MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Centro de Imunizações Hospital Israelita Albert Einstein Alfredo Elias Gilio Coordenador
4ª edição
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Alfredo Elias Gilio Coordenador
4ª edição
2009
Manual de Imunizações Centro de Imunizações Hospital Israelita Albert Einstein Copyright© 2009 Elsevier Editora Ltda. Os direitos de produção desta edição estão reservados à Elsevier Editora Ltda.
Diretoria comercial Pharma: Marina Jancso Coordenadora editorial: Jane Muniz Gerente comercial: Patricia Carvalho Coordenadora de desenvolvimento de conteúdo: Solange Davino Assistente editorial: Elisa Duque Estagiária editorial: Juliana Werneck Revisão tipográfca: Andréa Ribeiro Editoração: Maurício Domingues Elsevier Editora Ltda. Rio de Janeiro
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EM 3860
CIP-BRASIL – CA CATALOGA TALOGAÇÃO ÇÃO NA FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ M251 4.ed. Manual de imunizações : Centro de Imunizações Hospital Israelita Albert Einstein / Alfredo Elias G ilio, coordenador. coordenador. 4.ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2009. 76p. : il. Inclui bibliogra bibliografa. fa. ISBN: 978-85-352-3559-3 1. Imunização. 2. Vacina Vacinas. s. 3. Vacinaç Vacinação. ão. I. Gilio, Alredo Elias. II. Hospital Israelita Albert Einstein. Centro de Imunizações. 09-1932 24.04.09 27.04.09
CDD: 614.47 CDU: 614.47 012221
Índice para catálogo sistemático: 1. Imunizações : Saúde pública : Ciências médicas 614.47 2. Vacinação : Saúde pública : Ciências médicas 614.47
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
INtroDUÇão
Imunização é tema de interesse para todos os profssionais de saúde. Ao mesmo tempo, é assunto extenso e em constante transormação. Na prática diária, é diícil manter-se atualizado sobre este tema. Muitas vezes, alta tempo para leituras mais detalhadas, e o que o profssional necessita é apenas uma consulta para esclarecimento de dúvida específca ou para defnição de uma determinada conduta. A ideia deste Manual surgiu desta necessidade. Ele oi elaborado por um grupo multidisciplinar composto por médicos, enermeiras e armacêuticos, responsáveis pelo Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein e com grande experiência no assunto. O seu objetivo é servir como onte de consulta rápida, e acreditamos que o seu ormato ajude neste sentido. Não há a pretensão de aproundar ou discutir extensamente os temas abordados. Para isso, existem excelentes revisões e livros que estão relacionados na bibliografa. Todos os esorços oram eitos para que o texto seja o mais atual possível. Entretanto, neste campo, as mudanças são muito rápidas, e é possível que, no momento da leitura, alguns aspectos já estejam ultrapassados. Neste sentido, é importante lembrar que os calendários de imunização são atualizados anualmente. O apoio do Departamento Materno-Inantil do Hospital Israelita Albert Einstein, através do Dr. Sulim Abramovici, e o apoio da Wyeth oram undamentais para que o Manual se tornasse realidade. Apesar de todas as limitações, esperamos que o Manual cumpra seu objetivo.
Alfredo Elias Gilio Coordenador
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
PrEfácIo à 4a EDIÇão
Um grande avanço da medicina nas últimas décadas deveu-se ao progresso da imunologia, com o desenvolvimento de novas vacinas e apereiçoamento das já existentes. Este ato contribuiu para a prevenção das doenças, transormando radicalmente a morbidade e mortalidade nos países em desenvolvimento, em especial na população pediátrica. O tema está sob rápida evolução, exigindo dos profssionais constante aprimoramento neste campo. Os profssionais do Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein empenharam-se no estudo deste tema para poder extrair a essência que este Manual contém. Escrito de modo objetivo, prático e atualizado, nota-se, em suas páginas, que os autores responsáveis pelo Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein transmitem aos leitores suas experiências e estudos desenvolvidos nestes anos. Esta nova edição acrescenta temas sempre atualizados, como a vacinação do adulto, calendários pós-transplante de medula óssea, vacina contra HPV, cólera e ETEC. Leitura obrigatória a todos os profssionais de saúde, em especial aos médicos pediatras, é com satisação que apresentamos como continuação do trabalho a 4ª edição do Manual de Imunizações, mérito da equipe do Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein, sob coordenação do Dr. Alredo Elias Gilio, e que contou com o apoio da diretoria do hospital na empreitada.
Sulim Abramovici Coordenador do Departamento de Pediatria
EDItorES
coLAborADorES
Alredo Elias Gilio
Albert Bousso
Doutor em Pediatria pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Diretor da Divisão de Clínica Pediátrica do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo Responsável pelo Centro de Imunizações e Clínica de Especialidades Pediátricas do Hospital Israelita Albert Einstein
Doutor em Pediatria pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Responsável pela Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo Médico do Centro de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Israelita Albert Einstein
Juliana Yumi Hirayama
Enermeira do Hospital Israelita Albert Einstein
Enermeira do Centro de Imunizações e Clínica de Especialidades Pediátricas do Hospital Israelita Albert Einstein
Silvia Broker Enermeira do Centro de Imunizações e Clínica de Especialidades Pediátricas do Hospital Israelita Albert Einstein
Cláudia Cândido da Luz David Salomão Lewi Proessor Adjunto da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo
Eitan Naaman Berezin Doutor em Pediatria pela Universidade Federal de São Paulo Chee do Setor de Inectologia Pediátrica da Santa Casa de São Paulo Presidente do Comitê de Inectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria
José Luiz Brant de Carvalho Britto Mestre em Pediatria pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Médico do Centro de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Israelita Albert Einstein
Luciana Borges Guedes Enermeira do Hospital Israelita Albert Einstein
Luis Fernando Aranha Camargo Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Diretor Superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein
Sandra Petriccione Farmacêutica do Centro de Inormações sobre Medicamentos do Hospital Israelita Albert Einstein
Virginia Antelmi Gomes Médica do Centro de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Israelita Albert Einstein
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
SUMárIo
1. Conceitos undamentais . . . . . . . . . . . . . . . . 9 2. Segurança e conservação . . . . . . . . . . . . . . . 17 3. Técnicas de aplicação. . . . . . . . . . . . . . . . . 17 4. Contraindicações alsas e verdadeiras. . . . . . . . . 21 5. Vacinação simultânea e combinada. . . . . . . . . . 22 6. Eventos adversos relacionados à imunização . . . . . 23 7. Calendários de vacinação. . . . . . . . . . . . . . . 25 8. Vacina contra tuberculose (BCG) . . . . . . . . . . 30 9. Vacina contra poliomielite . . . . . . . . . . . . . . 32 10. Vacina contra hepatite B . . . . . . . . . . . . . . . 33 11. Vacina contra diteria, coqueluche e tétano
(tríplice bacteriana) . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 12. Vacina contra Haemophilus infuenzae tipo B (Hib) . 38 13. Vacina contra pneumococo . . . . . . . . . . . . . 39 14. Vacina contra sarampo, caxumba
e rubéola (tríplice viral) . . . . . . . . . . . . . . . 42 15. Vacina contra hepatite A . . . . . . . . . . . . . . . 43 16. Vacina contra varicela . . . . . . . . . . . . . . . . 44 17. Vacina contra meningococo . . . . . . . . . . . . . 46 18. Vacina contra infuenza (gripe) . . . . . . . . . . . . 48 19. Vacina contra ebre amarela . . . . . . . . . . . . . 50 20. Vacina contra raiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 21. Vacina contra rotavírus. . . . . . . . . . . . . . . . 54 22. Vacina contra o papilomavírus humano (HPV) . . . 56 23. Vacina contra cólera e ETEC . . . . . . . . . . . . 57 24. Vacina contra ebre tioide . . . . . . . . . . . . . . 58 25. Vacinação do prematuro . . . . . . . . . . . . . . . 59 26. Vacinação do escolar e do adolescente . . . . . . . . 60 27. Vacinação do adulto . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 28. Vacinação da gestante . . . . . . . . . . . . . . . . 65 29. Vacinação do imunodeprimido . . . . . . . . . . . 67 30. Vacinação dos profssionais da saúde . . . . . . . . . 69 31. Vacinação do viajante . . . . . . . . . . . . . . . . 70 32. Uso de imunoglobulinas nas doenças inecciosas . . . 71 33. Bibliografa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
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CoNCEItoS fUNDAMENtAIS
O conhecimento de alguns termos e conceitos é undamental para a compreensão adequada dos próximos capítulos. Imunizar signifca tornar não suscetível a uma determinada doença e, dessa orma, preveni-la. A imunização pode ser ativa ou passiva. Na imunização ativa , o indivíduo é estimulado a desenvolver deesa imunológica contra uturas exposições à doença. Na imunização passiva , o indivíduo exposto ou em vias de se expor recebe anticorpos pré-ormados de origem humana ou animal. Imunobiológicos são produtos armacológicos produzidos a partir de microrganismos vivos, seus subprodutos ou componentes são capazes de imunizar de orma ativa ou passiva. Vacinas são produtos armacológicos que contêm agentes imunizantes capazes de induzir imunização ativa. A resposta protetora pode ser celular ou humoral. Os agentes imunizantes que compõem as vacinas podem ser: vírus vivo atenuado, bactéria viva atenuada, vírus inativado, bactéria inativada, toxoides ou componentes da estrutura bacteriana ou viral. Líquidos de suspensão são utilizados para reconstituição das vacinas. Os mais comuns são água destilada ou soro fsiológico. Algumas vacinas contêm no seu líquido de suspensão antígenos
derivados da produção da própria vacina, tais como antígenos de ovo ou gelatina (vide Quadro 1). Conservantes são incluídos na preparação das vacinas para evitar o crescimento de bactérias e ungos. Algumas vacinas utilizam mercuriais, como o timerosal, e outras, antimicrobianos, como neomicina ou estreptomicina (vide Quadro 1). Adjuvantes são substâncias ut\ilizadas para aumentar e prolongar o poder imunogênico das vacinas. Os mais requentemente utilizados são os sais de alumínio, como o hidróxido de alumínio (vide Quadro 1). Imunoglobulinas são produtos imunobiológicos obtidos a partir de racionamento por álcool de pelo menos 1.000 plasmas de doadores. São soluções proteicas concentradas, contendo anticorpos, principalmente da classe IgG. Existem imunoglobulinas para uso intramuscular e para uso endovenoso, dependendo do procedimento utilizado em sua produção. As imunoglobulinas hiperimunes, também chamadas imunoglobulinas específcas, contêm altos títulos de anticorpos para algumas doenças: hepatite B, tétano, raiva, varicela-zóster, citomegalovírus e vírus sincicial respiratório. Soro é o produto armacológico constituído de anticorpos heterólogos obtidos a partir do plasma de animais imunizados.
Quadro 1. Composição das vacinas Nome Comercial
Vacina
Tipo
Act-HIB
Conjugada com proteína tetânica contra Haemophilus infuenzae tipo b
Polissacarídeos capsulares bacterianos conjugados com proteína tetânica
Avaxim
Hepatite A
Vírus inativado da Hepatite A (cepa GMB, cultivada em células diploides MRC5)
Conservantes / Adjuvantes/ Excipientes
Apresentação
Laboratório
Trometamol, sacarose
Pó lioflizado injetável: - Cartucho contendo um rasco de uma dose e uma seringa com 0,5mL de diluente
Sanof Pasteur
Hidróxido de alumínio, 2-enoxietanol, ormaldeído, traços de neomicina, meio 199 de Hanks
Suspensão injetável: Sanof Pasteur - Cartucho contendo seringa monodose com 80U em 0,5mL (pediátrico) - Cartucho contendo seringa monodose com 160U em 0,5mL (uso adulto)
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Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
BCG Intradérmico Tuberculose
Bacilos vivos atenuados
Sem conservante
- Ampola contendo 1, 2 ou 5mg de BCG lioflizada, correspondendo a 10, 20 ou 50 doses
Fundação Ataulpho de Paiva
Cervarix
Câncer de colo de útero
Partículas não inecciosas semelhantes a vírus (VLPs) produzidas por tecnologia de DNA recombinante
3-O-desacil4monoosoril lipídio A, alumínio, cloreto de sódio, osato de sódio monobásico diidratado e água para injeção
Suspensão injetável para administração intramuscular: - Embalagem contendo uma seringa preenchida (0,5mL)
Glaxo Smith Kline
Dukoral
Cólera e diarreia causada por ETEC
Vibrios choleraes inaba inativados: - 48 clássico - 6973 el tor - Ogawa 50 clássico - Subunidade B da toxina da cólera recombinante
Composição da solução tampão: osato de sódio monobásico, osato de sódio dibásico, cloreto de sódio. Grânulos eervecentes: bicarbonato de sódio, ácido cítrico anidro, aroma de ramboesa, sacarina sódica
- Cartucho contendo um rasco com uma dose de 3,0mL de suspensão e um sachê com 5,6g de granulado eervecente
Sanof Pasteur
Dupla Adulto
Diteria e tétano
Toxoide ditérico e tetânico purifcados
Hidróxido de alumínio, cloreto de sódio, ormaldeído
- Ampolas com Instituto Butantan uma dose (0,5mL) - Frasco-ampola com 10 doses (5,0mL)
Engerix B
Hepatite B
Antígenos de superície do vírus da Hepatite B purifcados
Hidróxido de alumínio
- Embalagem monodose com 1 e 25 rascosampola de 20mcg - Embalagem monodose com 25 rascos-ampola de 10mcg e seringa de 10mcg
Glaxo Smith Kline
Euvax
Hepatite B
Antígeno de Alumínio, timerosal, superície do vírus da osato de potássio Hepatite B purifcado monobásico, osato de sódio dibásico, cloreto de sódio, água para injeção
Suspensão injetável branca, levemente opaca: - Frasco-ampola contendo uma dose de 0,5mL (inantil) - Frasco-ampola contendo uma dose de 1mL (adulto)
Sanof Pasteur
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MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
Fluarix
Gripe
Vírus purifcado e inativado
Solução salina tamponada de osato, polissorbato 80, Triton X-100, sacarose, ormaldeído, desoxicolato de sódio, traços de gentamicina
Suspensão injetável: Glaxo Smith Kline - Embalagem monodose com um rasco-ampola com 0,5mL
Gardasil
Câncer de colo do útero e verrugas genitais
Vacina quadrivalente recombinante contra papilomavírus humano (tipos 6,11,16,18)
Adjuvante sulato hidroxiosato de alumínio amoro, cloreto de sódio, L-histidina, polisorbato, borato de sódio. Não contém conservantes nem antibióticos
- Cartucho com uma seringa preenchida com 0,5mL
Havrix
Hepatite A
Vírus inativado da Hepatite A (cepa HM175)
Formaldeído, hidróxido de alumínio, enoxietanol, polissorbato 20, suplemento de aminoácidos, osato dissódico, osato monopotássico, cloreto de sódio, cloreto de potássio, água para injeção
Suspensão injetável: Glaxo Smith Kline - Embalagem com uma seringa estéril descartável, contendo 0,5mL (720U.EL) ou 1,0mL (1440U.EL) de antígenos VHA
Imovax Pólio
Poliomielite
Vírus inativado (3 tipos)
Traços de neomicina, Solução injetável: estreptomicina - Cartucho com uma e polimixina B ampola contendo uma dose de 0,5mL
Sanof Pasteur
Infanrix Hexa
Pólio inativada + tríplice acelular + Hepatite B + Haemophilus infuenzae tipo b
Toxoide ditérico e tetânico, três antígenos purifcados de pertussis, antígeno de superície purifcado do vírus da Hepatite B, polissacarídeo capsular purifcado de H. infuenzae tipo b ligado ao toxoide tetânico
Lactose, cloreto de sódio, enoxietanol, hidróxido de alumínio, osato de alumínio, tampão de osato, polissorbato 20 e 80, glicina, ormaldeído, sulato de neomicina, polimixina B
Glaxo Smith Kline
Pó lioflizado e suspensão injetável: - Cartucho contendo um rasco-ampola monodose lioflizado e uma seringa preenchida com uma suspensão com 0,5mL
Merck Sharpe & Dohme
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Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
Infanrix IPV + Hib Pólio inativada + tríplice acelular + Haemophilus infuenzae tipo b
Toxoide ditérico e tetânico, três antígenos purifcados de pertussis e polissacarídeo capsular de Haemophilus infuenzae tipo b, ligados ao toxoide tetânico
Lactose, cloreto de sódio, enoxietanol, hidróxido de alumínio, ormaldeído
- Cartucho contendo um rasco-ampola lioflizado (vacina Hib) e uma seringa com suspensão (DTPa-IPV)
Glaxo Smith Kline
Meningitec
Meningocócica C
Olissacarídeo meningocócico do grupo C conjugado com proteína ditérica CRM 197
Fosato de alumínio, cloreto de sódio
Cartucho com um Wyeth-Whitehall estojo contendo uma seringa preenchida com dose única de 0,5mL e uma agulha
Menjugate
Meningocócica C
Olissacarídeo meningocócico do grupo C conjugado com proteína ditérica CRM 197
Hidróxido de alumínio. Excipientes: manitol, osato de sódio monoidratado, osato de sódio dibásico heptaidratado, cloreto de sódio, água para injeção
- Frasco-ampola com uma dose de vacina pó lioflo acompanhado de uma ampola de diluente com 0,8mL de hidróxido de alumínio
Chiron vaccines
Meningo A C
Meningocócica A + C Polissacarídeos capsulares bacterianos purifcados
Lactose, solução salina tamponada de osato
Pó lioflizado injetável: - Cartucho contendo um rasco de uma dose e uma seringa com 0,5mL de diluente
Sanof Pasteur
Meningo B C
Meningocócica B + C Proteínas purifcadas da membrana externa do meningococo do grupo B + proteínas indutoras de anticorpos bactericidas específcos humanos unidos a polissacarídeos capsulares de meningococo do grupo C
Hidróxido de alumínio, timerosal
- Frasco-ampola de 1, 5, 10 e 20 doses
Finlay
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MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
Menitorix
Vacina conjugada contra Haemophilus infuenzae tipo b e Meningite C
Polissacarídeo de Haemophilus infuenzae tipo B conjugado ao toxoide tetânico e polissacarídeo de Neisseria meningitidis sorogrupo C conjugado ao toxoide tetânico
Lioflizado: Tris(trometamol)HCl, sacarose. Diluente: cloreto de sódio, água para injeção
- Frasco-ampola monodose contendo vacina lioflizada + seringa preenchida contendo 0,5mL do diluente
Glaxo Smith Kline
MMR II
Sarampo, caxumba e rubéola
Vírus vivos
Sorbitol, osato de sódio, gelatina, sacarose, albumina humana, traços de neomicina
- Frasco-ampola de pó lioflizado injetável e rascoampola de diluente
Merck Sharpe & Dohme
Neis Vac-C
Meningocócica C
Polissacarídeo Hidróxido de meningocócico alumínio, cloreto do grupo C 10µg de sódio conjugado ao toxoide tetânico (TT)10-20µg
Suspensão para Baxter injeção intramuscular: - Seringas preenchidas de dose única (0,5mL)
Pertacel
Diteria, tétano e coqueluche
Acelular, contendo 5 Fosato de alumínio, antígenos purifcados enoxietanol da bactéria B.pertussis + toxoide tetânico e ditérico adsorvidos em osato de alumínio
Suspensão injetável: Sanof Pasteur - Cartucho contendo ampolas de dose única
Pneumo 23
Pneumocócica polivalente
Polissacarídeos capsulares bacterianos purifcados
Fenol, solução salina tamponada de osato
Solução injetável: - Cartucho com uma seringa contendo uma dose de 0,5mL
Sanof Pasteur
Pneumovax 23
Pneumocócica polivalente
Polissacarídeos capsulares bacterianos purifcados
Fenol, solução salina isotônica
- Frascos de dose única contendo 0,5mL
Merck Sharpe & Dohme
Pediacel
Diteria, tétano, coqueluche, poliomielite inativada Haemophilus infuenzae tipo b
Toxoide ditérico, toxoide tetânico, toxoide pertussis, hemaglutinina flamentosa de pertussis, aglutinogenos fmbriais 2 + 3, pertactina, poliovírus inativado dos tipos 1,2 e 3, polissacarídeo de Haemophilus infuenzae tipo b conjugado com proteína tetânica
Fosato de alumínio, 2-enoxietanol, polissorbato 80, traços de polimixina B, neomicina e ormaldeído. Trometamol e sacarose
Suspensão injetável: Sanof Pasteur - Cartucho contendo um rasco-ampola com 0,5mL de suspensão
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Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
PPD RT 23 SSI
Teste tuberculínico
Tuberculina PPD purifcada
Solução salina tamponada de osato, sulato de hidroxiquinolina potássica, polissorbato 80
- Cartucho com um rasco-ampola com 1,5mL
Prevenar
Doenças causadas pelo pneumococo
Polissacarídeos bacterianos conjugados com proteína ditérica
Fosato de alumínio, cloreto de sódio
- Cartucho com um Wyeth-Whitehall estojo contendo uma seringa preenchida com dose única de 0,5mL e uma agulha
Priorix
Sarampo, caxumba e rubéola
Vírus atenuado
Aminoácidos, lactose, manitol, sorbitol, sulato de neomicina
Pó lioflizado injetável: - Cartucho com rasco-ampola monodose e diluente em seringa preenchida
Glaxo Smith Kline
Recombivax
Hepatite B
Antígenos de superície do vírus da Hepatite B
Hidróxido de alumínio, ormaldeído
Suspensão estéril: - Frasco-ampola de uma dose e rasco-ampola de dose múltipla 0,5mL (2,5mcg)/0,5mL (5,0mcg)/1,0mL (10mcg)/1,0mL (40mcg)
Merck Sharpe & Dohme
Refortrix
Reorço de diteria, tétano e coqueluche
Toxoide ditérico e tetânico e três antígenos de B. pertussis purifcados
Hidróxido de alumínio, osato de alumínio, ormaldeído, enoxietanol, polissorbato 80, cloreto de sódio, glicina
Suspensão injetável: Glaxo Smith Kline - Cartucho com uma seringa contendo uma dose de 0,5mL
Rotarix
Rotavirose
Vírus humano vivo atenuado, cepa RIX
Sacarose, adipato - Seringa monodose dissódico, meio Eagle de 1,5mL para modifcado Dulbecco administração oral
Tetavax
Tétano
Toxoide tetânico purifcado
Hidróxido de alumínio, solução fsiológica
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Statens Serum Institut
Glaxo Smith Kline
Suspensão injetável: Sanof Pasteur - Cartucho contendo uma seringa de dose única - Cartucho contendo 20 ampolas de dose única - Cartucho contendo 10 rascos de 10 e 20 doses
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
Tetraxim
Diteria, tétano, Toxoide ditérico, coqueluche e toxoide tetânico, poliomielite inativada toxoide pertussis, hemaglutinina flamentosa de pertussis, poliovírus inativado dos tipos 1, 2 e 3
Hidróxido de alumínio, ormaldeído, 2-enoxietanol, meio de Hanks, água para injeção
Suspensão injetável: Sanof Pasteur - Cartucho contendo seringa monodose preenchida com 0,5mL de suspensão
Trimovax
Sarampo, caxumba e rubéola
Vírus atenuados
Albumina humana, traços de neomicina
Pó lioflizado injetável: - Cartucho contendo um rasco de uma dose e uma seringa com 0,5mL de diluente
Twinrix AD
Hepatite A e B
Vírus inativado de Hepatite A + antígeno de superície purifcados de Hepatite B geneticamente manipulado, adsorvidos em sais de alumínio
Sais de alumínio, aminoácidos, ormaldeído, sulato de neomicina, enoxietanol, cloreto de sódio, polissorbato 20
Suspensão injetável: Glaxo Smith Kline - Seringa de vidro contendo 1,0mL para uso adulto - Seringa de vidro contendo 0,5mL para uso pediátrico
Thyphim
Febre tioide
Polissacarídeo capsular Vi purifcado de Salmonella Tyohi (cepa Ty2)
Fenol, cloreto de sódio osato dissódico diidratado, osato monossódico, água para injeção
Suspensão injetável: Sanof Pasteur - Cartuchos com seringa monodose de 0,5mL
Vaqta
Hepatite A
Vírus inativados e purifcados
Alumínio, borato de sódio, cloreto de sódio a 0,9%
Suspensão injetável: Merck Sharp - Frasco-ampola & Dohme ou em seringas contendo uma dose de 25U/0,5mL, para uso pediátrico e adolescente ou uma dose de 50U/1mL, para uso adulto
Varicela Biken
Varicela
Vírus atenuado
Sacarose, gelatina, glutamato de sódio, traços de sulato de kanamicina, lactobionato de eritromicina
Pó lioflizado injetável: - Cartucho contendo um rasco-ampola com uma dose lioflizada + rascoampola com 0,7mL de diluente
Sanof Pasteur
Sanof Pasteur
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Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
Varilrix
Varicela
Preparação lioflizada do vírus varicelazoster, cepa OKA, vivo, atenuado não menos que 2000UFP
Suplemento de aminoácidos, albumina humana, lactose, sulato de neomicina, sorbitol, manitol
- Cartucho com um rasco-ampola monodose e diluente em seringa preenchida (0,5mL)
Glaxo Smith Kline
Varivax
Varicela
Vírus vivo atenuado
Sacarose, osato, glutamato, gelatina
Pó lioflizado injetável: - Cartucho contendo um rasco-ampola de dose única acompanhado do diluente
Merck Sharp & Dohme
Vaxigrip
Gripe
Vírus purifcado e inativado
Formaldeído, solução tampão de osato, traços de neomicina, Triton X-100
Solução injetável: Sanof Pasteur - Cartucho com uma seringa contendo uma dose de 0,5mL - Cartucho com uma seringa contendo uma dose de 0,25mL
Verorab
Raiva
Vírus da raiva, cepa WISTAR PM/WI 381503-3M, cultivados sobre células VERO, concentrados, inativados, purifcados e lioflizados
Maltose, albumina humana, cloreto de sódio, traços de estreptomicina, neomicina, polimixina B
- Cartucho contendo um rasco de uma dose e uma seringa com 0,5mL de diluente - Cartucho contendo cinco rascos de uma dose + cinco ampolas com 0,5mL de diluente
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Sanof Pasteur
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
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SEgUrANÇA E coNSErvAÇão
A imunização é uma das medidas mais efcazes para prevenção de doenças inecciosas. Em muitos países, a implantação de programas de imunização tem contribuído para reduções signifcativas nas taxas de morbidade e mortalidade por várias doenças inecciosas. A confabilidade e a segurança da vacinação não se resumem à aplicação da vacina e dependem de vários atores: • armazenamento adequado das vacinas e imunoglobulinas; • manipulação correta desses produtos; • conhecimento dos profssionais da saúde envolvidos na vacinação. A garantia da segurança e, especialmente, da efcácia depende de produção, armazenamento, distribuição e conservação adequados. A cadeia de rio é extremamente importante e deve receber atenção especial em todas as etapas, pois as variações de temperatura intererem diretamente na qualidade dos imunobiológicos. O prazo de validade, de acordo com a especifcação do abricante, deve ser rigorosamente respeitado. A maioria dos imunobiológicos deve ser conservada a uma temperatura entre 2°C e 8°C. As vacinas de vírus vivos atenuados são mais sensíveis ao calor, com exceção da vacina de rotavírus, que é mais sensível ao rio, não devendo ser congelada. As vacinas para sarampo, rubéola, caxumba, varicela, ebre amarela e a BCG também são sensíveis à luz.
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Algumas recomendações são undamentais e devem ser respeitadas para garantir que os imunobiológicos sejam armazenados a uma temperatura e de orma adequada. São elas: • instalar a câmara de conservação de vacinas a pelo menos 20 cm da parede e longe de ontes produtoras de calor; • tomada única para ligação da câmara de conservação; • usar a câmara exclusivamente para os imunobiológicos; • manter controle rigoroso da temperatura da câmara, seja através de verifcação periódica ou através de sistema de alarme; • conservar bobinas de gelo reciclável para manter por mais tempo a temperatura, em caso de alta de energia elétrica; • colocar as vacinas com prazo de validade próximo do vencimento nas prateleiras da rente; • colocar as vacinas de vírus vivo na primeira prateleira (a mais próxima do congelador); • deixar um espaço livre entre as caixas de vacinas. Para que uma vacina seja licenciada, são necessários muitos estudos, que garantam sua segurança e demonstrem sua efcácia. Por esta razão, as vacinas disponíveis atualmente são, de orma geral, bastante seguras e efcazes. Entretanto, em alguns pacientes, uma resposta imune adequada poderá não ocorrer, e, em outros, podem surgir reações adversas.
técNIcAS DE APLIcAÇão
As vacinas podem ser administradas por via oral, intramuscular, subcutânea e intradérmica. O esquema vacinal atual é composto de várias vacinas, resultando no mínimo em 20 aplicações de injeções até os dois anos de vida, gerando ansiedade e desconorto em crianças e seus pais, adolescentes e adultos. O processo de aplicação de vacinas pode ser dividido em duas etapas principais: a preparação da criança e dos pais e a técnica de aplicação.
A preparação da criança e dos pais
• Preparaçãoempáticapelospaiseprossionaisdasala de vacinas: encorajamento, conorto e orientação. • Ospaisnuncadevemameaçarascrianças com injeções ou mentir sobre elas. • Técnicasderespiração(“cheiraroreassoprar vela”) e distração (cantar, contar histórias). 17
Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
• Orientaçãodasdoençasprevenidas e possíveis reações adversas. • Deixaroclienteescolherolocaldeaplicação dentre as opções possíveis pode ser útil para permitir um grau de controle. A técnica de aplicação
• Treinamentodosprossionaisenvolvidos. • Posicionamentodoclienteparapermitiro relaxamento do músculo a ser injetado. • Escolhadolocalapropriadodeacordocomaidade, composição corporal e indicação do abricante da vacina. • Escolhadaagulhaadequadaparaolocalescolhido. • Aplicaçãosimultâneadeinjeçõesmúltiplas por profssionais dierentes pode reduzir a dor de antecipação da próxima injeção. • Técnicadeanestesiatópica:podeserutilizada em aplicações intramusculares e diminui a dor da picada da injeção, porém não tem eeito sobre a dor causada pelo líquido vacinal. No Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein, iniciamos a aplicação simultânea de injeções múltiplas, por profssionais dierentes, segundo recomendação da Academia Americana de Pediatria (Red Book, 2006). São necessários dois aplicadores treinados para a realização da aplicação simultânea. Para crianças maiores e agitadas, é necessário auxílio na contenção por um terceiro membro da equipe, além do responsável pela criança. Visando à segurança do cliente no momento da aplicação, é necessário o manuseio da seringa para aplicar, aspirar e injetar com apenas uma mão, deixando a outra livre para contenção do membro a ser puncionado. O posicionamento da criança será dierente dependendo da idade e do local de aplicação. A técnica pode ser realizada com aplicação simultânea em ambas as coxas, em glúteos, em deltoides, em posterior de braços ou em um membro inerior e um superior.
Rotavírus - Rotarix® (vírus vivo atenuado)
O volume da dose é de 1,5 mL. A criança deve estar sentada, em posição reclinada. A administração deve ser realizada lentamente, para que haja contato do vírus vacinal com a mucosa oral e diminuição da possibilidade de regurgito da vacina. Não é indicado repetir a dosagem se o bebê cuspir, regurgitar ou vomitar durante ou após a administração da vacina. Cólera e ETEC - Dukoral® (cepas inativadas da bactéria)
Esta vacina deve ser reconstituída em água com bicarbonato de sódio, e o preparo é dierente para crianças de 2 a 6 anos e crianças maiores de 7 anos e adultos (vide capítulo Vacina contra cólera e ETEC). Administração intramuscular Nas administrações intramusculares, a agulha utilizada deve ser longa o bastante para atingir o músculo. Cada caso deve ser avaliado individualmente, levando-se em conta a idade do paciente, sua massa muscular e a espessura do tecido subcutâneo (Quadro 2). Deve-se trocar a agulha utilizada para aspiração da vacina a fm de evitar o contato do tecido subcutâneo com o produto, quando da inserção da mesma. Caso seja necessário retirar o ar
Quadro 2. Agulhas recomendadas para aplicações intramusculares
Ventro glúteo
25x6 ou 30x7 ou 40x7
Dorso glúteo
30x7 ou 40x7
Vasto Lateral da Coxa
20x5,5 ou 25x6
Administração oral Atualmente, no Brasil, existem três vacinas administradas por esta via:
Deltoide
20x5,5 em crianças e 25x6 ou 30x7 em adultos
Poliomielite (vírus vivo atenuado):
No caso de crianças, a agulha 25x6 é suciente para a maioria das injeções intramusculares. O julgamento crítico deve considerar a idade do paciente, seu estado geral e desenvolvimento muscular para escolha segura do músculo e tamanho da agulha; Homens obesos e mulheres com peso superior a 90 kg (grande espessura de tecido adiposo) necessitam de uma agulha de pelo menos 3,8 cm de comprimento.
• Frascodedoseúnica,diretamentena boca da criança (duas gotas). • Frascomultidose,deve-setercuidadoparanãocontaminálo através do contato com a saliva da criança. Deve-se repetir a dose caso a criança regurgite ou apresente vômitos nos primeiros dez minutos após a administração. A amamentação não interere na imunização. 18
Observações
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
da seringa, tomar cuidado para não extravasar o líquido pela parede externa da agulha. Em crianças menores de 2 anos de idade, o local mais adequado para aplicação é o vasto lateral da coxa, por ser mais desenvolvido, menos vascularizado e inervado. Após esta idade, pode-se utilizar o deltoide, dorso ou ventro glúteo ou, ainda, o vasto lateral da coxa. Músculo Vasto Lateral da Coxa
Escolha do local para a injeção
Utilizar como reerência o início do sulco interglúteo e a linha hemiclavicular, delimitando o quadrante superior externo. Vantagens
Desvantagens
•Músculodesenvolvido,desde •Nãoindicadoemcrianças
crianças que andam há pelo menos 1 ano até adultos;
que não andem há pelo menos 1 ano;
•Fácilacessosepacienteem •Riscodelesãodo
decúbito ventral ou lateral.
nervo isquiático; •Tecidoadiposoespesso,
predispondo à deposição da solução no subcutâneo.
Músculo Deltoide Clavícula Acrônio Lugar da injeção
Escolha do local para a injeção
Ponto de inserção Músculo deltóide
Palpe o trocânter maior do êmur e as articulações do joelho, divida a distância vertical das duas estruturas em três partes, no terço médio, insira a agulha na linha imaginária entre o vinco da calça e a costura lateral. Vantagens
Desvantagens
•Músculograndee
•Trombosedaartéria
bem desenvolvido; •Inexistênciadenervo
ou grande vaso sanguíneo na região; •Indicadoparatodas
as idades; •Fácilacesso.
emoral se injeção na área mediana da coxa; •Lesãodonervoisquiáticopor
agulha longa em crianças.
Úmero Nervo radial Artéria braquial
Escolha do local para a injeção
Localize o processo acromial, insira agulha na cerca de 2 polpas digitais abaixo do acrômio no terço superior do músculo. Vantagens
Desvantagens
•Absorçãomaisrápida
•Massamuscularpequena
que a região glútea;
limita o volume a ser inundido em até 1 mL;
•Fácilacesso,comaretirada
mínima de roupa;
Músculo Dorso Glúteo
•Menosdoreefeitos
colaterais se comparado ao vasto lateral da coxa na aplicação de vacinas.
•Margemdesegurança
pequena para lesão do nervo radial e axilar (que se situa abaixo do deltoide, na cabeça do úmero).
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Músculo Ventro Glúteo
Administração subcutânea
Escolha do local para a injeção
Para injeções subcutâneas, os locais adequados devem ser pobres em terminações nervosas e pouco vascularizados. Dentre os locais que podem ser usados estão as nádegas, a região superior e externa da coxa e a região posterior dos braços. Em crianças com raldas, a região das nádegas não é recomendada devido à possível contaminação por eliminações fsiológicas. A agulha mais adequada é a 13x4,5. • Utilizarapenasdoisdedosparaformara“prega” do subcutâneo, e não toda a mão, para evitar levantar a áscia muscular nessa manobra; • Fazeraaplicaçãoemângulode90°comapele em adultos e entre 45° e 60° em crianças. • Aspirarparacerticar-sedequenãoatingiu vaso sanguíneo, caso isto ocorra, mude o local de aplicação, reiniciando o procedimento; • Injetarolíquidolentamente,a inusão abrupta provoca dor; • Retiraraseringaeaagulhaemmovimentoúnico.
Localize o trocânter maior do êmur, o tubérculo ilíaco ânterosuperior e a crista ilíaca posterior; coloque a palma da mão sobre o trocânter maior, o dedo indicador sobre o tubérculo ilíaco ântero-superior e o dedo médio na crista ilíaca posterior o mais longe possível; aplique dentro do centro do V ormado pelos dedos. Vantagens
Desvantagens
•Livredenervoseestruturas •Indicadoparacrianças
vasculares importantes;
maiores de 2 anos;
•Facilmenteidenticadapelos •Poucafamiliaridadedos
marcos ósseos proeminentes;
prossionais de saúde.
•Camadanadetecido
subcutâneo comparado à região dorso glútea; •Acomodavolume
maior de líquido; •Menosdolorosose
comparado ao dorso glúteo.
Técnica em Z Esta é uma técnica alternativa, sugerida e recomendada por inúmeros autores para administração de injeções IM visando impediroreuxodamedicaçãoparaotecidosubcutâneo,reduzindo a dor e possíveis reações locais. Consiste na aplicação de tração lateral e/ou para baixo da pele e tecido subcutâneo antes da introdução da agulha, sendo liberada após a agulha ser retirada.
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Administração intradérmica A única vacina atualmente administrada por via intradérmica é a BCG. Por esta via também é realizado o teste tuberculínico (PPD). O volume estabelecido para ambos é de 0,1 mL. Não se recomenda a assepsia com álcool a 70%, para evitar a i nteração entre os líquidos. Se a região estiver muito exposta ou apresentar sujidade, lavar somente com água e sabão, secando após. O local padronizado para a aplicação da BCG é a inserção inerior do deltoide direito. Já para o PPD, é o terço médio do antebraço esquerdo. A seringa utilizada deve ser de 0,3 ou 1,0 mL. A região a ser utilizada para a aplicação deve estar levemente distendida com o uso dos dedos indicador e polegar da mão não dominante. O bisel deve ser introduzido voltado para cima, paralelamente à superície da pele. O líquido deve ser injetado suavemente, observando-se a ormação de uma pápula esbranquiçada. Sugerimos a utilização de óculos de proteção para realização desta técnica.
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coNtrAINDIcAÇÕES fALSAS E vErDADEIrAS
Entende-se por contraindicaçãoverdadeira uma proibição à utilização de uma determinada vacina. Geralmente a razão é um risco elevado de eeito adverso grave ou uma situação em que o risco das complicações supera o risco da doença contra a qual a vacina protegeria. Precaução, por outro lado, é uma situação em que não há proibição absoluta, mas deve-se avaliar criteriosamente os riscos e os beneícios de uma determinada imunização. Na prática clínica diária, entretanto, o que se verifca é que requentemente crianças e adultos não são vacinados por uma série de razões levantadas por leigos ou profssionais da saúde que não são contraindicações verdadeiras. São as chamadas falsascontraindicações, que muitas vezes representam oportunidades perdidas para a vacinação e são responsáveis por atrasos nos calendários de vacinação. As principais alsas contraindicações são:
• tratamentocomcorticosteroidesemdoses não imunodepressoras: geralmente quando o tempo de tratamento é inerior a duas semanas ou tratamento em dose baixa;
• doençaslevescomfebrebaixa,sejado trato respiratório ou digestivo;
• usodecorticosteroideporviainalatória; • vacinaçãocontraaraiva:nãoháinterferência de outras vacinas com a vacina da raiva; • contatodomiciliarcomgestantes:os vacinados não transmitem os vírus vacinais do sarampo, caxumba ou rubéola; • internaçãohospitalar:ainternaçãohospitalaré uma excelente oportunidade para vacinação, desde que não haja outras contraindicações. O único cuidado especial é com a vacina oral para a pólio se houver comunicantes imunodeprimidos; • aleitamento:asvacinasutilizadasatualmentenãosão contraindicadas para as mulheres que estão amamentando.
• prematuridade:asvacinasdevemseradministradas na idade cronológica da criança, exceto para os prematuros com peso menor que 2 kg;
Existem, entretanto, contraindicaçõesverdadeiras à vacinação, que devem ser respeitadas. São elas:
• reaçãolocalaumadoseanteriordavacina;
• imunodepressão:paratodasasvacinasdevírusvivo atenuado ou bactéria viva atenuada: a situação mais comum é o uso de corticosteroides. Neste sentido, sempre que o tempo de tratamento or superior a duas semanas e a dose maior ou igual a 2 mg/kg/ dia de prednisona para crianças com peso menor que 10 kg ou acima de 20 mg/dia para crianças com peso acima de 10 kg e adultos, recomenda-se aguardar um mês após o término da corticoterapia para vacinar. Por outro lado, tratamentos ineriores a duas semanas, em dias alternados ou em doses baixas, não são contraindicação à vacinação. Outra situação de imunodepressão é o uso de quimioterapia ou radioterapia (vide capítulo Vacinação do imunodeprimido); • presençadedoençafebrilmoderadaagrave: neste caso deve-se postergar a vacinação, para que os sinais e os sintomas da doença não sejam conundidos com eventos adversos da vacinação; • reaçãogravedehipersensibilidadeaalgumcomponente da vacina ou a alguma dose anterior: o componente
• usodeantimicrobiano:nãointerfere com a resposta imune às vacinas; • desnutrição:arespostaàsvacinaséadequada e não há aumento dos eventos adversos; • convalescençadedoençasagudas:especialmente para as doenças do trato respiratório superior quando ainda houver tosse e/ou coriza; • diagnósticoclínicopréviodadoença:nãohá qualquer impedimento de se realizar a vacina, especialmente quando o diagnóstico não oi confrmado. Não há aumento das reações adversas; • alergias:excetosehouverhistóriadealergiagravea algum componente da vacina (vide Quadro 1); • doençaneurológicaestável; • históriafamiliardeconvulsão; • históriafamiliardemortesúbita;
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das vacinas mais implicado nas reações graves é a proteína do ovo. As vacinas para ebre amarela e infuenza não devem ser utilizadas nos pacientes com história de reação anaflática após ingestão de ovo; •gravidez:vacinascomvírusvivoatenuadooubactéria viva atenuada (vide capítulo Vacinação da gestante); •encefalopatianosprimeirossetediasapósvacina pertussis : apesar de ser assunto ainda controverso, todas as vacinas
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•criseconvulsivaousíndromehipotônico-hiporresponsiva até 72 horas após a vacina tríplice convencional: embora não haja consenso absoluto, a maioria dos autores recomenda a aplicação em doses subsequentes da vacina dupla (diteria-tétano) ou a vacina tríplice acelular.
vAcINAÇão SIMULtâNEA E coMbINADA
A vacinaçãosimultânea consiste na administração de duas ou mais vacinas em dierentes locais ou vias. Todas as vacinas de uso rotineiro podem ser administradas simultaneamente, sem que isso interfra na resposta imunológica. A administração simultânea também não intensifca as reações adversas, sejam elas locais ou sistêmicas. A única exceção é a administração simultânea das vacinas contra ebre amarela e cólera, que reduz a resposta imunológica para ambas as vacinas. A vacinaçãocombinada consiste na aplicação conjunta de várias vacinas dierentes. Algumas destas já vêm sendo usadas há muitos anos: DT (diteria e tétano, versão adulto e inantil), DPT (diteria, coqueluche e tétano), tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), pólio oral (cepas de pólio 1, pólio 2 e pólio 3), meningo BC, meningo AC. Com o surgimento de novas vacinas, que têm sido incorporadas aos calendários de vacinação, o número de injeções que a criança precisa receber tem aumentado. A combinação de vacinas é uma estratégia para reduzir o número de injeções e aumentar a aderência ao calendário vacinal. Atualmente, estão disponíveis as seguintes vacinas combinadas: • DPT+Hib; • DPTacelular+Hib; 22
que contenham o componente pertussis (de células inteiras ou acelular) estão contraindicadas quando ocorrer encealopatia nos primeiros sete dias após a vacina pertussis ;
• DPTacelular+HepatiteB; • Pólioinativada(Salk)+DPTacelular+Hib; • Salk+DPTacelular+Hib+HepatiteB; • Salk+DTPacelular; • MeningococoCconj.+Hib; • HepatiteA+HepatiteB. É importante ressaltar que a combinação de vacinas, entretanto, só pode ser realizada para vacinas previamente aprovadas para tal uso. É incorreto combinar, em uma mesma seringa, vacinas que não oram previamente aprovadas para ser combinadas. Deve-se lembrar que o intervalomínimoentrevacinasde vírusvivosatenuados , no caso de não ser realizada vacinação simultânea ou combinada, é: • SCRefebreamarela–15dias; • PóliooraleRotavírus–15dias; • SCReVaricela–28dias; • Febreamarelaevaricela–28dias; • Póliooraledemaisvacinasatenuadas–nenhumintervalo.
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
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EvENtoS ADvErSoS rELAcIoNADoS à IMUNIZAÇão
Os eventos adversos pós-vacinação podem ocorrer devido a aspectos relacionados aos vacinados ou à vacinação. É importante realizar uma avaliação inicial reerente aos vacinados e considerar os componentes da vacina, a técnica de preparo e aplicação das mesmas. A imensa maioria das reações adversas é leve e transitória. Dentre as reações mais requentes, encontramos a dor no local da aplicação e ebre. Estas ocorrem geralmente nas primeiras 48 horas após a vacinação e resolvem-se espontaneamente ou com tratamento sintomático. A descrição das reações adversas de cada vacina encontra-se nos capítulos correspondentes. As reações adversas graves são muito mais raras. Alguns procedimentos rotineiros podem reduzir o risco de seu aparecimento. Neste sentido, é importante questionar os pais ou o paciente sobre reações graves em doses anteriores, além de avaliar história de alergias graves anteriores e relacioná-las com os componentes das vacinas, especialmente ovo e alguns antibióticos (vide Quadro 1). De orma geral, sempre que possível, os pacientes devem ser observados por 15 minutos após a vacinação porque o choque anaflático grave geralmente maniesta-se nesse período. Estima-se que o choque anaflático grave ocorra em uma incidência de aproximadamente um caso para cada 200.000 vacinas aplicadas. Como o choque anaflático grave é uma emergência, todo serviço de imunização necessita de equipe treinada e habilitada para as manobras de reanimação, além de material e medicações disponíveis e acilmente acessíveis. As vacinas disponíveis atualmente são bastante seguras e efcazes. Entretanto, não há vacina que seja totalmente segura, assim como não há vacina totalmente efcaz. É importante ressaltar que muitos eventos adversos graves
são descritos sem que haja comprovação defnitiva de sua relação causal com a vacinação. Neste grupo, podem ser citados: encealopatia após a vacina tríplice; encealopatia após vacina para sarampo; encealopatia após vacina para rubéola; encealopatia após vacina para caxumba; síndrome de Guillain-Barré após vacinação antitetânica ou após vacina para Haemophilus infuenzae . Na prática diária, as principais urgências relacionadas com a imunização são: síncope e reação anaflática. Síncope Ocorre por estimulação do sistema nervoso autônomo. O paciente apresenta ansiedade, palidez, sudorese, extremidades rias e, às vezes, hipotensão. Está associada à obia de injeções e reverte-se espontaneamente desde que o paciente seja colocado em decúbito dorsal e aguardem-se alguns minutos. Geralmente não é necessária qualquer intervenção ou medicação, mas é necessário que os sinais vitais (pressão arterial, pulso e requência respiratória) sejam checados. Os pacientes que relatam episódios anteriores de síncope ou obia a injeções devem ser identifcados e permanecer sob observação por 15 minutos após a vacinação, evitando-se, dessa orma, que a síncope ocorra em local inadequado e o paciente possa apresentar alguma lesão por queda. É importante que a síncope seja adequadamente reconhecida também para dierenciá-la da reação anaflática, que é mais grave e merece tratamento. Reação anaflática Trata-se de uma reação imunológica multissistêmica mediada por IgE. A identifcação do quadro deve ser imediata e o tratamento é eito segundo o quadro abaixo (Quadro 3):
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Quadro 3. Identifcação e tratamento da reação anaflática Descrição
Reação leve
Reação moderada Reação grave
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Urticária leve, rinite, conjuntivite e broncoespasmo leve
Tratamento
Adrenalina (1/1000) 0,01 mL/kg por via SC (máximo 0,3 mL/kg) Dienidramina 1mg/kg por via oral ou IM Se broncoespasmo: inalação com SF 0,9% 5 mL e enoterol 0,05% uma gota para cada 3 kg (máximo 10 gotas) Urticária generalizada, Adrenalina (1/1.000) 0,01 mL/kg angioedema e estridor por via IM (máximo 0,3 mL/Kg) inspiratório Dienidramina 1 mg/kg por via EV Metilprednisolona 2 mg/kg por via EV Estridor inspiratório, alência Adrenalina (1/10.000) respiratória e choque 0,1 mL/kg por via EV (máximo 10 mL) Soro siológico 0,9% 20 mL/kg rápido - para reposição de volume Dienidramina 2 mg/kg por via EV Metilprednisolona 2 mg/kg por via EV Manobras de reanimação cardiorrespiratória Intubação traqueal
Repetição da dose
Adrenalina pode ser repetida a cada 15 min se necessário Não repetir a dienidramina A inalação pode ser repetida a cada 20 minutos se necessário Adrenalina pode ser repetida a cada 15 min se necessário
Adrenalina pode ser repetida a cada 5 min.
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
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cALENDárIoS DE vAcINAÇão
O esquema de vacinação de rotina, com a sequência cronológica com que as vacinas são administradas, é denominado calendário de vacinação. Para elaboração dos calendários, são considerados: a importância epidemiológica da doença a ser prevenida; a disponibilidade de uma vacina segura e efcaz; o melhor esquema para se obter uma resposta imune adequada; os recursos disponíveis; a viabilidade do esquema e o número de aplicações. Os calendários variam de um país para outro e, dentro de um mesmo país, podem variar de região para região. No Brasil, o calendário ofcial é defnido pelo Ministério da Saúde, através do Programa Nacional de Imunizações (PNI). As Secretarias Estaduais de Saúde podem defnir os seus calendários e acrescentar vacinas ao PNI. Entidades de classe também propõem calendários, como, por exemplo, a Sociedade Brasileira de Pediatria. O atual calendário de vacinação do Ministério da Saúde para o Brasil é o seguinte (disponível em http://portal.saude.gov.br): Calendário de Imunizações Programa Nacional de Imunizações - 2006 Idade
Vacinas
Ao nascer 1 mês 2 meses 4 meses 6 meses 9 meses 12 meses 15 meses 4 a 6 anos 10 anos Observações:
BCG- id e Hepatite B 1 Hepatite B Pólio oral; DPT+Hib 2 (Tetravalente); Rotavírus Pólio oral; DPT+Hib; Rotavírus Pólio oral; DPT+Hib; Hepatite B Febre Amarela3 Sarampo-caxumba-rubéola Pólio oral; DPT (Diteria-coqueluche-tétano) DPT ; Sarampo-caxumba-rubéola Febre Amarela
1. A primeira dose da vacina contra hepatite B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido. O esquema básico se constitui de 3 (três) doses, com intervalo de 30 dias da primeira para a segunda e 180 dias da primeira para a terceira dose. 2. O esquema de vacinação atual é eito aos 2, 4 e 6 meses de idade com a vacina tetravalente e dois reorços com a tríplice bacteriana (DPT). O primeiro reorço aos 15 meses, e o segundo, entre 4 e 6 anos.
3. A vacina contra ebre amarela está indicada para crianças a partir dos 9 meses de idade, que residam ou que irão viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA, MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF), área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Se viajar para áreas de risco, vacinar contra ebre amarela 10 (dez) dias antes da viagem.
O calendário de vacinação atual para o Estado de São Paulo, defnido pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, é o seguinte (disponível em http://www.cve.saude.sp.gov.br ): Calendário de Imunizações Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo - 2008 Idade
Vacinas
Ao nascer 2 meses 4 meses 6 meses 9 meses 12 meses 15 meses 5 ou 6 anos 15 anos Observações:
BCG- id e Hepatite B 1 Poliomielite; Hepatite B 1; DPT+Hib; Rotavírus 2 Poliomielite; DPT+Hib; Rotavírus 3 Poliomielite; DPT+Hib; Hepatite B 4 Febre amarela 5 Sarampo-caxumba-rubéola DPT, Poliomielite DPT; Poliomielite; Sarampo-caxumba-rubéola Dupla tipo adulto (dT)
1. O intervalo mínimo entre a primeira e a segunda dose da vacina contra hepatite B é de 30 (trinta) dias. 2. Idade máxima para a primeira dose é de 3 meses e 7 dias. 3. Idade máxima para a segunda dose é de 5 meses e 15 dias. 4. O intervalo entre a segunda e a terceira dose é de dois meses, desde que o intervalo de tempo decorrido da primeira dose seja, no mínimo, de quatro meses e a criança já tenha completado 6 meses de idade. 5. Nas regiões onde houver indicação, de acordo com a situação epidemiológica. Reorço a cada dez anos.
O calendário de vacinação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) para o ano de 2008 oi dividido em calendário de vacinação para crianças e calendário de vacinação para adolescentes. A SBP acrescenta algumas vacinas ao calendário do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde. Estes calendários são os seguintes (disponíveis em http://www.sbp.com.br): 25
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Calendário de Imunização para Crianças – Sociedade Brasileira de Pediatria - 2009 Idade
Vacinas
Ao nascer 1 mês 2 meses 3 meses 4 meses 5 meses 6 meses 7 meses 9 meses 12 meses 15 meses 18 meses 4 a 6 anos 14 a 16 anos Observações:
Hepatite B 1, BCG-id2 Hepatite B Rotavírus3, DPT ou DPaT 4; Hib5; OPV ou IPV 6; Pneumococo conjugada Meningocócica conjugada tipo C 7 Rotavírus3, DPT ou DPaT 4; Hib5; OPV ou IPV 6; Pneumococo conjugada Meningocócica conjugada tipo C 7 DPT ou DPaT 4; Hib5; OPV ou IPV 6; Hepatite B; Infuenza 8 ; Pneumococo conjugada (Rotavírus 3) Infuenza
Febre amarela 9 Sarampo-caxumba-rubéola; Varicela; Hepatite A; Pneumococo conjugada; Meningocócica conjugada tipo C 7 DPT; OPV ou IPV; Hib 5 Hepatite A DPT ou DPaT; OPV ou IPV; Sarampo-caxumba-rubéola 10; Varicela11 dT ou dpaT 12
1. A vacina contra hepatite B deve ser aplicada nas primeiras 12 horas de vida. A segunda dose pode ser eita com um ou dois meses de vida. Crianças com peso de nascimento igual ou inerior a 2 kg ou com menos de 33 semanas de vida devem receber quatro doses da vacina (esquema 0, 1, 2 e 6 meses): 1ª. dose ao nascer, 2ª. dose um mês após, 3ª. dose um mês após a segunda dose, 4ª. dose 6 meses após a 1ª. dose. Crianças e adolescentes não vacinados no esquema anterior devem receber a vacina no esquema 0, 1 e 6 meses; a vacina combinada A+B pode ser utilizada na primovacinação desses indivíduos e o esquema deve ser completado com a mesma vacina combinada. 2. Aplicada em dose única, exceto para comunicantes domiciliares de hanseníase, independente da orma clínica, quando a segunda dose pode ser aplicada com intervalo mínimo de seis meses após a primeira dose. 3. A vacina monovalente humana deverá ser administrada em duas doses, aos dois e quatro meses. A primeira dose deverá ser administrada a partir de seis semanas até o máximo de 14 semanas. O intervalo mínimo entre as doses é de quatro semanas. A vacina pentavalente bovino-humana deverá ser administrada em três doses: aos 2, 4 e 6 meses. A primeira dose deverá ser administrada até 12 semanas, e a terceria dose deverá ser administrada até no máximo 32 semanas. O intervalo mínimo é de quatro semanas entre as doses. 4. A vacina DPT (células inteiras) é ecaz e bem tolerada. Quando possível aplicar a DPaT (acelular) devido a sua menor reatogenicidade. 5. Se or usada uma vacina combinada Hib/DPaT (tríplice acelular), uma 4ª. dose da Hib deve ser aplicada aos 15 meses de vida. 6. A vacina inativada contra poliomielite (IPV) pode substituir a vacina oral (OPV) em todas as doses, preerencialmente nas duas primeiras doses. Recomenda-se que todas as crianças com menos de 5 anos de idade recebam OPV nos Dias Nacionais de Vacinação. 7. Recomendam-se duas doses da vacina conjugada contra meningococo C no primeiro ano de vida, e uma dose de reorço aos 12 meses. Após os 12 meses de vida, deve ser aplicada em dose única. 8. A vacina contra infuenza está recomendada dos 6 meses aos 5 anos de idade para todas as crianças. A primovacinação de crianças com idade inerior a 9 anos deve ser eita com duas doses com intervalo de 1 mês. 9. A vacina contra ebre amarela está indicada para os residentes e viajantes para as áreas endêmicas, de transição e de risco potencial. 10. A segunda dose da tríplice viral (Sarampo-caxumba-rubéola) pode ser aplicada dos 4 aos 6 anos de idade, ou nas campanhas de seguimento. Todas as crianças e adolescentes devem receber ou ter recebido duas doses de tríplice viral, com intervalo mínimo de um mês. 11. Uma segunda dose da vacina contra varicela deve ser aplicada dos 4 aos 6 anos de idade. O intervalo entre a primeira e a segunda dose deve ser de no mínimo 3 meses. 12. Como alternativa à vacina dT, pode ser administrada a vacina dpaT (tríplice acelular tipo adulto). Esta vacina apresenta proteção adicional para pertussis .
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MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
Calendário de Imunização para Adolescentes (dos 9 aos 19 anos) – Sociedade Brasileira de Pediatria - 2008 Vacinas
Primovacinação
Reorço
Esquema completo com 3 doses: não é necessário repetir. Esquema incompleto: somente completar esquema. Não vacinado: 3 doses Esquema completo com 3 doses: não é necessário repetir. Esquema incompleto: somente completar esquema. Não vacinado: 3 doses 3 doses
1 dose a cada 10 anos
Recomendação Geral
Hepatite B1
dT ou dpaT 2
Poliomielite (IPV) 3 Tríplice Viral4 Varicela5 Hepatite A 6 Meningocócica C7 HPV8
1dose 2 doses 2 doses 1 dose 3 doses (mulheres de 9 a 26 anos de idade)
1 dose
Pacientes com recomendações especiais Infuenza 9
Hib10 Pneumo 23 val 11
1 dose 1 dose 1 dose
anual
Recomendadas de acordo com a situação epidemiológica
Febre Amarela 12 Observações:
1 dose
1 dose a cada 10 anos
1. Vacina contra hepatite B: o esquema vacinal deve ser 0, 2 meses e 6 meses. O intervalo mínimo entre a segunda e a terceira dose é de 16 semanas. 2. Vacina contra diteria, coqueluche e tétano: se a vacinação básica or completa, os reorços devem obe decer intervalo de 10 em 10 anos. Recomendase a aplicação de pelo menos um reorço com a vacina dpaT (tríplice bacteriana acelular tipo adulto). Se a vacinação básica or incompleta, deve-se completar o esquema, sendo apenas uma delas com dpaT. Se o adolescente nunca tiver sido vacinado ou desconhecer seu estado vacinal, um esquema de 3 doses deve ser iniciado, sendo a primeira delas com dpaT, seguida por duas doses com dT. O intervalo entre a primeira e a segunda dose deve ser de, no mínimo, quatro semanas e entre a segun da e a terceira, de 6 meses. É altamente recomendável que a vacina d paT substitua uma dose das três nesta série. 3. Vacina inativada contra poliomielite (IPV): adolescentes que receberam primovacinação adequada com OPV ou IPV não necessitam de doses de reorço de rotina para esta vacina. Indivíduos com idade superior a sete anos não vacinados com a série primária de OPV podem ser vacinados com três doses de IPV, respeitando-se o intervalo de 4 semanas entre as doses. 4. Vacina tríplice viral (Sarampo-caxumba-rubéola): os indivíduos que receberam apenas uma dose da vacina depois de um ano de idade devem receber uma segunda dose, completando o esquema inicial. Indivíduos não vacinados devem receber duas doses com intervalo mínimo de 30 dias. 5. Vacina contra varicela: adolescentes suscetíveis com mais de 13 anos de idade devem receber duas doses com quatro semanas de intervalo. 6. Vacina contra hepatite A: indivíduos suscetíveis devem receber duas doses da vacina com intervalo de 6 a 12 meses. Aqueles que receberam apenas uma dose devem completar o esquema vacinal. 7. Vacina conjugada contra meningococo sorogrupo C: aplicada em dose única naqueles indivíduos não vacinados na série primária de vacinação. 8. Vacina contra papilomavírus humano (HPV): indicada para meninas e mulheres de 9 até 26 anos de idade em três doses: 0, 2 e 6 meses. 9. Vacina contra infuenza : é indicada em dose única anual para indivíduos que se constituem em grupo de risco para a inecção ou que convivem intimamente com pessoas que representam grupo de risco. A vacina deve ser aplicada no início da estação de infuenza . 10. Vacina contra Haemophilus infuenzae tipo B (Hib): deve ser aplicada em dose única nos grupos de risco (asplenia e imunodeprimidos). 11. Vacina polissacarídica 23-valente contra pneumococos: aplicada em dose única nos grupos de risco. 12. Vacina contra ebre amarela: em dose única para todos que habitam áreas endêmicas ou para viajantes para áreas endêmicas recomendadas. Reorços a cada 10 anos.
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Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
As principais dierenças entre o calendário proposto pela Sociedade Brasileira de Pediatria e o calendário da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo são as seguintes: • ainclusãodasvacinasantipneumocócicaconjugada; antimeningocócica conjugada tipo C; para infuenza; para varicela; para hepatite A e para o HPV; • asugestãoparautilizaçãodetrípliceacelular(DPaT) em vez da tríplice de células inteiras (DPT); pólio inativada (IPV) em vez de pólio oral (OPV); tríplice acelular tipo adulto (dpaT) para os adolescentes e adultos em vez de dupla tipo adulto (dT). A inclusão da vacina antipneumocócica conjugada, a partir de 2 meses de idade, justiica-se pela prevalência e gravidade da doença pneumocócica nesta aixa etária. Embora os sorotipos presentes na vacina não sejam totalmente superponíveis àqueles mais requentemente encontrados nas doenças invasivas por pneumococo, nas crianças no Brasil, estima-se que esta vacina possa ter papel signiicativo na prevenção desta doença. A inclusão da vacina antimeningocócica conjugada tipo C, de acordo com a situação epidemiológica, justifca-se porque a vacina é efcaz para prevenção de doença invasiva pelo meningococo tipo C a partir de 2 meses de idade. No Reino Unido, após a sua implantação no calendário vacinal, a redução das doenças invasivaspormeningococotipoCfoide92%nascriançasde umatrêsanosdeidadeede97%nosadolescentes. A inclusão da vacina para infuenza de rotina para todas as crianças de 6 meses a 5 anos de idade, no período epidêmico do vírus, justifca-se porque vários estudos demonstram que as crianças desta aixa etária têm taxas elevadas de inecção pelo vírus infuenza e altos índices de hospitalização, semelhantes aos encontrados em idosos. Varicela e hepatite A, embora sejam doenças comuns na inância, podem apresentar complicações e, como existem vacinas seguras e efcazes, elas oram incluídas no calendário da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A vacina tríplice acelular (DPaT) tem efcácia semelhante à tríplice de células inteiras (DPT) e apresenta menor reatogenicidade. Por esta razão, oi sugerida pela SBP. A utilização da vacina inativada para poliomielite (IPV) está undamentada no risco de reação paralítica pós-vacinal com a vacina de vírus vivo da pólio oral (OPV). Estima-se que, nas primeiras duas doses, esse risco seja de um para cada 750.000 doses. Como a doença (poliomielite) não é notifcada no Brasil há vários anos, o risco de reação paralítica, embora muito baixo, passa a ter maior importância. Com a vacina inativada, a reação paralítica pós-vacinal não ocorre. A vacina para HPV protege contra aproximadamente 70% dos cânceres de colo do útero e está incluída em outros calendários, como o calendário da Academia Americana de Pediatria. 28
Baseado em todos os calendários anteriores e também no calendário da Academia Americana de Pediatria, o Centro de Imunizações do Departamento Materno-Inantil do Hospital Israelita Albert Einstein adotou os seguintes calendários de imunização para o ano de 2008. Calendário de Vacinação Inantil - 2009 Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Idade
Vacina
A partir do nascimento 2 meses
BCG-id e Hepatite B 1
3 meses 4 meses 5 meses 6 meses 7 meses 12 meses 15 meses 18 meses 4 a 6 anos 11 a 12 anos 14 a 16 anos Observações:
Pólio2, Tríplice3, Hemophilus , Hepatite B, Pneumococo 4, Rotavírus 5 Meningococo C 6 Pólio2, Tríplice3, Hemophilus , Pneumococo4, Rotavírus5 Meningococo C 6 Pólio2, Tríplice3, Hemophilus , Hepatite B, Pneumococo4, Infuenza 7 (Gripe), (Rotavírus 5) Infuenza (Gripe) 7 Tríplice viral 8, Hepatite A9, Varicela, Meningococo C Pólio 2, Tríplice3, Hemophilus, Pneumococo 4 Hepatite A Pólio 2, Tríplice3, Tríplice viral 8, Varicela10 HPV (3 doses, apenas em mulheres) 11 Tríplice acelular tipo adulto 12
1. A segunda dose da hepatite B pode ser eita isoladamente com 1 mês de idade ou aos 2 meses, utilizando-se vacina combinada. O intervalo mínimo entre a primeira e a segunda dose é de 1 mês. 2. Utilizar, de preerência, esquema todo com pólio inativada ou pólio inativada nas primeiras duas doses. 3. Diteria, coqueluche e tétano. Utilizar, de preerência, tríplice acelular para todas as doses. 4. Vacina antipneumocócica conjugada heptavalente. 5. Existem duas vacinas no mercado, e o esquema depende da vacina. Para a vacina monovalente humana, o esquema é de duas, aos 2 e 4 meses: na primeira dose, a idade mínima é 1 mês e meio e a idade máxima, 3 meses e 7 dias. Na segunda dose, a idade mínima é 3 meses e 7 dias e a idade máxima, 5 meses e meio. O intervalo mínimo entre a primeira e a segunda dose é de 1 mês. Para a vacina pentavalente bovino-humana o esquema é de 3 doses aos 2, 4 e 6 meses: a primeira dose deve ser administrada até 12 semanas, e a terceira dose deverá ser administrada até o máximo de 32 semanas. O intervalo mínimo entre as doses é de 4 semanas. 6. Vacina antimeningocócica conjugada para o meningococo C. Para as crianças que iniciam o esquema no primeiro ano de vida, recomendamse duas doses com um reorço aos 12 meses. Para as crianças vacinadas após os 12 meses, recomenda-se apenas uma dose.
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
7. Vacina para gripe. Todas as crianças de 6 meses a 5 anos de idade devem ser vacinadas. Na primeira vez que a criança or vacinada, são necessárias duas doses com 4 a 6 semanas de intervalo. A época ideal para vacinação é o outono. Nas crianças saudáveis de 6 meses a 5 anos de idade, a revacinação deve ser anual. Nas crianças de risco (cardiopatas, pneumopatas ou com doenças crônicas), a revacinação deve ser anual, mesmo acima de 5 anos de idade. Pode ser utilizada também por crianças acima de 5 anos de idade e adultos saudáveis, que desejem reduzir a incidência de gripe. 8. Sarampo-caxumba-rubéola. 9. Dependendo do produto utilizado, pode ser iniciada a partir de 2 anos de idade. A segunda dose deve ser eita 6 meses após a primeira. 10. Para todas as crianças, recomendam-se duas doses da vacina contra varicela. A primeira aos 12 meses e a segunda entre 4 a 6 anos de idade. 11. Vacina para o papilomavírus humano. Deve ser utilizada em meninas aos 11 a 12 anos de idade. O esquema é de 3 doses: 0, 1 a 2 meses (dependendo do produto) e 6 meses. Pode ser utilizada dos 9 aos 26 anos de idade. 12. Pode ser utilizada a dupla (dT- diteria e tétano) tipo adulto. Reorços a cada 10 anos.
Calendário de Vacinação para o Adulto - 2009 Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Vacina 19 a 49 anos Dupla adulto (dT) 1 1 dose a cada 10 anos HPV2 3 doses (mulheres até 26 anos) 3 Tríplice Viral 1 dose Varicela4 2 doses Hepatite A 5 2 doses Hepatite B6 3 doses Pneumocócica7 Infuenza 8
Meningocócica C9 Observações
Dose única
As principais dierenças deste calendário em relação ao calendário proposto pela Sociedade Brasileira de Pediatria são: • asugestãoparaaplicaçãoda2ª.dosedavacina para hepatite B aos 2 meses de idade, utilizandose vacina combinada. Este esquema é seguro, efcaz e reduz o número de injeções; • oreforçodavacinaantipneumocócicaconjugadaaos15 meses, em vez dos 12 meses do calendário da SBP, com o único objetivo de redistribuir as aplicações intramusculares. Baseado nos calendários do Centers or Disease Control and Prevention dos EUA e da Sociedade Brasileira de Imunizações, o Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein elaborou o calendário transcrito abaixo para ios adultos. Além desses calendários, existem outros calendários para populações específcas, como o calendário pós-transplante demedulaóssea e o calendárioparaoadultooncológico , que serão discutidos no capítulo sobre a vacinação do imunodeprimido. É importante lembrar que todos os calendários devem ser atualizados periodicamente. Os calendários do Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein são atualizados anualmente.
Faixa etária 50 a 64 anos 1 dose a cada 10 anos
2 doses 3 doses Dose anual Dose única
> 64 anos 1 dose a cada 10 anos
2 doses 3 doses 1 dose Dose anual Dose única
1. Adultos previamente não vacinados devem receber uma série completa com a vacina para diteria e tétano. A série completa é de 3 doses: a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira 6 a 12 meses após a primeira. Adultos com esquema incompleto devem apenas completar a série. Recomenda-se, para todos os adultos, que uma das doses seja substituída por tríplice acelular tipo adulto (dpaT) para proteção contra coqueluche. 2. Vacina recomendada para todas as mulheres de 9 a 26 anos de idade. O esquema é de 3 doses: a segunda um a dois meses após a primeira (dependendo do produto utilizado), e a terceira 6 meses após a primeira. A vacina é contraindicada em mulheres grávidas. 3. Tríplice viral (Sarampo-caxumba-rubéola): considera-se que os adultos com 50 anos ou mais estão imunes ao sarampo, à caxumba e á rubéola. Adultos com menos de 50 anos devem receber a vacina a menos que tenham comprovação de vacinação anterior ou diagnóstico conrmado das doenças. 4. Todos os adultos sem diagnóstico anterior conrmado ou sem vacinação anterior devem receber duas doses da vacina contra varicela. A segunda dose deve ser administrada um a dois meses após a primeira. A vacina está contraindicada nos imunodeprimidos e nas gestantes. 5. Todos os adultos suscetíveis para hepatite A devem receber duas dos es da vacina com intervalo de 6 meses.
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Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
6. Todos os adultos suscetíveis para hepatite B devem receber três doses da vacina para hepatite B. A segunda dose um mês após a primeira, e a terceira dose 6 meses após a primeira. Adultos suscetíveis tanto para hepatite A quanto hepatite B podem receber vacina combinada hepatite A+hepatite B, no esquema de 3 doses. 7. Vacina antipneumocócica polissacarídica 23 valente. Indicada para todos os adultos acima de 64 anos de idade e para os adultos de qualquer idade com doenças crônicas (cardíacas, pulmonares, metabólicas etc). 8. A vacina contra gripe é indicada para todos os adultos acima de 50 anos de idade. Adultos com idade inerior a 50 anos com doenças crônicas também devem receber a vacina. Adultos saudáveis com idade inerior a 50 anos podem receber a vacina para reduzir incidência de gripe. A época ideal para vacinação é o outono. A revacinação deve ser anual. 9. Vacina antimeningocócica conjugada tipo C. Indicada para todos os adultos que vivem em áreas endêmicas para meningite meningocócica sorogrupo C.
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vAcINA coNtrA tUbErcULoSE (bcg)
Descrição Vacina contra tuberculose produzida com bacilo Calmette e Guérin (bacilo de Mycobacterium bovis vivo e atenuado após 231 passagens em meio de cultura com bile bovina). Efcácia A efcácia da vacina BCG oi avaliada em vários estudos bem controlados. De maneira geral, esses estudos encontraram melhores resultados na proteção para ormas graves da doença: meningite tuberculosa, tuberculose miliar e ormas disseminadas. As taxas de proteção para estas ormas situam-se ao redor de 70%. A proteção é maior quando a vacinação é mais precoce: 85% quando é aplicada no recém-nascido, 70% quando aplicada aos dez anos e 50% quando aplicada aos 20 anos. Persistência da imunidade A resposta ao teste tuberculínico (Mantoux) pode ser requentemente positiva (5-15 mm) após vacinação com BCG, porém, esta positividade tende a declinar com o tempo (em média no período de cinco anos). É importante salientar que a resposta positiva ao teste de Mantoux não deve ser interpretada como imunidade ao bacilo da tuberculose. A maioria dos estudos demonstra que a proteção conerida pela vacina vai se reduzindo gradativamente com o tempo, especialmente após dez anos da vacinação. Entretanto, estudos de efcácia conerida por duas doses (a segunda geralmente aos dez anos de idade) mostram resultados contraditórios. 30
Proflaxia pós-inecção A vacina não é indicada para proflaxia pós-exposição. O uso de isoniazida por seis meses em pacientes comprovadamente inectados pelo bacilo da tuberculose parece ser efcaz em prevenir o aparecimento da doença por períodos de observação tão longos como 30 anos.
Eventos adversos A reação local à vacina intradérmica é a ormação de uma pápula no local de injeção, que progride em tamanho até seis semanas após a inoculação. Uma pequena crosta pode se ormar sobre a lesão, que, de tempos em tempos, pode se desprender, ormando uma pequena úlcera, de onde pode drenar uma secreção purulenta, às vezes em grande quantidade. Esta úlcera deve cicatrizar ao redor da 12ª semana, restando uma cicatriz circular. Este evento é esperado e deve ocorrer até o sexto mês de vida. A linadenite regional aparece em aproximadamente 1% dos vacinados. Nos imunodeprimidos, é mais requente. Reações locais mais graves são bastante raras. Ocorrem em aproximadamente um para cada 2.500 vacinados. São elas: úlcera maior que 1 cm que não cicatriza em seis meses; abscesso subcutâneo rio; linadenopatia regional supurada. Nestes casos, está indicada hidrazida 10 mg/kg/dia (máximo de 400 mg) até regressão da lesão. A disseminação do bacilo da vacina é excepcionalmente rara e aeta crianças imunodeprimidas.
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
Uso concomitante de vacinas Pode ser administrada concomitantemente com todas as vacinas do calendário atual, desde que aplicadas em locais separados. Uso combinado de vacinas Não é permitida sua administração combinada a qualquer outra vacina. Recomendações para imunização Está indicada para uso rotineiro a partir do nascimento. Após os seis meses de vida, é indicado realizar o teste tuberculínico antes da realização da vacina. Se o teste tuberculínico or não reator, pode-se administrar a vacina. Esquema de imunização Uma dose na criança a partir do nascimento o mais precocemente possível, de preerência no berçário. Após BCG intradérmica, se a criança não desenvolver cicatriz vacinal após seis meses, recomenda-se revacinação sem necessidade de teste tuberculínico (de Mantoux) prévio. Contraindicações
• Históriadeimunodepressãocongênitaou adquirida (as crianças ou adultos com inecção assintomática pelo HIV podem receber a vacina). • Usodequimioterapiaoucorticosteroides em dose imunossupressora. • Pacientecomqueimadurasoulesõesgraves de pele, pelo risco de disseminação. • Gravidez. • Recém-nascidoscompesoinferiora2kg. • Presençadedoençafebrilaguda. Modo de aplicação A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Ministério da Saúde, da Secretaria da Saúde e do Comitê de Inectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria é o uso intradérmico, que garante um inóculo adequado. Uso intradérmico: a vacina BCG deve ser administrada na região deltoide do braço direito. A dose recomendada é de 0,1 mL. Especifcações e observações Havia duas apresentações, uma para uso intradérmico e outra, mais concentrada, para uso percutâneo.
A vacina é mantida lioflizada e distribuída em rascos de cor âmbar. Deve ser mantida sob rerigeração com temperatura entre 2°C e 8°C. Deve ser protegida da luz. Após a reconstit uição, a sua validade é de seis horas. Apresentação comercial BCG intradérmica: ampola contendo 1, 2 ou 5 mg de BCG lioflizada, correspondendo a 10, 20 ou 50 doses (Fundação Ataulpho de Paiva). A apresentação da BCG para administração percutânea não está mais disponível no mercado. Teste tuberculínico O teste tuberculínico mostra o grau de hipersensibilidade à tuberculoproteína. Verifca-se a viragem tuberculínica (positivação do teste) em torno de três a doze semanas após a primoinecção tuberculosa. É o único método para detectar tuberculoseinecção na prática clínica, mas está longe de ser o teste ideal em termos de especifcidade e sensibilidade. As vacinas de vírus vivo podem intererir na leitura do PPD, e, portanto, deve haver um intervalo de três meses entre a vacina e a realização do PPD. Valores de reerência do teste tuberculínico
Enduraçãode0a4mm –nãoreator.Ocorreempessoasnão
inectadas pelo bacilo de Koch, nos anérgicos, ou signifca alguma reação inespecífca. Enduraçãode5a9mm –reatorfraco.Ocorreemindivíduos inectados pelo bacilo de Koch ou eventualmente por outras micobactérias atípicas. Corresponde à alergia tuberculínica demonstrada pela maior parte dos indivíduos com vacinação recente pela BCG. Enduraçãode10mmoumais–reatorforte.Ocorrenosindivíduos inectados pelo bacilo de Koch (inecção passada ou presente), porém não vacinados com o BCG. Eventualmente, pode ser considerada como reação à vacina BCG, porém raramente a alergia tuberculínica pós-BCG ultrapassa os 15 mm de pápula. Reações alteradas: a reação à tuberculina pode ser deprimida ou suprimida por até 4 semanas por inecções virais, vacinação com vírus vivos, doenças ebris sérias, sarcoma ou outros tumores malignos ou imunossupressão.
Observações A leitura do teste tuberculínico deverá ser eita entre 48 e 96 horas após a aplicação, preerencialmente com 72 horas, quando a reação atinge seu máximo. 31
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vAcINA coNtrA PoLIoMIELItE
Descrição Há dois tipos de vacina contra a poliomielite: a. Pólio oral (OPV): vacina de vírus vivos atenuados, composta pelos três tipos de vírus da poliomielite; b. Pólio inativada (IPV): vacina de vírus inativados, composta pelos três tipos de vírus da poliomielite. Efcácia As vacinas são muito efcazes, tanto a vacina de vírus vivo quanto a de vírus atenuado. Há tendência de erradicação da doença, usando-se qualquer uma das apresentações. Persistência da imunidade A imunidade conerida por esta vacina é permanente com o uso do esquema completo na primeira inância. Proflaxia pós-exposição Em caso de epidemias, o uso da OPV pode bloquear um surto epidêmico. Eventos adversos O principal risco é o associado com a vacina OPV: a poliomielite paralítica associada à vacina (PPAV), que se constitui na paralisia inantil associada à vacina. O risco desta eventualidade é de um para 2,4 milhões de doses oerecidas. O risco aumenta na primeira dose da vacina, quando atinge um para 750.000 doses. Em imunodeprimidos, o risco é muito maior (cerca de 3.000 vezes maior). Uso concomitante de vacinas A OPV pode ser oerecida ao mesmo tempo com outras vacinas do esquema de imunização, sem prejuízo na resposta imune ou aumento dos eeitos adversos. Quando o uso não or concomitante, o intervalo sugerido na Norma Técnica do Programa de Imunização (2008) é: • PóliooraleRotavírus–15dias; • Póliooraledemaisvacinasdevírusvivo atenuado–nenhumintervalo. 32
As vacinas de vírus vivo podem intererir na leitura do PPD, e, portanto, deve haver um intervalo de três meses entre a vacina e a realização do PPD. A IPV pode ser administrada concomitantemente com todas as vacinas do calendário atual, desde que aplicadas em locais separados. Uso combinado de vacinas A vacina IPV pode ser utilizada em combinação com a tríplice acelular e Haemophilus B ou com a tríplice acelular, Haemophilus B e hepatite B, na mesma seringa, sem prejuízo da resposta imune ou aumento dos eventos adversos. Recomendações para vacinação A vacinação para poliomielite é recomendada de orma universal. Esquemas de imunização Existem três esquemas indicados: 1. Uso exclusivo de IPV (obrigatório para imunodeprimidos e seus contactantes domiciliares, mas pode ser utilizado para crianças normais para se evitar o pequeno risco de reação paralítica pós-vacinal com a OPV); 2. Uso sequencial de duas doses de IPV seguida por doses de OPV (para se reduzir o pequeno risco de reação paralítica pós-vacinal); 3. Uso exclusivo de OPV (esquema seguido pelo Ministério da Saúde). A imunização básica é eita em três doses a partir de dois meses de idade, com intervalos de dois meses (mínimo de 30 dias). O primeiro reorço deve ser aplicado entre 15 a 18 meses de idade e o segundo reorço entre quatro a seis anos. No caso de uso exclusivo de IPV, podem ser dadas apenas duas doses: aos dois e quatro meses, dispensando-se a dose aos seis meses, mas não há problema se a criança receber três doses (o que ocorre quando se usam vacinas combinadas com tríplice acelular e Haemophilus ). Os reorços são mantidos nas mesmas datas. Vale lembrar que, para as crianças normais, caso a opção seja por uso exclusivo de IPV, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que se utilize OPV nos Dias Nacionais de Campanhas de Vacinação. No caso do esquema sequencial, deve ser dada IPV aos dois e quatro meses e OPV nas doses subsequentes. As datas também não sorem alteração.
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
Contraindicações A principal contraindicação para a vacina oral contra a pólio é a imunodepressão. Calcula-se que 10% das doenças relacionadas com poliovírus aconteçam em imunodeprimidos, o que corresponde a uma incidência 10.000 vezes maior que nos imunocompetentes. Portanto, em imunodeprimidos, esta vacina deve ser evitada e deve-se dar preerência para a vacina inativada injetável. Aleitamento materno não é contraindicação nem deve ser interrompido para a vacinação com OPV. Modo de aplicação A pólio oral (OPV) é administrada na dose de duas gotas, por via oral. Não há necessidade de jejum prévio. O único cuidado é que uma nova dose deve ser administrada caso a criança regurgite. A pólio inativada (IPV) pode ser administrada por via subcutânea ou por via intramuscular.
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Especifcações e observações A vacina pólio oral deve ser mantida entre 2°C e 8°C. Pode sorer até dez ciclos de congelamento. A vacina inativada para pólio deve ser mantida entre 2°C e 8°C. Não deve ser congelada. Apresentações comerciais
• Póliooral:suspensãoparausooral(ChironVaccines) • Pólioinativadaisolada:ImovaxPólio(Sano Pasteur) disponível apenas nos CRIEs • Pólioinativadacombinada: → IPV+DPaT+Hib-InfanrixIPV+Hib(Glaxo SmithKline) ou Poliacel (Sanof Pasteur) → IPV+DPaT+Hib+hepatiteB- Inanrix Hexa (Glaxo SmithKline) → IPV+DPaT–Tetraxim(SanoPasteur)
vAcINA coNtrA hEPAtItE b
Descrição Vacina de partículas de HbsAg produzidas por DNA recombinante, absorvidas em hidróxido de alumínio. Apenas a apresentação do laboratório Sanof Pasteur contém timerosal como conservante. Efcácia Vários estudosmostramproteçãode90%a 95%emcrianças e adultos suscetíveis, após esquema completo. A resposta é melhor em crianças do que em adultos. Não se recomenda sorologia de rotina. Se optar por azê-la, deve ser realizada de 30 a 45 dias após a última dose do esquema vacinal. Entretanto, para os pacientes que não apresentam títulos protetores após o esquema completo, recomenda-se repetir uma série de 3 doses. Caso não haja resposta, não está indicada nova série. Nestes casos, especialmente para os profssionais de saúde, recomenda-se imunização passiva quando ocorre exposição.
Persistência da imunidade Entre adultos jovens, a incidência da queda de anticorpos em seguimento de dez anos variou de 13% a 63%. A memória imunológica permanece intacta por mais de 12 anos e protege contra inecção crônica por HBV, mesmo quando os níveis de anti-HbsAg são baixos ou indetectáveis. Para pacientes em hemodiálise, os níveis de anticorpos devem ser controlados anualmente, e, se < 10 mUI/mL, é recomendada uma dose de reorço.
Proflaxia pós-exposição A vacina pode ser utilizada isoladamente ou associada à imunoglobulina hiperimune para hepatite B em várias situações (Quadro 4). No caso de acidente percutâneo ou de mucosa, a conduta é a ilustrada pelo Quadro 5. 33
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Quadro 4. Proflaxia pós-exposição para hepatite B Tipo de exposição Contato doméstico – portador crônico Contato doméstico – caso agudo com exposição a sangue Contato doméstico – caso agudo – outros Perinatal Sexual – portador crônico Sexual – inecção aguda
Imunoproflaxia Vacinação Vacinação + HBIG Vacinação Vacinação + HBIG Vacinação Vacinação + HBIG
HBIG: imunoglobulina hiperimune contra hepatite B (dose = 0,06 mL/kg IM, assim que possível e antes de completar 14 dias do contato). Dose para recém-nascido de HBIG = 0,5 mL IM, que deve ser administrada dentro das primeiras 12 horas após o parto.
Quadro 5. Proflaxia para hepatite B após acidente percutâneo Sorologia do paciente do qual houve exposição Pessoa exposta HbsAg positivo HbsAg negativo Não vacinada HBIG + Vacinação Vacinação
Desconhecida Se contato de risco: •HBIG+Vacinação
Caso contrário: •Vacinação
Vacinada anti- HbsAg >10mUI/mL Vacinada anti- HbsAg <10mUI/mL
Nada HBIG 2 doses com intervalo de 1 mês ou HBIG 1 dose + revacinação
Nada Nada
Nada Se contato de risco: •HBIG+Vacinação
Caso contrário: •Vacinação
Vacinada Resposta desconhecida
Testar resposta Se inadequada: HBIG + Vacinação Se adequada: nada
Nada
Testar resposta •Seinadequada:revacinação
+ HBIG se contato de risco •Seadequada:nada
HBIG: imunoglobulina hiperimune contra hepatite B (dose = 0,06 mL/kg IM, assim que possível e antes de completar 14 dias do contato).
Eventos adversos Dor local e ebre baixa em 1% a 6% de crianças e adultos que recebem a vacina são os eeitos colaterais mais relatados. Reações alérgicas são raras. Anaflaxia pode ocorrer em 1:600.000 pacientes, sendo menos requente em crianças e adolescentes. Uso concomitante de vacinas Pode ser administrada concomitantemente com todas as vacinas do calendário atual, desde que aplicadas em locais separados. Uso combinado de vacinas ExistenomercadoaassociaçãodehepatiteA+hepatiteBea associaçãodehepatiteBcompólioinativada+trípliceacelular +Haemophilus infuenzae tipo B. 34
Recomendações para vacinação É recomendada a utilização universal para todas as crianças, adolescentes e adultos não imunizados. Esquema de imunização O esquema de imunização rotineiramente utilizado para as crianças é de três doses: • aprimeiraaonascer; • asegundacomumadoismesesdeidade; • aterceiraaosseismesesdeidade. Este mesmo esquema pode ser utilizado em crianças mais velhas, adolescentes e adultos não imunizados. O intervalo mínimo entre a primeira e a segunda dose é de um mês, e entre a segunda e a terceira é de dois meses, desde que o intervalo entre a primeira e a terceira seja de pelo menos
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
quatro meses. Quando há atrasos, não é necessário que o esquema seja recomeçado. Crianças com peso de nascimento igual ou inerior a 2 kg devem receber o seguinte esquema vacinal: • aprimeiradoseaonascer; • asegundadoseaocompletar2kg (idade mínima de 1 mês); • aterceiradoseummêsapósasegundadose; • quartadoseseismesesapósasegundadose. Esquemas da vacina de hepatite B em situações especiais Receptores de transplante de medula óssea
• Antesdoprocedimento:0,1e2meses (se possível 0, 1 e 3 meses). • Apósoprocedimento:aplicaravacinacom 12, 14 e 24 meses após transplante. • Dose:utilizarodobrodadoserecomendada para a idade menor de 20 anos: 20 mcg. • Idadeigualoumaiorde20anos:40mcg. Renal crônico
• Esquemavacinal:0,1,2e12meses. • Dose:utilizarodobrodadoserecomendada para a idade menor de 20 anos: 20 mcg. • Idadeigualoumaiorde20anos:40mcg. Inectados pelo vírus HIV
• Esquemavacinal:0,1,2e6a12meses. • Dose:utilizarodobrodadoserecomendada para a idade menor de 20 anos: 20 mcg. • Idadeigualoumaiorde20anos:40mcg. Ausência de soroconversão:
• Administrarnovamenteoesquemavacinal adequado para idade e situação de risco. • Realizarsorologiade30a45dias impreterivelmente após a última dose.
Contraindicações Não deve ser administrada a pessoas hipersensíveis aos seus componentes (vide Quadro 1). Modo de aplicação A vacina deve ser administrada por via intramuscular: no deltoide ou na região ântero-lateral da coxa nos adultos e nas crianças com idade acima de dois anos ou na região ântero-lateral da coxa nas crianças menores de dois anos e adultos muito emagrecidos. A dose para crianças é de 0,5 mL e para adultos é de 1,0 mL nas apresentações existentes no mercado brasileiro atualmente. Especifcações e observações Deve ser estocada entre 2°C e 8°C. Fora desta temperatura, perde a potência. Validade de dois anos. Apresentações comerciais Hepatite B isolada
Recombivax (Merck Sharp & Dohme) → 0,5 mL = 5 mcg → 1,0 mL = 10 mcg → 1,0 mL = 40 mcg (não disponível no mercado brasileiro) • Engerix B (SmithKline) → 0,5mL=10mcg–até19anosdeidade(inclusive) → 1,0mL=20mcg–apartirdos20anos • Euvax B (SanofPasteur) → 0,5 mL = 10 mcg → 1,0 mL = 20 mcg •
Hepatite B + Hepatite A
• Twinrixped(GlaxoSmithKline) →0,5mL–até15anosdeidade(inclusive) • Twinrix ad (GlaxoSmithKline) → 1,0mL–16anosdeidadeoumais As vacinas são intercambiáveis, isto é, a substituição da vacina de um abricante por outro durante a série de imunização não altera a resposta imune.
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vAcINA coNtrA DIftErIA, coqUELUchE E tétANo (tríPLIcE bActErIANA)
Descrição A vacina tríplice produz imunidade contra as seguintes doenças: diteria, coqueluche e tétano. Existem três tipos de vacina: • Tríplicedecélulasinteiras–DPT; • Trípliceacelular–DPaT; • Trípliceacelulartipoadulto–dpaT. A DPT contém toxoide ditérico, toxoide tetânico e suspensão de Bordetella pertussis inativada. A DPaT contém toxoide ditérico, toxoide tetânico e antígenos purifcados derivados da Bordetella pertussis . A vacina dupla (diteria e tétano) é derivada da DPT. Existem duas apresentações: dupla tipo inantil (DT) e dupla tipo adulto (dT). A dupla tipo inantil contém a mesma concentração de toxoide ditérico e tetânico que a DPT, enquanto a dupla tipo adulto contém menor quantidade de toxoide ditérico. A vacina dpaT é a vacina tríplice acelular tipo adulto. Contém quantidade reduzida de toxoide ditérico, quantidade normal de toxoide tetânico e antígenos purifcados derivados da Bordetella pertussis.
Efcácia Diteria
Apósquatrodoses,aecáciaéde90%a95%. Coqueluche
Apósoesquemabásico,aecáciaéde77%a95%. Não há dierença de efcácia entre DPT e DPaT. Tétano
Após o esquema básico, a efcácia é de aproximadamente 100%.
Persistência da imunidade Diteria
Reorços devem ser realizados a cada dez anos. Coqueluche
Não se recomenda reorço após os sete anos de idade com a vacina tríplice bacteriana de células inteiras. Tétano
Reorços devem ser realizados a cada dez anos. Proflaxia pós-exposição Diteria
Não recomendada. Coqueluche
Não recomendada. Tétano
Vide quadro abaixo (Quadro 6). Eventos adversos Diteria
Apenas dor e eritema no local da aplicação. Tétano
Pode provocar reações locais, como dor, eritema, edema ou induração local por até dez dias. Coqueluche
É o componente da vacina que mais requentemente causa eeitos colaterais. Há dierenças entre DPT e DPaT. As reações podem ser divididas em maiores e menores (vide Quadros 7 e 8).
Quadro 6. Proflaxia do tétano conorme tipo de erimento e estado vacinal prévio N° de doses prévias Ferimento limpo Desconhecida ou < 3 Vacinação¹ Maior ou = a 3 Vacinação se última dose há mais de 10 anos Última dose entre 5 e 10 anos Nada Última dose há menos de 5 anos Nada
Ferimento contaminado Imunoglobulina² + vacinação¹ Vacinação se última dose há mais de 5 anos Vacinação Nada
1. De preerência, utilizar a vacina tríplice nos menores de 7 anos e a vacina dupla (diteria e tétano) nos maiores de 7 anos. Nos pacientes não vacinados, aproveitar para completar o esquema. 2. Imunoglobulina humana especíca para tétano 250 a 500UI IM ou soro antitetânico 5.000U IM após o teste. 36
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
Quadro 7. Frequência das reações adversas menores à vacina tríplice bacteriana
Eritema local Nódulo local Dor Local Irritabilidade Anorexia Febre baixa
DPaT 2% 1% 9% 30% 5% 2%
DPT 8% 12% 45% 65% 20% 8%
Quadro 8. Frequência das reações adversas maiores à vacina tríplice bacteriana. Incidência por 100.000 doses
Síndrome hipotônicohiporresponsiva Choro persistente (> 3 horas) Febre > 40 ºC Convulsões
DPaT 0 a 13
DPT 67 a 81
26 a 100 8 a 52 0a8
380 a 550 240 a 450 16 a 22
Uso concomitante de vacinas É permitido o uso concomitante com todas as vacinas do calendário atual. Uso combinado de vacinas Existem apresentações comerciais de vacina tríplice acelular combinada+hemólosinfuenza (tetravalente); vacina tríplice acelularcombinadacompólioinativada+hemólosinfuenza (pentavalente); combinações que incluem estas cinco doenças e hepatite B (hexavalentes); e há uma apresentação de vacina tríplice acelular combinada com pólio inativada para segundo reorço. Recomendações para vacinação DPaT é preerível sobre DPT para todas as doses do esquema de imunização. Deve-se utilizar, de preerência, sempre a vacina DPaT do mesmo laboratório para todas as doses. Entretanto, quando a vacina não estiver disponível ou a vacina utilizada em doses anteriores or desconhecida, podem-se utilizar vacinas de abricantes dierentes. DPaT pode ser usada para completar o esquema de crianças que tenham iniciado com DPT. DPaT pode ser usada para crianças que tiveram reação adversa maior com a DPT, como convulsão, síndrome hipotônica-hiporresponsiva ou crise de choro persistente, mas o riscobeneício deve ser analisado. Uma boa opção nesses casos é a dupla inantil (DT).
O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias. O aumento do intervalo entre as doses não invalida as doses anteriores, e, portanto, não se deve reiniciar o esquema. Esquema de imunização Nas crianças, DPaT ou DPT deve ser usada por via IM aos 2, 4, 6, 15-18 meses e entre quatro a seis anos de idade. Existe uma opção no mercado, combinada com IPV, que pode ser utilizada de 5 a 13 anos de idade. Reorços com a tríplice acelular tipo adulto (dpaT) ou dupla adulto (dT) a cada dez anos. Nos adultos sem esquema vacinal básico, usar ou dT aos 0, 2 e tríplice acelular tipo adulto após 6-12 meses. Nos adultos com esquema completo, realizar reorço com tríplice acelular tipo adulto. Contraindicações Reação anaflática com DPT ou DPaT. Encealopatia sem causa identifcável que tenha ocorrido até sete dias após a vacinação com DPT ou DPaT. Doença neurológica que predisponha a convulsões e que esteja sem controle. Modo de aplicação Intramuscular prounda no vasto lateral da coxa, em crianças menores de dois anos. Em crianças maiores pode ser aplicada no glúteo, no vasto lateral da coxa ou na região deltoide. Especifcações e observações Todas as ormulações são para uso intramuscular exclusivo e devem ser estocadas sob rerigeração (2°C e 8°C). Não congelar. Quando ora de rerigeração, são estáveis por no máximo 24 horas. Apresentações comerciais
• Toxoidetetânico: → Tetavax (Sanof Pasteur) • Vacinaduplatipoinfantil: → D.T.Vax (Sanof Pasteur) disponível apenas nos CRIEs • Vacinaduplatipoadulto(apartirdos7anosdeidade): → Vacina dupla ditérico-tetânica (Instituto Butantan) • Vacinatríplicecomum: → D.T.Coq/DPT (Sanof Pasteur) • Vacinatrípliceacelularisolada– inantil (de 2 meses a 6 anos): → Pertacel (Sanof Pasteur) 37
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• Vacinatrípliceacelulartipoadulto(adolescentes a partir dos 10 anos e adultos): → Reortrix (GlaxoSmithKline)
• Trípliceacelular+ Haemophilus infuenzae tipo B: → Inanrix-Hib (GlaxoSmithKline)
Vacinas combinadas
• Trípliceacelular+Hib+Pólioinativada: → Inanrix IPV-Hib (GlaxoSmithKline) → Poliacel (Sanof Pasteur)
• Trípliceacelular+hepatiteB: → Inanrix HB (GlaxoSmithKline)
• Trípliceacelular+Hib+Pólioinativada+hepatiteB: → Inanrix Hexa (GlaxoSmithKline)
• Tríplicedecélulasinteiras+Haemophilus infuenzae tipo B: → Tetra-Act-Hib (Sanof Pasteur)
• Trípliceacelular+Pólioinativada: → Tetraxim (Sanof Pasteur)
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vAcINA coNtrA hAEMoPhILUS INfLUENZAE tIPo b (hIb)
Descrição
Uso concomitante de vacinas
Conjunto de vacinas conjugadas com o polissacáride da cápsula doHib(PRP–polímeroderibosil-ribitol-fosfato).
Pode ser administrada concomitantemente com todas as vacinas do calendário atual, desde que aplicadas em locais separados.
Efcácia
Uso combinado de vacinas
As vacinas disponíveis no mercado conerem proteção de aproximadamente95%apósoesquemavacinalcompleto.
Existem várias combinações possíveis para as vacinas Hib. Elas estão nas vacinas tetravalentes, pentavalentes e hexavalentes, e há uma combinação de meningococo C conjugada e Hib.
Persistência da imunidade
Existem evidências de que os níveis de anticorpos se mantêm protetores por pelo menos 20 anos. Proflaxia pós-exposição
Não estão indicadas para proflaxia pós-exposição.
Recomendações para vacinação
Indicadas para uso de rotina em todas as crianças de dois meses a cinco anos de idade. Acima de cinco anos, estão indicadas para uso em crianças, adolescentes ou adultos com asplenia, anemia alciorme ou quaisquer imunodefciências, inclusive os HIV-positivos assintomáticos ou sintomáticos.
Eventos adversos
As reações adversas locais (dor, eritema, enduração) e gerais (ebre, irritabilidade, sonolência) são raras e de baixa intensidade. São relatadas em menos de 10% dos vacinados e tendem adiminuircomasdosessubsequentes.Emmaisde90%dos casos, os sintomas se limitam às primeiras 24 horas após a aplicação. Não há relatos de eventos pós-vacinais graves que possam ser atribuídos à vacina. 38
Esquema de imunização
O número de doses varia conorme a idade e a vacina administrada. Esquemas iniciados antes de um ano de idade com uso combinado com DPT (3 doses com dois meses de intervalo entre elas). Se utilizado o esquema com DPaT, é recomendado um reorço de 15 a 18 meses. Nos esquemas iniciados após um ano de idade, uma dose é sufciente.
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
Contraindicações
Não há contraindicações, exceto aquelas gerais de todas as vacinas ou em casos de hipersensibilidade a componentes da vacina.
Modo de aplicação
As vacinas para hemóflos devem ser aplicadas por via intramuscular. Na criança abaixo de dois anos de idade, de preerência no vasto lateral da coxa. Nas crianças maiores, pode-se aplicar no deltoide.
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Apresentações comerciais • Hemólos infuenza tipo B isolada → Act-hib (Aventis Pasteur): PRP-T → Hiberix (Glaxo-SmithKline): PRP-T • Hemólos infuenza tipo B combinada: → (Vide capítulo Vacina contra diteria coqueluche e tétano (tríplice bacteriana)
vAcINA coNtrA PNEUMococo
Existem dois tipos de vacinas antipneumocócicas: as vacinas polissacarídicas e as vacinas conjugadas. Vacina antipneumocócica polissacarídica Descrição
Vacina composta de antígenos de polissacarídeo capsular purifcado dos 23 sorotipos mais prevalentes identifcados na Europa e nos EUA. No Brasil, aproximadamente 85% das inecções graves são causadas por sorotipos contidos nessa vacina. Cada dose de 0,5 mL contém 25 mg de polissacáride de cada um destes sorotipos, dissolvidos em solução salina contendo 0,25% de enol como preservativo. Efcácia
A vacina não é efcaz para crianças abaixo de dois anos de idade. A efcácia para as ormas graves da doença para adultos, idosos e pacientes com doença de base situa-se ao redor de 75%. Persistência da imunidade
Para as crianças com idade entre dois e dez anos com anemia alciorme, imunodepressão ou síndrome nerótica recomendase revacinação após três anos. Para crianças com idade acima d e dez anos e adultos pertencentes aos grupos de risco, recomendase a revacinação após cinco anos. Proflaxia pós-exposição
Não indicada.
Especifcações e observações Devem ser conservadas entre 2°C e 8°C. É possível o uso intercambiado das vacinas anti-hemóflos de abricantes dierentes.
Eventos adversos
Os mais comuns são reações locais e ebre. As reações locais incluem dor, edema e eritema com duração de até 48 horas após a administração. A ebre geralmente não ultrapassa 37,8°C. Podem surgir também mialgia, cealeia, náusea, vômitos e astenia até 24 horas após a administração. Muito mais raramente oram relatados: rash, urticária, artrite, artralgia, adenite, doença do soro e, excepcionalmente, trombocitopenia com aparecimento de dois a 14 dias após a vacinação e duração de duas semanas. Uso concomitante de vacinas
Pode ser administrada concomitantemente com todas as vacinas do calendário atual, desde que aplicadas em locais separados, com exceção da vacina pneumocócica conjugada 7-valente, com a qual deve ter um intervalo de dois meses. Uso combinado de vacinas
Não recomendado. Recomendações para vacinação
Indicada para os seguintes grupos com maior risco de desenvolvimento de doença pneumocócica: • adultos acima de 60 anos; • adultos e crianças acima de dois anos de idade que apresentem uma das seguintes condições crônicas: insufciência cardíaca, hepática (cirrose), pulmonar, renal, diabetes mellitus , alcoolismo e ístula liquórica; 39
Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
• adultos e crianças acima de dois anos de idade que apresentem imunodefciência adquirida (Aids) ou congênita; • pessoas acima de dois anos de idade que apresentem anemia alciorme ou outra hemoglobinopatia, asplenia uncional ou anatômica; • pessoas acima de dois anos de idade com doenças mieloprolierativas: Hodgkin, linoma, mieloma múltiplo; • adultos e crianças a serem submetidos a transplante ou transplantados de órgãos. Esquema de imunização
Vacina em dose única. A revacinação depende da indicação e da idadedopaciente,deacordocomoesquemadoQuadro9. Contraindicações
A vacina deve ser postergada na gravidez e para nutrizes, salvo critério médico. Vacina com baixa imunogenicidade em crianças menores de dois anos de idade e pacientes na vigência de quimioterapia (deve ser administrada com intervalo maior que dez dias prévios ao tratamento quimioterápico). Modo de aplicação
Adultos e crianças: vacina deve ser administrada por via intramuscular na ace lateral da coxa, em menores de dois anos, ou deltoide, glúteo ou vasto lateral nos maiores de dois anos. A dose é de 0,5 mL. Pode ser administrada via SC em ace lateral do braço ou região glútea, mas há maior probabilidade de reação local. Especifcações e observações
A vacina deve ser conservada entre 2°C e 8°C. Não deve ser congelada. Apresentações comerciais
• Pneumovax(MerckSharp&Dohme). • Pneumo23(SanoPasteur).
Vacina Antipneumocócica Conjugada Descrição
VacinaconjugadacomotoxoidediftéricoCRM197esacaríde os dos antígenos capsulares de sete sorotipos de pneumococo: 4, 6B,9V,14,18C,19Fe23F. Efcácia
Existem variações regionais dos sorotipos de pneumococo mais prevalentes. Dessa orma, estudos de efcácia realizados em alguns países podem não se confrmar em outros. Nos EUA, a efcácia da vacina conjugada heptavalente, para doençainvasivaporpneumococo,foide97%,parapneumonias documentadas radiologicamente, a efcácia oi de 40%, e, para otites de repetição, a redução oi de 20%. No Brasil, os sorotipos de pneumococo mais prevalentes são:14,1,6B,18C,5,6A,23F,19F,9V,19A,3,4,10A,8e7F. Estima-se que, no Brasil, o potencial de proteção para doença invasiva da vacina heptavalente possa ser de 70%. Outro aspecto interessante da vacina antipneumocócica conjugada é o seu eeito de imunidade de rebanho, ou seja, a proteção para aixas etárias não vacinadas. Dessa orma, em países onde esta vacina oi incluída no calendário básico das crianças até 24 meses de idade, notou-se redução das taxas de doença invasiva por pneumococo em outras aixas etárias, como nascriançasde0a90dias,naquelasacimade5anosdeidadee nos pacientes acima de 65 anos de idade. Persistência da imunidade
A tecnologia de conjugação permitiu uma melhor resposta imunológica à série primária de vacinação e memória imunológica, que, pelos dados de imunogenicidade alcançados, permitem extrapolar para uma imunidade persistente. Proflaxia pós-exposição
Não está indicada.
Quadro 9. Indicações para revacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica Indicação Revacinação Idade acima de 60 anos 1 dose após 5 anos se oi vacinado antes de 65 anos Imunodeciências, tumores ou após transplante, asplenia 1 dose após 5 anos anatômica ou uncional, síndrome nerótica Doenças crônicas cardíacas, pulmonares Não indicada ou metabólicas, ístula liquórica Asplenia anatômica ou uncional ou síndrome nerótica crianças até 10 anos 1 vez após 3 anos > 10 anos 1 vez após 5 anos Não se recomenda a revacinação precoce nem um número maior de doses porque pacientes com altos títulos de anticorpos, quando vacinados, podem apresentar maiores taxas de reações locais ou sistêmicas. 40
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Eventos adversos
Esquema de imunização
As reações locais, como dor e induração, são as mais comuns. Febre nas primeiras 48 horas também pode ocorrer. Não oram observadas reações graves.
O esquema de imunização varia de acordo com a idade de início (Quadro 10). Contraindicações
Uso concomitante de vacinas
Uso combinado de vacinas
Avacinanãodeveserutilizadaemcriançasacimade9anosde idade, adultos e idosos. Está contraindicada se houver hipersensibilidade ao látex ou outros componentes da vacina.
Não está indicado.
Modo de aplicação
Pode ser administrada concomitantemente com todas as vacinas do calendário atual, desde que aplicadas em locais separados.
Recomendações para vacinação
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda, desde 2003, a vacinação universal de todas as crianças de dois meses a 24 meses de idade. Entre 24 meses e 60 meses, também poderá ser utilizada se a criança or considerada de risco aumentado, como, por exemplo, as crianças que requentam creche que tem incidência aumentada de doença pneumocócica. Para as crianças entre 24 meses e 60 meses com doença de base com risco aumentado para doença pneumocócica (anemia alciorme, outras hemoglobinopatias, inecção pelo HIV, doenças crônicas), recomenda-se vacinação com a vacina conjugada e, a seguir, uma dose da vacina polissacarídica. A vacina não deve ser utilizada nos adultos. A idade máxima para sua utilização é nove anos.
A vacina deve ser aplicada exclusivamente por via intramuscular. A dose é de 0,5 mL. Nas crianças abaixo de dois anos, no vasto lateral da coxa, e, nas crianças acima de dois anos, no vasto lateral ou deltoide. Especifcações e observações
A vacina deve ser conservada entre 2°C e 8°C. O uso da vacina pneumocócica conjugada não substitui a vacina pneumocócica polissacarídica de 23 sorotipos em crianças com anemia alciorme, asplenia, inecção pelo HIV, doença crônica ou imunodeprimidos. Apresentação comercial
Prevenar (Wyeth). Seringa preenchida com dose única de 0,5 mL.
Quadro 10. Esquema de imunização para a vacina pneumocócica conjugada de acordo com a idade de início Idade de início Esquema básico Reorço 2 a 6 meses 3 doses com intervalo de 2 meses 1 dose entre 15 e 18 meses 7 a 11 meses 2 doses com intervalo de 2 meses 1 dose 2 meses após a 2ª. dose 12 a 24 meses Acima de 24 meses (imunocompetente)
2 doses com intervalo de 2 meses 1 dose
Não Não
Acima de 24 meses (imunodeprimido)
2 doses com intervalo de 2 meses
1 dose da vacina polissacarídica 2 meses após a 2ª dose
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vAcINA coNtrA SArAMPo, cAxUMbA E rUbéoLA (tríPLIcE vIrAL)
Descrição Vacina combinada de vírus vivos atenuados contra sarampo, caxumba e rubéola. Efcácia Parasarampoerubéola,confere95%a99%deproteçãoapóso esquema vacinal completo. Paracaxumba,aecáciaéde75%a90%. Persistência da imunidade Para proteção duradoura há necessidade de dose de reorço entre quatro a seis anos de idade. Proflaxia pós-exposição Até 72 horas após a exposição, pode ser utilizada como proflaxia para o sarampo. Para rubéola ou caxumba, a proflaxia pós-exposição não está indicada. Eventos adversos Sarampo: 5% a 15% apresentam ebre a partir do quinto dia, que pode perdurar por dois a três dias. Em até 5% dos vacinados, pode aparecer uma erupção morbiliorme uma semana após a aplicação da vacina. Caxumba: a incidência de meningite pós-vacinal varia de 1 para 400.000 doses para a cepa Urabe a 1 para 800.000 doses para a cepa Jerryl Lynn. Rubéola: rash, ebre ou linadenopatia estão presentes em 5% a 15% dos casos, ocorrendo cinco a 12 dias após a vacinação. Artralgia e artrite transitórias estão presentes em cerca de 0,5% das crianças e em 10% a 25% das mulheres adultas. Aparece em sete a 21 dias após a vacinação e aeta principalmente as pequenas articulações. Uso concomitante de vacinas Pode ser administrada concomitantemente com todas as vacinas do calendário atual, desde que aplicadas em locais separados. Uso combinado de vacinas Não recomendado. 42
Recomendações para vacinação
Recomendada para vacinação universal de todas as crianças imunocompetentes acima de 12 meses de idade e adultos suscetíveis e imunocompetentes. Esquema de imunização
Para as crianças, duas doses são recomendadas. A primeira a partir de 12 meses de idade, e a segunda, entre quatro a seis anos de idade. Para os adultos, dose única. Contraindicações
Está ormalmente contraindicada se houver história de reação anaflática à utilização de neomicina. Não deve ser utilizada: • nas imunodefciências congênitas ou adquiridas; • nos pacientes com doença neoplásica em evolução; • nos pacientes submetidos à quimioterapia ou corticoterapia imunossupressora. Após o uso de sangue ou hemoderivados, a vacinação deve ser postergada por pelo menos três meses. Pode ser utilizada no paciente HIV positivo, desde que não gravemente imunodeprimido ou sintomático. Está contraindicada nas gestantes. Se or administrada para mulheres em idade értil, deve-se evitar a gravidez por um mês. Modo de aplicação
A vacina deve ser utilizada por via subcutânea na região posterior do antebraço, ântero-lateral da coxa ou na região glútea nas crianças que não usam raldas. A dose é de 0,5 mL. Especifcações e observações
A vacina deve ser conservada entre 2°C e 8°C. Após a diluição, deve ser utilizada em oito horas. Proteger da luz.
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
Apresentações comerciais
• MMRII(MerckSharp&Dome):frascoampola com dose única de vacina lioflizada → Sarampo–cepaEdmstom → Caxumba–cepaJerrylLynn → Rubéola–cepaWistarRA27/3 • Trimovax(SanoPasteur):póliolizado em rasco monodose → Sarampo–cepaSchwartz → Caxumba–cepaUrabe → Rubéola–cepaWistarRA27/3
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• Priorix(Glaxo-SmithKline):frascoampola monodose lioflizado → Sarampo–cepaSchwartz → Caxumba–cepaJerrylLynn → Rubéola–cepaWistarRA27/3
vAcINA coNtrA hEPAtItE A
Descrição
Vacina de vírus inativado com ormaldeído. O antígeno viral purifcado provém de culturas de fbroblasto humano inectado pelo vírus da hepatite A. Efcácia
As vacinas disponíveis no mercado ornecem proteção próxima de 100% após esquema completo. Persistência da imunidade
A duração da imunidade ainda não oi determinada. Até o momento não existe recomendação de doses de reorço, nem de intervalo necessário para azê-lo. Estudos de armacocinética sugerem que concentrações protetoras de anticorpos possam durar por 30 anos.
Eventos adversos Dor local é o mais comum, às vezes surge induração no local da injeção. Mais raramente surge cealeia ou mal-estar. Não oram relatados eventos adversos graves. Uso concomitante de vacinas Pode ser administrada concomitantemente com todas as vacinas do calendário atual, desde que aplicadas em locais separados. Uso combinado de vacinas Pode ser utilizada em combinação com a vacina para hepatite B. Nesta combinação, com três doses, há proteção adequada para ambas as doenças.
Proflaxia pós-exposição
Recomendações para imunização É recomendada a utilização universal para todas as crianças e adolescentes e adultos não imunes.
Os dados disponíveis até o momento são insufcientes para recomendar a vacina isoladamente como proflaxia pós-exposição. A proflaxia após a exposição à hepatite A deve ser eita com imunoglobulina (vide capítulo Uso de imunoglobulinas nas doenças inecciosas). A vacina pode ser utilizada concomitantemente em outro local.
Esquema de imunização A vacina pode ser aplicada a partir de 12 ou 24 meses de idade, dependendo do abricante. São utilizadas duas doses com intervalo de seis meses, tanto para crianças quanto para adultos. 43
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Quandoseutilizaavacinacombinada–hepatiteA+he patiteB–,oesquemaéomesmoparahepatiteB,ouseja,três doses: a segunda um mês após a primeira, e a terceira seis meses após a primeira. Contraindicações A vacina não deve ser administrada em crianças abaixo de um ano de idade porque os anticorpos maternos transmitidos por via transplacentária podem intererir na resposta. A vacina não deve ser administrada a pessoas com hipersensibilidade aos componentes da vacina, como alumínio e enoxietanol. Modo de aplicação A vacina deve ser aplicada por via intramuscular no vasto lateral da coxa, nas crianças abaixo de dois anos de idade, ou no deltoide ou vasto lateral na criança acima de dois anos e nos adultos. A dose é de 0,5 mL para crianças e adolescentes até 18 anos e de 1,0 mL para idade superior a 18 anos. Especifcações e observações Deve ser estocada entre 2°C e 8°C. Fora desta temperatura, perde a potência. Não congelar. Proteger da luz.
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Hepatite A
• Havrix720U(SmithKline)–0,5mL: indicada de um ano a 18 anos; • Havrix1440U(SmithKline)–1,0mL: indicada a partir de 18 anos; • Vaqta25U(MerckSharp&Dohme)–0,5mL: indicada de dois anos a 18 anos; • Vaqta50U(MerckSharp&Dohme)–1,0mL: indicada a partir de 18 anos; • Avaxim160U(AventisPasteur)–0,5mL: indicada a partir de um ano. Hepatite A + Hepatite B
• Twinrixped–0,5mLparausopediátricoaté 15 anos (inclusive) (GlaxoSmithKline); • Twinrixad–1,0mLparausoadulto– a partir de 16 anos (GlaxoSmithKline). As vacinas para hepatite A são intercambiáveis, ou seja, produtos dierentes podem ser utilizados para completar o esquema, quando a mesma vacina não or disponível, ou quando o produto utilizado em dose anterior or desconhecido.
vAcINA coNtrA vArIcELA
Descrição Vacina de vírus vivo atenuado, cepa Oka, com capacidade de imunizar contra inecções pelo vírus varicela-zóster. Efcácia Nos estudos realizados em crianças, observou-se nível de efcáciade95%a100%,comperíodosdeobservaçãodeatésete anos. Mesmo quando houve inecção no paciente vacinado, o quadro oi leve, com ebre mais baixa e número muito menor de lesões cutâneas. Nosadultos,asoroconversãofoimenor.Varioude89%a 94%,eénecessáriaautilizaçãodeduasdoses. 44
Apresentações comerciais
Persistência da imunidade Em adultos, a persistência da imunidade é menor. Há estudos mostrando perda de imunidade em 30% dos adultos, com o tempo. Há também relatos de ocorrência de herpes-zóster em adultos previamente vacinados, alguns anos após a vacinação. Proflaxia pós-exposição A vacina está indicada para proflaxia após a exposição até 72 horas após o contato com o caso índice.
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
Eventos adversos Os eventos adversos mais requentes são dor local, rash e ebre. Dor local, edema ou hiperemia no local ocorrem em aproximadamente 30% dos vacinados. Exantema vesicular aparece em 5% das crianças e em 10% dos adultos saudáveis. As lesões surgem em cinco a 20 dias após a vacinação. Geralmente, o número de lesões é pequeno, e não há identifcação do vírus nas lesões. O exantema também pode ser maculopapular. Uso concomitante de vacinas Pode ser administrada concomitantemente com todas as vacinas do calendário atual, desde que aplicadas em locais separados. Deve-se lembrar que o intervalomínimoentrevacinasde vírusvivosatenuados , no caso de não ser realizada vacinação simultânea ou combinada, é: • SCRevaricela–28dias; • Febreamarelaevaricela–28dias; • Póliooraledemaisvacinasatenuadas–nenhumintervalo. Uso combinado de vacinas Não há indicação atual para uso combinado da vacina da varicela. Ainda está em estudos a utilização de uma combinação da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) com a vacina da varicela. Recomendações para vacinação É recomendada para vacinação universal de todas as crianças imunocompetentes a partir de um ano de idade. Os adultos suscetíveis e imunocompetentes também podem receber a vacina. Alguns autores recomendam a vacina para os idosos, com imunidade negativa para o vírus varicela-zóster, na tentativa de diminuir o risco de ocorrência de zóster. Esquema de imunização Nas crianças, o esquema é de duas doses: a primeira aos 12 meses, e a segunda entre 4 a 6 anos de idade. Nos adolescentes e adultos suscetíveis, o esquema é de duas doses com 3 meses de intervalo, sendo 30 dias de intervalo mínimo. Existe uma vacina no mercado liberada para uso a partir dos nove meses de idade. A mesma pode ser realizada segundo avaliação do pediatra ou em casos de contato com varicela (até 72 horas após o contato).
Contraindicações A vacina contra varicela está contraindicada nas seguintes situações: • históriadereaçãoanaláticaàneomicinaougelatina;
• gestantes; • imunodeciênciascongênitasou adquiridas, incluindo Aids; • imunodepressãoporusocrônicodecorticosteroides; • históriafamiliardeimunodeciênciaatéque se saiba o estado imunológico da criança; • doençasneoplásicasemquimioterapiaouradioterapia; • tuberculoseematividade. Após a administração de sangue ou hemoderivados, recomenda-se postergar a vacinação por cinco meses. Modo de aplicação A vacina deve ser aplicada por via subcutânea na ace lateral do braço, ântero-lateral da coxa ou na região glútea nas crianças que não usam raldas. A dose é de 0,5 mL tanto para crianças quanto para adultos. Especifcações e observações Todo paciente que receber a vacina para varicela deve ser orientado para evitar o uso de derivados do ácido acetilsalicílico por oito semanas após a vacinação, pelo risco teórico de desenvolvimento da síndrome de Reye. Uma das vacinas deve ser mantida a - 15°C (Varivax), enquanto as outras devem ser mantidas entre 2°C e 8°C (Varilrix e Varicela Biken). Após a diluição, são estáveis por apenas 30 minutos. Apresentações comerciais
• Varivax(MerckSharp&Dohme): Frasco-ampola com uma dose lioflizada. • Varilrix(SmithKline): Frasco-ampola com uma dose lioflizada. • VaricelaBiken(SanoPasteur): Frasco-ampola com uma dose lioflizada.
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vAcINA coNtrA MENINgococo
Existem dois tipos de vacina antimeningocócicas: a vacina polissacarídica e a vacina conjugada. Vacinas antimeningocócicas polissacarídicas Descrição
Trata-se de um conjunto de vacinas de polissacáride da cápsula do meningococo. Entre as vacinas polissacarídicas, existem apresentações para meningococo A, C, Y e W135. As vacinas para meningococo B contêm material proteico de membrana do meningococo B combinados com polissacáride capsular do meningococo do sorogrupo C.
Proflaxia pós-exposição
Para os contactantes íntimos de pacientes com doença meningocócica, a vacina não está indicada. Nessa situação d eve-se utilizar quimioproflaxia. A droga de escolha é riampicina a cada 12 horas por dois dias. A dose é de 5 mg/kg/dose para crianças de até um mês de idade, 10 mg/kg/dose para crianças acima de um ano de idade e de 600 mg/dose para adultos. Eventos adversos
Os eventos adversos são raros e geralmente de baixa intensidade. Os mais comuns são dor local, eritema e induração local. Febre, irritabilidade e sonolência também podem ocorrer. Não há relatos de eventos adversos graves.
Efcácia
Uso concomitante de vacinas
As vacinas polissacarídicas, de maneira geral, só são imunogênicas a partir de dois anos de idade porque os polissacárides induzem imunidade T independente e não estimulam memória imunológica nas crianças menores de dois anos. A única exceção é a vacina para o meningococo do sorogrupo A, que pode ser imunogênica a partir de três meses de idade, desde que utilizada em duas doses com intervalo de três meses, e, mesmo assim, a queda do título de anticorpos ocorre em dois anos. Nas crianças acima de dois anos e nos adultos, as vacinas polissacarídicasconferemproteçãodeaproximadamente90% para os meningococos dos sorogrupos A, C, Y e W135. Entretanto, essa imunidade é de curto prazo. Em São Paulo, a efcácia para o meningococo do sorogrupo B da vacina antimeningocócica B/C de origem cubana oi baixa. Somente 40% das crianças entre três meses a seis anos de idade apresentaram aumento de quatro vezes nos títulos de anticorpos bactericidas. A efcácia para crianças entre dois e quatro anos oi de 47%.
As vacinas antimeningocócicas polissacarídicas podem ser aplicadas simultaneamente com quaisquer outras do calendário normal, desde que em locais separados.
Persistência da imunidade
Por serem antígenos T-independentes, os polissacárides não induzem memória imunológica efcaz. Dessa orma, existem evidências de que os níveis de anticorpos para meningococo A e meningococo C se mantenham protetores por três anos, quando a vacina é aplicada em crianças entre dois a cinco anos, e por cinco anos, quando a vacina é aplicada em crianças maiores e adultos. Entretanto, para o meningococo C já oi descrito enômeno de tolerância com alta de resposta em doses subsequentes. 46
Uso combinado de vacinas
Não há indicação para combinação das vacinas antimeningocócicas polissacarídicas com quaisquer outras vacinas. Recomendações para vacinação
Estão indicadas ormalmente para uso em crianças acima de dois anos, com asplenia, anemia alciorme ou outras hemoglobinopatias, imunodefciências, particularmente nas defciências do sistema complemento. Também estão indicadas para os via jantes para áreas endêmicas, especialmente para viagens para a Árica subsaariana (vide capítulo Vacinação do viajante). As vacinas antimeningocócicas A e C são utilizadas com sucesso no controle de epidemias causadas por estes sorogrupos. A imunização rotineira com as vacinas polissacarídicas não é recomendada porque elas não são efcazes para as crianças abaixo de dois anos; o tempo de proteção é curto, e existe a possibilidade de desenvolvimento de enômeno de tolerância. Além disso, a vacina polissacarídica não reduz o estado de portador. Esquema de imunização
Para o meningococo A, a vacina pode ser utilizada a partir de três meses de idade. Nesse caso, uma segunda dose deverá ser aplicada após três meses. Após dois anos de idade, a criança deverá ser revacinada.
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
Contraindicações
Eventos adversos
Não há contraindicações absolutas, mas deve-se evitar o uso em gestantes.
Aproximadamente 5% das crianças vacinadas apresentam edema, dor e hiperemia no local da aplicação, no primeiro ou no segundo dia após a vacinação; 2% apresentam ebre nas pr imeiras 48 horas. Não oram descritos eventos adversos graves.
Modo de aplicação
As vacinas para os meningococos A e C devem ser utilizadas por via intramuscular nas crianças abaixo de dois anos, no vasto lateral da coxa. Nos maiores de dois anos, no deltoide, no vasto lateral da coxa ou no glúteo. A dose é de 0,5 mL. A vacina para o meningococo B/C deve ser utilizada por via intramuscular. A dose é de 0,5 mL.
Já oram utilizadas concomitantemente com outras vacinas, como pólio, hepatite B, Haemophilus e tríplice sem intererência. Não há estudos conclusivos sobre a sua utilização concomitante com a vacina para rotavírus.
Especifcações e observações
Uso combinado de vacinas
As vacinas devem ser conservadas entre 2°C e 8°C. Devem ser utilizadas imediatamente após a preparação e devem ser protegidas da luz. Não congelar.
Não é recomendada a combinação das vacinas antimeningocócicas com qualquer outra vacina.
Apresentações comerciais
O Reino Unido iniciou esquema de vacinação em massa com vacina conjugada para o meningococo C em novembro de 1999.Oesquemadevacinaçãouniversalparacriançasapartir de dois meses até 17 anos de idade mostrou, comparando-se osperíodospré-vacinação(1998-1999)epós-vacinação(20002001), uma redução total de casos de meningite meningocócica tipo C da ordem de 81%. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a sua utilização de rotina, a partir de três meses de idade, de acordo com a situação epidemiológica. No Estado de São Paulo, o sorogrupo C é responsável, atualmente, por aproximadamente 70% das meningites meningocócicas, que são sorogrupadas. Portanto, nesta situação epidemiológica, a vacina antimeningocócica con jugada para o meningococo C está indicada.
• MeningococoA+meningococoC:MeningoA/C (Sanof Pasteur). • MeningococoB+meningococoC:Meningo-BC(Finlay). Vacinas antimeningocócicas conjugadas Descrição
Vacinas de polissacarídeo capsular do meningococo C conjugadasaproteínas,comoaproteínaCRM197,ouaotoxoide tetânico. Efcácia
A efcácia é excelente em todas as aixas etárias, incluindo os lactentes a partir de dois meses de idade. Ao contrário das vacinas polissacarídicas, as vacinas conjugadas induzem uma resposta imune T-dependente e estimulam memória imunológica, mesmo nos lactentes abaixo de um ano de idade. Não induzem enômeno de tolerância, como as vacinas polissacarídicas para o meningococo C.
Uso concomitante de vacinas
Recomendações para vacinação
Esquema de imunização
As crianças abaixo de um ano de idade devem receber duas doses com intervalo de pelo menos um mês. Reorço acima de um ano de idade. As crianças acima de um ano de idade, adolescentes e adultos devem receber apenas uma dose. Contraindicações
Persistência da imunidade
Os estudos até o momento não permitem conclusões seguras a respeito da persistência da imunidade. Entretanto, como as demais vacinas conjugadas, provavelmente a imunidade deve ser de longa duração.
A única contraindicação ormal é história de hipersensibilidade ao toxoide ditérico ou ao toxoide tetânico, que é utilizado para conjugar o polissacáride do meningococo. Nos pacientes com doença ebril aguda, deve-se postergar a vacinação. Modo de aplicação
Proflaxia pós-exposição
Não estão indicadas para proflaxia pós-exposição. A conduta para o contactante íntimo é a quimioproflaxia, como descrito acima para as vacinas antimeningocócicas polissacarídicas.
A vacina deve ser aplicada por via intramuscular. Nas crianças abaixo de dois anos, no vasto lateral da coxa, e, nas crianças acima de dois anos, no vasto lateral ou no deltoide. Nos adolescentes e adultos, no deltoide. Nos pacientes com alteração de 47
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coagulação, a vacina pode ser administrada por via subcutânea. A dose é de 0,5 mL. Especifcações e observações
Deve ser conservada entre 2°C e 8°C. Ao contrário da vacina polissacarídica, a vacina conjugada reduz o estado de portador.
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• NeisVac-C(Baxter). • Meningitec(Wyeth). • Menjugate(ChironVaccines).
vAcINA coNtrA INfLUENZA (grIPE)
Descrição São vacinas de vírus inativados. A vacina é composta de dois subtipos de vírus da infuenza A e um subtipo de vírus da in fuenza B. A composição da vacina é ajustada anualmente. A Organização Mundial de Saúde (OMS) coordena centros de vigilância epidemiológica para o vírus infuenza em vários países, incluindo o Brasil. Esses centros identifcam os vírus circulantes e realizam sua caracterização antigênica detalhada. Uma vez por ano, um grupo de especialistas da OMS se reúne para analisar os dados epidemiológicos e defnir a composição da vacina da gripe para o próximo ano. Existe defnição do tipo de vacina para o hemisério Sul e para o hemisério Norte. Há três tipos disponíveis de vacina: • vacinacomvírusinteiroinativadoporformol,queémuito reatogênica para crianças e não está disponível no Brasil; • vacinaçãocomvírusinteiroinativadoporformol com ruptura do envelope lipídico, resultando em uma vacina chamada split-antigen ou subvírion; • vacinasdeantígenospuricadosapósainativaçãocomformol. Efcácia São observadas taxas de soroconversão entre 70% a 80% após teste com cepas homólogas. Crianças abaixo de nove anos de idade, que não oram vacinadas previamente, não apresentam boa resposta e necessitam de duas doses de vacina, quando são vacinadas pela primeira vez. Nos pacientes imunodeprimidos, a soroconversão é menor. A efcácia clínica é mais diícil de ser avaliada, especialmente nas crianças, pela ocorrência de outras doenças virais e doenças bacterianas de vias aéreas superiores, que apresentam quadro clínico semelhante. 48
Apresentações comerciais
Persistência da imunidade
A duração da imunidade é ugaz, requerendo revacinação anual. Imunidade após inecção natural ou vacinação para um subtipo não conere imunidade contra subtipo dierente. Proflaxia pós-exposição
Não indicada, uma vez que níveis de anticorpos protetores são obtidos apenas após 15 a 30 dias da vacinação. Eventos adversos As vacinas de vírus inteiros estão associadas com um grande número de eventos adversos, especialmente ebre, mialgia e astenia, em crianças menores de 13 anos e, por esta razão, estão contraindicadas nesta aixa etária. Com as vacinas de subvírions, os eventos adversos não são requentes. Em aproximadamente 10% dos vacinados, surge dor local ou ebre nas primeiras 12 horas após a vacinação. É importante ressaltar que a vacina não causa a gripe, pois utiliza vírus inativados. Entretanto, na prática clínic a é comum a ocorrência de outras doenças do trato respiratório superior após a vacinação, que requentemente são interpretadas erroneamente como evento adverso da vacina. Uso concomitante de vacinas
Para as crianças, pode ser utilizada concomitantemente com quaisquer vacinas do calendário básico, desde que aplicadas em locais separados. Nos adultos, pode ser utilizada concomitantemente com a vacina antipneumocócica, desde que aplicadas em locais separados.
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
Uso combinado de vacinas Não está indicado o uso combinado das vacinas para infuenza com qualquer outra vacina. A própria vacina para infuenza, na verdade, é uma combinação de três vacinas para três tipos de vírus: duas para infuenza A e uma para infuenza B. Recomendações para vacinação A vacina para infuenza pode ser recomendada para qualquer pessoa com idade acima de seis meses, com o objetivo de redução dos episódios de infuenza. Entretanto, existem indicações ormais levando-se em conta a gravidade da doença em alguns grupos de risco. Estas indicações são as seguintes: • Todas as crianças de 6 meses a 23 meses de idade; • Todas as pessoas com idade acima de 50 anos; • Todas as gestantes que estarão no segundo ou terceiro trimestre de gestação no período epidêmico (outono e inverno); • Crianças acima de seis meses de idade e adultos com doenças crônicas cardíacas ou pulmonares, incluindo asma; • Adultos ou crianças acima de seis meses de idade com doenças metabólicas crônicas, insufciência renal, hemoglobinopatias ou imunodepressão; • Pacientes em clínicas de repouso ou outros serviços que tratam de enermidades crônicas; • Crianças e adolescentes entre seis meses e 18 anos de idade, que necessitam de terapia crônica com salicilatos pelo risco de síndrome de Reye; • Pacientes inectados pelo HIV, assintomáticos e com contagem adequada de CD4; • Contactantes domiciliares de pacientes de risco; • Profssionais da saúde que tenham contato com pacientes de risco.
Quadro 11. Esquema de vacinação para infuenza de acordo com a idade
Idade 6 a 35 meses 3 a 8 anos 9 a 12 anos > 12 anos
Dose 0,25 mL 0,5 mL 0,5 mL 0,5 mL
Número de doses 1 ou 2 * 1 ou 2 * 1 1
*Na primeira vez, devem ser aplicadas duas doses com intervalo de um mês.
Contraindicações Existe contraindicação ormal para os pacientes com história de reação anaflática às proteínas do ovo. Pacientes com história anterior de síndrome de Guillain-Barré podem ter risco aumentado de desenvolver a doença após a vacinação para infuenza. Modo de aplicação A vacina pode ser utilizada por via intramuscular ou subcutânea. A via intramuscular deve ser preerida por causar menos reações locais. Com a via intramuscular, utilizar o vasto lateral da coxa, nas crianças abaixo de dois anos de idade, e o deltoide, o glúteo ou o vasto lateral nas crianças maiores e adultos. Com a via subcutânea, utilizar a ace lateral do braço ou a região glútea. A dose é de 0,5 mL, para crianças acima de três anos e adultos, e de 0,25 mL para as crianças de seis meses a três anos de idade. Especifcações e observações As vacinas disponíveis no Brasil são todas inativadas e racionadas. Devem ser conservadas entre 2°C e 8°C. Não congelar. Apresentações comerciais
Esquema de imunização A época ideal para vacinação é no outono, o que corresponde, no hemisério Sul, aos meses de março a abril. O esquema de vacinação varia de acordo com a idade, conorme o Quadro 11.
• Vaxigrip(SanoPasteur).Seringacom0,25mLou0,5mL. • Fluarix(GlaxoSmithKline).Seringacom0,5mL. • VacinainativadaparagripeMeizler(Meizler Biopharma). Seringa com 0,5 mL.
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vAcINA v AcINA coNtrA fEbrE AMArELA A MArELA
Descrição Vacina de vírus vivo atenuado, cepa 17 D. Efcácia Conere proteção em aproximadamente 100% dos vacinados acima de nove meses de idade. Os títulos protetores de anticorpos levam pelo menos dez dias após a vacinação para serem obtidos. Persistência da imunidade Persistência A proteção conerida pela vacina tem duração de pelo menos dez anos. Proflaxia pós-exposição Não está indicada para proflaxia pós-exposição. pós- exposição. Eventos adversos Dor no local da injeção e ebre são os eeitos adversos mais comuns. Raramente, observam-se eritema, urticária, asma, náuseas ou linadenopatia. Há 21 casos descritos de encealite relacionados com a vacinação em um total de mais de 200 milhões de doses aplicadas. A maioria dos casos ocorre em crianças abaixo de seis meses de idade. Uso concomitante de vacinas Pode ser utilizada concomitantemente com outras vacinas do esquema rotineiro de imunização, desde que aplicadas em locais separados. Uso combinado de vacinas Não é recomendada a combinação, na mesma aplicação, da vacina contra a ebre amarela com qualquer outra vacina. Recomendações para vacinação Pode ser utilizada a partir de nove meses de idade nas áreas endêmicas. Devem-se vacinar todos os indivíduos que vivem em áreas endêmicas ou aqueles que viajam para essas áreas. 50
No Brasil, está no calendário básico de imunização, com uma dose aos nove meses de idade nas áreas endêmicas e nas áreas de transição. Para os viajantes, a vacina deve ser eita com pelo menos dez dias de antecedência. No Brasil, as áreas endêmicas são: região Norte e CentroOeste, incluindo os Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e oeste do Maranhão. As regiões de transição são: alguns municípios do Piauí, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. No mundo, as regiões endêmicas são: a América do Sul e regiões da Árica subsaariana. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária exige a vacinação dos viajantes que vão para os seguintes países: Angola, Benin, Burkina, Camarões, República Democrática do Congo, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Libéria, Nigéria, Serra Leoa, Sudão, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Peru e Venezuela. Vários Vários países exigem certifcado de vacinação contra ebre amarela para permitirem entrada em seu território. Uma boa onte atualizada de inormações sobre os locais que necessitam de vacina contra a ebre amarela é o site s ite do Center or Disease Control de Atlanta, nos EUA. O endereço eletrônico é: http://www.cdc.gov/travel. Esquema de vacinação Vacina para ser aplicada em dose única a partir de seis meses de idade. Doses de reorço devem ser eitas a cada dez anos. Contraindicações Está ormalmente contraindicada na alergia grave à proteína do ovo, nas gestantes, nos imunodeprimidos e nas crianças abaixo de seis meses de idade. Também Também está contraindicada nos pacientes inectados pelo vírus HIV que estejam sintomáticos e nos pacientes em terapêutica imunossupressora. Nos pacientes com doença neurológica, recomenda-se precaução. Nos pacientes com doença ebril aguda, recomenda-se postergar a vacinação. Modo de aplicação A vacina deve ser aplicada por via subcutânea na região posterior do antebraço ou na região glútea. A dose é de 0,5 mL.
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
Especifcações e observações
A vacina utilizada no Brasil é produzida pelo laboratório BioManguinhos, é lioflizada e apresentada em rascos de multidoses. Deve ser conservada entre 2°C e 8°C e deve ser utilizada até quatro horas após a diluição. A vacina está disponível apenas em alguns postos de vacinação ofciais e não é comercializada pelas clínicas particulares de imunização. O endereço eletrônico para
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obtenção dos locais onde a vacina está disponível, no Estado de São Paulo, é o seguinte: http://www.cve.saude.sp.gov.br. Uma outra vacina oi recentemente liberada para as clínicas particulares de imunização. Trata-se de uma vacina de vírus vivo atenuado produzida com a cepa 17D-204, derivada da cepa 17D do vírus da ebre amarela. Seu nome comercial é Stamaril (Sanof Pasteur). Deve ser mantida entre 2ºC e 8ºC, e o esquema é o mesmo da vacina produzida pelo laboratório BioManguinhos.
vAcINA v AcINA coNtrA rAIv r AIvA A
Há dois tipos de vacina contra a raiva: vacinas produzidas em substratos isentos de tecido nervoso, que são obtidas a partir da inativação de vírus cultivados em culturas celulares; e vacina Fuenzalida-Palacios, que é obtida através de inativação de vírus da raiva cultivados em cérebro de camundongos recém-nascidos. Vacina de cultivo celular Descrição
Vacina de vírus vír us inativado obtido através de cultivo celular c elular,, isento de tecido nervoso. Efcácia
O nível sérico considerado protetor é de 0,5 UI/mL.
ou lambedura de erimentos em ace, cabeça, mãos ou pés. Ferimentos puntiormes e mordeduras múltiplas e/ou proundas e lambeduras de mucosas também são considerados graves. Ratos, cobaias, hamsters e coelhos são considerados consid erados de baixo risco, e, normalmente, os erimentos causados por estes animais não necessitam de proflaxia para a raiva, exceto se atacarem de orma incomum. Cavalos, ovelhas, bois, cabras e porcos são considerados de médio risco, e, nos erimentos causados por estes animais, a proflaxia estará indicada. Cães e gatos de áreas de raiva não controlada são considerados de alto risco, assim como todas as espécies de morcegos e os outros mamíeros silvestres. Todos os erimentos causados por morcego ou mamíeros silvestres merecerão proflaxia para a raiva. Nos erimentos por cão ou gato, a conduta também depende da observação do animal. O esquema pode ser observado obser vado no Quadro 12.
Persistência da imunidade
Em indivíduos expostos a risco de contaminação (veterinários, pessoal de laboratório etc.), os reorços devem ser eitos a cada seis meses para os profssionais que manipulam o vírus da raiva e anualmente para os outros profssionais. Proflaxia pós-exposição
É a principal indicação da vacina antirrábica. Inicialmente, é necessário que sejam identifcados o tipo de acidente e o animal agressor. agressor. O tipo de acidente pode ser dividido em leve ou grave, e o animal agressor em de baixo risco, médio risco ou alto risco. Considera-se acidente leve quando houve apenas arranhadura ou mordedura superfcial no tronco e/ou membros. Considera-se acidente grave quando houve mordedura, arranhadura
Eventos adversos
Mais comuns são reações locais, como eritema e induração local. Febre, cealeia, mialgia, astenia, dor abdominal, artralgia, calario, tonturas e náuseas são raros. Foram descritos casos raros de síndrome de Guillain-Barré, mas com incidência muito menor do que com as vacinas cultivadas em cérebro de animal. Uso concomitante de vacinas
Pode ser aplicada simultaneamente com outras vacinas do esquema habitual, desde que em seringas e locais separados. Uso combinado de vacinas
Não é recomendado o uso combinado das vacinas contra raiva com quaisquer outras vacinas. 51
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Recomendações para vacinação
Contraindicações
A vacina é indicada basicamente em duas situações: • Pre Prevençã vençãoda odaraiv raivaem aemindi indivídu víduosex osexposto postosa sa risco de contaminação: veterinários, pessoal de laboratório, pessoal de abatedouro etc; • Pro Prolax laxiapó iapós-exp s-exposiçã osição(Qu o(Quadro adro12). 12).
Para a proflaxia pós-exposição não há contraindicações absolutas. Para a prevenção em indivíduos expostos, recomendase cautela naqueles que já tenham apresentado síndrome de Guillain-Barré. Modo de aplicação
Esquema de imunização
Prevençãoemindivíduosexpostos:trêsdoses–D0,D7,D28. Recomenda-se controle sorológico e reorço se o nível de anticorpos or menor que 0,5 UI/mL. Geralmente, o reorço deve ser eito a cada seis meses para os profssionais que manipulam o vírus da raiva e a cada ano para os outros profssionais. Proflaxia pós-exposição: depende do tipo de acidente (vide Quadro 12). Observação: em indivíduos com vacinação preventiva completa há menos de um ano, na proflaxia pós-exposição utiliza-se apenas uma dose. Para aqueles com vacinação preventiva há mais de um e menos de três anos, utilizam-se três doses. Nos indivíduos com vacinação preventiva há mais de três anos, utiliza-se esquema completo com cinco doses.
Para a proflaxia pós-exposição, utilizar a via intramuscular intramuscular.. Nas crianças abaixo de dois anos, no vasto lateral da coxa, e, nas crianças maiores e adultos, no deltoide. Em esquemas pré-exposição, pode-se utilizar a via subcutânea na ace lateral do braço ou na região glútea. Especifcações e observações
Manter a vacina em geladeira entre 2°C e 8°C. Após aberto, utilizar o rasco em no máximo oito horas. Apresentação comercial
• Verora erorabP bPasteu asteur(A r(Aventi ventisP sPasteu asteur). r). → Frasco contendo uma dose.
Quadro 12. Conduta para proflaxia da raiva com a vacina de cultivo celular Animal agressor Cão ou gato sadio
Acidente Leve
Outros animais domesticados: cavalo, boi, cabra, porco
Leve Grave
Conduta Observar animal por 10 dias após exposição: se permanecer sadio – encerrar o caso se adoecer, morrer ou ugir – iniciar vacinação: 5 doses Iniciar vacinação: 3 doses (D0, D3 e D7) Observar animal por 10 dias após exposição: • se permanecer sadio – encerrar o caso • se adoecer, morrer ou ugir – completar vacina para 5 doses (D14 e D28) D 28) + imunoglobulina¹ Iniciar vacinação (5 doses) Interromper o tratamento se animal estiver sadio s adio após 10 dias Iniciar vacinação (5 doses) + imunoglobulina¹ Interromper o tratamento se animal estiver sadio s adio após 10 dias Vacinação (5 doses) Vacinação (5 doses) + imunoglobulina¹
Anim An imaais si silv lves estr tres es ou mo morc rceg egoo
Inde In deppen endde
Vac aciina naçã çãoo (5 dos oses es)) + im imuuno nogglo lobbul ulin ina¹ a¹
Grave
Cão ou gato suspeito
Leve Grave
1. A imunização passiva pode ser eita com o soro heterólogo de cavalo ou com imunoglobulina humana antirrábica hip erimune. No caso do soro heterólogo, a dose é de 40 UI/Kg de peso. No caso da imunoglobulina humana, a dose é de 20 UI/kg de peso. Em ambos os casos, a aplicação deve ser eita no local da lesão. Apenas se não houver possibilidade, uma parte deve ser aplicada por via intramuscular, em local separado da vacina. Caso a imunoglobulina não tenha sido administrada no início do esquema e esteja indicada a sua administração, esta deve ser eita antes da 3ª. dose da vacina. O cérebro do animal morto deve ser encaminhado para exame de imunofuorescência para diagnóstico de raiva. Resultados negativos, ornecidos por laboratório credenciado, permitem a dispensa ou suspensão do esquema vacinal. Entretanto, não se deve aguardar o resultado do exame mais do que 48 horas após o acidente para iniciar vacinação, quando indicada. 52
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
deve aguardar o resultado do exame mais do que 48 horas após o acidente para iniciar vacinação, quando indicada.
Vacina Fuenzalida-Palacios Defnição
Vacina produzida com vírus cultivados em cérebros de camundongos recém-nascidos. Os vírus são inativados por radiação ultravioleta ou por betapropiolactona e são adicionados enol e timerosal. Efcácia
Quando utilizada corretamente, é efcaz para a prevenção da raiva. Persistência da imunidade
A avaliação sorológica é obrigatória para os grupos de risco de exposição ao vírus da raiva. Títulos de anticorpos neutralizantes acima de 0,5 UI/mL são considerados protetores. Proflaxia pós-exposição
É a principal indicação da vacina contra a raiva. O esquema está apresentado no Quadro 13. O cérebro do animal morto deve ser encaminhado para examedeimunouorescênciaparadiagnósticoderaiva.Resultados negativos, ornecidos por laboratório credenciado, permitem a dispensa ou suspensão do esquema vacinal. Entretanto, não se
Eventos adversos
Podem ocorrer maniestações locais, como dor, hiperemia e edema. Febre, mal-estar, cealeia e dores musculares também ocorrem. O grande problema da vacina Fuenzalida-Palacios Fuenzalida-Palacios são as reações neurológicas potencialmente graves. Os quadros são tipo síndrome de Guillain-Barré, às vezes com evolução para óbito. Estima-se que a incidência dessas reações neurológicas seja de um para cada 8.000 pacientes tratados. Por essa razão, sempre que or disponível, deve-se dar preerência para as vacinas de culturas celulares. Uso concomitante de vacinas
Pode ser utilizada concomitantemente com qualquer outra vacina do calendário normal, desde que aplicadas em seringas e locais dierentes. Uso combinado de vacinas
Não está indicada a sua utilização combinada com qualquer outra vacina.
Quadro 13. Conduta para proflaxia da raiva com a vacina Fuenzalida-Palácios Animal agressor Cão ou gato sadio
Acidente Leve
Conduta Observar o animal por 10 dias após a exposição: •sepermanecersadio–encerrarocaso •seadoecer,morreroufugir–iniciar •seadoecer ,morreroufugir–iniciarvacinação vacinação
Grave
Esquema 7 + 2 doses Iniciar vacinação: 3 doses (D0, D2, D4) Observar o animal por 10 dias após a exposição: •sepermanecersadio–encerrarocaso •seadoecer,morreroufugir–compl •seadoecer ,morreroufugir–completarvacinapara etarvacinapara
Cão ou gato suspeito
Leve Graave Gr
Outros animais domesticados: cavalo, boi, cabra, porco Anim An imai aiss sil silve vest stre ress ou ou mor morce cego go
Leve Grave Inde In depe pennde
10 doses + 3 doses + imunoglobulina¹ Iniciar vacinação (7 + 2 doses) Interromper tratamento se o animal estiver sadio após 10 dias Inici ciaar va vaci cinnação (10 + 3 dose sess) + imunoglobulina¹ Interromper tratamento se o animal estiver sadio após 10 dias Vacinação (7 + 2 doses) Vacinação (1 (10 + 3 do doses) + imunoglobulina¹ Vac acin inaaçã çãoo (1 (10 + 3 dos doses es)) + imu munnog ogllob obuulilina na¹¹
1. A imunização passiva pode ser eita com o soro heterólogo de cavalo ou com imunoglobulina humana antirrábica hiperimune. No caso do soro heterólogo, a dose é de 40 UI/Kg de peso. No caso da imunoglobulina humana, a dose é de 20 UI/kg de peso. Em ambos os casos, a aplicação deve ser eita no local da lesão. Apenas se não houver possibilidade, uma parte deve ser aplicada por via intramuscular em local separado da vacina. Caso a imunoglobulina não tenha sido administrada no início do esquema e esteja indicada a sua administração, esta deve ser eita antes da 3ª. dose da vacina.
Esquema 7 + 2 doses: Aplicar 1 mL intramuscular diariamente em sete dias consecutivos e duas doses de reorço, dez e 20 dias após a administração da sétima dose. Esquema 10 + 3 doses: Aplicar 1 mL intramuscular diariamente em dez dias consecutivos e três doses de reorço 10, 20 e 30 dias após a administração da décima dose. 53
Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
Recomendações para vacinação
A vacina está indicada basicamente em duas situações: • Prevençãodaraivaemindivíduosexpostosa risco de contaminação: veterinários, pessoal de laboratório, pessoal de abatedouro etc; • Prolaxiapós-exposição(videQuadro13). Esquema de imunização
• Prevençãoemindivíduosexpostos:quatrodoses–D0, D2, D4 e D28. A dose é de 1,0 mL por via intramuscular. Recomendam-se controle sorológico e reorço se o nível de anticorpos or menor que 0,5 UI/mL. • Prolaxiapós-exposição(Quadro13): → Esquema de 3 doses e observação do animal: Aplicar 1 mL intramuscular nos dias zero, dois e quatro. →Esquema7+2doses: Aplicar 1 mL intramuscular diariamente em sete dias consecutivos e duas doses de reorço, dez e 20 dias após a administração da sétima dose.
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Esquema10+3doses: Aplicar 1 mL intramuscular diariamente em dez dias consecutivos e três doses de reorço 10, 20 e 30 dias após a administração da décima dose. →
Contraindicações
Não há contraindicações absolutas para a proflaxia pós-exposição. Entretanto, nos pacientes com antecedentes de polirradiculoneurite, se possível, dar preerência para as vacinas de cultivo celular. Modo de aplicação
Deve ser aplicada por via intramuscular. Nas crianças abaixo de dois anos, no vasto lateral da coxa, e, nas crianças maiores e adultos, no deltoide. A dose é de 1,0 mL independente do peso e da idade. Especifcações e observações
A vacina deve ser mantida entre 2°C e 8°C. Não congelar e usar imediatamente após a diluição. As vacinas usadas no Brasil são produzidas pelo Instituto Butantan e pelo Instituto Tecnológico do Paraná.
vAcINA coNtrA rotAvírUS
Descrição Vacina de vírus vivo atenuado. Existem 2 vacinas aprovadas no Brasil: uma vacina monovalente, sorotipo G1P[8], que está disponível na rede pública, e uma vacina pentavalente, composta pelos seguintes sorotipos: G1P[5], G2P[5], G3P[5], G4P[5] e G6P[8].
Eventos adversos
Efcácia A proteção para todas as diarreias por rotavírus é de aproximadamente70%;paraasformasgraves,éde86%a98%;e,para hospitalizaçãopordiarreiaporrotavírus,éde80%a95%.
Uso concomitante de vacinas
Persistência da Imunidade Não há estudos sobre a persistência da imunidade. Proflaxia pós-exposição Não está indicada. 54
Os eeitos colaterais mais comuns nos primeiros dias são: diarreia e vômitos. Não houve aumento do risco de intussuscepção.
A vacina para rotavírus pode ser aplicada simultaneamente com as outras vacinas do calendário, exceto com a vacina antimeningocócica conjugada tipo C, para a qual não há experiência sufciente para uma recomendação. Para a pólio oral, se não or utilizada no mesmo dia, deve-se respeitar intervalo de 15 dias. Uso combinado de vacinas
Não indicado.
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
Recomendações para imunização A vacina para rotavírus está no calendário do Ministério da Saúde, da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Pediatria para todas as crianças, a partir de 2 meses de idade (na rede pública, utiliza-se a vacina monovalente G1P[8]). Esquema de imunização O esquema varia de acordo com a vacina: Vacina monovalente – Rotarix (GSK)
A vacina deve ser aplicada em duas doses, aos 2 e 4 meses de idade. O intervalo mínimo entre as doses é de 4 semanas. Para esta vacina, também existem restrições de aixa etária porque não há estudos que garantam a sua segurança ora das aixas etárias estabelecidas. Primeira dose: a idade mínima é de 1 mês e meio e a idade máxima é de 3 meses e 7 dias. Segunda dose: a idade mínima é de 3 meses e 7 dias ea segunda dose é de 5 meses e meio. Vacina pentavalente – RotaTeq (Merck)
A vacina deve ser aplicada em 3 doses: aos 2, 4 e 6 meses de idade. O intervalo mínimo entre as doses é de 4 semanas. Para esta vacina, também existem restrições de aixa etária porque não há estudos que garantam a sua segurança ora das aixas etárias estabelecidas. Primeira dose: a idade mínima é de 1 mês e meio e a idade máxima é de 3 meses e 7 dias. Segunda dose: intervalo mínimo de 4 semanas e máximo de 10 semanas. Terceira dose: idade máxima de 8 meses e 0 dias.
Modo de aplicação A vacina deve ser utilizada exclusivamente por via oral. Caso a criança regurgite ou vomite, nova dose não deve ser aplicada. Especifcações e observações Deve ser conservada em geladeira entre 2ºC e 8ºC. Apresentações comerciais
• Rotarix(GlaxoSimithKline),cepa RIX4415, sorotipo G1P[8]. 6 → Frasco com pó liflizado contém 10 CCID50 da cepa vacinal,sacarose9mg,dextrana18mg,sorbitol13,5 mg,aminoácidos9mgemeioEaglemodicado. →
Aplicador com diluente: carbonato de cálcio 80 mg, goma de xantana 3,5 mg, água para injeção 1,3 mL.
• RotaTeq(MerckSharp&Dohme),cepas G1P[5), G2P[5], G3P[5], G4P[5], G6P[8]. → Vacina apresentada em dose única, em tubos de plástico preenchidos com 2 mL, contém aproximadamente 2 x 106 unidades inecciosas de cada cepa viral. Cada dose da vacina contém sacarose, citrato de sódio, osato de sódio monobásico monidratado, hidróxido de sódio, polisorbato 80, meios de cultura e traços de soro etal bovino. A solução não contém conservantes nem timerosal.
Contraindicações Esta vacina está contraindicada nas seguintes situações: • imunodefciência congênita ou adquirida; • uso de corticosteroides em doses imunossupressoras; • uso de imunossupressores; • presença de doença gastrointestinal crônica; • malormação congênita do trato digestivo; • história prévia de intussuscepção.
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vAcINA coNtrA o PAPILoMAvírUS hUMANo (hPv)
Descrição Vacina de proteína L1, na orma de partículas semelhantes ao vírus (vírus like particles –VLP),nãoinfecciosas,produzidas por tecnologia de DNA recombinante. Existem duas apresentações: uma vacina para HPV 6, 11, 16 e 18 e uma vacina para HPV 16 e 18.
tantemente com a vacina para Hepatite B, desde que aplicadas em locais dierentes. Para a vacina bivalente para o HPV, não há estudos sobre aplicação simultânea de vacinas.
Efcácia HPV 16 e 18 causam aproximadamente 70% dos cânceres de colodoútero.HPV6e11causamaproximadamente90%das verrugasgenitais.Aecáciadeambasasvacinaséde90a100% para prevenção de inecções pelos tipos de HPV presentes nas vacinas. A vacina quadrivalente protege contra sorotipos de HPV causadores de câncer de colo do útero e verrugas genitais. A vacina bivalente protege contra sorotipos de HPV causadores de câncer de colo do útero.
Recomendações para imunização A vacina para o HPV está no calendário de vacinação da Academia Americana de Pediatria, da Sociedade Brasileira de Pediatria e do Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein.
Persistência da imunidade Nos estudos realizados até o momento, houve persistência da imunidade após 5 anos. Por enquanto, não há estudos de longo prazo. Proflaxia pós-exposição De preerência, a vacina deve ser administrada antes do início da atividade sexual. Entretanto, mulheres sexualmente ativas devem ser vacinadas, mas a vacina é menos efcaz para mulheres previamente inectadas com um ou mais sorotipos do HPV. A vacina pode ser utilizada em mulheres com Papanicolau alterado ou verruga genital, mas não é efcaz para mulheres previamente inectadas.
Uso combinado de vacinas Não recomendado.
Esquema de imunização Vacina para uso exclusivo no sexo eminino. A idade ideal para vacinaçãoéentre11a12anos,maspodeseraplicadados9aos 26 anos de idade, para a vacina quadrivalente, e dos 10 aos 25 anos de idade para a vacina bivalente. Por enquanto, ainda não há liberação ormal para sua utilização acima desta aixa etária ou no sexo masculino. O esquema é de 3 doses. Para a vacina quadrivalente, o esquema é: a segunda dose 2 meses após a primeira e a terceira dose 6 meses após a primeira. Para a vacina bivalente, o esquema é o seguinte: a segunda dose 1 mês a 2 meses após a primeira e a terceira dose 6 meses após a primeira. Para ambas as vacinas, recomenda-se um intervalo mínimo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de 3 meses entre a segunda e a terceira dose.
Eventos adversos As reações mais comuns são ebre e reações locais, como dor, vermelhidão e inchaço. Mialgia e cealeia também podem ocorrer. Mais raras são artralgia, cealeia, urticária, gastroenterite e tontura.
Contraindicações A vacina está contraindicada na gestação e nos pacientes com hipersensibilidade aos componentes da vacina. A vacina pode ser aplicada em imunodeprimidos, mas a resposta pode não ser adequada. A vacina bivalente não deve ser utilizada durante a amamentação porque não há estudos a respeito. Os estudos com a vacina quadrivalente durante a amamentação são escassos, mas não contraindicam a vacinação.
Uso concomitante de vacinas A vacina quadrivalente para o HPV pode ser usada concomi-
Modo de aplicação Vacina para uso intramuscular. A dose é de 0,5 mL.
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MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
Especifcações e observações A vacina deve ser bem agitada antes do uso. A vacina deve ser conservada em geladeira entre 2ºC e 8ºC. Não congelar e manter ao abrigo da luz Apresentações comerciais • Vacina recombinante quadrivalente contra →
papilomavírus humano (tipos 6, 11, 16 e 18) Gardasil (Merck Sharp & Dohme) Cartuchos com uma seringa preenchida. Cada dose de 0,5 mL contém aproximadamente 20 mcg de proteína L1 do HPV 6; 40 mcg de proteína L1 do HPV 11; 40 mcg de proteína L1 do HPV 16 e 20 mcg de proteína L1 do HPV 18. Os outros componentes são: 225 mcgdesulfatodealumínio;9,56mgdecloretode sódio; 0,78 mg de L-histidina; 50 mg de polissorbato 80; 35 cg de borato de sódio e água para injeção.
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• Vacinarecombinantebivalentecontra papilomavírus humano (tipos 16 e 18) → Cervarix (Glaxo Smith Kline) Uma seringa preenchida com 0,5 mL. Cada dose de 0,5 mL contém aproximadamente 20 mcg de proteína L1 do HPV 16; 20 mcg de proteína L1 do HPV 18. Os outros componentes são: 3-00desacil-4 monoosoril lipídio A (MPL), alumínio, cloreto de sódio, osato de sódio monobásico didratado e água para injeção.
vAcINA coNtrA cóLErA E EtEc
Descrição Vacina para uso oral composta de Vibrio cholerae inativado e subunidade da toxina da cólera recombinante.
Eventos adversos
Efcácia Para a cólera, apresenta efcácia de 80% durante os 6 primeiros meses. Para Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC), apresenta proteção de aproximadamente 60 a 65% nos primeiros 3 meses.
Uso concomitante de vacinas
Persistência da Imunidade Para a Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC) a proteção é de curta duração. Para a cólera, a proteção tem duração maior, mas também cai. Após 2 anos, é de 60% em maiores de 6 anos de idade.
Não se aplica.
Proflaxia pós-exposição Não recomendada.
Os mais comuns são dor abdominal, diarreia leve, ebre, náuseas e vômitos.
Não há dados a respeito. Uso combinado de vacinas
Recomendações para vacinação Cólera
Indicada para imunização de adultos e crianças acima de 2 anos de idade que viajarão para áreas endêmicas (vários países da Árica e da Ásia). 57
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ETEC
Indicada para imunização de adultos e crianças acima de 2 anos que viajarão para áreas endêmicas (Árica, Oriente Médio e Ásia). Esquema de Imunização Cólera
Crianças entre 2 e 6 anos de idade: 3 doses. Crianças acima de 6 anos de idade e adultos: 2 doses. O intervalo entre as doses deve ser de uma a 6 semanas. Se ocorrer um intervalo entre as doses superior a 6 semanas, o esquema deve ser reiniciado. Reorço: crianças de 2 a 6 anos de idade devem receber uma dose de reorço após 6 meses se ainda continuarem expostas. Adultos devem receber uma dose de reorço após 2 anos se ainda continuarem expostos. ETEC
O esquema primário para adultos e crianças acima de 2 anos de idade é de duas doses com intervalo de pelo menos uma semana. Se ocorrer intervalo acima de 6 semanas entre as doses, o esquema deve ser reiniciado. Contraindicações Vacina não recomendada para crianças abaixo de 2 anos de idade. Não deve ser utilizada em mulheres grávidas ou que estejam amamentando.
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Modo de aplicação Vacina para uso exclusivo por via oral. Deve-se dissolver o granulado eervescente em 150 mL de água. Agitar o rasco da vacina. Adicionar o rasco da vacina à solução com o granulado. Mexer bem e administrar por via oral. Para crianças de 2 a 6 anos de idade, deve-se descartar metade da quantidade da solução eervescente e misturar o restante com a vacina. Especifcações e observações Deve ser armazenada e transportada entre 2ºC e 8ºC. Não deve ser congelada. Apresentação: um cartucho contendo um rasco com uma dose 3 mL de suspensão e um sachê com 5,6 de granulado eervescente. Apresentação Comercial
• Vacinacontraacóleraediarreiacausadapor ETEC–Escherichia coli enterotoxigênica. → Dukoral (Sanof Pasteur).
vAcINA coNtrA fEbrE tIfoIDE
Descrição
Composta pelo polissacarídeo capsular Vi purifcado de Salmonella typhi (cepa Ty2). Efcácia
A efcácia varia de 55 a 75%. Persistência da imunidade
Após3anosdavacinação,90%dospacientesapresentavamaltos títulos de anticorpos. 58
O tratamento com imunossupressores pode reduzir a resposta imune.
Proflaxia pós-exposição Não indicada. Eventos adversos A reação mais comum é dor e induração no local da aplicação em 8% dos pacientes. Cealeia ocorre em 1,5% dos casos e ebre em 0,25%. Uso concomitante de vacinas Pode ser utilizada concomitantemente com hepatite A, hepatite B, ebre amarela, diteria, tétano e pólio.
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
Uso combinado de vacinas Não indicado.
Modo de aplicação A aplicação deve ser eita por via intramuscular ou subcutânea.
Recomendações para vacinação Indicada para crianças acima de 2 anos de idade e adultos que viajarão para áreas endêmicas de ebre tioide.
Especifcações e observações A vacina deve ser mantida entre 2ºC e 8ºC. Não deve ser congelada.
Esquema de imunização Vacina em dose única. Revacinação após 3 anos se o risco de ebre tioide persistir.
Apresentações comerciais
• Vacinacontrafebretifoide(PolissacarídicaCapsularVi) → Typhim Vi (Sanof Pasteur).
Contraindicações Crianças abaixo de 2 anos de idade. Não se recomenda a vacinação durante a gravidez ou durante a amamentação. Hipersensiblidade anterior a algum dos componentes da vacina.
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vAcINAÇão Do PrEMAtUro
Os recém-nascidos prematuros e aqueles pequenos para a idade gestacional, que tenham peso de nascimento maior ou igual a 2.000 gramas, e que não tenham contraindicações clínicas, devem receber as vacinas do calendário de imunizações normalmente, incluindo as vacinas aplicadas no período neonatal: BCG e hepatite B. O calendário deve ser seguido, e as doses subsequentes aplicadas nas idades cronológicas correspondentes. As doses das vacinas são as mesmas aplicadas nas outras crianças. Os recém-nascidos prematuros e os pequenos para idade gestacional, com peso de nascimento inerior a 2.000 gramas, não devem receber a vacina contra a tuberculose (BCG) até que atinjam peso de 2 kg. Em relação à hepatite B, caso a mãe seja HbsAg positiva, o recém-nascido deverá receber imunoglobulina hiperimune para hepatite B e a vacina em outro local (vide capítulo Uso de imunoglobulinas nas doenças inecciosas). O esquema para hepatite B, nesse caso, deverá ser acrescido de mais uma dose da seguinte orma: a segunda e a terceira com um mês de intervalo entre elas e a quarta dose seis meses após a segunda. Se a mãe or HbsAg negativa, pode-se aguardar que a criança atinja 2 kg ou iniciar a vacinação para hepatite B a partir de dois meses de idade, juntamente com outras vacinas do calendário.
Para todas as outras vacinas do calendário, os recém-nascidos com peso inerior a 2 kg devem ser imunizados na idade cronológica correspondente, desde que já tenham atingido 2 kg. A dose das vacinas é a mesma e não deverá ser reduzida. Há poucos dados a respeito da resposta imune dos recém-nascidos com peso de nascimento inerior a 1.500 gramas. De qualquer orma, o que se recomenda é que sigam o calendário normal, com as vacinas sendo aplicadas na idade correspondente, desde que tenham atingido peso de 2 kg. As doses recomendadas são as mesmas e não se deve reduzi-las. Os prematuros que desenvolvem doença respiratória crônica têm indicação de proflaxia para doença respiratória causada pelo vírus respiratório sincicial (VRS). A utilização de uma injeção mensal de anticorpo monoclonal específco para o VRS, durante a época epidêmica (março a setembro), reduz a incidência de hospitalização por doença respiratória causada pelo VRS em 55%. A utilização desse anticorpo monoclonal (palivizumab) está indicada em: • todososrecém-nascidosprematuroscom idade gestacional abaixo de 28 semanas devem receber proflaxia até um ano de idade; • todososrecém-nascidosprematuroscom idadegestacionalde29a32semanasdevem receber proflaxia até seis meses de idade; 59
Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
• todososprematurosquetenhamdesenvolvido doença pulmonar crônica, com necessidade de oxigênio nos seis meses anteriores ao período epidêmico (março a setembro), devem receber proflaxia até dois anos de idade.
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Apresentação comercial
• Synagis(Abbott)–frascocom100mg.
vAcINAÇão Do EScoLAr E Do ADoLEScENtE
No escolar e no adolescente, a vacinação requentemente é negligenciada. Além disso, para muitos profssionais de saúde, vacina é assunto exclusivo da criança pequena. Entretanto, o que se verifca é que muitos escolares e adolescentes não estão adequadamente imunizados e apresentam incidência relativamente elevada de várias doenças imunopreveníveis. Os escolares e os adolescentes requentemente apresentam carteira de vacinação incompleta, com esquema básico de vacinação interrompido. Nesse caso, não é necessário reiniciar o esquema, e sim completá-lo. Outra situação comum é aquela em que não há inormação disponível sobre vacinação anterior. Se a inormação or muito duvidosa, recomenda-se considerar como não vacinado. O escolar e o adolescente devem receber praticamente todas as vacinas do calendário básico. O calendário atual recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria para o adolescente (dos9aos19anos)estátranscritaadiante(disponívelemhttp:// www.sbp.com.br): Principais vacinas utilizadas nos adolescentes Vacina contra hepatite B
Está indicada a sua utilização rotineira em todos os escolares e adolescentes. Não é necessária sorologia prévia. O esquema completo é de três doses: a segunda um a dois meses após a primeira, e a terceira seis meses após a primeira. Caso já tenha recebido alguma dose anteriormente, deve-se apenas completar o esquema. Pode-se utilizar também a vacina combinada para hepatite A+hepatiteB,casosejafeitaopçãoporimunizartambémpara hepatite A, e o paciente ainda não tenha sido imunizado contra ela. O esquema de imunização é o mesmo. Vacina contra diteria e tétano (dupla tipo adulto – dT)
Trata-se de vacina com toxoide ditérico e toxoide tetânico. 60
A dose é de 15 mg/kg. É utilizada por via intramuscular no vasto lateral da coxa uma vez por mês. O seu limitante é o alto custo.
A concentração de toxoide ditérico na vacina dupla tipo adulto é menor do que na dupla inantil (DT). É importante risar que a vacina tríplice de células inteiras (difteria,coquelucheetétano–DPT)nãopodeserutilizada para crianças com idade acima de sete anos. A vacina tríplice acelular tipo adulto (dpaT) pode ser utilizada nas crianças e adolescentes acima de 10 anos de idade em substituição à vacina dupla tipo adulto (dT) em uma das doses ou na dose de reorço. Se o escolar ou adolescente nunca oi vacinado com a tríplice (DPT ou DPaT) ou com a dupla ou a inormação é muito duvidosa, deve-se iniciar esquema completo. Há dois esquemas possíveis: • três doses com intervalo de dois meses entre cada dose; • três doses com intervalo de dois meses entre a primeira e a segunda e seis meses entre a primeira e a terceira. Se o escolar ou o adolescente já recebeu alguma dose, o esquema deve ser apenas completado. Os reorços devem ser aplicados a cada dez anos. Frequentemente, os adolescentes sorem erimentos, e surge a dúvida a respeito da conduta para proflaxia do tétano, que está resumida no Quadro 6, capítulo 11. Vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
Todo escolar ou adolescente que não tenha história clínica documentada de sarampo, ou que não tenha comprovação de imunização com pelo menos duas doses de vacina após um ano de idade, deve ser imunizado. Deve-se utilizar a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola). Se o escolar ou adolescente nunca recebeu a vacina, deverá receber duas doses com intervalo de pelo menos um mês. Se já recebeu uma dose anterior, deverá receber apenas uma dose. É importante lembrar que, após a vacina, a gravidez deve ser evitada por um mês.
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
Calendário de Imunização para Adolescentes (dos 9 aos 19 anos) – Sociedade Brasileira de Pediatria - 2008 Vacinas
Primovacinação
Reorço
Esquema completo com 3 doses: não é necessário repetir Esquema incompleto: somente completar esquema Não vacinado: 3 doses Esquema completo com 3 doses: não é necessário repetir Esquema incompleto: somente completar esquema Não vacinado: 3 doses 3 doses
1 dose a cada 10 anos
Recomendação Geral
Hepatite B1
dT ou dpaT 2
Poliomielite (IPV) 3 Tríplice Viral4 Varicela5 Hepatite A 6 Meningocócica C7 HPV8
1 dose 2 doses 2 doses 1 dose 3 doses (mulheres de 9 a 26 anos de idade)
1 dose
Pacientes com recomendações especiais Infuenza 9
Hib10 Pneumo 23 val 11
1 dose 1 dose 1 dose
anual
Recomendadas de acordo com a situação epidemiológica
Febre amarela12 Observações:
1 dose
1 dose a cada 10 anos
1. Vacina contra hepatite B: o esquema vacinal deve ser 0, 2 meses e 6 meses. O intervalo mínimo entre a segunda e a terceira dose é de 16 semanas. 2. Vacina contra diteria, coqueluche e tétano: se a vacinação básica or completa, os reorços devem obe decer intervalo de 10 em 10 anos. Recomendase a aplicação de pelo menos um reorço com a vacina dpaT (tríplice bacteriana acelular tipo adulto). Se a vacinação básica or incompleta, deve-se completar o esquema, sendo apenas uma delas com dpaT. Se o adolescente nunca tiver sido vacinado ou desconhecer seu estado vacinal, um esquema de 3 doses deve ser iniciado, sendo a primeira delas com dpaT, seguida por duas doses com dT. O intervalo entre a primeira e a segunda dose deve ser de, no mínimo, quatro semanas e entre a segun da e a terceira, de 6 meses. É altamente recomendável que a vacina d paT substitua uma dose das três nesta série. 3. Vacina inativada contra poliomielite (IPV): adolescentes que receberam primovacinação adequada com OPV ou IPV não necessitam doses de reorço de rotina para esta vacina. Indivíduos com idade superior a sete ano s não vacinados com a série primária de OPV podem ser vacinados com três doses de IPV, respeitando-se o intervalo de 4 semanas entre as doses. 4. Vacina tríplice viral (Sarampo-caxumba-rubéola): os indivíduos que receberam apenas uma dose da vacina depois de um ano de idade devem receber uma segunda dose, completando o esquema inicial. Indivíduos não vacinados devem receber duas doses com intervalo mínimo de 30 dias. 5. Vacina contra varicela: adolescentes suscetíveis com mais de 13 anos de idade devem receber duas doses com quatro semanas de intervalo. 6. Vacina contra hepatite A: indivíduos suscetíveis devem receber duas doses da vacina com intervalo de 6 a 12 meses. Aqueles que receberam apenas uma dose devem completar o esquema vacinal. 7. Vacina conjugada contra meningococo sorogrupo C: aplicada em dose única naqueles indivíduos não vacinados na série primária de vacinação. 8. Vacina contra papilomavírus humano (HPV): indicada para meninas e mulheres de 9 até 26 anos de idade, em três doses: 0, 2 e 6 meses. 9. Vacina contra infuenza : é indicada em dose única anual para indivíduos que se constituem em grupo de risco para a inecção ou que convivem intimamente com pessoas que representam grupo de risco. A vacina deve ser aplica no início da estação de infuenza . 10. Vacina contra Haemophilus infuenzae tipo B (Hib): deve ser aplicada em dose única nos grupos de risco (asplenia e imunodeprimidos). 11. Vacina polissacarídica 23-valente contra pneumococos: aplicada em dose única nos grupos de risco. 12. Vacina contra ebre amarela: em dose única para todos que habitam áreas endêmicas ou para viajantes para áreas endêmicas recomendadas. Reorços a cada 10 anos.
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Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
Vacina contra hepatite A
A vacina contra hepatite A está ormalmente indicada para todos os adolescentes e escolares suscetíveis. Algumas pessoas apresentam risco aumentado e têm indicação maior de receber a vacina: • portadoresdedoençahepáticacrônica; • pacientescomalteraçõesdosfatoresdecoagulação. O esquema é de duas doses com intervalo de seis meses. Caso o paciente já tenha recebido uma dose prévia, apenas uma dose deverá ser aplicada (vide capítulo Vacina contra hepatite A). Pode-seutilizartambémavacinacombinada:hepatiteA+ hepatite B. Neste caso, o esquema completo é de três doses: a segunda um a dois meses após a primeira, e a terceira seis meses após a primeira.
Nos adolescentes suscetíveis, o esquema é de duas doses com 3 meses de intervalo, sendo 30 dias o intervalo mínimo. Está contraindicada nos imunodeprimidos e nas gestantes. Vacina conjugada contra o meningococo tipo C
Todo adolescente que vive em área com predominância do meningococo tipo C e que não oi vacinado previamente deve receber uma dose da vacina conjugada antimeningocócica tipo C. Vacina para o HPV
Vacina que protege contra inecção pelo papilomavírus humano.Estáindicadaparameninasapartirde9anosdeidade.O esquema é de 3 doses: a segunda um a dois meses após a primeira, e a terceira 6 meses após a primeira (vide capítulo Vacina contra o papilomavírus humano (HPV)).
Vacina contra varicela
A vacina está indicada para todo escolar ou adolescente sem história prévia de varicela e que não tenha comprovação de vacinação.
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vAcINAÇão Do ADULto
Para muitos profssionais da saúde, ainda é requente o conceito de que vacina é assunto exclusivo de criança. Entretanto, para os adultos, e especialmente para os idosos, existem indicações bem defnidas de vacinação que, quando seguidas corretamente, apresentam signifcativo beneício em termos de redução de morbidade e/ou mortalidade. Adultos que não tiveram algumas doenças, como sarampo, rubéola, varicela e hepatite A, ou que não receberam vacinação adequada, continuam expostos a essas doenças, que requentemente têm maniestações mais graves nessa aixa etária. Um aspecto importante é que geralmente os adultos não têm registros adequados das vacinas recebidas, o que muitas vezes difculta um planejamento para imunização. Neste sentido, é undamental que sejam orientados a manter a carteira de vacinas atualizada e acessível. O calendário de vacinação para adultos leva em conta a aixa etária e parte do pressuposto que adultos de idades dierentes têm riscos dierentes de não estarem imunes para determinadas doenças. Além disso, deve-se lembrar que adultos com idade acima de 64 anos têm risco maior de desenvolver ormas graves de determinadas doenças. Dessa orma, o calendário de vacina62
ção para os adultos que adotamos no Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein é exposto adiante. Principais vacinas recomendadas para os adultos Vacina dupla adulto (diteria e tétano)
A dupla adulto é recomendada a cada dez anos para todos os adultos que tenham o esquema vacinal básico realizado com três doses. Caso o adulto não tenha sido vacinado previamente, o que se recomenda é a realização do esquema básico da seguinte orma: a primeira e a segunda doses devem ter intervalo de quatro a oito semanas e a terceira dose após seis a 12 meses da segunda dose. Para os adultos que receberam previamente apenas uma ou duas doses, não é necessário reiniciar o esquema, apenas completá-lo. Recomenda-se que uma das doses seja da vacina tríplice acelular tipo adulto (dpaT), que inclui proteção para coqueluche. Para a proflaxia do tétano após erimentos, deve-se utilizar, de preerência, a dupla.
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
Calendário de Vacinação para o Adulto - 2008 Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Vacina 19 a 49 anos Dupla adulto (dT) 1 1 dose a cada 10 anos HPV2 3 doses (mulheres até 26 anos) Tríplice viral3 1 dose Varicela4 2 doses Hepatite A 5 2 doses Hepatite B6 3 doses Pneumocócica7 Infuenza 8
Meningocócica C9 Observações
Dose única
Faixa etária 50 a 64 anos 1 dose a cada 10 anos
2 doses 3 doses Dose anual Dose única
> 64 anos 1 dose a cada 10 anos
2 doses 3 doses 1 dose Dose anual Dose única
1. Adultos previamente não vacinados devem receber uma série completa com a vacina para diteria e tétano. A série completa é de 3 doses: a segunda um a dois meses após a primeira, e a terceira 6 a 12 meses após a primeira. Adultos com esquema incompleto devem apenas completar a série. Recomenda-se para todos os adultos que uma das doses seja substituída por tríplice acelular tipo adulto (dpaT) para proteção contra coqueluche. 2. Vacina recomendada para todas as mulheres de 9 a 26 anos de idade. O esquema é de 3 doses: a segunda um a dois meses após a primeira (dependendo do produto utilizado) e a terceira 6 meses após a primeira. A vacina é contraindicada em mulheres grávidas. 3. Tríplice viral (Sarampo-caxumba-rubéola): considera-se que os adultos com 50 anos ou mais estão imunes ao sarampo, à caxumba e à rubéola. Adultos com menos de 50 anos devem receber a vacina, a menos que tenham comprovação de vacinação anterior ou diagnóstico conrmado das doenças. 4. Todos os adultos sem diagnóstico anterior conrmado ou sem vacinação anterior devem receber duas doses da vacina contra varicela. A segunda dose deve ser administrada um a dois meses após a primeira. A vacina está contraindicada nos imunodeprimidos e nas gestantes. 5. Todos os adultos suscetíveis para hepatite A devem receber duas doses da vacina com intervalo de 6 meses. 6. Todos os adultos suscetíveis para hepatite B devem receber três doses da vacina para hepatite B. A segunda dose um mês após a primeira e a terceira dose 6 meses após a primeira. Adultos suscetíveis tanto para hepatite A quanto hepatite B podem receber vacina combinada hepatite A+hepatite B no esquema de 3 doses. 7. Vacina antipneumocócica polissacarídica 23 valente. Indicada para todos os adultos acima de 64 anos de idade e para os adultos de qualquer idade com doenças crônicas (cardíacas, pulmonares, metabólicas etc). 8. A vacina contra gripe é indicada para todos os adultos acima de 50 anos de idade. Adultos com idade inerior a 50 anos com doenças crônicas também devem receber a vacina. Adultos saudáveis com idade inerior a 50 anos podem receber a vacina para reduzir incidência de gripe. A época ideal para vacinação é o outono. A revacinação deve ser anual. 9. Vacina antimeningocócica conjugada tipo C. Indicada para todos os adultos que vivem em áreas endêmicas para meningite meningocócica sorogrupo C.
Vacina para o HPV
Vacina que protege contra inecção pelo vírus do HPV. Está indicada, até o momento, exclusivamente para o sexo eminino. O esquema é de 3 doses: a segunda um a dois meses após a primeira, e a terceira 6 meses após a primeira (vide capítulo Vacina contra o papilomavírus humano (HPV). A vacina é contraindicada em mulheres grávidas. Vacina contra sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral)
Adultos sem história clínica prévia para sarampo ou que tenham recebido apenas uma dose de vacina antes de um ano de idade devem ser imunizados.
Como regra geral, considera-se que os adultos com idade abaixo de 50 anos não estejam imunes a essas doenças. A vacina é aplicada em dose única nos adultos. As contraindicações são: • históriadereaçãoanaláticaàneomicina; • gravidez; • imunodepressãodequalquernatureza; • quimioterapiaouterapêuticaimunodepressora. A vacina deve ser postergada por pelo menos três meses após transusão de sangue ou hemoderivados. 63
Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
Todas as mulheres em idade értil que não receberam a vacina para rubéola ou que receberam apenas uma dose antes de um ano de idade devem ser imunizadas. A vacina é aplicada em dose única. Além das contraindicações descritas acima para a vacina contra o sarampo, as mulheres em idade értil devem ser orientadas a evitar a gravidez por um mês. A vacina deve ser postergada por pelo menos três meses após transusão de sangue ou hemoderivados. Vacina contra varicela
Todos os adultos suscetíveis devem ser vacinados. Geralmente, considera-se que os adultos com idade acima de 50 anos estão imunes. Algumas pessoas apresentam risco aumentado e têm indicação maior de receber a vacina: • prossionaisdasaúde; • contatosfamiliaresdepacientesimunodeprimidos; • pessoasquetrabalhamcomcrianças:professoresdoensino undamental ou profssionais que trabalham em creches. O esquema é de duas doses: a segunda três meses após a primeira, sendo 30 dias o intervalo mínimo. A vacina está contraindicada na gestante; nos imunodeprimidos; nos pacientes com história de anaflaxia à gelatina ou neomicina e nos pacientes com tuberculose ativa. Após transusão de sangue ou hemoderivados, a vacina deve ser postergada por cinco meses. O esquema para os adultos é de duas doses com intervalo de quatro a oito semanas. Vacina contra hepatite A
Todos os adultos suscetíveis devem receber duas doses da vacina, com 6 meses de intervalo. Algumas pessoas apresentam risco aumentado e têm indicação maior de receber a vacina • pessoasqueviajamparazonasendêmicas (vide capítulo Vacinação do viajante); • portadoresdedoençashepáticascrônicas; • pacientescomalteraçõesdosfatoresdecoagulação; • prossionaisdaáreademanipulaçãodealimentos; • prossionaisdaáreadesaúde; • prossionaisquetrabalhamemcreches; • prossionaisquetrabalhameminstituições para defcientes mentais; • adultosinternadoseminstituiçõesparadecientesmentais; • prossionaisquetrabalhamnarededeesgotos. Para os adultos suscetíveis tanto para hepatite A quanto para hepatite B, pode-se utilizar vacina combinada hepatite A+hepatiteBemesquemade3doses:asegundaummêsapósa primeira e a terceira 6 meses após a primeira. 64
Vacina contra hepatite B
Todos os adultos suscetíveis que não tenham história de vacinação prévia devem receber a vacina. O esquema é de 3 doses: a segunda um mês após a primeira, e a terceira 6 meses após a primeira. Algumas pessoas apresentam risco aumentado e têm indicação maior de receber a vacina: • pessoascomriscoocupacionaldeexposiçãoa sangueououtrosuidoscorpóreoscontaminados com sangue, profssionais da saúde; • pacienteseequipeprossionaldeinstituições para pessoas com defciência mental; • pacientesemhemodiálise; • pacientescomalteraçãodecoagulação,que recebem transusões de atores de coagulação; • contatosfamiliareseparceirossexuaisdepacientes cronicamente inectados com o vírus da hepatite B; • pessoasqueviajamparaáreasendêmicasdehepatite B (vide capítulo Vacinação do viajante); • usuáriosdedrogasinjetáveis; • homossexuaisebissexuaismasculinos; • homensemulherescommúltiplosparceirossexuais. Nos pacientes imunodeprimidos, recomendam-se quatro doses: as três primeiras com intervalo de um mês e a quarta seis meses após a primeira. Nos pacientes com insufciência renal crônica em hemodiálise, a dose utilizada é maior: 40 mcg (vide capítulo Vacina contra hepatite B). Nesses pacientes, está indicada avaliação sorológica após o término da série completa. Caso o título de anticorpos seja inerior ao nível considerado protetor (maior ou igual a 10 UI/mL), nova série deverá ser eita. Se não houver viragem após a segunda série, não há indicação para doses adicionais. Outra recomendação nos pacientes em hemodiálise é avaliação sorológica anual. Caso os títulos caiam abaixo do nível protetor, uma dose de reorço deverá ser aplicada. Para os adultos suscetíveis tanto para hepatite A quanto para hepatite B, pode-se utilizar vacina combinada hepatite A+hepatiteB,emesquemade3doses:asegundaummêsapós a primeira, e a terceira 6 meses após a primeira. Vacina contra pneumococo
A vacina polissacarídica 23-valente contra pneumococo está indicada ormalmente nos seguintes grupos: • todasaspessoascomidadesuperiora64anos; • pacientescomdoençascrônicascardíacas, pulmonares, renais ou metabólicas; • pacientescomanemiafalciformeou outras hemoglobinopatias;
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
• pacientescomimunodeciênciascongênitas; • pacientescomdoençaslinfoproliferativas(depreferência antes do início da terapia imunossupressora); • pacientescomfístulaliquórica; • pacientescominfecçãopeloHIV; • alcoólatras; • pacientesesplenectomizados(sepossível,avacinadeveser eita pelo menos duas semanas antes da esplenectomia); • apóstransplantedeórgãosoumedulaóssea. A revacinação deve ser realizada em alguns casos, de acordo comoesquemadoQuadro9,capítulo13. A revacinação precoce, assim como um maior número de doses de reorço, não está indicada porque pacientes com altos títulos de anticorpos apresentam maior incidência de reações locais ou sistêmicas. Uma observação importante é que as novas vacinas conjugadas antipneumocócicas não devem ser utilizadas nos adultos porque ainda não oram adequadamente estudadas nesse grupo etário. Vacina contra infuenza (gripe)
Algumas pessoas apresentam risco aumentado e têm indicação maior de receber a vacina: • todasaspessoascomidadesuperiora50anos; • pacientescomdoençascrônicascardíacas, pulmonares, renais ou metabólicas; • pacientescomhemoglobinopatias; • pacientesimunodeprimidos;
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• pacientesinfectadospelovírusHIVassintomáticosou com poucos sintomas e contagem adequada de CD4; • gestantesqueestarãonosegundoounoterceiro trimestre de gestação no período epidêmico; • prossionaisdasaúdequetenham contato com pacientes de risco; • outrosprossionaisquecuidemdepacientesde risco, por exemplo, que trabalhem com idosos. Além das indicações ormais, qualquer adulto pode receber a vacina com o objetivo de reduzir a incidência de gripe e o absenteísmo ao trabalho. A vacina deve ser aplicada anualmente e, de preerência, no início do outono: março ou abril (vide capítulo Vacina contra infuenza (gripe)). Vacina antimeningocócica conjugada tipo C
Indicada para todos os adultos que vivem em áreas endêmicas para meningite meningocócica sorogrupo C. Vacina contra tuberculose (BCG)
Não é recomendada rotineiramente em adultos. Entretanto, em algumas situações especiais, poderá ser utilizada. São elas: • prossionaisdasaúdecomreaçãodeMantoux negativa e que estejam expostos a pacientes com tuberculose ativa e/ou com Aids; • contatosdecasosdehanseníase.Nestecaso,aplicar duas doses com intervalo de seis meses a um ano.
vAcINAÇão DA gEStANtE
A imunização da gestante deve obedecer a algumas condições: • quando a vacina tem remotas chances de causar danos, o risco de exposição à doença or alto e a inecção apresentar risco signifcativo para a mãe ou para o eto; • sempre que possível, deve-se retardar a vacinação até o segundo ou terceiro trimestre de gestação para reduzir o risco de teratogenicidade. Na gestante, as vacinas podem ser divididas em três categorias: vacinas com indicação de uso; vacinas que podem ser utilizadas em situações especiais; vacinas que estão contraindicadas.
Vacinas indicadas na gestante A vacina dupla tipo adulto (diteria e tétano)
A vacina dupla adulto, além de proteger a gestante, protege também o recém-nascido contra o tétano neonatal. A vacina dupla adulto pode ser utilizada para imunização primária, se a mulher nunca oi vacinada, para completar esquema para gestantes com vacinação incompleta ou para reorço. Na imunização primária, um esquema alternativo para a gestante é o uso de três doses com intervalo de dois meses entre cada dose, desde que a última dose seja aplicada pelo menos 20 dias antes da data esperada do parto. 65
Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
Para as gestantes que receberam previamente esquemas incompletos, uma ou duas doses devem ser aplicadas para completar o esquema (vide capítulo Vacinação do adulto). Para as mulheres grávidas com vacinação completa e que não receberam reorço nos últimos dez anos, uma dose de reorço deve ser aplicada e novos reorços aplicados a cada dez anos. O intervalo da dose de reorço deve ser antecipado para cinco anos se ocorrer nova gestação. A vacina da infuenza (gripe)
A vacina contra infuenza (gripe) está indicada para todas as mulheres grávidas após a 14ª. semana de gestação, durante o período epidêmico do vírus infuenza (março a julho), porque mulheres grávidas no segundo ou no terceiro trimestre de gestação ou no puerpério apresentam risco aumentado de complicações com a gripe, e porque a vacinação da gestante conere proteção para seu flho nos primeiros 6 meses de vida. Vacinas que podem ser utilizadas na gestante Algumas vacinas podem ser utilizadas na gestante em situações especiais. São elas: Vacina contra a raiva
Sempre que uma gestante or exposta ao vírus da raiva, deverá receber a vacina contra a raiva como proflaxia pós-exposição, da mesma orma que o indicado para outros adultos (vide capítulo Vacina contra raiva). Vacina antipneumocócica
As gestantes de risco elevado para doença pneumocócica podem receber a vacina antipneumocócica polissacarídica, de preerência após o primeiro trimestre de gestação (vide capítulo Vacina contra pneumococo). Vacina antimeningocócica polissacarídica
As vacinas antimeningocócicas polissacarídicas não são vacinas de uso rotineiro. Entretanto, a gestante apresenta boa resposta
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imune às vacinas para os sorogrupos A e C. Em situações epidêmicas, quando a vacina estiver indicada, as gestantes poderão recebê-la. Por outro lado, não há estudos sobre o uso da vacina para o meningococo B em gestantes. Vacina contra a ebre amarela
A vacina contra a ebre amarela aumenta o risco de abortamento quando utilizada no primeiro trimestre de gestação. Entretanto, a vacina pode ser administrada após o primeiro trimestre quando o risco de exposição à doença or considerado elevado (vide capítulo Vacina contra ebre amarela). Vacina contra hepatite A e hepatite B
As vacinas contra hepatite A e/ou hepatite B podem ser utilizadas na gestação porque se estima que o risco para o eto seja muito baixo, vacina de vírus inativado contra a poliomielite. As vacinas de vírus inativado contra poliomielite (tipo Salk) não oerecem risco para o eto e podem ser utilizadas se houver indicação. Vacinas contraindicadas na gestação
De maneira geral, todas as vacinas de vírus vivo atenuado ou bactéria viva atenuada estão contraindicadas na gestação. Estão contraindicadas as seguintes vacinas: • pólio oral, • sarampo, caxumba e rubéola; • varicela; • BCG. A vacina contra ebre amarela, apesar de ser vacina de vírus vivo atenuado, é uma exceção e pode ser utilizada em algumas situações (vide acima). Esorços devem ser eitos para que as mulheres suscetíveis, em idade értil, sejam vacinadas antes da gestação contra s arampo, caxumba, rubéola e varicela. É importante lembrar que, de orma geral, após qualquer vacina com vírus vivo, recomenda-se evitar a gravidez por um mês.
MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
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vAcINAÇão Do IMUNoDEPrIMIDo
O grupo de pacientes imunodeprimidos é heterogêneo. O risco da vacinação e a resposta imune obtida variam conorme o grupo estudado. Como regra geral, os imunodeprimidos não devem ser vacinados com vírus vivo atenuado ou bactéria viva atenuada, pelo risco de desenvolverem a doença. As principais vacinas de vírus vivo atenuado são: pólio oral (Sabin), sarampo, caxumba, rubéola, varicela, ebre amarela e rotavírus. A principal vacina de bactéria viva atenuada é a vacina BCG. As vacinas de vírus ou bactérias inativadas, com rações de bactérias ou com toxoides, podem ser utilizadas. Entretanto, a resposta imune a estas vacinas pode ser inadequada. Em relação à imunização, os principais grupos de imunodeprimidos podem ser classifcados em: • imunodefciências primárias; • imunodefciências secundárias; • inecção pelo HIV; • pacientes em uso de corticosteroides; • após transplante de medula óssea. Outro aspecto importante é a vacinação dos contatos domiciliares dos pacientes imunodeprimidos. É importante lembrar que a vacina contra a poliomielite oral (tipo Sabin) é contraindicada para todos os contatos domiciliares de pacientes imunodeprimidos porque o vírus vacinal pode ser transmitido para o imunodeprimido. Imunodefciências primárias Vacinas de vírus vivos atenuados ou bactérias vivas atenuadas são contraindicadas em todos os pacientes com distúrbios dos linócitos B e em todos os pacientes com distúrbios mediados por linócitos T. A exceção é o grupo de pacientes com defciência de IgA, que podem ser vacinados. As outras vacinas (vírus ou bactérias inativadas, rações de bactérias ou toxoides) podem ser utilizadas, mas nem sempre apresentarão uma resposta imune adequada, e, se possível, a resposta imune deverá ser verifcada após a vacinação. Os pacientes com defciência da unção de agócitos, como doença granulomatosa crônica, não devem receber vacinas de bactérias vivas atenuadas, como a vacina BCG. As outras vacinas podem ser utilizadas, inclusive aquelas de vírus vivo atenuado. Os pacientes com defciência de complemento podem receber todas as vacinas, inclusive as vacinas de vírus vivo atenuado, sem
aumento dos riscos. Os esplenectomizados e os pacientes com asplenia uncional devem ser imunizados rotineiramente contra pneumococo e infuenza. Imunodefciências secundárias Vários atores devem ser considerados quando se analisa a imunização neste grupo de pacientes: a doença de base, o tratamento utilizado, o momento do tratamento e o histórico anterior de imunizações. De maneira geral, as vacinas com vírus vivos atenuados e bactérias vivas atenuadas estão contraindicadas, pelo risco aumentado dos eventos adversos. Por outro lado, as crianças com leucemia em remissão há pelo menos um ano podem ser benefciadas com a utilização da vacina contra a varicela nas seguintes condições: contagem de linócitos acima de 700 mm3 e plaquetas acima de 100.000/mm3. Devem-se utilizar duas doses com intervalos de oito semanas. No paciente sob quimioterapia, a utilização de vacinas com vírus vivo atenuado ou bactéria viva atenuada deve ser postergada até três meses após o término da quimioterapia, uma vez que a resposta imune costuma se normalizar após este período. Inecção pelo vírus HIV Os dados sobre imunização de crianças portadoras do vírus HIV são limitados, mas os eventos adversos mais graves ocorreram com as vacinas BCG e sarampo. No entanto, pela gravidade do sarampo nas crianças com Aids, com taxas de mortalidade de 40%, a vacina contra o sarampo deve ser considerada na criança com inecção pelo HIV assintomática ou com poucos sintomas e contagem de linócitos T e CD4 não muito deprimidas. A vacina BCG está indicada nas crianças com inecção pelo HIV que estão assintomáticas. A vacina contra a varicela também está indicada se a contagem de CD4 or superior a 25%. As vacinas tríplice (diteria, coqueluche e tétano), contra hepatite A, hepatite B e Haemophilus infuenzae podem ser utilizadas normalmente. Para a poliomielite, deve-se utilizar a vacina de vírus inativado (tipo Salk), não somente para o paciente, como também para os contatos domiciliares. 67
Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein
Uso de corticosteroides Crianças que estejam recebendo corticosteroides podem estar imunodeprimidas, dependendo da dose e do tempo de utilização. • Dosesacimade2mg/kgpordiadeprednisonaou equivalente, para crianças, e acima de 20 mg/dia, para crianças maiores e adultos, por tempo superior a 14 dias, devem ser consideradas imunossupressoras. Estes pacientes não devem receber vacinas de vírus vivo atenuado ou bactéria viva atenuada. • Criançasrecebendocorticosteroidesemdiasalternados, em doses ineriores a 2 mg/kg/dia de prednisona ou equivalente, ou a 20 mg/dia, para crianças maiores ou adultos, não são consideradas imunodeprimidas e podem receber todas as vacinas normalmente. Da mesma orma, pacientes com uso inalatório ou tópico de corticosteroides, ou com dose de manutenção fsiológica, também podem receber as vacinas normalmente. • Nocasodepacientesrecebendodoseselevadasde corticoide (acima de 2 mg/kg/dia de prednisona, para crianças, ou 20 mg/dia para adultos), por período inerior a 14 dias, as vacinas de vírus vivo atenuado ou bactéria viva atenuada podem ser utilizadas, porém é preerível esperar duas semanas para utilizar vacinas de vírus vivo atenuado ou bactéria viva atenuada.
Após transplante de medula óssea Inúmeros atores aetam a resposta imune à vacinação em pacientes que estejam se recuperando de um transplante de medula óssea bem-sucedido. Eles incluem: imunidade do doador, tipo de transplante (autólogo ou alogênico), tipo de célula utilizada no resgate, intervalo pós-transplante, uso de medicamentos imunossupressores e presença de doença enxerto versus hospedeiro. Embora o paciente receptor adquira imunidade do doador, alguns não apresentam evidências sorológicas dessa imunidade. A retenção de memória imunológica pode ser acilitada se o doador receber um estímulo antigênico pré-doação. Como regra geral, os pacientes pós-transplante de medula óssea devem ser revacinados com todo o esquema vacinal algum tempo depois do transplante de medula óssea. O tempo póstransplante de medula óssea é o ator mais importante para a resposta imune às vacinas. O calendário que utilizamos pós-transplante de medula óssea no Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein está exposto abaixo. Decorridos 12 meses após o transplante de medula óssea, os pacientes podem receber as vacinas de bactérias inativadas, vírus inativados, rações de bactérias ou toxoides. Dessa orma, as vacinas indicadas são: tríplice (diteria, coqueluche e téta-
Calendário de Vacinação Pós-Transplante de Medula Óssea – Hospital Israelita Albert Einstein Tempo após TMO 12 meses 14 meses 24 meses Vacina DPT ou dT1 DPT ou dT DPT ou dT DPT ou dT Pólio (IPV) IPV IPV IPV Hib Hib Hib Hib Hepatite B Hepatite B Hepatite B Hepatite B Hepatite A Hepatite A Hepatite A Hepatite A Pneumococo2 PP23 ou PC7 PC7 PP23 Meningocócica tipo C 3 Meningococo tipo C Meningococo tipo C Vacinação anual para toda a vida Infuenza Tríplice viral Tríplice viral Observações:
36 meses
Tríplice viral
1. DPT – Diteria-coqueluche-tétano; dT – Diteria-tétano. Para crianças abaixo de 7 anos, usar DPT. De preerência utilizar tríplice acelular (DPaT). Para crianças acima de 7 anos e adultos, utilizar a dupla: dT. 2. PP23 – Vacina antipneumocócica polissacarídica 23 valente. PC7 – vacina antipneumocócica conjugada 7-valente. A vacina PC7 deve ser utilizada nas crianças até 5 anos de idade. Neste caso, as crianças devem receber duas doses da vacina PC7 seguida de uma dose da vacina PP23. Os pacientes acima de 5 anos de idade devem receber duas doses da vacina PP23 com 12 meses de intervalo. 3. Vacina antimeningocócica conjugada tipo C. Está indicada para pacientes que vivem em áreas onde há predominância do meningococo tipo C como agente etiológico da meningite meningocócica.
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MANUAL DE IMUNIZAÇÕES
no), nas crianças menores de sete anos; e dupla (diteria e tétano), hepatite B, hepatite A, anti- Haemophilus , pólio inativada, pneumocócica e meningocócica naquelas maiores de sete anos. As vacinas devem ser aplicadas segundo o calendário acima. A imunidade para hepatite B deve ser testada após a 3ª. dose, e, caso a resposta não tenha sido adequada (títulos ineriores a 10 UI/mL), nova série deverá ser aplicada. Decorridos 24 meses após o transplante de medula óssea, os pacientes podem receber as vacinas de vírus vivo atenuado se
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o estado imunológico se mostrar competente. A vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) deve ser administrada em duas doses, com intervalo mínimo de 6 a 12 meses. A vacina contra varicela é contraindicada. A vacina contra infuenza pode ser utilizada 12 meses após o transplante de medula óssea, mas, se o outono ocorrer antes desse período, poderá ser antecipada, desde que decorridos pelo menos seis meses após o transplante. A vacina BCG não deve ser aplicada.
vAcINAÇão DoS ProfISSIoNAIS DA SAúDE
Os profssionais da saúde estão constantemente em contato com pacientes e materiais potencialmente inectantes. Por este motivo, estão sob risco de se contaminar com doenças que podem ser evitadas através da imunização. A manutenção de imunidade adequada dos profssionais de saúde é um aspecto importante não só para protegê-los, mas também para reduzir o risco de transmissão de doenças para os pacientes que são atendidos por estes profssionais. As orientações não se limitam aos profssionais que trabalham em ambiente hospitalar, mas devem ser aplicadas a todos aqueles que têm contato direto com pacientes. As principais vacinas recomendadas para os profssionais da saúde são: hepatite B, infuenza, tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola), varicela e BCG. Vacina contra hepatite B Os profssionais da saúde que têm contato com sangue ou secreções estão sob alto risco de exposição à hepatite B. De maneira geral, não é necessária sorologia para hepatite B prévia à vacinação. Os profssionais de alto risco, como, por exemplo, os que trabalham em hemodiálise, devem azer teste sorológico um a dois meses após a vacinação para confrmar a imunidade. O esquema para os profssionais que nunca receberam a vacina é de três doses: a segunda um mês após a primeira, e a terceira seis meses após a primeira. Para aqueles com esquema anterior incompleto, não é necessário reiniciar o esquema, apenas completá-lo.
Vacina contra infuenza (gripe) Todos os profssionais da saúde que têm contato direto com pacientes, especialmente aqueles que têm contato com pacientes de risco: adultos acima de 60 anos de idade; pacientes com doenças crônicas cardíacas, renais, metabólicas ou pulmonares; gestantes e imunodeprimidos devem ser vacinados. A vacina deve ser aplicada anualmente, de preerência antes da época epidêmica (março ou abril). Pode ser utilizada na gestante após a 14ª semana de gestação. Vacina tríplice viral Está indicada para todos os profssionais da saúde que sejam suscetíveis ou que não tenham documentação garantindo a vacinação. Os profssionais da saúde com risco aumentado de aquisição de rubéola são aqueles que trabalham com crianças ou mulheres grávidas. Todos os profssionais da saúde que não tenham comprovação de vacinação contra rubéola, com pelo menos uma dose após um ano de idade, ou que não tenham sorologia comprovando imunidade devem ser vacinados. É importante lembrar que o diagnóstico clínico prévio de rubéola não é considerado indicador de imunidade. A vacina é utilizada em dose única. Está contraindicada na gravidez, imunodepressão ou história de hipersensibilidade à neomicina ou gelatina. Nas mulheres em idade értil, deve-se evitar a gravidez por um mês após a vacina. 69
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Vacina contra a varicela Todos os profssionais da saúde que não tenham história confável de varicela ou não tenham comprovação sorológica de imunidade devem ser vacinados. A vacina está contraindicada na gravidez, imunodepressão, história de hipersensibilidade à neomicina ou gelatina. Outra orientação importante é a de se evitar o uso de ácido acetilsalicílico por oito semanas após a vacinação. A vacina deve ser aplicada em duas doses com intervalo de quatro a oito semanas entre elas.
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vAcINAÇão Do vIAjANtE
A preocupação com vacinação que ocorre antes de algumas viagens é uma excelente oportunidade para atualização do calendário normal de vacinação. Além disso, as viagens requerem consideração sobre algumas vacinas adicionais para prevenir hepatite A, hepatite B, cólera, ebre amarela, doença meningocócica, ebre tioide, raiva e encealite japonesa. Na orientação para o viajante, devem ser destacadas a avaliação da história clínica e a avaliação do roteiro da viagem. Avaliação da história clínica Na avaliação da história clínica, são undamentais: a história prévia de imunizações para diteria, tétano, hepatites A e B, rubéola e caxumba e história clínica ou comprovação de imunização para sarampo e varicela. É importante também qualquer história de imunodefciência ou de anaflaxia. Para as mulheres em idade értil, saber sobre gravidez. As recomendações gerais para a vacinação do adulto viajante são as seguintes: • atualizaçãodavacinaçãoparadifteriaetétanoseo adulto não recebeu reorço nos últimos dez anos; se ainda não é vacinado, deve-se iniciar a série de imunização (vide capítulo Vacinação do adulto); • vacinaparainfuenza em qualquer idade para viagens em época epidêmica (contraindicada em história de anaflaxia a ovo); • vacinaparainfuenza em qualquer época do ano para os adultos com idade acima de 50 anos; • vacinapolissacarídicaantipneumocócicapara os adultos com idade acima de 64 anos; 70
Vacina contra a tuberculose (BCG) Para os profssionais da saúde sem vacinação prévia e com teste de tuberculina negativo que trabalham com pacientes com tuberculose ativa ou pacientes com Aids, especialmente se houver alta prevalência de Mycobacterium tuberculosis resistentes a muitas drogas, está indicada a vacinação. A vacina está contraindicada na gravidez e se houver imunodepressão.
• vacinaparasarampo,caxumbaerubéola: aplicar uma dose se o adulto or suscetível (contraindicada em gestantes, imunodeprimidos e história de anaflaxia a ovo); • vacinaparavariceladeveseraplicadanoadultosem história prévia de varicela ou sem comprovação de vacinação se a viagem envolver atividades com crianças. Para as crianças, a carteira de vacinas deve ser avaliada e completar o que estiver em atraso de acordo com o calendário de imunizações (vide capítulo Calendários de vacinação). Avaliação do roteiro de viagem A avaliação do roteiro de viagem é muito importante. Existem vários endereços eletrônicos na Internet com orientações e atualizações muito úteis para a vacinação do viajante. Esses endereços são os seguintes: http://cdc.gov/travel/blusheet, que é o site do Center or Disease Control dos EUA; http://csih.org/ trav-in.htmL, que é o site da Canadian Society or International Health; http://intmed.mcw.edu/travel.htmL, que é o site do Medical College o Wisconsin. As orientações para a vacinação dos adultos, de acordo com o roteiro da viagem, são as seguintes: • vacinaparahepatiteBsehouverpermanência maior que seis meses em: sudeste da Ásia, Árica, Ilhas do Pacífco ou região amazônica; • vacinaparahepatiteAemqualquerviagem, exceto para Japão, Nova Zelândia, Europa e América do Norte (exceto o México);
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• vacinacontrafebreamarelaemviagensparaÁfrica, América do Sul e estados brasileiros. Na Árica, a vacinação é obrigatória para: Angola, Benin, Burkina, Camarões, Congo, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Libéria, Nigéria, Serra Leoa e Sudão. Na América do Sul, para: Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Peru e Venezuela. No Brasil, a vacina é obrigatória em viagens para: Acre, Mato Grosso, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Amapá, Pará, Distrito Federal, Rondônia, Goiás e Roraima. É importante lembrar que são necessários pelo menos dez dias para que se desenvolvam anticorpos protetores após a vacinação;
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• vacinaantimeningocócicaparaviagensparaaÁfrica subsaariana na estação seca (dezembro a junho). A vacina indicada é a polissacarídica quadrivalente para os meningococos A/C/Y/W135. Caso não esteja disponível, pode-se utilizar a vacina conjugada A/C; • vacinaparacólera:indicadaparacriançasacima de 2 anos de idade e adultos que viajam para áreas endêmicas (países da Árica e Ásia); • vacinaparafebretifoide:indicadaparacrianças acima de 2 anos de idade e adultos que viajam para áreas endêmicas (países da Ásia). A vacina contra encealite japonesa, que está indicada em algumas circunstâncias, não está disponível no Brasil.
USo DE IMUNogLobULINAS NAS DoENÇAS INfEccIoSAS
A imunização passiva é a administração de anticorpos previamente ormados para um receptor, visando prevenir, amenizar ou tratar os sintomas de doenças inecciosas. O conceito de imunização passiva contrapõe-se ao de imunização ativa, uma vez que, na imunização passiva, são introduzidos anticorpos pré-ormados, e, na imunização ativa, estimula-se a produção de anticorpos mediante a administração de antígenos. A dierença undamental é que na imunização passiva a proteção acontece mais rápido, porém com duração menor. Os anticorpos que são administrados podem ter origem humana–asimunoglobulinas–ouorigemanimal–osanticorpos heterólogos ou soros. Mais recentemente, oram desenvolvidos anticorpos monoclonais de origem animal, mas que foram“humanizados”. Existem basicamente dois tipos de imunoglobulinas de origem humana: a imunoglobulina normal e as imunoglobulinas hiperimunes ou específcas. A imunoglobulina humana normal divide-se em dois tipos de preparações: a imunoglobulina humana normal para uso intramuscular e a imunoglobulina humana para uso endovenoso, dependendo do procedimento utilizado para sua preparação. Ambas são obtidas de um con junto de pelo menos 1.000 plasmas de doadores dierentes. Os anticorpos presentes na imunoglobulina normal são principalmente da classe IgG.
Imunoglobulina normal para uso intramuscular É obtida a partir de pool de doadores, e, de maneira geral, as concentraçõesdeanticorposreetemasdoençasmaisprevalentes do meio em que vivem. Após injeção intramuscular, o pico da concentração sérica é atingido em 48 a 72 horas, e a meiavida é de três a quatro semanas. A imunoglobulina para uso intramuscular não pode ser utilizada por via endovenosa, mas, excepcionalmente, poderá ser utilizada por via subcutânea. Está indicada basicamente na proflaxia do sarampo e da hepatite A. Imunoglobulina normal para uso IM na proflaxia do sarampo Quando administrada até seis dias após a exposição, pode prevenir ou atenuar o sarampo em pessoas suscetíveis. Está indicada nos comunicantes domiciliares de sarampo, principalmente imunodeprimidos e gestantes suscetíveis. Também pode ser utilizada nas crianças menores de um ano de idade. A dose nos pacientes imunocompetentes é de 0,25 mL/kg, e nos imunodeprimidos, 0,5 mL/kg. A dose máxima é de 15 mL. Nas crianças, não mais do que 3 mL devem ser aplicados no mesmo músculo e, nos adultos, não mais do que 5 mL. 71
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Até 72 horas após a exposição, deve-se dar preerência para a vacina, exceto para os imunodeprimidos e as gestantes. Imunoglobulina normal para uso IM na proflaxia da hepatite A A efcácia da imunoglobulina normal para a proflaxia da hepatiteAvariade80%a95%,quandoadministradaaté15dias após a exposição. Está indicada para: • aspessoassuscetíveiscomcontatodomiciliarousexual;
• emcrechesouescolasemclassesdecriançaspequenas, sem controle esfncteriano, e quando exista relato de pelo menos um caso secundário com contato íntimo; • viajantesparaáreasendêmicas. A dose recomendada é de 0,02 mL/kg. Nos pacientes não vacinados, acima de um ano de idade, pode-se aplicar concomitantemente a vacina, desde que em outro local, uma vez que a utilização concomitante da imunoglobulina não reduz a resposta imune à vacina. Imunoglobulina normal para uso endovenoso A maioria das indicações da imunoglobulina normal para uso endovenoso não é para doenças comprovadamente inecciosas, como imunodefciências primárias, leucemia linocítica crônica de célula B, trombocitopenia imunomediada, transplante de medula óssea recente em adultos, doença de Kawasakiepolineuropatiadesmielinizanteinamatóriacrô nica. A única indicação para doença inecciosa é para inecção por HIV nas crianças. Na criança com inecção pelo vírus HIV, a imunoglobulina normal para uso endovenoso está indicada em: • infecçõesbacterianassignicativasrecorrentes;
• ausênciaderespostaimuneàvacinaçãoparasarampo; • trombocitopeniarefratáriaapesardeterapiaantirretroviral; • bronquiectasiapulmonarcrônica. A dose recomendada é de 400 mg/kg, administrada a cada quatro semanas. Imunoglobulinas hiperimunes No preparo das imunoglobulinas hiperimunes, são selecionados doadores com altos títulos de anticorpos específcos. Neste grupo, estão incluídas as imunoglobulinas hiperimunes para hepatite B, tétano, raiva, varicela-zóster e citomegalovírus. Os eventos adversos com as imunoglobulinas hiperimunes são semelhantes aos das imunoglobulinas normais. 72
Imunoglobulina hiperimune para hepatite B (HBIG) Estudos realizados com a imunoglobulina hiperimune para hepatite B (HBIG) mostraram uma redução signifcativa da incidência e da gravidade da hepatite B nas pessoas expostas. Para melhorar a sua efcácia, quando indicada, a imunoglobulina hiperimune para hepatite B deverá ser aplicada imediatamente após a exposição. No caso da exposição perinatal, até 12 horas após o parto. As indicações para utilização da HBIG podem ser observadas nos Quadros 4 e 5 (capítulo 10). Apresentação comercial Gama anti-hepatite B: solução contendo 600 UI de imunoglobulina humana anti-hepatite B (Instituto Griols). Imunoglobulina hiperimune para o tétano A imunoglobulina hiperimune para o tétano pode ser utilizada para proflaxia pós-exposição ou para tratamento do tétano. Sempre que possível, deve-se dar preerência à imunoglobulina hiperimune para o tétano de origem humana no lugar do soro antitetânico, que tem origem do soro de cavalo e apresenta maior quantidade e gravidade de eventos adversos. Para o tratamento do tétano, a dose de imunoglobulina hiperimune para o tétano é de 3.000 a 6.000 UI. No tétano neonatal, a dose é de 500 UI. Uma parte deve ser aplicada ao redor do erimento, e o restante por via intramuscular. Para a proflaxia do tétano, a dose é de 250 UI por via intramuscular. A conduta para proflaxia do tétano pode ser observada no Quadro 6 (capítulo 11). A imunoglobulina hiperimune para o tétano deve ser mantida entre 2°C e 8°C. Apresentação comercial
• Tetanogama(Aventis) → Tetanogama: solução injetável com 250 UI (Centeon). A imunoglobulina hiperimune para o tétano deve ser mantida entre 2ºC e 8ºC. Imunoglobulina hiperimune para raiva A imunoglobulina hiperimune para raiva é utilizada para proilaxia pós-exposição e, quando utilizada adequadamente, é eicaz na prevenção da doença (vide capítulo Vacina contra raiva). De preerência, sempre que possível, deve-se utilizar a imunoglobulina humana hiperimune para raiva em vez do soro antirrábico, que também é efcaz, mas apresenta maior requência e gravidade de eventos adversos.
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A dose da imunoglobulina hiperimune para raiva é de 20 UI/kg de peso. O volume total ou o máximo possível deve ser aplicado próximo ao erimento, e o restante por via intramuscular. A vacinação antirrábica é eita concomitantemente com injeção em outro local (vide capítulo Vacina contra raiva). Imunoglobulina hiperimune para varicela (VZIG) A imunoglobulina hiperimune para varicela (VZIG) deve ser utilizada basicamente para pacientes suscetíveis pertencentes aos seguintes grupos de risco: imunodeprimidos (portadores de imunodefciências primárias, inecção pelo HIV, processos neoplásicos,tratamentocommedicaçãoimunossupressora–in cluindo corticosteroides), gestantes e recém-nascidos. As exposições consideradas de risco são: contato domiciliar, contato ace a ace por pelo menos uma hora em ambientes echados, contato hospitalar com leito contíguo no mesmo quarto. Para o recém-nascido, a exposição ocorre quando a mãe apresenta sintomas de varicela entre cinco dias antes até dois dias após o parto. A dose indicada é de 125 UI para cada 10 kg de peso. A dose máxima é de 625 UI e a mínima é de 125 UI. Deve ser aplic ada por via intramuscular. Nos pacientes com trombocitopenia, ou quando a VZIG não estiver disponível, pode-se utilizar a imunoglobulina humana normal para uso endovenoso na dose de 200 a 300 mg/kg. Imunoglobulina hiperimune para citomegalovírus – uso endovenoso A utilização da imunoglobulina humana hiperimune para citomegalovírus pode prevenir ou modifcar o curso das inecções por citomegalovírus em pacientes com imunodefciências primárias ou secundárias, transplantados renais ou de medula óssea. A dose é de 100 a 150 mg/kg a cada três semanas por um período variável, dependendo da imunodepressão. Nos pacientes que serão submetidos a transplante, o tratamento deve ser iniciado no dia que antecede o transplante. Anticorpo monoclonal específco para vírus respiratório sincicial (VRS) Trata-sedeanticorpomonoclonalcompostode95%desequência de aminoácidos humanos e 5% de aminoácidos murínicos. Nas crianças de risco, a sua utilização reduz a incidência de hospitalização por doença do trato respiratório pelo VRS em 55%. A sua principal indicação é a prevenção de doença pulmonar grave por VRS em crianças de risco. Está indicado nas seguintes situações: • recém-nascidoscomidadegestacionalabaixode28 semanas devem receber proflaxia até um ano de idade;
• recém-nascidoscomidadegestacionalde29a32 semanas devem receber proflaxia até seis meses de vida; • criançascomdoençapulmonarcrônica,que necessitem de suporte com oxigênio nos seis meses anteriores à época epidêmica (março a setembro), devem receber proflaxia até dois anos de idade. A dose é de 15 mg/kg por via intramuscular uma vez por mês. O seu limitante é o alto custo. Nome do produto
• Palivizumab Apresentação comercial
• Synagis(Abbott) → Apresentação 1 mL = 100 mg da solução lioflizada. Soros e antitoxinas animais Os soros e antitoxinas animais geralmente são derivados dos soros de cavalos. Atualmente, são disponíveis os seguintes: antitoxina tetânica, antitoxina ditérica, antitoxina botulínica e soro antirrábico. Todos esses produtos, preparados com soro animal, apresentam risco elevado e só devem ser utilizados quando houver indicação precisa (antitoxina ditérica e antitoxina botulínica) ou quando as imunoglobulinas de origem humana não estiverem disponíveis (antitoxina tetânica e soro antirrábico). Antes da utilização, deve-se realizar história clínica cuidadosa, com ênase nos antecedentes. Pacientes com história de asma, rinite, urticária, exposição anterior a soro heterólogo ou sintomas após exposição a cavalos têm risco aumentado. Em todos os pacientes, os testes de hipersensibilidade devem ser realizados por pessoal experiente e em locais onde haja disponibilidade de recursos materiais e humanos para atendimento das reações anafláticas (vide capítulo Eventos adversos relacionados à imunização). Inicia-se pelo teste da escarifcação e segue-se pelo teste intradérmico. a. Teste da escarifcação: é realizado com uma gota de soro diluído a 1/100 em solução fsiológica que deve ser escarifcado na ace ventral do antebraço. O controle positivo é eito com histamina e o negativo com soro fsiológico. Após 15 minutos, a presença de um halo com eritema pelo menos 3 mm maior que o controle com soro fsiológico é considerado positivo. Neste caso, deve-se realizar a dessensibilização (ver adiante). Caso o teste seja negativo, deve-se passar para o teste intradérmico. b. Teste intradérmico: inicia-se o teste com uma dose de 0,02 mL do soro diluído a 1/1.000 em solução fsiológica. Controles positivos e negativos como descritos 73
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acima devem ser eitos. A interpretação é a mesma do teste da escarifcação. Se o teste or negativo, repeti-lo com uma diluição de 1/100. Caso seja positivo, devese realizar a dessensibilização ao soro de animal. Se os testes de hipersensibilidade orem negativos, o soro por via intramuscular poderá ser utilizado, mas para o soro por via endovenosa é necessário iniciar com 0,5 mL do soro diluído em 10 mL de solução fsiológica em inusão lenta de cinco minutos. Se após 30 minutos não houver problema, pode-se utilizar todo o volume. Recomenda-se que o soro seja diluído na proporção de 1/20 com solução fsiológica e a velocidade de inusão não ultrapasse 1 mL por minuto. Caso os testes sejam positivos e a indicação do soro seja precisa, deve-se realizar a dessensibilização ao soro de animal.
Antitoxina ditérica A antitoxina ditérica, ou soro antiditérico, está indicada para o tratamento dos pacientes com diteria. As doses variam de acordo com a gravidade da doença, da seguinte orma: • doençalaríngeaoufaríngea:20.000a40.000U • doençanasofaríngea:40.000a60.000U • doençasextensas:80.000a120.000U Muitas das imunoglobulinas hiperimunes ou soros heterólogos não são acilmente disponíveis, mas podem ser encontrados nos Centros de Reerência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs). Em São Paulo, há dois centros: • HospitaldasClínicas–USP–PrédiodosAmbulatórios –pisotérreo,sala8–Telefone:3067-6392.
• HospitalSãoPaulo–Unifesp–Rua Loefgreen,1988–VilaClementino.
Dessensibilização ao soro de animal
A desensibilização ao soro de animal somente deve ser realizada por pessoal experiente e em ambiente com recursos humanos e materiais adequados para atendimento das reações anafláticas graves. Uma seringa preparada com adrenalina 1/1.000 deve estar acilmente disponível. A desensibilização consiste na administração de doses crescentes do soro animal a cada 15 minutos, até que se consiga a tolerância necessária para a inusão da dose preconizada. Segundo o Comitê de Doenças Inecciosas da Academia Americana de Pediatria, o melhor esquema para dessensibilização é o exposto no Quadro 14. Antitoxina botulínica
Existem três tipos de soro heterólogo para as toxinas A, B e E do Clostridium botulinum. Nos adultos com botulismo, está indicado o uso de um rasco de cada antitoxina por via intramuscular. Nas crianças, as antitoxinas botulínicas não estão indicadas.
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Quadro 14. Dessensibilização de soro animal Nº da Diluição do soro em dose solução isotônica Volume EV 1 1/1.000 0,1 mL 2 1/1.000 0,3 mL 3 1/1.000 0,6 mL 4 1/100 0,1 mL 5 1/100 0,3 mL 6 1/100 0,6 mL 7 1/10 0,1 mL 8 1/10 0,3 mL 9 1/10 0,6 mL 10 sem diluição 0,1 mL 11 sem diluição 0,3 mL 12 sem diluição 0,6 mL 13 sem diluição 1,0 mL
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bIbLIogrAfIA
•American Academy o Pediatrics, Committee on Inectious
Diseases. 2006 Red Book: Report o the Committee on Inectious Disease. Pickerin LK, 27 th ed. 2006; Elk Grove Village IL. •Bricks LF, Sato HK, Scaramuzzi DR, Resegue R, Dias MHP,
Contin D. Imunizações I – Vacinas do calendário básico. In: Sucupira. ACL Pediatria em consultório. 2000: 83-103. •Bricks LF, Sato HK, Resegue R, et al. Imunizações II –
Vacinas não incluídas no calendário básico. In: Sucupira. ACL Pediatria em consultório. 2000: 104-119. •Farhat CK, Carvalho ES, Weckx LY et al. - Imunizações –
Fundamentos e prática. 5ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2008. •Governo do Estado de São Paulo. Secretaria de Estado
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