sintomática a realidade dos bancos vazios apontada por uma estatística de 1979: somente um em três cidadãos da República Federal da Alemanha concorda com os ensinamentos das igrejas cristãs, ao passo que 77% acham possível ser cristão sem pertencer a nenhuma igreja. Dentro dos segmentos da população consultada, a maioria não acreditava em Cristo como o "emissário divino" enviado por Deus. E isso ocorre porque as igrejas institucionalizadas, por medo, falharam, deixando de informar seus fiéis sobre os progressos no campo do cristianismo e de dar um enfoque histórico e crítico à religião. A insistência na interpretação literal da Bíblia e na cega observância dos dogmas propiciou o declínio do cristianismo eclesiásti stico, mesmo smo entre aqueles que não tinham uma postura frontalmente anti-religiosa ou anticristã. Realmente, o que chamamos hoje de cristianismo tem pouco a ver com os preceitos de Jesus e as idéias que ele desejava difundir. O que temos atualmente seria melhor designado pelo nome de "paulinismo". Muitos princípios doutrinários não se conformam absolutamente com a mensagem de Cristo. São, na verdade, antes de tudo, um legado de Paulo, que tinha um modo de pensar radicalmente oposto àquele de Jesus. O cristianismo que conhecemos desenvolveu-se -se a partir do momento em que o "pau "p auli lini nism smo" o" foi foi acei aceito to como como reli religi gião ão ofic oficia ial.l. O teól teólog ogoo prot protest estan ante te Manf Manfre redd Mezg Mezger er cita cita,, a resp respei eito to,, Emil Emil Brun Brunne ner: r: "P "Par araa Emil Emil Brun Brunne nerr a Igreja é um grande mal-entendido. De um testemunho construiu-se uma doutrina; da livre comunhão, um corpo jurídico; da livre associação, uma máquina hierárquica. Pode-se afirmar que, em cada um de seus elementos e na sua totalidade, tornou-se, exatamente, o oposto do que se esperava". Por isso é válido questionar as bases que alicerçam a legitimidade das instituições vigentes. Uma pessoa que freqüenta uma igreja cristã não pode deixar de assumir uma postura crítica, frente à proliferação de obscuros artigos de fé, e dos deveres e obrigações que a envolvem. Sem termos tido outros conhecimentos, e por termos crescido sob a única e exclusiva influência do estabelecido, somos levados a acreditar que, por subsistirem há tanto tempo, devem, necessariamente, ser verdade. Um homem surgiu no horizonte sombrio, trazendo uma mensagem cheia de esperança, de amor e bondade, e o que a humanidade fez com isso? Transformou tudo em papel, verbosidade, negócio e poder! Será que Jesus quis que tudo isso fosse feito em seu nome? Dois mil anos transcorreram desde que o audacioso Jesus tentou, pela primeira vez na história da humanidade, libertar os homens do jugo oficial das igrejas, caracterizado 8