O belo, a percepção estética e o fazer artístico
A autora, Cristina Costa, enquanto criança descreve sua experiência com a arte, em que a
música, “olhava para uma insistente bailarina que rodopiava em uma caixa de música, invejando sua graça.” e as pinturas diversas, entre bisnagas de tinta e de pincéis, levaram-na a se expressar. Futuramente estudou em ateliês por muitos anos e estas práticas a levou a desenvolver pesquisas em sociologia da arte. A sociologia da arte desvenda as intenções da sociedade ao usar práticas artísticas, cujo intuito era as demonstrações do poder político e religiosas, a soberania absoluta dos reis e aos privilegiados. A arte arte usada para para ditar os poderosos. poderosos. Com o passar dos tempos tempos a arte também também passou a ser ser utilizada para retratar retratar convívios convívios familiares e a mulheres, mulheres, sendo esteio esteio dessa organização,, foi divinizada no barroco, para depois sensualizada na era industrial. Descrevendo organização Descrevendo sem palavras, mas por interpretação da imagem, as mudanças da mulher na sociedade. E era assim que a moda também era ditada, “no século XIX a roupa usada pela elite – saltos saltos altos e finos, inúmeras saias rodadas e imensos i mensos chapéus enfeitados até com ninhos de passarinhos – tinha por objetivo, além de ornar quem a portasse, exibir sua ociosidade como privilégio de
classe, expresso na suntuosidade e no exagero das vestes.” afirma a socióloga brasileira Gilda de Mello e Souza. A música encontrou diversas formas de expressões, demonstrando as diferenças sociais e culturais, que podia ser de defesa à alegria festiva. Confirmando que a arte sempre esteve interligada a humanidade, expressando expressando a visão humana sobre o mundo. Este olhar é
compartilhado com o outro, ou melhor, ressonâncias que atinge “as profundezas do ser do poeta ao seu ouvinte”, aflorando prazeres diferentes do cotidiano, vindo da percepção artística de um som que nos envolve, da imagem contemplada e que nos encanta, reconhecendo o belo e tornando-o seu. Porém essa “fruição emocionada” depende de suas experiências, o meio em que vive, como se vive e o “gosto de cada época”. Sentir prazer e saber de onde vem. O único ser capaz de desenvolver a emoção estética e ter prazer nela é o homem. Por isso os
historiadores dizem “que é do conflito e do confronto entre um estilo estil o consagrado e aquele que inova que se processa a dinâmica da produção artística.” “Existem mecanismos na sociedade que permitem que certos grupos legitimem seu gosto e o disseminem entre as pessoas, tornando-o quase uma unanimidade. Esses mecanismos estão ligados às instituições políticas, educacionais e culturais existentes.” É pela ação do homem e as mudanças históricas que a concepção do que é belo hoje não seja amanhã; o artista, então, transforma sua forma de expressão baseado na arte do seu tempo.