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1. Introdução
A economia brasileira viveu vários ciclos ao longo da história. Em cada ciclo, um setor foi privilegiado em detrimento de outros, e provocou sucessivas mudanças sociais, populacionais, políticas e culturas dentro da sociedade brasileira. O primeiro ciclo econômico do Brasil (Século XVI) foi a extração do paubras brasilil,, ma made deir iraa av aver erme melh lhad adaa ut utililiz izad adaa na tint tintur urar aria ia de teci tecido doss na Euro Europa pa,, e abundante em grande parte do litoral brasileiro na época do descobrimento. Em seguida veio o ciclo da cana-de-açúcar (séculos XVI-XVIII), utilizada na Europa para a manufatura de açúcar em substituição a beterraba. O plantio de cana adotou o latifúndio como estrutura fundiária e a monocultura como método agrícola, o que introduziu o modo de produção escravista no Brasil, baseado na importação e escravização de africanos. O tráfico negreiro só foi interrompido em 1857, com a Lei Eusébio de Queirós. Durante todo o século XVIII, expedições chamadas entradas e bandeiras vasculharam o interior do território em busca de metais valiosos (ouro ( ouro,, prata prata,, cobre cobre)) e pedras preciosas (diamantes, esmeraldas esmeraldas). ). Afinal, já no início do século XVIII (entre 1709 e 1720 1720)) estas foram achadas no interior da Capitania de São Paulo (Pla (Plana naltltoo Cen entr tral al e Mo Mont ntan anha hass Alte lteros rosas as), ), nas área áreass qu quee dep epoi oiss for foram desmembradas como Minas Gerais, Gerais, Goiás e Mato Grosso. Grosso. A descoberta de ouro, diamante e esmeraldas nessa região provocou um afluxo populacional vindo de Portugal e de outras áreas povoadas da colônia, como São Paulo de Piratininga, São Vicente e o litoral nordestino. Já de início, o choque na corrida pelas minas levou a um conflito entre paulistas e outros (Guerra (Guerra dos Emboabas). Emboabas ). Já no início do século XIX, começa uma nova fase da economia brasileira com o Ciclo do café e a Industrialização.
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2. Período de 1889 a 1930
O período da história política brasileira que vai de 1889 a 1930 costuma ser designada pelos historiadores como República do Café-com-Leite. Na primeira República, a política funcionava na base da troca de favores. Na economia econ omia,, além da agricultura agricultura expo exportado rtadora, ra, predomin predominantem antemente ente cafee cafeeira, ira, houv houvee significativo desenvolvimento da indústria. Ampliou-se o número de operários, que organizaram os primeiros movimentos para lutar pelos direitos trabalhistas. Em 1920, a economia brasileira era essencialmente agrícola. Quase 70% da popula pop ulação ção em ati ativid vidade ade trabal trabalhav havaa na agricu agricultu ltura. ra. Nessa Nessa socied sociedade ade,, hav havia ia nas fazendas grande número de trabalhadores que recebiam salários miseráveis e, por isso, dependiam dos coronéis, que exploravam sua força de trabalho. Mas os poderes dos coronéis ultrapassavam os limites da fazenda, chegando também às cidades. Os principais empregos e cargos estavam sujeitos à influência pessoal: na prefeitura, na delegacia, na escola etc. Campos Sales, Campos Sales, político político e fazen fazendeiro deiro paulista, paulista, foi o segu segundo ndo presidente presidente civil da repúbl república ica e um dos princi principai paiss respon responsáv sáveis eis pel peloo sistem sistemaa de alianç alianças as ent entre re governadores de estado e governadores federais. Por meio de tantas alianças e fraudes, as oligarquias agrárias estiveram no poder durante boa parte da Primeira República. Em São Paulo e Minas Gerais, elas esta es tava vam m orga organi niza zada dass em to torn rnoo de do dois is pa part rtid idos os po polílítitico cos: s: o PRP PRP (Par (Partitido do Republicano Paulista) e o PRM (Partido Republicano Mineiro). São Paulo era o primeiro estado em produção de café; Minas Gerais era o segundo e destacava-se também pela produção de leite. Nasceu daí o apelido para a aliança entre PRP e PRM: política do café-com-leite. 2.1 Economia
A estrutura dominante da economia brasileira, no período, era baseada na produção de matérias primas e gêneros tropicais destinados à exportação e sujeita às oscilações do mercado internacional. Os principais produtos agrícolas de exportação sofriam a concorrência de outros países. Assim, as exportações brasileiras acabaram se concentrando em um único produto: o café. Destacaram-se também, no período, as produções de açúcar, algodão, borracha e cacau.
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Período 1891-1900 1901-1910 1911-1913 1914-1918 1919-1923 1924-1928
Participação em Porcentagem dos Principais Produtos na Receita de Exportação do Brasil Algodã Café Açúcar Borracha Couros e Pe Peles Outros o 6 4 ,5 6 ,0 2 ,7 1 5 ,0 2 ,4 9,4 5 2 ,7 1 ,9 2 ,1 2 5 ,7 4 ,2 13,4 6 1 ,7 0 ,3 2 ,1 2 0 ,0 4 ,2 11,7 4 7 ,4 3 ,9 1 ,4 1 2 ,0 7 ,5 27,8 5 8 ,8 4 ,7 3 ,4 3 ,0 5,3 24,8 7 2 ,5 0 ,4 1 ,9 2 ,8 4,5 17,9
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
2.2 Café Desde o início do século XIX até a década de 1930, 1930, o café foi o produto que impulsionou a economia brasileira. Introduzido por Francisco por Francisco de Melo Palheta ainda no século XVIII, XVIII, a partir de sementes contrabandeadas da Guiana Francesa, Francesa, ficou concentrado a princípio no Vale do Paraíba e depois nas zonas de terra roxa do interior de São Paulo e do Paraná Paraná.. Desde 1820, o café aparece entre os principais produtos de exportação do Brasil. De 1840 até 1970, por mais de um século, port po rtan anto to,, o ca café fé resp respon onde deuu po porr ma mais is de 40 40% % do va valo lorr tota totall da dass ex expo porta rtaçõ ções es brasileiras, chegando há certos anos, a atingir 80% de seu total. Em relação à economia da Primeira república: o café não foi a única produção relevante e a própria economia cafeeira é bastante complexa, pois, além das fazendas de café, comportam atividades comerciais, de transportes, bancárias e outras de natureza urbana. Ainda assim, não se pode negar que o café foi o núcleo em torno do qual grande parte da economia brasileira esteve articulada (direta ou indiretamente) e também o fulcro da política econômica de todo o período. A econ economia omia cafee cafeeira ira em São Pau Paulo lo foi foi o gran grande de mo moto torr da ec econ onom omia ia brasileira desde a segunda metade do século XIX até a década de 1920 1920.. Como o Brasil detinha o controle sobre grande parte da oferta mundial desse produto, podia facilmente controlar os preços do café nos mercados internacionais, obtendo assim lucros luc ros ele elevad vados. os. Segund Segundoo Cel Celso so Fur Furtad tadoo, o ma maio iorr prob proble lema ma de dest stee sist sistem emaa econômico era que, sendo o Brasil um país abundante em terras disponíveis para a agricultura e em mão-de-obra subempregada, os lucros obtidos incentivavam novas invers inv ersõe õess de ca capit pitais ais no set setor or,, ele elevan vando do gradua gradualme lmente nte a ofe oferta rta de ca café fé a ser exportado. Por outro lado, a demanda mundial de café tinha a característica de ser inel inelás ástitica ca em rela relaçã çãoo ao preç preçoo e à rend rendaa do doss co cons nsum umid idor ores es,, isto isto é, o se seuu crescimento dependia fundamentalmente do crescimento populacional dos países consumidores. Assim, tinha-se uma situação de crescimento da oferta de café muito superior ao crescimento de sua demanda, indicando uma tendência estrutural de baixa de preços no longo prazo. Em 1906, diante da previsão de safra extremamente elevada, que se tornou claro o diagnóstico de superprodução: o Brasil exportava, em média, de 9 a 10 milhões de sacas de café por ano. A safra de 1906, prevista de 16 milhões de sacas, atingiu cerca de 20 milhões, havendo ainda, no mercado, um estoque de 9 milhões de sacas. A entrada da safra brasileira em meados de 1906 iria provocar o declínio abrupto do preço do café e o agravamento da crise já em curso.
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Diante dessa perspectiva, em fevereiro de 1906 reuniram-se, em Taubaté, Taubaté, os Presidentes dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais e consideram necessária a intervenção no mercado cafeeiro a fim de evitar o aprofundamento da crise. As políticas governamentais de valorização do café, conforme instituídas do Convênio de Taubaté, Taubaté, consistiam basicamente na compra, por parte do governo federal, dos estoques excedentes da produção de café, por meio de empréstimos externos financiados por tributos cobrados sobre a própria exportação de café. No curto prazo, tal política ajudou a sustentar os preços internacionais do produto, sustentando a renda dos exportadores. Porém, a médio e longo prazo, essa política deu uma posição de favorecimento do café sobre os demais produtos brasileiros de exportação, além de inflar artificialmente os lucros do setor (pois essa política não tinha tin ha ne nenh nhum um im impa pact ctoo so sobr bree a de dema mand ndaa inte intern rnac acio iona nall pe pelo lo prod produt uto) o),, o qu quee estimulava novas inversões de capitais ma produção, pressionando ainda mais a oferta nacional de café. A crise internacional de 1929 exerceu imediatamente um duplo efeito na economia brasileira: ao mesmo tempo em que reduziu a demanda internacional pelo café brasileiro, pressionando seus preços para baixo, impossibilitou ao governo brasileiro tomar empréstimos externos para absorver os estoques excedentes de café, devido ao colapso do mercado financeiro internacional. Todavia, Todavia, o governo não poderia deixar os produtores de café a sua própria sorte e vulneráveis os efeitos da grande crise; o custo político de uma atitude como essa seria impensável para um governo que ainda estava se consolidando no poder, como era o caso do governo de Getúlio Vargas no início da década de 30. Por isso, a partir deste período, o Estado brasileiro passou a desempenhar um papel ativo na economia nacional. 2.3 Açúcar
O açúcar, que até 1830 era o principal produto brasileiro de exportação, foi perdendo sua posição devida, basicamente, à concorrência do açúcar de beterraba produzido na Alemanha, Bélgica e França. Além disso, a produção do açúcar de cana em Cuba e Porto Rico, ex-colônias espanholas dominadas pelos Estados Unidos, possuía tarifas preferenciais nesse país. Diante da concorrência internacional, o açúcar produzido no Brasil passou a ser vendido, cada vez mais, no mercado interno. A quantidade exportada, cuja média anual era de 133 mil toneladas na década de 1891-1900, reduziu-se, em 1911-1920, a uma média de 62 mil toneladas por ano.
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As regiões produtoras, particularmente o Nordeste, tentaram substituir o mercado externo pelo interno. Começaram a aumentar suas vendas para o Sul do Brasil, onde a monocultura do café não deixava espaço para a cana. Mas, devido às crises do café, São Paulo começou a dedicar-se à produção de açúcar. Assim, a produção paulista passou de 96 mil sacas, em 1894, para mais de um milhão em 1930. Com isso, a situação das velhas regiões produtoras de açúcar do Nordeste agravou-se ainda mais. Como conseqüência, a produção açucareira começou a ser limitada a partir de 1933 e posteriormente controlada pelo Instituto do açúcar e do Álcool, que passou a distribuir as cotas de produção entre as diversas regiões do país, além de controlar os preços. Com a crise, especialmente no início do século XX, veio a concentração da produção em grandes unidades, com as modernas usinas substituindo os engenhos do pa passa ssado. do. Ao me mesm smoo tem tempo, po, os fornec fornecedo edores res de can canaa foram foram pe perde rdendo ndo sua importância – pois asa usinas passaram a ter sua própria produção – e, não raro, foram obrigados a vender suas terras ao usineiro, o novo senhor do açúcar. açúcar. 2.4 Borracha
No período em que ocorreu a ampliação da produção cafeeira, a borracha fornecida pela seringueira tornou-se o segundo produto mais importante na pauta as exportações brasileiras. Embora já fosse utilizada há muito tempo pelos índios para fazer calçados, bolas e alguns utensílios, a borracha teve a sua primeira utilização para apagar traços de lápis. Mas foi só a partir de 1890, paralelamente ao aumento da produção de automóveis, que a borracha se tornou uma das principais matériasprimas industriais. O Brasil, que tinha a maior reserva de seringueiras do mundo, viu sua produção aumentar constantemente, como mostra o quadro abaixo:
Ano
Toneladas
1827
31
1880
7 000
1887
17 000
1901 1901-1 -191 9100
Médi Mé diaa anu anual al:: 34 34 000 000
A qu quan antitida dade de má máxi xima ma fo foii ex expo porta rtada da em 19 1912 12,, qu quan ando do atin atingi giuu 42 mi mill toneladas, representando quase 40% do total das exportações do país.
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Essa verdadeira explosão da borracha trouxe a Amazônia luxo e riqueza para os seringalistas e doenças e miséria para os seringueiros. A população da Amazônia subiu de 476 mil habitantes, em 1890, para 1,1 milhões em 1906. Mas, a part pa rtir ir de 19 1912 12,, inic inicio iouu-se se um proc proces esso so de de deca cadê dênc ncia ia,, tão tão rápi rápido do qu quan anto to avassalador. A explicação para essa decadência está na própria forma de exploração, que avançou em etapas sucessivas desde o baixo Amazonas (estado do Pará), passando passando pelo médi médioo Amazonas Amazonas (estado do Amazona Amazonas), s), a te ating atingir ir o atual estado do Acre, que se tornou a principal região produtora. Mas a exploração da borracha era e continuou sendo feita até hoje pelos métodos mais rudimentares: procura da seringueira, em meio à floresta virgem e densa, e extração do látex, que depois de defumado e enrolado é entregue pelo seringueiro ao administrador ou seringalista no centro da propriedade. Essa forma primitiva de exploração acarretou baixa produtividade a um custo elevado, sendo facilmente superada pelos ingleses. Eles, já no fim do século passado, levaram mudas de seringueira do Brasil e passaram a cultivá-las em suas colônias de Ceilão e Cingapura. A conseqüência não poderia ser mais desastrosa para o nosso país. Das 423 mil toneladas produzidas no mundo em 1919, 382 mil procediam do Oriente e apenas 34 mil do Brasil. Da efêmera riqueza dos anos anteriores nada restou, a não ser uma Amazônia em ruínas, povoada por uma população na miséria, fruto da exploração dos anos de suposta prosperidade. 2.5 Cacau
Cultivado no sul da Bahia, principalmente nos municípios de Itabuna e Ilhéus, o cacau teve o destino semelhante ao da borracha no mercado externo. Paralelamente ao aumento do consumo de chocolates na Europa e nos Estados unidos, a produção brasileira de cacau cresceu durante toda a Primeira república, conforme mostra a tabela abaixo: Ano
Toneladas
1880
1 668
1890
3 502
1895
6 732
1900
13 131
1905
21 090
1915
44 980
1925
65 526
1935
100 000
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Os ingleses, entretanto, investiram na produção de cacau na região africana da Costa do Ouro, área sob seu domínio (a região da Costa do Ouro, hoje integra Gana). Tal como sucedeu com a borracha, em pouco tempo o produto dessa região conqui con quisto stouu os me merca rcados dos int intern ernaci aciona onais, is, faz fazend endoo dec declin linar ar a produç produção ão do ca cacau cau brasileiro. Os números deixam clara essa situação: em 1935, o Brasil exportou 100 mil toneladas de cacau, enquanto a Costa do Ouro exportou 260 mil toneladas. 2.6 Industrialização
A Primeira República (1889-1930), período de grande vigor da economia cafeeira, foi também a época em que a Industrialização ganhou impulso, em parte devi de vido do à ex expa pans nsão ão do doss ca cafe feza zais is:: co com m as cris crises es de su supe perp rpro rodu duçã ção, o, mu muititos os produtores de café aplicaram parte de seus lucros na indústria. Em 188 8899, hav avia ia no Bras Brasilil pou ouco co mais de 600 fáb fábric ricas as,, nas qu quai aiss trabalhavam 54 mil operários. Trinta e um anos depois, existiam no país cerca de 13 mil indústrias, que empregavam 275 mil operários. Havia ainda, 233 usinas de açúcar, onde trabalhavam 18 mil operários, e 231 salinas, que empregavam cerca de 5 mil trabalhadores. Concentra Concen trando ndo 31% das ind indúst ústria rias, s, o princi principal pal cen centro tro de ind indust ustria rializ lizaçã açãoo brasileira era o estado de São Paulo, onde viviam os mais importantes produtores de café do país. Em São Paulo também havia um grande número de ex-escravos e imigrantes que viviam do trabalho agrícola. Muitos destes trabalhadores deixaram o campo e, em busca de novas oportunidades de vida, acabaram constituindo mãode-obra para o setor industrial. Também se destacaram, pela concentração industrial, os estados do Rio Grande do Sul (13,3%), Rio de janeiro (11,5%) e Minas Gerais (9,3%). Procurando substituir importações, especialmente durante a Primeira Guerra Mund Mu ndia ial,l, qu quee difi dificu cultltou ou as ex expo port rtaç açõe õess eu euro ropé péia ias, s, a indú indúst stri riaa na naci cion onal al se desenv des envolv olveu, eu, ded dedica icando ndo-se -se princi principal palmen mente te a fab fabric ricaçã açãoo de tec tecido idoss de alg algodã odão, o, calçados, materiais de construção, alimentos e móveis. Em 1928, a renda do setor industrial superou, pela primeira vez, a renda da agricultura. A indu indust stria rialiliza zaçã ção, o, qu quee da dava va em empr preg egoo pa para ra um nú núme mero ro cres cresce cent ntee de operários, foi um fator de mudança na composição da sociedade. Antes desse período, grande parte da força política e social ficava no setor rural. Com o avanço da industrialização, o setor urbano cresceu em importância: operários e setores médios urbanos passaram a exigir cada vez mais o direito de participar da vida política do país. Em julho de 1917, foi organizada em São Paulo a primeira greve geral da hist histór ória ia do Bras Brasilil,, prov provoc ocad adaa pe pelo lo de desc scon onte tent ntam amen ento to do doss op oper erár ário ioss co com m as condições de trabalho às quais eram submetidos.
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3. Período de 1930 a 1946
O ano de 1929 foi especialmente difícil para os cafeicultores brasileiros. A produção de café daquele ano atingiu, aproximadamente, 21 milhões de sacas, mas apenas 14 milhões delas foram exportadas. Vários países foram abalados pela grave crise econômica, proveniente, principalmente, pela superprodução da indústria norte-americana, que cresceu mais que as necessidades de seu mercado interno e produziu mais que o mercado internacional podia comprar. O grande marco dessa crise de superprodução foi a queda das ações das grandes empresas na Bolsa de Valores de Nova York. Como as ações perderam quase todo o seu valor, empresas e bancos ban cos foram foram à fal falênc ência ia e mil milhõe hõess de trabal trabalhad hadore oress nortenorte-ame americ ricano anoss ficara ficaram m desempregados. 3.1 Governo Getúlio Vargas Vargas (1930 à 1945)
Diante de todos os acontecimentos, Vargas empenhou-se em estabilizar a situação da cafeicultura, e, ao mesmo tempo, diversificar a produção agrícola. Além disso, estimulou o desenvolvimento industrial. 3.2 Café
A crise do café continuou durante o período de Vargas. A queda do preço internacional do café, precipitada pelos eventos internacionais de 1929, indicava também a superprodução a que o setor fora levado pelo Programa de Valorização do Café. Com o objetivo de defender o setor e tentar de restabelecer o equilíbrio entre oferta e a procura, Vargas proibiu o plantio de novas mudas de café durante três anos e ordenou a queima de milhões de sacas estocadas em depósitos do governo. Como resultado, o preço do café em 1933 reduziu-se a cerca de um terço do que era em 1928. O Programa de Valorização Valorização do Café foi suspenso em 1929, mantendose apenas ações de pequena expressão incapazes de impedir a queda do preço internacional do grão. Após a safra de 1934, houve declínio da produção de café e a partir de 1937 19 37,, o go gove vern rnoo proc procur urou ou alte altera rarr a po polílític ticaa ca cafe feei eira ra prin princi cipa palm lmen ente te po porq rque ue a produção de outros países crescera muito. Assim, foram eliminados impostos sobre a exportação brasileira de café a fim de permitir a redução de seu preço no mercado internacional. Ao mesmo tempo, surgiu a proposta de um acordo internacional entre os países produtores de café, proposta que não prosperou na época.
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O iníc início io da Segu Segund ndaa Gu Guer erra ra Mu Mund ndia iall co coin inci cidi diuu co com m as gran grande dess sa safr fras as bras brasililei eira rass em 19 1940 40 e 19 1941 41,, o qu quee fez fez revi revive verr a inte interv rven ençã çãoo ma mais is ativ ativaa do departamento Nacional do Café. No entanto, em 1942, sob o efeito de fortes geadas, a produção brasileira de café declinou e facilitou a sustentação de preços elevados no mercado interno. Ao fim da guerra, sob os efeitos adversos do clima sobre a produção brasileira, registrou-se novamente a elevação do preço do café. Em 1947, o governo brasileiro definiu um regime cambial em que a taxa oficial (cruzeiro por dólar) era fixa, implicando, segundo vários analistas, alguma sobrevalorização do cruzeiro e sign signifi ifica cativ tivaa redu reduçã çãoo da co comp mpet etititivi ivida dade de da dass de dema mais is ex expo port rtaç açõe õess ag agrí ríco cola lass brasileiras (em especial do algodão). Desse modo, ao contrário do ocorrido nos anos 30, o café voltou a ser, de longe, o mais importante produto da pauta de exportação do Brasil. 3.3 Algodão
Para Para dive divers rsifific icar ar a prod produç ução ão ag agríc rícol olaa e co comp mpen ensa sarr a es esta tagn gnaç ação ão da economia cafeeira, o governo incentivou o cultivo de outros produtos como algodão, cana-d can a-de-a e-açúc çúcar ar,, óle óleos os veg vegeta etais is e frutas frutas tropic tropicais ais,, porém porém o úni único co que alc alcanç ançou ou alguma importância foi o algodão. Esse produto, cuja exportação alcançara 323 529 toneladas em 1939, teve suas vendas diminuídas durante a guerra, pois os nossos principais compradores eram as potências do Eixo: Alemanha Alemanha e Japão. De 1940 a 1945, nossas exportações de algodão mantiveram a média anual de 170 mil toneladas, subindo nos três anos seguintes para 300 mil toneladas, cons co nserv ervan ando do-s -se, e, de depo pois is de 19 1956 56,, co com m um umaa mé médi diaa an anua uall ab abaix aixoo de 10 1000 mi mill toneladas. 3.4 Industrialização
Além de diversificar a produção agrícola, o governo Vargas preocupou-se em estimular o desenvolvimento industrial. Para isso, aumentou os impostos de importação, elevando os preços dos produtos estrangeiros, e diminuiu os impostos sobre a indústria nacional, estimulando a produção e o consumo de produtos nacionais. A política industrial nesse período tinha por objetivo substituir importações de artigos estrangeiros por produtos fabricados no Brasil. Em conseqüência dessa política econômica, o número de indústrias no país dobrou (alimentos, tecidos, calçados, móveis etc.), e a elas somaram-se filiais de indú indúst stria riass es estr tran ange geir iras as vo voltltad adas as pa para ra a prod produç ução ão qu quím ímic ica, a, farm farmac acêu êutic tica, a, de eletrodomésticos, de motores de veículos, de pneus, etc.
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Em função das dificuldades para a criação de indústrias de base – voltadas para a produção de máquinas e equipamentos pesados, produtos químicos básicos, minéri min érios os etc etc.. – o gov govern ernoo pas passou sou a int intervi ervirr na eco econom nomia, ia, fun fundan dando do em empre presas sas estatais para atuar nos campos siderúrgicos e de mineração. Duas empresas são exemplos dos empreendimentos do Estado nesse setor:
Companhia Vale Vale do Rio Doce, destinada à exploração do minério de ferro em Minas Gerais;
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), instalada a partir da construção da Usina de Volta Redonda, no Rio de Janeiro. O aço fornecido por essa usina foi fundamental para a industrialização no país, pois era utilizado como matéria-prima em outros setores fabris.
Contudo, vários fatores contribuíram para dar novo impulso à produção industrial interna, tais como: Diminuição
das importações, fruto da desvalorização da moeda ocorrida a partir da crise de 1929 e da política econômica do governo. Enquanto no perí pe ríod odoo de 19 1926 26-1 -193 9300 im impo port rtam amos os em mé médi diaa an anua uall 5,46 5,46 mi milh lhõe õess de toneladas, no qüinqüênio seguinte (1931-1935) essa média caiu para 3,83 milhões de toneladas. Segund Segundaa
Guerra Mun Guerra Mundia dial,l, fat fatoo que aca acarre rretou tou um dec declín línio io no co comé mérci rcioo internacional, e conseqüentemente, a diminuição da importação de produtos manufaturados. Atendimento
ao mercado externo, especialmente dos países vizinhos, que enfr en fren enta tava vam m as me mesm smas as difi dificu culd ldad ades es de im impo port rtaç ação ão co com m os se seus us tradi tradici cion onai aiss fo forn rnec eced edor ores es.. Em 19 1943 43,, os prod produt utos os têxt têxtei eiss oc ocup upar aram am o segundo lugar em nossa pauta de exportações com a participação de 13%, logo abaixo do café. Construção da CNS, que entrou em funcionamento em 1946 e marcou o início da siderurgia brasileira.
Apesar do desenvolvimento alcançado nesse período, o setor industrial não superou a tradicional agricultura de exportação. Nos anos finais da Segunda Guerra Mundia Mun diall (1942(1942-194 1945), 5), produt produtos os ag agríc rícola olass com comoo alg algodã odãoo e caf caféé vol voltar taram am a ser exportados em condições favoráveis.
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4. Período de 1947 a 1979
A ec econ onom omia ia bras brasililei eira ra de dest stee pe perío ríodo do ca cara ract cter eriz izou ou-s -see pe pelo lo mo mode delo lo de substituição de importações, já iniciada pelo governo Vargas, Vargas, com o PIB crescendo a uma taxa média de 7,4% e uma inflação de 28,5% ao ano. Tal mo mode delo lo,, fo foii um umaa reaç reação ão ao aoss ch choq oque uess ex exte tern rnos os qu quee afet afetav avam am um umaa economia primária exportadora dependente de café. Na dinâmica deste processo, o governo tornou-se um agente importante criando mecanismos de intervenção direta e instrumentos de política econômica que permitiram o crescimento sustentado da economia brasileira durante mais de meio século. O modelo de substituição de importações tinha dois pilares. O primeiro baseava-se num sistema de preços dos bens comercializáveis de economia que não correspondia ao vetor de preços externos. Barreiras tarifárias e não tarifárias isolavam os preços domésticos dos externos, garantindo-se ao produtor um mercado interno cativo sem a concorrência externa. O segundo pilar era formado pelo tripé: estatais, multinacionais e empresas domésticas, que dividiam entre si os vários setores da economia. As estatais tomavam conta da infra-estrutura, as multinacionais dedicavam-se aos setores de ponta e as empresas privadas domésticas cuidavam dos setores tradicionais. 4.1 Fortalecimento da Indústria
Uma das mais importantes realizações econômicas, foi o desenvolvimento da indústria de base, a partir de 1946, quando começou a funcionar a CSN de Volta Redonda. Nesse ano passaram a ser produzidas no Brasil barras de ferro, folhas-deflandres e chapas de aço, necessárias ao funcionamento de outras indústrias, que, desde então, foram se expandindo, como as indústrias de ferramentas, pregos, parafusos, utensílios de cozinha, latas, motores, automóveis, aviões, navios, etc. A indústria automobilística surgiu no Brasil na segunda metade da década de 1950, com a produção de automóveis, caminhões e ônibus. Na década de 1960, fo foii inic inicia iada da a fa fabr bric icaç ação ão de trato tratore res. s. A indú indúst stria ria au auto tomo mobi bilílísti stica ca es estitimu mulo louu o desenvolvimento de fábricas de autopeças e de componentes de automóveis, como assentos, faróis, faroletes etc. A indústria de base também exigiu a construção de novas e mais potentes usinas hidrelétricas, setor que tomou grande impulso com a instalação da usina de Paulo Afonso, no Rio São Francisco - BA, em 1955. Seguiram-se as usinas de Furnas e Três Marias, em Minas Gerais, e outras menores em vários estados. Também entrou em operação a grande hidrelétrica de Itaipu, na divisa entre Brasil e Paraguai. O objetivo era o de satisfazer às necessidades energéticas da grande indústria, especialmente a multinacional, que passou a receber energia a baixo custo.
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Com a cria Com criaçã çãoo da Petr Petrob obrá ráss no se segu gund ndoo go gove vern rnoo de Ge Getú túlilioo Varga argas, s, estabeleceu-se o monopólio estatal sobre a exploração de petróleo em território nacional. Estimulou-se, com isso, o desenvolvimento da indústria de derivados de petróleo, como fabricas de asfaltos, fertilizantes, borracha sintética, etc. Expa Expand ndir iram am-s -see ta tamb mbém ém,, co como mo co cons nseq eqüê üênc ncia ia do de dese senv nvol olvi vime ment ntoo da indústria de base, inúmeros outros setores industriais, entre os quais as fabricas de rádios, televisores, geladeiras e eletrodomésticos em geral, além da indústria de ladrilhos, louças, vidros, etc. Esse surto industrial, que se seguiu ao desenvolvimento da indústria de base a partir do término da Segunda Guerra Mundial, limitou-se praticamente à região região sud sudest este. e. Nas out outras ras regiõe regiõess perman permanece eceuu o predom predomínio ínio das ativ ativid idade adess econômicas tradicionais. A conseqüência da industrialização e da concentração da propriedade da terra foi o incremento das correntes migratórias, principalmente do Nordeste para o Sudeste e do campo para a cidade. Com isso a população das grandes cidades cresceu rapidamente, tornou-se maior que a rural e seus problemas multiplicaram. 4.2 Governo Dutra (1946 à 1950)
O governo Dutra foi influenciado pelos acontecimentos internacionais que marcaram o pós-guerra. A equipe do Governo Dutra defendia que, para combater a inflação, não podia autorizar aumentos salariais. Procur Procurand andoo criar criar um umaa pol polític íticaa de inv invest estime imento ntoss em se setor tores es públicos considerados prioritários – saúde, alimentação, transporte e energia – o governo Dutra elaborou o Plano Salte, sigla formada pelas iniciais desses setores. Durante a Segunda Guerra Mundial, o lucro com as exportações brasileiras superou as despesas com a importação. Assim o governo conseguiu pagar os compromissos de sua dívida externa e ainda conseguiu acumular reservas cambiais de milhões de dólares. No mandato de Dutra, o nacionalismo econômico da era Vargas foi abandonado: abriu-se a economia do país às empresas estrangeiras, sem a preocu preocupaç pação ão de inc incent entiva ivarr o des desenv envolv olvim iment entoo ind indust ustria riall nac nacion ional. al. Com essa essa política de abertura ao estrangeiro, o governo Dutra facilitou a importação de bens supérfluos. Pressionado por grupos nacionalistas, o governo Dutra passou a dificultar as importações, mas já era tarde. Em dois anos, quase 80% da reserva cambial brasileira havia acabado.
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4.3 O retorno de Vargas (1951 à 1954)
Getúlio Vargas Vargas voltou ao poder em 31 de janeiro de 1951, e dizia que voltava não apenas como líder político, mas como líder popular. Retomou duas diretrizes quee as qu asso soci ciar araa a su suaa im imag agem em pú públ blic ica: a: o na naci cion onal alis ismo mo ec econ onôm ômic icoo e a po polít lític icaa trabalhista. Vargas afirmou que daria continuidade a obra de implantação das indústrias de base. Sua política econômica estava estruturada no Plano Lafer (Plano Nacional de Reaparelhamento Econômico), a fim de impulsionar a industrialização nacional. Isso entusiasmou grande parte da população, a maioria dos estudantes, parte dos militares e vários políticos importantes. Esses setores da sociedade defendiam que o Brasil deveria montar suas próprias indústrias de extração e refino de petróleo. Para isso tinham lançado uma campanha com o slogan: . Em 3 de Outubro de 1953, o Congresso Nacional aprovou a lei que criava a Petrobras e estabelecia o monopólio estatal da pesquisa, do refino e do transporte marítimo do petróleo brasileiro. Ainda em 1953, o governo propôs uma Lei de Lucros Extraordinário, que limitava a remessa ao exterior dos lucros das empresas estrangeiras estabelecidas no Brasil. A lei, entretanto, foi barrada no Congresso, devido às pressões os grupos internacionais. No dia 1º de Maio de 1954, Vargas autorizou um aumento de 100% no salário mínimo, atendendo a proposta do ministro do trabalho, João Goulart. Essa medida provocou enormes protestos entre os patrões e o presidente foi acusado de pretender instalar no Brasil, uma república sindicalista, igual a que Perón havia instalado na Argentina. Durant Dura ntee es essa sa fa fase se do go gove vern rnoo Varga argas, s, o sa salá lári rioo mí míni nimo mo recu recupe pero rouu significativamente seu poder aquisitivo.
Salário Mínimo Real em São Paulo
Ano
Porcentagem em relação ao salário de 1944 (=100)
1951
53,0
1952
124,8
1953
101,7
1954
138,3
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4.4 Governo Juscelino Kubitschek (1956 à 1961)
No início dos anos 60, o modelo de substituição de importação teve uma grande crise. A proposta proposta de fazer “Cinqüenta “ Cinqüenta anos em Cinco” acelerou o processo de industrialização no Brasil com a execução do Plano de Metas. Met as. Toda odavia via,, as fin finanç anças as púb públic licas as foram foram mal adm admini inistr strada adas. s. O financiamento do déficit público foi feito com emissão de moeda e empréstimos externos. Não havia títulos da dívida pública para financiar o déficit público de modo não inflacionário. No começo da década de 60 a inflação aumentou e o país não conseguiu honrar os compromissos externos. Ademais, o sistema financeiro era bastan bas tante te rudime rudimenta ntarr, não tin tinha ha ins instru trumen mentos tos de crédit créditoo para para fin financ anciar iar os be bens ns duráveis e automóveis produzidos aqui, nem tampouco havia crédito imobiliário. Não havia um Banco central, pois o Banco do Brasil, um banco comercial, era também um banco central. Entre as principais realizações do governo JK, destacam-se:
Construção de usinas hidrelétricas – Furnas e Três Marias
Implanta Impla ntação ção da ind indúst ústria ria au autom tomobi obilíst lística ica,, que produz produzia ia mai maiss de 300 mi mill veículos por ano, com 90% das peças fabricadas no Brasil.
Ampliação da produção de petróleo de 2 milhões para 5,4 milhões de barris;
Construção de 20 mil quilômetros de rodovias, entre elas a Belém - Brasília;
Construção da nova capital, Brasília, inaugurada em 21 de Abril de 1960. 4.5 Governo Jânio Quadros (1961)
1961.
Jânio Quadros assumiu a presidência da República em 31 de Janeiro de
Ele era contrário ao comunismo e queria manter o país aberto ao ca capit pital al est estran rangei geiro. ro. Em pou pouco co tem tempo, po, sua pol políti ítica ca ec econô onômic micaa antiinflacionária e sua política externa, promovendo a aproximação com co m os pais aises so socciali ialist stas as (Un (União ião Sov ovié iétitica ca,, Chin hina e Cub uba) a),, contribuíram para aumentar a pressão externa e interna. O próprio setor direitista, que anteriormente o apoiava, passou a lhe fazer violenta oposição. Não resistindo as pressões políticas, Jânio Quadros, renunciou o cargo no dia 25 de Agosto de 1961.
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4.6 Governo João Goulart (1961 à 1964)
João Goulart assumiu a presidência no dia 7 de setembro de 1961, e reforçou sua linha de governo nacionalista e reformista. Sua est estrat ratégi égiaa socioe socioecon conôm ômica ica foi forma formaliz lizada ada por me meio io do Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social, organizado por Cels Ce lsoo Furt Furtad ado, o, mi mini nist stro ro do plan planej ejam amen ento to.. Esse Esse plan planoo tinh tinhaa co como mo objetivos;
Pro Promov over er melho elhorr distr istrib ibuuição ição da dass riq rique ueza zass nac acio ionnais, ais, desapropriando os latifúndios improdutivos para defender interesses sociais;
Encampar as refinarias particulares de petróleo;
Reduzir a dívida externa brasileira;
Dimi Diminu nuir ir a infl inflaç ação ão e ma mant nter er o cres cresci cime ment ntoo ec econ onôm ômic icoo se sem m sa sacr crifi ifica car r exclusivamente os trabalhadores.
A inflação e o custo de vida não paravam de subir. As despesas com as importações aumentavam, e caíam os preços das exportações. Diminuía o ritmo de cres cresci cime ment ntoo da indú indúst stria ria.. Os gran grande dess em empr pres esár ário ioss na naci cion onai aiss e es estr tran ange geiro iross reduziam os investimentos na produção, pois desconfiavam das intenções políticas de Jango. Em 13 de Março de 1964, Jango, falando a mais de 300 mil pessoas num comício em frente à Estação da Central do Brasil, expôs as dificuldades de seu governo e anunciou a necessidade de um conjunto de reformas de base para o país. Entre essas medidas, que acirravam ainda mais os ânimos das elites dominantes e contra con traria riavam vam os int intere eresse ssess est estran rangei geiros ros,, est estava avam: m: Ref Reform ormaa Agrári Agrária, a, Ref Reform ormaa Educacional, Reforma Eleitoral e Reforma Tributária. Além das reformas de base, Jango procurou pela Lei de Remessa de Lucros, limitar o envio de dólares das empresas multinacionais para o exterior. A aprovação dessa lei provocou forte reação entre representantes da multinacional, bem como dos grupos políticos e defensores dos interesses estrangeiros. Em 31 de Março, de 1964, explodiu a rebelião das Forças Armadas contra o governo de João Goulart. Sem condições de resistir ao golpe militar, o presidente deixou Brasília em 1º de Abril de 1964. Passou pelo rio Grande do sul e, em seguida, foi para o Uruguai como exilado político. 4.7 Governo Castelo Branco (1964 à 1967)
O Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, assumiu o governo em 15 de abril de 1964.
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As relaçõ relações es dip diplom lomáti áticas cas co com m Cub Cubaa – úni único co paí paíss lat latino ino-am -ameri erican canoo que adotava um regime socialista - foram rompidas, e foi extinta a Lei de Remessas de Lucros, permitindo que as multinacionais enviassem às suas matrizes no exterior grandes somas de dinheiro, resultado dos lucros que obtinham no Brasil. A economia era dirigida por Roberto Campos, ministro do planejamento, e Otávio Gouveia de Bulhões, ministro da fazenda, que elaboraram o Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG). O PAEG AEG além além de se serr um prog progra rama ma de es esta tabi biliz lizaç ação ão pa para ra co comb mbat ater er a inflação, foi também de reformas abrangentes, que criou as bases para a retomada do crescimento econômico do modelo de substituição de importações até o final da década de 1970. A grande oportunidade perdida pelo PAEG foi não ter feito uma reforma na educação de primeiro e segundo grau. A preocupação dos economistas naquela época era com a acumulação de capital físico, uma variável crucial do modelo Harrod-Domar, Harrod-Domar, a base teórica dos modelos de crescimento econômico, tanto do PAEG da dupla Campos - Simonsen, como do Plano Trienal. A experiência dos países asiáticos, que tiveram êxito em crescer com justiça social, mostra que a educ ed ucaç ação ão é um ingr ingred edie ient ntee fu fund ndam amen enta tall no proc proces esso so de de dese senv nvol olvi vim men ento to econômico. No Brasil, a educação sempre foi tratada com descaso, a despeito da existência de evidência empírica, produzida por um bom número de economistas, desde o início da década de 1970, que a taxa de retorno do investimento em educação é maior do que a taxa de retorno do investimento em capital físico. As principais reformas do PAEG foram: tributária, previdenciária, bancária e financeira. A tributá tributária ria criou criou um sistem sistemaa mo moder derno no de im impos postos tos,, ac acaba abando ndo co com m os impostos em cascatas e substituindo-os por impostos sobre o valor adicionado, o ICM (estadual) e o IPI (federal). O Brasil foi um dos primeiros do mundo a usar este tipo de imposto, hoje adotado pela maioria dos países. Impostos anacrônicos, como o do selo, foram abolidos; e os de importação e exportação passaram para a esfera federal. A reform reformaa previd previdenc enciár iária ia aca acabou bou co com m os vários vários ins institu titutos tos de ca categ tegoria oriass profissionais (IAPI, IAPC, IAPTEC, IAPB, etc.) e fundiu-os num único, o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). O antigo sistema do IAPs deveria ter seguido o de capitalização. Todavia, com o passar dos anos foi transformando-se num de repartição simples, no qual a contribuição dos trabalhadores em atividade financia a previdência social. O sistema de repartição simples continua sendo usado no Brasil. A reforma bancária criou o Banco Central, com diretoria independente e com mandatos fixos. A antiga Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc) deu lugar ao Conselho Monetário Nacional, com nove membros: o ministro da Fazenda, quee o pres qu presid idia ia,, o pres presid iden ente te do Banc Bancoo do Bras Brasilil,, o dire direto torr da Co Cons nsul ulto tori riaa e Assessoria em Comércio Exterior (Cacex) do Banco do Brasil, e seis membros com mandatos fixos dos quais quatro eram os diretores do Banco central. Já a reform reformaa do sistem sistemaa fin financ anceir eiroo tev tevee com comoo obj objeti etivo vo seg segmen mentar tar est estee mercado, com a especialização das empresas. Os bancos comerciais cuidando do crédito crédito de curto prazo, prazo, os de investime investimento nto dedicand dedicando-se o-se ao crédito crédito de longo prazo, prazo, as empresas de financiamento operando no ramo de crédito ao consumidor e as de
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crédito imobiliário no financiamento de imóveis. Foi criado também o Banco Nacional de Habitação (BNH) que entre outras funções administrava o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Os recursos do BNH destinavam-se ao financiamento imobiliário ou a obras de infra-estrutura urbana. O FGTS FGTS era era nã nãoo so some ment ntee um me meca cani nism smoo de po poup upan ança ça forç forçad ada, a, ma mass também resolveu um problema que existia nas relações entre o capital e o trabalho. O trabalhador quando atingia dez anos numa empresa adquiria estabilidade. Na prática este mecanismo não funcionava porque a empresa demitia o trabalhador antes que atingisse uma década como empregado. Acabou-se com este dispositivo legal, e o trabalhador passou a ter um fundo com uma contribuição mensal de 8% do salário, que poderia ser sacado quando ele fosse demitido ou debaixo de certas condições, como financiamento da casa própria. 4.8 Governo Costa e Silva (1967 à 1969)
Para suceder Castelo Branco na Presidência da República, foi escolhido pelo pe lo Alto Alto Co Coma mand ndoo Mi Milit litar ar e elei eleito to indi indire reta tame ment ntee pe pelo lo Co Cong ngre ress ssoo Nacion Nacional, al, o Marech Marechal al Artur Artur da Co Costa sta e Silva, Silva, tomou tomou pos posse se em 31 de março de 1967. O governo Costa e Silva optou por manter a taxa de inflação em dois dígitos e introduziu a política de minidesvalorização cambial, uma política de administração cambial, que desvalorizava a moeda nacional pela diferença entre as taxas de inflação doméstica e externa. Esta iniciativa era um avanço com relação à política de câmbio fixo que desestimulava as exportações e incentivava as importações. Todavia, ela tinha como escopo fixar a taxa de câmbio real da economia, uma variável real que não deveria ser controlada pelo Banco Central, pois ele não controlava, no longo prazo, variáveis reais e sim variáveis nominais. 4.9 Governo Médici (1969 à 1974)
Em razão da doença de Costa e Silva, uma Junta Militar assumiu o poder em 31 de Agosto de 1969, impedindo a posse do vice-presidente Pedro Aleixo. Após dois meses, a Junta Militar entregou o poder ao General Emílio Garrastazu Médici. No governo Médici, período conhecido como “anos de chumbo”, o poder ditatorial e a violência repressiva contra as oposições foram ainda maiores. Os direitos fundamentais do cidadão foram suspensos. Qual Qu alqu quer er um qu quee se op opus uses esse se ao go gove vern rnoo po podi diaa se serr pres preso. o. Na Nass escolas, nas fábricas, nos teatros, na imprensa sentia-se a “mão de ferro” do autoritarismo.
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O governo Médici foi marcado ainda por um período de desenvolvimento econômico que a propaganda oficial chamou de “Milagre Brasileiro”. Na verdade, o chamado cham ado “milagre brasileiro” brasileiro” de mila milagre gre não teve nada. O “milagre” “milagre” foi a época em que se colheram os frutos das sementes plantadas pelo PAEG. Comandada pelo ministro da Fazenda, Delfim Neto, a economia cresceu a alta altass ta taxa xass an anua uais is,, te tend ndoo co como mo ba base se o au aume ment ntoo da prod produç ução ão indu indust stri rial al,, o crescimento das exportações e a acentuada utilização de empréstimos do exterior. Em compensação, o governo adotou uma rígida política de arrocho salarial, diante do qual os trabalhadores e os sindicatos não podiam reagir ã repressão política. Entr Entret etan anto to,, o “mil “milag agre re”” du duro rouu po pouc uco, o, po pois is nã nãoo se ba base seav avaa na form formaa predominante nas próprias forças econômicas do país, mas numa situação externa favorável e na tomada de empréstimos internacionais. Ao desaparecer essa situação – por exemplo, com o aumento do preço do petróleo no mercado externo, em 1973 -, a economia brasileira sofreu grande impacto. A inflação começou a subir e a dívida externa brasileira elevou-se de maneira assustadora. Teve inicio então, uma longa e amarga crise econômica. 4.10 Governo Geisel (1974 à 1979)
O sucessor de Médici foi o General Ernesto Geisel, que governou de 1974 a 1979. O novo presidente dizia-se disposto a promover um processo “gradual, lento e seguro” de abertura democrática. O governo Geisel começou sua ação democratizante diminuindo a severa ação da censura sobre os meios de comunicação. Depois, garantiu a realização, em 1974, de eleições livres li vres para senador, deputado e vereador. No plano econômico, o presidente preferiu introduzir controles quantitativos adicionais nas importações e financiar o II PND (Plano Nacional de Desenvolvimento) endividando-se externamente. No curto prazo a opção pelo endividamento era mais vantajosa para a economia brasileira. No longo prazo, a dívida externa tornava o país vulnerável à taxa de juros externa. Quando o cenário internacional mudou no final da década de 1970 e a taxa de juros externa aumentou de forma acentuada, o país quebrou.
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5. Período de 1979 a 2004
O período de 1979 a 2004 é caracterizado pela crise fiscal do Estado e pela transição para um novo modelo de crescimento. Este período tem duas fases: na primeira, de 1979 a 1994, a inflação entrou numa trajetória de hiperinflação e a taxa foi de 460,3% ao ano – o PIB cresceu a uma taxa média de 2,4%; na segunda fase, o Plano Real debelou a hiperinflação e a taxa de inflação foi de 16,1% ao ano, mas a economia cresceu apenas a uma taxa de 2,5%. Neste período a economia brasileira teve um processo de crise e transição do modelo de substituição de importações para o da economia aberta. Neste último os preços domésticos dos bens comercializáveis não estão isolados dos preços exte ex tern rnos os po porr ba barre rreira irass nã nãoo-ta tari rifá fária rias, s, ne nem m tamp tampou ouco co ex exis iste te proi proibi biçã çãoo pa para ra a importação de bens similares aos produzidos no país. Neste novo modelo o Estado terá uma função importante, mas sua natureza será completamente diferente do papel do Estado no de substituição de importações. A escolha de 1979 como início do período de crise e transição deve-se a duas razões. Em primeiro lugar, o processo de substituição de importações tinha chegado ao seu final depois do II PND PND do go gove vern rnoo Ge Geis isel el.. Em se segu gund ndoo luga lugarr, no go gove vern rnoo Jo João ão Figu Figuei eire redo do come co meça çava vam m os erro erross de po polít lític icaa ec econ onôm ômic icaa qu quee se será rá a ma marc rcaa regi regist stra rada da do doss próximos 15 anos. 5.1 Governo Figueiredo (1979 à 1985)
O General Ernesto Geisel indicou como sucessor o General João Baptista Fig Figue ueir ireedo do,, qu quee fo foii co conf nfir irm mad adoo pelo elo Con ongr gres esso so,, com omoo se seuus antecessores.
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No dia 10 de dezembro de 1979 foi anunciado o primeiro pacote de medidas de política econômica, ainda com Delfim Neto como ministro do Planejamento. Tal pacote pac ote produz produziu iu um cresci crescime mento nto ec econô onômic micoo transi transitór tório io se segui guido do pe pela la prime primeira ira recessão no país depois da II Guerra Mundial. Contud Cont udo, o, o go gove vern rnoo Figu Figuei eire redo do nã nãoo foi foi ca capa pazz de eq equa uaci cion onar ar sério érioss problemas:
Dívida externa – ao obter empréstimos do FMI, o governo brasileiro teve de se submeter às exigências dos banqueiros internacionais, que passaram a dita ditarr as regr regras as de “aju “ajust stam amen ento to”” da ec econ onom omia ia.. Sem Sem po pode derr pa paga garr os empréstimos já obtidos, o governo e as empresas passaram a pedir outros para saldar as dívidas anteriores. Inflação – bateu recordes históricos durante o governo Figueiredo, superando a cifra de 200% ao ano. Os mais prejudicados com a inflação foram os trabalhadores, que tinham seus salários corroídos dia a dia pela elevação do custo de vida. Desemprego – a falta de investimento no setor produtivo (expansão das empr em pres esas as)) resu resultltou ou nu numa ma redu reduçã çãoo do cres cresci cime ment ntoo ec econ onôm ômic ico, o, cu cuja ja conseqüência mais grave foi o aumento do desemprego. Em 1983, os níveis de desemprego eram altíssimos, chegando a ocorrer uma série de saques a lojas e supermercados. 5.2 Governo José Sarney (1985 à 1990)
O governo de José Sarney foi inicialmente marcado pela frustração políticoideológica da volta à democracia com a morte de Tancredo Neves. Ocupando o posto de vice-presidente, Sarney foi o primeiro civil a tomar posse do governo pres presid iden enci cial al ap após ós os an anos os da dita ditadu dura ra.. Hist Histor oric icam amen ente te liga ligado do às tradi tradici cion onai aiss oligarquias nordestinas, o governo José Sarney tinha a difícil missão de recuperar a economia brasileira sem abrir mão dos privilégios das elites elit es que apoiavam. Buscando contornar a crise da economia, Sarney montou uma equipe econômica contrária a antiga polít olític icaa eco conô nôm mica ica do perío eríoddo mililita mi tar, r, lide lidera rada da pe pelo lo mi mini nist stro ro da Faze Fazend nda, a, Díls Dílson on Funa Funaro ro.. A no nova va equipe foi responsável pela criação, em 1986, do Plano Cruzado. Adotando políticas de controle dos salá sa lári rios os e do doss preç preços os,, o go gove vern rnoo espperav es eravaa co connte terr o dese senf nfre read adoo processo de inflação que assolava a econ ec onom omia ia bras brasililei eira ra.. No prim primei eiro ro instante, os objetivos desse plano foram alcançados: a inflação atingiu valores
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negatitivo nega vos, s, o co cons nsum umoo au aume ment ntou ou e os fund fundos os ap aplilica cado doss fora foram m lanç lançad ados os na economia. Alguns meses mais tarde, a euforia de consumo levou o plano à falência. A estabilização forçada dos preços retraiu os setores produtivos e acabou fazendo com que os bens de consumo desaparecessem das prateleiras dos supermercados e das empresas. Muitos fornecedores passaram a cobrar um ágio sob a obtenção de dete de term rmin inad ados os prod produt utos os.. Além Além diss disso, o, as rese reserv rvas as ca camb mbia iais is do pa país ís fora foram m empre em pregad gadas as na obt obtenç enção ão das me merca rcador dorias ias essenc essenciai iaiss que des desapa aparec recera eram m da economia nacional. A fuga das reservas motivou um processo de crise econômica marcado pela moratória, ou seja, o não pagamento dos juros da dívida externa brasileira. Não suportando mais tal conjunto de medidas, o controle dos preços foi eliminado e assim a inflação voltava a disparar. Mesmo ainda tentando novos planos (Bresser, 1987; e Verão, 1989) a economia brasileira não conseguia vencer seu problema inflacionário. No ano de 1989, a inflação anual já alcançava 1764%. A ineficiência do campo econômico, só não ganhou maior destaque na época épo ca dev devido ido às mov movime imenta ntaçõe çõess pol polític íticas as em torno torno da Con Consti stitui tuição ção de 198 1988. 8. Esperada como uma nova lei que acabasse com os últimos entraves do sistema repressivo militar e garantisse as liberdades civis e políticas, a nova constituição ofer oferec eceu eu ga ganh nhos os sign signifi ifica catitivo voss na nass qu ques estõ tões es da dass libe liberd rdad ades es e do doss dire direititos os individuais. Em co cont ntra rapa parti rtida da,, es essa sa no nova va co cons nstititu tuiç ição ão crio criouu um gran grande de prob proble lema ma jud judic iciá iári rioo de devi vido do a su suaa ex exte tens nsão ão e riqu riquez ezaa de de deta talh lhes es.. Mu Muititos os as aspe pect ctos os da economia, dos poderes instituídos e alguns grupos da sociedade foram prejudicados com o aspecto eminentemente burocrático da constituição. Além Além disso, sua infinitude de artigos abriu brechas para a contradição das diretrizes constitucionais. Mesmo com tais problemas, a nova carta reintroduziu a população ao jogo político nacional e garantiu o estabelecimento de princípios democráticos. 5.3 Governo Collor (1990 à 1992)
No ano de 1989, as eleições presidenciais do Brasil foram marcadas pela frustração do governo Sarney (assolado pela crise econômica) e as expectativas de, finalmente, ocorrerem eleições diretas depois de mais de trinta anos sem espaço para para as prátic práticas as dem democr ocráti áticas cas.. O seg segund undoo turno turno de dessa ssass ele eleiçõ ições es polarizou o confronto entre Luis Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores; Trabalhadores; e Fernando Collor, do Partido Republicano Nacional. Contan Cont ando do com recu recurs rsos os de vá vári rios os repr repres esen enta tanntes tes do empr em pres esar aria iado do na naci cion onal al e ap apro rove veititad adoo su suaa ha habi bililida dade de fren frente tess às câmeras, Fernando Collor de Mello prometia resolver os problemas que assolavam o Brasil. Após assumir o cargo, o novo governo anunciou um pacote de medidas chamado de Plano Collor. Além de buscar a abertura dos mercados, a
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participação do capital estrangeiro e a diminuição do gasto público, o plano congelou a renda das cadernetas de poupanças de milhares de brasileiros. E extinguiu a moeda vigente, o cruzado, restabelecendo o Cruzeiro. Foi no governo Collor que tiveram início as grandes mudanças que vão caract caracteri erizar zar o nov novoo mo model deloo de cresci crescimen mento: to: abe abertu rtura ra da ba balan lança ça com comerc ercial ial do balanç bal ançoo de pag pagame amento ntos; s; reform reformaa do Estado Estado,, com iní início cio das privati privatizaç zações ões das empresas estatais; e abertura da conta de capital do balanço de pagamentos e securitização da dívida externa com o Plano Brady. A abertura da balança comercial foi decorrente da ineficiência do processo de substituição de importações, e não uma opção ideológica. A refo reform rmaa do Esta Estado do co com m a priv privat atiz izaç ação ão da dass em empr pres esas as es esta tata tais is foi foi conseqüência da crise fiscal e também não foi uma opção ideológica. O Estado simplesmente não tinha recursos para fazer aporte de capital para as empresas estatais. A abertura da conta de capital talvez tenha sido feita de modo precipitado, pois esta abertura não ocorreu de modo estruturado, mas sim como resultado de vários mecanismos que permitiram o fluxo de recursos para aplicação em vários tipos de ativos no mercado de capitais no Brasil, e da retirada de proibições que impediam aplicações de brasileiros no exterior. A conseqüência conseqüência da abertura da conta de capital é que a taxa de juros real da economia de longo prazo passa a depender de dois fatores: A taxa de juros real internacional e do risco país. 5.4 Governo Itamar Franco (1992 à 1994)
Em de deco corrê rrênc ncia ia do im impe peac achm hmen entt de Co Collllor or,, Ita Itama marr franc francoo co como mo vice vice-presidente assumiu a Presidência. O clima era de descontentamento social, de pres pressõ sões es po polít lític icas as e de inst instab abililid idad adee ec econ onôm ômic ica. a. Em 21 de ab abri rill de 19 1993 93,, o eleitorado foi às urnas para decidir sobre sistema e forma de governo republicana. Foi Foi qu quan ando do em fe feve vere reir iroo de 19 1994 94,, o en entã tãoo Mi Mini nist stro ro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso anunciou as medidas do Plano Real. De acordo com seus principais pontos, o Plano Real defenderia a paridade monetária entre o real e dólar por meio de uma política de intervenção onde o governo manteria a economia estável mediante a venda de dólares e a elevação das taxas de juros. As taxas de juros elevadas eram responsáveis pela atração do capital especulativo internacional. Mesmo sendo uma alternativa para que as reservas cambiais fossem fartas e as taxas inflacionárias caíssem com a estabilização do valor da moeda, a política de controle cambial também oferecia riscos. Caso o crescimento da economia não passasse a depender menos do capital especulativo, qualquer tipo de oscilação ou crise na economia nacional colocaria em risco o êxito do plano. Para implementar uma estabilização econômica, o Plano Real também incentivou o processo de importação de produtos. A facilitação no repasse de tecnologias para a economia interna seria uma porta de entrada para o desenvolvimento industrial.
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Com a estabilização monetária e a baixa da inflação o poder de consumo da população de média e baixa renda atingiu índices positivos. 5.5 Governo Fernando Henrique Cardoso (1995 à 2002)
A euforia de consumo do Plano Real, além de surtir números positivos na econ ec onom omia ia ta tamb mbém ém fo foii resp respon onsá sáve vell po porr um umaa revi revira ravo volta lta na disp disput utaa pres presid iden enci cial al de 19 1994 94.. Apon Aponta tado do co como mo co cond ndut utor or do Plan Planoo Re Real al,, Fernando Henrique Cardoso conseguiu conquistar a presidência em primeiro turno, com mais de 50 % dos votos válidos. O Plano Real, diferente dos demais planos de estabilização, explicitou a questão fiscal e inicialmente criou alguns mecanismos para um pe perí ríod odoo de tran transi siçã çãoo do Go Gove vern rnoo Itam Itamar ar Fran Franco co pa para ra o do Presidente Fernando Henrique Cardoso, quando o ataque à questão fiscal seria realizado. No início, portanto, o Plano Real mudou o regime monetário, mas não o fiscal. Muitos analistas afirmam que o Real usou até a crise cambial de 1999, a âncora cambial, mas na verdade, observando-se o comportamento do Banco Central durante este período, ele interveio inter veio tanto no mercado de câmbio como no de reservas bancárias, fixando desde o começo uma taxa de juros extremamente elevada. A taxa de juros foi empregada tanto na crise mexicana, como na asiática, para defender a taxa de câmbio. O resultado destas políticas foi uma taxa de juros real de 22,5 ao ano no primeiro mandato de FHC. No primeiro ano de Fernando Henrique o déficit público aumentou, pois o superávit primário tornou-se negativo. FHC e sua equipe econômica construíram um elevado grau de reputação e de confiança da população no início do Plano Real, porque não utilizaram nenhum tipo de mecanismo que quebrasse contratos ou que surpreendesse a população, como nos planos heterodoxos. Com esta confiança e reputação, o governo foi capaz de financiar o déficit público emitindo títulos da divida publica nos mercados doméstico e internacional. A divida publica teve um aumento substancial, praticamente dobrando em quatro anos, numa trajetória explosiva que seria insustentável no longo prazo. Não somente o tamanho da dívida, mas também sua composição, ou indexada a taxa de juros do mercado de reservas bancárias (a ta taxa xa Seli Selic) c) o inde indexa xada da ao câ câmb mbio io repr repres esen enta tava va um prob proble lema ma,, qu quee de depo pois is o Presidente Lula denominou de “Herança Maldita”. No final do seu primeiro mandato, FHC foi obrigado a implementar uma política fiscal austera, com um superávit primário que sinalizasse aos detentores da divida pública o compromisso em pagá-la. A política cambial do primeiro mandato também se mostrou insustentável, e o governo em janeiro de 1999 foi obrigado a flutuar o câmbio, adotando o regime de câmbio flexível. O regime de metas de inflação acabou sendo implantado para tornar o Banco Central responsável pela taxa de inflação no longo prazo, um objetivo que de maneira explícita ou implícita, tinha sido adota pelos bancos centrais do mundo desenvolvido a partir dos anos 1990.
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O tripé da política macroeconômica brasileira – superávit primário, câmbio flexível e metas de inflação – não foi uma decisão autônoma do governo FHC, mas sim uma conseqüência dos erros de política econômica cometidos pelo próprio governo. A despeito dos erros praticados no primeiro mandato de Fernando Henrique cabee ressal cab ressaltar tar alg alguns uns ava avanç nços os imp import ortant antes: es: a neg negoci ociaçã açãoo das dív dívida idass púb públic licas as estad est aduai uaiss e su suaa con consol solida idação ção pe pelo lo gov govern ernoo fed federa eral;l; a privati privatizaç zação ão dos ban bancos cos esta es tadu duai aiss qu quee sa saca cava vam m a de desc scob ober erto to do Banc Bancoo Ce Cent ntra ral,l, em emititin indo do mo moed eda, a, e funcionando na prática como se fossem bancos centrais; a Lei de Responsabilidade Fiscal que procuravam impedir a desorganização das finanças públicas; a criação de um arca arcabo bouç uçoo lega legall pa para ra a regu regula laçã çãoo de vá vári rios os se seto tore ress da ec econ onom omia ia;; e o sane sa neam amen ento to do sist sistem emaa fina financ ncei eiro ro,, ta tant ntoo o pú públ blic icoo (Ban (Banco co do Bras Brasilil e Ca Caix ixaa Econ Econôm ômic icaa Fede Federa ral) l) co como mo se seto torr priv privad ado, o, com o Prog Progra rama ma de Esti Estimu mulo lo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer). Depois da crise cambial de 1999, a política monetária fez uma aterrissagem suave até estabelecer um novo regime de metas de inflação em meados daquele ano. O Brasil estava, então, em condições de entrar num período de crescimento sustentado, com uma taxa de crescimento do produto real de 1% ao trimestre – isto aconteceu em 2000. Todavia, no primeiro semestre de 2001 ocorreu uma crise de energia, em grande parte devida à incompetência administrativa do governo que provocou um choque violento na economia, e destruiu a possibilidade de Fernando Henrique fazer o seu sucessor. sucessor. A estabilização estabilização acabou com a inflação, mas produziu uma superdívida pública. Em 2002, a economia brasileira foi submetida a um novo choque, o choque político da eleição bastante provável do candidato Lula à presidência da república. Historicamente, o PT sempre defendia políticas que não resistiam a qualquer tipo de anál an ális isee de co cons nsis istê tênc ncia ia té técn cnic icaa do po pont ntoo de vist vistaa ec econ onôm ômic ico. o. O PT de defe fend ndia ia plebis ple biscit citos os para para dec decidi idirr o pa pagam gament entoo da dass dív dívida idass púb públic licas, as, int intern ernaa e ext extern erna, a, afirmava que antes de explorar era preciso matar a fome do povo, e acreditava que o voluntarismo era suficiente para resolver os problemas da economia. Com es Com esta ta pe pers rspe pect ctiv iva, a, era era na natu tura rall qu quee ao inv invés és de co comp mpra rarr reai reaiss os investidores começassem a vendê-los. A conseqüência foi uma rápida depreciação do Real e o aumento do risco país. O aumento do risco país provocou o aumento da taxa de juros real. A dívida pública, que era praticamente indexada ao câmbio e à taxa de juros, aumentou. O choq ch oque ue po polít lític icoo trans transfo form rmou ou-s -see em ch choq oque ue fisc fiscal al.. A he hera ranç nçaa ma mald ldita ita do PT converteu-se, na prática, num problema sério, com a ameaça da volta da inflação. A taxa de inflação, em termos anuais já ultrapassava um dígito. Com um cenário incert inc ertoo qua quanto nto a pos postur turaa do gov govern ernoo pet petist istaa com relação relação a pol políti ítica ca mon monetá etária ria (fixação da taxa de juros do Banco Central), a expectativa de inflação aumentou, e um fenômeno que seria transitório ameaçava tornar-se permanente. 5.6 Governo Lula (2002 - )
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Os problemas enfrentados durante a crise econômica no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso reavivou antigas questões políticas que marcaram a recente experiência democrática no país. Vivia-se o impasse de uma democracia plena onde os problemas de ordem social e econômica não pareciam ter uma clara via de solução. As esqu es quer erda dass te tent ntav avam am,, de desd sdee o inic inicio io da No Nova va Re Repu publ blic ica, a, postarem-se como uma opção a população brasileira. O Partido dos Trabalhadores, valendo-se da trajetória política junto às classes trabalhadoras de Luis Inácio Lula da Silva era um dos maiores partidos de oposição da época. Conq Co nqui uist stan ando do algu alguns ns go gove vern rnos os em es esfe fera ra es esta tadu dual al e municipal tentavam alavancar o antigo desejo de colocar Lula a frente da presidência. Em 2002, o sonho de um mandato popular e de uma nova esperança ao povo brasileiro finalmente colocou o antigo sindicalista no cargo máximo do Estado brasileiro. O Go Gove vern rnoo Lu Lula la inic inicio iouu-se se co com m du duas as de deci cisõ sões es es estra traté tégi gica cass a se sere rem m tomadas. Em primeiro lugar, a dívida deveria ou não ser reestruturada? Segundo, o Banco Central deveria usar ou não a taxa de juros para trazer de volta a inflação para uma taxa anual de um dígito? A primeira opção foi usada pela Argentina e provocou uma depressão, atingindo as classes menos privilegiadas. É possível que a experiência argentina tenha convencido o presidente que, do ponto de vista do trabalhador e das classes de renda mais baixa, a melhor opção seria pagar a dívida. Este diagnóstica implicava numa política de superávits primários para tornar a dívida pública sustentável. A segunda decisão, de trazer de volta a taxa de inflação para o patamar de um dígito, era um imperativo político, pois o combate à inflação levou Lula a ser derrotado três vezes no passado, e certamente pensando na reeleição era melhor seguir Maquiavel e fazer o mal de uma única vez. O governo optou por combater a inflação elevando a taxa de juros. Esta política, num país com a dívida pública indexada à taxa de juros do Banco Central e sendo em grande parte rolada no curto prazo, tinha implicação fiscal, pois aumentava ainda mais o déficit público. Logo, para segui-la era necessário aumentar o superávit primário. O governo Lula te teve ve iníc início io,, po port rtan anto to,, co com m um umaa co comb mbin inaç ação ão de po polílític ticas as,, mo mone netá tári riaa e fisc fiscal al,, recessivas. A teoria econômica é incapaz de precisar as defasagens envolvidas nas políticas, mas sabe-se de outras experiências que num prazo entre um e dois anos a economia começa a recuperar-se e aproximar-se da trajetória de crescimento do prod produt utoo po pote tenc ncia ial.l. Este Este fa fato to oc ocor orre reuu no Bras Brasilil.. A po polílítitica ca ma macr croe oeco conô nômi mica ca responsável criou um ambiente para que a economia brasileira possa crescer, nos próximos anos, a uma taxa de um por cento ao trimestre. Cabe aind Cabe aindaa ress ressal alta tarr qu quee no go gove vern rnoo Lu Lula la ho houv uvee um umaa mu muda danç nçaa da composição da dívida pública, tornando a economia brasileira menos vulnerável aos choques externos. A dívida pública indexada em dólares praticamente desapareceu. Tal fato ainda não ocorreu com a dívida pública indexada à taxa de juros fixada pelo Banco Central, mas sua proporção na dívida total tem declinado. Estes fatos são importantes porque não permitem que um choque externo que afeta o câmbio transmita-se imediatamente para as contas públicas, e que uma mudança de política monetária afete instantaneamente o déficit público.
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6. Período de 2004 a Maio de 2008
Este Este pe perí ríod odoo inic inicia iado do em 20 2004 04,, é de um no novo vo temp tempoo de cres cresci cime ment ntoo sustentado, uma obra inacabada, com linhas mestras já bem definidas, mas com contornos que serão desenhados ao longo do caminho. Entre 2004 e 2007, o PIB cresceu a uma taxa anual média de 3,7% e a taxa de inflação foi de 3,9% ao ano. 6.1 Continuação do Governo Lula
A transição do modelo de substituição de impo im port rtaç açõe õess pa para ra o da ec econ onom omia ia ab aber erta ta foi foi
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praticamente completada no segundo ano do primeiro mandato do Presidente Lula, com a adesão do PT aos principais pontos que caracterizam o novo modelo de crescimento da economia brasileira que substituiu o antigo e exitoso de substituição de importações. A transição foi longa, pois levou praticamente uma geração (quase 25 anos), e seu custo elevado se medido em termos de crescimento do produto. Mas é importante reconhecer que não há mais divergência entre os principais partidos políticos do país quanto ao “modelo”. Isto é, um consenso se estabeleceu quan qu anto to ao aoss prin princi cipa pais is po pont ntos os em qu quee se as asssen enta ta es esta ta no nova va plat plataf afor orma ma de cres cresci cime ment nto. o. Isto Isto nã nãoo sign signifi ifica ca dize dizerr qu quee ex exis ista ta co cons nsen enso so de co como mo op oper erar ar os parâmetros deste novo modelo e de como resolver os vários problemas com que se defronta o nosso país. Mesmoo co Mesm com m os es escâ când ndal alos os de co corr rrup upçã çãoo e atua atualm lmen ente te a do doss Ca Cart rtõe õess Corporativos, o governo Lula manteve-se firme com sua política de crescimento econômico. No dia 30 de abril de 2008 a agência de classificação de risco Standart & Poor’s anunciou a elevação do rating do Brasil a grau de investimento. Segundo Fabio Anderaos, analista da Itaú Seguros, com a elevação do Brasil à categoria de investment grade pela S&D, as ações dos bancos tendem ser mais beneficiadas no curtíssimo prazo, porque eles são o termômetro da economia, em seguida, o efeito positivo, se dará de maneira mais difusa, privilegiando empresa com fundamentos mais sólidos e também com ações com maior liquidez em Bolsa. Tal anúncio refletiu rapidamente na economia brasileira, no dia 2 de maio de 2008, a Bolsa bateu Recorde com 69367 pontos e o dólar fechou a R$1,65, o mais baixo desde 10 de maio de 1999. 7. Conclusão
A história econômica do Brasil passou por vários modelos de desenvolvimento desenvolvimento econômico o que causou um retardamento no crescimento do país. Os políticos se preocupavam com suas conquistas “pessoais” em quanto o povo sofria as conseqüências de suas decisões erradas. Brigas e ataques entre os partidos políticos se arrastaram por anos evitando uma hegemonia de idéias sobre o futuro do país. Atualmente os principais partidos políticos parecem estar de comum acordo sobre o modelo econômico a seguir. Estão aprimorando idéias que deram certo no passado e colhendo seus frutos, porém a lista de problemas da economia brasileira que demandam soluções ainda é extensa. e xtensa. Contud Cont udo, o, es espperaera-se se que o go govverno erno Lu Lula la,, bem com omoo os gov over ernnos subseqüentes, trabalhem com seriedade na solução de tais problemas, permitindo que o crescimen crescimento to econ econômic ômicoo se faça com justiça social, social, e o povo brasileiro brasileiro possa viver dignamente podendo escolher o que quer comer e não apenas o que ele pode comprar.
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8. Anexos 8.1 ANEXO A - Tabela PIB X Inflação de 1964 a 2006. ANOS 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994
PIB INFLAÇÃO 3,4 9 2 ,1 2,4 3 4 ,3 6,7 3 9 ,1 4,2 25 9,8 2 5 ,4 9,5 1 9 ,3 1 0 ,4 19,3 11,3 19,5 11,9 15,7 1 3 ,9 15,6 8,1 2 6 ,9 5,1 2 9 ,3 4,9 3 8 ,8 4,9 3 8 ,8 4,9 4 0 ,7 6,76 77,3 9,2 110 -4,25 9 5 ,2 0,83 9 9 ,7 2 -2,93 210,99 5,4 223,8 7,85 2 3 5 ,1 7,49 65,3 3,53 415,83 -0,06 1037,56 3,16 1782,89 4,35 1476,71 1,03 480,23 0,47 1157,84 4,67 2708,17 5,33 1093,89
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1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
4,42 2,15 3,38 0,04 0,25 4,31 1,31 2,66 1,15 5,71 2,94 3,7
1 4 ,7 8 9,34 7,48 1 ,7 1 9 ,9 8 9,81 10,4 2 6 ,4 1 7,67 1 2 ,1 4 1,22 3 ,7 9
9. Referências Bibliográficas
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