UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE LETRAS CURSO: LETRAS – LITERATURA LITERATURA BRASILEIRA II PROFESSOR: ANDRÉ VINÍCIUS PESSOA ALUNO: MICHEL DO COUTO NASCIMENTO
ALENCAR, José de. Iracema. Barcelona: Sol90, 2004. literatura brasileira, cap.V, cap.V, subitem 3. São Paulo: CANDIDO, Antônio. Formação da literatura Martins, 1971 [1959]. 2v.
ALENCAR, José de. Iracema. Edição crítica de M. Cavalcante Proença. Proença. São Paulo: Edusp, 1979. FICHAMENTO
No capítulo 1, o autor autor faz escolhas escolhas lexicais que permite permite a interpretação de de que há um apanhado geral do enredo logo em seu início. É como se o inicio do livro tivesse como objetivo ofertar um panorama amplo para situar o leitor.
“(...) é o primeiro capítulo,
intensa e ao mesmo tempo sobriamente iluminado e
colorido, repassado de suavidade e de tristeza, mas tristeza aceita, que não abate nem deprime.” (Proença, p.214)
No capítulo 2, há o primeiro primeiro encontro entre Martim e Iracema, Iracema, que se caracteriza como um “amor a primeira vista”. Tal encontro simboliza, por um lado, a perspectiva europeia e, por outro, perspectiva indígena nacional, introduzindo i ntroduzindo o contato entre as raças. “Diante
dela e todo a contemplá-la, está um guerreiro estranho, se é guerreiro e
não algum mau espírito da floresta” (p.14, cap.2)
Iracema não é qualquer índia, mas sim a de maior destaque: “Iracema, a
virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a
asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira” (p.14 , grifo nosso)
A primeira atitude de Iracema ao se deparar com Martim é atirar uma flecha no suposto guerreiro, mas, posteriormente, ela percebe que ele não a quer mal e o levo para sua aldeia para cuidar do seu ferimento (cap. 3)
Quando Martim é acolhido na aldeia dos Tabajaras, no capítulo 3, podemos associar a penetração do europeu entre os nativos.
No capítulo 4, Martim rejeita a atitude de Iracema por amá-la, ou seja, ele não tem interesse em qualquer outra índia; ele quer Iracema. Cabe ressaltar que esse “presente” foi determinado pelo pajé para bem tratá-lo, já que este representaria
um enviado de Tupã.
“Iracema se compõe, desde as primeiras páginas, sob a pressão pungente da
nostalgia, do fatalismo e da resignação. (...) dinamizando-a, num dialogo de amor, ternura e aceitação, sussurrado numa linguagem comum, suave, melodiosa.” (Proença, p.214)
No sexto capítulo Iracema conduz o guerreiro branco até o bosque sagrado a fim de dar-lhe o licor da Jurema. Com isso tem-se talvez a primeira demonstração de amor da índia pelo branco, pois, mesmo já gostando dele, permite que ele sonhe com a sua noiva branca.
“-Guerreiro branco, Iracema é filha do pajé, e guarda o segredo da Jurema.”
(cap.8,p.29) Iracema revela a Martim que quem a possuísse morreria.
“A boca do guerreiro pousou na boca mimosa da virgem.” ( cap.9,p.33).
Neste
momento ocorre o primeiro contato afetuoso entre as personagens, simbolizando o nascimento do amor entre eles, já que ambos sabem do perigo da aproximação, mas, ainda assim, não conseguem conter o desejo.
“Tupã já não tinha sua virgem na terra dos Tabajaras” (cap.15,
p.51). Nessa
passagem Iracema dá novamente o licor a Martim e, em seguida, entrega-se a ele.
“-Iracema te acompanhará, guerreiro branco; porque ela já é tua esposa.”
(cap.17, p.55). O estrangeiro ficou perplexo com a revelação da índia, pois, além de saber que a união deles representava um perigo, tem a certeza de que houve uma relação íntima entre eles.
“é Iracema, pelo Autor dado como “Lenda do Ceará”: muito mais lírica do que épica, (...) destino que se faz comum, o de dois povos que se unem” (Proença, p.
216)
Capítulo 18: Travou-se guerra entre os pitiguaras e os tabajaras; Jacaúna e Irapuã lutam face a face. Iracema intervém no confronto entre Martim e Irapuã.
“Iracema silvou
como a boicininga: e arrojou-se contra a fúria do guerreiro
tabajara. A arma rígida tremeu na destra possante do chefe e o braço caiu-lhe desfalecido” (cap.18, p.59 )
Capítulo 20: Martim sai da terra dos pitiguaras com o intuito de amenizar a tristeza da esposa. O chefe da tribo o despede e deseja que Tupã (o mesmo deus reverenciado pelos tabajaras) o fortaleça. (p.63)
No capítulo 23, Iracema revela a Martim que lhe dará um filho.
“_Teu sangue já vive no seio de Iracema.” (p.72)
Capítulo 24: Após pass ar por um ritual, Martim passa a se chamar “Coatiabo”. (p.75).
Capítulo 29: Houve grande batalha entre os pitiguaras e os guaraciabas, estes unidos aos guerreiros brancos. Á margem do rio onde crescia o coqueiro, Iracema sente os primeiros sinais e se prepara para dar à luz. (p.88).
No capítulo 30 nasce Moacir, o primeiro filho que a raça branca gerou nesta terra. “Tu és Moacir, o nascido de meu sofrimento”. (p. 89)
Capítulo 32: Após suportar até os últimos instantes de vida, Iracema entrega o filho nos braços de Martim e, em seguida, expirou. (p. 96)
Último capítulo: Martim retorna à sua terra natal levando consigo seu filho Moacir, “o primeiro cearense”. Depois ele voltou à
terra selvagem e pelejou
contra os tupinambás e expulsou o branco tapuia, porém, sentiu que ainda sentia saudades de Iracema, a “virgem dos lábios de mel”. (p.98)