SOBR
m en en t c ha ha ma ma d
junf junfao ao de duas duas real realid idad ades es inco inconc ncil ilifJ ifJVe Veis is e~ aparen aparencia cia sobre sobre um plan plan qu apar aparen ente teme ment nt na Ma
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SURREAlIS EAlISMO
d e m od od em em i t a d o q u d e m od od e
repres essi siva vas. s. _'-=---. ou repr __ __
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conte contest stada ada que dev se subve subvert rtid ida, a, paro parodi diada ada
A nd nd r B re re to to n e mp mp re re ms ms is is titi a
ETNOGRAFIC
temp temp indi indife fere rent nt ae
as infl influe uenc ncia ia ou prov provoc ocac acoe oe
surr surrea eali lism sm
de fora fora
desenv desenvol olvi viamam-se se em inte intens ns
eu
termosurrealismo e sp sp ec ec if if ic ic as as . F oc oc al al iz iz ar ar e
e tn tn og og ra ra fi fi a
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etno etnogr graf afia ia
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recap recaptu tu~a ~ar, r, se POSSI-
m e h o d o c as as os os , c om om pa pa nh nh e r o
d e v ia ia ge ge m o u d is is si si de de nt nt es es , q u
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E ss ss a o ri ri en en ta ta ca ca o o u a ti ti tu tu d
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qu me refi refiro ro na pode pode se clar claram amen ente te defi defini nida da A le le r d i s o t en en te te i n a p en en sa sa r n o t 6p 6p ic ic o d e t e t ra ra ba ba lh lh o c om om o u m 13
EXPERI~NCIA
ETNOGRAFICA
S OB R
conjun conjuntur tur restri restrita ta fron fronte teir iras as da arte arte da cien cienci ci (esp (espec ecia ialm lmen ente te as cien cienci cias as huma humana nas) s) sa ideo ideolo logi gica ca muta mutave veis is prop propri ri hist histor oria ia inte intele lect ctua ua esta esta en volvida volvida nestas nestas mudanc mudancas, as, Seu genero genero nao perman permanece ece anco ancora rado dos. s. Defi Defini nico coes es muta mutave veis is de arte arte ou de cien cienci ci
fumeme fumemente nte deve deve propro-
descri descricao cao histor historica ica Neste Neste sentid sentido, o, surr surrea eali lism sm etno etnogr graf afic ic um cons constr truc ucao ao utop utopic ica, a, um decl declar arac acao ao tant tant sobr sobr as poss possib ibil ilid idad ades es pass passad adas as quan quanta ta futu futura ra da anal analis is cult cultur ural al
surreal surreal etnografic etnografic
na expe experi rien enci ci
comp compar arti tilh lhad ad
para para ur esti estilo lo cult cultur ural al
notf notfci ci dejomal dejomal os choq choque ues' s'de de perc percep epca ca de um cida cidade de mode modema ma Benj Benjam amin in corn cornec ec se ensa ensaio io co Prim Primei eira ra Guer Guerra ra Mund Mundia ial: l:
ag er
as
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en
forc forc de expl explos osoe oe fran franzi zino no corp corp
as
corr corren ente te huma humano no
or nu
suas suas norm normas as
ca fragil
(196 (1969: 9:84 84
r ea ea lili da da d n a e r a i r n d ad ad o r n a mb mb i n . familiar. self; s ol ol t d e u a a m r ra ra s d ev ev e e sc sc ob ob n
n at at ur ur ~ sentido
bele beleza za verd verdad ade, e, real realid idad ad
Pere Peret, t, Soup Soupau ault lt Apos Apos qued qued da Euro Europa pa na barb barbar arie ie mani manife fest st banc bancar arro rota ta da ideo ideolo logi gi do prog progre ress sso, o, ap6s ap6s um prof profun unda da fiss fissur ur hero herofs fsrn rn
expe experi rien enci ci da vit6 vit6ri ria, a,
realid realidade ade da guerra guerra
da trin trinch chei eira ra
ofic oficia ia do
apos apos as conv convcn cncc cces es reto retori rica ca roma romant ntic icas as
mund mund
list lista, a, Rece Recemm-ch cheg egad ad
ling lingua uage ge
se toma tomava va perm perman anen ente teme ment nt
da expe experi rien enci ci
Apollinair Apollinair cunho term term numa numa cart cart de 1917 1917 Seus Seus Caligrammes 1 9 8 :3 :3 41 41 ) c o s u f or or m r at at u a d f o t e e nf nf as as e n o m un un d perc perceb ebid ido, o, anun anunci ciav avam am este esteti tica ca do paspas-gu guer erra ra
a lc lc an an c
do er distancia
da ma
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Enqu Enquan anto to que, que, para para Fern Fernan an g ue ue rr rr a h av av i
e.
Lege Leger: r:
p ro ro je je ta ta do do , c om om o s ol ol da da do do , n o c or or ac ac a
f ra ra g e nt nt o S en en t u m n ov ov a r ea ea lili da da d
m od od em em a~ a~ s p r m ei ei ra ra s r ef ef ra ra co co e l it it e~ e~ ar ar ia ia s a rt rt i ~ ca ca ~ d o m ~n ~n d mode modern rn de Benj Benjam amin in sa bern bern conh conhec ecid idas as expe expene nenc ncia ia doflaneur
rnaq rnaqui uina na no obje objeto to comu comum. m. Tent Tentei ei acha acha valor valor plastico plastico dest destes es frag fragme ment ntos os de noss noss vida vida mode modern rna. a.
ez nn
c o p l t ad ad a p e o s u bi bi s a s
defini definicao cao de beleza beleza feita feita por Lautre Lautrearn arnont ont 134
d es es ar ar ra ra nj nj o e sp sp ec ec ia ia l e n
s en en su su ai ai s d e f am am o
encont encontro ro casual casual num
surr surrea ea
na trin trinch chei eira ras, s, Guil Guilla laum um
onde onde fo poss possiv ivel el ur dile dilema ma evoc evocad ad em su form form mais mais niil niilis ist~ t~ q u e st st a u bj bj ac ac en en t t an an t s u r ea ea l s m q u n t n a e t o gr gr af af i
u rb rb an an o d e B a d el el ai ai re re , o s s is is te te m t ic ic o
.... ....
E m u a l as as si si c Hist Histor or of surr surrea eali lism sm (196 (1965) 5) Maur Mauric ic Nadeau Nadeau frisou frisou impa impact ct da expe experi rien enci cias as na guer guerra ra na form formac acao ao do fund fundad ador ores es do movi movime ment nt surr surrea eali list st Bret Breton on Elua Eluard rd Arag Aragon on
to ac Ver cIarame cIaramente nte Ve cada cada cois cois
tr
dest destru ruti tiva vas, s, esta estava va
cult cultur ur
f TN O R AF I
como como arra arranj njos os arti artifi fici ciai ai susc suscet etfv fvei ei um anal analis is dist distan anci ciad ad um comp compar arac acao ao co outr outros os arra arranj njos os poss possiv ivei ei cruc crucia ia para para um atitude atitude etnografic etnografica. a.
aber aberta ta entr entr
Em narr narrad ador or", ", Walt Walter er Benj Benjam amin in desc descre reve ve tran transi sica ca de ur modo modo trad tradic icio iona na de comu comuni nica caca ca base basead ad numa numa narr narrat ativ iv oral oral cont contfn fnua ua
chuv chuva" a" Ve
S UR RE Al IS IS M
n o d et et al al h
de um
Ante Ante da guer guerra ra Apol Apolli lina nair ir havi havi deco decora rado do se studio com " fe fe ti ti c e s a fr fr ic ic an an o e m s e l on on g p oe oe m Zone este este obje objeto to e ri ri a i n o ca ca do do s c o " de de s C hr hr is is t d 'u n a u r e f or or m 'u
13
EXPERI£NCI
autr croyance". Para grau
S OB R
ETNOGR\FIC
Oceani
vanguard parisiense
Africa (eem meno
America) fomeci um reserv de outras fo~mas
etnografic surrealista, crenca de qu ou~r~,s~ja.e.leacess,ive atrave do sonhos do fetiches ou damentalzt primutve de LevyBruhl, er ur objeto crucia da pesquisa modema Diferentemente
um experienci
umfrisson circunscrita do bizarro, surrealism
mo~emo
etnografia partia de um realidad profu.ndamente quest~o~a~a. O s u tr o a p r ec ia m a go r c om o a lt er na ti va s h um an a s e~ Ia s modern relativism cultural tornou-s possfvel como artistas escritores se dedicavam, ap6s guerra ajunta "pedacos de cu1tur d e o va s m an ei r s , s e c a p o d e e le c e xp an d u -s e d ra ma t camente. As sociedades "primitivas" do p1anet estava cada ve mais disponfvei como fontes esteticas, cosmol6gicas
po um experienci
basi~amen~
incongruencia. Abaix (psico10gicamente) alem (geogr~flcament~ da realidad ordinari existi outr realidade. surrealismo partico
A FI C
inclufam um cert Paris. Su atitude, embora comparavel aquela do pesquisado no campo, CI!!~j_~l!_t~rnll!_c()mJl!:_~nsf~~!_()_!laofamiliar tendia trabalha no sentid inverso, fazend familiar setomar-~stranho.6 contraSte~defatogerado po urnlogo continuo e nt r; o f am i i a e s r an h d o q ua l t no gr af i s ur re al is m eram dois elementos. Este jogo cultural qu esto tomand
constitutivo da modern
situacao
como base de me estud~
u nd o d a c id ad e p a o ui s A ra go n Paris, o u p ar a B re to n e m Nadja, do significativ significativ po sugerir, para alem da veneraca tedios do real possibilidad de outr mund mais miraculoso basead em princfpios radicalmente diferentes de classificaca ordem. Os surrealistas freqiientava Marchi au puces, grande mercad da pulgas de Paris, onde se podi redescobri os artefato d a c ul tu ra , r em ex i o s r e r ra nj ad os . C o s o t e s e p od i t ra ze r sem Iugar definido =ready-mades, tais como prateleira de garrafas deMarce Duchamp, objets sauvages, com escultura africanas ouda Oceania. Esse objeto retirado de se contexto funciona e ra m p e a s n ec es sa ri a
lhav essa situacao ironic
ET
cientificas.
E ss a p os si bi li da de s a se a a m- s e m 1 g r na i q u u r e 1h o "orientalismo" elas requeria etnografia modema contexto do p6s-guerra estava estruturad
5 U R EA I S
etnografia relativista.
melhor suspende
ar
studio da vanguarda
descrenc
ao considerar as praticas
osexcesso do "etn6grafos" surrealistas importante entende su form de leva cultur serio, como um realidad contes
dif~:ent~
tada um form qu incluf ridicularizaca embaralhamento desua ordens Isto muit necessario se se quer penetrar no meio
e vi de n e me nt e d a t ec ni c d e p es qu is a m p c a d e m a i en ci a h u a n q u n a F r n c f o c ha ma d d e e t o lo g a , n a n gl a e rr a d e
qu gero orientou tradicao academic francesa emergente. De form mais geral, mais aconselhavel na descarta surrealism
antrop~logia social na Americ de antrop~logia cultural Esto me referind um predisposi~a cultural mats geral, qu atravess
muit rapidamente, tomando- como frfvolo, em contrast co pesquisa antroserieuse cienci etnografica. As conexoes entr p oI 6g ic a p es qu is a e m l it er at u n a a rt e s e p r f or t e st e
termo etnografia, tal com
a nt r p ol o i a m o e r escrit do seculo XX
~stouus~n.doaqui,
q u e st a c i n ci a p a t il h c o r t, e ~ rotulo etnognlfico sugere uma caractertstica ~~s
s u r ea li sm o
c ii m l ic e e cr et a d a e tn o r af i
p ar a
b er n o u
para ~tensament
interessados em mundos ex6ticos entr os qUaI eles
expressa
do sentid do seculo XX
13
EXPERI£NCI
ETNOGRAFIC
SOBR
Mauss, Bataille Paris, 1925 a'Revu
Metrau
negr
temporad no Theatr de Champs-Elysees seguindo os passos da Southern Syncopated Orchestr d e W . H . W el lm o spirituals
jazz arrebata
burguesi
de vanguarda, qu toma de assalt
primitivo, selvagem ... completament modemo Pari da moda l e a d p e s o p ul sa nt e d o a nj o e l e ns u J os e h in e B ak er , " a s e b an do na r a o i tm o d o charleston" (Leiris, 1968:33). Paris, 1925 ur rnicle de academicos
Paul Rivet, Lucien
Institut de'Ethnologie.
Pela
primeira ve na Franca existe um organizaca cuja preocupaca principa treinament de pesquisadore de camp profissionai publicacao de estudo etnograficos Paris, ]925 quando do Primeiro Manifest
Surrealista,
rnovimento comeca se tama conhecido. Franca esta engajada n um a g u r r m e o r c o e be l e s a nt i o lo ni ai s d o a rr o o s banquete em hornenagem ao poet simbolista Saint-Pol-Roux ur tumult irromp entr os surrealistas os patriota conservadores. sa lancadas eclode ur "Vive l'Allemagne!"; Philippe
Acusacoe
denunciand
Franca para um multidao crescente. Segue-se ur
t ur nu lt o L ei ri s q u s e l i c ha d
p re s
l ge ma d
p el a p ol i i a
(Nadeau, 1965:112-114). coincidencia de datas. Po exernplo quando Leiris cuja evocacao rnovirnento s ur re a i st a n o f i a l d a d ec ad a d e 2 0 u sc a d e m a a pl ic ac a mais concreta para se talent Iiterari subversive parece natura p ar a e l
s tu da r c o
M au s n o I n t it u d e' Et hn o o gi e
se to ar
SURREALISM
e xp e i ca o f ra nc es a i ss a D ak ar - j ib o t i d e 1 93 1- 1 3 3 etnografia cientffica ou pelo meno academica, na havi aind a rn ad ur e i do . e u e se n o lv i e nt o n o n fc i d ec ad a d e 3 0 t ra ve s d e s uc es so s a i c om o a o d i u lg a e x e di ~a o a ka r Djibouti er continuo ao do surrealism do anos 20 As energias organizacionai de Rive ensino de Maus eram fatore domi nantes Discutirei as realizacoe institucionais de Rive mais tard d if us a d e M au s r n i s d if fc i d e d ef i i r j a q u o ma v f or m d e um inspiracao oral atrave de su atividade deprofessor na Ecol Pratique de Hautes Etudes no Institut d'Ethnologie francese ante de meados dadec~d de 50- co notave exceca L ev i- St ra us s b en ef ic i u -s e d o e st fm ul o i re t d e M a s s N a e rs p c ti v d o e gi m n te le ct ua l d e h o e , u an d u bl ic ac a f ei t t e d o e m i st a u r p re mi o nd notavel,
se
a us s c ol o a v
q u n d q u l qu e i de i d e v a o r
duvida como vente, perceber
enorme energi
e m s ua s a ul a n a H au te s E tu de s
qu
m a o lh ad a n o
Annuaire da Ecole, onde os resumo do cursos eram registrados, revela exrraordfnan riquez de erudicao analis disponivei par~ un pouc~s estudantes em anos alternados se t:epeti9ao muitos do quai nunc fora publicados Maus ofereci cursos sobr topico qu ia desd xamanismo siberiano poesia oral australiana, passando pelo ritual polinesi da cost oest da indi imprimindo se profundo conhecimento sobr as religioe oriental sobr Antiguidad Classica Os leitores do ensaio de Maus p ag i
r ec o h ec er a
las a m l it ud e d a r ef e e nc i s ; p er de ra o
e nt an to , s u p r s en c d e e sp fr it o suas performances orais.
u a v er v
dar-e-recebe
de
Maus er ur pesquisador. El treino ur seleto grupo. Na exotic enta em moda outros etnografos qu sepreparava
13
ETNOGRAFIC
para
EXPERI£NCI
SOBR
ETNOGRAFICA
ir par camp (algun do primeiro em vias de se transformare no segundos), seguiria Maus de sala em sala Na Hautes Etudes n o I ns ti tu t d ' t hn ol og i p os te ri or me nt e n o o ll eg e d e F ra nc e
a us s
ETNOGRAFIC
que lembrava da fala de se professor: S eu s s il en cl os . s e p os s c ol oc a d es s f or ma , a o p os s f or ne ce r u m i mi ta ca o t an to s a n o s e p as sa ra m t en h u m i ma ge m i de al iz ad a d e M a u s ; m a e l c on st ru f s ua s
sempre tours eruditos loquazes provocativos atrave da diversidades culturai do mundo. As aula de Maus na eram demonstracoe teoricas Elas enfatizavam, na su form divagadora fato etnografic concreto Maus tinh ur olha acurad para detalh significativo. Aind qu el propri nunc tenh feit trabalho de campo, Maus er eficient em leva seus alunos fazere pesquisa de primeira ma (vej Condominas 1 97 2a ,
SURREALISM
de
ug ia
i nf le xi ve lm en te . elasticidade
e u d i c ur s
as
e cl a
la
e r t od o e l a rt ic ul ac oe s
maio part de suas frases soavam vazias
p o q u d ig o q u a s c oi sa s
a i c ar ac te rf st ic a
e ra m e u
silencios,
9 47 )
Se ensaio "A tecnicas corporais" (1934) da alguma pistas explicacoe
essencialmente um long list de coisas qu pessoa em diferentes partes do mund
faze
com_seus corpos
crianca acocora-se_l)Ql1llalmente. Nos nao sabemo mai n o a co co ra r C on si de r r id ad e d e n os sa s r ac a
i ss o u r a bs ur d c iv il iz ac oe s
um
o ci ed ad e
textuais sobr autore qu haviam trabalhado
n a S ib er i c o o s g il ia k au es es es
i gu a
e s a , n a p o m ui t
le
i nf er io -
f ra nc e
comparacoe
( p 2 19 - " ,
o u g ol di e ia
co
co
e mb r is
d e s es so e
t em po ; M au s
t ra du zi a
c o e nt ar io s q u f az ia m
qualquer cant do planeta. Su erudicao
220, ed bras.) N a h a n ad a m ai s v er ti gi no s ab babuchas
as
po
eq li ar
em
Tentei ver, fazer, na compreendo
ee
om
ho
rd
ue
ar
imimeros fatos. (p 229)
d a c iv il iz ac a
s ab e q u
d an c e nl ac ad a
o de rn a d a u ro pa .
qu
coisas inteiramente naturais sa para no historicas Alias, mund
inteiro, exceto
para nos, (p 228)
n dr e L er oi - o ur h n ,
h is t r ia d
historia lernbr de se professo 14
e sp ec ia li za d
como ur home
a us s n a
e s r ev e
l i r os .
ua
Oeuvres (1968-69
sa
tai com "Ensai sobr dddiva "Esboc de um teoria gera da magia" f o a m u bl ic ad a n o Annee Sociologique magna, um dissertaca
u r p ro du t
qu de on tr
sennos capaze de dize nofim da contas como conseguido se ta cativante. (1982:32
composta de ensaios, artigo academicos intervencoes feitas em encontros, incontavei resenhas de livros Classico condensado
Higiene da necessidades naturais Poderia aqu enumera
p re ci s
el tinh
Tampouco
saltos altos. (p 225)
E nf im ,
realment
d o q u v e u r k ab il e d es ce r
n a p re -
de "confusa
sobr
prece, permaneceu um coleca
de rascunhos, ensaios, fragmentos
notas. Assi
obra sinteticas sobr
n a a o T al ve z p or q
f ac il m n t r el ac a m en t
te
d in he i
u a a te n a o d es vi ad a
tambem outras
r a b as t n t
ta ta
i sp er s
em
c o p ro mi ss o l ea ld ad es . E l d a u la s c on s a nt e l ev o n o c on cl u n d r ab al ho s c ol e a s j a f a e ci d
(Durkheim, Robert Herz Henr Hubert), Pro-Dreyfu
socialista 14
S OB R EXPERI£NCI/\
na tradicao de Jaures, escreveu paraL' Humanite participou de g r v es , e le ic oe s d o m o i me nt o e l a u ni v r si d d e p op ul ar . contrari de Durkheim se tio, mais austero, Maus er gregario boernio, algo assirn como ur bon vivant Alguns lembra tros
de Maus como ur leal durkheimiano Ou
veer como ur precurso do estruturalismo
Alguns
veem
principalmente como ur antropologe, outros como u~ historiador. O ut ro s a in da , c it a d o s u r af ze s a bi ni ca s s e t r m a e nt o e m sanscrit
se etem interess em ritual
alinha
co
os estudio-
coerente visa socialista-humanista Alguns brilhant te6ric de gabinete Outros lembra do agud observador c il ia ve is , a s n a s o a rn . A s p es s a s u e recordam sempre parece acha nele alguma cois dela mesmas (de Leroi-Gourhan,
1982:_~~,:33):
eu ic a ce r a d russa, Debora Lifchitz
nazist al coerente
de ur modo
compani-las par determina
la
au
un
en am
contetido ru
um
t ot a d iv er ge nc i
142
l og o d es co nf i
de Metraux, Metrau vi su paixao pela etnografia confirmada pelo desejo de se amig de expressa que, de acordo co Leiris eles tinham em comu "urn violento ardo pela vida combinad co um conscienci impiedos de se absurdo" (Leiris, 1966a:
d a m an ei r
d es cu id a
co
1957:14,
od
e r v is t c om o r nb l m at i
ao
es
d a s im il ar id ad e
Metraux, 1963:677-684).
d a c o t ig ui da d
q u m an te v
d u a do u a , s e
e tn og r f i
f ra nc es a
vanguarda.
L' erotisme,
r an s r es sa o
transgressao na nega um interdicao el
Bataille introduz co
transcende
r as e " A completa".
Metrau especifica qu su f6rmul caracterfstica apenas um p ar af r s e u r d aq u l e p ro fu n o s a fo ri sm os , m ui ta s v ez e
tipo peculiar de estimulo intelectua
dado pelo grande pesquisado
(Bing, 1964:20-25). Send ur temperamento cuidados M et ra u
contido, quas puritano em tom, embora co ur faro para isolar detalh significativo; outro, provocativo, arrojado, nietzscheano nt complementares enquanto Bataille er respaldado pela erudicao
a pf tu lo -c h v e d o l iv ro , s ob r
em seus seguidores.
se espalhav
ta difusa na presente geraca de criticos radicais escritores er a ri s ob o s d oi s a mi go s n a o di a s e m ai s d if e e nt e u rn ,
u m p al es tr a p o v ol t d e 1 9 5 .
e nt r it
q u e le s a no ta ra m Este segredo, acredito do real encant qu el produzia
Ur exempl de como
havi estabe
m ai s i nf lu en t i vr o d e B at ai ll e f o s e l ti m t ra ta d o br ad e B at ai ll e m od o L'erotisme ( 19 57 ) S u o ri en ta ca o geral, pode remontar Maus atrave do qu Metrau cont sobr
al
porque
a nt ig os . B er n h av i
na Ecol de Chartres Metrau
lecido um duradour amizad co George Bataille idiossincnitic academico, ensafsta pom6grafo, cuja influencia tern sido
em dialog co
terminav nu horizont aberto Mais tarde, ur registro eu cu oi pu ic do ur gr es an ai
Enquanto estudant
if'
co eg qu morreu na deportacta
tomarfamos nota alternadamente
qu no deixass
de Maus
E TN OG RA FI C
etnografic er usad pelo primeiro surrealistas El devoto su vida Sidney Mintz (1972:2), pesquisador de campo dos pesquisadore
252; ve tambem Bataille
P o u r p en od o d e d o i a no s q ua nd o e u f az i q ua s t od o judi
S UR RE /\ lI SM O
ETNOGRAFIC/
de camp
o nf u a o d e s e a lu no s" . e tr au x e s u ta r a us s d iz er , u m p al es tr a q u o s t ab u f o a m f ei to s a r s er e v io l d os " E st e
empfrico
tema qu Bataille frequentemente repetiria, tomou-se um chav
qu
fato 143
E XP ER I ~N CI A
pa
eu
S OB R
E TN OG RA FI C A
en am
eg
q ua nt o r an sg re s a o E st a o g c a s e g ra s ad o r e rn p su parceira as perversoes Na paIavras de
forma, manifest conexa inevitavel de emocoe conflitantes [citando Bataille] 'So irnpact deurna emoca negativa, devernos obedecer
interdi~ao No
(Metr~ux
1963:682-683; Bataille, 1957:72-73) p ro je t
violamos se
d e B at ai ll e d u a n
t od a
emocao fo positiva'" s u v id a f o d e r n s -
depoi ur critic do grupo de'Breton) Ur de seus pr!rneiro t~xtos so~r arte pre-col~rn~Iana
na al bo co ux RI et ap sacriffcio hurnan ("Para os asteca mort nlioer nada )justapoe de modo surrealista b e feio, normal repugnante. Assim, TenochtitIan
simultanearnente ur "matadouro humano
rnaravilhosa "Veneza" de canais
um
flores As vftima sacrificiais
d an ca m c o g ui r a nd a p er fu rn ad as ; o s e nx ar ne s d e n o c a ~ u s e j un ta va r p o c au s d o a ng u q u e sc o r i belos (Bataille 1 93 0 1 3 " To d e sc r t a i xo " d i s e A nt on i A r a ud , o ut r renegado surrealista, qu deixaria se propri
sonh de Mexico
Franca para ir ao encon~ro.de
cortejando
se basear intensarnent er Maus Lapart maudit (1949) ap ca bo ad posteriorment em Uvi-Straus~A 16gicadesenvolvida po Bataille qu ao de xp ar irnportant na rela9a entr
aq ec ur co ad analis cultural prirneiro surrea-
Iisrno na Franca El liga n te x posterio de crfticos radicais incluind Barthes, Jacque
Derrid
l Y, al e e ss al ta r q u et
grupo Tel Quel
o la b
er
A r a ud , 1 97 6) . Q ex ot ic o e r ~ nc lp a ~ !~ ~~ ~L il lc . co racionill..JLbe1o interess de Bataille peIo sistemas culturai do mundo, afinal f0 bern alem do rner deleit ou escapisrno Ao contrari da rnaioria
ar
explorad financeirarnente canalizada no interess da cienci d a e du ca ca o d o p ub li co . R iv et , i mp re s i on ad o c o sucess da rnostrapre-colombiana de Riviere, contratou- irnediatarnente para reorganizar Trocadero, cuja colecoes estavarn rnaltratadas em tota estado de desorganizacao abandono Isto era cornec de urna produtiva colaboraca entre os dois principais animateurs de instituicoes etnograficas francesas, qu iria resultar no Muse de e, us de et de on op es de Rivier (vej Riviere, 1968 1969 A nt e ei continuava
d o p le n
an
d es en vo lv i n en t
do se
fundamentalment
hn foru
g ie ,
d es ta s n st it ui co es , n o os cu
au
crucia para urna ernergent etnografia.
distinto do surreaIisrno,
da ordern coletiva basead
so esse prisrn um conhecid
144
ex os ao
e xi bi ca o h av i s id o
qu c r a ca o d e i n t i u ic oe s d e p e q u s a a nt ro po lo g c a r eq ue r u rn a o nd a d e e nt u i as rn o p o c o s a e x6 ti ca s T a r no d p od i s e
gostos tant de Metraux quant de Bataille
pa do qu
da pr
n a F ra nc a
dos surrealistas el trabalhou em direcao aurna teoria rnai rigorosa na dupl logidl da interdicao Sernpr
n a q ua l M et ra ux ,
organizada po Georges-Henr Riviere, ur estudant de musica rmisic amador dejazz, que se tornaria mai vigoroso museologo etnografic frances. Rivier er 'ber relacionad socialrnente Rivet er politicarnente. Este ultimo cornpreendi perfeitamente
lou~ur entre.os Indios
t ar ah u n a
an ur ca Michel Foucault Roland
c o e ca o d e e ns ai o
p op ul a d e a rt e p re -c o o mb ia n
tifica valoriza esta "ernocao positiva da transgressao em toda a s s ua s v a i ad a f or ma s n i t o e l f o c oe re n c o e u p as sa d u rr ea li st a ( No s a no s 2 0 B at ai ll e o i p ri rn ei r u r a ss oc ia d publi ados er parte de urna£oletane
E TN OG RA FI C
nuou
b i a le n
possivel reprirnir a s a s i na to , o u i r p a r g ue r a ; a mb o o s a to s a o p ar a B a a il le , g er ad o p e i nt er di ca o d e _m at ar . A , o . rd er n c u t ur a n cl u t an t ap ca as as normalidad sexual
S UR RE AL IS M
capaz de estirnular os revelador considerar
evocacao de Mauss:
e st av a a ze nd o n a e tn og ra fi a a ca de m c a e l c on ti -
145
SOBR EXPERI£NCI
a, i mp en sa ve i en resultad
ua au a fl or av a ad
E mb or a e l ue
ai
om
fo se e,
ETNOGRAFIC
u it a
Taxonomias
ac v ez e
Picasso" publicad de Maus (1930)
av
de profundo insight, gratificav
s ub st an ci a p ar a
se ouvmte de
a ta il l h av i juntamente co
fund do fenomeno socia
q u s e h av ia , c om o e l d is se e
a lg u
nu periodic de vanguarda, um declaracao publicacao em questao, Documents, er um
requintada revist editad po George Bataille El no apresent r n e xe m l o r ev el ad o d a o la bo ra ca o e tn og ra fi c s u r ea l s ta .
e se s d e p en sa me nt o f ru tf fe ro , E m tars
casos sente-se qu se alcancou
l ug ar , "touche le
e ix ad o Robert Desnos Leiris Artaud Raymon
Quenea
roc". Bste constant esforc em direcn ao fundamental, e st a v on ta d d e d ec an ta r u m m ai s v ez es , u m e no r m ai s p ur o m at er ia l
varies outros durant os cismas de 1929 su revist funcionava co u r f or u ar v is oe s i ss i e nt es . A l i ss o e l t in h
permanecesse
atrairia colaboraca de futuro pesquisadore de camp tais como r ia ul e n dr e S c a ef fn e e ir i a ss i c o R iv ie r Ri et
explic
preferenci
publicada. (Levi-Strauss,
de Maus pelo ensaio
1945:527)
tendencia, em suas frases finals em retratar Maus como ur protoestruturalista. cornpulsaode alcancar fundo, de apreende apenas material mais puro urna aspir.a~a ma~scaracterfstica de Levi-Strauss do qu de Mauss, qu publicou relativament pouc na porque el destilav verdades element~~es, ma porque estava preocupado em ensinar, editar faze polftica po~que sabend
c ap a d e a r o mp le t e x r es sa o q u l qu e d el as " ( 1 7 2 1 2 descrica de Levi-Strauss do us provocativ pelo grande professo e tn og ra fi c
s o v e d ad ei ra , n o e nt a t o n o
discutindQ. u bv er si v
=-= qu
venh
verdad etn,ognifi~a par Mauss, e~amcansave~m:nte e la ca o re hd de u pe rf ic i i s u a r in ci pa l
tarefa er descobrir, em su famosa frase, asvaria "lunes mortes", palida luas no "firmament da razao" (1924:309) Niio ha,~el~~ sumari da tarefa do surrealism etnografico, um ve qu raza pleno potencia
146
SURREALISM
ETNOGRAFICA
humano de expressa
cultural.]
Missao Dakar- Djibouti logo depois do fi deDocuments, em 1930 Se Documents parece hoje ur estranho contexto para se difundir conhecimento etnografico, no fina da decada 20 el er ur foru perfeitament apropriado isto outre. [ se m d uv id a resgatar sentido, ou os sentidos da palavr etnografia
ta como
e r u sa d
d ef in i a ,
n o s ur re al is t
a no s 2 0 U m c ie nc i
s oc i
a te dr a u ni ve rs it a i as , n a e st av a i nd a t ot al me nt e f or ma d Examinando os usos da palavr numa publicacao como Documents, em om e vi de nc i e t o gr af ic a u m a t t ud e e t o gr ,* c podiam funciona servic de um crftic cultural subversiv~ subtftulo de Document Archeologie, Beaux Arts, Ethnographic Varietes qu destoava er palavraethnographie. Ela denotava u r u es ti on am e t o a di ca l d a o rm a ur paradoxal, ao insoliie. E l i mp li c v a t a b e
p el o a o e x t ic o a o u m i ve la m n t
numa reclassificaca de categorias familiares "Arte" co "A maitisculo havi praticamente sucumbid pesada artilharia do dadafsmo "Cultura", tend ma ma sobrevivid esta "avalanche" do pas-guerra er agor resolutament escrit co "c minus-
147
EXPERI£NCIt\
SOBR
ETNOGRAFICt\
psicologia mftica como "totemica" s ub li m vulgar eram tratados como sfrnbolo de igua import an ci a U m v e q u cultur er percebid pelo colaboradore de Documents como ur sistem de hierarquia t ar e d o c rf t c o r ad ic a r a objetivo de desautentica assi comuns
ruptur cubist co
cornpartilha co "alta"
morais
esteticas,
d ec od if i a ca o s e i 6t i a , o m expandir ou deslocar as categorias oscanones do~alism
surrealisrno
a b n do n
havi aberto
d a d i t in c
en re
"baixa culturas fornecia tant um font de altemativa
observac;:ao participante entr
as hierarquia
r ev el ad a
i nv e t ar i
d a p er sp ec ti va s
s o e m Documents.
po se
fica-se encontra ur artigo de CarlBinstein
auto doNegerplastik (1915)
ur relato pioneiro sobr escultur africana vist intitulado "Andre Masson etud ethnologique". estuda em 1929urn pintor de vanguard
lu do cubism qu significav
"etnologicamente"? Desd grit de batalh cubista-
surrealista: U m e oi s importante abalar li ad tr al in co al er
hi ar
a lu ci na t6 ri a mecanicos;
a br e
r ea li da d
al
ci
que ao lo
u m b re ch a n a o rd e
eles introduzem
n es t
habita-s
as
q u t in h in te
to
c ha rn ad o d e pt as ea
Para perceber
incita identificacoes co animais, ancestrais etc. (p 102) Um a su a a lu sa o E i s te i m as ca r ( af ri ca na s d a O ce an ia ? d o A la sk a S e p ub li c s ab i contexto no qual possibilidades ex6ticas ou arcaicas nunc esta rnuito long da superffcie da consciencia, sempre pronta oferecer c o f ir ma c; :
t od a
q ua l u e
r up tu r
om
"0
o rd e
d a c oi sa s
ocidental. No ensaio de Einstein notam-se dois elernentos-chave do surrealism etnografico: primeiro corrosiv analis de um r ea li d d e a go r i d n ti fi ca d
co
lo al
a r i fi ci al ;
ca
a ss i
H a u r t er ce i q u s e f ol he i
s eg un do ,
r i i cu l r iz a t es e e s e ti c d o a m n te s d e a rt e p ri mi ti v q u d uv id a d a p ur ez a d e r n t a b o b a u l p o q u p er so na ge m diferentemente tant do tfpico crftic de arte quanto do antropolog perturbadore sincretismos Griaul equacion deleit europe co arte africana aogosto africano po tecidos, lata de gasolina alcool arma defogo. Se os africano preferem na imitar nossos produtos da alta cultura, tant pis! conclui: tn
blocos de "a-causalidade
s id o a b u rd a e nt e e al i
d ad a c om o
a sp ec t d e t a t it u q u c ha m a t n ca o a s p a i na s d e Documents. Marcel Griaul
ia
n sa t
e st a i nt er e s ad a n o bela
er
ic
is
destas palavras absurdas EI tem, contudo, um te
as ad
retorno da criac;:iornito16gica,
pe in
no feio, no sentid
i ta r
o, qu
tensao do dualismos. (1929:95
Einstein
importanci
da metamorfoses da inesperada combinacoe de animal se humano em Masson "basta lembra da mascaras primitivas qu
d o p ro ce ss o
civilizaca,
As "forca alucinatorias" da pintur de Masson representam, de acordo co
ETNOGRAFIC
oferta de alternativas ex6ticas
vid coletiva. i ns tr ut iv o t en ta r f az e u r e tn og ra f c a
os significados da
5URREt\1I5M
retorno
tn
ia
it
ta
um "ciencia branea", isto
eh marcada po preconceitos-
moda ou produzit:l em massa. (1930:46
purament
148
imitativ
da forrnas" (p 100) Einstein descreve esta 149
SOBR EXPERI~NCI.\
Andr Schaeffner defend
algo semelhante nurn pesqui~a
a ca de mi c s ob r " Le ~ i ns tr u e nt s . d m u~ i u e d a : m' : 'et p ol og ic o L id as , p or em , n o c on t x t d e Documents, r e
: :r ~ q ui re m
se plen efeito subverslvo Seja
en
: ~ i ca ,
ob et
co eb
ar
a t e io s
u e c 1a ss if ic ac ;a o
d
rm seja su eXlstencla
, . P ar a e ss e p ro po s I tO , ~ u a de m u n
e 16 di co s o u p ol if 6n ic o
de um VI In
ou ur
to;idade pioneira em Stravinsky viria, ed
atrave do Jazz, secao de etnomUSlC ogi atitud "etnografica
I'Homme.
proporcionav
u~ e~tt~od :~~:l~
mento cultural cientificamente validado, a:~dls,~n~Ut~te~?~belez~" s c
e v e n colaboradore
conhecimento cultural em "citacoes" justapostas, ur pressupost de Documents. e ul t r a to a lg o s e c ol et ad o p ro pr i Documents um especi de exibicao etnografic de imagens, textos objetos, rotulos, um divertid muse qu simultaneament coleta reclassifica seus
s c
o "
: .
e ,
. Documents. mais ra lC~:Sd: estrutur organi a, de inte
gra~ao funcional, totahdad
ou cO:~:~acronismo,
j us ta po si c
.
uzir som
violao. (1929:248)
pelo
ETNOGRAFIC
especimes.
is i mi t v o nenhum instrument musical-
m et 6d ic a
os
SURREALISMO
ETNOGRAFlcA
de semiotica.
f or tu it a culturai
i ro n c a
a r a nj o a de qu a
o s s fr nb ol o
constantemente post em diivida.
nada co fotografia d o p es ; a rt es a a t
c ol a e m a r e fa t
"alta" arte comb i-
repulsivamente ampliada de enorme dedo o pu l r ; c op ia s d e Fantomas
misterio muit conhecida) cenarios de Hollywood; mascaras afri canas, melanesias, pre-colombianas tambem mascaras de camava francesas; relato de apresentacoe de music halls; descricoes do matadouros de Paris. Documents r ev e a , p ar a c u t ur a c id a modern a, museu etnografico: q u v a j un t om escultur deve se isoladas como tais ouexibida aolad de pote c o i nh a I am in a d e m ac ha do ? ( ve r L ei ri s 9 66 b a ti tu d etnografic deve continuament propor esse tipo de questoes compond decompondo ashierarquia relacoes "naturais" da cultura. Um ve qu tudo numa cultur e, em principio, considerad valios para coleca exibicao questoes fundamentais de classificaca valor se apresentaml
Documents observamos
us
u st a o si ca o
et o-
grafic co proposit de perturba os sfrnbolo estabelecidos. m a s e~ a r eg ul a d a r ev is t u r s si m c ha ma d i ci on ar i d e
p~ao ~e cUltur~po~e se ~~;:~:de
codigo artificiais, identidade
definicoes inesperadas.
~:~~~:~~ ~uo~:~o:r~~cetivei inventivas: sb
r.~cao:~::~~:~
composicao de ur corp humano ferr obastant para faze um unha acucar b a t ar it e p a u m x fc ar a d e c a e , m ag ne s su i-
concepca seu etnogra
0"
t~:;;:~:::,
os
ressaltada no titulo de-Schaeffner, deurn m~ e A mai important
ci nt pa
verbet da palavr
t ir a u m f ot og ra fi a
alvo favorito Junt co
a ss i
um variedad
va
"homem
a lo r d e
caracte-
e rc a o :
de outras entidade "natu-
15
EXPERI£NCI
SOBR
ETNOGRAFICA
rais", ele recodificado nessse processo posto em diivida. Robert Desnos contribu co ur desconcertante inventario da formas retorica existentes respeito do olho se verbet para variavel sfrnbolo "rouxinol" comeca assim: "Excet em caso especiais, i st o a o t er n n ad a v e c o r n a s a ro " ( De sn os , 9 29 : 1 17 ) Crachat, "cuspe", africano
redefinido po Griaul atrave de dado
islamicos, co
Europa naturalmente
resultad
de qu
u s i r v er n
cuspir na cara de alguem
se
absolutamente
SURREALISM
ETNOGRAFIC
um exibicao de escultur africana proporcion ur maio deslocae nt o v is u d o o rp o " na t r al " t a o m o nc eb i f or m realista no Ocidente. corpo, como um cultur semioticamente imaginada nao um totalidade contfnua ma um montagem de sfmbolos codigo convencionais. Documents, particularment em se us de fotografias, cria orde deuma inconclusa colagem, mais do qu deurn organism unificado. Suas imagens, co se brilho equalizado se efeito de distanciamento apresentam no mesm plan aminci de ur
desonroso; na Africa Ocidenta pode se um form de benc;ao. cusp funciona como alma balsam ou lixo (Griaul~,.1929). Ao etnografo, como ao surrealista, permitid chocar Leiris toma definica de Griaul va alem cuspe, semelhant ao esperma,
show no Chatelet um cena deurn filmed Hollywood, ur Picasso, ur Giacometti um foto documental da Nova Caledoni colonial u r r ec or t o ma l m a a sc ar a e sq ui mo , r n Old Master um instrument musica iconografi as formas culturai do mund
associado no Ocidente inteligencia linguagem. cuspir assim ressimbolizado denota um condicao de sacrilegio incontomavel (Leiris, 1929). Nest defim~ao novament recomposta fala ou
Evidencias, pode-s apenas dizer, de surpreendentes ordens culturais e sc l s s f i a da s u m e xt e s a g a n ve nc a rt st ca
pensar
tambem ejacular.", Um abordage
da representaca
po meio dejustaposica
:77). e u r op os i e r o mp e o s " co rp os " o nv en ci on ai s o bj et o i de nt i a de s q u s e c o b in a a m a r r od uz i qu Barthe h am ar i e p i s d e " l' e f e e el " (1968) Em Documents, justaposicao das contribuicoes, especialment de s~a.si~ustr~c;oe fotograficas er destin ad provocar essa desfamlhanza~ao. r i e ir o n i r o d e 9 2 o m c a p o e x p lo , c o r n r ti g Leiris "A recentes tela de Picasso" profusamente ilustrad co fotografias. (Esses eram os anos em qu Picass pareci esta quebrando entortando de maneir quas selvagem form normal da estrutur hurnana) Essa imagen deformadas sa seguidas po "O parias da natureza", de Bataille um caracterfstica apreciacao de sere huma os co
alguma anormalidade ffsica ilustrad
gravuras do seculo XVIII, em pagina inteira, mostr~nd ia
15
se
P ro xi m
es
r t g o u m r es e h a c o
po
ge~eos
lu tr ca
hum~~a Esse estranho muse merament relativiza um perversa colecao.
documenta, justapoe
.0~u~e do su~ealismo etnografic seri melhorad adap tado msttruicoe mats estaveis contfnuas. Em 1930 Documents
qu se tomara cada ve meno reconhecfvel como um revist de a rt e f o b an do na d e l s e p ri nc i a l a t o ci n d or . r e n o depois um categori reconstitufda, facilmente identificave hoje Minotaure, Dedicada beleza, Minotaure na publicav nenhum fotografia de matadouros, Movieton Follie SUbStltU1~.se ~egundo mimero dedicado equipe da expedica a ka r j i o nt ] p o e po rt a e m b el am en t i l s t a d o br e u a pesquisa na Africa (Griaule 1934b) Minotaure subsequeniemente
'.
etnograficos Os artefato de alteridade fora substitufdos em geral, pela categori "surreal de Breton alocad no inconsciente mftico ou psicanalftic
muit facilmente incorporad
po nocoes
15
E XP ER I£ NC I
E TN OG RA FI C
S OB R
romanticas de genioartfstico oude inspiracao concret? arte:ato cultura nao er mais chamado desempenhar ur papel d~sruptlvo iluminador arte modema etnografia haviam emerg~do como posicoes totalmente distintas, em contato,
certo, ma distantes.
Focalize mais extensamente Documents exemplific co clarez Impa as principais,areas de convergencia e n r e e tn og ra f s u r ea li sm o d ur an t d ec ad a d e 2 0 p o q u varies de seus colaboradores se tomara influentes pesquisadore de camp
organizadore
de museus.Documents
revela t~~bem
e m u a s ub ve rs iv a q ua s a na rq ui c a t t ud e d oc u e n a r a , u r horizont episternologic para os estudo culturai do seculo~. Se Documents precipitado descarta-l par
ti c i
s.sfv_el" , n a como um aberr~~~o um cnacao pes~oal 63
"I'
'3
verdade, exemplifica um ex!~ ad ao an
EI
sensibilidade (rnais cara~te~lshc qu
vezes reconhecido ao carater sobredeterminad do qu ~aus Iwv~ chamad de "fatos sociai totais (1924:76-77) A.reahdade apos o s u r e al is ta s a no s 2 0 n a
p od e
j am a
como simple ou continua descritfve
e r v is t n ov a e n~ e
empiricament
ou at~ave
in subjacente quando observou como gostav de fazer: "A etnologi como oceano. Tudo qu voce precisa de um rede qualque~ e sp ec i
d e r ed e
a t s e v oc e e nt ra r n o
a r. e o ga r
r ~d e v oc e
1973:284). usee de I'Homm
ce mundiais pode se narrad como historia de dois muse~s velh T ro ca de r n ov o u se e d e ' Ho mm e e xe rc e a m m po rt an t
154
influencia tant pratic
S U R E L IS M
E TN O R A I C
como ideologica no curs da pesquisa
n a c om p e en sa o d e s eu s r e u l a do s S e co seus objeto de arte ma classificado
a" os ma rotulados, corres
pondia estetica do surrealismo etnografico, Palais de Chaillot completament modemo encamava emergente paradigma acadsmico do humanism etnografico. Os ganho cientffico represen tado pelo Muse de Homm eram consideraveis. EI proporcionava tant facilidade tecnicas necessaria quanto igualmente necessario deJineamento de ur camp de estudo "humano", em toda as suas manifesta~6e possibilidad temente
ffsicas,arqueol6gica
etnogra-
de urna acumula~iio de conheciment
fato doprogresso acade~co
qu
conseqiien
menos reconhecido,
ao meno na ciencias huma as qu qualquer consolidar;iio de ur paradigm depend da excIusao ou da subordinar;a aostatus de "arte" daqueles elemento da disciplina em transformar;ao qu questionam as credenciai ui co desordem.
da propri disciplina aqueIas pniticas Documents, am
de ad co o bj e o s e xo ti co s S eu s a rr an jo s e nf a i za va m co
ca o ca l
de ou
evocaca de cenario estrangeiros manequins vestidos, panoplias dioramas especime amontoados Ur jomalist podi es reve qu um visita ao muse er como "u voyage enpleine barbarie" (Dias, 1985:378). Um ve qu coler;ao seressentia de um visa desordem fazi do muse ur Ingar aonde sepodi irpar encontra curiosidades objeto fetichizados Fo Iaque Picasso por volt de 1908, corneco pesquisa seriamente l'art negre Quando fu pclaprimeira ao Muse
vez,po
insistenci
de Derain
Trocadero,
m e i mp re g o u
a r a nt a I ss o m e e p i mi u t an t q u
quis sair logo ma continue 1964:266)
fiquei estudando. (Gilot
E XP ER lf NC I
E TN OG RA FI C S OB R
"L Troca" er um curios cientifica coerente encorajava
bizantino-mourisca
apreciacao de seus objeto como
Primeira Guerra Mundial, quando tivas floresceu escandalos ur muse de "arte"
estrutur
entusiasmo pela coisas primi-
muse
se tomo
temporariament
me id u e o s e lh or am en to s d e R iv i r e n o i nf ci o d a e ca d 0 , i a s e e fe tu a d o muse comeco apresentar um seri de exposicoes de arte africana esquim da Oceania. mostra do objeto coletado pela expedica Dakar-Djibouti cairia voluntarie futuro etnografos como Denise Paulme senhoras elegante do 16 fllle arrondissement, amante do exotic ajudaram renovacao. muse estava se tomand chique Na inauguraca da sala dedicada O c a ni a m o e lo s a s g ra nd e c a a s d e m od a de Pari desfilaram vestidas ~x9tic sedutoramente. expedicg govern
da Fundacao Rockefeller, junt
empresario
m ec en a d a a rt e ( en tr e l es , R ay m n d R o s se l surrealist auto de Impressions d'Ajrique).
privados rico proto-
e qu ip e d e G ri a l e p ar a s u v ia ge m d e v in t m es es , u m f es t p a angariar fundos fo organizada po Rivier no Cirque d'Hiver, co u m l ut a d e b ox e p re s n ta nd o campea do pesos-pena "africano" Al Brown, co presenca dele tout Pari em trajes de da,
c am p a o s i u lo u u m l u
co
Marcel Maus -lenda na totalment improvavel (0 grande te6ric er ur born atleta s sa s h is t6 ri a
praticante de savate). a o i d i a d o a m i en t
entusiasmo pelaar negre. podi abranger africanas, r it u artefato
156
u ra nt e
e xt ra - i en t f ic o d o
de ad de 20
termo negre
moderno jazz americano, ,a mascaras tribai d o v od u s es cu lt u a s d a c ea ni a a t m es m
pre-colombianos. El tinh alcancad
as proporcoes do
S UR RE AL IS M
qu Edward Said chamou de "orientalismo"
E TN OG RA FI C
um bern articulada
i st or ic am en t v ag o a s e m t e m o s i b 6l i o s n i i da me nt e e x r ic o l 97 8 ) . n or ra o " fe ti ch e" af ri c n o te a lg u i gn .i fi ca d n o a no s 2 0 e l d es e re v i n a u m o da li da d crenca africana ma si modo pelo qual artefato ex6ticos eram c o s um id o e lo s a f c ci o a do s e u o pe us . m a a sc ar a o u m a r e u mi r u r u nd o d e s o h o p os si bi li da c l e rftmico, concreto mistico, incontido: "Africa"
a pa i e na do ,
Na epoc da expediea Dakar-Djibouti esse interess pe Africa tinh se tornad ur exotisme no sentid plen do termo. public
os museus estava
ansiosos po mais aquela mercadoria
levado promulga um le especial oficializand um ex edi9ao cuja tarefa principa oficia eraenriquece as colerroe da nacao, Missao Dakar-Djibouti satife essa demanda; trouxe dado qu podiam se contados mostrado (Jamin 1982a).1 fO etn6grafos partiram em 1931 co um estetica estruturadana c1b~a, um visa daAfric um cert concep (essencialment fetichista decomo "ela deveri se coletada representada Eles na viajaram ao modo do pesquisadore
de camp ingleses
americanos da epoca, co prop6sito de experienciar interpretar totalidades culturais distintas rapport estabelecido no trabalho decampo na versao deLeiri (1934) emerge como pouc mais do qu um
a nt a i a o m n ti c a ;
n o r e a t d e G ri au l ( 1 3 3
e tn o
grafia retratada com urnprocesso atravessado por dramatizarroes manipularrao de papeis no qual poder uma quesrao central (Vercap. destelivro Clifford 1988 cap. 6) Mesm no trabalho posterio de Griaul seus colaboradores, qu va alem do colecion~mento museo16gic h a p o c o s fo r
domino
n o s en ti d
d e m a r ea l d ad e a fr i a n
osprimeiro tempos da missao
d e p re s n ta r G ri a l e e nf at iz o
quis em grupo, incorporlmdo multipla
m a e rs a u ni f c ad n f o t em en t
perspectivas
p es -
livr do
,I
S OB R E XP ER I£ NC I
intervalos
descontinuidades
Na ur IJ
de um apresenta~ao documentaria
processo de pesquisa qu eomeco
co
Missao Dakar-
Djibouti produziu um da mais completa descricoes d~urn g~po tribal (o dogo seus vizinhos jamais registrada Aind assim, como assinala Mary Dougla (1967) quadro est curiosamente "distorcido" Na podemo nunc perceber po exemplo, como v i c ot id ia n c on du z d a c om o a s d ec is oe s p o i ti c ci cu stanciais sa realment tomadas. m a e nf a e x g e a d n a elaboradas mutuas referencia da teoria nativa sobr modo orde
S UR RE AL IS M
E TN O R AF IC O
E TN OG RA FI C
cosmic qu aspir
abarca todo gest
detalh do mund
profano. extraordinaria beleza pode conceitual da sabedori dogon, conhecid em toda su amplitud apenas poru pequen grup de pess as mais velhas nunc satisfaz incomoda pergunta conjunto de documentos esempulosament explicados do quai,s mais importante mit cosmogonico, manifestamente construid pelo dogon. Poucos esforcos sa feitos no sentid de u~>felat naturalista, maneira, digamo's de Os argonautas de Malmowskl na verdade, no desperta da fragmenta~ao surrealista, qual seri utilidade disso?
e nc o t r r a
s e v er d d e r o l a
u m m us e
er
if re te
em
estrutur bizantin seri demolida para abri caminh ur predio de sonho, qu sublimaria anarquic cosmopolitismo do anos 20 numa monumental unidade: "humanidade" Muse deI'Homme urn nom que apenas recentemente se tornou multiplament ironico. era, na metade da decada de 30 ur idea astmiravel de significac;a aomesm temp cientifica polltica nova institui~a combinav
, o I n t it u d 'E t n o o gi e
a nt er io r e nt e
ab ig do
So bo ne u se u c o p un h u m m a e m l i e r s in t t ic a h o e m" , u m i sa o o n e b d a p o iv t, qu ar ic la nu pod~roso conjunto simbolic varias da tendencias ideologica qu :elJh~ descre~endo. Rive !untou ur talentos grup de etnologos, [noluind Metraux, Leroi-Gourhan, Leenhardt, Griaule, Leiris Schaeffner Dieterlen, Paulme Loui Dumont Jacque Soustelle. Ele proporcionou a po i i ns ti tu ci o a l q ue , j u t a e n co ensi.n~mento de Mauss, formaram
centro para um emergent
tradl~ao_detrabalho de campo. Par maiori desses pesquisadores, conexa entr arte etnografia er crucial. modalidade de humanism
de Maus
Rive visualizav
um xp ns m a b er tu r d e c on c p co e l oc ai s d a n at u e z humana Nenhum perfod historic ou cultural poderi afirma qu encamava humanidade em exposica no Muse de l'Homm e. especi em.su~ ~~talidad seria representadaali comecando com e:olu~~~ ~lOl~glca, passando pela reliquia arqueologica de anngas ~lvlhzarroe~e terminand com urn completo contingente de altern~ttvas cultur~ls.reais As diferente racas culturas do planet organizada sinteticamente de ur lado
analiticamente de outro.
~~mm tota ~ e ~ a s s e r p e r i e i v e c om po st o a r edificacao do publico. Tamber para instruca do cie~tist Muse de I'H omm conteria extensos Iaboratorios de pesquisa colecoes cientfficas, Meno de 10 dess coleca tota estari em xi ic
p e m an e t e ( v
R i i e e , 1 96 8 9 79 '
iv
1 94 81 1
c as a e nt o ie ci co e d c ac a u bl ic o er pec~l~ade urn humanismo progressista adequava-se perfeitament visao conexoes politica e'sociai necessaria para realiza-la 'Musee deI'Homme fo concebid I9 especialidad
como part da Exposica
er arqueelogi
american
Internaciona
pre-historia
tendia
159
EXPERlrNCIA
ETNOGRAFIC S OB R
ve
humanidade so um perspectiv evolucionari
enfatizando
difusi~nista
desenvolviment biocultura de long d~racraoe q ue n i a h is t r ic a t ra v c ol ec io na me n
Documents, subjace~te do muse do seus sonhos (Rivet 1929). No e~tudod,o homem, escreve, asfronteira entr etnografia arque~logl ~rehistoria sa "absolutamente artificiais" (Num.a versao postenor el acrescentari artificiai
antropologia ffsica ao conjunto). Igualmente
sa as classificacoes da realidades hu~ana
?e acordo
precis mais se dividida arbitrariamente. "E moment d: ro~per Muse de I'Homm tentou faze (RIvet a rr ei ra s 1948 113) mensagem polftica para 1937 er clara. produtivo par crescimeat da cienci etnog~afic frances~ ~eu~ valores principai era cosmopolitas progressista democrattcos sc efo 19 B lu m n so n 9 77 ). 0 u se u e st i u lo u co preensao intemacional os valore globais, um onentacr.a qu continuari apes Segund Guerra Mundia co envo!vlmento de Riviere, Rivet, Griaule, Leiris Metrau outros etnol.ogos na UNESCO. 12 Sua tradicao era cosmopol ita havia permanecido :~n gruente, em importante aspectos co s~rreali~m e~nograflc surreahsm? tmha_sld ur fe
n6meno genuinamente intemacional continente El forjou articulaca do qu da diferencas humanas.
co
mam:estacroe em ca~a
menos da dtferen~as culturai m es m p od e s e i t e m g er a
t no g a fi a francesa." Ma embora partilhass M ' surrealismo, humanismo etnografico
escopo ~o
adotou aquela atitud corrosiv de es~ranh~~ent d~Apn.mel~ surrealism diante da realidad cultural obJett~o.da clenc.la.era, ao contrario, colecionar dado artefato etnograficos exibi-lo
16
H NO GR A I C
em contextos reconstituidos facilmenteinterpretaveis Ist acarre to perdas tant quanto ganhos Na verdade, possiveI imaginar m a c ri ti c s ur re al is t e t o gr c f ic a d o u se e I' om qu a p n ta ss e t en t t i v a e nt e p a u m f or m o u a nt es , p ar a u m atividad i sp o t a
de ur humanism r eg i n al m n te ,
co
significacao funcionalmente ur Iuga ao lado do Picass
mais flexfveI o bj et o
meno autoritario.
e la s r e a ci o a do s
su
interpretada Elas na encontrava do Muse d'Ar Modeme Iocalizado
poucas ruas adiante. Como vimos, osdominio emergentes da arte o de m e tn ol og i e st av a a i s ep a a do s 1 93 7 d o q u
."
d o a n o 2 0 D e e -s e l em br a q u
S UR RE Al /S M
um decada antes. 14 Nao apenas ur capricho questionar esta classificacoes aparentement naturais qu esta em questa perd de umjogo disruptivo criativo de categorias diferen9as humanas, um atividad qu na simplesmcnte exib compreende diversidad de ordens culturais, ma qu espera abertamente, permit na verdad deseja su propri desorientacrao Ta atividad seperde na consolidacra na exibicra de ur conhecimento etnografic estavel, No anos 20 conhecimento ostentad po um etnografia mais jove aliada ao surrealism er mais excentrico mais informe disposto deslocar as ordens d e s u p ro pr i c ul tu r c ul tu r q u o ns tr ui u r an d i n s eu s deciencia etnognlfic de arte modema Muse de I'Homme abri suas portas aopublico emjunh de 1938 Durant vera anterior um curios altemativa havi sidocriada po Batai11e,Leiris Roge Caillois ur grup informal de intelectuais de vanguard (algun dele alunos de Mauss) qu se autodenominavam Colleg de Sociologie Embora nome sugira tradicao de Durkheim renovado interess do grup no Annee Sociologique envolvia urn gra considenivel de reinvencrao. Su inclinacra para sociologia (menos agudamente distinta da e tn o o gi a q u n a I ng l t er r o u n o E s a do s U ni do s s in a i za v rejeicraodo qu eJes viam como um excessiv identificacrao do surrealism co Jiteratura arte se excessiv sUbjetivismo
.:
O BR E E XP ER I £N CI A
if ci i nd i i du a I·
o nh o om s ic o o gi a p ro f n da . C~lleg de s e r eu ni u d ur a t e d oi s a no s n a s al a d e j an ta r
c'
um cate da
ngor culturais.
perl·e~nciapessoal no estud dos processo cienti IC Como auto da Formas elementare da vida religiosa, os funollege estava preocupado co aquele momentos se oc podiam encontra expressa coletiva ~oment~s em qu orde cultural tant transgredida quanta reJuvenescI.da Eles adotaram domini
de recriacao. rkheim havi descoberto as raizes da solidariedade . " social em exemplos etnograficos deslocados ta.lsco~o .e ervesexpress6es coletiva de !!:ansgressa excess ~~ ~ans contem poranea. El estava obcecado pelo pode do sacriffcio pela Plac de la Concorde qu el esperava reivindicar. cOI? u~ esp",ac;oara os atos rituai organizado pelo College. CatlIOl~,mat moderado tava envo vido na pesquisa qu resultaria em h o e t l e s ac r "I urn tour ( 19 39 ) l e d ar i p al e t r n o C ol l g e u r n t e , da culturas mundiais baseando-s em seus professor~s, Mauss, George Dumezi Marcel Granet assi como.nos etnografos A. P.Elkin Daryll Ford Mauric Leenh~rdt. diferente s~ntldo.d sacre de Caillois inclui express6es rituat do caos prlIl~o:d.lal, excesso, cosmogonia, fertilidade, depravacao. incesto,. sacrilegi ar6dia de todo tipo Embora compartilhasse mteresse, de ~urkheim naconstituicae da orde coletiva osmembros do ~ol1eg de Sociologie tendia focaliza os processo reg~neratl."~s de desordem as necessaria lrrupcoe do sagrad n~VIdacotidiana Dess pont de vista, as atividades crfticas subv~rslva da ."angu~r da podiam se vistas como essenciais p,ar VIdad s~cledade, osicao circunscrita da "arte" na cultur modern poderi se transcendida, ao meno programatlcame
16
U RR E L IS M
E TN O R AF IC O
E TN OG RA FI C A
e.
e ne ra l z a
r es p i t
d o C ol l g e
rn gr po ao
preocupad nao com ritos coletivos mas simcom aquele momentos autobiografico no quai articulaca ser trazida consciencia. Para este fi demet6dicagaucherie, uma inabilidade u a p ri n i p o nt r b u c a a o o ll e
entr self sociedad pode el cultivav um especi permanent par se ajustar. ( an t se es ig po
caus deescnipulos quanta padroe pouc rigoroso de evidenci p er i de e s a r u nd an d u m p a e li n a " f o r n n sa i intitulado "0 s ag r d o n a v id a o t d i n a 1 9 8 b) . N e s t ex t um pont entr etnografia eo auto-retrato Leiris esboco muitos do t6pico qu mais tard desenvolveri em La regl duje (19481976). Objeto de um atraca incomu (0 rev6lver de se pai) zona perigosa (pista de corrida) locais tabu (0 quarto do pais), locais secretos (0 banheiro), palavras frases co um ressonanci especial magica essa especi de dado evocaria "aquel atitud amblgua ligad abordagem de alg tanto atrativo quanta perigoso, prestigios rejeitado, aquela mistur de respeito desejo terror qu pode se considerad como marc psicol6gic do sagrado" (Leiris, 1938b:60). EmL'Afriquefantome
(1934), Leiri questiono agudamente
certasdistincoes cientfficas entre praticas "subjetivas"
"objetivas".
Po que, el se perguntava minhas pr6prias reacoe (meu sonhos ~C;oes corporais, etc) na sa part importante do "dados produzido pelo trabalho de campo? No Colleg de Sociologie el vislum ,brou possibilidad de um especi de etnografia analiticamente rigorosa poetica, centra na no outro, ma no self, se eculiar sistem de sfrnbolos, rituai
topografia sociais.
exceca
seri feit para iluminar regr se confirrna-la Baseando-s no t r b al h d e R ob er t H er t e ir i e u c o e ga s c ul t v av a rn sentido gauche d o s ag ra do . a s d e L ei r s , s t t it ud e g er o imperfeito processo de socializacao expres aria ambfgu ambidestri em investigar Desd
cujo titulo qu
Colleg
jeu, se preocupava
16
E X PE R IE N CI A
E T NO G RA f lC A
a nt ev e s e
t ra ba l
S aB R
l it er a i o
e tn o r af i
i go r s a e nt e e m
experiencia, provavelment constitu origina do College. ( 19 8 0 1 6 )
separado Se provocativ diario de campo, L'Afrique fantiime, permanec como ur exempl isolad de etnogr fiia surrea ista 15 C ol le g S oc io lo g e r f re qu en t d o p o u r p ub li c d iv er so , u e i n l uf a J ea n a hl , P i r r l os s w sk i A l x an dr e Kojeve Jean Paulhan, Jule Monnerot Walter Benjamin Po muit t em p t e de Ie da i nf o r na co e t ru nc ad as , Colleg pode agor se discutid co aIgu grau de s eg ur an c g ra ca s ao trabalho e ni s H ol l e r ( 1 7 9) , q u r eu ni u v ir t a lm en t a d v es ti gi o documental qu restou de su existencia." e, de varies modos, aind misterioso
quadro
complexo
suficiente aqui enumerar as
preocupacoes do Colleg qu repercutem os tema do qu chamei d e s ur r a li s e tn og ra f c o p re oc up ac oe s u e i nd a o c p a a s margen da ciencias humanas. Os membro do Colleg
lutava
oposicao entr conhecimento 1979:91) Embora nuncajenha ment
tensao entr
mo eles no entant
rigo cientffico resistiram
de form exemplar contra
individual social (Duvignaud conseguido resolver satisfatoria as reivindicacoes do ativis
qualquer compromiss
fGicilc o
u r l a o u o ut ro . o ll e t in h e m v is t m a " et no lo gi a co tidiano" crftica, na formulacao de Jean Jamin, qu podi repercutir s im ul ta n a me nt e n a s oc ie da d n u g ru p d e p es qu is a o re s ativista constitufdos como um especi de vanguarda, ou corp iniciat6rio. No resumo de Jamin: As nocoes de distanciamento exotismo, re&esenta<;a do outr diferenca sa infletidas retrabalhadil reajustada em funcao de criterio
na mais geografico
ma de natureza metodologica tornar estranh
mesm
ou culturais,
epistemologica
q u p ar ec e f a i li ar ; e st ud a o s r it ua i
os locais sagrados de instituicoes conternporftneas co m in uc io s
a te nc a
d e u r e tn og ra f
seus metodos; tornar-s o ut ro s q u s a n o
e sm o
u sa nd o
e , n o l ir hi te , e ss e o ut r q u interess
16
" cx ot ic o
observador observando aquele
devotado
sua
S UR RE Al IS M
ativista
E TN OG ll .. \r IC A
a sp ec t
ai
Colleg de Sociologie em su concepca de um cienci de vanguarda, em su dedicacao em transpassar verniz gaucherie
ambicoes, er ur tardio ec do anos 20 marcados pel surrea ismo
El oferec ur exempl s a d o s ur re al is m
particularment
q u l ut o c on t
modern as para desenvolve etnografica. Se
Colleg
notave daquel
c or re nt e d a a rt e
de l'Homrne
carregav cientffico
c ie nc i
cultural assumidament
u m a c rf ti c
er instavel ad hoc,
sancionado
dimen-
amadorfstico,
Musee
toda as rnarcas de urn saber oficialmente monumental
Nurn ambivalente
relato
sobr inauguraca da instituica onde el trabalhari pela proxirnas tres decadas, Leiris refletiu sobr paradoxo de urn museu dedicado arte da vida perigo escreveu, er que, "a service daq u l a d ua s b st r c oe s c ha ma d a rt e i en c a , t ud o q ui l q u fermentacao vital seja "sistematicament exclufdo", E m b o r a louvando os objetivo progressista humanistas da nov museologi etnografica, Leiris se permitiu um olha pesaroso para tras para
velh Muse Trocadero, co familiar (e
qu faltav
se ambiente distinto
ur "certo ar
rigide didatica)" (1938a:344 letras douradas, (rnais
estatua de u r h om e r
musculoso subiugando
b ai x
e su i
Limbiifalo):
conta disso, assi com cr er respira, Mas artist esta ciente de se propri at de cria crao.Seu at envolv todo se ser, El se fortalec atra es am
p ar t
a go m , l m a es se nc i
p a u m born sens idealism
n iv er sa l
confiante.
e xp os t
a p o va d
mH versao particular de
a~~I~~.cidadehum~~n_<~~_~:~p'!:~:~~}1t'~_1do !1t~;~)rid~ldepessoal
.~
~ia romantica'~J>.I~oj~~9~l_Q
,.- -
'--_._-"-_
..,. ..
16
O BR E E XP ER I ~N CI A
criam, amam rrabalham, cuituam·lJll
"hulllanidade" cOrn~leta
e s t il v e 1 6 c - o n f lr r r ia d a : 17Tal t Q ! a l i d a d ~ p l " e s i1 i p " 8 : e l ii T I ao m i s s a o ; a
~clufd~-fu~t;d-~-p~~j~¥ao.
que nao estav~~~E~!Q~Q_Musie-
I 'H o m e e r Ocidente moderno, suaarte, suas_i!1l!litu~ tecnicas. Assim:-~;-orden cfc;6cid~~te~st~~~ pr~sentes por tod parte no Mus-~id~-i;-Hon;me,e-xcet~~~~-e;Zposi~e~:-Um-rmpacto tmportante~f~ij;er:-~s
bern cl
;sti111u
Vr:t
~~mos
fos.s.t::J_~Qis.t_~I1c::i
;rt~-;;-
cOTltt::ml '_l_~l!~ hU_l:J.l il_I1i!.t omQ_!!!!l ade?_~()~~is t~, ):t:_l-
analisada, nunc fo assunt~~ Fala do "hornem" do "humano" diferen~as contingentes
correr
risco de reduzi
ur sistem de essencia universais Mais u ma ni s a ra me nt e Merleau-Pont indicaria: "A nossos
questionada. Como Mauric
pr6prios olhos, humanism ocidenta amor pel humanidade, ma para outros el merafilent costum institui~a de ur grup de homens su senha, alguma veze se grit de guerra (1947:182) Os problema associados um visa humanrst (o antropol6gica) setornara mais tard bastante vislveis Voze do Terceiro Mund agor questionam direit de qualquer tradicao exemplo, Adotevi, 1972-73)
na Franca criticos culturai radicais
anunciaram co equanimidade mort do homem. Na poss me dete aqui na ambigtiidade de tais analises do Ocidente humanist seus discurso
globais. Deverfamos se mais prudentes, em todo
nfio
a us s o u d e u r R iv e para
S UR RE AL IS M
E TN OG R F IC O
E TN OG RA FI C A
resistenc!
r n h u a ni s
opressao
tolerancia, eompreensao
u e a i d a o fe r c e s p c o
um necessaria recomenda~ao de
generosidade
Cultura/colfaga Enfatizar, como fiz,
natureza paradoxa do conhecimento
intercomunica9a
humana embora signifiqu questiona qualqu
hum~llIsmo antropologico surrealismo etnografico nao precisam se VIS~OSom mutuamente exclusivos eles sa talvez melhor n te ~ l d. o o m a nt i o mi a in er or p r b le ma ti c transltona situacao historic cultural Apresentando esquematicament o.contraste podemo dizer que humanism antropologico part do diferent faz- atrave do at de nomea-lo de classified de interpreta-l compreensfvel, El familia10, de descreve-l iz
pr ti t n g ra f c a s ur r a l s t c o t ra r ta Jar,provo~ando irrupcao da alteridade inesperado. Cad .d ss t it ud e r es s p o o ut r m ba s a o e le me nt o It inteno de ur complexo processo qu gera significados ar
micoes .eAn~sm esm?s ~d~ outro. Esse processo umjogo perm an en t i r r nc o si il ri ad i f r en c f am i i a do estranho do proxim do distante 0, caractertstico da modernidade global Ao explorar essa situacao me detive na pratic do surrealism etnogr~fico, pre~tand meno atenca ao se inverso, etnografia surreahsta Aqui va alguma hipotese sobr esta ultima Na ha exemplos puros, exceto talvez L'Afrique fantome, de Leiris ma gostan de sugeri qu procedimento surrealistas sempre esta presente em trab~lho etnograficos aind qu rara veze explicitament rec~nhecldos (Ver, por exemplo, adendo ao fina dest texto) Note alguns dele na perspectiv docurnentari de Griaul Em~e~os m~is gerais mecanismo dacol/age pode servircom ur utI. p~radlgma. Em t?do curs introdutorio de antropologia n~~aIona d~ etnografias, sa produzidos momentos no quai d l t mt a e ah d d e c u t u a i s a e t r a a s d e s eu s c on t x t submetldas um perturbadora proximidade. Po exemplo, na I1hasTrobnan~ de M~linowski, comportament qu rotulamo ~t dacanoa Bens de troc ritual os vaygu'a (colares de conchas) sa colocado lado ladp co asjoia da Coro britanica. Mesm a t d e r a u zi r
r n s is t m a
s t a ng ei r
d e p ar en t s c
ar
167
[XI'[I~IENCI
ETNOGRAFIC SOBR
domini
conceitual do casament
d e s tr an ha me nt o
ma
ocidenta
e ss e c ia l
justaposicao metorifrnica de su sequenci d e c or np ar ac a
m et af 6r ic a
provocar ur efeito
i st in gu i
usual, ur movirnenm
q ua l f un d m e t o
para similaridade
diferenc
sa elaborados
moment
surrealist
em etnografia
possibilidad
e ss e m om e t o d e c on si st e t e
de comparacao existe numa tensao nao-rnediada co
mera incongruencia. Este moment
repetidament
produzido
no processo da compreensa etnografica. Ma ve esta no termos de uma collage manter vista momento
suavizado
atividad
collage traz para
Lautreamont.
trabalho (aqui,
text
etno
grafico) elemento qu continuament prociama su condicao estrangeir ao contexto da apresentacao Esse elemento como na co
c o e ta do s
procedimento
a o i nv e d e n ve nt ad o de a) reeortar
p el oe sc ri to r a rt i t a
b) montar sa co
Os
certez basico
em qualquer mensagern semi6tica; aqui eIes sao mensagem Os c or te s s ut ur a d o r oc es s d e p es qu is a a o e ix a o s a ' o s r a na ha ne hu
s ua vi za ca o
em um representaca
f us a d o d a o s c ru s
o de l d a collage seri evitar todo organico li
discurso explanatorio continuo pioneiro ness sentido, e, nogenero
partir
de culturas como
representacao
ou como mundos unificados
do qu esto sugerind
t ra ba lh o
homogenea. Escrever etnografia
realistas, sujeitos
iNaven, de Gregor
Bateson,
um inclassificave exempl
aqui Sobr Naven, com urn experimento
de escrit etnografica, ve Marcus 1980:509
1985).
como collage deixaria manifesto os procedimento
etnografia
construtivistas
do conhecimento etnografico; el seri um montagem contendo o ut ra s v o e s a le r d a dencia
e tn og ra fo , a ss i
c om o e xe m l o
"encontradas", dado na tota ment integrados na inter-
pretacao organizadora do trabalho Finalmente a qu el e cultur
168
e vi -
e le me nt o
o ut r
c ul tu r
do investigador distintarnente
el na ignorari
u e t ra ns fo rm a incompreensfvel.
ro ri
SURREALISM
ETNOGRAFIC
Os elemento surrealistas da etnografia modern tendem p as sa r e sa pe rc eb id o p o u m i en ci a q u s e n g j ad a educ;aoda incongruencias mais do que, simultaneamente, em su p r d uc ao , reinventor
a s t od o e t o gr af o a o u r p ou c ur "recombinador" de realidades
s u r ea li st a u r etnografia
i en c d o r is c u lt u a l r es su po e u r o ns t n t d e e j d e s e surpreendido de desfazer sfnteses interpretativas, valoriza u rr e l is m e tn og ra fi c o n t ru c e s u t6 pi ca s e l m is t r a institucionais de art ciencia. Pensar
e t o g a fi a s ur re al i t a s a e zo mb a d a d ef i i cd e surrealism como etnogra-
fia questionar pape centra do "artista criativo descobrind realidades mais profunda no domfni
genio-xama psfquico do
sonhos mitos, alucinacoe escrit automatica Esse pape diferent daquel do analista cultural interessad em montar
bern des-
montar os c6digo convencoes comuns.' surrealism unid etnografia resgat su antiga vocaca de politica cultural crftica, uma vocacao perdid em desenvolvimentos ulteriores (Max Erns devotand suas energias para desenhar um onfric cama de casa para Nelson Happ "mundo da arte")
Rockefeller,
producao gera de "arte" para
t no gr af i o m i na d c o surrealismo, na pode mais se vist como dimensao empfrica descritiva da antropologia u m c i n ci a e ra l d o u m n o T a p o c o culturas pois distinto
textualizado
modo de vida
interpretaea
da
etnografia mesclada de
surrealism emerge como teoria pratic dajustaposic;ao. El estuda aomesmo temp em qu parte da invenc;aoe da interrupc;ao de totaliQ,adessignificativas em trabalhos de importac;ao-exportac;:ao TDoi exemplos finais (parabolas dejustaposica
invencao
etnografic surrealista. primeiro t al ve z m ui t a mi li ar . P o volt de 1905 Picass ~dquir um mascar da Africa ocidentaI.
EXPERI~NCIA
ETNOGRt.FIC
S OB R
Ela
b on it a o d p I n o c i i n r os . E l es ob cubismo. (Outra versoe da histdria Iocaliza epifania no velh "Troca") ui
t i t a f o g a t a p ar a t en t a d a
on
do ap
s c l tu r
f ri ca n n a e me r e n i a c u i s o . T er a i ca ss o e c n h c id o primeirament um afinidad formal L'ar negr era essencial mente raisonnable, movido como el propri sugeri bern depois quase religiosa sentid em relaca
po um "magica"
arte africa a?
debate continua
(ver Rubin, 1984b:268-336; Foster 1985:181-208). Seja forem as inspiracoes
quai
afinidade que possam ser retrospectivamente
objeto qu el coleto eram instrumentos talhados para realizar tarefa especfficas: os projetados olho cilfndrico de um mascar G re b p o x e p l s u e ri nd o b o d e u m u it ar r d e e t l . m a o lu ca o c u i st a p a
moment
Talvez alguma familiaridad co surrealismo etnografic poss no ajudar ve sacola de plastico azul Adidas como part do mesm tipo de processo cultural inventivo, como as mascaras f ri ca n u e e m 1 9 d e r e e ? a p r ec er a j u t o a o c or p cor-de-ros da Demoiselles d'Avignon
v ar io s r o l e a s d e c o p os ic ao , s e
historic
i g i fi c t iv o
lg
n ov o
ur processo ~omum;
japonesas. Po volt de 1920 quando
l' art
negre estava em yoga
ur inquerit
tema Picass
seri patrocinad
sobr
ne re
Co na
as ".
replicou co e m d ii vi d
le
tinh pouc interess na Africape se. Na havi nada essencialmente negre na mascaras qu el achara poderosase instrutiva quinze anos antes. Elas vieram ~e
s eg u d o x e p l
no classico film etnografic co
colaboraca
proposit para faze um diferen~ e r d a I lh a T ro b i an d E l o co rr e feit po Jerr Leac
de ur moviment
"Era-selivre par ir ocupar
st va
o c r re nd o n a p re se nc a d e a lg o e x t ic o
u m t ir ad a f am o a : " L' a
E TN OG Rt .F IC O
o i l a o :a d ~ p ar ti r ~ le m n t r ad ic a c o as nojog d o m i s ro na n s , q u v ir o m a " bo b g e " , r a a lh an d c o sfmbolos retirado da ocupacao milita da ilha durant Segund Guerra Mundial. corpos brilhantes de pintura, enfeitados co penas, bola bastoes. No meio de tudo isso numa cadeira, senta-se juiz, calmament influenciando jo om se n c n t m e t o m ag ic os , l e s t mascando noz-de-areca qu retira de ur recipiente em se colo um sacola Adidas de plastico azul brilhante. bonita;]
diivida, teriam surgid mesm se as mascaras ma fato de qu Picasso, Derain outros-netaram apreciara os artefatos africanos naquel
S UR RE Al IS M
Gary Kildea
politico loca de Trobriand:
sombra de outr homem.
(Extrafdos de Headhunters about themselves an ethnographi repor from av a, aa e: in Nijoff 1981 p. 67-69)
Aq humano.
v a u m l is t d e n ot a s ob r
va ia
ar es do or
1.0 cabelo muku-rumb, chamav atenca quando alguer estava doente durant cerimdni de iniciaca da criancas Em m bo s ca os u b t it u d o o r o r a me nt os . er usad para decora lancas
ca el
de um ca ec
c ap t r a
faze cintos qowa, par os grande
Trobriand cricket: an ingeniou response to colonialism. Este jogo 2.
rost pode se pintad para as celebracoes. Eles faziam
us de ur padrao borboleta, rur-dokdk. El agor cornpetica
170
um guerra hidica um exibicao sexual extravagante alianc polfticas, um parodia, Algo surpreendent
v ol t d o l h e m c ~r e b ri lh an te s s te s i ca va m p ar ec en d pontos negros da asa de um borboleta.
os
171
EXPERI£NCI
ETNOGRAFIC
SOBR
3. Os olhos, kind, pode e st a e nf at iz ad o
representa
c o s el ho : " 0 s ag u
um pessoa ta como
a sa me n
d ev e s e
ad
tapaq-kind-kan", 4.
or lh es
pessoa esnipida
a ss oc ia d
um
to de seus
p es so a s e
expressao mono-koame,
ha um
o re l a s
cerebro. Um
mono-ain-mbek,
o re lh a s i n if ic a
no
SURREALISM
ETNOGRAFIC
s of re m q u l qu e o r p ar a t e e m a qu el a m ar ca s O s h o e n s a interessadissimo no seios, abur, femininos,jo. As mulheres po su vez, fofoca sobr as barrigas kandom, o s a n s , mo, do homens Esta partes do corp sempre aparecia na minh Iist de palavras ofensivas.
t am b
11.As criancas na pode
toca
part de dentro da coxa
somo capaze de pensar". tamangk, Tamang duro
ur rost sombri
qana nariz
determinado.
mem, Me
renggembak
despudorad
ma
ur glutao
boca tern um funcao especial no
c os tu m d e e nc h
b oc a d e a gu a
pessoa qu perdeu
consciencia, Os gestos de mostra
b ri ga s
f ng u
e sp ar gi - l a s o r e
t a b e~ on si de ra d
um fi
f ac e d e u m Ifngua ou
g u r i ( ta l c o
luga onde ancestral Kapaqait pego as sementes para planta vegetais Os pelo piibicos da mulheres as fibras de seus perfne os hfrnen deveri permanecer intocado at fi da primeira menstruacao. s pe rm a u ri n p od ia m e r s a o s c o r e e di es . it de Ujoqot o nt a c om o l e c r o u s e u m n o e z n ta nd o u r o c com seu esperma. mo, tinh um cobertur
especial um cauda,
ek
perguntava se el estava se deitando decenternente. Toca
anus
serifssimo Soltar gase provav qu alguem havi comido demais s i d e e do . N a p re se n~ a o s h o e ns , a s m u h er e p o e m i ca r juntas co os ombros encolhidos como ur sina de decencia ma os homens sa mais sabido qu elas Eles dizem: "s elas estivessem sozinhas co
ur homem, elas toda gostaria
8. Esfregar nao
u ei x
de faze sexo".
n ar iz , a l c o
n tr e
as at
ur costum jaqa de saudacao Eles costumam pousar
i re it a n a nenhum
a o e sq u r d mulher ne
d o o ut ro , q u mesm
ma
n ta o p er ta v o s d ed o d o
suas proprias esposas. As mulheres
problema ma na presenca de mulheres especial ment na presenca mulheres corria excremento de seus maridos. Os marido temiam suas reclamacoe interminavei sobre comer demais 3 . p e i s paqadi, despertava meno atencao. Eles na usavam nada para cobri-lo termo paqadi, penis, er sempre ouvido como expletivo. cois mais boba qu um pessoa podi fazer, diziam er feri se propri
usua ment na se beijam 9.
respiracao na esta associad
Respirar prov qu alguer 0.
17
noca de espfrito
aind esta vivp
u lh er e e nf ei ta m
espaco entr os seio co
co
a rt e s up er io r
escarificacoes
s eu s b ra c
As garota alegrement
14.0 fluido escorria de ur cadave na er usad para qualquer proposit especial tinica cois qu aconteci apos ur c o p o e nt ra r e m e c m p s ic a e r u e s e d iz i a s r ia nc a ar pisar fortemente chao ond plataforma de cremacao havi ficado Dess forma, elas se tomariam os verdadeiro sucessores do morto. 173
EXPERI~NCIA
ETNOGRAFICA
A s e tn og ra fi a
g er a
ue odor do corpo, especialrnente 15 A cr e i ta v - s do sovaco tinh ur pede defensiv especial contra osespfritos s om b d e u r p es so a n a n er ec i q u l qu e a te nc ao . E ra -s e
b ri an de se s e st a s u c ul tu r c o
l iv r
c om o
ar
c up a
so br
d e u tr o o rn er n
qualquer descrica
m un d diss ele, "nfi poderi
Malinowsk estav interessado pelo qu chamava de "coeficient
al ad
tr
ev ia
er inclui dado na totalmente contextualizados
l id ad e ocorre fatos
s ur pr es a
c oe re nc i
p eq ue no s f ra gm en to s d e d a~ os .
equillbrio interpretativo imagem do outr
as veze escapa :: quand.
.ISSO
se desintegra em cole<;oe parcrais de
declaracoe justapostas de fontes heterogeneas. Os proces
ar el ci i nf or ma <; a e me rg e
ag c om o s ig ni fi ca ti vo s
facilmente produzir series
i si t c e
p es so a
o ut ro , m a
r es ul ta d r ep re se nt ad as . er
e sc o
ce ti t or na m r ep en ti -
namerite visfveis. As listas etnognificas tendem induzi devaneios, como fazem o s " ho te is " h ab it at s m us eu s d e J os ep h C or ne ll : p as sa ro s rel6gios mapa estelares, rolamentos cachimbos, partes do C ? ~ p o . . U m b el ez a i ne sp er ad a p od e s e e nc on t~ ad a e m c la s~ lf l cag6es ou frases tais como "0 fluido qu escorn de ur ca~a,:,e
es
E ss e e xo ti sm o
an ic
er
ta to
et
se tornou irredutivehnente p ro pr i
d e c ri ca o c ul tu ra l
urna
a su ,
wasi, va qu
a"
ia io
an
p re ci sa , p or ta nt o
de um
in
i)
e tn o( GR AF IC Ap oe ti c . .
Notas am lo
ue
ac
es
en
nt u m d if us a
t al ve z d o i na nt e
tr am to qu "correcao
par
ci
97
i st i
ei rn surrealismo com
s en si bi li da d ad ao
m od e r na . P ar a
cf
presente texto reafirmando definicoes estritas
t an t d o s ur re al i m o q ua nt a d a e tn og ra fi a p od e e r e nc on tr ad a em Jamin, 1986 pesquisa sobr ec
er
co
ai
ie ia
e st a i sc u
gi em
ci
an
an el
ca a-
r.
c on te xt o f ra nc es , v e B oo n 1 97 2 u vi gn au d 1 97 9 H ol li er , 1979 Jamin, 1979 1980 Lorau, 1974 Tiryakian, 1979 Citado em qontag (1977:204)
incisivo estudo de Paul Fu~sell, ti
i-
el
su forc como ur serifssimo insufto" Boelaars fo missionario-etn6graf
d if er en t
en al
am especial", ou "tocar
co i-
u r n ov o t ip o d e e xo ti s o .
fato casuais,
esquisitos, impon~rabilia. Etnogr~fia realist~s, pensav Malinowski deveriam manter ur equilfbrio produtlv en~r os coeficiente de excentricidad de realidade, deixand os leitores estabelecerem ur cfrculo hermeneutico (e feliz) entre"plausibiMas
da qu
is
p re se rv an d a o e sm o t e p o u r e nt id o d e diferenca. Ur modo de preservar esta estranheza
pode-s
ef ie
li de
rnelhora-la"
d e e sq ui si ti ce " n a d e c nc oe s d e o ut ra s c ul tu ra s s t d ev er i s e p r s e c on tr ab al an <; ad o n o e nt an to , p el o c oe fi ci en t de c o p re en sf ve i su estranheza
cultural
ciente de realidade"
Notas
o r e xe mp lo , o s t ro -
d e B oe la ar s
Quando
list de Boelaars "Borges"
r mi lt ip la s l ei tu ra s
l iv re s p ar a l e o s r el at o d e M al in ow sk i s ob r p ar 6d ia s e le ci on an d f ra se s i nd iv id ua i d e
fragmentario, "modemista".
lingtiista (Padr do Sagr~d
Coracao) po cerc de de anos na part indonesi da Nova Gume 175
SOBR EXPERIENCIA
Jornal do enta Esta tradicao
Partid
II
Socialista (N Org.).
ETNOGRAFIC
L ei ri s) ,
c ta vi o P a
l ej o C ar pe nt ie r
q u f o c ol ab or ad o
te
to
tarnbe
su sugestiv
aproximaca
entr
cultur dogo
sur-
po Gu Davenpor (1979) Davenport, Guy, 1979 Au tombea d e C ha rl e F ou ri er . I n Da Vincis's Bicycle. Baltimore: John Hopkin 12
University Press.
Duas publicacoe tfpica da UNESCO sa Interrelations of cultures (Inter-relacoes de culturas 1953),co e ei ri s
jornal Documents).
Race an histor
R ac a
colaboracoes de Griaule
h is to ri a) , d e
la de
e vi -
Straus (1952) 13
Um concepca
implicitamente
surrealist
("antropoI6gica"
da
te ti ca e xp re s o e h u a na s t an t e xi st en te s q ua nt a p ot en ci ai s t an t mftica quanto racionai encontra talvez su maio expressa programatica no esprit humain estruturalista de Levi-Strauss
1950. M e r el at o e st a b as ea d e m g ra nd e e di d e m c o u ni ca co e pessoais de Georges-Henr Rivier em seus dois depoimento (1968, 1979). Ve tarriber Paulme 1977 Jamin, 1982a.
t en de nc i
realismo Sobr essa correspondencia ve tamber imaginativa a lo ca ya o d o d og o a D Ia d C ha rl e o ur ie r n a a ri s d e 1 92 0
do
t en ta ti v a i e la b r ad a d e e vi -S tr au s n es t l i h a e st a e m sua brilhante Introduction l 'o eu v de Ma ce a us s ( 19 50 ) P ar a m a c or re ca o d e s a a bo rd ag e v ej a a ur ic e e en ha r t ,
er
Dougla retratar Griaul tradi~ao francesa geralmente como formalista enamorados de sistemas abstratos. deve reforcar
visfve na Hommag George Bataille, publicada 'critique, q u i nc lu i e n a io s d e l fr e e tr au x
M ic he l e ir is , a y o n Q ue ne au , n dr e a ss o ea a hl , d a g er ac a p re -g ue rr a d e i ch e F o c au lt , o la n B ar th e h il ip p o ll er s e me rg en t t ra di ca o c ri ti ca . ( Ou tr a c on se quenci do surrealism etnografic qu na pode se mais explanada aqui su conexa co modernis!ll0 do Terceir Mund nascente discurso anticolonial suficiente menciona im
14
s ep ar ac a
n a e r c on se gu id a s e
r n e sf o c o c on sc ie nt e
Sobr essa negrophilie, v e a ud e 9 68 :5 28 -5 39 ; ta be Leiris 1968 Blachere 1981 Para ur exempl particufarmente revelador ve Le negre, de Philippe Soupault (1927) negre d e o u a ul t u r t ip o d e f o c a d es tr ut iv o- re ge ne ra d r a m ai s
acordo co Michel Leiris (e comunicaca pessoal) no Muse d e ' Ho m i ve t i mp o u m i nj u c ;a o f or ma l c on tr a tratament estetico do artefatos. nova instituica tinh de purgar
nietzscheana que afro-americana.
c o t ex to s d a c ie nc i
Said minimiza as avaliacoe ai je
positiva do exotico, freqiientemente er if
IS
10
segund mimero de Minotaure (1933) 3.50 "objetos etnograf ic os " f or a c ol et ad o j un ta me nt e c o i l f ot og ra fi as , u m g ra nd e c ol ec a d e p in tu ra s a bi ss fn ia s 3 0 a nu sc ri t e.a uletos, notacfie de 30 lfngua dialetos centenas de registros, o bs er va yo e e tn o r af ic a " , e sp ec i n e d e p la nt a e tc . te
d a a rt e
colonial dando-lh
um aura redentor
"etnograficas" da carreira
Clifford 1986c, do qual partes dest discussa
observation,
forani
surrealista To
projeto britanico de documentario social de 1937 le Harrison ur etn6graf
omitologo
Jennings ur cineasta de filmes documentarie observation
iz
p o u la r b ri ta ni ca , c on ce bi d mana imperial qu pode se aplicad
t ab u d e R iv e
adaptadas. Chaney Ickering (1986a,b oferecer ur rico relato D ut r p o s fv e e xe m l o d e e tn og ra fi a s ur re al is ta " Mass
Mas la
i st ur av a
Ur ensaio qu ressalta as dimensoe de Leiris
cap.ll).
176
SURREALISM
ETNOGRt.FICA
Humphrey
pintor surrealista,
tn co
ur
nd
n ao -f a i li a
ex6tico. Se objetivo er mobiliza etnografos de toda as classe qualque empreendimento
numa democratio expansao da conscienci
social
ur constant
heroica, 17
E X PE R I~ N CI A
E T NO G RA F IC A
PODE DIALOG NA ETNOGRAFIA INIClA<::A DE MARCEL GRIAUL d is se ra m
e st a
o b e rv ac oe s
"e
b or a s ub je ti va s
t or na m- s
objetiva porque ~tsubjetividad do obs~rvad?r u r d ~ f at o o b o bs er va ca o ( ci ta d e m C ha ne y P ic ke ri ng , 1 98 6a .4 7) . r oj et o a nt ec ip o c on ce p< ;o e p o t er io re s d e u rn a e tn og ra fi a f le xi v u m a nt ro po lo gi a c om o c rf ti c c ul tu ra l ( ve r a rc u re especi'ficas o bj et iv o perfod
s oc ia is , e st et ic o entre-guerra
c ie nt ff ic o
do
o vl me nt o
merece um comparacao sistematic
d oc u
Na verdade, soci6/ogo se "objeto" formam um dup/ em qu cada um deve ser interpretado arraves do outro em que re/ara deve el mesm se entendid como um moment hist6rico. Sartre, Critique de la raison dlalectique
(Ver
16
K lo ss ow sk i K oj ev e L ei ri s e wi ts ky , M ay er , P au lh a W ah l com extenso comentarios do editor. Sobr College, ver tambem L ou ra u 17
1 97 4
u m e xc el en t
a na li s
e m J a i n 1 98 0
a r u m a gu d c rf ti c d e t a a fi rm ac oe s d e h om me s e m B ar th es , 1 95 7
v e L a g ra nd e f am il l
Marcel Griaul er ur personagem autoconfiant
teatral.
El comeco su carreira como aviado no anos qu se seguiram Primeira Guerra Mundial. (Mai tarde, em 1946 como professo vestid co
se uniforme de oficia da Forc Aerea) Ur energico
c on ti nu ac a
p o m ei o c ie nt ff ic o
Marcel Maus
pelo linguist
Dakar-Djibouti
qu po vint
d e m a g ra nd e t ra di c
de
Marcel Cohen, Griaul passou ur
ur mese atravessou
Africa do
Atlantico aoMar Vermelho ao long da margem inferior do Saara. expedica
tambem desenvolve
prolongada
estadias etnogra-
fica no Suda france (Mali) onde Griaul fo primeiro faze c on ta t c o d og o d e S an g E t 6 pi a ( re gi a d e o nd ar ) onde expedica permaneceu po cinc meses. Osnov membro da missao (algun do quai participaram de form intermitente
178