I
. Giorgio Giorgio Agamben Agamben
o
que que
é o
contemporân contemporâneo? eo? e outros ensaios Tradução Tradução Vinícius Nicastro Nicastro Honesko 2 Reimpressão-20IO 8
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Assocfaçlo Assocfaçlo BrasileIra BrasileIra • das EdItoras Unlversltárlas
edllora da Unochapecõ
Cbapecó,2010
::.
Sumário
~ 2008 nouet nouetemp empo o srl Titulo Titulo original: original: Che cos'e il contemp contemporan oraneo? eo? ~ 2006 noue nouetem tempo po srl Titulo Titulo original: original: Che cos'e un dispositiv dispositivo? o? @ 2007 2007
nouet nouetemp empo o srl Titulo Titulo original: original: L'amico L'amico tradução ão brasileira brasileira:: Editora Editora Argos Argos @ 2009 da traduç Este Este livro livro ou parte dele dele não pode pode ser repro reproduz duzido ido autorização autorização
por qualqu qualquer er meio meio sem
escrita escrita do Editor. Editor.
r.-/)
U N O C H P .P E C O REITO REITOR: R: Odilo Odilon n Luiz Luiz Poli VICE VICE-R -REI EITO TOR R DE PESQU PESQUIS ISA, A, EXTE EXTENS NSAO AO E POS-G POS-GRAD RADUA UAçAO çAO:: Claudi Claudio o Alcide Alcidess Jacosk Jacoskii VICE VICE-R -REI EITO TOR R DE ADMI ADMINI NIST STRA RAÇA ÇAO: O: Sady Sady Mazzi Mazzion onii VICE VICE-R -REI EITO TORA RA DE GRAD GRADUA UAçA çAO: O: Mari Mariaa Luiz Luizaa de Souz Souzaa Lajú Lajúss
320.01 A259q
Agamben, Giorgio O que é o contem contempor porâne âneo? o? e outros outros ensaio ensaioss 1 Giorgio Agambe Agamben; n; [tradu [tradutor tor Vinici Vinicius us Nicast Nicastro ro Honesk Honesko]. o]. Chapecó, Chapecó, SC: Argos Argos,, 2009. 2009. 92 p.
1. Ciência Ciência politica politica - Filosofia. Filosofia. 2. Filosofia Filosofia italiana. I. Titulo.
CDD 320,01 Catalogação Catalogação Daniele Daniele Lopes CRB 14/989 Biblioteca Biblioteca Central Central Unochapecó Unochapecó
.dl1oro do Unochopec6
COJ'se COJ'selho lho Editor Editorial ial:: Elison Elison Anton Antonio io Paim Paim (Preside (Presidente nte); ); Antoni Antonio o Zanin; Zanin; Arlene Arlene Renk; Claudio Claudio Alcides Alcides Jacoski; Darlan Christiano Christiano Kroth; Kroth; Edilane Edilane Bertelli; Bertelli; lône lône Inês Inês Pinsso Pinsson n Slongo Slongo;; Jacir Jacir Dal Magro; Magro; Jaime Jaime Humber Humberto to Palacio Palacio Revell Revello; o; Leonar Leonardo do Secchi Secchi;; Maria Maria dos Anjos Anjos Lopes Lopes Viella Viella;; Mauro Mauro Dali Dali Agnoll Agnoll;; Neusa Fernandes de Moura; Valdir Prigol; Paulo Roberto Innocente; Ricardo Ricardo Brisolla Brisolla Ravanello; Ravanello; Rosana Rosana Badalotti Badalotti Coorde Coordenad nador: or:
I7
O que que é um dispo disposi siti tivo vo?? 12 5 O que é o contemporân contemporâneo? eo?
15 5
O amigo 17 7
Tradução Tradução de: Che cos'e il contemporan contemporaneo? eo? Che cos'e un dispositivo dispositivo?? L'amico
ISBN: 978-85-7897-005-5 978-85-7897-005-5
Apresentação
Valdir Valdir
Prig Prigol ol
o
que
é um
dispositivo?l dispositivo?l
. . • .~.
1 Giorgio Giorgio Agamben Agamben apresent apresentou ou uma primt:ira primt:ira versão deste ensaio ensaio como) uma das conferên conferências cias que realizou realizou no Brasil em setembro setembro de 200S; 200S; uma' dessas conferências conferências foiproferida na Universidade Federalde Santa Catarina. Catarina. O autor cedeu o texto da conferência conferência,, que foi traduzi traduzido do do originai originai em italiano italiano por Nilcéia Nilcéia Vadati Vadati,, para a edição do númeroS númeroS da Revista Outra Travessia,cujo 'título é A exceção e o cx:cesso.Agamben&BataiJ/e,~i.Agamben&BataiJ/e,~i.zado em comemoraç comemoração ão pela passag passagem em do ffiósofo ffiósofo italiano italiano por aquela universidade.
1.
As questões questões terminológicas terminológicas são importantes importantes na filosofia. filosofia. Como disse uma uma vez um filósofo filósofo peio qual tenho o maior respeito) ~
o momen-
to'poético do pensamento. pensamento. Isso não não significa significa que os filósofos filósofos devam necessari necessariament amentee a todo todo instante de\
finir finir os seus seus termos termos técnic técnicos. os. Platão Platão nunca nunca defidefiniu o mais mais import important antee dos seus termo termos: s: ideia. OuOu-
-
tros) ao contrário) contrário) como Spinoza Spinoza e Leibniz,preferem Leibniz,preferem definir more geom~!Jjco as suas terminologias. A hi ótes ótesee que que palavr~;pósitivo» "-
--...
ret retendo endo
ro or-l or-lhes hes é ue a
eja um termo técnico decisivo
n~ estratégi estratégiaa do pensamento pensamento de Foucault. Foucault. Ele o usa com frequência) frequência) sobretudo a partir da metade metade _4.9s _4.9s anos setenta.! setenta.! qu~~do começa começa a se ocupar ocupar daquilo daquilo
que chamava c hamava de "governabilidade" o~._9-e"governo
Resumamos Resumamos brevemente brevemente os três pontos: pontos:
dos homens': homens': Embora nunca tenha tenha elaborado propriapropria-
a. É um conjun conjunto to hetero heterogê gêne neo, o, lingu linguíst ístico ico e
mente a definiÇã definiÇão,e o,ele le se aproxima aproxima de algo algo como uma uma
não-lin não-linguí guístic stico, o,
definiçã definição o numa numa entrevi entrevista sta de 1977:
coisa no mesmo título: discursos, instituições, instituições, edifí-
Aquilo Aquilo que procuro procuro individu individualiz alizar ar com este nome nome é, antes antes de tudo, tudo, um conju! conju!1to 1to absoluta absolutamen mente te heterog terogêne êneo o que implic implicaa discur discursos sos,, instit instituiç uições ões,, estruturas truturas arquitet arquitetônic ônicas, as, decisões decisões regulame regulamentar ntares, es, leis, leis, medida medidass administ administrati rativas, vas, enunciad enunciados os científi científi-cos, proposiçõe proposiçõess filosófic filosóficas, as, morais morais e filantróp filantrópicas icas,, em resum resumo: o: tant tanto o o dito dito como como o não não dito dito,, eis eis os eleme elemento ntoss do disposi dispositiv tivo. o. O dispos dispositi itivo vo é a rede rede ~e se estabele estabelece ce entre estes estes eIemento eIemento~ ~ [...] [...] [...] com com o term termo o dispos dispositi itivo, vo, compre compreen endo do uma espéc espécie ie - por assim dizer dizer - de forma formaçã ção o que num '{cert '{certo o momen momento to histór histórico ico teve teve como como função função essenessencial respond responder er a uma uma urgê~çia urgê~çia.. O disposi dispositivo tivo te~, portanto, uma função emmentemente emmentemente estratégIca
[.. . ] Disse que o dispositivo dispositivo tem natureza natureza essencia essencialme lmennte estraté estratégiql giql,, que se trata, trata, como conseqüênc conseqüência, ia, de uma uma certa certa manip manipula ulaçã ção o de rela relaçõe çõess de forç força, a, de uma interv interven enção ção racio racional nal e combin combinad adaa das relaç relações ões de força, força, seja para orientáorientá-las las em certa direção, direção, seja ,\ para para bloqu bloqueáeá-las las ou para para fIXá-l fIXá-las as e utiliz utilizá-l á-las. as. Q . . dispos dispositi itivo vo está está sempre sempre inscri inscrito to num jogo jogo de goder e, ao mesmo mesmo tempo. tempo. sempre sempre ligado ligado aos limites limites (~ do$r do$r,, que que deri deriva va~ ~ dess desse~ e~,, na na .~es .~esma ma med med!d !da, a, l ) condicIOnam-nQ. condicIOnam-nQ. AsSIm, o diSPOSItiVOé: um con junto de estratégias de relações de força que condic condicion ionam am certos certos tipos tipos de saber saber e por por ele são condicionados. (Dits et et écrits, écrits, v. I H, p. 299-300).
que inclui inclui virtualm virtualmente ente qualqu qualquer er
cios,leis cios,leis:m :me~dã e~dãSd Sde ~olicia,:eões :eões etc. O dISPOSItiVO em em SI mesmá'
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filosóf filosóficas icas se esta.-
belece belece entre ent re esses esses elemento elementos. s. .. .. --_._ b. O dispositi dispositivo vo tem sempre sempre uma função função estra-l estra-l ( tégica tégica concret concreta a e se inscrev inscreve e sempre sempre ~uma ~uma relação relação de \ poder. poder.
~
c. Cº-..rnotal, resulta do cruzamento cruzamento de relações de poder poder e de relações relações de saber. saber.
2.
Gost Gostar aria ia agor agora a de ten tenta tarr traç traçar ar uma uma sumá sumári ria a
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genealo genealogia gia deste deste termo, termo, inicialm inicialment ente e no interio interiorr da,) obra obra de Foucault Foucault e, posteriorm posteriormente ente,, num context contexto o
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histórico histórico mais amplo. No final final dos anos anos sessenta, sessenta, mais mais ou menos menos no momento momento em que escreve escreve A Arqueologia do saber, para definir definir o objeto objeto de suas pesqu pesquisas isas Foucau Foucault lt não usa o termo termo disposit dispositivo ivo,, mas o termo, termo, etimolo etimologic gic3rm 3rment ente e próxim próximo, o, "positiv "positivité'~ ité'~tam também bém desta desta vez sem defini-l defini-lo. o. Frequentement Frequentemente e me perguntei perguntei onde Foucault Foucaulttinha tinha encontr encontrado ado este term termo, o, até o momento momento em que, não ... - _ . _ "
_ _ ."-~
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muitos muitos meses meses atrás, atrás, reli o ensaio ensaio de Jean Jean Hyppol Hyppolite ite,,
Introduction
à La
phi1osophie de l'histoire de Hegel.
Provavelment Provavelmentee os senhores conhecem a forte forte 'relação 'relação que ligava Foucault Foucault a Hyppolite, Hyppolite, a quem às vezes vezes define como "o meu mestre" mestre" (Hyppolite (Hyppolite foi efetivamen efetivamente te seu professor professor durant durantee a khâgne no liceu Henri IV e dede pois na École Normale). Normale). O capítulo capítulo terceiro terceiro do ensaio de I-iyppolite I-iyppolite leva o título: Raiso Raisonn et his histo toir ire. e. Les Les idées idées de posi positi tivi vité té et história. As ideias ideias de positividade positividade de destin (Razão e história. ~ de destino destino). ). Ele conc concent entra ra aqui aqui a sua anális análisee sobre
indivíduos indivíduos pelo exterior. exterior. "Uma religião positiva'~ positiva'~ escreve Hegel Hegel numa passagem passagem que Hyppolite Hyppolite cita, "im plica sentimentos que vêm impressos nas almas por meio meio de uma uma coerç coerção ão e compo comport rtam amen ento toss
resultado resultado de uniã relação relação de comando e de obediênci obediênciaa "
e que são cumpridos cumpridos sem um interesse interesse direto'~ direto'~2 2 Hyppolite Hyppolite mostra como a oposição oposição entre natureza e positivida positividade de corresponde, corresponde, nesse sentido, sentido, à dialética dialética entre liberdade liberdade e coerção e entre razão e história. história. Numa passagem que não pode não ter suscitado a curiosidade de Foucault e que contém algo mais que um presságio da noção de dispositivo, Hyppolite escreve: _ _
duas duas obras obras hegeli hegeliana anass do assim chamado chamado período período de Berna e Frankfurt Frankfurt (1795-1796): (1795-1796): a primeira primeira é "O espírito rito do cristiani cristianismo smo e o seu destin destino'~ o'~ e a segun segunda da '-
aquela aquela da qual qual provém provém o term termo o que nos nos inte interes ressa sa - «A ~osi ~ositi tivi vida dade de
da rel relig igiã ião o crist cristã" ã" (Die (Die Positi Positivit vitãt ãt
der
Segundo Hyppolite, Hyppolite, "destino" "destino" e christliche christliche Religion). Religion). Segundo r:~ositivi r:~ositividade" dade" são dois conceitos-ch. conceitos-ch.ave ave do pensamen-~ hegeliano. hegeliano. Em particul particular, ar, o termo "positivi "positividade" dade" tem em Hegel o seu lugar próprio próprio na oposição entre "reli"reli\
gião natural" natural" e "religião "religião positiva' positiva'~Enquanto ~Enquanto a religião natural diz respeito à imediata e geral relação da razão
que que são o
o
Vê-se Vê-se aqui o nó problem problemátic ático o implíci implícito to no conceiconceito de positivid positividade ade e as tentativas tentativas sucessivas sucessivas de Hegel Hegel em unir. unir. dial dialet etica icamen mente te - uma uma dialé dialétic ticaa que que não não tomou tomou amda amda consciê consciência ncia de si mesma mesma - a p ur ur a r a (teórica e, sobret.udo, sobret.udo,.. prática) e a Positividade,) Positividade,) )~ão (teórica ~to é, o elemento hIstónco. Num Num cert certo o sentid sentido o a positividade é considerada por Hegel como dm obstáculo à liberda liberdade de humana humana,, e como como tal é condenada denada.. Investi Investigar gar os elemen elementos tos positiv positivos os de uma religião, o, e se poder poderia ia já acrescen acrescentar, tar, de um estado estado Ireligiã 'social, 'social, sign~ficadescobrir sign~ficadescobrir aquilo que nestes é imposto por melO melO de uma coer coerçã ção o aos aos homens homens,, aqui aquilo lo
humana com o divino, a religião religião positiva positiva ou histórica histórica compree compreende nde o conjunt conjunto o das crença crenças, s, das regras regras e dos dos rito ritoss que que numa numa deter determi mina nada da soci socied edad adee e num num determ termin inad ado o
mome moment nto o
hist históri órico co
são impo impost stos os aos aos
2 J . ~Y!'polite, Introduction à La philosoph philosophie ie ]'histoire ]'histoire de Hegel, Seuil, Pangl198 Pangl1983, 3, p. 43 (1. ed. 1948).
131 301
que torna torna opaca opaca a purez purezaa da razão; razão; mas, num outro sentid sentido, o, o que no curso curso do desenvol desenvolvim viment ento o d nto hegeliano acaba por prevalecer, a ..ositivid ositividade ade eve estar estar conci conciliad liadaa com r~;>:)}ue r~;>:)}ue . perd pe rde e entã en tão o o seu se u car ca r ter te r abst ab stra rato to e se a apta apta à \ •'t»rique 't»riqueza za concreta concreta da vida. Desta forma, forma, compreen compreen-., Ide-se como o conceit conceito o de positivi positividade dade está no centro das perspectiv perspectivas as hegelian hegelianas. as.3
o de.~nfutiza de.~nfutizarr ~ ~9nflit ~9nflito o entre entre e~s. Trata-se Trata-se para ele, '\ ante antes, s, de invest investig igar ar os mo modo doss conc concre reto toss em que as
tg;~
positividades (ou os dispositivos) nas relações~ ) nos mecanismos mecanismos e nos ((jogo ((jogos"de s"de poder . ... " . _ _ . " . ~ _ .~ "._ -_ . _ _ ,-----_ ~
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. _ - _ . - . .
3.
e cCpositivi cCpositividade"o dade"o nome que, segundo segundo Hyppolite, Hyppolite, o jove jovem m Heg Heg ao elem elemen ento to OOtó OOtó$o $o,, com com toda toda sua sua carga de regras, ritos e instituições impostas aos indivíduos por um poder externo, externo, mas que se torna, torna, por assim dizer, interiori interiorizada zada nos sistemas das crenças e dos sentim sentiment entos, os, então então Foucau Foucault, lt, tornan tornando do empres emprestad tadC? C? este termo termo (que se tornará tornará mais tarde ((dispositi ((dispositiw,:) w,:),, ---= = ----= = = :;: ;::: ::;; ;;:: ::== ::; :;:: :::: ::== -:--_ .
toma posição posição em relação a um problema problema decisivo, decisivo, que que
Deveria Deveria agora estar.claro estar.claro.. em que sentido sentido propus] propus] como como hipóte hipótese se que o termo termo ((disp ((disposi ositiv tivo" o" é um tertermo téC téCniCO iCO'::= '::= do p=nto de Foucault. lt. Não se trat trataa d~ rmo rmo part partic icul ul que que serefer sereferee some soment ntee a
esta ou àwreJa tecnologia tecnologia do poder. É um termo ~l, ,_ ."'---
que tema tema mesma amplitude amplitude que, segpnd9_. segpnd9_.Hyp~ol Hyp~olite, ite, \ ((.pos ((.positi itivid vidade ade"t "t~~~ ~~~ra ra o jovem jovem Hegel Hegel e, naest naestr~~ r~~_é_é- .
é também também o seu seu proble problema ma mais mais própri próprio: o: a relaçã relação o entre
~a de ~~..?ca1!! ~~..?ca1!!t, t,este v~.t.!?:2.~~par q lugar lugar daq~~i~s que ele define define criti criticam cament entee como como ((os ((os univer universai sais" s" (les
os indivíduos indivíduos como seres viventes viventes e o elemento histó..rico, rico, entendendo entend endo comeste comest e_termo termo o conjunto conjunto das instiinstir-..... . .... . .. ..__ ... _ . ... _ ....
Foucault, como sabem, sempre recusou recusou universaux). Foucault,
tuições, dos processos de subjetivaçãq e das regras._~m
.-
' ~ ~ -
que ~e concre concretizam tizam as relações relações de poder. poder.
' -
O objetivo
rúltim rúltimo o de Foucau Foucault lt não é, porém, porém, como como em Hegel, Hegel, L~'!':e!e~e L~'!':e!e~e recond!iar ()~dois element;gs. mesm--;' ;' " E nem mesm--
' 1 . ;: '" . .
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a se ocupar daquelas daquelas categorias categorias gerais ou entes da razão que que chama chama de ((os ((os univer universai sais': s': como o_E_stado o_E_stado,,a
.Sobe S ober~ r~~ ~
~ão ~nifi.ca q~ ~ Lei, Lei, o n~?~~!: Mas~..~~.~. _. _h..~la, no .seu ento, ~~~~~_lt~operativos s J!.e . ~o _h..~la, :caráterg~ral erg~ral.. s disposi dispositiy tiyo o são precis precisame amente nte o que 1 :carát
(~.:,. (~.:,.\~\
na estratégi estratégiaa foucau foucauIti Itiana ana toma toma o lugar lugar dosuniver dosuniver-s~: n~.? n~.? simple simplesme smente nte esta esta ou aquel aquelaa medida medida de..se de..se-g~rança, est~_?-u_~q~.~!atecnologia do poder, e n..~l}l n..~l}l 3 Ibidem Ibidem.. p. 46.
mesmo maior !_~_~~ti< ~ti
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£ráticas £ráticas e mecanismos mecanismos (ao mesmo tempo tempo linguisti linguisticos cos
(como (como dizia dizia na entre entrevis vista ta de 1977,"a rede (le réseau)
lj.ue J' lj.ue
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se estabelece estabelece entre entre estes element elementos". os". Se tentarmos tentarmos agora examinar examinar a definiçã definição o do ter-
têm o objetiv objetivo o de fazer frent frentee a uma urgênc urgência ia e de#, obte obterr um efeit efeito o mais mais ou meno menoss imed imedia iato to.. Mas Mas e~ qual qual estrat estratégi égiaa de práxis práxis ou de pensame pensamento nto,, em qual
mo "disposit "dispositivo" ivo" que se encontra encontra nos dicionários dicionários franceses ceses de uso comum, comum, veremo veremoss que estes estes disting distinguem uem três rês sign signif ific icad ados os para ara o term termo: o: -a. Um sentido jurídico estrito: f'(~ disp dispos osit itiv ivo o
~
e não-lingu não-linguistic isticos, os, jurídicos, jurídicos, técnicos técnicos e militares) militares) que
contex contexto to histór histórico ico o termo termo moderno moderno teve teve origem? origem? a
parte de um juízo que contém a d~~isao separa_~a4.
m~nte m~nte da Qlotiv Qlotiva£ã a£ão". o". Isto Isto é, a parte parte da sentença sentença (ou
Nos últimos três anos, fui me envolvendo numa
de uma lei) lei) que decide decide e dispõe dispõe.. __ ._.~ b. Um significado tecnológico: "O modo em que
pesquisa. cujo fim apenas agora começo a entrever e
estão estão dispost dispostas as as part partes es de uma máquin máquinaa ou de um
que poderei definir, definir, com alguma alguma aproximação aproximação,, SQillQ
mecanismo mecanismo e, por extensão, extensão, o próprio próprio mecanismo:' mecanismo:'
uma genealogia genealogia teológica teológica da economia. economia. Nos primeiros primeiros
c. Um Um significado significado militar: militar: "O conjunto conjunto dos meios ~ --1
séculos séculos da história história da Igreja- digamos, digamos, entre entre o segundo
dispostos dispostos em conformidade conformidade com um plano:' plano:' (Todos Todos os três três sign signifi ificad cados os estão, estão, de algum algum modo modo,,
e o sexto sexto séculos-, séculos-, o termo termo grego grego oikonomia d~~!?pe-
{yrese {yresente ntess
nou na teologia teologia uma uma função d~a. Oikonomia significa nifica el!! grego a administra administração ção do Oik05, (té!~,
no uso fouca foucault ultian iano. o. Mas os dicion dicionári ários, os,
mais geralmente, gestão, management. Trata-se, como
tórico tórico-et -etimo imológ lógico ico,,
operam operam dividi dividindo ndo e sepa separand rando o
diz Aristóteles (Poi. 1255b 21), não de um paradigma
os vários vários significado significadoss de um termo. termo. Essa fragmentafragmenta-
ep!~êmico, ep!~êmico, mas de uma práxis, de uma atividade atividade prá-
ção, no entanto, corresponde corresponde em geral ao desenvolvidesenvolvi-
tica tica que deve deve de quand quando o em quando quando faze fazerr frente frente a
ment mento o e à articulação articulação histórica histórica de um único significado cado origin original, al, que é import important antee não perder perder de vista vista.. .•..;i&£ .•..;i&£-)Qual -)Qual é, n~ caso do termo "dispositi "dispositivo", vo", este signifisignifill:ado do?? tftf;l ;-ll:a 6 '/
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Cert Certam amen ente te
o term termo, o, no uso uso com comum um c0E! c0E!..-0 0
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~ucaulti3!l-O, 341
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em partic particula ularr aquele aqueless que não têm um caráter caráter hishis-
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um cojunto de
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um problema e a uma situação particular. particular. Por que os 1 \ padr padres es senti sentira ram m a nece necessi ssida dade de de intr introd oduz uzir ir este este terter~ mo na teologia? teologia? Como Como se chegou a falar falar de de uma "economia divina"? divina"?
£
Tratava-se, Tratava-se, com precisão, precisão, de um problem problemaa extremamente mamente delicado delicado e vital, vital, talvez, talvez, da questão questão decisiva decisiva
~ ~a salvação salvação (por isso, em c~guma c~gumass seitas gnósticas, gnósticas, \ Cnsto Cnsto acaba acaba por por se chamar chamar o homem homem da econo economia mia': ':
na história da teolo~
--te9IogQ~~e habihabi- <ê:---ho anthr6pos anthr6pos tés oikonomias). Os te9IogQ~~e
cristã~
Quando01o
,
decorre decorrerr do segund segundo o século século,, começo começou-se u-se a discut discutir ir sobre uma Trindade de figuras divinas, o Pai, o Filho e
t~aram t~aram pouco a pouco pouco a d~s~ d~s~uir uir :cDtre :cDtreum. um._. _. CCdis.sur-( so - ou Jogos ...:da teolo teoloiR iRaa e um Jogos da econoy!
o Espírito, houve, como era de se esperar, no interi~~
i!iia': e a oik~~omia torna-se assim o dispositivodispositivo--;'e-;'e-
da Igreja uma fortíssima resistência por parte dos seus
d.~te d.~te o.q~a o.q~alo lo do~a do~a t~hí!i(L t~hí!i(Le e a ideiade ideiade um -;;~.:-\ O;~o,IO,~1 verno verno diVIno diVIno provid providenc encial ial do mundo mundo foram foram intro) intro) duzidos na fé cristã, '
~tor ~tores es
que que pensa pensava vam m com temo temorr ~,
dest destee modo modo,,
!e arriscava arriscava a reintrodu reintroduzir zir o politeísmo politeísmo e o paganismo paganismo
Mas, como frequentemente acontece,~~e
na fé cristã.,Para cristã.,Para convencer convencer estes obstinad obstinados os adversáadversá.
O
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'/Q~f'u\
\ ..~
.
definidos eemonarquia eemonarquianos': nos': isto I rios (que depois foram definidos
os-. os-.!e !eól ólog og~sp ~spro rocu cura rarr
do governo governo de um só), só), teólogos teólogos como
e!DD e!DDeu euss sob sob o lano lano
partidár dários ios ié, parti
se eapa eapare rece ce na form formaa de de uma uma ) De" De" se {a
~!1~e !1~e~ ~.
Tert Tertul ulia iano no,, HiEó HiEóli lito to,, lri lrine neu u e muit muitos os outr outros os não não enen-
cesu cesura ra uese uese arae arae
contraram contraram melhor melhor maneira maneira do que que se servirem servirem do terter-
A ação ação (a economia, economia, mas também também a política política)) não tem
mo oikonomia. O argume argumento nto d~~te d~~te era mais mais ou menos o seguinte: eeDeus,quanto quanto ao seu ser e à sua subs-
'tânciá:é, certamente, Y certamente, Y !l9; m ~ !l9; m~
quan quanto to à sua oikonomia,
I
e modo modo evit evitar ar e remo remove ver r
c:nhum c:nhum furl.~ furl.~~ff ~ffito ito no ~r: esta é a eSqUiz eSqUizOfr Ofreni eni:;j :;jaue aue ~ a doutrina doutrina teológica teológica da oikonomia deixa como heran~
ça à cultura ocidental.
-
isto isto é, ao modo em que admini administr straa a sua casa, casa, a sua
-- -
~.
~d~ e o.. o..'mu 'mundo ndo que criou, criou, é, ao contrári contrário, o, trípli tríplic~ c~
_ ~ -
Como Como um .bom .b om paipode confia con a-º desen ~ fiar " ' - '- _ . r. a-º-.f .__ -.filh _ ilhoo o desen~
5.
vºlyj_~~~?,4~_.ç~.I1.~~.fu!!çQes e d~ certas certas tarefas, s~
Penso Penso também também que, que, atravé atravéss desta desta expo~i expo~ição ção su-
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~.~~j~~o_p_~~~~~_~_~~,! ...~~e~ ~ ~e~ e a sua unid unidad ade, e, assi assim m
a a~!ni a~!ni~t ~traç ração ão e o Q~~confi~ a Crist~..ª - ee.Ç9J)...2.mia~ governo govern o da história dos - _ homens:' homens . . . . _-----_._----_._ . _-----_._---_._ ---:' O termo oikonomia • . . .• . .
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foi assim assim se especializan especializan~? ~? ara signific significarde arde modo particula ticularr a encarn encarnaçã açã do Fp1lo, Fp1lo, a econ economi omiaa da redenç redenção ão
í
mária mária,, você vocêss tenham tenham se dado dado conta conta da central centralida idade de e
importânc ância ia í da import
da função função que a noção noção de oikonomia
lA;desenvolveuna teologia cristã. J á a partir partir de clemen-I clemen-I te de
Alexan Alexandri driaa esta esta se funde com a noção noção de proviprovi-
, ciênci ciência, a, .e passa passa a signifi significar car ~ governo governo salvíf salvífico ico do
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Â. 13 7
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~undo ~undo e da histº histº-ri -riaa dos homen homens. s. Pois Pois bem: bem: qual é a tradução tradução deste fundam fundamental ental termo grego nos escritos escritos
significa comumente comumente "aparato" "aparato" (Geriit), mas Ge-stell significa que ele entende entende com este termo "o recolher-se recolher-se daquele (dis)por (Stellen), que (dis)põe (dis)põe do homem, homem, isto isto é,
dos padres latinos? latinos? DisposJ!jo. termo latino latino dispositio, do qual deriva o nosO termo
< so termo
"dispo "disposit sitivo ivo", ", vem, portanto, portanto, para assumi assumir r
-------
em si toda a complexa esfera semântica da oikonomia teológica. teológica. Os "dispositivos" "dispositivos" de que fala Foucaul Foucaultt es(tãO de algum algum modo conectados conectados com esta herança herança teo~ ~gica, ~gica,
podem podem ser de alguma alguma maneir maneiraa reconduzi reconduzidos dos à
Qra~ Qra~qu quee divi divide de e, ao mesm mesmo o tempo tempo,~ ,~em em Deus ser e práxis, práxis, a natureza natureza ou essência e a operação operação
-
por por meio da qual ele administra e governa o mundo
exige exige dele dele o desvelam desvelament ento o do real sobre o modo modo do
!
ordenar (Bestellen)", a proximid proximidade ade deste termo termo com Oi
a dispositio dos teólogos teólogos e com com os dispo disposit sitivo ivoss de
V ?# #
Foucault Foucault é evident evidente. e. Comum a todos esses termos termos é a'\ referência a umaoikonomia,
r r
isto é, a um conjunto conjunto de
práxis, de saberes, de medidas, de ~Miç.ões
V:' V :'
cujo
objetivo objetivo é~erir. governar, governar, controlar controlar e orientar, orientar, .num .num .---sentido sentido que ~~upõe
útjl, os g~~t.< g~~t.<:>~~e :>~~ensame nsament
dos homens. . . -
das criaturas criaturas.. O termo termo dispositiv dispositivo o nomeia nomeia aquilo aquilo em /
q!le e por por meio do -9,ual -9,ual se realiza realiza uma pura atividade atividade de gover governo no sem nenhum nenhum fundam fundament ento o no sg. Por isso isso
._ --
\lloSdispo \lloSdispositiv sitivos os devem sempre implicar implicar um processo]/lJ processo]/lJ!L !L de subjetivação, subjetivação, isto é, devem devem produzir o seu sujeito. sujeito. À luz desta genealogia teológica, os dispositi-
vos foucau foucaulti ltiano anoss adquir adquirem em uma riquez riquezaa de signifi signifi-cados cados ainda ainda mais mais decisi decisiva, va, num num contex contexto to em que estes se cruzam não apenas com a "positivi "positividade" dade" do jovem vem Hege Hegel, l, mas també também m com com a Gestell do último último Heidegger, Heidegger, cuja etimologia etimologia é análo(;a análo(;a àquela àquela da discorrespo sponde nde ao positio, dis-ponere (o alemão stellen corre latim ponere). Quando Quando-He -Heide idegge gger, r,
em Die Technik Technik
técnic icaa e a volt volta) a),, escre escreve ve que que und und die die Kehr Kehree (A técn 381
?~fí{w- /~e4R
6.
tA ~
Um dos princípios princípios metodológi metodológicos cos que sigoconssigoconstantemente em em minhas pesquisas é o d~di~d~ nos ~
e no~m
.
que trabalho o que
i'
Feuerbach definia ÇQ;;'110 o elemento filosófico, ou seja, /,,_ /,,_po pont nto o
da sua sua Entwick1ungsfáhigkeit (literalmente,
Lt>capacidade de desenvolvimento), o locus e o mome moment nto o
.\
em que estes estes são passíve passíveis is de desenv desenvolv olvime imento nto.. Todavia, davia, quando quando interpretam interpretamos os e desenvol desenvolvemos vemos neste sent sentid ido o o texto texto de um auto autor, r, cheg chegaa o mome moment nto o em que começam começamos os a nos dar conta conta de não mais poder poder seguir seguir além~t além~tran ransgr sgredi edirr - - T
OV
I~)/
as regras regras mais mais elemen elementar tares es
4
1
139
da hermenêutica. hermenêutica. Isso significaque significaque o desenvolvi desenvolvimenmento do texto texto em ques questã tão o alca alcanç nçou ou um pont ponto o de
\
indecidibili indecidibilidade dade no qual se torna impossível impossível distindistin-
19de 19dent nt@ @ambé ambém m fi1~a, fi1~a,
p:!tad p:!tado~s o~s,, os telefones telefones celula celulares res e - p~ão p~ão
s~o
-
( 11
kl/1P"
'...;;-
c!ad;::~:an~~~:o:: d;::~:an~~~:o::im im
ciça divisão divisão do existente existente em dois grandes gruQos~
o,í'ipla classe dos dos dispositivos dispositivos foucaultian foucaultianos, os, chamarei chamarei " O r r O ) ) literalmen literalmente te de dispositivo dispositivo qualquer qualquer coisa que tenha tenha
-
/1 1 1 1
,1 1 de ]...:ê
/\ /\(1
algum modo modo a capacidade capacidade de caQturar, orientar, orientar,
determina determinar, r, interceptar, interceptar, mqdelaf2control mqdelaf2controlar ar e asseg,u-
r ~ r os os gesto~ as~_on as~_ondutas,as dutas,as opiniões opiniões e ~
, l 7 . . d, d,!!" ser ser~s viv~te viv~tes~ s~N N~-, ,
7 ~\ ~~ma - . "m_ . _ c- - _ô. , -m_ l~~~~nóptí~~s,
..... -.-. . • .
. .-
_ . - - - - -
.. -.~ ..
._-
discursos discursos
p()r.um p()r.umto~~ to~~
duasgrandes grande clas:Jyt". s
ses, os seres seres vivent viventes es (ou as substân substância cias) s) e os disposidispositivos tivos.. E,entre E,entre os os dois, dois, como como terc tercei eiro ro os suje sujeito ito Cha Cha ~o sQ-jei sQ-jeito too que resulta resulta da relação relação e, p
ssrmdizer,
do corpo a corpo entre os viventes e os dispositivos. Natura Naturalme lmente nte as substâ substânci ncias as e os sujeit~, sujeit~, como como na i
velha metafísica,parecem metafísica,parecem ~~rep_ ~~rep_~;;5!T ~;;5!TIas Ias não com-_ :eletamen :eletamente. te. Neste sentido, sentido, por exemplo, exemplo, um mesmo mesmo
que procuram procuram governá-las governá-las e guiá-las guiá-las para o bem. bem. Generaliza Generalizando ndo posteriorme posteriormente nte a já bastante bastante am-
~ lV }
: ; i ~ /~ : r v t
N
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ce~n ce~nte tem ment~ nt~p:u~ p:u~s. s. Isto Isto é, de um lado lado,, para ara retomar retomar a terminolog terminologia ia dos teólogos, teólogos, a ontologia ontologia das criatu criaturas, ras, e, do outro outro,, a oikonomia dos dispositivos
DJ}J
).1
.
_
um lado lado,, os sere seress vive vivent ntes es (ou, (ou, as substâ substânn~ .) : ilY $~:;'ci $~:;'cias) as),,e, e, de outro outro,, os disposit dispositivo ivoss em que estessão estessão in-
~lÍot°'
a
consequên consequências cias que se seguiriam seguiriam - ~evea ~evea inconsciêninconsciên-
c f ~ ~ up,.cl~s cl~s:d :de e
I
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um primata primata - provav provavelm elment ente e sem se dar dar conta conta das
fJlOIO~iafo fo caultiana caultiana em que nos movemos movemos ~é b da fJlOIO~ia agora e situar situar s disposi dispositivo tivoss num novo novo cont context exto. o. ;;7 ;; 7 agora Proponho-lhe Proponho-lhess nada menos menos que uma uma geral e ma-
\I\'= -
a agricu agricultur ltura, a, osigarro sigarro,, a navega navegação ção,, os COIJJ.COIJJ.-
p.-:.ópr p.-:.ópria ialinguag linguagem em,, que ta.~~~~ ta.~~~~_ o mais mais antigo antigo dos é_ ~disp ~disposw oswvo vos, s, ~~ que que há milh milhar ares es e milh milhare aress de anos anos
e de proced proceder er por por conta conta próp própria. ria. Cqnvi qnvido do-o -os, s, port portan anto to,, a aban aband dona onar o conte ontex xto
<
a escr escrit itur ura, a, ~lite ~litera ratu tura ra'_ '_é! é!
qjptérprete qjptérprete um momento momento particularm particularmentefeliz, entefeliz,elesabe elesabe_ _
\
é 'X /fíl-r-!!..
a ~a, ~a,
guir guir entre entre o autor autor e o intérpre intérprete. te. Embor Embora a estesejapara que que é o,mo o,mome ment nto o de aban abando dona narr o text texto o que que está está anali",
d
0\!á~(~ 0\!á~(~~_ ~_ diSC~ diSC~~~~ ~~~.:~i .:~ida~ da~)~~ )~~íd~ íd~~~~ ~~~~~ ~~ cUJa cUJaco cone nexã xão o com com o pode poder r é num certo certo sentido sentido evievi-
indivíduo, indivíduo, uma mesma substância, substância, pode ser olugar
.
10s múltiplos múltiplos E,rocessosde E,rocessosde subjetivaçã subjetivação: o: o usuário' de telefones telefones celulares, celulares, o navegador navegador na internet, internet, o escritor de contos, o apaixonado por tango, o não-glo bal etc.€ili~ etc.€ili~ c!.escim c!.esciment entodos odos disposit dispositivo ivoss no n~sso tempo tempo corresponde corresponde uma igualmente igualmente disseminada proliferação proliferação de processos de subjetivaçã subjetivação. o. Isso pode pode produz produzir ir a impre impressão ssão de que a catego categoria ria da
~~, .
JUL0
j
~ ~
--b
r jt t J 1
subj subjet etiv ivid idad adee no no noss nosso o ~~p~ ~~p~ee
me surpreendido muitas vezespensando em como des-
tência; mas se trata, para ser preciso, não de um cance-
truir ou desativar os "telefoninos" e em como eliminar
Tãment Tãmento o ou de uma supera superação ção,, mas de uma dissem dissemii-
ou ao menos punir e aprision aprisionar ar aquele aqueless que os usam, /
nação que leva ao extremo o aspecto de mascaramento que semp sempre re acompa acompanho nhou u
7.
não creio que seja esta a solução solução justa para o problema.
toda toda identi identidad dadee pessoa pessoal. l.
fato é que, que, segu segund ndo o toda toda evid evidên ênci cia, a, os os disp dispooO fato
~e "hominizaçã "hominização" o" que tornou "humanos" "humanos" os animais animais
provavelmeJ}.te errado) definir a fase
extr extrem emaa do des des
que classificamo classificamoss sob a rubrica rubrica homo sapiens,. sapiens,.O evento
o vune vunent nto o capi capita tali list staa que que estam estamos os
que produz produziu iu o humano humano consti constitui tui,, com efeito, efeito, para para o
vivendo vivendo como uma gigantesca gigantesca acumulação acumulação e prolifeproliferação ração de disposit dispositivo ivos. s. Certam Certament ente, e, desde desde que apareaparehavia dispositiv dispositivos, os, mas dir-se-ia D ceu o homo sapiens sapiens havia ~
que que hoje hoje não não haveri haveriaa um só insta instant ntee na vid vidaa dos inindivídu divíduos os que não seja seja modeladQ modeladQ,, contam contamina inado do
0 l!
controlado controlado por algum dispositiv.. dispositiv..9.De 9.De que modo, en\. tão,~OS {jf tégia tégia
fazer frente a e~
qual a estra-
que devemos devemos seguir seguir no nosso nosso quotid quotidian iano o cor-
corpo com com os disp dispos osit itiv ivos os?? Não Não se trat trataa s~ lO ~~fifi po a corpo , n ~'t)
\J~ '
.\j)'
::le ::lesm smen ente te d~,! d~,!;! ;!!~ !~~_ ~_
çg.! çg.!Jl Jl0s. 0s.u: u:g~ g~!em !emalgu alguns ns
_U:=:Jngên~~~) de ~~á-l~~~. Por exempl exemplo, o, vivendo vivendo na Itália Itália,, isto isto é, num num país país gestos e compcrtame compcrtamentos ntos dos indivíduos indivíduos foram v~~ cujos gestos
<..L
remodelados de cima abaixo abaixo pelo telefone telefone celular celular (chalY(.~./remodelados mado familiarmente de "telefonino"), ih desenvolvium
f'0?'
\
ódio ódio impl implac acáv ável el PO! este este disp dispo~ o~))
\:~~
~'~
421
/
ep.() sitivo sitivoss não são um aciden acidente te em que os homen homenss 0000- . - Y t e . ep.() acaso, masJ masJ~m ~m a sua sua raiz raiz no mesmo mesmo processo processo ~ (00\ ram por acaso,
--------~
Não seri
I
mais abstrata abstratass as relaçõesentre relaçõesentre as pessoas. pessoas. Apesar de ter
l:.e l:.erd rdee cons consis is.: .:
que que deix deixou ou aind aindaa
vivente vivente algo como uma cisão que que reproduz reproduz de àlgum àlgum \
modo modo a cisã cisão o que que a oikonomia havia introduzi introduzido do em
~eus ~eus
entre entre ser e ação. ação. Esta Esta cisão cisão separa separa o vivent viventee de si
mesmo e da relação imediata com o seu ambiente, isto é, com aquilo aquilo que Uexküh Uexkühll e depois dele dele Heidegge Heidegger r chamam o círculo círculo receptorreceptor-desini desinibidor bidor.. Quebrando Quebrando ou \ interro interrompe mpendo ndo esta esta relação, relação, produ produzem zem-se -se para para o vivent ventee o tédio tédio - isto isto é, a capac capacid idad adee de suspe suspend nder er a
I
elação elação imedia imediata ta com os desinibi desinibidor dores es - e o Abert Aberto, o, isto isto é, a possibil possibilida idade de de conhecer conhecer o ente enquan enquanto to nte, de constru construir ir um mundo. mundo. Mas com essas possipossi~ nte, bilidades é dada imed.iatamente também a possibilidade dade dos dos disp dispos osit itiv ivos os que que povo povoam am o Aber Aberto to com) com) inst instru rume ment ntos os,,
obje objeto tos, s, gadgets, bug bugig igan anga gass
e
tecnologia tecnologiass de todo tipo. Por meio dos dispositiv dispositivos, os, o 14 3
homem procura fazer girar em vão os comport comportament amentos os ( ~ais ~ais
ou transgredi transgredisse sse esta especial especial indisponibi indisponibilidad lidadee
que se separar separaram am dele dele e gozar gozar assim assim do Aberto Aberto
as reserva reservava va exclus exclusiva ivamen mente te aos deuses deuses celest celestes es (e
"'" ~ comC?tal, tal, do ente enquanto enquanto ente. Na raiz de todo dispor-
eram eram então então chamad chamadas as propri propriame amente nte "sagra "sagradas das") ") ou inferiores inferiores (neste caso, chamavam-se chamavam-se simplesment simplesmentee ((re- ~C(/r
sitivo sitivo está, deste modo, modo, um desejo demasiadam demasiadamente ente hu ;~."\!~
~ Ó ,)
V,',:I
mano de felicidade, felicidade, e a captura e a subjetivação subjetivação deste deste desej desejo. o. numa numa ~
l\ ,~
.~ar .~arad ada, a,
ligiosas") ligiosas").. E se consagrar consagrar (sacrare) era o term termo o que que
cons consti titu tuem em a potê potênc ncia ia eses- /
Isso significa significa que a estratégia estratégia que devemos devemos ado-
mano, ano, ofan ofanar ar ignif gnifiicava cava,, ao cont contrá rári rio, o, r~i r~ittuirª uirªo o livre livre uso dos homens homens.. ((Prof ((Profano ano': ': podia podia assiin assiin escreescre-
restit restituíd uído o ao uso e
capt captur urad ado o e sepa separa rado do por por meio meio dos dos disposi dispositi tivo voss e restituí-l restituí-los os a um possível possível uso comum. É nesta perspectiva. pectiva. que gostaria. agora de falar-lhes falar-lhes de um conceito sobre sobre o qual me oco~eu trabalhar trabalhar recentemenrecentemenque provém da esfera do di-
"reit() "reit _dareligião (direito (direito e religião religião ~~ão.' ~~ão.não n' ão apenas l () c _dareligião
I{
r
ro X ~
\~ \ru \ru
em Roma, estreitamt estreitamt4t~ 4t~ conexos~~ conexos~~ Segund Segundo o o direit direito o romano romano,, sagraa sagraaas as ou relig religioiosas eram eram as coisas coisas que pertencia pertenciam m de algum algum modo modo
~os ~os
deus deuses es.. Com Como o tais, tais, eram eram subtr subtraí aída dass ao livr livree uso uso e ao comér comércio cio dos homens homens,, não podiam podiam ser vend vendiidas, das, nem penhorada penhoradas, s, cedida cedidass ao usufr usufruto uto ou gravagravadas em servidão. servidão. Sacrílego Sacrílego era todo ato que violasse violasse
à
propriedade propriedade dos homens.~ 1
I
"
I
Pode-se Pode-se definir definir religião, religião, nessa nessa perspectiva perspectiva,, como aquilo aquilo que que subtra subtraii coisas coisas,, lugares lugares,, animai animaiss ou' pessoa pessoass
pode ser simples, já que se trata de liberar o que foi
O
.
prio, daquilo que, de sagrado ou relIgIOSOque era, é f
tar no nosso nosso Corpo Corpo a corpo corpo com os dispos dispositi itivos vos não
te. Trata-se Trata-se de uml:ermo uml:ermo -
[!fI
ver o g~an~ejUr g~an~ejUrista ista Trebazio, Trebazio, "diz-se,.e~ "diz-se,.e~ sentido sentido pr6-l
8.
,
1
.lfI
design designava ava a saída saída das coisas coisas da esfera esfera do direit direito o hu- ~/);o~
pecífica pecífica do dISPOSI dISPOSItIVO. tIVO.
L
que
fft ~
í 2 - . ~ .~ :. /
/
do uso comum comum e as transfere transfere a uma esfera separada. separada. Não, s6 não há religião sem separação, mas toda separação! contém' contém' ou conserva conserva em si um núcleo núcleo genuinament genuinamentee
1
~yl(, j.,
J
religioso. O disposit dispositivo ivo que realiza e.regu1~a e.regu1~a s:ar~çãO s:ar~çãO ~ ~ o sacrifício: sacrifício: por por meio de uma séne de_~_~aIs_!!l~~de_~_~aIs_!!l~~c~ª, c~ª,
. . I r'
'7 i,
divers diversos os segund segundo o a varied variedade ade das das cultu culturas, ras, q~e q~e
Hubert e Ma~ss pacientemente inventariaram, o,,-~acrifíci~' ci~'~~ ~~ci ci~; ~;;; ;;-~ -~;;-~d ~daa ~ a pass passag agem em de al~a al~a cois coisaa "-
....
----------
",
do profano para o sagr~do, da esferà humana à di~a. Mas aquilo aquilo que foi ritu ritualm alment entee separa separado do pode ser restjrestj-
t~íci~-~el t~íci~-~elo o rito
à esfe esfera ra
t~ " ~
n
profan profan~. ~. ~ prof profan anaç ação ão é o 7 ~ ~ o .
-;:;:'ntra -;:;:'ntradisposi dispositivo tivo que restitui restitui ao. " : ' 0 . comu comum m aqui aquilo lo q~ (
o sacrif rifício tinha separado e dlVldld~
./
p!urissecular do dispositivo penitencial, no qual um
9.
O capitali capitalismo smo e as figur figuras as moderna modernass do poder parecem,
nessa perspectiva, generalizar e levar ao ex-
tremo tremo os proce processos ssos separat separativo ivoss que definem definem a relireligião. Se consi consider derarm armos os a geneal genealogi ogiaa teológ teológica ica dos \ gião. dispo disposi siti tivo voss que que acab acabam amos os de delin delinea ear, r, a qual qual os ,- f\
:,í
conect conect~ ~ ao paradigm paradigmaa cristã cristão o da oikonomia, isto é,
i{~~\'í/~I\ do
gove governo rno divi divino no do mundo mundo,, vere veremo moss que que os disdis-
positivos positivos modernos modernos apresentam, apresentam, porém, porém, uma diferendiferen-
í~A)1
- d : : r . . v I
\ ' \ r Jh ~1.JtV
00#
~
ça em em relação relação aos tradic tradicion ionais ais,, o que toma toma partic particuularmente larmente prQbJemát prQbJemática ica a sua prQfanaç~. prQfanaç~. De fato, todo dispositiv dispositivo o implica um processo processo de subjetivação subjetivação,, sem o qual qual o disp dispos osiitivo ivo não não po pode fun funci cion onar ar como como disdis-
r
\ I positivo positivo de governo, governo, mas se reduz reduz a um mero exercíexercí~cio
:,
~ f.,
de violência. violência. Foucault Foucault assim mostrou mostrou como, numa numa
novo novo Eu se consti constitui tui por meio meio da negação negação e, ao mesmesmo tempo, assunção assunção do velho. A cisão do do sujeito operada pelo dispositivo dispositivo penitencial penitencial era, nesse nesse sentido, sentido, produtora de um novo sujeito que encontrava a pró pria verdade na não-verdade do Eu pecador repudiado. Consider Consideraçõ ações es análog análogas as podem podem ser feitas feitas para para o dispositiv dispositivo o prisional, prisional, que produz como consequência consequência mais ou menos imprevista a constituição de um sujeito e de um milieu delinquente delinquente,, que se toma toma o SUjeito) SUjeito) de novas - e, desta desta vez, vez, perfeit perfeitament amentee calculadas calculadas - técnicas de governo. O que que defi define ne os dispo disposi siti tivo voss com com os quais quais tete~os que que lidar ~a atual fase d6'~i~ que este~ nao agem maIS tanto tanto pela pela produç produção ão de um sujeit sujeito o
tfU
quanto quanto por meio meio de process processos os que podemo podemoss chamar chamar.Y .Y ~
de uma série série de prátic práticas as e de discursos discursos,, de saberes saberes e
de dess dessubj ubjeti etiva~ va~£: £:
Um moment momento o dessub dessubjet jetiva ivante nte
de exercícios, exercícios, à criação. criação. de corpos dóceis, dóceis, mas livres,
esta estava va cert certam amen ente te
impl implíc ícit ito o em todo todo proc proces esso so de
que assumem a sua identidade identidade e a sua sua «liberdade' «liberdade'~de ~de
subjetivaç subjetivação, ão, e o Eu penitencial penitencial se constituía constituía,, havíahavía-
suje sujeit itos os no próp própri rio o proc proces esso so do do seu seu assu assuje jeit itam amen ento to..
mos visto, visto, somente somente por meio da própria própria negação; negação; mas o que acontece agora é que processos de subjetivação
Isto Isto é, o dispos dispositi itivo vo é, antes antes de tudo, uma máquin máquinaa que que Efod Efoduz uz sub subje jeti tiva vaçõ çõ,! ,!ss e some soment ntee enqua enquant nto o tal tal ~
t.1~{lfI"
tamb também ém uma uma máqu máquin inaa de gov gover erno no.. O exem exempl plo o da
:
conf confis issã são o é aqui aqui ilu ilumi mina nado do r: a ..fo ..form rmaç ação ão da subj subjet etii- . vidade vidade ociden ocidental tal,, ao mesmo mesmo tempo tempo cindid cindidaa e, no no en~
dona e segura de si si, é insep separá arável da aç ação
,;!;,-
;]~L.
sociedade sociedade disciplina disciplinar, r, os dispositiv dispositivos os visam, visam, através através
~
461
I
ti
I
,-.(//,l) ,-.(//,l) {;
e processos processos de dessubjet dessubjetivação ivação parecem tornar-se tornar-se re- t![~ J ciproca ciprocamen mente te indife indiferen rentes tes 'e@dão 'e@dão lugar lugar à recom- {tV '1 /vIJ . - d ,.• ~ L . / -- t r r ! J 20sIçao 20sIçao e'um novo sUJeItQya sUJeItQyanão ser de forma larvar S7
J
~'.por ~ssim,dize~, ~ssim,dize~, espectral. espectral. Na não-verdade não-verdade do su- ? JeIt JeIto o nao nao ha maIS maIS de modo modo algu algum m a sua sua verd verdad ade. e. . •. 14 7
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. í'~'/'}A í'~'/'}AqUele qUele que se deIXa deIXacaptu capturar rar no dISPOSItIVO dISPOSItIVOtelefo-, telefo-, ne celular", celular", qualquer qualquer que seja a intensidade intensidade do dese} jo que o' impu impuls lsio iono nou, u, não não adqu adquir ire, e, po porr isso isso,, uma uma L : J ] nov novaa subjet subjetivi ividad dade, e, mas soment somentee um número número pelo pelo quall pod qua podee ser, even eventua tualme lmen~e n~e,, c9~ c9~trQ trQl~0 l~0;; o es~e_ces~e_ctador tador que passa passa as suas nOl~es nOl~es dIante dIante da: teleVl teleVlsao sao rece recebe be em troc trocaa da sua sua dess dessub ubje jeti tiva vaçã çãoo apen apenas as a máscara máscara frustrant frustrantee do zappeur ou a inclusão no cál-'S) culo de um índice de audiência. Aquii se mostra Aqu mostra a futilid futilidade ade daq daquel ueles es discur discurs~ s~ , ,~m intenciona intenciona~SJQhr ~SJQhree ~~cnolggia, ~~cnolggia, que que afirmam afirmam que \;Lc,o t10 t1 0 o problema dos dispositivos se reduz àquele de seu uso correto. correto. Essesdiscursos parecem parecem ignorar que, se a todo t J 1 . ! !. _ _ ~ r . lf I v cÍispo~iti cÍispo~itivo vocorresp corresponde onde um determinado determinado processo de v. subjetivação (ou, neste caso, de dessubjetivação), é totalmen talmente te impos impossív sível el que o sujeito sujeito do disposit dispositivo ivo o use "de modo correto': Aquelesque têm discursos similares são, de resto, resto, o resultado resultado do dispositiv dispositivoo midiáti midiático co [ no qual qual estã estãoo capt captur urad ados os.. ' cc
!,
!
10.
As sociedade sociedadess contemporân contemporâneas eas se apresent apresentam am as\ sim como corpos inertes atravessados por gigantescos processos de dessubjetivação que não correspondem a nenh nenhum umaa subj subjet etiv ivaç ação ão real real.. Daqu Daquii ~da ~da po polí líti tica ca,,
que £,ressuFunha £,ressuFunha sujeitos sujeitos e identida identidades des reais (o JDOJDO,rimento ,rimento QEerário,~_ QEerário,~_ bu~güesia bu~güesia et.s), e o triunfo_4a triunfo_4a atividade atividade de governo oikonomia, isto é, de. u!.l?:.ª_pura q~~ visa visa some somente nte à s~a s~a .£!". .£!"..~_ .~_~ep ~eprodu rodu~o. ~o. Qireit Qireitaa e esquer esquerda, da, se-_ alterna alt.ernam m hoje hoje na gestão gestão do poder, poder, que-_-têm por isso isso bem bem pou pouco co o que fazer com o con contex texto to político do qual os termos provêm e nomeiam sim plesmente os dois polos - aquele que aposta 'sem es~ crúpulos crúpulos na dessubjetiva dessubjetivação ção e aquele aquele que gostaria, ao(// contrá con trário rio,, de recobri recobri-Ia -Ia com a máscara máscara hipócr hipócrita ita doi bom cidadão democrático - de uma mesma máquina governamental. Dagui, Dag ui, sobretud sobretudo, o, a singu singular lar inguie inguietud tudee do po~ der exatamente exatamente no momento em que se encontra encontra diante diante ~ d~ c~rpo. social mais ~.9..Eile frfigil jamais jamais c0n.stitu. c0n.stitu.ído'( ído'( na _hIstÓria da_ 'humamdade. _ _-_.~ ----_ _ - _ . _ - - - - - É por um paradoxo ape.:J nas aparent aparentee que o inócuo inócuo cidadã cidadãoo das democrac democracias ias pós-industriais (o bloom, como eficazment eficazmentee se sugesugeriu chamá-l chamá-lo), o), que executa executa pontua pontualment lmentee tudo o que lhe é dito dito e deixa deixa que os seus gestos quotidi quotidianos, anos, como sua saúde, saúde, os seus divert divertime imento ntos, s, como como suas suas ocu ocupapa, çães, çães, a sua sua alim alimen enta taçã çãoo e como como seus seus desejo desejoss seja sejam m comand comandado adoss e con contro trolad lados os por disposi dispositi tivos vos'at 'atéé nos mínimo mínimoss detalh detalhes, es, é consi consider derado ado pelo pelo poder - talvez talvez e~tame e~tamente nte por isso - como como um terrorist terroristaa virtua virtual. l. Enquanto a nova normativa normativa europeia europeia impõe assim a tod~ tod~ ,
.~ .
..
..•-
os cidadã cidadãos os aquele aqueless disposi dispositiv tivos os biomét biométric ricos os ~ _ .
que JieJie-
senvolvem senvolvem e aperfeiçoa aperfeiçoam m as tecnologias tecnologias antropométri. antropométri.EiS EiS
U
d as impressões digitais digitais à foto fotogra grafia fia sinalé sinalétic tica) a) que foasimpressões ram ram inve invent ntad adas as
.
os crim crimin inos osos os
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(~os (~os disposi dispositiv tivos os - isto isto é, da resti restitui tuição ção ao uso uso comum ~aqu ~aquil ilo o
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- à catást catástrof rofe. e. O proble problema ma d~o
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