Epidemiologia geral das doenças transmissíveis: o processo de transmissão; características dos agentes infecciosos e suas relações com o hospedeiro; fontes de infecção/infestação; portas de entrada e vias de eliminação.
Epidemiologia É uma ciência que estuda os problemas de saúde, especificamente em relação às informações sobre a doença, suscetibilidade, locais mais infectados entre outros. (1) Fundamenta-se no raciocínio casual quando tratada como ciência, mas como disciplina tem a preocupação com o desenvolvimento de estratégias para a promoção e proteção da saúde. A epidemiologia tem preocupação com a frequência, com o número de eventos e taxas de risco da população, o padrão dos eventos consiste no estudo das características de tempo, do lugar e da pessoa. (4) A busca pela causa e dos fatores que influenciam a todo o processo que envolve a saúde e a doença faz parte de um dos focos, com isso há possibilidade de comparação com outras populações focando o mesmo evento ocorrido em determinados locais, colaborando com medidas de prevenção e controle desses eventos. A epidemiologia abrange todos os agravos a saúde, preocupando-se com a saúde coletiva, com objetivo de melhorar as condições de saúde da população humana. Para analisar a situação da saúde é necessário o conhecimento dos indicadores demográficos como morbidade e morte. (4) Transmissão
Transferência de um agente etiológico animado de uma fonte de infecção ou de um reservatório para um novo hospedeiro suscetível, existem duas formas de transmissão, a direta e a indireta:(2)
Direta: transferência rápida do agente etiológico sem interferência de veículos, podem ocorrer das seguintes formas:(2)
Transmissão direta imediata: quando houve contato físico entre a fonte de infecção e o futuro hospedeiro. (2)
Transmissão direta mediata: não há contato físico e a infecção é transmitida por vias respiratórias, como por exemplo a tosse. (2)
Indireta: quando a transmissão ocorre por meio de vetores (veículos animados) ou locais contaminados como o solo, água, ar, e alimentos. (2) No caso de agentes inanimados como o solo, é necessário que o agente patogênico tenha capacidade de sobreviver fora de um organismo e em diversos ambientes. (2) Já os veículos animados, a transmissão pode ocorrer por um artrópode, que pode ser um vetor biológico ou mecânico. (2)
Vetor biológico: quando o agente etiológico se desenvolve e se multiplica no vetor, quando esse vetor é erradicado consequentemente a doença que transmite desaparece. (3)
Vetor mecânico: quando o agente etiológico apenas transporta o parasita, sem que esse se multiplique ou desenvolva, por exemplo as moscas que podem transmitir por suas patas ou asas após pousarem em material fecal. (3)
Características dos agentes infecciosos e suas relações com o hospedeiro Os agentes infecciosos apresentam diversas características como:
Infectividade: capacidade de multiplicação do agente em seu hospedeiro;
Patogenicidade: capacidade de causar doença no hospedeiro;
Virulência: grau da capacidade de patogenicidade no hospedeiro, como leva-lo a morte ou deixar sequelas sérias;
Imunogenicidade: capacidade que o patógeno tem de estimular a resposta imune do hospedeiro. (2)
Fontes de infecção/infestação
Infecção: é a invasão, desenvolvimento e multiplicação de um microrganismo, em organismo animal ou vegetal, provocando doenças. Essa invasão faz com que ocorra reações no sistema imune. (5)
Infestação: é o local em que o agente ou o artrópode se “instala” e lá procria, pode ser no corpo das pessoas, nas roupas ou em animais também. (2)
Portas de entrada e vias de eliminação. A via de entrada ou penetração oferece acesso aos tecidos em que o agente irá multiplicar-se ou a toxina que produz agirá. Normalmente a via de penetração e de eliminação são as mesmas. Segue as mais relevantes:
Trato respiratório;
Trato urinário;
Trato digestivo;
Pele, mucosas e secreções.