.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA CAMPUS REITOR EDGARD SANTOS Centro das Ciências Exatas e das Tecnologias Cur so de Grad uação em Geo log ia
Taíse Gomes Da Silva Wanderson Ricardo Fonseca Rocha Bruno Eduardo Cardoso Silva Charles Moreira Da Silva
RELATÓRIO DO MAPEAMENTO SEDIMENTAR DA REGIÃO SUDOESTE DE MORRO DO CHAPÉU/BA.
Barreiras, BA. 2015
RESUMO No centro da Bahia, Município de Morro do Chapéu-BA e município de Cafarnaum-BA, dentro Chapada Diamantina, encontra-se uma região de relevo cupuliforme suave com blocos planálticos e planálticos cársticos, onde se encontram os afloramentos em camadas, lajedo e ravinas das formações Caboclo e Morro do Chapéu, pertencentes ao Grupo Chapada Diamantina. O trabalho tem como objetivo a caracterizaçãodos processos atuantes na história da sedimentação da área, correlacionando as litologias, estruturas sedimentares e outras feições. As formações supracitadas contém rochas de idade mesoproterozóica compostas por arenitos, pelitos e calcários onde foram encontrados também sumidouros e uma caverna.
RESUMO No centro da Bahia, Município de Morro do Chapéu-BA e município de Cafarnaum-BA, dentro Chapada Diamantina, encontra-se uma região de relevo cupuliforme suave com blocos planálticos e planálticos cársticos, onde se encontram os afloramentos em camadas, lajedo e ravinas das formações Caboclo e Morro do Chapéu, pertencentes ao Grupo Chapada Diamantina. O trabalho tem como objetivo a caracterizaçãodos processos atuantes na história da sedimentação da área, correlacionando as litologias, estruturas sedimentares e outras feições. As formações supracitadas contém rochas de idade mesoproterozóica compostas por arenitos, pelitos e calcários onde foram encontrados também sumidouros e uma caverna.
SUMÁRIO 1INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 6 1.1
.......................................................................................................................... 6 OBJETIVOS ..........................................................................................................................
1.1.1
Objetivo Geral ............................................................................................................... ............................................................................................................... 6
1.1.2
Objetivos específicos .............................................................................. ................................................................................................... ..................... 6
1.2
METODOLOGIA ........................................................................ ................................................................................................................... ........................................... 7
1.2.1
Fase pré-campo ............................................................................................................ ............................................................................................................ 7
1.2.2
Fase campo ................................................................................................................... ................................................................................................................... 8
1.2.3
Fase pós-campo ........................................................................... ........................................................................................................... ................................ 9
2
ASPECTOS FISIOGRÁFICOS ........................................................................... 9 2.1
LOCALIZAÇÃO E ACESSOS ........................................................................................... 9
2.2
GEOMORFOLOGIA .......................................................................................................... 10
2.3
.................................................................................................................................. .............................. 12 CLIMA ....................................................................................................
2.4
..................................................................................................................... .................................................... 13 VEGETAÇÃO .................................................................
2.5
................................................................................................................................. ........ 13 SOLOS .........................................................................................................................
3
GEOLOGIA....................................................................................................... 14 3.1.1 Complexo Mairí (Embasamento) ................................................................................... 16 3.1.2 Grupo Chapada Diamantina ................................................................................... ........................................................................................... ........ 18 3.1.2.1 Formação Tombador .................................................................................................... .................................................................................................... 18 3.1.2.2 Formação Caboclo ........................................................................................................ ........................................................................................................ 19 3.1.2.3 Formação Morro do Chapéu ....................................................................................... 22 3.1.3 Grupo Una ................................................................................................................. ......................................................................................................................... ........ 25 3.1.3.1 Formação Bebedouro .......................................................... ................................................................................................... ......................................... 25 3.1.3.2 Formação Salitre ............................................................................. ........................................................................................................... .............................. 26 3.1.4 Coberturas Tércio-Quaternárias Tércio-Quaternárias .................................................................................... 27 ................................................................................................................ 29 3.2.GEOLOGIA LOCAL ................................................................................................................
3.2.1 Grupo Chapada Diamantina ................................................................................... ........................................................................................... ........ 29 3.2.1.1 Formação Caboclo ........................................................................................................ ........................................................................................................ 30 3.2.1.2 Formação Morro Do Chapéu ....................................................................................... ....................................................................................... 32 3.2.2 Coberturas ........................................................................................... ......................................................................................................................... .............................. 34 3.2.2.1 Coberturas Tércio- Quaternárias Q uaternárias ........................................................................... ................................................................................ ..... 35 3.2.2.2 Coberturas Recentes .................................................................................................... .................................................................................................... 35 .................................................................................................. ......................................... 36 3.3 GEOLOGIA ESTRUTURAL .........................................................
3.4
.................................................................................................. ........ 39 GEOLOGIA HISTÒRICA ..........................................................................................
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 40
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 42 ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Mapa gerado por fotointerpretação. ............................................................. 8 Figura 2: Localização da área de estudo. ................................................................. 10 Figura 3: Mapa Geomorfológico da área de estudo contida na Chapada Diamantina Centro Oriental. ......................................................................................................... 11 Figura 4: Histograma de precipitação versus meses do ano para a cidade de Morro do Chapéu. ................................................................................................................ 12 Figura 5: Mapa Geológico Regional, com foco no Complexo Mairí, Grupo Chapada Diamantina, Grupo Una e Coberturas Tércio-Quaternárias. ....................... .............. 16 Figura 6: Coluna Estratigráfica da Formação Caboclo. ............................................. 20 Figura 7: Coluna Estratigráfica da Formação Morro do Chapéu. .............................. 23 Figura 8: Seção geológica regional. .......................................................................... 28 Figura 9: Coluna estratigráfica regional ..................................................................... 29 Figura 10: Coluna estratigráfica local ........................................................................ 36 Figura 11: Mapa geológio e seção. ........................................................................... 38
ÍNDICE DE FOTOGRAFIAS Fotografia 1: A) Afloramento do embasamento extremamente intemperizado; B) Migmatito com bandas centimétricas descontínuas; C) Bandas descontínuas decimétricas; D) Veios de quartzo............................................................................. 17 Fotografia 2: A) Estratificação cruzada tabular; B) Estratificação cruzada acanalada; C) Estratificação cruzada tangencial; D) Estratificação plano-paralela. .................... 19 Fotografia 3: A) Estratificação cruzada tipo hummocky; B) Laminação convoluta ocorrendo entre siltitos e argilitos; C) Estratificação cruzada tangencial; D) Gretas de ressecamento. ........................................................................................................... 21 Fotografia 4: A) Marcas onduladas (ripples) vistos em planta; B) Estratificação cruzada espinha de peixe ; C) Estratificação cruzada tabular; D) Estratificação plano paralela. .................................................................................................................... 24 Fotografia 5: A) Estrutura de sobrecarga e pseudonodulos; B) Intraclastos de argila emersos em matriz siltosa. ........................................................................................ 26 Fotografia 6: Calcarenitos com estratificação plano-paralela. ................................... 27 Fotografia 7: A) Arenito amarelado contendo laminação plano-paralela; B) Laminação cruzada tangencial em arcóseo; C) Marcas onduladas suavizadas; D) Afloramento contendo estratificação plano- paralela................................................. 31 Fotografia 8: A) Esteiras microbianas formando lamitos algais; B) Estratificação plano paralela em calcarenitos e calclutitos; C) Lente de silexito em meio aos calcarenitos com marcas onduladas; D) Blocos rolados contendo estromatólito colunar. ..................................................................................................................... 32 Fotografia 9: A) Ao lado direito da foto quartzo arenito branco com estrutura maciça; B) Estratificação plano-paralela em arenitos avermelhados; C) Estratifi cação cruzada acanalada em arenitos vermelhos; D) Estratificação cruzada acanalada sobreposta por estratifica ............................................................................................................. 34 Fotografia 10: A) Solo síltico-argiloso vermelho amarelado ; B)Solo amarelado de textura areno-siltosa; C) Solo branco acinzentado localizado próximo as drenagens. .................................................................................................................................. 35 Fotografia 12: Contato entre o embasamento e os arenitos da Formação Tombador .................................................................................................................................. 39 Fotografia 13: Lâmina de óxido de ferro .................................................................... 40
1INTRODUÇÃO A região de Morro do Chapéu- BA possui um grande potencial geológico, composto por rochas diversificadas que variam desde siliciclásticas a carbonáticas, bem como, uma importância geocientífica no que diz respeito a didática no estudo de modelos deposicionais do Mesoproterozóico e Neoproterozóico. Neste sentido, merece também ressaltar, que o local é considerado um geoparque, com vinte e quatro geossítios, sendo quatro deles registrados no livro Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil, a Gruta dos Brejões, a Escarpa do Tombador, a Fazenda Arrecife e a Fazenda Cristal, que está inserida no nosso local de estudo.
1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivo Geral Este trabalho tem como finalidade o levantamento geológico de uma área determinada nas proximidades de Lagoinha-BA, distrito de Morro do Chapéu- BA, na escala de 1:108.000, visando caracterizar os processos atuantes na história da sedimentação da área, correlacionando as litologias, estruturas sedimentares e outras feições que possam corroborar para um melhor entendimento e uma posterior remontagem dos ambientes deposicionais e através dos conhecimentos sedimentológicos e estratigráficos identificar a evolução sedimentar ocorrida na região. 1.1.2 Objetivos específicos Através da fotointerpretação, confeccionar um mapa fotogeológico da
área estudada;
Integrar os dados obtidos com as equipes que vão trabalhar nas áreas adjacentespara uma sobreposição destas informações no mapa;
Reconstituir os possíveis paleoambientes que deram origem as formações encontradas em campo;
Produzir um mapa geológico na escala de 1:108.000 que seja representativo da área estudada.
1.2 METODOLOGIA A metodologia empregada neste trabalho pode ser subdividida nas fases précampo, campo e pós-campo. 1.2.1 Fase pré-campo Na fase pré-campo foram realizadas consultas bibliográficas como arcabouço teórico para a construção do conhecimento acerca da região de estudo, bem como sintetização das informações sobre geologia regional. Nesta fase foram utilizadas fotos aéreas número 1736-1737-1738 (1974), da área localizada ao sul de Lagoinha-BA, na escala de 1:108.000, do ano de 1974, fornecida pela CBPM, também foram delineados por meio de fotoanálise os parâmetros como padrão de relevo (cuesta e cupuliforme suave), padrão de drenagens (dendritica textura grossa, ortogonal), vertentes (convexas, compostas, reta), possíveis contatos litológicos (Figura 1), lineamentos, afloramentos (lajedo, ravina e em camadas), malha rodoviária, e na sequência, através da fotointerpretação foram separados as áreas com características diferentes e classificação das prováveis rochas.
Figura 1: Mapa gerado por fotointerpretação.
Foram elaborados mapas temáticos de geologia, geomorfologia e de localização utilizando o software ArcGIS, Corel Draw e Paint; com a finalidade de obter informações sobre a distribuição espacial dos parâmetros utilizados e fazer a sobreposição dos mesmos a fim de correlacioná-los. 1.2.2 Fase campo Nesta etapa será realizada uma saída técnica até a área de estudo, entre os dias 10 a 18 de novembro de 2014. Pretende-se fazer a análise in situ das rochas, com o contato direto com as mesmas, o que poderá possibilitar a analise destas e posteriormente levantar os dados necessários para as associações, inferências, distribuições litológicas e sugestões para os possíveis ambientes de deposição. Os dados levantados nesta fase são compostos por descrições de rochas, medidas de estruturas direcionais planares e lineares e por fim a relação de fácies sedimentares.
1.2.3 Fase pós-campo Nesta fase serão efetuados análise e tratamentos das amostras obtidas em campo no intuito de se ter dados suficientes para que se possa ter um mapa geológico final como resultado.
2
ASPECTOS FISIOGRÁFICOS
2.1 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS A área de estudo está inserida na região da Chapada Diamantina entre as cidades de Lagoinha-BA e Arizona-BA, abrange uma área aproximada de 110 km² (12,96 x 8,64 km) limitada pelas coordenadas geográficas 41°24’30”w - 11°44’30”s e 41°17’30”w -11°49’00”s.
Para acessar a área de estudo segue-se a partir de Barreiras cerca de 400km pela BR 242 passando por Seabra-BA e entrando ao norte na BR 122, sege 35 km até Gameleira-BA, entra na BA-247 e a 60 km de distancia chega a Bonito-BA onde se pega a BA-144 sendo percorridos cerca de 15 km até a área de interesse a sul de Lagoinha, distrito da cidade Morro do Chapéu-BA.
Figura 2:Localização da área de estudo.
Fonte: CPRM, 2003.
2.2 GEOMORFOLOGIA De um modo geral a geomorfologia da região que abrange a área de estudos é composta basicamente por três unidades geomorfológicas, sendo estas: Planalto Cárstico, Blocos Planálticos e Pediplanos Cimeiros (Fig. 3). O Planalto Cárstico localiza-se a oeste da área de estudo, sendo caracterizada por possuir topografia levemente ondulada, com ondulações suaves e com ausência de escarpas, apesar de apresentar elevado gradiente altimétrico entre os interflúvios e os vales, como bem ressalta Da Silva (2005).Destaca-se ainda que esta unidade seja constituída por uma Chapada descontinua que possui variações de altitude de 600 a 800 metros. Esta unidade é composta por rochas calcárias do Grupo Una. Os Blocos Planálticos, de acordo com Da Silva (2005), compreendem elevações residuais que correspondem a dobras anticlinais falhadas e entalhadas, que possuem bordas situadas no contato metaconglomerados/metarenitos com metassiltitos/metargilitos, tais bordas são escarpadas. Atribui-se a esta unidade
compartimentos elevados e feições estruturais esculpidas sobre os sedimentos metamorfisados do Grupo Chapada Diamantina. A terceira unidade geomorfológica presente na região é o Pediplano Cimeiro, caracterizado porDa Silva (2005), por possuir formas de relevo que se aplicam aos modelos de aplainamento, resultantes da denudação de uma superfície interrompida em alguns pontos por cristas residuais de camadas mais resistentes. Portando nesta unidade os relevos planos ocorrem em níveis que variam de 750 a 1850 metros. Figura 3: Mapa Geomorfológico da área de estudo contida na Chapada Diamantina Centro Oriental.
Fonte: IBAMA, 2003.
2.3 CLIMA A Chapada Diamantina possui clima característico subúmido a seco que possui representação no mapa pela cor amarelo - C1dB - e tem como principais características, excedente hídrico de 0 a 100 mm e chuvas concentradas no período primavera/verão. O clima é tropical de altitude, com a classificação internacional da escala de köppen com temperaturas amenas, com temperatura media por volta de 22ºC. No inverno, já foi verificada a temperatura de 5°C, nos horários mais frios. Por mais que essas temperaturas ocorram com uma raridade considerável, já foram registradas geadas fracas nesses dias de frio mais intenso (EMBRAPA 2014). Apresenta duas estações bem definidas: A das chuvas que vai de novembro a abril e a das secas que vai do final de abril a outubro (Figura 4). Figura 4:Histograma de precipitação versus meses do ano para a cidade de Morro do Chapéu.
Fonte: INMET, 2013.
2.4 VEGETAÇÃO No local de estudo ocorre quatro tipos de vegetações representadas pelos biomas: cerrado, campo rupestre, floresta estacional e caatinga, podendo ser interpretadas a partir das litologias e solos predominantes (Juncá et. al., 2005). Conforme Juncá et. al. (2005), nos locais onde predominam as rochas carbonáticas, destacam-se a caatinga arbustiva-arbóreo; nas sequências areníticas, percebe-se a caatinga arbustiva- arbórea densa; nas unidades ritmicas a diamictíticas e arenáceasconglomeráticas, predominam a floresta estacional semidecídua e o contato floresta/ caatinga arbórea fortemente antropizado pela agricultura e agropecuária; nas regiões de domínios carbonáticos e embasamento cristalino, observam-se os contatos caatinga e floresta estacional semi- decídua e o contato caatinga e cerrado; nos conglomerados, é possível ver os contatos campo rupestre e floresta estacional semi-decídua e o contato campo rupestre/ cerrado/ caatinga.
2.5 SOLOS Através das relações feitas, com sobreposição de mapas, entre os aspectos fisiográficos (geomorfologia, vegetação e clima), e informações litológicas, foi possível interpretar dados pedogenéticos da região de estudo (Tabela 1). Litologia
Geomorfologia
Vegetação
Clima
Solos
Caatinga
Arenitos Arcoseanos
Blocos
(Form. Morro do
Planalticos
Chapéu)
arbórea arbustiva e, agricultura e
Subúmido a neossolo-litólicos e seco
cambissolos
pecuária Caatinga
Quartzo Arenito (Form. Morro do Chapéu)
Blocos Planalticos
arbórea arbustiva e agricultura e pecuária
Subúmido a Neossolo-litólicos e seco
quartzarênico
Caatinga
Arenitos (Form. Morro do
Pediplano cimero
arbórea
Chapéu)
e
arbustiva e
bolcosplanalticos
agricultura e
Subúmido a seco
Neossolo-litólicos
pecuária Quartzo Arenito, Laminitoalgal,
Caatinga
siltito,
arbórea
calcarenito,
Pediplano cimero
arbustiva e
Arenito
agricultura e
conglomerático
pecuária
Subúmido a
Latossolo
seco
Vermelho-Amarelo
(Form. Caboclo)
Tabela 1: Aspectos fisiográficos e litológicos da área de trabalho. 3
GEOLOGIA
3.1 GEOLOGIA REGIONAL O compartimento tectônico mais bem estudado da plataforma sul-americana é o Cráton do São Francisco- CSF (Almeida, 1967; 1977), que domina principalmente os estados da Bahia e Minas Gerais. Seus limites são marcados por cinturões dobrados durante o Ciclo Brasiliano no Neoproterozóico, confirmado com dados geológicos e geofísicos. Ao norte e ao nordeste, o cráton está limitado pelos Cinturões Riacho do Pontal e Sergipano (Brito Neves et al, 2000), respectivamente; pelo Cinturão Araçuaí (Almeida, 1977), ao sul; o Cinturão Brasília (Almeida, 1969), a oeste; o Cinturão Rio Preto (Brito Neves et al., 2000), ao norte; e ao sul, pela Faixa Rio Grande (Alkmim et al., 1993) O CSF é truncado por um rifte abortado, orientado de N-S, no qual se depositaram protólitosMesoproterozóicos do Supergrupo Espinhaço e unidades Neoproterozóicas do Supergrupo São Francisco. As rochas do Supergrupo Espinhaço tem diversas interpretações para sua deposição, para Schobbenhaus (1996), as rochas foram depositadas em um evento de tafrogênese e para Dussin&Dussin (1995), também é interpretada como um
riftabortado que foi submetido a metamorfismo durante o evento da orogênese brasiliana. Para que houvesse a deposição das atuais rochas sedimentares que compõem o Supergrupo Espinhaço, ocorreu um evento de abertura de um rift (1.750 M. a.), em seguida, um evento de vulcanismo associado a uma sedimentação detrítica que marca
o
Grupo
Rio
dos
Remédios,
a
formação
dessa
bacia
intracratônicatectônicamente ativa permitiu depositar também o Grupo Paraguaçu composto de sedimentos terrígenos (Schobbenhaus, 1996). A bacia no qual se depositaram as rochas do Supergrupo Espinhaço formou-se por volta 1,7 Ga, e nesta foram depositadas as unidades Paraguaçu- Rio dos Remédios, Província Chapada Diamantina, além das sequências Borda Leste, Espinhaço e Gentio (Schobbenhaus, 1996). O Grupo Chapada Diamantina teve no início da sua deposição a Faixa Jacobina-Contendas-Mirante como área fonte, esta faixa foi soerguida durante o evento do ciclo transamazônico de idade de 1,9 Ga. (Pedreira, 1994); e num contexto de ambientes de leques aluviais, fluviais e fluvio-eólicos foram depositados os sedimentos areníticos e conglomeráticos da Formação Tombador. A Formação Caboclo foi depositada num evento de transgressão e regressão marinha, onde se teve a deposição de sedimentos siliciclásticos e carbonáticos bem caracterizado pelas construções estromatolíticas. Ambas as formações, Tombador e Caboclo, foram depositadas no Mesoproterozóico (1200 à 1000 M.a) e se estendem sobre grandes áreas, o que de acordo com Schobbenhaus (1996), sugere estabilidade tectônica. Na área de pesquisa, afloram o Complexo Mairí (Arqueano) como embasamento, rochas dos grupos Chapada Diamantina (Mesoproterozóico) e Una (Neproterozóico), bem comoCoberturas Tércio- quaternárias, em sequência de topo e base (Figura 5), (CPRM, 1996) e (Figura 10).
Figura 5: Mapa Geológico Regional, com foco no Complexo Mairí, Grupo Chapada Diamantina, Grupo Una e Coberturas Tércio-Quaternárias.
Fonte: CPRM, 1996.
3.1.1 Complexo Mairí (Embasamento) O
Complexo
Mairípossui
idade
Arqueana,
está
formado
por
ortognaissesmigmatitícos, com intercalações descontínuas de metabásicas,
metaultrabásicas
e
calcissilicáticas;
formações
ferríferas
bandadas
e
paragnaisseskinzigíticos (Sampaio, 1998). Os afloramentos do embasamento, situam-se num corte de estrada próximo a BA- 052, está composto por Biotita Gnaisse, oriundo de protólito granítico, possuindo bandamento composicional contendo bandas máficas de espessura milimétrica à centimétrica (Fotografia 1B) e esporadicamente algumas bandas máficas de espessura decimétrica (Fotografia 1C). Foram observados alguns veios pegmatóides de quartzo que podem significar fusão parcial desse gnaisse (Fotografia1D), o que o tornaria um migmatito, entretanto o afloramento encontra-se extremamente intemperizado com minerais de caolinita abundantes (Fotografia 1A). Fotografia1: A) Afloramento do embasamento extremamente intemperizado; B) Migmatito com bandas centimétricas descontínuas; C) Bandas descontínuas decimétricas; D) Veios de quartzo.
3.1.2 Grupo Chapada Diamantina Em sequência, o Grupo Chapada Diamantina de idade Mesoproterozóica, foi dividido inicialmente por Derby (1905), da base para o topo, em Formação Tombador, Formação Caboclo e Formação Morro do Chapéu. Posteriormente foi retirada a Formação Morro do Chapéu do grupo, ideia proposta por Schobbenhaus (1993; 1996), por Teixeira et al. (2005) e mais adiante por Loureiro et al.(2008). Esses últimos autores fundamentaram esta proposta pelo fato de existir diques básicos de caráter anorogênico que cortam as unidades do grupo, mas não a Formação Morro do Chapéu; além disso, Dominguez (1993), ainda propõe a ocorrência de uma superfície erosiva na base desta formação. 3.1.2.1 Formação Tombador BARBOSA,
(2012),
compreende
três
associações
siliciclásticas,
frequentemente silicificadas para representar a Formação Tombador. A associação basal está constituída de metaconglomerados oligomítico e polimítico com clastos de quartzo, quartzitos verde, cinza e rosa, chert, metarenito e metassiltito; metaquartzoarenito e metarenito impuro mal selecionado. A
sequência
intermediária
encontra-se
metarenitos
feldspáticos
mal
selecionados e metaconglomeradooligomítico com clastos de quartzo leitoso, quartzito e metarenito. A associação superior é composta por metaquartzoarenito bimodal bem selecionado e níveis de metarenito e metaconglomerado. Em geral, possui estruturas como estratificações cruzadas acanalada e tangenciais, gradação normal, além de feições ruiniformes superficiais. Misi& Silva (1996), caracterizam os ambientes desta sequência por rios entrelaçados, leque aluvionares e dunas eólica. Em seus afloramentos observam-se duas litofácies distintas, a primeira delas corresponde a arcóseos mal selecionados, com estratificação cruzada tabular intercalados com grauvacas, a qual se atribui formação em paleoambiente leque aluvial distal. Ao passo que a segunda corresponde a arenito grosso bimodal e arcóseo grosso bimodal contendo estratificação cruzada tangencial, estratificação
cruzada acanalada e estratificação plano-paralela (Fotografia2). Tais atributos remontam a um ambiente de barra longitudinal. Fotografia 2: A) Estratificação cruzada tabular; B) Estratificação cruzada acanalada; C) Estratificação cruzada tangencial; D) Estratificação plano-paralela.
3.1.2.2 Formação Caboclo A Formação Caboclo apresenta uma sequência com diamictitos, pelitos, arenitos, conglomerados, dolomitos e calcários, muitas vezes silicificadas e constituindo
corpos
estromatolíticos
(Figura
6).
Nesta
formação
contém
estratificações cruzadas tabular e espinha-de-peixe, estratificações plano-paralelas, estruturas tipo wavy e linsen nos argilitos e tipo hummockies, ondulações truncadas e camadas rompidas (Misi& Silva, 1994; 1996). Na Fazenda Cristal, próximo ao município de Morro do Chapéu, afloram as seguintes litofácies: laminitoalgal- estromatólito colunar, lamito- arenito ,laminitoalgalcalcarenitooolítico,
arenito
conglomerático,
calcarenitooolítico,
arenito
conglomerático,
lamitolamito-
arenito,
arenito,
laminitoalgal-
siltito
lenticular
amalgamado e laminitoalgal- calcarenito- estromatólito colunar; nesta região a formação possui 400 metros de espessura (Srivastava& Rocha, 1999). Figura 6: Coluna Estratigráfica da Formação Caboclo.
Fonte: (Rocha & Pedreira, 2009). Os autores apontam a sua sedimentação em ambientes de plataforma marinha progradante, dominada por tempestade e ondas de planície de maré, barra de plataforma e litoral. Dominguez (1993) observou arenitos fluviais dentro desta formação, típicas de exposição subaérea da plataforma com incisão de drenagens e variações do nível eustático do mar. As rochas desta formação são do Mesoproterozoico e abrangem os ambientes transicionais costeiros e marinhoplataformal raso. Foram observadas em campo intercalações entre arenitos e siltitos, alternando a predominância dessas duas classes texturais em função da sucessão vertical. Os afloramentos estavam dispostos com sequências gradacionais do tipo coarseningup, onde aparece na base pelítos, comumente argilitos esbranquiçados contendo estrutura maciça e laminação
convoluta, sendo geralmente sobrepostos por siltitos amarelados dotados de estrutura maciça e planos de fissilidade incipientes atribuídos devido ao maior grau de argilosidade (Fotografia 3B). Fotografia 3: A) Estratificação cruzada tipo hummocky; B) Laminação convoluta ocorrendo entre siltitos e argilitos; C) Estratificação cruzada tangencial; D) Gretas de ressecamento.
Foram notadas gretas de ressecamento (Fotografia 3D), possibilitadas pela presença de lentes argilosas, que davam espaço as lentes arenosas na sucessão vertical. Portanto, haviam estratificações do tipo linsen e wavy , no topo o predomínio era de arenitos avermelhados finos com grãos subarredondados com contato pontual entre si, quantidade de matriz inferior a 10%, e predomínio de quartzo, o que caracteriza a rocha como matura. São comuns estratificações cruzadas tangenciais (Fotografia 3C), ripples, hummocky (Fotografia 3A) e estratificação do tipo flaser . No entanto, esse tipo de estratificação passa a não ser observada nos arenitos avermelhados de textura média que sucedem os arenitos f inos na estratigrafia. Interpreta-se que essa associação de fácies se encaixa nos atributos inerentes a um sistema deposicional marinho plataformal raso gradando
verticalmente para planície de maré, ou seja, os sedimentos continentais progradam sobre os sedimentos marinhos.
3.1.2.3 Formação Morro do Chapéu Na região em que se deu o seu nome, a Formação Morro do Chapéu, compreende ortoquartzitos brancos e róseos com estratificação plano- paralela e cruzadas possuindo pelo menos duas intercalações de argilitos roxos micáceos. De acordo com Guimarães & Pedreira (1990), esta unidade foi submetida a vários ciclos de sedimentação que iniciam com conglomerados e finalizam com arenitos finos ou argilitos (Figura 7). Conforme os autores esses conglomerados são polimíticos de cor cinza claro a róseos com matriz de granulação fina a grossa, mal selecionada, e com clastos de silex, quartzo, quartzito e arenito; tendo como característica principal estratificação cruzada acanalada de grande porte. Os arenitos são rosados a avermelhados, com granulação de fina a média, matriz argilosa ou micácea, com estruturas do tipo estratificações plano-paralelas e cruzadas tabulares a acanaladas, com marcas onduladas no topo. Os pelitos ocorrem associados a essas últimas estruturas dos arenitos e às vezes aparece em forma de estratificação cruzada espinha-de-peixe.
Figura 7: Coluna Estratigráfica da Formação Morro do Chapéu.
Fonte: (Rocha & Pedreira, 2009).
Misi& Silva (1994; 1996), descreve a sua sedimentação a partir de sistemas de planícies aluviais, iniciando com leques aluviais e passando para o fluvial típico, provavelmente rios anastomosados; planícies de maré, dunas eólicas e frente deltaíca. As rochas pertencentes a essa formação foram depositadas em paleoambiente deposicional fluvial entrelaçado, deltaico e costeiro intermaré/submaré. Foi observado na base, ortoconglomerados contendo estrutura maciça, sobreposto por arenito conglomerático acinzentado com estratificação cruzada acanalada, caracterizando um elemento arquitetural do tipo canal ativo, em sistema deposicional fluvial entrelaçado. Na sequência estratigráfica têm-se um quartzo arenito avermelhado de granulometria média a grossa, com grãos bem selecionados, subarredondados e com boa esfericidade, possuindo contato pontual entre si. A rocha encontra-se pouco porosa, mas muito se atribui a cimentação que inclusive obstrui algumas estruturas
sedimentares.
Foram
observadas
estratificação
plano-paralela,
estratificações cruzadas acanaladas, tabular e espinha de peixe, gradação normal e
ripples(Fotografia4). Interpreta-se que essa fácies corresponde a um sistema
deposicionalpraial, elemento arquitetural intermaré/submaré. A fácies supramencionada é sucedida por subarcóseo fino amarelado com grãos subarredondados, contendo contato pontual entre si, e porcentagem de matriz menor que 10%. A rocha apresenta planos de fissilidade atribuídos devido à presença de finas lâminas de argilominerais, contudo possuía boa porosidade. Notou-se uma sequência do tipo finningup, contendo no topo siltitos. Nessa litofácies foram descritas estratificação cruzada sigmoidal, tangencial, hummocky e estruturas de escape de fluido. Interpreta-se que essa fácies corresponde a frente deltaica de um sistema deposicional deltaico. Fotografia 4: A) Marcas onduladas (ripples) vistos em planta; B) Estratificação cruzada espinha de peixe ; C) Estratificação cruzada tabular; D) Estratificação plano paralela.
3.1.3 Grupo Una Na parte intermediária da sequência estratigráfica da região, tenhe-se o Grupo Una, representada pelas coberturas sedimentares do Cráton do São Francisco pertecentes ao Supergrupo São Francisco do Proterozóico Superior, foram estudadas no estado da Bahia e dividida em duas formações: na base, Formação Bebedouro, essencialmente glacial; e no topo, Formação Salitre, representada por carbonatos (Misi& Souto, 1972).
3.1.3.1 Formação Bebedouro A Formação Bebedouro possui contatos com o Grupo Chapada Diamantina discordantes e está constituída por metassedimentos sílticos-argilosos associados a lentes de metagrauvacasconglomeráticas e diamictitos com clastos angulares de diversas litologias e de tamanhos que vão de seixos a matacões, numa matriz siltoargilosa. Nesta matriz contém clorita, sericita, quartzo e calcita e clastos são de gnaisses, granitos, pegmatitos, xistos, filitos, calcários, quartzitos verdes e brancos; além de arenitos, folhelhos e siltitos (Misi& Silva, 1994; Rocha & Pedreira, 2009). Rocha & Pedreira (2009), propõe a sedimentação deste grupo inicialmente por uma glaciação continental no Proterozóico Superior, sendo implatado posteriormente um clima semi- árido que proporcionou o degelo das águas retidas nas geleiras. As rochas dessa formação compreendem pacotes Neoproterozoicos e foram geradas em ambiente glacio-marinho. Foram observados siltitos roxos contendo finas laminações de argilito branco, eram inerentes também intraclastos de argila de cor esbranquiçada (Fotografia5B). Foram observadas estruturas de sobrecarga e pseudonódulos (Fotografia 5A), bem como, estruturas de escape de fluido. Interpreta-se para as rochas observadas um sistema deposicional glacio-marinho, numa possível frente de geleira.
pseudonodulos; B) Intraclastos de argila Fotografia 5: A) Estrutura de sobrecarga e pseudonodulos; emersos em matriz siltosa.
3.1.3.2 Formação Salitre A Formação Salitre, está descrita por Pedreira et al. (1987), como unidades carbonáticas classificas em quatro unidades: Unidade Nova América, constituída por lamitosalgais, calcarenitospeloidais, dolomitos e silexitos, com mineralizações de fosfato
e
estromatólitos
colunares;
Unidade
Gabriel,
composta
por
calcarenitosooliticos, dolomitos, silexitos, arenitos e calcissiltitos com laminação plano-paralela e ondulada; Unidade Jussara formada por calcarenitos pretos com estratificação plano-paralela,calcarenitos pretos oncolíticos, calcarenitos quartzosos, calcissiltitos, estromatolitos, argilitos, siltitos e silexitos e no topo, a Unidade Irecê que possui calcilutitos e margas dominantes, arenito e argilitos. O degelo das águas retidas nas geleiras contribuiu para a subida do nível médio dos mares, possibilitando a deposição das unidades carbonáticas, em ambientes suprá, inter e submaré (Rocha & Pedreira, 2009). As rochas dessa formação que foram encontradas são correspondentes da Unidade Gabriel e são formados num contexto de ambiente plataformal marinho raso. Foi observado um calcarenito acinzentado gradando para calcilutito, apresentando uma gradação normal, observou-se estratificações plano- paralelas e interpretou-se
que
as
rochas
observas
deposicionalplataformal marinho raso (Fotografia 6).
remetem
a
um
sistema
Fotografia 6: Calcarenitos com estratificação plano-paralela.
3.1.4 Coberturas Tércio-Quaternárias As Coberturas Recentes superficiais datam no Cenozóico (Vieira, 2005), evidenciando o hiato com a Formação Morro do Chapéu datada do Mesoproterozóico, essas coberturas são compostas por areias e crosta lateríticas, brechas calcíferas e calcretes e areias argilosas e argila. Uma seção ecoluna estratigráfica foram confeccionadas com os dados de campo, fazendo as correlações entre litologias, estruturas e ambientes metamórficos (Fotografia 6).
Figura 8: Seção geológica regional.
A Seção geológica referente ao estudo regional onde foram descritos desde o embasamento (complexo Mairí) até Grupo Una, pegando as formações Tombador, Caboclo, Morro do chapéu (Grupo Chapada Diamantina) e formações Bebedouro e Salitre (Grupo Una).
Figura 9: Coluna estratigráfica regional
3.2.GEOLOGIA LOCAL 3.2.1 Grupo Chapada Diamantina Em campo foi realizado um caminhamento de sentido oeste- leste saindo dos arredores do povoado de Cristal- BA a usina eólica. Nesse trajeto foi observada a
sequência estratigráfica da área que pode ser descrida da base para o topo da seguinte forma: 3.2.1.1 Formação Caboclo Nesta formação puderam ser individualizadas duasfácies distintas:fácies arenito amarelado fino maciço e bem selecionadoefácies calcáreoestromatolítico A rocha observada foi um arenito fino à médio amarelado com lentes avermelhadas, possuindo grãos moderadamente selecionado sub angulosos à sub arredondados, pouco esféricos, baixo grau de argilosidade, quantidade de matriz inferior a 10% , maturidade texturalsubmatura e mineralógica matura. Foi observada uma cimentação incipiente e baixa porosidade, e no que diz respeito as estruturas, a única vista foi laminação plano-paralela (Fotografia 7A). Esta litofácies reflete um ambiente marinho de plataforma progradante abaixo da linha de t empestades. Na fáciesarenito amarelado fino maciço e bem selecionadoforam observados da base para o topo três litofácies distintas: subarcóseo fino amarelado contendo contato pontual entre si, e elevado grau de cimentação que obstrui os aspectos inerentes aos grãos da rocha, no entanto é possível notar estrutura maciça, baixa porosidade e grãos angulosos. Sobrepondo
esta
litologia,
observaram-se
outros
subarcóseos
finos,
acinzentados contendo laminação cruzada tangencial (Fotografia 7B) e lâminas de silte limitando os sets, supõe-se que impera um processo de fluxo de grãos e queda de grãos, são observadas também ripples suavizadas (Fotografia 7C). A litologia possui uma cimentação que obstrui a visualização dos demais aspectos do grão. A terceira litologia é composta por siltito argiloso avermelhado, com argilominerais e sericitas, além de uma estratificação plano-paralela (Fotografia7D). No entanto atribui-se a essa litofácies arenítica um ambiente de plataforma progradante dominada por ondas, que grada verticalmente para plataforma progradante abaixo da linha de tempestade.
fotografia7: A) Arenito amarelado contendo laminação plano-paralela; B) Laminação cruzada tangencial em arcóseo; C) Marcas onduladas suavizadas; D) Afloramento contendo estratificação plano- paralela.
Na fácies calcário estromatolíticofoi observada apenas uma litofácies composta por espesso pacote de calcarenito e calcilutito acinzentado dispostos paralelamente sobre forma de tapete, formando lamitosalgais (Fotografia 8A). As camadas chegam a possuir 20 cm de espessura, e nestas puderam ser vistos oncólitos e marcas onduladas, também observou-se lentes de silexito presentes entre as camadas de calcarenito (Fotografia 8C). Nos aspectos gerais a rocha admite uma estratificação plano-paralela, que indica baixa energia de transporte (Fotografia 8B). Foi visto também blocos rolados de estromatólito colunar e feições de relevo cárstico (Fotografia8D). Atribui-se a essa litofácies um ambiente marinho raso de águas quentes.
Fotografia 8: A) Esteiras microbianas formando lamitosalgais; B) Estratificação plano paralela em calcarenitos e calclutitos; C) Lente de silexito em meio aos calcarenitos com marcas onduladas; D) Blocos rolados contendo estromatólito colunar.
3.2.1.2 Formação Morro Do Chapéu Nesta formação puderam ser individualizadas duaslitofácies distintas, fáciesarenito silicificado maciço esbranquiçado e fácies arenito friável vermelho a roxo. A fáciesarenito silicificado maciço esbranquiçado é caracterizada por possuir um quartzo arenito esbranquiçado (Fotogafia 9A). Seus grãos apresentam textura média a grossa, são subangulosos a subarredondados, com pouca esfericidade, bem selecionados possuindo aspecto sacaroidal, ou seja, baixa argilosidade, e contato pontual entre si. Na base a rocha apresenta uma cimentação incipiente que vai tornando-se mais abundante a medida que ocorre gradação vertical. O cimento obstrui as estruturas sedimentares, portanto não puderam ser observadas. Entretanto, com base no que foi descrito, supõe-se que os sedimentos tenham sido retrabalhados
por processos eólicos, devido o selecionamento das texturas areia média e areia grossa, sugerindo-se um paleoambiente de dunas costeiras. Nafácies arenito friável vermelho a roxofoi observado um arenito médio a grosso vermelho a roxo composto por grãos subangulosos a subarredondados, foscos, moderadamente selecionados, com baixa argilosidade, contato pontual entre os grãos e uma cimentação incipiente, mas não suficiente para obstruir todas as estruturas. No que se refere às estruturas sedimentares, foram observadas: estratificação plano paralela, estratificação cruzada tangencial, estratificação cruzada tabular, estratificação cruzada acanalada e ripples (fotografia9). Com base nos dados coletados, infere-se que essa litofácies tenha sido depositada em ambiente eólico num campo de dunas.
Fotografia 9: A) Ao lado direito da foto quartzo arenito branco com estrutura maciça; B) Estratificação plano-paralela em arenitos avermelhados; C) Estratificação cruzada acanalada em arenitos vermelhos; D) Estratificação cruzada acanalada sobreposta por estratifica
3.2.2 Coberturas É composta por duas litofácies penecontemporâneas: a primeira composta pela fácies solo argilo/siltoso e a segunda pela fácies solo siltico argiloso amarelado.
3.2.2.1 Coberturas Tércio- Quaternárias Na fácies solo argilo/siltosoforam observadas coberturas detríticas onde pode ser descrito solo amarelado de textura argilosiltosa com grãos variando de subangulares a subarredondados e moderadamente selecionados (Figura 4B).
3.2.2.2 Coberturas Recentes Na fácies solo siltico argiloso amareladoforam encontradas coberturas recentes compostas em sua maioria por solo siltico argiloso vermelho amarelado (Fotografia10A), com grãos bem selecionados e subordinadamente observou-se solo areno-siltoso com grãos subarredondados a arredondados e estruturas colunares presentes. Localmente próximo as drenagens, foram vistos solo branco acinzentados de granulometria areia fina a media e grãos moderadamente selecionados (Fotografia10C). Fotografia 10: A) Solo síltico-argiloso vermelho amarelado ; B)Solo amarelado de textura areno-siltosa; C) Solo branco acinzentado localizado próximo as drenagens.
Figura 10: Coluna estratigráfica local
As descrições feitas em campo tiveram as litologias e estruturas primárias correlacionadas e com isso interpretadas para descrição dos possíveis ambientes de sedimentação (Figura 10).
3.3 GEOLOGIA ESTRUTURAL O embasamento, Complexo de Mairi, apresenta padrão estrutural bastante irregular com geometrias de redobramentos e formas ovaladas, essas feições irregulares encontram-se reorientadas por transcorrências sinistrais rúpteis-
ducteisna região de Piritiba-BA e França-BA, essas transcorrências não afetam as rochas Mesoproterozóicas do Grupo Chapada Diamantina (CPRM). O Grupo Chapada Diamantina estrutura se em mega dobras suaves (Anticlinal Morro do chapéu), orientadas norte-sul com fraco cimento para norte, no flanco oeste da anticlinal de Morro do Chapéu ocorrem falhas de baixo ângulo truncando o acamamento com geometrias duplexes. Nos arenitos silicificados da formação Morro do Chapéu se evidencia o evento compressional brasiliano onde se tem sistemas de fraturas de cisalhamentos conjugadas. As séries de estruturais observadas em campo são produtos do truncamento do Cráton São Francisco por um aulacógeno e a orientação preferencial das estruturas segue a direção predominante daquelas observadas nas bordas do Cráton, onde posteriormente foram depositadas protólitos do Supergrupo Espinhaço datados do Mesoproterozóico e unidades Neoproterozoicas do Supergrupo São Francisco. Nota-se na seção (figura 11) o leve dobramento das camadas o que já é esperado devido à idade mesoproterozóica das camadas.
Figura 11: Mapa geológio e seção.
3.4 GEOLOGIA HISTÒRICA O contexto relacionado à evolução dos eventos geo-históricos tem seu princípio nas intrusões ácidas e andesíticas referentes as rochas do Complexo Mairi, onde foram observados em campo biotita gnaisses que compõem os TTGs de idade Arquena. Os bitita gnaisses encontram-se migmatizados, evidenciando que houve um metamorfismo regional de alto grau, que submeteu essas rochas a uma fusão parcial. Essas rochas encontram-se fraturadas, evidenciando um paleonívelcrustral suficientemente elevado para alocar o pacote numa zona de regime rúptil. No início do mesoproterozóico estava ocorrendo a tafrogêneseestateriana que propiciou a deposição das bacias do tipo QPC (quartzo-pelito-carbonatos), e nesse contexto foram depositados os sedimentos da Formação Tombador, em ambiente fluvial entrelaçado e leque aluvial. Entretanto em campo foi visto sub ambiente barra longitudinal. O contato com o embasamento é tipo onlape pôde ser observado (Figura1). Fotografia 11: Contato entre o embasamento e os arenitos da Formação Tombador
A Formação Caboclo é de mesma idade que a tafrogênse mencionada e foi depositada em ambiente marinho plataformal e supra a submaré. Reflete um período da história da Terra marcado por eventos de regressão e transgressão marinha. Em campo puderam ser observados desde os carbonados do ambiente submaré a supramé até os pelítos também formados em ambiente subaquoso, entretanto numa profundidade com menor lâmina d’água. Tais pelítos continham uma fina lâmina de
óxido de ferro interestratal que possivelmente pode significar um pulso de oxigenação anômalo devido o aumento de cianobactérias anóxidas (Fotografia 13). Fotografia 12: Lâmina de óxido de ferro
Sobrepondo a formação supramencionada foi observada em campo a Formação Morro do Chapéu que reflete uma total mudança de ambiente para um ambiente eólico. Nesta são observadas duas litologias distintas: um arenito avermelhado que cavalga sobre um arenito branco. Foi notório ao menos duas fases deformacionais, uma compressiva ligada ao dobramento das formações mesoproterozóica e uma distensiva que gerou boundings. Por fim durante o quaternário foram depositadas as coberturas aluviais devido à avulsão dos canais que cortam a área.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Após aplicação do método cientifico investigativo dessa pesquisa foi possível pontuar algumas considerações acerca dos objetivos propostos.
Com a
fotointerpretação foram destacadas 8 fotofácies distintas pertencentes as formações Caboclo e Morro do Chapéu. Tal conhecimento corroborou para o entendimento da disposição espacial dos litotipos associados. Ao final do relatório foi confeccionado um mapa fotogeológico da área contendo os pontos descritos e um mapa de caminhamento da geologia regional,utilizando como base a carta geológica de Jacobina-Ba, seguido de seções
geológicas e colunas estratigráficas (regionais e locais). Neste sentido os resultados se mostraram demasiadamente satisfatórios. De posse das colunas e seções o objetivo de remontar os sistemas deposicionais e a evolução geológica sedimentar tornou-se facilitado. Foram interpretados para a Formação Caboclo sistemas deposicionais marinho raso, marinho plataformal e sub maré a supra maré, enquanto para a Formação Morro do Chapéu foi interpretado um ambiente de sedimentação eólico, mais precisamente um campo de dunas. Com base na interpretação da seção geológica local observou-se que houve um cavalgamento de cinemática destral na porção Oeste da área de estudo. Foram observados dobramentos locais assimétricos com vergência para Oeste, concordantes com os dobramentos regionais apresentados na carta de Jacobina-Ba. É importante ressaltar que não foi possível cobrir toda a área de estudo devido às dificuldades no acesso, entretanto, sugere-se mais estudo na área a fim de uma maior cobertura de sua totalidade.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, F. F. M. Origem e evolução da plataforma brasileira. DNPM-DGM, Boletim, 241, 36p, Rio de Janeiro, 1967. ALMEIDA F. F. M. Diferenciação tectônica da plataforma brasileira. In: SBG, Congr. Bras. Geol., 23, Anais: 29-46, Salvador-BA, 1969. ALMEIDA F. F. M. O Cráton do São Francisco. Rev. Bras. Geociências. 7: 349-364, 1977. ALKMIN, F. F.; BRITO NEVES, B. B.; CASTRO ALVES, J. A. Arcabouço Tectônico do Cráton do São Francisco. In: DOMINGUEZ, J. M. L. & MISI A, eds., O Cráton do São Francisco. Salvador, Soc. Bras. Geol./SGM/CNPq, p.45-62, 1993. BARBOSA, J. S. F.; SABATÉ, P.; MARINHO, M. M. O Cráton Do São Francisco Na Bahia: Uma Síntese. Revista Brasileira de Geociências, vol. 33. Salvador/BA, 2003. BARBOSA, J. S. F. Geologia da Bahia: Pesquisa e atualizações. Coord. Geral: Johildo Salomão Figueiredo Barbosa. CPRM; Salvador-BA, 2012. BRITO NEVES B.B., SANTOS E.J., VAN SCHMUS W. R. Tectonic history of the Borborema province.In: U.G.Cordani; E.J. Milani; A Thomaz Filho; D. A. Campos (eds.) Tectonic Evolution of the South America. 31st International Geological Congress, pp. 151-182, Rio de Janeiro- RJ, 2000. CARVALHO, Luiz & RAMOS, Maria. Geodiversidade do Estado da Bahia, Salvador, CPRM, 2010. CPRM- Serviço Geológico do Brasil. Projeto Jacobina- Folha SC.24-Y-C, Estado da Bahia, 1996. DA SILVA, H. M. Sistema de informações geográficas do aquífero cárstico da microregião de Irecê, Bahia: subsídio para a gestão integrada dos recursos hídricos das bacias dos rios Verde e Jacaré . Dissertação (Pós-Graduação em Geoquímica e Meio
Ambiente)- Universidade Federal da Bahia, 145p, Salvador-BA, 2005. DERBY, O. A. Notas Geológicas sobre o Estado da Bahia. Secr. Agric. Viaªo Ind. Obr. Publ. Boletim, 7: 12-31, 1905 a. DUSSIN & DUSSIN. Supergrupo Espinhaço: Modelo de Evolução Geodinâmica. Revista Geonomos; UFMG- Departamento de Geologia, 1995. DOMINGUEZ, J. M. L. As Coberturas do Cráton do São Francisco: uma abordagem do ponto de vista da análise de bacias. In: DOMINGUEZ, J. M. L.; MISI, A. (eds). O
Cráton do São Francisco. Salvador, SBG - Núcleo BA/SE, p. 137-159, Salvador-BA, 1993. EMBRAPA. Banco de Dados Climáticos do Brasil - Município: Morro do Chapéu. Acesso em Março de 2014. Guimarães & Pedreira (1990), GUIMARÃES, J. T., A Formação Bebedouro no Estado da Bahia: Faciologia, Estratigrafia e Ambientes de Sedimentação. – UFBA, 1996. INMET- Climatologia para a cidade de Morro do Chapéu Climatologia para a cidade de Morro do Chapéu. Acessado em 24 de março de 2014. JUNCÁ, F. A.; FUNCH, L.; ROCHA, W. Biodiversidade e Conservação da Chapada Diamantina. Ministério do Meio Ambiente; p: 45-68; Brasília-DF, 2005. LOUREIRO H. S. C., BAHIENSE I. C., NEVES J. P., GUIMARÃES J. T., TEIXEIRA L. R., SANTOS R. A., MELO R. C. Geologia e recursos minerais da parte norte do corredor de deformação do Paramirim: (Projeto Barra – Oliveira dos Brejinhos). CBPM, Série Arquivos Abertos 33, 113 p; Salvador-BA, 2008. MISI, A.; SILVA, M. G. Chapada Diamantina Oriental-BA: Geologia e Depósitos. Secretária da Indústria, Comércio e Mineralização./ Superitêndencia de Geologia e Recursos Minerais; Salvador-BA, 1994. MISI, A.; SILVA, M. G. Chapada Diamantina Oriental - Bahia: Geologia e Depósitos. Salvador: SGM, 194 p., 1996. PEDREIRA, A. J. O Supergrupo Espinhaço na Chapada Diamantina Centro Oriental, Bahia: Sedimentologia, Estratigrafia e Tectônica. (tese de doutoramento) - São Paulo, USP, Instituto de Geociências, 1994. PEDREIRA, A. J.; ROCHA, A. J. D.; COSTA, I. V. G.; MORAIS FILHO, J. C. Projeto Bacia de Irecê II: relatório final. CPRM, volume 2; Salvador-BA, 1987. ROCHA, A. D.; PEDREIRA, A. Geoparque Morro do Chapéu- BA. Projeto Geoparques- Proposta. Ministério de Minas e Energia, Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Serviço Geológico do Brasil – CPRM. SalvadorBA, 2009. SAMPAIO, A. R. Jacobina Folha Sc. 24-Y-C: Estado da Bahia. CPRM, 77 pp. Programas de Levantamos Geológicos Básicos do Brasil- PLGB, Brasília/DF, 1998. SCHOBBENHAUS, C. O Proterózoico Médio no Brasil com Ênfase na Região Centro- leste: Uma Revisão. Freiburg i. Br., Universidade de Freiburg, Faculdade de Geociências, Tese de Doutoramento, 166 p, 1993.
SCHOBBENHAUS, C. As Tafrogêneses Superpostas Espinhaço e Santo Onofre, Estado Da Bahia: Revisão e Novas Propostas. Revista Brasileira de Geociências. 1996.
SRIVASTAVA, N. K. & ROCHA, A. J. D. Fazenda Cristal (Bahia) Estromatólitos Mesoproterozóicos. SIGEP- Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil – 093;
Morro do Chapéu-BA, 1999. TEIXEIRA, J. B. G.; SILVA, M. G.; MISI, A. Projeto Ibitiara - Rio de Contas. CPRM/CBPM, Programa Recursos Minerais do Brasil, 182 p; Salvador-BA,2005. VIEIRA, A. T. Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea. Diagnóstico do Município Morro Do Chapéu, Ministério de Minas e Energia- CPRM. Salvador-Ba, 2005.
6 ANEXOS CADERNETA DA GEOLOGIA REGIONAL
Ponto 1 (Embasamento)(0297302; 8707502; 840 m) Afloramento de Corte de estrada, situado no km 231 da BA-05, próximo a cidade de Morro do Chapéu. Neste ponto a vegetação é de médio porte, pouco espaçada, com copas pouco exuberantes. O solo é de coloração vermelho amarelado e o afloramento tem 125 metros de comprimento. Está direcionado segundo N 308. A rocha apresenta bandamento composicional segregado em bandas félsicas e bandas máficas. As bandas máficas são compostas por biotita (10%) e bandas félsicas compostas por quartzo (30%), k-feldspato (40%) e plagioclásio (20%). A biotita encontra-se bastante alterada e amorfa. O quartzo encontra-se prismático com feições de mineral cristalino, assim como os grãos de k-felsdpato e plagioclásio. Há indícios de caolinita devido ao intenso intemperismo e o contato entre os grãos é reto. A rocha possui veios de quartzo e veios pegmatoides. É notório um contato angular e litológico entre o embasamento e a formação sobrejacente. Os veios possuem atitude : N200/55NW O bandamento possui atutude: N320/40NE Atitudes de fraturas: N351/90NE , N186/44SW
Foto afloramento
Foto bandamento composicional.
Foto do contato. Ponto 02 (0297237; 8707769; 873m) (Formação tombador) Afloramento de corte de estrada a 100m do anterior. O afloramento contem camada de solo de 2 m e este encontra-se bastante alterado. A rocha contida no afloramento é arenítica de granulometria fina a media (contendo minerais de sericita) com bastante matriz argilosa (caolinitica), intercalando com outra camada de arenitos mal selecionados de granulometria de media a grossa (gradação multipla) com seixos subarredondados e matriz de cor vermelha e branca. Foi possível observar também estratificação cruzada tabular. Características da base da formação tombador. Ambiente leque distal.
Foto estratificação cruzada tabular. Ponto 3 (0297082; 8708494; 929m) (Formação tombador) Rocha de coloração branca composta comgradação múltipla (areia media a grossa) com grãos subangulosos com pouca matriz, menos de 10%. A rocha possui baixa argilosidade, a amostra é imatura texturalmente e matura mineralogicamente. A mineralogia básica é composta por quartzo 80%, feldspato 5% e fragmentos de rocha 15%. Foi observada também gradação normal, onde ocorre uma granodecrescencia ascendente.
Foto gradação múltipla Uma segunda litologia de cor amarela e mineralogia básica composta por 70% quartzo, 25% de feldspatos e 5% de fragmentos de rocha. os grãos são subangulosos e o contato entre estes é pontual e a única diferença das duas litologias é a presença da estratificação cruzada acanalada cuja direção é N15º, estratificação plano paralela, estratificação tabular e tangencial. Interpretou-se que o ambiente é um canal entrelaçado que não foi evidenciado da Direção do afloramento: N11 Direção das camadas: N215/08NW, 219/12NW, 207/15NW
Paleocorrente da estratificação cruzada acanalada: N14 Paleocorrente da estratificação plano paralela: N12 Atitude das fraturas: N61/89SE, N65/90SE, N81/90SE.
Foto estratificação cruzada acanalada.
Foto estratificação cruzada acanalada.
Foto estratificação cruzada tangencial.
Foto estratificação plano paralela. Ponto 4 (0285845, 8712930, 800 m) (Formação caboclo) Afloramento de corte de estrada, rocha de cor vermelha, de granulação areia fina, intercalando com argilito branco, alguns argilitos amarelos contendo sericitas em pouca quantidade, os grãos encontram-se subangulosos com contato pontual entre eles pouca presença de matriz, baixa argilosidade, amostra submatura. Cor branca, presença de gradação múltipla nos sets da estratificações tangenciais, observa-se também lentes argilosas e presença de ripples, e estratificação do tipo wavy. As camadas de rocha do afloramento da base para o topo encontram-se dispostas paralelamente, as camadas mais esbranquiçadas são mais argilosas e menos resistentes. E as camadas mais avermelhadas areniticas são mais resistentes, observa-se espessamento ascendente. Observam-se também a presença de hummokye, indicativa de ambiente marinho plataformal raso.
Foto do afloramento
Hummockye Direção do afloramento: N200 Atitude das camadas: N276/23NE, N280/21NE, Ponto 5 (Formação Morro do Chapéu fácies 3) (281876, 8713869, 904 m) Afloramento em lajeado próximo a cachoeira do Ferro Doido. A rocha presente é um arenito vermelho bem selecionado com grãos subarredondados a arredondados (quartzo arenito) boa esfericidade e contato convexo entre os grãos sendo que estes apresentam uma gradação normal e contendo estratificação cruzada acanalada e ripples a mineralogia básica é composta por 90% de quartzo, 8% de fragmento lítico e 2% de feldspatos. Os grãos se apresentam com textura média a grossa e o grau de argilosidade é muito baixo. As estruturas sedimentares observadas são estratificação cruzada acanalada, ripples e gradação normal que já foi mencionada. Ambiente planície de maré. As ripples possuem tais paleaocorrentes : N29, N25, N35, N35.
Estratificação cruzada acanalada
Ripples
Ponto 6 (Formação Morro do Chapéu fácies 3 ou 2) (02665206, 8721315, 1010 m) Afloramento tipo pedreira ao lado da BA 052. Rocha de coloração vermelha com granulometria media a grossa, os grãos tem boa esfericidade, e encontram-se subarredondados,possuindo contato pontual entre os grãos, por vezes esse contato não fica muito nítido devido a obstrução causada pelo cimento enriquecido em sílica. São observadas as seguintes estruturas: Estratificação plano paralela, estratificação cruzada tabular, estratificação cruzada acanalada, estratificação cruzada espinha de peixe e marcas onduladas. E interpretado como ambiente de deposição desses sedimentos o ambiente marinho raso (intermaré/submaré).
Hummokye.
Estratificação cruzada tangencial.
Estratificação espinha de peixe.
Ripples
Estratificação cruzada tabular.
Estratificação plano paralela. Ponto 7 (Formação Morro do Chapéu fácies 6 ou 5) (0263493, 8782402, 1047 m) Afloramento ruiniforme na estradada cidade de morro do Chapéu. Arenito acinzentado conglomerático com grãos bem selecionados apresentando silicificação em suas bordas, com presença de estratificação cruzada acanalada. Foram observados também ortoconglomerados polimíticos.
Ortoconglomerados, possuindo estratificações acanaladas.
Ponto 8 (Formação Caboclo fácies 4) (0253674, 8725365, 1121 m) Afloramento em corte de estrada. Neste afloramento foram encontrados 4 tipos de rocha, da base para o topo foram vistos argilitos que intercalam colorações roxas e esbranquiçadas, sobrepostos por lente ferruginosa com espessura media de 1 cm que indica pulso de oxigênio nas águas e aumento dos níveis de ferro nos oceanos. Na sequencia vertical foram observados Siltitos com estrutura maciça e no topo foram vistos arenitos finos, de cor amarela contendo mineralogia básica composta por quartzo 60 (%), feldspato (30%), e fragmentos líticos (5%) grãos com contato pontual entre si, presença de caolinita e estrutura maciça. Esses sedimentos representam uma progradação dos sedimentos continentais sobre os marinhos. A direção do afloramento é N85 Contato com a Formação Morro do Chapéu fácies 5 .
Sequência da base para o topo, argilito, duricrosta ferruginosa e Siltitos. Ponto 9 (Caboclo fácies 4) (0249785, 8725502, 1056 m). Afloramento de corte de estrada onde foram encontradas camadas de argilito esbranquiçado com finas camadas de siltito que sustentava o argilito sotoposto e ambas as camadas encontravam-se dobradas, com padrão de dobramento caixa de ovos. Foi notória a presença de lentes de areia média que possuíam estrutura do tipo ripples.
Camada de argilito sotoposto a camada de siltito.
Ponto 10 (Caboclo fácies 4) (0249442, 8725711, 1033m) Afloramento de corte de estrada onde foram encontradas quatro litologias descritas da base para o topo da seguinte forma: litologia 01- Rocha de coloração rosa, granulometria siltosa, rocha com estrutura maciça, com 15% de quartzo, apresentando pouca fissilidade e friabilidade relativamente baixa. Foram observados também gretas de ressecamento e estruturas de boudinage, indicando movimento sinistral com direção N300° Litologia 02Litologia 03 Litologia 04- Rocha de cor amarelada, apresentando granulometria fina, fração silte, com estrutura maciça e alto grau de argilosidade. Foi observado planos incipientes de deposição pouco visíveis. O afloramento como um todo apresentavam as seguintes atitudes:
Atitudes das camadas: N332/22 NE Atitude do flanco esquerdo: N250/44 NW Atitude do flanco direito: N11/05 SE Atitude da charneira: N333/35 NE
Camadas de siltito e argilitos dobradas
Ponto 11 (Formação Caboclo)(0244021, 8728745, 879m) Rocha de cor avermelhada intercalando com amarelada, com mineralogia básica composta por 90% de quartzo, 7% de fragmento de rocha e 3% de feldspatos, com grãos equidimensionais. Os grãos são bem selecionados e subangulosos, apresentando contato pontual, baixa argilosidade, pouca porcentagem de matriz e arcabouço composto por areia média. Esporadicamente ocorrem lentes de areia fina e foram observadas ripples, estratificação tangencial, gretas de ressecamento e falha de baixo rejeito. Ambiente praial ou sabkkas. Atitudes das camadas: N235/25NW, N247/22NW, N243/29NW, N245/30NW, N229/23NW. Atitudes das fraturas: N352/67NE, N355/74NE. Direção do afloramento: N250. Direção da paleocorrentes: N65.
Falha com baixo rejeito.
Ripples.
Estratificação cruzada tangencial.
Gretas de ressecamento. Ponto 12 (Morro do Chapéu) (0242857, 8728751, 820m) Rocha alaranjada composta por grãos tamanho areia fina superior, grão subarredondados contendo boa seleção e porcentagem de matriz inferior a 15%. Os grãos possuem contato pontual e a rocha apresenta planos de fissilidade promovidos pela presençade finas lentes de argilominerais. Mineralogia básica composta por 75% de quartzo, 20% de feldspatos e 5% de fragmentos líticos. Os grãos apresentam baixa esfericidade e a rocha possui boa porosidade. No afloramento observou-se sequência finningup contendo arenito na base e siltito no topo, o que representa um movimento de progradação do mar sobre o continente. Estruturas do tipo hummocky e estratificações cruzadas sigmoidais e tangenciais e estruturas de escape de fluido foram passiveis de observação nesse afloramento.
Estratificação cruzada sigmoidal representativo de ambiente Deltaico.
Hummocky Ponto 13 (Formação Bebedoro) (0241472, 8730286, 741m) Afloramento de corte de estrada bastante intemperizado contendo siltitos roxos contendo finas laminações de argilito branco, também puderam ser observados intraclastos de argila, estruturas de sobrecarga, pseudonódulos e estruturas de escape de fluido, que representam um ambiente de frente de geleira próximo a um mar. Atitude da Fratura N33/77SE Atitude das camadas N223/15NW, N218/08NW
Intraclastos de argila
Pseudonodulos e estrutura de sobrecarga
Ponto 14 (0236976, 8733701, 689m) Afloramento de corte de estrada possuindo rocha acinzentada carbonática, tratandose ocorrência de Calcarenitos e Calclutitos apresentando uma gradação normal. Observa-se como estrutura estratificação plano paralela. Interpreta-se que esse afloramento é oriundo de um ambiente plataformal marinho raso. Atitude das camadas: N240/30NW, N242/31NW, N245/18NW, N260/33NW, N230/38NW Atitude das fraturas: N142/76SW, N24/40SE
Calcarenitos
CADERNETA DA GEOLOGIA LOCAL Ponto Amostral 1 (02451107; 8699834; 959 m) Ponto localizado na beira da estrada com vegetação de médio porte e pouco espaçada, seca com galhos espinhosos, amarelo, com granulometria areno-siltosa com baixa argilosidade e grãos sub-arredondados a arredondadose estruturas colunares presentes.
Ponto Amostral 2 (0246764; 8695263; 745 m) Ponto localizado em área antropizada na beira da estrada limitada por cercas vivas, possuindo solo de coloração cinza associado a drenagem intermitente, possuindo vegetação seca de porte médio.
Ponto Amostral 3 (0246759; 8695514; 907 m) Descartado Ponto Amostral4 (0247964; 8692485; 941 m) O solo é avermelhado com vegetação de médio porte. A rocha é acinzentada contendo granulometria tamanho areia fina apresentando planos de acamamento com espessura de camada de 20 cm em geral, com oncólitos e marcas onduladas e tambémobservou-se lentes de silexito presentes entre as camadas de calcarenito. Por vezes observou-se pequenas druzas contendo finos cristais de calcita. A rocha admite uma estratificação plano paralela indicando baixa energia de transporte. A
rocha é pouco porosa. Observou-se também algumas porções com feições de relevo cárstico, exemplo de lapiás e cavernas e além dessas feições, através de imagens de satélite foi possível notar a presença de dolinas. Atitude das camadas: N25/9SE, N19/20, N19/12SE, N5/12SE, N10/12SE, N12/15SE, N9/13SE, N11/8SE.
Drusa de calcita
Silexito
Lapiás Ponto Amostral 5 (0248513; 8696949; 935 m) Ponto localizado na beira de estrada com solo vermelho amarelo de textura argilosiltoso com alto grau de argilosidade e grãos bem selecionados, além do localapresentar vegetação densa de médio porte com poucas folhas.
Solo argilosiltoso Ponto Amostral 6 (0248116; 8701107; 997 m) Ponto localizado na beira da estrada onde predomina-se a vegetação de médio porte, apresentando pouco espaçamento entre si e escassez de folhas. Solo amarelado de textura arenosiltosa com grãos variando de subangulares a subarredondados e moderadamente selecionados e com baixo grau de argilosidade.
Solo argilosiltoso Ponto amostral 7(0247700; 8694198; 921 m) Idem aos pontos 1 e 6. Ponto controle 1(0249010; 8693760; 686m) Solo Ponto controle 2(0248814; 8694045; 936m) Solo (rio?)
Solo Ponto amostral 8(lineamento)(0245971; 8694852; 922m) Solo Ponto amostral 9(0244382; 8697066; 894m) Bifurcação do paleocanal do rio, solo de cor branco a cinza.
Foto do ponto.
Ponto amostral 10(lineamento) (0243837; 8695730; 940m) Nesse ponto foi observado apenas solo e os lineamentos não existem.
Foto do ponto.
Ponto amostral 11 (0245176; 8693255; 930m)
Foto ponto 11 Solo vermelho amarelado siltico argiloso Ponto Amostral 12(0241028; 8697403; 910 m) Afloramento de corte de estrada com direção de afloramento N 165. Neste ponto observa-se 3litotipos distintos que encontram-se intercaladas, da base para o topo têm-se: rocha de cor acizentada possuindo granulometria areia fina e os grãos possuem contato pontual entre si, ou entanto, os demais aspectos dos graos não são observados devido ao alto grau de cimentação. A rocha possui estrutura maciça e baixa porosidade. Intercalado a este litotipo observou-se arenito branco acizentado com estratificação tangencial possuindo laminas de silte limitando os sets. Supõe-se que impera um processo de fluxo de grãos e queda de grãos. Os aspectos inerentes ao grão não são observáveis devido ao alto grau de cimentação. Por esse mesmo motivo a rocha possui baixa porosidade. Observou-se que intercalado as litologias supramencionadas uma rocha de cor avermelhada com porções de alteração. No que diz respeito aos aspectos inerentes ao grão foi notório granulometria na fração silte em maior proporção e em menor proporção fração argila. Aparentemente os graos sãobem selecionados, bem arredondados e pouco poroso. Sua mineralogia principal composta por argilominerais e sericitas. Em geral o afloramento apresenta estratificação plano paralela, entretanto são observadas estruturas como ripples suavizadas e laminação cruzada tangencial. Atitude das camadas:N193/14, N174/14, N135/12, N154/18, N188/11, N215/19, N210/15, N183/14. Direção de paleocorrentes: N 172
Foto afloramento
Foto ripples suavizadas
Laminação cruzada tangencial .
Ponto Amostral 13(0239962; 8697738; 895 m) Arenito de granulometria fina a media, moderadamente selecionado, cor amarelo avermelhada.
Foto afloramento em lagedo. Ponto amostral 14 (0239864; 8697748, 898m) Arenito amarelado possuindo laminas avermelhadas. Com relação aos graos, eles fazem contato pontual entre si, os grãos são angulosos a sub angulosos, apresenta maturidade texturalclassificada como matura e mineralógica também. A amostra possui baixa grau de argilosidade e os grãos não são esféricos. A amostra possui quantidade de matriz inferior a 10% e cimentação incipiente, possui pouca porosidade, bem como famílias de fraturas que individualizam blocos que por vezes encontram-se rotacionados devido aos movimentos gravitacionais. Duas dessas famílias de fraturas formam um ângulo de 60º entre si e as estruturas encontradas são estratificação plano paralela cujas atitudes são: N215/18 NW e fraturas: N320 e N210.
Foto afloramento
Par conjugado.
Estratificação plano paralela. Ponto amostral 15 (0241658; 8696982, 903m) Afloramento em lagedo contendo rocha de cor amarela composta por areia fina a areia muito fina, os grãos são angulosos, não são arredondados e possui 25% de matriz argilosa. Apesar de possuir grande quantidade de matriz argilosa, a rocha é pouco friável e não apresenta fissilidade, além de ser porosa. Possui mineralogia básica quartzo 75%, plagioclásio 15% e 10% de fragmento de rocha. a rocha possui estrutura maciça.
Afloramento em lagedo. Ponto amostral 16 (0238639; 8697731; 890m)
Bloco rolado. Amostra na caminhonete Ponto amostral 17.1(0238525; 8697913; 896m) Arenito de cor avermelhada, apresenta uma moderadacimentação, tendo grãos moderadamente selecionados, baixo grau de argilosidade, subangulosos a subarredondados, foscos, contendo moderada esfericidade. As grãos fazem contato pontual entre si e a granulometria varia de grossa a media. A mineralogia básica é composta por quartzo 70%, fragmentos líticos 5%, feldespatos 25% e foi possível observar traços de clorita e de biotita. Foram observadas estruturas como estratificação plano paralela, estratificação cruzada tangencial e estratificação cruzada acanalada. Atitudes das camadas: N195/45NW, N198/45NW, N210/59NW, N212/46NW, N191/40NW, N295/44NW, N192/37NW, N185/25NW, N187/40NW, N195/40NW.
Foto afloramento Ponto amostral 17.2 (0238653; 8697934; 897m) Arenito grosso de cor branca e granulometria media a grossa sotoposto ao arenito avermelhado. Este litotipo apresenta grãosbem selecionados com grãos de aspecto sacaroidal, subangulosos a subarredondados com baixa esfericidade e o contato entre os grãos é pontual. Os grãos possuem uma cimentação incipiente, totalizando uma quantidade menor que 10% de cimento. Devido a cimentação as estruturas foram obstruídas e portando não são foram observadas. A rocha apresenta boa permeabilidade eporosidade. A mineralogia básica composta por quartzo 85%, fragmentos líticos 5%, feldespato 10%. A amostra é friável.
Foto afloramento. Ponto amostral 17.3 (localizado ao lado oposto ao ponto 17.2, aproximadamente a 60 m) Arenito avermelhado idêntico ao do ponto 17.1. possui faturamento direcionada a N87 e atitude das camadas N195/37NW, concordante com as atitudes das camadas anteriores.
Foto estratificação cruzada tangencial.
Ponto amostral 18 (0238704; 8698059; 900m) A rocha é correspondente as rochas do ponto 17.1, o que os diferencia é a presença de ripples (com direção de paleocorrentes N135), estruturas estratificada plano paralela, cruzada tabular (direção de paleocorrentes N140) ecruzada tangencial (N320), o que indica mudança do fluxo. Atitude dos acamamentos: N219/21NW e N211/21NW.
Foto estratificação plano paralela ecruzada tengencial .
Foto estratificação cruzada tabular e cruzada tangencial. No ponto pôde ser observado através das direções dos caimentos opostos das litologias uma possível dobra, e o ponto estaria situado na possível charneira dessa dobra cuja orientação é N215. Fraturamentos também puderam ser observados, com atitude predominante N65/55SE. Foi observado também quea camada sobrejacente composta pelos arenitos vermelhos estavam cavalgando sobre os arenitos esbranquiçados que compõem tal dobra.
Foto da charneira da possível dobra. Ponto amostral 19 (0238974; 8698438; 936m)
Este ponto esta localizado próximo ao topo da serra e neste foi observado apenas blocos rolados e não mais afloramentos. Os blocos rolados eram compostos de arenitos avermelhados e arenitos esbranquiçados.
Foto do ponto contendo blocos rolados. Ponto amostral 20 (0239009; 8698517; 948m) Neste ponto ainda próximo ao topo, foi observado um pequeno afloramento residual contendo ripples, com sentido de paleocorrentes com direção N200, localizada no plano de acamamento da rocha, cujo atitude é N350/23.
Foto marcas onduladas. Ponto amostral 21 (0241655; 8701773; 996m) Solo marron esverdeado com matéria orgânica, textura siltico arenoso e com baixa permeabilidade, devido a presença dos murunduns.