GUIA DE ISNTRUÇÕES BÁSICAS PARA SISTEMAS CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS ALEXSANDRO FRANCISCO DIAS URBANO
NBR – 5419 5419
A NBR 5419, Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas, nela contém todos os aspectos gerais para se fazer um projeto adequado e eficiente para a proteção de estruturas e edificações contra descargas atmosféricas.
O que são Descargas Atmosféricas?
Descargas atmosféricas são descargas elétricas de grande extensão e de grande intensidade, que ocorrem devido ao acúmulo de cargas elétricas em regiões r egiões localizadas da atmosfera, em geral dentro de tempestades. A descarga inicia quando o campo elétrico produzido por estas cargas excede a capacidade isolante, também conhecida como rigidez dielétrica do ar em um dado local na atmosfera, que pode ser dentro da nuvem ou próximo ao solo. Quebrada a rigidez, tem início um rápido movimento de elétrons de uma região de cargas negativas para uma região de cargas positivas. Existem diversos tipos de descargas, classificadas em função do local onde se originam e do local onde terminam.
Descargas atmosféricas podem ocorrer da nuvem nuve m para o solo, do solo para a nuvem, dentro da nuvem, nuve m, da nuvem para um ponto qualquer na atmosfera, denominados descargas no ar, entre as nuvens e intra-nuvens intra -nuvens que são as mais frequentes.
O que é um Raio e como ele é formado?
Um raio é uma descarga elétrica de grande intensidade que ocorre quando a rigidez dielétrica do ar é quebrada e cargas elétricas fluem diretamente da nuvem para o solo, ou vice-versa, produzindo diversos tipos de radiação eletromagnética, elet romagnética, além de ondas sonoras, que são conhecidas como trovões. A principal diferença entre relâmpagos e raios consiste no fato de que o termo relâmpago refere-se a qualquer descarga elétrica atmosférica, enquanto um raio é uma descarga que ocorre entre a nuvem e o solo. Por isso, pode-se dizer que todo o raio é um relâmpago, mas nem todo o relâmpago é um raio.
As descargas nuvem-solo, também denominados raios, são as mais estudadas devido ao seu caráter destrutivo. destr utivo. Elas podem ser divididas em dois tipos, definidas em função do sinal da carga efetiva transferida da nuvem ao solo: negativas e positivas.
As principais consequências das descargas atmosféricas
A ação e efeito dos raios causam diversos prejuízos, dentre eles estão: Incêndios em florestas, campos e prédios; Desligamentos de Linhas de Transmissão ( Flash Over e Black Flash Over); Colapso na rede de energia elétrica; Interferência na rádio transmissão; Acidentes na aviação; Acidentes nas embarcações marítimas; Acidentes nas torres de poços de petróleo; Acidentes nas plataformas marítimas de petróleo; Mortes de seres humanos e animais; etc.
Existem também algumas consequências causadas pela incidência dos Raios aos seres vivos de forma direta ou indireta
Parada Cardíaca Tensão de Passo Tensão de Toque Tensão Lateral Descarga Direta
Por conta do poder destrutivo do raios, existe a necessidade de se criar sistemas proteções para as pessoas, as edificações e para os equipamentos
O SPDA ou Para- Raio, é um conjunto de equipamentos, equ ipamentos, cujo a principal finalidade é a de proteger estruturas ou edifícios e todo o conteúdo neles existentes. Fazendo com que as cargas acumuladas na atmosfera sejam captadas e direcionadas de uma forma segura até o ponto de terra. Basicamente utilizando-se de três elementos: Captor, Condutor de Descida e Aterramento
O Captor é a parte do para-raios que intercepta as descargas atmosféricas incidentes no volume a proteger, e situa-se no topo das estruturas. Podendo ser do tipo Artificial: Haste tipo Franklin, Fra nklin, Condutores de Cobertura e Emalhado de Faraday. E do tipo Natural.
O Condutor de Descida é a parte do para-raios destinada a conduzir a corrente de descarga que é atraída pelos captores, até aos elétrodos de aterramento. A descida pelos condutor pode ser artificial ou natural.
O Aterramento tem como finalidade a dispersão na massa condutora da terra da corrente proveniente de qualquer descarga atmosférica que incida no para-raios. Qualquer sistema de aterramento distinto deve ser interligado através de uma ligação equipotencial de baixa impedância. Os sistemas de aterramentos podem ser: naturais, que utilizam as bases das estruturas como como ponto de dispersão; dispersão; ou artificiais, que são métodos integrados de forma proposital para dispersar as cargas até o ponto terra. Alguns desses métodos artificiais mais utilizados são: Aterramento tipo Haste e Aterramento em Malha.
Existe uma importante técnica a se realizar para a segurança pessoal e material em um sistema de aterramento, a equipotencialização. Essa técnica visa igualar a diferença de potencial existente em sistemas de aterramentos distintos situados em uma mesma estrutura. Dessa forma não havendo o risco de descargas entre as massas, ou da massa para a própria estrutura.
Classificação das estruturas quanto às Consequências das Descargas (CD)
Classificação das estruturas quanto à Altura e Implantação (AI)
Necessidade de proteção contra descargas atmosféricas
Conclusão Os Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas, são um conjunto de elementos, de métodos, de estudos e técnicas que trabalhados seguindo a norma da ABNT, desenvolve uma boa proteção para edifícios e estruturas. Existem também uma série de Inspeções e Documentações a serem realizadas, para atestar as perfeitas condições do SPDA, que estão perfeitamente descritas na NBR 5419. Contudo, SPDA é um assunto muito complexo e técnico, e mesmo em sua síntese, alguns pontos se mostram muitos difíceis de não serem tratados de uma forma conceitual.