabelas e índices, descreve o fenômenoobservado.Contudo, se souber usar, a dedicação empírica chega a ser um remédio para as ciências sociais; d) prtica: voltada para intervir na realidade social, chamada pesquisa participante, avaliação qualitativa, pesquisa-ação, éaquelaquesefazpormeio detestepráticodepossíveis ideias ou posições teóricas. Frequentemente, diz-se que na práticaateoriaéoutra.Issonão signicaquepodesemprehaver divergência entre os dois níveis, mas principalmente que um não sefazsemooutro.Oexcessode
11
teoriaacabasendoumafugada realidade,masapráticatambém exige boa dose de teoria. A partir dessas dimensões, observase, segundo Demo (1987, p. 27), queelasfazempartedenossas ideologias, representações mentais, símbolos, crenças e valores e do nosso comportamento; por isso, é sempre possível descobrir novos horizontes do conhecimento e da prática.Assim,arealidadenãoé apenas aquela traduzida no dia a dia deformaempírica,maspodeestar ligadaàdescobertacientícadessa realidade, o que permite produzir condiçõesfavoráveisàprática. Vale lembrar que a pesquisa exige o uso de procedimentos e normas adequados,amdeordenaro assunto abordado e orientar o pesquisador na realização de seus trabalhos, promovendo resultados dedignos,havendomaior possibilidade de generalizar aqueles resultados para outros casos. Masparaquepesquisar?Conforme Richardson (1999, p. 16), a pesquisa, alémdebeneciaropróprio pesquisador,devetercomoobjetivo o desenvolvimento humano, a aquisição de novos conhecimentos pararesolverproblemasespecícos, gerar novas teorias ou avaliar teorias existent ex istentes es .
A grand dcudad no momno d programar uma pqua como dnr o ma d pqua conar mara mara adquado para undamnar u rabaho. Na gunda ção, encontraremos essas respostas.
A C I F Í T N E I C A S I U Q S E P A D A R U T U R T S E A
12
METODOLOGIA DA PESQUISA
SEÇÃO 2
PARADIGMAS CIENTÍFICOS
N A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
as pesquisas de Ciências Sociais, em especial nas organizações,existemvárias problemáticasquepodemser estudadas; todavia, para realizar a pesquisa, é preciso prec iso delimitar
umatemáticaeplanejartodasas etapas, utilizando-se da literatura pertinente, métodos e técnicas adequadas, de acordo com a natureza de cada pesquisa.
Quano ao ma d pqua NESTA ETAPA,vocêdeveráresponder ETAPA,vocêdeveráresponder àpergunta: O qu prndo abordar?
Otemaéumaspectoouumaárea de interesse de um assunto que sedesejaprovaroudesenvolver. Escolherumtemasignicaeleger uma parcela delimitada de um assunto, estabelecendo limites ou restrições ao desenvolvimento da pesquisapretendida.Adenição do tema pode surgir com base na sua observação do cotidiano, na vidaprossional,emprogramas de pesquisa, em contato e relacionamento com especialistas, feedback ck depesquisasjá no feedba depesquisasjá realizadas e em estudo da literatura especializada. De acordo com Andrade (2005, p. 59) 59) eDemo(1996,p.34)vocêdeverá considerar a atualidade e relevância do tema, seu conhecimento a respeito, observando, ainda, os seguintes seguint es critérios: a) tendênciasepreferências pessoais - o pesquisador deve escolher um assunto correspondente correspond ente a seu gosto pessoal. O entusiasmo e a dedicação, o empenho, a perseverança e a decisão para
superarobstáculosdependem doajustamentodopesquisador ao assunto. A observância dessa convivênciafuncionarácomoum multiplicadordeforças; b) aptidão - não basta gostar doassunto;énecessárioter aptidão, ser capaz de desenvolvêlo.Aptidãosignicaformação culturaladequadaouespecíca, experiênciaouvivêncianaárea selecionada para a pesquisa; c) objetodepesquisa- a investigação deve ser a partir de umobjetoquemereçaumestudo cientíco; d) tempo - ante o problema da escolha do assunto, é importante considerar consider ar o tempo disponível eotemponecessárioparalevar ao bom termo a pesquisa. É bem verdade que o entusiasm entusiasmoo multiplicaaecáciadotrabalho, mas não se pode optar por assuntoqueexijamuitomais tempo de pesquisa do que se dispõe. O seu trabalho do dia a dia permite que dedique tempo para a pesquisa? Observe seu tempo disponível para a realização da pesquisa e busca de conhecimento sobre o assunto por meio de embasamento teórico na literatura;
A ESTRUTURA DA PESQUISA CIENTÍFICA
e) recursos materiais - consideraseaindaofatoreconômico,o custo de viagens e de aquisição de material, utilização do auxílio de recursos humanos, livros, revistas,jornais,vídeossobreo assunto abordado. É importante vericar,também,ondeo material pode ser encontrado. De acordo com Martins e Lintz (2000, p. 22-23) você não desenvolve uma boa pesquisa se não tiver algum tipo deidenticaçãocomotemaaser investigado, por isso, no momento da escolha do tema deve levar em consideração: a) conhecimentos prévios: poderão facilitarainterpretaçãode textos, além de orientar a busca dereferênciaseconsultasde prossionaisespecializadosque podem contribuir com a pesquisa; b) materiais escritos sobre o assunto:livros,revistas,jornais, trabalhos de conclusão de curso escritos, etc., representam excelentefontedeideiaspara escolha do tema/assunto a ser pesquisado. A leitura de um livro pode trazer novas ideias e interpretações sobre um assunto. Os artigos geralmente relatam temas atuais; pesquisar em jornaispodemostraroqueestá no centro dos debates dentro da áreadeinteressedoestudante; consultar trabalho de conclusão decursosfeitos,tambémé válido,poisesselevantamento permite que se descubra o que vem sendo estudado, possibilitando orientações para novas pesquisas;
13
c) participação em eventos cientícoscomoseminários, encontros, congressos: podem ser ótimasfontesparagerarideias; d) busca na internet: por meio de uma boa pesquisa, podese descobrir o que vem sendo desenvolvido em outros centros do país e do mundo; e) conversações pessoais com colegas,professores,autoridades no assunto: muitas vezes, nessas conversas, podem surgir ideias interessantes que podem gerar excelentes oportunidade de pesquisa; f) observação direta do comportamentodefenômenos efatos:podeserumafonte inspiradora de ideias, pois por meio da observação atenta dos fenômenosefatos,sepossibilita a descoberta de um problema que mereça ser investigado; g) senso comum: muitas vezes, chamado de inimigo da ciência, pode trazer ideias para serem pesquisadascienticamente. Fica evidente que a escolha do temanãoétarefafácil,masque háváriosmodosdevocêbuscar um tema de pesquisa. Assim, não inicie um trabalho só com uma vaga ideiadoquevaifazer,seprepare, sejacriativoeescolhaumtemaque possibilitefazerumapesquisacom explicações, discussões, descrições e interpretações claras do assunto tratado,amdechegaraum resultado esperado.
Dndo o ma da pqua, você rá vanar analisar a literatura j publicada sobre o assunto. Ma qua mara dv r conado?
A C I F Í T N E I C A S I U Q S E P A D A R U T U R T S E A
14
METODOLOGIA DA PESQUISA
Quanto definição da literatura
A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
PARA ALCANÇAR RESULTADOS conáveis,apesquisaprecisa estarfundamentadaemautores quesãoautoridadenaáreapara darsustentabilidadeàpesquisa; porém,conformeFachin(2003, p. 123-124) e Andrade (2005, p. 71), para o aproveitamento desse materialénecessáriaumacuidadosa leitura,análiseeinterpretaçãodos textos, bem como o registro das informaçõescoletadaspormeio de anotações e documentação (chamento)daliteratura selecionada. Para alcançar êxito na pesquisa é preciso buscar subsídios na literatura,oquepodeserfeitoem dois níveis: a) geral - relacionar todas as obras do assunto, livros, revista, site; b) especíco- somente os documentos e obras que contemplemespecicamenteo tema da pesquisa. De acordo com Rauen (2002, p. 55), apesquisaquebuscainformações doacervobibliográco,partedo materialjáelaboradoservepara
ampliar o conhecimento do assunto edásustentabilidadeàpesquisa de campo. Os livros e as revistas cientícastêmafunçãodetrazer informaçõesmaisprofundassobre otemadeestudos.Dessaforma,a basenaliteraturaéfundamental, poisalémdeconfrontarateoria com a pesquisa de campo, é possível comunicarasideiasdeformamais eciente,baseadaemideiasde autoresdaárea. Por isso, Severino (2007, p. 39) reforçaquevocêdeveprocurar registrar tudo o que interessa e que estejarelacionadoaotema,por meiodadocumentação(chamento) bibliográca,queconstituium acervoimportantedeinformações de livros, artigos e demais trabalhos que existem sobre determinado assunto,dentrodeumaáreado saber. Assim,apósaanálisedostextos lidos,vocêserácapazdedebater atemáticaeorganizarseupróprio texto,fundamentadocomcitações de teorias dos autores selecionados daáreadepesquisa.
Até agora, nossos estudos nos levam a reetirsobreatemáticadepesquisa.Mas sódeniratemáticaeasleiturassobre oassuntonãoéosucienteparafazer umapesquisa,éprecisodenirométodo etécnicaadequadosàpesquisa:éoque vamos estudar na próxima seção.
A ESTRUTURA DA PESQUISA CIENTÍFICA
SEÇÃO 3
15
MéTODOS E TéCNICAS
P
ara alcançar êxito, a pesquisa exige a aplicação de um método e técnica adequados. Quando você comer um abacaxi, o quevocêfazprimeiro?Vocêcorta o abacaxi em pedaços e depois tira a casca? Utiliza o método maisfácilparacomeroabacaxi:
primeiro descasca e depois corta os pedaços para comer (ROVER et al., 2010, p. 14). Sejaqualsejaaaçãoquepraticamos no dia a dia, sempre utilizamos um método para chegar a determinado objetivo.
Você não passa a pasta para tirar os riscos e brilhar a lataria do seu carro,depoislavacomáguaedetergente,comobjetivodecarcom alatariaapresentávelebrilhandoeatémesmoparamaisproteção. Primeirolavaocarrocomáguaedetergente,depoispassaapastae lustra a lataria; analise ainda, não se serve a sobremesa antes, depois o churrasco, serve-se o churrasco salgado e temperado, depois, para equilibrar o paladar serve-se a sobremesa doce; ao lavar o cabelo, primeiromolhacomágua,depoispassaoxampu,comobjetivodeter melhor resultado na limpeza. Assim, precisa usar o método adequado paraatingirumobjetivoporsimplesqueseja(GALLIANO,1986,p.4-5).
Richardson(1999,p.23),armaque ométodoestápresentenocotidiano das pessoas: por exemplo, o preparo de um prato, a partir de uma receita; oplanejamentodoorçamento familiarincluemelementosdeum método. Compreender a aplicação do métodocientícoeessesproblemas aparentementenãocientícos é importante para conhecer e transformararealidade.Para melhorar algo é preciso utilizar um métodocientíco.Oautorenfatiza ainda: O ponto de partida de qualquer pesquisaéametaouobjetivo. Em um segundo momento, desenvolve-se um modelo do
processoqueseráestudadooudo fenômenoqueserámanipulado. Posteriormente, vem a coleta de informações(ouutilizaçãode dadosjácoletados).Comparamse os dados e o modelo em um processo de avaliação, que consiste simplesmente em estabelecer se os dados e o modelo tem sentido. Se o modelo nãodácontadosdados,procedeseasuarevisãomodicação ou substituição. Assim, o métodocientícoéumprocesso dinâmico de avaliação e revisão. (RICHARDSON, 1999, p. 23).
A compreensão do uso desses elementos permite entender o uso dométodocientíco.
Richardson(1999,p.24)apresentaumexemploquepodeajudaravocê a compreender esses elementos.
A C I F Í T N E I C A S I U Q S E P A D A R U T U R T S E A
16
METODOLOGIA DA PESQUISA
Exemplo: Cozinhar a partir de uma receita.
A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
A preparação da maioria dos pratos de comida começa com uma receita - uma lista de ingredientes e instruções para misturar e cozinhar osingredientes.Noentanto,dicilmenteexistiráumchefquesiga areceitaaopédaletraenãomodiqueeproveopratoduranteo processodecozimento.Frequentesmodicaçõessãorealizadasaté contarcomaaprovaçãodocozinheiro.Alteraçõessignicativaspodem seradotadascomomodicaçõespermanentes,formandopartede receitasfuturas. Identicandooselementosqueconstituemométodo,observa-se: a)
Meta: preparar um prato de comida;
b)
Modelo: a receita;
c)
Dados: a degustação durante a preparação;
d)
Avaliação: decisões relativas ao sabor do prato;
e)
Revisão: mudança da receita.
Analisemos, novamente, cada um dos elementos. No exemplo, a meta é preparar um prato de comida. O modelo é a receita, pois é uma abstração do processo de preparo da comida. É essencial. Não se pode pensaremcozinharumpratoespecícodecomidasemterinformações baseadasemexperiênciasanteriores.Osdadosreferem-seàdegustação antesdeterminardeprepararoprato.Aavaliaçãoéfeitaquandose compara o sabor (os dados) com a ideia relativa ao sabor que deveria ter.Dependendodosabor,proceder-se-áaumarevisãotransitóriaou permanente da receita. O exemplo da receita é muito simples e muito adequado. Os procedimentosdeumcientistapodemsermaisformaisqueas experiênciasdocotidiano,porém,nãodiferemfundamentalmentedos utilizados pelo cozinheiro. Além do mais, em ambos os casos, os erros deveriamseraproveitadosparamelhorarofuturo. Qualquer omissão de um dos elementos impede a aplicação do métodocientíco.
O qu modo? PARA DEFINIÇÃO do que é método nos reportamos ao que escrevem Lakatos e Marconi (2003, p. 85, apud ROVER et al. 2010, p. 14) quedenemmétodocomoo"[...] conjuntodasatividadessistemáticas e racionais que, com maior
segurança e economia, permite alcançaroobjetivo,traçandoo caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando nas suas decisões cientícas."TambémRichardson (1999,p.22)concorda,denindo:
A ESTRUTURA DA PESQUISA CIENTÍFICA
"[...] método é caminho para chegar adeterminadomouobjetivo." Sobre o assunto, Fachin (2003, p. 28) escreve: O método é um instrumento do conhecimento que proporciona aos pesquisadores [...] orientação geralquefacilitaplanejaruma pesquisa,formularhipóteses, coordenar investigações, realizar experiências e interpretar os resultados[...]sejaqualfor
17
o seu tipo, é a escolha de procedimentossistemáticos para a descrição e explicação do estudo.
Pelo exposto, observa-se que o método é um instrumento fundamentalparao desenvolvimento de uma pesquisa cientíca,poréméimportante escolher o método adequado para queatendaoobjetivotraçado. Trataremos disso a seguir.
A C I F Í T N E I C A S I U Q S E P A D
COMO se ClAssifiCAM Os MétODOs CieNtífiCOs? Para Fachin (2003, p. 29-31) os métodoscientícossãoclassicados como indutio e dedutio. O método indutivo é um procedimento do raciocínio que, a partir de uma análisededadosparticulares, encaminhamos para as noções gerais, enquanto o método dedutivo parte do geral para o particular. ConformeRichardson(1999,p. 35),navidadiáriautilizamos frequentementeosprincípiosdo método indutivo. Por exemplo, com base em uma pequena amostra do comportamento de uma criança, concluímos aspectos do temperamento; a partir da experiência própria e dos amigos, concluímos que um shopping center vende roupa boa e cara. Outro exemplo: suponhamos que estamos dirigindo em uma rua secundáriaequeremosentrarem uma avenida principal. Chegamos àreferidaavenidaeconstatamos engarrafamentodotrânsito. Concluímosqueaavenidaestá engarrafadaeprocuramosoutro caminho.Fizemosumainferência sobre as condições da avenida, partindo dos dados observados. Esse raciocínio é indutivo.
O método indutivo parte das premissasdosfatosobservados para chegar a uma conclusão que contéminformaçõessobrefatosou situações não observadas. Segundo Martins (2000, p. 27), o método indutivo parte do particular e coloca a generalização como um produto posterior do trabalho de coleta de dados particulares. Ao contráriodométodoindutivo,para testar uma teoria devemos utilizar o método dedutivo (RICHARDSON, 1999, p. 36). É importante destacar que os métodos indutivo e dedutivo não se opõem, pois, segundo Fachin (2003, p. 31), constituem uma única cadeia de raciocínio. Para entender melhor, tomamos como exemplo o que coloca May (2004,174)sobreoplanejamento deumquestionárioqueenvolve o desenvolvimento de ideias e a testagem ou exploração das mesmas utilizando perguntas (dedução), enquantoométodoqueencorajaos pesquisadores a mergulharem nas atividades do dia a dia das pessoas queelastentamentenderéfeito pelas observações (indução).
A R U T U R T S E A
18
METODOLOGIA DA PESQUISA
Para entender melhor, leia um exemplo muito interessante que utiliza o método de indução, no livro BASTOS, Cleverson Leite et. al. Aprendendo a aprender:introduçãoàmetodologiacientíca.16. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. (p. 87-90). A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
Jáestudamossobremétodode pesquisa. Para complementar os estudos dessa seção, no próximo
item vamos estudar sobre técnica de pesquisa.
tcnca d pqua A TÉCNICA É O CONJUNTO de procedimentos adotados para realizarumapesquisacientíca. "As técnicas de pesquisa achamse relacionadas com a coleta de dados,ouseja,apartepráticada pesquisa." (ANDRADE, 2005, p. 39). A técnica serve para registrar e quanticarosdadosobservados, ordená-loseclassicá-los. Segundo Lakatos e Marconi (2003, p.174,grifodoautor)“Técnica éumconjuntodepreceitosou processos de que se serve uma ciência ou arte; é a habilidade para usar esses preceitos ou normas, a parteprática.Todaciênciautiliza
inúmeras técnicas na obtenção de seus propósitos." Assim,verica-sequeparaa realização de uma pesquisa, é preciso utilizar técnicas adequadas capazesdecoletardadossucientes de modo que contemplem os objetivostraçados.Observandose ainda o que vai ser estudado, a quemirásereportar,quaistiposde instrumentos a serem utilizados, conformeotipodepesquisa: questionários,entrevistas, observação,formulários,discussão em grupo, entre outros (ROVER et al. 2010, p. 16).
Você anda conund o rmo modo cnca?
De acordo com Silva (2003, p. 38-39), muitas perguntas surgem nessemomento:“Serãoasmesmas coisas?"“Possuemomesmo signicado?”"Todométodoé uma técnica ou toda técnica é um método?" Ele mesmo responde: métodosignicacaminhopara
chegaraummetécnicaéo recurso utilizado para viabilizar abuscadoobjetivotraçadono método. Andrade (2005, p. 135) contribui "[...] método constitui um procedimento geral, enquanto a técnica abrange procedimentos especícos."
você ai estudar mais na Unidade 3 sobre os tipos de nrumno uzado m uma pqua.
A ESTRUTURA DA PESQUISA CIENTÍFICA
19
Autoaaliação 1 1 O qu prco para uma pqua r condrada cnca?
A C I F Í T N E I C
2 A coha do ma d pqua parc r uma apa undamna, ma quando você dpara com a ara vrca qu prca var m cona agun prdcado. C o mno nca qu dv anaar o momno da coha d um ma para azr uma pqua cnca.
A S I U Q S E P A D A R U T U R T S E A
3 Qua a drnça nr modo cnca d pqua?
Agora qu vrcou a apa prmnar qu vam à dnção d um ma, não prca mpo, comç já uma pqua para vanar um ma ou um probma qu mrça nvgação cnca; o podrá rvr d ba m preparação ao seu trabalo de conclusão de curso. Paralelamente ao diagnstico nca para ção d uma máca d pqua, você dv vrcar a mporânca da conrução d nrumno adquado para a buca d dado m campo. e o conúdo qu va udar na próxma undad.
20
UNIDADE 2 TIPOS DE PESQUISA
OBJETIvOS DE APRENDIZAGEM Apósaleituradestaunidade,vocêterácondiçõesde:
DISTINGUIR os tipos de pesquisa;
DIFERENCIAR o método quantitativo do qualitativo;
CARACTERIZAR uma pesquisa exploratória, descritiva, explicativa e experimental;
CLASSIFICAR umapesquisaembibliográca,documental,estudodecaso,pesquisadecampo, pesquisa-ação ou pesquisa participante.
ROTEIRO DE ESTUDO Comoobjetivodealcançaroqueestápropostoaestaunidade,oconteúdoestádivididonas seguintes seções:
SEÇÃO 1
SEÇÃO 2
SEÇÃO 3
Quantoànatureza dos dados
Quanto aos objetivos
Quantoàsfontesde informaçõeseos procedimentos de coleta
TIPOS DE PESQUISA
21
PARA INÍCIO DE ESTUDO Na realização de uma pesquisa você precisa escolher um procedimento sistemáticoparaadescriçãoe explicaçãodofenômeno.Esse procedimentodeveráatenderaum métodocientícoquedelimiteum problema, modo de levantamento e interpretação dos dados e deve estarfundamentadonaliteratura existente sobre o assunto. Por isso, o trabalho de pesquisa,
SEÇÃO 1
para alcançar êxito, deve ser bem planejadodeacordocomasnormas de cada método de investigação. Nessemomento,vocêdeverá levantaraclassicaçãodapesquisa quantoànaturezadosdados, objetivosefontesdeinformaçõese coleta dos dados.
QUANTO à NATUREZA DOS DADOS
S
egundo Richardson (1999, p. 70), os dois grandes métodos de pesquisa, segundo a natureza dos dados, são: o quantitativo e o qualitativo; estes sediferenciamnãoapenaspela
sistemáticapertinenteemcada um deles, mas, principalmente pela abordagem do problema, fazendo-senecessárioaplicaro método apropriado a cada tipo de pesquisa.
Pqua quanava NO ESTUDO DA abordagem quantitativa,verica-seque estaserefereatudoquepode sertransformadoemnúmerose quanticado,istoé,analisamse os dados a partir de critérios estatísticos,opressupostobásico é de determinação e precisão, permitindo a comparabilidade das informaçõeseanálisequantitativa sobreoqueéestudado.Conforme Richardson (1999, p. 70-71), o método quantitativo caracterizasepeloempregodequanticação tanto na modalidade de coleta deinformaçõesquantono tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, podendo ser poranálisesmaissimples,como percentual, média, desvio-padrão,
oumaiscomplexas,comocoeciente decorrelação,análisederegressão, etc. Omesmoautorenfatizaqueo método quantitativo representa a intenção de garantir a precisão dos resultados, evita distorções naanáliseeinterpretação, possibilitando maior margem de segurança nos resultados. É frequentementeaplicadoemestudos descritivos, podendo abordar aspectoscomreferênciaauma sociedade, grupo ou um indivíduo.
Descrição da população economicamente ativa na região da AMMOC.
A S I U Q S E P E D S O P I T
22
A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
METODOLOGIA DA PESQUISA
ConformeGodoy(1995,p.25), a pesquisa quantitativa permite que se obtenha dos elementos deumapopulaçãoinformações estandardizadas (padronizadas) e,porconseguinte,comparáveis de um indivíduo ou elemento a outro. Permite, ainda, observar asvariáveisintroduzidasno nível das hipóteses e estabelecer diretamente as relações entre essas variáveis,quanticandotantoa coletaquantoaanálisedosdados,
avaliandoefazendoassociações, estando ela mais preocupada com a possibilidade de generalizar os resultados. Outra questão importante a se observar nos estudos quantitativos équeopesquisadordeveráescolher instrumentos mais adequados para efetuaracoletadeinformações, porémvalesalientarqueaforma como se elaboram e aplicam instrumentos varia de acordo com o tipo de estudo.
Pqua quaava DE ACORDO COM Richardson (1999, p. 80) são características na pesquisa qualitativa o contato mais direto entre o pesquisador, o ambiente e a situação investigada. Sobre pesquisa qualitativa Strieder (2009, p. 45) escreve: [...] caracteriza-se por considerar oambientenaturalcomofonte de dados, tendo o pesquisador comoinstrumentofundamental. Portercaráterdescritivo,tem como preocupação maior captar osignicadoqueaspessoas atribuemaosfenômenoseà sua visa, portanto, estuda e reeteosvalores,ascrenças, as opiniões, as atitudes, as aspirações e as representações dossujeitos[...]Portercaráter exploratório,ossujeitosda pesquisa são estimulados ao livrepensar,fazendoemergiros aspectossubjetivos.
Percebe-se que a avaliação qualitativa deve buscar respostas àproblemática,nãopropriamente em papéis escritos, registros, levantamento; seu produto mais típico é o depoimento, o
testemunho, a proposta que vai àprática,partindodateoriae vice-versa. Aponta caminhos alternativos,pistasdiferenciadas, descobre outros problemas, revisa, reconstrói. Triviños (1987, p. 120) atribui cincocaracterísticasespecícasà pesquisaqualitativacomoformade justicaraescolhadessemétodo: a) a pesquisa qualitativa tem o ambientenaturalcomofonte direta dos dados e o pesquisador como instrumento-chave. Nesse contexto, a consideração é pela visão ampla e complexa do real social, em que o importante e verdadeiro é o conteúdo da percepção, pois supõe o contato direto e prolongado do pesquisador com o ambiente e a situação pesquisada, por meio do trabalho intensivo de campo, cujofenômenopodesermais bem compreendido no contexto em que ocorre e do qual é uma parte; b) a pesquisa qualitativa é descritiva, isto é, seus resultados são expressos
TIPOS DE PESQUISA
em narrativas, declarações das pessoas, entrevistas, documentos, descrições de situações e acontecimentos. Todos os dados são considerados importantes;
sujeitosencaramasquestões queestãosendofocalizadas,ou o"signicado"queaspessoas atribuemàscoisaseàsuavida equesãoofocodeatenção especial do pesquisador;
c) os pesquisadores qualitativos estão preocupados com o processo, e não simplesmente com os resultados e o produto. Quer dizer, ao estudar um determinado problema, o interesse do pesquisador é unicamentevericarcomoele semanifestanasatividades,nos procedimentos e nas interações cotidianasdossujeitos;
e) osignicadoéapreocupação essencial na abordagem qualitativa. Esta característica determina que os pesquisadores não se preocupam em buscar evidências que comprovem hipótesesdenidasantesdo iníciodoestudo,ouseja, o pesquisador assimila as evidênciasàmedidaqueo estudo se desenvolve.
d) os pesquisadores qualitativos tendem a analisar seus dados indutivamente (parte de dados particulares, encaminhando para as noções gerais). Faz-se uma referênciaàmaneiracomoos
Naclassicaçãodasvariáveis das abordagens quantitativas e qualitativas, Pereira (2001) observa:
TIPO DE vARIávEL
SUBTIPO
CARACTERÍSTICA
Discreta
Númerosinteiros,semfrações,comoemcontagens.Constituemum conjuntonito.Ex.:númerodelhos,idadeemanoscompletos.
Contínua
Númerosquepodemassumirvaloresfracionários.Normalmente, têmintervalosdevaloresconhecidos,masumconjuntoinnitode valores possíveis. Ex.: estatura, peso.
Categórica Nominal
Categorias, e cada categoria é independente, sem relação com as outras. Ex. raça (com categoria como negra, etc.), nacionalidade (brasileira, argentina, etc.).
Categórica Ordinal
Categorias, e cada categoria mantém uma relação de ordem com as outras que pode ser ou não regular. Ex.: escolaridade com categorias como nível 1, 2, 3; classe social (A, B,C).
Quantitativa
Qualitativa
Quadro1:Classicaçãodasvariáveisdasabordagensquantitativasequalitativas Fonte: Pereira (2001, p. 43).
23
A S I U Q S E P E D S O P I T
24
METODOLOGIA DA PESQUISA
Dependendo da pesquisa, ela podeserclassicadaaindacomo qualitativa/quantitativa ao mesmo tempo, por isso é preciso atenção
do pesquisador ao analisar a natureza dos dados que vai precisar buscar para o tipo de pesquisa que vai realizar.
Na ção você aprndu a drncar o po d pqua quano ao dado. ea podm r cacada como quanava, quaava, ou agregar os dois ao mesmo tempo. Agora precisa distinguir o tipo de pqua quano ao objvo. Para nndê-o mhor, vamo udar a prxima seção. A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
SEÇÃO 2
C
QUANTO AOS OBJETIvOS
onformeAndrade(2005, p. 124-125), quanto aos objetivosapesquisapode
ser: exploratória, descritiva, explicativa e experimental.
Exploratria NORMALMENTE, QUANDO HÁ pouco conhecimento sobre o tema abordado, busca-se um maior aprofundamento.Assim,apesquisa exploratóriatemporobjetivo familiarizar-secomofenômeno ou obter nova percepção deste e descobrir novas ideias. Envolve levantamentobibliográco, entrevistas com pessoas que tiveramexperiênciaspráticascom oproblemapesquisado,análise de exemplos que estimulem a compreensão, de modo que o assuntoquemaisclaropara construiroproblemaeobjetivosde pesquisa, a delimitação do tema de pesquisa. Concordam Tachizama e Mendes (2006, p. 35), que no estudo exploratóriobusca-sefazero levantamentobibliográcodotema pesquisado por meio de livros, revistas especializadas, documentos dainterneteoutros,fazendo leituras e selecionando/anotando
conceitosaplicáveisaotema. Tambémpode-secoletarinformações complementares sobre o assunto juntoaórgãosepessoasligadasao mesmo. Para Beuren (2003, p. 83) "O estudo exploratório apresenta-se como um primeiropassonocampocientíco, amdepossibilitararealizaçãode outros tipos de pesquisa acerca do tema, como pesquisa descritiva e a pesquisa explicativa." Complementa Andrade (2005, p. 124), colocando que a pesquisa exploratória, na maioria das vezes, se constitui como um trabalho preparatório para outro tipo de pesquisa. Pelas colocações dos autores, caevidenteaimportânciado estudo exploratório para melhor conheceroassunto,amde facilitararealizaçãodasetapasde umapesquisaealcançaraonalo resultado traçado.
TIPOS DE PESQUISA
25
Descritia ALÉM DE FAZER o levantamento de dados da parte exploratória, descreve os dados. Para Gil (1999, p. 44) as pesquisas do tipo descritivas têm como objetivoestudarascaracterísticas de determinada população ou fenômeno,nocasodeestudo das características de um grupo, por exemplo, podem levantar: sua distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade, nível de renda, etc. São incluídas nesse grupo pesquisas que temcomoobjetivolevantar opiniões, atitudes e crenças de uma população. Podem ainda ser descritivas aquelas que visam descobrirarelaçãoentrevariáveis, como por exemplo, pesquisas eleitoraisqueindicampreferência de partido político e o nível de escolaridade. ConformeAndrade(2005,p. 124), esse tipo de pesquisa, geralmente, é mais solicitada por organizações como instituições educacionais (nível de escolaridade ou rendimento escolar), empresas comerciais (aceitação de novas
marcas, novos produtos ou embalagens), partidos políticos (as preferênciaseleitoraisoupolíticopartidárias),etc.Utilizatécnicas padronizadas de coleta de dados comooquestionárioeaobservação que demonstram a situação do momento da pesquisa. Beuren (2003, p. 83) coloca um exemplo de pesquisa descritiva para esclarecer melhor o assunto: avericaçãodograudesatisfação dos gestores de companhias abertas emrelaçãoaosrelatórioscontábeis exigidos por lei destas empresas como suporte ao processo decisório. Essapesquisaclassica-seem descritiva porque descreve aspectos ou comportamentos de determinada populaçãoanalisada;porémháque se ressaltar que quando os dados forempoucosaprofundadosou explorados, a pesquisa descritiva aproxima-se da exploratória. Fica evidente a importância da pesquisa descritiva em estudos que necessitam esclarecer características e aspectos inerentes a eles.
Explicatias SEGUNDO GIL (1999, p. 44), as pesquisas explicativas "São aquelas que tem como preocupação centralidenticarosfatoresque determinam ou contribuem para aocorrênciadosfenômenos[...] aprofundaoconhecimentoda realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas." Para melhor entendimento, Beuren (2003, p. 83) explana o seguinte exemplo de pesquisa
explicativa:"[...]aidenticação dosefeitosdaaplicaçãoda Teoria das Restrições [método de administração da produção utilizado comoalternativaparaanálise sistêmica em organizações] nos custosdetransformaçãodeum setor produtivo de uma empresa industrial." É uma pesquisa que exigeumestudomaisaprofundado. Vergara (2000, p. 45) diz que a investigação explicativa tem como
A S I U Q S E P E D S O P I T
26
METODOLOGIA DA PESQUISA
objetivoesclarecerquaisosfatores que contribuem para a ocorrência dedeterminadofenômenoecoloca outro exemplo de pesquisa dessa natureza "[...] "[...] as razões r azões do sucesso de determinado deter minado empreendimento. empreendimento. Pressupõe uma pesquisa descritiva como base para suas explicações."
A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
Não quer dizer que a pesquisa exploratória e descritiva tenham menos valor, pois, na maioria das vezes, se constituem etapas
anterioresindispensáveisparase obterexplicaçõescientícas,sobre ofenômenoestudado(GIL,1999,p. 44). A relevância desse tipo de pesquisa ocorrepelofatodeapresentaruma investigaçãomaisprofundasobre a questão-problema de pesquisa, mas pode ter o suporte da pesquisa exploratória e descritiva.
Na ção o aprnado o po d pqua quano ao objvo, qu podm r cacada c acada como: xporaóra, xporaóra, dcrva xpcava. Você já á nndnd nndndoo mhor obr a cacação cacação d uma uma pqua, ma ma para compmnar u udo obr o auno, na próxma ção você va conhcr a cacação da pqua quano à on d normaçõ normaçõ e os procedimen procedimentos tos de coleta.
SEÇÃO 3
QUANTO àS FONTES DE INFORMAÇÕES E OS PROCEDIMENTOS DE COLETA
A
sfontesdecoletapodem serescritasoufornecidas por pessoas. De acordo com asfontesdeinformaçõeseos procedimentos de coleta, Gil (1999, p. 65) coloca que a pesquisa pode
seclassicarem:bibliográca, documental, experimental, estudo de caso, pesquisa de campo, c ampo, sur vey), pesquisa levantamento ( survey) ex-post facto, pesquisa-ação ou pesquisa participante.
Pqua bbográca INDEPENDENTE DO TIPO INDEPENDENTE T IPO de pesquisa queestárealizando,precisater afundamentaçãoem teorias convenientes, selecionadas de acordocomoassunto,oquedará sustentação ao estudo (LANKSHEAR; KNOBEL, 2008, p. 76). ConformeLakatoseMarconi(2001, p.183),apesquisabibliográca, também chamada de dados secundários,édesenvolvidaapartir dematerialjátornadopúblico em relação ao tema de estudos. Abrange livros, artigos de periódicos
cientícos,monograas,material cartográco,etc.,compreende também material de comunicação, comolmes,gravaçõesemta magnética e outros materiais disponibilizados na internet. Pela facilidadedeacesso,apesquisa bibliográcapermiteeconomiade tempo e possibilita o levantamento de dados históricos. Como o material consultado na pesquisa abrange todo o material tornado público em relação ao tema, para Beuren (2003, p. 87) para
T IPOS DE PESQUI SA
reunir conhecimento sobre o tema pode-se pesquisar em publicações avulsas,boletins,jornais,revistas, livros,monograas,dissertações, teses,documentoseletrônicose outros. Pelosrelatosdosautores,ca patente que embora existam pesquisasapenasbibliográcas, toda pesquisa de campo também requerumafasepreliminar de levantamento e revisão de literatura existente para elaboração conceitualedeniçãodemarcos teóricos condizentes com seu estudo. Para Gil (1999, p. 65), a principal vantagemdapesquisabibliográca
é que permite o acesso a uma gama defenômenosmuitomaisampla do que aquela que o pesquisador teria em uma pesquisa direta. Facilita ainda a busca de dados quando na pesquisa estão dispersos, por exemplo, quando a pesquisa necessitardeinformaçõessobre população ou renda per capita, com umabibliograaadequadaépossível contar com os dados que a pesquisa precisa. Contudo,háquesetomarcuidado comasfontesdeondesebuscaas informações.Assim,recomendase que na dúvida se busque a veracidadedafonteconsultada.
Pqua documna É O EXAME DE MATERIAIS de natureza diversa, que q ue ainda não receberam tratamento analítico, ou que podem ser reexaminados, ree xaminados, buscando novas interpretações ou complementares. Retratam e fornecemdadossobredeterminado contextohistórico,econômicoe social (GIL, 1999, p. 66). Na exploração documental de acordo com Gil (1999, p. 66), pode-se analisar documentos de primeira mão, que ainda não receberam qualquer tratamento analítico, como:documentosociais, reportagensdejornal,contratos, lmes,fotograas,etc.Podem ainda ser analisados documentos de segunda mão, que de alguma formajáforamanalisados,como: relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, empr esas, tabelas estatísticas est atísticas etc. Os documentos de segunda mão são aqueles que provêm de resultados de pesquisas.
A pesquisa documental pode ser utilizada, principalmente quando sedesejaanalisarocomportamento de determinado setor da economia, comoosaspectosrelacionadosà situaçãopatrimonial,econômicae nanceiradeumaempresa(BEUREN, 2003,p.90).Autilizaçãodaanálise históricapodeajudarnopresentee vislumbrarcenáriosparaofuturo. Nãosedeveconfundirapesquisa documentalcomabibliográca, pois essa última baseia-se somente emdadossecundáriosconstituídas de livros e outros documentos bibliográcosqueestãoacessíveis ao público em geral, enquanto a pesquisa documental, como visto anteriormente, baseia-se em documentosdefontesprimárias que não tiveram um tratamento analítico como documentos históricos e outros.
27
A S I U Q S E P E D S O P I T
28
METODOLOGIA DA PESQUISA
Pqua xprmna
A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
PARA GIL (1999, p. 66), o delineamento experimental consisteemdeterminarumobjeto deestudos,denirvariáveisde inuenciá-la,determinaraforma decontroleeobservarosefeitos queavariávelproduznoobjeto. Pouco comum na Área das Ciências Sociais Aplicadas, esse tipo de estudo apresenta-se em um número reduzido de situações; esse tipo de pesquisa é bastante reconhecido em estudos com animais. Nas pesquisas de Ciências Sociais, em especial nas organizações,
existem algumas estratégias de experimentação possíveis que passam desde a experimentação em laboratórios até a pesquisaação, a qual se constitui como uma experiência de campo. É evidente que um estudo não precisa ser realizado em laboratório para ser um experimento, experimentos podem ocorrer em situações reais. De acordo com Bruyne, Herman e Jofly(1977,p.232),asdiferenças entre as experimentações, podem ser as expostas a seguir.
EXPERIMENTAÇÃO DE LABORATóRIO Responde a três critérios mínimos, istoé,devedeniremediruma mudança na estrutura, os processos ou o ambiente da organização; chegaraquanticarasvariáveise, decertomodo,vericarasrelações decausaeefeitopelaobservação dasdiferençasinduzidaspela variávelexperimental.Nesta,é precisoqueasobservaçõessejam feitasantesedepoisdaaplicação deumtratamentoaumouvários grupos experimentais e a realização de observações similares em um ou
váriosgruposdecontrole,aosquais nenhum tratamento é aplicado. Esses grupos devem ser selecionados ao acaso. As medidas tomadas antes e após a mudança, assim como a comparação com um grupo de controle, asseguram a validade interna da experiência. A situação de laboratório é aquela que propicia ao pesquisador um controle completo sobre as condições de sua observação, pois é capaz de medir o efeitodamanipulaçãodasvariáveis.
EXPERIMENTAÇÃO DE CAMPO É um modo de investigação diferentedaexperimentaçãode laboratório;transformaoambiente da experiência, que não é mais simulado, mas real. As experiências realizadas em situações reais recorrempormétodosdiferentes da maioria dos controles em laboratórios.Suaanálisenão concerne mais em grupos escolhidos ao acaso e não é mais validado por
um grupo de controle no sentido restrito. Deshaies e Jacquard (1992, p. 112)enfatizamqueainvestigação experimental pressupõe um plano de experiência que se apoie em umaestratégiadevericação comparativa entre uma situação inicial (antes (antes da experimentação) e xperimentação) e a constatação de um resultado experimental (depois da
TIPOS DE PESQUISA
experimentação). Trata-se de um conhecimento ou mesmo de uma lógica que procede pela observação e tem a ambição de explicar os efeitospelascausas. O experimento pode ser de laboratório ou de campo, sendo que o experimento de laboratório controlaoumanipulaasvariáveis (é um valor que pode ser dado por quantidade, qualidade, característica, variando em cada caso individual), analisando causa e efeitodamanipulação,enquantono experimento de campo, mesmo que hajaamanipulação,corresponde a um experimento totalmente diferente(BEUREN,2003,p.88).
Paracarmaisclaroaautora citaumexemplo:aedicaçãoda alternativa legal de tributação darendamaisvantajosa,sepelo lucro real ou lucro presumido, sob avisãodaeconomiatributáriapara a empresa. No caso, é preciso que a empresaprojeteseuresultadopara o exercício seguinte e experimente a melhor alternativa, visto que tal opção deve ser realizada antes do períodotributáriodeincidência (BEUREN, 2003, p. 89). Apartirdoexposto,verica-seque esse tipo de pesquisa exige mais conhecimento do pesquisador e não se aplica a muitas situações da Área de Ciências Sociais e Aplicadas.
Pqua ex-post facto APRESENTA CERTA semelhança com a pesquisa experimental. Trata-se deumainvestigaçãosistemática e empírica em que o investigador nãotemcontrolesobreasvariáveis independentes, porque segundo Gil(1999,p.69),ofatojáocorreu, o pesquisador não pode controlar seusefeitos."Aimpossibilidade de manipulação e controle das variáveisdistingueentãoapesquisa experimental da ex post facto.” (VERGARA, 2000, p. 47).
infânciasobreodesenvolvimento mentalfuturo.Nãoseriapossível queumgrupodiferentesofresse taisprivaçõesparaanálise,masa observaçãodeveserfeitasobreo fatoocorrido(GIL,1999,p.69). O que se observa é que esse tipo de pesquisa tem um campo de aplicação mais limitado no meio cientíco,equeseforusada,deve serbemplanejadaparaalcancedo resultadodesejado.
Por exemplo, em uma pesquisa, vericarainuênciadaprivaçãona
Leantamento ( survey) NO CASO DOS levantamentos, estes dizemrespeitoàinterrogaçãodireta de uma população, visando conhecer traços de seu comportamento e suas características.ConformeGil(1999, p. 70), nesse tipo de pesquisa são feitasinterrogaçõesdiretasàs pessoasemquedeseja-seconhecer
seu comportamento sobre um problema estudado, e em seguida, pormeiodaanálisequantitativa, obtém-se conclusões a respeito dos dados coletados. Levantamento Survey (enquete) "[...] trata-sedelevantamentojuntoàs
29
A S I U Q S E P E D S O P I T
30
A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
METODOLOGIA DA PESQUISA
fontesprimárias,geralmenteatravés b) atitudinais: obtém dados sobre atitudes do indivíduo. deaplicaçãodequestionáriospara Por exemplo: nas enquetes de grande quantidade de pessoas." opinião política, para os países (MARTINS, 2000, p. 52). democráticoséimportante Diferencia-sedapesquisadecampo, dimensionar as crenças de seus aqualavaliaumgrupoespecíco. cidadãos; Na maioria dos levantamentos são selecionadasamostrassignicativas c) psicológico-sociais:enfoca sobre o relacionamento entre douniversoepassamaserobjeto atitudes e o comportamento, de investigação. Segundo Gil mostrandoumperldostipos (1999, p. 72), esses estudos são de personalidade, utilizando mais adequados para estudos questõesqueoferecematitudes, descritivos e explicativos, são entre outras técnicas. Acreditaimpróprios para estudos de aspectos sequesejapossívelexplicaro psicológicos e psicossociais, mais comportamento de uma pessoa; complexos,porémmuitoecazes para problemas menos delicados, d) explicativos: são delineados como pesquisas eleitorais e para testar hipóteses as quais comportamento do consumidor. são derivadas de teorias, porém todos os levantamentos acabam May (2004, p. 109) complementa sendo explicativos, perguntam que é um dos métodos mais sobre o comportamento frequentesnapesquisasocial,e eleitoral, por exemplo, e é utilizado também pelo governo, procuram explicação: como por pesquisadores acadêmicos as atitudes das pessoas estão nas universidades, bem como por ligadas ao seu contexto, organizações, podendo envolver histórico-pessoal ou outra desde pesquisas com apenas variávelexplicativa. algumas centenas de pessoas até um levantamento nacional de larga Esse método também caracterizaescala com milhares de seres. se com um tipo de pesquisa que pode ser útil para os estudos Ainda, de acordo com May (2004, deinvestigaçãocientíca,visto p.110), o levantamento survey pode que pode mapear a realidade de ser caracterizado sob quatro tipos: determinada população ou amostras a) factuais:visamobter de empresas em relação a uma informaçõesdosindivíduosa determinadaproblemáticade cerca de sua situação material estudos, mas sempre com muito e não a respeito das atitudes. cuidado por parte do pesquisador, Seria uma pesquisa cara porque pelafragilidadedométodo. não seria usada uma amostra, mas a população total. Exemplo: o Censo.
Pqua d campo A PESQUISA DE CAMPO, segundo Lakatos e Marconi (2001, p. 186),
nãodeveserconfundidacomuma simples coleta de dados, deve levar
TIPOS DE PESQUISA
emcontaosobjetivosestabelecidos eseosdadossãosucientes. Nasfasesdepesquisadecampo, deve-se primeiro realizar uma pesquisabibliográcasobreotema investigado,oquepossibilitará saber em que estado se encontra o problema,quetrabalhosjáforam feitosarespeito.Após,deacordo com a natureza da pesquisa, devese determinar as técnicas que serão empregadas na coleta de dados e seleção da amostra. Por último, antes de coletar os dados, énecessárioestabelecertantoas técnicas de registro desses dados quandodasuaanálise.
aplicaçãodequestionários, observações participantes ou não, testes. Exemplo: Levantar qual a percepçãoqueosusuáriosdebancos (instituiçõesnanceiras)dacidade Xtêmsobreainformatizaçãodos serviçosparaclientes/usuários. Percebe-se que a pesquisa de campoestáagregadaaoutrotipo depesquisa,comobibliográca, descritiva, exploratória, ou ainda experimental;estávoltadaao estudo de indivíduos, grupos, instituições e outros, e deve ser bemplanejadaemtodasassuas etapas para alcançar êxito nos objetivostraçados.
De acordo com Vergara (2000, p. 4546), nesse tipo de pesquisa podemse utilizar as técnicas entrevista,
Estudo de caso CARACTERIZA-SE COMO um tipo depesquisacujoobjetoéuma unidade analisada profundamente, éoestudodeumcaso,seja simplesouespecíco.Tempor nalidadeoexamedetalhadode umambiente,deumsimplessujeito ou situação em particular, com o propósitofundamentaldeanalisar intensivamente determinada unidade social. Oestudodecasopoderáenvolver exame de registros, observação de ocorrênciadefatos,entrevistas
31
estruturadas e não estruturadas ou qualquer outra técnica de pesquisa. Vale lembrar que esse tipo de pesquisa não permite a generalização dos resultados. Nesse caso, segundo Tachizawa e Mendes(2006,p.53,grifodoautor) é importante "[...] estabelecer o perldaorganizaçãoestudada naformadecaracterização das empresas." A caracterização da empresaéumaseçãofundamental da pesquisa.
Sugestão metodolgica para caracterização de uma empresa ConformeTachizawaeMendes(2006,p.54),operloucaracterização da empresa pode ser divido em cinco partes, a saber: a) natureza do negócio; b) porte e instalação, e se é pública ou privada;
A S I U Q S E P E D S O P I T
32
METODOLOGIA DA PESQUISA
c) principais mercados (local, regional, nacional ou internacional) e principais tipos de clientes (consumidores, empresas, governo, etc.). Incluirformasespeciaisderelacionamento,taiscomoparceriascom clientes ou grupo de clientes; d) perldosempregados/funcionários,incluindoquantidade,tipos, escolaridade, etc.;
A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
e) principais processos, estabelecendo a dimensão horizontalizada em contraposiçãoàdimensãoverticalizadaoufuncional(desenhara estrutura da empresa em termos de organograma e em relação ao modelo dos processos sistêmicos). Podem-se descrever também todos os requisitos dos clientes importantes(entreganoprazo,baixoníveldedefeitos,serviçospósvenda),indicandodiferenciaisoferecidosparaclientes. Outroitemquepodeserdescritoéorelacionamentocomfornecedores emtermosde:tiposequantidadedefornecedores;tiposde distribuidores; revendedores e outros ramos de negócio. Os aspectos competitivos podem ser incluídos como: situação do ramo perante a concorrência; quantidade e tipos de concorrentes; indicadores de qualidade e de desempenho perante a concorrência, tais como aumento da produtividade, redução de custo e inovação quanto aoproduto;mudançasqueestãoocorrendonoramoequeafetamo mercado. Podemaindaserdescritosaspectos,como:principaisdesaos(a entrada em novos mercados ou segmentos, por exemplo); novas alianças empresariais; introdução de novas tecnologias; requisitos legais e regulamentaresquantoàproteçãoambiental;assuntosnanceirose mudanças de estratégias.
Segundo Beuren (2003, p. 8485), um exemplo de estudo de casorelacionadoàáreadas Ciências Sociais Aplicadas pode seraidenticaçãodasfasesde implantação de um programa de qualidade em uma empresa queprestaserviçosnaáreade contabilidade para diversas empresas para obtenção da certicaçãoISO9000.Essa pesquisaseriaclassicadacomo estudo de caso porque aborda umaúnicaempresaeasfases de implantação de um programa
de qualidade não podem ser generalizadas a outras empresas do mesmoramo,pelofatodeatender especicaçõesdaquelaempresa, localizada em determinada região e com características próprias. De acordo com Triviños (1987, p. 128),tambémháapossibilidade de realizar multicasos, onde estuda-sedoisoumaissujeitosou organizações, etc. Fica claro, que no estudo de caso, dados não podem ser generalizados,
TIPOS DE PESQUISA
33
os resultados da pesquisa aplicamse aquele caso investigado.
Pqua-ação pqua parcpan DE ACORDO COM THIOLLENT (2000, p. 7), acontecem com ainterferênciadosujeitoao objetopesquisadoeaquebra deobjetividade,quesejustica porque não é a captação do real em determinado momento que interessa equerepresentaoobjetivonesse caso, mas um conhecimento em processo que se estabelece. Utiliza-se o método de observação participantepelofatodese buscaraspectossubjetivosda ação,percepções,deniçõese explicações, podendo gerar e revisarsuashipótesesàmedida que se coletam os dados e usaseaanálisedecasosnegativos para chegar a conclusões que permanecem verdadeiras em todas as observações.
A pesquisa-ação e a pesquisa participante apresentam uma únicadiferença:apesquisa-ação, além da participação, supõe uma formaplanejadadecarátersocial, educacional, técnico ou outro, que nem sempre se encontra em pesquisa participante, porém ambas partem da mesma busca de alternativas ao padrão de pesquisa convencional (THIOLLENT, 2000, p. 8). O uso desse método requer o preparo do pesquisador, pois a coleta de dados pela observação exige o contato com a situação pesquisadadeformaneutrae orelatodosfatoscomoeles acontecem.
A S I U Q S E P E D S O P I T
34
METODOLOGIA DA PESQUISA
Autoaaliação 2 1 D acordo com o conúdo udado na undad ,qu raam obr o po d pqua, relacione a primeira coluna com a segunda. ( A ) Pesquisa quantitativa ( B ) Pesquisa qualitativa
( ) Apartirdeumobjetodeestudos,denevariáveisea formadecontrole,observandoosefeitosqueavariávelproduz noobjetoestudado. ( ) Pesquisacujoobjetodeanáliseéfeitoumestudo profundosobreumaunidade;nãopodegeneralizaroresultado.
( C ) Pesquisa exploratória
( ) Análisedemateriaisqueaindanãoreceberam tratamento analítico ou que podem ser reexaminados.
A D
( D ) Pesquisa descritiva
A I G O L O D O T E M
( E ) Pesquisa explicativa
( ) Preocupa-seemidenticarosfatoresquedeterminam oucontribuemparaaocorrênciadosfenômenos.Aprofunda o conhecimento da realidade e explica a razão e o porquê das coisas. ( ) Osdadoscoletadossãotransformadosemnúmeros.
A S I U Q S E P
( F ) Pesquisa experimental (G)Pesquisabibliográca ( H ) Pesquisa documental (I)Pesquisaex-postfacto ( J ) Levantamento (survey) ( K ) Pesquisa de campo
( L ) Pesquisa estudo de caso
( ) Investigação em que o pesquisador não tem controle sobreasvariáveis,porquesóanalisaofatodepoisque aconteceu. ( ) Pesquisa o comportamento das pessoas sobre determinadoproblema,utilizaamostrassignicativasdo universo. ( ) Estuda as características de determinada população ou fenômeno.Podelevantaropiniões,atitudesecrençasdeuma população. ( ) Faz a coleta de dados direto no campo pesquisado, porémantesbuscasubsídiosnapesquisabibliográca. ( ) Utilizadaparaconheceroassunto,geralmentefazum levantamento que antecede um trabalho para outro tipo de pesquisa. ( ) Desenvolvidaapartirdematerialjátornadopúblico, abrangelivros,artigosdeperiódicoscientícos,monograase outros. ( ) A obtenção de dados ocorre no contato direto do pesquisador com a situação estudada.
2 Buqu um raóro d pqua na bboca unvrára ou na orma on-line, a parr da aná do documno, procur cacá-o quano ao po d pqua gundo a naurza do dado, o objvo a on d normaçõ procdmno d coa do dado.
TIPOS DE PESQUISA
3 Apó a ura do conúdo, o qu você condra como documno, m uma pqua documna? Qu po d xo não podm r cacado como documno por qu o xcura?
35
A S I U Q S E P E D S O P I T
Dpo d udar obr a pqua com ba cnca, orma d dnção do ma da raura, bm como o váro po d cacação, ncáro abr qu, para a nvgação acançar êxo o ruado poam rpondr ao objvo raçado para a pqua, prco abr dnr o po d nrumno ma adquado para a coa de informações. Este ser o conteúdo da prxima unidade.
36
UNIDADE 3 INSTRUMENTOS DE PESQUISA
OBJETIvOS DE APRENDIZAGEM Apósaleituradestaunidade,vocêterácondiçõesde:
ELABORAR umquestionário;
ESTRUTURAR uma entrevista;
CONSTRUIR outros instrumentos para coleta de dados em uma pesquisa.
ROTEIRO DE ESTUDO Comoobjetivodealcançaroqueestápropostoaestaunidade,oconteúdoestádivididonas seguintes seções:
SEÇÃO 1
SEÇÃO 2
SEÇÃO 3
Oquestionário
A entrevista
Outros instrumentos de pesquisa
INSTRUMENTOS DE PESQUISA
37
PARA INÍCIO DE ESTUDO Aqualidadedoinstrumentoparaacoletadedadosestádiretamenteligada àeciêncianoprocessodecomunicação.Assim,deve-sedecidiroquese pretendesaberparadeniroinstrumentoadequadoaotipodepesquisa, sejaquestionário,entrevistaououtroinstrumento.
SEÇÃO 1
O QUESTIONáRIO
D
e acordo com Oliveira (2003), um dos instrumentos mais utilizados para realização de pesquisas é o quonáro, principalmente em pesquisa de grande escala e para a coleta de dados em pesquisas quantitativas.Oquestionário nãoéumformulárioouconjunto de questões listadas sem muita reexão.Paratanto,requer umplanejamentoanteriorà busca de base conceitual do problema de pesquisa, bem como a busca exploratória de dados anteriormenteàsuaelaboração. Rudio (1992, p. 96 apud RAUEN, 2002, p. 127) apresenta uma sínteseinteressanteemrelaçãoàs perguntas: Cada item deve conter só uma pergunta. A presença de mais de umaperguntadicultaaresposta, podendoinvalidá-la.Assim,por exemplo, se você perguntar "Você acha que a Secretaria de Educação
deveofereceraosprofessores atividadesduranteasférias,como cursosdeaperfeiçoamento?”eo informanteresponde"Não".Ele discorda de que? Das atividades, sejamláquaisforem,oudoscursos deaperfeiçoamento? Paraperguntasfechadas,é precisocuidarparaquenãosejam colocadas alternativas inadequadas. Paraconhecerfaixaetáriade universitários,nãosedevecolocar como alternativas: "0 a 5 anos", "06 a 10 anos" ou "11 a 15 anos". Deve-se explicar qualquer termo obscurodeumquestionário, principalmente se estamos pesquisando camadas com menor instrução. Um dos problemas é ousodejargõeseterminologias técnicas, pressupondo que qualquer pessoa conheça. Exemplo: "Você é favorávelàreeleiçãoemtodosos níveis executivos?" O que são "níveis executivos?"
Rudio (1992, p. 96 apud RAUEN, 2002, p. 127) apresenta uma síntese interessanteemrelaçãoàsperguntas: Cada item deve conter só uma pergunta. A presença de mais de uma perguntadicultaaresposta,podendoinvalidá-la.Assimporexemplo, sevocêperguntar“VocêachaqueaSecretariadeEducaçãodeve ofereceraosprofessoresatividadesduranteasférias,comocursosde aperfeiçoamento?”eoinformanteresponde“Não”.Elediscordadeque? Dasatividades,sejamláquaisforem,oudoscursosdeaperfeiçoamento?
A S I U Q S E P E D S O T N E M U R T S N I
38
METODOLOGIA DA PESQUISA
Paraperguntasfechadas,éprecisocuidarparaquenãosejamcolocadas alternativasinadequadas.Paraconhecerfaixaetáriadeuniversitários, nãosedevecolocarcomoalternativas:“0a5anos”,“06a10anos”ou “11a15anos”. Deve-seexplicarqualquertermoobscurodeumquestionário, principalmente se estamos pesquisando camadas com menor instrução. Umdosproblemaséousodejargõeseterminologiastécnicas, pressupondoquequalquerpessoaconheça.Exemplo:“Vocêéfavorávelà reeleiçãoemtodososníveisexecutivos?”Oquesão“níveisexecutivos?”
A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
Preste bem atenção ao elaborar oquestionário.Lembre-sedeque eledeveserobjetivo,limitadoem extensão e estar acompanhado de instruções. As instruções aparecem no início e devem esclarecer o propósito de sua aplicação, ressaltar a importância da colaboração doinformanteefacilitaro preenchimento. Para você entender melhor como elaborarumquestionário,seguem algumas considerações de Martins e Lintz (2000, p. 51-52) e Richardson (1999, p. 197-201): a) as perguntas devem ser ordenadas em uma sequência lógica; b) incluir perguntas que realmente tenhamrelaçãocomoobjetivo de estudo; c) começarcomperguntasfáceis, deixandoasmaisdifíceisparao m; d) a redação das perguntas deveráserfeitaemlinguagem compreensívelaoinformantee acessível ao entendimento da população estudada; e) vericarseoentrevistadotem condições de responder as questões;
f) cadaperguntadevefocarapenas uma questão cada vez a ser analisadapeloinformante; g) usaralternativasadequadasàs perguntasfechadas; h) nãofazerperguntas embaraçosas; i) não obrigar o entrevistado a fazercálculos; j) não incluir perguntas sobre passado muito distante; k) as perguntas não devem sugerir as respostas; l) noinício,colocarasinformações que servem para caracterizar o informante:sexo,idade,estado civil, escolaridade; m) nocasodenome,vericarse énecessáriaaidenticação. Quandooquestionárionãoé identicado,asrespostassão mais sinceras; n) avaliar a extensão do questionário,visandoaotempo a ser consumido, para obter os dadoseamaneiradetabulá-los eanalisá-los,bemcomoobservar otempoqueopesquisadolevará para responder as questões. Nãoéaconselhávelfazer instrumentos muito longos;
INSTRUMENTOS DE PESQUISA
o) certique-sequeéoinformante e não outra pessoa quem respondeoquestionário,poisno caso de terceiros responderem, implica na perda de consistência dos resultados; p) tenha cuidado na apresentação grácadoquestionário.O espaço para as respostas deve sersuciente.Aapresentação
39
grácadeveseratraentepara provocar a vontade de respondêlo. Os detalhes na apresentação do questionáriocontribuemparao êxito da entrevista/pesquisa. Uma perguntamalformuladaouque constranjaoentrevistadopode prejudicartodaapesquisa.
Você qur conhcr ma obr como conrur um quonáro?
Presteatençãonoqueestápostono item a seguir.
A S I U Q S E P
Conrução do quonáro
E D
DE ACORDO COM RAUEN (2002, p. 127),oquestionáriodeveapresentar em linhas gerais três partes: a) cabeçalho – que é a parte na qual opesquisadorcolocaoobjetivo que espera alcançar, bem como deve garantir o anonimato do respondenteeaformacomodeve ser devolvido ao pesquisador; b)
questões de caracterização do pesquisado; c) corpo das questões objetodoestudo. Para Gil (1999, p. 129), o questionáriodevetraduziros objetivosdapesquisaemperguntas especícasepodeterosseguintes tipos de questões:
QUESTÕES FEChADAS Apresentam ao respondente umconjuntodealternativasde respostas restritas e o pesquisado
assinala uma que melhor representa seupontodevista,conformeas instruções do pesquisador.
DeacordocomRichardson(1999,p.191-192)asperguntasfechadas podem apresentar algumas características, as mais utilizadas são as seguintes: a)Perguntascomalternativasdicotômicas: Sim – Não; Verdadeira – Falsa; Certo – Errado. b) Perguntas com respostas múltiplas. Aquelas que permitem marcar uma os mais alternativas: EmqueturnoassisteàaulanaUniversidade?
S O T N E M U R T S N I
40
A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
METODOLOGIA DA PESQUISA
1. ( ) de manhã 2. ( ) de tarde 3. ( ) de noite c) Aquelas que apresentam alternativas hierarquizadas: ComquefrequênciavocêusaaBibliotecaCentraldaUniversidade? 1. ( ) nunca 2. ( ) ocasionalmente 3. ( ) frequentemente d) Perguntas com escalas: Idade: ( ) menos de 15 anos ( ) 15 – 20 anos ( ) 21 – 25 anos ( ) 26 – 30 anos ( ) 31 – 35 anos ( ) 36 – 40 anos ( ) 41 e mais anos
1 Ana o u grau d concordânca para a armação: O diploma do curso superior é uma das condições para a ascensão social de um indivíduo. 1
Discordo totalmente
2
3
4
5
6
Discordo bastante
Discordo pouco
Concordo pouco
Concordo bastante
Concordo totalmente
2 Ana m qu grau d mporânca você condra a armava: Aoterminarocursosuperioroalunodeveráestarpreparadoparaaplicar todososconhecimentosadquiridosduranteoperíodouniversitáriono Trabalho de Conclusão de Curso. Sem importância
Não muito importante
Um pouco importante
Muito importante
Extremamente importante
3 Ana o grau d nndad qu mhor xpr ua opnão: 3.1 Os professores do curso preparam suas aulas. 1. ( ) não
4. ( ) bastante
2. ( ) pouco
5. ( ) totalmente
3. ( ) medianamente
6. ( ) sem opinião
INSTRUMENTOS DE PESQUISA
41
4 Qua ua opnão obr o andmno da bboca unvrára: 1. (
) péssimo
2. (
) ruim
3. (
) regular
4. (
) bom
5. (
) excelente
Vja ma xmpo m G (1999, p. 147-148).
QUESTÕES ABERTAS Caracterizam-se pela liberdade que o pesquisado tem para dar as respostas. A pergunta deve ser seguidadelinhasdestinadasà resposta. A vantagem desse tipo dequestõeséadenãoforçaro respondente a se enquadrar em
respostasjáestabelecidas,porém convém lembrar que o processo de tabulação torna-se muito complexo. Assim, recomenda-se que o número dessetipodequestãosejareduzido. Veriqueosexemplos:
1 Qua , no u nndr, o prncpa probma qu o Govrno prca rovr para promovr maor dnvovmno do Pa?
2 Qua ua opnão, obr a rção do Govrnador do eado?
QUESTÕES DEPENDENTES É quando uma questão depende da resposta de outra dada. Gil exemplicaessetipodequestão, demonstrando no exemplo para arespostaàpergunta:"Quantos
cigarrosvocêfumapordia?"Num questionárioaplicadotambéma nãofumantes,dependeriadeuma questão anterior.
1 Você uma cgarro? (
) Sim (responda a questão seguinte)
(
) Não (responda a questão n. 3)
A S I U Q S E P E D S O T N E M U R T S N I
42
METODOLOGIA DA PESQUISA
2 Quano cgarro você uma por da? (
) menos de 5
(
) cerca de meio maço
(
) um maço
(
) mais de um maço
3 tm agum mmbro na ama qu uma?
A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
(
) Sim
(
) Não
De acordo com Richardson (1999, p. 193), a grande maioria dos questionáriossãoelaborados comquestõesfechadas.Porém, oquestionáriopodecombinar perguntasfechadas,coletandoem primeiromomento,informações sociodemográcas(sexo, escolaridade, idade, etc.), respostas deidenticação,respostasde múltipla escolha e também agregar algumas perguntas abertas destinadasaaprofundaraopinião do entrevistador sobre o assunto abordado na pesquisa. Na seleção do tipo de questão, o pesquisador deve levar com conta
oobjetivoaseralcançadona investigação, o tempo para que a população/amostra responda e tambémotempoqueirádisporpara atabulaçãoeanálisedosdados coletados, por isso o momento daelaboraçãodoquestionáriose constitui como uma etapa de suma importância para que a pesquisa nalalcanceoresultadoesperado. Depois de elaborado o instrumento, antes de sua aplicação para todos os selecionados, é preciso ter certezaqueoquestionárioestá claroeobjetivo,assimprocedese a testagem do mesmo, o que vericaremosnotópicoaseguir.
PRé-TESTE DO QUESTIONáRIO Para o sucesso na aplicação dos instrumentoséimportantefazero pré-teste, que consiste em testar os instrumentos da pesquisa sobre uma pequena parte da população ou da amostra antes de ser aplicado denitivamente,amdeevitarque a pesquisa chegue a um resultado falso(GIL,1999,p.137). Gil (1999, p. 137-138) coloca ainda que o pré-teste deve observar: a) clareza e precisão dos termos; b) formadasperguntas; c) desmembramento das questões;
d) ordem das questões; e) introduçãodoquestionário. Assim, observa-se que para que garantir o bom resultado na pesquisa, o trabalho começa na elaboraçãodeumquestionário queatendaaoobjetivoproposto na pesquisa, por isso é importante antes da aplicação da amostra, selecionar a averiguação de sua validade por meio de um pré-teste aplicado a uma amostra aleatória representativa (LAKATOS; MARCONI, 2001,p.165).Casosejaobservada algumafalha,façaareformulação,
INSTRUMENTOS DE PESQUISA
43
comointuitodetorná-losmais adequados para garantir o êxito da coleta de dados. Para apcação do nrumno d pqua quonáro, o Comê d éca m Pqua (CeP) orna o prnchmno do trmo d Connmno lvr ecarcdo, ond o nrvado convdado como vounáro a parcpar da pqua. N rmo coocada a jucava, objvo procdmno da propoção do udo, garana d carcmno, liberdade de recusa e garantia de sigilo e outras informações. Ma dah você pod conuar: UNiVeRsiDADe DO Oeste De sANtA CATARINA. Comê d éca m Pqua (CeP). 2010. Dponv m:
. Aco m: 10 ago. 2010.
SEÇÃO 2
A ENTREvISTA
A
goraquevocêjáaprendeu sobrequestionários, precisa conhecer outro instrumento quepoderásermuitoútilemuma pesquisa, a entreista. Fique atento porque, em alguns casos, para melhor resultado, esse é o instrumento mais indicado. Sabe por quê? A entrevista atingecommaisfacilidadeos respondentes de nível mais baixo naeducação,ajudandoaqueles quetêmdiculdadedeleitura, mantendo-se uma sequência e controledasquestões;porém,háa desvantagem do alto custo, tempo da pesquisa e possibilidades de distorções no entendimento das questões e comunicação com os entrevistados. May (2004, p. 145) coloca que as entrevistas trazem ricas informaçõessobrebiograas, experiências, opiniões, valores, aspirações, atitudes e sentimentos das pessoas, que em muitos casos sãofundamentaisparaapesquisa, porém, para alcançar êxito o
A S I U Q S E P E D
entrevistador tem de saber conduzir a entrevista, deve ser imparcial e promover um ambiente tranquilo para que o entrevistado sinta-se bem respondendo as questões. Sobre o assunto, Richardson (1999, p. 208) e Beurem (2003, p. 132-133), destacam que as entrevistas podem serfeitasdeforma: a) estruturada - o entrevistador segue um roteiro com perguntas determinadas. A razão da entrevista estruturada é obter respostas que permitam a comparabilidade das respostas. Nesse caso, o entrevistador não tem como reestruturar perguntas durante o processo de investigação, nem alterar ordem ou acrescentar novos questionamentos; b) semiestruturada - segue um roteirobásico,apoiadoem teoriasenoobjetivosque interessamàpesquisa,porém permite introduzir outros tópicos
S O T N E M U R T S N I
44
A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
METODOLOGIA DA PESQUISA
que surgirem no decorrer da entrevista;
d) dispor-se mais em ouvir do que falar;
c) não estruturada - possibilita ao entrevistado a liberdade de desenvolver cada situação na direção que considera mais adequada.Issosignicaque procura saber os aspectos mais relevantes de determinado problema, como e por que algo ocorre, em lugar de determinar a frequênciaqueocorre.
e) dar bastante tempo ao entrevistadoparafalarsobreo assunto;
De acordo com Rauen (2002, p. 126), as entrevistas podem ser:
f) manter o controle da entrevista; g) apresentar primeiro perguntas introdutóriassimples,deforma a estabelecer um processo de interação com o entrevistado, para que tenha menos probabilidade de provocar recusa,paradepoisfazeras questões mais relevantes do instrumento de coleta de dados;
a) entrevistas orais: caracterizamseporfazerperguntasdeforma h) evitar pergunta que implique ou oral a um indivíduo ou grupo sugira a própria resposta; de indivíduos, e as respostas i) o entrevistador não deve registradas pelo pesquisador, conaremsuamemória, sejaemgravações,sejaem precisa registrar os dados anotações,podemserfeitasface imediatamente; afaceouportelefone; b) entrevistas escritas: consistem numa lista de indagações escritas. Devem ser respondidas igualmente por escrito, usadas quando se precisam indagar muitas pessoas, por exemplo. Podem ser utilizadas para entrevistas em grupos que respondem simultaneamente. Observeque,conformeMartinse Lintz (2000, p. 54) e Gil (1999, p. 123-125), para o desenvolvimento da entrevista, devem-se seguir algumas etapas: a) marcarlocalehorárioparaa entrevista com antecedência; b) no caso de entrevista gravada, solicitar autorização do entrevistado, zelando pelo sigilo do nome do entrevistado; c) deixaroentrevistadoàvontade;
j) não emitir opiniões e, sempre quepossível,conferiras respostas,mantendo-sealertaàs eventuais contradições. A entrevista tende a ser uma técnica para coleta de dados de fácilaplicação,porémopesquisador deve levar em conta o tempo para realização e transcrição. Também, se aamostragemformuitogrande,por vezes, pode inviabilizar o uso dessa técnica no tempo estipulado para a realização da pesquisa.
INSTRUMENTOS DE PESQUISA
SEÇÃO 3
45
OUTROS INSTRUMENTOS DE PESQUISA
O
s instrumentos mais utilizados na coleta de dadossãooquestionárioea entrevista, porém existem outros instrumentos,queconformeo
objetivodapesquisa,podemser usados na coleta de dados.
A obseração ACONTECE QUANDO se buscam dados de determinados aspectos da realidade. Por exemplo, para entender como os indivíduos usam seu tempo em situação de trabalho; para estudar a alocação de recursos ouparacalcularafrequênciade
atrasos. Tem a vantagem de ser utilizada por longo tempo. De acordo com Richardson (1999, p. 260-262), a observação pode ser classicadanaÁreadasCiências SociaisAplicadas,conforme disposto a seguir.
OBSERvAÇÃO ASSISTEMáTICA Nãotemplanejamentoecontrole previamenteelaborados.Atarefa deobservarémaislivre,semchas ou listas e registros, mas deve
estar determinada no plano pelos objetivosdapesquisa.Éusadamais em estudos exploratórios.
OBSERvAÇÃO SISTEMáTICA Templanejamento,realizase em condições controladas para responder aos propósitos preestabelecidos, sugere uma estrutura determinada onde são
anotadososfatosocorridosesua frequência.Nessecaso,épreciso algum conhecimento do problema para analisar a situação.
OBSERvAÇÃO NÃO PARTICIPANTE Opesquisadorpresenciaofato, mas não participa. Baseado no objetivodapesquisa,epormeio de um roteiro, observa e registra as
ocorrências, pode levantar novos problemasoudeterminarobjetivos para a pesquisa.
OBSERvAÇÃO PARTICIPANTE O observador não é apenas um espectador, mas coloca-se na posição e em nível de outros elementos,ouseja,opesquisador estuda as rotinas ou interesses deumgrupo.Nafunçãode participante,terádeseinserirno
grupooucomunidade;assim,terá mais condições de compreender suas características. Complementa May (2004, p. 176) dizendo que o pesquisador, nesse contexto, deve fazerpartedaqueleambiente,pois só assim pode entender as ações
A S I U Q S E P E D S O T N E M U R T S N I
46
METODOLOGIA DA PESQUISA
daqueles que são observados. Por essatécnicahámenostendênciade se levar o pesquisador a impor sua realidade sobre o mundo social que procura entender. Por isso, segundo May (2004, p. 180), o pesquisador deve antes se familiarizarcomoambienteeas pessoasobjetodeestudos,anotar todos os acontecimentos na ordem e situação que ocorrem, e, a partir das regrasdeterminadas,fazeranálise dos dados coletados em campo com muitacautelaereexão. A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
Essa é mais um técnica utilizada nas pesquisas que pode trazer resultados importantes no contexto investigado,porémháquese tomar cuidado, porque para as informaçõesobservadasserem verdadeiras, o pesquisador deve ser aceito no grupo que observa. Assim, fortaleceapesquisanacoletade dadosquantoàsrelaçõespresentes naquele contexto social e a situação que ocorrem.
Focus group DE ACORDO COM Martins e Lintz (2000,p.56-57,grifodoautor), esse é um instrumento de coleta: [...] tipo de entrevista em profundidaderealizadaemgrupo. Osparticipantesinuenciam uns aos outros pelas respostas à da, à xprênca e aos eentos colocados pelo moderador (pesquisador), e dessa maneira são registradas as opiniões-sínteses das discussões estimuladas/orientadas pelo mediador.
série de reuniões, a homogeneidade demográcadogrupoeageração dedadoseinformaçõesnecessárias aosobjetivosdainvestigação.Ainda segundo Martins e Lintz (2000, p. 57-58), alguns procedimentos sãonecessáriosàaplicaçãodessa técnica: a) édesejávelconstituir3a4 grupos, com 6 a 12 pessoas; b) os participantes devem ser escolhidos de acordo com o propósito da pesquisa;
c) érecomendávelqueos Para May (2004, p. 151), as participantes tenham nível entrevistas de grupo são uma socioculturalsemelhanteesejam valiosaferramentadeinvestigação, estranhos aos demais membros pois o pesquisador tem a do grupo; oportunidade de observar o que estásendoquestionadoematitudes d) omoderadortemafunçãode fazeradiscussão,progredircom e opiniões entre os entrevistados, observaçõesecomentários,bem pois nessa técnica os participantes como controlar a dinâmica da sãoencorajadosmaisexplicitamente discussão e os tópicos tratados; afalarunscomououtros,enquanto o entrevistador vai conduzindo o e) para a condução das sessões, processo. deve ser elaborado um roteiro de entrevista; As características do Focus Group dizem respeito ao envolvimento dos participantes, envolvem uma
INSTRUMENTOS DE PESQUISA
47
f) osregistrosdetodasasfalassão preferencialmenteemumamesa gravadosoulmadose,também, formatoU;osnomesdetodos anotados pelo moderador, devem estar visíveis. exigindo deste habilidade para Para o bom resultado na aplicação coordenar o processo; desse instrumento, deve ser um g) geralmentesãofeitas, processo com regras e orientações aproximadamente, 12 questões, claras, onde o pesquisador tenha controle na condução da discutidas em duas horas; entrevista, conduzindo para o h) asreuniõesdevemserfeitas alcancedoobjetivotraçadoparaa emlocaisconfortáveis, investigação.
Formulrio CORRESPONDE à COLEÇÃO de questões que são anotadas pelo próprio investigador. Entre as vantagensqueoformulário apresenta, pode-se destacar a assistência diretamente ao investigador e a garantia da uniformidadenasinterpretações
dos dados e dos critérios adotados (LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 272). Oformuláriopoderáseraplicado, inclusive,paraanalfabetos,poisa presença do pesquisador permite explicarosobjetivosdapesquisa, orientar o preenchimento e elucidar ossignicadosdasperguntasque nãoestejamclaras.
Anlise de conteúdo CONSISTE NUMA TÉCNICA aplicada para estudar e analisar a comunicaçãodemaneiraobjetiva esistemática,apartirdediscursos escritos e orais de seus autores. Para Weber (1985, p. 9 apud LANKSHEAR; KNOBEL, 2008, p. 274) "Aanálisedeconteúdoéummétodo
depesquisaqueusaumconjunto de procedimentos para extrair inferênciasválidasdotexto." Para melhor entender, Lankshear e Knobel (2008, p. 274) apresentam um exemplo:
Umpesquisadorpodeaplicarumaanálisedeconteúdoparaumconjunto cuidadosamente selecionado de revistas em quadrinhos de uma série de países para analisar a quantidade e o grau de violência que eles contêm. O pesquisador pode encontrar em um país X duas vezes mais violência que as demais revistas produzidas por outros países do estudo. Ele podeinferirqueosprodutoresdasrevistasdopaísXacreditamque osleitorespreferemlermaisrevistasemquadrinhosviolentasdoque asdemais.Parafazeressainferênciaedescobrireentendervisões sociais, o pesquisador estudou a violência apresentada nas revistas em quadrinhos.
A S I U Q S E P E D S O T N E M U R T S N I
48
A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
METODOLOGIA DA PESQUISA
Nessecasofoifeitaumaanálisede conteúdo qualitativa, preocupandose com a mensagem que o texto transmitiupelovocabulário apresentado.
a) documentos de políticas;
Gil (1999, p. 165) coloca que para análisedeconteúdodeveatendera trêsfases,conformeaseguir:
d) livrosdidáticoseoutrosrecursos didáticosbaseadosemtextos;
a) pré-análise-éafasede organização, o primeiro contato com os documentos, onde escolhe-se os documentos deacordocomoobjetivoda pesquisa; b) exploração do material - é afasemaislongaetem comoobjetivoadministrar sistematicamente as decisões tomadasnapré-análise; c) tratamento dos dados - é a inferênciaeainterpretaçãodos dados,queobjetivamtornaros dadosválidosesignicativos. Para Lankshear e Knobel (2008, p. 275),aanálisedoconteúdopode serfeitaem:
b) respostas escritas sobre investigações qualitativas; c) reportagensdejornal;
e) textos institucionais (por exemplo, guias e manuais); f) peças tradicionais de belas artes,atravésdeformasdearte populares; g) letras de canções populares ou poemas; h) lmes,programasepropagandas de televisão; i) diferençasnasformasnarrativas; j) websites da internet, etc. Aanálisedeconteúdobusca a descrição/interpretação do conteúdo de mensagens que o documento quer transmitir, porém a preparação do pesquisador é fundamentalparaqueoresultado sejaconsideradoválido.
Documentos indiretos LAKATOS E MARCONI (2003, p. 176-179)sugeremalgumasfontes de coletas de dados que você pode buscarinformaçõesparaarealização de sua pesquisa:
divórcios, mortes; escrituras decompraevenda,falências econcordadas,inventários, etc.),iconograa(documento de imagem sobre o passado que relata aspecto humano de vida, compreendendo gravuras, desenhos, pinturas);
a) arquivos públicos - podem ser municipais, estaduais ou nacionais. Compõem-se de b) arquivos particulares: domicílios documentosociais(ofícios, particulares (correspondências, relatórios,alvarás,anuários, diários,autobiograas,etc.) etc.), publicações parlamentares instituições de ordem privada (atas,projetosdelei,impressos, etc.),documentosjurídicos como bancos, empresas, oriundos de cartórios (registros sindicatos,igrejas,associaçõese de nascimentos, casamentos, outros(ofícios,atas,memoriais,
INSTRUMENTOS DE PESQUISA
etc.), instituições públicas como delegacias, postos de saúde, cartórios eleitorais e outros (criminalidade, detenções, acidentes, registro eleitoral, comparecimentoàvotação, doenças, hospitalização, etc.); c) fontesestatísticas:vemde váriosórgãosparticulares eociais,entreeles:IBGE (InstitutoBrasileirodeGeograa e Estatística), Sebrae (Serviço deApoioàsMicroePequenas Empresas), Departamentos Municipais e Estaduais de Estatística e outros. Os dados coletados são os mais diversos, citam-se a seguir alguns mais utilizados na pesquisa: • características de população: idade, sexo, raça,escolaridade,prossão, religião, estado civil, renda, etc.; • fatoresqueinuenciam no tamanho da população: fertilidade,nascimentos, mortes, doenças, emigração, imigração, etc.; • distribuição de população: habitat rural e urbano, migração, densidade demográca,etc.; • fatoreseconômicos:mãode obra economicamente ativa, desemprego, distribuição dos trabalhadores pelos setoresprimários, secundárioseterciários da economia, número de empresas, renda per capita etc.; • moradias: número e estado de moradias, número de cômodos,infraestrutura
49
(água,luz,esgoto), equipamentos etc.; • meios de comunicação: rádio,televisão,telefone, carros, acesso a internet etc.; d) outrasfontespodemserobjeto deconsulta:fotograas,objetos, vestuário,folclore. A documentação indireta pode contribuir no levantamento de dadosparaapesquisa,ajudando inclusivenaformulaçãodo problema, porém o pesquisador deverátomarcuidadocoma dedignidadedasinformações; portanto, deve encontrar meios para e técnicas testar e validar o documento.
A S I U Q S E P E D S O T N E M U R T S N I
50
METODOLOGIA DA PESQUISA
Autoaaliação 3 Na quõ abaxo, marqu a arnava corra: 1 A cnca d nrrogação qu con m um conjuno d quõ qu ão rpondda por cro po pquado chamada d: a) entrevista. b) projeto. c) questionário. d) formulário. e) pré-teste dos instrumentos. A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
2 A cnca d nrrogação ou coa d dado qu nvovm dua poa numa uação "ac a ac" m qu uma da ormua quõ a oura rpond, chamada d: a) entrevista. b) projeto. c) questionário. d) formulário. e) pré-teste dos instrumentos.
3 idnqu a habdad rqurda para qu uma poa poa conduzr uma nrva adquadamn.
O camnho para a pqua á ndo raçado pao a pao, para qu ao na você poa panjar um projo d pqua bm undamnado m oda a ua apa. e o ma qu rá raado na Undad 4.
INSTRUMENTOS DE PESQUISA
51
A S I U Q S E P E D S O T N E M U R T S N I
52
UNiDADe 4 ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
OBJETIvOS DE APRENDIZAGEM Apósaleituradestaunidade,vocêserácapazde:
COMPREENDER aimportânciadeumprojetodepesquisa;
IDENTIFICAR aspartesdeumprojetodepesquisa.
ROTEIRO DE ESTUDO Comoobjetivodealcançaroqueestápropostoaestaunidade,oconteúdoestádivididonas seguintes seções:
SEÇÃO 1
SEÇÃO 2
Elaboraçãodoprojeto de pesquisa
Elementos que compõemoprojetode pesquisa
ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
53
PARA INÍCIO DE ESTUDO A estrutura de uma pesquisa exige oplanejamentodetalhadode todas as suas etapas por meio de umprojetobemelaboradopara garantir o sucesso da investigação. Ajusticativadaimportância do estudo, delimitação de um problemaeobjetivos,referencial
SEÇÃO 1
paradarsustentaçãoàpesquisa, a metodologia a ser empregada, o cronograma,aprevisãoorçamentária easreferênciasutilizadasnateoria debasesãoetapasfundamentaisno planejamentodeumapesquisa.
ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
A
o pensar em pesquisa, devemos, antes de tudo, planejarasfasesde investigação,deformaqueseja garantida sua v iabilidade.
orçamento que antecipa os gastos necessáriosàconstrução.Vocêdeve fazeraprevisãoeaprovisãodos recursosnecessáriosparaatingir oobjetivopropostoeestabelecer a ordem e a natureza das diversas De acordo com Rauen (2002, p. 47), tarefasaseremexecutadasdentro quando alguém quer construir uma de um cronograma a ser observado. casa,podefazê-lasemplanejar? Muitas pesquisas importantes, tanto Não,primeiroterádefazeruma para a ciência quanto para a pessoa planta, na qual apresenta um plano dopesquisador,tornam-sefadadas decomoseráacasa,umcronograma aofracassopornãohaverum projetoadequadoparasuaexecução. de tempo para construir, um Para o dnvovmno d uma pqua, prmramn prco aborar um projo, ma o qu um projo d pqua?
De acordo com a NBR 15287 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005, p. 2), "Projetodepesquisacompreende umadasfasesdapesquisa.Éa descrição da sua estrutura." Isso quer dizer que é uma sequência de etapas metodológicas que devem
ser adequadas aos procedimentos da metodologiacientíca. Cada uma das etapas deve ser muito bemplanejadaparaalcançaro resultadotraçadonosobjetivosda pesquisa, é o que vamos estudar a seguir.
Definição e delimitação do tema "TEMA É UM ASSUNTO que se desejaestudarepesquisar." (LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 58). A escolha certa do assunto-tema éfundamental.SegundoMartins
(2000, p. 19), selecionar um tema nãoétarefatãofácil.Oassunto de uma pesquisa deve tratar de um tema que necessite de melhores denições,novosrelacionamentos
A S I U Q S E P E D O T E J O R P O D O Ã Ç A R O B A L E
54
METODOLOGIA DA PESQUISA
entrevariáveis,maiorprecisão, enm,umtemaqueexijamaior aprofundamentooudilataçãode suasfronteiras.Entretanto,não équalquerassuntoquejusticaa realização de uma pesquisa. Para algunstemasapenasfazeruma reexãoetrocadeideiascom outraspessoasjáresolve,assim, nãomereceumestudoaprofundado.
A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
Segundo Andrade (2005, p. 2425), na escolha do tema, você deve considerar a atualidade e relevância, porém o campo para pesquisas é vasto e pode causar angústia durante o período que precede a opção por um assunto. Mesmoquandooprofessorsugere atemática,oalunosempreserá responsávelpordelimitá-la, paraquepossaaprofundaros conhecimentos sobre o campo de estudo abordado, pois para chegar aumresultadoaplicávelépreciso escreverdeformadetalhadae consistente sobre aquele assunto determinado.Falardeforma genérica sobre o tema pode não chegar a conclusão nenhuma. Nessaetapa,vocêpoderá questionar... O qu prndo abordar?
Primeiro,éprecisoidenticar umanecessidadequeirágerarum problema a ser solucionado pelo processo da pesquisa. De acordo com Fachin (2003, p. 107), algumas
perguntas poderão auxiliar na escolha do assunto: a) O assunto pode ser tratado em formadepesquisacientíca? b) Oassuntotrarácontribuiçõesà sociedadeatualeàciência? c) Oassuntoirádespertarinteresse naáreacientíca? d) O assunto tem coisas novas para oferecer? e) O assunto é do domínio do pesquisador? Amdeentendermelhor,vamos usar um exemplo do cotidiano. Imagine um bolo simples redondo, cortadoemváriasfatias.Obolo todo representa o tema universal, asfatiassãoasváriasáreasqueo temapoderáinvestigar.Comonãoé possível pesquisar algo muito amplo, para chegar a um resultado, após analisar os aspectos diretamente relacionadosàquestãoaquevaiser respondida na pesquisa, devemos chegaraumaúnicafatiadotema geral que deve ser investigada, ou seja,devemosdelimitaroassunto. De acordo com Tachizama e Mendes (2006, p. 26), depois de escolhido o assunto é preciso demarcar seus limites,ouseja,xarsuaextensão para melhor compreender o tema. Os autores colocam que é preciso primeirodistinguirosujeitoeo objetodeumaquestãodepesquisa. Osujeitoéouniversogeralde referência,enquantooobjetoéo tema propriamente dito.
Notemaaformaçãoderecursoshumanos,tem-secomosujeitoos recursoshumanosecomoobjeto,aformação.
ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
55
Énecessáriotambémxara extensão do sujeito (determinar o númerodeindivíduosoucasososquaisoestudoserefere)edo objeto (selecionarossetores,áreasoutópicosfocalizadosemrelaçãoa outros).Noexemplocitado,osujeitorefere-seaosrecursoshumanos em geral, o estudo de pesquisa exige que se reduza a sua extensão, no caso,pode-sereduzirosujeito“aformaçãoderecursoshumanosna empresaA”,podendoaindalimitaraquestãotempo(noperíodode2005 a2010).Naquestãodoobjeto,pode-sefocalizar“aformaçãohumana,a formaçãoprossional”eans(TACHIZAMA;MENDES,2006,p.26-27). Fica claro que não é possível escrever tudo sobre todos os elementos queenvolvemumatemática,porisso,Severino(2007,p.160)dizqueé preciso escolher uma parcela delimitada de um assunto, estabelecendo limites ou restrições ao desenvolvimento da pesquisa pretendida, o que permitiráanálisesmaisdetalhadas,fugindodasgeneralidades.
Definição do título CONFORME TACHIZAMA E MENDES (2006, p. 28), a delimitação da extensão do tema direciona o título do trabalho de pesquisa. O título indica mais genericamente o
teor da pesquisa, geralmente vem acompanhado com um subtítulo que especícaatemáticaabordada.
A S I U Q S E P E D O T E J O R P O D
Organizaçãoexível:qualidadenagestãoporprocessos.Nessecaso, “organizaçãoexível”refere-seaotítulogeral,poisindicamais genericamenteoteordapesquisa,enquanto“qualidadenagestãopor processos”dizrespeitoaosubtítulo. Marion, Dias e Traldi (2002, p. 24-25) contribuem, colocando que o título deve ser sugestivo, com tamanho adequado, delimitando um tema especíco. Otítulodenitivopodeserconstruídonodecorrerdapesquisa,porisso opesquisadornãodevepreocupar-seemlogonoiníciodaraversãonal do título. Uma vez escolhido o assunto e traçada a extensão da pesquisa, pode-se partirparaoplanejamentodesuasetapaspormeiodaelaboraçãodo projeto.
O Ã Ç A R O B A L E
56
METODOLOGIA DA PESQUISA
SEÇÃO 2
ELEMENTOS QUE COMPÕEM O PROJETO DE PESQUISA
C
problema, método pelo qual se desenvolveráotrabalho,dotipo de pesquisa, da visão de mundo do pesquisadoretantosoutrosfatores.
Você deve saber que a escolha do roteiro de pesquisa depende do
Para começar a entender melhor as etapasdoprojeto,vejaoEsquema 1.
omoelaborarumprojeto de pesquisa? O primeiro passo a ser dado após a escolha do assunto é o início do planejamento.
Justicativa Tema de pesquisa A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
Referencialteórico
Tipo de pesquisa
População/ amostra
Análiseecoleta de dados
Instrumentos de pesquisa
Formulação do problema
Objetivos Questões de pesquisa
Esquema1:Etapasfundamentaisdoprojetodepesquisa Fonte: Moterle (2009).
Mesmoqueexistamdiferenças entreasestruturasdeprojetos, segundo Cruz, Ribeiro e Furbetta (2003), Fachin (2003), Lakatos e Marconi (2003), Vergara (2000), Strieder (2009), devemos seguir uma estruturadeitensfundamentais paraaelaboraçãodeumprojeto.
A seguir apresentam-se os elementos obrigatrios para a elaboração de um projeto,conformeNBR15287 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005) e outros autores relacionados no decorrer do texto.
Capa PROTEÇÃO EXTERNA doprojeto,que identicaotrabalho,oautor,a instituiçãoaqualestávinculado, olocaleadataqueoprojetofoi
feito.Deveconterasseguintes informações: a) nome da instituição; b) nome(s) do(s) autor(es);
ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
c) título (subtítulo, se houver) do trabalho; d) local (cidade) da instituição; e) ano da entrega. Nacapaefolhaderostoapresentase o título, que é item muito importante, pois devemos deixar
57
claro ao leitor o que pretendemos estudar;devemosformularuma ideia clara do que o assunto vai tratar e motivar para a continuação da leitura. Pode comportar um subtítulo: nesse caso, o título serámaisabrangente,candoa caracterização para o subtítulo.
Fola de rosto É A PRIMEIRA FOLHA doprojeto. c) natureza do trabalho, contendo Deve conter além dos elementos nasinformaçõesonomeda que constam na capa, outras instituiçãoàqualésubmetido, informaçõesdetalhadasdapesquisa. áreadeconcentração,curso, Começa a contar a numeração de objetivo; páginas,masnãoénumerada.Deve d) professororientador(sehouver); apresentarasinformaçõesaseguir: e) local (cidade) da instituição; a) nome(s) do(s) autor(es); f) ano da entrega. b) título (subtítulo, se houver) do trabalho;
Sumrio CONFORME TACHIZAMA E MENDES (2006,p.37),osumárioreúnede formaesquemáticainformações sobre a estrutura do trabalho, representadosemfrasescurtas sobre a essência de cada bloco de conteúdo.
E D O T E J O R P O D
Apresentadeformaenumerada os títulos e subtítulos das seções abordadas no estudo, mantendo amesmasequênciaegraaque aparecem no texto, seguidos da páginadelocalizaçãoqueservepara orientar o leitor.
sobr hrarqua d uo, conu vro: lÜCKMANN, luz Caro; ROVeR, Ardn; VARGAs, Mara. Drrz para aboração d rabaho cnco: aprnação, aboração d caçõ rrênca d rabaho cnco. 3. d. rv. aua. Joaçaba: ed. Unoc, 2009. (Modooga do rabaho cnco, v. 1).
Introdução NA INTRODUÇÃO É QUE se aguça a curiosidade do leitor, para vender a ideia (VERGARA, 2000, p. 20). Nesse espaço, contextualiza-se uma
A S I U Q S E P
breve posição sobre o assunto ou um resultado histórico. Ainda nesse tópico, o pesquisador pontua a justicativaourazõesdapesquisa,
O Ã Ç A R O B A L E
58
METODOLOGIA DA PESQUISA
oproblema,osobjetivosgeral eespecícoseasquestõesde pesquisa. Para Medeiros (2007, 243), a introdução relata como a pesquisa foirealizada,discorrendosobre objetoedelimitaçãodoassunto tratado, natureza do problema
investigado, ressaltando ainda a importância e motivo da escolha do tema da pesquisa realizada por meiodajusticativa,oobjetivoe questões da investigação. Pode-sedizerqueintroduçãonafazseumrelatodoquevaiserfeitona pesquisa.
Justificatia
A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
RESPONDE O PORQUÊ da pesquisa pormeiodetrêsideiasbásicas: atualidade do tema, importância e benefício.Quandovocêdesenvolver ajusticativa,algumasquestões reexivaspoderãoauxiliá-lo:O tema é relevante? Por quê? Quais os pontos positivos que você percebe na abordagem proposta? Quevantagensebenefíciosvocê pressupõequesuapesquisairá proporcionar? Trata-se de uma exposição sucinta, porém completa das razões de ordem teórica e dos motivos deordempráticaquetornem importantearealizaçãodoprojeto, enfatizandoacontextualizaçãodo proposto, a importância do ponto devistaepossíveissoluçõesà problemáticapesquisada(FACHIN, 2003, p. 113; LAKATOS; MARCONI, 2003,p.219).Ajusticativadeve carregar boa dose de criatividade e capacidade de convencimento. Para Marion, Dias e Traldi (2002, p. 27)najusticativa: [...]oautordoprojetodiscorre brevemente a importância da pesquisa que se propõe, relacionando-a com sua experiênciaprossional, vivência ou ainda com interesses particularesquemotivaramà proposiçãodoprojeto.Énesse
momento que a relevância do tema para o desenvolvimento da ciência pode ser destacada, deacordocomaespecicidade doprojeto[...]pontuandoa contribuição que os resultados da pesquisa trarão para seu campo deatuaçãoeparaaáreade conhecimento.
Najusticativanãoseapresentam citações de outros autores, apenas se ressalta a importância da pesquisa no campo da teoria (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 219). Porém,emalgunscasosvocêpoderá citardeformaindiretaalgum referencialquesejaessencialpara justicarapesquisa. Em geral, segundo Richardson (1999, p.55)fazempartedajusticativa: a) informarcomoocorreua escolhadofenômenoobjetoda pesquisa; b) dizer como surgiu o problema para o qual se busca solução; c) descrever a relação do problema estudado com o contexto; d) relacionar os motivos que justicamapesquisa; e) relatar as contribuições que o resultado da pesquisa pode trazer para o conhecimento humano;
ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
f) escrever a viabilidade da execução da pesquisa; g) demonstrar a originalidade do tema; h) descrever a delimitação da pesquisa, sobre a escolha dos locais que serão pesquisados (local, regional, estadual, internacional). Medeiros(2007,p.247)enfatiza aindaqueaoiniciarajusticativa
59
você pode colocar sobre a sua experiênciarelativaaoobjetoda investigação, estabelecendo em seguida,oproblemaenalizar indicando as contribuições da pesquisa. Ajusticativanaverdadeéo marketingdoprojetoelevao leitor a continuar ou não a leitura doprojeto,porissodeveelucidar claramente os motivos que tornaram relevantes a investigação.
Probma da pqua PERGUNTA-SE: "O QUÊ?" Trabalha com a descrição e delimitação da pesquisa, seleciona e delimita um tópico do assunto para ser focalizado,bemcomoxaas circunstâncias, principalmente de tempo e de espaço, de acordo com Fachin (2003, p. 115), pela indicação do quadro históricogeográconoqualselocalizao assunto. Também descreve o problema a ser pesquisado, revela algo que ainda nãoestáreveladoedeneolimite da dúvida. O problema delimitado deve terminar com uma pergunta possível de resposta (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 159-160). Para aformulaçãodoproblema,Strieder (2009,p.37)recomendaqueseja feitodeformainterrogativa, permitindo melhor visualização da sua delimitação. Aformulaçãodoproblemadeforma inadequadapodeprejudicartodo o trabalho de pesquisa. Assim, o Tema: Acidentes de trabalho Problemas que podem ser levantados:
problemadeveserdenidodetal formaqueasoluçãosejapossível, apresentandoaperguntadeforma clara e concisa. Palavras a mais ou amenospodemconfundiroleitor (VERGARA, 2000, p. 21-23). Apósconcluiraformulação,é pertinente que você se pergunte:
A S I U Q S E P E D O T E J O R P O D
Teno como encontrar a oução?
Nesseponto,vocêperceberá a relação entre o problema a investigar e a metodologia de investigação. Ainda, segundo Vergara (2000, p. 23-24),valelembrarqueháuma diferençaentreproblemaetema. Do tema procede ao problema a ser investigado, do tema podem ser formuladosváriosproblemas;então, otematemumcarátermaisgerale abrangente do que o problema.
O Ã Ç A R O B A L E
60
METODOLOGIA DA PESQUISA
a) Como reduzir o índice de acidentes de trabalho na construção civil na região de Joaçaba? b) EmqueramodaindústriadaregiãodaAMMOCháaocorrênciado maior índice de acidentes de trabalho? A que se pode atribuir esse índice? c) Qualainuênciadosprogramasdequalidadetotalnareduçãode acidentes de trabalho na indústria moveleira da região de Joaçaba? Comopode-severicar,deumtema épossívelformularváriosproblemas de pesquisa.
Objetios A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
SE O PROBLEMA é uma questão a investigar,oobjetivoéoresultado aalcançar,conformeVergara(2000, p.25),poisoobjetivogeraldá resposta ao problema. No enunciado dosobjetivossãoutilizadosverbos noinnitivoquesugiramuma açãoespecíca,parachegarà possível solução do problema. Tenta responder para quê e para qum. Uma vez caracterizado o problema de pesquisa, cabe deixar claro nosobjetivosoquerealmentese pretende com a pesquisa, pois conformeMarion,DiaseTraldi (2002, p. 36), "É a partir da clareza dosobjetivosqueseconsegue estabelecerametodologiaeplanejar os demais passos para a execução do projeto." Strieder (2009, p. 39) complementa, colocandoqueosobjetivos devemserformuladosnaforma verbalinnitivaeretratamo problema e questões de pesquisa. O autor sugere alguns verbos maisutilizadosnaformulaçãodos objetivos:identicar,conhecer, entender, compreender, pesquisar, correlacionar e outros.
De acordo com Lakatos e Marconi (2003,p.219),osobjetivospodem ser gerais e pcco. Oobjetivogeralestáligadoauma visão global e abrangente do tema. Osobjetivosespecícostêmfunção intermediáriaeinstrumental, permitindo, de um lado, atingir o objetivogeral,edeoutro,aplicá-lo a situações particulares. Osobjetivosgeraleespecícos precisam manter uma coerência entre si. Segundo Marion, Dias e Traldi(2002,p.36),"Umobjetivo especíco,aoseratingido,deve colaborar com a concretização do objetivoprimeiro,maior,queéo objetivogeralaseratingidocom o desenvolvimento das atividades previstasnoprojeto." Paracarmaisclaraaquestão darelaçãoentreobjetivosgeral eespecícosdeumprojetode pesquisa, nos apropriamos do exemplo dos autores Marion, Dias e Traldi (2002, p. 37):
ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
61
Objetivogeral: Analisar a cultura organizacional de uma empresa, em determinado período de tempo. Objetivosespecícos: a) identicaraspectosdesociabilidadeentrenovoseantigos funcionáriosquecaracterizamoprocessodesocializaçãonaempresa; b) selecionarfatoresquefavorecemamotivaçãoparaotrabalhoeo alcance das metas estabelecidas para a empresa ou setor; c) selecionarfatoresquedicultamouatrasamoalcancedemetas estabelecidas para a empresa ou setor;
Quantoaosobjetivosespecícos, Richardson (1999, p. 63) colabora enfatizandoqueoidealéconstruir primeiroumobjetivoexploratório (conhecer,identicar,levantar, descobrir);segundo,umobjetivo descritivo (caracterizar, descrever, traçar) e terceiro, explicativo (analisar,avaliar,vericar,explicar). Para Medeiros (2007, p. 245), alguns requisitos devem ser levados emconsideraçãonaformulação
dosobjetivos:originalidade, exequibilidade, oportunidade, relevânciaeinteresse.Osobjetivos que apresentam metas, em geral são consideradoscomobemformulados. Adeniçãodosobjetivosdeve serbemplanejada,poisindica o que pretende alcançar com a investigação e procura dar respostas àsquestões,porissoestão inteiramente ligados.
QUESTÕES DE PESQUISA As questões de pesquisa abrem o grande problema em questões especícas(STRIEDER,2009,p.40), mas lembre-se de que estas devem estar diretamente ligadas com os
objetivosespecícos.Naverdade, todasasetapasdoprojetovêm ligadasumanaoutra,paraaonal alcançar o resultado esperado.
Fundamentação terica ou leantamento bibliogrfico ETAPA FUNDAMENTAL da pesquisa, pois proporciona uma revisão sobrealiteraturareferenteao assunto. Nessa seção é que se apresentamestudosjárealizados por outros autores sobre o tema que,conformeVergara(2000,p.34), concernemàsteoriasetrabalhos realizadosqueservemdereferência,
levandooautordoprojetoao conhecimento sobre o assunto, podendo contextualizar com mais consistência a investigação. Nessafase,vocêdeveráresponderàs seguintes questões:
A S I U Q S E P E D O T E J O R P O D O Ã Ç A R O B A L E
62
METODOLOGIA DA PESQUISA
Qum já crvu o qu já o pubcado obr o auno? Qu apco já oram abordado? Qua a acuna xn na raura?
porissonoreferencialéimportante apresentarváriasposiçõesteóricas sobre o assunto e, a partir de uma análise,dialogar(porescrito)com os autores apresentados em texto quedarãosustentaçãocientícaà sua pesquisa. Lankshear e Knobel (2008, p. 79) concordam que é Afundamentaçãocientícaou preciso buscar um conhecimento revisãodeliteraturaemumprojeto préviopormeiodasreferênciaspara nãonecessitaserlongaouprofunda, levantar o problema e questões de porém deve constar de citações dos pesquisa, produzindo um estudo principaisautoresdaáreadeestudo, coerenteesignicativoparaa aplicando-se, para a elaboração das realizaçãodoprojeto. citações, as normas da ABNT. Fica evidente que a consulta Vergara (2000, p. 34-35) observa aomaterialquesereferea queoreferencialteóricotambém fundamentaçãoteóricadeveser serve de base para dar maior clareza feitaantesmesmodoplanejamento naformulaçãodoproblemade dasetapasdoprojeto,poisesse pesquisaepermiteidenticarqual referencialservirádebasepara o procedimento mais adequado para escreveroprojeto. coleta e interpretação dos dados, Obtemos, ainda, subsídios para elaborar um histórico da questão, bem como uma avaliação dos trabalhos publicados sobre o tema.Éaconsultaquefazemosem documentos, textos (livros, revistas, apostilas, internet, etc.).
A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
Metodologia DESCREVE A FORMAcomoserá executada a pesquisa, os passos que serão dados para atingir o objetivoproposto.Aespecicação
dametodologiadoprojetoéaque abrange maior número de itens, pois responde,àsquestões:
Como? Com quê? Ond azr? Quano? Quando?
Os itens: po d pqua, popuação amora, nrumno d pqua, coa do dado e anlise e interpretação dos dados ,
estão contidos na metodologia e devem estar interligados, os quais são descritos na sequência.
ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
63
TIPOS DE PESQUISA Existemváriasformasdefazermos pesquisa.Quandovoltadasàs questõesdidáticas,podemos dividi-las nos seguintes tipos: exploratória, descritiva, explicativa, estudo de caso, pesquisa
bibliográca,pesquisadecampo entre outras. Vergara (2000, p. 48) apresenta um exemplo para maior entendimento quando da escolha do tipo de pesquisa.
Problema:Tendoemvistaaanálisedegeraçãodeempregodiretoe indireto, quais as metodologias de balanço social atualmente utilizadas? Tipo de pesquisa: a) trata-se de uma pesquisa descritiva, pois pretende expor características das metodologias de balanço social atualmente utilizadas; b)trata-sedepesquisa,aomesmotempo,bibliográcaedocumental. Bibliográca,poisvairecorreradocumentosdisponíveisaopúblico, comolivros,artigosebalançossociaisjápublicados.Documental, porqueseráfeitoousodedocumentosdetrabalhoerelatóriosnão disponíveis ao público. Adeniçãodotipodepesquisa depende da investigação que vai serfeita.Paradeterminá-laemseu
projeto,veriqueaUnidade2– Tipos de pesquisa.
POPULAÇÃO E AMOSTRA Respondeàsquestões: Ond azr? Como azr? Para Martins (2000, p. 34-35), a população de uma pesquisa é o total do universo objetodapesquisa.Comonão é possível investigar todos os elementosdouniverso,éfeita a seleção de um percentual, ou seja,umaamostragemdeacordo
com critérios que garantam a sua representatividade assegurando o resultado da pesquisa. O autorenfatizaquejuntocoma amostragemédenidaaregião físicaougeográcaquerepresenta. Noexemploaseguircaclaraa situação de delimitação de amostra de uma pesquisa.
Martins(2000,p.34-35)destacaumexemplosobreadeniçãoda amostra: Oselementospesquisadossãoosgerentesnanceirosdasmédias empresas localizadas na grande São Paulo. Nesse exemplo, necessita-se declararocritérioparaqualicarumaempresacomodemédioporte. Senecessário,descreveracomposiçãodagrandeSãoPaulo,bemcomo
A S I U Q S E P E D O T E J O R P O D O Ã Ç A R O B A L E
64
METODOLOGIA DA PESQUISA
denirosetorindustrial,comercialoudeserviçosaserpesquisado,e conformeasituação,deniroqueseentendeporgerentenanceiro. Segundo Vergara (2000, p. 49), Martins (2000, p. 39-40) e Beuren (2003, p. 120-127), os tipos de amostragem podem ser:
A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
a) de forma intencional - o investigador dirige questões a um grupo intencionalmente para alcançar o resultado sobre determinado assunto. Por exemplo, numa pesquisa sobre apreferênciapordeterminado cosmético, o pesquisador pode dirigir-se a um grande salão de belezaqueidenticou,aplicar o produto em suas clientes e entrevistar essas pessoas; b) de forma aleatria simples nessa técnica a probabilidade de um elemento ser escolhido é a mesma.Parafazeressaseleção, deve-se atribuir um número a cada elemento do universo, para depois selecionar alguns desses elementosdeformaoucasual; c) amostragem sistemtica - esse tipo de amostragem requerqueapopulaçãoesteja numerada sequencialmente em uma lista. Pode ser usada lista de residências de uma rua, os cartões-pontodosfuncionários da empresa, etc. Como critério de seleção das amostras, partese um pouco do aleatório e, com base nesse, selecionam-se os itens em intervalos obtidos pela proporção entre o total da população e o número deamostrasdesejadas.Por exemplo:Senecessitarfazer uma checagem de 50 cartõesponto num universo de 900
empregados, pode usar a fórmula,dividindoototalde empregados pelo número de amostradesejada;nessecaso, o intervalo é 18. Antes do sorteio, escolher um número aleatório entre 1 e 18 para ser a primeira amostra a ser investigada. Poderia ser no sorteio o 7, depois, a partir do 7 a cada 18 números, o segundo membro seria o 25 e assim sucessivamente; d) amoragm racada - a população divide-se em subgrupos, denominados extratos, sendo que a amostra deve ser representada na mesma proporção que existe na população de cada extrato. Paraentendermelhor,vejao exemplo: suponhamos que, na população global de alunos graduados nos últimos cinco anos da Área de Ciências SociaisAplicadasqueformam prossionaisparaatuarnaárea de gestão, 65% são do curso de Administração e 45% são alunos doCursodeCiênciasContábeis. Nesse caso, a amostra para uma pesquisaquetemobjetivode levantar se esses egressos estão atuandonaáreadeveobedecer a essa mesma proporcionalidade noqueserefereacadaumdos cursos; e) amostragem por conglomerados -otermoconglomeradorefereseàformaçãodegruposde uma população. Utiliza-se quandonãohápossibilidadede estabelecer uma lista completa
ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
dos elementos da populaçãoalvo para utilizar a técnica de amostragem aleatória simples ousistemática.Porexemplo, para obter gastos operacionais paraatendimentodiárioem entidade prestadora de serviços no setor de saúde, deve-se investigarumainnidadede contas. Os conglomerados seriam as unidades de agrupamentos dos gastos, como: departamento de nutrição e dietética,enfermagem,farmácia, administração, entre outras, e
ainda, os procedimentos médicos nasdiversasáreasdeatuação dos médicos. Com uma relação de pacientes por procedimentos, pode-se colher aleatoriamente os elementos que irão compor as amostrasefazerolevantamento de todos os gastos operacionais diários. Vergara (2000, p. 50) cita um exemplodeseleçãodossujeitosda pesquisa.Sujeitosdapesquisasão aspessoasquefornecerãoosdados de que você necessita.
Vergara(2000,p.50)citaumexemplodeseleçãodossujeitosda pesquisa.Sujeitosdapesquisasãoaspessoasquefornecerãoosdados de que você necessita. Título: Cultura da qualidade e qualidade de vida: as percepções dos trabalhadores inseridos nos programas de qualidade. Seleção: Ossujeitosdapesquisaserãotrabalhadoresparticipantesdeprogramas de qualidade, bem como assistentes sociais que trabalham em empresas quepossuemprogramasdequalidadehámaisdedoisanos.Esse tempo é relevante, porque, de acordo com Falconi (1992), a cultura da qualidade, que insere novas técnicas de padronização e rot ina de trabalhonoprazomáximodedoisatrêsanos,podeofereceràempresa excelentesresultados.Comoasmudançasvãoocorrendoàmedidaque novosvaloressãodisseminados,énecessáriocertotempoparatal disseminaçãoeabsorção.Porisso,ossujeitosdapesquisadeverãoestar vinculadosaumamesmaempresa,nomínimoháumano
Parahaverconabilidadena pesquisa, a amostra deve ser compostadeumnúmerosuciente de elementos. Quando uma amostra não é representativa, nenhuma conclusão a rigor pode ser estendida àpopulaçãoemsuatotalidade,por isso deve-se ter duas preocupações a fazeraseleção:Quantosindivíduos deve ter a amostra para que represente,defato,atotalidade
65
de elementos da população? Como selecionar os indivíduos, de maneira que todos os casos da população tenham possibilidades iguais de serem representadas na amostra? (RAUEN, 2002, p. 120). Para a seleção,podeserusadaafórmulade Richardson (ANEXO A).
A S I U Q S E P E D O T E J O R P O D O Ã Ç A R O B A L E
66
METODOLOGIA DA PESQUISA
INSTRUMENTO DE PESQUISA Respondeàpergunta:Com quê? Indicaoinstrumentoqueserá utilizado,bemcomoaformacomo seráaplicadonacoletadedados. Osinstrumentostêmafunção defornecerumamensuraçãoda realidade pesquisada. ConformeMartins(2000,p.42), cada pesquisa tem sua metodologia eexigetécnicasespecícas para a obtenção dos dados. Um estudo exploratório ou descritivo poderáserdesenvolvidoapenas comaaplicaçãodequestionários
A S I U Q S E P
ou entrevista; outras pesquisas exigirão observação direta, formulários,fotos,documentos, jornais,observações,telefonemas, internet, TV interativa, videoconferência,entreoutros. Qualquerquesejaoinstrumento,o pesquisadordeverá,primeiramente, levantarqualosujeitoqueirá responderasperguntas,vericarse eleascompreenderáequestionarse sobre a possibilidade de receber repostas precisas, validando os resultados.
Para conhcr mhor cada um do nrumno qu você podrá conar para a coa d dado m uma pqua, rvja o conúdo dispostos na Unidade 3.
A D A I G O L O D O T E M
COLETA DOS DADOS Na coleta de dados você deve informarcomopretendeobteros dados de que precisa para responder ao problema da pesquisa (VERGARA, 2000, p. 53). Para obtenção de dados pode-se utilizar da pesquisadocumental,bibliográca e contatos diretos (LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 158). Os dados poderãosercoletadosdefontes primáriasesecundárias.Os dados primriosreferem-seàquelas informaçõesobtidasdiretamente no campo, coletados por meio de instrumentos (observação, questionários,entrevistas, formulários,testes)aplicadosà amostra. Independentemente da técnica escolhida para a coleta de dados, você deve descrever tanto acaracterísticaquantoaformade sua aplicação, indicando, inclusive, comopensaemcodicaretabular os dados obtidos.
ConformeMartins(2000,p.31), dependendo da técnica utilizada, vocêdeneaformadecoleta. Por exemplo: para aplicação dequestionários,podefazê-lo diretamente com o pesquisado, utilizarmaladiretaviacorreio,fazer viafaxoupore-mail.Vocêpode fazeraentrevistapessoalmenteou viatelefone,oimportanteédenir aformadecoletadeacordocom aamostraselecionadaefacilitar aomáximoaentrevistaparaque o entrevistado repasse os dados necessáriosparaalcançarêxito nosobjetivostraçadosparaa investigação. Os dados secundrios, por sua vez, referem-seàanálisedosdocumentos jáexistentesnaorganização (regulamentos, normas, manuais e outros).Osdadossecundários,na maior parte dos casos, não oneram
ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
o orçamento da pesquisa, estão disponíveis a custos baixos ou nulos e imediatamente disponíveis. Independente do tipo de instrumentoouformadecoletade
67
dados,antesdeopesquisadorfazêladeveráserbemplanejada,pois o sucesso da pesquisa depende da coletadedadosprecisos,dedignos e registrados corretamente.
ANáLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS O tratamento dos dados também precisaserplanejado,poisdependo dotipodapesquisahaveráuma formadeapresentarosresultados. Asinformaçõesdeverãoser analisadasvisandoàsoluçãodo problema de pesquisa proposto e oalcancedosobjetivos,assim, para Martins (2000, p. 47), nessa fase,opesquisadorclassicaos dados colocando em uma ordem que facilitemaanáliseeinterpretação conformeosobjetivosdapesquisa, podendo construir tabelas e grácosparamelhorapresentaras informações. Tratamentodosdadosrefere-se àquelaseçãonaqualseexplica para o leitor como se pretende tratar os dados a coletar, justicandoqualotratamento adequado aos propostos do projeto[...]Osdadospodemser tratadosdeformaquantitativa, utilizando-se de procedimentos estatísticos [...] também podem sertratadosdeformaqualitativa. (VERGARA, 2000, p. 56-57).
Porexemplo,paraanálisede questionáriocomsucesso,hoje praticamentetodasasanálises são conduzidas por programas estatísticos, porém o pesquisador deveterfamiliaridadecomessetipo deanálise. De acordo com Andrade (2005, p. 154), os dados por si não tem importância;arelevânciaestá
nofatodequepormeiodos mesmos,chegam-seàsconclusões, procedendo-se avaliações e generalizações,inferênciasde relações causais e que levamà interpretação. Antes de prosseguir, vamos apresentar o Quadro 2 que relata o método e as técnicas de coleta e análiseconformeotipodepesquisa, quantitativa ou qualitativa.
A S I U Q S E P E D O T E J O R P O D O Ã Ç A R O B A L E
68
A v I T A T I T N A U Q A S I U Q S E P
A v I T A T I L A U Q A S I U Q S E P A S I U Q S E P
METODOLOGIA DA PESQUISA
Propósitodoprojeto Pqua apcada (gerar soluções potenciais aos problemas humanos)
Método (delineamento)
Experimento de campo
Pesquisa descritiva Aaliação de resultados (julgar aefetividadedeumplanoou Pesquisa exploratória programa)
Aaliação formatia (melhorar um programa ou plano, acompanhar sua implementação) Pqua-dagnóco (explorar Estudo de caso oambiente,levantaredenir Pesquisa-ação problemas)
Técnicas de coleta Entrevista Questionário Observação Testes
Métodos estatísticos (frequência,correlação, associação)
Índices e relatórios escritos Entrevistasemprofundidade Usodediários
Proposição de planos (apresen- Pesquisa participante tarsoluçõesparaproblemasjá diagnosticados)
Técnicasdeanálise
Análisedeconteúdo
Observação participante Construção de teoria Entrevista em grupo Análisedediscurso Documentos Histórias de vida
Quadro2:Métodoetécnicasdecoletaeanálisedoprojeto Fonte: Roesch (1999, p. 61).
Os dados poderão ser tratados de formaquantitativaequalitativano mesmo estudo.
A D A I G O L O D O T E M
Cronograma A ELABORAÇÃO DO cronograma responde a pergunta: “Quando?” Oprojeto,desdeaelaboração, passa por etapas e estas devem ser previstas em cronograma, no qual indicamos as atividades e o tempo necessárioàsuaexecução.As etapas das atividades dependem de váriosfatores,comodisponibilidade dopesquisador,dosobjetivos
a serem atingidos e do tipo de pesquisa. De acordo com Martins (2000, p. 45), muitas pesquisas não se completamjustamenteporqueo tempodasetapasnãofoicalculado adequadamente ou o pesquisador não seguiu o cronograma, por isso o aspecto operacional da pesquisa precisa ser detalhado.
SUGESTÃO DE CRONOGRAMA ATIVIDADES fev. 1Elaboraçãodoprojeto 2Revisãobibliográca 3 Elaboração de instrumentos 4 Teste dos instrumentos 5 Coleta dos dados 6Tabulaçãoeanálisedosdados 7 Elaboração do relatório 8Apresentaçãoemseminário
mar.
Anodarealizaçãodoprojeto Mesesparaexecuçãodoprojeto abr. maio jun. jul. ago.
set.
out.
nov.
ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
69
É importante que o pesquisador tenha bom-senso para calcular o tempo adequado para cada etapa.
Orçamento PREVISÃO DE DESPESAS para a realização da pesquisa. Responde aquestão:“Quano?” Por isso, segundo Martins (2000, p. 46), é
preciso que se registrem os gastos porváriositens:materialde consumo, despesas com pessoal e outros encargos.
Material de consumo
R$
Seriços de terceiros
R$
Outros seriços
R$
A S I U Q S E P E D O T E J O R P
PLANO DE APLICAÇÃO DOS RECURSOS
O D
DOTAÇÃO
R$
Material de consumo Seriços de terceiros Outros seriços Total geral
R$
Obrvação: orçamento previsto em Reais, na data de cotação.
O conhecimento prévio dos custos previne o pesquisador no momento
deaplicaçãodoprojeto.
Referências CONSTITUEM AS FONTES utilizadas e que serviram de embasamento teórico. Vale lembrar que você deve relacionar as obras que foramutilizadasecitadasna pesquisabibliográcaourevisãode literatura.
Devem seguir as normas da NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMASTÉCNICAS,2002),conforme capítulo 5 do livro Diretrizes para elaboraçãodetrabalhoscientícos.
O Ã Ç A R O B A L E
70
METODOLOGIA DA PESQUISA
Conorm raa srdr (2009, p. 52), o projo qu nvovm r umanos e animais deem ser encaminados ao Comitê de ética em Pqua, andndo a Roução n. 196, da Comão Nacona d éca m Pqua(CONeP), para aná aprovação. Ma normaçõ conu: UNiVeRsiDADe DO Oeste De SANTA CATARINA. Comê d éca m Pqua (CeP). 2010. Dponv m: . Aco m: 10 ago. 2010.
Estruturaçãodeumprojetodepesquisa SUMáRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................3 1.1 JUSTIFICATIVA..............................................3 1.2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA ...........................4 1.3 OBJETIVOS ..................................................4 1.3.1 Objetio geral ..........................................4 1.3.2 Objvo pcco ................................5 2 FUNDAMENTAÇÃO TEóRICA ..............................6 2.1 SUBTÍTULO 1................................................6 2.1.1 Subtítulo .................................................7 2.2 SUBTÍTULO 2................................................7 3 PROCEDIMENTOS METODOLóGICOS ....................9 3.1 TIPO DE PESQUISA ........................................9 3.2 POPULAÇÃO/AMOSTRA ...................................9 3.3 INSTRUMENTOS........................................... 10 3.4 COLETA DE DADOS .......................................10 3.5 ANÁLISE DOS DADOS ...................................10 4 CRONOGRAMA ..............................................11 5 ORÇAMENTO.................................................12 REFERÊNCIAS..................................................13
FOLHA A S I U Q S E P
DE
CAPA
ROSTO
A D A I G O L O D O T E M
4
3 1.2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA
1 INTRODUÇÃO
5 1.3.2 Objvo pcco
1.3 OBJETIVOS JUSTIFICATIVA
1.3.3 Questões de pesquisa
1.3.1 Objetio geral
6
7
8
1 FUNDAMENTAÇÃO TEóRICA
2.2 SUBTÍTULO 2
2.1 SUBTÍTULO 1 2.1.1 Subtítulo
ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
10
9 3.3 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA
3 PROCEDIMENTOS METODOLóGICOS
3.1 TIPO DE PESQUISA
71
11 4 CRONOGRAMA
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetio geral 3.2 POPULAÇÃO/AMOSTRA
12 5 ORÇAMENTO
13 REFERÊNCIAS
A S I U Q S E P E D O T E J O R P
sobr projo d pqua, você pod conuar: stRieDeR, Roqu. Diretrizes para elaboração de projetos d pqua. Joaçaba: ed. Unoc, 2009. (Modooga do rabaho cnco, v. 2).
O D O Ã Ç A R O B A L E
72
METODOLOGIA DA PESQUISA
Auoavaação 4 1 A aboração d um projo d pqua dv r ruurada gundo a norma da Aocação Brara d Norma tcnca. Da orma, ana V para vrdadro ou f para ao, na arnava qu rrm a auno. a) ( )Najusticativadoprojetodeve-seexpressartrêsideiasbásicas:atualidadedotema, importânciaebenefícioquepoderátrazer; b) ( )Oproblemadapesquisadeveserexpressodeformaabrangente,contendoomáximode informaçõesparaarealizaçãodapesquisa; c) ( )Afundamentaçãoteóricaécompostasomentedecitaçõesdiretascomcomentáriospara fazeraligaçãoentreelaseoconteúdo; d) ( )Noprojetoéprecisodeterminarosprocedimentosmetodológicos:tipodepesquisa, população/amostra,instrumentosdepesquisa,formadecoletadosdadosetabulação; A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
e) ( )Ocronogramadeexecuçãodoprojetoeoorçamentonãosãonecessáriosserinseridosno projeto,sendoconsideradoselementosdispensáveis; f) ( )Paramelhorapresentaçãodotextodeve-sedeixarumalinhaembrancoentreparágrafos; g) ( )OprojetodeveobedecerasnormasdaAssociaçãoBrasileiradeNormasTécnicas(ABNT), contentonasuaestrutura:capa,folhaderosto,sumário,introdução,desenvolvimento(neste podeconterapartedafundamentaçãoteóricaeapesquisadecampo),conclusãoereferências utilizadas; h) ( )Osinstrumentosmaisutilizadosparaapesquisadecamposãoquestionários(quepodemter perguntasobjetivasesubjetivas),entrevistas(quepodemserestruturadas,semiestruturadasou livres), entre outros; i) ( )Aspesquisaspodemconterdadosprimários(provenientesdeinstrumentosaplicadospelo pesquisador)esecundários(pesquisarealizadaapartirdeconsultaadocumentosjáexistentes); j) ( ) As citações longasinseridasdentrodoprojetonapartequefazmençãoàliteratura,devem ser localizadas a 4 cm da margem esquerda. Além disso, para esse tipo de citação deve-se utilizar fontedaletramenorqueautilizadanotextoeespaçamentoentrelinhassimples; k) ( )Ascitaçõesdiretascurtasapresentadasnotextodevemserdestacadasentreaspas(“”)eem itálico.
Agora qu você já aprndu obr a ruura do projo d pqua, dv r m mn qu odo o panjamno dv r coocado m práca. Para ano, você dv azr a rvão d raura. tambm, apó a dnção do po d nrumno d coa d dado, dvrá aborá-o com mua caua procupação para qu ao na d ua apcação haja normaçõ ucn para acançar o objvo propoo. Apó apcação do nrumno, você dv azr a aná rancrvr udo para um raóro na, dnomnado rabaho acadêmco. A ruura d rabaho ruado da apcação do projo, qu rá udada na Undad 5.
ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
73
A S I U Q S E P E D O T E J O R P O D O Ã Ç A R O B A L E
74
UNiDADe 5 ESTRUTURA PARA APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA
OBJETIvOS DE APRENDIZAGEM Apósaleituradestaunidade,vocêserácapazde:
APLICAR deformaadequadaumprojetodepesquisa;
ELABORAR orelatóriodapesquisaapartirdaaplicaçãodoprojeto.
ROTEIRO DE ESTUDO Comoobjetivodealcançaroqueestápropostoaestaunidade,oconteúdoestádivididonas seguintes seções:
SEÇÃO 1
SEÇÃO 2
Elaboração do relatório de pesquisa
Elementos que compõem o relatório de pesquisa
ESTRUTURA PARA APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA
75
PARA INÍCIO DE ESTUDO Nesta seção, vamos aprender sobre as etapas estruturais do texto do trabalho de pesquisa após a aplicaçãodoprojeto,bemcomo
SEÇÃO 1
O
da apresentação dos elementos que compõem essa estrutura, diferenciandooselementos obrigatórios dos opcionais.
ELABORAÇÃO DO RELATóRIO DE PESQUISA
relatório deve apresentar estiloagradáveldoponto devistaliterário,com frasescurtas,textoimpessoal, objetivo,claro,precisoeconciso, considerando as características do público a ser atingido (GIL, 1999,p.187-188)."Analidade do relatório é transmitir com exatidão o desenrolar da pesquisa, suas limitações, descobertas, análisedosdados,interpretações, conclusões e recomendações." (Martins, 2000, p. 48).
sendo que cada conclusão deve ser passíveldevericação. Alinguagemdeveserecaze defácilcompreensãoaoleitor, atendendoasnormasbásicas deumaredaçãocientíca.Para uma boa redação do relatório, Bernardes e Jovanovic (2005, p. 55) recomendam: a) observar regras gramaticais -ortograa,concordânciae pontuaçãoquepodemmudaro sentido da mensagem;
b) escrever como se estivesse Ainda segundo Martins (2000, p. dirigindo-seaalguémdenido 48), o relatório da pesquisa deve issoajudaadesenvolveralinha apoiar-se numa redação clara, de raciocínio e de argumentação precisa e consistente, por isso, a paraalcançaroobjetivo linguagemcientícanãodevedeixar estabelecido; margem na interpretação dos dados. A precisão deve ser traduzida em c) evitar uso de modismo - não cadapalavraouoraçãoquedeseja usargíriasevocabuláriocomum; transmitir. Por exemplo, expressões como:praticamentenenhum,vários, d) colocarasideiasdeforma adequada - usar clareza, poucos, dão interpretações que precisãoeobjetividadeparaque podemtiraraforçadasarmações. oassuntosejaassimiladosob Lakatos e Marconi (2001, p. 254) todos os aspectos; concordamqueosignicado e) cuidarcomousodevocabulário das palavras no texto deve ser técnico - saber dosar a claro, não deixando margem de linguagem técnica com a comum, dúvida; qualquer divergência deve usando a linguagem técnica só seresclarecidaamdeevitar quandonecessário,demodoque erros de interpretação. Também o leitor entenda o raciocínio das deve usar de imparcialidade no ideias apresentadas; registrodasinformações,ordem na apresentação das ideias e ser f) usarcritériosnaformaçãodas preciso no registro das observações, frases -preraoempregode
A S I U Q S E P A D S O D A T L U S E R S O D O Ã Ç A T N E S E R P A A R A P A R U T U R T S E
76
METODOLOGIA DA PESQUISA
frasescurtas,simpleseque contenham uma única ideia; g) fazeracorreçãodotextocorrijaereescrevaotextoa mdeobtermaisobjetividade, precisão e clareza. O relatório de pesquisa deve apresentarestiloagradávele obedecer algumas normas na redação. Gil (1999, p. 190-191) propõe seguir: a) impessoalidade - redigir o relatório na terceira pessoa; evitar expressões como: meu trabalho, meu estudo. São preferíveisexpressõescomoeste trabalho ou o presente estudo;
A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
b) objetividade - a argumentação deve apoiar-se em dados comprovados e não em considerações e opiniões pessoais; c) clareza - deve-se utilizar vocabulárioadequado,sem expressões com duplo sentido eevitarpalavrassupéruase repetições; d) precisão - cada expressão deve traduzir com exatidão o que quer transmitir, principalmente noquesereferearegistros de observações, medições e análises.Evitarexpressões como: pequeno, médio, grande, quase todos, uma boa parte, etc. Também devem ser evitados
SEÇÃO 2
O
advérbios que não expliquem exatamente o tempo, o modo e o lugar, como: recentemente, antigamente, lentamente, provavelmente; e) coerência - as ideias devem ser apresentadas numa sequência lógica e ordenada. Nessa etapa, são utilizados títulos e subtítulos para ordenar o conteúdo; f) concisão -asfrasesdevemser curtas e expostas com uma única ideia. Frases longas, abrangendo váriasoraçõessubordinadas, podemdicultaracompreensão na leitura. Para alcançar êxito na redação do trabalho, Severino (2007, p. 84) recomenda que após a construção daprimeiraredaçãosejafeitauma leitura completa, adequando, além da correção gramatical, as possíveis falhaslógicasdoencadeamentodas ideias deixando o texto claro para a leitura e entendimento. Observa-se que o trabalho acadêmico é uma descrição objetivadefatos,acontecimentos ou atividades, seguida de uma análiserigorosa,comobjetivo de tirar conclusões ou tomar decisões, devendo observar as normasespecícasdaNBR14724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005); é o que você estudar na seção a seguir.
ELEMENTOS QUE COMPÕEM O RELATóRIO DA PESQUISA
Quadro 3 demonstra todos os elementos que compõem o relatório acadêmico da pesquisa após aplicação do projeto.
ESTRUTURA PARA APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA
ELEMENTOS PRé-TEXTUAIS Capa* Lombada Folha de rosto* Errata Folha de aprovação* Dedicatória(s) Agradecimento(s) Epígrafe Resumo em português* Resumo em língua estrangeira* Lista de ilustrações Lista de tabelas Lista de abreviaturas e siglas Lista de símbolos Sumário*
77
ELEMENTOS TEXTUAIS Introdução* Desenvolvimento* Conclusão* ELEMENTOS PóS-TEXTUAIS Referências* Glossário Apêndice(s) Anexo(s) Índice(s)
Quadro 3: Disposição dos elementos
Fonte: adaptado da NBR 14724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005).
* elementos obrigatórios.
Os elementos do trabalho acadêmico descritos a seguir são obrigatórios de acordo com as normas da Associação Brasileira De Normas Técnicas (ABNT) 2005; quanto aos demais elementos opcionais, além da ABNT, pode-se consultar exemplos no capítulo 3, no livro Diretrizes para elaboração de trabalhoscientícos: apresentação,
elaboração de citações e referênciasdetrabalhoscientícos. (Metodologiadotrabalhocientíco, v. 1), dos autores: LÜCKMANN, Luiz Carlos; ROVER, Ardinete; VARGAS, Marisa,bemcomoolivrodidático disciplinaMetodologiaCientícade ROVER, Ardinete et al. Metodologia Cientíca. Joaçaba: Unoesc Virtual, 2010.(MaterialDidático).
do autor, título do trabalho, local (cidade) e data da apresentação (ano). Os elementos devem ser apresentados centralizados.
S O D A T L U S E R
O Ã Ç A T N E S E R P A A R A P A R U T U R T S E
Fola de rosto DA MESMA FORMA queafolhade rostodoprojeto,apresentaos elementosessenciaisàidenticação do relatório, apenas muda a naturezadotrabalho,ouseja, apresenta o nome do autor, título, natureza do trabalho, orientador, localedata.Afolhaderostoé
A D
S O D
Capa A CAPA, TAL QUAL doprojetode pesquisa, é a proteção externa do documento. Deve conter o nome da instituiçãoondeotrabalhoestá sendo apresentado, nome completo
A S I U Q S E P
consideradaaprimeirapágina do trabalho a ser contada na numeração, embora os números só apareçam a partir da introdução.
78
METODOLOGIA DA PESQUISA
Fola de aproação QUANDO UM TRABALHO é apresentado em banca também tem afolhadeaprovação,ondeconsta
o nome do autor, natureza do trabalho, data da aprovação e nome dos membros da banca.
Rumo do rabaho (ngua vrnácua rangra) É O ITEM QUE SUMARIZA o relatório, porissodeveserbreve,feito em bloco único, destacar o tema principaldotrabalho,oobjetivo, os procedimentos metodológicos, os resultados da pesquisa e a conclusão. Utiliza-se a terceira pessoa do singular e verbo na voz ativa.Aonal,devemserinseridas as palavras-chave (sugere-se de três a cinco).
De acordo com Bernardes e Jovanovic (2005, p. 67) segundo a norma, para relatórios de pesquisa os resumos devem conter de 150 a 500 palavras e também apresentar resumo em uma língua estrangeira; émaiscomumquesejainglês. Não devem-se utilizar símbolos, fórmulas,equações,ilustrações ou citações no resumo; ele deve ser redigido de modo que a leitura permita a compreensão do assunto.
Sumrio A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
TRATA DA ENUMERAÇÃO das divisões das seções do relatório, mostradas na mesma ordem em que
se apresentam durante o trabalho, devidamentealinhadasàesquerda.
Introdução NA INTRODUÇÃO do relatório apresenta-se o problema de pesquisa,seusobjetivoserazões dasuarealizaçãoquejáforam delineadosnoprojeto.Estaéa seção que anuncia o assunto, explicitando a ideia central do trabalho e que instiga no leitor a continuidade da leitura. Dessa forma,Martins(2000,p.52)propõe os seguintes elementos para construir a redação da introdução: a) a introdução não deve repetir ou parafrasearoresumo; b) geralmente, no início da introdução, colocam-se os antecedentes do problema, destacando-se tendências,
pontos críticos, preocupações. Em seguida, devem ser expostas asjusticativaserazõespara a elaboração do trabalho, apresentando a relevância do tema investigado; c) apresenta-se a questão de pesquisa ou as perguntas que foramrespondidaspeloestudo; d) em síntese, apresenta-se a situaçãoproblema,ouseja,a caracterizaçãodoobjetode estudo; e) detalham-seosobjetivosdo trabalho; f) porm,especicam-seas etapas que contem o relatório.
ESTRUTURA PARA APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA
Como observado, a redação da introdução do relatório da pesquisa resgata os elementos utilizados no projetoapóssuaaplicação.Vale
79
lembrar que é aqui que começar a apareceranumeraçãodepáginasdo relatório,emboraacontagemseja feitaapartirdafolhaderosto.
Referencial terico BASEADO EM AUTORES daárea temática,apresenta,deforma coerente e lógica, a discussão do tema em estudo, considerando as articulaçõescomaprossãoea realidade social; deve observar a conexão entre as seções, descrever otemademaneiraaprofundada, apresentando argumentação segura efundamentada. Nessa seção, de acordo com Martins (2000, p. 52), é importante apresentar os elementos a seguir: a) sãodestacadoscomentáriose citaçõesdetrabalhoscientícos que apresentam semelhança e relações com o assunto/tema queestásendoinvestigado, oferecendoasustentação conceitual do tema; b) não se trata de um rol de citações. O pesquisador deve construir uma moldura conceitualdotema,fazendo ligaçãoentreasreferências pesquisadas e a situaçãoproblemaqueestásendo estudada. Para Vergara (2000, p. 36), na redaçãodorelatóriosãofeitas as citações, aplicando as normas
de acordo com o tipo de citação, juntocomcomentáriosquedarão sustentaçãoàpesquisa,porémnão deve-sefazercitaçõessenãotiver certeza da linha de raciocínio do autor, igualmente evite a utilização de citação de segunda mão (citação de citação). A seção principal desse item pode ser dividida em seções secundáriasparamelhor distribuição do conteúdo, sendo que a apresentação da estrutura obedece a uma hierarquia na sua apresentação,conformenormasda Associação Brasileira De Normas Técnicas (ABNT). Para maiores esclarecimentos, consulte o livro Diretrizes para elaboração de trabalhoscientícos: apresentação, elaboração de citações e referênciasdetrabalhoscientícos. (Metodologiadotrabalhocientíco, v. 1), dos autores: LÜCKMANN, Luiz Carlos; ROVER, Ardinete; VARGAS, Marisa. A partir do exposto, observa-se que oreferencialteóricoserveparadar sustentaçãocientícaaotrabalho de pesquisa.
Procedimentos metodolgicos NESSA SEÇÃO, deve-se detalhar as etapas de investigação aplicadas narealizaçãodoprojeto.Comono momento da leitura o leitor não tememmãosoprojeto,massimo
relatório, resultado da aplicação do projeto,este,segundoGil(1999,p. 188), deve indicar minuciosamente os procedimentos adotados na investigação, elucidando o tipo
A S I U Q S E P A D S O D A T L U S E R S O D O Ã Ç A T N E S E R P A A R A P A R U T U R T S E
80
METODOLOGIA DA PESQUISA
de pesquisa, população/amostra delimitada ao estudo, técnica utilizadasnacoletaeanálisedos dados.
d) casonecessário,descreve detalhadamente as atividades realizadas antes, durante e após os trabalhos de coleta de dados;
Em síntese, podem-se observar os itens a seguir no relato dos procedimentos metodológicos utilizados na pesquisa:
e) descreveoplanodeanálisedos dadoseinformações.Nocasode abordagens quantitativas - as técnicas estatísticas, no caso de abordagem qualitativa - o referencialteóricoqueorientará aanálise(MARTINS,2000,p. 52).
a) justicaedescreveotipode pesquisa (método de pesquisa) quefoiadotado; b) conformeotipodeabordagem, caracterizaapopulação-objeto de estudo, bem como o plano amostralquefoiempregado;
Vale lembrar que nessa etapa são relatadas as ações desenhadas noprojetoedescritasquando jáaconteceram,assimesseitem c) detalha a maneira utilizada para descreveoquefoiaplicadodo acoletadedadoseinformações, projeto. e estratégias para a coleta (instrumentos, condições, etc.); A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
Anlise dos resultados A APRESENTAÇÃO DOS DADOS e resultadostemanalidadede informarosresultadosdapesquisa. Após aplicação dos instrumentos de pesquisaéomomentodaanálise dosdados.Nessaetapa,conforme Martins(2000,p.53),éfeitaa redação, construída a partir dos seguintes elementos: a) ressalta as evidências que esclarecem cada questão levantadapormeiodeanálises quantitativas e/ou qualitativas dasinformaçõesedados obtidos; b) evidencia os resultados em atençãoaosobjetivospropostos; c) dásignicadoaosresultados obtidoscomapoiodoreferencial teórico consultado. De acordo com Gil (1999, p. 168169),aanálisedeveserfeita
paraorganizarosdadosdeforma que possibilitem responder ao problema de estudos proposto, enquanto a interpretação tem como objetivoprocurarrespostasde formamaisampla,medianteasua ligação com outros conhecimentos anteriormenteobtidos.Naanálise o pesquisador limita-se aos dados coletados,jánainterpretação, fazaligaçãodosdadosaoutros conhecimentos existentes. Nessaetapa,hácondiçõesde sintetizar os resultados obtidos com a pesquisa. E, principalmente, você deveráressaltaracontribuiçãoda sua pesquisa ao meio acadêmico ou ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia. Na tabulação poderão ser utilizados instrumentos como quadros,tabelasegrácosque auxiliem na apresentação dos dados, umavezquefacilitaaoleitora
ESTRUTURA PARA APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA
compreensãoeinterpretaçãorápida da massa de dados.
mesmo que inconclusivo ao seu objetivodeinvestigação.
Segundo Lakatos e Marconi (2001, p.231),afunçãodorelatórioé demonstrar as evidências a que se chegou por meio da pesquisa, por isso na seleção do material a ser apresentado o pesquisador não podedirecionarasinformaçõesa mdeconrmarsuasevidências, mas apresentar todos os resultados,
Após levantamento dos dados podeseincluirjuntodorelatóriotabelas, quadros e outras ilustrações. No casodeumquestionário,tabela ou quadro, pode-se resumir os dadosparafacilitaraleitura, porémaentrevista,quandofeita,é transcritadeformaliteral.
81
Para mhor nndr mno, aprnam- a gur agun xmpo qu oram xrado do argo qu m como rrênca: GODOY, Amaa Mara Godbrg; silVA, Pauo Bno da. Rorma agrára: uma hóra d dnvovmno d Querência do Norte – Paran. RACE, Joaçaba: ed. Unoc, v. 7, n. 2, ju./dz./2008.
Apcação cnca quonáro Napesquisadecampoforampesquisadas91famílias,totalizando369 pessoas, o que corresponde a uma média de 4,05 pessoas por lote. Os dados da Tabela 1 mostram que o percentual de menores de 14 anos é de 19,54% da população total, e a maior parte da população encontra-senafaixaetáriaentre19e50anos,comquase45%dototal. Jáopercentualdeidososcommaisde65anosémenorque5%da população, com predominância do sexo masculino. Tabela1:Quantidadeepercentualdosexoefaixaetáriadosassentados–assentamentoPontaldoTigre Faixa etria N. de pessoas % masculino % feminino % total 0a6 40 4,88 5,96 10,84 7 a 14 69 8,67 10,03 18,70 15 a 18 26 3,25 3,79 7,05 19 a 30 67 10,84 7,32 18,16 31 a 50 98 13,55 13,01 26,56 51 a 65 51 7,05 6,78 13,82 Mais de 65 18 3,52 1,36 4,88 Total 369 51,76 48,24 100 Fonte: Godoy e Silva (2008, p. 140).
A S I U Q S E P A D S O D A T L U S E R S O D O Ã Ç A T N E S E R P A A R A P A R U T U R T S E
82
METODOLOGIA DA PESQUISA
Aplicação tcnica de anlise documental No assentamento Pontal do Tigre observou-se a melhoria da qualidade devidadosassentados,poisnãohácriançasemidadeescolarforada escola, existe a garantia da venda da produção e comercialização de produtosaosetorurbano,moradiacomágua,luzeinfraestrutura,além do aumento da diversidade de produtos produzidos e trocados entre os assentados,conformeQuadro4. An d 1983 +/- 10 famílias.
D 1983 a 1988 +/- 96 famílias.
+/- 3 mil cabeças de gado.
+/- 3 mil cabeças de gado.
Pastoebrejo.
Pasto,brejoe+/-416hectares arrendadospara86famílias.
O que se produzia era vendido Apenas o que era produzido pelos foradomunicípiodeQuerênciado arrendatárioseravendidono Norte. município de Querência do Norte. A S I U Q S E P
O que se consumia era comprado foradomunicípio.
A D A I G O L O D O T E M
Apenasoqueosarrendatários consumiam era adquirido no município de Querência do Norte.
D 1988 a 2000 +/- 336 famílias. Mais de 6 mil cabeças de gado*, milhares de cabeças de aves.** Plantio de arroz, milho, algodão, mandioca, criação de gado, pasto, reserva ambiental. Todo o excedente é vendido e comercializado no município e foradele. Tudo o que se consome no assentamento (alimentos, bens e insumos) é comprado no município de Querência do Norte, revitalizando a cidade.
Quadro4:Situaçãodaprodução,númerodefamílias,origemdosprodutosconsumidosedestinodosprodutosproduzidosnaFazendaPontaldoTigre Fonte: com base em Brandão (2003 apud GODOY; SILVA, 2008, p. 140).
Nota:+/-signica:maisoumenos.*Gado:boi,vaca,cavalo,porco,etc.**Aves:galinhas,patos,perus,etc.
Anlise entreista Quandoindagadosobreastransformaçõesocorridasnomunicípiocom achegadadossem-terra,Rossi(2003)armaque,comoaumento donúmerodehabitantes,aprefeituratevequeabrirnovasvagas econtratarpessoasparaatenderàdemandadosdiversosserviços prestados, o que aumentou as despesas. Por outro lado, Rossi (2003) avalioupositivamenteodesempenhoeconômicocomoassentamento. O comércio aumentou o volume de vendas [...] E a arrecadação vem semantendo,elaaumentousimporqueaumentouaáreadeplantio. Aáreadeplantiodomunicípiovemcrescendo.Asáreasgrandesdos fazendeiros,quetêmáreasgrandes,elesarrendam,eosquenão arrendaramplantam.Áreasqueerampastagens,hojesetransformam emplantiodelavouradesoja.Pelomenos,nosúltimosquatroanos vêm acontecendo isso, mais, assim, dizer que caiu a arrecadação, não, vemsócrescendo.Nãoésóofatodaproduçãodosassentamentos,é num geral. (ROSSI, 2003)1. 1 ROSSI, Desenvolvimento Local. Querência do Norte, 2003. Entrevista concedida a Amalia Maria Goldberg Godoy e Paulo Bento da Silva.
ESTRUTURA PARA APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA
Apartedaanáliseeinterpretação dos dados constitui-se como uma etapafundamentaldotrabalho, pois é nesse item que se comprova ounãoasrespostasàsquestões da pesquisa, bem como se a teoria descrita deu sustentabilidade ao
83
tema em estudo. Assim, é preciso muita atenção do pesquisador no momento de relatar os dados coletadosdeformacoerenteeclara para o leitor.
Conclusão A CONCLUSÃO APRESENTA a síntese interpretativa dos principais argumentos usados; evidencia se osobjetivosforamatingidosese asquestõesdepesquisaforam respondidas. Constitui a última parte dos elementos textuais da pesquisa e podereetiroqueestápostoa seguir: a) evidencia, com clareza e objetividade,osaspectosmais importantes da pesquisa;
concluir o que discutiu durante a pesquisa. Para melhor redigir sua conclusão, quando estiver redigindo orelatório,váanotando,emlugar a parte, conclusões parciais, depois é só reuni-las. Citações devem serevitadas,aomenosquesejam estritamentenecessáriaspelo focodotrabalho.Porquê?Porque a conclusão é resultado de uma reexãosua,enãodosautoresque estápesquisando.
Além disso, na conclusão podem-se inserir recomendações e sugestões. b) devegurar,clarae As recomendações consistem em indicações,deordemprática, ordenadamente, as deduções de intervenções na natureza ou tiradas dos resultados do na sociedade, de acordo com as trabalho; conclusões da pesquisa. Por sua c) enunciaasconclusõesemfunção vez, as sugestões são importantes dos resultados obtidos; ao desenvolvimento da ciência, apresentamnovastemáticasde d) recomendapráticaspara pesquisa, inclusive levantando novos implementação a partir dos questionamentos e abrindo caminho resultados conseguidos; a outros pesquisadores, pois no e) caso conveniente, sugerir outras momentoqueseestáestudando pesquisas sobre o assunto um assunto descobrem-se outros (MARTINS, 2000, p. 52). assuntos relacionados e que também podem merecer uma pesquisa. Naconclusãoreúne-seoconjunto de conclusões atingidas no decorrer da pesquisa de acordo com os objetivospropostosinicialmente. Assim, diz-se que nesse item não se cria nada novo, mas procura-se reunirdeformasintéticatudooque foiditoanteriormente,poispara Vergara (2000, p. 78) você só pode
A S I U Q S E P A D S O D A T L U S E R S O D O Ã Ç A T N E S E R P A A R A P A R U T U R T S E
84
METODOLOGIA DA PESQUISA
Referências AS REFERÊNCIAS VISAM apresentaraoleitorasfontes quefundamentaramteoricamente otrabalhoeforamcitadasno trabalho.ConformeGil(1999,p. 196), nesta parte são relacionados obrigatoriamente na lista de referênciastodososautoresque zerampartedoreferencialteórico. Nãodevemserrelacionadasfontes
depesquisaquenãoforamcitadas no texto. Alistadereferênciasdeveser feitadeacordocomasnormas da Associação Brasileira de NormasTécnicas(ABNT),ouseja, apresentadasnaordemalfabética pelo sobrenome do autor.
Como mara compmnar, conu o vro: lÜCKMANN, luz Caro; ROVeR, Ardn; VARGAs, Marisa. Drrz para aboração d rabaho cnco: aprnação, aboração d caçõ rrênca d rabaho cnco. 3. d. rv. aua. Joaçaba: ed. Unoc, 2009. (Modooga do rabaho cnco, v. 1). você tambm pode buscar mais detales no liro didtico da dcpna Modooga Cnca qu raa da ruura do trabalo acadêmico. A S I U Q S E P A D
Visualize um exemplo de estruturação de um trabalho acadêmico:
A I G O L O D O T E M
RESUMO
FOLHA CAPA
DE ROSTO
4
SUMáRIO
1 INTRODUÇÃO
5 2 DESENvOLvIMENTO
1 INTRODUÇÃO .................................................4 2 DESENvOLvIMENTO.........................................5 2.1 SUBTÍTULO 1................................................5 2.1.1 Subtítulo .................................................6 2.2 SUBTÍTULO 2................................................8 2.3 SUBTÍTULO 3................................................9 2.3.1 Subtítulo ...............................................10 REFERÊNCIAS..................................................13 2.1 SUBTÍTULO 1
ESTRUTURA PARA APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA
6
7
85
8
2.2 SUBTÍTULO 2
2.1.1 Subtítulo
11
10
9
REFERÊNCIAS 2.3 SUBTÍTULO 3
2.3.1 Subtítulo
Auoavaação 5 1 Procur na bboca um raóro d pqua procda a aná a parr do crro d mpoadad, carza, prcão corênca da normaçõ aprnada.
A S I U Q S E P A D S O D A T L U S E R S O D
2 Qua a argumnaçõ d uma nrodução?
O Ã Ç A T N E S E R P A A R A P
3 em qu con a aprnação do dnvovmno da pqua?
4 Qua a caracrca d uma concuão?
A R U T U R T S E
86
REFERÊNCIAS ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução metodologia do trabalo cnco: elaboração de trabalhos na graduação. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2005. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023 – inormação documentação–Referências–Elaboração.RiodeJaneiro,2002. ______. NBR 14724 – Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação. Rio de Janeiro, 2005. ______. NBR 15287 – Informação e documentação –Projetodepesquisa– Apresentação. Rio de Janeiro, 2005. BERNARDES, Maria Eliza Mattosinho; JOVANOVIC, Maria Luiza. A produção de raóro d pqua: redação e normalização. Jundiaí: Fontoura, 2005. BEUREN, Ilse Maria (Org.). Como aborar rabaho monográco m contabilidade: teoriaeprática.SãoPaulo:Atlas,2003. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Pqua parcpan. São Paulo: Altaya, 2003. BRUYNE, Paul de; HERMAN, Jaques; JOFFILY, Ruth. Dnâmca da pqua m ciências sociais: ospólosdapráticametodológica.2.ed.RiodeJaneiro:F. Alves, 1977. CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Modooga cnca. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002. CRUZ, Carla; RIBEIRO, Uirá;FURBETTA,Nelly.Modooga cnca: teoria e prática.RiodeJaneiro:AxcelBooks,2003. DEMO, Pedro. Introdução metodologia da ciência . 2. ed. São Paulo: Atlas, 1987. ________. Pqua conrução d conhcmno. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1996. DENCKER, A. de F. M. Modo cnca d pqua m turmo . 3 ed. São Paulo: Futura, 2000. DESHAIES, Bruno; JACQUARD, Albert. Metodologia da inestigação em ciências umanas. Lisboa: Instituto Piaget, 1992. FACHIN, Odília. Fundamentos da metodologia . 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. GALLIANO,AlfredoGuilherme. O modo cnco: teoriaeprática.SãoPaulo: Harbra, 1986. GIL, Antonio Carlos. Modo cnca d pqua oca . São Paulo: Atlas, 1999. GODOY,AmaliaMariaGoldberg;SILVA,PauloBentoda.Reformaagrária:uma históriadedesenvolvimentodeQuerênciadoNorte-Paraná. Race, Joaçaba: Ed. Unoesc,v.7,n.2,p.131-148,jul./dez.2008. GODOY,ArildaS.Introduçãoàpesquisaqualitativaesuaspossibilidades. RAE Reista de Administração de Empresas , São Paulo: v. 35, n. 2, p. 57-63, 1995.
REFERÊNCIAS
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos da modooga cnca. 4. ed. ver. e ampl. São Paulo: Atlas, 2001. ________. fundamno d modooga cnca . 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. LANKSHEAR, Colin; KNOBEL, Michele. Pqua pdagógca :doprojetoà implementação. Porto Alegre: Artmed, 2008. LÜCKMANN, Luiz Carlos; ROVER, Ardinete; VARGAS, Marisa. Diretrizes para aboração d rabaho cnco : apresentação, elaboração de citações e referênciasdetrabalhoscientícos.3.ed.rev.eatual.Joaçaba:Ed.Unoesc, 2009.(Metodologiadotrabalhocientíco,v.1). MARION, José Carlos; DIAS, Reinaldo; TRALDI, Maria Crist ina. Monograa para o curo d admnração, conabdad conoma. São Paulo: Atlas, 2002. MARTINS, Gilberto de Andrade. Manua para aboração d monograa dissertações . 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. MARTINS, Gilberto de Andrade; LINTZ, Alexandre. Guia para elaboração de monograa trabaho d Concuão d Curo. São Paulo: Atlas, 2000. MAY, Tim. Pqua soca : questões, métodos e processos. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. MEDEIROS, João Bosco. Rdação cnca: apráticadechamentos,resumos, resenhas. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2007. MIRANDA NETO, Manoel José de. Pqua para o panjamno: métodos e técnicas:roteiroparaelaboraçãodeprojetos.RiodeJaneiro:Ed.FGV,2005. MOTERLE, Roseli Rocha A. Modooga da pqua . Joaçaba: Unoesc, 2009. Transparências. OLIVEIRA,AntônioBeneditoSilva(Coord.).Modo cnca d pqua m contabilidade. São Paulo: Saraiva, 2003. PEREIRA, Júlio Cesar R. Aná d dado quaavo : estratégias metodológicas para as ciências da saúde, humanas e sociais. 3. ed. São Paulo: Ed. USP, 2001. RAUEN,FábioJosé.Roro d nvgação cnca . Tubarão: Ed. Unisul, 2002. RICHARDSON, Roberto Jarry. Pqua oca : métodos e técnicas. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 1999. ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projo d ágo d pqua m administração: guiaparaestágios,trabalhosdeconclusão,dissertaçãoe estudos de caso. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999. ROVER, Ardinete et al. Modooga Cnca. Joaçaba: Unoesc Virtual, 2010. (MaterialDidático).
87
S A I C N Ê R E F E R
88
METODOLOGIA DA PESQUISA
SEVERINO,AntônioJoaquim.Modooga do rabaho cnco. 23. ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007. SILVA, Antonio Carlos Ribeiro da. Modooga da pqua apcada contabilidade: orientaçõesdeestudos,projetos,artigos,relatórios, monograas,dissertações,teses.SãoPaulo:Atlas,2003. STRIEDER, Roque. Drrz para aboração d projo d pqua : metodologiadotrabalhocientíco.Joaçaba:Ed.Unoesc,2009.(Metodologiado trabalhocientíco,v.3). TACHIZAWA,Takeshy;MENDES,Gildásio. Como azr monograa na práca . 12. ed.RiodeJaneiro:FundaçãoGetúlioVargas,2006.(ColeçãoFGVprática). THIOLLENT, Michel. Modooga da pqua-ação . São Paulo: Cortez, 2000. TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. inrodução à pqua m cênca oca : a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987. UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA. Comê d éca m Pqua (CeP). 2010. Disponível em: . Acesso em: 10 ago. 2010. VERGARA, Sylvia Constant. Projo raóro d pqua m administração. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
REFERÊNCIAS
89
S A I C N Ê R E F E R
90
ANEXO A FóRMULA PARA CáLCULO AMOSTRAGEM
FÓRMULA PARA CÁLCULO AMOSTRAGEM
N
o caso da pesquisa de mercado, trabalha-se normalmente com população dicotômica,aquelaemquehá probabilidades de uma parte ter a resposta que se quer e outra parte não.Paraissoafórmulaaseguiré a indicada s2. p. q. N E2 (N–1) + s2. p . q
n=
Fonte: Richardson (1999).
91
Onde: n = tamanho da amostra; s2=níveldeconançaescolhido; (geralmente 2, para grau de conançade95%); p = proporção da característica pesquisada no universo, calculado em percentagem; q = 100 – p (em percentagem); N = tamanho da população; E2 = erro amostral.
EXEMPLO Em uma cidade com 4.100 residências,desejosaberqualéa amostra que devo ter se optar por uma margem de erro de 5% para fazerumapesquisa.(Usaremoso graudeconançade95%etambém não vamos trabalhar com uma proporção de característica de uma pesquisajáefetuada). Vamosaocálculo. s2 = vamos usar 2, pois o grau de conançaquequeremoséde95%; p = vamos usar 50, pois não temos uma característica evidenciada; q = 100 - 50 = 50; N = 4.100;
n=
M E G A R T S O M A O L U C L Á C A R A P A L U M R Ó F A
E2 = 5. n=
MaterialfornecidoporMoisés Diersmann,professordeEstatística do Curso de Tecnologia em Empreendimento da Unoesc.
22. 50.50.4100 52 (4100–1) + 22. 50 . 50 41000000 112475
n= 364,53 ou ja, prco pquar 365 rdênca.
O X E N A
92
RESPOSTAS DAS ATIvIDADES DE AUTOAvALIAÇÃO Autoaaliação 1 1
Uma pesquisa busca a solução para a investigação de um problema de pesquisa.Parasercientícaprecisaterumabaseteóricaquepermita interpretarosdados,basear-seemummétodocientíco,enecessitadeuma técnicapararegistrarequanticarosdadosobservados,bemcomoordená-los eclassicá-los.
2
Otemadeveráseratual,relevanteelevaremcontaseuconhecimentoa respeitodele,suapreferênciaeaptidãopessoal,experiênciaouvivênciana áreaselecionadaparaapesquisa.Deveinvestigaralgoquemereçaumestudo cientíco.Énecessáriotambém,analisarotempodisponíveleosrecursos materiaisparafazerapesquisa.
3
Ométodoéoconjuntodeetapasquedevemserseguidasnainvestigaçãode umfenômenoparasealcançardeterminadoobjetivo.Jáatécnicaservepara registrarequanticarosdadosobservados,ordená-loseclassicá-losemuma pesquisacientíca.
Autoaaliação 2 1
F L H E A I J D K C G B
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DE AUTOAVALIAÇÃO
2
Classicardeacordocomoqueestádispostonasseções1,2,3,conformeo relatórioqueestáanalisando.
3
Aanálisedocumentaléfeitasobredocumentosdeprimeiramãoqueainda nãoreceberamqualquertratamentoanalítico,como:documentosociais, reportagensdejornal,contratos,lmes,fotograas,etc.Podemaindaser analisadosdocumentosdesegundamão,quedealgumaformajáforam analisados, como: relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, tabelas estatísticas, etc.
93
Ostextosdepesquisabibliográcafeitosemlivros,artigos,publicações eletrônicasnãopodemserconfundidoscomanálisedocumental,porqueé feitapormeiodedadossecundárioscomdocumentosbibliográcosqueestão acessíveis ao público em geral.
Autoaaliação 3 1
C
2
A
3
Paraqueoentrevistadortenhaêxitonaaplicaçãodeseuinstrumentodeverá terhabilidadenaconduçãodaentrevista.Paratanto,deveráprepararum roteirodasquestõesdeformaordenadaequemantenhaointeressedo entrevistado,masantesdevecolocaroobjetivoeimportânciaeotempo aproximadodeduração;deixarclaroqueaentrevistaécondencialeoseu nomeserámantidonoanonimato.Oentrevistadortambémdeveserhábila retornaraoassuntoquandooentrevistadosedesviadoobjetivo.Encerrara bem entrevista, deixando as portas abertas para outras oportunidades.
Auoavaação 4 1
a) V b) F c) F d) V e) F f) F
O Ã Ç A I L A V A O T U A E D S E D A D I V I T A S A D S A T S O P S E R
94
METODOLOGIA DA PESQUISA
g) V h) V i) V j) V k) F
Auoavaação 5 1
Vericarjuntoaorelatórioousodetermosimpessoaisnaterceirapessoa,o vocabuláriocomexpressõesadequadassemconotaçõesduplasoupalavras supéruas,aformadequeforamrelatadososregistroseanálises,bemcomoa sequênciadaapresentaçãodasinformações.
2
Na introdução do relatório, busca-se destacar as razões e relevância da realizaçãodapesquisa,apresenta-seasituação-problemaeobjetodeestudo, bemcomofaz-seaexposiçãodosobjetivosdeestudo,enfatizando,aonal, as etapas contempladas dentro do relatório.
3
Odesenvolvimentoconsistenaapresentaçãodapartedafundamentação teóricaquedásustentaçãoàpesquisapormeiodecitações,apresentaos procedimentosmetodológicosutilizadosnaaplicaçãodoprojeto,evidenciando o tipo de pesquisa, população/amostra delimitada ao estudo, técnicas utilizadasnacoletaeanálisedosdados.Tambémnodesenvolvimentoé apresentadaaanálisedosdados,quepossibilitaresponderaoproblemade estudoseobjetivospropostonainvestigação.
4
Reúnedeformasintéticaasinformaçõeslevantadasediscutidasdurantea pesquisa,demodoaresponderosobjetivosdelineadosnoiníciodapesquisa. Tambémrecomendapráticasparaimplementaçãoapartirdosresultados conseguidos e pode sugerir outras pesquisas sobre o assunto.
A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DE AUTOAVALIAÇÃO
95
O Ã Ç A I L A V A O T U A E D S E D A D I V I T A S A D S A T S O P S E R
96
A S I U Q S E P A D A I G O L O D O T E M
METODOLOGIA DA PESQUISA