Traduzida e publicada por George Wharton, 1659. Tradução da versão inglesa gentilmente realizada por aria !arlota achado endes, "#$ %&%'&(T)!* +**'+--
*** Não vou discutir o quanto os Astrónomos diferem entre si a respeito do Número, Localização, Movimentos Movim entos e Natureza dos Céus. Nem vou aqui tratar de compor tal discórdia, discórdia, nem censurar o ul!amento de sea quem for, pois pelo menos nisto muitos concordam "que e#iste um Céu supremo e $rimum Mo%ile que, pelo seu próprio movimento, de Leste para &este, realiza a sua revolução em torno da 'erra no espaço de () *oras, e que é tal a força provocada pelo assom%roso movimento so%re os corpos su%ordinados, que arrasta manifestamente consi!o, de Leste para
&este, tudo aquilo que se encontre entre ele e a +e!ião do Ar média. - verdade que epler "o L/nceus da última era, ao ne!ar "com Copérnico um tal $rimum Mo%ile, faz com que o Céu 0stelar sea supremo e imóvel. 0 sustenta que a 'erra "apelidada de planeta por $it1!oras e colocada entre as 0sferas de Marte e 2énus realiza pelo seu próprio movimento, de Leste para &este, uma rotação inteira so%re o seu 0i#o no espaço de () *oras, estando o 3ol colocado no Centro do Mundo. Admitido isto "como o é pelos mais eruditos desta era o Céu 0stelar continua a realizar a função de $rimum Mo%ile "1 que a mesma parte da 'erra, pelo movimento de todo o seu corpo, entra continuamente em aspecto com as novas partes do Céu 0stelar, pelo qual aquela parte da 'erra ser1 alterada de novo, a não ser que l*e ne!uemos qualquer poder de a!ir so%re ela. $or conse!uinte, se não e#istirem outros Céus acima do das 0strelas 4i#as "descon*ecidos, confesso5o, dos e!6pcios, caldeus, de $latão, Aritóteles, 7iparco e até do próprio $tolomeu ou se forem mais, de acordo com os Ap*onsins, uma coisa é muito certa, não sendo contradita por nin!uém, que nos corpos mundanos, tais como a 'erra, a 8!ua, o 4o!o e os Céus, *1 al!um $rimeiro e 3upremo, não podendo e#istir nen*um mais elevado, caso contr1rio seriam infinitos na &peração. 0 tam%ém que estes mesmos Corpos são as universais Causas de Mutaç9es 46sicas, e que se su%ordinam umas :s outras na &peração. $ortanto, nessa 3u%ordinação ter1 que *aver i!ualmente uma causa 46sica primeira e suprema que a!e por si só e que não toma nada emprestado de qualquer anterior poder de &peração, e a partir dela a Média, e a partir desta a Menor, rece%em a sua virtude de Acção. ;e outro modo, esta 3u%ordinação das Causas seria ela própria profundamente arrasada. $ois porque razão se diria que a Média est1 3u%ordinada : 3uprema e a Menor : Média na sua &peração, se aquela que é inferior não rece%esse qualquer influ#o ou virtude daquela que l*e é 3uperior< 0 como é que, por si só, poderia a =nferior produzir qualquer efeito sem a =nflu>ncia da Média, ou esta sem a =nflu>ncia da 3uperior< $ortanto, a $rimeira Causa de todas as coisas não pode ser outra além do Céu 3upremo, o qual se "de acordo com a ;outrina dos Anti!os se mover, move tam%ém os Corpos que l*e estão inferiores, mas ele próprio não é movido por qualquer outro Corpo que l*e sea superior. 0 se "de acordo com epler estiver imóvel e c*eio de estrelas, e#erce influ>ncia pelos menos so%re os Corpos que l*e estão su%ordinados, mas não rece%e influ>ncia de nen*um outro. $ortanto, de qualquer das formas, o $rimeiro Céu ser1 a $rimeira Causa ou o primeiro in6cio 46sico dos 0feitos e Alteraç9es 46sicas. $ois não é conveniente que o $rimeiro in6cio em todos os tipos sea o mais perfeito. $ortanto, o $rimeiro Céu pertencer1 : Lin*a!em das Causas 0ficientes, que t>m a mais universal e poderosa virtude Activa "que é a maior perfeição da Causa 0ficiente de modo que não e#iste nen*uma Causa =nferior Corpórea que ele não mova, ou na qual ele não instile uma virtude de poder de &peração? e nada de novo é !erado no Mundo inteiro que não sea tocado por esta mesma virtude. Admitindo isto, como pode o ser *umano duvidar que tudo o que é !erado e nascido de novo deva ser referido : sua $rimeira Causa< $ois tem que ser referido a al!uma parte daquele Céu ou :quele Céu inteiro. Mas deveria ser referido ao Céu inteiro. $ois o $rimeiro céu não é a $rimeira e mais @niversal Causa, secundum aliquam sui partem, se!undo al!uma parte sua, mas secundum se totum, se!undo o seu Corpo inteiro. $ortanto, todos os 0feitos 3u%lunares, desde que possam ser considerados secundum se totum, nomeadamente, no seu =n6cio, 2i!or, ;eclinação ;estruição, t>m que ser referidos ao céu inteiro? no entanto, não confusamente, mas distinta e ordeiramente, como o mais ordeiro movimento do Céu requer. $ois, como todo o 0feito e tudo aquilo que sucede a partir do Céu durante o mesmo, corresponde ao Céu inteiro, mas o =n6cio não é o seu 4im? de modo que o que estava no Céu, sendo por si só a
Causa do seu =n6cio, esta mesma coisa não ser1 por si só a Causa do seu 4inal, "de outro modo, nen*um 0feito poderia continuar, nem nen*um seria produzido. Mas, tal como o =n6cio, o 2i!or, a ;eclinação e o 4inal das coisas diferem entre si e se sucedem uns aos outros, tam%ém as Causas Celestes destes diferem i!ualmente entre si e t>m que se suceder umas :s outras. $or conse!uinte, no Céu *1 certas partes que são as Causas que re!em o 2i!or, outras que re!em a sua ;eclinação e, por fim, aquelas que !overnam o 4inal ou a ;estruição das coisas. 0ntão, a que parte do Céu "1 que a própria Natureza nos !uia e alcança *averemos de c*amar a $rimeira Causa do =n6cio Natural de todas as coisas< Certamente aquela que, no e#acto =n6cio da coisa, ascende acima do seu 7orizonte e, ao ascender, faz com que a própria coisa sura. $ois é se!uro que de todos os lu!ares do Céu, o Leste é mais poderoso do que o resto, como é atestado por todos os Astrólo!os, no que respeita : Ascensão, Culminação e ;escensão das 0strelas? e como a própria 0#peri>ncia comprova, na Alteração do Ar. Mas uma Causa só é considerada mais $oderosa relativamente a um 0feito mais forte e mais dif6cil. $ortanto, o 0feito mais forte e mais dif6cil tem que ser atri%u6do : $arte Ascendente do Céu, o que nin!uém ne!ar1, relativamente ao Aparecimento ou : $rodução daquelas coisas. Mas sucessivamente, aquela $arte do Céu que est1 mais elevada acima do 7orizonte e ocupa o Meio do Céu, no aparecimento ou =n6cio da coisa, ter1 o overno do seu vi!or e da sua virtude &perativa. Aquela que se p9e nesse momento, a sua ;eclinação a partir do seu estado perfeito. 0, por último, aquela que detém o 4undo do Céu ser1 tomada como sendo a Causa da sua Corrupção. 0 esta é a simples e "de todas as outras a primeira ;ivisão do Céu, pela qual esta pode ser verdadeira e racionalmente adaptado para a eração, o Aumento e a Alteração de todas as coisas 46sicas a partir da sua própria Natureza e, por último, para a sua Corrupção. 0 a única que os Astrólo!os Anti!os frequentemente usavam nas suas constituiç9es do Céu, tanto erais como $articulares, como se verifica por 7al/ na 4i!ura do Cometa que apareceu na sua época. 0 isto porque uma ;ivisão mais escrupulosa do Céu era mais dif6cil naqueles dias por falta de 'a%elas Astronómicas, ou porque esta ;ivisão poderia conter !enericamente tudo aquilo que outra conteria mais especificamente. Mas a partir do momento em que um Astrólo!o o%servou que o Céu foi criado e se move mais por causa do 7omem do que por causa de qualquer outra criatura Animada ou =nanimada, e quantas coisas concordam com o próprio 7omem, devido : sua Natureza mais ;ivina, as quais não concordam de nen*uma forma com Criaturas mais i!nó%eis, ele supBs que por causa do 7omem tam%ém o C6rculo inteiro do Céu deveria racionalmente ser dividido em ;oze partes "por !randes C6rculos traçados através das intersecç9es do 7orizonte e do Meridiano e que cortam o 0quador em i!ual número de partes :s quais c*amou Casas? colocou a primeira delas no Leste e afirmou para a posteridade que !overnava a 2ida do 7omem e que a partir dela se poderia deduzir um con*ecimento conectural e um ul!amento so%re a 2ida? que a ( "que se se!ue : primeira, de acordo com o Movimento dos $lanetas !overnava as +iquezas? a terceira, os =rmãos? a quarta os $ro!enitores? e assim por diante com o resto, tal como estão &rdenadas e Nomeadas as casas na 4i!ura su%sequente. 0, a partir dele até aos dias de *oe, esta divisão do céu e nomeação das Casas tem perdurado sem corrupção, apesar do facto de $tolomeu e dos seus 3e!uidores discordarem desta Anti!a 'radição, parecendo perverter a ;ivisão em muitos lu!ares, como quando "a respeito dos 4il*os ul!am principalmente, não a partir da D casa, mas da EE que l*e est1 oposta. Fuando "a respeito da Mãe não ul!am a partir da ) mas da EG, que l*e est1 oposta. 'am%ém "a respeito dos Criados e dos Animais não a partir da H mas da E( "a Casa oposta, ficando este aparente 0rro corri!ido a partir daqui.
A Ordem e os Nomes das Casas Astrológicas
&ra, entre todos os outros 4undamentos da Astrolo!ia, este da divisão dos Céus em E( Casas é o primeiro e o mais importante, pelo facto de dele depender principalmente toda a Arte das $rediç9es. 0 como as Causas, as +az9es e os primeiros =n6cios desta ;ivisão estão mais distantes do nosso 0ntendimento e são muito mais dif6ceis de desco%rir, através do racioc6nio, do que quaisquer outros, esta é a razão porque muito poucos "se é que al!um empreenderam a sua defesa através de quaisquer +az9es, verdadeiras ou prov1veis, sendo o próprio $tolomeu "para dizer a verdade muito deficiente neste particular. $ois Lucius Iellantius "que tomou a seu car!o a defesa da Astrolo!ia contra $icus no seu EGJ Livro "escrito contra o cap. D do EGJ Livro de $icus depois de ter enumerado diversas insi!nificKncias da sua própria autoria e da autoria dos Anti!os, indi!nas do nome de +az9es, aca%a por ser forçado a opBr5se a $icus com %ase apenas na 0#peri>ncia e a concluir a sua defesa a partir de &%ectos muito rid6culos e impróprios para um Artista da sua 0rudição e ravidade, nestas palavras Querere igitur quam ob causum haec vel illa domus hujus virtutis sit, est quaerere, quare Sol sit Lucidus, cur Ignis calidus, Aqua frigida; quae tamen ex principiis intrinsecis pendent nobis ignotioribus, aut saltem minimè notioribus; a que um pouco antes c*amou rofunda !aturae secreta"
0, efectivamente, todos os outros que tentaram dar as +az9es de ser destas Casas, não produziram nada ordenado, nada de 2erdadeiro, mas apenas meras ficç9es. ;e modo que se em al!um lu!ar apresentavam uma razão que parecia defender uma Casa, a mesma destru6a todas as outras. ;e modo que Ale#ander a% An!elis, li%. ), cap. E, depois da sua +evista de todos os Ar!umentos apresentados por ulius 4irmicus a respeito destas Casas, revende5as com razão nas se!uintes palavras #idiculus sit quicunque ridiculas bas rationes nostra refutatione egere existimaret" $elo que se torna evidente a facilidade e o : vontade com os =nimi!os da Astrolo!ia escarnecem e se riem destas Casas, per!untando inoportuna e despudoradamente porque razão o Céu não pode ser dividido em mais do que E( Casas< $or que é que a $rimeira Casa é c*amada a Casa da 2ida e colocada no Leste< $or que é que a ordem e a sucessão numérica das Casas é do Leste para o
&este< 0 por que é que a 3e!unda Casa é c*amada a Casa das +iquezas ou an*os, a doze dos =nimi!os, 0ncarceramento e ;esventura< 0 tam%ém por que é que as outras Casas são c*amadas pelos seus Nomes, e dispostas por aquela ordem< 0studando5as "como fin!em fazer, tanto pela sua &rdem como pelos seus Nomes, não o%servam qualquer &rdem, encontrando apenas uma mera Fuimera de Confusão, uma simples mistura de ficção e tolice, como $icus "li%. EG e Ale#ander a% An!elis "li%. ), cap. (O fazem alternadamente, mas passando por aflitivos tormentos para o comprovar. &ra %em, a ;ivisão do Céu em E( casas "tal como apresentadas anteriormente na 4i!ura não devem ser de todo consideradas como inventadas ou fal*as de um Natural 4undamento. Mas para uma feliz concepção do mais s1%io e ar!uto intelecto "desde que qualquer entendimento *umano o possa apreender e não se trate daquele universal con*ecimento que ;eus incutiu em Adão na Criação como aquele que, %aseado num 4undamento real, declara o estado universal do 3er 7umano no Céu, maravil*osamente som%reado, tal como se encontra na sua primeira Causa 46sica. $ois esta ;ivisão foi pelo seu primeiro Autor, Ca%alisticamente conferida : $osteridade, a qual efectivamente nunca alterou a mesma? no entanto, nunca entenderam os seus Mistérios "o esp6rito da Ca%ala, não nos tendo ficado nada dito por nin!uém a seu respeito. $rimeiro, então, "para uma maior =lustração afirmo que a ori!inal, primeira e simples divisão do céu em quatro partes Cardeais não é inventada, mas natural e sustentada por um fundamento natural, como 1 foi demonstrado anteriormente. 0 este é que cada uma destas partes tem duas outras partes no céu da mesma Natureza, viz. aquelas com que faz um 'riKn!ulo 0quil1tero no 0quador "o principal C6rculo do primeiro Movimento do Mundo ou ao qual pertence através de um 'r6!ono partil no 0quador. $ois a 0terna 'rindade é de Amor infinito e a fonte e o alimento do Amor mais infinito e perfeito, em que a coisa Amante, que é a primeira, a coisa Amada, que é a se!unda, e o Amor resultante de am%as, que é a terceira, são um só, não em énero ou em 0spécie, mas em número? e, por conse!uinte, a mais simples e $erfeita? a sua $erfeição é tal e tão universal que irradia para dentro de qualquer 'r6!ono. 0, por conse!uinte, pode5se dizer que todos os 'r6!onos são $erfeitos, não em qualquer perfeição particular ou especial, mas naquela primeira e mais universal perfeição do $rimeiro 'r6!ono, que vem no Amor e do qual todos os 'r6!onos participam de modo diverso, de acordo com a Capacidade da Natureza. 2erificando, portanto, que as 0strelas 4i#as e os $lanetas se contemplam "por causa dos seus v1rios movimentos frequentemente entre si com Aspectos diferentes nos C6rculos Celestes, viz. um 3e#til, uma Fuadratura, um 'r6!ono e uma &posição, os primeiros e s1%ios Astrólo!os "tanto por raz9es tomadas a priori a partir da infinita e mui universal perfeição do primeiro 'r6!ono como a posteriori a partir de 0feitos e#tremamente evidentes afirmam !eralmente que, de todos os Aspectos, o 'r6!ono é o mais perfeito, e que nele a perfeição do primeiro 'r6!ono, viz. o Amor, é tão forte e v6vida que é c*amado por eles um Aspecto de perfeita Amizade. &ra, na medida em que isto não poderia suceder sem uma similitude de naturezas ou, pelo menos, uma =dentidade !enérica, conclu6ram correctamente que as partes do 0quador que se contemplam entre si através de um 'r6!ono $artil são, pelo menos, da mesma natureza !enérica e constituem uma 'riplicidade da mesma natureza. $elo que, considerando que cada uma das Fuatro $artes Cardeais do Céu anteriormente mencionadas reclama para si uma 'riplicidade peculiar da sua própria natureza, é por estas quatro 'riplicidades que o Céu é dividido em E( partes, c*amadas Casas. 'ampouco seria divis6vel por mais ou menos partes pelo Fuatern1rio Criado multiplicado pelo 'ern1rio ;ivino. 0, por conse!uinte, esta ;ivisão é considerada como a mais a%soluta e verdadeiramente perfeita, 1 que
contém dois 3e#tis, duas Fuadraturas, dois 'r6!onos e tam%ém a oposição, os quais são todos os Aspectos Celestes dos quais "não omitindo a Conunção todas as variaç9es das =nflu>ncias Celestes !erais resultam. 0 estes Aspectos concordam perfeitamente com todas as partes do Número E(, que são E. (. P. ). D. H. onde o E. é referido : @nião ou Conunção? o (. "a H parte de E( ao Aspecto 3e#til? o P. "a sua ) parte : Fuadratura? e o ). "a terça parte ao tr6!ono? e o H. "a metade : &posição. 0, tal como não *1 mais Aspectos no C6rculo, tam%ém no Número E( não *1 mais partes. $ois todas as coisas foram efectivamente feitas por ;eus, em Número, $eso e Medida. Com esta premissa, afirmo que a 2ida do 3er 7umano consiste em ) =dades a =nfKncia, a uventude, a =dade 2iril e a 2el*ice. 0 que no 7omem se podem o%servar quatro coisas distintas, :s quais todas as outras se podem reduzir como que ao seu primeiro in6cio, nomeadamente, 2ida, Acção, Casamento e $ai#ão. 0 estas concordam com o =n6cio "ou ascensão, o 2i!or, o ;ecl6nio e o 4im ou a Morte? insinu1mos 1 que estas quatro são !eralmente concordantes com todos os efeitos da Natureza. $ois considera5se que um 7omem Ascende no Mundo quando !oza pela primeira vez de uma 2ida Mundana. Fue é forte na Acção quando a!e ou transforma o seu vi!or em acção. Fue declina assim que uma a%undante dissipação do seu calor inato e *umidade radical tem in6cio, tal como no momento do Casamento. 0 a partir da =dade 2iril "o mel*or per6odo do Casamento declina a camin*o da 2el*ice, aca%ando por Morrer, altura em que sofre a última $ai#ão da 2ida. $or conse!uinte, a 2ida do 7omem, a Acção, o Casamento e a $ai#ão pertencem aos mesmos $rinc6pios Celestes, tal como acontece com o Nascimento, o 2i!or, o ;ecl6nio e a Morte de todas as outras coisas no Mundo, viz. a 2ida ao Leste, a Acção ao Meio do Céu, o Casamento ao Qn!ulo &cidental e a $ai#ão ao Qn!ulo da 'erra. ;a6 resultam ) 'riplicidades da mesma natureza !enérica e E( Casas, como foi dito anteriormente. A $rimeira 'riplicidade é a do Qn!ulo do Leste "a que se c*ama a $rimeira Casa e pertence : =nfKncia c*amada a 'riplicidade do 3er e da 2ida? as outras casas desta 'riplicidade são a Nona e a Fuinta, contemplando am%as a primeira casa através de um Aspecto 'rino $artil no 0quador, onde é feita esta racional ;ivisão das Casas. $ois o 7omem vive dentro de um conte#to triplo, em si mesmo, em ;eus e na sua $osteridade. Mas a $rimeira 2ida é apenas dada a um 7omem por outras Causas, viz. para que ele possa 2enerar a ;eus e procriar um seu semel*ante, sendo esta a completa intenção de ;eus na produção do 3er 7umano. 1.
&ra, no tocante : 2ida do 7omem propriamente dito "porque é a primeira de todas as outras coisas na &rdem da Natureza e, sem ela, o resto não poderia consequentemente e#istir é usto que reclame a principal Casa da 'riplicidade, viz. & Qn!ulo do Leste.
2.
A 2ida em ;eus "a se!unda na lista e#iste na casa da reli!ião, viz. a Nona, su%sequente : $rimeira Casa nesta 'riplicidade, de acordo com o Movimento do 0quador.
3.
0, finalmente, a 2ida na sua $osteridade, conferida : casa dos 4il*os, que é a quinta. $elo que esta 'riplicidade inteira diz respeito : 2ida. Mas aqui *1 uma coisa muito not1vel, viz. que pelo movimento do 0quador "a medida do 'empo *1 um in!resso imediato da casa para a R, que é a casa da Morte 'empor1ria pelo que o *omem deve entender que ter1 que viver para si mesmo em ;eus, até : sua Morte 'emporal, de modo que entre esta e a 2ida em ;eus, não se interp9e nen*uma porção de tempo.
A se!unda é a 'riplicidade do Qn!ulo do Meio do Céu, a que c*amam a EG casa e que pertence : uventude. 0sta é tam%ém c*amada a 'riplicidade da Acção e do an*o ou dos %ens mundanos que dele fluem, porque como todas as coisas a!em 4isicamente, tra%al*am para al!um %em 46sico. $ois, tal como pelo Movimento do 0quador, o pro!resso é feito a partir do Qn!ulo do Leste na direcção do Qn!ulo do Meio do Céu, tam%ém e#iste um pro!resso feito a partir da =nfKncia no sentido da uventude, e do 3er, ou da 2ida para a Acção. As outras duas casas desta 'riplicidade são a H e a (. Mas o an*o ou o %em 46sico que é conferido ao *omem a partir das suas Acç9es é triplo. 1.
& primeiro "por ordem de di!nidade é =material, tal como são as Artes, a Ma!istratura, as ;i!nidades e as 7onras :s quais um *omem é elevado, assim como o $oder e a Maestade, pelo que detém a principal casa desta 'riplicidade, viz. o Qn!ulo do Meio do Céu.
2.
& se!undo é Material e Animado, como o são os sú%ditos, servos e todas as outras criaturas vivas, e est1 colocado na H casa, de acordo com o Movimento do 0quador, na 'riplicidade su%sequente.
3.
& último é Material e =nanimado, como o são o ouro, a prata, os o%ectos de casa e até todos os outros Iens =móveis o%tidos pelo seu próprio tra%al*o, que são atri%u6dos : se!unda casa, so% o nome de +iquezas. $ortanto, esta 'riplicidade inteira é de Acção e do an*o que dela resulta.
A terceira é a 'riplicidade do Qn!ulo &cidental, c*amado a O casa e pertencendo : =dade Adulta. 0sta é c*amada a 'riplicidade do Casamento ou do Amor. $ois, tal como pelo Movimento do 0quador, o pro!resso é feito do Qn!ulo do Meio do Céu para o Qn!ulo &cidental, tam%ém *1 um pro!resso da uventude para a =dade Adulta, e dos actos famosos para os casamentos e as amizades dos *omens, que com eles são conquistadas. As duas outras casas desta 'riplicidade são a P e a EE. Mas um ser *umano é li!ado a outro de um modo triplo. 1.
A $rimeira Conunção "por ordem de di!nidade é a do corpo, : qual c*amamos Matrimónio, e portanto a principal casa desta 'riplicidade, viz. o Qn!ulo &cidental, é5l*e dedicada.
2.
A se!unda é a do 3an!ue, que constitui os =rmãos e os $arentes, na 'erceira Casa, de acordo com o Movimento do 0quador nesta 'riplicidade se!uinte.
3.
A última é a da simples Ienevol>ncia ou patroc6nio, da qual sur!em os ami!os, na EE casa. $or conse!uinte, esta 'riplicidade inteira é do Casamento e do Amor.
A quarta 'riplicidade é a do Qn!ulo escuro "no meio da noite ou no fundo do céu c*amada a Fuarta Casa e a Caverna ou o 0sconderio dos $lanetas, atri%u6da : vel*ice e apelidada da 'riplicidade da $ai#ão, da Aflição e da Morte, : qual todos os *omens estão sueitos devido ao
pecado de Adão. As duas outras casas desta 'riplicidade são a E( e a R. 1.
Mas a primeira Aflição do 7omem, na ordem da natureza, é a triste espectativa da Morte Natural dos seus $ro!enitores, ou antes "falando Ca%alisticamente é aquela manc*a do $ecado &ri!inal que os nossos $ro!enitores imprimem em nós e através da qual somos, desde o nosso Nascimento, sueitos a todos os infortúnios, aca%ando na morte propriamente dita. 0, por conse!uinte, os $ro!enitores e a sua Condição, durante a vida do Nativo, assim como a Morte e as *eranças dei#adas por eles ao Nativo, ocupam a casa principal desta 'riplicidade, viz. o Qn!ulo da quarta casa.
2.
A se!unda Aflição consiste nos Sdios, ;issimulaç9es, Maquinaç9es, 'raiç9es e $reu6zos provocados pelos =nimi!os, especialmente os 3ecretos. Assim como nas $ris9es, 3ervidão, $o%reza e todos os outros =nfortúnios que um *omem sofre durante a sua vida. &ra, como todos eles são =nimi!os da 2ida, são por isso contidos de%ai#o da única consideração de um =nimi!o, na E( casa, que é correctamente c*amada o vale dos infortúnios, e que se se!ue imediatamente nesta 'riplicidade, de acordo com o movimento do 0quador.
3.
A última Aflição, *a%itando a R Casa, é a Morte do 7omem propriamente dito, que é o 4im desta 2ida 'emporal e o =n6cio de uma 2ida 0terna, pelo que, de acordo com o se!undo movimento, ou o movimento dos $lanetas, que é do &este para o Leste, *1 uma entrada feita da R casa para a , que é a casa da 2ida em ;eus, pela qual ao *omem é dado entender que dever1 passar pelo se!undo movimento da Alma, que é atri%u6da : mente ou : razão "tal como o primeiro movimento ou rapt é ao Corpo ou ao apetite sensitivo de uma Morte 'empor1ria para uma 2ida em ;eus, que é 0terna. $or conse!uinte, nestas 'riplicidades, aquilo que é $rimeiro na ordem ou di!nidade da natureza ocupa sempre as casas mais no%res, viz. as An!ulares. & que vem em se!undo lu!ar, as casas sucedentes, de acordo com o movimento do 0quador. 0 aquilo que vem por último, nas Cadentes, que são tam%ém sucedentes de acordo com o movimento da 0cl6ptica ou dos $lanetas.
A!ora, ro!o5vos, quem poder1 ac*ar que esta ;ivisão das E( Casas Celestes pelas 'riplicidades, apresentando5se nesta concórdia tão e#celente, e em tão maravil*osa ordem, poderia ser al!uma vez inventada ou casual< &u que, por acaso, *aa aus>ncia de tais concordKncias em coisas tão a%strusas e inter5mescladas< &u se fossem totalmente fict6cias, seriam portanto totalmente fal*as de um 4undamento Natural, o que 1 provei claramente ser falso e a!ora fiz com que as próprias Casas manifestassem pela sua concordKncia e#tremamente ordenada. $ortanto, esta ;ivisão é Natural e ordenada por !rande sapi>ncia, 1 que en!lo%a "pelo menos !enericamente todas as coisas mundanas so%re as quais se pode inquirir ou que dizem respeito ao 7omem, 1 que o con*ecimento dos Contr1rios é o mesmo e se pode %uscar uma afirmativa ou uma ne!ativa so%re qualquer coisa pertencente a qualquer casa. $or e#emplo, o 7omem de 2isão, !raças : força da luz natural, sa%e que *1 um ;eus que criou e !overna o mundo e que dever1, por conse!uinte, ser venerado e Amado acima de tudo "como o aspecto 'rino feito a partir da primeira casa "a causa de todas as inclinaç9es : , que é a casa da +eli!ião, pelos primeiros princ6pios da natureza insinua a partir das 0strelas e $lanetas "ou os seus Aspectos residentes na E e especialmente na , poder1 ser dado ul!amento so%re se o nativo ter1 tend>ncia para a adoração de ;eus e para a +eli!ião, ou o contr1rio. 0 é assim no que respeita a outras coisas desta natureza.
;o mesmo modo se pode conecturar a partir da O casa, se ele levar1 uma vida casada ou solteira. A partir da D se ser1 fértil e ter1 fil*os ou o contr1rio? e é assim com o resto das outras casas. Além disso, esta luz das 'riplicidades distin!ue muito claramente as coisas que pertencem a cada Casa per se, e manifesta os 0rros daqueles que ul!am so%re os assuntos a partir de Casas incovenientes ou +epu!nantes. $or e#emplo, de certo modo, todos os Astrólo!os ac*am "mas erroneamente que a saúde e a doença pertencem : O e : H Casas per se, quando de facto dependem do 'emperamento que é a 3ede da 2ida? e, por conse!uinte, o ul!amento a seu respeito deveria ser dado a partir da $rimeira Casa, per se? mas o ul!amento deduzido a partir de outras Casas é apenas per accidens, ou sea, *1 que determinar os $lanetas Malévolos ou os seus +aios, so%re os quais o *oróscopo cai por ;irecção, ou que c*e!arão por ;irecção ao *oróscopo propriamente dito, ou : sua Fuadratura ou &posição, durante a 2ida do Nativo. 0, por conse!uinte, se 3aturno ou Marte se encontrarem, no momento do Nascimento, na ( ou na H Casas, a partir destas Casas ser1 dado ul!amento " per accidens de uma doença 3aturnina ou Marcial que acontecer1 quando o *oróscopo c*e!ar por ;irecção a 3aturno ou a Marte na (. &u quando 3aturno ou Marte c*e!arem por ;irecção : oposição do *oróscopo na O. $ortanto, o ul!amento per se é sempre referido ao *oróscopo. & mesmo acontece com as outras Casas, que $tolomeu parece perverter especialmente? mas diria outra coisa se con*ecesse a Ca%ala das Casas, que distin!ue tão perfeitamente a casa correcta para cada coisa. Muito mais poderia ser dito so%re estas 'riplicidades, o que levaria : luz natural das $rediç9es, que eu aqui a%sten*o5me, presumindo que satisfarei a%undantemente tanto os Ami!os como os =nimi!os da Astrolo!ia se a partir da ;outrina apresentada der uma +esposta ca%al e clara :s $er!untas inoportunas mencionadas, colocadas aos Astrólo!os, a respeito destas casas. $ortanto, : primeira $er!unta respondo que o céu est1 dividido em E( Casas e não mais porque cada uma das ) partes Cardeais do céu, que !overnam o in6cio, o vi!or, o ;ecl6nio e a Morte das coisas, contemplam por Aspecto 'rino duas outras partes Celestes que são da sua própria Natureza pelo que sur!irão tr>s lu!ares a partir de cada um dos ) Cardeais, da mesma natureza, pois tr>s vezes ) perfaz nem mais nem menos do que E(. T se!unda, respondo que a primeira Casa é c*amada a Casa da 2ida porque se diz que um *omem 3o%e : Cena do mundo quando aspira pela primeira vez o Ar desta 2ida? e portanto, considerando que o primeiro sopro desta 2ida é o seu in6cio, tem que ser colocada no Leste, tal como o in6cio de todas as coisas 46sicas. T terceira, respondo que não importa para a instituição dos =nflu#os Celestes ou $rediç9es, qual é o número por que uma Casa é c*amada, sea ele o (, o P ou o ), desde que o céu estea dividido "como anteriormente em quatro 'riplicidades e a natureza delas não sea alterada. No entanto, a ordem 46sica das Casas é do Leste para o 3ul, passando para o &este, em conformidade com o Movimento da primeira e mais universal causa 46sica, de acordo com cuas partes sucedendo5se uma : outra por esse movimento, se encontram os principais 0st1!ios ou =dades de todas as coisas !enerativas contidas "de acordo com a sua sucessão anteriormente relatada no 0quador, o principal C6rculo da primeira causa? e assim, 4isicamente, a Casa dos =nimi!os é a se!unda na ordem? a Casa dos Ami!os a terceira? a Casa da Ma!istratura, a quarta, e assim por diante. Mas misticamente, ou Analo!icamente, a ordem Numérica começa no Leste, passando pelo Qn!ulo Norte a camin*o do &este a razão para isto é a se!uinte. 71 dois Movimentos nos céus? o primeiro é o $rimum Mo%ile, c*amado o Movimento +apt? o se!undo é o dos $lanetas que "não o%stante o Movimento +apt pelo qual são !irados o%servam inviolavelmente as Leis do seu próprio movimento Moderado, ordenado ao contr1rio do anterior. 71 tam%ém dois Movimentos
no 7omem, que é c*amado o Microcosmo? um é o do Apetite sensitivo, que é o movimento do *omem, na medida em que ele é uma criatura 2iva, e a primeira na ordem da natureza, e tam%ém r1pido? o outro é o apetite +acional, que é o Movimento do *omem, na medida em que é *omem, e é contr1rio ao anterior, e é tam%ém muito moderado em si mesmo. Mas, na medida em que o primeiro destes Movimentos de um *omem tem uma maior Analo!ia com o Movimento do $rimum Mo%ile e o se!undo com o Movimento dos $lanetas, considerou5se consequentemente adequado que o céu devesse ser dividido de acordo com a 3ucessão dos 3i!nos, ou o movimento directo dos $lanetas "pois estes são tam%ém por vezes +etró!rados ou 0stacion1rios, tal como acontece com o apetite +acional no seu decorrer quando se su%mete a ficar rapt ou pervertido pelo Apetite 3ensitivo. Mas isso foi apenas feito numa consideração Analó!ica, e não por qualquer causa 46sica, como se o Movimento do $rimum Mo%ile tivesse influ>ncia, por si só, so%re o Apetite 3ensitivo do *omem, e o Movimento dos $lanetas, por si só, so%re o +acional? pois os $lanetas, na medida em que são levados pelo seu próprio Movimento e tam%ém pelo $rimum Mo%ile, não t>m por si sós qualquer influ>ncia so%re o Apetite 3ensitivo, ou so%re o *omem, 1 que este é uma criatura 2iva, para além do que t>m so%re os outros Animais. Mas nem os $lanetas nem o $rimum Mo%ile t>m, por eles mesmos, influ>ncia so%re o apetite +acional ou so%re o *omem, na medida em que é +acional, 1 que a razão resulta, não de um princ6pio Natural, mas de um princ6pio 3o%renatural. No entanto, *1 muitas coisas a ser perce%idas nesta Analo!ia m6stica e que são di!nas da nossa consideração, 1 que são muito conducentes : ca%al instrução da Mente e, entre outras, esta especialmente, viz. Fue *1 dois camin*os que ocorrem actualmente a um *omem no momento do seu Nascimento, na medida em que estão colocados na primeira Casa da sua Ascensão. @m é o Apetite 3ensitivo, pelo qual ele é levado, pelo Movimento do $rimum Mo%ile, para dentro do vale dos infortúnios, viz. a E( Casa, que contém todas as des!raças desta 2ida, e é tam%ém a Casa dos =nimi!os 3ecretos, do Mundo, da Carne e do ;emónio, sendo este o camin*o do seu &r!ul*o, tendendo primeiro e em se!uida para cima, até ao Qn!ulo da 7onra e da Maestade? Casa esta que, sa6da da 'riplicidade dos $ro!enitores e da Morte, apresenta continuamente a ameaça de 0ncarceramentos na escura caverna da dor e do *orror. Mas o outro camin*o é o do Apetite +acional, pelo qual um *omem é levado pelo Movimento dos $lanetas no percurso da ;escensão e da *umildade, até : Casa das +iquezas ou dos Iens o%tidos pelas virtudes do próprio *omem, viz. a se!unda, que %rota da 'riplicidade do Qn!ulo 3upremo ou Meio do Céu, em que estão assentes a Iondade, o $oder e a Maestade? pelo que nos é evidentemente manifestado qual destes camin*os é o mel*or e qual ser1 mel*or percorrer, o Movimento do +acional ou o do Apetite 3ensitivo. $or fim, :s ) $er!untas, respondo que a razão porque todas as Casas t>m que ser c*amadas pelo seu próprio nome e não por qualquer outro sur!e mais clara do que o próprio %ril*o do 3ol na Constituição, ;istinção e 0#plicação das 'riplicidades anteriormente apresentada. $elo que porei um fim a este discurso so%re as Casas Celestes, o qual, apesar de ser efectivamente novo e nunca ter sido, até a!ora, ouvido, est1 no entanto firmemente fundamentado so%re +az9es 46sicas e, tomando a sua &ri!em a partir das coisas mais loriosas, assim se v> concretizado com a finalidade de que as coisas invis6veis de ;eus desde a Criação do Mundo possam ser claramente visionadas e entendidas através das coisas que 0le criou.
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