I.WJASON
e
ATHY EANS
Iniciação à História da Ate
A arte mágica dos homens das c a v e a s e d o s p o v o s prim imii ti ti v v o s o
PALEOLÍTICO
Quan and do o hom omem em co com meço çou u a r rar obras de arte? Co Com m o que ela lass se pa parec reciam iam?? O que o in ind dzziu a crárá-Ias? Ias? To Toda da his histó tóaa da a ate te dev devee princ rincipa iparr porr ess po essas as per pergu gun ntas e pel pelaa co confi nfissã ssão o de que não nã o som omo os cap apa aze zess de res esp pon ond dêê-Ia Ias. s. Noss ssos os mais prm pr mtivo tivoss ance a ncesa sais is com omeça eçaam am a and anda a na Ter Ter ra, so sobre bre do doiis pés há cer cerca ca de dois mlhõ lhões es de anos os,, mas só por vo vol la a de seisc isce ent ntos os ml an anos os mais tar arde de é que enc nco ont ntra ramo moss os pr rm me ero ross ind ndíícios do do homem ho mem com como o fabrca fa brcante nte de de ut utensíli ensílios. os. Ele Ele dev eve e ter usad o ute utens nsílio ílios s d dra rante nte tod odo o ess sse e tem em--
po, pos fa pare do comporamento dos símios utilizarse de uma vara para derubar uma bana na ou de uma pedra para arremessá-Ia contra seus inimigos A fabricço de utensíios é uma questão mas compex Antes de mais nada, ex ge a capacidade de pensar em varas ou pedras como "apanhadores de frutas ou "truradores de ossos mesmo nas ocasiões em que não são necessárias para as objetivos Ao toarse ca paz de agr dessa foma o homem descobu que agumas varas e pedras tinham uma foma mais conveniente que outras, e gardou-as para serem usadas fuamente fuamente ele as as cassificou como como utenslios, pos havia começado a assocar forma e funço Agumas dessas pedras sobreviveram; trat-se de grandes seixos ou fragmentos de ro cha que trazem as marcas de um uso repetido para a mesma operação, qualquer que tenha sdo ea O passo segnte dado peo homem foi ten tar desbastr esses utensios com fim específi co, de modo a apefeçar a sua forma Essa é a habilidade mais antga de que temos conheci mento, e com ea passamos para uma fase da evo lução humana cQnhecda como Paeoítco. Arte das cavernas
É nos últimos eságios do aleoítco que teve iníco há cerca de trinta e cnco mi anos, que en contramos as pmeras obras de arte conhecidas
desas; devem ter sido preceddas por mihares de anos de ento desenvolvimento, sobre os quais desconhecemos absolutmente udo À época, a útima Era Gacial aproximava-se de seu fina na Europa, e o clima entre os Apes e a Escandin via assemelhava-se ao cma ata do Aasca Renas e outros grandes herbívoros vagavam pe las panícies e vaes acossados pelos ancestrais dos eões e tiges tiges atuais e por nossos própros ancesas Esses homens vvam em caveas ou abgavamse sob rochas gandes e saentes Muitos desses ocais foram descoberos e os e ditos divdiram os homens das caveas em vá ros gupos dando a cada um dees um nome de acordo com um ocal caractestco Ente eles, os aurinhacenses e madaenanos sobressaem-se como atisas especamente talentosos As obras mais supreendentes do aleotico são as imagens de animais pntdas nas super fícies rochosas das caveas como as da caver na de Lascax, na regão ancesa de Dordogne (fig 4). Bisões veados cavaos e bois estão pro fusamente representados nas paredes e tetos onde parecem movimentar-se com rapde al gns têm apenas um contoo em neo e outos estão pintados com cores brihantes, mas todos reveam a· a· mesma sensação fantástca de vida Mais mpressionante ainda é o Bisão Fedo, no teto da cavea de Atamira, no note da Espa nha (fig 5: o animal prestes a moer está caído mas mesmo nessa sitação de desampao sua postura com a cabeça abaixada é de autodefe sa O que nos fascna não é apenas o agudo sen so de observação os traços segos e vgorosos o sombreado sutlmente controado que confere volume e ntegidade às formas o que talve exs ta de mais fascinante nessa pntra sea a força e a dgndade do anima nos útimos estetores de sua agona Como se desenvoveu essa ate? A quais obje tivos atenda? E como sobreviveu intact por tn
A arte mágica dos homens das c a v e a s e d o s p o v o s prim imii ti ti v v o s o
PALEOLÍTICO
Quan and do o hom omem em co com meço çou u a r rar obras de arte? Co Com m o que ela lass se pa parec reciam iam?? O que o in ind dzziu a crárá-Ias? Ias? To Toda da his histó tóaa da a ate te dev devee princ rincipa iparr porr ess po essas as per pergu gun ntas e pel pelaa co confi nfissã ssão o de que não nã o som omo os cap apa aze zess de res esp pon ond dêê-Ia Ias. s. Noss ssos os mais prm pr mtivo tivoss ance a ncesa sais is com omeça eçaam am a and anda a na Ter Ter ra, so sobre bre do doiis pés há cer cerca ca de dois mlhõ lhões es de anos os,, mas só por vo vol la a de seisc isce ent ntos os ml an anos os mais tar arde de é que enc nco ont ntra ramo moss os pr rm me ero ross ind ndíícios do do homem ho mem com como o fabrca fa brcante nte de de ut utensíli ensílios. os. Ele Ele dev eve e ter usad o ute utens nsílio ílios s d dra rante nte tod odo o ess sse e tem em--
po, pos fa pare do comporamento dos símios utilizarse de uma vara para derubar uma bana na ou de uma pedra para arremessá-Ia contra seus inimigos A fabricço de utensíios é uma questão mas compex Antes de mais nada, ex ge a capacidade de pensar em varas ou pedras como "apanhadores de frutas ou "truradores de ossos mesmo nas ocasiões em que não são necessárias para as objetivos Ao toarse ca paz de agr dessa foma o homem descobu que agumas varas e pedras tinham uma foma mais conveniente que outras, e gardou-as para serem usadas fuamente fuamente ele as as cassificou como como utenslios, pos havia começado a assocar forma e funço Agumas dessas pedras sobreviveram; trat-se de grandes seixos ou fragmentos de ro cha que trazem as marcas de um uso repetido para a mesma operação, qualquer que tenha sdo ea O passo segnte dado peo homem foi ten tar desbastr esses utensios com fim específi co, de modo a apefeçar a sua forma Essa é a habilidade mais antga de que temos conheci mento, e com ea passamos para uma fase da evo lução humana cQnhecda como Paeoítco. Arte das cavernas
É nos últimos eságios do aleoítco que teve iníco há cerca de trinta e cnco mi anos, que en contramos as pmeras obras de arte conhecidas
desas; devem ter sido preceddas por mihares de anos de ento desenvolvimento, sobre os quais desconhecemos absolutmente udo À época, a útima Era Gacial aproximava-se de seu fina na Europa, e o clima entre os Apes e a Escandin via assemelhava-se ao cma ata do Aasca Renas e outros grandes herbívoros vagavam pe las panícies e vaes acossados pelos ancestrais dos eões e tiges tiges atuais e por nossos própros ancesas Esses homens vvam em caveas ou abgavamse sob rochas gandes e saentes Muitos desses ocais foram descoberos e os e ditos divdiram os homens das caveas em vá ros gupos dando a cada um dees um nome de acordo com um ocal caractestco Ente eles, os aurinhacenses e madaenanos sobressaem-se como atisas especamente talentosos As obras mais supreendentes do aleotico são as imagens de animais pntdas nas super fícies rochosas das caveas como as da caver na de Lascax, na regão ancesa de Dordogne (fig 4). Bisões veados cavaos e bois estão pro fusamente representados nas paredes e tetos onde parecem movimentar-se com rapde al gns têm apenas um contoo em neo e outos estão pintados com cores brihantes, mas todos reveam a· a· mesma sensação fantástca de vida Mais mpressionante ainda é o Bisão Fedo, no teto da cavea de Atamira, no note da Espa nha (fig 5: o animal prestes a moer está caído mas mesmo nessa sitação de desampao sua postura com a cabeça abaixada é de autodefe sa O que nos fascna não é apenas o agudo sen so de observação os traços segos e vgorosos o sombreado sutlmente controado que confere volume e ntegidade às formas o que talve exs ta de mais fascinante nessa pntra sea a força e a dgndade do anima nos útimos estetores de sua agona Como se desenvoveu essa ate? A quais obje tivos atenda? E como sobreviveu intact por tn
4. riso de AI/I/a (pintura mral.
c.
000·0000 aC Caverna de Lascax (Dorgne), França
encontra·se próximas ã etada das caveas, ode podeam se vstas (e desuídas) com facldade mas sim em seus recessos mas es cuos tão aastadas da etada quanto possvel Ocultas como estão, nas eahas da Terra essas magens devem terse prestado a um obje' tvo muto mais séro do que a simples decora ção. Na verdade quase não á dúvda de que aziam pate de um tua mágco cuo propósio ea o de assegua um caça em-sucedida. Che 5 Bisão F pia pesre
gamos a essa conclusão não apenas devdo ã sua locazação secreta e aços epresentando lnças ou ddos que apontam paa os amais mas tm bém devido ã oma desodenada com que as magens estão disposas umas sobre as ouras (como a ig 4). Aparetemente, para os omens do Paleoítico não ava uma dsnção muo n ida entre imagem e ealidade; ao reaaem um aimal petendam azer com que ele osse am ém trazdo ao seu acace e ao "mataem a
000-0000 a Aamia Espanha
16 COMO
A ARTE
EÇOU
imagem jugavam te maado o espírto via o anmal. Conseqüentemente, caa imagem só se va para uma vez - após a eaização do rua e mOe, ela estava "moa e poda ser espezada P odemos te ceteza e que a magia am bém funconava. É povável que os caçaoes cu ja coragem havia sdo assm fotalecida tvessem mas sucesso em mata essas feras enomes
com suas amas prmitvas Nem mesmo aua
mente peeu-se a ase emocional desse tipo de
magia; sae-se que há pessoas que agam a
foto de alguém que passaram a odiar.
Mesmo assim, ana existem muits coisas que nos deixam confsos no que d espeto às pin as das caveas Po que esão localiadas em lugaes tão inacessves? E por que tansmitem uma sensação tão maravilhosa e vda? O ato má gco de mata não podeia ter sio praticado com a mesma efcáca em magens menos eas tas? Tave as pnuras madaenianas das cave nas seam a fase final e m esenvolvimento que começou como simpes magia para mata mas que mudou de significao quano os anmas co meçaram a escassea (apaentemente as gan des manadas digiramse paa o noe quando o cma a Euopa Centra ficou mais quente) Se foi assim, o obetivo princpa das pinuas e Las cax e Atamia pode não ter sio o de "mata mas sm o e ciar animais aumentar o seu número Seá que os madaenianos tinham que pratcar sua maga popiciatóa e ferliade nas entanhas da Tea po pensaem que ea fosse uma cos vva e cujo úteo sgem toas as ou tas fomas e vda? Isso auaria a explica o admáve reaismo dessas imagens, pos um a tista que acredita esta realmente riando um anima tem maioes poabiiades e lutar por essa quaiae o que outo que simpesmente podzsse uma imagem para se moa Agu mas as pintuas as caveas dãonos até mes mo uma inicação da oigem essa magia e ferlidade: a foma de um ima feqüentemente paece te sio sugea pea fomação naural da ocha de foma que seu copo coinca com uma
saênca ou que seu contoo siga um veio ou fen
da. Um caçado da Idae a Pera, com a mente repleta e pensamentos sobe as gandes caçaas as quais ependa pa a sobevive mui to provavelmente econheceia ais anmas en-
mente bons em escoir tais imagens adq rissem um status especial e magos-as s e fossem autorzados a apefeiçoar sua caça a ginára, em vez de terem que enfenta os pe
gos e ma caçada veadea até que fnaet
aprendessem a cria imagens com pouco ou nhum ax Jo das f omações casuais.
Objetos
Além da ae as caveas feita em ganes p poções os homens o Paeoltico amém cia am pequenas escuuas do tamanho e ua mão utando-se e osso chife ou pea cor dos com ahaeias ruimenes. Essas escl tuas tamém parecem dever sua oge a semelhanças casuais. Num estágo mais primti vo, os homens o Paleolítico tinham se aead ao coletem seios em cujo fomato naa via uma quaade epesentacona mágica as peças mas minuciosamente raahadas dos te pos posteroes ana eletem essa attd. Assim, a chamada Vênu d Wilndr na Ás tra (fg. 6), uma as inúmeras estaetas da r
. Vélus de
012
1l
Wiludorj c. 15.000-10000 aC Pedra, alra
Muse de Históa Natur Vena
A RTE MÁGIC DOS OMEN D CVRN E D PV PMVO
17
tilidade, tem uma forma arredondada e bubifo1e que pode sugeir um "sexo sagado ova. o
NEOLÍTICO
Na Euopa a arte do Paleoítico assinaa a mais ata reaização de um modo de vida incapaz de sobrevver para ém das condições especiais cria das peos desizamentos de geo da Era Gacia que estava chegando ao fim. Aproximadamente entre 10000 e 5.000 a a Era Paeotica che ao homens fizeram suas meiras e bem-sucedidas tentativas de domestIcar animaS e ver cereas um dos dadeiramente revoucOnarios da história huma na mesmo a tenha se Pa por muitos mihares de anos leoltico haVa nômade de um ca ador e coetQr de onde semeaa, ficando des s caà mercê de de compreender nem de controar Tendo aprendido a garantir sua povsao imentos aavés de seus própros esforços, os homens es beeceam-se em comunidades permanentes nas aldeias; uma nova ordem e discipina passaram a fazer pate de suas vidas Há então uma dife rença bsica entre o Paeoítico e o Neoítico em bora o homem ainda dependesse a pedra como o material de seus principais utenslios e armas A nova forma de vida deu origem a um gande número de habilidades e invenções muito antes
8, O Gade Círuo Soehege Igaea
7. Stonehege. c. 00·00 a Diâmero do ulo: 29,5 m; aa das peras aa do soo 4 m Pae de Sasby Wshe Igaea
J
18 COMO
A HTE
OEÇOU
alterações na maner do homem ver-se a si pró po e ao mundo, e parece dícl acreditar que não encontrassem um forma de exressão na a te Devera hver aqui um enorme cpítlo so bre o desenvovimento da arte que, no ennto, se perdeu smpesmente por que os istas do Neolítco rblhvam com madeir e outos ma terais perecíveis. Uma exceção a essa regr ger é o grande crcuo de pedra em Stonehenge no sul da In gtera (fgs 7 e 8), o mas bem preservdo den te váos monumentos megíticos ou "de grades pedrs Seu objetvo er relgoso; apa rentemente o esorço contínuo necessáo para construí-lo só poderia ter sido matido pea fé uma é que quase termente, exiga que se movessem montahas A esruura inteira é vol tda par o ponto exto em que o Sol se evant no dia ms longo do ano, o que ev a crer que deve ter-se prestado um riul de adoração do Sol Mesmo ualmente, Stonehenge tem carac terísticas maestosas e sobrehumnas, como se osse obr de uma rç esquecda de ggantes Se devemos ou não chmar um monumento co mo esse de rqutetur, é ua questão de defini ção: temos a tendênca de pensar a arquteta em termos de interores echdos e, no enato, temos, tmbém arquitetos paisagists que'pro jem paques e ardns nem poderamos negar aos teatros de aren ou estádios o status de ar quitetua Tavez devêssemos consutar os ge gos antgos que crirm a plavra Para ees, "arqutea signicv lgo mais to que a teura convencon (isto é "construção o "edcação), a esuur diferencida daquea de tipo exclusvamente prático e cotdiano em termos de escala, ordem permanênca ou sun uosdade de propóstos. m gego cetmente chama Stonehenge de arqutetua. E pa nós, também não será dicil fazer o mesmo se com preendermos que para deinr ou artcular o es paço, não é necessário feh-l. S a arquteura é ate de daptar o espço às necessidades e asprçs has então Stonehenge f mas do que preencher esses requstos ARTE PRMITIVA
Exstem penas aguns gupos humnos pra os
mdas socedades pmtvas da Áfrca tropc das Amércas e do Pacífco Sul "mtvo é um palvra inel pos sugere muito erda mente que essas sociedades representam o estado ogina da humndade, o que a fez fcar sobrecarregda por todos os tpos possves de inerêncis emoconis Mesmo assm não exs te outa palv mehor. A ae primtiva, apesr de sua imitada vedde, comptlh um tr maginatva ds ço domnnte ormas d naueza e observa ão cu sa. a preocupação não é com o mundo visíve mas com o mundo nvisíve e inquieate dos esptos. Pr a mente pmtiva todas s cosas são animadas por espíritos poderosos os homens os aimais, as plantas a tera os ios e lgos a chuva o vento, o Sol e Lu odos esses espírtos tnh que ser apgudos, e ca bi à arte propiciar-hes s mordis dequds, prisonndoos dessa om m dessas r mdlhs é a esplêndd e antiqüssma gur d ov Guné (ig 9; essa igur z pate de um grde csse de obetos pecidos sendo que ta ve um ds crcteístics mais persstentes d sociedde primitiv sej a dorção dos nces trs A parte mis mportante de suas foas é a cabeça com seus olhos em forma de conch de ohar xo e ntenso ao psso que o corpo como em tod arte prmtiva em geral foi re dzdo a um mero apoio O pássao que suge por trás da cbeça represent o espíito ou orç vta do ntepassado O movimento de quem es tivesse prestes voar, em contrste com igi de da igur human, consttui um imagem d gande orça e estrnhamente fmilr pois noss trdição tmbém ncu o "pássro d ma da pomba do Espírto Santo ao lbtro do Veo Minheiro, de modo que nos descobimos regindo a uma obra de arte que, à primer vis ta tnto parece enigmátca quato dvergente d tudo que conhecemos Máscaras e vestuário
Ao idar com o mundo dos espírtos o homem primtvo não seatsfaa apenas com os a ou oerendas dante dos obetos com os qus captrava os seus esptos recisva repre sentr sus relações com o mundo dos esprito
RTE MAGIC DOS 10ENS S VENS
E
OS POVOS RITVOS
9. F i gura Msculin om 1m Pá sar Rio Sepik, Nova Guiné. Séclo XIX-XX Madera atra: 122 Arte da Uivesdad Washingn, S. Louis
disfarçando-se com máscaras e vestes de confec ção elaborada. Nem mesmo aualmene desapa
m.
19
Coleção de
no ca aval. As másca as com ceteza const em o capí lo s fé til d e mt bé
20 COM ,\
A RTE
O ,OU
1 Máscara da egião de Bamenda, Camaões. Século XX-XX Madeia altua: 67 m Museu Rietbeg Zrique (Coeção E. vd Heydt)
1 L Mscara da penínsua de Gazele Noa Beanha. Século XIX-X Casca de mdeia alua 45 m Museu
acional de Anopologia, México
cotiham elementos sigiosos, cudadosamete matidos fora do acace dos ão-iciados. Es sa êfase sobre o misteroso e o espetacular ão apeas itesificava o impaco emocioa do ri tua mas tamém icetivava os criadores de máscaras a esforçaremse por obter ovos efei tos de modo que em gera as máscaras esão meos ligadas à tradição do que outras formas de ae primiva. O exempo da fgura 10 mos ra a smetra do deseho bem como a precisão e a exadão do eahe caracteíscos da escul ura afrcaa. Os traos da face humaa ão fo ram reorgaizados; foram por assm dzer rees tturados com as imesas sobracelhas arque adose sobre o restate como se fossem uma coetura de proteção A soidez dessas fomas adquire uma evidêcia surpreedete quado obsevamos os traços fludos e assustadores de uma máscara da ha de Nova Bretaha o Pa cíco Su (fig 1), que pretede represea o es pírio de um aimal mais exatamee um crocodilo. Ada mas estraha é a máscara es qumó do sudoeste do Aasca fg 12. Os deta lhes que o ãoicado é capaz de idetificar são
1 Mscaa esuimó do sudoese do Alasca nício do século X Madeia alua m Museu do Índio Ame
icano, Fundaão ee, ova Yok
A ARTE MÁGICA DOS HOENS A AVNA E O PO 'R
apenas o úico olho e a boca chea de detes. No ntto, para aqueles que sabem "le esa mo tagm de foas ata-e da epesetação co desada de um mto tba a epeto de wn ce que impele a baea baca em deção aos ca çadoe
Pitura
Compaada ã escuua a pntua tem um papel subalteo na ociedade pmtva. Emboa ba tate uda paa cooi ecuua de madea ou o copo humao à veze com deenho oa mentais complexos ela ó conseguu e fima como ate depedente sob condições excepcio nai. Asm as tibo idígea que habitavam o ádo sudoete dos Etado Undos desenvol veam a ae em pecedete da ptua em aea (fig 13). técnca que exige uma abli dade codeáve cote em deama ocha ou tea em pó de váa coe obe uma su pece a de aea pea (ou tavez po cau
sa do fato de essas pitas seem imp maetes e pecisaem se efeis a caa ova aão os deehos ão igooete a dicoais; ão também batte abtao como qualque deeho de foma fixa que eja ite mavelmete epetido. Podemos compaa as composçõ à ece pec lo médico que upevioa ua execução po pae do pto po as pta em aea ão usadas esecalmente a cemõias de cua. ossa utação atesta muto bem o quato eas es õe ão plea de uma gade itedade emo cioal tato po pae do médico quato do paciete. Uma ião ou mesmo às ve a dentdade tão vice ete o cedote o c adeo e o a podem se atmete de dfcil compeeão. Mas paa o homem p mtivo tedo cua a atea s suas e cessdade atavé da magia t as ês ções devem te paecido apectos dieete de um memo poceso. E o uceso ou acasso desse poceo ea paa ee ltealmete uma quetão de ida ou de moe.
3. Pintura ritul sobre ara para ma crança dt (Navaho), Azona
#-
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. J"
21
Arte para os mortos - Egito Com muita reqüência, ouvimos dizer que a his tóa se inicia com a invenção da escrita, há ceca de cinco mil anos. Trata-se de um marco conveniente, pois a ausência de regsos escrtos ceamente constitui uma das difeenças unda menis entre sociedades histórcas e pré-histór cas Obviamente, a pé-história foi tdo menos um peíodo pobre e eventos: o cinho que vai da caça à agcultua de subsistênci é longo e áduo O iníio' da história então, signifca um súbito aumento da veocidade dos eventos, a pas sagem de uma marcha enta para uma macha acelerada Veemos também que significa uma modificação quanto aos ips de eventos oderamos definir a préhistória coo a ase da evolução hmana drnte a qu o homem, en quanto espécie, aprendeu a sobrevve num meio ambiente hosti t suas reaizações eram respostas às ameaças de extinção ísica. Com a domestica ção de animais e o cultivo de plantas alimentí cias, ee havia ganho uma batalha decisiva dessa guera Mas a revoução que vai da caça à agri c de sbsistência colocou-o em um nível no qual ee podia muito bem te pemanecido inde finidamente e em muitas pates do gobo o ho mem deuse por satisfeito em permece i. No entnto em agns ugaes, o equio da so ciedade pimitiva foi peubado po uma nova ameaça ciada não pea nareza, mas peo pró po homem a competição pelas teas boas paa pastgem entre as tbos de pastoes, ou por solo aável entre as comnidades agcoas Tal sia ção podia se esovida de duas omas a guera consante entre as tbos podia reduzi a popula ção, ou as pessoas podiam unir-se em unidades sociais maiores e mais disciplinadas para a eai zação de esfoços coletivos (tais como a constr ção de fores, epesas ou canais de gação) que nenhuma sociedade bal pecaamente o ganzada tea sido capaz de eaiza Conitos dessa espécie surgiam no vale do Nio do ige e do Eufates há cerca de seis mi anos, e a pressão po eles crada foi siciente paa po du u novo tipo de siedade, mto mais com
anteiomente Literalmente essas soiedades fizeram história; não apenas deam orgem a "gandes homens e grandes feitos, mas tmbém fizeram com que eles se toassem memoráve. Paa se memorável um evento deve ser ago mais que digno de ser embrado deve ocorer com uma apidez suiciente, que he pemita ser apeendido pela memória do homem Os atos péhistórcos eam lentos demais paa tanto A pair de então, os homens passaam a vve num mundo novo e dinãmico onde sua capacidade de sobevivência não era ameaçada peas foças da natueza mas pelos confitos sugidos no seio de uma mesma sociedade ou devidos às validades entre sociedades difeentes sses esfoços paa enentar seu meio ambiente humano mostraam ser, paa o homem, uma ameaça muito maior do que a sua luta contra a natureza A invenção da escrita oi uma realização in dispensáve oginára das civizaçes histórcas do gito e da Mesopotãmia Não conhecemos as ogens de seu desenvovimento, mas deve ter consmido vos sécos depois que as novas s ciedades já haviam superado seu estágo inicia A históra já estva em andamento na época em que á se podia fazer uso da escita paa o egis to dos eventos históricos A civlização egpcia tem sido há muto tempo consideada a mas go rosamente consevadoa de que se tem notia. Há aguma vedade nessa concepção pois os pa dres básicos das instituiçes, crenças e ideais a tísticos egípcios omaram-se entre 3000 e 2500 a.C. e o continuamente refrmados nos dois mil anos seguintes, de tal orma que toda a ae egpcia à primeira vista tende a paece uni forme Na verdade a rte egpcia oscila entre o consevadorismo e a inovação, mas nunca é es tática. Agumas de suas maioes eaizações ti veam uma inuência decisiva sobe a Gécia e Roma Desse modo, podemos nos sentir ligados ao gto de cinco mil os aás por meio de uma tradição viva e contnua. A história do Egito divide-se em dinastias de sobeanos, de acodo com o antigo costume egp
14. O P Raholep
Sl
Essa Nofr.
c.
2580 C Ccái intd, u: ,2
m
M g, Ci
2I
COMO"
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OEÇU
pouco antes de 3000 a.C. Essa forma de ontar o tempo históo expime simteamente o for te senso de oninuidade egípio e a mportânia avassaladoa do faraó (e), que no ea apenas o regente supremo, mas também um deus To dos os es af1am reina em nome ou pela ga ça de aguma autordade sore-humana (é isso que os toa superoes aos hefes bais); o fa raó os tansenda a todos sua eaeza não he ea delegada de ima, mas era asouta e dina. Nâo saemos exatamente omo os prmeros fa raós frmaam sua petensão à dindade mas sa emos que moldaram o ale do No num estado efiene e orgina e aumentaram sua fetidade aaés do ontroe das indações anuas das águas do ro o que foi posse gaças à onst ção de dques e anas Atualmene não eise úno emanesen e dessas obas púbas Nsso onheento da iiiação egpia asea-se quase que inteira mente nas sepuas e no seu onedo já que estou muito pouo dos angos paláos e ida des egípos. Isso nâo é aden pois essas se puas foram onsídas paa duaem paa sempe. odaia os egpos não enaraam a da nesta tera essenalmene omo um am nho para a sepultura o seu o dos mortos é um elo de gação om o Peíodo Neolítio mas o sgfiado que he deram era toamente isen o daquele medo somro dos espírtos dos mo os que domina os primitos uos dos anesas. Pelo ontráio sua ade era a de que o homem pode oter sua pópra fedade após a mote eqpndo sua sepJa omo ma espée de répla sombia de seu ambente oti dano paa o pzer de seu espto o ka, e asse guando que o esse a e um oro para hata (seu própro adáer mumifado ou o mo substtuto uma esáua de s própio o ATIGO IMPÉRIO Escultur
No iníio da hisóia egpia este uma oba de te que é amém um doumento hisóio: uma paleta de adósa que eleba a itóa de Nar mer ei do Ao Egito sobe o Bao Egio a
15. Palei do Re Naner de Hieracômpols. c 3000 a.C Arósa, atua: 0,64 Mse Egíp ar
tesos da ae egípia. Mas antes de nos ou pamos dees "leamos pmeiro a ena O fato de semos apazes de fazêo é oura ndação de que deixamos a ae pmtia para tás, pois O sigfiado do releo oa-se aro não apenas dedo às ndiações herogfas, mas tamém ataés da egadade aonal do desenho N me agarou um nmgo peo abelo e está pres es a maáo om sua aa outos dos nimgos ados esão ooados na pae nfero (a pequena foma eangua próma ao da esque da epresenta uma idade fofada). Na pae supeior à direita emos uma partíua omple a de esrta ptogáfa um faão sobre uma moa de papro segura a oene presa a a aeça humana que rese a pat do mesmo soo da plana Na erdade essa imagem epete a ena pnipa a níe smbólio a aeça e o papo repesenm o Bao Egio enquanto o faão ooso é Hóus o deus do Ao Egito. Ntidamente Hóus e Narmer sâo o msmo um
26 CO\lO A ARTE OMEÇOU
17. Pirâmide em egau monumeto fueáio do ei Zose, Sakaah
semehanes, mas que apenas em algus casos sobeveu compleamene intacto. A co mais es cua do corpo do píncipe no tem uma impor cia individual; ratase da forma padonizada de pee masculina da ate egipccia Os ohos foram embuidos em quarzo blhante para o náos o mais vivos possível e a quaidade de rerato dos rosos é basane acenuada Arquitetur
Quando nos refeimos à aitude dos egpcios pa ra com a moe e a imoralidade, devemos er o cuidado de deixar clao que não nos refermos ao homem médio mas apenas à pequena casa de aristocaas que se agrupava ao edo da core rea. Ainda há muio po aprende sobre a ori gem e o significado das sepuas egpcias, mas o conceio de imoralidade que efeem apaen emene aplicavase apenas aos poucos privilega dos devido à sua associação com os faraós imorais. A foma padronizada dessas sepuuas era a masaba um úmulo de foma trapezoidal recobero de ioos ou pedra acima de uma câ mara moruáa que ficava bem abaixo do soo e
c.
50 a
átua do moto. As mastabas reais chegaram a acançar um amanho admiável e logo tans fomaam-se em pirâmides A mais aniga é, provavemene a do ei Zose (fig 17) em Sak karah uma piâmide de degraus que' sugee um agrpamento de masabas, por oposiço aos exemplos poseroes de Gizé, mais panos e reguaes. As piâmides no eam esttwas isoladas mas ligavamse a imensos disros funeáros com empos e outras edificações que eam o cenáio de gandes celebrações reigosas tano duante quanto após a vda do faaó O mais eaborado desses distitos é o que se enconra ao redor da pirâmide de oser: se cado, Imhotep, é o pi meiro atista cujo nome a históia egistou, e o fez merecidamene, uma vez que sua obra ou o que dela resa causa enome impessão ain da hoe A aquiteura egpcia havia começado com esruuras feitas de ioos de argia, madei- ra, unco e outos maeiais eves Imhotep usou a peda alhada, mas seu repeóo de foas ar quitenicas ainda reee foas e esquemas de senvolvdos dune aquea fase anteor. Assim, descobmos colnas sempe "presas, em ve
AKTE AKA os MOKOS - E(,IT 27
para dar-lhes uma rsstêni dcio M o própIo fao d qu ss sgtos avam pr dido su ução origal pmiiu qu otp eus arquitto os rpro jtsm d modo a f a-
zer com que e pretsem a um novo e x -
propósito (ig. 18). O dnvolviwnto d pâmd atng u pon-
v
to culminnte durnte a Quat Dnsta, n f -
os tíade de grandes pirâdes e Gzé (fg. 19), tods ea com conhecid f om regulr e plan. OIgnalmene, pouí um revestento exteror de pedr cuiddosente polid, que desapaeceu exceo próxmo o topo d pirãde de Quéf en. A gupd o redor ds tê grandes pirãmide há vári outras enores, e um gnde núero de atabas par mebro da
fmi r to ofi o dstrto urá ro fdo d Zosr toou poívl um orga zção simp; à vol d ad um d gd prâmds, a dirçào lt xst u mpo furário a prir do qua u ho lvdo proiol od um gudo m po u ívl ror, o val do No, a u ditâi proximd d 1600 ros Próximo o mplo do v d gd prâid, d Qué , tá Grd Efg supd roh viv (fig 20), tvz um orpofção d r z div d ms imprssiot do qu s própras prâmids A bç ra, qu surg do opo d u âo, va-s u tur d 20 mtro t, uo provvlmt o trço d Quéfr (o trgos l iligdo o m pos âmio ora obsuro o dt d
18 Meias·colua papiriformes, Paláio do Norte, Câara Fnerária o Ri Zosr, Sakkarah, . 2560 a
f) Su mpro majsd é qu mi os as rd, podi sr vst omo um m g do dussol. prdito m l ai ggs a rtram o apogu do podr do fós. Após o téro da Qurt Ditia (o d dois séulos dpo d Zosr) ua mi form dos, bor pirâd d proporçõ b mi mod otu a r ostuíds O mudo v att avdo-s à pl viâo ds grds pirâmids, b o o om s pros éis qu ls rprs-
19 irâis e Miqios (c 470 a.C.) Qéfr (c 500 a. Qéo (c. 530 a), Giz
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ARTE PARA OS MOROS - GITO 29
Pátio e pilone de Ramsés I (c. 1260 a.C.) e colunaa e páio de Amenhop (c 390 a, Templo de Âmon
Mu-Kon Lxor
outro vestblo com piastras aém dos quas se encontra o templo propriamente dito Toda essa seqüênca de pátos vestbuos e tempo era oc tada por atos mros qe soav o tempo do mdo eteror Com exceção da monumena fa chada, ma estrutura desse tpo é projetada pa ra ser aprecada a partr de seu nteror; os fiés comns ficavam confinados ao páto e podiam apenas maravih-se com a floresta de counas que protegam os recessos escros do sanuário. O espaço entre as colnas tinha qe ser peque no pos ea supoavam as traves de pedra (ln téis) do teto, as quas tnham que ser peqenas, para evitar qe as conas se passem sob se própio peso odavia, o quteto expoou cons cientemente essa limitação, fazendo as counas bem mas pesadas do que precsavam ser Em reslado, o obsevador sente-se qase que esma gado por sua gandosdade. O ef eto de ntmidação é ceamente mpressionante, mas também m anto vulgar qando comparado às prmeiras obras-prmas da arqtera egípca. Basta-nos comparar as colunas papif ormes de Luxor com suas antecessoras d e Skarah (ver fig. 18) para percebermos qão pouco do gênio de Imhotep
anda soree aq
Akhenaton Tutncâmon
dotes de Âmon ansformaram-se numa casa de tamanha riqueza e poder qe ao re só se toou possível manter sua posção caso aquees o apoassem. Um faaó admirável Amenhotep IV tentou derrbá-los proclamando sa fé em um únco deus Áton, representado peo dsco do So Mdou se nome p khenaton, fecho os tem pos de Âmon e sfeiu a cap pa um novo loca Sa tenava de coocarse à frente de uma nova fé monotesta, no entanto não sobrevve ao se reinado (137-1358 aC e a orodoa fo rapidamente restarada so ses scessores Drante o longo peodo de decnio do gito, após 1000 a.C, o país passo a ser cada vez mais dirigido peos sacerdotes, até que, so do mnio grego e romano, a cvlação egpcia che go ao fm, em meio a m caos de dounas regosas esotéricas Akhenaton foi m reoluconáio não apenas em sa fé mas tamém em sas preferêncas ar tístcas, incentiando conscientemente um novo eso e um novo deal de elea. O conaste com o passado fica admiravemente caro em m re trato em axo-reeo de Akhenaton (fg 22); comparado com as oras no eslo adcon (er fg 15, essa caça parece, à prmeira vsa a cacatura ru com seus aços esranhamen te desfgrados e contoO snosos e excess vamente enfátcos. Anda assm podemos perce
30 LOM A
ARTE
C�IEÇl
. kzealon (menep IV c. 165 a c alcário, altua: 8 m. Museus do Esado, Belm
Rainha Nefrit c 1 ac alá atur: 5 m Museus do stao erlim
3 uma das obras-prmas do "estilo de Aena ton. O que caracteia esse esto não é tano um
on, Tancãmon, como apaece em seu aaúde de ouo evea um eco do estlo de Aenaon (fig 24). Tutancãmon ue moeu aos 18 anos deve oda sua fama ao fato de seu úmo e sdo o únco descoeo em nossa ea com o seu conteúdo intaco_ O smpes valo materia do úmuo é nacedáve (Só o aaúde de oro de Ttancãmon pesa 11,5 kg) Paa nós o aca bamento reunado do aaúde, com o espên ddo jogo de ncsações coodas em contrase com as spefíces de ouo poldo é ainda mas mpressionane
maior realsmo, mas sm m novo sendo da fo ma ue poura abranda a mobilidade radico nal da ae egpcia; não apenas os contoos mas também as fomas pásticas parecem mais maeá· ves e suaves antgeométrcas por assim dize A atiga adção regiosa fo apdamente res aada após a more de Aenaton, mas as no vações aístcas qe ee ncenvo anda foam sentdas na ate egpca por m ongo período de tempo Mesmo ó oso do sucesso de Aena-
Templos, palácios e cidadelas o antigo Oriente Próximo e o Egeu MESOPOTÂMIA É um fato estranho e surpeendene que o ho
mem tenha sugido à luz da históa em dos lugaes difentes e mas ou menos na mesma época. Ente 3500 e 3000 a.., quando o Ego estava sendo un icado so b o domínio do faraó,
outa gande civiização sgu na Mesopotãm a "tea enre os ios. E, por aproximadamente tês miêos, os dos centos rvais mantiveam suas caacteístcas dstntas emboa enham es tado em contao desde os seus pmórdos. As pessões que foçaram os habtantes de ambas as egões a abandonar o padã de vida comu nitária pré-hisóica podem muto bem er sdo as mesmas Mas o vae do Tigre e do Eufrates ao conrário do vae do Nio, não é uma estreta aixa de era éti potegda por desetos; pae ce mais uma depessão arga e rasa com poucas defesas naturas, fácl de ser invadda po qual que dieção. Dessa foma, a egião mosouse quase de ser unicada sob um mes hstóra políca da Mesopotâ mo ma antiga não apresenta um tema subjacente tal como o caráte divno da eaeza que exstia no Egto; as rivaidades ocais as nvasões estr geras, a súba ecosão e o guamente súbito co lapso do poder mlia é que constuem a sua subsânca Mesmo assim houve uma admirável contnudade das tadições atscas e cuturas que, em gande pate sâo cação dos antepas sados que undaram a cvlização mesopotâmica aos quais chamamos de suméos, a par de Su méra, nome da região pró xima à conf luênca do Tigre e do Eufates, onde vvam.
A oigem dos suméos continua obscura. Um pouco antes de 4000 a.C vieram da Pésia para o su da Mesopoâmia fundaam agmas cida des-estados e desenvolveam sua escita con undve, em caactees cneiformes (em foma de cuha) sobe pacas de agia Infezmente os emanescentes concretos dessa cviizaçâo sumé ia sâo muito escassos quando compaados aos
do Ego devido à fata de pedras os suméos só consuíam em madeia e tijoos de agia de modo que quase nada de sua aquteta sobre vveu, eceo os aiceces Tampouco compa havam com os egpcos a preupação com a vda após a mote, emboa agumas sepuuras sunuosamente tabahadas tenham sido encon tradas na cdade de U. osso conhecimento da civiização suméa depende muito poanto de fragmenos asuais ncusive de um gande número de abees de argia com insciçes trazidos à luz por meo de escavaçes Aprendemos também o suciente, nas útimas décadas para podermo� foma um quadro gea das reaizações desse povo vgooso ca tivo e dscpinado Cada cdadeestado suméa tnha seu pópio deus oca que era seu "re e dono. Espeava se que ee, em troca, defendesse a causa de seus súdtos unto às outas divndades que contoa vam as orças da natureza, tais como o veno e o cma, a feridade e os copos ceestes A co mundade também nha um digente humano o procurador do soberano divino que asmta as odens do deus A popriedade dvina ambém não ea tratada como uma fcção regos supunha-se que o deus possusse iteamene não apenas o tertóo da cidade-estado mas também a oça de rabaho da popuação bem como os seus poduos. O resultado era um so casmo teocático, uma sociedade panejada que se centava no tempo Ea o con toava a do rabalho e o recurso§aa a consução de epe sas ou ão aém de ecada e das coheias Tudo sso exgia que se mativessem muciosos egistos esctos azão pea qual as pmivas inscições suméas atam pincipamene de asstos eco nômicos e admnistrativos emboa a escrita fos vlégi d
do
25. O "Te Tem mpl plo o Br an c an co o e seu zigu igurate rate.. Uuk (at (atu ua en ene War ka) a) 30 00 0· ·0 000 aC aC 26 Pata do "Templo Baco" e (seguo H. Fankfor)
su
ziguae. Urk
Arquiteura O pape dominante do templo como centro da
exstência espirtal e física é admiravemente re pesetado peo esquema das cdades sumeria nas. ma áea sagrada que era um vasto coli co do não apeas o ntáros mas tmbém oficinas e amazéns, em como oao bas. No centro,ma plataformas logo chegaram à altra de vedadei ras montanhas feias peo homem comparáveis às piâmides do Egto pela imensidão do esoço requedo e por seu efeito de grandes marcos elevado-se acima da pancie sem maiores ele vos. São conhecidas como �igs mis fa moso deles, a Toe de Babel bblica foi com petamente desído mas um exemplo muio aterior conso anes de 3000 aC e po
o, város séc sécu ulos ma mais is ve vellho do que a pri prim meir eiraa dass pr da prââmid mides es exst exste e a ada da em em Wark Warkaa, o l o loca ocall da cidade sumeaa de U (chamada de Erek na Bíbl íbliia). A ee eev vaçã ação, o, com sua suass pa parrtes tes late laterais rais em deci eciv ve ref orça rçad das por sólid ólidaa al alv vena enara ra de ti tijjolos olos
34 CO M MO O.' ARTE CO M ME EÇOU
eleva-s -se e a uma a ra de 12 metr tro os; escadas e
am amp pas le leva vam m até té a a pla laa ao orrma na na q qu u fic ficaa o sa sanntá t áio io,, chamado de "T "Te emp po o Branco por causa de seu exte terrio iorr de ti jolo joloss caiad ados os (f ig ig s. s. 25 e 26) 6).. Suaas pes Su esad adas as par ared edes es,, art rtiicu cula lada dass por sa aiiên ênccias e ree een nrâ rânc ncia iass sep epar arad adas as por espaços re reg ga a ees enconra ram m-se su sufc fcie ien nte tem mente be bem m pr pres ese ev vad adas as para su sug g err al alg g o da aparênci cia a o i ig g inal inal da estr tru u t a a. De Deve vem mos ve verr o zig ga atte e o te tem mplo como um c co onj nju unto to:: todo o comple lex xo é pla lan ne a ad do d de et forrma que o f iel, fo iel, pat tiind ndo o da base da esc sca adai ia a do ado le lesste, vê vê--se f orç orçad ado o a pr pro oss sse egu guiir em cír culo ulos, s, acom ompa pan nha ha do do tod todo os os vote teio ioss do cami mi-nho nh o at atéé alcan cança çarr o salã alão o pn nccipa ipall do te temp mpllo. O caminh cam inho o proce ocesssio sion nal em outa utass pa paavr avra as, embra uma espécie de espiral angulosa Essa abor dagem de eixo inclinado é uma caractestica udamenta da aquitea reigiosa da Mesopo tmia, em contraste com o eixo simples, em li nha reta dos tempos egípcios.
Escultura
A imagem do deus a quem o emplo Branco" era ded dedica icado do foi perdid perdidaa pro provav vavelm elment ente, e, traavase de Au, o deus do céu. Outros tem pos também nos eg a obras de estaára em pedra como o gupo de figuas de TeU Asmar oserr. pirãm mide de Zose âneo o da pirã mporrâne ontempo ig. 27), conte (f ig. A figura mais aa represena Abu o deus da ve getação; a segnda figra maior é uma deusa mãe e os dems são sacerdotes e iéis. O que dierencia as das divindades não é apenas o a maho mas o maior dimeo das pupilas de seus olhos embora os olhos de todas as figras sejam eno1es Seu insistente olhar fixo é enatizado por incrustações coordas. Pretendia-se que o sacerdote e os iéis se comicassem com os dois deuses através dos olhos. Represenção aqui tem um significado muito direto: acreditavase que os deuses estivessem estivessem presentes em suas 1a-
Estáua do Templ de Abu, TeU mar c 00·500 a.C Mámore alua alua da imagem ma ma ala: 0,6 m Mueu d Iaque, Bagdá e niu Orena niveidade de hiag
27.
TEMPLOS, 'ACIO CDE
ges e as estátuas dos fiéis inham a fução de subsiir as pessoas que reraavam. No ea to, ehuma delas é dcativa de quaquer e tatva de alcaçar uma semelça dvdua os corpos bem como os rostos são goosmete esquemácos e smpfcados para evitar que a aeção se desvie dos oos as "jeas da ama. Se o setido da forma do escuor egpco era esseciamete cúbco o dos sumeaos baseava se o coe e o cidro: braços e peas têm a otdidade de ubos, e as ogas saias usadas por odas as fgas mosram cuvas tão podas e reges que parecem ter sdo lavadas por m too Mesmo em épocas poserores, quado a escultra mesopoâmica hava cegado a um repeóro de formas muo mais amoiosas, essa caracesica voa sempre a reafrmarse A simplificação ccocildrica das estátuas de Te Asmar é caracerística do escutor que trabaha lapdado suas formas a patir de um boco sóldo Um esto muto mais fexve e rea sta predoma etre a escuura sumeraa que foi feita por adção e ão por subração (isto é modelada em maea macio pa ser dida em broze, ou que resua da combação de subs âncias dversas, ais como madea, foa de oo e lápsazúli) Agmas peças desse úimo tipo mais ou meos coemporâeas das fgras de Tel Asmr foram f oram ecoradas ecoradas as sepras de r às qua quass á fizem fizemos os referêc referêca a Icue Icuem m o fascate objeo mosrado a fgra 28, um su poe de oferedas em foma de um bode empi adose por rás de uma ávore em floraçâo O ama maraviosamee vvo e forte em uma força de expressão quase demoaca ao oos por ere os ramos da ávore simbólca E talvez assm seja pos é cosagado ao deus amm represetado assm o prcpo mascuo da aureza Essa assocaçâo de aimas com dividades é remaescete dos empos préisórcos; âo a ecoramos apeas a Mesopoâma mas am bém o Egio (ver o falcâo de Hós a fig 15). O que cracea os aimas sagados dos sumé rios é o papel aivo que represeam a molo ga Ifezmee grade pae desses fatos e radições âo cegou aé ós de forma escia mas agus reces fascaes podem ser ob represeç seçs s pcócas is como as que dos em repre do de uma
_
O \NTGO OUI! OUI!)" )" .; �KOXMO O GU
as
dois ouros com cabeças umaas era um ema âo popuar que seu deseo oouse uma ór mula rgorosamee smérica, mas as ouras seções mosram aimais reazado agmas refas humaas de uma forma viva e precisa o obo e o eâo evam ameos e bebdas para um baquee vsve equato o aso o urso e o veado cudam da apresetação musica (a apa é o mesmo tipo de smeo ao qua o paie esava lgado Na pate de bao um omem escopâo e m bode caregm gs objetos que retraam de um grade vaso O atsa que cou essas ceas estava muito meos preso a regas do que seus cotemporeos egos embora ee também crie suas figras sobre uma base de li has geométrcas ão se cosrage em usa por as fomas ou reduzr as dmesões das fguras segdo a perspecva No eato devemos er o cudado de âo terpretar errada err adame mee e o seu ob obe evo vo - o que pode pode surpreederos como algo delcosamete umorstico provavemee era feio com a ieçâo de ser vso com seriedade Se peo meos coecêssemos o coexto em que esses aores desempehavam sus papéis! Nâo obstate podemos vêos como os pr meros acestras coecdos da fábua em que ervêm amais rracoais persof cados, que mas tarde oresceu o Ocdee de Esopo a La Foae Bablônia
Após a metade do terceiro mêo aC. os ab aes semicos do ote da Mesopotâma dr gramse para o sul em mero cada vez maior até que toaramse as umerosos que os su mérios. Embora team adoado a cvzação suméria esaam muo meos presos à adçâo do sociasmo teocráco foram ees que geraram os prmeos digees mesopoâmicos que se re feam abeamee a s própros como res e or aram púbca a ambição de coqusar os seus vzos. Poucos foram bemsucedidos o seg mêo o a. fo um perodo de dsúrbos qua do mê se epos Sem dúvida euma a maior figra da época foi Hamurab sob cuo goveo a Babilia oouse o cero cur da Meso poâma Sua reazação mais memoráve é seu
36 COM" ARTE MEÇOU
Bde e Árvore.
TEMPLOS, PAclOS E CDADES
_
O ANIGO ORENE ÚMO E O EGEU 37
0. Pae speio da paca de peda do ódigo de Hamu·
abi, c 7 a Dioia, aua da paca 2,3 m; aua do eeo 1_ Muse do Loe, as
em estátas coradas pea meade Por essa a ão o esculo fo capaz de zer os ohos de tal forma que podem ser vstos de todos os lados. Hamuab e Samash olamse com uma foça e obetvdade que a lembrar as estáas de Tell Asmar (ve fig. 27), cuos olos enomes ndcam uma tenaiva de estabeece a mesma reação en te deus e homem numa fase aneror da cvl zação mesopoãmca
Assíos 29 Caixa sonora de uma harpa. Beume com icrustações
de concas; ala: 0,21 m Mue da Univesidade de Fadéfa
na Ele o fez gavar em uma grande paca de pe dra, em cuja pate supeior vê-se Hamuabi def rontando-se com o reisol Shamas (ig. 30). O braço dreto do re esá egudo num gesto de
As descobeas aqueológcas mas abundantes daam da tercera fase mas mportante da hisó ria mesopoãmica aquela entre cerca de 1000 e 500 a que foi domnada pelos assíos. Esse povo expandra-se entamene a pti da cdade estado de Assur no curso supeor do gre até dominar o pas neio No apogeu de seu pode o Impéo Asso estendeu-se da península do Sna aé a Amna. emse afimado que os as sos eram paa os sumeianos aqulo que os
38 COMO
A A "TE
MEÇU
1. A Lo Ferid, de Ninve. c. 650 aC Cacáro, altura da fgra: 03
caacteísticas distintivas. Gande pate da ae assria é dedicada a glorifica o pode do ei, seja atavés de representações minuciosas de suas conquistas militares, ou do soberano sendo mostrado como matador de eões Essas caçadas eais eam combates cerimoniais (os animais eram sotos de jauas no interio de um quadra do fomado po soldados com escudos onde o ei voltava a epesenta seu antigo papel de pasto supemo que mata os predadoes que ameaçam o rebanho comunitáio Nesse paicular a ae assíia atinge nveis exaordos, especialmen te nos esplêndidos relevos de Nínive, que mos am cenas de caçadas de leões Por estanho que possa parece as mais belas imagens dessas ce nas não são o rei e seu séquito, mas os animais Ao doá-los de f oça e coragem magníficas, o es cultor enatece o rei, capa z de mata advesáios tão podeosos A L F e d (fig. 31) é admirá vel não apenas pelas gradações sutis da supe í cie esculpida, que expme toda a f orça e voume
m.
Museu Btânc Lndres
Nebabilônis
Império Assio foi deubado po uma inva são do este aquela ocasião o comandante do exército assíro no su da Mesopotãmia pocla mou-se rei da Babilõnia; sob seu goveo e o de o
seus sucessores, a velha cidade teve um breve e deradeio f lorescimento ente 612 e 539 a.C., antes que f osse conquistada pelos persas. O mais
conhecido dentre esses govenantes "neoba biônicos foi Nabucodonoso, o constutor da Torre de Babel Ao contáio dos assíios os neobabiônicos usavam ti joos co zidos e esmatados em suas consruções, pois f cavam muito distantes das fontes de la jes de peda. Essa técnica também havia sido desenvolvida na Assíra, mas era agoa usada em muito maio escaa, tato pa ra os omentos de superfí cie quto paa os re-
levos arquitetônicos. Seu ef eito cracteí stico f ica evidente no recinto sagrado do Poral de Ishtr de Nabucodonosor, na Babilô nia que foi recons
TEMPLOS, r 'AÁCIS E ADELS
_
ANG RETE I"NÓXJMO E EFl.
39
de tijolos modelados deno de uma estrutura de faixas oamentais de um vivo coloido tem uma gaça e vivacidade muito disates da are assí ra. Aqui pela última vez, sentimos novamene aquele gênio especial de que era dotada a ae mesopotâmica antiga para a represenação pic tóica de animais PRSI
A Pérsia o altiplano cercado de montanas ao leste da Mesopoâmia tem a origem de seu no me no povo que upou a Babiônia em 539 a, oando-se herdeio daqilo que havia sido o Im péo Assírio Atuamene o pas camase Irã seu nome mais aigo e mais adequado uma vez que os persas, que coocaram a área no mapa da istóia mundial oram retrdatros que só ce garam à cena alguns séculos antes de terem dado incio às suas conquisas memoráveis Con tinuamene abitado desde os tempos pris óricos o Irã parece er sdo sempre o caminho de entrada para tribos migratóras das esepes asiáticas ao note bem como da Índia ao leste Uma vez que as trbos nômades não deixam mo numentos pemanentes ou registros escros só podemos rastrear suas peregrnaçõs através de um esdo cuidadoso dos obeos que enteavam utamente com seus motos Tais obetos de madeira osso ou meta representam um tipo especíico de ate móvel a que damos o nome de equipameno do nômade: armas freios para cavaos veas ecos e outos objeos de ador no xcaras bacias etc que êm sido encontra dos numa áea muto grande da Sibéia Euopa Cenra do Irã à Escandinávia Possuem em co mum não apenas uma concenração de desehos oamentais que azem lembrar óias mas am bém um repertóro de oas coecido como ti animals. Uma da ontes dese estilo parece ser o antigo Irã. A caracteísica prncipal do es-
tilo aimaisa como o nome sugere é o uso de
corativo de motivos animais, de uma foma basnte abstrata e imagnativa. O oameno de hase (fig_ 33) consiste em um par simétco de bes moneses com pescoços e chires extrema mene aongado; suspeitmos que, orginalmente, fossem seguidos por um par de leôes, mas os seus copos foram assimilados peos dos bodes,
2. Portal d shta (restauad). da Babilõnia,
c.
575 ac
Tijlo smalad Mss d Esa Blm Orntal
Aqueêd
Após conquisar a Babiônia em 539 aC Ciro assmiu o tto de "Rei da Babilônia jtn1en te com as ambições dos goveantes assrios O impéro que ele undou coninuou a expandirse sob seus sucessores; tano o Egto quano a Ásia Menor caíram em seu poder e a Grécia escapou por um tiz de er o mesmo destino. Em seu apo geu sob Daro I e Xexes (523-465 aC) o Im péro Persa oi muito maior do que o de seus anecessores egpcio e assro juos Aém do mais esse imenso domínio durou dois séculos oi deubado por Alexandre o Grande em 331 a.C e durante a maior parte de sua existência oi goveado com eiciência e maganimidade É quase milagroso que uma obscura tbo de nô mades tena cegado a anto Em uma única geração os persas não apenas dominaram a complex máquina da adminisação impeal co mo também desenvovera ua arte monumen tal e de admiráve oignalidade para expresr
TEPLOS, )/\ÁCO E DAD
3. Sala de audiêncis de Drio Pespoli
c.
_
NIG REE RÓXMO 'GE
41
500 a
pmitva: o foato sem reevos e cuneioe do copo, o pescoço fote e em foa de couna e o escudo oval e clnado do oso, ode o úico traço marcae é o narz alongado e em orma de cista No etato, deno desse tipo rigorosamete dendo e esáve, os ídolos cicadeses apresenam eoes varações de escala (de al gus cetmetos ao amaho arl) bem como de foma Os melhoes dete eles, como o da fga 35, apesetam um efiameno disciplado totamene aém das caracterscas da arte pimtva ou da Idade da Peda. Quato mis estudamos essa peça mas nos damos cota de que suas qualdades só podem se descitas em temos de "elegância e sofiscação, po mas adequados que as emos possam pa ece em nosso cotexto. É exaordináia a per cepção da estua ogâica do corpo que se ota as cuvas delcadas de seu conoro e nas
Arte minóica
A cvzaçâo mióica é sem dúvda a mais rca bem como a mas esanha do mudo egeu O que a cooca à pare, âo apeas do Egito e do Oiene Próximo, mas também da cviizaçâo Cássca d Grécia, é uma faa de coniuidade que paece ter causas mais prondas do que o mero acdente aqueoógico Ao eina as pin cpas reaizaçes da arte mióica, não podemos r ealmente falar de cescimento ou desevol-
vimento; eles apar ecem e desapaecem tâo ab upamente que seu destno deve te sdo deeado por forças exteas - mudanças sú bas e violenas que afeavam toda a lha so b e as quais pouco ou nada sbemos. No entato, o caráe da r e mnóia, que é alege até memo brncalhão e cheio de mov meto rtmco, ão
dá ehuma indicação de as
42 COMO A ARTE EÇOU
craam não apenas o seu própro sstema de escrta, mas também uma civiização ubana cen ada em váos gdes paácios_ Peo menos ês dees Cnosso Festo e Mália foam constídos com apidez e sem problemas. Quase nada so brou, aente desse súbto fxo de const ções em gande escala pois todos os ês palácos foram destídos ao mesmo tempo, por vota de 1700 a.; após um ntervalo de cem anos no vas esttas ainda maiores começaram a sur gir nos mesmos locas, pa seem desdas, por sua vez po vota de 1500 aC São esses "no vos paácios que constituem a nossa prncipa fonte de infomação sobre a arquitetra mnó ca O de Cnosso, chamado de O Paácio de Mi nos ea o mais ambcioso compreendendo uma vasta área e composto de tantas dependências que sobreviveu, na enda gega como o abiinto do Mnotauo oi cuidadosamente escavado e parcalmente restaurado Na arqutetura do ed fio não havia nehm esfoço no sentido de efe tos monumentais e unificados. As unidades individuais são em geal bastante pequenas e os tetos baxos (fig 36), de modo que mesmo as partes da esttura que tinham váios andaes não podiam ter paecdo muito atas Não obs tante os inúmeros pórticos escadaias e cha minés de ventiação devem ter dado ao paáco um aspecto umnoso e arejado agns de seus inteioes com suas paredes sunuosamente de coradas conservam sua atmosfea de eegãncia intmsta até os dias de hoe. A constrção de avenaia dos paácos mnóicos é exceente em todos os sentidos mas as colunas eram sempre de madeia. Emboa nenhuma delas tenha sobe vivido sua foma caacterística (o uste de colu na sem eevos, encmado por um captel ampo e em forma de almofada) é conhecda a pat de repesentações em pintura e escutura. Nada po demos afirma sobre as orgens desse tpo de couna que em alguns contextos poda também ter a fnção de símboo reigoso também nada sabemos sobre as possíveis gações com a ar qutetura egípca. Depos da catástrofe que desiu os paácios mais antgos e de um sécuo de lenta recupera ção houve o que paece a nossos olhos uma exposva expansão de iqueza bem como um ncemento galmente admrável de energa ca
TEMLOS. 'A,ÁCIOS E CADELAS
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O ANTGO RN "{ÓXIO U 43
36. Aposnto Rinh, Pláio de Minos Cnossos Cr 1500 ac
mais "naraisas que outrora cobram as pa redes dos paácos novos sobrevveram apenas em foma de pequenos ragmenos, de t foa que raramene podemos er ma composição comple , muo menos o desenho de uma parede ne ra. Muos deles eram cenas da naureza que mosravam anmais e pássaros em meo a uma vegetação xuane A vda marnha (como po de ser viso no afesco com o pexe e o gofinho na fgura 36) era tamém um dos emas favor os da pinura mnóica, e uma percepção das cosas do mar ambém mpregna do mas; po demos até mesmo sen-a no Afresc d Toueiro, o maor e mas dinãmco dos mras minócos até hoje recuperados, ambém do Paláco de Mnos fg. 37; os rechos mais escuos são os fragmen os orgnas nos quais se basea a resuração). \0 lo convenconal não nos deve engar: o que vemos aqui não é uma ourada mas um ogo ri em que os paicpantes salam sobre as cos s do amal Dois dos aeas de cinras esbe
um anima sagado e de que o sao sobre os tou ros nha um apel muito impoane na vda re giosa minóca; cenas como essa anda ecoam na lenda gega dos ovens e vrgens sacrfcados ao Mnoauro Se, no enano tenarmos er o afresco como uma descção do que remene aconteca durane essas apresenações acháIa emos esranhamente ambígua As rês igras mosram ases sucessivas da mesma ação? Como o ovem ao cenro chegou às cosas do touro e em que direção esá s movendo Os edos chegaram mesmo a consular especiastas em rodeos sem que ossem obidas resposas cla ras para essas questes Eas não sgnficam que o aisa minóico fosse medocre seia absdo culpáo por aquilo que ele anes de mas nada não preendeu fazer mas que a facdade de movimenos fluidos e sem esorços ea para ee, mas mportante que a precsão factual ou força dramática. Ee por assm dzer dealizou o tual, ao enatizar seu asp to har-
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COMO\ nTE OMÇOU
37. "/s do Tui, do Paláci çe Mnos. Cosso, rea, c 15 ac Altura: 0,62 �Iuse Arqueológo Herako e[a
0.
(luo a faxa supeo)
Arte mcênca
Ao longo das praias o sudeste do coninete gre go exstia, à época do Período Heládico Recee (c 1600-100 a.) um grade úmero de povoa ções que correspodem, em grande pare às da Cea minóca Essas povoações tambm aru pavam-se ao edo dos palácos Seus habaes passaram a ser camados de mceneses a par t de M iceas, a mais mportante dessas povoa ções Como as obas de ae ali desenteadas evelavam, mus vezes, um caráe suee denemee móco, pesouse a prcípo ue os mceenses aviam vdo de Ceta mas aua mee consenso gea que descedam das pi mvas bos gegas que avam eado no país ogo depos de 2000 a Po cerca de uatrocetos aos esse povo a
ca e agumas amas de boze or vola de 00 aC, ereato começaam subtamente a en errar seus mortos em túmulos em forma de úes profudos e, um pouco mas tade, em cãmaras ccas de pedra, conecdas como ú mulos em forma de colméa. Essa evoução ai gu seu pono culmnante po vota de 1300 a.., com esuuas tão impressonanes uao a ue se vê a figua 38 constda em camadas c cêntcas de bocos de peda coados com pe csão. Seu descobrdo acou ue se aava de uma consção ambcosa demas paa se um úmulo e deu-le o nome engaoso de "Tesouo de Aeu. Sepultuas assim eaboradas só po dem se encoadas no Ego duae o mes mo peodo.
TEMPLS I)AÃCIOS ADAS
38. Interior d Teur Are, Mias,
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O ANTIG RINT RÓX
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ca. Os palácios no continente erm foralezas no alto de colinas, cercdas por muralhas deensivs de enormes bocos de pedr um ipo de consção bsnte desconhecido em Creta A Pora dos Leões em Micens (fig 39) é o remescente mais impressionane dessas enomes foaezas que inspirram an dmiração os gregos dos empos posteriores que eles as con sideravm obras dos Cíc10pes uma raa mtica de giganes de um olho só). Ouro specto da ot dos Leões esrano à radição minóica é o gande reeo em pedra cim da enrada. Os dois leões deando um colun minóica simbólica êm um majesde usera e erldica. Sua
39 A Por o Lõ ie,
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funão de guardiães da pora seus corpos ten sos e muscuosos e seu deseno siméco sugerem novament uma infuência do antigo Oiente róimo ess altura podemos lembrrnos da Guerr de Trói imoaizd n Ilíad, de Homero ue rouxe os micenenses à Ási Menor logo pós 1200 C; prece provve enren que começarm ir rés do Egeu pr o comércio e a erra muito antes disso.
Arte grega
As obras de ate que conhecemos até agora são como estranhos fascinantes; apromamo-nos de las com plena conscênca de seu contexto mpe netrável e das "diculdades de inguagem que apresentam_ No entanto, assm que chegamos ao sécuo VI a. na Gréca nossa atude passa por uma transformação: sentimos que esses não são estranos mas estamos gados a ees por algu ma forma de parentesco são membros mais ehos de nossa própra famla Será também conveniente lembrar ao votamonos para esses nossos ancestras que a tradção nntepta que nos lga aos gegos antgos é tanto uma an tagem quanto uma desantagem: ao eaminar mos as obras gegas orgnais devemos ter o cudado de não pemitr que as embranças de suas ncontáes mtações posteriores se nter ponham em nosso camno Os mcenenses e outros gupos de ancestrais comuns descrtos por Homero oram as prime ras trbos que aavam gego a aguear pea pe nínsula por volta de 2000 a Mais tarde por olta de 100 aC outras eram trunando e absorvendo as que já se encontravam al Dentre os que chegaram posteriormente os dóros es tabeleceramse no contnente outros os ônos espalaramse pelas lhas do mar Egeu e pela Ása Menor guns séculos mas tarde, aven turaramse peas águas do Mediteâneo ocden tal, fundando colônas na Scla e no sul da Ita Embora os gegos ossem undos pela n gua e crenças regosas, as elhas eadades tr bas contnuaram a diidlos em cdades-estados A tensa idade eistente ene eas por ques tes de poder riqueza e status sem dúvida est mularam o desenvolvmento das déas e istiçes no fa, enretanto pagam caro pe a sua ncapacdade de fazer acordos e conces ses, pelo menos o suficente para ampliar seu conceto de gerno do estado A Guerra do Pe oponeso (431-404 a) na qua os espartanos e seus aados venceram os atenienses foi uma
PINTURA Estilo geométrico
A ase de formação da clzação gega abrange cerca de quatocentos anos de c 1100 a 700 a Sabemos muto pouco dos trs primeros séculos desse peíodo mas após 800 a, os gegos sur gem rapdamente ã pena lz da históia Esse e rodo também testemunhou o desenomento total do mas tgo estilo caracterstcamente gego nas artes plástcas o chamado estlo geo métrco Só o conhecemos na pntura em cer mca e na esctua em menor escala (a qitetu ra monumenta e a escura em pedra não apa receram até o sécuo VII a) Incimente a ce
0. Vaso de Dipyln. Século II C Atr: 1,8
M Metopolta Ate Nov Yk (Rogr Fun) m.
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12. Psíax rh Enmgo Lo c Nué (del t ·)
ARTE GE 9
acdentes hisóicos, pelos quais demonstravam poco ineesse antes de c. 500 a O enfoqe pincipal esava em expica a razão pela qual os lendáios heóis do passado paeciam incompa ravemente mais gandiosos do que os homens do momeno pesene Algns eram figas his tóricas inclsive Hércules que foi ei de Tiin to mas acediava-se que odos descendiam dos deuses os quais de caracerísicas ambém as tante humanas inham filhos com os mortais Essa descendência explicava os poderes exaor dináros do heói Essa perspeciva ajda-nos a compreender o ote apelo que os eões e mons
os oientais execiam soe a imaginação ge ga Hécles, em sa ua, aznos ema do heói na caa de ressonâcia da hapa de U (e ig 29). Amas s oras mostam um heói pe ane as oras iais desconhecidas corpoica das peas teríveis crauas míticas. Da mesma oma o leão de Neméia pestase a enfaiar o pode e a coragem do herói
Figuras em vrmlho
Psax deve e sentido que a écnica das iguras
43. O Pintor de Fundição. Lpita e o Cenauro Iteio de u vaso áco de fguas em emelho eríodo aaio 0·80 aC Diâmeo: 0,8 m Mseu Esadual de Atigüidades, uiqe
50 CM A AlE CMÇU
em pre reo o c co om ênf ase ase na si ihu hueeta ta to to ava va o o es sd do do escoço ex re rem mamente dif í íc i, pois e eto tou u um pro rocced edim ime ento in inv ver ersso em alg lgun unss de seu euss vasos, deix de ix and ndo o as ig iga ass em ve verm rmeeho e pre reen encche hen ndo os esp spaaços vazi zio os do fu fun ndo. Essa éc écn nic icaa da dass i i-gua ass em vem meeh ho o grad adu ual alm mene subs sit iti iu u o veh ve ho o méto tod do, por vo aa de 500 aC Su Suaas va van na a-gens estão bem demons nstr trad adaas na fi fig gura 43, um c lic ice e de c. 490-480 a de um mes se desconheci do c ha ham ma do de o Pi ior de Fundi diçã ção o Os deta ahe hess do Lápi ia a e do Cen ena au uro são agoa li vre rem mene r ra açados com o pin incce, em vez de labor oriios osam ame ente ent ntalh alhad ados os,, de t fo foa qu que e o ati tissta es esá á mu muito ito men enos os pr pre eso à vis visão ão em per erf f i i do que ae erio riorrmene; ao co contr ntrári ário o, exp xplor lora a as linh inhas as de co com munic ica açã ção o in inter terna nass, que lhe pe perm rmiitem mos osa me mem mbr bros os em um uma a pe persp rspecti ectiva va e ju juss posi pos ição cora j josa osass, de detalh talhe es pr precis eciso os do doss a a jes (oserve-se a saia pregueada) e expressões aciais neessanes Ee es ão fascinado po esses no vos eeios que fez as figras do tamanho máxi mo que põde. Eas parecem quase irompe de sua modura cicua e uma pae do emo do Lá pia chegou mesmo a se corado O Lápia e o Cenauro são conrapares de Hércues e o leão de Neméia Mas do mesmo modo que se aerou o esio, mudou amém o significado desse combae: a pinura agoa repre sena a vitóia da civiização sore os báraros e em útima insância do compoene moral e raciona do homem sobre a sua aureza anima
Estilo clássico
De acordo com as ones ieráas, os atistas o po porr ncio ve inci e te teve que ico qu lásssico o Clás íodo Peíod egoss do Pe gego g çoss na avan nço rand des ava m gran fizeram a..,, fizera volla de 480 a.. vo spaçço nio do espa omí í nio messmo ao dom ndo me egan a, chega ntur tura pin pi is ou ou uais aram mua esa e, não es ene zmen a. Infel Infeliizm ista sionist iusion iu ida-eaccida fim mar a vea confi ittam con perri aié éis que nos pe pai sua pr óporr su próso,, po va aso em v ra em p intra ão; a pint gação; legaç desssa le de de duzir o novo rod epro a capaz de ep era ezza, só er at te a n na pi ia a muirma form ico de uma fo óico ictó o pict aço spaç o de esp eio ncei conc co s ons e con que v asoss qu im,, há vaso ssim mo ass esm ar.. Mes entar iment dim to d irif f iissso é ve veri a; is ga; eg esssa e o a es ceção iu uem uma ex ceçã i os,, o s asos ciaa de vas peci espe o es ipo do num ip tudo cável sobetu ), usados ão), o de unção leo a óle paa ross pa aro na (cn os (c ios écci é am eram es va soss er sses vaso riaas. Ess rári nerá un as u en como of een
ahar com caea e pape otendo incusive os mesmos eeitos espaciais O undo branco em ambos os casos é tratdo como um espaço vazio a parir do qual as omas esquematizadas pare cem sugir sugir caso o arisa arisa saia como oer oer a eeio Não eram muitos os pinoes de écios capzes de cri essa iusão Admráve ente eles oi u arisa descohecido cognominado de Pi or de Aquies que desenhou a muher da figura 44. Nosso principal ineresse é a hailidade ma gstral; com poucos aços seguros vivos e ui dos, o arisa não apenas ca uma igura rdimensional mas também revea o corpo por sob o dapeado das oupas Como ee consege nos convencer que essas ormas exsem em pro fundidade e não apenas na supefcie do vaso? Anes de mais nada, pelo seu domínio do es corço Mas a "dinãmica inea das nhas é iguamene impoane, sua ampliação e desva necimeno que fazem com que algns taços soessaiam arrojadaene enquato ouos fn demse ene si ou desapecem no ndo ranco
4. O Pintor de Aqules. Vao co com fno brac (etalhe) eíoo clásso 440-43 aC la: ,4 Coleção pala
ARTE GRE
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45. A Btalha de Iso ou A Balha Alxanr cnra s Pa Cópia romana, encontrada em Pompéia d uma pnra helenísica. Moaco 2,72x512 m Mus Nacioal áols
Consderando suas vantagens atísticas, pode íamos esperar que a técnica do undo branco tivesse tdo acetação mas geral. No entanto não fo esse o caso Pelo contráio a patr de meados do século V, o impacto da pnura mo numenl nsfoou gradumente a pntua em vasos como todo em uma ate susidiáia que tentava reproduzr as composções em maor escala através de uma espéce de estenografia diada pelas própras lmações de sua técnica. Podemos fazer uma déa de como era a pnura grega em paredes a partr de cópas e mtações ardas. Por exemplo, o mosaco de Pompéa que mostr a Btalha d Isso (fg. 45) provavelmente reete uma famosa pnura gega de c. 315 a. que retraa a deroa do rei persa Daro por Ale xndre, o Grande. A cena é muto mais compe x e dramátca do que qualquer cosa da arte grega primtiva, e pela prmeira vez mostra algo que reamente aconteceu sem as nsnuações sim ólcas de Hu Es1ngn o Lo de Ne ou do pita e Cntauro. Por sua natueza, e até mesmo pela sua apaência, aproxima-se dos relevos assros que celeram acontecmentos s tóricos especfcos.
dentifcadas desde os tempos romanos antgos com a cração das três ordns arquitetõncas cás sicas: a dórca a jônca e a cornta Dentre elas, a dóca pode muto em ser consderada a or dem ásica, sendo mas antga e mas exatamente defnida do que a jônca; a coínta é ua vriante da última O que pretendemos dizer por "ordem arquitetônica? O termo só é utlzado com rea ção arquiteura grega (e udo que dela provém) e com propedade, pos nenhum dos outros ss temas arqutetônicos que conecemos já produ zu qualquer cosa comparável Talvez o modo mais smples de esclarecer o caráter único das ordens gegas seja este não exste o que se pos sa camar de "templo egpco ou "igreja góti ca os edfcos edfcos considerados considerados soladamen soladamente te por mas coisas em comum que possam ter, são tão diversifcados que não podemos ear dees um generalza ralzado do ao passo passo que o "templo dó tipo gene co é uma entidade real, que se foma nevta velmente em nossa mente ao eamnarmos os monumentos. absação não é nauramen te, um deal que srva de parãmero para avaa mos o grau de peeção de um determnado templo dóico sgnfca smplesmente, que os elementos dos quas um templo dóico é compos
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ORDEM DÓRICA
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famOia claramene idenificável; mosram uma conssência inerna e um ajuse mútuo das pares que hes conerem uma caracerísica única de inereza e unidade orgânica.
7 Planta horzoa d um tmpo ggo íco gudo Ginn)
rdem dórica Jere·se às paes pa consindo o exe bsevemos as rs dvsões principais na gra 46: a paafor ma em degaus, as coas e o enabameno (ue incui udo o ue se apóia nas counas) A couna consse no fse, consiudo por seções ambo
Acma da arquave icam o fs e a coja No lados mas ongos do emplo, a coja é oizon a nas paes mas baxas (ou acadas) é dv dida de orma a abgar o ronão nre sas
ARTE GREGA
básicas de todos eles são ão parecdas que será út estudá-as a partir de um projeto "ípico ge ra (fg 47). O núceo é a cea ou jOS (a cãmara onde fcava a imagem da divindade) e o vesíu lo (rol1aos) com duas counas fanqueadas por pasas Em gera por uma quesão de simetra, há um segundo vestíulo por tás da cea. Nos templos maiores, essa unidade central é cerada por uma fileia de colunas (a colunata ambém chamada de peristilo Qual a origem do empo dórico? Suas caracte ísticas essenciais já se haviam estabelecido por vota de 600 a. mas como se desenvoveram e a razão pela qua se crstalizram ão rapidamen te em um sistema contnua sendo um enigma para cuja soução conamos com muo poucos ndíios coniáves A idéia de que os tempos de veam ser constdos em pedra com um an de número de colunas, deve ser proveniene do Egio; as meiascounas com caneuras de Sak karah (ver fig 18 sugerem foremente a coluna dórica É verdade que os emplos egpcos desinamse a serem vivencados a patir do in terior, enquano o emplo gego é disposo de tl fora que a parte exerior tem maor mporãn ca (as cerimõnas regiosas em gera eram rea zadas ao ar vre, dante da fachada do empo) Mas não poderamos ntepretar um empo dó rco como o vesuo com conas de um san táro egpco pelo avesso Os gregos também deviam ago aos mcenenses vmos um ipo eemenr de frontão na Port do Leão e o cap te de uma colna micenense é muto semelhan te a um capitel dórico (compre com fig 39) Há, no enanto, um terceiro fator: até que pono a ordem dórca pode ser compreendida como um refleo das estas de madera Nossa respos a essa dfcil pergn dependerá de acrediarmos ou não que a forma aqetõnica seve a ma fn ção e a uma técnca ou de aceaos a luta pea beeza como uma força motvadora É pos sível que a verdade esteja numa combnação de ams as aordagens No iníco, os arqutetos dó rcos certmente imtavam, em pedra, algus característcas dos tempos em madeira no m nmo porque eas servam para identifcar a cons tção como um tempo Mas sua consagração na ordem dórc não foi devda a um cego con seradosmo à época as formas de madeira ha viam passado por uma transformação tão
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Pesto
D as construções greg as anig as aq u lustr ad as a m as velh a é a B asílica em Pesto (fg. 48, ao fundo); perto dess a cid ade do s ul d a Itáli a, um a colõnia greg a foresce u d ur ante o Peí odo Acaco. O Templo de Posedon (fig. 48, em primero plno) foi co nstruí do aproxm ad amene cem os m as arde. Em q ue diferem os dos tempos? A B asílica p arece baixa e em um aspeco pes ado - e não apen as pelo des ap arecimento do teo ao p asso q ue, em comparação, o Tempo de Po sedon parece to e compacto Em pae, rata se de uma dferença psicológca cada peo de senho das conas que na Baslica são mais acentadamente cuvas e afiladas em direção a uma face superor relatvamente pequena Isso dá a mpressão de que eas se deformam, devdo ao esforço de arcarem com o peso da superes rura e que os remaes mas esguios embora reforçados pelos capitéis em fora de amfada etremamente bojudos quase não dão cona de sua fnção Ess sensação de peso foi eplicada com base na egação de que os qutetos do Pe rodo Arcaico não esavam toamene familiari zados com seus novos materas e técnicas de engenharia, mas ta ponto de visa avaia a cons tção peos padrões dos templos mas recentes neglgenciando a tdade epressiva da cons tção como se essa fosse um organismo vivo, a mesma vitldade que ainda senimos no Kou ros Arcaco (ver fg 51) No Templo de Poseidon as cuvas eageradas foram modficadas isso combnado com um n fieirameno mas próxmo das colunas faz te ral e epressivmente, com que as tensões entre os apoios e o peso cheguem a um equilrio mas harmonioso Tlvez devido ao fao de o arquite to ter corrido menos rscos, a constção esá me lhor preservada do que a Baslica e a sensação de repouso independente que ea nos transmite a toa comparável Her (ver fig 52 no cam po da escuura
Atenas
Como a re az aç ão m ais pefeta do Peíodo lássico da arq uietra greg a, o Patenon (fig. 49) dá Lm1 p asso além em dreção à integd ade h aro-
54 CM
A A
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8. O Tmplo d Poseidon (ro ao), c. 460 a a "Baslca fundo), c 5 aC. Psto Iáa
trído em Atenas, então no apogeu e sua glória e poder, proporcionou-lhe o mehor em temos e pojeto, mateia e mãodeobra. Apesar de seu tamanho maior, parece menos compacto do que o templo mas tigo; peo contráro, a impres são domnante é e um equíio gracioso e apra zíve Uma uminosiae gera e um reausta mento as proporções são responsáve por essa mpressão: as caeras hozonts acima as co unas não são tão largas em relação ao seu com primento a estrutura do frontispício projetase menos insistentemente, e as colunas, além e serem mais esguias, são eparaas por espaços mais amplos A curvatura das colunas e o alar gamento cõnico dos capitéis são também iscre tamente redidos, somano-se ã nova impressão e natraae. Em ve de assemelharse a um Atas arcaco, esforçanose por sustentar o pe so e um mundo colocado sobre seus ombros, o Partenon transmite uma sensação de repouso. Requintes moderados e linha e proporção reas mas não imeiatamente aparentes somamse à mpressão gera e ma exve vtaiade os ee mentos horzontas como os degaus, não são re tos e fazem uma lgera curva ascendente em reção à seção central as colnas incinamse
Esses desvios intenconais a estta regaiade geométrca não são fetos por necessiade dã nos a certeza vsua e que os pontos e maO! pressão estão fmemente apoiaos e també proporcionam um contra-esforço Pouco epois, o Propleu (fg 50), um gan caminho de acesso foi consto na colna re guar e acientaa que é necessáo subir pa chegar ao Partenon É fascinante vefica os eementos habituais da orem dórica fora aqui aaptados a um objetvo totamente diferete e a um teeno difíci. O arquteto cumpiu no· bremente o seu dever: não só o camnho de aces so ajusta-se à coina ngeme e acidentada como também a trasforma de uma ue passagem e tre as rochas em majestsa abetura mo ao precnto sagrao acima
rdem
jônica
Próximo ao Propileu encontase o pequeno e ee ante Templo de Atena Nke (fg 50 à ireita) exibndo as mas eegantes proporções e os api tés em volutas a orem õnica O desenvovi mento anterior a orem é conheco de forma
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49 Ictinos alícrates. O Panon (visa do lado o), Arópol Atas 8-32 aC 50. O Proplu vista do lado ot), consto po Mnésicls 37-32 a o Tmplo Atna Nik part spror, ado drto), 72 ac, Arópol Atnas
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do muito mais fleível do que a ordem dórica No iam todas em perfeta haonia ("Perfeito era Peodo Pé-Clássico, as úicas estruturas jõ um conceito que sigif icava tato pa ra os g eg nicas no continente grego havam sido os peque quato "eteo sigiicava para os egíios). En nos tesouros constídos peos estados gegos do tão, os homens eram capazes de ciar unidades este em Defos, em seus estilos egonais. Con orgàicas, não pla mtação da atu ez nem seqüentemente os aquitetos atenienses que de inspiração divia, mas sm atraés de um pojeam ncio odem õnca po vota de 450 a to Assim, seus templos paecem quase vivos. consdeam-na adequada em prcípo paa pe Obtveam esse trunfo pincipalmente por quenos templos de pojets mais smpes Uma expressarem as f orças estuturas atvas nas dessas construções é o Templo de Atena Nike edficaçes No Peodo Cássco, epesses tant provavelmente constrído de 427 a 424 a, a de o a pti de u pojeto preprado po Caícrates v plos dóicos quanto nos jõnicos tiveram ote anos antes Sua caracteística mas surpeen poçôes tão exatas que sua oposção criou o efei e dente é a cluna õnca, que diere da dica e um eei
(ESCULTRA
ARTE GHE(,
con iente do bloco de pedra origna; as shue tas delgadas e de ombros largos a posção dos brao com as mãos ceadas a postua com a pea esqueda avançada a ntepretação enfá tica da óua do oelho e a ondação do cabeo do ovem grego semehante a uma peca e ao adoo que os faaós usavam na cabeça. Jugado segundo o nível de eazação eípco o exempo gego acaco pece um nto desajedo - sim· plif cado em ecesso rí gdo, menos próxmo da natureza. Mas a esttua gega tem agumas vtudes que não podem ser avaliadas em teros epcios Em pero ug não es pesa a uma parede Em toda a hstóra da ae não há exem plos anteoes da ousadia de um escuto em ibeta uma figa em tamanho naua com petamente desvnculandoa do boco de pedra circundante O que sem dúvda começou como uma tímda precaução conta a quebra dos ba ços, ou a desntegação das peas sob o peso do corpo toouse uma convenção Aqu no entan to o ast escupu cada pedaço da pedra "mo ta com exceção das pequenas rtcuações que gam os punhos às coxas Não se taa smpes mente de ousadia técnca mas de uma nova intenção: para o asta grego era mpotante dissociar sua estátua d matéria nerte paa aproxmase mas e mehor do ser vvo que ea epesen Ao contáro de Mquenos a quem paece ser pOSSíve fca na mesma posção até o fnal dos tempos o Kouros é tenso, com uma vlidade que paece ndcatva de movimento O oha calmo e dstante do píncpe egípco fo substtudo o ohos maioes que os eas e ex emamente abeos que nos fazem lembra da prmtva ae mesopotâmca (ve fg 27) Esátuas como a do jovem Kouros foram podu das em g de quantidade duante o peodo arcaico, destnadas aos túmulos e ofeendas para o templo. Como os vasos decorados do período, as delas eam assinadas ("Fno me fez"); mas ninguém sabe com certeza se representam deuses, doadores ou campeões de jogos atléticos Uma vez que pouco vaiam em seus componentes ess ncis adoaos o ponto de vs segndo o q l se destinavam a epesenta um deal - um homem com caacteístcas dvi nas ou um deus com caacteístcas humaas. São as f gas asc inas que mostam melhor a novações que dão à esculta gega suas ca-
57
51 (à esquerda) Jom de pé (Kls) c. 600 a. Máre, altua: 186 Muse Metpitan de Arte Nva Yk (Fletche Fd 932) 5 dieita Hr, de Sa 0· a.C e alta 3 ueu d Lue Pai
tavam nvaiavemente vestdas saias e xales preenchem os espaços vazios que toam tão ca o o contraste ente a escutura gega e udo o que antes dea exstu Não obstante a Kore, como é chamado o tpo de estáua emnna mosta mas varações que o Koos Essas va ações devemse em pae s difeenças locais quanto vestimenta mas o dapeamento em si colocava um probema - como estabeece sua elação com o corpo e os aistas resolveram no de vas fmas A Hera fig 52), assm cha mada devdo ao seu tamaho impessonante e por te sido encontada nas nas do Templo de
58 COMO A ARTE OÇOU
do o movimento crcuar contínuo e ascendente das pre gas nferores do da peado o oo segue de moradamente pela suave curva dos quadrs, do
orso e dos seos. Se voltarmos ã f gura 16, num reance perceberemos que a es posa de Mique nos com uma anatoma muito ais ex plícita parece, em com paração pesada e sem vida. A vrgem da gra 53 assemeha-se de váias maneiras à H era de Samos: de fato ela prova-
vemente veo de Qios, outra lha da Grécia jõnca. A grandiosdade arqutetõnica de sua ancesral cedeu lugar enão a ma gaça deco
ratva e requnada Os tra jes ainda ondeam ao redor do corpo em curvas snuosas mas o com plexo ogo de dobras e pregas oouse quase um im em si mesmo O cabelo da virgem rece beu um traamento semehane e o oso em uma expressão suave quase natral o chama do "sorso arcaco Escultura arquieônca
3. Vilgem de Quios (1) c. 20 a Mármore, altu: , m Muse e Acópole, ens
sas, com as pre gas da banha a rindo-se em le que so re uma base circuar parece terse desenvolvido a parr de uma cona e não de um boco retan guar. Mas o ef eo ma jestoso da estáta não depene tnto de sua pro ximdade com
Quando os gegos começaram a constr seus empos com pedras toaram-se ambém er deiros de uma anqüíssma radção de escuu ra arqutetõnca. Os egípcios cobriam as paredes e aé mesmo as conas de suas consções com reevos mas essas esculturas eram ão rasas que não tinham volume ou peso própos As figuras dos gardiões da Pora dos Leões em Micenas são de um tipo dierente (ver fg. 39): embora se jam escupdas em alo-relevo numa aje enome essa aje é na e leve, comparada aos bocos c cópcos ao seu redor Ao constuir a porta o arquieto dexou um rãnguo vzio acima do ln te emeroso de que o peso da parede acma a esmagasse e então preencheu esse espaço com o pane em relevo. Essa es péce de escutra arqueõnica consti uma entidade à pare, e não sm plesmente uma modif icação na su perfíce da parede. Os gre gos segiram o exem po mcênco - em seus tem plos, a esculura em pedra res n ge-se ao fronão (o "riân glo vazo ente o teto e as laterais em declve do ehado) e à pate medatmente acma dele (o friso") - mas con
se ram a rqueza naratva dos relevos e gípcios O Combate entre Deuse s e Gig ant (fg. 54), pate de m iso, é eito em f orma de ao-relevo acen tuado, com pomenores toalmente se paados do
,lUTE "UEGI
59
54. O Combate lr Duss Gigant. Pate do friso noe do Tesouro dos Sifnos. Defos, c 3 a Mámore lta: 66 m Mse de efos
espacias dessa técnca arrojada; a borda sae e da pare inferor trasformou-se em uma pla aoma sobre a qua são colocadas as figuas em profunddade À medida que elas se afasam de ós, a escultura oase mais rasa e o eta o, em mesmo o pano mais distate desapare ce o fudo O resuado é u espaço conde sado mas muito covncente que permie uma iteração dramtca enre as figuras como nu ca se viu ateriormene Não apeas o setido físico mas também expressivo conqustouse aqu wa nova dimensão Entretanto, o reevo foi completamete aban donado na escultura em frotão. Em vez dsso encontramos esátuas sparadas colocadas ado
a lado em seqüêcias dramáicas e compleas com o obetivo de austaremse ã esttura rian guar O gpo mais ambicioso desse tipo, o do frotão leste do Templo de Egia, foi crdo por olta de 490 a levadoos assim ao estgo final de evolução da escuura arcaica As figu ras foram ecoradas aos pedaços sobre o solo e esão agora a Glyptothek de Munque Entre as mais impressionanes est o guerreiro caído no cano esquerdo (fig 55), cuo corpo magro e musculoso parece maravilhosamene fucona e orgãico Todavia sso em s não expica a sua gade beea, por mais que possamos admirar o domíio que o arista tem da forma umana em ação O que reamene nos impressiona é a sua
55. Gu r/, do foão se do empo de Egia. c 0 C moe comimeo 183 m Gioeca
de Miqe
60 LM
A
A�TE n'Mçl
nobreza de espíto, seja na agonia da moe ou no ato de matar Sentmos qe esse homem está sofrendo - o levando a cabo aqlo qe fo determnado lo destno e o fa com ma dg ndade e detenação extaordnáas o qe n é transmtdo pela própa sensação das fomas magfcamente fes das qas ee se compõe
lái Mtas vezes as cosas qe parecem smples são as mas dfes de realzar Os esctores gegos do Peíodo Arcaco Fnal (ver fgs 51 e 54 cos tmavam epresentar cenas de batahas repletas de fgras ltando e corendo mas sas estátuas ndependentes também têm m ar mtar não ntenconal como se fossem soldados em pé e atentos Fo necessáo cerca de m séco de pos de nosso Koros ter sdo feto para qe os gregos descobssem o segredo de escpr fg ras qe fcassem em pé "sem dfcdades O Efebo de Krtios (fg 56), assm chamado em homenagm ao esctor atenense a qem é a bdo, é a prmra státa qe conhecemos qe ca em pé no sentdo pleno do tero Da mes ma fora qe no eercíco mta é smpesme te ma qestão de dear qe o peso do copo passe de a dsbção gal em ambas as per nas (como no caso do Koros embora m pé estea dante do otro) para ma só pea A posta restate - chamada cntrappst (con traposto) - prodz todas espéces de cvaas sts: o aqeamento do joelho lve resta em m eve movmento gratóo da pévs m ar qeamento compensatóro da cona veebra e ma ncação d ajstamento dos ombros Como os reqntados dtalhes do Paenon es sas varaçõs ada tm a ver com a capacdade da estáa de manterse ereta mas acenam n tensamente a sa mpressão de organsmo vvo; em reposo ela anda parecerá capa de mov mento; em movmento parecerá capaz de man terse estávl Agora a vda espalhase pela ga toda con seqüentemente o soso arcaco o sna de v da não se faz mas necessáo e dá ga a ma expressão mas séa e medtatva. Aém do mas as foas apresentam m naasmo e propor ções haonosas qe em conto cam a ba se da foe deazação caacteístca de ta a ae
ARTE GREG
57. (').
c.
460·50 a.C Bronze, altua: 29
te obtida no bonze Poseidon ou Zeus (fig. 57), uma estáua em tamanho maior que o natural, que foi recuperada no mar próximo à costa da Grécia Com ceeza a postua é a de um atleta, mas nào se traa simplesmente de um momento em meio a um exercício cont nuo; peo contrá· io, é um gesto que impõe respeto e revela o poder do deus. A qui, o arremesso de uma a1a (podemos estar ceos que originamente ele tra· zia um raio ou u tridente na mão direita) é um d b divi
m.
61
Museu Naciona, Anas
cena representada no f rontão leste do Paten, o qua representa A tena nascendo da cabeça de seu pai é um bom exemplo daquea outra quai· dade acima mencionada: a possibiidade de ação mesmo quando em repouso. Embora todas este jam sentadas, ou mesmo semi-reclinadas a cur va dos corpos por sob as dobras elaboradas de seus trajes f az com que pareçam udo, menos estáticas. Na verdade parecem tão capazes de se levantarem que fica difíci imaginá-las "acon dicio ad " b fr ti í cio Talv l·
62 COM RE CMÇU
ma, a tendência foi colocar as escutur as que de coravam os edfíos posteriores em ár eas nas quas parecessem menos confnadas. Esse eso ateniense, tão harmonioso em o ma e sentimeno, não sobrevveu à der ota de Aenas por Espara na Guea do Peloponeso. As constuções e escuuras manver am-se na mes ma tadção po mais tês séculos mas perdeam as sutlezas do per odo clássco cu jas eazações acabamos de discutir. O esio pós-clássico, ou "heenístico, dfundu-se ampamente nas cos tas do Mediterrãneo mas em ceo sentido
58. Fídias Três Dla do frontão leste do Partenon. Bitico, Lodes
c.
retrocedeu ãs cenas de ação vioena tão popu lares no peíodo arcaco. Escopas que muito provavelmene fo o escutor do frso que mostra Gregos Combatnd Amazona (g 59), estava famliarzado com o eso das figuas do Par tenon, mas rejetou sua armonia rtmica e o fur da ação ente as figuras Sus gestos m pulsvos e lagos egem abundãnca de espaço para ação e movmeno. Avaada pelos padrões do Paenon a composção perde em continu dade mas compensa essa falha pea inovação arojada note-se po exemplo a amazona sen
43·43 aC Mámoe, tamanho maior qe o atura Mse
9 Escpas (?) Gego I/bi/d A /zn ate do so ese do asoé de Haiaasso -1 aC Máme ata: 0, m. se Biâio Lode
A�T ('EGA
tada "de coslas em seu avao), bem omo por uma aenuada expressvdade. Há muito mais exemplos do que se desejaJa de obas famosas de esultores gregos dos séculos V e IV a. que foram perdidas e delas estam apenas ópias. Não se sabe om eteza se o amoso Herm de Paxítees (fig 60), é o ognal, ou se se trata de uma cópia feita tês sécuos mais tarde. No entanto, caso a últma hpótese esteja ceta, estamos diante de uma cópia feita com muita habidade, pois está peeimente de acodo com as quadades pe as quais Praxí tees era muto admrado em sua época A gaça suave, o decado movimento das cvas, a sensação de completo epouso (acenuado po um supore exteo no qual a figra se apóa) são o extemo oposto das novações vgorosas de Escopas. O encanto suave e líico do H e é ada mas acenuado pelo carhoso tameto dado ãs superf cies: os taços teamete doces e "dissmulados, e mesmo o cabeo, que em conaste é compaativamente ude, possuem em comum uma caacteística de nebulosdade e macez. Aqu pea pimeia vez é fei uma tentativa de modicar o aspecto duo e infexíve de uma esáua coendo-he essa usão de uma atmosfea envovete.
Esil hlnísic Comparada às estátas cásscas a esculua do peíodo heenstco mosta, em geal, um ealis mo e expessividade acenuados bem como uma mao experimentação com o dapejameto e a posura que feqüetemete exibem um movi mento de toso cosdeável Essas modificaçõs podeam se vstas como uma tentativa válida, até mesmo ecessia de ampl o tema e o gau de damsmo da ae, de acodo com um novo tempeamento e modo de ve. A deeça psi coógca é sugeida peo Retrao d Cbeç da gua 61. A seedade do H, de Paxítees é substituda po uma aparência conubada. E pela pmea vez tatase de u etato dv du ago cocebve n ate geg anteo que efatzava os tpos eóics e deas Os taços também apresem uma suavdade sem pece detes e devem ter sido modeados em cea e ão em aga ates da udção. Essa cocepção mas humaa é novamete
63
táuas de broze destinadas por Átalo I, de Pérgamo (uma cidade o noroeste da Ásia Meor), pouco antes de 200 a.., à comemoração de sua v tória sobre os invasoes gales s. O esculto que concebeu a figura deve ter cohecido m os gauleses, pos eproduziu cuidadosmente o tpo étco na estua facal e nos cabelos duos e espessos O coa de ouro no pescoço é outo ta ço caacteistcamente ceta Po outro ado e etato, o gaês compartiha a nudez heóica dos geeros gegos como aqueles dos frontões de Egna (ve g 55); e se sua agona paece ini tamente mas eais tem tamm uma digi-
0 Praxítele. H. c. -2 ac (ou pia?) Máore, ar: 2,1 m Ms d Olía
4 OMO
AlTE
OMEÇOU
dade e plhos consderáveis. Fca bastante evdente que os gauleses n ão eam consideados nmigos indgnos "Ees sabiam more po mais bárbaos que f ossem", é o pensamento que a estátua nos passa. No entanto, também sentimos algo mais uma quaidade animal que nunca antes fzera pate da ma gem do homem se gundo a concepção gre ga A mote como a testem hamos aqu, é um processo físco muto conceto: incapaz de mover as peas. o g aulês coloca toda sua força debilitada nos braços. como se ten tasse evitar que algum peso extraordnáro e nvsível o esmagasse conta o solo Ainda mas dramátca é a Vitó d Smolráa deusa da vtóa que acabou de c (fig. 63) pousar na proa de um navo de guerra; suas g des asas têm uma grande abertua, e ela anda se mantém parcamente no ar graças ao ote vento contrário A força nvsvel da turbuência do ar toa-se uma readade tangíve que dá equiíbro ao mso da gura e modea cada do bra do drapeado maravihosamente vvo de suas 'estes. Não se trata smpesmente de uma rela ção entre a estátua e o espaço que o escultor maginou-a ocupando, mas sm de uma nterde pendênca mas atva do que tudo o que já vmos -
61. Relro d Caça de Delos. c 80 aC Bronze altua: 0,32 m Muse Naional, Aenas
Gus ibn Cópia omaa o oginal e boe e :useu Caitolino Roma
c.
30·0 aC e Pégamo Máoe amaho naal
AUTE GE
65
64. Locte e seu Fil/OS Cópia omaa, alvez baseada
em Agsandro, Ateodoo e Polidoo de Rodes (e seu esado aual, as esauraçõs foram reiadas). Sécuo I dC Mámore alua: 2,13 Muss do Vaao Roma
tes. Po muito tempo, também não votaremos a vê-a A Vitór faz jus à sua aa de obra má xma da escultura helenístca Por vota do fn do séuo II a grande pae da esculta gega fo eta so encomenda de Roma pode ascendente da regão medterãnea e cento de gande admiação peo aprendzado e arte gregos Loconte e seu Flho (fg 64) é um grpo de estáuas que fo encontado em Roma em 1506. Po muto tempo oi aceto como u ognl gego de Agesdo Atenodoro e Po lidoro de Rodes menconado peo escrto roma no Píno Atmente pensase que se tate de uma cópa romana ou de uma oa do Peíodo Heenístco Fna A peça mpressionou proun damente os escultoes itaanos especalmene Micheangeo qudo foi enconada Aamen te a endnca é consdera o grupo que ina um siifcado especa quano à undação de Roma) um tano forçado e seu ptho e dnamis mo pouco nauais, emoa as fgas contoci das façam-nos embra o esilo damtco cado po Escopas
península), ou se o smpes tamanho da popua ção toava necessários os edifcos adminstra vos e lais de encontro o fato é que os meos gegos embora muito admrados dexaram de ser sufcientes_ Pequenos edifícios como uma ca peIa votiva ou mausoléu famii poda imi tar um modelo gego mas qudo se tratava de foecer aos cdadãos udo aqulo de que neces sitavam da água à dversão em grande escaa novas fomas rdcis tvera de ser cradas bem como materas mas baratos e métodos mais rá pidos tiveram de ser utzados. o Cliseu
sem removdas - mas esteticamente são mpor tantes, pos a avés delas a eno me fachada adquire sua relação com a escala humana. o Pantã
As mesmas inovações em engenhara e mate iais pemitram que os romanos também c assem enormes espaços cobe tos. Dentre eles, o mais bem preservado é o P anteão (f gs 70 e 71), um templo circular e enoe dedcado, como o própro nome dz : a todos os deuses. O pó ico, orgnalmente preceddo po r um áo com coats que obst uíam a visã que agora temos das pa-
o da velha cdade que pia acomod cnqüen a m espectadores contnua sendo uma das maiores constões do mundo Sua esttura rncpal é constuída com uma espécie de con creto e trata-se de uma obraprma de engenha a e panejanento efcente com qulõmetros de galeias abobadadas para assegurar o fuo re gar do tráfego em toda a vota da arena O arco a abóbada de bero e a abóbada de arestas são utlzados O eterior monumentl e cheo de dgndade relete as subdivsões do interor mas é revestido e enfatizado por pedra apidada Há um equi!Jrio muto bom ene as pares ntegan tes veticais e hoizontais que compõem a nter minável série de arcos A reverênca para com a arquiteua grega é ada visvel no uso de meias-counas e pilastras que refletem as ordens egs; esutuamente estas se toam meros e o edifco contnuaia em pé caso fos
redes crcuares parece a entrada comum de um templo romano tpico devado das fachadas dos tempos gegos com counas segndo a ordem contia). Anda mas empolgante então é a vs ta que temos ao passar peos maestosos portas qudo o grde espao abobadado abrese dante de nós num repente dramátco A par da pesa da sobredade da parede etea pode se dedu zir que não foi fác para o arquiteto resover os probemas de engenhara lgados à sustentaão do menso hemisféro de um domo Do ado de fora nada fz pressupor a eveza e elegânca do interor as fotos não consegem reproduzir sso com fdeldade e mesmo a pnw a fg. 71) de que nos vaemos para ustrá-lo nâo he faz usta altura que vai do piso à abetura do domo cha mada de ócuo ou "oho) é eatamente a mes ma do diâmeto da base do domo o que confere um pefeto equilbro às proporões O peso do domo concentrase nas oto sólidas subd vsões da parede entr eas com gacosas
69_ O Colisu, Rma -8
70. Pantão oma 18·25 de
O Coseu (fg 69, enome anfteao no cen
72 CM A "TE CME,U
que é composto por três enormes abóbadas de berço continua em pé atamente; o espaço cen tra (ou nave era cobeto por três abóbadas de arestas sendo bastate mais ato Uma vez que uma abóbada de arestas é semehante a cúpua, com todo o peso concentrado nos quatro cantos a superíce das paredes no meo podia ser trespassada por janelas chamadas de ce restórios Como os ncos do anteão, eas au davam a dar uma mpressão de leveza à massa compacta faendoa parecer menos opressiva Encontramos ecos desse stema de constução de abóbadas em mutos outros edifcos de ge jas a estações ferrovárias. o Palác de Dcecian
Ao discutir as novas f ormas de constução ba-
71. O I/terio do Panã pinura de G. P Pannn, c 50
d Galea Naonal de At Washngon
colWas à frente, existem nichos ousadamente ca vados na espessua macça do concreto e estes embora ndependentes entre s przem o efeto de um espaço aberto por trás dos suportes dan do-nos a impressão de que as paredes são menos espessas e o domo muto mas eve do que na realidade é. Os painéis de mármore multicoori do e os paraleepípedos anda são essencamen te como ante mas em sua forma origna o domo era dourado para assemelhar-se à "cúpu la dourada do céu. Embora dfc de se acredtar as caracters ticas essenciais desse tempo espantoso já a via sdo descitas (embora em menor escaa) século antes, peo arquiteto Vtúvo para a constção de saas de vapor nos banos públi cos. Neles, o óclo poda ser cobeto por uma
tampa de bronze que seria por sua vez abea e fecada para regar a temperaura O Panteão não foi o único gande edif ício deivado de pro-
etos semeantes para as popuares casas de ba nhos convenintemente situadas em df erentes
seadas no arco na abóbada e no domo fiemos referênca à contnua submissão do arquteto ro mano às ês ordens gregas clásscas Embora não mas confiando nelas a nvel de estrtura, ele per maneceu fel ao seu esprito a colWa a arqui trav e o frontão podam ser smpesmente sobrepostos a u núceo com abóbadas de tijo os e concreto mas sua forma bem como sua re ação múta anda segua a gamática original das ordens Essa attde de reverênca só deu u gar a déias menos ortodoas por ocasão do de cnio do Império Romano como por eempo no Paáco de Dioclecano (fig 73) na costa da atua ugosávia. Aqu a arqutave ene as duas colunas centais é cuva como se repercutisse o
7 A BaJ e Connno, Rm 310-20
ARTE ."ANA
73
arco da enada abaixo; à esquerda vemos um arf í aida mais evolucionáo - uma séie de arcos apoads deamete em cuas. As sm, às véspeas da vória do crisanismo legimase fiamente o casameo d arco com a cow a. Sua uião dispesável para o deseovime subseqüee da arquitetua arece tão aua que fic ams magado as razões da posção que existra em épocas aterires.
ESCULTURA
Embora não haja dúvdas quato ao fao de s manos eem cado ua aqutetua ova e arroada, a quesã da rgadade de sua c rbuiçã à escuua em povocad debates acaoados por razões pefetamee com peesíves. Uma preferêca pea decração opuenta, tat extero quat er evu à imporaçã indscmada de estatua grega quad fác de be ou à cópa em massa dos modeos gegs - às vezes aé mesmo egpcos xstem categorias teras de escura maa que meecem a desgação de "ecs desatvados das craçes gregas, esvzados de seu sigcado oigia e eduzids à cdiçã de bas de uma apuada períca P outr ad ceros tipos de escua ham uções séas e mpoaes a Rma aiga e são eas que dã cudade à va tdição escuua. Os etaos e reevs raivos sã os dis aspecs da escuura mas v svemee erazados nas ecessidades eas da socedade maa. Bustos
O bust da fgua 74, que data d co da era repubicana é povavemete ua das prmeras icporações pemaees de la tadção mui o mais aiga, de que tems cecimeo aa vés de fes iteráras. Quado moia chefe de uma famia importe fziase ü magem em cera de seu ost, e essas imagens eam pesevadas pelas gerações subseqüentes e caregadas s cejos úebres da famíia. Ted começad co Ua f oa acesal de veera çã que remn as tempos pé-hisórcs, esse cstume toou-se uma maera coveniete de
demsrar a importâca e cotnudade de uma
. Peristilo. Paáco de Dioin, Spi Iugosávi c.
300
de eaos de famía. No etat a cea é um materia muo impemaee e pr agma zã tvez a cse de auocofaça moda a magem de seus acesas com uma subsca mas duadua toouse ag mut mpae paa as famas pacas de Rma, sécu I a O que dfeeca o bust ms tado em ssa usaçã de um exemp pose or e epessvo da escutua gega? Pdemos afima a exstêcia de caracteísicas vas, es pecificamente maas? À primeira vsa, é pos síve que o bust came ossa aeçã coo send ada aém d regstro mucios de uma topgafa facia, que não poupa ugas ou ver gas Tdava escuto opou po quais ugas enfatza e quais açs fazer maores que o ea (po exempo a saêcia do ábi ieo) O rto surge cm umaJersoadade especfcamte 2aa�ause sucad de vontade féea Taase de ua imagem paea de autida de assusada; aguém que se pde magar dgndo ã apeas uma famía mas uma co ônia e aé mesmo um mpéi avez essa e pressã ferz sea uma eaça da escura (ver fg 66); em cotase mesmo o so agzante de Lacoe (ve fg 6) paece
ter mes vigor Pode parece supeendete que quando a Repbca, sb Júl César deu lugar a Impéro Jogo após essa cabeça ter sido feia), s eas eham perdido U pouco de sua intesa divdualdade. Embra nees ão ese ja ausee Wa
AH rh O\fANi
5
7 tá/u Eüsre de Maco Auélo. 16-80 d.e Bronz
tamaho acima do aua Pazza I Campoglo, Roma 77 Filp,
(
Áb. 244-49 Mámo tamao au
al Mss o Vatao oma
magados por seu imenso tamaho. Podemos estar cetos de que a impressão de estarmos date de um omem de poderes inmagináves fo tecioal, pois a expressão é reforçada pe os traços pesados e móveis, nos quas o olhar fo provenente de dois olos eoes e blan tes, tem uma intesidade pótica No todo, esse oar nos diz menos sobre qual era o ver dadeiro aspecto de Constatno do que sobre a opião que ee faia de si própro e de sua no bre posição
Relevo ntivo
É uase com a sesação de estaoos vra do de um peso toeráve que nos votamos pa ra os primeros anos do Impro para ivestgar um outro tpo de esctura o reevo narratvo A Ara Pc ou "atar da p (fg. 79) foi cos truído para Augusto César sobrio e sucessor de Júio César e prmeiro a reerir-se a s própro como Imperador. ara ee o presete e o futuro arecam umnoss e promssores, o que e permta ceebrar confiatemente a Paz,
7 Contntin o Gnd ío o séulo IV e mo aua: 2.44 m u Catolio om
76 COMO A ,I!E OM� 'Ol
be-hmana, e uma espécie de iade jovial qe nos faz embrar as escltras o Patenon qano Atenas então também seena em sa i deança, não podia pever os mas tempos qe demorariam tão poco a cega. Mas há tmbém mtas cosas qe diferenciam a A Pac e se tecedente grego Aqi, o coteo é ma ocasião especica e não m acontecimento imanente e
79. Cmejo Iperi l, Mármore altura: , m
0
Dss d T d Jé
impessoaL etenase qe os antes ao menos aqeles qe petencam famla im y ral, tivessem ses etratos reconhecveis inclsive as cianças qe vestem peqenas togas ovens de mais para compreendeem a solenidade da oca sião (observese o garotnho qe pxa o manto o ovem ã sa frente enqanto se vol para ma criança maio qe sorndo e diz qe se comporte) Aém e eliciase com a maniza ção os etaes o esclto fez avanços na com posição: á ma maio 2!eocpação e ar ma lsão de pofnddade espaci do qe avia nos reevos gregos de moo qalgns os ostos mas antes e nós (como a ovem com vé vol tada paa o rapaz cjo manto está sendo pxa o paecem engastaos na peda o uno Essa isão o podidae aa a m es paço sem profdade atingi se pleno desen volvimento nos granes painés narrativos qe fazam pate e m arco tnfal constrío em 81 C, paa ceebra as vitóas do imperao Tto Um ees (fig 80) mostra o corteo a vitó ria eaizado após a conqista de Jesaém po Roma; as presas e gea mostraas inclem o candeabo de sete braços do tempo bem como otros obetos sagaos O implso para diante qe az a mltião é extemamente bem repe
lvo do ini do Aco de 'Tio, oma 81 d , alua 23 m
HfF HO\'\
77
81. Os Lsg6s Atirando Pe ras F de Ulss painel das sg(/s Oé, itura mal e a casa do Mo Esqilino. Fnal do élo I a Mss do Vaano, Roa
senado: à direa, o corejo dsanca-se de nós e desaparece aavés de um arco colocado obli quamente ao plano de fundo de a forma que na verdade, apenas a sua meade mais próxma surge um arifco radica porém eficaz para ransmir a proundidade da cena.
PINTURA
de pe à erpção do mone Vesúvo em 79 d. que soerrou edcios consuos nm espaço de empo reaivamene pequeno dexando à nossa imaginação especuar sobre o po de pnura que exisa es e depois da caásroe O que resa é capaz de surreender o osevador como sen do o aspeco mais excitane, em como descon cerane da are sob o domíno romano. Não há dvda que amosos proeos gregos oram copa dos, e aé mesmo que pinores oram razdos da
78
LOM \ .NTE CMEl
82.
Sala e Í xi on Csa do Vettii, Pompéia 63·70 d.e .
83. Cenas d um C ul o Dio íaco d M stéros (pinura mura!), da no frntispíi do ivr)
c.
50 a.C Vila do s Mstéo , Pomp éia ve lsação co lo i
-
ARTE ROMANA
a velha ae é bastante redzido. Já imos um exemplo no mosaico de A Btalha d I sso (ver
fg 45)
reco
As ptras em telas rnspotáes, como as qe magiamos aamee ao refermo-nos à "pn tra, não eram frequentes nos empos romaos e se por acaso eram desapareceram odas a exemplo das images em cera dos ancesrais FIo contráro as intas fziam pae das de coraçõe em afesco (sobre spefces mais per metes de gesso endecdo) dos neores a Sala de Íxon (fig. 82) da Casa dos Ve em Pompéa Enqanto essas ceas raramente dão a mpressão de cópas diretas de orignais heenístcos por oro lado êm m aspecto m ano desaicado de compilações de motos proenetes de dersas ogens Os painés são dispostos m cojto eaborado de pintras - imitado péis de mámoe e fantástccena arqieõncas araés de aparenA ilsão cada pelas texras da spefce e ceas dstantes êm m ga extraordiáro de readade tdimensoa mas ão ogo tenamos aalisar a relação das áras pates ere si fica mos cofsos e rapidamente percebemos qe os pntores romanos não iham ma compreensão sistemátca da profddade espaca. No etato qdo as paisages sbstiem as cenas arqietôcas as rtdes da abordagem do pintor romano speram sas mtações sso é spreedentemente demostrado pelas Paisage Odé, ma spefcie contna onde cenas são represeadas sbdddas em oto grandes paiéis cada qal stando m episó do das aeras de Odsse (Ulisses) Uma de las f oi rcenemete resauada, e a reprodu zmos aqui, na f iga 81, para mostrar o brho oiginal dos ons. A atmosfera vaporosa e azulada povoca uma impressão maravil hosa de espaço luminado que envolve e ue todas as f ormas o ieror desse tépdo reno de fadas medierrãeo, onde as f iguras humaas ão parecem representar mais que um papel secudário Somente após uma reflexão poserior é que percebemos a f ragilidade dessa iusão de coerência: se etássemos mapear essa paisagem, acha-la
79
A Vl o Mtro Exise um monumeo cua gandosdade de pro jeto e coerêcia de esilo são úcos na pn ura romaa: o gade f iso em uma das depedêncas da Vla dos Mistéros, nos arredores de Pompéa (f g 8 3). O asta que criou o frso da Vila dos Mstéros colocou suas fguras numa esreia f axa verde contasado com uma dspo-
sção rega de paés ermelhos sepaados por isras negas ma espécie de palco com figras em sére, qe represeam se estranho e soene rtal Qem são eas e qa o sgfcado do cico? Mios detahes conam engmáticos mas o programa como m todo represe á ros aspecos dos Mstéros Doisacos, m c to semsecreo de orgem mto antiga qe foi trazido da Gréca para a áa. Mias das poses e gesos são rados do repertóro da are gega cássca e no entano, faahes a caracesica premediada e consciente a qe damos o ome de Casscismo. Um asta de ma grandosda de de são excepcoa de oa da a essas for mas. Seja qa for sa relação com os famosos mesres da pintra gega ca obra sá para ós compleamene perdda ele era se legt mo herdero. Rtrto
Sera de fao mio esraho se os retraos qe cositem ma pae tão mpoane da cont bção romaa à hsóra da escra, ambém não hoessem exstdo n pntra O hstoador romano Pno meconao como m hábio esta beecdo na Roma repblicana. Agmas miia ras padas sobre vidro chegaram até nós remanescentes do séco d o de perodos posterores; o entto se qsemos fer ma idéa acerca de como eram os reratos romanos pintados é preciso qe por esranho qe pare ça rerocedamos ao Egto Lá na região de a ym, econtrou-se uma estraha versão roma
nzada do radicona sarcófago egípco. Ates do Egio passar ao domno romao as cabeça represetdas nos sarófagos apresentam más caras coeconais modeladas em pedra, ma deira o gesso passaram então a ser sbst das por retraos 'ntados do moo feios em
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ARTE OMANA
ral quanto seria de se dese jar, revelando um artista de traços extremamente firmes, só mto raramente superados. Como nos bustos esclpi dos o artsta amplo e en atzou determinados t os: os ohos por exemplo ão exageradamen-
84. (página aterio) Retrio d U' Menno d Faym, Egto. Século II d Encáustca sobe pae 0,33 m x
81
te g randes. Mas a estlização, nesse exemplo f eliz não oi feita com a íntenção de nos intimdar
(c�mo no caso do'lhar hpnótico de Constát-
no, fig. 78), mas a enas de recordar a personalagadáve de uma crança amada
MAR DO NORE
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ELIGÃO, LERAUA
Ocupação da aa Mesopotâmia plos Su Escrta ptoáfa Suméia c35 mos
Caos de rdas Suméa, c353Q Barcos a vela sados no ro No c3 Tono de oero uméra c3250
Velho mpéio Egto nastas I·VI) Escita heroglfca Egto c.3000 3100-2155 Escrita cuneforme, Suméra c2900 Prmero Perodo Dinástco Suméria O faraó omo monarca po dreito divino 30002340 Reis acádos 230-2180 cialsmo teocráco na Suméria
Prmeros instmentos e armas e r Suméria
Médo mpéio, gito 2341785 Fna da Diasa Bailôica por am raic1760 Fecment da iliza mnóca 1700500 Novo mpéio Egto c1570-1085
Cdgo de Hamurab, c760 Monoesmo de Akenaton r.13721358) Lu dos ots o prmeiro lvo em papro 8� Dnasta
Armas e tensios de brone n Et Canal do Nilo ao Mar Vemelho lorescmento da matemátca e da astrn W na Balônano renado de ama hisos nroduem o cavalo e ao co odas no Egito c725
eusaém capital da Palestna: reinados de Dav e Salomão m 926 Império Assíio .000-62 onuisa da ablnia, 539 e do Egito 525 peos pesas Revola dos romanos contra os etscos un dação da repúbica 509
Adção do monoesmo pelos hebreus Invenção da mda na da {Ás M Os fenícos desenvolvem a er i alfabética c.700-650 ogo adoada pelos grego c.: adoada peos gregos .800 Ptágoras fósofo grego ( c520 Prmeros Jogos Olímpcos 776 Homero (f. c750700, [{a e Oé ?ooastro, proeta per (n. 660) Esqlo dramatrgo grego 52556)
3000
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ÊA, OIA
2000
000
500
Gueas Pérsas na Grécia 499-478 Vagens de Heroto istoriador gego Sfes trágo grego 96406) dade de Péiles em Aenas c60-429 Guea Eupides, tráio ego (m406) c460-440 do Peoponeso (Espata ontra Atenas) Sórates, fósofo (m3) Hipcrates médico ego (n.69 31404 Platão filsofo (27-37 fndação da Aa Livros d Eucldes sobre geomeria . Aleande, o Grande (356323) cpa o Eto dema, 386 c300280 333: derota a Pésia 331 e onqusta o Aristteles flósofo 38322) Arimedes so nvento 28721 Oriente Próximo
200
100
dC
nvenção do pael Ca
Roma domina a Ása Menor e o io anexa a Macedõna (e dessa forma a Gréa 147 lo ésar dado de Roma 49 Imperado ugusto (.27 aC.1 dC.
Idade de Oro da lteura romana Ccero Cal Vri Horáco Ovdio to ívio
cltríu
Revolta dos jdeus ontra Roma 6670 des tuição de rusalém Pompéa é destruída por ma eupção do Ve' vio, 79
Cuaç d Jess c30 S. Palo m .65 prega o rstianismo na Ásia Menor e na réca
Plínio O eo Hüt6n' N{ m Pompéia79 êneca estadista romao
100
O imperador Traano (r987 gova o mpéio Romano no auge de sua epanão mperador Maro Auréio (r.161180) 200
Sapur ! (r242272 da inastia anda Perseução dos crstãos no mpério Romano 250-302 Pésa vsão do Impéo Romano pelo mperador Dioleiano (r28-272
de Vitio
Ptolomeu geafo e astromo m
A ã m O s �ím{ro d utç cm pl e bc ã m ilá . O nÍm d çõ e da eã m gU fo ou endo é dicd pla abrvatua . NTA.
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O c Rahtep S/ E s a Nfrl 14 MiqenQs e s Eso (1
dolo icládico. de mrgos (3)
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sea de Hamuabi (3) Shene. nglaer (7 Cabeças de kenaon e Nefeii (22) Pio de Minos. Cnoss Creta 36 Teo de ÂmonMut-Khons. Lxr (21) Sarófago de Tanãmon ( Poa dos Leõs, Mienas (3) Te de Aeu. Mienas 38
"Afs d Tui(
o de shar abilôna (32) sa
Vaso de Diylon (4 Ânfoa de fguras em reo. Pesto de Psa (41)
amento de ase. do Lsão 33 Relevos de Nnive 3 Jvm de Pé (K) () H d Sas 2 Fso ne do esouro de Sinos. elfos Vrgem. de ios 51 Apulo. de Veii (5)
5
Palácio Pespolis 34 , de Roa 6 empo de Poidon. Peso (4 Frontão oiental do Temlo de ina () empos da Arpole Atenas: Patenon (49 j; de Pé O eb Psedn Zeu? (5 Popie (5; emplo de Aena Nie O rontão oienal do Patenon iso oiental do Maulu. Halicaasso (9) Hews de Paxeles (6 Vaso cneáio ( au MbUd (62 -
Lito C/au
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8 Via dos Misérios. Pompéia
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Estátu< eqüestre de Maco Arêlio 7) F, mb (7
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melo 43 úmulo das Leoas aQunia (6 Vaso com fundo brano A &00 d IS (45
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A Idade Média
dfe w silo; fr-s, po contáo a qu que oba d at puzida pl s o p a os crstãos no í o to à spaação da Ig ja Orodox a apomadamn os pmos cnco
subterr âneas onde os cistãos romans entea V
seus moos
séculos de noss era. Por otro lado, "a te biza-
Pintura
na" dsga não apnas a a do Impéro Ro mano do Oriente, mas também um estlo com caracteístcas específ cs. Como esse estlo desenvolveu-se a pmir de ceras tendênias c jas oiges podemos busca o tempo de Costti o, o mesmo tes, ão há uma liha divisóa íida ete ambas a ão se após o eiado de Justiiao, que ão apeas estva amiliaizado com as tedêcias ísicas das das pes do Impéio mas tmm quase coseg ecocá as politicamete Logo depois dele etetato os povos celts e geicos hed a civiza ção do ia da tigüidade oma, da qual a e cstã primiva hava sid a pe e as omaam-na aqio qe foi a civilização da Ida de Média O Oete ão passo po wa upt a semelhate á a fase mada da Atigüidade cotiuo viva, emoa os elemetos gegos e oeais ivessem ma posição de ideaça cada vez maio às csts da heaça omaa Como esdo, a civilizção bzati c ex peimeto o fo e a são qe ciaam a ae medieval: Os bizatios podem te sido decé pios como obsevou um historado "mas o am gegos até o fim
Se a escassez de mateia das mais prósperas c lõ nias cstãs oentis toma dif í ci avaiar essas
pintuas dento de w contexto mais plo, mesmo assim elas nos dizem muito acerca do espír
to das comnidades qe as patiavam. Os os úebes e a poteção dos ú1os eam de impoâcia ita pa os pmitivos cstãos ja fé se assetva a espeaça de wa vida etea o paaso As images das catcumbs como pode se visto o teto pitdo da igua 85, e pessam com muia claeza essa pespectiva de uma vida após a mote emboa em essêcia as omas aida seam as mesmas da pitua omaa pé-cisã. Assim, idetcaos as divi sões em compaimetos como eco tdio e exemete simpliicado dos esqemas qi tetõicos iusioists das pits de Pompéia; emboa limitadas peas mãos de w atisa mui to poco hábil, as omas das igas bém evelam sua descedcia da mesma ligagem omaa No eao o pito das catcmbas desse vocaláo tadicio paa asmii um coteúdo ovo e simblico de modo qe p a ee o sigificado oigal das o mas apesetaa poco iteesse Até mesmo a estuta geomética fz pe da ova tefa o grade cíclo sugee a Cúpula do Cé exata
ARTE CRISTÃ PRIMITIVA
Ates de Constino, Roma ainda não era o centro oficial da é; comunidades cristãs maiores e
ms agas eisti nas gndes cidades do norte da Áf ca e do Oriente Próimo tis como Alex ndia e tiqia, e provavemente tinha sas própras tradiçõ es atí sticas as quais aparentemente vislumbramos na coente pcipal da ate de um peí odo mito poserior. Na verdade, nosso conhecimento dela é extremamente escsso; qdo enmos rasrea a evolção da ate a seiço da nova religão nos primeiros três séclos da Era Cistã, quase nada temos em que nos bse. A ú ica exceção são as Jinuas des-
85. Teto pintado, Catacumba de Sã Pedro e So Mael· R. Iío do séo IV d
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92
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80). O que há de novo aqu, a ém do uso mas
hablidoso da construção com colunas e arcos é b contraste supreendente entre o exterior sim· pes, de jolos que (ao con áio dos templos clássicos) é apenas um nvólucro do nteior, e a explosão de cores vvas e materias valosos que encontraos dento. Tendo deixado o mu do co-
tdano á fora, deparamo-nos com um unverso de luz resplandecente, onde o mármore precioso e os mosaicos brilhantes evocam o espendor celestia do Reno de Deus. Mscs Embora os romanos também fizessem mosaicos
(ver fig. 45), haviam usado tesselas de mármore,
cuja aação de cores é muito mida; esses mo sacos eram mas adequados para a decoração de assohos do que de paedes Os enormes e comlexos mosacos de parede das primtvas igre jas crstãs realmente não têm preceºent� seja por seu tamano ou pela técnica uzda vez de pedra, os cubos de tessela são etos de vdro as cores são brla:es mas pores qun to à gradação dos tons de modo que não Peo con presa facmente à cópa de cada um dos pequenos pedaços de tráio vdro agndo como refletor o eeto criado é u mnoso semehante à retícua ao mesmo tempo ntangíve e ascnante Se o exteror de Sant' 88 A P ati L/ Ab rão c 430 de. Msc Sn
Maria Maggioe, Roma
Aponare nos supreende por ser tão smpes até mesmo antimonenl, em compaação com os estilos arqutetõncos anteiores o iterior é seu pefeto complemento Aqu, a mateia da constrção passa a ser uma anta gem com o obeto de obter-se uma "usào de irealdade Naramente evar o especdor paa os do mínos da góa não era o nico obetio desses mosacos Da mesma orma que as modests o gens da are cisã (er g 85), nees esão re presentados smbolos da é (em Sant'Apolinare a Cuz é vsta com ntdez no ócuo que se abre para o céu estreado onde Cisto presde no mais eeado reino celeste adeado pelos smbolos dos quatro evangestas Às ezes também ustam cenas do Velo e do Novo Testamentos sevn do assm como Bíbas ustadas para os que não sabem er A Parti de Lol e Abraão (g 88) az pate de uma longa sée de mosaicos que de coram a nave de Santa Maia Maggore, em Roma A idéa de fazer tal sée bem como al gus dos artfcos pictóricos de que ançou mão o mosacsa (como, por exempo os cacos de cabeças que se eeam por trás do úmero rela tvamente pequeno de corpos que ocupam o pa no de fdo podem muto bem dervar-se dos releos naatvos romanos. Mas o asta crs ão pmtivo não sentia necessdade de zer com que um evento parecesse rea essas cenas bbi cas, cujas stórias á eam conecdas pea mao ra dos éis não eram anto usraçes quanto acontecimentos smbócos com um obeto d dátco Aqu por exemplo Abraão e seu clã (o gupo à esquerda) estão prestes a r por um ado o camnho da retdão enquanto Lot sua fama que começam a sair pela direta, estão parndo para Sodoma mo à depravação e à ruína e
Mnuscs ss
Também aia Bbas usadas paa serem us das nas igeas e para a deoção dos etrados. A evolução do fomato do liro em s não é ntei-
UT U\ PMV I T ZAT
o Seus "lvos, 10 entant eam ro de pa pei que am send desenolads ã medda que oem endo lds. E n ea a supefíce dea paa se azeem ustações pos mvment cntnuo de enoa e desenla cada págna acabaa pvavemente p acha as pnuas A Toá as escuas sagadas que s ldas ns cuts das snagogas anda psea esse antgo fmato ó deps d Peíd Helenístc Fnal descbu-se uma substnca mas appda: pegamn u veln (co de amal n e a vejad) Ea sucentemente ote paa pde dba-se sem queba o que tou pssvel a cnecç d lro encdeado tecncamente c nhecd p códce que tems anda he Ente s séculs I e IV d esse tp de lv subst tuu gaduamente ut em a de ol o que pemtu uma gande dvesca das us tações u umnuas cm s chamadas) a zendo com que elas se toassem a contapae em men escala ds msacos muas e panés Um dos mas antgs manuscts peseads, o Virgl Vat, povavelmente eto na á la apxmadamente na mesma época ds m sacos de anta Maa Maggoe eete essa ta d emboa a quadade das mnatuas estea mut nge da pefeç fg 89); a pnua se paada do estnte da pága p a ssa mol dua poduz efet de uma anea e na pasa gem enconamos vestgs de um espaço pn 90 Jó Luldo com o A ]0, extrído do Cêcsis Vena
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séulo V d. Bblotea d Vatao Roma
d de pespectva e g de e somba Jac Luln m o Ajo g 9 pvém de um ds mas antgs exemps anda exstentes de um lv d Veh Testamento emba deva te sdo antecedd p outs que se pedeam Esse códce conhed cmo Gên d Vena o escto em pata que agoa enegeceu sbe eln de c púpua e adado com mnau as de coes muto bhantes; o efeto no é dfe ente daquee poddo pels msacos que o do lo V d. lr. Bbo Nol V
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discutimos. A cena, em si não mostra um único acontecimento mas toda uma seqüência ao longo de um aminho em f orma de U, de ta f orma que a progesão no espaço toma-se tabé a progessão no tepo. Esse êtodo, conhecido co o narativ a contínua, te ua longa inhage que remonta ao relevo escupido e, possivem ete, aos pergaminho em f oma de rolo. Aqui o método pemite que o pintor concentre um máximo de conteúdo na seção da página que etá à sua dispoição e provavemente pretendia-se que o episódios contnuos fosem "idos como as pópa etas, em vez de percebido em con junto e de uma só vez como uma compoição Escultura
Comparada à pina e à arquitetra, a ecutua teve um papel secundário no pe odo crão pri mitivo. Consideravae que a proibição contida no Velho Tetamento à imagens eculpida se apicasse paicmente à grande estátas uti izada nos cutos o doo venerado no tem pos pagão. Paa evitar o etigma da idolatria a escutra reigiosa teve, desde o iní cio, que eguir um caminho antimonumental. Eculuras com muito pouco elevo, formas em menor es-
caa e uma decoação de upefcie semehante à renda passaram a ser as suas caracterítica As primeias obras ecupida que pem er ch madas de critã são os sacófagos consuí dos paa os membos mais cos da congegação; tendo seu incio no meados do éculo III dife· rem dos acófagos pagão meno pea foma do que peo tema da decoração Iniciamente isso conitia num pertório um nto imiado, a exempo do que vimos na pinta da cata cumbas: o Bom Pastor, Jonas, etc. (ver fig 85. O sacófago de Juniu asus fig 91), feito um éco mai tade mostra no ennto um reperóio de temas muito mais diversificado etraído tanto do Antigo quanto do Novo Te tamento e refled a nova e púbica posição d cristianismo, que agora ea a eigião do E tado e não tinha m que audir à fé em temo velado e simbóico O própio Jniu Bau foi prefeito de Rom Aquees que ó eão familiazados com a con cepção poterior da imagem de Csto como um homem de ongas barba e apecto ofredo te rão, inicimente, agma difuldade em reconhe cê-Lo de imediato netas cena Jovem e sereno, sentae em Seu rono celestial (uma figura com barba, personificando o céu utenta Seu trono)
91. Sarcófago de Junis Ba. 35 d. Mám, ,8 mx244 m Gta do Vaa R ma
MnE CRISTi\ PTVA E A HZANTf
en e São Pedro e ão Paulo (painel centr al fleir a superior ); tampouco Ele par ece peturbado na ena do Crsto dante de Põnco Platos, que
upa o do panéis medatamente
dreta,
onde Ele se encontr a, com o pergaminho à mão como um jovem f il óofo expondo sua opniõe. Essa apar ência do Cr to etá de acor do com o
penamento crtão do peodo que natizo a Sua dvindade e o Seu poder de no redimir da more, ma que os tomento pelo qua Ee pa ou quando e ez cae. Essa concepção dign cada pretava-e bem ao relorecimento de a gma caracterítca clássca de compoição e gura Ee reforecimento ocoeram com muita reqüência no dos éculo apó o crita nsmo tere toado a relgião oical: o pagani mo anda tinha muito adeptos o próprio Juniu Bassu ó e coverteu pouco ante de morrer) que podem ter ncentvado ees resrgimento; havia mportte lídere eceiático avoráves à reconclação do ctianmo com a herança cláica, e a coes mperiais, tto do Ocidente quato do Oriente, mtnham-e concente de eu vnculo insttuciona com o tempo pré crtão Quaquer que tenham ido a rzõe, devemo alegrar-no pelo ato de o Impéio Ro mno em tranição ter preevado, audado a m a tramir, u teouro de oma e u ideal de belea que podea ter-e perddo de modo ir reparáve Painéis e relevos
Tudo io se apca paricuarmente a uma cla e de objeto cua impoãncia artítica excede em muto eu tmanho íco o panéi em mar m e outro relevo em menor ecala, eito com materai precioo Detnado à propedade prticular e rção de um círculo ma lmta do de aprecadore reletem reqüentemente o goto pessoal de um coleconador uma requn tda enibldade etéica que não é encontrada no grde empreedmento oca patrocina do pela greja ou pelo Etdo Uma dea pe ç é pane de marm (ig 92) eto ogo apó
95
IHZNTIN : E IHZ I
se nada enc nco onta amo moss que f aça aça lemb baar o eix eixo o long ngi id dn nal d a bas así í ca ca c ssã pr prm mtv tva. a. A co com mple le id idad ade e do ext xte er r equi uip pa aa a-s -s à rq rqu ueza de epaço do int nte ei io or (fi fig. g. 94), com sua pó ód dig iga a de coa co açã ção. o. Ao e eb brr
97
e q ccaçào realmene satisf aóra. De quaq xp exp ba-boba jas abo ejas ge ano, as g ia sti Just ma a pa ir de Ju fom fo a ar a am a dom sa a pas ra a pa ao o cenr ada as e de pla dad ã a ã a to odoxa de f o ta dade Ot issta o mudo da Ci ara a minar domin síic cas do basíi ta das ba lanta uan no a plan ua qua bso ou abs al.. iev val edie te med de ete cd uraa do Oc tettur ru ute a ar am m ao veea ev vv sob be ções que so oss çõ ntre re as co Ent diossa é sem ra dio iao o, a mais gra sti ia nad do de Justi reiina re oia ia Sabed do grejja da Sabe aa Sofia (A Igre vidaa Sa dúvid nsCon 96).. Co (fgs. e 96) opla pla (fgs. ntin tino stan Consta gr ada) em Con poca ca famo osa em sua épo ão o fam foii ã -37, 7, fo 32-3 a em 532 ruíd ída tru qe até os omes dos arqtetos, Aêmo de ra es e Isidoo de Mileto chegaam aé ós. O po jeto de Sa Sofia apreset ua combação úca de elemeos; emo eixo logdia de uma basca prmiiva cstã mas a caacerís ca cea da nave é um comprmeto uada gular encmado po uma grade cúpa mada por semcúpas em cada exemidade o e pro du o efeo de uma mesa ova O peso da cúpua é ssedo po quaro eormes acos
Antêmio de Trales e Isidoo de Meo. Sna Sofia, sabu 532·3
d.C-
98
\
IJA DE �DA
6. nterio Sn Sfi, smbul
as preds abaixo dos arcos não têm huma ução sustin. A rasção do quadrad for· mado plos quaro arcos para a borda crcula da cúpua é ita por trãngulos sécos chamados pndts Ess aríco prmit a costrução d cúpulas mas atas, mas lvs mais conõm cas do qu o méodo mas atgo (como vimos
tal marcou éoca; doraat ssa sria a ca racrsica básica da arquittura bizania um ouco mais ard também da arquttura do Ocdn. A plaa as dimss lmbra a Baslic d Constatio vr ig 72), o mio monumto assocado ao govat plo qual Justinao a uma admiração spca ssm
A E AR BIZNT IVA TIV MlT! U<STÀ PHIT
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7. Justinao u qui qui c 54 de Mc:S V, Rv
peso, como se o asecto maeral ma eral e sódo da estutura houvesse sido banido ara o exerior; permanece apenas um esaço que se expande e inla como se fossem muias veas os recessos absidas os pendenes e a róra cúula. O bri ho dourado dos mosacos (oculos quando os muçulmanos muçul manos cauraram a cdade, e hoje só par cialmene recuperados) recuperados) devem er comeado a "i1uào de iealidade
vmeno ou mudança é cuidadosamene ecuída - as dimensões do do temo e de de um esaço ere no deram lugar a um eeo presene em meio à ranslucidez dourada do céu, e as solenes ma gens ronais arecem aludir a uma core ce lestial, em ve de secular Essa unão da auo ridade espiritual e oltica relete com exadão a divindade do poder real dos imeradores biantn biant nos
Mosaicos
Pintura e esultura
Será conveniene usarmos como eemlo dos mosaicos sob o reinado de Jusinano o retrao r etrao do rópo imperador cercado por seus cortesãos, que sobrevveu em boas condições na Igreja de San Vie Vie em Ravena (fig 9). O proeo e al
ba n O desenvolimeno da pinra e escultura ban
ene eam amen dire ndo dir vin terr vi vem te a de devem obr bra deo ão--de vez ez,, a mão
os um amos nram nco onr quii enc iaiss. Aqu perriai impe fcin nas im das ofci das ordiitraord extra rass ex fira na: fi ana: leza u a beleza ea de be o idea novo nov és,, uoss pés úscuo inúsc com m min as, co uias, esg gui a ltass e es entte alta amen ariiam nar min nadomi oa do ndoa ênd rmaa de am ê toss em orm rossto os ro uen nos eque eq m ecem ece só des oh d
nas após a era de ustiniano oi oi rompdo devi do à Quesão conocla conoclasta sta que se incou com um decreo mperia de 726, proibndo as imagens religosas e que vgorou or mas de cem anos As razes do confito eram muio rofundas: no plano eoógco envoviam a questão báca da ea e açã ção entr tree o hum o en umaano e o div ivn no o na pe pess ssa a de Cris risto to,, enq nqua uant nto o so socia cia e pol olitc itcam ameent ntee ref refe et tm m uma lu luta ta e elo lo od oder er e ent ntre re E Esa sad do e I e Igr grej eja. a. O de de to iu du duzi zi t duçã du çã de de im im
100
A DDE MÉI
tanto, é mas emocional do que f í sico; é o suave pth o s trasmitdo por seus gestos e expressões facais, u so eto nobre e cotdo, semelhate ao que ecotramos pela pmeira vez a arte gega do écuo V a. (ver pp. 59-0). A ae cs pimitva não havia tdo esa ca acte stca. Sua visão de Cristo enf atizava a sabedoa e o poder dvinos do Salvador, em detrmento de Sua morte sac fica Em A C r u f ic ç o não mais encon-
98. A
Cm ificaç ão. Séul XI Ms Igrej d Mste-
ro, Dáfni Grécia
ção bastante rápida após a vitória dos conóflos, em 843 O iconocasmo parece ter gerado um renovado nteresse pela arte secuar, que não foi atngda pela proibção Isso talvez ajude a expl c o espantoso ressugimeto dos motvos da fa se nal do classicsmo na ate da segunda dade de uro As ehores obras da seguda dade de Ouro mostram um classcsmo que se fundu aro niosamete com o dea espiuaizado de beleza humaa que encotramos a ae do reinado de Justano Ente eas o mosaico da Crucificação na gea de Dáfni (ig 98), tem uma ama espe cal As iguras dgas e semehates a uma es· tátua parecem extraordinaam ente orgãnicas e g aciosas, comparadas àquelas do mosaico de Justnao e m San Vtale (ver fig. 97). O aspecto mais mpotate de sua herança clássica, no e-
tramos o Cisto jovem e heróco que vmos os reevos de Juus Bassus (ver ig. 91); a incla ção da cabeça, as lhas pedetes do corpo e a expressão de so rmeto constiuem um podero so apelo às emoções do obsevador Esse taço de compaxão f oi, provavelmete, a maor realzação da are bzantina tarda, mesmo coside rado que suas possbldades penas ão foram exporadas em Bizãncio, mas sm o O cidente medeva. Não que tenha desaparecido por completo da ate bizantina, mas após séculos de repetição os preciosismos ormais em vez do impacto expres sivo passaram a ser as caactestas dominan tes dessas magens A Madna Entroniz ig 99) é uma dessas obras. As dobras gaciosas do paneamento e a expressão tea ainda estão pre sentes mas toaram-se estranhamete absa tas O trono (que mais parece um Coiseu em mi aura) perdeu qualquer vestígio de uma sóda tdmensioaidade bem como os corpos em bora os rostos ainda revelem aguma delieação Com a cor dourada no pao de undo e a mes ma cor utlizada para reaçar os pontos umno sos das ormas o eeito não pode ser considera do nem plano, nem espacial; peo conário, é transparete pos o dourado do fudo bha por toda pare como se a pnura osse iumada por ás Painés como este camados de ones a gens sagadas), devem ser vistos como uma des cendência estética dos mosaicos mas do que como descendetes da tradição da pnura clás sica em painéis da qua se oignam ver g 82).
ANTE CHI!TÃ PRMITVA E A BZAA
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A Al t a Idade Média no Ociden t e
Quando pensamos nas gandes civilizações do passado, tendemos a f aê-lo em termos dos mo numentos visíveis que passaram a simbolizar o caráter distntivo de cada uma delas: as pirâmides do Egito, por exemplo, o Paenon de Atenas e o Coliseu de Roma - todos ficaram f amosos (ou ma af amados) devido ao pape que representaram na história de sua época. Segndo tal retrospecto, a Idade Média seria sem dúvida representada por uma catedral gótica. Temos muitas à nossa escolha, mas qualquer que se ja a que escolhemos, sua l lizaçâo será ao
norte dos Apes embora em territóro que ouroa petenceu ao Impéro Romano E se derramás semos m bde de ága dinte da catedr, o cr so dessa ága acabaria por uir mo ao Canal da Mancha e nâo para o Mediteâneo. Esse é o mais impotnte fato isoado sobre a dade Mé dia: o centro de gavidade da civilzaçâo eopéia desviara-se para o que havia sido os imites do note do mundo romano O Mediteeo, que por tos sécuos fora a grnde ot de intercâm bio cura e comercia para todos os países ao ongo de suas costas toara-se agora uma ina divisória uma zona imítrofe No capítlo ateior, famiiamo-nos com gs dos acontecimentos que abiram o caminho para a transformaçâo: a transferência da capital imperial para Constantinopla, a crescente separaçâo entre a fé católica e a ortodoxa e a decadência da metade ocidenta d o Impér Romano, sob o impacto das invasões de ibos germânicas. No entanto, essas tribos uma vez estabelecidas em sua nova tera aceitaram a estrtura da f ase f ial da civilizaçâo romana cstâ: os novos esta-
dos que f udaram na cosa note da Á ica e na
Esp ha, Ga e no e da Iália eam estados provinciais de características mediterâneas, ao lon-
à influência de seu grande poderio mili r, comercial e ctual. A reconquista das proví ncia perdidas do Ocidente continuou sendo um sério ob jetivo poítico dos imperadores biz nnos até a metade do séclo VII. Essa possibiidade deixou de exst qu ndo ma nova f orça, compet ente inesperada, f e sentir sua presença no Orente: os árabes sob a bandeira do Isâ, estavam assol ndo as províncias bizantinas do Orente Próximo e da Árica Por vot de 732, um sécuo após
a moe de Maomé haviam ocupado o nore da rca bem como a maior pate da Espaa e ameaçavam nexar o sudoeste da Frnça às suas
conquistas Seria difci exagerar o impacto do avanço fuminte do slã sobre o mdo rstão Ocupa do demais para manter essa nova força à distân cia em seu própro quinta o mpéro Biantino perdeu suas bases no Mediterrâneo Ocidenta. Exposta e desprotegida a Europa Ocidenta foi forçada a desenvover seus próprios recsos po líticos, econmicos e espiiuais A geja de Roma rompeu seus timos aços com o Oente e procrou apoio no Noe gemâico onde o rei no dos francos, sob a iderança da forte dinastia caroíngia, aspirava ao status de poder impea no sécuo V Ao conferir a Caros Mago o títlo de imperador, no ano 800 o Papa consa grou a nova ordem de coisas colocando-se e a toda cristandade ocidenta sob a proteção do rei dos francos e ombardos Ee, no entanto não se subordinou ao recém-crado imperador catóico; a egitimidade deste útimo dependia do Papa, en quanto qu até entâo havia vigorado o contáo (o imperador em Consantinopa sempre ratifia ra os Papas recémeeitos) Esse dualismo inter dep�ndente entre a autordade espitual e política entre grea e Estado va a distingui o
islâmico. Exteamente, era simb zado peo f ato de que, embora ao imperadr f osse necessâ o ser coroado em Roma, ee não vivia ali; Caros Magno construiu sua capial no ceno desse f ote poder em Aachen onde a Bégica a Aemanha e a Hoanda se enconram hoje A IDADE DAS TREVAS
Os rótlos que utilizamos para os períodos histócos tendem a ser como os apelidos das pessoas: a vez esabelecidos, é quase impossí vel mudá los, mesmo que dexem de ser adeuados. Aueles qe cunharam o termo Idade Média" pensaram nos mil anos inteiros ue vieram entre os séculos V e XV como uma idade das revas, um inevalo vazio ene a Antigüidade Clá ssica e seu ressurgimeno, a Renascença itaiana Desde en tão, nosso modo de ver a dad Média mudou competamene: nâo mais pensamos no período como "envoto em revas, mas como a Idade da Fé Com a difusão dessa nova e posiiva con cepço a idéia de revas ficou cada vez mais confinada ã pate inicial da Idade Média aproxi madamene enre a moe de Jusiniano e o rei nado de Caros Magno. Tavez devêssemos resingir a Idade das Trevas ainda mais houve gande lxo de aividade naqueas evas en quanto a estruura econmica, poíica e espi ua da Europa Ocidenal esava sendo forada Aém do mais, como veremos agora aqui, o mes mo perodo ambém deu origem a agumas im potanes reaizaçes artsticas Germânicos
As ibos germânicas que haviam entrado na Europa Ocidena pelo ese durante os anos de decadência do Império Romano evavam consi go em foma de bns de nmades que er , a tradição aí stica aniga e muio difundida: o chamado estilo animais a (ver p. 39). Exempos desse estilo êm sido encontrad os em forma de bnzes no Irã e ouro no sul da Rússia. Uma combinação e fomas abstra as e orgâicas, dis cipina foma e liberdade imaginaiva, toou-se um mpot ne eemeno da ate ceo-germâica
po de bolsa de ouro e esmalte (f ig. 100) do úmuo de um rei da Angia Oriental, que mo eu em 654. Quaro pa es de moivos esão simetricamente disposos em sua superí cie; cada qua em seu própo caráer distintivo, uma indicação de que os moivos f oram ncoporados a pa tir de fones diversas Um dees o homem em pé en re dois animais frente a f rene, em na verdade uma onga históa: vimo-o pela pimeira vez na fira 29 um paine de mais de três mi anos As ágias laçado-se sobre os paos também re monam a muio empo arás, a motivos que di zem respeio aos caívoros e suas vítimas No enanto, o desenho bem acima dees é de ogem mais recente Apresenta animais em uta sendo que suas caudas peas e mduas alongam se em faixas cuo desenho forma um compexo eneaçmeno Faixas enreaçadas, como recu so oamenal, tinham exisido na ae romana e até mesmo mesopotmica (ver fig , tira in ferior) mas sua combinação com o esilo aima isa, como é mostrado aqui parece ter sido uma invenção da Idade das Trevas. Os trabhos em me n vaedade de ma eriais e técnicas com freqüência de uma habii dade eaordinaamente requintada, nham sido o principa meio do esio animaisa Esses obe os pequenos, dáveis e avidamene procuados são responsáveis pea rápida diusão de seu re pertório forma Ees migraam não só em senido geogáfico mas também técnica e ar isicamene, paa outros mateais madeira, pedra aé mesmo iluminuras Os espécimes em madeira como seria de esperar, não sobrevive ram em grande quanidade; a maioa vem da -
100. Tampo de bolsa, a arca funeráia e Suton-Hoo. Antes e 655 Ouo om ganaas e esmae Museu Br-
tâo Lones
10.
,\
IADE M�l
unca havam sido parte do Império Romano: assm, os mssionáios que vindos do su, leva ram até ees o Evangelho no século V depara-
ram-se com ma sociedade c ela e pelos padrões omanos inteiramente bábara. Os irlandeses aceaam prontmene o csanismo, que os co locou em conato com a civilização do Medierrâneo, sem que, no entanto, se oassem um
povo sob a oienação de Roma. Pelo conrário adaparam aquo que receberam, com um espírio vgoroso de independência loca. A estutra insttconal da Ige ja Romna, sendo essencialmente urbana, não se adapava bem ao caáer a da vda rlandesa Os cisãos irlandeses preferam segir o ex emplo dos stos dos de-
setos do noe da Árca e do Oriene Próxmo, . Cbeç d AI/imal da baca funeráia de Oseeg. c. 825 d. Madea, altua: 0,12 m useu de Agüdades
da Uvesdade de Oslo
Escandináva, onde o estilo anmalista oresceu por mas empo do que em qualquer outro lugar. A esplêndida cabeça de anim do inio do século IX (fg 101) é um poste teminal que o enconado juno a mutos outos equipamenos, em um navio viking que ndou em Oeberg, no sul da Nouega. Como os moivos do ampo de bosa, essa peça é de natreza patculamen e heerognea: o ormao básico da cabeça é de um realsmo swreendene assim como cer tos dealhes (dentes, gengvas, narinas) mas a supefíce oi trabahada com um enrelaçamen o e desenhos geoméicos que denunciam sua ogem nos rabhos em meta Irlandee A versão germânica pagã do esto animalista também se refete nas pimitvas obras de ate cristãs ao note dos Alpes. No entanto, para enendemos como chegaram a ser ciadas, temos prmero que nos f amarzar com o impO ante papel representado pelos rdeses os quais, durate a Idade das Trevas, assumiram a lderanç esprtua e cutura da Europa Ocidental De
que havam adonado as enações da cidade em busca da pefeição espiritua na solidão das regiões ermas. Grupos desses emitães, com um
idea comum de dscplina ascética, havam fun dado os primeiros mosteiros. Por vola do século V, os mosteros haviam se espalhado aé o Nor te chegando à Bretanha ocidenal mas foi so mente na rlanda que o monascismo tomou dos bispos o conrole da Igeja o conráio de seus proópos do desero, os moseros irlandeses logo se transormaram em sedes do aprendado das ates; tmém desenvovem m ervor mis sionário que levou os monges irlandeses a irem pregar aos pagãos, ndando moseiros no note da Bretanha e, ambém, no continente europeu Esses irlandeses não só agilaram a conversão da Escócia, nore da França, Holanda e Alema na ao crstianismo mas também estabeleceram o mosero como um cenro culural em odo o errióro europeu. Embora suas bases connen ais á ossem, há muio conroladas peos mon ges da ordem Beneditina que nos séculos VI e VIII avançavam para o noe a partir da Iála, a inluênca irandesa se aria senr ainda por muos séculos no seo da civlização medieva. Para dundir o Evangelho os mosteros iran deses nham que produzir cópas da Bíla e de outros livos crisãos em gande quadade Em suas ocnas de escria (scpto) an1m s or
A tTf\ AD MDIA NO OCII)EN
15
106
\ lI1m : MÉDI \
va reflet a importância de seu conteúdo. Os og e randese deve ter conhecdo as iluminw'a tãs priit ivas, ma nese cao tabé como e tantos outro aspecto desen volvera uma radçâo independente ao invé de e limtare a f zer cópias de seus modelo. S e, por wn lado, a pintras ilustrativa de aconte cmentos bíbcos era-lhe de pouco interese por outro lado ddicara muito esf orço ao oaentos decorativos. O mais belo dees ma-
uscrito peence ao etilo hbeo-axão, com bando eemeto celta e g erânico, que loresceu nos otero fundado pelos irladeses na Ing latera axõnia. A Pág ina da Cruz dos Evangelhos d Lindisf are (f ig . 102) é uma ag inosa cração, de complexdade austadora; o minatursta, trabalhando co uma precisão de joaheo, colocou na divões de sua eutua geoéca w eeaçaento de fig ra anmais ão deo e pleno de moviento contdo que a era e uta no tampo de boa de Suon Hoo parecem, e coparação de uma 3. A
Cruclfiaçào (d uma capa de livro'). Sél VI
Bnz Mse Naonal da Ilada, Db
plicidade inanti É coo se o udo do pa gaio, ncoporado em otro terveis e de garra aada houvesse ido, aqu, ubitaete dometcado pea autoridade suprea da Crz. Para obter ese efeito, o asa teve que mpor a i própro wa discpna evera Suas "regra do jogo por exeplo, exigem que a formas orgânica e geoméricas sea mtida ioladas e que detro da divisõe co animas cada li ha passe a azer pare do copo do aa, e os deros ao rabaho de zêlo votar ao eu poto de partida Há tabé regras, coplexa demai para sere abordada aqu, que regem a sieria eetos de iagem reetda em espe lho e repetições de cor e oma Só tetando descobr-las é que podeos penetrar o epíito dee universo etraho e labiríntco Etre as iages descritiva que encotram nos pritivos manucrito cos, os ua dores hibeosaxõe e gera apea coserva vm os mbolo do quato evageit a vez que podia er adzdo sem dficudade para sua lingage oamen A paca oaena de broze (fg 103), provavemente eia para er wa capa de lvro, motra quão desampaados f cava quando inham que copiar a image hu ana. E ua tetativa de reproduzir ua coposição ciã prmitiva o artista deostrou uma prof nda iablidade para conceber o corpo huano como wa undade org ânca, de odo que a figua do Crto perde as proporçôe do corpo no as eleentar do etdos; cabeça braço e pés são eleento eparados, ligados a wa fora cenal constuí da de epas zig ezague e faixas etreaçada Nitdamente, há u g ade abo entre a tradçôe celto-germâcas e edterrânea, w abmo que o atita irandê nâo sabia coo ltrapassa. A ea siaão era domante e quaquer pare, durante a Ida de das Treva; eso o lobado e solo taliao, não abia o que fazer co a iag en humaa
ARTE CAROLÍNGIA
1\
I\LT�' ADE MJ NO (HT4
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um goveo foe, de modo que o poder político reverteu à nobreza local. Em cotraste, as reaiz çõs ct ais de seu renado revelaram-se mui
to mais dadouras; até mesmo esta página sera diferente sem elas, pois é mpressa em etras cu jas formas deivam da escita dos manusc itos carolíngios. O fato de atamente conhecermos estas e as como rom as e nào ca oíngas, faz lembrar outro aspecto das reformas cuturais patrociadas por Carlos Mago: a compação e cópa da antiga literau a rom a. Os mas antigos textos remaescetes de mutos autores atos cássicos podem ser econtrados os mauscritos caogos os quais, até pouco tem po eram equvadamente cosiderados roma os: em resldo, seus cacteres também foram chamados de romaos. Esse iteresse pea pre servação dos clásscos faza pare de uma amb ciosa tetatva de restaurar a atiga civilização romaa (ver também p 110), jutamete com o ttulo imperial O própro Caros Magno teve um pape ativo essa restauação através da qua ele esperava icuca as adiçs de m pssado go rioso as metes do povo semibárbaro de seu reio Até certo poto, o sufciete para os dei xar supresos ele foi bem-suceddo Assm a "restauração carolígia pode sr chamada de pmera fase e sob algus aspectos, de fase mais impotate de uma verdadeira fusão e tre o espírto cetogemàico e o do mudo me diterràeo
Arquitera A s belas-ates represetaram, desde o iníco, um mportante papel no prog ama cutural de Car los Mago. Em suas vistas à Itáa, ele famia rizara-se com os monuentos arquitetônicos da era consantinia em Roma e com aqueles do reinado de Justiano em Ravena; ele sentia que sua própria capital, em A achen, devera expres-
a ma jestade do mpério aavés de edificaçõ s igamente impressonantes. Sua famosa Capela do Paáco (fg. 104) é, de fato, diretamente nspirada na Ig e ja de San Vitale em Ravena (ver fg 94). Erigir semelhante estrutura no soo do s
. Odo de Metz. Inerir Capla d Paláci de Calos
Mag, Aahe 792-805 d
das da Iáia e deve ter sido difíc ecotrar pe dreiros espci ados. provavelmete o pmeiro arquiteto ao ore dos Alpes de cuo ome temos conhecmeto) ão é de modo algum, ma mera cópa de seu modeo mas sim uma vigorosa reiterpretação com ele metos esuturais ousdos que deleam e equi ibam as divisõs claras e obevas de seu espaço teo A importâca dos mosteros que foram i cetvados por Caros Mago, é eaticamete sugeida por um documeto úico que petece ao perodo o gade deseho de uma plata de um mosteiro preservado a Bblioteca Capitar de Sakt Galle, a Suíça fig. 105). Sua ca racterísticas básicas parecem ter sdo decididas em m cocio ecesiástico realizado próximo a Aache em 816-17 e em segida ess cópia foi evada ao abade de Sakt Gae para orietá o a recostção do mostero. Podemos êa portato como um protótpo de planta a ser mo dificada de acordo com as ecesidades oa
108
IMl' M�UI \
mosteiro é uma unidade complexa e f echad em a SI mesma, ocupado m retân gulo de era de 152,4 m por 1336 m A e ada pripal a ste (à esquerda), passa por entre estábulos e uma hospedara, e eva a um potão após o qua o vi stnte vê- e em wn pórtico semirular om o las, f queado por duas torres redondas que, elevando-se bem acima das outras consrções anexas, devem ter tido uma apa ência impressioante, el ú atzando a ge ja como o centro da com w dade monásca A ge a é ua basíica com
contínuo mas são suividdos em compatimen tos por meio de biombos Há váras entradas: duas ao lado da absde oeste e outras os flacos note e sul Toda essa disposião refete as fu ões de uma igreja de mostero destinada às e cessidades reigiosas dos monges e não a uma congegação de egos Próxmo à igea ao su há um caustro com arcos e um poo ao meo; ao redor, agrupam-se os domitóros dos moges (a face este) ua sala de ata e cozha ace su), e uma adega As três grandes constuões ao ore da gea são a de hósdes escoa e a casa do abade A leste cam a ener maria s aposentos dos novios a capela o cemitéio (assaado por uma grande cruz) um ardim e viveros para gahas e gansos A ace sl é ocupada por oicias celeios e outros o cais de trabaho É desnecessáo dzer que em ugar agum exste um mostero exatamete as sim em mesmo em Sakt Galle a panta oi posta em execução de acordo com o projeto no
c
uma absde semicircular e um altar em cada
extremidade, ebora a extremidade leste seja
efatada por uma capeamr eevada (com de graus que evam a ela) precedida por um espaço parciamente oclto da ave e dsposto transver samente a ela que pode ser chamado de tran septo um teo que votaremos a ecotra as pantas de gejas posterores A ave pr cpa e as aves ateras cotedo úmeros ou tros altares ão formam um espaço úco e
105,
Plant de um mosro.
89-3
dC T ob pgamho Bilotc Ctlar Sk Gal íç
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A LT\ IDAE MÉ/A
ND
OCIJNT
109
\10
IJIlE MHA
papel - mas esse proet dáns uma excelente idéia das caracteísticas dessa espcie de estabe leciment a ong de toda a Idade Mdia. Manuscritos e capas de lvros Sabems, a patir de fntes iterárias qe as igre as caroíngas cntinham mrais, msaics e es culturas em relevo, mas tdo isso desapaece quase por cmplet N entanto obras menres e de áci transpote, incusive ivrs sbrevive ram em quantidades cnsideráveis Os scrtora ds vris mosteiros tendiam a crar ilminuras que podem ser agrupadas em diferentes estis embra tds remntem aos mdeos d Peío d Cássico Final As qe fra prduzidas em Aachen sb o olha vigiante de Carls Magn aprximamse muit ds oinais Ao examinar ms a pintura de Sã Mates, de um manscrito (fig. 107) spstamente encntrad n úm de Caos Magn e de quaquer oma eseiamen te igad à sua core em Aacen acamos difi acreditar qe tal obra pdesse ter sid execta da n nre da Eurpa pr vlta do ano 800. Quaqer que tea sido atista bizantin italiano franc ele mostrase ttamente a miiarizad cm a tradiçã pictórica rmana inclsive pe acant na pate inerir da md ra qe enfatia aspect de "janea qe tem a pintra O So Mateu representa a fase mais otdxa d ressurgment carolng; o cres podene visa da cópia de m text de ma bra da teratra cássica Mas talve ainda mais interessante embra m ant psterir sea Evangelri Arcebipo Ebb de Rem (ig 10. O S Marc desse liv tem mitas carac testicas qe ns recrdarã Csto Entrniza d d sarcóag de Junius Bassus (ver fig 91, eit cerca de quinhentos ans antes: a posição sentada com um p rente, o paneament dia gna da pate sperir da toga rosto de tra çs qadrangulares at mesmo as mãos uma deas seguand um pergamin códice, e a utra com a pena de ave para escrever acres cida a que outrra teria sid gesto expositi
7 So Ma/eus. do Evgliári d Crls M c 8
de Musu d Históra da Ar. Vina
. Mac do EW, do Arb�p Eb Rem 6·35 de Iumras Bbo nicipal d Epay
França
A ALT )AE MtOA N CDNT
movmento; o dpead das rupas ndua, a c na eevam-se, num movment acendente n pano de fund, a egetação parece agitada por w fuacã, e memo deenh em fora de f ha d acanto da modura adquire um caráter e aho e amejnte. O própo eangeisa ansf10u-se de W filóofo rmano em um ho mem tomad pel arebatament da npração dvina, w instmento para regtro da Pala va de Deus Ea dependênca da Vnade d Senhor tão poderamente expressa aqui, a naa conate entre as imagen cáica e me deval d Hmem Mas a foma de expressão dnamismo do traço que diferenca nssa m niaua de eu predecere cásicos fz embrar o moimento impeuoo que encona mos na amentação dos manuctos irande e da Idade da Treva A fuênca da escoa de Rei1s pde anda er entida ns relevo da capa adoada cm jóa do EvngeJs d Liu (fig. 106) wa bra d tercero que d sco . Esa bra-pima de oesaia mosta quão ependidamente a tra diçã ceto-gemca de trabaho em meta da Idade das Treva adaptou-e a ressurgment carlíngio. O pcipas agpaentos de pedra emipreca nã etão coocado diretamente bre o fWd em ur, mas ergda obre gar ra ou pequenas tes em fma de arcada, de ta foa que a uz pde penear por baxo e fzêl brihar. Bante ntereante também, é fat de o Cto ccifcad nã demntrar inai de dr u mte, que, Wtaente cm Seu ost oem e imberbe, eva-no mais uma ez de voa ao espíito das pmitvas magen ciã do Savador, até então intcada pea ag na humana Em vez de pender Ele parece etar em pé Seus braços abremse muit, naqui que quae se pdeia chamar de um geto de bas vndas Não era anda cncebíve doá-Lo de i mento hw, embora os meios exprevo paa tt á fosm dpones com pde prceber peas figuras cnteadas que O cercam.
ART OTONIANA
J II
restava do mpé de Caro Mago era gver nado por do de seu netos: Cs, Cao, o re frco das teas a este e Luís, o Geni c, rei franc das terra a lete cujo domín cepndia aproximadente à Frnça e Ae manha atuai N ennt eu poder era tão fra co que a Europa continen fcou, wa ez mais exposa à naõs Ao muçao pros eguam com ua deasçã esav e s ma giaes aça pelo lete enquat s kings da Ecandináva aoaam o nte e oeste Ese norand ancetrai do dinamrqueses e noegeses atua) á vnam nvadindo a Ir ada e a Bretaha pe mar desde fna d sécu VIII desa vez nvadra também no roeste da França, ocupando a área que dede enã pasou a er chamada de Nanda Uma ez al etabelecido og adaam a cilzção caroínga e o cstianism, e a pr de 911 seu ldere fram reconhecids cm duque nomi namente uetos à autodade d re da França Duante o sécuo Xl, os nrmando teram um papel de gande mptância na foação do detino pítico e cultra da Eupa cm Gui lherme, o Conqutador sendo croado re na Ingatea enquanto outrs nbre nando expuavam áabe da Sca e o bizantin do ul da Itála Ao mem tempo na emha, apó a mrte d tim monaca caríngo em 91 o centro do pder ptc tanfeirase pa ra o note na Saxôna Os reis xe (919-024) resbeleceram, enão w fte goe centa o maior dees, Ot I, também resuitou as am bçe mpeia de Caro Magn Após casar se cm a iúa de w rei ombado, ampiou eu poder sobre a mar parte da a e fezse co oar mperadr plo Papa, em 962 A patr de então, o Sagrad Impér Roman passaria a ser uma intituição gemânica Ou, tavez, deêe mo chamá de um onho gemânic poi os ucesores de Oto nWca fram capzes de con odar ua pretenão à soberaia a ul dos Apes N entato, esa pretens teve con qüências mpntes pi evu os impedores germâncos a sécuos de coito com o papado e goeates iaos ais esabeecend lu
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A IDE MÉ
Ecuu
Durante o perí odo otoniano, a pair de meados do século X até o Xl, a Aleman ha era a nação
íder da Europa, tto poltica quato artisticamente. As realiz ções germâicas nessas duas áeas começaram como uma restauração das a dções carolngas, mas logo desenvolveram caracterí sticas novas e orignais. Estas útimas podem ser plenmente a preenddas se comparamos o Crsto da capa dos E v an g elh o s d L nu (ver f ig. 106) com o d G e r o (f g 09) na Catedral de Colõnia. As duas o bras são separadas por um intervalo de pouco mais de cem anos, mas o contraste entre am bas sugere um maior espaço de tempo. No Cu f x d G er o encontamos uma imagem do Salvador que é nova para a arte ocidental, embora um movimento ada contdo, volt do p e intrpret ço (ver f g. 98), já se fizesse notar um pouco antes, na arte bizantna Ao femos mação não es tmos dmnundo o gênio do escultor otonano e nem deve nos surreender o fato da influência orental ter sido foe na emha dessa época, pos Oto II casara-se com uma prncesa bizant na, estabeecendo uma lgação dreta entre as duas cores imperais Coube ao escultor aemão transformar o delcado pahs da imagem bizan tna em termos de uma escultura de maores d mensões dotada de um realsmo expressvo que tem sdo, desde então, a força pncipal da arte alemã Como ele terá chegado a essa sureen dente concepção? Especamente ousada é a for ma protuberante do pesado corpo que faz o es forço físico dos braços e ombros parecer quase nsupotavemente rea Os tros angulosos e profundamente vincados do rosto são uma máscara de agona da qual toda vida já se esvau. A dif usa presença do Espí rto, ão nova e surpreendente no S M arc s dos E vn g e lh o d E bb o (ver fig. 108) adqure um maior significado quando
comparada a essa vsualzação g áfica de sua partida.
Aqutu
109. O enlofir de Gerào c. 75· C Mai lu· : ,88 m. Ct ôn
toouse bspo de Hidesheim onde ordenou a constução da Igrea da Abada Beneditna de São Mge (cuo teror é mosado na fg 110) A planta (fig 111), com seus dois coros e entra das lateras, embra a igreja do mostero da plt de Sankt Gallen (ver fg 105). Na Igrea de São Miguel, no entanto, a smera fo levada muto mais onge: não só há dois transeptos dêntcos com torres trasversas e pequenas torres com degraus mas ambém os suportes da arcada da nave não são uformes consstdo de pares de colunas separados por pilares quadrados Esse sstema ateado dvide a acada em três unda des iguas cada uma com três aberuras; a pri meira e terceira udades têm coelação com as entadas, sendo assm um eco do exo dos tran septos Uma vez que além do mas as naves lateras e a nave prncipal são de uma largura ncomum em relação ao seu comprimento a n
\ L1 . ( "0 OUIH
0. lntrio (vsta paa ado e, a d Segunda GuTa unda). Igrja d São Mig Hdh ·35 L Paa ctuída da Iga d So Mg ·
d�m
I 1:
d). A déia d encomendar um par de andes poas de bronze para a igreja pode ter-lhe sr gido em resultado de uma vsta a Roma onde antgos exempaes estam, avez até mesmo bizantinos As portas de Bewad eram no entto dierentes daqelas; são divddas em se ções hoizontas, e não em panéis vetcas, e a da uma das seões contém uma cena bíbca em atoreevo Nosso detalhe (g. 112) mostra Adão e Eva após a Queda Logo abaxo, em etras n crusadas qe são notáves por seu caráter roma no clássico enconase ma prte da dedcatóa com a data e o nome de Beward Nesss f guras não encontramos nada do esprto mo nmenta do Cntcifixo de Gereào: parecem muto menores do que na verdade sâo o qe toa pos svel coundias com uma pea de oivesaria como a capa dos Evagelzos de Lidau. A com posão nteira deve terse ognado de uma lmnra: os tos da vegetaão estranhamen te estizada têm mto em comum com o mo vmento distorcdo e sinuoso que nos lembra as miniaturas irandesas No entanto a história é transmitida com obetividade e orça expressiva esplêndidas. O dedo acusador do Senhor, vsto contra a speríe vazia do ndo é o ponto central do drama vota-se para m Adâo paral sado peo medo qe aribi a clpa à sa com panheira, enqanto esta por sa vez a atrbui à serpente em forma de dragão a ses pés. Manuscritos
da face oeste o elevado acima do ní ve do res' tante da ig reja, de modo a acomodar um a capea sem-sbteânea, o cripta, apaentemente um santário especil para Sâo Migue, no qua se poda entrar tanto peo trasepto qanto pea ace oeste. Podemos avala q uanta imporância o pró pio Bemward atribuía à cripta da Igreja de São Migel por ter encomendado duas pot s de bronze stosamente escpdas, as qu s provaveen t destavam se às duas entradas qe levavam
A mesma ntensdade de epressão e gesto ca ractea a pin dos mauscritos otoninos que nde os eementos carongios e bzantnos em m novo estio, de fora e acance etraordiná rios Talvez sa mas pere reização e a das maiores obras-prmas da ate medieva seja o Eveiáo de 01 II, do qua reprodu zimos a cena do Crsto lavando os pés dos Ds cpuos (ig 113) Há nea ecos da pinta pri mtiva itrada através da ae bizantina os saves tons de pastel do fdo azem lembrar o isionsmo das pasgens romanas ver fg. 81) e a modra arqtetõnca ao redor do Csto
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\
ID m
2. Ao e Eva Repreendids pel Snh, das potas d Bipo BeVard ara a Igj de São Mgul, 1015. Bonz 08 m x 01 m. Hldehem
casas de Pompéa (ver fg. 2. Fica óbvo que esses elementos foram mal compreenddos peo arsta otonano que, no entanto hes deu uma nova função: o que ora outora uma pasagem qutetônica toa·se agora a Cdade Cees tial - a Morada do Senor mpregnada de es paço celeste visto contra o espaço atmosérco terestre do exteror. As guras passaram por a trnsfomação semeante: na re cássca essa composção tinha sdo usada para represen t um médco traando de seu paciente Agora São Pedro toma o ugar do sofredor e Csto anda mberbe e jovem o do médco Uma
mudança de ênase, da ação ísca para a esp ua, é transmitida não somente através de pO turas e gestos mas tmbém por meo de relações reais de escala Csto e São Pedro são maores do que as ouas guas; o braço "ativo de Csto é mas ongo que o "passivo e os oto Discpulos que apenas obsevam, oram comp mdos em um espaço tão reduzdo que só to mamos conscênca deles como uma grande quantdade de ohos e de mãos. Mesmo o ago· merado de pessoas da te pimitiva cristã de on· de essa obra se oigina ver f g 88), não é ão teramente mponderável assm
A ALT )AO (DA N U"NT 115
3 Csto ando ps Pedr. do Evgeliáo Oto J
00 e Ilumnra Bibliotca o Esao a Bvira
Arte r omânica
Ao r ever todos os pe ío dos de que tr atamos até ag ora nes te livro, o eitor atento f icar á s u pr eso ao ver if icar que muitos dos "r ótuos utilizados par a des ig ar a te de um dete minado lug ar e per íodo s e;am g uamente adequados para uma hs tó a g er al da cvlização. For am tomados de empr és timo à tecnolog ia (por exemplo, Idade da Pedr a, ou Idade do Br onze) g eog afa etnoog ia ou relg ião embora em nos so contexto também des ig em es tilos tí st cos . Es sa r eg r a tem duas exceções notáveis : A caico e Cás si co s ão, bas icamente, ter mos que defnem estios ; r eferem-s e a qualdades formas e não ao contexto em que es s as for mas for am criadas . Por que não temos mais termos dess e tpo? Na ver dade, temos -
mas somente no que diz respeito à arte dos últ mos novecentos anos Os homens que pimeiro conceberam a hstória da ate como uma evou ção de estlos patiram da convcção de que a arte ao longo de sua evolução, já havia atingido um cmax sem paraelo: a ae grega da época de Pérces à de Aexandre o Grande Dão a esse estio o nome de Cássico (sto é perfeito) Tudo o que veio antes fo chamado de Acaico anda atigo e preso à adção mas empehado se na dreção certa O estilo que veio em segda ao apogeu não mereceu um nome especia uma vez que não poss a qualidades postvas·próprias , sendo s mplesmente um eco ou decadência da arte clás sca. Os pr imeiros histor iadores da arte medieva obs e ar am um modelo s emelhante; par a ees , o g rande clímax foi o es tio Gótco (no entto, o temo f oi inventdo por apreciadores da a e cás s ca e com ee pr etenda-s e ndicar que a a te medieval er a obr a dos G odos , ou Bár baros) Es sa ar te or es ceu do sécuo XIII ao s écuo XV. Par a udo que não f os s e anda g óti co criar am o termo Romãnico" e ao fazêlo, pens vam pr cpa lmente na ar quite r a: as g el d b ic é ,
sóldas e pes adas, muito s emehantes ao antig o estlo romano de consr ção, em opos ção aos acos og vais e à ma jestosa lumnosdade das es
trutras gótcas Nes se s entdo, toda ate medeval ante or a 1200 poder ia s er chamada de romãnca, se mostras se qualquer igação com a tradição medter rãnea. Mas, em g era, ss o só aconteca quando um g oveante ambcioso como Caros Mago
sonhava reconstir o Impéio Romano e toar se imperador, com toda a glor iosa pompa do
passado Essas resaurações clásscas nascam e declinavam de acordo com o destino potco das dinastias que as patrocinavam No entato o es tio a que se dá o nome de Romnico tinha uma base muito mas ampa surgu mas ou menos na mesma época em toda a uropa Ocidenta abar cando um conuto de estos regonais distintos embora sob muitos aspectos estretamente rela conados entre s e sem uma nic fonte centa Nisso assemelhavase muito à are da Idade das Trevas que como ndicamos vagueava por toda a Europa Centra e do Nore com as tibos n mades provenentes da Ása modifcandose a vés da assimilação de caracteístcas ocais ou dando um novo uso às formas antgas A são de tos esses componentes em um estio coerente durante a seguda metade do sécuo XI não foi realzada por uma nca força mas por uma varedade de fatores que resuta ram em uma nova explosão de vtidade em todo o Ocdente O crstianismo nmente tu fara em toda a Europa; a ameaça da nvasão de culuras hosts aavés de suas onteras exer nas havia sido repeda fosse porque sua ener gia chegara ao fm ou porque tvessem sido conqustdas ou assimadas. Hava um rescente espíito de entusasmo regoso que se reeta no movmento cada vez maior das peregiações aos lugres sagados e que cuminou a ptir do
de 1095 nas Cadas ara libtar a Trra San a. Iamnt mortants foram a rabura das ras cmrciais do Mditâno as r tas d Vnza Gênova Psa rorscimn d comérci atvdad maufaturira, cm cnsqünt dsnvvimn da vida urbana Durat quio insáv da Baia dad Mé da as cdads do mér Rma d Ocdnt inham sofrdo uma grand dmuçã (a pu ação d Roma qu ra aoimadamnt um m hã d habtans no ano d 3 d, cau ara mnos d cinqna m); agumas ficaram cm tamnt dsas A air d sécuo X, c mçaram a rcura sua imrtância novas cidads surgiam or oda at uma cass méda urbana cnstituída d atsãs mrca drs sabcu-s ntr s camnss a asocracia ra b muios ascs, ntã a Euoa Ocdnta ntr s ans d 2 d. tus d at mut mas "românca d qu hava sid dsd o séc rcuran d agmas formas d ntrcâmb cmrca bm cm as caracrístcas bas dro mta ds aigos mos mas Favah na vrdad 1a auordad otca cnra (ms m méro d Oo não s snda, a st ara mui aém d nd s ncnra a Ama a atua) mas cntaismo da audad si rtua d Paa omara su ugar aé c nt cm frça uniicadra O xércio inacina qu atndnd ao a d Paa Urba ra zara a rimira uzada ra mais dros d qu quaqur xércit qu um gvat sca udss r rcrtad ara aqu bjiv
ARQUITETURA
A acraçâ da nrga vda ant ara s mrndmns siuais qut scuars é rsnsáv a maior transormaçã qu rc ncms na arquittua româica: surrn dn nmr d nvas cnstruçõs incadas m da a Eura s ou mnos na msma éoca m mng d scu X Rau Gabr, sntizu isso mut m a xcamar ramn qu mud sava "vsnd um mano d ias brancas Essas as nâ só ram mais num
I
rsas d qu as da aix Idd Mda mas tmbém m gra ram mars mais ar monisamnt articuadas mas rmanas is agra s tts d suas navs cntrais nã ram mais d madira mas sm abbadads sus xtrrs a conrár das igas rmti vas crstãs, biannas, cargias nianas ram dcrads an cm amnts arqui tôncs quant cm scuturas Os mnumns româncs mas mans distrbuams or uma ára qu da mu bm r rrsnad mund o mund caóc nauramnt ara Rau abr d nt da Esanha à Rnâ nia da frntira ntr Escócia ngara aé a áa ntra A rduçã mais ca a mar vadad d tis rgionais as idéas mais u das nconm-s na raça somams a ss g s diícos dsuds u dsgurads d cu r rigna só tmams cnhcimn aravés da squsa arquógica rms uma riquza d nvnçã arqutnca qu nã ncn tra ara m nnhuma das ras anors. Sudoeste da França
omcms nossa amsra nã odrá sr mai d qu ss cm an-n na cdad d ouous no su da rança gs 4 6. A anta ns srnd d mdia r sr muit mais comxa mas namnt n gada do qu as anas das struturas mais atgas cm a ssv cçã d Sana ia ua rma é a d uma xrssiva cuz atina, do qu aarc na smicúua d mosacos m an'Aonar (vr fig 87), com a hast mais nga do qu as ouas rês as rmnnts (a cuz gga usada cm símb da gra Or tdxa d Orint tm odos s braços d ms mo comrmno d fa mut smhant à cu nscrta m um crcuo qu vimos nas in ras crisãs rmitvas vr fig . nav cn ra é saç d mars dimnsôs mas é amiada s braçs transvrsais ( chamad tras) ond odas acmoda lU maior n mro d rgns da o l sagado qu s cncntrava n mnr d ds cmai mts, a absd na xrmdad s cn rár da a da igra do mstiro m Sank
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i\ IADE M�D
14. (à esquerda) Plana a Ig e ja e Sant-Semin (seg do Conant), T oulouse
115.
(embaixo à esquerda) Ig e ja de it-Sein vista aérea oulouse c. 1080-20
(embaixo à direta) Nave centra e capela-mo, Igeja de Sain·Serin Touose 116.
Gaen (ver fig. 105), onde os atares e capelas para as devoções especias espaham-se de mo do muto unforme por todo o recinto e onde o transepto embora dentficáve tende a undir se com o espaço resevado ao atar na extrem dade este essa igeja o caramente planejada para acomodar gandes mutdões de fiéis. A nave centra é anqueada por duas naves ate rais de cada ado; a nave atera ntea continua acompanhando o movimento dos braços do tran sepo e da abside formando assim um comple to crcuito deambuatóo (ue signfca "para passear) ue vai fxar-se nas duas tores para eas à entrad pncipa (as tores podem ser
ao redor de toda a absde; a maior na exremda de este era em geral dedcada à Virgem Maria, sendo comumente chamada de apea da Vr gem Esse tpo de absde com suas construções de capeas e deambulatórios é chamado de co r dos peregrinos is ees podim fzer a ron da pelas capeas mesmo uando nenhuma mssa estava sendo celebrada no atar-mor A pana mostra ue as naves aterais de Sant Sen tinham abóbadas de arestas em toda sua extensão e ue as dimensões desses comparti mentos fomam ogcamente a unidade básica ou móduo de todas as outras dmensões: a r gura do espaço ocupado pea nave centra po
ARTE OMÂNIC
veis diferentes dos telhados das naes laterais, em conaste com os rontões mas altos da nae cenal e do transepto e o conjunto de tehados semicirculres gandes e pequenos, em todos os níves que cobrem a complexa extremidade es te. Mesmo as cacteísticas esttuas neces sáas como os grossos resstos de plar entre as anelas que seem para estabiizar o empu xo exteo das abóbadas do teto transormam se em elementos decoratios como é o caso da toe sobre o crzero (embora sso tenha sdo competado em estilo tico e seja mas to do que se pretendia incalmente) Inelmente as duas torres de achada nuca fo compleadas Ao entraos na nae centra (fg 11) ica mos impressonados com suas eleadas popor ções com a elaboração arqutetõnica das pare des e a raca lu ndireta filtrada atraés das naes ateras e da galera acma deas antes de chega à nave central O contraste entre Sant Sein e uma típica basíica prmtia cstã co mo Sant'Apollnre (er fig 87) com seus sm pes "blocos de espaço e modesta alenaa demonsa de fato a esrea reação ene Sant Sein e os ediíos romaos como o Coiseu (er fg 69), que tm abóbadas arcos colunas embe bdas e plasras todas firmemente undas em uma ordem coerente No entanto as forças cua nteração é expressa pela nae central de Sant Sein não são mas as forças físicas e muscua res da arqutea greco-roma mas orças es ptais forças espiriuas do mesmo tipo que mos reger o copo humano nas mniauras ca roíngas ou na escultura otoniana. As meias couas que se proongam por toda a alura ·da parede da nave central pareceam, a um romano, alongadas de foma ão pouco natura quan-
to o braço de Crsto na f igua 113. Pecem ee -se devido a alg a pressão remenda e n vsíve, com pressa de juntar-se aos arcos trans ersas que subddem as abóbadas de berço da nave central. Seu rtmo nsstente nos impu sio na para diante em dreção à extremdade leste da ge ja com sua absde e deambulatóo cheios de luz (agora parcialmente obscuecida por um gde alr feto posteriomente).
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o arquteto empenhou-se, conscientemente em
obter ais ef etos. Para ele, a beleza e a engenha a eram nseparáeis; se a construção de abóba das na nae central como meo de eimina os scos de ncêndo dos tetos de madeira era um ob jetivo prátco hava também o desao de que rer saber quão altas ele seia cpaz de constuílas (quato mais ta f or uma abóbada, ta to mas difí cl se to a sustentá-la), em honra ao Senhor
e pra toar Sua morada mas gandiosa e im ponente A alua ambiciosa exgia que as gale ras acima das naes laterais arcassem com a pressão da abóbada de berço centra e assegu rassem a sua esbidade Assm a misteosa sembscidade do teor não fo um efeto cado mas apenas o resudo da colocação das jaelas a agma distãncia do centro da nae SantSen see para embrnos que a arqu teua assm como a poítica é a "re do possí ve e que aqui como em ququer outra atiidade o proetista o bemsuceddo na medi da em que conseguiu exporar os lmites do que he era possíe sob aqueas crcunstâncas espe cícas esr e estetcamente este da França
Uma e que a extremidade oeste de Saint Sen com suas toes nunca o completada examinaremos a oteDameaGrade em Poi tiers uma cdade do oeste da França paa dar mos um exempo pródigo da achada das igejas româncas (fig. 117). Baixa e larga essa gea tem arcadas pmorosamente guaecdas que abgam grandes figuras sentdas ou em pé; ab xo delas em um proundo ão na parede deno de uma esuua de arcos que repousam sobre counas baixas e gossas, ca a entrada pinc pa ma arga axa com releos estendese do aco central por toda a achada até temna nas duas toes com seus gupos de colunas e aca das aberas anda mas altas que mais parecem tásticas peças e ogo de xadre Seus cap tés cncos têm a mesma aura do ronão cen tal (que é ma alto do que o telhdo aás Sem dúvda, cada ragmento d os arcos e das coluas
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A ADE MtO
7. Fachada oese, Notre-Dame-IaGrande, Poiies.
Iní
cio d século XI
Sat-Semi. No eto, setos que o todo ão é e acioa e ogâico ebora esulte e ua festa visua Talvez o pojetista uca hou vesse estudad � os vedadeios edfcos oaos, s tea eceido seu reperóro de oas aa vés dos sarcófagos roaos (que ea abuda tes e todo o s da Fraça); exepos coo o de Juius Bassus ve g. 91) são decorados co ua espécie de "casa de boecas de dos ada es cua fução é eoldurar as difeetes figu as bbcas Normandia e Iglaterra
Mais ao oe n oadia, a fachada oeste to ou ua deção iteiaete dvesa. A acha da da gea da Abadia de SatEtee e Cae (fig 118, fdada po Guihere o oqusta do ogo após sua be·sucedida ivasão da gatea ofeece u copeto cotaste co
. achada oese Sai-Eee Caen ciada e c. 68
cotafotes divide a fete da igea e tês seçes vecais o peto vetica possegue tate, peas duas esplêdidas tores cua l a eso se os altos piáculos do Peodo Gótco ptvo e sua exeidade á seia su ficiete para os ipessio Do eso odo que SatSei os ipessioa po se eco pada e uscl SaitEtiee é fa e ipas svel: ua estuta para ser apecada, e todo o equite de suas poporçes ais pela ete do que pelas faculdades vsuais ou tagveis. E. a verdade o acocio que geou a aqutera
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ra que tomou possíveis as a -o jadas igrejas do P eÍ odo Gótco. Coo exeplo do estilo Roân co em soo ingês, votemo-nos paa o inteo da Catedal de Durham, inicada em 03 (fg. 119), bem ao sul da frontera com a Escóca. A nave central que veos aqi é na vedade u teço ais aga do que a de Sant-Semn, e seu co preno geal é ceno e vine e u etros aior o qe a sa ene as aores igreas da uopa edeva. Apesa de sua largua a nave cenra pode er sido projeada desde o incio para ser abobadada e essa abóbada é de gande ineres se pos represena o prieiro so sseáico da abóbada de aesas co neruas sobre ua na ve de tês andares (a construção das abóbadas da exreidade ese o copleada e 1107). As naves lateras, que podemos vismbrar através da acada consise do eso po de co paenos quase qadgures co abóbadas de aress co o qa esaos faiaiados des de SaiSemin; as os ercolios da nave cen ral sepaados po sódos cos ansvesas são decdidaene oblongos. Suas abóbadas de aes tas são de a ora qe as nerras usadas nas junts das inerseções oa desenho e X dupo dividndo a abóbada e see seções e vez das quaro convenconas. Coo os neco úos da nave cena são das vezes as lon gos qe os da nave aeral os pesados cos as versais ocoe apenas nos pilaes heeogêneos da acada da nave desse odo s paes vaa de aanho sendo que os aiores, onde o e po das abóbadas é ais oe ê a fora cOpos (so é ees de fuses de conas e de piastras lgados a um núceo quadranga ou oblongo) e os outos são cilíndrcos. Mas como o a q eo terá chegado a essa solução incomum? Admtmos qe ee esivesse famiiarizado com as geas mas a tgas semehantes à de Sant Sei , e tvesse ncalmente po jetado uma na ve cenral com abóbadas de beço e gaerias a cma das naves ateras, sem janeas qe lmnas sem dietmee a nave cen . Enquano assm p ceda ocoeu - lhe sbtamente que se coo casse abóbadas de arsts tanto sobre a nave hari at is br
19. Nave central (visa m dição ao ado oeste), Ca dal d Durha 03-30
essenca de supoe essa áea podia copora jaelas O esultdo sea u pa de abóbadas de esas dênticas e nsepáveis ddidas e see copatienos e cada ineconio da nave cen O peso e epo ria concenar-se e seis ponos ines e seguros no níve da gaeia e dai desceria pra os piares e coas abi o As neas nauene ea necessárias paa provere u esqeleo de odo que as di feenes speies cvas ene eas pudesse se preenchdas co eleenos de alvenra de a espessra ínia, redundo assi, ao o peso qano o epo Não sabeos se esse esqea engenhoso o reaene nvenado e Duha a não pode er sido cado uo aes pois aqu anda se en cona e fase experien enqano os acos rasvess do creno ão edonds s s dses e deção à eedade lese da nave cenra são eveene aeados o que n dica ua connua busca de apeeçoaeno.
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A If \OE . OIA
Catedral e Pisa. Batistéio e Campanár (vsa ao este) 53-7 120.
a força dos plaes lteados cra u mralhoso contaste com as supefcies das abóbadas dra maticamente iluminadas e que azem lembar as veas de um navio.
camente ucrativas. Sem o anseio de eca o antig o Impéro e além do mais, dispondo das p imitivas igre jas cristãs to quanto dispu hm da arquitetua romana clássica, os toscanos davamse por satisfeitos em dar continuidade àquilo que constitui, basicmente as p mitivas formas crstãs, as quais no entanto eram eniquecidas com as caacteísticas decorativas inspiradas na qui tetua romna pagã Se tomrmos um dos exem pos da arquitetua toscanoromânica em melhor estado de conservação, o compexo arquitetõni co da Catedal de Pisa (fig. 120 e o compara mos com St'Apoliare em Ravena (ve fg. 86) po um ado e com SaintSein em Toulouse (ver fig 115) po outo não será muito dici pe ceber com qual dessas igrejas a Catedal de Pisa está mais esteitamente reacionada É verdade que ela é mais lta que sua pedecessora e que um gande transepto aterou a panta ao forma uma cruz latina com a conseqüente adição de uma clarabóia bastante , que se eleva paa aém da nteseção No entanto, ainda permane cem, tto quanto podemos obsevá-las em St' Apollinae as característcas essencias da basí121
Itália
Voltando à Itália Centa, que ocupaa uma posição e xtemmente impot te no Impéro Roma no oig nal, sea de se esperar que ali houvesse sido crada a mais nobe das tes romãnicas, uma vez que os emanescentes orig inais do Período Clássico estavam à disposição de quem pretendesse estudá-los. No ent to, ficamos lig ei rament e chocados ao percebemos que não oi esse o caso: todos os g oveantes com ambições de f azer reviver "a g andiosidade que havia sdo Roma" encontravam-se no norte da Euopa. A autodade espiritual do Papa, eforçada po popriedades teritoriais consideráveis, toaam di f íceis as ambições imperiais na Itália. Novos centr os de prospeidade, devados do comércio maí timo ou de indústrias locais tendiam mais a consoidar um g ande número de pequenos prin
Batstr Forença
c.
6-
ARTE ROMÃNICA
123
lica primitiva, com suas f ileiras de acadas unifomes e até mesmo o proeminente campanáio (a famosa "Torre Inclinada de Pisa) que não foi plane jada assim, mas começou a pende para wn ado devido à fraglidade de seus aiceces_ A única estauação delibeada do antigo es tio omano veificou-se no uso de um revesti mento de mámoe multicoodo no exterior das igejas (lembramos que os modelos cristãos pri mitivos tendia a uniformizar os exteoes) De udo isso, pouca coisa sobeviveu em Roma sendo que uma gande pate foi itealmente "oubada paa o embeezamento de esttas posteores; no entto, o inteo do Panteão ver ig. 71 ainda nos dá algma idéia desse estio, e podemos econhece o desejo de tenta iguaa essas incrustações de mámore no Batis téo em Forença (fig. 121). Os painéis de már moe vede e banco seguem w traçado go rosamente geométrico As acadas cegas são eminentemente clássicas em suas popoções e deales de fato todo o edfício está envoto por uma atmosfera tão gande de Cassicismo que os pópos orentinos foram evados a ace dita ags séclos mais tarde que o Batistério avia sido origialmente um tempo dedicado a Mae, o deus romano da guerra Teemos que vola a mencionálo mais vezes uma vez que esse edifio estava destinado a repesentar um pape impotante no Renascimento 122. Após/olo
c.
090 Saint-Ser Tuu
ESCULTURA O reflorescimento da escutua monwenta em
pedra é ainda mais espantoso do que as realizações aquitetnicas da era românica, pois nem a are carolgia nem a otoniana m osraam quaisquer tendências ness dieção. Lmbr emos que a estuas depndentes conturam a ser criadas na ate ocidenal posteior ao século V; os elevos em peda sobreviveam apenas sob a f oma de o amentos o decoação de supefí cies com a prof didade do enalhe edzida ao m nimo. Assim, a úica tadição escultórica contínua da ae medieva foi a das escultuas em elevos e estauetas ocasio i i
e otonia avia ampliado o ãbito de sua a dição mas não o seu espírito a verdadeira es culra em grande escaa repesentada peo extaordinário Crcifixo de Gereã (ve fig 109, restingiuse quase que inteiamente à madeia.
Suost a Fança Não podemos armar com exatidão quado e onde teve incio o eoescimento da escultra em pedra mas se exste n1a regão que pode rei vidica sua prioidade é a que abrage o sudes
Cidades, catedrais e arte gótica ARQUITETURA Aprendemos que o tempo e o espaço são inter dependentes. No entanto, tendemos a considerr a história como o desenrolar de acontecimentos no tempo sem uma consciência sficiente de seu desdobramento no espaço Cosmamos vis la como uma sobreposição de esatos cronológ cos ou períodos cada estrato 'ossuindo uma pofundidade específica que coresponde à sua duração No que diz respeito ao passado remoto onde nossas fontes de informações são escassas essa imagem simples funciona razoavelmente bem. No entanto fica cada vez mais imprópria à medida que nos aproximamos mais do presen te e nosso conhecimento adqre maior precisão Conseqüentemente não podemos defin o Peío do Gótico apenas em termos temporais; precisa mos evr em consideração a inconstància da ea de superfície do estrato assim como sua pro fundidade No inio por vota de 150 essa área era realmente pequena. Compreendia apenas a pro víncia conhecida como e-deFrance (ou seja Pais e aredores) o domínio real dos soberanos franceses Cem anos mais tde a maior pae da Europa da Siclia à Isãndia toa-se góti ca com apenas alguns bosões românicos aqui e ai através dos Czados o novo estilo fora in odzido até mesmo no Oriente Próximo Por vol de 140 tem incio o decÚio do Perodo Gó tico j não incua a Itia e cerca de 10 desaparecera quase por completo. O estrato gó tico então tem uma forma um tanto complexa com sa peneração abrgendo quase quaen tos anos em alguns lugares e não menos de cen to e cinqüen em outros Essa configuração porém não surge com igal clareza em todas as ae visuais O emo "tico foi cunhado pa a arquiteua e é na arqutetura que as caracte rsticas do estilo podem ser mais facilmente
conhecidas. Só nos útimos cem anos nos habi tamos a falar da pinura e da escultua góticas e ainda hoje como veremos existe algma in ceteza acerca dos limites exatos do estilo Gótico nesses campos A evoução de nosso conceito de arte gótica sugere a maneira como na verdade o novo estilo se desenvoveu: começou na arqui tea e por mais ou menos um séclo de c 110 a 250 duante a Ép das Grandes Ca tedrais manteve o seU papel dominante. A esculura gótica de incio rigorosamente arqui tetõnica em esprito perdeu aos poucos essa caracterstica após 1200; suas maiores realiza ções situam-se ente 1220 e 120. A pinua, por sua vez chegou ao seu ageu ciativo ene 1300 e 1350 na Itlia Central Por volta de 400 toou-se a ate mais impoante ao norte dos Apes Assim ao examinamos a época gótica cmo m todo depamo-nos com uma mudança gadual de ênfase da arquiteura para a pinura ou tavez do caráter arqutetõnico para o pictó rico (é bastante caracteístico que a escltra e a pintra góticas da fase inicia refliam ambas a disciplina de seu contexto monmenl enqu to a arquitetra e a esclta do tico Tdio se empenhem mais em obter efeitos pitorescos do que careza e firmeza) Paa além desse quadro geral desenhase ouo a difusão inteaciona em oposição à independência regional Sendo ni cialmente um desenvolvimento ocal da ede France a arte gótica alasase da paa o resto da França e pa toda a Eropa onde passa a ser conhecida como us moeum ou jrancnum (obra modea ou francesa) Ao longo do séclo XI o novo estilo perde aos pucos o seu carter importdo e a divesidade regon vol a afirmarse Em meados do sécuo X, obsevase uma tendência resente do inter câmbio de nfuências entre esss reaiaçs
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A IAnE
M:IJ/\
regInaIs até que, c. 00 um esto "Gótco nteaiona sWreendentemente homogêneo prevaee em quase toda pare Pouco depois quebra-se essa undade: a táa, lderada por Fo rença ca uma arte radicamente nova a do PréRenascimento enquanto Fandres ao nor te dos Apes, assume uma posição igualmente domnante no desenvovimento da pnura e es cuura do Gótco Tardio Um sécuo mas tarde fnamente o Renascmento itaiao toa-se a base de outro estio inteacona Sob a orienta ção de esboço poderemos agora exporar mais pormenorizadamente o desdobramento da are gótica França: Sat-Deis
Nehum esto arquitetõnco precedente pode ter suas oigens desctas com taa exatidão quan to o Góco Nasceu ene · 1137 e 144, da recons tução oientada peo Abade Suger da abadia rea de SantDens nos arredores de Pars Se qusemos entender porque essa abada sugiu examente nesse ug e não em ouo quaquer, e exaamente quea data teremos que nos fa miiaizar com a reação especa que exstia en tre SaitDenis Suger e a monaqua racesa Os res da França undamentavam sua autorida de na tração dnástca caroínga o entanto seu poder era eclpsado peo poder dos nobres, que em teoria eram seus vassalos; a únca área sobre a qua renavam absoutos era a ede France e mesmo ai sua autodade era eqüen temente contestada O poder do rei só começou a epandrse nos incos do séco X e Suger como pincipal conseheiro de Luís V, teve um pape decisivo nesse processo Foi ee quem for jou a aliança ente a Monarqua e a geja o que fez com que os bispos da França (e das cdades sob sua autoidade) ficassem do lado do re que por sua vez apoiava o Papado em sua uta contra os imperadores germãnicos Suger entretanto não apoiou a monarqua apenas no plano da po tica prátca mas também no da "potica espii tua ao conferir mpoãnca à posção real e gorificáa como o braço forte da ustiça ee ten
entendidos nesse contexto, pos a gre ja erguida no fina do séclo VIII, go zava de m duplo prest go, o que a to ava reitamente adequada a ob jetivos de Suger: era o santário do Apóstolo da França o sagrado protetor do reino bem como o mais mpotante mon ento comemorativo da dinastia Carolínga (Carlos Magno e Pe pno seu pa, havam sido a sagados res). Suger pretendia fazer da abada o centro espirtua da França, uma igreja de peregrnação que ex cedesse todas as outras em espendor o centro das emoções relgosas e patióticas. Porém para f a zer com que t ob jetivo se COPoificasse de
foma visve o velho edfio teria que pass por refomas e ampações O própo abade descre veu os esforços a serem envidados e o fe com tal riqueza de pormenores que sabemos mais so bre os proetos do que sobre o resulado a que se chegou pois a fachada ocdena e suas escu tras encontram-se hoe rstemente mutadas, e a extremidade orenta o coro que Suger con sderava a pate mais mpoate da igrea, fo bastte alterada Devido aos decepconantes e manescentes vsuas da greja de Suger temos que nos dar por satsfetos aqu em chamar a atenção para a sua importànca e ea fo de fato, imporate; segdo consta, os vsitates exasiavam-se dante de seu extraordináro im pacto e em poucas décadas o esto já se dfun dia paa muito aém dos lmites da edeFrce NoteDame
Embora Sant-Dens fosse uma abadia o futuro da arquitetra gótica esava nas cidades, e não as comuidades mon ástcas ruras. Convém lem-
brar que tinha havido um vigoroso ressurgimento da vida urbana desde os nícos do século XI, um movimento que prosseguiu em rtmo acelerado. O crescente peso das cidades f ajia-se sen tr não só econõmica e polticamente, mas também de númeras outras foas: os bispos e o clero urbano ganharam nova mpotâcia, e as escolas das catedras e universidades substií-
ram os mosteiros como cenos de aprendizagem
CIOAlES TWRS E E (.Ú
da em 163, re ele as caracteísticas principais de Saint-Denis m ais dre mente que qualquer ou l: a. Começamos po compaar a p anta (f ig 131) om a de uma igeja omânca (ver f ig. 114); é muto mais compacta e unificada, com o dupo deambuatóo de coro posseguindo diretamente para as naves laterais, e o transepto baxo e largo mal excedendo a largura da fachada. Como prepaação para o que encontaemos em seu inteo, podemos notr também o sstema da constçâo de abóbadas: cada ntecoúno (excetudose o rero e a absde) ao ongo do eixo cena tem a foa obonga, dividida por um sistema de neras que até aqu desconhe camos; contoado po nervuas tansversais, cada compatimento é, entâo, nâo apenas sub dividdo pea nteseçâo de duas nerras (a abóbada de arestas que conhecemos desde as na ves lateras de Saint-Sein e de outras gejas), mas também secionada por uma tercera nerv ra, sendo que as extremidades de cada uma de las coesponde a uma couna no assoaho da nave centra Isso é conecdo como abóbada sextapartda Emboa não seja idêntica ao sste ma de abóbadas que encontramos na Catedral de Dum (ver g 119 a abóbada de arestas ge mnada), ea dá contnuidade ao tipo de experi mentaçâo que teve nio no esto Românco nor mando, em busca de meios de toar mais eve o peso da avenaa entre os supotes No nte rio (g 32), descobmos outras remnscêncas do Românico normando nas galerias acma das naves aterais nteas e nas counas usadas na arcada da nave centa Aqui também sstema tzouse, ao ongo de todo o edfíco, o uso dos arcos agudos cujos primódios encontam-se nos
131.
133
Planta de Nore-Dame. Pas 63-1250
132 ave cea e apea-m, Nore-ame ais 116300
intercolúios a oeste da nave centra de Duham.
Ao elmnar a pate do arco de plenavolta que mais responde à força da gravdade, as duas metades de um arco agudo se entreaçam; desse modo, o arco de plenavota exece menos pessão extea do que o arco agudo, e dependendo do ângulo em que as ds seçôes se cruzem pde-s f azê-lo tão í ngreme quanto se desea. As p tencialidades dos avanços de engenharia que se desenvolveram a prt dessa descobera
mas que eetem o desenho das ne rs da a bada são responsáveis pelo eeito de "ausência de gravdade que em gera, assocanos aos in teiores góticos. Contrastando com a pesada or namentação de Saint-Sein, as paredes aqui não têm adoos o que as az parecer mais degadas Também é gótico o verica1ismo do interor da nave cen. ss depnde men das proprçõ
CIOAUES. TIlRJS RT GÓ
,
(vsíel na fig 133), podemos ter uma idéia de qão rapidamete essa tedêca didi-se d rate a prmera metade do séco XII: a fa chada a rosácea como são chamadas as jaeas circuaes das igejas góticas fica em um ão bs tate recado e os oametos de pedra que dão fOma ao deseo destacamse tdete da eara em que estão egastados; o trasepto pelo cotráro ão é mas possel separar os or ametos da jaela de sua moldra um etrela çameto cotuo cobre toda a superfcie. Embora possamos buscar ma o otra carac teística da arqutetra gótca em agma fote romica o como e o porqê de seu sucesso são basate dceis de eplicr Dep aoos aqu, com uma etea cotroérsia pra os adeptos da abordagem cost a aquteta gótica é o resutado de aaços de egenhaia qe possi bitaram a costção de bóbadas mais efca zes e a cocetração do empuxo em pocos po tos ctcos elmado-se, assim as sóidas pa redes româcas Mas isso será tudo? Deemos fazer oa e bree meção ao abade Sger se gudo o qua foi difícl reuir aesãos de mitas regiões diferetes para trabalharem o proe to. Isso a em apoio à hipótese de que ee ape as precsaa de bos téccos fosse esse o ú co probema e o abade terse-a deparado, o fal com ada aém de um aglomerado de dfe retes estios regioais Se reato o etto efatza sistetemete que a "hamoia, a re açâo pereit etre as partes costi a fote d beleza ua ez que exempifca as es segu do as quais a rzão da crou o uierso a mlagosa dação de lz atraés das mi sagadas aelas trasformase a Lz Da ma reelação stca do espito de Deus Te ha ou ão sido ee o aqteto de Sait-Deis, foi certee ele o espto cua oietção s fomo as igeas góticas em mais do que a so ma de suas partes. Chrtres; Rue
Apeas Chtes, detre todas as pcpais cate dris gótcas ada cosea gde pate de ses
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sel de ser reproduzida por istrações. As foo ieitaemete exageram a uiosidade das a elas, o qe as toa mas parecidas com ba cos do que com paredes trasúcidas Na reaidade as jaeas deixam etrar muto meos lz do qe sera de esperar atam sobretudo, como mesos e mtcoordos ftros dusores que modficm a qdade da luz dia comum, dotadoa dos aores poétcos e smbólcos qe o abade Sger tiha em ão alt estima Após costtse qe a pt básca das ige as góticas era satsfatóia como fico demos trado a atedrl de Nore-Dame er fig. 131) e compreeder-se qe a abóbada de aestas ba seada o arco agdo tha uma exbiidade até aqu imagiáe o deseolmeto da arq teura gótica a França toose cada ez mais aoado, procuado cohecer os imites exte mos aos quas ee tipo de cosção podeia ser leado As aes ficaram cada ez mais gadio sas e os cotrafotes mais redlhados até qe, em agus casos, chegaram mesmo a rr. Ta ez o obetio de glorficar a ordem dia como o abade Suger se propsera a fzer, houesse imperceptelmete se trasfomado em uma competição muito semehate à da Toe de Ba bel qu, como estamos embrados temo de foma desasosa. É também srpreedete cos tatar que ttas costuções o estlo cohecido como Gótico Fmboyanl amejate), como é chamada a últma fase, teham permaecido em pé As formas odates em cas e cotra cas dos laores em pedra da Igea de Sat Maco de Roe fg 136) são tão exuberates qe tetar ocalzar os ossos do edfco asformase qase em m jogo de escode escode. O arquteto too-se m tuose que sobrecrega o esqueeto esu com ma a ma tão desa e fatasosa de eemetos decoa tios que a estutua fica quase completamete octa. U ma das coias reamete spreedetes so bre a arqitetra gótica é a aceiação etsiást ca qe esse esto real acês obtee o ete ror Mais admiráe aida fo a sa capacidade de adaptar-se a uma grade redade de cr
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\ l)r\UE IO
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'\IlE "�DA
anidade com os neores das igejas rancesas, apesar da epeição de pequenos e idêtcos o ametos esculpdos na grade jaela que lem ba a epetição dos motivos escpdos na facha da de Salsbwy. O sistema de abóbadas raz uma novação que embora mas arde adoda no co tiente ewopeu é essencialmene iglesa: a po pagação das ers em u ecado oen al de múipos lamenos, mpedido que se tea uma vsão ítda das separações dos e colúos e suas subdivsões, o que cofere ao iteio uma maio undade visual Emboa o es tlo glês enha-se desevovido indepedete mente da oamentção F/mbyn frcesa, há, obviamete uma elação atstica ene essas duas vaiedades de decoração arquitetõnica de
elaboação decoaiva tão cenuada.
Itália aquitetwa góica ilaa tem uma posção de destaque em toda a uopa Se a ugamos pe 13
Capela-mor, Catedral de louceser 2-57
139.
Nave enra e aeam Sana Croce Foreça. Iiciada e 1295
los padões da le-de-Face, na mao pae dos casos ma poderá se camada de gótica. No e to, ciou esruturas de uma beleza e mponên ca extaordiáas. Devemos te o cuidado de evar um ctéro demasiadamete gdo e téc ico ao abodamos esses monumetos pra não sermos inustos com sua fusão inconudvel de caceístcas góticas e tradções medterrâneas A Igja Franciscana de Santa Ce, em Floe ça, (fig 139) é uma oba-prima da aqutetua gótica, embora seus etos sej de madea e não de abóbadas de aestas Cetamete sso se de ve a uma escolha delberada, e ão a necessda des técnicas ou econõmicas; assim, evoca-se a
simplicidade das p mitvas basíicas rsãs e ligase a pobeza f rancscaa à tadição da Igeja primitva. Não h á indícios do sistema esruural gótio, a não ser na capela'mor com abóbadas de aresas; as paredes ão superf cies contíuas, sem
10
IDE M�1)1 I
que fz com que seus eemenos paeçam "om bnados, em vez de snetados em um odo unifome. Com exeção da osáea de modes tas dimensões e dos otas a fahada não tem abetuas eais, e mutas de sas paes on sistem de segmentos paietais emolduados Todava, não peebemos esses eemenos omo supeJíces sóidas e maeais, mas sim tanslú cidas uma ve que estão evestdas de mosaios de um oodo blhante - um efeto que equi vae ao vita góio do Note. As onsuçs seaes do Góo itaiao êm um aáe ão espeio quano as gejas as dades do noe da Euopa não á nada que se ompae à mponente austedade do Paao Veho (fg 2 a Cãmaa Munipal de Fo rença Edfíios omo esse semeanes a uma fotea, efetem as luas ene as fações patdos poíios asses soiais e famlas m poantes ão aatestas da vida ntea das dadesesados talanas A moadia do ho mem de posses (ou temo desigatvo de qalque gande asa bana) ea lteamente o seu asteo pojeado paa esst aos assaos 42. Palazzo Vecchio, Fornç Icdo m 98
amados e testemunha a mpoància de s proprieário. O Palazo Veccho conquanto maior, sege o mesmo padrão Por trás de suas pare· des ameadas, o goeo da cdade podia sentirse bem proegido contra a ira das mutdões en furecdas. A ata toe não simboiza apenas o orglho cívco mas tem um objeo eminene· mente prático: ao dominar a cidade e os campos viznhos, seria de posto de obse vação contra os nmgos nteos ou exteos
ESCULTURA (0-0 França Os potas da fahada oeste de San·Dens eam muito maioes e até mesmo mais sutuosamen te deoados do qe os das geas omàas Foam eles que pepaaam o eeno paa os admáeis potas pnpais da Cateda de C es fg. 3 niados po ola de 145 sob a nfuêna de SaintDenis mas de onepção ain da mas ambiiosa. Taase povaemente dos mas anigos e ompeos exemplos da esuta gótia. Compaandoos om um poa omãnio omo o de SantPee (ve fig 23), o que ogo nos mpessiona é um noo sentido de odena ção omo se odas as fgas ataíssem subi tamente a nossa atenção onsentes de sua esponsabldade paa om a esutua aquite tônia A smetria e a aea subsíam os momentos fenéios e as mtidões; as figus não são mais emaranhadas entre s, mas eretas
e ndependentes, de modo que se vsualiza muo melhor o conjunto a grande distãncia. É parculaente admirável o ratamento dado às
ombreiras da porta, onde se ainham fg as esguas adossadas a colunas (fig. 144). Em vez de serem tratadas essencialment e como relevos es-
culpidos na canara, ou pojetado-se a pa t dela, são na verdade esátuas cada qua com seu próp io eixo; pelo menos em teo a, pode am ser destacadas das counas que hes se vem de su porte. Aparentemene esse p mero pao (desde o fm da Antigüdade Clássica), no sendo d fa l
DL)Sl1Utf \HJI {.( rn"
143. Porais do lado oete da Cadra de hare,
c.
11
5-70 (Para uma vita do ineo ver a figua 5)
tão coocadas as igas. Ese método f com que pareçam presa numa cea amosera de imobidade, e, o enano as suas cabeças já po suem ma suavidade humaa ue evidencia a busca por um maior reaismo. É como se o es cuore góicos ivesem que reviver as mema epeências dos escuore gegos do Peo Ar caico (ver ig 52). Realismo é, nauralmee um emo reativo cujo sigiicado varia mio de acordo com as circnsãncias; nos potais iden ais de Chaes o reaimo pece broa de uma reação cora os apecos demoníaco da ae ro mãnica uma reação que pode ser percebida ão apeas no epio soene e cmo das guras ma ambm na dicipia raciona do ema simbó ico subjacee Os apeco mai uis dese pograma imbóico ó podem ser apreedidos por um espo basae versado em eoogia coudo e eemento prcipais são suicie emee simpes o que o toa acesívei a
ombreias uma eqüência contnua igando o do os trê porai, representam os proeas reis e raihas do Veho Teameo seu propósio o de acam os goveantes fncese como de cendete espirtuais do goveanes bbicos e ambém - uma idéia que o bade Suger enai zava iiseemente - a hamonia ee o go veo secuar e o espirtu O própro Crsto apa rece num roo obre a entrada pncipa, como Jui e Regene do Uiverso, adeado peo m boos dos qaro vageista, com os Apóo los reuido embio e o ve e quaro aciãos do Apocaipe as arqivItas acima O tímpano direio mosra a Sua encaação, com cenas de Sua vida mai abaixo e persoiicaçõs das aes iberais (a abedoa hma rendendo homena gem à sabedoria divia) acima No mpao es querdo iamete vemos o eeo Cso Ces ia o Cro da Aceão, emodado pos igos do zodaco e se coespodene ha
1 2
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lU \lW )
45. Anuncação Visitação, an nra a facaa os Caa Rms · Pa, amano ama o nara
Estáuas dos mbrais nos poris do Jao oes a Caeral Chart. Incaa m
Os programas instrutvos desse tipo contiua ram sendo uma caracteí stica das catedrais gói-
cas; no enanto, os estlos de escutura se desen volveram rapdamente, variando de região para região. O vasto programa escutura da Caedra de Rems toara necessário renir mestres e of
compaca de vários esios. Ao ado dreito da igura 145 presenciamos o enconro enre a Vr gem Mara e Sta Isabe (Visitao Essas fi guas evelam um Classcismo tão pereito que primera vista parecem ter saído do relevo da A Pacis ver g 79). Não mais goveadas como eram as guras de Charres pelas colunas rigorosamene vericas cada uma deas volta-se pra a oura com o mesmo or umao que ue as duas crianças mais veas da Ara ac No grupo da Anuncçã (fig , ado esquer do) o estilo da V irgem é sóbrio, com o ex o do copo rigorosamente veical e as dobras do pe jameno coíuas e adas, que se encontr em àngulos agdos. Em con aste, o an jo é manifesamente cio: percebemos o roso pequeno e redondo emoldurado por cabelos encaracoados que f zem embrar um goro, o soiso ranco, a acentuada cuva em S do corpo esguio e o pane jamento abundan e e muo s2liente. Esse "eso elegate cr ado por volta de 1240 por mesres parisnses a se ço da corte real, fez um sucesso tã d l f
CII)AOES.
CATERS E RTE GÓIC
143
Um gpO lieiramente poster (f i. 146), interr da Ctedrl de Reims revea um nov
pirili m: luz e smbra ara conferem um hal imateril, até entã desconhecid, às fig uras coloadas em nichs prfundos Tems aqui, novamete um cntraste de estis: Abraã,
uand uma armadur d épca, é de wn realis mo bastante bSCO, enqunt o scerdote Me quisedeque mstra uma eabraçã psterir d estio "palacian do anjo da iustraçã anterr complexo pnement é ã abundnte que quase fz cp desaprecer sb s pregas um carcterística que se toari cada vez mais aentuada à medida que Gótico avançava para seu estági final lemanha
Embra s rtistas de td Eup tenhm fei to seu treinament ns grandes oficins ds c tedrais da Franç, o estio que evram par seus respectivos pses adquru, rpidamente, ago d cráter ds antigas trdições ncons. Assim reev que msa O Beijo J (ig 147) n ntepar d cr da atedrl de Naumurg, n Aemanha, lembrans drmátic emcina ismo de uma br nteror Ger (ver fg 109, qui levado a um clímax teatr de vid cntraste entre suvidade d rist e a ira tempestusa de ã Pedr brandir a espad A e gótica com a cnhecemos té pre sente relete um dese j de conferir as temas trdicionis d cristianism um pel emcinl cd vez mais intens. Nã surpreende, prtant que a Alemanha tenh represenad um papel especi, próx mo a fim do século XI, n desenvoviment de uma nova espécie de ima g ens relig is s, destinadas às devoçõs p cuares. A m s crcterí stica e difundid desss ima-
g ens é chmad P iet (um palavra itaian derivd do latim p i el a s, étimo de piedde"), w represen ção d Vrgem lmen do o Cisto moto. Ess cen não parece nas Escrituras; f oi crid em ntrp tid a em d Madna cm Menin Noss exemplo, cm acontece
6. MkJudq Abro parede do inteior do lado oes-
e, Caedra de Rems. Depos e 125 Pedra 7 O Bijo dus aneparo do coro Caedra de Nam·
burg
C.
25060 Pda
tuse penas um veícul de expressã s rsts gniads e s chagas de ist sã m plidas quase até gotesco de mod pv cr uma pressiv sensaçã de hor e piedade A Pe/à, cm seus cops mcients e pare cids com maionetes atinge pnt etrem da negaçã dos spectos fsics d figura hu mn Após 35 deuse iníi a uma eaçã
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A IAE IHA
148. Pi Início do século XIV. Madea, atra: 0,87 m M
piorar a ealdade gíveJ O clmx o atngdo po vo de 1400, nas obras de Claus Sluter um escultor hoadês a sevço da core de Bo gona. Sua obra O Poço d Moisé (g. 49), assm chamada devdo ao gpo de Proetas do Velo Tesameo rodeando a base, clusve Mosés à deta) e Isaas à esqueda) expoa o ' stlo escuual em duas ovas deões: o Isaas mostra um reasmo que va do mínmos dahes de seus tajes à cabea surpeenen temee ndvduazada; o Moss mosta um novo entdo e peso e volme Observe-se que as lhas suaves e odantes arecem expand se, deemnadas a capar o máxmo que lhe or possível do espaço cudane. Itála
A escta góca tlna assm como a que ua ocupa um uga à pae em toda a Euopa.
! Povicia
49. Claus Ser O ço de osé 1395-46. a alra da fga cca d 183 In. Coeo dos Carxo d Champmol Djo
das obras cadas paa ele mas parece que suas peeêncas avorecam o eslo cássco do u po da Viio ve g 45, lado deo) da Ca edal de Rems que se austava bem à magem mpeal que ele aza de s prpo al o o esto de Ncola Psao que veo do Sul da Itáa paa a Toscana po volta de 250 ao da more de Fedeco I) Em 260 con cuu um púlpto de máoe pra o bastéro da Caedal de Psa (ve mero plo da g 20) do qual apresentmos aqu a Niv g 50); retoado revemee às decoações da Saa de
CIDADE S. � \TURAI AT (;ÚILA
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tade. P orém em nos so relevo há, cer t met u
aa eo direne do es paço: em vez da aosf er a es paços a, até ms mo impr ecs a, que volve as cenas r omanas o qu temos aqui é uma es péce de caxa pouco profda, abar rotada de o 1as sólidas que não apenas conam a hs tór a da Natividad mas mbém odos os epis ódios a ea ass ociados (a ucação à Maria, a Aucação aos P as or s). Na es cuur a góca do Nor e não há um equivalnte prciso dessa obra, e Ncola deve ê·a do buscar na fas e final do silo r omao, do qual tabém há idícios na fgur a 88, com seu es paço ocupado por uma multidão. Meio século após o púlpio do baséro, o i o de Nicoa Gova Pisao esulras qu s aiavam muo mais com a coree pric pa do Góico Sua Mn (ig 15 aida m as proporções bas a achaadas e o ipo acia romao que vmos a obra de su pai mas ssas aracríscas oram combiadas com ouas, gó' icas comporãas ao artisa, como a pos· ra cuva em S S Gov não ivss tiiado as ihas do panjameno para suporar a pesada parte supeor da composição, podraos temer pela iegridade da mad ror da figura, de so góco qu supora o peso excssvo da m tad supror m slo clássico. Por vota d 400 à época do Estio Iea coa (vr pp 13 e 1) a inuêcia racsa hava sido oalmete assimiada pla Iáia. Seu mais oáve rprseae oi um loreio Lo reo Ghibrti qu m 402 vecu a cocor rêcia para a raiação de um par de poras de broz magicam decoradas para o as· éro d Floreça Rprodimos o reevo xp mal qu e submteu a jugameto mos trado O Sfíc de Isac (g 2); a prição do rabalho, que reflt a sua pr ática como ourivs leva-os a compredr acime a razão d r sdo le o vencedor. Se a composição pa· rec u pouco carent d força dramáica s so se dev ao goso do peí odo, pos o reaismo do Eslo Iacio al dr ivado da mesma are pa· laciaa qu já prodzir a o an o sor r dte de Rims (sculura ã es qurda, fig 145) ão chÉ
150. Nicola Pisan. A Nativide panel o púlpto Batitéri ia 29·6 Mámr, ,8 x , m 151. Giovann an Mana c 3 Már altua: ,68 m Catdral d Pato
1·(;
\ \F MlmA
to, por mais que possa ter sordo a nfluêa fancesa Ghbet maeve'se otamente tala o m aspeto - a sa admação pela esuu a atga omo ia evdeado o eo opo de Isaa. A podidade espaia tão ausee a Natvid (ve ig 150) de Nla ez gades pro
gr essos com Ghbe ; pela p imera vez desde a Atigüdade Clássica, o fundo pano e sem elevos ão é peedo omo ma "paede dei mitadoa mas sim omo um espao vo do ua as iguas emegem em deão ao espedor (note-se, em especal, o ajo do cato super or di eto) ão sedo um evoluioáio Gheti
152. Lorenzo Ghit. O Scrfíco de Isac 40- Bonze baado a ouo, 0,3 x0,3 Ms Nacol Floenç
CIADES CATRAIS E AE f,(YIA
pepaa o camnho paa a gande evolução nas artes no segundo quatel do século XV a que damos o nome de Renascmeno Floenino
PINTURA (200-00 Frnç: vr mnr
Emboa a Sai-Denis do Abade Suge enha po vocado um efeio imedao sobe a mudança de umos da aquea e esculua ela não mpôs nenhuma mudança adcl de esilo na pnua. O pópo Suge enfaava muo o efeio mla goso dos vas, que foam usados em quan dades cada vez maos à medda que a nova aqueua passava a compoa mas janelas, de dmensôes cada ve maoes No enano a c nca do val já ava sdo apefeiçoada no pe íodo omãnico e o eslo dos desenhos demoou a muda, emboa a quandade de vais exgida peas novas caedais fiesse com que as ilumi nuas deassem de se a foma pincpal de pin ua. Tabalando nas oficnas das caedas os desehss pas a se cda ve mais inluen cados pelo eslo dos esculoes O maesoso Habcuc (fg 153), uma das anelas da sie em que eso epesenados os Pofeas do Velo esmeno lga-se demene a esás como o gupo da Vistao de Reims (ve fig. 14 e esul do efloescimeno do Classicsmo que há uma geação, foa pmovido po Nicolas de Ve dun Ca uma fgua vedadeiamene monu menal com essa cnca já , em s, algo como um milage: os pimivos modos medevas de manufaua de vdos não pemiiam a podução de gandes vidaças de modo que essas obas não são pnua sobe vdo mas sm "pnua com vdo com eceção dos aços em nego ou maom que delneavam os conoos das f gas. Sendo mas abalhosa que a cnca dos mosacss, a dos meses-vdeios envova a jução po meo de as de vido, dos fagmen os de fomas vaadas que acompanhavam os conos de seus deenhos Sendo basane ade
J47
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IDAE MtU
quado ao desenho oamental abstrato, o vira tende a resstir a uauer tentaiva de se obter efetos tridimensionais. Todava na composção de um mestre o abiinto das peças de chumbo conseguia transformar-se em fguras de uma monumentaldade mponene, como é o caso do Habac Após 1250 ouve um declíno da atvdade ar quietônca, o que redziu as encomendas de vtas Nessa época, entretanto, a iumna adaprase ao novo estlo, cujas oigens remon avam às obras em pedra e vido Os centros de produção ransferramse dos spto monási cos para as oficnas urbanas drgidas por legos as precursoras de nossas modeas edioras Agus nomes dessa lnhagem secular de ium nadores são agora nossos cohecidos como é o caso do Mestre Honoré de Pars que pntou as miniaas do Brio F o B. a cena do Dvi e (fig 154) as fguras não pare cem presas ao soo com muia frmeza, mas a aenção dada s formas ndca ue as escultras em pedra como as da fgura 146 foram cudado samente estdadas Aqu também parece estar em fomação um desejo anda tímdo de dar às fgas um espaço própo em ue po s mover se. Contra o fundo padronzado Mestre Honoré pou uma cena que pece desenroarse em um paco e uma vez que as fguras não podem avan çar muito em dreção ao fudo eas afrmam sua mobldade avançando para dane, chegando mesmo a sar do enquadramento
5. Mestre Hnré. vid e Colas, do rerio de Filpe o Bo 29 Iuminra Bbleca Naca, Pars
Iála: afscs ábuls Devemos agora volar nossa atenção para a pintura talana ue no f ina do século XII, gerou uma extraordinára explosão de energia cadora cujos resutdos foram tão prolíferos quano hava sdo a ascensão das catedras góticas na Fraça. Um breve l ce de olhos sobre o mura Entrad de Crto em Jesal, de Goto fig 55 basaá pa nos convencer de que estmos dan e de ma verdadeira revolução na ptra Como nos perguntmos, poderá uma obra de força tão monumental ter sido crada por um contemporâ neo de Mestre Honoré? Ao investigarmos o am biene do ua proveo a are de Gotto, chegare mos à esranha concusão de ue ea deriva da mesma atude "quada que encontamos na aruieura e escutra góicas taanas Em re sultado a pntura em panés os mosaicos e os muas écncas que nuca avam detdo ra zes fimes no norte dos Alpes mantiveramse vivas na Iáia Exaamente à mesma época ue o vtal se oava a ae pcóica domnane no nrte da Europa, numa nova onda de nluênca bizantna passou a domnar os eemenos rom ncos ue ainda persstam na pinua iaiaa Há uma cert ronia no fao de esse Estlo Neo Bzantno (ou maneira grega como os ala nos o camavam) ter sugido ogo após a conqus ta de Constantnopa peos exérctos da Quaa Czada em 04 faznos pensar no modo como a arte gega assmiara no passado o gos to dos romanos vitoriosos A meira gega pre vaeceu uase até o im do sécuo XII o que deu aos pntores ianos a opotudade de absorver a tradção bzanna muito mas competamente do que em nenuma época aneror Nesse mes mo perodo, lembramos que os arquiteos e es culores estvam assmlando o Eslo Góco e por vota de 130 esse estlo ambém dfundu se pela pinura. Foi a nteraçâo dessas duas correnes que criou o novo estlo, do ual Gioto é o maor representante O processo histórico acma delneado terá par
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maor sentido se exmrmos um blo
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55. Gioo EntraM Crs em Jnslm 30·6 fec pl d Ae, Pádu
do mesmo tema, e fo pntado mis ou menos na mesma época pelo mesre senense Dcco d
Duccio
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espaço pictóco parece te sido ganha. Ele do mnaa suficentemente os arifícios do usons mo helenstico-romano para sabe como crar o espao em pondidade pelo acéscimo de vá as caacteÍsticas aquitetõnicas qe condzem o espectado fazendoo sbi, a do piero pano peo camnho qe eva à pota da cidade. Sejam quais forem os eos de pespectva de Duccio, sa arquiteta demonsa ma habda de de conter e definr o espao de uma forma n teligível maio do qe udo que fora anterormen te puzdo la te medieval speor mbém à maioa dos cenáios clásscos e ses devados bizantnos Os eementos gótcos ambém estão presentes no desenho decado das fomas hma nas e no desejo evidente qe teve o artista de confer à sua pinta m toque de agilidade e até mesmo de contemporaneidade, paa fazer nos sentr qe "esamos a (daí os trajes con temponeos e as expressões ristes de Dvid e o/ias de Mestre Honoré e a torre gótca de Ducco com sa fmla adeante e gua às to res qe existam nas cidades da época. Gotto
Em Gioto encontamos m atsta de tempera mento muto mas osado e damático Desde o inco, Gotto esteve menos pómo da manea gega, e foi, po nstnto um pintor de afescos mito mais qe de panéis. Sua Entra de Crso em Jesalm deriva basicamente do mesmo tpo de composão bizantna utilizada por Dc co, embora o esto das figuas constta um assnto inteiamente à pate e emonte às es clas de Nicola e Giovanni Psano (ver fgs 150 e 11) Mas onde Dccio enrqece o es qema tadciona tanto espacamente qanto nos pomenoes descritivos, Gotto sujeitao a ma smpficaão adcal A aão desenvovese paraeamente ao pano do quado; paisagem, arquitetua e figuras fom eduzidas ao mí nmo essencia; a gama lmitada e a tensidade de tons da pnta em afesco (coes diluí das em águ a aplicadas sobe o eboco anda esco da paede) acentua ainda ma o aspecto austeo da ate de
Contudo, é Giotto que conseg e fer com que se jamos domnados pela eadade do aconteci mento. De que maneia esse efeito foi obtido? Ates de mais nada a ação se desenvolve em pimeiro pano, como acontece nas minúsculas miniatu ras facesas, onde pu demos obseva qu e algmas fguras quase saíam do enqu adamento em nossa dieção (ver fig 154). Porém o espaço pictóco de Gioo, de maoes dmensões e apresentado de modo a faze com que o lhar do espectador fique ao mesmo ní vel das cabeças das fgras, parece da continidade ao espao em qe nos encontamos Gotto também não peci sa faze ses pesonagens camnhaem em nos sa dieão para qe saltem do qado: o caá te tidmensona de seus traos vgorosos é ão convincente qe ees paecem qase tão sódos como esclras independentes Com Gotto as fguras cam o se própo espao, e a aqte ra é eduda ao mmo nec o exgdo pea narratva Conseqüentemente sa profndidade é obtida aavés dos volmes combinados dos co pos sobepostos na pintura mas, mesmo estto a esses limites os esltados são muto convin centes Paa aqueles qe viam pea prmea vez esse tipo de pnra o efeto deve ter sido ão espetaca quanto o dos prmeiros flmes em C nerama ses contemponeos o ovaram como iga o mesmo speo, aos maioes pintoes antigos pois sas fomas parecam natais a ponto de condirem-se com a própa realda de. Gioto consideava a pnta speor à escl tua ma pretensão nada vã pois ee de fato nca o qe podeamos chama de ea da pn ra a arte do Ocidente. Entreanto seu obe tivo não era simplesmente ivaliza com a esta áia; qea ates qe o mpacto tota da cena atngisse o espectado de mediato. Se obseva mos as pintuas anteoes, constataemos que nosso ohar percoe vagaosamente cada deta lhe, até cobrr toda a specie. Gotto ao con tráio, não nos convida a examinar demoradamente pequenos pormenores, nem a percorrer
nova 1ente o espaço pictórco; mesmo os gpo
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A IDAE M�l)A
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CADES. CATERAI E ARE GQA
157 (na página ateor) Simone Maini. Cminho para o Clvo. c. 1340 Têpea sobe pnl 0,25 m x 0,1 m Mu do Love Pais
de figuas devem ser vstos como blocos e não como aglomerados de indvíduos. Cristo encon tra-se soznho no centro ao mesmo tempo que preenche o espaço entre os apóstolos que avan çam pela esquerda e os habitantes da cdade em atitude de reverência à dreita. Quanto mas es tudamos esse quadro mais nos damos con de que sua força e clareza majestosas encerram a mais profunda expressvdade Poucos homens em ta a stóra da te, têm a mesma estatra e Gotto como novador radi cal. No entanto a sua própria gandeza contri buiu para reduzr o brilho da geaão seguinte de ptores florenos Nesse specto Sena foi mais favorecida pois a infuênca de Ducco nunca fo tão avassaladora Potanto é em Siena e não em Florença que se dá o passo segnte na evou ção da pntura gótca taana Simone Marini
Simone Martni que pintou o pequeno mas ex pressivo minh pra o Calrio (fig 157) por volta de 1340 pode ser considerado o mas us tre dos dscípuos de Duccio. Passou os útmos anos de sua vda em Avignon a cdade no su da França que serviu de resdência para os papas em exílio durante a maor pate do sécuo IV. Esse painel que orignamente fzia pate de um pequeno altar fo i provavemente pintado no loca. Em suas cores bhantes, e especalmente nos elemento s arquitetô nco s de seu f undo, anda faz lembrar a are de Ducco (ver f ig. 156). Po r o utro lado , o s taço s vgo rosos e o s gestos e expressô es dramátco s das f guras revelam a nfluênca de G o tto. S mo ne Martini não se preo cupa muto com a careza espacial, mas revela-se um o bservado r extrao rdinário ; a gande diversdade de trajes e tipo s fí sico s e a queza das situaç ô es humanas c iam uma atmo sf era dfe
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s mãos Lorenzei Essa pro ximdade co m a vida cotidana também aparece na o bra do s mão s Pietro e Ambrogio Lo renzett, mas numa escala mais mo numenta e aliada a um agudo nteresse peo s problemas de espaço A mais audaciosa expementação nes se sentido é o tptco O Nascmet Vrgem (fg 8 pintao por Pieo em 2 onde a pn t de elementos rquitetônicos es lgada à for ma da própa moldura de modo que ambas constiuem um sstema único Aém do mas, a cãmara abobadada onde se dá o nascmento ocupa dois painés e possegue ninteupta para aém da coluna que sepa o painel central do da dreta panel a esquerda representa uma nt que se abre p u gnde ves tulo do qual só visubraos u pequeno e cho sugerindo o nteior de uma greja gótca Aqu a superíie pctórica começa a adqur o aspecto de uma nea transparente, que mostra o mesmo tipo e espaço que conhecemos de nos sa experiência cotdiana mesmo proedimen to pertu a Abrogio Lorenzeti em seu afres co O Bm Gve, a Cãmara Municipa de Se na desdobra aos nossos olhos um panorama abrangente da cdade (fg 159) Para mostrar a vida de uma cdade-estado bem goveada ee precisou encher as ruas e casas de uma atvda de fevhante; sua organzação mpecáve das pessoas e casas provém de uma combinação do espaço pctórico panorãmico da pntua de Duc co com a proximdade do espaço pictóco escul tural de Gotto Gótco do Norte
Podemos agora votar à pintra gótca do norte dos Apes pois o que a se passou na última metade do século XV fo em grande parte de termnado pela infuência dos grandes mestres italianos. Uma das principas portas de entrada da pntura taliana foi a cdade de Praga, que em 137 passou a ser residência do imperador Cr los , toandose rapidente m ceno inter naconal cua imporância só foi superada por
4
A DE MÉIA
8. Pieto Lorezetti. O Nascmento d Virgem 2 ainel,
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9 Ambogo Loenzeti O Bm Gve (pae) ·0 Afresco Plzzo bblio iea
CIDDES TER RT GÓT
155
156
A DE "DIA
bora ele provavelmente conhecesse a obra dos mestres sienenses apenas de forma ndireta, a qutetua do teor da obra revea sua descen dênca de obras como O Nascimento Vm, de Peto Lorenett. Ialana é também a foa vgorosa das cabeças e a sobreposção das figu ras que ntensfcam o caráter tdmensonal da composição Aém dsso o quadro do mestre da Boêma não é um smples eco da pntua itaia na: os gestos e expressões facas transmtem uma ntensdade emonal que representa o me lhor da herança da ate gótica do Note o Esti Inernacinal
Por vola de 1400, a fusão das tradições itaia nas com as do Nore dera oigem a um únco esto domnante em toda a Europa Ocdental Esse Esto Inteacona não se restngu à pntura - empregamos o mesmo teo para a escutura desse período - porém o papel mas imporante de seu desenvovmento coube sem dúvda aos pintores. Brederlam
Entre os mas mpottes esva Mechor Broe deram, um flamengo que trabalhou para a cote do duque de Borgonha em Dijon O panel repro dzdo na fgura 16, pertencente a um par de volantes de um relcáo de atar por ele pntado entre 394 e 1399, é composta na readade de duas pnuras dentro de uma nca moldura; o tempo da Apentaço no Templ e a pasagem da Fuga para o Egto foram coocados ado a lado para dar a mpressão de constturem uma só obra o que se percebe pelo esforço do atsta em faernos crer que a pasagem envove o edi fo Comparado ao espaço pctóico de Petro e Ambrogo Lorenett o de Broederlam sur preendenos em muitos aspectos por sua nge nudade - a arqutetura parece de uma casa de bonecas e os detalhes da pasagem são despro porconas em relação às fguas Todava o pai nel cria um mpressão de profunddade muto mas fote do que tudo que á vimos até agora
vemente aedondadas e as sombras escuras e aveudadas cram uma sensação de z e levez que compnsm em muto quasquer falhas de es cla ou prsctiva O mesmo caráter suave e pc tóico um símbolo do Estlo Inteacona manfestase nas roupagens amplas e folgadas cuas dobras cuíneas fuem lvremente fa zendonos lembra de Sluter e Ghbet (ver fgs. 49 e 152). Nosso panel também apresenta ou t carcstca do Estlo Intaconal seu "rea ismo dos detalhes o mesmo tipo de realismo que pela primera ve encontramos na esculura gótca (ver fg. 144 e um pouco mas tarde nos desenhos à margem das iumnas. Encon os essa caracteístca na reprodução delcada de fo res e futos, no encantador bnho (obviamen te desenhado do natura) e a fgura rstca de São José cua aparênca e maneras fem lembrar um smples camponês o que auda a enfatzar a beeza astocrátca e delcada da Vrgem É esse tratamento esmerado dos poenores que dá ao quadro de Broederam o caráter de uma miniaura ampada e não de uma pnta de grn des dmensões embora o panel tenha mas de um metro e meio de altura s mãs Limburg
As luminuras das Ruíssimas Horas Du d B compovam que apsa da crescente m potãnca da pntura de panés a lumnura con tnuou sendo a foa domnante de pntua no norte da Euopa, à época do Estlo Inteacona Feto para o ão do re da rança um homem de caráter pouco admirável que fo no entanto o mas generoso protetor das aes de sua época esse luxuoso breváo representa a fase mas avançada do Estio Inteaconal Os artstas fo ram Pol de Lmbourg e seus dos mãos um gru po de flamengos que, como o escultor Claus Slu ter hava se estabelecido na rança devem, to dava ter vstado também a Itália, pos sua obra inclu um grande nmero de movos e mesmo comsçs nteiras tomadas de empréstimo aos grandes mestres de lorença e Sena s pág Riqums Ho
CIADES CTDRIS (ÓIC
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A IDDE M�U
uma antga adição da arte medieva (ver p. 142). Os I1ãos Libourg, no enanto ampliaram tais exemplos, asfomando-os em vsões paorâm cas da vda do homem jnto ã Nareza Assim a umnra de Fevereiro ig 162) a mas antga paisagem de neve em toda a hstóa da ate oc dental, dá-nos ma visão encatadoramente ír ca da vida nas pequenas adeias ao émino do inveo Aqu por assim dizer a promessa do pai ne de Broedelam foi cmprida: paisagem nte ores e exteores arqitetôncos eso hamoni-
samente nidos nm espaço etéreo e profndo Até mesmo as cosas intangves e evanescentes como o háito gelado da cada a maça ondu ante da chaminé e as nvens do cé se oa ram passíveis de representaço pctóca Ag mas págnas do caendáo como a de Abl g. 163), so dedcadas ã vda da noreza Uma vez mas maravhamonos com a queza e o realis mo dos omenores Todavia há nas fguas uma esranha fata de indvdadade. odos os ros tos e estaturas sâo parecdos maneqins asto
CIADES. CTEDRAIS GÓ CA
c áticos de u ma esbeleza ea, diferenciados apenas pelo luxo e varedade de su as rou pas. C e tamente o abismo entr e eles e os camponeses da lu minu a F evrei não poderia ter sdo maor na vda real do qu e aparenta ser nessas fg as! Não mais qu e u passo sepa a a mu tidão pa aciana da págna de Abrl dos rês Res Magos e sua comtiva, no retábo de Gente da Faba no o maio pntor itaano do Esilo Inteacio na (fg 164). Aqu, os tajes são ão cooidos e o paeameno ão olgado e suavemente arre dondado como nas obras do Nore A Sagrda Fa ma ã esqueda paece ameaçada de ver-se en vovda pelo coreo alege e ovial que desce pe as colinas dsantes Mas uma ve admiamos os amas maavlhosamente bem reproddos que agoa não se restrngem aos animas domés
16
tcos conhecdos mas inclu em leopardos, camelos e macacos (tas criatu as e am avdamente
pocuradas pelos príncipes da época, mutos dos quais mtham rdns zoológicos partares). A atmosfera oriental dos Magos é anda mais acenuada peos traços f acas mongólicos de agus membros de sua comiva. ntetanto, não são esses toques de exoismo que macam essa pna como oba de um mesre tano mas ago mas uma acentuada sensaão de peso e substàca físca que não espearamos enconra nos repesentanes do stilo Inteacona do nore da Eopa Apesar de seu apego ã deca deza dos pomenores, Genie é obvamente, um pntor acostumado a tabaa em escaa monu mena e não m lumnado de manuscrios po vocaão
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ADRO SINCO I
HISTÓRIA POLTC
ELIGÃ. LETU
Consaio o Gande (32437) Co do mo Romo em mpio Romao do Oidene e Impéro Romano do Oee 395
galiação do Csianismo o Edo de Mlão 33: o Csiansmo como elião oficia, 395 So Agosiho S eônmo
aque de Roma pelos sigodos 40 Queda do mprio Romao do Ocidete 476 "Idade de Oro de usinao 52765
Fdação da Igreja lica por ão Patcio (m c461 a Ilada Cisão entre a Ieja Católica e a Igreja Otdo (nício 45)
O cltivo da seda ogináa da Cina é dudo o Medeneo Oeal
Maomé (57-632 Bincio perde as provnc\as da Áfca e do Oie Próimo conistadas pelos muçl maos. 642-732 nvaão da Espha pe mçulms 71-18; derotados pelos fracs Bat 'de Tous. 732 slmeo de u do muo idependene a Espaha 756
sidoro de Sevilha enclopedista m636) Acoão. 652 w, pema épico inglês inío do sécuo VII Quesão coolásica 726-843
trodução da fabicação do pl (orgáo d Chia o Oiene Póimo Intruo do est a Eop idea c6
Coroação de Calos ago (r768814) como mador dos Romaos pelo Papa. 80 Alfredo o Gade (8799?). rei anglsaxão da glaea
Ressugmeno carogio dos cásscos laios Pmeo ivro impeso Cha 868
Pmeiro órgão de ieja de que há coheci· meo Aachen 822 A adoção da colea de cavalo na opa Oci dental trasforma-o em eficiene aimal de carga
Cooação de Oto I pelo Papa 962 O I 973-83?) deotado pelos muçulmaos no sl da táia
Fundação da Ordem Monástca de Clu 90 Coveso da Rússia à greja Otodoa. c990
A eega hidrálica é aplcada à inústia pea pimera vez
Cegda dos onandos Itála 116 Guilhene o nqusador derrot Haroldo na la de asgs. 166 omeço da ecouis da Esp aos moos Prmea Czda 1095-99. toma eusém
Fomação do Colégio de ardeais para eleger o Papa 159 Fdação da Odem de Cister 198 Cn d Rol, pm épico ancês, c098
Viagem maíima de Lif rsson do Note. 002
Fdação da dinasia dos Paageetas po Hee ti. a glaea 154 Fedeco araRoa (r 1559) s intula "mperdo do Sacro Imprio Romao e tent domia a ála
Apaimento ds uvesdades (Blon, Pars Oxford) com as facudades de direito, medicia e eologa Pedo Aelado filósfo e pofessor rancs (079142) Oma Kayyam. pea pers (f. c Floescmeo da lieaa veácla a Fraça (poemas épicos fáulas caçõs de gesta); ea dos tovadoes
Pimeia manufatua de papel a Eropa. pelo moos na Espaa A ússoa magnétca é da na pea pimeira vez Prmeiro moiho de vento a Europa de e S tem conmeno 180
Qaa Cruzada 202-4); tomada de Consta tinopla Impéio atino em Costntnopla. 204-6 A aga Ca imi o pder a Ingtea. 215 Lus X (r22670), rei da Fraça Fil! rv (285-134) rei da Fraça
So Domigos (17-122) fda a Ordem Domiicana insitião da Iquisição paa combatr as heresias São Francisco de Assis (m1226) São omás de Aqno. fósofo escoástico ita liano (124 Dane Algie pta taiano {265-1321
iages de arco Plo à Cia e Ída c127593 Introdução dos algarismos arábc (n verdad indianos a Eopa A roca de fiar é tilizada pela primeia vez rj Eropa segdo regsts. 298. e subs r o fso
Exo do Papa em Avgon, 3976 Comço da Ge dos Cm os ene a nga ea e a Fança 1337 A Pese egr por toda a opa, 3475
Jo Wyclife (m1384) contesa a doutra da reja e adz a Bbia para o iglês Peaca, prmeio msa (1341374) Cbu Tals de Cacer c387 Dmef de aco. 1387
Pmeia prdução de pl em larga esl ála e Aemana Pção de pôlvor em ag esala; ii do canhão pea pmea vez. 1326 Pmeio feo funddo na Euo
Gade Cism Papal (desde 378) ermina em 47; o Papa egesa a Rom
Ja Hs. refomador ceco ueimado vivo por hersa 145 Jna d A queimada viva r heesia e bruxaia 143
eeg nvena o ip mvel 45
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