Produzido por
Almir Chediak
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Lumiar Editora
Songbook
Noe! Rosa
Volume 2
Volume 1 Noel: um gênio modernista Almir Chediak O eterno jovem Sérgio Cabral Entrevista: Lindaura Rosa
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MÚSICAS
Noel: um gênio modernista Almir Chediak O nome da rosa Mathilda Kóvak Entrevista: Dorival Caymmi
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MÚSICAS
A.b.surdo Ao meu amigo Edgar Arranjei um fraseado
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Adeus A-e-i-o-u A melhor do planeta Araruta Até amanhã Cidade mulher Com mulher não quero mais nada Cor de cinza Dama do cabaré De babado Espera mais um ano Estátua da paciência Eu vou pra Vila Festa no céu João Ninguém Malandro medroso Meu barracão Minha viola Mulata fuzarqueira Não digas Nunca, jamais O maior castigo que eu te dou O orvalho vem caindo Para me livrar do mal Pastorinhas Pela décima vez Pra esquecer Provei Quantos beijos! Que baixo! Quem dá mais? Retiro da saudade Seja breve Seu Jacinto Só pode ser você Triste cuíca Último desejo Vai haver barulho no chatô Vitória Você é um colosso
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Songbook Noel Rosa em disco Discografia
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lCUS saud açoes C or diai Dona Emília Estamos esperando Estrela da manhã Felicidade Fita amarela
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Mas como, outra vez? Mentir ; Na Babia Não faz, amor
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~~~e~q~ea~~~!~u"::::::::::::: ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: Onde está a honestidade? O Para atender a pedido O Pela primeira vez O Por causa da hora O Positivismo O Primeiro amor O Quando o samba acabou O Quem não dança O Que se dane O ~;'o~:o:~~~~a·· ..:
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Século do progresso Silêncio de um minuto -:TA .
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Vai pra casa depressa Vejo amanhecer Você vai se quiser
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Songbook Noel Rosa em disco Discografia
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Songbook
Volume 3 6
Noel: um gênio modernista Almir Chediak A lira independente Muni: Sodré Entrevistas: Tom Jobim........ João de Barro
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MÚSICAS Amor de parceria Ando cismado A razão dá-se a quem tem Boa viagem Cabrocha do Rocha Capricho de rapaz solteiro Cem mil réis Conversa de botequim Dona Araci E preciso discutir Esquina da vida .. Eu sei sofrer Feitiço da Vila '? Feitio de oração c................................................ Filosofia :............................ Fui louco Mais um samba popular
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NoeJ Rosa
Mão no remo Meu sofrer Mulato bamba Não resta a menor dúvida O que é que você fazia? O 'x' do problema Palpite infeliz Picilone Pierrô apaixonado Pra que mentir? Prato fundo Prazer em conhecê-Io Quem não quer sou eu Quem ri melhor Rir Samba da boa vontade
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~~op~~~~l~~:~as.::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::.::::::::::::::: Tarzan (o filho do alfaiate) .. Tipo zero Você, por exemplo Você só mente Voltaste Songbook Noel Rosa em disco Discografia
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1991 • Os copyrights das composições musicais inseridas neste álbum estão indicados no final de cada música.
o Editor responsável: Almir Chediak o
Coordenação editorial: Sonia Regina Cardoso
o Diagramaçâc Tonico Fernandes
e produção
grá1ica:
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Revisão de texto: Tereza Cardoso
o Arle-linal: Mussuline Alves
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Participaram da produção deste Songbook : Leticia Dobbin. Fátima Pereira dos Santos. Marília Mattos Cunha, Jacob Lopes e Lou Nogueira
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Composição gráfica dos acordes letras com cifras: Multiformas
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Projeto gráfico: Fernando Pena e Almir Chediak
Composição gráfica das partituras. Didado Azamouja e Edu Mello e Souza
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Capa: Bruno Li berati
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Supervisão lan Guest
musical:
Fotocomposição: Central Editora Gráfica LIda.
das foi os utilizadas:
Ronaldo, Manhães, Brígida
Campanella
Neto e
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Confecção e revisão de partituras: Adamo Prince, Fred Martins, Guilherme Mayah, Horondino Reis. Lúcio Duval e Ricardo Gilly
• Reprodução
Adyr, Beti Niemeyer, Márcio RM.
• Direitos de edicão para o Brasil: Lumiar Editora. R. Elvira Machado, CEPo 22280. Rio de Janeiro Tel.: (021) 541-4045 e 295-8041
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feitura deste songbook foi bem mais trabalhosa do que eu esperava. A começar pela definição do repertório, que a princípio seria de 80 canções, escolhidas por mim, com a ajuda do pesquisador Jairo Severiano e do jornalista Sérgio
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Cabra!. Com o passar do tempo, e à medida que ia me aprofundando no estudo da obra de oel, mais vontade tinha de acrescentar músicas ao repertório original, um desejo que foi ficando incontrolável: de 80 canções passou para 92, depois 102, 114 e acabou com 120 músicas. distribuídas em três volumes, com 40 canções cada. As mú icas foram escritas a partir das gravações originais, sendo que boa parte cantada pelo próprio Noel ou por seus principais intérpretes, como Araci de Almeida, Francisco Alves, Almirante, Marília Batista, Mário Reis, Sílvio Caldas e Orlando Silva. Quase todas essas gravações me foram cedidas pelo pesquisador Jairo Severiano, um material riquíssimo que me poupou muito trabalho.
Na notação das músicas para este songbook, foram mantidas a melodia. o ritmo e as harmonias originais. Tais harmonias são genialmente bem feitas. ricas na condução dos baixos e na utilização dos acordes invertidos e diminutos. Possuem tamanha criatividade que muitas parecem d finitivas , como por exemplo Conversa de botequim ou Cem milréis, harmonizadas por Vadico e tão bem acabadas que fica difícil criar uma nova harrnonização com resultado semelhante. Outro aspecto que marca este songbook é o fato de as músicas estarem representadas graficamente de forma diferente dos demais. A começar pela inclusão de textos que comentam cada música, escritos por Sérgio Cabral, que dão ao leitor informações precisas obre cada canção. Outra inovação é a colocação da letra abaixo das notas. Isto se fez necessário porque nas canções em que uma parte da música é repetida com letra diferente, oel tende a mudar o
iii1lôl ritmo ou mesmo a melodia. São pequenas modificações, mas que de alguma maneira teriam de ser anotadas, caso contrário o leitor não tocaria exatamente como Noel compôs. Algumas canções são repetidas com novas harmonizações criadas por importantes compositores e intérpretes da nossa música. Mostrando, as im, um Noel revisitado - quase 60 anos depois de sua morte - numa releitura que vai de Tom Jobirn a Eduardo Dusek. Noel foi o primeiro compositor modernista da música brasileira e continua sendo, hoje, tão moderno quanto muitos dos nossos compositores contemporâneos. Agradeço à dona IJka, viúva de Almirante, que me cedeu um material de pesquisa importantíssimo. passado ao Almirante por dona Marta, mãe de Noel, após sua morte, consistindo de fotos, recort s de jornais. letras de canções manuscritas por oel,
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slides. a bengal inha ganha aos nove anos de idade e
o tinteiro em forma de automóvel. Agradeço, também, à Lindaura, viúva de Noel. Ao seu editor original, o maestro Estevão Mangione, por autorizar a publicação das cançõe . Ao jornalista Sérgio Cabral, pela ajuda na escolha do repertório, na edição dos texto . na pesquisa de fotos e di cografia. Enfim, agradeço a todos que colaboraram direta ou indiretamente para que este songbook se tornasse realidade.
Almir Chediak
Songbook o Noel Rosa
ara quem admite a hipótese da reencarnação, esta outra seria bastante provável: Chico Buarque é Noel Rosa redivivo. Há quem a isso objete, entretanto. Estes dirão que a singularidade de Noel é de tal ordem que se torna necessário 'reencontrá-lo' em outros compositores contemporâneos para que, dos termos da comparação, alguma luz se faça sobre a dinâmica criativa do "poeta da Vila". Com Chico Buarque, há de fato muita coisa em comum. Para começar, raros são os brasileiros que não terão ouvido falar de Chico ou de Noel. Raro também é o pesquisador ou crítico de música popular deixar de arriscar associações entre um e outro. Subjaz a essas referências um lirismo todo especial. Lírico, sabe-se, é o texto em que o 'eu' - a manifestação de uma subjetividade - exprime estados de alma, faz cantar a sensibilidade. O afetivo e o íntimo aliam-se para desobjetivar o mundo, quer dizer, torná-I o menos definido, mais fluido, mais permeável à ambivalência do sujeito humano. No lírico, é a alma que promove a fusão do sujeito com o objeto do passado com o futuro. 'Recordação' já foi apontada como palavra-chave do lirismo, no sentido radical de devolver as coisas ao coração, abolindo as diferenças entre o mundo interno e externo.
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Com Noel define-se a cor brasileira da vida na cidade Na letra e música de Chico Buarque, em sua canção, o 'eu' lírico afirma-se, não pela mera expressão sentimentalista de uma alma individual, mas pela identificação com um espaço social, onde a existência se reorganiza pela poesia - o samba, para ele. Samba é aí a metáfora de saída da angústia gerada por um socius e um quotidiano sem plenitude existencial. Neste movimento criativo, há seriedade crítica, elaboração lingüística e busca de uma tensão poética, que conferem uma certa intransitividade ao texto de Chico, mas ao mesmo tempo o colocam no lugar próprio aos líricos da boa estirpe modernista. Com 'intransitivo' queremos designar um 'falar sobre' o mundo: a moça triste na janela, o sabiá, o operário que cai na
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contramão atrapalhando o tráfego são construções de uma subjetividade e não vivências ou con-vivências externas. este processo, são interlocutores de Chico tanto o homem comum quanto a própria poesia enquanto projeto de reflexão sobre o mundo. oel Rosa, ao contrário, é bastante 'transitivo', ou seja, fala a partir de uma vivência num certo quotidiano (não fala 'sobre'), fala o mundo, como o trabalhador quando se refere à operação de trabalho. Por outro lado, sua veia lírica é formalmente mais romântica do que moderna, no sentido de que o espaço externo (a cidade, com suas dores e alegrias) achase objetivamente estruturada, e o poetacompositor pode sentir-se à vontade para assumir os significados correntes. Nesses significados é que transparece o cunho modernista de Noel- as indicações quanto à especificidade brasileira da vida na cidade. De fato, a composição noelina expressa de modo marcante aspectos da ligação entre a atmosfera afetiva da integração de grupos sociais diversificados no espaço da cidade e o senti-
mento lírico. Ela ajuda a fazer trânsito do ethos negro para a classe média, acolhendo desta maneira a ideologia do populismo nacionalista, ascendente em sua época, a da Primeira República. Vale a pena lembrar que Noel Rosa nasceu pouco mais de uma década depois da proclamação da República no Brasil. Tratou-se de ato do Exército, não do povo. Este assistiu a tudo 'bestializado' (na expressão de Aristides Lobo), acreditando que se tratava de uma parada militar. Nas décadas seguintes, sob a égide do lema positivista 'ordem e progresso' e de uma Constituição liberal, mas controlado de fato por oligarquias estaduais, o regime republicano mostrou a sua face excludente. Facilitavam-se os negócios das empresas nacionais e estrangeiras, dificultavam-se as condições de vida e de trabalho. Em suma, o povo ficava de fora, 'bestializado'. As canções de Noel não fazem referência direta à ordem político-econômica vigente, a não ser quando incorporam, a título de significados correntes, em geral com filigranas irônicas, moti-
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Noel Rosa Arouivo Almirante
Reprodução de manuscriro de Noel com o que ele chamou de "Revista radiofônica".
em dois atos. escrita em 1935. intitulada Ladrão de galinha.
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o Noe!
Rosa Arquivo
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vos temáticos da época. Tome-se Positiv i smo como exemplo. A doutrina comtiana é aí posta à distância desde o verso inicial"A verdade, meu amor, mora num poço" - até aquele que manda o "coração que não vibra" transformar "mais outra libra em dívida flutuante". Na lírica noelina, a ideologia patrona do Exército e da República só tem mesmo lugar como mote gozador.
Noel pontificava entre os boêmios e seresteiros da Vila Quanto mais se ouvem as canções de Noel, mais evidente se torna que o compositor da Vila não apostava em nada do status-quo; que ele tinha plena consciência da distância do povo com relação à ordem oficial das coisas. Isto transparece numa lírica vazada entre o irônico e o divertido, capaz de fazer compreender que mesmo a pretensa autoridade, o pequeno representante do poder é tão desabrigado quanto o cidadão comum: "Meu cortinado é o vasto céu anil/E o despertador é o guarda civil/Que o salário ainda não viu!" (O orvalho vem caindo). Mas o tom pode às vezes mudar para o corrosivo, como no caso do horário de verão: "Com o adiantamento de uma hora/Como vou pagar agora/Tudo o que comprei a prazo/Se ando com um mês de atraso?/Eu que sempre dormi durante o dia/Ganhei mais uma hora pra descan 0/ Agradeço ao avanço/De uma hora no ponteiro/Viva o dia brasileiro!" (Por causa da hora). O que realmente mobilizava o compositor era a cidade enquanto comunidade, metaforizada no bairro, com destaque para Vila Isabel. Este bairro é o espaço externo de articulação do sentido lírico atribuído por Noel às relações humanas, à festa, ao samba. É um espaço cultural, de resistência, uma 'cidade independente', como ele define em Palpite infeliz. A que se resistia? Ao atordoamento inicial das inovações, mas também ao domínio colonial interno. Assim, frente às duas principais oligarquias da República, podia-se cantar: "São Paulo dá café/Minas dá leite/E a Vila Isabel dá samba" (Feitiço da Vila). Em última análise, a resistência visava mesmo tudo aquilo que ameaçava a Cidade de perda da urbanidade tradicional: a transformação de seu centro por reformas modernizadoras, mas autoritárias; a dispersão da comunidade dos bairros por pressão das migrações internas; a 10
coerção no interior das fábricas e empresas, onde os empregados podiam ser demitidos verbalmente, sem qualquer tipo de indenização. A 'recordação' lírica incide sobre essa Cidade-Bairro evanescente. Por isso, Noel reage, lírico-romanticamente, ao açodamento de algumas das transformações trazidas pela modernização. O cinema falado e o rádio poderiam estar começando a funcionar, já no final dos anos 20, como fatores de unidade nacional (na medida em que a Nação acabava se reconhecendo nas catarses comuns); mas o compositor enxergava as inovações do ponto de vista do bairro, da cidade comunitária, onde "o samba não tem tradução no idioma francês" (Não tem tradução). Ao lado do samba, Vila Isabel era o eixo semiótico das narrativas líricas minicrônicas, em muitos casos - sobre o modo de existência brasileiro-carioca. Não era, porém, simples produto imaginativo do compositor, nem mero campo de referências lingüísticas para formas puras, destituídas de um significado vivenciável, como pode acontecer numa elaboração poética. A Vila era um espaço concreto, histórico, de trabalho, festa e boemia. A rua 28 de Setembro, sua principal artéria, era
um lugar repleto de bares animados e de passeios noturnos significativos. No Carnaval, ali havia batalhas de confete e desfiles de escolas de samba. Aos domingos, entre as seis e oito horas da noite, passeavam habitualmente as filhas de famílias, moças 'presas', de braços dados umas com as outras. Tarde da noite, os bares e as calçadas acolhiam os boêmios, os seresteiros, dentre os quais pontificava Noel Rosa. Noel freqüentava os redutos boêmios do centro da cidade, como o famoso Café Nice, mas estava sempre presente nos lugares marcantes da Vila. Na rua Maxwell, perto da fábrica de tecidos Confiança, ficava o colégio de sua mãe, dona Marta. Nesse ambiente de classe média, conheceu Lindaura, que tinha apenas treze anos de idade quando se casou com Noel. Já na rua Souza Francoonde ficava o bar O Ponto Cem Réis - e na Praça Sete, o compositor tocava com freqüência violão. O "poeta da Vila" não falava, portanto sobre a festa: ele fazia e incentivava 'fuzarcas' (nesse sentido, teve continuadores em personagens típicos do bairro). Movia-o tanto a 'força da alegria - "O mundo é um samba que eu danço" quanto a forte inclinação para o sexo
Songbook o Noel Rosa
Flagrante de Noel nas noites do Rio. Na Praça da Candelária, juntamente
oposto, regulada por destino: "De ti, gosto mais que outra qualquer /Não vou por gosto /0 destino é quem quer ... " (Até amanhã).
Ainda em vida, ele foi chamado de 'filósofo do samba'. a verdade, reivindicava a 'fi Ia afia' (entendida pelo senso comum) como uma atitude para a convivência com O regime de exclusão do povo e com o liberalismo político que não passava de uma paródia da democracia representativa: "Mas a filosofia/Hoje me auxilia/A viver indiferente/Assim ... " (Filosofia)
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A realidade
atravessada pela força lírica dos pequenos fatos Será mais apropriado, entretanto, vêIa como um cronista - com pensamento próprio - do Rio e seus bairros. Estes ainda mantinham uma singularidade cultural não sufocada pela homogeneidade urbana, de modo que as características de um lugar podiam ser vistas como irrepetíveis em outro: "Você pode crer/ Palmeira do mangue/Não nasce na areia/ De Copacabana" (O 'x' do problema).
com Custódio Mesquita. William Fais ai e uma "baiana".
Ou então podiam dar saudade: "Não há quem tenha/Mais saudade lá da Penha/ Do que eu - juro que não ... " (Meu barracão). Quanto à cidade como um todo, era sentida como "notável, inimitável. maior e mais bela que outra qualquer", algo a que "ninguém resiste", porque era "Cidade do amor, cidade mulher" (Cidade mulher).
Cronista, sim, que fazia a realidade social ser atravessada pela força lírica dos pequenos acontecimentos. Muitas vezes, eram situações instantâneas, simples flagrantes do quotidiano que instauravam o lirismo da narrativa: "Seu garçom, faça o favor/De me trazer depressa/ Uma boa média/Que não seja requentada ... " (Conversa de botequim). Noutras, o assunto socialmente delicado podia ser abordado graças a uma verve incomparável: "As morenas do lugar/Vivem a se lamentar/Por saber que ele não quer/ Se apaixonar por mulher. .. " (Mulato bamba).
No alto de tudo isso, reinava o samba, entidade ao mesmo tempo mitica e realhistórica para Noel. Sabe-se que no século dezenove ainda se falava no Rio de uma figura mística entronizada pelos negros com o nome de 'Sinhá Samba'. Mesmo que a ela não fizesse referência-
afinal, já se havia entrado no 'século do progresso' -, Noel parecia cuÍtuá-la na prática, na medida em que fazia do samba um modo de compreensão e redimensionamento da existência. Ele sabia que "batuque é um privilégio", que "sambar é chorar de alegria/É sorrir de nostalgia" e que o samba, por "nascer no coração" podia ser cantado como se o compositor estivesse rezando (Feitio de oração). Noel Rosa é contemporâneo, moderno, atual. Seria difícil revê-Ia por 'reencarnação', porque ele é absolutamente singular. Mas nessa linha hipotética, pode-se pensar (por que não?), à maneira dos cultos negros, em 'santo baixado'. O poeta da Vila pertence, hoje, à estirpe dos ance trais da vida poética da cidade e, como os ancestrais nos cultos cariocas, é muito bem capaz de 'baixar' em certos momentos do transe de inspiração dos sambistas nacionais. Assim, Noel está em Chico, Caetano, Gil, João Nogueira, Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola, Cartola e tantos outros poetas do povo e da Nação. N oel Rosa é raiz e fonte de brasilidade.
Muniz Sodré
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Songbook
Entrevista
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Noel Rosa
ITom Jobim
ma das facetas menos focalizadas de Antonio Carlos Jobim é o seu conhecimento da música popular brasileira. Poucos compositores dominam tanto a obra de Pixinguinha, Emesto Nazareth, Ary Barroso, Garoto, Custódio Me quita, e outros, quanto es e autor de uma obra que fez dele o mais famoso nome da música popular brasileira em todo o mundo. Um dos seus passatempos prediletos é proporcionar aos amigos que o visitam um desfile de músicas, por exemplo, de Nélson Cavaquinho, ao piano. Aqui, ele fala de um dos seus compositores prediletos, Noel Rosa. E fala com a autoridade de quem conhece a obra noelesca em todos os seus aspectos, inclusive abordando, pela primeira vez, algumas características musicais próprias do grande compositor.
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A música, uma arte crônica O acorde, wnapintura ALMIR CHEDIAK - Qual é a sua opinião sobre Noel Rosa? TOM JOBIM - É um gênio. Uma pessoa extraordinária para a época. O que ele já sabia, para o seu tempo, era uma coisa extraordinária. ALMIR - E tudo isso em tão pouco tempo de vida. TOM - É verdade. Um homem que morreu com 26 anos de idade, deixando uma obra tão extensa. ALMIR - Foram 230 produções. E cada letra maravilhosa! TOM - E, muitas vezes, as melodias também são incríveis. As melodias do Vadico também são ótimas. Noel é um cara formidável, um cara que marcou a minha vida, determinou minha paixão pela música brasileira. Quando vejo você tocando, com essas inversões, me lembro do Noel e do Chico. ALMIR - O Chico talvez seja o compositor que mais se aproxima de Noel. TOM - Pelo estilo. Um cara que fala das coisas que existem mesmo. Ele fala do botequim, da Maria, da cachaça, do povo. Uma coisa muito brasileira, muito autêntica. Com que roupa?, por exemplo: essas inversões no violão, a sétima no baixo, depois a terça no baixo, 14
sétima no baixo, resolvendo pra terça no baixo ... e vai por aí. Um negócio muito bom. ALMIR - Você vê que, naquela época, não se trabalhava com dissonâncias, como se trabalhou, principalmente, a partir de suas músicas, das músicas de JohnnyAlfetc. Mas eles faziam umas harmonias muito bonitas. Tinham uma coerência. TOM - Era uma música mais horizontal. Hoje em dia, é mai vertical. O Bach é mais horizontal, o Debussy é mais vertical. Quer dizer: o Bach não está preocupado com o acorde; está preocupado com o passado, presente e futuro. Stravinsky, muitas vezes, está mais preocupado com a verticalidade, com o aqui-agora. A música, como diz Stravinsky, é uma arte crônica. Para
você ter uma melôdia, tem que ter passado, presente e futuro. Agora, para tocar um acorde, é instantâneo. É como uma pintura. Para compor uma canção, precisa de tempo, você tem que ter cronicidade. É por isso que muitas vezes o plim-plim da televisão não resolve o problema musical, porque você faz tchá - e isso ainda não é música. É o tal negócio. Como dizia Stravinsky, o piar dos pássaros ainda não é música, porque a música precisa de uma cronicidade. Você anda no tempo e, conforme o tempo vai passando ... É o que acontece com Bach, Chopin, com Brahms. Depoi , vêm as coisas mais verticais. Evidentemente que Debussy tem também passado, presente e futuro, mas ele também tem esse lado vertical, que não preocupava Bach, nem preocupava
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Entrevista
o Noel
Rosa
I João de Barro Arquivo
Almirante
arlos Alberto Ferreira Braga (2903-1907), carioca e filho de industrial, pensava em estudar Arquitetura. Mas o talento e as circunstâncias o levaram para a música popular brasileira e ele resolveu adotar o nome de João de Barro. Pelos amigos, porém, foi sempre chamado de Braguinha (pela família, de Carlinhos). Um recordista de nomes, sem dúvida. E não só de nomes. É o compositor há mais tempo em atividade, o autor que mais contribuiu para a música carnavalesca e, provavelmente, o que mais teve músicas gravadas em disco. Conheceu Noel Rosa na juventude, em Vila Isabel, e foi seu companheiro no Bando de Tangarás, um conjunto de grande sucesso, de 1929 a 1933. Além de compositor e cantor, Braguinha exerceu várias outras atividades artísticas, como a de roteirista de cinema, dublador e diretor artístico de gravadora, atividade, por sinal, que o ajudou a lançar inúmeros nomes importantes da nossa música.
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ALMIR CHEDIAK - Braguinha, você é o último remanescente do Bando de Tangarás. Você era o cantor do conjunto? JOAO DE BARRO - Não, não, eu só cantarolava. Não sou cantor, nem nunca fui cantor. Tocava um violão no grupo, ainda assim, muito mal. ALMIR - E como você conheceu Noel Rosa?
Andávamos por aí, cantando e fazendo serenatas JOÃO DE BARRO - Conheci o NoeJ em Vila Isabel. Eu morava na Rua Souza Franco, dentro da fábrica de tecidos, da qual meu pai foi diretor. Já o Noel morava na Rua Teodoro da Silva. A mãe dele, Dona Marta, era professora das crianças do bairro e deu aulas para minhas duas irmãs. Acabei conhecendo Noel, em Vila Isabel mesmo, e tivemos uma grande amizade. Fizemos algumas músicas juntos, de parceria, e uma delas - Pastorinhas - é um grande sucesso e está aí até hoje. ALMIR - Como era a vida de vocês? Saíam pelos bares, bebendo e cantando, quem era mais boêmio entre vocês? JOÃO DE BARRO-Q Noel era muito
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Noel em 1931.
mais boêmio do que eu, mas freqüentamos os bares juntos, sim, principalmente, em Vila Isabel. ALMIR-Aí, vocês criaram o Bando de Tangarás ... JOÃO DE BARRO - ... muita gente diz Bando dos Tangarás, mas está errado. O certo é mesmo como você falou: Bando de Tangarás. Não é dos, é de. Éramos eu, o Noel, o Almirante, o Alvinho e o Henrique Brito. Almirante era o cantor do grupo e o responsável pelo ritmo. Tocava pandeiro muito bem. Henrique Brito era um violonista maravilhoso. Dos melhores que conheci em toda a minha vida. Uma pena que ele tenha morri do muito cedo. Noel também tocava violão e eu arranhava. Andávamos por aí, cantando, fazendo serenatas, nos apresentando nos clubes e
nas festas. A partir de 1929, gravamos vários discos. ALMIR - E o Noel, como ele era? JOÃO DE BARRO - Acontece que o Noel era muito boêmio e não dava importância para dinheiro. Tudo o que
Às vezes, Noel empenhava o violão recebia gastava logo. Quando estava muito necessitado, empenhava o próprio violão. Aí, apelava pra mim, pegando o meu violão emprestado, durante vários dias. Quando conseguia 'desempenhar' o violão, devolvia o meu e a vida continuava. A gente se gostava muito. ALMIR - O Bando de Tangarás era um grueo profissional? JOAO DE BARRO - Não, éramos
Songbook o Noel Rosa
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Songbook o Noel Rosa
o Bando de Tangarás está todinho nesta foto que. tarnbcm. registra alguns agregados ao grupo. Estavam todos no estúdio da Parlophon. em 1930 e aparecem Sérgio Brito. Oanie! Sirnões. Abelardo Braga. Nocl Rosa. I.upcrcc Miranda. Almirante. Manuel Lino c João de Barro. amaclores. Fazíamos aquelas apresentações nos clubes. mas sem ganhar nada, nenhum tostão. Cantávamos também em casas de família, nos dias de festa. Tanto que o primeiro convite que a gente recebeu para fazer shows profissionais no cinema, só o Almirante e o Noel Rosa é que foram. Naquela época, os cinemas apresentavam shows , antes de exibir os filmes em cartaz Almirante e I oe: aceitavam o profissionalisrno, mas eu, não. Éramos profissionais no disco. isso sim. Gravávamos e ganhávamos das gravadoras. ALMIR - Era um Rio de Janeiro diferente. O Rio dos bondes. JOÃO DE BARRO - O bonde foi um fator de aglutinação muito importante. sabia? Os artistas daqueie tempo. 20
principalmente o. compositores. se reuniam justamente no Café Nice. que ficava ali perto de onde era a Galeria Cruzeiro - hoje, edifício Avenida Central - ponto final de várias linhas de bonde. O pessoal chegava de bonde e Ia para o Café I ice, para conversar, quase sempre, sobre música.
As canções
de Noel estão aí até hoje, são imortais ALMIR - Com 84 anos, você conheceu muitas tases da vida do Rio de Janeiro. Qual o seu segredo para continuar firme. compondo, produzindo. vivendo? JOÃO DE BARRO- O segredo de viver
muito e conservar a vicia é o seguinte: se encontrares uma peclra em teu caminho, e ela for pequenininha. chuta. Se for grande, senta nela e descansa. Eu, por exemplo, estou sentado na pedra. vencia a banda passar. ião quero que nada me aborreça. ALMIR - E casado com a mesma mulher. JOÃO DE BARRO - Há 54 anos. Somos ainda namorados. ALMIR- voltando ao Noel. como que vocé se sente sabendo que as músicas dele estão por aí até hoje? JOÃO DE BARRO - Ele não e tá entre nós para fazer a propaganda das músicas. No entanto, elas chegaram até aqui. São imortai . Noel Rosa morreu muito jovem, o que é uma pena, pois poderia ter feito ainda mais. j
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ioel Rosa Arquivo AI~ante
Capa da partitura de Eu vau para Vila, com alguns dos personagens
mais c-arac[erÍsticos da obra de Noei Rosa
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o Noe! Rosa
Amor de parceria NOELROSA Embora lançada com pretensões de compor o suplemento da Victor do carnaval de 1936,Amor de parceria não tinha nada para ser cantado no carnaval. O próprio rótulo do disco original classifica-o como um "samba-choro" e NoeZ Rosa, em entrevista à publicação Voz do Rádio, revelou que pretendia entregar a música à dupla Ioel e Gaúcho, especialista na interpretação do chamado samba-choro. Foi uma das músicas compostas por Noel durante a sua estada em Belo Horizonte, entre dezembro de 1934 e maio de 1935. Primeira gravação lançada em setembro de 1935,por Araci de Almeida, em discos Victor. (Esta, e as demais notas, são de Sérgio Cabral)
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Introdução: F F#o )/G GYD
A7/C#
A7 Dm G7 GYB
Saiba primeiro que fulana
c
Dm/F
D7
B7/D#
B7
Em
C7 F F#o YG A7 Dm GYB C I
DnyF C / E7 o/D AyC# A7 é minha amiga E comigo ela não briga Com ciúme de você Você provoca
F#o )/G A7 D7 G7 C / GYD GYB C briga entre rivais Para depois ver nos jornais Seu nome e seu clichê Há muito tempo minha amiga me avisava DnyF F#o)/G / E7 o/D AyC# A7 Que ela sempre conversava Com você no seu jardim E começou a nossa parceria G7 C ela foi por mim
GYD
/
Você pensou
GYB C fomos enga--nadas que
/
A7 Eu
D7 fui por ela e
o/D AyC# A7 E7 Marcando encontro em horas alter-nadas E
Dm/F / BYD# AyC# A7 B7 Em D7 A7 G7 C Dentro daquela escrita Eu e ela não tivemos prejuízo na socie-dade nós fizemos a sua vontade GYD
você
GYB
se atrasava
/
Quando
Dm/F F#O AyC# A7 o/D E7 C I uma hora Eu fingia não saber A razão dessa demora E muita vez você perdeu a
YG A7 D7 G7 C / GYn GYB C / E7 fala Quando estava sem tostão E eu pedia bala Nós aturamos os seus modos irritantes Mas filamos bons jantares o/D AYC#A7 Dm/F F#o YG A7 Você não sai do nosso pensamento Vo-cê Nos melhores restaurantes
D7 G7 C / foi negócio e foi divertimento
23
Songbook o Noel Rosa AMOR DE PARCERIA
C/G
F
C/G
Dm
A7
c
G7/B
Dm
A7
C C7
G7
;"' Sai - ba
GW
~/B
pri-
C
~
mei - ro tem - po cê se ra - mos
que fu - Ia mi - nba_a - mi a - tra - sa os seus mo
E7
-
na_é ga va dos
mi - nba_a me_a - vi mei - a ir - ri
EID
A7/q
-
bri - ga sa - va ber ta - res
Com Com A Nos
11C/G
ci vo ra me
-
ú - me de no seu des - sa lbo - res res -
cê zão
A7
vo - cê jar - dim de - mo tau - rantes
D7
-
E co Que_e-Ia Eu fio Mas fi
ra
de- pois ver nos jor - nais es - ta - va sem tos - tão
mi - go_e sem - pre - gi a Ia - mos
-
Ia con não bons
-
não ver sa jao
-
~.
bri- ga_en- Ire vo - cê pro - vo - ca co - me - çou E a nos - sa par E mui - ta vez vo - cê per-deu_a Vo - cê não sai do nos - so pen -
G7
Seu no - me_e seu cli E eu pe - di - a
-
F#o
~
C
m Pa - ra Quan-do
-
DmIF
~~
24
ga va ra tes
A7
1
~~
mi sa bo tan
chê bala!
y
J Há Nós
li ce fa sa
vais ri Ia meu -
;;J mui a
-
to tu -
Songbook o Noel Rosa
sou que
fo - mos en - ga
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J
Mar - can - do_en - con - tro_em
A7Iq
bo - ras
J.
~ ~
nós
E
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ze - mos
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B7
B71D#
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su - a
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~ Den - tro
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Eu
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ti - ve- mos pre - ju
-
f - zo
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e Fim
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Copyright by MANGIONE, FILHOS E CIA LIDA. Rua Ramalho Ortigão, 38/1 andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados. 0
25
Songbook
o Noel Rosa
Ando cismado NOEL ROSA E ISMAEL SILVA Era um dos sambas preferidos por Ismael Silva (1905-1978), parceiro de Noel. É também um dos poucos sambas em que a dupla Noel Rosa-Ismael Silva conseguiu libertar-se da obrigação de incluir o nome do cantor Francisco Alves como um dos autores da música, com base num acordo feito desde 1928, quando Ismael vendeu ao cantor, por cem mil réis, o samba Me faz carinhos. O acordo foi feito, inicialmente, com os sambas de Ismael e Nilton Bastos e, depois, com a obra da dupla Ismael-Noel. Primeira gravação lançada em outubro de 1932, por Francisco Alves, em discos Odeon.
G#m
D#m
C#m/G#
F#7/A#
C#7
D#7/A#
D#m/A#
G#7/B#
G#7
C#m
B
E
G#7/D#
D#m/C#
C#/E#
F#/E
F#7
A#7/E#
I ~II I I I G#m / / / D#m D#ny A# G#~B#
/ / Mulher,
/ / / D#m / / / E / / / G#~D# / G#7 / C#m / F#7 / eu ando cisma--do Que me enganei com você Se algum dia não ficar mais a
G#7 / / seu lado Não precisa G#~D# você
/ G#7
/ C#7 /F#7 perguntar por
/ F# C#7 realidade se é
/ espero A#~E# Deixo
26
F# agora
/ B / / / / quê Mulher,
/ / / D#m / / / E / / / eu ando cisma--do Que me enganei
/ C#m / F#7 / G#7 / / / C#7 / F#7 / B / / Se algum dia não ficar mais a seu lado Não precisa perguntar por quê
G#m / C#7 / F# A#~E# A mentira é fatal Creio
/
G#7 C#m C#m/ G# F#~ A# F#7 B / /
A#~E# Ver
A#~E# Sua
D#m/ C# G#~B# / C#7 / F# D#m que não é por mal Que a mulher nos faz descrer
D#m grande
D#ny C# G#~B# falsi dade
D#m D#m/ C# G#~B# você a qualquer hora
D#m D#m/ C# G#~B# .compa--nhia sua
Sem
/ C#7 explicar
/ C#7 / F# você sofrer Eu hei de ver
/ Dando
C#7 a outro
/ por
que
F# razão
G#m / Eu
/ F# / / / G#m / o coração Quan-do
C#7 chegar
Fo/E F#7
B Mulher
D#~ A#
/ / / G#m Mas
/ / /
Co/E#
com
C#7 cismado / F# esse dia
/ / eu
/ ando
Songbook o Noel Rosa
D#m / / / E
cisma-do /
/
C#7 / F#7 / B
/
G#'YD# / G#7
me enganei com você
precisa perguntar / G#7
/
/ /
Que
por C#m
/
Se algum dia
/ / /
/
quê
/ /
Mulher,
F#7
/
/
C#m
/
G#7
/
/
/
F#7
não ficar
D#m / / / E
eu ando cisma--do
/
G#7
/
mais a seu lado Não /
/ /
Que
G#'YD#
me enganei. com você
C#7 / F#7 / B
não ficar mais a seu lado Não precisa perguntar
G~m
/
Se algum dia
por
/ /
quê
D~m
~
FP/A~
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~*_ê*ê ~~
voz
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27
Songbook
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Copyright Rua Direita, Ortigão,
by IRMÃOS
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S/A IND. E COM.
115 - Centro - São Paulo - Brasil. Todos os direitos reservados. Copyright
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Rua Ramalho
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o Noel Rosa
by MANOIONE,
FILHOS
E CIA LIDA.
38/10 andar - Gr, 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
vo - cê por que
so - frer
Songbook
o Noel
Rosa
A razão dá-se a quem tem FRANCISCO ALVES, ISMAEL SILVA E NOEL ROSA Admirável samba em que Noel Rosa, autor da segunda parte, usa os versos da primeira como uma versão de contracanto bem característica da época e da qual o cantor Luiz Barbosa fora o introdutor. Na verdade, Luiz improvisava frases para intercalar entre os versos escritos pelo compositor, motivo pelo qual é considerado o inventor do samba de breque (mais tarde, Moreira da Silva criou outro tipo de breque, parando a música para falar). Primeira gravação lançada em fins de 1932, por Francisco Alves e Mário Reis, em discos Odeon.
G
D7
III
I
III
IIll11
D/A
F#7
Bm
Gm6
Gm6/Bb
E7
A7
D
B7/D#
I ;;I I
B7
IIIIII Introdução: D7 / G / F#7 / Bm / Gm6 GmrBl:>
/ Se
BYD# E7 / / / A7 / deixar meu amor me Eu
/ ninguém D queixar
/ A7
/ A
D / / razão dá-se a quem tem
/ / / B7
/ Vou
/
'YA B7 E7 A7 D /
A7 / D
D / / / B7 / / não posso me queixar Vou
/ / / /
/ Se
/
E7 / / / sofrendo sem dizer nada a
BYD# E7 / / / A7 / deixar meu amor me Eu
/
/ / E7 / / / A7 / / / D / / / sofrendo sem dizer nada a ninguém A razão clã-se a quem tem
A7 D / / / / / / E7 / / não posso suportar "Se meu amor me deixar" Se de saudade eu chorar "Eu
/
/
/
não posso me B7
/ Sei que
B7 / / / / não posso me queixar" Abandonado
D E7 A7 / / / / / / / sem vintém "Vou sofrendo sem dizer nada a ninguém" Quem muito nu, chora também "A
/
/
/
razão dá-se a quem
(B7) / / / E7 / / / A7 / / / D / / / tem" Eu vou chorar só em me lembrar "Se meu amor me deixar" Dei sempre golpe de azar "Eu não posso me B7 / / queixar" Pra parecer que
/ VIVO
E7 / / / A7 / / / D / bem "Vou sofrendo sem dizer nada a ninguém" A esconder que amo alguém "A
/ / D7 / G / F#7 / Bm / Gm6 GmrBb razão dá-se a quem tem"
'YA B7 E7
A7 D / A7 / D
29
Songbook o Noel Rosa A RAZÃO DÁ-SE A QUEM TEM
Gm6/B~
Gm6
DIA
E7
B7
A7
D
A7
~~ -
D
~
D
meu
a- mar
me
dei
xar
Eu
não
pos - so me
quei - xar
E7
B7
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D
A7
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•• z
:'f~ Se
E7
B71D~
Fim
Vou
so - fren
-
do sem
di - zer
A7
tina
-
D
B7
nin - guém
da a
A
t
ra -
-
~§~~:I:"1 zão dá- se_a quem
tem
E7
tar brar
A7
( Se ( Se
meu a meu a -
mor mor
me me
dei xar) dei - xar )
D
Se Dei
de sau sem-pre
da gol -
de eu pe de
cho - rar a - zar
B7
( Eu ( Eu
30
so su - por só em lem
Sei que não pos Eu vou cho - rar
não não
poso pos -
so me so me
quei - xar ) quei - xar)
A
Pra
ban- do - na
pa- re - cer
do sem que vi
viu - tem vo bem
Songbook
o Noel
Rosa
A7
E7
( Vou ( Vou
so - fren - do so - fren - do
di di
sem sem
D
-
zer zer
na na
-
da a da:::a
nin nin -
guém ) guém )
Quem A
mui - to es - COll
- .
~ Ao~ e Fim
~~~ riu, der
cho - ra tam - bém que a-mo_al - guém
(A (A
Copyright Rua Ramalho
Ortigão,
ra ra
- zão dá- se_a quem - zão dá- se_a quem
by MANGIONE,
FILHOS
tem) tem)
E CIA LIDA.
38/10 andar > Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
31
Songbook
o Noe!
Rosa
Boa viagem NOEL ROSA E ISMAEL SILVA Embora a letra deste samba pareça dirigida a um ex-amor, João Máximo e Carlos Didier revelam, em seu livro Noel Rosa, unia biografia, que, na verdade, Noel e Ismael Silva estavam se referindo a Francisco Alves, que tratava os dois compositores como empregados e ainda aparecia como autor dos sambas que eles faziam. João e Didier lembram até que, na mesma época, Noel compôs uma versão satírica do foxtrote TeU me tonight, que dizia: "Neste tempo medonho/Canto, tnstonho/Ao microfone este prelúdio/O ouvinte risonho/Nem por um sonho/Sabe o que me traz ao estúdio/A ti que és irmão/Do tal Pão Duro/Meu recibo vai assombrar/De revôlver na mão/Eu vim aqui. .. cobrar". A letra de Noel recebeu o título de "Paga-me esta noite" e o Pão Duro s6 poderia ser Francisco Alves, que gravara a versão de Orestes Barbosa para a mesma música, com o título de Diga-me esta noite. Primeira gravação lançada em janeiro de 1935, por Aurora Miranda, em discos Odeon.
C
A7
Drn
F
Ffl'°
C/G
IIIEII I I 11I1 IIII I I G7
D7
F/A
Introdução: C / / / A7 / / / Dm / F F#o YG C
A7 / D7 / Se não mandei você embora
I/'A Fm/Ab YG bem Então, passe
/
C
a coragem
/ / / /
/
Frn/AIJ
C/BIJ
A7 Dm G7
G7 / / / / Enfim foi porque Me faltou a
/
C coragem
/ / / /
A7 D7 G7 C A7 D7 G7 C A7 / / D7 viagem! Boa Se não mandei você embora /
A7
Mas se você
/ var
dar
C7/E
I/'A Fm/Ab YGA7 Dm / o fora Então, passe bem
Dm Dm G7 C / / A7 / / chama Tem princípio, meio e fim Se você já não me ama
/
/ Dm / / A7 Mas se você vai dar o fora /
G7 / / / / Enfim foi porque Me faltou
D7 G7 C / / A7 Boa viagem! O amor é como a
I/'A C~E G7 YBb / / / Para que frngir assim? Não mandei você embora
Fm/Ab G7 A7 D7 G7 C A7 / D7 / YG / A7 / / C / benevolente Para que você agora Quer sair ocultamente Se não mandei você Porque sou
/
/
/ / / / / A7 / Dm / I/' A Fny Ab Y G A7 D7 / / / G7 / / / C Enfim foi porque Me faltou a coragem Mas se você vai dar o fora Então, passe bem embora Dm A7 D7 G7 C C / G7 / / / A7 / / Dm viagem! Seu desejo não me assombra Ofereço o meu auxílio Passe bem, vá pela sombra Boa
/
G7 Acabou-se o
I/'A / Fm/Ab C~E YG D7 G7 YBb / / / / / / A7 vou esquecer Desta vez juntou-se a fome Com a vontade nosso idílio Seu amor e o seu nome Eu também
/
/
C
de comer! 32
Songbook o Noel Rosa C
A7
Dm
F
F#o
intro
[~i1~
Se
não
man
por - que
Me
A7
fal - tou
vai dar
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fo-
a
co - ra -
ra
En
- tão
pas
C/G A 7
bem
se
o
a -
Seu
c
G7
pio, ço_o
-
-
-
ra
En -
fim o_e au - xi -
mei meu
G7
lio
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Bo
-
ClBb
-
a
vi
-
a-
Dm
co - mo_a não me_as
cha- som -
A7
vo Se Pas - se
vo-
G7
D7
A7
mor é se- jo
se
Mas
c
cí re
em- bo
gem
FmlAb
FIA
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cê
vo- cê
*~-~OO).
I~ ~~. foi
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c
G7
fim
-
.
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.
.ma bra
Tem prinO - fe-
Dm
cê já bem, vá
não pe
me Ia
a som
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Pa - ra A - ca-
FIA
C7/E
.~
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fin - gir se_o nos
-
as - sim? so_i - di - lio
Não Seu
man a
dei mor
vo - cê e o
em - bo seu no
ra me
Por - que tam Eu
33
Songbook o Noel Rosa
FmlA~
sou bém
C/G
be - ne
vou
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vo - len que - eer
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c
G7
A7
Itv~ª.*~~ -o - cul - ta - men de de eo - mer
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A7
D7
vo - cê a - go jun - tou - se_a fo
que vez
Pa - ra Des - ta
ra me
Quer sa - ir Com_a von - ta -
G7 Ao~
-
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casa 2 e Fim
Fim
te?
Copyright by MANGIONE, FILHOS E ClA L1DA. Rua Rarnalho Ortigão, 38/1 andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados. 0
34
Songbook o Noel Rosa
Cabrocha do Rocha NOEL ROSA E SÍLVIO CALDAS Este samba permaneceu tão desconhecido que nem Almirante o relacionou na "Musicografia e Discografia de Noel Rosa", publicada no seu livro No tempo de Noel Rosa. A existência da música foi revelada por Sílvio Caldas, lia gravação de um disco em que contava histórias da música popular brasileira e cantava as músicas que iriam ilustrá-Ias. Acompanhado do regional de Canhoto, Sílvio contou com a presença de um pequeno público no estúdio, conferindo ao disco um clima de gravação ao vivo. Primeira gravação lançado em setembro de 1973, com Sílvio Caldas, em discos CBS.
A
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A/C#
F#7/A#
Bm
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0#°
A/E
1IlIIlVIIIII E7
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A7
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Bm7
B7
11111111111 A
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Eu tenho
/
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uma cabrocha que mora ~
,.--,
E7
A
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Que dá muita bolacha 0#:°
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Eu tenho
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/
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A
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0/ C# /
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me faz
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0#°
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/
o/E
F#7
Bm
Sei que ela joga no bicho Que dança maxixe
uma cabrocha que mora
joga no bicho Que dança maxixe Que dá muita bolacha
além disso é coxo
Bm / O
relaxa
o/C#
F#YA#
no Rocha e não O
A7
Bm / D
relaxa
D
/
Sei que ela Om7
(E o Noel?) Tem um filho macho Com cara de tacho E CO
0/ C#
F#7
de capacho Qualquer dia eu racho Esse
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A
carneiro mo-cho
35
Songbook o Noel Rosa CABROCHA
DO RCX:HA
A
Eu
te
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nbo
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D
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E7/G#
A
que_e-Ia
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jo - ga no bi
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cbo Que
Tem
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dan - ça
um fi - lho
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não
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bo - Ia -
mui - ta
cbo Com ca - ra
de
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Bm7
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chojes-se
le
E7
car - nei-ro mo
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faz
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A
-
cbo
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36
ca
-
pa
-
Songbook o Noel Rosa
Capricho de rapaz solteiro NOELROSA Quando Noel Rosa fez este samba, ainda não havia o famigerado Departamento de Imprensa e Propaganda - o DIP do Estado Novo --; que passou a pressionar os compositores populares, a fim de que não exaltassem mais a malandragem em suas músicas, mas o trabalho. A pressão foi tão forte que Wilson Baptista, o compositor que polemizou com Noel Rosa porque este achara que o colega exagerou na apologia ao malandro, acabou fazendo um samba em que começava-com a afirmação de que "quem trabalha é que tem razão". Em Capricho de rapaz solteiro, Noel radicaliza na incompatibilidade entre a malandragem e o trabalho. Primeira gravação lançada em maio de 1933, por Mário Reis, em discos Odeon.
111 I I I I WI IIII VI VlllIl 111I I II I A7/C#
Dm
B7/D#
Em
F
F#o
C/G
A7
D7
G7
C6
C
G7/D
G#o
Am
Gm6/Bb
I n t ro d uçao:
I
A7/ / C#
Dm
A7 Dm Dm I Nunca mais esta mulher
I
F#o F I De fome não se morre
Dm mulher F#o morre
I
I I
I
Em
I
I
I
II
I
I
F F#o YG mais esta mulher
Dm / G7 C mulher Me vê trabalhando!
/ Dm ao escafandro
I Dm sustentando
Ii
Am G#o Ser malandro
I
I F F#O YG Se o mar é mais profundo
I
I
/ AyC# Nunca mais
I
GYDI
AyC#
I
Leva a vida para
D7 I é um capricho
I I AyC# Leva a vida para
GYD o la--do
/
G7 que quer
o la--do
I G7 IC De rapaz solteiro
I G7 I C I I De rapaz solteiro A mulher
A7 D7 Pois malandro
Quem vive sambando
I I / Y G G#o Am Neste Rio de Janeiro Ser malandro
A7 D7 G7 C6
Quem vive sambando
I D7 é um capricho
II
I
C/ / G
I
Quem vive sambando
I F F#o YG Não há malandro casado
"Nunca
F F#o
G7 C Me vê trabalhando!
/ / / Y G G#o Am Neste Rio de Janeiro Ser malandro
I Dm vou gritando:
I
YG Neste Rio de Janeiro
G7 C Me vê trabalhando!
A7 I Dm perde e nos atrasa
F#o morre
B7/ / D#
Dm A7 I Nunca mais esta
I
G7 que quer
I
F
De fome não se
I
/
é um achado
GmrBb Que
nos
G7 C I / I / GmrBb A7 não se casa Com a bossa que eu tiver Orgu--lhoso
I Dm / G7 I C6 esta mulher Me vê trabalhando!"
I I Ay C# GYD Leva a vida para o la--do
I
/ / Vou, enquanto
Nunca
G7 que quer
I D7 I G7 I C I I / é um capricho De rapaz solteiro Antes de descer A7 D7 G7 C Que as idéias do malandro
/
I
I
Dm A7 mais esta
F I De fome não se
/ GmrBb A7 ao fundo Pergun-tei /
eu puder,
GmrBb Meu
A7 capricho
I F F#o Y G I Ay C# / Dm / G7 / C6 Nunca mais esta mulher Nunca mais esta mulher Me vê trabalhando! 37
Songbook o Noel Rosa CAPRICHO DE RAPAZ SOLTEIRO
intro
A7Iq
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B 7/D~
Em
I~i~_~ F~o
m F
~
C/G
J@
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lhan
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G7/D
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não
se
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C
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Songbook
o Noel
Rosa
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a- tra grí-tan ca-fan ten-tan -
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é um sa que_eu des - cer to eu
a ti ao pu
F~O
11
F
Dm
A7
perde_e lho- so tei ao pri-cho
lher -bos de quan
sa Não há do "Nun-ca dro Se o do Nun-ca
ma-lan-dro mais es - ta mar é mais mais es - ta
Nun - ca
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ca - sa mulher ... pro- fun mu-lher
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casal e Fim
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39
Songbook
o Noel
Rosa
Conversa de botequim VADICO E NOEL ROSA Uma das músicas de Noel Rosa com maior número de gravações, é tida como uma das obras-primas do compositor. Realmente, a boemia carioca poucas vezes foi contemplada com uma crônica tão exata. Curioso, na letra de Noel, é a referência ao futebol, um tema que, aparentemente, jamais empolgou o compositor. Tanto que nenhum dos pesquisadores de sua biografia conseguiu descobrir qual era o seu clube do coração. Provavelmente, ele não tinha qualquer preferência. Certa vez, respondendo a um repórter, revelou que torcia pelo time em que atuava Fausto, o clássico center-half que jogou no Vasco e no Flamengo e que morreria jovem, tuberculoso. Primeira gravação lançada em setembro de 1935, por Noel Rosa, em discos Odeon.
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I11IIIII Introdução:
F
C Seu garçom
o/F com muito
7"E cuidado
A7 D7 foi o resultado
A7 despesa
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A7
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G7 C7
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o/F De me trazer
AyC# Que não
~A
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7"E depressa
Am / à beça, Um guardanapo D7 estou disposto
AyC# uma
DYF#
Uma
BIyD E um cigarro
/ caneta,
A7 D7 G7 C
Dm7 G7 C7 boa média que não seja requentada
G7 / E um copo d'água bem gelada Fecha
7"Bb G7 C7 ~A A ficar exposto ao sol Vá perguntar
Ayc# você ficar
G7 C do futebol
D7 / G7 Vá pedir ao seu patrão
Dm me dar palitos
40
7"G
DYF# faça o favor
EYG# com manteiga
~A quente
Qual
nYF#
limpando
/ um tinteiro,
Bv7 pra espantar
Dm a mesa
/ um envelope
~ / mosquitos
m Vá dizer
Fyc
7"Bb Um pão
/ a porta
DYF# da direita
Ab ao seu freguês
Bv Não me levanto
/ m
do lado
/ nem pago a
C7 7"Bv ~ A e um cartão Não se esqueça
ao charuteiro
7"G
Ay C# de
/ Que
me empreste
umas
Songbook o Noel Rosa
CYE DYF# Y'E F AyC# o/F C7 Dm7 / revistas, um isqueiro e um cinzeiro Seu garçom, faça o favor De me trazer depressa uma boa média que '/'A Y'Bb EYG# Am DYF# G7 C7 / / Um pão quente com manteiga E um copo d'água à beça, Um guardanapo não seja requentada G7 / DYF# o/F Y'E Ay C# D7 G7 C7 Y'Bb bem gelada Fecha a porta da direita com muito cuidado Que não estou disposto A ficar exposto ao sol
'/'A Vá perguntar
AyC# Dm FyC Ab Y' G A7 :D7 . G7 C Y'Bb '/'A Telefone ao menos uma vez ao seu freguês do lado Qual foi o resultado do futebol
Bb / A7 / D7 / G7 / / Para Três Quatro Quatro Três Três Três E ordene ao seu Osório Que me mande um guarda-chuva Aqui pro '/'Eb B~D / C7 Y'Bb '/' A Ay C# Dm Bb7 A7 / nosso escritório Seu garçom me empresta algum dinheiro Que eu deixei bicheiro, o meu com o D7 / G7 / C7 C'Y'E F / D'Y'F# Vá dizer ao seu gerente Que pendure esta despesa No cabide ali em frente Seu garçom faça o favor De me Y'Bb '/'A EYG# Am o/F Y'E AyC# Dm7 G7 C7 trazer depressa uma boa média que não seja requentada Um pão quente com manteiga à beça, Um
/ guardanapo
DYF#
/ G7 / nYF# o/F Y'E Ay C# E um copo d'água bem gelada Fecha a porta da direita com muito cuidado Que não
D7 G7 C7 Y'Bb '/'A Ab Y'G A7 D7 G7 C estou disposto A ficar exposto ao sol Vá perguntar ao seu freguês do lado Qual foi o resultado do futebol
41
Songbook o Noel Rosa CONVERSA
DE BOTEQUIM
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c
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nem pa - go_a qua - tro três
des três
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C7
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U - ma ca - ne - ta, um tin rio Que me man- de_um guar - da
pa - trão O - s6
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FIA
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tei-ro,_um en - ve - 10 - pe chu-va_A-qui pro .nos - so
-
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se_es - que gar - çom
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me ta_al-
dar gum
li - tos nhei - ro
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Dm
A 7/q
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Que
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ru - tei ge - ren
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Que me_em pres- te_u- mas Que pen - du- re_es- sa
re des -
vis-tas, um is-quei-ro_e um pe- sa No ca- bi- de_a- li
:~
cin - zei- ro Seu gar-çom, fa-ça_o fafren- te em
Copyright by MANGIONE, FILHOS E ClA LIDA. Rua Ramalho Ortigão, 38/1° andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
43
Songbook
o
Noel Rosa
Cem mil réis VADICO E NOEL ROSA Conta Almirante, em seu livro No tempo de Noel Rosa: "No tempo de Rádio Transmissora, em 1936, Casé tomou-se vítima de pitorescas astúcias de Noel Rosa. Casé baixou determinação para que todos os artistas, em cada domingo, apresentassem novos números, em vez de reprisarem seu repertório. Não conseguindo seguir à risca a exigência, Noel pôs em prática um processo ardiloso que teve ótimo resultado durante algumas semanas. Em cada domingo, Noel anunciava uma "primeira audição", sempre de nome sugestivo, assim: ''Você me pediu", "Soirée e tamborim", "Barato pra cachorro", "Gato do morro", "Não é tão caro assim" e por aí afora. Prosseguiria na sua esperta manobra, se -Casé não estranhasse certas semelhanças melódicas e poéticas nos números de Noel e descobrisse, por fim, que todos aqueles títulos referiam-se a uma única música, feita de parceria com Vadico, o samba
Cem milréis, Primeira gravação lançada em abril de 1936, por Noel Rosa e Marília Batista, em discos Odeon.
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C7
F7
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•
Introdução:
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D~A / G7
/ F / C7 /
F / A7 / Dm / BbmrDb Você me pediu cem mil réis Pra comprar
/
/
BbmrDb comprar
/
mOrro
/
/
pra cachorro
/
G7
D7/A
/
/
E um gato lá no morro
/ 'YC/
um "soirée"
/ / Não é
/ 'Y C/ D7 / Gm D~ A Gm / C7 / / um "soirée" E um tamborim O organdi anda barato
/ /
/
Não é
F F Dm / / C7 / / A7 / tão caro assim Você me pediu cem mil réis Pra
D7 / Gm D~A Gm C7 / / / / / E um tamborim O organdi anda barato pra cachorro
,---,
F / tão caro assim
/
E7 Eb7 D7 / Gm / / Não cus-ta nada Preencher formalidade
/
/
/
/
E um gato lá no
BbmYDb / 'YC Tamborim pra batucada
r-----t
D~A Gm C7 F / "Soi--rée" pra sociedade Gm C7 F / metro de organdi (Você ... / Gm tamborim 44
Dy A Gm
/
BbmrDb E7 Eb7 D7 / / / Gm / Sou bem sen-sato Seu pedido eu atendi Já tenho a
'YC D~A / pele do gato Falta o
BbmrDb F Dm ! C7/ / A7 / Você ... ) Você me pediu cem mil réis Pra comprar
D7 / 'YC / um "soirée" E um
/ C7 / / / / / / / / O organdi anda barato pra cachorro E um gato lá no morro
/
/ / Não é
F
/
tão caro assim
Songbook o Noel Rosa
C7 /
BbmyOv Om / F / A7 / Você me pediu cem mil réis Pra comprar
07 / Gm O~A Gm C7 / / Eum tamborim O organdi anda
/ 'YC/ um "soirée"
r--------l
/
/
/
/
Gm tamborim Mas
/
/
/
Bvmyov ninguém faz
/
/
/
/ /
E um gato lá no morro
barato pra cachorro
F / tão caro assun
Não é
E7 Ev7 07 / / num dia faz um Sei que v~ê
/
,----,
0~AGm7 C7 F / 'YC um "soirée" Com meio metro de cetim
/ / Gm / Bvmyov baile se destaca, Mas não quero
/ /
E7 Ev7 07 De "so---i--rée"
/ 'YC O~A Gm C7 F mais você Porque não sei vestir casaca
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intro B~
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Songbook o Noel Rosa
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Rua RamalhoOrtigão,
46
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Copyright by MANGIONE, FILHOS E ClA LIDA. 38/1° andar - Gr. 17 a 19·- Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
não
Songbook o Noel Rosa
Dona Araci NOELROSA Marcha gravada por Almirante para o carnaval de 1931 e que fez muito sucesso nos desfiles dos blocos de rua de Vila Isabel. Compreende-se tanto êxito: o autor e o cantor eram moradores do bairro, assim como um dos personagens citados numa das quadrinhas escritas por Noel Rosa: "Corno vai o seu Malhado? /Seu marido em certidão". Malhado era o motorista de praça Serafim Vieira da Cunha, que fazia ponto na Praça da Bandeira, mas não saía das rodas de serestas de Vila Isabel. Era um dos três motoristas de táxi que, de tanto servi-lo, viraram amigos do compositor. Os outros eram Valuche e Alegria, todos boêmios e admiradores da obra de Noel. Primeira gravação lançada em janeiro de 1931, por Almirante, em discos Parlophon.
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II1III I 1.1 I I 1I1 I G7/B
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Introdução: C G'/'B
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0/0 Dona Aracy!
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I C Dona Aracy!
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I
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I I I
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I
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C I Dona Aracy!
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I
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I A7 I Quero saber: Como
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Am/ C E'/'B Am Se a
I
C Dona Aracy!
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I I I
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I A7 I 07 I G Quero saber: Como anda ISSO por aí?
E7 I Am E'/'B namora no porão?
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I
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C")/Eb I 0/0 desconfiado está
I ln-da
C I Dona Aracy!
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I
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0/0 Ern7 07 A7 I I I G I estrilha não (Se a senhora não estrilha) Quero uma apresentação
Como anda
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A7 07 I I G Quero saber: Como anda isso por ato'?
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E7 I Am EYB marido em certidão
A7 07 G I I desconfiado) Que é lesado pelo irmão?
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A7 07 I I G saber: Como anda isso por aí'!
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I A7 Quero saber:
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47
Songbook o Noel Rosa
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/ Como G / / aí?
48
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/ Cm/Ev
o/D Aracy!
/ o/D de pinóias
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o/D Aracy!
/
/ E7
Quero
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D7 G / E cuspia em meu chapéu?
D7 / G anda isso por aI.'?
/
G~B
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C Aracy!
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Como
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Cm/Ev
o/D Aracy!
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C Aracy!
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/ Em7 (Que pisava
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Como
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G no prego
G~B
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Que
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o/n Aracy!
D7 / dez tostões
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A7 saber:
Quero
/ Am E~B que troféu
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/ E7
A7 saber:
/ A7 de pinóias)
Em7 / (Não passavam
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a trinó pa -
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- tá des - eon - fi nho - ra não es - sa - vam de pi - sa - va_em meu sa
-
-
ri - do_em mo - ra ni - tas, va - do,
- a - tri -
nó
- pa
do lha ias to
D7
do) lha) ias) to)
Que_é le Que - ro_u Da - vam cus E
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cer - ti no poreu não que tro-
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CrnIE~
Se_a Não Que
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intro
o Noel
pe - lo_ir sa - do ma_a - pre - sen - ta dez tos - tões no pi - a_em meu cha
(ln - da_es ( Se_a se (Não pas ( Que pi G
-
mão? ção pre-go péu?
Copyright by MANGIONE, FILHOS E CIA LIDA Rua Ramalho Ortigão, 38/1° andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados,
49
o Noel
Songbook
Rosa
"'
E preciso discutir NOELROSA Samba que Noel Rosa compôs especialmente para a dupla Francisco Alves e Mário Reis, dando inicio a uma relação com o primeiro que rendeu várias outras gravações e um automóvel que Noel adquiriu e pagou com os sambas que ia compondo. Essa música revela, mais uma vez que, além de compositor, Noel Rosa tinha uma grande vocação para textos de espetáculos, o que seria confirmado em suas atividades no rádio. Se houvesse, 110 Brasil, uma tradição de teatro musical (além das revistas, evidentemente), ele e Lamartine Babo poderiam ter sido dois grandes autores desse tipo de espetáculo. A primeira gravação foi lançada em 1932, por Francisco Alves e Mário Reis, em discos Odeon.
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quero
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discussão
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I CO I ver a decisão
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ver a decisão
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"Já perdi
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A7 Dm a paciência"
Dm / foi perdido"
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"A mulher Am viu primeiro
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preciso discutir. .. "
D#o pra
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I
às vezes, sal
G7 I I C Eu por ela me arrisco
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I C não escolheu
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comigo
discussão
I
YG Que neste samba
é complicada"
I
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I
I D#o segurou fui eu
87 IYG# E7 / I I capaz de vio-lência" Mas não VaI quebrar A7 Dm / fama de atrevido"
I
C não traz letreiro
Mas não quero
I
I
discutir"
"A questão
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I Dm vi" Mas quem I
I
I preciso
às vezes, sai pancada
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preciso
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F#o I desse samba Quero,
F7 I Alves:) Na introdução
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I "Ganhar
Songbook o Noel Rosa
F7
C/G
- tro - du= ção
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51
Songbook o Noel Rosa
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eu
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Ga-nhar
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Copyright Ortigão,
by MANGIONE,
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Rua Ramalho
52
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38/10 andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos
reservados.
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Songbook o Noel Rosa
Esquina da vida NOEL ROSA E FRANCISCO
MA ITOSO
o parceiro de Noel, Francisco Mattoso, era um pianista que atuava em rádio (interpretava Emesto Nazareth, Eduardo Souto e outros, e acompanhava os intérpretes) e que também fez carreira de compositor, criando letra e/ou música. Alguns dos seus parceiros, como Nonô e José Maria de Abreu, eram pianistas como ele. Morreu em 1940, aos 28 anos de idade, sem ter visto a gravação da sua música de maior sucesso, Eu sonhei que tu estavas tão linda, em parceria com Lamartine Babo, gravada por Francisco Alves em setembro de 1941. Além de Esquina da vida, Mattoso e Noel fizeram também o samba Vai pra casa depressa (conhecido ainda com o nome de Cara ou coroa). A primeira gravação foi lançada em 1933, por Mário Reis, em discos Colúmbia.
B7
F#7
F
Em
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C7
flllllll I IIIII I INI I C/G
A7
D7
C/Bb
Dm
Introdução:
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I I
A7 pronto A7 valor
I
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I G7 I Estenden-do F7M/A/ E Fm por is-so
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C7
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G7 dá à mulher G7 cheia
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I I
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I
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A7
I
G7(#5)
I A7 Já desiludida
I I I
Observo
YE Y G A7 que ela Em qualquer situação
C/E
Bb7
A7 o valor
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I
C subiu
I
07
I
Dm E C É
I /
G7 C Faço o confronto
F7M/AI
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I
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I
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I
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YG da vida
Observo
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A7 situação
I
E
e ao amor C razão
G7(#5)
A7 07 G7 C Ap7 G7 G7(#5)
Dm
I
Ab7
Fm6/Ab
G7 C pra milionário
G7 C E implorando YG da vida
C
F7M/A
Que assisto à descida
I Dm E o otário
C a mão
I
B7 Em
A7 da vida
Dm I gen-te,
da
G7
I
II na
esquina
Om I O meu perdão
Om Que o homem
Dm I da gen-te, sempre
I
da
I
A7 vida
I
/ Que
espero
07 G7 C Para eu dizer que não
G7 dá à mulher
I Bb7 e ao amor
I
A7
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Dm você
I I
YBp
I
Dm E
I é
G7 / C / / cheia de razão
53
Songbook o Noel Rosa ESQUINA DA VIDA
F
intro
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A7
C/G
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A~7
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G 7(#5)
A7
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G7
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De quem su - biu Es-ten - den - do_a mão
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D7
Dm
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Songbook o Noel Rosa
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Copyrightby MANGIONE, FILHOS E elA LIDA. Rua Ramalho Ortigão, 38/10 andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
55
Songbook o Noel Rosa
Eu sei sofrer NOELROSA Samba que começou a ser feito em Friburgo, para onde Noel Rosa viajara na tentativa de recuperar-se da tuberculose. Sua letra é uma das raras oportunidades em que Noel permitiu que a doença refletisse em sua obra musical. Não se entregava, porém, como revelava um dos seus versos: "Mesmo assim, não cansei de viver". Quando circulou o boato da sua morte (graças a uma falsa notícia transmitida pela Rádio Cruzeiro do Sul), Eu sei sofrer foi um dos sambas que Noel cantou para o repórter da revista Carioca, que fora em sua casa para fazer aquela que seria a última entrevista. Primeira gravação lançada em junho de 1937, por Araci de Almeida; em discos Victor.
AO
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Bb7
Bb7/D
Eb
GbO
Eb/G
F7.
C7/E
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Gm/D
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Ab / / AO E~Bb
F7/A
Ab/C
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C7
Bb:YD Bb7 Eb / ~~Db
/
Eb / / EO B~F / Sofrer foi o prazer que Deus me deu
/
/
/
/ / /
mais que eu, não nasceu
B~D
BO F:Yc / Eu sei sofrer
/ / / Bb:YD Com certeza Deus já me es
Eb / / E~G Bb:YF / Bb7 / Eb / viver E na dor eu encontro prazer 56
Bb
Bb/D
Bb/F
E~G Gbo Gbo / / / Frn / Bb7 / Quem é que já sofreu mais do que eu? Quem é que já me viu
Eb
F/Eb
l!ll1J I I 11III F7/C
Introdução:
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Fm
II BO
C7/G
Eb/Bb
Go/D
Bb7
BbrnrDb
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C/Bb
Eb:YBb
B~ Ab
E~ G / chorar?
F7 Bb7 A~C sem reclamar
Eb
queceu
/
I
Ab / / AO E~Bb
Bb7
E~Bb
/
/ / Quem sofreu
E~ G Bb:YF / Bb7 / Mesmo assim não cansei de
C7 / Y'Bb C:YG Fm Saber sofrer é uma ar--te
/ E pondo a
o Noel
Songbook
modéstia de par-te / B\:J7 /
B~D
/
F:yC /
/
B\:J:YD
Eb /
B\:J7
E\:J / /
Grn/D
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A~ C
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/
B\:J:YF /
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B\:J7
E~G
/
G\:J°
Quem é que já sofreu E~B\:J
E\:J
/
chorar?
E~ G
Já fui
sofrer E~G
Quanta gen--te
B\:JrnYD\:J
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B~A\:J
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B\:J:YD B\:J7 E\:J
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F7 Bb7 A~C sem reclamar
F:YA
Eu sei sofrer
Deus já me
dizer
/ é que já me
BO
B\:J7
F7
Eu pos--so
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F7/C
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/ /
Rosa
/
/
B~F
EO
Sofrer foi o prazer que Deus me deu /
/
/
/
/
/
/ /
Quem sofreu mais que eu, não nasceu Bb7 / / E\:J / / E~G que nun-ca sofreu Sem Frn
amada e engana--da
Frn
mais do que eu?
/
/
/
/
B\:J:YF /
sentir, ~A
/
Com certeza B\:J7/
muitos prantos /
Senti quando fui despreza--da
F:yC
Ninguém
F7
B\:J7
padeceu
B\:J7
que eu
C7/G
C 7/E
F7
11
F IE~
B~71D
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E~ ,
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I
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Fm
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que já
@j~. ~.~§~~y~J§ so
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Mais
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que eu?
Quem
E~/G
é
que já me viu
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o
Songbook
Noel Rosa
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Eu sei
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Ortigão,
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pos - so di - zer guém pá-de - ceu
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so - frer que eu
Copyright by MANGIONE, FILHOS E CIA LIDA. Rua Ramalho
-
38/1" andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
Quem
Songbook o Noel Rosa
Feitiço da Vila VADICO E NOEL ROSA Noel Rosa dedicou esta música - uma das mais conhecidas de todo o seu repertório - a Leia Casatle, uma jovem de Vila Isabel que fora eleita Rainha da Primavera, em 1934, e muito badalada na imprensa, onde sua foto ilustrou várias reportagens e páginas de revistas. Numa entrevista ao periódico A Voz do Rádio, sobre a temporada passada em Belo Horizonte, para onde viajou em busca de ar puro para os seus pulmões, Noel confessou: "Enterneci-me vivamente quando pressenti que o samba Feitiço da Vila calara fundo no espírito daquela gente boa. Difundiram-no, popularizam-no e, numa mostra de curiosidade bem feminina, as moças queriam conhecer as razões que lhe inspiraram o título. Traduzi-o por 'Feitiço de minha pátria', pois, como já disse Cícero, 'a pátria é onde se está bem', e nunca me senti melhor do que no recanto calmo e bonançoso de Vila Isabel. " Primeira gravação lançada em dezembro de 1934, por João Petra de Barros, em discos Odeon.
Em
F#m
E7
B7
A7
D
Bb7
111111111 ImeI I I I I "I Introdução:
o
/
Quem
Bm
G
F#7
Em / E#o / F#m
D7
Gm6
F#7 / / / G / A7 / o sam-ba Que faz dançar
/ E7/ e faz a lua
A7 / / F#7 D / / / / / / Lá em Vila Isabel nascer mais cedo
G / A7 São Paulo
/ D / dá café Minas
Gm6 / / vela e sem vintém A7 E7/ feitiço decente G Sol,
/
A7
/
A7 / pelo amor
A7jC#
/
/ Quem
/ G é bacharel
/
D / Bm os galhos Do arvoredo
/ / F#7 / / / Não tem medo de bam-ba
Bm / E7 / A7 / D / / / A7· / / / / / / dá leite E a Vi-Ia Isabel . dá samba A Vila tem Um feitiço sem farofa Sem
D / D7 / G / Que nos faz bem Tendo
que prende
F7
/ B7 / E7 / A7 / D Bb7 A7 /
/ / G/ / / Nem sequer vacila Ao abraçar
/ / F#7/ nasce lá na Vila
C#7
A~C# a gen--te
F#7 / nome de
/ D / / F#7/ / O sol na Vila é tris-te
E7 D Bm / / de Deus Não venha agora que as morenas
/
/
Bm prmcesa
/ Samba
C#7 / Transformou
/ O
G / / / / não assiste Porque a gente
A7 / vão lo--go
/ A7 F#7 / / / G G/ / D / / / Paixão tenho que aniqui-la dizer: Modéstia Mas não me tudo que faço
/
D / í embora Eu Bm à parte,
/
Bm princesa
/ C#7 Transformou
/
F#m F7 E7 / A7 o samba Num feiti-ço decente
/ que prende
A~C# a gen--te
F7 Num
F#7 / / implo--ra:
/ /
F#7/ / sei por onde pas-so
E7 / / meus senhores,
A7 / D /D7/G D / / / A7 / / / / / / / Gm6 / Que nos faz bem Vila! A Vila tem Um feitiço sem farofa Sem vela e sem vintém F#7 de
F#m samba
A7 eu sou
Tendo
/
/ Sei
/ da / nome
/
59
Songbook o Noel Rosa FEITIÇO DA VILA
D
A7
D
nas em sol sei
Quem
ce Vi da por
lá la_1 Vi on
Vi beI tris pas
-
Ia te so
G
Nem Quem Sam Sei
se- quer é ba ba não lu - do
-
va cha as que
A7
G
ci
Ia
rei sis fa
te ço
a - bra Ao Não tem me Por - que a Pai - xão não
D
faz dan - çar Pau - 10 dá pe - lo_a- mor te - nho que
os
ga fé Deus zer:
ca
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-
-
çar o do de gen - te_im me_a - ni -
ba ba ra: Ia
saro bam pIo qui
E7
Bm
Do_ar - vo nas dá ve - nha_a dés - tia_à
lhos Mi Não Mo
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Que São Sol. Mas
- do_e - te - ra - te,
faz e que_as meus
a a
mo se
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lu Vi rc
a Ia-I -
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nas sa -
res,
vão eu
um fei - li - ço
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Songbook o Noel Rosa
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61
Songbook
o Noel
Rosa
Filosofia NOELROSA Era um dos sambas preferidos por Mário Reis, que o lançou e o regravou, muitos anos depois. Foi cantado por Orlando Silva durante o programa feito pela Rádio Nacional, em homenagem a Noel, quatro dias depois da sua morte. Mas o grande êxito deste samba foi obtido por Chico Buarque de Holanda, num LP gravado em 1974, com o titulo de Sinal fechado. Foi um disco em que Chico interpretou músicas de outros autores, porque a censura do regime militar da época vetava todas as suas produções. Primeira gravação lançada em 1933, por Mário Reis, em discos Colúmbia.
Gm
Introdução:
Gm / A7 / Dm / / / Em7(bS)
Dm / A7 mundo O
/
Dm / me condena
/
Se eu vou morrer
/
/
/ Dm neste mundo
/
/ /
A7 E ninguém
/
/ A7 / Dm
Dm tem pena
/
/
de sede Ou se vou morrer
/ /
aSSIm
A7 / Não me incomodo
/
/ A7 / Nesta prontidão /
/
/
/
D7
Bb7
/
/ / Dm / A7 / cultiva hipocrisia
/ sempre
/
A7 / / mal do meu nome
Dm / Bb7 A7 Dm de fome Mas
A7 Dm a filosofia
/ /
Dm Em7(bS) / / / sem fim Vou fingindo que sou fICO (Bb7)
Que você me diga
/ / Mas não compra
Bb7 A7
Falando
A7
/
/ D7 alegria
/
/
Que a sociedade
/ / / A7 / / Vivo escravo do meu samba Muito embora
/ / Que tem dinheiro
62
Em7(b5)
I I I I I
m~
/ Gm indiferente
Dm
A7
/ / / Gm
/ Dm vagabundo
/ /
/
/
/ / /
/ / Hoje
A7 / Pra ninguém / D7
/
Dei-xando
D7 / / / me auxilia A viver
/
/ / / Gm
/
Pois cantando
/ / / / A7 / Quanto a você Da aristocracia
/ Sendo
/ /
Dm de mIm
/ zombar
é minha Inimiga
/ / / Dm Há de viver eternamente
/ /
de saber
/ escrava
/ dessa
(Bb7)
A7 gente
A7
/ Que
Songbook o Noel Rosa
A7
Gm intro
Em7(~5)
Dm
$1 r Dm
A7
B~7 A 7
Dm
-
~
*
o A7
Dm
E nin - guém
mun
-
do me
Dm
tem
Dei
Dm
A7
pe
xan
- de
Fa
sa
de
-
-
lan
do sem
-
pre
mal
ber
do meu
Ou
Dm
a
se
vou
A7
fi - 10
-
mor- rer
de
fo
me
*
m
~ Ho - je
me_au
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xi
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m*
Nes-ta
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Em7(~5)
- gin
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A
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Dm
Vou fiu
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"{ in - di
se -
Mas
Gm
ver
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D7
a
fi
no - me
Dm
Dm
so
na
mor - rer
Dm
de
-
A7
na
do
con
sou
ri
co
ti - dão
sem
fim
A7
Pra
nin
-
guém
zom- bar
de
miin
63
Songbook o Noel Rosa
Dm
A7
mo
do
eie - da
de
Não
A7
Que vo
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di -
me
A7
so
ga D7
mi
é
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Gm
mi -
ni
Dm
ga
ean
Pois
tan
do
nes
-
te
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-
do
Dm
A7
Fim era
vo
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meu
ba Mui - to_em
sam
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va - ga - bun
do
A7
A7
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Que
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Dm
A7
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Copyright by MANGIO E, FILHOS E ClA LTDA. Rua Ramalho Ortigão, 38/1° andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
64
a
gri
Dm
Há
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a
ei
Songbook o Noel Rosa
Feitio de oração NOEL ROSA E VADICO Antes da gravação de um disco de Francisco Alves, O pianista Vadico (que iria acompanhar o cantor) executou uma melodia de sua autoria que encantou o diretor artístico da Odeon, Eduardo Sou to, também compositor e pianista. Até aquele momento =fins de 1932 - Vadico (Oswaldo Gogliano, paulistano do Braz) já havia incluído um samba chamado Deixei de ser otário no filme Acabaram-se os otários, de Luiz de Barros; já havia vencido um concurso de música popular em Poços de Caldas e já conseguira gravar três músicas de sua autoria. Mas foi aquela melodia que o consagrou como compositor, pois Eduardo Souto apresentou-o a Noel Rosa, para que providenciasse uma letra para ela. Foi assim que nasceu Feitio de oração. Primeira gravação lançada em agosto de 1933, por Francisco Alves e Castro Barbosa, em discos Odeon.
F
D7
A7
C/G
c
G7
11I I IIIII I I I IIIIIIIII I I G7(#5)
C#O
C7
Dm
Fm6/Ab
Fm
C/E
Dm7
Em
Bb7
B7/0#
E
IDIIIII Introdução: F
I
c I Quem a-cha C7 I desta saudade YE Minha morena
I
I
I
I
07
I I C#o I Dm vive se perden-do
I
F#o
I
I
YG
YEI C mandar
I
I
G7
I
C
I
G7(#5)
I
07 I I I FrnYAb Por isso agora eu vou me defenden
F I Frn G7 I C I I Que por infelicidade Meu pobre peito invade Ebo Orn7 pra cantar
E
I
G7
I
I
Em feitio de oração
Sambar
A7
Em I C7 é chorar de alegria YE Minha morena
G7 I C com satisfação
C I Batu-que
I
Bb7 A7 E com harmonia
I C#o I Dm é um privilé--gio I
Frn
I
I Por
II
I
F
I
I
I
1SS0
Dm agora
I
G7 I C com satisfação
I
I
G7 C I Lá na Penha vou mandar
YE Da dor
II
I
Em tão cruel
B:YD# I Que é meu samba
D7 I I I FmYAb Ninguém aprende samba no colé G7
I I
G7 do
I I Dm Esta triste melodi-a
I
C
I/
É sorrir de nostalgia Dentro da melo-di-a
Ebo Drn7 pra cantar
I
Bb7 A7 E com harmonia
I Dm Por isso agora I
I
I
G7 gio
I I I
G7 I Lá na Penha vou
I I Dm Esta triste melodi-a
I I
I Que é 65
Songbook
meu samba
G7 de
/
YE E quem
YG
/ / / F / FW /
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07
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Por isNin - guém Não vem
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fe - li - ci - da de nos - tal - gi que_o sam - ba_en- tao
tão é su -
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Meu po Den-tro Nas-ce
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pei - to_in - va me - 10 - di co - ra - ção
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go - ra eu pren de mor - ro
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o Noel Rosa
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Songbook o Noel Rosa
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Copyright by IRMÃOS VITALE S/A IND. E COM. Rua Direita, 115 - Centro - São Paulo - Brasil. Todos os direitos reservados.
67
Songbook o Noel Rosa
Fui louco NOEL ROSA E ALCEBÍADES BARCELLOS Este samba nunca foi gravado com o nome de Noel Rosa, mas há testemunhas de que ele é o parceiro de Bide (Alcebíades Barcellos). Almirante relacionou Fui louco na discografia e musicografia de Noel. João Máximo e Carlos Didier também colheram depoimentos de pessoas que asseguraram ser o samba de Bide e Noel. De qualquer maneira, trata-se de uma das muitas parcerias do compositor com os sambistas ligados às escolas de samba. Bide, grande compositor e excelente ritmista, foi um dos fundadores do bloco Deixa Falar, identificado como a primeira escola de samba. Segundo depoimento dele mesmo e de outros sambistas, foi inventor do surdo como instrumento de percussão do samba. Primeira gravação lançada em abril de 1933, por Mário Reis, em discos Victor.
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Introdução: F / FW /
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G7 / / / / / / / C COC / E7 / / / / / / / Am / / Am/ G F#o / / Fui lou-co Resolvi tomar juí--zo A ida-de vem chegando e é preci--so Se eu cho--ro
,..-----, / /
/ / / C / / B7 Bb7 A7 / / / Dm7 / / / G7 / / / C Meu sentimento é profun-do Ter perdido a mocidade na orgia Maior desgosto do mundo!
/ /
C COC / E7 / / / / / F#o / / Am / / Am/G G7 / / / / / / / / / Fui lou-co Resolvi tomar juí--zo A ida-de vem chegando e é preci--so Se eu cho--ro
/ /
C / / B7 Bb7 A7 / C / Dm7 / / / G7 / / / / Meu sentimento é profun-do Ter perdido a mocidade na orgia Maior desgosto do mundo!
I
r----o
/
/
/
/
Dm / Neste mundo
/
G7 C / ingrato e cruel
Am D7/ G7 / C / pedi minha de-mis-são / CY'G / F
/ /
/ I /
E7 / / Eu já desempenhei
Dm / Neste mundo
/
O
Am7 / meu papel .
G7 C / ingrato e cruel
Am / F#o / YG / D7/ G7 / C E da orgia então Já pedi minha de-mis-são
/
/ / /
/ / /
/ CY'G / F
I
/ F#o / YG / E da orgia então Já
E7 / / Eu já desempenhei
Am7 / o meu papel
C COC G7 / / / / / / / Fui lou-co Resolvi tomar juí--zo ;-----o
/ E7 / / / / / / / Am / A ida-de vem chegando e é preci--so
I
Am/ G F#O / / / / / / / C / / B7 Bb7 A7 Se eu cho--ro Meu sentimento é profun-do
/ / I Dm7 / / / G7 / l/C Ter perdido a mocidade na orgia Maior desgosto do mundo! 68
/
Songbook o Noel Rosa
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69
Songbook o Noel Rosa
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Copyright by IRMÃOS VITALE S/A IND. E COM. Rua Direita, 115 - Centro - São Paulo - Brasil. Todos os direitos reservados. Copyright by MANGIONE, FILHOS E CIA LTDA. Rua Ramalho Ortigão, 38/10 andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
70
Songbook o Noel Rosa
Mais um samba popular VADICO E NOEL ROSA Um dos mais belos sambas da dupla Noel Rosa-Vadico e que, estranham ente, permaneceu inédito durante vários anos, mesmo depois da morte de Noel. Trata-se de uma letra tão bem elaborada que seria difícil destacar um ou outro verso, embora nenhuma antologia possa desprezar a quadrinha "Eu bem sei que tu condenas/O estilo popular/Sendo as notas sete apenas/Mais eu não posso inventar". Noel cantou várias vezes Mais um samba popular, em apresentações públicas, como curiosidade, pelo fato de Vadico, autor da melodia, tê-Ia mostrado ao parceiro já com a primeira parte da letra pronta. Sabiamente, Noel recusou-a. Dizia a letra de Vadico: "Eu fiz um samba pra te dar/Feio ou bonito, faça força pra gostar/Se não gostares/Eu só posso te dizer/Meu benzinho, me perdoe/Que melhor não sei fazer". Primeira gravação lançado em 1954, por Ana Cristina e conjunto de Luiz Bittencourt, em discos Sinter.
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/
C7 um poema
/
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/ Eu tenho
/
/
samba
assim
C7 F Fiz
/
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quiseres
F7
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D7
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/
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Bb / Cheio de rimas, Gm7 no lixo
/
Bb7
/
que acabei
C7 Mais um samba
/ A7 / D7 de musicar
/ F popular
/
/
Gm7 / E7 Se por capri-cho Não quiseres
Cm7 / Por motivos bem
C7 um poema
/
F / F7 / / pra te dar Cheio
/
/ F aceitar
Eu tenho
F7 diversos
Bb / Escrevi meu
r--o
FO
F D7 Gm7 F C7 / Fiz o coro após os versos E a introdução eu fIz no fIm (No botequim
/
Bb / / estilo popular
/
F / pra te dar
D7
que
/ jogar
r
/ Mas sendo
as notas
Bb de rimas,
/
Bb7 que acabei
Gm7 / C7 no lixo Mais um samba
/
F sete apenas
D7 Gm
/ do Seu Joaquim)
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/ F popular
/
Cm7 / F7 Eu bem sei que tu condenas
/ O
r-o
D7 Gm7 Mais notas não posso
C7 F inventar
(Pra
/ te agradar,
D7 Gm pra te
r-J
/ agradar)
C7 F
71
Songbook o Noel Rosa MAIS UM SAMBA POPULAR
F
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Fiz
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di-ver con- de
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- ba po - pu - lar
Por Eu
sos Es - cre - vi meu sam - baas-sim nas O es - ti - 10 po - pu - lar
Fiz o Mas sen- do_as
Gm7
C7
f D7
F
co-ro_a no - tas
-
pós os verse - te_a - pe-
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~ 1# sos] E_a in - tro - du- ção nas! Mais no - tas não pos
mobem
FO
~ Eu fiz no fim so in - ven - tar
Copyri~ht by MANGIONE,
(No bo - te- quim (Pra te,a- gra - dar,
do seu Joa-quim) pra te_a- gra - dar)
FILHOS E ClA LTDA.
Rua Ramalho Ortigão, 38/10 andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
72
mas,
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Eu te- nho que
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C7
Fiz
Songbook o Noel Rosa
Mão DO remo NOEL ROSA E ARY BARROSO Melodia de AI}' Barroso, letra de Noel Rosa para a revista teatral Mar de rosas, de Gastão Penalva e Velho Sobrino, que estreou no Teatro Recreio, no dia 24 de julho de 1931, com Margarida Max no papel principal. O samba era interpretado por Sílvio Caldas que também cantava Cordiais saudações, de maneira teatral: sentado numa mesa, fingindo escrever a carta que Noel transformara em samba. Mão no remotinha, inicialmente, o nome de Iça a vela. Primeira gravação lançada em novembro de 1931, por Sílvio Caldas. em discos Vietor.
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Introdução:
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R1>YF R1>7
mais fatal
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Nem há nada
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/
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/ / E~ G B1>YF Pois se queres ser fe--liz
/
Cada qual
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E1>
/
/
E1>
Com toda a coragem
Mão no remo! Mão no remo!
Frn7 Cy G Foy A1>/ Abm
com ardor Nesta vida, nesta vida
R1>YF R1>7
/
Mas se os ventos sopram contra Ou se vem a tempestade
No mar desta vi-da
R1>YD R1>7
Tens de remar
na-tural
E1>
/
E1> / R1>m/D1> /
ça é ce-ga
Nunca
/ A1>
A1>
R1>YF R1>7 Justi
/
tem um barco que navega E o azar
Nesta vida, nesta vida Cada qual
/
o/
/ R1>rn
E1>
/
/
E~G
tem um barco que navega E o azar
E1> / é ce-ga
R1>m/Ó1>
/
D1>
no a-mor
C7
é
/
Mas se os ventos sopram 73
Songbook o Noel Rosa
/
/
Fm
/
AbAbm
/
contra Ou se vem a tempestade Nunca
Eb
Ab
Eb
CYE
mais o barco encontra O
F7
Bb7 Eb
porto da felici-dade
/
/
/
Mete a vela! Mete a
/ Eb / C7 / Fm7 Cy G Fny Ab / Abm / / / Ab / Eb / Ab Quando for a hora vela! De ir mar afora Em busca da sor-te Aproveitando
E~ G a
BbYF
Cy G
/
Eb maré
C7
Fm
/
/ Bbm~Db
C7 Fm /
a fa-vor
BbYD
BbYD
Bb7
Te-rás pra sem--pre
Bb7 Eb7
/ / /
Ab /
Eb / / /
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D'YA /
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Bb'YD Bb7
Bb7 Eb /
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Rua Ramalho
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38/r
75
Songbook o Noel Rosa
Meu sofrer HENRIQUE
BRITO E NOEL ROSA
o parceiro
de Noel, em Meu sofrer, o violonista Henrique Brito, era seu companheiro no Bando de Tangarás. Instrnmentista excepcional, saiu do Rio Grande do Norte, ainda menino, porque o governador do Estado considerou que, com o seu talento, deveria estudar música no Rio de Janeiro. Na então capital da República, deslumbrou os seus amigos do Colégio Batista, onde estudava, particularmente um colega chamado Car/os Alberto F erreira Braga, que, mais tarde, se tomaria famoso com o pseudônimo de João de Barro. Henrique, Braguinha e outros alunos do Colégio Batista formaram o conjunto Flor do Tempo que se transformaria em Bando de Tangarás. Henrique Brito integrou uma orquestra que tocou nas Olimpíadas de 1932, em Los Angeles e, poucos anos depois morreu de septicemia. A canção Meu sofrer é também conhecida pelo nome de Queixumes. Primeira gravação lançada em dezembro de 1930, por Gastão Formenti, em discos Parlophon.
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c
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Bm
G7
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Em/G
Em6/G
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C#7
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I I 1 11 1 I I 11
Introdução:
Em
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Bm olhar
F#7
Bm
I
I
76
I
Bm/D penar
I I I EmYG
D I I I Em
amargar
I
I
G7
co--ração
F#7
I I
do nosso
I
Bm
I
Bm I Que-ro
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F#7 amor
I sempre
I F#7 De u-ma
I I I
I I
I
Bm
I
I I B"YD . C#7 te ver
F#7 bem. junto
I I I
I
Bm a mim
I I
I I
C Ciúmes
I I I I
I Em I I B7 O teu olhar traz alegri--a I
I
Bm
I
Bm sem dor
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I
F#7 eu tenho
I
I Por
que
I I
A7
I I I
Ii ferinos
F#7
um trovador
I
C I F#7 Vida não há
F#7
Os meus
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IBm I I I Amyc
não viveri-a
C#7
G#o
Eu hoje sou
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ele então
I I Bm seria um sofredor
Eu/não
I
Em
I I I
F#7
olhos
I I B7
I
Vou te dizer
I Sem
I
C
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Nasceram
I
E"YG I
I I I
G#o
teus
I
de assim
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Bm/D
I
I
Sem estes
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11
te esquivas
I Mas também
I do teu
I aSSlID,
I traz o
Songbook o Noel Rosa
Sem es- tes teus
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Bm / Cp
lin - dos
tão
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Fp/q
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Eu Dão se - ria um
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Nas-ce-ram
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Bm
mim
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B7
0-
lhar
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as - sim,
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77
o
Songbook
Noel Rosa
Não resta a menor dúvida HERVÊ CORDOVIL E NOEL ROSA Letra que Noel escreveu para uma melodia já pronta, de Hervê Cordovil, a fim de ser cantada pelo Bando da Lua no filme Alô Alô Carnaval, de Ademar Gonzaga e Wa/lace Downey, lançado com grande . êxito em 1936, antes do carnaval. João de Barro e Alberto Ribeiro, os roteiristas do filme, pouco tiveram que jazer, pois o que interessava mesmo em Alô Alô Carnaval eram os números musicais. No vendaval que se abateu sobre a história do cinema brasileiro, com o desaparecimento de todas as cópias de filmes importantes, escapou Alô Alô Carnaval, como um documento da época. Trata-se do único trabalho em que é possível ver, cantando, vários nomes importantes da música popular brasileira. Primeira gravação lançada em janeiro de 1936, pelo Bando daLua; em discos Victor.
C7
F
D7
C7 Você
I I
II
I
I I II I I I
Gm I Bbm Serei aviador
I I I I
C7 E eu
Oh, dúvida!
I
I I
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F
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F
Oh, dívida!
Ii
C7 E eu
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I II
C7 Você
I
F
II
I
I I
F7 E7 Eb7
07 I I Eu Irei então
07(DIJ) Estou
II
I
I
I
I
por sua causa já não pago a
I
I I
I I I ~A
07 Pra me dar
Bbm
tostão
I
F7 E7 Eb7
I
07 Pe--Io
até meu último tostão
seu
I I I I I F Ii é uma pequena que não resta a menor dúvida I I
I I I I
Oh, dívida!
I I I
07 G7 C7 F Pra me dar seu co-ra-ção
I I II
III
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I Ii
I
I
C7 Se
II
I
I
só esperando
I
I
I II
acaso você não quiser
I I II
Oh, dúvida!
I I
07(DIJ) Estou
Gm I Bbm Trocar meu coração
I I I I I F I é uma pequena que não resta a menor dúvida
não pago a minha dívida
Eb7
I I II
Oh, dúvida!
I I I ~A
tostão
I F qualquer I
II
I I I I I F I por sua causa já não pago a minha dívida
por num aquilo que puder
I I
I
possuir seu coração
Fazer
C7 Você
I
FIA
E7
I I I I I Gm I só esperando que você me leve o último
F I C7 I F Irei até lamber sa-bão
I I I Gm I que você me leve o último I
I
C7 Pa--ra
Bbm
F7
I I
07(DIJ) Estou
Oh, dívida!
G7 C7 F seu co--ra-ção
I I
G7
I I I I I F I é uma pequena que não resta a menor dúvida
I F I minha dívida
amor
Gm
D7(b9)
C7 E eu
I
F I C7 Por outro coração
I I
I I I I I Gm I só esperando que você me leve o último
I
I
I
por sua causa já
I I
Bbm tostão
I II
Songbook o Noel Rosa C7
Vo -
cê
dú - vi - da
res - ta_a me- nor
é_u- ma pe - que- na que não
F
C7
dú - vi - dai
E
Oh,
por su - a
eu
cau- sa já não
pa- go_a mi- nha
dí- vi-da
Oh,
Gm
dí - vi - da!
Es -
FIA
B~m
tou
D7
só es - pe -
G7
C7
-*,Pra me dar seu
tão
co - ra
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Da- rei Fa- zer
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mor tão
úl - ti - mo tos qui - 10 que pu F
B~m
que vo - cê
F
me
le- ve_o
úl - ti - mo
tos -
C7
ção
Pa Se F
a - té meu por mim a Gm
ran - do
F7
ra pos - su - ir seu co - ra a - ca - so vo - cê não qui E7
D7
tão der
C7
ção ser
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10 seu ai - rei en-
F
%
Ao 2 vezes e Fim
Se - rei a - vi - a - dor Tro - car meu co- ra - ção
I - rei
Por
a - té Iam - ber sa - bão ou- tro co - ra - ção qual- quer
Vo-
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79
Songbook o Noel Rosa
Mulato bamba NOELROSA Noel Rosa compôs este samba - um clássico de nossa música popular - quando excursionava ao Sul do país, em companhia de Francisco Alves, Mário Reis, Nonô e Pery Cunha. Mário Reis interessou-se logo pela música e colocou-se à disposição para gravá-Ia, assim que o grupo retomasse ao Rio de Janeiro. João Máximo e Carlos Didier, examinando o personagem criado pelo compositor, estranharam (no livro Noel Rosa, uma biografia) que o "mulato bamba" fosse malandro, forte e corajoso e, no entanto, não quisesse apaixonar-se por mulher. Para João e Didier, essa malandro é muito parecido com Madame Satã, o famoso homossexual da Lapa que era capaz de enfrentar (e vencer) quem se aventurasse a brigar com ele, malandro ou policial. Primeira gravação lançada em 1931, por Mário Reis, em discos Odeon.
Gm
Eb
Eb6
B
Ab/C
Fm
Bbm6/Db
Ebm6/Gb
Eb/G
Bb7
Abm6/B
Bb7/F
G7
Bb/Ab
II1I1III Arn7(bS)
Cm
F7
Db7
Abm6
Introdução: Eb / Gm /
Eb / / B Este mulato forte É do Salgueiro Cm / E desde pirralho
/ /
B / Eb samba é novidade
/
Bb(#S)
Eb/Db
C/Bb
Eb7
F7/A
Ab
Abm/B
Eb/Bb
Bbmo/Db C7 Fm / / / Abmo/B Bb7 Eb A~ C Eb /
/
G7 sorte
D7
A7
/
/
Ebmo/Gb Bb?/F Bb7 B~Ab / / Eb6 / E~G / Passear no tintureiro Era o seu esporte Já nasceu com
/
A7 D7 Gm Gm / Bb(#5) / / baralho Nunca VIU trabalho
Am7(bS)
Vive à custa do
/ / Eb7 Quer no morro ou na cidade
/
/
/
Ab
C7
Ele sempre foi o bamba
Eb / E quando tira
Frn / Abrn6 As morenas do lugar
/ Vivem
,-------, F7 Bb7 / Eb A~C Eb D7 Db7 C7 / / apaixonar mulher ele não quer por que Se a se lamentar Por sa-ber
/
80
/
Eb / Frn / Bb7 / Eb mulato É O de fato'
Songbook o Noel Rosa
E!YDlJ
e7 E sabe
BlJ7 ElJ b
/ BlJ7 A qualquer
/
/ / Sei que
B!YAlJ / G7 Ele vai-se embora / que o morro
F7/A frente
B inteiro
B agora
ele anda
/
/ Para
/
ElJ valente,
ElJ Aborrecido
/
Mas
/
não quer
/
Am7(lJ5) / em / / se livrar Do feitiço e do
/ ElJ / Vai sentir Quando
/ o mulato
saber
E!J6 vive perseguido
/
Porque
AlmI/B
. A!Ye
E!YDlJ
/
E!YBlJ ct de fita Nem
E!YG Sempre
F7 com mulher
EbrnrGlJ
Blfl/F·
a toda
hora
Gm A7 D7 Gm / BlJ(#5) / azar Das more-nas de lá
/ ElJ7 / partir Dando
AlmI6 / / / ElJ D7Db7 ct / F7 chorar Vão pedir pra ele voltar .Ele en-tão diz com desdém:
/ . / AlJ adeus para o Salgueiro
/ "Quem
Gm
ElJ Eu sei
/
C7
Fm As morenas
BlJ7 / ElJ tudo quer, nada tem!"
A!y e ElJ
/ vão
Fm
C7
Bbm6IDb
BlJ7
illtro
~i~ Abm6/B
Es
B
~
8Jª. te ra
É
do Sal
guei ci
A - bor- re
-
ro do
y_~.. ê*
Pas - se - ar Por que vi
Ebm6/Gb
Bb7
t E - ra_o seu es Sem-pre_a to - da
-
no tin - ru - rei ve per- se - gui
-
ro do
G7
Bb/Ab
~.
t
~.
por
te
Já
ho
ra
E
Cm
te mu- la- to forque_e - le anda_a - go-
nas - ceu com sor le vai- se_em - bo
Cm
te ra
Gm
~~.1~~~. E des- de pir - ra Pa - ra se li - vrar
lho
~-wà
Do
ru.~
fel - ti- ço
~ e
~ do_a
ra zar
lho
Nun-ca viu Das mo - re-
81
Songbook o Noel Rosa
A7
tra de
nas
Eb
Gm
D7
-
ba lá
-
E Eu
lho
quan sei
- do que_o
ti - ra mor-ro_in
sam tei-
-
1~G1~~o/ ~~~J~ d
B
~§.y~. ba,
é no - vi - da ro vai sen - tir
---
~y~ Quer no Quan - do_o
de
mor-ro mu
ou na ci - da Ia - to par - tir
E - le Dan - do_a
de
-
~~'~~~~y~ Frn
C7
sem deus
-
pre foi pa - ra_o
o bam Sal - guei
-
E~
a se dir pra3
Ia - men - tar - le vol - tar
ba ro
As As
D7
D~7
Por
E
por na
Eb
-
nas do nas vão
F7
C7
que_e - le não quer diz com des - dém:
sa
mu - Ia
ClBb
-
Se_a- pai - xo"Quem tu - do Bb7
~* O C 7
Vi - vem Vão pe-
lu - gar cho - rar
Frn
mu - lher da tem!"
Ebrob
re re
Eb
~~~!imY~~' nar quer,
-
sa - ber íeen - tão
Ab/c
Bb7
mo mo
Abrn6
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Rua Ramalho Ortigão,
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quer
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Nem
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Songbook
o Noel
Rosa
o 'X' do problema NOELROSA Em 1935, a comediante Emma D'Ávila estava desesperada porque não encontrava uma música para justificar a sua participação no espetáculo Rio Follies, e que estrearia dias depois (2 de agosto), no Teatro João Caetano. Caberia a Emma D'Ávila cantar o bairro do Estácio, mas cadê a música? Vendo-a triste, Noel prometeu fazer um samba, especialmente para ela, e que o traria no dia seguinte. E levou exatamente uma das suas obras-primas e, portanto, uma das obras-primas de toda a música popular brasileira, O 'x! do problema. Contam João Máximo e Car/os Didier que, dias depois, Noel encontrou a cantora Araci de Almeida que lhe pediu um samba novo. O compositor escreveu O 'x' do problema num maço de cigarros Odalisca e Araci passou o resto da vida convencida de que viu Noel Rosa fazendo o samba. Primeira gravação lançada em outubro de 1936, por Araci de Almeida, em discos Victor.
D
Gm6
B7
E7
A7
D7
ma I I I I llifl IIII G
C#7/G#
F#7
D/A
Bm
Gm/Bb
Grn
Am6/C
B7/D#
Introdução: Gm6 / D B7 E7 A7 D D7 G C#'Y' G#
D/C
0/A
Gm/Bb
0/A
Em
GOYBb
0/A A7
F#7/C#
Em/G
D
GOYBb A7 D7 D G G / / / / / o/c fui fui na samba Sou independente, na E diplomada escola de educada roda de bamba Nasci no Estácio Eu D / conforme se vê
/ /
o/A o/c D7 Gm D G G / / / Nasci no Estácio O samba é a corda, eu sou caçamba E não acredito que haja muamba Que
B7 E7 A7 D / / / F#'Y'C# F#7 / / possa fazer eu gostar de você Eu sou diretora da escola do Está-cio / / neste mun-do
Bm / /
de Sá
/ F#'Y'C# F#7 E felicidade maior
B'Y'D# Amo/C B7 / / / / / Em EOYG Gm/Bb / não há Já fui convidada para ser estrela do nosso cine-ma Ser estrela
G D / o/c D7 o/A B7 Em / A7 / D G D O 'x' do problema Você tem vontade Que eu abandone o Largo do é bem fácil Sair do Estácio é que é
G D G / Gm/Bb / A7 / / / D / / Nasci no Estácio Estácio Pra ser a rainha de um grande palácio E dar um banquete uma vez por semana 83
Songbook
/ Não
0/ C
posso
mudar
D7 massa
minha
G de sangue
/ Você
o Noe!
pode
A7 D / / / F#yC# F#7 / / Copa cabana Eu sou diretora da escola do Está-cio BYD# há
Amo/C B7
/ / Já fui convidada
/ / para ser estrela
Em Estácio
/ D G / A7 O 'x' do problema é que é
D7
D
Não
B7 E7 vive na areia
Bm / / / F#yC# F#7 / / neste mun-do de Sá E felicidade maior / Ser estrela
Gm/Bb
de
não
0/
A B7 é bem fácil Sair do
E7
87
D
D/A
A7
A7
D/A
GmlBb
D
~'OZ
0/
A do Mangue
D
G
G
/ palmeira
que
/ Em. EnyG do nosso cine-ma
Gm6
D
Gm crer
Rosa
D7
D/C
~
~. Nas - ci
no
Es - tã
G
cio -de
Eu Que
fui eu
e - du - ca a - ban - do
da ne
na o
ro Lar
-
da go
de do_Es
bam - lá -
A7
GmlBb
~~~ ba cio
E fui Pra ser
da nha
di - pio - ma a ra - i
D
D
te, con - for - me te_u - ma vez por
84
se vê se - ma
na_es - co - Ia de_um gran- de
na
de sam pa - lá
G
Nas - ci no Es- tã Nas- ci no Es- tá
Sou in - de - pen- den E dar um ban- que -
ba cio D
cio cio
O Não
sam - ba_é pos - so
a cormu - dar
Songbook
D7
D/C
--
Noel Rosa
Gm
G
da, eu sou a mi- nha mas- sa
§
o
ca- çam de san
~
ba gue
-
E não Vo- cê
a - cre - di crer po- de
que
E7
B7
A7
que ha - ja Pai - mei - ra
J
3
-----
D/A
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J J
-
a
eu gos- tar de vo - cê de Co - pa - ca - ba
j
---
~
D
~-~~ -~~-~Y~ ~~-~~,.~ ba Que pos - sa fa - zer gue não vi - ve na_a - rei
mu - am do Man -.
J
Eu
sou di - re - to -
na
~~J~
~
Bm
B 71D#
de
mai - or
nes - te
mun
pa - ra
D/A
cil D
ser
es - tre
do não há
Ia do nos -
B7
Sa - ir
so ci - ue
EmlG
Já fui con - vi - da -
GmlBl)
Ser es- tre-la_é bem fá-
ma
A7
Em
do
B7
Am6/C
Em
da
E fe - li - ci - da -
cio de Sá
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D
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G
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G
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FILHOS
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85
o Noel Rosa
Songbook
o que é que você fazia? HERVÊ CORDOVIL E NOEL ROSA Essa divertida letra foi elaborada para uma melodia de Hervê Cordovil, num dos muitos encontros que tiveram em Belo Horizonte, quando Noellá esteve tentando recuperar a saúde. Hervê, três anos mais novo do que o parceiro, era pianista de rádio desde 1931, quando estreou na Rádio Sociedade, e também compositor de certo prestígio, obtendo grande sucesso no carnaval de 1934, com a marcha Carolina (com o pistonista Bonfiglio de Oliveira), gravação de Car/os Galhardo. Hervê Cordovi/ atravessou várias fases da música popular brasileira. Na década de 60, continuava gravando suas músicas, então, rocks, twists e iê-iê-iês. Primeira gravação lançada em fevereiro de 1936, por Cannem Miranda, em discos Odeon.
I
Introdução: Am
I
I
D7
I
Deitado
I I
I
E7 I Am tirou seu pão
D7 I G nem me mexia
I
capricho da
I A7 nesse caso
88
I
I
I I I
I
I
I
I
I
I
o/D
I
D7
I
I I I
G
I I
I
Estando amarrado
I I
E7 I A7 Eu nesse caso
I I I
Am I D7 I G que é que você fa-zia?
I
I
A7
I I D7 Nem olha pra frente
Am I D7 IG que você fazia? que é
I I
I
no trilho de um trem
I I A7 seu pa-rente
mão
o/B
IAm O que é
I
E7 IAm e amordaçado
I D7 I G que você fa-zia?
D7 IG nem me mexia
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I
Se um dia a
I
I
I
I I I
I I
I
I
I I I
B7 I I I Em Sabendo que o maqui-nista
I
I
Am I D7 IG O que é que você fazia?
I
I I
I I
I
O
I
I
I / Que da tua
I I O
E7 I A7 Eu nesse caso
E7 IAm de um grande veneno
IAm O que é
I I I
I D7 I Também foi roubado
Am I D7 IG O que é que você fazia?
I
I
I I
olhando um cachorro
I I
Um gole pequeno
I não é
E7 I A7 I D7 IG Eu nesse caso nem me mexia
I I I A7 que está premi-ado
Em I I I A7 I I I D7 sorte ou de algum doutorzinho Ela ficasse mais forte D7 I G matava o doutor
I
Sentado,
D7 IG I nem me meXia
sua sogra bebesse
I I I
I I I
B7 Se por
I D7 IG que fazia o senhor?
E7 I A7 ID7 I G Eu nesse caso desaparecia
I I
I
I
E7 Eu
Songbook o Noel Rosa
GIB
07
Am
A7
GID
G
07
Dei -
G
E7
~
no tri - lho de_um trem o - Ihan- do_um ca - cbor sua so - gra be - bes
ta - do ta- do, di- a_a
Es - tan-do_a-mar - ra que da tu - a mão um go - le pe- que
ro se
do
e_a mar - da - ça ti rou seu pão de_um gran-de ve - ne -
no
I~ j)~*~fE1 ,- ~ q
;'--' Am
B7
do
Sa Sa Se
no
Em
ben - do
que o que o ca - pri
beu - do
por
um
ma- qui seu bi cbo da
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nis lhe sor
ta não te que_es te ou
é - tá de_ai
seu pre gum
pa - ren- mi a dou-tor - zi-
~ A7
07
te do nho_E - Ia
J
Nem o - lha pra fren Tam - bêrn foi rou - ba fi - cas - se mais for
07
Am
te do te
O O O
que que que
é é é
vo cê fa vo cê fa fa - zia_o se
que que que
G
E7
A7
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07
§
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~
~
-
zi zi nbor?
Am
~~ a? a?
Eu Eu Eu
nes - se ca nes - se ca nes - se ca - so
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07
so so
nem me nem me ma - ta - va_o ~f
me - xi me - xi dou- tor
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O O O
que que que
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voque voque voque
)11 A7
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G
07
;gI2v~es Ao~
H cê cê cê
fa- zi fa- zi fa- zi
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Eu Eu Eu
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me me- xi me me- xi pa - re - ci
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Fim
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o Noel Rosa
Songbook
Pierrô apaixonado NOEL ROSA E HEITOR DOS PRAZERES Um dos clássicos da música carnavalesca, esta deliciosa marchinha reuniu, mais uma vez, Noel Rosa com o compositor vindo das camadas populares. Heitor dos Prazeres, 12 anos mais velho do que Noel, tinha uma biografia muito ligada ao samba das escolas de samba, tendo pertencido a algumas delas, entre as quais, a Portela. Pierrô apaixonado, um dos grandes sucessos do carnaval de 1936,foi uma das músicas de Noel incluída no filme Alô Alô Carnaval (as outras foram Palpite infeliz e Não resta a
menor dúvida). Primeira gravação lançada em janeiro de 1936,por Joel e Gaúcho, em discos Victor.
ElUllIIl I I F
Introdução:
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Fm/Ab
IVA
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I
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Fm/Ab
I
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I
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I I I I
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Um pierrô apaixonado
I
IC
G7
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I
YE
co-lom-bina
I
IIII
chorando
I
I
I I I
Dm
III
IC chorando
I
A7
IIII
Um pierrô
IDm
A7
I
I
F Dizendo:
I
IIII
IIII
Um pierrô apaixonado
IDm
I
G7
Dm
assim 88
I I I
F
I
I
IVA
I
YE
I I
I
A7
Que
I
vivia
só
I
I
I
I I I
Dm
cantando
I
G7
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Por
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C
IC IVA
Levando esse gran-de
IVA
I I A7 I Dm Que vivia só cantando
I I I
I
I I Fm/Ab
I
F
I
YE
Por causa de uma co-lom-bina
I
I
I I I G7
I
YG
I
A7
I
D7
I
G~
A7
I
I
I I I I
I
Um pierrô
IDm
A7
I
G7
Acabou chorando Acabou
I
F
IVA
I
YE
Por causa de uma co-lom-bina
I
G7
I
I I
C
A7
I
I
Com o Pierrô aconteceu
Um grande amor tem sempre um triste fim
chute
F I causa de uma
Bebeu, bebeu, saiu
A colombina entrou no bo-te-quim
I I I
IDm
A7
Acabou chorando
IV A Fm/ Ab YG I A7 I D7 I G~ G7 C "Pierrô ca--cete Vai tomar sorvete com o Ar-le-quim!"
Acabou chorando Acabou chorando
I
IC
G7
I
F
Por causa de uma co-lom-bina
I I I
apaixonado
I I A7 I Dm Que VIVIasó cantando
III
I I I
Dm
Que vivia só cantando
Acabou chorando Acabou chorando
assim, assim
apaixonado
I
III
C
Foi tomar vermute com amen-do-im!
I I
Songbook
F
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FIA
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o Noel Rosa
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C/G
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r- --,
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Um
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só
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A- ca - bou
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bi - na_en - trou no mar tem sem - pre_um
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A co - 10m Um gran - de_a
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Por
G7
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cau- sa de_u-ma
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by MANGIONE,
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89
Songbook o Noel Rosa
Pra que mentir? VADICO E NOEL ROSA Última produção da dupla Noel Rosa-Vadico, com uma letra que todos os biógrafos de Noel concordam que foi dirigida para Ceci, a "dama do cabaré" que causava tantos ciúmes ao compositor. Esta letra inspirou Caetano Veloso para uma "resposta", na qual se colocou na posição da mulher critica da por Noel. A composição de Caetano recebeu o título de Dom de iludir e, geralmente, é cantada em seus shows imediatamente depois de Pra que mentir?: "Não me venha falar/Na malícia de toda mulher/Cada um sabe a dor/E a delícia de ser o que é (. . .) Você diz a verdade/A verdade é seu dom de iludir/Como pode querer que a mulher/Vá viver sem mentir?" Primeira gravação lançada em fevereiro de 1939, por Sílvio Caldas, em discos Victor.
F#7/A#
Bm
C#7
Bm6/D
G#7
G
F#m/E
G#7/D#
F#/C#
DO
D#m
D#m/C#
F#m
G#m7(b5)
D/C
F#m/C#
C#7/G#
F#
G#m
B7
A#7
D7M
C'
11111111 F#'Y A# / / /
Introdução:
C#7 Bmo/O C#7 / F#m /
mentir
Pra que, F#m
/ / /
F#
B7
mim?! 90
/
F#m/C#
G#7
/ / / mentir o/c
/
Se não
Se G#m /
Bm /
Pra que A#7
F#'Y A# / /
mentir /
eu sei que gostas F:tyC#
tanto assim
D#m /
C#7
Se tu sabes que eu te quero Apesar
/
F#m/C#
saber
/ Em / / /
há necessida--de C#7 era
G#'YD#
F#m/
Bmo/DF#m
Que DO
D#m
/
F# / GO
/
F#nyc#
G
/
/ /
trair?
Pra
/ / C#7
mulher?
Pra
GO C#'YG# C#7
te diz
que não
D#m/C# CO
Se tu sabes que eu já sei
de ser traí-do
C#7
de me
de to-da
o/c
ilu-dir?
Bmo/O /
de outro C#7
o/c
de
/
F#'o/C#
/
F#'o/E
Bmo/DF#m
mentir
te quer?
/
Se tu ainda não tens A malí G#'YD#
F#'o/E
que
o/c
F#m
pra que
mentir
que F#m
/
G#m7(V5) C#7 F#m
/
/
Se tu ainda não tens Esse dom
G#m7(V5) / C#7
/ F#m / / /
F#m / / /
Bmo/D C#7
G#m7(V5) C#7 F#m
F#m /
Pra que
Bmo/D C#7 /
Bm / / / C#7
/
Que tu não gostas de C#'Y G# /
Pelo teu ódio sincero
07M
Ou por teu
/
amor
Songbook o Noel Rosa
C#7/ fmgi-do?!
/ /
TYc F#nyC# ilu-dir? /
trair?
/ /
/ / C#7
F#m Pra que
G#m7(bS) mentir
/
/ F#m / / /
G#m7(bS) Pra que,
F#m / G#m7 mentir Pra que F#m Pra que
C#Y' G# C#7
que
C#7 F#m
F#nyE
(bS)
/ C#7
/ F#m / pra que mentir
/ /
TYc de
F#nyC# saber
BmYD / G#7 C#7 / Se não há necessida-de de me
/ o/c / F#nyC# Se tu ainda não tens A malí
C#7 F#m
G#Y'D# mentir
F#nyC# TYC/ / Se tu ainda não tens Esse dom:
C#7 F#m/ cia de to-da
BrnYD F#m F#nyE Se eu sei que gostas
G#Y'D# de outro
Brn
Brn61D
G mulher?
BrnYD F#rn G Que te diz O
F# / / não te quer?
FP/A# ~illtro
~
~;~-~I~*
~
11
C#7
Brn6/DCp
~
;o~~. m
I~
Pra G#m7(bS) Cp
F#m
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tu
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in - da não
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F#m
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J
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F#m/C# D/C
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F#m/q
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r-3----,
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lu - dir?
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G#m7(~5) C#7
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Se
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men - tir
Se
tu
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Pra
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D/C
tens
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Songbook
o Noel
Rosa
G
G
lí
cia
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Bm61D
tir
sei que
C#7
gos
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~ não
FIVC#
-
GO
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1 ~.
Fim
quer?
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Que
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~
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-
ro Ou por
teu
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Copyright by MAt'lGIONE, FILHOS E ClA LTDA. Rua Ramalho Ortigão, 38/1° andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados,
92
Songbook o Noel Rosa
Picilone NOELROSA Eis mais uma manifestação do cronista Noel Rosa, sempre atento às novidades. Um acordo ortográfico assinado pela Academia Brasileira de Letras com a Academia de Ciências de Lisboa, em 1931, retirou do alfabeto português as letras K, We Y. Diante disso, Noel se preocupou com a menina Yvone (irmã do seu amigo Sebastião Ferreira da Silva), que teria o nome escrito com uma letra cassada, compondo este "samba fonético". Muitos anos depois, outro compositor extraordinário, Antonio Carlos Jobim, diria numa entrevista que o Brasil é "um país tão maluco" que a avenida principal de Brasília, a capital da República, fundada em 1960, seria chamada de W-3, ou seja, com uma letra cassada. Primeira gravação lançada em 1931, pelo Bando de Tangarâs, em discos Par/ophon.
I I ,vtlIIII I I DO
F"
AbO
Eb7
Bb7
Fl
Fl/A
Ab
Bbrn
Db/F
Ab/Gb
Dbm/Fb
Ab/Eb
I I I ~II I I Fy \
Introdução:
Bb7 Eb7· Ab
Eb7 Ab
Ab Eb7 Y--vone!
/ F7 (Y-vone!)
/
Bbm Y-vone!
/ Bbm Y-vone!
/
/ / (Yvone!)
Eu ando
/ / (Yvonel)
A!YGb pra ganhar
/ / / / Yvone!
/
Bbm Y-vone!
/
Ab" Ab
D!YF
simpa-tia
/ / (Yvone!)
/
/ / / F7 Yvone! (Y-vone!) Dbm/Fb
/ Bbm
Y-vone!
/ Eu ando
Eb7 / Ab / / / Eu ando roxo pra te dizer um picilone!
Eb7 / Ab o pici-lone
Que todo mundo
/ F7 (Y-vone!)
Eb7 Ab / / / F"
A!YGb Já reparei
Eb7 / Ab / / roxo pra te dizer um picilone!
A!YEb / F7 / Bb7 / Yvone Na nova ortogra-fia Já perdeu / Ab / / pra te dizer um picilone!
F7 Bbm / Bb7
/ /
/ / / / / F7 Yvone! (Y -vone!)
Bbm
Eu ando
Para
(Yvone!)
Eb7 / / roxo pra te dizer
Eb7 / Ab / / roxo pra te dizer um picilone!
/ A~Eb/ F7 / Bb7 Y-vone Até já tem empre-gada
/ /
Y-vone!
D!YF
/ outro
/ / Yvone!
/ Que
dia
/ Bbm Y-vone!
/ F7 (Y-vone!)
Dbo/Fb o teu nome,
/ / (Yvone!)
/ ó
/ Eb7 Eu ando roxo
Eb7 / Ab / / / / Eu ando roxo pra te dizer um picilone! É
F7 Eb7 / Ab / A!YEb / / Bb7 / se a-baixa Pra te fazer corte-sia Com os olhos fora da caixa
/
(Yvone!)
/
/
Abo Ab
/ Eb7 / Ab atender tele-fone
/ Ab um picilone!
A!YGb Tem uma vida
/
/ / / / Yvone!
Abo Ab
Yvone!
/ D!YF folgada
/ F7 (Y -vone!)
/ /
/ F7 (Y-vone!) Dbo/Fb
/
Não faz mais nada / Bbm Y-vone!
/ / (Yvone!)
a
/ Eu ando
93
Songbook o Noel Rosa
Eb7
/
/
AbO Ab
/ Ab
/ / / F7 Yvone! (Y-vone!)
roxo pra te dizer um picilone! / Ab / A~Gb picilone! Cansei de andar Eb7
/
Ab
/
/
/
F7
Bbm
/
Y-vone!
/
/
F7
/
Bbm
/
/
/
/
Eb7
/
/
(Yvone!) Eu ando roxo pra te dizer um
/ D~F / Db"YFb / A~Eb só de tanga Já perdi a paci-ência
/ / /
me deste audi-ência
/
/
F7
/
• ."
/
Fui te encontrar na Ka-naBIa Mas não
/
Eb7
/
/
/ Ab
Yvone! (Y-vone!) Y-vone! (Yvone!) Eu ando roxo pra te dizer um picilone!
/
Bbm
/
/
Eb7
/
/
/
/ Ab
Yvone! (Y-vone!) Y-vone! (Yvone!) Eu ando roxo pra te dizer um picilone!
B~7
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Ew r -
*
F7
~
-
~
*
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~.
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A~o
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pra
te
di -
re pra u sei
pa ga ma de_an-
A~
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De
-
nblF
di ti ga tao
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Já É. Tem Can
-
-
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~ ou - tro nhar sim - pa vi - da foi dar só de
94
*
A~
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Ab/Gb
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AI,
E~7
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AI,
-
A~
~
-
a a da ga
Que Não Já
Que_o to faz per
teu do mais - di
-
no - me 6_ Y muo - do se_a na da_a Y a pa - ci
vo bai vo ên
-
Songbook o Noel Rosa
F7
egr ne
no te A - té Fui te_en
ne cia
Eb7
~.
Na Pra
xa
Bb7
-
~.
va fa já con -
or - to - gra zer cor - te tem em- pre trar na Ka
~ si ga nan
per - deu a Com_os o - lhos da Pa - ra_a - ten ga Mas não me
pi o fo - ra der te des- te_au -
ci da le di
Ia caifo -
ên -
y - vo-
ne
xa ne cia
Copyright by MANGIONE, FILHOS E ClA LIDA. Rua Ramalho
Ortigão,
38/10 andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
95
Songbook o Noel Rosa
Prazer em conhecê-Io NOELROSA Noel Rosa foi a uma festa na Rua Conde de Bonfim, na Tijuca, e lá encontrou Clara, uma ex-namorada que se acompanhava de Jorge, o seu novo namorado. A dona da casa, sem saber dos antecedentes dos dois jovens, fez as devidas apresentações. Clara cumprimentou-o, de maneira formal: - Prazer em conhecê-lo. Noel respondeu: - O prazer foi todo meu. O compositor saiu da festa, em compania do amigo e alfaiate Amaldo Araújo, e foi para o Café Ponto Chie, ao lado da antiga estação de bondes do Boulevard 28 de setembro, e escreveu os versos de Prazer em conhecê-lo que, depois, ganhou melodia de Custódio Mesquita. Primeira gravação lançada em 1932, por Mário Reis, em discos Odeon.
Fm7
Bb7
Eb
Db7
Cb7
AO
Eb/Bb
Eb/G
C7
C/Bb
Fm/Ab
C7/G
Fm
F7
I I IIIII I 11I Introdução: Fm / Bb7 / Eb Db7 Cb7 AO / E~Bb Bb7 Eb / nós sorrimos sem vontade Quantas vezes AO / / / E~Bb Por um simples dever AO / E~Bb em tal festa te encontrava
/ E~G
/ C7 / / YBb Fo/Ab Com o ódio a transbordar no cora-ção
C'YG / Fm / F7 Bb7 Eb Db7 Cb7 Bb7 Eb / que da sociedade No momento de uma apresentação Se eu soubesse /
E~G
Fo/Ab YBb / C7 / / Não iria desmanchar o teu prazer
C'YG/ F7 Eb Fm Bb7 I / eu não lembrava Um passado que tanto nos fez sofrer
E~Bb fosse,
F7 C7 / Ex-amigo que aguardava
/
/
C'YG Fm /
Bb7 / Eb o escândalo fatal
/ /
/ I
C'YG Frn /
I /
I se lá não
E~G Bb7 / / / I Lá no canto vi o meu rival antigo
E~G Bb7 / / / furta-cor Fiquei branco, amarelo,
/
AO Porque,
Frn I C7 I De terror, sem achar uma
/
F7 Bb7 Eb / / / Bb7 / / I E~ G / C7 / F7 / Bb7 / Eb idéia geni-al Ainda lembro que ficamos de repente Frente a frente Naquele instante, mais frios do que gelo
/ /
E~G F7 Bb7 / C7 Frn / Bb7 Eb Db7 Cb7 Bb7 / / / / / Quantas Mas, sorrindo, apertaste minha mão Dizendo então: "Tenho muito prazer em conhecê-Io"
Eb
vezes 96
/
AO E~Bb / nós sornmos sem vontade
/ E~G
/ Com
O
AO C7 YBb Frn/Ab C'YG Frn / / / cora-ção Por um ódio a transbordar no
Songbook o Noel Rosa
EJyBb
/
/ /
simples dever
/
EJyG
impaciente,
/
CY'G
/
da sociedade C7
F7
/
Fm / No momento
/
descontente Ia mais tarde
BI:>7
te
/
/
F7
BI:>7 EI:>
/ /
de uma apresentação EI:> / /
BI:>7
/
repreender
BI:>7
/
Mas eu notei
/
/
/
/
que alguém
EJyG
/
Tão ciumento que até nem quis saber
/
Que mais
C7 / Fm / F7 BI:>7 EI:> prazer eu te-ria em não te conhecer
Frn7
d7
B~7
B~7 voz
Wê~~I*~~, Quan - tas
ve -
AO
zes -se
nós que_em
sor tal
- ri fes
mos sem ta te_en -
C7
von - ta eoo - tra
FmlA~
CIB~
dio_a a
Com o Não i
de va
-
C7/G
AO
Fm
co - ra - ção teu pra - zer
trans - bor - dar no des - man - char o
ó
ri -
Por um Por - que,
C7/G
da se,eu
Frn
F7
cie lem
so não
B~7
de_u- ma que tan
a - to
pre-sen nos fez
~ ta so
da bra
de va
D~7
~ to do
-
-
--
ção frer
d7
I
* *
B~7
j§ Se_eu sou
97
Songbook o Noel Rosa
Eb/G
~ê~~'
I~~· Lá
can
no
Mas
no
eu
-
to -bro tei
-
vi O que fi que ai
meu - ca - guém
~~ an - ti re - pen cí - en
ri - vai mos de im - pa
ex
go te, te,
F7
C7
rili fren ten
go te te
Que a - guar - da Na - que-Ie_ins - tan I - a mais tar
-
a
-
fren - te_a des - con -
Eb
va te, de
o_es - cân mais fri te
da - 10 os do re - pre
fa - tal que geen - der
10
Eb/G
9~êúê~ quei sor ciu
Fi Mas,
Tão
-
bran rinmen
co, do, to
-
C7
~ ~'1H
tP~J
ror, tão: pra
y
a - ma a - per que a
- re - tas té
l~~j~~~~g---~
~1
char muí te
~ª.
A - in - da
u - ma_i to pra ria em
/2
déi zer não
ta nha sa
cor mão ber
De terDi -zen - do_en Que mais
•
II
Bb7
F7
Frn
sem a 'Te - nho - zer eu
10, fur te mi nem quis
ª~mª* Fim
a em te
ge co co
ni nhe
ai cê cer
nhe
Eb
* ~I *
lem-
J=EfI Quan - tas
Ao
%
sem repetições e Fim
ve-
10"
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98
Ortigão,
Eb
38/10 andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
10"
I
Songbook o Noel Rosa
Palpite infeliz NOELROSA Outra obra-prima de Noel Rosa, através da qual respondeu a um dos ataques desferidos (também em samba) por Wilson Baptista contra Vila Isabel. Foi um sucesso que resistiu à passagem do tempo. O cronista Rubem Braga conta, numa de suas crônicas antolôgicas, que visitou a quadra da Mangueira, na década de 30, e foi testemunha do prestígio de Noel e de Palpite infeliz. "O preto Cartola fez cantar os sambas da escola. E o único samba 'lá de baixo', o único samba não produzido na própria escola que ali se cantou foi Palpite infeliz. O morro respeitando Noel (.. .) Só quem conhece uma escola de samba com o seu imenso orgulho exclusivista pode conceber o valor de uma homenagem como essa prestada a Noel." Primeira gravação lançada em janeiro de 1936, por Araci de Almeida, em discos Victor.
IV;; NlI NI I IUI I llil IJ I I IIII I I rui I I I I m I Ab
N
Abm
Bb7
G7/B
F7
Introdução: Ab / Abm AO E~Bb Bb7 E~Bb Quem é você GY'B / Está--cio,
AO/ / que não sabe
°
E~Bb diz? que
Bb7/F
Bb/Ab
Eb/G
Eb7
Abm6
FYA /Bb7 / Eb / / BbY'F / EO/ Cm / G7 Meu Deus do céu, que palpite infeliz!
/ Eb
/
YBb
/ F7/ A / B~ Ab Só quer mostrar que faz sam--ba
/ Eb7 / / / Ab / Ao som do samba dança até o arvore-do
/
/
BbY'D
/
Salve
E~ G / Eb / Bb7 / / / também Fazer poema lá na Vila é um
/ E~Bb / / / Abm6 Eu já chamei você pra ver Você não VIU
/ ct YBb FY'A / B~Ab / E~G / Eb Bb7 E~Bb porque não quis Quem é você que não sabe o que diz? Quem é você BbY'F / EIyBb / Eb EO/ em / G7 diz? Meu Deus do céu, que palpite infeliz! F7 Cruz e Matriz
/ /
F7/A
G7 / em / / / F7 / FY' A / Bb7 / / / Eb / Salgueiro, Mangueira Oswaldo Cruz e Matriz Que sem-pre souberam muito bem Que a Vila não
/ / e7· / quer abafar ninguém Eb / brinque-do
/ e7 YBb
C/Bb
em
G7
Eb
Bb7/D
C7
Eb/Bb
/
I<~A Que sem-pre
/
Bb7 / / souberam . muito bem
/
BbY'D
GY'B/ / Salve Está---do,
/ AO/ que não sabe o que
G7 / em / Salgueiro, Mangueira Oswaldo
C7 Eb/ / / Que a Vila não quer abafar ninguém
/
YBb
/ Só quer 99
Songbook o Noel Rosa
FYA / B~Ab mostrar que faz sam--ba /
/
Ab /
/
quer tirar paten-te B~Ab sa--be
/
/
/
/
/
E~G o que diz?
/ Eb
Bb'Yn
Bb7 / / souberam muito bem
/
Bb7 E~Bb Quem é você
G'YB/ Salve Está--cio,
/
/ AO/ E~Bb que não sabe o que diz?
/
ct
/
Eb7
/
Que tira samba mas não
em G7 / Meu Deus do céu, que
/ Eb
F7 em G7 / / / / Salgueiro, Mangueira Oswaldo Cruz e Matriz
e7 / Eb/ / / Que a Vila não quer abafar ninguém
Eb / Ab / Abm AO E~Bb
/
/ E~Bb / ct YBb F'YA / Aonde tem o seu nariz? Quem é você que não
Abm6
Pra que ligar a quem não sabe
Bb'YF / EOJ palpite infeliz!
E~G/ também
E~G / Eb / Bb7 / / / Eb / uma cidade independen-te também A Vila é
YBb
YBb FYA / Bb7 /Eb
/
F7/A / Que sem-pre
F'YA / B~Ab / Só quer mostrar que faz sam--ba / /
F7/A
vo -
Quem é
AO
que
diz?
Meu Deus
do
G7/B
céu,
~~yjS. Cruz 100
e
~--
Ma - triz
que paI -
pi - te_in - fe - liz
Cm
Man - guei
-
ra
F7/A
Que
sem - pre
sou - be
-
não
EO
G7
cio, Sal - guei - ro,
F7
que
Cm
G7
sa - be_o
cê
rarn
mui - to
bem
Os - wal - do
/
Songbook
o Noel Rosa
E~
C7
Ia
não
quer
Bb/Ab
sam
-
a- ba - far
Eb/G
ba
CIB~
nin - guém
FIA
Só quer
mos- trar
que
faz
E~
~
tam - bém
Fa - zer A Vi
po - e Ia é
-
ma I~a
lá
na Vi ci - da
- la_é um brio - que- de_in - de - pen - den-
Eb
do te
Ao som do sam Que ti - ra sam
-
ba ba
dan - ça_a mas não
- té quer
o ar - vo - re ti- rar pa - ten
do te
Abm6
Eu Pra
cha- mei li - gar
já que
vo - cê a quem
pra não
ver sa -
Vo - cê be a -
não on - de
por o
viu tem
-
que seu
não quis na - riz
~ C7
ClBb
Bb/Ab
F7/A
E~/G
Eb Ao
)S
2 vezes
e • Quem Quem
•
é é
Eb
tP' *
vo - cê vo - cê
que não que não
sa - be_o sa - be_o
que diz? que diz?
AO
Ab
Quem é
vo-cê
C7
ClBb
instrumental
y
~
F7/A
Copyright by MANGIONE, FILHOS E ClA LTDA. Rua Rarnalho Ortigão, 38/1 andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados. 0
101
Songbook o Noel Rosa
Prato fundo NOEL ROSA E JOÃO DE BARRO Noel Rosa, como se sabe, não ingeria sólidos na frente de ninguém (talvez, só na presença da sua família), pois não queria que as pessoas percebessem a dificuldade em mastigar, em decorrência do problema no queixo. Mas nem por isso o ato de comer deixou de ser tema de suas músicas, como se comprova nesta marchinha feita em parceria com o seu companheiro do Bando de Tangarâs, João de Barro, para o carnaval de 1933. Primeira gravação lançada em janeiro de 1933, por Almirante, em discos Victor.
I I I I 11II11II11lI1 Eb
Bb
Introdução:
/
C7
/ Aprendi
/
/
Bb avó
C~E minha Na
/ /
/ Bb / F7 Come casca de banana
F7 / / / casa Só se come em prato
C#O
Bb / fun-de-o-dó
Bb / fun-de-o-dó
/
/ / se come em prato
C~E F7 / / / Bb / / tanto Aprendi com a minha avó Na minha
/ E depois
Cm / C#o disso Leva sempre
/
/ B~D a dar palpite
C~E Se como Cm mana
/ Para
/ R~D a todo instante
C~E F7 / C~E F7 / / / Rb / / Na minha casa Só Se como tanto Aprendi com a minha avó
/ /
Bb / / C~E fun-de-o-dó Se como
/
A minha
/ Bb / F7 / / / Bb Foi ao circo com fastio E engoliu o elefante
/ /
Bb /D
/ / / Bb / / / Cm / C#o Depois engole o caroço E o meu titio Faz vergonha
/ Bb / / / Cm / C#o / B~D prato fun-de-o-dó A minha tia Já engoliu uma fruteira / Toma
F7 / / casa Só se come em
/ _ Bb / F7 / / Estou vendo ainda o dia Que ela almoça
Bb chumbo
/ F7 derretido
/ Para
/ Bb a cozinheira
C~EF7 / / / Bb / / abrir o apetite Se como tanto
/ Aprendi
/ Bb / / C~E F7 / / / Bb / / CYE com a minha avó Na minha casa Só se come em prato fun-de-o-dó Se como
F7 / / tanto Aprendi com
/ a minha
Bb / / C~E F7 / / / Bb / / / Cm / avó Na minha casa Só se come em prato fun-de-o-dó Meu bisavô Que era
/ B~D índio botocudo
/ Bb / F7 Devorou a tribo inteira
/ / / Bb / / / Cm / C#o / B~D Com pajé, cacique e tudo E a minha avó Que comia à portuguesa
F7 / / / Bb a pó E ainda quis a sobremesa / prato .-/
Cm
C~E F7 Bb / / / / / / Na minha casa Só se come em prato com a minha avó
com a minha
B~D o almoço
C#O / inteirar
C7jE
Eb / / / Bb / / / C7 / F7 / Bb / / / Eb / / / Bb / / / C7 / F7 / Bb /
C~EF7 / Se como tanto Aprendi
F7/ tanto
F7
Bb / fun-de-o-dó
Bb / / fun-de-o-dó
102
/
C~E Se como
/ /
/ Bb / Reduziu dois bois
C~E F7 / / / _Bb / / CYE F7 / / Se como tanto Aprendi com a minha avó Na minha casa Só se come em
F7 / tanto
/ Aprendi
/ com a minha
Bb/ avó
/
C~E Na minha
F7 casa
/ / Só se come
/ em prato
Songbook o Noel Rosa
Eb
ct
Bb
intro
rp'i _~t?ª§~
e7
F7
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B"
~
nb
~
I:
~
F7
'{ Se
co- mo
nb
$TI~*ê
"I . Na
vó
mi - nha
ca - sa
Só
se
. co - me_em
J
A E_o A E Meu E_a
mi meu mi de bi mi
~
nha ti uha pois sa uba_a
-
ma ti ti dis vô vó
nblD
-
mo tan tei pi cu gue
ço te ra te do sa
tV'TI en liu mo brir jé. quis
- na o a - so
-
J
J
-
Co Foi Es To De Re
me ao tou ma vo du
J
J
go o ça_a o ca a
le_o e co a ci so
cas cir ven cbum rou ziu
3 ca Ie-zi pe-que_e bre-
-
de - o -
Pa Faz Já_eu Le Que_e Que
ra ver go va ra_um co
J
j
tei uba_a u pre_a dio a3
rar to ma dar bo por
~ in go tiu sem ín mi
nb
-
fu Il
dó
qo
em
J
pra - to
-
J -
o_aI do_ius fru paI to tu
F7
J
j
J
ca co do_a bo a dois
de com iu der tri bois
ba fas da_o re bo_iu a
~. ro - ço
J
~ ua - ua ti o di a ti - do tei - ra E_a pó
.~
De E_eu Que3 Pa Com in
J
I
pois go Ia_aI ra_a pa da
Ao
~
-fan - te nbeí - ra -ti - te tu - do -me - sa
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103
Songbook
o Noel
Rosa
Quem não quer sou eu NOELROSA Mais uma parceira de Noel Rosa com Ismael Silva. Até a publicação do livro Noel Rosa, uma biografia, de João Máximo e Carlos Didier, acreditava-se que essa parceria não teria rendido mais de nove músicas. O próprio Ismael Silva contribuía para essa crença pois, em toda entrevista que concedia, relacionava aquelas mesmas nove obras. João Máximo e Didier, porém, investigaram com profundidade o trabalho dos dois grandes compositores e acabaram descobrindo mais /love músicas feitas por eles. Primeira gravação lançada em setembro de 1933, por Francisco Alves, em discos Odeon.
Am
E7
F
G
Dm
I I E I I I II I I Dm/F
Introdução:
Am
/
F / E7 / Dm Dm/F
G /
/ / F7 / E7 / Am Quando eu queria o teu a--mor / / F7 / E7 / Am Agora quem não quer sou eu F7 / E7 / Am / / mim tu não tens mais va-lor E7 / Am quis diz que me quer /
F7 / E7 / Am atenção meu ao
/
/
/ B7 em tua vida
/
/
/ F7 E7
/
/
Pra
/ / F7 / E7 / Am Quando eu queria o teu a--mor / / F7 / E7 / Am Agora quem não quer sou eu
/
/
F7 / E7/ Am / / Pra mim tu não tens mais va-lor
/
/ /
/
/
/
/ DmrF
/ / F7 / E7 / Am Não davas atenção ao meu
/
/ E7 / Am / va-Ior
mais
/ / B7 / Observo que hoje em dia Quem não /
E7 / / B7 / Vou viver desiludido Sem amor,
F7 / E7 / / Agora quem não quer sou
/
Podes Ir desiludida
F7
/
tu não tens
/ / F7 / E7 / Am Quando eu queria o teu a--mor
DrnrF/ Achei uma só resposta
/
/ mim
/ / F7 / E7 / Am / Não davas atenção ao meu Pra
/ / DrnrF / E7 / Am Cabe muita hipocrisia Num capricho de mulher
Am E7 / destino Um igual ao meu
F7 / E7 Am não quer sou eu
Dm6/f
Am /
/ / F7 / E7 / Am Não davas atenção ao meu
E7 / . Am Com tão falsas frases juntas
/ F7 / E7 / Am queria o teu a--mor
104
/
Am/E
/ / DrnrF / E7 / Am Pra não ser submetido A desejo tão banal
Am /
sem ideal
B7 propostas
/
/
/
B7
F7
Am/E
/
/
/
Não davas
/
/ Am /
Am E7 / Que responde mil perguntas
/
Am E7 / Hoje quem não quer sou eu
/
/ / F7 / E7 / Am Pra mim tu não tens mais va-lor
/
Ao ouvir tuas
eu
/ Hás de ter
/ Quando eu
/
/
/
Agora quem
Songbook o Noel Rosa
Am
E7
F
G
Dm
E7
DmIF
Am
:<;:::7~ª
~Y~
Quan
-do_eu
que- ria
E7
F7
a - mor
o teu
Não
F7
Am
~~~g"f~ da - vas
a
-
ten
E7
ção
-
ao
meu
mim
Pra
F7
Am
m~~~
va
lor
tens
11
E7
mais
Am
.. @~"fE
"f
~
tu não
A - go- ra
quem
não
quer
sou
Fim
eu
~.:~m
Quan-
B7
~1~~
do_eu
que - ria
o
teu
"---"
E7
I~
vo tu
que_ho - je_em di - as pro - pos
3~ que me fra - ses
quer jun
-
E7
0/
cho de mu de mil per
-
lher -tas
Ca A
tas
gun
tas
Quem Com
não tão
Num Que
cares-
Sem Um
des-
j be chei
mui - ta_hi - po u - ma só
-
cri - si res - pos -
a ta
Am
pri pon
a -
Dm61F
Am
~ diz quis fal - sas
O - b - ser Ao ou - vir
B7
Vou Hás
vi - ver de ter
de - si em tu
lu --a
di vi
do da
a-
105
Songbook
o Noel Rosa
.A m
E7
mor, sem 1 ti - no_i - gual
de - ai ao meu
E7
Dm61F
Pra não Po- des
ser ir
su - b de - si
me lu
-
ti di
Am
1" vez ao ~ si rep.
I·~~~l~ se - jo tão quem não quer
2" vez ao ~e Fim ba - nar--' sou eu
Quan-
do_eu
que - ria
o
teu
Copyright by MAl GIONE, FILHOS E ClA LIDA. Rua Ramalho Ortigão, 38/1 andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados. 0
106
do da
A deHo - je
Songbook o Noel Rosa
Quem ri meUtor ... NOELROSA Trechos do livro Noel Rosa, uma biografia, de João Máximo e Car/os Didier: "É na (rádio) Clube do Brasil que, certa noite, Noel atenta para uma morena que canta de olhos fechados um sucesso do ano passado. (... ) É pequena, magra, o rosto mal se podendo ver por trás do imenso microfone RCA colocado a meio palmo de distância. Jovem, 17 anos no máximo, alguém diz que foi trazida por Jacob Bittencourt, o do bandolim. Noel ficou ouvindo a moça em silêncio atrás do vidro do aquário. O número termina; ela sai do estúdio: - Você tem uma voz bonita. (. . .) Mas me diz uma coisa: por que diabos você canta música do repertório de Cannem Miranda? - Ainda não tenho meu repertório. - Vem cá. . .. Vou te ensinar um samba. É novo. Se você quiser, pode lançá-to no próximo programa. (. .. ) Noel escreve a letra de Quem ri melhor numa folha de papel e entrega à moça. (... ) - Como é que você se chama? A moça, tímida, responde: - Elizeth. .. Elizeth Cardoso." Primeira gravação lançada em dezembro de 1936, por Marilia Batista e Noel Rosa, em discos Victor.
Dm
Bbm/Db
Bb/D
A7
F/C
Gm
Bbm
C7/G
Introdução: Bb / / / F / D7 / G7 / C7 / F / /
/ / / C7 / F F" F C#O Dm / / / C7 / / / A7 de um amor profun-do Eu Pobre de quem já sofreu neste mun-do A dor
/ VIVO
/ / Dm / bem sem amar a
IV
/
ninguém D7 por mim
/ G7 / / / C7 / / / F / / / D7 / B~D Bbm/Db C / G7 C7 Ser infeliz é sofrer por alguém Zombo de quem sofre assim Quem me fez chorar hoje chora
/
/ C-y G / / C7 F / / F Bb F / A7 / / Gm / G7 C7 no fim! Felicidade é o vil metal quem dá Honestidade Quem n melhor é quem n
F / / / G7 / C7 / D7 / / / / Dm / / / Bb / / Bbm ruim Pois quem me fez chorar hoje chora por mim ninguém sabe onde está Acaba mal quem é F / / / / / C7 / F li'" F C#O Dm / / / Gm / G7 C7 no fim! (Pobre de quem) Pobre de quem já sofreu neste mun-do A dor Quem fi melhor é quem n
C7 / de um amor profun-do
/
/
/ / A7 / Eu
VIVO
Dm / / a ninguém amar bem sem
/
/
IVc
/ / / C7 / Ser infeliz é sofrer por alguém
/ G7 /
Bbm/Db D7 D7 / B~D / G7C7 chorar hoje chora por num quem sofre aSSIm Quem me fez
/
/
/
/
F
/
Zombo de
F Gm / G7 C7 / / Quem n melhor é quem n no fim! 107
o
Songbook
Bb F
/
C'YG
Sabendo disso
/
/
C7
F
/
eu não quero nr pnmeiro
Noe! Rosa
/
/
A7
/
/
/
Dm/
/
/
Pois o feitiço vira contra o feiticeiro
Bb
Bbm F / / / . G7 / C7 / D7 / / / Gm / G7 C7 F pensando assim Pois quem me fez chorar hoje chora por mim Quem ri melhor é quem ri no fim!
F
e7
1
F
ct
F
~!-~ Po- bre de
FO
sem
a -
F
~~.
Zom - bo
A
dor
108
mar
freu
de
um
a
-
mor
guém
de
quem
pro - fun
Eu
do
e7 ~ ra
-
Ser in- fe - liz
fTe_as - sim
so - frer
é
por
Quem
me
D7
por al-
guém
Fie
mim
fez
cho
Gm
S F=EêE'
Quem
Tar
G7
me - lhor
é
ho - je
e7
~
~
~ ri
vi- vo
e7
ta ~~~~~
so
mun-
A7
G7
a nin-
te
nes
D7
G7
cho
já so -
e7
Dm
bem
quem
Dm
do
~.
/ /
G7
D7
~~.~, F
/ /
Eu vivo bem
quem
ri
no
fim!
Songbook o Noel Rosa
F
F
C7/G
Fe - li
ei do
Sa-ben
-
da dis
é eu
de so
C7
C7/G
o não
vil que
me- tal - ro rir
F
quem pri -
dá
meí-ro Dm
A7
Ho - nes Pois o
ti fei
da ti
nin - guém vi - ra
de
ço
sa eon
G7
ca vi
ba mal vo bem
quem pen
cho eho
-
ru do_as
im - sim
D7
C7
ho- je ho- je
é sao
ra ra
por por
mim mim
be on tra_o fei
-
Pois Pois
quem quem
ri ri
me - lhor me - lhor
é quem é quem
cho - rar cho '- rar
me fez me fez
G7
Gm
Quem Quem
de_es - tá ti - cei-ro
F
B~m
A Eu
-
ri n
C7
no no
fim! f·uno I
F
(Po- bre de quem)
Po - bre de
quem
Copyright by MANGIONE, FILHOS E ClA LIDA. Rua Ramalho Ortigão, 38/1° andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
109
Songbook o Noe! Rosa
Rir NOEL ROSA, FRANCISCO ALVES E CARTOLA A autoria deste samba ficou tão complicada que levou João Máximo e Carlos Didier a darem o seguinte esclarecimento, em seu livro Noel Rosa, uma biografia: "No selo do disco e na partitura impressa, editada por Irmãos Vitale, é atribuída a um certo José Oliveira. Mas o único em Mangueira - e não há . dúvida de que o samba é de lá - que tinha este nome era o Zé Criança, que morreu em 1939 sem jamais ter reivindicado o samba para si. Carlos Cachaça acha que o autor é Zé Com Fome. Femando Pimenta, grande memória do morro, garante que é o Gradim. Mas Harmonia, jornal de modinhas que Noel e Hélio Rosa editaram por curto período em 1932, é bem claro. Publica a letra sobre os seguintes créditos: coro de Agenor (sic) de Oliveira, versos de Francisco Alves e Noel Rosa. Para quem acredita em 'prova de estilo' -participação de Chico à parte - como é possível duvidar de que Rir seja mesmo de Cartola e Noel?" Primeira gravação lançada em 1932, por Francisco Alves e Mário Reis, em discos Odeon.
A
~
~
~
m
~
E
I1IIIII I I NINI I I E7/G#
C#7/E#
B7/F#
Am/C
F#m
Bm/D
E7
Eb7/Bb
E7/B
G#m/B
D7/A
Introdução: A A#o JYB C#7 F#7 B7 E E'Y G# A A#o JYB C#7 F#7 B7 E C#'YE# E
/
/ / / /
/
não se
Ri, /
/
/
/
F#7 /
A
/ / / A#o
quando vê alguém chorar B7 / E / A /
vingar /
/
C#7
F#7 /
/
/
/
/
F#7 / / / B7
/ / B7 /
/
/ /
So----fre, /
/
Am/C
/
/ /
G#nyB
/ / /
Am/C
/
/
C#7
Por quem eu /
/
/
E
/
/
E
/ / /
meu coração sabe dizer
G#m/B /
/
C#7
Por quem eu /
/
/
F#m
/
/
/
tenho chorado Tenho fé em me
JYB
/ B7(#5) /
E
E'YB
Eb'YBb
/
F#m
/ / / /
Ri,
Bm/D / / / E7
D'YA C#'YG#
/
/
não se
/
Ri,
/
/
/
de quem
TI
A
/ / / A#o
quando vê alguém chorar /
/
/
B7 / E/A
tenho chorado Tenho fé em me vingar
JYB E'YB .Eb'YBb
Quando vejo alguém zombar / / / E / Quem zombou pode chorar
B7
Que acompanha uma esperança /
/
B'YF#
/ / / E / / / BnyD / / / E7 Ri, meu coração sabe dizer
Que provoca uma vingança
Deus é justo e verdadeiro
110
/
Às vezes é um sorriso
pade--ce
/ / /
/
/
So----fr e,
Deus é justo e verdadeiro
Outras vezes é o riso
/
/ / B7 /
de quem pade--ce
TI
B7(#5)
C#7/G#
D'YA C#'YG# /
C#7
O mundo
/
/
/
/
Meu juízo se revolta /
F#7 / / / B7
dá muita volta
Songbook o Noel Rosa
B7
E
B7
B71F#
E
voz
Ri,
não
se
B7
ri
de
quem
pa- de
E
So
ce
Ri,
A
A#O
-
aI- guérn
vê
quan-do
cbo - rar
Deus
~
jus
é
to_e
~ ver
-
da - dei
ro
B7
do
Te- nho
fé
em me
vin - gar
~ Por quem
E
_
Às ve Meu ju
- pe - ran zom- bar
te- nho
-
- zes é um - í - zo se
E 7/B
E/B
Que_a-com - pa- nha_u- ma_es Quan - do ve- jo_aI - guém
eu
cho - ra-
A
AmlC
so ta
_
q7
G#mIB
r ij
sa- be di - ·zer
E7
BmID
* r
ção
meu co- ra -
fre,
sor - ri -
re - vol-
Eb7/Bb D 71A
ça _
111
Songbook o Noel Rosa
B7
Cp/G~
Ou - tras O
mun
ve - zes do dá
o ta
é mui
fi
so
vai
ta
Que Quem
I ~ E
vo bou
ca_u - ma po - de
ça
vin - gan cho - rar
I j
'--" Fim
Copyright by MANGIONE, FILHOS E elA LTDA. Rua Ramalho Ortigão, 38/1 andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados. 0
112
~
prozom-
Songbook
o Noel
Rosa
·São coisas nossas NOELROSA Samba inspirado no filme Coisas nossas, produzido por Alberto Byington Ir. e dirigido por Wallace Downey, reunindo o seresteiro paulista Paraguaçu, as cantoras Zezé Lara e Alzirinha Camargo, o ator Procópio Ferreira, o poeta Guiiherme de Almeida; o ventríloquo Batista Ir. (pai de Linda e Dircinha Batista) e outros. Apesar de apresentar uma história desconexa e números artísticos sem muita explicação, obteve grande êxito popular. O hábito de dar às músicas títulos de filmes, mesmo que não haja nada em comum entre eles, é comum na música popular brasileira (Divina dama, Amar foi minha ruína, ele). Primeira gravação lançada em março de 1932, por Noel Rosa, em discos Colúmbia.
F7
C7
Bb
F
III F/Eb
Dm
F/C
D7
D7/F#
Bbm/Db
Bb/D
ce
G/F
Bbm/Db / JYc / e da palhoça do violão
D'YF#
JYA·
/ D7
/ C7
bossas
São
/
/
G7 coisas,
são
Bbm
C7/E
/ G7o/F Coisa nossa, / coisas
/ JYC/ a batucar
JYA / outras bossas
/
D7 / G7 São nossas coisas,
/ / A7 Baleiro, jornaleiro
/ Dm Motorneiro,
BbnyDb / JYC / parece uma carroça
/
D'YF#
B~D Saudade
/ F7 / Bb / C7 / F / Bb DJy Cb JYC D7 G7 C7 F / F nossas!
G7o/F Coisa nossa,
/
/ JYc / JYEb / mata a fome
C'YE / F Bb Bbm / F7 / / coisa nossa O samba, a prontidão e
C7 / F7 / Bb / C7 / F / Bb DJyCb / F são COlsas nossas!
/ A7 /Bb / DJyCb condutor e passageiro Prestamista
D'YF#
JYEb /
C'YE / F Bb Bbm / F7 / / / COlsa nossa O samba, a prontidão e outras
Dm / A7 / Bb / D~Cb / / A7 / Malandro que não bebe Que não come, que não abandona o samba Pois o samba BbnyDb / B~D / JYC/ lá da roça Morena bem bonita
F/A
JYC D7 G7 C7
D~Cb Dm A7 / Bb / / / / A7 / Queria ser pandeiro Pra sentir o dia inteiro A tua mão na minha pele
nossas
A7
G7
tl11III111
Introdução: F7 / Bb / C7 / F / Bb D~
F /
Db/Cb
JYc D7 G7 C7 F /
B~D / JYc / JYEb / e vigarista E o bonde
/ que
/ G7 o/F C'YE / F / F7 / Bb / Bbm / JYA e outras bossas Coisa nossa, muito nossa O samba, a prontidão
/ F7 / Bb / C7 / F / Bb DJy cs JYC D7 G7 C7 F / .I / D7 / G7 / C7 / F Menina que são COIsas nossas! São nossas coisas, 113
Songbook o Noel Rosa
Bb"YDb truque,
rapaz
DY'F#
CY'E
/
F
/
O samba,
ce
%
F7
/ descobre
/
Bb
/ F7 /
/ F7 / Bb / C7 / F / Bb DJ;y / F são coisas nossas!
inlro
Se o paI
sem tostão
muito nossa
Coisa nossa,
BJ;yD
'YEb /
'YC/
/ C7
G7
São nossas COisas,
F!H
com dez filhos,
G7 o/F
/
dá uma coça
/
casado
DJ;yCb
/
/Bb
e no portão
'YC/
/
A7
/
Na esquina
namora
/ D7
Dm
/
A7
Bbm / e outras a prontidão
C7
~
F
Dbid
B~
F/C
D7
G7
F
C7
-
~ Fim
A7
F
ri lan lei ni
- a - dro - I'O, - na
ser pan que não jor - na que na -
ro be ro ra
dei be lei mo
Pra Que Mo Na
sen não tor es
tir co nei qui -
o me, ro, na_e
ro_A ban e
di - a_ll - tei a que não con - du - tor no por - tão
ra
FIE~
~*~I *ªY#i@ na ba ro do
mi - nha Pois o Pres - ta Com dez
pe sam mis fi
le_a ba ta_e lhos
ba - tu ma - ta_a vi - ga sem tos
car fo ris tão
F/C
B~ID
~ê~§, 114
tu - a mão do - na_o sam pas - sa gei paz ca - sa
F/C
~~,~~~.
-
' QueMaBaMe-
A7
Dm
D~/d
da re bon pai
'YA bossas
'Y C D7 G7 C7 F /
B~
ele do na bem de que des- co -
Sau Mo E_o Se_o
me ta
D71F#
*1~Y~1~ vio bo pa bre_o
lão ni re tru
e da ta lá ce_u-ma que, dá_u
-
pa - lho da ro car - ro ma co
ça ça ça ça
Coi Coi Coi Coi
-
sa sa sa sa
o
nosnosnosnos-
Songbook o Noel Rosa
G7
C7/E
GIF
F
Cai - sa Cai - sa Mui - to Mui - to
sa sa sa sa
nos nos nos nos
-
F7
e
ou - tras
São
pron - ti-
a
ba,
sam
G7
D7
sas
nos
-
sas
cai
sas
F
C7
instrumental
tfEt· ~~. São
o
sa sa sa sa
FIA
dão
B~
cai
-
sas
~y nos
wgI~
sasl
Copyright by MANGIONE, FILHOS E elA LIDA. Rua Ramalho Ortigão, 38/10 andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
115
Songbook o Noel Rosa
Só pra contrariar NOEL ROSA E MANUEL FERRElRA
o parceiro de Noel neste samba, Manuel Ferreira, era um daqueles compositores das nascentes escolas de samba que encontravam em Noel Rosa uma grande oportunidade de se aproximarem do mundo profissional da música popular. O compositor de Vila Isabel contribuía com os seus conhecimentos e, principalmente, com o seu talento, escrevendo a segunda parte das músicas desses sambistas. Manuel Ferreira manteve-se sempre ligado às escolas de samba, tendo sido um dos ilustres integrantes da ala de compositores da Império Serrano. Primeira gravação lançada em 1931, por Almirante e o Bando de Tangarás, em discos Parlophon.
86
F#7
G#7
I
B6 I I I I I I Ii O prazer que tu sentes é quando Estás me contrariando
I I
I I I I I I B6 choras sem sentir Só por contradição
I I
IIII
I
Ii
I II
I
I
I
II I I
F#7 razão
Sem
I
I
I I
I I I G#7 I I I C#m Tudo tem de ter seu fim Não existe eternidade
I II
I
F#7 É
I
I
I I
I I
I I
I F#7 I Não pos-so
I I
I
I I
Enquanto estou a sornr
I
I
I I
I I
Estás me contrariando
III
F#7 Andando
I
I
Sem
I I II
I
I I
F#7 razão
I I B6 I G#7 I C#7 melhor viver sozinho Sem dinheiro sem carinho
I I I I I I B6 Tu choras sem sentir Só por contradição
F#7 razão
I
Sem
Tu
I I B6 mais sofrer assim
F#7 I I B6 I F#7 I B6 I I I I I I I I Com sossego e liberdade (Ai, o prazer) E o prazer que tu sentes é quando Estás me contrariando
II I I
I I
Enquanto estou a sornr
O prazer que tu sentes é quando Estás me contrariando
I I I I I I B6 Tu choras sem sentir Só por contradição
Ii
Enquanto estou a sornr
C#7
C#m
I I
Enquanto estou a sornr
I I I
I
I I I Sem
I
I I
F#7 razão
I
O prazer que tu sentes é quando
I I I I I I B6 Tu choras sem sentir Só por contradição
I I B6 I I I G#7 I I I C#m em tua companhia Já peguei essa mama Das vinganças imprudentes
I I I
F#7 E
I
I
I
quando o Jejum
B6 I G#7 I C#7 I F#7 I B6 I F#7 I B6 I I I I I me come Pra contrariar a fome Fico mastigando os dentes (E o prazer) E o prazer que tu sentes é quando Estás
I
I I
me contrariando
I
I
I I Sem
I I
I
F#7 razão
I
I
I I II
I
I.
I I
prazer que tu sentes é quando Estás me contrariando
I
II
IIB611
sem sentir Só por contradição
116
I I
I I
Enquanto estou a sornr
I I Sem
I
I I I I I I B6 Tu choras sem sentir Só por contradição
F#7 razão
I I II
I
I I
I I
Enquanto estou a sornr
III O
I Tu choras
Songbook o Noel Rosa
o
pra - zer
sen - tes
que tu
ra - zão
Sem
Es- tás
quan - do
é
En - quan- to_es
-
me con- tra - ri - an
tou
a
-
do
sor - rir
Tu
I
cho- ras
sen - tir
sem
con
S6 por
-
tra
-
*
di - ção
~J~2
I
*
o
pra - zer
86
86
~~. Fim Não An
a
pos dan-do
Não e Das vin -
nbo me
Sem Pra
so em
mais so - frer tu - a com
xis- te_e- ter - ni - da gan - ças im - pru- den
di - nhei - ro_e sem con - Ira ri - ar
as - sim - pa - nhi
-
a
de tes
ca - ri a fo-
Tu - do Já pe
É
E
nbo me
Ao
tem - guei
de
me - lhor quan - do_o
ter
es- sa
seu fim ma - Il l
vi- ver je- jum .
Com sos - se - go_e li Fi - co mas - ti - gan
-
>
so - zime co-
ber - dado_os den-
%
2 vezes e Fim o (E_o
pra - zer) pra - zer)
E E
o o
pra - zer pra - zer
Copyright by MANGIONE, FILHOS E elA LTDA. Rua Ramalho Ortigão, 38/1° andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
117
Songbook
o
Noel Rosa
Samba da boa vontade NOEL ROSA E JOÃO DE BARRO Uma letra noelesca de 1931, mas de extrema atualidade. É uma resposta às convocações do Governo Provisório de Getúlio Vargas para que o povo mantivesse o otimismo, mesmo enfrentando sérias dificuldades. "É melhor apertar agora para que a fartura venha depois", diziam os governantes, numa cantilena muito conhecida dos brasileiros de todas as épocas. Quando Noel Rosa escreveu "Que iremos à Europa/Num aterro de café", referia-se à decisão governamental de queimar ou jogar no mar três milhões de sacas de café, a fim de valorizar o preço do produto. Primeira gravação lançada em 1931, por Noel Rosa e João de Barro com o Bando de Tangarás, em discos Parlophon. -.
BO
F#O
A7
/
C7 Mesmo
da
/
/ Passando / / avareza 118
/
E7/B
F#o o teu
sempre
G7/ / sorn-so
FO / F / / / C7 de are-Ia Viver alegre
/
/
~A
/
/
/
/
E/'B
/ C/'G
F
/
Conserva
Gm pinimba
/
/ Sempre
/ / no carinho
/
/
~A
/
A7/C#
C7 alegre
C/'G
Bb"YDb Não
Dm
/
/
G7/ / / C7 sorn-so Mesmo
/
/
/
F / Conserva
/ sempre
/ admito
/
I
/ solução
/
~C/
F preciso
O
F#o G7/ / / teu sorri-so
/ / ~C se ele acaso não voltar
C7 sei dar!)
C7 / F / Viver alegre
/ hoje é
/ / / / / / Gm que a vida esteja feia E que vivas na pinimba
Dm / / / Não se deve ser mesquinho
ninharia
é
/ / Gm VIvas na pinimba
feia E que
/ Gm / / / Bbm/Db Que ele volta à tua mão E,
/
o teu
/
a vida esteja
/ hoje
C7 FO / F / A7 / / / a pirão de are-ia Gastei o teu dinheiro
Passando
F" / F / A7 / / de are--ia Neste Brasil tão grande
Gm perde
/ que
hás de passar (Nesta questão F#o
/ sempre
/
F / hoje é precIso
A/,C#
/
E o recibo
C7 Mesmo
/
D7 / / Porque tenho a certeza
com sorriso
C7 / pirão a
/ / Viver
que a vida esteja feia E que vivas na
D7 Eu te pago
F preciso
C7/G
F/C
BO / / / F / D7 / G7 / C7 / F C7 F /
/
/ Dm / / Mas não tive compaixão
/
Bl:>Ol/Ob
0111
Boa- Vontade!)
F / Conserva
C7 / pirão a
/
/
/
C/'G
Passando
F/A
F7
C7
BO / / / F / D7 / G7 / C7 / F7
(Campanha ~A
G7
GOl
Introdução:
/
07
F
D7 Pois qualquer
/
/ Pois quem E/'B
economia
D7 ganha
/
A/,C#
Acaba
sempre
na
em
o
Songbook
/
Dm
/
porcaria
/
G7 / / / C7
sorri-so /
/
C7
/
Mesmo /
/
/
/
/
Dm
~C
/
/
/
/
jurou, batendo o pé /
F
/
Gm
C7
/
/
/
/
D7
D7
/
~ A Cy- G F
/
Gm
/
/
/
/
~ A Cy- G F
C7
a
/
pirão
/
de
/
/
EY-B
/
/
Ay-C#
Num aterro
/
C7
/ F' / F / A7 pirão de are--ia Comparo
Gm
F#o
/
FO / F
are-Ia
Dm
/
de café
/
/
/ BO / / /
/
/
/
Mesmo
F / D7 / G7
/
C7
/
/
O
BbnyDb / E que
/
/ F /
(Nisto, eu sempre tive fél)
G7 / / / C7
F#o
Conserva sempre o teu
/
Conserva sempre o teu sorri-so
Passando
F
Que anda sem vintém Mas tem a mãe que é milionária
Que iremos à Europa
hoje é preciso pinimba
/
Viver alegre hoje é preciso
que a vida esteja feia E que vivas na pinimba Passando a
meu Brasil A uma criança perdulária /
/F
(Minha barriga não está vazial)
Noel Rosa
C7
Viver alegre /
/
/
que a vida esteja feia E que vivas na / C7 / F7 / / /
BO / / /
F / D7 /
G7 / C7 / D7
C7
G7
Falado: (Carn- pa- nha
da
D7
Bo-a
-
G7
Von-ta-de)
C7
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C7
F
1
~~·-Fim* C7
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~~~~. Vi- ver
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Con - ser -
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119
o Noel Rosa
Songbook
Gm
vi - da_es
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Songbook o Noel Rosa
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2 vezesAo% direto à casa 2 II intro e Fim
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Copyright by MANGIONE, FlLHOS E ClA LIDA. Rua Ramalho Ortigão, 38/1? andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
121
Songbooko
oel Rosa
Tarzan (O filho do alfaiate) VADlCO
E NOEL ROSA
Quem viu Alô Alô Carnaval há de ter percebido que o cantor Francisco Alves canta o tempo inteiro com a barriga encolhida e o peito estufado, tentando insinuar um físico de halterofilista. É que, na época, a beleza masculina inspirava-se na estética de Tarzan, o que significava manifestação de saúde, uma espécie de anti-tuberculose. Contribuindo para tudo isso, a moda masculina criava os paletós com ombreiras e um corte que acentuava os peitos largos e as cinturas finas. É claro que Noel Rosa não poderia ficar indiferente a tudo isso e registrou a moda em Tarzan (o filho do alfaiate), também incluído no filme Cidade mulher, onde foi interpretado pelo comediante José Vieira. Primeira gravação lançada em setembro de 1936, por Almirante, em discos Victor.
F
Ab
c/G
Dm
A7
G7
C
ENEIIIII I111IIII Fm/C
G/B
Gm6/Bb
C#O
E7
F7
F/Eb
Am
D7
Bb
Gm
F#O
C7
Fie
Db
11I1I I IIJlIl I I Introdução:
Quem
sempre
F / Ab /
YG
C o/B foi que disse que / Am foi o travesseiro
/ A7 / Dm / G7 / C FrryC
GmYBb
D7 / disse, me vendo
o/B não entendo Am formiga 122
GmYBb abacate
/ Não há homem
Dm esporte
C
G7 em conheço
E7 O meu parceiro
/
futebol ...
/ D7 / G7 / C o/B GmYBb E eu passo um ano inteiro Sem ver um rala de sol A minha força bruta reside C de sofrer
/
C#O G7 C7 C pesa e faz doer Eu poso pros fotógrafos
argentino
A7 unca pratiquei
eu era forte?
A7 Dm G7 um clássico cabide Já cansado
/
C G7
Gm em Copacabana:
E7 Minha armadura
/ E distribuo
/ é de casimira
Dm autógrafos
/ A todas
'YC Db "No hay fuerza sobre-humana
A7 Pois o meu grande
Dm G7 alfaiate Não faz roupa
D7 / que consiga Nos meus músculos
F#o Am YG dura Que me dá musculatura '/'Eb as pequenas
F7 lá da praia
C7 Que detenga
F este Tarzan!"
C pra brigar
C G7 / pegar Cheguei
/
E7 Sou incapaz
o/B até a ser
Mas que
Bb de manhã G7
Em
Um
C De lutas
/ de machucar
GmYBb contratado
uma
A7 Pra subir em
Songbook
o
Noel Rosa
Dm G7 C / E7 / Aro F#o YG um tablado Pra vencer um campeão Mas a empresa, pra evitar assassinato Rasgou logo o meu contrato Quando G7 me
VIU
C C7 C#O / Dm sem roupão Eu poso pros fotógrafos E distribuo autógrafos
A
/ 'YEb F7 Bb todas as pequenas lá da praia de manhã Um
D7 Gm Db 'YC C7 F G7 C / argentino disse, me vendo em Copacabana: "No hay fuerza sobre-humana Que detenga este Tarzan!" Quem foi
/
Gmo/Bb o/B A7 Dm G7 C que disse que eu era forte? Nunca pratiquei esporte Nem conheço futebol ...
/
E7
/
O meu parceiro sempre foi o
Aro / D7 / G7 / C o/B Gm.,rBb A7 travesseiro E eu passo um ano inteiro Sem ver um raio de sol A minha força bruta reside Em um clássico E7 / Aro F#o Dm G7 C / YG G7 cabide Já cansado de sofrer Minha armadura é de casimira dura Que me dá musculatura Mas que pesa e faz C
doer
F
Dm
G7
c
FrnlC
c
G7
Quem
foi
123
Songbook o Noel Rosa
GIB
Gm61B~
A7
r dis - se for - ça não en té a
que -nba -tas a
Dm
que_eu bru ten ser
for e - ra re - si ta do_a - ba - ca con - tra - ta
te? de te do
-
Nun Em Pois Pra
e
G7
~ ca um
o su
pra clãs meu - bir
-
ti si granem
es ca fai ta
quei co de_ai um
-
E7
',' Nem Já Não Pra
por - te bi - de a - te bla - do
co - nhe - ço can - sa - do faz rou - pa ven - cer um
fu - te de 50 pra bri cam - pe
boI... frer gar ão
O Mi Sou Mas
meu par nba_ar - ma in - ca a em
- ceí - ro sem - pre. - du - ra é de - paz de ma - chu - pre - sa, pra_e - vi -
foi o ca - si car u tar as -
tra - ves mi - ra ma forsas - si -
7
1 sei
-
ro
E
eu
pas - so_um
JLj_____ mi
-
ga
Não
há
ho - mem
a - no_in que
tei
con-
ro
Sem
ver
um
si - ga
Nos
meus
ra - ia
de
sol
mús- eu - Ias
pe
- gar
ctc
Fr
A
mi-
Che - guei
G7
~ du
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me
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10
ci
e
Fim er
Que
Eu po - so
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-
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meu
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tra
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ra
Mas
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Quan
que do
me
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Dm
tó - gra - fos
E
dis - tri - bu - o_au
- tó - gra - fos
to- das as
A
pc-
pão
FlEb
Bb
F7
D7
~ que - nas
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Db
Gm
ba - na:
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Um
ar- gen - ti - no
me
e7
Fie
so- bre_bu - ma - na
dis - se,
Que
de - ten - ga_es - te
ven- do_em Co - pa - ca F
Tar -
G7
De
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Quem
Copyright by MANGIONE, PILHOS E elA LIDA. Rua Ramalho Ortigão, 38/1° andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
124
lufoi
Songbook o Noel Rosa
Tipo zero NOELROSA Samba feito por Noel Rosa para uma espécie de opereta que escreveu com o maestro Amold Gluckmann, chamada A noiva do condutor,para ser cantado pelo personagem Doutor Henrique, logo depois de uma fala assim: "Isso de palestra é jogo para São Paulo ... ! Você é um tipo que está em parte alguma! Você é capaz de trair um amigo por causa de 200 réis e de matar uma família inteira por causa de uma média com pão e manteiga. Você é um tipo que não existe nem nas tipografias. Você é um tipo que não tem tipo. É um tipo desclassificado. O seu nome deveria ser 'Tipo Zero'." No título da música, uma maliciosa brincadeira de Noel, repetindo as molecagens da garotada que utilizavam palavras de duplo sentido para se desmoralizarem uns aos outros. Tipo zero tem um som semelhante a "Te puseram". Primeira gravação lançada em 1954, por Marília Batista, em discos Musidisc.
p
c
G7
A7
C7
Dm
tllllll I VI ~I 1lI1 I I I IIII I II I I D7
C/E
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8/D#
C#o
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D7/P#
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~
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Introdução: F G7 C A7 Dm G7 C C7 F G7 C A7 D7 G7
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S/E S/E/ 'YD# tem tipo Você é um tipo que não
Am/ tipo
/
C#o Dm C Com todo tipo você se parece
E7
/
/
E sendo um tipo que assimila tanto
,.--,
D'/'F# G7 S/E 'YD# D7 G7 / / / um tipo que não tem Passou a ser um tipo que ninguém esquece (Tipo Zero não tem tipo) Você é
C#o S/E/ Dm C parece tipo Com todo tipo você se Fmo/Ab G7
ninguém esquece Dm observado
/
/
Am E7 / E sendo um tipo que assimila tanto tipo
/
D7 / Passou a ser um tipo que
F F7 G7 C C7 / E7 Quando você penetra no salão E se mistura com a multidão
/
A7 / Esse seu tipo é logo
F#o S/G A7 D7 F 87 Em / / E o seu tipo não se classifica E você passa a ser um tipo E admirado todo mundo fica
G7 C desclassifi-cado
/
125
Songbook o
oel Rosa
TIPO ZERO
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G7
A7
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G7
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G7
2 Fm6/Ab
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Quan - do vo - cê pe - ne- tra
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I~J~_ Es - se
126
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Songbook o Noel Rosa
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G7
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ti - po não se elas - si - fi
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Copyright by MANGIO E, FILHOS E CLALIDA. Rua Ramalho Ortigão, 38/1" andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
127
Songbook
o
Noel Rosa
Você, por exemplo NOELROSA Marchinha carnavalesca para o carnaval de 1934, ano em que os foliões manifestaram a sua preferência por outra música de Noel Rosa, o samba O orvalho vem caindo. As duas músicas foram gravadas por Almirante. O carnaval de 1934, por sinal, produziu várias músicas que nunca deixaram de ser cantadas, como O correio já chegou (Ary Barroso), Se a lua contasse (Custódio Mesquita), Ride palhaço (Lamartine Babo) e Linda lourinha (João de Barro). O maior sucesso, porém, foi Agora é cinza (Bide e Armando Marçal). . Primeira gravação lançada em janeiro de 1934, por Almirante, em discos Victor.
A
B7
E
F#m
B7/F#
IIII B7 E Há muita gente
/ / que apesar
F#m / com atraso
/ vai sempre
/
/E exemplo!
C#'Y'E#
G#7 Que
E grande!
/E
A E /
/
/E / Você, por exemplo
B'Y'F#
B7 Há
/
E B7 Quanto barbado
/ Não
anda
/B7 / Você, por .exemplo
/ / / F#m que Jejua mais que o Gandhi / santas
B7 / / / E voz grossa feito solo de trombone /
/ B7 / / Passa por nós, dá esbarrão
/ E / / no mun-do
/ /
/
/E exemplo
/
/ / / Você,
A / C#'Y' G# / F#m tem-pio Santas 128
/
G#7 Que
/ C#7 Pega automóvel,
/E / Não tem coração!
/
B'Y'F#
/ /B7 Você, por exem pio
B7 E Quanta menina
/ / / F#m vai parar não sei aonde
/ santas
/ E / / / G#7 no mun-do Que
/ /
C#'Y'E#
/ / / de olhar
/E
/ / vivem fora
/
/ / / E / / /B7 / / /E de olhar bem profundo Você, por exemplo Você, por exemplo
/ Uma
/ Você, por
/ A / C#'Y' G# / do tem-pio
B7
/ E / no mun-do
bem
/ /
/
E
/
Há muita gente
santas
/
Não tem barba
F#m / C#7 / / / E muita gente vive bem sem um pulmão
A E / B7 / Há muitas
O
/
F#m Santas
/
E alfaiate
/
Você, por exemplo
B'Y'F#
/
/
santas no
/ / / F#m por ouvir no telefone /
/ mas
/ B7 / / por exemplo Você, por
/ A / C#'Y' G# / do tem-pio
/ / vivem fora
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B7 / / de casa e deixa mudo
Muda
/E
/
E A E caso!
/
/ /
Você, por exemplo
B7 / / / E / Pois tem cabeça, mas já teve meningite /B7 por exemplo
/
/
Está neste
F#m / / /E / / /B7 / / /E Santas de olhar bem profundo Você, por exemplo Você, por exemplo F#m / dar palpite
/ E / / / C#7 e não nos vê Anda depressa,
/E / / / / de olhar bem profundo Você,
/
/
C#'Y'E#
A E / B7 / Há muitas
/ E de bonde!
/
/ / / F#m que não paga engraxate
/ /B7 / / /E Você, por exemplo Você, por exemplo
profundo
/B7 exemplo
/ /
/
/ muitas
C#7/E#
C#7/G#
B'Y'F#
/ C#'Y'G# / F#m A fora do tem-pio Santas
vivem
/ C#7 Quanto barbado
/ F#m do pincenê
/
/
E / / mun-do
/ /
/
G#7
fll ~III
A / / / E / / / B7 / / / E /
Introdução:
C#7
/ /
G#7 Que
/
que só sabe
/
/ Você, por
/
/
/
vivem fora do
Songbook
A
o Noel Rosa
E
B7
E
* ~
E
B7
B71F# voz
~ªY~p~ Há
mui
gen - te ba - do ni - na gen - te
ta
-
sar do pin - ce - nê pa- ga en - gra - xa- te vir no te - le - fo- ne sa - be dar pai - pi - te
que_a - pe que por que
não ou só
B7
Pas - sa Mu - da U - ma Pois tem
E
nós, dá ca - sa_e gros - sa be - ça,
es dei fei mas
bar xa to já
-
rão e mu - do_o so - 10 te - ve
não nos ai - fai trom de me - nin
-
q7
vê a - te bo- ne
A
E
-
pres ba mó gen
- sa - do - vel - te
E
tra - so Gan-dhi ou- de mão
a que_o a pul
com mais sei um
An - da de Quan - to bar Pe - ga_au - to E mui - ta
gi- te
F#m
sem - pre ju - a rar não bem sem
Vo Vo Vo Vo
- cê, por - cê, por - cê, por - cê, por
E
por de voz ca -
e-xem e-xem e-xem e-xem
mas que vai vi -
vai je pa ve
B7
pio pio pio pio
Vo Vo Vo Vo
-
B7
cê, cê, cê cê,
por por por por
e-xem e-xem e-xem e-xem
E
pio pio pio pio
EsNão Não Não
vi- vem
fo -
G#7
~~tã nes - te ca tem bar - ba gran an - da de bon tem co - ra - cão
sol de! de!
Há mui - tas
q7/G#
A
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tem
B7
tas no
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F#m
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San - tas
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-
bem
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B 71F# B 7
~~.~ cê, por
e - xem- pio Vo - cê, por
e -
xem - pIo Quan - to Quan - ta
barme-
Há mui- ta Copyright by MANGIO E, FILHOS E eIA LIDA. Rua Ramalho Ortigão, 38/10 andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
129
o
Songbook
Noel Rosa
Você só ...mente NOELROSA
o autor da melodia, Hélio Rosa, irmão de Noel, foi violonista de boa reputação, mas música. Segundo João Máximo e Cartas Didier, os dois irmãos fizeram juntos apenas uma outra, intitulada Qual a razão?, que se perdeu. Quanto à melodia de Você só... Didier recomendam que se ouça "a gravação original da orquestra americana de Paul Nobody's Sweetheart e logo ficará sabendo em que Hélio se inspirou". Primeira gravação lançada em agosto de 1933, por Francisco Alves e Aurora Miranda,
D
E7
B7
A7
não se dedicou à esta música e mente, João e Whiteman para em discos Odeon.
C7
Bb7
I I I Iml I I 1"1 I l1 Il I Em7
A7(#5)
Am6jC
D7
G
Gm
m
Introdução:
D I Não espero
I
I
D
B7
E7
I
I
A7
I Amo/C mais vo)-----cê
=: I
pro/mes/sas
I
I
A7
1_.
I
B7
A7(#5)
I
D C7 B7 Bb7 Em7
I II I
A7(#5)
I I II
)
I Ii
I
O que sei somente
I
I I
sei por que
I II I
I
I
Amo/C
involuntaria A7 I A7(#5) men-te C7 B7 final-mente, 130
I
Ii
I
B7 Em
I
um
B7 I men-te D7
II
I
de
I I I I
D de você
I
I I I I
D7
E7 I Inocentes
I
I
alti-vo
I
II
I I
I
E7 Você
I
I
Ii
quando
I I I I esque-ce
I I I I I I
I
fala,
I
I I
É que você é um
!
I I
Eu gosto imensamente
I I
A7 I I de você
D C7 B7 Mas final-mente,
I I I
E7 Das
B7 I É porque
e banais
I I I
I I Amo/C B7 D E invariavel--men-te
I
E7 não
E7 I I Sem ter o menor
A7 I A7(#5) men-te
I
D Mesmo
B7 I I I II I J E7 I I I Pois sua maior mentira É dizer à gente Que você não
/ I I I
É que você é um en-te
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I
O que sei somente
A7(#5)
I II I
E7 I I I I I Faço cara de conten-te
O que sei somente E7 I I não sei por que
A7
voz
A7(#5)
B7 I I Creio que você se
G I I I Gm I Que mente inconsciente-men-te
IIII
I
tom
I I
D C7 B7 I E7 I I Mas final-mente, não sei por que
É que você é um en-te
D I Gmo/Bb Eu gosto imensamente
moti-vo
I
II
J
ID71
I
D I I Amo/C B7 E depois vem dar des--cul-pas
G / I I I Gm I Que mek inconsciente-men-te
en-te
m
E7 I I II I Pois você não apare-ce
I E7 I I I A7 I você bem sabe Que em você desculpo Muita coisa maIS...
Gm6jBb
A7 D de você
G Que mente
I I I Gm I inconsciente-men-te
I I
D Mas
Songbook o Noel Rosa
,_. D
E7
87
A7
D
C7
Em7
87
A 7(#5)
inlro
~
Am6/C
D
E7
87
~~~~.* Não E
es - pe - ro mais vo in - va - ri - a - vel
eê
E7
87
·~ Crei - o : que
Em
um tom
•
-
~
vo - ee se_es - que de voz. aI ti
D
~~
vo - cê não a - pa ter o me - nor mo
Pois Sem
te
men
-
Am6/C
~s pro - mes - sas Vo - cê quan - do
-
f
que me fa - Ia
az men
A7(#5)
~~E
- te
Mes-
E7
87
eul men
de - pois vem dar des mo_in - vo - lun - ta - ria
A7
D
ee vo
re - ee ti - vo
pas te
I - no - eeu- tes e
ba - nais Fa - ço ea - ra de eon - ten
te
.*~-É Pois
E7
87
$or - que tu - a
bem men
-
o
que
sa ti
-
be ra
Que em vo - cê des - eul - po É di - zer a - gen - te
Mui - ta eoi - sa Que vo - eê não
D7
A7
mais ... meu
vo - cê mai - or
sei
so
men
- te
en -
te
131
Songbook o Noel Rosa
G
Que
te
11 1\
meu - te_in- coos- ci - eo - te- meu
E7
B7
fi - nal - meu
te
A7
• Não
-';-' sei
.'
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-';-'
por
que
Eu
2 E7
•
-';-'
•
-';-'
. -
te
Gm6IBb
D
--
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'
gos - to_i - meu - sa - meu
de
vo - cê
D
A7
~
~
Não
sei
por - que
Eu
Copyright Rua Ramalho
132
Mas
te
C7
~
~
I
D
Gm
Ortigão,
Ao-)5
gos - to_i - meu - sa - meu
by MA
GIO
'E, FILHOS
A 7(#5)
te
de
vo - cê
E CIA LTDA.
38/10 andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos
reservados.
Songbook o Noel Rosa
Voltaste NOELROSA
o botequim, o guarda noturno, o açougueiro e o prestamista são os personagens deste esplêndido samba-crônica em que, mais uma vez, Noel Rosa descreve o Rio de Janeiro. Desta vez, o Rio de Janeiro visto apenas pelos bairros onde vive a população pobre, o subúrbio, "ambiente de completa liberdade". Voltaste é uma daquelas jóias de Noel Rosa que permaneceram inéditas, inexplicavelmente, por tantos anos. Editada em 1934, só foi gravada em 1955. Primeira gravação lançada em 1955, por Araci de Almeida, em discos Continental. ~ Dm7
c
G7
Am7
Bb7
A7
Fm6
IIIIIII I 'VI I I I I I I I "I IJ I "I C/G
D7(9)
B7
E7(b5)
F7
E7
Eb7(b5)
,...-,
Am
Am(7M)
Em7
Fm
A7/C#
C6
r-----o
Dm7 G7 Dm7 G7 novamente Voltas--te
Dm7 G7 Dm7 G7 Dm7 / pro subúr-bio Vai haver muito distúr-bio
G7
/
C
Vai fechar o botequim
r--o YG Am7 D7(9) / Am7 Dm7 G7 Bp7 A7 / / / Dm7 / Fm6 G7 / Vol-taste e o despeito te acompa-nha E te guia na campa--nha Que tu fazes contra mim r---l '--I Dm7 G7 Dm7 G7 Dm7 G7 Dm7 G7 / G7 C Dm7/ / / / / O guar-da que apitava ressonan-do Anda alerta envergan-do O seu capote de lã
,....--,
Am7 Dm7 G7 Bp7 A7 / / / Dm7/ Fm6 / YG Am7 D7(9) G7 C6 F7 E7 / Vol-taste para fabricar defun-to Para fornecer assun-to Aos diários da manhã Am Am(7M) Voltas-te AyC#/ vis
Am7
/ novamente .sem
87 / dinheiro
Que
não
A7 tem
/
/ golpe
de
C6 / o prestamista
r---i
Dm7 G7 Dm7 G7 Drn7 G7 Dm7 G7 Drn7/ pra mostrar ao nosso po--vo Que não há nada de no-vo Voltas-o-te
.---,
Am7 Drn7 G7 Bp7 A7 / Vol-taste cidade C
o
Ep7(PS) / açouguei--ro
Drn7 / Em7 A7 G7 Frn / C / Drn7/ / / Voltas-te com um cão muito valente Que só tiras da corren-te Quando chega ta r---l
G7 /
E7(PS) / Tapean--do
/ demonstrando
/ Dm7 / claramen-te
G7
/ Lá no centro da
D7(9) Fm6 / Y G Am7 Que o subúrbio é ambien--te De completa 133
Songbook o NoáRosa
r--l
r--J
G7 Drn7 G7 Drn7 G7 Drn7 / G7 Drn7 G7 Drn7 / G7 / / / mas falhou o teu proje-to Não te dou mais meu afe-to Quando eu Voltas-te, liberda-de
rr
/ Y'G Am7 D7(9) / C Am7 Drn7 G7 Bb7 A7 / / / Drn7 / Frn6 É viver Que a tua liberda--de quero eu sou ruim Vol-taste confessando sem vaida-de Am Am(7l\1) Am7 Eb7(bS) / E7(bS) / B7 / G7 C6 F7 E7 / / o açouguei-c=-ro Que novamente sem dinheiro Tapean--do Voltas-te bem preso a mun AyC#/ A7 / não tem golpe de vis
Drn7 ta
Em7 A7 C / Dm7/ G7 / Frn / / / tiras da Quando Que corren-te chega valente com um muito só Voltas-te cão
/
C6 / o teu prestamista
%
G7
Dm7
Dm7
Dm7
G7
G7
Drn7
I~~i~1~J ~W· VaI
-
te -
tas
ler há dou
Dm7
-
muito en ta nada o meu
G7
dis - túr ver- gan de no a - fe
Bb7
VaI tas VaI - tas VaI - tas VaI - tas
-
pro res nos teu
su - búr so - nan so po pro - je
-
C
Vai
O
A7
Dm7
te
e_o
te te te
pa
des - pei ra fa de - mons - tran con - fes - san
te gui - a na cam E Pa - ra for - ne - cer asQue_o su - búr- bio_é am - bi tu - a li - berQue a
Am7
o bo - te - quim fe - char ca - po - te de lã seu cen - tro da ci - da - de Lá no Quan - do_eu que - ro_eu sou ru - im
bio do vo to
to te3 bri - car do ela do sem
A m7
-
com - pa de - fun ra - men vai - da
D7(9)
nha to te de
G7
I~!~~ 134
Vai An Que Não
bio do vo to
G7
11 C/G
Fm6
te va ao o
va - men pi ta mos trar fa - lhou
Dm7
G7
ver
no que_a pra Mas
pa
-
nha
Que
en
-
te
De
tu
zes con - tra mim
fa -
com - pie
-
ta
li
- ber- da
- de
Songbook o Noel Rosa
o
guarsun
Vol -
to
-
de_b
da
Am(7M)
Am
tas
-
di_á - rios da
Aos
ma
vi -
Am7
te
ver
bempre
mim
- so_a
E7(~5)
B7
no- va- men - te sem
di - nhei
ro
A7
A
Ta
-
pe -
7te"
ro
Que
não
tem
gol
-
pe
de
vis
e
cão
mui- to
va - len
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j9~'
ti- ras
s6
da
;g o
pres
a - çou-
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com
um
Dm7
cor - ren
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quan- do
G7
~. ta - mis
o
~
Vol - tas
A7
e6
G7
che - ga
Que
do
Frn
ta
Em7
-
an
Dm7
~ guei
Vol-
nhã
-
tas-
*
I
*
Fim
y J Vol
B~o~ tas -
ta
Copyrighr by MANGIONE, FILHOS E eIA LTDA. Rua Ramalho Ortigão, 38/1° andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
135
A série de canções a seguir registra as harmonias originais das músicas do Songbook Noel Rosa em disco (álbum duplo), compact disc e cassete (duas fitas) com o selo da Lumiar, produzidos por Almir Chediak:. Vários artistas da música popular brasileira interpretam as canções.
• • • • •
•
Cem mil réis Harmonia: Intérpretes:
Luís Cláudio Ramos Chico Buarque e Luisa Buarque
Com que roupa? Harmonia: Gilberto Gil Intérprete: Gilberto Gil Conversa de botequim Harmonia: Almir Chediak: Intérprete: João Nogueira Cor de cinza Harmonia: Jards Macalé Intérprete: Jards Macalé Feitio de oração Harmonia: Neco Intérpretes: João Nogueira e Luiz Melodia Meu barracão Harmonia: Caetano Veloso Intérprete: Caetano Veloso
• •
• • •
O 'x' do problema Harmonia: Carlos Lyra Intérpretes: Carlos Lyra e Luiz Melodia Palpite infeliz Harmonia: Maestro Severino Filho Intérprete: Os Cariocas Pela décima vez Harmonia: Jaime Alem Intérprete: Maria Bethânia Pra que mentir? Harmonia: Cassiano Intérprete: Cassiano Tarzan (o filho do alfaiate) Harmonia: Djavan Intérpretes: Djavan
Obs.: 1) Por motivo de força maior, as harmonias das músicas Feitiço da Vi/a e Pra esquecer, em sua versão original para o disco Songbook Noel, não serão aqui apresentadas. Sendo assim, foram feitas novas harrnonizações pelo violonista e editor Almir Chediak. Esperamos que numa próxima edição a versão original possa ser impressa. 2) A publicação de todas as harmonias (em acordes cifrados) foi graciosamente autores das mesmas.
autorizada pelos respectivos
o
Songbook
Noel Rosa
Cem mil réis VADICO E NOEL ROSA
I IVfI IVI I I I I ti ttD I 1VI I ttI I mm I {liI I Ir IV!I A7M
G#7(b13)
C#m7(bS)
F#7(b13)
F#7
Bm7
E7
A6
F#7(. h)
Introdução:
I
G#o
me
pediu
I
um
I
I
I
pra
cachorro
comprar
I
I
gato
lá
Tamborim
pra
Já
F#m7
morro
réis
um
gato
é
I lá
G#<>
F#m7
A7M(9)/E
Bm7(9)/F#
E7(~ ~)
G#7(~ h)
morro
I
pra
metro
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E7 de
um
A6 caro
organdi
I
I
A6
Bm7
I Ii assim
sensato
Você
Você
II
I
A7M
I
G#0
me pediu
anda
I cem
I
I E
cachorro
pra
I Bm7(9)/ F# I
I F#7(b13)
I Bm
pedido
atendi
I
G#0 pediu
I barato F#m7
mil
cem mil
I
me
I
E7(9)
organdi
formalidade
Seu
Você
O organdi
Você
I
A7M
E7(9)
G#OI
I
barato
C#m7(b5)
I I
tamborim
I anda
Preencher
I
G#7(t ~3)
I
me pediu
F#7(b13)
Sou bem
F#7(~13) E
tão
I
Você
I
nada
custa
II I
O
A7M
assim
organdi
F#7(13)
sociedade
Falta
é
Não
A7M
Bm7
I I Não
O
I I
Bm7
tamborim
I E7(9)
II
I
I
I Ii
caro
tamborim
assim
F#7
I A7M(9)/E
Bm7
um
A6 tão
é
I G7(~11)
I
"soirée"
I
um
A6
o
Ii Não
A7M/E
F#7 Bm7 E7 A6
F#7(~13) E
I
morro
F#7(~13)
E
I E7(~ n
do gato
I no
I
I
I
"soirée"
um
no
tão caro
A7M/E
um
comprar
I lá
"Soirée"
Dm6/F
I
I E
Não
I pele
I gato
I I
batucada
a
Pra
I
I A7M(9)/E
comprar
"soírée"
um
I Dm6/F tenho
um
I A7M/E
Dm6/F
Pra
I A7M(9)/E
I no
réis
E
Dm6/F
Pra
réis
F#7(l3)
Dm6/F
I
F#m7 mil
I
F#m7
I cem
I
anda barato
G7(,,:,)
Dmo/F
I G#7(b13) I C#m7(bS) I F#7(b13) I Bm7(9) I Dm6/ FI A7M/E
A7M
A7M Você
E7(9)
Bm7(9)
réis
I
I pra
I Pra
mil
cem
I
I
cachorro Dm6/F comprar
139
Songbook o Noel Rosa
um
I A7M(9)/E "soírée"
I
I
morro
I
E
I I Não
I
é
A7M/E Com
não
I
F#m7 réis
Pra
comprar
I E um
um
I morro
gato
I
I A7M(9) / E "soirée" I
I E
I I Não
é
I
morro
no
Não
caro
é
A6 tão
I Bm7 tamborim
caro
II
I
dia
faz
De "soirée"
sei
vestir
I II assim
Você
casaca
A7M Você
Você
ninguém
I
I
cem
I
I
anda
I
G#o
I
G#"
me pediu
Você
réis
I
I
pra cachorro
E
I assim
I
I
Pra
um
I
cachorro
I
F#m7 mil
mil
cem
pra
barato
Copyright by MANGIONE, FILHOS E ClA LIDA. Rua Ramalho Ortigão, 38/1° andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
140
I
I
A7M
E7(9)
me pediu
I E7(9) I I O organdi anda barato
no
F#7(b13) Bm7 I num baile se destaca
Ii
O organdi
I
I lá
Mas
tamborim
Você
I
II
um
I
I
A6
E
I Bm7(9)/F#
um
I gato
I
pra cachorro
I C#m7(b5)
I G#7(t ~3)
E7
I
F#7(b13)
Num
F#7(~!3) I Bm7 tamborim E um
I I
F#71(tn ) um
A6 tão
I
"soirée"
um
você
Bm7 não
I
F#7(13)
que
F#7
I A7M(9)/E
I lá
Sei
Porque
você
Dm6/F
E7(9) I I O organdi anda barato
I
G7(~1l)
A7M/E
mais
I
II
Bm7 tamborim
A7M E7(~ ~) I metro de cetim
meio
I
quero
I
assim
I
Dm6/F Mas
I
A6 caro
tão
"soirée"
faz um
F#7(tJ3 ) um
Dm6/F comprar
I
I
gato
lá
no
Songbook o Noel Rosa
Com que roupa? NOELROSA
F#m7
A~/C#
E7(9)/B
Bbm6
B7
F#7
C7
Em
E7(9)
A7
Em/A
E7(#9)/B
Gm/Bb
D7(9)
G6
G#o
B7(#9)
E7
IIIIIIWIII EO/Bb
Bm7
Em7(9)
Am7
D7(b9)
G
D/A
I II VTIIIIrI fmrrIrTIllIr I 11I
m Agora / tratar
/
AyC#
vou mudar Gm/Bb você
/ E7(#9YB com a força bru
AYC=II= / com eu pergunto:
/
GnyBb
/
/ D~ minha conduta
que EnyA
D~ roupa?
/ D7(9)
me convidou? / D~ convidou?
/ Agora,
/ eu sendo
um
AyC#
/ Com
/
/ D~ / F#m7 Eu vou pra luta Pois eu quero
/ / / E7(9VB / ta Pra poder
AYC=II=
Com
/ / / / / / /
/ C7 B7 Em Mesmo
/
/
G6/ que roupa
/ E7(=II=9YB/ / / trapacei ro
m /
m
E7(9) A7 AYC=II= / corn de vento em po--pa Mas agora com que roupa? Em Pro samba
/ que você
GnyBb
/ EnyA me convidou?
B7 Em / C7 B7 que eu vou Pro
DYA G=II=° / que eu vou
/ Ay C# / D~ / eu não ando mais fagueiro GnyBb cabra
/ D7(9)
/
/ C7 B7 Em Vou
Bbm6 / F=II=7B7 E7(9) A7 D~ me rea-bili-tar Pois esta vida não está sopa E
/ F=II=m7
D~ que roupa
B7 Em me aprumar
Ay C#
/ B7 / Pro
E7(9YB Não
/ consigo
/
E7(9) samba
/ D~ Pois o dinheiro
/
Bbm6 ter
/ que você A7(9)
que você
me
F=II=m7B7 Em Não é fácil de ganhar
nem
AYC=II= / D~ / F#m7 Com que roupa
/ G6 / G=II=° / DYA/ Com que roupa que eu vou
Em samba
/ pra
F#7 gastar
B7 Eu já
B7 Em / C7 B7 que eu vou B7 /
E7(9) Pro samba que
141
Songbook o Noel Rosa
/
A7(9)
m
/
/
o/A
você
D
/ / / / /
me convidou?
/
E7(#9VB
GnyBb EnyB / Em7 / Cm / Em7 / / Já estou coberto de farra--po praga de urubu B~(9)
Bm7
/
Em7(9)
Meu paletó
A7
D /
A7
virou estopa E eu nem sei
/ Cm /
Em7
Gm/Bb
/
Pro samba que você E7
/
samba que você
A7
D
A7
/
/
/
D
Am7 / D7(b9)
me convidou?
/ Em/B
/ A7
/
/
E/Bb
vou acabar D
/ B!(9)
Com que roupa G
/ G#O
Com que roupa
/
o/A/
que eu vou
D
Copyright by MA GIONE, FILHOS E ClA LTDA. Rua Ramalho Ortigão, 38/1 andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.'
142
/ Desta F#m7
/
ficando nu /
Em7
que eu vou
me convidou?
0
D
Pra ver se escapo
Eu
mais com que roupa
/
/ A7
Eu hoje estou pulando como sapo
B7(#9) /
Pro
o
Songbook
Noel Rosa
Conversa de botequim VADICO E NOEL ROSA
Eb7M
Ebm6
Dm
G7
C7(9)
Fm
F7
Bb7(9)
IIIIIIEI I I I I I lUllVI I EO
Bb7M
G7(b13)
Bbí
F
Bb/D
Bb7(13)
em7
Introdução:
Eb7M Ebm6 Dm G7 C7(9) F7 Fm Bb7(9)
/ Seu garçom
C7 F7 Bbí faça o favor De me trazer depressa
07(9) com manteiga
Eb7M quente
F7 Bbí muito cuidado
Qual
nem
C7(9) o resultado / pago
Bb7M / Eb7M cartão Não F7 charuteiro Bbí depressa
Que G7(13) Uma
/ guardanapo
Gm7 / à beça Um guardanapo
F7 Bb7M do futebol
G7(13) a despesa
se esqueça
/ me empreste
boa
C7(9) média
/
G7(b13) de
umas
C7
que
E um copo d'água
C7(9) Frn F7 disposto A ficar exposto
Bb7(9) ao sol
/
Eb7M Se
C7(9) F7 Bbí
Bb7(9) Um pão bem
F
/
Ab7M
Eb7M V á perguntar
limpando
/ caneta,
Uma
E um cigarro
C7
Um
a porta
pão bem
C7 da direita
Ebm6 ao seu freguês
Eb7M quente
B~O
do lado
A7(#11) Não / um envelope
faça
C7 o favor
me
e um
F7 De me trazer
07(9) com manteiga
F7 com muito
do lado
Cm7 a mesa
B~D
G7(13) / C7(9) / mosquitos Vá dizer ao
/ Seu garçom
Bb7(9)
Ebm6 ao seu freguês
/ um tinteiro,
/ pra espantar
Ebí e um cinzeiro
/ Fecha
Eb7M V á perguntar
G7(b13) você ficar
F7 ao seu patrão
/ um isqueiro
F bem gelada
Bb7
/
F7 Fm não seja requentada
/
C7
Ab7M
Gm7
E um copo d'água bem gelada Fecha a porta da direita com
Cm7/ me dar palitos
Bb7 revistas,
07(9)
C7(9) F7 Fm G7(13) Uma boa média que não seja requentada
Bb7(13)
C7(9) Vá pedir
G7(13)
Eb7M EO Bb7M G7(b13)
G7(13) C7(9) F7 Fm Bb7(9) Que não estou disposto A ficar exposto ao sol
G7(b13) foi
Ab7M levanto
C7
Bbí cuidado
G7(b13) Qual foi
Gm7 à beça Um
G7(13) Que
não estou
C7(9) o resultado do 143
Songbook o
F7 Bb7M futebol
Bb7(13)
Eb7M Telefone
C7(9) / F7 ordene ao seu Osório
algum
Cm7 dinheiro
/ Que
Bb7 / despesa No cabide Fm requentada
Fecha
Bb7(9)
/ a porta
da
G7(b13) ao menos
/ Que me mande Ab7M eu deixei
Eb~ ali em frente
C7 direita
com
Cm7 A7(#11) uma vez
/ um guarda-chuva
/ o meu
/ Seu garçom
Eb7M Um pão bem quente F7 muito
oel Rosa
com
O
Para
Três
Ab7M Quatro
G7 bicheiro
/
C7(9) Vá dizer
/
D7(9) Gm7 / com manteiga à beça Um guardanapo G7(13) Que
/ Três
F7 ao seu gerente
não
estou
C7(9) disposto
Fm exposto
BIyD G7 (b13) C7(9) Eb7M Ebm6 F7 Bb7M do lado Qual foi do futebol perguntar ao seu freguês o resultado
Copyright by MANGIONE, FILHOS E ClA LTDA. Rua Ramalho Ortigão, 38/1" andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
144
E
/ pendure
esta
F7 que não seja
/ E um copo d'água
F7 A ficar
/
G7(b13) me em presta
Que
G7(13) C7(9) Uma boa média C7
G7(13) Três
Três
/ Bb7 / Eb7M Aqui pro nosso escritório Seu garçom
F7 C7 Bb~ faça o favor De me trazer depressa
Bb~ cuidado
Quatro
F bem gelada Bb7(9)
ao
sol
Vá
Songbook
o
Toei Rosa
Cor de cinza NOELROSA C7M
B7
A7
A7(b13)
G~(9)
G~ (b9)
A~ (9)
D7(b9)
Dm7(?)
G7(13)
c;
F#m7(bS)
Ab~ (9)
G7(9)
C"
Gm7
mlma I III II D7(9)
I B7 I
C7M Com
Dm7
Db7(9)
o seu
Om7(9)
aparecimento
G7(13)
G} (9)
-----
F7M
A7(b9)
Não F6
07(9)
Ob7(9)
C~ ver
Ob7(9)
G7(b9)
C~ A
I um
C~ Fugi
C
poeira
cinzenta
Gm7/ documento
De
Partiu
e
A7
chuva
/
Gm7
I
me atormenta
cinzento
C7
I
/ Que
Ab7 lembra
F7M
ignora--
que ela
F7M desceu
que
me
C~ esqueceu
Fm6 vermelha
F7M
na
Ebm7
Em7
viva
(9)
G7
I
F6
I
C7(I3)
Bem
morreu ...
G7 quem
destino
II
B7
Nem sei se ela
Al
Daquela
Om7
ela estava
I
Ab7
a cruz do sofrimento
07(9) I ter pergunta-----
F7M bem
I Com
I
Sem
I
cinzento
F6
07 (b9)
zangado
Depois
o esquecimento
II
A7
I
Gm7
I F7M
provo
Pedro
Com
I
C/Bb Com que
I I
fuma---ça
E eu achei uma luva
I
I
Da dúvida
e
a
fez
AJ (9)
I B7
F#m7(b5)
Bb7(9)
I E São
I I
C7M
um carro
II
C7 pelica
pra-ça
muito
impressionado
I B7 I
I I I
I B7
I
I B7
cinzen-to
A7
I C~ um documento
é
Ao 07(9)
durou
II
Fm6 A luva
o céu ficou
c- I
I
C7M
de
C7
Gl (9) I Gl (b9)
I
B7
um carro
G7(9)
I Todo
I
C~ Depois,
Abl (9)
I A7(bI3)
A7
c
G7(b9)
Ebm7
Em7
C~ I porta Om7
mor-ta
ou F6
Fm6 A lu-va
I Bb7(9) é
C me
esqueceu
145
Songbook o Noel Rosa
Feitiço da Vila VADICO E NOEL ROSA
G7M
G6
F#m7(bS)
B7(b13)
Em7(9)
A7(13)
F#m7(bS)*
Ab7(#S)
F7
E~
E7
A7(13)
A7(b13)
D~ (9)
E7(b9)
Cm7
Cm6
F7(#11)
Am6
B7(b9)
D7(b9)
Em7(9)
Am7
A7
D7(9)
Ab7(#11)
~.flIIIIVIIVIII I mI} I ~I fie I ~I mm G7M Quem
I G6
I
nasce
lá
Ab7(#S) G6 dançar os galhos
I F#m7(bS) I B7(b13) Isabel G6 F7 café Minas
II
I
F#m7(bS) tris--te
Samba F7
Não
F#m7(b5)
I
fa
co
G6 dizer:
Que
I
Bm7
agora
I
E7
Que
as
I
B7(b13) Sei
F7 Modéstia
Em7(9
por
Porque A7(13)
parte,
a
E7 meus
F#m7(b5)*
m (9) vão logo A7(I3)
Paixão
A7(13) senhores
ra: D7(b9)
G6/
D7(b9)
eu
Am7 D7(b9) sou da
sol
I Am6 pelo
146
Ortigão,
38/1° andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil.
Em7(9) princesa
Eu C/Bb
sei
G6 Vila!
Todos os direitos reservados.
é
. G6 de
Deus
I tudo
I Am6
Mas
I da Vila
Ab7(#S) amor
Copyright by MANGIONE, FILHOS E CIA LTDA. Rua Ramalho
Am7 farofa
I G7M I G6
I G7M I G6
I F#m7(b5)* I B7(b9)
dá
sem
B7(b13)
Vila
Ab7(#5)
I
E7(b9)
O
em--bora
Ia
I Am6
Um feitiço
Sol,
não me aniqui
A7(b13)
I
gen--te
I B7(b9) I C/Bb
implo
A7(b13)
Em( ~ M) Em7(9)
Ab7(#1l)
em
Paulo
Em7(9) I F#m7(bS) Tendo nome de
a
faz
Lá
São
Am7 I A Vila tem
I
D7(9)
I Am6
Que
I D7(b9) I G7M I G6
ba.
decente que prende
gente
morenas
Ii
I C/Bb
B7(b9) ba
I B7(b9) I C/Bb
de bam
I F#m7(b5) F7(#1l)
I
A7(I3)
onde pas--so
El à
feiti-ço
G6 mais cedo
F#m7(bS)*
medo
I
A7 Num
I
D7(b9)
Dá (9) D7(b9) G6 Isabel dá samba.
I G7M nos faz bem
Cm6
não assiste
E~
venha
A7(b13)
tem
Bm7
F#m7(bS)*1 A7(13) I Ao abra-----çar o sam
I
A7(13) Não
o samba
I B7(b13) I
I
Em7(9) vacila
Em(6 M) Em7(9)
F#7(b13)
Transformou
F#7(b13)
E7 A7(13) A7(b13) D~ (9) E faz a lua nascer
A7(13) E~ E7 dá leite E a Vila
C#m7(bS)
I
sequer
é bacharel
I Cm7 I Sem vela e sem vintém
I
Nem
F7 Eá arvoredo
Do
Quem
I B7(b13)
F#m7(bS) Vila
na
C#m7(bS)
tenho
o
que
Ab7(#5) que
Songbook o
oel Rosa
Feitio de oração NOELROSAE
C7M
Em7(l:>5)
Gm6/Bl:>
A7(13)
VADICO
A7(l:>13)
Dm7(9)
11I
Fm6
11I1 111111 F#m7(l:>5)
C7M(9)
Dm7
B7(l:>13)
G7(i3)
Bl:>7(13)
G7(bi3)
Ab7(13)
C6
1 EbO
G7(#5)
C~
A7(b5)
G7(13)
F#m7(11)
Em7(9)
D7(9)
IlIImllIIIIlIllwllvlwl C7M Quem acha G7(13)
/
Em7(b5) vive se perden--do
/ / /
C7M(9) Da dor
/
Gmr8b
/
/
Fm6 / no colé-gio
ISSO
/
/ /
agora eu vou
Fm6 / me defenden-do
87(1713) 8177(13) / A7(b13) / Ab7(13) / G7(13) Que por infe--licidade desta saudade Meu
F#m7(b5) tão cruel
G7(13) /
Dm7(9) Por
C7M(9) C~ / G7(#5) / / pobre peito invade Batuque
samba
A7(13) A7(b13)
Em7(b5) Gmr8b é um privilé glO
/ / /
C7M / Sambar
F#m7(b5) é chorar
Dm7(9) Ninguém
A7(b13) /
87 (b13) 8b7(13) de ale--gria
/ aprende
A7(b13)
/
/
É sorrir
de
Ab7(13) / G7(13) / C7M / A7m3) / Dm7(9) / G7(13) C7M(9) / Ebo nostalgia Dentro da melodia Por isso agora Lá na Penha vou mandar / Dm7 / G7(?3) G7 (~r3) C7M / C6 / Em7(b5) Minha morena pra cantar com satisfação E com harmonia Dm7(9) / / / F#m7(1l) melodia Que é meu samba
/ 87(1713) / Em7(9) A7(b13) Dm7(9) G7(#5) Em feitio de oração
Dm7(9) / Em7(b5) / A7(b5) / / / / Fm6 / na realida--de Não vem do morro Nem lá da cida--de 87(b13)
uma
8177(13) paixão
/
A7(b5)
Sentirá
/ A7(b5)
/ que
o
samba
Ab7(13)
G7(13) /
C7M(9) / / O samba
F#m7(b5) C7M / E quem suportar
/ G7(13)
então
/ Esta triste
Nasce
no
/ C7M coração
/ A7(b13) / D7(9) / G7(~r3) / Em7(b5) / A7(b13) / D7(9) G7(~r3) Em7(b5). Copyright by IRMÃOS VITALE S/A IND. E COM. Rua Direita, 115 - Centro - São Paulo - Brasil. Todos os direitos reservados.
147
Songbook
o Noel
Rosa
Meu barracão NOELROSA
A7M
Bm7
E7(9)
A
FO
F#m7
C#m7(b5)
Gm6
I li I I I fi ~II .11111111 I I "11 I I ~IJ11 F#7(b13)
F#7
E7
CO
E'Y'n
Faz
A7M / ho----je
Bm7 quase
um
faz
Bm7 so-frer E
até
F#7 mesmo
/
Dm7 a-mor que A/C# Pe-nha
/
E7 per-der /
Gm6 eu,
que
C#m7 bossa:
a
C#m7(bS) Que trouxe
/
/
te-nha
co há
Mais
/ quem
EYB pos-sa
/ Me
E7(13)
E7(9) eu não
A FO F#m7 vou visi-tar
E7 Por
/ Bb7(#Il)
Do
lá
/ E7(13)
Bm7 não
que
do
E7 A barra-cão
/
da
ele
A/C# Pe-nba
Bm7 E7 per-der fa-zer
148
Ortigão,
há
C#m7(bS) / Meu barracão
/ / / Mas
a
não
/ Do C#m7 bossa:
by MA
co
/
A7M veio
/ Bm7
F#7 juro
F#7 Só
a
F7 sau-
quem
/
/
E7 Já
Bb7(#11)
que
do
Bm7 não
A1M Não
E7 A barra-cão
E CIA LTDA. reservados.
1ft
de
da
fim7 fa-zer
Me
A FO F#m7 u-ma pes-soa
cansado /
fi7 / la-ço
/
E7(9) Hoje
/ E7(13)
38/1° andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos
/ forte
pos-sa
da Penha
Bm7 boa:
F#7(b13) Que me
Em7 E7 sau-
/
lá
F#7 foi nada
FILHOS
Mais
há
Gm6 eu,
GIONE,
/
A1M Não
que
F7
Gm6 lá da Penha
te--nha
/ nm7(1l) procu-rar
Bb7(#1l)
C#7(b9) F#m7 que eu sen-tia O E'YB
quem
E7(b13)
Dm7 foi me
Bm7(1l)
C#m7
/ F#m7 ale-gria Com
a
F#7(b13) Bm7 meu barra-cão Que
Que
/
/ A7M / CO /
Copyright Rua Ramalho
lembrar
Dm7
E7(b13)
Não
/ B7 descon-fio
Bm7 E7 sau-da--des
B7
A/C#
/
1i'7 sau-dade
Gm6 no-tícia
urna
Que
Bm7 cho-rar
F#7 juro
F#7 Só a
C#7(b9) F#m7 Sa-iu do lu-gar Eu E'YB
ano
Bm7(1l) pren-dia
nos
Do
C#7(b9)
de /
/ F#m7 espe-rar,
C° há
E7(b13)
/ quem
A7M Não
/
Songbook o Noel Rosa
o 'X' do problema NOELROSA
F#m7(b5)
B7(b9)
Gm7
C7(9)
F#7(13)
B7(9)
!VII II II I lul vI vI vI VIIVI I vI I 1111 1 E7(13)
A7(9)
A7(13)
Bb016
F#7(b13)
D7M
A7(#5)
Am7
B017(9)
Em7
D7(9)
G7M
E7(b13)
A7(b9)
11
Introduçâo:
O~ / / / F#m7(b5)
m
A7(#5) Nasci
no
A7(#5) independente,
/
Estácio
Eu
conforme
fui
oí
/
/
F#7(b13) do Estácio / F#m7(b5) convidada
/ estrela
/ de
m /
G7M bamba
de
Oí no Estácio
E
/ O samba
/ E7(13) E
/ F#7(13) felicidade
/ maior
neste
/ /
/ F#m7(b5) Já fui convidada
87(9) E7(13) E7(b13) do Estácio Sair
A~(9)
A7(#5)
Não
G6 diplomada
Aro7 é a corda,
/ Oí Nasci no Estácio
B7(9) vive
F#7(b13) mundo
/ B7(b9) para ser estrela
A7(b9) é que é O 'x'
/
F#7(13) Mangue
/ fui
/ escola
na
07(9) eu sou
A7(13) samba
de
/ há
não
Sou
/
G7M a caçamba
E não
/ da escola
B~(9) / B7(9) Já
fui
E7(13) B7(9) / Em7 / C7 (9) / F#7 (13) Sair do Estácio do nosso cinema Ser estrela é bem fácil é que
Aro7 07(9) G7M / G6 Que eu abandone o Largo do Estácio Pra ser rainha
m / do
/
B7(9) E7(13) A7(9) Dí Bbm6 07M
B7(9) E7(13) A7(9) F#7(13) Oí Bbm6 D7M / Que possa fazer Eu sou diretora eu gostar de você
Bm7(9) Sá
uma vez por semana / palmeira
07(9) roda
na
Nasci
A:7(b9) Dí do problema O 'x'
F#7(13) é bem fácil
tem vontade
Aro7 educada
/ A7(#5)
/ B7(b9) para ser estrela
A~(9)
B7(b9) / Gm7 / C7(9) F#7(13)
se vê
F#7(13) Gm6 / que haja muamba acredito
E7(b13) é
/
na
E7(13) areia
/ Gm7 do nosso cinema
oí
A7(9) Dí Copa cabana
Ser
D7M
do problema
/ de um grande
Bbm6 07M Eu
A7(#5) Você
/ A7(#5) A7(13) E dar um banquete palácio
/ Am? 07(9) G7M Não posso mudar minha massa de sangue
de
8bm6
/ C7(9)
/ sou
/ Gm6 Você pode crer que
F#7(13) diretora
/ da
escola
do
149
Songbook o Noel Rosa
F#7(b13) Estácio F#m7(bS) convidada
/
/
Bm7 (9) Sá
de
/ E7 (13) E
/ maior
neste
F#7(b13) mundo
não
B7(b9) Em7 / C7(9) F#7(13) / / para ser estrela do nosso cinema Ser estrela é bem fácil
/
A7(b9) E7(b13) A1(9) D~ do problema é O 'x' / estrela
/ F#7(13) felicidade
F#7(13)
é bem fácil
Bbm6 D7M Bbm6
/ /
/ F#m7(bS) Já fui convidada
B!(9)
Já
fui
B7(9) E7(13) Sair do Estácio é que
D~ do problema
/ C7(9) Ser
Bbm6 D7M Bbm6 Dí
D7M /
Copyright by MA GIONE, FILHOS E CIA LTOA. Rua Ramalho Ortigão, 38/1° andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
150
/ B7(9)
B7(b9) Gm7 / / para ser estrela do nosso cinema
B7(9) E7(13) E7(b13) A~(9) A7(b9) Sair do Estácio é que é O 'x'
m Bbm6
/ há
Songbook
o Noel
Rosa
Palpite infeliz NOELROSA C
Bb7M/C
~/C
Abo/C
CH9)
C7(b9)
F7M/C
FO/C
111111111 B7(#5)
E7(9)
D7(b9)
Bm7
A7(#5)
D7(9)
E7
Am7
G7(13)
F6
Em7(9)
Fm7(9)
Ab7(13)
Am7(ll)
Dm7
A7(:' )
WI It I I fi I "111 Ir m 111 11 I VfI mil • meti ri fi I I I I Gm7
G7(b13)
C7(9)
Gb7(#1l)
Db7(#1l)
Cm7
F7(b9)
A7(13)
A7(b13)
Db7(9)
F7(9)
Eb7(9)
Bb6
Cm7(9)
Eb6
E6
Am7(9)
Ab7(#11)
B7(#9)
Bbm6
F;
111!ID1111 Introdução:
C / Bb7M/c
/ F~/C
/ Abo/C
/ C~ (9) / C7(b9) / F7M/C
AbO/C / C~(9) / C7(b9) / F7M/C
Quem
C7(b9) F6 / é você que
Ab7(13) não sabe
G7(13) o que
/ FO/ C / C / Bb7M/C
/ F~/C
/
/ FO/C / B7(#5) E7(9) A7(#5) D7(9) G7(13) C~ (9) F6
F6 / diz?
Bb7M/ C Meu
/ Deus
do
Am7(ll) / céu, que
D7(b9) / Bm7 palpite infeliz!
151
Songbook o Noel Rosa
E7 Am7 Fm7(9) Salve
ci (9)
que
sam--ba
quis
arvo-re---do
o
o
D7(b9) é
F6
a Vila
/ Db7(#11)
também F7(b9)
Oswaldo
Bb6
/
Cm7(9)
paten-te
G7(13)
Pra
G7(b13) que
é
C7(9) não
sabe
uma
cidade
B7(#9)
Bb6 ligar
Db7(9) o
que
D7(9)
/
/
/
F6
/
Que Am7(9)
Eb6 diz?
quem
E6
não
E7
/ Aonde
som do
A7(13)
A7(b13)
viu
não
que
Am7
Ab7(13) não sabe Em7(9)
Salve G7(13)
/
Cm7
tira
samba
G7(b13)
A7(13)
A7(b13)
tem
seu
o
/
souberam
que
/
Está--<:io,
Gm7
mostrar
porque
Fm7(9)
C7(9)
muito
bem
C~ (9)
C7(b9)
faz sam--ba
/ mas
não
F7(9) quer D7(b9)
D7(9) nariz?
F1
Copyright by MANGIONE, FILHOS E elA LIDA. Rua Ramalho Ortigão, 38/1° andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
152
Ao
você
Ab7(#11) G7(13)
Que
sabe
/
/
sem-pre
/ Gb7(#11)
Bbm6
é
·Dm7
indepen-dente
a
Bm7
Só quer
C7(9)
Gb7(#11)
F6
C7(b9)
G7(13)
mostrar
/
infeliz!
Matriz
ninguém
/ Gm7
que
palpite
sem--pre
Só quer
Você
Quem
D7(b9)
G7(13)
e Eb7(9)
você pra ver
G7(13)
Ab7(#11)
F6/
Bbm6
Eb6 E6 F6
que
Am7(9)
C7(9)
/
Bb6
/
Que
é um brinquedo
Vila
que diz?
Am7
aba--far
C7(9)
Vila
céu,
Cruz E7(9)
/ A
do
Matriz
D7(9) /
Gm7
na
Db7(9)
Dm7
ninguém
chamei
o
Dm7/C
não quer
já
Am7(1l)
Deus
F7(9) /
B7(#9)
C7(9)
/
Eb7(9)
/ lá
G7(13) /
e
aba--far
poema
Am7
Cruz
C7(9)
não sabe
/
Mangueira
Que
você
que
Meu
Gb7(#11)
/
Eu
G7(b13)
você
Dm7
Salguei-ro,
tirar
G7(13)
diz?
A7(~3) /
não quer
Cm7(9)
Bb6/
F6 / Bb7M/C que
Oswaldo E7(9)
Fazer
até
Quem
G7(13)
Vila
a
também F7(b9)
D7(9) não
Mangueira
/ Db7(#11)
F6
/ F7(9)
Cm7 dança
Que
C7(b9)
Dm7/ C
/
F7(9) /
bem
G7(b13)
samba
Salguei-ro,
C7(9) Gb7(#11)
souberam muito
faz
Dm7
Está--cio,
/
Gm7
Em7(9) /
Quem
é
Songbook o
oel Rosa
Pela décima vez NOELROSA
E
A7
E(add9)
B7
Eí
C#7(#9)
C#7(b9)
F#m
F'
F#m/E
B7/D#
F#m7(1l)
B7(13)
0°
B~
A7(9)
Bm7(1l)
E~(9)
E7(b9)
A(add9)
O#O(b13)
A#o
E6/B
07(9)
F#7(13)
F#7(b13)
B7(b13)
IIIIIIIIIIII 11111"1"1 II
II'"IIINIIII E
/
A7
/
E(add9) / B7 /
E~ /
Jurei não mais amar Pela décima vez /
/
/
F#nyE
costume é a força Que fala mais forte GO /
B~ /
fraqueza
E
/
A7(9) /
/
F#7(13)
/ F#m7(1l)
/
Quando voltei A#O
Seguiu com um praça B7(b13)
sabe
/
/
E~(9)
E escutei Eo/B D7(9)
Ficando lá
/
Eí / / /
E7(D9)
a vizinha C#7(#9)
no xadrez
/
A#o /
/
E~(9)
Eo/B
D7(9) C#7(#9)
Chorando, a repe-tir
E
/
A7(9) /
A(add9) G#O(b13) F#m
/
de
Aquele mesmo
E~
quis parar
Senti que o meu coração
falar
O B7(13) /
Bin7(1l)
Neguei minha raça
Pra morrer sem sentir
Bm7(1l) /
/
A(add9)
F' F#m
nos faz dar pro----vas
Sem mais nenhum
da fumaça
B7(13)
F#m
me fez
F#m7(1l)
E que
Eí / F#m7(1l) /
Através
Que eu escolhi
Ela é o veneno
BYD# / B7 /
e pisei
F#m/E
G#O(b13) F#m
e fumei
apa--nhei
/
/
O que ela
Do que a natureza
Joguei meu cigarro no chão
E7(D9) A(add9)
C#7(D9)
C#7(#9)
Jurei não perdoar
/
A(add9)
Que ela só de pirraça F#7(13)
Pela décima vez
F#7(b13)
Ela está
B7(13)
inocente
Nem
Eí / / /
o que fez
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153
Songbook o Noel Rosa
Pra esquecer NOELROSA G7M
GO
G6
Dm7(9)
G~ (9)
G/IO
Am7
Am(7M)
fi RI 1m ml 1m 11 I I Cm7
F#m7(bS)
07(9)
B7(b9)
Em7(9)
Bm7(bS)
Em7
GO
G7M /
Naquele
tempo Em
que
/
Am7
G6
você
vonta_de
/ F#m7(bS)
E7(b13)
G6
ser
/
mais
Você
A7(9)
po-bre
foi
Você
F#7(13)
B7
pobre
como
E7(b9) Do
G7M/B
cigarro
passou
/
meu
último
filei
Esquecendo
F:7(b13)
A7(9)
Em(add9)
Ab7(#11)
G#O
Am(7M)
E7(b9)
/
Fiquei
/
by MANGIOl\TE,
Quando
por
G7M/B
nada de meu
que
Am7(bS) outrora
Em7
apare
ceu
você
pas-sa
Cm7/ a desgra--ça D7(b9)
G6
susten-tei
E CLA LIDA.
E
Não
/
G7M
Rua Ramalho Ortígão, 38/1° andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
154
F#m7(bS)
/
mim
/ Pra esquecer
FILHOS
/
Am7
Am(7M) / Am7
que
daquele
sem
Go
Am7(bS)
miséria
Cm6
/
vil metal A7(b13)
E a
G7M /
A7(bI3)
Copyright
/ A7(13)
Com o primeiro
/
ex-amigo
meu
a solidão
C#m6
tostão
De um
A gastar
E7(b9)
E hoje em di-a
A7(I3) eu
no-bre
como
E partiu
G#o
Gl (9)
tão depres--sa
esqueceu
eu
B7
Dm7(9) /
Em7(9VD /
Em(add 9) / Ab7(#11)
Com
que
a cidade
Bm7(bS) /
me
F#7(13)
Bm7/
para
m(9)
uma cacha~a
vivia
Eu
/
D7(9)
Dm7(9) /
Bm7/ fumaça
era
B7(b9) Em7(9) /
a promessa
G7(13)
D7(b9)
Am7(bS)
A7(b13)
C#m6
G6/
G7M/
Tu--do
esquecendo
Em7(9)/D
G7(13)
Cm6
barra-s-cão
querendo
/
Cm7/
E por minha D7(b9)
A7(13)
E7(b9)
I I I IUffmt I I 111
fi /
Bm7
Cm6
Bebo
/
Cm6 Tiro
mais
uma
Songbook o Noel Rosa
Pra que mentir? VADICO E NOEL ROSA Dm7(9)
Bb7M
G7(9)
Bm7(b5)
G/ B
Eb7(13)
Bbm7(9)
G7(:1l )
Dm(7M)
ci (9)
F#m7
Dm7.
B7M(9)
E~ (9)
I VII I I I I I IV. ti ti I ri ltfI I D7M(9)
Gm6
Dm7(9) / / / Bb7M que mentir
Pra
Gl
/ Cl (f3) iludir ?
(9) / /
saber / há
não
/
/
Al
E7(b13) /
/ se
/ / /
El
eu
/ A
que
eu
/ eu / amor
(9) me
/ / trair?
Dm(7M) /
malí
/ já
/
sei
Que
(9) / A~ (9) /
quero
/ /
/
/ de
de
G7(~11) /
E7(b13) ou--tro
Eb7(13)
Dm7(9) / / / que
de
Gm6 /
/
Al
(9)
/
F#7(b13)
ci (!3)
/
/
/ /
traído
Bm7(b5) tu
/
Bb~ / / / mentir
j / /
Pelo teu
Se
Dm7(9) Pra que
Cl (9)
/ G7(~11)
/
ódio
/
/
que
G(add9)/B
Se tu sa
/
/ de / Se
Bm7(~1) / / / assim Se
de mim "!
/ CH~3) / /
Dm7
te diz
tanto
Bb7(13) / / /
/
/ / / E7(b13) / / /
F#m7 / / /
Que
F7M
Dm(7M) dom
/ Esse
/ / Bm7(b5) que mentir
mentir
gostas
ser
/
G(add9)/B
G7(9) / / / G/ B / / / / to-----------
/ / Bm7(~1) / /
Cl G3) /
Apesar
Pra
gostas
que
tu não
/ / / Bb7M /
Dm7
/ Que
Bbm7(9) tens
Pra
D7M(9) / / /
Bm7(~1) / / sei
/ não
Bb7(13)
/ Eb7(~1l) / / /
cia
Pra
Bm7(~d te
Al
Dm7(9)
te quer? F#7(b13)
Bm7(bS) quê "!
Pra
/ Eb7(13)
Bm7(l,)
Bm7(bS) / Bb7M tu . ainda
Se
/ / / / / / /
(9)
mentir, ll7M(9)
/ / /
/ Bb7(9) / / / necessidade de
Bb7M / llbm7(9) ainda não tens
F#7(b13)
F7M / / since-ro
tu
Gm6 / sa-bes
/ F#7(b13) . que
bes
/ Ou
não
Bb7M por
/
teu
/ Eb7(~11) / / / / / / / fingido?!
Copyright by MANGIONE, FILHOS E eIA LIDA Rua Ramalho Ortigão, 38/10 andar - Gr. 17 a 19 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
155
Songbook o Noel Rosa
Tarzan (O filho do alfaiate) VADICO E NOEL ROSA
C7M(9)
B7(#9)
Bb7M(9)
A7(bS)
Dm7(9)/A
E7(#9)
Am(add9)
Am7(9)
D7(9)/A
G~(9)
G7(Of3)
F#o
Em7
C#O
Dm7
F7(9)
Bb7M
Am7
D7(b9)
Gm7
Db7
C7(9)
F7M
F#7
E7(b13)
A7
c
I I I WIIIII
G7
C~
Bm7(bS)
I I I B7(#9)/F#
Bb7M(9)/F
II vlWllll1 11I I1 1 I I I I WI II1IIIII .
C7M(9) Quem foi
/ B7(#9) que disse que eu
/ Bm7(b5) meu parceiro
/ sempre
cí
/ G7(b?3) /
E7(#9) foi
/
A minha
força
/ Bb7M(9) era forte?
/ Am(add9) o travesseiro
B7(#9VF# bruta
/ A7(b5) / unca prati-quei / Am7(9) E eu pa so
/ Bb7M(9VF reside
Om7(9VA / G7 esporte Nem conheço / 07(9VA um ano inteiro
/ A7(b5) / Em um clássi-co
Om7(9VA cabide
/ C7M(9) futebol. . .
/ / / Sem ver um raio
/
cs O
G~(9) de sol
/ G~(9) / cí Já cansado de sofrer
/ /
/ Bm7(bS) / E7(#9) / Am7(9) / F#o / Em7 / G!(9) / C7M(9) / Minha armadura é de casi-mira dura Que me dá musculatura Mas que pesa e faz doer Eu / / C#O / / / Om7 / / / F7(9) / / / Bb7M / / / Am7 / poso pros fotógrafos E distribuo autógrafos A todas as pequenas lá da praia de manhã Um argentino disse, me vendo
07(b9) em
B7(#9) entendo
/ Gm7 Copacabana:
/ Bb7M(9) abacate
/ E7(b13) de machucar Cí Cheguei
/ uma
/ B7(#9VF# até a ser
/ Bm7(bS) Mas a empresa,
/ "No
Ob7 hay fuerza
/ A7(b5) Pois o meu Am(add9) formiga
grande / Não
/ Bb7M(9VF contratado
/ E7(b13) pra evitar
/ Am7 sobre-humana
/ C7(9) / F7 I F#7 Que detenga este Tarzan!"
/ Om7(9VA / G~(9) / C7M(9) alfaiate Não faz roupa pra brigar
Am7(9) há homem
/ que
/ A7(b5) Pra subir
07(9VA consiga
/ Nos
meus
G7 / /
cí
/ / músculos
/ Am7(9) / F#o / Em7 A7 assassinato Rasgou logo o meu contrato Quando
/ não
/ Bm7(bS) Sou incapaz
G~(9) / G7(bi3) / pegar
/ Om7(9VA / G!(9) / C7M(9) em um tablado Pra vencer um campeão Om7 G7 C me viu sem roupão
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156
C7M(9) De lutas
/ /
Songbook o Noel Rosa
Discografia
~ ~ ~ ~
I
• O poeta da Vila (RLong PlayRadio, 1952) O Lado 1 1. Feitio de oração (Noel Rosa e Vadico) 2. Até amanhã (Noel Rosa) 3. Quando o samba acabou (Noel Rosa) 4. Pra esquecer (Noel Rosa)
O Lado 2 1. Com que roupa? (Noel Rosa) 2. Quem ri melhor. .. (Noel Rosa) 3. Pela primeira vez (Noel Rosa e Armando Reis) 4. Dama do cabaret (Noel Rosa)
• Canções de Noel Rosa cantadas por Noel Rosa
:I 'A'l~~~,«'
• Canções de Noel Rosa com Aracy de Almeida
• Noel Rosa e sua turma da Vila (Odeon, 1958)
(Continental, 1955)
(Continental, 1955)
O Lado 1
O Lado 1
O Lado 1
1. Vejo amanhecer (Noel Rosa) 2. Devo esquecer (Gilberto Martins) 3. Coisas nossas (Noel Rosa) 4. Mentiras de mulher (Noel Rosa)
1. Meu barracão (Noel Rosa) 2. Voltaste (Noel Rosa) 3. São coisas nossas (Noel Rosa) 4. Fita amarela (Noel Rosa)
1. Conversa de botequim (Vadico e Noel Rosa) 2. João Ninguém (Noel Rosa) 3 . Arranjei um phraseado (Noel Rosa) 4. Onde está a honestidade (Noel Rosa) 5. Provei (Noel Rosa e Vadico) 6. Você vae, si quizer (Noel Rosa)
O Lado 2 1. Gago apaixonado (Noel Rosa) 2. Mulher indigesta (Noel Rosa) 3. Positivismo (Noel Rosa e Orestes Barbosa) 4. Felicidade (Noel Rosa e René Bittencourt)
O Lado 2 1. Cor cinza (Noel Rosa) 2. Eu sei sofrer (NoeI Rosa) 3. A melhor do planeta (Noel Rosa) 4. Já cansei de pedir (Noel Rosa)
O Lado 2 J. Sentinela alerta (Ary Barroso) 2. Duro com duro (Ary Barroso) 3. Feitiço da Vila (Vadico e Noel Rosa) 4. Sou jogador (Luiz Barbosa) 5. Bumba no caneca (Getúlio Marinho e Orlando Vianna) 6. Um sorriso igual ao teu (Kid Pepe e Germano Augusto Coelho)
~
• Noel Rosa
• Polêmica
(Continental, 1954) O Lado 1 1. Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico) 2. Pra que mentir (Noel Rosa e Vadico) 3. Último desejo (Noel Rosa) 4. Silêncio de um minuto (Noel Rosa)
O Lado 2 1. X do problema (NOF.1Rosa) 2.Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico) 3. Não tem tradução (Noel Rosa) 4. Palpite infeliz (Noel Rosa)
• Noel Rosa na voz romântica de Nelson Gonçalves (RCA Victor, 1955) O Lado 1 1. Último desejo (Noel Rosa) 2. Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico) 3. Com que roupa? (Noel Rosa) 4. Coração (Noel Rosa)
O Lado 2 1. Quando o samba acabou (Noel Rosa) 2. Palpite infeliz (Noel Rosa) 3. Silêncio de um minuto (Noel Rosa) 4. Só pode ser você (Noel Rosa e Vadico)
158
(Odeon, 1956) O Lado 1 1. Lenço no pescoço (Wilson Baptista) 2. Rapaz folgado (Noel Rosa) 3. Mocinho de vila (Wilson Baptista) 4. Palpite infeliz (Noel Rosa)
O Lado 2 1. Fran.kstein (Wilson Baptista) 2. Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico) 3. Conversa fiada (Wilson Baptista) 4. João Ninguém (Noel Rosa) 5. Terra de cego (Wilson Baptista)
• Noel Rosa (Odeon, 1962) O Lado 1 J. Feitio de oração (Noel Rosa e Vadico) 2. Mulato bamba (Noel Rosa) 3. Fita amarela (Noel Rosa) 4. Rapaz folgado (Noel Rosa) 5. Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico) 6. Último desejo (Noel Rosa)
O Lado 2 1. Até amanhã (Noel Rosa) 2. Pastorinhas (Noel Rosa e João de Barro) 3. Gago apaixonado (Noel Rosa) 4. Eu vou pra Vila
Songbook o Noel Rosa
Discografia (Noel Rosa) 5. Pra esquecer (Noel Rosa) 6. Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico)
• Noel Rosa vinte e cinco anos depois ... (Copacabana, 1962) O Lado 1 1. Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico) 2. O orvalho vem caindo (Noel Rosa e Kid Pepe) 3. Último desejo (Noel Rosa) 4. Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico) 5. Até amanhã (Noel Rosa)
O Lado 2 J. Feitio de oração (Noel Rosa e Vadico) 2. Fita amarela (Noel Rosa) 3. Pastorinhas (Noel Rosa e João de Barro) 4. Palpite infeliz (Noel Rosa) 5. Balão apagado (Noel Rosa e Marília Batista)
• História musical de Noel Rosa Em dois volumes
(Nilser, 1963) VOLUME 1
O Lado 1 1. Pra que mentir (Noel Rosa e Vadico) / Feitio de oração (Noel Rosa e Vadico) / Só pode ser você (Ilustre visita) (Noel Rosa e Vadico) / Silêncio de um minuto (Noel Rosa) / Voltaste
(Noel Rosa) 2. Vai haver barulho no chateau (Walfrido Silva e Noel Rosa) / Onde está a honestidade? (Noel Rosa) / Vitória (Noel Rosa e Nonôr/ Eu vou pra Vila (Noel Rosa) 3. Cordiais saudações (Noel Rosa) / Positivismo (Noel Rosa e Orestes Barbosa) / O maior castigo que eu te dou (Noel Rosa) / Riso de criança (Noel Rosa) / Para me livrar do mal (Noel Rosa e Ismael Silva)
co) / Palpite infeliz (Noel Rosa) / Provei (Noel Rosa e Vadico) / Quem ri melhor ... (Noel Rosa) / Quantos beijos (Noel Rosa e Vadico) 3. Cidade mulher (Noel Rosa) / Você por exemplo (Noel Rosa) / Pierrot apaixonado (Heitor dos Prazeres e Noel Rosa) / A. E.1. O. U. (Lamartine Babo e Noel Rosa) / Pastorinhas (Noel Rosa e João de Barro).
(9- •.••..)
M@@ll
1%(J~~
• Noel Rosa (RCA Camden, 1967)
O Lado 2
O Lado 1
1. Rapaz folgado (Noel Rosa) / Coração (Noel Rosa) / Quando o samba acabou (Noel Rosa) / Prazer em conhecê-I o (Noel Rosa e Custódio Mesquita) / Pela décima vez (Noel Rosa) 2. Século do progresso (Noel Rosa) / Dama do cabaret (Noel Rosa) / Três apitos (Noel Rosa) / Esquina da vida (Noel Rosa) / X do problema (Noel Rosa) 3. Eu sei sofrer (Noel Rosa) / Filosofia (Noel Rosa) / Pela primeira vez (Noel Rosa e Christóvão de Alencar) / Fita amarela (Noel Rosa) / O orvalho vem caindo (Noel Rosa e Kid Pepe)
1. Menina dos olhos (Noel Rosa) 2. Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico) 3. Rapaz folgado (Noel Rosa) 4. Pra que mentir (Vadico e Noel Rosa) 5. Cidade mulher (Noel Rosa) 6. Último desejo (Noel Rosa) 7. Quando o samba acabou (Noel Rosa)
VOLUME 2
O Lado 1 1. Coisas nossas (Noel Rosa) / Gago apaixonado (Noel Rosa) / Julieta (Noel Rosa e Eratóstenes Frazão) / Não tem tradução (Noel Rosa e Vadico) / Amor de parceria (Noel Rosa) 2. João Ninguém (Noel Rosa) / Último desejo (Noel Rosa) / Poema popular (Mais um samba popular) (Vadico e Noel Rosa) / Para esquecer (Noel Rosa) / Cor de cinza (Noel Rosa) 3. Tarzan (O filho do alfaiate) (Noel Rosa e Vadico) / Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico) / De Babado (Noel Rosa e João Mina) / Com que roupa? (Noel Rosa) / Até amanhã (Noel Rosa)
O Lado 2 1. Verdade duvidosa (Noel Rosa) / Para atender a pedido (Noel Rosa) / Meu barracão (Noel Rosa) / Cara ou coroa (Noel Rosa e Francisco Mattoso) / Mentir (Noel Rosa) 2. Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadi-
O Lado 2
• Noel Rosa (E a sua "Turma da Vila") (M1S/0deon, 1965) O Lado 1 1. Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico) 2. João Ninguém (Noel Rosa) 3. Arranjei um fraseado (Noel Rosa) 4. Onde está a honestidade? (Noel Rosa) 5. Provei (Noel Rosa e Vadico) 6. Você vai se quiser (Noel Rosa)
1. Silêncio de um minuto (Noel Rosa) 2. Pela primeira vez (Noel Rosa e Cristovão de Alencar) 3. Com que roupa (Noel Rosa) 4. Queixumes (Noel Rosa e Henrique de Britto)5. A.E.1.0.U. (Lamartine Babo e Noel Rosa) 6. Século do progresso (Noel Rosa) 7. Palpite infeliz (Noel Rosa)
O Lado 2 J. Com que roupa? (Noel Rosa) 2. Quem dá mais? (Noel Rosa) 3. Cordiais saudações (Noel Rosa) 4. Mulata fuzarqueira (Noel Rosa) 5. Coração (Noel Rosa) 6. Minha viola (Noel Rosa)
• Noel Rosa na voz de Araci de Almeida (Continental, 1967) O Lado 1 1. Meu barracão (Noel Rosa) 2. São coisas nossas (Noel Rosa) 3. Fita amarela (Noel Rosa) 4. Cor de cinza (Noel Rosa) 5. A melhor do planeta (Noel Rosa e Almirante) 6. Palpite infeliz (Noel Rosa)
O Lado 2 1. Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico) 2. Pra que mentir (Noel
159
Songbook o Noel Rosa
Discografia Rosa e Vadico) 3. Último desejo (Noel Rosa) 4. Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico) 5. Não tem tradução (Noel Rosa) 6. Silêncio de um minuto (Noel Rosa).
STLI~"KI
MOEI.ROSlx WILSON BAPnSTA
ROBERTO P'AlVA
NOELROSA • A bossa dos bambas -Noel Rosa & Vassourinha (Continental - Disco Lar, 1969) O
Lado 1 J. Gago apaixonado (Noel Rosa) 2. Mulher indigesta (Noel Rosa) 3. Positivismo (Noel Rosa e Orestes Barbosa) 4. Felicidade (René Bittencourt) 5. Coisas nossas (Noel Rosa) 6. Devo esquecer (Noel Rosa e Gilberto Martins)
JORGE VB6A
• Noel Rosa (Moto Discos - BMG Ario Ia, 1971)
• Noel Rosa x Wilson Baptista (Studio Hara, 1974)
O
O
Lado 1 1. Por causa da hora (Noel Rosa) 2. Cansei de pedir (Noel Rosa) 3. Dama do cabaré (Noel Rosa) 4. Prato fundo (Noel Rosa e João de Barro) 5. Triste cuíca (Noel Rosa e Hervê Cordovil) 6. Maria Fumaça (Noel Rosa) O Lado 2 1. Nunca ... jamais ... (Noel Rosa) 2. Tarzan (Noel Rosa) 3. O maior castigo que te dou (Noel Rosa) 4. O orvalho vem caindo (Noel Rosa e Kid Pepe) 5. Eu sei sofrer (Noel Rosa) 6. Quem ri melhor. .. (Noel Rosa e Vadioo
Lado 1 J. Lenço no pescoço (Wilson Baptista) 2. Rapaz folgado (Noel Rosa) 3. Mocinho da Vila (Wilson Baptista) 4. Palpite infeliz (Noel Rosa) 5. Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico) 6. Conversa fiada (Wilson Baptista) O Lado 2 J. João Ninguém (Noel Rosa) 2. Frankestein (Wilson Baptista) 3. Eu vou pra Vila (Noel Rosa) 4. Terra de cego (Wilson Baptista) 5. Vitória (Noel Rosa e Nonô) 6. Meu mundo é hoje (Wilson Baptista e José Baptista)
O Lado 2 1. Seu Libório (João de Barro e Alberto Ribeiro) 2. Juracy (Antonio Almeida e Ciro de Souza) 3. Emilia (Haroldo Lobo e Wilson Baptista) 4. Mentira de mulher (Noel Rosa) 5. Vejo amanhecer (Noel Rosa e Francisco Alves)
• Noel por Noel (Imperial, 1971) O Lado 1 1. Cem mil réis (Noel Rosa e Vadico) 2. Malandro medroso (Noel Rosa) 3. Com que roupa? (Noel Rosa)4. Seu Jacinto (Noel Rosa) 5. Quem dá mais? (NoeI Rosa) 6. Quem não dança (Noel Rosa) O Lado 2 1. De babado (Noel Rosa e João Mina) 2. Mulata fuzarqueira (Noel Rosa) 3. Coração (Noel Rosa) 4. João Ninguém (Noel Rosa) 5. Cordiais saudações (Noel Rosa) 6. Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico)
160
• Noel Rosa -
4. Silêncio de um minuto (Noel Rosa) 5. Com que roupa? (Noel Rosa) 6. Fita amarela (Noel Rosa)
Série Ídolos MPB, n? 12
(Continental, 1975) O Lado 1 1. Gago apaixonado (Noel Rosa) 2. Felicidade (René Bittencourt) 3. Mentiras de mulher (Noel Rosa) 4. Mulher indigesta (Noel Rosa) 5. Vejo amanhecer (Noel Rosa e Francisco Alves) 6. Positivismo (Noel Rosa e Orestes Barbosa) O Lado 2 1. Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico) 2. Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico) 3. O "X" do problema (Noel Rosa)
• A musrca
de Noel Rosa (Fontana Special, ]976) O Lado 1 1. Fita amarela (Noel Rosa) / Palpite infeliz (Noel Rosa) / Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico) 2. Filosofia (NoeJ Rosa) 3. Com que roupa (Noel Rosa) 4. Pra mc livrar do mal (NoeJ Rosa e Ismael Silva) 5. Gago apaixonado (Noel Rosa) 6. Adeus (Ismael Silva, Noel Rosa e Francisco Alves) 7. Até amanhã (Noel Rosa) O Lado 2 I. Três apitos (Noel Rosa) / Pra que mentir (Noel Rosa e Vadico) 2. Quando o samba acabou (Noel Rosa) 3. Você é um colosso (Noel Rosa) 4. Minha viola (Noel Rosa) 5. Onde está a honestidade (Noel Rosa) 6. Feitio de oração (Vadico e Noel Rosa)
Songbook o Noel Rosa
Discografia
• Noel Rosa especial com Marília Batista Em dois volumes
(Musidisc, 1977) VOLUME 1 O Lado 1 J. Pra que mentir (Noel Rosa e Vadico) I Feitio de oração (Noel Rosa e Vadico) I Só pode ser você (Ilustre visita) (Noel Rosa e Vadico) I Silêncio de um minuto (Noel Rosa) I Voltaste (Noel Rosa) 2. Vai haver barulho no chateau (Walfrido Silva e Noel Rosa) I Onde está a honestidade? (Noel Rosa) I Vitória (Noel Rosa e Nonô) I Eu vou pra Vila (Noel Rosa) 3. Cordiais saudações (Noel Rosa) I Positivismo (Noel Rosa e Orestes Barbosa) I O maior castigo que eu te dou (Noel Rosa) I Riso de criança (Noel Rosa) I Para me livrar do mal (Noel Rosa e Ismael Silva) O Lado 2 J. Rapaz folgado (Noel Rosa) I Coração (Noel Rosa) I Quando o samba acabou (Noel Rosa) I Prazer em conhecê-Io (Noel Rosa e Custódio Mesquita) I Pela décima vez (Noel Rosa) 2. Século do progresso (Noel Rosa) I Dama do cabaret (Noel Rosa) I Três apitos (Noel Rosa) I Esquina da vida (Noel Rosa) I X do problema (Noel Rosa) 3. Eu sei sofrer (Noel Rosa) I Filosofia (Noel Rosa) I Pela primeira vez (Noel Rosa e Christovão de Alencar) I Fita amarela (Noel Rosa) I O orvalho vem caindo (Noel Rosa e Kid Pepe)
VOLUME 2
O
Lado 1 I.Coisas nossas (Noel Rosa) I Gago apaixonado (Noel Rosa) I
Julieta (Noel Rosa e Eratóstenes Frazão) I Não tem tradução (Noel Rosa e Vadico) I Amor de parceria (Noel Rosa) 2. João Ninguém (Noel Rosa) I Último desejo (Noel Rosa) I Poema popular (Mais um samba popular) (Vadico e Noel Rosa) I Para esquecer (Noel Rosa) I Cor de cinza (Noel Rosa) 3. Tarzan (O filho do alfaiate) (Noel Rosa e Vadico) I Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico) / De babado (Noel Rosa e João Mina) I Com que roupa (Noel Rosa) I Até amanhã (Noel Rosa)
O
O
Lado 2 J. Palpite infeliz (Noel Rosa) 2. Você vai se quiser (Noel Rosa) 3. Feitio de oração (Noel Rosa e Vadico) 4. Último desejo (Noel Rosa)
Rosa e Vadico) 2. João Ninguém (Noel Rosa) 3. O X do problema (Noel Rosa) 4. Eu sei sofrer (Noel Rosa) 5. Silêncio de um minuto (Noel Rosa) 6. Até amanhã (Noel Rosa)
Lado 2
J. Verdade duvidosa (Noel Rosa) I Para atender a pedido (Noel Rosa) I Meu barracão (Noel Rosa) / Cara ou coroa (Noel Rosa e Francisco Mattosol I Mentir (Noel Rosa) 2. Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico) I Palpite infeliz (Noel Rosa) I Provei (Noel Rosa e Vadico) I Quem ri melhor. .. (Noel Rosa) I Quantos beijos (Noel Rosa e Vadico) 3. Cidade mulher (Noel Rosa) I Você por exemplo (Noel Rosa) I Pierrot apaixonado (Heitor dos Prazeres e Noel Rosa) / A.E.I.O.U. (Lamartine Babo e Noel Rosa) I Pastorinhas (Noel Rosa e João de Barro)
• A grande música de Noel Rosa (Copacabana, 1979) O Lado 1 CONCERTO PARA NOEL ROSA a) As pastorinhas (Noel Rosa e João de Barro) I b) Em feitio de oração (Noel Rosa e Vadico) / c) Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico) O Lado 2 J. Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico) 2. Último desejo (Noel Rosa) I Três apitos (Noel Rosa) 3. Fita amarela (Noel Rosa) I Silêncio de um minuto (Noel Rosa) 4. De babado, sim (Noel Rosa e João Mina) I Até amanhã (Noel Rosa)
• O melhor de Noel Rosa (Gala, 1979) • Noel Rosa Nova História
Série
da Música Po-
pular Brasileira
(Abril Cultural, 1977) O
Lado 1 J. Onde está a honestidade (Noel Rosa) 2. Quando o samba acabou (Noel Rosa) 3. Três apitos (Noel Rosa) 4. Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico)
O
Lado 1 J. Último desejo (Noel Rosa) 2. Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico) 3. Com que roupa (Noel Rosa) 4. Feitio de oração (Noel Rosa e Vadico) 5. Fita amarela (Noel Rosa) 6. Para me livrar do mal (Noel Rosa, Ismael Silva e Francisco Alves) O Lado 2 I. Conversa de botequim (Noel
• Noel Rosa Em dois
volumes
(Fenab, 1982) VOLUME 1
o Lado
1 I. Festa no céu (Noel Rosa) 2. Eu vou pra Vila (Noel Rosa) 3. Nuvem que passou (Noel Rosa)
161
Songbook o Noel Rosa
Discografia 4. Prazer em conhecê-lo (Noel Rosa) 5. Cem mil réis (Noel Rosa e Vadico) 6. João Ninguém (Noel Rosa) 7. Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico)
e Silvio Pinto) 6. Choro (Noel Rosa) 7. Não faz, amor (Noel Rosa e Cartola) 8. Retiro da saudade (Noel Rosa e Nássara) 9. Até amanhã (Noel Rosa)
O Lado 2
O Lado 2
1. Capricho de rapaz solteiro (Noel Rosa) 2. Para me livrar
1. Mão no remo (Noel Rosa e Ary Barroso) 2. Estátua da paciência (Noel Rosa e Jerônimo Cabral) 3. Quem não quer sou eu (Noel Rosa) 4. Na Bahia (Noel Rosa e José Maria de Abreu) 5. Araruta (Noel Rosa e Orestes Barbosa) 6. A. B. Surdo (Noel Rosa e Lamartine Babo) 7. Fita amarela (Noel Rosa)
do mal (Noel Rosa, Ismael Silva e Francisco Alves) 3. Provei (Noel Rosa e Vadico) 4. Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico) 5. Pela décima vez (Noel Rosa) 6. Depoimento de João de Barro sobre "Pastorinhas" 7. Linda pequena (Noel Rosa e João de Barro) VOLUME
2
O Lado 1 1. Pra que mentir? (Noel Rosa e Vadico) 2. Filosofia (Noel Rosa) 3. Pra esquecer (Noel Rosa) 4. Não tem tradução (Noel Rosa) 5. Mulato bamba (Noel Rosa) 6. Tarzan (O filho do alfaiate) (Noel Rosa e Vadico)
O Lado 2 1. Dama do cabaré (Noel Rosa) 2. Só pode ser você (Noel Rosa e Vadico) 3. Cor de cinza (Noel Rosa) 4. Uma jura que fiz (Noel Rosa, Ismael Silva e Francisco Alves) 5. Mais um samba popular (Noel Rosa e Vadico) 6. Último desejo (Noel Rosa)
MARILlA PERA E ."",.' ,
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(Estúdio Eldorado, 1983) O Lado 1 1. Samba da boa vontade (Noel Rosa e João de Barro) 2 . Espera mais um ano (Noel Rosa) 3. Julieta (Noel Rosa e Eratósthenes Frazão) 4. Feitio de oração (Noel Rosa e Vadico) 5. Com mulher não quero mais nada (Noel Rosa
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U
• Uma rosa para Noel
• Noel Rosa -
(Continental, 1987)
Grandes
O Lado 1
(Polygram, 1989)
1. Positivismo (Noel Rosa e Orestes Barbosa) 2. Mentiras de mulher (Noel Rosa) 3. Coisas nossas (Noel Rosa) 4. Devo esquecer (Gilberto Martins)
O Lado 1
O Lado 2 1. Vejo amanhecer (Noel Rosa e Francisco Alves) 2. Mulher indigesta (Noel Rosa) 3. Felicidade (René Bittencourt) 4. Gago apaixonado (Noel Rosa)
., ~~~
Eldorado,
1. Joaquim é condutor (Amold Gluckmann e Noel Rosa) 2. Perdoa este pecador (Arnold Gluckmann e Noel Rosa) 3. Tipo zero (Noel Rosa) 4. Tudo nos une (Arnold Gluckmann e Noel Rosa) 5. Finaleto (Amold Gluckmann e Noel Rosa)
J. Filosofia (Noel Rosa) 2. Três apitos (N oel Rosa) 3. Pra que mentir? (Noel Rosa e Vadico) 4. Feitio de oração (Noel Rosa e Vadico) 5. Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico) 6. Triste cuíca (Noel Rosa e Hervê Cordovil) 7. Gago apaixonado (Noel Rosa) 8. Com que roupa? (Noel Rosa) 9. Adeus (Ismael Silva, Noel Rosa e Francisco Alves)
(Noel Rosa) 4. Provei (Noel Rosa e Vadico) 5. Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico) 6. De babado (Noel Rosa e João Mina)
O Lado 1 1. A noiva do condutor (Prelúdio) (Arnold Gluckmann) 2. Tudo pelo teu amor (Arnold Gluckmann e Noel Rosa) 3. Cansei de implorar (Noel Rosa) 4. Boas tensões (Arnold Gluckmann e Noel Rosa) 5. Para o bem de todos nós (Amold Gluckmann e Noel R-osa)
Série
Autores
I. Último desejo (Noel Rosa) 2. As pastorinhas (Noel Rosa e João de Barro) 3. Palpite infeliz
• A noiva do condutor (Estúdio 1985)
A
O Lado 2
r~~
O Lado 2
• Noel Rosa inédito e desconhecido
GEL
• Feitiço carioca (Continental, 1987) D Lado 1 1. Pierrot apaixonado (Noel Rosa e Heitor dos Prazeres) 2. Quem ri melhor (Noel Rosa) 3. Não tem tradução (O cinema falado) (Noel Rosa) 4. Pela décima vez (Noel Rosa) 5. Quem dá mais (Noel Rosa)
O Lado 2 J. Com que roupa (Noel Rosa) 2. Filosofia (Noel Rosa e André Filho) 3. Feitio de oração (Noel Rosa e Vadico) 4. Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico) 5. Pout pourri: a) Último desejo (Noel Rosa) b) Fita amarela (Noel Rosa) c) O orvalho vem caindo (Noel Rosa e Kid Pepe) d) Até amanhã (Noel Rosa) e) Felicidade (René Bittencourt)
Songbook o Noel Rosa
Discografia
• Noel RosaFeitiço da Vila (EMI,1990) O
Lado 1 1. Feitio de oração (Vadico e NoeJ Rosa) 2. Pra que mentir (Vadico e Noel Rosa) 3. Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico) 4. Filosofia (Noel Rosa) 5. Três apitos (Noel Rosa) 6. Gago apaixonado (Noel Rosa) 7. O orvalho vem caindo (N oel Rosa e Kid Pepe) 8. Último desejo (Noel Rosa)
O Lado 2 1. Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico) 2. Pra esquecer (Noel Rosa) 3. Não tem tradução (Noel Rosa, Francisco Alves e Ismael Silva) 4. Palpite infeliz (Noel Rosa) 5. João Ninguém (Noel Rosa) 6. Pastorinhas (Noel Rosa e João de Barro) 7. Até amanhã (Noel Rosa) 8. Fita amarela (Noel Rosa) 9. Com que roupa (Noel Rosa)
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Outros lançamentos da Lumiar Editora
• Harmonia e improvisação - em doi volumes Autor: Almir Chediak (Primeiro livro editado no Brasil sobre técnica de improvisação e harmonia funcional aplicada em mais de 140 músicas populares)
• Songbook de Caetano Veloso - em dois volumes Produzido e editado por Almir Chediak (135 canções de Caetano Veloso com melodias, letras e harmonias revistas pelo compositor)
• O livro do músico Autor: Antonio Adolfo (Harmonia e improvisação para piano, teclado e outros instrumentos)
• Songbook da Bossa Nova - em cinco volumes (Português/Inglês) Produzido e editado por Almir Chediak (Mais de 300 canções da Bossa Nova com melodias, letras e harmonias na sua maioria revistas pelos compositores)
• Escola moderna do cavaquinho Autor: Henrique Cozes (Primeiro método de cavaquinho solo e acompanhamento editado no Brasil nas afinações ré-sol-si-ré e ré-sol-si-rni)
• Songbook de Tom Jobim - em três volumes (Português/Inglês) Produzido e editado por Almir Chediak (Mais de 100 canções de Tom Jobim com melodias, letras e harmonias revistas pelo compositor)
• Songbook de Rita Lee - em dois volumes Produzido e editado por Almir Chediak (Mais de 60 canções de Rita Lee com melodias, letras e harmonias revistas pela compositora)
• Songbook de Cazuza - em dois volumes Produzido e editado por Almir Chediak (64 músicas de Cazuza e parceiros, com melodias, letras e harmonias)
• Batucadas de samba Autor: Marcelo Salazar (Como tocar os vários instrumentos de uma escola de samba. Em seis idiomas)
• Songbook de Gilberto Gil- em três volumes (Português/Inglês) Produzido e editado por Almir Chediak (Mais de 100 canções de Gilberto Gil com melodias, letras e harmonias revistas pelo compositor) • Songbook de Vinicius de Moraes -
em três volumes (Português/Inglês) Produzido e editado por Almir Chediak (Mais de 100 canções de Vinicius e parceiros com melodias, letras e harmonias)
• A arte da improvisação Autor: Nelson Faria (O primeiro livro editado no Brasil de estudos fraseológicos aplicados na improvisação para todos os instrumentos)
• Método Prince -
leitura e percepção do ritmo Autor: Adamo Prince (Considerado por professores e instrumentistas como o que há de mais completo, moderno e objetivo para o estudo do ritmo)
• Método Prince -
leitura e percepção do som Autor: Adamo Prince (Primeira obra completa lançada no Brasil sobre o sistema relativo de solfejo)
• Método de arranjo -
em quatro volumes Autor: Ian Guest (Primeiro método de arranjo editado no Brasil)
• Série SongbooklPiano - Tom Jobim Partituras escritas por Paulo Iobim (30 músicas com melodia, cifra, letra e arranjo para piano revistas pelo compositor)
• Série SongbooklPiano - Francis Hime Partituras escritas por Francis Hime (20 músicas com melodia, cifra, letra e arranjo para piano escritas pelo compositor)