DIGITALIZADO POR: PRESBÍTERO (TEÓLOGO APOLOGISTA) PROJETO SEMEADORES DA PALAVRA VISITE O FÓRUM http://semeadoresdapalavra.forumeiros.com/forum
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H. Wayne House J
Teologia Cristã em Quadros H. WAYNE HOUSE
VMla Prazer , em oçã o e con hec im ent o
ISBN 85-7367-311-7 Caregoria: Teologia/Referência Este livro foi publicado em inglês com o título
Charts o f Christian Teobgy and Doctnne por Zondervan Publishing House ~ 1986 por The Zondervan Corporation 2 1999 por Editora Vida Traduzido por Alderi S. de Matos, Th. D.
I a impressão, 1999 7a impressão, 2000 Todos os direitos reservados na língua portuguesa por Editora Vida, rua Júlio de Castilho, 280 03059-000 São Paulo, SP — Telefax: (Oxxll) 6096-6833 Gerência editorial: Reginaldo de Souza Preparação de textos: Jair A. Rechia Revisão de provas: Fabiani Medeiros Capa: No uve au C omun icação Diagramação: Im prensa da Fé
Impresso no Brasil, na Imprensa da Fé
A W. Robert Cook, com quem aprendi minha teologia básica, e a Earl D. Radmacher, mestre, amigo e pai adotivo espintual, com quem aprendi a viver a minha teologia
Sumário Prolegômenos 1. 2. 3. 4· 5.
Traços Distintivos dos Sistemas Teológicos Modelos Teológicos Feministas Con tem porân eos Guia para a Inte rpr eta ção de Textos Bíblicos Com paração entre Teologia do Pacto e Dispensacionalismo Esquemas Dispensacionais Representativos
11 21 22 23 25
Bibliologia 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12.
Modelos de Revelação Concepçõe s Ace rca da Revelação Geral Mod alidade s da Reve lação Especial Teorias de Inspiração Teorias Evangélicas de Inerrância M aneiras de H arm onizar as Discrepâncias da Escritura Respostas a Supostas Discre pâncias da Escritura
26 29 30 31 32 33 34
Teologia P ropriamente Dita 13. 14· 15. 16. 17· 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24· 25. 26.
Concep ções Rivais Ace rca de Deus Sete Gran des Cosmovisões Arg ume ntos Clássicos a Favor da Existência de Deus Avaliação dos Arg um entos Clássicos a Favor da Existência de Deus O Conh ecim ento de Deus Esquemas de Classificação dos A tributos Divinos Repres entação Gráfica dos Atributo s de Deus Definições dos Atributos de Deus 0 Desenvolvimento Histórico da Doutrina da Trindade Anti go Diagrama da Trindade Santa Principais N oções A cerca da Trindade Um a Ap resen tação Bíblica da Trindade Concep ções Falsas Acer ca da Trindade Os Nom es de Deus
38 41 42 44 46 47 48 49 51 53 54 56 58 59
Cristologia 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34·
Heresias Cristológicas Históricas Falsas Con cepç ões Ac erc a da Pessoa de Cristo A União da Divindade e da Hu ma nidad e na Pessoa do Filho Teorias Acer ca da Kenosis A Pessoa de Cristo Profecias Messiânicas Cum pridas em Cristo A Pecabilidade versus Impeca bilidade de Cristo Teorias A cerca da Ressurreição de Jesus Cristo
61 63 64 65 65 68 70 71
Pneumatologia 35. 36. 37· 38. 39. 40.
O Ensino Bíblico Ace rca do Espírito Santo Títulos do Espírito Santo A Ob ra do Espírito Santo na Salvação Q uatr o Con juntos de Dons Espirituais Síntese dos Don s Espirituais Pontos de Vista Ac erca das “Línguas”
74 76 77 78 79 82
Angelologia 41· 42. 43.
Com paração entre os Anjos, os Seres Hu ma nos e os Anim ais Os Filhos de Deus em Gênesis 6 O Ensino Bíblico Ac erca dos Anjos
83 84 85
44· A Dou trina de Satanás e dos Demônios 45. Nomes de Satanás
86 88
Antropologia 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52.
Teorias Acerca da Constituição do Hom em As Dimensões da Imago Dei Con cepçõ es sobre a Natu reza da Imago Dei ·Teorias da Justiça Origi nal Teorias do Pecado Original A Imputaçã o do Pecado de Adão Teorias sobre a Na turez a do Pecado
89 91 92 93 94 95 98
Soteriologia 53. 54· 55. 56. 57. 58. 59. 60. 61. 62. 63. 64· 65. 66. 67. 68. 69. 70.
Definição dos Termos Básicos da Salvação Concep ções Acerca da Salvação Co mpa raçã o de Termos Soteriológicos A Aplicaçã o da Salvação no Tempo Arg um entos Tradicionais sobre a Eleição Principais Co ncep ções Evangélicas sobre a Eleição A Ord em dos Decretos Os Cinco Pontos do Calvinismo e do Arminianismo Diferentes Concepções Acerca dos Meios de Graç a Vocaç ão Ger al versus Vocaç ão Eficaz Os Sete Sacramen tos Católico-Roma nos Concepç ões Acerca da Expiação A Exten são da Expiação A Teoria Penal Substitutiva da Expiação Os Resultados da Mo rte de Cristo Variedades do Universalismo Concepç ões Acerca da Santificação Cinco Concep ções Acerca da Santificação
99 100 101 102 103 105 106 107 109 110 111 112 114 115 116 117 119 120
Eclesiologia 71. 72. 73. 74· 75. 76. 77. 78. 79. 80. 81. 82.
O Fu nda me nto da Igreja Um a Comparação Dispensacional entre Israel e aIgreja A Igreja Local Co ntras tada com a Igreja Universa l Ana logias en tre Cris to e a Igreja Os Ofícios de Presbítero e Diác ono - Qualificações e Deveres Qualificações Funcionais dos Presbíteros e Diácono s O Ofício de Presbítero O Ofício de Diác ono Qu atro Concepçõ es sobre o Batismo com Agua Qu atro Concepções sobre a Ceia do Senho r Disciplin a Eclesiástica Fluxogram a de Disciplina Eclesiástica
122 123 124 125 126 127 128 129 130 132 134 135
Escatologia 83. 84· 85. 86. 87. 88. 89.
Termos Básicos sobre a Segu nda Vinda de Cristo Concepções Acerca do Arre batam ento Con cepç ões Ace rca do Milênio Qu adr o Cronológico Dispensacional das ÚltimasCoisas Conc epçõe s Acer ca das Ultimas Coisas Perspectivas sobre o Extincionism o Castigo Etern o
Bibliografia
136 137 141 145 146 147 148
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Prefácio A preparação deste livro de esboços de teologia e doutrin a foi uma tarefa prolongada, p orém frutífera. Desde que com ecei a ensinar teologia na U niversidade L eTourneau e depois no Sem inário Teológico de Dallas, senti que havia a necessidade de um livro de esboços básicos sem elhante ao meu O Novo 7estamento em Quadros (Ed. Vida, 1999). Este volume nã o é uma ten tativa de oferecer um a análise ou panora ma exaustivo da teologia. Antes, mi nha intenção foi expor de maneira tão equitativa quanto possível as diferentes perspectivas acerca de uma grande variedade de temas teológicos que com freqüência interessam aos estudantes de teologia ou pelo menos são encon trados por eles. Essencialmente, segui uma ab ordagem clássica da teologia, o que poderá d esapo ntar alguns estudiosos. Todavia, creio que, de maneira geral, isto será mais benéfico aos professores, estudantes e leigos que serão os principais usuários desta obra. A teologia tem experimentado tempos difíceis em alguns círculos, porém, pa ra aq ue le s qu e verdadeir am ente va lo riza m a Pa la vr a dc Deu s e des ej am sa be r o qu e Deu s es tá procura ndo revelar ao seu povo, ela é uma tareia necessária e gloriosa. Espero que todos aqueles que utilizarem este livro obt enh am os benefícios que recebi ao escrevê-lo. E inevitável que oc orram diferentes tipos de erros na prep aração de um livro desta natureza, com sua infinidade de detalhes. Terei prazer em corrigidos em futuras edições, à medida que os leitores me informarem a respeito deles.
H. Wayne House Soli Deo Gloria!
Agradecimentos Muitas pessoas influenciaram na produção deste livro. Desejo agradecer aos alunos de minhas diferentes turmas d e teologia no Seminário Teológico de Dallas, especialmente aos que me ofere ceram um a assistência especial na elaboração destes esboços: Mark Allen, Rod Chaney, Kathie Church, Larry Gilcrease, Alan K. Ginn, Casey Jones, Mike Justice, Johann Lai, Randy Knowles, Toni Martin, Doreen Mellott, Steve Pogue, Greg Powell, Brian Rosner, David Seider, Brian Smith, Gayle Sumner, Larry Trotter. Agradeço de maneira especial a Richard Greene, Greg Trull e Steve Rost, assistentes de pesquisa e amigos que trabalharam comigo neste e em outros projetos, presta ndo u m se rv iç o de am or a um ir mão em Cri st o. Se h ouver ou tr os, peç o perdão por m eu esquecim ento . Alguns auxiliares de ensino do Western Baptist College també m me foram úteis qua ndo eu era deão e professor de teologia naquela escola: Rob Baddeley, Marie Thompson, Toni Powell e Colleen Schneider Frazier. Meu muito obrigado também ao Professor Tim Anderson. Também desejo expressar minha gratidão aos colegas do Seminário de Dallas (Craig Blaising, Lanier Burns, N o rm a n Geisler, Fr ed Howe, R obert L ig th ner e Ken Sarles) que e xam in aram os dif er en te s es bo ço s re la ci onados com as suas especialidades teológicas. Gregg Harris deu-me grande incentivo na decisão de empreender a produção deste livro utilizando meu com putado r Ma cintosh e Aldus PageMaker. Obrigado Gregg. Stan Gundry e Len Goss, da Zondervan, foram mais que pacientes em aguardar a conclusão desta obra. Eles dem onstrara m simpatia e compreensão cristã para comigo dura nte os últimos anos, muito além do que eu poderia ter esperado deles. Agradeço sinceramen te ao S enho r por eles. Finalmente, quero agradecer a minha esposa, Leta, e aos meus filhos, Carrie e Nathan, que têm sido uma bênção de Deus para mim ao lo ng o do s an os . O se u ap oi o realm en te te m sid o um a da s mara vilhosa s dá di vas de Deus a mim.
1. Traços Distintivos dos Sistemas Teológicos Teologia Católica Romana Tradicional N a tu re z a da I t / o ' n ia
A teologia está evoluindo constantemente no seu entendimento da fé cristã. O princípio inaciano da acomodação e 0 princípio do desenvolvimento, proposto por J. H. Newman, refletem a natureza mutável da teologia católica romana. O elemento de mudança do catolicismo deve-se primordialmente à posição de autoridade conferida ao ensino da igreja.
Revelação
A Bíblia, incluindo os apócrifos, é reconhecida como a fonte autorizada de revelação, ju n ta m e n te com a tr adiç ão e 0 ensino da igreja. O papa também faz pronunciamentos investidos de autoridade ex cathedra (da cadeira) sobre questões de doutrina e moral. Esses pro nu ncia m ento s sã o is en to s de er ro . A igreja é a mãe , guar diã e in té rprete do cânon. Muitos estudiosos católicos romanos posteriores ao Concilio Vaticano II afastaram-se do ensino tradicional da igreja nessa área, abraçaram as perspectivas da alta crítica acerca das Escrituras e rejeitar am a infalibilidade papal.
Salvação
A graça salvadora é comunicada mediante os sete sacramentos, que são meios de graça. O Batismo, a Confirmação (ou Crisma) e a Eucaristia referem-se à iniciação na igreja. A Penitência (ou Confissão) e a Unção estão relacionadas com a cura. O Matrimônio e as Ordens são sacramentos de compromisso e vocação. A igreja ministra os sacramentos por meio do sacerdócio orden ado e hierar quicamen te organizado. Segundo a concepção tradicional, não havia salvação fora da igreja, mas o ensino recente tem reconhecido que a graça pode ser recebida fora da igreja. N o sacram ento da Euc ar is tia, 0 pão e 0 vinho tornam-se literalmente o corpo e Cristo (transubstanciação).
igreja
0 sangue
de
Os quatro atributos essenciais da igreja são unidade, santidade, catolicidade e apostolicidade. Fund amen talmente, a igreja é a hierarquia ordenada, atingindo o seu ápice no papa. A organização está constituída em torno de uma autoridade sacerdotal centralizada, que teve 0 seu início com Pedro. A autoridade do sacerdócio é transmitida por meio da sucessão apostólica na igreja. Os bispos de Roma têm autoridade para avaliar as conclusões acadêmicas e fazer pronunciamentos e definições conciliares. A igreja é a mediadora da presença de Cristo no mund o. Deus usa a igreja como sua agente par a le var 0 m undo em direção ao seu reino.
Mana
N o Co nc ilio de Efeso (431 d. C. ), Mar ia foi decl ar ada a mãe de Deu s assim como a mãe de Jesus Cristo, no se ntido de que 0 Filho que ela deu à luz era ao mesmo tem po Deus e homem . São observadas quatro festas marianas (anunciação, purificação, assunção e o nascimento de Maria). Maria ficou isenta do pecado original ou de pecado pessoal em virtude da intervenção de Deus (a imaculada concepção). Maria é a misericordiosa mediadora en tre 0 ser huma no e Cristo, 0 Juiz.
Algum as partes dest e gráfico baseiam-se e m materia is extraídos de Tensions in Gmtemjxir urs Tfw )logy [Tensões na Teologia Con tem po rân ea] , eds. Stanley N. Gund rv e Alan F. Johnson (Chicago: Moody Press, 1976). Usado medi ante permissão.
1. Traços Distintivos (continuação) Teologia Natural D e fi niç ão
A teolog ia n atu ra l é a te nta tiv a de ob te r ( entendim ento de Deus e do seu relacionamento com o universo por meio da reflexão racional, sem apelar à revelação especial tal como a auto-revelação de Deus em Cristo e nas Escrituras.
Base Epistemológica
Deus é 0 Ser eterno, imutável, soberano, santo, pessoal, criador do universo. Ele tem tudo sob seu controle e desde a eternidade planejou o futuro por meio de seus eternos decretos. Isso é feito de tal maneira que ele não é moralmente responsável pelo mal.
Relação com a Teologia Revelada
A teologia natural tra ta da existência e dos atributos de Deus a partir de fontes com uns a todos os seres humanos (criação, raciocínio lógico, etc.), ao passo que a teologia revelada trata de verdades específicas discernidas nas Escrituras. A teologia natural requer somente a razão, enquanto que a teologia revelada também requer fé e a iluminação do Espírito.
Propósito da Teologia N a tu r a l
A teologia natural pode ser usada apologeticamente p ara provar a existência de Deus. Ela também fornece apoio à teologia revelada. Se as conclusões da teologia natural são aceitas, então também é “razoável” aceitar a verdade teológica revelada. Assim, a teologia natural tem um propósito evangelístico.
Possíveis Objeções
A teologia natural carece de base bíblica. A teologia natural tenta isentar a razão dos efeitos da que da e da depravação.
Teologia Luterana Teologia
A teologia es tru tu ra se em tomo das três doutrinas fundamentais da sola scriptura (somente a Escritura), sola gratia (somente a graça) e sola fide (somente a fé).
Cristo
Cristo é o centro da Escritura. A sua pessoa e obra, especialmente a sua morte vicária, são 0 fund am ento da fé cristã e da mensagem da salvação.
Revelação
Somente a Escritura é a fonte autorizada da teologia e da vida e ensino da igreja. A Escritura é a própria Palavra de Deus, sendo tão verdadeira e dotada de autoridade quanto 0 próprio Deus. N o cen tr o da Esc ri tu ra es tã o a pe ss oa e a obra de Cri st o. Ass im se nd o, o pri nci pal pro pósit o da Escritura é soteriológico - procla mar a mensag em de salvação em Jesus Cristo. A Palavra, por meio da obra de Cristo, é 0 modo como D eus efetua a salvação.
1. Traços Distintivos (continuação) Salvação
A salvação é somente pela graça mediante a fé. A fon te da salvaçao é a graça de De us manifestada pela ob ra de Crist o, 0 funda men to da salvação. O meio de receber a salvação é somente a fé. As pessoas em nada contribuem para a sua salvação. Elas estão inteiramente destituídas de livre arbítrio com respeito à salvação, e assim Deus é a causa eficiente da salvação. O Espírito Santo atua por interméd io da palavra do Evangelho (inclusive 0 batismo e a Ceia do Senhor) para trazer salvação. 0 Espírito usa 0 batismo das crianças pa ra produzir nelas a fé e levá-las à salvação. A Eucaristia (ou Ceia do Senhor) envolve a presença real de Cristo com o pão e o vinho, embora tais elementos permaneçam pão e vinho (consubstanciação). A teologia da cruz deve ser a marca da verdadeira teologia. Em vez de se concentrarem nas coisas referentes à natureza invisível e às obras de Deus, conforme discutidas na teologia natural, que Lutero chama de teologia da glória, os cristãos devem concentrar-se na humildade de Deus revelada na morte de Cristo na cruz. Em uma teologia da cruz, os crentes passam a ter 0 conhecim ento de Deus e também um verdadeiro conhecimento de si mesmos e do seu relacionamento com Deus.
Teologia Anabatista Ieologia
Os anabatistas não deram ênfase aos estudos teológicos sistemáticos. Antes, as doutrinas eram forjadas à medida que se aplicavam à vida. Os anabatistas caracterizaram-se por seu zelo missionário, vida se parada e ênfase n a eclesiologia.
Revelação
A Bíblia deve ser plenamente obedecida na vida do cnstão. Ela é a única autoridade e guia. O Espírito revela a mensagem da Palavra à comu nidade da té. A interpretação das Escrituras é discernida principalmente nas reuniões da igreja. Os anabatistas tendem a concentrar-se mais nos ensinos de Cristo e do Novo Testamento do que no Antigo Testamento.
Salvação
O pecado não é tanto uma servidão do livre-arbítrio humano e sim a capacidade perdida de responder a Deus. 0 livre-arbítrio do ser hum ano lhe permite arrepender-se e obedecer ao evangelho. Qua nd o alguém se arrepende e crê, Deus o regenera para anda r em novidade de vida. A ênfase maior está na ob ediência e não no pecado, na rege neração e não na justificação.
Igreja
A igreja é 0 corpo visível dos crentes obedientes a Cristo. A igreja existe como uma comunidade visível, e não como um corpo invisível ou uma igreja estatal. Some nte adultos crentes podem participar do batismo. O batismo testifica a separação do crente em relação ao mundo e o seu compromisso de obediência a Cristo. Os sacram entos - batismo e Ceia do Sen hor - são apenas símbolos da obra de Cristo; eles não conferem graça ao participante. As características da vida do membro da igreja devem ser conversão pessoal, vida santificada, sofrimento por Cristo, separação, amor pelos irmãos, não-resistência e obediência à Grande Comissão. A igreja é o reino de Deus que está em constante conflito com o reino ímpio do sistema mundial. A igreja deve evangelizar no mundo, mas não deve participar do seu sistema. Isto afasta a participação em qualquer ofício governamental ou serviço militar.
1. Traços Distintivos (continuação) Teologia Reformada
Teologia
A teologia reformada funda men ta-se no tem a central da soberania de Deus. Toda a realidade está sob o domínio supremo de Deus.
Deus
Deus é soberano. Ele é perfeito em todos os aspectos e possui toda justiça e poder. Ele criou todas as coisas e as sustém. Como o Criador, ele em nenhum sentido é limitado pela criação.
Revelação
A teologia reformada baseia-se som ente na Escritura (sola scríptura). A Bíblia é a Palavra de Deus e como tal permanece isenta de erros em todos os aspectos. A Escritura dirige toda a vida e ensino da igreja. A Bíblia possui autoridade em todas as áreas que aborda.
Salvação
N a ete rnid ade pa ss ad a, Deu s esc olh eu um certo núm ero de cr ia tu ra s caí da s pa ra se re m reconciliadas com ele mesmo. No tempo oportuno, Cristo veio para salvar os escolhidos. O Espírito Santo ilumina os eleitos para que possam crer no Evangelho e receber a salvação. A salvação pode ser resumida nos Cinco Pontos do Calvinismo: Depravação Total, Eleição Incondicional, Expiação Limitada, Graça Irresistível e Perseverança dos Santos (as iniciais em inglês formam a palavra TULIP).
Igreja
A igreja é composta dos eleitos de Deus que recebem a salvação. Por meio do pacto com Deus, eles estão comprometidos a servi-lo no mundo. O batismo simboliza a entrada na comunidade do pacto tanto para as crianças quanto para os adultos, embora ambos possam renunciar ao seu batismo. Quando os crentes participam com fé da Ceia do Senhor, 0 Espírito Santo atua neles para torná-los participantes espirituais. Em geral, os presbíteros eleitos pela igreja ensinam e governam a comunidade local. A unidade da igreja deve basear-se no consenso doutrinário.
1. Traços Distintivos (continuação) Teologia Arminiana Teologia
A teologia arminiana preocupa-se em preservar a justiça (equammidade) de Deus. Como po de um Deu s ju sto consid era r as pess oas re sp on sá ve is pe la ob ediê ncia a m a nda m entos que são incapazes de obedecer? Esta teologia dá ênfase à presciência divina, à responsabilidade e livre-arbítrio humanos, c à graça capacitadora universal (graça comum).
Í \ US
Deus é soberano, mas resolveu conceder livre-arbítrio aos seres humanos.
Sah açao
Deus predestinou para a salvação aqueles que ele viu de antemão que iriam arrepender-se e crer (eleição condicional). Cristo sofreu pelos pecados de toda a humanidade; assim sendo, a expiação é ilimitada. A salvação pode ser perdida pelo crente, e por isso a pessoa deve esforçar-se para não cair e se perder. Cristo não pagou a penalidade dos nossos pecados, pois se o tive ss e fe it o to do s se ri am salvos. A nte s, Cri sto so fr eu pe los no ss os pecado s pa ra que o Pai pudesse perdoar aqueles que se arrependem e crêem. A morte de Cristo foi um exemplo da penalidade do pecado e do preço do perdão.
Teologia Wesleyana leologia
A teologia wesleyana é essencialmente arminiana, mas tem um senso mais forte da realidade do pecado e da de pendênc ia da graça divina.
ί\Γ \ !,11 ·H
A Bíblia é a revelação divina, o padrão supremo para a fé e a prática. Todavia, existem quat ro meios pelos quais a verdad e é med iada - a Escritura, a razão, a tradição e a experiência ( 0 quadrilátero wesleyano). A Escritura possui autoridade suprema. Depois da Escritura, a experiência continua a ser a melhor evidência do cristianismo.
Salvação
A salvação é um processo de graça com três passos: graça preveniente, graça justificadora e graça santificadora. A graça preveniente é a obra universal do Espírito entre 0 nascimento e a salvação de uma pessoa. A graça preveniente impede que alguém se afaste muito de Deus e capacita a pessoa a responder ao evangelho, positiva ou negativamente. Para aqueles que recebem 0 evangelho, a graça justificadora produz salvação e inicia 0 pr oc ess o de sa nt if ic aç ão . O crente tem como alvo a obtenção da inteira santificação, que é produzida pelo Espírito Santo em uma segunda obra da graça. A inteira santificação significa que a pessoa foi aperfeiçoada em amor. A perfeição não ·é absoluta, porém re lativa e dinâmica. Q ua nd o alguém pode amar sem interesse próprio ou motivos impuros, então ele ou ela alcançou a perfeição.
1. Traços Distintivos (continuação) Teologia Liberal Teologia
Os teólogos liberais procuram articular 0 cristianismo em termos da cultura e do pen sam en to conte m porâneos. Eles busc am pr es er var a es sê nc ia do cr is ti an is mo em termos e conceitos modernos.
Deus
Deus é imanente. Ele habita no mundo e não está acima ou separado dele. Assim, não existe distinção entre o natural e 0 sobrenatural.
Trindade
O Pai não atua sobrenaturalmente, mas por meio da cultura, filosofia, educação e sociedade. A teologia liberal geralmente é unitária e não trinitária, reconhecendo somente a divindade do Pai. Jesus estava “repleto de Deus”, mas não era Deus encarnado. O Espírito não é uma pessoa da Divindade, mas simplesmente a atividade de Deus no mundo.
Cristo
Cristo deu à huma nidade um exemplo moral. Ele também expressou Deus a nós. Cristo não morreu para pagar a penalidade dos nossos pecados ou para imputar a sua justiça aos seres humanos. Ele não era Deus nem salvador, mas simplesmente o representante de Deus.
Espírito Santo
O Espírito é a atividade de Deus no mundo, e não uma terceira pessoa da Divindade igual em essência ao Pai e ao Filho.
Revelação
A Bíblia é um registro humano falível de experiências e pensamentos religiosos. A validade histórica do registro bíblico é posta em dúvida. As avaliações científicas provam que os elementos miraculosos da Bíblia são apenas expressões religiosas.
Salvação
O ser humano não é pecador por natureza, mas possui um sentimento religioso universal. O alvo da salvação não é a conversão pessoal, mas 0 aperfeiçoamento da sociedade. Cristo deu 0 exemplo supremo daquilo que a humanidade se esforça por alcançar e irá tornar-se um dia. De maneira característica, a teologia liberal tem negado uniformemente a queda, o pecado original e a natureza substitutiva da Expiação.
Futuro
Cristo não irá voltar em pessoa. O reino virá à terra como conseqüência do progresso moral universal.
1. Traços Distintivos (continuação) Teologia Existencial Teologia
Os teólogos existenciais afirmam que precisamos desmitificar ou “desmitologizar” a Escritura. “Desmitologizar a Escritura significa rejeitar não a Escritura ou a mensagem cristã, mas a cosmovisão de uma época antiga.” Isso implica em explicar tudo 0 que é sobrenatural como send o um mito. Por conseqüência, a parte impo rtante da fé cristã pa ss a a ser a experi ência su bj et iv a, e não a verd ade ob je ti va (ver Sal va çã o) . A Bíblia, quando desmitologizada, não fala acerca de Deus, mas acerca do homem.
Deus
E impossível u m co nh ec im e nto objetiv o d a e xis tê nc ia de D eus. O c on ce ito de Deu s foi u m auxílio para os primeiros cristãos entenderem a si próprios, mas em nosso tempo, tendo uma cosmovisão diferente, podemos ver o que está por trás do mito. Assim, Deus é a nossa declaração acerca da vida huma na. “Portanto, está claro que, se um hom em vai falar acerca de Deus, ele evidentemente precisa talar a respeito de si mesmo” (Bultmann). Se Deus existe, ele atua no mundo como se não existisse, e nós não podemos conhecê-lo de nenh um modo objetivo.
T r in d a d e
A T ri nd ad e é u m m it o r el ac io n ad o co m o c o n te ú d o so b re na tu ra l da Bíb lia ( ve r D eu s) .
Cristo
Jesus é simplesmente um homem comum. Como 0 Novo Testamento é considerado um mito, nós não temos muito conhecimento do “Jesus histórico", se é que temos algum conhe cimento. Isso nos deixa um q uadro de Jesus desprovido de qualquer interv enção “divina.” A Cruz nada significa no que se retere a levar os pecados de modo vicário, e a Ressurreição é totalmente inconcebível como evento histórico. Isso também se aplica ao N ascim en to Vi rg in al e a outr os mila gres.
Espírito Santo
Tudo 0 que sabemos sobre 0 Espírito Santo provém de trechos sobrenaturais e não fidedignos da Bíblia, que na realidade são apenas míticos.
Revelação
A B íb li a n ã o é u m a fo n te d e i nf or m aç õ es o bj et iv as a r es p ei to de De u s. P ar a m e l h or compreenderem a si mesmas, as pessoas dos primeiros séculos criaram um mito em torno de Jesus. Ele não operou milagres nem ressurgiu dentre os mortos. Se pudermos “eliminar os mitos” do Evangelho, descobriremos o propósito original por trás do mito e poderemos enco ntrar orien tação para as nossas vidas na atualidade. Isto é cham ado de “desmitologização.” A Bíblia to rn a se um livro que tem como objetivo transformar as pe ssoa s por mei o do encontr o.
Salvação
“Salvação” é encontrar o nosso “verdadeiro eu.” Isso é feito por meio da decisão de colocar a nossa fé em Deus, e essa decisão irá mudar o nosso entendimento de nós mesmos. Assim sendo, a salvação é uma mudança de toda a nossa perspectiva e conduta de vida, fund ame ntada em um a experiência de “Deus”; não é uma muda nça da natureza human a. Como nada conhecemos objetivamente acerca de Deus, é uma questão de “ter fé na fé.”
Mito
Bultmann entendia um mito como um modo de falar do Transcendente em termos deste mundo: “Mitologia é uma forma de simbolismo na qual aquilo que não é deste mundo, aquilo que é divino, é representa do co mo se fosse deste m un do e hu ma no; o ‘além’ é representado como ‘0 aqui e agora.’”
1. Traços Distintivos (continuação) Teologia Neo-Ortodoxa Teologia
A neo-ortodoxia é mais uma herm enêutica do que um a teologia sistemática completa. Ela foi uma r eação c ontra o liberalismo do final do século dezenove e esforçou-se por pr es er va r a es sê nc ia da te ol og ia da Ref orm a ao m es m o te m po que se adapta va a questões contemporâneas. E uma teologia do encontro entre Deus e 0 ser human o.
Deus
Deus é totalme nte transcendente, exceto quando decide revelar-se ao ser humano. Deus é inteiramente soberano sobre a sua criação e independente dela. Deus não pode ser conhecido por meio de provas (Kierkegaard). Deus não pode ser conhecido por doutrinas objetivas, mas por meio de uma experiência de revelação.
Cristo
Cristo, conforme manifesto na Escritura, é 0 Cristo da fé, e não necessariamente 0 Jesus histórico. Cristo é a revelação de Deus. O Cristo importante é aquele experimentado pe lo in di víd uo . Cri st o n ão te ve um nascim ento vi rg in al (B ru nner). Ele é o símbo lo do novo ser no qual tudo o que separa as pessoas de Deus é eliminado (Tillich).
Revelação
Há uma tríplice revelação de Deus ao homem por meio da sua Palavra. Jesus é o Verbo feito carne. A Escritura aponta para a Palavra. A pregação proclama o Verbo feito carne. A Bíblia contém a Palavra de Deus. A Palavra é revelada pelo Espírito à medida que a Bíblia e Cristo são proclamados. A Bíblia é hum ana e falível, sendo confiável som ente na medida em que Deus se revela por meio de encontros com a Escritura. A historicidade da Escritura não é importante. O relato da criação é um mito (Niebuhr) ou uma saga (Barth).
Salvação
O hom em é totalme nte pecaminoso e som ente pode ser salvo pela graça de Deus. A Palavra produz uma crise de decisão entre a rebeldia do pecado e a graça de Deus. Som ente pela fé a pessoa pode escolher a graça de Deus ne ssa crise e receber a salvação. Toda a hum anidade está eleita em Cristo (Barth). N ão existe nen hu m pecado h erdado de Adão (Brunne r). O home m peca por opção, e não por causa da sua natureza (Brunne r). Pecado é 0 egocentrismo (Brunner). Pecado é a injustiça social e o medo (Niebuhr). A salvação é o compromisso com Deus por intermédio de um “salto de fé” às cegas quando se está em desespero (Kiekegaard).
Escatologia
O inferno e o castigo eterno não são realidades (Brunner).
1. Traços Distintivos (continuação) Teologia da L ibertação Teologia
A teologia não é vista como um sistema de dogmas e sim como um meio de dar início a mudanças sociais. Essa noção tem sido chamada “a libertação da teologia” (H. Segundo). Essa teologia surgiu a partir do Vaticano II e das tentativas de teólogos liberais no sentido de enfrentarem as desigualdades sociais, políticas e econômicas em face de um cristianismo não mais guiado por um a cosmovisão bíblica. Boa parte do con texto da teologia da libertação tem sido a Am érica Latina e essa teologia to rno u se uma resposta à opressão po lí ti ca do s po br es . O s seus p ro po n entes com fr eqüência têm concepções dis ti nt as ; na realidade, não existe uma teologia da libertação “unificada.” Antes, trata-se de diversas “alternativas” estreitamen te relacionadas que derivam de raízes comuns. Em vez de um a teologia clássica interessada em questões teológicas como a natureza de Deus, o ser h u m a n o o u 0 futuro, a teologia da libertação está interessada neste mun do e em como podem ocorr er m udanças por meio da aç ão po lí ti ca . N a A m érica Lati na em espe cial, teólogos católicos romanos procuraram combinar 0 cristianismo e o marxismo.
Deus
D eu s é a tiv o, co lo ca nd o -s e s em pre ao la do dos p ob re s e o prim id os e c on tr a os op ressores, de modo que não atua de maneira igual para com todos. Os teólogos da libertação acentuam a sua imanência em detrimento da sua transcendência. Deus é mutável.
Cristo
Jesus é visto como um messias do envolvim ento político. Ele é Deus entra ndo na luta pela ju st iç a ao la do do s po br es e do s opr im id os . To da vi a, ele n ão foi um sa lv ad or no se nti do tradicional da palavra. Em vez disso, os teólogos da libertação defendem uma idéia de “influência moral” no que diz respeito à expiação. Nada se diz acerca de uma satisfação da ira de Deus contra 0 ser humano.
Espírito Santo
A pneum atologia está virtualmen te au sente da teologia da libertação. Parece difícil enco ntrar um papel para a obra do Espírito Santo nos sistemas políticos centrados no ser humano.
Revelação
A Bíblia não é um livro de verdades e normas eternas, mas de registros históricos específicos (muitas vezes pouco fidedignos). No entanto, muitas passagens são utilizadas em apoio dessa teologia, especialmente o relato do Exodo. Os teólogos da libertação utilizam a “nova” herm enê utica a fim de defenderem as suas posições. Co mo a sua teologia se apóia em um a análise marxista e é vista como um modo útil de criar ações “apropriadas” (ver Salvação), eles dão ênfase primariamente a normas éticas que alca ncem os fins do mov imento.
Salvação
A salvação é vista como u ma transformação social em que se estabelece justiça para os pobres e oprimidos. “O católico que n ão é um revolucionário está vivendo em pecado mo rtal” (C. Torres). Qualquer método para alcançar esse fim é aceitável, até mesmo a violência e a revolução. Essa concepção tende para o universalismo, e o evangelismo torna-se simplesmente 0 esforço de gerar consciência e preparar as pessoas para a ação política.
I gr ej a
A ig reja é v ista co mo u m i ns tr um e nt o pa ra tr an sf or ma r a s oc ie da de : “A a tiv id ad e p as to ra l d a igreja não é uma conclusão que resulta de premissas teológicas... [ela] tenta ser parte do pr oce ss o pe lo qual o m un d o é tr ansform ado” (G. Guti ér re z). A n eutra li dade pol ít ic a nã o é uma opção para a igreja.
1. Traços Distintivos (continuação) Teologia Negra Teologia
A teologia negra é uma forma de teologia da libertação que tem no seu centro 0 tema da opressão dos negros pelos brancos. Ela resultou da “necessidade de as pessoas negras definirem 0 propósito e sentido da existência negra em uma sociedade racista branca” (Cone). Essa teologia emergiu nas últimas duas décadas na onda dos movimentos de libertação como uma expressão da consciência negra e procura abordar as questões que os negros precisam enfrentar no seu dia a dia.
Deus
Conceitos complexos ou essencialmente filosóficos acerca de Deus são em grande parte ignorados por causa da preferência pelas necessidades dos oprimidos. Assim sendo, os conceitos cristãos brancos ensinados ao homem negro devem ser rejeitados ou ignorados. Afirma se que a pessoa de Deus, a Trindade, 0 seu supremo poder e autoridade, bem como “indícios sutis do caráter masculino e branco de Deus” não se relacionam com a experiência negra (e em alguns casos são antagônicos à mesma). A perspectiva dominante sobre Deus é de um Deus em ação, que liberta os oprimidos por causa da sua justiça. A sua imanência é mais enfatizada que a sua transcendência e por isso ele é visto como um ser instável ou que está sempre em mudança.
Trindade
A Trindade não é acentuada. Todavia, Jesus é Deus, mas no sentido da expressão visível de interesse e salvação da parte de Deus.
Cristo
Cristo é aquele que liberta quase que exclusivamente num sentido social. Ele é um libertador ou “Messias Negro” cuja obra de emancipação dos pobres e oprimidos da sociedade assemelha se à busca de libertação por parte dos negros. A mensagem de Cristo é “poder negro” (Henry). A sua natureza intrínseca e atividade espiritual recebem pouca ou nenhuma atenção. Alguns até mesmo negam o seu papel de sacrifício expiatório pelos pec ad os do m u ndo e de doador da vid a ete rn a (S hr in e) .
Revelação
A teologia negra não está presa ao literalismo bíblico, mas é de natureza mais pragmática. Somente a experiência da opressão negra é 0 padrão investido de autoridade.
Salvação
A salvação é a liberdade da opressão e pertence aos negros nesta vida. Os proponentes da teologia negra estão interessados mais especificamente nos aspectos políticos e teológicos da salvação do que nos aspectos espirituais. Em outras palavras, a salvação é a libertação física da opressão branca em vez da liberdade no tocante à natureza e atos pecaminosos de cada indivíduo. A apresentação do céu como uma recompensa por seguir a Cristo é vista como uma tentativa de dissuadir os negros do alvo da verdadeira libertação de sua pe ssoa in tegr al.
Igreja
A igreja é 0 centro da expressão social da comunidade negra, onde os negros podem expressar liberdade e igualdade (Cone). A ssim sendo, a igreja e a política constituem um todo coeso em que se realiza a expressão teológica do desejo de liberdade social.
2. Modelos Teológicos Feministas Contemporâneos Raízes da Teologia Feminista O surgimento do Movimento de Libertação da Mulher a partir de meados do século XX ajudou a criar uma consciência crítica feminista. Essa consciência, ao interagir com a Bíblia e as tradições teológicas cristãs, tem buscado uma n ova investigação de paradigmas antigos e um a nov a agend a de estudo. Essa “nov a” investigação e agenda resultou nos seguintes modelos.
M o d elo
P rop on en tes
Rejeccionista (pós-cristão) Ala da Rejeição
Ala da Restauração
Ponto de Vista Entende que a Bíblia promove uma estrutura patriarcal opressora e rejeita a sua autoridade.
B. Friedan, K. Millett, G. Steinem
Rejeita totalm ente as tradições judaico cristãs como irremediavelmente voltadas para o masculino.
M. Daly, N. Goldenberg
Restaura a religião da magia ou aceita um misticismo da natureza baseado exclusivamente na consciência das mulheres.
Conservador (evangélico)
N ã o vê qu alq uer se xi sm o rad ic alm ente opr ess or no relato bíblico.
A la Tradicional
J. Hurley, S. Foh, S. Clark, G. Knight, E. Elliot, Concilio pela Masculinidade e Feminilidade Bíblica
Busca ordem por meio de papéis complementares. O papel da m u lh er n a ord em cri ada por D eus de ve expressar se pela submissão e dependência voluntária na igreja e na família (e para alguns na sociedade). O p adrão div in o para os h om e ns é a lid erança am oro sa . Isso não diminui a verdadeira liberdade e dignidade das mulheres.
A la Igualitária
C. Kroeger, A. Spencer, G. Bilizikian, Cristãos pela Igualdade Bíblica
A Bíblia requer mú tua submissão, nem o hom em n em a mulher sendo relegados a um papel particular na família, igreja ou sociedade c om base exclusiva no seu gênero.
Reformista (libertação)
Como os rejeccionistas, vê um chauvinismo (valorização exagerada) patriarcal na Bíblia e na história cristã, t e n d o 0 desejo de superá10 . Seu compromisso com a libertação como a mensagem central da Bíblia impede que rejeite a tradição cristã.
Ala Moderada
L. Scanzoni, V. Mollenkott, M. S. van Leeuwen
Por meio da exegese, tenta trazer à luz o papel positivo das mulheres na Bíblia. Algum as reformistas mode radas busc am na tr ad iç ão pro fé ti ca um a herm enêuti ca “utilizável” de libertação. Em textos q ue n ão tratam especificamente de mulheres, elas encontram um apelo à criação de uma sociedade justa, livre de todo tipo de opressão social, econômica ou sexista.
Ala Radical
E. Schüssler, E. Stanton
Apela a uma “hermenêutica de suspeita” feminista mais abrangente. Parte do reconhecimento de que a Bíblia foi escrita, traduzida, canonizada e interpretada por homens. 0 câno n da fé ficou centralizado no homem. Por meio da reconstrução teológica e exegética, as mulheres novam ente devem assumir 0 lugar de destaque que ocup aram na história cristã primitiva.
3. Guia para a Interpretação de Textos Bíblicos Termos
Estrutura
Descritiva
Racional
Conclusiva
O que significa?
Por que isso foi dito aqui?
Qual é a importância?
O que se quer dizer com o termo?
Por que este termo é usado? (de modo geral)
Como ele funciona nesta sentença?
Por que este term o é usado? (de mod o específico)
Que palavras-chave carecem de um estudo aprofundado?
Por que este é um termo-chave na passagem?
Que tipo de frase é esta?
Por que foi usado este estilo de frase?
Qu e leis estruturais são utilizadas?
Quais são as causas, efeitos ou propósitos refletidos nas cláusulas?
contraste comparação repetição proporção clímax
causa/efeito síntese/explicação pergunta/resposta geral/específica permuta/in versão
Por que é usada esta ordem de palavras, expressões ou cláusulas? Por que os relacionamentos declarados são como são?
,
Quais são as verdades dominantes ensinadas na passagem? O que essas verdades indicam sobre como Deus age ou quer que os crentes ajam?
Quais são as verdades permanentes ensinadas nas principais afirmações? Que grandes motivações ou promessas revelam as cláusulas subordinadas? Que idéias centrais são enfatizadas por meio da ordem das palavras ou das expressões? Que limitações sã() encontradas?
Quais são as principais palavras de ligação? Forma Literária
Qu e forma literária é utilizada?
Por que é empregada esta forma literária?
Quai s são as suas características?
Por que as figuras são usadas como são?
Qual é a importância desta forma de literatura em relação à verdade transmitida? Que luz é lançada sobre a verdade pelas figuras de linguagem utilizadas?
Como esta forma literária transmite o sentido do autor? A li nguagem é literal ou figurada? Atmosfera
Que aspectos da passagem revelam a atmosfera?
Por que esse tipo de atmosfera domina esta passagem específica?
Qual é a importância da atmosfera para a argumentação da passagem?
Que palavras que transmitem em oção são usadas?
Por que essa atmosfera é essencial para a apresentação eficaz desta passagem?
O teor dominante da passagem é de encorajame nto ou repreensão?
Como se desenvolve no texto a atitude do autor? e a dos leitores?
© 1987 Mark Bailey. Adaptado e usado mediante permissão.
4. Comparação entre Teologia do Pacto e Dispensacionalismo P o n to de V ista Descrição
Teologia do P a c to
Dispensacionalismo
A teologia do pacto concentra-se em um grande pa ct o ger al co nh ec id o co mo 0 pacto da graça. Alguns o tem denominado pacto da redenção. Ele é definido por muitos como um pacto eterno enrre os membros da Trindade, incluindo os seguintes elementos: (1)0 Pai escolheu um po vo pa ra ser seu; (2) o Fil ho foi designado , com seu con sentimento, para pagar o castigo do pecado desse povo; e (3) o Espírito Santo foi designado, com seu consentimento, para aplicar a ohra do Filho ao seu povo escolhido.
A teologia dispensacionalista vê o mundo e a história da humanidade como uma esfera doméstica sobre a qual Deus supervisiona a realização do seu propósito e vontade. Essa realização do seu propósito e vontade po de ser vista ao se ob se rv ar em os div ers os períod os ou estágios das diferentes economias pelas quais Deus lida com a sua obra e com a humanidade em parti cular . Esses diver so s estág ios ou ec on om ia s são chamados dispensações. O seu número pode chegar a sete: inocência, consciência, governo humano, prom es sa , lei, gr aça e rei no.
Esse pacto da graça é realizado na terra, historicamente, por meio de pactos subordinados, iniciando com 0 pacto das obras e culminando com a nova aliança, que cumpre e completa a obra graciosa de Deus em relação aos seres humanos, na terra. Esses pactos incluem 0 pacto adâmico, o pacto noaico, 0 pa ct o ab ra âm ic o, 0 pacto mosaico, 0 pacto davídico e a nova aliança. O pacto da graça também é usado para explicar a unidade da redenção ao longo de todas as eras, começando com a Queda, quando terminou o pacto das obras. A teologia do pacto não considera cada pacto separado e distinto. Ao contrário, cada pacto apoia-se nos anteriores, incluindo aspectos dos mesmos e culminando na nova aliança.
O Povo de Deus
Deus tem um povo, re pres en tad o pelos s an to ; da era do Antigo Testamento e os santos da era do Novo Testamento.
Deus tem dois povos - Israel e a igreja. Israel é um povo terreno e a igreja é o seu povo celestial.
O Planei de Deus pa ra o seu Pov o
Deus tem 11m povo, a igreja, para 0 qual ele tem um plano em todas as eras desde Adão: reunir esse povo em um só corpo, tanto na era do Antigo quanto do Novo Testamento.
Deus tem dois povos separados, Israel e a igreja, e tem também dois planos separados para esses dois povos distintos. Ele planeja um reino terreno para Israel. Esse reino foi adiado até a vinda de Cristo com poder, uma ve: que Israel 0 rejeitou na sua primeira vinda. Durante a era da igreja Deus está reunindo um povo celestial. Os dispensacionalistas discordam se os dois po vo s per man ec er ão di st in to s no es ta do et er no .
O Plant) Divino de Salvação
Deus tem um plant) de salvação para 0 seu povo desde a época de Adão. E um plano de graça, sendo a realização do pacto eterno da graça, e vem por intermédio da fé em Jesus Cristo.
Deus tem somente um plano de salvação, embora isso muitas vezes seja mal-compreendido por causa de inexatidões em alguns escritos dispensacionais. Alguns têm ensinado ou entendido erroneamente que os crentes do Antigo Testamento foram salvos po r ob ra s e sac rifí cios . To da via, a ma io r pa rt e crê que a salvação sempre toi pela graça mediante a fé, mas que o conteúdo da té pode variar até a plena revelação de Deus em Cristo.
Este grático representa concepções tradicionais e está baseado principalmente no estudo de Richard R Belcher, A Comparison of Dispa aaa atiJim and Covenant Theoiapi [ C o m p a r a ç ã o e n tr e 0 Dispensacio nalismo e a Teologia do Pacto] (Columbia. S.Cl: Richharrv Press, 1980).
4. Teologia do Pacto/Dispensacionalismo (continuação) Ponto de Vista
Teologia do Pacto
Dispensacionalismo
O Lugar do Destino Eterno do Povo de Deus
Deus tem somente um lugar para 0 seu povo, uma ve: que ele tem somente um povo, um pl an o pa ra esse po vo e 11111 pl an o de sal vação . O seu povo estará na sua presença por toda a eternidade.
Existem divergências entre os dispensacionalistas quanto ao futuro estado de Israel e da igreja. Muitos crêem que a igreja irá sentar-se com Cristo no seu trono na Nova Jerusalém durante o milênio quando ele governar as nações, ao passo que Israel será a cabeça das nações da terra.
O Nascimento da Igreja
A igreja existiu antes da era do Novo Testamento, incluindo todos os remidos desde Adão. O Pentecoste não foi 0 início da igreja, mas a capacitação do povo de Deus manifesto na nova dispensação.
A igreja nasceu no dia de Pentecoste e não existiu na história até aquele tempo. A igreja, 0 corpo de Cristo, não é encontrada no Velho Testamento, e os santos do Velho Testamento não são parte do corpo de Cristo.
Cristo veio para morrer pelos nossos pecados e para es tabe lece r 0 No vo Israel, a ma ni fe st aç ão da igreja do Novo Testamento. Essa continuação do plano de Deus colocou a igreja sob um pacto novo e melhor, que foi uma nova manifestação do mesmo Pacto da Graça. O reino que Jesus ofereceu foi 0 reino pr es en te , es piri tual e invisív el.
Cristo veio para estabelecer o reino messiânico. Alguns dispensacionalistas crêem que ele deveria ser um reino terreno em cumprimento às promessas do Velho Testamento feitas a Israel. Se os judeus tivessem aceito a oferta de Jesus, esse reino terreno teria sido estabelecido de imediato. Outros dispensacionalistas crêem que Cristo estabeleceu o reino messiânico em alguma forma da qual a igreja participa, mas que o reino terreno aguarda a segunda \ inda de Cristo à terra. Cristo sempre teve em mente a cruz antes da coroa.
0
Propósito da Primeira Vinda de Cristo
Alguns pactualistas (especialmente pós milenistas) também vêem um aspecto físico no reino.
O Cumprimento da Nov a Al ia nç a
As promessas da Nova Aliança mencionadas em Jeremias 3 1.3 1 ss são cumpridas no N ovo Testamento.
Os dispensacionalistas não concordam se somente Israel irá participar da Nova Aliança, numa época posterior, ou se tanto a igreja como Israel participam conjuntamente. Alguns dispensacionalistas acreditam que existe só uma nova aliança com duas aplicações: uma para Israel e outra para a igreja. Outros acreditam que existem duas novas alianças: uma pa ra Israe l e ou tr a pa ra a igr eja.
O Problema do Amilenismo e do Pós-Milenismo versus o PréMilenismo
A teologia do pacto tem sido historicamente amilenista, crendo que o reino é presente e espiritual, ou pós-milenista, crendo que 0 reino está sendo estabelecido na terra e terá a sua culminação na vinda de Cristo. Em anos recentes alguns teólogos do pacto têm sido pré-milenistas, crendo que haverá uma futura manifestação do reino de Deus na terra. No entanto, a relação de Deus com Israel estará em conexão com a igreja. Os pó s- mi leni st as cr êe m qu e a igreja está instaurando 0 reino agora e que Israel finalmente se tornará uma parte da igreja.
Todos os dispensacionalistas são pré-milenistas, embora não necessariamente pré-tribulacionistas. Esse tipo de pré-milenista crê que Deus irá voltar-se novamente para a nação de Israel, à parte de sua obra com a igreja, e que haverá um período de mil anos em que Cristo reinará no trono de Davi, de acordo com as profecias do Velho Testamento e em cumprimento das mesmas.
A Segunda Vinda de Cristo
A vinda de Cristo irá trazer 0 juízo final e o estado eterno. Os pré-milenistas afirmam que um período milenar irá preceder 0 juízo e o estado eterno. Os pós-milenistas crêem que 0 reino está sendo estabelecido pelo trabalho do povo de Deus na terra, até 0 momento em que Cristo irá consumá-lo, na sua vinda.
De acordo com a maioria, primeiro irá ocorrer o Arrebatamento, e então um período de tribulação, seguido do reino de Cristo durante mil anos, após 0 qual haverá o juízo e o estado eterno.
5. Esquemas Dispensacionais Representativos J. N. Darby 18004882 Estado paradisíaco (até o Dilúvio)
James M. Gray 18514935
J. H. Brookes 18304897
C. I. Scofield 18434921
Éden
Edênico
Inocência
A n te-d ilu vian o
A n te-d ilu v ia n o
Consciência
N oé
Governo humanei Patriarcal
Patriarcal
Abraão
Promessa
Israel sob a lei sob o sacerdócio sob os reis
Mosaico
M osaico
Lei
Gentios
Messiânico
Igreja
Graça
Espírito
Espírito Santo
Milênio
Milenar
Milenar
Reino
Plenitude do tempo Eterno
Adaptado de Charles C. Ryrie, Díspensationalism
Today [Dispensacionalismo
Hoje] (Chicago: Moody Press, 1965), p. 84· Usado mediante permissão.
6. Modelos de Revelação Definição de Revelação
Propósito da Revelação
Modelo
Partidários
Revelação como Doutrina*
Pais da igreja Igreja medieval Reformadores B. B. Warfield Francis Schaeffer Concilio Internacional sobre Inerrância Bíblica
A revelação é dotada de autoridade divina, sendo transmitida de maneira objetiva e pr op os ic io na l pe lo me io (p al av ra s) ex cl us iv o da Bíblia.** As suas proposições em geral assumem ( caráter de doutrina.
Despertar a fé salvadora por meio da aceitação da verdade revelada de maneira suprema em Jesus Cristo.
Revelação como Evento Histórico
William Temple G. Ernest Wright Oscar Cullman Wolfhart Pannenberg
Revelação é a demonstração da disposição e capacidade redentora de Deus conforme testificada por seus grandes feitos na história humana.
Instilar esperança e confiança no Deus da história.
Revelação como Experiência Interior
Friedrich Schleiermacher Π . W. R. Inge C. H. Dodd Karl Rahner
Revelação é a auto-manifestação de Deus por meio de sua presença íntima nas profundezas do espírito e da psique humanos.
Propiciar uma experiência de união com Deus que eqüivale à imortalidade.
Revelação como Presença Dialética
Karl Barth Emil Brunner John Baillie
Revelação é a mensagem de Deus àqueles que ele confronta com a sua Palavra na Bíblia e com Cristo na proclamação cristã.
Gerar a fé como a adequada consumação metarevelatória de si própria.
Revelação como Nova Consciência
Teilhard de Chardin M. Blondel Gregory Baum Leslie Dewart Ray L. Hart Paul Tillich
Revelação é ( atingimento de um nível superior de consciência à medida que se é atraído para uma participação mais frutífera na criatividade divina.
Obte r a reestruturação da percepção e da experiência e uma concomitante auto transformação.
*O mo delo doutrinário r econhece a “revelação natural" (aquilo que pode ser discernido acerca de Deus pela razão ou pela criação) como algo distinto da revelação bíblica especial. Todavia, ela é considerada de pequena importância em v irtude de não ser salvífica (ela simplesmente “fere” a consciência). Este modelo considera os milagres e os sinais apostólicos t o m o confirmações da rcvclaçao. **Os rcólogos católicos romanos que abraçam esse modelo acrescentam a essa definição as palavras “ou pelo ensino oficial da Igreja.” lisle gráfico baseia-se em Avery Dulles, Models of Revelation [Modelos de Revelação] (Maryknoll, N.Y.: Orbis Books, 1992). Usado mediante permissão.
6. Modelos de Revelação (continuação) Modelo
Visão Geral da Bíblia
Relação com a História
Meio de Apreensão Humana
Revelação como Doutrina
A Bíblia é a Palavra de Deus (tanto na forma como no conteúdo).
A revelação é trans-histórica (ela é discreta e determinativa quan to à sua contigüidade com a história).
Iluminação (pelo Espírito Santo)
Revelação como Evento Histórico
A Bíblia é um evento. Está ligada à auto revelação de Deus manifesta indiretamente na totalidade de sua atividade na história. Ela nunca é extrínseca seja á continuidade ou à pa rt ic ul ar id ad e de ssa hi st ór ia .
A revelação é intra-histórica (a Bíblia revela a história dentro da história).
Razão
Revelação como Experiência Interior
A Bíblia contém a palavra de Deus (misturada com os elementos humano s de erro e mito: a Bíblia é uma “casca” que envolve o “cerne” da verdade). Essa verdade somente pode ser apreendida (experimentada) por meio da iluminação pe sso al.
A revelação é psico -his tóric a (ela relaciona se com a história como uma imagem mental da continuidade humana).
Intuição
Revelação como Presença Dialética
A Bíblia limut'Se a palavra de Deus a nós (a revelação não é estática, mas dinâmica, e tem que ver com a contingência da resposta humana) na medida em que é dinamizada pelo Espírito S anto.
A revelação é supra-histórica (a Bíblia revela a “história além da história”).
Razão “transacional” (interação com a fé intrínseca à revelação)
Revelação como Nova Consciência
A Bíblia é um paradigma - um mediador pe lo qu al se po de ob te r a u to transformação e transcendência (mas ela é somente um esforço huma no que utiliza uma linguagem hum ana “claudicante” com vistas a esse objetivo).
A revelação é a-histórica (a história torna se virtualmente irrelevante ao ser submetida a co ntínuas reinterpretações de transcendência pessoal).
Meditação racional/mística
6. Modelos de Revelação (continuação) Modelo
H e r m e n ê u tic a Básica
P o n to s F ortes A legados
Pontos Fracos Alegados
Revelação como Doutrina
Indução (objetiva)
Deriva do próprio testemunho da Bíblia sobre si ^mesma. E a concepção tradicional, desde os pais da igreja até o presente. E distintivo em virtude da sua coerência interna. Provê o fundamento para uma teologia consistente.
A Bíblia não reivindica a sua própria infalibilidade pr op os ic io na l. Os exegetas antigos e medievais eram abertos a interpretações alegóricas/espirituais. A diversidade de termos e convenções literárias milita contra esse nuxielo. A ciência mo derna refuta o literalismo bíblico e outras noções ligadas a esse modelo. Sua hermenêutica ignora o poder sugestivo do contexto bíblico.
Revelação como Evento Histórico
Dedução (objetiva/ subjetiva)
Tem valor religioso pragmático por causa de seu caráter concreto. Identifica certos temas bíblicos subestimados ou ignorados pel o m od elo proposi cional - ( Rev ela ção co mo Do utr ina ). E mais orgânico em sua abordagem e aponta para um modelo de história. E não-autoritário , send o assim mais plausível para a mentalidade contemporânea.
Relega a Bíblia a uma posição de “fenômeno”. E virtualmente desprovido de sustentação teológica. Apesar de sua alegada plausibilidade, não promove o diálogo ecumênico.
Revelação como Experiência Interior
E c le t is m o ( s ub je ti va )
O f e re c e d e fe s a c o n t ra u m a c rí ti ca r a ci o na l is t a d a Bíblia. Promove a vida devocional. A sua flexibilidade incentiv a o diálogo inter-religioso.
Faz uma seleção arbitrária de dados bíblicos. Substitui o c onceito bíblico da eleição pelo elitismo natural. Por sua ênfase na experiência, faz um divórcio entre revelação e doutrina. Sua orientação experimental também apresenta o risco de uma excessiva introspecção na prática devocional.
Revelação como Presença Dialética
Indução (subjetiva)
Procura apoiar se sobre um fundamento bíblico. Evidencia um claro enfoque cristológico, porém não ortodoxo. A sua ênfase ao paradoxo afasta muitas objeções quanto à implausibilidade da mensagem cristã. Oferece a oportunidade de encontro com um Deus transcendente.
Embora fundamentado na Bíblia, carece de coerência interna. Sua linguagem paradoxal é confusa. Sua obscuridade ao relacionar ( Cristo da fé com o Jesus histórico enfraquece a sua validade.
Revelação como Nova Consciência
Ultra-ecletismo (extremamente subjetiva)
Evita a inflexibilidade e o autoritarismo. Respeita o papel ativo da pessoa no processo revelatório. Harmoniza-se com o pensamen to evolucionista ou transfonnacionista. Sua filosofia satisfaz a necessidade de um viver frutífero no mundo.
Faz violência à Escritura por meio de suas interpretações não-ortodoxas. E um neo-gnosticismo inadequado para uma experiência cristã significativa. Em sua totalidade, neg a o valor cognitivo/objetivo da Bíblia.
7. Concepções Acerca da Revelação Geral Definição
Revelação geral é a comunicação de Deus acerca de si mesmo a todas as pessoas, em todos os tempos e lugares. Ela refere se à auto-manifestação de Deus por meio da natureza, da história e do ser interior (consciência) da pessoa humana.
Tomás de Aquino
Aquino é um defensor da teologia natural, que afirma ser possível obter um conhecimento verdadeiro de Deus a partir da natureza, da história e da personalidade humana, à parte da Bíblia. Toda verdade per tence aos dois reinos. 0 reino inferior é o reino da naturez a e é conhe cido por meio da razão; 0 reino superior é 0 reino da graça e é aceito com base na autoridade, pela fé. Aquino insistiu que podia demonstrar pela razão a existência de Deus e a imortalidade da alma.
Teologia Católica Romana
A revelação geral fornece 0 fundamento para a formulação da teologia natural. A teologia católica romana tem dois níveis: Primeiro Nível: A teologia natural é construída com blocos de revelação geral cimentados pela razão. Inclui as evidências da existência de Deus e da imortalidade da alma. E insuficiente para um conhecimento salvador de Deus. A maior parte das pessoas não atinge este primeiro nível pela razão, mas pela fé. Segundo Nível: Uma teologia revelada é construída com blocos de revelação especial cimentados pel a fé. Inclui a expiação vicária, a tr in da de etc. Nes te nível a pessoa ch eg a à salvação.
João Calvino
Deus oferece uma revelação objetiva, válida e racional acerca de si mesmo na natureza, na história e na pers onalidade huma na. Ela pode ser o bservada por qua lquer pessoa. Calvi no tira essa conclu são de Salmos 19.1-2 e de Romanos 1.19-20. O pecado deturpou as evidências da revelação geral e 0 testemunho de Deus ficou obscurecido. A revelação geral não capacita 0 descrente a obter um conhecimento verdadeiro de Deus. Existe a necessidade dos óculos da té. Quando alguém é exposto e regenerado por meio da revelação especial, ele é capacitado a ver claramente o que está na revelação geral. Mas 0 que se vê sempre esteve lá de maneira genuína e objetiva. Seria possível encontrar uma teologia natural em Romanos 1.20, mas Paulo passa a demonstrar que o ser hum ano caído empenha-se n a supressão e substituição da verdade. A menção da natureza no Salmo 19 foi feita por um homem piedoso que \ ia essa natureza da perspectiva da revelação especial.
Karl Barth
Barth rejeita a teologia natural e a revelação geral. A revelação é redentora por natureza. Conhecer a Deus e ter informações correntes sobre ele é estar relacionado com ele na experiência salvífica. Os seres humanos são incapazes de conhecer a Deus à parte da revelação em Cristo. Se as pessoas pu dessem ob te r alg um co nh ec im en to de De us fora da sua revelação em Jesus Cristo, elas teri am contribuído de algum modo para a sua salvação. Não existe revelação fora da Encarnação. Romanos 1.18-32 indica que as pessoas de fato encontram a Deus no cosmos, mas somente po rq ue já 0 conhecem por meio da revelação especial comunicada pelo Espírito Santo quando se lê a Palavra de Deus. A Bíblia é apenas um registro da revelação, um indicador da revelação, dotado de autoridade.
Passagens Bíblicas
O Salmo 19 pode ser interpretado no sentido de que não há linguagem ou palavras cuja voz não seja ouvida. Os versículos 7 a 14 mostram como a lei vai além da revelação do cosmos. Romanos 1.18-32 enfatiza a revelação de Deus na natureza. Romanos 2.14-16 enfatiza a revelação geral na personalidade humana. Paulo argumenta em 1.18 que as pessoas têm a verdade mas a suprimem por causa da sua injustiça. Os ímpios ficam sem desculpa porque Deus mostrou por meio da criação 0 que pode ser conhecido sobre ele. Romanos 2 observa que o judeu deixa de fazer 0 que a lei requer e que 0 gentio também sabe o suficiente para ficar responsabilizado diante de Deus. Atos 14.15-17 observa que as pessoas devem voltar-se para 0 Deus vivo, que fez os céus e a terra. Embora Deus tenha permitido que as nações andem nos seus próprios caminhos, ele deixou um testemunho na história e na natureza. Atos 17.22-31 registra a proclamação de Paulo aos atenienses sobre 0 Deus desconhecido como sendo o mesmo Deus que ele conhecia pela revelação especial. Eles haviam discernido esse Deus desconhecido sem nenhuma revelação especial. O versículo 28 admite que até mesmo um poeta pagão, sem revelação espe cial, pôde alca nç ar a ve rdade espiritual, aind a qu e nã o a sal vação.
8. Modalidades da Revelação Especial Eventos Miraculosos: Deus atuando no mundo de maneiras históricas concretas, afetando o que ocorre Exemplos: Chamado de Abraão (Gn 12) Nascimento de Isaque (Gn 21) Páscoa (Êx 12) Travessia do Mar Vermelho (Ex 14) Λ.
Com unicações Divinas: A revelação de Deus por meio da linguagem humana Exemplos: Linguagem audível (Deus falando a Adão no jardim, Gn 2.16, e a Samuel no templo, 1 Sm 3.4) O ofício profético (Dt 18.15-18) Sonhos (Daniel, José) Visões (Ezequiel, Zacarias, João no Apocalipse) A Escritura (2 Tm 3.16)
Manifestações Visíveis: Deus manifestando se em forma visível Exemplos: Teofanias do Velho Testamento antes da encarnação de Jesus Cristo (geralmente descrito como o Anjo do Senhor, Gn 16.7-14, ou como um homem, como no caso de Jacó, Gn 32) A glória do shekinah (Êx 3.2-4; 24-15-18; 40.34-35) Jesus Cristo (a inigualável manifestação de Deus como um verdadeiro ser humano, com todos os processos e experiências humanas tais como o nascimento, a dor e a morte, Jo 1.14; 14.9; Hb 1.1-2)
9. Teorias da Inspiração Teorias da Inspiração Mecânica ou do Ditado
Parcial
Graus de Inspiração
Formulação do Conceito 0 autor bíblico é um instrum ento passivo na transmissão da revelação de Deus. A personalidade do autor é posta de lado pa ra pres erva r o te xto de aspectos humanos falíveis.
Se Deus houvesse ditado a Escritura, 0 estilo, o vocabulário e a redação seriam uniformes. Mas a Bíblia indica diferentes person alidad es e modos de expressão nos seus escritores.
A inspiração diz respeito apenas às doutrinas da Escritura que não podiam ser conhecidas pelos autores humanos.
Não é possível inspirar idéias gerais de mod o infalível sem inspirar as palavras da Escritura.
Deus proporcionou as idéias e tendências gerais da revelação, mas deu ao autor humano liberdade na maneira de expressá-la.
A maneira como as palavras de revelação foram dadas aos profetas e 0 grau de conformidade às próprias palavras da Escritura por parte de Jesus e dos escritores apostólicos indicam a inspiração de todo 0 texto bíblico, até mesmo das palavras.
Certas partes da Bíblia são mais inspiradas que outras ou inspiradas de modo diferente.
Não se en con tr a no te xt o nenhum a sugestão de graus de inspiração (2 Tm 3.16).
Essa concepção admite erros de diferentes tipos na Escritura.
Intuição ou Natural
Iluminação ou Mística
Objeções ao Conceito
Toda a Escritura é incorruptível e não pode falha r (Jo 10.35; 1 Pe 1.23).
Indivíduos talentosos dotados de excepcional percepção foram escolhidos por De us pa ra escr ev erem a Bíblia.
Esta concepção torna a Bíblia não muito diferente de outras obras literárias religiosas ou filosóficas inspiradoras.
A inspiração é semelhante a uma habilidade artística ou ao talento natural.
O texto bíblico afirma que a Escritura vem de Deus por meio de homens (2 Pe 1.20-21).
Os autores humanos foram capacitados por Deus a redigir em a Escritura.
O ensino bíblico indica que a revelação veio por meio de co mu ni ca çõ es divinas especiais, e não por meio de capacidades humanas intensificadas.
O Espírito Santo intensificou as suas capacidades normais.
Os autores humanos expressam as próprias palavras de Deu s, e não simp le sm en te as suas próprias palavras.
Verbal, Plenária
Elementos tanto divinos quanto humanos estão presentes na produção da Escritura. Todo 0 texto da Escritura, inclusive as próprias palavras, é um pr od uto da men te de Deus expresso em termos e condições humanos.
Se toda palavra da Escritura fosse uma palavra de Deus, en tã o não existiri a o elemento humano que se observa na Bíblia.
10. Teorias Evangélicas de Inerrância Posição I ne rr ân cia P l en a
Proponente H aro ld Lindsell Roger Nicole Millard Erickson
Inerrância Limitada
Daniel Fuller Stephen Davis William LaSor
Inerrância de Propósito
Jack Rogers
Irrelevância da Inerrância
David Hubbard
James Orr
Formulação do Conceito A Bíblia é plenamente veraz em tudo o que ensina e afirma. Isso se estende tanto à área da história quanto da ciência. N ão sign ifica qu e a Bíblia te m o pr op ósi to pr im ár io de apresentar informações exatas acerca de história e ciência. Portanto, 0 uso de expressões populares, aproximações e linguagem fenomênica é reconhecido e entendido no sentido de cumprir com 0 requisito da veracidade. Assim sendo, as aparentes discrepâncias podem e devem ser harmonizadas.
A Bíblia é inerrante somente em seus ensinos doutrinários salvíficos. A Bíblia não foi concebida para ensinar ciência ou história, nem Deus revelou questões de história ou ciência aos escritores. Nessas áreas, a Bíblia reflete a compreensão da sua cultura e, portanto, pode conter erros.
A Bíblia é isenta de erros no sentido de concretizar o seu pro pósi to pri már io de le va r as pe ss oa s a um a co m un h ão pe ss oa l com Cr is to . Port anto , a Esc ri tu ra é verd adeir a (inerrante) somente na medida em que realiza o seu pro pósi to fu ndam enta l, e não po r ser fa ctu al ou pr ec is a naquilo que assevera. (Esta concepção é semelhante àquela da Irrelevância da Inerrância.)
A inerrância é substancialmente irrelevante por várias razões: (1) A inerrância é um conceito negativo. A nossa concepção da Escritura deve ser positiva. (2) A inerrância não é um conceito bíblico. (3) Na Escritura, erro é uma questão espiritual ou moral, e não intelectual. (4) A inerrância concentra a nossa atenção nos detalhes, e não nas questões essenciais da Escritura. (5) A inerrância impede uma avaliação honesta das Escrituras. (6) A inerrância produz desunião na igreja. (Este conceito é semelhante ao da Inerrância de Propósito.)
11. Maneiras de Harmonizar as Discrepâncias da Escritura Estratégia/Defensor Abordagem Abstrata B. B. Warfield
Abordagem Harmonística hdward J. Young Loui.s ( Janssen
H Z d d H
Abordagem Harmonística Moderada Everett Harrison
Abordagem da Fonte Errante* hdward J. Carnell
h j < >
Abordagem da Errància Bíblica* Pewey Beegle
Explanação Aqueles que seguem esta abordagem estão cientes de que existem dificuldades na Escritura, mas eles tendem a sentir que essas dificuldades não precisam ser todas elas explicadas porque o peso da evidência a favor da inspiração e da conseqüente inerrância da Bíblia é tão grande que nenhuma quantidade de dificuldades poderia derrubá-la. Eles tendem a usar como argumento final principalmente a consideração doutrinária da inspiração da Bíblia.
Os partidários desta abordagem sustentam que a crença na inerrância baseia-se no ensino doutrinário da inspiração. Eles afirmam que as dificuldades apresentadas podem ser resolvidas, e procuram fazê-lo - às vezes usando de conjecturas. Esta abordagem até certo ponto segue o estilo da abordagem harmonística. Os problemas são encarados com seriedade, havendo um esforço em resolvê-los ou atenuar as dificuldades até onde isso é razoavelmente possível com os dados atualmente disponíveis. As tentativas não são feitas prematuramente. A inspiração somente assegura a rep rodução precisa das fontes utilizadas pelo escritor bíblico, e não a retificação das mesmas. Assim, se a fonte continha uma referência errônea, o escritor bí bl ic o re gi str ou aq ue le er ro ex at am en te co m o es ta va n a fo nt e. Por ex em pl o, o C ro ni st a po di a estar apelando a uma fonte falível e errônea ao elaborar a sua relação dos números de carros e cavaleiros. A Bíblia contém erros - problemas reais e insolúveis. Eles devem ser aceitos e não racionalizados. A natureza da inspiração deve ser inferida daquilo que a Bíblia produziu. Qualquer que seja a inspiração, ela não é verbal. Não se pode considerar que a inspiração estende-se à própria escolha das palavras do texto. Portanto, não é possível ou necessário reconciliar todas as discrepâncias.
*Estes nomes foram escolhidos somente para distinguir as concepções. Nem Carnell nem Beetle identificam as suas posições com os nomes aqui mencionados. A tabela foi adaptada de Gleason L. Archer, “Alleged Errors and Discrepancies in the Original Manuscripts of the Bible” [Supostos Erros e Discrepâncias nos Manuscritos Originais da Bíblia), em Norman L. Gcisler, ed., I n e r r a n c y ]Inerrância] (Grand Rapids: Zondervan, 1979), pp. 57-82; e Millard J. Erickson,C h r i s t i a n T h e o lo g y [Teologia Cristã] (Grand Rapids: Baker, 1983, 1984, 1985), pp. 230-32. Estas obras foram usadas mediante permissão.
12. Respostas a Supostas Discrepâncias da Escritura A tabela abaixo reflete um resumo da resposta dada por Gleason L. Archer aos supostos erros e discrepâncias da Escritura apontados por William LaSor e Dewey Beegle.* Estas são consideradas as mais difíceis dentr e as muitas discrepâncias me ncionad as pelos críticos con tra os manus critos originais da Bíblia. LaSor apontou dez objeções, mas somente seis das quais foram incluídas aqui, porque duas foram refutadas com uma só resposta, uma fo i retirada e duas das suas objeções foram dirigidas contra a argumentação de outra pessoa, e não contra a própria Escritura. Beegle apontou onze objeções. Archer abordou somente dez delas, uma vez que a décima primeira era a repetição de uma área também mencionada por LaSor. Com relação às aleg ações, a intenção óbvia desta tabela é simplesmente identificar as áreas de preocupação, e não fornecer uma síntese completa das alegações. Isto pode ser obtido mediante consulta das fontes utilizadas para a tabela.
Explicação
Erro ou Discrepância Alegada Discrepâncias Numéricas nos Livros Históricos 2 Sm 10.18 X 1 Cr 19.18 2 Cr 36.9 X 2 Reis 24.8 1 Reis 4.26 X 2 Cr 9.25 1 Cr 11.11 X 2 Sm 23.8
N ã o ex is te pr ov a de qu e ess a di sc re pâ nc ia ex is ti a no s man us cr it os ori gina is. Pro va ve lm en te er a difícil entender os numerais quando se copiavam manuscritos velhos e gastos. Os sistemas antigos de notação numérica eram suscetíveis de erros como, por exemplo, omitir ou acrescentar zeros.
LaSor
Genealogias de Cristo
Os pais da igreja entenderam que Mateus fornece a linhagem de José, 0 pai legal de Jesus, enquanto que Lucas fornece a linhagem de Maria, a sua mãe. Esta interpretação retrocede ao quinto século cristão, se não antes.
Mt 1 X Lucas 3 LaSor
A Localização do Túmulo de José Atos 7.16 XJs 24.32 LaSor e Beegle
Caso paralelo àquele em que Isaque confirmou com Ahimeleque os seus direitos à terra em que foi escavado o poço de Berseba (Gn 26.26-33). A terra havia sido adquirida anteriormente por Abraãt) (21.22-31). Por causa dos hábitos nômades de Abraão, Isaque julgou necessário restabelecer os seus direitos ao poço. Provavelmente ocorreu uma situação semelhante quando Jacó comprou o campo de sepultam ento perto de Siquém (33.18-20). Embora não se mencione em Gênesis que Abraão comprara a terra, Estêvão provavelmente sabia disso por meio da tradição oral, e é significativo que Siquém foi a região onde Abraão edificou o seu primeiro altar após migrar para a Terra Santa.
*1;1hela adaptada de Gleason L. Archer, “Alleged Errors and Discrepancies in the Original Manuscripts of the Bible,” em Norman L. Geisler, ed., Inerrancy ((!rand Rapids: Zondervan, 1979), pp. 57-82; e Millard J. Erickson,
Christum Theology (Grand
Rapids: Baker, 1983, 1984, 1985), pp. 230-32. Estas obras são usadas mediante permissão.
12. Respostas a Supostas Discrepâncias (continuação) O Número dos Anjos no Túmulo de Jesus Mt 28.5; Mc 16.5 X Lc 24-4; Jo 20.12 LaSor
A Fonte da Referência ao Campo do Oleiro Mt 27.9 LaSor
A Data do Êxodo Êx 1.11 X 1 Rs 6.1 LaSor
A Referência de Judas a Enoque Jndas 14 Beegle
A R eferência de Judas a Miguel e Satanás Judas 9 Beegle
Uma comparação cuidadosa dos relatos mostra que dois anjos estavam envolvidos, embora o anjo que realizou o milagre do terremoto, removeu a pedra, aterrorizou os guardas e falou às três mulheres em sua primeira visita provavelmente fosse o mais destacado dos dois, dessa maneira levando Mateus e Marcos a referirem-se a ele especificamente. Existem exemplos paralelos nos evangelhos com respeito a demônios (Mt 8.28 X Mc 5.2; Lc 8.27) e cegos (Mt 20.30 X Mc 10.46; Lc 18.35), nos quais a proeminência de um indivíduo em cada exemplo levou alguns autores a registrarem somente a presença daquele indivíduo, quando de fato havia dois. “Um” é diferente de “um e somente u m . ”
Embora Mateus cite em parte Zacarias 11.13, o ponto principal da passagem de Mateus (27.6-9) refere-se ao campo do oleiro, que não é mencionado em Zacarias e sim em Jeremias (19.2,11; 32.9). Quando combinavam citações do Velho Testamento como Mateus faz aqui, era prática geral dos escritores do Novo Testamento referirem-se somente à que era mais famosa. Assim, Mateus atribuiu a citação a Jeremias. Isto pode ser comparado com Mc 1.2-3, onde uma citação mista de Malaquias 3.1 e Isaías 40.3 é atribuída somente a Isaías.
Juizes 11.26 e Atos 13.19-20 apoiam a afirmação de 1 Reis 6.1 de que o Exodo ocorreu po r volta de 1446 a.C. As evidências bíblicas e arqueológicas mostram q ue Exodo 1.11 não se constitui em pr ov a co nc lu si va pa ra loc ali za r o Ex od o em 129 0 a. C. Ver a ex pl ic aç ão de A rc h er so br e ess as du as afirmações nas páginas 64-65 do seu ensaio. Archer observa que não há nenhuma razão por que obras pseudepigráficas escritas no período intertestamentário, como o Livr o de En oq ue citado em Judas 14, não pudessem conter alguns fatos e relatos historicamente corretos. Archer argumenta que a profecia de Enoque foi pr es er va da do m es mo m od o qu e o di ál og o de A dã o e Ev a foi pr es er va do pa ra qu e Mo is és o registrasse milhares de anos mais tarde.
A suposição implícita de Beegle de que Judas não possuía outra fonte válida de informação a não ser o texto hebraico do Velho Testamento, que não registra este incidente, é errônea porque o registro de Judas foi inspirado pelo Espírito Santo. Os eventos ou afirmações mencionados na Escritura Sagrada não precisam aparecer mais de uma vez na Bíblia a fim de serem aceitos como verdadeiros. O próprio Beegle sustenta que João 3.16 é autêntico e fidedigno, muito embora ocorra somenie uma vez na Bíblia.
12. Respostas a Supostas Discrepâncias (continuação) A Duração do Reinado de Peca 2 Rs 15.27 Beegle
A Data das Invasões de Senaqueribe 2 Rs 18.1 X 2 Rs 18.13 Beegle
O Número de Vezes que o Galo Cantou Na Negação de Pedro M t 2 6 .3 4, 7 4 7 5 ; Lc 22.34, 60-61 X Mc 14.30,72
Embora Peca estivesse limitado a Gileade nos doze primeiros anos do seu reinado, ele foi 0 único rei legítimo de Israel de 752 a 732 a.C. Os reinados de Manassés e de seu filho Pecaías entre 752 e 740 a.C. foram usurpações. Mesmo quando confinado a Gileade, Peca reivindicou o trono de Israel e considerou Samaria como a sua legítima capital. Existe um paralelo e m Davi, que, segundo 1 Reis 2.11, reinou sobre Israel por 40 anos, embora a sua autoridade tenha sido limitada nos primeiros sete anos. O rei Tutmés III, da 18- dinastia do Egito, teve um reinado oficial de 48 ou 49 anos, porém, como subiu ao trono quando ainda criança, a sua madrasta assumiu a autoridade por vários anos e o governo efetivo de Tutmés foi de apenas 35 anos. N ão há n e n h u m a ev id ên ci a co n vi nc en te de er ro no m an us cr it o or ig ina l, poi s ev id en te m en te ho uv e 0 equívoco de algum escriba na transcrição de 2 Reis 18.13. Qu er te nha m sido utilizados numerais ou os números tenha m sido escritos por extenso, 24 facilmente poderia ser transcrito como 14· Todas as outras datas de 2 Reis (15.30; 16.1-2; 17-1) apóiam a data de 18.1. Uma simples correção textual em 18.13 harmonizaria todos os relatos. Mateus e Lucas quando muito somente implicam um canto do galo, ac) passo que Marcos menciona especificamente dois cantos. A exegese confirma que Mateus e Lucas não especificam quantas vezes galo iria cantar, e portanto não há nenhuma contradição.
0
Beegle
A Citação de Elifaz feita por Paulo 1 Co 3.19 Beegle
Quem Levou Davi a Fazer o Censo 2 Sm 24.1 X 1 Cr 21.1 Beegle
Provavelmente nunca foi alegado por qualquer estudioso evangélico que a Bíblia somente cite como válidas as afirmações de santos inspirados ou que todas as afirmações desses santos sejam válidas. Algumas das censuras que Jó dirigiu contra Deus foram menos que inspiradas e pelas mesmas ele foi ju st am en te re pr ee nd id o (Jó 34-1 -9; 38. 1- 2; 40 .2 ). Por o ut ro la do , mu it os do s se nt im en to s ex pre ss os po r seus três conselheiros eram doutrínariamente corretos. A citação de Elifaz feita por Paulo não representa nenhuma ameaça. Segundo a Bíblia, Deus pode permitir que um crente que está sem comunhão com ele pratique uma ação insensata ou ofensiva contr a Deus a fim de que, depois que a pessoa colher o fruto amargo do seu erro, experimente o juízo disciplinar apropriado e assim, hum ilhada pelo Espírito, seja levada a um a com unhão mais íntima com 0 Senhor. Foi esse o caso de Jonas. Na parte final do reinado de Davi, este e a nação começaram a confiar em seu crescimento númerico e material a tal ponto que precisaram de um juízo disciplinar que os restaurasse à devida dependência de Deus. Portanto, o Senhor permitiu que Satanás induzisse Davi a fazer o censo, o que resultou em uma rigorosa disciplina da parte de Deus. Assim, ambos os relatos são verdadeiros, pois tanto Deus como Satanás influenciaram Davi.
12. Respostas a Supostas Discrepâncias (continuação) A Duração das Genealogias de Gênesis 5 e 10 Beegle
A Idade de Terá Quando Abraão Deixou Harã Gn 12.4 X At 7.4 à luz de Gn 11.26,32 Beegle
O Local do Sepultamento de Jacó Gn 2.3.19; 50.1.3 X Ar 7.16
N ã o há n e n h u m a ra zã o po rq ue n ã o po ss a ha ve r sa lto s ne st a ge ne al og ia , poi s Lu ca s 3. 36 in di ca pe lo menos um salto na genealogia encontrada em Gênesis 10.24· Além disso, o estudo cuidadoso do uso concreto dos termos hebraicos e gregos para “pai” e “gerou” revela que freqüentemente não significavam nada mais específico do que uma linha direta de ascendência. Por exemplo, Jesus foi muitas vezes chamado de “Filho de Davi.” Além disso, nem Gênesis 5 nem Gênesis 10 mencionam duração específica que totalize todo o período de tempo desde Adão até Noé, ou de Noé até Abraão. No entanto, são fornecidos os anos de cada geração, de modo que o período total desde Adão até Abraão pode ser calculado com facilidade. O problema está em harmonizar a cronologia bí bl ic a co m a cr on ol og ia hi st ór ic a sec ula r.
A inferência de Beegle de que Terá tinha 70 anos quando Abraão nasceu é altamente discutível. A Escritura somente diz que Terá tinha 70 anos quando nasceu o seu primeiro filho. Ela não diz especificamente quem n asceu primeiro. Abraão é mencionad o em primeiro lugar provavelmente po r ca us a da su a im po rt ân ci a. O u tr as pa ss ag en s, co m o Gê ne si s 11. 28, in di ca m qu e H ar ã po de te r sido o mais velho, desde que foi 0 primeiro a morrer. Assim sendo, não há nenhuma dificuldade em supor que Abraão nasceu quando Terá tinha 130 anos. Essa idade avançada para a paternidade não era incomum naquele tempo.
Quando Atos 7.16 é adequadamente interpretado, descobre se que se refere ao local do sepultamento dos filhos de Jacó, ao passo que Gênesis 23.19 e 50.13 referem-se ao local do sepultamento de Jacó.
Beegle
Duração da Peregrinação de Israel no Egito Êx 12.40 X U1 3.17 Beegle
A ênfase da observação de Paulo não está em revelar o período entre Gênesis 12, quando a pr om es sa foi fe it a pe la pr im ei ra vez a A br aã o, e Êx od o 20, q ua n d o a lei foi d ad a a Mo isé s. O ponto principal da sua afirmação é que a lei, que foi dada 430 anos após a época dos três pa tr ia rc as a q u e m fo ra m fe ita s as pr om es sa s, n u n c a te ve a in te nç ão de an ul ar ou su bs ti tu ir aquelas promessas. Paulo simplesmente menciona 0 co nhecido intervalo da peregrinação egípcia como algo que fez separação entre o período da promessa do pacto e 0 período da legislação mosaica. Como tal, o comentário de Paulo foi perfeitamente histórico e correto.
13. Concepções Rivais Acerca de Deus Concepção Partidários
Idealismo
Politeísmo Antigas Religiões da Natureza Hinduísmo Zen Budismo Mormonismo
Josiah Royce William Hocking Ciência cristã Platão Hegel Emerson
Síntese da Doutrina
Crença de que existe uma pluralidade de deuses. Alguns dizem que surgiu como rejeição do monoteísmo. Muitas vezes intimamente ligado ao culto da natureza. É a contraparte popular do panteísmo.
Essa filosofia é um reducionismo intelectual que explica o dualismo observado entre m ente e matéria em termos de uma mente infinita que inclui tudo. Todos os componentes do universo, inclusive o bem e o mal, tornam-se nada mais que equivalente finitos do Infinito. Todos os elementos fundem-se com o bem último. O bem , por sua vez, re pr esen ta a realidade ideal.
Idéia de Deus
Deus é relegado a um entre muitos em um panteão de deuses. Difere do henoteísmo, o qual, embora admita muitos deuses, vê um deus acima de todos os demais.
Deus é uma personificação nebulosa do Absoluto. Embora perfeito, imutável e transcendente, ele é impessoal.
Contraste com a Bíblia
Há som ente um Deus verdadeiro (D t 6.4; Is 43.10-11; 1 Co 8.4-6; G1 4.8).
Deus é pessoal bem como transcendente (SI 103.13; 113.5-6; Is 55.8-9). O ser humano está naturalmente al ie na do de Deus (Ef 4.18).
13. Concepções Rivais Acerca de Deus (continuação) Panteísmo
Realismo
Concepção Partidários
Thomas Reid Ne o-reali sta s
Spinoza Radhakrishnan Hindus Transcendentalistas
Síntese da Doutrina
Os universais têm uma existência em certo sentido independente das percepções particulares da mente. Em sua forma pura, é diametralmente oposto ao reducionismo. Procura estabelecer o equilíbrio entre a objetividade e a subjetividade. Sua estrutura sistematizada dá ênfase à importância da intuição. Fornece uma base para a distinção sujeito/objeto.
Esta concepção dá ênfase à identificação de Deus com todas as coisas. A realidade é representada como uma fusão amorfa de toda matéria e espírito. O ser pessoal é absorvido na Alma Superior predominante. Como tal, essa concepção é diametralmente oposta ao deísmo.
Idéia de Deus
Essa concepção é essecialmente o mesmo que o Idealismo. Deus é distinto da sua criação e, portanto, a transcende.
Deus eqüivale a tudo e tudo eqüivale a Deus (Deus é impessoal e imanente, mas não transcendente).
Contraste com a Bíblia
Ver o Idealismo com relação aos três primeiros pontos. O ser humano em ne nhum sentido é independente de Deus, nem pode alcançar a verdade espiritual de modo autônomo (At 17.28; 1 Co 2.10-14).
Deus é pessoal e transcendente (SI 103.13; 113.5-6; Is 55.8-9). O ser hum ano é uma entidade real (Gn 2.7; 1 Ts 5.23) e um agente moral livre limitado (Rm 7.18 e Jo 6.44).
13. Concepções Rivais Acerca de Deus (continuação) Concepção
Panenteísmo
Deísmo
Partidários
Diógenes Henri Bergson Charles Hartshorne Alfred N. Whitehead Schubert Ogden John Cobb
Voltaire Thomas Hobbes Charles Blount John Toland Evolucionistas teístas Thom as Jefferson
Síntese da Doutrina
Uma concepção processiva da realidade e de Deus (em contraste com uma concepção estática) na qual um Deus finito que compreende todas as possibilidades do mundo é gradualmente concretizado no mundo em parceria com o ser hu ma no. De us tem um pólo pote nc ial e um pólo fac tual, e por isso às vezes usa- se o termo bipolarteísmo.
A natureza e a razão apontam para certas verdades básicas. Por um processo racional, o indivíduo pode chegar ao conhecimento dessas verdades auto-evidentes sem a necessidade de iluminação divina. Esta concepção reconhece Deus, mas nega qualquer intervenção sobrenatural no universo.
Idéia de Deus
Deus é finito, distinto do mundo, mas inseparável e interdependente do mundo.
Deus é pessoal e transcendente, mas não imanente. Ele é uma espécie de Deus “controle remoto.” (Ele “apertou um botão” para criar todas as coisas e agora observa pas siv am ente o que acont ece.)
Contraste com a Bíblia
Deus é infinito (SI 139.7Ί2; Jr 23.23; Ap 1.8). Deus é transcendente (SI 113.5-6). Deus é onipotente (Gn 18.14; Mt 28.18). O ser humano necessita de Deus (At 17.28). Deus não necessita do ser humano (aseidade: “Eu sou o que sou,” Ex 3.14· Ver também Dn 4.35).
Deus é imanente (2 Cr 16.9; At 17.28; Ag 2.5; Mt 6.25-30). O ser humano é inerentemente depravado (Jr 17.9; Ef 2.1-2) e necessita da graça para salvar-se (Ef 2.8-9). O ser humano não é “autônomo”.
14. Sete Grandes Cosmovisões Realidade Última
N en hu m Deus (es)
Muitos Deuses
Um Deus
A te ís m o
Pol ite ísm o
Infinitos (nenhuma concepção)
Finitos
Infinito
Finito
Deus está dentro do mundo e identifica-se com ele. Pa ne nt eís mo
Um Deus finito está além do universo, mas age no mesmo de modo limitado.
Deus identifica-se com o mundo. Pa nte ís mo
Deus não se identifica co m o mundo
Teísmo finito
Deus não intervém no mundo, mas é exclusivamente transcendente. D eí sm o © 1990 Norman Geisler. Adaptado e usado mediante permissão.
Um Deus infinito e pessoal está além do universo, mas age no mesmo.
Teísmo
15. Argumentos Clássicos a favor da Existência de Deus Tipo de Argumento
Título do Argumento
Proponente do Argumento
Conteúdo do Argumento
a posteriori*
O Argumento do Movimento, ou do Motor
Tomás de Aquino
Existe movimento (locomoção) no universo. Uma coisa não pode mover se a si própria; é necessário uma torça ou agente externo. Uma regressão infinita de forças é sem sentido. Portanto, deve haver um ser que é a fonte última de todo movimento, mas que não é movida ela mesma. Esse ser é Deus, 0 primeiro motor imóvel.
a posteriori
O Argumento Cosmológico (Argumento pela Causa)
Tomás de Aquino
Todo efeito tem uma causa. Não pode haver uma regressão infinita de causas finitas. Portanto, deve existir uma causa não causada ou um ser necessário. Esse ser é Deus.
a posteriori
0 Argumento da Possibilidade e da Necessidade
Tomás de Aquino
As coisas existem em uma rede de relacionamentos com outras coisas. Elas só podem existir dentro dessa rede. Portanto, cada coisa é dependente. Todavia, uma regressão infinita de dependências é contraditória. Assim, deve existir um ser que é absolutamente independente e não contingente a qualquer outra coisa. Esse ser é Deus.
a posteriori
O Argumento da Perfeição
Tomás de Aquino
Observa-se no universo a existência de uma pirâmide de seres (por exemplo, desde os insetos até o ser humano) em um grau sempre crescente de perfeição. Deve existir um ser final que é absolutamente perfeito, a fonte de toda perfeição. Esse ser é Deus.
a posteriori
O Argumento Teleológico (Argumento do Desígnio)
Tomás de Aquino
Existe no mundo uma ordem ou desígnio observável que não pode ser atribuída ao próprio objeto (por exemplo, objetos inanim ados). Essa ordem observável argumenta em favor de um ser inteligente que estabeleceu essa ordem. Esse ser é Deus.
a posteriori
O Argumento Moral (ou Antropológico)
Immanuel Kant
Todas as pessoas possuem um impulso moral ou imperativo categórico. Como essa moralidade nem sempre é recompensada nesta vida, deve haver alguma base ou razão para o comportamento moral que está além desta vida. Isso implica na existência da imortalidade, do juízo final e de um Deus que estabelece e sustenta a moralidade recompensando o bem e punindo o mal.
a priorit
0 Argumento de que Deus é uma Idéia Inata
Agostinho
Toda pessoa normal nasce com a idéia de Deus implantada em sua mente, embora ela esteja suprimida pela injustiça (Rm 1.18). A medida que a criança cresce em direção à idade adulta, essa idéia torna-se mais clara. Experiências críticas no transcurso da vida podem despertar essa idéia.
João Calvino Charles Hodge
*a posteriori: afirmações ou argumentos logicamente posteriores à experiência sensorial, ou dela dependentes, fa priori: afirmações ou argumentos logicamente anteriores à experiência sensorial, ou independentes da mesma.
15. Argumentos Clássicos (continuação) Tipo de Argumento
Titulo do Argumento
Proponente do Argumento
Conteúdo do Argumento
a priori
O A rgumento do Misticismo
Evelyn Underhill
O ser humano é capa: de ter uma experiência mística direta com Deus que resulta em uma experiência de êxtase. Essa união com Deus é tão peculiarmente poderosa que ela produz uma auto-val ida ção da existência de Deus.
a priori
O Argumento da Verdade
Agostinho
Todas as pessoas crêem que algo é verdadeiro. Se Deus é o Deus da verdade e 0 verdadeiro Deus, então Deus é a Verdade. Essa Verdade (com V maiúsculo) é o contexto de qualquer outra verdade. Portanto, a existência da verdade implica na existência da Verdade, que implica na existência de Deus.
A. H. Strong
a priori
O Argumento Ontológico
Anselmo de Cantuária
Premissa maior: O ser humano tem uma idéia de um ser infinito e perfeito. Premissa menor: A existência é uma parte necessária da perfeição. Conclusão: Existe um ser mtmito e perfeito, pois o próprio conceito de perteição requer a existência.
a priori
O Argumento da Finitude do Ser Humano
Aristóteles
0 ser huma no é consciente da sua própria finitude. O que torna 0 ser humano consciente disto? Deus está continuamen te impressionando o ser humano com a infinitude divina. Portanto, 0 próprio senso de tinitude é uma prova de que existe um ser infinito, Deus.
a priori
O Argumento da BemAventurança
Agostinho
O ser humano é inquieto. Ele tem um vago desejo de bem-aventurança. Esse desejo foi dado por Deus, pois o homem está inquieto até que descanse em Deus. A presença desse desejo é uma prova indireta da existência de Deus.
Tomás de Aquino
a priori
O A rgumento da Percepção
Bispo Berkeley
O ser humano é capaz de perceber (sentir) as coisas ao seu redor. Isso não pode ser causado seja por eventos tísicos (percepção como ato mental) ou pelo próprio homem. Portanto, a existência da percepção implica na existência de Deus como a única explicação racional das percepções humanas.
a priori
O Argumento Existencial
Auguste Sabatier
Deus prova a si mesmo por meio do Kerygma, que é a sua declaração de amor, perdão e justificação do ser humano. Quando alguém se decide pelo Kerygma, ele então sabe que Deus existe. Nenhuma outra evidência é necessária. Deus não é tanto provado como é conhecido, e isso ocorre existencialmente.
16. Avaliação dos Argumentos Clássicos a favor da Existência de Deus Argumento Cosmológico Todo efeito tem uma causa; não pode haver uma regressão intinita de causas finitas; portanto, deve existir uma causa não causada ou um ser necessário; este ser é Deus. Proponente Tomás de Aquino Argumentos a Favor
Argumentos Contra
A ausência de um ser essencial ou causa não causada conduz em última análise à auto criação ou à criação pelo acaso, ambas as quais são logicamente impossíveis.
Nã o existe ne nh um a conexã o necessária (logicamente) ent re causa e efeito. Quando muito, temos somente uma disposição psicológica para esperar que 0 efeito ocorra.
Um círculo ou cadeia de causas exigiria que um elo da cadeia estivesse simultaneamente causando existência e tendo sua existência causada, potencialidade produzindo factualidade, e isto não é possível. O nada não pode causar alguma coisa.
Um círculo de causas pode ser uma alternativa para uma regressão infinita de causas.
Um ser necessário deve ser infinito. Somente aquilo que tem potencialidade pode ser limitado, e um ser necessário deve ser pura factualidade (ou então poderia ser possível que ele não existisse).
A existência de um Criador infinito não pode ser demonstrada a partir da existência de um universo finito.
A lei da causalidade aplica-se somente a seres finitos. Deus, que é infinito e eternamente auto-existente, não requer uma causa.
Se tudo necessita de uma causa, assim também Deus, ou então Deus deve ser auto-causado, o que é impossível.
Argumento Teleológico Existe no mundo uma ordem ou desígnio observável que não pode ser atribuída ao próprio objeto (por exemplo, objetos inanimados); essa ordem observável argumenta em favor de um ser inteligente que estabeleceu essa ordem; esse ser é Deus. Proponente Tomás de Aquino Arg um entos a Fav or
Argumentos Contra
A criação pelo acaso é equivalente à auto-criação, pois o acaso é uma abstração matemática sem qualquer existência real em e de si mesma. Além disso, 0 acaso e a eternidade não reforçam o argumento, já que em uma arena puramente aleatória as coisas tornam-se mais desorganizadas com o tempo, e não menos.
A ordem do mundo pode ser atribuída a agentes outros que não um ser inteligente, tais como 0 acaso ou a seleção natural.
Mesmo no que parecem ser ocorrências naturais aleatórias e em enfermidades, a ordem ainda assim está presente. A força desse argumento é a favor da existência de um criador inteligente. Ele não procura argumentar acerca do caráter do criador.
Este argumento deixa de explicar ocorrências como catástrofes naturais e doenças, que argumentam contra a existência de um Deus bom.
Este argumen to é a posteriori - a partir de algo externo, isto é, baseado na observação. Diante do fato de que a única base alternativa para postular uma criação inteligente é um a priori - a partir de algo inte rno -, temos pouc a escolha, a não ser basear nossos argumentos a favor da existência de Deus naquilo que observamos no mundo ao nosso redor.
Este argumento é inválido porque aplica o que é observável àquilo que vai além da experiência.
16. Avaliação dos Argumentos Clássicos (continuação) Argumento Antropológico (Moral) Todas as pessoas possuem um impulso moral ou imperativo categórico. Como essa moralidade nem sempre é recompensada nesta vida, deve haver alguma base ou razão para o comportamento moral que está além desta vida. Isso implica na existência da imortalidade, do juízo final e de um Deus que estabelece e sustenta a moralidade recompensando 0 bem e punindo o mal.
Proponente Immanuel Kant Argumentos a Favor
Argumentos Contra
Como a consciência ou impulso moral do ser humano muitas vezes não atende aos seus melhores interesses em termos de sobrevivência, é improvável que ela se desenvolveria como uma parte necessária da seleção natural.
O impulso moral do ser humano pode ser atribuído a fontes outras que não Deus, tal como a idéia de consciência que se desenvolve como uma parte necessária do processo evolutivo ou de seleção natural.
Embora a existência de um Deus bom (e todo-poderoso) possa exigir a de struição do mal, ela não exige essa destruição necessariamente agora.
Se Deus existe como recompensador do bem, por que existe 0 mal (especialmente se, como professam os teístas, Deus é totalmente bom e todo-poderoso) ?
Esse impulso moral está baseado na natureza de Deus, e não em sua vontade arbitrária. Na verdade, Deus não pode ser considerado arbitrário, porque ele não pode querer algo contrário à sua natureza.
Se esse impulso moral vem somente do ato criador de Deus, tal impulso é arbitrário e Deus não é essencialmente bom (isto milita contra 0 Deus bom do teísmo, em favor do qual este argumento é usado como prova).
Argumento Ontológico Este argumento assume a seguinte forma (e muitas outras): premissa maior: O ser huma no tem uma idéia de um ser infinito e perfeito. premissa menor: A existência é uma parte necessária da pertei ção. conclusão: Existe um ser infinito e perfeito, pois 0 próprio conceito de perfeição requer a existência.
Proponente Anselmo de Cantuária A rg u m e n to a Favor
A rg u m en to s C o n tr a
Se a afirmação “nenhuma afirmação sobre a existência é necessária” for verdadeira, ela também deve aplicar-se à própria afirmação, 0 que seria auto-anulatório. Assim sendo, é possível que se possam fazer algumas afirmações necessárias sobre a existência.
As afirmações sobre a existência não p odem ser necessárias por que a necessidade é simplesmente uma caracterís tica lógica das proposições. Nã o existe ne nh um a con exão entre a existência de um ser perfeito na mente de uma pessoa e a efetiva existência deste ser no mundo. O argumento requer a adoção de uma estrutura platônica, na qual 0 ideal é mais real que o físico.
17. O Conhecimento de Deus
1. 2. 3. 4·
Revelação Natural
Revelação Especial
Dada a todos Destinada a Todos
Dada a Poucos Destinada a Todos
Suficiente para a Condenação
Suficiente para a Salvação
Declara a Grandeza de Deus
Declara a Graça de Deus
Manifestações
Manifestações
Natureza Salmos 19.1 História Israel Consciência Moral Humana Natureza Religiosa do Ser Humano
1. Moisés e os Profetas 2. A Encarnação 3. Os Apóstolos
Natureza
Apologética 1. 2. 3. 4·
Argumento Argumento Argumento Argumento
Cosmológico Teleológico Antropológico Ontológico
Hb 1.1 Hb 1.2 Hb 2.3-4
1. Pessoal 2. Antrópica 3. Analógica
Fp 3.10 Linguagem humana Rm 5.7-8
18. Esquemas de Classificação dos Atributos Divinos Strong
Chafer
Erickson
Mueller
Thiessen
Atributos Absolutos
Personalidade
Atributos de Grandeza
Atributos Negativos
Essência de Deus
Espiritualidade, envolvendo Vida Personalidade Infi nid ade , envolvendo Auto-existência Imutabilidade Perfeição, envolvendo Verdade Amor Santidade
Atributos Relativos Tempo e Espaço, em relação a Eternidade Imensidade C'riação Onipresença Onisciência Onipotência Seres Morais Veracidade, Fidelidade Misericórdia, Bondade Justiça, Retidão
Onisciência Sensibilidade S an tid ad e Justiça Amor Bondade Verdade
Espiritualidade Personalidade Vida Inf ini dad e Constância
Unidade Simplicidade Imutabilidade Inf inid ade Eternidade Onipresença
A ut o -existência Ime nsi dad e Eternidade
Vontade Liberdade Onipotência
Atributos Constitucionais Simplicidade Unidade Infi nid ade Eternidade Imu tab ili dad e Onipresença ou imensidade Soberania
Espiritualidade Imaterial, incorpóreo Invisível Vivo Pessoal
Atributos de Bondade Pureza Moral Santidade Retidão Justiça Inte grid ade üenuimdade Veracidade Fidelidade A m o r Benevolência Graça Misericórdia Persistência
Atributos Positivos Vida Conhecimento Sabedoria Vontade Santidade Jus tiç a Veracidade Poder Bo nd ad e
Os Atributos de Deus At rib ut os Nã<)'mo rais Onipresença Onisciência Onipotência Imutabilidade Atributos Morais Santidade Justiça e Retidão Bondade Verdade
19. Representação Gráfica dos Atributos de Deus
20. Definições dos Atributos de Deus Atributos
Definição
Referências Bíblicas
Simplicidade/ Espiritualidade
Deus não é composto de partes, n em é complexo; é indivisível, único e espiritual em seu ser essencial.
Jo 1.18; 4.24; 1 T m 1.17; 6.15-16
U n idade
Deus é um.
Dt 6.4; 1 Co 8.6
Infinidade
Deus não possui término ou limitação.
1 Rs 8.27; SI 145.3; At 17.24
E ternidade
Deus é im une à passagem do tempo.
G n 21.33; SI 90.2
Imutabilidade/ Constância
D eu s n ã o m u d a n e m p od e m ud a r e m se u ser.
SI 1 02.2 7; M l 3. 6; T g 1.17
Onipresença
Deus está presente em toda parte.
SI 139.7-12; Jr 23.23-24
Soberania
Deus é 0 chefe supremo, independente de qualquer autoridade fora de si mesmo.
Ef 1, espec. v. 21
O nisciência
Deus conhece todas as coisas existentes e possíveis.
SI 139.1-4; 147.4-5; Mt 11.21
O n ipo tên cia
Deus é todo-poderoso.
Mt 19.26; Ap 19.6
Justiça
Deus possui eqüidade moral; ele n ão m ostra favoritismo.
At 10.34-35; Rm 2.11
A m or
Deus busca 0 bem supremo dos seres humanos, pagando um pre ço in fi ni to .
SI 103.17; Ef 2.4-5; 1 Jo 4.8,10
Benevolência
Deus tem um interesse altruísta pelo bem-estar daqueles que ama.
Dt 7.7-8; Jo 3.16
Graça
Deus concede favores imerecidos àqueles que ama, segundo as suas necessidades.
Êx 34.6; Ef 1.5-8; Tt 2.11
20. Definições dos Atributos de Deus (continuação) Atributos
Definição
Referências Bíblicas
Bondade
Aquilo que constitui 0 caráter de Deus, sendo demonstrada pela benevolência, graça e misericórdia.
Êx 33.19; SI 145.9
Liberdade
Deus é independ en te das suas criaturas.
SI 115.3
Santidade
Deus é justo, perfeito e separado de todo pecad o ou ma l.
1 Pe 1.16
Retidão
A santidade aplicada aos relacionamentos; a lei de Deus e as suas ações são perfeitamente retas.
SI 19.7-9; Jr 9.24a
Verdade
Acordo e consistência com tudo o que é representado pelo próprio Deus.
Jo 14.6; 17.3
Genuinidade
Deus é real e verdadeiro.
Jr 10.5-10; Jo 17.3
Veracidade
Deus fala a verdade e é digno de confiança.
1 Sm 15.29; Jo 17.17,19; Hb 6.18; Tt 1.2
Fidelidade
D eus prova ser fiel; ele m antém as suas pr om es sa s.
N m 23.1 9; SI 89.2 ; 1 Ts 5.24
Personalidade
Deus é pessoal. Ele tem auto conhecimento, vontade, intelecto e auto determinação.
Êx 3.14; Gn 3
Vida
D e us é v id a e a f on te ú lt im a de t od a a v id a.
Ê x 3 .1 4; J r 10 .1 0; J o 5. 26
Misericórdia
A terna com paixão de Deus para com as pessoas miser áv ei s e nec es si ta da s qu e ele ama, e também 0 fato de não dar aos pe ca do re s aq ui lo qu e mer ec em .
Êx 3.7,17; SI 103.13; Mt 9.36
Persistência
A natureza Iongânima de Deus e sua pa ci ên ci a par a co m 0 seu povo.
SI 86.15; Rm 2.4; 9.22
21. O Desenvolvimento Histórico da Doutrina da Trindade Introdução A doutrina da Trindade é essencial ao cristianismo bíblico; ela descreve os relacionamentos existentes entre os três membros da Divindade de um modo consistente com a Escritura. É fundamental nessa doutrina a questão de como Deus pode ser ao mesmo tempo um e três. Os primeiros cris tãos não queriam perder o seu monoteísmo judaico enqu anto exaltavam o seu Salvador. Surgiram heresias quando as pessoas procuraram explicar o Deus cristão sem se tornarem triteístas (como os judeus rapidamente os acusaram de ser). Os cristãos argumentaram que o monoteísmo judaico do Antigo Testamento não excluía a Trindade. O clímax da formulação trinitária ocorreu no Concilio de Constantinopla, em 381 d.C. Devemos a esse concilio a expressão do conceito ortodoxo da trindade. Todavia, para apreciarmos o que disse o concilio é útil acompanharmos o desenvolvimento histórico da doutrina. Isso não significa que a igreja ou qualquer concilio ten ha inventa do a doutrina. A ntes, foi para responder às heresias que a igreja explicou o que a Escritura já pressupunha.
A Igreja Pré-Nicena: 33-325 d.C. Os Apóstolos, 33-100 d.C. O ensino apostólico claramente aceitou a plena e real divindade de Jesus, e aceitou e adotou a fórmula batismal trinitária.
Os Pais Apostólicos, 100-150 d.C. Os escritos dos Pais Apostólicos eram caracterizados por uma paixão acerca de Cristo (Cristo provém de Deus; ele é pré existente) e por ambigüidade teológica acerca da Trindade.
Os Apologistas e os Polemistas, 150-325 d.C. As crescentes perseguições e heresias forçaram os escritores cristãos a declararem de maneira mais precisa e defenderem o ensino bíblico acerca do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Justino Mártir: Cristo é distinto do Pai em sua função. Atenágoras: Cristo não teve princípio. Teófilo: O Espírito Santo é distinto do Logos. Orígenes: O Espírito Santo é co-eterno com o Pai e o Filho. Tertuliano: Falou em “Trind ade” e “pessoas” - três em número , mas um em substância.
21. A Doutrina da Trindade (continuação) Concilio de Nicéia: 325 d.C. Por causa da difusão da heresia ariana, que negava a divindade de Cristo, a unidade e até mesmo o futuro do Império Romano pareciam incertos. Constantino, recentemente convertido, reuniu um concilio ecum ênico em Nicéia para resolver a questão.
A Questão: Cristo era plenamente Deus, ou era um ser criado e subordinado? Ário Somente Deus Pai é eterno. O Filho teve um princípio como o primeiro e mais importante ser criado. O Filho não é um em essência com o Pai. Cristo é subordinado ao Pai. Ele é chamado Deus como um título honorífico.
Atanásio Cristo é co-etemo com o Pai. Cristo não teve princípio. O Filho e o Pai têm a mesma essência. Cristo não é subordinado ao Pai.
Declarações Fundamentais do Credo do Concilio [Nós cremos] “em um Senhor Jesus Cristo... verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, não feito, de uma só substância com o Pai.” “Mas aqueles que dizem que houve um tempo em que Ele não existia, e que antes de ser gerado Ele não era... a estes a Igreja Católica anatematiza.” “E cremos no Espírito Santo.” Resultados do Concilio O arianismo foi formalmente condenado. A declaração ho m oo us ia (mesma substância) criou conflitos. Os arianos reinterpretaram ho m oo us ia e acusaram o concilio de monarquianismo modalista. A doutrina do Espírito Santo ficou sem ser elaborada.
Concilio de Constantinopla: 381 d.C. O arianismo não foi extinto em Nicéia; na realidade, ele cresceu em importância. Além disso, surgiu o macedonianismo, que subordinava o Espírito Santo essencialmente da mesma maneira que o arianismo havia subordinado Cristo.
A Questão: O Espírito Santo é plenamente Deus? Declaração Fundamental do Credo do Concilio “... e no Espírito Santo, o Senhor e doador da vida, que procede do Pai, que é adorado e glorificado ju nta men te com o Pai e o Filho.” Resultados do Concilio O arianismo foi rejeitado e o Credo Niceno reafirmado. O macedonianismo foi condenado e a divindade do Espírito Santo afirmada. Foram resolvidos grandes conflitos acerca do trinitarianismo (embora os debates cristológicos tenham continuado até Calcedônia, em 451 d.C.).
22. Antigo Diagrama da Trindade Santa
23. Principais Noções Acerca da Trindade Noção
Fonte
Partidários
Percepção da Essência de Deus (Uno-Unidade)
Percepção da Subsistência de Deus (Trino-Diversidade)
Monarquianismo Dinâmico
Teodoto
Paulo de Samósata Artemon Socino Modernos Unitários
A unidade de Deus denota tanto singularidade de natureza quanto singularidade de pes soa . Portanto, o Filho e o Espírito Santo são consubstanciais com a essência divina do Pai somente como atributos impessoais. A dynamis divina veio sobre o homem Jesus, mas ele não era D eus no sentido estrito da palavra.
A noção de um Deus subsistente é uma impossibilidade palpável, uma vez que a sua perfeita unidade é perfeitamente indivisível. A “diversidade” de Deus é aparente, e não real, já que o evento de Cristo e a obra do Espírito Santo somente atestam uma operação dinâmica dentro de Deus, e não uma união hipostática.
Monarquianismo Modalista
Práxeas
N o eto Sabélio Swedenborg Schleiermacher Pentecostais Unidos (Jesus Somente)
A unidade de Deus ó ultra-simples. Hle é qualitativamente caracterizado em sua essência por uma natureza e uma pessoa, hssa essência pode ser designada seja como Pai, Filho ou Espírito Santo. Estes são diferentes nomes d o Deus unificado e simples, porém idênticos com ele. Os três nomes são os três modos pelos quais Deus se revela.
O conceito de um Deus subsistente é errôneo e confunde a verdadeira questão do fenômeno da auto-manifestação modalista de Deus. O paradoxo de um “três em un idade” subsistente é refutado pelo reconhecimento de que Deus não é três pessoas, mas uma pessoa com três nomes diferentes e papéis correspondentes que se seguem um ao outro como as partes de um drama.
Subordinacionismo
Ário
M odernas Testemunhas de Jeová e várias outras seitas menos conhecidas
A unidade inerente da natureza de Deus somente se identifica de maneira apropriada com o Pai. O Filho e 0 Espírito Santo são entidades discretas que não partilham da essência divina.
A essência unipessoal de Deus exclui o conceit() de subsistência divina com uma Divindade. A “trindade na unidade” é auto contraditória e viola os princípios bíblicos de um Deus monoteísta.
Trinitarianismo “Econômico”
Hipólito Tertuliano
Diferentes trinitarianos “ n e o e c o n ô m i c o s”
A Divindade caracteriza-se pela triunidade: Pai, Filho e Espírito Santo são três manifestações da única substância idêntica e indivisível. A perfeita unidade e consuhstancialidade estão envolvidas de maneira especial em ações triádicas manifestas como a criação e a redenção.
A subsistência dentro da Divindade é articulada por meio de termos como “distinção” e “distribuição,” afastando de modo eficaz a noção de separação ou divisão.
Trinitarianismo Ortodoxo
Atanásio
Basílio Gregório de Nisa Gregário de Nazianzo Agostinho Tomás de Aquino Lutero Calvino Cristianismo ortodoxo contemporâneo
O ser de Deus é perfeitamente unificado e simples: de uma só essência (hornoousia). Essa essência de divindade é possuída em comu m pelo Pai, Filho e Espírito Santo. As três pessoas são consubstanciais, co-ineren tes (perichoresis), co-iguais e co-eternas.
Diz-se que a subsistência divina ocorre simultaneamente em três modos de ser ou hipóstases. Como tal, a Divindade existe “indivisa em pessoas divididas." Essa concepção contempla uma identidade de natureza e cooperação de funções sem a negação das distinções das pessoas da Divindade.
23. Principais Noções Acerca da Trindade (continuação) Atribuição de Divindade/Eternalidade
Concepção Pai
I
Filho
Espírito Santo
Monarquianismo Dinâmico
Originador único 1 Um homem virtuoso (mas finito) em cuja vida Deus do universo. Ele I 6 eterno, auto 1 e st av a d in am ic am en te existente, sem presente de maneira princípio ou fim. 1 singular. Cristo certamente 7uto era divino, embora a | I sua humanidade tenha sido deificada.
Um atributo impessoal da Divindade. Não atribui nenhuma divindade ou eternalidade ao Espírito Santo.
Monarquianismo Modalista
Plenamente Deus e plenamente eterno como o modo ou manifestação primordial do Deus único, singular e unitário.
Plena divindade/eternidade at rib uíd as s om en te no sentido de ser outro modo d o D eu s ú ni co , e i dê nt ic o com a sua essência. Ele é o mesmo Deus manifesto em seqüência temporal e sp ecí fic a a um a fu nç ão (encarnação).
Deus eterno somente na medida em que o título designa a fa se na qual o Deus uno, em secjuencia
1 Um ser criado e, portanto,
Uma emanação do Pai não pessoal e não eterna. F visto como uma influência ou uma expressão de Deus. Não se lhe atribui divindade.
Subordinacionismo
O Deus único e ingênito que é eterno e sem princípio.
'
I I
1
1 | 1 . | 1
1 1 1 1
não eterno. Embora d ev a ser ve ne ra do , ele não possuí a essência divina.
temporal, manifestou-se
Referente (s) Analógico (s)
Crítica (s)
Eleva a razão acima do testemunho da revelação bíblica no que concerne à Trindade. Nega categoricamente a divindade de Cristo e do Espírito Santo, solapando assim a sustentação teológica da doutrina bíblica da salvação.
Uma pessoa representando três papéis diferentes no mesmo drama. Agua-gelo-vapor.
Despersonaliza a Divindade. Para compensar as suas deficiências trinitárias, essa concepção propõe idéias claramente heréticas (por exemplo, o patripassianismo). O seu conceito de manifestações sucessivas da Divindade não pode explicar os aparecimentos simultâneos das três pessoas, como no batismo de Cristo.
Mente-idéia-ação
Conflita com o farto testemunho bíblico acerca da divindade tanto de Cristo como do Espírito Santo. Sua concepção hierárquica também afirma três pessoas essencialmente separadas com relação ao Pai, Cristo e o Espírito Santo. Isso resulta em uma soteriologia inteiramente confusa.
em termos da função de regeneração e santificação.
Trinitarianismo “Econômico”
A igual divindade do Pai, Filho e Espírito Santo é claramen te elucidada na observação das características relacionais/operacionais simu ltâneas da Divindade. Por vezes a co-eternidad e não se manifesta inteligivelmente nessa concepção ambígua, mas parece ser uma implicação lógica.
Uma fonte e o seu rio. A unidade entre a raiz e o seu ramo. O sol e a sua luz.
E mais hesitante e ambígua no seu tratamento do aspecto relacionai da Trindade.
Trinitarianismo Ortodoxo
Em sua destilação final, esta concepção apresenta re solutamente 0 Pai, 0 Filho e o Espírito Santo como co-iguais e co-eternos na Divindade com relação tanto à essência quanto à função divinas.
Todas as analogias deixam de expressar adequadamente o trinitarianismo ortodoxo.
A única deficiência tem que ver com as limitações inerentes à própria linguagem e pensamento humanos: a impossibilidade de descrever plenamente o mistério inefável de “três em unidade.”
24. Uma Apresentação Bíblica da Trindade Introdução
A palavra “Trindade” nunca é usada, nem a doutrina do trinitarianismo jamais é ensinada explicitamente nas Escrituras, mas 0 trinitarianismo é a melhor explicação da evidência bíblica. A exposição teológica da doutrina resultou de ensinos bíblicos claros, porém não abrangentes. E uma doutrina essencial para o cristianismo porque se concentra em quem Deus é, e especialmente na divindade de Jesus Cristo. Como o trinitarianismo não é ensinado explicitamente nas Escrituras, 0 estudo da doutrina é um esforço de reunir temas e dados bíblicos por meio de um estudo teológico sistemático e pela observação do desenvolvimento histórico da atual concepção ortodoxa acerca de qual é a apresentação bíblica da Trindade.
Elementos Essenciais da Trindade
1. 2. 3. 4· 5.
Ensino Bíhlico
Deus é Um
Três Pessoas Distintas descritas como Divinas
Deu s é um. Ca da um a das pessoas da Deida de é divina. A unida de de Deus e a trindade de Deus não são contraditórias. A Trinda de (Pai, Filho e Espírito Santo ) é eterna. Cad a um a das pessoas de Deus tem a mesma essência e não é inferior ou superior às outras em essência. 6. A Trindade é um mistério que nunca poderemos entend er plenamente.
Velho Testamento
N o v o T esta m en to
Ou ve, Israel, 0 Senhor nosso Deus é o único Senhor (Dt 6.4; cf. 20.2-3; 3.13-15).
Assim, ao Rei Deus único, dos séculos. 8.4-6; l T m
O Pai: Ele me disse: “Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (SI 1.1).
... eleitos segundo a presciência de Deus Pai... (1 Pe 1.2; cf. Jo 1.17; 1 Co 8.6; Fp 2.11).
O Filho: Ele me disse: “Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (SI 2.7; cf. Hb 1.1-13; SI 68.18; Is 6.1-3; 9.6).
Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.16-17).
t
O Espírito Santo: No princípio criou Deus os céus e a terra... e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas (Gn 1.1-2; cf. Êx 31.3; Jz 15.14; Is 11.2).
eterno, imortal, invisível, honra e glória pelos séculos Amém (1 Tm 1.17; cf. 1 Co 2.5-6; Tg 2.19).
Então disse Pedro: “Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentísses ao Espírito Santo...? Não mentiste aos homens, mas a Deus” (Atos 5.3-4; cf. 2 Co 3.17).
24. Uma Apresentação Bíblica da Trindade (continuação) Pluralidade de Pessoas na Divindade
N o Velho Testa m ento , 0 uso de pronomes no plural aponta para, ou pelo menos sugere, a pluralidade de pessoas na Divindade. “Também disse Deus: ‘Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...’” (Gn 1.26).
Atributo
Pessoas com a Mesma Essência: Atributos Aplicados a Cada Pessoa
Igualdade com Diferentes Funções: Atividades qu e Envolvem Todas as Três Pessoas
O uso da palavra singular “nome” em referência a Deus Pai, Filho e Espírito Santo indica uma unidade dentro da trindade de Deus. “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28.19).
Pai
Filho
Espírito Santo
Eternidade
SI 90.2
Jo 1.2; Ap 1.8,17
Hb 9.14
Poder
1 Pe 1.5
2 Co 12.9
Rm 15.19
Onisciência
Jr 17.10
A p 2.23
1 Co 2.11
Onipresença
Jr 23.24
Mt 18.20
SI 139.7
Santidade
A p 15.4
Atos 3.14
A tos 1.8
Verdade
João 7.28
A p 3.7
1 João 5.6
Benevolência
Rm 2.4
Ef 5.25
N e 9. 20
Criação do Mundo
SI 102.25
Cl 1.16
Gn 1.2; Jó 26.13
Criação do Flomem
Gn 2.7
Cl 1.16
Jó 33.4
Batismo de Cristo
M t 3.17
M t 3.16
M t 3.16
Morte de Cristo
Hb 9.14
H b 9.14
H b 9.14
25. Concepções Falsas Acerca da Trindade
Unitarianismo Criador
Δ A
Sabelianismo Pai (V.T.) Filho (N.T.) Espírito (Hoje)
Criatura Impessoal
© 1990 David Miller. Usa Jo mediante permissão.
Trindade Modalística
26. Os Nomes de Deus N o m e s
S entido/S ig nificado
Referências Bíblicas
lavé/Jeová
O auto-existente. Alguns acham que ele destaca a natureza ontológica de Deus: “EU SOU O QUE SOU"; outros crêem que apresenta a fidelidade de Deus: “Eu sou [ou serei] quem eu tenho sido,” ou “Eu serei quem eu serei.” Esse nome é 0 nome próprio e pessoal de Deus.
Êx 3.14-15; cf. Gn 12.8; 13.4; 26.25; Êx 6.3; 7; 20.2; 33.19; 34.5-7; SI 68.4; 76.1; Jr 31.31-34
Iavé Jireh
O Senhor proverá
Gn 22.8-14
lave Nissi
O Senhor é m inha bandeira
Êx 17.15
Iavé Shalom
O Senhor é paz
Jz 6.24
Iavé Sabaoth
O Senhor dos Exércitos
1 Sm 1.3; 17.45; SI 24-10; 46.7,11
Iavé Macadeshém
O Senhor é vosso santificador
Êx 31.13
Iavé Raah
O Senhor é m eu pastor
Salmo 23.1
Iavé Tsidkênu
O Senhor é nossa justiça
Jr 23.6; 33.16
Iavé El ü em o la h
O Senhor é o D eus da retribuição
Jr 51.56
Iavé Nakeh
O Senhor que fere
Ez 7.9
Iavé Shamá
O Senhor que está presente
Ez 48.35
Iavé Rafá
O Senhor que sara
Êx 15.26
Iavé Eloim
Senhor, o poderoso
Jz 5.3; Is 17.6
26. Os Nomes de Deus (continuação) N o m e s
Sentido/Significado
Referências Bíblicas
A d on ai
Senhor, M estre; o nom e de D eus usado em lugar de Iavé quando o nome próprio de Deus passou a ser considerado muito sagrado para ser pronunciado.
Êx 4.10-12; Js 7.8-11
Elohim
Poderoso; termo plural aplicado a Deus, que geralmente se refere à sua majestade ou à sua plenitude.
Gn 1.1,26-27; 3.5; 31.13; Dt 5.9; 6.4; SI 5.7; 86.15; 100.3
El Elion
Altíssimo (literalm ente, 0 Poderoso mais forte)
Gn 14.18; Nm 24.16; Is 14.13-14
ElRoi
O Poderoso que vê
G n 16.13
El Shadai
D eus Todo-Poderoso ou Deus TodoSuficiente
Gn 17.1-20
El O lam
D eus E terno ou D eus da Eternidade
G n 21.33; Is 40.28
El Elohe Israel
Deus, 0 D eus de Israel
G n 33.20
Ieshua
Jesus, 0 Se nh or é S alv ad or o u S alvação
M t 16.13-16; Jo 6.42; A to s 2.36; Tt 2.13; 2 Pe 1.11
Christós
Cristo, Messias,
M t 16.13-16; João 1.41; 20.31; At 2.36; Rm 6.23; Tt 2.13; 2 Pe 1.11
Kírios
Senhor, Mestre
Lc 1.46; At 2.36; Jd 4
Sotêr
Salvador; aquele que livra do perigo ou da morte
Lc 1.47; 2.11
Deus, um substantivo genérico que pode referir-se a qualquer deus ou ao Deus verdadeiro; aplicado ao Senhor Jesus como verdadeiro Deus
Lc 1.47; Jo 20.28; Tt 2.13; 2 Pe 1.11
Theós
0 Ungido
27. Heresias cristológicas históricas Pontos de vista dos
Ebionitas
Docetistas
Arianos
Proponentes
Judaizantes
Basílides Valentino Patripassianos Sabelianos
Ário, presbítero de Alexandria Orígenes (?)
Época
Segundo século
Final do prim eiro século
Q ua rto século
Negação
Genuína divindade
G e nu ín a hum anidade
G e nu ín a divindade
Explicação
Cristo recebeu 0 Espírito após o seu batismo; ele não foi pré-existente.
Jesus parecia human o, mas de fato era divino.
Cristo foi 0 primeiro e o mais elevado ser criado; homoiousia, e não homoousia.
Condenados
Sem cond enação oficial
S em co nd en aç ão oficial
C oncilio de N icéia, 325 d.C.
Associados co m
Legalismo
A maldade do mundo material e a divindade essencial do ser humano, conforme o ensino de Márcion e dos gnósticos
Geração = criação
Argumento a favor
São monoteístas.
Afirmam a divindade de Cristo.
Ensinam que Cristo é subordinado ao Pai.
Argumento contra
Somente um Cristo divino é digno de adoração (Jo 1.1; 20.28; Hb 13.8).
Se Cristo não fosse hum ano, ele não poderia redimir a humanidade (Hb 2.14; 1 Jo 4.1-3).
Somente um Cristo divino é digno de adoração. Essa po si çã o te nde ao po lite ís mo. S om ente um Cristo divino pode salvar (Fp 2.6; Ap 1.8).
Principais Opositores
Irineu Hipólito Orígenes Eusébio
Irineu Hipólito
Atanásio Osio
27. Heresias Cristológicas Históricas (continuação) Pontos de vista dos
Apolinarianos
Nestorianos
Eutiquianos
Proponentes
Apolinário, bispo de Laodicéia Justino Mártir
Representados por Nestório, bispo de C onsta nti nopla (59 século)
Representados por Eutiques Tcodósio II
Epoca
Q u a rto século
Q u in to século
Q u in to século
N egação
P lenitude da h um anidade
U nidade da pessoa
D istinção das naturezas
Explicação
O Logos divino tomou 0 lugar da mente humana.
A u nião era moral e não orgânica - assim, eram duas pessoas. O humano era completamente controlado pelo divino.
Monofisismo; a natureza humana foi absorvida pela divina para criar uma terceira nova natureza um tertium quid.
C on d en ado s
Concilio de A ntioquia, 378-379 d.C. Concilio de Constantinople, 381 d.C
S ín od o d e É feso, 4 31 d .C
D e fe nd id o p el o “S ín od o de Ladrões” em Efeso, 449 d.C.; condenado pelo Concilio dc Calcedônia, 451 d.C.
Associados com
Logos = razão que há em todos
Cristologia do “verbohomem” (antioquiana), e não do “verbo-carne” (alexandrina); contra a aplicação do termo theotokos a Maria.
Preocupação com a unidade e a divindade de Cristo; alexandrinos (minimizavam a humanidade)
Argumento a favor
Afirmavam a divindade e a verdadeira humanidade de Cristo.
Distinguiam o Jesus humano, que morreu, do Filho Divino, que não pode morrer.
Mantinham a unidade da pe ss oa de Cr isto .
Argumento contra
Se Cristo não tivesse uma mente humana, ele não seria verdadeiram ente humano (Hb 2.14; 1 Jo 4-1-3).
Se a morte de Jesus fosse o ato de uma pessoa humana, e não um ato de Deus, ela não poderia ser eficaz (Ap 1.12-18).
Se Cristo não fosse homem nem Deus, ele não poderia redimir como home m ou como Deus (Fp 2.6).
Principais Opositores
Vitalis Papa Dâmaso Basílio, Tcodósio Gregório de Nazianzo Gregório de Nisa
Cirilo de A lexandria
Flaviano de C on stan tino pla Papa Leão Teodoreto Eusébio de Doriléia
28. Falsas Concepções Acerca da Pessoa de Cristo
Ebioilismo ( H
Doce tismo
(x
X)
D
)
Negou a Na tureza Divina
Negou a NatL ireza Humana
Ariarlismo
Nestori anismo
( H
X)
V
Negou a Na :ureza Divina
Negou a Uniãc das Naturezas
Eutiquianismo
Apolinai rianismo I^os I Alma \
j
Negou a Distinção das Naturezas I
© David Miller. Adaptado e usado mediante permissão.
C orp o
D
)
Negou o Esp; rito Humano
29. A União da Divindade e da Humanidade na Pessoa do Filho
Keno sis 30. Teorias Acerca da Kenosis Teorias Quenóticas Tradicionais Cristo Esvaziou-se da Consciência Divina
Cristo Esvaziou-se da For F or ma E te rn a de Se r
Cristo Esvaziou-se dos A tr ib u to s R el at iv os d a D ei d a d e
Cristo Esvaziou-se da In te gr id ad e da Ex is tê nc ia D iv in a In fin ita
Cristo Esvaziou-se da A ti v id a d e D iv in a
O Filho de Deus pôs de lado a sua participação na Deidade quando tornou se homem. Todos os atributos da sua divindade literalmente cessaram quando ocorreu a encarnação. O Logos tornouse uma alma que residiu no Jesus humano.
O Logos trocou a sua forma eterna por uma forma temporal condicionada pela natureza humana. Ness Ne ssaa form fo rmaa temp te mpor oral al,, Cris Cr isto to n ão mais mai s possu po ssuía ía todos os atributos pertinentes à Deidade, embora pudesse exercer poderes sobrenaturais.
Esta noção faz uma distinção entre atributos essenciais, tais como verdade e amor, e aqueles relacionados com 0 universo criado, tais como onipotência e onipresença.
Na N a en carn ca rn ação aç ão de Crist Cr isto, o, 0 Logos assumiu uma vida dupla. Um “centro vital” continuou a funcionar conscientemente na Trindade, ao passo pas so que qu e o o u tro tr o e n ca rn o u se com a natureza humana, inconsciente das funções cósmicas da Deidade.
0 Logos Logos entre gou ao Pai todas as suas suas funções e responsabilidades divinas. O Logos encarnado estava inconsciente dos acontecimentos internos da Trindade.
Adaptado de Robert E. Picirilli, “He Emptied Himself" [Ele se Esvaziou a Si Mesmo], mediante permissão. permissão.
Vol. ol. Biblical Viewpoint, V
.3, .3, Μ - 1 (Abril 1969): 23-30. Usado
Kenosi s (continuação) 30. Teorias Acerca da Kenosis
Cristo Esvaziou-se do Ex er cíc io E fe tivo ti vo da s P re rr og at iv as D iv in a s
O Logos removeu a atuação dos atributos divinos do campo do real para o potencial. Ele reteve sua consciência divina mas renunciou às condições da infinidade e à sua forma.
Teorias Sub-Quenóticas
Cristo Esvaziou-se do Liso do s
A tr ib u to s D iv in os
Cristo Esvaziou-se do Ex er cíci cí cio o In de pe n de n te do s A tr ib u to s D iv in os
Cristo Esvaziou-se das Ins ígn ias da M a je st a d e , da d a D iv in d a d e
ti va s as Pr er ro ga tiva
0 Logos Logos possuía possuía os os atributos divinos, divinos, mas escolheu não usá-los.
0 Logos Logos sempre possuiu e pôde utilizar as prer pr erro roga gati tiva vass da De Deid idad ade, e, mas sempr sem pree em submissão ao poder do Pai e pelo poder do Pai (e do Espírito Santo). O Cristo encarnado nunca fez nada independentemente por meio da sua própria divindade.
O Logos esvaziou-se da forma exterior da divindade. (Esta noção é vaga quanto ao seu significado preciso.)
31. A Pessoa de Cristo Pr é- Ene a r n ado E x i s ti ti u E t e r n a m e n t e A n t e s da Criação
Desde n “princípio” (Jo 1.1; 1 Jo !· D “Com Deus” (Jo 1.1-2) “Antes que houvesse mundo” (Jo 17.5) O Verbo “se fez carne” (implica em unia existência pr é- en ca rn ad a, Jo 1.14).
Na tu r e z a D i v i na
Teve um Nascimento Humano
Teantrópica
Absolutamente Santo
Na sc eu de um a vir gem (Mt 1.182.11; Lc 1.30-38).
A pessoa de Cristo é teantrópica; teantrópica; ele tem duas naturezas (divina e humana em unia só pessoa)
A sua natureza humana foi criada santa (Lc 1.35). Ele não cometeu pecado (1 Pe ^ 2.22). 2.22). Ele sempre agradou o Pai (Jo 8.29).
é é é é é
eterno (João 1.1; 8.58; 17.5) onipresente (Mt 28.20; Ef 1.23) onisciente (Jo 16.30; 21.17) onipotente (Jo 5.19) imutável (Hb 1.12; 13.8)
Possui Ofícios Divinos
Ele é criador (Jo 1.3; Cl 1.16) Ele é sustentador (Cl 1.17) Possui Prerrogativas Divinas
Perdoa pecados (Mt 9.2; Lc 7.47) Ressuscita os mortos (Jo 5.25; 11.25) Executa julgamento (Jo 5.22)
C o m o o “A “A n j o d e I a v é ”
A A A A A A A
Hagar (Gn 16) Abraão (Gn 22) Jacó (Gn 31) Moisés (Êx .3.2) Israel (Êx 14.19) Balaão (Nm 22.22) Gideão (Jz 6)
Caráter
Ele Elé Ele Ele Ele
“Façamos o homem” (Gn 1.26) C) “arquiteto” (Pv 8.30) O “primogênito de toda a criação” (Cl 1.15) , «11 criadas Iodas as coisas tor ,«11 “por meio dele” (Jo 1.3; Cl 1.16) O mundo foi criado “por intermédio dele” (Jo 1.10; 1 Co 8.6) Todas as coisas foram criadas “para ele” (Cl 1.16) Tudo subsiste “nele” (Cl 1.17)
Como “Iavé” A Abraão (Gn 18) Em julgamento (Gn 19) Em promessa (Os 1.7)
União das Naturezas
Possui Atributos Divinos
Participou da Criação
M a n i f e s t o u - s e A p ó s a C r i a ç ão ão (Antigo Testamento)
Natureza Natureza Hum ana
T e ve ve u m D e s e n v o l v im im e n t o Humano
Continu ou a crescer e a fortalecerfortalecerse (Lc 2.50,52). Teve os Elem entos Essenciais da N a t u r e za za H u m a n a
Corpo humano (Mt 26.12; Jo 2.21) Razão e vontade (Mt 26.38; Mc 2.8) Teve Nomes Humanos
E l e é I d e n t i f ic ic a d o c o m I a v é d o Antigo Testamento
“EU SO U ” G<> 8.58) Visto por Isaías (Jo 12.41; 8.24,50-58) Possui Nomes Divinos
“Alfa c Ômega” (Ap 22.1 3) “EU SOU” (Jo 8.58) “Emanuel” (Mt 1.22) “Filho do Homem” (Mt 9.6; 12.8) “Senhor” (Mt 7.21; Lc 1.43) “Filho de Deus” (jo 10.36) “Deus” (Jo 1.1; 2 Pe 1.1)
Jesus (Mt 1.21) Filho do Homem (Mt 8.20; 11.18) Filho de Abraão (Mt 1.1) Teve as Limitações da Natureza H u m a n a , S e m P e c a do do
Ficou cansado (Jo 4.6). Sentiu fome (Mt 4-2; 21.18). Sentiu sede (Jo 19.28). Foi tentado (Mt 4; Hb 2.18).
E a imagem expressa de Deus (Cl 1.15; Hb 1.3). Ele é um com o Pai (Jo 10.31). Aceita Adoração Divina
(Mt 14.33; 28.9; Jo 20.28-29) Reivindica ser Deus
(Jo 8.58; 10.30; 17.5)
União hipostática, constituindo uma só substância pessoal; duas naturezas, uma pessoa Inclui Qualidades e Atos Hum anos e Divinos
Tanto as qualidades e os atos divinos quanto humanos podem ser atribuídos a Jesus Cristo sob qualquer uma de suas naturezas. Presença Co nstante Tanto da Humanidade Quanto da Divindade
As suas naturezas não podem ser separadas.
P o s s ui ui A m o r G e n u í n o
Ele entregou a sua vida (Jo 15.13). O seu amor ultrapassa todo o conhecimento. V e r d a d e i r am am e n t e H u m i l d e
Ele tomou a forma de servo (Fp 2.5-8). Inteiramente Manso
(Mt 11.29) Perfeitamente Equilibrado
Ele foi sério sem ser melancólico. Ele foi alegre sem ser frívolo. Teve uma Vida de Oração
(Mt 14.23; Lc 6.12) Foi Muitas Vezes Chamado de Homem
(Jo 1.30; 4.9; 10.38) Possui Relações Divinas
Pessoal
Trabalhador Incansável
Realizou as obras do seu Pai (Jo 5.17; 9.4).
32. Profecias Messiânicas Cumpridas em Cristo (Apresentadas na Ordem do seu Cumprimento) P a ss ag e m q u e C o n t é m a Profecia
A ssunto da Profecia
Passagem que Declara o C u m p r im e n t o
Gênesis 3.15
N ascido da sem ente de um a m ulher
Gálatas 4-4
G ênesis 12.2-3
N ascido da sem ente de A braão
Mateus 1.1
G ênesis 17.19
N ascido da sem ente de Isaque
Mateus 1.2
N úm ero s 24.17
N ascid o da se m ente de Ja có
Mateus 1.2
G ênesis 49.10
D escend ente da tribo de Judá
Lucas 3.33
Isaías 9.7
Herdeiro do trono de Davi
Lucas 1.32-33
Dan iel 9.25
Ocasião do nascimento de Jesus
Lucas 2.1-2
Isaías 7.14
N asc id o de um a virge m
Lucas 1.26-27,30-31
Miquéias 5.2
N asc id o em Belém
Lucas 2.4-7
Jeremias 31.15
M atança dos inocentes
Mateus 2.16-18
Oséias 11.1
Fuga para o Egito
Mateus 2.14-15
Isaías 40.3-5; Malaquias 3.1
Precedido por um precursor
Lueas 7.24,27
Salmos 2.7
D eclarado Filho de Deus
M ateus 3.16-17
Isaías 9.1-2
M inistério na Galiléia
M ateus 4.13-17
D euteronô m io 18.15
O profeta por vir
Atos 3.20,22
Isaías 61.1-2
Veio para curar os quebrantados
Lucas 4.18-19
Isaías 53.3
R ejeitado pelos seus (os judeus)
João 1.11
Salmo 110.4
Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque
Hebreus 5.5-6
Zacarias 9.9
E ntrada triunfal
M arcos 11.7,9,11
32. Profecias Messiânicas Cumpridas em Cristo (continuação) Passagem que Contém a Profecia
Assunto da Profecia
Passagem que Declara o C u m p r im e n t o
Salmos 41.9
Traído por um amigo
Lucas 22.47-48
Zacarias 11.12-13
Vendido por trinta peças de prata
Mateus 26.15; 27.5-7
Salmos 35.11
A cusado por falsa testem unh a
M arcos 14.57-58
Isaías 53.7
M udo diante das acusações
M arcos 15.4-5
Isaías 50.6
Cuspido e ferido
M ateus 26.67
Salmos 35.19
O diado sem m otivo
João 15.24-25
Isaías 53.5
Sacrifício vicário
Romanos 5.6,8
Isaías 53.12
C rucificado com transgressores
M arcos 15.27-28
Zacarias 12.10
M ãos traspassadas
João 20.27
Salmos 22.7-8
Escarnecido e zombado
Lucas 23.35
Salmos 69.21
R ecebeu vinagre e mirra
M ateus 27.34
Salmos 109.4
O ração por seus inimigos
Lucas 23.34
Salmos 22.18
Soldados lançam sortes sobre a sua túnica
Mateus 27.35
Salmos 34.20
N en h u m de seus ossos foi quebra do
Jo ão 19 .32-3 3,36
Zacarias 12.10
Seu lado é perfurado
João 19.34
Isaías 53.9
Sepultado com os ricos
Mateus 27.57-60
Salmos 16.10; 49.15
Ressuscitaria dentre os mortos
Marcos 16.6-7
Salmos 68.18
Subiria à destra de Deus
Marcos 16.19
33. A Pecabilidade versus Impecabilidade de Cristo Pecabilidade
Impecabilidade
Definição
Cristo po dia pecar.
Cristo não podia pecar.
Expressãochave
Capaz dc não pecar (Potuit no n peccare)
Incapaz de pecar (Non potuit peccare)
Hebreus 4.15
Cristo foi tentado em todas as coisas como nós, mas não cometeu pecado (o pecado é visto no seu resultado). A verdadeira tentação admite a poss ib ilid ad e de su cum bir à te nta ção.
Cristo foi tentado em todas as coisas como nós, mas não possuía uma natureza pecamin osa (o pecado é visto como natureza ou estado de existência).
Questão da Verdadeira Humanidade ou Verdadeira Divindade
Se Jesus não podia pecar, c omo poderia ser verdadeiramente humano?
Se Jesus podia pecar, como poderia ser verdadeiram ente divino.7
Pontos de Convergência
As tentações de Cristo foram reais (Hb 4.15). Cristo experimentou lutas (Mt 26.36-46). Cristo nã o peco u (2 Co 5.21; Hb 7.26; Tg 5.6; 1 Pe 2.22; 3.18; 1 Jo 3.5).
Pró Pecabilidade
Argumentação Lógica Pró e Contra a Pecabilidade
Contra a Pecabilidade
Se Cristo podia ser tentado, então ele pode ri a te r pec ad o. A pec ab ilid ad e é uma dedução necessária da tentabilidade. A tentação implica na po ss ibilid ade do pe ca do .
Tentabilidade não implica em suscetibilidade. Só porque um exército pode ser atacado não significa que ele pode ser vencido. Isso também resulta da falsa pressuposição de que aquilo que se aplica a nós também se aplica necessariamente a Cristo.
Se Cristo não podia pecar, então a tentação não toi real e ele não pode identificar-se com 0 seu povo.
Embora as tentações de Cristo nem sempre sejam exatamente como as nossas, ele foi provado por mei o de sua natu reza hum ana como nós somos. No entanto, ele não tinha uma natureza pecaminosa e era també m uma pessoa divina.
Se Cristo é impecável, então suas tentações foram leves.
As tentações de Cristo foram, em todos os sentidos, iguais às nossas, exceto no fato de que não se originavam em desejos maus e proibidos. Ele foi tentado a partir de fora, e não de dentro.
Se Cristo não podia pecar, então ele não po ss uía li vre- arbítr io.
Cristo manifestou o seu livre-arbítrio não pecando. Cri st o era livre par a fazer a vontad e do Pai. Tendo a mesma von tade que 0 Pai, ele não era livre para ir con tra aquela vontade.
34. Teorias Acerca da Ressurreição de Jesus Cristo I. Teorias do Túmulo Ocupado Teoria Túmulo Desconhecido Charles A. Guignebert
Explicação O corpo de Jesus foi sepultado em uma vala comum desconhecida dos seus discípulos. Portanto, o relato da ressurreição resultou da ignorância quanto ao paradeiro do corpo.
Refutação N em to do s os cr im in os os er am se pu lt ad os em um a va la co m um . O Novo Testamento apresenta José de Arimatéia como testemunha do sepultamento em um túmulo familiar específico. As mulheres viram o corpo sendo preparado para o sepultamento e conheciam a localização do túmulo. Os romanos sabiam onde estava o túmulo, pois colocaram guardas no mesmo.
Túmulo Errado Kirsopp Lake
Lenda Antigos Críticos da Forma
Ressurreição Espiritual Gnósticos
As mulheres foram ao túmulo errado, pois havia muitos túmulos semelhantes em Jerusalém. Elas encontraram um túmu lo aberto e um jovem que negou que aquele era ( túmulo de Jesus. As mulheres assustadas equivocadamente identificaram o homem como um anjo e fugiram.
As mulheres não foram à procura de um túmulo aberto, mas de um túmulo selado. Elas certamente deixariam de lado o túmulo aberto caso estivessem em dúvida quanto à exata localização do túmulo correto.
A ressurreição foi uma invenção que evoluiu durante um longo período a fim de vindicar um líder que estava morto havia muito tempo.
A recente crítica histórica tem demonstrado que as narrativas da ressurreição originaram-se em meados do primeiro século.
O espírito de Jesus foi ressuscitado, embora o seu corpo estivesse morto.
Isso nega o entendimento judaico da ressurreição (física e não espiritual).
O homem que estava no túmulo não disse apenas “Ele não está aqui”, mas também “Ele ressuscitou”. As mulheres haviam observado a localização do túmulo setenta e duas horas antes. Os judeus, os romanos e José de Arimatéia conheciam a localização do túmulo e facilmente poderiam tê-lo identificado como prova contra qualquer ressurreição.
Paulo, em f Coríntios (55 d.C.), fala da ressurreição como um fato e aponta quinhentas testemunhas, muitas das quais ainda estavam vivas para serem interrogadas pelos seus leitores.
Cristo comeu e foi tocado e apalpado. Os judeus poderiam mostrar o túmulo ocupado aos seus patrícios para provar a falsidade da ressurreição.
34. Teorias Acerca da Ressurreição (continuação) Teoria Alucinação Agnósticos
Refutação
Explicação Os discípulos e seguidores de Jesus estavam tão envolvidos emocionalmente com a expectativa messiânica que as suas mentes projetaram alucinações do S enhor ressurreto.
1. Mais de quinh entas pessoas, em diferentes situações, com diversos graus de compromisso com Jesus e com diferentes entendimentos dos seus ensinos tiveram todas elas alucinações? 2. Muitos apare cimento s aconte ceram a mais de uma pessoa. Essas ilusões simultâneas são improváveis. 3. Os discípulos não estav am esperan do a ressurreição de Cristo. Eles viram a sua morte como algo definitivo. 4· Os judeus poderiam ter apontado para o túmulo ocupado para provar a falsidade dos discípulos.
II. Teorias do Túmulo Vazio Complô da Páscoa Hugh Schónfield
Jesus planejou cumprir as profecias veterotestamentárias tanto de servi) sofredor quanto de rei por meio de uma morte e ressurreição fictícias. José de Arimatéia e um misterioso “jovem” foram os outros conspiradores. O complô fracassou quando o soldado pe rf ur ou Je su s e es te ve io a mor re r. O “Senhor ressurreto” era o jovem.
1. A escolta colocada junto ao túmulo é ignorada na teoria de Schónfield. 2. O fu ndam ento da teoria é falho. Os mitos de ressurreição sobre os quais Jesus supostamente baseou a sua trama não foram evidentes até o quarto século d.C. 3. Tal “ressurreição” não poderia explicar a dramática transform ação dos discípulos. 4· Todas as testemu nhas bíblicas, exceto qua tro, são identificadas, especialmente as quinhentas testemunhas oculares que, de acordo com Paulo, ainda viviam. 5. Toda a trama no sen tido de suportar a crucificação (e, em assim fazendo, afastar os partidários nacionalistas) parece improvável.
Ressuscitação (Desmaio) Racionalistas do Século 18
Jesus não morreu na cruz; ele apenas desmaiou por causa da exaustão. A baixa tem peratura e os aromas dentro do túmulo o reanimaram.
1. A ciência médica já demo nstrou que Jesus não poderia ter sobrevivido aos açoites e à crucificação. 2. Poderia esse Jesus quase morto produzir uma impressão como o Senhor ressurreto?
34. Teorias Acerca da Ressurreição (continuação) Teoria
Roubo do Corpo pelos Discípulos
Explicação
Os discípulos roubaram o corpo enqua nto os guardas dormiam.
Judeus
Refutação
1. Se os guardas estavam d ormindo, como eles souberam que os discípulos roubaram o corpo? 2. A conse qüênc ia de dormir em serviço seriam punições rigorosas, até mesmo a morte. Assim, a escolta altamente disciplinada não teria dormido. 3. Os discípulos de modo algum poderiam ter suplanta do os guardas. 4· E absurdo acreditar que os discípulos morrera m por causa de uma mentira que eles criaram.
Ressurreição Existencial Rudolf Bultmann
Ressurreição Histórica Cristianismo Ortodoxo
Uma ressurreição histórica jamais será pr ov ad a, e nã o é ne ce ss ár ia . O Cr is to da fé não precisa estar preso ao Jesus histórico. Antes, Cristo ressuscita em nossos corações.
Os primeiros discípulos foram convencidos por eventos históricos. Eles afirmaram que fundamentavam sua fé no que viram, e não em uma necessidade existencial ou em uma fé a priori (Lc 24-33-35; 1 Co 15.3-8).
Jesus foi ressuscitado pelo poder de Deus. Ele manifestou-se aos seus discípulos e depois subiu aos céus.
1. Esta concepção req uer mudanç as pressuposicionais, crença em Deus e supernaturalismo. 2. Esta concepção v irtualme nte exige fé em Jesus.
35. O Ensino Bíblico Acerca do Espírito Santo Categoria Nomes
Personalidade
Atributos
Obras
Descrição/Definição
Referências Bíblicas
Espírito Santo
Lc 11.13; Jo 20.22; At 1.5; cf. SI 51.11
Espírito da Graça
Hb 10.29
Espírito da Verdade
Jo 14.17; 15.26; 16.13; cf. 1 Jo 5.6
Espírito de Sabedoria e Conhecimento
Is 11.2; cf. 61.1-2; 1 Tm 1.17
Espírito da Glória
1 Pe 4.14; cf. Êx 15.11; SI 145.5
Conselheiro
Jo 14.16; 16.7
Ele é a terceira pessoa da Divindade, a Trindade
Mt 3.16-17; Jo 14.16; At 10.38.
Tem conhecimento
Is 11.2; Rm 8.27; 1 Co 2; 10-11
Tem sentimento
Is 63.10; Ef 4.30; cf. At 7.51; Rm 15.30
Tem vontade
1 Co 12.11
Ele é divino
At 5.3-4; 2 Co 3.18
É eterno
Hb 9.14
E onipresente
SI 139.7
E onisciente
Jo 14.26; 16.13; 1 Co 2.10
Ele atuou na criação
G n 1.2; Jó 33.4; SI 104.30
Inspirou os escritores bíblicos
2 Pe 1.21
Efetuou a concepção de Cristo
Lc 1.35
35. O Ensino Bíblico Acerca do Espírito Santo (continuação) Categoria Obras (c o n t. )
Dons
Descrição/Definição
Referências Bíblicas
Ele c o n v e n c e d o p e c a d o
Jo 16.8; cf. Gn 6.3
Regenera
Jo 3.5-6
Aconselha
Jo 14.1647; 16.7,12-14
Dá certeza da salvação
Rm 8.15
Ensina ou ilumina
Jo 16.1244; 1 Co 2.13
Auxilia as orações por meio da intercessão
Rm 8.26-27
R es s u s c i t o u a C r is t o
R m 8.11; 1 Pe 3.18
Chama para 0 serviço
At 13.4
Sela a salvação dos eleitos
Rm 8.23; 2 Co 1.21-22; Ef 1.13-14; 4.30
Habita no crente
Rm 8.9; 1 Co 3.16-17; 6.9
Atua na igreja
1 Co 12.7-11
Fonte de todos os dons da igreja
1 Co 12.7-11
Profecia
1 Co 14.1-40
Milagres e curas
1 Co 12.4,28-30
Línguas
1 Co 12.4,10
Ensino
1 Co 12.4,28
Fé
1 Co 12.8-9
S e rv i ç o
1 C o 1 2 .4 ,2 8 ; E f 4 . 1 2
Exortação
Rm 12.8; cf. 1 Co 12.4,7
36. Títulos do Espírito Santo Citação
Ênfase
Título U m E s p í r it o
S ua u n id a d e
Efésios 4-4
S e t e E sp íri to s
S u a pe rfe içã o, o n i p r e s e n ç a e plenitude
Apocalipse 1.4; 3.1
O Senhor, o Espírito
Sua soberania
2 Coríntios 3.18
Espírito Eterno
S ua e te rn id a d e
H e b r e u s 9.14
E s p í r i to d a G l ó r i a
S u a gló ri a
1 P e dr o 4-14
E s p í r i to d a V id a
S u a v it a li d a d e
Romanos 8.2
Espírito de Santidade Espírito Santo O Santo
Sua santidade
Romanos 1.4 Mateus 1.20 1 João 2.20
Espírito de Sabedoria Espírito de Entendimento Espírito Espírito de C onselho Espírito de Conhecimento
Sua onisciência, sabedoria e conselho
Isaías 11.2 cf. 1 Coríntios 2.1013
E s p ír i to d e P o d e r
S ua o n ip o t ê n c ia
Isaías 11.2
Espírito de Temor do Senhor
S ua re v e rê n c i a
Isaías 11.2
Espírito da Verdade
Sua veracidade
João 14.17
Espírito da Graça
Sua graça
Hebreus 10.29
Espírito de Graça e Súplica
Sua graça e intercessão
Zacarias 12.10
Adaptado de Paul Enns,
T he Mood)’ Theology gy [Manual Mood)’ Handbo ok o f Theolo
de Teologia Moody] (Chicado: Moody Press, 1989), p. 250. Usado media nte permissão.
37. A Obra do Espírito Santo na Salvação A tivida de
D e s c r i ç ã o d a A t iv id a d e
R e f e r ê n c ia s B íblica s
Regeneração
Por meio do ministério do Espírito a pessoa pes soa nasc na scee de no novo vo,, rece re cebe be vida vi da eterna e é transformada.
Jo 3.36.63 ;8 ; Tt 3.5
Habitação
O Espírito habita no crente. Sem a habitação do Espírito, a pessoa não per p erte te nc e a Cristo Cri sto..
Jo 14.17; Rm 8.9,11; 1 Co 3.16; 6.19
Batismo
Os crentes são batizados no Espírito Santo por Cristo, unindo os todos em um só corpo.
Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; 1 Co 12.13
Selo
Deus sela os crentes com o Espírito Santo, fornecendo uma declaração de propriedade e uma garantia de redenção final.
2 Co 1.22; Ef 1.13; 4.30; cf. Rm 8.16
Enchimento
Os crentes são instruídos a serem “cheios do Espírito.” Espírito.” 0 ministério de de pre pr e en c h im en to do Espíri Esp írito to po pode de ser classificado em um preenchimento geral com vistas ao crescimento e amadurecimento espiritual e em habilidades especiais concedidas pelo Espírito para tarefas especiais para Deus.
Ef 5.18; cf. At 4.8; 4.31; 6.3; 9.17; 11.24; 13.9
Direção
Os crentes são instruídos a andarem no Espírito e serem conduzidos pelo Espírito. O Espírito preserva o crente da servidão ao legalismo e também proporciona disciplina disciplina e orientaç ão para a vida cristã. cristã.
G1 5.16,25; cf. At 8.29; 13.2; 15.7-9; 16.6; Rm 8.14
Capacitação
O Espírito que habita no crente concede vitória na vida cristã, a produção de frutos cristãos e a capacidade de vencer as obras de Satanás.
Rm 8.13; G1 5.1748,2223
Ensino
Jesus prometeu que quando o Espírito viesse, ele conduziria os crentes à verdade. O Espírito ilumina a mente do crente para receber a revelação da vontade de Deus através de sua Palavra.
Jo 14.26; 16.13; 1 Jo 2.20,27
38. Quatro Conjuntos de Dons Espirituais 1 Coríntios 12.8-10
1 Coríntios 12.28-30
Rom anos 12.6-8
Efésios 4.11
Palavra da sabedoria Palavra do conhecimento Dons de curar
Dons de curar
Milagres
Milagres
Profecia
Profecia
Discernimento de espíritos
Discernimento de espíritos
Línguas
Línguas
Profecia
Profecia
Interpretação de línguas Apóstolos Mestres
Apóstolos Ensino
Governos
Ensino [ou Pastores Mestres]
Ministério Socorros
Exortação Contribuição Liderança Misericórdia Evangelistas Pastores
39. Síntese dos Dons Espirituais Dom Profecia ροφητεία
Exemplo
Resultado
Descrição Falar verdades diretamen te reveladas por Deus
Entender mistérios 1 Co 13.2
Timóteo - 1 Tm 4.14 Filhas de Filipe - At 21.8-9
Ajudar outros a fazer a obra de Deus Dar assistência prática aos membros da igreja
Servir a igreja e os necessitados At 6.1
Onesíforo 2 Tm 1.16
Com unicar as verdades e aplicações das Escrituras
Entender a Palavra de Deus At 18.26
Priscila e Áquila - At 18.26 Apoio - At 18.27-28 P au lo-A t 18.11
Instar alguém a ter uma conduta apropriada ou consolar
Encorajamento At 9.27
Barnabé At 4.36
Dar dos bens e posses à obra de Deus com alegria e liberalidade
Satisfazer necessidades físicas At 9.36
Dorcas At 9.36
Organizar e adm inistrar a obra do ministério
Ordem Tt 1.5
Tito Tt 1.5
Rm 12.6 1 Co 14.29-32
Serviço, Socorro διακονία
Rm 12.7
Ensino διδασκαλία
Rm 12.7 1 Co 12.28 Ef4.11
Exortação (encor aj amen to) αρακλησίς
Rm 12.8
Contribuição μεταδίδωμί
Rm 12.8
Liderança ροιστημί
Rm 12.8
39. Síntese dos Dons Espirituais (continuação) Dom Exercer Misericórdia
Descrição
Resultado
Exemplo
Prestar auxílio imerecido a outros
Simpatia, compaixão aos que não merecem
Barnabé Atos 9.27
Ser testemunha ocular do Cristo ressurreto e falar com autoridade sobre fé e prática
Apre senta os preceitos de Deus para a igreja 1 Co 14.37
Paulo - G1 1.1 Pedro - 1 Pe 1.1
Apre sentar o e vangelho com clareza, sentindo responsabilidade pelos não-salvos
E nte nd im en to do E vangelho
Filipe At 21.8
Pastorear e ensinar a igreja
Cuidado e instrução na piedade At 20.28-31
Paulo 1 Ts 2.7-12
Discernir e apresentar a verdade de Deus Aplicar a Palavra ou sabedoria de Deus a situações específicas
Capacidade de apreender e aplicar a revelação dada
João 1 Jo 1.1-3
Entender e expor sabedoria da parte de Deus Revelação de Deus sobre pessoas, circunstâncias ou verdades bíblicas
A verdade entendida em seu sentido espiritual 1 Co 2.6-12
Paulo Cl 2.2-3
6λ6€ω
Rm 12.8
Apostolado α
ο σ τ ο λ ο ς
1 Co 12.28 Ef4.ll
Evangelismo ε υ α γ γ ε λ ι σ τ ή ς
Ef4.ll
Pastor/Mestre οιμηνς
Rm 12.7; Ef 4.11
Palavra da Sabedoria λ ο γ ο ς
σ ο φ ί α ς
1 Co 12.8
Palavra do Conhecimento λ ο γ ο ς
γ ν ω σ β ω ς
1 Co 12.8
39. Síntese dos Dons Espirituais (continuação) Dom Fé m c rrLç
Descrição
Resultado
Exemplo
Confiar em Deus implicitamente para realizar feitos inc om uns
R ealização de gra nde s tare fa s
E stê vã o Atos 6.5
Ser capaz de curar enfermidades
Curas completas At 3.6-7
Pedro e João - A t 3.6-7 Paulo - At 20.9-12
Ser capaz de realizar obras de poder
As pessoas temem a Deus At 5.9-11
Paulo At 13.8-11
Identificar o poder pelo qual um mestre ou profeta fala
Desmascarar os falsos profetas 1 Jo 4.1
Crentes de Corinto 1 Co 14.29
Falar em uma língua não entendida por aquele que fala
Louvor a Deus enten dido pelas pesso as que co nh ec em a língua falada (At 2.1-12) Ação de graças a Deus que pod e ser en te nd ida se alguém interpretar a língua falada (1 Co 14.5,16,27-28)
Os discípulos
Tornar as “línguas” inteligíveis
Confirmação da língua estrangeira 1 Co 14.27-28
1 Co 12.9
Cura ί μ
1 Co 12.9
Milagres υν μά
1 Co 12.10
Discernimento ÔLüKpLGLÇ
1 Co 12.10
Línguas γλω
ά
1 Co 12.10
Interpretação ερ μη ν εί
1 Co 12.10
40. Pontos de Vista Acerca das “Línguas” Categoria
Tradicional
Pentecostal
Carismático
Natureza das Línguas
As línguas de Atos são línguas humanas, ao passo que as línguas de 1 Coríntios são línguas humanas, línguas celestiais ou angélicas, ou expressões de êxtase.
As línguas de Atos são línguas humanas, ao passo que as línguas de 1 Coríntios são línguas celestiais ou angélicas.
As línguas de Atos são línguas humanas, ao passo que as línguas de 1 Coríntios são línguas celestiais ou angélicas.
Conteúdo das Línguas
Glossolália é orar a Deus em uma língua que não se estudou. Alguns acreditam que os relatos do Novo Testamento acerca de “línguas” referem-se a uma língua conhecida que é dirigida a Deus em louvor e ação de graças. Nunc a se pretende que as línguas sejam equivalentes à profecia no sentido de serem dirigidas a pessoas.
As línguas podem ser orações a Deus ou podem ser a maneira pela qual Deus fala ao seu povo, sendo equivale nte à profecia, caso seja interpretada.
As línguas podem ser orações a Deus ou podem ser um meio pelo qual Deus fala ao seu povo, sendo equivalente à profecia, caso haja interpretação.
Necessidade das Línguas
Os dispensacionalistas crêem que as línguas tiveram um valor limitado na igreja primitiva, para demonstrar como Deus fez a transição de Israel para a igreja. A maior parte deles concorda que elas tam bém eram usadas para edificar a igreja quando acompanhadas pelo dom de interpretação de línguas. Hoje elas não são necessárias.
As línguas não somente significam a presença e 0 poder do Espírito, mas também dão a capacidade de falar a Deus por meio do Espírito sobre questões que a mente não é capaz de expressar. O dom de línguas também é concedido a alguns cristãos para transmitir a vontade de Deus.
Nem todos os cristãos falam em línguas, e o Espírito está presente em todo cristão, mas 0 cristão recebe um poder especial pela liberação do poder do Espírito através das línguas, que são concedidas a alguns cristãos para transmitir a vontade de Deus à igreja, para a sua edificação.
Propósito das Línguas
O propósito primordial das línguas foi demon strar a transição da nação de Israel para as nações de todo 0 mundo. Elas não são um indício normativo de que alguém recebeu 0 Espírito de Deus ou um segundo batismo do (ou no) Espírito.
As línguas são a evidência inicial e necessária de que alguém recebeu o Espírito ou a capacitação do Espírito por meio do batismo do Espírito Santo. Alé m disso, elas são usadas pelo crente cheio do Espírito para orar com mais eficácia. Os pentecostais divergem quanto a se a pessoa recebe o Espírito de Deus no mom ento da conversão ou somente com 0 batismo do Espírito.
As línguas são um indício (mas não o único) de que alguém possui a plenitude do Espírito de Deus. Todos os cristãos têm o Espírito a partir da conversão, mas a plenitude ocorre quan do se deixa que Deus assuma o controle da vida. Essa não é uma segunda bênção, mas o reconhecimento do poder de Deus. As línguas ajudam a pessoa a orar no Espírito.
Duração das Línguas
As línguas cessaram após a conclusão do Novo Testamento. Hoje não existe nenhuma evidência fidedigna do dom miraculoso de falar línguas estranhas.
As línguas têm persistido ao longo dos séculos, reaparecendo em vários períodos da história da igreja em que tem ocorrido um desejo mais forte de espiritualidade.
As línguas têm persistido ao longo dos séculos, reaparecen do em vários períodos da história da igreja em que tem ocorrido um desejo mais forte de espiritualidade.
41. Comparação entre os Anjos, os Seres Humanos e os Animais Categoria Imagem de Deus
Seres H um anos
Anjos
Animais
N ão
Sim
Não
Imaterial/espírito
Imaterial/físico
Material/físico
Influência por meio de seres humanos
Influenciado por espíritos
Sem casamento, mas com propagação
Sem casamento ou propagação
Casamento/propagação
Pe rso na lid ad e
Plena personalidade Ênfase na vontade/obediência
Plena personalidade Enfase na vontade/obediência
Personalidade parcial Enfase na subordinação
Pe ca do
Rebeldia arrogante: desejo de ser “como Deus”
Rebeldia arrogante: desejo de ser “como Deus”
Não -m oral, deriv ado do ho mem ou de Satanás (Gn 3)
Relação com Deus
Direta Celestial/terrena
Direta Terrena/celestial
Indireta Terrena sob o homem
Função/Propósito
Influê nc ia n a te rra sob D eus
D om ínio n a te rr a sob D eus
Serviço na terra sob o homem
N atureza/Existência Corpo
Adaptada de uma tabela de Lanier Burns. Usada mediante permissão.
42. Os Filhos de Deus em Gênesis 6 Posição
Criaturas Angélicas
Setitas Apóstatas
Déspotas Ambiciosos
Pessoas
Anjos caídos coabitam com belas mulheres
Setitas ímpios casam-se com cainitas depravadas
Chefes despóticos casam-se com muitas esposas
Perversão
Perversão da raça hum ana pela intromissão de anjos
Corrupção da linhagem santa por meio de casamentos mistos
Poligamia dos príncipes cainitas para expandir 0 seu domínio
Progênie
Gigantes monstruosos
Tiranos ímpios
Líderes dinásticos
Provas
A referência a anjos como “filhos de Deus”
A ênfase a homens no contexto
A antigüidade desta interpretação
As referências neotestamentárias ao pecado angélico de Gênesis 6 em 2 Pedro 2.4-5 e Judas 6-7
A base do pecado human o como razão para o Dilúvio
O uso bíblico de “deus” em referência a governantes e juizes
A antigüidade do conceito
O desenvolvimento temático de Gênesis 4 e 5
A referência no contexto ao surgimento de dinastias ímpias
A explicação satisfatória de que alguns anjos estão presos e outros não
A aversão a casamentos entre ju st os e ím pi os em Gên es is e outros lugares
A prática de chamar os reis de “filhos de Deus” no oriente próximo
A referência nos antigos relatos à origem da realeza pouco antes do Dilúvio
Problemas
Proponentes
As impossibilidades psicológicas e fisiológicas de cas amento s angélicos
A dificuldade textual de tornar o termo “homens” de Gênesis 6.1 diferente de “homens” no versículo 2
A falta de evidência de que tal sistema foi estabelecido n a linhagem de Caim
A probabilidade de que “anjos de Deus” refira-se a homens, já que em outr os lu ga res aplica-se a homens
A ausência da expressão exata “filhos de Deus” aplicada aos crentes no Velho Testamento
A falta de evidência de que o termo “filhos de Deus” foi tomado da literatura contemporânea
A impossibilidade de explicar a origem dos gigantes e valentes simplesmente por intermédio de casamentos mistos
O fato de que nenhu m autor da Escritura jamais considerou os reis como deuses
Hengstenberg, Keil, Lange, Jamieson, Fausset, Brown, Henry, Scofield, Lincoln, Murray, Baxter, Scroggie, Leupold
Kaiser, Birney, Kline, Cornfield, Kober
Albright, Gaebelein, Kelly, Unger, Waltke, Delitzsch, Bullinger, Larkin, Pember, Wuest, Gray, Torrey, Meyer, Mayor, Plummer, Alford, Ryrie, Smith
43. O Ensino Bíblico Acerca dos Anjos Origem
Os anjos foram criados por Deus (Cl 1.16) como seres santos (Mc 8.38), antes da criação da terra (Jó 38.7), por um fiat divino (SI 148.2,5).
Natureza
Os anjos foram criados com a capacidade de comu nicar-se e com um a personalidade expressa por intelecto (1 Pe 1.12), emoção (Jó 38.7) e vontade (Is 14· 121 5 ), mas nunc a se diz que possuem a imagem de Deus, como o ser hum ano. Eles são seres com localização definida (Dn 9.21-23), imortais (Lc 20.36) e têm um conh ecimen to limitado (Mt 24-36). São no rmalmen te invisíveis (Cl 1.16), mas têm aparecido a pessoas na forma de seres masculinos (Gn 18.1-8), às vezes como homens mu itos incomuns (Dn 10.5-6) e por vezes com algum tipo de fulgor sobrenatural (Mt 28.3) ou como seres viventes extraordinários no céu (Ap 4.6-8). Geralm ente a sua aparência leva o ser hum ano envo lvido a responder com tem or e agitação (Lc 1.29).
Condição Espiritual
Embora todos os anjos tenha m sido criados bons, existem agora duas categorias morais: santos e eleitos (Mc 8.38; 1 Tm 5.21) e ímpios e imundos (Lc 8.2; 11.24-26). Eles estão aliados a Deus (João 1.51) ou a Satanás (Mt 25.41).
Semelhanças com o Homem
Criados por Deus, com localização definida, responsáveis diante de Deus Qo 16.11), limitados no conhecimento (Mt 24.36)
Diferenças em Relação ao Homem
Diferente ordem de ser (Hb 2.5-7), invisíveis, não procriam (Mt 22.28-30), maiores em inteligência, força e rapidez (2 Pe 2.1 1), não suj eitos à morte física.
Classificação
Principados, potestades, dom inadores do m und o (Ef 6.12), domínios (Ef 1.21), soberanias (Cl 1.16).
Não Caídos
Caídos
Propósito
Promover o program a de Satanás de oposição a Deus (Ap 12.7) incitando a rebelião (Gn 3), a idolatria (Lv 17.7), falsas religiões (1 Jo 4.1-4) e a opressão da humanidade.
Servir a Deus no culto (Ap 4.6-11), no ministério (Hb 1.7), como mensageiros de Deus (SI 103.20), agir no governo de Deus (Dn 10.13,21), protegendo o povo de Deus (SI 34.7), executand o o juízo de Deus (G n 19.1).
Relação com os Crentes
Promover a guerra (Ef 6.10-18), acusar (Ap 12.10), semear a dúvida (Gn 3.1-3), induzir ao pecado (Ef 2.1-3), perseguir (A p 12.13), impedir 0 serviço (1 Ts 2.18), perturbar a igreja (2 Co 2.10-11).
Revelar a verdade (G1 3.19), guiar (Mt 1.20-21), suprir necessidades físicas (1 Rs 19.6), proteger (Dn 3.24-28), libertar (At 5.17-20), encorajar (Atos 5.19-20), agir em resposta à oração (Dn 9.20-24), acompanhar os mortos (Lc 16.22).
Relação com Cristo na Terra
Satanás tentou a Cristo (Mc 1.13), levou as pessoas a traí-lo e matálo (Lc 22.3-4); Cristo expulsou os demônios e finalmente os derrotou na cruz (Cl 2.15).
Anunciaram o nascimento de Cristo (Lc 1.26-38), guiaram José a um lugar seguro (Mt 2.14), ministraram a Cristo (Mt 4.11; Lc 22.43), anunciaram a sua ressurreição (Mt 28.2-4), ascensão e retorno (At 1.11).
Lugar de Habitação
Regiões celestes ou espirituais (Ef 6.12), abismo (Ap 9.1-11), pessoas (Mc 9.14-29), trevas (Judas 6).
Na pr esen ça de Deus (Is 6.1-6), lugares celestiais (Ef 3.10)
Destino
Derrotados por Cristo (Cl 2.1 5), lançados 11o abismo durante o Milênio (Ap 20.1-2), lançados 11o lago do fogo como punição final (Ap 20.10).
Estar na presença de Deus e na presença de Cristo no seu reino (Ap 21-22)
Anjos Específicos
Satanás
Miguel, Gabriel
44. A Doutrina de Satanás e dos Demônios Satanás Hebraico sãtã n, grego sa ta na s = adversário, opositor (1 Cr 21.1; Jó 1.6; Jo 13.27; At 5.3; 26.18; Rm 16.20) Nomes e Títulos Textos Bíblicos
A Doutrina de Satanás Categorizada
Escritura
Abadom
Ap 9.11
Acusador de nossos irmãos
Ap 12.10
Adversário
1 Pe 5.8
Anjo do abismo
Ap 9.11
Antiga serpente
Ap 12.9; 20.2
Apoliom
Ap 9.11
Assassino
Jo 8.44
Belzebu
Mt 12.24; Mc 3.22; Lc 11.15
Belial
2 Co 6.15
Deus deste mundo
2 Co 4.4
Diabo
Mt 4-1; Lc4-2; Ap 20.2
Dominador deste mund o tenebroso
Ef 6.12
Espírito imun do
Mt 12.43
Espírito maligno
1 Sm 16.14
Espírito mentiroso
1 Rs 22.22
Espírito que atua nos filhos da desobediência
Ef 2.2
Grande dragão vermelho
Ap 12.3
Império das trevas
Cl 1.13
Inimigo
Mt 13.39
Maioral dos demônios
Mt 12.24
Maligno
Mt 13.19,38
Mentiroso
Jo 8.44
Pai da mentira
Jo 8.44
Príncipe da potestade do ar
Ef 2.2
Príncipe deste mundo
Gn 3.4,14; 2 Co 1.3
Serpente
Jo 12.31
Tentador
Mt4.3; lTs 3.5
Sutil (Gn 3.1), provocador (1 Cr 21.1), senhor dos reinos e da glória do mundo (Mt 4-8), assassino e mentiroso (Jo 8.44), cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, aquele que perverte os retos caminhos do Senhor (At 13.10). Tem poder, sinais e prodígios da mentira (2 Ts 2.9). Pecador desde o princípio (1 Jo 3.8), sedutor de todo o m und o (Ap 12.9). Pode aparecer como um anjo de luz (2 Co 11.14). Conduz os seus seguidores (1 Tm 5.15). Seus filhos são chamados de joio (Mt 13.38).
Descrição
Atividades/ Descrição Geral. Incita (1 Cr 21.1), passeia pela terra (Jó 1.7), pode causar enferm idades físicas Obras
(Jó 2.7), pode cegar pessoas (Lc 13.16), cega espiritualmente os incrédulos (2 Co 4.4), lança dardos inflamados (Ef 6.16), impede (1 Ts 2.18), condena e prende (1 Tm 3.6-7), procura devorar (1 Pe 5.8), arrebata a Palavra de Deus semeada (Mt 13.19), quer alcançar vantagem (2 Co 2.11), transforma-se em anjo de luz (2 Co 11.14). Exemplos específicos: feriu o calcanhar de Cristo (Gn 3.15), tentou a Jesus (Mt 4-1), quis peneirar Simão Pedro como trigo (Lc 22.31), entrou em Judas e o persuadiu a trair a Jesus (Jo 13.2,27), encheu o coração de Ananias para que mentisse (At 5.3), lançará alguns na prisão (Ap 2.10).
Deve receber permissão de Deus (Jó 1.12), sua cabeça foi esmagada por Cristo, cujo calcanhar feriu (Gn 3.15), pode ser resistido (Tg 4.7), pode ser vencido (1 Jo 2.13), vencido pelo sangue do Cordeiro (Ap 12.11), não pode tocar os que são nascidos de Deus (1 Jo 5.18).
Limitações
Sua cabeça foi esmagada por Cristo (Gn 3.15), será esmagado pelo Deus da paz (Rm 16.20), seu poder da morte foi destruído por Jesus (Hb 2.14), suas obras são destruídas pelo Filho de Deus (1 João 3.8), preso por mil anos (Ap 20.2), lançado no abismo (Ap 20.3), solto após mil anos para seduzir as nações (Ap 20.7-8), lançado no lago do fogo (Ap 20.10), repreendido pelo Senhor (Zc 3.2), condenado ao fogo eterno (Mt 25.41), expulso do céu (Lc 10.18), julgado por Deus (Jo 16.11).
Destino
44. A Doutrina de Satanás e dos Demônios (continuação) Demônios Grego dai mon , Ocorrências na Escritura
da im on io n, espíritos
Textos Bíblicos
Proibição do culto aos demônios
Lv 17.7; Dt 32.17; 2 Cr 11.15; SI 106.37; Zc 13.2; Mt 4.9; Lc 4.7; Ap 9.20; 13.4
Exemplos de possessão demoníaca
1 Sm 16.14-23; 18.10-11; 19.9,10
Os dois gadarenos
Mt 8.28-34; Mc 5.2-20
O h o m e m m u do
Mt 9.32-33
O h omem cego e mudo
Mt 12.22; Lc 11.14
A filha da mulher sirofenícia
Mt 15.22-29; Mc 7.25-30; Lc 9.37-42
O jovem lunático
Mt 17.14-18; Mc 9.17-27
O homem na sinagoga
Mc 1.23-26; Lc 4.33-35
Muita s pessoas são libertas por Jesus
Mt 4.24; 8.16,30-32; Mc 3.22; Lc 4.41
Autoridade sobre os demônios concedida aos discípulos
Mt 10.1; Mc 6.7; 16.17
Expulsos pelos discípulos
Mc 9.38; At 5.16; At 8.7; 16.16-18; 19.12
Os discípulos incapazes de expulsar demônios
Mc 9.18, 28-29
Os filhos de Ceva exorcizam demônios
At 19.13-16
A parábola do home m repossuído
Mt 12.43-45
Jesus falsamente acusado de ter demônio
Mt 3.22-30; Jo 7.20; 8.48; 10.20
Testificam sobre a divindade de Jesus
Mt 8.29; Mc 1.23-24; 3.11; 5.7; Lc 8.28; At 19.15
Adversários das pessoas
Mt 12.45
Enviados para causar discórdia entre Abimeleque e os siquemitas
J: 9.23
Deram m ensagens aos falsos profeta s
1 Rs 22.21-23
C rêem e trem em
T g 2.19
Serão julgados
Mt 8.29; 2 Pe 2.4; Jd 6
A sua punição
Mt 8.29; 25.41; Lc 8.28; 2 Pe 2.4; Jd 6; Ap 12.7-9
Possessão (Maria Madalena)
Mc 16.9; Lc 8.2,3
caídos A Doutrina dos Demônios Categorizada
Anjos que caíram com Satanás (Mt 12.24), divididos em dois grupos. Um grupo atua em oposição ao povo de Deus (Ap 9.14; 16.14) e outro está confinado na prisão (2 Pe 2.4; Jd 6); são inteligentes (Mc 1.24), conhecem o seu destino (Mt 8.29), conhecem o plano de salvação (Tg 2.19), têm sua própria doutrina (1 Tm 4.1-3).
Descrição
Atividades/ Procuram frustrar o plano de Deus (Dn 10.10-14; Ap 16.13-16), Obras
causam enfermidades (Mt 9.33; Lc 13.11-16), possuem animais (Mc 5.13), promovem falsas doutrinas (1 Tm 4.1), influenciam nações (Is 14; Ez 28; Dn 10.13; Ap 16.13-14), possuem incrédulos (Mt 9.32-33; 10.18; Mc 6.13).
Limitados no espaço como os anjos não caídos (Mt 17.18; Mc 9.25), são usados por Deus para seus propósitos quando ele deseja (1 Sm 16.14; 2 Co 12.7), podem ser expulsos e retorn ar à pessoa da qual foram expulsos (Lc 11. 24-26).
Limitações
Alguns que eram livres na época de Cristo foram lançados no abismo (Lc 8.31), alguns agora confinados serão soltos durante a tribulação (Ap 9.1-11; 16.13-14), serão para sempre lançados com Satanás no lago de fogo (Mt 25.41).
Destino
45. Nomes de Satanás Título
Passagem
Ênfase
Satanás
Adversário
Mateus 4.10
Diabo
Acusador
Mateus 4.1
Maligno
Intrinsecamente mau
João 17.15
Grande dragão vermelho
Criatura destruidora
Apocalipse 12.3,7,9
Antiga Serpente
Enganador do Éden
Apocalipse 12.9
Abadom
Destruição
Apocalipse 9.11
Apoliom
Destruidor
Apocalipse 9.11
Adversário
Opositor
1 Pedro 5.8
Belzebu
Senhor das moscas (Baalzebu)
Mateus 12.24
Belial
Imprestável
2 Coríntios 6.15
Deus deste mundo
Controla a filosofia deste m undo
2 Coríntios 4-4
Príncipe deste m undo
Governa no sistema do m undo
João 12.31
Príncipe da potestade do ar
Controle dos crentes
Efésios 2.2
Inimigo
Opositor
Mateus 13.28; 1 Pedro 5.8
Tentador
Incita as pessoas a pecar
Mateus 4.3
Homicida
Leva as pessoas à morte eterna
João 8.44
Mentiroso
Perverte a verdade
João 8.44
Acusador
Opõe-se aos crentes diante de Deus
Apocalipse 12.10
Adaptado de Paul Enns, permissão.
The Moody Handbook of Theology [Manual
de Teologia Moody] (Chicago: Moody Press, 1989), p. 293. Usado mediante
46. Teorias Acerca da Constituição do Homem Dicotomia O Homem como um Ser Duplo Argumentos a Favor
Argumentos Contra
Deus assoprou no hom em apenas um princípio uma alma vivente (Gn 2.7).
O texto hebraico está no plural: “Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida (vidas), e o homem passou a ser alma vivente.”
A parte imaterial do ser humano (a alma) é vista como uma vida individual e consciente, capaz de possuir e animar um organismo físico (corpo).
Paulo declara que o homem tem tanto um espírito como uma alma, que estão alojados em um corpo físico (1 Ts 5.23).
Os termos “alma” e “espírito” parecem ser usados indiferentemente em algumas passagens (Gn 41.8 e SI 42.6; Mt 20.28 e 27.50; Jo 12.27 e 13.21; Hb 12.23 e Ap 6.9).
Hebreus 4.12 fala da separação entre a alma e 0 espírito. Se eles fossem o mesmo, não poderiam ser divididos.
“Espírito” (bem como “alma”) é atribuído à criação irracional (Ec 3.21; Ap 16.3).
0 termo “espírito” ou “alma” pode ser aplicado à “vida” animal ou “animação,” mas nunca no sentido especial em que espírito ou alma humanos são utilizados. Ao contrário dos animais, os espíritos humanos continuam além da existência física e relacionam-se com o espírito divino de Deus (Mt 17.3; At 7.59; G1 6.8; 1 Ts 5.23; Ap 16.3).
Corpo e alma são mencionados como se constituíssem a pessoa inteira (Mt 10.28; 1 Co 5.3; 3 Jo 2).
Espírito, alma e corpo são referidos como se constituíssem a pessoa integral (Mc 12.30; 1 Co 2.14; 3.4; 1 T s 5.23).
A consciência testifica que existem dois elementos no ser do homem. Nós podemos distinguir uma parte material e uma parte imaterial, mas a consciência de ninguém pode distinguir en tre alma e espírito.
É o espírito do homem que se relaciona com o reino espiritual. A alma é a dimensão do homem que se relaciona com 0 reino mental - o intelecto, as sensibilidades e a vontade do ser hum ano - a parte que raciocina e pensa. O corpo é a parte do ser humano que tem contato ou relação com o reino físico. Hebreus 4.12 fala literalmente da separação entre alma e espírito (1 Ts 5.23; ver Jo 3.7; Rm 2.281 ;29 Co 2.14; 14.14).
46. Teorias Acerca da Constituição do Homem (continuação) Tricotomia O Homem como um Ser Tríplice Argumentos a Favor
Argumentos Contra
Gênesis 2.7 não declara de maneira absoluta que Deus fez um ser duplo. O texto hebraico está no plural: “Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida [vidas], e o homem passou a ser alma vivente.”
Não se diz que o ho mem se to rnou espírito e alma. Além disso, “alma vivente” é a mesma expressão aplicada a animais e traduzida como “ser vivente” (Gn 1.21-24).
Paulo parece pensar em corpo, alma e espírito como três partes distintas da natureza do ser humano (1 Ts 5.23). O mesmo parece ser indicado em Hebreus 4.12, texto que diz que a Palavra “penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas.”
Paulo está dando ênfase a toda a pessoa, e não tentando distinguir as suas partes. Hebreus 4-12 não fala de separação entre alma e espírito, mas da própria separação que se estende até aquele ponto. A Palavra penetra até a divisão da própria alma e do próprio espírito. A alma e o espírito são expostos.
Uma tríplice organização da natureza humana pode estar implícita na classificação do ser humano como “natural", “carnal" e “espiritual” em 1 Coríntios 2.14; 3.1-4·
Indica-se que corpo e alma constituem a pessoa inteira (M t 10.28; 1 Co 5.3; 3 Jo 2).
Em Lucas 8.55, lemos a respeito da menina que Jesus ressuscitou que “voltou-lhe o espírito [p n eu m a ]. ” Quando Cristo morreu, diz-se que ele “entregou o espírito” (Mt 27.50). “O corpo sem espírito é morto” (Tg 2.27). Pne um a refere-se a um princípio vital distinto da alma.
Pn eu ma (espírito)
e ps yc he (alma) são usados um pelo outro em todo o Novo Testamento. Ambos representam um só princípio vital.
47. As Dimensões da Imago Dei A imagem de Deus no ser humano foi distorcida, mas não eliminada (Gn 9.6; 1 Co 11.7; Tg 3.9)
Dimensão Racional
O ser humano recebeu a responsabilidade de exercer domínio sobre a terra (Gn 1.26-28; SI 8.4-9). Adão foi instruído a cuidar do jardim. Adão deu nome aos animais (Gn 2.19-20) Adão reconheceu que a mulher lhe era uma ajudadora idônea (Gn 2.22-24; ver 2.20).
Dimensão Espiritual
Adão e Eva tinham comunhão com Deus (Gn 3.8). Adão e Eva temeram a Deus após o seu pecado (Gn 3.10).
Dimensão Moral
Deus deu a Adão e Eva uma ordem moral (Gn 2.17). Adão e Eva possuíam um sentido de retidão moral (Gn 2.25). Adão e Eva reconheceram-se culpados logo após a sua transgressão (Gn 3.7) Isto parece indicar que a imagem incluía a justiça original (Gn 1.31; Ec 7.29).
Dimensão Social
Adão e Eva [presumivelmente] falavam um ao outro (Gn 2.18,23; 3.6-8; 4.1).
48. Concepções sobre a Natureza da Imago Dei Apoio
Concepção Concepção Substantiva A imagem de Deus consiste em uma característica específica física, psicológica e/ou espiritual existente na natureza humana.
Concepção Funcional A imagem de Deus consiste no que o ser humano faz.
Concepção Relacionai Somente quando temos fé (isto é, “interagimos”) em Jesus Cristo nós possuímos pl en am en te a im ag em de Deus.
Concepção Reformada A imagem de Deus no homem são as tendências conscientes do ser humano e o conhecimento verdadeiro do ser humano. Parte da imagem de Deus no homem (isto é, a sua “imagem natural”) foi obscurecida mas não destruída pelo pecado, e p ar te d a “im ag em m o ra l” de Deus foi perdida pelo ser humano em conseqüência do pe ca do , ma s é re st a ur ad a po r Cristo.
Problemas
Imagem (tselem) em Gênesis 1.26 pode ser traduzida por “estátua”; assim, a passagem pode dizer: “Façamos o homem parecido conosco.” Em João 1.14-18 (e outros lugares) fica claro que Jesus era Deus e que ele tinha um corpo humano.
Este conceito define Deus ao definir o ser humano. Deus é espírito (ver Jo 4.24). Em que sentido, então, o nosso corpo físico representa a Deus? Além disso, os pássaros e outros animais têm corpos físicos mas não se diz que foram feitos à imagem de Deus (ver Gn 1.20-23).
Gênesis 1.26-28 diz claramente que o ser humano deve governar ou ter dom ínio sobre o restante da criação. Deus claram ente governa.
Gênesis 1.27 indica que Deus criou o ser humano à sua imagem antes de lhe dar o domínio. Portanto, a Imag o De i pode ser algo diferente da capacidade de dominar.
Deus criou o “homem” macho e fêmea (Gn 1.2627), indicando o aspecto relacionai de Deus na humanidade. Êxodo 20; Marcos 12.28-31 e Lucas 10.26-27 também sugerem as dimensões relacionais de Deus e da humanidade. Toda a Palavra de Deus registra a natureza relacionai de Deus.
Gênesis 9.6 e Tiago 3.9 tornam claro que o ser hum ano não regenerado também foi criado à imagem de Deus.
Parte da imagem de Deus no ser humano está no ser espiritual, moral e imortal do homem, que foi “mutilado mas não apagado .” (Ver Gn 8.15— 9.7; SI 8.4-9; 1 Co 11.7; 15.49; Tiago 3.9;
Gênesis 1.26-28 não se refere a divisões da imagem de Deus; antes fala de uma única imagem de Deus.
Hb 2.5-8). O conhecim ento da justiça e da santidade por pa rt e do se r h u m a n o foi pe rd id o po r ca us a do pe ca do e é re st au ra d o po r C ri st o. (Ve r El 4.2225; Cl 3.9-10). Deus é consciente e possui verdadeiro conhecimento.
49. Teorias da Justiça Original Argumento
Conceito Pelagiano
Existe livre-arbítrio; não existe a chamada justiça original. “O ser humano foi dotado de razão para que pudesse conhecer a Deus; de livre-arbítrio para que pudesse escolher e praticar o bem; e da necessária capacidade de governar a criação inferior.” “Todo bem e mal, pelo qual somos aplaudidos ou acusados, não se origina em nós, mas é praticado por nós. Nascemos capazes de ambos, mas não cheios de um deles. E assim somos produzidos sem virtude, mas também sem vício; e antes da ação da sua própria vontade, existe no ser humano somente o que Deus fez.”
Tomás de Aquino
A justiça é um dom acrescentado após a criação do ser humano. A santidade primitiva era exclusivamente uma dotação ou dom sobrenatural. Como tal, ela deve ter sido estranha à natureza de Adão e foi concedida após o término da sua criação. “Deus formou o ser humano do pó... Mas quanto à sua alma, ele o formou segundo a sua imagem e semelhança... A seguir, ele acrescentou o dom admirável da justiça original...”
Agostiniano
A justiça é parte da natureza humana original. Ela era uma qualidade intrínseca da natureza do ser humano. Pelo at() criador divino, o ser humano foi constituído santo, e não somente não houve nenhum ato subseqüente, mas também não houve nenhum ato separado pelo qual ele tenha sido assim constituído. Essa natureza foi constituída de tal maneira a ser sensível aos reclamos de uma vida prudente e boa, não no sentido de um cumprimento necessário de tais reclamos, mas no sentido de uma inclinação ou disposição espontânea para tal cumprimento.
50. Teorias do Pecado Original Conceito Pelagianismo
Argumento A alma humana é criada por Deus (cm cada indivíduo, no sen nascimento ou próximo dele).
A alma humana é criada sem corrupção. A influência do pecado de Adao 1 a de um exemplo. O ser humano tem uma vontade livre. A graça de Deus 6 universal, uma vez que todos os seres humanos têm livre-arbítrio; os adultos po de m obter pe rd ão po r meio do batismo. Assim, 0 pecado de Adao não alela diretamente a outros, não existe nenhum pecado original e 0 ser humano não é depravado. Como o ser humano não nasce em pecado, é lhe possível ser preservado e nunca necessitar de salvação.
Arminianismo
0 sei humano recebe de Adão uma natureza corrompida, mas não recebe a culpa de Adão. 1 ssa natureza é corrompida física e intelectualmente, mas não volitivamente. Λ graça preveniente capacita o ser humano a crer. Assim, o ser humano não 6 inteiramente depravado, mas ainda retém a volição para buscar a Deus.
Calvinismo
Cada indivíduo está relacionado com Adão. Existem dois conceitos básicos: Chefia Federal (conceito criacionista da origem da alma)
O indivíduo recebe dos pais a natureza física. Deus cria cada alma. Adão foi nosso representante, conforme ordenado por Deus. Essa representação é paralela de estar em Cristo para a justiça. Chefia Natural (conceito traducianista da origem da alma—A gostinho)
O indivíduo recebe dos pais a natureza física e a alma. Assim, todas as pessoas estavam presentes em Adão de modo germinal ou seminal. Cada indivíduo participa do pecado de Adão. Assim, cada indivíduo herda o pecado de Adão.
51. A Imputação do Pecado de Adão Passagem-Chave: Romanos 5.12-21 /Expressão-Chave: è(f) ώ TTaisreç ήμαρτο ν (v. 12d) Distinção dos Conceitos Conceito do Exemplo
Conceito da Solidariedade
O pecado de Adão foi um pequeno ato de desobediência que afetou somente a ele mesmo. Romanos 15.12d refere se aos pecados exclusivamente pessoais de indivíduos que seguiram o exemplo de Adão, cometeram pecados e, portanto, são culpados diante de Deus.
Existe uma solidariedade entre Adão e a sua raça, de modo que Paulo pode dizer que um pecou (ver 5. 13 19 ) e ao mesmo te mpo dizer que todos pecaram (ver 5.12). Ambas as declarações referem-se à queda.
Seminalismo
A união entre Adão e a sua posteridade é biológica e genética, de modo que Adão incorporava todos os seres humanos em uma única entidade coletiva, é assim todas as pessoas são co pecadoras com Adão.
Federalismo
A união entre Adão e a sua posteridade é devida ao fato de que Deus o nomeou como o cabeça representativo da raça humana. O que Adão fez é debitado à sua posteridade.
Imputação Mediata (Indireta)
Imputação Imediata (Direta)
As pessoas têm uma natureza corrompida imputada a elas -o efeito do pecado de Adão. Assim, a depravação hereditária é imputada. Todos pecaram porque todos herdaram a corrupção natural de Adão.
O primeiro pecado de Adão foi imputado a todas as pessoas. Todas as pessoas foram julgadas em Adão, o nosso representante, e declaradas culpadas.
51. A Imputação do Pecado de Adão (continuação) Compreendendo os Conceitos Ponto de Vista
Ao nascer, qual é a condição da pessoa em relação a Deus?
Quais são os efeitos do pecado de Adão sobre a sua posteridade?
E inocente e capaz de obedecer a Deus.
Não teve nenhum efeito. O
Tem uma natureza pecaminosa, mas ainda é capaz de cooperar com o Espírito pela graça preveniente.
Realismo
Federalismo
Pelagianismo*
Arminianismo*
Como todos pecaram?
O que é imputado (debitado na conta de alguém)?
Todos escolheram pecar seguindo o exemplo de Adão.
Somente os pecados pessoais do indivíduo.
Corrompeu-a física e intelectualmente, mas a culpa do pecado de Adão não lhe foi imputada.
Todos conscientemente ratificam o ato de Adão por meio de pecados pessoais.
Somente os pecados pessoais do indivíduo.
Toda a sua natureza está contaminada pelo pecado; está sob condenação e é incapaz de merecer o favor salvífico de Deus.
Trouxe culpa pessoal, corrupção e morte para todos.
Iodos participam do pecado de Adão, que é o cabeça natural da raça humana.
O pecado de Adão, a culpa, uma natureza corrupta e os próprios pecados da pessoa. (O Realismo e o Federalismo diferem somente quanto ao modo da imputação.)
Toda a sua natureza está contaminada pelo pecado; está sob condenação e é incapaz de merecer o favor salvífico de Deus.
Trouxe condenação e contaminação pelo pecado à natureza inteira de todos.
Causa mediata: Todos pecam porque possuem uma natureza corrupta herdada de Adão. Causa imediata: Todos pecam porque todos são constituídos pecadores por causa do pecado de Adão.
Imputação mediata: Uma natureza corrupta e os próprios pecados da pessoa. Imputação imediata: A culpa do pecado de Adão, uma natureza corrompida e os próprios pecados da pessoa.
pecado de Adão afetou somente a ele mesmo.
Causa mediata: todos pecam porque possuem uma natureza corrompida herdada de Adão.
*O Pelagianismo e o Arminianismo subscrevem em diferentes proporções o conceito de que as pessoas pecam por seguirem o exemplo de Adão.
51. A Imputação do Pecado de Adão (continuação) Avaliando os Conceitos Ponto de Vista
Tradução de έ φ ' ώ em Romanos 5.12
Crítica
Conceito do Exemplo
“é por isso que”
O tempo aoristo de ή μ α ρ τ ο ν sugere que todos pecaram em ou com Adão, e não depois de Adão. Em 5.15-19 afirma-se cinco vezes que somente um pecado causou a morte de todos. O conceito do exemplo ignora a analogia entre Adão e Cristo.
Seminalismo
“em quem” (isto é, em Adão)
Hebreus 7.9-10 fornece o exemplo de um homem (Abraão) que inclui outro (Levi). O seminalismo enfraquece a analogia entre Adão e Cristo, propõe um sentido não comprovado para έ φ ' ώ nos escritos paulinos e levanta certas questões absurdas (por exemplo: Alguém pode agir antes de “existir”? Por que não somos responsáveis pelos pecados posteriores de Adão?).
Conceito da Imputação Mediata
“porque”
έφ' ψ
Federalismo Imediato
“porque”
O federalismo imediato enfrenta o problema de explicar como o pecado de um homem, Adão, pode ser co ntado contra toda a raça humana. Deuteronômio 24.16 diz que “cada qual será morto pelo seu pecado,” o que parece contradizer o conceito federalista. Além disso, uma culpa alheia (ser acusado pela culpa de outro) parece ser injusta.
significa “porque” em 2 Coríntios 5.4 (ver Fp 3.12; 4.10). A imputação mediata enfrenta certas dificuldades contextuais em Romanos 5: (1) ά μ α ρ τ α ν ω não significa “ter uma natureza corrompida”; (2) tanto Adão como a sua posteridade morrem por causa da única transgressão de Adão (vv. 12, 18-19) e não é citada nenhuma condição intermediária; (3) ■ γ ά ρ (5.13-14) introduz uma explicação que não é consistente com o argumento de 5.12 se este conceito for adotado.
52. Teorias sobre a Natureza do Pecado Fonte
Teoria
Ensino
Dualismo
Filosofia Grega e Gnosticismo
O ser humano tem um espírito derivado do reino da luz e um corpo com sua vida animal derivado do reino das trevas. Assim, o pecado é um mal físico, a contaminação do espírito por meio da sua união com um corpo material. O pecado é vencido ao se destruir a influência do corpo sobre a alma.
Egoísmo
Strong
Pecado é egoísmo. É preferir as próprias idéias ao invés da verdade de Deus. E preferir a satisfação da própria vontade ao invés de fazer a vontade de Deus. E amar-se a si próprio mais do que a Deus. Pode manifestar-se na forma de sensualidade, incredulidade ou inimizade contra Deus.
Pelagiana
Pelágio
O pecado de Adão prejudicou somente a ele próprio. Todas as pessoas nascem no mundo no mesmo estado em que Adão foi criado. Elas têm 0 conhecimento do que é mau e a capacidade de fazer tudo o que Deus requer. O pecado, portanto, consiste apenas na escolha deliberada do mal.
Agostiniana
Agostinho
Todas as pessoas possuem uma depravação inerente e hereditária que inclui tanto culpa quanto corrupção. Nós ofendemos a santidade de Deus por causa de atos deliberados de transgressão e da ausência de sentimentos corretos. Porém, pecado é negação; ele não é necessário.
Católica Romana
Ensino da igreja e tradição
O pecado original é transmitido a todas as pessoas. Nós nascemos em pecado e somos oprimidos pela corrupção da nossa natureza. Essa privação da justiça permite que as capacidades inferiores da natureza humana ganhem ascendência sobre as superiores, e a pessoa cresce em pecado. A natureza do pecado é definida como a morte da alma. Portanto, o pecado consiste na perda da justiça original e na desordem de toda a natureza.
Definição Bíblica
Escrituras
A Bíblia usa muitos termos para descrever a natureza do pecado: ignorância (Ef 4.18), erro (Mc 12.24-27), impureza, idolatria (G1 5.19-20), transgressão (Rm 5.15) etc. A essência do pecado está em colocar algo mais no lugar de Deus. E qualquer coisa que fica aquém da sua glória e perfeição. Pecado é desobediência.
53. Definição dos Termos Básicos da Salvação Termo
Textos Bíblicos
Definição
Eleição
Mt 22.14; At 13.48; Ef 1.4; 2 Ts 2.13
Aquele aspecto do propósito eterno de Deus pelo qual ele determ ina de maneira certa e eterna, por meio de uma escolha amorosa e incondicional, quem irá crer. Não é simplesmente a intenção de Deus de salvar todos os que possam crer; antes, ela d eterm ina qu em irá crer.
Onisciência
SI 139.1-4; Is 40.28; Rm 11.33; Hb 4.13
Refere-se ao conhecimento de Deus de tudo o que é ou poderia ser. Ele tem pleno conhecim ento de si mesmo e de toda a sua criação. Ele conhece desde a eternidade tudo o que efetivamente ocorrerá e também tudo 0 que poderia ocorrer.
Presciência
At 2.23; Rm 8.29; 11.2; Ef 1.5
O conhec imento seletivo de Deus que torna alguém objeto do amor de Deus; é mais do que um mero co nhecim ento ou cognição antecipada. O termo concentra-se na motivação de Deus para agir, relacionandose com as pessoas e não com o que as pessoas irão ou não irão fazer.
Pré-ordenação
Ef 1.5
A predeterminação por parte de Deus de todas as coisas que ocon em n a sua criação, tanto os eventos qua nto as ações de uma pessoa. Todas as coisas que acontecem fora de Deus são determinadas por ele e são certas.
Predestinação
Rm 8.29-30
Difere da pré-ordenação em que esta se refere à determinação de todas as coisas, ao passo que a predestinação se refere especificamente à determinação dos eleitos e sua conformidade com a imagem de Cristo. A predestinação nunc a ocorre no sentido de alguém ser pre destinado para a condenação.
Vocação
Geral: Mt 22.14; João 3.16-18
Geral: O chamado do Evangelho por meio da proclamação, no qual todas as pessoas são convidadas a receberem a Cristo.
Eficaz: Jo 6.44; Rm 8.28-30; 1 Co 1.23-24
Eficaz: A aplicação da palavra do Evangelho aos eleitos. O Espírito Santo faz essa obra somente nos eleitos e ela resulta em salvação.
Salvação
Jo 3.16-17; 6.37; At 4.12
A consumação da eleição: o somatório de toda a obra de Deus em favor do ser humano, libertando o de sua condição de perdição no pecado e apresentando-o em glória. E recebida por meio da fé, mas a fé não é uma causa ou razão pela qual Deus justifica a pessoa. A causa da salvação de Deus está inteiramente nele mesmo, e n ão no ser hum ano (Rm 9.12,16).
Reprovação
Is 6.9-10; Rm 9.27; 11.7
A atitude passiva de Deus^no sentido de omitir algumas pessoas na concessão da salvação. E uma expressão da justiça de Deus ao condená-las à punição etern a dos seus pecados.
54. Concepções Acerca da Salvação Sistema Teológico
P r o p o n e n te s
S ignificado da Salvação
O b s t á c u l o à S a l v a ç ão
Meio de Salvação
Teologia da Libertação
Gustavo Gutiérrez; muitos sacerdotes católicos romanos latino-americanos; representada pela Teologia Negra, Teologia Feminista e Teologias do Terceiro Mundo.
Libertação da opressão
A opressão e exploração das classes inferiores pelos poder osos
Política e revolução
Teologia Existencial
Rudolph Bultmann
Uma alteração fundamental da nossa existência, da nossa perspectiva da vida e da nossa maneira de viver. Alcançar uma “existência autêntica” ou ser chamados por Deus (ou pelo evangelho) para a nossa verdadeira identidade e verdadeiro destino.
O ser humano está aprisionado pel a r acio nal ida de do seu ego e por expe riên cias passada s formadoras de identidade. Ele está vivendo uma existência inautêntica.
O ser humano precisa fazer morrer 0 seu esforço por auto-gratificação e segurança à parte de Deus, colocar a sua fé em Deus e ser aberto ao futuro. Fé significa abandonar a busca de realidades tangíveis e objetos transitórios.
Teologia Secular
Dietrich Bonhoeffer
Salvação é afastar-se da religião e aprender a ser independente de Deus, atingir a maioridade, afirmar-se e envolver-se no mundo.
A dependência de Deus e da religião torna o ser huma no imaturo e presta-se para a desonestidade intelectual e a irresponsabilidade moral.
Aba ndon ar a religião e a necessidade de Deus e tornar-se auto-suficiente e ple nam en te hum ano . Isso é alc anç ado por meio da intr ospe cçã o, afirm ação e prá tic a da inve stig ação cien tífic a (isto é, anti-sobrenatural).
Receber a graça de Deus por meio da igreja.
Pecados mortais não confessados.
Receber a graça por meio da participação nos sacramentos da Igreja.
Martin Heidegger
John A. T. Robinson Thom as J. Altizer
Teologia Católica Romana Conc ilio Vaticano 11 Karl Rahner Yves Cong ar Hans Küng
Teologia Evangélica
Martinho Lutero Jonathan Edwards João Calvino
Receber a graça quer por meio da natureza ou por meio dos sacramentos da Igreja.
Receber a graça quer por meio da natureza ou por meio da igreja. Os católicos estão incorporados na Igreja; os cristãos não-católicos estão ligados à Igreja; os nãocristãos estão relacionados com a Igreja. Salvação é mudança de posição diante de Deus, de culpado par a ino cen te.
O pecado rompe o relacionamento com Deus. A natureza humana está arruinada e se inclina para 0 mal.
Ser justificado pela fé na obra consumada de Cristo e receber o Espírito Santo de Deus, sendo regenerado, habitado e selado para o dia da redenção.
55. Comparação de Termos Soteriológicos Ensino do Velho Testamento
Ensino do Novo Testamento
Lei
Deus em sua graça estabeleceu uma aliança com 0 seu povo. A lei era simplesmente o padrão pro posto para aqueles que iriam aderir a essa aliança (Gn 17.7).
O papel da lei não é justificar, mas mostrar-nos o que é o pecado. Ela foi a mestra para conduzir-nos a Cristo (G1 2.16; 3.24).
Salvação
Inteiramente baseada na obra de Cristo. A graça era recebida indiretamente. Os crentes não sabiam como essa graça havia sido efetivada. Foi obtida pela morte futura de Cristo. A graça era me diada p or sacerdo tes e ritos sacrificiais; não se manifestava por meio de uma relação direta e pessoal com Cristo. O Espírito Santo ainda não havia vindo em sua plenitude.
Inteiramen te baseada n a obra de Cristo. Ele tomou-se maldição por nós. Ele é a propiciação pelos nossos pecados. A graça é recebida diretamente pela fé, que é um dom de Deus. O Espírito Santo habita pe rm an en temen te no cren te (Rm 3.25; G1 3.13; Ef 2.8-9).
Justificação
Deus estabeleceu uma aliança com o seu povo. Embora a aliança tenha sido certificada por um ritual externo, a circuncisão, isso não era suficiente para salvar. Também era necessária uma circuncisão do coração (Dt 10.16; Jr 4-4)· Também não era o cu mprimento da lei que salvava; a salvação vinh a por m eio da fé. Abraão creu em Deus e a sua fé lhe foi atribuída como justiça (G1 3.6). Se o cumprimento pessoal da lei tivesse sido exigido, ning uém teria sido salvo.
Nós somos justificados pela fé e m C risto. O seu sacrifício satisfez as justas exigências de Deus e ele agora considera como justos todos os que nele confiam (Rm 4-5; 5.1).
Regeneração
Não existe evidência de que os s anto s do Velho Testamento não eram regenerados. Moisés identificou um certo nú mero de judeus que tinham corações circuncidados (Dt 30.6). Eles eram “verdadeiros judeus” que foram purificados a p artir do seu interior, tend o suas vidas transformadas para conformar se à vontade de Deus (Rm 2.28-29). Isaías também descreveu certas mudanças que se assemelham à descrição feita pelo Novo Testamento acerca do novo nascimento (Is 57.15). Tais descrições parec em ser mais do que meras figuras.
A transformação espiritual operada em uma pessoa pelo Espírito Santo, pela qu al ela passa a possuir uma no va vida. A mu da nça do estado de m orte espiritual para o de vida espiritual. Uma transformação da nossa natureza (2 Co 5.17; Ef 2.1; 1Jo 4.7).
Santificação
No Antig o Testamento encontr am os casos daquilo que o Novo Testamento cham a de “fruto do Espírito”. Noé e Jó eram ambos homens justos e inculpáveis na sua conduta. Recebe atenção especial a fé de Abraão, a bondad e de José, a mansidão de Moisés, a sabedoria de Salomão e 0 auto-controle de Daniel. Esses crentes não tinham a plenitude do Espírito Santo, mas desfrutavam da sua pre sen ça (SI 51.10-12) e dos seus dons (Êx 36.1; Nm 11.26-30).
A obra de Deus visando desenvolver a nova vida e levá-la à perfeição. O afastamento do que é pecaminoso e a separação para um propósito sagrad o. Embora santificados plenam ente em Cristo, gradualmente estamos nos tornando na experiência aquilo que somos em termos de condição (Rm 6.11; 12.1; 1 Co 1.2).
Conceito
56. A Aplicação da Salvação no Tempo Aspecto
Descrição
Passagens
A vocaçã o eficaz de Deus
O ato especial de Deus chamando os eleitos para a comunhão com Jesus Cristo
Rm 8.30; 1 Co 1.9
Regeneração pelo Espírito Santo
A obra purificadora e renovadora do Espírito Santo, concedendo nova vida ao ser humano e capacitando-o a crer
Jo 3.5-8; 2 Co 5.17; Tt 3.5
Conversão pela fé em Cristo e arrependimento do pecado
O ato dos incrédulos de afastar-se do peca do e voltar-se para Cristo
Lc 24.46-47; Jo 3.16; At 2.38
Justificação pela fé
O ato de declarar os pecadores justos
Rm 3.21; 4.5; 8.33-34
Adoção como filhos do Pai celestial
A transferência do crente da alienação de Deus para a filiação
Jo 1.12; G1 4.4-5; Ef 1.5
Santificação para pratica r boas obras
A obra contínua de Deus na vida do
Tt 2.14; Hb 13.21; 1 Pe 5.10
Perseverança na Palavra de Cristo
A impossibilidade de que o crente verdadeiro decaia da graça de modo pleno e final e a sua co ntinuaç ão na fé até a morte
Jo 6.39; 10.27-30; Hb 4.14; 1 Pe 1.3-5
Glorificação com Cristo na sua volta
A redenção completa e final da pessoa inteira conformada à imagem de Cristo
Jo 14.16-17; Rm 8.29-30; Fp 3.21; 1 Jo 1.3
crente tomando-o santo
57. Argumentos Tradicionais sobre a Eleição Arminianismo Argumentos a Favor
Argumentos Contra
Deus deseja que todas as pessoas sejam salvas e não deseja a morte do ímpio (Ez 33.11; 1 Tm 2.3-4; 2 Pe 3.9).
Deus escolheu alguns para serem salvos, não todos; ele até mesmo escolheu não revelar algumas verdades a algumas pessoas (Mt 13.1016; Jo 10.24-30).
O caráter universal das ordens e exortações de Deus revelam o seu desejo de salvar todas as pessoas 0 ° 3.3,5-7; 1 Pe 1.16). Deus também faz um convite universal para todos virem a Cristo (Is 55.1; Mt 11.28; Jo 9.37-39).
O padrão de Deus não muda por causa da incapacidade humana de obedecer; a pessoa somente pode ir a Deus se Deus a atrair (Jo 6.35-40, 44-47, 65).
Todas as pessoas são capazes de crer e ser salvas, porque Deus publicou um convite universal à salvação e porque Deus deu a todas as pessoas a graça preveniente que neutraliza o pecado e possibilita que todos respondam ao evangelho. Não há necessidade de uma graça especial de Deus para a salvação.
A expressão “graça preveniente” não é encontrada na Bíblia. Paulo expressa o fato de que 0 ser humano é incapaz de voltar-se para Deus e nem mesmo busca a Deus, mas rejeita a revelação que recebeu (Rm 1.18-32; 3.10-19).
Seria injusto que Deus responsabilizasse as pessoas por algo que elas são incapazes de fazer.
“Presciência”, conforme usada na Escritura, não é simplesmente o conhecimento de eventos futuros, mas é um termo relacionai para mostrar que Deus amou e relacionou-se com os eleitos antes de eles existirem, e os escolheu para serem salvos porque decidiu amá-los, independentemente das suas ações (Rm 9.2629).
Deus escolhe alguns para a salvação e omite outros porque previu quem irá aceitar a oferta de salvação em Cristo. A presciência significa que Deus conhece de antemão quem irá receber a salvação e está intimamente ligada com a eleição (Rm 8.29; 1 Pe 1.1-2).
57. Argumentos Tradicionais sobre a Eleição (continuação) Calvinismo Argum entos a Favor
Argumentos Contra
A raça humana inteira está perdida no pecado e cada indivíduo está totalmente corrompido no intelecto, vontade e emoções pelo pecado. 0 ser huma no é incapaz de responder à oferta divina de salvação porque está espiritualmente morto (Jr 17.9; Jo 6.44; Rm 3.1-23; 2 Co 4.34 ; Ef 2.1-3).
Se 0 ser humano é incapaz de responder e não pode obedecer a Deus, en tã o como pode Deus verdadeiramente oferecer salvação a todos por meio do Evangelho e esperar obediência da pa rte do ser hu man o (Mt 11.28-30; Jo 3.16; 6.35)?
Deus é soberano em tudo o que faz e faz todas as coisas de acordo com a sua boa vontade e prazer. Ele nã o tem de prestar contas ao ser humano, porque ele é o Criador e pode escolher a quem quer salvar (Rm 9.20-21; Ef 1.5; Fp 2.13; Ap 4.11).
Deus deseja que todos sejam salvos (1 Tm 2.3-4; 2 Pe 3.9).
Deus escolheu certas pessoas para a sua graça especial, independentemente de sua ascendência física, caráter ou boas obras. Especificamente no que tange à salvação, ele escolheu salvar determinadas pessoas por meio da fé em Cristo (Jo 6.37,44,65; 15.16; At 13.48; Rm 9.6-24; Ef 1.4-5).
Deus não seria justo ao escolher somente alguns para a vida eter na e om itir outros, porque isso violaria o livre-arbítrio do ser humano para escolher e porque a oferta do Evangelho a todos não seria de boa fé.
A eleição é uma expressão da vontade soberana de Deus e é a causa da fé (Ef 2.8-10).
Deus não pode exigir que a pessoa creia se a fé vem dele.
A eleição é certamente eficaz para a salvação de todos os eleitos. Aqueles que Deus escolhe certamente chegarão à fé em Cristo (Rm 8.29-30).
Existe a possibilidade de que aqueles que vieram a crer decaiam da graça e percam a sua salvação.
A eleição é de toda a eternidade e é imutável (Ef 1.4,9-11).
Deus previu aqueles que iriam crer e os elegeu na eternidade (Rm 8.29).
58. Principais Concepções Evangélicas sobre a Eleição Arminianismo
Calvinismo
Calvinismo Moderado
Definição
A escolha condicional de Deus pela qual ele determinou quem iria crer com base na sua presçiência de quem irá exercer a fé. É o resultado da fé do ser humano.
A escolha incondicional e amorosa de Deus pela qual ele determina quem deve crer. E a causa da fé do ser humano.
A escolha incondicional e amorosa de Deus pela qual ele determina quem irá crer. E a causa da fé do ser humano.
Principais Expoentes
Jacó Armínio, João Wesley
João Calvino, Carlos Spurgeon
Millard J. Erickson
Raízes Históricas
No início do século dezessete, o pasto r hol andês Arm ínio, enquanto procurava defender as idéias de Beza, convenceu-se de que Beza e Calvino estavam errados. Mais tarde, Wesley foi além de Armínio ao enfatizar a graça preveniente.
Durante a Reforma, Calvino assimilou a ênfase de Agostinho na graça irresistível de Deus, na natureza pecam inosa do ser humano e na predestinação. Calvin o foi sucedido p or Beza, que foi um passo além.
Essencialmente uma interpretação recente.
Prós
Acentua a responsabilidade do ser humano de fazer uma escolha. Também reconhece a depravação e desamparo humanos sem a intervenção de Deus. Seu aspecto mais atraente é aceitação do livrearbítrio humano. O ser human o pode resistir à graça de Deus.
Acentua a santidade e soberania de Deus e, portanto, 0 seu direito de fazer decretos como o da eleição para a salvação. Acentua corretamente a total depravação do ser humano e sua incapacidade de escolher por si mesmo o que é certo. A doutrina predominante é a absoluta soberania de Deus, que não depende dos caprichos ou da vontade do ser humano. O ser hum ano nã o pode resistir à graça de Deus. Esse conceito é sustentado por uma imensa quantidade de evidências bíblicas.
Acentua a santidade e soberania de Deus, ao mesmo tempo que preserva a idéia da responsabilidade humana. A graça de Deus é irresistível, mas somente porque Deus escolheu torná-la tão atraente para os eleitos que eles irão aceitá-la. Em outras palavras, Deus capacita os eleitos a quererem a sua graça. Assim, Deus aciona a sua vontade soberana por meio da vontade dos eleitos. E uma posição intermediária entre 0 calvinismo tradicional e 0 arminianismo.
Contras
Deixa de acentuar a soberania de Deus. A o colocar Deus em uma posição de depe ndência das decisões de um ser criado, essa concepção dá a impressão de que Deus não tem o controle do seu universo. Além disso, o reconhecimento da doutrina da depravação total exigiu que Wesley introduzisse a idéia da graça preveniente, que não tem base bíblica.
Deixa de acentuar a responsabilidade humana. Parece obscurecer o livre-arbítrio do ser humano e, porta nto, a sua responsabilidade pelo seu pec ado. Os críticos acusam que essa posição é fatalista e destrói a motivação para o evangelismo. Problema principal: ap aren te contradiç ão lógica com a liberdade humana.
Carece de um precedente claro na história da igreja. Aproxima-se de um sofisma semântico qua ndo distingue entre Deus torna r algo certo e algo necessário (Deus decidir que algo irá acontec er em contraste com decidir que tem de acontecer).
Base Bíblica
Texto central: não existem tratados lógicos que apóiam a posição arminiana. Assim, apelam para 0 caráter universal do convite de Deus à salvação. 1 Timóteo 2.3-4 é apresentado como evidência de que Deus deseja que todos sejam salvos (ver também Is 55.1; Ez 33.11; At 17.30-31; 2 Pe 3.9).
Texto central: Romanos 9.6-24· Esse texto demonstra que a eleição está baseada no caráter justo de Deus e na sua soberania. Portanto, ele não irá tomar uma decisão injusta e não precisa explicar ao ser humano porque ele ainda culpa aqueles que não escolheu.
Nen hu m tex to central é apresentado especificamente. Erickson fundamenta a sua posição nos pontos fortes da posição calvinista e n a fraqueza da posição arminiana, sendo motivado pela aparente contradição entre a soberania de Deus e 0 livre-arbítrio humano. Ele inclina-se para a posição calvinista n a m aior parte das passagens.
59. A Ordem dos Decretos Luterana
Wesleyana
Católica Romana
A permissão da queda do ser humano resulta em culpa, corrupção e incapacidade total
A permissão da queda do ser humano resulta em culpa, corrupção e incapacidade total
A permissão da queda do ser humano resulta em culpa, corrupção e incapacidade total
A permissão da queda do ser humano resulta na perda da jus tiça sob renatur al
Eleição de alguns pa ra a vida em Cristo
Dádiva de Cristo para to rn ar a salvação possível a todos
Dádiva de Cristo pa ra pre sta r satisfação pelos pec ado s do mu nd o
Dádiva de Cristo para prest ar satisfaç ão pelos pec ado s do mundo
Dádiva de Cristo para prestar satisfaçã o por todo s os pec ados huma nos
Dádiva de Cristo para red imi r os eleitos
Dádiva de C risto para red imir os eleitos
Eleição de alguns para o do m da capacidade moral
Dádiva dos meios de graça para comunicar a graça salvadora
Remissão do pecado original para todos e dom da graça suficiente para todos
Instituição da igreja e dos sacramentos pa ra aplicar a satisfação de Cristo
Dádiva do Espírito Santo para salvar os redimidos
Dádiva do Espírito Santo para salvar os redimidos
Dádiva do Espírito Santo para operar a capacidade moral nos eleitos
Predestinação para a vida daqueles que não resistem aos meios da graça
Predestinação para a vida daqueles que aperfeiçoam a graça suficiente
Aplicação da satisfação de Cristo através dos sacramentos, sob a operação de causas secundárias
Santificação de todos os redimidos e regenerados
Santificação de todos os redimidos e regenerados
Santificação pelo Espírito
Santificação pelos meios da graça
Santificação de todos os que cooperam com a graça suficiente
Edificação em santidade de vida de todos aqueles a quem os sacramentos são comunicados
Supralapsariana
Infralapsariana
Amiraldiana
(Expiação Limitada)
(Expiação Limitada)
(Expiação Ilimitada)
Criação do ser humano visando eleger alguns para a vida eterna e condenar outros à perdição eterna
A permissão da queda do ser humano resulta em culpa, corrupção e incapacidade total
A permissão da queda do ser humano resulta em culpa, corrupção e incapacidade total
Adaptado de Benjamin B. Warfield, The
Plan o f Salvation [O
Plano de Salvação] (Reimpressão. Grand Rapids: Eerdmans, 1977), p. 31.
60. Os Cinco Pontos do Calvinismo e do Arminianismo Categoria
Depravação Total
Eleição Incondicional
Arminianismo
Calvinismo
1. Livre Arbítrio ou Capacidade Humana
1. Incapacidade Total ou Depravação Total
Embora a natureza humana tenha sido seriamente afetada pela queda, o homem não foi deixado em um estado de total impotên cia espiritual. Deus graciosam ente capacita cada pecador a arrepender-se e crer, mas não interfere na liberdade humana. Cada pecador possui o livre-arbítrio e 0 seu destino eterno depende de como 0 utiliza. A liberdade do ser humano consiste na sua capacidade de escolher o bem em lugar do mal em questões espirituais; a sua vontade não está escravizada por sua natureza pec aminos a. O pecador tem a capac idade seja de cooperar com o Espírito de Deus e ser regenerado, ou de resistir à graça de Deus e perecer. O pecador perdido necessita da assistência do Espírito, mas não precisa ser regenerado pelo Espírito antes que possa crer, pois a fé é um ato humano e precede o novo nascimento. A fé é a dádiva do peca dor a Deus; é a contribuiç ão do ser huma no para a salvação.
Por causa da queda, o ser humano é incapaz de, por si mesmo, crer salvif icamente no evangelho. O pecador está morto, cego e surdo às coisas de Deus; o seu coração é pecaminoso e desesperadamente corrupto. A sua vontade não é livre, mas está presa à sua natureza maligna. Portanto, ele não irá escolher - de fato não pode escolher - o bem em lugar do mal na esfera espiritual. Conseqüentemente, é necessário muito mais que a assistência do Espírito para levar o pecador a Cristo —é necessária a regeneração, pela qual o Espírito vivifica 0 pecador e lhe dá um a nova natureza, mas é ela mesma parte da dádiva divina da salvação. A salvação é uma dádiva de Deus ao pecador, e não um a dádiva do pecador a Deus.
2. Eleição Condicional
2. Eleição Incondicional
A escolha de certos indivíduos para a salvação, feita por Deus antes da fundação do mundo, baseou-se na sua presci ência de que eles responderiam ao seu chamado. Ele elegeu somente aqueles que ele sabia que iriam crer no evangelho livremente, de si mesmos. Portanto, a eleição foi determ inada ou condicionada pelo que a pessoa haveria de fazer. A fé que Deus previu e sobre a qual ele fundamentou a sua escolha não foi dada ao pecador por Deus (ela não foi criada pelo poder regenerad or do Espírito Sant o) , mas resultou do livre-arbítrio hum ano que coopera com a atuação do Espírito. Deus escolheu aqueles que sabia que iriam, por seu próprio livre-arbítrio, escolher a Cristo. Nesse sentido, a eleição de Deus é condicional.
A escolha de certos indivíduos para a salvação, feita por Deus antes da fundação do m undo, bas eou-se unicam en te em sua própria vontade soberana. A sua escolha de pecadores individuais não se baseou em resposta ou obediência prevista da parte 30s mesmos, tal como fé, arrepe ndimento etc. Ao contrário, Deus concede fé e arrependimento a cada indivíduo que elegeu. Esses atos são o resultado e não a causa da escolha de Deus. Portanto, a eleição não foi determinad a ou condicionada por um a qua lidade ou um ato virtuoso previsto no ser humano. Aqueles a quem Deus elegeu soberanamente ele conduz a uma aceitação voluntária de Cristo, pelo poder do Espírito. Assim, a causa última da salvação é a escolha do pecador por Deus, e não a escolha de Cristo pelo pecador .
60. Os Cinco Pontos (continuação) Categoria
Expiação Limitada
Graça Irresistível
Perseverança dos Santos
Arminianismo
Calvinismo
3. Redenção Universal ou Expiação Geral
3. Redenção Particular ou Expiação Limitada
A obra redentora de Cristo possibilitou a salvação de todos, mas não assegurou efetivamente a salvação de ninguém. Embora Cristo tenha morrido po r todas as pessoas e por cada pessoa, somente aqueles que crêem nele são salvos. A sua morte permitiu que Deus perdoasse os pecadores sob a condição de que creiam, mas não afastou efetivamente os pecados de ninguém. A rede nção de Cristo somente se tom a eficaz se a pessoa decidir aceitá-la.
A obra re dentora de Cristo visou salvar somente os eleitos e de fato assegurou a salvação dos mesmos. Além de tirar os pecados do seu povo, a redenção de Cristo assegurou tudo 0 que era necessário par a a sua salvação, inclusive a fé, que os une a eles. O dom da fé é aplicado infalivelmente pelo Espírito a todos aqueles por quem Cristo morreu, dessa m aneira garantindo a sua salvação.
4. Pode-se Efetivamente Resistir ao Espírito Santo
4· A Vocação Eficaz do Espírito ou a Graça Irresistível
O Espírito chama internamente todos os que são chamados externamente pelo convite do Evangelho; ele faz tudo 0 que pode pa ra levar cada pecador à salvação. Porém, na medida em que 0 ser humano é livre, ele pode resistir com êxito à c hamad a do Espírito. O Espírito não pode regenerar o pecador até que este creia; a fé (que é uma contribuição humana) pre cede e to m a possível o novo nascim ento. Assim, o livre-arbítrio humano limita 0 Espírito na aplicação da obra red entora de Cristo. O Espírito Santo somente pode levar a Cristo aqueles que lhe permitem fazê-lo. Até qu e o pecad or responda, o Espírito não pode dar vida. Portanto, a graça de Deus não é irresistível; ela pode ser e freqüentemente é resistida e frustrada pelos seres humanos.
Além do chamado geral externo para a salvação, feito a todos os que ouvem 0 Evangelho, 0 Espírito Santo dirige aos eleitos um chamado interno especial que os leva inev itavelmente à salvação. O chamado externo (feito a todos sem distinção) pod e ser e muitas vezes é rejeitado, ao passo que o chamado interno (feito somente aos eleitos) não po de ser rejeitado, mas sempre resulta em conversão. Por meio desse chamado especial 0 Espírito leva irresistivelmente os pecadores a Cristo. Ele não está limitado em sua obra de aplicar a salvação à vontade do ser humano, nem depende da cooperação huma na para ter êxito. O Espírito graciosamente faz com que o pecador eleito coopere, creia, arrepend a-se e vá livre e espontaneamente a Cristo. Portanto, a graça de Deus é irresistível; ela nu nca deixa de resultar na salvação daqueles a quem é estendida.
5. Decair da Graça
5. Perseverança dos Santos
Aqueles que crêem e são verdadeiramente salvos podem perder a sua salvação se deixarem de guardar a sua fé. Nem todos os arminia nos c on cordam nesse ponto; alguns sustentam que os cre ntes estão eternam ente seguros em Cristo - que uma vez o pecador estando regenerado, ele jamais poderá perder-se.
Rejeitado pelo Sínodo de Dort Este foi o sistema de pensam ento co ntido na “Remonstrância” (embora originalmente os “cinco ponto s” não estivessem dispostos nessa ordem). Esse sistema foi apresentado pelos arminianos à Igreja da Holanda em 1610, mas foi rejeitado pelo Sínodo de Dort em 1619 sob a justificativa de que era anti-bíblico.
Todos os que são escolhidos por Deus, redimidos por C risto e recebem fé por meio do Espírito estão eterna men te salvos. Eles são mantidos n a fé pelo poder do Deus Todo-poderoso e assim perse veram até o fim.
Reafirmado pelo Sínodo de Dort Este sistema de teologia foi reafirmado pelo Sínodo de Dor t em 1619 como sendo a doutrina da salvação contida nas Escrituras Sagradas. Naquela ocasião, 0 sistema foi formulado em “cinco pontos ” (em resposta aos cinco pontos apresentados pelos arminianos) e desde então tem sido conhecido como “os cinco pontos do calvinismo”.
61. Diferentes Concepções Acerca dos Meios de Graça
Reformada
Arm iniana
Luterana
Católica Rom ana
Fé Salvadora pela Gra ça Eficaz
Fé Salvadora pela Graça Comum
Batismo e Eucaristia
Batismo, Eucaristia e Outros Sacramentos
fé por meio da fé
meios sem fé
fé sem meios
(ex opere operato)
operação pelo contato físico
62. Vocação Geral versus Vocação Eficaz Vocação Geral
Vocação Eficaz
Definição
Refere-se à apresentação do Evangelho, na qual se oferece ao indivíduo a promessa de salvação em Cristo e o convite pa ra ac ei ta r a C ri st o pe la fé a fim de re ce be r o p er d ão do s pe ca do s e a vi da et er n a.
Refere-se ao chamado geral de Deus no Evangelho tornado eficaz em uma pessoa quando ela crê no Evangelho e aceita a Cristo como Salvador e Senhor.
Agente
Dirigida pelo Pai a todos os que ouvem o Evangelho; transmitida principalmente por meio de crentes capacitados pe lo Es pí rit o S a n to de D eu s qu e c o m un ic am o E va ng el ho como é revelado na Palavra de Deus.
Dirigida pelo Pai e tornada eficaz pela obra do Espírito Santo quando ele ilumina e capacita o indivíduo a compreender e responder positivamente ao Evangelho do Senhor Jesus contido na Palavra de Deus.
Destinatários e Exemplos
E para todas as pessoas, mas é recebida somente por aqueles que ouvem o Evangelho.
É dirigida somente a todos os eleitos. Saulo (At 9.1-19); Lídia (At 16.14); Rm 8.30.
“Muitos são chamados, mas poucos, escolhidos” (Mt 22.14)·
Propósito
Revela o grande amor de Deus para com os pecadores em geral.
Por causa da depravação total do ser humano, é absolutamente necessária para levar os eleitos à fé e à conversão.
Revela a santidade e a justiça de Deus.
Resultados
N ão re su lt a ne ce ss ar ia m en te em sa lv aç ão . Pode ser rejeitada, resultando na condenação do pecador.
Por ser eficaz e irrevogável, resulta nece ssariame nte na salvação. E impossível que seja rejeitada.
Ocasião
É anterior à conversão e pode ou não conduzir a ela.
E logicamente anterior à conversão e necessariamente conduz a ela.
63. Os Sete Sacramentos Católicos Romanos Sacramento
Procedimento
Significado
Ênfase do Vaticano II
Batismo
O sacerdote aplica o rito a crianças.
Produz regeneração, “um novo cristão”. É necessário para a salvação. Liberta do pecado e da culpa original. Une a pessoa a Cristo e à igreja.
O batismo deve receber maior ênfase. Os convertidos devem receber instrução prévia. Ilustra o compromisso com Cristo. Acentua a unidade de todos os membros em Cristo.
Confirmação
O bispo impõe as mãos sobre a pessoa e esta recebe o Espírito Santo.
E algo necessário após 0 batismo. Juntamente com o batismo, é parte do “sacram ento de iniciação”. A pessoa recebe o Espírito Santo, resultando em maturidade e dedicação.
Esforço no sentido de unir o batism o e a confir mação c omo um só ato de iniciação. A separação dos dois sacramentos sugere que existem graus de membresia na igreja.
Eucaristia
O sacerdote celebra a missa. Ao declarar “Isto é o meu corpo”, o pão e 0 vinho tornam-se 0 corpo e o sangue de Cristo.
A missa é a continuação do sacrifício de Cristo. E igual ao Calvário, exceto que a missa não é sangrenta. Na missa, Cristo oferece expiação pelo pecado. O participante recebe o perdão dos pecados veniais. Comer o pão é come r a Cristo.
Incentivo à participação freqüente para aumentar a “união com Cristo”. Agora a cerimônia inclui leigos. Cerimônia mais breve e simples; maior uso das Escrituras.
Confissão (Penitência)
Três passos: 1. Tristeza pelo pecado 2. Confissão oral ao sacerdote 3. Absolvição dos pecados pelo sacerdote
Tendo confessado ao sacerdote todos os pecados conhecidos e tendo declarado a intenção de não pecar no futuro, o fiel recebe absolvição dos pecados pelo sac erdote.
No va concepção de pecado: relacionamentos e motivações pessoais distorcidos. Permite confissão e absolvição geral. A confissão geral é feita em culto composto de cânticos, leitura bíblica, oração, sermão, autoexame, confissão e absolvição.
Santas Ordens
Ordenação aos ofícios de bispo, sacerdote e diácono. Como sucessor dos apóstolos, o bispo ordena o sacerdote.
Confere ao recipiente o poder sacerdotal de mediar a graça por meio dos sacramentos, tal como oferecer o corpo e 0 sangue de Cristo para remir os pecados. O sacerdote é mediador entre Deus e os seres humanos, como C risto foi mediador entre Deus e os seres humanos.
Maior envolvimento de leigos no ministério. Os leigos devem desenvolver e utilizar os dons na igreja. Reduziu a distinção entr e sacerdote e povo. O sacerdote é considerado um “irmão entre irmãos”.
Matrimônio
Faz-se a troca de votos na pre sença de um sacerdote.
Sinal da união entre Cristo e a igreja. E indissolúvel porque o casamento entre Cristo e a igreja é indissolúvel.
O matrimônio não é somente para a procriação. Maior ênfase ao amor no casamento. A missa é permitida em casamentos com não-católicos batizados.
Unção dos Enfermos
O bispo consagra o óleo. O sacerdote unge a pessoa que está próxima da morte.
Remove as fraquezas e obstáculos deixados pelo pec ado, que imp edem que a alma entre na glória. Prepara as pessoas para a morte ao fortalecer a graça na alma.
Uso ampliado: mudança de “extrema unção” para “unção dos enfermos”. Utilizada para fortalecer/curar o corpo e a alma. A pessoa enferma participa das feituras e orações.
64. Concepções Acerca da Expiação Teoria do Resgate a Satanás
Teoria da Recapitulação
Teoria
Teoria
Dramática
Mística
Teoria do Exemplo
Definição
A morte de Cristo foi um resgate pago a Satanás para libertar o ser humano cativo das reivindicações de Satanás.
Em sua vida, Cristo recapitulou todos os estágios da vida humana, e assim fazendo reverteu o caminho que Adão havia iniciado.
Cristo é o Vencedor de um conflito divino entre o bem e o mal e conquista a libertação do ser humano do cativeiro.
Cristo assumiu uma natureza humana e pecaminosa, mas por meio do poder do Espírito Santo triunfou sobre a mesma. O conhecimento desse fato influencia o ser humano misticamente.
A morte de Cristo ofereceu um exemplo de fé e obediência para inspirar o ser humano a ser obediente.
Proponentes
Orígenes
Irineu
Aulen
Schleiermacher
Pelágio, Socino, Abelardo
Base Bíblica
Mateus 20.28; Marcos 10.45; 1 Coríntios 6.20
Romanos 5.15-21; Hebreus 2.10
Mateus 20.28; Marcos 10.45; 1 Coríntios 15.51-57
Hebreus 2.10,14-18; 4.14-16
1 Pedro 2.21; 1João 2.6
Objeto
Satanás
Satanás
Satanás
O ser humano
O ser humano
Condição Espiritual do Homem
Servidão a Satanás
Servidão a Satanás
Servidão a Satanás
Falta de consciência de Deus
Espiritualmente vivo (Pelágio)
Sentido da Morte de Cristo
A vitória de Deus sobre Satanás
A recapitulação feita por Cristo de todos os estágios da vida humana.
A vitória de Deus sobre Satanás
O triunfo de Cristo sobre a sua própria natureza pecaminosa
Um exemplo de verdadeira fé e obediência
Valor para o Ser Humano
Libertação da servidão a Satanás
Reversão do caminho da humanidade, da desobediência para a obediência.
Uma influência mística A reconciliação do mundo efetuada por subconsciente Deus, livrando-o da sua servidão ao mal. 1
Inspiração para uma vida fiel e obediente
64. Concepções Acerca da Expiação (continuação) Teoria da Influência Moral
Teoria Comercial
Teoria Governamental
Teoria da Substituição Penal
Definição
A morte de Cristo demonstrou o amor de Deus, o que amolece o coração do ser humano e o leva a arrepender-se.
A morte de Cristo trouxe honra infinita a Deus. Assim, Deus concedeu a Cristo uma recompensa da qual ele não necessitava, e Cristo transferiu-a ao ser humano.
A morte de Cristo demonstra a alta consideração de Deus para com a sua lei. Ela mostra a atitude de Deus em relação ao pecado. Por meio da morte de Cristo, Deus tem uma justificativa para perdoar os pecados daqueles que se arrependem e aceitam a morte substitutiva de Cristo.
A morte de Cristo foi um sacrifício vicário (substitutivo) que satisfez as exigências da justiça de Deus em relação ao pecado, pagando a penalidade do pecado humano, trazendo perdão, imputando justiça e reconciliando o ser humano com Deus.
Proponentes
Abelardo, Bushnell, Rashdall
Anselmo
Grócio
Calvino
Base Bíblica
Romanos 5.8; 2 Coríntios 5.1719; Filipenses 2.5-11; Colossenses 3.24
João 10.18
Salmos 2, 5; Isaías 42.21
João 11.50-52; Romanos 5.8-9; Tito 2.14; 1 Pedro 3.18
Objeto
O ser humano
Deus/ser humano
Deus/ser humano
Deus
Condição Espiritual do Homem
O ser humano está enfermo e necessita de auxílio.
O ser humano desonra a Deus.
O ser humano é um violador da lei moral de Deus.
O ser humano é totalmente depravado.
Sentido da Morte de Cristo
Demonstrou o amor de Deus para com o ser humano.
Trouxe honra infinita a Deus.
Foi um substituto para a penalidade do pecado e mostrou a atitude de Deus para com o pecado.
Cristo suportou a penalidade do pecado em lugar do ser humano.
Valor para o Ser Humano
Ao ver o amor de Deus pelo ser humano, este é movido a aceitar o perdão de Deus.
Essa honra, da qual Cristo não necessita, é aplicada aos pecadores para a salvação.
Toma legal o desejo de Deus de perdoar aqueles que aceitam a Cristo como seu substituto.
Por meio do arrependimento o ser humano pode aceitar a substituição de Cristo como pagamento pelo pecado.
65. A Extensão da Expiação Expiação Ilimitada Declaração do Conceito
A morte de Cristo foi suficiente para todas as pessoas, mas eficaz para um número limitado.
Apoio
Objeções
Numerosas passagens parecem indicar que a morte de Cristo foi por toda a humanidade. Os dois versículos principais são 1 Timóteo 4.10 e 1 João 2.2, que declaram que Cristo é a propiciação e o Salvador do mu ndo. Outros versículos são Isaías 53.6; João 1.29; 1 Timóteo 2.6; Tito 2.11; Hebreus 2.9.
As palavras “todos” e “inteiro” nem sempre se referem à totalidade de seus conteúdos. Um exemplo é a tributação de todo o mundo por César; isso não incluiu os japoneses. O mundo inteiro nesses versículos significa pessoas de todas as áreas geográficas.
A proclamação universal do evangelho está baseada na expiação ilimitada de Cristo. Para que o Evangelho seja oferecido sinceramente a toda a humanidade, Cristo precisa ter morrido por toda a humanidade (Mt 24.14; 28.19; Atos 1.8; 17.30).
A proclamação do Evangelho está baseada na obra consumada de Cristo. Os eleitos estão em todo o mun do e n ecessitam ouvir o Evangelho para serem salvos. A pregação do Evangelho a todos é uma questão de obediência e não de expiação ilimitada.
O amor de Deus é dirigido a todo o mundo e todo aquele que crê é salvo. Portanto, a extensão da m orte de Cristo inclui todas as pessoas.
O amor de Deus é dirigido a um grupo especial, como se pode ver no seu amor para com Israel (Am 3.2). O seu amor é dirigido aos eleitos de todas as áreas geográficas do mundo. Aqueles que crêem são os que Deus deu ao Filho (Jo 6.37-40).
A obra de Cristo é suficiente para assegurar a salvação dos eleitos, mas é obtida por meio da fé (Rm 10.17).
S e a morte de Cristo foi suficiente para todos, a fé torna-se
Os benefícios naturais do mundo também são desfrutados pelos não-eleitos. Esses benefícios incluem o sol, a chuva, boa saúde etc.
Os benefícios naturais são resultado da graça comum de Deus. Essas coisas são dadas por Deus por causa do caráter de Deus. Ele pode ser bondo so a quem ele quer.
desnecessária e sem sentido.
Expiação Definida e Limitada Declaração do Conceito
Cristo não veio para proporcionar salvação a toda a humanidade, mas para tornar certa a salvação dos eleitos.
Apoio
Objeções
Aqueles que defendem uma expiação limitada dizem que Deus providenciou salvação somente para o seu povo (Mt 1.21), suas ovelhas (Jo 10.15,26), seus amigos (Jo 15.13), a igreja (At 20.28) e a esposa (Ef 5.25).
A expiação não salva todas as pessoas, mas é disponível para todas. Esses versículos referem-se àqueles que Deus escolheu. São estes que tomam a expiação eficaz.
Aqueles por quem Cristo morreu são aqueles que 0 Pai lhe deu (Jo 6.37-40). Cristo não morreu por aqueles que o Pai não lhe deu. Portanto, foi por um certo número que ele morreu.
Esses versículos não mencionam uma expiação limitada. È evidente que somente um determinado número é escolhido, pois nem todos se salvam.
Cristo morreu pelos eleitos de todas as áreas do mundo. E isso que a Escritura quer dizer quand o afirma que Cristo m orreu pelo mundo inteiro (1 Tm 4.10; 1 Jo 2.2).
Que a morte de Cristo foi por toda a humanidade faz mais sentido do que entender que ele morreu por pessoas de todas as áreas geográficas.
Que ligação a morte de Cristo tem com os não-eleitos? Se ele morreu por todos, por que algumas pessoas não são salvas?
A mo rte de Cristo tom a potencial a salvação de todos, mas ela toma se real somente para u m determinado número. Essa é a única conexão. Aqueles que rejeitam isso devem sofrer as conseqüências.
A obra intercessória de Cristo foi a favor dos seus. Como ele orou somente por um determinado grupo, ele pretendia oferecer salvação para um número limitado.
Somente um certo número efetivamente será salvo. Cristo sabia quem seriam essas pessoas e foi por elas que ele orou.
Paulo diz que a obra de Cristo foi em favor de grupos específicos: Israel, a igreja. Isso mostra que a sua obra não tem um escopo ilimitado.
A sua salvação é tornada real para certos grupos, mas ele morreu por todos. Os grupos que recebem a salvação são apenas uma parcela daqueles pelos quais ele morreu.
66. A Teoria Penal Substitutiva da Expiação Necessidade
Substituição
Propiciação
Imputação
Explanação
Deus não pode simplesmente ignorar 0 pecado do ser humano, nem pode meramente perdoar 0 ser humano sem exigir um pagamento ou uma punição pelo pecado. Nesse sentido, a expiação é necessária para que o ser humano seja reconciliado com o seu Criador.
O sentido normal da palavra deve ser aceito neste contexto. Ela simplesmente significa que a expiação é um sacrifício oferecido em lugar do pecador. Assim, o sacrifício leva a culpa do pecador.
Para recuperar o favor ou aplacar a ira de Deus. Para satisfazer as suas exigências e assim afastar a sua ira. O pecado humano não apenas entristece a Deus, mas o deixa irado. A sua ira somente pode ser satisfeita pela execução da sua justiça. O seu sistema judicial não pode ser negligenciado.
Enquanto a substituição e a propiciação estão relacionados com os aspectos negativos da expiação (o que Deus tirou de nós), a imputação está relacionada com os aspectos positivos da expiação (o que Deus nos deu). Deus tirou a culpa dos crentes, mas também lhes imputou a jus tiça de Cristo.
Referência Bíblica
Hebreus 9.22
João 1.29; 2 Coríntios 5.21; Gálatas 3.13
Levítico 4.35; Romanos 3.25-26; 5.9
Romanos 6.3-4
Objeção
Por que Deus simplesmente nã o nos perdoa como um ato de boa von tade em vez de requerer um pagamento?
Não é impróprio e injusto penalizar uma parte inocente?
O aplacamento da ira do Pai pelo Filho não revela conflito dentro da Divindade?
Não é impróprio e injusto recompensar uma parte culpada?
Resposta à Objeção
Mesmo que Deus pudesse ignorar o pecado contra si mesmo como um ato de boa vontade, ele ainda assim é constrangido por sua natureza a preservar a justiça no universo. Ignorar o pecado destruiria o significado do con ceito de justiça. Além disso, os seres humanos podem simplesmente perdoar outros seres humanos como um ato de boa vontade porque somos imperfeitos e temos nós mesmos uma desesperada necessidade de perdão. Porém, Deus é perfeito e não necessita de perdão. Assim sendo, o paralelo entre 0 perdão hum ano e 0 perdão de Deus não se mantém.
A resposta a essa pergunta é sim, a menos que a parte inocente receba a punição voluntariamente e o juiz seja inseparável da parte inocente. Jesus satisfaz ambos os requisitos. Ele deu a sua vida voluntariamente (Jo 10.17-18) e ele era inseparável do Pai. Assim, com efeito 0 Juiz puniu a si mesmo.
A resposta a essa pergunta pode ser colocada na forma de outra pergunta: uma pessoa pode estar irada e ser amorosa ao mesmo tempo? Todo pai e mãe sabe que a resposta é sim. Õ Pai ficou irado com 0 pecado do mundo, mas ele amou o mundo de tal modo que enviou o seu Filho para expiar 0 pecado do ser humano. Assim, o Pai não mudou de um Deus irado para um Deus amoroso quando Cristo morreu n a cruz. O amor de Deus estava presente o tempo todo e de fato foi a motivação da expiação. A sua santidade exigia um pagamento pelo pecado. O seu amor ofereceu o pagamento.
Essa pergunta é o outro lado da objeção contra a substituição. Não parece justo que uma parte inocente seja punida e, do mesmo modo, não parece justo que uma parte culpada seja recompensada. Todavia, é isso o que acontece na expiação. Mas a razão por que Deus vê essa transação como absolutamente justa é que qu an do depositamos a nossa fé nele, somos unidos com Cristo. Em certo sentido, nós ficamos casados, inseparáveis, de modo que não é tanto uma transferência de justiça quanto possuí-la em comum. Ela é compartilhada.
Implicações Acerca do Caráter de Deus
Ênfase na soberania e na posição de Deus como administrador oficial do sistema judicial do universo.
Ênfase no am or de Deus pela sua criação. Ele define 0 am or pela sua natureza. O amor verdadeiro sempre requer sacrifício pessoal.
Ênfase na absoluta santidade e na ira justificad a de Deus quanto ao pecado. Ele merece respeito e absoluta obediência e manifesta a sua ira contra a impiedade.
Enfase no desejo de Deus de ter comunhão íntima com a sua criação. Por causa da expiação somos herdeiros do Pai e coherdeiros com 0 Filho.
67. Os Resultados da Morte de Cristo Substituição dos Pecadores
Jesus tomou o nosso lugar; ele sofreu a punição dos nossos pecados (Lc 22.19-20; Jo 3.36; 6.51; 15.13; Ef 1.3; Hb 2.9; 1 Pe 3.18; 1 Jo 5.11-12) Cumprimento da Lei
A justiça imputada de Jesus torna-se a justiça do crente diante de Deus como o perfeito cumprimento da lei (At 15.10; Rm 1.16-17; 3.21-22,31; 4.5,11,13-16,23-24; 5.19; 10.4; 2 Co 5.21; G1 3.8; 4.19-31; 5.1). Redenção do Pecado
O próprio Deus pagou o resgate do pecado humano por meio da morte do seu Filho (At 20.28; Rm 3.23-24). Reconciliação do Ser Humano com Deus
A atitude de Deus para com o mundo mudou completamente (Rm 5.1011; 2 Co 5.18-20; Ef 2.16; Cl 1.20-22). Propiciação em Relação a Deus
A justiça e a lei de Deus foram vindicadas (satisfeitas) (Rm 3.25; Hb 4-16; 1 Jo 2.2; 4.10). Julgamento da Natureza Pecaminosa
A natureza pecaminosa foi julgada na cruz e agora pode ser controlada pelo Espírito na vida do crente. Em termos de sua posição, o crente participa da crucificação, morte, sepultam ente e ressurreição de Cristo. Perdão e Purificação
O crente em Jesus tem perdão e purificação tanto na justificação quanto na santificação por meio do sangue e da contínua intercessão de Cristo nos céus (1 Jo 1.1-2.2).
Afastamento dos Juízos Divinos
Deus vê o pecado como julgado na morte do seu Filho. O crente está protegido pelo sangue redentor de Cristo (Rm 2.4-5; 4.17; 9.22; 1 Pe 3.20; 2 Pe 3.9,15). Remoção dos Pecados Cobertos por Sacrifícios Antes da Cruz
Os pecados cometidos entre a época de Adão e a morte de Cristo na cruz foram cobertos pelos sacrifícios. Em Cristo eles são removidos (At 17.30; Rm 3.25; Hb 9.15; 10.2-26). Salvação Nacional de Israel
O futuro Israel crente terá seus pecados removidos (Rm 9-11, especialmente 11.25-29). Bênçãos Milenais e Eternas sobre os Gentios
As bênçãos terrenas milenais, que estão asseguradas a Israel, serão partilhadas pelos gentios (Mt 25.31-46; At 15.17; Ap 21.24). O Despojamento dos Principados e Potestades
Na cruz Cristo obteve uma vitória legal direta sobre Satanás e suas hostes Go 12.31; 16.11; Ef 1.21; Cl 2.14-15). O Fundamento da Paz
A cruz produziu a paz entre Deus e os seres humanos (Rm 5.1; Ef 2.13-14a; Cl 1.20), entre judeus e gentios (Ef 2.14-18; Cl 3.11) e paz universal (1 Co 15.27-28; Ef 2.14-15; Cl 1.20). Purificação das Coisas no Céu
As “coisas” celestiais foram purificadas por causa do sangue de Cristo (Hb 9.23-24).
68. Variedades do Universalismo Reconciliação Universal (segundo alguns bartianos)
Perdão Universal (segundo C. H. Dodd)
Restauração Universal (segundo Orígenes)
Sustenta que a morte de Cristo alcançou 0 seu propósito de reconciliar toda a humanidade com Deus. Qualquer separação que exista entre 0 ser humano e os benefícios da graça de Deus é de natureza subjetiva, existindo somente na mente do ser humano. A reconciliação é um fato consumado. Sustenta que Deus, sendo amoroso, não irá ater-se resolutamente às condições que estabeleceu. Embora tenha ameaçado com a punição eterna, no fim ele irá ceder e perdoar a todos. Deus irá tratar todas as pessoas como se tivessem crido. Em algum ponto do' futuro todas as coisas serão restauradas ao seu estado original e pretendido. A salvação plena poderá ser precedida de ciclos de reen ca rnaç ão ou de algum período de purificação no início da vida futura.
A Doutrina da Segunda Oportunidade
A obra de Cristo é suficiente para assegurar a salvação dos eleitos, mas a salvação é assegurada efetivamente por meio da fé (Rm 10.10Ί3). Todas as pessoas, mesmo aquelas que ouviram e rejeitaram, serão confrontadas com as reivindicações de Cristo na vida futura. Evidentemente, todos os que tiverem tal oportunidade irão aceitá-la.
Bênçãos Temporais Universais
Os benefícios naturais do m undo também são desfrutados por todos. Esses benefícios incluem o sol, a chuva, boa saúde etc., e são resultado da graça comum de Deus. Essas coisas são dadas por Deus por causa do caráter de Deus.
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
E ridículo imaginar que um Deus vivo, todo poderoso e soberano poderia criar um sistema pelo qual uma parte da humanidad e (0 auge da sua criação) seria condenada à punição eterna.
Deus não fará nada que contradiga qualquer um de seus atributos. Assim, a fim de harmonizar o seu perfeito amor e a sua perfeita justiça ele concebeu o sistema de redenç ão exposto nas Escrituras. Devemos aceitar 0 registro bíblico e não nossos próprios raciocínios finitos.
É injusto condena r os não-salvos à punição etern a como resultado de sua vida relativamente breve na terra.
Deus é o padrão final de justiça, e não o ser humano.
Se um Deus todo-poderoso e soberano deseja que todas as pessoas sejam salvas (1 Tm 2.3-4; 2 Pe 3.9), então seguramente todos serão salvos.
Embora Deus deseje a salvação de toda a hum anidade, as pessoas devem responder à ofe rta divina de salvação, e muitos não o fazem (]o 5.40).
A morte de Cristo absolveu toda a humanidade de sua condenaç ão diante de Deus, assim como Adão levou toda a raça humana ao pecado (Rm 5.18; 1 Co 15.22).
O contexto dos dois versículos mostra clara mente que os benefícios da mo rte de Cristo são para os que estão em Cristo, assim como as penalidades do pecado de Adão são pa ra aqueles que estão em Adão.
68. Variedades do Universalismo (continuação) Argumentos a Favor
Argumentos Contra
O tema do Novo Testamento é o amor soberano de Deus. Se o seu amor é soberano, ele deve ser inteiramente vitorioso. Dizer que o amor de Deus não é capaz de assegurar a salvação final de toda a humanidade pressupõe um Deus finito.
Concordamos, Deus te m am or infinito, mas ele também tem justiça e santidade. Ele já concebeu um plano consistente com todos os seus atributos infinitos. Depende do ser humano aceitar o plano de Deus ao invés de conceber o seu próprio plano e cham ar Deus de injusto se ele não o aceitar.
Cristo pagou a penalidade do pecado em favor de toda a humanidade (Hb 2.9) e, legalmente, se uma substituição tão adequada é realizada e aceita, é injusto que 0 credor também exija o pagamento original.
A morte substitutiva de Cristo foi suficiente para a salvação de todos (2 Co 5.19); todavia, cada pessoa deve crer a fim de que ela seja eficaz a seu favor (v. 20).
O atributo mais abrangente de Deus é 0 amor. O seu juízo é apenas um instru me nto tem porári o para reformar as pessoas impenitentes, sendo assim ele próprio motiv ado pelo amor. Por fim, todas as pessoas serão reformadas, quer nesta vida, quer na vida futura, e desse modo ao final todos serão salvos.
A Escritura nu nca se refere à habitação dos incrédulos após a morte como um lugar de reforma. Ela é sempre descrita _ como um lugar de destruição e punição (Mt 25.46; Lc 16.19-31). A única referência a um enc ontro de Cristo com os descrentes após a morte dos mesmos está em 1 Pedro 3.19, e essa passagem aplica-se quando muito somente aos descrentes dos dias de Noé.
Por fim, toda a humanidade irá crer, seja nesta vida ou no porvir (Fp2 .10 ll ; 1 Pe 3.19-20).
A morte de Cristo tornou todas as pessoas passíveis de serem salvas (2 Co 5.19). Todavia, o ser humano precisa crer a fim de ser salvo (v. 20).
Muitos não have rão de c rer nesta vida, mas o porvir oferecerá uma segunda oportunidade.
As constantes referências bíblicas à “fé salvadora” indicam claramente que alguns não irão crer (Jo 1.11-12; 3.18; 20.31).
As palavras de Jesus indicam claramente que alguns vão para a vida eterna e outros para a p unição eterna. Além disso, em Mateus 25.46 a palavra traduzida como eterno é aionos, que significa “referente à ordem final das coisas que não irá acabar”.
As advertências quanto à “perdição” são meramente hipotéticas e constituem uma das maneiras pelas quais Deus assegura a salvação universal de toda a humanidade.
Outras passagens do Novo Testamento apontam para a destruição dos não-eleitos (Rm 9.22; 2 Ts 1.9; Ap 21.8).
Cristo e os apóstolos cons tantem ente advertiam as pessoas acerca da ira e do juízo de Deus contra o pecado, chamando-as com urgência ao arrependimento. Portanto, se 0 universalismo for verdadeiro, Cristo e os apóstolos eram ignorantes ou inteiram ente enganosos.
69. Concepções Acerca da Santificação Perfeccionismo Wesleyano
John Wesley, John Fletcher, Metodismo, Igreja do
Não -sa ntif icad os 1- Obra da Graça (Fé em Cristo)
Estado de Perfeição Cristã «Cd Λ . * ti < c os
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2- Obra da Graça (Fé no Espírito Santo)
Ensino de Keswick
Hannah W. Smith, Andrew Murray, Watchman Nee, Ian Thomas
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m Cristão Derrotado Conversão (Aceita a Cristo)
Randy Gleason. Adaptado e usado mediant e permissão.
(Perfeito Amor para com Deus e o Ser Humano)
Vida Vitoriosa (Repouso Interior e Vitória Exterior) Cristão Vitorioso Consagração (Inteira Rendição)
70. Cinco Concepções Acerca da Santificação Ponto de Partida
A O bra de Deus
A Responsabilidade Hum ana
E fe it os da Sa ntific aç ão
A E x te ns ão da Sa ntific aç ão
Wesleyana
A santificação começa na conversão (novo nascimento), quando a pessoa responde à graça preveniente de Deus para a salvação (19, 25).*
A santificação é uma obra da graça de Deus. O Espírito Santo opera a regeneração do coração do crente, levando-o da rebelião ao amor total. Após a salvação (a resposta human a à graça preveniente de Deus), Deus concede ao ser humano a graça santificadora para capacitá-lo a evitar o pecado deliberado (25).
O ser humano está obrigado a fazer a vontade de Deus (27). Ele deve ser santo (1 Pe 1.15-16) e revestir-se do “novo homem” (Ef 4.22,24). Pela contínua desobediência a Deus pode-se perder a salvação. O cristão deve “cumprir a lei com base na fé” (27).
A santificação produz amor em ação (27). O ser humano é libertado do poder da lei (27). Ó Espírito Santo comunica aos crentes a natureza de Deus e lhes concede uma vida de amor; dá-lhes um novo coração, fazendo-os amar em vez de desobedecer (28).
O cristão deve atingir um ponto em que ele não peca deliberadamente contra Deus (Mt 5.48; 6.13; Jo 3.8) (15). Nesse momento cessa a luta entre o bem e 0 mal (17). Esse é um estado de “inteira santificação” (17-19). Somente na segunda vinda de Cristo o crente será aperfeiçoado em termos de suas deficiências desconhecidas.
Reformada
A santificação começa na conversão por meio da fé salvadora (61-62).
Deus nos renova à sua semelhança, conformandonos com Cristo (Rm 8.29). E um processo contínuo, no qual o Espírito Santo atua em nós (2 Co 3.18).
O ser humano deve seguir o exemplo de Cristo (67). Ele deve servir aos membros do corpo de Cristo (Jo 13.14 15). Ele também deve revestir-se do sentimen to de Cristo (Fp 2.5-11). O ser humano precisa cooperar com a obra de Deus nele, expressando gratidão pela salvação (85).
O cristão já não tem o seu velho eu, que foi crucificado (Rm 6.6). Por meio da santificação, o cristão é genuinamente novo, embora não seja uma pessoa totalmente nova (74). A santificação continua por toda a vida, e por ela a pessoa é renovada. Por exemplo, a pessoa é capaz de resistir ao pecado (82). Além disso, Deus conforma o crente à sua imagem (Rm 8.29).
Pela santificação, 0 crente torna-se mais semelhante a Cristo. No entanto, a perfeição não é alcançada nesta vida (84). O crente deve continuar a lutar contra 0 pecado enquanto viver (G1 5.16-17).
Pentecostal
Os pentecostais holiness crêem que uma segunda obra do Espírito Santo santifica o crente em uma experiência de crise na qual 0 pecado original é inteiramente removido (108-9, 134). Outros pentecostais (como as Assembléias de Deus) afirmam que os crentes que já r eceb eram no va vida por meio do Espírito (salvação) mais tarde recebem um batismo capacitador do Espírito Santo que inicia neles uma vida de crescimento espiritual (193). Essa obra posterior do Espírito é contínua, e não uma ún ica experiência de crise (109-10).
Deus produz um batismo no Espírito (a obra inicial da santificação) para produzir crescimento (118). O sangue de Cristo também nos purifica do pecado continuamente (1 Jo 1.7) (117). A Palavra de Deus também produz santificação no crente (120).
O ser humano deve cooperar com o Espírito Santo, apresentando-se a Deus (Rm 12.1-2) (120). Devemos obedecer a Deus constantemente (126). Isso inclui mortificar as coisas pecaminosas que pertencem à nossa natureza terrena (1 Ts 4.3-4) (117).
A santificação é ao mesmo tempo progressiva e uma questão de posição (113-14). A santificação é instantânea no sentido de que imediatamente separa 0 crente do pecado para Deus (Cl 2.11-12) (115-16). A santificação é também progressiva, pois por meio dela Deus continua a purificar-nos do pecado (1 Jo 1.7) (117).
O alvo da santificação é a “inteira santificação”, pela qual o crente alcança o “pleno desejo e determinação de fazer a vontade de Deus” (124). O crente ainda é tentado e ainda conserva a sua velha natureza durante toda a sua vida terrena (124).
*Os números entre parênteses indicam as páginas de Melvin E. Dieter e outros, Five Views on Samification [Cinco Concepções Acerca da Santificação] ( Grand Rapids: Zondervan, 1987). Usado mediante permissão.
70. Cinco Concepções Acerca da Santificação (continuação) Efeitos da Santificação
A E x t e n s ã o d a S a n t i f i c aç ã o
P o n to d e P ar tid a
A O bra de D e u s
A Responsabilidade Humana
Keswick
A santificação começa no momento em que se crê (com a salvação).
Deus (Pai, Filho e Espírito Santo) vem habitar com o crente e o renova segundo a semelhança de Deus (174).
O ser humano deve viver no Espírito para receber toda a plenitude de Deus (Ef 3.19). O alvo primordial da vida do cristão deve ser o de ter um íntimo relacionamento com Deus (166).
O cristão “normal” (que está sendo santificado) deve ter uma vitória contínua sobre pecados conhecidos (153). A velha natureza não está erradicada, mas é contrabalançada pela obra do Espírito Santo no crente (157). A santificação é tanto em termos de posição (perdão, justi fica ção, reg ene raç ão [a nova vida recebida]) quanto de experiência (nosso chamado à santidade, 2 Co 7.1). O ser humano ainda é influenciado pelo pecado, mas não está necessariamente sob seu controle (174). A pessoa tem um novo potencial - a capacidade de escolher corretamente e de fazê-lo consistentemente (178).
O crente não irá alcançar a perfeição nesta vida, mas deve experimentar êxito consistente em vencer o pecado (155). A vida do cristão deve ser controlada pelo Espírito Santo (155). A santificação total não irá ocorrer até a segunda vinda de Cristo (1 Jo 3.2) (160).
Agostiniana Dispensacionalista
A santificação começa por ocasião da conversão (fé salvadora) (205).
Na regeneração (no momento da salvação), Deus prepara o indivíduo para a santificação experiencial (209). O batismo do Espírito Santo coloca o crente no corpo de Cristo, capacitando-o a ter comunhão, receber poder espiritual, dar fruto etc. (213). O Espírito habita todos os crentes e também enche aqueles que se rendem a ele voluntariamente (218). Por causa da habitação do Espírito, o cristão pode crescer em santificação.
O ser humano tem a responsabilidade de andar no Espírito (dependendo continuamente do poder do Espírito) (220). Utilizando o poder de Deus, os cristãos devem evitar 0 pecado, que entristece o Espírito que neles habita (219). Devemos estar prontos a seguir a vontade e a direção de Deus para as nossas vidas (219). Os crentes de hoje devem refletir a santidade de Deus como um exemplo da graça de Deus (226).
O cristão tem duas naturezas, a carne e o espírito, que são opostas entre si (Rm 7) (203). As duas naturezas do ser humano são paralelas às duas naturezas de Cristo (humana e divina) (203-4). O crente recebe um “novo eu”, uma nova vida que brota da sua nova natureza (Cl 3.9-10) (208).
Os cristãos não irão receber perfeição completa até que estejam no céu (Ef 5.25-27; 1 Jo 3.2).
71. O Fundamento da Igreja Posição 1
Posição 2
Posição 3
“A Pedra” = Pedro
“A Pedra” = Cristo
“A Pedra” = a confissão de Pedro
Sustentada por Tertuliano, C ipriano, Vaticano I e II
Sustentada por Agostinho, C alvino, Zuínglio
Sustentada por Crisóstomo, Zahn
Argumentos a favor: Cristo estava se dirigindo a Pedro quando falou da pedra. Petros (Pedro) significa uma pequena rocha. De acordo com o catolicismo romano, Pedro foi o primeiro papa.
Argumentos contra:
Argumentos a favor: Passagens como 1 Coríntios 3.11; 1 Pedro 2.4-8. Petra é aplicada metaforicamente a C risto no N o vo T es ta m en to . Cristo faz uma distinção entre petr os e petra .
Argumentos contra:
Argumentos a favor: Cristo agradou-se da confissão de Pedro (Mt 16.1618). O ofício da pregação foi estabelecido sobre a confissão de Pedro.
Argumentos contra:
Há uma diferença entre petro s (uma pequena pe dr a) e pet ra (uma grande pedra).
Cristo pode não ter falado exatamente essas pa la vr as , já q ue ele fa la va ar am ai co .
Pedro negou a morte iminente de Cristo (Mt 16.2223).
Pedro chama a Cristo de fundamento (1 Pe 2.4-8).
Cristo nunca afirma ser a rocha.
O ofício da pregação foi estabelecido muito antes da confissão de Pedro.
Pedro nunca afirmou ser papa. 1 Coríntios 3.11 to rna impossível que Pedro seja o fundamento da igreja.
72. Uma Comparação Dispensacional entre Israel e a Igreja Israel
Igreja
N e n h u m de le s re prese nta a to ta li dade do pro gra m a de Deu s.
Semelhanças
Ambos participam do programa mais amplo do reino de Deus. Ambos visam glorificar a Deus, embora de maneiras diferentes. Existe uma continuidade entre as duas entidades.
D
Relação
Relacionamento baseado no nascim ento físico
Relacionamento baseado no nascimento espiritual
Chefia
Abraão
Cristo
Nacionalidade
Uma nação
De todas as nações
Interação Divina
N a cional e in div id ual
Salv ação in div id ual, mas relacionamento no corpo de Cristo
Dispensações
A pa rtir de A braão
R estrita som ente à presente era
Princípio Regente
Incorporado na aliança mosaica (no futuro, a nova aliança)
Um sistema de graça que inclui a lei
I S T I N
Ç o ··
E S
73. A Igreja Local Contrastada com a Igreja Universal Visível
Invisível
Membros: salvos e perdidos
Membros: somente os salvos
Som ente pessoas p re sen te m ente vivas
Tanto os m ortos q u a n to os vivos em C risto
M uitas igrejas locais
Somente uma igreja universal
D iferentes denom inações
N e n h u m a de nom inaç ão específica
Parte do corpo de C risto
Todo o corpo de C risto
Diferentes tipos de governo
Cristo é o único cabeça
M in istra as o rd en an ça s (ou sac ra mentos)
O rd en an ça s c um pridas (por ex., 1 C o 11.23-26; Ap 19.9)
74. Analogias entre Cristo e a Igreja Cristo
Igreja
Passagem
Terminologia
C abeça
C orpo
C olosse nses 1.18a
“Ele é a c ab eç a d o co rp o, d a igreja”.
Pedra A ngular
Tem plo
Efésios 2.20-21
“... send o ele me smo, Cristo Jesus, a pedra angular”.
Amado
Virgem
2 C oríntios 11.2
vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo”.
N oiv o
N oiv a
A pocali ps e 21 .9
Governante (implícito)
C idade
A pocalipse 21.9-10
Possuidor
Povo
Tito 2.14
“... e purificar para si mesmo um po vo exclu siv am ente se u”.
Pastor
R ebanho
1 Pedro 5.2-4
“Pastoreai o reban ho de Deus... Logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória”.
Primogênito
Família
Efésios 2.19
“... sois da família de Deus”.
Colossenses 1.18b
“Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos”.
“Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Co rdeiro”. e me mostrou a santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus”.
Criador
N ovo H om em
Efésios 2.15
“... para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem”.
Fundador (implícito)
Povo Eleito
1 Pedro 2.9
“Vós, porém, sois raça eleita, ... nação santa, povo de propriedade exclusiva de D eus”.
Sumo Sacerdote
Sacerdócio Real
H ebreus 4.14
“Tendo, pois, a Jesus, 0 Filho de Deus, como grande sumo sacerdote.” “... sacerdócio real...”
1 Pedro 2.9
Herdeiro
Herança
Efésios 1.18
"... a riqueza d a glória da sua heranç a nos santos”.
75. Os Ofícios de Presbítero e Diácono - Qualificações e Deveres Qualificações Presbíteros
Hospitaleiros
Aptos para ensinar
1 Timóteo 3.2; Tito 1.8
1 Timóteo 3.2; 5.17; Tito 1.9
Nã o viole ntos , por ém cordatos
Nã o ava ren tos
Inimigos de contend as
Nã o sejam neófito s
1Timóteo 3.3
1Timóteo 3.3
1Timóteo 3.6
1 Timóteo 3.3; Tito 1.7
Sóbrios
Tenham bom testemunho dos de fora
Nã o arro gante s
Nã o irascíveis
Amig os do bem
Justos e piedosos
Que tenham domínio de si
1 Timóteo 3.2; Tito 1.8
1 Timóteo 3.7
Tito 1.7
Tito 1.7
Tito 1.8
Tito 1.8
Tito 1.8
Diáconos e Presbíteros
Irrepreensíveis
Esposos de uma só mulher
Temperantes
Respeitáveis
Não dados ao vinho
Que governem bem a própria casa
1 Timóteo 3.2,9;
1 Timóteo 3.2,12; Tito 1.6
1Timóteo 3.2,8; Tito 1.7
1 Timóteo 3.2,8
1 Timóteo 3.3,8; Tito 1.7
1 Timóteo 3.4,12; Tito 1.6
Nã o cobiços os de sórdida ganância
Apegados à palavra fiel
D e um a só pa lav ra
E xp er im en ta do s
1 Timóteo 3.8
1 Timóteo 3.10
Tito 1.6
Que tenham filhos obedientes
Diáconos 1 Timóteo 3.45 , 12; Tito 1.6
1 Timóteo 3.8; Tito 1.7
1 Timóteo 3.9; Tito 1.9
Deveres Presbíteros
Diáconos
Administrativos pres idir a ig reja
Pastorais - pastorear a igreja
Educacionais ensinar a igreja
Oficiativos - dirigir os ofícios da igreja
Representativos representar a igreja
1 Timóteo 5.17; Tito 1.7
1 Pedro 5.2; judas 12
Efésios 4.12-13; 1 Timóteo 3.2
Tiago 5.14
Atos 20.17; 1Timóteo 5.17
S oc or re r os po br es
L ib er ar o s p re sb ít er os
Atos 6.1-6
Atos 6.1-4
76. Qualificações Funcionais dos Presbíteros e Diáconos ^ Em Relagão a Deus
J
Apegados à palavra fiel 1 Tim óteo 3.9; Tito 1.9
Irrepreensíveis 1 Timóteo 3.2,9; Tito 1.6
Justos e piedosos Tito 1.8
N ã o se ja m ne ó fit o s 1 Timóteo 3.6
Aptos para ensinar 1 Timóteo 3.2; 5.17; Tito 1.9
Amigos do bem Tito 1.8 Experimentados 1 Tim óteo 3.10
(^Em Relagão aos Outros J De uma só palavra 1 Tim óteo 3.8
N ã o v io le n to s, p o ré m c o rd a to s 1 Timóteo 3.3; Tito 1.7
Respeitáveis 1 Timóteo 3.2,8
Tenham bom testemunho dos de fora 1 Tim óteo 3.7
Hospitaleiros 1 Timóteo 3.2; Tito 1.8
N ã o a rro g a n te s Tito 1.7
Inimigos de contend as 1 Timóteo 3.3
N ã o co biç osos de s órdid a ga n â n c ia 1 Timóteo 3.8; Tito 1.7
(Em Relagão a Si Mesmos) Que tenham domínio de si Tito 1.8
Sóbrios 1 Tim óteo 3.2; Tito 1.8
Temperantes 1 Tim óteo 3.2,8; Tito 1.7
N ã o ir ascív eis Tite 1.7
N ã o a v a re n to s 1 Timóteo 3.3
N ã o dados a o v in h o 1 Timóteo 3.3,8; Tito 1.7
^ Em Relagão à Família j Que g overnem bem a próp ria casa 1 Tim óteo 3.4,12; Tito 1.6
Esposos de uma só mulh er 1 Timóteo 3.2,12; Tito 1.6 Que tenham filhos obedi en tes 1 Timóteo 3.4-5,12; Tito 1.6
77. O Ofício de Presbítero Assunto
presbyteros; Palavra grega: literalmente, “pessoa mais velha”
Qualificações do Presbítero
Vida irrepreensível (comportamento íntegro: Tt 1.6-8; 1 T m 3.2,9)
Cordato (não agressivo, paciente: 1 T m 3.3; Tt 1.7-8)
Amigo do be m (não dado ao vinho, nem avarento, injusto, egoísta: 1 T m 3.3; Tt 1.8)
H o m e m de família que tem uma esposa e filhosfiéis (1 Tm 3.2,4; Tt 1.6)
Boa reputação junto aos de fora da igreja; piedoso dentro e fora (1 T m 3.7)
1Timóteo 3.17 Tito 1.5-9
Apegado à palavra (fiel à doutrina: Tt 1.9)
Apto para ensinar (possui conhecimento: 1 T m 3.2)
Mente sóbria e sadia (reflete sobre os problemas: 1 T m 3.2; Tito 1.7)
Cristão maduro (somente os maduros podem exercer a autoridade da liderança: 1 T m 3.6)
Deve ser um ho me m (asmulheres não têm permissão para presidir na igreja: 1 T m 2.11-12)
Deveres do P resbítero
Administrativos (presidir a igreja como mordomo de Deus: Tt 1.7; 1 Pe 5.2-3)
Pastorais (pastorear a igreja; apascentar o rebanho: At 20. 28; 1 Pe 5.2)
A Autoridade d o P r e s b í t e ro
A autoridade do presbítero é espiritual; sua autoridade não é eclesiástica - isto é, não é fundamental para a existência ou continuidade da igreja.
N ú m e r o do s Presbíteros
Nos tempos antigos,os idosos eram governantes O termo tomou-se u m títulodado a qualquei governante, de qualquer idade.
A pluralidade de presbíteros era comum nas antigas igrejas do N ovo Testamento (At 14.23; 20.17; Fp 1.1; Tt 1.5).
Uso no N.T.: ofíciosde liderança em geral: os anciãos da nação judaica (Atos 4.8), os presbíteros da igreja cristã (At 14.23).
Educacionais (ensinar a igreja, corrigir, exortar: 1 T m 3.2; Tt 1.9)
Oficiativos (liderar a igreja, presidir sobre a igreja: Tg 5.14)
O presbiterato da igreja não provém do presbiterato judaico.
Representativos (representar a igreja quando necessário: At 20.17-31)
A autoridade do presbítero está A autoridade do presbítero é delegada pela igreja. O presbítero não limitada à igreja local que o elegeu. tem outra autoridade na igreja a não ser aquela que lhe é dada pela igreja. Ela é concedida pela igreja e pode ser retirada dele pela igreja.
1 Timóteo 3.2 é um exemplo de presbiterato singular: “bispo". Porém, isso provavelmente refere-se a um líder, um presidente dos presbíteros/diáconos.
Não se dispõe que a igreja deva eleger um número definido.
Presbiterato colegiado aparentemente co m a mesma autoridade (Tg 5.14)
A duração da liderança não é especificada.
Eleição do Presbítero
Aquele que aspira a esse ofício, almeja uma “excelente obra” (1 T m 3.1).
A igreja deve realizar um exame cuidadoso para verificar se a vida do candidato confere com as qualificações (1 T m 3.1-13; Tt 1.5-9).
Ordenação do Presbítero
Or dena ção”: deve referir-se ao ato de “nomear”,e não a uma cerimônia formal de investidura no ofício.
A cerimônia de ordenação é como segue: imposição de mãos, oração, jejum, leitura das qualificações, votos.
A Dignidade do Presbítero
Jesus foichamado de “bispo” (1 Pe 2.25). Pedro foi chamado de “co-presbítero” (1 Pe 5.1). João era um presbítero (2 Jo 1). A igrejafoiexortada a respeitar a dignidade desse ofício (lTs 5.12-13; Hb 13.7,17,24).
A R e s p o n s a b i li d a d e do Presbítero
O presbítero deve ser considerado e deve considerar-se a si me sm o com o u m mord om o de Deus (1Co 4.1-2; Tt 1.7).
Recompensas do Presbítero
Crescerá e m sua autoridade (Lc 12.43-44)·, Também terá uma eterna coroa de glóriaque não é para todos os cristãos, mas para o presbítero fiel (1 Pe 5.1-4).
Os presbíteros da igreja devem dirigir a cerimônia, assim com o devem fazer em todas as reuniões oficiais.
A ordenação é o reconhecimento da igrejada aptidão espiritual de seus oficiais eleitos (At 6.3-6).
78. O Ofício de Diácono Componentes/Apoio/Passagens
Assunto O Ofício do Diácono
Dia kono s significa aquele
que serve.
Uso neotestamentário de diakonos (diakonoV): “ministro", 20 vezes (por ex., Ef 3.7); “servo”, 7 vezes (Mt 23.11; Jo 2.5); “diácono", 3 vezes (Fp 1.1; 1 Tm 3.8,12).*
Caráter: 1 Timóteo 3.8 Respeitável, de uma só palavra, não inclinado a muito vinho, não cobiçoso, apto para gerir os recursos para os pobres. Deve administrar bem as questões financeiras da igreja em geral.
Qualificações dos Diáconos 1 Timóteo 3
Reputação: Atos 6.3 Conhecido como alguém cheio do Espírito Santo e de sabedoria.
Fé: 1 Timóte o 3.9 Deve conservar o mistério da fé com a consciência limpa. Não precisa ter o dom ou a capacidade natural para o ensino, mas deve entender e sustentar a doutrina.
Discernimento: 1 Timóte o 3.2-4 Pessoa de bom discernimento. Sensato, sóbrio, disciplinado.
Espiritualidade: Atos 6.3 Cheio d o Espírito. Cuida r dos recursos para os pobres e servir as mesas requer mais que tino empresarial e sabedoria deste mundo.
Deveres do Diácono
Socorrer os pobres. A responsabilidade da igreja local é ajudar os seus próprios pobres. Atos 6.1-6 e 1 Timóteo 3.8 sugerem que os diáconos devem gerir os fundos da igreja.
Eleição dos Diáconos
É necessário um período de experiência (1 Tm 3.10).
O Mandato dos Diáconos
A duração do mandato não é especificada.
A Dignidade dos Diáconos
O próprio título emplica' em grande honra.
As Recompensas dos Diáconos
Boa reputação, respeito (1 Tm 3.7-8), sabedoria e ousadia (At 6.8-10).
*O uso pode variar de acordo com a tradução da Bíblia utilizada.
O termo refere-se a um ofício especial de serviço na igreja.
Possível origem: os sete servos de Atos 6.1-6.
Relações familiares: 1 Timóteo 3.12 As mesmas expectativas que o presbítero deve satisfazer. Deve ser esposo de uma só mulher e governar bem os filhos. Isso gera confiança na igreja, uma vez que o diácono cuida das coisas da igreja. Sexo: 1 Timóteo 3.11 As mulheres são elegíveis para esse ofício. Elas devem ter qualificações especiais. Não devem ser maledicentes porque boa parte do seu serviço inclui visitação. Ver Romanos 16.1 - Febe. Outra concepção é a de que esta passagem se refere às esposas dos diáconos em vez de diaconisas.
Liberar os presbíteros. O d iaconato está entre os diversos ministérios que permitem aos presbíteros se conce ntrarem na esfera espiritual da igreja.
A eleição formal é feita pela igreja (At 6.1-6).
Na igreja primitiva sempre havia pluralidade de diáconos (At 6.1-6; Fp 1.1).
Serviço angélico (Mt 4.11), como aquele do próprio Senhor (Mt 20.28).
79. Quatro Concepções sobre o Batismo com Agua Luterana Concede a graça salvadora àquele que exerce uma fé verdadeira
Posição
Católica Romana Instrumento da graça salvadora
Declaração da Posição/ Significado do Batismo
“Quer despertando ou fortalecendo a fé, o batismo efetua a lavagem da regeneração”. Para os católicos, isso ocorre no ba ti sm o ex opere operato, ou seja, pela atuação do próprio elemento. A fé não precisa estar presente. A obra é somente obra de Deus n a pessoa. O batismo erradica tan to o pecado original qua nto os pecados veniais e infunde graça santificadora.
Para que o batismo seja eficaz, a fé salvadora deve ser exercida antes do batismo. Sem a graça salvadora o batismo é ineficaz.
Objetos
Crianças e adultos
Adultos e crianças
Modo
Aspersão
Aspersão ou imersão
Fundamentação
Atos 22.16 e Tito 3.5 fazem uma conexão entre salvação e batismo.
Atos 2.41; 8.36-38; 10.4718.8 ;16.15,31-34 ;48 ; Romanos 6.1-11
Atos 2.38 relaciona o arrependimento e o batismo com a salvação. Ou tras bases bíblicas: João 3.5; Romanos 6.3; 1 Coríntios 6.11; 1 João 3.9; 5.8. Ap oio dos pais da igreja: Epístola de Barnabé, o Pastor de Herm as, Justino, Tertuliano, Cipriano. O C oncilio de Trento apoiou essa posição.
Objeções
Efésios 2.8-9 diz que a salvação é pela graça mediante a fé. A ênfase do Novo Testamento é sobre a fé, à parte das obras. N o N ov o T es ta m en to o ba ti sm o es tá in ti m a m en te lig ad o à conversão, mas nun ca é um requisito da conversão. Os crentes do Novo Testamento eram todos adultos. Não há nenh um exemplo claro de batismo infantil no Novo Testamento.
Esta posição difere da católica somente com respeito à fé. A po si çã o ca tó li ca n ã o re q u er fé sa lv ad or a da p ar te de q u em es tá sendo batizado. O batismo é eficaz em e de si mesmo. Marcos 16.16 não reflete a necessidade do batismo. Em Marcos 16.16 somente a incredulidade condena. O uso do batismo com o meio de o bter a graça não foi claramente ensinado por Cristo ou por Paulo. Isso sugere que ele não é essencial. As muitas pessoas com quem Jesus se relacionou não foram confrontadas com a necessidade do batismo, mas somente com a necessidade de fé. Associar 0 batismo e a fé com vistas à salvação transgride Efésios 2.8-9. Existe o problema das obras.
79. Quatro Concepções sobre o Batismo com Água (continuação) Posição
Reformada Sinal e selo da aliança
Batista Símbolo da salvação
Declaração da Posição/ Significado do Batismo
Os sacramentos são sinais e selos exteriores de uma realidade interior. “O batismo é o ato de fé pelo qual somos incluídos na aliança e assim experimentamos os seus benefícios”. O batismo é a iniciação na aliança e um sinal da salvação.
É simplesmente um testemun ho - a primeira profissão de fé que o crente faz. O rito mostra à comunidade que o indivíduo agora está identificado com Cristo. F um símbolo de uma realidade interior, e não um sacramento. Não ocorre nenhum efeito objetivo sobre a pessoa.
Objetos
Crianças e adultos
Adultos crentes e crianças crentes
Modo
Aspersão ou efusão
Imersão
Fundamentação
O batismo dá co ntinuidade à aliança feita com Abraão e sua descendência (Gn 17.7). O batismo substitui a circuncisão (At 2.39; Rm 4.13-18; Hb 6.13-18; Cl 2.11-12).
N o N ov o T es ta m en to , a fé sa lv ad or a é se m pr e um pr é- re qu is ito da salvação.
Famílias inteiras foram incluídas no batismo, assim como no Velho Testamento as famílias foram incluídas na aliança (At 16.15,33; 18.19).
Exemplos do Novo Testamento m ostram crentes adultos sendo ba ti za do s. O batismo por imersão ilustra melhor a morte e a ressurreição de Cristo. Muitas passagens do Novo Testamento discutem a salvação pela fé à parte do batismo (Lc 23.43; A t 16.30-31; Ef 2.8-9).
Objeções
A igreja e Israel não são a mesma entidade. A circuncisão marcava a entrada na teocracia, que incluía tanto crentes como descrentes. A circuncisão era somente para os homens; o batismo é para todos os crentes. Os crentes do Novo Testamento eram todos adultos. Não há nenh um exemplo claro de batismo infantil no Novo Testamento.
O Novo Testamento tem exemplos de batismos de famílias, que pr o va ve lm en te in cl uí am cr ia nç as (A t 16 .2 9- 34 ). A igreja primitiva aparentemente batizava crianças não crentes de pais crentes. Muitas passagens do Novo Testamento relacionam estreitamente o batismo com a salvação.
80. Quatro Posições Acerca da Ceia do Senhor (continuação) Transubstanciação
Consubstanciação
Reformada
Principais Documentos
Decretos do Concilio de Trento
Ministrante Apropriado
Sacerdote
Participantes
Pão (óstia) para os membros da igreja; o cálice não é dado aos leigos
Interpretação de “Isto é o meu corpo”
Interpretação literal
Pontos de Convergência
1. A Ceia do Senhor foi instituída pelo próprio Jesus (Mt 26.26-28; Mc 14.22-24; Lc 22.19-20).
Memorial
Confissão de Augsburgo
Confissão de Westminster
Confissão de Schleitheim
Catecismo Menor
Segunda Confissão H elvética
Confissão de Dordrecht
Ministro Ordenado
Pastor
Pastor
Líderes da igreja
Líderes da igreja
Somente os crentes
Somente os crentes
Somente os crentes (alguns grupos praticam a comunh ão restrita, em que os pa rt ic ip an te s d ev em ser membros da denominação. Outros praticam a comu nhão exclusiva, em que se deve ser membro da igreja local).
Inte rp retaç ão literal
In te rp re tação n ã o literal
Interpretação não literal
2. Jesus ordenou a repetição da Ceia do Sen hor (Mt 26.29). 3. A Ceia do Senhor proclama a morte de Jesus Cristo (1 Co 11.26). 4· A Ceia do Senhor concede algum tipo de benefício espiritual ao participante.
80. Quatro Posições Acerca da Ceia do Senhor Transubstanciação
Consubstanciação
Reformada
Memorial
Grupos (Tradições)
Católica Romana
Luterana
Presbiteriana, outras Igrejas Reformadas
Batista, Menonita
“Fundador” da Posição
Tomás de Aquino
Martinho Lutero
João Calvino
Ulrico Zuínglio
Presença de Cristo
Pela consagração do pão e do vinho, o pão transforma-se no corpo de C risto e o vinho transforma-se no sangue de Cristo. Cristo está verdadeiramente e substancialmente presente nos próprios elementos.
Os elementos não se transformam n a presença de Cristo, mas ele está realmente p re se n te em , co m e so b os elementos.
Cristo não está literalmente p re se n te no s el em en to s. Ele está presente espiritualmente na participação dos elementos.
Cristo não está presente nos elementos, seja literalmente ou espiritualmente.
Significado da Ceia do Senhor
Alimento espiritual para a alma; fortalece o participante e livra dos pecados veniais. Cristo é sacrificado em cada missa para fazer expiação pe lo s pe ca do s do comungante.
O recipiente tem o perdão dos seus pecados e a confirmação da sua fé. A p articipação deve incluir a fé, caso con trário o sacramento não traz nenhum be ne fí ci o.
Uma comemoração da morte de Cristo que concede graça para selar os participantes no amor de Cristo. A ceia proporcion a alimento espiritual e leva a pe ss oa p ar a m ai s p er to da pr es en ça de Cr is to .
Uma comemoração da morte de Cristo. O participante é lembrado dos benefícios da redenção e salvação pr od uz id a pe la m or te de Cristo.
81. Disciplina Eclesiástica “ M u i t a s p e s s o a s d e i x a m d e f a z er u m a c l a r a d i s t i n ç ã o e n t r e p u n i ç ã o e d i s ci p li n a , e e x i st e u m a d i f e r e n ç a m u i t o s i g n if i ca t iv a e n t r e e s s e s d oi s c o n c e i t o s . A puniç ão v i s a a p l ic a r u m a r e t r i b u i ç ã o p o r u m e rro c o m e tid o . A disciplina, p o r o u t r o l a d o , v is a in c e n t i v a r a restauração d a p e s s o a e n v o l v i d a n o e r r o . A p u n i ç ã o é c o n c e b i d a p r i m a r i a m e n t e p a r a v i n g a r u m e r r o e a fi r m a r a j u st iç a . A d i sc i pl in a é c o n c e b i d a p r i m a r i a m e n t e c o m o u m a c o r r e ç ã o d a q u e l e q u e d e i x o u d e v iv e r s e g u n d o o s p a d ” ° s d a i g r e ja e / o u d a s o c i e d a d e ” * .
Passagem
Problema
Procedimento
Propósito
Mateus 18.15-18
O pecado de um “irmão” (não definido)
1. Repreensão em particular 2. Reunião em particular 3. Anúnc io público 4· Exclusão pública
Restauração (ganhar “a teu irmão”)
1 Coríntios 5
Imoralidade Avareza Idolatria Embriaguez Fraude
1. Lamentar coletivamente. 2. Remov er do grupo. 3. Nã o se associar.
Restauração (5.5) Purificação (5.7)
2 Coríntios 2.5-11
Nã o cit ado
Após o arrependimento sincero: 1. Perdoar 2. Confortar 3. Ama r
Restauração (2.11) Proteção (2.11)
Gálatas 6.1
“Algu ma falta”
Restaurar: 1. Como pessoas espirituais 2. Com bra ndura 3.Com reflexão
Restauração
2 Tessalonicenses 3.6-15
Preguiça, maledicência (“se intrometem”)
1. Obse rvá lo. 2. Não se associar com ele. 3. Adverti lo (como irmão, não como inimigo).
Restauração (“para que fique env ergonhado”)
1 Timóteo 5.19-20
Denúncia contra presbítero sem testemunhas
1. Necessidade de 2-3 testemunhas. 2. Se o pecado continuar, repreender diante de todos.
Purificação (“para que também os demais temam”)
Tito 3.911
Comportamento faccioso
1. Admoe stá-lo duas vezes. 2. Evitá-lo (como per ver tido, pec aminos o, auto-condenado).
Proteção (contra divisões)
Carl Laney, A Guide to Church Discipline [Guia sobre Disciplina Eclesiástica] (Minneapolis: Bethany, 1985), p. 79.
82. Fluxograma de Disciplina Eclesiástica 1. 2. 3. 4.
Imoralidade sexual aberta (1 Coríntios 5 . 1 3 ) Conflitos pessoais não resolvidos (Mateus 18.15-20) Espírito faccioso (Romanos 16. 1718 ; Tito 3.10) Falsos ensinos (Gálatas 1. 81 ;9 Timóteo 1.20; 6.32 ;5 João 9-11; Apocalipse 2.14Ί6)
83. Termos Básicos sobre a Segunda Vinda de Cristo Termos
“Parousia”
“Apocalipse”
“Epifania”
Referências Bíblicas
1 Tessalonicenses 3.13 1 Tessalonicenses 4.15
1 Coríntios 1.7 2 Tessalonicenses 1.6-7 1 Pedro 4.13
1Timóteo 6.14 2 Timóteo 4.8 Tito 2.1344
Sentido Literal
“estar junto” “presença”
“revelação”
“aparecimento”
Sentido Traduzido
“presença” “vinda” “chegada”
“revelar”
“aparecer”
84. Concepções Acerca do Arrebatamento Pré-Tribulação Declaração da Posição
Cristo virá para os seus santos; depois ele virá com os seus santos. O primeiro estágio da vinda de Cristo é chamado de arrebatamento; 0 segundo é chamado de revelação. A escola mais antiga acentuava a questão da “iminência”. Todavia, atualmente 0 ponto crucial desta posição concentra-se mais no aspecto da ira de Deus e se a igreja será chamada a experimentar p arte dela ou toda ela duran te a tribulação.
Proponentes
John F. Walvoord, J. Dwight Pentecost, John Feinberg, Paul Feinberg, Herman Coyt, Charles Ryrie, Rene Pache, Henry C. Thiessen, Leon Wood, Hal Lindsay, Alva M cClain, John A. Sproul, Richard Mayhue.
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
A Bíblia diz que os cristãos (a igreja) estão isentos da ira divina (1 Ts 1.10). Essa isenção não significa que a igreja não experimenta provações, perseguição ou sofrimento.
Os cristãos estão isentos da ira de Deus ( ό ρ γ η ) , mas a maior parte dos textos que tratam da tribulação ( θ λ ί φ ί ζ · ) referem-se à tribulação que os crentes sofrem. Isenção da ira não significa isenção de tribulação. Além disso, se os cristãos estão isentos da ira da tribulação, aqueles que cressem durante a tribulação teriam de ser arrebatados no momento da conversão.
Os crentes também estão isentos do tempo da ira registrado em Apocalipse 3.10. Isto é apoiado pela maneira com que a preposição grega ek (έκ) é usada nesta passagem.
O sentido normativo de ek (έκ) é “tirado do meio de” e não implica em ser afastado da provação. Pode significar preservado da tribulação sem ser tirado da provação. A preposição normal com o sentido de “man ter afastado de” é apó ( ά π ο ) .
Todas as posições de arrebatam ento tribulacionista prevêem um reino milenal. A posição pré-tribulação requer que crentes vivos e não gíorificados entrem no reino, para assim o repovoarem (Zc 12.10-13.1; Rm 11.26).
Os 144 mil do Apocalipse podem povoar a terra durante a época do milênio.
Esta posição faz uma clara distinção entre 0 arrebatamento e a revelação, um intervalo de tempo. Isso é consistente com diferentes passagens que tratam desses dois eventos. Q ua nto ao arreba tame nto: Jo 14-1-4; 1 Co 15.51-58; 1 Ts 4· 13-18; quanto à revelação ou à segunda vinda de Cristo: Zc 14; Mt 24.29-31; Mc 13.24-27; Lc 21.25-27; Ap 19.
A “bendita esperança” e o “glorioso aparecimento” são o mesmo evento (arrebatamento e revelação). O Novo Testamento fala de uma segunda vinda, e não de duas vindas ou de uma vinda em dois estágios. A distinção pode estar na natureza dos eventos e não em diferenças de tempo.
Esta posição dá ênfase à iminência. Cristo pode voltar a qualquer momento; portanto, os crentes têm uma atitude de expectativa (Tt 2.3). Não existem advertências preparatórias de uma tribulação próxima para os crentes da era da igreja (At 20.29-30; 2 Pe 2.1; 1 Jo 4.1-3).
Para os apóstolos e para a igreja primitiva durante essa época, a iminência estava relacionada com a segunda vinda de Cristo. Assim, os dois eventos são coincidentes e não separados (Mt 24.3,27,37,39; 2 Ts 2.8; Tg 5.7-8; 1 Jo 2.28). Ademais, 2 Tessalonicenses 2.1-10 pode enum erar eventos que devem ser esperados antes do arrebatamento.
Esta posição contempla uma tribulação literal conforme mostrada em Apocalipse 6-19 . Não há n enhuma menção à igreja em Apocalipse 4-18 (argumento do silêncio).
Boa parte da linguagem de Apocalipse 6-19 é figurada; a tribulação também 0 pode ser. O argumento do silêncio é um raciocínio inerentemente fraco.
Aquele que detém, mencionado em 2 Tessalonicenses 2.1-12, é o Espírito Santo que habita na igreja. Ele precisa removê-la (a igreja) antes do início da tribulação.
O ministério de habitação do Espírito Santo não é equivalente à sua obra de retençã o. A lém disso, 0 texto não equipara claramente o que detém com 0 Espírito Santo, ou a remoção da retenção com 0 arrebatamento da igreja.
Várias partes desta tabela foram adaptadas de Millard J. Erickson, Christian Theobgy, Vol. 3 (Grand Rapids: Baker Book House, 1985), pp. 1149-1224· Usado mediante permissão. Também Gleason L. Archer, Jr., Paul D. Feinberg, Douglas J. Moo e Richard R. Reiter, The Rapture: ?re-, Mid-, PostTribulational? [O Arrebatamento: Pré, Meso ou Pós-Tribulacionista?] (Grand Rapids: Zondervan, 1984). Usado mediante permissão.
84. Concepções Acerca do Arrebatamento (continuação) Arrebatamento Parcial Declaração da Posição
Esta posição declara que somente os crentes que estiverem vigiando e esperando pelo Senh or serão arrebatados em diferentes ocasiões antes e durante a tribulação de sete anos. Os que forem arrebatados serão os santos espiritualmente maduros, tanto mortos quanto vivos (1 Ts 4.13-18).
Proponentes
Joseph Seiss, G. H. Lang, Robert Govett, Witness Lee, G. H. Pember, Ira E. David, D. H. Panton
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
O Novo Testamento freqüentemente vê a ressurreição como uma recompensa pela qual se deve lutar (Mt 19.28-29; Lc 9.62; 20.35; Fp 3.10-14; Ap 2; 11; 3.5). Portanto, nem todos os crentes serão alcançados pela primeira ressurreição, somente aqueles que forem dignos.
O arrebatamento é parte da consumação da salvação. Deus inicia a salvação pela graça e irá completá-la por sua graça, não por nossas obras (Ef 2.8-9).
Outras passagens indicam o arrebatame nto p arcial dos crentes ou algo semelhante a isso (Mt 24.40-51).
Existe confusão entre versículos que se aplicam a Israel e versículos que se aplicam à igreja em passagens dos Evangelhos. Isso não é o arrebatamento, mas um envio ao juízo, como n o exemplo do dilúvio em Mateus 24.39. Em 1 Coríntios 15.51-52 está escrito que todos os crentes serão arrebatados.
Há uma ênfase em vigiar, aguardar, trabalhar e esperar recompensas (Mt 24.41-42; 25.1-13; 1 Ts 5.6; Hb 9.28).
A ênfase está em trabalhar por recompensas (coroas, 2 Tm 4.8) e não em participação no arrebatamento.
Há versículos que enfatizam a necessidade de sofrer a fim de reinar (Rm 8.16-17; Lc 22.28-30; At 14.22; Cl 3.24; 2 Ts 1.4-5). Portanto, os crentes devem sofrer agora ou durante a tribulação antes que possam reinar com Cristo.
Os crentes sofrem em todas as épocas e todos os crentes irão reinar com Cristo. O sofrimento e o reinado dos cristãos nunca é ligado a qualquer suposta ordem do arrebatamento.
Por causa do pecado, um crente pode perder o direito a desfrutar da primeira ressurreição e do reino (1 Co 6.19-20; G1 5.19-21; Hb 12.14).
Essas passagens falam que os não salvos não entram no reino. Elas não se aplicam aos crentes.
Os crentes dignos e vigilantes terão a recompensa de serem arrebatados antes da tribulação (Ap 3.10).
Aí está a divisão na igreja, no corpo de Cristo. Parece que aqueles que são dignos de serem levados serão arrebatados, ao passo que os não dignos serão deixados para trás. Passagens como João 14-1 e 1 Coríntios 15.51-52 evidentemente incluem todos os crentes.
Como o batismo do Espírito capacita para testemu nhar (At 1.8) e nem todos os crentes testemunham, nem todos os crentes estão no corpo de Cristo (1 Co 12.13) e nem todos serão arrebatados.
O batismo do Espírito coloca todos os crentes no corpo de Cristo (1 Co 12.13).
84. Concepções Acerca do Arrebatamento (continuação) Meso 'Tribulação Declaração da Posição
Esta posição entende que a igreja, os crentes em Cristo, serão arrebatados no meio do período da tribulação, antes da Grand e Tribulação. Este conceito reú ne 0 melhor das posições da pré-tribulação e da pós-tribulação. Ele também tem 0 arrebatamento no meio da septuagésima semana.
Proponentes
Gleason L. Archer, No rman Harrison, J. Oliver Buswell, Merrill C. Tenney, G. H. Lang
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
Esta posição apresenta menos problemas do que os conceitos pré ou pós-tribulacionistas. Ela evita os problemas dos dois extremos.
Existe uma perda de iminência nesta posição (assim como na póstribulação). Nós já não somos chamados a vigiar e esperar, mas a aguardar sinais preparatórios, conforme indicados no livro do Apocalipse e em Mateus 24.1-14·
As Escrituras dão grande ênfase aos 3 anos e meio (42 meses, 1260 dias) que dividem os 7 anos da tribulação (Dn 7; 9.27; 12.7; Ap 11.23; 12.3,6,14).
A ênfase no meio da tribulação é devida ao rompimento da aliança com Israel (Dn 9.27), e não ao arrebatamento.
O discurso do Monte das Oliveiras (Mt 24-25) fala da vinda, aparecimento e retorn o de C risto. Ele coincide com a passagem do arrebatamen to em 1 Tessalonicenses 4.15.
O único elo concreto é 0 uso do termo paro usia em ambas as passagens. Esse elo torna-se débil por causa de muitas outras diferenças nos contextos.
2 Tessalonicenses 2.14 claramente especifica sinais que precedem o arrebatamento.
2 Tessalonicenses 2.lss refere-se aos dois eventos que p r e c e d e m o Dia do Senhor, e não ao arrebatamento da igreja.
Apocalipse 11.15-19 menciona a sétima trombeta, que é idêntica à trombeta de Deus em 1 Tessalonicenses 4.16.
O arrebatamento realmente ocorre em Apocalipse 11 só pocque tem existe um toque da trombeta? O argumento é f r a c o e base bíblica.
Esta posição mantém a distinção entre 0 arrebatamento e a revelação, que são assim dois estágios da vinda de Cristo.
A pré-tribulação também mantém a distinção 1■■f™1 A pâstribulação igualmente mantém uma d i s ti n ç ã o , e m í x x a seta uma diferença em essência e não n o t e m p o .
A igreja é libertada da ira de Deus, mas não de provações e testes, uma vez que 0 arrebatamento ocorre no meio da tribulação, logo antes da grande manifestação da ira de Deus.
Aqueles que sustentam essa p o s iç ã o d e v e m v e r u m novo conceito de ira no livro do A p o c a l i p s e . H á u m a espiritualização forçada dos capítulos 1-11 com propósitos contemporâneos e não para cumprimento futuro. A igreja p ode ser libertada da ira seja pelo arrebatamento pré-tribulação ou pela proteção contra a ira.
Assim como no livro de Atos h á u ma sobreposição em termos do programa de Deus para a igreja e para Israel, assim há uma sobreposição no programa de Deus no livro do Apocalipse.
A igreja tem em si tanto judeus quanto gentios. Todavia, isso não toma necessária uma sobreposição do programa de Deus para a igreja e para Israel como nação.
Esta posição permite que os santos não gloriftcados do final da tribulação entrem no reino milenal para repovoar o mundo.
A pré-tribulação também permite o repovoamento. Além disso, é possível que alguns descrentes entrem no Milênio, uma vez que a conversão de Israel não ocorrerá até a Segunda Vinda.
84. Concepções Acerca do Arrebatamento (continuação) Pós-Tribulação Declaração da Posição
Esta posição afirma que os crentes vivos serão arrebatados na segunda vinda de Cristo, que irá ocorrer no final da tribulação. Dentro deste grupo, existem quatro posições conforme categorizadas por Walvoord: (a) clássica, (b) semi-clássica, (c) futurista, (d) dispensacional. O espectro é amplo, abrangendo um período desde os pais da igreja antiga até o presente século.
Proponentes
Clássica: Semi-clássica: Futurista: Dispensacional: Outro s:
J. Barton Payne Alex ande r Reese, No rm an MacPh erson, George L. Rose, George H. Fromow George Ladd, Dave Mac Pherso n Robert H. Gundry, Douglas J. Moo Harold Ocke nga, J. Sidlow Baxter
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
O arrebatam ento é precedido por sinais inconfundíveis (Mt 24.3-31). Esses sinais são parte do período de tribulação pelo qual os santos têm de passar. Sua culminância será o retorno de Cristo, que incluirá 0 arrebatam ento dos crentes (Mt 24.29-31,40-41). No discurs o do Monte das Oliveiras, Cristo fala do arrebatamento em conexão com a revelação.
Esta posição levanta problemas qua nto ao repovoamento do reino milenal por crentes de carne e sangue se todos eles são arrebatados e glorificados.
A parábola do joio e do trigo (Mt 13.24) mostra que a separação irá ocorrer no final dos tempos. Naquela ocasião, os bons (crentes) serão separados dos maus (incrédulos) e isso irá ocorrer no final da tribulação.
A noção de que os 144 mil do Apocalipse são aqueles que irão repovoar a terra deixa de levar em consideração o contexto desta passagem.
A seqüência da ressurreição exige que todos os crentes de todas as eras sejam ressuscitados em seus corpos glorificados no final da tribulação (Ap 20.4-6).
Seu argumento exegético de Apocalipse 3.10 com ele (“de”) é fraco. Interpretar “provação” como qualquer outra coisa exceto a ira de Deus não faz justiça a esta palavra ou à passagem.
Os ensinos do Novo Testamento acerca do retomo de Cristo não fazem distinção de estágios: epifania, manifestação, revelação, parusia, o dia, 0 dia de Jesus Cristo, o dia do Senhor Jesus e o dia do Senhor.
A seqüência dos eventos, relacionando-se 1 Tessalonicenses 4 com o arrebatamento e 1 Tessalonicenses com o Dia do Senhor, é desprezada ao se determinar a ordem cronológica dos eventos.
A expressão “te guardarei da hora da provação”, em Apocalipse 3.10, também pode referir-se à libertação da ira de Satanás que estará atuando no período da tribulação.
Assim como a Escritura pode ser um tan to retice nte quanto a um arrebatamento pré-tribulação, existe um silêncio ainda maior quanto a um arrebatamento póstribulação. Isso é especialmente verdadeiro na epístola profética joan ina do Apocalipse, que dá mais ênfase ao retorno de Cristo. Um exemplo disso são as vagas referências à igreja em Apocalipse 4-18.
O surgimento de apostasia é um sinal que irá preceder o retorno de Cristo (2 Ts 2.8).
O argumento de que 0 arrebatamento pós-tribulação era a crença da igreja cristã histórica cai por terra quando verificamos que aquilo que se acreditava na igreja primit iva é bastan te dif erente do que se acredita hoje. Não obs tante , o f unda me nto de um a verda de doutrin ária não é a igreja primitiva, mas a Palavra de Deus.
Boa parte do ensino bíblico dado à igreja acerca do tempo do fim torna-se sem sentido se a igreja não irá passar pela tribulação (Mt 24.15-20).
Esta posição conflita com 0 ensino do retorno iminente de Cristo. A Escritura nos ensina a vigiar e esperar, não os sinais preparatórios da vinda de Cristo, mas a bendita esperança da sua volta (Tt 2.13).
85. Concepções Acerca do Milênio Premilenism o Histórico (Também denominado Premilenismo Clássico e Não-Dispensacional) Declaração do Conceito
Os premilenistas sustentam que o retorno de Cristo será precedido de certos sinais, depois seguidos de um período de paz e justiça no qual Cristo irá reinar sobre a terra em pessoa como Rei. Os pre milenistas históricos en te nd em a volta de Cristo e o arre batame nto como um só e 0 mesmo evento. Eles vêem unidade. Portanto, eles são distintos dos premilenistas dispensacionais, que os consideram como dois eventos separados pela tribulação de sete anos. O premilenismo foi a interpretação escatológica predominante nos três primeiros séculos da igreja cristã. Os antigos pais Papias, Irineu, Jus tino Mártir, Tertuliano e outros sustentaram essa concepção .
Proponentes
George E. Ladd, J. Barton Payne, Alexander Reese, Millard Erickson
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
A cronologia de Apocalipse 10-20 mostra que imediatamente após a segunda vinda de Cristo irá acontecer o seguinte: a prisão de Satanás (20.1-3), a prim eira ressurreição (20.4-6) e o início do reino de Cristo (20.4-7) por “mil anos.” (17-18)*
O reino de Cristo não começa após a primeira ressurreição, pois ele já reina à destra do Pai (Hb 1.3). (178-79)
No temp o pre sente , a igreja é o Israel espiritual. Deus irá restaurar a nação de Israel ao seu legítimo lugar a fim de cumprir as promessas do reino (Rm 11) no reino milenal. Esta passagem apóia o ensino de Rm 11. 24: “... quanto mais não serão enxertados na sua própria oliveira aqueles que são ramos natu rais! ” (18-29)
Ainda que a igreja se beneficie espiritualmente das promessas feitas a Israel, Israel e a igreja n un ca são equiparados especificamente. (42-44) Um reino composto tanto de santos glorificados quanto de pessoas ainda na carne parece excessivamente irreal para ser possível. (49)
O Velho Testamento e Cristo predisseram um reino no qual o Ungido haveria de governar (SI 2; Mt 25.24).
O reino é um ensinamento geral da Bíblia. Ele agora está na igreja (Mt 12.28; Lc 17.20-21). Cristo reina agora nos céus (Hb 1.3; 2.7-8). (178-79)
Como as profecias do Velho Testamento foram cumpridas no passado, assim aquelas referentes ao futuro também 0 serão. Este é um argumento a favor da consistência na hermenêutica. (27-29).
A interpretação de Apocalipse 20.1-7 não exige literalismo. Esses versículos podem ser entendidos simbolicamente, uma vez que 0 livro do Apocalipse utiliza muitos símbolos. (161)
A igreja serve para cumprir algumas das promessas feitas a Israel. Cristo deixou isto claro depois que os judeus o rejeitaram (Mt 12.28; Lc 17.20-21). (20-26)
Esta concepção insiste que o Novo Testamento interpreta profecias do A ntigo Testamento e m casos nos quais o Novo Tes tam ento n a realidade está apli cando um princípio encontrado em uma profecia do Velho Testamento (Os 11.1 em Mt 2.15; Os 1.10 e 2.23 em Rm 9.24-26). (42-43) O sentido de “viveram” (Ap 20.4) pode ser entendido como “vivos”, e não como referência à ressurreição.
Muitos dos pais da igreja antiga abraçaram esta visão da escatologia. (9)
Nã o é fácil encaixa r os pais da igreja definitivamente em uma concepção da escatologia. Além disso, as doutrinas não são definidas pela análise dos pais da igreja, mas pelo estudo da Escritura. (41) As profecias do Velho Testame nto constituem 0 fundamento das profecias do Novo Testamento. O N ovo Testamento estabelece o local e a duração do milênio (Ap 20.1-6) e o Velho Testamento fornece muita informação sobre a natureza do milênio. (43-46)
Um reino terreno literal de mil anos é mencionado somente em uma passagem (Ap 20.1-6) e também ocorre na literatura apocalíptica. O Velho Testamento não pode ser usado para suprir informações acerca do Milênio. (32) Romanos 11.26 diz que a nação de Israel será convertida. (27-28)
Muitas passagens do Novo Testamento dissolvem as distinções entre Israel e a igreja (G1 2.28-29; 3.7; Ef 2.14-16). (109)
Deus reservou um lugar especial para a nação de Israel no seu plano. (27-28)
Israel foi escolhido como a nação por intermédio da qual viria o Messias. Como Jesus consumou sua obra, o propósito especial de Israel já foi cumprido. (53)
*Os números que seguem as afirmações referem se às páginas de Robert G. Clouse, The Meaning of the Millennium: Four Views [O Significado do Milênio: Quatro Posições] (Downers Grove: InterVarsity Press, 1977). Usado mediante permissão. Outras afirmações procedem de diferentes autores.
85. Concepções Acerca do Milênio (continuação) Premilenism o Dispensacional Declaração do Conceito
Os adeptos desta escola são aqueles que geralmente sustent am 0 conceito de dois estágios na vinda de Cristo. Ele vir á para a sua igreja (arrebatamento) e depois com a sua igreja (revelação). Os dois eventos são separados por uma tribulação de sete anos. Existe uma distinção consistente entre Israel e a igreja ao longo da história.
Proponentes
J. N. Darby, C. I. Scofield, Lewis Sperry Chafer, John Walvoord, Charles Feinberg, Herman Hoyt, Harry Ironside, Alva McClain, Eric Sauer, Charles Ryrie
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
Este conceito mantém uma hermenêutica consistente que permite a Israel cumprir as promessas que lhe foram feitas e à igreja cumprir as suas promessas. (66-68)
Israel já cumpriu as promessas de uma terra com a conquista de Canaã (Js 21.43,45). Seu propósito de trazer o Messias ta mbém já foi cumprido. (101)
A expressão “e viveram” (Ap 20.4-5), entendida como a prim eira ressurreiç ão, susten ta esta concepção. Essa ressurreição precede o reino milenal. (37-38)
Essa ressurreição não é física porque somente pode ocorrer uma ressurreição física 0o 5.28-29); At 24-15). Essa é uma ressurreição espiritual. (56-58; 168)
A Escritura revela tanto um reino universal quanto um reino mediatorial, que são dois aspectos do governo de Deus. O reino mediatorial é o Milênio, no qual Cristo irá reinar na terra. (72-73ss; 91)
O governo de Deus sobre a criação sempre tem sido por um mediador. Assim, o seu governo mediatorial não pode ser restringido ao Milênio. (93)
Uma leitura literal de Apocalipse 19-20 conduz a uma concepção premilenista dispensacional. Ou tras concepções precisam espiritualizar os eventos.
Grande parte do Apocalipse deve ser entendida simbolicamente em razão de sua natureza apocalíptica.
O pacto abraâmico será plenamente cumprido em Israel (Gn 12.1-3). Sua realização é vista nos pactos palestino e davídico e na nova aliança. A igreja participa das bên çãos da nova aliança, mas nã o cum pre as suas promessas (G13.16).
As promessas feitas ao Israel do Antigo Testamento foram sempre condicionais e baseadas na obediência e fidelidade de Israel. A nova aliança é para a igreja, e não para Israel. (100)
O conceito de um reino terreno literal é uma conseqüência dos ensiname ntos gerais acerca do reino tanto no Antigo como no Novo Testamento. (42-43)
O Novo Testamento, que é a única autoridade para a igreja, substituiu o Velho Testamento e suas promessas. (97)
O Milênio é possível e necessário porque nem todas as promessas feitas a Israel foram cumprid as. (Enns, 390)
A desobediência de Israel anulou as suas promessas, que estavam baseadas na sua fidelidade (Jr 18.9-10). (98)
O Velho Testamento descreve o reino como um reino literal do Messias sobre todo o mundo, na terra. (79-84)
O Novo Testamento mostra que Cristo estabeleceu um reino em sua primeira vinda e está re inando agora sobre todo o mundo. (102)
85. Concepções Acerca do Milênio (continuação) Pós-Milenismo Declaração do Conceito
Os pós-milenistas crêem que o reino de Deus está sendo estabelecido agora por meio do ensino, da pregação, da evangelização e das atividades missionárias. 0 mundo será cris tianizado e a conseqüência será um longo período de paz e prosperidade chamado de Milênio. Isso será seguido pela volta de Cris to. Esta posição aparen te me nte está alcanç ando mais ade pto s em círculos contemporâneos, como o Instituto de Estudos Cristãos para a Reconstrução Cristã. A principal proponente do pós- milenis mo tra dic ional foi Lorraine Boettne r. Ver seu livro The Millennium (Filadélfia: Presbyterian and Reformed Publishing Co., 1957).
Proponentes
Agostinho, Loraine Boettner, A. Hodge, Charles Hodge, W.G.T. Shedd, A. H. Strong, B. B. Warfield, Joaquim de Fiore, Daniel Whitby, James Snowden, os reconstrucionistas cristãos
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
Em certo sentido, o governo do Espírito de Deus no coração do crente é um milênio (Jo 1 4 1 2 1 ) .(16 )
Esta concepção deixa de encarar adequadamente Apocalipse 20 ao formular e definir a sua noção do Milênio. (Erickson, 1208)
A difusão universal do evangelho é prometida por Cristo (Mt 28.18-20).
A G rande Comissão não ordena a proclamação universal do evangelho; 0 mundo é caracterizado por declínio e não por crescim ento espiritual.
O trono de Cristo está no céu, onde ele agora reina e governa (SI 47.2; 97.5). A igreja tem a tarefa de pro cla mar essa verda de e ajudar as pessoas a crerem nele. (118-119)
Nen hu ma dessas afirmações exige o pós-milenis mo ou afasta um futuro reino terrestre.
A salvação virá a todas as nações, tribos, povos e línguas (Ap 7.9-10).
Ainda que a salvação venha a todas as nações, isso não significa que todos, ou quase todos, serão salvos, nem o No vo Testam ento diz que o evangelho visa melhora r as condições sociais do mundo.
A parábola de Cristo sobre o grão de mostarda mostra como o evangelho se estende e se expande len tamente, mas com segurança, até que venha a cobrir todo o mundo (Mt 13.31-32). Os salvos serão muito mais numerosos que os perdidos no mundo. (150-51)
Uma maioria de pessoas salvas na terra n ão garante a era dourada que 0 pós-milenismo espera que venha.
Existem muitas evidências a dem onstrar que o nde o evangelho é pregado as condições sociais e morais estão melhorando acentuadamente.
A atitude de idealismo otimista ignora as passagens que mostram a confusão e apostasia do final dos tempos (Mt 24.3-14; 1 Tm 4.1-5; 2 Tm 3.1-7). Além disso, pode-se reunir a mesma quantida de de evidências para provar que as condições do mu ndo estão piorando. (15)
Por meio da pregação do evangelho e da obra salvífica do Espírito, o mundo será cristianizado e Cristo voltará ao final de um longo período de paz comum ente c hamado de Milênio. (118)
O uso de uma abordagem alegórica na interpretaçã o bíblica de Apocalipse 20 alegoriza inteira me nte o reino de mil anos. Existe uma quantidade limitada de apoio bíblico para essa posição.
85. Concepções Acerca do Milênio (continuação) Amilenismo Declaração do Conceito
A Bíbl Bíblia ia pred prediz iz um contínu o crescimento paralelo paralelo do bem e do mal no m undo en tre a primeira primeira e a segunda vindas vindas de Cristo. O reino de Deus está p resente agora no m undo por meio da sua Palavra, Palavra, do seu Espírito e da sua igreja. Esta posição também tem sido chamada de “milenismo realizado”.
Proponentes
Oswald Allis, Louis Berkhof, G. Berkouwer, William Hendricksen, Abraham Kuyper, Leon Morris, Anthony Hoekema, outros teólogos reformados, e a Igreja Católica Romana.
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
A naturez a condicional do pacto abraâmico (bem como como dos outros pactos) indica que o seu cumprimento, ou falta de cumprimento, é transferido para a igreja por meio de Jesus Cristo (Gn 12.1-3; Rm 10; G1 3.16).
Muitas passagens mostram que o pacto abraâmico foi incondicional e deveria ser literalmente cumprido por Israel.
As promessas promessas de uma terra feitas feitas no pacto abraâmico foram expandidas a pa rtir dos judeus para todos os crentes e da terra de Canaã para a nova terra.
Esta posição posição tem problemas problemas para ser herm eneuticam ente consistente na interpretaç ão da Escritura. Escritura. Ela espiritualiza passagens que claramente podem ser entendidas literalmente.
A profecia exige uma abordagem simbólica na interpretação da Bíblia. Portanto, as passagens profét pro fética icass pode po dem m ser ente en tend ndida ida s no co nt ex to geral gera l da concretização do pacto por Deus (por (por ex., ex., Ap 20). 20). (161)
A cronologia de Apocalipse Apocalipse 19-20 é contínu a e descreve eventos que irão ocorrer no final da tribulação e antes do reino m ilenar de Cristo.
O Velho e 0 Novo Testamento estão intimamente unidos sob o pacto da graça. Agora, Israel e a igreja não são dois programas distintos mas um só cumprimento dos propósit prop ósit os e planos pla nos de Deus. Deus . (186)
A Escritura não revela claram ente um pacto da graça. Esse é um termo teológico que foi cunhado para encaixar no esquema amilenista de escatologia.
O reino de Deus é central na história bíblica. Foi central no Velho Testamento, no ministério de Jesus e na igreja, e irá consumar-se consumar-se com o reto rno de Cristo. Não há necessidade necessidade de esperar um reino e m uma época futura, pois 0 reino sempre existiu. (177-79)
A posição obviamente obviamente considera que Deus nã o tem um lugar para Israel no futuro. Os amilenistas têm dificuldade de explicar Romanos 11.
A história está se movendo para o alvo da redenção total do universo (Ef 1.10; Cl 1.18). (187)
A redenção total do universo é o alvo de todas as concepções milenistas. Isso não apóia especificamente um conc eito amilenista.
Apocalipse 20.4-6 refere-se ao reino das almas com Cristo no céu, enq uanto ele reina pela sua Palavra Palavra e pelo seu Espírito. (164-66)
Apocalipse 20.4-5 claramente refere-se a uma ressurreição, mas os amilenistas evitam 0 assunto. Algumas formas do verbo grego zao grego zao ( ( ), “viver”, são usadas no sentido de ressurreição em João 5.25 e Apocalipse 2.8.
O Novo Testamento freqüentemente equipara Israel e a igreja como uma unidade (At 13.32-39; G1 6.15; 1 Pe 2.9). (Hoekema , 197-98) 197-98)
A n ação de Israel e a igreja igreja são tratadas como distintas no Novo No vo Testa Te sta me nto nt o (At 3.12; 3.12 ; 4.8-10 4.8 -10;; 21.28; 21.28 ; Rm 9.3-4; 10.1; 11; Ef 2.12).
86. Quadro Cronológico Dispensacional das Últimas Coisas
I Mt 1.18-23 G14.4 Fp 2.6-8
Era da Igreja
I
Ef 2.3-6
1 Ts 4· 17 17
I
Intervalo
I
I
Ml 4.5 1 Ts 5.4 2 Ts 2.2 2 Pe 3.10
Estado Eterno
Ο άποκαλυφις (“revelação”)
O D i a d o S en en h o r
Ο άρπαγησόμβθα (“arrebatamento”)
Encarnação
O Tempo da Angústia de Jacó (Tribulação Intermediária)
I
Dn 9.27
I
Mt 24.30-31 1 Pe 1.7,13 Ap 1.1
Milênio
I
Ap 20.1-6 1 Co 15.24-28 15.24-28 Ap 7.26-27 Ap 21-22
87. Concepções Acerca das Últimas Coisas Amilenismo
Pós-Milenismo
P r é Milenismo Histórico
Pré-Milenismo Dispensacional
Segunda Vinda de Cristo
Um único evento; nenhuma distinção entre arrebatamento e segunda vinda; introduz 0 estado eterno.
Um único evento; nenhuma distinção entre arrebatamento e segunda vinda; Cristo retorna após o milênio.
Arrebatamento e segunda segunda vinda simultâneos; Cristo volta para reinar na terra.
A segunda vinda será em duas fases; arrebatamento da igreja; segunda vinda à terra sete anos depois.
R es su rreiç ão
R e ssu rre içã o ge ge ral do dos cr cre n te te s e incrédulos na segunda vinda de Cristo.
Ressurreição geral dos crentes e incrédulos na segunda vinda de Cristo.
Ressurreição dos crentes no início do Milênio. Ressurreição dos incrédulos no final do Milênio.
Distinção entre duas ressurreições: 1. Igreja no arrebatamento; 2. Santos do Velho Testamento e da tribulação na segunda vinda; 3. Incrédulos no final do Milênio.
Julgamentos
Julgamento geral de todas as pessoas.
Julgamento geral de todas as pessoas.
Julgamento na segunda vinda. Julgamento n o final da tribulação.
Distinção no julgamento: 1. Obras dos crentes no arrebatamento ; 2. Judeus/gentios Judeus/gentios no final da tribulação; 3. Incrédulos no final do Milênio.
Tribulação
A tribulação é experimentada nesta era presente.
A tribulação é experimentada nesta era presente.
Conceito pós-tribulação; a igreja passa rá pela fut ura tribu laçã o.
Conceito pré-tribulação: a igreja é arrebatada antes da tribulação.
M il ên io
N e n h u m m i lê n io lit era l n a te te r ra após a segunda vinda. O reino está presente na era da igreja. igreja.
A era presente tranforma se no Milênio por causa do progresso do evangelho.
O Milênio é tanto presente quanto futuro. Cristo está reinando no céu. O Milênio não tem necessariamente mil anos.
Na segu nda vin da, Cri sto ina ugu ra um milênio literal de mil anos na terra.
I s r a e l e a I g re j a
A ig igreja é 0 novo Israel. Não há distinção entre Israel e a igreja.
A igreja é o novo Israel. Não há distinção entre Israel e a igreja.
Alguma distinção en tre Israel e a igreja. Há um futuro para Israel, mas a igreja é o Israel espiritual.
Completa distinção entre Israel e a igreja. Programa distinto para cada um.
Defensores
L. Berkhof; O. T. Allis; G. C. Berkhouwer
Charles Hodge; B. B. Warfield; W. G. T. Shedd; A. H. Strong
G. E. Ladd; A. Reese; M. J. Erickson
L. S. Chafer; J. D. Pentecost; C. C. Ryrie; J. F. Walvoord
Categorias
Adaptado de Paul Enns, Moody Handbook of Theology (Chicago: Moody Press, 1989), p. 383. Usado mediante permissão.
88. Perspectivas sobre o Extincionismo Declaração do Conceito
Todas as pessoas são criadas imortais, mas aquelas que persistirem no pecado serão completamente aniquiladas, ou seja, reduzidas à não-existência.
Proponentes
Arnóbio, Edward Fudge, Clark H. Pinnock, socinianos, John R. W. Stott, B. B. Warfield, John Wenham
Princípios
Existe um inferno literal. N e m to dos se rã o salvos. Existe apenas um tipo de existência futura. Aqueles que não forem salvos serão eliminados ou aniquilados. Eles simplesmente deixa rão de existir. N in gu ém m ere ce um so fr im ento ete rn o e conscie nte .
Argum entos a Favor
Argum entos Contra
E inconsistente com o amor de Deus que ele permita o tormento eterno de suas criaturas.
Essa noçã o dá ênfase excessiva ao aspecto m aterial do ser humano.
A cessação da existência está implícita em certos termos aplicados ao destino dos ímpios, tais como destruição (Mt 7.13; 10.28; 2 Ts 1.9) e perecer Go 3.16).
N ã o h á n e n h u m a evid ência le xi co gr áfica ou ex egé ti ca que sustente a afirmação de que tais termos significam aniquilação. A m aneira c omo esses termos são usados na Escritura revela que não podem si gn ificar aniq uil ação.
A punição eterna mencionada em M ateus 25.46 nã o significa algo infindável.
Em M ateus 25.46, é feito um paralelo entre a existência dos crentes e a dos incrédulos. Afirma-se que ambas as formas de existência são eternas. A mesma palavra é usada em ambos os casos. Se a pa ss age m fa la de vid a e te rn a pa ra o cre n te , ta m bém deve estar falando de punição eterna para o incrédulo. De outro modo, a palavra “eterno” tem dois sentidos contrastantes no mesmo versículo.
Somente Deus possui imortalidade (1 Tm 1.17; 6.16).
Deus também confere imortalidade aos santos anjos e à huma nidade redimida. Som ente Deus tem vida e imortalidade em si mesmo (Jo 5.26), mas isso não significa que ele não ten ha conferido existência infindável como uma dádiva natural às suas criaturas racionais. A Escritura apresenta a morte como uma punição pelo pecado (Gn 2.17; Rm 5.12) em vez da imortalidade como uma recompensa pela obediê ncia .
A imortalidade é um dom especial relacionado com a redenção em Jesus Cristo (Rm 2.7; 1 Co 15.5254; 2 T m 1.10).
A vida eterna é uma qualidade de vida que os ímpios ja m ai s experim enta rã o. A exp re ss ão “v id a e te rn a ” não indica uma existência sem fim, mas refere-se à felicidade da verdadeira comu nhão com Deus Qo 17.3).
89. Castigo Eterno Descrição
Trevas (Mt 8.12) Choro e ranger de dentes (Mt 8.12; 13.50; 22.13; 24.51) Fornalha de fogo (Mt 13.50) Fogo eterno (Mt 25.41) Fogo inextinguív el (Lc 3.17) Abismo (Ap 9.1-11) Tormento eterno, sem descanso de dia ou de noite (Ap 14.10-11) Lago do fogo (Ap 19.20; 21.8) Negridão das trevas (Judas 13)
Participantes
Satanás (Ap 20.10) A besta e o falso profeta (Ap 20.10) Anjos pecaminosos (2 Pe 2.4) Seres humanos (corpo e alma) serão lançados na punição eterna (Mt 5.30; 10:28; 18.9; Ap 20.15).
Efeitos
Separação de Deus e da sua glória (2 Ts 1.9) Diferentes graus de punição (Mt 11.21-24; Lc 12.47-48) Estado eterno final; sem segunda oportunidade (Is 66.24; Mc 9.44-48; Mt 25.46; 2 Ts 1.9)
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