Universidade Universidade do Sul de Santa Catarina
Metodologia para Estudo de Caso Disciplina Disciplina na modalidade a distância
4ª edição revista e atualizada
Palhoça UnisulVirtual 2009
Créditos Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina UnisulVirtual - Educação Superior a Distância Campus UnisulVirtual
Avenida dos Lagos, 41 - Cidade Universitária Pedra Branca Palhoça – SC - 88137-100 Fone/ax: (48) 3279-1242 e 3279-1271 E-mail:
[email protected] Site: www.virtual.unisul.br
Reitor Unisul
Gerson Luiz Joner da Silveira
Vice-Reitor e Pró-Reitor Acadêmico
Sebastião Salésio Heerdt
Chefe de Gabinete da Reitoria Fabian Martins de Castro
Pró-Reitor Administrativo
Marcus Vinícius Anátoles da Silva Ferreira
Campus Sul
Diretor: Valter Alves Schmitz Neto Diretora adjunta: Alexandra Orsoni
Campus Norte
Diretor: Ailton Nazareno Soares Diretora adjunta: Cibele Schuelter
Campus UnisulVirtual
Itamar Pedro Bevilaqua Jairo Aonso Henkes João Kiyoshi Otuki Jorge Alexandre Nogared Cardoso José Carlos de Oliveira Noronha Jucimara Roesler Lauro José Ballock Luiz Guilherme Buchmann Figueiredo Luiz Otávio Botelho Lento Marcelo Cavalcanti Marciel Evangelista Catâneo Maria da Graça Poyer Maria de Fátima Martins (auxiliar) Mauro Faccioni Filho Michelle Denise D. L. Destri Moacir Fogaça Moacir Heerdt Nazareno Marcineiro Nélio Herzmann Onei Tadeu Dutra Patrícia Alberton Raulino Jacó Brüning Rose Clér Estivalete Beche Rodrigo Nunes Lunardelli
Criação e Reconhecimento de Cursos Diane Dal Mago Vanderlei Brasil
Desenho Educacional
Diretor: João Vianney Diretora adjunta: Jucimara Roesler
Carolina Hoeller da Silva Boeing (Coordenadora)
Equipe UnisulVirtual
Design Instrucional
Avaliação Institucional Dênia Falcão de Bittencourt
Biblioteca
Soraya Arruda Waltrick
Capacitação e Assessoria ao Docente Angelita Marçal Flores (Coordenadora) Caroline Batista Cláudia Behr Valente Elaine Surian Patrícia Meneghel Simone Andréa de Castilho
Coordenação dos Cursos
Adriano Sérgio da Cunha Aloísio José Rodrigues Ana Luisa Mülbert Ana Paula Reusing Pacheco Bernardino José da Silva Charles Cesconetto Daiane Teixeira (auxiliar) Diva Marília Flemming Eduardo Aquino Hübler Fabiana Lange Patrício (auxiliar) Fabiano Ceretta
Ana Cláudia Taú Carmen Maria Cipriani Pandini Cristina Klipp de Oliveira Daniela Erani Monteiro Will Flávia Lumi Matuzawa Karla Leonora Dahse Nunes Lucésia Pereira Márcia Loch Marcelo Mendes de Souza Michele Corrêa Nágila Cristina Hinckel Silvana Souza da Cruz Viviane Bastos
Acessibilidade
Vanessa de Andrade Manoel
Avaliação da Aprendizagem
Márcia Loch (Coordenadora) Lis Airê Fogolari Simone Soares Haas Carminatti
Design Visual
Vilson Martins Filho (Coordenador) Adriana Ferreira dos Santos Alex Sandro Xavier Alice Demaria Silva Cristiano Neri Gonçalves Ribeiro Diogo Raael da Silva
Edison Rodrigo Valim Fernando Roberto Dias Zimmermann Higor Ghisi Luciano Pedro Paulo Alves Teixeira Raael Pessi
Disciplinas a Distância
Enzo de Oliveira Moreira (Coordenador) Franciele Arruda Rampelotti (auxiliar)
Gerência Acadêmica
Márcia Luz de Oliveira
Gerência Administrativa Renato André Luz (Gerente) Marcelo Fraiberg Machado Naiara Jeremias da Rocha Valmir Venício Inácio
Gerência de Ensino, Pesquisa e Extensão Moacir Heerdt Clarissa Carneiro Mussi
Gerência de Produção e Logística
Arthur Emmanuel F. Silveira (Gerente) Ana Paula Pereira Francisco Asp
Gestão Documental
Janaina Stuart da Costa Josiane Leal Juliana Dias Ângelo Lamuniê Souza Roberta Melo Platt Rubens Amorim
Logística de Encontros Presenciais
Graciele Marinês Lindenmayr (Coordenadora) Aracelli Araldi Hackbarth Daiana Cristina Bortolotti Douglas Fabiani da Cruz Edésio Medeiros Martins Filho Fabiana Pereira Fernando Steimbach Letícia Cristina Barbosa Marcelo Faria Marcelo Jair Ramos Rodrigo Lino da Silva Simone Perroni da Silva Zigunovas
Formatura e Eventos
Jackson Schuelter Wiggers
Logística de Materiais
Jeerson Cassiano Almeida da Costa (Coordenador) Carlos Eduardo Damiani da Silva Geanluca Uliana
Luiz Felipe Buchmann Figueiredo José Carlos Teixeira
Monitoria e Suporte
Adriana Silveira Anderson da Silveira Andréia Drewes André Luiz Portes Bruno Augusto Estácio Zunino Caroline Mendonça Claudia Noemi Nascimento Cristiano Dalazen Ednéia Araujo Alberto Fernanda Farias Jonatas Collaço de Souza Karla Fernanda Wisniewski Desengrini Maria Eugênia Ferreira Celeghin Maria Isabel Aragon Maria Lina Moratelli Prado Poliana Morgana Simão Priscilla Geovana Pagani Raael Cunha Lara Tayse de Lourdes Cardoso
Relacionamento com o Mercado
Walter Félix Cardoso Júnior
Secretaria de Ensino a Distância Karine Augusta Zanoni Albuquerque (Secretária de Ensino) Andréa Luci Mandira Andrei Rodrigues Carla Cristina Sbardella Djeime Sammer Bortolotti Franciele da Silva Bruchado Fylippy Margino dos Santos James Marcel Silva Ribeiro Jennifer Camargo Liana Pamplona Luana Tarsila Hellmann Marcelo José Soares Micheli Maria Lino de Medeiros Raael Back Rosângela Mara Siegel Silvana Henrique Silva Vanilda Liordina Heerdt Vilmar Isaurino Vidal
Secretária Executiva Viviane Schalata Martins Tenille Nunes Catarina (Recepção)
Tecnologia Osmar de Oliveira Braz Júnior (Coordenador) André Luis Leal Cardoso Júnior Jeferson Amorin Oliveira José Olímpio Schmidt Marcelo Neri da Silva Phelipe Luiz Winter da Silva Rodrigo Battistotti Pimpão
Créditos Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina UnisulVirtual - Educação Superior a Distância Campus UnisulVirtual
Avenida dos Lagos, 41 - Cidade Universitária Pedra Branca Palhoça – SC - 88137-100 Fone/ax: (48) 3279-1242 e 3279-1271 E-mail:
[email protected] Site: www.virtual.unisul.br
Reitor Unisul
Gerson Luiz Joner da Silveira
Vice-Reitor e Pró-Reitor Acadêmico
Sebastião Salésio Heerdt
Chefe de Gabinete da Reitoria Fabian Martins de Castro
Pró-Reitor Administrativo
Marcus Vinícius Anátoles da Silva Ferreira
Campus Sul
Diretor: Valter Alves Schmitz Neto Diretora adjunta: Alexandra Orsoni
Campus Norte
Diretor: Ailton Nazareno Soares Diretora adjunta: Cibele Schuelter
Campus UnisulVirtual
Itamar Pedro Bevilaqua Jairo Aonso Henkes João Kiyoshi Otuki Jorge Alexandre Nogared Cardoso José Carlos de Oliveira Noronha Jucimara Roesler Lauro José Ballock Luiz Guilherme Buchmann Figueiredo Luiz Otávio Botelho Lento Marcelo Cavalcanti Marciel Evangelista Catâneo Maria da Graça Poyer Maria de Fátima Martins (auxiliar) Mauro Faccioni Filho Michelle Denise D. L. Destri Moacir Fogaça Moacir Heerdt Nazareno Marcineiro Nélio Herzmann Onei Tadeu Dutra Patrícia Alberton Raulino Jacó Brüning Rose Clér Estivalete Beche Rodrigo Nunes Lunardelli
Criação e Reconhecimento de Cursos Diane Dal Mago Vanderlei Brasil
Desenho Educacional
Diretor: João Vianney Diretora adjunta: Jucimara Roesler
Carolina Hoeller da Silva Boeing (Coordenadora)
Equipe UnisulVirtual
Design Instrucional
Avaliação Institucional Dênia Falcão de Bittencourt
Biblioteca
Soraya Arruda Waltrick
Capacitação e Assessoria ao Docente Angelita Marçal Flores (Coordenadora) Caroline Batista Cláudia Behr Valente Elaine Surian Patrícia Meneghel Simone Andréa de Castilho
Coordenação dos Cursos
Adriano Sérgio da Cunha Aloísio José Rodrigues Ana Luisa Mülbert Ana Paula Reusing Pacheco Bernardino José da Silva Charles Cesconetto Daiane Teixeira (auxiliar) Diva Marília Flemming Eduardo Aquino Hübler Fabiana Lange Patrício (auxiliar) Fabiano Ceretta
Ana Cláudia Taú Carmen Maria Cipriani Pandini Cristina Klipp de Oliveira Daniela Erani Monteiro Will Flávia Lumi Matuzawa Karla Leonora Dahse Nunes Lucésia Pereira Márcia Loch Marcelo Mendes de Souza Michele Corrêa Nágila Cristina Hinckel Silvana Souza da Cruz Viviane Bastos
Acessibilidade
Vanessa de Andrade Manoel
Avaliação da Aprendizagem
Márcia Loch (Coordenadora) Lis Airê Fogolari Simone Soares Haas Carminatti
Design Visual
Vilson Martins Filho (Coordenador) Adriana Ferreira dos Santos Alex Sandro Xavier Alice Demaria Silva Cristiano Neri Gonçalves Ribeiro Diogo Raael da Silva
Edison Rodrigo Valim Fernando Roberto Dias Zimmermann Higor Ghisi Luciano Pedro Paulo Alves Teixeira Raael Pessi
Disciplinas a Distância
Enzo de Oliveira Moreira (Coordenador) Franciele Arruda Rampelotti (auxiliar)
Gerência Acadêmica
Márcia Luz de Oliveira
Gerência Administrativa Renato André Luz (Gerente) Marcelo Fraiberg Machado Naiara Jeremias da Rocha Valmir Venício Inácio
Gerência de Ensino, Pesquisa e Extensão Moacir Heerdt Clarissa Carneiro Mussi
Gerência de Produção e Logística
Arthur Emmanuel F. Silveira (Gerente) Ana Paula Pereira Francisco Asp
Gestão Documental
Janaina Stuart da Costa Josiane Leal Juliana Dias Ângelo Lamuniê Souza Roberta Melo Platt Rubens Amorim
Logística de Encontros Presenciais
Graciele Marinês Lindenmayr (Coordenadora) Aracelli Araldi Hackbarth Daiana Cristina Bortolotti Douglas Fabiani da Cruz Edésio Medeiros Martins Filho Fabiana Pereira Fernando Steimbach Letícia Cristina Barbosa Marcelo Faria Marcelo Jair Ramos Rodrigo Lino da Silva Simone Perroni da Silva Zigunovas
Formatura e Eventos
Jackson Schuelter Wiggers
Logística de Materiais
Jeerson Cassiano Almeida da Costa (Coordenador) Carlos Eduardo Damiani da Silva Geanluca Uliana
Luiz Felipe Buchmann Figueiredo José Carlos Teixeira
Monitoria e Suporte
Adriana Silveira Anderson da Silveira Andréia Drewes André Luiz Portes Bruno Augusto Estácio Zunino Caroline Mendonça Claudia Noemi Nascimento Cristiano Dalazen Ednéia Araujo Alberto Fernanda Farias Jonatas Collaço de Souza Karla Fernanda Wisniewski Desengrini Maria Eugênia Ferreira Celeghin Maria Isabel Aragon Maria Lina Moratelli Prado Poliana Morgana Simão Priscilla Geovana Pagani Raael Cunha Lara Tayse de Lourdes Cardoso
Relacionamento com o Mercado
Walter Félix Cardoso Júnior
Secretaria de Ensino a Distância Karine Augusta Zanoni Albuquerque (Secretária de Ensino) Andréa Luci Mandira Andrei Rodrigues Carla Cristina Sbardella Djeime Sammer Bortolotti Franciele da Silva Bruchado Fylippy Margino dos Santos James Marcel Silva Ribeiro Jennifer Camargo Liana Pamplona Luana Tarsila Hellmann Marcelo José Soares Micheli Maria Lino de Medeiros Raael Back Rosângela Mara Siegel Silvana Henrique Silva Vanilda Liordina Heerdt Vilmar Isaurino Vidal
Secretária Executiva Viviane Schalata Martins Tenille Nunes Catarina (Recepção)
Tecnologia Osmar de Oliveira Braz Júnior (Coordenador) André Luis Leal Cardoso Júnior Jeferson Amorin Oliveira José Olímpio Schmidt Marcelo Neri da Silva Phelipe Luiz Winter da Silva Rodrigo Battistotti Pimpão
Apresentação Este livro didático corresponde à disciplina Metodologia para Estudo de Caso. O material foi elaborado visando a uma aprendizagem autônoma, abordando abordando conteúdos especialmente selecionados e adotando uma linguagem que facilite seu estudo a distância. Por Por falar em distância, isto não significa que você estará sozinho. sozinho. Não Não esqueça que sua caminhada caminhada nesta disciplina também será acompanhada constantemente pelo Sistema Tutorial Tutorial da UnisulVirtual. Entre em contato sempre que sentir necessidade. Nossa equipe terá o maior prazer em atendê-lo, pois sua aprendizagem é o nosso principal objetivo. Bom estudo e sucesso! Equipe UnisulVirtual.
Marcelo José Cavalcanti Enzo de Oliveira Moreira
Metodologia para Estudo de Caso Livro didático 4ª edição revista e atualizada
Design instrucional Carmen Maria Cipriani Pandini
Palhoça UnisulVirtual 2009
Copyright © UnisulVirtual 2009 Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição.
Edição – Livro Didático Professor Conteudistas Marcelo José Cavalcanti Enzo de Oliveira Moreira Design Instrucional Carmen Maria Cipriani Pandini Flavia Lumi Matuzawa (3ª edição revista e atualizada) Assistente Acadêmico Michele Antunes Corrêa (4ª ed. revista e atualizada) Projeto Gráfico e Capa Equipe UnisulVirtual Diagramação Higor Ghisi Luciano Pedro Teixeira (3ª edição revista e atualizada) Adriana Ferreira dos Santos (4ª edição revista e atualizada) Revisão Amaline Boulus Issa Mussi
001.42 C37
Cavalcanti, Marcelo José Metodologia para estudo de caso : livro didático / Marcelo José Cavalcanti, Enzo de Oliveira Moreira ; design instrucional Carmen Maria Cipriani Pandini, [Flavia Lumi Matuzawa ; assistente acadêmico Michele Antunes Corrêa]. – 4. ed. rev. e atual. – Palhoça : UnisulVirtual, 2009. 168 p. : il. ; 28 cm. Inclui bibliografia. 1. Pesquisa. 2. Método de estudo de casos. I. Moreira, Enzo de Oliveira. II. Pandini, Carmen Maria Cipriani. III. Matuzawa, Flavia Lumi. IV. Corrêa, Michele Antunes. V. Título. Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universitária da Unisul
Sumário
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 Palavras dos professores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
UNIDADE UNIDADE UNIDADE UNIDADE
1 2 3 4
Estratégias de Pesquisa Científica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15 Estudo de Caso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33 Etapas iniciais de um relatório de pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 Etapas finais de um relatório de pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
Para concluir o estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159 Sobre os professores conteudistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163 Respostas e comentários das atividades de auto-avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165
8
Palavras dos professores O desenvolvimento da Pesquisa Científica no Ensino Superior é primordial para o aperfeiçoamento humano e para a produção do conhecimento. Por essa razão, as Instituições de Ensino Superior (lES) têm como uma de suas finalidades produzir e sistematizar os saberes através da produção científica por parte do corpo discente e do corpo docente. O estudo de caso tem caráter acadêmico-científico. Materializa-se com a escolha de um tema pelo acadêmico, o qual irá desenvolvê-lo individualmente e mediante acompanhamento do professor. A escolha do tema é de extrema relevância. E, quanto mais específico e delimitado o assunto, mais significativa será a produção científica. Toda atividade de pesquisa reflete o resultado de estudos realizados e expressa, também, o grau de conhecimento do acadêmico em relação ao assunto investigado. Este livro objetiva oportunizar a padronização das regras pertinentes ao desenvolvimento do Estudo de Caso. Se, após a leitura e estudo deste livro, persistirem dúvidas quanto à elaboração do Estudo de Caso, o professor deverá ser consultado.
Plano de estudo O plano de estudos visa a orientá-lo (a) no desenvolvimento da Disciplina. Possui elementos que o (a) ajudarão a conhecer o contexto da Disciplina e a organizar o seu tempo de estudos. O processo de ensino e aprendizagem na UnisulVirtual leva em conta instrumentos que se articulam e se complementam, portanto a construção de competências se dá sobre a articulação de metodologias e por meio das diversas formas de ação/mediação. São elementos desse processo:
o livro didático;
o EVA (Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem);
as atividades de avaliação (a distância, presenciais e auto-avaliação); o Sistema Tutorial.
Carga horária 60 horas-aula - 4 créditos.
Ementa Tipos de pesquisa. Estudo de Caso: conceito, composição estrutural e metodologia.
Objetivos da disciplina O objetivo deste livro é contextualizar o (a) estudante nas atividades de pesquisa científica, através de metodologia prático-reflexiva, com a apresentação de um roteiro que o (a) auxilie na elaboração de seu projeto de pesquisa. Além disto, nesta disciplina, o (a) estudante terá subsídios para a execução da pesquisa e elaboração do relatório final, bem como acesso à padronização das regras pertinentes à elaboração e desenvolvimento de um Estudo de Caso.
Conteúdo programático/objetivos Veja, a seguir, as unidades que compõem o livro didático desta disciplina e os seus respectivos objetivos. Estes se referem aos resultados que você deverá alcançar ao final de uma etapa de estudo. Os objetivos de cada unidade definem o conjunto de conhecimentos que você deverá possuir para o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias à sua formação.
Unidades de estudo: 4 UNIDADE 1 – Estratégias de Pesquisa Científica
Nesta unidade, serão apresentados alguns conceitos norteadores a respeito de pesquisa científica e métodos de pesquisa sob o viés da base lógica da investigação, da finalidade da pesquisa e do delineamento da pesquisa. UNIDADE 2 – Estudo de Caso
Nesta unidade, trabalharemos a definição de um estudo de caso mais especificamente, com detalhes sobre a oportunidade de aplicação e as suas vantagens. Além disto, apresentaremos os tipos e as etapas de um estudo de caso.
12
UNIDADE 3 – Etapas iniciais de um relatório de pesquisa
A unidade 3 é contextualizadora, pois dá início à construção do planejamento para o estudo de caso. Ela mostra os primeiros passos para a elaboração do relatório e justifica a sua aplicação. UNIDADE 4 – Etapas finais de um relatório de pesquisa
Nesta unidade, serão apresentadas as formas de socializar os resultados da aplicação do planejamento da pesquisa. Aqui será mostrado como construir as etapas de aplicação, apresentação, análise e sugestões do relatório final da pesquisa de estudo de caso.
13
Agenda de atividades/ Cronograma
Verifique com atenção o EVA, organize-se para acessar periodicamente a sala da disciplina. O sucesso nos seus estudos depende da priorização do tempo para a leitura, da realização de análises e sínteses do conteúdo e da interação com os seus colegas e professor. Não perca os prazos das atividades. Registre no espaço a seguir as datas com base no cronograma da disciplina disponibilizado no EVA. Use o quadro para agendar e programar as atividades relativas ao desenvolvimento da disciplina.
Atividades
Demais atividades (registro pessoal)
14
UNIDADE 1
Estratégias de Pesquisa Científica Objetivos de aprendizagem Nesta unidade, você terá subsídios para:
conhecer os conceitos básicos sobre pesquisa científica e métodos de pesquisa; saber diferenciar os métodos que proporcionam a base lógica da investigação, dos que identificam a finalidade da pesquisa e dos que delineiam a pesquisa.
Seções de estudo Seção 1 A Pesquisa Científica Seção 2 O método de pesquisa Seção 3 Métodos que proporcionam a base lógica da investigação
Seção 4 Métodos que identificam a finalidade da pesquisa
Seção 5 Delineamento da pesquisa: meios de investigação
Seção 6 A pesquisa científica na UnisulVirtual
1
Universidade do Sul de Santa Catarina
Para início de estudo Provavelmente, você já realizou alguma pesquisa em sua vida, formal ou até mesmo informal, e, também, já deve ter percebido que, dependendo de como você planeje e execute a sua pesquisa, pode ter resultados diferentes!!!! Muitos questionam a importância da normatização, como o caso da ABNT, mas poucos conseguem perceber que através da normatização evitamos tendenciar uma pesquisa. A partir de agora, você irá entrar no mundo da pesquisa científica e vai, na prática, montar um projeto de pesquisa, para executá-lo na próxima disciplina em seu curso. - Vamos iniciar o estudo, então? Preparado(a)? Inicialmente você estudará o que é Pesquisa.
Seção 1 - A pesquisa científica Ao iniciar os estudos desta disciplina, é importante que você contextualize nomenclaturas as quais vai utilizar ao longo do estudo. Para seguir a trajetória que envolverá a produção de uma pesquisa científica, é necessário entender o conceito de ciência. Iniciamos, trazendo o conceito de Fachin (2001, p.15): [...] se pode considerar a Ciência como uma forma de conhecimento que tem por objetivo formular, mediante linguagem rigorosa e apropriada – se possível, com auxílio da linguagem matemática –, leis que regem os fenômenos. Embora sendo as mais variadas, essas leis apresentam vários pontos em comum: são capazes de descrever séries de fenômenos; são comprováveis por meio da observação e da experimentação; são capazes de prever – pelo menos de forma probabilística – acontecimentos futuros. [...]
Após entender o termo “CIÊNCIA”, você precisa também contextualizar “CONHECIMENTO”, que pode ser entendido como o conjunto de ferramentas conceituais e padrões usados pelos seres humanos para criar, colecionar, armazenar e compartilhar a informação. 16
Metodologia para Estudo de Caso
O conhecimento pode ser um refinamento de informações. A ele está associada certa dose de inteligência, que é capaz de fazer associações entre informações, experiências e conceitos, e elaborar conclusões. Dutra (2003) nos diz que o conhecimento serve para o ser humano enfrentar as agruras da natureza. Relaciona o conteúdo retido pela mente humana (informação) com sua aplicação à sua sobrevivência na natureza. Sendo assim, relaciona-se o conhecimento com as inter-relações que os seres humanos mantêm entre si para edificar a sociedade onde vivem. A partir desta introdução sobre CIÊNCIA e CONHECIMENTO, podemos dizer que a “ciência gera conhecimento”, concorda? Mas, como isto acontece?
Para responder a esta questão, é interessante pensarmos que a ciência gera o conhecimento explícito através da aplicação de determinados métodos. São estes métodos que veremos, de forma mais detalhada, na próxima seção.
Seção 2 - O método de pesquisa Antes de apresentarmos formalmente o conceito, cabe expor uma visão mais generalista sobre método, que pode se referir à organização em que serão aplicados os processos necessários para se atingir um objetivo; ou, ao conjunto de regras aplicadas na investigação e na demonstração de um fato. Para Fachin (2003, p. 27), “método é um instrumento do conhecimento que proporciona aos pesquisadores, em qualquer área de sua formação, orientação geral que facilita planejar uma pesquisa, formular hipóteses, coordenar investigações, realizar experiências e interpretar resultados”.
Unidade 1
17
Universidade do Sul de Santa Catarina
O método pode ser considerado o trajeto a ser percorrido pelo pesquisador, no decorrer do desenvolvimento da pesquisa. Daí que, através do método pode-se descobrir a reiteração dos fatos, isto é, a repetição dos fatos em intervalos idênticos, perseguindo-se a observação da regularidade dos fenômenos, verificar, inferir, explicar e generalizar o fenômeno e, então, transformá-lo em lei. O método tem uma estrutura técnica e uma operação mental. A primeira diz respeito aos vários métodos científicos, denominados métodos e a segunda se refere aos métodos racionais, ou seja, a indução e a dedução.
A técnica é a maneira mediante a qual o pesquisador vai percorrer o caminho de sua pesquisa. Assim, o método é estável; as técnicas são variáveis, de acordo com o progresso tecnológico. O método indica o que fazer e a técnica indica o como fazer. Em suma, o método deve ser compreendido como a estratégia para se auferirem resultados. Não se inventa um método; ele depende, fundamentalmente, do objeto da pesquisa. Os pesquisadores que alcançaram êxito comprovado em suas investigações tiveram o cuidado de registrar os “caminhos” percorridos e os meios que os levaram ao cumprimento de seus objetivos. Seus registros, então, possibilitaram a outros cientistas a análise de tais processos para a comprovação, aprimoramento e reutilização dos “caminhos” já percorridos. Assim, estes processos, empíricos no início, foram transformados, com o passar do tempo, em métodos comprovadamente científicos, como nos mostra Gil (1999, p.27). Muitos pensadores do passado manifestaram a aspiração de definir um método universal aplicável a todos os ramos do conhecimento. Hoje, porém, os cientistas e os filósofos da ciência preferem falar numa diversidade de métodos, que são determinados pelo tipo de objeto a investigar e pela classe de proposições a descobrir. Assim, pode-se afirmar que a Matemática não tem o mesmo método da Física, e que esta não tem o mesmo método da Astronomia. E com relação às ciências sociais, podese mesmo dizer que dispõem de grande variedade de métodos. (GIL, 1999, p. 27). 18
Metodologia para Estudo de Caso
Para Cervo e Bervian Bervia n (2002), o método método científico quer descobrir a realidade real idade dos fatos, e esses, ao serem descobertos, devem, por sua vez, guiar g uiar o uso do método. método. Assim, o método científico científico segue o caminho da dúvida sistemática sistemática e metódica, que não se confunde com a dúvida universal un iversal dos céticos, que é impossível. Considerando-se o grande número de métodos científicos, tornase conveniente classificá-los, concorda? Assim, de acordo com a natureza específica de cada problema problema investigado, estabelece-se a escolha de métodos apropriados apropriados para atingir atingi r um fim, que é o saber. Os métodos métodos podem ser classificados em três grandes g randes grupos, gr upos, conforme Gil (1999 (1999)) e por Vergara (2000): métodos que proporcionam a base lógica da investigação, métodos métodos que identificam a finalidade fina lidade da pesquisa e delineamento da pesquisa: meios de investigação.
SEÇÃO 3 - Métodos que proporcionam a base lógica lógic a da investigação Perceba Perceba que existem vários vár ios tipos de métodos métodos na vasta bibliografia bibliografia atual, referente referente à Metodologia Metodologia Científica. Científica. Esta seção apresenta os métodos que proporcionam proporcionam a base lógica da investigação. Este tipo de método trata dos procedimentos que serão aplicados no processo de investigação cientifica dos fatos da natureza e da sociedade. O ponto de partida par tida deste método conta com um alto a lto índice de abstração, possibilitando aos pesquisadores inferir inferi r sobre o alcance de sua investigação, as regras de explicação dos fatos e da validade de suas generalizações. Apesar da abstração inicial, a lógica na escolha dos procedimentos procedimentos não deve ser leviana. lev iana. Para sucesso na escolha do tipo t ipo de base lógica correto, apresentaremos, apresentaremos, a seguir, seg uir, os dois principais métodos. métodos.
Método dedutivo É o método que que parte par te do geral e, logo após desce ao particula par ticular.r. Isto implica partir part ir de princípios reconhecidos reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis, possibilitando chegar-se a conclusões de maneira formal, em virtude de sua lógica.
Unidade 1
19
Universidade do Sul de Santa Catarina
O emprego do pensamento dedutivo acontece quando, segundo Ruiz (1996, p. 139), “a partir de enunciados mais gerais dispostos ordenadamente ordenadamente como premissas de um raciocínio, chega a uma conclusão particular ou menos geral”. Ou seja, parte-se do geral para o particular part icular.. Este método é defendido defendido pelos racionalistas – Descartes, Spinoza, Leibniz –, pois, para eles, somente a razão é capaz de conduzir ao conhecimento verdadeiro, verdadeiro, cuja decorrência estaria relacionada a princípios a priori evidentes e irrecusáveis.
Método indutivo É o método inverso ao método método dedutivo, pois parte do particul pa rticular ar e coloca a generalização generaliz ação como um produto produto posterior do trabalho trabal ho de coleta de dados particula par ticulares. res. A indução, enquanto enquanto forma de pensar contrária à dedução, implica “um processo de raciocínio inverso ao processo dedutivo”, segundo Ruiz (1996, p. 139). A indução parte de fatos singulares para fatos mais gerais, ou seja, parte do particular para o geral. No raciocínio indutivo, indutivo, a generalização generaliz ação não deve ser a priori buscada, mas apenas constatada a partir da observação de casos concretos concretos que confirmem esta realidade. O método indutivo é o método proposto pelos empiristas – Bacon, Hobbes, Locke e Hume –, pois os mesmos consideram que o conhecimento é fundamentado exclusivamente na experiência, ex periência, desconsiderando os princípios princípios preestabelecidos. preestabelecidos.
Saiba mais Além dos métodos dedutivo e indutivo apresentados nesta unidade, outros autores desenvolveram também seus próprios métodos, que apresentamos a seguir.
Método hipotético-dedutivo: é defendido por Karl Popper, que, a partir de críticas à indução, pressupõe que o pesquisador, através de uma combinação de observações, hábeis antecipações e intuição científica, alcançará um conjunto de postulados os quais regem os fenômenos por que estão interessados.
20
Metodologia para Estudo de Caso
Método dialético: o fato de ter sido utilizado por Platão na arte do diálogo demonstra a antiguidade antiguidade deste método, muito embora a concepção moderna deste método esteja fundamentada fundamentada em Hegel, cuja idéia pressupõe que a lógica e a história da humanidade seguem uma trajetória dialética, onde as contradições se transcendem, dando origem a novas contradições que passarão a requerer novas soluções; em um processo contínuo. A concepção hegeliana de dialética é de natureza idealista, admitindo, portanto, a hegemonia das idéias sobre a matéria. Desta forma, o materialismo dialético poderá ser entendido como um método de interpretação da realidade. Método fenomenológico : sugere uma base sólida de investigação sem a possibilidade de proposições. A premissa básica deste método é: “avançar para as coisas”, onde “coisas” refletem os dados. Portanto o método fenomenológico não se preocupa com o fenômeno em si, mas sim com os dados, independentemente se esses dados representam uma realidade, realidade, ou uma mera aparência. Esta característica faz com que o método fenomenológico não seja dedutivo nem empírico: seu propósito é mostrar o que é o dado e esclarecer sobre o que é, não se importando em explicar as leis nem fazer deduções com base nos princípios, mas sim, considerar o que está presente na consciência, o objeto. A fenomenologia ressalta a idéia de que o mundo é criado pela consciência, o que pressupõe o reconhecimento da importância do sujeito no processo da construção do conhecimento. FONTE: Gil (1999).
Seção 4 - Métodos que identificam a finalidade da pesquisa Os fins, como o próprio nome designa, identificam o propósito pelo qual uma pesquisa é realizada. Desta forma, Vergara (2000) lista um conjunto conjunto de métodos métodos pelos quais uma u ma pesquisa se justificaria. Veja Veja a seguir. seg uir.
Unidade 1
21
Universidade do Sul de Santa Catarina
Pesquisa Exploratória Normalmente, é feita em áreas onde o conhecimento é escasso e sistematizado e, por sua natureza de sondagem, não comporta inicialmente as hipóteses, porém nada impede que as hipóteses surjam durante ou no final da pesquisa. Tem por finalidade a descoberta de práticas ou diretrizes que precisam ser modificadas e a obtenção de alternativas ao conhecimento científico existente. Tem por objetivo principal a descoberta de novos princípios para substituírem as atuais teorias e leis científicas, como nos diz Jung (2003).
Pesquisa Descritiva Este tipo de pesquisa tem por objetivo expor as características de uma determinada população ou fenômeno, de forma a estabelecer correlação entre as variáveis, para então definir sua natureza. A pesquisa descritiva, de acordo com Mattar (1994), visa a prover o pesquisador de dados sobre as características de grupos, estimar proporções de determinadas características e verificar a existência de relações entre variáveis. Embora a pesquisa descritiva não tenha o compromisso de explicar os fenômenos que descreve, ela servirá de base para tal explicação - como é observado nas pesquisas de opinião.
Pesquisa Explicativa O objetivo desta investigação é o de esclarecer e justificar os motivos pelos quais algo acontece, buscando evidenciar quais fatores contribuem, de alguma forma, para a ocorrência de determinado fenômeno. Tem por objetivo ampliar generalizações, definir leis mais amplas, estruturar sistemas e modelos teóricos, relacionar hipóteses numa visão mais unitária do universo e gerar novas hipóteses por força de dedução lógica. Exige síntese e reflexão. Visa identificar os fatores que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Explica o “porquê das coisas”, de acordo com Jung (2003). A figura 1.1 apresenta as diferenças entre estes três tipos de pesquisa. Observe.
22
Metodologia para Estudo de Caso
Tipos de pesquisa Diferenças básicas
Exploratória
Descritiva
Explicativa
Procura explorar o problema, pois ainda ninguém o ez. Busca prover critérios para sua compreensão, desenvolver hipóteses, isolar variáveis, denir problemas, etc.
Tem como principal objetivo a descrição das variáveis. Observa, registra, classica e interpreta as características das variáveis. Correlaciona as inormações para analisar enômenos.
Além de descrever, procura identicar os atores determinantes. Quer saber o porquê das coisas. A maioria dessas pesquisas utiliza a manipulação das variáveis.
Figura 1.1 - Dierenças básicas. Fonte: Jung (2003). Com modificações.
Seção 5 - Delineamento da pesquisa: meios de investigação Gil (1999) considera o delineamento como o planejamento da pesquisa em sua dimensão mais ampla, envolvendo tanto a sua diagramação quanto a previsão de análise e interpretação dos dados. Entre outros aspectos, o delineamento considera o ambiente em que são coletados os dados, bem como as formas de controle das variáveis envolvidas. O delineamento define os meios de investigação a serem utilizados na pesquisa, que se tornam essenciais face à necessidade de confrontação entre a visão teórica do problema com os dados da realidade. Assim, segundo Gil (1999), podem ser definidos dois grupos de delineamento: aquele que se vale das chamadas fontes de papel, onde estão a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental; e aquele cujos dados são fornecidos por pessoas, onde estão a pesquisa experimental, a pesquisa post-factum, o levantamento, o estudo de campo e o estudo de caso. A seguir, apresentam-se algumas considerações sobre cada delineamento. Unidade 1
23
Universidade do Sul de Santa Catarina
Pesquisa Bibliográfica É o estudo sistematizado, desenvolvido a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Para Cervo e Bervian (2002), a pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em documento. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Em ambos os casos, busca conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado, existentes sobre determinado assunto, tema ou problema; busca também, explorar novas áreas onde os problemas não se cristalizaram suficientemente, e tem por objetivo permitir ao cientista o reforço paralelo na análise de suas pesquisas ou manipulação de suas informações. O propósito deste tipo de pesquisa é o de fundamentar qualquer outro tipo de pesquisa. Quanto às fontes, poderão ser primárias, se coletadas em materiais originais que deram origem a outros estudos; ou secundárias, que têm suas origens em obras já publicadas.
Pesquisa Documental Muito semelhante à pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental diferencia-se por valer-se de materiais que ainda não receberam um tratamento analítico. Trata-se, portanto, de investigação realizada em documentos conservados no interior de órgãos públicos e privados; ou de pessoas que, a partir da interpretação do pesquisador, poderão dar origem a uma obra.
Pesquisa Experimental Investigação de natureza empírica, onde o pesquisador manipula e controla as variáveis independentes, observando as possíveis alterações que tais variáveis provocarão sobre as variáveis dependentes. Desta forma, para que se tenha um delineamento experimental, é necessário que se determine um objeto de estudo, cujas variáveis poderão influenciar o pesquisador, nas formas de controle e de observação.
Pesquisa post factum
24
Esta pesquisa se fundamenta apenas na experiência, onde as variáveis independentes não são controladas pelo investigador, seja porque já ocorreram suas manifestações, seja porque são intrinsecamente não-manipuláveis, tais como: sexo, classe social, nível intelectual, preconceitos, autoritarismo, entre outras.
Metodologia para Estudo de Caso
Pesquisa Survey (Levantamento) Este tipo de pesquisa tem por característica a interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Gil (2000) afirma que pelo “método survey” levantamento é caracterizado como pesquisa formada por uma amostra que se constitui num subconjunto da população - se estimam as características da população total. Complementa o autor que os levantamentos apresentam como vantagens o conhecimento direto da realidade; economia e rapidez; facilidade de quantificação. Gil (1999) esclarece que, na maioria dos levantamentos, não são pesquisados todos os integrantes da população estudada: o que se faz, normalmente, é a seleção de um grupo mediante procedimentos estatísticos, que possam, com a menor margem de erro, representar toda a população.
Pesquisa de Campo A pesquisa de campo, para Vergara (2000, p. 47), “é uma investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo”, podendo-se valer, ou não, de entrevistas, aplicação de questionários ou testes. Para Gil (2000), embora as pesquisas de campo se assemelhem aos levantamentos (surveys), existem duas características que as diferem. São elas: a) estudos de campo se preocupam mais com o aprofundamento das questões propostas do que com a distribuição das características da população segundo determinadas variáveis, o que lhes dá maior flexibilidade e, b) pesquisas de campo estudam um único grupo ou comunidade em termos de sua estrutura social, destacando-se a interação de seus componentes. Desta forma, o estudo de campo tende a utilizar muito mais técnicas de observação do que de interrogação.
Unidade 1
25
Universidade do Sul de Santa Catarina
Seção 6 - A Pesquisa Científica na UnisulVirtual Diante da abordagem conceitual dos métodos que você acabou de ler, utilizada para nortear a metodologia da pesquisa científica, é possível inferir que a ciência moderna tem usado uma combinação desses métodos, de modo a superar as deficiências que cada um possui, não apenas para alcançar uma exatidão inconfundível, mas tão somente para ser capaz de atender a complexidade atual. Até aqui você conheceu os métodos de pesquisa que proporcionam a base da investigação e identificam a finalidade da pesquisa. Esta contextualização dá suporte para estudarmos mais à frente detalhes sobre o método de “estudo de caso”, ponto central de nosso estudo.
A contextualização a que se propõe esta unidade nos abre caminho para justificar e apresentar o método de pesquisa que a UnisulVirtual escolheu para seus cursos tecnólogos de graduação na modalidade a distância. Entendemos que a escolha pela Metodologia de Estudo de Caso é a mais viável para uma estratégia prático-reflexiva nos cursos de curta duração. Este método nos possibilita rapidez na fase inicial, aplicabilidade prática em curto espaço de tempo, sem, no entanto, perder-se a característica de uma pesquisa científica. O estudo de caso vem sendo utilizado cada vez mais pelos pesquisadores, em virtude de poder ser utilizado com diferentes propósitos. Isto configura outro motivo de ser escolhido o método de estudo de caso, já que, na UnisulVirtual temos diversos cursos tecnólogos em diferentes áreas. O estudo de caso como padrão para todos os cursos tecnólogos a distância na UnisulVirtual nos permitirá homogeneizar a prática da pesquisa como parte integrante do processo de aprendizagem em nível de graduação, sem perda de qualidade e com liberdade de ação em diversas áreas.
26