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Prefácio Como o título dissimuladamente sugere, este livro é uma introdução às questões centrais da filosofia da linguagem contemporânea. A filosofia da linguagem tem estado muito em voga desde o começo do séc. XX, mas só a partir dos anos sessenta desse século começaram as questões a surgir em alta definição. Um desenvolvimento crucial dos últimos quarenta anos é a atenção que os filósofos da linguagem dão à gramática ou sintaxe formais, tal como estas são articuladas pelos linguistas teóricos. Considero pessoalmente que esta atenção é vital para o bom sucesso do filosofar sobre a linguagem, e na minha investigação dedico-lhe tanta atenção quanto consigo. Com muita pena minha, contudo, não fiz disso um tema deste livro. Com restrições implacáveis de espaço não poderia dedicar as páginas necessárias para explicar os elementos básicos da sintaxe formal sem ter de omitir a apresentação de algumas questões filosóficas que considero essenciais para a competência na área. Desde 1980, aproximadamente, alguns filósofos da linguagem viraram-se para a filosofia da mente, e alguns entregaram-se à exploração metafísica da relação, ou ausência de relação, entre a linguagem e a realidade. Estas viragens captaram o interesse de muitos filósofos, e alguns excelentes manuais dedicaram-se a uma ou a ambas (por exemplo, Blackburn 1984; Devitt e Sterelny 1987). Mas não foi isso que escolhi. Independentemente dos méritos desses géneros de abordagens, não vi que nos ajude suficientemente a compreender os mecanismos especificamente linguísticos ou as questões nucleares da filosofia da própria linguagem. Este livro concentrar-se-á nesses mecanismos e questões. (Os leitores interessados na metafísica ou na filosofia da mente devem consultar, respectivamente, os livros de Michael J. Loux, Metaphysics e de John Heil, Filosofia da Mente,* ambos da colecção Routledge Contemporary Introductions.) Muitos dos meus capítulos e secções assumirão a forma de apresentar dados pertinentes para um fenómeno linguístico, expondo a teoria de alguém sobre tal fenómeno, apresentando e avaliando depois as objecções a essa teoria. Sublinho aqui, pois nem sempre terei espaço para o fazer no texto, que em cada caso o que apresento sumariamente ao leitor são apenas os lances iniciais apresentados pelos proponentes das várias teorias e seus oponentes e objectores. Em particular, duvido que qualquer das objecções a qualquer das teorias seja fatal; os proponentes das teorias são extraordinariamente extraordinariamente bons a evitar ou refutar objecções. A verdadeira teorização começa onde este livro acaba.
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Lisboa: Instituto Piaget, 2001.
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Usei alguma notação da lógica formal, especificamente o cálculo de predicados, pois quem a conhece verá alguns aspectos mais claramente. Mas expliquei sempre igualmente o seu significado em português. Muitos dos escritos a discutir neste livro encontram-se nas seguintes antologias: T. Olshewsky (org.), Problems in the Philosophy of Language (Austin, TX: Holt, Rinehart and Winston, 1969); J. F. Rosenberg e C. Travis (orgs.), Readings in the Philosophy of Lan guage (Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall, 1971); D. Davidson e G. Harman (orgs.), The Logic of Grammar (Encino, (Encino, CA: Dickenson, 1975); R. M. Harnish (org.), Basic Topics in the Philosophy of Language (Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall, 1994); A. Martinich (org.), The Philosophy of Language, 5.ª ed. (Oxford: Oxford University Press, 2006), assim como
nas edições anteriores; P. Ludlow (org.), Readings in the Philosophy of Language (Cambridge, MA: Bradford Books / MIT Press, 1997); A. Nye (org.), Philosophy of Language: The Big Questions (Oxford: Basil Blackwell, 1998); M. Baghramian (org.), Modern Philosophy of Language (Nova Iorque: Counterpoint Counterpoint Press, 1999).
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Agradecimentos Agradeço à minha editora, Moira Taylor, o seu enérgico encorajamento e (especialmente) a sua paciência. Esta última foi severamente posta à prova. Mike Harnish, Greg McCulloch e Ed Mares leram muito generosamente uma versão inicial e fizeram-me muitos comentários e sugestões bem pensados. Penso que o livro está muito melhor por causa disso, e estou muito agradecido. Pete Alward e Laura Morgan produziram grande parte da versão inicial transcrevendo, de gravações áudio muito más, muitas horas de aulas. Agradeço-lhes calorosamente e espero que tenham ambos uma boa convalescença. Os meses de ajuda e aconselhamento editoriais de Sean McKeever foram inestimáveis. (Também sofreu com algumas transcrições do áudio.) Agradeço em especial a Sean por sugerir alguns cortes necessários, e por organizar a bibliografia. Os últimos capítulos deste livro foram completados na minha sabática como Fellow do National Humanities Center, em 1998-99. Agradeço ao Centro e ao seu maravilhoso pessoal o seu apoio generoso. Estou em dívida para com a National Endowment for the Humanities (#RA-20169-95) quanto ao financiamento adicional que obtive.
Agradecimentos da segunda edição Agradeço à editora Kate Ahl a sua ajuda paciente, e a Meg Wallace uma grande parte da investigação, assim como da editoração e da compilação do índice analítico. Agradeço também a muitos leitores de todo o mundo que ofereceram comentários e sugestões à primeira edição. Agradeço em especial a Mike Harnish (uma vez mais!), Patrick Greenough e Mark Phelan, que fizeram comentários muito pormenorizados, permitindo assim muitas melhorias, incluindo a correcção de muitos erros. Muitos dos comentários que recebi sugeriam-me que acrescentasse um capítulo ou secção sobre este ou aquele tópico complementar. As ideias eram boas, mas as limitações de espaço impediram-me de aceitar mais do que algumas dessas sugestões; ficam as minhas desculpas.
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Introdução: significado e referência
Sinopse Que certos tipos de marcas e ruídos são dotados de significado, e que seres humanos como nós os apreendem sem mesmo pensar sobre isso, são factos notáveis. Uma teoria filosófica do significado deve explicar o que é isso de uma sequência de marcas ou ruídos ser dotada de significado e, mais em particular, o que é isso em virtude do qual a sequência tem o significado distinto que tem. A teoria deve também explicar como é possível que os seres humanos produzam e compreendam elocuções dotadas de significado, fazendo-o sem qualquer esforço. Uma ideia comum sobre o significado é que as palavras e outras expressões linguísticas mais complexas são dotadas de significado porque representam coisas no mundo. Apesar de sensata e à primeira vista atraente, mostra-se muito facilmente que esta teoria referencial do significado é inadequada. Para começar, comparativamente poucas palavras representam efectivamente coisas no mundo. E depois, se todas as palavras fossem como os nomes próprios, servindo apenas para seleccionar coisas individuais, não conseguiríamos começar por formar frases gramaticais.
Sentido e compreensão Não há muitas pessoas que saibam que, em 1931, Adolf Hitler foi aos EUA, visitou vários pontos de interesse, teve em Keokuk, Iowa, um caso amoroso com uma senhora de nome Maxine, experimentou peyote (o que o fez ter alucinações com hordas de rãs e sapos que calçavam botinhas vermelhas e cantavam o Horst Wessel Lied ), infiltrou-se numa fábrica de munições perto de Detroit, encontrou-se secretamente com o vice-presidente Curtis para tratar de futuros compromissos comerciais relativos às peles de foca e inventou o abre-latas eléctrico. Há uma boa razão para não haver muitas pessoas que saibam de tudo isso: nenhuma daquelas coisas é verdade. Mas o que há de notável é que agora mesmo, à medida que lia essa frase — chamemos-lhe frase 1 —, você compreendeu-a perfeitamente, independentemente de estar disposto a aceitá-la ou não, e fê-lo sem qualquer esforço consciente. Notável, afirmei. Provavelmente não lhe parece notável nem surpreendente, mesmo depois de se ter dado conta do facto. Você está tão habituado a ler palavras e frases e a compreendê-las imediatamente que lhe parece quase tão natural quanto respirar ou comer ou caminhar. Mas como compreendeu a frase 1? Não foi por tê-la visto antes; estou certo que nunca na história do universo alguém escreveu ou proferiu aquela frase particu-
P á g i n a | 11 lar, até eu o ter feito. Nem a compreendeu por ter visto outra frase muito semelhante, pois duvido que alguém tenha alguma vez produzido uma frase remotamente parecida a 1. Poderá dizer que compreendeu 1 porque fala português e porque 1 é uma frase portuguesa. Isso é em certa medida verdade, mas limita-se a adiar o mistério um pouco mais. Como consegue “falar português,” dado que falar português envolve conseguir produzir e compreender não apenas expressões elementares como “Tenho sede,” “Cala a boca” e “Mais molho,” mas frases novas como 1? Essa capacidade é verdadeiramente espantosa, e muito mais difícil de explicar do que a capacidade para respirar, comer ou caminhar, que os fisiólogos compreendem já razoavelmente bem. Uma pista é perfeitamente óbvia depois de alguma reflexão: 1 é uma sequência de palavras, palavras portuguesas, que você compreende individualmente. Assim, parece que você compreende 1 porque compreende as palavras que ocorrem em 1 e compreende algo sobre o modo como essas palavras estão ligadas entre si. Como veremos, esse é um facto importante, mas para já é apenas sugestivo. Falámos até agora da capacidade humana para produzir e compreender o discurso. Mas considere-se as próprias expressões linguísticas, enquanto objectos de estudo por si mesmas. 2) w gfjsdkhj jiobfglglf ud 3) É perigoso espalhar gasolina pela sua sala de estar. 4) Bom de fora pedante o um um porquê.
1-4 são, sem excepção, sequências de marcas (ou de ruídos, se forem ditas em voz alta). Mas diferem radicalmente entre si: 1 e 3 são frases dotadas de significado, ao passo que 2 e 4 são algaraviadas. 4 difere de 2 por conter palavras portuguesas individualmente dotadas de significado, mas as palavras não estão ligadas de modo a constituir uma frase, e colectivamente nada significam. Certas sequências de ruídos ou marcas têm então uma característica simultaneamente de natureza rara e que precisa urgentemente de explicação: significam algo. E cada uma destas sequências tem a propriedade mais específica de significar algo em particular. Por exemplo, 3 significa que é perigoso espalhar gasolina pela sua sala de estar. Assim, o nosso estudo filosófico da linguagem começa com os dados seguintes: •
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Algumas sequências de marcas ou ruídos são frases dotadas de significado. Cada frase dotada de significado tem partes que também são dotadas de significado. Cada frase dotada de significado significa algo em particular. Quem domina uma linguagem tem a capacidade de compreender muitas das frases dessa linguagem, sem esforço e quase instantaneamente; e produz também frases do mesmo modo.
P á g i n a | 12 Todos estes dados precisam de explicação. Uma sequência de marcas ou ruídos é dotada de significado em virtude de quê? O que é isso em virtude do qual uma sequência significa o que distintamente significa? E, uma vez mais, como conseguem os seres humanos compreender e produzir um discurso apropriadamente dotado de significado?
A teoria referencial Há uma explicação atraente e de senso comum de todos os factos anteriores — tão atraente que as pessoas, na sua maior parte, pensam nela quando têm por volta de dez ou onze anos. A ideia é que as expressões linguísticas têm os significados que têm porque estão em lugar das coisas; o seu significado reduz-se a essas coisas. Deste ponto de vista, as palavras são como etiquetas; são símbolos que representam, designam, nomeiam, denotam ou referem itens no mundo: o nome “Adolf Hitler” denota (a pessoa) Hitler; o nome “cão” refere cães, tal como a palavra francesa “ chien” e a alemã “ Hund. ” A frase “O gato sentou-se no tapete” representa o sentar-se de um dado gato num dado tapete, presumivelmente em virtude de “o gato” designar esse gato, “tapete” designar o tapete em questão e “sentou-se no” denotar (se quisermos) a relação de se sentar. As frases espelham assim os estados de coisas que descrevem, e é desse modo que significam essas coisas. Na sua maior parte, é claro, as palavras estão arbitrariamente associadas às coisas que referem; alguém decidiu simplesmente que Hitler se chamaria “Adolf,” e a inscrição, ou som, “cão” poderia ter sido usada para significar qualquer coisa. Esta teoria referencial do significado linguístico explicaria o significado de todas as expressões em termos de terem sido convencionalmente associadas a coisas ou estados de coisas do mundo, e explicaria a compreensão que um ser humano tem de uma frase em termos de essa pessoa saber o que referem as palavras que a compõem. É uma perspectiva natural e atraente. Na verdade, pode parecer obviamente correcta, pelo menos até ver. E seria muito difícil negar que a referência ou nomeação é a relação mais clara e habitual entre uma palavra e o mundo. Contudo, ao examiná-la, a teoria referencial enfrenta desde logo sérias objecções.
OBJECÇÃO 1 Nem todas as palavras nomeiam ou denotam um objecto efectivo. Primeiro, temos os nomes de itens inexistentes, como Pégaso ou o Coelhinho da Páscoa. “Pégaso” não denota coisa alguma porque na realidade não existe qualquer cavalo alado que esse nome possa denotar. (Discutiremos no capítulo 3 estes nomes algo detidamente.) Ou considere-se pronomes de quantificação, como o seguinte: 5) Ninguém viu o João.
P á g i n a | 13 Seria uma piada gasta tomar “ninguém” como um nome e responder: “E onde é que ele o viu?” (Lewis Carroll: “Passaste por alguém na estrada?” […] “Ninguém” […] “Então é claro que ninguém caminha mais devagar do que tu.” 1 E o poema de e. e. cummings “anyone lived in a pretty how town” 2 faz pouco sentido até o leitor se aperceber que cummings está a usar perversamente expressões como “anyone” e “noone” como nomes de pessoas individuais.) Segundo, considere-se uma frase simples sujeito-predicado: 6) O Raul é gordo.
Apesar de “Raul” poder nomear uma pessoa, o que nomeia ou denota “gordo”? Não é com certeza um indivíduo. Não denota com certeza o Raul; ao invés, descreve-o ou caracteriza-o (injustamente ou não). Poderíamos sugerir que “gordo” denota algo abstracto; por exemplo, este e outros adjectivos poderiam referir qualidades de coisas (ou “propriedades,” “atributos,” “qualidades,” “características,” etc.). Poder-se-ia dizer que “gordo” nomeia a gordura em abstracto ou, como Platão diria, O Gordo em Si. Talvez seja isso que 6 diz: que o Raul tem ou exemplifica ou é um espécime da qualidade da gordura. Nessa interpretação, “é gordo” significaria “tem gordura.” Mas então, se tentarmos pensar no significado sujeitopredicado como uma questão de concatenar o nome de uma propriedade com o nome de um indivíduo usando a cópula “é,” precisaríamos de uma segunda entidade abstracta que o “é” representasse, digamos, a relação de “posse,” dado ser o indivíduo que tem a propriedade. Mas isso faria por sua vez 6 significar algo como “O Raul exibe a relação de posse em relação à gordura,” de modo que precisaríamos de uma terceira entidade abstracta para relacionar a nova relação de “exibir” com o indivíduo original mais a relação e a propriedade, e assim por diante — sem fim, para todo o sempre. (Foi Bradley 1930: 17-18 quem assinalou esta regressão infinita.) Terceiro, há palavras que são gramaticalmente substantivos mas que intuitivamente não nomeiam nem coisas individuais nem tipos de coisas — nem sequer “coisas” inexistentes ou itens abstractos como qualidades. Quine (1960) dá os exemplos de “prol,” “bel” e “mor.”* Por vezes fazemos algo em prol de algo ou a nosso bel-prazer, mas não como se um prol ou um bel fosse um tipo de objecto que se possa levar a passear na rua por uma 1
Alice’s Adventures in Wonderland and Through the Looking Glass (Londres: Methuen, 1978), p. 180. [ As Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Alice do Outro Lado do Espelho,
trad. Margarida Vale de Gato. Lisboa: Relógio d’Água, 2000.] 2 *
Complete Poems, 1913-1962 (Nova Iorque: Harcourt, Brace, Jovanovich, 1972).
“Sake,” “behalf” e “dint,” no original de Quine, foram adaptados como indicado na edição brasileira do seu Palavra e Objeto (trad. Sofia Stein e Desidério Murcho, Petrópolis: Vozes, 2009).
P á g i n a | 14 trela. Ou faz-se algo por mor da liberdade; mas um mor não é uma coisa nem um tipo de coisa. (Eu nunca soube com certeza o que é um “imo” ou um “conluio.”) Apesar de serem substantivos, palavras como estas certamente não são dotadas de significado por referirem tipos particulares de objectos. Parecem dotadas de significado apenas por mor de ocorrerem em construções mais longas. Por si, dificilmente se pode afirmar que signifiquem seja o que for, apesar de serem palavras, e até palavras dotadas de significado. Quarto, muitas partes do discurso além dos substantivos não parecem sequer referir coisas de qualquer género ou de qualquer modo: “muito,” “de,” “e,” “o,” “um,” “sim” e, já agora, “hei” e “abrenúncio.” Contudo, claro que tais palavras são dotadas de significado e ocorrem em frases que qualquer pessoa que fale competentemente português compreende. (Nem toda a gente está convencida de que a teoria referencial esteja assim tão decisivamente refutada, mesmo com respeito ao último grupo das palavras mais claramente não-referenciais. Na verdade, Richard Montague (1960) dedicou-se a construir uma teoria sofisticadíssima e muito técnica na qual mesmo a palavras como estas se atribui efectivamente referentes de um género muitíssimo abstracto, sendo essas palavras dotadas de significado, pelo menos em parte, por referirem o que supostamente referem. Teremos mais a dizer sobre o sistema de Montague no capítulo 10.)
OBJECÇÃO 2 Segundo a teoria referencial, uma frase é uma lista de nomes. Mas uma mera lista de nomes não diz coisa alguma. A sequência 7) Frederico Marta Elísio Filipe
não pode ser usada para asserir seja o que for, mesmo que a Marta ou o Elísio seja uma entidade abstracta e não um objecto físico. Poder-se-ia supor que se o nome de um indivíduo for concatenado ao nome de uma qualidade, como em 8) O Raul gordura,
a sequência daí resultante teria um significado sujeito-predicado normal, afirmando que o Raul é gordo. (No início da sua carreira, Bertrand Russell sugeriu que, ao escrever uma lista de nomes dos géneros adequados de coisas e na ordem certa, formar-se-ia o nome colectivo de um estado de coisas.) Mas na verdade 8 é agramatical. Para lhe dar um significado sujeito-predicado normal seria necessário inserir um verbo, 9) O Raul {tem/exemplifica} gordura,
o que daria origem uma vez mais à regressão de Bradley.
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OBJECÇÃO 3 Como iremos ver e discutir nos próximos dois capítulos, há fenómenos linguísticos específicos que parecem mostrar haver mais aspectos quanto ao significado do que a referência. Em particular, os termos co-referenciais muitas vezes não são sinónimos isto é, dois termos podem partilhar o seu referente mas ter diferentes significados — como “Joseph Ratzinger” e “o Papa”, por exemplo. Parece que devemos concluir que tem de haver pelo menos uma maneira de uma expressão ser dotada de significado que não em virtude de nomear algo, aplicando-se isto até possivelmente a algumas expressões que realmente nomeiam coisas. Há várias teorias do significado que vão além da teoria referencial, apesar de todas as teorias enfrentarem as suas próprias dificuldades. Veremos algumas das teorias e respectivas dificuldades na Parte II. Primeiro, nos próximos três capítulos, examinaremos melhor a natureza da nomeação, referência e noções semelhantes, em parte porque a referência continua a ser importante em si, apesar das imperfeições da teoria referencial do significado, e em parte porque uma discussão da referência ajudar-nos-á a introduzir alguns conceitos que serão necessários para avaliar as teorias do significado.
Sumário •
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Algumas sequências de marcas ou ruídos são frases dotadas de significado. É um facto espantoso que qualquer pessoa normal consiga apreender instantaneamente até mesmo o significado de uma frase muito longa e nova. Cada frase dotada de significado tem partes que também são dotadas de significado. Apesar de ser inicialmente atraente, a teoria referencial do significado enfrenta objecções poderosas.
Questões 1. Consegue pensar em objecções complementares à teoria referencial tal como foi formulada? 2. Serão as objecções 1 e 2 inteiramente justas, ou haverá réplicas plausíveis que o defensor da teoria referencial poderia apresentar?
Leitura complementar •
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Provavelmente o crítico mais persistente da teoria referencial é Wittgenstein (1953: Parte I). Uma ofensiva wittgensteiniana mais sistemática encontra-se em Waismann (1965a: cap. 8). Argumentos do género que subjazem à objecção 3 encontram-se em Frege (1892 a) e (1892b).
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A regressão de Bradley é discutida por Wolterstorff (1970: cap. 4) e Loux (1998: cap. 1).
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Descrições definidas
Sinopse Ainda que a teoria referencial do significado não se aplique a todas as palavras, poder-se-ia pensar que se aplicaria pelo menos a termos singulares (termos que intentam referir indivíduos singulares, como os nomes próprios, pronomes e descrições definidas). Mas Gottlob Frege e Bertrand Russell argumentaram energicamente que as descrições definidas, pelo menos, não significam o que significam em virtude de denotar o que denotam. Ao invés, defendeu Bertrand Russell, uma frase que contém uma descrição definida, como “A mulher que vive ali é bioquímica,” só superficialmente tem uma forma de sujeito-predicado, sendo na verdade — logicamente — um trio de generalizações: é equivalente a “Pelo menos uma mulher vive ali, e no máximo uma mulher vive ali, e quem vive ali é bioquímica.” Russell argumenta a favor da sua análise quer directamente quer mostrando que permite solucionar quatro ultrajantes quebra-cabeças lógicos: o problema da referência aparente de inexistentes, o problema dos existenciais negativos, o quebra-cabeças de frege sobre a identidade e o problema da substituibilidade. Levantaram-se várias objecções à teoria das descrições de Russell. P. F. Strawson sublinhou que não se coaduna com os nossos hábitos linguísticos habituais: apesar de uma frase que tenha “o actual Rei de França” como sujeito pressuponha haver pelo menos um Rei de França, não é falsa se não houver qualquer Rei; ao invés, nesse caso não pode sequer ser usada para fazer uma afirmação apropriada, e por isso não tem valor de verdade. E a teoria de Russell ignora o facto de que a maior parte das descrições estão ligadas a um dado contexto, denotando um só objecto apenas num cenário local circunscrito (“Dá-me o livro que está em cima da mesa”). Strawson argumenta mais em geral que Russell trata as frases e as suas propriedades lógicas de uma maneira demasiado abstracta e celeste, esquecendo-se de como são realmente usadas por pessoas de carne e osso na prática conversacional concreta. Keith Donnellan nota que mesmo tendo Russell razão quanto a alguns usos das descrições, ignorou um género comum de caso no qual uma descrição é usada “referencialmente,” para indicar apenas uma pessoa ou coisa particular, independentemente dos atributos desse referente. Por fim, há outros usos das descrições, chamados “anafóricos,” que podem por em causa o tratamento russelliano.
Termos singulares Em português ou em qualquer outra linguagem natural, os dispositivos paradigmáticos de referência são termos singulares, expressões que intentam denotar ou designar pessoas, lugares e outros objectos particulares individuais (contrastando com os termos gerais como “cão” ou “castanho”
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que se podem aplicar a mais de uma coisa). Os termos singulares incluem os nomes próprios (“Jane,” “Winston Churchill,” “Jacarta,” “7,” “15:17 horas”), descrições definidas (“a Rainha de Inglaterra,” “o gato que está no tapete,” “a penúltima reunião do departamento”), pronomes pessoais singulares (“tu,” “ela”), pronomes demonstrativos (“isto,” “aquilo”) e alguns outros. Mesmo que a teoria referencial do significado não seja inteiramente verdadeira, é razoável ter a expectativa de que seja verdadeira com respeito aos termos singulares. Mas Gottlob Frege (1892 a, 1892b) e, na sua esteira, Bertrand Russell (1905, 1918, 1919) mostraram definitivamente que a teoria não é verdadeira com respeito às descrições definidas, e levantaram sérias dúvidas se seria verdadeira com respeito a outros termos singulares comuns. Frege e Russell apresentaram quatro quebra-cabeças sobre termos singulares, sendo que os primeiros três retomam objecções levantadas no capítulo 1 contra a teoria referencial do significado.
O PROBLEMA DOS INEXISTENTES APARENTES Considere-se o seguinte: 1) James Moriarty é calvo.
(O Professor Moriarty é o arqui-inimigo de Sherlock Holmes, sendo descrito de modo mais completo na história “O Problema Final,” de Conan Doyle. 1 O seguinte conjunto de afirmações é inconsistente (isto é, sob pena de se entrar em contradição, as afirmações não podem ser todas verdadeiras): J1. 1 é dotada de significado (significa algo, n ão é destituída de significado). J2. 1 é uma frase sujeito-predicado. J3. Uma frase sujeito-predicado é dotada de significado (apenas) em virtude de seleccionar uma coisa individual e de lhe atribuir uma propriedade qualquer. J4. O termo sujeito de 1 não selecciona ou denota algo existente. J5. Se 1 é dotada de significado apenas em virtude de seleccionar uma coisa e de lhe atribuir uma propriedade (J1, J2, J3) e se o termo sujeito de 1 não selecciona algo existente (J4), então ou 1 não é afinal dotada de significado (contrariamente ao que afirma J1) ou 1 selecciona uma coisa que não existe. Mas: J6. Uma “coisa inexistente” não existe.
O inconveniente é que todas as afirmações, de J1 a J6, parecem verdadeiras.
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The Adventures of Sherlock Holmes, Vol. I, org. E. W. Smith, Nova Iorque: Heritage Press, 1950. Um facto curioso sobre Moriarty é ter um irmão, um coronel do exército, também chamado James. (Se o leitor for um fã de Holmes e não sabia ainda disto, terá gosto em verificá-lo.) [ As Aventuras de Sherlock Holmes: Memórias, trad. Maria Teresa Pinto Pereira, Mem Martins: Europa-América, 2001.]
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O PROBLEMA DAS EXISTENCIAIS NEGATIVAS Este é um caso especial do quebra-cabeças anterior mas, como veremos, um caso exacerbado. Considere-se o seguinte: 2) Pégaso nunca existiu.
2 parece verdadeira e parece ser acerca da montada de Belerofonte, Pégaso. Mas se 2 é verdadeira, não pode ser acerca de Pégaso, pois não existe tal entidade para que 2 possa ser sobre isso. Analogamente, se 2 for acerca de Pégaso, então é falsa, pois Pégaso terá em algum sentido de existir. Vale a pena atentar numa solução prévia para os problemas da referência aparente de inexistentes e das existenciais negativas, rejeitada por Frege e mais tarde ainda mais veementemente por Russell. J1 não é controversa; J2 parece óbvia; J4 é apenas um facto; e J5 é trivialmente verdadeira. Alexius Meinong (1904) deu o salto corajoso de negar J6, insistindo à la S. Anselmo que qualquer objecto possível de pensamento — até mesmo um objecto autocontraditório — tem um ser de um certo género, apesar de só algumas coisas terem a sorte de existir também na realidade. Moriarty tem um ser desse género e pode ser objecto de referência, apesar de — para sorte da Inglaterra e do mundo — não ter a propriedade de existir.2 Na posse dessa distinção inexplicada, Meinong podia lidar airosamente com as existenciais negativas em particular. Uma frase desse género diz, de uma entidade que (é claro) tem ser, que essa entidade carece de existência. Secretariat, Seabiscuit e Smarty Jones foram cavalos que existiam mas careciam de asas; Pégaso tinha asas mas não existia. Acontece. Menos implausivelmente, o próprio Frege lidou com a Referência Aparente de Inexistentes rejeitando J3: postulou objectos abstractos a que chamou “sentidos” e argumentou que um termo singular é dotado de significado em virtude de ter um desses objectos além do seu referente — ou, no caso de um termo singular irreferencial, em vez de um referente. As soluções de Frege para as Existenciais Negativas e para os outros dois problemas serão brevemente examinadas no próximo capítulo.
OS QUEBRA-CABEÇAS DE FREGE SOBRE A IDENTIDADE Uma afirmação de identidade como 3) Mark Twain é Samuel Langhorne Clemens
contém dois termos singulares, sendo que ambos (se a afirmação for verdadeira) seleccionam ou denotam a mesma pessoa ou coisa. Parece, então, que a afirmação diz simplesmente que essa pes2
Foi ao argumentar que a existência é uma perfeição, em particular, que Anselmo pretendia provar a existência de Deus.
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soa é idêntica a essa pessoa, que essa pessoa é idêntica a si mesma. Nesse caso, a afirmação é trivial; 3 não diz mais do que “Mark Twain é Mark Twain.” Contudo, 3 parece não ser trivial, por duas razões: primeiro, 3 é informativa, pois alguém pode aprender algo novo lendo-a (quer porque descobre a verdadeira identidade de Twain, quer porque descobre que Clemens era o famoso autor); segundo, 3 é contingente, como dizem os filósofos — o facto que 3 afirma poderia não ter ocorrido; a realidade poderia ter sido diferente. Assim, parece pelo menos um dos termos singulares que figuram em 3 tem de ter um tipo qualquer de significado para lá do seu referente, com o qual contribui para o significado geral da frase.
O PROBLEMA DA SUBSTITUIBILIDADE A função de um termo singular é seleccionar uma coisa individual e introduzir essa coisa no discurso. Ainda que não se vá tão longe quanto a teoria referencial do significado, poder-se-á pensar que é em virtude desse papel denotativo que os termos singulares são de todo em todo dotados de significado. Logo, seria de esperar que quaisquer dois termos singulares que denotem uma e a mesma coisa fossem semanticamente equivalentes: poderíamos tomar qualquer frase que contenha um dos termos e fazer substituir o outro por esse sem mudar o significado ou pelo menos sem mudar o valor de verdade da frase. Mas considere-se o s eguinte: 4) O Alberto acredita que Samuel Langhorne Clemens tinha menos de um metro e meio de altura.
Suponha-se que 4 é verdadeira. Ora, o Alberto não está ciente de que Clemens escreveu romances e histórias sob o nome literário de “Twain.” Não podemos fazer “Mark Twain” substituir “Samuel Langhorne Clemens” em 4 sem mudar o seu valor de verdade; o resultado é uma frase falsa, dado que (suponhamos) o Alberto viu uma fotografia de Twain e está convicto de que ele era de estatura mediana. Na terminologia de W. V. Quine (1960), a posição frásica ocupada pelo nome em 4 é referencialmente opaca — ou “opaca” apenas, para abreviar — em vez de ser referencialmente transparente (“opaca” quer dizer apenas que inserir um termo singular diferente na posição em causa pode mudar o valor de verdade dessa frase). O que causa a opacidade é a construção “acredita que,” dado que a frase “Samuel Langhorne Clemens tinha menos de um metro e meio de altura,” por si mesma, é transparente: se Clemens tinha menos de um metro e meio de altura, então é evidente que também Twain tinha menos de um metro e meio de altura, dado tratar-se da mesma pessoa.
A teoria das descrições de Russell Russell formulou inicialmente os quatro quebra-cabeças em termos de descrições definidas e não de nomes próprios, porque estava interessado na lógica da palavra “o.” (“Pode parecer excessivo dedicar dois capítulos [de Introdução à Filosofia Matemática] a uma palavra, mas para o matemático filosófico é uma palavra de imensa importância: como o gramático de Browning com o enclítico
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, eu daria a doutrina desta palavra se estivesse “morto da cintura para baixo” e não apenas pre-
so”3 (1919: 167).) Russell argumentou com base nos quebra-cabeças, o que não é surpreendente, que as descrições definidas são dotadas de significados que ultrapassam os seus referentes e que contribuem para o significado geral da frase. A sua teoria das descrições, como tem desde então sido apelidada, assume a forma de uma definição contextual da contextual da palavra “o” tal como ocorre nas descrições definidas típicas. Isto é, em vez de definir a palavra explicitamente (como se faria para completar a fórmula “o “o =def …”?), Russell oferece uma receita para parafrasear tipos canónicos de frases completas que contêm “o,” de modo a exibir indirectamente o papel desempenhado por “o,” revelando aquilo a que chamava as “formas lógicas” das frases. (Russell não aborda os usos plurais de “o,” nem os seus usos genéricos, como “A baleia é um mamífero.” Note-se que se pode formar descrições definidas por meio de possessivos, por exemplo, como em “o meu irmão” ou “A sanduíche de salada de ovo da Doris,” que em inglês se exprimem sem artigos definidos.)* Eis a definição contextual de Russell de “o.” Tomemos uma frase paradigmática da forma “O F é G”: 5) O autor de Waverley era escocês.4
5 parece uma parece uma simples frase sujeito-predicado, referindo-se a um indivíduo (Sir Walter Scott) e predicando-lhe algo (ser escocês). Mas as aparências são enganadoras, afirma Russell. Note-se que o termo singular ostensivo, “O autor de Waverley,” Waverley,” contém a nossa problemática palavra “o” à frente de uma expressão predicativa, e note-se também que o significado dessa expressão desempenha um papel crucial na nossa capacidade para reconhecer ou seleccionar o seu referente; para encontrar o referente temos de procurar alguém que tenha realmente escrito Waverley . Russell sugere que “o” abrevia uma construção mais complexa que envolve o que lógicos e linguistas chamam quantificadores, palavras que quantificam termos gerais (“todos (“ todos os os adolescentes,” “algumas “algumas bana bananas,” “seis “seis gansos,” gansos,” “a “a maior parte dos parte dos polícias,” “nenhumas “nenhumas lâmpadas,” etc.). Na verdade, Russell pensa que, tomada no seu todo, 5 abrevia uma conjunção de três afirmações gerais quantificadas, nenhuma das quais faz referência a Scott em particular: 5a) Pelo menos uma pessoa escreveu Waverley. 5b) No máximo uma pessoa escreveu Waverley.
3
Não, desculpe, terá de obter esta história das biografias de Russell.
*
Note-se também que em português se usa os termos “o” e “a” não para exprimir uma descrição definida, mas apenas familiaridade, como quando dizemos qu e a Maria foi à praia, contrastando com a afirmação de que Ruth Barcan Marcus é uma filósofa importante. N. do T. 4
Russell usou o termo Scotch em Scotch em vez de Scotish. (Desde Scotish. (Desde finais do séc. XX que Scotch é um tipo de whisky, na verdade o único tipo que pode escrever-se dessa forma em vez de se escrever whiskey.) whiskey.)
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5c) Quem escreveu Waverley era era escocês.
Cada uma das afirmações 5a-5c são intuitivamente necessárias para a verdade de 5. Se o autor de Waverley era era escocês, então tal autor existiu; se houve mais de um autor, o “o” não devia ter sido usado; e se o autor era escocês, segue-se trivialmente que seja quem for que escreveu o romance também era escocês. E, tomadas em conjunto, 5a-5c parecem certamente suficientes para a verdade de 5. Assim, parece que estabelecemos um conjunto de condições individualmente necessárias e separadamente suficientes para 5; e isso é em si um argumento poderoso a favor da análise de Russell. Na notação lógica canónica, faça-se W representar o predicado “… escreveu Waverley ” e S representar “… era escocês.” Então, as três condições de Russell são as seguintes: a) (x) Wx b) (x)(Wx (y) (Wy y = x)) c) (x) Wx (Wx Sx)
a-c são conjuntamente equivalentes a d) (x) (Wx & ((y) (Wy y = x) & Sx))
A posição de Russell é que d expressa correctamente a forma a forma lógica de lógica de 5, contrastando com a sua forma gramatical. Já encontrámos um exemplo desta distinção, no capítulo 1, ilustrada pela frase “Ninguém viu o João.” Superficialmente, essa frase tem a mesma forma que “Eu vi a Marta” — sujeito + verbo transitivo + objecto. Contudo, as duas têm propriedades lógicas marcadamente diferentes. “Eu vi a Marta” implica que uma dada pessoa foi avistada, ao passo que “Ninguém viu o João” implica precisamente o oposto; é equivalente a “Não é verdade que o João foi avistado” e a “Não há alguém que tenha avistado o João.” Apesar de uma pessoa que começou a aprender portusingular, mas antes um quanguês poder pensar o contrário, “ninguém” não é realmente um termo singular, tificador. tificador. Em notação lógica, fazendo A representar “viu” e “j” representar “João”, “Ninguém viu o João” exprime-se como ~(x)(Axj) ou, o que é equivalente, (x)~Axj, e as regras de inferência explícitas que regem esta notação formal explicam o comportamento lógico da frase portuguesa traduzida. O mesmo acontece em 5, sustentou Russell, com o termo singular aparente: “O autor de Waverley ” não é realmente (isto é, a nível da forma lógica) um termo singular de modo algum, mas uma abreviatura conveniente (ainda que enganadora) da estrutura quantificacional mais complicada apresentada em a-c. Como Russell afirma, o termo singular aparente “desaparece por análise.” Os nossos quebra-cabeças surgiram de facto de aplicar princípios sobre a referência singular a expressões que não são realmente termos realmente termos singulares de modo algum, disfarçando-se apenas como tal. Passemos agora aos quatro quebra-cabeças para mostrar as soluções de Russell uma a uma.
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REFERÊNCIA APARENTE A INEXISTENTES Russell formulou o problema da referência aparente a inexistentes nos seguintes termos: 6) O actual rei de França é calvo.
Voltamo-nos, pois, para o conjunto inconsistente de afirmações que correspondem a J1-J6 acima, fazendo “6” substituir “1” e mudando as letras das afirmações para “K.” (Assim, a afirmação K1 é “6 é dotada de significado (significa algo, não é destituída de significado),” K2 é “6 é uma frase sujeito-predicado,” etc.) Parafraseemos Parafraseemos então 6 segundo o método anterior: Pelo menos uma pessoa é actualmente rei de França [ou melhor, reina actualmente na França],
e no máximo, uma pessoa é actualmente rei de França,
e seja quem for presentemente rei de França é calvo.
Sem problemas. A primeira das três conjuntas anteriores é simplesmente falsa, dado ninguém reinar actualmente na França; assim, a própria 6 é falsa segundo a análise de Russell. Quando formulámos pela primeira vez o quebra-cabeças, parecia que teríamos de rejeitar J3/K3 ou (um ultraje) J6/K6, dado J2 parecer tão óbvia quanto as outras inegáveis afirmações J. Mas agora Russell nega engenhosamente a afirmação K2, “6 é uma frase sujeito-predicado,” dado negar que “O actual rei de França” seja “realmente” um termo singular. Claro que 6 tem a forma sujeitopredicado no modo gramatical superficial. Mas note-se uma vez mais que as nossas três conjuntas são todas afirmações gerais, nenhuma mencionando qualquer indivíduo específico que corresponda ao alegado rei; “o rei” não surge na forma lógica como lógica como sujeito. (Alternativa e menos dramaticamente, poderíamos manter K2, entendendo que alude à forma gramatical superficial, e rejeitar K3 com base na ideia de que uma frase que superficialmente é te é do tipo sujeito-predicado pode ser dotada de significado sem seleccionar qualquer indivíduo particular, particular, pois abrevia um trio de afirmações puramente gerais.)
E XISTENCIAIS NEGATIV NEGATIVAS AS Apliquemos a análise de Russell a 7:
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7) O actual rei de França não existe.
Ora, há uma paráfrase russelliana de 7 que a deixa tão anómala quanto parece ao ouvinte ingénuo. Trata-se da paráfrase que toma “existe” como um predicado comum, como “era escocês” ou “é calvo,” e entende que “não” modifica ou se aplica a ess e predicado: Pelo menos uma pessoa é actualmente rei de França,
e no máximo uma pessoa é actualmente rei de França,
e seja quem for presentemente rei de França não existe.
A anomalia é que a primeira conjunta assere a existência de um rei actual, ao passo que a terceira conjunta a nega. Não admira que 7 nos pareça esquisita. Para dar sentido a 7, não podemos pensar que “não” modifica o verbo “existe,” mas antes que se aplica ao resto de 7, deste modo: Não: (O presente rei de França existe). [Isto é, é falso que: o presente rei de França exista],
que é obviamente o que quereria dizer alguém que proferisse 7 seriamente. Depois aplicamos o padrão de análise de Russell dentro do “não,” como se segue: Não: (Pelo menos uma pessoa é actualmente rei de França, e no máximo uma pessoa é presentemente rei de França e seja quem for presentemente rei de França existe).
Em símbolos: ~(x) (Rx & ((y) (Rx
y
= x) & Ex))
em que “E” representa “existe.” (Na verdade, “existe” é em si tratado como um quantificador na teoria lógica, e por isso ( z) (z = x) de substituir apropriadamente a conjunta Ex, o que é redundante.) O conteúdo intuitivo de 7 é apenas “Ninguém é sozinho rei de França,” ou “Ninguém sozinho reina na França,” e a paráfrase de Russell tem a virtude de ser precisamente equivalente a isso. Em lugar algum da análise de Russell seleccionamos um indivíduo para dizer que esse indivíduo não existe, de modo que o problema das existenciais negativas desaparece, pelo menos no caso das
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descrições definidas. Nesta compreensão preferencial de 7, a descrição ocorre no que Russell chama posição “secundária”; isto é, interpretámos os seus quantificadores “pelo menos,” “no máximo” e “seja quem for” de modo a ficarem dentro do “não.” A penúltima paráfrase, que preterimos, dava à descrição uma posição “primária,” colocando-a primeiro, na ordem lógica, com o “não” no seu interior e por ela regida. A uma distinção de significado deste tipo chama-se distinção de âmbito: na terminologia mais moderna, na leitura secundária os quantificadores têm um âmbito “curto,” ficando sob o âmbito de “não,” que assim tem âmbito longo; na leitura primária os quantificadores não ficam sob o âmbito de “não,” sendo o “não” que fica sob o âmbito dos quantificadores.
O QUEBRA-CABEÇAS DE F REGE Eis um exemplo com uma descrição definida: 8) A actual rainha de Inglaterra é [um e o mesmo indivíduo que] Elisabete Windsor.
O termo da esquerda é uma descrição definida, por isso eliminemo-la por paráfrase à maneira de Russell: Pelo menos uma pessoa é actualmente rainha de Inglaterra [reina actualmente na Inglaterra],
e no máximo uma pessoa é actualmente rainha de Inglaterra,
e seja quem for que actualmente é rainha de Inglaterra é [um e o mesmo que] Elisabete Windsor.
Em símbolos: (x) (Rx & ((y) (Ry
y
= x) & x = e)).
Agora vemos facilmente por que razão a nossa afirmação de identidade original não é trivial. Claro que descobrimos algo quando ouvimos a paráfrase de Russell, algo de substancial sobre Elisabete e também sobre a actual rainha. E é claro que a frase de identidade é contingente, dado que outra pessoa qualquer poderia ter sido rainha (poderia até não haver rainha), Elisabete poderia ter fugido de casa para formar uma banda de rock, ou para fazer qualquer outra coisa, em vez de ser coroada. A teoria das descrições parece explicar correctamente o conteúdo intuitivo das afirmações de identidade. Note-se que, segundo a perspectiva de Russell, a afirmação só superficial-
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mente é uma afirmação de identidade; na verdade é uma predicação, atribuindo uma propriedade relacional complexa a Elisabete. Isto deixa-nos com o problema de saber como uma afirmação de identidade genuína poderia ser simultaneamente verdadeira e informativa, o que abordaremos no capítulo 3.
SUBSTITUIBILIDADE Regressemos ao Alberto. Ele tem estado a estudar filosofia e: 9) O Alberto acredita que o autor de O Nada e a Seridade é um pensador profundo.
Ora, o Alberto não está ciente de que o autor de O Nada e a Seridade tem um segundo emprego clandestino no qual escreve pornografia barata e repugnante. Não podemos por isso fazer o termo “o autor de Veterinárias Ardentes” substituir “o autor de O Nada e a Seridade” em 9 sem mudar o seu valor de verdade; o resultado é uma frase falsa, dado que o Alberto acredita que o autor de Veterinárias Ardentes é um palerma tarado. (Receio que isto prova que o Alberto leu Veterinárias Ardentes.) A posição ocupada pela descrição definida em 9 é opaca. Em 9, a descrição definida ocorre como parte do que o Alberto acredita, de modo que começamos a nossa paráfrase russelliana com “o Alberto acredita” e depois aplicamos o padrão de análise de Russell, dando à descrição uma ocorrência secundária ou âmbito curto: O Alberto acredita no seguinte: (pelo menos uma pessoa escreveu Nada e Seridade,
e no máximo uma pessoa escreveu Nada e Seridade,
e seja quem for que escreveu Nada e Seridade é um pensador profundo).
Esta é uma explicação bastante boa do que o Alberto acredita. 5 E agora é óbvio por que não 5
Como é de esperar, há uma segunda maneira de aplicar a análise a 9, tal como houve duas maneiras de a aplicar a 7, por podermos escolher onde pôr o “não.” A outra maneira é dar à descrição ocorrência primária ou âmbito longo com respeito a “O alberto acredita que.” A paráfrase russelliana seria então: “Pelo menos uma pessoa escreveu O Nada e a Seridade, e no máximo uma pessoa escreveu O Nada e a Seridade, e seja quem for que escreveu O Nada e a Seridade é tido pelo Alberto como um pensador profundo.” Nesta leitura, 9 assere uma relação de crença entre o Alberto e o nosso autor clandestino — a própria pessoa, independentemente de como o descrevemos — mas é excepcionalmente difícil de ouvir esta leitura, especialmente porque
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podemos em 9 usar “o autor de Veterinárias Ardentes” como substituto, pois a análise correspondente da frase resultante é a seguinte: O Alberto acredita no seguinte: (Pelo menos uma pessoa escreveu Veterinárias Ardentes,
e no máximo uma pessoa escreveu Veterinárias Ardentes,
e seja quem for que escreveu Veterinárias Ardentes é um pensador profundo).
Dado que esta interpretação atribui uma crença completamente diferente ao Alberto, não é de espantar que seja falsa, apesar de 9 ser verdadeira. (Claro que a nível da forma lógica nada substituímos, pois os termos singulares “desapareceram por análise,” não estando já presentes para poderem ser substituídos.) Os quatro quebra-cabeças tornam claro que as descrições definidas não se conectam ao mundo apenas por nomeação directa.6 Mas precisamos de uma teoria positiva de como as descrições se conectam ao mundo. Russell forneceu uma teoria a favor da qual há belíssimos incentivos. Notese que apesar de não se atribuir referentes às descrições definidas do mesmo modo que aos nomes, e apesar de não serem “realmente” termos singulares, de todo em todo, pretende-se mesmo assim que tenham indivíduos singulares que lhes respondam; quando uma descrição tem de facto o indivíduo que se pretende que lhe corresponda — isto é, quando existe realmente um único tal e tal — direi que a descrição tem denotatum semântico ou referente semântico. Mas a conexão entre uma descrição definida e o seu referente semântico é (do ponto de vista de Russell) muito menos directo do que a conexão entre um nome simples e o que seu titular.
quaisquer descrições com a mesma referência podem ser aí inseridas sem mudar o valor de verdade. O entendimento “secundário” de 9 é muito mais comum e natural. 6
Russell acrescentou um quinto quebra-cabeças, a que podemos chamar o problema do terceiro excluído: nem 1, “O actual rei de França é calvo,” nem a sua negação aparente, “O actual rei de França não é calvo,” é verdadeira. Contudo, uma lei da lógica afirma que, dada uma frase e a sua negação, uma delas tem de ser verdadeira. (Russell acrescentou: dado parecer que o rei não é calvo nem deixa de sê-lo, “os hegelianos, que gostam muito de sínteses, concluirão provavelmente que usa peruca” (1905: 48).) Deixo ao leitor como exercício a resolução deste quinto quebra-cabeças, à luz dos tratamentos de Russell dos outros quatro.
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Objecções à teoria de Russell Por mais esplêndido que seja o feito de Russell, levantaram-se várias objecções contra a teoria das descrições, principalmente formuladas por Strawson (1950). Antes de as examinarmos, note-se uma crítica importante que se poderá fazer neste momento, apesar de Russell se lhe ter rapidamente antecipado. Quando formulei os quatro quebra-cabeças com que começámos, chamei-lhes quebracabeças “sobre termos singulares.” Desde então expus cada um deles usando exemplos com descrições definidas, usando a teoria das descrições de Russell para os anular. Mas os quebra-cabeças são realmente sobre todos e quaisquer termos singulares, e não apenas sobre descrições. Já usámos nomes próprios para referir aparentemente inexistentes, e poderíamos até usar pronomes (“tu,” proferido por Scrooge ao fantasma de Marley); o quebra-cabeças de Frege e da substituibilidade emergem é claro com nomes próprios. Estes parecem constituir os mesmíssimos problemas do que os que Russell formulou em termos de descrições. Parece que Russell se perdeu pura e simplesmente pelo caminho, pois fez uma teoria que pela sua natureza se aplica apenas a uma subclasse muito especial de termos singulares, ao passo que uma solução adequada aos quebra-cabeças deveria generalizar-se. A solução de Russell para este problema foi ainda mais engenhosa do que a própria teoria das descrições. Sinteticamente, consistiu em invocar outra distinção entre a aparência de superfície e a realidade lógica subjacente, e defender que aquilo a que comummente chamamos nomes próprios não o são realmente, sendo antes abreviaturas de descrições definidas. Mas só no próximo capítulo examinaremos esta tese. A crítica de Strawson foi radical e penetrante. Na verdade, Russell e Strawson eram figuras de proa de duas abordagens muito diferentes ao estudo da linguagem (e, menos acentuadamente, de dois grandes sistemas rivais da filosofia do séc. XX), apesar de não entrarmos nessa questão até ao capítulo 6. Para preparar as coisas para as objecções de Strawson, farei apenas notar que ao passo que Russell pensava em termos de frases tomadas em abstracto como objectos em si, e das suas relações lógicas em particular, Strawson salientava o modo como os seres humanos em situações conversacionais concretas usam e reagem às frases. O artigo mais famoso de Russell (1905) chamava-se “On Denoting,” e nesse artigo a denotação é tomada como uma relação entre uma expressão, considerada em abstracção, e a coisa que é o referente ou denotatum da expressão. O título de Strawson era “On Referring,” que se pretendia irónico, pois Strawson não concebia a referência como uma relação abstracta entre uma expressão e uma coisa, mas como um acto executado por uma pessoa num dado momento e numa ocasião. Esta maneira de ver as coisas deu a Strawson uma perspectiva muitíssimo nova dos quatro problemas. Strawson defende que as expressões não referem de todo em todo; as pessoas referem, usando expressões com esse propósito. Isto faz lembrar o lema da Associação Nacional NorteAmericana de Armas de Fogo: “São as pessoas que matam outras pessoas e não as armas.” Há certamente um sentido óbvio em que Strawson tem razão. Usando um dos seus exemplos, se eu escre-
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ver “Esta vermelha é muito boa,” “Esta” nada refere — e nenhuma afirmação determinada se produziu — até eu fazer algo que a faça referir. Uma expressão só acabará por referir se eu a usar num contexto adequadamente preparado, de modo a referir uma coisa particular, ou uma pessoa. Mas isto é uma questão de usar a expressão, e quando a uso sou eu que estou a fazer referir, e não a expressão.
OBJECÇÃO 1 Segundo Russell, a frase 6 (“O actual rei de França é calvo”) é falsa em virtude da inexistência de tal rei. Strawson faz notar que esse veredicto é implausível. Suponha-se que alguém chega ao pé de nós e profere 6. Será que quem a ouvisse reagiria dizendo “Isso é falso” ou “Discordo”? Certamente que não. Ao invés, sustenta Strawson, quem fala produziu apenas uma expressão ostensivamente referencial que não funcionou; quem fala foi pura e simplesmente mal sucedido, nada referiu, e por isso não fez uma afirmação completa. A sua elocução é certamente deficiente, mas não do mesmo modo que “A actual rainha da Inglaterra não tem filhos.” Não é uma elocução incorrecta mas antes abortiva; não tem sequer hipótese de ser falsa. Dado que nenhuma afirmação propriamente dita foi feita desde logo, segue-se que nada de verdadeiro nem de falso se disse. O interlocutor ou pura e simplesmente não compreenderia ou diria “Espera aí,” passando então a questionar a pressuposição da elocução (“Não compreendo o que estás a dizer; a França não tem qualquer rei”).7 Consequentemente, Strawson resolve o problema da referência aparente de entidades inexistentes negando K3: 6 é dotada de significado dado ter um uso legítimo na linguagem, podendo ser usada para dizer coisas verdadeiras ou falsas se o mundo (ou os franceses) cooperar mais, mas não por ser bem-sucedida ao seleccionar uma coisa individual. Russell concebia uma frase dotada de significado como uma frase que tem significado ou, usando as suas palavras, uma frase que exprime uma proposição. A forma lógica de uma frase, do seu ponto de vista, é na verdade a forma lógica da proposição que a frase exprime. Mas as proposições são, pela sua própria natureza, verdadeiras ou falsas. Strawson evita falar de “proposições,” e nega que as frases sejam coisas de um tipo que possam ser verdadeiras ou falsas. O que é dotado das propriedades da verdade e da falsidade são ao invés as afirmações feitas quando quem fala consegue dizer algo, e nem todo o acto de elocução é bem-sucedido desse modo, pois nem todas as frases dotadas de significado são sempre usadas para fazer uma afirmação. Os russellianos têm uma resposta comum à objecção 1, mas depende de algumas noções que desenvolverei só no capítulo 13, de modo que vou protelar a discussão até então.
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Strawson vê que há excepções; ocasionalmente, uma frase contendo uma descrição irreferencial é inequivocamente falsa. Veja-se Neale (1990), Lasersohn (1993) e Yablo (2006).
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OBJECÇÃO 2 Strawson critica também a tese, que atribui a Russell, de que “parte do que [quem fala] estaria a asserir [ao proferir 6] seria que presentemente existe um e um só rei de França” (1950: 330). Essa tese é demasiado implausível, pois apesar de quem fala pressupor a existência de um e um só rei, isso não faz certamente parte do que essa pessoa assere. Mas isso é uma incompreensão: Russell não defendeu tal tese. Russell nada disse sobre actos de asserção. Talvez Strawson esteja a pressupor em nome de Russell que seja o que for que é logicamente implicado por uma frase é necessariamente asserido por quem profere ess a frase. Mas este princípio é falso: se eu disser “O gordo do Toninho não consegue correr nem subir a uma árvore,” não estarei a asserir que o Toninho é gordo, apesar de a minha frase o implicar logicamente; se eu disser “O Toninho tem um metro e setenta,” não estarei a asserir que o Toninho mede mais de três quilómetros ou menos de vinte e oito quilómetros.
OBJECÇÃO 3 Strawson faz notar que muitas descrições dependem do contexto. O exemplo de Strawson é o seguinte: 10) A mesa está cheia de livros.
Presumivelmente, o termo sujeito é uma descrição definida, usada de um modo comum, e não de um modo diferente ou pouco habitual. Mas se aplicarmos a análise de Russell obtemos “Pelo menos uma coisa é uma mesa e no máximo uma coisa é uma mesa e seja o que for que é uma mesa está cheia de livros” — o que implica, pela segunda conjunta, que no máximo há uma só mesa em todo o universo. Isto não pode ser afastado com um encolher de ombros. Por mais que isso o contrarie, Russell terá de dar atenção ao contexto da elocução. Russell tem várias opções. Afinal, Strawson não tem o monopólio do facto de que quando alguém diz “A mesa,” os interlocutores sabem geralmente de que mesa se está a falar, pois algo no contexto a realçou. Pode ser a única mesa à vista, ou a única na sala, ou a mesa de que acabámos de falar. Russell pode dizer que ocorre aqui uma elipse; que, no contexto, “A mesa” abrevia uma descrição mais elaborada que é satisfeita univocamente. (Como veremos no próximo capítulo, Russell não se opunha à hipótese da elipse.) A perspectiva da elipse tem algumas implicações perturbadoras. Russell pensa que a forma lógica é objectivamente real — que as frases têm mesmo as formas lógicas por si postuladas. Assim, se “A mesa” é uma elipse, tem de haver uma resposta determinada à pergunta “É uma elipse do quê?” E a resposta será importante porque 10 dirá coisas completamente diferentes em função do candidato que se escolher. Se dissermos que “A mesa” quer dizer a mesa desta sala, então introduzimos o conceito “sala,” e interpretámos 10 de um modo que é literalmente sobre uma sala, tendo, na verdade, o predicado “sala” escondido na sua estrutura lógica subjacente.
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Talvez uma abordagem melhor seja apelar à quantificação restringida (como em Lycan 1984 e Neale 1990). Dizemos muitas vezes coisas como “Toda a gente gosta dela,” não querendo falar de todas as pessoas do universo, mas de todas as pessoas num certo círculo social indicado contextualmente. Ou “Já ninguém vai a esse restaurante,” que é improvável que queira dizer que nenhum ser humano em absoluto vai lá; é mais comum que queira apenas falar de pessoas do nosso género (seja ele qual for). 8 O que os lógicos chamam os domínios que estão sob o âmbito dos quantificadores não têm de ser universais, sendo antes muitas vezes classes particulares aproximadamente pressupostas no contexto. Na verdade (e isto é algo que o leitor pode verificar), praticamente toda a quantificação que ocorre em português foi restringida: “Para mim a pizza pode ser com qualquer coisa,” “Não há cerveja,” ou até “Não trocaria este carro por coisa alguma deste mundo.” É claro que a análise russelliana habitual começa com um quantificador: “Pelo menos uma coisa é uma mesa…” Consideremos simplesmente que o quantificador foi apropriadamente restringido. A mesma restrição aplicar-se-á a “no máximo uma coisa,” e por isso perde-se a implicação indesejada de que há no máximo uma mesa no universo; 10 implicará agora apenas que há no máximo uma mesa do género contextualmente indicado, o que não levanta problemas. O apelo da quantificação restringida difere da hipótese da elipse por não exigir que em 10 se mencione clandestinamente materiais conceptuais explícitos. A restrição do quantificador é mais parecido a um pronome demonstrativo silencioso: “No máximo uma mesa desse género,” em que o contexto fixa a referência do termo “desse.” Assim, parece que resolvemos o problema da mesa por Russell. Mas há mais casos problemáticos exasperantes. Considere-se o seguinte: 11) Se um bispo encontra outro, o bispo abençoa esse outro. (Heim 1990)
Para mais exemplos veja-se Reimer (1992), Stanley e Szabó (2000), Ludlow e Segal (2004) e Lepore (2004). Além disso, há ainda um problema geral de como os quantificadores ficam restringidos pelo contexto, o que determina exactamente os domínios restritos (que são quase sempre demasiado vagos para serem úteis), e como raio os interlocutores identificam os domínios certos tão depressa e sem esforço. Mas esse problema geral é algo que temos em qualquer caso; não é uma objecção especial à teoria das descrições de Russell. Faço uma pausa para oferecer uma refutação parcial da noção de Strawson de que são as pessoas que referem e não as expressões. Relembre-se o lema da Associação Nacional NorteAmericana de Armas de Fogo: “São as pessoas que matam outras pessoas e não as armas.” Uma resposta apropriada é esta: “Sim, mas as pessoas matam muito mais fácil e eficientemente se usarem armas,” e há um sentido perfeitamente bom em que a arma matou realmente a vítima. Assim, 8
G. K. Chesterton baseia inteiramente neste fenómeno uma das suas histórias de mistério do Padre Brown, “O Homem Invisível.”
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há pelo menos um sentido secundário no qual as expressões referem. Nada absolutamente há de errado em dizer que, num contexto particular, a expressão “A mesa” refere a peça de mobiliário proeminente. Além disso, já introduzimos a noção de “referente semântico” de uma descrição: no contexto, recorde-se, o referente semântico de uma descrição é o objecto (se houver algum), seja ele qual for, que de facto satisfaz univocamente a descrição. Note-se que também Russell objecta a que se fale do referente de uma descrição. Russell quer insistir que as descrições não são na verdade, de modo algum, expressões referenciais; uma frase que contenha uma descrição abrevia imenso material quantificacional inteiramente geral e que não é sobre alguém em particular. Mas a minha noção de um referente semântico aplica-se igualmente contra Russell neste aspecto. Há pelo menos esse sentido secundário no qual uma descrição pode ter um referente. E para um russelliano é perfeitamente inócuo conceder que as descrições definidas referem realmente, desde que tenha em conta que não o fazem directamente, do modo como podemos pensar que os nomes próprios referem. Volto-me agora para uma objecção apresentada por Keith Donnellan (1966).
OBJECÇÃO 4 Donnellan reparou em casos nos quais parece que realmente usamos descrições definidas como se fossem apenas etiquetas ou nomes, unicamente para referir indivíduos. E em tais casos a análise russelliana não capta o que parece estar a ser dito quando as frases relevantes são proferidas. Apesar de Donnellan pretender que o seu artigo é modestamente um juízo sobre a disputa Russell-Strawson, a sua ideia sagaz tem uma aplicação mais lata, e eu vou expô-la nos seus próprios termos. A DISTINÇÃO DE DONNELLAN
Donnellan chamou a atenção para o que chamou o uso referencial de uma descrição definida, em contraste com o seu uso atributivo. O tipo mais óbvio de uso referencial é quando uma descrição ganha letras maiúsculas e é na verdade usada como título. Um exemplo clássico é “O Santo Império Romano,” cujo referente, como Voltaire observou, não era santo, nem romano, nem um império. Ou “The Grateful Dead,” que é o nome de uma banda de rock; as frases que contenham este título não querem dizer que pelo menos uma coisa é um morto grato e… Russell poderia retorquir com toda a justiça que, como mostram as letras maiúsculas, estes títulos não estão a ser usados de modo algum como descrições, mas (é claro) como títulos aglutinados. “O Cisne” é o nome de uma peça instrumental de Saint-Saëns, e as frases que contêm esse título são sobre música e não aves aquáticas. Mas Donnellan mostra que há casos menos formais nos quais usamos descrições unicamente para dar atenção a um indivíduo particular independentemente dos atributos dessa pessoa ou coisa. Para efeitos de contraste, eis um exemplo russelliano comum. Descobrimos o corpo do Silva, vítima de homicídio e eu digo
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12) O homicida do Silva é louco
querendo dizer que quem cometeu este terrível crime é louco. Donnellan não se opõe neste caso a Russell; este é o que Donnellan chama o uso atributivo da descrição. Mas suponha-se em vez disso que não vimos o corpo e que não temos qualquer outro conhecimento directo do caso; o Jonas foi preso e acusado de homicídio e estamos a assistir ao julgamento. A argumentação da acusação é excelente, e estamos privadamente a pressupor que o Jonas é culpado; além disso, o Jonas está a agitar os olhos e a salivar como um homicida. Neste contexto, eu afirmo também 12, “O homicida do Silva é louco.” Mas neste contexto estou apenas a usar a expressão “O homicida do Silva” para referir a pessoa que estamos a ver, o réu, independentemente dos seus atributos. Além disso, o que eu afirmo é verdade se, e só se, o réu é louco, independentemente de ter ou não cometido o homicídio. É a isto que Donnellan chama o uso referencial. A objecção de Donnellan à teoria das descrições é apenas que a teoria não deu atenção ao uso referencial; Russell escreve como se todas as descrições fossem usadas atributivamente. Mas, contra Strawson, Donnellan lamenta que também este filósofo não tenha visto o uso atributivo, escrevendo como se todas as descrições fossem usadas referencialmente, num contexto, para chamar a atenção de alguém para uma pessoa, lugar ou coisa particular. Assim, tanto Strawson como Russell estavam enganados ao pensar que as descrições definidas funcionam sempre de uma dada maneira, pois existe uma ambiguidade que nenhum deles reconhece. Donnellan não toma posição quanto ao tipo de ambiguidade em causa; em particular, não tenta decidir se a frase 12 em si tem dois significados diferentes que expliquem os “usos” evidentemente distintos da descrição. Donnellan dá várias caracterizações informais do novo us o referencial: “Quem usa uma descrição definida referencialmente numa asserção […] usa a descrição para permitir que a sua audiência estabeleça de quem está a falar, ou do quê” (p. 285). A descrição não “ocorre essencialmente,” sendo “meramente um instrumento para desempenhar uma dada tarefa — chamar a atenção para uma pessoa ou coisa — e em geral poder-se-ia usar qualquer outro dispositivo que desempenhasse a mesma tarefa, outra descrição, ou um nome” (ibid.). “Temos a expectativa e a intenção de que a nossa audiência fique ciente de quem temos em mente […] e, mais importante, que saiba que é acerca dessa pessoa que vamos dizer algo” (pp. 285-286). Tudo isto parece claramente correcto, no caso do “homicida do Silva.” 9 Contudo, Donnellan acrescenta uma caracterização complementar: no uso atributivo de “O 9
Na verdade, as caracterizações de Donnellan não se ajustam perfeitamente entre si. Por exemplo, mesmo no caso referencial que Donnellan tem em mente, nem sempre “temos a expectativa e a intenção de que a nossa audiência fique ciente de quem temos em mente e, mais importante, que saiba que é acerca dessa pessoa que vamos dizer algo,” pois posso dizer apenas para mim mesmo “O homicida do Silva é louco,” sem ter qualquer expectativa ou intenção de que alguém se dê conta de seja o que for. A “distinção de Donnellan” parece uma família de distinções relacionadas mas distintas; os comentadores tentaram resolver este imbróglio (por exemplo, Searle 1989b; Bertolet 1980; Devitt 1981b).
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ϕ é
Y,” “se nada é o ϕ então de nada se disse que é Y,” ao passo que no uso referencial “o facto de "
nada ser o ϕ não tem esta consequência” (p. 287). Donnellan toma este aspecto de Linsky (1963), que oferece um exemplo de alguém (talvez numa festa) que observa uma mulher e o seu acompanhante e diz: “O marido dela dá-lhe muita atenção.” Donnellan e Linsky concordam que mesmo que a mulher não seja de facto casada, é o seu acompanhante que é referido, e que o que é dito é que essa pessoa lhe dá muita atenção, independentemente de ser ou não o marido dela. Deste ponto de vista, o referente real difere daquilo a que chamei o referente semântico, não havendo neste exemplo de Linsky qualquer referente semântico. Ou suponha-se que no caso do Silva, contra todos os indícios, o Jones está inocente; o Silva cometeu suicídio e não há qualquer homicida. (Ou talvez o Silva não esteja sequer morto, tendo permanecido num estado de animação suspensa profunda.) Intuitivamente, sustenta Donnellan, isso não muda o que eu disse. E o que eu disse é verdadeiro se, e só se, o Jonas é louco, independentemente de não existir qualquer homicida. Donnellan dá o exemplo complementar de um conviva numa festa que vê uma pessoa com um ar interessante a beberricar algo de um copo de martíni; o conviva pergunta “Quem é o homem que está a beber um martíni?” Na verdade, o copo tem água apenas mas, sustenta Donnellan, a pergunta do conviva é sobre o homem com um ar interessante, e não (digamos) sobre Dino, que está na sala de bilhar, e que na verdade é o único homem na festa que está a beber um martíni. Exemplos como este, a que por vezes se chama casos de “quase insucesso,” são objecto de disputa. Seguindo Grice (1957) e desprezando Strawson, Kripke (1979 a) distingue entre o que uma expressão linguística em si mesma significa ou refere e o que quem fala quer dizer ou refere ao usar a expressão. Por exemplo, tomada literalmente, a frase “O Alberto é muito elegante” significa que o Alberto é muito elegante, mas pode ser usada sarcasticamente para dizer que o Alberto é um lorpa repugnante. (Teremos mais a dizer sobre as disparidades entre o significado de quem fala e o significado literal da expressão nos capítulos 7 e 13.) Do mesmo modo, posso dizer “O homicida do Silva,” expressão que, tomada literalmente, quer dizer seja quem for que matou o Silva, e querer honestamente com isso falar do réu Jonas e ser correctamente entendido desse modo. No exemplo de Linsky, quem fala quer dizer o acompanhante da senhora, mas a expressão “O marido dela,” segundo as regras do português, significa seja quem for que está casado com ela (se houver alguém); o conviva da festa de Donnellan quer obviamente falar do homem com um ar interessante, apesar de a expressão “o homem que está a beber um martíni” significar literalmente o homem, seja ele qual for, que está de facto a beber um martíni. Nos casos de “quase insucesso,” quem fala quer dizer o que Donnellan diz que quer dizer, e quer dizer coisas verdadeiras, mas (como acontece com “O Alberto é muito elegante”) fá-lo proferindo frases que são de facto falsas. Definamos agora um pouco mais tecnicamente a noção de referência de quem fala, para a contrastar com a referência semântica. O referente de quem fala ou profere uma descrição numa ocasião do seu uso é o objecto, se algum houver, para o qual quem fala ou usou a descrição tenciona chamar a atenção da sua audiência. (O referente de quem fala é o objecto que quem profere
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algo tem em vista.) Felizmente, a comunicação ocorre com o significado e a referência de quem fala: se eu quero dizer (significado de quem fala) Jonas quando digo “O homicida do Silva” e o leitor pensa que eu quero falar do Jonas e entende que eu afirmei que Jonas é louco, então o leitor compreendeume correctamente e a comunicação foi bem-sucedida; não importa que a frase que proferi era falsa segundo o seu significado literal, tal como não importa que “O Alberto é muito elegante” seja literalmente falsa. Assim, segundo Kripke, Donnellan não mostrou que uma frase que contém uma descrição definida pode ser verdadeira ainda que nada (ou algo sem relação) seja o referente semântico da descrição. Ainda que Kripke tenha razão quanto aos exemplos de quase insucesso, é importante manter uma versão da distinção de Donnellan. A distinção é amplamente ilustrada pelo exemplo original do homicida do Silva, entre outros, ainda que Donnellan não tenha razão quanto aos significados e valores de verdade das frases de quase insucesso. O artigo de Donnellan levanta a questão de especificar as circunstâncias sob as quais se é bem-sucedido ao referir, usando uma descrição, a pessoa ou coisa que se tem a intenção de referir, e mostrou que isto nem sempre acontece por força do referente semântico. Além disso, a distinção é inequivocamente importante para o valor de verdade das frases que incluem descrições em orações de certos tipos. Suponha-se que eu dizia: 13) Sei que isso é verdade porque o ouvi da médica local.
O leitor poderia perguntar-me: “Porque ela é médica e isto é uma questão médica, ou antes porque o ouviste dela e ela é também uma autoridade em criminologia?” O valor de verdade de 13 pode depender de “a médica local” ser usada atributiva ou referencialmente. Considere-se alternativamente outro exemplo: 14) Quem me dera que o marido dela não fosse o marido dela.
A leitura mais natural de 14 é tomar a primeira ocorrência da descrição referencialmente e a segunda atributivamente; o desejo de quem fala é que o homem em questão não fosse casado com a mulher em causa. Mas 14 tem várias outras leituras, dependendo do modo como as descrições são tomadas, apesar de serem bastante tontas. À luz da distinção de Kripke entre o referente de quem fala ou profere algo e o referente semântico, poder-se-á ser tentado a excluir simplesmente a questão de Donnellan por ser meramente verbal, defendendo-se que a teoria das descrições está mesmo assim correcta enquanto explicação dos valores de verdade das frases tomadas literalmente, ao passo que Donnellan tem muitas vezes razão quanto ao referente e ao significado de quem fala. Mas a ambiguidade de frases como 13 e 14 parece continuar a escapar à análise de Russell.10 10
Um russelliano renitente poderá tentar explanar as ambiguidades em termos das ambiguidades de 7
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Além disso, ainda que tenhamos sido persuadidos por Kripke e tenhamos descontado os exemplos de quase insucesso, continua a ser controverso se, no caso referencial, o referente efectivo é sempre o referente de quem fala. Note-se que esta questão pressupõe uma terceira noção, referente “efectivo,” que é conceptualmente distinta das outras duas. O que se tem em mente com esta noção é que o referente efectivo é o objecto acerca do qual quem fala consegue fazer uma afirmação (ou uma pergunta, ou dar uma ordem, etc.), deixando-se em aberto se isto tem ou não correspondência com a interpretação semântica literal da frase proferida. (É claro, se a teoria das descrições estiver correcta, ou o referente efectivo é sempre o referente semântico ou, dado que segundo Russell as descrições definidas não referem de facto de modo algum, não há qualquer referente efectivo.) MacKay (1968) argumenta que em alguns casos, mesmo que nos enganemos ao falar, o referente efectivo pode ser o semântico e não o de quem fala. Suponha-se que está uma pedra e um livro em cima da mesa e, querendo que o leitor me traga o livro, atrapalho-me ao falar e digo “Dáme aí a pedra que está em cima da mesa,” usando “a pedra” referencialmente mas querendo com isso referir o livro, pedi mesmo assim ao leitor que me dê a pedra, e o leitor não estaria a atender ao meu pedido se me trouxesse o livro. Ou suponha-se que lhe digo “Aposto cinco euros que o glorioso vencedor [de uma competição automóvel] tem mais de quarenta anos.” Estou a usar “o glorioso vencedor” referencialmente, pensando em Dale Earnhart, plenamente confiante de que a corrida está ganha, e tenho-o perfeitamente em mente, incluindo até uma inequívoca imagem mental de Dale. Mas, apesar de ele ter cortado a meta em primeiro lugar, na verdade não venceu a corrida; em virtude de uma questão técnica pouco conhecida, fica em segundo lugar, atrás de Fat Freddy Phreak, que anda outra vez à solta e entrou na competição à última da hora. Fat Freddy tem apenas vinte e dois anos. Eu devolhe cinco euros. MacKay faz notar a questão geral de que as intenções de quem fala podem ser arbitrariamente loucas. Suponha-se que formei a crença tresloucada de que Keith Donnellan é o filho ilegítimo do Pai Natal e da Margaret Thatcher. Usando a descrição referencialmente, digo: “O bastardo natalício da Thatcher escreveu um artigo clássico sobre as descrições.” Se o leitor conhecer as minhas crenças bizarras suficientemente bem, conseguirá seleccionar o indivíduo certo e compreenderá o que quero dizer, mas ninguém pode descrever-me correctamente afirmando que Lycan disse que Keith Donnellan escreveu o artigo clássico. Deve questionar-se se há qualquer noção correctamente distinta de um “referente efectivo.” O conceito de referente semântico é claro, e a teoria da comunicação exige o mesmo do referente de quem fala, mas talvez a ideia de um “referente efectivo” seja apenas uma confusão dos dois baseada na nossa incapacidade para ver a diferença entre a semântica literal da frase e a teoe 9, resultando de se aplicar a análise de Russell dentro ou fora de “porque” e “quem me dera,” respectivamente. Tente fazê-lo.
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ria da comunicação. Teríamos então de explicar de modo a eliminar o facto de termos intuições sobre “referentes efectivos” em casos como alguns dos anteriores. Kripke segue aproximadamente esta linha, usando uma ideia de Grice que discutiremos no capítulo 13.
ANÁFORA Tem de se mencionar uma objecção final à teoria das descrições. Como fizemos notar, Russell ocupa-se apenas do que considera o uso central de “o,” e dispensa a teoria de ter de explicar os usos plurais ou o uso genérico. Poder-se-á pensar que não se deve estragar assim indefinidamente com mimos uma teoria das descrições definidas. Mas em qualquer caso Russell não menciona os usos anafóricos, e tem-se questionado por que não se deveria exigir à teoria que os abranja, dado que ao contrário dos usos plurais e genéricos, as descrições anafóricas são ostensivamente expressões singulares referenciais. Em geral, uma expressão anafórica recebe o seu significado de outra expressão, a sua antecedente, que habitualmente, mas nem sempre, ocorre na frase numa posição anterior, ou numa frase anterior. Por exemplo, na frase 15) O homem que vivia ao voltar da esquina era excêntrico. Costumava lanchar alcaçuz.
o pronome elidido* da segunda frase refere-se ao homem que vivia ao voltar da esquina. Geach (1962) chamou a tal termo “pronome preguiçoso” e sugeriu que se limita a abreviar uma repetição ipsis verbis da expressão anterior, de modo que a segunda oração de 15 é precisamente equivalente a “O homem que vivia ao voltar da esquina costumava lanchar alcaçuz.” A sugestão de Geach é apenas uma de entre várias teorias dos pronomes anafóricos, mas a ideia geral é que o pronome tem o referente que tem apenas em virtude da sua relação com a expressão antecedente. Se Geach tiver razão, 15 não levanta qualquer problema à teoria das descrições; a sua segunda oração seria analisada do modo habitual e essa análise parece pelo menos tão correcta quanto outras paráfrases russellianas centrais. Mas, como Evans (1977) faz notar, um tratamento paralelo é improcedente quando a antecedente é uma expressão quantificadora ou uma descrição indefinida: 16) Só uma tartaruga descia a rua. Corria como se fosse perseguida por um maníaco. 17) Um coelho apareceu no nosso jardim depois do jantar. Parecia perfeitamente descontraído. *
Ao contrário do inglês, em português é comum elidir o pronome em muitas circunstâncias, incluindo quando usamos descrições, definidas ou indefinidas, em parte porque se trata de uma língua com mais declinações do que o inglês. Por exemplo, em português podemos escrever ou dizer “Tens razão,” sem necessidade de incluir o pronome, mas em inglês não tem sentido escrever ou dizer apenas “Are right,” elidindo o pronome. Nada de filosoficamente substancial parece estar ass ociado a esta elisão estilística, contudo, pelo que não forçámos o uso explícito dos pronomes, tal como ocorrem no original inglês. N. do T.
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A segunda oração de 16 não é equivalente a “Só uma tartaruga corria como se fosse perseguida…,” porque esta frase poderia ser falsa quando 16 é verdadeira (a nossa tartaruga de estimação, que está na sala de jantar, tal como nós, poderia também ter estado a correr). E a segunda oração de 17 não é equivalente a “Um coelho parecia perfeitamente descontraído,” pois essa paráfrase não dá conta do facto de o pronome elidido original se referir a um coelho particular que apareceu no jardim. Russell pode com toda a justiça contrapor que ofereceu uma teoria das descrições definidas, e nem 16 nem 17 contêm tal coisa. Mas se os pronomes elididos de 16 e 17 não forem preguiçosos, por que havemos de pensar que o de 15 o é? Além disso, as próprias descrições definidas podem ser anáforas: 18) Só uma tartaruga descia a rua. A tartaruga corria como se fosse perseguida por um maníaco. 19) Um coelho apareceu no nosso jardim depois do jantar. O coelho parecia perfeitamente descontraído.
É bastante plausível entender que “A tartaruga” em 18 abrevia “A tartaruga que descia a rua,” caso em que 18 não ameaça a análise de Russell. Mas o mesmo não acontece com 19: se tentamos supor que “O coelho” abrevia “O coelho que apareceu no nosso jardim depois do jantar,” então pela cláusula habitual da univocidade, 19 implicaria que no máximo um coelho apareceu no jardim e — repare-se — 19 em si não implica isso, mas (dado a sua expressão de abertura ser apenas “Um coelho”) é logicamente consistente com a situação em que mais de um coelho apareceu no jardim. É verdade que quem profere 19 sugere de algum modo que havia apenas um coelho. Mas note-se que não seria contraditório proferir 19 e depois acrescentar: “Na verdade, apareceram vários coelhos, e nenhum deles parecia muito preocupado.” Neale (1990) tentou acomodar a anáfora numa teoria russelliana conservadora; Heim (1990), Kamp e Reyle (1993) e outros argumentaram que é necessário um formato semântico mais lato. Mas não persisto neste tema. Nos últimos anos surgiram algumas questões novas. Por exemplo, questionou-se se o uso de uma descrição definida realmente implica até mesmo a univocidade contextual (veja-se Szabó 2000, 2003; Abbott 2003). Mais em geral, as relações entre as descrições definidas e as indefinidas têm sido objecto de escrutínio (Szabó 2000 uma vez mais; Ludlow e Segal 2004). As descrições plurais têm sido investigadas por Sharvy (1980), Neale (1990) e Brogaard (2007), entre outros.
Sumário
Os termos singulares referem objectos individuais no mundo. Mas supor que só fazem isso conduz
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a quebra-cabeças lógicos.
Russell argumentou que as frases que contêm descrições definidas devem ser analisadas como tríades de afirmações gerais.
Russell defendeu a sua teoria das descrições tanto directa quanto mostrando que permitia solucionar os quatro quebra-cabeças lógicos.
Strawson argumenta que Russell vê as frases e as suas propriedades lógicas demasiado abstractamente, ignorando os seus usos conversacionais comuns por parte de pessoas reais na vida real.
Em particular, Russell ignora o facto de as frases que contêm descrições indenotativas não serem consideradas falsas, mas antes destituídas de valor de verdade por violarem uma pressuposição. Além disso, Russell ignora as descrições que dependem de contextos.
Donnellan chama a atenção para o uso referencial das descrições, também ignorado por Russell, e tenta, sem completo sucesso, distingui-lo do uso atributivo.
Não é óbvio que a teoria de Russell possa acomodar os usos anafóricos das descrições.
Questões 1. Dado (para efeitos de discussão) que a teoria das descrições é noutros aspectos plausível, está o leitor convencido do bom sucesso das s oluções de Russell para os quatro quebra-cabeças? 2. Será a crítica de Strawson mais persuasiva do que concedi? Desenvolva-a mais contra Russell. 3. Em que medida prevê e explica a teoria correctamente todo o uso de “o” em português? 4. O que pensa da distinção de Donnellan? Poderemos torná-la mais precisa? Tente aprimorar o contraste intuitivo que está na base dessa distinção. 5. Dispute ou defenda qualquer dos juízos intuitivos interessantes de Donnellan sobre os “referentes efectivos” em hipotéticas situações discursivas particulares. Teça depois comentários sobre a importância, para o programa de Donnellan, da posição do leitor em tal caso. 6. Donnellan encara o seu artigo como uma contribuição para a disputa Russell-Strawson. Mas não diz grande coisa no artigo sobre os quatro quebra-cabeças com os quais todo problema começou. Será que a teoria de Donnellan, tal como o leitor a entende, resolve algum dos quatro quebracabeças? 7. Consegue alargar a teoria de Russell para abranger os nossos exemplos de anáfora? Haverá outros exemplos anafóricos que lhe levantam mais problemas?
Leitura complementar
Kaplan (1972) é uma exposição excelente e pormenorizada da teoria das descrições. Veja-se também Cartwright (1987) e Neale (1990). A revista Mind publicou um número especial inteiro (Vol. 144, Outubro de 1005) em honra dos cem anos de “On Denoting.”
Russell (1957) responde à crítica de Strawson.
Linsky (1967) passa muito bem em revista a disputa Russell-Strawson.
Apesar do desprezo que Russell sentia pela perspectiva de Meinong, esta tem sido intrepidamente defendida por Routley et al. (1980) e Parsons (1980).
Donnellan (1968) respondeu a MacKay. Donnellan (1979) é uma abordagem mais abrangente e inclui algumas questões da anáfora.
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Taylor (1998: cap. 2) passa em revista de modo mais completo mas ainda acessível os fenómenos da anáfora.
Ostertag (1998) contém muitos artigos importantes sobre descrições definidas, tal como Bezuidenhout e Reimer (2004). Veja-se também Ludlow (2007), um excelente artigo de revisão.
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Nomes próprios: a teoria descritivista
Sinopse Russell parece ter refutado a teoria referencial do significado das descrições definidas, mostrando que as descrições não são genuinamente termos singulares. Talvez isto não seja assim tão surpreendente, dado que as descrições são expressões complexas, pois têm partes com significado independente. Mas seria natural continuar a pensar que os nomes próprios comuns são genuinamente termos singulares. Contudo, os quatro quebra-cabeças — sobre inexistentes, existenciais negativas, etc. — surgem tão insistentemente no caso dos nomes próprios como no caso das descrições. Frege ofereceu soluções para os quebra-cabeças propondo que um nome tem um sentido além do seu referente, sendo o sentido um “modo de apresentar” o referente do termo. Mas disse pouquíssimo sobre o que são os “sentidos” e como funcionam efectivamente. Russell resolveu este problema argumentando, bastante persuasivamente, que os nomes próprios comuns são na verdade descrições definidas disfarçadas. Esta hipótese permitiu-lhe resolver os quatro quebra-cabeças dos nomes próprios alargando a sua teoria das descrições de modo a abrangê-los. Contudo, a tese de Russell de que os nomes próprios são semanticamente equivalentes a descrições enfrenta fortes objecções: por exemplo, é difícil encontrar uma descrição específica que seja equivalente a um dado nome, e as pessoas para as quais um mesmo nome exprime diferentes descrições estariam a falar em dessintonia quando tentassem discutir a mesma pessoa ou coisa. John Searle propôs uma teoria descritivista dos nomes próprios menos rígida, a teoria “dos agregados” que evita as objecções iniciais à perspectiva de Russell. Mas Saul Kripke, entre outros, reuniram objecções complementares que se tanto se aplicam à teoria menos rígida de Searle quanto à de Russell.
Frege e os quebra-cabeças Podemos ter concordado com Russell que a teoria referencial do significado é falsa no que respeita às descrições por as descrições não serem realmente termos (logicamente) singulares, mas podemos continuar a sustentar a teoria referencial no que respeita aos nomes próprios em si. Certamente que os nomes são apenas nomes; têm o significado que têm simplesmente porque designam as coisas particulares que designam, e porque introduzem esses designata no discurso. (Chamemos a tal expressão um nome milliano, pois John Stuart Mill (1843) parece ter defendido a perspectiva de que os nomes próprios são meramente etiquetas de pessoas ou objectos individuais, não dando outra contribuição para os significados das frases nas quais ocorrem senão a dos próprios indivíduos.) Mas recorde-se a nossa objecção inicial à teoria das descrições de Russell: apesar de esta teoria ter tido como única motivação os quatro quebra-cabeças, estes não são específicos das des-
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crições definidas, pois surgem com igual insistência — para não dizer previamente — também no caso dos nomes próprios. Frege teve precedência sobre Russell na tentativa de solução dos quebra-cabeças. Já vimos o que Frege disse sobre a referência aparente a inexistentes: 1) James Moriarty é calvo.
é dotada de significado porque o nome “James Moriarty” tem um “sentido” além do seu suposto referente, ainda que não exista de facto qualquer referente. De facto, nada é referido ou denotado pelo nome, mas o sentido é “expresso” pelo nome. Para Frege, o “sentido” era, aproximadamente, um particular “modo de apresentar” o suposto referente do termo. Apesar de o próprio sentido ser uma entidade abstracta e não mental ou psicológica, reflecte a concepção ou maneira que uma pessoa tem de pensar no referente. Frege exprimia por vezes os sentidos na forma de descrições definidas; por exemplo, o sentido do nome “Aristóteles” poderia ser “O discípulo de Platão e professor de Alexandre Magno,” ou “O professor estagirita de Alexandre” (Frege 1892 b: 58n). Um sentido determina univocamente um referente, mas múltiplos sentidos podem determinar o mesmo referente. Vejamos agora como Frege atacou os outros três quebra-cabeças.
E XISTENCIAIS NEGATIVAS 2) Pégaso nunca existiu.
Como nos outros casos, 2 parece verdadeira e parece que é sobre Pégaso, mas se é verdadeira, não pode ser sobre Pégaso… Note-se que há aqui uma complicação pior do que a que surgia apenas com o problema da referência aparente a inexistentes: ao passo que 1 é dotada de significado apesar da inexistência de James Moriarty, 2 não é apenas dotada de significado apesar da inexistência de Pégaso: é efectivamente verdadeira e é uma verdade importante. A ideia de sentidos como modos particulares de apresentação permite a Frege pelo menos uma solução aparente do problema das existenciais negativas (apesar de não ser evidente nem que esta tenha sido realmente a sua posição nem que possamos dar-lhe precisão): pode-se tomar 2 como querendo dizer aproximadamente que o sentido de “Pégaso,” a concepção de um cavalo alado montado por Belerofonte não tem referente — nem sequer um referente “inexistente.” Nada na realidade responde a esse sentido.1 1
Meinong (como mencionei no capítulo 2) teria insistido que existe um cavalo alado, chamado “Pégaso,” e que a frase 2 predica realmente a inexistência desse cavalo particular. Deste ponto de vista, 2 é precisamente como “Pégaso nunca comeu alfafa”; existir é algo que o leitor e eu fazemos porque tivemos sorte, mas que Pégaso não conseguiu fazer, independentemente de qualquer um de nós ter tido qualquer possibilidade de escolha. Nem Frege nem Russell podiam aceitar esta perspectiva (apesar de Russell a ter levado uma vez muito
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A razão pela qual esta ideia não é evidente é que para Frege um nome só “expressa” o seu sentido, mas não o denota. Assim, 2 não é literalmente sobre o sentido de “Pégaso,” e não diz sem hesitação que esse sentido não tem referente, apesar de os filósofos saberem isso quando sabem que 2 é verdadeira.
O QUEBRA-CABEÇAS DE F REGE 3) Mark Twain é Samuel Langhorne Clemens
contém dois nomes próprios que seleccionam ou denotam a mesma pessoa ou coisa e por isso 3 devia ser trivialmente verdadeira — se os nomes forem millianos. Contudo, como aconteceu anteriormente, 3 parece informativa e contingente. (Um exemplo ficcional é “O Super-Homem é o Clark Kent”; segundo a saga de banda desenhada do Sr. Jerry Siegel, os milionários diletantes gastaram tempo e dinheiro para tentar descobrir a identidade secreta do Super-Homem.) Segundo a perspectiva de Frege, apesar de os dois nomes em 3 seleccionarem um referente comum, “apresentam” esse indivíduo de modos diferentes; têm sentidos destacadamente diferentes. E aquilo a que Frege chama “significado cognitivo” pertence ao sentido, e não há referência. Eis o que escreve Frege: Quando descobrimos que “a = a” e “ a = b” têm valores cognitivos diferentes, a explicação é que para fins cognitivos, o sentido da frase, viz., o pensamento por ela expresso, não é menos importante do que a referência […] Ora, se a = b, então na verdade a referência de “b” é a mesma de “a,” e consequentemente o valor de verdade de “ a = b” é o mesmo de “a = a.” Apesar disto, o sentido de “ b” pode diferir do de “a,” e assim o pensamento expresso por “a = b” pode diferir do de “a = a. ” Nesse caso, as duas frases não têm o mesmo valor cognitivo. (1892b: 78)
(Mas não nos diz como pode “a = b” ser contingente.)
SUBSTITUIBILIDADE 4) O Alberto acredita que Samuel Langhorne Clemens tinha menos de um metro e meio de altura.
Mas fazer “Mark Twain” substituir “Samuel Langhorne Clemens” em 4 produz uma falsidade; como no capítulo anterior, a posição ocupada pelo termo singular regido por “acredita que” é referencialmente opaca. Se os nomes fossem millianos, e nenhuma contribuição dessem além da introdução dos seus referentes no discurso, a substituição não deveria fazer qualquer diferença e a posia sério); é muito mais plausível pensar que 2 significa, ao invés, que o mito era apenas um mito, que não existiu qualquer cavalo alado que Belerofonte tenha montado.
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ção seria transparente. Aqui, Frege faz uma jogada engenhosa. O problema, recorde-se, era que a opacidade era induzida pela construção “acredita que,” dado que o que se segue não é em si opaco. Dado a crença ser uma questão cognitiva, Frege supôs que seriam os sentidos das expressões que se seguem ao operador de crença a determinar o valor de verdade de uma frase de crença, e não meramente os referentes. Frege sugere consequentemente que o que o operador faz é mudar a referência do nome em particular: no interior de “acredita que,” o nome não refere, como habitualmente, a pessoa Clemens/Twain, mas o seu próprio sentido. É por isso que o resultado de fazer “Mark Twain” substituir em 4 tem um valor de verdade diferente: no contexto da crença, “Mark Twain” refere o seu sentido, que é diferente do de “Samuel Langhorne Clemens.”
Assim, a distinção de Frege entre referência e “sentido” permite-lhe responder a cada um dos quebra-cabeças. E as suas soluções parecem boas, pelo menos em si mesmas: os nomes contribuem com um significado de um género qualquer, para lá dos seus referentes, e é isso evidentemente que faz as diferenças onde as vemos. Mas as soluções parecem boas, suspeito, em virtude da sua natureza esquemática. Frege chama “sentido” ao significado acrescentado, mas pouco mais diz sobre isso (nem sobre “expressar” por oposição a denotar, “importância cognitiva,” e outras). Em particular, não diz que género de significado é nem que contribuição positiva tem. Isto parece-se mais com pôr etiquetas do que resolver o problema. (Mas consideraremos uma efectivação da perspectiva de Frege muito mais substancial e testável no capítulo 10.) Talvez possamos aceitar a sugestão complementar de Frege de que os nomes podem ter os sentidos de descrições. Foi isso mesmo que fez Russell, o que o conduziu a uma abordagem muito rica dos quebra-cabeças. 2
A TESE DOS NOMES DE RUSSELL A resposta de Russell é tanto brilhante quanto objecto de forte defesa. Russell dá a volta e oferece uma nova tese, a que chamo a tese dos nomes. A tese é que os nomes próprios quotidianos não são realmente nomes, pelo menos não são nomes millianos genuínos. Parecem nomes e soam a nomes
quando os dizemos em voz alta, mas não são nomes a nível da forma lógica, onde as propriedades lógicas das expressões são postas a nu. De facto, sustenta Russell, são equivalentes a descrições definidas. Na verdade, afirma que “abreviam” descrições, e parece que quer dizer isso assaz literalmente. Assim, Russell introduz uma segunda distinção semântica entre aparência e realidade; tal como as descrições definidas são termos singulares apenas no sentido da gramática de superfície, o mesmo ocorre — mais surpreendentemente — até com os nomes próprios comuns. Neste caso, é claro, a diferença é mais dramática. Se olharmos para uma descrição definida sem sermos tenden2
Contudo, não se pense que a teoria de Russell é apenas uma variante da de Frege. Há várias diferenças importantes entre as duas, e têm diferentes conjuntos de pontos fortes e fracos.
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ciosamente referencialistas, vemos que tem alguma estrutura conceptual, nela ocorrendo palavras que têm significado por si mesmas e que parecem contribuir para o seu significado geral. Por isso não é muito surpreendente que se diga que subjacente à aparência simples da palavra “o,” há material quantificacional. Mas agora diz-se o mesmo sobre um tipo de expressão que parece conceptualmente simples. Se a tese dos nomes for verdadeira, a solução de Russell para os quatro quebra-cabeças é afinal generalizável — porque nos limitamos a trocar os nomes pelas descrições definidas que eles exprimem e depois procedemos como no capítulo 2; as soluções de Russell aplicam-se tal como antes (pensemos ou não desde o início que são boas). Assim, os nomes têm realmente o que Frege concebia como “sentidos,” que podem diferir apesar de terem o mesmo referente, mas Russell analisa-os, em vez de os tomar como itens primitivos de um qualquer género abstracto. É importante ver que a tese dos nomes é inteiramente independente da própria teoria das descrições. (Usa-se muitas vezes a expressão “Teoria “Teoria das descrições de Russell” aglomerando várias coisas diferentes em que Russell acreditava, incluindo a tese dos nomes.) Mas pode-se aceitar qualquer das doutrinas ao mesmo tempo que se rejeita a outra: alguns teorizadores sustentam a teoria das descrições como uma teoria das próprias descrições definidas, ao mesmo tempo que rejeitam completamente a tese dos nomes; é menos comum, mas pode-se aceitar a tese dos nomes e sustentar uma teoria das descrições diferente da de Russell. Para apoiar a teoria das descrições, Russell apresentou um argumento directo; e depois exaltou o poder da teoria para resolver quebra-cabeças. Russell exalta analogamente o poder explicativo da tese dos nomes, pois dá à sua teoria dos nomes próprios o mesmo poder para resolver quebra-cabeças — quebra-cabeças que pareciam consideravelmente mais intratáveis no caso dos nomes do que no caso das descrições. Mas também oferece pelo menos um argumento directo, e um segundo extrai-se facilmente dos seus escritos. Primeiro, recorde-se a defesa directa de Russell da sua teoria das descrições definidas: Russell sustenta que uma frase que contenha uma descrição definida implica mesmo intuitivamente cada uma das três cláusulas que constituem a sua análise, e as três cláusulas conjuntamente implicam a frase. Russell argumenta agora que o mesmo é verdade quanto às frases que contêm nomes próprios. Tome-se um dos casos mais difíceis, uma existencial negativa. 2 (“Pégaso nunca existiu”) é efectivamente verdadeira. O que poderá então querer dizer? Não selecciona uma coisa existente e assere falsamente que a coisa é inexistente; nem selecciona uma entidade meinongiana negando depois a sua existência. Limita-se a assegurar-nos do facto de que tal cavalo alado não existiu. De modo semelhante, “Sherlock Holmes nunca existiu” significa que nunca houve efectivamente um detective inglês lendário que viveu no número 221B da Rua Baker, Baker, etc. Isto é muito plausível. O segundo argumento directo (nunca formulado explicitamente, tanto quanto sei) chama a atenção para um tipo de questão de clarificação. Suponha-se que o leitor ouve alguém dizendo um nome, digamos “Lili Boulanger,” sem saber de quem se está a falar. O leitor pergunta de quem se
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está a falar, falar, e dão-lhe a resposta “Oh, a primeira mulher a ganhar o Prémio de Roma, em 1913, com a cantata Faust et Hélène”; e isto é uma resposta apropriada. O leitor perguntou porque, num certo sentido, não compreendeu o nome que ouviu. Para o compreender, teve de fazer uma pergunta de tipo “quem,” e a resposta teve de ser uma descrição. (Dar meramente um segundo nome próprio de Boulanger não seria adequado, a menos que o leitor tivesse previamente associado esse nome à descrição.) Ou poderíamos usar as perguntas de tipo “quem” como uma espécie de teste, a que se poderia chamar “teste de identificação.” Suponha-se que o leitor tinha usado o nome “Wilfrid Sellars,” e eu volto-me subitamente e pergunto “Quem é Wilfrid Sellars?” Tudo o que o leitor pode responder, tudo o que lhe ocorre, é “Hum, o famoso filósofo de Pittsburgh que escreveu aqueles livros muitíssimo densos” ou algo do género. Em geral, quando se pergunta “De quem estás a falar [ou do quê]?” depois de termos usado um nome, surge-nos imediata e instintivamente uma descrição, oferecida como explicação do que queríamos dizer. dizer. John Searle (1958) fez um apelo semelhante no que respeita à aprendizagem e ao ensino: como se ensinar um nome próprio novo a uma criança, e como aprendemos a referência de um nome particular usado por outra pessoa? No primeiro caso, apresentamos uma ou mais descrições; no segundo, obtemo-las. Estes são fenómenos muito robustos; assim, a tese dos nomes não é apenas uma medida desesperada para resolver os quatro quebra-cabeças aplicáveis aos nomes próprios. Russell diz agressivamente que os nomes “abreviam” descrições, como se fossem apenas abreviaturas das descrições, como “EUA” e a abreviatura de “Estados Unidos da América.” Isto é
demasiado forte. Tudo o que Russell realmente precisa para os seus propósitos analíticos é a tese mais fraca de que o significado dos nomes é de algum modo equivalente a descrições (chamemos à tese mais fraca a teoria descritivista dos nomes próprios). Contudo, mesmo a teoria descritivista menos ambiciosa têm sido desde então objecto de críticas severas.
Primeiras Primeir as objecções OBJECÇÃO 1 Searle (1958) objectou que, se os nomes próprios são equivalentes a descrições, então para cada nome tem de haver uma descrição particular que lhe é equivalente. Por exemplo, se eu cogitar irreflectidamente 5) Wilfrid Sellars era um homem honesto,
o que estou a dizer, dado que conheço vários factos individuadores sobre Sellars? Searle testa uns pares de tipos de descrições possíveis, e considera-as deficientes. Poderíamos supor que “Wilfrid Sellars” é para mim equivalente a “A coisa x e a única coisa x que é F e e G e…,” em que F, G e os
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restantes são todos os predicados que eu aplicaria (ou consideraria correctamente aplicáveis) ao homem em questão. Mas isto teria a consequência nefasta de 5, tal como a uso, implicar 6) Há pelo menos um filósofo com quem tive uma discussão algo violenta na sala de George Pappas em 1979
— e 5 não implica certamente certamente 6, nem para mim nem para qualquer outra pessoa. Ora, o teste deve fornecer uma resposta mais local para cada uso do nome e, como vimos, é plausível pensar que quem fala pode normalmente desembuchar uma descrição razoavelmente específica se for incitada a isso. Mas não é claro que isto ocorra sempre por essa descrição ser o que essa pessoa tinha, de um modo definitivo, em mente. Se me perguntar “Quem é Sellars?,” posso dar várias respostas que me vêem à mente, dependendo do género de informação que penso que o leitor quer acerca de Sellars. Dificilmente Dificilmente se segue que a resposta que eu realmente apresentar é a descrição precisa que o meu uso de “Sellars” exprimiu anteriormente. Note-se: não se trata apenas de ser difícil descobrir que que descrição quem falava “tinha em mente” ao proferir um dado nome. A tese mais forte é que pelo menos em muitos casos não há uma única descrição determinada que quem fala “tem em mente,” seja consciente seja inconscientemente. Não vejo muitas razões (independentes dos quebra-cabeças quebra-cabeças semânticos) para pensar que há um facto da questão quanto a “Wilfrid Sellars” ser usado como equivalente a “O autor de “Filosofia e a Imagem Científica do Homem”,” ou “O mais famoso filósofo de Pittsburgh,” ou “O inventor da teoria “Teoria” “Teoria” dos termos mentais,” ou “O homem sobre cujo artigo eu tive de fazer um comentário no Décimo Colóquio de Chapel Hill em 1976,” sem esquecer “O filósofo visitante com quem tive uma discussão algo violenta na sala de George Pappas em 1979.” Quando irreflectidamente proferi 5 não tive de ter qualquer uma destas em particular em mente (ainda que tacitamente).
OBJECÇÃO 2 É inegável que pessoas diferentes sabem coisas diferentes sobre outras pessoas. Em alguns casos, o conhecimento de X sobre Z e o conhecimento de Y sobre Z pode até nada ter em comum. Presumindo que o teste revela as descrições com as quais os nomes são supostamente sinónimos que quem fala tem em mente, segue-se da tese dos nomes que o mesmo nome terá (muitos) sentidos diferentes para diferentes pessoas; todo o nome é múltipla e insondavelmente ambíguo. Pois se os nomes são equivalentes a descrições definidas, são equivalentes a descrições definidas diferentes nas bocas de diferentes pessoas, ou, já agora, a descrições diferentes na boca da mesma pessoa em momentos diferentes, tanto porque o nosso conhecimento varia incessantemente como porque o que é psicologicamente proeminente sobre uma pessoa para outra não pára também de variar. variar. E as coisas são pioram. Suponha-se que estou a pensar em Wilfrid Sellars como “o autor de “Filosofia e a Imagem Científica do Homem”,” e suponha-se que o leitor está a pensar em Sellars como “O mais famoso filósofo de Pittsburgh.” Nesse caso, seríamos curiosamente incapazes de discordar sobre Sellars. Se eu dissesse “Sellars costumava apertar os sapatos só com uma mão” e o
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leitor dissesse “Isso é ridículo; Sellars não fazia isso,” não nos estaríamos a contradizer (do ponto de vista de Russell). Pois a frase que proferi seria uma generalização: 7) Uma e uma só pessoa escreveu “Filosofia e a Imagem Científica do Homem,” e quem escreveu “Filosofia e a Imagem Científica do Homem” costumava apertar os sapatos só com uma mão
Ao passo que a sua seria apenas uma generalização diferente: 8) Uma e uma só pessoa foi um filósofo mais famoso do que qualquer outro em Pittsburgh, e quem for um filósofo mais famoso do que qualquer outro em Pittsburgh não fazia tal coisa (apertar os sapatos só com uma mão).
E as duas afirmações seriam inteiramente compatíveis de um ponto de vista lógico. O que parecia uma disputa animada, quase a dar em murros, não é de modo algum uma disputa; estamos apenas a falar em dessintonia. Mas isto parece perfeitamente errado.3
A teoria dos agregados de Searle À luz destas duas objecções (e muitas outras) à versão de Russell da teoria descritivista, John Searle ofereceu uma variante mais flexível e sofisticada. Sugeriu que um nome não está associado a uma descrição particular mas a um agregado vago de descrições. Como Searle afirma, a força de “Isto é N,” em que N é é substitui um nome próprio, é asserir que um número suficiente mas inespecificado de “afirmações habituais de identificação” associadas associadas ao nome se aplica ao objecto indicado por “isto”; isto é, o nome refere seja qual for o objecto que satisfaça um número suficiente mas vago e inespecificado (NSMVEI) das descrições que geralmente lhe estão associadas. (Searle acrescenta a tese metafísica de que ser a pessoa N é ter um NSMVEI de propriedades relevantes.) A vagueza é importante; Searle diz que é precisamente o que distingue os nomes das descrições, sendo de facto por isso que temos e usamos os primeiros e não apenas as segundas. Note-se que, se a tese dos nomes estivesse correcta, a única função dos nomes próprios seria poupar fôlego ou tinta; seriam apenas abreviaturas. Searle insiste que, em vez de serem equivalentes a uma só descrição, um nome funciona como um “cabide […] no qual penduramos descrições” (1958: 172), sendo isso que nos permite desde o início lidar linguisticamente com o mundo. Precisaríamos de fazer alguns aprimoramentos. Por exemplo, para quem é serliano parece 3
No Capítulo 2 definimos a noção de denotatum/referente semântico de uma descrição, e assim poder-se-ia sugerir que isto fornece o ponto de contacto necessário entre os dois disputadores. Mas isso ignoraria o facto de não haver qualquer incompatibilidade entre a 7 de Russell e a 8. Melhorando a teoria de Russell, um descritivista posterior poderia pôr a tese dos nomes em termos de descrições usadas referencialmente, e apelar ao facto que vimos na nossa discussão de Donnellan de que a comunicação ocorre por via do referente de quem fala e não do referente semântico. Isso introduziria uma noção de “discordância” entre quem fala que seria mais fraca do que um conflito de conteúdo semântico.
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natural exigir que um “número suficiente” seja pelo menos mais de metade — caso contrário, dois indivíduos obviamente distintos poderiam ser ambos o referente do nome. Além disso, quereríamos certamente dizer que algumas das propriedades identificadoras são mais importantes do que outras na determinação da sua identidade; há uma maneira qualquer de dar maior ou menor peso às descrições identificadoras. Esta teoria dos agregados permite a Searle evitar as duas objecções que levantámos à perspectiva de Russell. A objecção 1 fica esvaziada porque Searle abandonou o compromisso de que para cada nome tem de haver uma descrição particular que o nome expressa. O nome está apenas ligado a um agregado vago de descrições. A objecção 2 fica enfraquecida (pensa Searle) pelo facto de diferentes pessoas poderem ter em mente diferentes subagregados de material descritivo, e contudo cada uma ter um NSMVEI de descrições identificadoras conseguindo por isso referir o mesmo indivíduo.4 Assim, Searle tentou mitigar as objecções iniciais à teoria de Russell oferecendo a sua versão mais flexível da abordagem descritivista, em termos de agregados. Esta vers ão parece poder ser considerada um meio-termo sensato entre a perspectiva de Russell e a concepção milliana dos nomes, que aparentemente foi desacreditada pelo quatro quebra-cabeças. Mas, partindo de algumas ideias importantes de Ruth Barcan Marcus (1960, 1961), Saul Kripke (1972) sujeitou a tese dos nomes de Russell e a teoria dos agregados de Searle a uma crítica mais cerrada. Argumentou que Searle não se afastou suficientemente de Russell, herdando problemas em grande parte dos mesmos tipos; ao invés, a imagem descritivista dos nomes próprios é toda ela irrazoável. A teoria da referência nunca mais foi a mesma.
A crítica de Kripke OBJECÇÃO 3 Suponha-se que “Richard Nixon” é equivalente a “o vencedor das eleições presidenciais norteamericanas de 1968.” E agora considere-se uma questão sobre possibilidades. (Questões sobre possibilidade e necessidade chamam-se modais; regressaremos a elas no próximo capítulo.) Poderia Richard Nixon ter perdido as eleições de 1968? A resposta parece inequivocamente “Sim,” presumindo que “poderia” exprime aqui uma mera possibilidade teórica, lógica ou metafísica, e não algo sobre o estado do nosso conhecimento. Mas segundo a teoria descritivista a nossa pergunta seria a mesma que
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Este aspecto precisa de ser investigado melhor, no mínimo, dado que do ponto de vista de Searle apesar de dois interlocutores poderem conseguir seleccionar o mesmo indivíduo, as frases que irão usar têm mesmo assim diferentes significados e, dado tudo o que se mostrou, podemos mesmo assim ficar com o problema da impossibilidade de discordância.
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9) É possível que: uma e uma só pessoa ganhou as eleições de 1968 e quem ganhou as eleições de 1968 perdeu as eleições de 1968?
Cuja resposta é claramente “Não.” A teoria dos agregados de Searle parece oferecer um progresso, pois é possível que uma pessoa que satisfaça um NSMVEI do agregado de descrições associado a “Richard Nixon” no entanto não satisfaça a descrição particular “o vencedor das eleições de 1968.” Mas, lembra Kripke, a possibilidade humana ultrapassa tal coisa: a pessoa individual Nixon poderia não ter feito qualquer das coisas geralmente a si associadas. Poderia ter aprendido a fazer sandálias aos doze anos e ter-se dedicado a isso toda a vida, nunca se aproximando sequer da política ou da vida pública, e nunca o seu nome aparecendo no jornal. Contudo, não é obviamente possível que uma pessoa satisfaça um NSMVEI do agregado de descrições associado a “Richard Nixon,” não satisfazendo no entanto qualquer das descrições desse agregado. Do ponto de vista de Searle, a pessoa que se dedicou a fazer sandálias não teria sido o referente de “Richard Nixon” e não teria até sido Richard Nixon. E isto parece errado. Michael Dummett (1973) (1973) retrucou que a objecção o bjecção 3 é simplesmente inválida, tal como está; pelo menos, repousa num pressuposto escondido falso. Só podemos inferir que a nossa pergunta modal e 9 são sinónimas pressupondo que, se “Richard Nixon” é realmente equivalente a uma descrição, é equivalente a uma descrição que tenha âmbito curto; na terminologia do capítulo 2, isso é uma ocorrência “secundária” com respeito a “É possível que.” E se a descrição relevante tiver âmbito longo? Então não há sinonímia entre a nossa pergunta original e 9, mas sim 10) Uma e só uma pessoa ganhou as eleições de 1968 e, com respeito a seja quem for que ganhou as eleições de 1968, será possível que essa pessoa tenha perdido as eleições?
10 é desajeitada; além disso, há outras desambiguações irrelevantes da nossa pergunta devido ao facto de o próprio operador de interrogação ter âmbito, de modo que podemos simplificar tudo usando apenas versões indicativas das duas leituras. A frase 11) É possível a Richard Nixon ter perdido as eleições de 1968,
presumindo que “Richard Nixon” é equivalente a “o vencedor das eleições de 1968,” é ambígua entre a leitura de âmbito curto Possível: (x)(Gx & (y)(Gy y = x) & (z)(Gz ~Gz))
que corresponde a 11 e é falsa (representei “perdeu” como “não ganhou”), e a leitura de âmbito longo (x)(Gx& (y)(Gy y = x) & (z)(Gz Possível: ~Gz))
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que é presumivelmente verdadeira. Coloquialmente, 11 quer dizer que uma e uma só pessoa ganhou as eleições e quem ganhou as eleições é tal que poderia tê-las perdido. 5 Numa jogada semelhante mas mais sofisticada, alguns filósofos aprimoraram a objecção 3 “rigidificando” as descrições nos termos das quais explicam os nomes: compreenda-se “Richard Nixon” não como “o vencedor das eleições de 1968,” mas “o vencedor efectivo das eleições de 1968.” Veja-se o próximo capítulo.
OBJECÇÃO 4 Kripke (1972: 83-7) oferece um exemplo (completamente ficcional!) com respeito ao teorema da incompletude de Gödel, um resultado metamatemático famoso. Na ficção de Kripke o teorema foi demonstrado na década de vinte do séc. XX por um homem chamado Schmidt, que morreu misteriosamente sem o publicar. Kurt Gödel apareceu, apropriou-se do manuscrito e publicou-o ignobilmente em seu próprio nome.6 Agora as pessoas conhecem Gödel, na sua maior parte, como o homem que demonstrou o teorema da incompletude. Contudo, parece claro que mesmo quem nada mais sabe sobre Gödel profere o nome “Gödel,” referem Gödel e não o completamente desconhecido Schmidt. Por exemplo, quando dizem “Gödel demonstrou o teorema da incompletude,” estão a dizer uma falsidade, por mais bem justificada que esteja a sua crença. Esta objecção funciona também contra a teoria dos agregados de Searle, tal como contra a perspectiva russelliana clássica. Suponha-se que na verdade ninguém demonstrou o teorema da incompletude; a alegada demonstração de Schmidt tinha um erro irreparável, ou talvez nem tenha existido qualquer Schmidt, e “a demonstração materializou-se simplesmente porque os átomos se espalharam aleatoriamente num pedaço de papel” (p. 86). Neste caso é ainda mais óbvio que os usos que as pessoas fazem de “Gödel” referem, na sua maior parte, Gödel e não qualquer outra pessoa; contudo, todas essas pessoas não têm sequer o apoio de qualquer agregado searliano.
OBJECÇÃO 5 Considere-se a frase 12) Algumas pessoas não estão cientes de que Cícero é Túlio.
12 é ostensivelmente verdadeira mas, se a tese dos nomes for correcta, é difícil interpretá-la, pois “não há qualquer proposição única denotada pela oração “que,” que a comunidade de quem fala português normalmente exprime com “Cícero é Túlio”” (Kripke 1979 b: 245). Dado que “Cícero” e 5
Este é um exemplo do afastamento de Russell com respeito a Frege, pois este último não permitia que os nomes próprios tivessem qualquer âmbito. 6
Ao introduzir este exemplo na palestra que estava a dar na Universidade de Princeton em 1970, Kripke exclamou: “Espero que o Professor Gödel não esteja pres ente” (p. 83).
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“Túlio” são equivalentes a descrições diferentes para diferentes pessoas, não há um facto único acerca do qual 12 afirme que as pessoas não estão cientes. Ora, se eu asserir 12, a sua oração complementar exprime o que “Cícero é Túlio” significa no meu discurso. Mas dado que sei que Cícero é Túlio, associo o mesmo conjunto de descrições (sejam elas quais forem) com ambos os nomes. Suponha-se que, como a maior parte dos filósofos, associo tanto “Cícero” como “Túlio” a “o famoso orador romano que denunciou Catilina e que figura em alguns exemplos famosos de Quine.” Então 12 é equivalente ao seguinte: 13) Algumas pessoas não estão cientes de que uma e uma só pessoa foi um famoso orador… [etc.] e uma e uma só pessoa foi um famoso orador… [etc.] e seja quem for que tenha sido um famoso orador… [etc.] foi um famoso orador… [etc.].
Essa frase imensamente redundante é equivalente a: 14) Algumas pessoas não estão cientes de que uma e uma só pessoa foi um famoso orador romano que denunciou Catilina e que figura em alguns exemplos famosos de Quine.
Sem dúvida que 14 é verdadeira, mas certamente que não exprime o que 12 significa, mesmo quando sou eu que a profiro. Também não é de modo algum óbvio como poderia Searle lidar com a objecção 5.
OBJECÇÃO 6 Se a tese dos nomes for verdadeira, então todo o nome é “apoiado” por uma descrição que se aplica unicamente ao referente do nome. Mas as pessoas associam na sua maior parte “Cícero” apenas a “um famoso orador romano” ou outra descrição indefinida e, digamos, “Richard Feynman” apenas com “um dos principais físicos teóricos contemporâneos”; contudo, estas pessoas não só conseguem usar esses nomes correctamente como conseguem referir Cícero e Feynman respectivamente quando o fazem. Além disso, dois nomes da mesma pessoa, como “Cícero” e “Túlio,” podem muito bem ter a mesma descrição indefinida como apoio e, quando isso ocorre, nenhuma teoria russelliana consegue explicar por que razão não podem ser substituídos em contextos de crença (Kripke 1972: 80 ss., 1979 b: 246-7). Mais em geral, não é preciso muito para conseguir referir uma pessoa. Keith Donnellan (1970) oferece um exemplo no qual uma criança que foi para a cama dormir é momentaneamente acordada pelos pais. Com eles está o Tomás, um velho amigo da família que veio de visita e queria ver a criança. Os pais dizem “Este é o nosso amigo Tomás,” Tomás diz “Olá, rapazinho!” e o episódio fica-se por aqui; a criança mal acordou. Pela manhã, a criança acorda com uma vaga memória de que o Tomás é simpático. Mas não tem qualquer material descritivo associado ao nome “Tomás”; pode nem se lembrar que o Tomás foi a pessoa que conheceu meio acordado de noite. Contudo, argumento Donnellan, isso não o impede de conseguir referir o Tomás; há uma pessoa que a criança diz que é simpática e essa pessoa é o Tomás.
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OBJECÇÃO 7 Russell queria enfaticamente que a sua teoria se aplicasse a nomes ficcionais como “Hamlet” e “Sherlock Holmes” e “o almoço gratuito.” Então, se a tese dos nomes estiver correcta, qualquer frase que contenha um nome ficcional numa posição “primária” ou de âmbito longo será falsa. Por exemplo, 15) Sherlock Holmes viveu no número 221B da Rua Baker
será falsa porque é supostamente equivalente a 16) Uma e uma só pessoa foi [isto, existe exactamente uma pessoa que foi] um detective famoso que… [etc.] e quem foi um detective famoso que… [etc.] viveu no número 221B da Rua Baker,
e 16 é falsa (pois essa pessoa nunca existiu de facto). Mas algumas frases ficcionais, como a própria 15 e “Hamlet era dinamarquês,” são verdadeiras, ou pelo menos não são falsas. Russell não ficaria muito persuadido por este argumento, dado não ter qualquer inclinação para dizer que é verdade, em vez de meramente “verdade faz-de-conta” ou “verdade na ficção,” que Holmes vivia na Rua Baker, ou qualquer outro exemplo. (Note-se bem: se fosse verdade que Holmes viveu na Rua Baker, então seria uma verdade sobre a Rua Baker, um lugar real até hoje, que teve Holmes como seu residente. Além disso, se tais frases fossem verdadeiras apenas em virtude de alguém as ter escrito em livros ou histórias populares, então seria igualmente verdade que Holmes existiu, que Hamlet existiu, etc., dado que as pessoas também dizem essas coisas em livros e histórias; estranhamente, este aspecto passa muitas vezes despercebido.) Contudo, algumas pessoas querem insistir que as frases ficcionais são literalmente destituídas de valor de verdade e não falsas; se o leitor simpatizar com esta posição, quererá defender uma teoria kripkiana dos nomes
ficcionais e não a de Russell (Kripke 1972: 156-8). Donnellan (1974) defende pormenorizadamente uma teoria assim. Kripke tem uma objecção mais, e mais fundamental, à teoria descritivista, mas exige um pouco de maquinaria técnica. Precisaremos dessa maquinaria outra vez, de qualquer maneira. Desenvolvê-la-ei no próximo capítulo.
Sumário
Os quatro quebra-cabeças lógicos sobre a referência surgem tão insistentemente nos nomes comuns como anteriormente nas descrições definidas.
Frege ofereceu soluções em termos do que chamava “sentidos,” mas as soluções não são realmente explicativas.
Em resposta, Russell alargou a sua teoria das descrições defendendo a tese dos nomes.
Mas a tese dos nomes enfrenta pelo menos duas objecções poderosas.
Searle oferece uma versão mais flexível da teoria descritivista, a teoria dos aglomerados, que evita as objecções iniciais.
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Mas Kripke arregimenta chusmas de objecções complementares que se aplicam conta tanta tenacidade à perspectiva de Searle quanto à teoria mais estrita de Russell.
Questões 1. Serão as soluções de Frege para os quebra-cabeças realmente soluções, afinal? O que explicam, na ausência do pressuposto de que os “sentidos” tomam a forma de descrições? 2. Suponha-se que o leitor rejeita a tese dos nomes. Como poderia então resolver os quatro quebracabeças, com respeito aos nomes? 3. Responda em nome de Russell a uma ou mais das duas primeiras objecções; ou invente novas objecções. 4. A teoria dos aglomerados de Searle evita realmente as objecções 1 e 2, coisa que a versão mais estrita do descritivismo de Russell não conseguia fazer? 5. Consegue conceber uma objecção à teoria de Searle que não se aplique à teoria original de Russell? 6. Pode Russell refutar qualquer das objecções 3-7 de Kripke? Mesmo que Russell não possa fazê-lo, poderá Searle?
Leitura complementar
A tese dos nomes de Russell é defendida de modo mais acessível em “The Philosophy of Logical Atomism” (1918).
Para algumas críticas à tese dos nomes semelhantes às de Kripke, veja-se Donnellan (1970).
Searle (1979ª) trata da questão dos nomes ficcionais n o capítulo 3. Responde a algumas objecções de Kripke no capítulo 9 de Searle (1983). Mais em geral, há uma bibliografia imensa sobre nomes ficcionais; veja-se, por exemplo, Everett e Hofweber (2000), Braun (2005) e as referências aí incluídas.
Burge (1973), Loar (1976), Bach (1987) e outros têm defendido géneros mais específicos da teoria descritivista contra Kripke, versões qu e evitam algumas das objecções.
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Verificacionismo
Sinopse Segundo a teoria verificacionista, uma frase é dotada de significado se, e só se, a sua verdade faria alguma diferença no decurso da nossa experiência futura; uma frase ou “frase” inverificável pela experiência é destituída de significado. Mais especificamente, o significado particular de uma frase é a sua condição de verificação, o conjunto de experiências possíveis da parte de alguém que tenderiam a mostrar que a frase era verdadeira. A teoria enfrenta várias objecções: declara que várias frases claramente dotadas de significado são destituídas de significado, e vice-versa; atribui significados errados a frases que considera dotadas de significado; e tem alguns pressupostos dúbios. Mas a pior objecção é que, como Duhem e Quine argumentaram, as frases individuais não têm por si mesmas condições de verificação próprias. Quine admitiu essa desgraça e inferiu que as frases individuais não têm significados; segundo ele, não há significado frásico. Quine atacou também a perspectiva anteriormente muito difundida de que algumas frases são “analíticas” no sentido de serem verdadeiras por definição ou somente em virtude dos significados dos seus termos componentes.
A teoria e a sua motivação A teoria verificacionista do significado, que floresceu nos anos trinta e quarenta do séc. XX, era muitíssimo política. Era motivada, e reciprocamente ajudou a motivar, um empirismo e cientismo crescente na filosofia e noutras disciplinas. Em particular, era o motor que conduzia o movimento filosófico do positivismo lógico, que era correctamente encarado por filósofos da moral, poetas, teólogos e muitos outros como um ataque directo aos fundamentos dos seus respectivos labores. Ao contrário da maior parte das teorias filosóficas, tinha também um grande número de efeitos poderosos na prática efectiva da ciência, tanto bons quanto maus. Mas aqui examinaremos o verificacionismo simplesmente como mais uma teoria do significado linguístico. Como dizia um popular lema positivista, uma diferença tem de fazer diferença. Ou seja, se um pedaço de linguagem é supostamente dotado de significado de todo em todo, então tem de fazer algum tipo de diferença para o pensamento e para a acção. E os positivistas tinham uma ideia muito específica sobre que tipo de diferença tinha o dever de fazer: o pedaço de linguagem devia ser relevante, especificamente, para o curso da nossa experiência futura. Se alguém profere o que parece uma frase, mas não temos ideia de
P á g i n a | 117 como a verdade dessa frase afectaria o futuro de um modo detectável, então em que sentido podemos dizer que é contudo uma frase dotada de significado para nós? Os positivistas faziam esta pergunta de retórica como um desafio. Suponha-se que escrevo no quadro uma linha de algo que parece uma algaraviada e assiro que o que escrevi é uma frase dotada de significado na linguagem de alguém. Você pergunta-me o que acontecerá consoante o que escrevi for verdadeiro ou falso. E eu digo: “Nada; o mundo continuará na mesma, seja esta frase verdadeira, seja falsa.” Então você deve ficar com muitas suspeitas quanto à minha afirmação de que esta algaraviada aparente realmente quer dizer algo. Com menos dramatismo, se você ouvir alguém pronunciar algo numa língua estrangeira, presume que quer dizer algo, mas não tem ideia do que seja; isto é porque não sabe o que mostraria que essa frase é verdadeira ou falsa. Os positivistas estavam preocupados com a propriedade básica de ser dotado de significado porque suspeitavam que muito do que passava por elocuções dotadas de significado nas obras dos Grandes Filósofos Mortos não eram de facto (nem sequer) dotadas de significado, quanto mais verdadeiras. Assim, o seu princípio verificacionista era sobretudo notavelmente usado como critério que distinguia o que tinha significado do que não o tinha: uma frase contava como dotada de significado se, e só se, havia um conjunto de experiências possíveis da parte de alguém que tenderiam a mostrar que a frase era verdadeira; chame-se a este conjunto a condição de verificação da frase. (Uma frase tem também uma condição de falsificação, o conjunto de experiências possíveis que tenderiam a mostrar que é falsa.) Se, ao examinar uma frase proposta, não se conseguisse encontrar tal conjunto de experiências, a frase reprovaria o teste e revelar-se-ia destituída de significado, por mais apropriada que fosse a sua gramática de superfície. (Exemplos clássicos de alegadas reprovações incluem: “Tudo [incluindo todas as fitas métricas e outros dispositivos de medida] acabou de ficar com o dobro do tamanho.” Criação das onze horas: “Todo o universo físico começou a existir há apenas cinco minutos, juntamente com todas as memórias ostensivas e registos históricos.” Cepticismo do génio maligno: “Estamos constante e sistematicamente a ser enganados por um génio maligno poderoso que nos provoca experiências especiosas.”)1 1
Estes são exemplos de hipóteses cépticas de um tipo que toda a tradição filosófica levou a sério; os positivistas tinham de se esforçar muito para mostrar que estas “hipóteses” eram destituídas de significado apesar de as frases parecerem perfeitamente dotadas de significado à primeira vista. Os positivistas tinham menos paciência e menos problemas com o idealismo hegeliano dos finais do séc. XIX, patente em “O Absoluto é perfeito,” e com o existencialismo heideggeriano, patente em “O Nada nadifica” (“ Das Nichts nichtet”). Recebi uma vez uma brochura que publicitava um livro novo de filosofia. A brochura tinha uma lista demarcada das características especiais do livro. E um dos itens era: “Onze novas maneiras de a negação se negar a si mesma.” Juro que não estou a inventar.
P á g i n a | 118 Mas os verificacionistas não se restringiam ao sem significado em si. A teoria assumia também uma forma mais específica, antecipada por C. S. Peirce (1878). Ocupava-se dos significados individuais das frases particulares, e identificava o significado de cada frase com a condição de verificação dessa frase. Assim, a teoria tinha um uso prático como teste efectivo do que uma frase individual realmente quer dizer; prevê o conteúdo proposicional particular da frase. Esta é uma virtude importante, que nem todas as suas rivais têm. (A teoria proposicional ingénua nada diz sobre como se associa uma proposição particular a uma dada frase.) Pretendia-se que a teoria verificacionista fosse usada, e tem sido usada — mesmo por pessoas que não a aceitam completamente —, como um instrumento clarificador. Quando você se confrontar com uma frase que presume ser dotada de significado mas que não compreende completamente, pergunte-se o que tenderia a mostrar que a frase é verdadeira ou falsa. A teoria verificacionista é assim uma explicação epistémica do significado; ou seja, localiza o significado nas nossas maneiras de vir a saber ou a descobrir coisas. Para um verificacionista, o significado de uma frase é a sua epistemologia, é uma questão saber qual é a sua base indiciária apropriada. (Numa interpretação, a teoria inferencial do significado, ou teoria funcional sellarsiana, mencionada no capítulo 6, é verificacionista, dado que as regras de inferência de Sellars são dispositivos epistémicos.) Os positivistas permitiam a existência de uma classe especial de frases que não têm conteúdo empírico mas são todavia dotadas de significado de algum modo: estas são as frases que são, digamos, verdadeiras por definição, verdadeiras unicamente em virtude dos significados dos termos que as compõem. “Nenhum solteiro é casado”; “Se está a nevar, está a nevar”; “Cinco lápis são mais lápis do que dois lápis.” As frases como estas não fazem previsões empíricas, segundo os positivistas, porque são verdadeiras seja o que for que aconteça no mundo. Mas são dotadas de um certo género de significado porque são verdadeiras; a sua verdade, por mais trivial, é garantida pelos significados colectivos das palavras que ocorrem nelas. Chama-se analíticas a tais frases. O verificacionismo é uma perspectiva atraente que foi fervorosamente sustentada por muitas pessoas. Mas, como qualquer outra teoria do significado, tem os seus problemas.
Algumas objecções Os positivistas nunca chegaram a uma formulação do princípio da verificação que fosse satisfatório, nem mesmo para eles; nunca conseguiram que se ajustasse apenas às sequências de palavras que queriam. Toda a formulação precisa revelava-se demasiado forte ou demasiado fraca num ou outro aspecto (veja-se Hempel 1950). Há também um problema metodológico: para testar propostas de formulações os positivistas tinham de apelar a casos claros de ambos os tipos; isto é, de sequências de palavras dotadas de significado e
P á g i n a | 119 de sequências destituídas de significado. Mas isto pressupõe já que há sequências de palavras que são literalmente destituídas de significado apesar de estarem gramaticalmente bem formadas e apesar de serem compostas de palavras dotadas de significado; e isso é, se pensarmos bem, uma tese muito audaciosa. Estes problemas não constituem objecções de princípio ao verificacionismo, mas sugerem dois outros que o são.
OBJECÇÃO 1 Wittgenstein queixava-se que a teoria verificacionista é mais uma tentativa monolítica de chegar à “essência” da linguagem, e todas essas tentativas estão condenadas a falhar. Mas em particular, e menos dogmaticamente, a teoria aplica-se apenas ao que os positivistas chamavam linguagem descritiva, factual. Mas a linguagem descritiva ou factual é apenas um tipo de linguagem; também fazemos perguntas, damos ordens, escrevemos poemas, dizemos piadas, executamos cerimónias de vários tipos, e assim por diante. Presumivelmente, uma teoria adequada do significado deveria aplicar-se a todos esses usos da linguagem, dado que em qualquer sentido comum do termo todos são usos dotados de significado; mas é difícil ver como a teoria verificacionista se poderia alargar de modo a abrangê-los. RESPOSTA
Os positivistas reconheciam que se ocupavam do significado apenas num sentido restrito; chamavam-lhe sentido “cognitivo.” Ser “cognitivamente” dotado de significado é aproximadamente ser uma afirmação de facto. Perguntas, ordens e linhas de poesia não são afirmações factuais ou descritivas nesse sentido, apesar de terem funções linguísticas importantes e de serem “dotadas de significado” no sentido comum, opondo-se a algaraviadas. A restrição ao significado “cognitivo” não era problemática para os propósitos metafísicos e anti-metafísicos positivistas mais latos, mas do nosso ponto de vista, a elucidação do significado linguístico em geral, é prejudicial. Uma teoria do significado no nosso sentido tem por missão explicar todos os factos do significado, e não apenas os respeitantes à linguagem factual. Além disso, a retirada para o significado “cognitivo” em nada ajuda a responder à objecção 2.
OBJECÇÃO 2 Como salientámos, os positivistas trabalhavam com ideias admitidamente preconceituosas sobre que sequências de palavras são ou não dotadas de significado, tentando excluir as que são intuitivamente destituídas de significado e incluir as que são obviamente dotadas de significado. Mas não eram apenas os positivistas que tinham ideias preconceituosas
P á g i n a | 120 sobre que sequências de palavras são dotadas de significado. Suponha-se que olhamos para uma dada sequência de palavras e perguntamos se é ou não verificável e, em caso afirmativo, o que a verificaria. Para o fazer, temos de saber já o que a frase diz; como poderíamos saber se é verificável ou não a menos que soubéssemos o que diz? Para determinar como se verifica a presença de um vírus, digamos, temos de saber o que são vírus e onde, em geral, se encontram; assim, parece que temos de compreender o discurso acerca de vírus para verificar afirmações sobre vírus, e não o contrário. Mas se já sabemos o que a nossa frase diz, então há algo que ela diz. E, nessa medida, já é dotada de significado. Assim, a questão da verificabilidade e das condições de verificação é conceptualmente posterior a saber o que a frase significa; parece que temos de saber o que a frase significa para saber como verificá-la.2 Mas isto é precisamente o oposto do que diz a teoria verificacionista. Um aspecto relacionado é haver uma diferença flagrante entre as frases que os positivistas queriam excluir por serem destituídas de significado (“Tudo acabou de ficar com o dobro do tamanho,” “Todo o universo físico começou a existir há apenas cinco minutos”) e os casos paradigmáticos de sequências destituídas de significado do género ilustrado no capítulo 1: algaraviadas (“w gfjsdkhj jiobfglglf ud”) ou apenas saladas de palavras (“Bom de fora pedante o um um porquê”). Certamente que as primeiras sequências não são destituídas de significado da mesma maneira drástica e óbvia que estas últimas. Seja o que for que possa haver de errado com elas de um ponto de vista epistemológico, não são meras algaraviadas. RESPOSTA
O verificacionista tem de apresentar alguma diferença entre os dois tipos de sequência, sem admitir que as sequências do primeiro tipo são afinal dotadas de significado. Eis uma jogada possível. As sequências do primeiro tipo são feitas de palavras portuguesas habituais e, por serem gramaticais de um ponto de vista sintáctico superficial, há uma espécie de ilusão de compreensão. Dado que são sequências de palavras de um tipo que muitas vezes dizem e significam algo, produzem em nós um sentimento de familiaridade. Temos a impressão de que sabemos o que dizem. E num sentido fraco sabemos: podemos analisálas gramaticalmente, e compreendemos cada uma das palavras que nelas ocorrem. Mas daqui não se segue que estas sequências de palavras significam de facto algo tomadas em conjunto. 2
Claro que há graus de compreensão. Podemos não compreender um termo completamente. (Sabe o que é exactamente um eixo de cames? E quanto a um acelerador linear?) Mas para compreender uma frase, mesmo apenas em parte, temos de ter alguma ideia do que a frase diz. Todavia, uma vez mais, isso implica que já há algo que a frase diz antes de se determinar seja o que for quanto às suas condições de verificação.
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OBJECÇÃO 3 A teoria verificacionista conduz a uma metafísica má ou pelo menos altamente controversa. Recorde-se que uma condição de verificação é um conjunto de experiências. Os positivistas queriam que tais experiências verificadoras fossem descritas num tipo de linguagem uniforme chamada “Linguagem observacional.” Suponha-se que a nossa “linguagem observacional” se restringe ao vocabulário de impressões sensoriais subjectivas, como em “Agora parece que estou a ver uma coisa cor-de-rosa com a forma de um coelho à minha frente.” Então segue-se do verificacionismo que qualquer afirmação dotada de significado que eu consiga fazer só pode em última análise ser acerca das minhas próprias impressões sensoriais; se o solipsismo for falso, eu não posso dizer que o é numa linguagem dotada de significado. Nem eu, nem ninguém. Mesmo que em vez disso tornemos a nossa noção de “observação” mais flexível, incluindo o que Hempel (1950) chamava as “características directamente observáveis” de objectos comuns, continua a ser verdade que o verificacionismo reduz o significado de uma frase ao tipo de indícios observacionais que podemos ter a favor dessa frase, e nada mais. Por exemplo, somos conduzidos a uma perspectiva grotescamente revisionista quanto aos objectos científicos — a perspectiva instrumentalista de que as afirmações científicas sobre electrões, traços de memória, outras galáxias e coisas parecidas são meramente abreviações de conjuntos complexos de frases sobre os nossos próprios dados laboratoriais. Qual é a condição de verificação de uma frase sobre um electrão? Claro que é algo macroscópico, algo sobre leituras num aparelho de medição ou traços de vapor numa câmara Wilson de vapores ultra-saturados ou padrões de dispersão num tubo catódico ou algo desse género. É observável a olho nu aqui e agora. Devemos realmente acreditar que quando falamos de partículas subatómicas não estamos realmente a falar de partículas pequenas — partículas tão pequenas que não podem ser observadas — mas antes de leituras num aparelho de medição, traços de vapor, e coisas do género? (Os próprios positivistas não consideravam que este instrumentalismo fosse grotesco: pensavam que era uma verdade importante. Mas eu penso que é grotesco.) E quando nos voltamos para questões sobre a mente humana, descobrimos que emerge imediatamente uma versão muito forte de comportamentalismo: as afirmações sobre as mentes das pessoas são meramente abreviaturas de afirmações sobre o seu comportamento aberto. Pois o único género de indícios observacionais que tenho quanto aos seus pensamentos e sentimentos mais privados é o seu comportamento que vejo e oiço. Se formos verificacionistas, a filosofia da mente está feita e acabada. Talvez uma ou mais das teorias anteriores, que para mim são indesejáveis, seja verdadeira. Talvez todas sejam verdadeiras. Mas o que está em causa é que a nossa teoria do significado linguístico não deve mostrar num só passo que o são. A metafísica não deve ser resolvida por uma teoria da linguagem, pois a linguagem é apenas uma adaptação tar-
P á g i n a | 122 dia que se encontra numa espécie de primatas. (Talvez nem seja uma adaptação, mas antes um pliotropismo; isto é, um mero subproduto de outros traços que são em si adaptativos.)
OBJECÇÃO 4 Como se aplica o princípio verificacionista a si mesmo? Ou é empiricamente verificável ou não. Suponha-se que não é verificável. Então ou é apenas destituído de significado ou é uma verdade “analítica” vácua ou definicional. Pelo menos um positivista (já não me lembro qual) abraçava galantemente a ideia de que o princípio é apenas destituído de significado, uma escada a deitar fora depois de termos subido por ela. Alguns positivistas adoptavam a linha de que o princípio era uma definição estipulativa útil da palavra “significado,” para fins técnicos. Hempel (1950) chamava “proposta” ao princípio, não sendo assim verdadeira nem falsa, apesar de estar sujeita a várias exigências e restrições racionais, não sendo portanto simplesmente arbitrária. Claro, qualquer filósofo pode estipular qualquer coisa a qualquer momento; mas como poderia isso ajudar quem procura uma teoria do significado (em si), credível e na verdade correcta? As estipulações têm os seus usos mas, quando estamos a tentar chegar a uma teoria filosófica adequada de um fenómeno pré-existente, uma estipulação não é uma grande ajuda. Suponho que alguns positivistas pensam que o princípio era uma definição fiel, correcta, que capta o significado anterior de “significado.” O problema dessa ideia é não sabermos que indícios especificamente semânticos exibiriam a correcção da definição. Os positivistas não sujeitaram certamente o termo “significado” ao género de análise que Russell dedicou à palavra “o”; e nem as pessoas comuns nem os filósofos que não são positivistas partilhavam quaisquer juízos intuitivos compatíveis com o princípio verificacionista. Não parece analítico, como “Nenhum solteiro é casado”; duvido que qualquer pessoa que compreenda o que a palavra “significado” significa e o que “verificar” significa saiba que ser dotado de significado é apenas ser verificável e que o significado de uma frase é a sua condição de verificação. Suponha-se que o princípio é tido como empiricamente verificável. Isto é, presumase que será supostamente confirmado pelas nossas experiências de frases, dos seus significados e das suas condições de verificação, e suponha-se que se descobriu que o significado se alinha com a condição de verificação. Mas (como na objecção 1) isso pressupõe que podemos reconhecer os significados das frases independentemente de lhes atribuirmos condições de verificação. E não é claro o que deve contar como dados “empíricos” no qual o princípio deverá basear-se. Resultados de inquéritos de rua? Definições de dicionário? (Isso, nunca.) As nossas próprias “intuições” linguísticas? (Acresce que o próprio significado do princípio verificacionista coincidiria então, pelo próprio princípio, com a sua própria
P á g i n a | 123 condição de verificação, o conjunto de experiências como que de significados coincidindo com condições de verificação; isto é um enleio desagradável, mas não tenho a certeza se é vicioso, em última análise.) Em qualquer caso, o problema da auto-aplicação é real, e não apenas um truque superficial.3
OBJECÇÃO 5 Erwin (1970) oferece um argumento para mostrar que toda a afirmação é verificável, trivialmente e praticamente da mesma maneira. Suponha-se que nos apresentam uma máquina esquisita que se revela uma maravilhosa máquina de previsão. Nomeadamente, quando se codifica uma frase declarativa num cartão e o inserimos numa abertura da máquina, esta faz um zunido e um ruído surdo e surge a palavra “VERDADEIRO” ou “FALSO”; além disso, tanto quanto conseguimos aferir, a máquina está milagrosamente sempre certa.
Considere-se agora uma sequência de palavras arbitrariamente escolhida, S. O seguinte conjunto de experiências seria suficiente para elevar drasticamente a probabilidade de S: 1. Codificamos S num cartão. 2. Introduzimos o cartão na nossa máquina. 3. Na máquina surge a palavra “VERDADEIRO”.
(E recorde-se que a máquina nunca se enganou.) Assim, há um conjunto possível de experiências que confirmariam S, ainda que S seja intuitivamente uma algaraviada. E a condição de verificação particular da própria S seria que, quando é codificada e introduzida na máquina, a máquina responde “VERDADEIRO.” Assim, a teoria verificacionista fica trivializada, dado que qualquer sequência de palavras é verificável, e atribui os significados errados a frases particulares (porque pouquíssimas frases querem dizer algo acerca de cartões que são introduzidos em máquinas infernais.) Há algo de errado com este argumento. Mas descobri que é muitíssimo difícil dizer exactamente o que há de errado.
3
O verificacionismo cortejou o que o falecido David Stove (1991) chamava o “efeito de Ismael,” o fenómeno de uma teoria filosófica fazer de si mesma a única excepção. (A referência é ao Moby Dick: “E só eu escapei para vos contar”; na verdade, isto é em si uma citação de Job 1:15.) Por exemplo: “Tudo o que podemos saber é que não podemos saber coisa alguma.” “O único pecado moral é a intolerância.” “Absolutamente tudo é relativo.”
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OBJECÇÃO 6 Qualquer versão do princípio verificacionista tem de pressupor uma “linguagem observacional” na qual se descrevam as experiências; consequentemente, tem de sancionar uma distinção firme entre termos “observacionais” e (correlativamente) “teóricos.” Como mencionei, alguns positivistas restringiam a sua linguagem observacional a afirmações sobre as impressões sensoriais privadas e subjectivas das pessoas. Mas isso não respondia aos propósitos da ciência intersubjectiva testável, de modo que a maior parte dos subjectivistas juntaram-se a Hempel (1950), apelando às “características directamente observáveis” dos objectos comuns. Isto tem dois problemas. Primeiro, a noção de “observação directa” é controversa, e parece totalmente relativa à tecnologia e também aos interesses e projectos. Uma observação visual é “directa” quando estamos a usar óculos? E se estivermos a usar uma lupa? E se observarmos por um microscópio, com um ou outro grau de ampliação? E que dizer do microscópio electrónico? Segundo, as “observações,” e as afirmações formuladas na “linguagem observacional,” estão impregnadas de teoria, pelo menos em parte; o que conta como uma observação e o que conta como observado e o modo como se descreve um “dado” — tudo isto é determinado em parte pelas próprias teorias que estão em questão. Estes dois problemas são questões espinhosas na filosofia da ciência; só as menciono de passagem.4 Mas ajudam a dar forma a uma objecção muito mais profunda ao verificacionismo.
A grande objecção OBJECÇÃO 7 Na esteira de Pierre Duhem (1906), W. v. Quine (1953, 1960) argumenta que nenhuma frase individual tem uma condição de verificação distinta, excepto relativamente a uma massa de teoria de fundo contra a qual a testagem “observacional” tem lugar. Há uma ideia ingénua que muitas pessoas têm sobre a ciência. É a ideia de que se formula uma hipótese científica que depois testamos fazendo uma experimentação, e a experimentação mostra, só por si, se a hipótese é correcta. Duhem salientou que na história do universo nunca houve uma experimentação que tenha podido só por si verificar ou falsificar uma hipótese. A razão é que há sempre demasiados pressupostos auxiliares que se tem de aceitar para fazer a hipótese contactar com o aparato experimental. As hipóteses por vezes são realmente infirmadas — completamente refutadas, se quisermos — mas 4
Veja-se Achinstein (1965) e Churchland (1988). Mas quanto ao segundo aspecto tem havido alguma discordância, como Fodor (1988).
P á g i n a | 125 isso é só porque os cientistas envolvidos mantêm inalterados outros pressupostos que são disputáveis e que até podem ser perfeitamente falsos. Suponha-se que estamos a f azer um estudo astronómico, e que estamos a verificar e a refutar coisas fazendo observações através de complicados telescópios. Ao usar tais telescópios estamos a pressupor praticamente toda a teoria óptica, e muitas mais coisas. Surpreendentemente, o que Duhem disse aplica-se também à vida quotidiana. Tome-se uma qualquer frase comum sobre um objecto físico, como “Está uma cadeira à cabeça da mesa.” Qual é a sua condição de verificação? Uma primeira coisa a notar é que “o” conjunto de experiências que confirmariam essa frase é de certo modo condicional, dependendo do nosso ponto de vista hipotético. Podemos tentar algo assim: se entrarmos na sala vindos da direcção desta porta, teremos experiência de uma cadeira à cabeça da mesa. Mas mesmo isto depende. Depende de termos os olhos abertos, e depende de o nosso aparato sensorial estar a funcionar apropriadamente, e depende de as luzes estarem ligadas, e… Estas restrições não parecem chegar ao fim. Se tentarmos inserir as reservas apropriadas (“Se entrarmos na sala, e tivermos os olhos abertos, e o nosso aparato sensorial estiver a funcionar,…”), surgem mais restrições: caminhamos de frente ou de costas? Há algo interposto entre nós e a cadeira? A cadeira foi disfarçada? Os marcianos tornaramna invisível? Terá o nosso cérebro sido alterado por uma emissão inesperada de raios Q vindos do céu? E podemos continuar nisto durante dias. A moral da história é que o que tomamos como “a” condição de verificação de uma dada afirmação empírica pressupõe um pano de fundo gigantesco de pressupostos auxiliares preestabelecidos. Estes pressupostos são de hábito perfeitamente razoáveis, e não os fazemos por acaso. Mas uma “condição de verificação” particular só está associada com uma dada frase se escolhermos admitir tais pressupostos, e quase qualquer um deles pode falhar. Intrinsecamente, a frase não tem qualquer condição de verificação determinada. Isto é (no mínimo) embaraçoso para uma teoria que identifica o significado de uma frase com a sua condição de verificação. Mas, como veremos, a questão não acaba aqui.
DUAS QUESTÕES QUINIANAS Nos anos cinquenta e sessenta do séc. XX, W. v. Quine levantou dois desafios à filosofia da linguagem dos positivistas. Primeiro, atacou a noção de analiticidade (Quine 1953, 1960); isto é, atacou a tese de que algumas frases são verdadeiras inteiramente em virtude do seu significado e não por causa de qualquer contribuição do mundo extralinguístico. Quine apresenta vários argumentos contra a analiticidade. Alguns não são convincentes. Outros são melhores, e fizeram de “analítico” uma palavra feia desde então, ou pelo menos até um ressurgimento recente. Não farei uma lista; darei apenas uma ideia geral do que penso ser fundamental no repúdio de Quine da analiticidade.
P á g i n a | 126 Quine partilha e sustenta a inclinação epistemológica dos positivistas, e pensa que se o significado linguístico for alguma coisa, terá de ser uma função da base indiciária. Mas a sua epistemologia difere da dos positivistas por ser holista. Há frases individuais que consideramos verdadeiras e outras que rejeitamos por serem falsas, mas em cada caso a base da nossa crença é uma questão, complexa, de relações indiciárias que a nossa frase mantém com muitas outras frases. Sempre que parece que é necessário rever crenças, podemos escolher entre muitíssimas crenças que podemos abandonar para manter um sistema adequadamente coerente (recorde-se a questão de Duhem). E nenhuma crença está completamente imune à revisão, nenhuma frase há que não poderia ser rejeitada sob a pressão de indícios empíricos juntamente com uma preocupação com a coerência geral. Mesmo verdades aparentes da lógica, como as verdades da forma “Ou P ou não P,” poderiam ser abandonadas à luz de fenómenos adequadamente bizarros da mecânica quântica. Mas uma frase analítica seria por definição inteiramente insensível aos dados do mundo, e portanto imune à revisão. Logo, não há frases analíticas. Pode parecer que em termos práticos não é muito relevante haver ou não frases que ocupem a pitoresca categoria filosófica do “analítico.” Mas a rejeição de Quine da analiticidade tem realmente uma pequena repercussão interessante. Suponha-se que duas frases portuguesas, F 1 e F 2, são precisamente sinónimas. Então, a frase condicional “Se F 1, então F 2” deveria ser analítica, pois tem como conteúdo “Se [este estado de coisas], então [este mesmo estado de coisas],” que dificilmente poderia ser falsificado por qualquer desenvolvimento empírico. Logo, se não há frases analíticas, nenhumas duas frases portuguesas são precisamente sinónimas, nem sequer “A mãe de Kant era uma mulher” e “A mãe de Kant era um ser humano do sexo feminino.”5 As coisas ficam ainda piores. Eis o segundo desafio que Quine lança aos positivistas e praticamente, na verdade, a toda a gente. Não se trata apenas de não haver frases analíticas, nem de não haver frases sinónimas. O que se passa é que o significado é coisa que não existe. Quine começa por negar os nossos “factos do significado,” e insiste num eliminativismo ou niilismo quanto ao significado, na forma da sua doutrina da “indeterminação da tradução.” Quine apresentou também aqui vários argumentos, alguns mais convincentes do que outros. Um deles (de Quine 1969) pode ser formulado com grande simplicidade: as frases individuais não têm condições de verificação. Mas, se uma frase tivesse qualquer significado, seria uma condição de verificação. Logo, as frases individuais não têm qualquer significado de todo em todo. É assim que Quine salva o verificacionismo da objecção 5. Mas este é um salto desesperado, dado salvar a povoação destruindo-a, eliminando sim5
Na verdade, um bom quiniano consumado não deveria aceitar este argumento. Porquê? (Pista: veja o parágrafo anterior.)
P á g i n a | 127 plesmente o significado e os próprios factos do significado. O problema com o argumento, é claro, está na justificação da segunda premissa; se as frases não têm condições de verificação, porquê continuar a aceitar o verificacionismo quando há tantas outras teorias do significado à nossa disposição? Um argumento mais conhecido começa com a hipótese de um linguista de campo a investigar uma linguagem nativa alienígena a partir do zero, tentando construir um “manual de tradução” ou um dicionário de nativo-português. Quine argumenta que a totalidade dos indícios disponíveis ao linguista não determinam qualquer um manual de tradução; muitos manuais mutuamente incompatíveis são inteiramente consistentes com esses indícios. Além disso, a subdeterminação neste caso não é apenas a subdeterminação normal das teorias científicas face aos indícios nos quais se baseiam. É radical: nem sequer a totalidade dos factos do mundo é suficiente para vindicar um dos manuais rivais de tradução contra os outros. Logo, nenhuma tradução é correcta à exclusão das suas traduções rivais. Mas se as frases tivessem significados, teriam traduções correctas, nomeadamente as traduções que preservassem os seus significados efectivos. Logo, as frases não têm significados. O problema aqui é justificar a premissa de que nem sequer a totalidade dos factos físicos do mundo determina a correcção de um dos manuais de tradução rivais. A defesa dessa premissa permanece obscura.
Sumário
Segundo a teoria verificacionista, uma frase é dotada de significado se, e só se, caso fosse verdadeira isso faria alguma diferença no decurso da nossa experiência futura; e o significado particular de uma frase é a sua condição de verificação, o conjunto de experiências possíveis que tenderiam a mostrar que essa frase era verdadeira. A teoria enfrenta várias objecções de médio porte. Mas a objecção mais forte é que, como Duhem e Quine argumentaram, as frases individuais não têm condições de verificação distintas por si mesmas. Quine atacou a perspectiva de que há frases “analíticas,” frases verdadeiras somente em virtude dos seus significados. Da posição de Duhem Quine inferiu a tese radical de que as frases individuais não têm significados; o significado frásico é coisa que não existe.
Questões 1. 2. 3. 4.
Responda em nome do verificacionista a uma das objecções 1-6. Tente enfrentar a objecção 7. Tem alguma crítica complementar a fazer à teoria verificacionista? Discuta o ataque de Quine à analiticidade, ou a sua defesa da indeterminação do significado. (São necessárias leituras externas para qualquer destas questões.)
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Leitura complementar
Ayer (1946) é um clássico e/mas é uma exposição e defesa muito acessíveis do verificacionismo. Alguns artigos anti-verificacionistas influentes, além de Quine, foram Waismann (1965 b) e vários artigos coligidos de Hilary Putnam (1975 b), especialmente “Dreaming and “Depth Grammar”.” A doutrina de Quine da indeterminação da tradução abrangeu uma vasta bibliografia tóxica. Para uma perspectiva da doutrina e da bibliografia inicial veja-se Lycan (1984: cap. 9) (estava à espera que eu recomendasse a perspectiva de outros? ); veja-se também Bar-On (1992). Os anos setenta e oitenta do séc. XX viram a eclosão do neoverificacionismo, em grande medida devido aos escritos de Michael Dummett reunidos no seu livro de 1978. Para um ataque excessivamente simplificado a Dummett, mas muito claro, v eja-se Devitt (1983).
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Teorias das condições de verdade: o programa de Davidson
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! " # $ % & ( 139 *145+4+5& ,* *J<5*11=*1 #*5& *145+4+5&1 1+3L&8*%4*1 O7G56+/&1 8-6- &1 ,& /G#$8&P * 8+L& 8-6<-%*%4* 45&%17-56&8$-%&/ <5-,+A 0&5$&:=*1 <-54+#+*1&1 1-35* *11&1 *145+4+5&1 1+3L&D 8*%4*1C .&,- ?+* &1 45&%17-56&:=*1 <5*1*50&6 - 1$#%$7$8&,- -+2 *6 4*56-1 6&$1 5*145$4-12 ,&,- ?+* &1 45&%17-56&:=*1 <5*1*50&6 <5-<5$*,&,*1 ,& verdade, <-,*6-1 *%4;- 0*5 8-6&1 75&1*1 <-54+#+*1&1 4F6 -1 1*+1 1$#%$7$8&,-1C o-6*&,&6*%4*2 4F6 1$#%$7$8&,-1 *6 0$54+D ,* ,* 4*5*6 8-%,$:=*1 ,* 0*5,&,*2 * 4F6 8-%,$:=*1 ,* 0*5,&,* *6 0$54+,* ,* ,*5$0&5*6 <-5 45&%17-56&:;- ,* 7G56+/&1 ,* +6 1$14*6& ,* %-4&:;- &%"/-#- &- ,& /G#$8& 8+L& 0*5,&D ,* 7-$ *J$8$4&6*%4* ,*7$%$,&C K1 75&1*1 1$%G%$6&1 1;- 0&5$&:=*1 45&%17-56&8$-%&$1 ,* 8&,& +6&I &1 75&1*1 &63B#+&1 1;- -1 <5-,+4-1 ,* 6&$1 ,* +6 <5-8*11- 45&%17-56&8$-%&/ <-11B0*/2 * &11$6 <-5 ,$&%4*C q,*&/6*%4*2 - ,*7*%1-5 ,& 4*-5$& ,&1 8-%,$:=*1 ,* 0*5,&,* ?+*5 1*5 *6<$5$8&6*%4* 6&$1 5*1<-%1"0*/ ,- ?+* _+11*//C \14* 7$/G1-7- &3-5,&0& &1 8-%,$:=*1 ,* 0*5,&,* a priori; *185*0$& +6& 75&1* $%#/*1& %- ?+&,5-2 *185*0$& +6& 7G56+/& /G#$8& &- /&,-2 -/9&0& <&5& &1 ,+&12 * &L+$A&0& ?+* & 1*#+%,& <&5*8$& 8&<4&5 8-55*84&6*%4* &1 8-%,$:=*1 ,* 0*5,&,* ,& <5$6*$5&C r&63@6 &<*/&0&2 - ?+* *5& 6&$1 <5-6*4*,-52 <&5& - <-,*5 ?+* & 1+& 9$
Objecções à versão davidsoniana OBJECÇÃO 1 E-6- -8-55* 8-6 & 4*-5$& 0*5$7$8&8$-%$14&2 & 4*-5$& ,&1 8-%,$:=*1 ,* 0*5,&,* <&5*8* &$D 8&5D1* &<*%&1 Q /$%#+*6 ,*185$4$0&2 7&84+&/I <*5#+%4&1 * -5,*%12 *48C2 %;- 1;- ,* 6-,&/#+6 0*5,&,*$5&1 -+ 7&/1&1C UMA RESPOSTA DÉBIL K<*1&5 ,* %;- ,$A*56-1 %-56&/6*%4* ?+* &1 <*5#+%4&1 -+ &1 -5,*%1 1;- 0*5,&,*$5&1 -+ 7&/1&12 *14&1 4F6 0&/-5*1 1*6]%4$8-1 3$<-/&5*1 &%"/-#-1 Q 0*5,&,*C K +6& <*5#+%4& 5*1D <-%,*D1* 8-55*84&6*%4* `1$6a -+ `%;-aI * -3*,*8*D1* -+ ,*1-3*,*8*D1* & +6& -5,*6C q%4+$4$0&6*%4*2 +6& 75&1* &,*8/&5&4$0& 8-55*1<-%,* & +6 *14&,- ,* 8-$1&1 ?+* <-,* -8-5D 5*5 -+ %;-2 &$%,& ?+* & 1+& 7+%:;- %;- 1*L& ,*185*0*5 -+ 5*/&4&5 *11* *14&,- ,* 8-$1&1C !-5 *J*6-2 +6& -5,*6 @ `0*5,&,*$5&a 1* /9* -3*,*8*56-1 ,* 7&84-2 * 7&/1& %- 8&1- 8-%45"D 5$-C E/&5- ?+* $14- %;- @ +6& 6&%*$5& %-56&/ ,* +1&5 `0*5,&,*$5-a * `7&/1-aI *14&6-1 & &/&5#&5 & 1+& &$8&:;- & 4-,& & 3$<-/&5$,&,* 1*6]%4$8&C Or&/0*A ,*0F11*6-1 $%0*%4&5 +6 <&5 6&$1 #*5&/ ,* 4*56-1 #*5&$12 8-6- `<-1$4$0-a * `%*#&4$0-CaP
! " # $ % & ( 140
U MA PRIMEIRA RÉPLICA o*6 4-,&1 &1 &,*8/&5&4$0&1 1;- 3$<-/&5*1 ,*11* 6-,-C E-%1$,*5*D1* <*5#+%4&1 8-6`T+*6 5-+3-+ - 1*50$:- ,* 6*1&e2a `T+* 9-5&1 1;-e2a * `!-5 ?+* 7$A*14* *J-,$5 - 6*+ 3&58-ea o*%9+6& ,*14&1 4*6 +6& 5*1<-14& `1$6a -+ `%;-aI %& 0*5,&,*2 8&,& +6& ,*/&1 &,6$4* +6 ]63$4- 6+$4B11$6- 0&14- ,* 5*1<-14&1 8-55*84&1 <-11B0*$1C
U MA SEGUNDA RÉPLICA K ,$7$8+/,&,* 8-6 & $%*J$14F%8$& ,* 0&/-5 ,* 0*5,&,* %;- 1* 5*145$%#* & 75&1* &,*8/&5&4$D 0&1C !&5& 8-6*:&52 L" 1* &5#+6*%4-+ ?+* 8*54&1 75&1*1 #5&6&4$8&/6*%4* ,*8/&5&4$0&1 %;4F6 8-%,$:=*1 ,* 0*5,&,* * 1G 4F6 8-%,$:=*1 *<$14@6$8&1 ,* `&11*5$3$/$,&,*aC K 6&$1 %-4"0*/ ,*11&1 <-1$:=*1 @ & ,* K,&61 OWXYyP2 *%45* -+45-1 &+4-5*12 ?+* ,*7*%,*+ & <*51D <*84$0& ,* ?+* &1 8-%,$8$-%&$1 $%,$8&4$0&1 %;- 4F6 8-%,$:=*1 ,* 0*5,&,* %*6 0&/-5*1 ,* 0*5,&,*C K/@6 ,$11-2 &/#+%1 7$/G1-7-1 1+14*%4&6 O%& <*+#&,& ,-1 <-1$4$0$14&1P ?+* 8*54&1 75&D 1*1 #5&6&4$8&/6*%4* ,*8/&5&4$0&1 não afirmam factos &<*1&5 ,* $%#*%+&6*%4* %;- - <&5*D 8*5C )*#+%,- -1 *6-4$0$14&12 *6 7$/-1-7$& 6-5&/2 -1 L+BA-1 6-5&$1 1;- &<*%&1 *J<5*11=*1 -+ 6&%$7*14&:=*12 &%"/-#-1 1*6&%4$8&6*%4* & #*6$,-12 #5+%9$,-1 ,* <5-4*14-2 &8/&6&:=*12 * 8-$1&1 ,- #@%*5-C )*%,- &11$62 4&$1 75&1*1 `7&84+&/6*%4* ,*7*84$0&1a %;- 4F6 0&/-5*1 ,* 0*5,&,*C |-#-2 +6& 75&1* x 8-6 5*1<*$4- & +6& ,*/&1 O``N &11&11B%$- @ $%8-55*84-a @ 0*5D ,&,*$5& 11* - &11&11B%$- @ $%8-55*84-aP 1*5$& 7&/1& -+ &%G6&/&Cs
RESPOSTA À SEGUNDA RÉPLICA h 7"8$/ &- ,*7*%1-5 ,& 4*-5$& ,&1 8-%,$:=*1 ,* 0*5,&,* ?+* 1*L& 4&63@6 +6 *6-4$0$14& O-+ 1*L& - ?+* 7-5P 5*145$%#$5 & 1+& 4*-5$& ,& 0*5,&,* ,* 6-,- & %;- 1* &$8&5 ,*1,* /-#& 75&1*1 $%7&84+&$1C H&1 $%0*51&6*%4*2 <-,*D1* &5#+6*%4&5 <&54$%,- ,& &+1$3$/$,&,* #*5&/ ,& 1*6]%4$8& ,&1 8-%,$:=*1 ,* 0*5,&,* O1* %*/& &85*,$4&56-1P <&5& 8-%8/+$5 ?+* *6-4$0$16- @ $6&+1B0*/2 &11$6 8-6- -+45&1 <*51<*84$0&1 ?+* %*#+*6 - 0&/-5 ,* 0*5,&,* & ,*8/&5&4$0&1 <*57*$4&6*%4* #5&6&4$8&$1C
OBJECÇÃO 2 .&0$,1-% 7&/& 8-6- 1* -1 /&,-1 ,$5*$4-1 ,&1 1+&1 75&1*1 x 7-11*6 4-,-1 *185$4-1 *6 $%#/F12 -+ %& /$%#+*6 %&4+5&/ ,- 4*-5$A&,-52 1*L& */& ?+&/ 7-52 ,* 6-,- ?+* 1* <-11& <5-%4&6*%D 4* 0*5 ?+* *14;- 8-55*84&1 -+ %;-C o& 0*5,&,*2 .&0$,1-% &<5*#-& ?+* &1 75&1*1 x 1;- 8-%D 1*?+F%8$&1 *6<$5$8&6*%4* 4*14"0*$1 ,* +6& ,*7$%$:;- ,* 0*5,&,* <5-<-14& <&5& +6& /$%D s
N1 ,*18*%,*%4*1 &84+&$1 6&$1 1-7$14$8&,-1 ,-1 *6-4$0$14&1 $%8/+*6 v/&8c3+5% OWXfs2 WXXVP * R$33&5, OWXX[PI 6&1 <5-8+5&6 *%8-%45&5 6&%*$5&1 ,* 8-%8*,*5 ?+* -1 L+BA-1 6-5&$1 <-,*6 1*5 8-%1$,*5&,-1 `0*5,&,*$5-1a -+ `7&/1-1a * 7$#+5&5 *6 75&1*1 x2 1*6 8-%8*,*5 ?+* -1 L+BA-1 6-5&$1 &7$56*6 7&84-1 1-35* - 6+%,-C
! " # $ % & ( 141 #+*6C H&1 %*%9+6& ,&0$,1-%$&%& ,*7$%$:;- ,* 0*5,&,* *7*84$0& <-,*5$& 4*5 8-6- 5*1+/D 4&,- 4&$1 75&1*1 x O)4$89 WXUYI v/&8c3+5% WXfsPC !&5& ?+* 4&/ 4*-5$& #*5* 75&1*1 x b -+ ?+&/?+*5 -+45& 8-$1& b 8-6- 4*-5*6&12 4*6 ,* 1*5 7-56+/&,& %+6& /$%#+*6 5&A-&0*/D 6*%4* 7-56&/ * 5*#$6*%4&,&2 &/#- 1*6*/9&%4* Q /G#$8&C Ox*L& -+45& 0*A & ,*7$%$:;- ,* 0*5,&,* <&5& - /&35*#+F1CP K/@6 ,$11-2 ?+&%,- - 4*-5$A&,-5 89*#& & 8-%145+:=*1 ,& /$%#+&D #*6 ,& %&4+5&/ ?+* %;- -8-55*6 %&1 /G#$8&1 1$63G/$8&1 +1+&$12 8-6- &,0@53$-12 -<*5&,-D 5*1 ,* 85*%:&2 *48C2 -1 /&,-1 ,$5*$4-1 ,&1 75&1*1 x ?+* &1 *%0-/0*6 <-,*6 8-%4*5 &/#+6& %-4&:;- 5&,$8&/6*%4* $%&3$4+&/C M6& 0*51;- 5*8*%4* ,& 4*-5$& ,&1 75&1*1 ,* &8:;- ,- <5GD <5$- .&0$,1-% OWXYU3P -5$#$%& 75&1*1 x 8-6- *14&1> `N ^-;- 3&55-+ 6&%4*$#& %& 4-14& Q 6*$&D%-$4*a @ 0*5,&,*$5& 11* O∃&POvK__K_DHKor\qRKO&P } !_NrKRO^-;-2 &P } x~rqHKO& 4-14&2 &P } NEEN__\MD\HO&2 6*$&D%-$4*PPC
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OBJECÇÃO 3 T+&%,- 8-6*:&6-1 & *J&6$%&5 75&1*1 8-6 */*6*%4-1 deícticos 1+5#*6 <5-3/*6&1 4@8%$8-1 35+4&$1 O&%4*8$<&,-1 <-5 .&0$,1-% WXYUZPC OM6 */*6*%4- `,*B84$8-a -+ `$%,*J$8&/a @ &?+*D /* %- ?+&/ & $%4*5<5*4&:;- 1*6]%4$8& 0&5$& 8-6 - 8-%4*J4- ,* */-8+:;-2 8-6- +6 6&58&D ,-5 ,* 7/*J;- -+ +6 <5-%-6* ,*6-%145&4$0-CP !-5 *J*6-2 8-6- 1* 7-56+/&5$& & 8-%,$:;,* 0*5,&,* <&5& & 75&1* `\14-+ ,-*%4*ae ``\14-+ ,-*%4*a @ 0*5,&,*$5& 1*2 * 1G 1*2 *14-+ ,-*%4* -5&a %;- 1*50*2 ,&,- ?+* - 1*+ 0&/-5 ,* 0*5,&,* ,*<*%,* ,* ?+*6 & <5-7*5* * ,* ?+&%,- & <5-7*5*2 %;- 1*%,- *6 #*5&/ ,*4*56$%&,- <*/- meu O*14* 1*+ 9+6$/,* %&55&D
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OBJECÇÃO 4 M6& ,*7$%$:;- ,&0$,1-%$&%& ,* 0*5,&,* 4*6 6+$4& ,$7$8+/,&,* *6 ,$14$%#+$5 *J<5*11=*1 ?+* <-5 &8&1- 1;- 8-D*J4*%1$-%&$1 O-+ 1*L&2 ?+* 1* &$8&6 *J&84&6*%4* &-1 6*16-1 5*7*D 5*%4*1P 6&1 %;- 1;- 1$%G%$6&1 O_**0*1 WXUsI v/&8c3+5% WXfsPC E-%1$,*5*D1* ,-$1 S%$8-1 $4*%1 ,* 0-8&3+/"5$- ?+* ,$7*5*6 *6 1$#%$7$8&,- 6&1 ?+* <-5 &8&1- 4F6 *J&84&6*%4* &1 6*16&1 *J4*%1=*1C M6 *J*6- +1+&/ ,$14- @ &1 <&/&05&1 `5*%&4-a * `8-5,&4-2a 1$#%$7$D 8&%,- 5*1<*84$0&6*%4* `85$&4+5& 8-6 5$%1a * `85$&4+5& 8-6 8-5&:;-CaU M6& 4*-5$& ,&0$,D 1-%$&%& ,& 0*5,&,* %;- 8-%1*#+$5" ,$14$%#+$5 - 1$#%$7$8&,- ,* +6& 75&1* ?+* 8-%4*%9& `5*%&4-a ,* +6& 75&1* ?+* 8-%4*%9& `8-5,&4-2a <-$1 & 8&,& 4*56- 1*5" &45$3+B,- *J&84&D 6*%4* & 6*16& 8/&11* ,* -3L*84-1 8-6- *J4*%1;-C PRIMEIRA RESPOSTA o+6& 4*-5$& ,& 0*5,&,* ,- #@%*5- ?+* ,*185*0*6-12 &1 <&/&05&1 +1&,&1 %- /&,- ,$5*$4,&1 75&1*1 x 8-55*1<-%,*6 1+<-14&6*%4* 4;- $%4$6&6*%4* ?+&%4- <-11B0*/ Q1 *J<5*11=*1 ?+* 8-6<=*6 & 75&1* 0$1&,&C Ox*L& -+45& 0*A & ,*7$%$:;- ,* 0*5,&,* <&5& - /&35*#+F1CP K11$62 & 8/"+1+/& <&5& `5*%&4-a 1*5" *185$4& 8-6- ``_*%&4-a ,*%-4& 5*%&4-1a * %;- 8-6``_*%&4-a ,*%-4& 8-5,&4-1Ca !&5& ,*5$0&5 & 1*#+%,& 75&1* ,& %-11& 4*-5$& ,& 0*5,&,* O&<*1&5 ,* 1*5 0*5,&,*$5&P2 1*5$& %*8*11"5$- &85*18*%4&5 * <5*6$11& 8-%4$%#*%4* * $/$%#+B1D y
x*L&D1* |{8&% OWXfs> 8&
r&63@6 9" +6 <5-3/*6& 4*55B0*/ 8-6 &1 75&1*1 ambíguas; 0*L&D1* !&51-%1 OWXUVP * |{8&% OWXfs> 8&
!*/- 6*%-1 +6 3$G/-#- ,$11*D6* ?+* &1 ,+&1 <&/&05&1 não 1* &$8&6 Q1 6*16&1 8-$1&1I 9" &%$6&$1 8-6 8-5&:;- ?+* %;- 4F6 5$%12 * 0$8*D0*51&C H&1 $#%-5*D1* *14* 7&84- *1?+"/$,- * <5*4*%,&D 1* ?+* `5*%&4-a * `8-5,&4-a 1* &$8&6 *J&84&6*%4* &-1 6*16-1 &%$6&$1C
! " # $ % & ( 143 4$8& `r-,-1 -1 5*%&4-1 1;- 8-5,&4-1 * 1G */*1 - 1;-Ca \2 1*#+%,- .&0$,1-%2 - 1$#%$7$8&,- ,* +6& 75&1* 0$1&,& %;- @ ,&,- &<*%&1 <*/& 75&1* x ?+* 4*6 <-5 -3L*84- & 75&1* 0$1&,&2 6&1 <-5 *11& 75&1* x L+%4&6*%4* 8-6 & 1+& ,*5$0&:;- ,-1 &J$-6&1 ,& 4*-5$& ,& 0*5,&,*C !&5& *0$4&5 & 1+#*14;- ,* ?+* 1*5 8-5,&4- 7&A <&54* ,- 1$#%$7$8&,- ,* `5*%&4-2a <-,*6-1 *J$#$5 ?+* & ,*5$0&:;- ,& 75&1* x %;- 8-%4*%9& <5*6$11&1 $/$%#+B14$8&1C SEGUNDA RESPOSTA `_*%&4-a * `8-5,&4-a 1*5;- ,$14$%4-1 *6 75&1*1 ?+* 8-%4*%9&6 8*54-1 #@%*5-1 ,* 8-%145+D :;-2 %-6*&,&6*%4* *6 75&1*1 6-,&$1 * *6 75&1*1 ,-J"14$8&1C )*L& ?+&/ 7-5 & 1*6]%4$8& ?+* .&0$,1-% ," & 75&1*1 8-6- `!-,*5$& 9&0*5 +6 5*%&4- ?+* %;- 7-11* 8-5,&4-a * `N R-,-75*,- &85*,$4& ?+* & 1+& 4&54&5+#& ,* *14$6&:;- @ 5*%&4&a 4*5$& ,* &8-6-,&5 O<5*0*52 %& 0*5,&,*P & $6<*56+4&3$/$,&,* ,* `8-5,&4-a <-5 `5*%&4-a %*11&1 75&1*1C
RÉPLICA À SEGUNDA RESPOSTA r&$1 75&1*1 b %&1 ?+&$1 %;- 1* <-,* 1+314$4+$5 4*56-1 8-D*J4*%1$-%&$1 1*6 6+,&5 - 0&/-5 ,* 0*5,&,* ,&1 <5G<5$&1 75&1*1 b 1;- *6 1$ +6 ?+*35&D8&3*:&1C O);- ,*%-6$%&,&1 75&1*1 intensionais; 45&4&D1* ,* +6& #*%*5&/$A&:;- ,- 7*%G6*%- & ?+* %- 8&
OBJECÇÃO 5 h 6+$4- 1$6*1 *185*0*5 +6& 5*#5& ,* 0*5,&,* <&5& +6& <&/&05& 7-56&,-5& ,* 75&1*1 8-6- `*Ca K7$%&/2 `*a @ - ?+* -1 /G#$8-1 89&6&6 +6& 8-%*84$0& 0*5-7+%8$-%&/> - 0&/-5 ,* 0*5,&,* ,* `K * va @ *145$4&6*%4* ,*4*56$%&,- <*/-1 0&/-5*1 ,* 0*5,&,* ,&1 1+&1 75&1*1 8-6<-%*%4*12 K * vC H&1 6+$4&1 *J<5*11=*1 7-56&,-5&1 ,* 75&1*1 <+5& * 1$6*16*%4* %;45&%16$4*6 & 0*5,&,* ,*11* 6-,-C r-6*D1* & <&/&05& `<-5?+*a> & 0*5,&,* ,* `K <-5?+* va %;- @ ,*4*56$%&,& <*/-1 0&/-5*1 ,* 0*5,&,* ,&1 75&1*1 8-6<-%*%4*12 K * v2 <-$12 &$%,& ?+* &63&1 1*L&6 0*5,&,*$5&1 `K <-5?+* va <-,* 1*5 7&/1&2 ,*<*%,*%,- ,* -+45&1 8&5&84*D 5B14$8&1 ,- 6+%,-C E-6- 1* <-,*5$& *%4;- *185*0*5 +6& 5*#5& ,* 0*5,&,* <&5& `<-5?+*2a
! " # $ % & ( 144 <&5&/*/& Q 5*#5& ,- /&35*#+F1 <&5& `*ae N+ 4-6*D1* -1 &,0@53$-1C E-6- 1* <-,*5$& *185*D 0*5 +6& 5*#5& ,* 0*5,&,* <&5& `,*0&5a -+ <&5& `6+$4-ae !$-5 &$%,&> 8-%1$,*5*D1* -+45& 0*A `&85*,$4& ?+*2a 8-6- *6 `N ^-;- &85*,$4& ?+* & H&5$& &85*,$4& ?+* \6&%+*/& &85*,$4& ?+* & 8&1& *14" & &5,*5Ca E-6- *185*0*5B&6-1 +6& 5*#5& ,* 0*5,&,* <&5& $14-e `% &85*,$4& ?+* Ka @ 0*5,&,*$5& 1*2 * 1G 1*j - ?+Fe M6& *145&4@#$& G30$& @ $%0-8&5 +6 ,-6B%$- ,* *%4$,&,*1 S4$/2 8-6- <5-<-1$:=*1 O•P2 * *185*0*5 5*#5&1 ,* 0*5,&,* <&5& *J<5*11=*1 ?+* %;- 1*L&6 0*5-7+%8$-%&$1 *6 4*56-1 ,* ?+&%4$7$8&:;- 1-35* *11* ,-6B%$-C OE-6- 0$6-12 <&5& /$,&5 8-6 &/#+%1 &,0@53$-12 .&0$,1-% $%45-,+A$+ +6 ,-6B%$- ,* `&8-%4*8$6*%4-12a * 45&%17-56-+ -1 &,0@53$-1 *6 <5*,$8&,-1 &,L*84$0&$1 ,* &8-%4*8$6*%4-1CP N <5$%8$<&/ <5-3/*6& ,*14& *145&4@#$& @ ?+* 7-5:& & 1$%4&D J*2 ,&,- ?+* &1 45&%17-56&:=*1 4F6 ,* 1*5 8&,& 0*A 6&$1 "5,+&1 <&5& 45&%17-56&5 &1 %-0&1 7-56&1 /G#$8&1 *J8F%45$8&1 *6 <-54+#+F1 7&6$/$&5I 8-6- v/&8c3+5% 1&/$*%4& OWXfs> gfXP2 +6 45&4&6*%4- ,&0$,1-%$&%- ,* +6& 8-%145+:;- O$%4*%1$-%&/P ?+* %;- 1*L& 0*5-7+%D 8$-%&/ 8-6- `<-5?+*a -+ `&85*,$4& ?+*a *J$#* <*/- 6*%-1 +6 `8-6<5-6$11- 1@5$- 8-6 7-56&1 /G#$8&1 *18-%,$,&1Ca OH&12 8-6- &%4*12 &1 75&1*1 ,* 85*%:& *6 <&54$8+/&5 L" 1;- +6 <5-3/*6& 4*55B0*/ <&5& ?+&/?+*5 4*-5$& ,- 1$#%$7$8&,-CP
OBJECÇÃO 6 K 1*6]%4$8& ,&1 8-%,$:=*1 ,* 0*5,&,* 4*6 ,* *J$8$4&5 & %-:;- #*5&/ ,* 0*5,&,* ?+* *14" & <5*11+<-5C H&1 & S%$8& &%"/$1* #*5&/ &+1B0*/ ,* 0*5,&,* @ *6 4*56-1 ,* &7$56&5 -+ &11*5$5 8-$1&1> `T+*6 7&A +6& &7$56&:;- -+ &11*5:;- 7&A +6& &7$56&:;- 0*5,&,*$5& 1*2 * 1G 1*2 &1 8-$1&1 1;- 8-6- */* ,$A ?+* 1;- &- 7&A*5 & &7$56&:;-a O)45&d1-% WXU[> WyPC N ?+* @ ,$A*5 ?+* & &%"/$1* 4*6 ,* 1*5 7*$4& *6 4*56-1 ,* 8-6+%$8&:;-2 ?+* 4*6 ,* 1*5 7-56+D /&,& à lá R5$8*C K11$62 &<*1&5 ,* & /*45& ,& 1*6]%4$8& ,&1 8-%,$:=*1 ,* 0*5,&,* <-,*5 %;1*5 -3L*84"0*/2 - *1 WYPC
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Leitura complementar
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Teorias das condições de verdade: mundos possíveis e semântica intensional
Sinopse Os mundos possíveis kripkianos (tal como os apresentámos no capítulo 4) permitem uma noção alternativa de uma condição de verdade: vimos que uma frase contingente é verdadeira em alguns mundos mas não noutros. De modo que se pode tomar o conjunto de mundos possíveis nos quais a frase é verdadeira como a condição de verdade dessa frase. Além disso, os mundos possíveis podem ser usados para construir “intensões” ou significados para expressões subfrásicas, e em particular para palavras individuais ou átomos de significado, que são como os “sentidos” de Frege por serem independentes dos referentes propriamente ditos. Por exemplo, um predicado tem extensões diferentes em mundos diferentes, e a sua intensão pode ser entendida como a função que associa um qualquer mundo dado à extensão particular do predicado nesse mundo. Então uma gramática pode mostrar como estas intensões subfrásicas se combinam para fazer uma condição de verdade, e portanto um significado, de uma frase completa da qual essas intensões são componentes. A perspectiva resultante evita de modo elegante várias das objecções que atormentam a teoria de Davidson, principalmente a 4, o problema dos termos co-extensionais que não são sinónimos, e a 5, o problema das conectivas que não são verofuncionais. E também ajuda a resolver o problema da substituibilidade. Mas herda as restantes dificuldades de Davidson e incorre em mais uma ou duas.
Uma nova concepção das condições de verdade Como vimos no capítulo anterior, a teoria das condições de verdade entende o significado como representação, como um espelhar ou uma correspondência entre frases e estados de coisas efectivos ou possíveis. Mas podemos tomar a noção de um estado de coisas hipotético mais seriamente do que Davidson está disposto a fazer e encarar os “estados de coisas/circunstâncias/condições possíveis” como mundos possíveis kripkianos (capítulo 4). Recorde-se que um mundo possível (além do mundo efectivo, que é o nosso mundo) é um universo alternativo, no qual as coisas ocorrem de modo diferente do que aqui. E, porque os mundos diferem entre si com respeito aos seus factos componentes, é claro que a verdade de uma dada frase depende do mundo que estamos a considerar. Isto permite uma nova versão da ideia de condições de verdade de uma frase. A frase é verdade em algumas circunstâncias possíveis e não noutras. O que, no vernáculo dos mundos possíveis, é dizer que a frase é verdadeira em alguns mundos mas não noutros.
P á g i n a | 149 Quando duas frases têm as mesmas condições de verdade serão verdadeiras precisamente nas mesmas circunstâncias, precisamente nos mesmos mundos. Quando diferem em condições de verdade, isso significa que haverá alguns mundos nos quais uma é verdadeira e a outra falsa, de modo que não serão verdadeiras precisamente nos mesmos mundos. Como primeira aproximação, tomemos, pois, as condições de verdade de uma frase simplesmente como o conjunto de mundos nas quais essa frase é verdadeira. Claro que para o defensor da teoria das condições de verdade esse conjunto de mundos será também o significado da frase. Seguir-se-ia que as frases sinónimas são verdadeiras precisamente nos mesmos mundos, ao passo que para quaisquer duas frases que não sejam sinónimas haverá pelo menos um mundo no qual uma das frases é verdadeira e a outra falsa. Esta ideia generaliza-se ao significados das expressões subfrásicas. Mas para mostrar como isto funciona tenho de recuar por um ou dois parágrafos. Vimos no capítulo 2 que, ao contrário de Russell, Frege (1892) rejeitou a tese J3/K3 (“Uma frase sujeito-predicado é dotada de significado (apenas) em virtude de seleccionar uma coisa individual e de lhe atribuir uma propriedade qualquer”), postulando entidades abstractas a que chamou “sentidos,” argumentando que um termo singular tem um sentido além e para lá do seu referente. E Frege defendia a composicionalidade: segundo ele, a frase sujeito-predicado tem um sentido compósito constituído pelos sentidos individuais das suas partes, e é dotada de significado em virtude de ter esse sentido compósito, quer o seu sujeito tenha referente quer não. (Foi assim que Frege atacou o problema da referência aparente aos inexistentes.) Como esboçámos até agora, a perspectiva de Frege parece uma versão da teoria proposicional. E é; é vítima por isso das várias objecções que se levantaram contra esta teoria no capítulo 5. Mas Rudolf Carnap (1947), Richard Montague (1960) e Jaakko Hintikka (1961) desenvolveram uma lógica intensional, interpretando e explicando os sentidos de Frege em termos de mundos possíveis. Eis, grosso modo, a ideia. Diz-se que um termo singular ou um predicado tem tanto extensão (no sentido introduzido no capítulo anterior) quanto um sentido fregiano ou “intensão”. O truque é construir a intensão de um termo como uma função de mundos possíveis para extensões. Assim, a intensão de um predicado é uma função de mundos para conjuntos de coisas que existem nesses mundos e que pertencem à extensão do predicado nesses mundos. Por exemplo, a intensão de “gordo” olha de mundo para mundo e em cada um selecciona a classe das coisas gordas desse mundo. “Gordo” significa não apenas as coisas gordas efectivas, mas seja o que for que seria gordo noutras circunstâncias possíveis. (Para pôr a ideia em termos mais humanos, quem sabe o significado de “gordo” sabe quais das várias coisas hipotéticas contariam como gordas, assim como sabe que coisas são efectivamente gordas.)
P á g i n a | 150 Os “sentidos individuais,” as intensões dos termos singulares, são funções de mundos para habitantes individuais desses mundos. Isto deve parecer algo familiar, com base no capítulo 4; um designador rígido exprime uma função constante, pois selecciona o mesmo indivíduo em todos os mundos. Mas um designador flácido muda o seu referente de mundo para mundo: como vimos, “o primeiro-ministro britânico na segunda metade de 2007) designa Gordon Brown no mundo efectivo, mas muitas outras pessoas (ou criaturas) noutros mundos e ainda ninguém noutros. O sentido ou intensão de “o primeiro-ministro britânico” olha (ou salta) de mundo para mundo e selecciona seja quem for que é presentemente primeiro-ministro nesse mundo. Como acontece com os predicados, quem sabe o significado da expressão “o primeiro-ministro britânico” sabe quem seria o primeiroministro sob várias situações hipotéticas, ainda que não saiba quem é agora efectivamente o primeiro-ministro. Funções deste género combinam-se para constituir sentidos ou intensões para frases completas. Tome-se a seguinte frase: 1) O presente primeiro-ministro britânico é gordo.
Noutro mundo possível, o sujeito de 1 denota seja quem for que é primeiro-ministro nesse mundo, e “gordo” tem uma extensão nesse mundo que provavelmente difere da classe efectiva de coisas gordas. Assim, composicionalmente, sabemos dizer se 1 é verdadeira nesse mundo: será verdadeira se, e só se, o primeiro-ministro desse mundo pertence a essa extensão local. Logo, se conhecemos a intensão de “o presente primeiro-ministro britânico” e a intensão de “gordo,” sabemos se um dado mundo faz 1 ser verdadeira, ou seja, sabemos como distinguir os mundos em que 1 é verdadeira; pois temos com efeito uma função compósita de mundos para valores de verdade. Logo, sabemos que conjunto de mundos é o conjunto de verdades de 1. (Estritamente falando, a intensão da frase é a função e não o conjunto de verdades resultante, mas passarei a ignorar esta distinção técnica daqui para a frente.) E isto é dizer que conhecemos a proposição expressa por 1, ou seja, conhecemos o significado de 1. (Não se deixe enganar: toda esta conversa sobre “saber” coisas não quer dizer que estamos a cair no verificacionismo. Estou a falar metaforicamente de como se computa uma intensão complexa dadas algumas intensões primitivas simples e uma gramática de sujeito-predicado.) Se uma proposição é entendida deste modo como um conjunto de mundos possíveis, então obtemos, afinal, explicações intriviais dos factos do significado. Duas frases serão sinónimas se, e só se, são verdadeiras precisamente nos mesmos mundos. Uma frase será ambígua se houver um mundo na qual é simultaneamente verdadeira e falsa mas sem contradição. E a interpretação dos mundos possíveis permite uma álgebra elegante do significado por meio da teoria de conjuntos: por exemplo, a derivabilidade entre frases é apenas a relação de subconjunto. F 2 deriva-se de F 1 se, e só se, F 2 é verdadeira em todos
P á g i n a | 151 os mundos nos quais F 1 também o é; ou seja, o conjunto de mundos que constitui o significado de F 2 é um subconjunto do significado de F 1. Assim, a efectuação das condições de verdade em termos de mundos possíveis salva esta versão sofisticada da teoria proposicional da objecção 3 de Harman (capítulo 5), pois diz-nos o que é uma “proposição” em termos que podem ser trabalhados independentemente: uma proposição é um conjunto de mundos. (Pode-se ter reticências metafísicas quanto à ideia de um “mundo possível inefectivo,” mas pelo menos já sabemos o que é, supostamente, um mundo.) Esta perspectiva evita também a nossa segunda objecção às teorias ideacionais, que afectava também a teoria proposicional, pois diz-nos o que é um “conceito” abstracto: é uma função de mundos para extensões. (Irei já de seguida introduzir uma complicação.) Por fim, há um argumento directo a favor da versão de mundos possíveis da teoria das condições de verdade, apresentado muito brevemente em Lewis (1970): Para dizer o que é um significado, podemos perguntar primeiro o que faz um significado, para depois encontrar algo que faça isso. Um significado para uma frase é algo que determina as condições sob as quais a frase é verdadeira ou falsa. Determina o valor de verdade da frase em vários estados de coisas possíveis, em vários momentos do tempo, em vários lugares, para vários locutores, e assim por diante. (p. 22)
Penso que a ideia é esta: se compreendemos uma dada frase F e nos mostrarem um mundo possível qualquer — voamos até lá e deixam-nos nesse mundo, fazendo-nos milagrosamente omniscientes quanto aos seus factos — então saberemos imediatamente se F é verdadeira ou falsa. (Se conhecemos todos os factos sem excepção desse mundo e mesmo assim não sabemos se F é verdadeira nesse mundo, então não é possível que tenhamos compreendido F.) Assim, uma coisa que um significado faz é desembuchar um valor de verdade para qualquer mundo possível dado. O mesmo é dizer que um significado é pelo menos uma condição de verdade, no sentido de um conjunto particular de mundos. (Isto deixa em aberto que um significado possa incluir mais do que apenas uma condição de verdade.)
Vantagens relativamente à perspectiva de Davidson A perspectiva dos mundos possíveis tem algumas vantagens importantes relativamente à versão de Davidson da teoria das condições de verdade. Especificamente, evita as objecções 4 e 5 que fizemos a Davidson.
P á g i n a | 152 A objecção 4 era o problema de termos coextensionais mas que não são sinónimos. Na perspectiva dos mundos possíveis, isto não é de modo algum um problema. “Renato” e “cordato” diferem em significado porque apesar de se aplicarem precisamente às mesmas coisas no mundo efectivo, as suas extensões divergem noutros mundos possíveis; há inúmeros mundos que contêm renatos que não são cordatos e vice-versa. Fim da história (apesar disso iremos fazer a ressurreição da solução de Frege para o problema da substituibilidade). A objecção 5 era o problema das conectivas frásicas que não são verofuncionais. Neste caso, a perspectiva dos mundos possíveis exibe uma força única. Pois permite formular condições de verdade para certas conectivas directamente em termos de mundos. Tome-se o operador modal simples “É possível que,” como em “É possível que o presente presidente dos EUA seja gordo.” Esta frase conta como verdadeira se, e só se, há um mundo no qual o presente presidente dos EUA é gordo. E se quiséssemos dizer “Necessariamente, se há um presidente dos EUA, os EUA existem,” a semântica intensional considerála-ia verdadeira se, e só se, em todos os mundos, se há um presidente dos EUA, os EUA existem. Daqui pode-se ver que a nossa fórmula original precisa de ser qualificada: nem todo sentido ou intensão de expressões simples pode ser formulado como uma função de mundos para uma extensão ou referente. Alguns são funções de intensões para outras intensões; “é possível que” toma a intensão da frase à qual se aplica e transforma-a noutra intensão. Outro exemplo subfrásico seriam os advérbios, como “devagar.” “Jane nada” é verdadeira num mundo se, e só se, o referente de “Jane” nesse mundo está entre as coisas que nadam aí, pois a extensão de “nada” é apenas a classe dos habitantes desse mundo que nadam. Mas e que dizer de “Jane nada devagar”? Gramaticalmente, “devagar” modifica o predicado “nada,” transformando-o no predicado complexo “nada devagar.” E o semanticista intensional sustenta que a semântica procede precisamente do mesmo modo: a intensão de “nada” é uma função de intensões para intensões; selecciona a intensão de “nada” e transforma-a numa intensão modificada, nomeadamente a função que olha para um mundo e selecciona a classe de coisas que nadam devagar nesse mundo. 1 A teoria dos mundos possíveis tem uma maneira expedita de lidar também com frases doxásticas. Regressemos por momentos a Frege. Como solução para o problema da substituibilidade, Frege propôs que uma frase doxástica pode mudar o seu valor de verda1
Montague (1960) construiu uma estrutura com intensões de ordem cada vez mais superior deste género que correspondem às partes cada vez mais abstractas do discurso. De facto, para fazer pirraça a Quine, Montague atribuiu explicitamente intensões individuais muito rarefeitas a “sake,” “behalf” e “dint.” Como mencionei no capítulo 1, deste modo Montague visava também vingar-se em prol da teoria referencial. (Mas é na melhor das hipóteses uma vingança aparente: não se considera que as palavras denotam as suas intensões como se fossem nomes próprios.)
P á g i n a | 153 de em resultado da substituição de termos co-referenciais porque, apesar de os dois termos terem o mesmo referente, podem ter sentidos diferentes, e assim um sentido compósito pode resultar dessa substituição. (E a crença, que é um estado cognitivo, tem um “pensamento” ou sentido compósito por objecto, e não um referente.) Como sempre ocorre com versões inexplicadas da teoria proposicional, isto parece correcto — mas não explica na verdade coisa alguma enquanto o “sentido” for meramente dado como garantido. Mas o defensor da teoria dos mundos possíveis pode dar mais conteúdo à explicação: apesar de os dois termos serem co-referenciais no mundo efectivo, divergem noutros mundos, e assim as suas intensões diferem. Logo, as intensões compósitas de frases que contenham tais termos e que noutros aspectos são semelhantes irão também diferir. Se a crença é uma relação entre o crente e uma proposição — isto é, a intensão de uma frase — então é claro que o crente pode crer numa intensão sem crer na outra. Neste ponto, precisamos de um ajuste. Como salientei anteriormente, esta versão da teoria dos mundos possíveis considera que duas frases são sinónimas quando, e só quando, as duas são verdadeiras precisamente nos mesmos mundos. Mas o que dizer das verdades necessárias, que se verificam em todos os mundos? Seguir-se-ia que todas essas verdades são sinónimas entre si; por exemplo, “Ou os porcos têm asas ou não” e “Se há ratos comestíveis, então alguns ratos são comestíveis” quereriam dizer exactamente o mesmo, o que obviamente não é verdade. Além disso, quaisquer duas frases necessariamente equivalentes seriam consideradas sinónimas: dir-se-ia que “A neve é branca” significa exactamente o mesmo que “Ou a neve é branca ou os porcos têm asas e os porcos são mamíferos e nenhuns mamíferos têm asas”; e considerar-se-ia automaticamente que quem acreditasse na primeira acreditaria na segunda. Algo tem de ceder. A origem do problema é, ao que parece, que as intensões complexas podem ser necessariamente co-extensionais mesmo que sejam constituídas por conceitos muito diferentes. A cura é então, como Carnap (1947) viu, exigir que, para haver sinonímia, as frases não tenham apenas a mesma intensão, mas que a tenham constituída do mesmo modo (ou aproximadamente do mesmo modo) a partir das mesmas intensões atómicas. Era a isto que Carnap chamava isomorfismo intensional, que elimina todos os casos problemáticos anteriores. Por exemplo, “Ou os porcos têm asas ou não” e “Se há ratos comestíveis, então alguns ratos são comestíveis” são compostos de intensões inteiramente diferentes (as intensões de “porco” e “asa,” no primeiro caso, e as de “rato” e “comestível” ou “comer,” no segundo).
Objecções restantes A teoria dos mundos possíveis herda várias das objecções que se levantam contra a versão de Davidson: 1 (frases que não são declarativas e que não afirmam factos), 2 (testabilidade) e 6 (tomar a verdade como garantida); um defensor da teoria intensional daria em
P á g i n a | 154 grande parte as mesmas respostas que demos em nome de Davidson. A objecção 3 (deícticos) surge de modo diferente porque a abordagem dos mundos possíveis não envolve frases V; mas surge mesmo assim, pois não se deixou ainda espaço para os deícticos no aparato intensional. A objecção 3 será o tema principal do próximo capítulo. A perspectiva dos mundos possíveis herda também as primeiras duas objecções que levantámos à teoria proposicional no capítulo 5: postula entidades esquisitas e alheias. Como salientei no capítulo 4, uma coisa é tomar os “mundos possíveis” como uma metáfora ou heurística para explicar um modo de ver as coisas, como fiz ao explicar a perspectiva de Kripke dos nomes próprios. Outra coisa é apelar directamente a mundos possíveis na teorização séria, como fazem os semanticistas intensionais. Em que sentido há realmente mundos alternativos que não existem realmente? Mas isto é um tema imenso e não posso abordá-lo aqui.2 A perspectiva dos mundos possíveis está também sujeita à objecção 4 contra a teoria proposicional (negligencia a “característica dinâmica” do significado). Então, respondemos apenas que ainda que as proposições não constituam uma ajuda na explicação do comportamento humano, este não é a coisa primária que precisa de ser explicada; ao invés, são os factos do significado que precisam de explicação. Mas a objecção foi aprofundada contra as duas versões da teoria das condições de verdade.
OBJECÇÃO 7 Subsiste um problema da substituibilidade. Pois parece haver contextos nos quais termos sinónimos (e não apenas co-extensionais) não podem ser substituídos entre si sem mudança possível de valor de verdade. “Oftamologista” e “médico dos olhos” são sinónimos (ou podemos supor que são, por conveniência). Mas se a Maria não o souber, “A Maria acredita que todos os médicos dos olhos tratam dos olhos” poderá ser verdadeira apesar de “A Maria acredita que todos os oftalmologistas tratam dos olhos” ser falsa; similarmente, “O Hermínio foi a um oftalmologista porque um oftalmologista é um médico dos olhos” é verdadeira, ao passo que “O Hermínio foi a um oftalmologista porque um médico dos olhos é um médico dos olhos” é falsa.
OBJECÇÃO 8 Alguns davidsonianos (por exemplo, Lycan 1984) e alguns defensores da teoria intensional consideram que o tipo de sintaxe semanticamente carregada que descrevi é um programa de computador para computar significados grandes a partir de significados menores, programa que num certo sentido corre nos cérebros dos locutores e dos ouvintes. Mas esta 2
Uma vez mais, veja-se Lewis (1986) e Lycan (1994).
P á g i n a | 155 ideia é problemática. Eis uma preocupação mais específica quanto à “característica dinâmica,” salientada por Michael Dummett (1975) e Hilary Putnam (1978). Os escritos dos próprios Dummett e Putnam são densos e algo obscuros, mas eis uma maneira simples de formular uma das suas preocupações: o significado de uma frase é o que se sabe quando se sabe o que uma frase significa. Mas saber o que uma frase significa é apenas compreeder essa frase. Compreender é um estado psicológico, inerente a um organismo humano de carne e osso e que afecta o seu comportamento. Ora, se o que uma frase significa é apenas a sua condição de verdade, como pode o conhecimento de uma condição de verdade afectar per se o comportamento de alguém quando (como se vê facilmente nos exemplos da Terra Gémea) as condições de verdade são muitas vezes propriedades “latas” de frases, no sentido em que não “’tão na cabeça,” sendo o conhecimento das condições de verdade uma propriedade claramente lata das pessoas? A condição de verdade de “Os cães bebem água,” aqui, difere da de “Os cães bebem água” na Terra Gémea, mas a diferença é irrelevante para o comportamento e não pode afectá-lo. Mas a compreensão (= conhecimento do significado) tem de afectar e afecta o comportamento. Logo, a compreensão não é, ou não é apenas, conhecimento da condição de verdade, e portanto o significado não é, ou não é apenas, a condição de verdade. PRIMEIRA RESPOSTA
Formulado deste modo, o argumento pressupõe que a “compreensão” em si tem de ser um conceito “restrito” ou “na cabeça.” Isto, no mínimo, não é óbvio. (Deixo-lhe o exercício de construir um contra-exemplo com a Terra Gémea.) Darmo-nos conta de que o argumento precisa de um conceito restrito de compreensão deveria também fazer-nos reconsiderar o simples equacionamento do “conhecimento do significado” com a compreensão e viceversa, por mais que tal equacionamento pareça à primeira vista um truísmo. SEGUNDA RESPOSTA
Além disso, o argumento presume que os conceitos latos não podem per se figurar na etiologia do comportamento. Como a bibliografia da “causalidade intensional” de há alguns anos torna claro,3 pode-se fazer “figurar” de inúmeras maneiras. Não há dúvida que o comportamento depende contrafactualmente de estados latos das pessoas: se eu tivesse querido água (H2O), teria ido à cozinha. E penso que esta é a noção etiológica mais forte que o senso comum garante. Se alguém pensa que a compreensão afecta o comportamento numa acepção mais forte de “afectar” que não apenas o comportamento depender contrafactualmente da compreensão, teríamos de ouvir uma defesa qualquer. O defensor da teoria do uso ainda não deu por encerrada a discussão da perspectiva das condições de verdade. Começaremos o capítulo 12 considerando mais uma objecção. 3
Veja-se, por exemplo, Heil e Mele (1993).
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Sumário
A condição de verdade de uma frase pode ser tomada como o conjunto de mundos possíveis nas quais a frase é verdadeira. Mais em geral, os mundos possíveis podem ser usados para construir “intensões” para expressões subfrásicas, que se combinarão composicionalmente para determinar a condição de verdade da frase que as contém. A perspectiva resultante tanto evita o problema de termos co-extensionais que não são sinónimos como o problema de conectivas que não são verofuncionais. A teoria dos mundos possíveis aprofunda também a solução de Frege para o problema da substituibilidade. Mas a teoria herda várias das dificuldades originais de Davidson e incorre em mais uma ou duas.
Questões 1. Avalie o argumento directo de Lewis a favor da versão dos mundos possíveis da teoria das condições de verdade. 2. Discuta mais a teoria dos mundos possíveis, seja a favor, contra ou ambos. (Se não conhecer já alguma semântica de mundos possíveis, poderá querer ler pelo menos alguma coisa como complemento; recomendo Lewis (1970).) 3. Ajuíze a objecção 7 ou a 8.
Leitura complementar
A introdução mais simples e natural que conheço à versão dos mundos possíveis da semântica das condições de verdade é Lewis (1970). Depois, deite-se a Cresswell (1973) (apesar de difícil, exigindo conhecimento de lógica formal e teoria de conjuntos; mas tudo veio de algo muito mais difícil, coligido postumamente em Montague (1974)). Dois bons manuais introdutórios à gramática de Montague são Chierchia e McConnellGinet (1970) e Weisler (1991).
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Pragmática semântica
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Sumário
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Leitura complementar
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12
Actos de fala e força ilocucionária
Sinopse J. L. Austin chamou-nos a atenção para o que chamava uma elocução “performativa” * de uma frase declarativa, com a qual se executa um acto social convencional mas não se afirma ou descreve seja o que for — por exemplo, “Desculpe” ou (num jogo de apostas) “Dobro.” Aos tipos de actos que podem ser executados desta maneira chama-se actos de fala. Cada tipo de acto de fala rege-se por regras de dois géneros: regras constitutivas, a que se tem de obedecer para que o acto seja de todo em todo efectivado, e regras regulativas, cuja violação torna o acto apenas defectivo ou, na expressão de Austin, infeliz. Há muitas maneiras surpreendentemente surpreendentemente diversificadas de um dado acto de fala ser infeliz. Mas Austin acabou por ver que não há qualquer distinção de princípio entre as elocuções performativas e as elocuções declarativas comuns. Ao invés, toda a elocução tem um aspecto performativo ou força ilocutória, que determina que tipo de acto de fala foi executado, e praticamente toda a elocução tem também conteúdo descritivo ou proposicional. Além disso, muitas elocuções têm características que incorporam os efeitos distintivos que têm nos estados mentais dos ouvintes; chama-se perlocucionárias a estas características. Jonathan Cohen formulou um problema danado quanto às condições de verdade das frases que contêm prefácios performativos explícitos que especificam o tipo de acto de fala a executar; por exemplo, “ Admito que tive várias conversas privadas com o réu.” Nenhuma solução satisfatória se encontrou para este problema. William Alston e Stephan Baker ofereceram um tipo distintivo de teoria semântica do uso, baseada na noção ilocutória de acto de fala.
Performativas Considere-se as seguintes frases: 1) 2) 3) 4) *
Prometo pagar-te as fraldas. Declaro-vos homem e mulher. Baptizo este navio Ludwig Wittgenstein. Peço desculpa.
Do inglês performance, que significa, em geral, execução de uma acção. Uma tradução possível seria assim falar das elocuções executivas. Contudo, o termo performativas tornou-se canónico na linguística portuguesa. N. do T.
P á g i n a | 168 5) Dobro. [Num jogo de apostas.] 6) Mais cinco. [Num jogo de póquer.] 7) Contra. [Um voto numa moção formal.]
À excepção talvez das últimas duas, estas são frases declarativas, por isso (em particular) o verificacionista tem de lhes dar resposta; quais são as suas condições de verificação respectivas? Talvez a questão seja demasiado difícil, ou injusta, face à objecção duhemiana de Quine. Mas quais são as suas condições de verdade? Poderíamos aplicar-lhes as frases V. Por exemplo, “Prometo pagar-te as fraldas” é verdadeira se, e só se, prometo pagar-te as fraldas.
A sério? (Não, nem por isso.) “Dobro” é verdadeira se, e só se, dobro.
Possivelmente; talvez “Dobro,” dita por mim na ocasião apropriada, seja verdadeira se, e só se, dobro nessa ocasião. Mas parece que estamos a deixar algo de fora, algo mais importante do que as condições de verdade ligeiramente degeneradas da elocução. Como J. L. Austin (1961, 1962) poderia dizer, dizer, quando digo “Dobro,” não estou a descrever-me ao dobrar; estou efectivamente a dobrar, e nada mais. (Dobrar é algo que podemos fazer numa aposta. É parte de um jogo de linguagem real, no sentido literal.) E ninguém poderia responder de modo aceitável “Isso é falso, tu não dobras.” Se alguém disser então de mim “Ele dobrou,” esse é um relato verdadeiro do que fiz. Mas quando o digo originalmente, simplesmente como uma parte da minha aposta, a minha elocução não parece passível de ser verdadeira ou falsa. “Contra” é verdadeira se, e só se, contra.
Esqueça; esta “frase V” nem sequer é gramatical. Temos aqui a base para mais uma objecção ao verificacionismo e à teoria das condições de verdade, uma mistura de uma objecção wittgensteiniana com a nossa primeira objecção à teoria das condições de verdade. Um wittgensteiniano poderia olhar para 4, 5 e 7, especialmente, e assimilá-las à linguagem primitiva do pedreiro (“Laje!”), e relembrar-nos uma vez mais dos muitos dispositivos, como “Olá” e “Chiça,” que têm usos sociais convencionais e que são perfeitamente dotados de significado sem terem coisa alguma a ver com a verificação ou com a própria verdade. Mesmo quando nos voltamos para as frases 1-3 e 6, que são mais estruturadas, parece que apesar de em termos de modo verbal
P á g i n a | 169 serem declarativas, nenhuma tem por fim especificar um facto ou revelar uma verdade. Entregam-se a fins diferentes; por isso são aparentemente “factualmente defectivas.” No seu artigo original, Austin (1961) chamou “performativas” a frases como 1-7, para as distinguir de “constativas” (sendo estas apenas os géneros habituais de frases descritivas, verdadeiras ou falsas, que especificam factos, de que os filósofos gostam). Ao proferir uma performativa não se está, pelo menos ostensivamente, a descrever algo ou a especificar um facto, mas a executar um acto social. Quando profiro 1, estou efectivamente a fazer uma promessa. Quando profiro 4 estou apenas a desculpar-me. Quando profiro 6 estou a aumentar a minha aposta, contraindo um compromisso financeiro. Quando profiro 3, no contexto apropriado com uma garrafa do tipo apropriado de champanhe, estou efectivamente a baptizar. Austin chamou “actos de fala” a tais actos sociais, dando assim origem ao ramo da linguística e da filosofia da linguagem a que se passou desde então a chamar “teoria dos actos de fala.” Seja qual for o resultado da teoria do significado que se tenha, temos de estudar o fenómeno de “fazer coisas com palavras” (para usar a expressão do título de Austin), sob pena de deixar de fora uma gama muito importante de fenómenos linguísticos. (Há também duas outras razões. Uma é que a teoria dos actos de fala é a melhor cura para a tendência dominadora, vividamente exemplificada neste mesmo livro até agora, para pensar que as frases declarativas são as únicas que contam. A outra é que se fizeram muitos erros e muitas falácias se cometeram em áreas da filosofia que não a filosofia da linguagem por se ignorar a teoria dos actos de fala; mas o espaço não permite falar disso.)
ILOCUÇÃO, LOCUÇÃO E PERLOCUÇÃO Naturalmente, Austin começou por procurar um teste trabalhável e razoavelmente preciso da performatividade. Tentou caracterizar a noção sintacticamente, e encontrou vários tipos de problemas em que não precisamos de nos deter. deter. Mas no seu artigo de 1961 acabou por se contentar confortavelmente com o chamado critério “por este meio”: uma elocução conta como performativa caso se possa adequadamente interpor a expressão “por este meio” depois do verbo principal. Assim, 1 é performativa porque o orador poderia igualmente ter dito “Prometo “Prometo por este meio pagar-te…” O “por este meio” sublinha que o acto em questão, neste caso fazer uma promessa, é constituído pela própria elocução do orador. O critério também funciona bem para 2-6: “Declaro-vos por este meio…,” “Baptizo por este meio…,” e assim por diante. “Dobro por este meio” seria pomposo, mas o seu significado seria perfeitamente correcto. O critério distingue certamente as performativas das constativas. Se profiro uma constativa paradigmática, como “O gato está no tapete,” não poderia ter inserido “por este meio.” “O gato está por este meio no tapete” é destituída de sentido ou pelo menos
P á g i n a | 170 falsa, porque o gato está (ou não) no tapete independentemente de eu dizer que está. O meu acto de o dizer nada faz para o efectivar. Austin deu-se conta de uma classe irritante de inconstativas claras, performativas aparentes, que são demasiado simples para passar o teste do “por este meio.” Na verdade, 7 pode ser tomado como exemplo, dado que “Por este meio contra” é agramatical. Mas é plausível dizer que “Contra” é apenas uma forma lacónica de “Voto contra,” que obedece à condição “por este meio.” Contudo, o que dizer de “Hurra!”, “Fora!” e “Raios”? Nenhuma admite “por este meio,” e é mais difícil vê-las, como no caso de “Contra,” como meras abreviaturas de declarativas que contenham verbos performativos. Poder-se-ia tentar argumentar que “Hurra!” significa na verdade “Saúdo por este meio”; Lewis (1970: 57-8) propôs-se entender “Hurra pelo Gorducho” como “Saúdo o Gorducho.” Talvez “Fora!” queira dizer “Critico-te por este meio” e “Raios!” queira dizer “Praguejo por este meio.” Mas estas hipóteses não são obviamente correctas. Austin ficou muito mais insatisfeito com a distinção performativa/constativa quando se deu conta de outro tipo de frase. Considere-se: 8) Declaro que nunca visitei um país comunista.
8 passa o teste do “por este meio,” e por isso deveria contar como performativa. Quando o digo, executo desse modo um certo acto de fala: um acto declarativo. Mas também é claramente descritiva, declarando um facto. Na verdade — quer o orador tenha ou não visitado um país comunista — é precisamente isso que visa; o verbo operativo é “declaro.” A afirmação do orador é verdadeira ou falsa. Se 8 for proferida sob juramento e o orador tiver visitado um país comunista, pode ser acusado de perjúrio. Assim, parece que ou 8 é simultaneamente performativa e constativa, ou não é qualquer uma delas. E há mais: 9) Parece-me que já encomendámos demasiadas peles de foca. 10) Comunico que o comité votou unanimemente a favor da expulsão da avó. 11) O meu conselho é que seria muito estúpido comprar mais acções da Amálgama Amalgada. 12) Toma atenção que esse rottweiler há três dias que passa fome e está um bocado rabugento.
Mesmo 1 tem uma paráfrase com características constativas similares: “Prometo que te pagarei as fraldas,” que pelo menos assere que te pagarei. Exemplos como estes fizeram Austin dar-se conta de que uma dada elocução pode ter simultaneamente uma parte performativa, ou aspecto, e uma parte constativa. De facto, praticamente toda a elocução tem esses dois aspectos, mesmo que não tenha um
P á g i n a | 171 prefácio performativo explicito como acontece nas elocuções 8-12. Se em vez de 8 eu testemunhar apenas “Nunca visitei um país comunista,” executo mesmo assim um acto declarativo, além de me limitar a exprimir o conteúdo proposicional de que nunca visitei um país comunista. Sempre que faço uma asserção — isto é, sempre que profiro uma elocução com força assertiva — executo um acto assertivo. Também se pode proferir declarativas com outras forças. Se eu apagar os prefácios performativos de 9-12 e disser apenas “Já encomendámos…,” “O comité votou…,” etc., nos mesmos contextos, essas elocuções teriam respectivamente as forças de um juízo, uma comunicação, um conselho e um aviso. Austin chamou a este tipo de característica “força ilocucionária” e contrastou-a com o conteúdo “locucionário” ou proposicional.1 Em diferentes contextos, a mesma declarativa pode ter forças ilocucionárias diferentes. “Esse rottweiler há três dias que passa fome e está um bocado rabugento” poderia ter a força de uma ameaça e não de um aviso; ou pode ser apenas uma observação; ou (note-se) poderia ser uma garantia tranquilizadora. Até as crianças vêem diferenças de força potencial: uma queixa como “Se não te despachas com isso, vou-me embora” tem como resposta o sarcasmo: “Isso é uma ameaça ou uma promessa?” Voltando-nos para as indeclarativas, é consideravelmente mais óbvio que têm diferentes variedades de força. De facto, o objectivo de modos como o interrogativo e o imperativo é, ao que parece, indicar gamas de força ilocucionária.
13) Pertences ao Exército de Salvação?
pode ser parafraseada como “Pergunto-te (por este meio) se pertences ao Exército de Salvação,” e o mesmo acontece com perguntas “quem” e “o quê”, como “Quem deixou o Peludo fugir da casota?” 14) Vai à Biblioteca de Música e procura uma cópia da Missa Petite de Lana Walter
pode ter a força de uma directiva, uma ordem, um mero pedido ou apenas uma sugestão, dependendo das intenções e propósitos do orador e do ouvinte e das relações de poder ou autoridade institucional entre ambos.2 1
Austin dava quase como garantido o conteúdo proposicional. Opunha-se fortemente às teorias da entidade, de modo que com “conteúdo locucionário” não queria dizer algo sobre as proposições como coisas. Limitou-se a mencionar vagamente o “sentido e a referência,” fazendo alusão a Frege mas sem usar “sentido,” evidentemente, na acepção de um tipo de entidade teórica. Austin não dava atenção ao conteúdo proposicional porque o seu centro de interesse era a outra coisa, a força ilocucionária, que varia de modo independente. 2
Numa tira recente do Kudzu, o pregador Will B. Dunn resiste à pressão de um paroquiano para mudar o nome dos Dez Mandamentos para Dez Sugestões.
P á g i n a | 172 Assim, a distinção original de Austin entre elocuções performativas e constativas tornou-se uma distinção entre força e conteúdo enquanto aspectos de uma só elocução. Austin (1962) elaborou um catálogo imenso de forças ilocucionárias diferentes e dos factores que os distinguem. Eis alguns exemplos complementares de actos ilocucionários diferentes: admitir (em dois sentidos); anunciar; assegurar; autorizar; censurar; comprometerse; cumprimentar; conceder; confessar; congratular; definir; negar; anuir; admitir a título de hipótese; inquirir; insistir; perdoar; litigar; empenhar-se; prever; propor; repreender; agradecer; insistir; fazer voto de. Austin introduziu uma terceira característica das elocuções, além da sua força ilocutória e do seu conteúdo locutório. Alguns verbos são como os verbos performativos porque o seu significado é um tipo de acto social executado por meios linguísticos, mas não passam o teste “por este meio” porque descrevem o acto em termos dos seus efeitos propriamente ditos no ouvinte e não em termos da intenção do locutor. Tome-se “amedrontar” e “convencer.” Não posso dizer-lhe correctamente “Amedronto-o por este meio” ou “Convenço-o por este meio que foi a avó,” porque ficar amedrontado ou convencido depende em parte de si e de modo algum está garantido (nem é constituído) pela minha própria elocução. Os actos de amedrontar e convencer são o que Austin chama actos perlocutórios; são coisas que fazemos com as palavras, mas não no mesmo sentido íntimo dos actos ilocucionários. Eis mais alguns exemplos de actos perlocucionários: alarmar; espantar; divertir; agastar; aborrecer; embaraçar; encorajar; enganar; distrair; impressionar; informar; inspirar; insultar; irritar; persuadir. A teoria verificacionista do significado e a teoria da condição de verdade identificam o significado de uma frase apenas com o seu conteúdo proposicional ou locucionário. Mas não é a força ilocucionária um tipo de significado? Se não entendermos as distinções de força, haverá certamente um aspecto importante da linguagem que não dominámos. Assim, parece que os verificacionismo e a teoria da condição de verdade deixaram algo de fora. Poderão responder: “São importantes, sem dúvida; as propriedades pragmáticas são importantes na vida real. Mas não fazem parte do significado.” Penso que isto é apenas uma escaramuça de jardim-escola sobre a palavra “s,” que muitas vezes é usada mais em geral como um termo abrangente para quaisquer aspectos da actividade linguística que se considerem importantes. Já sabemos que há tipos de significado além do significado locucionário das frases — o significado do locutor, por exemplo. Agora podemos acrescentar Strawson (1964), Schiffer (1972) e Bach e Harnish (1979) argumentam persuasivamente que nem toda a força ilocucionária é tão puramente convencional quanto a de 1-7, as performativas comparativamente “puras” com que começámos. Alguma força, a de ser um conselho ou uma pergunta, por exemplo, é mais uma questão de intenções gricianas de quem fala.
P á g i n a | 173 que há um tipo ilocucionário de significado, a força, que não é exactamente o mesmo que o significado locucionário. Cada um destes tipos de significado é perfeitamente real e indispensável para o uso da linguagem. 3
Infelicidades e regras constitutivas Os actos de fala são actos convencionais; como a teoria do uso quereria, os actos de fala estão inseridos nos costumes, práticas e instituições sociais e são por eles definidos. A sua execução é regida por regras de muitos tipos. As regras não estão habitualmente escritas, estão apenas implícitas no comportamento social normativo. Searle (1965, 1969) divide as regras dos actos de fala em regras constitutivas e regras regulativas. Regras (meramente) regulativas “regulam formas de comportamento pré-existentes ou cuja existência é independente,” ao passo que as regras constitutivas “criam ou definem novas formas de comportamento” (1969, p. 33). Assim, por exemplo, as regras de etiqueta regulam as actividades ou práticas que existem independentemente dessas regras: “Os oficiais têm de usar gravata ao jantar”; “Não mastigue com a boca aberta.” Mas as regras do xadrez ou do futebol americano definem efectivamente o jogo em questão, e o jogo, como tal, não existiria sem elas: “Os bispos só andam na diagonal”; “Marca-se um golo quando um jogador fica na posse da bola na zona final do oponente enquanto decorre um jogo.” Podemos introduzir uma noção mais exigente e mais interessante: uma regra fortemente constitutiva é uma regra cuja violação aborta o acto de fala pretendido. Suponha-se que profiro uma frase com a intenção de executar um certo tipo de acto de fala, A. Se eu violar uma regra fortemente constitutiva, segue-se que não fui pura e simplesmente capaz de executar um acto de tipo A. Por exemplo, se amanhã eu proferir 3 e partir uma garrafa de champanhe contra a proa do USS North Carolina, não conseguirei baptizá-lo, pois não estou em posição nem detenho a autoridade para o fazer. (A Marinha dos EUA tem regras explícitas para escolher dignitários que baptizam navios de guerra. Além disso, o North Carolina já foi baptizado, a 12 de Junho de 1940.) 4 Se um clérigo profere 2 a um jovem casal que está perante si numa capela de Chicago, mas não está autorizado fazer casamentos no estado do Ilinóis, ou se um dos membros do casal não tem a idade legal para poder casar, o casamento ocorre (na verdade, não é de modo algum um casamento, 3
Além disso, há indícios de que não se pode explicar alguns fenómenos semânticos a não ser recorrendo a factores ilocucionários (veja-se Barker 1995, 2004). 4
Só para lhe poupar o trabalho: foi baptizado por Isabel Hoey, filha do então governador da Carolina do Norte. Disseram-me que Hoey usou a garrafa de champanhe tradicional, ao mesmo tempo que uma banda tocava “Anchors Aweigh.”
P á g i n a | 174 apesar da música de órgão, dos anéis e o arroz). Para subir cinco proferindo 6, tenho de estar a jogar póquer nesse momento, e cinco não pode ultrapassar o limite das apostas acordadas. A violação de uma regra meramente regulativa é menos grave. Se eu proferir uma frase visando executar um acto de fala de tipo A e não violar quaisquer regras constitutivas mas violar uma regra regulativa, o resultado é que executo um acto de tipo A, mas defectivo ou, no vocabulário oficial de Austin, “infeliz.” Se o casamento foi bem-sucedido mas é apenas um casamento de conveniência e o casal mentiu com os dentes todos ao pronunciar os seus votos, o casamento foi defectivo; uma regra regulativa do casamento é que exista amor entre o casal, tencionando ambos sinceramente manter-se casados. A promessa é um exemplo parecido: se eu proferir 1 sem qualquer sinceridade, não tendo a intenção de lhe pagar as fraldas, é uma promessa infeliz. Já a gora, se eu lhe gritar 1 numa sala cheia de pessoas mas o leitor não consegue ouvir-me, essa é uma infelicidade de tipo diferente. Há casos de fronteira entre regras fortemente constitutivas e regras regulativas. E se eu proferir 4, mas num tom ostensivamente relapso, trocista e sarcástico? Trata-se então de uma desculpa gravemente infeliz, ou não é sequer uma desculpa? Austin (1962) sublinhava bastante a diversidade de casos infelizes. Uma elocução pode correr mal de muitas maneiras diferentes. Pode ser uma jogada infeliz num jogo, como quando se profere 6 porque se calculou mal as probabilidades. Ou pode ser insincera. Ou podemos não estar em posição de executar um acto do tipo visado, ou não ter autoridade para isso. Ou pode ser muito grosseiro. Ou pode ser proferido muito baixo e ninguém ouve. Ou pode ser proferida, sem tacto, à frente das pessoas erradas. Ou pode ser prolixo e pomposo e um disparate sem fim. Ou pode pressupor uma falsidade, como quando peço desculpa por ter feito algo que o meu interlocutor queria que eu fizesse, ou que de modo algum foi mau fazer, ou até que eu nem sequer fiz. Esta imensa diversidade de defeitos tornar-se-á mais tarde filosoficamente importante. Em particular, agora que reconhecemos que alguns actos de fala são actos de afirmação, asserção e semelhantes, vemos que a falsidade é um defeito comum de tais actos; uma regra regulativa com respeito a actos dessa classe é que o que é dito deve ser verdadeiro. Austin queixa-se detidamente que os filósofos estão obcecados com o “fetiche verdadeiro-falso,” a ideia errónea de que o valor de verdade é tudo o que conta no discurso. Em particular, confundimos muitas vezes outros tipos de infelicidades com a falsidade; quando ouvimos uma frase que de algum modo é defectiva tendemos a pressupor, falaciosamente, que não é verdadeira. (No capítulo 13 exploraremos dois casos desta falácia.) Há
P á g i n a | 175 muitas maneiras de as elocuções correrem mal — muito mal — sem que sejam falsas. A falsidade é apenas uma forma de infelicidade entre muitas outras.5
O problema de Cohen Jonathan Cohen (1964) levantou um problema danado com respeito a frases como 8–12. É um problema sobre as condições de verdade. Tome-se 8 (“Declaro que nunca visitei um país comunista”). Qual é a condição de verdade de 8? Cohen afirma (p. 121) que “a princípio, é tentador supor que na perspectiva de Austin o significado da nossa elocução se encontra totalmente na oração que se segue ao prefácio performativo.” Substituindo “significado” por “condição de verdade,” é de facto tentador ler a condição de verdade fora do prefácio performativo. Pois o que o locutor de 8 afirma é que nunca visitou um país comunista, e não que está a afirmar algo. Dificilmente se poderia fugir a uma acusação de perjúrio respondendo “A frase que proferi era verdadeira, e não falsa: na verdade afirmei que nunca visitei um país comunista; o facto de ter visitado um país comunista é irrelevante.” Analogamente, sem dúvida que 9–12 não são automaticamente verdadeiras simplesmente porque eu, respectivamente, o ajuízo, o comunico, dou esse conselho e faço esse aviso. (Apesar de Lewis (1970) adoptar exactamente essa corajosa posição.) O conteúdo locucionário, ou pelo menos a condição de verdade, é apenas que nunca visitei um país comunista, e o “Declaro que” é apenas o prefácio performativo que torna a força explícita. Outro argumento a favor desta perspectiva “tentadora” é que as performativas explícitas, formais, como 8–12 e 15 parece que são apenas equivalentes verborreicos e inflacionados das afirmações, avisos, ordens, etc., mais simples que se poderia ter proferido sem prefácios performativos. Mas Cohen levanta uma objecção séria a esta perspectiva tentadora. Considere-se qualquer das elocuções 8–12. Suponha-se que a Eleonora profere 12 ao Franklin e a Lúcia, ao ouvi-la, diz “Ela avisou-o que esse rottweiler há três dias que passa fome…,” ou “A Eleonora avisou o Franklin que esse rottweiler há três dias que passa fome….” Em cada caso, a Lúcia refere-se apenas aos mesmos indivíduos e predicados e apenas à mesma relação entre ambos, e só a flexão muda. Em particular, certamente que “toma atenção” em 12 significa toma atenção. As palavras que ocorrem no prefácio performativo de 12 têm os seus sentidos e referentes comuns. Assim, o prefácio não é apenas uma etiqueta ou marcador para assinalar a força. (Existem tais etiquetas ou mar5
Os linguistas não se deram conta muitas vezes do facto de que Austin usava o termo “infelicidade” como o termo mais abrangente possível. Usam por vezes a palavra aplicando-a a frases, querem neologisticamente dizer algo como “defectiva pragmaticamente, mas não sintacticamente nem semanticamente [de um modo que é supostamente bastante específico mas que nunca é especificado].”
P á g i n a | 176 cadores; o modo gramatical é basicamente isso mesmo, um simples indicador de âmbito de força. Mas “Toma atenção que” e os outros prefácios em 8–12 não são apenas etiquetas de força; têm estrutura gramatical interna e as suas partes têm os seus próprios significados e propriedades referenciais.) Mas então, porquê fingir que essas partes das frases não existem e porquê retirar-lhes o significado locucionário? As coisas ficam ainda piores. Na verdade, a ideia de que os prefácios performativos são apenas etiquetas de força é pura e simplesmente insustentável. Tais prefácios podem ter muita estrutura. Por exemplo, podem ter modificadores adverbiais. Modificadores adverbiais muito longos. 15a) 15b) 15c) 15d) 15e)
Admito sem coacção que tive várias conversas em privado com o acusado. Admito com relutância que tive várias … [Note-se que “com relutância” modifica “admito,” e não “tive várias….”] Admito com alegria e o maior prazer que tive… Por estar apostado em dizer toda a verdade, admito que… Ciente de que há no Céu um Deus justo e poderoso que castiga quem esconde informação nos tribunais, e com um medo mortal do verme que não morre e do fogo que não se sacia, admito…
Segundo a perspectiva tentadora, o único conteúdo locucionário em 15a–e é o da sua oração complementar comum (“Tive várias conversas em privado com o acusado”). Mas esta afirmação torna-se cada vez menos plausível à medida que descemos nesta lista. O prefácio de 15c contém uma oração inteira que o orador assere, ainda que de passagem, como facto. O de 15e contém várias asserções algo controversas; se eu a asserisse seriamente, certamente que o leitor poderia dizer depois que eu tinha expresso uma perspectiva teológica plena de conteúdo. E não a teria apenas expresso; a teologia parece certamente fazer parte do que é dito. Parece que não se pode sustentar a perspectiva tentadora. O que se torna tentador neste ponto, ao invés, é recuar e admitir que os conteúdos locucionários das frases incluem os seus prefácios performativos. (Chame-se a isto a perspectiva “liberal.”) Qual é o problema disto? Eis o problema, caso o tenha esquecido. Se a perspectiva liberal estiver correcta, então 8–12 são simples e automaticamente verdadeiras sempre que são proferidas e não se violam as regras constitutivas relevantes. Nenhuma acusação de perjúrio poderia ser bemsucedida, se a testemunha tivesse o cuidado de testemunhar apenas com performativas explicitas como 8. Note-se que, semanticamente, 8–12 nem sequer implicariam as suas orações complementares (porque se pode afirmar, reportar… coisas que não são como as descrevemos). A minha elocução de 10 não me comprometeria semanticamente com a afirmação de que o comité votou unanimemente a favor da expulsão da avó.
P á g i n a | 177 Ora bem, Cresswell (1973) e Bach e Harnish (1979) adoptaram a perspectiva liberal, pondo em causa a rejeição veemente de Austin de que os agentes dos actos de fala declaram que eles mesmos estão a executar tais actos; mas estes filósofos sugeriram que, além dos actos principais, os locutores também declaram que os executam. Assim, se eu proferir 16) Ordeno-te que ataques e captures a Universidade de Chicago
o meu acto de fala principal é dar-lhe uma ordem, e como tal não tem valor de verdade, mas além disso eu declaro que estou a dar uma ordem, e por isso a minha frase é verdadeira nesse sentido degenerado. Sob esta hipótese, frases como 8-12, que diferem de 16 porque os seus actos de fala principais associados são susceptíveis de ser verdadeiros ou falsos, teriam, cada uma delas, dois conteúdos locucionários e dois valores de verdade: um conteúdo primário, associado ao que é afirmado, ordenado, etc., (em 8, que nunca visitei um país comunista), e um valor de verdade autodescritivo que seria quase sempre automaticamente “verdadeiro” (que estou a declará-lo). Esta hipótese dos dois valores de verdade é atraente, pois à luz de exemplos como 15a-e, nem o valor de verdade tentador nem o valor de verdade liberal parecem elimináveis. E podemos tornar a hipótese dos dois valores de verdade mais digerível argumentando que os dois valores de verdade estão associados a géneros de coisas ligeiramente diferentes. Note-se que ao proferir 8 faço uma afirmação. Que afirmação? A afirmação de que nunca visitei um país comunista. Assim, apesar de fazer essa afirmação proferindo uma frase que, liberalmente tomada, não implica o seu conteúdo proposicional, fi-la mesmo assim. E se de facto visitei um país comunista, a minha afirmação é falsa apesar de a frase que proferi, tomada liberalmente, ser verdadeira. Poderia ser acusado de perjúrio, não por ter proferido uma frase falsa, mas por ter feito uma afirmação falsa. 15d e 15e exigiriam alguma elaboração. Há a sensação de que o locutor de 15e, em particular, fez duas ou três asserções além da que é expressa pela oração complementar. Contudo, os exemplos anteriores da lista são casos de fronteira; estaria o locutor de 15a a asserir que a sua admissão foi feita sem coacção? Uma teoria completa dos actos de fala teria de esclarecer detidamente subtilezas destas.
Teorias ilocucionárias do significado William Alston (1963) tentou seriamente transformar a pragmática dos actos de fala de Austin numa teoria do próprio significado locucionário, identificando o significado de uma frase com o seu “acto ilocucionário potencial,” a gama de actos ilocucionários que podem ser executados com essa frase. Quem sabe usar uma frase de todos os modos ilocucionários que a frase permite, sabe o seu significado, e isso é tudo o que há a dizer quanto ao
P á g i n a | 178 significado frásico. (Isto certamente seria considerado uma teoria do uso, ainda que superficialmente esteja longe do que Wittgenstein tinha em mente.) Mas de facto a perspectiva de Alston nada ajudou a iluminar o significado locucionário, dado que descrições de actos de fala potenciais como “assere que os gorilas são vegetarianos” pressupõe já uma noção de conteúdo proposicional e explora os significados das suas orações complementares. Além disso, como Maureen Coyle uma vez me disse, frases que partilham os mesmos conteúdos locucionários podem diferir violentamente quanto aos seus actos potenciais ilocucionários: “A mãe vai comer a ostra”; “Vai a mãe comer a ostra?” “Mãe, come a ostra!” Barker (2004), com efeito, evita estas objecções. Evita a primeira à maneira de Grice, entendendo os actos ilocucionários em termos das intenções e crenças dos oradores; por exemplo (ultra-simplificando viciosamente, é claro), asserir que P é proferir uma frase com a intenção de que o nosso interlocutor creia que P . As descrições dos actos não herdam os conteúdos proposicionais relevantes dos significados das suas orações complementares, mas antes dos conteúdos das atitudes mentais que constituem em parte esses actos. Barker evita a segunda objecção em parte do mesmo modo (fazendo remontar o que há de comum à identidade de atitudes proposicionais subjacentes dadas), e em parte argumentando em bases sintácticas sofisticadas que, para começar, não se pode separar o “conteúdo locucionário” da força ilocucionária. Note-se que este último aspecto é também uma objecção complementar à teoria corrente da condição de verdade, porque essa teoria pressupõe que o conteúdo locucionário é determinado independentemente da força.
Sumário
Austin chamou a nossa atenção para as elocuções “performativas” e para os actos de fala mais em geral. Cada tipo de acto de fala rege-se por regras de dois tipos: constitutivas e regulativas. A violação de uma regra regulativa torna um acto de fala defectivo ou infeliz. Um dado acto de fala pode ser infeliz de muitas maneiras diferentes. Não há distinção de princípio entre elocuções performativas e as declarativas comuns; ao invés, cada elocução tem uma forma ilocucionária, e virtualmente todas as elocuções têm também um conteúdo proposicional. Além disso, muitas elocuções têm características perlocucionárias. O problema de Cohen quanto às condições de verdade das frases que contêm prefácios performativos explícitos não foi resolvido. A noção ilocucionária de um acto de fala permite um novo tipo de teoria do uso.