1. INTRODUÇÃO A extração é uma operação cujo objetivo é separar uma substância substância da matriz que a contém, seja ela sólida ou líquida, através de um solvente insolúvel na matriz (MARAMBIO, 2007). Utilizado para separar e purificar compostos de substâncias indesejadas. Existem fatores que interferem nesta operação, como caracterísiticas do material vegetal (semelhantes a do solvente), o seu grau de divisão (como o solvente deve penetrar no material para possibilitar a difusão, este deve ser dividido de acordo com sua rigidez), o meio extrator (escolher o solvente mais afim) e a metodologia utilizada (forma de extração mais indicada para cada caso). Sonaglio et al (2001) descreve o processo extrativo como sendo a retirada, de forma mais seletiva e completa possível, das substâncias substâncias ou fração ativa contida na droga vegetal, vegetal, utilizando um líquido ou mistura de líquidos tecnologicamente apropriados e toxicologicamente seguros. Os métodos extrativos são processos extrativos preconizados. Os mais utilizados são: Maceração - consiste na imersão do material vegetal em um líquido extrator extrator contido em recipiente fechado por um período determinado de tempo (geralmente horas ou dias), em temperatura ambiente e apenas com agitação ocasional. Não há renovação do lí líqui quido do extrat extrator, or, log logoo não há esgot esgotame amento nto da matér matériaia-pri prima ma vegeta vegetal.l. Este Este ti tipo po de procedimento extrativo deve ser utilizado frente à duas características do material vegetal, sendo: (1) Alta concentração de substâncias ativas, e (2) ausência de estrutura celular (ex.: gomas, alginatos e resinas). Percolação - esta possui grande semelhança com o processo de maceração, exceto pela renovação do líquido extrator, que ocorre de forma contínua e lenta. a droga vegetal é moída e colocada em um recipiente cônico ou cilíndrico (percolador), de vidro ou de metal, através do qual é feito passar um líquido extrator (exemplo, café preparado em coador). Deve-se optar pela percolação quando o material vegetal apresenta baixa concentração de substâncias ativas e/ou grande dificuldade de remoção dos mesmos devido à estrutura celular nos quais estão contidos. Turbo-extração ou turbólise - a técnica baseia-se na extração com simultânea redução do tamanho de partícula, resultado da aplicação de elevadas forças de cisalhamento do liquidificador. Decocção - o material vegetal é colocado em contato com o líquido extrator, em seguida é aquecido até atingir estado de ebulição do líquido extrativo.
2. OBETIVO DA PRÁTICA Comparar a eficiência de extração da clorofila da hortelã ( Mentha villosa) através da utilização de diferentes métodos extrativos.
3. MATERIAL E MÉTODOS •
Hortelã
•
Água destilada
•
Béquer de 250 mL
•
Béquer de 40 mL
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Funil
•
Filtro de Papel
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Chapa aquecedora
•
Bastão de vidro
•
Gral e pistilo
•
Erlenmeyer
•
Balança
3.1. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS Pesar 10,0 g das folhas frescas da hortelã miúda; Triturar as folhas, para isso foi utilizado o gral e o pistilo; Colocá-las em um béquer e completar com água destilada em quantidade suficiente para 100 mL; Colocar essa solução na chapa aquecedora e aguardar até que comecem a se formar bolhas no fundo do recipiente, assim que isso acontecer, retirar da chapa; Colocar o béquer sobre algumas folhas de papel em cima da mesa para que resfrie a temperatura ambiente; Utilizando o erlenmeyer, o funil e o filtro de papel (pregueado, para que sua superfície de absorção seja aumentada), filtrar a solução;
Colocar em um béquer 40 mL da solução filtrada.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Como resultado da decocção foi obtido uma solução de coloração “marrom escura”, o que não garantia a presença da clorofila, embora refletisse a presença de outras substâncias constituintes da folha de hortelã com maior afinidade pela água. Como foi feita apenas observação visual das soluções resultantes dos diversos métodos extrativos, não foi possível verificar quais substâncias compunham esse extrato, nem afirmar se a clorofila estaria entre elas, essa verificação seria possível através de espectrofotometria, eletroforese, etc.
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Como foi utilizada a água destilada como solvente para as técnicas das equipes de 1 a 5 supõe-se que haja entre as substâncias componentes dos extratos, ácidos, sais de alcalóides, saponinas, taninos, entre outras substâncias solúveis em água. Já na solução 6 pode-se notar uma tonalidade levemente esverdeada, o que indica a presença da clorofila. O termo Clorofila se refere a um grupo de pigmentos fotossintéticos produzidos nos cloroplastos das folhas e em outros tecidos vegetais. Estes pigmentos, responsáveis pela cor verde das plantas funciona como fotorreceptor da luz visível utilizada no processo da fotossíntese. As diferenças aparentes na cores dos vegetais são devidas à presença de outros pigmentos associados, como os carotenóides, os quais sempre
acompanham as clorofilas. A molécula de clorofila consiste de duas partes: uma cabeça porfirínica e uma longa cauda formada por hidrocarboneto chamada fitol. Para completar a molécula, existe um íon magnésio (Mg 2+) quelado aos quatro átomos de nitrogênio no centro do anel. Sendo assim, podemos notar que a clorofila é uma molécula hidrofóbica, não solúvel em água e deste modo não seria possível fazer a extração dela com a água destilada.
5. CONCLUSÃO Para que se obtenha uma solução extrativa contendo apenas a substância desejada é necessário conhecer as características químicas do composto, para que se selecione um solvente pelo qual tenha afinidade, o que levará a uma eficiente extração, além disso, foi possível perceber que apesar de a seletividade do solvente ser o mais importante, fatores como, temperatura, agitação, tempo, entre outros, influenciam o processo de extração e devem ser adequadamente ajustados às características físicoquímicas da substância a qual se deseja extrair. Para o atendimento destas exigências é de fundamental importância considerarmos alguns pontos: a) O que se pretende extrair? Qual o tipo de molécula à ser extraída? - Polares ou apolares? - Ácidas ou básicas? - Com utilização de calor? Há degradação? - Qual o origem Biosintética? Flavonóide, tanino, antraquinona, óleos essenciais etc. b) Do quê será extraído? - Material vegetal (folha, flor, raiz, rizoma, caule, fruto etc) ou forma farmacêutica (comprimido, cápsula, creme, pomada, xarope, solução, suspensão etc)? - Composição histológica do material vegetal? (parede celular rígida ou sensível) - Sendo material vegetal: está seco ou úmido? Está inteiro, moído, triturado? Qual a granulometria? c) Para quê será extraído?
- Obtenção de extrato bruto, purificação de extrato bruto, extração de forma farmacêutica?
6. QUESTIONÁRIO 1- Observar as diferenças na tonalidade de coloração e discutir o melhor método extrativo entre os propostos para maior extração da coloração verde (clorofila). Pela observação das diferenças de tonalidade de coloração das soluções extrativas, concluímos que entre os métodos utilizados o que apresentou maior eficiência foi o método de decocção da Equipe 6, que utilizou o hexano como solvente, devido o fato de ser uma molécula orgânica com afinidade pela clorofila, aparentemente não havendo arraste de outras substâncias intrínsecas. 2- Descrever o nome de cada técnica extrativa utilizada pelas equipes. Equipes 1 e 6 : Decocção. Equipe 2: Infusão Equipe 3: Turbo-extração ou turbólise Equipe 4: Maceração Equipe 5: Percolação
3. REFERÊNCIAS LACHMAN, L.; LIEBERMAN,H. A.; KANIG, J. L. Teoria e prática na indústria farmacêutica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. 1517 p. SIMÕES, Claudia Maria Oliveira. Farmacognosia: da planta ao medicamento . 6ª edição. Porto Alegre - RS.EDUFSC. 2007. acesso em 25 de agosto de 2011.