I NTERNATIONAL H OUSE OF PRAYER
– M IKE B ICKLE
Tradução: Lucas Cesar
O CÂNTI CO DOS CÂNTICOS
Sessã o 1 I ntr odução a Cantar es de Salomão I.
INTRODUÇÃO A.
Nesta sessão, nós daremos informações introdutórias sobre Cantares de Salomão e princípios de interpretação. Isto irá dar a nós um mapa para que possamos entender seu panorama.
B.
O Rei Salomão é o autor destes oito capítulos de uma canção de amor, o escreveu aproximadamente em 900 AC. Foi provávelmente escrito antes de seu declínio espiritual (1 Rs. 11:3-4).
C.
II.
III.
As duas primeiras sessões de Cantares são Cantares 1-4 e Cantares 5-8. 1.
Os primeiros quarto capítulos do Cântico focam na Noiva conhecendo e desfrutando sua herança em Cristo. Estes capítulos enfatizam como Deus vê e deseja ela.
2.
Os últimos quatro capítulos focam na herança de Jesus na Noiva. Nós buscamos algo dEle, mas Ele também busca algo de nós. Ele quer que o amemos com todo nosso coração (Mt. 22:37). O foco do livro muda completamente na metade. (4:16-5:1).
MEU ENCARGO PESSOAL E JORNADA COM O LIVRO A.
O Senhor falou comigo em voz audível em Julho de 1988. Eu estava em meu escritório e eu estava lendo Cantares de Salomão 8:6 e comecei a orar, “Deixe Jesus selar meu coração com o selo do Seu amor”.
B.
O Senhor disse que liberaria graça para caminhar em Cantares 8:6-7 através do Corpo de Cristo no mundo inteiro e que eu estaria focando neste tema através do meu ministério.
C.
Minha primeira resposta foi ficar perplexo em Cantares de Salomão naquele dia. Minha segunda resposta foi estudar Cantares pela fé sem prazer nele. Eu estava inicialmente intimidado pela terminologia simbólica. Eu logo comecei a achar muito deleite e prazer em estudar Cantares a medida que eu encontrava Jesus o Noivo e sentia o poder do Seu amor.
CANTARES REVELA O MODELO DE SANTA PAIXÃO A.
Este cântico revela o padrão pelo qual nós crescemos em paixão por Jesus. Isto toca princípios significativos e realidades práticas necessárias para desenvolver um amor maduro por Deus.
B.
Entender este Cântico nos ajuda a identificar as questões que Deus está especificadamente lidando em nossas vidas. Isto nos equipa a discernir o que Deus está fazendo em diferentes estações de nossa vida. Através de nossa vida, nós fluímos e fluímos dentro e fora de testes e bênçãos descritas em Cantares. As pessoas geralmente se acham em dois diferentes lugares neste Cântico nas estações de suas vidas. Eu revisito o mesmo lugar do Cântico várias vezes.
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IV.
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COMO INTERPRETAR CANTARES DE SALOMÃO A.
B.
I nterpretação natur al : Esta visão retrata uma história de amor natural entre o Rei Salomão e sua noiva, a virgem Sulamita. Esta enfatiza princípios bíblicos que honra a beleza do amor dentro do casamento. Esta visão tem crescido em popularidade nos últimos 100 anos e tem muitos comentários bons. Existem duas linhas básicas de história quando interpretamos Cantares como uma história natural de amor. 1.
A primeira nos conta da virgem Sulamita que foi pedida em casamento pelo belo e rico rei Salomão, que progressivamente ganha seu coração enquanto a história desenrola.
2.
A segunda é a história da virgem Sulamita piedosa que ama profundamente um pobre pastor em sua cidade natal (Suném). O rei Salomão visitou sua cidade e percebeu seu trabalho em um vinhedo. Ele ficou impressionado pela sua beleza estraordinária. Então, ele tentou roubar seu coração do pobre pastor que a amava. Ela permaneceu fiel ao pobre pastor no meio das tentações do saldável e poderoso rei Salomão.
I nterpretação espiritual : Esta é uma interpretação simbólica para revelar verdades espirituais em nosso relacionamento com Jesus por trás da história natural. Essa é a abordagem que eu usarei neste curso. Nós estudamos Cantares para ganhar profundo entendimento de nosso relacionamento com Jesus. Esta é a interpretação mais comum nos últimos 3.000 anos (desde que Salomão escreveu este cântico). 1.
Jesus é exaltado em Cantares. Ele falou de Si mesmo através de todas as escrituras aos discípulos no caminho de Emaus. Ele foi através dos 39 livros do AT falando de si mesmo. 27
2.
“...expl icava-lh es o que dele se achava em todas as Escri turas. ” (L c. 24:27)
O Espírito inspirou toda a Escritura (2 Tim. 3:16) e exalta Jesus em tudo que Ele faz. 14
meu e o tornará conhecido a vocês.” “Ele me glor ificará, por que receberádo que é (Jo. 16:14) 3.
V.
O Espírito tem profunda amizade com Jesus e uma feroz lealdade a encher pessoas com amor por Jesus. Eles tem estado juntos desde a eternidade passada. Então, é inconcebível que o Espírito inspiraria um livro na Bíblia sem Jesus sendo o tema predominante.
A INTERPRETAÇÃO ESPIRITUAL: TRÊS ABORDAGENS COMUNS A.
Primeira, o relacionamento entre Jesus e o cristão individual. Esta abordagem nos dá princípios espirituais que nos ajuda em nossa progressão em santa paixão. Este é o caminho que nós abordamos este estudo.
B.
Segunda, o relacionamento entre Jesus e Sua Igreja coletiva através da história.
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VI.
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C.
Terceira, o relacionamento entre Deus como Noivo e o étnico Istael como Sua Noiva (Jr. 2:2; Os. 2:16-20; Ez. 16:8-14, 20-21, 32, 38; Is. 54:5-6). Esta foi a primeira abordagem dos escribas nos tempos do AT, e esta é a abordagem dos rabinos Judeus hoje.
D.
Nós abençoamos diferentes interpretações desde que elas ensinem outros a crescer em amor por Jesus.
TODOS OS CRISTÃOS ESTÃO INCLUIDOS NA NOIVA A.
Teológicamente, todos os cristãos na terra são desposados (noiva) por Jesus. Na tradição hebraica, um casal de noivos estava legalmente casado e precisavam se divorciar se eles rompessem seu noivado. 2
“... por que vos desposei com um só esposo, para vos apr esentar a Cr isto como uma vir gem pura; ” (2 Co. 11:2) B.
A consumação do relacionamento conjugal ocorre na era porvir (Ap. 19:7). 7
“Alegremo-n os e exu ltemos, e demos-l he a glór ia, por que sã o chegadas as bodas do Cordeir o, e sua esposa jáse pr eparou,” (Ap. 19:7) C.
Uma definição prática da Noiva inclui todos aqueles quais estão maduros em amor.
D.
Eu acredito que a noiva de Cristo é a Igreja inteira da história, cheia com amor maduro. Na ressurreição, o Espírito trará o trabalho de Deus à conclusão em toda a Igreja. Em outras
E.
palavras, todo crente irá experimentar um maduro relacionamento de noiva com Jesus. Primeiro, a maturidade da Noiva é em ultimo lugar o fruto do trabalho de Jesus na cruz. 31
por nós, quem serácontr a nós? 32 Aquele que nem mesmo a seu pr óprio F il ho “...Se Deus é poupou, antes o entr egou por todos nós, como nos não darátambé m com ele todas as coisas? ” (Rm. 8:31-32) F.
Segundo, no céu haverá somente um único povo, em vez de duas classes de crentes. Jesus orou para que seu povo seja um como o Pai e o Filho. 21.
G.
s em mim, e eu em ti ...” (Jo. 17:21) “...que todos sejam um, como tu, ó Pai, o é
Terceiro, nós seremos como Jesus quando nós o vermos em glória. O impacto de ver Deus liberará grande poder que transformará todos os crentes na era porvir. 2
“...quando ele se man ifestar , seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” (1 Jo. 3:2) H.
Quarto, o destino da Noiva é assegurado pelo coração arrebatado de Deus por ela. Seu coração é arrebatado por todos do Seu povo. O coração de Deus é arrebatado por todos os redimidos, não apenas por aqueles que são espiritualmente maduros durante seu breve tempo na terra. Jesus não é mais arrebatado por um grupo na Igreja do que ele é por outro grupo.
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“Vocêar rebatou meu coração, minh a i rmã, minh a n oiva...” (Ct. 4:9).
Resumo: A maturidade da Noiva é baseada primariamente sobre o trabalho de Jesus na cruz, Sua intercessão, a revelação da Sua glória, e Seu coração arrebatado por nós.
AS TRÊS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO LIVRO A.
Rei Salomão: Na interpretação espiritual, ele é a figura do triunfante, ressurreto Jesus Cristo que é Rei dos reis.
B.
Vir gem Sul amita : Na interpretação espiritual, ela é uma figura da Noiva de Cristo. Ela é introduzida como uma jovem virgem que cresce para se tornar uma Noiva em madura parceria com o Rei Jesus. A Sulamita é mencionada uma vez pelo nome (6:13). Ela viveu em Suném (norte de Jesreel).
C.
F ilhas de Jerusalé m: Na interpretação espiritual, elas falam de sinceridade, ainda espiritualmente imatura, crentes. Elas buscam pela Sulamita por respostas em como chegar perto do Rei. Elas não são um grupo atual que nós podemos identificar na história (elas personificam cristãos imaturos).
VIII. COMPARANDO ECLESIASTES E CÂNTICO DOS CÂNTICOS A.
Salomão escreveu três livros no Antigo Testamento: Provérbios, Eclesiastes, e Cântico dos Cânticos. Era comum para os pais Judeus comparar os três livros de Salomão ao templo que ele contruiu.
átrio exterior 1. Eles Eles comparavam comparavam o o livro livro de de Eclesiastes Provérbios ao do templo templo de de Salomão. Salomão. 2. ao átrio interior do 3. Eles comparavam Cantares ao Santo dos Santos no templo de Salomão. B.
Em Eclesiastes, ele escreveu, “Vaidade de vaidades, tudo é vaidade .” Este livro proclama que a vida sem a obediência a Deus é vaidade. Portanto, é impossível estar satisfeito com mesmo as mais desejáveis circunstâncias. Este livro fala das andanças intermináveis dos homens até achar descanso em Deus. Nós podemos ter tudo, mas se nos faltar realidade com Deus, nós na verdade não teremos nada.
C.
Em Cantares de Salomão, Salomão mostra a alegria da vida que pode ser alcançada independente de como as situações estão indo. Neste livro, o Espírito Santo está nos chamando a fazer de intimidade com Deus o alvo da nossa vida. Cantares destaca quão plena nossa vida é quando nossa paixão consumidora é amar e conhecer Jesus. Mesmo com circunstâncias difíceis, nosso espírito pode estar vivo em Deus.
D.
Eclesiastes nos ensina que não importa quão grande nossas conquistas são diante dos olhos dos homens, elas em ultimo lugar não terão nenhum valor se elas não agradam a Deus. Quando entendemos Eclesiastes despertamos para o fervor que começa na jornada em Cantares 1:5. Então, Eclesiastes prepara-nos para entender o Cântico dos Cânticos.
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IX.
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E.
A filosofia em Eclesiastes nos diz para “afirmar-nos a ganhar mais experiência terrena como a maneira de desfrutar a vida .” Cantares de Salomão fala de inteira satisfação através da humildade, obediência, e a comunicação do amor de Deus.
F.
Eclesiastes fala da vaidade de perseguir as melhores coisas encontradas na vida terrena, enquanto Cantares de Salomão fala do prazer espiritual de perseguir as melhores coisas encontradas na vida celestial.
OS CÂNTICOS: UMA SÉRIE DE CANÇÕES A.
O Cântico dos Cânticos é algumas vezes referido como Cânticos. O Substântivo no Latim canticum quer dizer “uma canção.” Cânticos quer dizer uma série de canções.
B.
A Vulgata foi a tradução mais popular da Bíblia escrito no quarto século por Jerônimo; ele traduziu a Escritura para o Latim para que pessoas comuns pudessem entendê-la.
C.
Na Vulgata, Cantares de Salomão é chamado de Cânticos. As referências a seguir podem ser legitimamente usadas (em inglês): Cant. 4:9, Song 4:9, SS 4:9, or SOS 4:9. (obs Lucas: no Brasil comumente utilizamos a referência: Ct 4:9).
INTERPRETAÇÃO ALEGÓRICA 23
Todavia, o que era da escrava nasceu segun do a carn e, mas, o que er a da l ivre, por promessa. 24 O que se entende por alegori a; [ilustração na NVI, Alegoria na SBB] po rque estas são as duas alianças; 25
um a, do monte Sin ai, m gerque andoagora filhos para pois a servi dão, que éAgar Or a,26 esta éSinai...que corresponde àJerusalé existe, éescrava com seus .filhos. M as Aagar Jerusalé m que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós. (Gl. 4:23-26) A.
A interpretação alegórica tem sido usada de diferentes formas através da história. A forma que Paulo lida com a história de Agar-Sara é traduzida como simbólica pela NKJ, como figurativa pela NVI, e alegórica pela SBB.
B.
O uso de Paulo da história de Agar-Sara em Gálatas 4:21-31 é mais figurativo (tipologia) do que alegórica. O uso de Paulo de alegoria diverge grandemente do uso alegórico Alexandrino (primeiro-centurião Filo, assim como o terceiro- e quarto-centurião Orígenes e Crisóstomo).
C.
Os Alexandrinos usaram a alegoria de forma que ignoraram seu contexto histórico e significativo. Em 1 Coríntios 9:9-10, Paulo usa uma interpretação alegórica de “boi amordaçado” (Dt. 25:4) para aplicar aos trabalhadores em tempo integral no evangelho recebendo finanças.
D.
Uma alegoria é uma história fictícia com significado simbólico, com nenhuma base nos fatos históricos. Este tipo de alegoria é visto no livro, As Crônicas de Nárnia.
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E.
Uma alegoria é uma forma literária onde pessoas ou objetos simbólicos representam verdades. Alegorias ilustram verdades para as fazer fáceis de serem entendidas. Nossa primária interpretação das Escrituras deve ser histórica gramatical, tomando a Escritura pelo significado claro. Nós abordamos a Escritura desta forma ao mesnos que a Escritura indique outra forma (Gl. 4:24; Jo. 15:1-6; Ap. 11:8; Is. 5:1-7; Os. 2:1-14; Ez. 16; Dn. 7:2-8, 16).
F.
Interpretações alegóricas são úteis se nós somente as usarmos para ilustrar verdades que são claramente estabelecidas através do Novo Testamento.
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