ODES
Horácio
Odes
trauço EDRO RAGA ALCÃO
s
Título: Ods © Livros Cotovia e Pedro Braga alcão, Lisboa, 2008 Edição seguida Q Horatius laccus, Opra, E C Wicam e H W Garrott (ed), Oxford Classical Texts, 1912. Concepção da capa e sobrecapa Slva! designers ISBN 978-972-7952748
Índice
ntrodução Sobre a tradução Sobre o texto Roteiro para uma leitura temática das Odes Os metros das Odes Breve Bibliorafia
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ODES Livro I Livro II Livro III Livro IV Cântico seca
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Índice de nomes luares e povos
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Introdução "Erigi um monumento ma duradouro que o bronze
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ORÁCO COMPOTOR
Horácio nasceu há mais de dois milénios. A sua obra, no entanto, oi sobrevivendo a vinte e um sécuos de sucessos e de guerras, de impérios imaginados, cumpridos e vencidos, de homens, e de descobrimentos Cumpriram-se pois todos os vaticínios de Horácio em relação à sobrei vência do seu nome e da sua obra Vaicínio é o termo certo A palavra vem de "vate, o termo que em latim serve para designar o adivinho que trans orma em verso as proecias Evoluiu depois para designar aquele que, inspirado pelos deuses, canta o mundo o divino intérprete da reali dade Quais as proecias de Horácio? Ele próprio as entoa Primeiro de orma velada, humilde "se me contares entre os vates líricos de cabeça erguida tocarei as estrelas (I 1 35 -36) , diz no primeiro poema das suas Odes Cumpriu-se Horácio cou conhecido entre nós como o príncipe dos poetas romanos No conteto da poesia lírica greco-latina, o seu nome é apenas comparável ao do grego Píndaro, cuja obra, porém, não se encontra tão bem conservada Se de acto tocou as estrelas, podemos di zer que sim, cada vez que as contemplamos iguais às que Horácio consi derou, com um verso seu na cabeça, nem que seja o mais simples e a moso de todos carpe diem (I 118) Segundo auspício "o Clco conhecerme-á, e o Daco ( e os longínquos Gelonos; o culto Ibero me há-de estudar, e aquele que bebe do Ródano (I 20 1 720) Tradu zido para os dias de hoje, onde quer que eista uma pessoa a aprender la tim na Geórgia, na oménia, na Tunísia ou na géria, na Península Ibé rica, na França ou na Suíça, e que tenha o mínimo interesse pelos estudos clássicos, então pelas suas mãos já passou com certeza a obra do poeta Quanto ao país onde vivemos, se é que nos podemos com propriedade considerar iberos, garanimos que a proecia oi e está a ser cumprida por mutos de nós Terceiro vaicíno "algo novo e insigne cantarei, algo nunca antes dto (III 25 78 ) Cumpriu-se tes de Horácio, nunca nenum
TDÇÃ
poe io i sisemimee esrio os meros, os rimos reos em ue se li poesi ri e êo om erem odde, pois pr imee odos os moios e ems so de oeo romo. Poro, orm omo ou e o ue ou osiuírm o un nes ouido Cnou om su lir "por res un des oeids 9 3 , e pro eee iuurou pr os poos ouisdos pe u li, des oeedores d re, um o orm de zer poesi, simbolizd n pr " ode. "Oe, uj rduço li é carmen, em de um suesio erbo reo aeidô àEõw ue siii " ntr Es o é u mer no de rodpé, um pormeor eimolóio ue z pes sorrir. Esmos pe rne o de udmel, por um do pr ompreedermos o ue si ni poesi de Horáio, por ouro p r nos perebermos d mesri omposiiol dese rnde músio, ou, s plrs do próprio, dese "mio s muss (I 26 1) É osesul enre os esudiosos deeder ue s Odes de Horáio no orm esris pr ser nds. Ms pr ue se sib o ue ueremos dizer o lr em músi, é preiso ter em tenção ue línu lin, e tmbém re, so nturente musiis Iso porque, o onrário do nosso sisem onéio, omum rnde pre ds línus do lobo, o im e o reo nios zim oposiço lr enre sílbs lons e brees s ois lons e õ ü têm sen sielmee o dobro do empo d ois brees ã 1 i e êm um im bre mis edo, o ue onere u rimo esponâneo à lu pode di zerse ue músi do mudo lássio nseu om própri l A méri, músi ds plrs dos lírios nios osisi em jor om os dierees pdrões rímios e s sus possíeis ombinções dero de d erso, e id ombir os dierenes ipos de erso enre si, bem omo riulr iso uo om oço de esur (um pus, em ermos musiis) e om oço de eo. O ojuno dos uro liros de odes em mis de rês mil ersos Dese úmero dá bem p r eneder o rior, períi e o eledo ru e erudição ue oi neessário um homem er pr o inl preser um riedde de pdrões e de ideis rmis Mesmo oje em i, udo uém dem su poesi, rro é uele ue oseue de o reproduzir músi rse à p r e Horá io A mior p re dos esudos ue eisem ers pe s semâi , o siniido do ue disse e porue o disse, e o indáe se em reedo esse rbo A plr em oudo um orm uel
INTRODUÇÃO
Tün qus (sr nf) qu h, qu 1 (I 11 . 1) Meso não cohecendo o lat, e por sso não traduzos, convda mos o letor a estudar co algua ateção a uscaldade, o so por s só, deste verso A sílaba longa é arcada e cma da vogal co o snal " , a slaba breve co o sal " Repare coo o verso se nca de fora arrastada, co três slabas longas ( ), e acaba nu rtmo co paratvaente rápdo sucededo a ua longa duas breves (UU) Agora veja coo as pausas (arcadas co o snal " no teto) cae adravel ente be no níco e no f de uma nova palavra Tente agora gerr toda esta nformação rítca co a questão do acento, que fo arcado a ne grto no teto E se há eeplo de coo o rto ajuda a seântca do que é dto, este encontrase neste eso poea (67) : ( ) Trrh: sp, un l qu, t spt'õ bru' spm lõngãm rsc ( ) Horáco aconselhaos a desfazer ua longa espeaça u beve oento Quando fala e breve oeto, fálo no nal do verso, na sua parte mas rápda Quando fala e lona esperaça, fálo no níco do verso, na sua parte as lenta Este é u eeplo treedaente s ples do que tetaos demonstrar Mas este é apeas u dos odos rít cos de Horáco Covdaos o letor a eanar o breve esquea sobe a étrca das odes que consta neste volue Aqu aperceberseá não só da ensa varedade das Odes, as tabé de que todos os etros tê noes gregos Nehu dos rtos usados por Horáco fo crado pelo pópro; nserese na tradção lírca grega O rto dos versos aca c tados, e partcar, fo usado por ceu, poeta que vveu etre o século VII e VI aC Tal coo o roano, este lírco trasportou para as suas odes teas polítcos, pos vuse arrastado e contos na sua terra atal, Mtene, a a de esbos Talvez seja esta a razão que levou Horáco a adoptar este poeta, as do que nenhu outro, coo odelo copos coal das suas odes Isto levaos a outra questão, que uto te preocupado os crítcos Us acusa Horáco de ser subservente para co o rege que vu nas cer, para co Augusto Ege talvez que tvesse lutado cotra o que se
INTRODUO
passava e que ao menos não convvesse tão de perto com regme au tocrátco Consderano precsamente um poeta do regme Outros es tudosos descpano Dzem que em tudo o que dsse hava um tom rónco uma "voz escondda que na realdade crtcava o que va passar à sua volta Deamos ao letor o seu própro julgamento O que no en tanto celebrzou Horáco não foram as suas odes poítcas Os poetas por tugueses que o mtaram e se nsprara nos seus tetos uís de Camões tóno Ferrera cardo Res e tantos outros não procuraram os louvo res de Horáco ao prmero mperador de Roma o princps soberano que nasceu e morreu numa época precsa Procuraram precsamente os poe mas que o tornaram famoso que flam do amor do tempo da morte e da vda da beleza e da mudança Mas para que o letor não se mpressone ao ler o nome César ou Augusto em vnte das cerca de cem odes que se seguem de seguda narramos de forma breve quem fo o homem Quto Hráco Flaco e em que conteto da hstóra de Roma ele nasceu OCO JOEM
Ecerto retrado das Sátiras de Horáco 6 45-89) 4
"Fao agoa sobe m, nascido de um pai beto, que todos ordem po ter nascido de um pai iberto, hoje em dia porque sou teu amigo, Mecenas, outora poque fui tibuno de uma legião romana. Os dois casos são dieentes. Podem até com azão ohar de ado para o posto que ocupei, as não paa a tua aizade, especialmente sendo tu tão cuidadoso a escoher os amigos, afastando os que apenas queem subi na vida Não posso ze que sou feiz po ter tido a sorte de se teu amigo: não foi a sote que te touxe até mim. Primeio o admiável Vegio, e depois Vário disseam-te que eu era. Quando tua pesença, murmurei umas poucas pavras (a mina timidez e vegonha impedamme de dize mais) e não te menti, dzendo que ea fio de um pai luste, que cavagava pelos campos foa num cavao de Satueio; não, disse-te apenas quem ea. Como é teu costme, espondeste
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com pouca palavras u embora, e nove meses depois, chamaste-me de novo, ordenando-me que fosse um dos teus amigos mais importante, para m, foi terte agradado, a ti, que sabes dstgur um homem bom de um mau não pela importância do pai, mas pela pureza da sua vida e do coração E se a mina natureza é culpada de alguns pouos e pequenos vcios, sou em tudo o resto um homem correcto (seria como cnsurares uns poucos sinais num corpo excelente) E se nguém me pode culpar de avareza, nem de mesquinhez, ou de devassidão, e se sou puro e inocente, digoo em meu louvor, e se sou caro aos meus amigos, o responsável foi meu pai Ele, pobre, com apenas um pedaço de terra, não quis enviar-me para a escola de lavo, para onde iam rapazes enormes, nascidos de enormes centuriões, carregando no ombro esquerdo uma sacola e uma ardósia, e pagando as suas oito moedinhas a meio de cada mês, antes teve a coragem de enviar um rapazinho para Roma, para aprender as artes que qualquer cavairo ou senador ensinaria aos seus fhos Se alguém visse nessa altura as vestes e os escravos que me seguiam, como é hábito numa grande cidade, acreditariam que tais despesas provinham de uma riqueza ancestral Ele mesmo, o mais incorruptível de todos os guardiões, estava sempre volta dos meus professores Em suma, conservou a mha inocência, a primeira graça da virtude, e guardoume não só da desonestidade, ms também da desonra Nem temeu que um dia alguém voltasse tudo isto contra ee, se eu me toasse u leiloeiro, como ele, ou u colector de postos, com um pequeno rendimento Nem eu me teria queixado Mas agora ainda mais lhe devo louvar e agradecer Não estaria no meu bom juízo se me envergonhsse de um tal pai ( ) "
Para saberos que fo Horáco, bastanos ouvlo, algo que não é uto cou na antgudade Ele própro nos conta, ao longo da sua obra e sepre e verso, a vda que levou, ou pelo menos a mage que tnha da vda que levou O ano em que nasceu é dto de fora bastante sui eneris, qudo Horáco voca a fora que nasceu no eso da que ele:
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INRODUÃO
"Ó cogo nascda no consulado de Mânlio ( ) desce daí ó aável ânfora dgna de ser servida nu da propíco ( ) (Odes, III 21 . 1 , 6-7)
Mânlo fo cônsul em 65 aC e este é portanto o ano e que Horá co nasceu O ês? "Se por acaso algué te perguntar a ha dade saiba que complete quarenta e quatro anos e Dezebro (Epístolas, I 20. 26- 7) Quanto ao da e que nasceu precsaos de um outro eleento Este ua Vida de Horáco um resumo bastante abrevado de ua obra perdda de Suetóno grande bógrafo da antigudade Sobre os poetas Neste podeos ler o da do seu nascento oo O estudo dos clásscos não se resue a ua colecção fra de datas Este hoe sto é aquele coração qe bateu durante ua deternada altura do undo que pensou o que pensou e que viveu o que vveu nas ceu eso a 8 de Dezebro de 65 aC Fo ua crança há as de dos lénos e qus dear escrto nos seus tetos o ano e o mês e que nas ceu para que vte e um séculos depos os "beros pudesse saber A sua terra natal é arada nas suas Sátiras (II 1 . 34 -35) "sou lucano ou ap lo pos o colono da Vensa lavra a frontera das duas regões Nasceu portanto na Vensa be a su da Itália na frontera entre a ucâna e a Apla terra que o vu nascer para a poesa e que o poeta recorda co precsão nua ode (III 4. 9-20) "A enno as lendáras pombas no aplio Vlture fora dos lmtes da Apa nha aa pelo recreo e sono vencdo e cobrram co frescas folhas Fo motvo de espanto para aqueles que o nnho da altanera Aquerônca habta e os bosques de Bânca e os fértes capos da planície de Forento
INRODUO
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que eu co o corpo a salvo das negras serpentes dorsse, e dos ursos, e que encoberto fosse pelo sacro louro e pelo ajuntado rto, eu, u anoso petz pelos deuses nsprado Resundo, es o que sabeos da nfânca de Horáco o seu pa fo escravo, as tornouse lberto Os estudosos especula o otvo pelo qual o pa fo escravo talvez tenha sdo feto catvo na guerra socal, que, entre 9 1 a 88 aC, opôs os antgos alados de Roa à própra cdade Tal vez tenha sdo escravo por pouco tepo, catvo de guerra, e tenha sdo li berto pouco tepo depos Mas ne por sso dea de ser u lberto, algo que te ua forte conotação no conteto roano Quando Horáco dz que o pa era pobre, certaente deveos ter alguas reservas u hoe pobre, u leloero, não tera dnhero sufcente para envar o f lho para Roa, e as tarde para Atenas, co u séquto de escravos, e de tratar pessoalente dos assuntos relaconados co a educação do seu ho Mas fo ass que o poeta qus que a hstóra fosse contada, e para todos os efetos é verdade o que dz é lho de u lberto Nasceu na Ve nsa, e teve u pa que qus que estudasse nas elhores escolas de Roa E as tarde, partu para Atenas, coo fara qualquer roano culto "para procurar a verdade no eo dos bosques da Acadea ( tolas, II. 2. 45). Aqu coeçou o prero, e talvez nco, erro polítco de Horáco Jove, decerto epreendedor e actvo, fo recrutado por Bruto, o eso que se envolveu na conspração que levou ao assassato de Jlio César Bruto e Cásso era os ltos bastões da Repblca, que sofra e lenta agona há bastante tepo Mas, na perspectva dos tepos que v ra, Horáco não poda estar no lado as errado Fo adtdo no eér cto republcano coo trbuno de legão, u posto bastante portante A batalha, e Filpos, cdade da Macedóna perto da Tráca, teve u fnal esperado Marco Antóno e Octavano, que vra a chaarse Augusto, trfara Horáco referese a esse epsóo de fora rónca "Contgo Popeo] Flipos conhec e a célere ga, se honra abandonado o eu escudo, quando, desfeta toda essa Vrtude, de aeaçadores hoens os queos sobre o torpe chão caíra (Odes, II 7. 912)
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INTRODUÃO
Quando o poeta ala e "Virtude está a ser rancaente rónico reerese aos estudos estóicos de Bruto, o derrotado: para o estocso a Virtude era u be supreo Esta indierença do poeta e relação aos seus sucessos e insucessos de juventude cavalhe be as tarde tornouse aigo nto de Mecenas, e por inerência de Octavano, ou Augusto, ou César Augusto, coo se preerir chaar Depois dessa huilhante derrota, Horácio volta a Roa: "Huilde, co as asas cortadas, privado da casa e da qunta do pa, a audaz pobreza peliue a escrever versos (Epístolas II 50) Mas ua vez deveos interpretar etaorcaente essa pobreza nessa altura coeça a produção das suas Sátiras, género totalente la tino, e dos Epodos abos de atriz grega, que deve ter chaado a atenção de gente portante, porque por essa altura tornouse o encarre gado dos registos do aerarium (o tesouro pblco de Roa) , pelo enos a jugar pela Vida a que já nos reerios ua posição be portante Conhecer o grande poeta Verglio aabou por ter ua iportâcia dec siva na vda do poeta; este, juntaente co V ár, coo diz no ecerto da Sátira acia traduzida, apresentouo a Mecenas Este hoe arcará u antes e u depois na vida de Horáco ORÁCO ROMANO
Quando hoje alaos e ecenato ou e ecenas, na verdade es taonos a reerir a u cavaleiro roano conteporâneo de Horácio, Gaio Clnio Mecenas, descendente de ua falia etrusc de Arretu (Arezzo) O seu noe iortalizouse coo o rico e ecêntrico patrono das artes, que congregou à sua volta os grandes noes da literatura roana da idade augustana: especialente Verglio e Horácio Nuca nenh outro noe oi tão anuncado por u poeta coo por este tio a ele estão iplicitaente decadas praticaente todas as suas obras: Mecenas é a prieira personage a ser ivocada nos podos, nas Odes l-) e no pr eiro livro das Sátiras e das pístolas É sepre e teros elogiosos que o oeta se lhe reere: "Mecenas, descendente de reis ancestrais, aparo e doce glória inha (. 1 . 1) "Mecenas, inha grande glória, baluarte
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da minha vda (II 1 7 34 ) , "foste cantado pela inha primeira musa e serás pela minha ltima, ( ) Mecenas (Epístolas I 1 . 1-3 ) Este engran decimento, natural nua sociedade que se estabelecia e relações de cli ente e patrono, be visível no poeta Marcial, te no entanto um signi cado bastante preciso no universo de Horácio: " Se golpe mais cedo te levar a ti, que és parte de minha alma, porque s demoraria a outra, sendo eu já não tão aado como antes, nem vivendo já completo? Tal dia trará a ruína de abos Um falso juraento não disse: juntos ireos, ireos pois, no moento e que tu prieiro seguires, companheiros preparados para toar o ltio caminho (Odes, II 17. 5 12) A verdade é que, em 8. aC , pouco depois da morte de Mecenas, também Horácio orreu, em 27 de Novembro do esmo ano Sublinhar este porenor não é um sentientaliso irrelevante: o seu corpo foi en terrado no onte Esquino, perto do sepucro de Mecenas O cavaleiro romano talvez fosse u amigo não no sentido caloroso e democrático de hoje, mas peritiu durante uito tepo, economicente falando, a subsistência de Horácio, deiandoo livre para compor a sua obra, espe cialmente quando lhe ofereceu uma propriedade na S abina, tantas vezes celebrada Em teros políticos, conhecer Mecenas foi igualente deci sivo O cavaleiro acompanhou Octaviano, o futuro Augusto, desde o princípio Foi seu conselheiro e amigo íntio; Horácio, ao ser recrutado para o ncleo de aigos, passou a privar igualmente com o princeps, o so berano de Roma E por inerência viria a participar no projecto augus tano, que culmina sibolicaente nos Jogos Seculares de 17 aC O período da história e que Horácio nasceu foi dos mais sangren tos e fratricidas de sempre da História Romana Viverase em Roma a guerra contraJugurta ( 1 1 1 105 aC), a guerra social (9088 ), a guerra ci v entre Mário e Sua (88-82), a revolta dos escravos (7371), o chaado prieiro triunvirato (60) , a derrota de Crasso na Pártia (53 ) , o assassinato de Pompeio após Farsalo (48), o assassinato de César (44), a derrota de Bruto e Cássio e Filipos (42 ), o segundo triunvirato (43 ), a guerra civil
INRODUÇÃO
entre Octavano e Antóno, que pratcaente acaba e Ácco (3 1) , entre outras datas portantes e trauátcas para o povo roano Quando Oc tavano chega ao poder, o povo estava depauperado, cansado e justa ente anelava por u período as tranqulo A pax Auusta, a paz que Augusto troue fo precsaente a resposta a essa ânsa Relgosaente, esta nova época fo celebrada nos Ludi Saeculares, s "Jogos Secares , festas e jogos de carácter predonanteente epatóro, dedcados a d ndades fernas ou ctóncas Estes jogos eram realzados de 1 1 O e 11 O anos Os preros de que há notíca segura fora celebrados e 249, nu oento crítco da Prera Guerra Pnca, e fora realzados e Tarento No sécuo I aC, devdo à guera cv entre Césa e Popeo, os jogos foa adados para as tarde Fo Augusto, na qualdade de pon tífce áo do colégo sacerdotal dos Qundecênvros, que deu con tnudade a esta festvdade e andou organzála e 1 7 aC, co grande popa Mas esta festa tnha u carácte be as portante do que u ero rto epatóro o objectvo era coeoar a entrada de Roa nua nova época, ua época conduzda pelo forte pulso de Augusto, e celebrar gualente a eterndade da Ube De facto, 19 a C fo o ano e que dploatcaente Augusto recuperou as nsígnas e estandartes ro anos saqueados pelos Partos ao eércto de Crasso , vtóra dploátca de gande sgnfcado e largaente engrandecda pela propaganda augus tana Pouco tepo antes, Agrpa subetera fnalente os Cântabros, e os ltes ocdentas e orentas estava seguros E 18 já tabé grande parte das reforas socas e deográfcas de Augusto estava ncadas Por sso são estes jogos de ua portânca sbólca fulcral, até porque os deuses nfernas antgaente cutuados, Dis Pater e Prosér pna, fora substtuídos por Apolo e Dana, Jpter e Juno, deuses lu nosos e da predlecção do princeps: as cerónas antgaente nocturnas passara a ser tabé durnas Porque faláos nestes jogos? A 20 de Setebro de 1 890, ao escavase na arge esquerda do Tbre, perto da hoderna ponte Vttoro Eanuele, descobruse ua longa nscrção e árore, contendo aqulo que fo dentcado coo sendo a Actas desses tas Jogos Secares Era relato porenorado de todos os rtuas, de todos os sacícos fetos durante três das e três notes Este nestável regsto poenorado do que aconteceu cuna, pelo enos ao oar atento de estudoso de teratua latna, na segunte frase: caen
INRODUÇÃO
composuit Quintus Horatius Flaccus: "Quinto Horácio Flaco compôs o
cântico Gravado na pedra, dois ménios depois, está um nome que nos habituámos a ver impresso pelas nossas máquinas Foi Horácio quem compôs o cântico de celebraço de uma nova idade E pela forma como Horácio quis que o seu cântico espelasse as preocupações religiosas dos fesvais, nomeadamente estruturando a sua composiço volta do número três, que presidiu igualmente a todas a cerimóas dos jogos, pode dier-se que o poeta levou à letra a sua misso de "vate, do músico spirado pelos deuses, do cantor da prosperidade Se o homem Horácio acretou naqo que esta nova idade prometia, nca o saberemos Sabemos apenas os seus versos O seu horror perante o passado recente, lêse: ", que vergonhosas so as nossas cicatries, o crime, o nosso próprio fratricdio Que coisa recusou esta nossa impudente geraço? Que sacrilégio deixámos por intentar? Por medo dos deuses, de que coisa afastou a juventude sua mo? (Odes, I. 35. 33 3 7) A importância que deu ao seu papel de vate na transiço para um novo século de pa e prosperidade, também se lê: Já casada dirás: "eu, no século que de novo trouxe os luminosos dias de festa, um cântico reprodui querido aos deuses, ensinada pelos ritmos do vate Horácio (Odes, I 6. 41 44) Foi isto que o poeta quis deixar escrito O sentido que he quisermos posteriormente dar, metafórico, irónico, subversivo, subserviente, cré dulo, sório, e tudo o mais, é por conta de quem o assim interpretar OCO POETA
As Odes de Horácio constam de quatro livros Os primeiros três fo ram publicados provavelmente em 23 aC O seu famoso Exei monu mentum ("Erigi um monumento, III 30), funcionaria como um selo (sphrais) dourado na sua carreira de poeta lrico Mas assim no aconte-
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ceu, provavelmente depois de ter recebido a honra de ser o poeta esco lhido para compor o Cntico Secular Esta composiço deve terlhe dado fôlego para um novo livro de odes juntamente com o facto de, a julgar pela Vida abreviada de Suetónio, o próprio Augusto lhe ter encomen dado algumas odes sobre os êxitos mtares dos seus enteados Druso e Tibério Como já dissemos, porém, apesar de existir inegavelmente um sabor poltico em algumas odes de Horácio , a verdade é que a grande parte das odes no é desta naturea Os seus poemas tratam dos mais diversos e dís pares temas Exceptuando alguns grupos de odes, cujo exemplo máximo talve sejam s seis primeiras odes do terceiro livro, que ficaram conheci das como "Odes Romanas , escritas num mesmo metro alcaico e de tema exclusivamente romano, no existe uma aparente coerência de poema para poema Damos o exempo das últimas três odes do segundo livro A Ode 18 reecte sobre a simplicidade da vida por oposiço ambiço de senfreada do homem, que no dia do próprio funeral contrata alguém para cortar mármore, e no para o seu túmulo É bem melhor olhar para o presente e ser frugal, até porque " ( ) imparcial abrese a terra para os pobres e para os filhos dos reis (32-34 ), sugerindo o tema recorrente da omnipotência da morte No poema seguinte ( 19) o poeta embarca num frenético delrio ao sugerir ter visto Baco, o deus da irracionalidade "per turbado no peito pleno de Baco alegrase o coraço (56) . No poema seguinte (20) , ou seja, apenas dois depois de armar que a morte é o fim último e inexorável, apenas um depois de cantar a fe demência de um deus, acaba por dexar escapar estes surpreendentes versos "No, eu, do sangue de pobres pais, eu, por quem tu mandas chamar, querido Mecenas, no morrerei (5-7) Talve no seja juto apelidar o poeta de coerente; se de facto ele o é, trata-se de uma feli coerência; a pulso lrica é o verdadeiro fio condutor de toda a obra o "eu da enunciaço, o espaço constantemente habitado pelo poeta, no na perspectiva intista e romântica, mas n sentido bem mais prático, quase gramatic "uma generosa veia teo de engenho (910 ), d nessa preira ode que demos como exemplo (II 18), na seguinte canta "Baco v a ensinar canções em remotos rochedos ( 1) , e acaba o se
INTRODUÇÃO
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gundo livro diendo "no morrerei (7) O sujeito desses verbos, "te nho, "vi, "morrerei , é um só o "eu lrico com propriedade o primeiro "eu lrico latino, pois a própria palavra "lrico foi usada pela prmeira ve em latim por Horácio no sentido pleno do termo, na acep ço que hoje conhecemos Torna ainda mais rica a sua poesia pensar que essa incoerência tradu uma sceridade camuada pela técnica da lra e pelo virtuosismo da lngua, que por vees nos apresentam compositor dado à ironia e ao desprendimento; ao longo dos três primeiros livros Horácio afirmase já velho demais para o amor, com quarenta anos (II 4. 23 24). É até bastante peremptório: "Até agora no amor fui idóneo soldado, e campanha fi no sem glória; agora, as armas e o árbito, que termnou sua guerra, guardará esta parede (III. 26. 1 -4) Sensivelmente de anos depois, no por acaso, Horácio inicia o seu quarto livro de odes reiterando esta ideia É velho demais, agora com cin qunta anos Mas o seu coraço arde ainda de amor: "Mas ento porquê, ah, Ligurino, porque escorre por minha face rara lágrima? (I 1 . 3 334 ) A pergunta é simples e é colocada a nós todos Porque é que, consi derandose já no idóneo para a arte do amor, continua domado pela mesma paixo de sempe? Depois de falar deste amor, o poeta deixa adi vinhar que será a tma ve que Vénus invadirá o seu coraço Mas este é o poeta do eterno timo amor: "Vamos, timo de meus amores pois daqui em dante no mais arderei de amor por nenhuma outra muler aprende melodias que com tua amável vo me possas entoar (... 1 1. 3 2-3 5) Assim escreve de odes depois, o seu mais novo último amor é Fis Horácio canta esta fa ironia do tempo, esta coerência do coraço que permanecerá sempre imutável no nosso sorriso esta consciente e feli
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incoerência Mutos dos nomes de Horácio so ctcios: têm sons forjados Soam no ouvido romano com os mais dferentes ecos icardo Reis imorta liou, para nós falantes do poguês, o nome de Ldia Um romano culto pensaria imediatamente na Lda, um longnquo território da Ásia Menor: o seu nome sugere volúpia e sensuadade, e no mesmo poema em que L dia primeiro surge (. 8), mostra-se a face de Sbaris, nome derivado de uma cidade homónima em Tarento, conhecida pelo ócio e pela luxúria F lis, por exemplo, quer dier "folha de áore , provavelmente de cor loura No primeiro poema em que ela assoma, é amada por Xântias, "O Louro Este é apenas um pequeno exemplo da intricada rede que se tece entre to das estas personagens de nomes imaginativos que pululam nos versos de Horácio Este poeta no tinha " a musa esconda num nome fictcio, como os poetas elegacos, como Propércio teve a sua Cntia e Catulo a sua ésbia Pelas suas páginas abundam personagens que to depressa che gam como partem Mais a ve, é a vo do poeta que unifica todas estas histórias, normalmente associadas ao amor E ora comenta com a dis tância irónica o que se passa: " bio, no sofras demasiado ao lembrares-te da indócil Glcera ( 23 1-2), ora o consome a chama do amor: " ardo, se, com o vinho, ( ) um jovem, enlouquecido, deixa, com os dentes, em teus lábios indelével marca (I. 13. 9, 1112). No nos parece legto con siderar o amor de Horácio frio, cnico Está com certea bastante longe de um Werther: é a forma de cantar o amor bastante estranha à nossa sen sibdade pósromântica um poeta prondamente incoerente na forma como fala sobre o seu amor e sobre o amor dos outros, como vimos há pouco Mas é mais a ve a feli incoerência, no sentido em que a fina fronteira entre ironia e realidade é por vees deliciosamente inextricável ORÁCO EM PORTUGUÊ "A pálda Mote com mparcal pé bate à porta das cabanas dos pobres e dos palácos dos res. Ó ésto elz a breve duração da da pede-nos de encetar duradouras esperanças " (Oes, 4 1315)
A poesia portuguesa pode-nos ajudar a conhecer a outra faceta de Horácio que ainda no explorámos aqui: o pensador do tempo, da brevi
INRODUÇÃO
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dade da vda Ao longo das suas odes o autor vai aconselhando a si e aos outros a no faer planos demasiados grandes para uma vida to curta No é epicurista nem estóico: no é filósofo, é poeta As suas exortações no so faladas, so cantadas Quando nos canta a pálida Morte, ouvimo -la de facto bater à porta com o pé, e vemo-la lda, sem cor O facto de a poesia horaciana, pela sua naturea lírica (de "lira ), ter esta componente "musical, chamemos-lhe assim, contribuiu em larga medida para a eter nidade humana da sua obra, e por inerência para a sobrevivência do seu estro em tantos outos poetas, que procuraram nele no a traduço, mas a inspiraço Como exemplo disto, Ricardo Reis, o classicista por exce lência dos heterónimos de Fernando Pessoa, canta assim numa das suas odes: "As rosas amo dos jardins de Adónis, Essas volucres amo, Ldia, rosas, Que em o dia em que nascem, Em esse dia morrem A lu para elas é eterna, porque Nascem nascido já o sol, e acabam Antes que Apolo deixe O seu curso visvel Assim façamos nossa vida um dia, Inscientes, Ldia, voluntariamente Que há noite antes e após O pouco que duramos O surpreendente nestes versos de Ricardo Reis, para quem vai co nhecendo a obra de Horácio, é esta estranha sensaço de estar a ler o poeta latino, mas no saber exactamente em que passo ou em que ode se inspi rou o heterónimo pessoano De facto, parece-nos dicil um tal propósito No entanto, estamos a ler Horácio Como se resolve o mistério? É a arte da poesia, da inspiraço e da emulaço O tom é sem dúvda horacian Ldia é uma personagem de Horácio Um termo como "volucre (ou "v lucre) é um termo do poeta romano: sugere algo que voa (vlo), que tem asas "como se quieto estivesse o vólucre da, poupas-te preguiçosa a traer da despensa a ânfora do cônsul Bbulo? (Odes, III 28. 6-8) assim apressa o poeta a cortes Lide, para celebrar o dia de Neptuno No en
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INRODUÇÃO
tanto, em Rcardo Res, no é o da que tem asas, como quase sempre em Horáco, mas as rosas A dea de lu é bem cara a Horáco, especal mente no seu Cntico Secular, e Apolo é o seu deus por excelênca: o curso vsível de Apolo reerese ao carro do sol: "põeme sob o carro do Sol que demasado se aproxma, ada assm amare álage, que docemente r, que docemente ala (Odes, I. 22 3-24) Mas a dea de assocar a eterndade da lu à metaórca elcdade das rosas, e amá-las por vverem um só da, no a vamos encontrar em nenhum poema de Ho ráco O acto de a vda do homem durar to poco, é armada e rear mada, cantada e recantada pelo poeta romano: a note que pesa sobre o homem depos da morte, de que ala cardo Res, é dta por Horáco na sucnta expresso "em breve te oprmrá a note 4 16). No entanto, a note que vem antes do que vvemos, em lado algum a encontramos em Horáco Essa note é de Rcardo Res É neste equlbro entre nspraço e mtaço no sentdo nobre e lteráro do termo que se oram esta belecendo os trbutos dos séculos à obra horacana, sublnhando aquo que de mortal exste nos versos do poeta Assm cantou também Camões, na sa Ode IX: "Fogem as neves ras dos altos montes, quando reverdecem as árvores sombras; as verdes ervas crecem, e o prado ameno de ml cores tecem ) Porque, enm, nada basta contra o terrível da note eterna; nem pode a deusa casta tornar à lu superna Hpólto, da escura note averna ( ) Nem Teseu esorçado, com manha nem com orça rgorosa, lvrar pode o osado Prítoo da espantosa prso letea, escura e tenebrosa
INROUÇÃO
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O que aqui temos é um Horácio português numa ode cantada por Camões A ideia da transitoriedade da vida que se espelha nas mudanças que tra a primavera é um eco das "odes da primavera do romano "Fugiram as neves, já a erva aos campos retorna, e as folhas s árvores, a terra muda e renovase, e o rios, minguando, correm entre as margens (Odes, 7 14 ) A ode camoniana é to mais bela quanto é uma traduço por vees lite ral dos versos de Horácio "Traduço no será o termo correcto "transcri ço seria um termo bem mais fel, até pela sua acepço musical Quando Camões escreveu "odes, a sua etimologia grega estava bem presente no seu engenho poético Pôs no som, na música do português a música do poeta romano Os pensamentos, as angústias do homem perante a sua morte, essas, so eteas é um lugar verdadeiramente comum, com toda a latente nobrea dessa expresso A forma como so cantadas, essa sim, é o que verdadeiramente fascina no génio de Camões Ouçase Horácio "Quando morreres, e sobr ti pronunciar Minos sua clara sentença, de volta no te há-de traer a linhagem, Torquato, nem a eloquência, nem a devoço; pois nem Diana liberta o casto Hipólto das infernais trevas, nem tem Teseu força para quebrar as leteias correntes que amarram seu amado Pirtoo (Odes, 7 2 1 28) As referências mitológicas esto intactas falase em Hipólito, que, apesar de devoto deusa Diana, acabou morto numa conspiraço da in vejosa deusa rodite; fala-se em Pirtoo, que tentou com Teseu raptar Prosérpina do Hades, mas, após descer aos infernos, ficou preso para sempre; mais tarde Teseu libertou-se, mas no Pirtoo Utiliar precisa mente estas duas alegorias para sublinhar a força indestrutvel da morte, faendo referência num mesmo adjectivo cunhado do latm ("leteio) ao rio Letes, o rio do esquecimento, é mais do que significativo Camões os-
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NRODÃO
tensivamente transcreveu para o português a poesia de Horácio, como em outras passagens Aquele que todos consideram "o poeta da lgua portuguesa quis mostrar-nos que leu com a sua lra as odes do romano E voltando a Ricardo Reis: "Ao longe os montes têm neve ao sol, Mas é suave já o frio calmo Que alisa e agudece Os dardos do sol alto Hoje, Neera, no nos escondamos, Nada nos falta, porque nada somos No esperamos nada E temos frio ao sol Mas tal como é, goemos o momento, Solenes na alegria levemente, E aguardando a morte Como quem a conhece A "melodiosa Neera de Horácio (III 14 21 ) surge no século vinte vestida de português E mais uma ve o vate dessa transformaço é Ri cardo Reis Carpe diem, colhe o dia, desfruta o dia, "goemos o mo mento é o sereno conselo que Horácio nos deiou a todos, a epresso eterna de uma das mais difceis ambições do homem, escrita na décima primeira ode do seu primeiro livro "Nada nos falta lembra um dos ou tros conselhos de Horácio: "no te preocupes com o que precisas na vida, que to pouco pede (II. 1 1 45) A epresso "nada somos lem bra as palavras do romano, que di que depois da morte "pó e sombra so mos (I 7 16) Mas temos aquele "porque de Ricardo Reis " Nada nos falta, porque nada somos Esse "porque transcreve para a alma do poeta a músca de Horácio "Solenes na alegria levemente interpreta na ala pessoana a "aúrea justa medida de Horácio (aurea mediocras, epresso retirada da ode II 10 5) no olhar nem a menos nem a mais: "na angústia, mostrate forte e corajoso, e do mesmo modo sabiamente recolhe as enfunadas velas, quando o vento é demasiado propcio (II 10 2124) Ricardo Reis fala-nos em "solenes porque esta é uma alegria séria: Horácio lem bra-nos "de manter nos maus momentos, e no menos nos bons, o equi
INTRODUÇO
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lbrio da mente, apartando-a dos excessos da alegria II 3 1-3) "E aguardando a morte como quem a conhece , lembra-nos de novo Ho rácio "como é meor suportar o que quer que o futuro reserve I 1 1 3 ) diermos a nós próprios que fingimos conhecer a morte levar-nos-á a no ter medo e a suportar as investidas do desto So os dois poetas na lngua da poesia que nos aconselham So dois poetas separados por dois milénios de tempo cronológico, mas no mesmo tempo de sentido Nem Camões nem Fernando Pessoa foram, como o leitor pode ima ginar, os únicos poetas do português a beber das odes de Horácio; nem, dentro destes autores, os poemas citados so os únicos que revsitaram a pena do romano No deixaremos aqui uma lista fria de autores, portu gueses ou no, e de passos de obras onde claramente sentimos a imortali dade que os deuses emprestaram ao poeta, que cumpriu inegavelmente o seu vaticnio, "nem tudo de mim morrerá III 30 6). Tal tarefa seria, além de fastidiosa, provavelmente findável Antes, uma exortaço: que Horácio o inspire a procurar as suas palavras no mundo dos versos E pro curemos também, mais do que as suas palavras, a poesia que se esconde e se mostra nos espaços do silêncio e da música E agradeçamos à musa: "Ó musa de Pero, tu que os doces sons da áurea lira moldas, tu que, se quisesses, a vo do cisne até aos mudos peixes darias:
tudo isto é dádiva tua, que os que passem por mm com o dedo apontem para o bardo da lira romana É obra tua que eu nspirado agrade o mundo, se de facto agrado I 3 124)
1 Para ter uma ideia da riqueza deste espóo, aconselhamos a leitura de Temas Cláicos
na Poesia Portuguesa, de Maria Helena da Rocha Pereira 2008 (2'ed), Lisboa, Verbo
Sobre a tradução
Dado aqulo que dssemos sobre a essênca métrca e muscal das Odes de Horáco, no podemos dexar de soltar um sorrso rónco ao pensar que, nas págnas que se seguem, encontraremos uma lgua portu guesa sem padrões rtmcos conscentemente repetdos O objecto so noro do latm de Horáco é ntraduvel No temos oposiço entre sla bas longas e breves, temos sm acentos de ntensidade e o som vagamente artfcal das rmas: faer uma traduço para o nosso sstema métrco con vencional resultara num exercco fascante algo que fo bastante feto na nossa lngua, especalmente numa época em que a rma e a mé trca onsttuam a únca forma de faer poesia• Sem termos a pretenso de tradur esta parte nquestonavelmente fulcral do texto horacan, restou-nos apenas um recurso: a lngua portuguesa, e o seu própro som, sem undade métrca Queremos dar a conhecer o que Horáco cantou o mas felmente possvel, procurando o português que melhor convém a esse propósto A leitura das Odes no é fácl, um romano sem ctura, na época em que o poeta vveu, dficente compreendera as suas odes O nosso português procurou vver nesse fno compromisso: dexar trans parecer a erudço do seu autor, sem tornar a mensagem obscura, procu rando manter a essênca poétca do texto Neste particular, presevámos aqulo que, até hoje, parece ser o lo comum da poesa: o verso Os ver sos agrupam-se em estrofes de quatro: todas as odes de Horáco so dv sves por quatro, excepto IV 8, que a tradço manuscrita parece ter adterado Esta é uma undade musical do seu autor, a que a traduço portuguesa no pode estar alhea Dada a nextrncável rede de referên cas mtológcas, socas e polticas do texto, no podemos dexar o letor deriva num texto que, por naturea, é de dfcl letura Portanto, optá mos por dtar o texto de notas, que procuram mas do que tudo clar1 Para um eenco competo das númeras traduções fetas das Odes em português ao longo
dos tempos veja-se A. A Gonçaves Rodrgues ( Traduçã em Prtugal Lsboa, NCM, 2).
SOBRE A TRADUÇÃO
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car: esperamos no ter cado no erro nem de explcar de mais, nem de me nos; por vees indcamos passos de outras obras clássicas que julgamos portantes para compreender o contexto as notas no pretendem ser um comentário, quisemos apenas por vees despertar a atenço do leitor para o mundo dos clássicos Normaente a primeira ocorrência de um nome mitológico ou topomico é objecto de nota no texto, peo que pode usar o nce remissivo presente neste volume como um glossário ind recto; consideramos que era desnecessário apresentar ua nota sobre os deuses mais importantes do pteo romano úpiter, Apolo, Diana, etc) e de lugares do conhecimento comum (Roma, Chipre, etc) De qualquer forma, aconseamos o dcionário de Pierre Gral, traduido em portu guês , para um conhecimento mais profundo da mitologia grega e latina A nossa traduço é em larga medida possvel graças ao diligente es tudo de Robi Nisbet e Margaret Hubbard, e mais recentemente de Ro bin Nisbet e de Niall Rudd, que escreveram extensos e elucidativos co mentários sobre as odes de Horácio As suas palavras ecoam em grande parte das decisões hermenêuticas e nas notas o entanto, os livros de D West foram também consultados, e igualmente os comentários de Ki essling e Romano, especialmente estes últimos no quarto livro Os nomes destes comentadores so usados ao longo das notas Em relaço a tradu ções consultadas, foram igualmente uma grande ajuda as traduções de D West, L Canali, N Rudd, S Alexander e Vleneuve Queremos com esta traduço inspirar outros a apresentarem a sua traduço do po eta Horácio Esta foi a que o nosso engenho e juventude permitiram Esta traduço foi o resultado de um estudo que se iniciou com a mi nha tese de mestrado, Da Noite de Tarento Luz de um Cntico O Carmen Saeculare de Horácio, Música de um Ritual (Faculdade de Letras da Uni versidade de Lisboa, 2006), que apresentava como anexo um primeiro es boço desta traduço Como tal, se esta traduço existe, é graças sabedo ria paciência e amiade da minha Professora Maria Cristina de Sousa Pimentel, a quem agradeço de coraço Nesse contexto, as observações do Professor Carlos Ascenso dré foram também extremamente úteis, As ms referidas encontram-se traduzidas em português, a Ilíada a Odieia be m como
as Metamorfoe de Ovído na Cotovia, e a Eneida na Bertrand 3 Dionário da Miologia Grega e Romana Lisboa Difel 12 4 Todas as obras citadas constam da ibliografia
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SOBRE A TRADUÃO
pelo que agradeço igualmente Agradeço igualmente a sponibildade do Professor Lus Cerqueira para rever (por duas vees) esta obra, ao Professor Frederico Lourenço o interesse que mostrou pelo meu traba o, e ao André Fernandes Jorge, por tudo aquilo que tem feito pelos Es tudos Clássicos em Portugal: o seu esforço será seguramente recompen sado, assm que este pas se aperceber de que no surgiu do nada À minha Juca, minha me a Bela, ao meu pai Laurénio e ao meu irmo Saul dedico esta traduço; espero que o vosso amor me tenha inspirado
Sobre o texto O texto utiliado foi o de Wicam revisto por Garrod 1912); ape sar de existirem edições mais recentes, nomeadamente a de Schakleton Bailey 1985, rev 2001), este continua a ser entre os estudiosos o texto mais usado (reparese em David West, nos seus comentários 19952002 e na traduço de Niall Rudd em 2004) Embora tentemos seguir sempre o texto original de Wickham, há momentos em que nos vimos forçados a seguir outra liço; apresentamos esses passos aqui: I 2 39 Mauri] Marsi I 5 16 deo] deae I 2 auspice Teucri] auspice Teucro I 8 2 hoc deos uere te deos oro I 12 3 1 qui] quod I 13 6 manent] manet I 25 20 Hebro Euro I 3 1 9 Calenam] Calena I 32 1 Posimur Posimus I 32 15 mihi cumque] medicumque I 34 5 relictos] relectos I 35 1 serua] saeua II 1 2 1 audire] uidere II 1 1 23 incomptum] in comptum III 3 12 bibit] bibet III 4 46 urbes] umbras III 1 5 du] duct III 24 60 consortem socum] consortem et socium III 26 et arcus] securesque I 2 49 terque] tuque 4 1 Raeti] Raetis I 4 34 roborant] roborat I 9 31 sileri] silebo
Roeio paa uma leiua emáica das des
Se o leitor optar por faer a leitura seleccionada e temática das Odes deixamos aqui roteiro que pode serr de guia nessa tarefa Em ne raço romana encontra-se o nero do vro, ao que se segue, em numera ço árabe, o número da ode, e, se necessário, o(s) nero(s) do verso(s) I. SOB O POETA
O ofício do poeta
1 Dos muitos ofícos possíveis o poeta escolhe a arte das Musas 16 - A impudência do ovem poeta num canto de retractação 22 O canto substitui as armas 32 nvocação lira III4 (1-36) m prenúnco do destino do poeta III25 O poeta possuído pr Baco cantará alo de novo IV2 Qualuer poeta é peueno perante o rande Píndaro IV -Aradeimento Musa pela ama conutada I6 O vate inspirado por Apolo O poder da poesia
26 O poeta amio as Musas Só a poesia imortaliza o hmem 20 O poeta transformase em ave e escapa morte III30 O poeta eriiu um monumento mais perene ue o bronze I8 Sem a poesia nenhum herói seria imorta I 9 - A imortalidade do poeta e de uem ele canta A recusa em cantar temas sério 6 Que Váo celebre osfeos d Apa A lira poeta não o podefaze
19 O amor de Gcera impede o poeta defalar sobre os Citas
ROTEIRO PARA MA LEITRA TEMÁTICA DAS
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II1 (340) - O poeta envere por temas sérios mas logo se aepende II12 -À lira não convém grandes temas O amor é ma adequado III3 ( 694) - De novo o poeta se arrepende de cantar temas sérios I 15 ( 1-4) - Sempre que quis cantar temas sérios Apolo repreendeu o poeta
II SOB A NATUZA UMANA
A ganância do homem e a simplicidade do poea
3 -A ambição desmedida do homem que não recua perante os peri gos do ma 31 O poeta só preca da sua ctara Votos para a velhice 38 O luxo dos Persas não interessa ao poeta 2 - Domando a ganânca será o homem mais rico 15 As constções homemjá não deixam eaço para a agura II16 - A riqueza e a ambição não trazem paz Só a simplidade 18 A simplidade do poeta por oposição ganânca do homem III Quanto ma ambiioso mais inquieto Elogio da simplidade III4 (49-80) Exemplos mitológicos de como a ambição desmedida leva perdição III16 -Afome pelo ouro leva desgraça A recusa do poeta em que rer mas III29 (1-28) - A fastidiosa riqueza pr oposição simplicidade do presente "Cae diem e a justa medida
4 - A Primavera chegou aproveitaa enquanto é tempo I9 O nveo chegou aquecete com o vinho e cona o resto aos deuses 1 1 - Não queiras saber o futuro colhe cada dia 3 - Abstémte dos excessos da alegria e aproveita o presente II1 O - A áurea justa medida 11 - Não te angusties com a vida que tão pouco pede 29 (29-64) A serenide quele que sabe aprear a hora presente 7 Nada esperes de imorta aconselhate a própria natureza
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R O I R O P A RA U M A E I U R A M Á I C A D A S
A Mort
.4 (1 320) - A imparial e pálida Morte .24 - A morte de Quintílio um amigo chegado Ninguém escapa ao Hades
.28 Nem o sábio Arquitas escapou morte Ameaças de um mari nheiro morto II. 3 ( 13 28) - Somos todos vítimas do Orc .13 - ma árvore quase mata o poeta A imprevisibilidade da morte .14 Todos teremos de morre Ninguémge ao tempo AFortuna
.34 - O poder da Fortuna simbolizado no raio .3 5 Até os reis temem a Fortuna e o seu séquito III. SOBRE O AMOR
O amor na primira pssoa
.13 - O úme por Lídia asso o poeta A felide dos amantes eteos . 1 9 Reacendese o amor por Glícera que o impede de cantar temas sérios .22 - O amor de Lálage protege o poeta .23 - O poeta adverte Cloe de quejá está madura para um homem .25 - O poeta adverte Lídia de que em breve será velha .9 Diálogo de amor entre o poeta e Lídia .10 - Lice não se comove com o canto do poeta prostrado sua porta .11 - O poeta invoca Mercúrio e o mito das Danaides para chamar a atenção de Lide .26 Renúnia ao amo O poeta termina a sua campanha e deste de Cloe I.1 - De novo a renúnca ao amo Ma e que Ligurino surge 1 O - Em breve o tempo sureenderá a ueldade de Ligurino I.1 - Convite a Flis o úimo dos amores I13 - O horror do poeta perante a velhice de Lice outrora tão amada
R O E I R O P A R A U M A L E T U R A T E M ÁT I C A D A S
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O amor na trcira ssoa
5 m jovem incauto cai nas redes volúvel Pirra 8 Lídia afasta Síbar das actividades militares 27 O poeta acalma os ânimos num banquete e lamenta a sorte do irmão de Megila 33 Que Á lbio não sofra dema por Glícera O jogo de Vénus 4 Que Xântias não se envergonhe por amar uma escrava 5 - Lálage é demasiado nova para ti Sê paente 8 Os falsos juramentos de Barine inspiram o riso de Vénus 9 Válgio deixa de chorar esse teu Mtes 7 Astéria não chores O teu fiel Giges regressará 12 Os encantos de Hebro astam Neobule dos seus lavores 15 mprecação contra Clóris uma velha licensiosa 20 O desprezo de Nearco pela luta que travam por si I SoBRE oMA E uusTo
O assado rcnt d Roma
2 O passado traumático de Roma 14 Alegoria do estado recente de Roma 35 (29-40) O ime da guerra vil 3 7 A morte de Cleópatra 1 - De novo o crime da guerra vil 24 Que alguém ponha um freio devassio e ganâna do povo romano Augusto o grandioso dstino d Roma
2 (25-52) nvocação ainda tímida de Augusto 2 Augusto surge no séquito dos heróis romanos 14 Celebração do regresso de Augusto que volta da Hpânia IV2 (3360) Celebração do regresso de Augusto que voa da Gália 4 Celebração s vitórias dos Neros sobre os ndélicos Aorça de Roma IV5 Súplica pelo regresso do ausente Augusto A Paz Augustana IV 14 Louvor de Augusto temido ao longe e ao largo I1 A glória do século de Augusto
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R O T E I R O P A RA U M A L E I T U R A T M ÁT I C A D A S
Odes Romanas ( 6)
- A ambição desmedida do homem 2 - As virtudes romanas É doce morrer pela pátria 3 - O destino mítico de Roma 4 - As Musas reconfortam Augusto depo dos seus trabalhos 5 - O desastre de Carras O exemplo de Régulo 6 - A desgraça da guerra ivi Os transviados costumes HNO OU NOCAÇÕE
ü - A Mercúrio 2 - A Apolo e Diana 30 - A Vénus 3 -À Fortuna 9 - A Baco 3 -À nte da Bandúsia 8 - A Faun 22 - A Diana 23 - nvocação dos Penates 6 - A Apolo Cântico Secula VI. ELEBRAÇÕE
O Vinho
7 ( 5 32) - Que o vinho ponha um fim aos teus cuidados Planco 8 - Só o vinho desvanece as preocupações Baco castiga porém os excessos 9 - O poeta ébrio A doce loucura de Baco 2 - As virtudes de Baco nvocação de uma ânfora O Banquete e festejos
20 - Convite para um banquete dirigido a Mecenas 36 - m banquete em honra de Númida 3 7 - Festejos sobre a morte de Cleópatra
R O T E R O P A R A U M A E T U R A T E M ÁT C A D A S
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- Banquete em honra do regresso de Pompeio. - Que o amigo Élio festeje bem o dia livre que a chuva trará 8 - Banquete em honra do poeta que sobreviveu queda de uma áore - Convite a l por ocasião do aniversário de Mecenas 4 - Festejos sobre o regresso de Augusto 28 - Festejos em honra de Neptuno 2 - Convite a Vergílio para um banquete em honra da Primavera V. EMA MTOLÓGCO
- Presságio de Nereu quando Páris parte com Helena (22) - O mito das Danaides 2 (26) - O mo de Europa V LOGO DO CAMPO
4) - Nenhuma terra delea ma o poeta do que Tíu -A calma pro"ede do poeta na Sabina, ue convi poesia 6 - De nvo um egio a Tíbur Que se ealhem aqui as ns poeta XX. EMA RO
29 - Íco troca os estudos filosócos pela guerra O poeta lamenta Quando Mecenas morre o poeta seguiloá
Os metros das des
Apresentamos aqu esquea splificado dos etros utizados por Horácio, suerindo assi ao leitor o esquea rítmico oriinal dos te tos, deiando assim perceber o porqu da sposição ráca do portuus, e iuaente para que se tenha ua ideia do "esqueleto sonoro, daos assim, que subjaz a cada ideia apresentada pelo poeta Coo já referimos há pouco, uma síaba lona é arcada pelo sinal ", a breve pelo sinal " O al " ' arca uma saba que tanto pode ser breve coo lona; " uu arca ua lona que pode ser substituída por duas breves Ua lona equvale a cerca de duas breves; ao lono de cada verso pode surir as cesuras (pausas), arcadas co o sinal "/ Este esquea baseiase e Nisbet e Hubbard ( 1970) e no conspecto de Schackleton Bailey (2001r) I . STEMA BAEADO EM CLEPADEU
a) Prieiro Asclepiadeu Odes: ; 30; 8
UU/UUUU U U / U U U U U U / U U U U U U / U U U U
b) Seundo Asclepiadeu Odes: 6, 15, 24, 33 ; . 12; , 16; 5, 12 UU/UUUU UU/UUUU UU/UUUU UUUU
c) erceiro Asclepiadeu Odes: 5, 14, 2 1 , 23 ; 7, 13 ; 13 ---U U -/- U U - U U --- U U -/- U U - U U
OS METROS DAS
3
UUUU UUUU
d) Quarto Asclepiadeu Odes 3 , 3 , 9 , 36; 9, 5, 9, 24, 25, 28; , 3 UUUU UU/UU UUUU U U / U U U
e) Quto Asclepiadeu Odes , 8; 0 --- U U -/U U-/- U U - U U
U U / U U /U U U U U U / U U / U U U U U/U U/U U U U II. sTROFE LCACA
Odes 9, 6, 7, 26, 27, 29, 3 , 34, 35, 37; , 3, 5, 7, 9, , 3, 4, 5, 7 , 9, 20; 6, 7 , 2 , 23 , 26, 29; 4, 9, 4, 5 U U / U U U U U U / U U U U UU UUUUU III . TROFE SÁFCA
a) Odes 2, 0, 2, 20, 22, 25, 30, 32, 38; 2, 4, 6, 8, 0, 6; 8, , 4 , 8, 20, 22, 27; 2, 6, , carm saec U U U U U U U UU U U U U U UUU
O S M E T R O S D A S
b) Odes: .8 UUU UUU1UUU UUU UUU1UUU I uTRO TEMA
a) Prieiro arquilóquio (ou alânico) Odes: 7, 8 UUUUIUUUUUUU UUUUUUU UUUIUUUUUUU UUUUUUU
b) Seundo arquilóquio. Odes: 7 UUUUIUUUUUUU UUUUU UUUUIUUUUUUU UUUUU
c) Terceiro arquilóquio. Odes: 4 uu-uu-uu- I - UU 1 U U -uu-uu-uu- I UU1UU
d) Hiponacteu. Odes: 8 UUUU U U U I U U UUU U U U U I U U
e) Jónico. Odes: Consiste e quarenta etros jónicos contí nuos (U U )
Breve bibliografa
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and London.
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Mecenas, descendente de reis ancestrais, eu aparo, inha doce lória a aluns arada acuular e seu carro o pó de Olipo, evitando a eta do circo
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co as rodas ardentes a nobre pala eleva os senhores da terra aos deuses U deleita-se se a ultidão dos volúveis Roanos luta para o eruer às trs randes honras, outro, se uardou no próprio celeiro tudo quanto se varreu das eiras líbias À quele que se alera e fender os capos pátrios c a enada, nunca, ne co riquezas de Átalo o poderás convencer a, teeroso nauta, e barco cipriota o ar de Mirto atravessar O ercador, receando o Áfric, que co as ondas de Í caro luta, ouva a cala e os capos da sua terra; as loo desfeitos os navios conserta, não sabendo suportar a pobreza. Há que não recuse beber u velho Mássico, ne despreze ao seu dia retirar ua parte, ora espreuiçandose sob u verde edronheiro, ora junto à suave nascente de ua fonte sacra A uitos apraz o capo ilitar, o so da tuba que e istura co o lítuo, as uerras pelas ães odiadas
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Se os fiéis cães u veado avistara, ou se u javali arso as finas redes ropeu, peranece o caçador frio sob o céu de Júpiter, esquecido da terna e jove lher A i a hera, préio das saes frontes, aos supernos deuses e une, a i a fria ata e os coros das Ninfas e dos Sátirs do povo e aparta, desde que Euterpe não afaste de i suas tíbias, ne Polínia se recuse afinar o bárbito de Lesbos; e se e contares pois entre os vates líricos, de cabeça eruida tocarei as estrelas
ecenas Gaius Cius Maeceas, descedete de uma famíia etrusca de Arretium (actuamete Arezzo) , era um cavaeo romo de grade fortuna Era proverbia o uxo da sua casa, bem como os seus escravos e ibertos, os seus os, os seus bquetes, os seus escadaosos amores Mas é como patroo das artes que o seu ome se imotaizou; as Geórgicas de ergo sãohe dedicadas, Horácio dedicae as Sátiras os Epodos as Odes (IIII) e as Epístolas (I) Horácio oihe apresetado em 9 aC, peos seus amigos ergio e ário, e toouse um amigo timo de Meceas, como atestam agus fragmetos de poemas do próprio eques dedicados ao osso poeta A este círcuo terário, aém de Horácio e ergo, perteciam também omes importat como P Tuca, ário Rufo e Domício Maro Em aC, Mecea deu a Horácio uma propriedade a Saba, situada a cerca de 40 quiómetros a ordeste de Roma, o que permitiu ao poeta romao dedicarse excu sivamete ao estudo e à teratura Em termos poticos, foi um dos prmeiros apoiates de Octaao, e foi sempre um seu aiado, sedo até seu coseeiro pessoa, serdo de pote etre o pcs e os poeta coevos Evitando a meta do crco quato mais próximo o codutor passava com o seu carro da meta do circo (grupo de três couas de forma cóica sobre uma base eevada, coocada o fim do percurso), sem tocar ee, maior era a sua perícia Daí que as rodas aquecessem (ardentes rodas) sob o efeito de ma curva tão apertada
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Três grandes honras As três magistraturas representadas peo edi, o pretor e o cônsu Riquezas de Átalo Átao III de Pérgamo egou aos Romanos, em 133 a C , 2 todo o seu império, a capita, e a sua eorme riqueza, na esperança de que assim pudesse ser conservado o seu reino Cedo se tornou conecido na Antiguidade como um exempo de proverbia riqueza ar de irto ome usado peos geógrafos e peos poetas antigos para designar o mar entre o Peoponeso e as Cícades Este mar é para Horácio um dos mais agitados e perigosos (cf 14. 20). 5 Áfric vento do sudoeste Ondas de Ícaro O mar onde Í caro caiu, entre Samos e Míconos, no mar Egeu Para o mito, cf II 20 13 14 () Velho ássico vino da montana de Mássico, a Campânia, ceebrada pea quaidade dos seus vos 232 Tuba e lítuo Decidimonos por traduzir com rigor os instrumentos musicais citados por Horácio, não os adaptado ao actua paorama organoógico, como faz a grande maioria dos tradutores (tuba trompete, tibia auta, etc), pois cosideramos que, ao fazêo, estamos a cometer um anacro nismo que não se ustifica A tuba romana (ão confundir com a actua tuba, instrumeto mais grave da famíia dos metais) é um istrumento ro mano simiar ao trompete, embora tena um timbre e um corpo totamente diferentes É o instrumeto mais importante da famíia dos metais em Roma Cosiste num cdro direito de bronze ou ferro, com cerca de 1,2 até 1 5 metros de comprimeto com um pavião o m Era capaz de pro duzir seis tons da escaa natura, o que o torna um strumento meos ver sáti do que outros da sua famíia, tendo um som mais estridente do que o moderno trompete Foi adaptado dos Etruscos, e era ndamentete usado para procissões soees, cerimóias reigiosas e no contexto miitar O lituus (que decidimos adaptar para o português ítuo) é também um ins trumento de met, e consiste num ogo tubo dado votas sobre si próprio no fim, produzindo assim a forma da etra J Provavemente tia uma grande boquiha que se podia tirar É um instrumento tipicamente etrusco e romano, que não conece nenum semeate etre os Gregos Ta como a tuba, foi associado à actividade miitar 3334 Tíbias bárbo. A tbia é um instrumento de sopro identicado com o auls grego O som da ia era produzido através de uma paeta dupa, à seme hança do que acontece com o osso oboé É errado traduzir tibia por auta, como é costumeiro, pois os dois instrumentos são competamente stintos, quer pea forma como o som é produzido, quer peo timbre A tíbia desem 8
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penava um pape damenta na actividade music etrusca e romana, nos tempos, nos ogos, nos ritos erários, como atesta não só a iteratura como muita iconografia romana. Euterpe é a musa normamente associada a este instrumento O bárbito é um strumento grego semeante à ira. Organa logistas defendem que apareceu por vota do século aC., toouse bas tante conecido durante o sécuo a.C, tendo posteriormente cado em de suso É ndamentamente associado a Dionso e seus seguidores, e difere da ra apenas peos braços maiores (o que produzia um som mais grave do que a ira) e pea forma como as cordas se xam no braço. Poia, a musa nor mamente associada à pantomima, aparece inusitadamente associada a este instento. Para mais informações sobre os instmentos musicais citados nas Odes cf respectivas rubricas em The Ne Grve Dictiona o/usic and usians ondon, Ed S. Sadie, 1980 Vates líricos Horácio expressa assim o deseo de ser inserido no cânon dos poetas íricos, que no seu tempo incuía nomes como Píndaro, Safo ou Aceu Para o signicado reigioso do temo vate " e do poeta, cf 6 44 (n)
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Já assaz enviou o Pai sobre a terra a neve e o funesto granizo e, lançando-se sobre as sagradas colinas co sua rubra destra, aterrorizou a nossa cidade, 5
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e inspirou no povos o terror de que voltasse terrível a idade de Pirra, queiosa de novos portentos, quando Proteu levou todo o seu gado a conteplar os ontes elevados, e todo o género de peies ficou preso no topo do olo, que fora outrora a orada das pobas, e aedrontadas as corças nadara assi que o ar galgou a terra Vios o aarelo ibre avançar, as ondas pela costa etrusca co fúria repelidas, violo precipitar-se sobre os onuentos do Rei, sobre os teplos de Vesta lançase e vingança do ienso pranto de Ília, se o consentiento de Júpiter, dianando errante sobre a arge esquerda o rio devoto a sua esposa A juventude, por vício paterno enrarecida, ouvirá que os cidadãos aara a espada sobre a qual elor teria os terríveis Persa perecido, e ouvirá o relato de outras guerras
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or qul dos duss podrá clr o povo prnt ruín do nosso ipério? Co qu prc podrão s srds Virns iportunr Vst, qu sus cânticos pouco scut? A qu drá Júpitr o ppl d pir tl cri? V, áuur Apolo, iplorost, nvolvndo tus rfulnts obros nu nuv, ou tu, s prfrirs, ridnt dus do Éric, à volt d qul vo Foli Cupido, ou tu, s tntrs nst rç bndond sus ntos, tu, nosso cridor Scit pár, h, co st joo qu s rrst dis, tu, qu rd o clor, os los polidos, o crul sblnt do solddo rso dint do snuinolnto iniio, ou tu, ldo ho d l Mi, s, udndo tu fiur, trr ssuirs o sto d u jov qu cit sr chdo o vindor d Césr
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trd rtorns o céu, por uito tpo prnçs fliz ntr o povo d Quirino, qu nnhu prtur bris t lv ti, hostil pr s nosss flts. Qu nts posss qui prcir rnds triunfos, qui sr chdo d pi sobrno, qu não prits os Mdos cvlr s vinnç, sndo tu chf, Césr
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Rubra destra A mão direita de Júpiter ( o Pai) est ermea deido à cama que deagra do seu troão Idade de Pirra Esposa de eucaão fo de Prometeu Ela e seu cnuge soreieram numa arca a um grande dúio eniado por Zeus irritado com as constantes prearicações da umanidade epois do dilúio este casal recriou a umanidade a partir de pedras Proteu Proteu era o responsel por apascentar as focas (o gado) de Posdon Ta o dom da metamorfose podendo tomar a figura que deseasse onumentos do Rei Horcio referese aqui ao templo redondo de Vesta no Fórum ao Atrium Vestae e à Regia Todos estes monumentos foram atridos ao segundo rei de Roma Numa Pomplio Ília Outro nome para Reia Slia epois de ter tido Rómlo e Remo a estal foi castigada pelo rei úlio seu tio que a lançou ao rio Tire Segundo a presente ersão do mito o Tire toma Ília por esposa Quando César foi assassinado oue uma grande inundação no Tire entre outros fenómenos (cf Vergio Geórgicas I 466 e s) o que foi considerado um castigo dos deuses tal como ta acontecido após o assassnio de Remo Os cidadãos afiaram a espada Referência implcita às guerras ciis consecutias que assolaram o império romano até à data da atala de Áccio (31 aC) particlarmente a de CésarPompeio e a de OctaianoAntónio; o poema alis parece ter sido escrito um ano ou dois depois da atalha de Áccio Horcio critica aqui o facto de Roma se ter enolido em sucessias guerras ciis de grande mortandade (da a uentude enrarecida por culpa dos pais") quando os Partos (ou Medos) represenaam uma ameaça constante ao poderio romano como atesta a catstrofe sofrida em Carras pelo eército de Crasso: em Junho de 53 aC um contingente importante do eército romano comandado por Crasso na ânsia de controlar as rotas comerciais com o Etremo Oriente foi completamente dizimado pelo eército parto em Carras aqui resultou a morte de 20 m soldados entre eles o procnsl 10 m prisioneiros e a pera das insgnias do eército só recuperadas diplomaticamente no tempo de Augusto Esta foi uma umilação de que os Romanos nunca mais se esqueceriam uma desgraça da dimensão de Canas (cf nota a I 12 37) ém deste desastre de Carras temos outros eemplos do perigo medo para a hegemonia romana como foi a conquista parta da Sria e da Siclia (4 1 3 9 aC ) Os Persas Horcio adopta aqui um nome mais grandioso para os supracitados Medos Mais tarde ( 5 1 ), aer outra referência a este poo o leitmotiv do pensamento polticomilitar não só de Horcio como do coeo imaginrio romano
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Vesta Deusa romana de origem arcaica, cuo culto era celebrado em Roma pelas suas sacerdotisas, as Vestais Estas Virgens tm a nção de zelar e de rogar pela incoluidade da Vrbs Ridente deusa do rice Vénus tinha local de culto no topo do Érice 33 (actulmente S iuino), uma montnha na costa ocident da Sicília É frequentemente acompanhada pelo seu fio (Cupido, o ovem deus do or) e pelo Iocus (ogo, folguedo, folia) Nosso criador Marte, pa de Rómulo e deus da guerra A gens Iulia de onde 36 descenda Augusto, tomouo como dos seus deuses protectores. 43-44 Um jovem . . vingador de Csar Horácio procura aqui identiicar Mercúrio (o filho da alma aia com Octaviano (não nos esqueçmos de que a iuventus a uventude, entre os Romanos, va dos 17 aos 45 nos, e Octavino nasceu em 63 aC) A partir deste verso o texto vai subtlmente drigido a sua voz para o slvador de Roma, o futuro Augusto Só depois das execuções das personagens envolvdas no assassato de César, pelo menos daquelas que sobrevveram à guerra ou que não se sucidaram, é que se pôs um pnto nal no cas Tais execuções foram ordenadas pr Octaviano no momento em que subiu ao poder, após a batlha de Ácio daí ele ser o vingador de César" Quirino Antigo deus Romano, fazia parte de uma primtiva tríad 46 composta por ele, Júpiter e Marte os mitos sobre este deus são raros, servndo mas para designar Roma e o seu povo (os Quirites) 5 oberano Príncpe" não traduz, em português, o exacto sentdo de Princeps isto é, aquele que toma o preiro lugar" , comandante supremo, soberano, detentor de todo o imperium A fgura do princeps senatus (algo como o primeiro do senado" ) estava á consagrada pela república romana (pelo próprio Cícer), o que atesta bem da habidade potica de Augusto de se fazer vler das stituições antigas para legitar o seu poder. 27
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Assi a diva rainha do Chipre, assi os irãos de Helena, luzentes estrelas, assi o pai dos ventos, apresando todos ecepto o ápi,
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te conduza, navio, tu que a ti próprio Verílio deves e epréstio, suplico, que o devolvas, incólue, às fronteiras da Ática, e que preserves a inha ala etade. Carvalho e triplo bronze tinha e seu peito aquele que prieiro arreeteu fráil seu barco ao cruel pélao, não receando ne o ipetuoso Áfric, que co os ventos de Áquilo peleja, ne as tristes Híades, ne a fúria de Noto aior juiz não há no Adriático, a seu bel-prazer as ondas elevando ou aainando Teeu os ineoráveis passos da orte aquele que de olhos enutos onstros viu a nadar, e o ar encapelado, e os al afaados rochedos de Acroceráunios? vão o previdente deus a terra do incopssível oceano separou, se ainda assi ípios os navios sulca os ares que jaais deveria ser cruzados !
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A huanidade, teerária até no sofriento, precipitase no erro proibido eerário o ho de Jápeto o foo aos hoens, co funesta perdia, troue, e depois de o ter furtado de sua celeste orada, sobre a terra se estendeu a foe e u eército novo de febres, e a necessidade da orte, outrora tão vaarosa e reota, o seu passo alieirou Aventurouse pelo ar vazio Dédalo co asas ao hoe não concedidas foi epresa de Hércules no Aqueronte irroper Para os ortais nada há de dic estultos o próprio céu reclaaos, ne peritios, por nosso crie, Júpiter iracundos depor seus raios
A rainha do Chipre Vénus Segundo algumas versões do mito, os órgãos sexuais de Úrano, cortados por Crono, caíram ao mar e criaram Arodite, que depois foi levada pelos ventos para a ia de Citera, e depois para Chipre 2 Irmãos de Helena os Dioscuros, C astor e Pólux 4 Iáp Vento Noroeste, que auxa a navegação das embarcações que seguiam de Brundísio para a récia 6 Vergílio Esta ode serese no género do poema propemptikon pEjÓv) poema votivo de boa viagem Nesta ocasião o poeta desea boa agem ao seu amigo Vergio, na altura á considerado o maior poeta do seu tempo, e que apresentou Horácio a Mecenas ( Sátiras 6 54 5 3 1 e s , 1 0 8 1) 24 Áfric _ _ Á quilo Noto O rico é o vento sudoeste O Áquilo ou Aquilão é o vento norte O Noto é o vento do sul 4 Híades Conunto de estrelas da constelação do Touro estavam associadas às chuvas que surgem em Outubro e Novembro
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Acroceráunios Cordheira com muitos rochedos situada no Epiro, cuo nome sugere que era frequentemente fustigado por trovoadas Err proibido É quase impossvel traduzir em português a expressão ne/as Embora a expressão tenha sem dúvida um sentido religioso, traduzir por pecado" teria uma conotação cristã que dificmente o contexto faria esquecer (cf I 1 1 1) Filho de Jápeto Prometeu, que roubou o fogo aos deuses para o dar aos hu manos Um dos castigos de Júpiter impostos ao homem por causa deste roubo foi envar Pandora à terra com uma caxa cheia de infotios e do enças (da exrto de febres") Hrcules Referência aos Doze Trabalhos de Hércules, especialente ao último, o rapto de Cérbero do Hades Depor seus raios Ou sea, os nossos crimes impedem Júpiter de descansar, pois o deus tem continuamente de castigar as prevaricações dos homens com a sua arma por excelência, o raio
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isslese áser ne dd a eda ez à ravera e a aóni, as áquinas arrasta secas as quilhas, não ais se alera ado nos estábulos, ne o lavrador junto foo, n os capos alveja co a ebúrnea eada.
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Já Vénus Citereia sus coros conduz sob a lua que altia, e as forosas Graças , junto c as Ninfas, toca na terra ora num é, ora noutro, enquanto relnte Vc as ipnentes forjas dos Cicloes visita Aora é tep de cinir a luzidia testa c o verde irt, ou co a or qu a terra livre tru; é hra de oferecer nos ubrosos bsqus a auno sacrifícios, quer eija ua cordeira, quer refira u cabrit. A álida Morte co iarcial pé bate rta das caba ds pobres e dos palácios dos reis Ó Séstio feliz, a breve duração da ida idnos de encetar duradoura esranças E reve te riirá a noit, e os Manes da lnda, a esquálida casa d lutão; e assi qu r lá vaares nã ais te sairá nos dados a presidncia do vinh, ne admirarás o decad Lícidas, r que aora toda a juventude arde, e por qu brve as virens hão-de corar.
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Favónio Outro nome para o Zéro, vento do oeste que na tália anuncia a Priavera As máquinas Durante o nverno, os barcos do Mediterrâneo eram manti dos algus metros aca do nvel do mar para os proteger da intempérie (da secas quhas" ) Os barcos eram manobrados para cia de um trenó e equilibrados com o auxo de blocos Os trenós eram equipados algumas vezes com rodas, outras assentavam sobre cilidros de madeira, e er postos em moviento por meio de uma roldana ou de um gucho Vnus Citereia Citera, ilha na costa s do Peloponeso, foi o prieiro stio onde Afrodite foi dar depois do seu nasciento Graças As três raças (as gregas Cárites ), Eufrósa, alia e Aglaia, são di vidades ligadas à beleza e à alegria da natureza Fazem parte do séquito de Apolo e frequentemente participam e coros com as musas copes Normaente tidos como os fabricantes das armas dos deuses, em especial dos raios de Zeus, especialmente usados numa altura como a Pri mavera As suas oficias (foras) estão localizadas, segudo algumas versões, nas ias Eólicas ou então na Siclia, no Etna Sstio L Quirinalis Albinianus Sestius, ho de P Sestius, tribuno em 57 a C, proquaestor por Bruto na Macedónia Em 2 aC foi nomeado cônsul sufecto por Augusto, precisamente no preiro ano em que Augusto abdi cou do consulado, mantido desde 1 aC , simbolizando ass o regresso à república Seiu untamente com Horácio na bataa de Fipos , nas fileiras d exército de Bruto, e foi igualmente no seu consulado que Horácio publicou os livros das suas odes anes As almas dos mrtos, obecto de culto em Roma Presidêna do vinho Decidiase quem iria presidr ao banquete ( a chamada archiposia poía) recorrendo ao lançamento dos tali dados de quatro faces feitos a partir de ossos de anais Quem zesse o melhor lançaento era indigitado como o symposiarchos Oapoç) o chefe do ban quete", e tiha entre várias icumbências a de servir o vinho Em Roma existia também a figura do magister bibendi ou rex bibendi (o mestre ou o rei do beber) responsável por determiar a proporção de água e viho que se igeria, por propor os brdes, entre outras funções Lícdas Verglio fala também nm Lcidas (cf clogas 7 67) , de quem Trsis gaba a beleza Para o tema da homosexudade na antiguidade, cf K Hubbard, Homosexuality in Greece and Rome a sourcebook o/ basic documents Berkeley, University of California Press, 200
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Que rácil rapaz banhado em pefumes sobre um leito de rosas te abraça, Pirra, dentro de uma ruta amorosa Para quem pendes teus louros cabelos,
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tão simples na tua eleância , quantas vezes chorará a tua inconstante fidelidade e a dos deuses, e, não habituado, o tomará de assombro o mar pelos neros ventos fustiado ! Ele que aora, crédulo, desfruta de ti, áurea, ele que te espera sempre livre, sempre amável, não conhecendo tua dolosa aura! Infelizes aquees para quem tu, insondada, brhas Quanto a mim, uma parede sarada, uma placa votiva, testemunham que pendurei minhas húmidas vestes à deusa rainha do mar
Pirra O nome vem do adjectivo grego pyrros (Uppóç ruivo", e sugere al guém de cabelo ruivo ou de u amarelo avermelhado, da cor do fogo, pyr) Parede sagrada placa votiva Punhase a tábua na parede d e um templo (amiúde pintada, explicando a situação) sempre que se sobrevivia a uma tempestade, ou qualquer outro perigo do género Hmis vestes Os marinheiros (da vestes hmis") que se salvavam de al g perigo martimo tinham por costume pendurar as suas vestes na parede do teplo, consagrandoas assim aos deuses (cf Vergio, Enei 768)
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Celebrarteá Vário, o cisne da poesia hoérica, a ti, de teus iniios denodado vencedor, o que quer que o intrépido soldado tenha lorado, de barco ou a cavalo, sob o teu coando
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Nós, Aripa, não intentaos cantar tais coisas, ne a funesta cólera do invencível filho de Peleu, ne as arítias viaens do ardiloso Ulisses, ne a cruel casa de Pélops soos pequenos para tão randes teas; a odéstia e a usa, da pacífica lira senhora, ipedee de diinuir os louvores do eréio César, ou de ti, por culpa de eu fraco enenho. Que dinaente escreverá sobre Marte, envolto e sua adaantina túnica, ou sobre Meríones, nero co o pó de róia, ou sobre o lho de ideu, co o arrio de Palas, u iual entre os deuses ? Os banquetes, as batalhas entre as foosas virens de unhas be afiadas para os jovens, eis o que cantaos, de coração livre, ou ardendo e alua paião, inconstantes, coo sepre
Vário L Varius Rus, poeta épico e trágico coevo a Verglio Foi ele quem também apresentou Horácio a Mecenas e por volta de 35 aC era já o mais
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importante poeta épico do momento. Conheceu especia fama a sua tragédia estes, considerada na altura a obraprima do teatro latio, e o se Panegírico de Augusto nfelizmente só nos chegaram fragmentos da sua obra (cf More, Fragmenta Poetarum Latinorum, Teubner, 1963, p. 100 e s.. É particuarmente teressante que tenha sido a este escritor, jutamente com Tuca, e não a Horácio, que Vergíio confiou a sa Eneida Cne: Embora o termo escoido por Horácio seja na verdade ales, smples mente pássaro, ave" , aproveitamos a identicação proposta pela maioria dos comentadores com o cise. Agripa: M. Vipsaius Agrippa, de berço hilde, lugartenente de Octávio, vitorioso tanto em batahas terrestres" (a guerra cotra Perúsia, em 40, ou contra os Aquitanos em 38 como em navais (em Náuocos, em 36, e em Áccio, cotra António, em 3 1 ) A sa terceira mulher foi Ja, a filha de Au gusto, que depositva nos fos desta relação (Gaio e Lúcio César as esperanças da sua scessão. No entto, ambos morreram, respectivamente em 4 e 2 d.C. Casa de Pélops: Referência à malção de Mírtilo. Mírtio é o cocheiro do rei ómao, qe possía vecíveis cavalos dvos. Este rei prometeu a mão e sua fa Hipodamia a quem o vencesse numa corrida, o qe era vrtual mente impossível. Pélops, porém, encotro uma maneira de o derrotar: su bornou Míro, de moo a qe este sabotasse o carro e Eóao. Venceu desta maneira a corrida e tomo a mão de Hipodmi; para ue ningém suspeitasse da sua artmaha, mto Mírto qe, ao morrer, laçou ma mção sore a casa de Péops. De Pélops nasce Atreu e Tiestes. Sore Atreu, narrase o segte mito: despeitado com o facto de Tiestes ter sed zido sua mer Aérope, matou os três fhos do irmão e dálos de comer ao próprio pai. Atreu é também conhecido por ser o rei de Micenas, reno esse que deixou aos dois fhos, Agmémno e Menelau, os chefes a expedição grega a Tróia, que untos padeceram os males d gerra (Agamémnon quando voltou foi mesmo assassiado pela própria muher, Ctemestra. Meríones: O escudeiro de Idomeneu, qe Horácio (cf. 15. 26 e s., se gundo ma tradição seguramente não homérica, associa a Diomedes. Olho de Tideu: Diomedes. Horácio tem em mente o Canto V da ía, o qua Diomedes atinge o clímax da sua excelêcia eróica, cegndo mesmo a ferir o deus Ares ( 855 e s. e a deusa Afrodite (V 335 e s ., no calor da bataha, auxiliado por Palas Atena ( 828.
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Outros louvarão a ustre cidade de Rodes, ou Mitelene, ou Éfeso, ou as muralhas de Corinto banhada por dois mares, ou ebas célebre por Baco, ou Deos por Apolo, ou a tessália empe
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Aluns há cujo único ofício é, em perpétua canção, celebrar a cidade da rem Palas, coroandose com o ramo de oliveira alures colhido; muitos cantarão, em honra de Juno, Aros, boa para criar cavalos, ou a opulenta Micenas quanto a mi, nem a Lacedemónia que tudo suporta nem a planície da fértil Larissa me comoveram tanto como a ressonante ruta de búnea, o Anião que cai em cascatas, o bosque de iburno, os pomares reados pels riachos que lieiros uem. Assim como o alvo Noto tantas vezes do nero céu as nuvens aclara, pois nem sempre traz chuva, assim tu, Planco, s sensato e lembrate, com o doce vinho, de pôr um fim à tristeza da vida e aos seus trabalhos, quer te encontres no acampamento fúlido de insínias, quer, um dia, sob a cerrada sombra do teu íbur ambém eucro, fuindo da S lamina e de seu pai, ciniu, dizse, com uma coroa de choupo sua cabeça que Lieu, o deus do vinho, humedecera, assim flando aos chorosos amios
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"Aonde quer que nos leve a ortuna, ais aável que eu pai, nós ireos, aios e copanheiros ! Não desespereis É eucro o uia, eucro o aúure proeteu o inalível Apolo e nova terra ua seunda Salaina Bravos heróis, que coio ales be piores tantas vezes sorestes, aastai por ora co o vinho as áoas Aanhã, sucareos de novo inente o ar
Tempe: O vae do Tempe (de emp ' os vales"), na Tessáia, obecto de admiação tanto dos poetas gegos, como omanos Larsa A cidade mais impotante da Tessáia Albúnea Nome da Sibia búnea, que tina um tempo (povavemente uma guta) em Tbu, egião que Hoácio ceeba aqui Tbu é um via vizi na de Roma, actuamente Tivoi Noto: Vento do su Pnco: L Maus Pcus, ncido Tbu (d as constant efeências à psagem dta eão), foi egado deJúio Césa na G 54 e na guea ci depois de te moe, manteve um forte eação poca com Cceo No entanto, acaba po apoiar Maco Antnio, para depois apoia Octaiano em 32 aC Esta constate toca de posições poticas vaeulhe o pouco simpáico epteto de morboproditor", taido po dça", assim o intua Veeio Patécuo (2 83 ) Todaa, ogou uma caeia inveáve, sdo cônsul em 42 e 41, e ceso em 22 27 aC foi ee quem sugeu o tuo Augustus paa Octaiao Insígnias: A águia ipeia das insgnias miitaes omanas ea nomamente eita de pata, da que o acampamento miita be com a uz das isgnias Teucro: Filo d e Téamon, meioimão d e Áa Paicipou vaoosamente na guea de Tia, do ado dos Aqueus, emboa fosse sobinho de Pamo Quando voltou a Salamina foi acusado peo pai de não te audado a defende a ona de seu imão Ája que se suicidou, e po te pedido na viagem de egesso o baco onde seguia o seu sobino Eusaces Na sequência destas acusações, foi epuso de Saamina peo pai, não sem antes te discu sado paa os seus amigos, na baa de Feátis, deendendose das acusações patenas Mais tade, depois de agumas tibuações, acabou po se ia no Cipe, onde ndou uma nova Saamina, segundo oáculo de Apoo Coroa de choupo: A cooa de choupo é fequentemente associada a Hécues, nesta caso na sua qudade de potecto dos aventueios e dos expoadoes
ODS 8
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VIII
Dize, Lídia, roo-te por todos os deuses, porque aando te apressas e destruir Síbaris? Porque odeia o Capo ensolarado, o sol já não suportando e a poeira?
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Porque já não onta, entre os coleas de aras, o cavalo auls, a sua boca doando co freios lupos? Porque tee sequer tocar no vo ibre? Porque evita o óleo dos atletas, co ais cautela do ue o sane da ora? Porqe no ostra os braços isados eas aas, ele, conhecido por tantas e tantas vezes lançar para aé da arca o disco ou o dardo? Porque se esconde ele oo o o dize da arinha étis, antes da lanente ruína de róia, para que as vestes ascinas o não arrastasse contra as lícias hostes, para ua terríve chacia?
Lídia A personagem emiia mais amosa de Horácio imortaizada também por cardo Reis O seu nome sugere aos ouvidos de romano exotismo e vo úpia dada a reerência geográica à Lda Síbaris Nome derivado da cidade homónima no golo de Tarento conhecida pea sua da de uúria e de ócio Campo Campo de arte (Campus Martius) campo de giástica e de desporto num oc sem outras ediicações junto ao Tibre Estrabão ( 236) descreveo no tempo de Augusto
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Freios lupinos Lupat /renis, freios co picos asane aguçados (seelanes a denes de lobo, da o seu noe , usados para ferir o cavalo na lngua e no palao Óleo As unções de óleo (azeie eram usadas ano no ano coo nos exerccios de ginásica Aqui raase paricularmene daquo que os Gre gos designavam por meio do vero xêraloiphein paÃv), unção com óleo para a práica da ginásica Filho . . da marinha Tétis: Segundo algumas versões do io, Peleu (ou Té is, avisados por u oráculo de que Aquies morrera na sequência da guerra de Tróia, enviara o fo para Ciros, onde peraneceria disfarçado co rajes einos na core do rei Licoeds Conudo, passados nove anos, Uisses, avisado de que a guerra de Tróia só poderia ser gana co a paricipação de Aquiles, descore o guerreiro aqueu da seguine fora: veio a Ciros disfarçado de vendedor, e pousou sore o cão pedras preciosas e ouros uensílios feinos, juamene co escudos, espadas e ouros ojecos élicos De enre odas as jovens, Aquiles foi nauraene o único a osrar ineresse pela armas, pelo que deu a revelar a Ulisses a sua vera idenidade (cf. Ovdio, Metamorfoses, 13 1 62 e s. . Líias hostes: Os Lcios (a que perenciam Sarpédon ou Glauco eram os aliados dos Troianos, e aiavam ua zona no sudoese da Ásia Menor (Lcia. Aqui, por sinédoque, represena odo o povo roiao.
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Vs coo se eleva e reluz o Soracte co a densa neve, e coo as orestas, vergando, já não sust tal peso, e coo os rios de cortante gelo fora esculpidos?
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Afasta o frio, repondo se parciónia na lareira a lenha, e ainda ais generosaente retira, ó Taliarco, da sabina ânfora o vinho de quatro anos confia o resto aos deuses , pois al eles acale os ventos que no ipetuoso ar peleja ne os ciprestes se agitarão ne os velhos freios . Esquivate a perguntar o que aanhã sobrevirá, e considera u lucro cada dia que te der a Fortuna, ne rejeites, enquanto és jove, os docs aores, ne as danças, enquanto da tua verde idade os teiosos cabelos brancos se afastare. Por agora, procure-se o Capo, os pátios, os elíuos sussurros, sob a noite, à hora arcada, por agora, o denunciante riso alegre da jove que se esconde nua íntia esquina, o penhor arrancado dos braços, ou do dedo que não oferece resistncia.
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Soracte: O Mone Soracte, do país dos Faliscos, associado ao deus Apolo (hoje e dia o Mone de Sano Orese, a cerca de 43 de Roa) Talarco: Do grego Talarchos aJapo , o rei do banquee" c noa a I 4. 18) Campo: Para o Capo de Mare, c I 8 4 Penhor: Coo sinal de aor, o aane irava bracelee ou u anel da sua jove aada, e conservavao coo eaórico penhor (c Ovídio, mores 2 15).
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A ti, Mercúrio, facundo neto de Atlas, tu que astuto os feros hábitos dos prieiros homens com a palavra modelaste, e com o uso da bela palestra,
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a ti cantarei, mensaeiro do mano Júpiter e dos deuses, pai da recura lra, hábil em esconder o que quer que te arade em jocosa artimanha. Outrora, criança, enquanto te ameaçava Apolo com torva voz, para que lhe devolvesses as vacas por astúcia roubadas, riu-se ao verse privado da aljava. Ou mais foi escoltado por ti que o abastado Príamo, deiando Ílion, enanar conseuiu os altivos Atridas, e o foo das tessálias sentinelas, e o acampaento inimio de róia. u restituis as devotas almas às suas felizes moradas, e ajuntas com tua áurea vara a incorpórea turba, tu, estimado pelos supernos deuses, e também pelos habitantes da terra.
Palesra A 1tp (palasra) era o local onde se praticavam exercícios de giástica e de luta
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Recua lira Hemes o dia do seu ascimeto fez uma la a pa da casca de uma tatauga (a caixa de essocia e das tipas de vaca (com que fez as codas . Cf I. 2 1 12 Hábil em esconder Refeêcia a Mecio equato deus dos ladões u dos seus divesos aspectos aqu citados uma claa imitatio de ho a Hemes de Alceu de que os estam apeas os pieios quato vesos (fag. 308), e do Ho Homéico ao mesmo deus. Nestas composições tl como este texto estão focadas as picipas caacteísticas do deus: ele é ÓyLO ( logios pos cocedeu ao homem o dom da fala (a plava yvLO ( agônios pois deu ao homem os ogos e a giástica (palesta IOLÓ ( usikos poque ivetou a la (ecuva la que posteiomete ofeeceu a Apoo É (kleptês), poque desde ovo se dedicou aos tos e às atimahas (astcia oubadas Ltopo (diaktoros), poque gua os homes em empesas dfíceis (escoltado po ti ywy (psychagôgos), pois é ele quem escolta os motos o submudo (tu estitus . . . . Outrora criança Refeêcia ao epsódio em que Meco ada ciaça ouba doze vacas cem ovilhas e um touo do gado imotal de Apolo es codedoos uma guta em Cilee. Apolo fuioso esfoçase po faze com que Meco cofesse a sua mãe Maia o seu oubo o que o petz se e cusa obsadamete a faze. Asioso po plo descobe que eetato a ciaça á le tiha oubado a alava e o aco. Príamo Hemes (Ilíada, 332 e s. auda Píamo a passa pelas hostes aqueias e a itoduzise a teda de Aquiles a fi de o covece a esti tui o copo de Heito. Píamo taz cosigo imesas iquezas cotado com isso covece o teível filo de Peleu Áurea vara A áuea vaa" ão é aida o famoso caduceu de Hemes ata se pois de uma vaa mágica compaada aqui a um caado utilado paa uta como um ebaho as amas isubstaciais dos moos a supacitada qualidade de psychagôgos
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u não pert (é-nos proibido pelos deuses saber) que a m a , os deuses dera, Leucónoe, ne ensaies cálculos babilónicos. Como é elhor suportar o que quer que o futuro reserve, quer Júpiter uitos invernos nos tenha concedido, quer últio, 5
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este e aora trreno a uebrta ante os roedos e se le oe S sensata, decanta o vinho, e faz de ua longa esperança breve oent Enanto falaos, já invejoso terá fido o teo colhe cada dia, conando o enos possível no amanhã.
Énos proiido O temo ne/as (nos proiido pelos deuses) paticamete itadível em potês mplica ma poibiço de oiem diva de ta oma ote e ioosa qe o se desespeito see alo como ma vioaço à pópia odem do mdo ao pópio cosmos. Clculos ailónicos Reeêcia à ate da astoloia desevolvida a Babilóia pimeio a Caldeia oa ao sl da Mesopotâmia didida depois po todo o se teitóio. Os Romaos ao iício etates acabaa po se toa apeciadoes desta ciêcia. te os ses cetes" cotavamse omes to istes como Meceas Ovío Vitúvo Popécio e até impeadoes como os JúiosCádos e os Flávos (c. F Cmot Astrolo and Religion among the Greeks and Romans Ne Yok Dove 1912 em especia cap Babyloia ad Geece" p. 224 1 ) Colhe cada dia: Tadmos o amoso cae diem coe cada dia" o colhe cada to do dia" (o esqeçamos o eo kaos p to etimo oicamete ado ao vebo latio) .
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II
Que varão ou herói escoles tu celebrar, Co, com lira ou aguda tíbia? Que deus? De quem o nome que o jocoso eco ressoar fará 5
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nas umbrosas encostas de Hélicon, ou no topo do Pindo, ou sobre o gélido Hemo, de onde temerárias as árvores seguiram o canoro Orfeu, ele que, co a arte aterna, fez cessar dos rios as céleres correntes e os ventos velozes, com elodiosa lira sedutoramente conduzindo os atentos carvalhos? Que cantarei primeiro em costuado louvor do Pai, ele que os assuntos dos homens e dos deuses, ele que o mar, e a terra e o céu co as diversas estações governa? Nenhum dos seus lhos foi melhor do que ele, nem ninguém tem uma força semelhante ou próima; vizinhas honras deém, todavia, Palas, corajosa na batalha Ne guardarei sêncio sobre ti, Líbero, nem sobre a Virgem das feras inimiga, nem sobre ti, Febo, tu temível com tuas certeiras echas
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Cantarei tabé cides e os hos de Leda, conhecido u pelas suas vitórias nos cavalos, o outro no puato; assi que a sua alva estrela refule aos arinheiros, o ar aitado deui dos rochedos, sossea os ventos, foe as nuvens, e a aeaçadora onda, assi eles o deseje, recostase sobre o ar alto Depois destes, hesito e prieiro recordar Róulo, ou o pacífico reinado de Popílio, ou os altivos fases de Tarquínio, ou a nobre orte de Catão Réulo e os Escauros e Paulo, pródio para co sua rande ala, quando o Púnico o venceu, a todos de bo rado cantarei co a loriosa Caena Fabrício tabé coo ele, tabé Cúrio dos revoltos cabelos, e Cailo, a dura pobreza e a terra dos avós, co o seu lar ancestral, os tornou capazes para a uerra
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Coo a árvore cresce a faa de Marcelo ao oculto passar do tepo; e entre odos cintila a júlia estrela, coo a lua entre as luzes ais pequenas Pai e Guardião da espécie huana ó filho de Saturno, os fados te dera a issão de proteer o rande César que reines tu, e César e seundo luar
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E quer persia ele os Partos, que aeaça o Lácio, vencendoos nu justo triunfo, ou os Seres, ou os Indos, vizinhos das fronteiras do Oriente, inferior soente a ti reinará co justiça o ledo undo; tu que sacudrás o Olpo co teu pesado carro, tu que lançarás hostis teus raios sobre os bosques profanados
Clio A musa da Hstóra Mtos ometadores justifiam a ioação desta didade baseados a aparete semehaça que exste entre este ome e o erbo grego ÀEEV (kleien) eebrar" A ioação desta musa paree otudo defir desde ogo o referete hstóro e potio desta ode ujos preros ersos são uma gosa de ídaro (Olmpica. I 1 3) ara a tíbia f I. 1 3334 () Hélicon Pindo Hemo Héo famosa por ter sdo este o que Hesíodo reebeu a sua ispração das musas (f Teogonia 22 e s) é uma montaha a Beóa do é outra motanha entre a Tessála e o Epro também oheda a atgudade por ser uma das moradas das musas O mote Hemo fa stuado a Tráia e omo ta fo assoado ao poeta Orfeu que daí era natural.
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Ofeu Segudo a ersão mais dugada do mto Ofeu era fho de Caíope ormalmete osiderada a usa da poesia ria Lbeo Segundo uma atga tração autótone roma Líbero e sua irmã Líbera são os fos de Ceres e represetam os os da atureza em espe o ho Ms tarde Líbero fo assado ao deus greo Dioso fo de Sémee omo é o aso do presete texto ebo O Brhate" epíteto de Apolo Alcides O fho de Aeu Héres ilhos de Leda Os Dósoros Castor e óux Aqu são oados a sua qualdade de protetores os mariheros depos de terem sido trasformados uma ostelação Taqunio O tmo rei de Roma O seu reado trâo leou à sua deposição Catão M orus Cato Catão de Útia o símbolo máxmo da rtude etre os Romaos (f I. 1 . 2 n)
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Rguo: Cf. III. 13 (n. ) . Escauros M Aemiiu Scauru, cônul em 1 1 e cenor em 1 09, princeps se natus, airado por Cícero (Em defesa de onteio 24, Bruto 111) pea ua integridade, ou M. Aureiu Scauru, cônu em 108 Não h coneno o bre qu dete doi teria em mente Horcio; a hipótee mai vive é que eja memo o preiro, e o pura majettico. Pauo Emío auo, cônu com Varrão, morreu (daí er pródigo em rea ção à ua própria vida) no deatre de Cana em 2 16, ubjugado pelo pode rio do exército de Aníbal (o único, outra deignação atina para Cartagi nê") . Foi da mai terrívei derrota romana; em 2 de Agoto de 2 16 a. C. , de 80 mi odado romano, 4 mi foram morto, 2 0 mi foram feito pri ioneiro, e ó 1 mil regrearam a Roma. Entre o regreado etava o cônul Varrão, que mai do que Emíio auo (que e tornou um modelo de heroímo cf. Cic. Da Natureza dos Deuses III. 80) , foi reponabilizado por eta negra pgina na hitória de Roma. Camena Divindade autóctone romana, cedo aimilada à Mua grega; 3 era primitivamente a ninfa da fonte 404 Fabrío e Cúrio: Quando em 282 o romano dobraram o cabo Lacínio, à re veia do tratado ceebrado, o Tarentino decidiram pedir a ajuda do grande rei do heenimo, irro, que prontamente repondeu em 28 1 Ao iní cio, o rei do Epiro giu grave derrota ao Romano, epecialmente na bataha de Heraceia (280) e de Ácuo (em 279) No entanto, em 27 , ofreu a ua primeira grande derrota em Benevento, à mão de M. Curiu Dentatu, j na atura ceebrado genera, cônu em 290, 284, 27 e 274, cenor em 272 C. Fabriciu Lucinu, cônu em 282 e 278, cenor em 27 , tooue conhe cido por conduzir a negociaçõe com irro, embora em reutado. Em 278 ganhou a irro agun do território que etavam em eu poder. 4 Camio: Cenor em 403 aC , famoo pea ua vitória em Veio, na Etrúria; teve um pape preponderante na reorganização de Roma depoi da inva õe gauea em c 390 45 Marceo C Caudiu Marceu, grande homem da guerra, cônu em 222 , 2 15 , 2 14, 2 10, 208, reitiu ao Cartagee em Noa, em 214 , e expuou o da Sicíia, ao tomar Siracua, em 2 12 Agun comentadore vêem aqui uma referência ubti, em forma de encómio ecodido, ao obrinho de Auguto, M. Caudiu Marceu, fiho de Octvia e de C. Marceo. 5 Csar Tratae naturamente não deJúio Céar, ma d e Céar Auguto, em ouvor de quem todo o poema é contruído Partos: ara o povo, cf nota a 2 22 e 23 Na verdade, o arto nunca chegaram a contituir uma verdadeira ameaça ao Lcio, tratae de um exa
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gero de Horácio para engrandecer uma eventual derrota deste povo às mãos de Augusto, o que não aconteceu (só com Traano, e mesmo assi não foi uma vitória tta). Algus editores considerm ti como sinédoque de todo o pério Romano, esse s ameaçado pelos Partos. Consideramos a primeira hipótese mais aceitável, em virtude do constante exagero dado por Horácio à questão dos Patos, quer no engradeciento da recuperação das isgnias (que foi dplomática e não mtar), quer na hipérbole do seu rea perigo. Seres Indos Temos notcia de uma embaixada dos povos da actu Ída ao imperador Augusto nas Res gestae (3 1 ) , texto que o próprio imperador eixou escrto sobre os seus feitos poticos e militares, assi como outra feita pelos Seres (:pE) o nome que os regos davam aos povos que habi tavam a actual zona da China Tal como no supracitado poema de Horácio, a referência a estes povos serve para hiperboicamente diatar no espaço as eventuais conquistas de Augusto.
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Quando tu , Lídia, louvas a rósa nuca d Télfo, os braços d cra d Télfo ai! , o mu fíado, frvndo, intumsc numa difícil bílis
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pois nm minha mnt nm cor s quda m crto stado, as lárimas, furtivas, dslizam por minha fac, dnunciando o quão profundamnt por lntos foos sou fustiado. Ardo, s, com o vinho, as dvassas rias mancham tus cândidos braços, ou s um ov, nlouqucido, dia, com os dnts, m tus lábios indlévl marca Não, s m ouvirs, não sprs qu l sa constant, l qu, barbaramnt, fr tua pquna doc boca qu Vénus com ua quinta part d su néctar imprnou. Trs vzs flizs, ou mais, aquls a qum o amor un m indissolúvl laço, , não dspdaçado por funstas qurlas, somnt no drradiro dia librtar.
Tlo Poderá do grego tE (êl ao loge) e (phôs luz) sugerdo alguém que bra (cf III 9 6 niidum Tlph ao loge
ODS I
Navio, novas ondas para o ar te levrão! Oh, que fazes? Ocupa resoluto o teu porto ! Não vs coo teu anco de reos está despido,
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não vs o teu astro ferido pelo célere Áfric, e coo as antenas ee, e, se aarras, as quihas al pode suportar o ar despótico deasiado? uas velas não estão intactas, ne as fiuras dos deuses por que claas de novo opriido pela desdita. bora feito de inheiro do Ponto, filho de nobre oresta, te vanlories de tua orie e inútil noe, não confia o edroso nauta nas pinturas de tua popa u, se não te queres tornar u jouete dos ventos, te cuidado ! ras para i inquieta alição, aora desejo e não leve cudado evites tu as áuas que ue entre as Cíclades luzentes
Navo Quitilao (Insttução Oratóra 8 6 44 apta t poea coo o xplo da algoia Diz l qu o ao pta o tado a on
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das e as empesades a gea civ e o poo a concódia Qano àqilo qe epesena m novo peigo paa a inegidade do navio (noas ondas, v 1 , de noo, v 10), há divesas hipóeses O se aa da campanha de Filipos (Obo 42) , qe opôs os epblicanos a Ocávio e Anónio endo ermi nado com a decisiva baalha em Fipos (ene a Macedónia e a Tácia) o po oo lado podeá aase da gea qe opôs Ocávio e Anónio a Sexo Pompeio 383 6); ese lo ha em se poder desde 39 , a Sicília a Sardenha a Cósega e a Acaia endo casado vesos dissaboes ao exécio do inviao Em 36, porém Agripa omo a Sicia e Sexo Pompeio gi paa Oiene depois da omada de Messia ma eceia hipó ese apona paa m momeno a segi a esa úima gerra e é esa a mais povável A hipóese da gea do Áccio esá posa de pare Áfrc Veno do sdoese Amarras Os anigos savam codas paa eoça a consção do navio É dicil pecisa de qe modo o aziam; pelo conexo depeendese qe eram sadas paa mae as das paes da qilha idas Figuras dos deuses Em la sge nicamene deses" ; poém a palava nese conexo sgee as esaeas de deses nomlmene colocadas na popa do navio Ponto Zona aamada pela consção de navios nma zona oesal no s doese do Ma Nego (conhecido pelos anigos como Pono Exio) Cícades as qe omam m anel no mar Ege Conhecidas na anigi dade pelo se ma peigoso O epíeo lzene" (c 2 8 14) diz espeio às úmeas gas de mámore qe esas ilhas possíam qe bilhavam sob o eeio do sol
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Coo o inel pastor pelos ares arrastasse a antriã Helena nas naus troianas, nua inoportuna cala os rápidos ventos erulhou Nereu, para profetizar 5
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terríveis fados "Sob u au pressáio para casa levas aquela que, co uitos soldados, Grécia reclaará, conjurada e destruir tuas núpcias e o velho reino de Príao Ah, ah, quanto e quanto suor espera cavalos e hoens ! Quantos funerais ao povo dárdano trazes! Já Palas prepara a álea e a éide, e o carro, e a fúria E vão, ufano do arrio de énus, pentearás teus cabelos, e distribuirás co ibele cítara tuas canções ratas às ulheres; e vão, no leito conjual, as pesadas lanças e as setas da cana de Crea evitarás, ou o claor da batalha, ou Ája, rápido perseuidor tuas vestes adúlteras de pó cobirás, si, ah, as já tarde. Não vs o lho de Laertes, ruína do teu povo, ou Nestor de Pos? Intrépidos te acossa eucro de Salaina, e Esténelo, conhecedor do cobate,
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e não indolente auria, se necessário for coandar os cavalos Conhecerás tabé Meríones E eis o terrível ho de ideu, elhor que o pai, que arde por te descobrir Assi coo o cervo se esquece do pasto ao ver do outro lado do vale o lobo, assi tu, fraco, ofeante fuirás dele tal não proeteste à tua aada A cólera da arada de Aquiles uns dias ais dará a Ílion e às ães dos Fríios; contudo, depois de u certo núero de invernos, o foo aqueu as casas troianas há-de incendiar
O pastor Pári Depoi de um onho premonitório de Hécuba, Príamo recebeu a notícia de que o fio que dee naceria (Pári) eria a ruína de Tróia Decidiu então expôo no da, onde foi encontrado e protegido por patore, até mai tarde recuperar o eu ugar na corte de Príamo Dárdano Outra deignação uada para o habitante de Tróia, a partir de Dárdano, o mítico rei deta cidade Cana de Creta Creta era conencionamente tida como terra de bon archeiro, ideia que e diundiu pela antiguidade Ájax Não e trata aqui do protagonita do Ájax de Sófoce, o fo de T éamon, ma de jax, o ho de Oeu O comentadore chegam a eta concuão comparando o emelhante epíteto homérico o rápido" (cf por exempo Ilíada. X 52 1) Filho de Laertes: Ue Teucro Cf 7 2 1 Estnelo: Tratae do filho de Capaneu, que participou na guerra de Tróia na condção de pretendente de Heena No combate, ditinguiue como e cudeiro de Diomede, de quem já era amigo do tempo da tomada de Te ba, em que participou Meríones Cf 6 14 Filho de Tideu Diomede (cf 6 15) Há aqui na expreão meor do que o pai" uma referência Iíada ( 3 99410 ), pao em que Agamémnon
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sa q Doms é bm mas fraco a batalha o q o s pa T; o ró ão rspo por rspto, mas o s compro Estélo é p rmptóro Atra, ão proras mtras, qao sabs zr a rda I Nós dclaramoos log mlhors q os ossos pas" 40410 tra Frrco Lorço) qato l Doms coqstaram Tbas, os ss pas pacram morrram o à sa própra locra" 40 ) Armada d Aqil Aq Horáco st a cólra (�Ç, mêni) d Aqls, o tma prcpal a Ilíada, aos própros Mrmõs, o poo qm l ra cf D facto, sm o olmto o s cf a grra, os Mrmõs cssaram também a sa partcpação a grra Tróa, o q o a aar, sgo a trprtação st poma, a strção Tróa
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, filha mais bela ainda do que a bela me, colocarás o fim que desejares a meus infames iambos, quer com o foo, se te arada, quer lançando-os ao Mar Adriático. 5
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Nem Dindimene, nem o habitante de Delfos de modo iual nos santuários a mente dos sacerdotes aita, nem Líbero, nem as Coribantes de modo iua os címalos audos fazem ressoar como a sombria Ira, que nem a nórica espada detém, nem o naufraoso mar, nem o atroz foo, nem o próprio Júpiter, quando se precipita em tremendo estrondo. Diz-se que Prometeu, forçado a acrescentar ao barro primevo uma parte cortada de cada animal, colocou no nosso estômao a violncia do furioso leo. A ira derrubou iestes numa terrível desraça, e foi a causa primeira da total destruiço de altaneiras cidades: sobre os seus muros passou o hostil arado do jactante eército. Reprime o teu feitio: a mim também me seduziu, na deleitosa juventude, a fúria do coraço, e me lançou, enlouquecido,
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nos lieiros iabos Aora, procuro tornar doce o que era sobrio, conquanto te tornes inha aia, retractados eus insultos, e e ds de novo a tua afeição
Filha mais bela Este poema parece ser ma imitatio de ma palinódia (canto de retractação de Estescoro. Contase qe este poeta, depois de ter escrito m poema no qal insltava Helena (talvez a bela filha, co cego Após ter escrito versos de reconcação aÃõa, palinôdia) em que se retractava de ses insltos, recpero a vista. ão há consenso acerca de qem será o recipiente desta ode talvez se trate de Tdaris, a m lher do próximo poema, visto qe elena era filha de Tdaro. Mas a hipó tese é apenas conectral. Dindimene A deusa do monte Dndimo, Cbele. Este monte na Frgia era o principal local de clto desta desa. Coribantes Sacerdotes de Cbele. Cmbalos: Aes designa qalquer obecto de bronze. Aqi, peo contexto mito lógico, deduzse qe se trata dos cmbalos. Este strento está, na Grécia, associado aos ritos orgiásticos de Cbele e de Dioniso. Entre os Gregos antigos, é constitudo por dois pratos de bronze (gerente em forma de copo que se perctem m contra o otro nas rínas de Pompeios foram encontra dos algns címbos, o maior dos qs meda 41 cm. Esta descoberta entsi asmo de tal forma compositores como Beroz, Debssy ou Ravel, que acres centar em algmas das sas obras a parte para mbales antiques Nórica espada O órico era ma região dos Alpes (actaente a região de Tirol afamada pelo se ferro. Quando se precipita Referência ao trovão, arma d eJúpiter (cf. 2 . 3 . Prmeteu: Segundo gmas versões do mito (não a de Hesodo, Promete criou o homem a partir do barro.
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Muitas vezes troca o lieiro Fauno o Liceu pelo aeno Lucrétilis, afastando incansável de inhas pequenas cabras o adusto Vero e os ventos pluvioss. 5
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Se perio as feas de u fétido esposo vaando procura, pelos resuardados bosques, os escondidos edronheiros e o toilho; e no tee os cabritos ne as verdes serpentes, ne os lobos de Marte, sepre que, Tíndaris, a elodiosa sirine nos vales ressoa, e nos polidos rochedos da Ustica que cai e declives. Os deuses proteee a inha devoço, a inha usa ao coraço dos deuses so ratas. Aqui, a opulenta Abundância dos esplendores do capo para ti prodiaente jorrará, coo de ua benina cornucópia. Aqui, no vale retirado, evitarás o ardente calor da Canícula, e cantarás, co a lira de Teos, Penélope e a isteriosa Circe, que padecera por u eso hoe Aqui, sob a sobra, copos do inere vinho de Lesbos beberás, e co a ajuda de Marte, Tioneu, filho de Séele, a confuso no há-de instalar nas rias, ne, suspeitando de ti,
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o ipudente Ciro recearás, ne teerás que ele levante suas incontinentes ãos sobre ti, adversária tão desiua, e que rasue a coroa que te cine os cabelos, ou tuas vestes que o não erece
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iceu Monte na Acáda ea tdo como o oca de nascmento de Pã, que nele tnha um tempo ucrétilis Há mutas dúvdas sobe a ocazação deste monte A hpótese que mas consenso colhe é a de que se tate de um monte na Saba, em cujo sopé caa stuada a casa de campo de Hoáco Fétido esoso: O bode obos de Marte O lobo ea um anmal consagado a Mate, até poque o uma oba quem amamentou os hos do deus, Rómulo e Remo Tíndaris: Nome de muhe, de gosto heénco e talvez assocado à poesa bu cóca Siringe stula taduz aq o gego pLy (syrinx, a auta de Pã Este nstu mento é, ente os Gegos, constudo a pat de tubos de cana, coocados em oma de ectânguo uns ao ado dos outos, sendo o som poduzdo co uma técnca semelhante à da ossa auta tasvesa A deença de atuas ea eta nomamente toduzdo cea nos tubos oam os Romanos que deam à snge a apaênca que anda hoje te, cotando os tubos consoante o som que queam poduz (c Panppe" e Sx" n The New Grve Dictiona oMusic and Musians London, Ed S SAE, 1980) Ustica Povavemente um monte peto da Saba, onde cava a casa de campo de Hoáco ira de Teos Reeênca a Anaceonte, o poeta co de Teos, amoso peos seus poemas de amo e de vho Hoáco paece suge a Tndas que cante em vesos aaceôntcos Misteriosa: Os comentadoes têm muta dcudade em explca o epteto vtea" paa Cce No nosso entende, podese toma o adjectvo uitrea à le ta, ou seja, com a apaênca do vd", já que o do, no tempo do Poea, t na aspecto osco e msteoso, o que condz com a pesonagem de Cce O homem po quem Penéope e ce padeceam é Usses Tioneu lho de Sémele: Segundo aguma veses do mto, a mãe de o nso Sémee, antes de te sdo moazada tea o nome de Tone (de onde Toeu, patonmco, o de Tone) iro: Nome apovetado da poesa ca gega, povaveente assocado à poesa eótca (c 33 6)
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Não plantes, Varo, árvore alua antes da sarada videira no férti solo de íbur e e torno das uralhas de Cátilo, pois aos sóbrios o deus deterinou que tudo fosse penoso, já que soente o vinho os ordentes cuidados desvanece.
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Depois de o beber, que taarela sobre a cruel uerra ou a pobreza, que, e vez de falar sobre ti, pai Baco, ou sobre ti, bela Vénus? Mas que ninué descure os ritos do rerado Líbero lebra-nos a vinolenta ria entre Centauros e Lápitas, selada e uerra; lebra-nos Évio, aelo dos Sitónios, sepre que estes, ávidos de luúria, co déb linha o be do al separa. Não, eu não te aitarei, cândido Bassareu, contra a tua vontade, ne à força trarei para o céu aberto teus ebleas cobertos de várias folhas. Reté teus feros tpanos, e a tia fria de Berecinto, seuidos de peo pelo ceo aor-próprio, e pela vanlória, eruendo sobeja sua vã cabeça, e a fé traída dos seredos revelados, ais transparente do que o vidro.
Vao Provavelmente P Afenus Varo ônsu sufeto em 39 aC e jurista e não Quintio (f 2), omo referem alguns manusritos Cátilo Herói mtio gado à ndação de Tur Seguios aqui a aentua ção usada por Horáio Centauos Narra o mto que Pirtoo o rei dos Láptas onvidou os Centauros para o seu asmento om Hpodamia. No entanto emriagado dos Centauros (Êurito) tentou volar a noiva de Pirtoo Aquilo que ome
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çou por e uma imple querela motivada pelo viho (ra) rapidamete degeerou na guea de grade mortadade vecida pelo Lápita a chamada Centauromaquia Évo Outro ome para Baco de Evoé" o grito da bacate Stónos A Sitóia é a peíula mai cetral do Queroeo a Trácia e cotuma deignar em geral o Trácio Não e abe bem a que alude Horá cio ete pao provaveete como o explicam Nibet e Hubbard tratae de uma hitória paralela à do Cetauro Não te agtare: Não abemo muito bem a que particaridade do rito dio iíaco e refee Hoácio ete pao Provavelmete tratae de uma aluão ao tiro freeticamete agitado durate o mitério Bassareu ai outo ome para Baco deta feita de !aáp (bassara), pele de rapoa com que a bacate e cobriam Teus emblemas Obsta, à letra coia ecoberta" ; tratae do emblema agrado (orga) de Dioio utiliado durate o mitério Ea proibido revelar tai oecto a quem ão foe iiciado o mitéio Tímpanos O tímpao atigo (tvov tympanon) é batate erete do oo itrumento homóimo É um itrumeto de percuão portátil contruído com u aro de metal ou madeira ode e eticava uma mem brana de pele tinha dimeõe relativamete pequea raramete excededo o 30 cm de diâmetro e era percutido com o dedo Ete trumeto tal como o címbalo (cf ota a I 16 8), foi dede cedo aociado ao culto de Cíbele e de Donio Tíbaríga A maioria do cometadore decidiu aociar ete intrumeto pela referêcia a Berecinto (ome do território ocupado pelo Berecinto uma tribo da Frígia à tíbia frígia; ete intrumeto cua extremidade infe rior termia em forma de coro (daí o latim cornu) oava uma teitura um pouco mai grave do que o auls tradicioal ( cf ota a I 1 3 3 34 , à e melhaça do membro mai grave da família do oboé a que preciamente chamamo coeinglê A tíbia tal como o típao etava também ao ciada ao culto de Cíbele e de Dioio
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Desapiedada Mãe dos Desejos ordena-me o rebento da tebana Sémele, e a licenciosa Devassidão, que reentreue minha alma a já ndados aores. 5
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Inamame o esplendor de Glícera, a sua luz mais pura do que o márore de Paros inama-me a sua rata petuância, o seu rosto tão perioso de contemplar. Vénus, caindo inteira sobre mi, abandonou Chipre, e não permite que cante os Citas, nem os cavaleiros partos, corajosos mesmo em fua, nem nada que não lhe interesse Pondeme aqui, rapazes, relva fresca, aqui, ervas para u sacrifício, e incenso, com uma pátera de vinho puro de dois anos é que, imolada a vítima, mais dócil ela virá.
Rebento da tebana Sémele Dioniso Glícera: Do grego ÀKÓ (glykeros) de sabor doce, adocicado" Nome repetido em I 30 I 33 e III. 1 9. aros Para os poetas lricos gregos, o mármore de Pars, uma das ilhas das Cclades, era o ármore mais branco e puro de todo o mundo antigo, ideia qe passou para os poetas latios Citas Designa um conjnto variado de povos nómadas que vviam a norte e a este do Mar Negro, que juntamente com os Partos eram tidos como ua
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das maiores poenciais ameaças ao império romano o empo de orcio, é reevane uma embaixada enviada peos Cias provavemene em 25 aC (cf. Auguso, Res gestae 3 ) , aproveitada poicamene por orcio no seu Carmen saeculare Cavaleiros partos Os cavaeiros medos, ameaça consane ao poderio de Roma (cf nota a 2 22 ) eram conhecidos por, em ga, conseguire ainda assim ançar seas sobre o inigo, surpreendendoo O que se diz ese passo mais precisamene (num oximoro raduzíve) é que os cavaeiros paros eram corajosos mesmo quando os cavaos se iravam (para fugir) rvas para um sacrio raduzos uerbenae (exise o ermo em poruguês, verbena" , mas em ma acepção écnica conoada com a boânica), mis ura de eras de vrias espécies que se colocavam sobre o aar Nese passo, orcio sugere um sacrício para apacar a fúria da deusa do amor para a precisa de um aar improvisado, normamene feio com ufos de erva fresca, das ais uerbenae, de censo, de ho não misurado (merum, de uma pera (aça usada para as ibações) e, caro, da víima (hostia
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Beberás e siples taças do odesto Sabo, vinho que eu eso uardei e selei nua ânfora rea, no dia e que, caro cavaleiro Mecenas,
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no teatro de tal odo aplaudido foste, que as arens do teu rio paterno, e o jocoso eco do onte Vaticano juntos te devolvera a ovação. Noutro sítio beberás o teu Cécubo, ou a uva doada pela prensa de Caleno aqui, ne a vinha de Faleo, ne as colinas de Fórias tepera os eus copos.
Modesto Sabino Vinho de qualidade médiabaia, suave Não nos devemos esquecer de que oi Mecenas quem oereceu a Horácio a sua propriedade na Sabina, e esta é uma subtil orma de agradecimento Cavaleiro Apesar de ser um dos homens mais ricos e poderosos de Roma, Mecenas manteve sempre o seu estatuto de eques (cavaleiro, algo iusitado que contribuiu para o seu lugar ímpar na sociedade romana da altura Ho rácio reerese aqi ao entusiástico acolhimento eito a Mecenas pelo pú blico no teatro de Pompeio, em 30 aC, que marcou o seu reaparecimento na cena social romana depois de uma longa e grave doença (cf II 17 25 ) Rio paterno O rio Tibre nasce na Etrúria, de onde vieram os antepassados de Mecenas Ccubo Caleno Falerno Fórmias Nomes dos mais aamados vinhos romanos O Cécubo e o Caeno viham da região do Lácio o Feo e o Fórmias da Campânia
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Cantai, jovens vir virens, ens, Diana Diana,, Cantai, rapazes, rapazes , o Cínti dos do s lonos lonos cabelos, e Latona, por Júpiter supremo profundamente profundamente amada am ada
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Vós, cantai aquela que com os rios se deleita e com a fronde dos bosques bo sques que se sobrel sob releva eva no élido Álido, ou o u nas neras orestas de Erimanto, Erimanto, ou nas do verde Crao E vós vós,, rapazes rapaz es,, celebrai em outros tantos tanto s louvores louvores Tempe e Delos, terra natal na tal de Apolo, o seu ombro ornado com a aljava e com a lira do irmão Ele, movido movido por vossa prece, a uerra lacrimosa, a mísera fome fome e a peste do nosso no sso povo levará, e do soberano César, Cés ar, para os Persas e os Bretões
Deos , ode O nt Apolo. O epteto diz respeito à homóima colina de Deos, Apolo e Diana asceram Á lgdo . . . Ermanto anto . Crag Cragoo São todas motanhas consagradas a Diana O gido fica fica o Lácio, Lác io, ode o de se pesa pes a qe existi m santário de Diana Diana O Erimto é a motaa mais ma is sinosa da Arcáda, e era e ra o locl habital habital das caçadas de d e Ártemis. Ártemis. O Crago é ma zoa mothosa mothosa na Lcia, cosagrada normalmete ao des Apolo, embora também, mais raramete, a Ártemis
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Tempe Cf. L 4 foi o iveto iveto da la costuída Lira do irmão Mecúio (imão de Apolo) foi a pti de uma casca casc a de tataug que ecotou à etada da d a guta em Ci lee aid muito ovo e dos itestos dos dois aais que sacficou ( com que fe as cods) . Posteiom Posteiomete ete oeece oeeceu uaa Apolo em toca das vcs que lhe oubou (pa (p a este episódio episódio cf. L 10 9 e s. ). lati lêse princeps (Cf. L 2 50 Soerano e m lati a.C . e 26 a. C. segu segudo do Dío Dío Cáss Cássio io (4938 2, 53 225, Bretões Em 34, 2 a.C. 53 25 2 2 , Augusto pojectva pojectva iv ivd d Bitia Bitia.. gus gus cometadoes cometadoes ela cio este facto e usamo paa dt est ode; outos como E. Romo pefeem le este veso uma efeêcia ms geelite; t como os Ptos (os Pesas) epesetam o peigo peigo d otei oet os Beões e pesetm o pego d fotei fotei do ocidete ocidete
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Que na sua su a vida é íntero e inocente, inocente, de ouros ouro s dardos e arco não precisa, Fusco, Fus co, ne de ua u a aljava aljava cheia de setas envenenadas envenenadas , 5
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quer quer se prepare para pa ra viajar viajar pelas ardentes Sirtes S irtes,, quer quer pelo pelo inospitaleiro inos pitaleiro Cáucas Cáu caso, o, quer pelos locais banhados banhados pelo lendário lendário Hidaspes . Pois Pois enquanto eu nu nu bosque bos que sabino a inha álae álae cantava, cant ava, vaueando e sosseo já lone de inha inha casa, casa , de i i , desarado, fuiu fuiu u lobo lobo u onstro ta t al coo nunca nu nca a belíera belíera Dáunia nos seus se us vastos carvalh ca rvalhais ais alientou, alientou, coo nunca nunc a a terra ter ra de Juba Jub a enendrou, enendrou, árida nutriz de leões. Põe-e Põe- e nua sáfara planície, planície, onde a brisa bris a estival estival nenhua árvo árvore re reviora reviora,, nua reião do undo opriida op riida pelas nuvens e por po r u funesto Júpiter, põe-e sob o carro do sol, onde ele rasante voa, o u nua terra terra que se recusa a ser habitada, ainda assi álae aarei, aarei, a que doceente ri, a que doceente fala fala
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auFusco Aristius Fuscus, bom amigo de Horácio (cf Sátras 9.9. 6 1 e s) , autor de comédas co médas e provavelmente provavelmente também gramático Srtes Nome de dois golfos (Syrts maor e Syrts mnor) da Líbia, zona repleta de animais selvagens Cáucaso Também conhecido pelos seus anais selvagens, em especial os tigres Hdaspes o auente do ndo, em cujas margens Alexandre Magno teve uma grande grande vtóri vtóriaa em 32 6 aC a C líricos latos latos;; encontrase encontras e aqui e álage Nome pouco usado pelos poetas líricos em 5. 15 e em ropé ropérc rcio io (4 7 45 ) ; do greg gregoo � (lalag, tagarla", u termo afectuoso (pequena tagarela) Dáuna: Nome dado à parte nore da Apúlia, de Dano (o rei que ofereceu a mão de sua fa a Diomedes) Diomedes ) , onde também vagueavam vagueavam lobos; lobo s; esta região enchia enchia as feiras feiras do do exército romano romano (daí ( daí belí b elígera" gera" ) , tl como oda oda a zona rural de tália tália fho de Juba (opositor de César que q ue se suicidou suicidou Juba Juba I da Numídia, fho depois da batalha de Ta Tapso, pso , em 46) 4 6) Lutou ao lado de Octaviano Octaviano em ccio es tado Funesto Júpter Júpter Os atinos asociavam Júpiter ao céu, e portanto ao estado do tempo fo do Sol S ol,, que só na n a adoles O carro carro do do s o usão ao mito d Faetonte, o fo cência descobriu quem era seu pai pai Exigiu enão que o pai lhe deixasse con c on duzir o seu carro, com o qual o Sol faz o seu percurso diário a uminar a terra O pai condescendeu, mas Faetonte, assustad com a alua, perdu o controlo do carro, e aproxmouse demasiado da terra, queimando parte dela (a rica) rica) e parte dos céus céus Zeus, para p ara o não deixar continuar o seu caminho destrutivo, destrutivo , fulm fulminouo inouo com um raio raio
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Tu evtas-me, Cloe, como um jovem veado que a mãe aita nas ínvias montanhas procura, procur a, não sem um inúil medo da oresta e do mais ligeiro ligeiro vento vento 5
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se a chegada da Primavera se arrepia nas ores que dançam, ou se os verdes lagartos afastam afastam uma siva, siva, seu coração coraç ão e joe j oelhos lhos tremem tremem , contudo cont udo,, como o cruel cruel tigre ou getúlico getúlico leão, para pa ra te fazer fazer em pedaços não nã o te persigo eu Deia de andar andar atrás da d a mãe já estás madura para um homem homem
Nome sado po Hoáo em . 7 . 1 0 , 9 6 e . 26 1 2 Vem Vem do loe Nome gego � � (chloê) veda veda fe fesa sa " paee pos pos sge ma ma pessoa jovem e ata zona ao sl da Nída ea onheda pelos ses Getúlico leão A Geta zona nmas feozes em pata os ses leões
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Poderá o luto por um tão tã o querido rosto conhecer vergonha ou limite? limite? Lúgubres antos, Melpómene, ensina, tu a quem o Pai, com a cítar cítara,a, límpida voz voz deu. deu . 5
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assim sobre Quintlio um sono perpétuo pesa. Poerá alguma vez o Pudor, Pudo r, e a incorrupta incorru pta Lealdade, Lealdade , irmã da Justiça, e a nua nu a Verdade, Verdade, encontrar u homem igual? igual? Morreu, chorado por muitas boas alma almas,s, e ninguém ma maisis do que q ue tu o chorou, cho rou, ergíl ergílio. io. Tu Quintlio aos deuses e vão devoto reclaas a eles o confiaste, mas não nestes termos. se mais mai s doceente doceente do que q ue o trácio t rácio Ore Oreuu tocasses toca sses a lira que até as áores ouviram? ouviram? Voltaria o san s anue ue a esse ess e inane espectro que Mercúrio, com seu siistro cajado, dua vez e para sempre, ao seu negro rebanho ajuntou? ajuntou ? le não se coove com quem lhe suplica que reabra reabra as portas do destino destino.. É duro duro Torna Torna a paciência pa ciência contudo contu do mais leve leve aquio que pelos deuses é proibio coigir.
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Melómene: Tradicionalmente a musa da tragdia (cf. III 3 0. 1 6 e 3 . 1 . Quintílio: Quintilius Varus, amigo pessoa de Verglio e de Horácio. Na Arte Poética (43 8 e s.), Horácio elogia a sua excelente capacidade de criticar e de auxiar o poetas no burilar de seus poemas. Lealdade: Lealdade" ou F" em português não traduzem exactamente o termo Fides, cujo significado se reveste de matiz tão peculiar, que ne numa expressão portuguesa a pode traduzir. Tratase da personificação da onra pela palavra ou juramento dado, do foro divio, cujo desrespeito im plicaria uma ofensa aos próprios deuses. Segundo Cícero (Da Natureza dos Deuses II. 6 1) teria sido mesmo consagrado à Fides templo no Capitó lo por Emlio Escauro e, ainda antes, por Ato Calatino. Vergílio Cf. I. 3. 6. Não nestes termos: Horácio sugere que Verglio fez um voto, em que con ava aos deuses o seu amigo Qutlio (segundo algumas conjecturas, porque partiria em viagem) nunca pensou, pom, que a protecção dos deuses vi esse sob esta forma inexorável. Esectro Imago (espectro) a tradução latina do famoso õwÂov (eidôlon omrico (cf. , por exemplo, Ilíada III. 104 termo que designa o espec tro insubstancial em que se transforma o homem no Hades. ajado Cf. I. 10 . 18 (n) para o caácter de condutor de as" de Hermes (Mercúrio) , cf I. 10 . 7 (n.) . Pelos deuses é roibido Na tadução tentamos salvaguardar o contexto profundamente relgioso da ntraduzível xpessão neas (cf. I. 1 . 1)
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Mais raramente os protervos jovens às tuas janelas lançam insistentes pedras, arrancandote do sono, e a tua porta, 5
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que antes tão fácil os gonzos movia, ama o umbral Já menos e menos ouves lamentar, "Enquanto eu longas noites por ti morro, tu dormes, ídia? Em troca chorarás, vea e vulgar, num beco estreito e só, a insolência dos devassos, enquanto o vento trácio sob o interlúnio delira, numa orgia cada vez maior, quando, cercando o teu coração ferido, contigo se enfurecer o ardente amor e a lascívia, que as éguas costuma enlouquecer não sem te queiares de que a eda juventude mais se alegra com a verde hera do que com o escuro mirto, dedicando as folhas secas ao vento Euro, do Inverno companheiro.
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Lançam insistentes pedras Estmos pete m topco comm do ipaa tpov (paraklausityron o lmet d pot) cão de lmeto do jovem despezdo pete pot o jel fechd dqel qe coqisto o se coão Este tópico d líic já pesete em ce ( cf f 3 4 L. ), foi mplmete poveitdo pelos poets heleístics e omos ( cf po exemplo Popécio III. 25 . 1 1 e s ) O texto pece sgei qe o jovem mte ti peds às pesis fechds visto s jels ão teem vdos Vento uro Veto qe sop de este
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Amigo das musas, a tristeza e os medos aos revoltos revoltos ventos entregarei, p ara que ees ees os evem evem para par a o mar de Creta. Creta . É-me por po r demais indifer indiferente, ente, 5
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que rei de uma glacia região do norte é teido ou o que assus a ssusta ta Tiridates Tiridates Tu Tu que entre puras fontes te alegras, entrelaça soalheiras ores, entrelaç entrelaçaa uma grinalda para par a o meu meu caro caro Lâmia, Lâmia , doce senhora de Pipleia Pipleia ! Sem ti, de nada serve servem m as honras por mim mim concedidas; concedida s; fica-vos bem imortalizálo, imortalizálo, a ti e a tuas irmãs, a ele com nova lira, a ee com lésbio pectro.
marioea"" polica nas mãos mãos de d e Auguso, Auguso , de forma forma a deseTiridates: ma marioea quilbrar quilbrar a esabildade esab ildade polica dos Paros: Paros : Tiridaes liderou duas rebeliões falhadas falhadas cora co ra Fraaes I rei dos Medos Medo s A primeira resulou o seu eio a Sria, em 29 aC, sob a proecção de Auguso a segda, em 26 aC, à qual se juou o filho filho de Fraaes, Fraaes , resu resuou ou o pedido p edido de guarida a Auguso em Roma, de que os falam falam as suas Res Gestae 32 As preocupações que o assolam serão com cereza como vecer o seu aruirival Lâmia Não se sabe bem a que membro dos Ael Ae l Lamiae se refere Horácio nese coeo É uma gens próspera e de grade imporâcia, imporâcia , origiária de Fórmias, a sl do Lácio Horácio dirigese segramene segramene a deses dois: dois : ou L Aelius Laia, côsul em 3 dC (provaveee a quem Horácio dedca III. 1 7 ) , ou Q Aeus Aeus Lamia, que morreu morreu precoceme precocemee e Ambos são fi filhos de L L Aelius Aelius Lamia, amigo de Ccero, Ccero, edil edi l em em 45 e preor pre or em em 42 42
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Pipleia a e motaha da iéria, terra associada às musas desde esí odo (cf. Tabalhos e Dias 1 Teogonia 53. líricos. Nova lia Isto é , com ovos temas e gor líricos. ormalme te de marfim marfim Plecto O plectro a atigudade era ua palheta ormalmete com que se tagiam as cordas da lra.
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Isso Iss o de utarem utarem com copos, criados criados para par a uso da aegr aegria, ia, é coisa de rácio rácio!! Deiai á esse bárbaro costume, afastai afastai o recatado aco de tais sanguinoent sanguinoentas as rias. ria s. 5
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Fica horrivemente horrivemente m a a adaga dos Partos entre o vinho e as candeias ! Sossegai So ssegai ta mpia mpia azoada, camaradas, permanecei apoiados sobre o cotoveo. Quereis que também eu tome tom e um pouco pouc o desse áspero aeo aeo ? Que nos diga então de que ferida ferida,, de que seta, feiz morre o irmão de Megia de Opunte. Fata-te Fata-te a vontade? vontade? Por outro sodo não beberei beberei ! Seja quem quem for essa énus que te domina, domina , em ti arde num fogo que não te deve deve fazer fazer corar: corar : mesmo nas tuas tropeias é nobre o teu amor. O que quer que tenha tenhas,s, vamos, confia confia na minha discrição. discrição . , , pobre pob re de ti, como tens sofrido sofrido nos braços braç os dessa d essa terrve terrve Carbdis Carbdis,, rapaz dign dignoo de uma uma meho mehorr chama! chama ! Que brua, Que bru a, que mago com tessáias poções, poçõ es, que deus te poderá po derá ibertar? O próprio Pégaso a custo te desenaçaria, unido como estás a ta triform triformee Quimera.
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Tráo Qado por qalqer moivo a covera aedava o copo ea freqee freqeemee mee como arma de arremeo arremeo (cf. Propércio Propércio 3 8 4 . O rácio rácio eram coiderado m povo povo epecialmee dado eida ( cf. cf. por exem plo Plaão Plaão es 2d. cim iarra ma de d e phal logo (ana Adaga dos Partos Não e raa da cimiarra ces), ado pelo Pera e pelo Cia. eqe çamo de qe a hora privegiada para para o aqe aq e Candeas Não o eqeçamo e (symposa) era a da oie. Sobre o tovelo No riclíio o homem romao recliavae ore leio apoiado apoiadoe e o coovelo coovelo eqerdo Para o ho ho de Fale Faleo o cf. cf. I 20. 1 1 (. . Faleo Para Peroagem fem femiia iia aral aral d e Ope a Lócrida. Megla de Opunte Peroagem pela Caríbds O moro qe aolava o ereio de Meia ere a pela iáca e a Sicília ragado para dero da a gra do o qe lhe apare cee free. free. Para o poea e ara o oadore era o ímoo da voraci dade e aqi em em paricar pari car a voracidade" voracidad e" de algma algma coreã. coreã . Tea a era cohecid o er er ma erra d e feiicei feiiceira ra e Tessálas essálas poções poçõ es A Te de erva mágica. Trorme Qumera A Qimera era ma pare leão ora cara e ora co ra qe laçava fogo pela pel a oca Foi F oi mora or eerofoe eerofoe com a ada a da do e cavao cavao aado Pégao Pégao.. Comava ereda ere da a a vía a a a cada peria.
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A ti, ti , qe o ma m a e a tera e a imensáve imensáve aeia mediste, te encea, Aqitas, nto à costa cost a de Matino, Matino, m modesto tibto, um túmuo eito eito de poco de pó; e de nada na da te vae 5
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tees tees osado pesctar pe sctar moadas das, das , percorendo o otundo cé co ta moedoua ama. More tabém o pai de Péops, conviva dos deses, e Titono Titono,, ao ato cé evado, e Mins, admitido nos arcanos arcano s de Júpite. O Tátao gada o iho iho de Pântoo, Pântoo , trazido das vezes ao Oco, Oco , ainda qe, qe , ao etiar o escdo esc do,, os dias dias de Tóia Tóia tomasse como testemnha testemnha de qe nada nad a ais do qe nevos nevos e pee à nega mote concedera, ee, no te entende, insigne intéprete da nateza e da vedade Mas uma esma noite noite a todos nos espea, condenados condenad os a tih tiha a a só vez o caminho do eíco. eíco . Ags Ags de nós, nós , espectácos de cico, as Fúas ao torvo torvo Mate dão, o sôe sôego go ma é a pedição dos d os ainheios. ainheios . Acumam-s Acumam -see e conu conunde ndese se enteos de ovens e vehos vehos de nenhma cabeça oge oge a ce Posépina Posépina A m també na nass íias íias ondas Noto, o voz voz compeio de Oon, qando este se deitava me desti. E t ainheio, ainheio, não nã o te neges mados a da da a es septos ossos osso s e cabeça m poco desta desta aeia aeia qe ea ea
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assim perante p erante qualquer que seja a ameaça do vento uro às ondas da Hespéria que as oresas ores as da d a Venúsia Venúsia soram soram e tu incólume incólu me permaneças e rande proveito te te cheue de quem pode pod e de Júpiter avorá avorável vel e de Neptuno uardião ua rdião da sarad sa radaa Tarento. Tarento. Não cuidas que cometes um crime que um dia teus inocentes lhos prejudicará? Talv Talve e direitos devidos e uma arroante recompensa recompen sa por ti esperem esperem se assim or or deixado deixado cumpridas serão as ameaças e nenhum sacrií sa criício cio te redimirá. nda que estejas estejas com pressa press a muito não te há-de há- de demorar demorar lançados lançado s três punhados de terra seuirás seuirá s o teu caminho caminho
Arquitas: stadsta e comadate mta e aeto, amgo de Platão. No domo da cêca, fo otável matemátco e lósofo, teo a pmea dscpla cegado a mpotates descobetas, descobeta s, o domío da geometa, da hamoa e da mecâca. d e Tae Taento nto,, a tea de A Costa d Matino Matino Povaveete uma egão peto de qutas, qutas , ode o matemátco fo fo sepultado. Não se tem a completa ceteza sobe qual sea a tea aqu em em questão também astólogo as tólogo Prcorrndo o rotundo rotund o céu Aqutas ea também âtalo, pa pa de Pélops Pélops Pai d Pél Pélops ops âtalo, mão mas mas velho de Pamo, Pamo, que cau as gaças a Auoa, Titono: O belo mão que o aptou (ao ao céu lvado) A eusa eus a pedu a Júpte que concedesse a motaldade ao seu amad, amad , mas esqueceu esquece use se de ped ped també também m a juvetude etea. Assm , too toouse toous e otal, mas fo fo evelhecedo evelhecedo até ecaqu lha completamete. Segudo algumas vesões do mto, a Auoa, po f fm, tasfomouo numa cgaa. Aqu, Hoáco paece suge que ele acabou po po moe. mo rto, to , o e de Ceta Ceta toous toou see j uz no Hades, Hade s, a pa com Mins Depos de mor damato tatase de uma dupla alusão alusão po um lado, ao fo fo e e Pântoo, Pântoo, Duas vzs: tatase ufobo, que qu e fo fo moto po Meelau ( cf. Iíada , 8 1 ) po out outo, o, a P P
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tágoras, pelo seguinte episódio Pitágoras, ao entrar no templo Ereu, em Argos, pegou num escudo que não sabia de quem era e disse Este é o escudo de Euforbo" Ao desprender o escudo da parede (ao retirar o escudo), viu que estava escrito nele o nome do seu proprietário Euforbo Para os segudores e para ele, isto constitu ua prova de que, na idade omérica, Pitágoras foi, por transmigração, Euforbo (episódio narrado por Ovdio, Meta morfoses 15 160 e s) Diz Horácio que Euforbo desceu duas vezes ao Hades primeiro, quando o erói Euforbo morreu, segundo, quando Pitágoras (a reencarnação de Euforbo) morreu também Muitos editores vêem neste poema ua diatribe contra os ensiamentos pitagóricos; a lusão a esta dupla morte pode somente marcar a inexorabilidade do destino, mesmo para aqueles que acreditam na metempsicose Orco: Outro nome para Putão, o rei dos ifernos Cabea: Prosérpia cortava uma madeixa de cabelo daqueles que estavam prestes a morrer Ilírias odas: Ou seja, na costa nordeste do Adriático O Noto é o vento do S Orío: Cf II 2 1 7 18 (n) Veto Euro: Vento que sopra de Este Hespéria: A Itála Em grego, Hespéria" quer dizer a ocidente", e é o termo que os gregos usam para designar a Itála Nas Odes porém, o termo serve em duas ocorrências (I 36 4 e I 15. 16) para desgnar a Hispâna, vsta do ponto de vista romano Veúsia Pequena cidade nos confins da Aplia Pode não ser inocente a ci tação desta região é que se trata da cidade natl de Horácio
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Í cio, agora invejas os ricos tesouros dos Árabes, e peparas ua impiedosa cpanha contra os reis da Sabeia, que nunca foram vencidos, e urdes os grilhões 5
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para o terrível Medo? Que bárbara virge, orto o noivo, será tua escrava? Que áulico rapaz de perfuados cabelos junto do ato estará, ele, ensinado a esticar as setas dos Seres sobre o arco dos pais? Que negará que os ribeiros descendo pode paa os ontes escarpados reuir e o ibre reverter seu cuso, quando tu intentas trocar os livros do grande Panécio, coprados um pouco por todo undo, e a escola socrática, pela couraça ibérica? Tu proetest elhores coisas . .
io Desta personagem poco sabemos apenas qe foi administrador dos bens de Agripa na Sicía. Na epísta 12, Horácio escreve a este mesmo Ício, referndose mas ma vez com ironia aos ses estdos filosóficos. Á rabes: Referência à expedção contra os Árabes, feita por o Gao em 26 25 a.C , qe não foi bem scedida (cf. Díon Cássio, 53 29 4) Sabeia: Região no sdoeste da Arábia (hoje aproximadamente o émen) Cíato: Vaso com uma asa bastante grande, sado para servr o vinho do pote (onde se mistrava o vinho) para os copos Sgerese assm um es
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cavo, cado d palácio chiês (paa os Ss, c I 12. 55, , dsig ado paa as çõs d copio d Í cio. Pnéo écio d Rods viv Roma, od pcia ao cíco d Cipião miliao, Aas o séclo II a.C.. aécio é o mais ils sóico da sa época; m 29 oos o ch da scola sóica d Aas. É lagam sposávl pla são do soicismo os Romaos
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Ó Vénus, d Cnido d Pafo rainha, dia o tu qurido Chipr, mudat para o blo tmplo d Glícra, qu com muito incnso t chama 5
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Contigo s aprss o tu ardnt mnino, as Graças dsaprtando suas cintas, as Ninfas, a Juvntud, mnos graciosa sm ti, Mrcúrio
Cnido: Na Cária, do lado aposto a Rodes Vénus tiha a três tempos a se enontrava a éebre estátua de Vénus, feia por Praxtees, estor grego do séulo aC Po: Uma idade na osta oeste do Chipre, onde Afrodite tinha um antigo ulto Glera: Para o nome (A Doce) f 19 Graças: Cf 4 6 (n)
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Que pede poeta a Apolo, a quem um templo foi dedicado Que suplica, derramando da pátera um líquido novo Nem as férteis colheitas da fértil Sardenha, 5
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nem o amável gado da ardente Calábria, em o ouro e o marfim da Índia, nem as terras que o silente curso do Líris remordeja com sua tranquila água. Que a vinha seja com calena foice podada pelos contemplados da fortuna, que em copos de ouro o opulento mercador de um trago beba os vinhos trocados por sírias mercadorias, homem grato aos próprios deuses, pois todos os anos revê impune três ou quatro vezes o mar atlântico; quanto a m, alimentamme as azeitonas, a chicória e as leves malvas. Filho de Latona, faz com que saudável desfrute daquilo que tenho, e que, rogo-te, de mente sã leve uma velhice nem desagradável, nem privada da cítara.
Que pede um poeta Tratae de uma aluo ao templo de Apolo, a ele coagrado em 28 aC Ficava perto da caa de Octaviao e tia a biblio teca pública
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Pátera Taça grande sada pelos Romanos nas libações aos deses. Líquido O vinho, bem entendido. Reprodzimos o recherché do original. Lír Rio qe nasce nos Apeninos e corre através do teritório marso e do Lácio até desembocar no ma em trnas. Calena foice ara a região afamada pelo se vinho, cf. I 20. 9 (n.). Sírias mercadorias Segndo Nisbet e Hbbard será, por exemplo, a púr pra, a penta e os ngentos. A Sria é, para os Romanos, o paradigma de ma zona exótica e ica.
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Rogmos-te: se contgo, em lzer, sob sombr compusemos leve cnção, vmos, ento-nos um cântco ltno, que por este no e ms perdure, 5
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bárbto meu, prmero tngdo pelo lésbo cddão que, embor feroz n guerr, entre s rms ou tendo mrrdo o fustgdo nvo à hmd mrgem Líbero cntv, e s Muss, e Vénus, com quem sempre está o Meno, e o fomoso Lco dos negros olhos e dos negros cbelos Ó, glór de Febo, lr bem-vnd nos bnquetes do superno Jpter, doce lívo e cu pr nossos cuddos, t te súdo, nvocndo-te segundo o rto
Bárbit: cf. I 1 34 (n.). Lésbi cidadã: Tratase de wa reerência a Alceu. Este poeta rico arcaico do séc. VII a .C . participou activamente na vida potica de Lesbos . Lic Provavelmente w ovem eebo por que ceu se enamorou, embora não sura em nenum dos seus ragmenos. Lira: Trados por a ", embora no latim se leia testud, carapaça de tartaruga" . É wa referência ao presente de Mercúrio a Apolo (c. I. 10. 6 n.).
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lbio, ão sofras demasiado ao lembrareste da idóci Glcera, em recates plagetes versos de elegia pergutadote, quebrada a cofiaça que tihas, porque um mais ovo te eclipsa 5
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O amor por Ciro abrasa icóris, cohecida por sua pequea testa; por sua vez Ciro eamora-se pela ríspida Fóloe; mas ates que Fóloe caísse o erro de amar tal torpe adúltero, já as cabras motesas com os lobos da Apúlia casariam Assim pareceu bem a Véus, cujo prazer é, cruel divertimeto, pôr brôzeo jugo em discordes formas e almas A mim próprio, quado uma Véus mais amiga me chamou, me predeu Mírtale com bemvdos grilhões, liberta mais fogosa do que as vagas do Adriático ao curvar os golfos da Calábria
lbio Traase provavelmene de lbius Tibus (54 ?1 9 aC ), um dos rês poeas da geração elegíaca" , que escreveu a sua obra enre 30 e 20 aC É um pog de essala Coro que, a par com ecenas, foi um dos maio res paronos das ares na geração de Horácio Há uma oura referência a Albiu numa epísola (I 4 de Horácio, que os comenadores idenificam igualmene com Tibulo.
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Glcera Há, em lati, u intraduzível jogo de paavras entre a personagem e o adjectivo que a classifica De facto mitis (de onde inmis) " doce , embra o grego yÀÚ (glykys, "doce), de onde deriva o nome Glícera (Épa Glyk) ro Provaveente o mesmo de I. 17 12 Licóris Nome imortizado pelo poeta eegíaco Cornélo Gao. Fóloe Nome utizado iguente por Horácio em II. 5 17, associado a ua mer fíci de conqusta O seu nome deriva da montnha homónia perto de Éis e da Acádia Lobos Apúlia Cf. I. 22, 121 3 Jugo Paa os poetas elegíacos, o jugo é o símbolo do casamento (cf., por exemplo, Propércio 3258) Nome comum entre os Romanos, ao contrário de todos os outros referidos nesta ode
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Poucas e raras vezes louvei os deuses enquanto passeava versado numa louca osofia; agora, sou forçado a fazer-me à vela num rumo contrário, e a retomar um caminho 5
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abandonado Pois Júpiter, bastas vezes fendendo as nuvens com brilhante raio, conduziu, pelo claro cu, seus ribombantes cavalos e o seu carro alado por ele a pesada terra sacudida, e os vagantes rios, e o stige, e a horrenda morada do odiado Tnaro, e as fronteiras do Atlas O deus pode transformar o mais baio no mais alto, diminui o iustre, epondo o obscuro; de um a rapinante Fortuna a coroa com agudo silvo retirou, a outro lha apraz ter colocado
Saedoria: Referência à escola de Epicuro Este ósofo, ao dar uma consistência atómica aos deuses, u quasesangue e um quasecoo, acaba por re tirar todo e quaquer tipo de intervenção aos deuses, chegando a um quase ateísmo; os seus deuses são insubstanciais e não têm ququer inteenção sobre os assuntos humanos (para um resumo das ideias do epicurismo so bre os deuses cf o primeiro livro Da Natureza dos Deuses, de Cícero) .
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Pelo a céu Por pavras simpes, Horácio afirma ter visto um raio (simboizado por Júpiter) cair de céu mpido. Este era um fenómeno asso ciado a um presságio importante; naturamente, nem todos os antigos acreditavam que isto pudesse acontecer os Epicuristas, por exemplo, negavamno competaente, e ucrécio, poeta epicurista, na sua Da Natu eza s Coisas (VI. 400) referese ao facto de nunca ter visto um raio cair sem ser de u céu com nuvens, o que era u arguento de peso contra o que aqui é dito. Não devemos no entanto iterpretar demasiado à etra o que Horácio aqui diz; o tom é irónico, e a referência ao raio seve como metáfora da imprevisibidade da fotuna. Estige: Um dos rios do feo, juntamente com Aqueronte, o Cocito e o Piregetonte. Téna: Ténaro (no su da Lacónia, no ponto mais meridional do contente grego) , tinha uma gruta que se dizia comunicar com os infeos
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Ó deusa, que no teu querido Âcio reinas, capaz de elevar da mais baia condição um homem mortl, e de transformar soberbos triunfos em funerais, 5
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a ti te cerca o pobre colono com desassossegada prece, a ti, senhora da terra e do mar, te cerca todo aquele que com bitínio baco o mar de Cárpato desaa Teme-te o cru Daco, e os fugidios Citas, e as cidades e as raças, e o feroz Lácio, e as mães dos bárbaros monarcas; temem os tiranos vestidos de prpura que o firme pilar de seu estado deites por terra com teu danoso pé, e que o povo ajuntado incite às armas os hesitantes, às amas, e assim quebre o seu poder A ti te precede sempre a cre Necessidade, ses cravos de trave e sas cunhas na mão de cobre trazendo, ne lhe faltam os créis ganchos e o chumbo fundido A ti te honram a sperança, e a rara Leldade, coberta por branco tecido, nem recusam acompanhar-te cada vez que, mudando tua veste, inimiga as casas dos poderosos abandonas
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tabém o infiel vulo e a perjura meretriz lhes viram as costas, e, depois de emborcarem os barris até borra, os amios foem, demasiado espertos para partilharem o duplo juo da felicidade
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Protee César, ue há-de ir até ritânia, última fronteira do mundo, protee a nova hoste de jovens, terror das reiões do Oriente e do Mar Vermelho
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Ah, ue veronhosas são as nossas cicatrizes, o crime, o nosso próprio fratricídio ! Que coisa recusou esta nossa impudente eração Que sacriléio deiámos por itentar Por medo dos deuses, de ue coisa afastou a juventude sua mão Que altares deiou intactos Oh, tomara ue reforjes, em nova biorna, a embotada espada contra os Massáetas e os Árabes!
Deusa: Esta ode de Horácio é dedicada à Fortuna (a grega T� chê) cultuada pelos Romanos, particularmente na região de Âcio na costa sul de Roma, actualmente nzo), onde se considerava que a deusa tinha dons oracares Os comentadores soem associar estes versos a duas personagens. O homem mortal que se elevou da mais baixa condição social, a de escravo, é Sérvio úlio, o sexto rei de Roma Era lho de uma escrava de arquínio, e, quando este foi assassado, a rainha Tanaquil, ciente de que Séio estava destinado a ser rei, tomou provdências para que ele chegasse ao trono. Sér vo úlio tinha uma relação muito próxa com a deusa Fortuna, e narrase mesmo que chegou a unirse a ela. Quanto à referência aos trifos que se transformam em nerais, tratase de a alusão a Emio Paulo, vencedor de Pida (contra o rei da Macedónia) em 168 a.C.. Pouco depois de tão grandiosa vtória, os seus filhos morreram, e mesmo ass o pai celebrou os triunfos devdos, apesar da enorme dor
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Bitínio arco A Bitínia ea ua zona densamente oestada, a este do ma de Mamoa (onde desemboca o Bósfoo), conhecida pelas suas embaca ções O ma de Cárpato ca ente Rodes e Creta, e ea, como aliás quase to dos os maes da tiguidade, tido como perigoso Cru Dac Os Dacos habitavam, grosso modo, a su da actul zona da Romé nia, e toaamse, por altua da batalha de Áccio, um dos peigos paa a hegemona oma icnio Casso lideou contra eles uma vitoiosa campa nha, cuminada em tiunfo em 2 aC .. Mas só foam definitivamente deotados com ajano, nas teíveis bataas de 1002 e de 1010 d.C, naradas na coluna de ajno Citas Cf I 9 0 (n) 7-20 A ti te precede sempre Estes vesos são uma metáfoa do pode da Necessidade Os cavos de tave (que chegavam a atingi uns impessionantes 4 cm) , as cunhas (usadas paa uni blocos de peda) , os ganchos (usados paa uni as placas da peda de boa quaidade, paa a fachada, com peda de pio qualidade) , e o chubo líquido (usado paa a chubagem dos edifícios) epesentam a fixidez dos desígnios da Necessidade 2 Lealdade Cf I 24. (n) 22 Branco tedo Os sacedotes da Fides usavam u pano banco à volta da mão A Spes e a Fides estão associadas em Roma ao cuto da Fotuna. 2 Mudando tua veste Paa uma veste de luto, bem entendido. Duplojugo Par iugum é um jugo usado por duas bestas de caga. Sboliza 28 aqui a ajuda que os amigos de conveniência se recusam a pesta Britânia Cf I 2 . 1 (n.) 2 0 Nova hoste Depois da guera civ, os veteanos foa dispensados, e as fi leias do exécito omano foam peenchidas po gente mais nova 2 Mar Vermelho Apaece aqui como metonmia não só das regiões banhadas pelo Ma Vemelho, como também do Golfo Pésico e do Ma da Aábia Fratdio Refeência ao scelus (cime) faticida da guea civil omana. Emota Pelo uso na guea civl Masságetas Uma tibo cita que vivia ente o ma Cáspio e o ma de Aa 0 (grosso modo o actua teitóio a este do Uzbequistão, e a note do uco menistão). Nunca consistiam uma ameaça paa Augusto; o nome paece aqui siboliza o peigo pato, num pocesso de hipebozação caacteís tico de Hoácio (cf I 2 3) Paa os Áabes, cf I. 29. .
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Com incenso e com a lira com o sangue devido de um vitelo agrada aplacar os deuses protectores de Númida que agora incólume regressando dos confins da Hespéria 5
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beijos distribui pelos caros camaradas; mas nenhum outro tanto beija como o seu querido âmia recordando-se da infância passada junto dele o seu rei e da toga mudada ao mesmo tempo. Que a este belo dia não falte a marca de Creta que sem limite venha a ânfora que os pés não descansem segundo o sálio costume que Dâmalis grande bebedora não vença Basso nos copos emborcando-os como os Trácios que não faltem no banquete as rosas nem o duradouro aipo nem o vólucre lírio. A Dâmalis todos lançam lânguidos olhares mas ninguém arranca Dâmalis do seu novo ilegítimo amante: ela abraça-o mais do que a lasciva hera.
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m: Pompous Nda (segundo Porrio) ou Numida Plotius (segundo vários manuscritos) , terá servdo na campanha de Augusto na Hispânia 5 aC) Será o seu regresso desta campanha que aqui é celebrado, provavelmente por comissão (de Lâmia) Confns da Heséra: A Hispânia, "a ocidente do ponto de vista romano (cf I 8. 6, n) Lâma: Cf I 6. 8. Toga Referência à cerimónia da toga url (toga vrl) um rito da passagem à maturidade dos adolescentes romanos, celebrada por alturas dos Lbera la (Março) Marca de Creta: Confusão humorística entre Creta (a terra) e Creta (giz branco) Este verso alude ao costume trácio de marcar de branco os dias que correram bem, e de preto os correram mal Sálo costume Os Sáios (cujo nome vem de salre, "saltar) eram os membros de um colégio sacerdotal romano, dedcado a Marte Eram conhecidos pela sua frenética dança Dâmal: O seu nome vem de õáÀL (damas), bezerra, e era um nome respeitáve em Roma No entanto, neste contexto, designa claramente uma cortesã Basso Não sabemos exactamente se esta é uma personagem inventada, pois temos notícia de um coevo Basso em Ovídio (Trt. 4. 10. 4 e s) , escritor de iambos O seu nome poderá fazer alusão a "Bassareu, epíteto de Baco (cf I 18. 11 . Trácos: Referência ao ébrio desenfreamento dos rácios, algo proverbial (cf I . 1
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Bebamos agora amigos é nosso dever dancemos agora com pé ligeiro é empo de abasar o oso eio dos deses de sálios banqees. 5
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Aé agora os deses proibiamnos de reirar o Cécbo da veha adega ma rainha preparava a oca rína do Capiólio e as eéqias do nosso poder com a ajda de ma conaminada súcia de homens depravados aé à doença; descontroada do esperava ébria de ma ortna amiga. Porém m só navio do ogo a csto gi sa demene úria acamando o se pano oco e imerso em vinhos mareóicos César redzi a reais emores qando ea como se voasse de Iália gi e ee a como o acão caça as dóceis pombas o peos nivosos campos da Hemónia o veoz caçador arás da ebre corre para pôr correnes nesse aa poreno à orça dos remos de pero a persegi. Ea procrando morrer com maior nobreza não receo com míebre medo o pnh nem eno com sa veloz armada ma recessa cosa acançar
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antes teve a baa de ve com seeno gesto seu palácio desmoonase, e coajosa pega com as mãos em feozes sepentes, paa ue assim nego o veneno penetasse no seu copo decidindose pela mote mais intépida se tnou ecusando-se cetamente, muhe altiva, a se levada, já não mais ainha, pelos cuéis bacos libunos a um sobebo tiunfo
Bebamos agora O pinício clbra, m trmos assaz pciars a mort d Cléopatra, m 30 aC , na squência da batalha d Áccio (Stmbro d 3 1 ) qu opôs o xército d Octaviano ao d Clópatra d António O génio po lítico d Augusto foi ta qu consguiu fazr passar m Roma a idia d qu não s tratava d a gurra ci, mas d uma gurra contra a amaça strangira, simbolzada por Clópatra (daí qu sta figura sja tão important para a propaganda d Augusto), a qum tónio s uniu, traindo Roma Ainda não tina a batalha d Áccio acabado, já Antóno Clópatra giam com as suas rspctivas armadas Não é vrdad, como diz o nosso poma, qu apnas um barco da armada d Clópatra tivss sobrvivido, na vrdad salvarams mais d 60 barcos; foi sim a armada d Marco tónio qu foi quas por complto incndiada mbém não é vrdad qu Octaviano m pssoa tivss sguido no ncalço d Clópatra; é crto qu nviou um contingnt m prsguição d tónio d Clópatra, mas acabaram por dsistir, tndo tomado apnas dois dos navios d tóno Quanto ao prtnso nobr sucídio d Cléopatra, a vrdad é qu as causas da sua mort continuam mstério; mtos pnsam qu a rainha gípcia morru assassinada por ordm d Augusto, outros prfrm acditar na vrsão do rgim, sgundo a qual a s tria suicidado, dixandos voluntariamnt picar por srpnts vnnosas, dpois d s tr tntado matar com um punal, conscado à força por um homm da conança d Augusto, Procuio (cf 2 59). Dsta forma r cusavas, por nobr orgho (largamnt clbrado nst poma), a ir a Roma para paticipar no triunfo d Augusto, após a tomada d Alxandria m 30 a C , qu pôs um ponto nal à gurra ci romana, cujo dstino cara dftivamnt dcido m Áccio
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Luuoso leo dos deuses: Nos lecerna (bnquetes solenes decdos os deuses, como sinl de reconheciento), hvi um leito ofddo (pulunar) onde se punhm s estátus dos deuses. Sálos banquees: Além ds dnçs guerreirs deste colégio scerdotl de Mrte (cf. 36. 12, estes scerdotes erm tmbém conhecidos pelos seus opípros bnquetes. Ms há outr rzão pr o citr deste colégio; por trdição, erm os Sálios que declrvm guerr os inimigos. Octvino, respeitndo e cumprindo trdição, deixou que fossem os scerdotes declrr guerr Cleóptr (e não Mrco António, pr todos os efeitos um ciddão romno) , dndo com isto prênci de que não se trtv de um guerr frtricid. Cécubo: Vinho fmdo d região do ácio (cf. 20. 9, n.). Uma conamnada súca: Os comentdores vêem qui um referênci à li cencios corte de Cleóptr, em especil os eunucos . É o ldo ânguido e deprvdo do oriente que se põe em relevo n perspectiv do poem, seri ess desregrd core que mndri no império, não for Augusto. nhos Mareócos: Er o vinho mis fmoso do Egipto, produzido n zon do lgo Mreótis, perto de Alexndri Hemóna: Outro nome pr ess áli. Barcos lbuos: Pequenos brcos de guerr usdos pelos iburnos (povo d líri), com grnde cpcidde de mnobr. Form um grnde jud pr os exércitos de Octvino n bth de Áccio.
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Dos Persas, rapaz, odeio os requintes, desagradam-me as coroas entrelaçadas com a bra da tlia Dsiste de procurar os lugares onde tardia a rosa se demora
De nada me interessa que tu, zeloso, te esorces por algo ao simples mirto acrescentar Não te ica mal o mirto, nem a ti, meu sero, nem a mim, que agora à sombra da ideira bebo
Persas luxo pesa ea povebial no mundo antigo, não só nas indumentá ias e objectos quotidios, como nos cosumes da cote, o que de ceta oma macava o antagonsmo oiente I ocidente da antiguidade.
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A agitação civ, iniciada no consulado de Metelo, as causas da guerra, os seus males, os seus processos, o jogo da Fortua, a funesta amizade dos próceres, as armas 5
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embebidas em sangue ainda não epiado, obra repleta dos perigos de um jogo de dados, tudo isso investigas tu, avançando sobre fogos que se escondem sob enganadora cinza Que a Musa tua da austera tragédia por pouco tempo longe esteja do teatro pois assim tenhas narrado e organizado os públicos acontecimentos, voltarás, com o coturno de Cécrops, ao teu sublime encargo, tu, dos tristes réus e do Senado que te consulta insigne baluarte, tu, Polião, a quem a coroa de louros sempiternas honras troue no triunfo da Dalmácia Agora contudo nossos ouvidos aiges com o minaz retumbo das trombetas de chifre, agora trovejam os lítuos, agora o brho das armas o rosto dos cavaleiros e os cavalos que fogem aterroriza Pareceme que vejo já os grandes generais, sujos de um não inglório pó, e toda a terra subjugada, ecepto o indómito espírito de Catão
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Impotentes Juno e os deuses protectores de rica de ta terra não vingada se afastaram em sacricio entregando ao espectro de Jugurta os netos dos vencedores Que campo não engordou com o sangue latno que campo não testemunhou com seus túmulos ímpios combates que campo não eperimentou o estrondo da ruína da Hespéria ouvido pelos próprios Medos? Que marítimos abismos ou que rios ignoram esta lúgubre guerra? Que mar não foi manchado pelo massacre dos Dáunios? Que costa não está suja com o nosso sangue? Mas tu Musa travessa não abandones os teus jogos retomando os deveres do tren de Ceos antes procura comigo sob a gruta de Dione melodias para um mais leve plectro
Agitação civi Esta ode é dedicada a Asínio Polão. Asiius Polio cônsu em 40 nasceu em 76 a.C. Foi legado de César na África e na Hispâia lu tando com ele nas guerras civis de 49 a 45 a.C .. Pouco depois da sua tória contra os Partinos em 39 (pela qual recebeu um triunfo) retirouse dedi candose a partir daí exclusivamente à literatura. Recusou clusive o con vite de Augusto para se lhe juntar na batalha de Áccio recusa justificada pelo seu anterior envolvento com Atónio. Na literatura nomeadamente no domínio da historiograa distguiuse pelas suas Htoriae, hoje perd das que narravam a guerra civ em que ele próprio paticipou começando na alança de 60 a.C. entre César e Pompeio. Consuado de Meteo Caecilius Metelus Celer cônsu em 60 Este foi o ano que determia o ício das Htoriae de Polião: o triuvrato de César Pompeio e Crasso (a funesta amade dos próceres do verso 34 criticada já por Cícero na sua carta 6 6 4 amizade que acabou por degenerar numa guerra civil).
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Perigos de umjogo de dos PiooJovem (na sua carta 5 8 12) comenta o facto de que, quando um historiador decide escrever a istória sua contem porânea se fazem mtas ofensas e quase nuca se incorre nas boas graças de aguém (raues oensae leuis graia) O perigo de se aventurar em t tarefa, cujo bom ou mau sucesso depende grandemente do acaso, é simboizado no fortuito que representam os dados (aleae) orácio dea ter bem presente na memória o facto de Poião ter atravessado com Júio César o Rubicão, em 9 a C., quando este úto proferiu as suas céebres paavras, alea iacta est "o dado (a sote) está ançado , citando aás Menandro (vEppírw ) Tragédia Poão escreveu também tragédias (sabemos por uma ausão de Vergio, Éclogas 8 10), hoje perdidas. O poeta deicadamente sugere qe será uma grande perda para o teatro romano o período em que Asínio esti ver ocupado com as suas Htoriae Coturno Tipo de caçado normaente usado peo actores; por metonímia designa a própria trgédia Cécrops é o endário fundador de Atenas; "coturno de Cécrops é equivaente a dizer "coturno ateniense, ou seja, "tragédia ática Réus. . . Senado Asínio Poião foi um famoso orador e advogado do seu tempo, comparado até a Cícero (cf Quintiiano, Instituição Oratória 10 1 1 1 ) á uma referência hiperbóca aqui; obviamente, o Senado romano nunca consutava ninguém: era consutado Triunfo Referência ao supracitado triunf de Poião sobre os Partinos, em 25 de Outubro de 9 ou 8 aC Os Partinos eram um povo írico (zona no nordeste da Grécia) que habitava no imite meridiona da Damácia, por baixo de Dirráquio. Trombetas de hre nstumento romano (cus) É o instrumento de metal romano, provaveente de origem etsca, mais importante a seguir à tuba (cf. nota a , 1 2 2) Consistia num ongo tubo de bronze, recuado na forma da etra G Tha uma boquiha amovve e um pavão na extremi dade superior, de forma a distribur meor o som. medida que a repúbica se foi expandido, o coo toouse quase excusivamente strumento mitar, a par com a tuba Para o instrento mtar "ítuo , cf 1 2 (n) Catão O idómito Catão de Útica, estóico, foi sempre ceebrado, peos re pubicanos, como o úto resistente, preferindo suicidarse a viver sob o domnio d Júio César. É ee, por exempo, o verdadeiro herói da Farslia escrita por Lucano no pricipado de Nero, numa atura em que já não era aceitáve faar de Catão em termos eogiosos (ao contrário dos primeiros tempos de Augusto) ta era considerado um ataque pessoa ao imerium de Nero
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uno Referência à deusa cartaginesa Tanit, identficada com a deusa ro manaJuno. 27·28 ]ugurta netos dos vencedores Em 16 a.C. Cartago foi destruída por Coé o Cipião ricno Emiliano, marcando o f da Terceira Guerra Púnica. O seu neto, Q. Caecilius Metellus Numicus, teve iguaente grande uência na guerra contra Jugurta, rei da Nía. Impõese breve resumo desta guerra. Este rei africano, ao tomar Cirta em 1 12 , massacrou barbaramente ne gociadores romanos e iticos. O senado respondeu com lentidão, provavelmente corrompidos muto senadores pelo próprio Jugurta. A despeito da vontade do Senado, o neto de Cipião, Q. Metelo, foi afastado da província da Numídia, sendo esta atribuída a Mário, que assim se tornou o senhor da guerra contra Jugurta. Mário, grande mitar romano, cônsul em 107, de 10 a 100 e em 86, conclui a guerra com sucesso; conqstou Cirta em 106, e, em 10, celebrou o seu triunfo sobre Jugurta, executado após a cerimónia. Te mos, pois, dois Cipiões que estiveram ligados à queda de duas potências africanas, Cartago e Nídia, embora não tinha sido Q. Metelo a dar o "golpe de misericórda emJugurta. Todava, exactamente um século depois de Cipião Emiliano ter destruído Cartago, em 6 a.C., um descendente seu, Q. Metellus Caecilius Pius Scipio, ao perder a batalha de Tapso, suicidase para não se entregar a Jio César. Este foi o sacrifício (ineriae) sugerido por Horácio em honra dos Manes de Jugurta, e, entendemos nós pelo signiicado das datas ( 16 6) , dos "manes da própria Cartago. 3 Hespéria Neste caso tratase de Itália, e não da Hispânia (cf. I. 28. 26, n.). 32 Medos: Enquanto António e Octavano, ada aliados, derrotavam em Filipos o último reduto republicano, os Medos (ou Partos) conqstavam a Síria e a costa sul da Ásia Menor. Esta é uma crítica recorrente em Horácio: que a nação estivesse envolda na guerra civil, quando o pego parto batia à porta. 35 Dáunios Mais um exemplo do inesgotável vocabulário de Horácio, nomeadamente na designação da sua pátria. A Dáunia, nome grego para a Apú lia, designa aqui por metonímia o povo romano. 38 Tren de Ceos Referência ao poeta lírico grego Simónides de Ceos (c. 556 68 a.C.), compositor de hinos, elegias e trenos (cantos nebres). Neste úl to particular, era especialmente celebrado. Dione A mãe de Afrodite. As grutas estavam normalmente associadas à 3 poesia e às musas. 40 Plectro Quanto mais leve era o plectro (palheta que se usava para tanger a ra), naturalmente mais suave era o som, à semelhança do que acontece com as nossas modernas palhetas. 25
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Sob a aarenta terra escondda, Crispo Salústo, a prata não tem cor: nem te é querdo o metal, se não brlhar com o uso moderado. 5
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Por longínquas geraçes sobreerá Proculeo, conhecdo por amar como um pa os seus irmãos: a edoura Fama o leará nas suas asas que se recusam a repousar. Domando a ganânca do teu coração, será teu reino aor do que se unires a Líba dstante Gades, e fzeres teus escraos os dos poos de Cartago. A terríel hdropsa almentase a s prpria, nem reprme a sua sede, até que das eas desapareça a causa da enferdade, e do páldo corpo se afaste a aquosa doença. Fraates, embora reconduzdo ao trono de Ciro, pela Vrtude, que da multdão se aparta, do número dos bem-aenturados excluído fo. Ela ensna o poo a não usar paaras falsas, concedendo assm u reno, dadema seguro e duradouro laurel somente quele que, ao passar por u tesouro enso, duas ezes não olhar.
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Crispo Salústio C. Sallustius Crispus sobrhoneto e filho adoptivo do famoso historiador Salústio Scede a Meceas como conselheiro de A gusto Tal como o patrono de Horácio era também u eques de grande for tuna detentor dos famosos ardins de Salústio provaveente também grande incentivador da arte em Roma Segudo o háito dos poetas líricos gregos de compor m poema de agradeciento ao seu patrono Horácio poderá estar aqi a agradecer a Sústio um evental apoio Sob a avarenta tea Era tópico com o facto de a prata antes de polida e tratada não brilhar: neste contexto sugerese que o dinheiro só bra (em ter mos d moral tóica par a qual a riqueza fazia pate da categoa dos "indife rentes ) quando lhe é dado um bom uso. É portante ter mente qe o caveiro era o dono de minas de cobre no modeo Valle dAosta Para reso das principais do estoicismo c Csa Pentel Quo Verget Furor? ectos Estóicos na Phaedra de Séneca Lisboa Colibri 199, págs. 110. Metal mna é mais precisamente uma la ou chapa na de qualquer tipo de metal a partir da qual se cortavam as moedas posteoente cunhadas Proculeio Proculeius Varro Mrena cunhado de Mecenas é um dos homens de confiança de Augusto Tal como o cunhado e Salústio foi também um patono das artes (cf uvenal 7. 9). Foi ele que impediu a prieira tentativa de sicídio de Cleópatra (cf. I 1, n) retirandolhe o punhal ao sbir por uma escada até ao seu quarto ontudo é a sua prodigalidade em relação aos irmãos qe é aqui celebrada pois dizse que dividi a sua riqueza com eles depois de estes terem ficado arruinados após a guerra civil Líbia referência hiperbólica ao hábito dos grandes latifundiários latinos anexarem (iungere) contiuamente os seus territórios a outros algo criticado pela moral estóica na medida em que a cobiça era um sinal de fra queza No tempo de Nero por exemplo metade da frica era possída por apenas seis proprietários (cf PlíniooVelho 18. 5). Gades Hoje Cádiz. Esta terra durante longo tempo sob o domínio cartagi nês era ainda considerada no tempo de Horácio como uma terra púnica daí "os dois povos de Cartago Hidropia A hidropisia "derramamento de líquido seroso em tecidos o em cavidade do corpo (Houaiss) é uma doença que amiúde os estóicos identicaram com a cobiça o a avareza De facto a hidropisia segdo os antigos (cf Celso 2 1 2 ), era causada pelo desregramento ou descomedeto em relação à alimentação e tudo o mais. A doença causa uma sede terrível que não passa; a única cura para esta doença era a abstinência e o exercício Fraates: Fraates rei dos Partos afastado por pouco tempo do tono em consequência da rebelião de Tiridates (cf I 26 5, n .) Ciro: Ciro é o rei dos Prsas caído em desgraça celebrizado por Heródoto no seu prieiro vro das Historie A "confusão entre Persas e Partos é recorrente em Horácio (cf I 2 23 n. ).
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embate de mante nos maus momentos e não menos nos bons o eqiio da tua mente apatandoa dos ecessos da alegia t Délio qe hásde moe
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que se tiste todo o tempo tiees iido que se eclinandote num emoto elado duante os dias de esta econotado te tiees com um selecto inho aleo Po que azão o gigante pinheio e o alo choupo os ses amos em acolhedoa somba adoam uni? Poque se enida a ugidia água em se agita no sinuoso leito? Manda paa aqui taze inhos peumes e as demasiado bees oes da amena osa enqanto o momento a idade e das tês imãs os negos ios o pemitiem Então deiaás os bosques qe compaste a ta casa a tua a qe o la Tibe banha tdo deiaás e um hedeio senho se tonaá das iqezas qe até ao cimo amontoaste De nada inteessa que ico enoo do elo naco ou que pobe de baia e humilde amlia sob este céu te tenhas demoado ta és de Oc qe de nada se apieda
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Para um mesmo stio todos nós orçados somos a partir, mais cedo ou mais tarde, agitada na urna, a nossa sorte háde sair, colocandonos na Barca rumo a eteo exio.
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élio: Q Dellius foi um háb diplomata e militar do seu tempo (procônsu da Síria em 3 a C.) e, tal como muitas personagens do seu tempo, conhe ceu várias facções políticas; iciou a sua carreira ao serviço de Cássio, para depois tomar o partido de tónio, a quem serviu durante 10 anos, e, fal mente, aliouse a Augusto Escreveu uma história da guerra de António contra os Partos. Três irmãs: As Parcas: tropo, Cloto e áquesis, responsáveis pelo tecer e pelo cortar das linhas do destino dos homens. ila: No contexto romano, "vila referese a uma propriedade normente rural de uma família com posses; na sua origem dedicavase fundamental mente a explorações agrárias, evoludo paulatamente para o luxo e a elegância que as caracterizará no imaginário ocidental. Ínaco: Filho de Oceano e de Tétis, foi o primeiro rei de Argos. Segundo al gumas versões do mito, alguns dos seus descendentes colonizaram a Ita. Na Barca: Particuarmente a barca de Caronte, que transporta as almas dos mortos através do Aqueronte, rio dos infernos
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Não te enegonhes, Xântias de Fócide, po aaes ua escaa: já antes de ti Biseide, sea de níea co, do aogante qes o coação conquistou; 5
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a foosua da catia Tecessa de aoes too o seu dono, Ájax fho de Téaon; e o tida, enquanto o seu tiunfo ceebaa, de paixão adia pea ige aptaa, depois de as bábaas hostes tee sucubido ao pode de u tessáio encedo, e a ote de Heito aos cansados Gegos te ofeecido ua Tóia ais fácil de desti. Tu não sabes se a oua Fis te pais icos, que a ti te honaia coo seu geno de ceto é sua faíia ea, e aenta agoa os adesos Penates. cedita: a tua aada da ciinosa pebe não eio, ne ua uhe assi fie, assi desinteessada, de ua ãe egonhosa nascido podeia te. Os ses baços, o seu osto, as sas penas be toneaas ouo, as se acia Não suspeites de agé cuja qata década o tepo se esfoçou po sea !
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Xântias de Fóde: Nome grego do adjectivo grego v9Ó (xanthos que signica "louro vo . A Fócide é uma região da Ásia Menor. Briseide: A escrava que motivou a cóera de Aqes narrada pea Ilía, pois Agamémnon coniscoua ao herói grego desrespeitandoo. Tecmessa: Filha de eleutnte foi raptada da Frígia por Ájax fio de élamon com quem veu em róia até à morte do herói. No Áx de Sófoces onde tem um pape importante surge como mer dedicada e zelosa mãe. Atra: ratase aqui de Agamémnon (filo de Atreu). A virgem de que se fla a seguir é Cassndra feita escrava depois da tomada de róia Tessálio vencedor Aqules Flis a como Xântias é um nome modelado do grego. O nome vem de úov (phyllon), "folha de árvore folha o que sugere a co r presente também no nome Xântias Penates Divindades romanas que protegem o ar. Quarta década Em la lêse "oio lustros ; o lustro era um sacrifício ex pi atório feito pelos censores de cinco em cico anos (5 x 8 = 40)
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No seu não domado pescoço não tem ela ainda força para carregar o jugo, nem para iguaar o esforço do companheiro, nem para suportar o peso de um touro que em amor se lança 5
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O pensamento dessa tua beerra nos verdes campos está, ora aplacando nos ribeiros o calor ardente ora aneando por brincar com os outros beerros no húmido salgueiral Afasta de ti o desejo pea uva não madura em breve o variado Outono para ti de cor púrpura pintará os cachos agora lvidos; em breve ela te há-de seguir indomáve corre o tempo, dando a ea os anos que a ti retirou Em breve Láage da impudente testa um mardo procurará, ea, por ti mais amada do que a fugidia Fóloe, do que Clóris, cujo alvo ombro brha como a pura ua na noite do mar reu, ou do que Giges de Cnido se numa dança de raparigas este rapa pusesses , o mais perspica dos convidados com assombro enganaria, de ta modo são subtis as diferenças que existem nos seus soltos cabeos e ambguo rosto
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Nem para iguala No jugo duplo (cf. I. 3 5. 28, n. ), é preciso que os dois anais tivessem forças e tamanhos semelhantes A metáfora é aqui apli cada à convivência conugal (que tem iás ua etiologia próxia) . Fóloe Para o nome, cf. I. 33 . 7 (n. ). Córis Do grego lwpó (chlôrs) "pádo, d e cor clara . Esta personagem surge também em III. 15 Giges de Cnido Nome grego, também presente em II. 7. 5; a sua cidade de origem (Cnido) é ua cidade normaente associada ao culto de rodite (cf. I. 30. 1 )
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Septímio, tu que comigo a Gades irias, e à Cantábria, que o nosso jugo no aprendeu a carregar, e às bárbaras Sirtes, onde sempre o mar dos Mouros fervilha
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tomara que Tíbur, fundado pelo colono argivo, a última morada seja da minha velhice. Para mim, que estou cansado, que seja o fim dos mares, das estradas, das guerras ! Mas se desfavoráveis as Parcas daí me afastarem o doce rio Galeso procurarei, com suas ovelhas de couro vestidas, ou as terras onde reinou o espartano Falanto. ste canto do mundo, mais do que nenhum outro, para mim sorri onde o mel nada deixa a desejar ao de Himeto, onde a azeitona rivaliza com a do verdejante Venafro, onde Júpiter longas primaveras e quentes invernos concede, e Áuon, amado pelo fértil Baco, no inveja as uvas de Faleo. ste lugar e estas ditosas colinas por mim e por ti chamam; aí com lágrima devida a quente cinza espargirás do teu amigo poeta
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Septímio Numa das suas epístolas (I. 9), Horácio recomeda este mesmo Septimius a ibério. S abemos que teve alguma uêcia o círculo de Augusto uma vez que o próprio imperador se e refere uma carta a Horácio (cf. Suetóio Vida de Horácio 30 e s.). Além destas referêcias pouco mais sabemos sobre esta persogem ; Porfírio cosiderao cavaleiro. Gades Hoiermete Cádiz. A referêcia este caso sugere uma grande distâcia. Cantábria Esta região do orte da Hispâia ofereceu otável resistêcia ao império romao. O próprio Augusto lidera em 2625 a.C uma campaha cotra este povo mas só em 20 .C. Agripa logra a sua redição total. Sirtes Referêcia aos bcos de areia dos dois golos da Líbia (Syrtis maior 3 e Syrtis minor) Noutro passo Horácio referese igulmete ao calor iteso que se vive estas parages (cf. I. 22 . 5) Tíbur Para outro poema ode se celebra esta terra a cerca de 2 quóme5 tros a este de Roma cf. I. 7 Colono argio Segudo Nisbet e Hubbard tratase de iburo e ão de 5 Cátilo (cf. I. 18 2) iburo é hrói epómo fdador de íbur. É ho de Afiaau daí que se diga que ele veio de Argos Rio Gales Rio (hoje Glaso) da zoa de areto. A estrofe cocetrase 0 agora esta região 0 - Oelhas de couro estidas A lã destas ovelhas de areto era de tl modo preciosa que os imais eram cobertos omo uma espécie de casaco de couro para proteger a lã o que aliás era um costume ático. Falanto O mítico fundador de areto. Aquado da guerra da Messéia os Lacedemóios que se ecusaram a participar o cofroto foram reduzidos à escravatura. Flato que se cotava etre eles lderou etão uma mal sucedida revolta cotra esta situação. Coseguiam o etato fugir para a Itália ode ele fudou areto seguido um oráculo de Deos. 3 Este canto do mundo Cotiuase a falar de areto. 5 Himeto Motaha de Ateas celebrada pelo seu mel. 6 Vena/ro Vila o vle Volturo a Campâia particularmete famos pelas suas oliveiras. Baco é o deus pricipal desta zoa da Itála e daí a referêcia a este deus poucos veros à frete. 8 ulon Motaha da região de areto 0 Falerno O mesmo vho afamado da região da Campâia celebrado tatas vezes por Horácio (cf I 20 1 1 ; I. 27. 10; II. 3 . 8) 3 Quente cnza Era costume etre os latos espargir com água ou viho as czas aida quetes dos detos. Reparese o singular de lacrima "lágrima e /auilla "cza : marca ão só a sobriedade do acto como a sua própria efemeridade
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Meu ago e eo de eus caaadas co que tantas vezes sob o coando de uto o exteos egos asse que te eentegou aos deuses dos nossos as e ao cu de táa 5
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e de novo te fez cdadão oano Poeo co que tantas vezes o ento da com o vnho as cuto tone cooando eus uzdos cabeos co o aóbato da Sía? Contgo Flos conhec e a cee fuga se hona abandonado o eu escudo quando desfeta toda essa Vtude de aeaçadoes hoens os quexos sobe o toe chão caía Mas a toado de susto atavs da nha nga nua densa nebna o geo Meco evou e a t ua onda de novo te aastando aa a guea nas suas estuosas águas te toou Ofeece os a Jte o banquete devdo e eousa sob o eu oueo teu coo cansado da onga caanha ne oues os jaos que aa t destne Enche os odos coos egícos co o vnho ássco que faz esquece e vete das vouosas conchas os óeos efuados Que cudaá de ovsa as cooas
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de mido aipo ou mirto? Quem designará énus o senor do banquete? Entrarei em báquco deírio não mais sóbrio do que os Eonos é-me grato ensanecer quando se recupera um amgo.
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Bruto Em aC , ainda jovem, Horácio tomo o partido dos repblicnos, provavelmente devido à presença de Brto em Atenas nessa altra, onde Horácio se encontrava Sob a liderança de Brto lto na portante bata lha de Filipos (Otbro e Novembro de 2) qe opôs o último redto dos repblicanos, Cássio e Brto, e Octaviano e António Estes dois últimos venceram, e os líderes repbcanos sicidaramse As propriedades de Horácio foram confiscadas, mas o poeta pôde voltar a Roma Pompeio Poco sabemos deste Pompeis Vars, como lhe chama Porfírio, além do qe nos diz Horácio nesta ode, o seja, qe Pompeio foi se colega na batalha de Fipos, e qe, portanto, combate do lado dos repblicanos Nisbet e Hbbard conjectram a partir da qarta estrofe qe, depois da derrota em Fipos, o mitar romano passo a servir Sexto Pompeio (de qem provavemente recebe o nome) , e após a sa derrota em 6 terá apoiado António; mais tarde, depois da batha de Áccio, regresso a Roma, mercê da amnistia poltica dada por Agsto em 0 a Será pois este regresso qe Horácio aqi celebra, aproveitando para agradecer a Agsto a sa benevolência, gratidão camada na pergnta introdzida por "qem Malóbatro Uma especiaria, provavelmente de origem síria, sada no fabrico de ngentos, permes e medicamentos Abandonando o meu ecudo Tratase aqi de ma imitação de Arqíloco (frag 6 Diehl): "gum Saio se fana agora com o me escdo, arma excelente, qe deixei ficar, bem contra a minha vontade, nm matagl Mas salvei a vida Qe me porta aqele escdo? Deixálo ! Heide comprar otro qe não seja pior (trad M H Rocha Pereira) O desprendimento em relação a t batha cumpre o propósito de reçar a sa inferença em relação a a batala onde combatia do lado " errado , por arrebatamento de jventde: ma espécie de nota de rodapé para Agsto Defeita toda ea Virtude É preciso atentar nm certo tom irónico; h á aqi ma referência ao inqebrável estoicismo de Brto ( a Virtu era m dos pi lares do estoicismo) , qe no entanto acabo por ser derrotado
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Copos egípos Em atim êse ciborium (cibório), copo com a forma de uma vagem da favadoEgipto, uma espécie de hme. Para o vinho mássico, cf. 1 19 (n.). Senhor do banquete etra, "o árbitro do beber. Para a figura, cf. 18 (n.). É Vénus quem o escohe pea seguinte razão: depois de todos os convivas nçarem os dados, a quem saísse o "anço de Vénus (qundo cada dado cava com uma face diferente das outras) ficava o encargo de ser o " senhor do banquete . Edonos Povo da Trácia.
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Se agu casigo ivesses sofrio por u falso juraeno, Barine, e se u ente negro ou ua arca na unha ais feia e ornasse, 5
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acreitaria Mas assi que jurase pela ua enirosa cabeça, uio ais bela brihas, passeanote assi, qua público tormeno os jovens Ée vanajoso jurar e faso eas cinzas coberas e ua ãe, pelas silentes estreas a noe co céu e uo, e pelos euses que esconhece a fria ore: iso eu o igo se ri a própria énus, riese as singelas Ninfas, e o feroz Cupio, que suas arenes setas sepre aguça e cruenta pera e aolar E há ais: oos os rapazes para i cresce, cresce noos escravos; e os anigos aanes não abanona o eco e a ípia senhora, eso aúe aeaçaos Teee as ães peos seus filhinhos, receiae os vehs avaros, e as ristes virgens, recécasaas, tee que a ua aura arase os seus arios
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Barine Nome romano, embora "helenizado, talvez idicando uma lberta de Bário (Bari) Mara na unha Existia a ideia de que quando se mentia cresciam pontos brancos na unha
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Nem sempre das nuvens corre a cuva sobre os campos arestes nem continuamente inconstantes tempestades o mar Cáspio fstiam nem na costa arménia 5
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amio V álio se acumula todos os meses o imóvel elo e nem sempre os carvalais de Garano pelos Á quilos são assolados nem o freio perde suas folas. Contudo dia e noite com planente música importunas tu o perdido Mistes e não te abandonam os amores nem quando a Estrela da Tarde sure nem quando ela foe do lieiro sol. Mas nem o velo que três erações viveu por toda a sua vida corou o amável Antíloco nem eternas lárimas verteram os pais e as fríias irmãs do impúbere Troo. Renuncia enfim a tais moles lamentos cantemos nós antes os novos troféus de César Austo e o elado Nifates e o rio Medo que aos povos vencidos se juntou e que aora em menores voraens revolve e os Geloos qe entre prescritos limites cavam os seus eíuos camos.
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Válgio Pertencente ao cico de amigos de Horácio C . Vagius Rufus foi um · homem inuente na sua época chegando a cônsu sufecto em 12 aC Traduziu para ati manua de retórica de Apoodoro e escreveu uma obra incompeta sobre ervas medicinais Foi também poeta destacandose nos mais diferentes géneros. Da sua obra chegaramnos somente aguns fragmentos de eegias editados por Courtney (The Fagmenta atin Poets Oxford Carendon Press 199 págs. 287290 ) Gagano: Promontório da Apia bem dentro do Adriático Á quilos Ventos do Norte Mistes: O nome vem do grego Ç (mstês), "iniciado nos mistérios nome que sugere a ideia de um certo ritua de iniciação no amor Suspeitamos que se conhecêssemos mais da poesia de V ágio poderíamos acrescentar um pouco mais sobre esta personagem. O Velho: Nestor o mais sábio e veho dos guerreiros aqueus na Ilíada, ceebrado peo mundo antigo pea sua prudência e bons consehos Antíloco: Vaoroso guerreiro grego utou bravamente peos Aqueus na guerra de Tróia tendo ganhado a corrida de cavaos inserida nos jogos em honra de Pátroco no canto III da íada. Terá sucumbido às mãos de Mémnon fiho da Aurora para svar a vida de seu pai Nestor. Toilo: O ho mais novo de Hécuba e Príamo. Morreu às mãos de Aquies pouco depois do início da guerra de Tróia. Nates: Rio ou cordiheira situada no centro da Arménia Rio Medo: O Eufrates Gelo nos: Povo cita que habita a este do T ánais A citação de todos estes povos está reacionada com as coevas conquistas dipomáticas de Augusto em particuar as embaixadas de povos distantes
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Um curso mas recto na vda tomarás, Lcíno, se o ma ato não sempre acometeres, ou se, po prudente medo de tempestades, da pegosa costa não te apromares demasado
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Quem uer ue a áurea justa medda ame a são e savo à msra se esuvará de uma casa em ruínas, e sóbro evtará o paáco ue causa nveja Um ato pnhero é mas freuentemente peos ventos fustgado, as ecesas torres de mas ato caem, e os raos ferem os montes mas eevados. Um coração bem prevendo uma outra sote na adversdade espera, na prosperdade teme Jpte horrendos nvenos traz e ee mesmo os afasta. Se agora tudo corre ma, não será sempre assm: Apoo, por vezes, com a cítara a tácta Musa acorda, pos nem sempe etesa ee a corda do seu aco Na angsta, mostrate forte e corajoo, e do mesmo modo sabamente recolhe as enfunadas veas, uando o vento é demasado propíco.
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Lícino: Provavelmente Licius Murena, irmão de erência e de Proculeio (cf II 2 5, n), e portanto cunado de Mecenas. Segundo Díon Cássio (5 ), em 22 aC , este mesmo Murena desfiou publcamnte Augusto, perguntandolhe drectamente por que razão se apresentava sem ter sido chamado: era costue da parte do imperador apresentarse no tribunl qundo queria apoiar publcmente um determinado réu, e é certo que tal acto se tornava rapidamente uma prova d peso a favor da inocência do acusado. De qulquer forma, o que não é de admirar, no mesmo ano Licínio foi condenado à morte, implcado na conjura de Cépio Alguns comentadores vêem assim neste poema u aviso pessoal ao próprio Murena, bem como um aviso público a todo aquele que desafiasse a autoridade de Augusto; outros preferem defender que o texto adopta um tom sentencioso e gerl, inspirado nos ensinamentos da Fosofia Atiga urea justa medida: A famosa aurea mediocritas expressão que se tornou célebre nos estudos lterários e não ó
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Deia de perguntar, Quinto de Hirpino, o que planeia o belicoso Cântabro, e o Cita o Adriático separanos dele! E não te preocupes 5
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com o que precisas na vida, que tão pouco pede Para trás foge a macia juventude, e a belea, e a seca velhice os fogosos amores arreda, e o sono fác O encanto das vernantes ores para sempre não dura, nem a lua corando brilha num s gesto porque fatigas tu a alma com eternos pensamentos que a ecedem? Porque não antes beber enquanto é tempo, assim sem mais, deitados sob um alto plátano ou sob este pinheiro, perfumando os brancos cabelos com a rosa, ungindo-os com assírio nardo? Dissipa Évio os voraes cuidados Que rapa irá lestamente o fogo do vinho faleo etinguir com a água que corre? Quem fará sair de sua casa ide, fugidia cortesã? amos, dihe que se apresse com sua lira de marfim, atando seus despenteados cabeos num n, como é hábito de uma Espartana
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Quinto de Hiino: Provavelmente o mesmo da epístola I. 16 Pouco sabe mos desta personagem mais do que o que é dito aqui e na epístola citada: é alguém rico, que ocupa cargo importante na sociedade Nisbet e Hubbard esforçamse por identicálo com u certo C Quctus, patrono dos Hirpinos, povo da região de Sâmnio (a este do ácio) sendo Hiine não um cognomen, mas sim uma referência à sua terra Cântabro: Cf II 6 1 (n) Para os Citas, cf I. 1 9 10 (n ) Nardo: Perme feito a partir do nardo, ua planta cultivada no Oriente Évio: Baco, de oí "Evoé , o grito das bacantes Faleo: Cf I. 20 9 (n), I. 27 10, II. . 8 Lide: Do grego Õ (Lydê), "mulher da ídia al como Lídia, o seu nome sugere um certo exotismo
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As longas guerras da fero Nuância, o cruel Aníbal, o ar da Siclia, púrpuro da cor do sangue púnico: decerto não queres tu que tais teas adaptados seja aos delicados ritos da cítara, 5
ne os cruéis Lápitas, ne os bêbados ecessos de Hileu, ne os jovens lhos da Terra pela mão de Hércules vencidos, perante cujo perigo treeu a fulgente casa do velho Saturno.
E tu, Mecenas, em prosa elhor celebrarás a história dos cobates de César, e de reis aeaçadores, que pelos pescoços arrastados fora pelas ruas.
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Quanto a i, a Musa quis que celebrasse as doces elodias de inha senhora Licínia, os seus olhos que radiosos brilha, o seu coração tão fiel a aores correspondidos. Não é enor sua graça quando nos coros dança, quando e jogos e gracejos copete, ne quando, no sagrado dia de Diana, no seu concorrido templo, s resplandecentes virgens os baços dá dançando. Tu não quererias decerto trocar tudo o que o abastado Aquéenes possui, as riqueas de Mígdon na fértil Frígia, as opulentas casas dos Árabes, por uma madeia de Licínia,
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quando ea o seu pescoço aos bejos ardentes oferece ou os nega em vencíve cruedade ea que apreca os bejos roubados mas do que quem os pede ea a prmera por vezes a furtáos?
Numânca Região habitada por lguns Celtiberos no alto Douro No sécuo II a C lutaram aguerridamente com Roma, em guerra que durou desde 195 até 1, data em que Cipião Emilano (o destruidor de Cartago) dominou este povo O seu epíteto eroz) tem uma razão de ser: os Romanos horrori zaramse com os seus costumes canibais, bem como com o seu suicídio em massa depois de terem sido derrotados Os comentadores costumam igualmente fazer referência às guerras da Cantábria (cf II 6 1 n), zona que fica não muito longe desta zona Mar da Scíla Particuarmente as batalhas de Milas (260 aC), a primeira grande vitória naval romana, vencida pelo cônsu Dulio, e a batalha das ilhas Egates (Março de 21) vencida também graças ao cônsul L Lutácio Cátulo odas estas batalhas passaramse no contexto da Primeira Guerra Pica, e travaramse na zona do mar da Sica Por outro lado, a referência a este mar facilmente sugeriria a um romano a recente guerra de Octaviano contra Sexto Pompeio, particularmente uma outra batalha de Milas (em 6 aC), vencida por Agripa "Púnico é uma outra designação latina para "cartagês Láptas cf I 18 8 (n ) Hleu Centauro que participou na guerra entre os Lápitas e os Centauros, tendo sido morto, segundo algumas tradições, por eseu Jovens flhos da Terra Os Gigantes (cf Hesíodo Teogona. 18 e s ), nasci dos da erra (Terra Mater Geia, elure) Era um mito recorrente o da gi gantomaquia, guerra que opôs os Gigantes aos deuses do Olmpo (a casa do velho Saturno) vencida pelos útos particarmente úpiter e Atena Segundo um oráculo, tal guerra só seria vencida pelos deuses se contassem com o auxlio de um mortal: Hérces foi o homem escoido para o efeito e, segundo algumas versões do mito, matou os gigantes Alcioneu e Porfí rion, auxiando os deuses na sua empresa Mecenas Não há notícia certa de que Mecenas tenha alguma vez escrito em prosa histórica as façanhas de Augusto (talvez a guerra de Filipos) A se gunda pessoa paece generalizante
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Liímnia: Este nome tem sido alvo das mais diversas polémicas; tudo de pende da interpretação que se faça de domina, que tanto pode ser lido como u afectuoso e íntimo " senhora (do meu coração) ou como "patrona . Se considerarmos a últa hipótese, então é bem provável que se trate de erência, esposa de Mecenas; um dos nomina da sua fama era efectivamente Licímnia, embora não pareça que o tea usado muitas vezes. Se seguirmos a primeira interpretação, podemos ler então simplesmente o nome de ua amada de Horácio (pode vr do verbo grego hymnein, "cantar) Aquémenes: O lendário ndador da dastia com o seu nome, na Pérsia A riqueza dos reis persas é proverbial. Mígdon: Um dos iados de Príamo na guerra de róia, reinava numa pate da Frígia.
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Quem quer que primeiro te plantou, árvore, fêlo em dia nefasto, e com sacrlega mão crescer te fez para perdição da descendência e para desgraça da comunidade 5
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acreditaria pois se esse aguém quebrado tivesse o pescoço do pai, e derramado o sangue nocturno de um hóspede sobre o altar dos Penates Decerto lidou com os venenos da Cólquida, e com todo o tipo de crimes planeados e conhecidos, esse mesmo que no meu campo te plantou, a ti, miserável tronco, tu que sobre a cabeça do teu inocente senhor quase caíste
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Hora a hora não pode o homem sucientemente se precaver daquilo que deve evitar Tremendo de medo, atravessa o pnico marinheiro o ósforo, e já a salvo a morte não vê vir de outro lado
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O sodado as setas e a rápida fuga do Parto teme, o Parto as correntes e as masmorras dos Itálicos receia mas é o inesperado gole da morte que o homem rapta e semre háde ratar Quão perto estivemos de ver os reinos da sombria Prosérpina, e o juiz Éaco e as moradas destinadas aos bemaventurados, e Safo à sua eólia ira queixandose
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das raarigas de sua terra, e a ti, Aceu, co áureo ectro e ais sonantes eodias entoando as rovações dos nautas, as rovaões cruéis do exio, as rovações d guerra As sobras dos ortos os ois adira, quando estes aavras dignas de u sacro siêncio canta as ais atenta, a turba, encostandose obro a obro, ebeber se deixa e histórias de batahas e deostos tiranos. Que há de adirar, quando a besta das ce cabeças, encanada or tais cantos, as negras orehas baixa, e vota à vida as serentes que nos cabelos das uénides se entreaça? Até Proeteu e o pa de Pélos se esquece dos seus sorientos, seduzidos or tão aviso so, e Oríon dá sossego aos eões e aos tíidos linces.
Comunidade: Provavelente Mandel distrito a que a propriedade de Horácio pertencia (c. pístola I. 1 8. 10 e s. ). Sangue nocturno: Isto é à noite. Cóluida A pátria de Medeia proverbialmente conecida pela sua eitiçaria assim como sua tia Circe. Miseráel tronco: Este episódio da via de Horácio em que uma árvore caido na sa propriedade de Saba quase e roubou a vida oi recuperado em I. 1 7. 27 e s. e em III . 27 Bós/oro: Estreito que separ o Mar Negro do mar Mar de Mármara na ac tual Turquia "Púnico deve aqui designar Fenício (os Fenícios estavam associados ao Bósoro além de serem um exemplo típico de marheiros). Parto Para a estratégia dos artos de embora gdo consegrem lançar setas c I. 19. 1 1 (n.). aco: O lendário rei dos rmídones celebrado pela sua imparcia jutiça que o levou a cndenar ao exílio os próprios os Télamon e Peleu por te
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rem assassado o seu meioirmão Foco. Segudo uma tradição não homérica, depois da sua morte, aco assou a figrar ao lado de Radamante como juiz dos mortos. ólia lira: Dizse porque Safo e ceu escreveram seus poemas no dialecto eólico Bsta das cm cabças: Cérbero, o cão do Hades, que impedia os mortos de sair, e os vivos de entrar nas prodezas Normalmente, os poetas referem see como o cão das três cabeças, ue é a versão mai corrente do mito. uménids: As Fúrias latinas ou Erínias São das mais antigas divindades da Hélade; não reconhecendo a auoridad do próprio Zeu, obedecem excusivamente às suas próprias leis As três Euménides Alecto, isífone e Megera são comummente representadas com chicotes na mão, e nos cabelos delas entrelaçamse serpentes Promtu o pai d Pélops: Referência a agumas das personagens que so frem castigos eternos no Hades. Prometeu, cujo supíio é normmente co ocado no Cáucaso e não no Hades, estava preso a um rochedo, onde contiuamente uma águia he devorava o fígado que sempre se renovava. O pai de Pélops, ântao, foi condenado a procurar água e comida, que eterna mente lhe fugiam. Oríon Gigante caçador, fio de Euríae e de Posídon. Segundo agumas versões do mito (cf. III 70), teria sido morto por Ártemis quando a tentou violar.
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h, Póstumo, Póstumo, quão fugazes decorrem os anos, nem traz a devoção tardança s rugas e instante vehice, e indómita morte, 5
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nem se a cada dia que passa, amigo, Putão que não chora com trezentos touros apacares, ee que Tício e Gérion dos trs corpos aprisiona com suas sinistras águas que inexoravemente todos nós, que das dádivas da terra nos aimentamos, teremos de atravessar, quer sejamos reis, quer pobres agricutores Em vão nos guardaremos do cruento Marte, e das vagas que no rouco driático requebram, em vão recearemos a cada Outono o ustro, ruína de nossos corpos. O negro Cocito teremos de visitar, dimanando no seu ânguido eito, e a infame descendncia de ánao, e Sísifo, ho de Éoo, condenado a um ongo trabaho terra teremos de abandonar, e a casa, e a esposa querida, e dessas árvores que cutivas nenhuma acompanhará o seu efémero sehor, excepto os execrandos ciprestes.
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Um herdeiro, mais merecedor, o teu Cécubo haurir guardado a sete chaves, e o cho tingir com o teu soberbo vinho, melhor do que o das ceias dos pontfices.
Póstumo Não sabemos com exactidão de quem se trata. Com probabidade tratase do mesmo Póstumo a quem Propércio dedica um poema ( 12) 7 Tíco Gigante, morto por Diana e Apolo, por ter tentado violar atona. Para o seu suplcio nos infernos, cf. III. 7 7 8 Géron: Gigante que tinha três corpos até à anca (ter amplum à letra, "três vezes grande). inha um rebanho de bois, que foi roubado por Héracles, depois de este ter matado Gérion. 6 Austro Vento do S Cocto: io dos Infernos (cf. I. 10 n.) . 7 8 - Descendêna de Dánao: Para o mito das Danaides, cf. III. 1 1 2 (n. ). 4 Execrandos cprestes O cipreste era uma árvore consagrada a Plutão. É ada esta a árvore que ornamenta os nossos cemitérios. 5 Cécubo: Vho afamado da região do ácio (cf. I. 20 9, n.).
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Em breve luuosos palácios umas poucas jeias ao arado deiarão, por toda a parte serão visveis viveiros de peie que mais se estendem do que o lago Lucrino, e o plátano celibatário 5
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sobre os olos triunfará; então os campos de violeta e de mirto, e toda a espécie de plantas perfumadas o seu odor sobre as oliveiras espalhará, outrra produtivas para o antigo senhor; então a cerrada ramagem dos loureiros afastará os ardentes raios do sol Assim não foi prescrito pelos auspcios de Rómulo e do intonso Catão, e pelas normas dos antepassados. A sua riqueza privada era pouca, a pública grande: nessa altura para um cidadão priado não havia pórtico, medido com réguas de dez pés, que a sombra do Norte recebesse Não permitia as leis desprezar os comuns trrões de terra ordenando que se decorasse, a epensas públicas, as cidades e os tempos com pedra recentemente etraída.
Lago Lucrino Lago perto de Putéolos, cidade vizinha de Nápoles Era famoso pelos seus viveiros de ostras
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Plátno Dizse "ceibatrio porque à vota dee não se entrelaça a de, como é o caso do oo, usado como suporte para a videira. Ctão M. Porcius Cato, cônsu em 1 95, censor em 18 a.C. É o proverbia defnsor das antigas tradições romanas, recusando com voência a heeni zação que se enraizava em Roma no seu tempo. No seu Sobre Agrcuur dá conceitos práticos acerca do ctivo dos campos, eogiando esta activdade tipcamente romana Dizse que ee é intonso porque se recusava a fazer a barba, um costume tipicamente heénico, e adoptado primeiramente por Cipião. Torrões de terr Era spes materia de construção, usado na edificação de casas simpes e despretensiosas
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anquilidade pede aos deuses quem longe da cosa supeendido foi pelo ma Egeu, pois assim que uma nega nuvem a lua esconde, não mais as estelas, seguas guias, biham paa os mainheios 5
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anquilidade pede a ácia, na guea fuiosa, tanquilidade pedem os Medos, onados de aljava mas, Gosfo, al não pode se compado, nem com gemas, nem com púpua, nem co ouo Pois nem os tesouos, nem os licoes do cônsul os infotunados umulos da aa podem afasta, nem as inquietações que à volta voam dos ectos falsos. Com pouco vive bem aquele a quem elu na modesa esa o ancestl seio, nem o medo ou a sódida cobiça he tiam o sono fác. Poque intépidos na nossa beve vida tano visamos? Poque nos udamos paa teas que outo sol aquece? Quem, exiao da páia, de si pópio fugiu também? Sobe a coosiva Inquietude a bodo dos navios co bone poegidos, e não abandona os esquaões da cavalaia, mais ápida do que u veado, mais ápida do que o Euo as nuvens condu.
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Que a aa, fe co o peene, odee peocupae co o qe é fuuo, e que epee o que é aao com u eno oo nada exe qe enha apena u ado fe Ua ea oe o ooo que evou, ua aaada vehce dnu Tono, e ave a hoa que paa a ofeeça aquo que e neou À voa de vaca da Sca e ma ce anada oa do, paa encha a éa pópa paa a quada, veee a ã que dua vee co ce afcano foa nda Paca que não ene a e deu ua peqena popedade, e o eve opo de ua ea Caena, pendo-e que o aévoo povo depeae
Tranquilidad: radzimos otium No contexto da literatura, otium tradz o grego oÀ� (scholê) tranquilidade de aa, descanso de todas as preoc pações e desassossegos (cura) necessário ao trabao criativo e itelectal o otium littratum O termo não está mito longe da ataraxia epicurista, aproveitada também pelos estóicos (a convivência do mesmo termo nas das escolas simboliza bem a tentativa de conciiação de ambas operada por Horácio nas suas odes) , que pressupõe o libertar de todas as iquietações que pertrbam a mente, as paixões e os desejos, preconizando o ideal da se rena felicidade. Não é ocente que Horácio se dirija aqui a m omem de negócios, para qem o otium é simplesmente a negação do se ngotium não dando ao termo o valor qe Horácio reclama. Groo Pompeis Grospus, um cavaleiro, segndo Porfírio, referido por Horácio também nas sas Eístolas (I. 12. 22 e s.). Sabemos qe tina ma propriedade na Sicíia, e qe conecia algma prosperidade. Lictors: Os lictores eram os gardas das magistratras spremas (e por inerência dos cônses), representando o seu poder; traziam sempre con
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sigo ua machadinha e u feixe de varas, e iam afastando (termo que se en contra no verso segunte) o povo à medida que passavam Tectos falsos Os laqueata tecta, tectos cobertos de painéis, era um smbolo de riqueza e lxúria na poesia romana Saleiro: O sal coo único condento da mesa representa a frugalidade Aqui o saleiro reluz pois é feio de prata A tradição mandava que, mesmo nas famlias mais huildes, houvesse em cada cas um saleiro de prata, pois continha o sal para os sacrifícios Vaos: Pretendemos com esta tradução não nos afastarmos muito do sen tido primeiro de iaculor, "lançar o dardo (iaculum telum) , o que plca primeiro "fazer pontaria, "visar; como habmente sublnham Nisbet e Hubbard, o próprio nome Grofo vem do grego grosphos), "lança, dardo Euro Vento que sopra de Este ono Cf I. 28 8 (n) Múrice Molusco gstrópode marinho, da família dos muricídios (Houaiss) Era largamente usado na Antiguidade no fabrico da púrpura Camena Musa romana (cf I 12 9)
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Porque me mortfcas com tuas quexas Nem é dos deuses desejo, em meu, que tu prmero morras, Mecenas, mnha grande góra, bauarte da mnha vda 5
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! Se um gope mas cedo te evar a t, que és parte de mnha ama, porque se demorara a outra, sendo eu já não tão amado como antes, nem vvendo já competo Ta da trará a ruína de ambos. Um faso juramento não dsse: juntos remos, remos pos, no momento em que tu prmero segures, companheros preparados para tomar o útmo camnho. A mm, nem o sopro da amejante Qumera, nem, se de novo se erguer, Gges das cem mãos de t me hão-de arrancar: assm agrada à poderosa Justça e às Parcas E quer a alança par mm se volte, quer o medonho Escorpão, a parte mas voenta do meu horóscopo, quer o Caprcórno, trano do mar do ocdente, nossos astros estão numa ncríve harmona: o refugente Júpter, protegendote, das mãos do ímpo Saturno te tomou, atrasando as asas do aado Destno,
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quano o oo ainhanose no teato aa ti tês ees leos alausos e essoa. Quanto a i teeia leao o tonco que sobe inha cabeça quase caiu se Fauno co sua esta não tiesse aaao o gole ele guaião os hoens e Mecio. Lebate e etibui co sacicios e co um lta otio nós oeeceemos ua equena coeia.
Quimera Cf 27 2 (n) ige Gigante de cem braços, nascido da erra e do Céu Participou na luta contra os deuses d o Oimpo, e como tl foi encarcerado no ártaro por Zeus Balança Ecoião Capricónio Referência à astrologia (cf . 11 2 n), baseada, como ainda hoje, na hora em que o sujeito em observação nasceu Para a presente estrofe, é preciso ter em conta que, entre os antigos, Escor pião, Capricórnio e Saturno davam horóscopos desfavoráveis Júpiter era, naturalmente, o astro (daí "refgindo) a quem por excelência se pedia protecção, e a Balança era também geralmente tida como benfazeja Oidente O latim fala em Hespéria (cf 28 . 26 n ) Ímpio Saturno é ímpio pois não hesitou em castrar o seu pai Úrano, nem em comer os seus próprios lhos Atraando a aa do alado Detino Para este episódio da vida de Mecenas, cf . 20. O Tronco Referência ao episódio narrado por Horácio em . 1 Faun Para a sua protecção sobre a Sabina, onde Horácio tinha a sua pro priedade, cf . 17 . Homen de Mercúrio Horácio izse " homem de Mercúrio porque o deus, na sua qaidade de Óy (!gi) e O (muiko) (cf . 10 7 n ), protege naturalmente os poetas
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Nen tecto falso de afm o de oo e na casa esplandece, nena atave de Hieto sobe as colnas taladas nos confns de Áfica pesa, 5
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ne, coo edeo desconecdo, o paláco de Átao ocpei, ne paa i dstntas clientes antos de lacónca púpa fiam So oe lea, a geneosa vea teno de engeno, e os cos pocae, a pbe Não ipotno os deses po nada mas, ne ncoodo o podeoso ago as cosas pedndo, fe o bastante co a na únca e singla popedade na Sabna O da epa o da, novas las contna a nga No entanto, no da do te pópo fnea algé contatas paa cota áoe, e casas constóis esecendot do te pópo jaigo Esfoçaste po a age fae avança do etbante a de Baas, não scenteente co co a tea fe E o e die ando de tes vinos os macos agáos aancas, e,
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na tua ganância, os muos saltas de teus clientes, enquanto maido e esposa, desteaos, consigo apenas levam, junto ao peito, as imagen dos deuses patenos e os sujos lhos? Poém, nenhum palácio com mais ceteza o seu ico senho espea do que a mote que o apinante Oco destinou. Aliás, poquê aspia a mais? Impacial
abese a tea paa os pobes e paa os hos dos eis, e o ministo de Oco, nem com ouo seduzido, de novo toue o cálido Pometeu É ele quem peso mantém
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o aogante Tântalo e sua linhagem, e é ele quem, chamado ou não chamado, ouve e alivia o pobe que os seus tabalhos cumpiu
Himeto Montanha de Atenas, de onde se extraía mármore branco com veios azisesverdeados. No nordeste da acta Tunísia (daí o retórico "confins da frica ) também havia pedreiras de mármore. Á talo Cf. . 1. 12 (n.). Clientes: A figra do cliens tem, em Roma, uma conotação derente da qe hoje damos ao termo. De facto, " ciente era aqee qe dependia de patronus, "patrono , e com ele estabelecia ma reação económica e/o socia baseada nma hierarqia bm definida. Homem lea O ati faa em Fides (cf. . 2. 6, n.). ropiedade na Sabina: Referência à propriedade ofertada por Mecenas a Horácio. Baias Loca de uiae maritimae (vilas romanas jnto ao mar) na Câmpania, ceebrado por dversos escritores (por exemplo, Propércio 1 1 ) Os Roanos amiúde ganhavam ao mar terrenos para as sas constrções, ançando rochas ao mar, daí qe o mar " retmbe com esse som.
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Ministro de Orc Normalmente identificado com Caronte, o barqueiro dos infernos Nisbet e Hubbard defendem que se trata de Mercúrio, na sua qualdade de ywy (schgôgs) pois é ele quem escolta os mortos no submundo A ipótese é atractiva, pois Mercúrio see meor como sujeito de "mantém preso (coercet cf I. 10. 18) do que Caronte O tempo passado de reuexit (de novo trouxe) parece implicar que desconecemos matiz particular do mito de Prometeu (invulgarmente associado ao Hades, tal como em II. 1. 7). É ee quem: Segundo as várias leituras possíveis, Caronte, Orco ou Mercú rio O timo parecenos ser o mais plasível, no contexto das Odes (cf I 10, em especial a última estrofe) Tântao Cf II. 1. 7 (n) Da sua descendência fazem parte Areu, iestes, Agamémnon e Menelau (cf I 6. 8, n )
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Baco v a ensnar canções e reotos rochedos acredta, vndouos e Nnas apendendoas, e as atentas oelhas dos Sátrs de pés-decabra 5
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Evoé! Tree anda de edo eu espíto, perturbado no peto pleno de Baco alegase o coração Evoé! Poupae, Líbero, poupa-e, tu teível co teu atal trso ! É-e pertdo pelos deuses as natgáves Tíades canta, e tua onte de vnho, e teus ros beres e ete, e o el celebar vees se conta que de ocos troncos aeja É-e pertdo pelos deuses a glóa canta de tua esposa beaventurada, copanhera agora das estrelas, e a casa de Penteu, nua terrível ruína derrubada, e a perdção do tráco Lcurgo Tu o curso dos ros e do ar dos bárbaros udas, tu, e aastadas ontanhas, hdo de vnho, se pergo atas os cabelos das Bístones co u nó de víboras Tu, quando ua ípa coote de Ggantes por díc canho ao eno de teu pa trepou, Reto este recuar, co tuas garras e a tua terrível andíbua de leão
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E emboa te dssessem mas capa paa as danças, as dvesões e o jogo consdeandote não de todo dóneo paa o batalha, o cento oste contdo não só da gea como da pa. Cébeo, paa t noensvo, vendote com áeo cono onado, em t oço savemente sa cauda, e, enqanto patas, com as tês lngas de sa boca teus ps e penas lambe.
Evoé Grito dado peos iniciados nos mistérios de Dioniso, da interjeição grega EUO (eyo Os mistérios, na antigdade, eram manifestações reigiosas que ocorriam em sítios como Eêusis, Samotrácia e Lemos, oge do oar de quem não tivesse sido iniciado Devido a este carácter de sigio, o nosso conhecimento dos mistérios é reduzido, resumindose em grande parte à peça As Bcntes, de Eurípides De qualquer modo, sabemos que ees incuíam rituais aparentemente bárbaros, como o decepamento de um anima vivo e a ingestão da sua carne crua Em traços gerais, era um cuto fundametamete teúrico, até porque os deuses cutuados estas cerimóias têm uma referência no mundo natur: Deméter e Dioniso (Ceres e Baco, entre os Romanos) estão desde os primórdios reacionados com a vegetação, com os frutos e com a própria terra Para conhecer mais sobre a natureza dos mistérios gregos, cf Dodds, The Greeks nd the Irrtonl, Sather Cassica Lectures, University of Caiforia Press, 1951 (trad port: Os Gregos e o Irronl, Gradiva, 1988). Trso: Bastão enfeitado de hera e rematado em forma de pinha, atribuído ao dus Baco, e iguente às Bacantes, suas seguidoras des: Do grego 0áõEç (Thyádes), do verbo 6Úw (thyô) precipitarse É um outro ome dado à s Bacantes Espos Ariade Depois de ter ajudado Teseu a matar o Minotauro, Ariadne fugiu com o herói Foi contudo abadonada em Naxos, ode pouco depois chegou Dioniso Este, apaixonado por sua beeza, desposoua, e evoua para o Oimpo, oferecendohe um diadema que mais tarde se tornou numa costeação
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Penteu Uma das personagens principais das Bacantes de Eurípides, que se recusa a acreditar ou seguir os mistéios de Dioniso Como castigo, foi morto e esquartejado pelas Bacantes, liderada por sua própria mãe Agave Licurgo Rei da Trácia, ousou expusar Dioniso do seu território, juntamente com o seu séquito O deus, fugindo espavorido para o mar, foi acoido pela deusa Tétis Como castigo por esta afronta, Zeus cegou Licurgo Na íada 129 e s) é já dado coo exemplo de como pode ser funesta a desobediência aos deuses u o curso Referência à viagem feita por Dioiso à Índia, no decurso do qual fez parar os rios Orontes e daspes, para os poder atravessar Eventualmete atravessou também o Mar Vermelo ( "o mar dos bárbaros ), embora não tehamos notícia certa de tl episódio Bítones Os Bístones são um tribo da Trácia; aqui, as Bístones desigam em geral as acantes Ret Gigate que participou na guerra dos Gigantes contra os deuses do Olimpo; foi morto por Dioniso (Baco) Para a Gigantomaquia, cf II 12 . 6 8 (n) Cérbero f II 1 (n ) Dioniso foi aos infernos buscar sua mãe Sémele, para a levar com ele para o Olipo, onde rcebeu o nome de Tione Á ureo corno Dioniso, sendo priordiente um deus telúrico, era frequentemente representado como um touro, símbolo da fecundidade as cuturas mediterrâeas
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Não serão coms em débeis as asas qe a mim poeta de das formas pelo líqido éter me learão em por mito mais a terra me demorarei sperior à ieja 5
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sas cidades hei-de abadoar. Não e do sage de pobres pis eu por quem t madas chamar qerido Meceas ão morrerei em me há-de aprisioar a ága do Estige. gora agora mesmo já rgosas pele em mihas peras se formam e em cima ma ae braca me o trasformado pelos deos e ombros ão ascedo lees peas. gora mesmo mais famoso do qe caro ho de Dédalo a costa do gemebdo ósforo isitarei e as Sirtes dos Getlos e as plaícies hiperbóreas e ae caor. O Cco cohecermeá e o Dac qe o medo escode do eércio mrso e o ogíqos Geloos o cto Ibero me háde estdar e qele qe bebe do ódo Qe ão hja o e iti fer res em decorosos pratos e lameos reprime tes grtos e deia s ãs hors do sepcro
ODES II
oeta de duas formas: Esta ode celebra a metaorfose do poeta em ave (provavelmente o cisne, a ave de Apolo, deus da poesia) ; bormis dica os dois estados desta transformação: primeiro homem, depois ave. gua do Estige: O Estige, um dos rios do ferno, nomeadamente o "Rio do 8 Esquecimento : ao atravessar as suas águas, os espectros dos mortos esque ciamse de tuo o que tinham feito nas suas vidas passadas. 3-4 Ícaro: Tratase de uma referência ao mito de Ícaro. Presos no labirinto de nos, o seu pai, Dédalo, dustrioso inventor, fabricou asas feitas com penas e cera de maneira a que pudessem escapar voando. Disse, porém, ao fo que não se aproximasse demasiado do sol, pois a cera derreteria. Ícaro desrespei tou as ordens paternas e, entusiasmado com o voo, fez com que os raios so lares derretessem as asas, caindo assim ao mar (cf. I 1 16, e morrendo. 4 emebundo Bós/oro: Por uma falsa etologia (relacionada com o mito de o, amante de Zeus transformada em vitela) , os antigos associavam o nome deste estreito (cf. II 1 15, ao grego oç (bus) "boi , daí ele "gemer . 5 Sirtes: cf. II 6 Embora os Getulos sejam normalmente associados ao sul da Numídia, aqui são colocados junto das Sirtes lanícies hiperbóreas: Os Hiperbóreos são um povo mítico entre os Gregos: 5 viviam no Norte desconhecido, donde soprava o vento Bóreas (daí o seu nome) . Sugerem aqui uma grande distância. 7 Clco: Habitante da Cólquida (cf. II 1 8, o 78 Dacos . Marsos . . . elonos Para os Dacos, cf. I 5 9 Para os Marsos, tomados pelos Romanos, cf III 1 18 Para os Gelonos, cf II 9 22 8- Ibero . . aquele que bebe do Ródano: Há aqui um contraste intencional entre os povos da Hispânia e da Gália (banhada pelo Ródano) , há muito romanizados, e os outros povos "bárbaros supracitados Atentese na cumprida profecia de Horácio: volvidos dois mlénios, todos estes povos de facto o es tudam, incluindo o nosso 2
Livro
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Odeio o vlgo pofano e mantenhoo longe guadai um sncio sagado como sacedote das musas paa vigens e apazes odes nunca antes ouvidas canto 5
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Os temíveis eis dominam o seu povo Júpite govena esses mesmos eis ele gloioso no tiunfo sobe os Gigantes com sua sobancelha tudo fazendo move Pode até se que um homem nos sulcos suas ávoes disponha mais vastamente que outo que um candidato de sangue mais nobre até ao Campo desça advesáio de um outo melho no caácter e na eputação que outo homem um maio séquto tenha de clientes a Necessidade contudo com impacial lei a sote dos gados e dos humildes tia a vasta una agita o nome de todos À quele sobe cujo ímpio pescoço pende a nua espada não mais os sicilianos festins does sabores lhe equintaão nem o canto das aves e da cíta lhe taá o sono O suave sono não despeza as humildes casas dos homens do campo nem as umbosas magens de um io nem empe agitada pelos Zéfios
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Qe as qe scete eseja, qeta revlt ar, e er ataqe ete Arctr, e s Cabrts qa sre, e as vas el ra ras, e a traçera qta, qa a árre se qexa ra as áas, ra as estrelas qe queam s cas, ra s qs vers. Sete s exes qe ar se aerta qa à áa eres eras s laçaas; ara aq reetaete arreessa ereter c ses escravs r, e ser art e terra as Me e as Aeaças escala r e atr trea, e a era Iqete a sa sç a trrree e bre abaa, sta-se atrás cavaler. Mas se e árre r, e as vestes e úrra, brila as qe a estrela, e a va e Fale e cst e Aqéees e valer aqele qe sre,
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rqe ee err, e v e sble estl, átr c vejadas rtas Prqe ee trcar e vale sab r as labrsas rqeas
As preiras seis odes do livro III são as chamadas " Odes Romanas escri tas todas no mesmo sistema métrico (alcaico) sem destinatário definido (embora o " centro seja Agsto) , e de tema exclsivamente romano
ODES !
Odeio o ulgo profano: Encontramos ecos deste poema em António Ferreira (Ode V do Livro I, "Fuge o vgo profano ou a Ode I do Livro I "Fuja daqui o odioso I profano vugo ( . . . ) ) . rores: Tratase aqui das árvores (especiaente o oo) usadas para su portar as vdeiras. andidato: Provavemente a Cônsu ou Pretor, cuja eeição se dava no 0 Campo de Marte (cf. I. 8 , n.). Ee "desce pois vem de a das coinas de Roma, oca onde vivia a gente " de sangue nobre. 4 Necessidade Para compreender exactamente o passo, aconsehamos reler II . 2528, onde o vocabulário é, aás, extremamente afim. 7 Àquele Pea referência à Sicíia, no verso seguinte, sabemos tratarse do episódio da espada de Dâmoces, narrado por Cícero nas Disputaçes de Túsculo (5. 6162): enquanto Dâmoces contiuamente eogiava as riquezas, o poder, a abundância, e a magnificência da casa de Dioniso de Siracusa, este perguntoue se não quereria ee um dia experimentar o que era serse tirano. Dâmoces aceitando foi, no dia seguite, servido com as mehores iguarias e pelos mais decados servos, sob ele, porém, pendia uma espada nua presa apenas por uma cerda de cavao, que o impediu de apreciar a refeição, deixando de prestar atenção a todas as riquezas que o rodeavam. Cícero concui do episódio que o tirano mostrou ao seu servo que um rei da sua espécie nunca poderia ter uma vida em paz, por semear continuamente a injustiça, de ta forma que já não podia arrepiar camiho (versão corroborada peo " ímpio pescoço de que nos faa aqui Horácio) . 24 Tempe: Cf. I. 7. (n.) . 24 Zérs: Ventos do Oeste. 2728 Arcturo abritos Arcturo é O Protector da Ursa' (de &pKtoç, artos, "ursa e oupoç, uros protector') a estrea mais brihante da consteação do ' Boieiro. No fim de Outubro, o seu ocaso estava associado ao mau tempo. Por seu turno, em Setembro, o surgimento da consteação dos Cabritos estava também associado à intempérie. 33 Sentem os peixes Referência a Baas, onde as vas romanas eram construídas em terrenos roubados ao mar (cf. II. 18 2022 ). 43 Faleo_ Vho afamado da região da Capânia. 43 ost_· Panta aromática orienta (provavemente proveniente da ndia). Para Aquémenes, cf. II. 12 22 (n. ). 47 Vale sabino Mais uma referência à propriedade ofertada por Mecenas a Horácio, na Sabina.
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Que o jovem otalecdo pela dua campaa de oamete a díc poea apeda a supota que ele cvaleo temdo po sua laça o teo semee ete os eos Patos 5
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sob o céu eto em costate pego vvedo Vedoo das mualas gas que a mãe esposa de um e gueeo e sua la vgem já adulta suspem a asado que o ovo pícpe expeete a guea ão povoque um tal leão ude e áspeo ao toque cuja sageta cólea o aasta pelo meo da chaca Doce elo é moe pea páta a mote pesegue o omem que oge em se apeda dos joelos ou das covades costas da pusâme juvetud A Vtude descoecedo o sóddo evés euge em maculads hoas e ão segua ou põe de pate as macadas à maé da votade opula. A Vtude ado aos que ão meecem moe do céu as potas avetuase po egado cao , de asas ao veto a vulga populaça e a mda tea despea
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O ie siênco tem também segura recompensa aquee que reeao tier o cuto a misterosa Ceres proibirei e er sob o meu tecto, ou e comgo eantar âncora no mesmo rág baco. Tantas ezes Júpter, esprezao, o inocente não istnguu o cupao raramente o Castgo, com seu pé manco, o crminoso abanonou que rente tnha partio
Vendoo das muralhas inimias É difícil não nos lembrarmos do episódio da Ilíada em que Helena descreve os guereiros aqueus do alto da muralha de Tróia (III 161 e s), a -noa (eichoskopia) 3 É doce . . Dulce e decorum pro paria mori este verso ceebrizouse na história da iteratura Cf iguamente Tirtu, fr 10 e Siónides, fr 65 tendo em esecia conta o inusitado " oce (dulce) 5 Joelhos . covardes cosas Esta é uma iagem frequente na Ilíada o guerreiro foge apavorado, sendo morto por trás peo heri de quem pretende escapar Os tendões dos joehos eram um sítio particuarmente vunerável, uma vez que detinham automaticamete quem fugia É um covarde, assim, aquee que vira as costas ao combate, morrendo em consequência desse pusiânime gesto 78 Revés honras O vocabulário sugere um escrtnio público: repulsa é o termo usado quando o candidato a um determinado cargo sofre uma der rota, um revés político honorbus, no verso seguinte, está igado ao cursus honorum da carreira poltica de um homem romano (percurso de magistraturas, ocupando seqencaente o cargo de questor, edil, pretor e cônsl) A referência integrase na perspectiva estóica: para esta correne osóca, o sábio nunca sofre nenhuma derrota, pois o seu pensamento é superio aos reveses da fortuna e da política Machadinhs Referência aos lictores, que empunhavam uma machadinha junto a um feixe de varas como sboo do seu poder (insgnia imperii) Negado caminho Para os estóicos, muit poucos homens foram reamente sábios (o exempo supremo era o de Hércues e, entre os mortais, Catão de Útia e Sócrates): embora segundo esta doutrina todos os seres humanos 6
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poam atingir a Virtus (virtude) , uando para o efeito a ratio (razão), almejando aim atingir ee bem upremo Húmida terra: Para o etóico, o éter é a região mai pura do univero, e a terra a mai impura; a terra caracterizae pelo eu olo húido O el silênio Citação da famoa palavra de Siónide (582 ed Page), "também para o iêncio há um a recompena em erigo "Fiel é o único elemento etranho à entença de Simónide: o ilêncio é fiel porque nunca compromete ou difama niguém Misteriosa Ceres Referência ao mitério de Deméter (cf II 19 5, n ) Barco Em lat haselon, pequena embarcação em forma de feijão, epeci alente frágil dado o eu calado Pé manco: O Catigo coxeia porque por veze chega tarde ao prevaricador (que partiu à frente) , embora chegue empre
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O homm justo tnaz no su popósito, m sua fm mnt não s ptuba com o fuo os ciaãos impono a injustiça nm com o vlto o amaçao tiano 5
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nm com o usto, o inquito sno o rvolto Aiático, nm com a poosa mão o fuminant Júpit s o céu m paços sob l cai, impávio o hão- ating suas uínas. Foi com sta vitu qu Pólux o ant Héculs, ascnno, as cialas o fogo alcançaa nt ls, clinao, bbá ugusto o nécta com sus lábios púpua. Foi com sta vitu po méito tu, pai aco, qu a ti t lvaam os tus tigs, nos inomávis pscoços um jugo tazno com sta vitu o quont fugiu Quiino nos cavalos Mat, quano Juno tas p alavas ponunciou, gatas ao concílio os uss Ílion, Ílion, um juiz vasso plo stino tazio, uma mulh stangia a ó t uziam. No ia m qu aomont os uss luibiou com a pomssa um pagamnto, connaa fost po mim pla casta Minva, junto com tu povo mntoso snho
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Já não esplanece o name hóspee a atea espatana, nem a pejua casa e Pamo sem o auxlo e Heto poe já suste os agueos ueus, e esmoece a guea polongaa pelos nossos contos De agoa em ante a Mate mnha gave a, e meu oao neto, nasco a saceotsa toana,
abanonae Supotae ue ele nas lzentes moaas ente, ue o nécta beba o sumo, ue nscto seja nas seenas odens os euses
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Enuanto ente Ílon e Roma uoso o ma se agta, ue elzes enem esses exlaos, em uaue ue seja a pate o muno E enuanto o gao o tmulo psa de Pamo e Pás, e a mpunemente escondeem as eas seus lhotes, ue o Captólo eulgno e pé pemaneça, e possa a eoz Roma pesceve suas les aos Meos eotaos em tno
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Que Ea, ao longe e ao lago tema, o seu nome espahe pelas mas stantes magens, á one a água, enteponose, a Euopa sepaa a Áca, lá one o No nchano os campos ga. E ue coajosa seja em espeza o ouo não escobeto (pos é meho assm, uano a tea o escone) mas o ue em amontoálo paa uso o homem, ue com sua mão tuo o ue é sagao evasta.
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E seja qual or a ronteira que se oponha ao undo que Ela co suas aras a alcance anelando por ver o stio onde o oo as nuvens e o orvalho da chuva suas báquicas orias tê Mas tais ados sob condição aos belicosos Roanos vaticino: que piedosos ou coniantes deasiado reaer não queira os tectos da ancestral Tróa: renascendo sob lúgubre augúrio de Tróia a ortuna de novo e terrível desraça acabará conduindo eu própria esposa de Júpiter e sua irã os vitoriosos esquadrões
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E se por obra de Febo três vees reconstruído or seu brôneo uro três vees será destruído e arrasado pelos eus rvos: três vees chorará a cativa ulher seu arido e hos Tal canto não convé a inha jocosa lira: Musa para onde vais? Dexa teosa de contar as conversas dos deuses e de reduir randes teas a pequenos etros
No contexto das Odes Romanas os estudiosos esforçamse po r ler neste poema uma legoria. Podemos ler róia aqui como uma alegoria de Alexan dria e Páris e Helena são tónio e Cleópatra; pode iguente tratarse de um poema de elogio a Augusto identicado com Rómulo; ou pode sim plesmente não existir nenhuma legoria sendo o poema um exercício lite rário centrado no discurso de Juno. 5 6
Austro Vento do Sul. Fulmate Jpter: Referência aos trovões de Júpiter um dos seus princi pais instrumentos. Augusto a 1 de Setembro de 22 aC . consagrou no Ca pitólio um templo a upter Toas
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Pólux Hércules Baco . Rómulo A citação de Pólux, Hércules, Baco e Rómulo (uirino) , inserese num argento fortemente estóico: "a vivência quotidiana e os costumes comuns aos homens zeram com que se ele vassem ao céu, mercê da fama e do reconheciento, homens que trouxeram grandes benefícios São exemplo disso Hércules, Castor e Pólux, Esculápio, Líbero ( ) e Rómulo, que alguns dizem Quirino (Cícero, Da Natureza dos Deuses, II. 62) Notese que Líbero foi o deus latino assilado ao grego Baco O argumento é também evemerista: Evémero de Messina (c IVIII a C ), mitógrafo grego, defenda que os deuses s ão divinizações feitas pelas próprias comunidades dos homens que se notabilizaram pelos seus feitos e virtudes Cidadelas defogo Isto é, as estrelas Tigres Baco era amiúde representado num carro puxado por panteras ou tigres provenientes da Índia Cavalos de Marte Não nos esqueçamos de que Rómulo (uirino) nasceu de Marte e da vestal Reia Sílvia ( cf I 2 17, n) Ju devasso Páris Ele é "juiz pois coubelhe a tarefa de jugar qua das deusas era a mais bonita, Afrodite, Hera ou Atena (escoeu Arodte em troca de Helena) É iguamente, "trazido pelo destino , pois foi Páris quem ditou a destruição de Tróia, e incestus, "pudico, devasso , pois violou as leis sagradas do matrónio, ao raptar Helena, "a muer estran geira Reparese que nem Páris nem Helena são directamente citados por Juno, o que marca a sua terrível ira (a saeua ira da Eneida, I. 222) Laomedonte Pai de Príamo Para construir as murlhas d e Tróia, Laome donte requisitou os serviços de Posídon e de Apolo, a troco de um soldo Porém, quando a obra estava concluída, o rei recusouse a entregar a quantia acordada Adúltera espartana Helena Peura casa de Príamo A casa de Príamo desrespeitou Zç 3ÉvLDç Zeus ens "Zeus Hospitaleiro), quando Páris, hóspede na casa de Menelau, raptou Heena Toda a famia de exandre cometeu assim u sacrilégio Odiado neto Não esqueçamos que Rómuo (uirino) , é ainda descendente de Eneias, um troiano e como ta odiado por Juno Sacerdotisa A vestal Reia Sla Inscrito sea ordens O vocabário destes dois versos é retirado dos cen sos feitos em Roma, que visavam inscrever adscribere na sua respectiva ordem ordines, como por exemplo, a de cavaleiro ou senador) cada cidadão, tomando como base a sua fortuna pessoal O termo "ordem sugere aqui ua hierarquia entre os próprios deuses
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onde a água O estreito de Gibrltar.
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O sítio Horácio referese aos extremos do mudo conhecido pelos Roma nos associados a cas inóspitos e estranhos E sua imã: Na qualidade de fia de Crono e de Reia Hera é iguente irmã de Zeus. Oba de Febo Apolo (Febo) ajudou a construir as murlhas de róia (cf v 21 , n). Agivos Nome dado aos habitantes de Argos; aqui por extensão designa os Gregos em geral. Gandes temas a pequenos metos: l como em II 12, Horácio reafirma a sua convicção de que temas nobres (mitológicos ou históricos cantados no metro da epopeia o hexâmetro dactco) não devem ser adaptados à poesia lrica e aos seus metros (neste caso o lcaico)
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Desce do cé Caíope ainha e vamos m ongo canto entoa com ta tíbia o se pefeies com ta gda voz o com a ia o cítaa de Febo 5
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Ovis O agma amáve oca comigo binca Paeceme qe já te oç qe já passeio po ente os pios bosqes qe amenas ágas e bisas visitam A mim menino as endáias pombas no apúio Vúte foa dos imites da Apúia minha ama peo eceio e sono vencido me cobiam com feca fohas Foi motivo de espanto paa aqees qe o ninho da altaneia Aqeôncia habitam e os bosqes de ância e os féteis campos da panície de Foento qe e com o copo a savo das negas sepentes domisse e dos rsos e qe encobeto fosse peo saco oo e peo ajntado mito e m animoso petiz peos deses inspiado So vosso Camenas vosso qando evado so aos eevados campos de Sabina o se o géido Peneste me deeita o as encostas de Tíbr o a ímpida aas
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De vossas ontes e coros amio, nem me e perer, em Fiipos, a ebanaa o exército, em a maita rvore, nem Painuro a ua a Sicia Sempre que comio estiveres, e boa votae acometerei, como marinheiro, o insano ósoro, e, como vianante, as arentes areias a costa assria
visitarei os retões, cruéis para os esraneros, os Côncanos, que se eeitam com o sanue e cavao, incóume visitarei os Geonos com suas ajavas e o rio cita
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Vós, assim que o subio César nas ortaeas aquarteou seus exércitos cansaos a campanha, numa ruta a Piéia a ee, que repousar procurva e seus trabahos, ovo ânimo he estes Vós, amas iviaes, suaves cnsehos ais, e nees aeria tenes Sabemos como os mpios Titãs e uma monstruosa hoste com caente raio repeios oram
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por aquee que a inerte Terra reua, e o vetoso mar, e que soinho as sombras e os úubres reinos, e os euses, e a mtião os mortais com justa autoriae ree Grane terror essa meonha juventue em Júpiter inuniu, coniante nos seus ortes braços, ta como os irmãos que se esorçaram por pôr o Péion sobre o umbroso Oimpo
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Mas ue poeriam Ton e o possante Mimas azer, e Porrion com ameaçaora pose, e Reto e o auacioso Encéao, árvores arrancano e ançano, ue poeriam azer ao investir contra a retumbante éie e Paas? De um ao se erueu o ávio ucano, e outro a matrona Juno, e o eus ue nunca os ombros háe tirar o arco, ue seus sotos cabeos na pura áua ava e astáia, ue os mataais a cia e o seu bosue nata habita poo Déio e Patareu
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Sob o próprio peso rui a orça aha e sabeoria a orça euiibraa a razão também os euses azem crescer, a mesma orma com ue odeiam as orças ue no esprito movem tuo o ue é neasto Gies as cem mãos é e minhas paavras testemunha, e também o amierado Oron, ue tentano vioar a casta Diana, pea seta da virem oi ominao
hora a Terra, ançaa sobre seus monstruosos hos, e sua proe amenta, ue um raio ao úrio Orco ançou e nem o céere oo evorou o Etna ue sobre ees pesa,
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nem abanonou o ao o evasso Tcio a ave, carcereira imposta sua uxúria, e trezentas correntes aprisionam o icencioso Pirtoo
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Calíope: Musa d a poesia lírica. A vocação da Musa no princípio do poema é não só característica da poesia épica, como também da lírica. A particularidade deste poema está no facto de a Musa responder à invocação do po eta, como as musas de Hélicon em Hesíodo (cf. Teogonia, 22 e s.), embora estas tenham terpelado directamente o poeta. 2 íbia: Para a tíbia, cf. I. 1 (n.) . Amável loucura: ratase aqui do tópos do v8oLIÓ (enthusiasmos, que deu em português " entusiasmo ): a palavra sugere que o poeta é possuído por uma loucura divna que o inspira. Esta ideia vem já de Platão (edro, 25a: "um terceiro género de possessão divina e de loucura provém das Musas; quando encontra uma alma delicada e pura, despertaa e arrebataa, levandoa a exprimirse em odes e outras formas de poesia, embeleza as inúmeras empresas dos antigos e educa os ndouros , trad. José beiro Fer reira), e foi recuperada pelo romantismo. Lendárias pombas: Na antiguidade, tenase a narrar episódios da infância que seam de penúncio ao desto da personagem em questão. Contase, por exemplo, que, na fância, Estesícor foi sitado por um rouxinol que pousou sobre os seus lábios e cantou (cf. PlíniooVeo, 10. 82). Aqui, foram as pombas, conhecidas das fábas e das lendas, que cobriram o corpo do po eta, ainda meno, com folhas recémcaídas, com as quais se faziam as coroas dos poetas; mais abaixo w 1819), protegeramno também com louro, sinal da protecção de Apolo, e com mirto, sal da protecção de Vénus. Vúure Monte a cerca de 15 de Venúsia (na Apúlia), a terra natal de orácio. 4-7 Aquerôncia Bância rent Aquerôncia (hodiernamente Acerenza) é uma locidade 21 a su de Venúsia. Bância, região montanhosa cuja oresta foi desbastada para dar lugar a campos de pastio (saus) fica 19 a nordeste de Venúsia. Quanto à localização de Forento, não sabemos exactamente onde fica, mas deve igualmente pertence à região de Venúsia. 2 Camenas: Para estas musas romanas, cf. I. 12 . 9, n. 23 Preneste: Região a 7 de Roma, de uma altitude considerável, celebrada pelo seu templo da Fortuna, mandado construir por Sula. Dado o seu cma fresco, era um local aprazível no Verão. Para Baas, cf. II. 18. 2 1 (n. ) . 26 Filipos: Referência à bataa de Fipos, que opôs Bruto e Cássio a Octaviano e António, na qual Horácio participou pelo lado dos republicanos, sando derrotado (cf. II. 7. 2, n.). 27 Maldita árvore: Para a áore que quase matou Horácio, cf. II. 1 . 28 Palinuro: O cabo Palinuro (existe ainda a localidade homónima na actual Itália), na Lucânia bnhado pelo Mar irreno (daí talvez a referência a água
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da Silia, região banhada pelo mesmo mar) ; aqui em 6 aC , n aguerra con tra Sexto Pompeio, Octaano perdeu muitos barcos numa tempestade Sabemos que Mecenas esteve presente nesse episódio, e peo que aqui se diz, também Hoácio Bós/oro Par os perigos deste mar, cf II 1 . 1 17, com n 30 Costa assíria: Provavemente o deserto ao ongo do gofo Pérsico, segundo 32 E Romano 33 Bretões: Cf I 2 1 . 16 (n) Côncanos: Povo da Cantábria (norte de Espanha) Para este seu bárbaro 34 costume, cf Síio Itáico, . 60 e s Gelonos: Cf II 9. 22 (n ) O rio da Cítia é o ánais (hoje chamase Don) 35 37-38 Vós asim que. . . Horácio referese ao descanso dado aos combatentes de pois da bataha de Áccio 38 Gruta da iéria Esta região da Macedónia está associada à poesia e às mu sas, tal como a gruta de Dione de II 1. 9 (cf n) O verso sugere que Au gusto (César) pode agora relaxar, ou ouvindo ou compondo cânticos, pondo assim um fim aos seus trabalhos da guerra (labores, "trabahos , no pural, identica Augusto com o próprio Hércues) Conselho: Segundo aguns comentadores, o poeta referese à amnistia dada 4 por Augusto depois de Áccio aos que lutavam do lado de António e Cleópatra; segundo outros, Horácio comenta a nova ordem social e poítica que Augusto inaugurava 4 Monstruosa hoste: Os Gigantes Para a Gigantomaquia, cf II 12. 68 (n) 46 As sombras e os lúgubres reinos: Referência ao Hades Para as "sombras dos mortos, cf I 2 5. 4 Medonha juentude De novo os Gigantes 5 Os irmos Os Aoídas, Oto e Ealtes, dois gigantes que, na ânsia de fazerem guerra aos deuses, puseram os montes Pélion e Ossa (montanhas da essália, perto de Oipo) sobre o monte Ompo, para assim poderem chegar ao Céu e utarem com os deuses Como castigo por esta afronta, entre outras, Zeus, ou Ártemis, matouos 53 Ton: Gigante fiho de Geia e de ártaro, o maior de todos os fihos desta deusa inha um corpo monstruoso, metade homem, metade dragão Em preendeu sozho ua ua contra os deuses que acabou por perder, dominado por Zeus 5355 Ton . Mimas. . or/írion . . . Ret . . Encélado: Horácio cita vários nomes de gigantes que participaram na Gigantomaqa Mas foi morto por He festo, que ançou sobre ee meta em brasa Porrion foi moo peas echas
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de Apolo Para Reto, cf II 19 2 (com n) Encélado combate conra Atena e fo enterrado no Etna Ávido ulcano: Provavelmente ávido de gerras, de sange Castália: Fonte da Beócia consagrada às Msas Aolo: Apolo tina oráco sagrado em Pátaros, na Lícia (no sdoeste da Ásia Menor) Daqi deriva o se epíteto Apolo Patare Era também famoso o se oráclo de Dels, a sa terra natal (o "bosqe natal ), qe lhe de o se epíteto de Délio iges: Para este monstro, cf II 1 1 (n) Para Oríon, gigante caçador, cf II 1 9 Chora a Terra: Não nos esqeçamos de qe os Gigantes são filhos de Geia (erra) Etna: Depois de terem perdido a gerra, os Gigantes foram enterrados debaio do monte Etna Tíco: Gigante enviado por Atena contra eto, com o intito de a violar Foi lançado para o Hades por Zes, onde continamente das aves (o ma, como é o caso) le devoravam o fígado, qe iinterrptamente renascia, m castigo semelhante ao sofrido por Promete Pirítoo: Rei dos ápitas, tento com ese raptar Prosérpina do Hades Consegiram descer aos fernos, mas ficaram lá presos ó mais tarde Hé racles consegi libertar ese, não consegindo fazer o mesmo a Pirítoo: os deses consideravamno o principal responsável pelo crime cometido
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Acreditámos sempre que no céu reina o trovejante Jpiter e Augusto, entre nós, como um deus na terra será tido, logo que os retões e os terríveis Persas ao império forem aneados. 5
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Viveu o soldado de Crasso na desgraça, marido de uma esposa bárbara, e pela Cria, pelos transviados costumes o Marso e o Apio envelheceram sob o domínio do rei parto, as armas empunhando dos sogros inimigos, esquecidos dos ancis, do nome, da toga, da eterna Vesta, quando intactos estava o templo de Júpiter e a urbe de Roma? Disto se precavera a próvida mente de Réguo, quando às infames condições se opôs, pois com tal precedente a desdita aos tempos vindouros traria, se não morressem os jovens cativos, indignos de pena: "Penduradas nos templos pnicos as nossas insígnias, e as armas aos soldados arrancadas sem sangue derramado , disse ele, "vi de cidadãos livres os braços torcidos atrás das costas, e as portas não fechadas de Cartago, e os campos, pelo nosso Marte devastados, sendo de novo cultivados
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Sm dúvida o soldado plo ouro rsatado mais corajoso voltará! À vronha ajuntais o dano nm a lã d vrmlho tinida as cors prdidas rcupra, nm a vrdadia xclência, quando scapa, aos coraçõs nfraqucidos s procupa m voltar S a fêma do vado luta, quando librtada das dnsas rds, ntão corajoso srá aqul qu ao pérfido inimio s ntrou, numa nova ura, o Púnico srá smaado por qum passivamnt sntiu as corrias nos braços prsos, a mort tmu! st homm, não sabndo como salva a vida, a paz com a urra confundiu Ó vronha! Ó magna Cartao, m cima lvada das dsonrosas ruínas d Itália ! Diz-s ntão qu Réulo d si apartou o bijo d sua casta sposa, os sus pqunos filhos, como aluém nos diritos d cidadão diminuído, torvo, voltou su viril rosto para o chão,
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nquanto a dcisão dos vacilants snadors não frmou, com a autoridad d um conslho nunca ants dado, ntr quixosos amios s aprssou por partir, l, um réio xado contudo l sabia o qu lh prparava o bárbaro aloz; apsr disso afastou a sua famlia qu lh barava o caminho, o povo qu lh atrasava o rrsso,
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c se decidid liíi abandnasse s aasads pcesss ds seus clienes dind-se paa s caps de Vena u paa Taen na Lacedeónia.
Bretões: Para a ameaça conjunta dos Bretões e dos Partos (os Persas, t como em I. 2. 2 ), cf. I. 2 1 . 16 (n.). Soldado de Crasso: Referência ao desastre de Carras ( a.C. ), onde era genera rsso (cf. I. 2 22, n.). As seguintes duas estrofes centramse nos cerca de 10 mi sodados que se tornaram prisioneiros dos Partos, até 20 a.C. , data em que votaram a Roma, juntamente com as insígnias perdidas. Como apontam Nisbet e Rudd, é iteressante observar como pouco se faa dees na tura do seu regresso; a grande vitória diomática foi de facto a recuperaão das isígnias, o que demonstra o pouco apreço que os Romanos tinham peos sodados que se deixavam capturar, o que aiás é bem visíve neste nosso poema. Marso e o Apúlio: Por metonímia, o povo romano. Para o povo Marso, cf. III. 1. 18, n .. Ancis: No reiado d e Numa Pompíio, caiu d o céu em Roma um pequeno escudo (anci), que foi associado a Marte. Esse escudo estava igado ao des to da Urbe: enquanto ee existisse, Roma seria soberana. Por segurança, foram feitas onze cópias, confiadas à custódia dos saerdotes Sáios (cf. I. 6. 12, n.) . Vesta: A deusa Vesta tinha u templo no Fórum; nee ardia contuamente u fogo, que representava a eterna sobrevivência da Urbe. égulo: Réguo foi um grande miitar romano na prieira guerra púnica, afamado especiamente pela sua vtória na hoderna unes, em 26 a.C .. Foi, porém, mais tarde derrotado e feito prisioneiro peos Cartagieses, juntamente com quihentos dos seus homens (no texto, "os jovens cativos). Segundo esta ode, quando os Cartagineses o obrigaram a ir a Roma para ne gociar o resgate dos prisioneiros, impondo "infames condições, Réguo aconsehou Roma a contiuar a guerra, ignorando o peddo de resgate. Fêo para que Roma, cedendo, não pusesse em causa a sua hegemonia, acabando por cair às mãos dos Púnicos. Quando votou vountariamente a Catago, pois tiha dado a sua paavra que votaria, foi morto e o seu cadáver mutiado, isto em 20 a.C ..
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Sem dúi Naturaente irónico. Excelência Virtus aqui traduz não a Virtude estóica, mas a exceência eróica (àpet aretê do sodado romano, que prefere morrer a tornarse prisioneiro do igo Direitos de cidadão Lemos ut capitis minor, expressão adaptada de demi nutio capit maxima, gura da jurisprudência romana; quem era feito prisioneiro de guerra perdia automaticamente os seus direito de cidadão e de família (cf. Lívio 22 60. 15, sobre os prisioneiros de Canas) . Com a autoridade raduzimos auctor É iportante ter em conta para per ceber a útima estrofe que o vocabuário jurídico abunda neses útimos versos (cosilium, aucto patres diiudicata lite longa negotia) Sobre o sentido específico de cliente, cf. II. 8 7 (n.). Venro Cf. II. 6. 16 (n .). É prováve que Réguo tivesse aqui uma propriedade. Tarento amado nos tempos de Horácio como um aprazíve oc de férias (cf II. 6. 10) Com esta útima estrofe, o poeta reaça outra faceta do carácter de Réguo: a sua pavidez pernte a desgraça, ta como o sábio estóico
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Inocente, pelas faltas dos teus pais pagarás, Romano, enquanto não restaurares os templos, dos deuses os altares que ruem, e suas imagens sujas de negro fumo. 5
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Tu imperas porque inferior te consideras aos deuses Faz derivar deles o princípio, para eles o fim Os deuses, desprezados, muitos males enlutada Hespéria troueram Por duas vezes Moneses e a mão de Pácoro nossos ataques feitos sem auspícios repeliram, radiantes por terem acrescentado aos seus magros colares o saque. m guerras civis absorta, a nossa Urbe quase destruíram o Daco e o tíope, um temido por sua frota, o outro melhor em lançar setas. Gerações em culpa fecundas primeiro poluram as npcias, a famlia, as casas; desta fonte correu a desgraça, que se espalhou pela pátria e pelo povo. Regozijase a madura virgem ao arender os movimentos das danças jónias, agora já treinada na artimanha, desde a tenra inância planeando devassos amores
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Em breve, enanto bebe vnho o mardo, já ela amantes mas jovens rocra e não será nem ressa nem ao acaso, e, de les aagadas, sas robdas delícas há-de oerecer antes, s caras, ando lhe ordena evantase, não se a convnca do mardo, er or ela chame vendedor, er hspânco catão de navos, comrando caro a vergonha dea Não o destes as e nasce a jventde e co o sange únco o mar tng, e e baear e Prro, o grande Antíoco e o crel Aníbal o sm ma másca role de rústcos soldados, ensnada a revolver a gleba com a enxada dos Sabelos, e a transportar os troncos cortados s ordens da ãe severa, semre e o sol as sombras dos montes varava, e trava o jgo dos cansados bos, traendo a hora amga ao artr e se carro
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Qe cosa não destr o danoso teo A geração dos nossos as, or do e a dos avós, a nós, mas desreíves, nos cro, e em breve ma mas vcosa cea havemos de gerar
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Negro fumo O fumo acumulado pela cidade ao longo os anos. Hespéria A Ita (cf I 8. 6, n .) . Por duas vezes Isto é, alternadamente; cada um dos generais é responsável por apenas uma tória sobre os Romanos
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Moneses Em 7 aC, este proemiente general parto ouse a António, para pouco depois retornar ao exército pátrio, desta feita sob a protecção de Fraates Em 6 a.C , tónio lderou um ataque à Pártia; o seu ímpeto fo sustido por omens como Moneses, que ajudou a aniquilar duas legiões inteiras, lideradas pelo legado Ópio Estaciano Este foi mais um agravo a juntarse ao do desastre de Carras. Pácoro ambém ele um generl parto, foi fudamental para a vitória meda sobre o exército do legado Decídio Saa, em 0 a.C. , ago que permitiu aos vencedores tomar conta da Síria e de grande parte da sia Menor Dac e o Etíope: Para os Dacos, cf. I. 5. 9 (n ) Etíope é aqui depreciativamente usado como siónimo de Egípcio, restando daqui uma lusão ao eército de Cleópatra e António. Danças jónias As danças (à letra "os movimentos jónios) desta zona da Grécia eram consideradas indecentes. Prro Cf I 12. 0 1 (n) Para a batalha das as Egates, no conteto da primeira guerra púnica, cf II 12 2 (n. ) Antíoco: tíoco o Grande, rei da Síria de22 a 167 a.C. , restaurou o ipé rio selêucida, conquistando a rácia e depois a Grécia. Foi derrotado pelos Romanos em ermópias, em 1 9 1, e na Magnésia ídia, em 189. Junto deste rei procurou refúgio Aníbal, o cartaginês que por pouco não subjugou Roma Sabelos Segundo Nisbet e Rudd, povo samnita que habita no centro su da Itália, os preiros habitantes de Vnúsia, e não um povo sabino, como defendem lguns editores Carro Para o carro do Sol, cf. I. 22. 2 1 (n.)
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orqe coras séria por po r aqele aqele qe os lím límpidos pidos Favónios mal cege a rimavera rimavera e devolv devolverão erão rico com as mercadorias dos Tnios esse e jovem jovem de consane co nsane idelidade idelidade 5
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Giges Órico o levo o Noo e agora depois dep ois de srgirem srgirem as insanas esrelas da Cabra noies geladas geladas passa pas sa sem dormir em lágrimas lavado lavado Enano o mensageiro de sa inqiea anriã dizle qe ela ela Cloe de nome por po r ele ele sspira e infel infeliz iz arde em ogos ogos igais aos ao s es es e ena enaoo ardiloso de mil mil formas formas Conale como ma mler menirosa com alsas acsações levo o crédlo reo a apressar apress ar a more de Bleroone Bleroone caso demasiado Narra Nar ra como por poco po co ele ele ao Táraro nã nãoo o oi dado enqano por pdor pdo r de Hipólia de Magnésia gia gia insidioso avisao avisao com c om isóris ensinando ensinandoo o a prevaricar em vão! vão ! ois mais srdo do qe os rocedos rocedo s de de caro ove sas palavras palavras ainda ínegro ínegro no coração Mas cida para qe q e Enipe Enipe e vizino vizino e não agrade mais mai s do qe é jso
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or o não s s j j s ál o ur o co sor o rdo do Co d Mrt n nnué qu tão rádo nd o ro trusco xo Ml cu not ch Ml ch cs c s não o oss r r xo x o r r s rus o o so su unt unt títí; co qu tnts s s dur t c nxíl nxíl rnc. rnc .
Aséia Noe grego, de & (as, "estrela ) , sugerido sugerido ua beleza beleza sideral Favónios: Vetos do Oeste Tínios: ovo da Bitíia Bitíia (cf I 3 5 . 7 , ) , regiã regiãoo que desempehava desempehava um papel importate o coércio do Mar Negro Embora Bitíios e Tíios sejam a pricípio distiguidos pelo próprio Heródoto (cf I 2 8 ) , cedo passam pas sam a desigar um meso povo iges ersoage jájá presete e II 5. 20 ( cf ) , aqui ressoa como o ome do rei rei lídio Gig Giges, es, cuja história, história, arrada arrada em Heródoto Heródoto (I 8 1 2 ) , se assemeassemelha em algus poreores àquela qui sugerida, omeadamete om eadamete a relação com a her do rei Cadaules Noo: Veto Veto do Su Óico: Lugar costueiro de pas sage para que viajava do Oriete para a Itália Órico (hodieraete Erio) é u porto a costa do Epiro Insanas eselas: A Cabra é a estrela ais brihate da costelação do Au riga; riga; depois do seu surgir a eio de Setembro Setembro a avegação era iterrom iterrom pida pida O plural, " estrelas estrelas refer referes ese, e, segudo orfíri orfírio, o, às outras estrelas estrelas vizihas da costelação dos Cabritos, que acompaham de perto o seu ascieto O adjectivo, adjectivo, " isaas referes referesee à loucura metaf metafórica órica das tem pestades que surge esta altura do ao Cloe: ara ara o oe, cf cf I 3. 1 ( ) Peo: reto era o rei de Tirito uto dele procurou regio Belerofote, depois do hoicídio ivolutário de Belero (segudo alguas versões) Cotudo a ulher ulher de d e Preto, Esteebeia, eamorada pelo pelo seu hóspede, tetou seduzilo se grade resutado: o herói recusouse sempre por respeito ao atrião Coo vigaça Esteebeia levatoulhe falsas acusa
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ções, que fizeram com que o rei de Tirinto ordenasse a morte de Beero fonte, o que não chegou a suceder Para iterpretar o epíteto "casto dema siado , é preciso ter em conta que, apesar do discurso discurso directo, directo, é a pers pectiva do mensageiro qe prevaece: este ameaça veadamente Giges, se este recusar as investidas investidas amorosas de Cloe, a sua anfi anfitriã, triã, e por isso iss o aduz aida o mito de Peleu Peleu: Num dos episódos da vida de Peeu, este achouse refugiado na corte de Acasto, rei da Magnésia T como no mito da estrofe nterior, a mer de Acasto, Hipóta, enamorouse do jovem Como Como Peleu Peleu recusasse recusass e qquer tipo de reação, a rainha, despeitada, damouo dizendo que este a tentara vioar vioar Acasto, Acasto , procurando proc urando vigarse, vigarse, levouo ao monte Péon para ua caçada, acabando por o abandonar lá, escondendo a espada de Peeu enquanto este dormia Quando acordou, viuse rodeado dos terríveis Cen tauros; se não fosse Quíron, Quíron, o mais amigáv amigáve e dos centauros, centauros, que o savou da situação situ ação,, não poderia ter chegado a conceber Aquies, Aquies, e teria teri a sido enviado enviado para o Tártaro (o inferno inferno da mitooga grega) grega) Rochedos de Ícaro Ref Referênca aos rochedos bnhados b nhados peo mar de d e Ícaro (cf ( cf I 6, n) Enipeu: Nome dado a partir do rio Enipeu, na Tessáa Era costue dar a personagens person agens fictí fictícia ciass nomes nome s de ros ( cf Nisbet e Rudd Rudd,, a loc) Campo de Marte: Cf Cf I 8 4 (n) Rio Etrusco: O Tibre, Tibre, pois poi s nasce nasc e na Etrúria ara a títíbia, bia, cf cf 33 34 (n) (n ) Tíbia: ara
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Que faço faço eu, um u m soteiro, soteiro, na s caendas caendas de d e Março, o ue signifi significam cam as ores, a caixa cheia de incenso, incenso , e o carvão pousado pousa do sore so re o verde tufo, tufo, tudo isso perguntas admirado, 5
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tu, um perito nos diáogos das duas ínguas? É ue u e a Líero Líero um magnífic magníficoo anuete prometera, p rometera, e um ode ranco, ranco , uando ua ndo o gope gope dauea árvore uase me trouxe o funera funera ste festiv festivoo dia, dia , sempre semp re ue passe um ano , saltar fará fará a roha seada com co m a resina do pinheiro de uma ânfora ensinada a eer o fumo fumo no consuado consua do de uo uo Bee, Bee , Mecenas, Mecenas , cíatos cem, cem , pelo teu ieso amigo amigo e as candeias, mantémnas acordadas até ao romper do dia di a ue ue onge onge esteja esteja todo o camor e a ira Deixa, como cidadão, cidadão , de te aigir aigir com com a Ure caiu cai u o exército exército de Cotisão, o Dac, Dac , os Medos, encarniçados encarniçados,, com co m utuosas armas utam entre si, o Cântaro, veho inimigo da costa hispânica, tard e peas correntes correntes dominad dominado o é nosso escravo, tarde e já os Citas, desapertando seus seu s arcos, das planícies planícies paneiam retirar-se.
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O qe qer qe anste o povo roman romano, o, não te preocpes, preocpe s, popate, pop ate, cdadão prvado, prvado, e não te atorment atormentes es demasado coe, coe, fez, ez, os dons da hora presente p resente,, e dexa as cosas séras séras !
Qu e faço eu No rie Que rieiro iro dia de Março Março (calendas ( calendas de Março Março celebravamlia , ocasião em que as matronas romanas subiam ao monte Es se os Matronalia quo em direcção ao temlo de Juno Lucia a deusa que assiste aos ar tos. Mecenas o destiatário desta comosição admirase com o facto de neste reciso dia encontrar o seu amigo amigo orácio a rearar um sacrif sac rifício ício os Matronaia são reservados a mueres mueres como ele bem sabe ois na sua qua ldade de erudito versado em latim e em grego (as duas línguas, Mecenas conhece os ormenores etiológicos do ovo romano e as articuaridades de cada dia festio. orácio desfaz de seguida o equívoco: não são os Ma tronaia que ele celebra mas sim o facto de se ter salvado da queda de uma ávore na sua roriedade roriedade sabia sabia (cf ( cf.. II II 1 Caixa cheia de incenso: A chamada acerra caixa ou cofre onde se guarda o incenso usado us ado ara ara os sacrif s acrifícios ícios Para Para uma outra outra descrição descr ição de um sacif sac ifíci ícioo imrovisado reer I 9 (estrofe fial. Líbero É a este deus (Líbero é outro nome nome ara Baco Baco que orácio consa c onsa gra bode ois é este o deus da oesia e do vinho. vinho. Como os bodes des truíam amiúde as videiras acreditavase que o sacrifício de um destes animais agradaria agradaria a Dioniso Dioniso.. Beber o fumo: fumo: Os omanos acreditavam que o vinho ganhava qualidade quando guardado na desensa do telhado (apotheca), onde era exosto ao fuo. Tulo L. Volcacius Tu Tulus lus cônsu em a . C . segundo isbet e Rudd e não o seu homónio cônsu em 66 a.C. s Romanos etiquetavam os seus vinhos com o nome do cônsul em cujo ano o inho fora roduzido. roduzido . Cíatos: Para este est e vaso vaso usado ara ar a serr serr vinho vinho cf. I 9 9 8 (n. . Deixa como dado E m Março Março de 8 a.C a .C.. data ro rováv vável el ara ara este ode da das as diversas referências referências a camanhas de Augusto j á Mecenas tiha sido Cura tor Vrbis na ausência de Augusto Mecenas lbetad lbetadoo da sua nção de Curator foi adinistrador de Roma. É temo ois segundo segundo orácio de aroveitar aroveitar o momento resente na qualdade de cidadão rivado lbetado das exi gentes tarefas que a viagem do princeps lhe iôs. iôs.
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otisão o Daco Comandant daco, proalmnt drrotado por M Crasso Crasso (cf (cf. I 35 9, n. ). O s Med Medos os encarniçados encarniçados Rfrência Rfrência à rota d iridats contra Fraats (cf. L 6. 6, n) . ântabro: Cf. II. 6 (n.) itas Cf. L 9. 0 (n.).
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nquanto te agradava, nenhum outro jovem mais amado seus braços passava à volta de teu cândido pescoço, e oresci, mais ditoso do que o rei dos Persas 5
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"nquanto por outra não ardeste, mais que por mim, nem Lídia estava depois de Cloe, eu, Lídia, grande glória tive e oresci, mais famosa do que a romana Ília Sobre mim reina a trácia Cloe, versada em doces cadências, exímia na cítara; por ela não recearei morrer, se assim os fados pouparem minha amada "Incendeia-me, em mtua chama, Cálais, filho de Órnito de Trio; por ele duas vezes aceitarei morrer, se assim os fados pouparem meu jovem se uma antiga énus volta, cingindo-nos com seu brônzeo jugo, a nós ora separados; se a loura Cloe é posta fora, e a porta se abre para a rejeitada Lídia? "mbora ele seja mais belo que uma estrela, e tu mais leve que a cortiça, mas irascível que o raivoso Adriático, contigo adoraria viver, e de bom grado contigo morreria.
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Romana Ília Cf I 17 (n) Cálais filho de Órno de úrio nome Cálais faz embrar a personagem homónima que participou na Argonáutica ( cf Apolóno e Roes, I 13), o filho alao e Bóreas ; izse que o seu nome eriva e KÁÓç (kalos belo) nome Órnito sugere o som a passagem o vento, do verbo Õpvq. (oym; "agitar ), e é também citao na Argonáutica (I 07) Túrio é uma ciae do Gofo de Tarento, perto e Síbaris ( cf I 8 3 , n) Antiga Vénus Isto é, um antigo amor Brônzeo jugo Para o jugo como metáfora o amor, cf I 3 3 1 1
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Mesmo se a água do longínquo T ánais bebesses, Lice, esposa de um cruel marido, chorarias ainda assim, por me veres prostrado ante tua cruel porta, eposto aos Áquilos que aqui habitam 5
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Ouves como geme tua porta em resposta aos ventos, assim como o bosque no pátio plantado de tua bela casa, e como Júpiter no puro céu gela a neve que cai? Essa soberba, ingrata a Vénus, deia-a ou a corda acompanhará a solta roldana. Não concebeu teu pai tirreo uma Penéope inacessível aos pretendentes. Oh, e embora nem as prendas, nem as preces, nem a palidez de violeta tingida de teus amantes, nem o amor de teu marido por uma meretriz da Piéria te façam vacilar, poupa os teus suplicantes. Tu não és nem mais mole do que o duro carvalho, nem no coração mais terna do que as mauras serpentes. Este meu corpo não sofrerá para sempre tua soleira nem a água dos céus.
ánais Actuaente o rio Don nasce em Moscovo e desagua no ma de
Azov. Na antiguidade demitava o espaço geográico da Europa coni
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nando com o erriório dos Cias, provaveene a nacionadade desse "crue marido O argmeno simpicado é o segne mesmo se fosses ma mer bárbara, aida assim e deixarias comover comigo Lice: Nome grego, de (Lykê), forma femina formada a pair de ÀÚoç (lykos obo ) O se nome sgere cruedade Tua cruel pora Para os poemas do "ameno da pora (paraklausihyon), cf I , n Áquilos O "aquiões venos do Nore Ou a corda A rodana, jnamene como ma corda, é sada para evanar pesos se se arga a corda a rodana corre com ea Meaforicamene, o poea avisa Lice do segie ea em nas mãos o amor do poea, simboizado pea corda se ea se descra e arga o rodana, os senimenos do seu amane de saparecerão Penélope: A mher de Uisses, qe durane anos aaso os preendenes à sa mão, esperando o regresso do herói Piéria Região da Macedónia Nisbe e Rodd defendem que a referência a esa cidade sugere qe o marido de Lice esá de viagem, o qe jsiica a a são a Penéope e aos preendenes nos versos . Mauras Seenes: O nore de rica era conhecido no mundo anigo peas sas perigosas serpenes
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Mercúrio pois ensindo por ti o dóci Anon cntndo oveu s pedrs e tu trtrug perit em fzer ressor s sete cords tu que outror ne loquz ne grcios ers e que gor ig és dos teplos e ds ess dos ricos fz sor ritos os quis ide poss plicr os seus obstindos ouvidos. 0
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El qul jove égu de três nos pelos vstos cpos brinc e tee ser tocd desconecendo o csento itur ind pr os ípetos do rido. Contigo podes levr bosques e tigres e trss os céleres rios; e té os teus encntos se rendeu o porteiro do edonho átrio Cérbero ebor cem serpentes protej su cbeç seelhnte u Fúri e u repugnnte hálito e podridão ore n su boc de três língus. Até Ixon e Tício de á vontde rir e enqunto co teu doce cnto deeitvs s lhs de Dáno por u instnte ficou sec urn que segur.
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Que ouça Lide destas virgens o crie e o castigo conecido a água que se escapa peo fundo do pote vazio e os fados tardios que eso no Orc espera os cuados pias pois que pior poderia er feito ímpias fora capazes de atar seus esposos co o crue ferro. Apenas ua de uitas foi digna do faco nupcia co brio entindo ao pai perjuro virge nobre para todo o sepre; "Levantate disse ea ao jovem arido "Levantate ou u ongo sono te será dado por que tu enos tees; engana teu sogro e inas criinosas irãs que coo eoas procurando vites ai! u a u os vão diacerando Eu mais branda que eas não te eide ferir ne te farei prisioneiro.
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Sobre i que eu pai faça pesar cruéis correntes porque cemente poupei eu infortunado arido e que a i para os ongínquos capos da Nuídia nu barco e expuse. Vai para onde e evare teus pés e os ventos enquato a noite e Vénus te fore propícias vai sob bo presságio e no eu sepucro grava u aento em emória de nós».
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An/íon Anon e Zeto, seu irmão, são lhos de Zeus e de Antíope Enquto eto se dedicava à luta e à agricultura, Anon dedicavase à msica, numa ra oferecida por Mecrio Os dois constríram as muraas de Tebas, e em alguas versões do mito Aon atraía as pedras necessárias à sua constrção apeas com o som de sua msica (daí "cantando moveu as pedras ) Tartaruga Para a associação deste animal à lira, em ue funciona como caixa de ressonância, cf I 1. 1 (n) 7 Lide Para o nome, cf II 1 1 . 1 (n ) 3-4 ontigo podes orácio refere atributos mais característicos d e Orfeu (cf I 1. 71), do que propriamente de Mercrio O propósito é simples: che gar rapidmente ao ades, onde a atenção do poeta se centra nas Danaides, o mote deste poema Ixíon: Por ter assassinado o seu sogro, Ixíon incorreu na ira divina Zeus purcouo sem sucesso pouco depois o rei dos Lápitas tentou violentar era Como castigo, foi amarrado, no ades, a uma roda em chamas que eternamente girav Para Tício e o seu trmento no ferno, cf III 4. 77 (n) 3 Fihas de Dánao Referência às Danaides, as cinquenta filhas de Dánao, que fugiram com o seu pai do Egipto, ameaçadas pelos cinquenta sobrinhos de Dánao Uma vez em Argos, os rimos visitaramnas para com elas se casarem, e assim colocarem u termo à discórdia da famlia Nas bodas, porém, as Danaides, nsruídas por seu pai, assassnarm todo os seus respectivos maridos, excepto ipermestra, que poupou Linceu Este, porém, mais tarde, matou as Danaids e o seu pai, vgando os seus irmãos No ades eram obrigadas a recoler eternamente água com um recipiente (uma urna) furado, como castigo do seu terrível crie 34 Facho nupia imeneu, o deus do casamento, surgia sempre no dia das npcias acompanhado por uma tocha
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Inelizes aquelas jovens cuja sorte é não brincar ao aor ne as ágoas lavar co o doce vinho ou quase orrer co edo das chicotadas da língua do tio. 5
Aastate o alado lho de Citereia do teu cesto de lã Neobule aastate o esplendor de Hebro de ípara do tear e do teu gosto pelos lavores de Minerva assi que ele os ombros cobertos de azeite nas águas do Tibre lava cavaleiro melhor ue o próprio eleroonte na agiidade invencível de seus punhos e pés
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e igualente háb quando se assusta a anada e arreessar a lça sobre o veado que pelo campo aberto oge e rápido e surpreender o javali que no denso matagal se esconde.
Do tio Em Roma o tio patero por ascia o morte do pai é a pessoa da famlia qe mais activamete pode cesrar os comportametos das sobri has (cf. Horário Sátiras 2 2. 97; 2. . 88) , por qestões de heraças e de patrióio. O alado lho Cpido. Para Vés Citereia cf. L 4. 5 (.). Neobule: Nome sado a só vez por Horácio. O se ome do grego vÉo (neos e o� (buê), sgere algém qe tomo ma "ova decisão Hebro de Lípa Horácio dá por vezes o ome de rios (Hebro é m rio da Trácia) às sas persoages c I 7. 2 (.). Lípara é ma ilha da costa orte da Sicília (actete Lipari); a sa etimologia Lmxpó (iparos), s gere lgo relzete de óleo como o corpo de Hebro oleado com azeite prática comm etre os atletas ates de se lavarem.
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Minea Dusa igada aos avors fminos, nomadamnt à tcagm vindad romana adoptou sta caractrística da corrspondnt grga tna É u tópico comum na tratura cássica o da mr qu, domi nada por Eros, s distrai das suas ocupaçõs costumiras
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Ó onte de andúsia, mais respendente que o vidro, digna de doce vinho puro, e de ores: amanhã serteá oertado um cabrito, cuja testa, túrgida de cornos 5
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recémnascidos, se prepara para o amor e para a guerra, em vão: pois com seu rubro sangue tingirá tuas gélidas águas, este rebento de um lascivo rebanho A ti, não te pode atingir a atro estação da ardente Cancua: tu aprave rescura oereces aos touros cansados do arado, e ao vagante gado. Também tu te tornarás uma das ceebradas ontes, pois eu canto a ainheira em cima pantada de tua rochosa gruta, de onde dianam tuas murmurantes águas
Badúsia: A lozação desta fote tem sido largamete dsputada; segudo os ometadores atigos, aria a Sabia, provaveete prto da propri edade de oráio Segudo outros, fiaria o território do atual Sa Gr vasio, a 1 1 k de Veúsia. mbém aera do festiv a que ste poema faz referia á aguma otrovérsia; omummete, os ometadores referem os Fotaalia elebrados a 13 de Outubro, altura em que se laçavam o roas de ores às asets e fotes, fazedose iguaete sariíos de
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sangue em onra de Fons No entanto priipamente pea reerênia à Canía (que não oiide om a atura dos Fontanalia) Nisbet e udd i namse para outra ipótese os Neptunalia festivais eebrados a 3 de Juo origiente reaionados om as nasentes e não om o mar Canícula: A Canía que nase a 1 8 Jo mara a atura mais quente do ano. Uma das celebradas fontes: Fontes amosas omo por exempo a Casta ( III. 4 6) ou a Aretusa (na Siia omónima de uma Ninfa) ou iporene (no monte éion onsagrada às musas) .
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Até há pouco se disse, ó povo romano, que César o louro procurou ao preço da morte, mas eilo que vitorioso regressa, qual Hércules, da costa hispânica aos seus Penates. 5
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Que avance a esposa orgulhosa deste incomparável marido, e que os justos deuses honre com sacrifícios, junto com a irmã de nosso preclaro guia, e, adornadas com as fitas das suplcantes, com as mães das virgens e dos jovens recentemente salos Vós, rapazes, e raparigas que já conhecem seu homem, abstendevos de palavras de mau agouro ste dia para mim verdadeiramente festivo dos negros cuidados me há-de eimir não temerei nem a guerra civil nem a morte iolenta sendo César senhor da Terra Vai, rapaz, e procura perfumes, e grinaldas e um pote de vinho que se lembre da Guerra Marsa, se porventura algum jarro escapar conseguiu ao errante spártaco. diz à melodiosa Neera que se apresse em prender com um nó seus cabelos perfumados com mirra; mas se o seu odioso porteiro te causar tardança, vai-te embora
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o cabelo grislho apaigua o ânimo ávido ourora de querelas e violenas rixas; no consado de Planco, n a calor de minha juvenude, al afrona não haveria de permiir.
Até á pouco: Desde 7 no otaa Augusto à urbe: em 6 derou uma campanha contra os Cântabros (cf. II. 6. , n.), e pouco depois, em 5, caiu doente em Tarragona, para só regressar a Roma no Vero de 4 a.C.. No nosso poema, orácio ceebra o regresso de Augusto, de quem se receaa pea ida (proaemente corria o rumor de que ee tinha mesmo morrido) , como podemos er no segundo erso. Qual Hércule: A comparaço é a seguinte: t como ércues otou da ispânia (onde combateu o centauro Gérion) para a sua terra, a Grécia, as sim também otou Augusto da ispânia para a sua terra, Roma. Na época de orácio notouse um esforço de identificar o princep com este herói (cf. Vergíio, Eneida VI. 80 e s.), na sua quaidade de ciizador do mundo. A epoa: Líia, casada com Augusto em 39, com quem ieu mais de cin quenta anos. A sua irm é Octáia. Casou em c de 54 a.C . com Marceo, de quem eniuou em 40. Casou posteriormente com Marco António para se ar o pacto de rundísio; em 3, porém, diorciouse dee Fita da uplicante: A uitta era uma ta que cingia o cabeo das matronas romanas quando estas se dirigiam aos tempos para pedir ago aos deuses, ou para agradecer, como é o caso. Rapariga quejá conecem eu omem Se o teto é correcto (há muitos ma nuscritos que atestam a iço seguida) , as raparigas eram ainda noias dos rapazes que partiram um ano antes de Augusto chegar, e que agora, quando o princep chega, so já casadas e é a essas que orácio se dirige. Mas ta interpretaço no é minimamente satisfatória, peo conteto em que as paaras pueri e pueae costumam ocorrer neste autor, sugerindo rapazes e raparigas de tenra idade (cf, por eempo, I. ) . á quem leia non em ez de iam e portanto traduza por "raparigas que no conhecem o homem. Este é apenas um eempo das dificudades que por ezes a tradiço manus crita aduz. Guerra Mara Referência à Guerra Socia (9 87 aC ), que opôs Roma aos seus aiados itáicos. O primeiro poo a insurgirse contra o poderio ro mano foi de facto os Marsos, daí o nome dado por orácio à guerra.
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O principa comandnte das tropas itálicas, Q ompédo Silão, era igual mente marso. Os itálicos, altamente organizados (com u senado, capital e moeda próprias), causaram aos Romanos dissabores semeantes aos de Canas. Foram derrotados pelos Romanos com dificuldade, auiados pela Etrúria e por mercenários bárbaros. Espátaco: O famoso gladiador que liderou a reolta dos escraos, a custo contida por Roma, entre 73 a 7 a. C. . As suas tropas, que chegaram a atin gir os sessenta mil elementos (de ersas origens), foram derrotadas por Crasso em fais de 7, na Apúla. No no segnte, ompeio derrubou o útio reduto do contingente de Espártaco. A terrível guerra deiou porém, marcas no povo romno. Neea: Do grego NÉapa (Neaia), proavelmente um nome composto a partir de vÉoç (neos, no) sugerindo assi uma mulher joem. É um nome comu de cortesã lanco: L Munatius ancus, cônsu em 4 e 41 (cf. L 7. 17, n.) , na ltura da btala de Filpos, em que orácio participou (cf II 7 , n.).
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Mher do pobre bico, põe de vez um im à tua devassidão e aos teus escandalosos esoros: agora mais prima de teu iminent uneral, 5
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deia de danar entre as virgens e de espalhar o nevoeiro sobre a luz dessas estrels O que a Floe convém, Clris, não é decene para ti: é mais correcto que tua lha dos jovens as casas tome de assalto, qual tíade ecitada pelo bater do tímpano É o amor de Noto que asciva a leva a brincar como uma cabra-montês A ti, velhota, ica-te bem a lã cortada perto da nobre Lucéria: não as cítaras, nem a or púrpura da rosa, nem os barris bebidos até à borra
Íbco: nome faz lemba o poeta acaico gego homónimo do séc. aC coecido pelos seus compotamentos libetinos "Pobe sugee não só in feicidade como também pobeza mateial, motivada pelos gostos ispendi osos da mue. Fóloe seu nome deiva a montanha homónima peto de lis e da Acá da Esta pesonagem suge igalente em I 3 3 7
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ór: Para o ome, "A Pálda , cf. II. 5. 18 ( .). Não é de deprezar o faco de Clór er ambém o ome da mãe de Neor, o que ugere ua muler já muo vela. ade: Para ee ome dado à Bacae, cf. II. 9 9 (. ) . Para o mpao, aocado ao culo de oo, cf. I. 18 13 (. ). Noo o grego vóo (nohos), "fo legímo . Lucéria: Cdade da Apla, regão celebrada pela qualdade de ua ã.
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Uma brônzea torre, sólidas portas de carvalho, e a sinistra sentinea de cães de guarda assaz teriam protegido a prisioneira Dánae dos amantes nocturnos, 5
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se de Acrísio Júpiter e énus não tivessem rido, o aterrado carcereiro da recusa virgem, pois sabiam que um seguro caminho se abriria ao deus em ouro transformado O ouro adora passar por entre os guardas e deitar abaio as pedras, mais poderoso do que o gope do trovão Pelo lucro se arruinou a casa do argivo áugure, esmagada pea desgraça; com ofertas, arrombou o homem macedónio as portas das cidades e seus reis rivais minou as ofertas amarraram cruéis capitães de navios A fome por mais e a inquietude acompanham a fortuna que cresce Fiz bem em ter horror de à vista de todos evantar a cabeça, Mecenas, glória dos cavaleiros A quanto mais se negar o homem, mais dos deuses receberá Procuro nu as murahas dos que nada desejam, e anseio por deiar, qu desertor, as eiras dos ricos.
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Daqlo qe despreze so mas loroso senhor do qe se a ama vesse de esconder os celeiros do o qe o aável Aplo lavra m pobre enre anas rqezas De pra áa m rbero de pocas jeras m bosqe e ma sera é na mina colea: do sso escapa a omem qe sobre a érl rca o se poder rrada na sore so mas eliz E embora nem as abelhas da Calábria me raam mel nem nveleça me vnho nas ânoras dos esríones nem cresçam para mm espessos veos nos pasos da Gália de mm esá lone a mporna pobreza e o qe mas qsesse não e nearias a dar erando o desjo aço melhor em esticar o me peqeno rendimento do qe se nr o reno de Aiaes aos campos da Midónia Àqeles qe mio pedem mo ala Esá bem aqele a qem o des com ral mão o sciente doo
Dánae Acrísio rei de Argos tendo sabido por um oráculo que seria morto peo fo de sua filha ánae aprisionoua numa torre fortemente giada Zeus porém enamorado pe jovem (daí a referência a Vénus no v 5), desceu sobre a torre numa chuva de ouro = "o deus transformado em ouro) e possuiu ánae que deu à lu Perseu. Este ltimo cumprindo o oráculo acabou mesmo por matar acidentente o seu avô Acrísio. Argo áugure: Subornada por Polinices Erifie esposa de Anfiarau convenceu o seu marido a participar numa expedição contra Tebas "os Sete contra Tebas algo a que ee se recusava pois na sua qualidade de
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adinho sabia quais as funestas consequências da sua participação na guerra a sua prpria ort, a da sua esposa, Erie, e a de seu fiho, Alcéon Homem macedónio Fiipe II da Macedónia, pai de Aexandre o Magno guas das suas conquistas for atribuídas a subornos Apúlio abitante da Apa, terra natl de orácio Abelhas da Calábria Mais precisaente de Tarento (que antigaente pertencia à Caábria) , terra famosa pelo seu e e viho (cf II 6. 4 e s) Lestrígones iziase que este povo referido na Odisseia (cf X. 80 e s) habitava na zona de Fórias Est região, na costa sul do Lácio, era afada pelo seu nho, coo podeos ler e I 0 Gália Referência à Glia Cisalpia, afaada pea quaidade de suas lãs Aiates Rei da Lídia, pai de Creso, era conhecido pela su enore fortuna Migdónia A Frígia O noe deriva de Mígdon, o noe do lendário rei da Frígia (cf II . , n )
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Élio, nobre descendente do vetusto amo (pois é dele dizse o nome dos primeiros âmias e toda a descendência de seus netos pelo registo dos fastos 5
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a sua origem conhece neste antepassado, de quem se diz ter sido o primeiro rei das muralhas de Fórmias e de íris, que banha a costa de Marica, senhor de um vasto território), aanhã, uma tempesade pelo Euro lançada o bosque cobirá de numerosas folhas, e a costa de inúteis algas, isto se a gralha não erra, velha profetisa da chuva Enquanto podes, ajunta lenha seca Amanhã, com teus escravos libertos de tarefas, teu Génio reconfortarás com vinho puro e com um leitão de dois meses
lo Muito provaveente L. Aeius Lamia (cf. I 6 8, n). Lam: Rei endário dos Lestrígones, associados à terra nata dos Lâmias, Fórmias (cf III 6 3 4 n ) . orácio sugere que o cognomen Lâmia conhece a sua origem neste lendário rei; o tom é, porém, irónico; os Lestrígones eram conhecidos por serem canibais Fastos Caendário oficia onde se registavam os dias sagrados, os nomes dos cônsues e os triunfos. Factos mitoógicos não eram aqui registados, esta é apenas uma nota de huor por pae de orácio.
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Fórmias Líris Mari Fórmias fica a cerca de catorze quilómetros do estuário do rio Líris, que desagua no mar através dos pântanos de Mintur nas. Aq havia um templo e u bosque sagrado em honra da deusa Ma rica, que Vergíio (cf. Eneida L 47) z ser a mãe do rei Lato e muer de Faun. Marica foi também identificada com Circe divizada. Euro Vento que sopra de Este. Gralha O grito da graa era, entre os antigos, considerado prenúncio de chuva. Segundo a lenda, a grala viveria nove gerações huanas (daí ser vela profetisa ; cf. ainda I 1 . 25). Génio Os Romanos acreditavam que cada homem tinha o seu próprio Gé nio, ua dividade semelhante ao daimôn (aÍWV) grego, que com ele nas cia. Especialmente nos dias de aniversário (parece pois que orácio celebra aqui o dia de anos de Lâmia, o chamado genetlaco), era oferecido a este di vindade um sacrifício, embora não de sangue, como sugerido no nosso texto. Considerando que o Génio de cada u se confunde com o próprio sujeito, talvez o poeta esteja apenas a convidar o seu amigo a ter u bom re pasto, com que gratifique o seu génio pessoa.
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Fauno, amante de fuidias Ninfas, docemente avança pelos meus muros e ensolardos campos, e ao partir sê benévolo com as pequenas crias, 5
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se todos os anos um tenro cabrito te sacrifico, se vinho em abundância não falta na ânfora companheira de Vénus, e se muitos incensos ardem no velho altar Brinca no ervoso campo todo o ado, quando as Nonas de Dezembro para ti reressam a povoação em festa nos pastos vaa junto com o ocioso boi, erra o lobo por entre audazes cordeiros, a oresta suas arestes folhas para ti espalha, e o cavador alera-se em bater três vezes com o pé na odiada terra
Fugidias Ninfas: São proverbiais na mitoogia as investidas de Faun (neste caso assiiado ao deus arcáco Pã) sobre as Ninfas, procurando satisfazer o seu insaciável apette sexua As Nfas procuravam sempre grhe, daí o epíteto "gidias . Nona de Dezembro: O poema celebra os Faunalia (segundo Nisbet e Rudd, embora não haa muito consenso acerca da festividade a que Horácio aqui aude), ceebadas a 5 Dezembro, agradecendo a protecção outorgada por
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Fauno aos ebanhos. Estas festas têm caacteísticas semeantes aos uper caa (celebados a 1 de Feveeio) Povoação: Provavelmente Mandela (cf II 13 4 n Cavador: O cavado, que duante o ano teio tabalha a tea (daí ela ser odada po ele) , alegase agoa em dançar neste dia festivo.
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Os anos que isam enre naco e Coro, que pela pária não receou morrer, e a esirpe e Éaco, e as guerras ravaas juno a sagraa lion, uo isso nos conas; mas quano ao preço com que compraremos o jarro o vinho e Quios, sobre quem aquecerá a água com o fogo, em que casa e a que horas escaparei ese frio peigno, nem uma palavra. 0
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Servenos vinho, rapaz, epressa! Servenos, pela lua nova! Servenos, pela meia noie! Servenos, peo áugure Murena! Preparamse os copos com rês ou nove cíaos, ao goso e caa um Quano ao vosso aoroao poea, que as ímpares musas ama, rês cíaos vezes rês háe peir e ocar em mais e rês a Graça com suas esnuas irmãs nos proíbe, por recear as xas. Agraame ensanecer Porque cessa o sopro a íbia e Berecino Porque penuraas na paree se calam a siringe e a lira Oeio mãos avaras ! Espaha as rosas! Que ico ouça invejoso ese emene baruho, e a nossa ma casaa vizinha, esposa esse veho ico
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A ti, de brihate e espesso cabeo, a ti, Téeo, seehate pura Estea da Tarde, te procura a tepestiva ode; a i e icedeia o eto ao de iha Gcera
Ínco Paa o ei cf. II 3 (n. ). Este ei deteminava nomente o pin cípio das conologias. Sugeese assim qe o amigo de Hoácio está peoc pado em compo uma conologia em vez de se ocupa do banqete pó ximo algo que o poeta citica. Codro: O último ei dos Atenienses. Seguindo oáco de Deos sacifi cou a pópia vida paa que o seu povo saísse vitooso conta os Espatos. A sua morte ea iguente uma bliza importante nas conologias. Este de Éco aco c 3 22, n.) Pe Aqles e Neoptólemo; os dois úl timos participaam na guea de Tóia (on) de que se fala no veso sente. Vnho de Quos Vinho especialmente celebado na antiguidade (cf. Plínio oVelho 4, 73 ) Águ com o fogo Segundo ps.con a água ea aquecida paa depois a mistua com o vinho. egno: O povebial fio dos país dos Pelignos no ve de Corfínio odeado pelos Apeninos. Á ugure Muren: O poema celeba a nomeação de um certo Muena a áu gue. Ou se tata do mesmo Licínio Muena de II 0 (cf. II 0 , n.) ou do seu imão A. Teentius Vao Muea cônsl em 3 a.C. substituído pouco depois. Nisbet e Rdd defendem esta úta hipótese. Grç: As tês Gaças (as gegas Cáites) Eufósina Taa e Aglaia acompa nham nomlmente Dioniso nos banqetes e aí desempenham um papel modeado. Tíb de Berento A tíbia fígia descita a nota a I 8 4 Srnge Paa esta auta de Pã cf. 7 0 (n.). Lco Hoácio enveeda agoa pelo topos do vizho ezingão que inveja a felicidade e a legia expeimentada pelos jovens no banquete. Lico é m nome genuamente gego sugeindo um lobo (ÀÚKoç ykos) solitáio. Tée/o Paa o nome "o qe bilha ao loge cf. I 3 2 (n.). Tempest Rode Dizse que Rode é tempestiva em tempo) pois tem a idade ceta paa Télefo. O nome Rode vem do gego óõov rhodon) "osa. Gícer Paa o nome cf. 9 5 (n.).
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Não vês, Pirro, uão perigoso é perurbar as crias de uma geúlica leoa? em depressa de sangrentas luas ugirás, pusilânime rapor, 5
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uando ela, uma mulidão de jovens aasando, reclamar vier o seu belo Nearco Grande duelo! Quem omará o maior saue, u, ou ela? Entreanto, enuano uas ágeis echas sacas , e ela seus temíveis denes aia, diz-se ue o árbiro dese combae sobre a palma já pôs o seu pé nu, rerescando numa doce brisa o seu ombro por onde os perumados cabelos se espalham, semelhante a Nireu, ou àuele ue rapado oi do da éril em água
Pirro O mascuio de Pirra (cf. I 5 . 2, .); sugere aguém de cabeo averme ado ou ruivo. 2 Getúlica leoa Para a Getúia, zoa cohecida peos seus ees, cf. I 2 9 (.). 6 Nearco Nome grego formado a partir de vÉoç (neos "joem ) e àpóç (ar chos "chefe). O árbitro deste combate Nearco é o rbitro porque a decisão fa ser sempre dee. Mas a sua indifereça por esta uta é bem vsíve; em vez de acompahar com iteresse a bataa que por ee travam Pirro e a muer, etregado o fi a pama (símboo da itória) a quem coseguir einar o seu adversrio, prefere pisa, como sa do seu desdém por esta uta.
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Ó comigo nascida no consulado de Mânio, tragas tu queias ou diversão, rias ou loucos amores, ou ainda o sono fáci, 5
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seja qual for o nome com que guardas o selecto Mássico, desce daí, ó amáve ânfora, dign de ser servida num dia propício é que Corvino manda traer os vinhos mais suaves Ele, apesar de embebido nos diáogos socráticos, não será tão sisudo que te despree até a virtude do velho Catão assim se conta amiúde se aquecia com o vinho puro u por um momento doces tormentos traes aos duros corações Tu, com o aegre Liu, as angústias dos sábios revelas e os seus secretos pensamentos. u devolves a esperança s amas ansiosas, e ao pobre dás força e coragem depois de te provar, ee não treme perante as iraas coroas dos reis e as armas dos sodados. A ti te fará durar Líbero, e Véns, se fei a ós se juntar, e as Graças, entas em desatar seu nó, e as vivas candeias, até que Febo, voltando, em fuga ponha as estreas.
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Mânlo: L Malius Torquatus, côsu m 65 a.C., o ano d ascmto d orácio. Seja ual /r o nome Ests vrsos, d diícil itrprtação, stão imbuídos do stilo híico, mbora com um tom iróico, uma vz qu o dstiatário (o rcipit...) da od é uma âora (testa) Nos hios, ra comum ivocars o dus com o om ou pítto apropriado à situaçã, ou salvaguardars d ão o tr ito corrctamt, dzdo algo como " como qur qu quiras sr chamado (c. Cântco Secular, v. 15 16) . Nst caso, orácio podrá s tar a rrirs aos dvrsos noms grgos compostos com qu Dioniso, o dus do viho, ra cohcido (crca d 98, sgudo a Antologa Palatna, 9. 5), como o "O qu Gra Brigas , "O qu Cura as Mágoas, tc. Para o vi ho mássico, c I 1 . 9 (. ). Desce da A âora dsc pois stá guardada a dspnsa do sótão (c. 8 1 1, n.). Cono M. Valrius Mssalla Coruus, nascido m 6 a.C., por tal co tmporâo d orácio, oi um homm muito unt qur na política qur na tratura. Combatu m Filipos m 42 a.C. , plos rpublicanos, mas mais tard passou para o lado d Octaviano, por qum participou a batalha d ccio. Em rtud d tr obtido a simpatia do prnceps logrou uma car rira poítica vjávl; oi côs m 3 1 a.C ., oi áugur m 30, clbrou m 7 um triuo sobr os Aquitanos, oi, mbora por pouco tmpo, prae/ectus urb (magistratura qu outorgava ao prito o podr d mantr a ordm na cidad) no ao d 6 a.C. No domio da litratura, distigius pla sua xímia loquência plas suas lgias; nnhuma obra complta d nos ch gou. A par d Mcas oi dos maiors patroos da itratura augustaa, ao su círcuo litrário prtciam oms como Tibulo. Cato: C. 1 5 . 1 1 (n .) Leu: Dus do viho. O su nom, d Úw (lyô "librtar ) sigica "aqul qu dsprd, qu solta , sibolizado o podr ibrtador do viho, pr st também o om Líbro (d lber, "ivr) Graas: C. . 6 (n ) . O "ó, sgudo a maioria dos comtadors, rpr snta o laço idissolúvl qu un as três Graças. Febo: Fbo, "O Brilhat, pítto d Apolo aqu idntiicado com o Sol; ou sja, o baqut hád durar até ao raiar do sol.
ODS II I
Virgem guardiã dos montes e dos bosques tu que ouves três vezes chamada as raparigas em trabalho de parto e as arrancas à morte ó deusa de três formas que teu seja o pinheiro que se eeva sobre miha via e que eu feiz te ofereça competado cada ano o sangue de um eitão que por agora pratica suas obíquas arremetidas
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Deusa de trs formas Esta pequea ode é um hio à deusa Diana Etre as suas várias virtudes o poeta salieta a sua protecção sobre os bosques e sobre os partos, papel que partilha com Juno ucina (cf III 8 15, n ). O epíteto " triforme alude ao poder que a deusa exerce sobre o Céu (pois Diana é idetificada com a ua), a Terra (ode se chama Diana), e no ades (ode é identificada com écate). Vila: Cf II 3 . 8 ()
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Se para o céu voltares a palma de tuas mãos, rústica Fídie, quando nasce a lua, e se aos Lares ofereceres incenso, o grão deste ano e uma ávida porca, 5
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nem a fértil videira sentirá o nocvo Áfrico, nem a colheita a estéril ferruge, nem as tenras crias a estação funesta em que o ano dá seus frutos E porque a destinada vítima, que ora pasta no nivoso Álgido ente carvalhos e azinheiras, ou nos albanos prados cresce, com seu pescoço háde tingir os machados dos pontífices, a ti não te compete com o muito sangue de ovelhas de dois anos entar esses pequenos deuses, coroando suas imagens com o rosmaninho ou com o frágil mirto E se uma mão vazia tocou no altar, que aplaqu os ofendidos Penats com o sagrado trig e o crepitante sal pois mais mável nã será por trazer sumptuosa vítima.
File: Do grego
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Lares Deuses protectores da casa Novo Áfr O vento frico ou sioco, que sopra do Norte de frica (su doeste), era considerado mau quer para a vegetação, quer para os anais, daí o seu epíteto pestles, pestfero, que traz a peste, nocivo. Ferrugem Ferrugem ou mldio é o nome dado à doença causada por ngos, que atacam diversas pantas, toandoas ao prcípio da cor da ferrugem Estaçãofunesta O Outono, particuarmente nocivo peos ventos que arrasta consigo, que traziam doenças, entre as quais a então desconhecida maária (trnsmitida peos mosqutos) Cf iguaente II 4 5 Álgdo Montanha no Lácio cf I , bano referese a uma zona montanosa a sdoeste de Roma Pequenos deuses Dizse porque as imagens ds deuses Lares, que prote giam a casa, eram iteraente pequenas
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mbora mais rico do que os Á rabes e seus tesouros, do que a ndia e suas riquezas, com ormigão cubras todo o Mar Tirreno e o Aplio, 5
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se verdade que a cruel Necessidade seus adamantinos cravos nca nos mais altos telhados, então do medo não libertarás teu coração, nem dos laços da morte a tua cabeça Os Citas das estepes, que por tradição nas carroças transportam suas errantes casas, vivem melhor, e os austeros Getas, que livres rutos e cereais cutivam
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por hectares sem ronteiras, nem lhes agrada ctura mais longa que um ano um outro igual na sorte a quem terminou sua labuta dará descanso
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Lá, a madrasta gentil poupa os enteados, rãos de mãe, e a mulher segura do dote não tiraniza o marido, nem se entrega ao meloso amante O seu maior dote a virtude paterna, e o irme compromisso da castidade com que receia outro homem. Pecar sacrilgio, o seu preço a morte
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Oh qum qur qu dsj pôr um fim nstas ímpias chacinas nsta loucura civil s procura qu na bas d suas státuas gravado sja "Pai das Cidads qu ous rfrar a indómita dvassidão clbrado para a postridad pois oh o sacrilégio! invjosos a Virtud odiamos nquanto viv afastada d nós a procuramos
D qu val trists lamntos s a culpa plo castigo não é cifada? Qu podm fazr vãs as lis sm costus s nada pára o mrcador
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nm o calor ardnt qu part do mundo crca nm as trras confins ao óras nm as nvs gladas sobr o solo s xprimntados marinhiros os horrndos mars vncm s a pobrza considrada a supra vrgonha ordna qu tudo s faça sofra o trilho da árdua Virtud abandonando?
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Ao Capitólio ond clamam os aplausos favors do vlgo ao mar mais próximo lancmos as gmas as pérolas o inút ouro
matéria do al suprmo s d facto d nossos cris nos arrpndmos. Urg rradicar os p rincípios do dpravado dsjo as almas dasiado brandas
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é prciso forar com studos mais svros. O inábil rapaz nascido livr não sab mantrs firm no cavao tm caçar conhc lhor o jogo do troco grgo
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io o covir, ou, prfrir, o o proibio pl li, poi já o pi, o u fl palvr, rolv o irmão, o ócio, o hóp, pro m motor ihiro pr um imrcio hriro Sim, ot crcm u riqu m mpr qulqur coi mi lh há- fltr
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Necessdade: Para a ixidez da Necessidade, meaorizada nos seus cravos e pregos, c. I. 3. 80 (n. . Cas: Para ese povo, c I 9. 0 (n. ). Getas: Povo que habiava enre o Danúbio e o Borísenes, vzho dos Dacos. Pa das Cdades: exo alude discreamene a Auguso, cujo íuo Pater Vrbum (Pai das Cidades) parece aqui um equivaene ao íulo de Pater Patrae (Pai da Pária , nesa aura ada não usado ociaene pelo imperador (oihe oicialmene aribuído somene em aC.) As reormas sociais, especiaene as leis de 8 a. C. , são aqui visadas: a lex Iula e marand ordnbus, que obrigava ao casameno a parir de cera idade, apicando san ções a quem não osse casado e dando beneícios a faílias numerosas (como esraégia para combaer as perdas de população das sucessivas guer ras do século I a. C. ) e a lex Iula de aduers coercends, que preendia coner a crescene promiscuidade e desrespeio peos aços do mariónio que se aziam noar nesa époc embora ais leis ainda não ivessem sido promulgadas quando esa ode oi composa, a verdade é que já se "preparavam (daí o conjunivo audeat, "que ouse , no v. 8). Bóreas: eno do Nore. Crmes: crime da guerra civi de que ambém ala o v. 6 (cf. I ). Troco: ogo grego (tpoó) que consisia em azer rolar um aro de meal com uma vara de erro.
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Para onde me roubas, Baco, a mim pleno de ti? Para que bosques ou cavernas velo me leva este novo estado de alma? Em qe grutas e ouvirão ensaiar o cântico 5
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da eterna glóra do egrégio ésar, nas estrelas colocado e no concílio de Júpiter? Algo novo e insigne cantarei, algo nunca antes dito. Assi como no alto das montahas sem dorir a Évia atónita cotempla o ebro, e a Trácia com neve brihando, e Ródope por bárbaro p trilhada, assim também a im, errate, me apra mrar as margens e os bosques solitáios. Ó senhor das Náiades, e das Bacantes, que nas ãos têm a orça de vergar os mais atos rexos, nada de pequeno ou de baixo estilo, nada de mortal direi É um doce perigo, ó eneu, seguir o deus que a testa cinge com o rao verde da videira.
Éva O mesmo qe "Bacante de o "Evoé o grito das Bacantes. Hebro: odiernamente o rio Maritza um dos grades rios da Trácia. Mito ogicamente tornouse conhecido por ter sido nas suas margens que as Mé nades esquartejaram o corpo de Orfeu.
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OD S II I
Ródope: Grande cordhera stuada no norte da Tráca (hoe Despoto Dagh) A expresso "bárbaro pé referese anda às Bacantes e no aos Trá cos em gera Náiades nfas do eemento qudo esto assocadas enquanto nnfas ao corteo báquco ( cf II. 9. 3 ), pos foram eas que craram Donso no monte sa Leneu Outro nome para Baco a pa do grego AvaL (Lna de À�voç (lênos, "vaso de vnho) que desgna no o deus mas as Bacantes "Leneas era também o nome dado ao festva donsíaco ceebrado no mês de Janero
ODS II I
Até agora no amor fui idóneo soldado, e campanha fiz não sem glória; agora, as armas e o bárbito, que terminou sua guerra, guardará esta parede 5
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que o lado esquerdo de Vénus marinha protege. Aqui, colocai aqui as luminosas tochas, os pés-decabra e os machados que ameaçaram as portas fechadas. Ó deusa, senhora do bem-aventurado Chipre, e de Mênfis que não conhece a neve sitónia, ó rainha levanta bem alto o teu chicote e fere uma vez só a arrogante Cloe.
Idóneo soldado: Est pquno hino stá imprgnado, dsd o prcípio, do ocabuário da miliia amoris a campanha do amor), tópico da posia l gíaca m qu o pota compara o amor a uma dura campanha militar. Com st tópico, Horácio combina o da renuniaio amoris rnúncia ao amor), m qu o pota abandona o amor. Bárbio: Para o istrumnto, cf. I . 33 34 (n.). Esa parede: Era cost otar ao dus da profissão xrcida nst caso Vénus, pois a profissão do pota é o amor) os objctos com qu s dsn o a actiidad nst caso o bárbito), pndurandoos no su rspctio tmpo. Isto sucdia quando s abandonaa a actiidad, ou quando s tinha sobriido a aguma sgraça cf. I. 5 3 6) . ado esquerdo Sgundo ags comntadors, porqu o ado squrdo é protgido po scudo, qu o bárbito simboza na prsnt rtórica amo
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OD S II I
rosa Segundo Nsbet ( discordando de Rudd) poderá aqui haver uma referência ao tempo de Mens construída paredesmeias com o tempo de Vénus no Capitólio. Vnus mrinh: Dizse que Vénus segundo agumas versões do mito nasceu da espua do mar. Aqu; cloci qui: Sugeremse aqui as cursões nocturnas do poeta à casa da sua amada procurando arrombar a porta. Mên/is: Cidade do Egipto perto da Cairo onde rodte tinha um tempo O lca proverbiamente conhecido peo seu caor contrasta com a neve da Trácia = Sitónia)
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Os pios que os condua o pesságio de ua couja epetindo seu gito ua gávida cadela ou ua ula loba coendo peos capos lanuvinos abaixo e ua cheia aposa 5
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e que logo ua sepente lhes inteopa o cainho com seu asteja oblíquo de echa ateoiando os póneis Eu povidente áuspice daquela po quem teo antes que a ave poetisa das iinntes chuas paa os estagnados pântanos volte co ua pece despetaei o áugue covo voltado paa o so nascente Po i sê ei onde desejes e de nós lebate sepe Galateia que ne um pica-pau vindo da esqueda ne ua eante gaha te ipeça de pati Mas vê co quanto tmulto se agita o inclinado Oíon! Conheço bem coo se copota o sobio golo do Adiático e quais as altas do avo ápix Que seja as lhees e ilhos de nossos iniigos a senti os ocultos ovientos do Austo que se levanta e o ugido do nego a e as agens teendo vegastadas peas ondas
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i tabé confiou Euopa eu nveo copo ao doloo touo, e deteida epaldeceu peante u a fevilhando de onto, e peio que co ela e cuava inda há pouco no pado colhia oe, eeaa ateã de inalda Nina votada, e aoa na buxuleante noite ai á não via do que onda e etela. Ela, ai que podeoa Ceta cheou da ce cidade, die "Oh filha abandonou o noe pateno o epeito foi vencido pela loucua De onde, e paa onde vi? Ua ó ote é leve paa a culpa da vien e depeta choo u hediondo cie? Ou ainda pua e inocente, coio binca luóia imae, que fuindo pela pota de mafi oa condu eu onho? Foi elho pecoe lonínquo pélao, ou cole feca oe?
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Se alué e entea ee infae novlho, efoçaeei na inha ia po daceálo co ua epada, e po defae o cono dee onto aado ainda aoa Ipudente, abandonei o pátio Penate Ipudente, faço epea o Oc. Oh, e alu do deue e ouve, peço-te, toaa que nua ee po ente o leõe nte que a hoenda ecua toe conta de inha bela face, e ecoa o uco deta tena pea, queo, fooa, e pato de tie
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Vi Europa , urge meu pai, lá longe, porque tardas em morrer? Podes quebrar teu pescoço, enorcandote neste reio com a cinta que elizmente te seguiu, ou, se te agradam os penhascos e os rochedos, mortalmente aiados, vai, coniate a uma veloz tempestade! Ou preeres tu de sangue real, iar até à morte a lã de teu dono,
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ser sua concubina, e escrava de sua bárbara esposa? Junto de quem assim se queiava estava Vénus, peridamente rindo, e seu ilho com o arco desapertado. Depois, quando já o suiciente se tinha divertido, disse: Deiarás de parte a ira e qualquer ogosa resistência, quando o odiado touro te vier dar os cornos para que tu os desaças Não sabes, mas és já mulher do invencível Júpiter Deia os soluços, aprende a suportar o teu grandioso destino parte do mundo terá teu nome."
De uma coruja: Não se sabe ao ceto que ave é a parra tratase provave mente da coruja. O poema iniciase dando vários exempos de maus pressá gios que deverão conduzir o camiho dos que não respeitam os deuses (ímpios) Para os Romanos aém da observação das aves do seu voo e do seu canto os chamados pedestria auspicia (os auspíos pedrestes) eram tam bém crais para a arte da divação Estes incuam a observação de rapo sas obos serpentes cavaos e agus outros aias quadrúpedes. Campos lanuvinos Lanúo é uma ocaidade situada nua coina a cerca de 32 k de Roma. Por ea passava quem quer que viajasse na Via pia para Brundísio (Brindisi) destio de quem quisesse seguir para a Grécia
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Póne Os Romanos usavam póneis fortes e velozes (origários da Gália) para puarem as suas carruagens Ave profetisa A gra (cf III 7 , com n ) Áugure coo Festo ( 97M = 4L) apresentanos a segute distinção entre dois tipos de aves: "as aves osines são aquelas que forecem auspícios por meio do canto, como o corvo, a gralha e a coruja, e são aves ates aquelas que oferecem auspícios por meio do seu voo, como o busardo, o o frango, a águia, o pigargo e o abutre Galateia A personagem, provavelente fictícia, sugere o nome de uma das Nereides, ninfas dos mares Propércio I 8. 7 e s) usara já o ome Galateia num outro propemptikon (para este género de composição, cf I 3 . 6 n), pedindo a esta Nnfa a sua protecção numa vagem "Galateia vem do grego yá (gala "leite), sugerindo assi a alvra e pureza de uma mulher nclinado Oríon A constelação de Oríon começa a declinar no iníco de Novembro, altura em que tinham início as grandes tempestades Alvo ápix Dizse que é "alvo porque sopra as nuvens e deia o céu claro O Íapi é o vento que sopra de Nordeste, vindo da Iapígia (cf I 3. 4, n) O Austro é o vento do S Europa O poema toma a partir deste verso um outro sentido, narrando o mito de Europa, fa de Agenor e de Telefaassa Zeus, enamorado desta prcesa, transformouse num touro de rara beleza e veio para junto de Eu ropa Ela, maravada por tamanha beleza, aproase do touro e, temerariamente, sobe para o dorso do anal Mal Zeu sente a donzela em cima de suas costas, levanta voo, e atravessa os mares em direcção a Creta, onde consuma o seu amor Neste poema, Europa lamenta a sua orte e a sua pudência por se ter deiado levar por este "doloso touro Porta de marm Os sonhos falsos vham d e uma porta de marm, o s verdadeiros de uma porta de chifre (cf Odisseia XIX 5) A cinta A cinta é normalmente tida como um símbolo da virgindade Com o arco desapertado Porque acabara de lançar sua lecha amorosa
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Que mehor poderia azer neste estivo dia de Neptuno? Rápido, Lide tra o escondido Cécubo e deita abaio a ortaleza dessa tua sabedoria Vês como o sol passado o meiodia, se inclina e ainda assim, como se quieto estivesse o vóucre dia poupaste preguiçosa a trazer da despensa a ânor do cônsul Bíbuo? 0
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Eu, por minha vez, cantarei Neptuno e os verdes cabelos das Nereides; tu em resposta com a curva lira Latona ceebrarás e os dardos da ágil Cíntia e, na útima canção, aquela que reina em Cnido e nas ulgentes Cícades e que Pao visita no seu carro de cisnes ; por im será a noite com merecida nénia cantada
Festivo dia de Neptuno: Povavnt os Neptunalia, cbrados a 3 d Juho. Ntno rcbu novas honras no tmo d Augusto os fo assocado às vtóras navas d Augusto sobr Atóno cf. Vrgo Enei VIII 699) Lide: Para o nom cf. II . n.) . Cécubo: Para st famoso vho do Láco cf. I. 0 . 9 n. ). Cônsul Bíbulo: M. Cuus Bbuus cônsu com César m 59 a.C; ra hábto romano datar os vhos d acordo com o covo cônsu. A ctação
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deste nome parece ser apenas m tocadiho, pois bibulus em atim, t como em potuguês, qer dizer "aquee que gosta de beber bem Nereides Fias de Nere, a s Nereides são ninfas marinhas que fazem parte do cotejo de Neptno Dizse qe têm cabeos verdes porque estes tomam a cor do ma ntia Para o epíteto, qe aqui diz respeito a Diana, cf I. 1 (n ) Aquela que Vénus Paa Cnido e Pafo, cf I. 3 0. 1 (n ); para as Cícades, cf I. 1 4. 0 (n) Nénia A nénia é a canção nebre de despedida o de tristeza, tavez aqi uma canção de despedida à noite
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Tirreo descedete de reis, por ti, um jarro aida ão vertido, doce viho com rosas em or, Meceas, e um óleo perumado para teus cabelos
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há muito em iha casa te esperam Não te demores: ão cotemples para sempre o hmido Tíbur, e os icliados campos de Éula, e as otahas do parricida Telégoo. Abadoa a astidiosa riqueza, e o teu ediício viziho das elevadas uves, deixa de admirar o umo, as riquezas, o ruído da bemaveturada Roma É comum o gosto dos ricos pela udaça ua simples e boa reeição o modesto ar de um pobre, sem tapeçarias em prpura, deseruga um semblate iquieto Já o respledete pai de drómeda mostra sua ocuta chama, já Prócio se eurece, e a estrela do delirate Leão, quado o sol secos dias de ovo traz. Já o pastor casado procura com seu lâguido rebaho a sombra e um riacho; os matagais do hirsuto vao e a silete margem já ão sopram vetos errates.
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E tu nquetaste com o regme que melhor convém à nossa cdade, e, ato com a Urbe, os planos receas dos Seres, da Báctra, onde renou Cro, e do desavndo T ánas. Prudente, o deus esconde em calgnosa note o resultado do tempo uturo, e ri, se o mortal se nqueta mas do que permtdo. embrate de ordenar com serendade o teu presente tudo o resto se arrasta como num ro, que ora em paz deslza pelo meo do seu leto até ao mar etrusco, ora revolve em tumulto as rochas eroddas, os troncos arrancados, o gado, as casas, ressoando seu clamor nos montes e nas vznhas orestas, assm que o racundo dlúvo as quetas águas enurece. Será dono de s e vver elz aquele que pode, no nal de cada da, dzer "Vv. Amanhã, que o a cubra o céu com negras nuvens,
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ou com os puros raos do sol; contudo, aqulo que para trás já cou não háde anular, nem alterar ou desazer aqulo que ugda já trouxe a hora. A Fortuna, elz no seu cruel negóco, nsstndo em jogar seu arrogante jogo, suas ncertas honras transere ora para mm, ora avorável para outro ouvoa enquanto permanece; se céeres bate suas asas, resgnome ao que ela me deu, cubrome com mnha vrtude, e procuro sem dote uma honesta pobreza.
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Se numa tempestade aricana o mastro eme não sou pessoa pess oa que recorra a miseráveis miseráveis prces azendo pomessas e pactos para que as mercadorias cipriotas ou tírias as riquezas do d o ávdo mar mar não aumentem se assm ass m acontecer acontecer ajudado por p or um bote de dois remos remos o éme émeoo Pólux P ólux e uma brisa me hão hã ode de lear incólume pela tormenta tormenta do mar Eeu
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Óleo pe p e rfum umad ado o O ati faz rfrênia ao balanus, trata provavnt da mnt da árvor moriga prmido prmido para fazr óo óo ou báamo báa mo m portuguê portuguê bm do árab árab b) Éua: Pquna idad a u d Tíbur Tíbur trra trra vizha d Roma Roma.. Parricida Telégono quando Tégono fho d Ui d Cir hgou à idad adta qui onhr o pai dirigindo om propóito a taa. Uma vz á omçou om çou por roubar uma part do gado d Ui Ui.. O ri natu ramnt qui utar om o adrão (qu donha donha r u fi fiho ho)) aabou aab ou por morrr à mão d T Tégono. Sgundo aguma tradiç trá ido id o t hrói o fundador fundador d Túuo (atuant ( atuant Fraati) Fraa ti) via oaizada oaiza da a ra d 4 k a udot d Roma numa rgião montahoa. O teu edício: Tmo notíia notíia d qu qu Mna Mna pouía po uía no jardim d ua ua aa no Equo uma norm torr (f. Sutónio Nero, 38 . ) , a éb ébr r turr Maecenatiana dond diz u Nro Nro aitiu a itiu ao iêndio d Roma Roma.. Já o resplendente pai: Eta tro trof f drv f fnómno atroógio qu qu aompanham o príodo mai tno do Vrão Vrão.. O " pai d drómda drómda é a ontação d Cfu. Próion é uma ontação iuada ob o Gémo m grgo qur qur dizr dizr " qu vm ant ant do Cão (ontação) (para uma drição do atro no mudo antigo f. Círo Da Natureza dos Deuses 034). O príodo m qu o o ntra m onjugação om a otação do Lão (a 30 d Juo) orrpond ao podo mai qunt do do ano (a Caua) . Com o regime: Traduzimo status, tndo m onta qu Mna a atura forçou por vr rf rforçado orçad o agu do do tatto do princeps (mormnt gitando o u podr no imperium proconsulare, "podr proonuar
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tribun icia ia ptestas p testas "poder a tribunic "p oder tribuício tribuício ) , haendo haendo mesmo otícia de de que Meceas fez um dscurso tecendo elogios ao goero moárquico (cf. Dío Cássio, Cássio, 1440) . Seres: Cf. I.I. (n.) . Báctria: Região, grss md, do actual egaistão. Ciro, o famoso rei persa (cf. II. . . 1 , . ) , coquistou a regi região ão da Báctria, e sua sua capital, Bactra. Esta mos igualmete perate uma metoímia do ipério parto, hiperbolica mete dito "persa "persa . Desavind Tánais Para o rio, cf. III. 10. 1. Aqui desig designa na os os Citas Citas (cf. I. 19 10 , .) .) , e o adje adject ctiv ivoo discrs sugere sugere as a s constantes dissesões iternas iternas iidas iidas por estes estes povos, particularmete particularmete os Medos. Mercadrias cíprias u tírias Do Chipre ha o cobre , e de d e Tiro Tiro viham viham os tecidos de púrpura; ambos os produtos, produtos , especialmete especialmete o último último,, represe tam o fausto e a riqueza. Pólux Para Castor e Pólux, os Dióscoros, como protectores dos marhei ros, cf. I . .
O D S III
Erigi Erigi um monumento mais mai s duradouro que q ue o bronze mais mai s alto do que a régia construção das pirâmides que nem a voraz chuva nem o impetuoso Áquo nem a inumerável série dos anos 5
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nem a fuga do tempo poderão destruir. Nem tudo de mim morrerá de mim mim grande parte escapará a Libitina jovem para sempre crescerei no louvor dos vindouros enquanto o pontífice pontífice com a tácita virgem virgem subir ao Capitólio C apitólio Dirs Dirse eáá de mim onde o violento violento Áufido ufido brama bra ma onde Dauno pobre em água sobre rústicos povos reinou que de origem origem humde me tornei poderoso o primeiro a trazer o canto eólio aos ao s metros itálicos itálicos.. Assume o orgulho que o mérito conquistou e benévola benévola cinge meus cabelos cabelos Melpómene com o délfico délfico louro.
Áqulo Veto Veto do orte. orte . btna: Deusa romaa que assistia às erióias erárias. Captólo O Capitóio é, para os Romaos, o smboo da eteridade de Roma (f. Vergio, Eneda IX. 448 e s.): equanto estiver de pé, Roma sobreviverá A " Virgem é a vesta que sobe ao Capitóio para orar peo bem da idade; está em siêio devido à sua soee tarefa
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ODES III
Áufdo O maior rio da Apa ( actuaente actuaente o rio rio Ofanto Ofanto)) , região região onde o o rácio nasceu O poeta subtente vatica vatica que na sua terra será se rá para sem pre ceebrado ceebrado Dauno O mítico mítico fu fundador da Dáunia Dáunia (cf ( cf I . . . 1 3 , n n ) , mais mais uma refe referê rênc ncia ia à terra nat de orácio O rei é "pobre em água devido à aridez e secura da região O Prmero orácio foi de facto facto (exceptuando ( exceptuando dois carmna de Catuo, Catuo, es e s critos critos no metro sáfico, sáfico, nomeadamente nomeadamente o 1 1 e o 5 1 ) o prieir prieiroo poeta ato ato a escrever sistematicamente nos metros da írica grega eóia, representada por Safo e por po r Aceu Melpómene Esta musa foi foi por orácio associada à poesia rica rica (cf ( cf I 4. 3 ), e não à tragédia, tragédia, como é costue
Livro IV
OD S V l
De novo moves, Vénus, guerras há tanto tanto interrompidas interrompidas?? Poupa-me, Poupa-m e, rogote, rogote , rogo-t rogo-tee Já não sou quem quem era, no reinado reinado da boa Cínara. Deia, Deia, cruel mãe 5
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dos doces Desejos Desejos,, de vergar com co m suaves ordens um homem empedernido que já quase cinco décadas viveu. viveu. Vai, Vai, para onde te reclamam as doces doce s preces dos dos jovens. jovens . Mais a tempo te t e irás divertir divertir para pa ra casa d e Paulo Paulo Máimo, Máimo, nos teus teu s purpúreos cisnes cisnes voando, se inamar procuras um coração que te convenha. convenha. Ele é nobre e gracioso, gracioso, e de voz alta na angústia angústia os réus réu s defende; defende; jovem de cem artes, artes , as insígnias de tua milícia longe levará. levará. E depois de assaz se s e ter rido rido ao triunfar sobre os sumptuo su mptuosos sos presentes p resentes do rival, rival, perto dos lagos albanos uma estátua de mármore colocará sob um telhado telhado de cedro. Aí, Aí, ao nariz te há há-d -dee chegar o perfume perfume de muitos incensos , deleitart deleitarteá eáss com as melodias melodias conjuntas da d a lira, da tíbia de Berecinto Berecinto,, e também da siringe siringe..
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O D S IV !
duas vezes po dia, apazes com gentis vigens, louvando tua divindade, tês vezes no chão hãode bate com o cndido pé, como é costume dos Sálios. A
Quanto a mim, nem mulhee, nem apazes, nem a cédula espeança num amo ecípoco me agadam, nem as ébias ias, nem cingi a testa com fescas oes Mas então poquê, ah, Liguino, poque escoe po minha face aa lágima? Poque, a meio de uma palava, cai minha eloquente língua no indecooso slêncio? Em noctunos sonhos oa t tenho cativo, oa a ti voando te sigo atavés do campo de Mate, a ti, cuel, atavés das volúveis águas
Cínara Figura presente tabé nas Epístoas (I 7 8 I 4 33) e e I 3 repesenta a ue jove e bea, provaveete u prieio ao de Horácio s coentadores associana à Gícea de I 9 (especiaente tendo e conta a petição de "crue ãe dos desejos , refeidose a Vénus) e de I 30 (a referência ao icenso do v 3 coparado co os v. deste poema) seu noe vem do grego Kvápa (kinara) espécie de peixe co sangue de cor púrpua Cinco décadas ati faa e dez ustros (cf I 4 3 n ) Paulo Máximo Representante da ais ta arstocracia roana, aus Fabius Maximus foi cônsu em aC , e dos oens de conança de Augusto, tendose suicidado pouco depois da orte deste Na atra em que Horácio esceve esta ode (provavemente 5 aC, se earmos em ina de cota o verso 7), Pauo Máxo é ada u joe (tvez dos seus tnta anos) a quem Horácio augua ua possoa caeia ouco depois do moento e que esta ode foi escrita, casouse com Márcia, parente de Augusto
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Coração Em atim se iecur (fígado) ; para os Romanos o fígado (o óç thymos entre os Gregos), mais até do que o coação, era o centro anímico das paixões e dos desejos. Lagos albanos O pura é provavemente hiperbóco; tratase do Lago bano, nos Montes banos, a cerca de 80 k de Roma; Pauo Máximo pos suria presvemente uma uil nas imeações, daí a referncia geográca Tíbia de Bereinto: Para o instrumento, cf 1 8 14 (n.). Siringe Para o instruento, cf 1 10 (n. Sálios: Para as danças dos sacerdotes Sáos, cf 36 1 (n. ). Ligurino O facto de este nome ser bem romano, e não grego (cf Lícidas em 4 19, Giges em II. 5 0, earco em III. 0 6) parece ser um indicativo de que esta personagem não é imaginária. Ligurino surge de novo em I 10 Esta passagem imita o famoso oema de Safo Mas a mha íngua quebra se I e ogo um amáve fogo corre sobre minha pee (. .. ) e o suor espaase por mim (3 1 , 9 10 , 13 , imitado também por Catuo, 5 1 ) Campo de Marte: Para este oca de exercícios mtares, cf. 8 4 (n.).
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Quem com Píndaro se esforça por rivlizar, ulo, ase em asas com cera unidas pelo engenho de Dédao, e o seu nome dará a um límpido mar 5
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Tal como da montanha dimana um rio, que as chuvas para além das conhecidas margens engrossam, assim ferviha o imenso Píndaro, e irrompe com sua profunda voz, ele, merecedor do louro de Apolo, quando novas palavras faz rolar nos seus audazes ditirambos em metros libertos de grilhões, ou quando os deuses canta, e os reis do sangue dos deuses que aos derrubados Centauros uma morte merecida deram, e que a chama da medonha Quimera fizeram cair, ou quando o pugilista canta ou o auriga a casa reconduzidos como seres celestes pela palma de Élide, dandolhes um presente mais precioso do que cem estátuas, ou quando chora o jovem raptado à sua éb noiva, e às estrelas eleva a sua força, o seu ânimo, os seus áureos costumes, roubandoo ao Orco
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Ventos suaves eva o cisne de Dice, sempe que voa peas atas nuvens oa Quanto a im, António, à aneia e à edida de ua abeha de Matino,
cohendo com o aio tabaho o deeitoso tomilho, à vota da oesta e das magens do húido bu, pequeno modo minhas aboiosas odes.
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u, poeta de um ais ote pecto, Césa cantas, quando pea saca encosta acia os eos Sigambos aasta, eneitado co o eecido ouo Do que ee nada de maio ou meho à tea dea os ados e os benévoos deuses, nem hãode da, ainda que os tempos vote à antiga idade de ouo. Cantas os dias eizes, e o jogos púbicos da Ube, peo supicado egesso do bavo Augusto, e o óu ibeto de conitos
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Então, se ago digo que eeça se ouvido, o meho da minha voz junta-se- à utidão, e cantaei "Ó beo So! Ó ouvve! , eiz po ecebe Césa E enquanto tu avanças, todos nós cidadãos vezes se conta cantaemos: "Viva! Tiuno ! , "Viva ! Tiuno ! , e incenso oeeceemos aos benignos deuses Tu com dez touos e dez vacas cumpis tuas poessas, eu co um teno viteo, que agoa, abandonada a ãe, nos vastos capos paa eus votos cesce,
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imitando na front os rcurvs raios da lua no su trciro nascimnto da cor da nv numa marca da tsta d rsto castanhoclaro
Píndaro Esta od é scrita m honra d Pndaro (5 83 8 a.C. ), o mais fa moso dos potas arcaicos grgos, inuência cntra não só no stio como na métrica d agumas ods d orácio, como é o caso da prsnt. Nst po ma orácio cbra os principais génros m qu Pndaro s notabizou: os itirbos (m honra d Dioniso), os hinos, os trns os piícios. Pos sumos hoj m dia o conjunto compto dos sus pícios, composiçõs í ricas corais m ouvor do atta vitorioso nm grad jogo, runidos m quatro vros, Olímpicas, Píticas, Nemeias stmicas, consoant os jogos m qustão (cf. Ensaios sobre Píndaro (d. Frdrico Lournço) , Lisboa, Coto via, 6) ulo Tratas d Iuus Atonius, fiho d Marco António d Fúvia. Mis tard Augusto casouo com Marcla, fiha d Octávia, sua irmã. Foi prtor m 3 a.C. cônsu m a.C. No ano a.C ., acusado d adutério com a fi ha d Augusto, Júia, foi convidado ao suicídio. Parc tr sido um ho mm d ltras; Ps.cron (cf. ad v. 33) rfrs sumariamnt a ua Di mdia m doz livros. O seu nome rá Dizs porqu Ícaro, ao dsrspitar os conslhos d su pai, Dédao, caiu ao mar, dandoh o su nom, Mar d Ícaro (cf. I. . 6, n.). Para o mito, cf. . 3 (n). Qum qur qu quia rivaar (rpars na xprssão aemure, muar , típica da toria da itratura antiga) com Pín daro, voa ato dmais cairá a um mar, dando o su nom. Novaspalavras Sgundo Aristótls (Poética , 59a) , uma das caractrís tcas principais do génro ditirâmbico é prcisamnt o uso d noogismos. Metros libertos de grilhões O at fala m ritmos brtos d i, não pro priamnt a ausência d rgras métricas, mas sim a brdad a varidad dos ritmos mprgus por Pndaro m grand part das suas ods. Centauros Para a gurra dos Cntauros, cf. I. 8. 8 (n. ). Quimera Para st monstro, cf. I. 7. (n. ) . Pugilta auriga Rfrência aos attas cbrados por Píndaro nas suas composiçõs. Palma de Élide Pama ganha por uma tória nosJogos d Oímpa, na id.
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Quando chora Referência aos trens d e Pndaro (espécie de canto nebre), outro género em que o poeta se ceebrizou. O isne de Dirce Dirce é uma fonte de Tebas, pátria de Píndaro Dzse que ee é "o cisne de Tebas porque esta ae, mais do que nenhuma outra, está associada a Apoo e às musas Matino Promontório na Apia, terra nata de Horácio A metáfora do po eta como a abeha, sendo o néctar que cohe a poesa, é uma ideia co mum na antiguidade Tíbur Para a região, cf 7 (cf anda 0 deste poema, com n) Feros Sigambros Poo germânco Aandose aos Usípetes e aos Tencteros, em 1 6 aC atacou a Gáa, causando uma grae derrota a M Lóo (cf 9 33, n) Augusto em então em socorro do exércto romano, e os poos germânicos fogem para a sua terra nata No entanto, o princeps permanece por três anos na Gáia, onde assegura a protecção das fronteiras e das st tuções romanas O seu regresso triunf deuse em 1 3 a.C Antiga ide do ou Referência ao mito da idade de ouro Segundo Hesíodo (cf Trabalhos e Dias 10901), existiram quatro dades do homem: a primeira era a do ouro, uma geração perfeta de homens, onde os campos não precisaam de ser arados; a partir daí, as gerações dos homens prcipiaram a degenerar, e assm, sucessiamente, o homem passou da dade de ouro para a de prata, da de prata para a de bronze, e da de bronze para a de ferro, onde tee que começar a usar os strumentos de ferro, e, em particuar, o arado Entre a dade de bronze e a de ferro terá exsto uma outra dade a idade dos herós, a geraço dos grandes heróis troianos, aqueus e tebanos O encómo de Horácio é o segute: mesmo se iesse na idade de ouro, nenhuma dádia poderia iguaarse à presença do princep Terceiro nascimento na terceira noie de uanoa que o crescene bra o suficiente para fazer lembrar os cornos de um anma.
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ele e , Mepómee, ma só vez à asceça com beévoo ohar coemplado iveres, esse, ehma esorçada a em Ismo o orará amoso pgilista, em ehm iaigáve cavao 5
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m carro ae o codzirá à viória, em ehm eio béico o ará exibirse o Capiólio, geeral eeiado com as ohas de Des, por er deitado por erra as arrogaes ameaças dos reis. Codo, as ágas e o értil Tíbr baham e as cerradas copas dos boses no cao eólio célebre o arão. jvede de Roma, primeira das cidades, digase coocarme ere o amado coro dos poetas, e já meos me morde o dee da iveja. Ó sa de Píero, e os doces sos da área ira modas, e, se isesses, a voz do cise aé aos mdos peixes darias do iso é dádiva a, e os e passem por mim com o dedo apoem para o bardo da lira romaa É obra a e e inspirado agrade o mdo, se de aco agrado.
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Mepómene Musa em Hoácio associada à poesia íica, e não à tragédia, como é costueio (cf I 4 ; III 0 6 ) Istmo Paticamente o Istmo de Corto, onde de dois em dois anos se ceebraa jogos em hona de Posídon As/ohas de Des: As foas de Deos, ou seja, o ouo, consagado a Apolo e símboo da itóia e da exceência Tíbu Paa a egião, cf I 7 Canto eóio Refeência a Safo e Aceu, cf III 0 4 (com n) e II 4 (n) O dente da inveja Paa o poeta supeio à ieja, cf ainda II 0 4 Per Monte da Piéia, zona consagada às musas (cf II 4 8 n ) Lira Paa o instumento, cf I (n )
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Tal como o alado mnstro do rao, a quem Júpter, re dos deuses, tendo testado sua deldade no louro Ganmedes, o reno das vagantes aves conou, 5
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(um da, gnorando as uturas provações, a juventude e um vgor nato empurraram a água do nnho: dsspadas as nuvens, os ventos vernantes ensnaramhe assombrada nsótos e enérgcos movmentos, e ogo um vvo ímpeto a ez hostl car sobre as ovelhas e agora até sobre as encarnçadas serpentes se lança, amante de banquetes e de lutas) ou tal como o leão recentemente arrancado ao értil lete da ulva mãe, avstado nos értes campos por uma cabra fadada a morrer nos seus dentes anda nvos, assm pareceu Druso aos Vndélcos, combatendo no sopé dos Alpes Rétcos (desst d procurar saber a orgem do memoral costume deste povo de armar a mão dreta com o machado das Aazonas; nem tudo podemos enm saber) Mas as suas hordas, há tanto tempo ao longe e ao largo vtorosas, vencdas pelas táctcas deste jovem,
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sentiram o quanto poe a mente e o carácter, alimentados dentro de uma casa amada pelos deuses, e a paternal devoção de Augusto pelos Neros Dos bons e dos bravos nascem os bravos têm os novilhos e os cavalos a coragem dos pais, e as ferozes águias não dão à luz uma pacífica pomba Contudo, o estudo aumenta a força inata, e o culto do que é correcto fortalece o espírito; sempre que não se observam os costumes, a culpa desgraça até os bemnascidos Roma, o quanto deves aos Neros, testemunham-o o rio Metauro, o vencido Asdrúbal, e aquele belo dia em que do ácio as trevas fugiram, o primeiro a sorrir de alma glória, desde que o cruel Africano pelas cidades itálicas cavagou, como uma chama pelos pinheiros ou como o uro pelas águas sicilianas
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Desde então cresceu a romana juventude em bem-sucedidos esforços, e pelo ímpio tumulto dos Púnicos devastados os templos têm agora seus deuses de pé No m de tudo, disse o pérfido Aníbal Como veados, presa de vorazes lobos, por nossa vontade perseguimos homens de quem um grande triunfo já seria fugir ao enganá-los ssa raça que, mesmo depois de arder ion e de pelos mares etruscos ter sido arrastada, às cidaes ausónias troue corajosa os seus ultos, os filhos e os velhos pais,
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tal como a azinhira podada plos duros machados duplos no gido ond as ohas azm crrada sombra, da prda, da dsgraça, do rório rro tira orça ânimo Não oi mais prsistnt a Hidra qu rnascu a cada golp d Hérculs, inliz por sr vncido, nm maior monstro izram brotar os Cocos ou a bas d Equíon 65
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Aunda ssa raça no mar alto mrgirá mais ba. Luta com a com grand gória ditará por trra o até ntão intocávl vncdor, travará batalhas qu as sposas narrarão. Já não mais a Cartago nviari jactants mnsagiros morru, morru toda a ortuna d nosso nom, toda a sprança, no dia m qu Asdrbal mataram. Não há nada qu as mãos dos Cláudios não alcancm, Jpitr dndos com divina bnvolência, lvamnos sábios conslhos por ntr os prigos da gurra.
Alado ministro do raio: A água, foecedora dos raos de Zeus Esta ode n case com dos ongos smes, ao gosto de Pndaro, comparando a jovem águia ou o jovem eão com o jovem Drso cf nota ao v 17). Ganimedes Segundo agumas versões do mto, Júpter encarregou a sua ave preferda, a água, de raptar Ganedes sobre o copeiro dos deuses, cf III. 0. 1, n) Druso . Vindélicos: Segundo Suetóno na breve Vida de Horáco) foi o próprio Augusto quem encomendou a orácio ua ode comemorativa da vtória no Verão de aC dos seus enteados, Nero Caudus Drusus e Ti berus Caudius Nero sobre os Vndéicos, povo que habitava no norte dos
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Apes bos eram fhos de Lía muher de Augusto e do seu primeiro marido Tiberius Caudus Nero 8 Desst de pcurar saber . Tendo em conta que o Livro IV foi pubcado mutos anos depois dos prieiros três orácio ogra neste poema um estio bastante dstinto de grande parte das suas outras odes Os parênteses e a re cusa em faar mais ao gosto de índaro e a dscussão etioógica ao gosto de Camaco não são nada comuns no esto horacian de ta forma que a guns comentadores decidiram considerar espúrios estes versos 2 Amazonas: orfírio diznos que os Vindécos vieram da Trácia expusos pe as Amazonas e conservaram agumas das armas usadas peas muheres guerreiras em especia o machado 28 Neros: Não nos esqueçamos dos nomes dos enteados de Augusto Tibério Cáudio Nero e Druso Cáudio Nero Mas abaixo (v 74), orácio referese hes iguamente como os Cáudios Quanto à expressão "devoção paterna é de facto verdade que o prnceps tomou a seu cargo a educação e a protecção dos jovens Tibério e Druso 3335 Estudo cuu . costumes: No atim emos os termos doctrna cuus mo res ipregnados da ctura e da ideoogia romanas Doctrna é a instrução inteectua e mora e não um simpes treino que eva a um determinado objectivo; cuus é o conjunto de cuidados hábitos e costumes que de um ponto de vista socia e reigioso são tidos como correctos; finamente mo res são os costumes propriamente ditos paavra de tão grande importância no contexto romano (moral seria uma boa tradução embora a sua etimoogia já não esteja praticamente presente no nosso "consciente inguístico) 3 8 Metauro: A ode foca agora a sua atenção nu outro iustre Nero Gaio Cáudio Nero teve de facto pois era cônsu na atura uma importância decisiva na vitória dos Romanos sobre o contingente cartagês de Asdrúba A bataha deuse em 06 a C na Úmbria junto ao rio Metauro; Asdrúba procurava unir o seu exército ao de Aníba que se encontrava no centro de Itáia sendo no entanto derrotado e morto nessa bataha decisiva da Segunda Guerra única 4 Alma glóra: O termo adorea tem um eco muito interessante em atim que se perde totamente na tradução De facto adorea começa por significar uma recompensa de adoreum /ar (trigo candia) dada aos sodados romanos depois de a vitória para só depois passar a ter o signiicado presente de "gória mitar exceência guerreira Cruel Afrcano: Aníba 42 44 Eu: Vento que sopra de Este 48 Os deuses de pé: Isto é as estátuas dos deuses
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Cidades ausónias Por metonímia, cidades itáicas. Á lgido Monte no Lácio (cf. . 78, n .) . Hidra O sendo trabao de Hérces consistiu em matar a Hidra de Lea, anima monstroso de sete cabeças, renascendo sempre qe cort das. Hérces acabo por matáa com a ajda de Ioa, e sou o se sanue para envenenar sas echas. Clcs Os habitantes da Cóqda, terra de maia e feitiçarias, cjo rebento mais céebre foi Medeia. Tebas de Equon: Cadmo, o mítico fndador de Tebas, depois de matar um draão, semeo os ses dentes nm terreno perto de Tebas, de onde nasce ram cinco uerreiros, entre ees Eqon, que mais tarde desposaria a fiha de Cadmo, Aave. Já não mais epois da vtória de Canas (cf. 3 7, n), Aníba enviou m mensaeiro a Cartao para fazer o reato da vitória, sbinhando as ra víssimas perdas dos Romanos
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Filho dos bons deuses, insigne protector do povo de Rómulo, já por demais te ausentas prometeste ao sacro conclio dos Pas um rápido regresso pois regressa 5
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Devolve a lu, bom comandante, à tua pátria Pois logo que te rosto de Primavera para o povo relu, o dia mais alegre passa, os raios do sol melhor brilham Tal como a mãe o olhar não desvia da recurva costa e com votos e augrios e preces por seu jovem lo chama que o invejoso sopro de Noto nos conins do mar Cárpato atrasa, aastandoo por mais de um ano do lar amado, assim a pátria el, erida de saudade, César procura Passeia o boi em segurança pelos pastos, Ceres e a ama Prosperidade alimentam os campos, os marinheiros vagam pelo pacato mar, a ealdade não admite ser posta em causa, nenhma desonra polu o casto lar, o costume e a lei domaram o sujo vício, as mães são louvadas pela semelança de seus hos, o castigo sege de perto a cupa
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Que receará o Parto, que o assustado Cita, que os fihos que a hórrida Gerânia deu uz estando César a savo? Que se inquietará co a guerra da feroz béria? Cada hoe passa nas suas coinas o dia inteiro casando a videira co as árvores despidas, e daí regressa edo ao seu vinho, convidandote coo u deus para a segunda esa, e honrate co uitas preces, vertendo o vinho das páteras, e ouva e conjunto a tua divindade e a dos seus Lares, ta como a Grécia se ebra de Castor e do grande Hérces "Oh, possas tu, bo coandante, dar Hespéria ongos dias de esta! , dizeos sóbrios de anhã, quando o dia coeça, dizeos ébrios noite, quando o so no Oceano ierge.
Filho dos bons deuses Esta ode é dedicada a Augusto que se encontrava au sente provavemente na campanha conta os Sigambros de que nos faa I 2 (cf v. 5 com n. ). Conlio dos Pais: Epressão que designa com soenidade o senado romano. Mar Cáato: Para o peigo que este mar repesenta e a sua ocazação cf. I 5 7 (com n. ). Noto: Vento d o Sul Lealdade: A Fides, cf I 2. 6 (n.). O costume e a lei: Há nestes versos refeências indirectas à !ex Iulia de adulteriis ercendis (parte da egisação mora de Augusto cf. III 2 2529 com n.) já promugada quando esta ode foi pubcada. Parto Em 20 a.C o rei Fraates da Pártia devoveu a Roma as sígnas perdidas por Crasso (cf. I. 2 22 n) o que resutou numa vitória dipomática ceebrada e engrandecida peo rege augustano e paticuarmente por Horácio (cf. especiaente Cânti Secular, 556)
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ita Para o povo I. 19 10 (n) Hórrida ermânia Refeência à campanha que Augusto ldea à data desta composição contra alguns povos germanos (cf . 3, n ) que nesta al tura deveria estar perto de m desfecho vitorioso para o exército romano (em 13 aC Augusto regressa triunfalente a Roma) Feroz Ibéria Provavelmente uma alusão às campanhas de Augusto contra a Cantábria (cf II. 6. 1 , n ) e uma revolta dos Cântabros em 19 aC silenci ada pelo próprio princeps. rvores despidas O olmo é a árvore normaente usada entre os Romanos para suportar a vdeira; depois das colheitas o olmo ficava despido da vi deira (cf. II 15. 4, n.).
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Para a segun mesa Depois do pimeiro seço eram feitas lbações paa as quais se convidavam os deuses Penates os deuses do lar entre os Romanos Páteras aça grande usada pelos Romanos nas libações aos deuses Castor . Hércules Segundo uma tradição evemerista (cf II 3 916, n) mas também por vezes defendida pelos estóicos ércues foi um gande homem que se notabilizou pelos seus feitos e foi consequentemente divizado tal como Castor e seu imão Pólux Hespéria: A Itála (cf I 8. 6, n
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Deus, cujo poder a prole de Níobe sentu quando suas arrogantes palavras castgaste, e o raptor Tíco, e Aqules de ta que quase tomou a alta Tróa, 5
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(o maor de todos os guerreros , neror porém a t, embora ho da marnha Téts na sua nsa guerrera as torres dos Dárdanos tenha eto tremer com sua terrível lança, ele, como pnhero cortado pelo aado erro ou como cpreste pelo uro derrubado, enorme cau, e o seu pescoço pousou sobre o pó dos Teucros . le não se escondera dentro de um cavalo, ngda oerta a Mnerva, ludbrando os Troanos desgraçadamente estvos, e a corte de Príamo que alegre dançava, mas antes, cruel com os prsoneros, ah! , o sacrlégo, ah! , aos olhos de todos nas aqueas chamas quemara os mennos anda não alantes, mesmo aquele esconddo no ventre materno, sto se o Pa dos deuses não tvesse sdo vencdo pelas palavras tuas e da doce Vénus, dando aos destnos de neas muralhas ergdas sob um meor auspíco),
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Febo, tu que a lira ensinas à melodiosa Talia, tu que lavas teus cabelos no rio Xanto, defende a glória da dáunia Camena, ó imberbe Agiieu deu-me Febo a inspiração, deu-me Febo a arte do canto e o nome de poeta Primeiras entre as virgens, rapazes nascidos de ilustres pais, protegidos pela deusa de Delos, que com seu arco fugidis linces e veados caça, conservai o ritmo lsbio e a pulsação do meu polegar, cantando, segundo o rito, o ho de Latona segundo o rito, a Luz da Noite com sua crescente chama a deusa que as colheitas faz crescer, e que rápida faz rolar os cleres meses. Já casada dirás "eu, no sculo que de novo troue os luminosos dias de festa, um cântico reproduzi querido aos deuses, ensinada pelos ritmos do vate Horácio
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Deus Apoo a como o Cânto Seular, compoição provaveente coeva a eta, ete poema em etio hnico é dedicado a doi deue particuar mente querido pea ideoogia augutana: Apoo e Diana Prole de Níobe: Níobe, fia de ântao, mãe de nueroo ho (cf Ilíada X 599 e .), teve a audácia de u dia dizer (arrogantes palavras que era uperior à deua Leto, poi eta era apena mãe de doi fo. Como ca tigo, Apoo e rtemi (Diana) mataram a ua decendncia, e ea foi tran formada num rochedo, de que eteamente brotava ua ágra Tío Para o Gigante, cf II 14 7 (n) Para o eu upício no ferno, cf. III 4. 77.
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Aqules de Fta: Aques nasceu na Ftia, no território da Tessia Foi morto de facto por Pris, orientado pea mão de Apoo, o deus responsvel, se gdo a Ilíada pela sua morte (cf os terríveis pressgios de 76 e s; I 358 e s , timas palavras de eitor a Aques) Esta " dgressão (54, subinhada no nosso texto peos parênteses) sobre Aquies é de gosto mar cadamente pindrico A identicação de Apoo como potector de Tróia é não ocentemente subihada peos poetas romanos do tempo de Augusto, tendo em conta a fação épica de Roma Euro: Vento que sopra de Este Teucros: Siónimo de "troiano Vénus Também esta deusa é associada à protecção de Tróia e, consequen temente, de Roma Tala: Uma das musas, normamente associada à coméda; orcio não atribui nções determnadas a nenhuma das musas epois de apresentar a face mais "béica de Apolo, o poeta celebra agora Apoo OytÇ (musêgetês "condutor de musas ) Não nos esqueçamos de que no tempo de Apoo Pa atino, à frente do qu foi cantado o Cântco Secular existia uma esttua de Apoo K8apÓç (ktharôdos qe canta acomphado pela cítara) Ro Xanto: Rio da Lícia, região referida igualmente em III 4 6 (cf n) Dáuna Camena: adjectivo daunus referese à nia (cf I . 13, n), mas por metonímia também a o território romano igamente uma forma subti de orcio referir a sua terra natal, a Apia Para as musas romanas, as Camenas, cf I 1 39 (n ) Ageu: Epíteto grego 'yEç) formado a partir de àyaí (aga "ruas), denominando o deus como "o protector das ruas, isto é, das populações urbanas Deusa de Dels: iana, nascida em elos (cf nota ao v ) . Rtmo lésbo: Não esqueçamos que este poema est escrito em estrofes sfi cas, que toma o seu nome a partir da poetisa Safo, que nasceu em Lesbos Meu polegar: A pusação (traduzimos ctum gope, pancada) é dada peo pró prio poeta Porrio defende que o poeta exorta o coro a conservar o tempo dado por sua ra (que tnge com o poegar) E Romno defende que or cio exorta as raparigas e os rapazes a consearem o tempo estabelecido no ício po poeta (no meio musica utizase a expressão "manter a psa ção) utra interpretação possíve é considerar que o poeta se autodesigna opKaÀoç (chodskalos "chefe do coro), e que bate e mostra o tempo ao coro com o poegar, usando para tal m instrumento de percussão Flho de atona: Apoo
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Luz da Noite Traduzimo o epíteto arcaico "Noctiluca: que ignica "aquela que ilumina a noite , ito é, a Lua (Diana) Vate "Vate tem em latim e em potuguê m eco que "poeta não tem; deigna aquele que como u pontífice entre o mortai e o deue (a palavra pode memo querer dzer "adiviho, "áupice), canta a poeia com di vina piração
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Fugram as nvs já a rva aos campos rtorna as fohas às árvors a trra muda rnovas o ros mnguando corrm ntr as margns; 5
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a Graça com as suas rmãs gémas as Nnfas avnturas nua a conduzr os coros Nada sprs d mortal é o consho do ano da hora qu o amno da rouba Os Zéros tornam brando o fro à Prmavra sucd o Vrão qu hád morrr assm qu o frutífro Outono trouxr suas colhtas ntão sto voltará o árdo Invrno Célrs rcupram as luas suas morts no céu: nós quando caímos ond o pa Enas o rco Tuo Anc stão pó sombra somos. Qum sab s os suprnos duss à soma d ho ajuntarão o tmpo d amanhã? Tudo aquo qu ao tu qurdo coração drs às mãos ávdas do hrdro fugrá Quando morrrs sobr t pronuncar Mns sua clara sntnça d vota não t há-d trazr a nhagm Torquato nm a loquênca nm a dvoção;
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pois nem Diana liberta o casto Hipólito das infernais tevas, nem tem Teseu força para quebrar as leteias corentes que amarram seu amado Pirítoo.
Fugram as neves: Rpar na meança com 4 f com a ba od d amõ , "a brvad da via: "Fogm a nv fria I o ato mont, quando rvrcm I A árvor ombria; I A vrd rva cr cm, I E o prao amno d mi cor tcm ) , ou ada a Od II do L vro I d António Frrira 5 Graa: f I 4. 6 n) Zérs: Vnto do Ot 5 Rco Tulo e Anc: To é Tu Hotiiu, o trciro ri d Roma, m cujo rado a cidad vivu grand propridad; co é Ancu Martiu, quarto ri d Roma 2 Mns: Para o juiz do infrno, cf 8 9 23 Torquato: Prtncnt à gens Torquata, é difíci prciar com xactidão qum é ta figura também prnt na Epístola I 5. 25 Hpólo: Fio d Tu da amazona Hipóita, ipóito ra dvoto d r tmi ma votava a Afrodit um norm dprzo omo vngança, a dua fz com qu ua madrata, ra, apaixona por O jovm, cato como ra, rcuou a invtida d dra ta acabou por acuar faa mnt Hipóito jnto Tu, dizndo qu t intntara vioáa No guinto dta acuaçõ, ipóto morru 27-28 Teseu . Prítoo: Para a avntura t hrói no Had, cf I 4. 80 n) 27 eteas correntes: O adjctivo provém d Lt, o rio do qucinto no Had
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De bo grado a eus aigos daria, Censorino, valiosas páteras e bronzes, e trípodes, o préio dos corajosos Gregos, e tu co o pior dos p resentes não ficarias, 5
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isto, claro, se fosse rico nas obras de arte que Parrásio ou Escopas criara, mestres e representar tanto o hoe coo o deus , o prieiro co cores líquidas, o segundo co márore Mas tal não e é possível, ne o teu odo de vida ou a tua alma tê necessidade de tais luos Deleitaste co odes? Odes podeos nós oferecerte e dizerte desde já qual o seu valor Mais do que o márore gravado co públicas insc rições que o espírito faze regressar e a vida aos bons generais depois da morte, ais do que a rápida fuga de íbal, e das suas aeaças lançadas para trás, [ais do que os incêndios da ípia Cartago], ais do que tudo isto, a glória daquele que regressou co o noe celebrizado pela conquista de África, quem ais a proclaa são as usas da Calábria: e se as folhas de papiro os teus feitos senciare, que recopensa eistiria para ti? O que seria do lho de Marte e de Ília, se um invejoso silêcio se opusesse aos éritos de Róuo? A virtude, o favor, e a língua dos poderosos vates
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arrancando Éaco às ondas do Estie consaaram-no na ilha dos bemaventurados O varão dino de louvor, a Musa impede-o de morrer a Musa torna-o feliz no céu E assim participa 30
o incansável Hércues nos desejados festins de Júpiter, assim salva a constelação dos hos de Tíndaro os despedaçados navios do fundo do mar, assim íbero enfeitando sua testa com o ramo verde da videira , as preces conduz a um termo feliz
Censorino C Marcius Censorinus, cônsu em 8 aC, morreu no Oriene em aC Veeio Paérculo ( 06) gaae o seu carácer dóc e amável Parrsio ou Escpas Parrásio oi um pinor grego de eso, imporane para o desenvover de certas técnicas na pintura e a sua acividade eve ugar por voa de 400 aC O escutor Escpas de Pars oi seu contemporneo; Roma tinha agumas esátuas dee, entre as quais a mais amosa era prova vemene aquea que se encontrava no empo de Apoo Palaino [ma do que os incêndios da ímpia Cartago O número ota de versos de o das as odes de orácio, ecepo esta, é divisíve por quaro Não é consen sua, porém, qua os dois versos a eimar, e sequer se de aco aguma parte do teo é espúria Aqui propomos como espúrio (a como N Rudd e D. West) o presente verso, porque a autoria do incêndio de Carago não é de Cipião Aricano Maior, de que se aa no verso seguine, mas de Aricano Menor O verso 33 é ambém provavemente espúrio porque é pratica mene igua a II. 5 0, ago usiado nas Odes glória daquele que raase de Cipião Aricano Maior, grande general que epsou da ispnia os Caragineses, e iderou várias campanhas em rica; ganhou o seu cognomen (Aricano) precisamente na região em que se notabiizou, t como Cipião Aricano Menor Musas da Clabria Em atim êse "Piérides da Caária ; "Piérides é um epíteto comum das musas (ormado a partir do nome Piéria, região da Ma cedónia, c II 4 38 n) As Piérides são da Caária pois esa é a pátria de nio, o grde épico aino que nos seus nnales ceebrou a gória de Ci pião Aricano aior O raciocnio do poea é o segte a poesia é o meor
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eio de perpetuar os feitos dos hoens, e prticular a épica, onde as u sas roanas nada deixa a desejar às usas gregas O ho Róuo fo de Marte e de Íia (cf. I 17 n. ). Vates Para o signicado relgioso deste tero e do poeta, cf. r 6 44 (n.) Éaco Para este rei justo, cf. II. 1 . ha dos bemaventurados À letra " as ricas Traduzios tendo e conta a tradição dos estudos clássicos portugueses, que asi traduz o grego Ipwv vf makarn nêsoi), as ilhas em que todos aqueles que se nota bilizara durante a sua vida vivi ua eternidade fez (cf. a huorística descrição de Luciano e Uma Htória Verídica, 49) Os hos de Tíndaro: Os Dióscoros (Castor e Póux), ou elor, a sua cons telação, auxiiava no undo antigo a navegação iperbolcaente, diz se que se a poesia não tivesse celebrado a virtude destes dois hoens, não existiria a sua constelação, e por ta uitos navios naufragaria A hipér boe é contuada no verso a seguir, onde se pode divhar que, se não fosse poesi, ne Líbero (Baco) teria a possibiidade de ouvir as preces dos suplcntes, segundo a corrente eveerista (cf III. . 9- 16, n.) que con sidera Bco iguente u ser huano divinizado.
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Não penses por acaso que hãode morrer as palavras que eu, nascido junto do Áudo ao longe ressonante, por artes nunca dantes conhecidas com minha lira canto:
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se o meónio Homero o primeiro lugar ocupa, desconhecidas não são as musas de Píndaro e de Ceos, nem as iradas Camenas de ceu nem as solenes de stesícoro, e o tempo não destruiu os leves poemas que Anacreonte escreveu, e suspira o amor, vive ainda o fogo que a jovem eóla confiou à sua lira Helena de sparta não foi a única a arder de amor, ao contemplar os cudados cabelos do amante, o ouro tecido nas suas vestes, o luo real, e a corte, nem foi Teucro o primeiro a lançar setas com arco cidónio, não foi uma vez só ion atacada, não foram o ingente Idomeneu e sténelo os únicos a travar combates dignos de ser cantados pelas Musas, nem foram o feroz Heitor e o fogoso Deífobo os primeiros a suportar graves golpes em nome de suas castas esposas e filos
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Antes de Agamémnon, mutos outros vlorosos homens vveram sobre todos eles, porém, no chorados, gnorados, uma longa note pesa, porque lhes falta o sagrado vate É pouca a dstânca entre a vrtude que se escode e a sepultada covarda Sobre t no guardare sênco, mnhas págnas no te dearo por celebrar, nem permtre que o cme do esquecento, Lólo, consgo arraste todos os teus fetos O teu espírto conhece bem os assuntos dos cdados , é honesto quer nos tempos favoráves quer nos ncertos, castga a desonestdade e a ganânca, e mantémse longe do dnhero que tudo atra No só por um ano foste cônsul, mas sempre que, bom e justo juz, a tua alma colocou o honesto à frente do vantajoso, e os subornos dos culpados de cabeça erguda rejetou, empunhando suas armas vtorosa através da multdo nmga.
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No teras razo se chamasses felz àquele que muto possu: com mas razo é consderado felz aquele que aprendeu a usar com sabedora as dádvas dos deuses, e a suportar os rgores da pobreza, e que a desonra teme, por que a morte um tal homem no tem medo de morrer pelos amados amgos e pea pátra
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Á u/ido ara este ro na Apúla, cf III 0. 10 (n Píndaro ara o poeta índaro, c I 2. 1 . Ceos Referênca ao poeta Smónides de Ceos (cf II 1 . 8 n Alceu para o poeta grego, cf I 2. 5. Estesícoro Outro poet lírco grego As suas musas são ditas "solenes pos, segudo um juízo crítco comum na época (cf Quintiliano, Instuição Ora tória 10 . 6 1) Estesícoro suportava com mestra o peso da épica nos seus rit mos líricos Anacreonte Para este poeta grego, cf I 17 . 18 (n Eóliajovem Sao (para a poetisa, c I 1 . 24 n ) Teucro ara este heói, cf I 7 21 (n Arco dónio Cidoneia é uma cidade de Creta, terra afamada pela qudade de seus arcos (cf I 15 17, com n Não foi uma vez só De facto temos notícia d e que Tróia fo destruída uma primera vez po érces (cf Vegílo, Eneida VIII 290 e s, porque o rei Laomedonte não deu os corcéis prometdos quando ércules destruiu o monstro marinho que assolava a cidade Idomeneu erói que se distinguiu na guerra de Tróia era o rei de Creta Esténelo ara este heró, cf I 15 24 (n Deobo Filo de écuba e de Príamo, era o rmão preferdo de etor De pois da morte de áris, desposou elena, mas não por muito tempo; quando os Gregos tomaram Tróa, Menelau matouo e esquartejouo Sagrado vate Não esqueçamos que a palavra "vate tem dois sentidos: poeta e áugure, ambgudade que confere religiosdade ao ofício do poeta Lólio rotegido por Augusto, Macus Lollus oi uma figura portante em Roma, sendo cônsul em 21 aC e governador da Gála entre 17 e 1 6 aC , tura em que sofeu uma grave derrota contra os Sigambros (cf I 2. 5 n , de tal forma mportante que cou conhecda como a clades Lolliana (a des graça de Lólio) Todavia, o seu prestígo junto do princeps mantevese nalte rado Defendese que foi a propaganda de Tibéro, que va em Lólo um ini migo, pos consideravao um aspirante a sucessor de Augusto, a responsável pela posterior degradação da sua agem que se lê, por exemplo, em Veleio atérculo 2. 97 . 1) que desenha Lólo como guém ganancoso, e ávdo po dnhero Acusado de manter relações com os aos, acabou por sucdarse em 2 aC Tlvez estejamos perante texto que pretende "lpar a a gem de Lólio, embora lguns estudosos deendam que oráco faz aqu retrato ónico da sua vrtude De qualque forma, notese a matrz estóca dos versos segutes, onde se traça o retrato do sapiens (sábo estóico po excelênca, assente em quatro pilaes prudentia (prudênca, ntelgência, iustitia {justça, temperantia (temperança /ortitudo (fortaleza, coragem
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Ó tu, que cruel desfrutas ainda dos poderosos dons de Vénus, quando a inesperada penugem cobrir tua arrogância, e caírem os cabelos que ora sobre teus ombros adejam , e quando a tua cor, que agora ecede a or de uma rosa escarlate, 5
mudar, e te transformares, Ligurino, num homem de áspera face, dirás, ah, sempre que um outro te vires ao espelho "Os pensamentos de hoje, porque não os tive em rapaz, ou porque não volta o eacto rosto que tina àqlo que hoje sinto?
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Ligrino Para o nome, cf I . 33 ( n )
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Tenho um jarro cheio de vinho albano com mais de nove anos, e no jardim, Fis, tenho aipo para entreaçar grinadas, e imensa hera 5
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que te faz briha quando a prendes no cabeo A casa tem um sorriso de prata o atar, coberto de ervas puras, anseia por ser espargido com o sangue de um cordeiro imoado toda a criadagem se apressa, paa cá e á correm raparigas misturadas com rapazes, a chamas agitam-se, fazendo rolar num vórtice o negro fumo. Mas fica a saber para que festejos és convidada ceebrarás os Idos , o dia que divide Abr, o mês de Vénus marinha com razão é esta data soene para mim, quase mais sagrada que o meu própio aniversário, pois é a partir da uz deste dia que o meu Mecenas conta os anos que passaram De Téefo, que tu desejas, jovem acima da tua condição, apoderou-se uma rica e voluptuosa jovem, e mantém-no preso em bemvidos griões.
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aetonte deseito em camas desencoraja os anseios da soregido o aado égaso sobre qe peso o terreno cavaeiro Beeroonte dáte m sério aviso procra sempre aqio qe te é apropriado e pensando qe é errado esperar mais do qe permitido evita agém dierente de ti Vamos timo de mes amores pois daqi em diante no mais arderei de aor por nenma otra mer aprende meodias qe com ta aáve voz me possas entoar o canto mitiga os negros cidados.
inho albano Vinho cultivado perto dos Montes Albanos (cf I 1 19), de grande prestígio a pa r do de Faleo Fíl ara o nome, " fola de árvore , cf II 4 13 (n) Eras As chamadas uerbenae (cf I 9. 4 , n ) Os Idos Os Idos de Abri, ou seja, dia 13 de Abril énus marinha Vénus, segundo algumas tradições, nasceu da espuma do mar O ms de Abril era consagrado à deusa Téleo ara o nome, "o que briha ao longe , cf I 13. (n) Faeone ara o temerário fo do Sol, cf I . 1 (n ) Beleroone Tomado de vadade, Belerofonte tentou subir ao Olipo mon tado em seu cavalo ado, égaso Júpiter flo precipitarse sobre a terra e o herói morreu
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Já os entos da Táca, copanheos da Paea, acala o ar e enfuna as elas; já os pados deela, e já não baa os os túdos da nee do Ineno panto eendo por ts faz o nnho a nfelz ae que, po se te nado e funesta hoa da bábaa deassdão de u e, a etena eonha da casa de Cécops se tonou 0
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Na tena ea, entoa cançes na sne os uadadoes de odas oelhas, deletando o deus que aa os ebanhos e as sobas colnas da Acáda. A estação touxe a sede, Velo; as se anseas pelo suo de Líbeo, psado e Caeno, tu, clente de nobes joens, co nado eeceás o nho u pequeno fasco de ónx cheo de nado faá sa o jao que aoa epousa nos aazéns de Supíco, pódo e da noas esperanças, e ecaz e laa as aauas da nquetude. Se te apessas paa estes festejos, e eloz co o teu contbuto. Não estou a conta que te banhes nos eus copos de aça, coo u co e abastada casa
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Vá, não te atrases, e deia de ter amor ao lucro, lembrate das chamas negras da morte, e tempera, enquanto é tempo, a tua prudênca com uma breve loucura na ocasião certa é doce perder o juízo
entos Tráa A ráci é, mioogicmene, pári de odos os venos Companheiros da Primavera rtse provvemente dos Fvónios, ou Zéfi ros, ssocidos à Primver em I 4 tis infel ave: Eses versos udem o mio de Procne e Filome As dus irmãs são fis de Pndon, rei de Atens Como recompens do uxio prestdo n guerr conr Lábdco, o rei deu mão de su f Procne e reu Destes dois nsceu Íis Conudo ereu, rdendo em uxúri ( bárbr devssidão), oou su cunhd, Fome, cortndoe ngu pr que e não pudesse contr nd do que e coneceu Est, porém, bordou um peçri com que deu conhecer à su irmã o sucedido; Procne, en rivecid, mou o seu próprio fiho, Ítis, cozinhouo e deuo de comer ereu Qundo ese descobriu o que he inh conecido, perseguiu s dus iã que entreto girm Qundo estvm que ser pnhd, perm os deuses que s svssem dque ição; os deuses, piedndose, trns formrm, segundo versão in (cf Ovo, Metamooses 6 4 674), Fiome em rouxo e Procne em ndorinh Est esrofe ude pois Procne, ve rise ( ndorinh, que nunci Primver) Casa de Cécrops Ou sej, Aens, pos Cécrops é o seu endário nddor (cf II , n) Siringe Pr est u de Pã, cf I. 7 0 (n) O deus O deus Pã, ou Funo, proecor do gdo e músico por excenci d siringe ergílio Não se sbe com certez se se rt ou não do poe Vergio (des tinário de I 3 e I. 4), quer porque ese morreu em 9 C , d em que Horácio não th ind começdo escrever ese livro quer porque form como é crcterizdo ese Vergo (como um homem de negócios, ou um mercdor) não prece ser coerene com imgem comum que emos do mntuno; muitos esudiosos defendem no ennto que se r de um re fernci póstum o grnde poe to, um espécie de cone mgnário de homengem (pr s reções deste om Horácio, cf I. 3 6, n)
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Caleno Região da Campânia, afamada por seus vinhos (cf. I. 0. 9 1 1 , n. ). Cliente Para as reações de centea entre os Romanos, cf. II. 18 7 (n. ). Nao: Para este tipo de perme, cf. II. 1 1 . 17 (n.) . Supío egundo Porfírio e Ps. cron, tratase de Porfírio Gaa, comer cinte que possuía perto do ventino armazéns que costuavm comercia izar óeos permados. Chamas negras: s chmas são ditas "negras porque se referem ao fumo negro da cremação.
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Ouviram Lice os deuses os meus votos os deuses ouviram Lice: tornas-te velha e no entanto queres parecer formosa e brincas e bebes sem vergonha 5
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e bêbeda assedias com um canto trémulo o deus do Desejo que tarda em chegar le está de guarda nas belas faces da viçosa Quia eímia em tanger a lira e no seu desprezo por cima de secos carvalos voa e voltate a costas e foge que a ti te enfeiam os lúridos dentes e as rugas e a neve de tua cabeça Pois nem púrpuras vestes de Cós nem pedras preciosas te podem trazer de volta os tempos que os vólucres dias encerraram e guardaram nos conhecidos fastos Para onde fugiu a tua Vénus ah ! para onde a cor da tua pele para onde teus graciosos gestos? Que tens tu daquela daquela que amores suspirava qe de mim próprio me raptou que depois de Cnara foi feliz comigo daquele rosto conhecido por suas artes de encanto? Os fados porém breves anos deram a Cínara e por muito tempo hão-de conservar
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Lice que viveá tant quant uma idsa gaha paa que s fgss jvens pssa ve nã sem muit is ua tcha desfeita em cinzas.
ce Para o nome, " a loba cf III 0 (n) Aqui sugere solidão e não cru eldade Os meus vts Provavelente os votos semelhantes àqueles formuados em I 5 Quia O nome desta muer tem origem num gentíico (relativo à ilha de Quios) Alguns tradutores lêem como um gentíico e ão como um nome próprio ("nas bonitas faces de uma viçosa habitante de Quios), mas a ver dade é que, segundo E Romano, este nome de liberta encontrase atestado em algumas inscrições romanas Lira O lati psaere não indica precisamente o instrumento tocado (do grego w, psaô, "tager um instrumento de cordas ). O verbo sugere um som suave e delicado, uma ve que o instrumento é tangido com os de dos e não com um pectro. Púuras vestes de Cós A púrpura de Cós era tecida em finíssimos lamen tos, característica pela sua transparência. Fasts: Os fastos (cf III 7 4., n ) aqui podem não ser exactamente os re gistos oficiais do Estado, mas uma espécie de registo histórico (cf Kiessing e Heine, ad. lc.) dos feitos amorosos de ice, perdidos o passado e co nhecidos de todos Depis de Cínara ice sucedeu a Cínara no coração de Horácio Para este ntigo amor do poeta, cf I . 4 (n )
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De que forma poderá o zelo dos senadores e do povo, Augusto, com pródigas mercês de honra, eternizar para todo o sempre tuas virtudes, em inscrições e nos registos dos fastos, 5
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ó maior dos soberanos de todas as regiões habitáveis que o sol umina? Ainda há pouco os Vindélicos, ignorantes da lei latina, às suas custas aprendera o quanto vales na guerra Com o teu soldado, o feroz Druso subugou os Genaunos, inquieta raça, os velozes reunos, e suas cidadelas construídas sobre os terríveis Alpes, algo mais do que uma simples retaliação; o mais velho dos Neros de seguida travou uma encarniçada batalha, e sob favoráveis auspícios derrotou os selvagens Rets O quão admirável foi ele na contenda de Marte, com quanta destruição derreou o coração dos que deseavam uma morte e liberdad ! Quase como o Austro agita as ondas indomáveis, quando o coro das Plêiades rasga as nuvens, assim ele infatigável assolou os batalhões dos inimigos, incitando, no meio do fogo, o seu fremente cavao
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E assim como o auriforme ufido, que banha os reinos do aplio Dauno, revolve quando se enfurece anes de espalhar sobre os campos civados um horrendo dilvio, assim com um violento golpe Cláudio derrubou as férreas fileiras dos bárbaros, e ceifando um por um, cobriu o chão com seus corpos, vencendo sem perdas, enquano u lhe davas os eércitos, u, o eu conselho, e os eus deuses. Pois no mesmo dia em que o poro de Aleandria, suplicane, as poras abriu de seu desero palácio, a favorável Foruna, quinze anos depois, concedeue um outro êio miliar, acrescenando esta honra e desejada glória às uas campanhas já vencidas A i, admra-e o Cânabro antes invencível, a , o Medo e o Indo, e o fugtivo Cia, ó guardião sempre presene de Iália e da soberana Roma
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A i, ouvee obediene o Nilo, que esconde as nascenes das suas águas, ouvee o Isro, a ti, o rápido Tigre, o Oceano cheio de monsros que brama perane os longínquos reões, a i, ouve-e a Gália que não receia a more, e a rude Ibéria, a i, enerame os Sigambros, esse povo sedeno de sangue, agora que depuseram suas armas
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Fasos ara sts ristos oficias d Roma cf. III. 1 4. (n.). Soberanos Em atim ês prinpes, cf. L . 50 (n.). 5 Vindéis ara o povo cf. I 4. 1 (n). 6 Druso ara st nral romano cf. N 4. 1 (n.). 0 Genaunos . . . Breunos Os Gnaunos os Bruos ram povos rics que habitavam os Aps Réticos no va do Inn. Lutaram contra Druso na cam panha que st drou contra alns povos que s insuriram contra o po drio romano. 14 O mais eho Tibério Caúdio Nro (cf. 4 1, n.) mais adiant chamado Cáudio (v. 9) ; sra qum mas tard sucdria a Auusto. 6 Res Vizinhos dos Vindéicos st povo sur citado lado a ado na urra rética contra o ército romano. 20 Ausro Vento do S. Pêiades O dsaparecr da constação das êiads mitooicamente as 2 st has d Atas transformadas em stras acompanhava m Novm bro as randes tmpstads. 25 Taurorme uido ara o rio cf. II. 30 10 (n.). O píteto traduz o ro -pÓop
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Quando eu quera flar sobre batalhas e cdades vencdas, Febo repreendeu-me batendo na lra, não fosse eu navegar através do ar Trreno com mnha pequena vela A tua dade, César, 5
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trouxe de novo aos campos as fértes searas, resttuu ao nosso Júpter as nsígnas, arrancandoas das arrogantes portas dos Partos, e fechou, lvre de guerras, o templo de J ano Qurno, e ps um freo à devassdão qu e se afastava do bom camnho, elmnou as nossas culpas, e fez revver o antgo modo de vda, mercê do qual cresceu o nome latno e a força da Itála, e a fama e a majestade do Impéro, que se estende donde o sol nasce até à Hespéra, onde se deta Sendo César o protector do estado, nem a volênca nem o furor cv hãode afastar o sossego , nem a ra, que as espadas forja, e que desgraça as cdades ao tornálas nmgas. As Les J úlas, não as quebram nem aqueles que da água do profudo Danúbo bebem, nem os Getas, nem os Seres, nem os fés Persas, nem os que nasceram perto do ro Tánas
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Nós nos das de trabalho e nos sagrados entre os dons do felz Líbero com nossos lhos e esposas segundo o rto nvocamos prmero os deuses e depos segundo o costume dos nossos pas acompanhando o canto com tbas da Lída os chefes que morreram com honra Tróa e quses e a descendênca da alma énus cantaremos
Insígnas Para a inígnia miiare perdida peo exércio romao em Car ra, cf. I . (n.) . ]ano Qurno Em Roma, fechavame a pora do empo de Jano Quirino, no fórum, empre que a cidade eava em paz, o que quae nunca aconecia. Ae de Auguo, ó inham ido fechada por dua veze, no empo de Numa e depoi da primeira guerra pnica. O prnceps fechou o empo de Jano depoi da guerra de ccio, uma egunda vez em 5 a.C., e uma erceira vez num príodo enre 6 a a.C . . 0 Devassdão Tano aqui como em , exie uma referência à reforma o ciai e morai de Auguo (cf. III. 4 . 8, n .). 6 Hespéra Dea feia a ipânia (a odente, do pono de via romano), onde para o anigo o o e punha (cf. I . 8. 6 , n. ). 2 Le Júlas Auguo perencia, por adopção, à gens Iula a f de Jio Céar. 232 Getas Seres Persas Tána Para o Gea, c 4. (n.). Para o Se re, c I. . 55 (n.). Para o Pera, c I. . 3 (n.). Para Tánai, c 0. (n) . 30 Tíbas Lída A bia (ou auls, cf. I. . 3334, n. ) é originária da Frígia, e não da Lídia. A referência à região deve er a ver com o modo ídio, um modo mi doce do que, por exempo, o modo dório, mai béico. Para o Grego cada modo ina o eu carácer (ethos cf. por exempo Paão, Repú blca, 398e e .). A referência à Grécia pode ambém er a ver com o faco de er ido orácio a razer para o Lácio o rimo rico grego ( cf. III 3 . 3). 33. Tróa Anquses descendêna da alma Vénus Auão à iação míica da gens Iula (a que perencia Jio Céar e Auguo, por adopção) em Eneia e em Vénu, argamene exporada pea Ene de Vergíio. Aquie é o pai de Eneia. 6
C ântico S ecular
CÂNTICO SECUL
Ó Febo e Daa, aha das oestas, luzete glóa do céu, vós sempe veneados e veeados, cocede aquo que vos ogamos neste tempo sagado 5
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em que os vesos sblos eotaam a que vges escolhdas e castos apazes aos deuses, que amam as Sete Colas, etoem um câtco. Almo Sol, que em teu efulgente cao o da fazes sug e escodes, e que um outo emboa o mesmo sempe enasces, possas tu ada mao ve do que a ube de Roma Ilta, tu que gacosa levas a um bom fm os patos a altua pópa, potege as mães, que queas se chamada de Luca, que de Geadoa Deusa, faz cesce a ossa pole, e taz sucesso aos decetos dos Pas sobe o matmóno, e sobe a le matal que asce faá uma ova geação, paa que o costante cclo de oze décadas de ovo taga o canto e os jogos, aphados de gete, duate tês claos das e outas tatas deletosas notes
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CÂN TC O SEC ULA R
E vós, Parcas, verdadeiras no que cantastes, o que uma ve oi dito, que o certo curso dos acontecimentos o conserve, e uni bons ados aos á cumpridos Que a erra, értil em cereais e em gado, Ceres presenteie com uma coroa de espigas; e que as salubres águas e as brisas de Júpiter alimentem os seus rutos Deiando de parte a lança, brando e calmo, ouve as súplicas dos rapaes, Apolo, e tu, rainha bicorne das estrelas, Lua, ouve as raparigas Se Roma é vossa obra, e ocuparam a costa etrusca gentes vindas de lion os sobreviventes a quem ordenado .oi que mudassem de Lares e de cidade, . numa vagem sem pego e a quem o casto Eneias, sobrevivendo à pátria, um livre e seguro caminho mostrou através de róia que ardia, ele que daria muito mais do que haviam deiado ,
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então, deuses, dai à nossa dócil uventude probos costumes, deuses, dai à nossa sossegada velhice descanso, à raça de Rómo dai riquea, descendência e toda a glória Que aquele do ilustre sangue de Anquises e Vénus obtenha o que com bois brancos vos suplicou, ele antes guerreiro, agora piedoso para com o prostrado inimigo Já teme o Medo nossas poderosas mãos no mar e na terra, e nossos machados albanos, á os Citas e os Indos, antes arrogantes, esperam por nossas respostas
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Já a Lealdade a Paz, a Honra, o antio Pudor, e a desprezada Virtude ousam voltar, e a bem-aventurada Abundância sure com seu corno cheio. O áuure Febo, eneitado com o seu ulente arco, amado pelas nove Camenas, ele que com a sua arte medicinal livia os membros cansados do corpo,
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se ele de acto benino olha pelos altares do Palatino, então o poder romao háde prolonar e a prosperidade do Lácio por mais um ciclo, e por épocas sempre melhores. Diana, aquela que habita o Aventino e o ido, atende as preces dos Quinze Homens, e ouve com aizade e atenção os votos dos rapazes. Reresso a casa com esta boa e re esperança, que são estes os sentimentos de Júpiter e dos deuses todos, eu, cantando num coro a quem oi ensinado os louvores de Febo e de Diana.
Horácio foi o responsável pela composição do Cântico Secular (Carmen Saeculare) o cântico solene que concluiu a actividade religiosa dos ogos Secuares de aC.. Estes jogos consistiam, antes de Augusto, em festas e jogos de carácter predominantemente epiatório, dedicados a dvindades infernais ou ctónicas. Eram realizados de 1 0 em 1 0 anos segundo os Livros Sibinos, num orácuo conservado em Zósimo ( 6) Os primeiros jogos de que há notca segura foram celebrados em 49 em Tarento, num momento crítico da Primeira Guerra única, e repetidos cem os mais tarde (o que subentende uma outra noção de " sculo. No sculo I aC. , dedo à guerra civil entre sar e Pompeio, oram adados para mais tarde.
CÂN IC O SC ULAR
Foi Augusto, na qualdade de pontfice máxmo do colgio sacerdotal dos Quize Homens (Quindem Viri Sacr Faciundis) , quem deu continudade a esta festividade e mandou organizála em 7 aC, com gande pompa Mas esta festa tnha um carácter bem mais iportante do que u mero rito expiatório: o objectivo era celebrar a entrada de Roma numa nova poca conduzida por Augusto, e celebrar igualmente a eternidade da Urbe A pa de algumas dvidades ctónicas, as Moiras, as itias e erra Maer honradas durante a noite, durante o dia (com toda a conotação lumiosa do temo, pesente neste texto) foam cultuados Júpiter, Juno, Diana e Apolo, sendo este ltio lgado pela popaganda augustana ao grandioso destino do soberano de Roma 9 a C tiha sido um ano smbolicamente impotante para Augusto, que nesse ano dipomaticamente ecuperou as sgnias e estan dartes romanos saqueados pelos Partos ao exrcito de Crasso ( cf I. n), vitória de grande signiicado e argamente engrandecida pelo próprio Horácio Pouco tempo antes, Agripa submete falente os Cântabros, e os liites ocidentais e oientais estavam seguros Em 8 já tambm grande parte das reformas sociais e demográficas de Augusto estavam iniciadas, em especia a lex Iulia de mariand ordinibus (ei sobre o casamento, cf III 4. 8 n), lei a que o cântico de Horácio faz referência (v 0). Os Jogos foram ceebados entre 3 de aio e 3 d eJunho, e estão bem do cumentados mecê das Actas descobetas no sculo XIX (cf CIL, VI p 33 7 n 333 ), e envolveram diversos sacrcios durante três dias e três noites, feitos pelo próprio Augusto e tambm por Agripa Nestes jogos ce lebraramse tambm jogos cnicos e circenses, e alguns seisernia, enor mes banquetes em honra de Juno e Diana, organizados por cento e dez matronas romanas escolhidas peo colgio dos sacerdotes A três de Junho, no último dia do festiva, depois dos sacrifcios, vinte e sete jovens e vinte sete aparigas de nobres famlias com os pais ainda vivos (parimi e marimi) entoaram em coro, provavelmente dividos em dois grupos, o Cân tico Secular composto por Horácio , primeiro no Palatio, repetido depois no Capitólio 5 3 5 35
Versos Sibilinos guns destes versos de carácter oracular foram conservados por Zósimo, como efermos na itrodução a este poema Sol Febo Apolo Ao longo do poema são enumeradas todas as suas unções, enquanto guerreiro, msico e mdico Iliia Deusa que preside aos partos Lucna Deusa que assistia aos patos, aqui assimilada a Diaa Lei marial cf III. 4. 8 (n ) Rainha birne Diana ou Lua (daí o epíteto)
CÂNT C SEC U R
De lion De Tróia. Auão à mítica fiação da gens Iulia, de onde decende Auguto, em Eneia e em Vénu. Que aquele Auguto. 40 5355 Medo Citas Indos Para o Medo, cf. I . n. ). Para o Cita, cf. I. 19 . 10 n.) . Para o Indo, cf. I 1 . 55 n ). 54 Albanos Aqui deigna o Romano, uma vez que Roma teve origem na cidade de ba Longa. 57 Lealdade Em atim êe Fides, cf. . 4. 6 n. ). 59 Abundâna Para a agem da Abundância com eu pródigo corno, cf. . 17. 1416. Nove Camenas A nove mua: Cíope, Co, Pomnia, Euterpe, Terpí core, rato, Mepómene, Taia e Urânia. Toda fazem parte do équito de Apoo musêgets cf. . 6 5, n.) . Aventino Álgido Diana pouía um tempo muito antigo no Aventino Para o monte gido, no Lácio, cf. I 1 . 78 (n.) . Quinze Homens O Quindecênviro, coégio acerdota a que Auguto 70 preidia. 38
Índic d noms, ugars povos
A abrevatura a " ndca que no contexto português encontrará a forma adjectval da expressão As referêncas são ndrectas quando se encontram entre parênteses Nota: número dos versos basease na versão portuguesa, que raramente se afasta mas de m ou dos versos da posção orgn no texto lato Abundânca (Copia) C 59 Acríso, III65 Adrátco 315, 64, 3315; 113, 14 4; !35, 923 , 27 19 Áfrca, 15, 84; III347, 1631; IV8 9; a 636; III2957; IV44 (Aníbal) rcano (Cpão rcano ) , (I8 9) Áfrco (ento udoeste), 5 , 3 12, 145; 35 Agamémnon, IV95 Agrpa, 65 Ája (fo de leu), 15 8 Ájax (flho de Télamon) , 46 Albano, a III23; IV9 (lago), (vnho), C 5 4 (machados) Álbo, 33 búnea, 7 2 ce, 3 5; IV97 cdes, 1 5 Alexadra, IV 435 Álgdo, 21 7; III23 10; 458; C 6 9 pes, I4 18, 14 1 azonas, I4 Ameaças (Minae) 1 3 7 Aacreonte, I910 Ânco, !35 1 Anco, I7 5 Adrómeda, 2917 farau ( argvo áugure" ), (III 6 2) Anon, II 1 1
Anão, 713 Anquses, IV 15 3 ; C 49 tíloco, 94 Antíoco, III63 6 Antóno úo) , IV227 Apolo, 230, 74, 28, 100, 2 0, 3 1 ; 1 0 8; II464; a V29; C 34 Apúa, !33 7; a 49; V1 46 Apúos (povo), 5 8 ,1 626 Aqémenes, 222; IIIl43 Aquerônca, 44 Aqueronte, !3 36; III3 5 Aqueus, !3 28; a 1535 ; V35, 6 8 Aqules, 1533; II43, 1629; I63; ( lho de eleu) 66 qulo (vento do Norte), 3 3 ; 9 7; III 04, 3 03 Árabes, 291 , 35 40; 12 23; III42 Arcáda, IV11 Arcturo, III127 Argvos, III3 67; a 65 ; III1 6 2 Argos, 79 Arqutas, 8 Asdrúbl, I438, 72 Assíra, v íra Astéra, 7 Átalo, 2; 86 Aas, 0 ; 34 1 1 ; a 3 14 (mar aân tco") Atrda (fo de Atreu), 1 0 3 ; 47 Áufdo, II30 10 ; I92, 14 25
ÍNDCE DE NOMES , LUGRES E POOS
Augusto, 9.19; 3 1 1 , 52; IV2.43, 4.28, 1 42 Áulon, 618 Ausónos, a. 455 Austro (vento do ul), 14 16 ; .3 .5, 27 22; 1420 Aventno, C 69 Babóna, a. ! 1 1 2 Bacantes, !.25.15 (v. Tíades) Baco, I.73, 186, 27.3; II619, 19. 1 , 6; III3 13 , 25. 1 (v Líbero) Báctra, III2927 Bas, 1 8.21 ; III424 Balança (constelação), II 17 17 Bânca, III4.15 Bandúsa, III. 13 . 1 Barne, II.8.2 Bassareu (Baco), I . 8. 1 1 Basso, .36 14 Beleroonte, III.715, 12.8; V1127 Berecnto (Tíba), I.8.14; III.19.19; V1.24 Bíbulo, III.28 8 Bístones, II.9. 1 9 Btína, a . .35 .7 Bóreas (vento do Norte) III24 38 Bósoro, II 3 14, 20. 14; III430 Bretões, !2 1 . 16; III.4.33 , 5.3; IV 1448 Breunos, V 14. 1 1 Brsede, II.42 Brtâna, .35 30 Bruto, II72 Cabra (estrela) , III.7.6 Cabrtos (estrelas), III 28 Calábra, 315, 33.16; III.16.33; IV8.20 Cálas, III.9. 14 Caleno (vnho), !20. 10; IV1 2 15 ; a 3 1 9 Calíope, III.4 . 1 Camena(s), I239; II16.39; III.421; V627, 97; C 62 (ver Musa) Camo, I. 2 .42 Campo de Marte, !8.4, 9.18; .1.11, 7.26; 1 39 Canícula, I. 7. 18; III. 13 .1 0 Cantábra, !62 Cântabros, II 1 2; III.8.21 ; . 144 1
Captólo, 377; I3.42, 2445, 309; 37 Caprcórno, II 17 1 9 Caríbds, 27 .19 Cárpato (mar), 3 58; .5 .1 3 Cartago, II2 12; III.5.23 , 39; 4.69, 8. 17 (v púncos) Cáspo, II.93 Castála, III462 Castgo (oena), III.2.3 0 Castor, IV5 .36; (.3 2) Catão (de Útca), 1 236 ; II. 1 .24 Catão (M órco), I. 15 . 1 1 ; III21 1 1 Cáto, I. 182 Cáucaso, !226 Cécrops, II1 . 12; V1 28 Cécubo, !.209, 3 7.6 ; II 1425; III283 Ceeu (pa de Andrómeda"), (III.29.17) Censoro, V82 Centauro, I. 8. 8; IV2 . 14 Ceos, II. 1 .38 ; IV9.6 Cérbero, (II.13.33, besta das cem cabeças"), I.9.29; III 1 1 .17 Ceres, III.2.26; V5 18 ; C.. 3 0 César úlo) , !2 .44 César (ctaano, depos Augusto), !.2.52, 6.11 , 12.51, 52, 21 .15, 35.29, 37.16; !919 ,12 10; !43, 142, 1 6, 25.5; V2.34, 48, 5 16, 27, 15.4 ,17 Chpre, 31, 1910, 30.2; III.269; a !1 13 ; III2960 Cíclades, I 420; III.28 .1 4 Cclopes, .4 .8 Cdonea (cdade de Creta), a V9 17 Cínara, V 1 .4, 13 21 Cínta (Dana), III28.12 Cínto (Apolo), !2 1 .2 Crce, I. 7 . 1 9 Cro (re persa), !.217; (III94 re dos ersas" ); III.2927 Cro, I . 7 .25, 3 35 , 6 Ctas, I1 9 10, 359; II.1 1 .3; III.8.23, 24.9; .5 .25, 14.42 ; C.. 55; a III4.36 Cterea (énus), 4.5 ; III 2.4 Cláudo (Tbéro), V4.73 ; V 1429 Cleópatra, (376 ua ranha" ) Clo, I. 22 Cloe, !.23. 1 ; I.96 9,19, 2612; III7 10
ÍDC D OMS LUGRS POVOS
Clórs, II5 18; II 15 7 Cndo, 30 1 ; II520; II28 14 Cocto, II14 17 Codro, III 192 Cólqda, II 13 8 Côncanos, III434 Corbantes, 167 Cornto, 7 2 Corvno (Messala), III2 1 7 Cós, V 13 13 Cotsão, III8 1 8 Crago, 21 8 Crasso, III5 5 Creta, ! 15 1 7, 263 , 36 10 (marca de); III2734 Crspo, v alústo Cupdo (ou Desejo), 234, 191; 814; V1 5 , 13 5 Cúro, 1241 Dacos (povo) !359; 2017; III614, 818 Daláca, 1 1 6 Dâms, 3613 , 1 7, 18 Dánae, III 63 Dánao, II14 19; III 1 1 23 Danúbo, IV1 52 1 Dárdano, IV67; a . 15 10 Dáuna, 12 13 , 22 14; a IV627 Dauno, III ; IV 1426 Ddalo, 3 34; II201 3; I23 Deobo, IV922 Delos, 74, 16 5 ; a II3 0 16 Dlo, 3 4 Delos, 21 10; I3 8, 633 ; a III464 Desejo, v Cupdo Destno () , 1724 Devassdão () 193 Dana, 211; II1219; III471; I725; cs 1, 69, 76 Ddmene, 165 Done, II1 39 Drce, I225 Duso, I4 17 , 14 9 Éaco, II1 3 22; III 193 ; I826 Edonos (povo), II 7 27 Éeso, 7 2
Éula, III297 Egeu, II 162; III29 64 Élde, 219 Élo, III 7 1 Enclado, I455 Eneas, IV623 , 7 15 ; C41 Enpeu, III7 23 Eóla, a 13 24; III30 13 ; IV3 12, 9 1 1 Éolo, a 14 19 Equon, IV4 64 Érce, 233 Eranto, 21 7 Escauros, 1237 Escopas, IV86 Escorpão (constelação), II 17 1 8 Espártaco, III1 420 Espartano, 61 2, 1 1 24; III326; IV9 13 Esperança, 3521 Estnelo, 1524; I920 Estge, 34 10; II20 8; I826 Estrela da Tarde (sper), II911; III1926 Etna, III476 Etruscos, a 2 14 ; III7 28, 2935 ; I 454; C 37 (v Trrenos) Eumndes, II 13 36 Euro (vento leste), 25 1 9, 2825 ; II 1624; III 7 1 0; IV444, 6 10 Europa (contnente), III3 47 Europa (prncesa), III27 25, 57 Euterpe, 13 Éva (Bacante), III259 Évo (Baco), 189; 1 1 17 Fabrco, 1240d Faetonte, IV 1 1 25 Falnto, II612 Faleo (vnho), 2011, 2710; I38, 620, 1 1 19; III 1 43 Fama, II28 Fauno, 41 1 , 17 1; 1 728; III1 81 Favónos (ventos do oeste), 41, III72 Febo (Apolo), 1 223, 32 13 ; III3 65, 44, 2 1 23 ; I625, 29, 152; C 1, 6 1, 76 Fdle, III2 2 Fpos, II7 9; III426 Fls, II4 13 ; I 1 1 3 Fócde, II4 1
ÍNDIC D NOMES UGARS POVOS
Fóloe I337 (bis); II5 17; III 15 7 Forento III4 16 Fórmas 20 1 1 ; III 7 7 Fortuna (deusa) 914 3414; II13; III2949; I 1437 Fraates I II2 17 Fríga II 222; a 18 14; II9 16; III1 41 Frígos 1 534 Fta IV63 Fúras 28 1 7 Fusco 223 Gades II2 1 1 6 1 Galatea III27 14 Galeso II6 10 Gála III 635; IV14 49; a 8 6 Ganmedes I43 Gargano II96 Gelonos (povo II922 2018; III435 Genaunos IV1 4 10 Géron II14 8 Germâna I5 26 Getas (povo) III24 1 1 ; IV 15 23 Getúla a 239; III202 Getulos 20 15 Ggantes II 92 1 ; III1 7 Gges (monstro) II17 14; III469 Gges (nome própro) II5 20; III7 5 Glícera 195 30 3 3 3 2; III 1928 Graça(s) 46 306; III1916 2122; IV7 5 Gréca 1 57; IV53 5; a 203 ; II1 639; III2456 Gregos II4 1 1 ; I83 Groso II167 Haníbal II1 2 1 ; III636 ; IV449 8 16 Hebro (nome própro) III 125 Hebro (ro) III25 1 0 Hetor II410; III327; I922 Helena 3 2 152; IV91 3 Hécon 125 Hemo 1 26 Hemóna (Tessála) 3718 Hércules 336; II126; III39 143; IV462 5 36 830 Hespéra (Espana) 364 ; I 15 1 6 Hespéra (Itála) 2826; II 1 3 1 ; III68; IV537
Híades 3 14 Hdaspes 228 dra 46 1 Hleu II 12 5 Hmeto II6 15 18 3 Hperbóros (povo) a II20 15 Hpólta (da Magnésa) III7 1 8 Hpólto I725 Hrpo II 1 1 1 Hspâa a III63 1 821 144 Homero I95; a 62 Honra C 57 Horáco IV644 Iápx 3 4; III2 7 20 Ibéra I528 1450; a 29 1 5 (v Hspâa) Iberos II20 19 Íbco III 15 1 Ícaro (mar de) 1 16 III72 1 Ícaro II20 13 Íco 291 Ida III20 16 Idomeneu I919 Íla 2 17 ; III98; 823 lon (Tróa) 10 1 4 15 34 15 34; III3 1 8 (bis) 37 194; IV453 9 19; C 38 (v Tróa) íra a 2821 ta C 13 Ínaco II32 1 ; III9 1 Índa 3 1 6; III242 Indos 12 55; I 14 42; C 55 Inquetude (Cura), II1 62 1; III1 38 Istmo (de Cornto) I3 3 Istro (Danúbo) I 1446 Itála 37 17 ; II74; III540; I1 444 15 13 ; a II 13 18; III30 13 ; 442 Íts 12 5 Ixíon III 1 1 21 ]ano 15 9 ]ápeto I 3 27 ]óna a II62 1 Juba 22 15 ]ugurta II 1 27 Júo a 12 47; I 15 2 1 Juo 78; II 25; III3 17 459
ÍNDI D NOMS UGRS POVOS
Jpiter 127 218 29 3.40 10.5 11.4 16.1 1 21 3 2220 289 29 32.14; 6.17 7 17 10 15 17.22; 1.6 3 6 63 4.50 5 1 12 10.7 16.5 25.6 27.73; .42 74 830 15 6; C. 3 1 74 Justiça 247; I. 17 .1 6 Juventude (Iuuentas) 30.7 Lacedemónia Esparta) 710; III.5.56; lacónico) a I 18.8 Lácio .1253 3510; I4.39; C.. 67; a latino) 323 ; II .29; I 14.7 15 .1 3 Laertes .1521 álage 22 10 23 ; I5 . 15 Lâmia 268 36 7 III.1 72 Lam III.1 7. 1 Lanvio a I27 .3 Laomedonte III3 2 1 Lápitas . 18 8; I. 12.5 Lares deuses) III23.3 ; IV5. 35; C 39 v enates) Laissa I7 1 1 Latino v Lácio Latona .21 .3 3 1. 17; III.28.12; IV6.37 Lealdade (Fides) .24.6 3521 ; C. 57 Leão constelação) III.29.19 Leda 12.25 Leneu Baco) I25. 1 9 Lesbos vio) 17 .21 ; poesia) . 1 34; a .26. 1 1 ceu) 325; .635 Lestrígone I 16.34 Letes a I7 27 Leucónoe . 1 1 2 Líbero Baco) I221 167 18.7 32.9; I 19.7; I86 21 21 ; I832 12 14 1526 v Baco) Lbia 2 .1 1 ; a . 1 .1 0 Libitina II30 7 Libuos povo) a 373 1 Lice III10 1 ; I1 3 1 2 13 .25 Liceu 1 7 .2 Lícia I.462; a 8 16 Lícidas .4. 19 Licímnia 1 2 14 24 Licnio 10 1 Lico ove) 32 1 1 Lico velho rabugento) III. 1922 24 Licóris 3 35
313
Licurgo II 19. 16 Lide 1 1.2 1; III1 1 7 25 28.2 Lídia noe póprio) 8 1 13 1 25.8; III9.6 7 7 20 ídia região) I15.3 0 ieu Baco) I 7.23; .21 14 Ligurino I133 105 Lípara III.12.5 Líris 3 1 .7; II. 17 7 ólio IV9.33 ua C.. 35 Lucéria III1 5 14 Lucina Diana) C 1 5 ucrétiis 17 2 Lucino lago) a I 15 .4 uz da Noite (Noctiluca) I.6.38 Magnésia III.7. 1 8 Maia 2 .41 Manes 41 6 Mânlio III2 1 1 Marcelo 1245 Mareótico 3 7 14 Marica .17.8 Marsos povo) a 1 25 2 39; II201 8; III.5.8 14. 18 Marte .6.1 3 17 .9 22 28.1 7; II. 4. 13 ; 3 16 30 523 ; I823 14 17 Masságetas povo) 35 40 Mássico vinho) 1 19; I7.21 ; III.2 1 5 Matio .282; I.2. 28 Máximo v aulo Mecenas 1 20.4; I.129 17.3 20.6; III8.13 1 619 293; IV 1 1 .1 9 Medo (Timor) III1.37 Medos povo) 2 51 295; I1 32 16.6; III.3.44 8.19; IV1442; C. 53; a 921 rio) v artos) Megila .2712 Melpómene 243; III3016; I31 Mêns III.26.10 Meónia Frígia) I.95 Mercrio I.01 2416 308; I714 17.3 ; .111 Meríones .6.14 1526 Metelo . Mcenas I79 Mígdon .1222
ÍNDI D NO MS LGARS POVOS
Migdónia III. 6.4 Mimas III.4.53 Meva III.3.3 1.6; I.6.14 (v. Palas) Minos ..9; .7. 1 Mítale !.33.14 Mito (ma) .1.14 Mistes II.9.10 Mitene .7 . 1 Moneses III.6.9 Mote .4 13 Mouos .6.4; a ..; I.1 0. 1 Muena III. 9 1 1 Musa(s) .6.10 17 .1 3 6.1 3.9; II.1 .9 37 10 .19 1. 13; III. 3.70 19.14; I. 9 9.1; (Piéide) I.3.17 .0 (v. Camena) Náiades III.5. 14 Neaco III.0.6 Necessidade (Necessias) !.35. 17; III.1 .14 4.5 Neea III.14. Neobue III..4 Neptuno ..9; III.. 10 Neeides III.. 0 Neeu . 15 .4 Neo (Tibéio e Duso) I.4. 3 14 4 Nesto 15. Niates II. 9. 0 No III3.4; I14.45 Ninfas .1.31 4.6 30.6; ..14 19.3; III. 1 . 7 .30; I. .5 Níobe I6. 1 Nieu .0.15 Noctuca v. u da Noite Nóico a. .1 6.9 Noto (ovem) III. 5 . 1 Noto (ento do Sul) !.3.14 7.15 .1; III.7. 5; I.5. 1 Numa v Pompio Numância . 1 .1 Nmida !.3 6.3 Nuídia III..47 Olimpo . 1 4 .5; III.4.5 Opunte .7 . 1 Oco (deus dos Infenos) .. 10 ; II.3 .4 1.31 34; III.4.4 11.9 .50; I..4 v. Pluto)
Oeu . 1 . 4.1 4 Óico III. .5 Oíon constelaço) .. 1 ; III.7. 1 Oíon (gignte) . 1 3 .39 ; II.4.0 Ónito III.9.14 Pácoo III.6.9 Pao !.30. 1 ; III.. 14 Palas (Atena) .6.16 7.6 1.19 15.11; III.4.5 (v. Minea) Palatino C.S. 66 Palinuo III.4. Panécio .9. 13 Paca(s) II.6.9 16.37 17. 6; C.S. 5 Páis !.3 .41 aos . 19.6 Paásio I.6 Patos .1.53 7.5; .13.16 17; ..4; I5.5 15.; a. . 19. 1 1 ; III.5.9 (v. Medos) Pátaos a. III4. 64 Pauo (Emio) . 1. 37 Pauo (Fábio Máxo) I.. Pa C.S . 57 Pégaso .7 .3; I 1 1 .6 Peleu .6 .6; III.7 . 1 7 Pelignos (povo) a . III. 19. Pélon III.4.5 Pélops .6. .7; II. 13 .37 Penates (deuses do la) .4.16 13.7; III.14. 4 3 . 1 7.49 (v. Laes) Penélope .17 . 19; III. 10. 1 1 Penteu II. 1 9. 5 Pesas (Patos ou Medos) ..3 1.16; III.5.3; I.15.3 Pesas .3. 1 ; III.9.4 Piéia III.4.3 10 15 os .15. Pndao I. 1 7; I.9. 6. indo .1 . 6 Pipleia .6. 9 Piítoo .4 .0; I7 . Pia mue de Deucalo) ..6 Pia (uma apaiga) . 5. Pio (ei do Epio) III.6.35 Pio um apa) III.0 . Pitágoas (..10) lanco 7. 17 ; III. 14 .7
ÍNDC D NOM S ARS POVOS
Pêiades I 14 1 Puto 4 1; II 4.6 (v. Oro) Poo 1 14 Pomnia 1 34 Póux 39 963 (.3.) Pompeo ..5 Pompio (Numa) 134 Ponto (regio) 4. 1 1 Porfrion 4 54 Póstumo . 14. 1 (b) Preneste 4.3 Preto II.7 14 Pramo I.0 13 15.; 36 41 ; I6 15 Próion III9 1 Prouleio 5 Prometeu I6 13 ; II 13 3 1.3 6 Prosérpina .. 0; II 13 . Prosperidade (austitas), .51 Proteu Pudor 4.6; CS . 5 Pnio (Cartaginês) 13; .5.34; I447; a .1. 13 14; 5. 19 634 (v Catago) Quia I. 13 7 Quimera 4; II 7 1 3; I1 6 Qutlio .4.5 11 Quto v Hrpino Quios (vinho) III 19 6 Quirino .46; 3 .1 6; I 15 9 Régulo . 1 3; I5 13 Reto . 19.3 ; 455 Rets (povo) I 14. 16; a. I4. 1 Ródano .0.0 Rode 19. Rodes 1 Ródope II 5 1 1 Roma III.3.3 43 5 1 91 ; I3 . 13 43 14.44; CS 1 3 Romanos 1; I35 6; I.3.3; CS 66; a. 5; III.5 9 14.1; I.4.45 Rómuo 134; 15 1 1 ; I5 1 4; C.S 4 Sabeia 9. Sabelos (povo) II639
Sabina 1.14; 4; a 9 01 9; .1 .4 Safo 13 4 Salama .1 9 153 Sáios (saerdotes de Marte) I1; a 361 3.4 Sastio (Crispo) Sardenha 3 1 4 Sátirs .1 .3; 194 Saturno 150; . 1. 1 .3 Sémee 1 19. Septmio 6.1 Seres 1 55 99; III.9 ; I. 15 .3 Séstio 4.14 Sbaris ..3 Sibnos (versos) C.S. 5 Sia . 1 163 3 ; II 4.; a 1 . 1 ; I.444 Sigambros I35 145 0 Sivano III.923 Sra .; a. .3 1 . 1; . 1 1 16; 43 Sirtes I. 5; II . 6. 3 0 15 Sso . 14. 19 Sitónios I..9; a. .6.10 Sórates a. 9 15 ; . 1 9 Sol C.S. 9 Supio I1.1 Talia I6.5 Taliaro 9 Tánais (ro Don) III. 10. 1 9; I 15 4 Tântao 1 3 ; ( pai de Pélops" 7 ; II.3.3) Tarento 9; .5.56 Tarqunio 135 Tátaro . 9; 1 Tebas .7 .3 ; .4. 64; a. .1 9 Temessa 4.5 Téamon 46 Téefo .13.1 (bis) 196; I 1 1 .1 Telégono 9 Tempe 4 1 10; III1 4 Ténaro .341 0 Teos .1 7. 1 Terra 16; III43 Teseu I.. Tessia a 4 10 15 1 ; .41 0 Tétis 14; 66
NDC E DE NOMES LGARES E POVOS
Teucro 7 1 7 15 4 (b) I917 Teucro (povo) I61 Tíade (Bacante) I 15 10; I 19 9 Tibério v Cludio Tibre 13 91; I31; I17 Tíbur 70 1; 65; III43 96; I3 1 3 10 Tibuo 13 Tício I 14 ; III477 1 1 1 ; I63 Tideu 6 15 15 7 Tiete 161 Tíon III453 Tigre (rio) I144 Tndari 1710 Tndaro I31 Tínio (povo) III3 Tiridate 66 Tiro a III960 Tirreno a 115; III1011 44 (mar) 9 1 ; I 15 3 (v Etruco) Titã I443 Títono ; I16 30 Torquato I73 Trcia II65; III510; I1; a 414 5 1 1 ; 19 16; III99; (ha bitante) 36 14 Triuno I50 5 1 róia 615 14 10 16 1 1 ; 41; III3 60 61; I64 153 1 ; CS 43; a 15 1536; III3 3; (v ion) Troiano I6 14 Troo 91
To (conul) I 1 Tulo (Hotio) I7 15 Trio III914 Tco (III9) Ue 6 Utica 1 1 lgio II95 rio 6 1 aro 1 1 aticano 0 enaro 6 16; III5 55 énu 45 1315 1513 16 199 14 301 310 33 10 13; I75 1 3 ; III91 109 11 50 165 17 1 1 65 67; I 6 101 11 161 31 153; C.S 49 enia 7 erdade (Veritas) 47 rio 3 6 4 10; I 1 13 éper v. Etrela da Tarde eta 16 ; III5 1 1 indélico I417 146 irtude (Virtus) II 1; CS. 5 cano 4; III45 ture III49 Xântia 41 Xanto I66 Zéro (ento do oete) I 1 4; I79