GUIA PRÁTICO DE NUMEROLOGIA CONSCIENTE
GUIA PRÁTICO DE NUMEROLOGIA CONSCIENTE versão 1.6
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GUIA PRÁTICO DE NUMEROLOGIA CONSCIENTE
GUIA PRÁTICO de Numerologia Consciente Quando lemos um livro pegamos por empréstimo por um instante os olhos do autor e vemos o mundo através e com estes olhos “emprestados”. Dessa forma, vemos e sentimos como o autor vê e sente aquilo do qual a obra se trata. Não será diferente neste material que você está lendo; são os meus olhos, ouvidos e percepções acerca do mundo no qual empresto para você leitor (ou melhor buscador). Todavia, minha intenção é que você fique tão bem treinado em ver e ouvir a realidade que logo você não precisará mais desse empréstimo. Poderá ver com seus próprios olhos a realidade e assim construir internamente suas fontes de Sabedoria. Este material tem duas partes. Uma delas foi escrita para ajudar você a calcular e interpretar seus números cósmicos. É a parte prática da Numerologia, são técnicas de cálculo, de interpretação e análise. É pá pum. É rápido, basta seguir os passos e você terá em 20min seus números calculados e terá as chaves para interpretar. Esta parte prática satisfaz aqueles mais inclinados aos efeitos, ao resultado, a coisa concreta. A outra parte deste guia é de teor teórico e filosófico, bem como esotérico. É um ensaio geral sobre Numerologia, Numerologia, a Ciência dos Números e suas aplicações aplicações na vida humana. É uma apostila muito rica e cheia de construções mentais e princípios metafísicos (além da matéria). Certamente satisfará aqueles que buscam mais o princípio do que os efeitos. As duas partes foram f oram escritas separadas de propósito. Você escolhe qual parte ler, ou ambas (por que não?). Não há regras formais. Neste GUIA, você verá que os números falam. Sim eles falam pois todo e qualquer número é um símbolo e por isso simboliza algo. Sempre haverá uma força, uma essência, uma característica por trás do número. O legal da Numerologia é você achar o conteúdo que f ica atrás do símbolo numérico. Quando você olha para o número e consegue extrair dele mais do que apenas um conhecimento linear e numérico, mas Numerológico e oculto, aí você está no caminho. E isso vai acontecer naturalmente, desde que você se esforce, observe e principalmente principalmente imagine. Sim imagine. Abstraia. Utilize aquela porção de mente abstrata para conhecer os números e suas características. Certamente você poderá ter dúvidas pelo caminho. O primeiro passo para solucionar qualquer dúvida sobre este material é ficar em silêncio e meditar de forma concentrada sobre a dúvida. Logo ela tende a se diluir e você enxergar a resposta. Até porque toda pergunta está ligada a sua resposta por uma linha invisível mas real. Caso você tenha meditado sobre a questão e mesmo assim persiste a dúvida, pode entrar em contato comigo por e-mail ou rede social que eu vou te ajudar da melhor maneira possível. É uma caminhada, caminha da, e como dizem, “Qualquer caminho é melhor que nenhum caminho”, por isso desejo com sinceridade que você caminhe. E que este material, que hoje chamo de Guia Prático de Numerologia Numerologia Consciente, faça parte do teu t eu caminho e da sua história! Ah este material é gratuito e sempre será. Sou grato por todos aqueles que fizeram parte da minha história e com eles aprendi o que hoje transmito. Se for passar adiante o material, peço que passe com o conteúdo integral, para evitar desvios mentais ou deformações que dificultariam um entendimento completo. Fraterno abraço! abraço! André Sebben Sebben Ramos, Ramos, 04/03/1991
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GUIA PRÁTICO de Numerologia Consciente Quando lemos um livro pegamos por empréstimo por um instante os olhos do autor e vemos o mundo através e com estes olhos “emprestados”. Dessa forma, vemos e sentimos como o autor vê e sente aquilo do qual a obra se trata. Não será diferente neste material que você está lendo; são os meus olhos, ouvidos e percepções acerca do mundo no qual empresto para você leitor (ou melhor buscador). Todavia, minha intenção é que você fique tão bem treinado em ver e ouvir a realidade que logo você não precisará mais desse empréstimo. Poderá ver com seus próprios olhos a realidade e assim construir internamente suas fontes de Sabedoria. Este material tem duas partes. Uma delas foi escrita para ajudar você a calcular e interpretar seus números cósmicos. É a parte prática da Numerologia, são técnicas de cálculo, de interpretação e análise. É pá pum. É rápido, basta seguir os passos e você terá em 20min seus números calculados e terá as chaves para interpretar. Esta parte prática satisfaz aqueles mais inclinados aos efeitos, ao resultado, a coisa concreta. A outra parte deste guia é de teor teórico e filosófico, bem como esotérico. É um ensaio geral sobre Numerologia, Numerologia, a Ciência dos Números e suas aplicações aplicações na vida humana. É uma apostila muito rica e cheia de construções mentais e princípios metafísicos (além da matéria). Certamente satisfará aqueles que buscam mais o princípio do que os efeitos. As duas partes foram f oram escritas separadas de propósito. Você escolhe qual parte ler, ou ambas (por que não?). Não há regras formais. Neste GUIA, você verá que os números falam. Sim eles falam pois todo e qualquer número é um símbolo e por isso simboliza algo. Sempre haverá uma força, uma essência, uma característica por trás do número. O legal da Numerologia é você achar o conteúdo que f ica atrás do símbolo numérico. Quando você olha para o número e consegue extrair dele mais do que apenas um conhecimento linear e numérico, mas Numerológico e oculto, aí você está no caminho. E isso vai acontecer naturalmente, desde que você se esforce, observe e principalmente principalmente imagine. Sim imagine. Abstraia. Utilize aquela porção de mente abstrata para conhecer os números e suas características. Certamente você poderá ter dúvidas pelo caminho. O primeiro passo para solucionar qualquer dúvida sobre este material é ficar em silêncio e meditar de forma concentrada sobre a dúvida. Logo ela tende a se diluir e você enxergar a resposta. Até porque toda pergunta está ligada a sua resposta por uma linha invisível mas real. Caso você tenha meditado sobre a questão e mesmo assim persiste a dúvida, pode entrar em contato comigo por e-mail ou rede social que eu vou te ajudar da melhor maneira possível. É uma caminhada, caminha da, e como dizem, “Qualquer caminho é melhor que nenhum caminho”, por isso desejo com sinceridade que você caminhe. E que este material, que hoje chamo de Guia Prático de Numerologia Numerologia Consciente, faça parte do teu t eu caminho e da sua história! Ah este material é gratuito e sempre será. Sou grato por todos aqueles que fizeram parte da minha história e com eles aprendi o que hoje transmito. Se for passar adiante o material, peço que passe com o conteúdo integral, para evitar desvios mentais ou deformações que dificultariam um entendimento completo. Fraterno abraço! abraço! André Sebben Sebben Ramos, Ramos, 04/03/1991
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SUMÁRIO PARTE TEÓRICA PARA OS PRÁTICOS
PÁGINA
a. b. c. d. e. f. g. h. i. j. k. l. m. n. o. p.
3 8 10 10 14 15 16 17 18 19 21 23 29 34 36 38
A história da Numerologia A LEI O bem e o mal Eixo polar dos números Os números inclinam mas não determinam Sexualidade As tendências de cada um A Vontade Constituição Constitu ição oculta do Ser Humano As 7 Chaves do Conhecimento Conhecimento Um pouco de cada número Ilustrações numéricas Sistemas humanos O capitalismo machuca os números no ser humano A família humana EU PELO EU
PARTE PRÁTICA PARA OS TEÓRICOS T EÓRICOS 0. 1. 2. 3.
Cálculos Triângulo da Personalidade Triângulo da Vida Chaves de Interpretação
40 41 45 48
ADENDOS Qualidades numéricas Modelo dos Triângulos Numéricos para impressão Analogia Carruagem Carruagem O número sete
56 59 60 62
AUTORES PARA CONSULTA CONSULTA
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A história da Numerologia Bom, sempre há a história histó ria chamada “oficial” que é transmitida nas escolas e tem como base as pesquisas arqueológicas, arqueológicas, a análise e o estudo acadêmico. E de outro lado, a História Oculta, secreta, transmitida para poucos e com um plano de fundo mais real e contextualizado. Assim acontece com o Brasil, para dar um exemplo. A história oficial fala de Pedro Alvares Cabral partindo de Portugal para encontrar uma nova rota para as Índias e por desvios de rota acaba chegando na Terra de Vera Cruz ou Santa Cruz, depois batizada de Brasil. Por outro lado, a História Oculta do Brasil, apenas para ficar com o descobrimento, não foi acidental, mas causal. Pedro Alvarez Cabral, iniciado e pertencente a uma escola iniciática da época, em seu nome já decretava qual era sua missão: Pedro de pedra, Álvares de Alvo e Cabral de Cabra. Assim temos: Pedra + Alvo + Cabra = o alvo de Pedro era a Cabra, ou seja, o Trópico da cabra (Trópico de Capricórnio) = América do Sul, Brasil (terra da brasa, do fogo, do futuro).
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Logo, temos a história da Numerologia e a história oculta da Numerologia. Vou ficar com a oculta. A Numerologia como estudo cósmico atravessa todas as eras. Desde os povos mais antigos do globo, todos eles em algum momento se dedicavam ao estudo dos números (ou símbolos correspondentes) uma vez que a construção do Universo (verso do Uno) se dá pelos números. Isso será estudado neste guia em breve. Todas as Teogonias utilizam os números para simbolizar ideias, forças e princípios. Falar da história da Numerologia é falar da História do Mundo e até antes do Mundo ser formado. Antes dos gregos, dos fenícios, dos hindus, dos egípcios, do Tibet, os atlantes (do continente perdido) já usavam dos símbolos numéricos para todo o tipo de manipulação mental ou de energias. Por isso, se quisermos buscar realmente o início do estudo dos números em nosso planeta, teríamos que estudar a raça Atlante, suas sub-raças, e sua história. E para isto, precisamos ter acesso aos documentos (velados) destes povos antigos no qual a Academia nada sabe. Portanto, deixemos para o futuro um estudo real e aprofundado do início da Numerologia como estudo. Todavia, temos sim um marco histórico no qual a numerologia foi ampliada e divulgada de forma aberta a todos que se interessavam. E aí vamos chegar em Pitágoras (+- 600 anos a.C. na Grécia Antiga), o mestre de Samos, aquele que se autoproclamou filósofo (amigo/amante da sabedoria). Ele, iniciado nos Mistérios egípcios e outros da sua época, a-prendeu (prendeu no físico o que antes estava fora do físico) o conhecimento dos números e os transmitiu para todos que buscavam beber dessa fonte. Conta-se que Pitágoras, já em meia idade, fundou uma escola iniciática em Crotona (região na atual Itália) e lá disseminou para todos os cantos sua Ciência Numérica que dizem “era capaz até de explicar a Origem e Formação do Universo”. Esta escola ficou conhecida como Escola Pitagórica, tinha como símbolo exotérico a estrela de cinco pontas e os que participavam dessa escola eram chamados pitagóricos. O pitagorismo influenciou séculos mais tarde Sócrates, Platão entre outros além do Cristianismo esotérico.
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Há alguns livros disponíveis acerca da Escola Pitagórica, seus métodos, suas rotinas, suas regras, funcionamento etc. Também há livros que abordam amplamente a influência do Pitagorismo na filosofia ocidental e no Cristianismo como um todo. Se você se interessa pelo tema, procure nas livrarias online. Vou destacar alguns aspectos da Escola Pitagórica que considero relevante. A Escola, como toda organização iniciática, tinha três níveis gerais de penetração. O 1º nível era secular (público = exotérico). Qualquer cidadão podia adentrar na Escola e lá aprender algo e depois ir embora. O 2º e 3º nível da Escola já era composto de uma fraternidade (sociedade de irmãos que se amam). Estes já moravam e viviam dentro da Escola. Formavam uma comunidade (entre comuns). O 2º nível de estudo já era dentro do esoterismo e com conhecimentos mais sutis e provas iniciáticas relevantes. O 3º nível, secreto (ou seja guardado) era para os mais experientes, para aqueles com mais idade evolucional e aptos a ultrapassar o contexto filosófico e adentrar nos Mistérios (com letra maiúscula!). Outro dado importante é que talvez a Escola Pitagórica tenha sido a 1ª Universidade do Ocidente nos moldes de estudos regulares, etc. Mas isso pouco importa. Importa mesmo era o que se ensinava lá dentro e em boa parte este GUIA foi produzido pelo conhecimento que chegou até nós desta excelsa Escola. Gostaria de trazer então um princípio importante que será repetido diversas vezes neste GUIA que é a diferença entre eXotérico (com x) e eSotérico (com s). Há uma singela diferença. EXOTERISMO é o conhecimento externo. De fora para dentro. Dos efeitos para a Causa que o gerou. ESOTERISMO é o conhecimento interno. De dentro para fora. Da Causa para os efeitos.
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Para dar apenas um exemplo, vamos imaginar o trabalho de um psicólogo da linha cognitiva. O paciente chega à sessão e o profissional começa a fazer perguntas para o paciente. Quem é você? Qual é a sua história? Quais foram as suas alegrias e tristezas? Como você reagiu? O que mudou? Etc... Agora vamos para a Numerologia. Em nenhum momento a Numerologia vai te perguntar alguma coisa para te descobrir (tirar o que te cobre). Através das técnicas de cálculo obtêm-se os números que por si só descrevem você como personalidade e as características da sua vida. A Numerologia afirma que você é uma alma tal, com ideal de vida tal, com um caminho de vida tal... etc. O profissional de psicologia do exemplo utiliza métodos exotéricos para auxiliar o paciente. Parte-se dos acontecimentos (externos) para chegar nas causas e como resolvê-las (ou seja, solvê-las, tirar os obstáculos). A numerologia utiliza métodos esotéricos. Ela parte do princípio (causa) que você é um Espírito em um corpo denso permeado pela alma, que tem características X e Y e que irá reagir da formal tal e tal. Ou seja, de dentro para fora, como um ser que vai jogar para o mundo externo o que tem dentro de si (forças que são simbolizadas por números). Muito bem! Dito isto do eSoterismo e eXoterismo, agora pergunto: qual destes métodos é o melhor? . . . Nenhum deles é melhor que outro. São complementares. Aliás, você já percebeu que todas as comparações são sempre falsas? Que dizer que isto é melhor do que aquilo é sempre relativo e parte do ponto de vista do observador? E qual observador observa mais? E ver mais é proporcional a entender mais o que se passa? Aqui vai um outro princípio que vamos utilizar neste GUIA e que utilizo na vida. TUDO É DUAL. (aliás, DUAL remete a 2, o número da dualidade = polaridade). A DUALIDADE leva ao relativismo (que é temporário, assim como nós e todos os Efeitos, só a Causa é atemporal). Logo, tudo sempre terá dois lados. Assim como uma moeda. Lembrem o exemplo da moeda. É uma coisa só, com dois lados. Tem o mesmo valor, mas dois lados. É feito do mesmo material mas tem dois lados. Pode ter impressões e desenhos diferentes nos dois lados, mas ainda sim a FORMA é circular e comum a ambos os lados. Isso tudo é dualidade, é dual, é dois. O grande e o pequeno. O gordo e o magro. O alto e o baixo. O externo e o interno. O exotérico e o esotérico. Quando começa um e termina o outro? E se ambos existem é porque ambos são necessários para a evolução. Aliás, o que é evolução? A melhor definição que encontro é que evoluir é atingir um grau superior de algo. Transformar vida-energia em vida-consciência. E pasmem! Todo UNIVERSO está para evoluir. Esta é a razão da existência. Evolução. Atingir um estado superior ao anterior. E isso tudo precisa de esforço, de tempo, de conhecimento. E quem faz a evolução do Universo? Todos nós. Nós como seres humanos somos o micro no macro. E é sabido que o que acontece com a menor partícula do universo acontece com o todo simultaneamente e
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exponencialmente. Por que? Ora, porque tudo está relacionado (2), tem a mesma origem e o mesmo fim. O menor dos átomos com seu núcleo e seus elétrons é em proporção o mesmo que ocorre com o Sol do nosso sistema (núcleo) e os planetas (elétrons) gravitando em torno e com o Sol no espaço. Que figura fantástica podemos imaginar a partir deste entendimento! Tudo isso se resume na sentença de Hermes Trimesgitro (o três vezes grande): “Assim como em cima também é embaixo...” ou suas derivações. Ou melhor: assim como dentro, fora. Assim como no invisível também no visível, etc. Ok! Já temos alguns princípios para começar nossos estudos: 1. 2. 3.
Princípio do Esoterismo e exoterismo. Dualidade que leva para a Polaridade. Como é dentro, também é fora. O grande é construído pelo pequeno repetido x vezes, etc.
Acredito que seja necessário falar um pouco da Polaridade, pois os números cósmicos também possuem polaridade, ou talvez sejam a própria polaridade. Em geral, vamos ver que a polaridade é dividida em negativo e positivo. Porém, cuidado. Negativo não é ruim, e positivo não é bom. Aliás, bom e ruim não entram na Numerologia, pois são interpretações humanas e bastante limitadas (temporárias). Gosto e utilizo a definição que polaridade negativa é o que já está pronto e polaridade positiva é o potencial. Um exemplo bárbaro que considero é o copo da água e a água que preenche o copo. Agora pergunto: entre o copo e a água, qual representa a polaridade positiva e qual a negativa? . . . Veja: o copo é o receptáculo, ele está pronto e acabado, ele dá forma. Portanto o copo, neste exemplo, é a polaridade negativa. Já a água é o conteúdo, ela tem potencial de se transformar em muitas outras coisas, ela preenche o copo e dá utilidade para ele. A água aqui é a polaridade positiva, é o vir-a-ser, o potencial. Esta analogia apresenta a polaridade numérica de forma bastante adequada. Polaridade positiva é masculina, é potência, é impulso, é vir-a-ser. Polaridade negativa é feminina, é recipiente, é vazio que dá forma, é passiva. Logo, podemos classificar os números (e vamos classificar muitas vezes neste GUIA) devido a sua polaridade: 1 positiva. Semente. 2 negativa. Conecta. 3 positiva. Multiplica. 4 negativa. Forma o quadrado (que é fechado).
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5 positiva. Transforma. 6 negativa. Harmoniza. 7 positiva. Evolui (atinge grau superior). 8 negativa. É o fluído, forma fluxo (vai e volta). 9 Neutro. Ou melhor, tanto positivo quanto negativo. O 9 é uma força de compreensão e também de realização. Pronto, estão aí os números puros de 1 a 9 com suas polaridades. Revisando: vimos três princípios que serão básicos quando tratarmos de Numerologia Consciente. 1. Esoterismo e exoterismo. 2. Dualidade que leva a Polaridade. 3. O que está embaixo é como o que está em cima e o que está em cima é como o que está embaixo, para realizar os milagres de uma única coisa. (Hermes Trimegisto).
A LEI Só há uma Lei no Universo(s) inteiro. Esta Lei pode ser dividida em várias leis e leis dentro de leis, assim como há um Ciclo, que dentro dele, há diversos ciclos dentro de ciclos etc. E a Lei tem um número. Ou melhor, um símbolo numérico que representa a Lei, e este é o 8. Olhe para o 8. Tanto embaixo como em cima. Vai e volta. E depois vai de novo e volta. E o fluxo se mantém indefinidamente. Aliás, a lei a priori é indefinível, porém pode ser entendida se atingido um grau adequado de abstração (utilizando nossa mente abstrata).
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Muito bem, fazendo uma pequena brincadeira, admitindo que o 8 (símbolo do infinito) simboliza a Lei, qual ponto do símbolo é o mais relevante? . . . O exato ponto onde as duas bolas (consciências) se tocam é onde fica a Lei. Outra maneira de ver a Lei é como um fio de navalha. Não vai nem para a direita, nem para a esquerda. Fica no meio. E por isso a Lei é neutra. Ela não favorece nem desfavorece, ela age. Ela é. Quando nos referimos a esta LEI que a tudo rege, do princípio ao fim, escrevemos com letra maiúscula. As outras leis, derivadas, fazem parte do conjunto da obra e ficam com minúsculo. Bom será quando a ciência convencional se der conta que cada ramo científico (química, física, biologia, astronomia, genética, etc) estudam apenas uma LEI e que as derivações são todas iguais e por isso faz se mister encontrar ou descobrir (tirar o véu) da equação que a tudo se resume que para nós dentro da Numerologia é o 8. A oitava coisa. Muito bem! Vamos dividir a Lei em três. E para o três utilizamos a forma geométrica do triangulo equilátero, o triângulo ideal que tem os mesmo ângulos dentro e fora, tem equilíbrio interno e externo e por isso mesmo, é utilizado nas Teogonias para representar a Divindade, o Divino, o Espírito (que não tem forma, mas abstraímos com um triângulo – três aspectos). Em cima a Evolução, numa ponta o Karma e na outra a Reencarnação. Pronto, temos aqui as três leis fundamentais da nossa existência. Tudo tende a evoluir através da ação do Karma e da lei dos ciclos (chamada também reencarnação). Os ciclos é o tempo. O karma é a ação sobre o tempo. E a evolução é o resultado da ação sobre e no tempo. Tal é a Lei. De maneira prática podemos dizer que todos os seres evoluem errando e aprendendo através da ação na matéria. O tempo nada mais é do que a matéria se desdobrando. Percebemos a matéria se desdobrando porque temos consciência disto (Espírito) e no final atingiremos um grau superior de evolução. Karma também é traduzido pela lei da ação e reação. Gosto muito da definição que karma é ajuste evolutivo. Não é mecânico, mas inteligente (pois é espiritual, derivado do Espírito). Não pune nem premia, apenas retorna. Mas retorna de forma educativa, buscando a evolução. E nós todos, como não atingimos ainda a Evolução final, até porque não chegou o tempo ainda, mas progredimos gradativamente, uma existência humana não é suficiente para evoluir plenamente. Como o corpo denso físico-vital não suporta mais que uma centena de anos atualmente (já suportou e suportará), cabe ao Espírito retornar a existência mais densa que chamamos de Vida. Sim, reencarnação é uma lei natural, porque atrás dela, está a lei dos ciclos. Veja, são ciclos. Circulares. Movimentos circulares que junto com a expansão do universo (tudo está se movendo no espaço) cria um movimento elíptico espiral. Logo, a reencarnação é uma lei cíclica em espiral, assim
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como o DNA humano, os sistemas solares, os átomos e seus elétrons, e o 8 (se você imaginar ele tridimensional se deslocando no espaço).
O bem e o mal O mal tende ao bem e o bem tende a neutralidade. Gravem isto. Admitam por um momento que a frase acima é a Verdade e meditem sobre ela. Apesar de desnecessário, vou comentar um pouco. Toda a MANIFESTAÇÃO esta polarizada do negativo para o positivo para atingir então a neutralidade. Esse desenho forma o 0. Do negativo, ou seja, do passado, do que já é, para o positivo, do vir-a-ser que chega então no ápice evolutivo que é o nada – 0 – zero. E assim repete-se indefinidamente.
De uma maneira prática podemos dizer que tudo o quanto classificamos de mal, mau, feio, é temporário. Assim como o bem. Só é atemporal a neutralidade, que não é nem má e nem boa, está no meio. É o fio da navalha, é a Lei. Para encerrar esta explanação porque estamos diante de um mistério e quanto mais se fala, menos se entende, trago a citação de José Henrique de Souz a: “A melhor maneira de se comportar na vida é não se preocupar nem com o bem nem com o mal mas com o DEVER, pois aquele que neste permanec e não tem tempo para ambas as coisas”.
Eixo polar dos números Cada número cósmico tem seu eixo polar. É como se cada número fosse uma gangorra com dois extremos e uma linha que une estes extremos. Do lado esquerdo temos a polaridade negativa e do lado direito a polaridade positiva.
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Importante não confundir com a polaridade do número. O 1 tem uma tônica mais de ação, portanto, mais yang, positiva. O 2 tem uma tônica mais de recepção, de dar forma, mais ying, negativa. Isso chamamos de Polaridade dos Números Cósmicos. Agora estamos vendo que dentro do número, ou seja, a força que cada número representa também é DUAL, também tem duas partes que se completam. Logo, o 1 tem a polaridade positiva mas dentro dele há uma parte mais positiva e outra menos. Chamamos então de “eixo polar dos números cósmicos”. Não se assustem, tudo realmente está dualizado, relativo, justamente para acontecer a evolução. Evolui-se da Ignorância para a Sabedoria, e não da Sabedoria para a Sabedoria. Por mais sábio que, por exemplo, o 7 possa ser, ele ainda tem algo a explorar dentro dele, ou seja, seu eixo polar ainda perdura. Logo, todas as forças do Universo estão se movendo, do menos sábio (negativa) para o mais sábio (positiva). É essa atração dos contrários que gera movimento e este movimento que gera os Efeitos. Então lembre-se: 1. Polaridade numérica: 1, 3, 5 e 7 tem a predominância da polaridade positiva. Já 2, 4, 6 e 8 tem a predominância da polaridade negativa. 2. Cada número possui seu eixo polar, que vamos utilizar novamente as palavras negativa e positiva. Mas agora com outro conceito. Negativo está para ignorância e Positiva está para consciência. Observem: Ignorância ------------------------------------------------------------------------------------------------- Consciência conhecimento
O mal é a ignorância. Ele não sabe que sabe. Desconhece, ignora sua natureza e potencialidade. Já é algo, mas não sabe o que ainda pode ser. O bem é a consciência, que vem pelo conhecimento, pela experiência, pelo erro e acerto. Lembrando que o mal tende ao bem, aquilo que ignoramos tende a conhecermos. A Lei age dessa forma, que todos evoluam e saiam da ilusão (ignorância) para a realidade (consciência = com conhecimento). E o caminho para sair da ignorância e chegar na Sabedoria é através do conhecimento movido pela Vontade sincera que gera atividade. Não há outra forma. Alguns alegam que o amor leva ao conhecimento. Sim, entretanto, o amor é conhecimento. Eles são sinônimos no Esoterismo. Quando você ama, você conhece. Quando você conhece, você ama. Isto ocorre porque amar é aceitar o TODO, e para aceitar o TODO, eu preciso intimamente conhecer o TODO, ou uma parte dele. Eu amo o TODO porque tenha consciência dele. O inverso também ocorre. Conhecer o TODO é maravilhoso, porque tudo é maravilhoso, A Grande Obra arrepia qualquer ser, quando há conhecimento. Por isso no Esoterismo frequentemente usamos o binômio AMOR-SABEDORIA como sendo uma palavra só (ainda que dual ). Voltando ao eixo polar, cada número terá dentro de si a ignorância e a consciência (eixo polar que é diferente de polaridade). E quem ignora ou conhece? Aquele que está portando os números. No nosso estudo, os seres humanos. Devido ao fato do ser humano estar caminhando do ilusório ao real, ele também faz essa caminhada com os seus próprios números. Em outras palavras, cada um nasce com seus números cósmicos atuando de acordo com as leis dos ciclos. Porém nós vamos pela experiência e análise saindo do negativo de cada número (no sentido de ignorância) e caminhamos cada vez mais para o positivo de cada número (consciência) chegando ao ponto em que finalmente incorporamos o número cósmico tal como ele é (sem deformações). Bem sabes que
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quanto mais praticares algo, mais domínio terá sobre aquilo. Os números a mesma coisa. Quanto mais vivemos nossos números com conhecimento, sabendo o que estamos fazendo, mais aprendemos os números dentro de nós e dominamos estas forças que são as forças que nos compõe. Logo, temos este panorama:
Meditando sobre o eixo polar, que vale para todos os números, você pode certamente chegar a boas conclusões ou inspirações. Para encerrar este capítulo, vou apenas comentar dois conceitos novos que surgiram neste desenho que é o báculo e a espada. Assim que você vai aprendendo seus números através da intuição e da experiência, você vai conhecendo eles e migrando para o positivo deles. Ok! Quando você tem consciência das forças e como elas atuam, logo, você chega naquele patamar em que você pode tanto adotar uma atitude ativa com o número quanto uma atitude de contemplação. Sim, o báculo e a espada seriam mais uma polaridade (positivo e negativo) dentro do positivo de cada número. Como eu disse, estamos na dualidade e não no UNO. Vou dar um exemplo simples do báculo e da espada com o número 3. A força 3 é a força da expansão, da criatividade, do Belo real (que é interno). Supondo que você tenha o 3 na sua Alma (parte de cálculos). Logo você é uma alma criativa, que expande e que valoriza o Belo por excelência. Então você passa muitos anos da sua vida aprendendo a viver sua Alma 3 com consciência, se comunicando, expandindo, buscando gerar a beleza e a criatividade. Você mesmo percebe que dentro dessa força há duas atitudes fundamentais. Em certos momentos você está no meio da natureza e (sendo Alma 3) você se depara com aquele cenário e simplesmente CONTEMPLA O BELO. Você está integrado com a Beleza e é a Beleza.
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Está ali presente numa atitude contemplativa pois o belo está por toda parte e você tem ciência disso (porque é interno). Isso é o báculo, ou se quiser, a polaridade de contemplação do 3. Por outro lado, há momentos em que você sendo uma Alma 3, acaba conversando com muitas pessoas no seu dia-dia e elas (sendo externo) não conseguem ver o Belo que você vê, não conseguem criar e gerar expansão como você consegue e faz. Então você tem a possibilidade de assumir uma posição de ataque e dar um choque de consciência nas pessoas que se mostram pessimistas. De você emana um otimismo, uma valorização do Belo, uma alegria em estar vivo. E você acaba afetando (chocando) os demais com o que está dentro de você que é o choque de consciência. Neste momento você está utilizando a espada do 3, ou seja, você ativamente está GERANDO o Belo, a criatividade, a expansão, a alegria (características do 3). Em síntese neste exemplo: O 3 quando consciente age de duas formas: Como báculo, ou seja, contemplando. Interno. Como espada, ou seja, gerando ativamente suas características. Externo. O báculo seria o negativo dentro do positivo do eixo polar e a espada o positivo dentro do positivo do eixo polar. É uma linguagem técnica mas se você se concentrar bem consegue abstrair! Logo, trago para você uma breve análise da espada e do báculo de cada um:
1 como espada: gera ativamente força, iniciativa, independência, abre caminhos com as próprias mãos como báculo: contempla o que é forte, independente, original 2 como espada: gera ativamente a união, os elos, os vínculos, as associações como báculo: contempla as uniões, as associações, as relações entre todas as coisas 3 como espada: gera ativamente a expansão, a criatividade, o Belo, o múltiplo como báculo: contempla o Belo, a expansão, o crescimento, a fertilidade 4 como espada: gera ativamente estrutura, constrói, solidifica, densifica, organiza como báculo: contempla a estabilidade, as estruturas, a constância 5 como espada: gera ativamente a transformação, renova, acelera, liberta como báculo: contempla o movimento, a transformação, a liberdade 6 como espada: gera ativamente Harmonia, concilia, gera afeto como báculo: contempla a Harmonia, a suavidade, o idealismo, as formas sutis 7 como espada: gera ativamente conhecimento, análise, pensamento, reflexão como báculo: contempla os Mistérios 8 como espada: gera ativamente justiça, ordem, exerce autoridade, gera fluxo como báculo: contempla os fluídos, as riquezas, a abundância, a Lei
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9 como espada: gera ativamente compreensão, realiza, amplia, ajuda como báculo: contempla o TODO Bacana né?
Os números inclinam, mas não determinam Os números representam forças que atuam em toda parte. No caso da Numerologia Consciente, vamos analisar a atuação dessas forças nos seres humanos. Primeiro, o ser humano é um Hierarquia de seres que é composto de um conjunto harmônico e inteligente de forças (ou energias, ou números, ou influências, como quiser). Estas forças atuam através do tempo (ciclos em espiral) para gerar evolução (atingir um grau superior de consciência). Tudo bem! Agora pergunto: estas forças que estão em nós e no meio determinam nossas escolhas? . . . Não. Por quê? Pelo livre-arbítrio. No passado longínquo da Humanidade, nas primeiras Raças-mãe da Terra, o ser humano de então não tinha livre arbítrio pois não tinham ainda como foco a mente. Eram seres humanos voltados unicamente para os desejos e instintos e portanto eram guiados quase que mecanicamente por outras hierarquias. Existem muitos livros que explicam estes fatos em relação as hierarquias, Antropogênese, as 7 Raças, A Queda, etc. Sugiro começar pela Blavatsky (autora esotérica). Continuando... quando o ser humano recebeu a mente, ou melhor, atingiu um patamar tal que era possível agora pensar veio a primeira grande diferenciação. Até então, éramos uma Alma-grupo, sem “individualizações”. Com o poder (a possibilidade de) pensa r, o ser humano então pensou: - Eu sou. Isto mostra que nossos ancestrais começaram a se auto-diferenciar do meio, identificaram que eram algo e que este algo (eles mesmos) era diferente dos outros e do meio. Enfim, temos o nascimento, ainda que em gérmen (potencial) da Razão, que tem como um atributos a reflexão (reflete-se). Até hoje nós todos estamos desenvolvendo a mente. Mas cada vez mais com mais especialidades. Este poder de pensar trouxe também a possibilidade de escolher. De fazer escolhas pois agora se identificava caminhos, possibilidades. Sim e não. E até talvez. O ser humano com a Razão tem a possibilidade de escolher. E como dizem, só existe uma escolha certa e todas as outras incorretas. Pois só existe um caminho que é o caminho reto, os outros, por mais retos que pareçam, são tortos e se cruzam.
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Ao poder escolher, erramos e acertamos. E a evolução então, por incrível que pareça, ocorre mais rapidamente. Porque antes, sem mente desenvolvida, o ser humano não “errava” e também não aprendia com os erros. Agora, o ser humano erra e acerta, e quando erra, tende depois a acertar. Uma ilustração para o livre-arbítrio seria um barco a vela lançado no oceano imenso e oscilante. Este barco a vela tem uma origem e tem um destino. Porém, cabe a ele chegar lá se utilizando do vento e das correntezas. Muito bem! O barco aqui representa o corpo físico-vital do ser humano que está imerso num oceano quase sem fim (universo) com inúmeras possibilidades. Todavia, este barco é a vela, e cabe ao velejador (a Alma, personalidade) aproveitar através de sua ciência (conhecimento) as correntezas e o vento. Estas não são produzidas ao acaso, mas através da causalidade. Logo, os ventos e as correntezas representam as tendências e influências que recebemos da Vida, do meio, do TODO em nós, e o livre-arbítrio consiste na possibilidade de escolha que o velejador tem de aproveitar estas influências da melhor maneira possível – ou não. Sua eficiência se dá em parte pela maestria do velejador que pode com muito pouco fazer grandes avanços no mar. Esta ilustração é interessante pois evidencia que o livre-arbítrio é LIVRE como seu nome diz. Porém, limitado. O velejador não tem condições de voar no barco a vela pois não tem este recurso, apesar de poder desejar e imaginar tal situação (provando que o corpo de desejos e a mente também são livres).
Sexualidade A sexualidade é um tema que merece um capítulo a parte neste GUIA, porém ainda associando com o livre-arbítrio de cada um. Em primeiro lugar: sexo é para geração de novos seres. Reprodução é do Reino Animal, que através do sexo se reproduz e perpetua a Alma-grupo (sem personalidades). Já o Reino Hominal não se reproduz, mas gera novos seres através do ato sexual. Mesmo para aqueles que focam suas consciências no plano mais baixo dos desejos e instintos, não ocorre reprodução, mas geração de seres. Ainda sobre a sexualidade, a verdade em relação ao tema é uma só. A Sexualidade é um poder divino dado a hierarquia humana (em construção) pois gera novos seres no plano e esta geração se dá pela dualidade (masculino e feminino) gerando eletricidade (fohat e kundalini através do prana). Todo o resto acerca da sexualidade que beira à sensualidade, o prazer pelo prazer, instinto por instinto etc é diversão humana... A Humanidade, nos seus primórdios, se autogerava de si mesma. Não havia gênero exteriorizado. Na sua origem a Humanidade era andrógina assim como voltará a ser no FUTURO. Com o tempo... cada ser humano dividia-se em dois, ou gerava uma nova parte de si mesmo em si mesmo, que era uma “cópia” quase que fiel ao anterior. Este processo tornava a evolução física muitíssimo mais vagarosa que hoje, pois a evolução era de um para si mesmo. Na Lemúria (continente da 3ª Raça-Mãe), houve uma polarização dos corpos e o ingresso e desenvolvimento da mente. Hoje, a sexualidade é cruzada e sexuada. Um homem, com tudo de bom e ruim que tem nele + uma mulher com tudo de bom e ruim que tem nela juntos geram UM NOVO SER com todo o potencial dos seus pais mesclado mais um trabalho original (Epigênese). Há uma mistura simultânea dos pai (1) e da mãe (2) para gerar o filho (3). Involução, Evolução e Epigênese é a tríade.
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Percebem que a evolução é muito mais rápida? Cada filho é o melhor e o pior de seus progenitores. Através do LIVRE-ARBÍTRIO o filho tem a possibilidade de errar menos e acertar mais – até que o erro não exista mais. Podemos imaginar este processo em grande escala. Você é o resultado evolucional dos seus pais que te geraram, que por sua vez, são o resultado dos seus avós, que foram gerados pelos bisavós, que vieram dos trisavós, etc etc etc. Este resultado evolucional ocorre em todos os níveis, no físico-vital (genética), astral (desejos) e mental. A hereditariedade não é só física, mas também ocorre no invisível (no não visto), até porque as famílias são aglomerados kármicos que juntas formam nações que são grandes aglomerados kármicos que por sua vez formam a Humanidade (UMA-unidade) e seu karma total. Conseguem visualizar que somos uma pirâmide invertida? Somos o ápice, o último ponto e que atrás de nós há todos os nossos antepassados da família humana? Em outras palavras, representamos todos aqueles que vieram antes de nós. E temos em nós, o resultado de tudo que eles fizeram, de bom e de ruim em potencial, tendendo a evoluir. E o mesmo vale para nossos filhos e netos. O que fizermos de bom e de ruim estará nos próximos como tendências / meio. Afinal, o ser humano é o “Deus da matéria” e “nela flui e influi”. Aqui vale ressaltar um conceito esotérico: tudo que você resgatar e resolver de seu karma, também é resgatado e resolvido de todos os teus ancestrais que a este karma estavam ligados. A sua vitória pela Lei não é só sua, mas de TODA A HUMANIDADE. Assim como tudo aquilo que você gerar fora da Lei (seja desejos, pensamentos, vícios, aquilo que de pior alguém pode criar nos planos, etc) ficará para os próprios descendentes resolverem (ou seja, solverem, diluírem, sublimarem) pois o Karma é um só que é compartilhado entre todos os seres que também são um SÓ apesar de divididos em múltiplos.
As tendências de cada um Como tudo está em movimento, este movimento tem uma Causa. Esta Causa tende a movimentar o TODO. Como o TODO está dividido no Mundo dos Efeitos, logo, cada pedacinho do TODO tende a se mover. Porém, há Ordem no universo, o que pressupõe estabilidade e estas tendências diversas é de mesma intensidade, logo, anulam-se eventualmente. Se você imaginar uma pessoa empurrando uma caixa para a direita e outra pessoa empurrando para a esquerda, haverá uma força resultante = karma. A pessoa da direita é o anjo (consciência), a pessoa da esquerda o demônio (ignorância). O resultado é o karma... e agora o que acontece? Dependendo da história evolutiva de cada um, a balança tende a cair para algum dos lados e a caixa se mover (alguma das forças estará mais forte e ambas vão oscilando). Este é o movimento do TODO que tem como CAUSA primeira a vontade de evoluir. Porém com o passar do tempo as duas forças opostas mas complementares vão se ajustando e se equiparando, até que o karma chegue a 0. Esta analogia da caixa não é nem próxima da realidade que gostaria de exprimir, mas é válida como abstração do que chamamos tendências. Quando nascemos trazemos tendências. A Alma (conjunto de matéria) traz as duas polaridades dentro de si. Ou seja, dentro dela há pontos de trevas, de obscuridade, de densidade, e outros pontos de suavidade, de sutileza, de clareza. O claro busca o escuro e o escuro busca o claro. Como somos seres gerados pelos nossos pais dentro de um meio físico, acabamos sofrendo (sendo afetados) por tendências internas e externas (estamos num mundo de forças). A própria cultura, educação, hábitos levam a manifestação de tendências.
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Os nossos números mostram as tendências internas e também as tendências externas que trazemos (na parte prática é explicado). Porém são tendências. Quem escolhe se vai para a direita ou para a esquerda? Quem escolhe se vai permanecer na ignorância ou buscar a consciência? Você. Porque você tem a Liberdade de Escolha pela possibilidade de pensar. Por isso que quando falam que pau que nasce torto permanece torto é mentira. Se o pau for relacionado a um vegetal, certamente, pois o vegetal só tem a mente latente e por isso não pensa racionalmente. Logo fica limitado ao meio. Já o ser humano tem a possibilidade de pensar e consequentemente de escolher e ser agente ativo de sua caminhada. É possível consertar qualquer tendência negativa que trazemos bem como podemos e devemos aflorar nossos potenciais – desde que se exerça a Vontade. Para chegar neste patamar de evolução, devemos nos tornar livres-pensadores, e para ser livre, primeiro temos que se libertar de todo tipo de influência nefasta e em seguida se liberar, ou seja, liberar o que tem dentro que é por natureza puro e translúcido. Eis o caminho do meio.
A Vontade Esotericamente constata-se que o Espírito possui três atributos, utilizando o triângulo temos:
O pensamento pensa. O desejo deseja. Quem coloca ordem nisso? A Vontade. E a Vontade é o próprio Espírito do homem se manifestando. Por isso que o equilíbrio entre razão (pensamento) e emoção (desejo) é a Vontade. Em outras palavras, por mais pensativo que você seja, ou emotivo, ou ambos, você estará confuso e vacilante se não utilizar a sua Vontade. Ela é a bússola, o norte. Somente através da Vontade você pode sair da ignorância e chegar na Sabedoria. Somente através da Vontade que se liberta das influências nefastas sejam elas quais forem (vícios, pensamentos conflitantes, ilusões, maldade = tendências negativas) para se tornar um pensador livre e um livre pensador. Depois de se libertar das amarras que os outros e o meio possam ter feito em você (pela falta da Vontade Superior ou pela ação de Karma) você tem condições de liberar o Espírito e manifestar ele integralmente. Fundir o eu inferior com o Eu Superior (alma com o Espírito) é o objetivo primeiro da Iniciação. E também dever de cada um. É manifestar o divino no humano e humanizar o divino. Espiritualizar a matéria e materializar o Espírito. Eis o caminho. E para chegar lá nascemos com tendências. Tendências positivas (skandhas) e tendências negativas (nidhânas). Cabe ao ser humano exercer a Vontade, sublimar (elevar) as negativas e desenvolver as positivas. A Numerologia pode então te ajudar nisso. Através dos números você pode identificar as tendências (pelo menos algumas) tanto internas quanto externas que você traz e a partir daí exercer a Vontade. Boa caminhada!
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Constituição oculta do ser humano Chegamos num degrau que é necessário comentar sobre a constituição oculta do ser humano. Vou comentar sobre, mas não vou esgotar o assunto, até porque é vasto. Mas fica como sugestão de pesquisa e reflexão. O ser humano é uma emanação do TODO que está individualizado momentaneamente para evoluir junto com o TODO. Esotericamente constata-se que o ser humano possui três corpos e 7 veículos. Três corpos porque está manifestado (efeito) e 7 veículos porque tudo evolui em 7 partes que chega numa oitava eventualmente. Os três corpos didaticamente são: Espírito – sem forma, eterno, imutável, ÚNICO Alma – emoções/desejos e pensamento/mental formam a Alma. Corpo físico-vital – que é o corpo físico permeado pela vitalidade que o anima. O corpo físico-vital passa por transformações no decorrer do tempo até cessar sua atividade. O Espírito a tudo vê, mas não participa. Presencia e no final absorverá a experiência consciente. A evolução se dá na Alma. No corpo de desejos e no corpo mental. É aqui que a confusão acontece e aqui que a confusão desaparece. Veja o quadro:
O triângulo representa o Espírito. O quadrado a Alma e o corpo físico-vital. Veja são três corpos mas estes corpos utilizam de 7 veículos. Numa analogia, é como se o ser humano fosse ao mesmo tempo três motoristas que simultaneamente dirige 7 veículos diferentes e cada veículo está numa estrada com regras e procedimentos próprios. Eis tudo. Se um veículo causa acidente, interfere nos outros veículos. Em relação aos motoristas, o motorista Espírito não tem forma e dirige sem dirigir. O motorista da Alma é o motorista ativo, que bate, erra, cai, levanta, corrige a rota etc. E o motorista físico-vital é aquele que sofre as transformações e fica velho com o passar do tempo. O motorista
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físico-vital e da Alma em algum momento terminam sua viajem e morrem (diluem-se). O motorista Espírito absorve a experiência dos outros dois e começa denovo sua jornada, agora mais consciente, na próxima existência, gerando os seus dois companheiros de viagem (motorista Alma e motorista físico-vital). Se a analogia serviu, ótimo! Se não serviu, não tem problema, medite sobre o desenho que será o suficiente. Os 7 veículos do ser humano são em ordem do mais sutil para o mais denso, ou seja, do Espírito para a Matéria: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
Centelha Crística, Âtmâ Intuição pura, Budhi Mental abstrato Mental concreto (pensamento, raciocínio lógico, foco de consciência) Veículo dos desejos (também chamado astral) Veículo vital (o aura, chakras, etc) Veículo físico (carne e osso etc).
Os veículos 1, 2 e 3 são o Espírito do ser humano. Respectivamente, Vontade, Amor-Sabedoria e Atividade. Os veículos 4 e 5 formam a Alma humana (a personalidade, a máscara, onde se dá a evolução). O 6 e o 7 formam o corpo físico-vital. Considero este ensinamento um PRIMOR. Vale cada palavra. Que um dia todos possam conhecer a Verdade e não ficar limitados apenas ao copo-físico vital e acreditar que nada são a não ser processos químico-físicos caóticos com uma ligeira harmonia coordenados por um centro nervoso, etc. Detalhe importante: a Numerologia vai estudar as tendências que trazemos na Alma e no corpo físico-vital. De nada valem os números para o Espírito, pois o mesmo, não tem forma, logo não tem número. Toda a MANIFESTAÇÃO tem seus respectivos números (matemática divina) já o Espírito, aquele que é, vem do IMANIFESTADO. Outro detalhe: pergunto, qual dos três corpos (Espírito, Alma e físico-vital) reencarna? . . . É o Espírito (Ego) que reencarna reunindo matéria mental e astral e densificando um corpo físicovital para evoluir. Em cada nova existência, a Alma e o corpo físico-vital são renovados. Apesar de trazer tendências anteriores (gravadas no átomo-semente) para gerar movimento. Coloquei um texto nos adendos sobre “A Carruagem” que traz uma analogia interessantíssima sobre essa relação Espírito-Alma-físico. Vale a pena ler depois!
As 7 Chaves do Conhecimento... Entender. Conhecer. Ver. Saber. Ser. “Eu entendo porque conheço. Eu conheço porque vejo. Eu vejo porque sei. Eu sei porque sou.”
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O fato é: Tudo aquilo que olho, olha de volta para mim. E olhar, por si só, é tirar as barreiras que me impedem de tocar o que vejo. Poderíamos dizer que a visão toca tudo que vê. Ao olhar me conecto com a coisa, e ao me conectar me torno a própria coisa. Não há mais diferença entre mim e aquilo que olho, logo sou a coisa em questão. Todo o conhecimento nasce da curiosidade. Aliás, podemos traçar esta relação: curiosidade -> conhecimento acadêmico -> conhecimento filosófico -> conhecimento iniciático -> mistérios. A curiosidade leva o observador a olhar aquilo que lhe atrai (ou repulsa) que antes não lhe atraia, ou seja, era indiferente (inércia – sem movimento). Após a observação, traça-se mentalmente um raciocínio linear que pode ser acompanhado de experimentação para se chegar a conclusões. Logo temos o modelo científico (acadêmico) da tese, antítese e síntese. Não satisfeito pelo conhecimento concreto já que não se esgotou ainda, abstrai-se; imagina-se, supera-se o raciocínio e busca-se a intuição. Estes estágios caracterizam o conhecimento filosófico (as perguntas sem respostas) que levam depois ao conhecimento das Escolas de Iniciação (que reúnem o concreto e o abstrato, solidificando o pensamento refinado com o sentir elevado). A partir deste estágio, o curioso (que há muito deixou de se guiar pela curiosidade, mas tornou-se um buscador da Verdade) fica diante do Mistério. Importante ressaltar que a palavra mistério, na sua origem, não tinha conotação de algo fantasioso, utópico ou inacessível, mas sim algo que está ali porém não é possível traduzir aquilo em palavras... e isto por si só já é um mistério! Ainda falando sobre os mistérios menores e os Mistérios Maiores, há quem diga que existem Chaves para abri-los. E seriam 7 ao todo. Vamos a uma definição (entre muitas) do que seriam estas Chaves: Chave numérica/simbólica Chave fisiológica/biológica Chave astrológica/cosmogênese Chave histórica/registros Chave filosófica/EU pelo não Eu Chave geométrica Chave metafísica/alquímica Você consegue abrir qualquer conhecimento utilizando uma dessas chaves e por que não todas elas... Vou dar um exemplo. Olha que interessante. A cidade de Caxias do Sul. Como posso entendê-la utilizando as 7 Chaves? Pela Chave numérica, posso visualizar as estatísticas que vão me dar um panorama, em números, do que é Caxias do Sul. Esotericamente posso acessar a cidade pelas técnicas da Numerologia e então terei o panorama oculta da mesma. Pela Chave fisiológica, basta eu ver ela como ela é fisicamente. A sua estrutura, terreno, ruas, edificações, moradores etc etc etc. Isso tudo fala por si só o que é a cidade e seus habitantes. Pela Chave astrológica que é o estudo macro no micro, tenho condições de entender a cidade a partir das técnicas de interpretação que focam na influência dos astros desde a fundação da cidade, do presente dela e do futuro.
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Pela Chave histórica, estudo suas raízes históricas, sua fundação, como se deu, as imigrações, as lutas sociais e de classe, todo o contexto histórico que fica de plano de fundo me leva a entender a cidade. Pela Chave filosófica, bem aqui é a arte da pergunta que automaticamente me leva a entender a cidade. O que é Caxias? Como foi formada? Quais são suas características? Suas virtudes e defeitos? O que está oculto e visível? Etc Pela Chave geométrica, bem esta confesso que não tenho muito conhecimento e para mim a Geometria ainda é um ponto de interrogação. No entanto, sei que tudo que existe tem sua respectiva forma geométrica em essência e que cada forma geométrica no plano tem cheiro, tem cor, tem forma, tem paladar, tem número, tem astro correspondente... enfim a natureza é desenhada e desenhável! E por fim a Chave metafísica que por definição é a Chave que vai além da matéria e penetra no oculto, no invisível, na substância (aquilo que subsiste). Acredito que este exemplo tenha ilustrado bem as 7 Chaves e como elas podem de fato abrir as portas do conhecimento. Durante este GUIA será trabalhado muitos exemplos da Chave numérica em diversos temas.
Um pouco de cada número Já falamos da história da Numerologia, dos princípios, da Lei, do Bem e do mal, das tendências, do eixo polar dos números, sexualidade, Vontade, veículos do Homem, Chaves e agora vamos falar dos protagonistas, das forças em si. Dos números cósmicos e suas características no plano que nos encontramos. IMANIFESTADO. Sem número. Este é o DEUS real e único. “Nós” ainda não manifestados. 0 o nada que também é tudo. Começa e termina em si mesmo. O ovo de ganso, o todo. Dentro do 0 há todos os números. Ele é o ovo que será fecundado e se manifestará sobre múltiplos efeitos. 1 A semente. O ovo fecundado. O início. 2 Meiose. O ovo divide-se em duas partes que tende a continuar se dividindo. Dualidade. O como fazer aqui se processa. As leis. 3 Mitose. Aqui o ovo fecundado gerou um novo ser que poderá gerar outros e assim por diante. Multiplicidade. Efeitos. 4 Densificação máxima. Quadrado fechado e manifestado. A matéria. A cruz. A partir do 5 temos o FUTURO. Mesmo assim podemos comentar que: 5 O novo. A surpresa. O abstrato. O não no sim. 6 A Harmonia. O Amor fraterno. A volta do sim no sim. 7 A evolução. Atinge um novo grau de consciência. Atinge um estado superior. 8 A oitava coisa. A síntese de tudo que veio antes. 9 A finalização. A chave de Ouro. Voltando para o 0 (zero), ou seja para o TODO.
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Agora observe: Do 01 para o 02 do 02 para o 03 do 03 para o 04 do 04 para o 05 do 05 para o 06 do 06 para o 07 do 07 para o 08 do 08 para o 09 do 09 para o 10 O que aconteceu com o 0 neste exemplo? . . . O algarismo 0 (zero) que antes estava sempre a esquerda dos demais, no fim, fica a direita. Esotericamente, da esquerda = ignorância para a direita = consciência. O 0 (zero) representa o TODO manifestado. Este TODO tende e quer evoluir. Então ele passa por diversas experiências (do 01, do 02, do 03, do 04...) ou seja, ele inicia a caminhada (1), une (2), multiplica (3), organiza (4), etc, até finalizar a experiência, efetuar o fechamento que é o 09 para atingir novamente o 0, só que agora no 10. O 10 tem seus mistérios... e um deles é que ele representa o UNO (1) no TODO (0) após passar por diversas experiências evolutivas (1,2,3,4,5,6,7,8,9). Logo, o 10 que é o destino de todos nós, é sermos UM com o TODO e o TODO como o UM, 10. Continuando, vamos dar uma olhada nos Números com qualidade humanas, ou seja, como os números (forças) se comportam quando atuando no ser humano dentro do contexto social atual. Número 1: é uma força que leva a pessoa a agir. Tem impulso pela vitória, pela liderança, pelo controle. Brilhar, mostrar, fazer acontecer. O 1 tem a tendência individualista (primeiro eu) e territorialista (meu espaço e seu espaço). Independência, originalidade, inventividade. Conquistar, ter e fazer. O BEM. Figuras masculinas, entre elas a figura do pai. Número 2: é uma força que na vida humana promove uniões e relaciona-se. Coopera, dá atenção, olha para o outro. Receptivo e atencioso. Estabelece vínculos, associa e compara. É dual, pode ser assim como pode ser do outro jeito também. Flexível e adaptável. O BOM. Figuras femininas entre elas a mãe. Arquétipo dos relacionamentos pessoais. Compartilhador. Divide e compartilha. Número 3: comunica-se pela fala, escrita, gestos, corpo e mente. Ideias, ideias, muitas ideias e multiplicidade (vários dons). Curiosidade inata. Imagens. Fértil. Artesão. Artista. Músico, cantor, pintor, designer, dançarino, humorista, amigo. Festas, comemorações, alegria. Otimismo. Leve como uma pluma. Sociável e turista. Elegante. Estético. Valoriza a beleza, O BELO. Figuras de crianças entre elas o arquétipo do filho(s). Cresce e desenvolve-se. Expansivo. Número 4: força da materialização, da densidade. A ideia do 3 aqui no 4 toma forma e se solidifica. Ritmo, constância. Treinamento, dedicação, esforço. Concentração e foco. Repetição. Contração de esforços em equilíbrio. O 4 dá base, estrutura, sustentação. Estável e incorruptível. Inquebrável.
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Perene, duradouro. Trabalho árduo e disciplinado. Ordem e organização. Figuras mais velhas, arquétipo dos avós e das estruturas de vida. Número 5: solto e leve. Impulsivo para agir. Aprende pela experiência. É simbolizado pela mão de 5 dedos que viaja no espaço para tocar e manusear. Experimentador, explorador, peregrino, caminhante. Traz o novo, pois busca o novo. Renovação e mudanças. Transformação. Desvinculador, reformador. Pesquisador. Aberto. Moldável e versátil. Sociável e viajante. Arquétipo do tempo que é desdobramento da matéria. Movimento. Liberta-se e libera-se. Doses de ousadia para gerar movimento. Número 6: força que concilia, que busca harmonizar, elevar as relações a um patamar de Amor Fraterno e bondade. Paz. O lar como refúgio, quietude e serenidade. Arquétipo da família humana, do lar, dos relacionamentos afetivos. Responsável e idealista. Ama. Carinhoso, afetuoso, solícito. Número 7: profundidade e poder de penetração. Buscador do entendimento. Observador por natureza. Especialista e crítico. Busca a perfeição com tenacidade. Exigente e estudioso. Explorador mental. Pensador, reflexivo, filósofo. Excelente leitor. Estímulo mental. Arquétipo da evolução, da mente racional, da Sabedoria. O 7 quer se conhecer e se dominar. E para isto vai até os confins da Terra, fisicamente e mentalmente. Ainda sim é cauteloso e minucioso. Pega sua lupa e começa a estudar cada detalhe (detalhista). Repassa cada passo dado para entendê-lo e incorporá-lo. Voltado para dentro de si, introspectivo e oculto. Número 8: força da justiça, do caminho reto, da abundância e riqueza. Energético e fluídico. Vai e volta. Equilibrado, sensato, com capacidade de escolha. Gera fluidez. Prático, objetivo, organizado. Arquétipo da riqueza, das virtudes, da Lei, das autoridades. Visualizador. Número 9: amplo, universal, impessoal. Realizador. Público, para todos. Humano, compreensivo, justo e inspirador. Força que ajuda, auxilia. Sem barreiras ou preconceitos, está para tudo e para todos. Focado na realização, na doação, no bem comum. Fechamento, finalização, concretização. Fim glorioso com Chave de Ouro. Artístico e sensível. Empático. Arquétipo do Universo, das estrelas, do término de algo para início de outro. Podemos dizer que: O 1 é o Grande Iniciador. O Grande Líder. O 2 é o Grande Parceiro. O Grande Associador. O 3 é o Grande Artista. O Grande Comunicador. O 4 é o Grande Construtor. O Grande Trabalhador. O 5 é o Grande Transformador. O Grande Explorador. O 6 é o Grande Conciliador. O Grande Amoroso. O 7 é o Grande Buscador. O Grande Cientista. O 8 é o Grande Visionário. A Grande Autoridade. O 9 é o Grande Realizador. O Grande Poeta da Vida.
Ilustrações numéricas Eu criei uma história ilustrativa para demonstrar de forma abstrata a força por traz do símbolo numérico. Veja que até mesmo a forma pela qual nós desenhamos o número fala sobre ele (Chave fisiológica). Então, num esforço de imaginação, acompanhe:
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O 1 ergue-se perante a multidão (linha, padrão) e olha para frente com força. Utiliza-se da coragem para sair do padrão (linha horizontal) e ergue-se com força verticalmente até atingir o seu ápice, quando então, olha para frente após uma leve descida (alívio).
Há dois pontos antagônicos no espaço. O 2 quer unir e de fato une os dois pontos desdobrando-se em si mesmo para realizar a união. Mostra assim sua capacidade de flexibilidade e adaptação para conseguir criar vínculos (afinal, deu a volta em si mesmo).
O 3 é a borboleta com as duas asas. Está leve e solta para passear na multiplicidade. Assim como uma borboleta, é multicolorida e tem múltiplas possibilidades uma vez que está no ar. Depois que passou do ovo fecundado (1) para a larva e pupa (2 e 3) torna-se borboleta. Esotericamente o 3 e o 4 se manifestam juntos, sendo representados pelo círculo com a cruz no seu interior.
O 4 finca raízes no solo e constrói para cima seu telhado para se proteger da chuva e do frio. Evidenciando sua busca pela segurança e estabilidade (alicerces) através da construção e do trabalho.
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O 5 resolve ousar fazendo algo que ninguém até então fez. Se você observar, todos t odos os números são em essência forças retas (1 e 4 - rígidas) ou curvas (2 e 3 - moldáveis), então o 5 aproveita o telhado e as paredes do 4 (retas) e junta com uma inédita curva. Ele muda a lógica e transforma o mundo.
O 6 vem e harmoniza tudo que foi feito até então, reunindo em seus braços todos os números que vieram antes dele. E esta conciliação se dá pelo abraço envolvente da curva do 6 que engloba pacificamente seus irmãos numéricos, como uma família.
Já se iniciou, se uniu, se multiplicou, se construiu, se transformou e se harmonizou. Em paz, o 7 vem e busca aquilo que ainda não foi buscado: o porque de tudo isso. Logo, ele começa de baixo (do submundo, do esgoto) sobe até o nível humano (seu padrão – – que é uma ruptura) e ainda não satisfeito sobe ainda mais e olha para o Céu. O 7, como vem de baixo e vai para o mais alto, acaba se tornando um veículo (um alfinete) que transpassa todos os níveis de matéria e por isso acaba chegando ao conhecimento integral, a Sabedoria.
O 8 começa com um ponto de energia lá no alto, desce como uma consciência atuando no espaçotempo sofrendo movimentos ondulatórios do plano, chega no limite mais inferior e em seguida, com objetividade e tenacidade sobe fazendo o caminho inverso porém complementar pesando pesos e medidas de forma justa. Quando chega lá em cima novamente, no ponto de origem, volta a descer e a subir sem parar. Por isso ele é o símbolo do infinito, pois seu fluxo não para. Objetivo, pois sabe o que faz e visualizador, pois visualiza o que está a fazer.
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O 9 é quase a consciência pronta – 0 – 0 (zero) – voltando – voltando ao espaço porém ainda com uma perna na Terra. Ainda algo o prende aos firmamentos e justamente por isto que ele atua ativamente nesta ligação com o chão, realizando sua obra. A amplitude que é sua característica se dá pelo 0 (t odos os números) fazer parte do 9 ainda que não seja o 0 puro. Como só um elo liga o 9 ao chão, ele está prestes a se desvincular, a finalizar, a encerrar sua jornada cósmica. Para isto deve ser o caminho da ajuda, da doação, do desapego (deixar de pegar o chão). Eu vou continuar estas leituras abstratas dos números com a intenção de transmitir a você o maior número possível de impressões que ficarão gravados no seu íntimo como sementes e eventualmente eventualmente germinarão e se tornarão autossuficientes. autossuficientes. Continuando então, podemos agrupar os números seguindo certas características em comum: Na música, que é composta de ritmo (físico-vital), melodia (Alma) e Harmonia (Espírito), poderíamos dizer que: 1 e 4 dá ritmo. 3 e 5 dá melodia. 2 e 6 dá harmonia. ritmo (1), harmonia (2), melodia (3), ritmo (4), melodia (5) e por fim Harmonia (6) Apenas a título de exemplo, para que você tenha condições de associar, uma música ritmada seria algo como um samba, tambores, batucagem. Já a melodia poderia ser tanto uma música romântica quanto um rock (toca a Alma excitando-a ou pacificando-a) e por fim a Harmonia seria a música clássica, como Wagner (5 no 6) ou Beethoven (6 no 6). Outra forma de ver os números é dividindo a vida humana em áreas ou temáticas. Por exemplo:
Estudos 7e9
Trabalho 1, 4 e 8
Social 3e5
Família / Relacionamentos 2e6
Nos estudos, o 7 é o cientista puro, ou seja, o cientista teórico. Que pensa, racionaliza permeado pela intuição. O 9 já seria o físico, o astrônomo, o cientista macro. Ambos utilizam a intuição para permear a razão, porém o 7 intui racionalmente e o 9 intui pelo sentir (emocionalmente). Logo, se vê a dualidade que quando unida leva a grandes êxitos. Ainda em relação relação ao cientista. Um 7 é cientista teórico. teórico. Mas se o 7 estiver acompanhado do 5, torna-se um cientista teórico e experimentador. 7 acompanhado do 3 é um cientista especulativo e estético (voltado as formas e efeitos). Um 7 junto com o 1 ou 4 dá a ao cientista inclinações de construção, invenções, engenharia.
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7 em conjunção com 9 é cientista cósmico. E claro, se formos juntando o 7 com o 1 + o 4 + o 5 + 9 etc, torna-se um cientista com vários ingredientes e potencialidades de cada número envolvido. Já no trabalho, vejamos primeira a formiga que é o 4. Ordeira, obediente, segue as regras, os padrões e por isso consegue construir. A construção nada mais é do que a ação de ordenar materiais de forma organizada e constante gerando estabilidade interna e externa para perdurar como edificação. E o 4 faz isso. Ele organiza, ordena, monta, constrói e aquilo que ele constrói só ele destrói. E o trabalho por natureza exige foco, concentração, disciplina, força de trabalho. Se o 4 é a formiga, o 1 é a formiga-líder. O chefe, aquele que tem o status pois foi quem começou, que chegou primeiro, que fez a coisa acontecer. O 8 é um grande gestor no trabalho, é uma autoridade, faz a coisa continuar fluindo e gerando riqueza. O 8 dá utilidade as coisas. Na temática social, ou seja, na atividade de se socializar, os campeões são o 3 e o 5. Eles tem formas curvas mas com uma pitada de envolvimento. 3 e 5 tocam. O 3 toca mais mentalmente ou pela oratório, o 5 toca mais pelo contato, conexão. Ambos são envolventes, alegres, leves, animados, otimistas, festeiros, festejam a vida e a possibilidade de estarem vivos. Geram movimento, geram vida. O 3 é o fértil por excelência e o 5 dá o sopro de vitalidade quando as coisas estão no estágio de inércia (4). Por fim na família, temos o 2 que é relacionamento pessoal (1 + 1) e o 6 que é relacionamento em família ou em grupos (comunidades = comum entre os membros). Em relação aos relacionamentos, muitos se queixam que apresentam dificuldade em se relacionar durante a vida. Bem, cada ser humano é um mundo e a união se dá pela junção de dois mundos. Pare estabelecer vínculo é preciso fazer como o 2 (que se dobra em si mesmo para unir) ou pelo 6 (que abraça, que aceita, que se dá). Talvez as pessoas que relatam não conseguir se relacionar estejam querendo se unir pelo 1 (pela força), pelo 3 (pela superfície), pelo 4 (pelo trabalho), pelo 5 (pela aventura), pelo 7 (pelo conhecimento), pelo 8 (pelo status quo) ou pelo 9 (pela ajuda). E aí ocorre que estas uniões (que na verdade são junções) não assumem a característica do 2 (união) e do 6 (harmonia) mas assumem a característica do arquétipo utilizado. Em outras palavras, uma junção que se dá pelo 1 é uma junção pela força e naturalmente esta “união” será baseada em posses, controle, jogo de forças, impulsivida de, autoridade, bateu levou. Uma junção pelo 3 é uma junção pela superfície, pela estética, pela alegria, pelo riso, pela brincadeira, descontração, leveza, criatividade, arte, expansão, etc. Uma junção pelo 4 será uma junção no qual a característica marcante é a de trabalho, foco, concentração, busca de estabilidade, segurança, rigidez, estrutura. Pelo 5 é uma junção entre pessoas que terá como força-resultante a aventura, o desconhecido, a exploração, o inusitado, a surpresa, o movimento, a viagem, o envolvimento, a peregrinação. Pelo 7 será a junção baseada em conhecimento, cultura, requinte, filosofia, questionamentos, exigências, inflexibilidade. Pelo 8 será a junção com princípios de status, poder, conquistas, abundância, riqueza, objetividade, clareza, praticidade. E pelo 9 é a junção pelo metafísico, pelos mistérios, pela arte humana, pelos sentimentos elevados, nobres e pela ajuda, estar na sociedade atuando. Então aqui vai uma observação. Se você, conhecendo os números e suas características, se une com alguém por qualquer número (força resultante) que não é o 2 e o 6, não solicite desta “junção” UNIÃO nem HARMONIA mas sim as características do número determinante na relação.
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O erro sempre consiste em pedir dos números o que eles não tem para dar. Se existem 9 números puros, é porque eles representam 9 forças primordiais, e nenhum faz o trabalho (atua) do outro. Já quando a junção entre pessoas se dá pelo 2 e pelo 6 podemos chamar de UNIÃO (2) ou unidade familiar (6). E aí então teremos as características clássicas da união que é a flexibilidade, a gentileza, o apoio, a concessão, a troca pura e que complementa (2). Ou do 6 que é a formação da unidade familiar, da harmonia entre diferentes, da conciliação, mediação, envolvimento bondoso e igualitário, amor fraterno. De outra forma afirmo: só o 2 une e só o 6 gera unidade familiar (Harmonia). Como saber qual número é o determinante (força resultante) no relacionamento? . . . Pela observação pura e simples. Ou ainda pela observação e estudo, análise, utilizando o conhecimento da Numerologia. Sobre os relacionamentos e os números, eis aqui tudo ainda que condensado. Podemos também colocar os números em grupos conforme o plano de atuação.
Mais racionais, com mais autocontrole 1, 4, 7, 8
Mais emotivos, com mais impulso 2, 3, 5, 6, 9
As cidades são bons exemplos para visualizarmos os números.
Tradicionalmente o 1, 4 e 8 são números do plano físico, concreto, construído com matéria densa. Logo teríamos uma cidade nascendo, novas ruas, novas construções, novos caminhos (1). Em seguida ergue-se edificações, construções, infra-estrutura (4). Por fim a organização geral da cidade para manter o fluxo, como a sinalização de trânsito (placas, semáforos), leis e regras de convivência (8). Tudo que for construído que necessitar de mais especialização, como por exemplo túneis,
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encanamentos, enfim, subsolo ou construções que demandam especialização vão ter a participação do 7 no 4 ou 7 no 8 ou 7 no 1. Além disso, temos as pessoas (cada uma sendo 1 personalidade). Elas vão ter suas casas (4), seu trabalho (4), seus amigos e lazer (3 e 5), sua espiritualidade (7 e 9), suas contas bancárias (8), suas famílias (6), etc. Todos estes elementos se relacionam, estabelecem vínculos (2 e 6) de maior ou menor grau. E todas as pessoas juntas formam o PÚBLICO da cidade, o coletivo (9). Porém, são épocas de eleições e os candidatos precisam se promoverem, divulgarem suas propostas através da publicidade do 3 (aquele que transmite mensagens). Eleições para eleger representantes do legislativo e do executivo (1) para transformarem (5) a realidade (8) de todos em algo melhor (9). E quem executa as eleições? Aqueles que detêm a Lei embaixo do braço para legitimar o processo todo que é o sistema judiciário (8). Encerrada as eleições, chega-se perto do fim de ano, no qual alguns vão festejar o Natal (3 e 5), outros vão aproveitar para reunir (2) a família (6) ou os colegas de trabalho (2 no 4), outros ainda vão aproveitar para viajar (5) numa gruta lá longe para se silenciarem e se conhecerem melhor (7). E assim este exercício de imaginação poderia se estender quase indefinidamente. Fica evidente o quanto a Numerologia “aplicada” na vida humana poderia auxiliar os estudos antropológicos e sociais da Academia.
Sistemas humanos Forças Armadas, Política, Sistema Judiciário, Saúde, Academia, Escola, Arte, Templo, Alimentação Internet Todo sistema humano na verdade é o resultado do aglomerado de seres humanos que dali participam constantemente e vivificam (vitalizam) aquele sistema no plano físico. A empresa é o conjunto de funcionários e diretores que trabalham e se envolvem com algum objetivo. Uma escola é feita dos alunos, professores, pais, funcionários, diretores e demais membros que de uma maneira ou de outra participam e vitalizam aquela estrutura criada mentalmente, depois astralmente (emocionalmente, identidade, etc) e por fim fisicamente. Dito isto, vamos abrir alguns sistemas humanos através da Chave numérica.
Forças Armadas: composta em essência de soldado, oficial e Chefe Maior, teríamos a relação do 4 para o soldado (aquele que segue o padrão e constrói a vitória pelo suor), o 8 sendo o conjunto de oficiais que além de autoridades são gestores e tomadores de decisão e por fim o Chefe Maior das Forças Armadas, a ponta da pirâmide, que é o 1. Dessa forma, as Forças Armadas (que pelo nome já evidenciam atuarem no físico) são baseadas na liderança do 1, na força de trabalho do 4 e na gestão e logística visualizadora do 8. E todos comprometidos com a terra, com a densidade, com a propriedade, com a pátria, com a nação que representam. Que no futuro estas mesmas estruturas não se dediquem a guerra como fazem hoje, mas a organização justa e inovadora da sociedade como um todo. Política: a política (poli+éticas) é múltipla, diferente da politicagem (linear e egoísta). Falando em política, quais seriam os números que abririam este sistema? Dica: são 4 números. . . . Vamos começar pelo 1. Liderança. Alguém tem que falar. Alguém tem que se meter, alguém tem que mostrar caminhos e impulsionar todos os demais pela motivação e este certamente é o 1. Em
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seguida, temos o 5, o 8 e o 9. O 5 porque toda política deve se voltar para a transformação da realidade atual de forma justa (8) para todos, para o público (9), com liderança do 1. Temos aí então o sistema arquetipal político. Quando os políticos (que deveriam ser os melhores para isto, ou seja, os que mais amam impessoalmente todos os seres) adentrarem nos mistérios dos números poderão utilizar como guia os mesmos para um reto procedimento político, baseado na liderança e originalidade do 1, da coerência e do bom senso do 8 com a pitada de ousadia e poder de transformação do 5 para o bem comum 9. Eis aí uma tábua moral.
Sistema de Justiça (judiciário). Aqui poderíamos pegar o 8 puro que é a Lei e as suas diversas leis. Algumas das palavras do 8: eficiência, fluxo, bom senso, organização, praticidade, objetividade, justiça. Trocando em miúdos, para a Justiça ser justa, ela precisa ser (seu arquétipo, ou seja substância) objetiva, verdadeira, eficiente, com fluxo, guiada pelo bom senso e praticidade. Agora pergunto: um processo civil qualquer levado a Justiça brasileira e que perdura por anos a fio para chegar a um fechamento simples como “Deferido” ou “Indeferido” (supondo) é justo? É eficiente? É fluídico? Prático? Sem falar que quando o processo chega no estágio final ele ainda pode ser questionado (através de recursos). Ora, se o processo fosse verdadeiramente verdadeiro, não precisaria ter a possibilidade de recurso. Este é o ideal da Justiça e é para este patamar que todos os seres humanos envolvidos com processos judiciários sentem em seu íntimo e para qual vão, conscientemente ou não. Ainda que o 8 não seja vivido plenamente como Força Cósmica, caminha para isso e será alcançado em plenitude, assim como todos os números. Essa plenitude se dá no ser humano, que pela lei dos ciclos, karma e evolução incorpora os números gradativamente e qualitativamente até chegar ao ponto que seremos os próprios números cósmicos e realizaremos a IDEIA ORIGINAL, a Causa. Saúde: os números da saúde são aqueles que estabelecem vínculo com o outro, que se relacionam de uma maneira ou de outra. Logo, vem a nossa mente o 2 e o 6 que em essência se preocupam com o outro e com sua saúde. Como são formas maleáveis, gentis e atenciosas, neles há o potencial de troca e de cura. Como são números que fluem na quietude e na paciência também são números de prevenção (princípio da saúde). Também colocaríamos na saúde o 9 que é o da ajuda, ainda que impessoal, tem condições de ajudar a alma do ser humano. Ou até pelo exemplo. E para encerrar, devido ao estágio evolutivo da humanidade, o 7 complementaria o 2, 6 e 9 com o conhecimento necessário para trabalhar os diversos males que afligem a humanidade atualmente, bem como o 7 traz o poder de diagnóstico e especialização. Academia, ou se preferir, meio universitário. Bem aqui entramos na teoria e na prática. Atualmente, devido ao sistema econômico adotado globalmente ser o capitalismo, que em essência, é voltado para o lucro individual fruto da força produtiva que é comercializada, as universidades ao invés de formar pensadores, forma profissionais de alguma área (mão de obra). Então, neste contexto, as universidades atuais são regidas pelo 7 (conhecimento) voltado para o 8 (lucro legalizado e institucionalizado) através da mão de obra qualificada (4). Temos aí o capitalismo. As vertentes do meio acadêmico que levam ao Empreendedorismo, Liderança e formação de líderes também acopla o 1. Já a Universidade ideal, seu arquétipo (substância, que sub-existe) está no próprio nome. Uni de UNO (1) versidade (verso do UNO) ou seja os demais números (2,3,4,5,6,7,8,9). Em suma, a Universidade do futuro e real é aquela que engloba todos os números (como é feito parcialmente hoje) porém engloba o número pelo número, sem nenhum número predominando. Estudar para liderar (7 no 1). Estudar para fazer associações (7 no 2). Estudar para criar e expandir (7 no 3).
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Estudar para construir e ordenar (7 no 4). Estudar para experimentar e especular (7 no 5). Estudar para amar (7 no 6). Estudar para se conhecer (7 no 7). Estudar para se gerar fluxo e riqueza justa (7 no 8). Estudar para a Obra da Humanidade (7 no 9). Eis aí a UNIVERSIDADE como sistema humano.
Escola Já quando abordamos a escola, ou seja, a instituição das crianças, adolescentes e pré-adultos (quase maduros), temos outros parâmetros. Para as crianças a escola funciona verdadeiramente como meio social, de socialização e integração. O arquétipo das crianças (3) pede criatividade, leveza, alegria, jogos lúdicos, diversão, estética, beleza, múltiplos caminhos para gerar EXPANSÃO e CRESCIMENTO. Imaginar uma escola para crianças é imaginar o 3 sendo estimulado e concretizado. Sem compromissos formais ainda com o 7 (conhecimento) ou 9 (universo). Logo, uma escola infantil deveria trabalhar principalmente os sentidos das crianças, que estão em puro desenvolvimento, principalmente dos 7 aos 14 anos. A imaginação, a arte de descobrir e colorir a realidade com cores alegres e vivas. Além disso, dos 7 aos 14 anos é uma idade fundamental para aplicar conceitos relativos ao corpo vital do ser humano, como por exemplo as artes curativas, as técnicas de respiração e deslocamento. O 3 leva também a passeios, explorações visuais, viagens para outras realidades justamente para semear a DIVERSIDADE. Por fim, uma escola para as crianças de 7 a 14 anos também deveria contemplar a auto expressão e porque não dizer comunicação. O expressar o que sente, como sente e da melhor maneira que consegue. É praticamente um palco onde a Divindade dentro de cada um poderia atuar no palco (mini-mundo) com o objetivo de se acostumar e dominar seu próprio espaço, reconhecendo os demais como múltiplos de si mesmo. Uma escola de ensino médio, dos 14 aos 21 anos, teria já o apelo emocional e de relacionamentos igualitários. Nesse período dos 14 aos 21, caracterizado como adolescência, é NECESSÁRIO autoridade (8) personificado na instituição de ensino e nos docentes. O 8 aqui representa a razoabilidade mínima para conter os desvaneios emocionais e explosões internas de cada adolescente. O mínimo de ordem é necessário, porém ela não vem pelo 4 engessado em regras escritas, mas pelo 8 que é a própria regra com rigidez moral. Digo isto porque as escolas atualmente no Brasil retiraram a autoridade do professor (8) e deram aos pais (6) confundindo os arquétipos e criando uma salada emocional. Continuando... a escola de ensino médio, além de ter autoridade (8) presente para frear o cavalo das emoções e instintos, também deveria levar o jovem para o autoconhecimento (7) justamente para se entender e compreender suas oscilações na puberdade. E este 7 é conhecimento científico e místico. O 7 supre as necessidades dos materialistas e dos místicos, pois tanto é voltado para o minucioso com sua lupa como para o oculto por trás do visível. Também vejo a possibilidade para os mais adiantados em tempo evolucional de entrar em contato com o 9, com o Cósmico, Astrologia, Sociologia, Filosofia e outras áreas que trabalham conjuntos macros. Por fim, uma escola média, além de incorporar o 8 e o 7, também deveria no processo de ensino, estimular o 1 e o 5 que são justamente os números da independência e do pensamento livre. A formação de livres pensadores só ocorre se o 1 que é “o fazes por ti mesmo para ti mesmo” com o 5 “de forma livre e desprendida” forem contemplados. Assim teríamos uma escola 8 com o método de ensino 7 em conjunção com o 1 e o 5.
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A estrutura física das escolas, tanto para crianças como para adolescentes e adultos, deveria seguir o padrão 4 (bem divididas e organizadas) combinado com o 3 (estética e tecnologia). Esboço um resumo comparativo: Faixa etária
Formação
7 aos 14
Ensino Fundamental
14 aos 21
Ensino médio e técnico
Acima dos 21
Ensino Superior acadêmico
Números determinantes 3e5
Escola = 8 método: 7 com 1 e 5 Todos tendo o 7 como início
Características / Foco Desenvolvimento dos sentidos, vivências, crescimento e expansão de todas as faculdades. Formação de livres pensadores. Consolidação do conhecimento e do caráter.
Em relação ao profissional de ensino, este, hoje chamado professor, talvez tivesse como título mais adequado “instrutor” ou “facilitador do caminho”. Até porque ninguém ensina ninguém. O processo de aprendizagem se dá por transmissão = mover a mente para determinado lugar no espaço. Quando digo que aprendo (prendo algo em mim) é porque mentalmente foquei minha consciência naquele objeto e vibrei em sintonia com ele. “Cheguei lá”, “captei”, “compreendi”. Ao chegar no objeto em questão, criei um símile do mesmo em mim e a partir daquele momento em mim aquele objeto reside (o símile que leva ao objeto real). Isso é vydia, ver a coisa como ela realmente é. Logo, o processo de aprendizagem se dá por transmissão e o instrutor através de técnicas de ensino pode sim levar mentalmente seus “alunos” para o objeto em questão, e a partir daí, cada um estabelece o vínculo como lhe parecer melhor ou possível. Por isso o velho adágio: só aprendemos (prender em nós) o que já sabemos mas havíamos nos esquecido (esquivado de nós, solto). Conhecer algo então é criar ou recriar um caminho mental para chegar no objeto em questão. Vou dar um exemplo, pois acho este tema fascinante. Numerologia. Eu (o autor deste GUIA) já estudei alguns anos de numerologia. Já tive instrutores e facilitadores. Interpretei os números para muitas pessoas. Transmiti também muito do que apreendi. Pois bem. Cheguei num estágio desse conhecimento numérico que hoje não mais preciso me lembrar (recordar o caminho) para chegar nos números, eles em si estão dentro de mim (símile). Logo, escrevo este GUIA sem necessidade de fazer pesquisas ou elaborações / planejamentos. Simplesmente escrevo e vou em frente. A coisa flui pois está em mim. Em outras palavras, eu sou a Numerologia (a parte dela que me compete) pois a Numerologia está em mim. Sei de cór (de coração). Que todos possam criar dentro de si os símiles do conhecimento e assim serem Sábios de fato e de direito! Para finalizar o sistema de Educação humano, podemos também estudar os tipos de “professor ” de acordo com a Chave numérica: Professor líder, motiva para a ação = 7 no 1. Professor compartilhador e associador = 7 no 2. Professor orador, contador de histórias = 7 no 3. Professor construtor, estruturador = 7 no 4. Professor especulativo e vivências = 7 no 5.
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Professor conselheiro e afetuoso = 7 no 6. Professor teórico e conceitual= 7 no 7. Professor autoridade e sensato = 7 no 8. Professor poeta = 7 no 9. Se a pessoa na função de professor tiver em sua personalidade com diversos destes números, logo ela acrescenta (acumula) os diversos ingredientes de cada número.
Arte A arte humaniza o humano. É a expressão consciente e objetiva do subjetivo e metafísico. A Arte vem se alterando com o tempo, tanto em suas obras como em seus conceitos. Isto ocorre porque a arte é um espelho, um reflexo vivo, da sociedade e do homem que nela está inserido (contexto). Porém, a ARTE é aquele que vê , mostra e f az o BELO. O BELO no feio e o BELO no belo. Os números da Arte são obviamente o 3 (Grande Artista), o 1 (Grande Inventor), 5 (Grande Reformista) e o 9 (Grande Poeta). O 2 e o 6 participam com a sensibilidade. O 4 e o 8 participam com a estrutura e organização. O 7 com o requinte, refinamento, padrão de alta qualidade.
Templo Coloquei o termo “Templo” para designar todos os “Templos” que visam e levar a consciência do ser humano a padrões espirituais e metafísicos. Entra aqui o trabalho sério de seitas filosóficas, religiões (que de fato re-ligam o Eu Superior com o eu inferior) e Escolas de Iniciação Tradicionais. Templo é aquele local no qual subtende-se refúgio, quietude, paz, foco, concentração. Local em que o ser se apresenta para encontrar o Mestre (dentro dele mesmo). Há dois tipos de Templo. O externo e o interno. O externo é 7: recinto místico e voltado as diversas práticas espirituais com conhecimento. Aqui neste ambiente é frequente o uso de defumadores, incensos, aromas, cores, formas geométricas, arquitetura, símbolos, signos, representações, o Verbo, posturas, técnicas, etc. E tem o Templo Interno de cada um. O Sanctum Celestial. Um refúgio pacífico como um oceano sem ondas. Aqui, não há regras nem formas. Há Espírito.
Alimentação Comida se faz com carinho. Se une elementos (ingredientes) para gerar tantos outros mantendo um elo, um vínculo, dando liga. A alimentação é muito importante pois ela é INgerida, ela vai para dentro de nós. É uma parte da matéria que é absorvida pelo nosso corpo físico-vital. Quais seriam então os números determinantes da alimentação? . . . Em geral a alimentação é um processo alquímico que se feito com conhecimento (7) leva do cobre ao ouro. Ou seja, eleva o padrão vibracional do alimento, energiza ele, ou melhor, ativa o alimento com as suas melhores propriedades para serem consumidos. Como a comida é feita tradicionalmente em casa, além de conhecimento 7, temos o lar, a casa, o ambiente fraterno e harmonioso do 6 e o poder de junção, de união de diversos ingredientes 2. Quando a alimentação é
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feita para muitas pessoas, há de se pensar em estrutura do 4, planejamento do 8 e interesse coletivo e impessoal do 9. O 1 talvez seja muito impaciente para cozinhar em princípio. Mas pode ser inventivo e pioneiro. O 3 levaria a alimentação a patamares estéticos e artísticos, com uma mensagem mental a ser transmitida, além do sabor e nutrientes. O 5 seria um grande experimentador na cozinha. Aventureiro e potencialmente descobridor de novas receitas.
Internet Seguindo esta espiral de entendimento, certamente você está preparado para abrir qualquer área ou sistema humano através dos números. Não se preocupe se não for preciso, a abstração (imaginação) vale mais que qualquer regra – como diria Einstein. Para encerrar esta parte, quero falar do futuro. Internet. Sim a Internet está se consolidando, mas onde ela vai nos levar é que realmente empolga. Primeiro, vamos ao nome em si. Inter + net (rede em inglês). Ou seja, é uma rede de interconexões. Uma teia de aranha. Só que ela já está no campo do invisível (não visto). Sim, temos a estrutura por traz dela, antenas, satélites, servidores espalhados pelo mundo, cabos etc. Porém a internet já é uma porta para o imensurável, o invisível. Eu diria mais. Eu diria que ela é o gérmen da transmissão de pensamentos sem nenhum outro canal. Hoje o canal é a internet, mas com o tempo, o ser humano voltará a se comunicar com os outros pela rede, a mental. E aí utilizaremos o Verbo apenas para seu fim cósmico: o de criação (e não de transmissão e recepção de mensagens). Isso vai levar algum tempo ainda e também treino. Embora demore, não há duvida que caminhamos para isto. Basta visualizar o progresso já feito nas comunicações humanas. Antigamente você só podia conversar com alguém pessoalmente. Depois criou-se o método dos correios, cartas, telégrafos etc. E aí era possível se comunicar (em turnos) com o outro longe fisicamente. Agora com a internet, você pode se comunicar com qualquer pessoa em tempo real sem sair do lugar mesmo que a distância seja enorme. Isso prova que a comunicação está cada vez mais mental (o físico pouco participa). O canal físico hoje está reduzido a um celular de mão, a um teclado virtual, a um clique para ligar a webcam. Então chegaremos ao ponto que não será mais necessário nenhuma interface (entre rostos) mas sim unicamente a vontade de se comunicar. Então economizaremos saliva e aprimoramos a conversa mental. E o Verbo então voltará ao seu trono de Lei. Ah, quais são os números da internet tal qual vemos hoje? Vou dar algumas dicas. A internet é em princípio: dinâmica e instantânea, baseada em um banco de dados, com interface para comunicação. Fácil né? O dinamismo, a instantaneidade e a navegação pelos “sites” é 5 (o Grande Navegador). O banco de dados, os códigos binários, são 7, pois possuem lógica mental. Os servidores, satélites etc que suportam a rede são 4. E por último a estética dos sites, o como fazer, os botões, as cores, o modo de apresentar conteúdo (Google, youtube, portais, etc) são 3. Os fins comerciais seriam 1 e 8. Os relacionamentos que se dão na rede seriam o 2 e o 6 (quando dá casamento virtual) porém num nível bem básico. E o 9 já estaria diluído na rede quando há portais voltados ao público, ensino gratuito, filantropia, humanismo, conferências, etc.
O capitalismo machuca os números no ser humano
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“Não é possível servir a dois senhores.”
O capitalismo é movido pelo capital. Capital é algo que se tem, que se compra, que se apodera. E depois se comercializa para gerar ainda mais capital. E assim continua o ciclo vicioso. Que fique claro: não existe capital. Nada no mundo pode ser comprado nem vendido. Não há donos nem serviçais. Assim como não há clientes, fornecedores, números de CPF, de RG, etc. O que há são Seres Humanos que estão formando uma Hierarquia Cósmica através da vivência na matéria mais densa que é a física. Porém o ser humano alcançou o seu livre poder de escolha e pensamento. E por isto, pode ele criar sistemas que por mais contrário a Lei, ainda sim possuem sua utilidade: aprendizado. Assim como há duas realidades: a realidade construída pelo conjunto de ilusões alimentadas pelos seres humanos e a Realidade, única tal como ela é. O capital faz parte da realidade construída. E é um sistema alimentado continuamente recebendo e sendo vitalizado pelos que participam dele ativa ou passivamente. Só não alimenta o capitalismo quem é indiferente a ele. Dito isto, tudo que foi, é ou será construído pelos seres humanos, primeiro mentalmente, e depois, densificando-se até chegar no físico, afeta sua natureza divina e seu projeto cósmico. Viver é nada mais do que descontruir (ainda que internamente) todas as barreiras que isolam nossa Alma (eu inferior, desejos paixões e construções mentais) da Realidade Única que é Espírito. Viver é ficar em paz internamente pois a Ordem geral do Universo é a Paz, a justiça, a benevolência, a fraternidade, a evolução etc. Por outro lado, a matéria deve ser espiritualizada, e o Espírito materializado. Eis o objetivo. Não é necessário o capital, o lucro, o egoísmo. É necessário sim a fraternidade, o respeito mútuo, o Bem, o Bom e o Belo para que o projeto cósmico se concretize. Este é um lado da moeda. Porém já foi dito que a Humanidade evolui da ignorância para a Sabedoria e admitimos que o melhor que a Humanidade conseguiu em termos de Sociedade no atual período que estamos é chamado de capitalismo. Então vamos trabalhar nele e inserir nele as virtudes que temos até que possamos transformá-lo e elevá-lo também a patamares superiores. Até lá, é importante ressaltar que sim, o capitalismo machuca os meus, os teus e os nossos números por ser em essência contrário a Lei, ou seja, a nós mesmos como Humanidade (uma unidade). Todas as limitações que o meio capitalista traz devem ser superadas pela Vontade autêntica, pelo Amor-Sabedoria sincero e pela Atividade determinada. Vou dar alguns exemplos de como machuca. Uma pessoa de classe baixa ou média (70% dos brasileiros) que busca sua Iniciação, dentro do capitalismo, deve primeiro trabalhar para se SUSTENTAR (sobreviver, ter sobrevida) para então ter condições de buscar estudos superiores. A Iniciação tem custo. No mínimo de tempo. Tem custo inclusive para o abastado financeiramente, que não raras vezes, é servo de sua riqueza (dinheiro). Mas voltando as classes majoritárias da população, o trabalho exige de 40 horas ou mais de dedicação em média. E o tempo diário fica cada vez mais escasso. Se levar em consideração 8 horas de sono, 2 horas de refeições, 1 hora de higiene, 1 hora de deslocamentos e de 6 a 8 horas diárias de trabalho, somando-se temos 20 horas de 24 disponíveis. Como sabemos que a vida diária
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traz muitas outras oscilações e eventos inusitados, bem como a vida humana não é só trabalho, mas família, relacionamentos, sociabilidade, estudo (formal para se qualificar e no mínimo manter o emprego), e também a tão esquecida e produtiva ociosidade, o tempo fica bem escasso. E o tempo é o nosso maior patrimônio que é explorado de forma gananciosa (8 deformado) pelo capitalismo. A raiz do capitalismo é o egoísmo. Não o Ego, imortal e espiritual. Mas o ego, aquele que deseja e pensa. A mecânica do capitalismo atualmente é utilizar do medo e do desejo (matéria densa) para se perpetuar e ele mesmo não morrer. O medo está incutido no sistema de diversas maneiras, cito apenas uma, “trabalho porque preciso, senão morrerei de fome”. Preciso comentar sobre o medo? Pensem sobre isso. Fiquem 5 minutos assistindo a novela das 8 (atividade de massa com mais audiência no Brasil) e veja o medo incutido em todos os dramas (astral denso). Veja os sistemas hierárquicos das empresas... são todos verticais, de cima para baixo. Sempre há um chefe, ou seja, alguém que pode te demitir se você não gerar lucro. Estou escrevendo sem frescuras mesmo, estou indo direto ao ponto. Enfim, este é o medo dentro do capitalismo. O outro sentimento denso aproveitado das grandes massas é o desejo. Desejo de consumir. Desejo de comprar. Desejo de vender. Desejo de ter lucro. Desejo que meu time de futebol ganhe (e se possível massacre, humilhe, destrua) o outro time. Desejo que o político X ganhe do Y (e se possível acabe com ele moralmente), etc etc etc. O desejo baixo que leva ao prazer temporário... Não vou mais escrever sobre isso, é simplesmente desnecessário, você já captou tudo, tenho certeza. Então o triângulo formado é medo, desejo e na ponta de cima egoísmo. Tudo isso contrário à fraternidade, contrário ao Humanismo, contrário ao que há de mais Belo, Bom e Bem do ser humano que é sua Divindade, suas inúmeras possibilidades de convivência, troca e evolução. Nesse contexto capitalista, muitas pessoas passam pela vida tendo medo e desejando. Como são sentimentos densos, os mesmos se entrelaçam e essas pessoas acabam desejando o medo (coletivamente). E assim passam pela vida. Como resultado, acabam por nunca penetrar no caminho da Iniciação direta e responder as perguntas da Esfinge (quem sou, donde vim e para onde vou) e assim chegam à morte para uma vida sem sentido evolucional. E por isso o capitalismo nos machuca. Por outro lado, não deixa de ser uma prova. Um meio hostil no qual devemos nos superar. Um lixão no qual devemos encontrar a riqueza. Afinal, se encontrarmos a riqueza dentro do lixo, poderemos encontrar em toda parte. Agora você pode perguntar? Qual é o melhor sistema então? O melhor sistema, que já foi no passado longínquo e que retornará ainda melhor, é aquele sistema no qual o Humano e o Divino coabitam para os desígnios da Lei. Aquele sistema que vê cada um como um fazendo parte do todo, no qual a Fraternidade e a Sabedoria completam o triângulo sagrado. O mesmo sistema que faz os mais velhos irem de encontro aos mais novos efetuando o progresso em Harmonia. E este sistema tem nome: SINARQUIA.
A família humana A família humana é múltipla. Cada f ilho é um mundo que nasce com toda a esperança da Divindade e da Lei para que aquele ser recém parido no plano se resolva e trabalhe pela Lei. Um erro comum de muitos pais é olharem para seus filhos apenas como filhos. Não. Antes de ser seu filho, este ser é um ser humano. Olhar para os filhos, para os pais, para o chefe do trabalho, para
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o Presidente da República, como ser humano, é olhar com olhos de ver. Automaticamente se estabelece uma relação de respeito. Outro erro comum é os pais não verem a criança como um ser em evolução, um aglomerado de forças que está temporariamente sob a tutela dos pais. Em vez disso, ás vezes os pais veem a criança como um brinquedo ou instrumento de prazer. Nada disso é licito e atrapalha a evolução. Como já abordado neste GUIA, toda família é composta de seres que possuem algum laço kármico, ou seja, algo para equilibrar e resolver (tornar solúvel, desmanchar para equilibrar). Este é o jogo da evolução. Para a Numerologia temos dentro da família: O pai e figuras masculinas = 1. A mãe e figuras femininas = 2. O filho, irmãos, primos e tios além de pessoas mais jovens = 3. Os avós e pessoas mais velhas = 4. Movimento evolucional da família através do tempo = 5. A família como um todo = 6. Evolução familiar = 7. Os ancestrais, bisavôs, trisavôs, etc = 8. Heranças também são representadas pelo 8 ou quando os descendentes devem assumir por trabalho (4) ou bens e patrimônios que são compartilhado entre familiares (6). Humanidade = 9 Na família o 7 representaria a linha evolutiva da família e o 5 um novo patamar de evolução. Voltando a família, é importante que você observe se não está acorrentado pelos conceitos e padrões de seus familiares e outros. Obviamente que o meio influencia, porém você deve determinar até onde estas influências podem chegar. Digo isto porque é muito comum filhos abrirem mão de seus potenciais e tendências positivas para satisfazer algum capricho de seus pais ou influentes. Isto é um crime evolucional que tem como raiz a ignorância. Assim como ninguém faz por ti, você também não deve fazer pelo outro. E isto inclui as expectativas dos outros em você. Não se prenda a elas, aliás, não se prenda a nada a não ser a sua consciência. Faço o seu caminho (que não está pronto) e evolua com as suas próprias pernas. E se o teu caminho for útil para os demais compartilhe, mas permaneça neutro. Quando nascemos cabe a nós resolver primeiro nossas tendências negativas equilibrando com as positivas para que as VIRTUDES do Espírito se manifestem na Alma através do Corpo. Depois, agimos no plano familiar, nosso entorno imediato, para resolver e equilibrar karma. Feito o trabalho (ou em andamento, pois pode levar tempo) cabe a nós resolver a parte do karma que nos compete em relação à Humanidade. É como se fossemos uma pirâmide invertida que em nós está todos que vieram antes:
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Veja o quadro: Nossa formação em ciclos de 7 em 7 anos 0 – 7 anos = formação física 7 – 14 = formação vital 14 – 21 anos = formação do corpo dos desejos 21 – 28 = formação da mente concreta 28 – 35 = mente abstrata 35 – 42 = intuição 42 – 49 = Centelha Divina, Deus e Homem juntos
Foco evolutivo Desenvolvimento inicial Percepções e absorções do meio Pacificar os desejos e emoções Pacificar a mente e consolidá-la como foco de consciência, libertar-se dos entulhos mentais Liberação do Espírito Intuição pura Realização do Ser Humano
É válido lembrar que a cada 7 anos desde o nascimento o ser humano repete internamente o que a Humanidade vivenciou externamente por meio de suas 7 Raças-raízes no globo. Sendo que estamos iniciando o 1º Ramo Racial da 6ª Sub-Raça da 5ª Raça-Mãe chamada Ária, a partir da mente abstrata e do Amor Universal se tem a possibilidade de viver no vir-a-ser, no FUTURO através do chamado saque-contra-o-futuro. A partir dos 49 anos a energia dos progenitores junto com o meio encerra seu papel e estamos então por livre conta em nossa evolução. A partir dos 49 anos o ser humano poderia nascer de novo (de si mesmo), voltar a viver como Divindade na Terra, reativando o TIMO (glândula) e todas as implicações que disso decorre através da Iniciação.
EU PELO EU Você pode chegar lá, na tão chamada Iluminação. E pode chegar lá por ti mesmo, sem ajuda externa ou se quer conhecimento. Se é verdade que somos parte do TODO e que em você o TODO também é, logo, você através do EU PELO EU pode chegar no mais alto patamar possível, que é a percepção e re-ligação DIRETA com o TODO. Este é o método do EU PELO EU utilizado em algumas espirais filosóficas. Porém, quando você chega lá, no EU PELO EU, você corre o risco de não entender o que se passa. O Universo é tão vasto e absolutamente tão integral que talvez você veja, mas não entenda. E por isso existe um outro método que é o EU PELO NÃO EU. Obviamente este GUIA serve para o segundo método. Pois aqui analisamos tudo que aparentemente não somos nós para então entender e VER o que somos nós. Através da comparação, da analogia, do estudo simultâneo e interdisciplinar feito pela MENTE CONTRETA permeado pela MENTE ABSTRATA chegamos, em algum momento, no caminho da Iniciação que nos leva a re-ligação, mas agora, no EU PELO NÃO EU. Ambos os métodos chegam lá, porém há que se observar que estamos na polaridade, e por isso, os caminhos também são polares – antagônicos - ainda que complementares. Talvez eu ainda não tenha escrito isso aqui, mas está na hora. Se você não lembra, re-lembre (refaça o caminho).
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Você é DEUS. Ou melhor, Você é DEUS em evolução. Ou mehor Você é DEUS em evolução assim como tudo visível e invisível ainda que não desconfiemos. Como diria Blavatsky, “somos DEUSES e temos nos esquecido”. Pois bem, como você pode ser Deus? O que é Deus? Donde veio o TODO e para onde o TODO vai? Qual é o MISTÉRIO não dito? A Verdade não pronunciada? A PALAVRA SECRETA? O SOM PRIMORDIAL? O IMANIFESTADO? . . . Vamos para a Parte Prática
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PARTE PRÁTICA PARA OS TEÓRICOS A Numerologia, também conhecida como Matemática Divina, é a ciência que estuda os Números e suas relações com o TODO. As 7 Leis herméticas (ainda que na versão exotérica, válidas para nosso estudo atual): 1. "O Todo é Mente; o Universo é mental." 2. "O que está em cima é como o que está embaixo. E o que está embaixo é como o que está em cima para realizar uma única coisa” 3. "Nada está parado, tudo se move, tudo vibra"
4. "Tudo é duplo, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados " 5. "Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem suas marés, tudo sobe e desce, o ritmo é a compensação" 6. "O Gênero está em tudo: tudo tem seus princípios Masculino e Feminino, o gênero se manifesta em todos os planos da criação" 7. "Toda causa tem seu efeito, todo o efeito tem sua causa, existem muitos planos de causalidade mas nenhum escapa à Lei"
Fonte: Wikipedia Eu resumo elas da seguinte maneira: “O Todo mental que se corresponde tanto em cima como embaixo vibra ritmicamente causando novas vibrações que se complementam mutuamente” Princípios da Numerologia Consciente (além das diversas leis apresentadas neste GUIA): 1. Os números representam forças (Hierarquias). 2. Os números representam forças que no mundo físico traduzem-se como tendências (tende a). 3. Quem escolhe como agir perante as tendências é o Senhor das tendências, o ser humano. 4. Tudo que depende de você, só você pode fazer. 5. Tudo que não depende de você, cabe a você influenciar ativa ou passivamente. 6. As tendências numéricas são polares e é seu dever caminhar na neutralidade, na Lei. 7. Quem faz seu dever de casa, abstrai o lógico e equaliza razão e emoção alcança na Terra as Maiores Alturas. As técnicas de cálculo aqui utilizadas são emprestadas da chamada “numerologia pitagórica” que nada mais é do que a compilação pelo Mestre de Samos de suas iniciações no mundo antigo. Existem outras vertentes (outros sistemas) que podem servir de pesquisa para você. Eu mesmo já encontrei estes cálculos pitagóricos em várias fontes, inclusive de autores em inglês e em espanhol, além do português. Registro isso antes que me acusem por interferência em direitos autorais. Aliás, o conhecimento não pertence a alguns, mas a toda Humanidade, e lhe será dado, em doses homeopáticas, até que o meio propicie uma nova Idade de Ouro.
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Ressalto também que a Numerologia apresentada neste GUIA não é pitagórica, nem caldeu, nem cabalística, nem qualquer outra denominação. Ela incorpora diversos atributos de diversos sistemas, porém, por ter-se tornado algo novo, precisa de um nome novo, no qual chamo Numerologia Consciente.
0. Cálculos Existem regras para calcular corretamente na Numerologia. Segue exemplos visuais e suas regras que devem ser seguidas para todo este GUIA. Números puros: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9. Números duplos: 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 22 Números compostos e derivados: todos os outros. to d o teo s ófi c o , decompondo os números até chegar a resultados de 1 Utilizamos o m é até 22. Se a soma final for acima de 22, continua-se decompondo até chegar a resultados entre 0 e 22. Observe:
nota2. A soma final entre 0 e 22 tem correspondência com o Tarot e será estudado num GUIA Avançado. Entretanto, sempre que a soma final for com número duplo, ou seja, entre
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10 e 22, a soma reduzida prevalece. Por exemplo: 22 (2+2) se resolve no 4. Então fica: 22/4 14 (1+4) se resolve no 5. Logo, 14/5 10 (1+0) se resolve no 1. Logo 10/1. E assim por diante. Os números puros (de 1 a 9) são os essenciais para interpretação e por isso utilizamos somente números puros durante os cálculos. Para simbolizar corretamente o número duplo, adicionamos uma barra “/” e colocamos o número puro que resolve o número duplo. Estes procedimentos serão seguidos em TODOS os cálculos. Acredite, você vai conseguir calcular e interpretar! Quando formos calcular nomes e sobrenomes, apelidos, palavras, etc. vamos utilizar uma TABELA DE CORRESPONDÊNCIA entre letras e números. Assim é possível transformar letras em números e depois efetuar os cálculos. Veja a tabela:
1 A J S
2 B K T
3 C L U
4 D M V
5 E N W
6 F O X
7 G P Y
8 H Q Z
9 I R
Nota. A construção desta tabela é simples. A é a 1ª letra, logo valor 1. B é a segunda letra, valor 2. J é a 10ª letra (1+0) = valor 1. E assim sucessivamente tornando uma tabela de correspondência. Os cálculos de nomes sempre são por BLOCOS separadamente e depois efetua-se a soma final. Até porque cada nome traz sua história e seu karma e deve ser calculada separadamente e depois soma-se os blocos. Veja:
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Exemplo 2:
Exemplo 3:
Agora que já vimos como iremos fazer os cálculos, o que vamos calcular? Vamos calcular dois triângulos. O 1º triângulo é o da Personalidade (máscara que todos nós utilizamos na vida, nosso nome) O 2º triângulo é o triângulo da Vida (ciclos dento de ciclos, pela data de nascimento). Cada ponta dos triângulos será uma PORTA e trará nela um número (que vamos calcular). Por sua vez, cada porta terá uma CHAVE de Interpretação, que na verdade será uma frase que deve ser utilizada para ABRIR a porta corretamente.
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Este é o 1º Triângulo, o da Personalidade
Este é o 2º Triângulo, o da Vida
Os dois triângulos, quando reunidos harmoniosamente, tornam-se sobrepostos e ativos. No centro deles emerge uma PORTA-SÍNTESE, que será denominada Caminho.
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1. Cálculo do Triângulo da Personalidade O triângulo da Personalidade é composto de TRÊS PORTAS.
Alma = quem sou, o aglomerado mental e emocional que em mim se manifesta para evoluir. Ideal = o que esta Alma idealiza, projeta, estabelece como Ideal evolutivo. Em outras palavras, é a projeção dessa alma, o vir-a-ser dela, o que ela busca incorporar. Expressão = o que esta Alma expressa, manifesta, torna efeito. Também é o que as pessoas mais identificam em nós, pois apresentamos nossa expressão como CARIMBO. Para fazer uma breve analogia, a Expressão é nosso carimbo, o Ideal é o formato deste carimbo no papel e a Alma a tinta que é impressa. Outra analogia interessante é a da cebola. Se imaginarmos nós mesmos como cebolas, cheio de camadas, a Expressão é a casca, o Ideal o meio e a Alma o núcleo. A Alma aqui seria a polaridade negativa do triângulo (no sentido que está manifestada, é receptáculo), o Ideal seria a polaridade positiva (a ação, o ímpeto de tornar-se) e a Expressão é o resultado desta interação, ou seja, eletricidade. Para calcular a Alma, o Ideal e a Expressão, vamos utilizar o NOME DE NASCIMENTO COMPLETO do 1º documento oficial. Mudou de nome? Acrescentou nome de casado? Tirou nome de casado? O escrivão registrou o nome “errado”? Não importa neste momento. Utilize o NOME DE NASCIMENTO COMPLETO.
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Passo 1: Nome de nascimento completo. Passo 2: Transformar letras em números utilizando a tabela de correspondência. Passo 3: Somar todas as vogais em blocos para calcular a Alma. Passo 4: Somar todas as consoantes em blocos para calcular o Ideal. Passo 5: Somar todas as vogais mais as consoantes para calcular a Expressão.
Tabela de correspondência de letras em números Qual é a primeira letra do alfabeto que utilizamos no Brasil? A. Então A = 1. Segunda letra? B. Então B = 2. E assim por diante. J é a 10ª letra, logo, 1 + 0 = 1. E assim sucessivamente. Veja:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Nota. Para outros alfabetos é necessário fazer adaptações ou utilizar outros sistemas numerológicos. Nota2. Símbolos, acentos gráficos, numerais etc, a princípio, não são considerados para os cálculos. Exemplos de cálculo da Alma, Ideal e Expressão Passo 1: Nome de nascimento completo: ANDRÉ SEBBEN RAMOS Passo 2: transformar letras em números pela tabela de correspondência
Passo 3: Somar todas as vogais em blocos para calcular (a, e, i, o, u)
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No exemplo dado, o número da Alma encontrado é 14/5. Passo 4: Somar todas as consoantes em blocos para calcular o Ideal.
No exemplo dado, o número do Ideal encontrado é 15/6. Passo 5: Somar todas as vogais mais as consoantes para calcular a Expressão. Soma final das vogais (5) + soma final das consoantes (6) = 11/2. No exemplo dado, o número da Expressão encontrado é 11/2. Assim temos para o exemplo: Alma = 14/5
Ideal = 15/6 Expressão = 11/2 Agora você pode fazer o seu. Repita o processo, faça com calma e revise. Depois confie no resultado que você encontrou. Ao encerrar os cálculos, você terá o Triângulo da Personalidade:
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2. Cálculo do Triângulo da Vida Este triângulo é dinâmico e representa ciclos espirais, portanto cada vértice (ponta) terá uma PORTA porém mais que um número. Para você ter uma ideia, as tendências negativas são 3 números (há autores que calculam 4), as tendências positivas são 4 números e os ciclos 3 números. Por que isto ocorre? Porque o triângulo da Vida identifica ciclos que vem e que vão embora. Logo, os números também trocam/mudam. Veja como é o Triângulo da Vida por dentro:
Agora vamos para os cálculos. Para o Triângulo da Vida utilizamos apenas a DATA DE NASCIMENTO. Não importa se nasceu no dia 2 e foi registrado no dia 4, o que vale é o dia 2 (real). Se não souber sua data de nascimento real não há como calcular este triângulo. Passo 1: Calcular a data de nascimento completa pelo método teosófico para descobrir o Caminho. Passo 2: Destacar da data de nascimento completa a SOMA FINAL do bloco do dia, do bloco do mês e do bloco do ano. Em seguida, seguir com as técnicas de cálculo específicas. Vamos para o passo 1:
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O Caminho encontrado foi 9. Passo 2: destacar as somas dos blocos que serão utilizadas nos próximos cálculos
Soma do Bloco do dia =4 Soma do Bloco do mês =3 Soma do Bloco do ano =20/2 Para descobrir os ciclos: a) Bloco do mês = 1º ciclo de vida, entre 0 a 28 anos. b) Bloco do dia = 2º ciclo de vida, entre 28 a 56 anos. c) Bloco do ano = 3º ciclo de vida, a partir dos 56 anos. Para descobrir as tendências negativas será utilizada a subtração: a) Bloco do dia – bloco do mês (ou vice versa). 1ª tendência negativa dos 0 aos 28 anos. b) Bloco do mês – bloco do ano (ou vice versa). 2ª tendência negativa dos 28 aos 56 anos. c) Resultados da letra a – letra b. 3ª tendência negativa, por toda a vida. nota. Como estamos subtraindo, pode-se encontrar como resultado o 0 (zero). A leitura do 0 nas tendências negativas é que a pessoa deve aprender um pouco de cada número de 1 a 9 no período de idade respectiva. Somente a pessoa que tem 0 consegue entender seu 0 de forma segura. Por isso, confie em você. Para descobrir as tendências positivas: a) b) c) d)
Bloco do dia + bloco do mês. 1ª tendência positiva Bloco do dia + bloco do ano. 2ª tendência positiva Resultados da letra a + letra b. 3ª tendência positiva Bloco do mês + bloco do ano. 4ª tendência positiva.
Para descobrir os períodos das tendências positivas (pois são variáveis), deve-se identificar qual é seu Caminho (soma da data de nascimento completa) e verificar na tabela abaixo:
Caminho (número puro) 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1ª tendência positiva dos 0 aos 35 anos dos 0 aos 34 anos dos 0 aos 33 anos dos 0 aos 32 anos dos 0 aos 31 anos dos 0 aos 30 anos dos 0 aos 29 anos dos 0 aos 28 anos dos 0 aos 27 anos
2ª tendência positiva dos 35 aos 44 dos 34 aos 43 dos 33 aos 42 dos 32 aos 41 dos 31 aos 40 dos 30 aos 39 dos 29 aos 38 dos 28 aos 37 dos 27 aos 36
3ª tendência positiva dos 44 aos 53 dos 43 aos 52 dos 42 aos 51 dos 41 aos 50 dos 40 aos 49 dos 39 aos 48 dos 38 aos 47 dos 37 aos 46 dos 36 aos 45
4ª tendência positiva a partir dos 53 a partir dos 52 a partir dos 51 a partir dos 50 a partir dos 49 a partir dos 48 a partir dos 47 a partir dos 46 a partir dos 45
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Nota. Os números duplos no Caminho (de 10 a 22) podem influenciar o período de idade das realizações (pináculos), entretanto, em essência, se resolvem e operam nos números puros (de 1 a 9). Voltando ao exemplo dado: Caminho 9 soma do bloco do dia 4 soma do bloco do mês 3 soma do bloco do ano 20/2. Para descobrir os ciclos: a) Bloco do mês = 1º ciclo de vida = 3 b) Bloco do dia = 2º ciclo de vida = 4 c) Bloco do ano = 3º ciclo de vida = 20/2 Período de idade dos ciclos (é padrão para todos)
Ciclo de formação 0 aos 28 anos completos
Ciclo de realização 28 aos 56 anos completos
Desenvolvimento dos veículos físico-vital, emocional e mental concreto
“Desenvolvimento” (desabrochar) dos veículos do Espírito no homem (mental abstrato, intuição e Centelha Divina). Aos 49 anos o ser humano tem a possibilidade de nascer dele mesmo e viver no FUTURO dentro do presente.
Ciclo de consciência A partir dos 56 anos completos As faculdades orgânicas começam a recuar para dar espaço de expansão do ‘invisível’ e da consciência
Para descobrir as tendências negativas (conforme o exemplo dado): a) Bloco do dia (4) – bloco do mês (3). 1ª tendência negativa = 1 b) Bloco do mês (3) – bloco do ano (2). 2ª tendência negativa= 1 c) Resultados da letra a (1) – letra b (1) . 3ª tendência negativa = 0
Tendências negativas 1ª tendência
Período de idade médio 0 aos 28 anos completos
2ª tendência
28 aos 56 anos completos
3ª tendência
Sentida e vivida por toda a vida
Foco evolutivo Desenvolvimento da personalidade-alma Libertação da personalidadealma Liberação do Espírito
Para descobrir as tendências positivas: a) b) c) d)
Bloco do dia (4) + bloco do mês (3). 1ª tendência positiva= 7 Bloco do dia (4) + bloco do ano (2). 2ª tendência positiva= 6 Resultados da letra a (7) + letra b (6). 3ª tendência positiva= 13/4 Bloco do mês (3) + bloco do ano (2). 4ª tendência positiva= 5
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Período de idade das tendências positivas: deve-se verificar qual é o Caminho (soma da data de nascimento) encontrado. No exemplo dado, o Caminho é 9. Então o período de idade está conforme a tabela já dada:
Caminho 1ª tendência (número positiva puro) 9 dos 0 aos 27 anos
2ª tendência positiva dos 27 aos 36
3ª tendência positiva dos 36 aos 45
4ª tendência positiva a partir dos 45
Cada um vai ter um Caminho (de 1 a 9) e, portanto, o período das tendências positivas estará de acordo com o Caminho. Encerramos o Triângulo da Vida. Veja como ficou:
Agora nós sobrepomos harmoniosamente os dois triângulos (Personalidade e Vida = existência humana) com a PORTA-SÍNTESE no centro (Caminho) para chegar nos TRIÂNGULOS NUMÉRICOS completos (A Estrela de Seis Pontas com seu Núcleo Flamejante).
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AS CHAVES DE INTERPRETAÇÃO Cada ponta dos triângulos é uma PORTA. E cada PORTA terá uma CHAVE para abri-la. No centro temos a PORTA-SÍNTESE com sua CHAVE-SÍNTESE, o número central.
A PORTA da Personalidade A alma é o aglomerado de forças que em você está e em você evolui. São os teus veículos mental e emocional que moldaram seu veículo físico-vital e que aspira (Ideal) o encontro e a harmonização interior com o Espírito (Mestre da Alma). O Espírito não tem forma e portanto não tem número. Mas a alma tem número, porque tem uma forma e pode vibrar em diferentes graus de consciência. O número da Alma revela de que modo esta Alma é e está. Uma Alma 1 é alma de líder. Uma Alma 2 é alma de parceiro etc. A CHAVE de interpretação da Alma é ou a tua própria observação do seu íntimo, ou a frase: “Eu sou... (qualidades do número encontrado).”
Por exemplo: uma alma 3. “Eu sou uma alma criativa, comunicativa, expansiva, que aprecia o crescimento, a fertilidade, o estético das formas e efeitos, (...)”. Você deverá utilizar as frases e as palavras do número para interpretar (páginas 56, 57 e 58). Se fosse o Ideal 3, seria “Eu tenho como Ideal ser criativa, comunicativa, expansiva, etc”. Expressão 3 seria “Eu expresso criatividade, alegria etc”.
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Já o Ideal, é aquilo em e no que esta Alma aspira no seu íntimo. O que esta alma quer, o que e como ela se projeta e se modela no plano. É o Ideal de vida da Alma. A sua idealização. A CHAVE de interpretação do Ideal é: “Eu tenho como Ideal... (qualidades do número encontrado)”
Já a Expressão é o que manifesto de fato no plano. A concretização da Alma que tem um Ideal. O resultado da minha personalidade no plano. Aquilo que a Alma com seu Ideal expressa, mostra, coloca no plano. Em outras palavras, é o que geramos no plano, tendo em vista que a Alma buscando o Ideal gera vibração que gera efeitos (pólo + e – gerando eletricidade). A CHAVE de interpretação da Expressão é: “Eu expresso... (qualidades do número encontrado)”
A PORTA da Vida Os 3 ciclos + as 3 tendências negativas + as 4 tendências positivas formam o T riângulo da Vida (ao todo 10 números cíclicos em espiral). Toda a “existência humana” é dinâmica e as forças do meio vão interagindo e mudando. Por isso os números da “Vida” vão mudando ao longo do tempo (desdobramento da matéria nela mesma = tempo). Por isso é importante interpretar este triângulo de acordo com a sua IDADE atual. Se você tem menos de 28 anos, certamente está no 1º ciclo, na 1ª tendência e na 3ª negativa (toda vida) e ainda na 1ª tendência positiva. Se você está entre 28 e 56 anos, o número que você encontrou no 2º ciclo de vida (de realização) e a 2ª tendência negativa já estão em movimento. As tendências positivas vão ser variáveis para cada Caminho. Vou colocar um esquema mental: Tenho entre: 0 a 28 anos 28 a 56 anos +56 anos
Estou no: 1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo
Tendência negativa 1ª e 3ª 2ª e 3ª 3ª
Tendências positivas 1ª Variável Variável
Pergunta: o que acontece com os números que vão embora enquanto envelheço? . . . Você incorpora o número da maneira como viveu ele no período que estava previsto. Todavia, a VONTADE no ser humano pode reverter qualquer quadro.
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A CHAVE de interpretação dos ciclos de vida é: “A tônica deste ciclo é... (qualidades do número encontrado)”
A CHAVE de interpretação das tendências negativas é: “Devo aprender a... (qualidades do número encontrado)”
A CHAVE de interpretação das tendências positivas é: “Realizo... (qualidades do número encontrado)”
Por fim, a CHAVE de interpretação do Caminho é: “Meu Caminho é através da... (qualidades do número encontrado)”
Segue esquema mental com todas as CHAVES: PORTA Alma
CHAVE Eu sou (estou)...
Ideal
Eu tenho como Ideal...
Expressão
Eu expresso...
Foco evolutivo Ser quem sou Consolidar a personalidade Aceitar-se, libertar-se e liberar-se O que projeto, como projeto e de que forma. Também é o que preciso para evoluir O que manifesto, o que gero no meio, o que expresso como ser humano
PORTA
CHAVE
Princípio evolutivo
Caminho
Meu caminho é através da... A tônica do ciclo é...
Causa da Vida
Ciclos Tendências negativas
Devo aprender...
Tendências positivas
Realizo...
O andar da carruagem Aprendizagem. Aprender o que não sei ou não consigo fazer Aflorar as potencialidades
Resultado evolucional Síntese As experiências absorvidas Domínio de si, equilíbrio das nidhânas Especialização de habilidades e desenvolvimento de faculdades futuras
Havendo dificuldades na vida, dúvidas, atalhos que não levam ao lugar desejado, enfim, as montanhas e vales que temos que atravessar, ainda sim temos um norte, um poderoso número que nasce não das pontas do triângulo, mas nasce como consciência espiritual: este número é a PORTA-SÍNTESE que sintetiza os dois triângulos e tem como nome Caminho. O Caminho é o número central. A oitava coisa. A razão e a causa da sua Personalidade e Vida. Por isso deve ser vivido como seu próprio nome diz: sendo seu Caminho.
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Os ciclos seriam como a música da viagem, a tônica da caminhada. As tendências negativas, nosso aprendizado, e possivelmente onde erramos e acertamos até não errar mais. As tendências positivas são nossas realizações. Eu poderia escrever agora inúmeros textos de interpretação utilizando as CHAVES e formando raciocínios. Mas não vou fazer isso, pois sei que o buscador sincero pode meditar sobre o material e chegar lá. Meditar mesmo. “Me ditar” dizer para mim mesmo o que eu preciso saber. Considero a meditação (que vem depois do silenciar da mente e pacificação do coração) um PRIMOR para chegar às verdades. Logo, sugiro então que você calcule seus triângulos numéricos como foi transmitido, revise, utilize as CHAVES para abrir as PORTAS, escrevendo as frases de cada PORTA e completando com as qualidades numéricas (página 56, 57 e 58). Em seguida medite. Diga a ti mesmo. Religue-se. Por isso considero este GUIA Prático encerrado. A seguir adicionei alguns textos de relevância primorosa que podem auxiliar no caminho do esclarecimento. Fraterno abraço André 21/10/2014 12:12
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Qualidades numéricas
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NUMEROLOGIA CONSCIENTE – Triângulos Numéricos
Nome completo de nascimento: Data de nascimento:
Meu Caminho de Vida é através...
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Analogia da carruagem.
Vou pegar emprestada essa analogia de um amigo irmão. Para entender o conceito dos 7 corpos (ou se quiser chamar de veículos) que compõem esta hierarquia que é o ser humano, uma analogia pode nos levar perto da compreensão. Vamos imaginar uma carruagem, com cavalos, cocheiro e suas rédeas, a cabine atrás do cocheiro com um passageiro. Muito bem! O passageiro é você.
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Analogia da carruagem.
Vou pegar emprestada essa analogia de um amigo irmão. Para entender o conceito dos 7 corpos (ou se quiser chamar de veículos) que compõem esta hierarquia que é o ser humano, uma analogia pode nos levar perto da compreensão. Vamos imaginar uma carruagem, com cavalos, cocheiro e suas rédeas, a cabine atrás do cocheiro com um passageiro. Muito bem! O passageiro é você. Seus três corpos superiores, o ternário é representado pelo passageiro. Atmã, Budhi e Manas Superior (mente abstrata) é o passageiro. O divino no homem. O Espírito. Aquele que é transportado pela carruagem, pela tração do cavalo, conduzido pelo cocheiro. Em seguida, temos o cocheiro. O condutor da carruagem. Ele representa a mente. Mais propriamente a mente racional, manas inferior. A razão, a lógica, o raciocínio no ser humano. É ele que conduzirá a carruagem e transportará o passageiro (Espírito, ternário superior). Nas mãos do cocheiro, na função de ferramentas estão suas rédeas e por que não seu chicote. Afinal, em seguida temos os cavalos – que puxam, tracionem, geram movimento a carruagem. Os cavalos representam as emoções, o corpo astral, os sentimentos afetivos. Os cavalos junto com o cocheiro encerram o que chamamos de Alma do homem (quaternário inferior), enquanto o passageiro encerra o Espírito do homem (ternário). Observem que o cocheiro (mente concreta) deve dirigir, conduzir os cavalos (emoções), cumprindo a máxima que “devemos ter emoções razoáveis”. Mas não é só isso. Quem diz para onde ir, qual é o destino final não é o cocheiro, mas o passageiro. Toda a razão de existência da carruagem é para transportar o passageiro para seu destino. Logo, quem dá a diretriz da vida do homem é o passageiro, ou seja, o Espírito do homem. Logo, outra máxima se confirma “devemos ter emoções razoáveis (mente concreta dirigindo o corpo astral) permeadas pela intuição (Espírito)”. Por fim, a estrutura da carruagem, com as rodas, as bifurcações, emendas etc, representaria o corpo vital e o corpo físico do homem.
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E assim temos os 7 corpos do ser humano alegoricamente representados: Passageiro encarnaria o Espírito, Eu Superior (atmã, intuição e mente abstrata) Cocheiro (Mente Concreta) Cavalos (Corpo Astral, emoções, desejos, afeto) Carruagem em si (Corpo vital e físico). É importante ressaltar que os cavalos da carruagem serão o resultado do que foram nas últimas viagens. Se o cocheiro os domesticou, serão pacíficos. Se o cocheiro tratou-lhes com ferro e fogo, os cavalos vão reproduzir a agressão. Também podemos observar que durante o trajeto, apesar do passageiro determinar aonde ele quer chegar, quem vai dirigir os cavalos é o cocheiro. Ora, se a razão andar confusa, embaraçada, certamente a viagem assumira a tônica do estado mental do cocheiro. Também pode ocorrer que a viagem seja tão tumultuada que mesmo o passageiro berrando lá atrás, o cocheiro não ouça. A reflexão aqui é a seguinte: os cavalos são o resultado do que fizeram com eles nas últimas viagens. Ou seja, a bagagem astral que cada ser carrega entre uma existência e outra varia, assim como encontramos cavalos naturalmente pacíficos e outros beirando a selvageria. Cada viagem seria uma existência e os cavalos passando por muitas viagens vão tornandose a tônica das mesmas. Trazendo aqui novamente a ideia das tendências positivas e negativas de cada um como sementes que se manifestam em novos corpos. O cocheiro também poder ser novato, novo no seu ofício, ou já muito experimentado e experiente. De qualquer forma, cada viagem é única e o trajeto também, ideia que corrobora com o conceito que cada nova existência a alma nasce zerada para se desenvolver, apesar de suas tendências inerentes. Mais uma vez, as tendências positivas e negativas vão se manifestar no cocheiro (mente concreta) através do meio. Outro detalhe é que o livre-arbítrio, ou seja, a possiblidade de escolhas compete à alma humana. É o cocheiro e os cavalos que podem fazer escolhas que repercutem na carruagem (corpo vital e físico). O cavalo e o cocheiro aqui representariam o corpo astral e a mente concreta que juntos formam a alma humana. A analogia só não é perfeita, já que a cada nova existência desenvolvemos um corpo vital e físico do zero, o que não ocorreria com a carruagem – que poderia ser utilizada em vários percursos. De qualquer maneira, é importante ressaltar que durante a viagem, os únicos elementos que se desenvolvem são os da alma (o cocheiro e os cavalos, trabalhando suas tendências e desenvolvendo suas aptidões). A carruagem (corpo físico e vital) se desgasta e se deteriora, mas não se desenvolve, apesar de transformar-se. Já o passageiro e seu destino é o mesmo, talvez um pouco mais maravilhado pela paisagem da viagem, ou horrorizado pelo que pode ter ocorrido até chegar ao seu lugar de origem. Para terminar esta pequena análise, se durante a viagem tudo ficar muito caótico, o cocheiro não conseguir dominar os cavalos ou os cavalos inadvertidamente não corresponder às ordens do cocheiro ou até a quebra da estrutura física da carruagem por falta de manutenção ou negligência do cocheiro etc, o passageiro então abre a porta da cabine e pula para fora. Neste caso a carruagem e sua tripulação se dissociariam do Espírito já que falha em ter rumo, em chegar ao destino.
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Chegando no destino final a carruagem, o cocheiro e os cavalos se unem num ser só com o passageiro. É a perfeita integração corpo-alma-espírito. Aliás, este é o destino final desde o começo. Não havendo esta fusão, que chamamos de Iniciação, ocorre o que se conceitua como morte. O passageiro neste caso não fica satisfeito com a viagem, mesmo chegando em algum lugar, pois o que ele sempre quis era a integração do todo, e não em chegar em algum lugar físico. Neste caso, o passageiro buscará (formará) outra carruagem e tentará novamente fazer a viagem da vida-energia em vida-consciência. Nesta analogia, uma nova viagem é uma nova existência. Pode-se questionar então, quem reencarna? O cocheiro? O cavalo? A carruagem? Não! Quem reencarna é o Espírito, ou seja, o passageiro. Numa nova existência, preservamse as tendências positivas e negativas da última viagem e o resto é tudo novo. Nova carruagem, novos cavalos e cocheiro (com as tendências gravadas em seu íntimo) e por que não, um novo trajeto, apesar de o destino final ser o mesmo: a harmonização completa do Eu Superior (passageiro) com o Eu Inferior (cocheiro, cavalos e carruagem). Adendo 3
O Número Sete Uma Chave Oculta Para Entender o Ritmo da Vida Helena P. Blavatsky
Na antiguidade mais distante, atribuía-se um profundo significado aos números. Qualquer povo que tivesse alguma coisa parecida com uma filosofia dava grande destaque aos números na realização das suas práticas religiosas, no estabelecimento de dias de festivais, de símbolos, dogmas, e até mesmo na distribuição geográfica dos impérios. O misterioso sistema numérico de Pitágoras já não era nada novo quando surgiu, mais de 600 anos antes da era cristã. O significado oculto dos algarismos e suas combinações faziam parte das meditações dos sábios de todos os povos, e não está muito distante o dia em que, levado pela eterna rotação cíclica dos acontecimentos, o nosso agora cético Ocidente terá de admitir que, naquela periodicidade regular de eventos sempre recorrentes, há algo mais que mero acaso. Os nossos sábios ocidentais já começam a notar o fato. Ultimamente, eles têm aguçado sua atenção e começado a especular sobre ciclos, números e tudo aquilo que, apenas alguns anos atrás, eles haviam condenado ao esquecimento nos velhos arquivos da memória, que nunca seriam reabertos exceto para rir das superstições estranhas e idiotas dos nossos ancestrais não-científicos. Uma destas novidades é que o velho jornal alemão Die Gegenwart apresentou a seus leitores um artigo sério e erudito sobre “o significado do número sete”, e o chamou de “ensaio sobre história cultural”. Depois de citar alguns parágrafos deste texto, nós teremos algo a acrescentar, talvez. O autor diz: “O número sete era considerado sagrado não só em todas as nações com culturas próprias da antiguidade e do Ocidente, mas tem sido visto com a maior reverência também pelas nações mais recentes do Ocidente. A origem astronômica deste número está confirmada além de toda dúvida. O homem, sentindo desde tempos imemoriais que depende de forças celestes, sempre e em todo lugar considerou que a Terra estava sujeita ao céu. Assim, o corpo celeste maior e mais iluminado tornou-se para ele o poder mais importante e mais elevado; e assim eram os planetas que toda a antiguidade contou como sendo sete. Ao longo do tempo, eles se transformaram em sete divindades. Os egípcios tinham sete deuses
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originais e mais elevados; os fenícios tinham sete kabiris; os persas, sete cavalos sagrados de Mitra; os parsis, sete anjos opostos a sete demônios, e sete moradas celestes em paralelo com sete regiões inferiores. Para representar essa idéia mais claramente em sua forma concreta, os setedeuses eram frequentemente descritos como uma divindade com sete cabeças. Todo o céu estava sujeito aos sete planetas; portanto, em quase todos os sistemas religiosos nós encontramos sete céus.” A crença no sapta loka [1] da religião bramânica permaneceu fiel à filosofia arcaica; mas ― quem sabe ― essa própria idéia originou-se em Aryavarta [2], este berço de todas as filosofias e fonte de todas as religiões subsequentes! Se o dogma egípcio da metempsicose ou transmigração da alma ensinava que há sete estágios de purificação e de progressiva perfeição, também é verdade que os budistas tomaram dos arianos da Índia, e não do Egito, a sua idéia de sete estágios de progressivo desenvolvimento da alma desencarnada, o que é simbolizado pelos sete andares e guarda-chuvas, que gradualmente diminuíam à medida que ficavam mais próximos do topo dos seus templos. No misterioso culto a Mitra havia “ sete portões”, sete altares, sete mistérios. Os sacerdotes de muitas nações orientais eram subdivididos em sete graus; sete degraus levavam ao altar, e os templos eram iluminados por candelabros de sete velas. Várias lojas maçônicas têm, até hoje, sete e catorze passos. As sete esferas planetárias serviam como um modelo para divisões e organizações nos Estados. A China era dividida em sete províncias; a Pérsia antiga, em sete satrapias. De acordo com uma lenda árabe, sete anjos esfriam o sol com gelo e neve, para que ele não queime a Terra reduzindo-a a cinzas e brasas; e sete mil anjos animam o sol e o colocam em movimento a cada manhã. Os dois rios mais velhos os Oriente ― o Ganges e o Nilo ― têm, cada um, sete desembocaduras. O Oriente tinha em sua antiguidade sete principais rios (o Nilo, o Tigre, o Eufrates, o Oxus, o Yaksart, o Arax e o Indo); setetesouros famosos; sete cidades cheias de ouro; sete maravilhas do mundo, etc. O número sete cumpria um papel igualmente importante na arquitetura dos templos e palácios. O famoso pagode de Churingham é rodeado por sete muros quadrados, pintados em sete cores diferentes, e no meio de cada muro há uma pirâmide de sete andares; assim como nos tempos ante-diluvianos o templo de Borsippa, agora o Birs-Nimrud, tinha sete plataformas, que simbolizavam os sete círculos concêntricos das sete esferas, cada uma construída com peças de cerâmica e metal que correspondiam com a cor do planeta regente da esfera simbolizada. Estes são todos “restos do paganismo” ― dizem -nos; são traços “das superstições antigas, que, como corujas e morcegos em um subterrâneo escuro, voaram para longe e nunca retornarão em direção à luz gloriosa do Cristianismo” ― uma afirmação, aliás, extremamente fácil de desmentir. O autor do artigo em questão coletou centenas de exemplos para mostrar que não só os cristãos antigos, mas também os cristãos modernos preservaram o número sete, e de modo tão sagrado como sempre foi preservado; porém, na verdade, poderiam ser encontrados milhares de exemplos. Pode-se começar com o antigo cálculo astronômico e religioso dos romanos pagãos, que dividiam a semana em sete dias, e consideravam o sétimo dia como o mais sagrado, o Sol, o Domingo ou Dia do Sol de Júpiter, para o qual todos os povos cristãos ― e especialmente os protestantes ― fazem homenagens até o dia de hoje. Se por acaso alguém disser que não é por causa dos romanos pagãos mas dos judeus monoteístas que temos o domingo, então por que não é o sábado, o verdadeiro “sabath”, que é tido como dia santo, ao invés de domingo, o dia do Sol? Se no “Ramayana” [3] sete pátios são mencionados nas residências dos reis hindus, e geralmente seteportões levavam aos famosos templos e cidades de antigamente, então por
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que os habitantes de Friesland [4] aderiram no século 10 da era cristã estritamente ao número sete ao dividir suas províncias, e insistiam em pagar sete “pfennigs” de contribuição? O Império Sagrado Romano e Cristão tem sete Kurfursts ou Eleitores. Os húngaros emigraram sob a liderança de sete duques e fundaram sete cidades, chamadas Semigradyá (agora Transylvania). Se a Roma pagã foi construída em sete colinas, Constantinopla tinha sete nomes ― Bizâncio, Antonia, Nova Roma, cidade de Constantino, a Separadora das Partes do Mundo, o Tesouro do Islam, Istambul ― e também era chamada de “a cidade das sete colinas”, e “a cidade das sete torres”. Com os muçulmanos, “ela foi sitiada sete vezes e tomada depois de sete semanas pelo sétimo dos sultões Osman.” De acordo com as idéias dos povos orientais, as sete esferas planetárias são representadas pelos sete anéis usados pelas mulheres em sete partes do corpo ― na cabeça, no pescoço, nas mãos, nos pés, nas orelhas, no nariz, ao redor da cintura ― e estes sete anéis ou círculos são presenteados até hoje pelos candidatos orientais às suas noivas; a beleza da mulher consiste, segundo as canções persas, de sete encantos. Os sete planetas permanecem sempre à mesma distância uns dos outros, e giram no mesmo caminho; destes fatos surge a idéia da eterna harmonia do universo. Em função disso o número sete tornou-se especialmente sagrado para os antigos, e sempre preservou a sua importância entre os astrólogos. Os pitagóricos consideravam o algarismo sete como a imagem e o modelo da ordem e da harmonia divinas na natureza. Era o número que continha duas vezes o número sagrado três ou “tríade”, ao qual era somado o “um” ou a divina mônada: 3 + 1 + 3. Assim como a harmonia da natureza soa no teclado do espaço, entre os sete planetas, assim também a harmonia dos sons audíveis ocorre em um plano menor com a escala musical dos sempre recorrentes sete tons. Daí, os sete canudos na syrinx [5] do deus Pan (ou a Natureza), e a proporção gradualmente decrescente das suas formas, representando a distância entre os planetas e entre o último deles e a Terra ― e, a lira de sete cordas de Apolo [6] . Consistindo de uma união entre o número três (o símbolo da tríade divina para todos os povos, cristãos e pagãos) e o número quatro (símbolo das forças ou elementos cósmicos), o número sete aponta simbolicamente para a união da Divindade com o universo; esta idéia pitagórica foi aplicada pelos cristãos ― (especialmente durante a idade média ) ― que usaram amplamente o número sete no simbolismo da sua arquitetura sagrada. Assim, por exemplo, a famosa catedral de Colônia e a Igreja Dominicana em Regensburg mostram este número até nos menores detalhes arquitetônicos. Este número místico não tem importância menor no mundo do intelecto e da filosofia. A Grécia tinha sete sábios, a idade média cristã tinha sete artes livres (gramática, retórica, dialética, aritmética, geometria, música, astronomia). O Sheik-ul-Islam muçulmano convoca para todo encontro importante sete “ulems”. Na idade média, um voto solene tinha que ser feito diante de sete testemunhas, e aquele que o assumia era aspergido sete vezes com sangue. As procissões ao redor dos templos eram feitas sete vezes, e os devotos tinham que ajoelhar-se sete vezes antes de pronunciar um voto. Os peregrinos muçulmanos dão a volta ao redor de Kaaba sete vezes, quando chegam. Os vasos sagrados eram feitos de ouro e prata purificados sete vezes. Os locais dos velhos tribunais alemães eram assinalados com sete árvores, sob as quais eram colocados sete “Schoffers” (juízes), que requeriam sete testemunhas. O criminoso era ameaçado com um castigo sétuplo, e era exigida uma purificação sétupla, assim como era prometida uma recompensa sétupla para o virtuoso. Todos sabem da grande importância atribuída no Ocidente ao sétimo filho de um o sétimo filho. Todos os personagens míticos são geralmente descritos como tendo sete filhos. Na Alemanha, o rei, e agora o imperador, não pode recusar-se a ser padrinho de um sétimo filho, ainda que seja de um mendigo. No Ocidente, ao marcar o término de um conflito ou ao assinar um tratado de paz, os governantes trocam sete, ou quarenta e nove (7 x 7), presentes.
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Para tentar citar todas as coisas incluídas neste número místico, seria necessária uma biblioteca. Nós encerraremos citando apenas mais alguns fatos da região do demoníaco. De acordo com as autoridades nesses assuntos ― o antigo clero cristão ― um contrato com o diabo tinha que ter sete parágrafos, tinha validade de sete anos e era assinado sete vezes; todas as bebidas mágicas preparadas com ajuda do inimigo da humanidade consistiam de sete ervas; ganha aquele bilhete de loteria que é retirado por uma criança de sete anos. As guerras lendárias duravam sete anos, sete meses e sete dias; e os heróis combatentes são sete, setenta, setecentos, sete mil e setenta mil . As princesas, nos contos de fadas, permaneciam sete anos sob um feitiço, e as botas do famoso gato ― o marquês de Carabas ― eram de sete léguas. Os antigos dividiam o corpo humano em sete partes; a cabeça, o peito, o estômago, duas mãos e dois pés; e a vida do homem era dividida em sete períodos. Os dentes de um bebê começam a nascer aos sete meses; uma criança começa a sentar-se após catorze meses (2 x 7); começa a caminhar depois de vinte e um meses (3 x 7); começa a falar depois de vinte e oito meses (4 x 7); deixa de mamar no peito depois de trinta e cinco meses (5 x 7); aos catorze anos (2 x 7) , ele começa finalmente a formar a si mesmo; aos vinte e um anos (3 x 7) ele deixa de crescer. A altura média do homem, antes que a humanidade degenerasse, era de sete pés; disso surgiram as velhas leis ocidentais determinando que os muros dos jardins deviam ter sete pés de altura. Em Esparta e na antiga Pérsia a educação dos garotos começava aos sete anos. E nas religiões cristãs ― entre os católicos romanos e os gregos ― a criança não é considerada culpada por qualquer crime até sete anos de idade, e esta é a idade indicada para que comece a confessar-se. Se os hindus pensarem no seu Manu e no que os velhos Shastras [7] contêm, encontrarão, sem dúvida, a origem de todo este simbolismo. Em nenhum lugar o númer o sete exerceu um papel tão importante como entre os antigos Árias da Índia. Basta pensar nos sete sábios ―Sapta Rishis; os Sapta Loka ― ossete mundos; os Sapta Pura ― as sete cidades sagradas; as Sapta Dvipa ― as sete ilhas sagradas; os Sapta Samudra ― os sete mares sagrados; as Sapta Parvatta ― as sete montanhas sagradas; os Sapta Arania ― os sete desertos; as Sapta Vriksha ― as sete árvores sagradas; e assim por diante, para que se veja a probabilidade da hipótese. Os Árias nunca adotavam nada de outra cultura, nem os brâmanes, que eram demasiado orgulhosos e exclusivistas para fazer isso. De onde vem, então, o mistério e a sacralidade do número sete?
NOTAS DO TRADUTOR: [1] Sapta loka: em sânscrito, as setes regiões mais elevadas, a partir da Terra. [2] Aryavarta: o nome antigo da Índia. [3] Ramayana: famoso poema épico hindu. [4] Friesland: região norte dos Países Baixos (Holanda). [5] Syrinx: a gaita musical de Pan. Syrinx era o nome de uma ninfa pela qual Pan se apaixonou. Para escapar de Pan, a ninfa foi transformada em um junco. Em homenagem à ninfa, Pan deu então o nome de “Syrinx” à sua gaita musical de sete canudos. (“Dicionário Oxford de Literatura Clássica”, Jorge Zahar Editor, versículo “Pan”.) [6] Apolo era uma divindade solar: sete logoi. [7] Shastras: em sânscrito, tratados ou livros sobre assuntos divinos e sobre ética. FONTE: O título original do texto acima é “The Number Seven”. Ele foi publicado pela primeira vez em “The Theosophist”, junho de 1880, quando esta revista era editada na Índia por H. P. Blavatsky. A tradução foi feita de “Theosophical Articles”, H. P. Blavatsky, Theosophy Company, Los Angeles, volume I, 512 pp., 1981, ver pp. 345-350.
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