Apostila de Consolidação
Rua São São José, José, 3 08 1 – Alt o d a Boa Boa Vist a Ribeirão Preto – SP www.comcristo.com.br Fone one:: 16 3620- 4050
Índice Apresentação e Agradecimentos ......................................................... 03 Novo Nascimento .................................................................................. 04 Nosso Passado ....................................................................................... 08 O peca pecado do ............................................................... ................................................................................................. .................................. 11 Santi ntidade dade ............................................................................ .................................................................................................. ...................... 15 A relevânci vânciaa do pe perdão dão ........................................................................ ............................................................................ 18 Comunhão Comunhão dos Santos ntos ............... ..................... .............. ................ ............... .............. ............... ............... ............... ........ 22 O culto como opção de vida ................................................................ 25 Estudos Adicionais ................................................................................ 32 o
A Igreja que Disciplina ............................................................. 32
o
Dízimo e a Redenção – por Pr. Luciano Subirá .................. 38
o
Profissão de Fé da Comunidade de Cristo ............................44
o
Plano de Leitura anual da Bíblia ..............................................45
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Índice Apresentação e Agradecimentos ......................................................... 03 Novo Nascimento .................................................................................. 04 Nosso Passado ....................................................................................... 08 O peca pecado do ............................................................... ................................................................................................. .................................. 11 Santi ntidade dade ............................................................................ .................................................................................................. ...................... 15 A relevânci vânciaa do pe perdão dão ........................................................................ ............................................................................ 18 Comunhão Comunhão dos Santos ntos ............... ..................... .............. ................ ............... .............. ............... ............... ............... ........ 22 O culto como opção de vida ................................................................ 25 Estudos Adicionais ................................................................................ 32 o
A Igreja que Disciplina ............................................................. 32
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Dízimo e a Redenção – por Pr. Luciano Subirá .................. 38
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Profissão de Fé da Comunidade de Cristo ............................44
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Plano de Leitura anual da Bíblia ..............................................45
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Apresentação Você já deve ter passado pelo nosso livreto denominado “Bem vindo a sua nova vida em Cristo”, e esperamos que tenha tomado a decisão de se batizar, pois somente assim poderemos continuar nossa jornada pelo cami caminho nho que que é a perf perfeição em Cri Crisst o Jes Jesus. us. Trilhamos por esse caminho por meio do discipulado pessoal, onde um cristão indicado pela liderança da Comunidade de Cristo repassará para você os ensinamentos que ele recebeu quando tomou a decisão de servir Jesus através do nosso ministério. Certa feita Jesus disse: João 14:6 “Respondeu Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. “Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim”. – Nosso desejo é ensiná-lo como andar com Jesus em sua nova opção de vida, designamos para tal tarefa alguns “Anjos da Guarda”, esses já estão há algum tempo na caminhada cristã, e por isso isso possuem possuem uma cert certaa experi experiênc ência ia e conhecimento, conhecimento, o que os torna t orna aptos apt os em em ajudá-lo a se se manter firme ir me no caminho de Deus. No Livro de Atos, mais especificamente no capítulo 16, temos a história de uma jovem possessa de um espírito adivinhador, que resolveu seguir o apóstolo Paulo, que na oportunidade estava acompanhado de alguns discípulos entre eles estava Silas e Timóteo. A jovem enquanto os seguia dizia em alta voz: Atos 16:17 “Essa moça seguia a Paulo e a nós, gritando: "Estes homens são servos do Deus Altíssimo e lhes anunciam o caminho da salvação” salvação”.. Além de ajudá-lo em se manter firme na caminhada, almejamos que você também se torne um verdadeiro servo de Deus e que conseqüentemente anuncie o caminho da salvação a todos aqueles a quem Deus lhe propiciar oportunidade para fazê-lo. Gostaríamos de salientar baseado no fato ocorrido com a jovem citada anteriormente, que até mesmo ‘espíritos’ em trevas, demônios, conhecem aqueles que são servos e anunciam o caminho da Salvação em Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador. Desejamos no poder que há no nome de Jesus, que você tenha uma jornada cheia de alegria, paz e muita experiência experiência com Deus. Deus.
Agradecimento Gostaríamos de denotar nosso profundo agradecimento ao pastor Aluízio A. Silva do Ministério Videira, pois nossa apostila foi baseada em parte no livro Curso de Consolidação da Editora Videira, preparado pelo amado irmão. ir mão. Do Do livro l ivro denominado Anjo Anjo da Guarda Guarda da mes mesma edit editora ora e autor, autor , fizemos f izemos uso uso da termi t erminologia nologia “Anjos “ Anjos da da Guarda”. Nosso muito obrigado pela permissão de utilizarmos o material. Esse material não tem fins comerciais. Estendemos nossos agradecimentos às irmãs Rosely Pereira, diaconisa Denise Crispim Tavares Barbosa, ao Pr. Laercio Galvan e a todos que apoiaram na elaboração desse material, o qual reconhecemos, será de grande edificação àqueles que estiverem iniciando sua caminhada cristã. Que Deus os abençoe! Conselho de Líderes
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1. Novo Nascimento Um homem chamado Nicodemos procurou Jesus durante a noite para buscar a resposta do que deveria fazer para entrar no reino de Deus, porém ele não foi objetivo, mas evasivo em sua abordagem, analisemos o desenvolviment desenvolvimentoo do diálogo: di álogo: João 3:1 “Havia um fariseu chamado Nicodemos, uma autoridade entre os judeus. 2 Ele veio a Jesus, à noite, e disse: "Mestre, sabemos que ensinas da parte de Deus, pois ninguém pode realizar os sinais miraculosos que est est ás fazendo, se Deus Deus não est est iver com ele". ele". 3 Em res r esposta, posta, Jesus esus decl declarou: "Digo-lhe Digo-l he a verdade: Ninguém Ni nguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo". 4 Perguntou Nicodemos: "Como alguém pode nascer, sendo velho? É claro que não pode entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe e renascer!”5 Respondeu Jesus: "Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito. 6 O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito. 7 Não se surpreendam pelo fato de eu ter dito: É necessário que vocês nasçam de novo. 8 O vento sopra onde quer. Você o ouve, mas não pode dizer de onde vem nem para onde vai. “Assim acontece com todos os nascidos do Espírito”. 9 Perguntou Nicodemos: "Como pode ser isso?" 10 Disse Jesus: "Você é mestre em Israel e não entende essas coisas? 11 Asseguro-lhe que nós falamos do que conhecemos e testemunhamos do que vimos, mas mesmo assim vocês não aceitam o nosso testemunho. 12 Eu lhes falei de coisas terrenas e vocês não creram; como crerão se lhes falar de coisas celestiais?”
Jesus afirmou a Nicodemos que o nascer de novo poderia ser compreendido dentro do próprio contexto em que vivia, ou seja, eram coisas terrenas, visíveis aos olhos de todos, mas Nicodemos denotou total falta de entendimento entendimento do que seri seriaa realmente nasce nascerr de novo. Definitivamente, nascer de novo não era voltar pro ventre da mãe, Jesus disse que isso deveria ocorrer por meio da água e do Espírito. Água aponta para a decisão que tomamos quando decidimos nos batizar, dar o nosso testemunho público da fé que temos na eficácia do sacrifício vicário do nosso Senhor Jesus Cristo, por meio do qual temos vida eterna e paz com Deus. Nascer do Espírito trata-se de uma obra sobrenatural, ser feito habitação, casa espiritual para o Espírito Santo (1 Coríntios 6:19; Efésios 2:22; 1 Pedro 2:5), sem esse selo (Efésios 1:13; 4:30) inexistiria salvação, pois outrora estávamos mortos em nossos pecados e delitos, éramos filhos da perdição, mas recebemos da parte de Deus graça, favor imerecido, jamais baseado em nossas próprias virtudes, mas na misericórdia de Deus manifesta na pessoa de seu Filho Jesus, isso é denotado como um dom, presente de Deus a nós, conforme Efésios 2:1-9. Vamos buscar entendimento quanto ao novo nascimento e seu desenvolvimento. 1. A Condição de um ser - humano sem Deus
O texto em Efésios 2:1SS, afirma que o homem sem Deus é considerado morto, mesmo estando vivo. Você pode não entender num primeiro momento, porém é justamente o que ensina as Escrituras Sagradas: Efésios 2:1 “Voc “ Vocês ês es est avam avam mort mor t os em suas suas t ransgress ransgressões ões e pecados pecados,”,”... ... O pecado tem conseqüências desastrosas na vida das pessoas de um modo geral, e o principal é o que declara o livro do profeta Isaías no capítulo 59:2 “Mas as suas maldades separam vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dele, e por isso ele não os ouvirá”. – Primeiro faz separação, segundo nos acomete de cegueira, a ponto de não conseguirmos ver Deus e por fim declara que Ele não ouve as orações dos pecadores. Talvez esteja permeando em sua mente a possibilidade de um exagero teológico, afinal você antes de se encontrar com Jesus, mantinha fé em Deus, era até mesmo religioso, além disso, fazia boas obras, dava esmol esmolas as e procurava procurava fazer o bem para o próximo pr óximo.. Veja! O que diz diz o Senhor Senhor nosso nosso Deus: Deus:
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Efésios 2:4 “Todavia, Deus, sendo rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, 5 deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões -- pela graça vocês são salvos. 6 Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus, 7 para mostrar, nas eras que hão de vir, a incomparável riqueza de sua graça, demonstrada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus. 8 Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; 9 não por obras, para que ninguém se glorie.”. – Romanos 3:10 “Como está escrito: ‘Não há nenhum justo, nem um sequer; 11 não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus. 12 Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer’.”
Este é o estado de todo ser - humano antes do novo nascimento, morto e totalmente apartado da vida de Deus, destinado a viver nessa terra uma vida inútil aos olhos de Deus. 2. O Novo Nascimento
Algo maravilhoso começa ocorrer de modo que você e aqueles que vivem contigo percebem dia após dia, o ‘coração’ do homem sem Deus, enganoso e corrompido conforme diz - Jeremias 17: 9 “O coração é mais enganoso que qualquer coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo?” – experimenta uma mudança diária. A Palavra em Ezequiel 36:26 “Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne”. – efetivamente se cumpre na vida de todos que tomam a decisão pelo batismo e se tornam discípulos de Jesus. O Espírito Santo que já convencia-nos do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8), agora passa a nos guiar pelo caminho de toda verdade (João 16:13). 3. Essa nova vida é verdadeiramente livre Romanos 6:17 “Mas, graças a Deus, porque, embora vocês tenham sido escravos do pecado, passaram a obedecer de coração à forma de ensino que lhes foi transmitida. 18 Vocês foram libertados do pecado e tornaram-se escravos da justiça. 19 Falo isso em termos humanos por causa das suas limitações humanas. Assim como vocês ofereceram os membros dos seus corpos em escravidão à impureza e à maldade que leva à maldade, ofereçam-nos agora em escravidão à justiça que leva à santidade”.
Livres do pecado que tenazmente, constantemente nos assedia – (Hebreus 12:1). Assédio significa que um sítio, um cerco foi preparado em torno de alguém com insistência impertinente, visando capturá-lo, tomar para si. Pensemos mais um pouco sobre a questão, sabemos que para capturarmos alguém ou um animal, necessitamos conhecer seus hábitos, fraquezas e pontos fortes, depois estabelecemos a estratégia mais apropriada, quase sempre o resultado é eficaz. Isso acontece conosco quando saímos para pescar, caçar, etc. O fato é que sempre planejamos nossas ações, seja de modo formal ou não. No mundo espiritual não é diferente, nosso arquiinimigo planeja suas ações, a diferença é que as estratégias de Satanás projetaram a raça humana no pecado, sim, somos todos escravos do pecado. Mas, louvado seja Deus em Cristo Jesus, pois só Ele é capaz de nos libertar das garras do diabo assim que descreve o livro de João 8:36 “Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres”. - Romanos 6:20 Quando vocês eram escravos do pecado, estavam livres da justiça. 21 Que fruto colheram então das coisas das quais agora vocês se envergonham? O fim delas é a morte! 22 Mas agora que vocês foram libertados do pecado e se tornaram escravos de Deus, o fruto que colhem leva à santidade, e o seu fim é a vida eterna. 23 Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em* Cristo Jesus nosso Senhor.” 4. Uma nova criatura - Como você pode ter a certeza de que nasceu de novo? 4.1. Existem quatro aspectos que demonstram o novo nascimento: 4.1.1. Você sente que suas prioridades estão mudando e toma uma decisão pessoal, própria de não continuar confiando em si mesmo e nem deixar que os antigos hábitos dominem a sua vida. – Tito 3: 3 “Outrora nós também éramos insensatos, desobedientes, enganados e escravizados por toda espécie de paixões e prazeres. Vivíamos em maldade e inveja, sendo detestáveis e odiando-nos uns aos outros. 4 Mas quando se 5
manifestaram a bondade e o amor pelos homens da parte de Deus, nosso Salvador, 5 não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, 6 que ele derramou sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo nosso Salvador, 7 a fim de que, justificados por sua graça, nos tornemos seus herdeiros, tendo a esperança da vida eterna.” - 2 Coríntios 5: 15 “E ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou”. 4.1.2. Você recebeu um novo coração, que é sensível a Deus e ao que Ele quer para você. Há um desejo em seu coração de manter um relacionamento mais profundo com Deus. Você sente a necessidade de conhecer e obedecer a voz de Deus, mesmo, ainda, sendo incapaz de fazê-lo. - Ezequiel 36:26 “Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne”. 4.1.3. O seu espírito que antes estava morto foi vivificado para Deus, pelo poder do Espírito Santo. Você já percebe as coisas espirituais. - Romanos 6:6 “Pois sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado seja destruído, e não mais sejamos escravos do pecado;”... 4.1.4. Você sente a necessidade de que Deus esteja no centro da sua vida e não mais você. Que o controle esteja nas mãos d’Ele e não em suas mãos. Quando a vida de Deus está em nós, queremos que essa vida cresça a cada dia e à medida que isso acontece, somos mais sensíveis à sua palavra e à sua voz. - Gálatas 2:19 “Pois, por meio da lei eu morri para a lei, a fim de viver para Deus. 20 Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”. - Romanos 6:11 “Da mesma forma, considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus”. 5. Jesus vive em você!
Tome posse dessa verdade, creia que isso é real e desfrute das promessas de Deus para você. Se antes o pecado alimentava a sua alma, agora você anseia por justiça, deseja servir o Senhor Jesus ao invés de servir a si mesmo. A sua compreensão da vida está e vai continuar mudando! Você irá se tornar uma nova pessoa, melhor a cada dia. Quando você recebeu a Jesus Cristo como Senhor e Salvador da sua vida, houve alegria no céu. Lucas 15:7 “ Eu lhes digo que, da mesma forma, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam arrepender-se”. Ser cristão não é pertencer a uma religião, mas sim viver com Cristo! Não é uma imposição de normas de “fora para dentro”, mas uma transformação “de dentro para fora”. É uma conseqüência da obra do Espírito Santo de Deus em nós, em virtude do nosso amor e obediência à palavra de Deus. 5.1. O que acontece na conversão 5.1.1. A nova vida nos é dada pelo amor, graça e misericórdia de Deus: As boas obras não salvam. É Deus que nos coloca nos lugares celestiais em Cristo Jesus, N’Ele somos adotados como filhos de Deus e por Ele passamos a viver uma nova vida. – 2 Coríntios 5: 17 “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que coisas novas surgiram!” 5.1.2. Os nossos pecados foram perdoados: Jeremias 31:34 “‘Ninguém mais ensinará o seu próximo nem ao seu irmão, dizendo: ‘Conheça o Senhor’, porque todos eles me conhecerão desde o menor até o maior’. Diz o Senhor.” - Salmos 103:12... “e como o Oriente está longe do Ocidente, assim ele afasta para longe de nós as nossas transgressões”. – Colossenses 2:13 “Quando vocês estavam mortos em pecados e na incircuncisão da sua carne, Deus os vivificou com Cristo. Ele nos perdoou todas as transgressões, 14 e cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz,”... 6
5.1.3. Tornamo-nos filhos de Deus: João 1:12 “Contudo, aos que a receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus,”... l 5.1.4. Praticamos boas obras: Efésios 2:10 “Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazer boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos”. Não fazemos boas obras para sermos chamados de filhos de Deus; pelo contrário, por sermos filhos de Deus em Cristo Jesus, é que fazemos boas obras. 6. Temos uma nova vida 6.1. Características dessa nova vida: 6.1.1. É eterna e prometida por Deus: João 3:16 “Pois Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. - Tito 1:1 - "Paulo, servo a de Deus e apóstolo de Jesus Cristo para levar os eleitos de Deus à fé e ao conhecimento da verdade que conduz à piedade; 2 uma fé e um conhecimento que se fundamentam na esperança da vida eterna, a qual o Deus que não mente prometeu antes dos tempos eternos”. 6.1.2. É de vitória em meio às lutas: Romanos 8:35 “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? 36 Como está escrito: "Por amor de ti enfrentamos a morte todo o dia; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro".37 Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.”. - João 16:33 “Eu lhes disse estas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo”. 6.1.3. É Abundante: João 10:10 “O ladrão vem apenas para furtar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente”. 6.1.4. É Selada com o Espírito Santo de Deus: Efésios 1:13 - "Nele, quando vocês ouviram e creram na palavra da verdade, o evangelho que os salvou, vocês foram selados com o Espírito Santo da promessa”.
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2. Nosso Passado Você é uma nova criatura em Jesus Cristo, mas tem um passado e algumas situações e costumes, que não condizem com a palavra de Deus. Para avançarmos em direção a Deus, através de Jesus Cristo, temos que encerrar as práticas antigas que não agradam a Deus e não trazem bênçãos para nossas vidas. 1. Trabalhando com o passado 1.1. O que tratar em relação ao passado? A Bíblia nos mostra alguns homens que tomaram a atitude de encerrar com as práticas antigas: 1.1.1. Admiti-lo e mudar de atitude: 1 Timóteo 1:12 “Dou graças a Cristo Jesus, nosso Senhor, que me deu forças e me considerou fiel, designando-me para o ministério, 13 a mim que outrora havia sido blasfemo, perseguidor e insolente; mas alcancei misericórdia, porque o fiz por ignorância e na minha incredulidade; 14 contudo, a graça de nosso Senhor transbordou sobre mim, juntamente com a fé e o amor que estão em Cristo Jesus. 15 Esta afirmação é fiel e digna de toda aceitação: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o pior. 16 Mas, por isso mesmo alcancei misericórdia, para que em mim, o pior dos pecadores, Cristo Jesus demonstrasse sua paciência ilimitada, como um exemplo para aqueles que nele haveriam de crer para a vida eterna. 17 Ao Rei eterno, ao Deus único, imortal e invisível, sejam honra e glória para todo o sempre. Amém”. - Nem sempre é possível corrigir problemas que geramos em nosso passado, que tenha lesado alguém. É importante verificar se existe de fato arrependimento, o qual será suficiente para obter-se a paz e justificação da parte de Deus, mesmo quando o corrigir a situação encontrar-se fora de nossas possibilidades. Arrependimento aqui, é transformação de mente, mudança de atitude, uma firme decisão de jamais utilizar tal procedimento novamente.
a. Cessar com procedimentos injustos: Fraude, furto, apropriação de objetos de outros (mesmo que sejam emprestados), ou seja, devolva tudo o que não for seu. Dívidas! Se você já tomou a decisão, em seu coração, de liquidá-las, e ainda não tem como fazê-lo, ore e peça a direção de Deus para isso. Devemos saldar os nossos débitos e perdoar aqueles que nos devem. Não podemos deixar de pagar as nossas dívidas porque nos convertemos a Deus e fomos perdoados por Ele. Se Deus nos salvou em Cristo Jesus, a justificação que procede de Jesus nos tornou justos, e se somos justos é preciso fazer justiça restituindo a quem temos lesado. Eis alguns exemplos: Lucas 19: 8 Mas Zaqueu levantou-se e disse ao Senhor: "Olha, Senhor! Estou dando a metade dos meus bens aos pobres; e se de alguém extorqui alguma coisa, devolverei quatro vezes mais”. - Romanos 13:8 “Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros, pois aquele que ama a seu próximo tem cumprido a lei”. - Mateus 6:12 “Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores”... – Haverá situações em que precisaremos de aconselhamento mais específico junto aos pastores, pois iremos deparar com dívidas impagáveis, algumas geradas por juros abusivos, outras por uma legislação tributária insaciável e injusta, etc. 1.1.2. Novos convertidos em Éfeso: Por terem tido uma mudança no seu interior, lançaram fora, objetos ligados a velhos costumes, pois não havia mais lugar para aquela prática nas suas vidas. - Atos 19:19 “Grande número dos que tinham praticado ocultismo reuniram seus livros e os queimaram publicamente. Calculado o valor total, este chegou a cinqüenta mil dracmas”. - É de grande importância a quebra de vínculos com coisas do passado, que não agradam a Deus. Agora você é uma nova pessoa em Cristo. - 2 Coríntios 5:17 “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que coisas novas surgiram!” – Aguarde para comentar sobre idolatria de um modo geral no final do ponto 1.1.4., onde se encontra uma observação a respeito do assunto. 1.1.3. O que estiver ligado a ídolos: 1 Tessalonicenses 1:9... “pois eles mesmos relatam de que maneira vocês nos receberam, como se voltaram para Deus, deixando os ídolos a fim de servir ao Deus vivo e verdadeiro,”... 1 João 5:21 “Filhinhos, guardem-se dos ídolos”. - Deuteronômio 5:8 “ Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra ou nas águas debaixo da terra”... - 12:30... “ e depois que elas forem 8
destruídas, tenham cuidado para não serem enganados e para não se interessarem pelos deuses delas, dizendo: ‘Como essas nações servem os seus deuses? Faremos o mesmo’!” - Salmos 16:4 “Grande será o sofrimento dos que correm atrás de outros deuses. Não participarei dos seus sacrifícios de sangue, e os meus lábios nem mencionarão os seus nomes”. 1.1.4. Deus condena a idolatria: Êxodo 20:4 “Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra. 5a Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o Senhor, o teu Deus, sou Deus zeloso,”... - Salmos 115:4 “Os ídolos deles, de prata e ouro, são feitos por mãos humanas. 5 Têm boca, mas não podem falar, olhos, mas não podem ver; 6 têm ouvidos, mas não podem ouvir, nariz, mas não podem sentir cheiro; 7 têm mãos, mas não podem apalpar, pés, mas não podem andar; e não emitem som algum com a garganta. 8 Tornem-se como eles aqueles que os fazem e todos os que neles confiam”. - Apocalipse 21: 8 “Mas os covardes, os incrédulos, os abomináveis, os assassinos, os que cometem imoralidade sexual, os que praticam feitiçaria, os idólatras e todos os mentirosos -- o lugar deles será no lago de fogo que arde com enxofre. Esta é a segunda morte”. - Se Cristo vive em nós não necessitamos de imagens, amuletos, santinhos, pedras, superstições, consulta a signos, ou qualquer outra coisa, para "reger” a nossa vida. - Romanos 8:31 “Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?” - A palavra IDOLATRIA possui vários significados: culto a ídolos, admiração exagerada, amor excessivo. Pode ser um carro, a profissão, filhos, roupas, dinheiro, enfim, tudo o que colocamos no lugar de Deus. – Obs.: Lembre-se sempre: “nada deve competir com Deus em nossas vidas”. É preciso objetivar depender apenas e totalmente de Deus. 1.1.5. Coisas impuras ou malignas: Tudo o que tiver uma ligação clara com o pecado deve ser abolido. Ore ao Senhor! O Espírito Santo de Deus irá lhe convencer sobre tudo o que você deve se desfazer. Romanos 13:11 “Façam isto, compreendendo o tempo em que vivemos. Chegou a hora de vocês despertarem do sono, porque agora a nossa salvação está mais próxima do que quando cremos. 12 A noite está quase acabando; o dia logo vem. Portanto, deixemos de lado as obras das trevas e revistamo-nos da armadura da luz. 13 Comportemo-nos com decência, como quem age à luz do dia, não em orgias e bebedeiras, não em imoralidade sexual e depravação, não em desavença e inveja. 14 Pelo contrário, revistam-se do Senhor Jesus Cristo, e não fiquem premeditando como satisfazer os desejos da carne”. – Você melhor do que qualquer outra pessoa sabe o que deve ser totalmente rejeitado em sua vida, hábitos que fazem mal para você e outros de um modo geral. 1.1.6. Devemos concluir atitudes e estilos de vida impróprios: Muitas vezes, o que é impróprio pode até ser legalmente permitido.
a. Concubinato: Deve ser concluído com a decisão de se casarem para viverem de acordo com as leis vigentes do país e a palavra de Deus. Havendo circunstâncias limitantes que impeçam a formalização do casamento, o casal deverá buscar aconselhamento junto aos pastores. b. Cigarro, bebidas alcoólicas, jogos de loteria, etc.: São coisas legais, mas impróprias para a vida de qualquer pessoa e em especial para um cristão. Portanto, devem ser abandonadas! Se você não tiver força para isso, procure ajuda com a pessoa designada para ser o seu “Anjo da Guarda”. É preciso abandonar tudo aquilo que milita contra a nossa saúde e o bem estar de um modo geral, pois os filhos de Deus primam por tudo aquilo que de fato edifica suas vidas e a do próximo. Quanto aos jogos, nossa esperança deve sempre estar no Senhor que fez o céu e a terra e tudo que nela há. Além disso, não podemos em sã consciência alimentar um sistema (jogos de azar) que escraviza e adoece milhares de pessoas no mundo. c. Atividades comerciais que comprometam a imagem do cristão devem ser deixadas. Os assuntos tratados neste capítulo fazem parte de um processo, o qual denominamos de santificação, e essa decisão deve ser imediata: a sua decisão de querer mudar! Talvez você não tenha como mudar de imediato, mas deve objetivar essa mudança por meio da oração e uma forte convicção de que Deus irá direcionar seus passos, a fim de Ser honrado por meio de sua vida amado. Depois que você concluir as suas pendências com o passado, abandone-o! – Filipenses 3:13 “Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, 14 9
prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio da chamada celestial de Deus em Cristo Jesus. 15 Todos nós que alcançamos a maturidade devemos ver as coisas dessa forma, e se em algum aspecto vocês pensam de modo diferente, isso também Deus lhes esclarecerá. 16 Tão somente vivamos de acordo com o que já alcançamos”. Atividades
Junto com o irmão designado para ser o seu “anjo da guarda” ore para que o Espírito Santo lhe mostre quais as práticas e objetos que você deve quebrar vínculos. Tome a decisão e faça o que agrada a Deus. O que for difícil fazer neste momento, insira na sua decisão de santificar-se a Deus, separando-se dessas coisas sem valor algum. Se houver necessidade, peça orientação ao seu pastor para que seja feito o processo de libertação desse passado. - Colossenses 1:10 “E rogamos isto para que vocês vivam de maneira digna do Senhor e em tudo possam agradá-lo, frutificando em toda a boa obra, crescendo no conhecimento de Deus e 11 sendo fortalecidos com todo o poder, de acordo com a força da sua glória, para que tenham toda a perseverança e paciência com alegria, 12 dando graças ao Pai, que nos tornou dignos de participar da herança dos santos no reino da luz. 13 Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, 14 em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados”. Durante a semana, inicie a leitura diária da Bíblia:
Leia os textos na 1ª. Carta de João 2:15-17 e Lamentações 3:19-26; e responda os itens abaixo: 1. Qual o significado do que eu li? __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ 2. Como isso se aplica na minha vida? __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________
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3. O Pecado 1. Trate com o Pecado 1.1. O que é pecado? 1.1.1. Como a Bíblia define o pecado: Pecado é errar o alvo! O alvo estabelecido na Palavra é tudo aquilo que edifica, de boa fama e boa reputação. Erramos quando não atentamos à vontade de Deus expressa em Sua Palavra e em nossos corações. Jesus Cristo é o alvo, modelo a todos os Seus discípulos. 1.1.2. O pecado fez a separação entre Deus e os homens: O pecado não faz parte dos sonhos de Deus para o homem. - Romanos 3: 26... “ isso para demonstrar sua justiça no presente, a fim de ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus”. Quando Deus criou o homem, deu-lhe o poder de governar sobre toda a criação. Gênesis 1:28 – “Deus os abençoou, e lhes disse: ‘Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra’.” - Mas determinou limites. – 2:16 E o SENHOR Deus ordenou ao homem: ‘Coma livremente de qualquer árvore do jardim, 17 mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente morrerá”. – Sabemos que Adão e Eva desobedeceram a vontade expressa por Deus e por isso precisaram sair do paraíso e da presença de Deus. 1.1.3. A dúvida é a semente do pecado: Gênesis 3:1 “Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito. E ela perguntou à mulher: ‘Foi isto mesmo que Deus disse: não comam de nenhum fruto das árvores do jardim?’ 2 Respondeu a mulher à serpente: ‘podemos comer do fruto das árvores do jardim, 3 mas Deus disse: ‘Não comam do fruto da árvore que está no meio do jardim, nem toquem nele; do contrário vocês morrerão’. 4 Disse a serpente à mulher: ‘Certamente não morrerão! 5 Deus sabe que no dia em dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês, como Deus, serão conhecedores do bem e do mal’. 6 Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu ao seu marido, que comeu também”.
Quando duvidamos da veracidade da palavra de Deus para nós, somos presas fáceis para o pecado. 1.1.4. A Fé e a obediência na palavra de Deus nos afastam do pecado: A nossa relação com Deus baseia-se na confiança que temos n’Ele e na sua palavra. 1.1.5. O pecado produz morte: Romanos 6: 23 “Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor.” – Morte aqui deve ser interpretada quanto à ausência de Deus, que é a Vida, o que como conseqüência advém maus hábitos, imoralidade, contendas entre outros que destroem os sentimentos e os hábitos mais nobres na vida de uma pessoa. 1.1.6. Não devemos servir ao pecado: Romanos 6: 6 “ Pois sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado seja destruído, e não mais sejamos escravos do pecado;” - Temos muitos exemplos por citar para exemplificar essa escravidão: alcoólatras, fumantes, drogaditos, mentirosos, avarentos, etc. 1.2. Remissão dos pecados 1.2.1. O sacrifício de Jesus nos remiu do pecado: 1 Pedro 3:18 “Pois também Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus. Ele foi morto no corpo, mas vivificado pelo Espírito,”... – Colossenses 1:13 “Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado,”... – É o perdão de Deus que proporciona a redenção do nosso ser.
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1.2.2. A justiça que procede do sacrifício de Cristo nos concede vida eterna em detrimento do pecado: Romanos 5:21 - "de modo que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reine pela justiça para conceder vida eterna, mediante Jesus Cristo nosso Senhor.” - 1 Coríntios 15:22 “Pois da mesma forma como em Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados.” - Romanos 3:23 pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, 24 sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. 25 Deus o apresentou como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue. Ele fez isto para demonstrar sua justiça, porque, em sua tolerância, havia deixado impunes os pecados anteriormente cometidos -- 26 isso para demonstrar sua justiça no presente, a fim de ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.” 1.3. Como lidar com os pecados cometidos após a conversão? 1.3.1. Em João 1:29 vemos que: 29 “No dia seguinte João viu a Jesus aproximando-se e disse: "Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” – 1 João 1: 8 “Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. 9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça”. - Confessarmos é tratar com o pecado, é admitir, diante de Deus que erramos. Quando pecamos temos que assumir a nossa culpa e não fazer como no Éden, onde Adão, quando teve o seu pecado descoberto, colocou a culpa em Eva e ela na serpente. Gênesis 3: 11 “E Deus perguntou: Quem lhe disse que você estava nu? Você comeu do fruto da árvore da qual lhe proibi comer? 12 Disse o homem: foi a mulher que me deste por companheira que me deu do fruto da árvore, e eu comi”. 13 O Senhor Deus perguntou então à mulher: Que foi que você fez? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi”. - Como pode Deus nos perdoar se não comunicamos a culpa e não nos arrependemos? Assumir não é o suficiente! O arrependimento é a chave que move o coração de Deus, devemos mudar de atitude. 1.3.2. O pecado nos separa de Deus: O pecado faz um muro de separação entre o homem e Deus, ao ponto de Ele não ouvir as suas orações. Isaías 59:1 “Vejam! O braço do Senhor não está encolhido, para que não possa salvar; e o seu ouvido tão surdo que não possa ouvir, 2 mas as suas maldades separaram vocês do seu Deus; e os seus pecados esconderam de vocês o rosto dele, e por isso ele não os ouvirá”. - João 9: 31 “Sabemos que Deus não ouve a pecadores, mas ouve ao homem que o teme e pratica a sua vontade”. - Deus está sempre pronto para nos ouvir e atender, mas os nossos pecados nos afastam de Deus. - Provérbios 28:13 “Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem confessa e os abandona, encontra misericórdia”. 1.3.3. Pecado Oculto: Todos os pecados devem ser confessados, desde que esses nos venham à memória. Portanto, devemos orar para que Deus traga à luz os que nos forem ocultos. Não guarde pecados consigo, abra-se diante do Pai, confesse, Ele está com Seus braços aberto para lhe perdoar e com o Seu coração pronto para lhe amar. – Salmos 32: 3 “Enquanto eu mantinha escondidos os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer. 4 Pois dia e noite a tua mão pesava sobre mim; minhas forças foram-se esgotando como em tempo de seca. 5 Então reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: Confessarei as minhas transgressões ao Senhor, e tu perdoaste a culpa do meu pecado”. 1.3.4. Atitudes diante do ato de pecar: 1 João 1:6 “ Se afirmarmos que temos comunhão com ele, mas andarmos em trevas, mentimos e não praticamos a verdade. 7 Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. 8 Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. 9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça. 10 Se afirmarmos que não temos cometido pecado, fazemos de Deus um mentiroso, e a sua palavra não está em nós”. 1.3.5. Regras básicas: Mateus 5:23 "Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, 24 deixe sua oferta ali, diante do altar, e primeiro vá e reconcilie-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta. 25 "Entre em acordo depressa com seu adversário que pretende levá-lo ao tribunal. Faça isso enquanto ainda estiver com ele a caminho, pois, caso contrário, ele poderá entregá-lo ao juiz, e o juiz ao guarda, e você poderá ser jogado na prisão. 26 Eu lhe garanto que você não sairá de lá enquanto não pagar o último centavo". - Deus está sempre pronto a nos 12
perdoar, mas temos que aceitar o Seu perdão. Quando pecamos, ofendemos a Deus, mas podemos afetar outras pessoas também, então: a. Se você ofendeu a Deus, vá diretamente a Ele, e em nome de Jesus e peça perdão. b. Se envolver, moralmente, outra pessoa, arrependa-se, peça perdão à própria pessoa e reconcilie-se. Nesse caso busque aconselhar-se anteriormente com seu discipulador. c. Em caso de dívida financeira: Romanos 13: 8 “Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros, pois aquele que ama a seu próximo tem cumprido a lei.”. ORIENTAÇÃO AOS DISCIPULADORES: Leia Levítico 5:1-19; 6:1-5. Mesmo na lei havia uma flexibilidade quanto ao tipo de pecado e a oferta era normalmente condicionada as posses do ofensor. O texto em Levítico deve apenas servir como orientação e não aplicado como regra, lei, pois se assim procedermos anulamos a cruz de Cristo e a graça de Deus, e isso não nos é devido. - Romanos 8:1 “Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus,”. – É preciso atentar para o princípio de que o devedor deva trazer consigo arrependimento e decisão de acertar suas dívidas conforme suas possibilidades, além disso, é preciso não colocar tropeços àqueles que desejem acertar pelo caminho da salvação. Oriente seus discípulos que é correto pagar suas dívidas, porém não coloquem mais peso sobre o pecador que se arrepende. d. Vá diretamente a quem você tenha pecado e solucione o caso. Se for contra Deus, contra o homem ou contra ambos, vá e peça perdão tanto a um quanto a outro. e. Não torne público o que foi feito em oculto e vice e versa. Ex: Se você sentiu ódio, secretamente, por alguém, confesse ao nosso Deus, arrependa-se, e no seu coração e peça perdão. Mas se o ódio for conhecido por outros, vá à pessoa diretamente e peça perdão. Procure aconselhar-se com seu discipulador. f. Trate apenas a parte que lhe cabe. Nunca envolva outras pessoas, nem trate as falhas das mesmas. Cada um deve se arrepender da parte que pela qual é responsável. 1.3.6. Aprendemos que a solução é: a. Admitir o seu pecado e confessá-lo diante de Deus. b. Arrepender-se e abandonar o pecado. c. Reconciliar-se com a pessoa contra quem pecamos. d. Aceitar o perdão de Deus. e. Sentir-se como Deus assim o quer, perdoado e purificado de toda a injustiça. f. Com isso, o muro que nos separa de Deus cai em ruínas! Atividades Durante a semana, consulte a sua bíblia e anote as referências que se encontram ao lado de cada palavra. Medite em como cada versículo se aplica à sua vida e discuta com o seu discipulador no próximo encontro.
O pecado deve ser:
Confessado – 1 João 1:9; Provérbios 28:13 Lamentado – Salmos 38:18; Jeremias 3:21 Odiado – Provérbios 8:13; Amós 5:15; Romanos 12:9 Rejeitado, Afastado – Jó 11:14; Salmos 34:14; 2 Timóteo 2:19; 1 Pedro 3:11; Evitado até em sua aparência – 1 Tessalonicenses 5:22 Evitado – Salmos 4:4, Salmos 39:1 Resistido – Habacuque 12:1 e 4 Mortificado – Romanos 8:13, Colossenses 3:5 Totalmente destruído – Romanos 6:6
LEMBRE-SE: “O amor de Deus é infinitamente maior do que qualquer pecado que possamos cometer. Deus perdoa todos os que se entregam verdadeiramente a Ele”. 13
Romanos 8:1 “Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus,”...
Você e seu discipulador devem meditar nos textos abaixo relacionados e enquanto o fazem anote o que o Espírito Santo for ensinando-os: Romanos 6:17 “Mas, graças a Deus, porque, embora vocês tenham sido escravos do pecado, passaram a obedecer de coração à forma de ensino que lhes foi transmitida. 18 Vocês foram libertados do pecado e tornaram-se escravos da justiça”. __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________
1 João 3:9 “Todo aquele que é nascido de Deus não pratica o pecado, porque a semente de Deus permanece nele; ele não pode estar no pecado, porque é nascido de Deus”. __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________
Romanos 5:8 “Mas Deus demonstra seu amor por nós pelo fato de Cristo ter morrido em nosso favor quando ainda éramos pecadores”. __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________
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4. Santidade Introdução Vivemos numa geração rebelde, composta de indivíduos que julgam ter o direito de pronunciar julgamento condenatório sobre as autoridades. Os crentes não constituem exceção. Os membros da igreja criticam o grupo de louvor, o sermão, falta de espaço, enfim, quase tudo.
Rebeldia contra Deus não leva a nada, mas causa problemas graves, e dá a Satanás a oportunidade para nos atacar. Sendo Deus nosso comandante supremo, ordena-nos Ele: “Entrem em forma e sigam-me. Não levarei vocês à tentação, mas livrarei vocês de todo o mal”. Todavia dizemos: “Não, quero te seguir hoje!” Assim, saímos das fileiras, fazemos o que bem entendemos, e acabamos por colher frutos amargos em nosso dia a dia em função da falta de obediência a Deus. Para falarmos sobre santidade é preciso iniciar por obediência e consagração, a parte que nos cabe nesse processo maravilhoso de separação do pecado, que nos conduz a viver uma vida abundante em alegria, contentamento, paz e de profunda comunhão com Deus. Precisamos também definir os termos. Obediência: é definida como o ato de se submeter à vontade de alguém, no que se refere aos cristãos, é o ato de se submeter à vontade de Deus e mais especificamente falando a vontade expressa por Deus na Bíblia. Consagração: É o ato em que uma pessoa resolve dedicar sua vida a Deus, torná-la santa, separada para fazer a vontade de Deus. 1. Obediência e Consagração 1.1. A obediência é um ato de fé: 1.1.1. Obediência trata-se de uma característica fundamental no povo de Deus: Romanos 1:5 “Por meio dele e por causa do seu nome, recebemos graça e apostolado para chamar dentre todas as nações um povo para a obediência que vem pela fé. 6 E vocês também estão entre os chamados para pertencerem a Jesus Cristo”. – Nosso chamado em Deus, baseia-se na obediência. 1.1.2. Segundo a Bíblia devemos obediência às pessoas em autoridade: Governo Civil - Romanos 13:1-5; I Timóteo 2:1-4; I Pedro 2:13-16; Pais - Efésios 6:1-3; Marido - I Pedro 3:1, 2; Patrão - I Pedro 2:18-21 e Líderes da igreja - Hebreus 13:17.
1.2. Obediência e Consagração geram bênçãos e o pecado nos afasta de Deus: 1.2.1. O resultado da obediência e consagração é a santidade: Romanos 6:22 “Mas agora que vocês foram libertados do pecado e se tornaram escravos de Deus, o fruto que colhem leva à santidade, e o seu fim é a vida eterna”. – Santidade baseia-se na decisão de separar nossas vidas para Deus, a conseqüência natural é a vontade de Deus prevalecer em nós em detrimento do pecado, que agora não faz mais parte da nossa opção de vida e por isso somos galardoados com a vida eterna em Cristo Jesus. Mas, o que é pecado? Talvez a mais simples das definições quanto ao significado do pecado seja aquela que melhor o esclarece: “pecado é errar o alvo”. Acontece quando não conseguimos por em prática a vontade de Deus expressa na Bíblia e caracterizada em nossos corações. (Ver capítulo III, item 1) 1.2.2. Como vencer o pecado e obedecer à vontade de Deus: O plano de Deus para o homem é perfeito. O apóstolo Paulo no livro de Romanos no capítulo 12 afirma que a vontade de Deus é boa e agradável. Ele sempre tem o melhor para nós. Oposto a vontade de Deus temos Satanás, nosso inimigo, este veio para roubar, matar e destruir as obras de Deus e isso inclui a comunhão entre Deus e o homem. A Bíblia diz que fomos criados a imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:26), Satanás tem conhecimento de tal verdade, 15
assim sendo, ele tenta avivar em nós a nossa natureza carnal corrompida pelo pecado a fim de nos fazer contrariar a vontade de Deus, errar o alvo e quanto mais erramos o alvo, menos nos assemelhamos a imagem de Deus expressa na vida do nosso Senhor Jesus Cristo. Este é o alvo que devemos perseguir! A PERFEIÇÃO que há em Cristo Jesus: Filipenses 3: 12 Não que eu já tenha obtido tudo isto ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para alcançar aquilo para o qual também fui alcançado por Cristo Jesus. 13 Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, 14 prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio da chamada celestial de Deus em Cristo Jesus. 15 Todos nós que alcançamos a maturidade devemos ver as coisas dessa forma, e se em algum aspecto vocês pensam de modo diferente, isso também Deus lhes esclarecerá”. – Devemos também colocar e pratica os frutos do Espírito relatados em Gálatas 5: 22 Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, 23 mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei. 24 Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne, com as paixões e desejos”. 1.3. Estratégias do Inimigo 1.3.1. A Sagacidade e sutilezas de Satanás: 2 Coríntios 11:14 “Isto não é de admirar, pois o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz”. 1.3.2. Levanta falsos profetas que se baseiam em filosofias humanas: 2 Coríntios 11:13 “Pois tais homens são falsos apóstolos, obreiros enganosos, fingindo-se apóstolos de Cristo. 14 Isto não é de admirar, pois o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz. 15 Portanto, não é surpresa que os seus servos finjam que são servos da justiça. O fim deles será o que as suas ações merecem”. - Colossenses 2: 8 “Tenham cuidado para que ninguém os escravize a filosofias vãs e enganosas, que se fundamentam nas tradições humanas e nos princípios elementares deste mundo, e não em Cristo”. - Efésios 4: 14... ”para que não sejamos mais crianças, levados de um lado para o outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro”. 1.3.3. Induz os homens ao erro utilizando-se de seus próprios desejos carnais: Gálatas 5:19 “Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e lascívia; 20 idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções 21 e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti, que os que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus”. – É a maneira mais sutil utilizada por Satanás, utilizar-se das próprias fraquezas e desejos dos homens. Ele deu mostras de seu oportunismo quando tentou Eva no jardim e também na tentação de Jesus no deserto. Com Eva, ele usou o desejo da mulher em ser igual a Deus, orgulho, vaidade, desejo pelo poder, curiosidade quanto ao desconhecido entre outros que poderíamos especular aqui. Com Jesus, ele fracassou ao tentar o Senhor num momento de debilidade, leiamos: Mateus 4:1 “Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. 2 Depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. 3 O tentador aproximou-se dele e disse: ‘Se tu és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães’. 4 Jesus respondeu: ‘Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus’. 5 Então o diabo o levou à cidade santa, colocou-o na parte mais alta do templo e lhe disse: 6 ‘Se tu és Filho de Deus, joga-te daqui para baixo. Pois está escrito: Ele dará ordens a seus anjos a teu respeito, e eles te segurarão com as mãos, para que não tropeces em alguma pedra’.7 Jesus lhe respondeu: ‘Também está escrito: Não tente o Senhor seu Deus’. 8 Novamente, o diabo o levou a um monte muito alto e lhe mostrou todos os reinos do mundo e seu esplendor. 9 E lhe disse: ‘Tudo isto te darei, se te prostrares e me adorares’. 10 Jesus lhe disse: ‘Retire-se, Satanás! Pois está escrito: Adore o Senhor seu Deus e sirva somente a ele’. 11 Então o diabo o deixou, e anjos vieram e o serviram”. 1.3.4. Do desejo à tentação e da tentação à ação / O processo do pecado: Como observamos acima, Satanás aproveita momentos de fraquezas e também nossas necessidades básicas, todo seu esforço, objetiva em projetar-nos no desejo e daí à tentação, e por fim a caracterização do ato pecaminoso que desagrada a Deus. Na maioria dos casos, o desejo e a tentação acabam deixando marcas profundas em nossa alma, e acabamos levando conosco em nossos pensamentos a ação, ou ato em relação ao objeto de desejo. Assim sendo, mesmo que não tenhamos trazido à luz aquele desejo e tentação, o pecado se instala dentro de nós. Pensamos que Jesus se ateve a esse processo e suas conseqüências quando disse em Mateus 5:28... “Qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela em seu coração’. 16
1.3.5. Somos auxiliados por Deus para resistirmos às tentações: 1 Coríntios 10:13 “Não sobreveio tentação a vocês que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele lhes providenciará um escape, para que o possam suportar”. 1.4. Consagração:
Consagração é o fato ou ação de dedicar (-se) a Deus ou ao seu serviço. Com a consagração vem a edificação e o crescimento na fé. Existem alguns pontos que nos levam à consagração: 1.4.1. O preço já foi pago para que pudéssemos nos consagrar a Deus. Fomos comprados pelo sangue de Jesus: 1 Coríntios 6:20 “Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com seu próprio corpo”. Fomos comprados pelo sangue de Jesus Cristo derramado em uma cruz. Sangue que nos redimiu da maneira vazia de viver de nossos antepassados e nos projetou numa vida transparente marcada pelo amor sincero, marca de nossa comunhão que devemos ter uns aos outros conforme lemos em 1 Pedro 1:19. 1.4.2. Devemos fazer a vontade de Deus: Tiago 4:13-15 - Nossos planos devem ser submetidos a Deus; 1 Pedro 2:15 “Pois é da vontade de Deus que, praticando o bem, vocês silenciem a ignorância dos insensatos”. – 1 João 2:17 “O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”. – 1 Tessalonicenses 4:1-8 – Fomos chamados para a santidade. 1.4.3. Devemos seguir e praticar bons exemplos: Romanos 15:25-28, 2 Coríntios 8:1-5 Os textos relatam que mesmo estando passando por extrema pobreza, os crentes da Macedônia e Acaia uniram-se para levantarem uma oferta a fim de socorrer os pobres da Igreja em Jerusalém. Aqueles irmãos julgavam um privilégio poder socorrer seus irmãos na fé. 1.4.4. Consagrando por amor: Salmos 40:8a – “Tenho grande alegria em fazer a tua vontade, ó meu Deus;”... Romanos 8:36 “Como está escrito: ‘Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro’”. 1.4.5. Consagrar-se de modo agradável a Deus: É assim que o apostolo Paulo ensinou os irmãos em Roma, alertando-os que deveriam consagrar-se de modo racional, pensado, de modo que denotasse sua decisão, vontade própria. Em Romanos 12:1 Lemos: “Portanto, irmãos, rogo-lhes, pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês”. – o versículo seguinte vai dizer que nossa decisão deve trazer consigo um comportamento diferente do comumente vivenciado por nossa sociedade. – “2 Não se amoldem ao padrão desse mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade do Pai”. Atividades
Ore consagrando sua vida e de seus familiares ao Senhor Jesus.
Liste seus sonhos e projetos e os consagre ao Senhor.
Anote o nome de seus familiares e seus projetos num caderno de anotações, date as anotações e determine consagrar um tempo de oração diária por t ais objetivos. Provérbios 16:1 “O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do SENHOR”.
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5. A Relevância do Perdão Introdução
Em certa ocasião os discípulos pediram que Jesus os ensinasse a orar, daí por diante todos nós conhecemos a oração que Jesus passou a ensiná-los. ‘A oração do Pai Nosso’, assim a conhecemos. Tanto Mateus como Lucas registram a oração, mas não é nosso objetivo abordar toda a oração, mas parte, onde se refere ao perdão, assim descreve os textos a seguir: Mateus 6:12 Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores...” - Lucas 11: 4 – “Perdoa-nos os nossos pecados, pois também perdoamos a todos os que nos devem. E não nos deixes cair em tentação.” - Ambos denotam que perdão é algo relevante na vida de um discípulo de Jesus, um filho de Deus, primeiro, porque necessitamos do perdão de Deus, segundo, porque Jesus condicionou o perdão da parte do Pai para conosco em nossa própria capacidade de perdoar o próximo. Se perdoarmos aqueles que tem nos ofendido, também seremos perdoados por Deus. O apóstolo Paulo também toca de modo pontual na questão do ato de perdoar, somos advertidos a que perdoemos ao próximo, de modo que Satanás não possa tirar vantagem de nós - 2 Coríntios 2: 10 “Se vocês perdoam a alguém, eu também perdôo; e aquilo que perdoei, se é que havia alguma coisa para perdoar, perdoei na presença de Cristo, por amor a vocês, 11 a fim de que Satanás não tivesse vantagem sobre nós; pois não ignoramos as suas intenções.” - Porque o perdão é a questão crucial para nossa libertação? Por causa da cruz. Deus não nos deu o que merecemos; Ele nos deu aquilo de que precisamos, de acordo com Sua misericórdia. Devemos ser tão misericordiosos quanto nosso Pai celeste (Lucas 6:36). Devemos perdoar como fomos perdoados (Efésios 4:31, 32). 1. Perdão 1.1. A Radicalidade do Perdão: 1.1.1. Perdoar trata-se de uma decisão radical: Perdoar não é o mesmo que esquecer. As pessoas que tentam esquecer descobrem que não o conseguem. Diz o texto em Hebreus 10:17 “acrescenta: Também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades, para sempre.”, sendo Deus onisciente não pode esquecer. “De nenhum modo me lembrarei”, significa que Deus jamais utilizará nosso passado contra nós Salmo 103:12 “Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões.”- O esquecimento pode ser o resultado do perdão, mas esquecer não significa perdoar. Quando trazemos o passado contra as pessoas, é sinal que não as perdoamos. Os sentimentos são o fator que gera um maior grau de dificuldade no ato de perdoar. É preciso entender que perdão é uma decisão e não um sentimento, não se baseia na emoção. Uma vez que Deus requer de nós que perdoemos, trata-se de algo que podemos fazer. 1.1.2. Como desfrutar do perdão de Deus: É preciso resgatar a oração do ‘Pai Nosso’ em Mateus 6:12 e Lucas 11:4 já citados anteriormente, a fim de entendermos que só podemos desfrutar do perdão de Deus se determinar perdoar aqueles que nos ofenderam. Olhando por esse prisma estabelecido por Jesus, constatamos que os problemas e controvérsias entre os homens, não ficam restritivos no campo horizontal da comunhão entre os mesmos. O problema torna-se vertical, visto que a comunhão quebrada entre as partes em desatino impossibilita-os manterem a comunhão com Deus por não terem acesso ao perdão do Pai, pois o mesmo está condicionado à atitude e disposição das pessoas em perdoarem seus ofensores. 1.1.3. Jesus coloca aos seus discípulos que o perdão deve ser adotado como padrão obrigatório no viver diário: A parábola dos dois devedores em Mateus 18:23-35 é fruto do questionamento do apostolo Pedro a Jesus sobre quantas vezes ele deveria perdoar seu próximo. A resposta foi radical, em torno de 70 vezes 7. Jesus não para aí, dá continuidade ao ensinamento que Ele desejava que seus discípulos assimilassem de modo pleno, por isso passou a contar a parábola que se segue: Mateus 18:23 “Por isso, o Reino dos céus é como um rei que desejava acertar contas com seus servos. 24 Quando começou o acerto, foi trazido à sua presença um que lhe devia dez mil talentos. 25 Como ele não tinha condições de pagar, o senhor ordenou que ele, sua esposa, seus filhos e tudo o que ele possuía fossem vendidos para pagar a dívida. 26 O servo prostrou-se diante dele e lhe 18
implorou: 'Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo'. 27 O senhor daquele servo teve compaixão dele, cancelou a dívida e o deixou ir. 28 Mas quando aquele servo saiu, encontrou um de seus conservos, que lhe devia cem denários. Agarrou-o e começou a sufocá-lo, dizendo: 'Pague-me o que me deve!' 29 Então o seu conservo caiu de joelhos e implorou-lhe: 'Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei'. 30 Mas ele não quis. Antes, saiu e mandou lançá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. 31 Quando os outros servos, companheiros dele, viram o que havia acontecido, ficaram muito tristes e foram contar a seu senhor tudo o que havia acontecido. 32 Então o senhor chamou o servo e disse: 'Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque você me implorou. 33 Você não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu tive de você?' 34 Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia. 35 Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão”. 1.2. A Vicariedade do Perdão: 1.2.1. Jesus é o nosso exemplo de vicariedade: Perdoar é concordar viver com as conseqüências do pecado de outra pessoa. A atitude de se perdoar alguém que nos tenha ofendido é fruto de nossa obediência a Deus, porém o preço é alto enquanto atentamos aos nossos sentimentos. Entretanto, devemos estar convictos que iremos viver com as conseqüências do pecado de nosso ofensor, quer desejemos ou não. Há somente duas opções para a parte ofendida: A primeira é optar em viver amargurado por não doar perdão ao seu ofensor, a segunda, é decidir perdoar e crer que tal decisão proporcionará livramento no pesar que a ofensa tenha gerado em sua vida. A segunda opção foi a mesma que Jesus fez. Ele assumiu as conseqüências do nosso pecado sobre Si. Na cruz Jesus exclamou ao Pai: Lucas 23:34 “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. - Todo verdadeiro perdão é substituto, vicário, pois ninguém na verdade perdoa sem carregar a penalidade do pecado do outro. 1.2.2. Vicariedade X Intolerância: Historicamente os seres humanos são velozes em punir aqueles que optam em contrariar as regras estabelecidas na sociedade como um todo, não é diferente quanto o comportamento da Comunidade dos santos, filhos de Deus. Parece que a moléstia da intolerância vem do comportamento dos Fariseus e Escribas, que comumente apedrejavam mulheres acusadas de adultério, prostitutas e outros casos legislados no Velho Testamento, apesar e ou em detrimento do mandamento também constante no Velho Testamento: “Não Matarás”! - O pastor Carlos Queiroz escreve em seu livro intitulado ‘Ser é o Bastante’ na página 120 que: “São estes (escribas e fariseus) que estabelecem as regras de julgamento, condenam inocentes, apedrejam prostitutas em nome da lei, e o fazem com frieza ou ódio cruel. Por serem assim, matam, assassinam como se estivessem fazendo um grande serviço a Deus. Muitos, sem perceber, tornaramse especialistas da morte”. A opção de Jesus e seu ensino aos seus discípulos sempre se opuseram à punição e morte, antes tornou imperativa a misericórdia que nos projeta na tolerância e conseqüentemente no perdão. Jesus deseja evitar que seus discípulos trilhem no caminho da intolerância, pois reconhece que a mesma se assemelha a um tribunal onde alguns são absolvidos e outros condenados e até mesmo sepultados vivos no coração daqueles que deveriam expressar a graça e a magnitude do perdão e o amor de Deus pelos homens. A intolerância é filha da soberba e do orgulho, parece-me que fazem parte dessa família os escribas e fariseus que não admitem serem identificados com o pecador arrependido, seja um ex-adúltero, ex-ladrão, exassassino entre outros julgados indignos de serem chamados de escribas e fariseus... Como disse Dietrich Bonhoeffer, “o misericordioso empresta a honra própria ao descaído e toma sobre si a sua vergonha. Procura a companhia dos publicanos e pecadores, e suporta prazerosamente a vergonha de sua companhia” (1984; 61). 1.2.3. O Acusador: Apocalipse 12:10 “Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus”. – Escatologicamente isso irá acontecer, e nossa oração é que seja em breve! Mas, o que gostaria de tocar é esse trabalho que Satanás faz com esmero contra a vida dos santos remidos pelo sangue do Cordeiro, acusando-os de dia e de noite, diante do nosso Deus. Isso antes de acontecer na esfera espiritual ocorre aqui, em nosso contexto imediato. Quem nunca foi confront ado por alguém em função de alguma atitude ou palavra oriundos de um momento de nervosismo ou coisa semelhante, mais ou menos assim: “Ora! Você não é crente! Que belo ‘crentinho’ você é hein!” Ainda temos aqueles que se reportam ao nosso passado e dizem: “Crente! Você era um ______________!!!!!!” Com certeza você não teve dificuldade em completar a frase, pois muitas palavras são trazidas à nossa memória de modo 19
pejorativo e depreciativo pelos vasos de Satanás e as vezes até mesmos por familiares e mesmo irmãos na fé, o que infelizmente acontece. O apóstolo Paulo no capítulo sete do livro de Romanos, discorre que até mesmo nós, temos uma batalha acontecendo em nosso ser interior, ora nos acusando, ora nos justificando. Por fim, a conclusão termina na seguinte sentença: v. 24 “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” – Miserável, sem nenhuma justiça própria. É justamente nesse estado de espírito que ocorre o maior milagre na vida de um discípulo de Jesus Cristo, é nesse estado que o discípulo se torna um bemaventurado aos olhos de Deus. Mateus 5:3 “Bem aventurado os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus”. - “A palavra pobre vem do grego “ptóchos” palavra derivada do verbo “ptossein”, que significa ‘abaixarse’, ‘encolher-se’. Ela descreve um indivíduo vivendo em condições miseráveis, tendo perdido a dignidade, e que para viver precisa esmolar”. (Livro: Ser é o Bastante, pág. 62). - Os verdadeiros discípulos de Jesus reconhecem sua condição de miserabilidade, que não há méritos próprios na obtenção do perdão e graça que procedem de Deus para com os homens. Essa consciência tira toda culpa, torna-nos livres de qualquer condenação e por isso, o discípulo descansa na justificação que vem do Senhor. Romanos 8:1 “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”. E por não haver nenhuma condenação, os discípulos são galardoados com a vida eterna, o reino dos céus. 1.2.4. Perdão é o caminho para a reconciliação: Mateus 5:23 “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24 deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta”. - 18:35 "Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão". – Jesus estabeleceu que o relacionamento entre irmãos em Cristo Jesus, é mais importante que o próprio culto. A maneira de matar quaisquer que seja o problema que esteja afetando o relacionamento entre irmãos em Cristo é o perdão e a reconciliação. Os procedimentos a serem adotados na reconciliação entre os irmãos estão no livro de Mateus 18:15 “Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão. 16 Mas se ele não o ouvir, leve consigo mais um ou dois outros, de modo que 'qualquer questão seja decidida pelo depoimento de duas ou três testemunhas’. 17 Se ele se recusar a ouvi-los, conte à igreja; e se ele se recusar a ouvir também a igreja, tratem-no como pagão ou publicanos”. 1.2.5. Qual a orientação quanto aos nossos adversários: A orientação de Jesus para com os seus discípulos em relação a um suposto adversário é a de buscar negociação: Mateus 5:25 “Entre em acordo depressa com seu adversário que pretende levá-lo ao tribunal. Faça isso enquanto ainda estiver com ele a caminho, pois, caso contrário, ele poderá entregá-lo ao juiz, e o juiz ao guarda, e você poderá ser jogado na prisão”. – Fica evidenciada a diferença de tratativas, entre os irmãos deve haver reconciliação, restauração do relacionamento. Mas, com adversários a relação deve ser diplomática, apenas um acordo para evitar conseqüências desagradáveis. 1.2.6. E quanto ao perverso: Mateus 5:38 “Vocês ouviram o que foi dito: 'Olho por olho e dente por dente'. 39 Mas eu lhes digo: Não resistam ao perverso. Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra.”... – “Jesus orienta-nos a não oferecer resistência a tais indivíduos. Também não manda seus discípulos oferecerem a face para ser batida em qualquer situação. Mas há situações em que, por causa do perfil do inimigo, não se consegue reconciliação, nem negociação. E aí, nestes casos, a melhor atitude é não revidar, não resistir ao perverso.” Livro ‘Ser é o Bastante’ pág. 125 Atividades
Defina o que é perdão? __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________
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Qual a característica fundamental do ato de perdoar? __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________
O que normalmente dificulta-nos em perdoar? Cite um exemplo prático. __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________
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6. Comunhão dos Santos Introdução
Para iniciarmos a nossa caminhada em busca de entendimento quanto à comunhão dos santos, precisamos mergulhar na Palavra de Deus e abrir nossos corações para assimilarmos de fato e de verdade o estilo de sociedade, comunidade, que o Senhor deseja que seus filhos mantenham enquanto trabalhando na seara. Manter comunhão uns com os outros nos padrões requeridos por Jesus Cristo aos seus discípulos é um desafio ao estilo de vida ocidental sem precedente, pois requer estarmos dispostos a abrir mão de nossa liberdade para ouvirmos aquilo que o Espírito Santo vai direcionar por meio da comunhão dos santos. Para que a Comunidade exista conforme os princípios do Senhor Jesus é preciso que os membros disponham-se em praticar seus dons em comunhão uns com os outros em benefício da mesma, suas ações sempre objetivarão seu desenvolvimento e crescimento. O texto em Colossenses 2:18 e 19 ratifica a necessidade de termos Jesus como cabeça, idealizador da comunhão e conseqüentemente comunidade dos discípulos, esses por sua vez devem estar unidos num mesmo ideal e por fim o crescimento é proporcionado por Deus. - Colossenses 2:18 “Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal, 19 e não retendo a cabeça, da qual todo o corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus”. 1. Visão Bíblica sobre Comunhão 1.1. Exemplo de Comunhão: 1 João 1: 3 “Nós lhes proclamamos o que vimos e ouvimos para que vocês também tenham comunhão conosco. Nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo.”. 1.2. Definição do termo COMUNHÃO: 1.2.1. Associação com um número reduzido de pessoas, envolvendo amizade com elas e incluindo participação nos seus sentimentos, nas suas experiências e vivência (1 Coríntios 1.9; 10.16; 2 Coríntios 13.13; Filipenses 2.1; 3.10; 1 João 1.3,6,7). 1.2.2. Relacionamento que envolve propósitos e atividades comuns; parceria (Atos 2.42; 2 Coríntios 6.14; Gálatas 2.9; Filemom 6). - 1 João 1:6 “Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. 7 Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado”. 2. Visão Bíblica sobre Comunidade 2.1. Agrupamento de pessoas que têm o mesmo ideal (Efésios 2.12). 2.1.1. Não necessariamente da mesma localidade: Atos 6: 2 Por isso os Doze reuniram todos os discípulos e disseram: "Não é certo negligenciarmos o ministério da palavra de Deus, a fim de servir às mesas. - 5 Tal proposta agradou a todos. Então escolheram Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, além de Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, um convertido ao judaísmo, proveniente de Antioquia. - 15:30 Uma vez despedidos, os homens desceram para Antioquia, onde reuniram a igreja e entregaram a carta. Efésios 2:12 “naquela época vocês estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel, sendo estrangeiros quanto às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo”. – Outro exemplo de Comunidade dá-se em Atos 15, o qual denominamos, o primeiro concílio da Igreja Cristã. Havia um problema com os judaizantes, judeus convertidos ao cristianismo que queriam que os novos cristãos observassem o costume da circuncisão, isso ocorreu na Galácia e Paulo cita o mesmo problema em Filipenses. Para solucionar o problema, Paulo viaja com alguns líderes da Igreja da Galácia e alguns judaizantes para a cidade de Jerusalém, pois ali se encontravam Tiago o irmão de Jesus, pastor na Igreja local, Pedro e outros apóstolos. Ocorre que na COMUNIDADE cristã na Galácia estava havendo discórdia em sua COMUNHÃO, isso levou 22
alguns de seus representantes até Jerusalém, para resolverem problema que afetava a COMUNIDADE de uma maneira geral. 2.1.2. Exemplo de Comunhão em meio a Comunidade
a. Comunhão mais íntima com João, Tiago e Pedro: Mateus 26:36 “Então Jesus foi com seus discípulos para um lugar chamado Getsêmani e disse-lhes: "Sentem-se aqui enquanto vou ali orar. 37 Levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se”. b. Comunhão com os demais discípulos não era tão intima como Jesus teve com os apóstolos acima mencionados: Mateus 26:36”Então Jesus foi com seus discípulos para um lugar chamado Getsêmani e disse-lhes: "Sentem-se aqui enquanto vou ali orar. 37 Levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se”. c. Por sua vez a comunhão com os discípulos era muito mais profunda e íntima que a comunhão que Jesus tinha com as multidões: Mateus 13:10 “Os discípulos aproximaram-se dele e perguntaram: "Por que falas ao povo por parábolas?" 11 Ele respondeu: "A vocês foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos céus, mas a eles não”. d. Variação comum no grau de comunhão: quanto mais a Comunidade cresce, menos profunda se torna a comunhão entre os irmãos. O envolvimento direto de uns para com outros, torna-se casual, uma vez ou outra limitando-se aos cultos e algumas programações. Porém, não é errado fazer opções em desejar manter comunhão mais intima com quantos você der conta de compartilhar sua vida. Sempre haverá alguma diferenciação natural entre os contatos que mantivermos ao longo da vida. e. Estrutura de Comunidade: A estrutura espiritual ‘hierarquizada’ de Comunidade estabelecida em Jesus, foi: Deus Pai, Jesus Cristo; o homem, a mulher e por fim os filhos, no ‘Corpo de Cristo’como um todo, o Espírito Santo atribuiu dons espirituais a todos os santos (Efésios 5:20-33; 6:1). 2.1.3. Dificuldades para se viver em Comunidade
a. Ciúmes: Na comunhão entre os discípulos sempre ocorrerá níveis de relacionamentos diferenciados como podemos verificar anteriormente, e isso quase sempre é mal compreendido. Entre os apóstolos é possível observar a existência de ciúmes. João 21:20 “ Pedro voltou-se e viu que o discípulo a quem Jesus amava os seguia. (Este era o que se inclinara para Jesus durante a ceia e dissera: "Senhor, quem te irá trair?") 21 Quando Pedro o viu, perguntou: "Senhor, e quanto a ele?" 22 Respondeu Jesus: "Se eu quiser que ele permaneça vivo até que eu volte, o que lhe importa? Siga-me você”. – Pedro pergunta a respeito de João, mas inexistia na mente de Jesus algo a ser questionado da parte de Pedro, a não ser um sentimento a ser advertido com uma resposta firme: “Não é da sua conta”! b. Competição: Lucas 9: 46 “Começou uma discussão entre os discípulos, acerca de qual deles seria o maior. 47 Jesus, conhecendo os seus pensamentos, tomou uma criança e a colocou em pé, a seu lado. 48 Então lhes disse: "Quem recebe esta criança em meu nome, recebe a mim; e quem recebe a mim, recebe àquele que me enviou. Pois aquele que entre vocês for o menor, este será o maior”. c. Exclusivismo: Lucas 9:49 “Disse João: Mestre, vimos um homem expulsando demônios em teu nome e procuramos impedi-lo, porque ele não era um dos nossos". 50 "Não o impeçam", disse Jesus, "pois quem não é contra vocês, é a favor de vocês”. 2.1.4. Princípios e estratégias para se ter Comunhão em Comunidade
a. Vivenciar com entendimento ambos os conceitos: A Comunhão redundará numa Comunidade, e a Comunidade facilitará a Comunhão.
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b. Grupos: São pequenos grupos que proporcionam o modo prático pelo qual vivenciamos a Comunhão que resulta na Comunidade de Cristo como um todo. E por sua vez a existência da Comunidade é que possibilita a abrangência da Comunhão. Nessa visão temos existencializado a interdependência do “Corpo de Cristo” em todos os sentidos, seja no aprendizado, na utilização dos dons espirituais, no cuidado de uns para com os outros, na sinergia necessária para se fazer adequadamente a obra do Senhor, no socorro dos aflitos e necessitados, em missões e ou em socorrer os santos. c. Liderança em níveis de responsabilidades diferenciados: Na Comunhão somos todos iguais, porém no desenvolvimento da Comunidade e estabilidade da mesma exercemos papéis diferentes. Por isso, temos pastores, presbíteros, diáconos, líderes de ministérios e mesmo líderes de grupos, pequenos grupos de Comunhão que formam a Comunidade. É preciso ter estrutura para que na Comunidade de Cristo haja ordem e eficácia. d. Disciplina: No desenvolvimento de nossas responsabilidades dentro da Comunidade temos uma rua de mão dupla, onde CORRIGIMOS e somos CORRIGIDOS. De fato o viver em Comunidade aperfeiçoa os filhos de Deus para que possam ter Comunhão uns com os outros. 2.1.5. Princípios básicos de comportamento que devem reger a Comunhão em Comunidade
a. Ser Discípulo de Jesus Cristo: A Comunidade deve ser gerada a partir da Comunhão dos discípulos, e ser discípulo de modo direto e simplificado significa ser APRENDIZ, SEGUIDOR de Jesus Cristo; b. Manter Comunhão efetiva com membros da Comunidade: Laços significativos de amizade onde se pratique a interdependência. Isso envolve disciplina mútua. A ninguém é dado o direito de viver uma fé monástica. Os grupos é um veículo maravilhoso para promover a interdependência dos filhos de Deus. – Jesus disse em Lucas 17:20 “ Certa vez, tendo sido interrogado pelos fariseus sobre quando viria o Reino de Deus, Jesus respondeu: "O Reino de Deus não vem de modo visível, 21 nem se dirá: 'Aqui está ele', ou 'Lá está ele'; porque o Reino de Deus está entre vocês”. – Se o reino de Deus está entre nós ou dentro de cada um dos discípulos como afirma a versão Revista e Atualizada (RA), tradução João Ferreira da Bíblia, somente a comunhão entre os mesmos é que promoverá a abrangência do conhecimento do reino e a possibilidade de desenvolvê-lo conforme a vontade do Rei Jesus. c. Exercer os dons espirituais: A Bíblia afirma que temos recebido dons da parte do Pai e que devemos exercitá-los para o bem da Comunidade, Romanos 12:4 “Assim como cada um de nós tem um corpo com muitos membros e esses membros não exercem todos a mesma função, 5 assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro faz parte de todos os outros. 6 Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada. Se alguém tem o dom de profetizar, use-o na proporção da sua fé. 7 Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine; 8 se é dar ânimo, que assim o faça; se é contribuir, que contribua generosamente; se é exercer liderança, que a exerça com zelo; se é mostrar misericórdia, que o faça com alegria”. – Na Comunidade de Cristo é imperativo que todos exerçam seus talentos e dons espirituais, pois não podemos reter aquilo que nos foi confiado por Deus.
Atividades
Se você ainda não decidiu participar de um grupo faça-o, acompanhe seu discipulador e experimente das bênçãos advindas da comunhão com os santos. Procure identificar algo que você possa fazer para exercitar algum dom espiritual em benefício da vida de seu próximo. Peça auxílio ao seu discipulador.
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7. O Culto como Opção de Vida Introdução
Temos aprendido que Igreja somos nós mesmos, indivíduos que passaram a crer no sacrifício vicário de Jesus Cristo, que nos faz santos diante de Deus Pai, e que isso é graça, favor que não merecíamos, mas aprouve a Deus nos purificar por meio do sangue de Jesus. É esse povo perdoado que mantém comunhão uns com os outros e formam a Comunidade de Cristo, que por sua vez reside nesse mundo denominado sociedade, e nela brilha como Luz e faz diferença como o Sal no dia a dia de nossa história. É isso que o apóstolo Paulo escreve à Igreja em Roma e a nós hoje no livro de Romanos 12: 1 “ Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. 2 Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. 3 Pois pela graça que me foi dada digo a todos vocês: ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, pelo contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu. 4 Assim como cada um de nós tem um corpo com muitos membros e esses membros não exercem todos a mesma função, 5 assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro faz parte de todos os outros. 6 Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada. Se alguém tem o dom de profetizar, use-o na proporção da sua fé. 7 Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine; 8 se é dar ânimo, que assim o faça; se é contribuir, que contribua generosamente; se é exercer liderança, que a exerça com zelo; se é mostrar misericórdia, que o faça com alegria. 9 O amor deve ser sincero. Odeiem o que é mau; apeguem-se ao que é bom. 10 Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios. 11 Nunca lhes falte o zelo, sejam fervorosos no espírito, sirvam ao Senhor. 12 Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração. 13 Compartilhem com os santos em suas necessidades. Pratiquem a hospitalidade.14 Abençoem aqueles que os perseguem; abençoem e não os amaldiçoem.15 Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram. 16 Tenham uma mesma atitude uns para com os outros. Não sejam orgulhosos, mas estejam dispostos a associar-se a pessoas de posição inferior. Não sejam sábios a seus próprios olhos. 17 Não retribuam a ninguém mal por mal. Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos. 18 Façam todo o possível para viver em paz com todos”. - a mensagem tem haver com o culto que prestamos ao Senhor, culto oriundo de uma atitude racional que aponta para uma conduta diária, uma opção de vida que envolve vários fatores dos quais passaremos a falar agora. 1. Comunhão com Deus 1.1. Oração 1.1.1. Três fatores relevantes na oração: Se pretendemos conhecer a Deus é preciso se comunicar com Ele, manter comunhão e isso fazemos por meio da oração e o ato de orar envolve três fatores a serem observados, são eles:
a. Tempo: Quando vamos nos referir ao tempo que dedicamos para alguma coisa é comum nos expressarmos mais ou menos assim: ‘gastamos um tempo com isso ou aquilo’. É preciso perceber o tempo que dedicamos ao Senhor, não como um tempo gasto, mas um INVESTIMENTO, pois com certeza trata-se do tempo mais proveitoso que dispomos em nossas vidas. Tempo necessário para que conheçamos verdadeiramente a Deus. b. Comunicação: Toda boa comunicação concebe uma via de mão dupla, é preciso falar e ouvir. A Bíblia nos ensina que Deus conhece aquilo que iremos falar antes mesmo das palavras virem aos nossos lábios (Sl 139:4). Isso denota que não necessitamos elaborar nossas orações, antes devemos ser 25
espontâneos, expressar o mais profundo de nossos sentimentos ao Senhor com muita liberdade. Afinal Ele conhece o nosso coração, as palavras antes mesmo de formarem em nossa boca. Não menos importante é a necessidade de ouvirmos a Deus enquanto oramos. Jesus anunciou a vinda do Espírito Santo: João 16: 13 “Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está por vir”. – A promessa foi cumprida, o Espírito Santo foi dado de modo definitivo aos discípulos de Jesus, história que podemos ler no livro de Atos no capítulo 2, e ainda ratificar, o falar do Espírito Santo em Romanos 8:16 que diz: “O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus”. c. Manter a disciplina sob circunstâncias adversas: Nosso modo de agir mediante as circunstâncias da vida denotam quem somos e isso possibilita conhecermos mutuamente uns aos outros. Além disso, propicia que sejamos tratados por Deus em nossas vicissitudes e no crescimento de nossa fé ao observarmos as providências de Deus, atuando principalmente nos momentos de adversidade comum a todos nós. O próprio Senhor Jesus afirmou que nesse mundo teríamos aflições (João 16:33). Para que cresçamos em meio às lutas é preciso ter disciplina, separar um tempo para dedicar-se à oração, manter uma comunicação integral com o Senhor, onde na medida em que falamos também nos disponibilizamos a ouvir. Haverá ocasiões onde a vontade de orar inexistirá, porém será preciso fazê-lo estando ou não com vontade, assim procedendo nosso relacionamento com Deus ficará a cada dia mais sólido e profundo. 1.1.2. Porque devemos manter uma vida de oração vigorosa:
a. Porque nos faz resistir as tentações: Mateus 26: 41 "Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca". – Jesus alertou seus discípulos quanto a fonte das tentações, a própria carne deles, desejos que projetam os homens a fazerem coisas em detrimento de si mesmos, militando contra sua saúde física, emocional e espiritual. O discípulo que se mantém em oração é fort alecido para resistir as tentações e capacitado para praticar a vontade de Deus. b. Porque recebemos da parte da Deus aquilo que necessitamos:
No nome de Jesus somos completados em alegria: João 16:24 “Até agora vocês não pediram nada em meu nome. Peçam e receberão, para que a alegria de vocês seja completa”. Sabedoria: Tiago 1:5 “Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida”. As providências de Deus caracterizam-se por meio de milagres em nossas vidas: Mateus 21: 22 “E tudo que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão”. – é preciso aplicar essa realidade nas mais diversas áreas de nossas vidas e submeter o ‘tudo’que pedimos à SOBERANA vontade de Deus, pois a Bíblia afirma que não sabemos orar: Romanos 8: 26 “ Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis”. – Isto significa que devemos orar objetivando aquilo que desejamos e necessitamos, porém a resposta certa sempre virá do Senhor, o importante é saber que Ele sempre irá responder as nossas orações. Autoridade para combatermos potestades malignas: Marcos 9:25 “Quando Jesus viu que uma multidão estava se ajuntando, repreendeu o espírito imundo, dizendo: ‘Espírito mudo e surdo, eu ordeno que o deixe e nunca mais entre nele’. 26 O espírito gritou, agitou-o violentamente e saiu. O menino ficou como morto, a ponto de muitos dizerem: ‘Ele morreu’. 27 Mas Jesus tomou-o pela mão e o levantou, e ele ficou em pé. 28 Depois de Jesus ter entrado em casa, seus discípulos lhe perguntaram em particular: ‘Por que não conseguimos expulsá-lo?’ 29 Ele respondeu: ‘Essa espécie só sai pela oração e jejum’.” - O livro de Efésios no capítulo 6 versos de 10 ao 20, declaranos que de fato a nossa luta não é contra carne e sangue, mas contra principados e potestades malignas, e manter uma vida de oração vigorosa propiciará que sejamos sempre vencedores nessa luta contra o mal. 26
Recomendação Apostólica: Paulo reconhece o poder da oração e por isso recomenda-a ao seu filho espiritual e à Igreja: 1 Timóteo 2: 1 “Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ação de graças por todos os homens;”...
1.1.3. Partes essenciais da oração:
a. Confissão: Salmos 139:23 “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. 24 Vê se em minha conduta algo te ofende, e dirigi-me pelo caminho eterno”. – 1 João 1:9 “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça”. b. Gratidão: 1 Tessalonicenses 5:17 “ Orem continuamente. 18 Dêem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus”. c. Adoração: João 4: 24 “Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”. d. Reverência: Hebreus 12: 28 “Portanto, já que estamos recebendo um Reino inabalável, sejamos agradecidos e, assim, adoremos a Deus de modo aceitável, com reverência e temor,”. – Lembre-se que Ele é Pai e se agrada em receber seus filhos, porém é preciso discernir diante de quem nos ajoelhamos, Sua Santidade e Amor devem no mínimo nos constranger, denotar nossa pequenez. e. Petição: 1 Coríntios 12:31 Entretanto, busquem com dedicação os melhores dons.”. – O ato de orar traz consigo petições façam-as para si mesmo num primeiro momento, peça capacitação, discernimento, compreensão, discernimento da vontade de Deus e as circunstâncias de um modo geral, peça sabedoria e num segundo momento interceda por todos os homens.”... f. Intercessão: 1 Timóteo 2:1 “Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ação de graças por todos os homens;”. – Nossas orações devem trazer consigo um real interesse pela salvação e bem estar das pessoas de um modo geral. 1.2. Leitura e Meditação da Palavra 1.2.1. A relevância da Palavra de Deus em nossas vidas:
a. É a nossa principal fonte de ‘alimento’: Jesus disse isso em resposta ao diabo: Mateus 4: 4 ..."Está escrito: 'Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus’.” b. Aperfeiçoa-nos a cada dia: 2 Timóteo 3:16 “ Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, 17 para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra”. c. Gera fé em nossos corações: Romanos 10: 17 “Conseqüentemente, a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo”. d. A palavra é nossa principal arma: Efésios 6:17 “Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”. – Jesus resistiu Satanás com a Palavra de Deus Pai: Mateus 4: 1 “Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. 2 Depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. 3 O tentador aproximou-se dele e disse: ‘Se tu és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães’. 4 Jesus respondeu: ‘Está escrito: 'Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus'. 5 Então o diabo o levou à cidade santa, colocou-o na parte mais alta do templo e lhe disse: 6 ‘Se tu és Filho de Deus, joga-te daqui para baixo. Pois está escrito: Ele dará ordens a seus anjos a teu respeito, e eles te segurarão com as mãos, para que não tropeces em alguma pedra’. 7 Jesus lhe respondeu: ‘Também está escrito: Não tente o Senhor 27
seu Deus’. 8 Novamente, o diabo o levou a um monte muito alto e lhe mostrou todos os reinos do mundo e seu esplendor. 9 E lhe disse: ‘Tudo isto te darei, se te prostrares e me adorares’. 10 Jesus lhe disse: ‘Retire-se, Satanás! Pois está escrito: Adore o Senhor seu Deus e sirva somente a ele’. 11 Então o diabo o deixou, e anjos vieram e o serviram”. e. É imperativo meditarmos na Palavra para nosso próprio crescimento: 1Tm 4:13 “Até a minha chegada, dedique-se à leitura pública da Escritura, à exortação e ao ensino. 14 Não negligencie o dom que lhe foi dado por mensagem profética com imposição de mãos dos presbíteros. 15 Seja diligente nestas coisas; dedique-se inteiramente a elas, para que todos vejam o seu progresso”. – Não precisamos ler as escrituras de modo público como fora designado à Timóteo, pois isso fazia parte de seu ministério, porém a leitura da mesma é perfeitamente aplicável a nós diariamente em função de todos os benefícios advindos do conhecimento da mesma. Não era diferente no Velho Testamento que também recomendava de modo ainda mais taxativo a leitura da Palavra: Josué 1:8 “Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem sucedido”. – Por isso tudo, leia diariamente a Palavra estando ou não com vontade de ler. 1.3. Oferta e Dízimo 1.3.1. Por que devemos ofertar?
a. Porque devemos seguir o exemplo do próprio Deus Pai: João 3:16 “Pois Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. Hebreus 9: 28 ... “ assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de muitos; e aparecerá segunda vez, não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam”. - 10:10 Por essa vontade fomos santificados, por meio do sacrifício do corpo de Jesus Cristo, oferecido uma vez por todas”. b. Ofertar direciona o nosso coração à Deus: Jesus disse: Mateus 6:21 “Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração”. – Se nosso tesouro está em Deus devemos direcionar nossas ofertas à Ele. c. Ofertando honramos a Deus: Provérbios 3:9 “Honre o Senhor com todos os seus recursos e com os primeiros frutos de todas as suas plantações; os seus celeiros ficarão plenamente cheios, e os seus barris transbordarão de vinho”. d. Ofertar gera bênçãos: Provérbios 22:9 “Quem é generoso será abençoado, pois reparte o seu pão com o pobre”. – Na Comunidade de Cristo de Ribeirão Preto, trabalhamos em parceria com outras Igrejas Evangélicas de nossa cidade e dos E.U.A., apoiando os trabalhos desenvolvidos pela SOBERP – Sociedade Beneficente Evangélica de Ribeirão Preto. Também apoiamos nossos irmãos, por meio da diaconia, com iniciativas que visam solucionar possíveis necessidades. Informe-se como você pode repartir seu pão com o pobre junto aos diáconos. e. Ofertar é expressão de nossa gratidão: Deuteronômio 16:17 ... “cada um de vocês trará uma dádiva conforme as bênçãos recebidas do Senhor, o seu Deus”. f. Ofertar é melhor que receber: Atos 20:35 “Em tudo o que fiz, mostrei-lhes que mediante o trabalho árduo devemos ajudar os fracos, lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: ‘Mais bem-aventurado é dar do que receber’.” 1.3.2. Por que devemos Dizimar? A Palavra dízimo significa a décima parte, aplicado as nossas vidas com Deus, deveríamos doar todo mês 10% de nosso ganho financeiro. Assim diferencia-se da oferta, qualquer quantia que desejemos ofertar além de nosso dízimo. Entendemos que 10%, quantia determinada pela Lei no Velho Testamento, deva se constituir apenas como um referencial mínimo para que comecemos a usufruir as bênçãos advindas do princípio de doar, dizimar parte de nossos recursos à Deus. Infelizmente muitos de 28
nossos amados irmãos vivem na Lei estando na graça, pois podendo doar mais que 10% limitam até mesmo o dom que porventura Deus possa desejar galardoá-los, ‘dom de contribuição’, por interpretar e praticar erroneamente o ato de dizimar. a. Dízimo é do Senhor nosso Deus: Levítico 27:30 “Todos os dízimos da terra, seja dos cereais, seja das frutas, pertencem ao Senhor; são consagrados ao Senhor”. b. Porque Jesus foi dizimista: A Bíblia afirma que Ele veio para cumprir a Lei – (Mateus 5:17 “Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir”.) - se Ele cumpriu, era dizimista, e se Ele era dizimista nós também devemos ser. Mateus 23: a. 23 “Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vocês devem praticar estas coisas, sem omitir aquelas”. Lembre-se que 10% é o mínimo para começarmos, Jesus não somente cumpriu a Lei, mas superlativou-a, dizendo: Mateus 5: 20 “Pois eu lhes digo que se a justiça de vocês não exceder em muito a dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus”. b. O dízimo nos faz lembrar que tudo que temos é dádiva de Deus: Deuteronômio 8:18a “Mas, lembre-se do Senhor, o seu Deus, pois é ele que lhe dá capacidade de produzir riqueza,”... c. Somos qualificados na Palavra como ladrão se deixamos de dizimar: Malaquias 3:8 “Pode um homem roubar a Deus? Contudo vocês estão me roubando. E ainda perguntam: ‘Como é que te roubamos?’ Nos dízimos e nas ofertas. 9 Vocês estão debaixo de grande maldição, porque estão me roubando; a nação toda está me roubando”. d. Há bênçãos abundantes à quem dizima: Malaquias 3:10 “Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa. Ponham-me a prova, diz o Senhor dos Exércitos, e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las”. e. Ser dizimista é não ignorar a batalha espiritual em que estamos inseridos: Malaquias 3:11 “ ‘Impedirei que pragas devorem suas colheitas, e as videiras nos campos não perderão o seu fruto’, diz o Senhor dos Exércitos”. – Lemos na versão Revista e Atualizada de João Ferreira de Almeida que pragas foi traduzido como devorador. Há uma concordância entre os estudiosos da Bíblia que a referência denota uma ação sobrenatural no que se refere a proteção efetiva de Deus contra a ação de tais pragas ou um ser denominado devorador. Assim sendo, quando deixamos de dizimar vulnerabilizamos a nós mesmos e também o ‘Corpo de Cristo’ família dos santos onde congregamos, pois se somos atingidos de alguma maneira o ‘Corpo’ sentirá também. 1.4. Fé 1.4.1. É preciso ter fé: Hebreus 11: 6 “Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam”.
a. O que é fé? A Palavra de Deus diz que: Hebreus 11:1 “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos”. – Jamais confunda fé com positivismo, pois ambos diferem em sua essência. A fé bíblica crê na capacidade de um Deus todo-poderoso que tudo pode fazer. O positivismo parte do princípio que o fator diferencial somos nós com nossa postura em ser positivo naquilo que objetivamos. Se olharmos por essa ótica na Palavra de Deus, teríamos que afirmar que Gideão por exemplo, jamais seria abençoado em sua batalha contra os midianitas, pois dado o seu chamado mostrou-se temeroso. Moisés jamais livraria o povo do julgo de Faraó, pois dado seu chamado titubeou dando desculpas de sua fala dificultosa. O apóstolo Pedro não mais seria usado por Deus depois de ter afundado no mar quando andava sobre as águas seguindo as instruções de Jesus, e mesmo por ter negado o Senhor na noite em que o Ele fora capturado e torturado. Leiamos a história de um pai acometido de incredulidade e observemos a ação de Jesus: Marcos 9: 17 “Um homem, no 29
meio da multidão, respondeu: ‘Mestre, eu te trouxe o meu filho, que está com um espírito que o impede de falar. 18 Onde quer que o apanhe, joga-o no chão. Ele espuma pela boca, range os dentes e fica rígido. Pedi aos teus discípulos que expulsassem o espírito, mas eles não conseguiram’. 19 Respondeu Jesus: ‘O geração incrédula, por quanto tempo estarei com vocês? Por quanto tempo terei de suportá-los? Tragam-me o menino’. 20 Então, eles o trouxeram. Quando o espírito viu Jesus, imediatamente causou uma convulsão no menino. Este caiu no chão e começou a rolar, espumando pela boca. 21 Jesus perguntou ao pai do menino: ‘Há quanto tempo ele está assim?’ ‘Desde a infância’, respondeu ele. 22 ‘Muitas vezes o tem lançado no fogo e na água para matá-lo. Mas se podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos’. 23 ‘Se podes?’, disse Jesus. ‘Tudo é possível àquele que crê’. 24 Imediatamente o pai do menino exclamou: ‘Creio, ajuda-me a vencer a minha incredulidade!’ 25 Quando Jesus viu que uma multidão estava se ajuntando, repreendeu o espírito imundo, dizendo: ‘Espírito mudo e surdo, eu ordeno que o deixe e nunca mais entre nele’.” - O texto nos mostra que tanto o pai como os discípulos de Jesus e mesmo a multidão foram todos qualificados por Jesus como incrédulos, chamados de geração incrédula. Assim sendo, Jesus foi o fator diferenciador, Ele tudo pode fazer tenhamos fé ou não. Isso ratifica e esclarece que fé é a certeza que Deus tudo pode fazer à nosso favor, mesmo se não vemos, trazemos a existência pela fé no Deus dos impossíveis. Em Marcos 11:22 lemos: “Respondeu Jesus: ‘Tenham fé em Deus’. 23 Garanto-lhes que se alguém disser a este monte: ‘Levante-se e atire-se no mar’, e não duvidar em seu coração, mas crer que acontecerá o que diz, assim lhe será feito”. – A fé não consiste em que o monte será lançado no mar porque você o quer, a fé cristã consiste que Deus pode lançar o monte ao mar porque cremos que Deus pode fazer. A relação não tem haver do homem com a fonte do desejo, mas do homem para com Deus, a fonte do desejo torna-se apenas conseqüência. b. A fé que salva: Efésios 2: 8 “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; 9 não por obras, para que ninguém se glorie”. Parece que cada homem recebe um certo tipo de fé ou grau suficiente de fé para atender o apelo da parte de Deus, pelo qual somos salvos do juízo de Deus. c. A fé sob medida segundo cada pessoa para vivermos a vida cristã: Romanos 12:3 “Pois pela graça que me foi dada digo a todos vocês: ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, pelo contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu”. – Fé dada por Deus sob medida a cada um de seus filhos, para que desenvolvamos de modo eficaz nossa vida em Cristo Jesus, na comunhão dos santos e em meio a sociedade como um todo. d. A fé como um dom especial: 1 Coríntios 12: 8 “Pelo Espírito, a um é dada a palavra de sabedoria; a outro, a palavra de conhecimento, pelo mesmo Espírito; 9 a outro, fé, pelo mesmo Espírito; a outro, dons de cura, pelo único Espírito, 10 a outro; poder para operar milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a outro, variedade de línguas; e ainda a outro, interpretação de línguas. 11 Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, a cada um, conforme determina.”. e. Formas para adquirirmos fé:
A fé vem do ouvir a Palavra de Deus: Romanos 10:17 “Conseqüentemente, a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo” . Adquirimos e Edificamos nossa fé por meio da oração: Judas 1:20 “Vocês, porém, amados, edifiquem-se na santíssima fé que possuem, orando no Espírito Santo”. - 1 Coríntios 12: 31a “Entretanto, busquem com dedicação os melhores dons”. Sinais e Prodígios geram fé: João 11:43 “ Depois de dizer isso, Jesus bradou em alta voz: ‘Lázaro, venha para fora!’ 44 O morto saiu, com as mãos e os pés envolvidos em faixas de linho, tendo o rosto envolto num pano. Disse-lhes Jesus: ‘Tirem as faixas dele e deixem-no ir’. 30
45 Muitos dos judeus que tinham vindo para visitar Maria, vendo o que Jesus fizera, creram nele”. Atividades
Faça uma lista de prioridades e esquematize o seu culto diário à Deus. Peça auxílio do seu discipulador. Oração:
Marque um dia em comum com seu discipulador para jejuarem e orarem juntos. Liste alguns motivos de oração: __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________
A Bíblia:
Inicie sua leitura programada da Bíblia e peça que seu discipulador lhe supervisione nesse objetivo.
Determine ser um ofertante e dizimista na Igreja:
Caso esteja com algum problema para iniciar o processo, peça ajuda ao seu discipulador. Creia no princípio estabelecido por Deus.
Socorra o aflito e necessitado por meio da SOBERP: Peça auxílio ao seu discipulador e procure a SOBERP para se tornar um contribuinte. Você irá de fato fazer diferença na vida de pessoas necessitadas.
Conclusão Romanos 8: 37 “Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou”. – Tenha sempre a certeza da vitória, pois aquele que nos chamou também nos capacitou e a palavra afirma que se lutarmos com a armas de Deus destruímos fortalezas, - 2 Coríntios 10: 4 “As armas com as quais lutamos não são humanas; pelo contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas”. Tudo que você aprendeu até aqui propiciará a possibilidade de obter uma vida vitoriosa em Cristo Jesus, seja tão somente praticante daquilo que tens aprendido conosco. Tiago 1:22a “ Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes,”...
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Estudos Adicionais A igreja que disciplina Na Conferência Fiel para Pastores e Líderes, em 2006, Jim Elliff contou a história do adultério de seu próprio pai, para enfatizar a necessidade de disciplina na igreja. Leia a história e descubra por que Jim está tão convicto de que toda igreja deve exercer disciplina sobre os membros que erram. Cremos que esta declaração sobre a política de disciplina na igreja é fiel à Bíblia e pode ser extremamente útil para qualquer igreja. Se sua igreja não tem uma declaração sobre a disciplina, talvez queira adotar esta apresentação bíblica como a sua posição. Ou queira usá-la como fonte para escrever a sua própria. Acima de tudo, oramos para que cada igreja que ainda não tem um plano de ação referente à disciplina de seus membros adotem uma declaração referente à disciplina na igreja, tão rápido quanto possível. Permita-me dizer-lhe por que a disciplina na igreja é importante para mim. Alguns anos passados, meu pai, um ministro do evangelho, deixou minha mãe, por causa de adultério com a sua secretária. Tenho a permissão dele para contar a história. Ele tem agora 89 anos de idade. Este acontecimento nos deixou arrasados. Não temos visto divórcio com freqüência em nossa extensa família. Todos somos crentes, e muitos de nós estamos no ministério; e isso ocorre há quatro gerações. Quando meu pai trabalhava como um executivo da denominação, começou a aconselhar sua secretária a respeito do casamento. Ela encontrou em meu pai o que não achava em seu marido. Logo, surgiram as cumplicidades, e, em seguida, o adultério. Meu pai fez o que nos dissera nunca deveríamos fazer: aconselhar uma pessoa do sexo oposto em uma sala fechada. O adultério aconteceu quatro meses antes de papai aposentar-se. Os quatro filhos se reuniram, vindos de lugares distantes, na casa de papai, a fim rogar-lhe que se arrependesse. Ele pareceu arrepender-se naquela ocasião, mas logo recuou de seu arrependimento. Assim como a esposa de Ló, seu coração estava distante, embora ele reconhecesse que não havia nada da parte de mamãe que causasse o distanciamento. Ele não voltou atrás. Pelo contrário, divorciou- se de mamãe, casou-se com a secretária e mudou para outra cidade. Seus anos de aposentadoria, que deveriam encher-se de atividades e viagens ministeriais, eram agora um sonho impossível. Dois anos depois, mamãe faleceu. Ela morreu do mal de Alzheimer, cujos efeitos não foram percebidos até depois do divórcio. Mamãe permanecera fiel, orava com fervor por seu marido e se mostrava admiravelmente perdoadora. Mas, falando com moderação, o divórcio a arrasara; ela nunca imaginara que isso poderia lhe acontecer. Antes de mamãe falecer, papai se arrependeu verdadeiramente. Com lágrimas de angústia por suas ações, ele rogou o perdão da família e veio ao leito de morte de mamãe, para conversar, antes que ela morresse. Mas o dano já estava feito. Ele perdera seu trabalho, sua reputação, sua confiança, o respeito da família, seu futuro ministério, sua alegria e a certeza de sua própria salvação. Papai havia sido um tolo. Estamos agora a 25 anos daquele tempo horrível. Felizmente, papai foi restaurado à vitalidade cristã, embora com cicatrizes. Seu arrependimento fora verdadeiro e duradouro. Ele tem procurado ajudar outros a evitar as ações pecaminosas que cometera no passado. Recentemente, como um homem idoso, ele falou a um grupo de pastores batistas de um dos nossos estados: “ Sou um testemunho de fracasso no ministério”. Mas também lhes falou sobre a admirável graça de Deus. Neste ano, nós, os quatro filhos, levamos papai à viagem de sua vida. Viajamos a dez pequenas cidades, para visitar todos os lugares memoráveis da infância de papai. Fomos ao lugar de sua conversão, sua chamada ao ministério, sua primeira igreja, etc. Foi uma viagem que jamais esqueceremos. Sorrimos e choramos, tiramos fotos e contamos histórias durante todo o percurso. Um dia, tomamos uma estrada velha que levava ao cemitério isolado e quieto onde mamãe fora sepultada; o cemitério ficava a onze quilômetros da familiar cidade sulina onde mamãe crescera. Foi a primeira vez que papai viu a sepultura. Vinte anos antes, ele se recusara a ir ao funeral, para não criar problemas.
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Quando nos aproximamos da sepultura, seu corpo convulsionou, com lágrimas, enquanto se apoiava em nós. “Como posso ter feito o que fiz a esta mulher tão amável?”, ele lamentou. Aquele foi um momento de angústia, mas também de alívio para todos nós. Por que conto esta história pessoal? Na época do adultério, nossa família tentou convencer o pastor da igreja de papai, uma das mais proeminentes na grande cidade onde meus pais moravam, a praticar a disciplina eclesiástica em papai. Esperávamos que, naquele período vulnerável, ele ouviria e mudaria de atitude se a igreja exercesse esta prática bíblica restauradora. A igreja se recusou a fazê-lo. Estou certo de que a recusa se deu porque a igreja não era acostumada a esse tipo de ação, mas também por causa da posição de meu pai na igreja e na cidade. Quando estávamos no carro, após a experiência no cemitério, fiz esta pergunta: “Papai, insistimos com sua igreja que o disciplinasse, quando você cometeu adultério. Eles não o quiseram. Você acha que, se o tivessem disciplinado, isso o teria impedido de abandonar mamãe?” Papai, que sempre admite a culpa do seu pecado e não permite que ninguém mais tenha parte naquele pecado, fala com bastante humildade: “ Acho que teria”. Agora, quero perguntar ao leitor: a igreja que meus pais freqüentavam foi amável ao recusar discipliná-lo? Os membros daquela igreja estavam sendo graciosos e bondosos? Estavam fazendo o que era melhor para ele? Além disso, aquela igreja estava amando a Deus, quando não disciplinou meu pai? Estava seguindo a Jesus Cristo, o Cabeça da igreja? Estava ajudando outras famílias? Estava ajudando os crentes em toda a cidade? Estava instruindo os filhos mais novos e os jovens da igreja no caminho de santidade e pureza do casamento? Qual é a verdade em tudo isso? A verdade é: a disciplina por parte da igreja é a ação mais benevolente que pode ser praticada em relação a um membro errante; e, quando essa disciplina não é exercida, há uma flagrante desobediência a Deus.
Disciplina na igreja É de fundamental importância que a Igreja não despreze a pratica da disciplina bíblica a ponto de abandoná-la. Nossa experiência ministerial e conhecimento de várias Igrejas locais espalhadas pelo mundo, principalmente em países desenvolvidos, demonstra que nosso alerta tem fundamentação sólida, pois algumas dessas Igrejas já abandonaram por completo o disciplinar os filhos de Deus, e isso em detrimento dos santos congregados nas mesmas. Hebreus 12:5 “Vocês se esqueceram da palavra de ânimo que ele lhes dirige como a filhos: ‘Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor, nem se magoe com a sua repreensão, 6 pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho’. 7 Suportem as dificuldades, recebendo-as como disciplina; Deus os trata como filhos. Ora, qual o filho que não é disciplinado por seu pai?” Negar a disciplina aos filhos de Deus, é negar o intervir do próprio Pai Celestial em nossas vidas. Para não corrermos tamanho risco, passemos a meditar nesse tema extremamente relevante para todos os santos nascidos de novo no Senhor Jesus Cristo.
Formas da disciplina O irmão Choolwe Mwetwa (pastor na Zâmbia) aborda o assunto sob dois aspectos, o FORMATIVO e o REFORMATIVO, os quais define da seguinte maneira: “Quando nos referimos à disciplina na igreja, devemos pensar não somente na punição do erro. A disciplina bíblica na igreja se inicia com atitudes de prevenção e, por conseguinte, inclui tanto a disciplina formativa como a reformativa. A primeira envolve todo o processo que resulta em prevenir os crentes de caírem no pecado. Todo o processo de batismo, tornar-se membro da igreja, submeter-se ao ministério de ensino, manter a prática da oração e da comunhão com o povo de Deus, alcançar o perdido, separar o dízimo de sua renda para o Senhor e submeter-se à liderança dos pastores — essas coisas estão antecipadas na disciplina formativa da igreja. A disciplina reformativa, assim como nos sugere o termo, se preocupa com o aprimoramento de um crente que se beneficia pouco da disciplina formativa, um crente que erra em sua jornada cristã. Estaremos nos referindo a esta disciplina sempre que utilizarmos o termo disciplina sem qualificativos. Os crentes culpados de algum erro em seu viver, como o “irmão” mencionado no versículo 15 de Mateus 18 “Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão”, estão sujeitos a diversos modos de atitude reformativa, dependendo do seu pecado. Essa atitude é reabilitadora e punitiva em seu propósito”.
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Para que tenhamos uma melhor compreensão do tema disciplina, vamos acrescer ao parecer FORMATIVO da disciplina a palavra PREVENTIVO e ao REFORMATIVO a palavra REPRESSIVO, expressões advindas de minha própria história no militarismo, sistema que tem a disciplina como alicerce de sua organização e desenvolvimento. É preciso entender a palavra REPRESSIVO como postura adotada por aquele que faz a repreensão ao autor de algo que não se conforme com a sã doutrina, milite contra a vida de seu semelhante e ou meio em que esteja inserido.
Parecer formativo / preventivo Em nossa cultura secular é comum ouvirmos o seguinte provérbio: “é melhor prevenir que remediar”, o qual é utilizado por vários motivos, mas nosso objetivo aqui é enfatizar um princípio que entendo ser orientação da parte de Deus aos homens de um modo geral, e expresso nas Escrituras Sagradas, o de antecipar-se ao mal, para não precisar remediar depois. Lemos em Gênesis 4:6 “O SENHOR disse a Caim: ‘Por que você está furioso? Por que se transtornou o seu rosto? 7 Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo’.” – A atitude do Senhor foi a de antecipar-se ao mal que Caim estava objetivando fazer contra seu irmão Abel, ação que visava projetar Caim na responsabilidade de evitar o mal, dominar sobre o próprio estado de maldade em que estava vivendo naqueles dias. O parecer da sabedoria também visa evitar o mal - Pv 14:16 “O sábio é cauteloso e evita o mal, mas o tolo é impetuoso e irresponsável” . De modo mais formativo temos o imperativo em Deuteronômio 6:6 “Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. 7 Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. 8 Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na testa. 9 Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões”. Este é o imperativo de servir e amar a Deus, aqui representando o que de melhor devemos fazer para andarmos fora do alcance e da dominação do “mal” . Temos como obrigação o dever de instruirmos as pessoas em geral para que evitem e discirnam o mal e, assim procedendo, promovam o bem em seus mais variados relacionamentos. Principalmente quando o alvo da instrução for a criança - Provérbios 22:6 “Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles”. Por fim, objetiva-se por meio da prática da disciplina formativa / preventiva que todos os filhos de Deus aprendam a discernirem o bem e o mal, conforme define Hebreus 5:14: “Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante, tornaram-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal”.
Parecer reformativo / repressivo O pastor Choolwe Mwetwa entende que a disciplina reformativa é normalmente aplicada àqueles que pouco utilizam-se da disciplina preventiva. É fato que se não prevenirmos, anteciparmo-nos ao mal a fim de evitá-lo, teremos que remediar, medicar, corrigir o agente e exterminar o mal e seus sempre desastrosos resultados, missão que raia as margens da impossibilidade, pois sempre que o mal é concebido, gera no mínimo seqüelas, deformidades nos relacionamentos. Assim sendo, na maioria das vezes, o que fazemos como agentes da paz e bênção da parte do Senhor é minorar os estragos que a maldade humana e diabólica promovem nas pessoas e na cultura, seja secular ou da própria Igreja. Em 2 Coríntios 2:6 deparamos com a face repressiva da disciplina: “A punição que lhe foi imposta pela maioria é suficiente”. O apóstolo Paulo está escrevendo a respeito de um rapaz que estava acometido de grande tristeza devido à disciplina a ele imposta em virtude de conduta de pecado que ele mantivera na Igreja, relatada em 1 Coríntios 5:1-5. A exegese da palavra punição aponta para castigo, semelhante ao cit ado em Hebreus 12:6 no inicio do nosso texto. É preciso entender que ser banido da comunhão dos santos, perder o privilégio de manter comunhão com amigos sinceros, com amor e laços de misericórdia que norteiam a vida em comunidade dos filhos de Deus, trata-se de um verdadeiro castigo, punição. Enfatizamos o aspecto punitivo da disciplina, pois muitas Igrejas em nossos dias tentam amenizar e mesmo descaracterizar a punição infligida ao irmão que tenha pecado a ponto de prejudicar o ‘Corpo de Cristo’, seus irmãos e ou semelhante de alguma maneira, sendo tido como mau testemunho ao Evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo.
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Desenvolvimento prático do exercício da disciplina na igreja Vamos abordar desde a forma mais branda da disciplina até a mais radical, que culmina na exclusão da comunhão dos santos, o qual faremos de modo objetivo, apontando as referências bíblicas e com breves comentários quando julgarmos necessário devido a complexidade da questão. 1. Exortação individual e pessoal ao irmão surpreendido em pecado: Mt 18:15 “Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão”. Gálatas 6:1 “Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês, que são espirituais, deverão restaurá-lo com mansidão. Cuide-se, porém, cada um para que também não seja tentado”. a. Consiste na forma mais branda da disciplina, um diálogo embasado na vontade de Deus em contraste com o comportamento e mesmo atitude de pecado, cujo objetivo é ganhar o irmão em pecado, firmando-o na graça de Deus e renovando a aliança de amizade e amor sincero com o irmão vitimizado. b. Passos para ganhar o irmão: i. Aposte na discrição: Vá a sós falar com seu irmão. O parecer requer postura responsável para que o mal não se espalhe, antes, seja extinto no nascedouro. Também requer postura ética, ou seja, outros não devem saber do pecado, visa proteger a imagem do irmão agente do ato pecaminoso. ii. O confronto deve ter base consistente, clara: Mostre-lhe o erro. A instrução visa diferenciar a pessoa do fato, mostre-lhe o erro, denotando que o agente diferencia-se por natureza com o mesmo, pois os santos não vivem na prática do pecado. Somos santos que esporadicamente e ou acidentalmente pecamos, e não pecadores escravizados pelo pecado a ponto de não termos a capacidade de respondermos negativamente ao mesmo. Somos santificados e libertos pelo sangue de Jesus, pelo qual somos capacitados sobrenaturalmente para resistirmos e fugirmos do pecado e optamos pela vontade de Deus. c. Espera-se atitude responsável do irmão exortado: Ouvir e acatar a exortação, corrigindo seu comportamento inadequado. d. Cuidados requeridos: i. Cuidado para não ser tentado a semelhança do irmão corrigido: Há um alerta na orientação revelada ao apóstolo Paulo aos filhos de Deus enquanto atuando no ministério de exortação. Parece-nos que o pecado confessado, os fatos e ou desdobramentos dos mesmos podem se transformar em fonte de tentação na vida do conselheiro. 2. Quando a exortação não deve permanecer entre o conselheiro e irmão em pecado. a. Se o irmão em pecado não acatar a exortação: Mateus 18:16 “Mas se ele não o ouvir, leve consigo mais um ou dois outros, de modo que ‘qualquer acusação seja confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas’. 17 Se ele se recusar a ouvi-los, conte à igreja; e se ele se recusar a ouvir também a igreja, trate-o como pagão ou publicano”. b. Se o pecado for público: 1 Timóteo 5:19 “Não aceite acusação contra um presbítero, se não for apoiada por duas ou três testemunhas. 20 Os que pecarem deverão ser repreendidos em público, para que os demais também temam”. i. Calúnia contra os presbíteros deve ser repreendida em público: A orientação da Palavra é para evitar que maculem a imagem da liderança por Deus constituída, e consequentemente desestabilizem a Igreja por conseqüência. ii. Presbíteros que pecam: Devem ser colocados à frente da Igreja e serem corrigidos, pelo mesmo motivo que os promotores de calúnia o são. É necessário demonstrar transparência, imparcialidade e fazer valer a orientação bíblica de exigir mais daqueles que sabem mais. iii. Sabemos por experiência própria que há pecados e posturas adotadas pelo agente do dito cujo ‘pecado’ e das pessoas direta ou indiretamente ligadas que, quer queiramos ou não, maculam e seqüelam a Igreja. Por isso, devem ser trazidos à liderança e presbíteros para serem tratadas as questões e as pessoas envolvidas.
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Seguem alguns exemplos: Pecado Sexual – 1 Coríntios 6: 15 “Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolut amente, não. 16 Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne.17 Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele. 18 Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo. 19 Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? 20 Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo”.
Rebeldia – Gálatas 5: 11 Eu, porém, irmãos, se ainda prego a circuncisão, por que continuo sendo perseguido? Logo, está desfeito o escândalo da cruz. 12 Tomara até se mutilassem os que vos incitam à rebeldia.13 Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. 14 Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. 15 Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede que não sejais mutuamente destruídos”.
Heresia – 2 Timóteo 2:16 Evita, igualmente, os falatórios inúteis e profanos, pois os que deles usam passarão a impiedade ainda maior. 17 Além disso, a linguagem deles corrói como câncer; entre os quais se incluem Himeneu e Fileto. 18 Estes se desviaram da verdade, asseverando que a ressurreição já se realizou, e estão pervertendo a fé a alguns”.
Pessoas Influentes que induzem a Igreja ao erro: Gálatas 2:11 “Quando, porém, Pedro veio a Antioquia, enfrentei-o face a face, por sua atitude condenável”. O comportamento dissimulado do apóstolo Pedro, ao se afastar dos gentios, devido a presença dos judeus que defendiam a circuncisão na Igreja Cristã, foi condenável. Por isso, foi confrontado em público por Paulo. O princípio disciplinar aplicado aos presbíteros deve ser de igual modo aplicado para pessoas influentes em meio a Igreja, que por sua postura de pecado esteja induzindo os santos ao erro.
Em linhas gerais todos devem seguir a orientação de Mateus 18, no entanto deve-se entender que a forma mais branda da disciplina em tais casos, quando outro tenha sido maculado ou defraudado e ainda envolvam mais pessoas, e os fatos e proceder seja fonte geradora de mau testemunho, os presbíteros deverão interagir e guiar os envolvidos ao arrependimento e restauração. Se assim, não ocorrer o próprio texto indica o parecer drástico da disciplina. Mt 18:15 “Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão. 16 Mas se ele não o ouvir, leve consigo mais um ou dois outros, de modo que ‘qualquer acusação seja confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas’. 17 Se ele se recusar a ouvi-los, conte à igreja; e se ele se recusar a ouvir também a igreja, trate-o como pagão ou publicano. 18 “Digo-lhes a verdade: Tudo o que vocês ligarem na terra terá sido ligado no céu, e tudo o que vocês desligarem na terra terá sido desligado d no céu. 19 “Também lhes digo que se dois de vocês concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por meu Pai que está nos céus. 20 Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles”.
3. Estágios da disciplina e procedimento requerido: “Neste caso, a primeira coisa a fazer é a repreensão pública (1 Timóteo 5.20). Nesta repreensão, o crente errante é ordenado a desculpar-se diante da congregação do povo de Deus e repreendido publicamente por um pastor ou presbítero. O próximo passo é o isolamento social (Romanos 16.17-20). Trata-se do esforço dos membros para reterem sua comunhão, seu amor e seu cuidado para com o irmão que pecou. Este esforço tem o objetivo de produzir embaraço ou vergonha (2 Tessalonicenses 3.14,15). Alguns se referem a isto como suspensão da comunhão” – Pr. Choolwe Mwetwa. A instrução do apóstolo Paulo é para marcar, apontar aqueles que adotam postura de desobediência, rebeldia caracterizada em meio aos santos, quanto ao ensino dos pastores e liderança em geral. Afinal o texto não visa anular o entendimento e nem mesmo o livre arbítrio dos irmãos, e isso se conforma com o ensino bíblico quanto ao culto racional que devemos prestar ao Senhor nosso Deus. Então deve-se ater que o apontar é para quem não concorda e se coloca contra a orientação bíblica. É preciso entender que a orientação no versículo 36
14: “ Se alguém desobedecer ao que dizemos nesta carta, marquem-no e não se associem com ele, para que se sinta envergonhado;”... Marcar aqueles que rejeitam a instrução bíblica é de fato um dos objetivos, não sem antes exortar, corrigir o irmão desobediente, conforme relata o versículo 15: “contudo, não o considerem como inimigo, mas chamem a atenção dele como irmão”. O termo grego usado para chamar atenção é – noutheteo, que significa exortar, advertir. Assim sendo, objetiva-se que o desobediente seja primeiramente exortado, advertido, sendo a intenção de tal advertência corrigir o comportamento rebelde do irmão, e se isso não ocorrer deve-se apontar, marcar e recusar a comunhão ao desobediente. Se assim entendermos e praticarmos a orientação bíblica, espera-se que uma pessoa considerada normal quanto às reações comportamentais, sinta-se envergonhada, o que seria o desdobramento natural e bem motivada em meio à comunidade dos santos. Por último, temos a forma mais severa, que é a excomunhão (Mateus 18.17; 1 Coríntios 5.4,5). Por meio desta forma de disciplina, o membro que continua no erro é excluído da igreja, declarado contagioso à comunhão da igreja e entregue de volta ao mundo, do qual Satanás é o senhor. Na realidade, este membro é declarado e tratado como um não-crente, até que prove o contrário. Ao mesmo tempo em que este membro terá permissão de freqüentar os cultos e será encorajado a fazer isso, ele o fará na condição de réprobo - Pr. Choolwe Mwetwa. Nós da Comunidade de Cristo, recebemos irmãos de outras Igrejas evangélicas, desde que venham sob a bênção da liderança instituída por Deus na Igreja em que congregava anteriormente. Em nossos dias temos deparado com um problema sério, pois muitos irmãos que não se submetem a disciplina imposta por seus líderes optam pela fuga, mudam de Igreja e infelizmente são recebidos e em muitos casos em honra por outra Igreja. Tal pratica é em detrimento do disciplinado e da própria Igreja que dá guarida ao irmão em pecado na comunhão dos santos. Que em nome de Jesus Cristo, tenhamos humildade, amor e coragem para não isentarmos os filhos de Deus da disciplina, pois a orientação bíblica é que os bastardos são assim tratados, por não serem filhos legítimos. Se cremos que somos filhos de Deus, que haja submissão em nosso meio para com a vontade do Pai Celestial. Efésios 4:31 “Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade”. Pr. Laércio Galvan
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O Dízimo e a Redenção É impossível discutir a fundo as questões de vida financeira e de contribuição ao Senhor sem entender o que é a redenção. No livro do profeta Malaquias, no clássico texto a respeito do dízimo, encontramos este nível de abordagem. Quando fala da retenção dos dízimos e ofertas, Deus chama isto de roubo: “Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda”. Malaquias 3:8,9 Uma abordagem do ponto de vista jurídico diria que o assunto abordado por Deus é uma questão de propriedade. Legalmente falando, envolve posse. E não há como falar de coisas que dizem respeito à propriedade de Deus, sem estudar antes a lei da redenção.
Entendendo a Redenção Para muitos cristãos, a palavra “redenção” não significa nada mais do que “perdão dos pecados” ou “salvação”. Mas seu significado vai muito além disto. A palavra “redenção” significa “resgate” ou “remissão”. Fala de readquirir uma propriedade perdida. Antes de Deus estabelecer algumas verdades no Novo Testamento, deixou que elas fossem ilustradas no Velho Testamento: “Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem”. Hebreus 10:1(TB) A sombra é diferente da imagem real que a projeta. Assim também, o que se via nas ordenanças da Velha Aliança eram características similares (em ordenanças literais) às dos princípios que Deus revelaria nos dias da Nova Aliança (práticas espirituais). A circuncisão deixou de ser literal e passou a ser uma experiência no coração (Rm.2:28,29). A serpente que Moisés levantou no deserto se tornou uma figura da obra de Cristo na cruz (Jo.3:14). Assim também, outros detalhes da Lei que envolvia comida, bebida e dias de festa, começaram a ser vistos não como ordenanças literais pelas quais quem não as praticassem pudessem ser julgados, mas como uma revelação de princípios espirituais, cabíveis na Nova Aliança: “Ninguém, portanto, vos julgue pelo comer, nem pelo beber, nem a respeito de um dia de festa, ou de lua nova ou de sábado, as quais coisas são sombras das vindouras, mas o corpo é de Cristo”. Colossenses 2:16,17 É desta forma que precisamos olhar para a lei da redenção no Velho Testamento. Durante anos Deus fez o povo praticar uma encenação do que Ele mesmo um dia faria conosco. Foi assim com o sacrifício do cordeiro que os israelitas repetiam anualmente em várias cerimônias; por fim, vemos João Batista apontando para Jesus e dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo.1:29). Paulo se referiu a Jesus como o cordeiro pascal (I Co.5:7). Vemos nestas passagens que as práticas repetidas por centenas e centenas de anos visavam leva-los a entender uma figura que só seria revelada posteriormente. Com a redenção não foi diferente. O livro de Rute nos mostra Boaz resgatando (ou redimindo) as propriedades de Noemi. Ele estava readquirindo uma posse perdida. Toda dívida tinha que ser paga. Se uma pessoa não tinha recursos para honrar seus compromissos, deveria dar seus bens em pagamento. Se estes não fossem suficientes, deveria entregar também suas terras. E se estas ainda não bastassem para a quitação da dívida, a própria pessoa (e às vezes até a família) deveria ser dada como pagamento. Isto faria dela um escravo. Lemos em II Reis 4 que uma mulher viúva, que fora casada com um dos filhos dos profetas, teria seus filhos sendo levados como escravos se não pagasse a dívida. E quando isto acontecia com alguém, só havia duas formas desta pessoa sair da condição de escravidão: ou alguém pagava sua dívida (um redentor) ou ela esperava nesta condição até que o Ano do Jubileu chegasse (que se repetia a cada cinqüent a anos). Veja o que a lei mosaica dizia acerca disto: "Se teu irmão empobrecer e vender alguma parte das suas possessões, então, virá o seu resgatador, seu parente, e resgatará o que seu irmão vendeu. Se alguém não tiver resgatador, porém vier a tornar-se próspero e achar o bastante com que a remir, então, contará os anos desde a sua venda, e o que ficar restituirá ao 38
homem a quem vendeu, e tornará à sua possessão. Mas, se as suas posses não lhe permitirem reavê-la, então, a que for vendida ficará na mão do comprador até ao Ano do Jubileu; porém, no Ano do Jubileu, sairá do poder deste, e aquele tornará à sua possessão”. Levítico 25:25-28 Neste texto, que fala só da perda da terra e não da escravidão, vemos que havia três formas de recuperá-la: 1) a redenção (o pagamento feito por um parente); 2) sua própria condição de pagar se viesse a prosperar (o que não ocorria no caso dos escravos); 3) ou a liberdade proclamada no Ano do Jubileu. Para o escravo, porém, só havia duas formas de ser livre: O Jubileu ou a redenção. A redenção era o pagamento da dívida feito por um parente próximo. Por meio do pagamento ele comprava de volta aquilo que se perdera. Então a pessoa que fora escravizada deixava de pertencer a quem antes ela devia. Por exemplo, se eu me endividasse a ponto de perder todas as minhas posses e ainda ser levado escravo, e meu irmão me resgatasse, eu não deixaria de ser escravo, eu só mudaria de amo. Passaria agora a ser escravo de meu irmão, porque ele me comprara... E qual o proveito disto? De que adiantava ser livre de um para se tornar escravo de outro? A diferença era que o novo dono era um parente que pagara aquela dívida por amor (um escravo normalmente não valia tanto), e justamente por causa de seu amor trataria o escravo com brandura, com misericórdia.
O Que Cristo Fez Por N ós Foi exatamente isto que Jesus fez por nós. Cristo nos comprou para Deus através de sua morte na cruz: “...porque foste morto e com teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação, e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra”. Apocalipse 5:9b,10 O homem foi feito escravo de Satanás quando se rendeu ao pecado no Jardim do Éden. A Bíblia declara que quem é vencido em algo se torna escravo daquele que o vence (II Pe.2:19), e foi isto que ocorreu ao primeiro casal. Foram separados da glória de Deus. Perderam a filiação divina; Adão foi chamado filho de Deus (Lc.3:38), mas esta condição não foi mantida. Quando Jesus veio ao mundo foi chamado de filho único de Deus (Jo.3:16); mas ele veio mudar esta condição e passou a ser o primogênito de muitos irmãos (Rm.8:29). O Diabo se assenhoreou do homem a da Terra, que fora dada ao homem (Sl.115:16), e afirmou isto para Jesus na tentação do deserto (Lc.4:6). Mas Jesus veio pagar a nossa dívida do pecado, e ao fazê-lo, garantiu nossa libertação das mãos de Satanás: “Ele nos resgatou do poder das trevas e nos trasladou para o reino do seu Filho muito amado, no qual temos a nossa redenção, a remissão dos nossos pecados”. Colossenses 1:13,14 (TB) Observe o termo “resgatou”, que aparece quando o apóstolo está falando de ser tirado do reino das trevas e ser levado para o reino do Filho de Deus. Depois, afirma: no qual temos a nossa “redenção”! A redenção foi o ato de compra pelo pagamento da dívida do pecado: “tendo cancelado o escrito de dívida que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o inteiramente, cravando-o na cruz; e tendo despojado os principados e potestades, os exibiu abertamente, triunfando deles na mesma cruz”. Colossenses 2:14,15 (TB) O texto sagrado revela que Jesus despojou os príncipes malignos. Segundo o Dicionário Aurélio, despojar significa: “Privar da posse; espoliar, desapossar”. Isto nos faz questionar o quê, exatamente, Jesus tirou destes principados malignos. O que eles possuíam que pudesse interessá-lo? Nada, a não ser o senhorio sobre nossas vidas! O despojo somos nós, que fomos comprados por Ele para Deus e a partir de então passamos a ser propriedade de Deus. É exatamente assim que as Escrituras se referem a nós. Somos chamados de propriedade de Deus: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. I Pedro 2:9 Repetidas vezes encontraremos a ênfase de que Cristo nos comprou para si. E o preço foi o seu próprio sangue. 39
“sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo”. I Pedro 1:18,19 Portanto, quando Jesus nos comprou, livrou-nos da escravidão do Diabo, mas nos fez escravos de Deus! Coisa alguma que possuímos é, de fato, nossa exclusivamente. Nem nossa própria vida pertence a nós mesmos! Somos propriedade de Deus. Ele é o nosso dono. Conseqüentemente, tudo o que nos pertence, também é dele! Referindo-se ao Espírito Santo em nós, Paulo o chamou de “o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus” (Ef.1:14 - ARC). Observe que o termo herança aparece associado aos termo “redenção” e “possessão” pois é disto que o princípio de redenção sempre trata: o resgate da propriedade.
Celebrando a Redenção
A consciência da redenção deve provocar em nós uma atitude de gratidão e de culto Deus. Paulo falou sobre vivermos uma vida de santidade que é fruto desta consciência de redenção: “Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus”. I Coríntios 6:18-20 (ARC) O apóstolo deixa claro, em três distintas frases, a ênfase de que somos propriedade de Deus. Primeiro ele afirma que não somos de nós mesmos. Depois declara que fomos comprados - e por um bom preço. E finalmente diz que nosso corpo e espírito pertencem (verbo que indica possessão) a Deus. Portanto, separarse do pecado e santificar-se para Deus é glorificá-lo por meio do corpo. Não é um culto de palavras, mas não deixa de ser uma exaltação. Celebramos a redenção não só por meio de cânticos, mas de atitudes. Quando reconhecemos que Deus comprou nosso corpo e cuidamos dele com a consciência de que é de Deus, este cuidado é um ato de glorificação ao Senhor. Da mesma forma, há culto expresso não só por meio de palavras, mas por nossas atitudes em relação a nossas finanças. Assim como Deus redimiu nosso corpo, redimiu também nossos bens. Logo, da mesma forma como usar bem o corpo (em santidade) glorifica a Deus, usar bem os recursos financeiros que são de Deus também o glorifica!
A Simbologia do Que José Fez José comprou para Faraó todo o povo egípcio: “Findo aquele ano, vieram a José no ano seguinte e disseram-lhe: Não ocultaremos ao meu senhor que o nosso dinheiro está todo gasto; as manadas de gado já pertencem a meu senhor; e nada resta diante de meu senhor, senão o nosso corpo e a nossa terra; por que morreremos diante dos teus olhos, tanto nós como a nossa terra? Compra-nos a nós e a nossa terra em troca de pão, e nós e a nossa terra seremos servos de Faraó; dá-nos também semente, para que vivamos e não morramos, e para que a terra não fique desolada. Então disse José ao povo: Hoje vos tenho comprado a vós e a vossa terra para Faraó; eis aí tendes semente para vós, para que semeeis a terra”. Gênesis 47:18,19,23 O que aconteceu com este povo? Deixaram de pertencer a si mesmos e passaram a pertencer a Faraó. Seu gado, suas casas, suas terras, tudo pertencia ao rei do Egito. Eles se tornaram servos de Faraó cuidando do que era dele. O que Cristo fez conosco por meio de seu sacrifício na cruz foi algo semelhante. Isto é o que significa redenção. Originalmente éramos propriedade de Deus, mas a condição que a queda e o pecado trouxeram nos roubaram disto. E quando Cristo pagou o preço da nossa dívida, ele nos remiu da mão daquele que havia se tornado nosso dono, o Diabo. Quando declaramos que somos servos de Deus, estamos reconhecendo que não somos de nós mesmos, e que tudo o que temos na verdade pertence ao Senhor. Somos apenas mordomos de algo que não é nosso. Não nos atolaríamos em dívidas, geradas em caprichos e excessos se andássemos com esta mentalidade. Se cada vez 40
que fôssemos tomar decisões na área financeira, o fizéssemos com a consciência de que os recursos empregados pertencem ao Senhor, cometeríamos menos erros. Quando José comprou aqueles egípcios para Faraó, tudo o que era deles passou a ser de Faraó; logo, toda renda deles deveria ir para Faraó. Mas o que fez o rei egípcio com o povo? Tomou tudo deles? Não, ele lhes permitiu usarem a terra e os demais recursos para que vivessem; mas para que se lembrassem sempre de que tudo aquilo que eles tinham não era deles, um quinto da colheita (ou 20%da renda) ia para Faraó: “Há de ser, porém, que no tempo as colheitas dareis a quinta parte a Faraó, e quatro partes serão vossas, para semente do campo, e para o vosso mantimento e dos que estão nas vossas casas, e para o mantimento de vossos filhinhos.” Gênesis 47:24 E o que os egípcios fizeram? Ficaram reclamando e dizendo que era injusto? Claro que não! A reação deles foi justamente o contrário: “Responderam eles: Tu nos tens conservado a vida! achemos graça aos olhos de meu senhor, e seremos servos de Faraó.” Gênesis 47:25 Viverem como servos de Faraó era para eles um privilégio, pois eles nem vivos estariam se não fosse a intervenção do rei! Eu vejo nisto um perfeito paralelo do que Deus fez conosco. Nossas vidas e tudo o que tínhamos passaram a pertencer ao Senhor, mas Ele não queria tomar tudo de nós. Ele queria que continuássemos vivendo. Queria que vivêssemos melhor do que o que viveríamos se não fossemos mordomos seus. Então nos disse: – “Vão em frente. Usem o que é meu para que vocês possam viver suas vidas, e continuarem produzindo, mas não quero que se esqueçam de que são apenas mordomos daquilo que não pertence a vocês. Então de toda a sua renda eu vou querer um décimo (dízimo) para mim, mais aquilo que você vai me dar espontaneamente”. E sabe o que muitos de nós dizemos? Que não é justo! Como isto pode ser algo injusto? Em vez de nos regozijarmos por pertencer a Ele e podermos servir ao que redimiu nossas vidas, reclamamos muitas vezes de ter que devolver um pouco do que é d’Ele! Tem gente que vê o dízimo como se Deus quisesse tirar dez por cento do que é nosso. Mas esta não é a perspectiva correta. Deus é quem nos deixa ficar com noventa por cento do que é d´Ele! A maioria de nós ainda não conseguiu compreender que a entrega do dízimo é uma forma de celebrar a redenção. Não só expressamos gratidão pelo que Ele nos fez e nos mantemos conscientes de nosso lugar na relação com Deus, como ainda realizamos um ato profético ao dizimarmos.
Um Ato Profético O dízimo é um ato profético. Assim como quando os israelitas celebraram a primeira Páscoa, praticaram um ato profético, quando dizimamos fazemos algo semelhante. Deus advertiu que naquela noite o anjo da morte haveria de matar todos os primogênitos dos homens e dos animais no Egito (Êx.12:12). Em todas as pragas anteriores, os hebreus haviam sido poupados, mas nesta noite a proteção não seria automática, dependia de um ato profético, da encenação de um simbolismo espiritual. Cada um deles devia aplicar o sangue do cordeiro da Páscoa aos umbrais de suas portas: “O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito”. Êxodo 12:13 O sangue de um animal não tinha o poder de promover proteção espiritual, era só um sinal, uma mensagem simbólica. Era um ato profético por meio do qual reconheciam a redenção de Deus em suas vidas naquela noite, e apontavam para o futuro quando Cristo viria nos resgatar e proteger por meio de seu sangue vertido na cruz. O interessante é que os hebreus não precisavam se proteger. Só deviam praticar o SINAL estabelecido por Deus. Então Deus mesmo cuidaria da proteção. Mas se não o obedecessem estabelecendo o sinal de proteção, as mortes dos primogênitos seriam inevitáveis: 41
“Tomai um molho de hissopo, molhai-o no sangue que estiver na bacia e marcai a verga da porta e suas ombreiras com o sangue que estiver na bacia; nenhum de vós saia da porta da sua casa até pela manhã. Porque o Senhor passará para ferir os egípcios; quando vir, porém, o sangue na verga da porta e em ambas as ombreiras, passará o Senhor aquela porta e não permitirá ao Destruidor que entre em vossas casas, para vos ferir”. Êxodo 12:13 Há algo que precisa ser entendido aqui. Deus diz: Eu passarei pelas portas... Eu ferirei os primogênitos... Em primeira instância, parece-nos que é Ele pessoalmente fazendo tudo, mas não é isto que vemos aqui. Trata-se de Deus determinar a execução do juízo, mas não de exercê-lo sozinho e diretamente. O versículo 23 termina dizendo que Deus não permitiria ao Destruidor entrar. Logo, quem executava as mortes não era Ele pessoalmente, mas um anjo. Vários textos do Velho Testamento enfatizam Deus exercendo este juízo (Nm.33:4 e Sl.135:8), mas a forma como Ele executou isto é o que estamos discutindo aqui. E que anjo era este? Ele foi chamado de Destruidor. Curiosamente, o mesmo nome é dado ao anjo do abismo, cujo nome hebraico era Abadom e o nome grego Apoliom (ambos significam destruidor); e a Bíblia (Ap.9:11) diz que este era rei sobre outros anjos que saíram do abismo! No juízo que Deus determinou sobre Jerusalém, o anjo destruidor também foi enviado (I Cr.21:15). Satanás executa atos de juízo divino quando é liberado para ferir e destruir os que desobedecem. E não tenho medo de dizer que quem de fato exercia o juízo de Deus naquela noite era o Diabo, o anjo da morte. As Escrituras dizem que um espírito maligno da parte do Senhor atormentava a Saul (I Sm.16:14-16). Isto não quer dizer que o espírito maligno era do céu, mas que foi enviado por Deus a exercer juízo a quem se recusava a viver o Seu melhor! O sangue naquela noite de Páscoa era um sinal de propriedade. E o Diabo não pode penetrar além do sangue. Lemos em Apocalipse 12:11 de um grupo de fiéis que venceu a Satanás, e o texto revela que eles o venceram pelo sangue do Cordeiro! Satanás não pode tocar naquilo que é de Deus. Tenho conhecido várias pessoas que foram alcançadas por Jesus vindo da magia negra, bruxaria e satanismo. E pessoalmente ouvi de várias delas que antes de sua conversão tiveram experiências que as fizeram pensar. Tentaram matar um crente com seus trabalhos e não puderam, ou tentaram violar túmulos de cristãos e as entidades materializadas no momento do trabalho diziam que "não podiam tocar naqueles corpos porque eram do Homem lá de cima"! Aleluia! Se até nossos restos mortais que sofreram decomposição estão sob proteção, o que não dizer de nós hoje, nossas famílias e bens? Quando um hebreu punha o sinal do sangue na porta, estava dizendo com aquilo que era propriedade de Deus e não podia ser tocado. E sempre que a redenção está em questão, Deus decide pessoalmente defender o que é seu. Foi assim na Páscoa e é assim com o dízimo. Quando dizimamos ELE MESMO repreende o devorador! No momento em que um crente dizima, ele está reconhecendo perante Deus e todo o reino espiritual que reconhece a redenção e sua consequência de ter a Deus como seu dono, bem como de tudo o que lhe pertence. Diante deste reconhecimento, o Senhor mesmo afasta o devorador e protege o que é seu. E o Diabo não se atreve a tentar tocar no que pertence a Deus. Mas quando alguém desobedece o ato ordenado do dízimo, está declarando que Deus não é o dono daquela quantia. E não só está roubando o dízimo (apropriação indébita do que é de Deus) como também está se apropriando dos noventa por cento que ficam. E ao fazer isto, o Diabo está de longe, assistindo tudo. Então Satanás diz: – “Ah, este dinheiro não é de Deus? O que é de Deus eu não posso tocar, mas o que é seu”... E é aí que as perdas ocorrem! Devemos fazer do dízimo um ato de celebração da redenção. O número dez está ligado a simbologia da redenção. Mesmo quando fala de prova (10 mandamentos) ou juízo (10 pragas) é porque tem a redenção por trás da história. O cordeiro da Páscoa deveria ser escolhido no dia 10 do mês de Abib (Êx.12:3). Ao entregá-lo devemos ser gratos pela redenção e compreender que através de sua entrega redimimos os noventa por cento restantes da renda para administrá-los ao Senhor.
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Perdas e Ganhos Muitos não entendem a bênção e a maldição da qual Malaquias fala em sua profecia. Acham que Deus ameaça seus filhos para que o obedeçam por medo, mas não se trata disto. Vimos que o Diabo não pode tocar naquilo que é de Deus, mas pode tocar no nosso dinheiro quando deixamos de reconhecer Deus como dono de tudo o que temos. Devido ao nosso pecado de roubar o que não é nosso, o maligno encontra uma brecha para nos tocar. Esta é a razão da maldição ferir os que negligenciam a entrega do dízimo. As perdas se manifestam em decorrência de uma maldição que por sua vez entra em suas vidas pela desobediência. Por outro lado, a bênção que vem decorrente da fidelidade no dízimo também precisa ser entendida. Não se trata apenas de uma recompensa por bom comportamento, e sim dos princípios sendo devidamente aplicados pelo cristão. Há ganhos para os que dizimam? Claro que sim! Mas eles não devem ser vistos como Deus aumentando nosso patrimônio, e sim como uma forma de Deus aumentar o patrimônio d´Ele sob nossa mordomia. Jesus nos ensinou um princípio que rege vários aspectos da vida cristã: “Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito”. Lucas 16:10 Se não dizimamos no pouco que Deus nos confiou, antes o roubamos, praticando infidelidade em nossa mordomia, Ele não nos confiará mais, pois continuaríamos sendo injustos no muito. Esta infidelidade impede a bênção financeira sobre quem retém o dízimo! Por outro lado, quem é fiel no pouco também será no muito. Se demonstrarmos obediência em dizimar no que já temos, Deus nos confiará mais de seus bens. Esta é a prova que determina quem receberá mais do Senhor e quem não.
Mantendo-nos Conscientes O Senhor Jesus instituiu uma ceia memorial para que recordássemos sempre aquilo que Ele fez por nós na cruz (I Co.11:24,25). O Senhor nos conhece, bem como nossa inclinação ao esquecimento do que Ele tem feito por nós. Portanto, estabeleceu uma forma de manter-nos conscientes do que fez. O dízimo também atende ao mesmo propósito. Sua relação com a redenção deve nos manter conscientes de que Deus é nosso dono e que somos sua propriedade. E assim como a ceia faz parte de um culto de gratidão e ainda anuncia uma mensagem (a morte do Senhor até que ele venha - I Co.11:26), assim também a entrega do dízimo celebra a redenção e testemunha a consciência de que pertencemos ao Senhor. É interessante observar que a primeira menção do dízimo na Bíblia aparece justamente num contexto de redenção (Abraão resgatando seu sobrinho Ló) e junto com a tipologia da ceia: Melquisedeque (que recebe os dízimos) vem ao encontro de Abraão trazendo pão e vinho. Quando temos o culto de ceia na Igreja que pastoreio, deixamos para entregar nossos dízimos no momento em que vamos cear. Assim como celebramos a ceia lembrando aquilo que o Senhor fez por nós na cruz, também fazemos da entrega do dízimo um ato de celebração da redenção. Quando entregar seus dízimos em sua igreja local, façao com esta consciência. Uma atitude correta na entrega do que você oferece ao Senhor é um passo vital para desfrutar das suas bênçãos.
Pr. Luciano Subirá
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Profissão de Fé Princípios Bíblicos da Comunidade de Cristo Aceitamos e mantemos a Bíblia como a única regra de fé e prática para a Igreja de Cristo (II Timóteo 3:16-17). Ela é verdadeira, visto que é inspirada por Deus, de modo pleno e dinâmico, ou seja, plena por ser oriunda da parte de Deus e dinâmica porque Deus não anulou o homem quanto sua cultura e percepções. Nesse sentido trata-se de uma revelação sobrenatural. A Bíblia compreende 66 livros de Gênesis a Apocalipse. Reconhecemos que só existe um único e verdadeiro Deus (Êxodo 20:2,3), o Deus trino, Pai, Filho e Espírito Santo, e que é digno de toda honra, louvor e adoração como o Criador, o Princípio e o Fim de todas as coisas (Apocalipse 4:11; 5:9, Isaías 43:1,7,21). Que Cristo Jesus é o fundador e a Cabeça da igreja (Efésios 1:22; Mateus 16:16-18). Que a família nuclear tradicionalmente reconhecida, ou seja, a união de um homem e uma mulher legalmente reconhecida, trata-se do propósito de Deus e modelo único admitido pela Igreja. Que Deus estabeleceu Jesus como cabeça do homem e o homem como cabeça da mulher e que os filhos devem honrar seus pais, e os pais devem criar seus filhos na disciplina do Senhor (Efésios 5:22-33; 6:1-4). Assim sendo, cremos que tanto a Igreja quanto a família estão edificadas na pessoa de Jesus Cristo ( I Coríntios 3:11; Efésios 1:19-20; 5:32; Mateus 16:16-18). Que Jesus Cristo é o Messias, o verbo que se tornou carne e habitou entre nós (João 1:1,14). Cremos que Ele veio para destruir as obras de Satanás (I João 3:8), que ele derrotou os principados e as potestades, e publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz (Colossenses 2:15). Praticamos exclusivamente as ordenanças estabelecidas por Jesus Cristo. O batismo do novo crente arrependido (Marcos 16:15-16; Mateus 28:18-20; Atos 2:38; Romanos 6:-4). A Santa Ceia do nosso Senhor Jesus Cristo, a qual temos como parte central do culto que prestamos ao nosso Deus (Lucas 22:19; I Coríntios 10:16-17; 11:25-28; E Atos 20:7). Cremos e praticamos o Sacerdócio Universal de todos os crentes, fazendo todos responsáveis pela proclamação da boa mensagem e progresso do trabalho na igreja (Mateus 23:8; I Pedro 2:9). Cremos que a igreja local deve ser mantida por meio dos dízimos e ofertas voluntárias (Malaquias 3:8-10); I Coríntios 9:6-10; I Coríntios 16:2; Gálatas 6:8; Atos 20:35; Lucas 6:28 e Mateus 23:23. Quanto a Disciplina bíblica observamos a orientação contida no livro de Mateus capítulo 18. Cremos que a liderança ordenada, presbíteros e diáconos devem ser maridos de uma só mulher como diz as Escrituras (1 Timóteo 3:2,12; Tito 1:6). Em nossa forma de governo da igreja local, cremos e promovemos a interdependência entre as Igrejas locais. Esse procedimento bíblico estabelece que a congregação local deve ser governada pelos presbíteros, auxiliados pelos diáconos, com aprovação da congregação. (I Timóteo 3:1-7; Hebreus 13:7; I Pedro 5:2-3; I Timóteo 3:8-13).
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Leitura Bíblica por Ordem Cronológica dos Livros JANEIRO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Gen 1-2 Gen 3-5 Gen 6-9 Gen 10-11 Gen 12-15 Gen 16-19 Gen 20-22 Gen 23-26 Gen 27-29 Gen 30-32 Gen 33-36 Gen 37-39 Gen 40-42 Gen 43-46 Gen 47-50 Jó 1-4 Jó 5-7 Jó 8-10 Jó 11-13 Jó 14-17 Jó 18-20 Jó 21-24 Jó 25-27 Jó 28-31 Jó 32-34 Jó 35-37 Jó 38-42 Ex 1-4 Ex 5-7 Ex 8-10 Ex 11-13
FEVEREIRO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28
Ex 14-17 Ex 18-20 Ex 21-24 Ex 25-27 Ex 28-31 Ex 32-34 Ex 35-37 Ex 38-40 Lev 1-4 Lev 5-7 Lev 8-10 Lev 11-13 Lev 14-16 Lev 17-19 Lev 20-23 Lev 24-27 Num 1-3 Num 4-6 Num 7-10 Num 11-14 Num 15-17 Num 18-20 Num 21-24 Num 25-27 Num 28-30 Num 31-33 Num 34-36 Deut 1-3
MARÇ 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Deut 4-6 Deut 7-9 Deut 10-12 Deut 13-16 Deut 17-19 Deut 20-22 Deut 23-25 Deut 26-28 Deut 29-31 Deut 32-34 Jos 1-3 Jos 4-6 Jos 7-9 Jos 10-12 Jos 13-15 Jos 16-18 Jos 19-21 Jos 22-24 Jui 1-4 Jui 5-8 Jui 9-12 Jui 13-15 Jui 16-18 Jui 19-21 Rut 1-4 I Sam 1-3 I Sam 4-7 I Sam 8-10 I Sam 11-13 I Sam 14-16 I Sam 17-20
ABRIL 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
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I Sam 21-24 I Sam 25-28 I Sam 29-31 II Sam 1-4 II Sam 5-8 II Sam 9-12 II Sam 13-15 II Sam 16-18 II Sam 19-21 II Sam 22-24 Salm 1-3 Salm 4-6 Salm 7-9 Salm 10-12 Salm 13-15 Salm 16-18 Salm 19-21 Salm 22-24 Salm 25-27 Salm 28-30 Salm 31-33 Salm 34-36 Salm 37-39 Salm 40-42 Salm 43-45 Salm 46-48 Salm 49-51 Salm 52-54 Salm 55-57 Salm 58-60
MAIO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Salm 61-63 Salm 64-66 Salm 67-69 Salm 70-72 Salm 73-75 Salm 76-78 Salm 79-81 Salm 82-84 Salm 85-87 Salm 88-90 Salm 91-93 Salm 94-96 Salm 97-99 Salm 100-102 Salm 103-105 Salm 106-108 Salm 109-111 Salm 112-114 Salm 115-118 Salm 119 Salm 120-123 Salm 124-126 Salm 127-129 Salm 130-132 Salm 133-135 Salm 136-138 Salm 139-141 Salm 142-144 Salm 145-147 Salm 148-150 I Re 1-4
JUNHO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27
Prov 1-3 Prov 4-7 Prov 8-11 Prov 12-14 Prov 15-18 Prov 19-21 Prov 22-24 Prov 25-28 Prov 29-31 Ecls 1-3 Ecls 4-6 Ecls 7-9 Ecls 10-12 Cant 1-4 Cant 5-8 I Re 5-7 I Re 8-10 I Re 11-13 I Re 14-16 I Re 17-19 I Re 20-22 II Re 1-3 II Re 4-6 II Re 7-10 II Re 11-14:20 Joel 1-3 II Re 14:21-25 Jonas 1-4 28 II Re 14:26-29 Amós 1-3 29 Amós 4-6