Evolução urbana do município de Jaraguá do Sul/SC
1.
Histórico do Município
No século XVII, teve início a colonização do litoral de Santa Catarina. Somente no século XIX o interior do estado começa a ser colonizado por imigrantes europeus. ma colonização voltada para o povoamento e não para a e!ploração. "m 1#$% a princesa Isa&el ' (il)a do imperador *edro II e )erdeira do trono casou+se com o conde -"u. Como parte do dote constavam as terras ue vieram a (ormar o município de /aragu0 do Sul, localizado na zona (isiogr0(ica do litoral de São rancisco do Sul, no vale do Itapocu, no Nordeste do estado de Santa Catarina. 2o engen)eiro e coronel )onor0rio do "!ército 3rasileiro, "mílio Carlos /ourdan, amigo do conde d-"u e da princesa Isa&el, cou&e 4 tare(a da demarcação das terras, ue se localizavam entre a margem direita do rio Itapocu e a esuerda do rio /aragu0 indo, ao Norte, até o rio Negro. No início eram 15 léguas uadradas, sendo aumentadas posteriormente para 56 léguas uadradas. 7esmo antes da assinatura do contrato de medição, a 11 de 8aneiro de 1#9$, /ourdan 80 cele&rara um contrato com a princesa para colonizar parte do re(erido patrim:nio. *elo contrato, ela arrenda para /ourdan, durante uinze anos, %;< )ectares de terras no /aragu0 sede, (az promessa de venda de dois mil )ectares e, caso a compra se e(etivasse, não precisaria o mesmo pagar o arrendamento rece&endo, ainda, o direito de povoar e e!trair erva+mate, madeira e minérios. =uase simultaneamente 4 medição, /ourdan procurou esta&elecer+se nas terras do /aragu0. Contratou (erreiros, marceneiros, carpinteiros, pedreiros e lavradores para a construção do engen)o e a plantação da lavoura de cana+de+aç>car. "n(rentou, contudo, grandes di(iculdades. altavam estradas, igre8as, escolas e )ospital. ?ran8eou advers0rios políticos. @udo isso (ez com ue tivesse
ue desistir de seu
empreendimento, em $ de 8un)o de 1###. Aetirando+se de /aragu0, /ourdan dei!ou o camin)o livre para as pretensBes da Compan)ia Colonizadora Dam&urguesaE, ue estava colonizando as terras do *ríncipe de /oinville, de tam&ém colonizar as terras da *rincesa Isa+ &el, no Vale do rio Itapocu. Com a ausFncia de /ourdan, seu empreendimento (icou a&andonado e a maioria das (amílias de colonos e empregados tam&ém se retirou para outras localidades. 2penas um peueno grupo permaneceu, esta&elecendo+se na encosta do 7orro 7orro da 3oa Vista, como eram de origem a(ricana, o morro rece&eu o apelido de 7orro da G(rica. Com a *roclamação da Aep>&lica, em 16 de novem&ro de 1##H, a Compan)ia Colonizadora Dam&urguesa (oi pega de surpresa, a (amília imperial (oi &anida do 3rasil e, no dia 51 de novem&ro de 1#H<, pelo decreto n1.<6< do 7arec)al eodoro da onseca, as terras do patrim:nio da *rincesa Isa&el localizadas no *aran0 e em Santa Catarina voltaram ao domínio da nião. Com isto, perderam valor todas as negociaçBes entre a compan)ia e a *rincesa.
"m 1#H; as terras devolutas passam 4 8urisdição dos estados. "nuanto as antigas terras dotais estavam a&andonadas, as terras 4 margem direita do rio /aragu0 ' nas ca&eceiras dos rios ?ari&aldi, /araguazin)o, Cerro e da Juz ' começaram a ser colonizadas pela 2gFncia de Colonização, Krgão estadual sediado em 3lumenau, 80 a partir de 1#H<. *ara a região dos dois primeiros rios vieram imigrantes )>ngaros e, do terceiro os italianos e do uarto os alemães. 2 participação de /ourdan na Aevolta da 2rmada, em 1#H;, ao lado do marec)al loriano *ei!oto, deu+l)e o respaldo político necess0rio para retornar ao /aragu0, (ato este ue tam&ém in(luiu na )istKria 8araguaense. "m 5< de setem&ro de 1#H% (oi criado pelo governo do estado o istrito de *olícia do /aragu0, cu8os limites viriam a ser os do (uturo município, incluindo o territKrio do atual município de Corup0. /ourdan compra, então, dez mil )ectares de terras do ?overno do "stado de Santa Catarina, ue (aziam parte do antigo patrim:nio dotal, e esta&elece a Col:nia /aragu0 no início de 1#H6. 2pesar do seu (ortalecimento político, /ourdan ainda não )avia vencido a disputa. L governador Dercílio Juz negocia com a Compan)ia Colonizadora Dam&urguesa (utura Sociedade Colonizadora Danse0ticaE um contrato ue o&riga o governo a vender 4 sociedade os terrenos do e!+patrim:nio dos Srs. Conde e Condessa -"u no Vale do Itapocu, e!ceto o e!+ patrim:nio )o8e ocupado por colonos com títulos legítimos. 2(ora a disputa com a Dam&urguesa, /ourdan en(rentou tam&ém entraves &urocr0ticos o ue implicou em di(iculdades (inanceiras. 2ssim, vende a concessão a *ec)er M Cia. em 1 de 8ul)o de 1#H#, e retira+se para o Aio de /aneiro. urante sua )istKria, /aragu0 pertenceu a São rancisco do Sul, *arat atual 2rauariE e a /oinville. Somente no século atual, pelo ecreto n6$6 de 5$.;.1H;%, /aragu0 (oi desmem&rado de /oinville, tornando+se município. 5.
Elementos atuantes no processo da evolução urbana
2 seguir relata+se alguns (atores ue in(luenciaram a evolução ur&ana de /aragu0 do SulO os aspectos geogr0(icos, a população, a acessi&ilidade representada pelas pontes, (errovia e mal)a vi0riE, e por (im o crescimento industrial. 5.1
Aspectos eográ!icos
L município, em 1#H6 uando /ourdan iniciou a venda dos lotes de terras, caracterizava+se por um vale co&erto de matas nativas, cortado por rios e cercado por morros e serras. 5.5
A "opulação
"m 1H15, o distrito de /aragu0 contava com uma população de apro!imadamente #.<<< )a&itantes e segundo estatística (eita por um relatKrio parouial da épocaO 5.<<< pessoas (alavam
o portuguFs, 1.<<< pessoas (alavam o italiano, %.6<< pessoas (alavam o alemão e 6<< pessoas (alavam o PpolacoQ. *erce&e+se, claramente, a decisiva in(luFncia alemã na comunidade, sendo naueles tempos todos os editais e an>ncios de ualuer natureza impressos em duas línguas. L uadro apresentado comprova o peso do imigrante europeu no povoamento do então distrito de /aragu0. 2 ualidade do imigrante europeu, em sua maioria de origem ur&ana com (ormação artesanal, oper0ria, comercial, industrial e intelectual, ue entraram em Santa Catarina na segunda metade do século XIX, in(luiu decisivamente nos destinos econ:micos da região. 2té mesmo o agricultor provin)a de uma agricultura mais so(isticada, ue tendia para a comercialização. L desenvolvimento acelerado e o gigantismo das unidades produtivas tornaram a região atrativa so& o ponto de vista da geração de (orça de tra&al)o e oportunidades econ:micas, in(luindo nos aspectos migratKrios. 2 população situada na 0rea ur&ana cresceu e grande n>mero de pessoas é ocupada na ind>stria. Lcorre desta (orma um predomínio da população ur&ana so&re a rural. 5.;
As "ontes
"sta&elecer a ligação entre um n>cleo de colonização aos centros maiores, para ue possa vender os produtos locais e a&astecer+se de produtos manu(aturados e implementos agrícolas era algo imprescindível para o seu desenvolvimento. 2ssim ue c)egou a /aragu0, "mílio Carlos /ourdan sa&ia ue precisava a&rir estradas ue su&stituíssem as estreitas picadas e!istentes e tornar o rio Itapocu o mais naveg0vel possível, permitindo dessa maneira uma ligação mais r0pida com /oinville e o porto de São rancisco. @ornar naveg0vel o rio Itapocu (oi 4 primeira tare(a a ue /ourdan se prop:s. 7as, para alcançar o porto de São rancisco com (acilidade, duas o&ras eram necess0rias. 2 primeira, era a construção de um canal para contornar o Salto do ?uamiranga e reti(icar alguns trec)os curvos do rio. 2 segunda, mais complicada, seria a construção de um canal ligando o Itapocu 4 3aía da 3a&itonga, utilizando o leito do rio *ireuF. Com isso, &arcos a vapor poderiam ir e voltar de /aragu0 até São rancisco, levando mercadorias e produtos artesanais e agrícolas. Isso, de modo algum interessava 4s autoridades de /oinville, ue dese8avam a posse e o controle das terras de /aragu0. 2 oposição (oi (orte. " ao reti(icar as curvas do lado esuerdo do Itapocu, /ourdan violava os limites das terras do *ríncipe de /oinville, por este motivo esta o&ra não pode ser concluída. @irando o rio, o ue so&rava em termos de vias de comunicação eram as estreitas e lamacentas picadas. 2s pontes so&re os in>meros cursos d-0gua tam&ém eram ine!istentes, não permitiam a passagem de carroças e todo o transporte tin)a ue ser (eito no lom&o de &urros e cavalos. 7as aos poucos, as estradas começaram a serem mel)oradas. 2lgumas pontes so&re os menores cursos d-0gua (oram construídas. " para atravessar o rio Itapocu, no /aragu0, era utilizada uma peuena &alsa, ue (icava localizada em (rente 4 venda /orge CzernieRicz. *or este motivo, o local (icou sendo con)ecido como *orto CzernieRicz.
2 primeira ponte so&re o rio Itapocu (oi construída em 1H
onteO i0rio Catarinense, 1HH# SK no começo de 1H1; é ue (oi erguida nas pro!imidades da primeira uma nova ponte, desta vez met0lica, ue (oi utilizada até a década de $<. igura 6O *onte em estrutura met0lica, erguida em 1H1;
onteO i0rio Catarinense, 1HH#
igura $O 2tual ponte 2&don 3atista
onteO ?uia @urístico ' /aragu0 do Sul, 1 HH9 ma curiosidade so&re a implantação desta ponte no município é ue ela saiu da Inglaterra com destino 4 G(rica do Sul em 1H15, mas por engano do navio ue a transportava aca&ou c)egando em lorianKpolis e desem&arcaram+na. 2&don 3atista médico e políticoE viu aí, então, a oportunidade de servir 4 comunidade de /aragu0, ue voltara 4 (azer o uso das &alsas para a travessia do rio Itapocu desde a enc)ente de 1H11, tratou de (azer com ue ela permanecesse no "stado. Jevada até /aragu0, ela (oi inaugurada em março de 1H1;, rece&endo o nome de *onte r. 2&don 3atista. L rio /aragu0 tam&ém era um o&st0culo a ser transposto no camin)o para 3lumenau por uem su&ia costeando o rio da Juz. 2 primeira ponte construída so&e ele (oi em 1H<#, a segunda, tam&ém em madeira, não resistiu ao peso de dois camin)Bes em trnsito para 3lumenau. igura 9O 2 segunda ponte so&re o rio /aragu0
onteO i0rio Catarinense, 1HH# 2o longo dos anos, com o crescimento do município, surgiram outras pontes distri&uídas ao longo dos rios.
5.%
#in$a %&rrea
2 Compan)ia "strada de erro São *aulo ' Aio ?rande do Sul, ue (oi constituída em 1##H, conseguiu a concessão para a construção de um ramal ue ligasse Aio Negro a São rancisco do Sul, em 1H<1. No traçado original as cidades de /oinville e São 3ento do Sul não estavam incluídas, mas, mediante alguma pressão política por parte das autoridades locais, am&as passaram a ser servidas pelo ramal. "m /aragu0 do Sul, a lin)a do trem passaria pelo centro do povoado. Ls tra&al)adores de construção da lin)a começaram em 8aneiro de 1H<6, no sentido São rancisco ' Aio Negro. Ls tril)os sK atingiram /aragu0 em 1H<9, mas o trec)o Dansa+ Dum&oldt Corup0E ' São rancisco sK entrou em operação em 1H1<, totalizando H9 uil:metros de (errovia. 2 cidade de Aio Negro, no *aran0, sK (oi atingida em 1H1;. Do8e, a (errovia pouco representa, economicamente, para o município de /aragu0 do Sul. 7as nem sempre (oi assim. 2 (errovia (oi decisiva para o crescimento econ:mico e o desenvolvimento 8araguaense, uma vez ue, desde a sua conclusão, transportou mil)ares e mil)ares de cidadãos do município, com con(orto relativoE e segurança até os grandes centros ur&anos. @oda a produção agropastoril e, mais tarde, a produção industrial da região, até a década de $<, era escoada através do ramal (errovi0rio ue cruza o centro da cidade. 2 rede (errovi0ria permitiu o desenvolvimento dos municípios ue não estavam no litoral catarinense. Veri(ica+se ue a (errovia (oi construída para atender a uma demanda regional de transportes e não o transporte ur&ano de passageiros. L trem de passageiros o c)amado "!pressoE levava com &astante comodidade os catarinenses até os grandes centros como Curiti&a, São *aulo e Aio de /aneiro. =uem se dirigia a 3lumenau e ao sul do "stado tin)a o seu ponto de em&arue e desem&arue em /aragu0. Isso motivou o desenvolvimento de uma (orte rede )oteleira na cidade, ao ponto de /aragu0 concentrar o maior n>mero de leitos do "stado. Ls ue (icavam prK!imos da estação (errovi0ria eram o Dotel 3rasil, o Dotel 3ecTer e o Dotel Central. L ramal (errovi0rio de /aragu0 tam&ém tin)a importncia estratégica. urante a Aevolução de 1H;<, as tropas ue seguiram para o centro do país (icaram estacionadas em /aragu0 durante um &om período.
igura #O 2s tropas da Aevolução de ;< estacionadas em /aragu0
onteO i0rio Catarinense, 1HH# 2 "stação errovi0ria, construída em 1H%$, durante as décadas de 6<, $< e 9<, (oi um dos pontos nevr0lgicos do desenvolvimento econ:mico do 7unicí+ pio, tanto no transporte de cargas uanto de passageiros, como entronca+ mento e trans&ordo (erroUrodovi0rio entre o Sudeste e o "!tremo Sul &rasileiro. 2 (errovia pode ter in(luenciado a localização das primeiras ind>strias no município, visto ue elas se localizam ao longo do ei!o (errovi0rio, como é o caso das ind>striasO eg, 7arisol e Wol&ac). 2 "stação errovi0ria em /aragu0 do Sul criou em seu entorno um n>cleo, onde )o8e é o importante n>cleo )istKrico da cidade, a sua volta encontrava+se o prédio dos Correios, a antiga rodovi0ria, a atual *raça dos "!pedicion0rios, o antigo 7ercado 7unicipal. Com o aper(eiçoamento dos automKveis, 4s (errovias (oi legado a (unção de transportar grandes volumes de cargas a grandes distncias, e a importncia econ:mica, social e política do transporte rodovi0rio acendeu. 2tualmente a (errovia em /aragu0 do Sul, ao contr0rio das grandes metrKpoles do país, não é um importante estruturador territorial, pois ela é utilizada apenas como transporte de cargas e esporadicamente como transporte turístico de passageiros. 5.6
Crescimento da Mal$a 'iária
L preço do terreno ur&ano é (ormado por elementos como custos de ur&anização, acessi&ilidade e renda do terreno. 2lém disso, em virtude de a procura ser uase sempre maior ue a o(erta, os preços são vari0veis e sempre orientados 4 alta. L sistema vi0rio é um (ator ue in(luencia no preço do terreno, 8unta+ mente com a topogra(ia, 0rea, acessi&ilidade e euipamentos ou mel)ora+ mentos ur&anos. 5.$
Crescimento (ndustrial
Ls imigrantes traziam 4 /aragu0 do Sul toda a cultura aduirida no país de origem. 2 partir de 1H51, )ouve uma pro(unda mudança no per(il do imigrante. 2 2leman)a e!pulsa mão+ de+o&ra especializada e peuenos empres0rios. este contingente, alguns imigrantes em especial contri&uiriam para o surto progressista ue tomaria conta do município nas décadas seguintes, se8a pela (undação de ind>strias por conta prKpria, ou indiretamente, pelos con)ecimentos ue introduziriam nas ind>strias 80 e!istentes. iminuía o n>mero de pessoas ligadas 4 agricultura, e aumentava a participação dos grupos de imigrantes ligados 4 ind>stria e ao comércio. "m pouco tempo apareceram v0rias ind>strias, comoO olarias, padarias, (0&ricas de cai!in)as, (0&ricas de laticínios, cerve8arias, açougues, (unilarias, (errarias, marcenarias. " os imigrantes e!erciam diversas pro(issBes comoO sapateiros, al(aiates, pedreiros, carpinteiros, segeiros, &ritadores, seleiros, mecnicos, relo8oeiros, (otKgra(os, curtidores, médicos. 2 cidade é )o8e um dos principais centros (a&ris de Santa Catarina. Suas empresas produzem os mais variados artigos, ue vão desde mal)as, con(ec+ çBes, c)apéus e gFneros alimentícios até motores elétricos, geradores, m0ui+ nas, componentes eletr:nicos e de in(orm0tica. L período de maior crescimento industrial de /aragu0 do Sul ocorreu entre 1H%< e 1H9<, uando surgiram as ind>striasO eg, 7alRee, iest, 7enegotti, Seara, Wol&ac), uas Aodas, Sasse, @rapp, 7on(ort e r&ano, re(le!o do processo de e!pansão industrial pelo ual o país tam&ém passava, principalmente a partir da segunda metade dos anos 6<, onde o setor passou a ser o carro c)e(e da economia &rasileira. @ais ind>strias no decorrer dos anos (oram as principais respons0veis pela con(iguração e desen)o ur&ano de /aragu0 do Sul, ainda ue inde(inido. Ls principais (atores ue in(luenciaram na implantação destas ind>strias (oramO aspectos (ísicos e geogr0(icos naturais como a topogra(ia, o rio ' diretamente necess0rio para &ene(iciamento de alguns tipos de produtos tF!til e alimentícioE, a (errovia utilizada para mel)or circulação de matérias primas e escoa+ mento da produção, &em como posteriormente a rodovia. 2s principais ind>strias do município localizam+se na 0rea ur&ana e ao longo dos rios ue cortam a cidade, e levam o crescimento da 0rea ur&ana para 0reas rurais. 2s empresas Nanete 7al)as e 7arisol, constituem e!emplos desta pr0tica no município. oram para outras 0reas distantes do centro, e locaram seus imKveis antigos 4 outras (unçBes, o antigo prédio da 7arisol é a atual *re(eitura 7unicipal, e a Nanete 7al)as, )o8e gr0(ica e con(ecçBes de menor porte.