FAETEC Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2013. Nome: Tássia Cris Turma: Editoração Eletrônica – Eletrônica – Noite Noite Professor: Sérgio
História da Imprensa O pr prii mei meirr o sé cul o da i mpr ensa Principal veículo para a difusão das idéias durante os últimos quinhentos anos, a mídia impressa interpenetra todas as esferas de atividade humana. O comércio de obras impressas teve importante participação no desenvolvimento econômico de todos os ramos da indústria e do comércio. Baseado em um processo técnico, a imprensa evoluiu junto com as ciências aplicadas. A sua transformação aconteceu devido a muitos fatores: por novas e urgentes necessidades dos primeiros impressores, novas possibilidades abertas, e também por melhorias técnicas no processo de impressão; por razões comerciais dos impressores ou editores; ou, por último, devido a mudanças sociais, incluindo mudanças no gosto do público leitor e na moda. Como “aventura e arte”, assim Gutemberg descreveu sua épica invenção em 1439; e “aventura e arte” desde então permaneceram como as características dos livros impressos, de sua concepção na mente do autor ao produto acabado na livraria e à estante do bibliófilo. Antes de Gutemberg os livros eram impressos por matrizes de blocos de madeira gravados, um processo dispendioso e demorado. Gutemberg teve a idéia de utilizar tipos móveis fabricados de uma liga de chumbo e antimônio. Desde o primeiro livro impresso por esse processo, em 1455, até o final do século XV, o invento espalhou-se pela Europa civilizada, multiplicando-se as edições, sobretudo de livros religiosos e autores clássicos. Só em Veneza havia mais de 200 tipografias, entre outras a famosa Aldina, cujas impressões de qualidade notável abrangeram em poucos anos quase todos os autores gregos, além dos latinos e hebraicos. A história da impressão por tipos móveis, da tipografia, pode ser dividida em três períodos: 1) 1450-1550, o século criativo, que testemunhou a invenção e o começo de 1) praticamente tudo o que caracteriza as modernas peças de impressão. 2) 1550-1800, a era da consolidação, que desenvolveu e refinou o acabamento do 2) período precedente com espírito predominantemente conservador.
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3) 1800 até nossos dias, período de tremendo avanço tecnológico, com mudanças radicais nos métodos de produção e distribuição, bem como nos hábitos dos produtores e leitores.
Os pri mór dios A tipografia foi inventada em 1445 pelo alemão Johannes Gutenberg, o primeiro a trabalhar com caracteres móveis fundindo letras em metal. Mas seu invento foi na verdade o aperfeiçoamento de um processo que já era usado: na China, no século XI, um certo Pi-Ching imprimiu com tipos móveis, embora seu invento não desse frutos; no tempo de Gutemberg já se gravavam pranchas de madeiras para imprimir (impressão tabulária), mas, como se desgastavam rapidamente, passaram a ser usadas letras móveis de pau. A prensa de rosca já era usada corriqueiramente pelos encadernadores e xilógrafos na tiragem de estampas e opúsculos; a impressão avulsa das letras do alfabeto também era praticada pelos encadernadores nas capas dos livros, pelo processo seguido até hoje na douração das lombadas. Inúmeros impressores, ourives e gravadores disputaram a glória de ter inventado a fundição de tipos. Os elementos da tipografia – como a prensa – já existiam e eram corriqueiros, mas coube a Gutemberg tê-los reunido e ordenado de forma útil e coerente. O que tornou possível a impressão a partir de tipos metálicos foi a invenção da tinta óleo; sem ela a tipografia não teria futuro. Em 1450, Gutemberg contraiu um empréstimo com João Fust para dedicar-se a uma obra de fôlego: a produção de uma bíblia – a Bíblia de 42 linhas. Mas ao terminar o terceiro fólio da obra ele estava quebrado; para estampá-la, com mais de seiscentas folhas, além do metal, tinta, pergaminho e papel, foram necessários seis prelos e a ajuda do gravador e calígrafo Pedro Schoeffer. Antes de terminá-la, esgotados os seus recursos e possibilidades, Gutemberg teve de entregar a imprensa com todos os seus petrechos ao prestamista, incluindo os cadernos prontos da Bíblia e os materiais adquiridos para concluí-la. A obra veio a lume em 1456, logo depois que João Fust tomou posse da oficina de Gutemberg. Este in-fólio de 641 folhas, em dois volumes, é o primeiro “fruto perfeito da tipografia”. Não traz data, procedência nem nome do impressor, mas ficou conhecida para sempre como a Bíblia de Gutemberg. Fust associou-se a Schoeffer, hábil calígrafo e gravador que aperfeiçoou o entalhe, a moldagem e a fundição de tipos, estampando nos livros as vinhetas e capitulares ainda desenhadas e coloridas à mão. A primeira obra publicada por esta parceria em 1457, o Psalmorum Codex, é graficamente muito superior às obras concluídas depois por Gutemberg. A imprensa disseminou-se com uma rapidez espantosa: em pouco tempo mais de 1.200 oficinas espalharam-se pela Europa, produzindo mais de 35.000 edições.
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Os in cunábulos As primeiras obras foram impressas manualmente, linha por linha. Estes livros eram em geral em tamanho grande (in-fólio). O tipógrafo deixava espaço para as letras iniciais de uma frase para serem desenhadas à mão no devido lugar. Estas obras impressas com tipos móveis foram denominadas incunábulos, e este termo abrangia tanto o livro como uma folha única, ou imagem impressa nos primeiros tempos da imprensa com tipos móveis, não escrito à mão. Refere-se às obras produzidas entre 1455, data aproximada da publicação da Bíblia de Gutenberg, até 1500. São muito raros e valiosos. A sua origem vem da expressão latina in cuna, “no berço”, referindo-se assim ao berço da tipografia. O termo foi usado pela primeira vez por Bernhard von Mallinckrodt, no tratado De ortu et progressu artis typographica e (“Da ascensão e progresso da arte tipográfica”, Colônia, 1639), onde aparece a frase prima typographicae incunabula, “a primeira infância da tipografia”. Em muitos lugares a tipografia só chegou no início do século XVI, mas convencionou-se que o limite dos chamados incunábulos seria o ano de 1500. O termo passou a denotar também os livros impressos até o recente século dezessete. Mas esta data foi uma convenção arbitrariamente escolhida e não reflete o notável desenvolvimento do processo de impressão por volta do ano 1500. Incunábulo normalmente se refere aos primeiros livros impressos, produzidos ao mesmo tempo em que alguns livros ainda eram copiados à mão. No século quinze, colecionadores de livros mais exigentes não admitiam livros impressos em suas bibliotecas pessoais. Uma característica dos incunábulos é não possuírem página de rosto e, em algumas obras, constava no final o “impressum”, isto é, as indicações onde o livro fora impresso e por quem, mais a data da finalização da obra. No início do livro, às vezes constava o índice do texto, seguido, da obra propriamente dita, onde declarava o título e a autoria de quem o escrevera. A primeira letra era muitas vezes “iluminada” (técnica de ilustrar com pintura o início do texto). Em Berlim existe o catálogo central de todos os incunábulos impressos até 1500 com as suas respectivas localizações.
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Há dois tipos de incunábulos: o livro impresso a partir de um único bloco de madeira esculpido para cada página, processo chamado de xilografia, e o tipográfico, feito com tipos móveis individuais de metal agrupados em uma prensa de impressão, na tecnologia difundida por Gutenberg. Muitos autores empregam o termo incunábulo apenas para livros produzidos pelo processo tipográfico. A expansão gradual da imprensa foi garantida pela grande variedade dos textos escolhidos para imprimir e pelos estilos dos tipos que eram usados na impressão. Muitos dos primeiros caracteres eram baseados em modelos locais de escrita ou derivaram das várias formas europeias de escrita gótica. Mas também havia algumas fontes derivadas de escrituras documentárias (como a maioria dos tipos de Caxton), e, particularmente na Itália, tipos calcados em escrituras manuscritas e baseados em caligrafias à pena. Estas fontes tipológicas, derivadas de estilos de caligrafia manual, são frequentemente usadas até hoje, apenas modificados, na forma digital. Os impressores tendiam a se estabelecer em centros urbanos onde residiam os estudiosos, os religiosos, os advogados, os nobres e os profissionais que formavam sua clientela principal. A maioria dos primeiros impressos era composta de pequenas obras escritas no latim herdado da tradição medieval. Mas como os livros ficaram mais baratos, começaram a aparecer também trabalhos redigidos nos vários vernáculos (ou traduções de pequenas obras).
Origens da Computação Gráfica A Computação Gráfica está presente em todas as áreas, desde os mais inconsequentes jogos eletrônicos até o projeto dos mais modernos equipamentos para viagens espaciais, passando também pela publicidade, com as mais incríveis vinhetas eletrônicas e pela medicina onde a criação de imagens de órgãos internos ao corpo humano possibilitando o diagnóstico de males que em outros tempos somente seria possível com intervenções cirúrgicas complicadas e comprometedoras. Parece existir consenso entre os pesquisadores da história da Computação Gráfica de que o primeiro computador a possuir recursos gráficos de visualização de dados numéricos foi o "Whirlwind I" (furacão) , desenvolvido pelo MIT. Este equipamento foi desenvolvido, em 1950, com finalidades acadêmicas e também possivelmente militares, pois logo em seguida o comando de defesa aérea dos EUA desenvolveu um sistema de monitoramento e controle de voos (SAGE - SemiAutomatic Ground Enviroment) que convertia as informações capturadas pelo radar em imagem em um tubo de raios catódicos (na época uma invenção recente) no qual o usuário podia apontar com uma caneta ótica. Ocorre que nesta época os computadores eram orientados para fazer cálculos pesados para físicos e projetistas de mísseis não sendo próprios para o desenvolvimento da Computação Gráfica. Em 1962, surgiu uma das mais importantes publicações de Computação Gráfica de todos os tempos, a tese do Dr. Ivan Sutherland ("Sketchpad - A Man-Machine Graphical Communication System") , propunha uma forma de intenção muito semelhante ao que hoje chamados de interfaces WIMP – Window-Icon-MenuPointer.
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Esta publicação chamou a atenção das indústrias automobilísticas e aeroespaciais americanas. Os conceitos de estruturação de dados bem como o núcleo da noção de Computação Gráfica interativa levaram a General Motors a desenvolver o precursor dos primeiros programas de C.A.D. Logo em seguida diversas outras grandes corporações americanas seguiram este exemplo sendo que no final da década de 60 praticamente toda a indústria automobilística e aeroespacial se utilizava de softwares de CAD.
O CRESCIMENTO DA COMPUTAÇÃO GRÁFICA Dois fatores, entretanto, foram fundamentais para o desenvolvimento da Computação Gráfica, tal como a conhecemos hoje: a)O desenvolvimento da tecnologia de circuitos integrados durante a década de 70 que permitiu o barateamento e a conseqüente popularização das máquinas; b)O fim da ideia de que os fabricantes de computadores devem fornecer apenas a máquina e o sistema operacional e que os usuários devem escrever seus próprios aplicativos. A popularização dos aplicativos prontos e integrados (planilhas, editores de texto, editores gráficos, processadores de imagem, bancos de dados, etc) permitiram a popularização da Computação Gráfica na medida em que possibilitaram que o usuário comum sem conhecimento ou tempo para desenvolver aplicativos gráficos (nem sempre tão simples de serem programados) pudessem se utilizar das facilidades da mesma.
O QUE É COMPUTAÇÃO GRÁFICA Segundo a ISO ("International Standards Organization") a Computação Gráfica pode ser definida como conjunto de métodos e técnicas utilizados para converter dados para um dispositivo gráfico, via computador. Se tomarmos como base a definição da ISO, duas áreas tem uma estreita relação com a Computação Gráfica, são elas: a)Processamento de Imagens:envolve técnicas de transformação de imagens. As transformações visam, em geral, melhorar características visuais da imagem como, por exemplo, aumentar o contraste, melhorar o foco ou ainda reduzir o ruído e eventuais distorções. b) Reconhecimento de Padrões também conhecida como Análise de imagens, busca isolar e identificar os componentes de uma imagem a partir de sua representação visual. Já Rogers e Adams classificam a Computação Gráfica em passiva e interativa. Como Computação Gráfica Passiva entende-se o uso do computador para definir, armazenar, manipular e apresentar imagens gráficas. O computador prepara e apresenta dados armazenados sob a forma de figuras e o observador/usuário não interfere nesse processo. Exemplos desse tipo de atividade podem ser simples como a geração automática de um gráfico de barras a partir de uma tabela, bem como a simulação do movimento de um veículo espacial a partir de dados coletados em
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campo. Computação Gráfica Interativa também se utiliza do computador para preparar e apresentar imagens. Nesse caso, entretanto, o observador/usuário pode interagir em tempo real com a imagem. A manipulação de imagens em tempo real apresenta como principal problema o número de cálculos envolvidos para se trabalhar com imagens relativamente complexas. Por exemplo, a rotação de um objeto tridimensional exigirá, para cada ponto, sua multiplicação por uma matriz 3x3, resultando em duas somas e quatro multiplicações. Tomando-se um objeto de 1000 pontos essa operação requer 4000 multiplicações e 2000 adições. Esse exemplo serve para dar uma idéia do número de cálculos envolvidos em operações dessa natureza. Para contornar esse tipo de problema podem ser adotadas soluções tais como:
Utilizar máquinas mais rápidas; Melhorar os algoritmos tornando-os mais eficientes; Construir módulos de "hardware" dedicados a certos tipos de operações (por exemplo, um módulo dedicado à multiplicação de matrizes) e Reduzir a complexidade da imagem. Nesse caso corre-se o risco de produziremse imagens de qualidade insuficiente conforme a aplicação.
PRINCIPAIS APLICAÇÕES Interface com o usuário – Traçado interativo de gráficos e Visualização - Outro importantíssimo campo dentro da Computação Gráfica é a visualização de dados através de gráficos. Ela consiste basicamente na geração de imagens a partir de um conjunto de dados. Estes dados podem ser gerados por de forma interativa ou por modelos que simule um fenômeno real como, por exemplo, o comportamento de partículas durante uma reação química.
Editoração Eletrônica - consiste na elaboração gráfica de publicações por computador, com a mesma qualidade que o processo convencional. Com os programas de Editoração Eletrônica é possível, antes de ter-se o material impresso por uma gráfica, obter uma idéia precisa de como ficará o produto final. Com isto as alterações podem ser feitas com facilidade antes mesmo da impressão do primeiro exemplar. O que, sem dúvidas, diminui os custos de produção e aumenta a qualidade da publicação.
CAD - do inglês Computer Aided Design, que quer dizer Projeto Assistido por Computador, consiste basicamente de sistemas capazes de auxiliar um projetista (mecânico, elétrico, civil) a desenvolver suas ideias de forma mais rápida. Os sistemas de CAD são normalmente entendidos como programas capazes de fazer desenhos. De fato, é, em grande parte, isto, pois com um CAD o processo de criação e, principalmente, de alteração de desenhos fica muito facilitado. Porém, CAD não é somente isto, um dos principais avanços que alguns destes sistemas trazem em relação ao processo original de projeto é sua capacidade de fazer simulações. Por exemplo, existem sistemas capazes de determinar o comportamento de uma laje de concreto
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quando esta for submetida a certo esforço, outros programas podem mostrar como ficaria a iluminação de uma sala com a colocação de uma janela em certa parede.
Simulação e animação Arte e Comércio Controle/Visualização de processos Cartografia FONTES:
Carlos Rizzini, O Jornalismo Antes da Tipografia, Cia. Ed. Nacional, 1968, S.P.
Oliveira Lima, História da Civilização, Melhoramentos, 4a. Ed.
S. H. Steinberg, Five Hundred Years of Printing, Penguim Books, 1955, Edimburgh http://jornalivros.com.br/2009/08/o-nascimento-da-imprensa/ http://www.oficinadanet.com.br/artigo/1833/editoracao_eletronica_-_introducao http://www.inf.pucrs.br/~pinho/CG/Aulas/Intro/intro.htm
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