Manual de Formação Animação – conceitos, princípios e técnicas UFCD 3540
Formadora – Ana Jorge
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Programa Objectivo(s) Reconhecer a importância de comunicar e de compreender a pessoa idosa. Reconhecer a importância da animação nas actividades com idosos. Identificar e organizar instrumentos e técnicas específicas na área da animação da pessoa idosa. Reconhecer a importância da socioterapia como forma integradora da pessoa idosa.
Conteúdos Comunicação: análise transacional •
Análise estrutural
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Análise das transacções
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Carícias
•
Posições existenciais
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Jogos psicológicos
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Estruturação do tempo
•
Argumento de vida
•
Contrato
Animação
desenvolvimento das capacidades e potencialidades da pessoa idosa e sua integração na comunidade
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A importância da animação como terapia na manutenção e Página
•
Animação – conceitos, princípios e técnicas
•
Perfil do animador
Técnicas de animação •
Técnicas de animação de grupos
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Motivação
•
Dinâmica de grupos
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Avaliação da aplicação das técnicas
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Elaboração de um guião de entrevista
Socioterapia Importância da socioterapia
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Trabalho produtivo e trabalho lúdico
•
Importância do lazer
•
Lazer e actividade
•
A 3.ª idade numa perspectiva preventiva
Página
2
•
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Animação – conceitos, princípios e técnicas
Análise Transaccional
Análise Transaccional (AT) é uma teoria da personalidade criada pelo Dr. Eric Berne no final da década de 50. De acordo com a definição da International Transactional Analysis Association (ITAA) "A
Análise
Transaccional é uma teoria da personalidade e uma psicoterapia sistemática para o crescimento e a mudança pessoal". É também uma filosofia de vida, uma teoria da Psicologia individual e social. Possui um conjunto de técnicas de mudança positiva que possibilita uma tomada de posição quanto ao ser humano. A análise transaccional ocupa-se essencialmente com o aqui e o agora e com a compreensão das transacções de um indivíduo com os outros e com a sua sociedade. Baseia-se na relação, na comunicação e na necessidade de intimidade. A teoria da AT está estruturada através de 10 instrumentos, que aliados ao conhecimento da história pessoal do indivíduo, aos sinais de comportamentos observados e da intuição, permite predizer, com um grau de acerto espantoso, o que acontecerá ao indivíduo, caso ele continue com o seu programa interno. Esse grau de acerto elevado, tanto se verifica no nível individual quanto em grupos e em organizações, facilitando, assim, a prevenção de comportamentos destrutivos e perigosos, possibilitando uma actuação precisa e potente para que não haja uma concretização de tais predições. Isto possibilita uma actuação preventiva tanto por parte do
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permite a compreensão do comportamento próprio e alheio, sem a
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profissional como por parte do cliente, pois em virtude de sua simplicidade
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necessidade de dispêndio de muito tempo e dinheiro para consolidar um diagnóstico preciso, demonstrando desse modo a sua eficácia.
Os dez instrumentos da AT são os seguintes: 1) Os Estados de Ego ou Estados do Eu - definidos por Berne como: "um estado de Ego pode ser descrito fenomenologicamente como um sistema coerente de sentimentos relacionados a um dado sujeito e operacionalmente como um conjunto de padrões coerentes de comportamento; ou ainda do ponto de vista pragmático, como um sistema de sentimentos que motiva um conjunto de padrões de comportamentos afins".
2) Transacção - é a unidade de acção social, que envolve um estímulo e uma resposta. É como nós comunicamos uns com os outros. Trata-se, por conseguinte, do relacionamento interpessoal. Segundo Berne (ATP) "As manifestações da relação social são chamadas transacções. Estas ocorrem especificamente em cadeias: um estímulo transaccional procedente de X faz emergir uma resposta transaccional de Y; esta resposta torna-se um estímulo para X, e a resposta de X, por sua vez, torna-se um novo estímulo para Y".
3) Estruturação do Tempo - o ser humano, desde o seu nascimento até à sua morte, tem a necessidade de preencher o vazio que existe na sua vida: o
uma só possui aspectos negativos e outra só aspectos positivos. Formadora – Ana Jorge
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delas possuem dois aspectos, um positivo e um negativo; as outras duas -
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tempo. Existem seis maneiras do ser humano estruturar o seu tempo: quatro
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A maneira como uma pessoa estrutura o seu tempo poderá leva-lo à morte precoce ou a viver por muitos anos. As seis (6) formas de estruturar o tempo, segundo Berne (Jogos da Vida) são: 1 - Alheamento (ou isolamento); 2 - Ritual; 3 - Passatempo; 4 - Actividade; 5 - Jogos Psicológicos; 6 - Intimidade.
1- Alheamento (Isolamento) - O ser humano sente a necessidade de ter determinado tempo reservado para estar consigo mesmo, organizar os seus pensamentos, reflectir sobre as suas experiências, os seus pensamentos e os seus sentimentos, planear, tomar decisões, mergulhar nas suas fantasias, etc. Isto é considerado uma prática saudável. Embora
as
carícias
envolvidas
são
auto-carícias
que
normalmente não atendem as necessidades de reconhecimento. Entretanto, esta forma de estruturar o tempo passa a ser
provocar um défice de carícias, quebrando o contacto com a
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forma predominante de estruturar o seu tempo. Com isso, irá
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considerada não saudável quando o indivíduo faz dela uma
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realidade do "aqui-e-agora", vivendo basicamente recordando o passado ou fantasiando sobre o futuro. 2- Ritual - Os rituais propiciam a manutenção dos canais de
comunicação
complementares
abertos
simples
e
através
de
estereotipadas
transacções que
fornecem
carícias superficiais. Os rituais são programados pelo estado de Ego Pai, tem um início, um desenvolvimento e um fim previsível, propiciando uma troca de reconhecimento. Através dos rituais os indivíduos estruturam o tempo sem se comprometerem com a autenticidade e a espontaneidade, restringindo-se apenas à obediência às normas sociais vigentes.
Quando o indivíduo estrutura o seu tempo preponderantemente através de rituais, como por exemplo, com formaturas, recepções, reuniões formais, casamentos, enterros, missas, etc., tende a sentir-se só, pois os rituais fornecem carícias de pouca potência ou de manutenção em função do relacionamento superficial que é mantido nesse caso. - Passatempo - Assuntos em torno de temas inócuos como tempo, juventude, moda, inflação, problemas urbanos, desportos, política, empregadas, crianças, etc., caracterizam os passatempos
que
são
mantidos
através
de
transacções
paralelas ou cruzadas, usadas apenas para passar o tempo.
através de jogos psicológicos.
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parceiros para se relacionarem, através de intimidade ou
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É através do passatempo que as pessoas seleccionam os
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A troca de carícias positivas e/ou negativas envolvidas nos passatempos são de baixa intensidade. 4) Carícias - constitui uma das fomes básicas do ser humano. A partir do conceito de Carícias podemos entender por que determinadas pessoas, por exemplo, estão sempre "metendo-se" em situações desagradáveis, situações difíceis, etc. Por tratar-se de uma fome básica do ser humano, todos nós necessitamos de Carícias. O grande problema é como procuramos as Carícias que necessitamos no nosso dia a dia.
5) Emoções - uma das valiosas contribuições de Berne foi a divisão das emoções em duas categorias: Emoções Autênticas e Falsas Emoções. Esta divisão facilitou em muito o entendimento das doenças psicossomáticas e por conseguinte o seu tratamento e, principalmente, como evitá-las.
6) Posição Existencial - é a forma como nos percebemos a nós mesmos em relação às outras pessoas. São juízos de valor ou conceitos de si mesmo e dos demais adquiridos na infância, através de tomada de decisões, muitas vezes, imaturas e irracionais, uma vez que são baseadas nas condições precárias de criança para raciocinar e pensar objectivamente diante da realidade. É a janela através da qual vemos a nós mesmos e os demais que estão à
porém hoje é possível que a nossa realidade seja completamente diferente
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"OK" para a nossa sobrevivência naquela época e realidade em que vivíamos,
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nossa volta. É uma posição de vida que tomamos em nossa infância, que foi
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daquela, entretanto é possível que estejamos a continuar a ver o mundo através daquela mesma janela.
7) Jogos Psicológicos - é uma maneira negativa do ser humano estruturar o seu tempo. Os Jogos Psicológicos são constituídos por uma série de impulsos com uma emboscada ou "truque" no meio e com um final previsível.
8) Argumento de Vida - é um plano inconsciente de vida ou ainda um programa em marcha, que o indivíduo desenvolve na primeira infância sob influência parental e que irá dirigir a sua conduta nos aspectos mais importantes de sua vida. 9) Miniargumento de Vida - é uma sequência de condutas observáveis, segundo a segundo, que numa tentativa de livrar o indivíduo de seu Argumento de Vida, termina por "empurrá-lo" cada vez mais para dentro dele. Essas condutas observáveis são impulsionadas pelos comportamentos de
Compulsores,
assim
chamados
por
induzir
aos
comportamentos
inadequados.
10) Dinâmica de Grupo – grupo, de acordo com Berne, " é qualquer agregação social com um limite externo e pelo menos um limite interno". O autor desenvolveu a sua própria teoria de grupo, tanto para área clínica
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como para a área organizacional.
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O processo do Envelhecimento O envelhecimento é um processo universal, inerente a todos os seres vivos e que tem o seu inicio a partir do momento em que se dá a concepção. Vários autores dividiram o processo de envelhecimento em três componentes, que são o envelhecimento biológico, o envelhecimento social e o envelhecimento psicológico. 1) Biológico – O processo de envelhecimento biológico resulta da vulnerabilidade crescente e da maior probabilidade de morrer. 2) Social – O envelhecimento social diz respeito aos papéis sociais apropriados às expectativas da sociedade para este nível etário. 3) Psicológico – O envelhecimento psicológico é definido pela autoregulação do indivíduo no campo de forças, pelo tomar decisões e opções e a forma como se adapta ao processo de envelhecimento.
Ao longo do processo de envelhecimento, as capacidades de adaptação do ser humano vão diminuindo, tornando-o cada vez mais sensível ao meio ambiente, que consoante as restrições implícitas ao funcionamento do idoso, pode ser um elemento facilitador ou um obstáculo para a sua vida. Com o declínio progressivo das suas capacidades, principalmente a nível físico, e também devido ao impacto do envelhecimento, o idoso vai alterando os seus hábitos e rotinas diárias, substituindo-as por ocupações e actividades que exijam um menor grau de actividade.
concentração, coordenação e reacção, que por sua vez levam a processos de
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acarretar sérias consequências, tais como a redução da capacidade de
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Esta diminuição de actividade ou até mesmo inactividade, pode
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auto-desvalorização, diminuição da auto-estima, apatia, desmotivação, solidão, isolamento social e depressão.
A Animação O que é? A palavra Animação provém do latino "Anima", que significa "Alma" ou "Sopro Vital". Animação significa, antes de mais, "dar vida" a objectos estáticos. Segundo Quintas e Castaño (1998) “animação é uma actividade interdisciplinar e intergeraccional que actua em diversas áreas e que influencia a vida do indivíduo e do grupo”. Para Choque (2000), animação é sinónimo de vida, de movimento, de actividade. O acto de dar vida, calor. Animar-se ou distrair-se é uma necessidade fundamental de todos os indivíduos, e aquele ou aquela que se diverte com uma ocupação agradável com fim de se descontrair física e psicologicamente satisfaz esta necessidade.
A animação de Idosos A animação de idosos, define-se na maneira de actuar em todos os campos do desenvolvimento da qualidade de vida dos mais velhos, um
acesso a uma vida mais activa e mais criativa, à melhoria nas relações e na
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A animação representa um conjunto de passos com vista a facilitar o
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estímulo da vida mental, física e afectiva da pessoa idosa.
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comunicação com os outros, para uma melhor participação na vida da comunidade de que se faz parte, desenvolvendo a autonomia pessoal. A animação deve solicitar a participação dos utentes e ao torná-los mais activos e interventivos, fazer com que eles se sintam mais úteis e pessoas de pleno direito. A animação incentiva os idosos a empreender certas actividades que contribuem para o seu desenvolvimento, dando-lhe o sentimento de pertencer a uma sociedade, para cuja evolução podem continuar a contribuir. As
actividades
de
animação
poderão
permitir
ao
idoso
a
experimentação de uma série de técnicas e de actividades lúdicas adequadas à sua faixa etária, ocupando o seu tempo livre, numa etapa da vida em que saborear o tempo se torna imprescindível. Para que o tempo livre do idoso se organize de forma eficaz, muito contribui o técnico responsável por esta dinamização, que deverá ter em conta os gostos e preferências do seu público-alvo. Desta forma, podemos concluir que, a animação é de extrema importância como terapia para a manutenção e desenvolvimento das capacidades e potencialidades dos idosos e sua integração na comunidade, visto que com a entrada para a reforma quase sempre acarretam algumas perturbações do equilíbrio psicológico que reflectem sobre a saúde e o comportamento na vida social, nas suas condições económicas e mesmo na
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vida cultural.
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O perfil do animador
A figura do animador desempenha um papel central no método da animação. É ele quem assume a responsabilidade de promover a vida do grupo através do uso dos instrumentos que dinamizam as pessoas envolvidas por este método. Para que desempenhe eficazmente as suas funções, existem três áreas fundamentais que o animador deve ter em conta: o ser, o saber e o saber-fazer. - O ser, é constituído pela sua identidade pessoal - O saber, refere-se aos conhecimentos que deve possuir para desempenhar convenientemente a sua tarefa formativa. Além disso, um animador, conforme a área específica do seu desempenho, terá uma formação consoante o seu sector, o contexto e o conteúdo respectivos. - O saber-fazer, reporta-se à metodologia que usa para dar vida ao grupo que anima, a qual é sempre o reflexo do seu ser e do seu saber. Ao animador, compete dar tempo e espaço para que a vida desabroche nos animandos. Através das suas atitudes, o animador promove o protagonismo, a liberdade, a responsabilidade e o crescimento do destinatário.
pessoa concreta, de uma determinada idade, numa situação existencial
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O animador centra-se, acima de tudo, em quem tem de animar: a
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(In Jacinto Jardim- "O ´Método da Animação")
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específica, com as suas experiências e interesses. Só depois se deve concentrar no que fazer e como fazer. O método da animação valoriza a pessoa pelo que ela é realmente, aceitando-a incondicionalmente. O animador está aberto ao humano e ao serviço da maturidade. Mas ao mesmo tempo que o animador é sensível em relação aos outros, ele é humano a partir de si mesmo, assimilando atitudes fundamentais, tais como saber escutar, esperar. Um bom animador alicerça a sua intervenção numa formação sólida. Não é suficiente uma habilidade natural para dinamizar pessoas ou grupos: anima eficientemente quem adquiriu um conjunto de conhecimentos, quem desenvolveu alguns comportamentos e faz algumas opções metodológicas. Faltando esta formação, o animador pode cair facilmente no desânimo. Tendo em atenção os objectivos a atingir e os conteúdos a apresentar, o animador escolhe, entre os diferentes tipos de métodos, aqueles que mais e melhor se adequam a uma acção em concreto. É essencial que o animador tenha uma grande estabilidade afectiva e emocional para conseguir desempenhar múltiplas funções, como a de amigo, conselheiro, confidente, ajudante em muitas tarefas… Deve apresentar propostas e sugestões, deve saber seduzir, ser activo, comunicador, entusiasta e optimista.
Função do animador
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2. Empatia: compreender os idosos, colocar-se no lugar deles;
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1. Entusiasmo: motivar idosos;
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3. Atitude construtiva: ser positivo, demonstrar seriedade, comentários positivos; 4. Ter espírito de adaptação; 5. Organizar o espaço; 6. Possuir uma grande variedade de actividades/jogos; 7. Planificar e preparar os jogos /actividades com antecedência; 8. Apresentar os jogos/actividades com clareza; 9. Observar e acompanhar os idosos durante os jogos/actividades.
Planificação da animação Programar é um procedimento que tem como finalidade introduzir organização e racionalidade na acção com o propósito de alcançar determinados objectivos. Conteúdo da planificação: O Quê… se quer fazer? Fundamentação: Porquê… se quer fazer? Objectivos: Para Quê… se quer fazer? Metas: Quanto… se quer fazer? Local: Onde… se quer fazer? Metodologia: Actividades e Tarefas: o que se pretende desenvolver: Como… se quer fazer?
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Destinatários: A quem… se dirige?
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Calendarização: Quando… se quer fazer?
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Recursos Humanos: Quem… vai fazer? Recursos materiais/financeiros: Com o quê… se quer fazer? Avaliação
Técnicas de animação - Recortar - Colar - Estampar (com batatas, rolhas de cortiça, esponjas...) - Impressão (de diferentes objectos) - Modelagem: barro, pasta de papel, madeira, moldar, plasticina, massas de cor...
- Técnicas de pintura
- Técnicas de desenho - Técnicas de colagem (diferentes materiais) - Expressão dramática; teatro - Expressão musical - Expressão psicomotora
- Conversar Formadora – Ana Jorge
específicas:
costura,
bordados,
rendas
e
tapeçaria,
Página
- Actividades carpintaria
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- Tarefas agrícolas
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- Leitura de livros - Leitura e comentário de jornais e revistas - Visionamento de filmes - Pequena ajuda nas tarefas da instituição
Actividades de animação 1. - Animação física ou motora (Ginástica, dança, caminhadas, motricidade fina e grossa, etc.) 2. - Animação cognitiva ou mental (Jogos de atenção, memória, linguagem, compreensão) 1. - Animação através da expressão plástica (Pintura, Bordados, escultura, desenho, etc.) 2. - Animação através da expressão e da comunicação (Teatro, música, expressão dramática, escrita, fotografia, etc.) 3. - Animação promotora do desenvolvimento pessoal e social (Auto-conhecimento, histórias de vida, dinâmicas de grupo, etc.) 4. - Animação lúdica (festas, passeios, rábulas, jogos de tabuleiro, etc.) 5. - Animação comunitária (voluntariado sénior, desenvolvimento comunitário, guias de museus,
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etc.)
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Animação física ou motora Com a idade vão-se perdendo capacidades, chegando ao ponto de se perder o próprio esquema corporal. É possível ajudar o idoso a readquirir estas
competências
e
a
prevenir
o
seu
declínio,
com
exercícios
psicomotores, assim como com actividades de estimulação sensorial. Comprovadamente podemos diminuir a deterioração física através de medidas de manutenção da saúde e da realização de actividades mentais e físicas. A manutenção da actividade física representa um desafio e quase um dever para todos. O exercício físico regular pode aumentar a força muscular e a resistência muscular, aumentar a flexibilidade, aumentar o fluxo sanguíneo para os músculos, diminuir lesões musculares, melhorar a coordenação, a digestão e a excreção e ainda promover o convívio. O aumento da força e da capacidade funcional podem melhorar a qualidade de vida até mesmo de indivíduos com doenças crónicas. As melhores actividades motoras para idosos são: - Marcha (no mínimo 45 min por dia sem pausas), musculação moderada, ginástica, natação, hidroginástica, bicicleta, yoga, tai chi, jogos populares, massagem e dança. Antes de começar qualquer actividade física deve-se fazer alguns exercícios de aquecimento e ao terminar devem realizar-se exercícios de
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relaxamento.
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Aquecimento Exemplo de exercícios para aquecimento - em todos os exercícios, a posição deve ser mantida sem insistências, nem movimentos rápidos. A posição extrema deve ser atingida sem dor (não forçamos tanto como quando treinamos a flexibilidade). Cada posição mantém-se por cerca de 30 a 40". Os exercícios dinâmicos também devem ser executados a uma velocidade reduzida.
1. Flexão do Tronco à frente; 2. Hiper-extensão do Tronco; 3. Elevação do joelho ao peito, fixando-o com os braços;
6. Rotação do tronco, mantendo a posição em cada extremo;
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Página
5. Flexão lateral do tronco;
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4. Flexão da perna atrás;
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7. Flexão dorsal do pé, estirando os gémeos; 8. Flexão do tronco à frente, a cada perna; 9. Extensão dos flexores e extensores das coxas; 10. Hiper-extensão dos ombros (e bíceps); 11. Extensão dos tríceps (e não só...) 12. Rotação dos ombros; 13. Extensão da musculatura dos antebraços; 14. Cinco a 10' de corrida lenta.
Animação motora sensorial Jogo dos Cheiros
Objectivos: Sentir e identificar os diferentes cheiros Material: Objectos com cheiros comuns (frutas, café…); vendas Procedimento: Vendam-se os olhos aos sujeitos. Passam-se os diferentes objectos e pede-se para que cheirem e identifiquem o cheiro que estão a
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sentir.
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Jogo: Doce e amargo
Material: alimentos doces e amargos Desenvolvimento: o animador convida os participantes a fecharem os olhos e a relaxarem-se. De seguida, propõe a degustação de um alimento amargo (café, ervas amargas, licor amargo). Propõe a degustação de um alimento doce (açúcar, leite, caramelos). Após o tempo necessário para que todos degustem os dois tipos de alimentos, doces e amargos, o animador convida os participantes a verbalizarem emoções, associações de ideias e fantasias relacionadas com os dois estímulos. Jogo das Formas e Texturas
Objectivo: Sentir e identificar as diferentes texturas Material: Objectos com texturas e formas diferentes; vendas Descrição: Vendam-se os olhos aos sujeitos. Passam-se os diferentes objectos e pede-se para descreverem o que estão a sentir. Se áspero, se suave, se redondo ou angular. De seguida pede-se que através do tacto identifiquem o objecto.
Jogo dos cinco sentidos
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sentidos são importantes e que devem ser explorados no dia-a-dia
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Objectivo: Conhecer e identificar os cinco sentidos; perceber que todos os
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Material: Imagens representativas dos órgãos dos sentidos e imagens com exemplos da utilização dos sentidos. Desenvolvimento
1ª Etapa Inicia-se a actividade com a apresentação e discussão de quais os sentidos que possuímos, para tal o monitor deverá recorrer à apresentação de imagens representativas dos órgãos dos sentidos De seguida distribuem-se 5 Imagens por sujeito referentes aos órgãos dos sentidos. Depois, de forma aleatória, o monitor nomeará um sentido e pedirá aos sujeitos para identificarem a imagem cujo órgão está representado.
2ª Etapa: Segue-se uma breve reflexão e discussão acerca da utilidade dos nossos sentidos, a falta que nos fazem, como superar alguma falha dos mesmos.
3ª Etapa: Apresentam-se novamente uma série de imagens, desta feita para identificar o sentido que está a ser utilizado
4ª Etapa:
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Apresentação de exemplos práticos da utilização de cada sentido
Formadora – Ana Jorge
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Identificação dos Sons e Imagens
Tipo de Jogo: Este jogo enquadra-se no tipo cognitivo/mental, na expressão da comunicação e na promoção do desenvolvimento social Material: Rádio/Computador, colunas para reproduzir os sons para que todos os participantes oiçam convenientemente Cartões com imagens e/ou palavras (conforme a escolaridade dos participantes) que sejam correspondentes aos sons apresentados Objectivo: Este jogo tem como objectivo a estimulação e desenvolvimento da memória auditiva, o desenvolvimento da atenção e da concentração e ainda
o
desenvolvimento
da
cooperação
inter
e
intra
grupal
Descrição: Através deste jogo torna-se perceptível a importância dos sons no nosso dia-a-dia, e a forma como nós nos abstraímos dos mesmos sem pensar no que estamos a ouvir. Desenvolvimento: Divide-se o grupo em dois grupos menores, distribuem-se vários cartões com diferentes imagens e/ou com o nome por baixo, iguais para cada grupo De seguida são dadas as instruções aos grupos para que prestem atenção às imagens que estão nos cartões e que escutem com bastante atenção os sons que serão apresentados. Os grupos terão de comunicar internamente apenas através de gestos, sinais, etc. não podendo usar a comunicação oral para que o outro grupo não perceba qual o cartão que seleccionaram. No final de cada discussão cada grupo entrega o cartão que seleccionou e o
oralmente em grupo grande, caso apenas um tenha falhado, o animador não diz qual está certo e mostra os dois cartões, depois os dois grupos em Formadora – Ana Jorge
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corresponda nos dois grupos o animador volta a passar o som e discutem
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animador vê se corresponde ou não ao som apresentado. Caso não
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conjunto tentam perceber qual o cartão correcto usando uma boa argumentação
Variante Este jogo pode ser também realizado sem cartões, de modo a dificultar mais a identificação dos sons. Nesta situação os grupos terão de estar mais separados no espaço de modo a poderem discutir oralmente
Animação Física Jogo: O Libertador Escolhe-se o perseguidor, o qual deve fechar os olhos. Então, em silêncio, é escolhido o libertador – a sua identidade deve ser mantida secreta para o perseguidor. O jogo começa e quem for apanhado tem de se imobilizar no lugar, mas se for tocado pelo libertador pode reintegrar o jogo. É do interesse do perseguidor descobrir, o mais rápido possível, quem é o libertador, e é do interesse do grupo não deixar que a sua identidade seja revelada, protegê-lo se necessário, pois se o libertador é apanhado o perseguidor assegura o domínio absoluto do jogo. Conseguirá o perseguidor descobrir a identidade do libertador e
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apanhar todos os jogadores no tempo limite de 10minutos?
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Jogo: Onde estás tu? O grupo coloca-se em círculo. Dois jogadores estão no centro, de olhos vendados, e um deles tem que tentar apanhar o outro, para isso deve escutar atentamente os movimentos deste para o tentar localizar. Os jogadores que formam o círculo devem manter-se em silêncio. Se os jogadores vendados caminham para fora do círculo os outros jogadores devem agarrá-los suavemente e colocá-los na boa direcção. O jogo termina quando um dos jogadores vendados consegue agarrar o outro. Então ambos podem tirar as vendas e retomar o lugar no círculo. O grupo escolhe dois novos jogadores e o jogo recomeça. Por vezes os jogadores vendados quase se tocam sem o perceberem. Os restantes membros do grupo deverão manter-se em silêncio. Jogo: Fica quieto e não te movas
O grupo movimenta-se na sala, sem se tocar. Quando a música parar, os jogadores devem imobilizar-se imediatamente, na posição em que se encontram. Quem se mover sai do jogo. Só quando estiverem 4 jogadores fora do jogo é que o primeiro pode reintegrar. Assim nunca teremos mais de 3 jogadores parados. Variantes:
numa só perna.
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- Quando a música parar imobilizem-se numa posição difícil, por exemplo,
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- Quando a música parar, movimentem-se o mais lentamente possível.
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Jogo: Espelho animado Dividem-se os jogadores em pares colocados frente a frente. Um deles é a “pessoa” e o outro a “imagem”. A “pessoa” começa a executar movimentos lentos que o outro deve imitar, como se se tratasse duma imagem reflectida num espelho. Começa-se com movimentos familiares, como por exemplo, ao espelho de manhã, lavar os dentes, pentear-se, pintarse, vestir-se, etc. Alguns minutos depois invertem-se os papéis. Pode-se inventar uma dança baseada neste princípio, com os jogadores movimentando-se a uma certa distancia uns dos outros, de modo a não
se
estorvarem
mutuamente.
Os
movimentos
não
precisam
de
representar uma situação concreta. Jogo: O degelo O grupo está imobilizado, em círculo, como estátuas de gelo. O animador põe a música a tocar e indica uma parte do corpo que, libertandose do gelo, pode voltar a mover-se. Gradualmente, o animador indica outras partes do corpo qie, de forma identicam se libertam lentamente do gelo. Indicam-se 5 partes do corpo, por exemplo: dedos, mão, braços, cintura e cabeça. Quando já todas estiverem livres, começam de novo a gelar, uma a uma, pela ordem inversa, até os jogadores se imobilizarem por completo. Jogo: Movimentos com a bola
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jogadores devem tentar manter a bola entre si sem usar as mãos.
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Divide-se o grupo em pares e distribui-se a cada par uma bola. Os
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Podem ser sugeridas diferentes formas: com a cabeça, com os braços, com as costas, etc. Poderão ainda descobrir quais os movimentos que conseguem executar com a bola presa entre eles. Por exemplo: agachar, sentar, andar, saltar, fazer sinais um ao outro, rastejar… Jogo: Não deixes cair o livro
Os jogadores movimentam-se pela sala com um livro na cabeça, sem o deixar cair. Quando estiverem habituados a andar desta maneira, dão-se várias instruções: voltar-se, sentar-se, andar mais depressa, andar para trás, andar em bicos dos pés, etc… Se o livro cair o jogador fica imobilizado. No entanto, pode reintegrar o jogo se outro jogador colocar de novo o livro na sua cabeça. Se um jogador estiver a ajudar alguém e deixar cair o seu livro, é também obrigado a imobilizar-se e ficar à espera que outro participante o
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liberte.
Formadora – Ana Jorge
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Jogo: Mantém o balão no ar
Forma-se grupos de três jogadores. Cada grupo tem um balão que deve manter no ar o mais tempo possível. Nenhum jogador pode tocar no balão duas vezes seguidas e o balão não pode tocar no chão. Cada grupo tem direito a três tentativas. Jogo: Circular a bola
Forma-se um círculo largo. Todos se sentam com as pernas estendidas em direcção ao centro. Coloca-se a bola no círculo e diz-se aos jogadores que só podem movê-la com os pés. Devem tentar passar a bola uns aos outros, de maneira a que todos a tenham em seu poder pelo menos uma vez. Jogo: Atirar a bola
Em círculo. Uma pessoa no centro com uma bola. A pessoa que tem a bola deve agir de forma surpreendente, lançandoa a qualquer um dos componentes do grupo, e este deve bater palmas antes de recebê-la.
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bola voltará para ela.
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A pessoa no centro deve permanecer um certo tempo no seu lugar e a
Formadora – Ana Jorge
Animação – conceitos, princípios e técnicas
É opcional o grau de dificuldade, dependendo das características do grupo: duas palmas, um passo de dança… etc. A pesca Fazem-se canas de pesca usando paus de vassoura e fio. Na ponta do fio, coloca-se um arame em forma de “S”. Com este anzol, cada jogador tem de tentar apanhar um pequeno pacote (com uma surpresa lá dentro) através do laço. Bowling Este jogo tem a vantagem de se poder jogar em qualquer sítio. Os pinos podem ser feitos de garrafas de água grande devem ser pintados de cores vivas, para que fiquem bem visíveis. - Fazer várias equipas. - Com uma bola grande atirar aos pinos - Ganha o jogador que derrubar mais Costa com costa Objectivos: Desencadear no grupo o processo de descontracção. Facilitar o entrosamento e alongar o corpo, despertando-o e criando maior disposição para os trabalhos grupais. Processo: Formar duplas que devem ficar posicionadas costa com costa, bem
frente, ficando com o corpo do parceiro sobre as costas. “ter cuidado com os limites e a idade do outro.” Dobrar para a direita e para a esquerda,
Formadora – Ana Jorge
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fiquem bem esticados. Segurando as mãos, dobrar bem devagar para a
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juntinha. Agarrar as mãos um do outro, por cima, de modo a que os braços
Animação – conceitos, princípios e técnicas
também. Efectuar cada movimento mais de uma vez (pelo menos três). Soltar as mãos, sem afastar os corpos. Começar a virar, lentamente, sem se afastar, de forma que os dois de cada dupla fiquem frente a frente, bem juntinhos. Juntar as mãos, palma com palma. Ir abrindo os braços, com as mãos juntas, bem devagar, forçando para frente (forças opostas), ficando em forma de cruz (braços abertos). Deslizar as mãos e fechar os braços em torno do corpo do companheiro, abraçando-o. Jogo das argolas
Colocar em linha recta ou até mesmo formar um triângulo, com 5 garrafas de plástico (cheias de areia ou outro material para não caírem). Pode-se pintar as garrafas de cores vivas (torna o jogo mais estimulante) e até colocar uma pontuação (de 1 a 5 pontos) nas garrafas, quanto mais longe estiver a garrafa, maior a pontuação. Este jogo pode ser jogado individualmente ou em equipas de 2 a 3 elementos. Cada jogador tem de lançar 5 argolas, de forma a conseguir acertar nas garrafas (a distância entre o jogador e garrafas devem variar em função das capacidades da pessoa). Ganha o jogo, o jogador ou equipa que tiver conseguido acertar mais argolas nas garrafas ou tiver obtido uma pontuação mais alta.
refrigerantes), a uma altura de pelo menos 1,50m do chão.
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Em cima de uma mesa, forma-se uma pirâmide de latas (ex. latas de
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Jogo das latas
Animação – conceitos, princípios e técnicas
A cada jogador damos 5 bolas (podem ser de ténis, de trapos, etc.), para que atirem às latas e as derrubem. O jogador que derrubar o maior número de latas é o vencedor. Laranja no pé Material: 2 laranjas. Processo: Sentar os participantes, em duas filas de cadeiras. Uma laranja é colocada sobre os pés (que estão unidos) da primeira pessoa de cada fila, que procurará passar a laranja sem a deixar cair, para os pés da segunda pessoa e assim por diante. Se a laranja cair, a brincadeira prosseguirá, do ponto em que caiu, utilizando o tempo que for preciso.
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Será vencedor o grupo que terminar primeiro.
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Animação – conceitos, princípios e técnicas
Animação cognitiva ou mental Apesar
de
existirem
perdas
de
aptidões
cognitivas
com
o
envelhecimento esses danos podem ser bastante atenuados se o idoso mantiver uma boa actividade e contactos sociais regulares. O declínio das nossas aptidões cognitivas pode ser prevenido com treino frequente e alguns exercícios simples. O exercício mental regular pode aumentar a actividade cerebral, retardar os efeitos da perda de memória e da acuidade e velocidade perceptiva e prevenir o surgimento de doenças degenerativas. São mais frequentes os declínios no funcionamento cognitivo provocado pelo desuso das actividades cerebrais, das doenças, da medicação e do álcool, dos factores psicológicos e sociais, do que do envelhecimento em si. Outros aspectos psicológicos que são adquiridos ao longo do curso da vida têm uma grande influencia no modo como as pessoas envelhecem, se a pessoa foi activa e optimista em jovem vai ser activa e optimista em velho. A animação cerebral tem por objectivo manter a mente activa, desenvolver algumas actividades cognitivas e prevenir algumas das
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consequências do “sedentarismo” mental.
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Animação – conceitos, princípios e técnicas
Teste de stroop
Sopa de letras Descubra na sopa de letras os elementos da comunicação. As palavras poderão encontrar-se dispostas na horizontal, vertical ou diagonal e escritas em sentido inverso. Elementos da comunicação:
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V
A
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Emissor receptor mensagem código canal feedback contexto
I
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Animação – conceitos, princípios e técnicas
A data mais importante
Tipo de jogo: Jogo mental
Objectivo (s): - Treinar a memória a longo prazo. - Recordar. Procedimento: Pedir para dizer uma data importante/significativa para a pessoa e explicar porquê.
Duração: 30 min.
Comentário: A maioria referirá a data do casamento ou o nascimento dos filhos como as datas mais importantes para eles. Adivinhas
Objectivo: Estimular a memória, a atenção e a concentração. Estimular a imaginação. Recordar. Promover a participação.
Material – lista de adivinhas. Procedimento
Duração: 45 min – 1h Formadora – Ana Jorge
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encontre a solução para cada adivinha.
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O animador lê as adivinhas em voz alta para o grupo, pedindo a este que
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Sugestão Se dispuserem de um quadro, pode-se sempre escrever as adivinhas neste, em vez de as ler e reler. Ao usar o quadro pode-se também dar uma ajuda na resposta, podendo por exemplo dizer “A resposta desta adivinha tem 5 letras” e fazer uns tracinhos e até mesmo escrever 1 ou 2 letras de forma a adivinharem mais facilmente a palavra. As categorias Objectivo - Estimular o raciocínio - Diversão - Jogo em equipa
Material: - Cartões com imagens diversas pertencentes a várias categorias
Procedimento: Distribuem-se os cartões pelos sujeitos e pede-se que os organizem por categorias, por exemplo, juntar animais, profissões, transportes, etc.…
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Duração: O tempo que durar os cartões.
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Animação – conceitos, princípios e técnicas
Jogo dos Pares Tipo de Jogo: Este jogo enquadra-se no tipo cognitivo/mental Material: Vários cartões, a duplicar, com imagens de variadas formas, desde formas geométricas, cores, bonecos, etc. Objectivo: Este jogo tem como objectivo a estimulação e desenvolvimento da memória visual e da atenção concentrada. Desenvolvimento: Colocam-se os cartões, de forma aleatória, voltados com a imagem para baixo. Pede-se aos sujeitos que, um de cada vez volte dois cartões e diz-se aos restantes que estejam atentos aos cartões que os colegas vão voltando. O objectivo deste jogo é encontrar os pares, voltando os cartões e decorando a sua posição. Memorizar o que mudou?
Tipo de jogo: Jogo de memória.
Objectivo (s): Treinar a memória visual, a atenção, a concentração e a relação com os colegas.
Procedimento: A actividade divide-se em duas partes:
depois pedir para o descrever de olhos fechados.
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Fazer pares. Dar um tempo (entre 2 a 3 minutos) para observar o par e
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1ª Parte:
Animação – conceitos, princípios e técnicas
2ª Parte: Observar o par com atenção. Virar costas e modificar algo. O objectivo é adivinhar o que o outro mudou. O concurso Objectivo: Estimular a memória, a atenção e a concentração. Promover a participação. Estimular o trabalho de equipa. Divertir.
Material - quadro, marcador, apagador - cartões com as perguntas, tabela de pontuação - uma campainha - prémio (ex: 1ª caixa de chocolates)
Procedimento Primeiramente escolhem-se os participantes (podem ser: individuais, pares ou
equipas),
sendo
o
animador
o
“apresentador”
do
concurso.
Nesta espécie de “mini concurso” são utilizados 3 grupos de questões: cultura geral, perguntas para completar e escolha múltipla (todas com pontuação). Para responder às questões, o(s) participante(s) têm de tocar 1ª campainha, quem tocar primeiro é quem tem direito a responder. Se não souber ou
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errar a resposta, passa-se a vez ao adversário(s).
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Animação – conceitos, princípios e técnicas
No final são somados os pontos dos 3 grupos e o jogador, par ou equipa que obtiver a pontuação mais alta é o vencedor (es). No final é atribuído o prémio ao vencedor (es). Duração 30 - 45 min.
Nota Não há tempo limite de resposta.
Sugestão Atribuir
um
tempo
limite
de
resposta
(1
min.,
por
exemplo).
Introduzir uma actividade física no concurso, por exemplo: tentar acertar moedas para dentro de um copo a 1ª certa distância… Polícia e ladrão
Objectivo: jogo de atenção Material: cartões escritos e/ou com bonecos de “polícia”, “ladrão” e “vítima” (deve existir apenas um “polícia” e um “ladrão”, sendo os restantes elementos “vítimas”) Procedimento: O grupo senta-se em círculo, passam os cartões e cada elemento tira um.
outros.
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Os elementos do grupo têm de estar sempre em contacto visual uns com os
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O objectivo é: o “polícia” apanhar o “ladrão” o mais depressa possível.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
O “ladrão” tem de piscar o olho às “vítimas” e quando isso acontece a vítima deve dizer “Morri”. Quando o “polícia” apanhar o “ladrão” diz: “Apanhei-te”. O jogo termina quando o “ladrão” for apanhado. Provérbios
Objectivo: Treinar a memória a longo prazo. Recordar. Promover a participação.
Material: Lista com provérbios
Procedimento: O animador lê em voz alta uma lista de provérbios incompletos, pedindo ao grupo para tentar completá-los.
Duração: 20 – 30 min.
Sugestão: Individualmente, em pares ou equipas, dar a lista dos provérbios incompletos e pedir para completar. Pode-se passar a actividade um período de tempo depois (1 mês, por
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exemplo) para ver se houve (ou não) memorização dos provérbios.
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Animação – conceitos, princípios e técnicas
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Encontre os sete erros e marque com uma caneta
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Animação – conceitos, princípios e técnicas
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Animação – conceitos, princípios e técnicas
Escreva correctamente no diagrama abaixo o nome dos cinco
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desportos.
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Animação – conceitos, princípios e técnicas
Animação através da expressão plástica (Pintura, Bordados, escultura, desenho, etc.) A animação Expressiva plástica visa proporcionar ao idoso a possibilidade de se exprimir através das artes plásticas e dos trabalhos manuais. Com este tipo de animação pretende-se que o idoso possa dar largas à sua imaginação e criatividade através das várias formas de expressão, como sejam a pintura, escultura, desenho, etc. As actividades de expressão têm ainda a vantagem de desenvolverem a motricidade fina, a precisão manual e a coordenação psicomotora. Pompons
É preciso: • •
1 cartolina 2 copos de tamanhos diferentes
• •
1 novelo de lã amarela ou outra cor 1 tesoura
Como fazer: 1 - Faz dois quadrados na cartolina com 10 cm cada. 2 - Agrafa-os um ao outro. 3 - Com 2 copos de tamanhos diferentes, desenha 2 círculos nas cartolinas.
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4 - Recorta as 2 rodelas.
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Animação – conceitos, princípios e técnicas
5 - Com a lã amarela "enchemse" as rodelas até ficarem "gordas". 6 - Com ajuda (se for preciso) e 7 - Em seguida passa-se 1 fio muito cuidado recorta a parte de lã pelo espaço entre os 2 de fora da rodela com lã. pedaços de cartolina e apertase com força. 8 - Apara as pontas que ficarem desiguais.
Variações:
Recortam-se as patas e o bico em cartolina cor-delaranja.
•
Recortam-se os olhos(Utiliza um marcador preto para pintar o que for preciso).
•
Cola a cartolina com jeitinho e já está!
Caras /Bonecos: Recorta um chapéu, olhos, nariz, boca e uns sapatos.
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Outros animais: Juntam-se mais pompons ou patas e faz-se uma lagarta e/ou uma aranha.
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•
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Um pintainho:
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Fantoches de dedo Fazer fantoches de dedo é muito fácil e simples. Existem muitas personagens e animais que se podem fazer para criar, por exemplo, uma peça de teatro. Aqui vamos-te vamos te mostrar como se faz uma bruxa, mas depois podes usar a tua imaginação para criar outras personagens. É preciso: • •
• • • •
1 tesoura (tem cuidado!) tecido de feltro de várias cores (para fazer a bruxa pode ser verde e preto) cola lã (neste caso cinzenta) caneta de tinta brilhante canetas de feltro
Como fazer: 1 - Corta dois rectângulos de feltro preto com largura e altura suficiente para, depois de os colares um ao outro, caber lá o teu dedo.
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3 - Recorta dois rectângulos pretos mais pequenos e cola-os os corpo da bruxa. São os braços.
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2 - Cola os lados e o topo dos dois rectângulos um ao outro, deixa a parte de baixo aberta para entrar o teu dedo. É o corpo rpo da bruxa.
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Animação – conceitos, princípios e técnicas
4 - Recorta um triângulo de feltro verde para ser a cara da bruxa e cola-o à parte de cima dos rectângulos. 5 - Corta um triângulo de feltro preto para fazeres o chapéu de bruxa. 6 - Corta algumas tiras de lã cinzenta e cola-as na cabeça da bruxa. Cola o chapéu preto por cima. 7 - Com as canetas de feltro, pinta os olhos, a boca e o nariz da bruxa. 8 - Usa a caneta de tinta brilhante para decorar o chapéu.
Variações: Com feltro cinzento enrolado em forma de cone, com orelhas e focinho cor-de-rosa, podes fazer um pequeno rato. Uns olhos grandes e uns bigodes de lã fazem maravilhas!
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•
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Animação – conceitos, princípios e técnicas
•
Para fazer um esqueleto, usa feltro branco. Mas desta vez faz um dos rectângulos maiores com pernas. Pinta os ossos e a cara do esqueleto com uma caneta de feltro preta.
Fantoches com Meias É preciso: • •
•
meias ou peúgas velhas cartolinas de cores variadas (bocados pequenos) lãs de cores variadas
•
•
tesoura Muito cuidado com a tesoura! É melhor um adulto estar por perto. cola forte
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1 - Escolhe uma meia com a cor ou padrão que aches indicados. padrão - desenho que se repete num tecido, num papel ou numa superfície.
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Como fazer:
Animação – conceitos, princípios e técnicas
2 - Recorta, em cartolina: 3 - Enfia a mão e - duas meias-luas luas encarnadas para a boca; experimenta experimenta-a, - uma linguinha cor-de-rosa; rosa; para teres uma - uma bolinha ou um triângulo cor-de-rosa cor para o nariz; ideia das medidas - duas bolinhas azuis ou castanhas para os olhos; daquilo que vais - duas meias-luas luas para as orelhas; colar.
boca
orelhas
olhos
nariz
língua
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4 - Cola todos estes elementos nos locais certos com 5 - Completa a tua muito cuidado, para a cola não passar (e colar o que não menina colando fios deve). de lã para fazer o cabelo. Cola-os os de baixo para cima. Se quiseres, apara-o apara com a tesoura. Podes também tamb apanhar apanhar-lhe o cabelo com um laço, fazer fazer-lhe uma ou duas tranças e pode ter ou não franja.
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Animação – conceitos, princípios e técnicas
NOTA: ·Para proteger a meia durante as colagens, arranja dois pedaços de cartão com a forma da meia para lhe enfiares dentro. É para a cola não passar.
Pronto, agora arranja-lhe um amigo para conversarem os dois! Fantoches com Meias (continuação) VARIANTES: A menina pode ficar muito simples, só com boca, olhos e cabelo, ou podes juntar mais elementos: • • •
uns dentes espetados: cola-lhe na boca dois quadradinhos de cartolina branca; cola um lacinho ao pescoço, usando um laço de embrulhos, um de tecido, ou faz um em cartolina com dois triângulos pequenos; arranja-lhe uns óculos: recorta-os em cartolina numa cor à tua escolha, ou molda-os em arame fininho
• •
•
Muitas coisas diferentes se podem fazer com uma meia: animais, pessoas, coisas... Escolhe uma meia da cor adequada ao fantoche que pretendes fazer: um animal, um monstro, uma cara, um bicho inventado, etc. Se precisares, junta outros adereços, usa arame fininho, tiras de tecido, plástico, etc. adereços - elementos que se juntam a uma figura para se perceber melhor o que ela é ou faz, ou para a distinguir; por exemplo, uma seringa para um enfermeiro, um fato?de-macaco para um mecânico ou um capacete para um piloto... Uns óculos, um pau, uma gravata... etc. Para se perceber o que fizeste, bastam as coisas mais simples: a
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•
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MAIS IDEIAS:
Animação – conceitos, princípios e técnicas
boca, os olhos, um ou dois adereços e uma boa escolha de cores. E SE FIZERMOS UM GATO PRETO?
Faz tudo como para a a menina, mas com uma meia preta, claro. Segue a lista abaixo para o focinho. Recorta, em cartolina: - umas meias luas encarnadas para a boca; - uma linguinha cor-de-rosa; - um triângulo pequeno para o focinho - duas bolinhas azuis ou castanhas para os olhos; - oito tiras fininhas pretas para os bigodes - dois triângulos brancos para as orelhas
Camisola Pintada
Folhas de papel grandes ou papel de cenário ou um plástico (para proteger a mesa de trabalho)
•
Folhas de papel A4 (para esboçar o desenho e para proteger a camisola)
•
Lápis e borracha
•
Camisola (t-shirt) lisa, de algodão, branca ou de cor clara (ou não, dependendo das cores a usar)
•
Marcadores e/ou tintas especiais para tecidos de várias cores
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É preciso:
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Como fazer: 1 - Escolhe o que vais pintar na camisola: um animal, um objecto, um boneco, um desenho, etc. 2 - Faz, numa folha de papel, a imagem que escolheste. Se ficar mal, usa outra folha e copia, ou então ajeita o traço na própria folha. Neste caso não faz mal, porque o que vai contar é o desenho aplicado na camisola. 3 - Agora protege a mesa com a folha grande de papel ou com o plástico. 4 - Coloca a camisola bem direitinha em cima da mesa. Não pode ter rugas ou vincos e deve estar bem esticada.
6 - Usa, com muito cuidado, os marcadores para fazeres o desenho na camisola. Não carregues muito e evita apoiar a mão para não borrar. Por segurança, podes primeiro fazer os traços principais a lápis (levezinho) e depois passar por cima com o marcador.
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5 - Coloca duas ou mais folhas de papel branco “dentro” da camisola, entre a parte a pintar (geralmente a frente) e as costas, para evitar que a tinta repasse.
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Animação – conceitos, princípios e técnicas
7 - Se decidires usar as tintas para tecido, deves primeiro fazer os traços com o marcador e depois d pintar. Claro que também podes pintar, apenas, sem fazer os contornos com o marcador. 8 - Deixa secar tudo muito bem (por segurança, pelo menos um dia).
É preciso: • •
• • • •
feijões encarnados uma pedra da calçada (daquelas dos passeios) - branca ou preta cola forte em gel cola branca de carpinteiro (ou verniz) um pincel grosso para aplicar a cola tintas de várias cores (pode ser guache)
feijões
pedra da calçada
cola
cola de carpinteiro
pincel
guaches
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2 - Espalha cola em cima, no telhado, e cola os feijões juntinhos, como se
3 - Quando estiver bem seco, passa a cola branca (ou o verniz) por toda a pedra
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1 - Vamos fazer de conta que a pedra vai ser uma casa. Pinta a porta, as janelas e o
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Como fazer:
Animação – conceitos, princípios e técnicas
que achares que falta.
fossem telhas.
(menos por baixo).
4 - Deixa secar bem. 5 - Quando estiver bem seco, passa a cola branca (ou o verniz) na parte de baixo - a base.
E pronto! Tens um pisa-papéis muito original para usares ou para oferecer!
Flor de Papel
• • •
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Papel cartão e/ou papelão de qualquer cor Cartolina verde Papel sulfite Papel crepe de várias cores
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Material:
Animação – conceitos, princípios e técnicas
• • • • • • • • •
Palito de churrasco Vaso de planta pequeno Lápis preto Hidrocor verde Cola branca Pincel médio Fita crepe Areia Tesoura
Desenhe o molde no papel sulfite com o lápis preto, conforme figura acima e recorte. Recorte três flores
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no papel cartão, usando o molde.
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Animação – conceitos, princípios e técnicas
Faça muitas bolinhas com o papel crepe de várias cores. Prenda um palito de churrasco com fita crepe em cada uma das flores, conforme figura acima.
Cole as bolinhas de papel crepe por sobre as flores de papel, com cola branca, até cobrir todo o molde, conforme figura acima. Espere secar totalmente.
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Faça o mesmo do outro lado das flores.
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Animação – conceitos, princípios e técnicas
Animação através da expressão e da comunicação (Teatro, música, expressão dramática, escrita, fotografia, etc.)
A Animação através da comunicação oral e corporal é uma das principais formas de dar movimento e sentido às necessidades de ocupação dos idosos. Na animação expressiva os sujeitos transmitem os seus sentimentos e emoções através da voz, do comportamento, da postura e do movimento.
Animação promotora do desenvolvimento pessoal e social (Auto-conhecimento, histórias de vida, dinâmicas de grupo, etc.)
Esta animação tem por objectivo desenvolver as competências pessoais e sociais da pessoa e, principalmente, da pessoa como elemento de um grupo. Com esta animação estimula-se o auto-conhecimento, a intercção entre a pessoa e o grupo e a dinâmica de grupo.
Dinâmicas de grupo A Dinâmica de grupos consiste no estudo das interacções entre membros do grupo, tendo em consideração o seguinte: •
A participação dos membros nas decisões e solução dos problemas;
•
A natureza dos grupos: sua constituição, estrutura, funcionamento e
A interdependência entre os membros do grupo;
•
A coesão do grupo;
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•
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objectivos;
Animação – conceitos, princípios e técnicas
•
A pressão social exercida sobre o grupo;
•
A capacidade de resistência à mudança do grupo;
•
Os processos de liderança no grupo. Tipos de técnicas/dinâmicas
Técnica quebra-gelo Ajuda a tirar as tensões do grupo, desinibindo as pessoas para o encontro; •
Pode ser uma brincadeira onde as pessoas se movimentam e se descontraem;
•
Resgata e trabalha as experiências de criança;
•
São recursos que quebram a seriedade do grupo e aproximam as pessoas.
Técnica de apresentação – Ajuda a apresentar-se uns aos outros. Possibilitando descobrir: quem sou, de onde venho, o que faço, como e onde vivo, o que gosto, sonho, sinto e penso... Sem máscaras e subterfúgios, mas com autenticidade e sem violentar a vontade das pessoas; - Exige diálogo verdadeiro, onde partilho o que posso e quero ao novo grupo; - São as primeiras informações da minha pessoa;
que sejam utilizadas dinâmicas rápidas, de curta duração.
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- O momento para a apresentação, motivação e integração. É aconselhável
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- Precisa ser desenvolvida num clima de confiança e descontracção;
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Técnica de integração - Permite analisar o comportamento pessoal e de grupo. A partir de exercícios bem específicos, que possibilitam partilhar aspectos mais profundos das relações interpessoais do grupo; - Trabalhar a interacção, comunicação, encontros e desencontros do grupo; - Ajuda a sermos vistos pelos outros na interacção de grupo e como nos vemos a nós mesmos. O diálogo profundo no lugar da indiferença, discriminação, desprezo, vividos pelos participantes em suas relações; - Os exercícios interpelam as pessoas a pensar suas atitudes e seu ser em relação; Técnicas de animação e relaxamento - Tem como objectivo eliminar as tensões, soltar o corpo, voltar-se para si e dar-se conta da situação em que se encontra, focalizando cansaço, ansiedade, fadigas etc. Elaborando tudo isso para um encontro mais activo e produtivo; - Estas técnicas facilitam um encontro entre pessoas que se conhecem pouco e quando o clima de grupo é muito frio e impessoal; - Devem ser usadas quando necessitam romper o ambiente frio e impessoal ou quando se está cansado e necessita retomar uma actividade. Não para
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preencher algum vazio no encontro ou tempo que sobra.
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Animação – conceitos, princípios e técnicas
Técnica de capacitação – Deve ser usada para trabalhar com pessoas que já possuem alguma prática de animação de grupo; - Possibilita a revisão, a comunicação e a percepção do que fazem os destinatários, a realidade que os rodeia; - Amplia a capacidade de escutar e observar; - Facilita e clareia as atitudes dos animadores para que orientem melhor seu trabalho de grupo, de forma mais clara e livre com os grupos; - Quando é proposto o tema/conteúdo principal da actividade, devem ser utilizadas dinâmicas que facilitem a reflexão e o aprofundamento; são, geralmente, mais demoradas. Dinâmica: 30 segundos
Participantes: 10 a 30 pessoas Tempo Estimado: 30 minutos Modalidade: Debate. Objectivo: Estimular a participação de todos por igual nos debates e conversas e evitar interrupções paralelas. Material: Nenhum.
Baseado neste tema, cada participante tem trinta segundos para falar
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sobre o assunto apresentado, sendo que ninguém pode ultrapassar o tempo
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Descrição: O coordenador apresenta um tema a ser discutido pelo grupo.
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Animação – conceitos, princípios e técnicas
estipulado, ao mesmo tempo que os outros participantes devem manter-se em completo silêncio. Se o comentário terminar antes do fim do tempo, todos devem manter-se em silêncio até o final deste tempo. No final, o tema pode ser, então, debatido livremente. O coordenador também pode desviar, utilizando como tema, por exemplo, "saber escutar e falar", introduzir questões
como:
* Sabemos respeitar e escutar (e não simplesmente ouvir) a opinião dos outros? * Conseguimos sintetizar as nossas opiniões de maneira clara e objectiva? Dinâmica A formiga
Dinâmica – A Formiga (A formiga é imaginária, não é de verdade) Objectivo: criar um clima mas amigável entre os participantes, mostrando que só devemos desejar ao outro aquilo que desejamos para nós mesmos. Público-alvo: De todas as idades Procedimento: Os participantes devem formar um círculo - o animador explica para o grupo que devem passar a formiga ao seu companheiro de forma bem suave, sem feri-la ou matá-la. Ele inicia a dinâmica da seguinte forma: coloca formiga imaginária em qualquer parte do corpo do seu companheiro e este por sua vez deve passá-la para a pessoa que está ao seu lado (um a um) até que todos do círculo tenham recebido a formiga e ela retorne à pessoa que
descontracção, de constrangimento, porque muitos põem a formiguinha no
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lugar onde colocou a formiga no seu colega... este é um momento de
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começou. Depois disso, o animador dará ordem para que um a um beije o
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lugar mais esquisito possível, e agora terá de beijar no local... é muito divertido...... porque vão ter de beijar mesmo. Dinâmica: A palavra-chave
Destinatários: Grupos de jovens ou de adultos. Pode-se trabalhar em equipas. Material: Oito Cartões para cada equipa. Cada um deles contém uma palavra: Amizade, liberdade, diálogo, justiça, verdade, companheirismo, bravura, ideal, etc. Os cartões são colocados em um envelope. Desenvolvimento: - O animador organiza as equipas e entrega o material de trabalho. - Explica a maneira de executar a dinâmica. As pessoas retiram um dos cartões (do envelope); cada qual fala sobre o significado que atribui à palavra. - A seguir, a equipa escolhe uma das palavras e prepara uma frase alusiva. - No plenário, começa-se pela apresentação de cada equipa, dizendo o nome dos integrantes e, em seguida, a frase alusiva à palavra escolhida. Avaliação: - Para que serviu o exercício? - Como nos estamos a sentir?
Dinâmica: Artista
Material: Lápis, papel e vendas.
Formadora – Ana Jorge
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Tempo Estimado: 10 minutos.
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Participantes: Indefinido.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Descrição: A facilitadora entrega a cada participante uma venda. De seguida pede para que cada participante desenhe com os olhos vendados uma: - Casa - Nessa casa coloque janelas e portas. - Ao lado da casa desenhe uma árvore. - Desenhe um jardim circundando a casa, sol, nuvens, aves a voar, etc. - Uma pessoa com olhos, nariz e boca. Ao tirarem as vendas todos devem fazer uma exposição dos desenhos passando de um por um, os participantes dirão como foi a experiência de fazer o desenho solicitado com os olhos vendados e como seria realizar uma tarefa sem ter o conhecimento necessário. Dinâmica: Árvore da Vida, Árvore da Morte Objectivo: Reflectir sobre os sinais de vida e morte no bairro, na comunidade, na família, no grupo… Material: um galho de árvore seca, um galho de árvore verde, caneta ou pincel e pedaços de papel. Desenvolvimento: Em pequenos grupos descobrir os sinais de vida e morte que existem no bairro, na família, etc. Depois, diante da árvore seca e verde vão explicando para o grupo o que escreveram e penduraram na árvore.
Dinâmica: Dinâmica dos Recadinhos
Formadora – Ana Jorge
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relacionamentos ou ainda, com a natureza.
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Variação: Podem-se separar atitudes que nos levam à vida ou à morte nos
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Material: Papel e Caneta Desenvolvimento: Fazer um círculo entre as pessoas presentes e cada um coloca o seu nome na folha e de seguida passa a folha para pessoa do lado. Conforme cada um recebe uma folha, deve deixar um recado com elogios, palavras de ânimo ou conforto, versos, etc. No final, cada um receberá sua própria folha com mensagens especiais para guardar de recordação.
É uma actividade muito especial e interessante pois normalmente recebe-se elogios que nem se imagina receber. Dinâmica: Movendo-se entre obstáculos Material necessário: garrafas, latas, cadeiras ou qualquer outro objecto que sirva de obstáculo, e lenços que sirvam como vendas para os olhos. Desenvolvimento: Os obstáculos devem ser distribuídos pela sala. As pessoas devem caminhar lentamente entre os obstáculos sem a venda, com a finalidade de gravar o local em que eles se encontram. As pessoas deverão colocar as vendas nos olhos de forma que não consigam ver e permanecer paradas até que lhes seja dado um sinal para iniciar a caminhada. O animador com auxilio de uma ou duas pessoas, imediatamente e sem barulho, tirarão todos os obstáculos da sala. O animador insistirá em que o grupo tenha bastante cuidado, em seguida pedirá para que caminhem mais rápido. Após um tempo o animador pedirá para que todos tirem as
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vendas, observando que não existem mais obstáculos.
Formadora – Ana Jorge
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Compartilhar: Discutir sobre as dificuldades e obstáculos que encontramos no mundo, ressaltando porém que não devemos temer, pois com confiança, vontade e sem medo conseguimos ultrapassar todos os obstáculos. Dinâmica: Recordações da infância
Tempo Estimado: 30 minutos Objectivo: Proporcionar o conhecimento recíproco da infância de cada participante. Material: Perguntas preparadas pelo coordenador em número superior ao número de participantes. Observação: Deve-se evitar perguntas que levem a recordações tristes. Descrição: Cada participante recebe aleatoriamente uma pergunta e lê em voz alta para os demais, respondendo-a de seguida. As perguntas podem ser reutilizadas. Propostas de perguntas: - Como era o seu melhor amigo(a)? - Como o seu pai gostaria que você fosse? - O que você imaginava ser quando fosse grande? - Quais os seus sonhos de infância? - Qual a melhor lembrança do seu padrinho? - Qual a melhor lembrança do seu pai? - Qual a melhor lembrança da sua infância? - Qual a melhor lembrança da sua mãe?
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Dinâmica: Caixeiro-viajante
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- Qual a sua primeira grande alegria?
Formadora – Ana Jorge
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Objectivo: Estimular a COMUNICAÇÃO. Como falar com um objectivo específico para uma determinada assistência de modo concreto e claro sem pouco tempo. Como tornar atraente a mensagem que se transmite. Material necessário: diferentes produtos para os participantes de cada grupo. Descrição da Dinâmica: o coordenador da dinâmica deve motivar as pessoas a se imaginarem como alguém que está numa feira pública a vender alguma coisa para os milhares de espectadores. Pode ser um objecto ou uma ideia. Divididos em grupos, os participantes escolhem o que irão vender. De seguida, cada um expõe o seu discurso de vendedor para o restante grupo em 2 minutos. O vendedor, deve gesticular, animar, gritar, fazer o que for preciso para vender o produto (ou ideia). Depois que todos tenham feito a sua “venda”, o grupo avalia e escolhe o melhor vendedor. Reunidos, cada grupo apresenta o seu melhor vendedor. Podem, inclusive, resolver que todo o grupo tentará vender um mesmo produto. Faz-se uma votação para escolher o melhor vendedor, justificando as razões da escolha
Dinâmica: Hierarquizar problemas
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prioridades.
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Objectivo: indicar comunitariamente os problemas e juntos discernir
Formadora – Ana Jorge
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Material necessário: copo descartável com água tingida de vermelho, vários alfinetes, papel e caneta. Descrição da dinâmica: em pequenos grupos, discute-se quais são os maiores problemas enfrentados em determinada área (saúde, educação, trabalho, moradia...). Cada pessoa escolhe três problemas que considera os mais importantes. Em grupo, coloca-se um copo descartável (plástico ou papel) cheio de água com tinta vermelha. Explica-se que o copo com a água significa o povo com os seus valores, sua vida, suas esperanças. A cada problema indicado pelos sujeitos, corresponde um alfinete que se crava no copo, de maneira a que a água tingida comece a sair pelos furos (cada furo equivale a um ferida de sofrimento). Caso a água tingida se acabe ainda antes de todos os terem apresentado, pode-se acrescentar mais água tingida, simbolizando que se recebeu ajuda do exterior. Enfiados todos os alfinetes, os participantes devem responder qual buraco se deve tapar primeiro e porquê. É importante que, à medida que os sujeitos vão falando dos problemas, alguém os anote num papel
compromissos, crescer, valorizar-se.
Formadora – Ana Jorge
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Objectivo: socializar, integrar, perceber a necessidade de assumir
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Dinâmica: desenho dos pés
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Material necessário: uma grande folha de papel e lápis colorido para cada participante. Descrição da dinâmica: o coordenador da dinâmica motiva todos os participantes a desenharem num grande papel o próprio pé. De seguida, encaminha
a
discussão,
para
que
todos
os
participantes
tenham
oportunidade de dizer o que pensam: 1.Todos os pés são iguais? 2.Estes pés caminham muito ou pouco? 3.Por que precisam caminhar? 4.Caminham sempre com um determinado objectivo? 5.Quanto já caminhamos para chegar onde estamos?
Após esta discussão, lembrar de pessoas que lutaram por objectivos concretos e conseguiram alcançá-los. Terminada a discussão, o coordenador da dinâmica convida a todos que escrevam no pé que desenharam algum compromisso concreto que irão assumir. Dinâmica: o boneco Objectivo: discutir com o grupo a importância de todos participarem, valorizando as suas características próprias, e estabelecendo acções em conjunto.
Descrição da dinâmica: até 10 pessoas: cada um recebe uma folha de papel
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e, afastados uns dos outros, desenham uma parte do corpo humano. Em
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Material necessário: papel e caneta para cada pessoa (ou grupo)
Formadora – Ana Jorge
Animação – conceitos, princípios e técnicas
seguida, as pessoas se reúnem e tentam montar um boneco a partir do que desenharam (provavelmente haverá muitas mãos e pés e nenhuma perna ou nenhum olho). O coordenador pergunta então: 1.Qual a semelhança (e a diferença) entre o boneco que se montou e o próprio grupo? 2.Quanto nosso grupo não tem olhos (ou boca, perna, braço, pescoço...) o que acontece? 3.Quando o grupo tem muitas bocas (pernas, braços, mãos, olhos...) o que acontece? 4.Como podemos mudar esta situação no grupo. Dêem exemplos concretos. No final da discussão, os participantes acabam de desenhar as partes do boneco que ainda faltam, dizendo da importância destas partes. Dinâmica: A colagem Objectivo:
comunicar
uma
mensagem
de
maneira
criativa,
usando
instrumentos simples e material impresso disponível (revistas, jornais, etc.) Objectivos: comunicar o resultado da reflexão de um grupo sobre um tema, ajudar um grupo a resumir as ideias mais importantes de uma discussão; que todas as pessoas de um grupo se expressem e trabalhem juntas. Material necessário: uma cartolina para cada grupo, revistas, jornais,
a colagem: é um cartaz feito por diversas pessoas, com recortes, fotos, ou outros, para comunicar o que pensam sobre determinado tema.
Formadora – Ana Jorge
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Descrição da dinâmica: o coordenador da dinâmica explica em que consiste
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tesouras, cola.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Os grupos, de 5 a 8 pessoas discutem o tema. Procuram fotos, recortes, letras de jornais e outros para expressar o que discutiram. Colam tudo numa cartolina. As diferentes colagens são apresentadas em assembleia e discute-se o que cada colagem quis dizer. As pessoas que fizeram a colagem podem complementar as interpretações, se for preciso. Dinâmica: A caça ao tesouro Objectivo: Ajudar as pessoas a memorizarem os nomes uma das outra, desinibir, facilitar a identificação entre pessoas parecidas. Material necessário: Uma folha com o questionário e um lápis ou caneta para cada um. Descrição para dinâmica: O coordenador explica aos participantes que agora se inicia um momento em que todos terão a grande hipótese de se conhecerem. A partir da lista de descrições, cada um deve encontrar uma pessoa que se encaixe em cada item e colocar o seu nome na linha. 1-Alguém com a mesma cor de olhos que os seus 2-Alguém que viva numa casa sem fumadores 3-Alguém que já tenha morado noutra cidade 4-Alguém cujo primeiro nome tenha mais de seis letras 5-Alguém que use óculos 6-Alguém que esteja com a camisola da mesma cor que a sua
Formadora – Ana Jorge
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8-Alguém que tenha a mesma idade que você
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7-Alguém que goste de verde
Animação – conceitos, princípios e técnicas
9-Alguém que esteja de meias azuis 10-Alguém que tenha um animal de estimação
Obs: Pode-se aumentar a quantidade de questões ou reformular estas, depende do tipo ou do tamanho do grupo. Dinâmica: A história Objectivo: É um momento de descontracção, ajuda a desenvolver a criatividade e a capacidade de se trabalhar em grupo. Material necessário: Uma folha com 20 substantivos, 10 adjectivos e 5 verbos para cada grupo. Papel e caneta para que possam anotar a história que tiverem inventado. Descrição da dinâmica: Cada equipa tem que inventar uma história em que entrem as palavras anotadas na folha de papel, na sequência em que estão anotadas. Os substantivos e adjectivos devem ter os mais diferentes significados para que a história se torne bem mais interessante. O coordenador da dinâmica explica o que terá que ser feito e os grupos terão cinco minutos para preparar a sua história. Cada grupo lê a sua história em voz alta para os demais. Ganha a equipa que respeitar melhor a sequência dada na folha, que usar todas as palavras, que
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Dinâmica: dizendo por dizer
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tiver feito a história dentro do prazo.
Formadora – Ana Jorge
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Objectivo: A partir de uma frase pronta, a pessoa desenvolva ideias coerentes. E aprenda a manifestar sua opinião. Material necessário: Uma frase para cada participante. Descrição da dinâmica: Cada participante recebe uma frase (ou escolhe. O coordenador da dinâmica dá 15 minutos para que cada um, em silêncio, organize as ideias para, em 5 minutos, explicar o significado da frase e elabore um discurso que convença o grupo de que a afirmação é verdadeira. O grupo deve ter um cronometrista e todos os participantes devem anotar o que pensam do discurso de cada um dos companheiros do grupo. O coordenador deve estar atento para que não seja um debate de ideias, mas análise da lógica e da capacidade de convencimento de quem está a falar. Sugestões de frases: 1. A bomba está prestes a explodir 2. O circo vale mais do que o pão. 3. Um por todos, todos por um. 4. A causa verde dá dinheiro. Dinâmica: O slogan Material necessário: Papel e caneta para todos os participantes. Descrição da dinâmica: O coordenador explica o que é um slogan:
Formadora – Ana Jorge
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sintética, sonora, visualizável, fácil de memorizar e que, ao ser divulgada,
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É uma mensagem ou ideia simples, apresentada numa frase original,
Animação – conceitos, princípios e técnicas
seja de fácil entendimento e de fácil repetição. Alguns exemplos podem ser: É melhor perder um minuto na vida que perder a vida num minuto; O coordenador encaminha a formação de grupos e pede que cada grupo faça um slogan sobre o conteúdo principal discutido durante o encontro, ou sobre qualquer outro assunto. De seguida, cada grupo apresenta o slogan que inventou e também o processo que fez para chegar a ele. O grupo completo escolhe dois ou três slogans que considerem os melhores. O slogan pode vir acompanhado de desenhos, cartazes, música ou encenação. Dinâmica: O baile de mascaras Objectivo: Comparar a auto-imagem com a imagem que os outros têm de determinada pessoa. Material necessário: Nenhum. Descrição da dinâmica: O coordenador explica aos participantes que eles vão-se preparar para um baile de máscaras. Deverão comportar-se de acordo com a máscara que receberem, porque ninguém vai definir a sua própria máscara. Um participante sai da sala por instantes, o grupo decide que máscara lhe vai dar, a partir do seu comportamento, suas atitudes diante do grupo, seu modo de ser, das suas características mais acentuadas. Ou seja, ele pode receber a máscara de um bicho, de uma planta, de um objecto, de outra
pedem que o sujeito explique porque recebeu esta máscara. Depois, o grupo
Formadora – Ana Jorge
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O participante retorna à sala e o grupo comunica que máscara escolheu e
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pessoa, etc.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
apresenta a reflexão feita. Deve-se observar (e anotar) as reacções do indivíduo. O processo repete-se com todos os participantes do grupo. O coordenador deve estar atento para que o diálogo aconteça, dando espaço para o sujeito que está mascarado e para o grupo que está a mascarar. Deve-se evitar que o grupo ridicularize alguém. Após o "baile", pode haver um momento em que todos dizem o que sentiram durante a dinâmica. Dinâmica: O Construtor Cego Objectivo: Trabalhar com limitações, habilidades, trabalho em equipa, comunicação. Duração: 25 minutos aproximadamente. Material Necessário: Cartolina cortada em vários tamanhos e formatos, papel de alumínio, tesoura, cola e agrafador para cada dupla. Venda para os olhos e cordel para amarrar as mãos. Procedimento: 1. Formar duplas, onde um representará o papel de um cego (com a venda nos olhos) e o outro ficará com as mãos atadas (amarrar as mãos para trás.). 2. Cada dupla deverá confeccionar um recipiente para armazenar água da chuva, imaginando-se que estão numa ilha deserta e árida e o prenúncio de
Formadora – Ana Jorge
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Para isso, terão 15 minutos para a construção.
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um temporal aproxima-se.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
3. Após o tempo estipulado, invertem-se os papéis da dupla e reinicia-se a confecção de outro recipiente; 4. Comentários. Observações: Pode-se permitir ou não a construção completa do recipiente. Fica a critério do animador. Dinâmica: A Casa Objectivo: Proporcionar a auto-avaliação de valores, história de vida pessoal, rever-se ou projectar-se em objectos ou ambientes, relembrando situações. Duração: Aproximadamente 40 minutos. Material Necessário: Equipamento de som (CD, cassete ou similar), com a música relaxante. Procedimento: Antes de iniciar, o animador contextualiza o grupo, dizendo que cada pessoa irá visualizar, mentalmente, a sua casa (ou algum ambiente, local onde já viveu, com que tenha familiaridade) e se identificar com algum objecto, projectando-se a si próprio nesse objecto. Convidar os participantes a se espalharem pelo ambiente, no chão, que deverá estar sem cadeiras e limpo. Colocar a música e sugerir que, durante a execução, as pessoas procurem “viajar” até o local que gostariam de recordar ou “estar” nesse momento. Escolher o objecto ou ambiente desse local lembrando e projectar-se nele.
verbalizar os seus sentimentos ou relatos.
Formadora – Ana Jorge
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Cada pessoa poderá escrever as suas “imagens” ou, simplesmente, no final,
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Pensar em como seria se fossem o próprio objecto ou ambiente e por quê.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
O que significa voltar para casa? Como é o meu lar? Dinâmica: O Preço do Stress Objectivo: Este é um exercício simples que leva os participantes a examinar a forma como alocam recursos para resolver os seus problemas. Tornar os participantes do grupo conscientes dos recursos que usam para resolver problemas. Levar os participantes a realocar os recursos de forma a tornalos mais produtivos. Duração: 10 a 15 minutos Material Necessário: Dinheiro de jogar no valor de 100€ para cada participante. Procedimento: a. Informe os membros do grupo que eles vão atribuir preços aos seus problemas. Antes de começarem, entretanto, eles devem identificar tanto os grandes como os pequenos problemas que enfrentam diariamente. b. Depois de terem cumprido esta etapa, dá-se a cada um dinheiro trocado (moedas e notas de todos os valores) no valor de 100€. c. Diz-se que eles devem destinar parcelas de dinheiro para os problemas que identificaram. As quantidades alocadas devem representar a quantidade de tempo que empregam todos os dias para resolver especificamente esses problemas. d. Quando todos tiverem completado essa etapa, pede-se que registem os
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valores que alocaram para cada um dos problemas.
Formadora – Ana Jorge
Animação – conceitos, princípios e técnicas
e. A próxima etapa é pedir-lhes que refaçam o exercício, porém, de acordo com o que acham que seria um investimento mais lógico do tempo e dos recursos de que dispõem para cada problema. f. Eles devem registar as novas quantias e comparar com as quantias originais. A realocação
desses recursos
deve ser discutida e os
participantes devem anotar que mudanças vão fazer após o término da dinâmica. Observações: Pontos para discussão: 1. Qual é a diferença entre as quantias alocadas nas duas etapas? 2. Alguém não ficou surpreso com as diferenças? Dinâmica: Torre de Controlo Duração: Aproximadamente 20 minutos. Material Necessário: Um apito, uma cadeira, uma caixa com panos, fitas, chapéus… Procedimento: Disposição do grupo: em semicírculo, de frente para o animador. Etapa I: - Desafiar o grupo a responder, com prontidão, às orientações da torre de comando. - Quem orienta é o animador.
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- Mediante 4 sinais, os participantes agirão de forma diferenciada:
Formadora – Ana Jorge
Animação – conceitos, princípios e técnicas
* 1 palma: deslocar-se pela sala, usando somente um pé e movimentando os braços para cima; * 2 palmas: sentar-se no chão; * 3 palmas: caminhar segurando o joelho; * 1 apito: formar um círculo. O facilitador realiza um treino. A seguir, varia os comandos e vai eliminando aqueles que responderem de forma incorrecta. Etapa II: Solicitar um voluntário. Ao se apresentar, o voluntário deverá criar novas formas de comando e conduzir a actividade. Colocar à sua disposição uma caixa com alguns objectos intermediários (panos, chapéus, fitas). Escolher mais um ou dois voluntários tendo em atenção para que o tempo máximo no comando seja de 5 minutos por pessoa. Finalização: Em círculo, abrir espaços para comentários, sentimentos, dificuldades, facilidades e outros que o grupo julgar importantes. Relacionar a actividade à necessidade da prontidão para responder às exigências diárias. Observações: As ordens podem ser alteradas consoante a forma e a capacidade de cada grupo. Dinâmica: O Bazar da Troca
sobre
mudanças
de
comportamento,
redimensionamento de atitudes, valores.
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Reflectir
Duração: Aproximadamente 50 minutos.
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Objectivo:
Formadora – Ana Jorge
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Material Necessário: Mesa, cartolina e caneta. Procedimento: O animador deverá, com antecedência, montar um espaço para o bazar, com o nome “Bazar da Troca”. a. Solicitar um voluntário que irá até o canto do bazar para fazer a sua troca. Esse voluntário poderá trocar de tudo no bazar: tristeza, problemas, calvície, egoísmo, etc. Para isso, ele deverá escolher alguém do grupo para efectuar a troca - essa pessoa será o “dono” CIRCUNSTANCIAL do bazar. Esse “dono” procederá da mesma forma que o anterior e, assim, sucessivamente, até que todos tenham passado pelo bazar. b. Aquilo que se deixa no bazar não pode ser devolvido. c. A pessoa que vai trocar dirige-se ao “dono” do bazar e diz: “Eu tenho muita INTOLERÂNCIA e gostaria de fazer uma troca consigo, onde eu possa ganhar um pouco da sua PACIÊNCIA - o que gostaria receber de mim?”. d. O “dono” do bazar diz: “Aceito a sua INTOLERÂNCIA, desde que você me passe "FORÇA DE VONTADE”. e. E, assim, sucessivamente, até que os outros “donos” de bazar e “trocadores” se revezem. Finalizar com um bom relaxamento, levando os participantes a sentirem-se, realmente, livres dos seus “fardos”. Proceder a outros comentários. Dinâmica: A Viagem escolhas,
trazer
à
consciência
inconscientes que utilizamos para processar escolhas. Duração: Aproximadamente 1 hora.
Formadora – Ana Jorge
os
critérios
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Processar
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Objectivo:
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Material Necessário: Fotos de pessoas famosas em grande quantidade. Procedimento: 1. Colocar fotos de pessoas famosas em grande quantidade 2. Informar os participantes, que cada um ganhou uma viagem para duas pessoas e que as pessoas que planeavam levar tiveram um imprevisto de última hora e poderão ser substituídas. 3. Portanto, cada participante, deverá escolher entre as fotos espalhadas, três pessoas com que teriam prazer em fazer esta viagem e três pessoas com quem jamais viajariam e explicar o porquê de cada escolha. Observações: Esta dinâmica tem o objectivo de trazer a tona, os critérios de avaliação de cada um, os valores, a discriminação, os pressupostos, os rótulos, a subjectividade com que realizam cada escolha, as suas préconcepções, etc Dinâmica: Remédio para o Coração Objectivo:
Aprofundar
relacionamentos,
possibilitar
a
auto-ajuda,
companheirismo. Duração: Aproximadamente 40 minutos. Material Necessário: Cápsulas de remédio vazias, equipamento de som (CD, cassete ou similar), frases em papel bem pequeninas. Procedimento: a. Preparar as frases e colocá-las, previamente, dentro das cápsulas.
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milagroso, e que as pessoas, ao tomá-lo, nunca mais se sentirão doentes.
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b. Falar que foi lançado no mercado, recentemente, um remédio super
Formadora – Ana Jorge
Animação – conceitos, princípios e técnicas
c. “Nós trouxemos algumas cápsulas desse remédio hoje para vocês e vamos distribuí-las”. d. Distribuir as cápsulas aos participantes e solicitar que não tomem ainda o seu “remédio”. e. Sugerir que cada pessoa abra a sua cápsula e, quem quiser, leia a mensagem nela contida. f. Sugerir que as pessoas troquem as suas mensagens. É opcional o animador pedir alguns comentários Dinâmica: A coisa mais importante do mundo Objectivo: Propiciar o desenvolvimento da auto-estima. Ideal para ser utilizada na sensibilização para a Saúde. Material Necessário: Uma caixa com uma abertura e um espelho dentro, em condições de reflectir a imagem de quem olha por fora. Procedimento: Averiguar com grupo quais são as sete maravilhas do mundo. Quando umas quatro já tiverem sido citadas, desviar para a maravilha que vamos poder contemplar agora. Maravilha maior que todas essas citadas, e que não está incluída em nenhum sistema de classificação. Desenvolvimento: Pedir que cada um venha até o centro da sala e olhe dentro da caixa, para
Processamento: Perguntar ao grupo:
Formadora – Ana Jorge
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Exigência: ninguém pode dizer nada, enquanto todos não a tiverem visto.
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contemplar a coisa mais importante do mundo.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Quem
viu
O
você
que
realmente viu
é
a
coisa
realmente
a
mais coisa
importante mais
do
importante
mundo? para
si?
A partir dos comentários do grupo pode-se criar um clima de reflexão em torno da importância que temos atribuído às questões relativas ao nosso bem-estar. Dinâmica: Eu Queria… Eu quero Objectivo: Exercitar a determinação, o fazer acontecer, a auto motivação para se fazer comprometer com os desejos pretendidos. Procedimento: Esta vivência é simples, porém muito profunda, exactamente porque sugere às pessoas, de uma forma muito rápida e prática, o redimensionamento da sua forma de pensar e visualizar os seus objectivos. Lembra-se quando era criança? Decididamente, “EU QUERO” estava sempre em alta, e de uma forma determinada. a. Pedir aos participantes para que fiquem o mais confortavelmente possível nas suas cadeiras, relaxados. b. “Experimentem fechar os olhos durante quinze segundos… Durante esse tempo, procurem pensar em algo, alguma coisa, sonho, objectivo, que possam ‘verbalizar’ mentalmente: EU QUERIA MUITO… EU QUERIA…”. c. Dar um sinal para que todos abram os olhos. d. “Mudem de posição nas suas cadeiras e fechem, mais uma vez, os olhos durante mais quinze segundos”.
f. Sinalizar para que abram os olhos e proceder alguns comentários:
Formadora – Ana Jorge
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QUERO MUITO… EU QUERO…”.
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e. “Desta vez, pensem em algo que possam ‘verbalizar’, mentalmente: EU
Animação – conceitos, princípios e técnicas
-> O que foi mais significativo: quando vocês pensaram EU QUERIA ou EU QUERO? -> Qual foi o desejo que vocês “viram” realizado? -> EU QUERIA dá a ideia de quê? Dinâmica: O Amigo Secreto Material Necessário: - Estrelas com os nomes dos participantes - CD música clássica - Folhas papel - Canetas e lápis coloridos - Crachás Procedimento: a) Entregar aos participantes estrelas com o nome de outro participante, solicitando aos mesmos guardar sigilo quanto ao nome recebido e se for o próprio nome devolver ao animador e, tirar outro. b) Colocar uma música clássica de fundo. Solicitar a todos que caminhem pela sala e observe disfarçadamente a pessoa cujo nome está com ele, continuar caminhando e pensando que forma poderia representar a pessoa. c) Solicitar para que todos desenhem como imagina ser a pessoa em questão,
- Qual a cor preferida
Formadora – Ana Jorge
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- O que ela gosta de comer
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quanto a:
Animação – conceitos, princípios e técnicas
- Que presente daria a esta pessoa d) Os participantes apresentam a pessoa cujo nome está com ele. O apresentado coloca-se no final, concordando ou discordando e argumentando os porquês. Dinâmica: Identificação Pessoal com a Natureza Objectivos: Auto conhecimento Material: Imagens da natureza, papel e caneta. Desenvolvimento: 1. Contemplação da natureza. Cada um procura um elemento na natureza que mais lhe chama a atenção e reflectir: Porque o escolhi? O que ele me diz? Dinâmica: aprender com os problemas Objectivo: Reflectir, aceitar e aprender com as vivências problemáticas, dolorosas e/ou conflituosas Procedimento: I. O animador solicita aos participantes que seleccionem uma pessoa do grupo que lhe inspire confiança. II. O animador indica-lhes para que se sentem frente a frente e pensem
comentários nem críticas, só expressando a sua compreensão.
Formadora – Ana Jorge
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relatar ao seu companheiro, enquanto o escuta atentamente, sem
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numa situação problemática, dolorosa ou desagradável, a qual um deles deve
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Uma vez que terminado, a pessoa que escuta deverá perguntar-lhe o que pensa o que lhe pode ter ensinado esta experiência. III. Ao terminar esta actividade, trocam-se os papéis, e realiza-se o mesmo procedimento. IV. Comenta-se em grupo o exercício. V. O animador guia o processo, para que o grupo analise como se pode aplicar o que aprenderam à sua vida. Dinâmica: boas ou más notícias Objectivo: Que os participantes percebam o impacto que o ambiente tem na sua atitude pessoal. Material: Cartazes com uma mensagem positiva diferente em cada um. Desenvolvimento I. O animador inicia uma breve conversação com o grupo: A quem lhe aconteceu algo esta semana que queira partilhar com o grupo? Que notícia da actualidade nacional vos chamou a atenção? II. O animador divide o grupo em subgrupos de quatro participantes cada um. III. O animador mostra-lhes os títulos das notícias, fotografias e pergunta ao grupo: Sabiam destas notícias? O animador escuta algumas opiniões e comenta: Os meios de comunicação
destacamos mais o mal que nos acontece que o bom. Cada um recorde as
Formadora – Ana Jorge
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contagiados e nas nossas conversas diárias fazemos algo parecido;
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destacam mais as notícias negativas que as positivas. Às vezes somos
Animação – conceitos, princípios e técnicas
coisas boas que lhe aconteceram o ano passado. Escolha uma delas e comente-a com o seu grupo. VI. As equipas escolhem aquela que mais impacto lhes causou e o protagonista partilha-a com todo o grupo. V. As pessoas escolhidas pelas equipas partilham a sua boa notícia.
VI. Cada boa notícia provoca em nós muitos sentimentos, faz-nos valorizar a vida. VII. Na cartolina estão coladas mensagens positivas. O animador convida representante de cada equipa a retirar uma mensagem. VIII. Indica-lhes que têm que trabalhar sobre a importância que tem a mensagem que seleccionaram na sua atitude. IX. Os subgrupos reúnem-se e um representante de cada subgrupo apresenta as conclusões a que chegaram. X. O animador guia o processo, para que o grupo analise como se pode aplicar o que foi aprendido à sua vida. Dinâmica: Caça ao criminoso Trata-se de uma dinâmica muito útil em grupos pouco estruturados. São distribuídas 27 pistas (todas verdadeiras) de um crime e o objectivo é descobrir quem matou, quem morreu, qual o objecto do crime, qual o seu
entanto,
há
ainda
outras
regras:
as
pistas
são
distribuídas
aleatoriamente entre todos os participantes e nenhum participante pode trocar as suas pistas com os restantes. De tal modo que o grupo deve
Formadora – Ana Jorge
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No
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motivo e a que horas aconteceu o mesmo.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
estruturar-se de modo que cada um possa ler a(s) sua(s) pista(s) aos restantes. Revela-se uma actividade interessante, hilariante e geradora de conflito e discussão intra-grupo. Normalmente gera-se grande confusão que o próprio grupo deve gerir sem a intervenção do formador. No final o grupo estrutura-se e chega, normalmente, às respostas pretendidas. Dinâmica: O Circo Objectivo: Analisar a situação actual do grupo. Saber como cada participante do grupo vê os restantes membros. Material: Cartões com as funções do circo (Imagens e/ou Escrito) [Um baralho para cada participante] Desenvolvimento Somos artistas de um circo. A tarefa é dar a cada um dos companheiros o papel que pode desempenhar, dadas as características que foram descobertas ao longo dos encontros, reuniões, palestras, actividades, etc. realizadas com ele. Cada um escolhe os cartões com os papéis atribuídos a cada um dos parceiros, pensando sempre o porquê daquela escolha. Depois abre-se um breve espaço para discussão e debate de ideias.
Exemplos de Funções Empresário
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Fakir
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Bailarino(a)
Formadora – Ana Jorge
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Trapezista Lança Chamas Acrobata Apresentador Maquilhador Malabarista Salto Mortal Director de Orquestra Músico Mágico Domador de Feras Equilibrista Palhaço Domador de pulgas Dinâmica: Troca de Personalidades Objectivos: Identificar a própria personalidade através de outros membros do grupo. Discutir temas com o ponto de vista diferente do seu. Material: Cartões com diferentes características e comportamentos de personalidade (amigo, rezingão, desinteressado...) [tantos quanto o número de sujeitos do grupo] Desenvolvimento: Distribui-se um cartão a cada sujeito e propõe-se a discussão de um tema que agrade a todos. O Objectivo será que cada um se comporte consoante o papel que lhe calhou.
Por exemplo, se alguém identificou uma característica própria em algum companheiro: como se sentiu?
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ideias e sentimentos.
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Observações: Pode no final da dinâmica gerar-se um debate ou partilha de
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Como se sentiram a discutir com uma característica diferente da sua? foi fácil? é fácil colocar-se no lugar de outro? Dinâmica: minha característica maior Objectivos: favorecer a comunicação verbal, criar um clima de empatia e estimular o processo de conhecimento do outro. Material: Papel e lápis. Processo: O animador explica que “todos nós temos características que são mais marcantes e visíveis aos outros”. Distribuir papel e lápis, onde cada pessoa escreverá uma frase que resume aquilo que ela é e o que faz de melhor. Exemplo: (José)
“Sou
um
batalhador
incansável
pela
justiça.”
(Roberta) “Sou sensível à miséria e não me canso de ajudar os pobres.” Fixar os papéis no peito, e todos, ao som de uma música (suave) passeiam pela sala, lendo as frases dos demais. Solicitar que formem pares ou tríades com as pessoas cujas frases lhes chamaram a atenção. Retornar após (mais ou menos) quinze minutos para o grupo maior, onde os membros de cada dupla (ou tríade) apresentam um ao outro, salientando os aspectos positivos do encontro. Dinâmica: caixinha de surpresas
algumas tarefas engraçadas, som com cd ou gravador. Formadora – Ana Jorge
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Material: Caixinha com tiras de papel onde se deve escrever previamente
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Objectivos: Despertar e exercitar a criatividade do grupo.
Animação – conceitos, princípios e técnicas
Processo: Formar um círculo. A caixinha deverá circular de mão em mão, até que o som da música pára simultaneamente. Aquele que estiver com a caixinha no momento em que a música parar, deverá tirar de dentro da caixinha um papel com a tarefa e executá-la. Dinâmica: Como é que me vêem… e eu, como é que me vejo? Objectivo: Observação e tomada de consciência dos aspectos positivos e negativos da própria personalidade e da personalidade dos outros. Material: Lápis e folhas de papel Desenvolvimento: O animador convida os participantes a sentarem-se em círculo e distribui por cada membro uma folha de papel e um lápis. Cada membro do grupo tem um número que o representa. Na folha que lhes foi entregue coloca-se uma sequência progressiva de números, tantos quanto o número de pessoas envolvidas no jogo. Os participantes, no espaço da folha a seguir ao número representativo de cada pessoa, escrevem uma apreciação sintética, ou um adjectivo, ou uma característica que diga respeito ao membro que possui tal número, não esquecendo de escrever também o próprio número. O animador recolha as folhas – que devem ser anónimas – e lê em voz alta tudo o que foi escrito pelo grupo a respeito de um determinado membro identificado pelo número que lhe foi dado antes. Deste modo, obtém-se um conjunto de características da personalidade de cada um dos componentes do grupo, tal
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Sugestões para o animador:
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como aparecem aos olhos dos outros.
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O animador convida cada um dos participantes a comentar, aceitar, discordar, ou aprovar tudo o que foi dito e sublinhado pelos restantes membros do grupo. Dinâmica: Tapete mágico Objectivos: Reforçar o conhecimento interpessoal num grupo e ajudar a criar um clima que favoreça um o seu adequado funcionamento. Material: Uma folha de cartolina, pano ou tapete. Procedimento: A dinâmica consiste em propor aos participantes a realização de uma actividade com o objectivo de aprofundar o conhecimento interpessoal através da partilha de informações sobre um objecto com significado pessoal que tenham consigo no momento de realização da actividade. Dinamização: Reunir os participantes de modo a formar uma roda (sentados no chão) e colocar no centro da mesma a folha de cartolina, pano ou tapete. Começar por apresentar a actividade enumerando os seus propósitos e descrevendo-a sucintamente. Pedir que cada participante (incluindo o animador) coloque sobre o "tapete mágico" um objecto que tenha consigo e ao qual atribua um significado pessoal relevante. Depois de todos terem colocado o respectivo objecto informar que a parte da dinâmica que se vai realizar em seguida é facultativa (ainda que importante tendo em atenção os objectivos) e que durante a realização da
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acontecer.
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mesma os participantes não devem comentar nada do que for dito ou do que
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Informa, então, que os participantes, um de cada vez e começando pelo animador, devem revelar ao grupo o objecto que colocaram no tapete e partilhar com o grupo qual o significado especial que tal objecto tem para si. A exploração da dinâmica pode incidir sobre a concretização dos objectivos (ficámos a conhecermo-nos melhor?) e/ou sobre o que cada um sentiu (foi fácil participar?). Observações Importa ter presente que esta dinâmica só deve ser realizada com um grupo onde o conhecimento e as interacções interpessoais sejam já significativos. O animador deve ter consciência de que a dinâmica pode, ocasionalmente, provocar um clima fortemente emotivo com o qual o animador poderá ter de lidar. Poderá ter de dar algum suporte (não verbal) a participantes que se emocionem mais no decorrer da actividade e evitar que comentários ou atitudes não verbais possam ferir elementos mais fragilizados, contribuindo para desunir, em vez de unir o grupo. A maior ou menor emoção que colocar na apresentação do seu próprio objecto poderá condicionar fortemente o desenrolar da dinâmica. Dinâmica: Dar e receber afecto Objectivos: Experimentar situações relacionadas com dar e receber afecto. Breve descrição: Dinâmica que permite aos participantes experimentar uma
interpessoal num grupo e, em alguma medida, trabalhar a auto-estima dos participantes. Formadora – Ana Jorge
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para facilitar a livre expressão de emoções positivas no relacionamento
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situação em que têm de dar e receber afectos em grupo. Pode contribuir
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Dinamização: O animador, pede ao grupo que forme uma roda, e começa por apresentar o exercício, salientando que para a maioria das pessoas, dar e receber afecto levanta algumas dificuldades. Por vezes, é mesmo mais fácil criticar, dizer mal, do que elogiar, dizer bem.
A proposta desta actividade é a de permitir que experimentar e, se possível, ultrapassar tais dificuldades de um modo intenso. O animador solicita que um membro se ofereça voluntariamente para se colocar no centro do círculo com os olhos fechados. Depois pede que os membros, um de cada vez e evitando silêncios demorados, exprimam os seus sentimentos positivos em relação ao membro que está no centro através de frases curtas que comecem pelo nome do participante (João, gosto de ti!, João acho que és uma pessoa inteligente, etc.). Permitir que todos os que desejem ocupem, à vez, o centro do círculo para experimentarem a sensação de receber afectos. Num segundo momento, e se desejarmos uma experiência mais intensa repetir a dinâmica do seguinte modo: o voluntário no centro pode ter os olhos abertos e reagir de modo não verbal aos elogios; os elementos do grupo devem aproximar-se do voluntário no centro procurando olha-lho nos olhos enquanto lhe dizem a mesma frase curta que pode ser complementada por um gesto não-verbal de afecto (um beijo, um abraço, um tocar nas mãos, etc.). A exploração do exercício deve incidir nos sentimentos sentidos pelos
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participantes quando exprimiram e/ou quando receberam afectos.
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Animação lúdica (festas, passeios, rábulas, jogos de tabuleiro, etc.) A actividade lúdica é aquela que tem por objectivo a diversão das pessoas ou grupos, a ocupação de tempos livres, a promoção do convívio, a divulgação do conhecimento, das artes e dos saberes. A actividade lúdica é vocacionada essencialmente para o lazer, o entretenimento e a brincadeira.
Desporto e recreio Turismo Sénior
Internet
Actividades lúdicas
Jogos e rábulas
Jogos de Magia
Visitas culturais
Gastronomia Actividades da ciência
Desporto e recreio: A
animação
desportiva
engloba
as
actividades
físicas
que
pressupõem a aceitação das regras desse desporto, podendo ser praticado individualmente ou em grupo Exº: Atletismo, natação, pesca, ténis, marcha etc.
comunitário
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objectivo o recreio, o convívio, a interacção social e o desenvolvimento
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A actividade recreativa engloba todas as actividades que têm por
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Exº : Os bailes de Carnaval, de fim de ano, as festas de aniversário, os jornais de parede, os piqueniques, os torneios de jogos de cartas etc.
Turismo sénior: Tendo em conta o tempo livre de que a maioria dos idosos dispõe, o turismo surge como uma das principais formas de animação lúdica A animação turística sénior deve ser encarada como “um conjunto de actividades, que transformam o ver em envolver, o viver no conviver, desafiando o turista numa estratégia de desenvolvimento pessoal e humano numa determinada fase do seu percurso de vida”
Visitas culturais: Caracterizam-se por serem saídas com menor duração que o turismo sénior, os principais locais a visitar serão museus, exposições, teatro e cinema, feiras, parques naturais e podemos também incluir aqui as visitas com fins religiosos como as visitas a templos, procissões ou romarias
Gastronomia: A gastronomia é uma das vertentes mais importantes da cultura e tradição familiar e popular. Na culinária é possível: Distinguir ervas aromáticas, bebidas, molhos, ou seja cheiros e sabores Estimular a criatividade na preparação dos alimentos
Aproveitar e reutilizar diversos alimentos
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doces, licores, compotas, enchidos, pães, etc.
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Manter e transmitir receitas ancestrais e tradicionais tais como:
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Actividades de ciência: As actividades de ciência podem proporcionar momentos bastante interessantes
e
didácticos.
Muitas
vezes
ao
realizarmos
algumas
experiências científicas, os utentes manifestam a sua surpresa ao descobrirem como acontecimentos do dia a dia têm explicações muito simples
Jogos de magia: Os jogos de magia são uma forma de animação que podem proporcionar bons momentos de entretenimento. Existem truques muito simples com cartas, cordas ou moedas, que qualquer utente pode aprender para depois apresentar aos colegas num festa ou num passeio
Jogos ou rábulas: Os jogos de mesa e as rábulas ou paródias são um excelente meio de entretenimento e lazer que promovem o convívio e a interacção social Exº. As damas, o xadrez, o dominó, o monopólio, etc.
A internet: A informática e a internet em particular podem abrir novas possibilidades de contacto com outras pessoas e realidades
Animação comunitária A animação comunitária é aquela em que o idoso participa activamente
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no seio da comunidade como elemento válido, activo e útil. Esta animação
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(voluntariado sénior, desenvolvimento comunitário, guias de museus, etc.)
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destina-se essencialmente a idosos autónomos que ainda querem e podem ter uma voz activa na comunidade onde vivem.
A motivação Nas pessoas idosas a motivação está muitas vezes ausente, assim compete ao animador encontrar estratégias para convencer os idosos a participarem em actividades que se adaptem à sua já débil saúde. Conjunto de forças internas que mobilização o indivíduo para atingir um dado objectivo como resposta a um estado de necessidade, carência ou desequilíbrio.
A palavra motivação vem do latim movere, que significa "mover". A motivação é, então, aquilo que é capaz de mover o indivíduo, de o levar a agir para atingir algo (o objectivo), e de lhe produzir um comportamento orientado.
Motivação é o motivo para a acção. A força e energia interior de cada pessoa são despertadas quando se precisa satisfazer uma das quatro necessidades básicas: viver, amar, aprender ou deixar um legado.
Avaliação da aplicação das técnicas Avaliar consiste na recolha e interpretação sistemática de uma
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decisões de forma a melhorar o que está a ser avaliado.
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informação com vista a emitir um juízo de valor que facilite a tomada de
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Etapas da avaliação. - Determinação dos objectivos - Estabelecimento do marco de referência - Eleição e elaboração de instrumentos - Recomendação de medidas a tomar e adopção de decisões - Apresentação de resultados e conclusões - Análise de informação - Recolha de dados Instrumentos e métodos de avaliação Tipos de avaliação
Instrumentos e métodos
Avaliação de Contexto
Observação; análise documental; entrevistas; técnicas grupais; questionários
Avaliação de entrada
Inventário de recursos, análise de conteúdo; consulta
bibliográfica
e
documenta;
rever
outros programas; técnicas grupais; ensaios ou provas piloto. Avaliação de processo
Estabelecimento
de
controlos
grupais
(informações, entrevistas…); estruturação de sistemas de informação (reuniões, sessões de revisão, …); observação. Avaliação do produto
Recompilação de juízos e de opiniões mediante
quantitativa
resultados.
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e
qualitativa
dos
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análise
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questionários, entrevistas, técnicas grupais,…;
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Critérios de avaliação: •
Eficácia – perceber em que medida os objectivos foram atingidos e as acções/ actividades foram realizadas;
•
Eficiência – relacionada com a avaliação do rendimento técnico da acção, resultados obtidos relativamente aos recursos utilizados;
•
Adequabilidade – avalia em que medida a acção/ actividade foi adequada face ao contexto e à situação na qual se pretendia intervir;
•
Equidade – destina-se a avaliar em que medida existiu igualdade de oportunidades de participação de todos os intervenientes na acção/ actividade;
•
Impacto – utilizado numa perspectiva de médio ou longo prazo, destina-se a avaliar em que medida a acção/actividade contribuiu para a melhoria da situação, numa perspectiva de mudança
Socioterapia A socioterapia é uma especialidade da sociologia que utiliza diversas técnicas com fins terapêuticos, de desenvolvimento pessoal e integração social destina-se a todos os indivíduos, independentemente do sexo, idade, estado civil, opção sexual, raça, status ou classe social, profissão, formação académica. Quem pode beneficiar da socioterapia? Podem beneficiar da socioterapia indivíduos com necessidades
portadores do síndrome de down, paralisia cerebral, epilepsia, autismo, os
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dependentes de substâncias químicas, a população de rua, os pacientes
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especiais, com limitações ao nível mental, físico, visual, motor, auditivo,
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portadores de doenças crónicas ou mesmo infractores, presos, idosos, etc. Todos aqueles que precisem de apoio terapêutico para viver melhor em sociedade. A socioterapia tem como finalidade de incentivar grupos de indivíduos (neste caso idosos) a realizar actividades sociais, em ambientes exteriores às quatro paredes das casas, nas quais os idosos costumam ficar limitados.
Algumas actividades sociais: o
Visita a museus;
o
Centros comerciais, hipermercados;
o
Praças;
o
Exposições;
o
Restaurantes;
o
Uma troca de ideias, até sobre problemas de cada um.
Importância do lazer O lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações
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A palavra LAZER deriva do latim: licere, ser lícito, ser permitido.
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profissionais, familiares e sociais.» (Dumazedier, 1976, apud Oleias)
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Pode ser entendido por: •
ATITUDE
•
TEMPO LIVRE
•
ACTIVIDADE RECREATIVA
A palavra "lazer" pode ser interpretada por vários significados, com base em interpretações da moral, da religião, da filosofia e do senso comum, contendo também, um sistema de pensamento que indica uma condição de felicidade e de liberdade. (SANTINI, 1993). Para Dumazedier, lazer é: “ [...] um conjunto de ocupações, às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para se divertir, recrear e se entreter ou, ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou das obrigações profissionais, familiares e sociais" (DUMAZEDIER, apud SANTINI, 1993,p.17). Também é comum o uso, do termo recreação para nomear algo parecido ao lazer porém, com alguns elementos que os diferenciam. Recreação é entendida como " [...] actividade física ou mental que o indivíduo é naturalmente arrastado para satisfazer as necessidades físicas, psíquicas ou sociais, de cuja realização lhe advém prazer" (SANTINI, 1993 p.18). Desta forma, a diferença entre recreação e lazer reside na escolha das actividades a serem exercidas. Enquanto no lazer, por ser um termo
interiores, relacionado a necessidade física, psicológico ou social.
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recreação, as actividades são impulsionadas naturalmente por motivos
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mais amplo, o indivíduo possui graus de liberdade para sua escolha, e na
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Segundo Andrade (2001), deve-se superar a manutenção do hábito de considerar-se o lazer como o não-trabalho em situação individual e colectiva de quem se afastava de suas actividades sistemáticas. (Trabalho produtivo e trabalho lúdico) A ideia de que, a partir de determinada idade, certas actividades não devem ser desfrutadas, é uma concepção que tende a ser superada em relação às constantes modificações sociais, uma vez que, actualmente, a expectativa de vida das pessoas, tem aumentado muito e com isso, a necessidade de se repensar as questões que envolvem a qualidade de desfrutar do tempo livre. A experiência da prática de lazer aumenta o processo de integração entre as pessoas, sejam estas jovens ou idosas, sem diferenciar, portanto a idade do indivíduo que a vivência. Entretanto, muitos valores destruídos e até mesmos preconceituosos, tendem a guiar as concepções de lazer dentro da própria comunidade idosa interferindo de forma negativa. É necessário a identificação das necessidades de lazer, facilidade e dificuldade encontrada pela pessoa da terceira idade, assim será possível elaborar e propor actividades de lazer que atenda e satisfação do grupo.
A 3ª idade numa perspectiva preventiva O grupo etário dos idosos é provavelmente o mais heterogéneo de
que pode variar desde sem doença aparente e com autonomia completa até
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que dele fazem parte, quer pela diversidade de situações de saúde/doença,
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todos os grupos populacionais, quer pelo amplo leque de idades das pessoas
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doença crónica e avançada com dependência total, com um amplo leque de situações intermédias. As actividades preventivas podem desempenhar um importante papel, a nível da qualidade de vida, promovendo a autonomia e contribuindo para um adequado grau de conforto físico e emocional do idoso. Nem todas as intervenções preventivas beneficiam da mesma forma para todos os idosos e muitas delas podem contribuir para a diminuição da sua qualidade de vida, pela ansiedade que acarretam ou pela morbilidade que comportam. Níveis de prevenção A prevenção bem estruturada deve ser planeada com antecedência, isto é, antes dos problemas aparecerem. Para prevenir, é preciso começar por identificar uma situação e reconhecer os seus riscos e os perigos inerentes. A Organização Mundial de Saúde aponta 3 níveis de prevenção, primária, secundária e terciária. Prevenção primária – visa impedir o aparecimento de um problema de saúde. Incide na prevenção da doença e na promoção e manutenção da saúde. A prevenção primária permite ao indivíduo melhorar a sua capacidade de
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A prevenção primária visa três objectivos:
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atingir o nível óptimo de saúde.
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1. Fazer desaparecer os factores de risco. A educação deve incidir nos problemas comuns aos idosos, como doenças cardiovasculares, cancro, problemas osteo-articulares, afecções crónicas e doenças mentais. 2. Modificação do estilo de vida e a adopção de hábitos sãos como o exercício físico, uma melhor alimentação, redução do consumo do tabaco e álcool, etc. Tem de se ter em conta que, é mais melhorar os conhecimentos a nível de saúde, mas que é muito difícil modificar atitudes e hábitos adquiridos há já muito tempo.
Prevenção secundária – tem como objectivo curar a doença, parar ou moderar a sua progressão. Visa também descobrir e erradicar o processo patológico através de medidas de detenção e despiste precoce. Estas intervenções estão ligadas a doenças como a hipertensão arterial, diabetes, cancro, doenças mentais, etc. tem também como objectivo modificar factores
de
risco
como
o
isolamento
social,
os
lutos
recentes,
hospitalização, confusão mental, pobreza bem como a ausência de redes de suporte. Prevenção terciária – permite diminuir as consequências e repercussões de uma doença, retardar ou suspender a sua progressão, mesmo que o problema persista. Para atingir estes objectivos, é essencial e instalação de uma rede integrada De cuidados e serviços geriátricos adequados, que permita manter a pessoal
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idosa no seu ambiente (no domicilio ou em lar).
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