UnB/FAV Disciplina: Fertilidade do Solo
SUMÁRIO
Programa disciplina ..........................................................02 Módulo 01 - Introdução à fertilidade do solo ................... 04 Módulo 02 - Trocas iônicas no solo................................... 11 Módulo 03 - Acidez do solo e calagem ............................. 18 Módulo 04 - Matéria orgânica no solo .............................. 38 Módulo 05 - Nitrogênio Nitrogênio .................................................... 46 Módulo 06 - Fósforo ......................................................... 54 Módulo 07 - Potássio Potássio ........................................................ 60 Módulo 08 - Macronutrientes secundários secundários ....................... 64 Módulo 09 - Micronutrientes ............................................ 69 Módulo 10 - Introdução ao estudo dos dos fertilizantes ......... 74 Módulo 11 - Adubação ..................................................... 82
UnB/FAV Disciplina: Fertilidade do Solo (Turma B)
A - PROGRAMA: 1 - Introdução à fertilidade do solo : histórico e leis da fertilidade do solo. 2 - Trocas iônicas no solo : capacidade de troca catiônica e aniônica. 3 - Acidez do solo e calagem : origens e tipos de acidez. Correção da acidez. 4 - Matéria orgânica do solo : constituintes orgânicos, fracionamento, decomposição e mineralização. Importância agrícola. 5 - Nitrogênio: ciclo, conteúdo e distribuição no solo. Relação C/N. Avaliação da disponibilidade. Funções na planta. 6 - Fósforo: formas de ocorrência e dinâmica no solo. Fatores que afetam a disponibilidade. Relação C/P. Funções na planta. 7 - Potássio: formas de ocorrência e dinâmica no solo. Fatores que afetam a disponibilidade. Funções na planta.
Macronutrientes secundários : conteúdo, distribuição, transformação e movimento no 8 - Macronutrientes solo. Gessagem e sua importância agrícola. Funções na planta. 9 - Micronutrientes: conteúdo, distribuição e dinâmica no solo. Funções na planta. 10 - Introdução ao estudo dos fertilizantes : fertilizantes nitrogenados, fosfatados, potássicos e portadores de micronutrientes. micronutrientes. Misturas de fertilizantes. 11 - Determinação da necessidade de adubação : estudos de correlação e calibração. Ensaios de campo. Dose ótima econômica e confecção de tabelas. Recomendação de adubação.
B - BIBLIOGRAFIA BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 1 - GOEDERT, W.J. (ed.) SOLOS DOS CERRADOS: Tecnologias e estratégias de manejo. Ed. Nobel/Embrapa, 1986. 2 - LOPES, A.S. Manual Manual de Fertilidade do Solo. CD-ROM. 2000. 3 - MELLO, F.A.F. et al. Fertilidade do Solo. Ed. Nobel, 1983. 4 - RAIJ, B. van. Fertilidade do Solo e Adubação. Ceres/Potafós, 1991. 5 – SOUSA, D.M.G. & LOBATO, E. (eds) CERRADO: correção do solo e adubação. Embrapa Cerrados. Planaltina-DF, 2002. 6 - OLIVEIRA, S.A. et al. Análises químicas de solo e de calcário para fins de fertilidade do solo. Edunb. 2000. 7 - Páginas da Internet (http://www.adubostrevo.com.br), (agridata.mg.gov.br), (fertiza.com.br), (serrana.com.br), (stoller.com.br), etc...
FERTILIDADE DO SOLO MÓD. 1 - INTRODUÇÃO À FERTILIDADE DO SOLO 1.1 - Histórico 1.2 - Fatores da produção e produtividade 1.3 - Potencial dos solos da região 1.4 - Elementos essenciais para as plantas 1.5 - Leis da fertilidade do solo 1.6 - Leituras 1.7 - PRÁTICA- Amostragem e preparo de amostras de solo
1.1 - HISTÓRICO
Uso de vales e deltas dos rios (Nilo, eufrates)
Uso de cinzas na agricultura (gregos)
Uso de restos vegetais e animais (romanos)
Calagem e adubação (Xenofonte,345 AC)
Química agrícola (Europa, Sec.XVIII)
Lei do mínimo (Liebig,1862)
Nutrição vegetal e fertilidade do solo
Fertilidade x Produtividade
Conceito atual de fertilidade do solo:
subdivisão da ciência do solo que trata da nutrição de plantas no sistema solo-planta.
1.2 - FATORES DE PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE
Fatores clássicos de produção econômica(Figura) Fatores que afetam a produtividade
Solo
Sementes
Mecanização
Pragas
Perdas na colheita
Irrigação
Mercado (preço)
Fertilidade e meio ambiente
1.3 - SOLOS DOS CERRADOS
Principais classes (Tabela)
Distribuição espacial dos Latossolos (Fig.)
Características químicas (Tabela)
Aspectos positivos
Aspectos negativos
Acidez
Baixa disponibilidade de nutrientes
Baixa capacidade de retenção de água
1.4 - ELEMENTOS ESSENCIAIS (NUTRIENTES)
Macronutrientes
C, H, O ( ar e água )
N,
P, K, S, Ca, Mg
Micronutrientes
Mn, Fe, Zn, B, Cu, Mo, Cl, (Na,Si,Co)
Conceito de disponibilidade
Fator capacidade e intensidade.
1.5- LEIS DA FERTILIDADE DO SOLO LEI
DO MÍNIMO - (Liebig, 1862): o crescimento
das plantas está limitado pelo elemento nutritivo presente em menor quantidade, desde que todos os outros estejam em quantidades adequadas. (Figura)
LEI
DOS
RENDIMENTOS
NÃO
PROPORCIONAIS OU DOS INCREMENTOS DECRESCENTES
(Mitscherlich,1930):
o
incremento na produtividade diminui à medida que se aumenta a dose do adubo.
Y = A ( 1 - 10 -cx )
Representação gráfica
LEI
DA RESTITUIÇÃO
(Boussingalt e
Dehérian): é indispensável restituir ao solo, para que não se esgote, todos os elementos retirados pelas colheitas.
LEI
DO MÁXIMO
(Voisin): o excesso de um
elemento assimilável no solo pode reduzir a eficiência de outros elementos e, por conseguinte, pode
diminuir
o
(ANTAGONISMO).
rendimento
das
colheitas
MOD. 2 - TROCAS IÔNICAS NO SOLO 2.1 - AS ARGILAS 2.2 - COLÓIDES MINERAIS E ORGÂNICOS 2.3 - CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA (CTC) 2.4 - CAPACIDADE DE TROCA ANIÔNICA (CTA) 2.5 - MOVIMENTO DE ÍONS ATÉ AS RAÍZES 2.6 - EXERCÍCIOS E LEITURAS
2.1 - AS ARGILAS
Conceito: partículas com diâmetro médio menor do que 0,002 mm Propriedades coloidais (superfície específica alta e cargas) Estrutura básica dos minerais de argila Tetraedros de Silício e Octaedros de Alumínio Tipos ou grupos de argilas silicatadas
Montmorilonita (2:1)
Caulinita (1:1)
2.2 - COLÓIDES MINERAIS E ORGÂNICOS
Argilas silicatadas
Óxidos e hidróxidos de Al e Fe Cristalinos---------------------Amorfos Composição básica: Al2.O3.nH2O e Fe2O3.nH2O Principais óxidos nos solos tropicais: Gibsita (óxido de Al) Goetita (óxido de Fe hidratado) Hematita (óxido de Fe)
Matéria orgânica humificada (HUMUS) Composição básica (ácidos orgânicos e fenois) R-COOH
↔
R -COO-
+
Principais funções químicas e físicas
H+
2.3 -CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA (CTC = soma de cargas negativas do solo)
Origem das cargas negativas
Cargas permanentes (na estrutura das argilas, através de substituições isomórficas na rede cristalina e faces quebradas dos cristais) Cargas variáveis ou dependentes de pH (na superfície dos colóides, através da desprotonação de óxidos de ferro e alumínio e de colóides orgânicos)
CTC dos principais colóides (Tabela)
Conceitos: CTC ,S ,V
Retenção e troca de cátions
Equilíbrio sólido:solução (reação esquematizada)
Energia de retenção (carga e tamanho do íon hidratado)
Efeito de massa
Processo de medição da CTC
(laboratório) - CTC efetiva (ao pH do solo) - CTC total (a pH 7,0).
2.4 -CAPACIDADE DE TROCA ANIÔNICA
(CTA)
Origem das cargas positivas
Sistemas de carga superficial variável
Polímeros de Al e Fe
Ponto de Carga Zero (PCZ)
Importância da CTA na dinâmica do solo
Adsorção ou fixação de ânions (Fosfatos)
Equilíbrio de íons trocáveis e em solução - Íons indiferentes (ligação eletrostática) - K, Ca, Mg - Íons especificamente adsorvidos (ligação covalente) - P e S - Íons determinantes de potencial ou transferência de carga - H e OH
2.5 - MOVIMENTO DOS ÍONS ATÉ AS RAÍZES DAS PLANTAS
Processos pelos quais as raízes entram em contato com os nutrientes:
Interceptação radicular
Fluxo de massa
Difusão
Importância relativa de cada processo (Tabela)
MOD. 3 - ACIDEZ DO SOLO E CALAGEM Solos tem uma acidez muito característica!
3.1-CONCEITO,ORIGEM E TIPOS 3.2-PROCESSO DE NEUTRALIZAÇÃO 3.3-CÁLCULO DA NECESSIDADE DE CALAGEM (dose) 3.4-QUALIDADE DOS CALCÁRIOS 3.5-CALAGEM E SEUS EFEITOS 3.6-PRÁTICA: Análise de calcário 3.7-EXERCÍCIOS E LEITURAS
3.1-CONCEITO,ORIGEM E TIPOS DE ACIDEZ
+
Conceito: HA === H
+ A
-
pH é o cologaritmo da atividade de H +,
podendo ser medido em solução aquosa ou salina (cloreto de cálcio)
Principais origens da acidez dos solos:
Hidratação do óxido de carbono
Oxidação do amônio
Lixiviação das bases (Na,K,Mg e Ca)
Hidratação dos íons de Al 3+
Tipos de acidez:
Acidez ativa - íons H + em solução (pH).
Acidez potencial - íons H+ no complexo sortivo (H + Al). A calagem visa neutralizar esta acidez.
3.2-PROCESSO DE NEUTRALIZAÇÃO
Princípio: reação que resulte em aumento da atividade de ânions OH- na solução do solo
Produtos mais usados: carbonatos de Ca e Mg
Reação mais comum: se
CaCO3 + H2O == Ca2+ + HCO3- + OHtiver alumínio, ela vai reagir com a hidroxila, neutraliza a
reação. 3+
-
Al
HCO3- + H+
+ 3OH == Al(OH)3
Íons de Ca
2+
H2O + CO2
ocupam os sítios de troca
Por efeito de massa tiram o Al do solo e formam o Al(oh)3.
Velocidade da reação depende da qualidade do calcário e de sua mistura com o solo
3 meses para começar a reagir, e condições ótimas! O pH final depende da dosagem.
Relação entre pH e doses de calcário aplicado (Figura)
Pq não deixar o solo acido?! Maioria das plantas desenvolvidas para solos temperados! Primeira razão: O pH em que todos os nutrientes tem uma absorção boa, uma faixa de compromisso entre as faixas, para todos os nutrientes fica bom. Pesquisas falam que aumenta a produtividade! A calagem é uma reação que resulta no aumento da atividade de anios OH. Adiciona um composto que ao adicionar no solo, libera a hidroxila. Esse composto é um sal de acido fraco, na agricultura é utilizado o carbonatos de cálcio e magnésio. São utilizados por que são nutrientes (macronutriente), são produtos que são abundantes na natureza.
3.3 - CÁLCULO DA NECESSIDADE DE CALAGEM ( DOSE )
Conceito de NC - quantidade de corretivo
necessário para neutralizar a acidez, ao nível desejado.
Métodos (critérios)
a) NC = [2 . Al 3+] + [2 - (Ca2+ +Mg2+)] metodo histórico. Eliminava o alumínio, mas o nível de Ca e Mg ainda estava baixo,. Ex. [2x0,5] + [2 – (2 – 1)] = 2 ton/ha. Não é recomendável porque não leva em conta a planta. b) Método da solução tampão (SMP) Usado em RS e SC, mas está sendo deixado de lado e usando o terceiro método. Pega o solo e adiciona uma solução tampão, (solução que dificilmente muda o pH).
Ex. Ver o pH do solo em água, depois o mesmo solo em solução tampão. Quanto maior a acidez do solo em água, mas ele iria baixar a solução de solo com a solução tampão. Se baixar pouco, pouco acido, baixar muito, muito acido!! =P c) Método da saturação por bases (V) V% = S/T . 100 S = Ca+Mg+K+Na, trocáveis T =CTC = H+Al+Ca+Mg+K+Na (total de cargas negativas) NC (t/ha) = ( V2 - V1 ) T / 100 x 100/prnt!!! = (v2 – v1)xT/prnt V2=saturação por bases desejada (quanto mais exigente a planta, maior será a
saturação de base. Quanto maior o T, maior será a saturação de base desejada) V1=saturação por bases atual
Relações Al e V ; Al e pH
3.4 - QUALIDADE DO CALCÁRIO Quem vende o calcário, tem que informar o PRNT, (granulometria e composição) Relação cálcio magnesio é de 3 pra 1. SE colocar o calcário calcítico, vai desbalancear por efeito de massa, faltando Mg, porem vai equilibrar a acidez. Eficiência = f (composição e granulometria)
COMPOSIÇÃO - Poder de neutralização (PN) ou Equivalente CaCO3
OBS: PN atualmente determinado em laboratório, avaliando a capacidade de uma amostra de calcário em neutralizar uma solução ácida (vide roteiro de análises laboratoriais).
GRANULOMETRIA - Eficiência Relativa (ER) ER = 0,2 x + 0,6 y + z X= % retido em peneira # 20 Y= % retido em peneira # 50 Z= % que atravessa a peneira # 50
Poder Relativo de Neutralização Total (PRNT) PRNT = (PN . ER) / 100
PREÇO (no moinho e na propriedade)
EXERCÍCIO (considerando dados do laboratório e o preço) ATENÇÃO - a recomendação de calagem é sempre feita considerando que o corretivo tem um PRNT de 100% !!! ATENÇÃO - Relação Ca / Mg (classif. calcários: calcíticos, magnesianos e dolomíticos)
3.5 - CALAGEM e SEUS EFEITOS A) Efeitos no Solo:
Neutralização da acidez
Plantas cultivadas são poucos adptadas a solos acidos.
> da CTC
Pois aumenta o numero de cargas negativas,cargas dependentes do pH, aumentando pH, aumenta a hidroxila, que aumenta a CTC
> da capacidade de retenção de água
O solo será mais ativel, irá reter mais água.
> da atividade biológica (fix. de N)
Maioria das bactérias são depentes do pH.
> no desenvolvimento radicular
> na disponibilidade de nutrientes
< da solubilidade de íons tóxicos (Al e
Mn) Diminuirá as quantidades de Al tóxicos. B) Efeitos nas Plantas (dados experimentais) Gráficos e internet!! C) Interações com outros fatores de produção - Aproveitamento de P , K , B Disponibilidade de nutrientes, fazendo calagem, os solos estão mais aptos a receber nutrientes, ex. Fósforo, se não estiver calcário ele não será disponibilizado. Portanto, alem da acidez, o calcário disponibiliza os nutrientes existentes nos fertilizantes. D) Efeito Residual da Calagem - Duração
3 a 5 anos, dependendo
da quantidade plantada, hortaliça, que
usa bastante o solo, irá acidificar antes do que cultura de sequeiro. - Reposição reposição varia conforme a saturação de base. A calagem original tem que ser incorporada da melhor forma possível. A calagem de reposição não precisa se preocupar em incorporar no solo.
E) Incorporação do calcário (métodos, épocas e profundidade):
Método mais comum: aplicação a lanço na superfície do terreno e incorporação na camada arável (0 a 25cm), com uso de arado.
Método mais tradicional: é aplicado através da calcariadeira, com uma regulagem no final, com uma bandeja em forma de ventilador, onde o calcário cai, e é espalhado através da tomada de força do trator. O calcário chega na bandeja através de uma esteria embaixo do reservatório. O calcário é espalhado na superfície, e depois incorporado com uma grade, arado, na camada mais profunda possível (20 a 25 cm) para que aconteça o crescimento das raízes das plantas. Em situações especiais (p.ex. sistema plantio direto) a aplicação pode ser feita no sulco de plantio. Geralmente em
calagem de reposição. O ideal seria incorporar, porém, devido ao plantio direto, e devido à erosão, não precisa incorporar, alem do que, o solo já está corrigido. “Portanto, essa pequena
quantidade não precisará ser incorporado, a decomposição será mais lenta que se for incorporado, mas o solo já está corrigido.”
Época mais recomendada: 3 meses antes do plantio. Pois ser um composto com baixa solubilidade, fazer uns 3 meses para reagir. Aqui, como a época do plantio ocorre em outubro ou novembro, seria
aplicado em julho, porem na região, o produtor aplica quando pode, porem não ocorre todos os benefícios esperados no primeiro ano.
Profundidade: mais profundo possível.
EXERCÍCIO DE RECOMENDAÇÃO DE CALAGEM 1 - A análise do solo de uma área agrícola forneceu os seguintes dados: pH = 5,0 H + Al = 6,2 meq/100g Al = 0,6 meq/100g
T = 8,06
Ca = 1,2 meq/100g
Satual = 1,86
Mg = 0,6 meq/100g K = 25 ppm Na = n.d. 2
- Qual a necessidade de calcário (t/ha) para se atingir uma saturação por bases de 50% ?
3
No mercado estão disponíveis dois calcários, com as seguintes características: Calcário A - PRNT=70% e Preço = R$ 21 por tonelada Calcário B - PRNT=90% e Preço = R$ 25 por tonelada
Qual o calcário que você compraria ?.
LABORATORIO (analise de calcario) Qualidade de calcário e função de: 1 – Granulometria (moagem) = Efeitos relativos (e.r) O mais fino possivel, responsabilidade do moinho, processo caro. 2 – Composiçao (teor de carbonetos) = Poder de Neutralização (p.n) PRNT = ER x PN/100 Cada jazida é diferente, a legislação brasileira exige o PRNT, que leva em conta o poder de neutralização e eficiencia relativa.
3 – Relação CaO/MgO Calcário dolomítico 3:1 Para que o solo fique equilibrado, ideal é na proporção de 3:1. 4 – Preço Custo do calcário, com relação ao PRNT por hectare. **100 g de CaCO3 é equivalente a: 84 g de MgCO3 e 56 CaO. A estequiometria foi baseada em Ca. Se der PRNT acima de 100% é porque foi baseado em Mg. (Pra pensar, vem da química)
ANÁLISE DE LABORATÓRIO - Poder de neutralização Poe acido no calcário, o que sobra, titula com uma base, quanto mais puro o calcário, mais acido vai gastar, e menos base você vai gastar. VxN (inicial) = VxN (final) - Eficiência relativa Pesar 100g de calcário, jogar em cima das peneiras, peneirar, e pesar e veremos
quanto que fico em cada peneira. (peneiras : 10 , 20 e 50) Calcários que são retidos na primeira peneira, não reage em 5 anos, valor 0 O que fica retido na segunda peneira, apenas 20 % em 5 anos Na outra peneira, 60 % em 5 anos E o que passa em tudo, 100% em 5 anos. ER(%) = (10 x 0) + (20 x 0,2) + (50 x 0,6) + (SF x 1) Pela legislação brasileira, tem que ter um mínimo de em torno de 60%.
MOD. 4 - MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO (M.O.) Ciclo do C. Fotossíntese, reação mais importante da terra. A quantidade de matéria seca na raiz, é semelhante a da parte aérea. Os compostos carbônicos, serão decompostos, precisando do Oxigênio, que é feito por microorganismos, liberando o CO2 , liberando energia em forma de calor, que é utilizada pelos microoganismos para se multiplicar.
4.1 - COMPONENTES ORGÂNICOS NO SOLO 4.2.- DECOMPOSIÇÃO E MINERALIZAÇÃO 4.3 - FUNÇÕES NO SOLO 4.4 - MANEJO DA M.O. 4.5 - FERTILIZANTES ORGÂNICOS 4.6 - EXERCÍCIOS E LEITURAS
4.1 - COMPONENTES ORGÂNICOS Ciclo
do C e origem da MO do solo
Conteúdo
médio de MO em solos
Distribuição
no perfil do solo (figura).
Avaliação
do teor de MO do solo (%C x 1,724)
Equilíbrio
dinâmico da MO (esquema).
4.2 - DECOMPOSIÇÃO E MINERALIZAÇÃO
Reação geral de decomposição:
C-H + O2 ----- CO2 + H2O + energia
Produtos intermediários formam a MO
HÚMUS ou HUMO
Composição (52% C)
Relação C / N (< 18)
Propriedades coloidais (alta superfície específica e número de cargas) pH da matéria orgânica é baixo. Surgem cargas negativas das desprotonações de compostos organicos.
Mineralização de resíduos vegetais (reciclagem de nutrientes):
Resíduos > húmus + íons + energia
4.3 - FUNÇÕES NO SOLO Propriedades Físicas: Melhora
a estrutura e aeração Aumenta a estabilidade de agregados Aumenta a retenção de água Responsável pela cor escura do solo. Cor do solo Oxido de ferro e alumínio Propriedades
Químicas: Aumenta a CTC, Quanto mais matéria orgânica, mais CTC. Decomposição
aumenta a acidez Em uma fase ela aumenta a acidez, em outra fase ela “absorve a acidez”. Aumenta
a disponibilidade de nutrientes (mineralização) Matéria orgânica vai reter os nutrientes. Quanto maior a matéria orgânica, maior a retenção de água. Em media, 70% das cargas negativas dos solos de SP, provem da matéria orgânica. Aqui no cerrado, cerca de 85%. Propriedades
Biológicas:
Desenvolvimento de
microorganismos Formação de substâncias reguladoras do crescimento das plantas Reservatório de nutrientes
4.4 - MANEJO DA MATÉRIA ORGÂNICA.
Desequilíbrio pelo cultivo (dados)
Teor de materia organica se mantem ou aumenta!! Fatores que contribuem para a diminuição do teor de MO em solos cultivados: aeração, oxidação, temperatura e umidade Se aerar, a camada da matéria orgânica fica exposta, e vai se decompor.
Estratégias para a manutenção (ou aumento) do teor de MO: Restos culturais Deixar os restos culturais na superfície ou incorporado. Produzir o máximo de massa verde. Resíduos rurais e urbanos Processar o esgoto e utilizar ele na matéria orgânica. Técnicas de cultivo mínimo Controle da erosão Evita a erosão. Adubação orgânica
Planta a planta até a floração, onde você a mata, e incorpora, ou no caso do plantio direto, deixa na superfície do solo. Maioria das espécies são leguminosas. Produzindo grande quantidade de matéria seca. Geralmente faz em pequenas áreas, em grandes áreas é muito difícil, pois o preço da semente é caro. Mucunca, vinhaça, cama de frango, etc... são chamados de condicionadores de solo, que melhoram alguma propriedade do solo.
4.5 - FERTILIZANTES OU ADUBOS ORGÂNICOS
Resíduos das colheitas
Adubação verde
Estercos
Lixo e esgoto urbano
Compostagem
Resíduos industriais.
MOD. 5 - NITROGÊNIO (N) 5.1 - INTRODUÇÃO 5.2 - DINÂMICA DO N NO SOLO 5.3 - DISPONIBILIDADE PARA AS PLANTAS 5.4 - NITROGÊNIO NA PLANTA 5.5 - RESPOSTA DAS CULTURAS 5.6 - FONTES DE NITROGÊNIO 5.7 - ADUBAÇÃO NITROGENADA 5.8 - EXERCÍCIOS E LEITURAS
5.1 - INTRODUÇÃO Nutriente
exigido em maior quantidade Aumento do consumo (produtividade) Escassez de dados experimentais na região Dinâmica complexa Sem efeito residual Manejo difícil
5.2 - DINÂMICA NO SOLO 5.2.1 - Origem e formas no solo N2 do ar atmosférico e de compostos orgânicos do solo Transferência do ar para o solo: a) Nitratos, na água da chuva (30%) b) Fixação biológica por bactérias (70%). Formas no solo: - Formas minerais (NH4+ e NO3- ) - Compostos orgânicos (humos,aminoácidos,proteinas,etc...) - Reações de mineralização
5.2.2 - Imobilização e Decomposição ou Mineralização - Envolve grande número de processos, com ganhos e perdas - Conexão com a M.O. do solo e sua decomposição (figura) - Imobilização (N incorporado na estrutura das plantas) - Mineralização (decomposição em íons, tais como: NO3- e NH4+ ) - etapa 1 - aminização - etapa 2 - amonificação - etapa 3 - nitrificação - Movimentação no solo: volatilização de amônia (NH3 para a atmosfera) e lixiviação de nitratos (através do perfil do solo) - figura - Equilíbrio em solo natural e cultivado.
5.3 - DISPONIBILIDADE PARA AS PLANTAS
Formas disponíveis :NH4+---NO2----NO3-
Medida direta é difícil e não representativa
Medidas indiretas: - Teor de MO ( %N = %MO/20) - Fração da MO mineralizada Requerimento pelas culturas (consumo) Mecanismos pelos quais os íons se movimentam até a superfície das raízes (interceptação radicular, fluxo de massa e difusão).
5.4 - NITROGÊNIO NA PLANTA
Conteúdo médio das plantas (1 a 4%)-tabela Função nas plantas : faz parte da composição da clorofila, aminoácidos e proteínas. Imprescindível para o processo da fotossíntese. Sintomas de deficiência : clorose, com nervuras verdes, das folhas mais velhas. Cor amarelada das plantas. Íon de grande mobilidade na planta
5.5 - RESPOSTA DAS CULTURAS À ADUBAÇÃO NITROGENADA Resposta
mais comum em solos pobres em MO e em solos já desgastados
Adição
necessária quando se busca alta produtividade das culturas
Curva
típica de resposta (figuras)
Fatores
que influem na resposta: histórico de uso da área e nível de produtividade desejada
5.6 -
FONTES DE NITROGÊNIO
A) Fixação biológica de N atmosférico por bactérias associadas às raízes de leguminosas e outras (?) B) Fertilizantes ou adubos orgânicos (tabela) C) Fertilizantes ou adubos minerais ou industrializados (tabela) Salitre do Chile (NaNO3) Sulfato de amônio [(NH4)2SO4] Nitrato de amônio (NH4 NO3) URÉIA (NH2CONH2) Fontes mistas (MAP e DAP)
5.7 - ADUBAÇÃO NITROGENADA Dosagem
(função do histórico de uso da área e da produtividade desejada)
Eficiência Tabelas de
da adubação ( ~ 40%) recomendação
Modo
de aplicação (visando minimizar perdas) : em cobertura, com leve incorporação e em doses parceladas (1/3 no plantio e 2/3 antes do florescimento)
Efeitos
secundários possíveis: acidificação do solo e poluição dos mananciais de água
MOD. 6 - FÓSFORO (P) 6.0 - INTRODUÇÃO 6.1 - DINÂMICA DO P NO SOLO 6.2 - DISPONIBILIDADE PARA AS PLANTAS 6.3 - P NA PLANTA 6.4 - RESPOSTA DAS CULTURAS 6.5 - ADUBAÇÃO FOSFATADA 6.6 - FERTILIZANTES FOSFATADOS (fontes) 6.7 - EXERCÍCIOS E LEITURAS
6.1 - DINÂMICA DO P NO SOLO
Origem (minerais - apatita) Nutriente mais usado nas adubações (baixo nível de disponibilidade em solos naturais) Formas de P no solo:
P-solução <==> P-lábil ---->P-não lábil ou adsorvido irreversivelmente
Formas iônicas de P-solução: H2PO4- , HPO4-- e PO4--Solubilidade e adsorção: a maior solubilidade (disponibilidade) ocorre em pH ~ 6.
Obs.: lábil é sinônimo de transitório
6.2 - DISPONIBILIDADE PARA AS PLANTAS Nível
de íons fosfato na solução do solo + capacidade do solo repor (lábil solução)
P-planta ! P-fert. -->P-solução <==> P-lábil ---> P-não lábil Métodos
para avaliar ou estimar a disponibilidade (análise do solo):
a)soluções extratoras (ácidos diluídos) b)resina trocadora de íons c)métodos biológicos (plantas) Nível
de P disponível nos solos do Cerrado é , normalmente, muito baixo (< 2 ppm)
Nível
crítico (nível abaixo do qual há grande probabilidade das plantas responderem à adubação fosfatada). Varia com a textura do solo. Para solos de textura média este nível varia em torno de 10 ppm
6.3 - P NA PLANTA Absorvido
na forma iônica (íons fosfato)
Movimento Teor
do solo para a raiz (difusão)
médio nas plantas em % de P (tabela)
Funções
do P na planta: processos metabólicos, transferência de energia e reprodução.
Sintomas
de deficiência nas plantas: parada do crescimento e folhas com coloração avermelhada.
Análise
foliar como instrumento auxiliar no diagnóstico.
6.4 - RESPOSTA DAS CULTURAS
Nutriente que, inicialmente, mais limita a produtividade das culturas na região (Lei do Mínimo) Curvas de resposta comuns das principais culturas da região (figuras).
6.5 - ADUBAÇÃO FOSFATADA
Quantidade a aplicar (dose, em kg/ha de P2O5) - Em função do nível de P disponível no solo - Faixas de disponibilidade - Doses recomendadas (Tabelas oficiais)
Adubação Modos
corretiva e de manutenção
de aplicação e de incorporação ao solo:
- Aplicação à lanço e incorporação na camada arável, com implementos (adubação corretiva) - Aplicação no sulco de plantio, abaixo e ao lado da semente (adubação de manutenção) - Aplicação na cova (culturas perenes) - Aplicação via água de irrigação (fertiirrigação) Efeito
residual
Interações
6.6 - FERTILIZANTES FOSFATADOS (FONTES)
Fosfatos naturais (tabela) - baixa solubilidade - devem ser misturados ao solo - aplicar na forma de pó e a lanço - podem ser usados para pastagem ?
Fosfatos transformados (superfosfatos) - solúveis - granulados - aplicados isoladamente ou em misturas NPK
Outras fontes
MOD. 7 - POTÁSSIO ( K ) 7.0 - INTRODUÇÃO 7.1 - FORMAS DE OCORRÊNCIA E DINÂMICA NO SOLO 7.2 - DISPONIBILIDADE PARA AS PLANTAS 7.3 - K NA PLANTA 7.4 - RESPOSTA DAS CULTURAS 7.5 - ADUBAÇÃO POTÁSSICA 7.6 - EXERCÍCIOS E LEITURAS
7.1 - FORMAS E DINÂMICA
Elemento abundante na natureza (minerais) Componente de minerais primários: feldspatos e micas Processo de intemperização ----- K +
Reação
básica de equilíbrio:
K-solução <==> K-trocável <==> K-mineral K-lixiviado 7.2 - DISPONIBILIDADE PARA AS PLANTAS
Soma de íons K + em solução e trocável Avaliação da disponibilidade: Soluções extratoras: acetato de amônio, ácido nítrico e mistura de ácidos Resina trocadora de íons Fatores que afetam a disponibilidade: Umidade do solo Relação K / Ca+Mg
7.3 - POTÁSSIO NA PLANTA Absorvido
na forma iônica ( K + )
Movimento Teor
do solo para a raiz ( difusão )
médio nas plantas, em % K (tabela)
Funções
na planta: - não faz parte da estrutura das plantas - papel fisiológico, turgidez - equilíbrio de cargas
Íon
extremamente móvel na planta
Sintomas
de deficiência: - redução da turgidez das folhas - clorose e necrose nas margens das folhas mais velhas
Análise
foliar (instrumento auxiliar no diagnóstico de deficiência)
7.4 - RESPOSTA DAS CULTURAS - Geralmente pouca resposta nos primeiros cultivos - Altas respostas com cultivos nos quais colhe-se as folhas ou toda a planta (hortaliças, cana, fumo, forragens, etc...) - Curvas de resposta comuns (figura) 7.5 - ADUBAÇÃO POTÁSSICA Quantidade
a aplicar (dose, em kg/ha de K 2O)
Em função do nível de K disponível Faixas de disponibilidade Doses recomendadas (Tabela de recomendação)
Modos
de aplicação e incorporação:
À lanço e incorporado ao solo com implementos (pastagens) No sulco de plantio (culturas anuais) Na cova (culturas perenes) Via água de irrigação
Fonte
principal: KCl (sal extraído de minas subterrâneas). Maioria é importado.
MÓD. 8 - MACRONUTRIENTES SECUNDÁRIOS (Ca, Mg, S ) 8.1 - INTRODUÇÃO 8.2 - CÁLCIO E MAGNÉSIO 8.3 - ENXOFRE 8.4 - USO DE GESSO AGRÍCOLA (Gessagem) E SUA IMPORTÂNCIA AGRÍCOLA 8.5 - EXERCÍCIOS E LEITURAS
8.2 - CÁLCIO E MAGNÉSIO Formas
no solo
- origem em minerais e rochas (calcita, dolomita, apatita, biotita, feldspatos, etc...) - Em solos minerais ocorrem na forma de cátions trocáveis: Ca2+ e Mg2+ Disponibilidade -
para as plantas
Absorvidos na forma iônica: Ca2+ e Mg2+ Disponibilidade proporcional ao teor trocavel, determinado por: . acetato de amônio pH 7 . resinas trocadoras
Relação Resposta
Ca / Mg ( ~ 4 : 1 )
das culturas: - Teor nas folhas: Ca (0,4 a 4,0 %) e Mg (0,2 a 0,4 %) - Exigência de adubação: Ca (até 200 kg/ha) e Mg (10 a 40 kg/ha) - Principal fornecimento através da calagem e como elemento secundário de alguns fertilizantes ( superfosfato simples, termofosfatos,etc...)
8.3 - ENXOFRE ( S ) A) Formas no solo Elemento não-metal, com ocorrência em minerais e rochas ( S elementar, pirita, gesso ) e no ar atmosférico (chuva) No solo ocorre na forma orgânica (compostos orgânicos) e na forma mineral (ânion SO 4--) B) Dinâmica do S no solo (relacionada à MO) Transformações no solo similares ao N, ocorrendo reações de oxidação, redução, imobilização e mineralização através da ação dos microorganismos. Mineralização do S orgânico, tendo como reação principal: R-HS + 2O2 == SO42- + H+ + Energia Ciclo
do S é similar ao do N, sendo importante a relação C : N : S (~ 100 : 10 :1) e com forte atividade microbiana.
C) Disponibilidade para as plantas - Absorvido na forma do íon SO4 Exigência das culturas (10 a 30 kg/ha) Fornecido como elemento secundário de fertilizantes (SS, Sulfato de Amônio e Gesso) PREOCUPAÇÃO (ausência em fórm. conc.)
8.4 - USO DE GESSO AGRÍCOLA (Gessagem) Recomendada:
para solos alcalinos ou salinos (clima árido) e 3+ para solos com acidez nociva -Al - na subsuperfície do solo. (comum na Região dos Cerrados)
reações do sulfato de cálcio no solo: dissociação parcial, lixiviação pareada e neutralização do Al3+ na camada sub-superficial do solo (dados experimentais)
Principais
Efeitos
nas plantas, em termos de: - Enraizamento profundo e absorção de água - Absorção de nutrientes - Produtividade de culturas
Recomendação
da aplicação do gesso ao solo:
- Quando aplicar ? (dados de análise do solo e de teste biológico) - Quantidade a aplicar ? - DG (kg/ha) = % argila . 50 - Tabela de recomendação ATENÇÃO- Gessagem não substitui calagem !!
REAÇÕES DO GESSO NO SOLO
1 - Dissociação parcial na camada superficial CaSO4
Ca2+
+
2 - Lixiviação pareada dos íons Ca 2+
SO42e SO4 2-
3 - Combinação com os íons de Al, em camadas subsuperficiais X -Al + Ca2+
Al3+
+
SO42-
X -Ca
+
Al3+
complexos Al S
MÓD. 9 - MICRONUTRIENTES 9.1 - INTRODUÇÃO 9.2 - FORMAS NO SOLO 9.3 - DISPONIBILIDADE 9.4 - MICRONUTRIENTES NAS PLANTAS 9.5 - RESPOSTAS DAS CULTURAS 9.6 - EXERCÍCIOS E LEITURAS
9.2 - FORMAS NO SOLO (absorvidas pelas plantas)
Boro (B) - H3BO3 e H2BO3- ligado à MO do solo Molibdênio (Mo) - HMoO4- química similar a dos fosfatos e sulfatos Zinco (Zn) - Zn++ - fortemente adsorvido ao solo Cobre (Cu) - Cu++ - adsorvido e complexado à MO do solo Manganês (Mn) - Mn++ - sujeito à processos de oxi-redução Ferro (Fe) - Fe++ e Fe+++ - ocorrência comum na forma de óxidos Cloro (Cl) - Cl- fracamente adsorvido ao solo, podendo ser facilmente lixiviado
Outros:
Si, Na, Co....?
9.3 - DISPONIBILIDADE Estimada
através da análise do solo
- metodologia indefinida - extratores mais usados: água quente (B) e extratores de rotina (demais micronutrientes) - níveis críticos (Goiás): B - 1 ppm Zn - 1 ppm Cu - 0,7 ppm Mn - 5 ppm Principais
fatores que afetam a disponibilidade:
- pH do solo (gráfico) - Umidade do solo - Condições de oxi-redução do solo.
9.4 - MICRONUTRIENTES NAS PLANTAS
Quantidade absorvida é pequena:
B - 11 a 300 g/ha Mo - 0,01 a 4,8 g/ha Zn - 2 a 544 g/ha Cu - 1 a 181 g/ha Mn - 2 a 767 g/ha Fe - 15 a 3400 g/ha Cl - ?
Concentrações nas folhas das plantas (tabela)
Sintomas de deficiência nas plantas:
B - cessa o crescimento das partes terminais Mo - necrose nas bordas das folhas Zn - redução do crescimento e clorose geral (coloração esbranquiçada) Cu - folhas novas perdem a cor verde Mn - clorose inter-nerval das folhas Fe - similar ao Mn Cl - ?
9.5 - RESPOSTA DAS CULTURAS Deficiência pouco Importante Respostas
generalizada (manchas)
para altas produtividades
mais comuns: Zn e B
Calagem
pode agravar a deficiência, considerando a diminuição da solubilidade de alguns micronutrientes (Mn, Zn)
Fertilizantes
mais usados: a)Fórmulas NPK + micro b)Misturas de micronutrientes (FTE - Fritted Trace Elements) c)Sais solúveis de cada elemento (Bórax, óxidos e sulfatos) Modo
de aplicação dos fertilizantes:
a) Fórmula NPK + micro, no plantio b) Óxidos ou sulfatos misturados à semente c) Adubação foliar (aplicação de soluções diluídas nas folhas) d) Via água de irrigação
MÓD. 10 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS FERTILIZANTES 10.1 - INTRODUÇÃO 10.2 - FERTILIZANTES NITROGENADOS 10.3 - F. FOSFATADOS 10.4 - F. contendo K, Ca, Mg e S 10.5 - F. contendo MICRONUTRIENTES 10.6 - MISTURAS DE FERTILIZANTES 10.7 - LEGISLAÇÃO DE PRODUÇÃO E COMÉRCIO 10.8 - EXERCÍCIOS E LEITURAS
10.1 - INTRODUÇÃO Conceito
de fertilizante ou adubo : substância mineral ou orgânica, natural ou sintética, fornecedora de um ou mais nutrientes.
Eficiência
agronômica de um fertilizante. Características ou propriedades que contribuem para a eficiência: -
solubilidade granulometria estado físico (higroscopicidade, ...) reações no solo (acidificação, salinidade,..) teor de outros nutrientes preço
10.2 - FERTILIZANTES NITROGENADOS
Principal matéria prima: amônia (NH3)
N2 atm. + 3H2 = 2NH3
Principais fontes usadas no Brasil:
a) Sulfato de amônio - (NH4)2SO4 + propriedades físicas, S - baixo teor N e poder acidificação b) Nitrato de amônio - NH4 NO3 + alto teor de N - higroscópico e explosivo ( alternativa: Nitrocálcio) c) Uréia - NH2CONH2 2NH3 + CO2 = uréia + H2O + alto teor de N, baixo preço - potencial de perdas volatilização de NH3 d) Adubos orgânicos e organo-minerais.
10.3 - FERTILIZANTES FOSFATADOS
Matéria prima: mineral apatita, contido em minas de fosfato de rocha Principais fontes usadas no Brasil:
a) Fosfatos naturais em pó (tabela) + Preço ? - Baixa solubilidade e eficiência variável - Uso muito limitado. b) Superfosfatos - simples e triplo (tabela) + Alta solubilidade, eficiência e fácil uso c) Fosfatos de amônio - DAP e MAP (usadas em misturas ou fórmulas NPK) d) Termofosfatos magnesianos + Alta eficiência, contém Si e Mg - Preço e) Fosfatos parcialmente acidulados f) Fosfato bicálcico ( usado em rações)
10.4 - FERTIL. contendo K, Ca, Mg, e S
K - Cloreto de potássio ( KCl ), encontrado em minas naturais. Totalmente solúvel, sendo atualmente importado. Ca e Mg - Calcário dolomítico e componente secundário de outros corretivos e fertilizantes (gesso, SS, nitrocálcio e termofosfatos) S - Enxofre elementar (minas naturais) Gesso Componente secundário de alguns fertilizantes (sulfato de amônio e SS) 10.5 - FERT. com MICRONUTRIENTES
Sais solúveis dos elementos (óxidos e sulfatos) Silicatos dos elementos ( FTE ) Quelatos orgânicos Participante de alguns defensivos
10.6 - MISTURAS DE FERTILIZANTES ( FÓRMULAS ) Forma
mais comum no mercado
Designação
popular - mistura NPK, sendo expressos em N, P2O5 e K 2O
Exemplo:
Fórmula 5-15-10 ( 5%N, 15%P2O5 e 10%K 2O )
Exigência
mínima: soma > 21%
Garantias
em N total, P2O5 solúvel em citrato de amônio e K 2O solúvel em água
Cálculo
de misturas , a partir dos fertilizantes simples (denominados, pelas indústrias, como matérias primas). EXERCÍCIOS
Aspectos
técnicos x comerciais
Recomendação
(exercícios)
de adubação com fórmulas
10.7 - LEGISLAÇÃO DE PRODUÇÃO E COMÉRCIO DE FERTILIZANTES Lei
6.897 (1980) dispõe sobre inspeção e fiscalização da produção e do comércio de:
a) Fertilizante - substância mineral ou orgânica, natural ou sintética, fornecedor de um ou mais nutrientes vegetais b) Corretivo - material apto a corrigir uma ou mais características desfavoráveis do solo c) Inoculante - material que contém microorganismos fixadores de nitrogênio e que atue favoravelmente no desenvolvimento das plantas d) Estimulante ou biofertilizante - produto que contém princípio ativo apto a melhorar, direta ou indiretamente, o desenvolvimento das plantas. Atribuição
do Ministério da Agricultura (registro, inspeção e fiscalização)
Exercício
de Misturas (Formulação)
Você é o responsável técnico de uma empresa que prepara e comercializa fertilizantes. Um produtor rural fez as seguintes encomendas: A) 100 toneladas da fórmula 4-14-8 (para a cultura do milho). B) 100 toneladas da fórmula 4-30-16 (para a cultura da soja). C) 1 tonelada da fórmula 10-10-10, contendo enxofre e 1% de zinco (para hortaliças). D) 1 tonelada da fórmula 5-15-20, sem enchimento (para a formação de eucalipto). E)100 toneladas da fórmula 8-28-18, sem enchimento (para a cultura do feijão). A empresa possui em estoque as seguintes fontes de fertilizantes (matérias -primas): Sulfato de amônio................20% de N Uréia....................................44% de N Superfosfato simples...........18% de P 2O5 Superfosfato triplo...............41% de P2O5 DAP.....................................45% de P2O5 e 16% de N MAP....................................48% de P2O5 e 9% de N Cloreto de potássio..............58% de K 2O Sulfato de zinco...................20% de Zn Calcule as quantidades de matérias-primas a serem misturadas para atender a cada encomenda do produtor.
MÓD. 11 - DETERMINAÇÃO DA NECESSIDADE E MANEJO DA ADUBAÇÃO 11.1 - INTRODUÇÃO 11.2 - INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA RECOMENDAR ADUBAÇÃO 11.3 - ANÁLISE DO SOLO , COMO INSTRUMENTO PARA RECOMENDAR ADUBAÇÃO 11.4 - CÁLCULO DA DOSE DE MÁXIMA EFICIÊNCIA 11.5 - MODOS DE APLICAÇÃO 11.6 - ADUBAÇÃO E DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA SUSTENTÁVEL 11.7 - EXERCÍCIOS E LEITURAS
11.2 - INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS
a) Características da empresa agrícola - Características da área: clima, solo, topografia,... - Histórico de uso: produtividades, problemas,... - Plano de exploração futura - Expectativa de rendimento da cultura - Nível de manejo: preparo, irrigação,... b) Tecnologia disponível (dados de pesquisa) - Curvas de resposta (figuras) - Necessidades nutricionais das culturas - Efeitos residuais, interações,.. - Modos de aplicação - TABELAS DE RECOMENDAÇÃO
c) Condições de mercado - Relação de preços (produto/adubo) - Custos fixos - Crédito, infra-estrutura,...
11.3 - ANÁLISE DO SOLO COMO INSTRUMENTO DE RECOMENDAÇÃO (Obs. O mesmo esquema é aplicável para análise foliar - importante para culturas perenes)
a) Amostragem do solo - Representatividade (várias sub-amostras) - Obtenção da amostra - Identificação da amostra - Condicionamento e remessa da amostra b) Seleção do método de análise (tarefa da pesquisa) c) Calibração do método de análise: estabelecimento da relação entre a análise (x)e o rendimento ou produção biológica das culturas (y).(figura) - Estabelecimento do nível crítico para cada nutriente - Estabelecimento de classes de resposta d) Recomendação de adubação: estabelecimento da relação entre a quantidade do nutriente aplicada (dose) e a produção comercial de cada cultura Dose de máxima eficiência.
11.4 - CÁLCULO DA DOSE DE MÁXIMA EFICIÊNCIA Relações Dose
de troca - produto/nutriente
de máxima eficiência econômica (DME)
Aplicação das leis de fertilidade: Curva de resposta à adubação, com cada nutriente, para cada cultura Custos: - fixo e do nutriente avaliado Dose mais eficiente = dose de maior benefício/custo (Exemplo)
TABELAS
oficiais de recomendação de adubação (estaduais ou regionais) Guia ou instrumento auxiliar Cada propriedade agrícola é um caso !
Exercícios
de uso de tabelas
EXEMPLO Você fez um experimento para avaliar o efeito da adubação fosfatada na cultura do milho, em Latossolo vermelho escuro, de textura arenosa (15% argila), na Região do Cerrado. Os dados e resultados estão a seguir: P2O5 aplicado (kg/ha) 0 50 100 150 200 250 300 350 400
Produção de milho (kg/ha) 400 2800 4650 6000 6650 7200 7450 7550 7600
Análise do solo (ppm P) 1 4 9 15 22 30 39 49 60
Com base nessas informações, calcule: 1 – Qual o nível crítico de P disponível neste solo (em ppm de P); 2 – Qual a dose mais econômica de adubação fosfatada (em kg/ha de P2O5) para a cultura do milho, neste solo. Nesse cálculo considere que o custo fixo da lavoura é correspondente a 2.000 kg/ha de milho e que o custo de 1 kg de P2O5 é igual ao preço de 15 kg de milho.
EXERCÍCIOS DE RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO
A análise do solo revelou os seguintes dados: P =2,9 ppm, K = 37 ppm, Teor de argila = 50%. Utilizando a Tabela de Recomendação de GOIÁS, elabore as seguintes recomendações: 1- Adubação de plantio de Citros, usando como fonte de fósforo o superfosfato triplo e sulfato de zinco como fonte de Zn (em kg/cova). 2- Adubação de plantio de Pinus, usando o superfosfato simples como fonte de P e Bórax (11% B)como fonte de B (em kg/cova). 3- Adubação de formação de pastagem (G + L), tendo disponível a formulação 4 - 30 - 16 + Zn (Quantidade e modo de aplicação). 4- Adubação para a cultura de milho, visando atingir uma produção de 6 t/ha de grãos. Calcular as doses de nutrientes a serem aplicadas; recomendar qual formulação e/ou fontes que o produtor deve adquirir e qual a quantidade a aplicar destas, em kg/ha. Complete a receita, indicando o modo de aplicação.
11.5 - MODOS DE APLICAÇÃO a) - a lanço, na superfície do terreno (em cobertura) - parte do N, em culturas anuais - todos os nutrientes, em pastagens estabelecidas - calagem de reposição e adubação (?) em SPD b) - a lanço, com posterior incorporação na camada arável - calagem e gessagem - adubação corretiva de solos pobres - adubação para formação de pastagem c) - no sulco de plantio (modo mais comum para culturas anuais) d) - na cova (usado para plantas perenes - fruticultura, silvicultura, algumas hortaliças) e) via água (adubação foliar, fertirrigação) f) misturado às sementes (alguns micronutrientes)