Resumos dos capítulos 17, 18 e 19. MORRE A VANGUARDA As Artes após 1950.
As fronteiras entre o que é e o que não é classificável como “arte”, “criação” ou artifício se tornaram cada vez mais difusas, ou mesmo
desapareceram completamente. Também não se pode dizer que Batman é pior ou melhor que Hamlet. A tecnologia revolucionou as artes de modo mais óbvio, tornando-as onipresentes. A evolução das artes em modo geral está 100% relacionadas com avanço o tecnológico que permitiu a criação do rádio, TV, fita cassete, etc. Esse progresso permitiu que houvesse uma globalização da arte e agora ela é facilmente compartilhada até em Países como o Brasil que na década de 80, 80% da população tinha TV. Essa evolução de certo modo afetou também a política, pois todos os discursos dos políticos podiam ser gravados e repassados. A coisa mais impressionante no desenvolvimento desenvolvimento das grandes artes no mundo após a Era das Catástrofes foi uma fundamental descentralização da arte para longe dos centros tradicionais (europeus) de cultura de elite. Isso se da devido à Era de Ouro nos EUA, um enorme aumento dos recursos financeiros disponíveis para apoiá-las. Que fez com que a Europa não era mais a maior casa das grandes artes, como era na época do pré-modernismo e com as vanguardas. A cultura comum de qualquer país urbanizado de fins do século XX principalmente no bloco capitalista se baseava na indústria da diversão de massa – cinema, rádio, televisão, música popular, etc. Houve um declínio nos Grandes Clássico, mas esse declínio dos gêneros clássicos da grande arte e literatura não se deveu claro, a nenhuma escassez de talento. O primeiro motivo era ascensão mundial da sociedade de consumo de massa. Os intelectuais mais velhos, agora cada vez mais descritos como “elitistas” (palavra adotada com entusiasmo pelo novo radicalismo da década de 1960), olhavam de cima as massas, que viam como recipientes passivos do que o grande capital queria que comprassem. Em contrapartida, é claro que o projeto de revolução de vanguarda estava destinada ao fracasso desde o início, tanto por sua arbitrariedade intelectual quanto pela natureza do modo de produção que as artes criativas representavam numa sociedade burguesa liberal.
Contudo, como observou Walter Benjamin, a era da “reprodutibilidade técnica” transformou não apenas a maneira como se dava a criação assim tornando o cinema e tudo que dele derivava (televisão, vídeo) a arte central do século mas também a maneira como os seres humanos percebiam a realidade e sentiam as obras de criação. (A arte vira mercado).
FEITICEIROS E APRENDIZES Ciências Naturais
Em 1910, todos os físicos e químicos alemães e britânicos juntos chegavam talvez a 8 mil pessoas. Em fins da década de 1980, o número de cientistas e engenheiros de fato empenhados em pesquisa e desenvolvimento experimental no mundo era estimado em cerca de 5 milhões, dos quais quase 1 milhão se achava nos EUA. Isso deve ao fato dos incentivos a desenvolvimento da tecnologia nas guerras, onde o subsidio dos Estados foi fundamental para esse crescimento. Contudo, não pode haver dúvida de que o século XX foi aquele em que a ciência transformou tanto o mundo que conhecemos quanto o nosso conhecimento dele. Na primeira metade do século, os grandes riscos da ciência vinham não dos que se sentiam humilhados pelos ilimitados e incontroláveis poderes dela, mas dos que achavam que podiam controlá-los. É verdade que os próprios cientistas sabiam melhor que ninguém quais poderiam ser as consequências potenciais de suas descobertas. Principalmente por elas estarem ligadas com tecnologias bélicas essas novas descobertas podiam causar a morte de milhões como foi o caso da bomba atômica. O que estava em causa agora não era a busca da verdade, mas a impossibilidade de separá-la de suas condições e consequências. Ao mesmo tempo, o debate era essencialmente entre pessimistas e otimistas em relação à raça humana. Sem duvidas o Século XX foi o século que mais teve inovações, inovações que alteraram completamente o nosso modo de viver. As principais inovações foram: AVIÃO - Há muita polêmica sobre quem teria inventado o avião: Santos Dumont ou os irmãos Wright. De acordo com a Federação Aeronáutica
Internacional, o prime voo público de Dumont ocorreu em 1906. Já o primeiro voo documentado dos irmãos Wright ocorreu em 1903. RADAR - O primeiro dispositivo para detectar objetos a longas distâncias foi construído em 1904 pelo cientista alemão Christian Hülsmeyer. MOTOR A JATO - Vários pesquisadores haviam desenvolvido motores de propulsão baseados em fluidos. Em 1910, o romeno Henri Coanda inventou o primeiro avião com motor a jato, o Coanda-1910. LINHA DE PRODUÇÃO - É uma forma de produção em série, popularizada em 1913, pelas linhas de montagem de Henry Ford. TEORIA DA RELATIVIDADE GERAL (1915) - Publicada pelo cientista Albert Einstein, a teoria ampliou as concepções astrofísicas da época e gerou polêmica entre estudiosos; DERIVA CONTINENTAL (1915) - Foi uma teoria escrita pelo geógrafo e meteorologista alemão Alfred Weneger. Ela descrevia a origem dos atuais continentes, que teriam surgido a partir de Pangeia, uma grande massa de terra inicial; TELEVISÃO - O engenheiro russo Vladimir Zworykin patenteou o tubo iconoscópico para câmara de televisão em 1923. O primeiro sistema analógico foi demonstrado em 1924. TEORIA DO BIG BANG - Em 1927, o padre e cosmólogo belga Georges Lemaître realizou estudos que indicavam a expansão do universo, que seria causada pela explosão de um átomo original. Mas só em 1929 é que a teoria foi sistematizada pelo astrônomo americano Edwin Hubble. O estudo ficou conhecido como Lei de Hubble-Humason. PENICILINA (1928) - O médico Alexander Fleming foi o responsável por descobrir este antibiótico natural. A identificação da penicilina proveu grandes contribuições à sociedade da época, que sofria com doenças infeciosas de origens bacterianas. ENERGIA NUCLEAR (1942) - A fissão nuclear foi descoberta anos antes, mas a primeira reação em cadeia foi supervisionada pelo físico italiano Enrico Fermi (foto), que trabalhava no Projeto Manhatan. TRANSISTOR - O dispositivo semicondutor foi concebido pelos engenheiros americanos Walter Brattain e John Bardeen em 1947. O termo foi usado pela primeira vez pelo cientista John R. Pierce. FIBRA ÓTICA - Foi inventada em 1952, pelo físico indiano Narinder Singh Kapany. Revolucionou o campo das telecomunicações.
ESTRUTURA DO DNA (1953) - A molécula do DNA foi descoberta pelos pesquisadores James Watson e Francis Crick. LASER - O termo foi publicado pela primeira vez em 1959, pelo cientista americano, Gordon Gould, para descrever um dispositivo que emite luz por um processo de amplificação ótica baseado na emissão estimulada de fótons. Antes, outros pesquisadores haviam concentrado seus estudos em invenções parecidas. EXPLORAÇÃO ESPACIAL - O primeiro satélite artificial, o Sputnik, entrou em órbita em 1957. No mesmo ano, o primeiro ser vivo a ir ao espaço foi a cadela Laika, enviada em uma missão russa. O primeiro homem a sair da atmosfera foi Yuri Gagarin, em 1961. TRANSPLANTE DE CORAÇÃO (1967) - O primeiro transplante de coração humano foi feito pelo médico sul-africano Christiaan Barnard. COMPUTADORES - O matemático Alan Turing ficou conhecido como o Pai da ciência da computação por ter formalizado o conceito de algoritmo e por ter desenvolvido o computador moderno. É bom lembrar que o primeiro computador pesava mais de 30 toneladas. Os microcomputadores foram popularizados na década de 1980, com os produtos da Apple, idealizados por Steve Jobs. INTERNET - A ideia de montar redes de computadores surgiu em pesquisas de 1960, época da Guerra Fria, A Arpanet nesta década, com o objetivo de transmitir dados entre redes militares. A World Wide Web (rede mundial de compuratores) foi criada em 1992, pelo cientista Tim Berners-Lee. CLONAGEM DE MAMÍFEROS (1996) - A ovelha Dolly foi o primeiro mamífero clonado com sucesso. Os cientistas Ian Wilmut e Keith Campbell foram os grandes responsáveis pelo feito.
RUMO AO MILÊNIO
O Século XX fora de guerras mundiais, feitas por grandes potências e seus aliados em cenários de destruição de massa cada vez mais apocalípticos, culminando no holocausto nuclear das superpotências, felizmente evitado. O grosso da xenofobia popular nos países ricos era dirigido contra estrangeiros vindos do Terceiro Mundo. Em suma, o século acabou numa desordem global cuja natureza não estava clara, e sem um mecanismo óbvio para acabar com ela ou mantê-la sob controle. O fracasso do modelo soviético confirmou aos defensores do capitalismo sua convicção de que nenhuma economia sem
Bolsa de valores podia funcionar; o fracasso do modelo ultraliberal confirmou aos socialistas a crença mais justificada em que os assuntos humanos, incluindo a economia, eram demasiado importantes para ser deixados ao mercado. Dois problemas chaves são relacionados ao milênio: Os problemas de demografia, Uma das questões demográficas que mais vêm gerando debates no contexto mundial é o envelhecimento da população, resultado do controle do crescimento populacional e da elevação da expectativa de vida. Em linhas gerais, nascem menos e morrem menos pessoas no mundo do que antes. Outro problema demográfico que tem força no milênio e deve ser discutido é a questão da distribuição de renda, esse problema das grandes concentrações de renda nas mãos de uma minoria deve ser debatido. Os problemas ecológicos, embora em longo prazo decisivos, não eram tão imediatamente explosivos. Isso não significa subestimá-los, embora desde a época em que entraram na consciência e no debate público, na década de 1970, eles tendessem a ser enganadoramente discutidos em termos de apocalipse iminente. Do ponto de vista ambiental, se a humanidade queria ter um futuro, o capitalismo das Décadas de Crise não podia ter nenhum. O futuro não pode ser uma continuação do passado, e há sinais, tanto externamente quanto internamente, de que chegamos a um ponto de crise histórica. As forças geradas pela economia tecnocientífica são agora suficientemente grandes para destruir o meio ambiente, ou seja, as fundações materiais da vida humana.