Um relacionamento sexual feliz e abençoado
A MINHA GRAMA É MAIS VERDE
Jaime Kemp
MC
mundocrístão
A MINHA GRAMA É MAIS VERDE
Jaime Kemp
MC
mundocrístão
Copyright © 2004 Jaime Kemp Supervisão editorial Alzcli Simas Preparação de lexlo e revisão: Carlos BuczynskJ Capa: Julio Carvalho
Todos os direitos reservados c protegidos pelu Lei 9.610. dc 19/02/1998. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste livro, por quaisquer meios (eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação e outros), sem prévia autorização, por escrito, da editora.
Dadas íntemaaonais tlt Catalogação na Publicação (C/P) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Kcmp. Jaime A minha grama é mais verde verde / Jaim e Kemp — Sáo Paulo: M undo Cristão. 2008. ISBN 978-85-7325-520-1 1. Casais — Comportamento sexual sexual 2. C asais — Relacio Relacionament namentoo 3. C asais — Vida religio religiosa sa 4. E spiritualidade spiritualidade 5. Se xo — linsino bíblico bíblico 6. V ida crist cristaa L Título. 08-01561
CDD-248.844
índice para catálogo sistemático:
1. Marido c esposa: Comportamento sexual: Guias de vida cristã: Cristianismo 248.844
Publicado no Brasil com todos os direitos reservados pela: Editora Mundo Cristão Rua Antônio Carlos Tacconi, 79, São Paulo, SP, Brasil, CEP 04810-020 Telefone: (11) 2127-4147 Home page: www.mundocriscao.com.br Ia edição: junho de 2004 1* reimpressão: 2008
Sumário
Introdução ............................................................... 7 A SEXUALIDADE DO MARIDO.....................11 Fidelidade................................................................. 13 Frutos....................................................................... 17 Fragrâncias............................................................... 21 Fonte.........................................................................25 A. SE XUALID ADE DA ESPO SA ....................... 33
Aprendendo errado.................................................37 Traumas no caminho............................................... 41 Antes da hora......... ................................................. 43 Sem orientação adequada........................................45 Comportamento errado..........................................47 O prazer sexual mútuo ............................................ 51 A aprovação de Deus.............................................. 57 Recapitulando..........................................................59 Oração....................................................................... 61
Introdução
Tenha ao meu jardim”. Este é o V convite que a Sulamita fez na noite de núpcias ao seu marido. Encontra mos esta passagem em Cantares 4:12 e 5:1. A partir dela, quero abordar a questão do rela cionamento sexual dentro do casamento. Em Gênesis 1, encontramos um dos propósitos do sexo, que é a procriação. A primeira ordem que Deus deu ao homem e à mulher, no Jardim do Éden, foi: “Multiplicai-vos”. “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra”. Daí, tomamos conhecimento de que um dos propósitos do a
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A minha gruma é mais verde
sexo no casamento é procriar, nos reprodu zirmos em outros. Isto é uma coisa maravi lhosa! O salmista disse: “Bem-aventurado c o homem que tem a sua aljava cheia”. Aljava era uma bolsa de couro que o guerreiro usava para carregar as suas flechas. Numa bolsa, tamanho médio, cabia, mais ou menos, sete flechas. Isso não quer dizer que temos de ter sete filhos para sermos abençoados. Com um, dois ou três já temos bastante bênção. E também um pou quinho de serviço! Não queremos falar sobre procriação, mas sobre recreação, isto é, o prazer sexual. Quando duas pessoas estão compro metidas, estão comprometidas com o Senhor e uma com a outra, até que a morte as separe, não há limite para o prazer sexual que podem experimentar, O sexo foi criado por Deus não somente para procriar, para propagar a raça hu mana, mas também para a satisfação sexual do casal. O livro de Cantares de Salomão apresen ta duas pessoas: o rei Salomão e a sua esposa, a Sulamita, bem como o amor erótico e o prazer que experimentam no casamento. Especifica
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Introdução
mente Cantares 4:12 e 5:1 apresentam a noite de núpcias do casal. Há pelo menos quatro lindos conceitos nessa passagem sobre a base do prazer sexual. Mantenha a sua Bíblia aberta c caminhe comigo neste estudo sobre relacio namento sexual, destacando especialmente a questão do prazer sexual.
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A SEXUALIDADE DO MARIDO
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primeiro conceito é acerca da se xualidade do marido. No capítulo 4:12 e 15, encontramos a primeira base para o prazer sexual, a atração sexual do marido em relação à sua esposa. Nos versículos 12-15, lemos: Ja rd im fechado és tu, minha irmã, noiva minha, manancial recluso, fonte selada. Os teus renovos são um pom ar de romãs, com fr u tos excelentes: “...a hena e o nardo; o nardo e o açafrão, o cálamo e o cinamomo, com toda a sorte de árvores de incenso; a mirra e o aloés, com todas as principais especiarias, lis fonte
A minha grama é mais verde
dos jardins, poço das águas vivas, torrentes que correm do Líbano. Neste trecho, vemos que
a primeira base para o prazer sexual é a atra ção que o esposo sente pela esposa. Salomão é atraído pela fidelidade dela, pelos frutos dela, pela fragrância e pela fonte. Vamos examinar cada um deles mais especificamente, com bas tante cuidado.
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Fidelidade
m primeiro lugar, Salomão é atraído pela sua esposa por causa da fideli dade dela. Ela é uma virgem na noite de núp cias. Ele a chama: “Jardim fechado”. Nesse jardim, ninguém entrou, nenhum homem rompeu os seus portões, ninguém pulou a sua cerca, passando por cima de flores e cores e comendo frutos não amadurecidos. Ela é uma virgem. Isto é uma mensagem importante que nossa juventude precisa ouvir. Precisamos ele var, precisamos exaltar, precisamos dar valor à virgindade numa sociedade saturada pelo sexo,
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A minhu graniu é mais verde
que não dá nenhum valor à questão da fideli dade no namoro, no noivado e na preparação para o casamento. Mas, aqui, Salomão, na noite de núpcias, percebendo que a sua esposa é uma virgem, é atraído a ela também pela sua virgin dade: “Jardim fechado” . Tenho conversado com os rapazes solteiros e os desafiado da seguinte maneira: Rapaz, Deus segura as chaves do portão do seu “jardim”. O seu “jardim” seria então a sexualidade da sua futura esposa. Deus segura as chaves do seu jardim, e somente na noite de núpcias Ele vai entregá-las a você, para que possa abri-lo, passear no meio das flores e comer frutos amadurecidos, para a glória de Deus e para o bem do seu casamento. Os jo vens precisam ouvir esse tipo de mensagem, porque, conforme pesquisas por nós realizadas, 50% dos que foram criados em nossas igrejas já experimentaram alguma relação pré-nupcial ou são ativos sexualmente ainda na adolescên cia ou na juventude. Isso vem trazendo sérios prejuízos mais tarde para o casamento.
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Fidelidade
Salomão, na sua noite de núpcias, olha para a sua querida esposa e a chama “jardim fechado, minha irmã,” (não se perturbe com a expressão “ minha irmã,” não há incesto aqui, e “ noiva minha” não tem relação pré-nupcial, é apenas uma expressão). Ele a chama “manancial recluso, fonte selada,” isto é, nenhum homem chegou a essa fonte, nenhum homem bebeu e se satisfez nela até aquele momento. Essa fonte, que é uma satisfação sexual, é uma “fonte selada”. Essas três expressões, “jardim fechado”, manancial re cluso” e “fonte selada”, expressam o prazer que Salomão tinha, ao olhar para a sua esposa e saber que ela era uma mulher fiel. Acerca dessa expressão, às vezes me per guntam: “E Salomão, Jaime, será que ele tam bém era fiel?” Pessoalmente, eu creio que, nessa época da sua vida, ele era um homem fiel ã sua esposa. Quem sabe poderíamos chegar a dizer “um virgem”, também. De qualquer jei to, o prazer sexual baseia-se na atração sexual do esposo em relação à sua esposa por causa da sua fidelidade.
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Frutos
m segundo lugar, Salomão é atraído à sua esposa pelos frutos. Encontramos isto no versículo 13: Os teus renovos são como pom ar de romãs com frutos excelentes. Que são esses frutos? Podemos notar que Salomão com para a sua esposa a um pomar. Papai tinha um pomar de frutas, na sua fazenda, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos, onde fui cri ado. Ali havia maçã, cereja, nectarina, pêssego c pêra, vários tipos de frutas. Gosto de pensar que esse pomar é a nossa esposa. Através do seu corpo, do seu olhar, ela seduz na cama do
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A minhu grama é mais verde
casal o seu marido, através de grande variedade de maneiras. Salomão é atraído à sua esposa pe los frutos dela. Temos aqui uma palavra para a esposa: Esposa, muitas vezes, a mulher é criada numa família tradicional, evangélica, bastante protegida, mas onde não há comunicação, não há conversa, não há nenhuma educação sexual, onde a palavra sexo é mencionada. Outras ve zes, ela é criada numa igreja evangélica bastante fechada, onde não há ensinamento da Palavra de Deus sobre sexo. Então, a mulher entra no casamento com alguma ansiedade, com alguma dificuldade de se comunicar com seu marido sobre a questão sexual. E se torna um tanto quanto passiva e ansiosa, sem qualquer ori entação sobre como melhor satisfazer o seu marido. Quero dizer a você que me lê, senhora ou senhorita, que é necessária a leitura de bons livros, como Sexo e Intimidade , de Ed Wheat, ou O Ato Conjugal , de Tirn Lahaye, que po dem orientá-la, dando-lhe uma perspectiva melhor da sua sexualidade e da maneira pela qual você pode atrair, como usar “os frutos”:
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Fivtos
“os teus renovos são como um pomar de romãs com frutos excelentes”. Salomão é atraído à sua esposa, na noite de núpcias, pelos frutos; isto se refere à variedade de maneiras com que ela o atrai na relação sexual.
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Fragrâncias
m terceiro lugar, o prazer sexual é baseado na atração do marido em relação às fragrâncias. Salomão é atraído pela sua esposa através das fragrâncias dela. Veja o versículo 14: a bena e nardo; o nardo e açafrão,
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o cãlamo e o cinamomo, com toda sorte de árvores de incenso, a mirra e o alóes, com todas as principais especiarias. Parece-me que a Sulami-
ta levou uma mala cheia de perfumes para a sua lua-de-mel. A partir disso, quero falar da im portância dos cheiros na relação sexual. Tenho orientado casais sobre essa questão, conversa-
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A minha grama é meus vente
do com milhares c milhares delcs sobre a im portância do cheiro na relação sexual. No caso de Salomão, podemos notar que ele foi atraído pela fragrância, ela usava perfume. N ão há nada de errado em um homem usar costumeiramente perfume masculino, e não somente na noite de núpcias ou na relação sexual. Esse cheiro é realmente importante. Uma senhora casada, há cerca de vinte anos, procurou-me, num dos meus seminários, e me disse: “Pastor Jaime, eu amo muito meu marido, ele também me ama muito, mas existe um problema sério no nosso casamento.” Perguntei-lhe qual era o problema. E ela disse: “ N a área de sexo.” E eu perguntei: “Em que área? O que especificamente na área de sexo está perturbando a senhora?” Então, ela me disse que o marido dela trabalhava em serviços pesados fora de casa, chegava suado e sujo, recusava-se a tomar banho e a chamava para a relação sexual. Ela sempre ia para a cama com ele, mas nunca sentira nenhum prazer, por causa do mau cheiro do marido, que não tomava banho antes da relação. Então, eu per-
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Fragrâncias
guntei: “A senhora nunca conversou com seu marido sobre isso?” Ela respondeu: “Jaime, eu nunca tive coragem de conversar com ele sobre isso”. Então eu disse: “Está na hora de conver sar com seu mando, não somente sobre isso, mas também sobre qualquer coisa que esteja atrapalhando a sua vida e a sua relação com ele. Ela disse: “ Pastor Jaime, seria possível o senhor conversar com meu marido sobre isso?” E eu lhe disse: “Não, não c minha responsabilidade, é uma coisa íntima e você deve abrir seu cora ção e lhe falar da importância da fragrância, do cheiro, no casamento”. Temos dito que o Bra sil tem muita água e que devemos aproveitar c tomar um bom banho. Um corpo limpo é fa tor absolutamente necessário para uma relação sexual plena no casamento. Salomão, portanto, foi atraído pela fi delidade da sua esposa, pelos seus frutos e pela fragrância.
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Fonte
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ncontramos o terceiro ponto no ver sículo 15 do nosso texto: Es fonte dos
jardins, poço de águas vivas, torrentes que correm do Líbano! Marque esta passagem, se está me
acompanhando com a Bíblia aberta, como pedi no princípio, e leia comigo em Provérbios 5. Este é o capítulo mais conhecido de toda a Bíblia sobre educação sexual de pai para filho. Falando nisso, papai, a sua responsabilidade é muito grande em comunicar as verdades de Deus, especialmente em relação à vida sexual. Aqui encontramos o pai Salomão dando ori
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A minha grama é mais verde
entações a seu filho acerca da vida sexual. Per mita-me deixar um pequeno esboço deste capí tulo e retirar algumas verdades para o nosso estudo. N os versículos 1 e 2, Salomão chama a atenção do seu filho: Filho meu, atende a minha sabedoria; à minha inteligência inclina os ouvidos, para que conserves a discrição, e os teus lábios guardeyn o conhecimento. A primei
ra coisa para a qual Salomão chama a atenção do filho é: “Filho, presta atenção: aquilo que eu tenho para dizer agora é muito importante para a sua vida”. Ele descreve a mulher pros tituta ou a mulher adúltera: ...porque os lábios da mulher adúltera destilam favos de mel, e as suas palavras são mais suaves do que o azeite; mas o fim dela é amargoso como o absinto, a gu do como a espada de dois gumes. Os seus pés descem à morte, os seus passos conduzemna ao inferno. Ela não pondera a vereda da vida; anda errante nos seus caminhos e não o sabe.
Salomão está descrevendo para seu filho algu mas das características da mulher prostituta, da mulher adúltera. Do versículo 7 até o 14, ele
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Fonte
fala sobre as conseqüências da promiscuidade, de urna relação fora dos laços matrimoniais, das conseqüências de uma relação com uma prostituta. Temos aqui advertências suficien tes, inclusive sobre o perigo de contrair uma doença venérea. Depois, os versículos 7-14 e 15-19 falam da beleza do relacionamento conjugal, trecho que vamos abordar. Nos ver sículos 22-23, ele volta a falar sobre os perigos e as conseqüências da promiscuidade. Agora, porém, quero chamar a atenção especialmente para os versículos 15-19, onde lemos: Bebe a água da tua própria cisterna e das correntes do teu poço. Derram arseiam por fo ra as tuas fo n tes, e, pelas praças, os ribeiros de águas? Sejam para ti somente e não para os estranhos contigo. Seja bendito o teu manancial, e alegrate com a mulher da tua mocidade, corça de amores e gazela graciosa. Saciemte os seus seios em todo o tempo; e embriagate sempre com as sua carícias. Aqui temos uma orientação do rei Salomão
ao seu filho sobre a beleza da relação sexual no casamento. Ele começa dizendo: “Filho... bebe
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A minha grama é mais vente
a água da tua própria cisterna e das correntes do teu poço”. E claro que, quando o filho ouve estas palavras, ele vai pensar naquela cisterna, naquele poço lá no fundo do quintal, que ha via nas casas palestinas, de onde, num dia de calor, podia-se tirar água cristalina, fresquinha, que dava para satisfazer a sede física. Mas, aqui, naturalmente, ele está falando da sede sexual. Ele está dizendo: “satisfaça a sua sede sexual dentro da sua casa, com a sua própria esposa”. Continuando, ele faz, no versículo 16, uma pergunta: “Derramar-se-iam por fora as tuas fontes, e, pelas praças, os ribeiros de águas?” Salom ão está dizendo: “ Filho, não vá derramar, não vá gastar os seus recursos financeiros com uma prostituta; gastar seus recursos emocio nais e sexuais nas praças (isto, em termos mais modernos, seriam as danceterias, boates, casas de massagem ou motéis), sejam para ti somente e não para os estranhos contigo”. Que diz ele aqui? Para entender, você deveria estar nos “meus sapatos”. Porque eu recebo muitas car tas assim: “Jaime, outra noite, meu marido che
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Fonte
gou em casa com um colega de serviço pedindo sexo a três.” Sobre isso, temos a palavra firme do pai: “Sejam para ti somente e não para os estranhos contigo” . No versículo 18, lemos: Seja bendito o teu m anancial. Isso me desperta uma pergunta: “Esposo, a sua esposa é abençoada através da sua relação sexual? A sua esposa é uma bên ção? Salomão, falando de sua relação sexual, descreve a sua esposa como um manancial abençoado. Espero que haja felicidade, alegria e bastante prazer na cama do casal. Tenho trabalhado com um sem número de casais que não têm uma experiência agradável na cama. Por isso, estamos abordando este assunto, para aprender quais são os princípios de Deus sobre o prazer. “Alegra-te com a mulher da tua mocidade”. Esta experiência não é uma cruz que a mulher tem que carregar, nem mesmo o homem. É uma experiência de alegria, não so mente para a sua mocidade, mas também para quando se é casado há trinta, quarenta, cinqüen ta, sessenta anos.
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A minha grama è mais verde
O versículo 19 diz: Corça de amores e gazela graciosa. São referências a animais gracio sos, lindos, que descrevem uma relação bonita. E ainda saciemte os seus seios , afirmando que o homem é excitado poios seios da sua esposa. Em todo tempo , diz a Palavra de Deus. Não somente à noite, mas pela manhã, na hora do almoço, à meia-noite; não há hora para a rela ção sexual. E uma coisa espontânea, que o casal desenvolve dentro dos seus próprios desejos e sentimentos. Finalizando este trecho, Salomão disse a seu filho: dentro dos laços matrimoni ais, Em briagate sempre com as sua carícias. É o único lugar na Bíblia em que a Palavra diz que o homem casado pode ficar bêbado. É claro que não diz para ficar bêbado de vinho, pinga ou qualquer outro tipo de álcool, mas com as delí cias do amor, o amor sexual, o amor erótico, das suas carícias. Claramente encontramos aqui o rei Salomão falando sobre a beleza da relação sexual dentro dos laços matrimoniais. Nos versículos 1-14 e 20-23, ele explica ao seu filho os perigos de uma relação sexual
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Fome
fora do casamento, mas a exalta no matrimônio, quando diz: Seja bendito o teu manancial. E exatamente isto que ele está dizendo. Voltemos para Cantares 4:15, onde en contramos estas palavras: Es fonte dos jardins. Ela era uma fonte selada porque nunca tivera relação com nenhum homem, a não ser o seu marido. Essa fonte é uma fonte de bênçãos, jorrando águas para matar a sede. A vida dela, a sua sexualidade, os seus sentimentos, as suas palavras fazem parte dessa fonte dos jardins, poço das águ as vivas.
Concluímos, então, que o prazer sexual está baseado na atração do marido em relação à sua esposa. E isto cm quatro áreas: sua fideli dade, seus frutos, suas fragrâncias c suas fontes.
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A SEXUALIDADE DA ESPOSA
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segundo conceito é: o prazer sexual baseia-se na atitude da esposa em relação à sua sexualidade. Vejam o versículo 16 do capítulo 4 (uma coisa linda!), onde a Sulamita, a esposa, está respondendo às palavras do seu marido: Levantate, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu jardim, para que se derramem os seus aromas. Ah! Venha o meu am ado para o seu jardim e coma os seus frutos excelentes! Foi o convite da Sulamita ao seu marido
à sua sexualidade. Quero que notem algo. Ela disse: Assopra no meu jardim , mas, mais tarde,
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A minha grama é mais verck
quando faz o convite: Oh! Vem, meu amado, para o seu jardim , ela reconhece que o jardim não era só dela, isto é, a sua sexualidade, seus órgãos sexuais, seus sentimentos, seu carinho, tudo o que está ligado a uma relação bonita, ou seja, o jardim, era também do seu marido: Venha o meu amado para o seu jardim e coma os seus frutos excelentes. Ah! Agora Salomão tem a chave dos
portões, e está abrindo-os. Ele está passeando no meio das flores, expe-rimentando os frutos deliciosos. Esta referência é à sexualidade da sua esposa. Que coisa linda! Num mundo de revis tas pornográficas, de uma mídia depravada e depravadora, no mundo de tanta perversão, en contramos a beleza de uma relação dentro dos propósitos de Deus, que é o casamento. Quero falar um pouquinho mais desse convite. Ele é voluntário, espontâneo, inten so. A esposa convida o marido a participar da beleza da relação sexual. Tudo isso é maravi lhoso! Mas o fato é que muitas senhoras casa das não têm capacidade, não têm o sentimento, não têm o jeito de convidar o seu marido para
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o seu jardim. Considero essa situação muito triste, porque muitas delas, creio eu, querem desenvolver uma relação de prazer, querem e x perimentar o que a Sulamita descreve aqui, mas não conseguem. Vou apresentar algumas razões pelas quais essas esposas, na noite de núpcias ou em qualquer outra noite do casamento, não têm vontade, não se sentem bem em convidar seu marido para o “jardim”.
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Aprendendo errado
A
primeira das razões que eu quero des tacar é que a esposa, quando peque na, não recebeu instrução sexual adequada em seu lar. Muitas vezes, a mãe, praticamente no dia do casamento, ou alguns dias antes, chama a filha, e diz alguma coisa assim: “ Filha, car regue a sua cruz, ‘homem é homem’. Você vai agüentar a relação sexual. Portanto, fique firme, porque essa e a obrigação da mulher”. A filha recebe essa orientação da sua mãe, ou de uma outra pessoa, quem sabe, justamente porque a mãe dela passou por essa experiência, não teve
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A minha grama è mais verde
uma relação bonita. Quem sabe a mãe dela ca sou-se com um homem bruto, um animal na cama, que lhe pedia coisas indecentes, que a fez sentir-se mal. Em vez de tentar lidar com o problema, procurar um conselheiro, procu rar dialogar com o marido, ela simplesmente agüentava uma relação na qual não tinha pra zer. Por isso, acabou transmitindo esse mesmo sentimento à sua filha que agora vai casar. É triste, porque a relação é de Deus, sexo foi cri ado por Deus, tanto para a procriação quanto para a recreação. Infelizmente, não se pratica uma educa ção sexual adequada. Quando estou preparan do um casal para o casamento, gasto bastante tempo, no meu curso pré-nupcial, falando-lhes sobre a importância cie uma relação sexual bo nita, sobre o que deve ser feito e quais atitudes devem ser tomadas na sua realização. Mas nem todo pastor, antes de realizar um casamento, investe tempo na preparação do casal, o que c muito importante, especialmente na área se xual. Um a das razões por que a Sulamita podia
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Apren de u do errado
convidar seu esposo para o “seu jardim” reside no fato de que ela tinha uma atitude correta em relação à sua sexualidade.
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Traumas no caminho
m segundo lugar, muitas meninas, dos cinco aos doze anos, mais ou menos, têm sido abusadas, sexualmente fa lando. Uma esposa, lutando pela sua relação sexual com o marido, confessou-me que, aos dez anos de idade, estava dormindo em seu quarto quando, de repente, acordou assustada, sentindo que seu pai tinha passado a sua mão debaixo dos cobertores e estava acariciando as partes íntimas dela. Isso criou uma imensa bar reira, um trauma no coração daquela criança. Por isso, depois de adulta, ela não conseguia
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A minha grama ù mais verde
ter bom relacionamento com alguém do sexo oposto. Casara-se, mas estava realmente atra palhada no campo da relação sexual e, às vezes, em outras áreas do casamento. Por causa desse tipo de abuso, ou de uma relação inadequada com alguém do sexo oposto, durante a infância ou na adolescência, ou ainda por causa de uma violação ou estupro por parte do pai, padras to, irmão, tio, vizinho, primo, ou outra pes soa qualquer, a mulher não consegue superar o trauma. Antes do casamento, ela precisava pro curar alguém que pudesse ajudá-la a curar essa ferida. Por causa deste abuso sexual sofrido na infância, a mulher não tem desejo, nem tem coragem de convidar livremente, abertamente, o seu marido para participar do “seu jardim”.
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Antes da hora
m terceiro lugar, na juventude e ado lescência, muitas vezes, ocorre rela cionamento íntimo. Às vezes, há masturbação mútua, ou carícias muito íntimas, muito além daquilo que Deus nos ensina na Sua Palavra, quando diz: Não defraude a seu irmão, em 1 Tessalonicenses 4:6. Outras vezes, há relação pré-nupcial, que acarreta sentimento de culpa, medo, desconfiança, uma série de malefícios, que acabam atrapalhando a relação matrimonial.
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I
Sem orientação adequada
m quarto lugar, a lua-de-mel. N o s sos casais precisam de uma orien tação específica e prática sobre as primeiras noites de núpcias. Precisam que o pastor ou um conselheiro capaz lhes dê uma orientação sadia, para que não haja trauma já na primeira noite, por falta de consideração, de paciência ou de experiência. Essa orientação se faz ne cessária porque muitas mulheres têm sido trau matizadas, já na primeira semana, por atitudes e comportamento errado adotados no relacio namento com o seu marido.
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Comportamento errado
m último lugar, ocorrem comporta mentos errados no início do casamen to, com o marido forçando a barra, dizendo: “Querida, se você me amasse, faria ‘isso’ comi go”. O que realmente é uma chantagem. No amor não pode haver chantagem; o amor é livre, é espontâneo. O certo é ter uma conversa. So bre isso, eu gostaria de sugerir que, periodica mente, o marido faça uma pergunta ou outra à sua esposa, abrindo o diálogo sobre o relacio namento sexual. A minha sugestão seriam três perguntas: primeira: “Querida, há alguma coisa
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A minha grama é mais vente
A minha grama é mais vente
que eu esteja fazendo, em nossa relação sexual, que esteja ferindo ou ofendendo você física ou emocionalmente? Esta é uma pergunta impor tante e indispensável. A segunda é: “Querida, há alguma coisa que eu possa fazer, na nossa relação sexual, para melhorar?” O propósito do casal deve ser melhorar sempre, para que haja mais desejo, e não menos, por parte do casal. A terceira pergunta é: “Querida, você está satis feita com a nossa comunicação na área sexual?” Penso que muitos casais têm dificuldade de dia logar, de conversar abertamente e de realmente expor seus sentimentos em relação à vida sexual. São três perguntas, para que o marido possa sa ber o que poderá fazer para melhorar e ajudar a esposa a desenvolver uma relação mais bonita. Escrevi tudo isso para dizer que toda esposa deve, periodicamente, fazer ao seu marido o con vite encontrado em Cantares 4:16. Mas a minha experiência de aconselhamento mostra que a maioria das mulheres não tem desejo ou não tem jeito de chamar o seu marido para apreciar e desfrutar do seu “jardim”. A pergunta c: Por que?
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Comportamento errado
Abordei cinco razões: falta de instrução sexual no lar; abusos e violações na infância; relações pré-nupciais ou intimidades alem da quilo que Deus quer na adolescência e juven tude; atitudes e comportamentos errados na lua-de-mel e atitudes e comportamentos erra dos no casamento. São motivos por po r que a m u lher teria teria constrangim constran gimento ento de fazer este este tipo de convite. A luz dessas coisas, co isas, quem sabe é necessário que a esposa consulte um médico, ou procure um conselheiro ou um pastor que possa ajudála a ajustar o relacionamento conjugal. Mas o m elhor é dialogar dialo gar carinhosam carinhosamente, ente, calmamente, com o marido, sobre os seus sentimentos, para que essa possa vir a ser uma experiência de praze pra zerr a ser ser desfrutada no casament casamento. o.
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O prazer sexual mútuo
ste é o terceiro conceito. Vimos que o prazer sexual baseia-se na atração do marido pela esposa e na atitude da esposa em relação à sua própria sexualidade. Em Cantares 5:1, encontramos a terceira base para o prazer conjugal: o prazer sexual baseia-se na aceitação da satisfação sexual mútua do marido e da espo entreii no no meu meu jardim jar dim , minha irmã, noiva sa. J á entre
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minha; colhi a minha, mirra com a especiaria, comi o meu favo com o mel, bebi o meu vinho com o leite. Ele já está no “jardim”, passeando
com a sua esposa. espo sa. Aqui, verificam verificamos os que o prazer
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A minha gruma ó mais verde
sexual baseia-se na aceitação. É uma experiên cia mútua, que cada pessoa está aceitando como parte do plano de Deus para o casamento. A razão pela qual eu falo é que nós en contramos três belas expressões aqui: “Colhi a minha mirra com a especiaria, comi o meu favo com o mel, bebi o meu vinho com o leite”. E notável que duas pessoas se envolvam em algo tão agradável. “Colhi a minha mirra” refere-se à primeira pessoa; “com a minha especiaria”, à segunda pessoa. “Comi o meu favo”, refere-se à primeira pessoa; “com o mel”, à segunda. “Bebi 0 meu vinho”, fala da primeira pessoa; “com o leite”, da segunda. E uma experiência que os dois estão desfrutando no casamento. Eu creio que o apóstolo Paulo confirma este conceito em 1 Coríntios 7:1 -5: Quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher; mas, po r causa da impureza imoralidade sexual- cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido. Paulo está dizendo que um dos
propósitos do casamento é a pureza de coração, que se reflete na pureza sexual. E também que
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0 prazer sexual mútuo
um dos propósitos do casamento é alívio emo cional e sexual; isto na cama do casal. Baseado nisso, Paulo diz, 110 versículo 3, que: “O marido conceda à esposa o que lhe é devido”. Paulo está apontando o dedo para a sua esposa e dizendo: “Marido, cuide da sua esposa, sexualmente falando, pague a sua dívida para com ela”. A palavra “devido” refere-se à sua dívida para com ela. Que dívida é essa? É o suprimento das carências e necessidades emocionais e sexuais da esposa durante todos os anos do casamento, c a preocupação e cuidado com o prazer que a esposa deve ter no relacionamento matrimonial. Paulo disse mais: “e também semelhantemente a esposa, ao seu marido”. Ou seja, a esposa tam bém tem uma dívida a pagar ao seu marido. Qual é? Suprir as necessidades e carências do seu marido durante todos os anos do casamento, na área emocional e na área física. Portanto, essa deve ser uma experiência mútua, a ser desfrutada pelos dois dentro dos laços matrimoniais, uma experiência de grande prazer. Ela deve suprir as carências e necessidades da esposa e do marido.
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A minha grama é mais verde
No versículo 4, lemos: A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o mando; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher. Isto nos fala de
novo sobre alguma coisa mútua. O texto está dizen do que, na relação sexual, o corpo da mulher pertence ao marido e o corpo do marido pertence à esposa. A palavra “poder” quer dizer autoridade. A esposa não pode dizer ao seu marido: “Não quero ter rela ção sexual com você. Não quero que você me toque daquele jeito”. E o marido não pode dizer: “ Não que ro ter relação sexual com você, não quero que você me toque”. É necessário uma comunicação aberta. Em termos gerais, o corpo do marido pertence à sua esposa e vice-versa. Isto vem com os anos de experiên cia e com o aprofundamento no amor do casal. No versículo 5, lemos: N ão vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência. Paulo
reconhece a dificuldade na cama do casal, na questão de um jejum sexual. Ele está reconhe
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0 prazer sexual mútuo
cendo que satanás pode estar na cama do casal. Daí ele dizer, cm termos gerais, “não vos priveis um ao outro”. Ele não diz: “não vamos ter rela ção sexual”. Quando escreve “Salvo talvez”, ele concede uma exceção, alguma coisa específica. Deus fala ao coração do marido, da esposa, ou aos dois e um deles diz: “Eu quero ter uma vida de oração mais intensa na próxima semana e gos taria de deixar de ter relação sexual”. Não pode ser assim. Deve ser uma decisão mútua, de “mú tuo consentimento”, isto é, uma convicção a que os dois devem chegar, consentir, decidir. E só por algum tempo. Paulo não disse quanto tempo, mas eu gostaria de sugerir, no máximo, duas se manas. “Para vos dedicardes à oração,” isto é , um exercício espiritual com o propósito de orar. Para, em seguida, “novamente vos ajuntardes”. O normal é haver relação sexual semanalmente. Porém, cada qual tem o seu ritmo. Alguns gos tariam de ter relação todo os dias. Outros, uma vez por semana, mas é necessário que cuidemos disso, para que cada um tenha a sua necessidade suprida. A razão de tudo, segundo Paulo, é:
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A minha grama é mais verde
“Para que Satanás não vos tente, por causa da in continência.” Satanás está à porta da nossa casa, do nosso lar, do nosso relacionamento, e quer (e está conseguindo, infelizmente) estragar muitos relacionamentos justamente na cama do casal. Gostaria, portanto, de dizer ao casal, ao homem casado, ou mesmo ao solteiro (porque isto pode ser uma medicina preventiva) que é importante manter a comunicação, um espírito de humil dade, um desejo de ser paciente e compreensivo em relação ao ato sexual e “nunca forçar a bar ra”. Paulo diz que deve ser uma experiência mú tua. Não se esqueçam também que deve ser uma experiência de alívio, para que haja fidelidade na relação matrimonial. Voltemos à primeira parte cle Cantares 4:1, onde lemos que o prazer sexual baseia-se na acei tação da satisfação sexual mútua. Cada um se pre ocupa com o gozo, com a alegria e com a satisfa ção do outro. É uma experiência mútua. F, muito importante compreender isto no casamento.
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A aprovação de Deus
o final do versículo 5, encontramos o quarto conceito para o prazer sexual: o prazer sexual baseia-se na aprovação de Deus. Repare as palavras em Cantares 5, no final do versículo 1: Comei e bebei, amigos; bebei fa rtamente , ó amados. Faço uma pergunta: Quem está falando essas palavras? Alguns comentaristas da Bíblia dizem que foram os amigos, no final da festa, na noite do casamento. Outros acham que foram os pais. Mas eu, pessoalmente, creio que Deus olhou para o casal na sua primeira noite de núpcias e disse: “Comei e bebei, amigos”. Deus
N
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A minha grama é mais verde
é nosso amigo. Ele nos ama e nos criou com tre menda capacidade de procriar e recrear-nos, e deseja que o casal se divirta bastante. Quando Ele diz “Comei e bebei, amigos; bebei farta mente, ó amados” está dando a sua aprovação. O carimbo de aprovação que Deus coloca sobre o casal e a sua sexualidade. Não se encontra o carimbo de aprovação de Deus num motel, ou na relação entre um jovem e uma jovem que não são casados. O casal pode até dizer: Ah! Jaime, todo mundo está fazendo. Além disso, nós es tamos caminhando para o casamento, já somos noivos. Ah! Jaime, nós nos amamos tanto”. To das são razões, mas não são razões suficientes para violar o princípio de Deus. Homens, espe rem, porque Deus entrega no dia do casamento a chave dos seus portões, para que vocês pos sam desfrutar da bênção de uma relação bonita criada por Ele.
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Recapitulando
F
inalizando esta nossa palavra sobre prazer sexual, quero fazer novamente um pequeno resumo. Em primeiro lugar, em Cantares 4:12-15, encontramos: o prazer sexual baseia-se na atração sexual do marido em rela ção à sua esposa. No versículo 16, o prazer se xual baseia-se na atitude da esposa em relação à sua própria sexualidade. Em 5:1, o prazer sexual baseia-se na aceitação da satisfação sexual mú tua do marido e da esposa. E, finalmente, no final do mesmo versículo, o prazer sexual ba seia-se na aprovação de Deus: “Comei e bebei, amigos; bebei fartamente, ó amados”. Podemos 59
A minha grama é mais verde
ver neste trecho vários princípios sobre o prazer conjugal. Deus gosta de ver seus filhos aprovei tando a bênção do sexo, independente de que rer ter filhos ou não. Nossos corpos, com seus órgãos sexuais, foram criados para realmente usufruir bastante prazer. E é importante que o casal entenda a importância disto e que possa dialogar, conversar, a fim de contornar os pos síveis obstáculos. Insisto, se há problema dentro do casa mento, na área física, é necessário que haja uma comunicação aberta, um diálogo. E se o casal não consegue resolver sozinho o seu problema, é importante que procurem um conselheiro, um psicólogo cristão, que possa orientá-los na solução do problema. Nosso desejo é o desejo do ministério Lar Cristão, do pastor Jaime, que haja na sua cama a bênção de Deus. Deus disse que o ato sexual é uma relação de bênção. Então, por que não ter esta experiência no casamento? Finalizando, eu gostaria de lazer uma ora ção, que foi publicada no meu livro Darteei o meu amor. E uma oração bonita que pode ser usada em estudos sobre vida sexual. 60
Oração o
CCÇenhor, é difícil saber realmente o O p ro p ósito do sexo. Às vezes, pareceme ser um demônio enviado para me atormen tar. Outras vezes, deliciosamente sedutor, trans porta-me da realidade à fantasia. Sei, Senhor, que isto não representa a realidade do sexo, a qual é corpo, alma e espírito, paixão e ternura, um abraço forte, um gentil entrelaçar de mãos, nudez exposta, mistério escondido, lágrimas de euforia nos rostos dos recém-casados, lágrimas de alegria nos rostos de casais já enrugados, comemorando bodas de ouro. Sexo é um olhar tranqüilo e significativo. E a inesperada entrega 61
A minha grania é mais verde
de rosas durante o dia, é um riso na noite. Sexo é vida, não toda a vida, mas está inserido em seu significado. O Deus, sexo é uma boa dádiva para enriquecer a existência e obedecer à ordem da multiplicação. E a personificação da experiência: uma só carne. Senhor, algumas pessoas dizem que sexo e santificação não se misturam, mas a Tua palavra afirma que ele é bom. Ajuda-me a ser aberto sobre ele e, ainda assim, proteger seu mistério. Faze-me sempre lembrar, Senhor, que sexo não é demoníaco, mas também não pode ser idolatrado. Ajuda-me a não devanear no mundo de fantasias com parceiros imaginários. Conserva-me no mundo real, onde devo amar desinteressadamente as pessoas que tens criado. Senhor, é muito difícil para o ser humano dizer: “Graças a Deus por minha sexualidade, pois de um modo geral as pessoas a encaram mais como um problema do que como um dom. Eu, porém, quero Te agradecer por estar consciente de possuí-la. Obrigado pela liberdade que te nho de expressá-la. Dou graças a Ti pelo sexo. Senhor, neste momento, em nome de Jesus, quero interceder pelos casais casados, que estão passando por problemas conjugais, especihca62
Oração
mente na área sexual. Senhor, que haja um de sejo de consertar, de dialogar, de orar, para que o casal possa encontrar uma solução. Também, Senhor, quero interceder pelos jovens solteiros, que estão ouvindo a minha voz, que estão a caminho do casamento. Que estes princípios possam ser aplicados nas suas vidas, para que, quando entrarem então no casamento, possam ser abençoados. Obrigado, Senhor, porque Tua Palavra nos diz que loi o Senhor quem criou o sexo, porque ele é bom. Senhor, pedimos a Tua bênção sobre a vida de cada um que lê esta ora ção, para que estes princípios sejam usados para abençoar ricamente o Teu povo. Isto pedimos, agradecidos, cm nome de Jesus, amém. FIM
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