El Rucio de Los Cuchillos005

Luis Rivano

El rucio de los cuchillos

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Luis Rivano El rucio de los cuchillos

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Ch862 Rivano. Luis R El rucio de los cuchillos / Luis Rivano. — Santiago : RIL editores. 2004.

78 p. : 18.5 c m . ISBN: 956-284-375-0 1 DRAMAS CHILENOS. 2 LITERATURA CHILENA.

O

Colección "Cazadores de historias" Dirigida por Fabiola Aldana

© by L u i s R i v a n o , 2004 I n s c r i p c i ó n N ° 81.669 D e p a r t a m e n t o de D e r e c h o s I n t e l e c t u a l e s tle C h i l e ISBN

956-284-375-0

RIL* editóles A l f é r e z Real 1464. P r o v i d e n c i a Santiago de C h i l e T e l é f o n o s : (56-2) 2238100 - Fax: 2254269 [email protected] - www.rileditores.com DISTRIBUIDOR: A r r a y á n E d i t o r e s S.A. B e r n a r d a M o r í n 435 Providencia. Santiago T e l é f o n o s : (56-2) 431 4200 - f a x : 274 1 04 1 Composición, diseño e impresión: RIL*

I m p r e s o en C h i l e - Piinted Derechos

reservados

in

Chile

editores

PaLaBraS del AuToR lil

(Una puerta para entrar a ¡a obra)

Q

uienes m á s g o z a r á n de esta obra s e r á n quienes m a n y e n la coa y manyen la estofa (pero para quienes no conozcan algunas de las palabras, he incorporado u n glosario que las explica). Traducido, significa conocer el lenguaje y conocer el "ambiente". Coa es para el chileno lo que el lunfardo es para el argentino, el argot para el francés, el caló para el e s p a ñ o l ' y el slang para el norteamericano. Coa es el lenguaje del hampa, o sea la gente del "ambiente". Esta obra contiene m u chos vocablos del coa. Son necesarios, porque se entrega a los personajes en su verdadera d i m e n s i ó n . El lenguaje es el hombre. El personaje teatral debe ser tanto o m á s verdadero que u n hombre de carne y hueso. El ser de carne y hueso muere y chao. Mientras que el personaje teatral debe v i v i r para siempre. Los seres reales que me sirvieron de modelos tal vez e s t é n muertos. Estos que e s t á n en la escena d e b e r á n v i v i r muchos a ñ o s . Es m i esperanza. Espero que mis personajes sean m u y chilenos y que, sin embargo, vuelen m á s que eso. Que un retrato fiel del hampa ayude a comprender al h o m 7

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bre en su terrible soledad. Si estos personajes a y u d a n a desnudar el alma de sus espectadores s e r á n útiles. El llanto y la catarsis nos ponen de manifiesto que, si quis i é r a m o s , p o d r í a m o s ser buenos. A p r e n d e r í a m o s que el c a í d o y el h u m i l l a d o son m á s dignos de caridad. Y q u i z á s le p e d i r í a m o s a la sociedad que, antes de establecer castigos y cárceles para los que delinquen, buscara los medios de darles trabajo, aunque sea u n m o desto trabajo para todos.

Luis

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Rivano

El rucio de los cuchillos Teatro

Claudio Valenzuela (Vinizio). Mario Bustos (El Tolo) y Muriel Cornejo (La Guille), actores y personajes de "El rucio de los cuchillos".

PERSONAJES: V I N I Z I O , el R u c i o EL TOLO L A GUILLE

tLa acción transcurre en la pieza de la Guille, una prostituta que trabaja en el sector de ¡a Alameda con ¡a iglesia de San Francisco. Años sesenta. La Guille vive con el Tolo, su cafiche, en un hotel de ¡a calle San Diego. Al abrirse el telón el Rucio se prepara un mate. Tiene un anafe y una tetera para el efecto. La escena está en penumbra y se escucha el tango "El ciruja". A medida que se hace la luz la música decrece.)

T O L O . - {Entra, guarda silencio un momento mientras va a prender ¡a luz. Deja un paquete con una camisa sobre la cama y se queda mirando a Vinizio.) ¿Y vos h u e v ó n , agarraste la pieza de caleta? V I N I Z I O . - La G u i l l e me dijo que p o d í a q u e d a r m e u n rato. Que p o d í a calentar u n poco de agua. (Pausa larga.) ¿ H a y algo de malo? T O L O . - T a n t o como eso, no. Pero no me gusta darle m u c h a confianza a la gente. (Deshace el paquete y extiende la camisa en la cama.) V I N I Z I O . - Te e n t i e n d o perfectamente, T o l o . M e pasaría lo m i s m o . T O L O . - U n o les da la mano... y poco a poco v a n agar r a n d o t e r r e n o . Se v a n p a s a n d o p a ' la p u n t a . C u a n d o u n o q u i e r e pararlos y a es m u y tarde. CALETA: escondite, tanto para personas como para especies producto de robos o contrabando. 11

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V I N I Z I O . - (Deja ¡a tetera y hace amago de irse.) Tenis toda la r a z ó n , ya me iba. T O L O . - A g u a n t e u n resto, c o m p a d r e . (Le hace gesto para que se sirva el mate.) V I N I Z I O . - Y O t a m b i é n me encuellaría si encontrara a alg u i e n en m i pieza. (Va a buscar la tetera y se sirve.) T O L O . - ¿ O sea que estamos de acuerdo? V I N I Z I O . - ¡Por supuesto! T O L O . - Porque desde que saliste de la Peni te lo pasai a q u í , ¿ n o es cierto? (Se saca la camisa para lavarse.) V I N I Z I O . - ¿Y s a b í s p o r q u é ? TOLO.- Dírnelo tú.

V I N I Z I O . - Desde que salí de la c á r c e l a n d o cagado de susto. Se me a g a r r o t a r o n los dedos. N o p u e d o n i salir a hacerle e m p e ñ o en las m i c r o s . T O L O . - (Lavándose.) ¿ Y a no tenis c o r a z ó n pa' salir a robar? V I N I Z I O . - A S Í no m á s . (Le ofrece cigarrillos y el Tolo saca varios.) T O L O . - ¿Y con q u é pagai la pieza entonces? V I N I Z I O . - Tengo algo g u a r d a d o de lo que g a n é adentro haciendo algunos trabajos. (Hace una mueca amarga simulando sonreír.) A p r e n d í u n poco de t a l a b a r t e r í a : c i n t u r o n e s , cartucheras. Cosas a s í . (Le muestra el cinturón. El Tolo se lo saca y se lo pone él.) T O L O . - Estoy seguro que algo te p a s a r á la G u i l l e . (Silencio culpable de Vinizio.) Si c r e í s que v o y a dejar que la m i n a m í a le pase p l a t a a c u a l q u i e r g i l . . . no, c o m p a d r e . E s t á m u y e q u i v o c a d o . V I N I Z I O . - Si llegara a pasarme plata lo h a r í a de p u r a lástima. T O L O . - (Extrañado.)

¿Lástima?

ENCUELLARSE: enojarse. PENI: cárcel.

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EL RUCIO DE LOS CUCHILLOS

V V Z I O . - A s í es, a la Guille le d o y pena. Eso debiera quitarte el m i e d o al tiro. N i n g ú n h o m b r e es capaz de calentarse con una m i n a que le tiene l á s t i m a . Sería lo m i s m o que acostarse con su p r o p i a madre. T O L O . - A l g u n o s l o hacen. Sobre t o d o si su m a d r e tiene b u e n p o t o . V I N I Z I O . - Casi no r e c u e r d o haber t e n i d o m a d r e . Pero estoy seguro que y o h a b r í a sido u n b u e n hijo. 7 LO.- Para m í las ú n i c a s madres buenas son las de los tangos. (Canta en broma.) " M i pobre viejecita lavando ropa ajena... / Pegado su espinazo al pie del p i letón. / Por m í s e r a s monedas con que calmaba apenas/ las crueles amarguras de nuestra situación...". V I N I Z I O . - M i vieja era h a r t o s u f r i d a . TOLO.- L O que es la m í a no solo era incapaz de lavar ropa ajena. N o lavaba n i los calzones de ella. N o la veo hace a ñ o s . V i v e en San Pablo abajo. C u a n d o m u r i ó m i viejo, hace hartos a ñ o s ya, a g a r r ó viaje con un chofer de micro. N o tengo nada que ver con ella. V I N I Z I O . - Somos tantos que no tenemos m á s f a m i l i a que la calle... T O L O . - A s í no m á s es. (Se queda pensativo vn rato.) V I N I Z I O . - (Ceba un mate y se lo ofrece.) T ó m a t e u n o . T O L O . - V o y a salir l u e g o y se me p u e d e enchuecar el hocico. V I N I Z I O . - Eso cree la gente de c a m p o . T O L O . - C u a n d o y o era chico, a m i viejo le p a s ó eso. Le q u e d ó el hocico v u e l t o p ' a l lado. A s í . (Lo gráfica. Se ríen.) V I N I Z I O . - M e a c o s t u m b r é al mate en la Peni. T O L O . - En la c á r c e l se hacen buenos a m i g o s . VINIZIO.- Nuestra carreta era de primera. Todos derechos. CARRETA: grupo de amigos en la cárcel para sobrellevar costos de comida. 13

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T O L O . - SÍ, c o m o la cola del chancho. V I N I Z I O . - En serio. Entre nosotros h a b í a u n c u y a n o verdadero. T O L O . - ¿ P o r q u é estaba? V I N I Z I O . - L o encanaron los de la P o l i c í a I n t e r n a c i o nal con u n par de k i l o s de coca. TOLO.- ¿Traficante? V I N I Z I O . - B u r r e r o al

peo.

T O L O . - ¡ P e r o u n par de k i l o s es plata! VINIZIO.- N O S c o n t ó que la p a s ó en uno de esos bolsos para los zapatos de fútbol. N o se la creí nunca. A lo mejor lo cargaron los mismos ratis. Pero d e s p u é s , en cana, se las daba de maldito. Seguro, para que nosotros p e n s á r a m o s que tenía manso ni que cartel... T O L O . - H a y tantos huevones a s í . V I N I Z I O . - ¡A q u i é n no le gusta que lo respeten! T O L O . - A u n q u e sea

al

peo.

V I N I Z I O . - Pero en el j u z g a d o se iba de negativa. T O L O . - N O le q u e d a b a o t r a .

VINIZIO.- Se m a n t u v o siempre en una sola declaración. Que el bolso no era de él. Que el bolso estaba debajo de u n asiento en el aeropuerto y que u n rati lo lla mó y le dijo: "Oye, tú, esto es tuyo". Y de ahí, pa' dentro. T O L O . - C o m o los chalchaleros, ¡ p a ' e n t r o ! V I N I Z I O . - Y c o m o el pelotas t e n í a ficha... T O L O . - ¿ M u y pesada? V I N I Z I O . - L i v i a n i t a . F i g u r a b a c o m o proxeneta. TOLO.- ¿ P r o x e n e t a ?

V I N I Z I O . - ES la m a n e r a fina que t i e n e n para decirle canche a u n o . CARGAR: inculpar a un inocente o agrandarle la culpa. RATI: detective. CANA: cárcel. CAFICHE: proxeneta.

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EL RIGIO DE LOS CUCHILLOS

T I L O . - ¿ P r o x e n e t a ? (Riendo.) Pro-xe-ne-ta. ¡Chis, desde ahora le v o y a o r d e n a r a la G u i l l e que no me trate m á s de cafiche, n i de fioca] ¡Justo! ¡ T i e n e que d e c i r m e proxeneta, la h u e v o n a ! ¡ C h i s , q u é se ha i m a g i n a d o ! Y:\IZIO.- Todos los de la carreta le t e n í a m o s buena al argentino. A d e m á s porque nos salía re barato. N o le echaba a z ú c a r al mate. T e n í a u n mate chiquitito. Le echaba pura yerba. Bien amargo. (Farsesco.) El cuyano me decía: "Che, chilenito, no sé porque le llaman mate a esa agua con a z ú c a r que ustedes tornan. Ustedes los chilenos no tienen puta idea de lo que es el mate. N i m u c h o menos de lo que es u n buen bife chorizo. ¿Viste? Es decir, no comen carne... tampoco saben j u g a r al fútbol. Son u n desastre, che". 7 i o . - ¿ P o r q u é no le sacaron la chucha al h u e v ó n ? ; Q u é se ha i m a g i n a d o el gil, v e n i r a hablar m a l de los chilenos! V : \ i z i o . - Si lo d e c í a en b r o m a . T O L O . - N i en b r o m a . (Tolo lo golpea con el diario en la cara molestándolo.) VINIZIO.- Era b u e n a m i g o el a r g e n t i n o . (Pausa.)' La carreta la c o m p o n í a m o s seis presos. T O L O . - Buena la cifra. Tres m a t r i m o n i o s . V I N I Z I O . - (Nostálgico.) Pulenta la carreta. N i n g u n o estaba pagando p o r cogotero. T O L O . - A m í t a m p o c o me g u s t a n los cogoteros. Son m u y cuatiquentos. N i c u a n d o d u e r m e n se q u e d a n tranquilos. FIOCA: proxeneta, pero más despreciativo que cafiche. Su: el que no es del ambiente. PULENTA: opulenta. Viene del lunfardo argentino. PAGANDO: cumpliendo condena en la cárcel. CLÁTICA: desorden.

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V I N I Z I O . - H a b í a o t r o a l q u e le d e c í a m o s el V i e j o . C u a n d o estaba de t u r n o para p r e p a r a r el rancho hacía pura c o m i d a campesina. Unas pantrucas cototudas con h a r t o a l i ñ o : perejil, c i l a n t r o y hasta o r é g a n o le p o n í a . . . Ricas las pantrucas. (Pausa.) Pa' q u é te c u e n t o c o m o p r e p a r a b a el pebre, el chancho en piedra... T O L O . - Papas cocidas c o n pebre cuchareado... ¡ c h u chas, me e s t á d a n d o h a m b r e ! V I N I Z I O . - Y c u a n d o le tocaba descanso... nos daba t r e m e n d a s palizas con el naipe. T O L O . - ¿ P o r q u é estaba el Viejo? VINIZIO.- Homicidio.

T O L O . - ¿ C u á n t o s le t i r a r o n ? VINIZIO.- La perpetua. TOLO.- ¿ Y a q u i é n m a t ó ? V I N I Z I O . - A su m u j e r .

T O L O . - ¡ A h , chuchas! (Pausa.) Te apuesto q u e la p i l l ó con o t r o . V I N I Z I O . - Y t a m b i é n lo m a t ó .

T O L O . - H o m i c i d i o d o b l e , c o m o d i c e n los d i a r i o s . V I N I Z I O . - L O S p i l l ó acostados y los a t r a v e s ó con u n c h u z o que t r a í a . A h í q u e d a r o n los d o s cuerpos, j u n t i t o s , atravesados p o r el c h u z o . T O L O . - Ni rocha que el h o m b r e era o b r e r o a g r í c o l a . (Ríe.) V I N I Z I O . - D e j ó d o r m i r los papeles. Y t ú sabes... si nadie aceita la máquina u n o q u e d a a h í e n t e r r a d o en v i d a . A nadie le i m p o r t a . T O L O . - Pero si n i a él m i s m o le i m p o r t a b a . . . COTOTUDA: contundente.

Ni ROCHA: sin sospecha. También "le marcó la rocha", lo sorprendieron. ACEITAR LA MÁQUINA: coimear a un funcionario público.

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Y : V Z I O . - Tenis toda la r a z ó n . .- Pero tiene que ser h a r t o penca no tener n i deseos de echarle pa' delante. (Se pasa un parlo por ios zapatos.) Y : \ I Z I O . - (Le arrebata el paño al Tolo, acerca un piso como si fuera lustrín y empieza a lustrarle los zapatos.) Yo n u n c a d e j é de l u c h a r m i e n t r a s estuve a d e n t r o . Apelaba una y otra vez. Rebajas de pena... buena c o n d u c t a . T o d o , t o d o trataba de a p r o v e c h a r l o . Pausa larga.) T ú , ¿ h a y estado preso? 7

.- D e t e n i d o , sí. M u c h a s veces. Pero preso, dep a r a d o reo, nunca. Y : \ I Z I O . - ¿Y c u a n d o lanceai en las micros? 7 : : o.- T e n g o v a r i o s r a t i s a m i g o s q u e me d a n la pasa. Y : \ I Z I O . - ¿Y gratis? (Termina de lustrar.) T I L O . - (Canta.) " P o r a m o r , p o r a m o r c a n t a n las aves". (Ha terminado de vestirse y toma la corbata de la cama y se la pone.) Y : \ i z i o . - ¡Qué pinta! 7 : \ Ya no se p u e d e salir a hacerle e m p e ñ o t o d o t i r i l l u d o . Te p o n í s al lado de u n bacán en la m i cro y si a n d a i m u y sebiento el h o m b r e se corre... Y no p o r q u e crea que le p o d í s robar... V I N I Z I O . - (Riendo.) ¿Y p o r q u é , entonces? 7 : i o . - ¡Por el olor! Se c o r r e n p o r el olor... (Toma una botella de colonia.) Por eso a n d o l i m p i o y hasta perfumado. Y \:zio.- La p u r a v e r d a d que ni p a r e c í s del ambiente. 7 : : ) . - C u a l q u i e r a me t o m a r í a p o r u n b a c á n . V I N I Z I O . - SÍ, p o r u n b a c á n del C l u b de Polo. E - , \ bien vestido, o persona con medios económicos pero siempre el término adscrito a la buena presencia. h BIENTE: el mundo del hampa. 17

Luis RIVANO

T O L O . - {Halagado.) N u n c a tanto... C u a n d o llegue la G u i l l e le d e c í s que me f u i pa' los pooles. Q u e me pase a buscar y la e n c a m i n o pa' la A l a m e d a . (Se dirige lentamente hacia la puerta.) Y para q u é te v o y a decir nada. Ya s a b í s . (Llega a la puerta y se vuelve.) S a b í s b i e n l o que no me gusta. V I N I Z I O . - N o cacho. TOLO.- Q u e v e n g a i a d á r t e l a s de lacho. (Ríe y sale.) (Vinizio percibe el perfume en el ambiente y toma el frasco y se echa en el pelo. Entonces recuerda.) V I N I Z I O . - M e acuerdo c u a n d o me e n c o n t r é a boca de j a r r o c o n el Pato N o r a r n b u e n a . Era i g u a l i t o a Rock H u d s o n . B a c á n para vestir, se gastaba p u lento traje y p u l e n t a camisa de seda. ¡Bien peineta el h o m b r e ! T i r é a s o n r e í r l e , pero me q u e d é con el m o l d e hecho. " N o me m e t o con mostaceros", me dijo. Y p a s ó de l a r g o . El Jote t u v o la c u l p a . U n d í a me dijo: " ¿ S a b í s , Rucio? El Pato no quiere nada c o n t i g o . Dice que te p e g u í s los e s p á r r a g o s . Q u e p a r e c í s c h i q u i l l a c o l e g i a l a c o m o le a n d a i b u s c a n d o la a m i s t a d . A d e m á s me p r e g u n t ó s e r i a m e n t e si erai m a r a co". Q u e r í a ser a m i g o de él. ¡ P e r o si el desgraciado cree que soy m a r i c ó n d i l e de m i parte que lo d e s a f í o a pelear! C u a n d o l l e g u é al l u g a r estaban todos los corriles del Pato N o r a r n b u e n a y los corriles m í o s . Él me estaba e s p e r a n d o , m á s p a r e c i d o a R o c k H u d s o n que n u n c a . Elegante, con su traje a z u l m a r i n o , c o m o para ir a u n a boda... o a u n v e l o rio. Chocamos los fierros. Él trataba de acercarse LACHO: enamoradizo. PEINETA: buen mozo. MOSTACERO: prostituto de homosexuales. 18


p e r o y o lo m a n t e n í a a r a y a . Y o escuchaba los m u r m u l l o s de a p r o b a c i ó n de m i s c o m p i n c h e s . Poco a poco el Pato N o r a r n b u e n a fue t o m a n d o la : rensiva. ¡Y de repente se me v i n o e n c i m a c o m o •i r e m o l i n o y , en u n a de sus a r r e m e t i d a s , sin saber c ó m o , c a í de r o d i l l a s ! Desesperado, t r a t a n d o l e c u b r i r m e , t i r é hacia adelante el fierro y lo ens a r t é . (Pausa.) M i Rock H u d s o n d i o u n t r e m e n d o alarido y s e n t í c ó m o me salpicaba con las babas. En ese m o m e n t o r e c o r d é que él d e c í a que y o era maraco. Pero a h í le d e m o s t r a b a que era m á s macho que él. L o traspasaba l e n t a m e n t e y , traspas á n d o l o , lo s o s t e n í a con el f i e r r o para que no se :a\era. Y, entonces, en vez de sacar el estoque hacia a t r á s con fuerza, para dejar la h e r i d a l i m pia, resentido y con rabia, d i esa feroz v u e l t a con la m u ñ e c a . Ese feroz y e n d i a b l a d o g i r o de m e d i a l u n a que rebana p o r d e n t r o las tripas, que r o m pe las visceras d e j a n d o al a d v e r s a r i o sin salva:ión posible, y y o s e n t í a , a t r a v é s del f i e r r o y de m i brazo, los estertores de la carne a p u ñ a l a d a . Se lleva la mano a la boca para evitar el vómito.) MLLE.- (Entrando.) H o l a , R u c i o . ¿ T o d a v í a estai aquí? \:zio.- Mateando. .ILLE.- ¿Y el Tolo? ¿ N o ha llegado? HEK). V i n o a cambiarse de r o p a y s a l i ó . ILLE.- Le dije que me esperara. M Z I O . - Se fue pa' los pooles. D i j o que c u a n d o te f u é r a i para la A l a m e d a lo pasarai a buscar y que él te encaminaba. . I L L E . - ¿Y le contaste? N I Z I O . - Se me

hizo.

;ILLE.- ¿ N o le dijiste nada?

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Luis RIVANO

V I N I Z I O . - N O , nada.

G U I L L E . - (Se sienta junto a una mesita y empieza a pintarse.) H a y que cargarse al ruche para que la dist i n g a n b i e n en la noche. A los clientes les gusta... ¿Y p o r q u é no le contaste nada? V I N I Z I O . - Se encuella m u y l u e g o . M e e c h ó la bronca p o r q u e dijo que me lo paso a q u í , en t u pieza. G U I L L E . - T a l c o m o lo dices. Es M I pieza. Y o la pago. Ese cafiche no se pone n i pa' la Pascua. V I N I Z I O . - A u n q u e sea a s í , es el h o m b r e . Y en esta pieza él ronca. GUILLE.- I g u a l tiene que roncar despacio. Porque si se me atraviesa, lo m a n d o cagando pa' la calle. V I N I Z I O . - V O S soy h a r t o aniña, G u i l l e . Buenaza pa' buscar la g u e r r a . GUILLE.- D e f o r m a c i ó n profesional. VINIZIO.- ¿ Q u é ? G U I L L E . - Q u e una tiene que ser a n i ñ a p o r q u e en m i p r o f e s i ó n una n u n c a sabe con que crestón se puede topar. A l g u n o s q u i e r e n hacer perro muerto... V I N I Z I O . - ¿ L o s clientes? G U I L L E . - N O q u i e r e n pagar los p o l v o s . (Pausa.) U n a vez, a u n o de esos que se q u i e r e n pasar de v i v o s , le d i u n chopazo. ¡Lo t i r é de raja p o r la escalera del hotel! Entre las garzonas y la nochera me lo t u v i e r o n que q u i t a r . Si no, l o m a t o . V I N I Z I O . - ¿ C ó m o que no te han puesto m u ñ e c a brava? G U I L L E . - Bueno, pero l á r g a l a . . . BRONCA: enojo. .

ANIÑA: mujer que se hace la valiente, "envalentona". CRESTÓN (A): trato peyorativo para una persona sin un significado específico. PERRO MUERTO: irse de un local de comida sin pagar la cuenta. CHOPAZO: bofetón. No da para puñete. 20

E L RUCIO DE LOS CUCHILLOS

Ufoazio.- E s t u v i m o s c o n v e r s a n d o u n poco m i e n t r a s • Í oilchaba para salir. H a b l a m o s de la cana... Pero r a r a q u é c o n t a r l e m á s , si es apenas u n p r o y e c : E.- ¡ Q u é hueva! I g u a l lo v a m o s a hacer y v o s : e n í s que a y u d a r m e . (Saca un disco 45 que trae en :- cartera.) L o c o m p r é en el negocio ese. (Hace un i-sro hacia la ventana.) ¿En c u á l ? LE.- En ese d o n d e t i e n e n u n t r e m e n d o r e t r a t o de Carlos G a r d e l . 7.10.- (Mirando el disco.) Pero esto es u n fox-trot. Aquí voy muerto. LE.- Es l i n d o . Los m a r i n e r o s en el p u e r t o le hacen chupete. (Tararea y baila al compás.) T e n e m o s ::ue ganar el concurso. zio.- ¿ P o r q u é no c o n v e n c í s al T o l o para que te acompañe? U. ILLE.- Ese h u e v ó n es d e m a s i a d o f o m e . ÍLZIO.- Pero es t u c o m p a ñ e r o n a t u r a l . ¿ C ó m o v a i a ir al concurso c o n m i g o ? A d e m á s no s é n i m o ver las patas en estos bailes c o m p l i c a d o s . - II LE.- Por eso te v o y a e n s e ñ a r . En u n par de horas v a i a q u e d a r a la p i n t a . . 7 1 0 . - ¿Y t a n t o es el i n t e r é s ? j L ILLE.- Q u i e r o v e n g a r m e de u n a m i n a que me c a g ó la o n d a en el concurso de tangos d e l a ñ o pasado. V MZIO.- N o s e r á para t a n t o . j ILLE.- La m i n a esa le hace e m p e ñ o al l a d o de afuera de la T a b e r n a C a p r i . Y : \ i z i o . - En San A n t o n i o con Santo D o m i n g o , ü í LE.- Se cree la muerte y le gusta hacerse la maldita. R

L :HARSE:

vestirse. gozar de algo con fruición.

HACERLE CHUPETE:

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V I N I Z I O . - T o d a s esas m i n a s son c r e í d a s p o r q u e ganan el billete. GUILLE.- Esa vez, p a ' l concurso, e s t á b a m o s en los cam a r i n e s d e l C a u p o l i c á n . Y o estaba sentada frente al espejo a r r e g l á n d o m e el caracho. Y p o r q u e no me hice a u n l a d o c u a n d o ella se s e n t ó j u n t o a mí, me m o s t r ó la c o r t a p l u m a s . " A h u e c a el ala", me t i r ó la c h o r i á , "si n o q u e r í s que te corra el p u n t o a las m e d i a s " . Q u i e r o verle la cara a esa h u e v o n a c u a n d o la d e r r o t e ahora. V I N I Z I O . - M e g u s t a r í a a y u d a r t e , G u i l l e . ¡ H a i sido t a n paletiá c o n m i g o ! GUILLE.- (Va hacia una radio con pick u p . ) Se la p e d í a la s e ñ o r a Eugenia. Le c o n t é para q u é la q u e r í a . S a b í s c o m o es de a p r e t á c o n la corriente e l é c t r i ca. (Coloca el disco"Penas del corazón".) N o me v a i a decir que no es b o n i t o . (La Guille baila sola sin ponerle demasiado empeño.) V I N I Z I O . - ES b o n i t o ese fox-trot. GUILLE.- ¿ L o h a b í a i escuchado? V I N I Z I O . - V a r i a s veces. GUILLE.- En la r a d i o no lo tocan nunca. V I N I Z I O . - E n el p u e r t o . En el wurlitzer del R o l a n d . GUILLE.- M e lo e n s e ñ ó a bailar u n managuá del Latorre. V I N I Z I O . - Buen c o m p a ñ e r o . . . ¿ d e baile? GUILLE.- Buen c o m p a ñ e r o . Le h a c í a chupete... a t o d o . V I N I Z I O . - (Pausa larga.) Este fox-trot es la c a n c i ó n nacional de las chimbirocas del p u e r t o . GUILLE.- (Invitándolo.) Ven. Para empezar a e n s e ñ a r t e . V I N I Z I O . - (Asustado.) ¿ E s t a i loca? CARACHO: rostro, cara. PALETIAO (PALETEADO): persona confiable y servicial. MANAGUA: marinero.

CHIMBIROCA: puta más ordinaria. 22


LE.- Chis, me tenis m i e d o . ^IfiNtzio.- ¿ P o r q u é v o y a tenerte m i e d o ? _ t . - V e n , entonces. K V N Z I O . - N o , gracias. E - M i r a este pasito (Da unos pasos con más fuerza.) ¿ T e gusta? zio.- Prefiero esperar hasta que l l e g u e el T o l o . LE.- ¿ P e r o p o r q u é ? N o me gusta faltarle el respeto a nadie. LE.- ¿ Q u é cosa? VINIZIO.- A u n q u e t u p a g u í s la pieza, él es el m a c h o . A m í no me g u s t a r í a nada llegar a m i pieza y que m i m i n a e s t u v i e r a b a i l a n d o con u n a m i g o . GUILLE.- C o m o dice C o n d o r i t o : "Exijo u n a e x p l i c a c i ó n " . (Corta el p i c k up.) v i o . - Es que s i e m p r e es b u e n o que no haya m a l entendidos. G U I L L E . - (Seria.) M i r a , R u c i o , y o s i e m p r e he m a n d a d o en m i p l a t a . P o r q u e si no, m e j o r ser c o m o esas m i n a s que se b u s c a n u n m a r i d o pa' que les mate el h a m b r e . Y o soy i n d e p e n d i e n t e . C u a n d o se me pasa la c a l e n t u r a c o n el h o m b r e que t e n go, ¡ c h a o ! V I N I Z I O . - Te j u i s t e m o j ó n p o r Tagua. GUILLE.- Una vez me a r r a n c h é con u n b a c á n . Trem e n d o de i m p o r t a n t e . Trabajaba de e m p l e a d o en u n banco. L o c o n o c í una tarde que y o andaba p o r A h u m a d a . Se empotó c o n m i g o . V I N I Z I O . - Sucede.

GUILLE.- M e a r r e n d ó una pieza para que y o no t u v i e ra que salir a hacerle e m p e ñ o . V e n í a de vez en cuando, pero siempre me dejaba plata p ' a l manye 1

JTARSE: enamorarse fijado a lo sexual solamente.

MANYE: comida.

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Luis RIVANO

y otros gastos. A veces se p e r d í a hasta u n par de semanas. Pero a m í nunca me faltaba nada. VINIZIO.- ¡Lindo v i v i r sin problemas! GUILLE.- Pero u n d í a , i g u a l no m á s le d i la corta. N o me gusta que nadie me acapare. (Pausa.) A g a r r é las c u a t r o pilchas que t e n í a y d e j é la pieza. N o l o he v i s t o n u n c a m á s . (Pausa.) N o me creai m a l agradecida, Rucio. V I N I Z I O . - Y O no he d i c h o nada. G U I L L E . - A veces me acuerdo. Y n o solo de é l . M e acuerdo de m u c h o s h o m b r e s que he t e n i d o . Pero a la larga s i e m p r e los dejo. VINIZIO.- ¿ Y por

qué?

G U I L L E . - P o r q u e m e a b u r r e n . (Pausa.) M e l a t e a n . (Pausa larga.) ¿ P o r q u é s e r á q u e cada h u e v ó n t i e n e s u t e m a p r o p i o ? N o c a m b i a n n u n c a el d i s c o . H a s t a q u e l o r a y a n . (Hablando consigo misma.) ¡ D e s p u é s se a d m i r a n q u e u n a se l a r gue! V I N I Z I O . - Pero n o p o d í s negar que c o n el T o l o se llevan bien. GUILLE.- Hasta ahora. V I N I Z I O . - ¿ Y q u é le p e d í s a la v i d a , entonces? G U I L L E . - N a d a . ¿ Q u é le v a m o s a p e d i r ? (Mira alrededor del cuarto.) Tener u n catre para descansar los huesos. A l g o que echarle al buche. Y a veces bailar y curarse, c o n p o t o y t o d o . (Ríe y se quiebra.) ¡Pa' q u é p r e g u n t a i huevas, Rucio! V I N I Z I O . - ¿ T e p r e p a r o u n mate? G U I L L E . - N u n c a me ha g u s t a d o . V I N I Z I O . - A m í me gusta p o r q u e calienta p o r d e n t r o . (Mira hacia la ventana.) Hace frío. G U I L L E . - El T o l o me d e c í a que los presos se a c o s t u m b r a n al mate.

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^ ^ k o . - Y a leer d i a r i o s atrasados. C u á n t a s veces me : :iie leyendo la m i s m a noticia como cinco veces. LÚE.- ¿ C u á n t o s a ñ o s estuviste a d e n t r o ? / i o . - U n l o t e g r a n d e . Era c a b r i t o c u a n d o c a í . ! ,¡iti que me s a l v é del s e r v i c i o m i l i t a r p o r q u e estaba c u m p l i e n d o , i E.- Pero saliste antes, zio.- Por buena c o n d u c t a . GUILLE.- ¡ N o la c a g u í s , Rucio! (Ríe en forma exageráis i ¿ P o r buena conducta? M a o . - Es para cagarse de la risa, pero así no m á s fue. Me c o n s e g u í u n piloto que me m o v i e r a los papeles. Era un colita que c a y ó por cheques y que tenía u n m i n o que era abogado. N o me salió gratis la m o v i da... Pero pagaren carnea veces resulta e c o n ó m i c o . GUILLE.- (Lo toquetea con picardía.) Sobre t o d o cuando hay buena carne. (Vinizio sonríe con amargura.) Pa' q u é te p o n í s triste, si no todos los maracos fatalizan. VINIZIO.- (Más repuesto.) O j a l á . P o r q u e h u e v ó n m á s fatal que y o . . . GUILLE.- L a c u l p a la tenis v o s m i s m o . ¿ P a ' q u é te lo l l e v a i encerrado? Tenis buena p i n t a . B ú s c a t e u n a m i n i t a que se p o n g a con la pieza. IZIO.- N o estoy pa' minas. N o estoy pa' n i n g u n a hueva ya. k ILLE.- ¿ P e r o c u á l es el b r i l l o que v i v a i a q u í encer r a d o c o m o en la c á r c e l ? zio.- Salgo a la calle, p e r o p o r a q u í cerca. A d i e z o q u i n c e m e t r o s de la p u e r t a d e l h o t e l . A p e n a s veo la c a m i o n e t a de los ratis, pego u n salto y de dos trancadas subo las escaleras. :

: : p e r s o n a de q u i e n se p u e d e c o n s e g u i r u n b e n e f i c i o .

Z _ L : T A : t é r m i n o c a r i ñ o s o de m a r i c ó n . :

\ EN CARNE: p a g a r a l g o c o n f a v o r e s sexuales.

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GUILLE.- ¿ P o r q u é arrancar? A n d a t r a y e n d o tus papeles s i e m p r e en t u b o l s i l l o . V I N I Z I O . - ¿Y si me encuentro con u n o que me conozca? G U I L L E . - Le m o s t r a i los papeles. V I N I Z I O . - (Se levanta, toma un papel de diario y prepara un pedazo tamaño oficio.) Papeles, papeles, papeles. ¡Se l i m p i a n el poto con los papeles! Saco el certificado que me da el t r i b u n a l y le d i g o al rati: " A q u í consta m i l i b e r t a d , jefe". El m u y vaca agarra los papeles y hace esto (Rompe con furia el papel.) Y me dice: " ¿ D e q u é papeles estai hablando? Ya, sube a la camioneta chuch'e t u m a d r e " . Y lo m á s seguro es que me vaya de frisca. G U I L L E . - E S c o m o una, que n u n c a puede salirse d e l ambiente. V I N I Z I O . - U n g i l que se salga deja de ser rentable para ellos. M i e n t r a s m á s putas haya, m i e n t r a s m á s canches haya, m i e n t r a s m á s traficantes haya, m i e n tras m á s maricones y cogoteros haya, mejor. M á s tienen donde pedir, s i n v e r g ü e n c e a r , coimear y chantajear. (Pausa.) H a y a l g u n o s ratis que son derechos y buenas personas. Los menos. Los j o v e n citos, los r e c i é n entrados. Pero los otros, los v i e jos, los v a n a r r e g l a n d o p o r el c a m i n o . ¿ Q u é v a a hacer u n rati j o v e n que gana una caga c u a n d o ve que el jefe hace u n a m o v i d a y le tira u n resto? V a a decirle: "Oiga jefe, ¿ q u é se ha i m a g i n a d o ? " . N o p u e d e . P r á c t i c a m e n t e no p u e d e hacer n a d a . Y c u a n d o él es el jefe y puede ser de o t r a forma... y a e s t á cagado. A c t ú a como todos los d e m á s . GUILLE.- Pero i g u a l v a i tener que entrar a perder el miedo. Y cuando querai salir, me d e c í s a m í . A c o m p a ñ a d o es m á s difícil que te pase una desgracia. FRISCA: g o l p e a r a u n a p e r s o n a a b u s i v a m e n t e .

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- Tenis r a z ó n . A esos n o les g u s t a a c t u a r frente a testigos. I . - Y tenis que a c o s t u m b r a r l e a a n d a r por la : _ e A c u é r d a t e que el concurso de baile es en el iTeatro Caupolicán. - D é l e con la hueva. L u í (Entusiasmada.) N o seai a s í . Rucio. (Pausa.) V o s soi h a r t o p e s i m i s t a , d e j á n d o s e de h u e v a s . A d e m á s , nos v a m o s a ir mitimota con el p r e m i o , ••orzio.- Vai a terminar c o n v e n c i é n d o m e . . . ^ H L E . - (Va hacia el tocadiscos.) Si ensayamos como c o r r e s p o n d e , p o d e m o s ganar. ^ H p o . - ¿ A v e r c ó m o es la m ú s i c a ? C e "-.LE.- (Invitándolo.) Es fácil. Es c o m o a s a l t i t o s . A s í . (Da unos pasos.) ¡Bien cahuinerol SiO.- Bueno, e n s é ñ a m e u n poco. T o t a l t u m i n o a n d a en los pooles. Ge ILLE.- A ver, ponte. (Lo toma de los hombros.) N u n :a me acuerdo, ¿ e s c u a t r o p o r cuatro? icio.- D i e c i s é i s . LLE.- N o , R u c i o , s o n l o s c o m p a s e s . D o s p a l ' lado... (El Rucio se tropieza. Bailan unos pasos torpemente.) .- (Aparece en el umbral y se queda unos segundos observando como bailan. Burlesco.) Meeeh, b a i l a n d o los h u e v o n c i t o s . LLE.- (Cortando el baile y acercándose al Tolo.) Y vos, ¿ n o a n d a b a i en los pooles? 7 - (Con humor.) ¡ C u i d a d i t o ! C u i d a d i t o . . . LE.- N O sacai n a d a con hacerte el h u e v ó n . Te dije el o t r o d í a . IbLO.- ¿ Q u é me dijiste? IfcmiOTA: mitad y mitad para cada uno. :\ERO: enredoso. También algo picaresco. 27

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GUILLE.- Q u e t e n í a que c o n s e g u i r m e pareja p a ' l c o n curso de baile. TOLO.- ¿Y no encontraste n a d a mejor? L o c a c h é que no sabe m o v e r pata. G U I L L E . - Ti e n e v o l u n t a d . T o d o es c u e s t i ó n de que nos ejercitemos, que t o m e m o s esto c o m o si fuera trabajo. (A Vinizio.) ¿ N o es cierto, Rucio? V I N I Z I O . - (Sin hallar dónde meterse.) A h , y o no s é . (A ¡a Guille.) Solo a usted se le p u e d e n o c u r r i r estas cosas, c o m a d r e . A m í de todas maneras me ponen m u y n e r v i o s o . G U I L L E . - {Al Tolo.) ¿Y vos, p a ' q u e te h a c í s el desent e n d i d o c o n m i s huevas? S a b í s que t e n g o que sacarme el p i l l o con esa h u e v o n a que me g a n ó el a ñ o pasado. {Para sí.) Y o andaba re a t o r r r a n t e en esa é p o c a . M a l v e s t i d a , c o m o las huevas. C u a n do el g a l l o le e n t r e g ó a la maraca el d i p l o m a y los b i l l e t e s , la m u y p a t u d a m e m i r ó de a l t o a bajo, con u n a sonrisa que y o le h a b r í a b o r r a d o de u n solo c o r t a p l u m a z o . Todas las m i n a s que p a t i nan p o r a l l á nos d e s p r e c i a n a las que le hacemos e m p e ñ o en la A l a m e d a . Y t o d o p o r q u e ellas tienen p u l e n t o s a b r i g o s de p i e l . . . T O L O . - Bueno, si q u e r í s t o m a r t e el desquite... A m í me h a b r í a pasado lo m i s m o . Se me r e v u e l v e n las t r i p a s c u a n d o u n g i l m e pasa a l l e v a r . C u á n t a s veces en los pooles me h a n v e n d i d o p a n . {Recordando.) U n a vez me e c h a r o n al m e d i o . N i s i q u i e ra lo h i c i e r o n p o r plata. E r a m o s tres: el Popeye Sobarzo - l e d e c í a m o s a s í p o r q u e h i z o el s e r v i c i o m i l i t a r en la A r m a d a - y el C h i c o de los Perros. El C h i c o de los Perros se encargaba de dejarme p i l l u l l o en todas las j u g a d a s y , d e s p u é s , c u a n d o le tocaba al Popeye Sobarzo, el Popeye le a b r í a

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- j u e g o al C h i c o de los Perros. ¡ C ó m o se r i e r o n : : :: JS c u a n d o me d e j a r o n pato! - N o s a b í a que el Chico de los Perros p o d í a ser tan vaca. Así no m á s . Pero u n d í a el Popeye se me terció en una d i s c u s i ó n a la salida del estadio. Le s e g u í de a poquito la d i s c u s i ó n sin que nadie se diera cuenta l e que y o andaba con la bronca. Se picó el Popeye... ^ k t E . - ¿Y le pegaste? • n o . (Hace el ademán.) F i i i i s c h . Le m a r q u é la cara. :>r pial que anda t r a y e n d o en el caracho (con orgullo) se lo h i z o este p e c h i t o . .-.- H a i sido s i e m p r e tan maletero. T._ - A la maleta o derecho, no i m p o r t a . Pero u n o s i e m p r e tiene que estar a r r i b a . (A Vinizio.) Y o no aguanto que nadie sea mejor que y o . Si u n huev ó n q u i e r e d á r s e l a s de campeoncito... en lo que sea. En el p o o l o en la cama... y o estoy d i s p u e s t o a pelearle el c a m p e o n a t o . ¿ N o te parece? B p b a z i o . - Yo no p u e d o ser a s í . Si veo que o t r o es m á s que yo... lo respeto. (Pausa. A la Guille.) ¿ N o c r e í s G u i l l e , que t o d o s v i v i r í a m o s mejor si no a n d u v i é r a m o s s i e m p r e a las patadas? . Yo creo que el T o l o no anda tan p e r d i d o . A m í me ha pasado que c u a n d o he sido respetuo>;.. t r a n q u i l a , la gente cree que soy h u e v o n a . T ú dejai el hueco y se t i r a n de u n viaje al m a r a ñ o . Y : i d o s son iguales. IVIMZIO.- N o todos. Q u i é n no ha t e n i d o a l g ú n a m i g o que se deja e n c a ñ a r antes de v e n d e r a sus compañeros. - N o d i g o que no haya. Yo d i g o que son los I ftt: cicatriz en la cara parecida al cordón de un sombrero de 29

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menos. Por cada h u e v ó n derecho, h a y cientos de m i l e s que s o n vacas. Por cada C r i s t o que c u e l g a n , h a y m i l e s y m i l l o n e s de h u e v o n e s q u e a p l a u d e n . Y te a d v i e r t o que y o e s t a r í a entre los que a p l a u d e n . (Ríe y aplaude.) G U I L L E . - N O me e x t r a ñ a a r a ñ a . (Se acerca al Tolo, mimosa.) Ya sabemos que soi vaca, h u e v ó n . . . pero, ¿ m e dejai i r al concurso? T O L O . - Bueno, bueno. G U I L L E . - (Recapacitando.) ¡Y q u é chuchas tengo que estar p i d i é n d o t e p e r m i s o ? ¡Seré h u e v o n a ! V I N I Z I O . - (Al Tolo.) Entonces, ¿ p u e d o ser el c o m p a ñ e r o de baile de la s e ñ o r i t a , a q u í ? T O L O . - Vayanse a la chucha, si q u i e r e n . V I N I Z I O . - Pa' q u é te encuellai, T o l i t o . (Le da una palmada de afecto.) N o seai p i c o t a . TOLO.- ¿ P e r o no me v a i a discutir que es bien denigrante para m í que a la mina me la pasee u n mostacero? V I N I Z I O . - (Serio.) Paseador no he sido nunca. TOLO.- ¿ S e g u r o ? V I N I Z I O . - (Con firmeza.)

¡Seguro!

GUILLE.- ¿ P a ' q u é le echai b o q u i l l a z o s al Rucio? D é jalo tranquilo, Tolo. T O L O . - El cabro me conoce c o m o soy. (A Vinizio.) ¿ N o es cierto que no h a y n i n g ú n rencor? V I N I Z I O . - L ó g i c o . T o t a l , los dos somos chilenos. G U I L L E . - (Observa al Vinizio.) ¿ C ó m o a n d a i de pilchas? (Pausa.) M á s o menos parece. (Busca en un rincón.) Si no, te p o n í s u n traje de este. (Señala al Tolo. Saca una chaqueta y se ¡a pasa a Vinizio.) V I N I Z I O . - Es h a r t o b o n i t a , p a ' q u é estamos con huevas. (Se la prueba.)

PILCHA: ropa.

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- Chis, buena. M e v a i a sacar la m i n a a b a i l a r y ".¿s encima me q u e r í s dejar en pelotas. • X E . - (Arreglándole la chaqueta.) C o n u n a b u e n a plancha... - Putas que estai hacendosa. Parecís d u e ñ a de casa. (Sin rabia.) En t o d a maraca hay una mujer. \ " : sé q u é te e x t r a ñ a , h u e v ó n . Y p o r m u y a n i ñ a :_:r una parezca, a todas nos g u s t a r í a en vez de i n d a r p a t i n a n d o q u e d a r n o s en la p i e z a p l a n udo ropa o haciendo cualquier hueva así. Pausa larga. Mira fijamente ai Tolo.) ¿ N o me c r e í s ? - E s t á bien, e s t á bien... Pero anda de todos m o l o s a hacer algo p o r la v i d a . : „ E . - N o me gusta que me a p u r e n . Estaba p o r saii va c u a n d o llegaste. - N o seai fresca, h u e v o n a . Si estabai bailando... L.- Sí, pero... - M e a b u r r í de esperarte en los pooles. M e ca| r i é y p o r eso v i n e a buscarte. (A Vinizio.) Y t ú , c u á n d o v a i a e m p e z a r a salir a hacerle e m p e -

•

M Z I O . - N o s é t o d a v í a en q u é me las v o y a m a c h u car... l o t o . - M o s t a c e a n d o , pus... C v z i o . - (Divertido.) Ya estoy m u y viejo p a r a eso. Capaz que si p i n c h o con u n cola tenga que pagarle y o a él. Foto.- ¿ S a b e , ril? Salgamos a hacerle e m p e ñ o en las micros y usted me presta r o p a . zio.- Es m u y l u e g o t o d a v í a . Se me hace a s í la cuchara. (Hace el gesto.) Ya te lo dije. N o q u i e r o caer m á s preso. JUILLE.- (Maternal.) N o t e n i s p o r q u é apequenarte. - _ : _ _ ENARSE: achicarse. :

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Saca p e c h u g a , R u c i o . C u a n d o v a y a m o s al C a u p o l i c á n a bailar v a i a empezar a despercudirte. V a i a v e r n o m á s . ¡Y c o n la r o p a d e l T o l o , v a i a tirar n i q u é tremenda pinta! T O L O . - E s t a r á de D i o s la h u e v a . G U I L L E . - ¡Tan finas q u e son tus pilchas p a ' que v e n gai a l a m e n t a r t e tanto! T O L O . - (A Vinizio.) P ó n g a s e m i ropa, n o m á s . ¡ Q u é hueva! V I N I Z I O . - Gracias c o m p i p a . Se lo agradezco. (Pausa larga. A la Guille.) C u a n d o u s t e d q u i e r a c o m a d r e , me dice y e m p e z a m o s c o n el aprendizaje. (Pausa. No sabe cómo terminar con ¡a situación.) Bueno, este, y o mejor me v o y . Gracias T o l o , p o r el mate y p o r t o d o . C h a í t o , G u i l l e . Gracias y suerte. (Sale. El Tolo le hace tapas.) G U I L L E . - (Enfrentando al Tolo.) ¡ P u t a s q u e soi b i e n vaca vos, h u e v ó n ! TOLO.- ¿Y p o r q u é ? G U I L L E . - ¿ T e g u s t a r í a que a n d u v i e r a i b i e n d e r r o t a d o y q u e nadie te t i r a r a p e l o t a n i te d i e r a u n a m a n o ? T O L O . - ¿ A q u é v i e n e eso? G U I L L E . - A que soi vaca.

T O L O . - ¿ P o r q u e c u i d o lo m í o ? G U I L L E . - ¿ Q u é c r e í s , q u e el R u c i o te v a a q u i t a r la ropa? T O L O . - N o , la r o p a , n o .

G U I L L E . - ¿ Q u é entonces? T O L O . - ¿ C ó m o que, q u é ? G U I L L E . - ESO te estoy

preguntando.

T O L O . - A vos, e s t ú p i d a . ¿ O c r e í s q u e n o m e fijo c o m o lo m i r a i ? G U I L L E . - Estai c o m o los g i l e s , p a s á n d o t e p e l í c u l a s .

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- Lo t r a t a i c o m o si fuera u n b a c á n y es u n mos: ¿ : e r o . U n perij¡liento de m i e r d a . • X E . - ¿ D ó n d e llegaste vos, Robert T a y l o r ? C l a r o : u r anda m a l . Pero es h u m i l d e y buena persona. N o es a t r o p e l l a d o r y farsúo, c o m o soi vos. _ - E s t á b i e n . V o y a dejarte que te salgai con la tuya... LE.- ¡Era que no! - Lleva al Rucio de c o m p a ñ e r o de baile, que se ponga m i r o p a ¡ q u é chucha! (Pausa) Pero si pasa una desgracia... culpa tuya, no m á s . ¿ D e acuerdo? B u e n o . De a c u e r d o , p e r o no v a a p a s a r nada. - Pero si llego a o í r que en el a m b i e n t e a n d a n d i c i e n d o que me estai pegando en la nuca... ¡te n a t o , huevona! LLE.- ¡ M i r a c ó m o me t i e m b l a n los calzones! reto.- Ya, c a b r é a t e y salgamos. Y otra cosa, v a i a tratar de hacer l o m á s que p o d a i en plata. '-. . i..- Tenis h í g a d o . - M e gusta que la m i n a m í a sea la m á s ganadora. LE.- Siempre lo he sido. - (Saliendo.) Ya, a p ú r a t e , I n g r i d B e r g m a n . (La Guille se queda unos segundos repasándose ¡a pintura de los labios. Se escucha la voz del Tolo desde afuera.) A p ú r a t e . Y a c u é r d a t e de lo que dice d o ñ a Eugenia de la l u z . (Más fuerte.) ¡Ya pus, G u i l l e ! LE.- (Pausa. Bajo un cenital.) ¡ G u i l l e ! ¡ G u i l l e ! M e ¿ r i t a b a R a ú l , el m a r i c ó n que estaba a cargo de la ;

ENTO: d e s a s t r a d o y s u c i o . . y. m e z c l a de f a r s a n t e c o n p r e p o t e n t e . : EX LA NUCA: e n g a ñ a r s e x u a l m e n t e a la pareja, se usa t a n t o

z¿: - ia m u j e r c o m o p a r a el h o m b r e .

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cocina. Y y o c o r r í a a a c o m p a ñ a r l o . Si a l g u i e n me p r e g u n t a r a p o r m i m a d r e t e n d r í a que decirle que no c o n o c í otra que no fuera el cocinero de la pens i ó n de la calle E l e u t e r i o R a m í r e z . Por lo menos el V i n i z i o t u v o una m a d r e que, a u n q u e le d u r ó poco, m á s de u n a vez lo h a b r á l l a m a d o : " V i n i c i to, V i n i c i t o " . Y el T o l o t a m b i é n t u v o , y, a u n q u e haya r e s u l t a d o u n a caga de m a d r e , p o r lo m e n o s no fue huacho. A m í , en c a m b i o , me b o t a r o n o a lo mejor me dejaron encargada en la casa de d o ñ a C a r m e n y nunca v o l v i e r o n a buscarme. N o s é . (Pausa.) Las putas viejas algo me d i j e r o n . Parece que m i m a d r e era u n patín que estuvo asilada en los callejones. En u n a pelea el lacho la tajeó y se e c h ó el p o l l o . A v e r g o n z é y con una p i f i a d e l t a m a ñ o de u n jeme en la cara, ¿ q u é iba a hacer t a m b i é n ? ¿ A d o n d e iría a esconderse? ¿Y para q u é llevarse la cría que le h a b í a hecho el m i s m o d e s g r a c i a d o que la m a r c ó ? C r e c í m e t i d a en la cocina. " G u i l l e , G u i l l e " , me l l a m a b a el R a u l i t o . Le gustaba que y o estuviera cerca. Entonces me sentaba en una bacinica puesta al r e v é s c o m o si fuera u n p i s i t o y me q u e d a b a a c u r r u c a d i t a v i é n d o l o trabajar m i e n t r a s cantaba u n o s boleros bieeen t r i i i i s t e s . U n d í a a m a n e c i ó contento y me dijo: " G u i l l e , te v o y a l l e v a r al c o l e g i o " . Le p i d i ó p e r m i s o a d o ñ a C a r m e n y me fue a m a t r i c u l a r a una escuelita bien piñufla que estaba a la vueltecita, en la calle Serrano. M e c o m p r ó cuadernos, l á p i c e s y una HUACHO: h i j o s i n p a d r e c o n o c i d o , t a m b i é n h u é r f a n o . PATÍN: p r o s t i t u t a callejera. PIÑUFLA: m u y p o b r e .

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¿ : nía c u a d r a d i t a c o m o caluga. T a m b i é n u n delanH blanco que me lavaba él m i s m o , pero lo a l m i i-iiiaba tanto que me llegaba a raspar el cogote. Se pasa la mano por el cuello.) M e llevaba feliz de ia mano todas las m a ñ a n a s . M e dejaba en la pueri l del colegio y de a h í p a r t í a a c o m p r a r a la feria. En las tardes me iba a buscar y , antes de i r n o s pa' la casa pasaba al c a m b i o de revistas de la caT T a r a p a c á , a buscar r e v i s t a s de f o t o n o v e l a s . . v í a c a m b i a n d o revistas. A m í una vez me c o m p r ó una de m o n i t o s . R a ú l era el ú n i c o que se p r e o c u p a b a p o r m í . A h o r a me da risa, pero entonces no e n t e n d í a p o r q u é me o b l i g a b a a p o n e r m e unas enaguas b i e n apretadas. Era para que no se me n o t a r a n las tetitas, c u a n d o e m p e c é a d e s a r r o l l a r m e . N o le gus:aba que los pelusas d e l cité de Santa Rosa me agarraran pa'/ payaseo. En esos d í a s fue c u a n d o d o ñ a C a r m e n me dijo aue vo t e n í a que hacer algo para g a n a r m e el p u chero y me dijo que d e b í a s e r v i r a las mesas. Eso no le gustaba a R a u l i t o y rezongaba contra d o ñ a C a r m e n . Pero y o pensaba que era l ó g i c o que t u \a que hacer a l g ú n trabajo. ¿ P o r q u é la s e ñ o r a C a r m e n t e n í a que d a r m e u n techo y u n p l a t o grasi y o no era nada de ella? U n d í a que estaba s i r v i e n d o ponche en d u r a z no en u n a mesa, los fulanos e m p e z a r o n con los agarrones. U n o le p e g ó u n g r i t o a la d u e ñ a y le dijo: " S e ñ o r a C a r m e n , esta cabra e s t á b i e n malloncita y a " . T o d a s las p u t a s se r e í a n . L a v i e j a : a m b i é n se r e í a . C l a r o , estaba o b l i g a d a a ponerse . ; AVASEO: p a r a la risa. LIONA: m u j e r a d o l e s c e n t e c o n f o r m a s de m u j e r m a d u r a .

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la lata p o r q u e los gallos, s e g u r i t o , eran de la Com i s i ó n de A l c o h o l e s . C u a n d o l l e g u é a la cocina, el R a u l i t o estaba con los ojos llenos de l á g r i m a s . Q u é curioso. Pero en m i v i d a solamente en dos cosas he encontrado t e r n u r a . En las historias de a m o r de la revista Confidencias y en el R a ú l , el viejo y achacoso mar i c ó n de la cocina. Voz DEL T O L O . - ¡ G u i l l e ! (La Guille apaga la luz y sale.) V I N I Z I O . - [Bajo cenital.) Tengo una ficha inmensa, o p r o n t u a r i o c o m o la l l a m a n , llena de detenciones y condenas. J a m á s p o d r é conseguir trabajo. N u n ca p o d r é r e t i r a r m e d e l a m b i e n t e . C a m i n a r é marcado para t o d a la v i d a . ¿ Q u é s e r á de la N a n c y ? ¿ D ó n d e e s t a r á la G i l d a ? ¿ P o d r é encontrarlas a l g u n a vez? ¿ E s t a r á la N a n c y e s p e r á n d o m e j u n t o a la ventana, c o m o en ese t a n g o que le gustaba, para d e c i r m e : "Entre V i n i z i o . . . que afuera es noche y l l u e v e tanto"? (Apagón y se empieza a escuchar el tango "Por la vuelta ". La música sirve de enlace con ¡a escena del otro día en la mañana. El Tolo y la Guille están acostados. El Tolo ronca.) G U I L L E . - (Empieza levantarse y bosteza.) Puchas que tengo el c u e r p o cortado... (Al Tolo.) Oye, h u e v ó n , ¡te estoy h a b l a n d o ! T O L O . - (Moviéndose pesadamente.) ¿ A h ? G U I L L E . - Te d i g o que tengo el c u e r p o c o r t a d o . T O L O . - (Entre dormido.) ¡Es que t o m a i c o m o vaca! G U I L L E . - (Le pega un codazo.) ¡Vos no, pus! TOLO.- (Se levanta y va al lavatorio.) Te acampeonaste en la fuente de soda, ¡no q u e r í a i n i salir a patinar! ACAMPEONARSE: hacerse fuerte en un lugar o con una cosa. 36


• ¡ L L E . - M e hice dos m o m e n t o s en menos de una hora. - Si estaba tan b u e n o , ¿ p o r q u é no seguiste trabajando? LE.- Y a h a b í a hecho m i cuota, ¿ p a ' q u é c h u c h a seguir c a g á n d o m e de frío? Boto.- (Termina de lavarse la cara.) ¡ D i o s te b e n d i g a el hocico! •HILE.- S i e m p r e he s i d o tiesa para los garabatos. .- C u a n d o te deje, s e r á p o r q u e me cabriaste, por o r d i n a r i a . i . - ¡ Q u é te v a i a i r si y a estai a r r a n c h a d o a q u í ! Tenis casa y . . . TOLO.- (La agarra por la cintura.) Y r o p a l i m p i a . LE.- (Trata de soltarse.) ¡Ya, c a b r é a t e , T o l o ! foto.- L l e g u é tan embolao que no te e c h é n i u n p o l v i t o . I- L D LE.- Ya perdiste, ya. IOLO.- M e g u s t a agarrarte con u n poco de trago... C u a n d o tenis o l o r a pilsener, me da t e r n u r a . A s í te c o n o c í . ¿ T e acordai? LLE.- N o me gusta a c o r d a r m e para no s e n t i r m e comprometida. TOLO.- Estabai b a i l a n d o en el s e g u n d o p i s o d e l I n dianápolis. .-. :LI E.- Cuando estaba abajo, afirmada j u n t o a la puerta, llegaron dos obreros de la c o n s t r u c c i ó n . Los caché porque llevaban el serrucho envuelto en papel de diarios. A u n q u e no les e n c o n t r é m u c h a p i n t a , s u b í a bailar con ellos cuando me i n v i t a r o n . Si no h a b í a brillo con el vento, me echaba a volar y listo. LO.- ¡Te d i c e n la desinteresada! GUILLE.- N o soy n á el H o g a r de C r i s t o para i n v i t a r a d o r m i r sin plata. I

i LADO: emborrachado apenas. : ro: dinero, del lunfardo argentino. 37

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T O L O . - M e a c u e r d o que c u a n d o te v i b a i l a n d o c o n ese p e r i c o me dije: " D e m a s i a d o b u e n a para que se la coma u n p r o l e t a " . GUILLE.- Te c a c h é por el espejo que me estabai tasando. T O L O . - M e p o r t é c o m o u n caballero. N o le b u s q u é pelea a nadie. G U I L L E . - Se q u e d a r o n lo m á s t r a n q u i l o s t o m a n d o c u a n d o nos echamos el p o l l o . . . (Pausa.) ¿ C u á n t o t i e m p o hace? T O L O . - N o s é . . . p e r o hemos s i d o h a r t o felices, ¿ n o es cierto? (La abraza.) O y e , G u i l l e , te q u i e r o p e d i r u n a cosa. N o me d i g a i m á s cafiche n i fioca. (Pausa.) D i m e p r o x e n e t a . Suena m á s elegante. G U I L L E . - (Ríe.) ¿ P r o x e n e t a ? ¡Mi p r o x e n e t a ! M i e n t r a s te p o r t í s bien, no h a y p e l i g r o que te eche. T O L O . - N O seai m a l a g r a d e c i d a . ¿ Q u i é n te defiende? G U I L L E . - ¿ Q u i é n paga la pieza? T O L O . - ¿Y q u i é n v a a pagar la m u l t a c u a n d o c a í s ? G U I L L E . - ¿ Q u i é n te c o m p r a la ropa? T O L O . - (Molesto.) Te gusta echarme en cara todas las huevas que me c o m p r a i . . . G U I L L E . - Pa' que no se te v a y a a o l v i d a r . TOLO.- C u a l q u i e r h u e v a , menos m a l a g r a d e c i d o . G U I L L E . - (Se deja caer en ¡a cama.) V e n , T o l o . TOLO.- ¿ A h o r a ?

G U I L L E . - M á s vale tarde... T O L O . - (Se acerca.) Tenis b u e n cuero. (Se sienta a su lado en la cama.) U n o , ¡la p u r a que es b i e n c o m o las pelotas! (Pausa mientras recorre el cuerpo de la mujer con la vista.) Tiene u n a t r e m e n d a h e m b r a y no la aprecia c o m o c o r r e s p o n d e . G U I L L E . - L a m e j o r carne se la c o m e n los p e r r o s . T O L O . - ¿ Q u i é n es su p e r r i t o huacho? G U I L L E . - M i e n t r a s no te c a r g u í s a los m o r d i s c o s . . .

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.- {Imitando un ladrido.) G u a u , guau... (La muerde.) ¡ G r r r r ! G O L L E . - (Divertida.) Ya, h u e v ó n , c ó r t a l a . .- U n a mascadita. (La acaricia.) D é j a m e m o r d e r :e una p a t i t a . (La toma de un tobillo.) ". LLE.- ¡Ya, h u e v ó n , d é j a m e , que me h a c í s c o s q u i Cas! (El Tolo le hace más cosquillas y la Guille se iesespera.) ¡Ya, pus, vaca, d é j a m e ! (Más enojada.) Ya. pus, d é j a m e , concha de t u m a d r e ! [TOLO.- (Levantándose.) ¿ N o p o d í s c o n t r o l a r el hocico? Y o te cabreai de hablar a p u r o s garabatos! ¿ N o p o d í s dejar de l a d o p o r u n rato t u c o n d i c i ó n de maraca? (Toma una pilsener.) ¡ N i d e s a y u n o se puede t o m a r t r a n q u i l o ! LE.- S i e m p r e he s i d o i g u a l , ¡ q u é hueva! Soy nacida y criada en el a m b i e n t e . N o v o y a b o t a r m e a cartucha a ú l t i m a h o r a . ¡ M e n o s p o r d a r l e en el gusto a u n fioca a t o r r a n t e que quiere v e n i r a d á r melas de b a c á n ! ¿Y c ó m o la M a r l e n e ? a l ILLE.- ¿ Q u é pasa con ella? .-Es bien hablada. N o es como Vos. D o ñ a Eugenia la pasa pa' la pieza y hasta la i n v i t a a almorzar. LLE.- ¿Sí? ¿Y q u é a l m u e r z a n ? ¿Tortillas? LO.- ¡ N o tenis pa' q u é picarte! Reconoce que a u n :ue la M a r l e n e sea p a t í n i g u a l que vos, no es re nunca t a n o r d i n a r i a . Y LLE.- ¿Y, entonces, q u é crestas h a c í s v i v i e n d o conmigo? ¡ P o d í s echarte el p o l l o c u a n d o q u e r a i , no m á s ! (Pausa.) M e tenis cabria, ¿ s a b í s q u é m á s ? ".- C u a n d o me v a y a , s e r á p o r q u e y o q u i e r a . N o me v a i a v e n i r a c o r r e t i a r vos. ~ - - r . ' C H A : mujer virgen. - ILLAS: acto sexual entre mujeres.

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GUILLE.- ¡ H o l a , no! T O L O . - ¡El c o r t a p l u m a z o que te pego en el p a ñ o ! ¡Vai a tener que i r a p a t i n a r al M a p o c h o pa' que te o c u p e n los pelusas! GUILLE.- ¡ N O le tengo m i e d o a los m a r i n e r o s y te v o y a tener m i e d o a vos, choriflai al peo! T O L O . - (Levanta ¡a mano.) ¡Te v o y a fletarl G U I L L E . - (Toma una tijera.) ¡ H á c e m e a l g o no m á s , h u e v ó n ! (Golpes suaves en la puerta.) G U I L L E . - (Soltando ¡a tijera.) ¡Ya, d é j a t e ! (Va a abrir.) V I N I Z I O . - (Entra y ve ¡a escena tensa.) Parece que lleg u é en u n m a l m o m e n t o . GUILLE.- Pasa no m á s , Rucio. A q u í no se llega n u n c a en b u e n m o m e n t o . Pasamos en g u e r r a . TOLO.- (Risueño.) M i r a , i t a l i a n i t o , a q u í va a empezar a reinar la paz c u a n d o y o le r o m p a la jeta a esta. C u a n d o la m i n a a q u í se convenza que soy el jefe. GUILLE.- (Sarcástica.) ¡ H o l a , jefe! T O L O . - H o l a , no. V I N I Z I O . - Difícil v i v i r con mujer. T O L O . - En eso le achuntaste p o r q u e s i e m p r e hai v i v i d o con h o m b r e s . VINIZIO.- N o siempre. T O L O . - (Dudando.) ¿ E n serio? VINIZIO.- ¡Seguro! GUILLE.- (Al Tolo.) ¿Y no i b a i a salir? T O L O . - (Mira con furia a la Guille.) ¡ C h i s , g ü e ñ a ! . . . Gun LE.- Te d i g o pa' que te a r r e g l í s . Nosotros con el Rucio vamos a despejar la pista de baile. (A VinizCHORIFLAI: m i x t u r a d e c h o r o c o n f l a i t e . (FLAITE: Personaje d e la n o c h e , n o n e c e s a r i a m e n t e d e l i n c u e n t e , q u e hace a l a r d e d e su p r e s t a n c i a y s u h a b i l i d a d p a r a el b a i l e ) . FLETAR: p e g a r . JETA: boca.

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cío.) ¡ A y ú d a m e , Rucio! (Apartan algunos muebles mientras el Tolo termina de arreglarse para salir.) K I L O . - (A la Guille.) Y vos, h u e v o n a , ¿ p e n s a i b a i l a r en pelotas? E [ D i F.- A vos no te i m p o r t a . DOLO.- D e c í a no m á s . GUILLE.- (A Vinizio.) ¿ C a c h a i , Rucio, que f u é r a m o s al concurso de baile y me sacara el a b r i g o , q u e d a r a así y b a i l a r a con esta p i n t a ? ¡Y con p o r t a l i g a s negras! ¡ C ó m o les t i r i t a r í a la pera a los viejujos d e l jurado! T LO.- Te gusta a n d a r con la p r e p o t e n c i a adelante, j . LLE.- N O s a b í a que tener b u e n cuero era ser prepotente. 7 LO.- Tener b u e n cuero c o m o vos, tener buena p i n ta c o m o y o o tener b u e n a cara c o m o el R u c i o , t o d o sirve para i m p o n e r s e . Y el que abusa de sus c o n d i c i o n e s es p r e p o . GUILLE.- A q u í el ú n i c o p r e p o t e n t e y pasado pa' la p u n t a soi vos. TILLO.- A S Í s e r á . Pero, c u í d a t e . P o r q u e a u n q u e tengai b u e n c u e r o y te a n i ñ í s , i g u a l p o d í s p e r d e r . j LLE.- ¿ M e q u e r í s c o n t a g i a r con t u fatalismo? T I L O . - Te d i g o no m á s , p a ' q u e no v e n g a i a l a m e n tarte si no g a n a i . (Busca en la cartera de la Guille.) ¿Te p u e d o sacar u n billete? GUILLE.- Saca, pero no me r e v o l v a i t o d o . T : LO.- (Toma unos billetes y se ¡os guarda. Acaricia a la Guille.) ¡ C h a o ! I LLE.- (Esquivándolo.) C h a í t o , no m á s . T LO.- (A Vinizio.) ¡ Q u e se v i s t a la h u e v o n a ! (Sale.) j . ii LE.- (Piensa un segundo con rabia y va hacia la venrana y grita.) ¡ O y e , h u e v ó n vaca! ¡ I n v i t a a pasear a la M a r l e n e , pus! ¡ P o d í s l l e v a r l a al C a f é Paula,

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c o m o se cree pituca la h u e v o n a ! ¡Y c o m o te d i plata, hasta le p o d í s pagar u n a cacha! (A Vinizio.) ¡Es m á s f a r s ú o este h u e v ó n ! V I N I Z I O . - D í g a m e u n a cosa, c o m a d r e , ¿ v a l e la pena v i v i r t o d o el t i e m p o a las patadas? GUILLE.- A veces pienso que no, Rucio. Pero hay algo que no me alcanzo a e x p l i c a r y que me a n d a tray e n d o s i e m p r e con rabia. VINIZIO.- ¿ Q u é será? G U I L L E . - Esta p r o f e s i ó n . . . VINIZIO.- ¿Cuál? G U I L L E . - Trabajar de p u t a . V I N I Z I O . - D u r o el oficio. G U I L L E . - U n a no tiene o t r a cosa que v e n d e r . Prefiero ser p u t a antes que a n d a r p i d i e n d o l i m o s na. V I N I Z I O . - Yo t a m b i é n me he v e n d i d o . M e he arrepent i d o t o d a la v i d a . G U I L L E . - N o h a y q u e a r r e p e n t i r s e n i s e n t i r pena. T u v o que hacerse y se hizo. D e s p u é s , c o m o dice el tango, el o l v i d o . V I N I Z I O . - Y O no p u e d o o l v i d a r . (Se quiebra.) G U I L L E . - V i n i z i o , V i n i z i o . . . no seai t o n t o , r u c i o . V I N I Z I O . - Es que m i v i d a ha s i d o como las pelotas... G U I L L E . - Todas las v i d a s son iguales de pencas. M e acuerdo c u a n d o una vez y o t a m b i é n me c a í en el hoyo... A s í c o m o te pasa a t i ahora. U n cliente me s a c ó . Trabajaba de p e r i o d i s t a y el d í a d e l pago se iba pa' la A l a m e d a a buscar minas. Y o me había i d o a o c u p a r varias veces con él. Era alegre y buena persona. Entraba con u n a al h o t e l y , en el p r i m e r p e l d a ñ o de la escala, le pegaba a u n a en PITUCA: mujer de clase o bien vestida. PENCA: de mala clase. 42


el cachete y d e c í a : " ¡ Q u i é n l l e g a p r i m e r o a la cama!". Y s u b í a m o s c o r r i e n d o . ;IZIO.- N i rocha que ganabai t ú . LE.- A veces... A q u e l l a noche y o estaba bien maleta. Con decirte que t e n í a hasta ganas de llorar. Él me dijo: " N o e s t í s t r i s t e , G u i l l e . N o tenis p o r q u é estar triste, y o debiera estar m á s triste que t ú " . Y. p o r q u é , le p r e g u n t é , y él me dijo: " P o r q u e si v e n d í s el p o t o no es nada al l a d o m í o que le v e n do m i a l m a al d u e ñ o d e l d i a r i o " . Y eso que me dijo me s a l v ó , V i n i z i o . P o d e m o s v e n d e r el p o t o o c u a l q u i e r o t r a parte d e l cuerpo, pero (se golpea el pecho.) el a l m a , ¡ni cagando, Rucio! :zio.- Pero s i n p l a t a , ¿ c ó m o d e f e n d e r el a l m a ? C ó r n o chuchas defender el alma? c

GUILLE.- ¡Sirve la plata! V IZIO.- N a d a se hace s i n plata. GUD LE.- Cierto, una vez a m í me t o c ó organizarle u n a colecta a una p u t i t a de la A l a m e d a , que n i siquiera era m i amiga. A h í v i c ó m o puede servir la plata. V I N I Z I O . - ¿ C o l e c t a ? ¿Y, p a ' q u é ? GUILLE.- Porque la h a b í a n p r i n g a d o . D e l p o l i c l í n i c o de M a p o c h o la h a b í a n m a n d a d o al h o s p i t a l San L u i s . D e l h o s p i t a l s a l i ó d e s p u é s de tres meses. Sanita, p e r o pato. Flacuchenta, d e s n u t r i d a y s i n ganas de salir a hacerle e m p e ñ o . Y o , entonces, e n c a b e c é el lote y p a s é u n a lista. Todas las m i n a s del sector d i e r o n algo. El a d m i n i s t r a d o r d e l N e g r o Bueno se puso t a m b i é n . D i e r o n plata los garzones d e l Bosco y hasta u n paco de la P r i m e r a . ¿ Q u é me d e c í s ? V I N I Z I O . - A veces la gente q u i e r e a y u d a r . C l a r o que no s i e m p r e . MALENA: estar m a l e c o n ó m i c a y a n í m i c a m e n t e .

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G U I L L E . - H a y que usar la p s i c o l o g í a . A t o d o s les conté que la p l a t a era para que la m i n a p u d i e r a r e t i rarse. Le h i c i m o s u n b u e n billete. La m a n d a m o s para la p e l u q u e r í a y le c o m p r a m o s u n pasaje p a ' l sur. Sus padres t e n í a n u n t e r r e n i t o en L a u t a r o . T o d a v í a me acuerdo c u a n d o la fuimos a dejar a la E s t a c i ó n C e n t r a l : " L l é v a l e u n o s e n g a ñ i t o s a tus viejos, q u é d a t e allá y te buscai u n huaso pa' que te casis", le dije. N u n c a m á s hemos sabido de ella. VINIZIO.- A lo mejor debe estar feliz c r i a n d o gallinas. G U I L L E . - En esas huevas es c u a n d o me entra la d u d a . M a l que m a l u n a de p u t a p u e d e a n d a r l i m p i a y arreglada. Pero si te casai con u n g a l l o trabajador... Los sueldos no alcanzan pa' n i chucha. (Saca una falda y se ¡a muestra.) ¿ T e gusta, Rucio? Le hice u n tajo para v e r m e m á s p r o v o c a t i v a . V I N I Z I O . - (Va hacia el lugar donde están los discos.) ¿ D ó n d e dejaste el disco, G u i l l e ? G U I L L E . - El h u e v ó n d e l T o l o los estuvo r e v o l v i e n d o . V I N I Z I O . - N o te creo que al T o l o le guste la m ú s i c a . G U I L L E . - La m ú s i c a no. Le g u s t a n los tangos. V I N I Z I O . - (Sacando algunos discos y leyendo las carátulas.) Rodolfo Biagi... toca l i n d o esa orquesta. A l f r e d o de Angelis, ¡ p u t a s que me gusta Oscar Larroca! (Nombra los tangos y canta los títulos. Lee.) Percal. (Canta.) "¿Te acuerdas d e l percal?". (Lee.) Portero suba y diga. (Canta.) "Portero suba y d í g a l e a esa ingrata". (Irónico.) Portero... (Lee.) V e r d e m a r . (Canta.) "Verdemar, se apagaron en silencio tus pupilas... verdemar" ¡Ah, chuchas! Este que es l i n d o . (Canta.) " Y o soy u n criollo h o n r a d o / me l l a m o A l b e r t o A r e n a s / S e ñ o r me t r a i c i o n a b a n / y los m a t é a los dos". L o cantaba el viejo que estaba preso conmigo. (Canta.) "Las pruebas de la i n f a m i a / las traigo

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en la m a l e t a / las trenzas de m i c h i n a / y el c o r a z ó n de é l " . Y al viejo se le c a í a n las l á g r i m a s como a u n :abro chico. H a b í a que ser m á s fuerte que la chucha pa' no ponerse a llorar t a m b i é n . LILLE.- ¿ S e lo pasaban c a n t a n d o en la cana? n z i o . - H a c í a m o s c o m p e t e n c i a para ver q u i é n sab í a m á s t a n g o s de presos. (Canta.) " V i e j a , u n a d u d a c r u e l me a q u e j a / y es m á s fuerte que esta r e j a / q u e me s i r v e de p r i s i ó n . . . " . Y e s t á b a m o s hasta que llegaba la m a ñ a n a c a n t a n d o . Pero había u n preso que era m á s s á d i c o . . . Dejaba p a ' l f i nal u n tango con el "Padre N u e s t r o " . . ILLE.- ¿ C ó m o la o r a c i ó n de los curas? \ : z i o . - (Canta más alto y con emoción.) " E s c ú c h a m e , padre n u e s t r o / m i viejecita se m u e r e . . . / T o d o s los reos te q u i e r e n / a u n q u e n o sepan rezar..." (Se calla como avergonzado.) ¿Y s a b í s , G u i l l e ? A h í quedaba el l l a n t e r í o . Q u e c ó m o e s t a r á m i vieja. O t r o , que y o n i la c o n o c í . Q u e me p o r t é c o m o las huevas c o n la p o b r e . Q u e c u a n d o salga la v o y a abrazar y no la v o y a dejar sola n u n c a . VILI i . - Los h o m b r e s , entre h u e v e o y h u e v e ó , son bien l l o r o n e s , ¿ a h ? INIZIO.- C u a n d o u n o se atreve a mirarse hasta el fond o d e l alma, lo que ve no tiene nada de bonito... Si no p u d i e r a llorar, t e n d r í a que pegarse u n t i r o . (Deja los discos donde estaban.) A q u í e s t á el fox-trot. _ILLE.- P ó n e l o . (Bailan y la Guille interrumpe.) M e j o r t e r m i n o de a r r e g l a r la f a l d a . A s í p o d r e m o s ensayar c o n v e s t u a r i o . ¡Tal c o m o nos v a m o s a presentar en el C a u p o l i c á n ! B i z i o . - (Va a buscar un disco.) ¿ M e dejai p o n e r este, Guille? LÍELE.- C l a r o , p ó n e l o no m á s . (Vinizio coloca el disco

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y se sienta a escuchar mientras la Guille continúa con su labor. Suena el tango "Consejo de oro". Vinizio se tiende en ¡a cama mientras la Guille sale de la pieza. Continúa escuchándose el tango.) VINIZIO.- M e parece escuchar la v o z cansada de m i madre: " M e siento m a l , V i n i c i t o . . . no me v o y a l e v a n t a r h o y d í a . H á g a s e usted m i s m o u n a tacita de t é " . Por eso c u a n d o l l e g u é a la pieza, al no d i s t i n g u i r el b u l t o , de u n m a n o t a z o b o t é al suelo la a r p i l l e r a q u e s e r v í a de c o r t i n a a la v e n t a n a . M i vieja estaba botada en el camastro, m u e r t a . Es c u r i o s o que y o , siendo t a n c a b r i t o , no me h u b i e se l a r g a d o a l l o r a r de pena. Solo s é que por p r i mera vez en m i v i d a p u d e d a r m e cuenta de lo f l a q u i t a que estaba m i madre... M i e n t r a s la l u z que e n t r a b a p o r la v e n t a n a c a í a sobre el p á l i d o r o s t r o de m i m a m a c i t a , y o me s e n t é al l a d o de afuera de la p u e r t a y me puse a l l o r a r bajito, despacio, sin l á g r i m a s casi. E n t o n ces, con esa falta de conciencia que t i e n e n los n i ñ o s frente a las cosas t e r r i b l e s , h u í de allí. H u í p o r el c a m i n o p o l v o r i e n t o de los basurales hasta la G r a n A v e n i d a . S e g u í c a m i n a n d o , a t o n t a d o , hacia el sur. C a m i n é sin pensar a d o n d e d i a b l o s iba. C a m i n é t o d a la t a r d e y s e g u í c a m i n a n d o t o d a la noche sin d a r m e cuenta que iba a pata pela. H u í a con unos deseos locos de dejar a t r á s tanta m i s e r i a . C a m i n é s o l l o z a n d o m i e n t r a s e m pezaba a t o m a r conciencia que n u n c a m á s iba a ver a m i m a d r e . Q u e n u n c a m á s iba a sentir esa tibieza de h a r i n a tostada que t e n í a n sus brazos en las pocas o c a s i o n e s en q u e me e s t r e c h a b a c o m o a u n n i ñ o . Solo entonces c o m p r e n d í m i soledad... [En ¡a penumbra se queda dormido unos ins-

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-.antes. La luz se hace cada vez más fuerte.) ¡ P u t a s , parece que m e q u e d é d o r m i d o ! E.- U n b u e n rato. P r e f e r í que descansaras m i e n tras y o t e r m i n a b a esto. {Empieza a vestirse; se pone la falda negra.) M e v o y a p o n e r los de taco alto. {Busca los zapatos y se los pone.) ¿ C ó m o me veo? zio.- ¡ I m p o n e n t e , c o m a d r e ! GUILLE.- ¡Voy a t i r a r n i qLie m a n s o petardol N o me i a a pasar lo q u e me p a s ó la o t r a vez. ¡La p u r a q u e a n d a b a b i e n a t o r r a n t e ! Iba con u n a f a l d a a m a r i l l a y una c h o m b a rosada. ¡ M á s picante que la n o v i a de C o n d o r i t o ! v i o . - A h o r a no. V a i a i r c o m o una d e esas m i n a s que salen en las r e v i s t a s . (La voz del Tolo desde afuera, tarareando el tango "Por la vuelta".) tuiLi E.- ¡ P u c h a s que v i e n e contento! V I N I Z I O . - A l g u n a v e z q u e no llegue con la bronca, j . ii LE.- A veces es t i e r n o , el bolas. TOLO.- {Entrando.) ¡Bah! Los c r e í a e n s a y a n d o . I-VIL LE.- R e c i é n t e r m i n é de a r r e g l a r la falda... V I N I Z I O . - {Al Tolo) ¡ Q u é l i n d o el t a n g o ese q u e v e n í a i e n t o n a n d o p o r la escalera! M e a c u e r d o de l a N a n c y . L l o r a b a c u a n d o lo escuchaba... T O L O . - Se l l a m a "Por la v u e l t a " . V I N I Z I O . - (Canta.) " A f u e r a es noche y l l u e v e tanto...", es lo ú n i c o que me a c u e r d o . T I L O . - (Se prepara como si fuera un cantante.) I m a g í nate, R u c i o , la o r q u e s t a . . . (Se escucha la música como si una orquesta imaginaria acompañara al Tolo. Canta.) " ¡ A f u e r a es noche y l l u e v e t a n t o ! / v e n a m i l a d o , me d i j i s t e . / H o y t u p a l a b r a es c o m o u n m a n t o / U n m a n t o g r a t o de a m i s t a d . . . / T u copa es esta y la l l e n a s t e / b e b a m o s j u n t o s viejo a m i g o . . . / TIRAR PETARDO: darse ínfulas.

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dijiste m i e n t r a s l e v a n t a s t e / t u fina copa de c h a m pán... / L a historia vuelve a repetirse/mi m u ñ e q u i t a d u l c e y r u b i a , / e l m i s m o amor... la m i s m a l l u v i a . . . / e l m i s m o , el m i s m o l o c o a f á n . . . / ¿ T e acuerdas? Hace j u s t o u n a ñ o / n o s separamos sin u n l l a n t o . . . / n i n g u n a escena n i n g ú n d a ñ o . . . / s i m p l e m e n t e fue u n a d i ó s / i n t e l i g e n t e de los dos. ¡Tu copa es esta! Y n u e v a m e n t e / los dos b r i n d a mos p o r la v u e l t a / t u boca roja y o f e r e n t e / b e b i ó en el fino bacarat.../ D e s p u é s , q u i z á s m o r d i e n d o u n l l a n t o , / q u é d a t e s i e m p r e me d i j i s t e . . . / A f u e r a es noche l l u e v e t a n t o / ...y c o m e n z a s t e a l l o r a r . . . / L a h i s t o r i a v u e l v e a repetirse..., etc.". (Al terminar con el tango Vinizio aplaude.) G U I L L E . - {Molesta.) ¿Y p o r q u é chucha, siempre... tiene que ser r u b i a la h u e v o n a ? V I N I Z I O . - ¡Te pasaste T o l i t o ! (Abraza al Tolo.) T O L O . - En vez de ser choro, y o d e b e r í a haber sido cantante, h u e v ó n . G U I L L E . - L l e g a i a dar g u s t o c u a n d o a n d a i de b u e n genio, T o l o . T O L O . - T o d o s somos iguales. Cada u n o tiene sus mañas. (Reparando en la vestimenta de ¡a Guille.) ¿Y, vos, de d ó n d e saliste? GUILLE.- (Poniéndose en pose como modelo.) ¡ Q u é me decís, ti! Parezco una de esas chimbirocas del A m e r i can Bar del puerto. (Da unos pasos luciéndose.) M e pongo una boina azul y una cadenita con una cruz al cuello... (Estira la pierna para lucir el corte de la falda.) ¡Y lista para que me saquen una fotografía para la c a r á t u l a del tango "Tristeza marina" ¿ O no? V I N I Z I O . - (Al Tolo.) Y o le d e c í a a la c o m a d r e a q u í que se v e í a p u l e n t a con esa p i n t a . T O L O . - D e j á n d o s e de huevas, la m i n a tienen su b r i -

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lio. (La acaricia y le hace levantar la cabeza) A d e m á s que de cara no es tan federica. GUILLE.- Si no e s t u v i e r a t a n m a l t r a t a . . . ¡ C h u c h a s ! ¡ Q u é no s e r í a ! T O L O . - N O te a m a r g u í s y baila. G U I L L E . - (Con extrañeza.) ¿ C ó m o ? TOLO.- A S Í como siempre, u n ensayo. Yo hago la crítica. VINIZIO.- (A la Guille.) Ya, comadre. (Mueve algunas cosas para preparar la pista. Al Tolo.) Vamos a ponerle p i n o pa' que t ú d i g a i c ó m o e s t á saliendo... Se me olvidaba, compipa, que tengo que p o n e r m e su chaqueta. (Va a buscar ¡a chaqueta y se la pone.) G U I L L E . - (Radiante.) I m a g i n e m o s que estamos en el C a u p o l i c á n . Los focos nos i l u m i n a n . Y e m p i e z a a escucharse la o r q u e s t a . (Va al tocadiscos, ¡o enciende y, al escucharse los primeros acordes, aumenta la intensidad de la luz y el escenario queda convertido en la pista de baile. Bailan con el máximo de profesionalismo mientras el Tolo observa presa de sentimientos encontrados. Al terminar el baile, ¡a pareja se queda parada en silencio. El Tolo camina hacia un rincón, dándoles la espalda.) TOLO.- (Dándose vuelta.) ¿ Q u é quieren, que los aplauda? G U I L L E . - (Tímidamente.) ¿ Q u é te p a r e c i ó , Tolo? TOLO.- (Amurrado.) P o d r í a ser peor. G U I L L E . - ¿ O sea que nos estai d i c i e n d o que no tenemos chance de ganar? T O L O . - D e p e n d e . Si los o t r o s c o m p e t i d o r e s son m á s rascas que ustedes, ustedes g a n a n . V I N I Z I O . - (A ¡a Guille.) ¡ H a y que tener fe, c o m p a ñ e r a ! T O L O . - (Con sorna.) La fe m u e v e m o n t a ñ a s , c o m o p r e d i c a n los canutos. G U I L L E . - ¡ N O te r i a i de los canutos que son m u c h o m á s felices que vos, h u e v ó n !

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T O L O . - Ya, deja de huevear y a p ú r a t e pa' que salgai a trabajar. G U I L L E . - S Í , p e r o p r i m e r o me c a m b i o la r o p a , no p i e n s o e c h a r l a al t r a j í n . {Empieza a sacarse la ropa.) V I N I Z I O . - Bueno, Tolo... Chao, G u i l l e . (Hace ademán de irse.) T O L O . - (A Vinizio.) ¿Y pa' q u é te vai? (Pausa.) Por q u é no te q u e d a i a gozar del strip tease... (Toma a Vinizio de una manga.) S i é n t e s e a q u í , c o m p i p a . ¡Y a p r e n d a a no perderse n u n c a una h u e v a que es gratis! GUILLE.- (Molesta.) ¡ C a b r é a t e , h u e v ó n , de a n d a r i n ventando cuáticas! T O L O . - (A Vinizio.) ¿ N o me v a i a decir que no te gustan las m i n a s gratis? V I N I Z I O . - (Humilde.) ¿ A q u é viene t o d o esto? Yo no he d i c h o nada que p u e d a molestarte. GUILLE.- Ya, c ó r t a l a , ¿ q u e r í s T o l o ? T O L O . - N O es con

vos,

es con

él.

V I N I Z I O . - Y O no he d i c h o nada... T O L O . - ¿ N i hecho? V I N I Z I O . - M e n o s . Yo sé lo que es el respeto. GUILLE.- (Más entera.) Á n d a t e , V i n i z i o . M a ñ a n a seguimos. T O L O . - (A Vinizio, atajándolo.) C h á n t a l e . A q u í mando y o . G U I L L E . - (Sin hacerle caso al Tolo.) V i n i z i o , á n d a t e . que este h u e v ó n se va a p o n e r pesado. T O L O . - (A Vinizio.) Te dije que te quedaras a h í . G U I L L E . - (Al Tolo.) ¿ P a ' q u é le q u e r í s buscar mocha? N o te ha hecho nada c o m o para que te e n c u e l l í s . T O L O . - (Tironeando a ¡a Guille.) D é j a m e t r a n q u i l o . Yo s é lo que q u i e r o .

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.

LLE.- (Enfrentándolo.) ¡Te conozco, h u e v ó n ! Déjalo que se v a y a . (A Vinizio.) Ya, R u c i o , á n d a t e . TOLO.- (Golpea a la Guille.) ¡ A q u í m a n d o yo, m i e r d a ! ¿ N o te dije? (Empieza a golpearla y arrastrarla por ¡a pieza.) ¡Te v o y a sacar la cresta, maraca! ¡Ahí vamos a ver q u i é n manda! (Vinizio observa aterrorizado.) GUILLE.- ¡Ya, T o l i t o , c a b r é a t e ! SIZIO.- N o le p e g u í s , T o l o . ¿ Q u é sacai con pegarle a la G u i l l e ? GUILLE.- (Gritando.) ¡ V i n i z i o , no te metai! ¡ Á n d a t e ! V : \ i z i o . - D é j a l a , T o l o . N o seai t o n t o . GUILLE.- ¡Te d i g o que no te m e t a i , Rucio! V : \ i z i o . - (Al Tolo.) N o le p e g u í s m á s , te d i g o . TOLO.- (Dejando a un lado a la Guille. A Vinizio.) ¿ T e nis algo que ver con ella? SIZIO.- S a b í s que no. T O L O . - A lo mejor y a se han acostado y estoy haciendo el p a p e l de g i l . GUILLE.- Ya, T o l o , c a b r é a t e de h a b l a r h u e v a d a s . ;IZIO.- Te j u r o que no, T o l o . 7 : LO.- (Remedándolo.) Te j u r o que no. ¡Estai cagado de susto! IZIO.- ¿ P a ' q u é lo v o y a negar? 7 i o.- ¿ N o soi tan a n i ñ a o ? ¿ N o d e c í s que te echaste u n c h o r o en la peni? V I N I Z I O . - N o q u i e r o n i por n á pelear con vos, T o l o . 7 LO.- ¿ M e tenis m i e d o ? V NIZIO.- Sí, T o l o . Te tengo m i e d o . 7 LO.- Mostacero, m a r i c ó n y m i e d o s o . (Vinizio asiente con la cabeza.) ¡ I g u a l v a i a tener que pelear conm i g o ! T e n g o h a m b r e p o r m a t a r a u n mostacero. {Saca un cortaplumas de resorte.) El h o m b r e p u e d e v i v i r c o m o m a r i c ó n , pero, a u n q u e le cueste, tiene que a p r e n d e r a m o r i r c o m o m a c h o .

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Luis RIVANO V I N I Z I O . - N O q u i e r o pelear, T o l o . ¿ N o veis que v e n go saliendo de la c á r c e l ? T O L O . - ¡Y a m í q u é

me

importa!

V I N I Z I O . - U n p o q u i t o de p i e d a d , Tolo... GUILLE.- (Implorando.) D é j a l o que se v a y a . T O L O . - (A ¡a Guille.) ¡Y a vos, h u e v o n a , te v o y a m a r car la cara! (Se le va encima con el cortaplumas en la mano.) V I N I Z I O . - (Grita.) ¡Déjala! TOLO.- (A Vinizio.) ¿ Q u e r í s a n i ñ a r t e ? (Presiona el resorte del cortaplumas. Salta la hoja adelante. Con desprecio.) M a r i c ó n . ¡ Q u é ! ¡Ni m a r i c ó n siquiera! ¡ M a r i cueca! Vos soi capaz de esconderte d e t r á s de las polleras de una m i n a . (Lo agarra de ¡a camisa y lo hace arrodillarse) ¡ D á n d o s e l a s de c a m p e o n c i t o , choro al peo! ¡Gil avivao! V I N I Z I O . - D i lo que q u e r a i , p e r o no q u i e r o v o l v e r a la c á r c e l . T O L O . - (Escupiéndolo.) ¡Soi una m i e r d a , italiano! (Lo escupe de nuevo.) V I N I Z I O . - N o q u i e r o pelear. Q u i e r o p o d e r v i v i r t r a n q u i l o a l g u n a vez en m i v id a. . . T O L O . - ¡ C o b a r d e ! Infeliz... (Lo escupe con desprecio.) V I N I Z I O . - N o q u i e r o pelear, no q u i e r o caer preso. Pero, si no p u e d o v i v i r en paz c o m o q u i e r o , y si t e n g o que p e l e a r c o m o he t e n i d o que h a c e r l o siempre... (Golpea con ambas manos en el suelo y se levanta con rabia.) ¡Sea! (Saca el puñal con fuerza hacia arriba.) ¡Y si vos soi tan c h o r o y t a n macho... pelea chuch'e t u m a d r e ! (Ambos pelean. Después de un breve duelo de fintas el Vinizio se va encima y mata al Tolo de un tajo en el estómago. El Tolo cae, la Guille se tapa la cara con

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ambas manos y el Vinizio arroja el puñal lejos y grita casi llorando de desesperación. La luz decrece lentamente, al mismo tiempo que la música del f o x t r o t se escucha como telón de fondo.)

FIN

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Luis

Rivano

Caja de herramientas Materiales para aprender

PerfiL d e L A u t o R | Aquí encontrarás un comentario sobre el escritor y una síntesis de la importancia de su obra.

ZooM

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Una mirada panorámica sobre lo que escribió el autor, los hechos más importantes de su vida y algunos hitos de la historia de Chile y el mundo ocurridos en los años en que vivió.

LinK

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Un texto que puede ser literario o no, relacionado con la temática principal de la obra... para leer un poco más. para reírse, para comentar.

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Una entrevista al autor en la que cuenta cosas importantes relacionadas con su trabajo y su vida. CtlAt

(yo opino) |

Temas para conversar a partir de "El rucio de los cuchillos".

PerfiL deL AutoR

De paco a librero Luis Rivano e s c r i b i ó su p r i m e r a novela, Esto no es el paraíso, en 1965, cuando a ú n trabajaba en Carabineros de Chile, por lo que el m u n d o que representa y los personajes que aparecen en la n a r r a c i ó n eran parte de su vida cotidiana como "paco". A l presentar una cruda visión de los policías, la novela le c o s t ó la permanencia en su trabajo, pese al éxito que l o g r ó , ya que se realizaron m á s de siete reediciones. A l igual que muchos escritores de la d é c a d a del 60, Rivano dedica su obra a presentar u n realismo renovado, que toma el habla popular, los escenarios y personajes que no h a b í a n sido considerados por la alta literatura. Es así como se inician las corrientes de literatura coloquial y social en H i s p a n o a m é r i c a . En el caso de Rivano no hay u n c o m p r o m i s o en u n sentido político Sino la propuesta de una r e l a c i ó n m á s directa entre la sociedad chilena c o n t e m p o r á n e a y el m u n d o de la creación (de la narrativa y el teatro), de la literatura que se está comenzando a p r o d u c i r . 57

Luis Rivano Marginales en escena Relacionado con el m u n d o de las letras y los libros, Rivano luego de dejar Carabineros instala una librería en la calle San Diego que se ha vuelto tradicional y comienza a escribir obras teatrales que ponen en escena el m i s m o tipo de personajes con los que se inició en la literatura: aquellos del lado menos visible de la sociedad chilena, el de los delincuentes, las prostitutas, los bohemios y los marginales. U n rasgo que atraviesa toda su p r o d u c c i ó n , y que define su perfil de escritor, es el lenguaje que utiliza en sus textos, u n lenguaje que el m i s m o autor considera central para dar m a y o r v e r o s i m i l i t u d a los personajes (ver la sección "Play" en p á g . 65), ya que s e g ú n su p u n to de vista, es la forma de hablar de V i n i z i o , el Tolo o la Guille, en el caso de " E l rucio de los cuchillos" lo que define su realismo y veracidad. En el m i s m o sentido en que el autor incluye el habla de la calle (coa), incorpora a sus producciones letras de tangos que t a m b i é n cuentan historias de desencuentros y destinos t r á g i c o s , como las de sus obras, con lo que consigue enriquecer el lenguaje d r a m á t i c o . Así, los fragmentos de tangos que Rivano utiliza marcan m o m e n tos de particular t e n s i ó n , que adquieren para los espectadores distintos significados al ser u n lenguaje que les es conocido. Las constantes puestas en escena de obras como "Te llamabas Rosicler", "Sexy b o o m " , y esta que acabas de leer, demuestran que su b ú s q u e d a de u n teatro realista, " v i v o " y chileno encuentra en los espectadores la respuesta que el autor espera.

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ZooM

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1933: Nace en Cauquenes. Es hijo de Milcíades Rivano y Luisa Sandoval. Es el menor de 13 hermanos. 1932: El 4 de junio, es derrocado el gobierno y se lo sustituye por una Junta de Gobierno, que preside el general Arturo Puga. La junta es integrada además por Carlos Dávila, Eugenio Matte y el coronel Marmaduque Grove en la cartera de Defensa. • Se instaura la llamada República Socialista. • El 30 de octubre se efectúan elecciones presidenciales, a las que se presenta Arturo Alessandri con el apoyo de liberales, radicales y demócratas. Consigue el triunfo por mayoría.

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1932: Gandhi inicia una de sus más importantes campáñas de protesta civil contra las autoridades británicas. 1954: Ingresa a Carabineros de Chile. 1952: Obtiene por segunda vez la presidencia del país Carlos Ibáñez del Campo. • En ese año, la población total de Chile era de seis millones de habitantes. 1953: Se crea el Banco del Estado. • Se funda la Central Unitaria de Trabajadores, CUT. 1955: El escritor Nicanor Parra recibe el Premio Municipal de Santiago por su obra Poemas y antipoemas. 1958: El gobierno legaliza nuevamente al Partido Comunista, que había sido declarado ilegal por la "Ley de defensa permanente de la democracia". • Es elegido presidente Jorge Alessandri Rodríguez. 1951: Se realiza La primera demostración de grabación en magnetoscopio de imágenes y sonido.

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Luis Rivano 1965: Abandona Carabineros tras la publicación de su novela Esto no es el paraíso, en la que ofrece una visión cruda y realista de la vida de los policías chilenos. 1966: Publica El signo de Espartaco. 1967: Edita El cuaderno de Víctor Hidalgo y El apuntamiento, novela en la que aparece por primera vez su famoso personaje Vinizio Zanetí, el rucio de los cuchillos. o 55 2 5 S w

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1964: Es elegido presidente Eduardo Frei Montalva, representante de la Democracia Cristiana. Ganó la elección con un 56 por ciento de los votos. • Violeta Parra expone sus pinturas en el Museo del Louvre, de Francia. 1965: Valparaíso es sacudida por un terremoto que deja 400 víctimas. 1967: Se crea la Oficina Nacional de Planificación (ODEPLAN). • Es promulgada la ley de Sindicalización campesina. • Se suicida Violeta Parra. 1964: Se inaugura la línea "Nueva Tokaido" en Japón, que une Tokio y Osaka. Este tren bala es el primero en superar los 200 k m / h . 1968: El 28 mayo se produce en Francia una masiva manifestación de estudiantes universitarios en contra del régimen de Charles de Gaulle. 1970: Publica La yira. 1971: Publica Tirara matar. 1972: Escribe "Los basureros". 1973: Publica El rucio de los cuchillos. 1976: Se estrena su primera obra teatral. "Te llamabas Rosicler", la que consigue un importante éxito de público y crítica. La obra fue premiada por el Instituto Chileno Francés de Cultura y el grupo Imagen (que dirigía Gustavo Meza). 1977: Estrena "Un gasfiter en sociedad" y "Los matarifes". 1979: Es estrenada la obra "Por sospecha". 1970: Triunfa en las elecciones presidenciales Salvador Allende, candidato de la Unidad Popular. 60

Caja de herramientas 1971: El gobierno nacionaliza cerca del 90% de la industria del cemento y avanza con la nacionalización de la minería del cobre. • El poeta Pablo Neruda obtiene el Premio Nobel de Literatura. 1973: El 29 de junio se produce el "tancazo", un intento de golpe de Estado contra Allende en el que Pinochet se mantiene leal al gobierno. • El 11 de septiembre el golpe militar, encabezado por Augusto Pinochet, desti¡3 tuye al presidente: el gobierno es asumido por una junX ta militar. • Mueren los escritores Pablo Neruda y Manuel Rojas. 1976: Se crea la Corporación Nacional del Cobre (CODELCO).

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1977: El gobierno decreta la disolución de todos los partidos políticos: se exceptúa al Partido Nacional y los de derecha. • Se prohibe la importación de libros de autores como García Márquez, Vargas Llosa y Cortázar. 1979: Se declara a la cueca el baile nacional. 1973: Se firman los acuerdos de París, que ponen fin temporalmente a las hostilidades en Vietnam. Q 1975: El 22 de noviembre, Juan Carlos I fue proclamado 2 rey de España, dos días después del fallecimiento de ¿ Francisco Franco. _^ 1979: En Nicaragua, el Frente Amplio de Oposición, ~" liderado por el Frente Sandinista de Liberación Nacional logra la deposición de Anastasio Somoza.

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1981: Se estrena "La última canción". 1982: Estrena "Casados y descasados" y escribe "Remigio o el hombre que compraba y vendía cosas", 1983: Estrena "Míster espectáculo". 1984: Se estrena la obra "Dónde estará la Jeannette", que es premiada en el concurso Eugenio Dittborn. auspiciado por la Universidad Católica. 1985: Se estrena "Sexy Boom".

¡Jj 1980: Es realizado un plebiscito que aprueba una nueva E Constitución, la que mantiene a Pinochet en el gobierno 7?. hasta 1989.» Fallece la escritora María Luisa Bombal. 61

L u i s Rivano

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1981: Comienza la presidencia Constitucional de Pinochet. 1982: Se inicia la creación de nuevas universidades privadas. 1983: Es levantada la censura previa para la circulación de libros. 1984: Se lleva a cabo una de las más masivas manifestaciones contra el gobierno militar, lo que produce el decreto del Estado de Sitio. «Se resuelve el conflicto con Argentina sobre el canal Beagle. 1985: La oposición al gobierno militar firma el Acuerdo Nacional para la Transición a la Democracia. 1987: Es aprobada por la Junta Militar la ley de partidos políticos con la que vuelve a ser autorizado el funcionamiento de estas organizaciones. 1988: El 5 de octubre, con la realización de un plebiscito, se rechaza la continuidad del gobierno militar. «Muere el poeta Enrique Lihn. 1989: Vence en las elecciones presidenciales el candidato de la Concertación Patricio Aylwin.

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1980: El gobernador de California Ronald Reagan triunfa en las elecciones presidenciales de EE. UU. 1982: China adopta una nueva Constitución y se produce una reorganización del Partido Comunista Chino. 1983: Luc Montagnier. en París, consigue aislar un nuevo retrovirus humano. A la vez, en EE: UU. logran lo mismo con un retrovirus en enfermos de SIDA, y en personas que O habían mantenido relaciones con estos pacientes. Se com§ probó que el virus era el agente causante del SIDA. 2 1985: Serias investigaciones ponen en evidencia la exisj tencia de un gran agujero centrado sobre la Antártida. ~ dado que un 50% o más del ozono situado sobre el área desaparecía estacional mente. 1986: El 28 de enero, unos pocos segundos después del despegue, la lanzadera Challenger explota, causando la muerte de sus siete tripulantes. 1989: En diciembre. Estados Unidos invade Panamá con el objetivo de derrocar el régimen del general Manuel Antonio Noriega. 62

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1991: Es estrenada la obra "El rucio de los cuchillos". 1992: Se estrena "La miseria y el show". 1997: Es estrenada la obra "El hombre que compraba y vendía cosas". 1990: En marzo asume la presidencia Aylwin, iniciando el período de transición democrática, que significará una profunda transformación y modernización del país. • Se informan las más graves violaciones a los derechos humanos que fueron llevadas a cabo por el gobierno militar a través del Informe Rettig. 1992: El censo nacional arroja que habitan el país 13.348.401 personas. 1994: Asume la presidencia el demócrata cristiano Eduardo Frei Ruiz-Tagle. • Chile se incorpora al Consejo Económico del Asia Pacífico (APEO). 1997: Es aprobada la Reforma Procesal Penal.» La cesantía alcanza el punto más bajo en la historia del país llegando al 5.5%. 1990: El 2 de agosto, Irak, liderado por Saddam Hussein, invade el emirato de Kuwait, conflicto que desencadena la Guerra del Golfo Pérsico.«El 3 de octubre, después de la unión de la República Democrática de Alemania (RDA) y la República Federal de Alemania (RFA) se crea un Estado único alemán. 1991: El 6 de abril, luego deque los aliados toman Kuwait y logran invadir el sur de Irak, termina la Guerra del Golfo Pérsico. 1994: En marzo, en el estado mexicano de Chiapas comienza a actuar el Ejército Zapatista (dirigido por el subcomandante Marcos) contra el gobierno del Partido Revolucionario Institucional (PRl), presidido por Carlos Salinas de Gortari. 1995: Se lanza al mercado "Playstation", el sistema de videojuegos de Sony. 1997: En febrero se conoce la noticia de que se había clonado el primer mamífero adulto: la famosa oveja Dolly. 1999: El 4 de enero, el euro cotiza por primera vez en el mercado de cambios de divisas. 63

Luis Rivano

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2000: Se estrena la obra "Escucho discos de Al Jolson. mamá".

¡¿¡ 2000: En enero asume la presidencia el socialista RicarÜ do Lagos. 2001: El 11 de septiembre. Estados Unidos sufre el mayor ataque terrorista de su historia: aviones de pasajeros secuestrados en ciudades cercanas a Nueva York son £ estrellados en las Torres Gemelas, en un edificio cercaba no a ellas (en Nueva York) y en el Pentágono (Washingj ton). • Estados Unidos y sus aliados intervienen mili~" taimente Irak con el argumento de que es una amenaza para la paz mundial por el desarrollo de armas de destrucción masiva.

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PlAy

"'Yo quiero que todos puedan ir al teatro, a un teatro chileno" n esta entrevista a Luis Rivano, realizada por el i—jcrítico teatral Eduardo Gueri 'ero (Acto ú n i c o . Dramaturgos en escena, Santiago, RIL editores, 2001), en la que participa también la actriz Silvia Santelices, el autor comenta aspectos muy importantes de sus obras, como ¡a labor del director, la incorporación de la música y también sus ideas sobre el teatro chileno.

El paco escritor E.G.: Luis, hemos visto una escena de "Los matarifes", obra tuya que ha sido repuesta en cartelera; en ella, uno de los personajes, Carlitos, quien está enamorado de Teresita, hija del dueño de casa, le dice: "tu hermano, Teresita, no se ríe nunca, parece paco". ¿Tú te ríes?, ¿o pareces paco? L.R.: A h í estoy siendo a u t o b i o g r á f i c o . Efectivamente, cuando una persona es demasiado seria, se dice: "este tiene cara de paco" y eso ya es una cosa absolutamente asumida por el léxico popular. Yo me río, eso sí.

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Luis Rivano E.G.: Tú te ríes y además pareces paco. Cuéntanos un poco de tus tiempos como carabinero; tengo entendido que fueron once años y que desde ese entonces tienes el apodo. L.R.: Respecto a los a ñ o s en la i n s t i t u c i ó n , fueron pocos para algunos y demasiados para otros. Finalmente, eso depende de c ó m o uno lo haya pasado adentro. E.G.: ¿Cómo fue esa experiencia? L.R.: N o fue t r a u m á t i c a , en absoluto. A h í a p r e n d í mucho; incluso d i r í a que el ochenta por ciento de lo que he expresado en el teatro son experiencias recogidas en la c o m i s a r í a , en la calle, en las poblaciones y en el contacto con la gente. En ese sentido, fue para m í una experiencia enriquecedora.

Un teatro de personajes marginales E.G.: Paco, en el contexto de la dramaturgia chilena, hay algunos autores, como Antonio Acevedo Hernández, y más actualmente Juan Radrigán, que de alguna manera se han vinculado a un teatro obrero, a un teatro social, a un teatro marginal. ¿Cuál sería la diferencia de tu propuesta respecto a estos otros dramaturgos?, ¿cómo enfocas esta marginalidad?, ¿cuál es el sentido, en definitiva, de mostrar esta problemática en tus obras? L.R.: Existen muchas marginalidades; el escritor, el autor, el creador es t a m b i é n u n marginal que, por su manera de enfrentar el m u n d o , tiene m á s posibilidades de entender a esta gente. En "El rucio de los cuchillos", por ejemplo, encuentras a tres personajes que son delincuentes: uno de ellos es u n cafiche que roba en las micros, ella es prostituta y el otro viene saliendo de la cárcel d e s p u é s de haber c u m p l i d o una pena por h o m i -

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Caja de herramientas cidio. Sin embargo, cuando te acercas a ellos a t r a v é s de la escritura, descubres que en estos seres, ubicados en la c o n d i c i ó n social m á s baja, hay s i e m p r e a l g o rescatable. En el hombre m á s miserable, hay algo, q u i z á s una luz, que lo redime. A h í es cuando el escritor tiene que hacer todo lo posible para encontrar esa luz, que hace que estas personas, consideradas subhumanas para la m a y o r í a , tengan u n rayo de d i g n i d a d , u n deseo de lucha. E.G.: Si bien estás mencionando esto a nivel personal, podemos también extrapolarlo a nivel de las relaciones entre tus personajes, en las que se manifiesta una cierta solidaridad. Estoy pensando en los personajes de la obra "El rucio de los cuchillos", puesto que, al margen de ciertas máscaras o caretas que utilizan, de la frialdad en sus relaciones, explicadas por su situación de vida, en ellos se trasluce un rasgo solidario. L.R.: Bueno, se traslucen las dos cosas: la solidaridad y la falta de ella. En el m o m e n t o m i s m o en el cual e s t á n sometidos a situaciones extremas, los personajes se apoyan y solidarizan unos con otros; sin embargo, cuando unos salen libres y los otros no, ocurre lo contrario, la falta de solidaridad.

Fotografías antiguas E.G.: Considerando el espacio y el tiempo, tus obras recrean las décadas del cincuenta y del sesenta. Desde tu perspectiva, ¿qué ha significado, como identidad, el barrio Franklin a ¡o largo de los años? L.R.: Primero, debo decirte que m i i n t e r é s es que todas mis obras sean parte de una obra que está d i v i d i -

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Luis Rivano da en diferentes posibilidades m á s p e q u e ñ a s . Esto puede ser reversible; así, la gente de "Te llamabas Rosicler" puede interactuar con la de "Los matarifes", es decir, la Rosicler puede ir a comprar a F r a n k l i n y va a entender perfectamente, y el Yayo puede salir a robar y encontrarse con Padilla" robarle la billetera, puesto que en todas mis obras hay u n m u n d o completo que y o v o y p i n t a n d o de a poco. El otro i n t e r é s que tengo es dejar, en m i obra, como una fotografía antigua, el Santiago que conocí; entonces, está F r a n k l i n en "Los matarifes", el barrio Recoleta en "Sexy b o o m " y el barrio Ejército en "Te llamabas Rosicler". Esta es la r a z ó n por la que mis personajes siempre e s t á n mencionando la esquina tanto, donde fue a comprar el disco o la esquina donde e s t á Carlos Gardel, que era u n negocio que h a b í a en la é p o c a de compraventa de discos. A d e m á s , el escribir con perspectiva de veinte, treinta o cuarenta a ñ o s a t r á s , me permite a m í poner el lenguaje que p a s ó la barrera, que se e s t a b l e c i ó como tal. Si y o escribiera solo de este momento, e s t a r í a poniendo los dichos de los j ó v e n e s , que no han sido sancionados a ú n por la t r a d i c i ó n del tiempo. Así, el "pulento" es el "pulento", el " b a c á n " es el " b a c á n " , el "CUÍCO" es el "CUÍCO", pero en su expres i ó n real y actual, no con los cambios que provoca el t i e m p o y el uso. E.G.: Luis, en la obra "Te llamabas Rosicler", y no solo en ella, sino también en otras, aparece la música como un elemento importante; en el texto aludido, específicamente el tango, y en otros, el bolero. ¿Eres tú un conocedor, un amante de este tipo de manifestaciones?, ¿qué te motiva a introducir estos elementos en tus obras? L.R.: Yo creo que para el p ú b l i c o popular, el de los estratos s o c i o e c o n ó m i c o s m á s bajos, el cine, la m ú s i c a

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Caja, de herramientas y el tango, por ejemplo, constituyen y son parte de su conocimiento de las cosas. (...) La m ú s i c a , p o r su parte, provoca dos efectos: contextualiza, de inmediato, la obra en el tiempo; entonces, permite la v i s i ó n temporal de lo que está pasando, y el otro efecto es que posibilita entender q u i é n es el personaje. S.S.: Escucha esto de "El rucio de los cuchillos". Pensando en la desesperanza, el Rucio dice: "tengo una f i cha inmensa o p r o n t u a r i o como lo llaman, lleno de detenciones y condenas. J a m á s p o d r é conseguir trabajo. N u n c a p o d r é retirarme del ambiente. C a m i n a r é marcado para toda la v i d a . ¿ Q u é s e r á de la Nancy?, ¿ d ó n de e s t a r á la Gilda?, ¿ p o d r é encontrarlas alguna vez? E s t a r á la N a n c y e s p e r á n d o m e j u n t o a la ventana, como en ese tango que le gustaba tanto, para decirme: entre V i n i z i o que afuera es noche y llueve tanto". L.R.: Y, de a t r á s , empieza el tango. S.S.: Claro; y eso está ilustrando u n momento, una é p o c a , una s i t u a c i ó n .

Realidad y teatro E.G.: (...) Sé que algunas de tus obras han sido dirigidas por ti, ¿no se te ha ocurrido dedicarte a la dirección? L.R.: Tuve que d i r i g i r en u n m o m e n t o en el que no t e n í a a nadie que hiciera la d i r e c c i ó n , y como a d e m á s no h a b í a m u c h o dinero para la p r o d u c c i ó n , me a t r e v í a hacerlo, con esa falta de respeto p r o p i a de la j u v e n t u d , porque era mucho m á s j o v e n . El resultado fue mediano, como para "salvar" la s i t u a c i ó n . Sin embargo, siempre he pensado que el autor debiera ser el director, porque él está dentro del cuerpo de sus personajes; es él el que sabe por q u é el personaje dice "puta la h u e á " y es

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Luis Rivano él, t a m b i é n , el que maneja las entonaciones, la mirada, la actitud. U n director recibe todo aquello con el texto y a d e m á s , a él, o a ella, se le ocurren muchas otras cosas; es a h í , entonces, cuando viene la sumatoria; lo que t ú como d r a m a t u r g o hiciste es, ahora, engalanado y apoyado por otra mirada. Sin embargo, considero, a nivel personal, que el autor debe estar siempre trabaj a n d o en conjunto con el director. E.G.: ¿Crees que no hay público para el teatro, en este momento? L.R.: H a y m u c h o p ú b l i c o para el teatro, pero hay u n grave p r o b l e m a de i n c o m u n i c a c i ó n . La gente no sabe que la obra que quiere ver es esta o aquella, y decide asistir a una que t u v o m a y o r p u b l i c i d a d y que fue m á s promocionada. Entonces, sale de la sala descontenta y no vuelve al teatro. E.G.: ¿Has enterrado algunas lanzas por ahí? L.R.: Yo he enterrado muchas cosas, incluso lanzas. Pero, en f i n , sintetizando, quiero u n teatro de autor, con ideas, con contenido, con una historia. A d e m á s , quiero que el teatro sea realista, que los "gallos" sean "gallos" que e s t é n vivos, que no sean n i fantasmas, n i muertos, ni desaparecidos; así, la gente p o d r á decir " m i abuelo era igual"; quiero t a m b i é n que el lenguaje del teatro sea popular, para luchar contra el elitismo de la cultura, que hace que la gente de provincia, por ejemplo, asista vestida de pieles al teatro, porque culturalmente se asocia u n estreno con una gala. Yo quiero que todos puedan ir al teatro, a u n teatro chileno.

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n personaje muy importante de "El rucio de los cuchillos " es ¡a Guille, una mujer que ejerce el que se conoce como "el oficio más viejo del mundo": la prostitución. Tan viejo es este trabajo que incluso aparece en un texto de Catulo, un poeta latino que vivió entre ¡os años 87y 54 a. C. En el poema de Catulo que leerás aquí, podemos ver cómo el hablante ¡e reclama a su "querida" haberlo engañado, ocultándole su verdadera ocupación, lo que hace pensar que desde siempre las prostitutas han sido cuestionadas.

Aufilena: Las buenas queridas han sido siempre elogiadas. La paga que reciben es ejerciendo su oficio. Pero t ú me prometiste y me e n g a ñ a s t e . T ú pides y no das. T ú eres una estafa. La que promete debe c u m p l i r (la que es casta no promete). Aufilena: la que comete fraude con su cuerpo es m á s p u t a que la que lo vende.

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ChAt

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T os tres personajes de "El rucio de los cuchillos" viven en I i un ambiente de marginación, ya que sus oficios no son los tradicionales: Vinizio acaba de salir de la cárcel, el Tolo es un ladrón y la Guille es una prostituta. • ¿ C r e e s que cada persona nace con u n destino definido?

• ¿ H a s pensado cuál es tu destino? • Pareciera ser que V i n i z i o , a pesar de los esfuerzos que realiza, no puede escapar de su v i d a de violencia y crimen, ¿te parece que es posible que un personaje que ha tenido la v i d a del Rucio pueda cambiar? • ¿ Q u é aspectos de la infancia de una persona crees que son importantes para su v i d a de adulto?, ¿la relación con los padres?, ¿el lugar donde vive?, ¿cuáles otros?

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L u i s Rivano • La Guille es una prostituta que q u e r r í a cambiar de trabajo pero cree que no g a n a r í a lo m i s m o haciendo otra cosa, ¿te parece que la plata es lo m á s importante para decidir q u é hacer, en q u é trabajar, o como v i v i r ?

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Indice Palabras del autor

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El rucio de los cuchillos Caja de herramientas Perfil del autor Zoom Play Link Chat

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