Prefácio
Nada temos a temer, a não ser as palavras. Essas palavras (temíveis, por certo) ficaram na minha cabeça desde que as li, há muito tempo, em uma novela policial brasileira. As palavras seduzem, encantam, aproximam — e por isso são realmente perigosas. Porém as palavras também chocam, horrorizam e distanciam — e aí passamos a correr outro tipo de perigo, o da não comunicação, da incompreensão. Deus é silencioso, silencios o, mas principiou tudo com o Verbo: Verbo: toda palavra, falada ou escrita, está cheia de inferno e céu. As palavras revelam. As palavras escondem. Por isso, toda palavra é, em si, um mistério. O (claro) enigma que falava o nosso poeta. As palavras têm, ao mesmo tempo, um significado raso e outros, bastante profundos. As palavras são (ainda bem!) ambíguas. Duplo sentido: as palavras falam e não falam aquilo que estão dizendo. Lutar com as palavras é a luta mais vã, no entanto, tome parole, parole, parole! O profeta, o poeta, o romancista, o letrista, o professor, o narrador, o contador de histórias, o padre, o palhaço, o repentista, o roteirista,
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o jornalista, o advogado, o locutor, o tipógrafo, o revisor, o Don Juan, o missivista, a menina que escreve o seu diário, o blogger , o blagueur , o escrivão, a secretária, o teletipista, o memorialista, enfim, toda uma lista não quantificável de pessoas exerce algum tipo de profissão que depende essencialmente da palavra. O redator de publicidade, mais profissional da palavra, de certa maneira, encara todas essas profissões em uma só. Na sua necessária clareza, o texto publicitário varia infinitamente em forma e conteúdo. Ele tem o desafio imenso de transformar produtos, serviços e marcas, por meio de palavras, em informações, em sensações, em experiências, em atributos, em conceitos. A comunicação moderna se tornou fragmentária e complexa. Não se pode mais pensar em publicidade apenas intuitiva, fruto da inspiração pura. É necessário conhecer os conceitos, as técnicas e o contexto que levam às palavras certas para a comunicação certa. É por isso que este livro do Celso “Keko” Figueiredo é tão necessário: porque ele nos dá uma visão ampla, simples (sem perder consistência) e clara da importância da palavra na comunicação publicitária — em todos os meios. Com a palavra, o Keko. Matinas Suzuki Jr.
Jornalista, presidente do iG e ex-aluno de Celso Figueiredo no MBA do Ibmec
VIII
Sumário 1 Palavras Sedutoras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 2 Diagramação
Nem só da palavra vive o redator . . . . . . . . . . . . . 5 3 Título . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13 4 Texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31 5 Assinatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43 6 Estratégias de Mensagem . . . . . . . . . . . . . . . . .53 7 Tipos de Anúncio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .75 8 Jornal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .89 9 Revista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .93 10 Mídia Exterior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .101 11 Rádio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .109 12 Televisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .117 13 O Meio Turbina a Mensagem . . . . . . . . . . . . .125 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .129 Índice por Assunto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .133
Palavras Sedutoras
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Conteúdo deste capítulo: A propaganda na sociedade contemporânea Afirmação básica Conceito criativo Adaptação do conceito criativo para cada mídia
Palavras. Milhões de letrinhas enfileiradas significando coisas, todas as coisas. Ilhados — estamos cercados de texto nas telas, nos papéis, nos painéis, em nossos ouvidos. Palavras que significam coisas, que geram informações e formam conhecimento. Palavras de aconselhamento, de acusação ou defesa, de elogio ou de censura, ou, segundo Aristóteles, discursos deliberati vo, judiciário e epidíctico. De Atenas às antenas, muito se sofisticou no processo de persuasão, em especial no discurso publicitário, que bebe de infinitas fontes desde a filosofia, a antropologia, a sociologia, a psicologia, a lingüística, a semiótica, a arte e tem, ainda hoje, entre suas mais poderosas armas, a palavra. Iludese quem acredita que a velocidade dos nossos dias desbotou a importância da palavra, dando preponderância à imagem, rápida, intensa e onipresente. A imagem gera o impacto, mas o poder de persuasão está na palavra, assim como a condução do raciocínio do receptor. 1
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Este livro se destina àqueles que fazem da palavra sua profissão e da publicidade seu ganha-pão. Falar é difícil. Escrever é complicado. Ser lido, uma conquista. Conseguir ser assimilado por alguém que não está nem interessado no assunto e ainda fazer que ele compre determinado produto são tarefas hercúleas às quais muitos se propõem e nas quais poucos sucedem. Vamos desconstruir o anúncio, despir seus elementos, suas funções e seus significados. Montar um Lego com as pecinhas das palavras e, com esse fabuloso castelo de conceitos, seduzir o leitor. Para tanto, vamos usar a razão, a emoção e o senso de oportunidade e falar ao consumidor aquilo que ele está pronto para ouvir. Cochichar delícias ou apregoar vantagens, sempre sabendo que, ao redor, há milhares de outras mensagens querendo a atenção desse mesmo indivíduo. A condição fundamental ao sucesso de uma peça de comunicação é a existência de uma mensagem clara, uma afirmação sobre a marca ou o produto que desejamos fixar na mente dos cidadãos. No mar de comunicação em que navegamos, devemos trazer nossa mensagem à tona, acima da massa disforme de dados. Partindo das características tangíveis ou intangíveis do anunciante (marca, produto ou serviço), iremos gerar uma afirmação que desejamos fixar na mente do consumidor. A esta afirmação chamamos Afirmação Básica. Outros termos que também são utilizados para designar esta afirmação são USP (Unique Selling Proposition — Proposta Única de Vendas) ou Promessa Básica. Preferimos o termo Afirmação Básica porque, dentro do escopo da publicidade, nem sempre saímos prometendo e vendendo. Afirmamos, isto sim, e queremos fixar essa afirmação na mente dos consumidores. 2
CAPÍTULO 1 — PALAVRAS SEDUTORAS
Entretanto, tamanha é a competição pela atenção do consumidor que não basta afirmar. É necessário descobrir uma maneira de chamar a atenção, de penetrar na mente do consumidor. A esta forma mágica de fazer a mensagem aflorar acima do emaranhado de mensagens concorrentes chamamos Conceito Criativo. Se a afirmação básica é o conteúdo que queremos passar, o conceito criativo seria sua forma. A criação publicitária depende de uma fonte inesgotável e sempre renovada de modos de falar interessantes, instigantes, chocantes, engraçados. Depende também de fazer o conteúdo de sua mensagem penetrar na cabeça do consumidor, de influenciar seus valores e suas atitudes em relação à marca e ao produto e de torná-lo nosso cliente. Este livro tangencia a discussão da criatividade em propaganda, mas não tem nesse tópico seu eixo central. Discutimos aqui as ferramentas de persuasão disponíveis aos redatores e decupamos os elementos do anúncio, do spot , do jingle , do comercial. Correlacionamos os modos de fazer às características dos meios e dos leitores/espectadores/ ouvintes desses meios. Sugerimos estratégias de mensagem para situações distintas de mercado, do consumidor e da concorrência. Tratamos de diferentes tipos de produtos e serviços, sempre nos concentrando na capacidade de maximizar o processo de comunicação. Para que esse objetivo seja atingido, tem de haver sinergia entre as peças de uma campanha. Cada uma delas deve ser facilmente reconhecida como parte de um todo, deve transmitir a mesma afirmação básica por meio do mesmo conceito criativo. Cada peça, para cada mídia ou situação de apreensão da mensagem, deve ser adaptada para ecoar a mensagem principal ou o conceito guarda-chuva. Cada mídia tem seus modos de se comunicar com o consumidor. Nossa tarefa é, em cada 3
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contato, maximizar o poder da mensagem e estabelecer um elo de reconhecimento e de lembrança em relação às outras peças da campanha. Apague as luzes e relaxe. A propaganda, aquela gostosa, vai começar a se despir para você. Aproveite!
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Diagramação Nem só da palavra vive o redator
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Conteúdo deste capítulo: Como o leitor lê um anúncio Limpeza e economia dos elementos Noções de diagramação Saia e blusa Imagem sangrada Box All type
A diagramação é tarefa do diretor de arte. Contudo, um bom redator, além de dominar o vocabulário, deve ter a compreensão de que tudo em uma página significa algo. Ou seja, não apenas as palavras, as ilustrações e as imagens têm sentido em um anúncio, mas toda a disposição das informações na página possui significado e influencia no modo como o observador vai apreender a mensagem. O primeiro e mais importante conceito quando se fala em diagramação é que ela não consiste simplesmente na distribuição dos elementos que compõem o anúncio no espaço do papel. Diagramar é hierarquizar informações. Trata-se da escolha do que é mais importante ou do que desejamos que o consumidor veja primeiro. A ordem em que os elementos gráficos do 5
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anúncio vão captar o olhar determinará uma seqüência que possibilitará a compreensão que desejamos que o observador tenha do anúncio. Não estamos dizendo que o consumidor veja o anúncio por partes — muito pelo contrário, já que uma das diferenças da imagem para o texto é que ela é apreendida como um todo, enquanto o texto é linear e apreendido seqüencialmente. Além disso, o texto é explícito, enquanto a imagem é ambígua. Porém, “aquilo que lhe falta em precisão sobra em riqueza de informação. Por um lado, a imagem é menos explícita que o texto verbal, mas, por outro, tem a vantagem de poder comunicar mais coisas de imediato e simultaneamente” (Vestergaard e Schrøder, 2004, p. 60). Então, de um lado, temos o texto, que é lido seqüencialmente, e, de outro, a imagem, que é percebida simultaneamente. Ainda assim, existem linhas pelas quais o olho passa no processo de compreensão do anúncio, e os pesos que se dá a cada elemento interferem no resultado final de apreensão da mensagem. O primeiro equívoco que muitos alunos de publicidade costumam cometer ao diagramar uma página é distribuir as informações “por igual”, sem deixar “brancos”. Isso é ineficiente porque uma página “por igual” não estabelece a hierarquia tão necessária à comunicação; afinal, diagramar é hierarquizar informações; é estabelecer a importância de cada elemento da página e sua ordem de leitura. Além disso, é preciso considerar que os espaços em branco também são significativos. É comum, por exemplo, deixar uma “área de silêncio” em torno de uma informação que julgamos importante. O branco ao redor dessa informação, seja ela verbal (texto) ou visual (foto/ilustração), significará “respirar” antes e depois de lê-la. Esse “respirar” amplia o poder da informação e ajuda o leitor a perceber sua importância. Trata-se de um tempo para que o consumidor processe a informação e compreenda, contraponha ou complete esse conhecimento com o restante do que é proposto no anúncio. 6
CAPÍTULO 2 — DIAGRAMAÇÃO
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Repare, no exemplo dado, que o anúncio é composto por apenas três elementos: o título — Less flower. More Power. (Menos flor. Mais poder.) — faz referência aos anos 70 e ao movimento hippie , que tinha entre suas palavras de ordem o Flower Power, ou o poder das flores em contraposição ao poder das armas, em referência à guerra do Vietnã. Na época, o Fusca (em inglês, Beetle ) representava a contracultura. Um carro pequeno, econômico e despretensioso foi a resposta dos rebelados contra o sistema (às grandes “banheiras” consumidoras de combustí vel típicas do mercado automobilístico norte-americano). O lançamento do New Beetle na década de 1990 buscou retomar a aura de rebeldia do velho Fusca e apresentá-lo como uma versão mais potente de seu antecessor. Ao diagramar o anúncio com grande espaço de silêncio em torno do título e da imagem, o diretor de arte permitiu que o leitor ti vesse tempo para compreender toda a correlação explicitada. Espaço em branco, em direção de arte, freqüentemente significa tempo para leitura e raciocínio do consumidor. Espaço é tempo. 7
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A segunda consideração essencial no processo de diagramação é a idéia de que os olhos fazem um caminho “costumeiro” pela página. É natural, entre nós, de origem cultural judaico-cristã ocidental, que desde cedo aprendemos que uma página se lê da esquerda para a direita e de cima para baixo (ocorre o oposto no Japão, por exemplo), achar que o olhar do observador vai naturalmente partir do topo da página e descer ao pé ou que ele fará uma leitura diagonal do canto superior esquerdo ao canto inferior direito (Vestergaard e Schrøder, 2004, p. 63). É por essa razão que a grande maioria dos anúncios tem a assinatura no pé da página, no centro dele ou no canto inferior direito. É uma “técnica” para reafirmar a marca, para que o consumidor se lembre dela no momento em que for ao mercado; é o último incentivo à ação ou, na terminologia aristotélica, é a peroração (ver o Capítulo 6). Uma terceira consideração acerca da diagramação é relativa ao volume de informações que deve O Poder do ser colocado em um anúncio. A idéia central é a seVermelho guinte: o consumidor não tem tempo nem interesse em propaganda; ele lê a revista pelas matérias, não pelos anúncios. Por isso, nós, que estamos de certa forma interrompendo sua REDHOT VERMOUTH leitura, devemos ser extremamente econômicos e RedHot é um vinho aromatizado
com uma seleção de er vas raras,
que dá a seu caráter sabor original.
A receita secreta e premiadíssima
usada na elaboraração de RedHot não mudou desde 1854.
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o v i u q r A : e t n o F
CAPÍTULO 2 — DIAGRAMAÇÃO
dizer apenas o necessário. Less is more , menos é mais, ou seja, em comunicação, quanto menos você disser, mais poder terá o que disse. Evite criar anúncios poluídos, cheios de imagens, ilustrações, boxes, splashs etc. Observe, no exemplo anterior, como a quantidade de informação sobreposta atrapalha a compreensão da mensagem. Existem infinitas maneiras de compor uma página, mas, uma vez que este livro é dedicado ao redator, não iremos explorar profundamente o tema. Contudo, é necessário que todo redator conheça um padrão de diagramação. Trata-se do mais clássico dos formatos e separa claramente a parte visual da textual. Observe, no exemplo seguinte, que a di visão é clara: em cima, imagem, e texto, embaixo, formam um conjunto. Por isso, esse formato de diagramação é chamado saia e blusa. Apresentamos um exemplo de saia e blusa, recente, criado pela agência Lew,Lara para o Banco Real.
a r a L , w e L : e t n o F
Outro conceito muito utilizado em diagramação é o da imagem san grada. Sangrar uma imagem significa imprimir até a marca de corte do papel, ocupar todo o espaço do anúncio com a imagem, como no exemplo a seguir. 9
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Em oposição à imagem sangrada, podemos criar boxes (caixas), nos quais as imagens ficam retidas. É uma diagramação mais contida, que tende a transmitir uma imagem mais conservadora da empresa.
o c i m ô n o c E r o l a V l a n r o J : e t n o F
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CAPÍTULO 2 — DIAGRAMAÇÃO
Outro termo freqüentemente utilizado em agência, o qual está diretamente correlacionado com o trabalho do redator, é All type (em tradução literal, tudo letra). Trata-se de anúncios diagramados apenas com texto, sem imagem. O máximo que se permite em anúncios all type é a escolha da tipografia, ou seja, o estilo da letra a ser utilizada, e das cores. Lembre-se de que a diagramação pode, por vezes, substituir longas explicações. A escolha dos lugares em que os elementos vão ser colocados tem grande importância na construção do significado. Nos exemplos, pode-se notar a grande importância da diagramação. Além da criatividade de colocar a boca da ilustração nos olhos do modelo, criando uma metáfora com o tema do anúncio, a distribuição das informações enriquece a percepção da mensagem. De um lado, a imagem “falante”, do outro, o olho fechado e o texto, que se apresenta no balão e é aplicado sobre o olho. Note que o balão tem maior
B C F , i n n a v o i G : e t n o F
O D B B p a m l A : e t n o F
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importância gráfica que o texto sobre a pálpebra. Isso se explica por que o texto do balão tem a responsabilidade de captar a atenção do leitor, fisgá-lo, enquanto o texto sobre sobre o olho apresenta informações ob jetivas, visando levar o leitor a concluir ou a adotar o comportamento sugerido. Todo anúncio pode ser lido da esquerda para a direita, percebe-se que o “olho fala”; depois, busca-se compreender o que ele diz. Toda a estética desses anúncios, com cores vibrantes, desenho expressivo e tipografia pesada, forte, contribui para a potencialização da mensagem. A diagramação faz que todo o anúncio pareça “gritar” com o leitor. Um grito pelos olhos.
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Título
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Conteúdo deste capítulo: Definição de título Função do título Relação título X imagem 1+1=1 1+1=2 1+1=3 Tipos de título Títulos interrogativos Títulos com o nome do produto Tendências em titulação Títulos gritados Títulos sussurrados Títulos de anúncios aspiracionais Pontuação de títulos
Título
ou chamada é a frase que tem por objetivo chamar a atenção do con-
sumidor em seu primeiro contato com o anúncio. Por essa razão, nos anúncios com diagramação tradicional, o título aparece em caracteres grandes no topo da página. Trata-se de uma chamada forte, cujo objetivo é fisgar a atenção do leitor. Nem sempre, contudo, o título aparece com tanto destaque, como veremos adiante. Ainda assim, sua função primordial é o contato inicial do consumidor com o tema abordado pelo anúncio. 13