Encontro
A mensagem mensagem do céu para toda a terra terra Após um trimestre de estudos em que nos detivemos no primeiro livro do Antigo Testamento (Gênesis) aqui, na revista COMPROMISSO, voltamo-nos agora para o primeiro livro do Novo Testament Testamento, o, cuja mensagem mensag em será alvo a lvo de nossa reexão, meditação, recordação e, mais do que isso, renovação de nosso aprendizado e ampliação de nosso compromisso ético com a mensagem de Cristo, conforme apresentada pelo Evangelho de Mateus. Do passado para o presente – O texto de Mateus principia com o resumo da genealogia de Jesus, demonstrando que a criança que nasceu em Belém é, de fato, o Cristo anunciado pelos profet pro fetas as e cuja hist históri óriaa remon remonta ta aos tem tempos pos pri primevo mevoss da cri criação ação de Deus. Deus. Segun Segundo do o Ev Evange angelho lho de João, ele estava no princípio com Deus, na eternidade. No Apocalipse, o mesmo João reitera essa verdade dizendo que Jesus é o alfa e o ômega, ou seja, o princípio e o m. Para Mateus, Jesus é também o Deus que age na história, de geração em geração, do passado para o presente. No presente – O Deus da história é o Emanuel, Deus-conosco, Deus que intervém na história humana para manifestar o reino dos céus aos desgovernos e injustiças da terra. Mateus, portanto, revela Jesus como o Deus presente, aquele a quem o profeta João Batista dá testemunho de que ele é verdadeiramente o Cristo. Cristo. Continua o evangel evangelista ista mostrando Jesus presente na história, tanto nos grandes como nos singelos problemas da condição humana. Assim, ele enfrenta os poderes do mal, chama discípulos para sua seara, profere a maior mensagem já pregada (o Sermão do Monte), cura doenças e restaura vidas, convive com pobres e pecadores, ressuscita mortos, liberta endemoninhados, alimenta multidões com o pão material e com o ensino da Palavra, interfere na natureza, enfrenta opositores, submete-se voluntariamente à morte por amor aos pecadores, é sepultado e ressuscita triunfalmente dentre os mortos para a glória da vida, para a salvação de toda a criação. Jesus Je sus é Deus Deus que faz his histó tória, ria, que age na his histó tória ria e se se man manté tém m pre presen sente te na his histó tória ria hoj hoje. e. Do presente para o futuro – O Deus presente traz a mensagem da plenitude de vida do céu para toda a terra. Ao subir aos céus ele comissiona seus seguidores, sob o poder do Espírito Santo, a darem prosseguimento a esta missão evangelizadora de proclamar, de ensinar, de praticar a vontade de Deus entre todas as pessoas da terra. O Deus da história nos convoca a dar prosseguimento hoje, efetivamente, a esta tarefa missionária iniciada por Cristo. Desde o presente rumo ao futuro até o nal dos séculos com a volta gloriosa de Jesus. ue este trimestre de estudos bíblicos sob a perspectiva de Mateus nos faça ser mais ativos na história aprendendo com o exemplo de Cristo, o Deus que se fez presente ontem, se faz presente hoje e se s e fará presente sempre. 1 1 2T13 COMPROMISSO
&203520,662 ISSN 1984-7475
LITERATURA BATISTA Ano CVII – Nº 426 – Abr.Maio.Jun Abr.Maio.Jun.. 2013
E scola COMPROMISSO destina-se a adultos (36 a 64 anos), contendo lições para a Escola Bíblica Dominical. Os adultos de 65 anos em diante podem, obviamente, usar esta revista, mas a CBB destina a eles a revista REALIZAÇÃO, cuidadosamente preparada para a faixa etária da terceira idade
Publicação trimestral do Departamento de Educação Religiosa
Coordenação Editorial
da Convenção Batista Brasileira CNPJ (MF): 33.531.732/000 33.531.732/0001-67 1-67 Registro nº 816.243.760 no INPI
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Direção Geral Sócrates Oliveira de Souza
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Redação Clemir Fernandes Silva
Produção Editorial 6WXGLR$QXQFLDU 3URGXomR*UiÀFD
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Distribuição EBD-1 Marketing e Consultoria Editorial Ltda. 7HOV (PDLOSHGLGRV#HEGFRPEU
Nossa missão: “Viabilizar a cooperação entre as igrejas batistas no cumprimento de sua missão como comunidade local”
QUEM ESCREVEU ²3U2VZDOGR/XL]*RPHV-DFREpEDFKDUHOHP7HRORJLDSHOR Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (1979-1982). Convalidação do curso teológico pela Universidade Metodista de São Paulo (2009). Mestrando em MissioORJLDSHOR6RXWKHDVWHUQ%DSWLVW7KHRORJLFDO6HPLQDU\86$)RLPLVVLRQiULRQDÉIULFD do Sul (1993-1994; 1999) pela Junta de Missões Mundiais da CBB. É professor no 6HPLQiULR7HROyJLFR%DWLVWD6XO)OXPLQHQVH9ROWD5HGRQGD5-$UWLFXOLVWDGR-RUQDO %DWLVWD$WXDOPHQWHpRSDVWRUWLWXODUGD6H %DWLVWD$WXDOPHQWHp RSDVWRUWLWXODUGD6HJXQGD,JUHMD%DWLVWDHP%DUUD0DQVDVXO JXQGD,JUHMD%DWLVWDHP%DUUD0DQVDVXO do Estado do Rio desde 2000. É casado com Eliane Pitzer Jacob com quem tem três ÀOKRV$QD&DUROLQHFDVDGD/DULVVD+HOHQDH/X ÀOKRV$QD&DUROLQH FDVDGD/DULVVD+HOHQDH/XL])HOLSH L])HOLSH ,PDJHQVXWLOL]DGDVQHVWDHGLomRZZZV[FKX QHVWDHGLomRZZZV[FKXZZZ ZZZGLJLWDOIUHHSKRWRVFRPZZ GLJLWDOIUHHSKRWRVFRPZZZPRUJXHÀ ZPRUJXHÀOHFRP OHFRP
2 COMPROMISSO2T13
Sumário Sumário
Estudos da Escola Bíblica Dominical ,QWURGXomRDRWULPHVWUH²Mateus: O Evangelho do Rei
7
(%'²´2*XLDTXHKiGHDSDVFHQWDURPHXSRYRµ
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60
Variedades ÈQIDVHGRDQR² Defesa de crianças e adolescentes: duas sugestões práticas
4
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6
3. Missões Mundiais
64
2T13 COMPROMISSO 3
Ênfase do ano
Defesa de crianças e adolescentes: duas sugestões práticas Jesus é o grande defensor de crian- das por você, sua classe, sua igreja, ças e adolescentes. O conhecido texto seus amigos, sua família. Uma é mais bíblico em que ele “briga” com seus simples e a outra mais complexa, próprios discípulos por causa das mas ambas possíveis de serem realicrianças é paradigmático e, por isso, zadas. tem muito a nos ensinar. Ele assume a 1 Mutirão de oração em favor causa das crianças sem voz e sem vez, as acolhe plenamente abençoando- de crianças e adolescentes em vul-as com sua presença e apoio efetivo nerabilidade social – Mobilizar e e, além disso, transforma seus discí- motivar pessoas a participarem deste pulos com seu ensino e grande exem- esforço que pode acontecer, inclusi plo de abraçar e valorizar aqueles de ve, nos cultos de sua igreja ou contexto de sua família. Reunir dados sobre quem a sociedade não dava valor. No contexto em que vivemos, a situação de crianças em vulnerabilimarcado por abusos e desrespeito a dade social. Realizar a campanha de crianças e adolescentes, o que pode- oração intercalando os dados com os mos fazer para efetivamente aben- momentos especícos de oração. Suçoá-las a exemplo de Jesus? Sei que gerimos a data de 7, 8 e 9 de junho, há muitas maneiras e nossas igrejas quando acontece campanha seme já desenvolvem várias tarefas, sobre- lhante em mais de 100 países, o Mutudo no contexto da Escola Bíblica tirão Mundial de Oração em favor Dominical. Porém, mais atividades de crianças e adolescentes. Para mais assemelhadas podem ser praticadas. informações sobre esta campanha e Aqui faremos duas sugestões de ati- como participar: www.bolanarede. vidades que podem ser desenvolvi- org.br 4 COMPROMISSO2T13
2 Mobilização contra a exploração sexual de crianças e adolescentes – Este é um grave problema que
pode acontecer com qualquer criança, inclusive no ambiente da família e no contexto da igreja. Conhecer este problema e buscar parceiros para a defesa de crianças adolescentes é um compromisso essencialmente cristão a exemplo do próprio Jesus. Assim como o Mutirão de oração, esta atividade acontece também há vários anos e envolve igrejas, sociedade civil, entidades públicas etc. Sugerimos realizar algo semelhante em seu bairro ou cidade ou se juntando a quem já promove esta marcha. Ela acontece geralmente em 18 de maio. Conheça e participe. Mais informações em www.bolanarede.org.br
Seja de fato um seguidor de Jesus, no estudo de sua Palavra e na prática de seus ensinos. Faça como Jesus, "brigue" pela defesa de crianças e adolescentes. Tema: 'HVDÀDGRVDVHUSDGUmRQD valorização da nova geração
Ênfase: 'HVDÀDGRVDVHUSDGUmRQD valorização e no cuidado da criança e do adolescente
Divisa:´(GXTXHDFULDQoDQRFDPLQKR HPTXHGHYHDQGDUHDWpRÀPGDYLGD QmRVHGHVYLDUiGHOHµ²3URYpUELRV
Hino do trimestre: “Se eu posso KRMHREHPID]HUµKLQRGRHinário para o culto cristão
Clemir Fernandes Imagem: Morgue File
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Hino do trimestre
6 COMPROMISSO2T13
Introdução ao trimestre
Mateus O Evangelho do Rei O Evangelho de Mateus é a mensagem do Rei que, sendo Deus, se manifestou em carne e osso, revelando o seu
(28.20). Ele revela a soberania de Deus na história e nos exorta dizendo: e “este evangelho do reino será pregado por grande amor por ns. É o Evangelho da todo o mundo, para testemunho a todas soberania de Deus Pai sobre a vida das as nações. Então virá o m” (24.14).
pessoas e sobre toda a natureza. Ele coHá algumas informações relevantes mea revelando o Emanuel (que quer visando a nossa compreensão de todo o dizer: Deus conosco – 1.23) e termi- Evangelho para a comunidade de hoje. na com “eis que estou convosco todos Trataremos a situação ambiental, o proos dias até a consumação dos séculos” pósito, a mensagem, a data e o autor.
Jesus e seus discípulos – Gravura de Gustave Doré
2T13 COMPROMISSO 7
SITUAÇÃO AMBIENTAL E PROPÓSITO É muito relevante conhecer o contexto, bem como o propsito do livro para nos situarmos na compreenso do texto e sua mensagem. Leitura, interpretao e aplicao são três princípios básicos para uma compreensão madura da Escritura e consequente testemunho cristão. Um erudito do Novo Testamento nos dá uma dica interessante nesta direção. “Na década após a Primeira Guerra Judaico-Romana, a igreja à qual Mateus escreveu cou algures entre a sua origem judaica e o que mais tarde se tornou uma igreja totalmente gentílica. Essa igreja ainda não estava preparada para admitir a sua separação do judaísmo, embora possa ser que o judaísmo a ti vesse repudiado. Pelo menos, a igreja de Mateus ainda estava interagindo com o judaísmo (17.24-27; 23.1-12; 24.9). O cristianismo estava rapidamente se tornando menos judaico e mais gentílico. Os cristãos judeus precisavam compreender o signicado da lei e do templo (agora em ruínas) para si mesmos, tanto quanto o seu relacionamento com os gentios convertidos. Os cristãos gentios precisavam entender a natureza da liberdade em respeito à Lei de Deus. Ambos os grupos precisavam compreender a relação do cristianismo com o judaísmo”.1 O Evangelho de Mateus tanto distancia quanto interage entre a sinagoga e a igreja. Mateus conhece as sinagogas como 8 COMPROMISSO2T13
sinagogas do judaísmo farisaico (4.23; 9.35; 10.17; 12.9; 13.54; 23.34) exceto em 4.23. Cada ocorrência do termo “sinagoga deles” é redacional, é obra editorial de Mateus. Marcos conhece a expressão (1.23,39), mas Mateus enfatiza.2 Os debates com o farisaísmo dão a entender um relacionamento contínuo, embora restringido. Mateus arma a validade contínua da lei, tão importante para os fariseus. O que o aparta deles é a sua declaração de que em Cristo se encontra uma melhor compreenso da lei (5.21-48; 9.13; 12.3,5,7; 16.6,11) e o seu verdadeiro cumprimento, em contraste com o mau entendimento e uso errado da lei por parte dos fariseus (9.4; 15.1214; 22.18; 23.2). Mateus vê Jesus como cumprindo a lei, mas descobrindo a sua verdadeira intenção, dando a ela obediência plena, expressa por m no amor, que se dá em serviço sacricial.3 Um dos principais propósitos de Mateus era argumentar que o verdadeiro judaísmo tinha o seu cumprimento em Cristo, e não no judaísmo farisaico centralizado em Jâmnia, cidade hoje denominada Ya vneh (um concílio rabínico (farisaico) realizado no final do primeiro século d.C. e início do segundo d.C., que procurou, sob a direção do rabino Yochaman ben Zakai, dar um rumo ao judaísmo após a destruição do templo de Jerusalém). Jesus Cristo é apresentado como “Filho de Davi, Filho de Abraão” (1.1.), e Mateus mostra como as alianças com Abraão e Davi se cumpriram em Jesus. A genealogia e nascimento
e narrativas da infância de Jesus (1-2) são construídas de tal forma a mostrar que Jesus é Filho de Davi, mas também Filho de Deus, em quem as alianças com Abraão e Davi são cumpridas.4 A MENSAGEM DE MATEUS
ual era a mensagem deste que foi cobrador de impostos, odiado pelos judeus? Considerando a sua experiência com Jesus, qual a mensagem que Mateus transmite a nós hoje? Jesus o cumprimento do Antigo Testamento. A mais importante passagem
nesta conexão é 5.17-20. Há outras correlações: 12.15-21 (Isaías 42.1-4); 8.16,17 (Isaías 53).
Jesus o Rei(4.17). Este reino de Deus
esperado é marcado por quatro características no Antigo Testamento: justiça (Jr 23.5,6), paz (Ez 34.23-31), estabilidade (Is 9.7) e universalidade (Zc 9.10). Jesus o Filho de Deus. O professor
Jack Kingsbury, citado por Stott, argumenta que o “Filho de Deus” é, na mente de Mateus, o título mais importante dado a Jesus. É quase sempre usado por outros a respeito de Jesus: pelo Diabo ou demônios: 4.3,6; 8.29; pelos inimigos de Jesus, em acusação ou zombarias: 26.63; 27.40,43; por Mateus, os discípulos ou outros em conssão de fé: 2.15; 14.33; 16.16; 27.54; pelo próprio Deus: 3.17; 17.5; 21.37.
Réplica do segundo templo, do período de Cristo – Imagem: Wikipédia
2T13 COMPROMISSO 9
Como título, ele tem três correlações: com Israel (Ex 4.22; Os 11.1; Mt 2.15; com a realeza (2Sm 7.13,14; Sl 2.7); com a deidade (Mt 11.25-27). Jesus o Mestre, o Cristo: 23.10;
18.15-35; 16.18; 18.17. Jesus o Salvador, o Filho do homem: 20.27,28; 26.28; 1.21.
O Evangelho de Mateus é certamente o do Rei que governa, como indicamos anteriormente. Mas este Rei é diferente dos outros. Ele não governa com autoridade distante nem vive em esplendor pessoal. Ele se assenta num trono e julga as nações (25.31ss), mas somente porque “tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças” (8.17, citando Isaías 53.3,4).
to futuro (24.2), parece exigir uma data mais recuada. Alguns pensam que Mateus foi o primeiro Evangelho a ser escrito (por volta do ano 50 d.C.), ao passo que outros discordam alegando que só foi escrito na década de 60 d.C.6 uem era Mateus? Era um cobrador de impostos judeu. Chamado também de Levi por Marcos e Lucas (Mc 2.14; Lc 5.27-29). Jesus lhe disse: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu (9.9). Ele chama a si mesmo de publicano (10.3). Ele experimentou uma con versão revolucionária. Somente Mateus se refere ao ensino direto de Jesus sobre o pagamento de imposto (17.24-27). Segundo Stott, há três características importantes do Evangelho de Mateus que podem ser delineadas a partir da sua experiência de conversão: 1) Ele aprendeu o que é misericórdia e perdão (Mt 6.12; Lc 11.4); 2) Ele desenvolveu uma nova visão do Rei (Mt 22.16; Mc 3.6); 3) Ele descobriu um novo dom de ensinar: sua narrativa estruturada;
Ele governa como um servo, não com poder, mas com compaixão, não com autopromoção, mas com total abnegação. Este é o coração pulsante da mensagem do Evangelho de Mateus – mensagem que o arrastou da vida de seu uso do Antigo Testamento; sua preganância e egoísmo para a vida de ser- ocupação acerca dos fariseus e seu estilo viço deste Rei”.5 narrativo.7 Este é o Evangelho de Mateus, insDATA E AUTOR pirado pelo Espírito Santo, revelado a um homem que seguiu e serviu a CrisEmbora este Evangelho receba to, trazendo para nós um manancial ocasionalmente data entre as déca- de vida e testemunho cristão para a das de 80 e 90 do primeiro século, o glória de Deus. _____________________ fato de a destruição de Jerusalém ser Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob ainda considerada um acontecimen10 COMPROMISSO2T13
,PDJHP6[FKXB
NOTAS 67$**)UDQNIntrodução ao Evangelho de Mateus. Comentário Broadman. Rio de Janeiro: Juerp, 1982. Vol. 8. 2 Ibid. 4 Ibid. 67277-RKQ Homens com uma Mensagem. São Paulo: Editora Cristã Unida, 1996. 5<5,(&KDUOHV%tEOLD $QRWDGD²Introdução ao Evangelho de Mateus. São Paulo: Ed. Mundo Cristão, 1991. 67277-RKQ Homens com uma Mensagem. São Paulo: Editora Cristã Unida, 1996.
OBRAS CONSULTADAS /2&.<(5+HUEHUWTodas as parábolas da Bíblia. 9ª Reimpressão. São Paulo: Editora Vida, 2009. MEYER, F. B. Comentário bíblico devocional(GLomR0LQDV*HUDLV(GLWRUD%HWk nia, 1992. 5<5,(&KDUOHVBíblia anotada. 1ª Edição. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1991. 67$**)UDQN Comentário Bíblico Broadman. 1ª Edição. Rio de Janeiro: Juerp, 1982. Vol. 8. 67277-RKQHomens com uma mensagem. 1ª Edição. Campinas: Editora Cristã Unida, 1996. 7$6.(559* Mateus – Introdução e comentário. 1ª Edição. São Paulo: Editora Mundo Cristão e Edições Vida Nova, 1980. 7+,(/,&.(+HOPXWMosaico de Deus. 1ª Edição. São Leopoldo: Editora Sinodal, 1968.
2T13 COMPROMISSO 11
EBD 1
7 de abril
“O Guia que há de apascentar o meu povo” A primeira vinda de Cristo ao mundo Texto bíblico ²0DWHXVH² Texto áureo²0DWHXV Segunda Mateus 1.1-10
Terça
DIA A DIA COM A BÍBLIA Quarta Quinta Sexta
Mateus 1.11-17
Mateus 2.1-12
Mateus 1.18-25
Mateus 2.13-15
Sábado
Domingo Mateus 2.19-23
A manifestaço de Cristo ao mun- nealogia dene muito bem a sua hudo revela o amor de Deus. A vinda manidade. Genealogia vem do grego de Jesus, nascido de mulher, sob a lei, geneseos, que quer dizer "origem, na para resgatar os que esto debaixo da tividade, nascimento, existência, vida". lei é a verdade pura do evangelho. As 14 gerações (grego: geneai), no Veremos nesta exposiço a genea- versículo 17, denotam a veracidade hislogia de Jesus; o milagre do seu nas- tórica de Jesus Cristo, pois no passado cimento; a alegria, o júbilo dos sábios obscuro, Deus escolhera uma família, a do Oriente; a reaço violenta de He- de Abrao, e, mais adiante, outra família rodes, o Grande, e a xaço da resi- dentro da família abraâmica, a de Davi, dência de José, Maria e Jesus em Na- para ser o veículo pelo qual seu Filho zaré, onde o menino trabalhará com entrasse no mundo. A naço judaica foi o pai na carpintaria até iniciar o seu fundada e protegida por Deus, através ministério. dos séculos, para salvaguardar a linhagem dessa família. A genealogia, como A GENEALOGIA (Mt 1.1-17) está em Mateus, é abreviada. Omitem-se alguns nomes. So 42 gerações que O nosso objetivo nesta exposiço cobrem dois mil anos. Dividem-se em bíblica é tratar a revelaço de Jesus três partes, de 14 gerações, talvez para Cristo, o Rei. Ele, sendo Deus, entrou ajudar a memória: a primeira, cobrinna história na pessoa de Jesus. A ge- do mil anos; a segunda, 400 anos; e a 12 COMPROMISSO2T13
terceira, 600 anos. São três grupos de 14. No terceiro grupo, entretanto, nomeiam-se só 13 gerações, dando-se a entender evidentemente que Maria seria a décima-quarta. Não era comum nas genealogias judias aparecerem os nomes de mulheres. A mulher não era considerada uma pessoa para tal responsabilidade. Ela não exercia direitos legais. Era simplesmente possessão do seu pai ou do seu esposo, e era obrigada a fazer o que eles quisessem. Na sua ação de graça matutina, o judeu agradecia a Deus por não tê-lo feito gentio, escrao ou mulher . A simples presença de nomes femininos em uma genealogia é um fato extraordinário. Então, Jesus derruba a barreira que separa o judeu do gentio; o homem da mulher e o santo do pecador (Barclay: 22,23). Ele não veio chamar justos, mas pecadores ao arrependimento (Mc 9.13). A opinião comumente aceita é que Mateus dá a linhagem de José, mostrando que Jesus é o herdeiro legal das promessas feitas a Abraão e a Davi; e Lucas dá a linhagem de Maria, mostrando a descendência física de Jesus, "Filho de Davi segundo a carne" (Rm 1.3). Em Mateus 1.16, a expressão " da qual" mostra que a utilização do feminino singular no grego não deixa dúvidas de que Jesus nasceu apenas de Maria, e não de Maria e José. Esta é uma das evidências mais fortes para o nascimento virginal de Jesus. A ge-
nealogia de Maria, de acordo com a prática judaica, dependia do esposo. Estas genealogias, registradas mais detalhadamente em 1Crônicas 1 a 9, formam a espinha dorsal dos anais do Antigo Testamento, preservadas cuidadosamente através dos séculos. O MILAGRE DO NASCIMENTO DE CRISTO (Mt 1.18-25)
O nascimento do Senhor Jesus Cristo revela o milagre da entrada do eterno dentro do nosso tempo. O mistério é revelado na história. Maria, no período do noivado em que aguardava coabitar com José, foi engravidada pelo Espírito Santo. José e Maria foram preparados pelo Senhor para a concepção de Jesus (1.20,21). Ele é da semente da mulher que veio para salvar os seres humanos (Gn 3.15; Mt 1.21). O texto sagrado é muito esclarecedor quando revela em 1.18, que, "estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo". É importante destacar que Maria passou com Isabel, sua prima, os três meses seguintes à visita que lhe fez o mensageiro celeste. uando voltou a Nazaré e José soube do seu estado, este deve tê-lo levado a uma perplexidade estranha. Era, porém, um homem íntegro e justo, dispondo-se a resguardar a repu2T13 COMPROMISSO 13
taço de Maria do que ele supunha ser uma desmoralização pública ou coisa pior. Foi quando o anjo apareceu-lhe e explicou tudo (1.19-24). Podemos informar que a intenção evidente de Mateus foi mostrar que Cristo tivera uma origem sobrenatural.
OS SÁBIOS FICAM IMPRESSIONADOS (Mt 2.1,2, 9-12) Mesmo sendo considerados homens sábios, eles saíram da Babilônia ou de países mais além, região onde a raça humana teve a sua origem, terra de Abraão e do cativeiro judaico, onde muitos judeus ainda viviam. Eram homens que pertenciam à classe de pessoas ilustres, eram conselheiros de reis. Talvez, estivessem familiarizados com as escrituras judaicas e sabiam da expectação existente pelo Rei ou pelo Messias. Certamente, eram homens de elevada posição social, pois tiveram acesso à presença de Herodes. Geralmente são mencionados como "três magos", mas as Escrituras não dizem quantos foram. Provavelmente foram mais de três, ou pelo menos vieram com uma comitiva de dezenas ou centenas de pessoas, como medida de segurança, visto que não seria seguro um pequeno grupo viajar milhares de quilômetros de desertos infestados de malfeitores. A chegada deles a Jerusalém foi bastante espetacular para alvoroçar a cidade inteira. 14 COMPROMISSO2T13
Eles sabiam a quem buscavam. Herodes cou alarmado (2.2,3). O rei convocou os religiosos e lhes indagou onde nasceria o Messias. A resposta foi imediata. Herodes chama os sábios, os questiona, enviando-os a Belém. A estrela que viram no Oriente parou sobre onde estava o menino Jesus (2.79). "Esta estrela, vista pelos magos, foi, sem dúvida, um fenômeno distinto, uma luz sobrenatural que, pela direta revelação de Deus, foi adiante deles e indicou-lhes o lugar exato; anúncio sobrenatural de um nascimento sobrenatural" (Halley, p. 370). Os sábios do Oriente experimentaram um grande e intenso júbilo ao
verem a estrela (2.10). O texto grego usa o superlativo para expressar o sentimento desses homens diante de Jesus. Eles o adoraram e ofereceram o melhor que tinham dos seus tesouros: ouro, incenso e mirra. "Os primeiros pais da igreja entendiam o ouro como símbolo da divindade de Jesus; o incenso, da sua pureza; e a mirra, de sua morte, uma vez que era usada para embalsamar" (Ryrie, p. 1.184). Após a visita ao menino Jesus, os sábios zeram a vontade de Deus, retornando para a Babilônia.
A REAÇÃO DE HERODES (Mt 2.3-8, 16-18) Uma pergunta que nos vem à mente é: por que Herodes, o Grande, reage
negativamente ao nascimento de Jesus Cristo? Porque ele representa toda a
IMAGENS DA VIDA SIMPLES QUE CRISTO LEVAVA EM NAZARÉ (Mt 2.19-23)
artimanha satnica que se manifesta no humanismo do rei. Herodes era um homem megalomanaco, com sede de Após a morte de Herodes, um poder e um inimigo do reino de Deus. Uma razo fundamental para o anjo do Senhor apareceu em sonho comportamento de Herodes era a a José no Egito e ordenou a sua volta sua origem. Os Herodes eram uma para a terra de Israel. José obedeceu linhagem edomita de reis que, sob e foi para as regiões da Galileia (v. o governo romano, dominavam a 19-22). Mateus no menciona que José Judeia pouco antes da apariço de Cristo. Herodes, o Grande, 37–3 e Maria tivessem residido anteriora.C., subiu ao trono e o conservou mente em Nazaré. Sabemos isto de por meio de crimes bárbaros, pois Lucas. Diz o texto (v. 23) que Jesus matou até sua esposa e dois filhos. será chamado nazareno. ProvavelEra cruel, astuto e de sangue frio. mente nazareno é um sinônimo para Foi ele quem matou os meninos de desprezível ou desprezado, já que NaBelém, num esforço para eliminar zaré era o lugar mais improvável para Cristo. Seu filho, 33 anos mais tarde, a residência do Messias. Tudo nos leva a crer que Jesus matou Joo Batista (Mc 6.14-29), e escarneceu de Cristo (Lc 23.7-12). trabalhou com o seu pai na carHerodes era descendente de Esaú, pintaria até o temp o de realizar a que odiava os judeus. Com a perse- sua misso como Salvador, como guiço empreendida por Herodes, aquele que veio para servir e dar a José e Maria fogem com o menino sua vida em resgate de muitos (Mt 20.28). para o Eg ito (2.13-15).
APLICAÇÕES PARA A VIDA 1 $SUHQGHPRVTXHRQDVFLPHQWRGH&ULVWRIRLXPPLODJUH'HXVVHLPSRUWDFRPD gente. Ele nos ama profundamente. Você tem falado deste amor às pessoas? 2 $YLQGDGRVViELRVGR2ULHQWHSDUDWHVWHPXQKDUHPRQDVFLPHQWRGH-HVXV UHYHODDXQLYHUVDOLGDGHGRHYDQJHOKR9RFrHVWiFRPSURPHWLGRFRPDSUHJDomRGR HYDQJHOKRGH&ULVWRjVQDo}HV"
2T13 COMPROMISSO 15
EBD 2
14 de abril
“Percorria Jesus toda a Galiléia” O preparo para a misso Texto bíblico ²0DWHXVHTexto áureo²0DWHXV Segunda
Terça
DIA A DIA COM A BÍBLIA Sexta Quarta Quinta
Mateus 3.1-7
Mateus 3.8-12
Mateus 3.13-17
Mateus 4.1-11
Neste estudo enfocaremos o ministrio de João Batista, profetizado
em Isaías 40.1-3. Um homem com prometido com o Senhor Jesus, a sua revelaão e com a tica do reino de Deus, realizando o batismo de arre pendimento. Veremos a sua simplicidade e a en vergadura do seu ofcio em ser o precursor e aquele que batizou o Senhor Jesus Cristo no Rio Jordão, inaugurando o seu ministrio. Foi nesse contexto do batismo que a Trindade de Deus se manifestou de forma gloriosa. Mais adiante estudaremos a tentaão de Jesus, na sua humanidade, quando ele foi levado pelo Esprito ao deserto. Ato contnuo, o Mestre chama os seus primeiros discpulos para cumprirem a missão do reino de Deus. 16 COMPROMISSO2T13
Mateus 4.12-17
Sábado
Domingo
Mateus 4.18-22
Mateus 4.23-25
QUEM FOI JOÃO BATISTA? (Mt 3.1-4) João Batista era um homem de Deus, profeta do Senhor, levantado para anunciar a vinda do Senhor Jesus Cristo e participar da inauguraão do seu ministrio como Salvador. A sua história está ligada à profecia de Malaquias (4.1-6). Filho de Zacarias e Isabel. Ele era idoso e ela, além de idosa, era estéril. Mas como diz Lucas 1.37: “Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas” . Após o chamado período interbíblico – entre o Antigo e o Novo Testamento – que durou cerca de 400 anos antes de Cristo, sem profecia, aparece João Batista da parte de Deus apontando para o Cristo que haveria de se manifestar em carne (Jo 1.14,
29). João era um homem simples, que princípios éticos, adulterando valores. vivia no deserto da Judeia, usando ves- A história comprova estas realidades. “João, o último dos profetas de tes de pelos de camelo e um cinto de couro, alimentando-se de gafanhotos Israel, fora comissionado para proe mel silvestre (Mt 3.4). Um homem clamar uma mensagem semelhante e do povo, muito sério com as coisas de mais maravilhosamente evangélica. O Deus, intrépido e ousado na pregação reino de Deus estava para ser imediaacerca do reino de Deus, enfatizando tamente manifestado em Israel em sua o arrependimento e a conssão de pe- plenitude na pessoa e obra de nenhum outro senão o próprio Messias. Para cados. esta grande chegada as pessoas preO CONTEXTO DE JOÃO E A SUA cisavam preparar o caminho em seus corações” (Tasker, p. 37). MENSAGEM (Mt 3.5-10)
A SUBMISSÃO DE CRISTO Sob o domínio de Roma, a PalesAO BATISMO (Mt 3.11-17) tina – ambiente histórico-cultural de João – vivia uma tensão entre o doApós o seu belíssimo testemunho mínio implacável do império romano e a libertação deste domínio. Havia acerca de Jesus Cristo (v. 11,12), João muitos traumas e feridas no povo ju- se prepara para batizá-lo no Rio Jordeu. Tentativas de libertação foram dão. Fico pensando que privilégio, que frustradas e líderes, que se intitulavam honra para um homem batizar o Rei messias e seus seguidores, foram mas- dos reis e Senhor dos senhores! ue honra João poder servir a Cristo Jesus! sacrados por Roma. Era um ambiente hostil. Os gru- O Senhor Jesus solenemente se dirigiu pos judaicos, as religiões de mistério, para fazer toda a vontade do Pai (v. cobradores de impostos, governado- 13). O texto diz que João dissuadia ou res, militares e políticos corruptos do- "tentava impedir" Jesus para que fosse minavam num contexto de sofrimen- o contrário. A resposta do Mestre está to do povo. Os publicanos cobravam intrinsecamente ligada à sua missão (v. mais impostos que deviam, tendo o 15). Batizado, Jesus saiu logo da água, e apoio dos soldados que extorquiam os céus se abriram e o Espírito de Deus, a nação sofrida. Havia o jugo do tra- como pomba, desceu sobre ele (v. 16). dicionalismo religioso, os pesados ue imagem impressionante! Após a impostos e o fato de viver debaixo de descida do Espírito, o Pai fala do seu um poder estrangeiro. Sabemos que a prazer na vida do Filho, na sua obedireligião como sistema contribui com ência (v. 17). A Trindade de Deus se toda a sorte de corrupção, ferindo manifesta de modo claro e inequívo2T13 COMPROMISSO 17
co, impressionante, sendo um lenitivo para o nosso coração. O batismo de Jesus nos remete
para uma profunda reexo acerca da nossa misso como seus discípulos. Como Jesus, devemos ser obedientes, humildes, submissos e prontos para o sofrimento, pois somos suas testemunhas. Um estudioso, falando sobre o batismo do Senhor, diz que "ele estava aceitando a sua misso. Como membro do seu povo e parte da humanidade, ele toma sobre si os pecados deles, e no batismo ele os atira de sobre si com santa ira, dedicando-se ao mesmo tempo à sua santa vocao". O batismo de Jesus simboliza morte, se pultamento e ressurreio. No nosso batismo, somos identicados plenamente com ele.
O SIGNIFICADO DA TENTAÇÃO DE JESUS (Mt 4.1-11) Logo aps o batismo, Jesus levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo diabo (v. 1). O segundo Ado, perfeito, sem pecado, agora submetido a uma prova na sua humanidade. O inimigo usa de sosma como utilizou no Éden. A expresso "se s Filho de Deus" ocorre duas vezes no texto (v. 3 e 6). De acordo com o telogo alemo Dietrich Bonhoeer, Jesus foi submetido a três tentaões: carnal (v. 3); espiritual (v. 6) e total (v. 8,9). O diabo usou a Palavra de Deus de forma errada à semelhana de muitos hoje. 18 COMPROMISSO2T13
A sua interpretao era maldosa, per versa e destruidora. Jesus, porm, usa a Palavra de Deus de forma correta, uma interpretao precisa, contextualizada, verdadeira e construtiva em sintonia perfeita com o Pai e o Espírito Santo. O diabo tenta tirar Jesus da sua misso, mas Jesus o vence respondendo magistralmente (v. 4-7,10). Jesus deixa claro para o diabo a veracidade da sua misso em gloricar o Pai na salvao do ser humano perdido. Ele substanciou o seu ministrio mostrando que o homem deve viver de toda a Palavra de Deus; no deve tentar o Senhor Deus e a ele deve dar o seu culto racional, a sua adorao sincera. Ser Filho de Deus para Jesus no era transformar pedras em pes, nem se jogar do pinculo do templo e nem ser dono de todos os reinos do mundo. Ele tem todo o domínio. A sua fome de 40 dias e 40 noites no era de po e nem de poder, mas de fazer toda a vontade do Pai. “Em Jesus, que era o Filho inteiramente obediente a Deus, devia ser visto em perfeio tudo o que Israel, chamado por Deus do Egito para ser seu lho, devia ser, mas que nunca havia sido, por causa de sua desobediência” (Tasker, p. 41). Impressiona-me a coroao da obediência de Cristo e a derrota do diabo. Os anjos servem um banquete para aquele que foi obediente at à morte e morte de cruz sendo depois exaltado pelo Pai (Fp 2.8-11).
O INÍCIO DO MINISTÉRIO DE JESUS – O CHAMADO DOS PRIMEIROS DISCÍPULOS (Mt 4.12-25) Aps vencer o diabo, Jesus retirou-se para a Galileia. Mudou-se de Nazar, onde fora criado, e foi para Cafarnaum, onde realizaria seu ministrio para cumprir o que fora dito pelo profeta Isaías (9.1,2). Ali prega o arrependimento e a proximidade do reino dos cus (v. 16,17). Na sua caminhada junto ao Mar da Galileia, viu dois irmos, Simo, chamado Pedro, e Andr, que lanavam as redes ao mar, porque eram pescadores. Esta chamada est em Marcos 1.16-20 e um texto mais completo em Lucas 5.1-11. Jesus os chama para servi-lo (v. 18,19). A resposta deles foi imediata (v. 20). Jesus chama mais dois, Joo e Tiago, lhos de Zebedeu (v. 21), que respondem prontamente (v. 22). No
texto de Lucas, a chamada precedida por uma pesca milagrosa, pois eles haviam trabalhado toda a noite e nada haviam apanhado. Neste texto, Andr no mencionado. A lição preciosa que Jesus chamou pescadores de peixes para se tornarem pescadores de homens. Aqui está a essência do evangelho de Jesus Cristo (Lc 19.10). No versículo 23 aparecem três verbos no gerúndio: ensinando, pregando e curando. Eles fazem parte do conteúdo programático do ministrio do Senhor Jesus. Na sinagoga, ele alcançava muitos judeus. Fora dela, havia muitos estrangeiros doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos, paralíticos. Ele curou a todos. E em todas as regiões da Palestina as multidões o seguiam (v. 24,25). Jesus tem o mesmo poder hoje. Infelizmente, há muitos exageros, enganos e charlatanismo em nome de Jesus.
APLICAÇÕES PARA A VIDA 1 &RPR-RmR%DWLVWDWHQKDPRVD FRQVFLrQFLDGDQRVVDPLVVmRGHH[DOWDUDR 6HQKRU-HVXV&ULVWRVHMDPTXDLVIRUHPDVFRQVHTXrQFLDV
2 $YLGDGH-RmR%DWLVWDpXPH[HPSORTXHQRVPRWLYDDYLYHUQHVWHPXQGRGH vaidades, futilidades e excentricidades, sendo relevantes. João nos ensina a servir a Cristo sendo coerentes em todo o nosso procedimento, fazendo toda a diferença.
3 Jesus foi tentado e venceu a tentação utilizando as Escrituras. Pela prática da Palavra somos mais que vencedores. 2T13 COMPROMISSO 19
EBD 3
21 de abril
"Ora a teu Pai que está em secreto" Diretrizes para o viver cristão Texto bíblico²0DWHXVDTexto áureo²0DWHXV
Segunda
Terça
DIA A DIA COM A BÍBLIA Quarta Quinta Sexta
Mateus 5.1-16
Mateus 5.17-32
Mateus 5.33-48
Mateus 6.1-18
Temos nesta poro das Escrituras o
chamado Sermo do Monte – o cdigo de tica do reino de Deus. Jesus trabalha aqui especialmente as intenes do corao. Trata-se do contedo de uma vida feliz que fazer a vontade de Deus. A vida no reino de Deus governada pelo Rei. Somos seus sditos. Fomos criados e redimidos em Cristo para a obedincia, desaados a construir toda a nossa vida sobre a Rocha. ue o Espírito Santo nos auxilie na leitura, na interpretao e na aplicao deste texto inspirado. AS BEM-AVENTURANÇAS – O CARÁTER DO CRISTÃO (Mt 5.1-12)
So oito "sinais principais da conduta e do caráter cristos, especialmente em 20 COMPROMISSO2T13
Mateus 6.19-34
Sábado
Domingo
Mateus 7.1-14
Mateus 7.15-29
relao a Deus e aos homens, e as bnos divinas que repousam sobre aqueles que externam estes sinais" (Stott, p. 11). A palavra grega para bem-aventurados makarioi que revela o estado de pessoas felizes, que experimentam o gozo e a alegria que so divinos. Os humildes de es pírito (v. 3) so aqueles que reconhecem a sua pobreza espiritual ou a sua falncia espiritual diante de Deus, pois somos pecadores, sob a santa ira de Deus, e nada merecemos alm do seu juízo. Os que choram (v. 4), Stott diz que so “felizes os infelizes a m de chamar a ateno para o surpreendente paradoxo que contm”. A verdade que existem lágrimas crists e so poucos os que a vertem. Os mansos (v. 5) so os que agem de maneira “gentil”, “humilde”, “atenciosa” e, portanto, exercem autocontrole, sem a qual estas qualidades so impossíveis (Stott, p. 32).
Fome e sede de justiça (v. 6). Estes são os tão deve ser sal e luz. São metáforas que Deus satisfaz. A justiça na Bíblia tem para revelarem a nossa inuência nes pelo menos trs aspectos: o legal , o moral te mundo. Plínio já dizia que nada é e o social . A justiça legal é a justicação, mais útil do que “o sal e o sol” (sale et um relacionamento certo com Deus. A sole).
justiça moral é aquela conduta que agrada a Deus. A justiça social é a pregada pelos profetas e trata da libertação do homem da opressão. Cristo satisfaz os três aspectos. Os misericordiosos (v. 7). É a qualidade de serem misericordiosos e terem compaixão dos outros, pois eles também são pecadores (Stott, p. 38). Os limpos de coração (v. 8). Os limpos de coração são os íntegros, livres da tirania de um “eu” dividido (Tasker). Só Jesus Cristo, entre os homens, foi absolutamente limpo de coração, foi inteiramente sem malícia (Stott, p. 40). Os pacicadores (v. 9). A sua vida é conduzida pela paz com Deus, consigo e com o próximo. Portanto, reconciliadora. Os perseguidos por causa da justiça (v. 10-12). Stott sabiamente nos alerta que “a perseguição é simplesmente o conito entre dois sistemas de valores irreconciliáveis”. A nossa resposta é o versículo 12. INTERPRETANDO A LEI PARA O REINO – A INFLUÊNCIA E A JUSTIÇA DO CRISTÃO (Mt 5.13-48)
Nos versículos 13 a 16, o Senhor faz duas armações acerca do nosso testemunho. Ele utiliza dois elementos essenciais à vida: sal e luz. O cris-
O sal serve para dar sabor, conservar ou preservar, puricar e revelar a sua inuência. A luz foi feita para brilhar. Stott diz: “Para ter ecácia, o cristão precisa conservar a semelhança com Cristo, assim como o sal deve preservar a sua salinidade”. Não podemos ser sal sem sabor, sem salinidade, pisado pelos homens. ue lástima, comenta A. B. Bruce, “de salvadores da sociedade a material de pavimentação de estradas!” Somos a luz do mundo (v. 14-16). Não podemos car escondidos entre as quatro paredes do templo. A nossa luz deve brilhar. “O sal e a luz têm uma coisa em comum: eles se dão e se gastam, e isto é o oposto do que acontece com qualquer tipo de religiosidade egocentralizada” (Stott, p. 56). Jesus não veio revogar a lei, mas cumpri-la (v. 17). Ele diz que tudo se cumprirá (v. 18). Ensina que a lei deve ser vista à luz dele mesmo. Os discípulos devem viver a retidão no coração, além da letra (v. 20). Nos versículos 21 a 48, o Mestre enfatiza que o homem é julgado pela intenção do coração. Nutrir um sentimento raivoso por alguém ou falar pala vras ofensivas signica estar sob o juízo de Deus. "O ato de homicídio propria2T13 COMPROMISSO 21
mente dito tem suas raízes na ira, hos- sua vontade em todas as dimensões; o tilidade ou desprezo por outrem". Olhar seu suprimento para os discípulos; o para uma pessoa com inteno impura perdão; o perigo da tentação e a soberania de Deus (6.5-15). j adulterou ou se prostituiu com ela. No texto de 7.7-11, Jesus ensina No preciso jurar, mas dizer sim, sim; no, no. A palavra do cristo deve que devemos pedir, buscar e bater . Ele ser autêntica. No devemos nos vingar, usa os verbos no imperativo. Declara a mas caminhar a segunda milha; no disposição do Pai em nos atender, comresistir ao perverso. A orientao de parando o coração mau do pai humano Jesus muito sbia para o nosso bem. com o coração amoroso do Pai do céu. No versículo 12 temos a chamada Sobre o amor ao próximo, o Mestre nos exorta a amar os nossos inimigos e lei áurea: Tudo o que queremos que as orar pelos que nos perseguem. So ver- pessoas nos façam devemos fazer a elas. bos que denotam ordem e ordenam o UM CORAÇÃO PARA O REINO nosso corao. – A AMBIÇÃO DO CRISTÃO Aqui temos um resumo: “Portan(Mt 6.19-34) to, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (5.48). Jesus ensina claramente a diferença entre o tesouro da terra e o tesouro do A PIEDADE NO REINO: céu. Há uma grande diferença de natuAMOR, ORAÇÃO E JEJUM reza. Completando seu ensino, ele faz a (Mt 6.1-18; 7.7-12) ligação do coração com o tesouro. Em seguida, Jesus fala da condiO primeiro versículo é muito bem interpretado por A.B. Bruce: “Deve- ção dos olhos (v. 22,23). A diferença mos mostrar quando tentados a es- entre os olhos bons, onde há luz, e os conder e esconder quando tentados a olhos maus, onde há trevas. O nosso mostrar” . A contradição aqui é apenas olhar é produto da condição do nos verbal, não substancial em relação à ex- so coração. Os olhos são a janela da pressão de Jesus “ para que vejam as os- alma. Em seguida, Jesus, no versículo sas boas obras”. Dar esmolas, orar e je- 24, fala que não podemos servir a dois juar devem ser atitudes discretas (6.4). senhores. Ou o homem serve a Deus uanto à oração pessoal, além de ou às riquezas. Há muitos que estão ser na intimidade do quarto, no secre- buscando a teologia da prosperidade. A vida do cristão deve ser simples, to da comunhão com Deus, Jesus nos dá um modelo de oração que contem- sem ansiedade, stress. Jesus nos chama pla a santidade de Deus; o seu reino; a a atenção para o perigo da ansiedade. 22 COMPROMISSO2T13
O homem está diante de duas A nossa vida é muito mais importante do que a preocupao pelo comer, portas: a estreita, que conduz à vida vestir e beber. Ele sugere uma terapia: eterna; e a larga, que leva à morte eterna. olhar para a natureza tão bela. Jesus nos alerta para o perigo dos A nossa prioridade é o reino de Deus e a sua justia, e teremos o neces- falsos profetas que enganam o povo. sário para vivermos com contentamen- Por fora são ovelhas, mas por dentro to. O segredo é viver cada dia, aprovei- são lobos devoradores. Fazer a vontade de Deus deve ser o centro da vida. tando muito bem cada oportunidade. Teremos muitas surpresas no dia do juízo (v. 22,23). OS PADRÕES DE Aqueles que são do Senhor ouvem JULGAMENTO NO REINO – a sua Palavra e a praticam sendo comOS RELACIONAMENTOS DO parado a um homem prudente que CRISTÃO (Mt 7.1-6, 13-29) edicou a sua casa sobre a rocha e reNós não somos o critério ou o pa- sistiu às duras tempestades da vida. Os drão de julgamento do próximo (v. 1-5). que ouvem e não praticam são compaOs que julgam serão julgados. Como rados a um homem imprudente que posso ver o cisco no olho do outro se construiu a sua casa sobre a areia ou tenho um pedaço de madeira no meu? sobre um solo batido, sem alicerce. Na Este é o ensino de Jesus. Não devemos tempestade, o estrago foi muito graninsistir com aqueles que rejeitam e fa- de (v. 24-27). O Sermão do Monte termina com zem chacota do evangelho de Cristo (v. 6). Eles não sabem o valor, a riqueza da as multidões maravilhadas e Mateus mensagem à semelhança do porco que reconhecendo que Jesus falava com autoridade inquestionável. não sabe o valor de uma pérola.
APLICAÇÕES PARA A VIDA 1 7HPRVQR6HUPmRGR0RQWHRFyGLJRGHpWLFDGRUHLQRGH'HXV6RPRVFLGD GmRVGRFpXHGDWHUUDHSRULVVRSUHFLVDPRVVHUREHGLHQWHVDHVWHFyGLJRHDJLUPRV responsavelmente. 2 Jesus nos ensina que o nosso interior transformado deve gerar ações transformadoras nesta sociedade corrupta e perversa. Como sal e luz, somos ordenados a LQÁXHQFLDUDVRFLHGDGH$PXGDQoDYHPSHODWUDQVIRUPDomRGRFRUDomR$rQIDVHGH -HVXVpTXHRSHFDGRHVWiQRVPRWLYRVQRFRUDomR2VLPSOHVIDWRGHROKDUHGHVHMDU já caracteriza o ato de pecar. 3 $YLGDGHXPDSHVVRDTXHRXYHHSUDWLFDD3DODYUDGH'HXVpFRPRXPDFDVD FRQVWUXtGDVREUHDURFKDTXHUHVLVWHDWRGDVDVWHPSHVWDGHVGDYLGD 2T13 COMPROMISSO 23
EBD 4
28 de abril
“O Filho do homem tem autoridade” Os primeiros embates do Filho de Deus Texto bíblicoo.BUFVTFtTexto áureo – Mateus 9.6
Segunda
Terça
Mateus 8.1-17
Mateus 8.18-34
DIA A DIA COM A BÍBLIA Quarta Quinta Sexta
Sábado
Domingo
Mateus 9.1-13
Mateus 9.27-34
Mateus 9.35-38
Mateus 9.14-17
Mateus 9.18-26
AS CURAS EFETUADAS POR O texto de Mateus 8 e 9 é muito JESUS (Mt 8.1-17, 28-34; desaador. Ele trata de curas, poder 9.1-8, 19-22, 27-34) sobre a natureza criada pelo Pai, poder sobre os demônios, poder para O Senhor Jesus, na sua misso, cura perdoar, a questo do jejum, poder sobre a morte e a necessidade urgente de as pessoas comeando por um leproso, se pregar o evangelho genuno ao ser rejeitado pela sociedade. A lei levtica trazia regulamentaões detalhadas sohumano perdido. Vamos estudar a pessoa e a obra de bre a lepra, e era dever dos sacerdotes Cristo fazendo a sua interveno em ver que fossem obedecidas. Os leprotodas estas situaões no contexto do sos eram considerados impuros, fsica reino de Deus. Jesus agir poderosa- e cerimonialmente, vivendo fora da comente para curar, ressuscitar, domar munidade (ver Levtico 13); e quando a natureza, libertar os cativos, perdoar eram curados, a ao de graas por sua pecados e nos desaar prtica da pre- puricao tinha que ser acompanhagao do seu evangelho aos pecadores da por ofertas sacriciais (Tasker, p. 69). O leproso se aproxima de Jesus e sem salvao. 24 COMPROMISSO2T13
reconhece o seu poder (8.2). O Senhor curou aquele homem e o recomendou a não alardear e a mostrar, como era previsto na lei cerimonial (Lv 14.1-32), ao sacerdote para servir de testemunho ao povo. Jesus veio cumprir a lei. Outra experiência de cura foi a do servo do centurio romano. Esse ocial, muito bem aceito na comunidade judaica, chama Jesus de Senhor (8.8) e se humilha para solicitar a cura do seu servo. Sendo autoridade, ele se submeteu à autoridade de Jesus (v. 9). Jesus se admirou da f robusta daquele homem (v. 10). O Senhor revela a universalidade do evangelho (v. 11,12). Depois disso, o Senhor disse ao homem: “Vai-te, e seja feito conforme a tua f. E, naquela mesma hora, o servo foi curado” (v. 13). O Senhor agora cura a sogra de Pedro e liberta possessos cumprindo a profecia de Isaas (v. 17; Is 53.4), põe à prova os que desejam segui-lo (v. 1822) e propõe as condiões essenciais (v. 20,22). Jesus enfrenta uma grande tem pestade no Mar da Galileia (8.23-27). Eram comuns tempestades como essas, com ondas de 2 a 3 metros de altura. Durante a tormenta, o Mestre dormia. Os discpulos, apavorados, o acordam e clamam por proteo. Jesus se levanta, os repreende e ordena ao mar que se acalmasse (v. 26). uantas vezes camos aitos pelas circunstâncias e nos esquecemos de que Jesus est conosco! Os endemoninhados de Gadara vm ao encontro de Jesus. A tempes-
tade no mar ilustra muito bem a tormenta maligna dentro desses homens (8.28-34). Eles trouxeram pavor para aquele lugarejo, onde se criavam porcos, detestados pelos judeus que tinham no porco um animal imundo e proibido (Lv 11.7; Dt 14.8). O mais importante para nós o poder de Jesus no só sobre a natureza, mas sobre os demônios. Os resultados desse embate foram a libertao dos homens possessos, sendo os espritos mandados para uma manada de porcos que se precipitou despenhadeiro abaixo causando “prejuzo” aos seus criadores e a rejeio a Cristo. Aquela comunidade incrdula considerava mais importante uma criao de porcos do que a libertao de vidas preciosas. Aqui um princ pio secular nefasto: coisas e animais são mais importantes que pessoas.
O Mestre foi para o outro lado do Mar da Galileia, para Cafarnaum, e ali curou um paraltico (9.1-8). Por ser o Deus encarnado, lhe perdoou os pecados e o curou (v. 2). A mudana foi radical, pois o leito que o levava agora carregado por ele (v. 6,7). As multidões ao v-lo curado, gloricaram a Deus (v. 8). Mais tarde, Jesus viu um homem chamado Mateus sentado na coletoria e disse-lhe: "Segue-me". Imediatamente, ele se levantou e o seguiu (v. 9). Vemos aqui uma chamada irresistvel. Jesus chama um homem ocupado com as coisas deste mundo para se ocupar integralmente com as coisas do reino de Deus. 2T13 COMPROMISSO 25
Mateus promove uma festa em sua legalismo judaico”. Tem muita gente casa e convida Jesus e seus discípulos trazendo práticas judaicas, do lega(v. 10-13). Os religiosos fariseus ques- lismo judaico, para dentro de nossas tionam com os discípulos de Jesus o igrejas. comer com os “publicanos” e “pecaA VITÓRIA SOBRE A MORTE dores” (v. 11). A resposta do Mestre (Mt 9.18, 23-31) foi fenomenal (v. 12,13). O reino de Deus o reino dos doentes em trataApós dizer as verdades aos discímento, dos rejeitados, onde h perdo e festa. S entram os que conam no pulos de Joo, Jesus é abordado por mrito de Cristo. Jesus no veio cha- um chefe de sinagoga chamado Jaimar os que se acham sos, perfeitos, ro, pois a sua filha havia falecido (v. obedientes a uma cartilha legalista, 18). No caminho para a casa de Jaique conam no sistema religioso que ro, com os seus discípulos, o Senhor enfatiza o desempenho, mas os que encontra uma mulher que tinha henecessitam de mdico, que precisam morragia durante 12 anos e no hada misericrdia, que nada possuem de via médico que a curasse. Ela toca a orla da veste de Jesus (v. 20) porque si mesmos. uestionado com relao ao je- dizia consigo mesma: “Se eu apenas jum pelos discípulos de Joo Batista lhe tocar a veste, ficarei curada” (v. (v. 14), Jesus ensina que a sua presen- 21). O texto diz que Jesus se volta a dispensa o jejum (v. 15). Utiliza e vendo-a, disse-lhe: “Tem bom âniduas ilustraes: pano velho, pano mo, filha, a tua fé de salvou” (v. 22). noo; odre velho e vinho novo . Tasker E a mulher ficou curada. Após esse milagre, Jesus chega à diz que “as duas ilustraões com que esta passagem termina indicam a per- casa de Jairo para ressuscitar a sua cepo de Jesus, cada vez mais de- lha de 12 anos, de acordo com Marcos nida, de que havia incompatibilidade e Lucas (v. 25). Termina o desespero e entre o velho Israel, paralisado pela comea a esperana. Jesus é a ressur justia própria e sobrecarregado de reio e a vida. A doena e a morte so vs regulamentaões, e o novo Isra- vencidas pelo seu poder. Este mesmo Cristo perfeito cura el humilhado pela consciência do pecado e voltado com fé para Jesus, dois cegos e um mudo endemonio Messias, a m de obter perdo. A nhado (9.27-33). As multidões cam velha vestimenta no ag uentaria o re- maravilhadas com o poder de Jesus mendo novo. O vinho novo do per- sobre a enfermidade e os demônios do messiânico no seria conservado (v. 33). Os fariseus blasfemam contra nos velhos e remendados odres do ele (v. 34). 26 COMPROMISSO2T13
O DESAFIO DA MISSÃO (Mt 9.35-38)
po, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos” (v. 37). Ao mesmo tempo em que o Mestre revela Jesus percorria cidades, povoa- o diagnóstico, mostra a solução e no dos, vilarejos ensinando nas sinago- imperativo, isto é, numa ordem: “Rogas, pregando o evangelho do reino gai, pois, ao Senhor da seara que mande e curando toda sorte de doenças e trabalhadores para a sua seara” (v. 38). enfermidades (v. 35). Há três verbos A igreja deve orar intensamente para aqui que aparecem no gerúndio. A que mais obreiros se apresentem para ideia é que Jesus tinha essas práticas servirem nas suas diversas áreas. Você como estilo de vida. está pronto a servir a Cristo dentro das O Senhor via as multidões com condições impostas por ele? Alguém compaixão. O seu coração fervilhava disse com muita sabedoria que “ Deus de amor e perdão, graça e aceitação, não chamou pessoas extraordinárias justiça e verdade. Ele via as multidões para um trabalho comum, mas pessoas cansadas, exploradas, aitas, doentes, comuns para um trabalho extraordinácomo ovelhas que não têm pastor (v. rio”. É uma honra, um privilégio ser 36). ue sensibilidade tremenda ti- chamado para o ensino, a pregação nha o Senhor Jesus! Ele não queria e a cura de pessoas. O trabalho a ser julgar as multidões, mas salvá-las. desenvolvido, o perl do trabalhador Não satisfeito, Jesus revela um e as condições serão magistralmente diagnóstico triste: “A seara ou o cam- apresentadas por Jesus em Mateus 10.
APLICAÇÕES PARA A VIDA 1 Éramos imundos, mas Cristo derramou o seu precioso sangue para nos limpar e nos tornar aceitos pelo Pai, apenas pela sua graça. 2 4XDQWDVYH]HVSDVVDPRVSRUDÁLo}HVHQmRFUHPRVTXH-HVXVHVWiFRQRVFR (OHQmRQRVJDUDQWLXDXVrQFLDGHDÁLo}HVPDVSURPHWHXHVWDUFRQRVFRQRPHLR delas. 3 Jesus tem poder sobre as enfermidades e os demônios trazendo cura e liberWDomR(OHQmR YHLRFKDPDUMXVWRVPDVSHFDGRUHVDRDUUHSHQGLPHQWR2VVmRVRX RVTXHVHFRQVLGHUDPMXVWRVHPVL PHVPRVQmRSUHFLVDPGHPpGLFR2VGRHQWHV ²DTXHOHVTXHQmRWrPPpULWR²SUHFLVDPGHPpGLFR2UHLQRGH'HXVpXPUHLQRGD aceitação, do perdão e da festa.
4 O Mestre teve compaixão ao ver o povo perdido em seus delitos e pecados. 'HYHPRVRUDUSDUDTXHR6HQKRUHQYLHPDLVWUDEDOKDGRUHVSDUDDVXDVHDUD 2T13 COMPROMISSO 27
5 de maio
EBD 5
“Quem não segue após mim não é digno de mim” Jesus prepara seus seguidores para a misso Texto bíblico ²0DWHXVHTexto áureo²0DWHXV DIA A DIA COM A BÍBLIA Segunda
Terça
Quarta
Quinta
Sexta
Sábado
Domingo
Mateus 10.1-22
Mateus 10.23-42
Mateus 11.1-6
Mateus 11.7-19
Mateus 11.20-24
Mateus 11.25-27
Mateus 11.28-30
O nosso texto versa sobre a escolha (v. 1). Em seguida, temos a lista comdos discípulos, a sua lista completa, as ins- pleta dos seus discípulos. De acordo com Ryrie, o discípulo truões, as admoestaões, os estímulos, as diculdades e a recompensas no cumpri- é alguém que é ensinado por outrem; ele é um aprendiz em sofrimento. Nos mento da misso do reino de Deus. Além da escolha dos discípulos, te- Evangelhos, a palavra é usada com fremos o envio por parte de Joo dos seus quência – discípulos de Moisés (Jo discípulos a Jesus, as cidades impeniten- 9.28); de Joo Batista (Jo 3.25) e de tes e a revelao de Jesus aos humildes, Cristo. Judas é um exemplo de um bem como o seu convite aos que esto discípulo não-salvo de Cristo, e houve cansados e oprimidos para os aliviar em outros que o abandonaram (Jo 6.66). si mesmo. Busquemos a orientao do Jesus agora os instrui para a misso Espírito Santo para compreendermos e do reino de Deus. vivermos este ensino precioso do Mestre. O DETALHAMENTO DA MISSÃO QUE OS DISCÍPULOS A ESCOLHA (Mt 10.1-4) RECEBERIAM (Mt 10.5-42) O Senhor Jesus, tendo chamado os 12, deu-lhes autoridade sobre os espíTemos agora as instruões para os ritos imundos para os expelir e curar 12, as admoestaões, os estímulos, as toda sorte de doenas e enfermidades diculdades e as recompensas. 28 COMPROMISSO2T13
1 As instruções para os 12 (10.5-
(v. 28). Deviam ter muita coragem, ousadia, confessando-o diante dos homens (v. 2).
15). Jesus, a princípio, dene o público para o qual os discípulos deviam se dirigir (v. 5,6) e ordenou que pre4 As dificuldades (10.34-39) . gassem a proximidade do reino de Deus, ou da soberania de Deus no O Mestre nunca escondeu dos seus coração do homem pelo evangelho. discípulos as lutas, dificuldades Jesus usa alguns verbos no imperativo e obstculos no cumprimento da indicando extrema relevância do seu missão do reino. Ele esclarece que poder diante das carências do povo a sua manifestação causaria divisão sofrido (v. 8). ue nada faltará a eles nos lares. Alertou-os acerca dos inise forem éis no trabalho diligente migos do reino na prpria casa dos (v. 9,10). Dene também a casa onde que o seguissem (v. 4-6). Jesus eles devem car a partir dos critérios não tinha prazer nesta divisão, mas de boas-vindas, de receptividade amo- era uma situação irreversível, conrosa e a bênção da paz sobre essa casa. siderando a rejeição do evangelho Ordena o juízo para a casa e a cidade do reino. Nos versículos 7 a 9, que rejeitarem a mensagem do reino ele fala de prioridade. Sendo ele a prioridade, os familiares ficariam de Deus (v. 11-15). em plano secundário. Se ele é a mi2 As admoestações (10.16-23) . nha primazia, devo amá-lo de todo O Senhor Jesus os alerta para os peri- o coração, alma e entendimento. gos que passam aqueles que o seguem, Isto significa que Jesus é muito mais o custo alto dos que o amam – o sofri- importante que eu mesmo (v. 9). mento – mas os encoraja dizendo que Paulo tinha esta convicção quando o Pai, pelo Espírito Santo, ministrará disse aos glatas “Não mais eu, mas poder a eles para falarem conforme a Cristo” (2.20), bem como aos fili penses “Para mim o viver é Cristo e sua vontade e faz promessas (v. 22). o morrer é lucro” (1.21). 3 Os estímulos (10.24-33) . A 5 As recompensas (10.40-42). O ordem de Jesus é acompanhada de estímulos para o exercício da missão Mestre agora fala sobre a honra dos que do reino. O Senhor volta a falar da o seguem. Todos aqueles que recebem perseguição implacável dos religio- os seus discípulos, o recebem tambm. sos judeus, bem como da sociedade Não é isto maravilhoso? O versculo idlatra e secular. Os discípulos não 41 é magistral, pois fala do valor dos deviam temer os que matam o cor- discpulos de Jesus. Vale a pena seguir po, mas não podem matar a alma e servir a Cristo pelo que ele é. 2T13 COMPROMISSO 29
A PERGUNTA DE JOÃO BATISTA (Mt 11.1-19) Após suas instruções aos 12, o Senhor Jesus partiu dali para ensinar e pregar nas cidades. Depois das instruções teóricas, Jesus mostra na prática como fazer. Neste contexto, João Batista está preso e faz uma pergunta intrigante (v. 3). A resposta de Jesus está nos versículos 4 e 5, que revelam os sinais da sua divindade. Em seguida, Jesus dá um testemunho belíssimo de João. Vale a pena ler o texto e meditar nele (v. 7-15). A vida de João contrasta em muito com a vida dos religiosos, daqueles que diziam que o último profeta tinha demônio (v. 18). Aliás, Jesus e João eram rejeitados pela aristocracia judaica, comprometida com o tradicionalismo.
O SOFRER DE CRISTO PELAS CIDADES PERDIDAS, PELAS PESSOAS SEM DEUS (Mt 11.20-24)
sus arma que, se elas tivessem tido o privilégio de testemunhar um feito do Messias como o de alimentar milagrosamente grande multidão, coisa que provavelmente se deu em campo aberto perto de Betsaida, o orgulho delas teria se derretido, e o seu genuíno arrependimento teria se mostrado nos sinais externos da lamentação e do je jum. Por conseguinte, a sorte delas será mais afortunada do que a de Corazim e Betsaida quando vier o juízo. A importante cidade de Cafarnaum, situada na costa do Mar da Galileia, pela qual passava a grande estrada de Damasco ao Mediterrâneo, achava-se segura e próspera, satisfeita e autossuciente. Foi tentada a dizer – é o que Jesus deixa entrever pela forma da pergunta que ora lhe dirige (v. 23) – aquilo que Isaías retratou como sendo dito por Babilônia: "Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus e exaltarei o meu trono (...) subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo" (Tasker, p. 95,96). Jesus condena essa cidade pela dureza do coração e pela incredulidade. Como Jesus vê as cidades hoje?
Jesus condena as cidades de Corazim, Betsaida, Cafarnaum, dizendo A RAZÃO DA EXULTAÇÃO que Tiro e Sidom, Sodoma e Gomorra, teriam menos juízo do que elas (v. 24). DE CRISTO E O SEU JUGO O diagnóstico de Jesus era perfeito. Ele (Mt 11.25-30) conhecia muito bem o coração dos que viviam nessas cidades, tanto no Antigo Este é um dos muitos textos preTestamento quanto na sua época. ciosos da Bíblia. Ele só foi registrado As ricas e iníquas cidades de Tiro por Mateus. Fala da revelação de Deus e Sidom são denunciadas muitas ve- por meio do seu Filho Jesus aos pequezes no Antigo Testamento. Mas Je- ninos, aos simples (v. 25). O mistério 30 COMPROMISSO2T13
foi revelado àqueles que o Pai deter- Ele assevera que o seu jugo suave e o minou descortinar em sua soberania seu fardo leve (v. 29). O jugo de Je(v. 26). Há uma relação íntima entre o sus não obediência a uma lei externa, Pai e o Filho (v. 27). Jesus categóri- mas primordialmente lealdade a uma co quando declara que “Todas as coi- pessoa, que capacita o discípulo a fazer sas me foram entregues por meu Pai”. alegremente, e, portanto, facilmente, Aqui temos a autoridade delegada e sem a sensação de que está pelejan pelo Pai ao Filho para cumprir todo o do debaixo de um pesado fardo, o que seu propósito na história da salvação. aquele pessoa quer que ele faça. Onde A soberania de Deus Pai muito des- quer que exista uma relação entre o discípulo e Jesus, (seu) jugo é suave, e o tacada neste texto. Com base em sua autoridade de- (seu) fardo é leve. Alm disso, o camilegada pelo Pai, Jesus agora faz um nho da vida que ele deseja que os seus convite a todos os que estão cansados discípulos sigam a sua própria vida e sobrecarregados e oferece o seu alívio (Tasker, p. 97). Aqui temos claramente (v. 28). Alm disso, no versículo 29, a revelação de Deus, o diagnóstico da ele usa dois verbos no modo imperati- condição humana e a solução pela obra vo: tomai e aprendei. Ele se caracteriza de Cristo. Ele nos convida a descansarcomo manso e humilde de coração que mos nele. Isto quer dizer: conarmos oferece descanso aos que conam nele. em sua maravilhosa graça.
APLICAÇÕES PARA A VIDA 1 -HVXVFKDPRXRVVHXVGLVFtSXORVHOKHVGHXRUGHQVHVWDEHOHFHQGRRSURJUD PDGRUHLQRHQyVVRPRVFKDPDGRVDFXPSULORGHIRUPDREHGLHQWH(QIUHQWDPRV muitos obstáculos no cumprimento da missão de evangelizar e fazer discípulos, mas R6HQKRUQRVJDUDQWLXVXDSUHVHQoDHVXD3DODYUD 2 -RmR%DWLVWDpXPH[HPSORSDUDQyVGHTXHPVDEHRVHXOXJDUQRUHLQRGH 'HXV7LQKDXPDFRQVFLrQFLDDPDGXUHFLGDQDVXDVXEOLPHWDUHIDGHSUHSDUDURFD PLQKRSDUDDUHYHODomRGR6HQKRU-HVXV6LJDPRVRVHXPRGHOR
3 -HVXVUHYHORXDVXDFRPXQKmRSOHQDFRPR3DL(P&ULVWRWHPRVLQWLPLGDGH com o Pai. Ela deve ser renovada todos os dias.
4 Jesus faz o maior de todos os convites aos cansados e oprimidos. Somos portadores deste belíssimo e sempre atual convite. Precisamos ir a todos os lugares SRVVtYHLVSDUDOHYDUPRVRHYDQJHOKRGH&ULVWRDRVFDQVDGRVHRSULPLGRVSHORGLDER para que sejam libertos e salvos. 2T13 COMPROMISSO 31
EBD 6
12 de maio
“É chegado a vós o reino de Deus” A metodologia de ensino do Mestre Texto Bíblico²0DWHXVHTexto áureo²0DWHXV
Segunda
Terça
Mateus 12.1-21
Mateus 12.22-37
DIA A DIA COM A BÍBLIA Quarta Quinta Sexta Mateus 12.38-50
Mateus 13.1-23
O Mestre sempre teve o melhor método de ensino. Ele sempre falou ao corao do ser humano morto em seus delitos e pecados. Na sua didtica, ele sempre priorizou a vida humana. Para ele, a pessoa é muito mais importante do que coisas e sistemas. A festa com os doentes é muito mais relevante do que estar com religiosos. Ele utilizou as parbolas para comunicar os valores do reino de Deus. A sua metodologia sempre estimulou o ser humano a viver para o alto, para dentro e para o outro. Estas so as di-
menses do seu evangelho. O ENSINO DE JESUS SOBRE A GUARDA DO SÁBADO (Mt 12.1-8)
Mateus 13.24-35
Sábado
Domingo
Mateus 13.36-53
Mateus 13.54-58
os seus discípulos estavam colhendo espigas e as comendo no sábado (v. 1,2). Para os fariseus, Jesus e os seus discípulos estavam agindo ilicitamente. O Senhor responde citando o exemplo de Davi e os seus companheiros quando estavam com fome, além dos sacerdotes que violavam o sbado (v. 3-5). Ele enfatiza que é maior que o templo e é Senhor do sbado (v. 6-8). “Se Davi tinha direito de "violar" a lei, assim, com mais razão, tinha direito o Filho do grande Davi, e maior do que este – o Messias”. Jesus usa o profeta Oseias (6.6) para ensinar que a misericórdia é mais importante do que o tradicionalismo religioso. Somos lhos de um Deus misericordioso e
não legalista. ue o sábado foi feito Jesus sabiamente responde ao tra- por causa do ser humano e não vicedicionalismo acusador quando ele e -versa. O mais importante para nós 32 COMPROMISSO2T13
que Jesus Senhor do sábado, das é acusado de expulsar os demônios regras legalistas e que as pessoas esto pelo maioral dos demônios chamado em primeiro lugar em qualquer escala Belzebu ( Beelzeboul é a forma correta de valores. para o termo empregado aqui, sendo o príncipe dos demônios – v. 24); Ele O ENSINO ACIMA POSTO EM os rebate dizendo que "todo reino diPRÁTICA NA CURA DO HOMEM vidido contra si mesmo cará deserto, DE MÃO ALEIJADA (Mt 12.9-21) e toda cidade ou casa dividida contra si não subsistirá" (v. 25). Jesus os exorta Jesus entra na sinagoga e encon- dizendo que expulsa os demônios pelo tra lá um homem com uma das mãos Espírito Santo e aí é chegado o reino de seca. Era um aleijado. Os fariseus, não Deus sobre vocês (v. 28). Dá instruções satisfeitos com a resposta anterior de preciosas quanto à nossa luta contra as Jesus sobre o sábado, perguntam se é forças espirituais do mal. lícito curar aquele homem nesse dia. Agora, ele trata acerca da blasfêmia Jesus responde com uma pergunta (v. contra o Espírito Santo (v. 31,32). Blas11). Jesus os coloca em xeque: o que é femar contra o Espírito Santo é rejeitar mais importante: tirar uma ovelha do a pessoa e a obra de Cristo. É o pecado buraco no sábado ou curar um homem da incredulidade e da rejeição veemenno sábado? Jesus deixou claro que uma te. "O pecado descrito é o de blasfêmia pessoa vale muito mais do que uma deliberada e arrogante, chamando de ovelha. Logo, é lícito, nos sábados, obra do diabo aquilo que inequivocafazer o bem (v. 12). Ele curou aquele mente é obra de Deus" (Stagg, p. 189). homem e os religiosos, enfurecidos, É quando o homem repele a ação do planejavam matá-lo (v. 13,14). A reli- Espírito em sua vida para crer em Jegião é fria, insensível e extremamente sus Cristo como Salvador e Senhor, legalista, violenta e implacável. O evan- convencendo-o do pecado, da justiça gelho, por sua vez, aquece o coração, é e do juízo e morrer nesta condição (Jo sensível, gracioso, manso e perdoador. 16.8-11). Sabemos que o viver cristão só é possível pelo Espírito. OUTROS ENSINOS SOBRE O Jesus, muito sabiamente, discorre VIVER CRISTÃO (Mt 12.22-50) sobre a árvore e seus frutos (v. 33-36), dando uma dura lição aos religiosos O Senhor, neste texto, revela alguns judeus que produziam frutos maus, dos seus preciosos ensinos. Ele cumpre chamando-os de raça de víboras, de a profecia de Isaías 42.1-4, que enfatiza gente traiçoeira e perversa. Em seguio seu ministério de alcance mundial; da (v. 38-42), eles pedem um sinal. cura um endemoninhado cego e mudo, Aqui eles são modelo dos que vivem 2T13 COMPROMISSO 33
pelas emoões. A resposta de Jesus ra de trigo há joio. Ele se parece com foi muito objetiva ao citar o sinal do o trigo, mas não é trigo. Mas precisa profeta Jonas. Semelhantemente, Je- esperar a colheita para fazer a sepasus deixa entrever aqui, Jonas, gura- ração. O trigo é útil para alimentar o damente falando, foi "levantado dos ser humano. O joio é inútil e deve ser mortos" para desincumbir-se da obra queimado. Não sabemos quem é trigo para a qual Deus o chamara (Tasker, p. e nem quem é joio, mas o Senhor sabe 105). Ento, Jesus usa o sinal de Jonas perfeitamente. A parábola do grão de mostarda para testemunhar a sua morte e a sua mostra que o grão é o menor de toressurreiço para cumprir a misso. Mateus insere a história da visita que a dos, mas se torna uma pequena árvore mãe e os irmãos de Jesus lhe zeram nes- onde as aves do céu se aninham nos te ponto da sua narrativa para esclarecer seus ramos. Assim é o reino dos céus, que nem toda a geração de Jesus era má uma pequena semente, mas que se (v. 46-50). Alguns mostraram que eram torna habitat para os que se achegam. obedientes à vontade de seu Pai. Estes O reino dos céus é comparado ao fereram a sua família. A família de Deus são mento que ensina o alcance do reino dos céus. As parábolas do tesouro esaqueles que fazem a sua vontade. condido e da pérola de grande valor mostram a riqueza incalculável do reiAS PARÁBOLAS DO TEXTO E no de Deus. A parábola da rede ensi SEUS ENSINOS (Mt 13.1-50) na a variedade de pessoas que entram O Mestre narra oito parábolas e no reino, mas haverá o juízo quando as explica (v. 1-50). Todas as parábo- os anjos separarão os maus dentre os las revelam a natureza e o caráter do justos (v. 48-50). reino de Deus. Começamos com a APLICAÇÃO DAS parábola do semeador (v. 1-9). Somos PARÁBOLAS PARA HOJE semeadores espalhando a semente do evangelho no coração do ser humano. Gostaria de iniciar aqui com a A semente cai à beira do caminho, no solo rochoso, entre espinhos e em pergunta dos discípulos: por que lhes boa terra. O Senhor utiliza o contexto falas por parábolas? A explicação está da agricultura da região da Palestina. no contraste entre os duros de coraUtiliza a natureza para ensinar coisas ção, incrédulos, e os de coração sensíespirituais. A semente deve ser lan- vel, crédulos (v. 13-17). Aqui também çada e os resultados não são da nossa destacamos a extrema relevância da alçada. A seguir, ele conta a parábola soberania de Deus, dos seus propósido joio e do trigo. No meio da lavou- tos em Cristo. 34 COMPROMISSO2T13
Na parábola do semeador, a semente do evangelho encontra várias reaões ou os diversos solos. O que importa semear com amor, oraço e conança no Senhor, descansando em sua delidade. O trabalho de convencimento no coraço do ser humano do Esprito Santo.
Na parábola do joio, o agricultor s verá a diferença entre ele e o trigo quando zer a colheita. É importante ressaltar que, na colheita, o joio está com suas razes presas na terra (apego às coisas materiais); ele ca ereto (é arrogante) e não tem fruto (é estéril). O trigo, por sua vez, tem suas razes soltas da terra (não se apega às coisas materiais); se inclina ( se humilha); e tem seus cachos cheios de grãos (dá uto). Aqui é a grande diferença entre os que não são e os que são do Senhor. Não nos enganemos: há muito joio por a.
Na parábola do grão de mostarda, podemos aprender a humildade do reino de Deus. Deus usa as coisas pequenas para fazê-las grandes. Ele confunde as coisas grandes por meio das pequenas. O reino de Deus atrai e é útil aos que creem. Na parábola do fermento, aprendemos a exercer a nossa inuência onde quer que estejamos permeando toda a sociedade com o evangelho de Cristo e inuenciando a sociedade com o estilo de vida do Mestre. Nas parábolas do tesouro e da pérola, aprendemos que precisamos renunciar às coisas de menor valor pelas de maior valor . Pagar o preço da renúncia, da obediência. Paulo considerou tudo como perda, como sem valor ou esterco por causa do grande valor de Cristo, por causa da sublimidade do seu conhecimento (Fp 3.7-9).
APLICAÇÕES PARA A VIDA 1 -HVXVpPXLWRPDLVLPSRUWDQWHGRTXHRViEDGRRGRPLQJRRXTXDOTXHUUHJUD religiosa ou civil. Nós não seguimos uma tradição religiosa, mas Cristo. 2 $FXUDGHXPKRPHPpPDLVLPSRUWDQWHGRTXHWUDGLomRUHOLJLRVD3UHFLVDPRV YDORUL]DUDVSHVVRDVPXLWRPDLVGRTXHVLVWHPDVGRTXHWUDGLomR2RUJDQLVPRp mais importante do que a organização.
3 $EODVIrPLDFRQWUDR(VStULWR6DQWRpTXDQGRDSHVVRDUHMHLWDRHYDQJHOKRGH &ULVWR$LQFUHGXOLGDGHFDXWHUL]DDPHQWHHLQVHQVLELOL]DRFRUDomR'HYHPRVSUHJDU D3DODYUDGH'HXVDRKRPHPPDVDRPHVPRWHPSRVDEHPRVTXHHODHQFRQWUDUi YiULRVVRORV2VHUKXPDQRpUHVSRQViYHOSHORTXHHVWiVHQGRVHPHDGRHPVXDYLGD Oremos pela conversão genuína das pessoas.
4 $VVLPFRPR-HVXVIRLUHMHLWDGRHP1D]DUpQyVSRGHPRVVHUWDPEpP$TXHOHV que querem viver piamente Jesus Cristo padecerão perseguições. 2T13 COMPROMISSO 35
EBD 7
19 de maio
“Partindo os pães deu-os aos discípulos” Os sinais da divindade e poder de Jesus Texto bíblico ²0DWHXVH Texto áureo ²0DWHXV
Segunda
Terça
Mateus 14.1-12
Mateus 14.13-21
DIA A DIA COM A BÍBLIA Quarta Quinta Sexta Mateus 14.22-36
Mateus 15.1-10
Mateus 15.11-20
Sábado
Domingo
Mateus 15.21-28
Mateus 15.29-39
Este texto é uma narrativa de con- cunhada e amante e a lha desta que trastes. A tristeza da morte de João era fútil e louca, para matar João BaBatista contrasta com a alegria da Atista. FALTOU EBDA7 permissão de Deus diante de multidão ao ter pães e peixes multipli- toda esta articulação maligna tem cados por Jesus e da mulher cananeia um propósito: ser gloricado na vida que teve a sua lha curada por Jesus. de João, um homem íntegro, humil Jesus revela os sinais da sua di- de, coerente e corajoso. As pessoas de vindade andando sobre o mar e ma- Deus são assim. João Batista denunnifestando todo propsito do Pai ciou veementemente o pecado do rei. com a sua conscincia de missão. Ele não era um mascote, mas um proAtentemos para o que o Espírito nos feta de Deus. Os que tramaram fuensina pela vida e obra de Jesus Cris- tilmente a sua morte semearam para to, nosso Senhor. receberem o duro juízo de Deus. A
A MORTE DE JOÃO BATISTA (Mt 14.1-12) Temos aqui uma trama bem articulada entre Herodes Antipas, o tetrarca da Galileia, Herodias, sua 36 COMPROMISSO2T13
cabeça de João foi cortada e oferecida num prato à jovem fútil e insana. João perdeu a cabeça física, mas não a sua coerncia. Os seus discípulos vieram certamente com muita tristeza levar o corpo daquele que era um exemplo de vida santa.
OS SINAIS DA DIVINDADE DE JESUS (Mt 14.13-33; 15.32-39)
gloricado. Aprendemos com este texto que temos uma responsabilidade de ajudar os que mais precisam e Aps saber da morte do seu pre- fazê-lo com profundo amor cristão. cursor, o Senhor Jesus se retira num Não é uma opção, mas uma ordem de barco para um lugar deserto a m de Jesus dar de comer aos pobres e mais car a sós com o Pai (v. 13). As multi- carentes. dões o seguiram por terra. Ao desemDepois deste milagre, Jesus insistiu barcar, vendo uma grande multidão, com os discípulos que fossem na frencompadeceu-se dela e curou os seus te e subiu ao monte para orar sozinho. enfermos. ue cena lindíssima! Jesus Na quarta vigília da noite, foi enconestava exausto e os discípulos, preo- trar-se com os seus discípulos que escupados, sugere ao Senhor que despe- tavam no barco açoitado pelas ondas ça as multidões para que pudessem ir porque o vento era contrário. Jesus esàs aldeias comprar alguma coisa para tava andando sobre o Mar da Galileia. comer. A resposta de Jesus foi direta: Ao verem Jesus, os discípulos caram “Não precisam retirar-se; dai-lhes, aterrados e achavam que era um fanós mesmos, de comer”. A resposta-de- tasma e, tomados de medo, gritaram. sao do Mestre foi tremenda. Os dis- Jesus se identicou e os acalmou e os cípulos disseram que só tinham cinco encorajou. Pedro quis fazer um teste pães e dois peixes. O SenhorFALTOU já sabia A EBD com o7Mestre se oferecendo para ir ter o que ia fazer. Ele sempre sabe. Nós com ele andando sobre o mar. Jesus o é que não sabemos ou achamos que convida e ele começa a andar sobre as sabemos por nós mesmos. O Senhor águas na direção do Senhor. Mas, com usa uma estratégia (v. 18,19). Ele to- a força do vento, Pedro teve medo mou os cinco e dois peixes e ergueu e, começando a submergir, gritou: os olhos ao céu e os abençoou. Todos “Salva-me, Senhor!” Jesus o repreencomeram e se fartaram. Ainda sobra- deu: "Homem de pequena fé, por que ram 12 cestos de pães. E eram cerca duvidaste?" Pedro não passou no tesde cinco mil homens, pois mulheres te. Ele olhou para as circunstâncias e e crianças não eram contados. Foi um não para Jesus. Somos assim também. milagre. Jesus pode multiplicar os Precisamos conar na suciência de nossos poucos recursos se tivermos Cristo Jesus. Os discípulos que estafé e trabalharmos diligentemente. O vam no barco zeram uma prossão pouco nas mãos do Mestre pode ser de fé (v. 33). Em Genesaré, muitos transformado em muito para que se foram curados pelo poder de Jesus (v. cumpra o seu propósito e o Pai seja 34-36). 2T13 COMPROMISSO 37
CUIDADOS COM O TRADICIONALISMO (Mt 15.1-20)
pre o resultado do coração. É por ela que devemos verbalizar quem somos. Mais adiante, o Senhor Jesus começa a tratar de outro assunto que é a contaminação do homem. Não é o que entra que contamina o homem, mas o que sai da sua boca (v. 11). Jesus trata a questão essencial: a espiritualidade e a ética. As pessoas realmente espirituais, que possuem uma espiritualidade bíblica, vivem a ética bíblica. Não são compartimentos estanques ou separados. Jesus esclarece de forma magistral nos versículos 19 e 20 toda a gênese do comportamento humano. Enquanto os religiosos judeus – os tradicionalistas – estavam preocupados com a aparência e com a prática do lavar as mãos (sabemos que isto é necessário por causa da saúde, mas não dene a espiritualidade e a ética de ninguém), Jesus coloca a relevância do interior, do coração, que dene o caráter do ser humano. Enquanto a religião como sistema focaliza o exterior e a aparência, o evangelho, por sua vez, enfatiza o interior. Por trás de toda ação existe a motivação. Há coerência no evangelho. Há coerência no cristão genuíno, nascido de novo.
Jesus está em Jerusalém. Nesta cidade importantíssima para o judaísmo, alguns fariseus e escribas perguntaram a Jesus: Por que transgridem os teus discí pulos a tradição dos anciãos? (v. 1). Jesus responde fazendo uma pergunta muito pertinente? Por que vocês transgridem o mandamento de Deus de honrar pai e mãe por causa da sua tradição? Esta questão fez lembrar o pensamento do teólogo luterano Jaroslav Pelikan: “Tradição é a fé viva daqueles que já morreram. Tradicionalismo é a fé morta dos que ainda vivem”. Jesus não rejeita a tradição, mas o tradicionalismo. Este último era o caso dos religiosos judeus. Notamos que, nos versículos 5 e 6, Jesus condena de forma veemente a desculpa dos religiosos judeus de se eximirem da responsabilidade com o pai e a mãe a pretexto de dizerem: “É oferta ao Senhor aquilo que poderias aproveitar de mim”. Ele diz claramente: “Invalidastes a Palavra de Deus, por causa da vossa tradição”. Jesus agora toca num ponto essencial que é a hipocrisia – a incoerência entre o que está no coração e o que se fala, se expressa ou se vive (v. 7-9). O APARENTE POUCO CASO Era uma palavra do profeta Isaías no COM A MULHER CANANEIA capítulo 29.13. Deve sempre haver (Mt 15.21-28) coerência entre o que cremos e o que praticamos; entre o que sentimos e Esta mulher é um exemplo de fé o que vivemos. A boca deve ser sem- genuína. Ela tinha uma lha horrivel38 COMPROMISSO2T13
mente endemoninhada. Imaginemos o sofrimento desta mãe (v. 22). Ele clama a Jesus e o chama de Filho de Davi. Pede compaixão. Além de Jesus não respondê-la, os discípulos sugerem que ela seja mandada embora. Jesus com partilha no versículo 24 a prioridade da sua missão. A mulher insistiu (v. 25). Jesus, no versículo 26, fala, mais uma vez, da prioridade de se pregar a Israel, mas a mulher pede as migalhas, as sobras do pão dos israelitas. Esta foi uma palavra de fé, de conança no Messias (v. 27). Jesus reconhece a fé daquela mulher por sua sinceridade e perseverança. Jesus curou a lha da mulher cananeia (v. 28). Podemos aprender com
esta mulher a fé, a perseverança, a sinceridade e a humildade. Jesus quer ver estas qualidades em nós. O Senhor cura coxos e cegos (v. 31). Posteriormente, ele multiplica os pães e peixes pela segunda vez (v. 32-39). Aquela multidão estava três dias com Jesus e sem comer direito. Aqui, são sete pães e alguns peixinhos (v. 34). Jesus deu graças e os partiu. Todos foram alimentados. Sobraram sete cestos. Foram quatro mil homens, sem contar mulheres e crianças. O nosso Deus, em Cristo Jesus, é o Deus da ampla suciência. Nada falta àqueles que o amam e o temem de todo o coração, com todas as suas forças.
APLICAÇÕES PARA A VIDA 1 -HVXVSHUGHRVHXSULPRHXPJUDQGHDPLJR-RmR%DWLVWD$RVDEHUGD morte de João, o Mestre se retirou para um lugar deserto. É muito difícil perder DPLJRV$QRVVDUHDomRGHYHVHUVHPSUHGHJUDWLGmRD'HXVSRUDPLJRVWmRFKH gados. 2 -HVXVPXOWLSOLFRXSmHVHSHL[HVSDUDXPDPXOWLGmRIDPLQWD$VVLPFRPR HOHDOLPHQWRXDTXHODPXOWLGmRVRPRVFKDPDGRVD UHSDUWLURSmRItVLFRHRSmR espiritual com os famintos.
3 -HVXVQRVHQVLQDTXHRTXHFRQWDPLQDRVHUKXPDQRQmRpRTXHHQWUD PDVRTXHVDL$UHOLJLmRHVWiPXLWRSUHRFXSDGDFRPDDSDUrQFLDPDVRFULVWLD nismo autêntico está focado no coração, nas suas intenções e na totalidade da YLGD'HYHPRVSHGLUDR6HQKRUTXHWUDWHRQRVVRFRUDomRHWUDQVIRUPHWRGDD nossa vida.
4 $PXOKHUFDQDQHLDFXMDÀOKDHVWDYDHQGHPRQLQKDGDpXPH[HPSORGH KXPLOGDGHVLQFHULGDGHSHUVHYHUDQoDHIp4XHR3DLQRVIDoDDVVLP
2T13 COMPROMISSO 39
EBD 8
26 de maio
“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” O prenúncio do m
Texto bíblico²0DWHXVHTexto áureo²0DWHXV
Segunda
Terça
Mateus 16.1-4
Mateus 16.5-12
DIA A DIA COM A BÍBLIA Quarta Quinta Sexta Mateus 16.13-23
Mateus 16.24-28
Este texto revela duas coisas muito importantes: a divindade de Jesus e o compromisso do seu discípulo. Jesus enfrenta os fariseus e saduceus; ouve a conssão de Pedro, prediz a sua morte e ressurreição por duas vezes. Na sua divindade, Jesus experimenta a transguração, a metamorfose com os seus discípulos mais chegados – Pedro, Tiago e João – bem como o testemunho da lei e dos profetas com a presença de Moisés e Elias. A lei e os profetas testicam da pessoa e obra de Jesus. Temos muitas lições praticas de valor permanente para aprendermos neste texto inspirado. 40 COMPROMISSO2T13
Mateus 17.1-13
Sábado
Domingo
Mateus 17.14-23
Mateus 17.24-27
RAZÕES PARA UM MILAGRE (Mt 16.1-4) Esse encontro com Jesus, empreendido pelos religiosos fariseus e saduceus, faz lembrar que existem três tipos de pessoas no mundo: As que vivem pelo sentimento, representadas pelos judeus (eles pedem sinal ); as que vivem pelo pensamento representadas pelos gregos (eles buscam sabedoria) e as que vivem pela fé representadas por aqueles que creem na suciência da obra de Cristo. A base bíblica está em 1Coríntios 1.22-24. Os religiosos judeus tentaram fazer uma “pegadinha” com Jesus (v. 1). Jesus
usou a meteorologia para levá-los à reexão (v. 2,3). Jesus os alertou acerca do sinal de Jonas (v. 4), e os incluiu na geração má e adúltera.
O “FERMENTO DOS FARISEUS” ESTÁ PRESENTE HOJE? (Mt 16.5-12) Há uma diculdade por parte dos discípulos de compreenderem o ensino do Mestre. Ele os alerta para o perigo do fermento dos fariseus e dos saduceus (v. 12). Enquanto eles estavam preocupados com o pão para se alimentar, Jesus os adverte sobre a pequenez do foco deles: o pão material (v. 8). Jesus lhes recorda de dois milagres dos pães para uma multidão de cinco mil homens, fora mulheres e crianças que não eram contados e outra de quatro mil (v. 9). O evangelho de Cristo não precisa de aditivos. Notamos em nossos dias o evangelho sendo "turbinado" ou ‘"ditivado" de estranhíssimas doutrinas e ensinos perniciosos. Vivemos uma verdadeira histeria judaica com objetos da religião como arca, dias santos e outros rituais. É como colocar o vinho novo em odres velhos. O evangelho dentro do sistema religioso judaico, centrado no tradicionalismo e legalismo.
A LEI DA CRUZ E VOCÊ (Mt 16.13-28) Na contramão das intenções judaicas, do mero tradicionalismo religio-
so, Jesus pergunta a seus discípulos o que o povo da Palestina diz quem ele é (v. 13). As respostas do povo são: Elias, João Batista, Jeremias ou algum dos profetas (v. 14). Agora, o Senhor pergunta aos discípulos (v. 15). Pedro, proativo, responde categoricamente: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. No versículo 17, Jesus chama Pedro de bem-aventurado ou feliz porque não foi ele, mas o Pai quem revelou a resposta. Jesus Cristo é a base, o fundamento da igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (v. 18). Ele promete a Pedro dar as chaves do reino dos céus para exercer uma função disciplinadora (v. 19). Jesus os advertiu que não dissessem que ele era o Cristo (v. 20). Em seguida, o Senhor começa a discorrer acerca do seu sofrimento, do cumprimento da missão que lhe foi dada pelo Pai (v. 21). Pedro o chama à parte e começa a reprová-lo pela exposição do Senhor ao sofrimento e tenta dissuadi-lo do caminho da cruz (v. 22). No parágrafo anterior, o Senhor revela a Pedro quem é, mas agora é Satanás quem fala por Pedro e o Mestre, como lhe é peculiar, discerne e repreende o inimigo que fala pelo apóstolo (v. 23). O nosso grande perigo é cogitarmos das coisas dos homens em detrimento das coisas de Deus (v. 23). Jesus magistralmente ensina que o seu discípulo deve negar-se a si mesmo, tomar a sua cruz e segui-lo (v. 24). Enfatiza que quem quiser salvar 2T13 COMPROMISSO 41
a sua vida e preservar-se, vai perdê-la, gura terrestre para uma sobrenatural’ . mas quem perder a sua vida por amor Segundo Ryrie, "a transguração ofea ele há de achá-la ou preservá-la para receu aos discípulos uma antevisão da a vida eterna (v. 25). Jesus ensina sa- exaltação futura de Jesus e da vinda do biamente que a vida é muito mais reino" (Ryrie, p. 1.209). Jesus estava acompanhado de importante do que as riquezas deste mundo (v. 26) e que retribuirá a cada Pedro, Tiago e João como quando um segundo as suas obras (v. 27). No Moisés subiu ao monte santo levan versículo 28, Jesus deixa claro que al- do consigo Arão, Nadabe e Abiú guns dos seus no morreriam antes de (Ex 24.1). Moisés viu a glória do Senhor e a "pele do seu rosto brilhava vê-lo ressurreto. por ter falado com ele" (Ex 34.29). Na transfiguração, o rosto daquele O MELHOR ENTENDIMENTO que é maior do que Moisés brilhou, DA TRANSFIGURAÇÃO não com glória refletida, mas com (Mt 17.1-13) a glória semelhante aos raios do Antes de comentarmos a trans- sol. Somente Mateus registra que o guraço de Jesus, precisamos destacar rosto de Jesus resplandecia como o a expresso “ seis dias depois”, que se re- sol , que as suas vestes se tornaram fere ao intervalo entre a conssão de brancas como a luz, e que uma nuPedro em Cesareia de Filipe e a trans- vem luminosa (literalmente "uma guração de Jesus. Esta referência tão nuvem de luz") os envolveu. Mas, exata de tempo é rara nos Evangelhos. como no Sinai, é a voz divina falanSabemos que a conssão de Pedro do desde a nuvem, em si mesma um (Mt 16.16) tem tudo a ver com a reve- sinal da presença divina, que desperlação da divindade de Jesus no Mon- ta o temor no coração dos apóstote da Transguração. O alto monte los. "Ouvindo-a os discípulos, caíram é identicado por tradição posterior de bruços, tomados de grande medo" como sendo o monte Tabor, mas o (Tasker, p. 130,131). Moisés e Elias representam o tesHermom é o mais provável, pois ca mais perto de Cesareia de Filipe, cerca temunho da Lei e dos Profetas acerca de 22km, e se levanta a uma altura de da glória de Cristo, da sua divindade. O próprio Senhor disse em Lucas 3.000 metros. Diz o texto que ele foi transgu- 16.16: “A lei e os profetas vigoraram rado (v. 2). Segundo os estudiosos até João; desde esse tempo vem sendo da língua grega, a palavra para trans- anunciado o evangelho do reino de gurado é metamorfose, que signica Deus, e todo homem se esforça por transformar, alterar-se, mudar de uma entrar nele”. 42 COMPROMISSO2T13
ENSINOS DA CONFISSÃO DE UM HOMEM DE POUCA FÉ (Mt 17.14-21) Depois da experiência no monte – uma experiência de contemplação da glória de Cristo, da sua divindade cuja tendência era de acomodação tipificada pelas três tendas sugeridas por Pedro – eles descem e encontram a multidão. Enquanto eles ti veram uma f fortalecida no Monte da Transfiguração, embaixo, na planície, os outros nove discípulos são totalmente incapazes de curar um rapaz epilptico. Tasker diz que "no
relato de Mateus, o pai do menino vem diretamente a Jesus, ajoelha-se diante dele e lhe pede que tenha piedade do seu filho sofredor, um lunático com tendências suicidas, que os discípulos de Jesus, o pai assinala, não conseguiram curar". A experiência com o Senhor Jesus na sua glória revelada nas Escrituras deve necessariamente nos conduzir àqueles que Jesus ama e nos ordena a levar-lhes o seu evangelho. A glória de Cristo e o sofrimento do ser humano não são excludentes, mas convergentes. O menino foi liberto para a glória do Messias.
APLICAÇÕES PARA A VIDA 1 -HVXVQRVDOHUWDSDUDGLVFHUQLUPRVRVVLQDLVGRVWHPSRVHDROKDUPRVSDUDR VLQDOGH-RQDVTXHLQGLFDDVXDPRUWHHUHVVXUUHLomRSHORVHUKXPDQRSHUGLGR 2 Muitas vezes, como os discípulos, não compreendemos o ensino de Jesus. Ele nos alerta para o perigo das doutrinas legalistas e judaizantes que estão por aí, que dão ênfase a sinais, aos sentimentos. 3 $FRQÀVVmRGH3HGURQRVHQVLQDDQHFHVVLGDGHGHUHDÀUPDUPRVRQRVVR compromisso com Cristo vivendo e ensinando a sua doutrina. Cada um de nós deve OHYDUDVXDFUX]FRPR-HVXVHQVLQRX/HYDUDFUX]pFRPSURPHWHUVHGLDULDPHQWHFRP R6HQKRUGDQGRXPH[XEHUDQWHWHVWHPXQKRGRVHXDPRU
4 $WUDQVÀJXUDomRGH-HVXVQRPRQWHHRPHQLQRHQGHPRQLQKDGRQRYDOHQRV ensinam que devemos ter equilíbrio entre a nossa devoção, nossa contemplação da grandeza, divindade de Jesus e o nosso serviço a ele, servindo às pessoas, tendo compaixão dos que sofrem.
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2 de junho
EBD 9
Perdoar setenta vezes sete Ensinos fundamentais para os discípulos Texto bíblico ²0DWHXVHTexto áureo²0DWHXV
Segunda
Terça
Mateus 18.1-6
Mateus 18.7-14
DIA A DIA COM A BÍBLIA Quarta Quinta Sexta Mateus 18.15-27
Mateus 18.28-35
Mateus 19.1-12
Sábado
Domingo
Mateus 19.13-22
Mateus 19.23-30
Nestes dois capítulos veremos a di- forma de uma humildade como a de versidade dos ensinos de Jesus. Trata- uma criana. Os discípulos de Jesus se remos de humildade, do cuidado com aproximam e lhe fazem uma pergunta o uso dos membros do nosso corpo muito interessante: uem é, porven para que não sirvam ao pecado e es- tura, o maior no reino dos céus? (v. candalizem, e buscarmos aqueles que 1). O Mestre chama uma criança e a estão perdidos. coloca no meio deles (v. 2,3). Jesus usa Consideraremos a importância de o verbo converter e o liga com as atitu perdoar aqueles que erram contra ns, des de uma criança. Então, o salvo pela valorizar o casamento como institui- graa tem as mesmas características de ção criada por Deus, abençoar as crian- uma criana: simplicidade ou humilças semelhança de Jesus, e considerar dade, pureza, sinceridade, agilidade e o Senhor muito mais importante do conança. Em seguida, o Senhor Jesus que as riquezas. fala de tropeços ou escândalos usando mais uma vez as crianças como alHUMILDADE, TROPEÇOS E guém muito frágil, dependente (v. 6). OVELHA PERDIDA Observemos que nos versculos (Mt 18.1-14) 7-9, Jesus trata do perigo e prejuzo dos escândalos ou tropeços, bem como a A primeira coisa que nos é ensina- necessidade de darmos bom testemuda neste texto bíblico é a necessidade nho com o nosso corpo. Os membros de conversão, e esta manifestada sob a do nosso corpo devem ser totalmente 44 COMPROMISSO2T13
enfraquecidos e submissos ao nosso es pírito dominado pelo Espírito Santo. Isto signica dizer que os membros do nosso corpo não devem ser usados para envergonhar o evangelho, mas para o seu testemunho poderoso e ecaz no mundo. Entraremos no céu por causa do que Cristo fez por nós na cruz e na ressurreição. O mérito é todo dele. A referência aos anjos no versículo 10 quer dizer que os anjos têm um ministério, entre outros, especial de cuidar dos que herdam a salvação (Hb 1.14). Mas a sua principal atividade é adorar ao Senhor, conforme Isaías 6.3. Jesus faz uma armação muito preciosa no versículo 11 e a ilustra nos versículos 12 a 14. Compare com 1Timóteo 2.1-4.
PACIÊNCIA E COMPREENSÃO (Mt 18.15-27)
Jesus garante a sua presença no meio daqueles que estão reunidos em seu nome. Onde há coerência entre o crer nele, o viver sob ele e para ele, aí a sua presença está garantida (v. 20). Pedro, ao ouvir o ensino do Senhor, faz uma pergunta pertinente usando o que ele havia aprendido no judaísmo (v. 21). Jesus responde estabelecendo o seu principio (v. 22). Não há limite para o perdão porque é a graça de Deus que opera em nós. É neste contexto que Jesus conta uma parábola chamada “O credor incompassivo” (v. 23-35). “Somente podemos receber o perdão libertador se o passamos adiante de imediato. Estes dois pontos: "Perdoa-nos as nossas dívidas", e "assim como nós também perdoamos aos nossos devedores" são inseparáveis. O perdão é compará vel ao bastão levado pelos desportistas numa corrida de estafeta. É preciso passá-lo à mão do outro; se continuarmos correndo sozinhos, segurando-o desesperadamente com certeza seremos derrotados. Este bastão existe para ser passado adiante. O credor incom passivo comete o erro de ignorar esta regra elementar, provocando assim a sua própria ruína” (ielicke, p. 208).
O Mestre trata magistralmente uma questão fundamental seja na vida pessoal, seja na coletiva, que é a neces sidade de disciplina. A sua fundamentação está no seu caráter. A disciplina pressupõe conontação, testemunho e desligamento (v. 15-17). Os publicanos e pecadores não eram aceitos na O QUE JESUS ENSINA SOBRE comunidade da época. Nos versículos O DIVÓRCO (Mt 19.1-12) 18-20, temos o poder da disciplina cirúrgica, isto é, desligar aquele que não A partir de uma pergunta dos facompartilha do consenso cristão do riseus (v. 2), o Senhor Jesus ensina o rol de membros da igreja. princípio do casamento no reino de 2T13 COMPROMISSO 45
Deus. Se por qualquer motivo o homem judeu podia dar carta de divrcio para sua mulher, Jesus ensina que não é assim no reino. Ele ensina que o casamento é um projeto de Deus, sendo uma união física, emocional, ética e espiritual entre um homem e uma mulher, macho e fmea, para viverem
original de Deus que o casamento dure at que a morte separe os cônjuges. Nos versculos 11 e 12, o Senhor reconheceu o valor do celibato quando assumido para melhor servir a Deus. Tinha, entretanto, que ser voluntrio. É o Senhor que capacita a pessoa para esta vocao (1Co 7.7). O celibato imposto por decreto no apoiado pela Palavra de Deus.
até que a morte os separe (v. 6). Neste assunto, temos muitas diculdades nas igrejas, mas precisamos ser rmes a partir do ensino da Palavra de Deus. “A questo do divórcio, alm do seu JESUS ABENÇOA AS valor intrnseco, revestia-se de espeCRIANÇAS (Mt 19.13-15) cial importância para os fariseus que vieram provar a Jesus que o assunto os Este texto est nos Evangelhos de dividia. O seguidores de Hillel (lder de uma escola de interpretao judai- Marcos e Lucas. Jesus tinha especial ca) permitiam ao homem servir-se de ateno para com as crianas. Os pais qualquer pretexto para o divórcio, e os trouxeram os seus lhos para serem de Shammai (lder de uma outra esco- abenoados por Jesus. Nós devemos la) armavam que só se podia admitir fazer o mesmo. Orar por eles em o divórcio em caso de adultrio. Jesus, todo o tempo. Como os discpulos, ao responder, superou a expectativa h muitos hoje que no tm pacindos rabinos assim como a das regras cia com as crianas e as repelem (v. civis, pelas quais Moiss permitiu di- 13b). Jesus ordenou que eles deixas vórcio legalizado pessoa que, moral sem as crianas chegarem at ele (v. e religiosamente, j estivesse separada 14). Precisamos trazer as crianas do cônjuge. Ele raciocinou pelos prin- a Cristo Jesus para o receberem no cpios morais que Deus dotara o mun- corao. Ele declarou que as crianas do ao criar o ser humano. A inteno pertencem ao reino dos cus. Antes, de Deus no era só que as pessoas o Senhor j havia falado sobre isso casadas cassem juntas, mas tambm ensinando aos discpulos que deviam que houvesse plena unio do corpo e ter as atitudes delas. H uma identiesprito em amor. Jesus no proibiu o cao das qualidades da criana com segundo casamento da parte inocente, as qualidades exigidas do cidado do no caso de adultrio (v. 9). O projeto reino de Deus. 46 COMPROMISSO2T13
OS ENSINOS SOBRE A RIQUEZA (Mt 19.16-30) O jovem rico procura Jesus com uma pergunta na mente, chamando-o de Mestre (v. 16). Jesus responde com uma outra pergunta do coração (v. 17). O Senhor, sabendo das suas intenções, lembra-o de alguns mandamentos (v. 18,19). No versículo 20, ele responde positivamente e faz uma indagação. O Mestre mostra a insuciência da lei para resolver o seu problema que era muito sério. A lei aponta para Cristo, mas não salva. Aquele jovem vivia a religião, mas não o evangelho. O seu coração estava nas riquezas e não no Senhor. A sua pergunta foi a partir de sua curiosidade. Ele achava que praticando a religião e vivendo a sua vida centrada na riqueza lhe bastavam. Estava mais preocupado com a sua aparência do que com o seu coração. Voltando ao versículo 20, concluímos que o essencial para ele era a centralidade de Cristo (era o que lhe
faltava) em sua vida e não as riquezas. A indicação de Jesus para ele no versículo 21 revela o coração do evangelho – o homem é muito mais importante do que bens. A resposta dele foi se retirar triste porque era dono de muitas propriedades (v. 22). Não é possível servir a Deus e às riquezas (Mt 6.24). O Senhor deve ser sempre a PRIORIDADE. Interpretando a experiência do jovem rico para os seus discípulos, o Senhor Jesus alerta sobre o perigo das riquezas (v. 23-30). Declara que há muita diculdade e uma quase impossibilidade de um rico entrar no reino dos céus (v. 23,24). Jesus usou uma hipérbole deliberada. A intenção era representar a salvação de um homem rico como nada menos do que um milagre, possível apenas para Deus. Há um diálogo entre Jesus e os discípulos sobre salvação, renúncia e recompensa. Jesus ensina que nada é impossível para Deus e que os obedientes receberão a sua recompensa (v. 27-30).
APLICAÇÕES PARA A VIDA 1 8PDFDUDFWHUtVWLFDEHPYLVtYHOQDYLGDGRFRQYHUWLGRpDVXDKXPLOGDGH 2 $RTXHHUUDGHYHPRVFRQIURQWDUFRPDPRUHQR6HQKRUWUDEDOKDUSDUDDVXD UHFXSHUDomR3HUGRDUDTXHOHVTXHQRVRIHQGHPpXPDRUGHP1yVSHUGRDPRVFRP o perdão de Deus em Cristo. 3 2FDVDPHQWRpXPSURMHWRGH'HXVXPDLQVWLWXLomRLQGLVVRO~YHOHTXHGHYH KRQUDUjTXHOHTXHRFULRX
4 $VVLPFRPR-HVXVDEHQoRRXDVFULDQoDVYDORUL]DQGRDVGHYHPRVID]rORWR dos os dias. 5 2QRVVRFRUDomRQmRGHYHHVWDUQDVFRLVDVPDWHULDLVPDVQR6HQKRU(OHpD nossa verdadeira riqueza e nossa primazia. 2T13 COMPROMISSO 47
9 de junho
EBD 10
"O Filho do homem veio para dar a sua vida" Chegada de Jesus a Jerusalém Texto bíblico ²0DWHXVHTexto áureo²0DWHXV DIA A DIA COM A BÍBLIA Segunda
Terça
Quarta
Quinta
Sexta
Sábado
Domingo
Mateus 20.1-19
Mateus 20.20-34
Mateus 21.1-11
Mateus 21.12-22
Mateus 21.23-27
Mateus 21.28-32
Mateus 21.33-46
Veremos nestes dois capítulos que a O reino do céu é semelhante a um salvação não merecimento humano, dono de casa que saiu de madrugada mas graça de Deus; que estar à sua direi- para contratar trabalhadores para a ta ou à sua esquerda de Jesus é atribuição sua vinha. Ele ajustou o salário dos do Pai; Jesus curou dois cegos em Jericó; primeiros trabalhadores em um deentrou triunfalmente em Jerusalém; pu- nário por dia e mandou-os para a ricou o templo; amaldiçoou a gueira plantação (v. 1,2). Esse valor era o sainfrutífera e enfatizou a sua morte na lário mínimo diário dos soldados do cruz pelo homem perdido. império romano. Saindo pela terceira hora, isto é, às 9 horas da manhã, viu SALVAÇÃO NÃO É MÉRITO na praça outros que estavam desocuHUMANO, MAS GRAÇA pados. SOBERANA DE DEUS “A praça pública era ponto de (Mt 20.1-16) reunião para os que não tinham ser viço, bem como operários avulsos” Este texto é impressionante, pois ex- (v. 3). O proprietário saiu também põe de maneira precisa a graça soberana de perto da hora sexta (ao meio - dia) e Deus versus o mérito do homem. O reino da hora nona (15 horas); e ao “pôrde Deus é um reino de fé e não da supre- -do-sol”, às 18 horas. A expressão macia da razão; de iniciativa de Deus e não undécima hora ( v. 9) que, atualmendo ser humano (2Co 5.15-20). te, num mundo de precisão mecâni48 COMPROMISSO2T13
ca, equivaleria a “ cinco para as seis”. Foi nesse horário que ele encontrou outros desocupados. Todos receberam o mesmo salário, conforme o combinado.
ENTENDENDO O PEDIDO DA MÃE DE TIAGO E JOÃO (Mt 20.20-28)
À luz do texto anterior, este pedido É interessante notar que no acerto revela a falta de compreensão do que seja do salário no nal do expediente os úl- a vida cristã. As pessoas têm uma visão timos foram os primeiros a receber. rec eber. En- muito pequena do que seja o reino de tão, o fato de os últimos auferirem em Deus, pois buscam vantagens pessoais. A primeiro pri meiro lugar most mostra ra que os judeu judeus,s, os os Teologia da Prosperidade tem o seu fun primeiro pri meiross recebedores da chamada chamada di- damento no egocentrismo, na natureza de vina, vin a, não seriam os primeiros primeiros a recep- Adão. Ser cristão não é buscar o pódio, tar o galardão nal, pois a salvação não mas viver intensamente a simplicidade de vem pela herança herança racial, racial, nem humana, humana, Cristo neste mundo. A resposta de Jesus mas da generosidade e graça divinas (v. ao pedido da mãe de Tiago e João é sá15). Do mesmo modo, a salvação, em bia e inteligente (v. 23, 26-28). “O grego preç eçoo de li liber berta tação ção – o disi, é algo tão precioso, que não existe lutron signica pr salvação de primeira classe, distinta de nheiro pago em favor de um escravo para alguma outra classe inferior de salva- que este possa sair livre. Cristo se deu por ção. Deus é soberano em todas as suas nós (Is 53.6; 2Co 5.21). É o sacrifício de Cristo que nos salva e não o martírio dos decisões (v. 16). homens, muito embora, como Tiago, morram em prol do evangelho”. O reino JESUS PREDIZ de Deus não um reino de senhores, mas A SUA MORTE de servos. Só há um Senhor. Alguém disE RESSURREIÇÃO se que o grande homem no mundo é ser(Mt 20.17-19) vido por muitos, mas o grande homem no reino serve a muitos.
Causa-me devoção toda a vez que leio acerca da maneira conscienATENÇÃO DE JESUS AOS te com que Jesus falava da sua morCEGOS (Mt 20.29-34) te e da sua ressurreição. Ele destaca zombaria ria três atos da sua paixão: zomba “Somente Mateus nos informa que por part partee dos roma romanos nos ; sof sofrime rimento nto Jesus Jesus curou curou dois dois cegos, cura curando, ndo, talvez, talvez, (açoites) e a morte por crucificação (v. um deles quando saía da velha Jericó e 19). No final, ele revela a sua vitória o outro quando entrava na nova Jericó sobre a morte, ressuscitando ao ter- (Mc 10.6; Lc 18.35)”. Os dois cegos ceiro dia. de Jeric nos ensinam lições muito 49 49 2T13 COMPROMISSO
relevantes. Como decientes visuais, alijados pela sociedade, eles clamam a Jesus Jes us conand conandoo no seu amor e na sua compaixão. A palavra que me encanta neste texto é “comovido” (v. 34). O que sensibiliza Jesus deve nos comover.
zavam o santuário de maneira profana. Não tinham percepção da grandeza do Senhor e da sua casa, da sua glória. Podemos perceber hoje que em muitas igrejas se faz do santuário santuário um lugar de vantagens pessoais, de arrecadação de somas vultosas de dinheiro a partir da teologia de mercado. Estive numa AS LIÇÕES DA DA ENTRADA igreja destas, onde o pastor tirou diTRIUNFAL DE JESUS EM nheiro do povo seis vezes durante um JERUSALÉM (Mt 21.1-11) encontro de uma hora e meia. A intervenção de Jesus é malcom Jesus Je sus chega a Bet Betfagé fagé (casa do go, preendid ndidaa por mui muitos tos hoje hoje,, inc inclus lusive ive Lc 19.29), ao Monte das Oliveiras, pla- pree muitos os membro membross de igreja. igreja. O MesMesneja a sua entrada em Jerusalém (v. 1-3) por muit e a profecia se cumpre na sua vida (v. tre, usando o seu poder e autoridade, 4,5; Zc 9.9). Começa aqui o relatório da agiu com rmeza e determinação em última semana da vida humana de Jesus toda a vontade do Pai. Deniu o valor que, sendo Rei, montou num jumenti- do santuário, o seu uso correto e o chanho que ainda não tinha sido usado e mou de “casa de oração”. Isto contrasta entrou na cidade de Jerusalém a cami- com o covil de salteadores. O templo como casa de oração honra ao Senhor nho da cruz. A multidão o aclamava colocando e serve às pessoas. Como covil de salas suas vestes e os ramos de árvores teadores, o envergonha e se serve das pessoas. oas. O cor coraçã açãoo dos cam cambis bistas tas,, dos no seu caminho, dizendo: "Hosana ao pess Filho de Davi! Bendito o que vem em comerciantes inescrupulosos, não estava nome do Senhor! Hosana nas maiores no Senhor, mas no lucro. Mas Jesus utialturas" (v. 9). Esta expressão hosana liza adequadamente o templo para curar salva, a, por favor que, por m, cegos e coxos que vinham a ele (v. 14). O signica salv veio a ser ser uma uma simples simples expressão expressão do jújú- Senhor usa o átrio externo do santuário – onde era permitido os cegos e os coxos bilo religioso. carem – como um hospital para curar feridos físicos e emocionais, mortos em A PURIFICAÇÃO DO TEMPLO seus delitos e pecados. E O ENSINO DA FIGUEIRA Neste texto (v. 15-17), encontramos INFRUTÍFERA (Mt 21.12-22) o louvor dos meninos na contramão dos Ao entrar no templo, o Senhor Je- cambistas e religiosos. Jesus está aparensus depara com os cambistas que utili- temente citando o Salmo 8.2. 50 COMPROMISSO2T13
A experiência com a figueira ilustra muito bem a situao espiritual do povo de Israel – uma nao infrutfera apesar de todas as vantagens de que dispunha. Como igreja
hoje no podemos ser omissos mas dar frutos sempre. Em qualquer estao (v. 20-22).
A AUTORIDADE DO REI (Mt 21.23-27)
A PARÁBOLA DOS LAVRADORES MAUS (Mt 21.28-46) Iniciamos com uma pequena pa-
rbola contada por Jesus (v. 28-32), quando um homem que tinha dois
lhos mandou-os trabalhar na vinha. O primeiro disse que iria, mas não foi. O segundo, disse que não iria, mas, arrependido, foi. O Senhor pergunta qual dos dois fez a vontade do Pai. A resposta foi: o segundo. seg undo. Podemos dizer que o primeiro representa Israel e o segundo, os gentios (v. 32). A parbola dos lavradores maus trata da indelidade de Israel ao maltratar e matar os profetas, quando estes lhes foram enviados (v. 33-46). Por m, o Messias foi mandado e eles o mataram. A
Voltando ao templo, o Senhor Jesus é questionado pelos principa principais is sacerdotes e ancios do povo quanto à sua autoridade. Ele os responde utilizando a autoridade do batismo de Joo. “Na verdade, Jesus se recusa a aceitar o direito alegado pelos lderes de examin-l examin-lo” o”.. “Cristo coloca a liderana da na- interpretação de Jesus é precisa pre cisa (v. 42,45). o num dilema, perguntando-lhes No versculo 44, o Senhor estabeleque teste aplicariam no caso de ce o juzo de Deus sobre os que rejeita Joo” (v. 25). O Sen Senhor hor Jesus no ram e mataram o seu Filho. H uma coestava interessado em defender a sua nexão entre as parábolas (v. (v. 31,32,43) autoridade. Tudo o que ele possua, para most mostrar rar a grande oportu oportunidad nidadee e ele mesmo dizia, era recebido do que Deus deu a Israel e ele desperdiou seu Pai. por causa causa da da sua sua indelida indelidade. de. APLICAÇÕES PARA A VIDA 1 $SDUiERODGRVWUDEDOKDGRUHVHQVLQDTXHDVDOYDomRQmRpPpULWRKXPDQRPDV graça de Deus por meio de Cristo. 2 $FRQVFLrQFLDGDPRUWHGR6HUYR6RIUHGRUFRQWUDVWDFRPRSHGLGRGDPmHGH 7LDJRH-RmR4XDOpDJUDQGHOLomRSDUDQyV" 3 $VVLPFRPR-HVXVFXURXDTXHOHVGRLVFHJRVGH-HULFyHOHQRVFXURXGDFHJXHL ra espiritual pelo seu poder. Ele tem toda a autoridade em todo lugar. 4 $HQWUDGD $HQWUDGDWULXQIDO WULXQIDOGH-HVXVHP-HUXVDO GH-HVXVHP-HUXVDOpPDSXULÀFDo pPDSXULÀFDomRGRWHPSO mRGRWHPSORDÀJXHLUD RDÀJXHLUD HVWpULOHDSDUiERO HVWp ULOHDSDUiERODGRVODYUD DGRVODYUDGRUH GRUHVPDXVUHY VPDXVUHYHODP HODPD DDomRHDUHDomRGRVHU DomRHDUHDomRGRVHUKXPDQR KXPDQR na sua incredulidade. 51 51 2T13 COMPROMISSO
EBD 11
16 de junho
“Ele não é Deus de mortos e sim de vivos” O sermo profético de denúncia e crtica aos lderes religiosos Texto bíblico²0DWHXVH Texto áureo ²0DWHXV Segunda
Terça
Mateus 22.1-14
Mateus 22.15-33
DIA A DIA COM A BÍBLIA Quarta Quinta Sexta Mateus 22.34-46
Mateus 23.1-12
Neste texto bíblico vamos abordar os preciosos ensinos de Jesus sobre o convite para as bodas ou festas; a pegadinha que os religiosos tentam fazer com Jesus sobre o imposto ser pago a Csar, ao imprio romano; a condenação imposta por Jesus queles que utilizam a revelação de Deus para condenar implacavelmente as pessoas e não ensinam a graça de Deus, o evangelho, que liberta o que crê.
O ENSINO DA PARÁBOLA DAS BODAS (Mt 22.1-14) Mais uma vez Jesus toca fortemente na rejeição da nação judaica ao plano do Pai para salvá-la. Neste texto, Jesus ensina que o reino dos céus é comparado a uma festa ou celebração de casamento do lho do rei (v. 1,2). 52 COMPROMISSO2T13
Mateus 23.13-22
Sábado
Domingo
Mateus 23.23-28
Mateus 23.29-39
O rei determina (soberania) aos seus servos que saiam pelo reino e chamem os convidados para as bodas, mas eles não quiseram vir (v. 3). O rei enviou outros servos para convidar outras pessoas (v. 4). Ele deu ordem aos seus empregados para que contassem o que tinha na celebração (v. 4). Mais uma vez houve recusa na forma de indiferença e violência (v. 5,6). A reação do rei foi de ira, levando-o a enviar suas tropas que incendiaram a cidade (v. 7). Ele declarou que a festa estava pronta, tudo estava arrumado, mas os convidados não eram dignos (v. 8). O soberano agora abre a sua festa e manda os seus servos convidarem a todos que encontrarem pelo caminho. Eles trouxeram maus e bons e encheram o salão de festas (v. 10). En-
trando o rei, para ver os que estavam à mesa, notou um homem que não esta va devidamente trajado ou com veste nupcial. O rei mandou os seus servos o tirarem da festa, o amarrarem, lançando-o fora (v. 13). "Muitos serão chamados, mas poucos escolhidos". Muitos chegam em nossas igrejas, mas poucos são realmente salvos (v. 14). Há muitos que estão nas celebrações, mas poucos estão preparados, vestidos adequadamente para a festa. É o que Jesus diz em Mateus 7.21: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus”.
AS RESPOSTAS DO REI AOS RELIGIOSOS JUDEUS (Mt 22.15-33) Aqui notamos que Jesus responde aos herodianos – a seita de Herodes; aos saduceus e aos fariseus, bem como é interrogado por estes. Os herodianos tinham uma filosofia: “a paz a qualquer preço”, pois defendiam uma convivência pacífica com Roma. Pois bem, eles tentam pegar Jesus na questão dos impostos, perguntando ao Mestre se era lícito pagar tributo a César ou não. Jesus responde: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. A resposta de Jesus os emudeceu e eles se retiraram (v. 22).
Este é um princípio fundamental em nossas relações. Somos cidadãos do céu e da terra. Os princípios do reino dos céus é que norteiam a nossa cidadania na terra. Excelentes cidadãos do céu são excelentes cidadãos da terra. Devemos ser liberais na entrega dos dízimos e das ofertas (Mt 23.23) e pagarmos os nossos impostos com honestidade. Não à indelidade na mordomia cristã e não à sonegação, à corrupção. Os crentes devem ser o exemplo em tudo, inclusive na denúncia da corrupção e todo pecado social também instalado nas estruturas públicas e privadas. Ser cidadão exemplar do reino dos céus signica, muitas vezes, ir contra a ordem injusta do reino da terra. Os saduceus utilizaram uma situação cultural para tentar fundamentar o princípio deles de que não existe ressurreição dos mortos. A mulher cou viúva de sete maridos. A pergunta deles foi: “Na ressurreição, ela será esposa de qual deles?” (v. 28). A resposta magistral de Jesus está no versículo 30. Além de responder sabiamente, Jesus faz uma apologia da ressurreição nos versículos 31,32. Vale a pena meditar neles. Sabendo os fariseus que Jesus havia calado os saduceus, se reuniram em conselho e zeram a seguinte pergunta: Mestre, qual é o grande mandamento na lei? Jesus respondeu: Amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento e ao 2T13 COMPROMISSO 53
ACUSAÇÕES CONTRA A prximo com a si mesmo (v. 37-39). CLASSE DOMINANTE Ainda disse: Destes mandamentos de(Mt 23.13-39) pendem a lei e os profetas (v. 40). Agora o Senhor Jesus interroga os faAqui temos alguns “ais” proferidos riseus quanto à sua posição em relação ao Messias, de quem é lho (v. 42). Davi, foi por Jesus em relação à condição moral a resposta dos fariseus. Jesus argumenta e espiritual dos escribas e fariseus. Eles que Davi é pai, mas o Messias ou o Cristo estavam sendo obstáculos para que os é seu Senhor (Salmo 110.1 com os ver- homens chegassem ao reino dos céus sículos 44,45). Então, “o Messias era ao (v. 13). Há pessoas que estão na igreja, mesmo tempo descendente humano de mas não no reino. Dão um péssimo Davi e seu divino Senhor”. Ele é o Deus- testemunho do evangelho, afastando -homem, o Verbo que se fez carne e habi- pessoas de conhecerem a Cristo. Os escribas e fariseus eram exploradotou entre nós ( Jo 1.14). res de viúvas (v. 14). “Usavam sua posição como juristas para arranjar pendências O SERMÃO CONDENATÓRIO contra viúvas ricas ou para fazer com que (Mt 23.1-12) lhes legassem suas propriedades”. Eram Neste parágrafo, o Senhor Jesus faz especialistas em fazer prosélitos (seguiuma série de condenações das atitudes dores) da religião judaica, tornando-os dos escribas e fariseus a partir de uma lhos do inferno duas vezes (v. 15). Eles eram mercenários, interessaanálise muito pertinente. Disse Jesus: eles se assentam na cadeira de Moisés dos no dinheiro do povo e guias de (v. 2); agem com incoerência: ensinam cegos (v. 16-22). Davam o dízimo sem certo, mas vivem errados (v. 3); im- a justiça, a misericórdia e a delidade. põem fardos pesados e difíceis de car- O mais importante é entregar o díziregar (v. 4); praticam suas obras para mo a partir de um coração justicado, serem vistos (v. 5); gostam do pódio (v. misericordioso e el (v. 23). Os religiosos judeus eram chama6); apreciam ser ovacionados pelo pudos guias de cegos. Eles coavam um blico (v. 7). O Mestre agora orienta os seus mosquito e engoliam um camelo – discípulos, fazendo uma distinção uma linguagem metafórica usada por entre eles e os religiosos judeus. ue Jesus para dizer que eles viam um pedeviam considerá-lo como Mestre, vi- queno defeito nas pessoas e as julga vendo como irmãos. Chamar Deus de vam, e não enxergavam as grandes faPai e a ele, Cristo, de guia. Servirem a lhas em suas vidas (v. 24). Esses religiosos judeus estavam mais preocupados partir da humilhação (v. 8-12). 54 COMPROMISSO2T13
Agora, Jesus coloca uma profecia de com o exterior, com a aparência do que com o interior. O sistema religioso vive que eles – religiosos judeus – mataro com base na aparência, mas o evange- profetas e mestres, aoitando-os em lho trabalha com o corao. O Senhor suas sinagogas e perseguindo-os impla Jesus j havia tido um embate com os cavelmente. Ele os adverte que cair soreligiosos no captulo 15, versculos 13 bre eles todo sangue justo derramado a 20 (vale a pena examinar este texto). sobre a terra, desde o sangue do justo O diagnstico de Jesus acerca deles e Abel at o sangue de Zacarias, lho de seu sistema sempre foi preciso. Baraquias, que eles mataram entre o O grande perigo a demagogia em santuário e o altar (v. 34-36). Nos versculos 37,38, Jesus faz uma qualquer ambiente, mas no ambiente religioso pior ainda. Os lderes reli- acusação a Jerusalm dominada pelos giosos judeus usaram de demagogia ao religiosos perversos, mas, ao mesmo serem confrontados por Jesus com re- tempo, revela o seu grande amor pela lao morte dos profetas do passado. cidade. Ele faz uma armação segura Eles se eximiram de qualquer culpa, no versculo 39, que deve ser compamas Jesus os acusa de serem lhos dos rada com Zacarias 12.10. É impressioque mataram os profetas. Se os profe- nante este texto! Ser que este sermão acusatório tas vivessem na sua poca seriam morde Jesus, seguindo a rica tradição tos por eles (v. 29-32). Neste embate, Jesus os chama de proftica do Antigo Testamento, serpentes, utilizando mais uma vez não se aplica perfeitamente a muitos
uma metáfora, ressaltado a sua natureza m, traioeira e letal (v. 33).
lderes de nossas igrejas e denominações hoje?
APLICAÇÕES PARA A VIDA 1 $UHMHLomRDRHYDQJHOKRpHVSHUDGD'HYHPRVWHVWHPXQKDUHPWRGRRWHPSR FRPPXLWDRUDomR1mRQRVFDQVHPRVGHOHYDUDVHPHQWHDRVFRUDo}HVHR6HQKRU a fará germinar.
2 6RPRVFLGDGmRVGRFpXHGDWHUUD&RPR-HVXVHQVLQRXGHYHPRVYLYHUFRPR FLGDGmRVGHOiHGDTXL$VQRVVDVDo}HVDTXLGHYHPVHUQRUWHDGDVSHORVHQVLQRVGHOi 3 3UHFLVDPRVWHUPXLWRFXLGDGRFRPRVLVWHPDUHOLJLRVRTXHpLPSODFiYHOHPVHX MXOJDPHQWR(OHpERQLWRSRUIRUDPDVSRGUHSRUGHQWUR-HVXVFRQGHQRXGHIRUPDYHH mente a atitude dos religiosos judeus que escravizavam o povo com regras e mais regras.
4 -HVXVFRQGHQDDTXHOHVTXHOHHPD%tEOLDHDWpPHGLWDPQHODPDVTXHD usam para acusar implacavelmente as pessoas a partir de uma religiosidade oca, legalista e perversa. 2T13 COMPROMISSO 55
EBD 12
23 de junho
“As minhas palavras não passarão” Ensinos escatológicos de Jesus Texto bíblico ²0DWHXVHTexto áureo ²0DWHXV
Segunda
Terça
Mateus 24.1-14
Mateus 24.15-28
DIA A DIA COM A BÍBLIA Quarta Quinta Sexta Mateus 24.29-41
Mateus 24.42-51
Estes dois captulos falam de dores, grande tribulação, a manifestação mais abundante do mal e necessidade do cristão se preparar, de vigiar em todo o tempo. O Senhor nos deixou dons e talentos para os multiplicarmos na caminhada do reino. É certo que seremos recompensados. No nal, temos o grande julgamento. Todos os seres humanos serão julgados em Jesus Cristo (At 17.30,31). O PRINCÍPIO DAS DORES (Mt 24.1-28)
Temos aqui o sermão que considera as últimas coisas a ocorrer no contexto do nal dos tempos. De uma maneira singular, Jesus inicia falando sobre o princpio de dores acompa56 COMPROMISSO2T13
Mateus 25.1-13
Sábado
Domingo
Mateus 25.14-30
Mateus 25.31-46
nhadas de angústias profundas. Conduz os discpulos para verem toda a estrutura do templo que havia sido construdo por Herodes, o Grande, entre 20 a.C. e 64 d.C., e destrudo por Roma no ano 70 d.C. Os discpulos fazem uma pergunta (v. 3). Estavam ansiosos quanto ao m dos tempos. O Senhor os alerta quanto aos enganadores (v. 4,5). Discorre sobre os futuros acontecimentos: rumores de guerras; nação contra nação e reino contra reino (v. 7). Prepara os discpulos para a realidade do sofrimento por causa do seu nome (v. 9). Alerta que haverá apostasia – abandono da fé (v. 10). ue a multiplicação da iniquidade produzirá frieza espiritual na igre ja (v. 10,12). Aquele que perseverar até o m será salvo (v. 13). O evangelho do
reino será proclamado em todo o mun- preparado para a volta de Cristo. Ele
do e então virá o m (v. 14). Jesus declara que haverá a grande tribulação. Toda a igreja passará por ela. O que Daniel profetizou se cumprirá (v. 15). O texto (v. 16-26) tem duas vertentes: o período da invaso romana em 70 d.C., e os nossos dias. Jesus exorta quanto aos falsos profetas com as suas falsas "promessas" e a sua volta (v. 23-28). Neste precioso texto (v. 29-41), temos as características da sua vinda como sendo um referencial para os textos escatológicos. Veremos sinais na natureza (v. 29) e a sua manifestação visível acompanhada dos seus anjos, reunindo os seus escolhidos (v. 30,31). Em seguida, temos a metáfora da gueira (v. 32,33). “ Esta geraço” tem sido entendida como referência aos contemporâneos de Jesus e o que estava por ocorrer como a destruição do templo e de Jerusalém, que vem a acontecer em 70 d.C. Jesus armou que a sua Palavra é mais importante do que os céus e a terra (v. 35). O nosso coração deve descansar na sua Palavra. A sua vinda não pode ser datada. Ele virá de repente (v. 36). Só o Pai sabe. Jesus discorre sobre os dias que antecederam ao dilúvio para ilustrar a sua vinda (v. 37-41).
A VIGILÂNCIA NECESSÁRIA (Mt 24.42-51) Os versículos 42 a 51 nos exortam a que vigiemos. O cristão deve estar
usa a gura do ladrão que não revela a hora que virá para roubar a casa. De vemos fazer sempre o melhor até que ele venha para nos buscar. O mais im portante, porém, é a palavra de Jesus: “Bem-aventurado o servo a quem o Senhor, quando vier, encontrar trabalhando” (v. 46).
OS ENSINOS DAS PARÁBOLAS DAS VIRGENS E DOS TALENTOS (Mt 25.1-30) As duas parábolas seguintes falam de prontidão e diligência.
A parábola das virgens (v. 1-13) – “No tempo de Jesus, normalmente ha via três estágios no processo matrimonial. Primeiro vinha o compromisso , quando era feito um contrato formal entre os respectivos pais da noiva e do noivo. A este seguia-se o noivado, cerimônia feita na casa dos pais da noiva, quando promessas mútuas eram feitas pelas partes contratantes diante de testemunhas, e o noivo dava presentes à sua prometida. "O homem e a mulher cavam unidos um ao outro pela cerimônia de noivado, apesar de ainda não serem de fato marido e mulher; na verdade, tão obrigatório era o noivado que, se o homem morresse durante o período de sua duração, a mulher era considerada viúva; o cancelamento do noivado não era permitido; se, porém, acontecia tal coisa, era semelhante a 2T13 COMPROMISSO 57
um divrcio". Finalmente, depois do os outros, dois e um, respectivamente. transcurso de cerca de um ano havia Os dois primeiros trabalharam muio casamento, quando o noivo, acom- to, aproveitaram as oportunidades e panhado dos seus amigos, ia buscar a devolveram mais cinco e mais dois, noiva na casa do seu pai e a levava em respectivamente. O que recebeu um, cortejo de volta para sua casa, onde se o enterrou motivado pelo medo e pela fazia a festa de casamento. É bem pro- timidez. Não trabalhou e nem apro vvel que seja este o cortejo que dez veitou as oportunidades. Devolveu o jovens da história são retratadas como mesmo que havia recebido. Os dois indo encontrar, quer como damas de primeiros foram reconhecidos pelo honra ociais da noiva, quer como senhor e chamados de servos bons e criadas do noivo, quer como lhas de éis. O último, quando do acerto de amigos e vizinhos – não temos meios contas, foi chamado de mau e negligente. Como diz F. B. Meyer, “Cristo de sabê-lo”. É bom destacar nesta primeira est sempre vindo para ajustar contas. parbola que ela se relaciona com Cada vez que tomamos a ceia do Se parousia (manifestação) do Filho do nhor, cada aniversrio nosso que pashomem. O noivo é a gura central. As sa como estar diante do tribunal de dez virgens da histria representam a Cristo, que antecede o grande trono igreja à espera do retorno do seu Se- (2Co 5.10). Aqueles que receberam apenas um talento devem ser os mais nhor. Em que condição você está? cautelosos, visto que serão mais tentados a dizer: Já que só podemos fazer tão pouco, nada faremos. Aquilo que sabemos fazer melhor e que está mais de acordo com nossas circunstâncias,
A parábola dos talentos (v. 14-30) – Jesus começa esta parábola dizendo que o reino dos céus é semelhante a um homem que, ausentando-se do seu país, chamou os seus servos e provavelmente, o nosso talento. Se, lhes entregou os seus bens para serem sozinho, você não pode fazer muito, administrados. Foi isto que Jesus fez coopere com sua igreja, sob a orientaconosco. Estes foram dados de acor- ção do seu pastor (v. 27)”. do com a capacidade de cada servo. A A VIDA ETERNA E O CASTIGO oportunidade deve ser aproveitada ao máximo para, acima de tudo, gloriETERNO (Mt 25.31-46) car a Deus. Nesta parábola, os servos Todo o contexto anterior tem tudo recebem do seu senhor os talentos (medida especíca para metais e um a ver com este. Somos responsáveis por talento variava entre 25 e 35 quilos de tudo o que fazemos. Paulo arma esta prata). Um recebeu cinco talentos; e verdade (Gl .7). Jesus conclui o capí58 COMPROMISSO2T13
“Assim como nas parábolas antetulo 25 ensinando e alertando para o juzo que vir. O que o ser humano foi riores das virgens e da riqueza conaem relação a Jesus Cristo certamente da, neste quadro de grande julgamento denirá a sua situação diante de Deus, no tanto a prtica do mal que evoca a censura mais severa, como a completa o Pai (At 17.30,31).
Vivemos um tempo em que as pes- negligncia da prática do bem. Os pesoas gostam do self-service (servindo-se cados de omissão são vistos como até a si mesmo). É estranho uma pessoa mais condenáveis do que os pecados servir a outra sem remuneração. O da comissão. A porta se fecha contra Senhor Jesus pagou o preço para que as virgens néscias por sua neglignservíssemos uns aos outros a partir do cia; o servo inativo é posto fora como alguém que não presta para nada por amor (1Co 13.4-8). Os "benditos de meu Pai" so os que não ter feito nada; e os da esquerda são o amam e fazem a sua vontade. Os mal- punidos severamente por deixarem de ditos so os que vivem uma vida alie- observar as muitas oportunidades que nada do Senhor mesmo frequentando lhes foram dadas”. Martin Luther King os templos. Teremos muitas surpresas disse: “Não me impressiona o grito dos naquele dia. No acerto de contas com maus, mas, sim, o silncio dos bons”. o Rei, os que estiverem à direita serão ue recebamos do Senhor as seguinchamados para a intimidade com o Pai. tes palavras: “Muito bem, servo bom e Os que estiverem à esquerda serão des- el; foste el no pouco, sobre o muito tinados para o fogo eterno preparado te colocarei: entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.23). para o diabo e seus anjos.
APLICAÇÕES PARA A VIDA 1 O cristão genuíno tem certeza de que Cristo está voltando. Este fato demanda a prontidão. Sabemos que sofreremos por causa do seu nome. O cerco está se feFKDQGR4XDQGRYLHUDSHUVHJXLomRRVTXHVmRGR6HQKRUHVWDUmRSUHSDUDGRVSDUD RVRIULPHQWRHRJORULÀFDUmR 2 Jesus nos deixou dons e talentos e prometeu voltar para o ajuste de contas. O que temos feito com eles? 3 4XDQGR-HVXVYLHUVHSDUDUiRVERGHVGDVRYHOKDV2VTXHHVWLYHUHPHP&ULVWR DVRYHOKDVLUmRSDUDRFpXHGHVIUXWDUmRGDSUHVHQoDGR6HQKRUSDUDVHPSUH2V que não estiverem em Cristo (os bodes) serão condenados e irão para o inferno, SDUDRWRUPHQWRHWHUQRPXLWRORQJHGR6HQKRU(PTXHFRQGLomRYRFrHVWi"9RFrVH importa com as pessoas perdidas sem Cristo? 2T13 COMPROMISSO 59
EBD 13
30 de junho
“Não está aqui, porque ressurgiu” Morte e ressurreiço de Jesus e desaos nais aos seus discípulos Texto bíblico ²0DWHXVDTexto áureo²0DWHXV
Segunda
Terça
Mateus 26.1-30
Mateus 26.31-56
DIA A DIA COM A BÍBLIA Quarta Quinta Sexta Mateus 26.57-75
Mateus 27.1-31
A morte e a ressurreio de Jesus so pontos fundamentais da fé cristã. Nesta poro das Escrituras abordaremos a paixo do Rei que se entrega por nós; o preço da traição; o sofrimento atroz do Messias, profetizado por Isaías 53, a sua morte vergonhosa por crucicação; a sua ressurreição; a missão de fazê-lo conhecido e a promessa de que ele estará conosco até a consumação dos séculos.
A ÚLTIMA PÁSCOA (Mt 26.1-30) O Senhor se prepara para o seu sofrimento profetizado em Isaías 53. Os acontecimentos registrados em 26.1-5 se deram na quarta-feira. A páscoa era a antiga festa religiosa judaica que relembrava a libertação do Egito. 60 COMPROMISSO2T13
Mateus 27.32-56
Sábado
Domingo
Mateus 27.57-66
Mateus 28.1-20
Caifás, sumo sacerdote de 18-36 d.C., genro e sucessor de Anás, liderou uma reunião para planejar a morte de Jesus (v. 3-5). O Mestre está na casa de Simão, o leproso, à mesa, inclinado, quase deitado, tendo como base um dos cotovelos. A mulher chegou por trás e ungiu a cabeça de Jesus (v. 6,7; Lc 7.36-50). Os discípulos interpretaram a atitude da mulher de uma forma tacanha (v. 8,9). Há tanta gente assim em nossas igrejas. Jesus lhes chama a atenção (v. 10) e faz uma interpretação extraordinária (v. 11-13). Aprendamos com ela.
Judas inicia a triste história da traição, acertando o seu valor – Trinta moedas de prata (v. 14,15). Já com o dinheiro da traição em mãos, Judas procura agora o momento oportuno para
entregar o Senhor aos religiosos judeus (v. 16). Jesus faz uma pergunta aos discpulos (v. 17). Ele j havia acertado tudo para comer a pscoa com eles (v. 18-20). Chegada a tarde, pôs-se ele à mesa com eles e identica o traidor (v. 20-25). Em seguida, o Senhor celebra a Ceia (v. 26-29), que é um memorial da sua morte e ressurreição. Ele faz uma belíssima promessa no versículo 29. Ao saírem dali, cantaram um hino e foram para o Monte das Oliveiras (v. 30). Provavelmente, cantaram parte dos Salmos 115-118, o tradicional Hallel (“Louvor”) da páscoa.
mindo (v. 40,43,45). Para os que estão
dormindo, temos a exortação do Senhor (v. 41). Jesus é preso como um fora da lei, um bandido (v. 47-56). Não reagiu negativamente (v. 53-56). Todos os discípulos o deixaram e fugiram (v. 56).
JULGAMENTO E CONDENAÇÃO (Mt 26.57-27.26)
Jesus foi preso e Pedro o seguia de longe (v. 58). Os líderes religiosos buscavam um testemunho falso contra o Mestre, mas ele guardou silêncio (v. 59,63). Consideraram-no réu de morte (v. 66). Foi humilhado, cuspido, malO PREÇO DA TRAIÇÃO tratado e esbofeteado covardemente (v. (Mt 26.31-56) 67-68). Em seguida, Pedro foi identicado Cristo fala da sua prisão e do seu sofrimento e a dispersão dos que o se- e negou que era discípulo de Jesus (v. guiam (v. 31). Fala da sua ressurreição e 69-74). Após negar três vezes, o galo o encontro na Galileia (v. 32). Pedro se cantou (v. 74). Ao lembrar-se da palavra levanta e duas vezes promete delidade de Jesus que ele o negaria, Pedro chorou a Jesus (v. 33,35). No versículo 35, os amargamente (v. 75). Jesus foi entregue outros discípulos dizem o mesmo. Je- ao governador Pilatos (27.1). Em seguida, Judas, sabendo da condenação de Jesus prediz a negação de Pedro (v. 34). O Senhor agora chega ao Getsema- sus e tocado de remorso, atirou as trinta ne (prensa de óleo ou azeite), no Monte moedas no santuário e foi enforcar-se das Oliveiras. É neste jardim que Jesus (v. 3-6). O dinheiro não foi aceito como trava uma luta ferrenha entre fazer a sua oferta no santuário porque estava con vontade e a vontade do Pai (v. 39). Esta taminado de sangue. Jesus é conduzido é a nossa luta diária, implacável. Jesus foi a Pilatos (v. 11-26). O governador recoorar e quando se volta para os discípulos nheceu a inocência dele, mas o povo, lios vê dormindo (v. 40). O Mestre orou derado pelos líderes religiosos, resolveu três vezes e três vezes os encontrou dor- crucicar o Senhor (v. 15-25). 2T13 COMPROMISSO 61
CRUCIFICAÇÃO, SEPULTAMENTO E RESSURREIÇÃO (Mt 27.26-28.15)
Jesus inicia a sua Via Crúcis – o caminho da cruz, do sofrimento atroz em nosso lugar. Ele foi agelado por um chicoteamento com agrum – um chicote com várias tiras de couro cri vadas de pedaços de osso ou metal. Os romanos usavam este método com os assassinos e traidores (v. 26). Levaram-no para o pretório, que era a residência de Pilatos em Jerusalém. Toda a coorte (entre 300 e 600 soldados) estava ao seu redor (v. 27). Líderes religiosos e a sociedade se uniram contra Jesus e o zeram sofrer muito. Escarneceram dele e o espancaram (v. 29,30). Tudo ele suportou por nós. Em seguida, o levaram para ser crucicado (v. 31). “A crucicação era um método lento e doloroso de execução que os romanos haviam adotado dos fenícios. A vítima normalmente morria depois de dois ou três dias de sede, exaustão ou exposição ao sol, vento e clima. As mãos eram frequentemente cravadas à barra transversal, que era alçada e axada à barra vertical onde os pés eram então cravados. Uma pequena tábua, sobre a qual o crucicado se assentava, sustentava o peso do corpo. A morte era ocasionalmente apressada por meio da fratura das pernas, mas isso não aconteceu com Cristo (Jo 19.33)”. 62 COMPROMISSO2T13
Jesus estava muito fraco em função do sofrimento atroz que lhe impuseram. Simão Cireneu, de Cirene, capital da Cirenaica, no norte da África, foi obrigado a carregar a parte trans versal da cruz. Finalmente, o levaram para o Gólgota, que signica Caveira (v. 33). Deram-lhe de beber vinho e fel, que era uma espécie de analgésico para aliviar as dores, mas Jesus não quis beber, preferindo enfrentar a morte com o pleno uso das suas faculdades (v. 34). Por cima da sua cabeça puseram uma escrita que tinha uma acusação: “ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS” (v. 37). Para os soldados romanos, tal acusação signica va insurreição. Pregado na cruz, Jesus é alvo de escárnio, zombaria e desprezo (v. 39-44). Da hora sexta (meio-dia) até a hora nona (três da tarde) houve trevas sobre toda a terra. Por volta da hora nona, o Senhor Jesus clamou em alta voz dizendo: Eli, Eli, lemá Sabactâni, que quer dizer: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (v. 46). Foi nesse momento que o Pai virou as costas para o Filho porque ele se tornou fealdade ou feiura absoluta, se tornou pecado por nós (Is 53.1-4; 2Co 5.21). Jesus clamou outra vez com grande voz e entregou o espírito (v. 50). O Senhor Jesus não foi morto diretamente por alguém, tampouco foi vencido por processos naturais. Ele entregou o seu espírito. Meditemos em João 10.17,18.
Com a morte de Jesus, algumas coisas impressionantes aconteceram (v. 51-53). O rasgar do vu signica a abertura de um novo e vivo caminho pela obra de Jesus na cruz (Hb 10.20; Ef 2.11-22). O ocial romano e seus comandados, possuídos de temor, disseram: “Verdadeiramente este era Filho de Deus” (v. 54). Estavam ali mulheres íntegras e servidoras que o acompanhavam desde a Galileia (v. 55,56). José de Arimateia, que era também discípulo, foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus e o governador mandou entregar (v. 58). Em seguida, tomou todas as providncias para sepultar Jesus (v. 59-66). No primeiro dia da semana, o Senhor ressuscitou (v. 1-6). O que ele havia prometido em 26.32 se cumpriu (28.7,10). Maria Madalena e a outra Maria tiveram a experincia singular ao ver o Senhor ressuscitado (v. 9,10). Podemos notar nos versículos 11 a 15 a desonestidade dos religiosos judeus em relao ressurreio de Jesus.
MISSÃO DADA AOS DISCÍPULOS E A PROMESSA DE JESUS (Mt 28.16-20) Como Jesus havia determinado, os discpulos foram para a Galileia, regio norte da Palestina (v. 16). Ao se apresentar diante deles, houve duas reações: adoração e dúvida (v. 17). Estas palavras não combinam. São excludentes. A adoração é fruto da certeza, da fé. Temos agora a chamada “Grande comissão” (v. 18-20). Jesus deu uma missão a eles e a nós também. O Senhor usa o absoluto: toda autoridade; todas as nações; todas as coisas e todos os dias. Jesus tem todo o domínio. Ele quer que sejamos obedientes no cum primento da missão. Debaixo da sua autoridade, façamos discípulos, ensinando-os e batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. É significativo lembrar que Mateus inicia com o Emanuel, Deus conosco (1.23), e termina com a promessa de Jesus: Estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos (28.20).
APLICAÇÕES PARA A VIDA 1 Os sofrimentos de Jesus, antes da sua mor te e ressurreição, devem nos levar a avaliar a nossa vida cristã. Todo o seu sofrimento nos mostra que o discípulo não pPDLRUGRTXHVHX0HVWUHHQHPRVHUYRPDLRUGRTXHRVHX6HQKRU(PYH]GH UHFODPDUGRVQRVVRVVRIULPHQWRVSRUTXHQmRSHGLPRVGLVFHUQLPHQWRDR6HQKRUH agradecemos as lições aprendidas? 2 2IDWRGH3HGURWHUQHJDGRTXHFRQKHFLD&ULVWRUHYHODDQRVVDIUDJLOLGDGH QDWXUH]DKXPDQDFRQIXVDHDPDOGDGHGRFRUDomR1XQFDGHYHPRVGL]HU jamais" . 3 Jesus nos deixou uma ordem para ser cumprida. Não transformemos a Grande comissão na Grande omissão. 2T13 COMPROMISSO 63