157642921-psicologia-escolar-praticas-criticas.pdf

Marisa Eugênia Melillo Meira e Mitsuko Aparecida Makino Antunes Organizadoras

PSICOLOGIA ESCOLAR: PRÁICAS CR!ICAS A"ORAS Adriana Marcondes Mac#ado Elenita de R$cio ana%ac#i Marisa Eugênia Melillo Meira Mitsuko Aparecida Makino Antunes &eruska Galdini 'anda Maria (un)ueira Aguiar Associação Unificada Pauiista de Ensino Roncvado Objeíjyo - ASSUPERO Data

*+ de &dunio N° de Ca!ada v"v S#$P Re%ist"ado &o"

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f ,Casa do Psicólogo®

1 1 2334 Casa do Psic5logo Li6raria e Editora Ltda7 8 proi9ida a reprodu;o total ou parcial desta pu9lica;o< para )ual)uerfinalidai se% autoriza;o por escrito dos editores7 Ia edição

2003 Editores

Ingo Bemd Güntert e Silésia Delphino Produção Gráfica

Renata Vieira Nunes Capa

Willian Eduardo Nahme Revisão

eila !ar"o Editoração Eletrônica

Val#u$ria %loss Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (C!ara "rasileira do #ivro$ %P$ "rasil)

Psicologia escolar: Pr=ticas cr$ticas > Marisa Eugênia Melillo Meira e Mitsuko Aparecida Makino Antunes< organizadoras7 ? S;o Paulo: Casa do Psic5logo@< 23347 &=rios autores7 i9liograBia7 IS* DF4H22 7 Psicologia educacional I7 Meira< Marisa Eugênia Melillo7 II7 Antunes< Mitsuko Aparecida Makino7 ,-./0/

CJJ4F37D &ndices para catálogo siste!ático'

Psicologia escolar 4F37D I%presso no rasil &rinted in Bra'il Reser6ados todos os direitos de pu9lica;o e% L$ngua Portuguesa K ^s£ Casa do Psiclogo #ivraria e Editora #tda* g+,, Rua Mourato Coel#o< 73D  &ila Madalena  3D-F3  S;o Paulo>SP  rasil Bep -el*' 0 434-4H33  E(mail) casadopsicologoNcasadopsicologo7co%79r  %ite' 7casadopsicologo7co%79r

S"MÁRIO Apresenta;o77777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777F 1a"isa Eu%2nia 1e*o 1ei"a 1itsu3o A&a"ecida 1a3ino Antunes

A Atua;o do Psic5logo co%o Epress;o do Pensa%ento Cr$tico e% Psicologia e Educa;o77777777777777777777777777777777777777777777777777777777777  E*enitade Rício4ana!aci 1a"isa Eu%2nia 1e*i**o 1ei"a

Os psic5logos tra9al#ando co% a escola: inter6en;o a ser6io do )uêQ77777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777H4 Ad"iana 1a"condes 1acado

Inter6en;o unto a proBessores da rede p9lica: potencializando a produ;o de no6os sentidos7777777777777777777777777777777777777777777777777777F +e"us3a5a*dini 6anda 1a"ia 7un8uei"a A%uia"

A Psicologia Escolar na i%ple%enta;o do Proeto Pol$ticoPedag5gico da Rede Municipal de Ensino de Guarul#os: construindo u% tra9al#o coleti6o7777777777777777777777777777777777777777773D 1itsu3o A&a"ecida 1a3ino Antunes e co*abo"ado"es

So9re os autores777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777772

»:.,

APRESE*ATUO A Psicologia da Educa;o constituiuse< no in$cio do sVculo< co%o u%a =rea de con#eci%entos )ue se propun#a a estudar )uestWes i%portantes )ue interessa6a% K educa;o escolar< e< s5 na dVcada de -3< tornouse u%a pr=tica proBissional< o )ue propiciou o surgi%ento do psic5logo escolar< cua Bun;o seria a de resol6er pro9le%as escolares7 Jesde ent;o< a educa;o te% se constitu$do no ca%po proBissional para u%a parcela consider=6el de psic5logos e< de acordo co% pes)uisa realizada pelo Consel#o Xederal de Psicologia e% 2< depois da cl$nica 04F<2Y e organizacional 02


MARIA E"GZ*IA MEI7ILLO MEIRA E MIS"/O APARECIJA MA/I*O A*"*ES

A an=lise do conunto das principais cr$ticas dirigidas K Psicologia Escolar parece indicar )ue ela aca9ou por se reduzir a u%a Psicologia do Escolar< desco%pro%etida e% rela;o Ks )uestWes *ur+i+(%entais da Educa;o e K necessidade de eBeti6a;o de u% proceQ[7 de de%ocratiza;o educacional7 Ao se distanciar desse o9eti6o< os psic5logos tê% %uitas 6e se li%itado a atuar e% dire;o a )uestWes secund=rias )ue< na %\ l#or das #ip5teses< s;o apenas algu%as %aniBestaWes de pro9leraa]escolares e sociais gra6es e co%pleos7 O processo de culpa9iliza;o do aluno< pela 6ia da patologiz dos pro9le%as escolares< te% se Bunda%entado ao longo de n #ist5ria e% 6ariadas a9ordagens te5ricas< )ue por diBerentes carrr n#os< epressa% a %es%a desconsidera;o pelas %ltiplas deterrcnaWes da educa;o7 Acredita%os serclara%ente Bunda%ental denncia dos #ist5rica co%pro%issos ideol5gicos da Psicologia )ue se epressa e%a uirtendência de se colocar a ser6io< das %aisEscolar diBerentes Bor%as< da conser6a;o tanto da estrutura tradicional da escola )u;o] da orde% social na )ual ela est= inserida7 O tra9al#o )ue ora apresenta%os constituise e% %ais u%a tentati6a na dire;o n;o apenas desta denncia< %as ainda da constru;o de no6as possi9ilidades de reBle;o cr$tica )ue possa% su9sidia: os psic5logos escolares de Bor%a )ue eles possa% contri9uir< de %aneira decisi6a< nos %ais diBerentes ca%pos de atua;o< para )ue sea% Ba6orecidos os processos de #u%aniza;o e reapropria;o d. capacidade de pensa%ento cr$tico dos indi6$duos7 Os autores< docentes e pes)uisadores do Jeparta%ento de Psicologia da "ni6ersidade Estadual Paulista 0"*ESPauru< do Instituto de Psicologia da "ni6ersidade de S;o Paulo 0"SP e da Xaculdade de Psicologia e do Progra%a de Estudos P5sgraduados e% Psicologia da Educa;o da PontiB$cia "ni6ersidade Cat5lica 0P"CSP< 9usca% e6idenciar e colocar e% discuss;o algu%as epressWes poss$6eis de u%a pr=tica 9aseada nu%a concep;o cr$tica de Psicologia Escolar< Bundada e% u% no6o co%pro%isso social da Psicologia7

APRESE*ATUO

O tra9al#o de Marisa Eugênia Melillo Meira e Elenita de R$cio< :as da "nespauru< aponta algu%as possi9ilidades de inter6en+,(,++ )ue se constitue% e% epressWes concretas do pensa%ento cr$: = constru$do e% Psicologia e Educa;o e indica% ca%in#os : ^r= )ue os psic5logos escolares possa% audar a escola a cu%prir ^7_ Bun;o social de socializa;o do con#eci%ento #istorica%ente ? %ulado e contri9uir para a Bor%a;o Vtica e pol$tica dos sueitos7 Essas reBleWes 9usca% situar o psic5logo escolar co%o %ediador (+- processo de ela9ora;o das condiWes necess=rias para a transror%a;o das de%andas de )ueia escolar e da)uelas pro6enientes ias instituiWes de ensino< discutindo o reBerencial te5ricoBilos5Bico e %etodol5gico )ue e%9asa o tra9al#o desen6ol6ido e% disciplinas te5ricas< na super6is;o de est=gios e e% in%eros proetos de etens;o7 O teto ainda apresenta a siste%=tica de tra9al#o e as estratVgias na inter6en;o e% casos de crianas enca%in#adas atendi%ento e% Bun;o de utilizadas )ueias escolares e era proetos desen6ol6idos e% instituiWespara de ensino7 'anda Maria (un)ueira Aguiar e &eruska Galdini< da P"CSP< enBoca% a inter6en;o unto a proBessores da rede p9lica de ensino< analisando u%a eperiência realizada e% S;o Paulo7 Jestaca os pressupostos te5rico%etodol5gicos e as etapas do tra9al#o< e6idenciando )ue a Psicologia s5cio#ist5rica pode contri9uir para a produ;o de no6os sentidos ao tra9al#o docente< = )ue possi9ilita )ue os sueitos se aproprie% e articule% a di%ens;o #ist5rica< social e institucional_ a di%ens;o su9eti6a de sua eistência 0ou sea< as deter%inaWes )ue os constitue% e as caracter$sticas espec$Bicas da realidade do proBessor7 Esse V o %o6i%ento de potencializa;o para )ue o proBessor construa u% proeto proBissional criati6o7 O teto de Adriana Marcondes Mac#ado< do Instituto de Psicologia da "ni6ersidade de S;o Paulo 0IP"SP< analisa a inter6en;o do psic5logo unto K escola< 9uscando destacar co%o os sa9eres da psicologia pode% estar a ser6io de u%a %el#or )ualidade de ensino e aprendizage%7 Para a autora< Bocar essas pol$ticas e essas pr=ticas i%plica 9uscar%os o Bunciona%ento das %es%as na singularidade de

O

MARIA E"GZ*IA MELILLO MEIRA E MIS"/O APARECIJA MA/I*O A*"*ES

cada #ist5ria escolar< de cada aluno )ue Bracassa< de cada )uer apresentada por u% proBessor7 ratase de co%preender o %o6 %ento de u% ca%po de Boras no )ual de6e%os nos colocar a ser6` o do Bortaleci%ento da aprendizage% e da per%anência da cri_ na escola7 "% outro tra9al#o< organizado por Mitsuko Aparecida Ma Antunes< docente da P"CSP e assessora da Secretaria Munici de Educa;o de Guarul#os>SP< Boi escrito< e% 6erdade< por %ui proBissionais desta secretaria< )ue Bizera% u% esBoro coleti6o socializar sua pr=tica7 Co% a Binalidade de apresentar as possi9ili des de atua;o da Psicologia Escolar na educa;o p9lica< esse tes to descre6e as aWes )ue tê% sido i%ple%entadas no %9ito da ca;o inBantil< Bunda%ental< inclusi6a de o6ens e adultos< e% )ue Psicologia V u% dos Bunda%entos para a pr=tica educacional e psic5logo participa coleti6a%ente do processo de constru;o e , planta;o de u% proeto pol$ticopedag5gico< cua V Bun %ental%ente calcada nu%a de concep;o cr$tica< #u%anizadora transBor%adora daBinalidade realidade escolar e social7 A pala6rac#a6e tra9al#o V `coleti6idade`: propWe u%a a;o coleti6a para a transB %a;o da escola_ crê )ue isso s5 ocorrer= co%o produto da a;o coleti6idade escolar e Boi escrito coleti6a%ente7 Considera%os )ue estes tra9al#os oBerece% contri9uiWes constru;o de perspecti6as te5rico pr=ticas )ue se constitua% ele%entos norteadores Bunda%entais< e%9ora n;o suBicientes< para ado;o de u% co%pro%isso social co% a cidadania< a ser concr zado e% propostas de atua;o orientadas por Binalidad transBor%adoras7 !arisa Eug.nia !elillo /$ei !itsuo /pare"ida !aino /nt S1o &aulo setemro de 2

A A"ATUO JO PSICbLOGO COMO EPRESSUO JO PE*SAME*O CR!ICO EM PSICOLOGIA E EJ"CATUO Elenita de Ri"io 4anama"hi !arisa Eug.nia !elillo !eira

O o9eti6o deste teto V o de apontar algu%as possi9ilidades de inter6en;o concreta%ente = ela9oradas pelas autoras e )ue se constitue% e% epressWes do pensa%ento cr$tico = constru$do e% Psicologia e Educa;o7 A Psicologia Escolar V a)ui entendida: 5omo 6rea de estudo da &si"ologia e de atua71o8 *orma71o pro*issional do psi"9logo #ue tem no "onte:to edu"a"ional ; es"olar ou e:tra(es"olar mas a ele rela"ionado ( o *o"o de sua aten71o e na rees &edagogia ete9ri"o(pr6ti"as pela =iloso*ia da a possiilidade de "ontriuir para a supera71o das #ueEdu"a71o ainda se "olo"am nas rela7>es entre a &si"ologia ea Edu"a71o ?4anama"hi 2002 p+ @A+ Jesta Bor%a< o )ue deBine u% psic5logo escolar n;o V o seu local de tra9al#o< %as o seu co%pro%isso te5rico e pr=tico co% as )uestWes da escola7 JeBende%os )ue: C melhor lugar para o psi"9logo es"olar é o lugar poss$
2

ELE*A JE R!CIO A*AMACI E MAIS A E"GE*IA MELILLO MEIRA

#ue ele se "olo#ue dentro da edu"a71o e assuma um+ "ompromisso te9ri"o e pr6ti"o "om as #uest>es da es Ia 6 #ue independente do espa7o pro*issional #ue poisa estar o"upando ela dees para as #uais de
A A"ATUO JO PSICbLOGO COMO EPRESSUO JO PE*SAME*O 777

4

a%pla do )ue esta%os considerando co%o atua;o do psic5logo escolar e% u%a perspecti6a cr$tica< enBoca%os< principal%ente na segunda parte< u% ee%plo de enca%in#a%ento de a;o unto K de%anda de )ueia escolar e< na terceira parte< a %etodologia e a siste%=tica e%pregada no tra9al#o e% instituiWes de ensino7 Os Bunda%entos te5rieoBilos5Bicos s;o reto%ados e% a%9as7

7 PRI*CIPAIS "ESfES EbRICOPRÁICAS JA PSICOLOGIA *A EJ"CATUO Para apresentar as principais )uestWes te5ricopr=ticas da Psicologia na Educa;o< inicia%os co% a an=lise das eplicaWes tradicionais so9re o Bracasso escolar< considerando tanto a realidade educacional 9rasileira )uanto a #ist5ria da Psicologia e% rela;o ao %o6i%ento de constitui;o da sociedade< da Educa;o e da pr5pria Psicologia co%o ciência7 .nálise cr&tica das abordagens tradicionais e! Psicologia Escolar

Jados o9tidos por pes)uisas realizadas so9re o processo de escolariza;o no rasil  re6ela% ausência de escola para todos< e6as;o ou per%anência se% nada aprender 0epuls;o>eclus;o< $ndices altos de analBa9etis%o< %ostrando )ue a i%possi9ilidade de constitui;o da condi;o #u%ana pela 6ia da educa;o Bor%al V ainda u%a realidade e% nosso Pa$s7 Situando a #ist5ria da Psicologia e% rela;o ao %o6i%ento de constitui;o da sociedade< da Educa;o e da pr5pria Psicologia co%o ciência< Maria elena Patto 03 apontanos co%o a Psicologia te% contri9u$do para ustiBicar essa realidade educacional7 

IGE 0233< Ota6iano elene 0F e Alceu Xerrar o 07

-

ELE*IA JE R!CIO A*AMACI E MA!"SA E"GZ*IA MELELLO MEI/A

A autora reportase ao sVculo I para assinalar o %o )ual a contradi;o 6i6ida pela 9urguesia atinge o apogeu< i candose o a9is%o entre a acu%ula;o de ri)uezas e as con)uistas do proletariado )ue< segregado pela 9urguesia< : %ais seu aliado7 uscar ustiBicar tal a9is%o V ta%9V% u%a das ciências #u%anas )ue nasce% e se oBicializa% nesse per  ConBor%e Patto 03< p7 F< a 9urguesia traduz as re# Wes das %assas e% ter%os assi%il=6eis pela orde% social e76 co% o au$lio das ciências7 Esse V o ca%in#o %ais eBicaz para tir u%a participa;o pol$tica< se% )ue tais rei6indicaWes se a%eaas incontrol=6eis7 Jesse %odo< a Psicologia< para eplicar os austes da social capitalista e% Bun;o das eigências dos no6os %o%en t5ricos de sua reco%posi;o< te% transitado entre teorias e gens )ue nada %ais s;o do )ue recursos da Psicologia co%o c para a reordena;o do status #uo da pr5pria sociedade< da Xila autora da Sociologia777 Pode%os concluir co% )ue< tendo surgido nesse do< a Psicologia %antV%se atV o %o%ento presente< #e nica%ente< reproduzindo essa condi;o< conBor%e o )uadro a [per%ite 6isualizar27 E%9ora recon#ecendo a Bor%a etre%a%ente si%pliBicada apresenta;o dos dados contidos no )uadro4< V poss$6el ideni )ue a #eterogeneidade por ele re6elada V apenas aparente7 Co ra%os ser esta a epress;o do pensa%ento de Patto 03< ) aBir%a )ue e%9ora por ca%in#os te5rico pr=ticos diBerentes< a 2

O )uadro 9usca siste%atizar< ainda )ue de %odo 9astante es)ue%=tico< algut] aspectos )ue caracteriza%< principal%ente< as relaWes entre o %o6i%ento pol$tico< a concep;o te5rica e a a9ordage% presente e% cada u% dos %o%ent: %o6i%ento< os procedi%entos< os trata%entos< os ter%os de reBerência e onch situada a srce% do pro9le%a e% cada caso7 E%9ora si%pliBicado e inacr preBeri%os o )uadro por)ue nos per%ite %el#or 6isualizar o desen6ol6i%er:_ Psicologia na Educa;o< e% rela;o co% o conteto de nossa sociedade7 4 Os dados contidos no )uadro Bora% o9tidos por %eio da leitura de tetos de *$ elena Souza Patto 03< *eton Juarte 0H e troca de idVias entre as autos Marilene Proenca7

I A A"ATUO JO PSICbLOGO COMO EPRESSUO JO PE*SAME*O 777

D

cologia e% suas relaWes co% a Educa;o te% sido conduzida por Binalidades se%el#antes7 ReBerenda o status #uo da Educa;o e da pr5pria Psicologia co%o ciência< por %eio da ênBase e% aspectos particulares dos indi6$duos< das Ba%$lias ou do %eio sociocultural )ue caracteriza% a %aioria de suas eplicaWes7 *este caso< a nica pergunta poss$6el ao psic5logo reBerese a `por)ue os indi6$duos n;o aprende%`< apontando para u%a ausência de co%pro%isso da Psicologia co% a condi;o %ultideter%inada das circunstncias nas )uais os indi6$duos se #u%aniza%7 -end/ncias atuais do pensa!ento cr&tico e! Psicologia Escolar

A 6is;o tradicional e #ege%nica da Psicologia na Educa;o aci%a apresentada< passou a ser siste%atica%ente denunciada da dVcada de 3< %o%ento no )ualescolar7 se consolida u%a postura cr$tica no e%rasil< rela;oa Kpartir identidade e K Bun;o social do psic5logo endo co%o u%a das principais reBerências o teto de Maria elena Patto 0-< o %o6i%ento de cr$tica pautase< nesse %o%ento< pela constata;o e denncia dos pressupostos te5rico pr=ticos da Psicologia e da Educa;o e pelo diagn5stico e an=lise cr$tica da #ist5ria da Psicologia na Educa;o< enBatizando concepWes progressistas e o tra9al#o coleti6o< entre outros7 A dVcada de 3- assinala u% per$odo pri6ilegiado desse %o6i%ento< %arcado pela tentati6a de descre6er< eplicitar< construir> propor respostas )ue traduze% e% aWes as tendências apontadas na dVcada anterior7 *a atualidade< 6eriBica%os )ue< apesar de persistire% as tendências = assinaladas< tê% ocorrido 6=rias tentati6as de retorno Ks -

Para u%a an=lise das tendências atuais do pensa%ento cr$tico e% Psicologia Escolar< podese consultar tetos das autoras< pu9licados no ano de 2333 no li6ro &si"ologia e Edu"a71o) desa*ios te9ri"o(pr6ti"os organizado e% conunto co% as proBessoras Marilene Proena e Marisa Roc#a7

■fáüà

9fc 0ovi!ento terico e

Concepção

.bordage!

Procedi!entos

-rata!ento -er!ode

terica

refer/ncia

1rige! d o

Por 2uea

proble!a

criança nao

pol&tico

aprende3

Jarinis%o

eoriad o

social

Jo%oudas

Psico%oteria

estesd eA ptid;o ePersonalidade

Educa;o Especial

Criana anor%al

0consolida;o daA ptidWes sociedade

*oindi6$duo

ereditariedade

0deter%inantes #eredol5gicos

Indi6iduais

capitalista Mo6i%ento igienista 0Ba%$lia

A%9ienlalis%o 0Psican=lise e#a6ioris%o

idealizada

Cl$nica e ModiBica;o doCo%porta

Psicodiagn5stico 0o9ser6a;o> entre6ista>#ist5ria de6ida

%ento

Mo6i%ento de

Organicis%o

SadeEscolar

0altera;ona orde% natural da aprendizage% por anor%alidades neurais

Psicoterapia> Criana Orienta;o pro9le%a Xa%iliare Escolar

*acrianae

Condicionar co%porta%entos ade)uados e eli%inar inade)uados

Organicista

Ea%e *eurol5gico e

A%9iente Ba%iliar desaustado

Xatores e%ocionais oucontrole inade)uadodo

seus relaciona%entos 0deter%inantes da personalidade Medica;o>

erapiasde EletroenceBalogra%a reeduca;o

Criana co% JisBun;o distr9iode

cere9ral

co%porta%ento

Xatores orgnicos

aprendizaget 0deter%inantes r neuropsicol5gicos

'**• m& ivcvf/a45

Rei6indicaWes Interacionis%o de %inorias raciais e Vtnicas nos E"A 0acordos de coopera;o rasil  E"A

eoria da pri6a;o> carência cultural

lestes de Aptid;o e Personalidade< Psicodiagn5stico ou ModiBica;o de Co%porta%ento

Liducu=o Co%pensat5ria 0%erenda> esti%ula;o precoce> antecipa;o da escolaridade > progra%as especiais para crianas carentes

Criana carente> deBiciente ou diBerente

 [clei iiin%nlrs sociais e culturais 0n$6el s5cioecon%i co

.6789: I19*

Mundiali>7a;o 0*eoli9eralis%o Pb* Mode%idiide

Socioconslruti6ista< Sociointcracionisla< Socioinleracionisino Conslnili6isla< Coiislnili6isinn I&lS PiilgCliilllO

 Aplica;o de pro6as para a6aliar desen6ol6i%ento> capacidade da criana A6aliaBio de condiWes do a%9iente

 Aguardar %atura;o B$sica das BunWes intelectuais Prepara;o de u%#iente Ba6or=6el K aprendizage%

Criana i%atura

*o processo de desen6ol6i%ento do indi6$duo e% contato co% o %eio ade)uado

 *;o atingiu %aturidade suBiciente  Ausência de a%9iente Bacilitador

Inatis%o< Ani9ienlalisino< Inlrracionisn$o> 0,onslruli6is%o

socioculluiais



ELEI A JE R$cio A* AMACI E MARIS A E"GZ*IA MELILLO MEIRA

concepWes tradicionais< )ue aca9a% sendo incorporadas ao d` so das concepWes deBendidas pelo %o6i%ento de cr$tica< co%o Q o caso por ee%plo das aproi%aWes entre as teorias de Piage &igotski< estudadas por Juarte 0H< 23337 Assi% co%preendidas< essas tendências atuais do pensa e% Psicologia e Educa;o< pode% reaBir%ar< neste in$cio de sVc %o6i%ento de reco%posi;o das ustiBicati6as da ciência psicol5< e pedag5gica para a %anuten;o da realidade educacional no teto da sociedade %ais a%pla< )uadro se%el#ante ao = denunc por Patto 0-7 Jeiando de se posicionar diante das di%ensWes ontol5gi episte%ol5gica e l5gica do con#eci%ento< o retorno Ks eplicaê tradicionais< enco9erto por %eio de u%a no6a linguage%< prepara cen=rio ideol5gico prop$cio Ks %udanas para adaptar o = eiste ao no6o %o%ento #ist5rico social< se% )ue sea )ue_` nar as Binalidades da organiza;o social< da produ;o do con# %ento e dosnecess=rio pr5prios indi6$duos7 *este conteto< a tese a)ui deBendida reBerese ao ro%pinr co% estas tendências< tanto por %eio da eplicita;o de Bunda% tos te5ricoBilos5Bicos e %etodol5gicos )ue per%ita% discutir Bin dades #ist5ricosociais concretas< )uanto pela ênBase e% reBeren ainda pouco eplorado co%o alternati6o K supera;o dos con# %entos ela9orados pela Psicologia e% rela;o K Educa;o7 4!a concep;o cr&tica de Psicologia Escolar o%a%os co%o reBerência te5ricoBilos5Bica e %etodol5gica< o conunto de ela9oraWes da Psicologia< eBeti6ados a partir do Materialis%o ist5rico JialVtico< enBocando as categorias )ue tê% i%plicaWes i%ediatas para a co%preens;o do processo de #u%aniza;c dos indi6$duos no conteto socio#ist5rico atual7 *o n$6el da an=lise so9re o #o%e% e% geral desen6ol6ida por Mar< destaca%os o tra9al#o co%o ati6idade 6ital por %eio do )ual o

A A"ATUO JO PSICbLOGO COMO EPRESSUO JO PE*SAME*O 777 

#o%e% se relaciona co% a natureza e co% os outros #o%ens< criando as condiWes para a produ;o e reprodu;o da #u%anidade_ o car=ter %aterial e #ist5rico do desen6ol6i%ento #u%ano )ue per%ite co%preender as relaWes de produ;o co%o deter%inantes da Bor%a e do contedo das relaWes entre os #o%ens e< Binal%ente< a l5gica dialVtica< cuas categorias centrais  contradi;o< totalidade< particularidade777< 6ia9iliza% o con#eci%ento e a interpreta;o da realidade< considerando a srce% %ultideter%inada e contradit5ria dos Ben%enos< apreendendoos e% sua din%ica #orizontal 0sua #ist5ria de desen6ol6i%ento e 6ertical 0articula;o entre aparência e essência7 Co%o a concep;o Materialista ist5rico JialVtica Boi gestada 6isando K an=lise cr$tica da sociedade capitalista< ela a6eicula< para alV% de u% 6is;o de u%a #o%e% e de sociedade< concep;o Vtica7 I%plica responsa9ilidade se construir no6a orde% social< u%a capaz de assegurar a todos os #o%ens u% presente e u% Buturo dignos7 Eige co%pro%isso pessoal e co% a constru;o de u% con#eci%ento cient$Bico capaz de contri9uir para )ue o #o%e% se o9eti6e de Bor%a social e consciente< tornandose< cada 6ez %ais< li6re e uni6ersal7 A Binalidade epl$cita V o co%pro%isso Vticopol$tico co% a e%ancipa;o #u%ana< estando< portanto< presentes as di%ensWes ontol5gica  Bor%a;o do ser dentro de deter%inadas circunstncias socio#ist5ricas< episte%ol5gica  co%o se con#ece esse processo e a di%ens;o l5gica  l5gica inerente a essa peculiaridade e )ue precisa ser apropriada7 *esse sentido< concorda%os )ue a concep;o cient$Bica so9re o #o%e% e% geral< na 6is;o de Mar< pode dar sustenta;o aos estudos so9re a indi6idualidade>su9eti6idade< u%a tareBa para a Psicologia< assu%ida por Sj6e 0F< &igotski 0H< Leontie6 0F< entre outros7 *o n$6el da Bor%a;o da indi6idualidade< enBoca%os os Bunda%entos da concep;o #ist5rico social do ser #u%ano< tal co%o propWe Leontie6 0F< no teto Ò #o%e% e a cultura`7 Ao eplicitar o %o%ento de constitui;o da natureza social do #o%e%< o autor

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ELE* A JE R!CIO  A*AMACI E MAEIS A E"GZ*IA MELLLO MEIRA

eplica co%o se d= o processo de apropria;o das o9eti6aWes %anogenVricas )ue per%ite a o9eti6a;o do indi6$duo< o lugar co%unica;o e da educa;o 0e% geral e escolar nesse proces se% deiar de considerar )ue tudo isso ocorre e% u%a deter%in circunstncia< no caso< a sociedade capitalista )ue te% a aliena< co%o u%a de suas %arcas7 Co%o n;o #= unidade no reBerido p cesso de apropria;o< por)ue esta Bor%a de organiza;o social caracterizada por diBerenas nas condiWes de 6ida 0Bruto da degualdade econ%ica< de classe e de rela;o co% as a)uisic socio#ist5ricas< a constitui;o da indi6idualidade est= condicion K supera;o do processo de aliena;o7 ` Jiscutindo a aliena;o econ%ica e cultural< o autor aponta e %entos progressistas e reacion=rios da cultura intelectual< ou sea7 ele%entos )ue ser6e% ao desen6ol6i%ento da #u%anidade e a)ue )ue ser6e% ao interesse das classes no poder7 Eplicita< Binal%en a ruptura entre as gigantescas possi9ilidades desen6ol6idas pelo nero #u%ano e a po9reza e estreiteza )ue ca9e aos #o%ens indi6i al%ente co%o a contradi;o )ue caracteriza a sociedade capitali JeBende )ue essa situa;o n;o V eterna por)ue n;o o s;o as re Wes socioecon%icas )ue l#es d;o srce%< colocando a supera dessa realidade co%o u%a possi9ilidade no conteto atual7 Conclu$%os< a partir da an=lise do autor< )ue a supera;o aliena;o s5 se constitui u%a possi9ilidade )uando a co%preen %os por contradi;o 0por)ue o )ue os indi6$duos precisa% para d se li9ertar est= no %es%o conteto )ue a pro6oca< )uando consi ra%os a #istoricidade dos Batos #u%anos e )uando pode%os ent der para transBor%ar as circunstncias7 AlV% disso< V preciso con derar tanto u% processo de educa;o para per%itir a #u%aniza< 0)ue i%plica co%pro%isso co% a supera;o da aliena;o< )u u%a concep;o de Psicologia )ue possa dar sustenta;o< no )ue ela co%pete co%o ciência< a esse processo de educa;o7 E% rela;o K Educa;o< encontra%os na Concep;o ist5ri cr$tica de Sa6iani 02333 a eplicita;o de Binalidades transBor%ado para a Educa;o e para a Psicologia7

A A"ATUO JO PSICbLOGO COMO EPRESSUO JO PE*SAME*O 777 2

Ao discutir as Binalidades da educa;o escolar< destaca o car=ter conser6ador e ao %es%o te%po contradit5rio do proeto 9urguês de escola< pensando por contradi;o tanto as relaWes da escola co% a sociedade< )uanto a Bun;o da escola e os te%as relati6os ao processo educati6o 0contedos< %Vtodos< rela;o proBessor>aluno7 o%a o processo de de%ocratiza;o da educa;o no sentido Bor%al e su9stancial< deBendendo a garantia de acesso e per%anência na escola< co%o u%a condi;o de #u%aniza;o no sentido da ònilateralidade` D7 O autor per%ite apresentar< co%o ele%entos )ue garanta% a transBor%a;o da escola e% instru%ento de e%ancipa;o:  a natureza e a especiBicidade do tra9al#o da escola< enBatizando a sele;o e organiza;o dos contedos 9ase=no sa9er uni6ersal 0cl=ssico>erudito< o %o6i%ento de continuidade 0co% a)uilo )ue co% o aluno sa9e e ruptura 0)uando o proBessor apresenta< introduz no6os con#eci%entos e a discuss;o so9re as pr=ticas di=rias 0o )ue> co%o>para )ue Bazer< a Bi% de garantir a transBor%a;o a partir da educa;o escolar_  a co%petência tVcnicopedag5gica do proBessor para selecionar os contedos e os procedi%entos de ensino e o co%pro%isso pol$tico co% os pressupostos e as Binalidades de e%ancipa;o_  o lugar do proBessor co%o coordenador da a;o educati6a e o tra9al#o coleti6o_  a co%preens;o da escola co%o u% local< ao %es%o te%po< conser6ador e re6olucion=rio )ue diBunde a cultura< )ue V ao %es%o te%po Bict$cia e 6erdadeira7 As pr=ticas pedag5gicas i%prescind$6eis a u%a educa;o escolar e%ancipat5ria< enBocadas por Girou 0H< acrescenta% aspectos i%portantes a respeito da natureza ati6a da participa;o dos alunos e dos proBessores no espao da educa;o escolar7 Propondo o proBessor co%o %ediador entre os alunos e o con#eci%ento e o con#eci%ento co%o %edia;o entre os )ue aprende%< o autor anuncia )ue as relaWes e% sala de aula de6e% garantir a aprendizage% D

Para aproBundar essa discuss;o< ler Manacorda 07

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ELE*A JE R!CIO A*AMACI E MARISA E"GZ*IA MELILLO MEIRA

do pensa%ento cr$tico7 ProBessores e alunos de6e% ir alV% do oc$nio Brag%entado< 9uscando a srce% do con#eci%ento para : %itir a autoria dos pr5prios atos7 Je6e% aprender por)ue certos lores s;o i%prescind$6eis K 6ida #u%ana< indignandose diante Boras contrarias K )ualidade da eistência #u%ana< despei pai;o e oti%is%o e% rela;o Ks possi9ilidades de u% %undo l#or7 ConBor%e Suc#odolski 0-< o processo de Bor%a;o gera7 espec$Bica dos indi6$duos de6e le6=los aresponsa9izarse pela Bor%a;o da realidade socio#ist5rica atual7 Ainda discutindo o espao espec$Bico  e poss$6el nas circ tncias atuais  da escola no processo de transBor%a;o da so , de< Pucci 0D sinaliza na dire;o da constru;o de u%a co%pro%etida co% a transBor%a;o #u%ana e social< destacan  a educa;o das consciências< para )ue os indi6$duos posm to%ar distncia do %aterial a ser interpretado< %es%o te apreendendo no #iato presente e u% Buturo radical% diBerentes< as ao contradiWes a sere% superadas porentre a;ou% indi6id, e social_  a necessidade de ro%per co% a autoconBiana e a autos_ Bac;o do senso co%u% para resistir>superar o estado esta9ele das coisas< indignandose co% a realidade_  o resta9eleci%ento das condiWes de autono%ia< li9erdade consciência dos indi6$duos< tra9al#ando co% o con#eci%ento nec s=rio ao ro%pi%ento da consciência do%esticada pela 6ia da Bo ;o cultural_  a i%portncia da conscientiza;o dos %ecanis%os su9eti6 da do%ina;o e dos %oti6os )ue le6a% a ela< para )ue a su9%is` se torne insuport=6el e o deseo de 6i6er %el#or to%e conta indi6$duos7 *este conteto< considera%os unta%ente co% Sj6e 0F Juarte 04 e &igotski 0H )ue ca9e K Psicologia oBerecer s s$dios para o desen6ol6i%ento de u%a concep;o cient$Bica do indi6 duo< entendido co%o s$ntese da #ist5ria social da #u%anidade< cuo desen6ol6i%ento de6e consciente%ente participar para asseg


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:! sua e%ancipa;o7 ratase de to%ar co%o tareBa ta%9V% da Psicologia o esta9eleci%ento de %ediaWes entre o desen6ol6i%ento M$t5ricosocial da #u%anidade e a 6ida particular dos indi6$duos7 E se no %o%ento atual as relaWes entre os #o%ens tê% Ba6orecido a aliena;o< de6ese ressaltar )ue estas %ediaWes te5ricas n;o pode% apenas eplicar co%o e por)ue os indi6$duos age% ou s;o de u%a ou de outra %aneira< %as de6er;o ta%9V% 9uscar responder co%o e por)ue os indi6$duos pode% 6ir a agir ou tornare%se seres e%ancipados7 A concep;o de Psicologia de &igotski H 0H<<2333<233 enBrenta esse desaBio< %arcada por princ$pios )ue caracteriza% a ela9ora;o de estudos da Psicologia< desen6ol6idos a partir do Materialis%o ist5rico JialVtico7 Entendendoa co%o ciência )ue se propWe a eplicar co%osu9eti6o a partir do o9eti6o 0)ueeVos #ist5rica e social%ente deter%inado se constr5i o %undo do%undo indi6$duo< &igotski de%ais autores citados aci%a eplicita% tanto a concep;o Bilos5Bico%etodol5gica )ue e%9asa as an=lises da Psicologia< )uanto os procedi%entos e as BunWes de tal con#eci%ento_ n;o reduze% ò pensa%ento e a a;o #u%ana a deter%inaWes do psi)uis%o indi6idual`< n;o parte%< portanto< `de u% errneo pri%ado ontol5gico do indi6$duo`< %as das relaWes sociais para c#egar K `9iograBia` do indi6$duo e retornar ao social_ n;o reduze% o conceito de indi6$duo K descri;o das caracter$sticas de indi6$duos e% geral 0indi6$duos e%p$ricosF7 O proeto principal de &igotski 0H constituiuse no estudo dos processos de transBor%a;o do desen6ol6i%ento #u%ano e% H

A)ui Bize%os u% recorte no interior da Psicologia So6iVtica< para situar as contri9uiWes de &igotski< )ue estudou principal%ente a)ueles te%as )ue nos per%ite% aproi%ar a Psicologia da Educa;o7 Entre outros< poder$a%os ainda 9uscar as contri9uiWes de Aleander Ro%ano6ic# Luria e de Aleei *icolae6ic# Leontie6 e de outros representantes da Psicologia So6iVtica< tais co%o inc#enko< Petro6iski< Ja6ido6< AndrVe6a< conBor%e indica;o de Marta S#uare 037 F Para an=lise dos princ$pios )ue caracteriza% os estudos da Psicologia< desen6ol6idos a partir do Materialis%o ist5rico JialVtico< consultar as Bontes utilizadas para as citaWes< alV% dos tetos de Lucien Sj6e  Maris%o e a eoria da Personalidade 0F e do teto de *eton Juarte  A Indi6idualidade parasi 047

24 ELE*IA JE Ricio A* AMACI E MARISA E"GZ*IA MELILLO MEIRA

sua di%ens;o BilogenVtica< #ist5ricosocial e ontongenVtica< do c#egar atV K di%ens;o %icro genVtica  Bor%a;o e %aniit ;o de deter%inado processo psicol5gico7 Priorizou as BunWe$ col5gicas superiores  controle consciente do co%porta%en ;o>pensa%ento a9strato>capacidade de planea%ento< as %u )ualitati6as do co%porta%ento< a educa;o e% geral e escolar seu papel no desen6ol6i%ento7 A Binalidade de seu tra9al#e redeBinir o %Vtodo de co%preens;o do Ben%eno #u%ano< para co9rir o %eio pelo )ual a natureza social se torna a psicol5gici indi6$duos7 Para tanto< destaca o cVre9ro co%o 5rg;o %aterial da ati6i %ental< )ue ta%9V% se adapta Ks transBor%aWes no %eio B$si social_ o processo de internaliza;o )ue per%ite a apropriam conceitoslinguage rela;o aprendizage%>desen6ol6i%ento< a consciência e as e%o o autor supera as concepWes inatistas< a%9ientalistas e interacioni )ue reBora% a idVia de deter%inis%o prV6io 0inato ou ad)uiri deBendendo a perspecti6a socio#ist5rica ou #ist5ricocultural eplicar tais te%as relati6os ao desen6ol6i%ento #u%ano7 o%a o pensa%ento e a linguage% co%o processos de srce 9iopsicol5gica diBerentes e desen6ol6i%ento independente< %as ) se relaciona% para per%itir o Bunciona%ento psicol5gico superi A linguage%< i%pulsionada pela necessidade de co%unica;o< e pressa o pensa%ento e age co%o organizadora do %es%o e

A A"ATUO JO PSICbLOGO COMO EPRESSUO JO PE*SAME*O 777 2D

rrocesso de internaliza;o< %edeia a a;o dos indi6$duos7 Portanpara o autor< a co%unica;o V Bator de desen6ol6i%ento7 Je6e [er clara< precisa< pro6ocar d6idas e o deseo de iniciar no6os ::[cessos construti6os7 *o )ue se reBere K rela;o aprendizage%>desen6ol6i%ento< er:ca )ue a aprendizage% 0escolar e etraescolar possi9ilita e %o%enta o processo de desen6ol6i%ento e )ue ele V din%ico 0n;o gradati6o< ne% de e6olu;o progressi6a ou de acu%ula;o )uantiti6a< co%o no caso das outras concepWes< no )ual est=gios de relati6a esta9ilidade sucede% per$odos de %udanas radicais< co% ênBase nos %o%entos de crise7 Je acordo co% a perspecti6a [ocio#ist5rica< o desen6ol6i%ento ocorre no n$6el real 0a)uilo )ue o %di6$duo = V capaz de Bazer s5 e por %eio da ona)ue deBaz Jesen6ol6i%ento pela diBerena entre o )ue V capaz de Bazer s5 e a)uilo co% auda e )uePr5i%o eplica ao9tida possi9ilidade de no6as aprendizagens7 *esse caso< a educa;o escolar de6e produzir desen6ol6i%ento  )ue segue a aprendizage% e cria a ona de Jesen6ol6i%ento Pr5i%o7 O ensino de6e estar 6oltado para no6os con#eci%entos7 E a Psicologia de6e estudar co%o os indi6$duos ela9ora% conceitos< enBatizando as estratVgias< os erros< o processo de generaliza;o7 A teoria de &igotski le%9ra ainda )ue a Bor%a;o da consciência indi6idual en6ol6e as relaWes entre pensa%ento>linguage%< desen6ol6i%ento>aprendizage%< o signiBicado das %es%as e os aBetos e e%oWes )ue oBerece% as condiWes para sua ela9ora;o7 Jesse %odo< para o autor< o pensa%ento te% srce% na esBera %oti6acional 0deseos< necessidades< interesses< aBetos777 )ue eplica% o por)uê de sua eistência7 Os aspectos da teoria do autor a)ui ressaltados per%ite% eplicitar espaos %uito 9e% deli%itados para a Psicologia e para a Educa;o< no conteto da constitui;o #ist5ricosocial dos indi6$duos7 E% a%9os os casos< a Binalidade seria Ba6orecer os processos de #u%aniza;o e a reapropria;o da capacidade de pensa%ento cr$tico7

2H

ELE*IA JE R!CIO A*AMACI E MARISA E"GZ*IA MELILLO MEIRA

*o )ue se reBere K educa;o< este o9eti6o concretizase por da 6aloriza;o do papel da escola para tra9al#ar co% o )ue ai est= Bor%ado no aluno 0adiantandose ao seu desen6ol6i%ento77 controle das ati6idades< se%pre pri6ilegiando a autono%ia< a criatih[ a auto%oti6a;o e a diBerencia;o7 Ainda< a ênBase no papel d_ Bessor co%o %ediador na din%ica das relaWes interpessoais rela;o da criana co% os o9etos do con#eci%ento< ressalt lugar i%portante para a i%ita;o e para o 9rin)uedo7 E% rela;o ao espao da Psicologia< ca9e u% posicion diante das Binalidades sociais da Educa;o e da pr5pria Psi co%o ciência< se%pre pautado na eplicita;o e con#eci%ento pressupostos te5ricoBilos5Bicos e %etodol5gicos )ue Bunda, sua a;o e reBle;o_ a redeBini;o do seu o9eto de estudo< enB o %odo co%o a ati6idade dos alunos V deter%inada pela Edu"F a desco9erta dassociais leis psicol5gicas )ue rege% processo7 C ainda< aescolar considera;o dos dos deter%inantes e dos aspectos eti6osesse inerentes K organiza;o e K deBini;o pro9` de ensinoaprendizage%< 6isando a transBor%a;o do tra9 escola7 A atua;o do psic5logo de6e 6isar u%a %ultiplici aWes< u%a 6ez )ue a identidade proBissional est= nas Binali sere% atingidas por recursos te5ricos e pr=ticas diBerenci pes)uisa n;o pode se constituir e% %era in6estiga;o cient$Bica< produzir eBeitos< e per%itir a participa;o de todos no proa transBor%a;o dos resultados e% aWes concretas para transBi a realidade7 Pode%os ent;o concluir )ue o reBerencial a)ui apresentado %ite o recon#eci%ento de lugares espec$Bicos no interior do p so de #u%aniza;o dos indi6$duos< K XilosoBia ca9endo as Binali 0por )ue e para )ue tal processo_ K Psicologia< a eplica;o de a aprendizage% e o desen6ol6i%ento ocorre% e K Educa;o E a eBeti6a;o da educa;o>aprendizage% por %eio de recursos g5gicos concreta%ente organizados pelo proBessor7 Se esta%os considerando )ue a Educa;o V o principal cesso por %eio do )ual os indi6$duos se o9eti6a% co%o #u

A A"ATUO JO PSICbLOGO COMO EPRESSUO JO PE*SAME*O 777 27

iQropriandose dos 9ens produzidos pelo conunto dos #o%ens7 ue a Psicologia V a ciência )ue se propWe a eplicar co%o a partir do %undo o9eti6o se constr5i o %undo su9eti6o do indi6$i o7 ent;o os processos de su9eti6a;o>o9eti6a;o do %undo [ocial pelos indi6$duos s;o o seu o9eto de estudo7 E a Psicologia n;o pode desconsiderar a di%ens;o educati6a e% )ual)uer de suas =reas de estudo>atua;o>Bor%a;o7 A Psicologia Escolar n;o pode ser co%preendida co%o especialidade na Bor%a;o do psic5logo< e%9ora ten#a especiBicidades7 *ecessaria%ente< #= )ue e re6er a Psicologia na Educa;o< atri9uindol#e u% no6o sentido< alV% de u% outro lugar ao psic5logo7

27 A A"ATUO JO PSICbLOGO ("*O A JEMA*JA JE "EIA ESCOLAR o psic5logo %ediador no processo de ela9ora;o das condiWes aSitua%os supera;o da )ueia co%o escolar< u%a de%anda Bre)ente%ente presente e% nossonecess=rias tra9al#o7 para Para tanto< deBende%os a aprendizage% dos conceitos cotidianos e cient$Bicos co%o a ati6idade principal da criana para garantir o seu processo de #u%aniza;o< u%a 6ez )ue ela possi9ilita e %o6i%enta o processo de desen6ol6i%ento do pensa%ento< tendo a linguage%< a consciência e as e%oWes co%o %ediadoras desta a;o7 Assi%< pode%os to%ar co%o o9eto de estudo>inter6en;o da Psicologia na Educa;o< o %odo co%o esta ati6idade da criana V deter%inada pela Educa;o e% geral e>ou escolar< alV% da desco9erta das leis psicol5gicas )ue rege% este processo7 *o )ue co%pete K a;o do psic5logo< propo%os a descri;o e an=lise da rela;o entre o processo de produ;o da )ueia escolar e os processos de su9eti6a;o>o9eti6a;o dos indi6$duos nele en6ol6idos< co%o u%a %edia;o necess=ria K supera;o das #ist5rias de Bracasso escolar7

28 ELE*A JE R!CIO A*AMACI E MARISA E"GZ*IA MELO MEIRA

erert@ tinha dois anos de idade #uando em di7>es pre"6rias de saHde e *inan"eiras de sua *i+ *oi le
As an=lises te5ricopr=ticas da atua;o do psic5logo ser;o aco%pan#adas< no do teto< de trec#os retirados do relat5rio de u% tra9al#o desen6ol6ido e% 2332 pelas estagi=rias Aline Luzia Pa6an e CVlia Regina da Sil6a do curso de gr e% Psicologia da "*ESPauru< respecti6a%ente e super6isionado por Ele R$cio ana%ac#i7 Para e6itar identiBica;o< o no%e do cliente Boi su9stitu$do7

A A"ATUO JO PSICbLOGO COMO EPRESSUO JO PE*SAME*O 777 2

aula e apesar de "opiar muito em #uando #uer n1o sae ler nada+ S9 eplica;o>a;o conunta7

4O

ELE*IA JE R!CIO A*AMACI E MARIS A E"GZ*IA MEL"LO MEIRA

/ pro*essora disse #ue erert tem prolemas aprender por#ue es até de coordenadora>diretora e e ser6aWes na escola o )ue acontece )uando a proBessora enm, )ue ensina< )uando os alunos aprende%< )uando n;o aprend )ue ocorre )ue Ks 6ezes n;o d= 6ontade de ensinar< de aprenq )ue acontece )uando os alunos Baze% u%a parte do )ue V solicii uando o aluno V enca%in#ado ao %Vdico< ao psic5logoQ777 3 ocorre )uando o proBessor pede audaQ777 / m1e adoti
A A"ATUO JO PSICbLOGO COMO EPRESSUO JO PE*SAME*O 777 4

erert n1o #uer *alar nem es de seu dia(a(dia ele eso*eteia os one"os :inga a psi"9loga di' #ue ela n1o sae de nada e #ue n1o es+ 5omo "ontar esta hist9ria a todos- Es#ue"e(se #ue a hist9ria poderia ser elaorada por todos desde #ue "ada um dei:asse de entender #ue esta é tare*a e:"lusi
32 ELE*A JE R!CIO A* AMACI E MA!OSA E"GZ*IA MELILLO MEIRA

erert sem "onhe"er estas e:pe"tati

so desco9rir por esse %eio a 6erdadeira rela;o )ue su9az nesses processos por detr=s da Bor%a eterior de suas %aniBestaWes7 Jes6elar essas relaWes V a %iss;o )ue #= de cu%prir a an=lise7 Para dar conta desse tra9al#o< Collares e MosVs 0F sugere% )ue o psic5logo de6e ol#ar n;o para o )ue a criana n;o te% e n;o sa9e< %as para o )ue ela sa9e e gosta de Bazer7 Assi% co%o indica Meira 02333< o proBissional de6e articular o processo de a6alia;o>inter6en;o a partir da)uilo )ue todos apresenta% co%o dados concretos< = con#ecidos< co%o entende% e age% nas situaWes apresentadas7 *esse caso< co% a criana o9ser6a%os nas ati6idades realizadas durante os encontros< os aspectos )ue est;o relacionados co% nossa in6estiga;o< ele%entos )ue re6ela% seu potencial de aprendizage% )uando colocada diante de situaWespro9le%a< Co% para a Ba%$lia ea e escola< in6estiga%os as concepWes< as #ip5teses so9re a `)ueiaès de humani'a71o pela es "omo moti
34 ELE*A JE R!CIO A*AMACI E MARIS A E"GZ*IA MELILLO ME/A

ele Kmanda K a psi"9loga ou a m1e e o pai es"re< resultado dos ogos+++ Ele n1o utili'a a linguagem um re"urso nas rela7>es "otidianas ou mesmo res+++ /s pessoas n1o "ones pre"isa ser "or Ne"essita entender(se dentro do pro"esso de al*a 71o pode estaele"er uma outra rela71o "om o seu "esso de aprender a ler es"re
m


4D

"om erert e em outras "ir"unstTn"ias semelhantes+++ Ele #uer "ontar tudo isso para a *am$lia iol9gi"a e pede  psi"9loga Kes a serem preser
4H

ELE*IA JE R!CIO A*AMACI E MARISA E"GZ*IA MELILLO MEIRA

C psi"9logo "omo mediador na e*etisituaWes geradores  de possi9ilidades de tra9al#o: diWes necess=rias para pro6ocar< desaBiar as pessoas en6ol6 e% 9usca da supera;o das condiWes postas no %o%ento< por da `)ueia`_ geradores< enBi%< da ati6idade principal da crian_ condi;o de participa;o de pais< proBessores e crianas7 Qm dia erert entra na sala de atendimento em dire71o a um "arrinho de omeiros l6 es#ue / psi"9loga tinhaes"olares planeadosustitui outro en"aminhamento a
Parte da Bunda%enta;o te5rica utilizada para a organiza;o dessa estra, apropriada do conunto de ela9oraWes desen6ol6idas por Celestin Xreinet c Xreire7


erert moti
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ELE*A JE Rlcio A*AMACI E MARIS A E"GZ*IA MELOLO

 Jin%icas )ue per%ita% ultrapassar os li%ites locados pela `)ueia`7 _  Em uma dinTmi"a en
A A"ATUO JO PSICbLOGO COMO EPRESSUO JO PE*SAME*O 4

ê cada u% no coleti6o  to%ado co%o o espao de %aniBesta;o : :s diBerentes n$6eis de con#eci%ento7 5ada "rian7a sele"iona uma atie naNa lousa+++ Muando pula letras palaes mensais a aties
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ELE*A JE R!CIO A*AMACI E MARISA E"GZ*IA MELILLO MEIRA

Noutra reuni1o a m1e "onta #ue o *ilho n1o o remédio #ue o neurologista passou ?ela des"ol ele oga es+ ^ "9loga prepara te:to para e:pli"ar a l9gi"a de ter

erert #ueria ir  "asa da *am$lia iol9gi"a+ / psi"9loga mar"a reuni1o na "asa da *am$lia adoti
42 ELE*IA JE R!CIO A*AMACI E MARISA E"GZ*IA MELILLO MEIRA

"om a psi"9loga e o pai+ Nos detalhes di'ia) KEm) *oi o dia #ue eu des"ori #ue saia ler e es"re
47 A A"ATUO JO PSICbLOGO EM I*SI"ITfES JE E*SI*O o%ando co%o Bunda%ento as categorias do pensa% co e suas epressWes nos pressupostos da Pedagogia rstica e da Psicologia socio#ist5rica< deBende%os )ue o o9eto logo e% u%a institui;o de ensino  escolas de educa;o ensino Bunda%ental e %Vdio_ crec#es_ uni6ersidades_ proi cacionais ligados a diBerentes instituiWes p9licas e pri6ac l#os de educa;o popular< etc  V o encontro entre os su educa;o e a Binalidade central de seu tra9al#o de6e ser a ur


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9uir para a constru;o de u% processo educacional )ue sea capaz de socializar o con#eci%ento #istorica%ente acu%ulado e de contri9uir para a Bor%a;o Vtica e pol$tica dos sueitos7 Assi%< o principal critVrio para a deli%ita;o das =reas de inter6en;o %ais i%portantes relacionase direta%ente co% a deBini;o do )uanto a atua;o da Psicologia pode contri9uir para )ue a escola cu%pra sua Bun;o social7 *esta perspecti6a< o psic5logo n;o V u% `resol6edor` de pro9le%as< u% %ero di6ulgador de teorias e con#eci%entos psicol5gicos< %as u% proBissional )ue dentro de seus li%ites e de sua especiBicidade< pode audar a escola a re%o6er o9st=culos )ue se interpWe% entre os sueitos e o con#eci%ento e a Bor%ar cidad;os por %eio da constru;o de pr=ticas educati6as )ue Ba6orea% processos de #u%aniza;o e reapropria;o da capacidade de pensa%ento cr$tico7 Para dar conta dessa tareBa< o psic5logo de6e co%preender de Bor%a %ais aproBundada tanto as %aneiras pelas )uais o tra9al#o educati6o produz nos indi6$duos singulares a #u%anidade )ue V produzida #ist5rica e coleti6a%ente pelo conunto dos #o%ens 0Sa6iani< 7 dese%pen#ando o papel de ati6idade %ediadora entre a esBera da 6ida cotidiana a as esBeras n;ocotidianas de o9eti6a;o do gênero #u%ano 0Juarte< D< )uanto as BunWes e a natureza social do desen6ol6i%ento cogniti6o< dos aBetos e e%oWes no processo de #u%aniza;o desses indi6$duos pela 6ia da apropria;o da cultura7 Esta Bunda%enta;o pode tornar o proBissional capaz de contri9uir para o processo de des6ela%ento ideol5gico de u%a sVrie de idVias e concepWes cristalizadas e co%9ater e% diBerentes instncias as eplicaWes psicologizantes )ue 9usca% resituar os pro9le%as educacionais co%o pro9le%as dos pr5prios alunos7 8 e6idente )ue cada institui;o apresenta necessidades e particularidades )ue de6e% ser co%preendidas< respeitadas e tra9al#adas7 *o entanto< parecenos oportuno apresentar neste teto alguns ele%entos )ue pode%< e% algu%a %edida< contri9uir para o delinea%ento de propostas de inter6en;o Bundadas e% Binalidades transBor%adoras7

44 ELE*A JE R!CIO A*AMACI E MARISA E"GZ*IA ME"ILO M

Para Bacilitar a eposi;o< apresentare%os estas ganizadas e% três t5picos: Bunda%entos< %etodologia e do tra9al#o e% instituiWes de ensino7 Principais funda!entos do trabal=o e! instituiç>es de

Co%o = e6idencia%os anterior%ente< independente social e da =rea de atua;o )ue o psic5logo escolar estea as 9ases Bilos5Bicas e te5ricas nas )uais assenta seu tra9al9%es%as< desde )ue elas l#e garanta% a co%preens;o e a pos de inter6en;o cr$tica e co%petente e% contetos educati6oQ Entretanto< V preciso destacar )ue o tra9al#o e% i educacionais apresenta certas especiBicidades )ue eige% Bissional o do%$nio %ais aproBundado de algu%as %ediact cas< dentre as )uais destacare%os três )ue nose pareceu i%portantes: a co%preens;o de poss$6eis articulaor teorias de aprendizage% pr=ticas %ais educati6as_ a an=lise cr` espao social da sala de aula e a concep;o de con#eci%ec: instru%ento do 6ir a ser7 /rti"ula71o entre teorias da aprendi'agem e pr6ti"as pedag9gi"as ConBor%e aponta Antunes 02333< ao longo de nossa Psicologia tornouse parte constituti6a do pensa%ento edu 9rasileiro7 Isso signiBica )ue V poss$6el localizar co% %aior ou %: de clareza e i%portncia diBerentes contri9uiWes da Psicolo 6enientes de 6ariadas tendências te5ricas< nos pr constituti6os dos ide=rios pedag5gicos )ue Bunda%enta% p propostas educacionais no rasil7 E< se V 6erdade )ue os con#eci%entos psicol5gicos po ti6a%ente contri9uir para a ela9ora;o de propostas %ais co


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)ue resulte% e% %el#orias do processo ensino aprendizage%< V `7`7ia%ental )ue o psic5logo escolar co%preenda e do%ine tanto os gerenciais da psicologia< )uanto da educa;o7 Eiste% %ltiplas possi9ilidades de articula;o entre teorias ie aprendizage% e pr=ticas pedag5gicas7 *esse teto< destaca%os te%a das relaWes entre desen6ol6i%ento e aprendizage% e% a%a perspecti6a socio#ist5rica7 "% processo pedag5gico )ualitati6a%ente superior pode ser onstru$do por %eio de in%eros ca%in#os e< neste sentido< n;o eiste u%a deBini;o suBiciente%ente a%pla )ue possa dar conta de todas as possi9ilidades7 *o entanto< pode%os aBir%ar de %aneira geral e u% tanto 596ia< )ue u% 9o% ensino V a)uele )ue garante u%a aprendizage% eBeti6a7 *este sentido< u% 9o% proBessor V a)uele )ue d= conta de ensinar seus alunos7 Mas< o )uetais V preciso )ue u% proBessorsal=rios ensinedignos< de BatoQespaos Poder$a%os enu%erar u%a sVrie de condiWes co%o: para Bor%a;o ade)uada< de estudo e reBle;o< 6aloriza;o social e tantas outras %ais7 E%9ora estas sea% )uestWes Bunda%entais< neste %o%ento< 6a%os analisar de Bor%a %ais detida o 6alor e a i%portncia de u%a ade)uada co%preens;o do desen6ol6i%ento #u%ano e de suas articulaWes co% a aprendizage% e as relaWes sociais< = )ue n;o se pode 6erdadeira%ente ensinar se n;o se considerar co%o o aluno aprende< ou ainda< por)ue Ks 6ezes ele n;o aprende7 Se a escola V a instncia socializadora do con#eci%ento #istorica%ente acu%ulado e se a Binalidade da a;o docente se concretiza na tareBa de ensinar e ensinar 9e%< V preciso )ue o proBessor selecione tanto os ele%entos culturais )ue precisa% ser assi%ilados pelos alunos< )uanto as Bor%as %ais ade)uadas para atingir este o9eti6o7 Je acordo co% Sa6iani 02< os educadores de6e% nortear sua a;o a partir de três o9eti6os Bunda%entais: a identiBica;o das Bor%as %ais desen6ol6idas e% )ue se epri%e o sa9er o9eti6o social%ente produzido_ a transBor%a;o deste sa9er o9eti6o e% sa9er escolar )ue possa ser assi%ilado pelo conunto dos alunos e a garan

-H

ELE*IA JE Rlcio A*AMACI E MARISA E"GZ*IA ME"LLO MEIRA

tia das condiWes necess=rias para )ue estes n;o apenas se ap e% do con#eci%ento< %as ainda ele6e% seu n$6el de co%pr so9re a realidade7 Mas a tareBa docente 6ai %uito %ais alV%< = )ue ap5s ter nido os contedos e deli%itado a %etodologia e os recursos p gicos a sere% utilizados< o proBessor ainda te% de enBrentar u desaBio: o Bato de )ue ne% todos aprende% do %es%o % %es%o %o%ento e rit%o7 AlV% disso< alguns alunos parece ples%ente n;o aprender nada7 Jentre as 6=rias eplicaWes para o n;o aprender ) Bre)ente%ente utilizadas nos %eios educacionais< a %ais com V a)uela )ue parte da idVia de )ue os alunos n;o aprende% n;o est;o `prontos`7 "%a an=lise cr$tica desse tipo de a9ordage% deno %aturacionista aponta para pelo %enos duas )uestWes pri%eiroselugar< a aBir%a;o i%aturidade neurol5gica< lectualeplicaWes ou e%ocional da crianapris5E% V poss$6el to%ar%os o co%ode padr;o< o )ue signiBica )ue essas descons )ue o ser #u%ano V #ist5rico e est= e% u% per%anente p de constru;o7 ConBor%e aponta% Collares e MosVs 0 conceito de i%aturidade colocado nesses ter%os n;o possui %a legiti%idade cient$Bica< = )ue< desde o nasci%ento e ao Io toda a sua 6ida< o ser #u%ano apresenta as caracter$sticas : e%ocionais e cogniti6as ade)uadas e con6enientes a cada % to deter%inado< ou sea< n;o pode%os considerar a criana u% ser i%aturo pelo si%ples Bato de diBerenciarse de u% a Interessanos< outrossi%< discutir de Bor%a %ais aproBu segunda )uest;o< )ue se relaciona co% o pressuposto %ais g Bunda%enta essa Bor%a de co%preender as diBiculdades de zage% dos alunos: a idVia de )ue ela depende direta%ente do 6ol6i%ento7 Esta perspecti6a considera )ue deter%inados apresenta% diBiculdades por)ue n;o atingira% o n$6el de dese %ento psicointelectual necess=rio7 Assi%< o proBessor n;o p sinar por)ue estes alunos n;o tê% condiWes de aprender<

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ELE*IA JE R!CIO A*AMACI E MARIS A E"GZ*IA MELILLO MEIRA

tia das condiWes necess=rias para )ue estes n;o apenas se aprop`, e% do con#eci%ento< %as ainda ele6e% seu n$6el de co%preens, so9re a realidade7 Mas a tareBa docente 6ai %uito %ais alV%< = )ue ap5s ter deBinido os contedos e deli%itado a %etodologia e os recursos pedag5gicos a sere% utilizados< o proBessor ainda te% de enBrentar u% no6o desaBio: o Bato de )ue ne% todos aprende% do %es%o %odo< no %es%o %o%ento e rit%o7 AlV% disso< alguns alunos parece% si%ples%ente n;o aprender nada7 Jentre as 6=rias eplicaWes para o n;o aprender )ue s Bre)ente%ente utilizadas nos %eios educacionais< a %ais con#eci V a)uela )ue parte da idVia de )ue os alunos n;o aprende% por)u n;o est;o `prontos`7 "%a an=lise cr$tica desse tipo de a9ordage% deno%ina %aturacionis$a aponta para pelo %enos :

duas )uestWes princip`s5E% pri%eiroselugar< a aBir%a;o de i%aturidade neurol5gica< i lectual e%ocional da criana V poss$6el to%ar%os o ad co%o padr;o< o )ue signiBica )ue essas ou eplicaWes desconside )ue o ser #u%ano V #ist5rico e est= e% u% per%anente procede constru;o7 ConBor%e aponta% Collares e MosVs 0H7 conceito de i%aturidade colocado nesses ter%os n;o possui ne %a legiti%idade cient$Bica< = )ue< desde o nasci%ento e ao longo toda a sua 6ida< o ser #u%ano apresenta as caracter$sticas B$si e%ocionais e cogniti6as ade)uadas e con6enientes a cada %o to deter%inado< ou sea< n;o pode%os considerar a criana u% ser i%aturo pelo si%ples Bato de diBerenciarse de u% aduL Interessanos< outrossi%< discutir de Bor%a %ais aproBunda segunda )uest;o< )ue se relaciona co% o pressuposto %ais ger Bunda%enta essa Bor%a de co%preender as diBiculdades de ap zage% dos alunos: a idVia de )ue ela depende direta%ente do 6ol6i%ento7 Esta perspecti6a considera )ue deter%inados apresenta% diBiculdades por)ue n;o atingira% o n$6el de desen %ento psicointelectual necess=rio7 Assi%< o proBessor n;o p sinar por)ue estes alunos n;o tê% condiWes de aprender<


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restando outra alternati6a a n;o ser esperar )ue eles Bi)ue% `%aduros`< para s5 ent;o cu%prir sua Bun;o social7 Considera%os )ue para ro%per%os co% o %aturacionis%o V preciso transBor%ar a concep;o de con#eci%ento e de co%o ele pode ser trans%itido pelos proBessores e apropriado pelos alunos7 E% outras pala6ras< V preciso co%preender de u%a no6a Bor%a as relaWes entre desen6ol6i%ento e aprendizage%7 Encontra%os esse no6o ol#ar nas contri9uiWes de L7 S7 &igotski< para )ue% o principal Bato #u%ano V a trans%iss;o e assi%ila;o da cultura7 Assi%< a aprendizage% V alada a u%a posi;o de etre%a i%portncia< na %edida e% )ue se constitui e% condi;o Bunda%ental para o desen6ol6i%ento das caracter$sticas n;o naturais< Bor%adas n$6el #istorica%ente7 &gotsk 0FF concorda )ue eiste#u%anas u%a rela;o entre u%%as deter%inado de desen6ol6i%ento e a capacidade ou co%petência para a aprendizage% de certos contedos7 *o entanto< a grande ino6a;o proposta por ele V a deBesa de )ue n;o eiste u% nico n$6el de desen6ol6i%ento< %as si% dois: o n$6el de desen6ol6i%ento atual e a zona de desen6ol6i%ento pr5i%o 0no rasil ta%9V% s;o utilizadas as epressWes potencial e proi%al7 O n$6el de desen6ol6i%ento atual corresponde ao n$6el de desen6ol6i%ento da criana )ue Boi conseguido co%o resultado de u% processo de desen6ol6i%ento = realizado7 O proBessor atento aos seus alunos pode perce9er o n$6el de desen6ol6i%ento eBeti6o de seu grupo o9ser6ando o )ue cada u% V capaz de realizar de %aneira independente< ou sea< o )ue = V poss$6el e% Bun;o do desen6ol6i%ento )ue Boi eBeti6ado atV o %o%ento7 *o entanto< essas epressWes n;o s;o capazes de eplicar co%pleta%ente o processo de desen6ol6i%ento das crianas7 8 necess=rio ainda )ue se 9us)ue apreender a zona de desen6ol6i%ento pr5i%o )ue corresponde ao )ue a criana V capaz de realizar co% a auda de adultos ou co%pan#eiros %ais eperientes7 razendo essa discuss;o para o uni6erso da sala de aula< tais reBleWes aponta% )ue o Bato dos alunos n;o conseguire% realizar

- ELE*IA JE R!CIO A*AMACI E MARIS A E"GZ*IA MELIIO MEIRA

sozin#os deter%inadas ati6idades n;o signiBica )ue eles n;o condiWes para tanto7 Ocorre )ue< na)uele %o%ento< as c des cogniti6as necess=rias K realiza;o das tareBas propostas tra%se e% processo de Bor%a;o< raz;o pela )ual esses ai cessita% do au$lio do proBessor< )ue pode 6ir e% Bor%a de eplicaWes< apoio aBeti6o< ati6idades diBerenciadas< organ:^ tra9al#os e% grupo< ogos< 9rincadeiras< etc7 Para &igotski< o ensino n;o de6e estar à re9o)ue`, sen6ol6i%ento7 Ao contr=rio< u% processo de aprendizag )uada%ente organizado V capaz de ati6ar processos de 6ol6i%ento7 8 i%portante ressaltar )ue essa perspecti6a aponta p gate do papel ati6o do proBessor e% rela;o aos processos de dizage% e desen6ol6i%ento de todos os alunos< especial% )ueles )ue apresenta% diBiculdades7 O proBessor %ais )ue sa9e )ue o desen6ol6i%ento criapotenci %as )ue s5 a aprendizage% as concretiza< V a)uele )ue se 6 o Buturo< para dar condiWes para )ue todos os seus alunos se 6ol6a% e )ue< portanto< 9usca inter6ir ati6a%ente nesse p n;o se li%itando a esperar )ue as capacidades necess=rias preens;o de u% deter%inado conceito algu% dia à%adur Esse proBessor )ue sa9e )ue seus alunos se desen6 %edida e% )ue os ensina e os educa< )ue poder= contri9u, re6ers;o dos processos de produ;o do Bracasso escolar7 / sala de aula "omo lo"al de*orma71o so"ial da mente A sala de aula V o lugar onde a educa;o de Bato acon )ue V o espao no )ual proBessores e alunos se encontra% e e% o processo educati6o7 , Assi%< se a sala de aula constituise no espao pri6ile educa;o V preciso co%preender )ue eiste u%a clara co dência entre a )ualidade do tra9al#o pedag5gico e as pr=ticas cepWes )ue l#es d;o sustenta;o7

A A"ATUO JO PSICbLOGO COMO EPRESSUO JO PE*SAME*O 777 -

As diBerentes %aneiras pelas )uais se constr5i o encontro entre proBessores e alunos traze% conse)ências i%portantes tanto no )ue se reBere ao processo de trans%iss;o e apropria;o dos con#eci%entos< )uanto no )ue se reBere a Bor%a;o de atitudes e 6alores7 Pode%os aBir%ar< portanto< utilizando a epress;o )ue d= t$tulo a u%a das o9ras %ais con#ecidas de &igotski< )ue a sala de aula V de Bato u% local de Bor%a;o social da %ente7 Essa co%preens;o pode ilu%inar de diBerentes %aneiras a an=lise dos processos psicol5gicos e pedag5gicos )ue se constr5e% e se tece% de Bor%a articulada no cotidiano das escolas7 &=rias )uestWes pode% decorrer dessa concep;o de sala de aula7 Pode%os destacar as seguintes:  A aprendizage% V u% processo7 E% Bun;o do %o%ento de desen6ol6i%ento no )ual se encontra< o ser #u%ano e interpreta de diBerentes %aneirasE% osoutras Ben%enos co% os )uais se deBronta< sea%co%preende eles de natureza B$sica< social ou psicol5gica7 pala6ras< )uando a criana apresenta u%a resposta diBerente da)uela esperada pelo adulto< n;o pode%os aBir%ar )ue ela si%ples%ente co%eteu u% erro7 *a 6erdade< ela apresentou a resposta )ue l#e Boi poss$6el para a)uele %o%ento7 Por isso< V Bunda%ental con#ecer e respeitar o processo de pensa%ento inBantil co%o ponto de partida do processo educati6o_  A aprendizage% escolar re)uer articula;o entre os conceitos cotidianos ou espontneos  a)ueles constru$dos pela eperiência de 6ida  e os conceitos cient$Bicos  a)ueles con#eci%entos siste%atizados )ue< para sere% ad)uiridos< depende% direta%ente do tra9al#o desen6ol6ido pela escola_  A ati6idade do indi6$duo V condi;o Bunda%ental para )ue a aprendizage% ocorra7 Co%preendese< pois< )ue o educador n;o `deposita` o sa9er na ca9ea do educando nos %oldes da educa;o `9anc=ria`< denunciada por Paulo Xreire_ por outro lado< sa9e ta%9V% )ue n;o V deiando o educando sozin#o )ue o con#eci%ento ir= `9rotar` de Bor%a espontnea7 Resgatase< assi%< o papel ati6o do proBessor< pois V ele )ue% poder= garantir< pela

?@ ELE*IA JE R!CIO  A*AMACt E M A'S A EGZ*IA MELILLO 

organiza;o intencional de u%a proposta de tra9al#o as condiWes necess=rias K aprendizage% e ao dese de seus alunos_  A aprendizage% depende da socializa;o7 O c V constru$do< trans%itido e apropriado necessaria%ente co% outros7 8 Bunda%ental )ue a escola Ba6orea o %.m poss$6el de oportunidades de 6i6ência de relaWes soei` ti6as7 Acredita%os )ue u% dos ca%in#os para garan, das condiWes necess=rias para o esta9eleci%ento desse relaWes no conteto de sala de aula V o tra9al#o e% grur7 ra a rela;o entre os alunos sea 6ista co%o secund=ria e 7 r ele%ento pertur9ador do anda%ento das aulas< as ela9ora ricas desen6ol6idas por &igotski indica% )ue a intera aluno V Bunda%ental no processo de socializa;o e desen6 to cogniti6o_  A aprendizage% re)uer %oti6a;o7 S5 #= ati6idade ra e co% sentido se #ou6er %oti6a;o7 *a %edida e% )ue s$6el separar processos intelectuais e aBeti6os< para )ue a a ge% ocorra< V preciso )ue se esta9elea u% 6$nculo )ue poss$ o aluno a dirigir sua aten;o para o o9eto do con#eci%ento< Bc$ signiBica< e% a9soluto< criar situaWes artiBiciais )ue pro6o)_ %oti6a;o de `Bora para dentro`7 ratase de pensar e% u% so pedag5gico )ue V %oti6ador por)ue Baz sentido para o aluno< u%a resposta para sua necessidade de co%preender %el#or su; e a 6ida e% sua sociedade_  A aprendizage% n;o se separa da indi6idualidade7 O 6ol6i%ento V deter%inado pelas relaWes sociais< %as cada u% sentido particular a essas 6i6ências7 Assi%< V preciso estar ao %es%o te%po para as %aneiras a partir das )uais o desenmm %ento da espVcie #u%ana V deter%inado pelas condiWes soe, culturais )ue aBeta% todos os #o%ens< %as ta%9V% para o B7 )ue esse processo ta%9V% co%porta u%a di%ens;o de sing dade pessoal7 ConBor%e aponta Sj6e 0< as relaWes do %ens co% a natureza e entre si desen6ol6e%se ao %es%o te

A A"ATUO JO PSICbLOGO COMO EPRESSUO JO PE*SAME*O 777 D

r7u%a Bor%a;o social e nu%a Bor%a;o indi6idual espec$Bicas< ou 7ei a< e%9ora a essência #u%ana encontrese no seio do %undo : ciai< a Bor%a psicol5gica dessa essência s5 pode eistir nu%a 7` di6idualidade concreta7 Assi%< a 6ida #u%ana constituise de atos ressoais )ue s;o %ediados e% todos os n$6eis< atV os %ais $nti%os< relo %undo social e< ao %es%o te%po< plenos de sentido dado pela riograBia de cada indi6$duo7 Por isso< V i%prescind$6el )ue o educador con#ea de Bato a realidade dos alunos7 8 a co%preens;o das representaWes e 6isWes de %undo< dos interesses e 6alores dos alunos< )ue poder= indicar os pontos de articula;o co% o con#eci%ento )ue de6e ser apropriado_  O con#eci%ento V ta%9V% conscientiza;o e instru%ento de transBor%a;o social7 Co%o ensinou t;o 9e% Paulo Xreire 0F< educa;o V pr=tica de li9erdade< V aproi%a;o cr$tica da realidade7 A conscientiza;o )ue o acon#eci%ento possi9ilita i%plica necessaria%ente ultrapassar a esBera espontnea de apreens;o da realidade e7 por isso< ela pode colocai` os #o%ens no lugar de sueitos )ue Baze% e reBaze% o %undo7 Concorda%os co% Juarte 0D< )ue o tra9al#o desen6ol6ido na escola te% u% papel Bunda%ental no pro7esso de Bor%a;o da indi6idualidade #u%ana< = )ue as pr=ticas pedag5gicas pode% enri)uecer os indi6$duos pela %edia;o das o9eti6aWes genVricas parasi7 C "onhe"imento "omo instrumento do
D2 ELE*A JE R!CIO A*AMACI E MARISA E"GZ*IA MELIIO MEIRA

Para a autora< a Psicologia n;o te% sido capaz de Balar do %eno psicol5gico e% sua articula;o co% a 6ida< as condiWes n%icas< sociais e culturais nas )uais se insere% os #o%ens7 suas pala6ras: Xalase da %;e e do pai se% Balar da Ba%$lia  institui;o social %arcada #istorica%ente pela aprm ;o dos sueitos_ Balase da seualidade se% Balar di;o udaicocrist; de repress;o K seualidade_ B_ da identidade das %ul#eres se% se Balar das caract cas %ac#istas de nossa cultura_ Balase do corpo se% serilo na cultura_ Balase de #a9ilidades e aptidWes de sueito se% se Balar das suas reais possi9ilidades de : so K cultura_ Balase do #o%e% se% Balar do tra9 Bala se do psicol5gico se% Balar do cultural e do s *a 6erdade< n;o se Bala de nada7 Xazse ideologia 0 233< p7 2D7 E% u%a perspecti6a cr$tica< a 6is;o socio#ist5rica alerta p o Bato de )ue pensar o #o%e% dessa Bor%a signiBica naturali os Ben%enos #u%anos e desconsiderar todo o processo #ist5 co )ue deter%ina a constitui;o do ser #u%ano7 Por isso< a partir dessa concep;o V preciso tra9al#ar co% a idVia de condi;o #u%ana< de constru;o social do psi)uis%o #u%ano< )ue nos per%ita co%preender a plasticidade do siste%a psicol5gico #u%ano7 E a possi9ilidade per%anente de %ltiplas transBor%aWes do sueito ao longo de seu processo de desen6ol6i%ento< aponta< entre outras coisas< para a i%portncia da inter6en;o educati6a7 Jesta Bor%a< pode%os co%preender o desen6ol6i%ento de Bor%a prospecti6a< de %odo a )ue possa%os estar atentos para a e%ergência da)uilo )ue V no6o7 ConBor%e ensinou &igotski 0F< V preciso transBor%ar a dire;o de nosso ol#ar para )ue possa%os n;o apenas 9uscar col#er os `Brutos` do desen6ol6i%ento< %as so9retudo sa9er recon#ecer seus `9rotos` ou `Blores`7

A A"ATUO JO PSICbLOGO COMO EPRESSUO JO PE*SAME*O 777 D4

Metodologia de trabal=o Parti%os do pressuposto de )ue a educa;o transBor%a o %undo de Bor%a %ediada_ por isso entende%os )ue os processos educacionais s;o< antes de %ais nada< instru%entos de educa;o das consciências7 8 Bunda%ental e% todos os %o%entos poss$6eis contri9uir para a constitui;o de sueitos capazes de ol#ar para o seu cotidiano e relacion=lo co% a realidade nu% plano %ais a%plo< de se en6ol6er co% aWes )ue ten#a% co%o #orizonte a transBor%a;o social7 Para )ue a Psicologia possa contri9uir co% a constru;o da cidadania no interior das pr=ticas educati6as< dentro e Bora da escola< V preciso construir %etodologias de tra9al#o Bundadas e% u% %o6i%ento de a;o>reBle;o>a;o< de tal Bor%a )ue todos os en6ol6idos possa% reBletir so9re a)ualitati6a%ente pr5pria pr=tica social< 9uscar ele%entos te5ricos 6en#a% a ilu%inar essa pr=tica %odo diBerente e co%pro%eterse co% )ue o desen6ol6i%ento de proetos )ue de traduza% e% aWes concretas essa no6a co%preens;o cr$tica so9re si %es%o e so9re a realidade social7 Co% isso< ro%pese co% a idVia do psic5logo escolar co%o u% tVcnico e se torna poss$6el pens=lo co%o u% ele%ento %ediador )ue  Aunto co% educadores< alunos< Buncion=rios< dire;o< Ba%$lias e co%unidade  poder= a6aliar critica%ente os contedos< %Vtodos de ensino e as escol#as did=ticas )ue a escola Baz co%o u% todo7 Assi%< ele pode participar de u% esBoro coleti6o 6oltado para a constru;o de u% processo pedag5gico )ualitati6a%ente superior< Bunda%entado e% u%a co%preens;o cr$tica do psi)uis%o< do desen6ol6i%ento #u%ano e de suas articulaWes co% a aprendizage% e as relaWes sociais7 Este tra9al#o de %edia;o s5 V poss$6el se #ou6er u% in6esti%ento cont$nuo e siste%=tico na articula;o de proetos coleti6os )ue 6ia9ilize%< de diBerentes %aneiras< processos de eBeti6a participa;o social no ca%po da educa;o< dentro e Bora da escola7 Isso signiBica )ue os poss$6eis 9eneBici=rios dos ser6ios da Psicologia de6e% ser< antes de %ais nada< sueitos ati6os e n;o apenas o9etos passi6os de aWes so9re as )uais n;o tê% )ual)uer controle7

DELE*IA JE R!CIO A*AMACM E MAISA E"GZ*IA MELILLO MEIRA E%9ora eista% diBerenas %ais ou %enos signiBicati6as ::B* ticula;o dos passos %etodol5gicos )ue caracteriza% os pr de inter6en;o< pode%os dizer )ue< e% s$ntese< eiste% )uatro %entos` principais:

 ReBle;o so9re a 6ida cotidiana da escola e% suas %ais rentes epressWes_  An=lise cr$tica dessa realidade a partir do recurso a ele% te5ricos dispon$6eis )ue per%ita% co%preendêla co%o const social #istorica%ente datada< ou sea< co%o o9eto poss$6el da r(#u%ana transBor%adora_  ReBle;o e planea%ento de aWes )ue pode% ser desen6 das 9uscando as transBor%aWes deseadas_  Jesen6ol6i%ento de proetos )ue traduza% e% aWes contas o co%pro%isso Vtico< pol$tico e proBissional co% a constru;o processos educacionais #u%anizadores7 %iste!ática de trabal=o E% lin#as gerais< a siste%=tica en6ol6e )uatro %entos principais: a6alia;o da realidade escolar e>ou instituci discuss;o de dostra9al#o resultados preli%inares co% todos os seg%entos institui;o educacional< ela9ora;o e de eecu;o do plano de ter6en;o7 8 e6idente )ue na pr=tica ne% se%pre esses %o%entos s de%se da Bor%a co%o est;o sendo apresentados7 *o entant i%portante destac=los separada%ente para )ue se possa e6iden o papel e a i%portncia de cada u% deles7 C pro"esso de a
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:m7ergenciais7 Jesta Bor%a< os eios de atua;o aca9a% resultando : :%a i%posi;o eterna da dire;o da institui;o ou de u%a deci 7`7: pessoal do proBissional< 9aseada na)uilo )ue ele ulga ser %ais  ce)uado ou con6eniente7 E% )ual)uer u%a das situaWes n;o se `:^ne% as condiWes necess=rias para a constru;o de u%a propos ^ consistente )ue possa constituirse na epress;o de u%a s$ntese 7r: ati6a e cr$tica entre os con#eci%entos da Psicologia e as necessites e possi9ilidades de cada escola7 Por tudo isso< u%a a6alia;o ade)uada V a pri%eira condi;o para a articula;o de u% 9o% plano de a;o< co% o9eti6os< %etas e estratVgias deBinidas7 Para )ue sea eBeti6o e de real%ente le6e a u%a co%preens;o ade)uada daderealidade a ser tra9al#ada< o processo a6alia;o de6e en6ol6er u%a %ultiplicidade Batores< trazendo pelo %enos o seguinte conunto de dados:  Relati6os K organiza;o da escola: n%ero de tur%as 0total< por per$odo e sVrie_ n%ero de alunos 0total< por per$odo e sVrie_ n%ero de proBessores 0total e por sVrie_ n%ero de Buncion=rios e descri;o de BunWes e ati6idades_ ser6ios prestados aos alunos e K co%unidade_ es)ue%a de reuniWes 0de dire;o e proBessores< de proBessores_ de alunos< de Buncion=rios< de pais< etc_  Relati6os aos recursos B$sicos da escola: n%ero e condiWes das salas de aula_ la9orat5rios_ 9i9lioteca 0)uantidade< )ualidade do acer6o e condiWes de acesso_ salas de reuni;o_ salas de proetos_ e)uipa%entos e %ateriais dispon$6eis 0tele6is;o< co%putadores< i%pressoras< 6ideocassete< Bil%adora< retroproetores< %=)uina Botogr=Bica< ero< proetor de slides Bil%es educati6os< etc_ )uadras de esporte_ ardins e =reas de lazer_  InBor%aWes so9re o corpo docente: Bor%a;o dos proBessores 09=sica< gradua;o< p5s gradua;o_ condiWes de estudo e reBle;o_ sal=rio e condiWes de tra9al#o_ te%po %Vdio de per%anência dos proBessores na escola_ eperiências educacionais anteriores_  O tra9al#o pedag5gico: %etodologia utilizada_ recursos did=ticos_ rela;o entre proBessores e alunos_ contedos tra9al#ados_ tipo

DH

ELE*IA JE R!CIO A*AMACI E MARIS A E"GZ*IA MELILLO MEIRA

de rotina constru$da e% sala de aula_ critVrios de organiz 9ui;o das classes_ processos de a6alia;o_  A e)uipe )ue dirige a escola: Bor%a;o< te%po de e e Bor%a de escol#a do diretor_ n%ero de coordenadores e 6as BunWes_  Ele%entos )uantitati6os so9re a progress;o escolar nos: $ndices de e6as;o 0total< por sVrie< proBessor e per$odo *+ de repetência 0total< por sVrie< proBessor e per$odo_  Jados relati6os ao n$6el de organiza;o dos diBere %entos da escola: Associa;o de pais e %estres_ Consel#o Ia_ Grê%io estudantil_ proetos e% anda%ento_ n$6el de p dos pais 0nas organizaWes Bor%ais e n;o Bor%ais_  As condiWes socioecon%icas dos alunos: classe si pertence a %aioria dos alunos_ proBiss;o de instru;o 0geral< sVrie e per$odo_ e n$6el A #ist5ria da escola: anopor da Bunda;o_ circunstncias ter%inara% sua cria;o_  O 9airro no )ual a escola est= inserida: caracter$sticas c ria da localidade_ recursos B$sicos< institucionais e de sen;o] sentes no 9airro_  Jados relati6os K co%preens;o )ue os diBerentes seg escola e>ou institui;o apresenta% e% rela;o a seus pro9le Bunda%entais7 *este ca%po V preciso responder a )uestWes )uais as `)ueias` )ue se coloca%Q )ue tipos de de%andas sentadas co%o poss$6eis o9etos de inter6en;o do proBissio  As epectati6as dos diBerentes seg%entos da escola e>ou ;o e% rela;o ao tra9al#o do proBissional da Psicologia: o )ue so9re a Bun;o de u% psic5logo na escola e>ou institui;o esco seria seu papel e% rela;o Ks de%andas apresentadasQ  As possi9ilidades e os li%ites )ue se apresenta% e% ao tra9al#o da Psicologia: )ual o grau de a9ertura para o des %ento de proetos de a;oQ )uais os principais li%ites )ue senta%Q )uais seria% os parceiros potenciais para dar in$cio tra9al#o coleti6o e solid=rioQ

A A"ATUO JO PSICbLOGO COMO EPRESSUO JO PE*SAME*O 777 7

*o )ue se reBere aos procedi%entos de a6alia;o< os dados pode% ser coletados unto a docu%entos da escola  regi%entos< regula%entos< atas de reuni;o< li6ros de ocorrência< dados estat$sticos< Bic#as de inscri;o< #ist5ricos escolares< etc< dire;o e coordena;o< proBessores< alunos< pais e Buncion=rios7 Jependendo das possi9ilidades e condiWes< os dados pode% $er o9tidos direta%ente por %eio de con6ersas ou da aplica;o de )uestion=rios e>ou entre6istas dirigidas7 C relat9rio de a
D ELE*A JE R!CIO A*AMACI E MAEISA E"GZ*IA MELILLO MEIRA

e precisas das )uestWes )ue de6e% ser tra9al#adas e co%7: deria ser Beito7 / elaora71o do plano de inter

D

 a constru;o de relaWes sociais )ue propicie% a Bor%a;o de 6$nculos )ue garanta% o %=i%o desen6ol6i%ento poss$6el das possi9ilidades #u%anas de todos os en6ol6idos_  o desen6ol6i%ento de aWes )ue contri9ua% para a%pliar a participa;o popular na escola_  a deBini;o de planea%entos e diretrizes educacionais )ue le6e% e% conta o n$6el de desen6ol6i%ento< os interesses e a realidade dos alunos_  a identiBica;o e a re%o;o dos o9st=culos )ue possa% estar i%pedindo os alunos de se apropriare% dos con#eci%entos:  a deBini;o de contedos e %Vtodos de ensino )ue n;o s5 garanta% a apropria;o do sa9er< %as )ue ta%9V% epresse% o o9eti6o de Bor%a;o de u% ser #u%ano pleno de potencialidades e possi9ilidades_  e6idente a escol#a)ue de %ateriais esti%ule% o pensa%ento cr$tico eescolar criati6oe%dos alunos7 8 todas estasdid=ticos )uestWes)ue a respeito do tra9al#o do psic5logo instituiWes educacionais n;o pode% ser pensadas de Bor%a des6inculada dos diBerentes contetos nos )uais ele se insere7 As %aneiras pelas )uais os psic5logos constr5e% suas propostas de tra9al#o est;o sueitas a u%a %ultiplicidade de Batores )ue se relaciona%< por u% lado< aos seus posiciona%entos Bilos5Bicos< te5ricos e %etodol5gicos e< por outro< a pol$tica educacional das instituiWes e as epectati6as constru$das e% rela;o K a;o da Psicologia< )ue e% geral se traduze% por solicitaWes de tra9al#o de diagn5stico e atendi%ento de casos indi6iduais considerados pro9le%=ticos7 *o entanto< a participa;o e% in%eros tra9al#os e proetos de etens;o desen6ol6idos nos lti%os anos< per%itenos aBir%ar )ue V poss$6el a9rir espaos )ue pode% di%inuir os li%ites e a%pliar nossas possi9ilidades de concretiza;o de u%a pr=tica contetualizada e critica%ente co%pro%etida co% a #u%aniza;o7

H3 ELE*IA JE R!CIO A*AMACI E MARIS A E"GZ*IA MELILLO MEL!

REXERZ*CIAS ILLIOGRÁXICAS A*"*ES< M7 M7 Ar%=rio  23337 &si"ologia) an6lise e "r$ti edu"a"ional+ G Psicologia da Educa;o  A*PEd7 2333< p7 HDH7 OC/< A7 /s in*lu.n"ias do Bar1o de !ün"hhausen na & Edu"a71o+ In: A*AMACI< E7 R7_ PROE*TA< M7_ R 0Orgs77 &si"ologia e Edu"a71o) desa*ios te9ri"o(pr6ti"os++ Casa do Psic5logo< 2333< p7 447 OC/< A7 / &si"ologia S9"io ist9ri"a) uma perspe"ti
A A"ATUO JO PSICbLOGO COMO EPRESSUO JO PE*SAME*O H

XREIRE< P7 Edu"a71o "omo pr6ti"a da lierdade+ a ed7< Rio de (aneiro: Paz e erra< F7 GIRO"< 7 4eoria "riti"a e resist.n"ia em edu"a71o+ Petr5polis< R(: &ozes< H7 ELE*E< O7 Edu"a71o Es"olar) uma #uest1o na"ional+ eto %i%eo< Be6ereiro< F< p7 37 LEO*LE&< A7 *7 C desen IGE7 In: GOIS< A7 Atraso escolar aBeta %ais os %eninos7 =olha de S1o &aulo S;o Paulo< 2F un#o 2334< Cotidiano< CH7 P"CCI< 7 0Org77 4eoria "r$ti"a e edu"a71o) a #uest1o da *orma71o "ultural na Es"ola de =ran*urt+ Petr5polis< R(< &ozes< S;o Carlos< SP: EduBiscar< D7 SA&IA*I< J7 Edu"a71o e #uest>es da atualidade+ S;o Paulo: Cortez< 7 SA&IA*I< J7 &edagogia ist9ri"o(5r$ti"a) primeiras apro:ima7>es+ 4a ed7< S;o Paulo: Cortez e Autores Associados< 2< SA&IA*I< J7 &edagogia ist9ri"o(5r$ti"a) primeiras apro:ima7>es+ Fa ed7< Ca%pinas< SP: Autores Associados< 23337

H2

ElE*IA JE R$CIO A*AMACI E MARISA E"GZ*IA MELILLO MEIRA

SE&E< L7 !ar:ismo e a teoria da personalidade+ 3\ &< Lis9oa: Li6 zonte< F7 SE&E< L7 / personalidade em gesta71o+ In: SIL&EIRA< R_ JO*A 0Orgs77 Elementos de uma teoria mar:ista da sueties te9ri"o(pr6ti"as de uma
OS PSICbLOGOS RAALA*JO COM A ESCOLA: I*ER&E*TUO A SER&ITO JO "ZQ /driana !ar"ondes !a"hado

Este artigo pretende apresentar u% dos percursos traados pelo Ser6io de Psicologia eEscolar do Instituto de Psicologia da "SP< e% tra9al#os realizados co% escolas p9licas de S;o Paulo< co% o o9eti6o de pro9le%atizar a Bun;o esta9elecida na rela;o entre psic5logos e escolas7 O Ser6io de Psicologia Escolar V co%posto por duas docentes e )uatro psic5logas e te% co%o o9eti6os: o atendi%ento K co%unidade< o apoio K Bor%a;o e% psicologia 0co% est=gios super6isionados e a pes)uisa7 A apresenta;o e reBle;o a seguir< tê% co%o reBerência u%a eperiência singular engendrada e% u% coleti6o do )ual Baze% parte as produWes dos 6=rios colegas )ue no Ser6io as pr=ticas enapol$ticas pelas Secretarias de Educa;o presentes noatua% cotidiano escolar7eEscre6endo pri%eiradeBinidas pessoa< pretendo reBletir u%a pr=tica e constitu$da coleti6a%ente7ra9al#o nesse Ser6io desde H co%o psic5loga7 Jurante esse te%po realizei as pes)uisas de %estrado e doutorado relacionadas aos nossos tra9al#os co% as escolas7 Xarei reBerências a alguns sa9eres contidos nessas pes)uisas< pois a pergunta )ue as %oti6ara% V o o9eto de reBle;o deste artigo: a ser6io do )uê tra9al#a%os nas escolasQ Co%o estratVgia para esta apresenta;o< intercalarei co%ent=rios so9re o contrato )ue Bo%os esta9elecendo co% as escolas e os sa9eres )ue Bo%os constituindo7 uando u% psic5logo pisa no territ5rio escolar 0e e% outras instituiWes educati6as< intensiBica as epectati6as e ol#ares classiBicat5rios e co%parati6os dos indi6$duos to%ados isolada%ente7

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AJRIA*A MARCO*JES MACAJO

Educadores )uere% sa9er ò )ue as crianas tê%`< psic5logos  re% desco9rir `por)ue elas age% da Bor%a co%o age%`7 Ess dagaWes< e% %uitos tra9al#os< tê% %oti6ado u%a 9usca por i caWes )ue< na %aioria das 6ezes< torna% as caracter$sticas pn tes nas )ueias escolares %eros atri9utos indi6iduais dos sue Co%o se< por ee%plo< a agress;o Bosse apenas atri9uto do )ue passa a ser considerado àluno agressi6o`7 Maria elena Souza Patto Boi u%a das criadoras do Ser6io  Psicologia Escolar do IP"SP7 Seus li6ros e aulas ali%entara% no indagaWes 0e indignaWes7 ReBazendo o percurso #ist5rico< pol$ti social< produtor das idVias )ue culpa9iliza% o sueito< o aluno< pelo  casso< Patto denuncia a produ;o de sa9eres e pr=ticas )ue isent_ siste%a pol$tico e social da responsa9ilidade pela produ;o da desig dade social7 E< nesses0Patto< sa9eres< a Psicologia de desta)ue i se 6oltar aos indi6$duos pretendendo a6ali=los e 37 * gan#a lugar Essas Bor%as de poder e de sa9er encontra%se enraizadas i relaWes de produ;o )ue caracteriza% a sociedade capitalista7 Co ceitos< tVcnicas< Bor%as de sueitos 6;o sendo engendrados nas rZ, ticas sociais 0Xoucault<H7 Por isso< a necessidade de indaga%`7< so9re o )ue nossas pr=ticas 6;o constituindo7 Se e% alguns %o%entos elas possi9ilita% ro%per co% lugares cristalizados< e% outros elas s;o capturadas de Bor%a a ali6iar tensWes e contradiWes presentes nas pr=ticas educati6as< reBorando a idVia de )ue precisa%os oBerecer atendi%entos e proetos para a)ueles )ue `6;o Bicando para tr=s` ou )ue `6;o se co%portando inade)uada%ente`< co%o se isso Bose u% acidente )ue n;o de6eria acontecer7 Co%o 6ere%os< ao discutir nossas %ontagens e o9eti6os no[ tra9al#os co% as escolas p9licas< eiste% %udanas nas de%andas [ e epectati6as conBor%e as produWes e diretrizes das pol$ticas educacionais7 = dez anos< )uando $a%os Ks escolas< as de%andas para n5s< psic5logos< era< e% sua %aioria< de atendi%ento para os alunos7 oe< alV% desse tipo de de%anda< ta%9V% se Baze% presentes pedidos relacionados a u%a concep;o de tra9al#o )ue entende a necessidade de se pensar as pr=ticas educati6as7

Os PSICbLOGOS RAALA*JO COM A ESCOLA: I*ER&E*TUO A SER&ITO JO "ZQ

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Analisa%os a de%anda_ co%o se entende a produ;o da %es%a< de )ue soBri%ento se Bala< )uais as epectati6as< )uais as #ip5teses para o )ue acontece7 Muitas 6ezes< os discursos )ue deBende% a 9usca de igualdade< autono%ia< respeito< apresenta% contradiWes e ar%adil#as )ue de6e% ser consideradas< pois torna% %ais in6is$6el o processo de produ;o da desigualdade7 Por :sso< reBorase a necessidade de esta9elecer%os estratVgias )ue possa% dar 6isi9ilidade Ks tensWes do cotidiano7 Por ee%plo< #oe< nos territ5rios escolares< Balase da necessidade de lidar%os co% as diBerenas< co% as crianas )ue apresenta% diBerenas< )ue a di6ersidade na sala de aula V algo positi6o para )ue os alunos con6i6a% co% as diBerenas7 Esse discurso %udou e% rela;o K)uele )ue deBendia a #o%ogeneidade7 Ao %es%o te%po< a%pliando a lente )ue Bocaliza o cotidiano escolar< 6e%os nas pr=ticas )ue< %uitas 6ezes< a diBerena V capturada pelos critVrios )ue categoriza% os co%porta%entos e as pessoas7 O processo de diBerencia;o Bica a9ortado )uando deBende%os< Bor%al%ente< )ue cada u% V diBerente do outro< co%o se o con6$6io co% as diBerenas n;o i%plicasse u%a luta< n;o inco%odasse< n;o eigisse e%9ates e %udanas7 A deBesa das singularidades de6e estar a ser6io de diretrizes e princ$pios co%uns7 xs 6ezes aparece% nos grupos de educadores Balas tais co%o: `cada proBessor Baz de seu eito< cada u% V diBerente do outro`< co%o se a tareBa de ensinar e de aprender n;o Bosse constitu$da coleti6a%ente7 .s !ontagens iniciais' intervenção Aunto s crianças portadoras de 2ueiFas escolares

Apresentarei a seguir a %ontage% 0contrato< en)uadre e o9eti6o das inter6enWes )ue realiz=6a%os na escolas e9licas< no in$cio de %in#a eperiência co%o psic5loga do Ser6io de Psicologia Escolar 0H< se%pre tra9al#ando co% estagi=rios do 4 o ano do Cur

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so de Psicologia 0do Instituto de Psicologia da "SP< %atricul e% u%a disciplina optati6a da grade curricular37 Muitas crianas era% enca%in#adas co%o as Ba%osas aspro9le%a7 As )ueias e% rela;o a elas era% de pro9le aprendizage% e de co%porta%ento7 A %aioria dessas )uei e% rela;o aos alunos das pri%eiras sVries7 *essa Vpoca< o $n ` repetência e e6as;o era ele6ado durante as sVries iniciais7 Con6ers=6a%os co% a e)uipe tVcnica aBir%ando a possi9$ de realizar u% tra9al#o na escola7 As proBessoras nos era% ap tadas e a con6ersa gira6a e% torno da seguinte )uest;o: o )ue r$a%os Bazer para audar as crianas )ue `6;o Bicando para oe< outra pergunta se coloca: o )ue Bazer co% as `crianas 6;o para Brente< se% estare% alBa9etizadasQ` 7 <_Propn#a%os encontros e% grupos co% essas crianas< c Bun;o de: ? con#ecêlas %el#or< ? possi9ilitar espaos de produ;o )ue ro%pesse% u% ` croniBicado ocupado pelas crianas< ? con6ersar co% as proBessoras tentando introduzir con Wes no discurso )ue ustiBica6a o enca%in#a%ento7 Esses encontros e% grupo era% realizados pelos estagi=rios psicologia< cerca de oito 6ezes< co% a participa;o de seis a alunos das escolas7 Co% as proBessoras< nos encontr=6a%os escol#er )ue% seria% esses alunos< pois )uando c#eg=6a%os Ks colas< era co%u% nos ser enca%in#ada u%a lista co% dezenas no%es7 ent=6a%os esta9elecer prioridades< reBorando )ue a )ue aprendêsse%os co% alguns alunos poderia audar os proBes a pensar e% estratVgias de tra9al#o para co% outros7 Con6ers=6a%os co% as proBessoras )ue tin#a% crianas didas por n5s no intuito de discutir os aconteci%entos nas salas aula e< e% alguns %o%entos< particip=6a%os das reuniWes gerais 3

Jurante u% se%estre< cada psic5loga do Ser6io de Psicologia Escolar tra9al#a u% grupo co% cerca de seis estagi=rios do Curso de Gradua;o7 Os estagi=rios se%anal%ente< três ati6idades de super6is;o< co% dura;o de duas #oras cada delas: de aula te5rica e de tra9al#o na institui;o7

OS PSICbLOGOS RAALA*JO COM A ESCOLA: I*ER&E*TUO A SER&ITO JO "ZQ

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proBessores7 Para n5s< era Bunda%ental o car=ter optati6o dessa %on:age% tanto para as crianas co%o para as proBessoras7 xs 6ezes< algu%as das proBessoras )ue participa6a% dos encontros e% grupo n;o tin#a% disponi9ilidade< %uitas 6ezes< de te%po< para nos 6er e< nesses casos< realiz=6a%os o tra9al#o co% essas crianas se% a participa;o de suas proBessoras na %ontage%7 Consegu$a%os %o6i%entar algu%as #ist5rias  pode%os dizer )ue algu%as )ueias era% retiradas< outras n;o7 A epectati6a e% rela;o ao nosso tra9al#o era de )ue pudVsse%os audar os alunos de Bor%a isolada e< nossa %ontage%< e%9ora criticasse isso< n;o produzia Bissuras nessa epectati6a e nesse %odelo7 O parecer das proBessoras relaciona6ase K %el#ora ou n;o das crianas e% rela;o Ks )ueias )ue #a6ia% sido apresentadas7 Portanto< a epectati6a de atendi%ento indi6idual %antin#ase7 *;o consegu$a%os inter6ir na produ;o das )ueias escolares< no car=ter coleti6o das pr=ticas educati6as7 Algu%as %udanas nas crianas era% perce9idas e apresentadas pelas educadoras7 Sa9e%os )ue essas %udanas tin#a% rela;o co%:  o Bato de algu%as crianas conseguire% esta9elecer< nos grupos realizados dentro da escola< produWes diBerenciadas da)uelas presentes nas )ueias das proBessoras_  ao eBeito do atendi%ento dos alunos nas proBessoras )ue Bica6a% %ais ali6iadas ao co%partil#are% suas responsa9ilidades7 *essa Vpoca< n;o deBin$a%os nossos o9eti6os de Bor%a escrita7 odo o processo do tra9al#o era realizado pelos encontros e con6ersas7 Ora< sa9e%os )ue a co%unica;o entre os proBissionais de u%a escola 0ou de )ual)uer institui;o n;o V apenas u% aspecto tVcnico do Bunciona%ento da %es%a< %as de6e ser considerado u% indicador so9re co%o e a ser6io do )uê as relaWes s;o esta9elecidas7 Era co%u% c#egar%os Ks escolas e algu%a proBessora ou Buncion=ria ter es)uecido )ue ir$a%os realizar o tra9al#o na)uele dia espec$Bico7 Era co%u% n;o sa9ere% 9e% o )ue est=6a%os Bazendo l= e ta%9V% n;o conseguir%os agir so9re esse `n;o sa9er` de Bor%a a produzir algu%a %udana e% rela;o a ele7

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Era intensa a epectati6a das educadoras de )ue ocup=sser ] a Bun;o de a6aliadores das crianças* A Ba%osa pergunta das p:7Bessoras: ò )ue ele te%Q`< associada K ilus;o de )ue poder$ responder a essa pergunta se% nos relacionar%os co% o conte< no )ual a criana esta6a inserida< Bazia co% )ue as educadoras e rasse%< ao Bi% do processo esta9elecido< )ue aBir%=sse%os ) alunos era% nor%ais< )uais n;o era%< )uais precisaria% de ate %ento indi6idual7 Institucional%ente< o lugar #ist5rico e prescrito psic5logos esta6a presente  Vra%os a)ueles )ue poderia% ap as crianas )ue precisaria%< por ee%plo< ir para u%a classe es ai para deBicientes %entais le6es7 Co%o inter6ir nas de%an epectati6as e% rela;o ao nosso tra9al#oQ .!pliando os ol=ares co! a aAuda das crianças de classe especial

Jurante o %estrado< desen6ol6i u% tra9al#o co% crianas u%a Classe Especial de u%a escola estadual de Paulo 0& relatar Geni6aldo7 )ue u%a dasuando cenas )ue %oti6oue%(%eu tra9al#o< BoiS;o con#ecer u%c#ado< %enino<-7 de 4Con6V% anos< c#a%aa7 o con#eci< u% dia )ue Bui a u%a escola estadual para con6ersar co% a diretora da %es%a< ele #a9il%ente .: apresentou a %i% e con6enceu%e a pagarl#e u% sandu$c#e n7 cantina7 Entregue a seus argu%entos  aBinal ele %e disse )ue pag ria essa d$6ida na se%ana seguinte  restou%e perguntarl#e er )ue sVrie estuda6a< ao )ue ele respondeu: èstudo na classe espec ai`7 uando sou9e )ue era u%a classe especial para deBiciente %entais< conclu$ )ue< se Geni6aldo era considerado deBiciente %et tal< eu ent;o de6eria ter u% diagn5stico 9astante co%pro%etedor d: %in#as capacidades intelectuais7 ABinal< tudo o )ue ele )uisera 6t %i%< #a6ia conseguido7 Co%o o %enino Bora para essa classeQ O )ue acontecia l=Q )ue as crianas pensa6a% so9re tudo issoQ


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Co% o o9eti6o de propor para as crianas u% lugar diBerente do lugar )ue ocupa6a% nas pr=ticas institucionais< e% )ue era% deBicientes< realiza%os encontros siste%=ticos co% elas cuas tareBas era% realizar ati6idades )ue Bosse% do interesse deles e reBletir so9re a classe especial7 Mas a cronicidade era intensa7 Os encontros parecia% constituir u% espao Bora )ue n;o se conecta6a co% o dentro< co% o institu$do7 Con#ecendo essas crianas< con#ece%os u%a di6ersidade de situaWes:  Crianas nor%ais 0segundo padrWes diagn5sticos )ue esta6a% Bre)entando a classe especial e )ueria% sair de l=_  Crianas nor%ais 0segundo padrWes diagn5sticos )ue esta6a% Belizes por estar l=7 *;o gosta6a% da sala regular< da )ual< por algu% %oti6o< tin#a% sido enca%in#ados para a classe especial_  Crianas co% co%pro%eti%entos B$sicos e %entais )ue se sentia% eclu$das7 JiBerenas desiguais7 Essas crianas< %ergul#adas e% suas diBiculdades< l= Bica6a%_  Crianas co% co%pro%eti%entos B$sicos e %entais )ue gosta6a% da)uela sala< da)uela proBessora7 Sentia%se %al Bora da classe especial< pois era% tratados co%o loucos e es)uisitos7 odas essas crianas tin#a% e% co%u% 6i6er u%a pr=tica escolar )ue l#es ensina6a )ue elas poderia% Bre)entar a escola so%ente nesse lugar  no lugar de crianas de classe especial_ ensina6a ta%9V% )ue as crianas )ue esta6a% nas classes regulares n;o de6eria% estar co% as outras7 Co%o se u%as atrapal#asse% as outras7 Essas produWes su9eti6as circula6a% nas Balas das crianas< dos pais< dos proBessores: criana de classe especial< crianas de classe regular  u%a geograBia )ue nos Bia co%o nor%ais e anor%ais7 Co%o te%os 6isto #oe nas escolas< elas tê% sido c#a%adas de crianas de inclus;o7 Perce9e%os )ue os encontros e% grupo )ue propn#a%os pouco interBeria% nas pr=ticas cotidianas da escola  isso )uando n;o produzia% o eBeito in6erso  de ali6iar e isentar essas pr=ticas da responsa9ilidade pela cristaliza;o do estatuto de deBiciente< na %e

FO


dida e% )ue< de u%a certa Bor%a< essas crianas esta6 atendidas co% u% tra9al#o na escola< o )ue reBora6a a idVi7 elas V )ue precisa6a% %udar7 A)uilo )ue pretend$a%os< s se as pr=ticas institucionais Bosse% alteradas7 Jiante dessas )uestWes< a tareBa desses encontros nr pergunta inicial )ue %oti6a6a nossos encontros  so9re co%o crianas tin#a% ido parar na classe especial e o )ue pensa6a% esse lugarQ  passou a ser outra: co%o Bortalecer a)uilo )ue sido destitu$do de suas 6idas  a potência para pensar< ente participar das decisWes so9re sua #ist5riaQ Esta9elece%os< u% procedi%ento para responder a u%a pergunta )ue anda6a %ecida no cotidiano do tra9al#o da classe especial: à criana %anecer= ou sair= da classe especial no ano seguinteQ` Essa u%a pergunta )ue %oti6a6a e esti%ula6a o pensar7 A estratVgia as era6=rias dar i%portncia ao procedi%ento para responder a essa pergunta< respeitando inBor%a 6ersWes e sensaWes neces )ue precisaria% ser consideradas7 Para sar se< no ano seguinte< a criana per%aneceria ou sairia da especial< era preciso analisar o )ue era a classe especial 0) realidades e signiBicaWes )ue produzia< co%o Bunciona6a relaWes esta9elecia< por )ue eistia 0)ual a srce% dela< %al%ente< a proBessora da classe especial decidia solitaria%e destino de seus alunos e< receosa co% a discri%ina;o )ue alunos pudesse% 6i6er e% salas regulares< %uitas 6ezes nm enca%in#a6a para elas7 O receio das proBessoras das classe gulares precisa6a< portanto< ser considerado nesse processo c u%a Bora )ue< se n;o tra9al#ada< agia na dire;o de i%possitr a ida dessas crianas para as classes regulares7 Esse receio< ta%9V% da solid;o na )ual o proBessor da classe especial se 6i seu tra9al#o co% os alunos< deposita6a nas crianas a i%possi dade de estar nas salas regulares7 Xize%os u% %apa e% u%a grande cartolina< no )ual ter$ )ue preenc#er inBor%aWes so9re as #ist5rias escolares< o te%po escola< o no%e das proBessoras7 Essa passou a ser nossa tare


:

preenc#er esse %apa< )ue Boi assi% c#a%ado< para assi% des6endar )ual seria o destino de cada u%a delas para o ano seguinte7 Pretend$a%os o9ter inBor%aWes perdidas< registrar u%a #ist5ria coleti6a< dando i%portncia ao te%po< ao espao< Ks %arcas7 *a classe especial< o te%po era se%pre o %es%o7 Xoi assi% )ue consegui%os pensai e% cada #ist5ria singular 6i6ida pelas crianas< incluir as proBessoras das classes regulares nesse processo de cartograBar a #ist5ria e a produ;o escolar< considerar as idVias e Balas dos pais dos alunos e% rela;o a essa #ist5ria7 Algu%as Bissuras Bora% produzidas< algu%as pr=ticas Bora% alteradas7 A pergunta so9re a %anuten;o ou sa$da das crianas das classes especiais n;o podia ser respondida apenas pela proBessora7 Outros atores teria% )ue ser i%plicados7 Era u%a tareBa coleti6a< )ue precisa6a ser coleti6izada7 Perce9e%os )ue< para %uitos pais e %;es< as perguntas colocadas so9re a classe especial n;o #a6ia% sido pensadas atV ent;o7 a6ia %;es )ue n;o sa9ia% )ue na classe especial n;o se passa6a de ano< #a6ia alunos )ue n;o sa9ia% #= )uanto te%po esta6a% l=7 Esse tra9al#o Boi inspirado por %uitos outros  tra9al#os )ue re6ela% os processos de su9eti6a;o constitu$dos e% nossas pr=ticas7 *a cadeira dos rVus< esta6a sendo colocada u%a pr=tica da psicologia )ue se%pre Boi c%plice co% essa geograBia Brag%entada  os tra9al#os diagn5sticos )ue desconsidera% os processos de su9eti6a;o e Bala% da criana co%o se ela Bosse respons=6el indi6idual por a)uilo )ue epressa e re6ela7 A nossa Bun;o Boi sendo legiti%ada: inter6ir nas produWes cotidianas< criando pr=ticas< aconteci%entos )ue per%itisse% %o6i%entar a)uilo )ue esta6a cristalizado< produzindo diBerenciaWes7 Jeri6ar< apostando e% u%a deri6a )ue esti6esse a ser6io de processos de su9eti6a;o< e n;o de assueita%ento7 ou6e u% %o%ento neste tra9al#o co% as crianas de classe especial )ue %eu senti%ento era de trai;o K psicologia< pois nada %ais precisa6a ser des6endado7 Min#a Bor%a;o e% Psicologia #a6ia ressaltado sa9eres )ue nos conduzia% a pensar no inconsciente e


no sueito co%o dados< co%o a priori co%o produto de esta6a no passado< co%o algo a ser des6endado7 al6ez< Bosse t;o ino6ador< para %i%< a9andonar a 9usca por signi da %aneira co%o eu a Bazia< na )ual pensa6a )ue eistiria u% )ue signiBica6a u%a certa eperiência desta ou da)uela Bor%a para con#ecer essas signiBicaWes< eu teria )ue pes)uisar< des6 esse sueito7 Portanto< pensa6a )ue #a6eria o sueito< a eperiC a signiBica;o7 Passar do registro da causalidade< para o registro da prc das pr=ticas e dos sa9eres< i%plica perce9er )ue esse sueito 0e7 tanto< eu = V eBeito< se engendra e% u% processo de produ;o titu$do e% diBerentes ca%pos de Boras7 O inconsciente desi pr5prio espao de produ;o e< portanto< n;o V produto de algo rior 0*aBBa# *eto< D7 En)uanto est=6a%os no pri%eiro %o%ento do tra9al#o< 9e%os )ue pes)uisar co%o as crianas entendia% se posicio Brente Kno6os %ontage% dasintensiBi classes %ais especiais e tentar< por %eio do l#odas nos grupos< )uee elas produzisse% sa9eres< e %ais as i!possibilidades crianas no espao soc : pol$tico da escola7 Eu< unta%ente co% Jenise e Jal6a 0e< po to< n5s $a%os perce9endo sa9eres< capacidades< eitos de ser< neiras de pensar das crianas7 *5s 0coordenadoras e elas 0c as $a%os constituindo algo )ue< a %eu 6er< era pouco e< alV% pouco< reBora6a u%a crena< co%o = Boi dito< de )ue essas cri precisa6a% de tra9al#os co% psic5logas< )ue tê% pro9le%as pr zidos eclusi6a%ente por )uestWes indi6iduais7 Claro )ue 6=rias nas nas )uais as crianas trazia% angstias< receios e discri%i Wes per%itia% )ue esses aBetos circulasse% de outra Bor%a e r zasse% no6as produWes7 Mas da %aneira co%o esta6a nossa tage% de atua;o na escola antes de %udar%os nossa pergunta e criar%os estratVgias co%o a do %apa< Boras intensas na produ 

Jenise e Jal6a< psic5logas< coordenara%< unta%ente co%igo< os grupos co% crianas7

OS PSICbLOGOS RAALA*JO COM A ESCOLA: I*ER&E*TUO A SER&ITO JO "ZQ

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dos receios< das angstias e das discri%inaWes Bica6a% longe de nosso alcance7 E< co%o depois 6ie%os a sa9er< era poss$6el inter6ir nessa produ;o de Bor%a %ais eBeti6a< de agir nos processos de produ;o7 Autores co%o Xoucault e Jeleuze Bora% Bunda%entais para )ue a)uilo )ue c#a%ei de trai;o pudesse se constituir e% no6os sa9eres< per%itindo )ue perce9êsse%os o inconsciente co%o produ;o de realidade e n;o< co%o = disse%os< e% produto de algo = 6i6ido< dado e aca9ado7 Agora< precis=6a%os nos i%plicar no )ue c#a%=6a%os de ca%po de Boras< de espao de produ;o< e agir7 Agi%os< Bize%os o %apa7 Constitu$%os sa9eres i%plicando proBessores< Ba%iliares< crianas7 ou6e ruptura7 E< %uito i%portante ressaltar< )ue a)uilo )ue Boi sendo deBinido para a 6ida escolar das crianas no ano seguinte  se per%aneceria% na classe especial< se iria% para pri%eira< segunda ou terceira sVries  ou %el#or< a)uilo )ue poder$a%os dizer )ue era< inicial%ente< o o9eti6o de nosso %apea%ento< u%a 6ez constitu$do< passou a ser apenas u%a a;o )ue eigia u% proeto< u% processo< para ser i%ple%entada7 Cida passaria para a segunda sVrie7 Co%o ir$a%os i%ple%entar issoQ ue Boras est;o e% ogo para agir%os nesse processoQ ual a proBessora de classe regular )ue a ter= co%o alunaQ Co%o agir na discri%ina;o )ue os alunos das classes regulares 6i6e% e% rela;o aos )ue estudara% nas classes especiaisQ Co%o a e)uipe tVcnica 0diretoria assu%e esse tra9al#oQ ue espaos para reBle;o dos aconteci%entos pode% eistir na escolaQ Inicia6ase u% )uestiona%ento so9re os tra9al#os de 6=rios psic5logos )ue ter%ina% suas a6aliaWes e inter6enWes redigindo e% seus relat5rios sugestWes e enca%in#a%entos: ènca%in#ar a criana para a classe regular< enca%in#ar o o6e% para terapia< orientar os proBessores a agire% de Bor%a %ais atenciosa co% seus alunos< enca%in#ar os pais para orienta;o`7 Esses enca%in#a%entos e necessidades< con6en#a%os< s;o 9astante perigosos< pois correse o risco de estar%os< co% esses gestos< criando i%potências e culpa9ilizando os usu=rios )uando os %es%os

F-


n;o 9usca% a)uilo )ue Boi proposto7 JiBerente%ente disso V u% proeto )ue aBete a produ;o do Bracasso na #ist5ria sin dos 6=rios enca%in#a%entos7 &olte%os Ks cenas de nossos tra9al#os e contratos co% as e. colas p9licas7 Co%o #a6$a%os dito< consegu$a%os %o6i%entar 7 gu%as #ist5rias escolares< %as esses %o6i%entos pouco %uda6a:` territ5rio no )ual as )ueias era% produzidas7 Con6V% ressaltar esse ter%o `pouco` est= relacionado ao Bato de ter%os perce9i)ue poder$a%os aBetar %ais< dependendo da Bor%a )ue organiza6a %os nosso tra9al#o e nossa Bun;o7 O contato co% as crianas de classe especial nos audou a perce9er )ue n;o t$n#a%os %ais a Bun;o de con#ecer %el#or as crianas e de tentar ro%per algo nelas7 uer$a%os )ue elas participasse` de u%a %ontage% )ue< essa si%< teria de aBetar o territ5rio no o7#a9ita6a% de Bor%a co%o cristalizada7 uer$a%os u%an;o pr=tica na )ual casos< #ist5rias pudesse% ser6ir inspiradores algo )ue se localiza6a apenasasna criana7singulares< Co%o constituir %ontage% capaz de aBetai  esse territ5rioQ *osso contrato passou a incluir reuniWes regulares co% o gru] de proBessores )ue enca%in#a6a as crianas7 Esta9elecer u%a ret ;o entre o )ue $a%os con#ecendo e o )ue acontecia no cotidiano sala de aula e da escola< era u%a condi;o do tra9al#o7 Esta9el essa rela;o entre esses %o%entos s5 era poss$6el nos encon co% as educadoras7 E esses encontros tin#a% co%o Bun;o reBl a produ;o da)uilo co% o )ue tra9al#=6a%os 0a )ueia escolar< de%anda e% rela;o ao ser6io< as 6=rias 6ersWes< considerando proBessores atores i%portantes dessa engrenage%7 Consegu$a%os esta9elecer algu%as relaWes  por ee%p as proBessoras conta6a% da diBiculdade )ue tin#a% para ter acem a algu%as %;es e pais e pens=6a%os< unta%ente co% elas< rela;o entre esse distancia%ento e a Bor%a e Bun;o das re Wes de pais< nas )uais %uitas %;es se sentia% ulgadas e i tentes so9re o )ue Bazer co% as )ueias escolares apresenta pelos proBessores7

Os PSICbIOGOS RAALA*JO COM A ESCOLA: I*ER&E*TUO A SER&ITO JO "ZQ

FD

Sa9e%os )ue as pr=ticas< da Bor%a co%o s;o esta9elecidas< eBetua% concepWes< paradig%as< princ$pios7 Isso tudo est= e% ogo )uando Bala%os de pr=ticas7  E%9ora consegu$sse%os esta9elecer relaWes co% as pr=ticas cotidianas< #a6ia u% li%ite produzido por nossa %ontage%< pela Bor%a co%o organiz=6a%os o tra9al#o: a epectati6a dos proBessores de )ue pudVsse%os des6endar e alterar a %ente e o co%porta%ento das crianas continua6a grande7 O tra9al#o aceita6a essa de%anda< analisa6a a %es%a e Bica6a< %uitas 6ezes< 9uscando Bor%as de dri9l=la7 Mas ela esta6a l=< presente< intensa e engendrando eBeitos7 E sa9e%os )ue dri9lar n;o tira o deseo do ad6ers=rio e% ter a 9ola7 Pelo contr=rio7 E%9ora esti6Vsse%os indo Ks escolas deiando %ais claro os o9eti6os de inter6ir nos condicionantes< no processo institucional de produ;o< esse discurso ainda esta6a distante de algu%as pr=ticas )ue esta9elec$a%os7 Analisando a produ;o dos enca%in#a%entos: o desaBio produzido pela a6alia;o psicol5gica7 Jurante os anos de ->D< ti6e%os a oportunidade de ser%os c#a%adas para realizar u% tra9al#o co% 4 alunos enca%in#ados para a6alia;o psicol5gica< por cerca de 22 escolas p9licas estaduais 0cada escola podia enca%in#ar cerca de seis crianas 27 Aceitar esse con6ite Boi u% grande desaBio7 $n#a%os cerca de oito %eses para realizar as a6aliaWes< )ue nor%al%ente era% Beitas e% alguns dias por cl$nicas psicol5gicas contratadas co% 6er9a da Secretaria de Educa;o para esses Bins7 Monta%os u%a e)uipe de D pessoas7 Co%o realizar u% tra9al#o no )ual se pretende analisar< a6aliar< entender< o )ue acontece co% cada u%a das crianas enca%in#a 2

A pr=tica criada para essa de%anda e a reBle;o e% rela;o K %es%a tornouse o tra9al#o de %in#a tese de doutorado< intitulada `Rein6entando a A6alia;o Psicol5gica` 0Mac#ado< H7




dasQ ual o nosso o9eto )uando esta%os Brente a u%a de% a6alia;o psicol5gica so9re u% alunoQ O )ue est= sendo a6ali %edida e% )ue sa9e%os )ue os Ben%enos psicol5gicos< os as atitudes< s;o eBeitos engendrados e% u% ca%po de relaWes BorasQ Co%o produzir u%a a6alia;o )ue aposte e% u% pi de %udana e% rela;o a esses lugares constitu$dos na )ueia larQ Esses era% os desaBios7 Jeleuze< escre6endo so9re os estudos de *ietzsc#e< no%e, o desaBio )ue t$n#a%os: `*;o encontrare%os nunca o senti )ual)uer coisa 0Ben%eno #u%ano< 9iol5gico ou %es%o B$si n;o con#ecer%os )ual V a Bora )ue se apropria da coisa< eplora< )ue nela se epri%e` 0Jeleuze< p7 7 *esse teto< a idVia de coisa 6ai deiando de ser u% su9stanti6o singular< p ser plural  u%a pluralidadecoeistência de Boras e%das a;o7 À #ist5ria de para coisa< e%segeral< V a sucess;o )ue dela se apodera%< Boras )ue luta% dela apoderar` ?iid+ pdas ÀBoras pr5pria coisa n;o V neutra< e encontrase %ais ou %enos aBinidade co% a Bora )ue atual%ente dela se apodera` îid+ p7 Ò pr5prio o9eto V Bora< epress;o de *or7aK?iid+ p7 47 Portanto< a)uilo )ue te%os co%o o9eto< por eenr agressi6idade presente e% algu%as crianas< V a apari;o de Bora )ue do%ina7 Con6V% le%9rar )ue Xoucault 0F9 po poder co%o u%a a;o so9re outra a;o< co%o o conunto de r_ de Boras )ue produz realidade7 8 a rela;o da Bora co% a B $n#a%os de estar atentos Ks Boras )ue se apodera6a% %anda )ue pedia a6aliaWes psicol5gicas de crianas enca%i pelas escolas p9licas< co%o se as eplicaWes para o Bracasi esgotasse% no indi6$duo enca%in#ado para a6alia;o psicol5gi tanto< t$n#a%os de nos tornar Boras )ue i%pri%ia% outras d : Xo%os Ks escolas< entra%os e% contato co% 6=rias pr ras< co% %;es e pais< e co% as crianas< pes)uisa%os os 9as de cada enca%in#a%ento< as 6=rias 6ersWes so9re as #ist5rias lares< pro9le%atiza%os as epectati6as dos proBissionais das Ias7 Coloca%os a pr5pria produ;o do enca%in#a%ento e sua


77

;o co% a )ueia escolar< co%o nosso o9eto< co%o processo a ser pes)uisado7 uer$a%os sa9er co%o o enca%in#a%ento #a6ia sido constitu$do< sa9er o )ue as pessoas pensa6a% e Bala6a% so9re o Bato de a criana ter sido enca%in#ada7 Entra%os e% contato co% 6=rias pr=ticas e sa9eres do cotidiano escolar7 a6ia proBessores )ue ne% sa9ia% )ue seus alunos #a6ia% sido enca%in#ados_ #a6ia %;es )ue acredita6a% )ue )ual)uer iniciati6a da escola V %el#or do )ue ela poderia Bazer_ #a6ia crianas )ue nos Bala6a% )ue o %ais i%portante para ir 9e% na escola< era ter `BV e% Jeus`7 Jepois de cerca de )uatro %eses< t$n#a%os 6=rios registros de con6ersas< o9ser6aWes< con#eci%entos7 JeBini%os )ue< e% cada enca%in#a%ento< t$n#a%os de des6endar a)uelas pr=ticas institucionais )ue estaria% relacionadas K produ;o dos %es%os7 Por ee%plo< algu%as crianas )ue Bre)enta6a% as classes especiais Bazia% parte das crianas< = %encionadas anterior%ente< cuas proBessoras ac#a6a% )ue elas esta6a% 9e% e )ue precisaria% de u% relat5rio psicol5gico )ue %ostrasse )ue poderia% Bre)entar as classes regulares< pois tin#a% receio )ue Bosse% discri%inadas e )ueria% algo )ue `pro6asse` )ue elas teria% condiWes de estar nas salas regulares7 Co%o disse%os< o descon#eci%ento das proBessoras das classes regulares co% rela;o a essas crianas 6indas das classes especiais e a solid;o das educadoras das classes especiais< %oti6a6a% esses enca%in#a%entos7 Ora< o receio de discri%ina;o e a solid;o s;o produWes )ue i%pedia% o acesso das crianas Ks salas regulares e )ue %oti6a6a% o pedido de a6alia;o psicol5gica7 Co%o inter6ir nessas produWesQ ue pr=ticas esta9elecer para )ue as proBessoras das classes regulares pudesse% con#ecer as crianas )ue Bre)enta6a% as classes especiaisQ O )ue Bazer para )ue as proBessoras das classes especiais esti6esse% eBeti6a%ente inseridas no tra9al#o coleti6o do ensino Bunda%entalQ uando passa%os a ter essas )uestWes co%o desaBio< a necessidade inicial das proBessoras de classe especial< de u% relat5rio )ue a6aliasse positi6a%ente as crianas< perdeu o sentido7 Pois< esse relat5rio de nada aBetaria o

F


receio< a solid;o e outras )uestWes )ue %oti6a6a% o enca%in#a:: r to dessas crianas7 Aprende%os a estar atentos para as pr=ticas cotidianas )ue y: se re6elando7 Os encontros de proBessoras tê% ser6ido para discE coleti6a%ente os aconteci%entos da escolaQ As reuniWes de pais. propWe% a ser u% espao de socializa;o das pr=ticas escolaresCo%o V Beita a a6alia;o do processo escolar das crianasQ Esse %o6i%ento Boi re6elador7 Os sa9eres a respeito das pi, cas institucionais )ue $a%os con#ecendo pelos enca%in#a%en per%itira%nos constituir perguntas e critVrios i%portantes de6e% ser considerados )uando u% aluno V enca%in#ado u% especialista7 Por ee%plo< a solid;o das proBessoras )ue ca6a% o diagn5stico de especialistas co%o u%a estratVgia ustiBicar o Bracasso escolar de seus alunos constituiu )uês so9re o Bunciona%ento das reuniWes de proBessoras7 uestWes s5 poderia% ser constitu$das interior do interessea pela )ue est=6a%os con#ecendo7 Con#ec$a%os a solid;o
Os PSICbLOGOS RAALA*JO COM A ESCOLA I*ER&E*TUO A SER&ITO JO "ZQ

H

%entos7 &ea%os u% ee%plo para %el#or poder%os deBinir esse no6o desen#o para nossas inserWes7 Paulo< u% %enino< de 2 anos< )ue esta6a cursando a terceira sVrie e se recusa6a a Bazer as liWes< nos Boi enca%in#ado7 Xo%os< ent;o< 9uscar inBor%aWes so9re a produ;o desse enca%in#a%ento perguntando a 6=rias pessoas en6ol6idas na #ist5ria de Paulo o )ue pensa6a% e )uais era% suas #ip5teses para esse enca%in#a%ento7 Xoi assi% )ue entra%os e% contato co% %uitas pr=ticas< idVias e relaWes< tais co%o: u% proeto de classe de acelera;o< no )ual proBessores era% Bor%ados para ensinar alunos co% deBasage% sVrieidade )ue depois 6olta6a% para as salas regulares_ proBessores< co%o = %enciona%os< )ue n;o discute% Bor%as de tra9al#ar co% Paulo e% suas reuniWes_ o enca%in#a%ento para especialistas co% a ilus;o de )ue os %es%os poderia% dizer o )ue a criana 6erdadeira%ente te%< independente%ente do Bunciona%ento das relaWes e das pr=ticas_ o pipo)ueiro< )ue gosta6a de Paulo e conta6a co% sua auda para 6ender pipocas_ o cansao e desni%o das proBessoras co% rela;o Ks atitudes de Paulo< )ue se%pre as agredia< etc7 Esta%os Balando< portanto< de 6=rias relaWes e personagens< )ue se constitue% nesse ca%po7 "tiliza%os o reBlei6o  constituirse< engendrarse < e% 6ez de constituir ou engendrar o ca%po< pois )uere%os %ostrar )ue algo 6ai se constituindo na rela;o e no encontro das Boras7 Os proetos pedag5gicos e seus eBeitos< o enca%in#a%ento para especialistas< a Balta de discussWes entre as proBessoras< o pipo)ueiro )ue gosta6a de Paulo< o desni%o das proBessoras777< nada disso ser= entendido co%o causa do )ue 6e% depois7 Mas co%o ca%po no )ual se produze% as )uestWes su9eti6as7 Esse ca%po n;o V u%a causa eterna da)uilo )ue se produz7 Pensar esse ca%po de Boras V u% grande passo e% rela;o K 6is;o )ue ustiBica os aconteci%entos tendo co%o causa algo localizado apenas no corpo do sueito< pois< pes)uisando esse espao de produ;o< te%os acesso n;o %ais a causas %era%ente indi6iduais ou pro6enientes da rela;o proBessoraluno< %as Ks 6=rias pr=ticas nas )uais o enca%in#a%ento Bora engendrado7 Passa%os a Balar da sensa;o

8! AJRIA*A MARCO*JES MACAJO

de incapacidade da criana< da deposita;o do sa9er dos p res e% especialistas< da aBli;o das %;es< pois seus Bil#os n;o dia%< da necessidade de u% proeto pedag5gico para os alunos co%pro%eti%entos< da %ontage% das classes< da atri9ui;o de aos proBessores< do Bunciona%ento do recreio< da rotina< da pa;o dos pais nos B5runs de poder da escola< das decisWes p so9re a educa;o< etc7 Precisa%os esclarecer )ue a epress;o `ca%po de Boras a)ui< sendo utilizada co%o espaos de produ;o de pr=ticas processos de su9eti6a;o7 Os aconteci%entos n;o s;o cau )ue 6e% depois< s;o engendrados nesse ca%po7 Co%o diz Xoucault: `Se a interpreta;o n;o pode nunca a isto )uer si%ples%ente signiBicar )ue n;o #= nada a interpretar< #=Vnada a interpretar< por)ue< no%as Bundo< interpreta;o< cada s$%9olo e% sia9soluta%ente %es%o n;o a pri%=rio coisa ) oBerece K interpreta;o< a V interpreta;o de outros si% 0Xoucault< F< p7 227 A)uilo )ue elege%os co%o u%a )uest;o a ser a6aliada< sendo engendrada eistente7 *;o 6e% depois dessas Boras< constitu$do *ELAS7 Insisti%os nessa discuss;o< pois ela Boi %ental para as %udanas )ue Bora% ocorrendo no ru%o do tra Pense%os< portanto< e% 6=rios espaos cuas Boras se Ia% e se encontra%  os ca%pos de Boras se cruza% e se aB Poder$a%os< co%o psic5logas< participar desse ca%po dia ticando as crianas7 Isso< se% d6ida< i%pri%iria u% %o6i%en )ual a patologiza;o< a culpa9iliza;o das 6$ti%as e a isen;o pr=ticas sociais na produ;o das desigualdades e dos sinto%as< a% intensiBicadas7 Sa9e%os )ue nesses ca%pos de Boras est= tensa%ente presente u%a psicologia )ue a6alia e diagnostica se a %es%a esti6esse Bora do ca%po7 Essa ilus;o< de estar sustenta %uitos diagn5sticos e enca%in#a%entos7 &olte%os< ent;o< ao desen#o de nossa inser;o na escola7 Se as Boras< as aWes< contê% nelas a)uilo )ue se engendra< no encontro dessas Boras produze%se eBeitos< ent;o pode%os

Os PSICbLOGOS RAALA*JO COM A ESCOLA: I*ER&E*TUO A SERhTO JO "ZQ

:

)ue à6aliar u% ca%po de Boras`< à6aliar a produ;o do enca%in#a%ento ou da )ueia escolar`< i%plica e% aBetar%os essas Boras e< co% isso< sa9er%os da possi9ilidade de alterar< ou n;o< seu ru%o7 Jarei u% ee%plo7 "%a proBessora de u%a Escola Municipal de Ensino InBantil 0EMEI )ueria con6ersar so9re as diBiculdades de u%a certa criana< u% %enino de D anos< )ue se%pre Bica6a Bora das 9rincadeiras e co%ia sozin#o7 *o par)ue< ele senta6a e ol#a6a o )ue as outras pessoas Bazia%< n;o participa6a das 9rincadeiras %es%o )ue 6iesse% c#a%=lo7 *;o desen#a6a< coloca6a o l=pis na 9oca7 Est= #= )uatro %eses na escola7 Jurante esse te%po< perce9euse )ue ele te% circulado %ais K 6ontade pela institui;o e a proBessora conseguiu entender %el#or algu%as de suas colocaWes7 A escola< inicial%ente< )ueria u% diagn5stico dele7 Ap5s u%a con6ersa so9re as #ip5teses )ue teria% para a necessidade de u% diagn5stico< a de%anda %udou  )ueria% auda para pensar co%o tra9al#ar co% esse %enino na sala de aula7 "%a 6ez eplicitada essa de%anda< %uitas proBessoras dera% sugestWes e a coordenadora resol6eu participar u% pouco da aula para audar a pensar co%o Bazer7 A de%anda #a6ia sido Bor%ulada co% u% contedo 9astante tradicional< %as< o Bato de eu e as proBessoras estar%os interessadas e% pensar as produWes dessa criana e as pr=ticas educati6as na EMEI possi9ilitou outros ca%in#os7 Portanto< podere%os a6aliar a possi9ilidade de alterar a)uilo )ue aparece inicial%ente co%o de%anda< se inter6ier nesse ca%po7 8 nesse e%9ate )ue se constitue% nossos sa9eres7 Para n;o cair%os na ar%adil#a de apenas au%entar%os o espectro de causas e% rela;o Ks )uestWes )ue antes parecia% relacionadas apenas ao Bunciona%ento indi6idual do sueito< te%os de 9uscar o Bunciona%ento das pr=ticas nas )uais o Bracasso se engendra< dando no%es< produzindo %arcas7 Esta%os Balando de u% tra9al#o )ue< ao entender e se inserir nesse ca%po de Boras e% %o6i%ento< 9usca conectarse co% o )ue pode ro%per a cristaliza;o presente nos processos de ensino e de aprendizage%

2


*este tra9al#o co% a a6alia;o psicol5gica< aprende%os a agir ca%po e a a6aliar a possi9ilidade de %o6i%ento conBor%e nossas a Alguns enca%in#a%entos de alunos reBeria%se a situaWes )ue e$C26a% 9astante croniBicadas a ca%pos densos7 Mas a %aioria deles re]m lou intensas %udanas< pois consegu$a%os inter6ir no cotidiano es Participando da luta e criando co! as de!andas Passa%os a ir Ks escolas co% u% outro contrato7 E% u%a escolas )ue Bo%os durante o ano de 233 e 2332< redigi%os o se o9eti6o: `*osso tra9al#o e% instituiWes educati6as 6isa a %el#om atendi%ento a crianas e adolescentes7 Para isso< pro9le%atizanr o9ser6aWes e preocupaWes trazidas pelos educadores e% rei aos seus alunos e reBleti%os estratVgias de aWes )ue conside processo de produ;o das concepWes e das pr=ticas institucion Esse Bazer  terde acesso K produ;o das concep, das pr=ticas < V eBetuado 9uscando as possi9ilidades ruptura o )ue est=#ist5rica institu$do7 Interessanos )ue as aWes e os sa9eres con)uistados durante o so tra9al#o< possa% audar os proBissionais da institui;o a criare% Br de agir na produ;o da)uilo )ue traze% co%o sinto%a isolado7 A produ;o< )ue V coleti6a< re)uer inter6ir no Bunciona%ento institucio, e%os 9uscado as Boras )ue est;o presentes nas )ueias %uladas pelas proBessoras< por ee%plo< co% rela;o aos ai indisciplinados e aos seus pais e %;es )ue< segundo as proBess n;o auda% da %aneira co%o os proBissionais da escola gostari *5s propo%os< e% rela;o a essas te%=ticas aci%a< discutir a du;o do indisciplinar< pensar a rela;o escolaco%unidade 47 4

Essa te%=tica< a ustiBicati6a de )ue a grande causa dos pro9le%as da criana relacionada ao )ue acontece na Ba%$lia e e% casa< te% sido 9astante Bre)ente nossos tra9al#os7 Jenunciar< criticar e orientar pais produz aBasta%ento7 e%os de Bor%a a potencializar as possi9ilidades dos proBissionais da escola para i crianas e co% as %udanas das pr=ticas institucionais7 Muitas estratVgias e aWes pro9le%atizar essa te%=tica tê% sido desen6ol6idas e% u% tipo de atendi%en


4

Indisciplinar< assueitar< s;o Boras7 Os 6er9os no inBiniti6o< as aWes< s;o Boras7 Co%o = disse%os< segundo Xoucault< o poder V rela;o de Bora de u%a a;o so9re outra a;o_ portanto< te%os agido na)uilo )ue do%ina< criando dispositi6os )ue recupere% a potência de Boras e intensidades )ue est;o su9%etidas Ks Bor%as institu$das7 Entender os gestos de alguns alunos< co%o atitudes de indisciplina )ue necessita% ser disciplinadas< V u%a a;o< u%a Bora 0= eBeitos de outras Boras< co%o 6i%os )ue so%ente poder= ser aBetada no e%9ate7 &ea%os u% ee%plo7 C#ega%os a u%a escola e a grande )ueia era a indisciplina da - a sVrie7 Xo%os con#ecer as #ip5teses e% rela;o K produ;o da indisciplina< a #ist5ria dessas classes< os proetos< os interesses dos alunos< a rotina< o Bunciona%ento das #oras de discuss;o pedag5gica das proBessoras777 "% te%a se%pre presente< %as nunca tra9al#ado co% os alunos era o Bato de a

a - sVrie ser ooslti%o na)uela escola7 Con6ida%os alunosano interessados a participar de u% grupo cuo te%a seria a )uest;o da despedida< pro9le%atiza%os co% alunos e proBessores o te%a da indisciplina< reuni%onos co% pais para reBletir esse %o%ento t;o intenso de ruptura7 O tra9al#o deuse pela produ;o de ornais< despedidas< curiosidades< le%9ranas7 A pergunta )ue precisa6a ser con6ocada era  o )ue acontecia< nessa escola )ue algo )ue de6eria estar pre6isto nos proetos da escola< n;o esta6a sendo realizadoQ ABinal< as proBessoras 6aloriza% a necessidade de se criar Bor%as para epress;o do )ue ocorre co% os alunos7 Sa9ia% )ue esse n;odito< e% rela;o K despedida< poderia interBerir nas atitudes dos alunos7 Mas as proBessoras delega6a% a outros grupos 0a n5s o tra9al#o de reBletir co% seus alunos os receios e% rela;o ao processo de escolariza;o7 Co%o Bortalecer essa potência capturada< das educadoras< e% inter6ir no cotidianoQ uais e co%o s;o os e%9ates nesse coleti6oQ Ser6io de Psicologia Escolar )ue deno%ina%os `Plant;o Institucional`< no )ual eu e vara Sa;o nos encontra%os %ensal%ente co% grupos de proBissionais 0educadores ou psic5logos )ue tra9al#a% na educa;o de u%a %es%a institui;o e< conunta%ente< aproBunda%os a reBle;o so9re cada u%a das situaWes trazidas pelos proBissionais7

AJRIA*A MARCO*JES MACAJO

Essa V nossa Bun;o: pro9le%atizar< unto aos proBissio institui;o< as concepWes< as pr=ticas e as pol$ticas presen singularidade de cada caso< de cada #ist5ria< de cada discurso< tanto< o tra9al#o se reBere ao Bunciona%ento institucional7 As toes co% as )uais tra9al#a%os s;o engendradas no coleti6o e ge% a cria;o de redes7 Por ee%plo< a presena de crianas co%pro%eti%entos gra6es no cotidiano da institui;o e< port constru;o de pr=ticas inclusi6as< necessita% da participa;o proBissionais da =rea da sade7 A rede co%plea na )ual a de%anda V Bor%ulada Baz p nosso tra9al#o inspirandonos a criar dispositi6os< aWes< para per< criar rupturas e% processos )ue s;o nossos 6el#os con#ec, processos )ue produze% os sueitos co%o portadores de Balta Pelo contr=rio< 6e%os o ecesso< o trans9orda%ento de cc )ue n;o ca9e% na institui;o da Bor%a co%o ela est= institu$da7  case esse alarga%ento< no e%9ate7 REXERZ*CIAS ILLIOGRÁXICAS JELE"E< G7  Niet's"he e a =iloso*ia ( Portugal< Editora RES7 XO"CA"L< M7 (/
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I*ER&E*TUO ("*O A PROXESSORES JA REJE PLICA: POE*CIALIA*JO A PROJ"TUO JE *O&OS SE*IJOS Verusa Galdini , ,

Wanda !aria Lun#ueira /guiar

`*;o< n;o ten#o ca%in#o no6o7 O )ue ten#o de no6o V o eito de ca%in#ar7 Aprendi 0o ca%in#o %e ensinou a ca%in#ar cantando co%o con6V% a %i% e aos )ue 6;o co%igo7 ,PP8,+ Pois = n;o 6ou %ais sozin#o`7 rec#o de À 6ida 6erdadeira` #iago de Mello O o9eti6o central deste artigo V apresentar algu%as reBleWes so9re o te%a Bor%a;o de proBessores7 Para isso< to%a%os co%o 9ase nossa eperiência e% est=gios realizados na =rea de psicologia educacional na Xaculdade de Psicologia da PontiB$cia "ni6ersidade Cat5lica de S;o Paulo7 Inicia%os nossa discuss;o apresentando os pressupostos te5ricos e %etodol5gicos )ue Bunda%enta% nosso Bazeragir e% educa;o no tra9al#o unto a proBessores7

&ER"S/A GALJI*I E ' A*J A MARIA ("*"EIRA AG"IAR

Ao escol#er%os o te%a Bor%a;o de proBessores< n;o { Bazêlo se% a clareza de )ue )ual)uer pratica )ue 6ise K < so9re a realidade escolar< i%plica u%a proBunda reBle;o concepWes de #o%e%< escola< educa;o< assi% co%o so9re i Wes )ue constitue% a tra%a institucional7 Pretende%os des%istiBicar a idVia de )ue a discuss;o estratVgias de Bor%a;o< sea% elas )uais Bore% 0e% ser6i grupos< cursos< reciclage%< etc< possa%< por si s5< a6anarei rar os i%passes )ue te%os encontrado nessa =rea< ou sea<  discuss;o so9re )uais as %el#ores tVcnicas e estratVgias de: ;o< 9asta% para )ue pro%o6a%os u% a6ano )ualidade da a dos proBessores7 O de9ate so9re a op;o da tVcnica a ser utilizada V rele6a entanto V parcial%ente reducionista se n;o Bor precedido i reBle;o so9re seus pressupostos te5ricos e %etodol5gicos7 Assi%< )uando Bala%os e% Bor%a;o de proBessores< n;o { nos es)uecer< co%o pri%eiro pressuposto< )ue a escola< local onde dade docente acontece< V u% espao institucional e de %edia;o A escola re6ela< nas suas Bor%as de ser< relaWes sociais ticas< contedos de classe< 6alores< ideologia< ser;o constitur" pr=ticas dos proBessores7 Essas %es%as condiWes institucior na sua singularidade< constitu$das ta%9V% pela a;o dos proB e outros proBissionais )ue a$ tra9al#a%< con6i6e%< se relaciou As Bor%as de rela;o< de produ;o de con#eci%ento< uti do espao< etc7 eistentes nu%a institui;o escolar s;o se% i nicas< resultado do entrelaa%ento de u% conunto de Bator nu%a realidade especiBica ad)uire% Bor%a pr5pria< pela singu de e #istoricidade dos indi6$duos )ue a co%pWe7 E% outras pala6ras< apesar de cada escola ter sua unicid partir de singularidades )ue produze% seus pr5prios sentidos< co%o ele%ento constituti6o a realidade social7 Jessa Bor%a< ao co%preender%os a rela;o proBessor>in8] ;o>sociedade dialetica%ente< e6ita%os o perigo de ol#ar o pBc sor co%o natural%ente 9o% ou %au< co%o a#ist5rico< ro%pei

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I*ER&E*TUO ("*O A PROXESSORES JA REJE PLICA777 H

assi% co% eplicaWes Bundadas nu%a presu%ida e in6ari=6el `natureza #u%ana`7 ),,`(( XP)b(,,,` 7,` Por outro lado< ta%9V% e6ita%os posiWes )ue n;o apreenda% o car=ter ati6o< c#eio de possi9ilidades do tra9al#o docente7 Ja %es%a %aneira )ue a escola V< ao %es%o te%po< conser6adora e ino6adora< )ue n;o V u% o=sis< ne% V u% 9eco se% sa$da< o proBessor< entendido co%o ser #ist5rico e social< te% a possi9ilidade tanto de si%ples%ente reproduzir concepWes e pr=ticas< co%o de transBor%=las7  endo co%o o9eti6o a inter6en;o unto a proBessores< V Bunda%ental resgatar%os a possi9ilidade do seu papel ati6o< capaz de produzir con#eci%ento< de reBletir< de criar situaWes de aprendizage%< ter u%a pr=is7de proBessor )ue n;o sea guiada pela racionalidade tVcnica< Aponta%os< assi%
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&ER"S/AGALJI*IE'A*JA MARIA ("*"EIRA AG"IAR

Outra )uest;o )ue n;o pode%os deiar de lado V a clareza 777 )ue tanto as propostas de tra9al#o unto a proBessores< co%o as praticas por eles eercidas< tê% co%o ele%ento constituti6o concepWes< ne% se%pre eplicitadas< do )ue V educa;o< do )ue se es{ da escola< do aluno7 Concorda%os co% &igotski )uando aBir%a `07 toda teoria da educa;o apresenta as suas pr5prias eigências ao %estre` 0233< p7 --H7 E i%portante deiar claro )ue parti%os do princ$pio da necessidade de dar u% no6o sentido e Bun;o K escola< colocandoa a ser6io Be %aioria da popula;o< nu% tra9al#o cr$tico e transBor%ador< i%pri%inck no6os ru%os K pr=tica educati6a e< por )ue n;o< K coleti6idade escolar7 Esta%os indicandOo nosso ru%o< nossa Vtica7 co &igotski< si%ples%ente de educa;o< %as reBundi;o doEntende%os< #o%e%` 02333< p7 -D7 )ue `0 n;o se trata En6ol6erse eBeti6a%ente co% essa perspecti6a signiBica pressupor )ue as di%ensWes pol$tica e tVcnica s;o se%pre %ediadas pel: Vtica7 SigniBica< co%o nos le%9ra Cortella `0 pai;o peL inconBor%idade de as coisas sere% co%o s;o< pai;o pela derrota d^ desesperana< pai;o pela idVia de< procurando tornar as pessoaQ %el#ores< %el#orar a si %es%os ou %es%a< pai;o e% su%a< pele Buturo` 0< p7 DF7 *ossa luta V pela 9usca de u%a %aior )ualidade do tra9al#e docente< entendendoa co%o )ualidade social e #ist5rica7 Ent;o< ne pode%os a%ais esca%otear as relaWes entre educa;o e pol$tica< educa;o e poder< n;o pode%os co%preender a )ualidade< a co%petência< co%o tendo u% 6alor e% si< uni6ersal< independentes das condiWes sociais )ue as produze%7 Co%o nos le%9ra *osella< `Co%petência ou inco%petência s;o )ualiBicaWes atri9u$das no interior de u%a 6is;o de cultura #istorica%ente deter%inada< pois eiste o co%petente e o inco%petente para certa concep;o de cultura< co%o eiste o co%petente e o inco%petente para u%a no6a concep;o de cultura` 04< p7 27 Co%o gerar a cr$tica pretendida< a resistência Ks concepWes %ercantilizadas e 9urocratizadas do con#eci%ento< a pro9le%atiza;o

I*ER&E*TUO ("*O A PROXESSORES JA REJE PLICA777 

da gest;o coleti6a da 6ida escolarQ Co%o potencializar o proBessor< entendido co%o ele%ento Bunda%ental nesse processo< para ser sueito dessas tareBasQ = a$ u%a )uest;o a ser enBrentada< ou sea< a diBiculdade de se realizar u% tra9al#o de Bor%a;o de proBessores< )ue real%ente acarrete %udanas nas suas Bor%as de agir>pensar e sentir< %udanas essas )ue< a nosso 6er< s5 ser;o poss$6eis nu% conteto de ressigniBica;o da totalidade Institucional< de apropria;o de suas contradiWes e possi9ilidades de supera;o7 A literatura %ostra u%a inBinidade de eperiências de cursos< reciclagens< etc< %as )ue acarreta% poucas transBor%aWes eBeti6as nas pr=ticas docentes7 O )ue ocorreQ O )ue le6a ou n;o a transBor%a;oQ uando Bala%os e% %udana e transBor%a;o V i%portante claro )uedos;o %ltiplos os a aspectos deter%inantes< incluindo n;o s5 a #ist5ria de 6ida eBicar proBissional proBessor< co%o realidade institucional escolar e social7 Assi%< as %udanas est;o sendo pensadas co%o sendo gestadas nu% deter%inado espao institucional< social< #ist5rico< por sueitos concretos7  Jiante disso< aponta%os nosso o9eti6o )ue se% d6ida V u% recorte< %uito pr5prio da psicologia< )ue se constitui nu%a das %ltiplas possi9ilidades de tra9al#o a ser realizado< ou sea< a realiza;o de u% tra9#oBeinto>en$o^)ue possi9ilite a reBle;o< resigniBica;o e< assi%< a produ;o de no6os sentidos so9re a `6i6ência de ser proBessor`7 Os no6os sentidos produzidos de6e% se constituir a partir de u% esBoro )ue ro%pa o cotidiano< des%istiBi)ue 6el#as concepWes< aproBunde co%preensWes rasteiras< ultrapasse a aparência7 Para isso< tornase Bunda%ental a reBle;o so9re o cotidiano7 Muitas 6ezes causa estran#eza o Bato de pre6alecer nas pr=ticas docentes u%a certa i%ediaticidade7 Os proBessores Bala% de aWes realizadas )ue se contrapWe% ao )ue #a6ia sido planeado< ou ao discurso oBicial< ou %es%o ao )ue dize% acreditar7 O )ue se o9ser6a V u% ogo cotidiano )ue se asse%el#a a u% pulular de aWes desconeas7 8 usta%ente nesse %o%ento )ue te%os de nos perguntar7 O )ue o Bazer 0e o

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&ER"S/AGALJI*IE'A*JA MARIA ("*"EIRA AG"IAR

Bazerse cotidiano do proBessor indicaQ Ele pode ser si%ples%er7:7 negadoQ Ser= )ue ele n;o anuncia algo i%portante< sinto%=tico< cc r tradit5rioQ eller Bala de u% cotidiano alienado< )ue pri%a pela rep e ti;o< %as )ue ao %es%o te%po V espao das contradiWes< `cale7 de Ber6ura para as sadias re6oluWes`7 *o esBoro de penetrar no cotidiano< de des6endar suas contrae Wes< suas deter%inaWes< V Bunda%ental )ue o proBessor ten#a clareza de )ue a luta pela co%petência n;o se d= so%ente no plano ind# [ dual< pela 9usca de tVcnicas %ilagrosas7 Mas V Bunda%ental co%preender )ue a a;o co%petente da escola V seu tra9al#o coleti6o7 Sa9e%os )ue essa V u%a tareBa =rdua7 Co%o esta9elecer um processo de interroga;o epl$cita e ili%itada no espao cotidiano tra9al#o docenteQ Co%o produzir no6os sentidosQ Co%o possi9il: ao proBessor ser u% in6estigador e%coleti6a aulaQ Co%o sair doescolarQ la%ent partir para constru;o de u% proeto )ue ten#a co%o norte a ges do sentido Je6ese< pois< reto%ar o conceito de resigniBica;o7 Se si%plista aBir%ar%os )ue< para atingir%os nosso o9eti6o< resign:7 car< produzir no6os sentidos 9astaria )ue os proBessores se aprorr asse% de suas deter%inaWes7 e%os de considerar a dialVtica o9 ti6idade>su9eti6idade7 Co%o aponta Aguiar< `nesse processe o9eti6a;o>su9eti6a;o  )ue V nico< social e #ist5rico  a reali de social encontra %ltiplas Bor%as de ser conBigurada< co% a po9ilidade de )ue tal conBigura;o ocorra se% desconstruir 6el#as c cepWes e e%oWes calcadas e% preconceitos< 6isWes ideologizac Brag%entadas< etc7` 02333< p7 37 A$ se coloca nosso desaBio7 $ 9e%os )ue %uitas 6ezes< no seu cotidiano< o proBessor n;o se ap pria de suas eperiências< n;o 6aloriza as nuances< os desaBios7 )uestiona%entos colocados pelos alunos< pela pr5pria realidade7 : rece estar i%une ao no6o< aos c#o)ues7 O )ue presencia%os V e%po9reci%ento da eperiência< V a pre6alência da %es%ice< a B de perspecti6as< o ` 9eco se% sa$da`7 As diBiculdades s;o %uitas< as condiWes sociais< instituciona] s;o diBicultadoras da %udana< %as n;o pode%os es)uecer )ue a

I*ER&E*TUO ("*O A PROXESSORES JA REJE PLICA7 4

realidade V contradit5ria7 *;o pode%os sucu%9ir K idVia de )ue o proBessor V ` %ensageiro de contedos 6azios,,< de )ue ele si%ples%ente ocupa u% lugar na lin#a de %ontage% da escola7 *;o pode%os decretar o Bi% das possi9ilidades de cria;o7 As condiWes de aliena;o est;o presentes no cotidiano< %as as condiWes de supera;o ta%9V%7 Assi%< co%o aBir%a &igotski< 8 as possi9ilidades de i%aginar< son#ar< criar< de6e% ser eploradas< esti%uladas7 *; Pensa%os nu%a inter6en;o )ue< ala6ancada nas contradiWes<  possa superalas< indicando no6os ca%in#os< no6as Bor%as de apre{ ens;o do %undo7 "%a inter6en;o )ue considere o ser #u%ano co%o  u%a senti%entalidade inteligente< ser )ue V aBetado e )ue aBeta< )ue I se i%plica7 Pensa%os u% proBessor )ue ine6ita6el%ente deie %ar I cas< )ue se 6ea co%o %ais u% dos deter%inantes constituti6os se aaluno e 6ice6ersa7 E necess=rio )ue< na reBle;odesh so9re pr=tica da ati6idade docente< o proBessor n;o se eclua< )ue ol#e para a rela;o proBessoraluno< entendendoa co%o algo )ue a%ais poder= ser co%preendido< isolando cada u% dos seus ele%entos 0proBessoraluno7 al rela;o< nessa perspecti6a< V constitu$da por u% %o6i%ento no )ual< apesar de proBessor aluno< sere% dois ele%entos distintos< u% de6e ser 6isto co%o constituti6o do outro< u% n;o V se% o outro< s5 podendo ser entendidos nessa rela;o>E n;o s5 V i%portante a co%preens;o de )ue essa rela;o< proBessor  aluno< ta%9V% %edeia a realidade institucional e a pr5pria realidade social #ist5rica7 S5 assi% ser= poss$6el a cria;o de u% 6$nculo co% o aluno concreto< )ualiBicando a rela;o proBessor  aluno< de %odo a per%itir i%plica;o< apropria;o e produ;o por parte de a%9os7 Colocados os pressupostos orientadores de nosso tra9al#o< apresentare%os< a seguir< o desen6ol6i%ento de nossa pr=tica7 Co%o Bor%a de apresenta;o aglutina%os os encontros )ue ti6era% o9eti6os se%el#antes< passando a deno%inar tais agrupa%entos de %5dulos7 A di6is;o e% %5dulos eplicita u%a ênBase dada e% alguns o9eti6os e% deter%inado %o%ento_ o )ue n;o i%pede )ue esses %es%os o9eti6os per%eie% outros %o%entos do processo7

&ER"S/A G ALJI*I E 'A*JA MARIA ("*"EIRA AG"IAR

Relatare%os u% ee%plo do desen6ol6i%ento de nossa pr e% u%a escola espec$Bica7 Xora% realizados dez encontros co%  ra;o de u%a #ora cada u%< co% u% grupo a9erto )ue contou cc participa;o de 2 proBessores e% %Vdia7

O ESPATO I*SI"CIO*AL Xala%os< anterior%ente< )ue o pri%eiro pressuposto para ] dar%os da Bor%a;o de proBessores reBerese K concep;o de )u escola V o local onde a ati6idade docente acontece< onde s;o 6eie lados os pressupostos te5ricos e %etodol5gicos orientadores do { sar e agir das pessoas )ue constr5e% o espao institucional7 A %eira pergunta )ue le6a%os conosco na pri%eira 6isita Boi: co%o esta escola< co%o V seu espao B$sico< suas interrelaWes e sua: soBia< )ual V sua proposta pedag5gicaQ Para responder as perguntas aci%a< ela9ora%os aWes esti gicas< tais co%o< o9ser6a;o< entre6istas co% proBessores< Buncion rios e% geral< coordenadores pedag5gicos e diretores7 O9ser6a%os o cotidiano da escola7 Xica%os co%o turistas 6isitaodo u%a cidade descon#ecida: passea%os pelo p=tio da escola no #or=rio de recreio< pela secretaiia< con6ersa%os despreocupada%ente cora  as pessoas circulando por ali< ol#a%os os detal#es )ue co%pun#a% o { a%9iente: )uadro de a6isos< cadeiras< %esas< %uros< grades< sirene7 &i%os )ue essa escola possui u%a grande =rea constru$da< co% ` as salas de secretaria e dire;o< as classes< o p=tio e a cantina 9as tante espaosos e ilu%inados< %es%o K noite7 A escola V 9e% conser6ada< co% paredes< carteiras e salas se%pre li%pas e e% 9oacondiWes de uso7 *as paredes< #= placas co% #o%enagens K escoL e o 9usto do Bundador recepciona os 6isitantes< alV% do porteiro )6 s5 per%ite a entrada de alunos uniBor%izados ou adultos de6ida%ente autorizados< A porta de entrada V 6oltada para u% par)ue ar9orizado< %am utizado para uso e tr=Bico de drogas< estupro< assaltos< etc7 Grades e

I*ER&E*TUO ("*O A PROXESSORES JA REJE PLICA777

D

%uros per%eia% toda a escola< dentro e Bora7 A 6igilncia V per%anente e Beita por policiais Be%ininas )ue rece9e% au$lio de 6iaturas policiais_ a sensa;o V de u% risco i%inente e de u%a tentati6a desesperada de e6itar )ue a 6iolência adentre a escola7 a%9V% #= grades nos corredores internos e e% todos os espaos de circula;o< alV% de trancas nas salas de aula7 Os %urais s;o utilizados para di6ulgar as regras da escola< cartazes so9re pre6en;o a doenas< pro%o;o de sade< preser6a;o do %eio a%9iente e de concursos pro%o6idos para proBessores7 O %ural< aparente%ente< n;o V utilizado pelo aluno co%o espao de di6ulga;o7 *as entre6istas e con6ersas )ue Bize%os< procura%os identiBicar co%o s;o as relaWes interpessoais na escola e para retrat=las a)ui escol#e%os algu%as pala6ras )ue se repete% nos discursos< s;o elas: orde%< respeito< autoridade< %edo< rigidez< disciplina< indisciplina< rigor< contedo< #ierar)uia7 In6estiga%os ta%9V% a proposta pedag5gica da escola e pude%os sintetizar )ue os proBissionais )ue co%pWe% essa escola propWe% a Bor%a;o de cidad;os capazes de co%petir no %ercado de tra9al#o e preparados para o 6esti9ular por %eio de padrWes r$gidos de ensino< da disciplina< da #ierar)uia e do respeito< 9e% co%o do contedo ensinado e da co9rana do aprendizado7 usca%os nas entre6istas e con6ersas inBor%aWes so9re as Ba%$lias )ue %atricula% seus Bil#os nessa escola: co%o elas pensa% a educa;oQ Segundo os educadores< elas concorda% co% a proposta pedag5gica e procura% a escola eata%ente por esse %oti6o7 Co%o nos Boi dito< os pais escol#e% a escola por ser `Borte`< `puada`< èigente nos contedos`< `disciplinadora`7 *a opini;o dos entre6istados< o nico pro9le%a citado nas con6ersas e entre6istas Boi a indisciplina< )ue te% co%o solu;o u%a postura %ais rigorosa e disciplinadora7 Co% as entre6istas e as con6ersas pude%os con#ecer os pressupostos Bilos5Bicos< a ideologia< os 6alores )ue constitue% as relaWes sociais e pol$ticas 6i6idas na)uele espao institucional7 Con#e

H

&ER"S/A GALJI*I E 'A*JA MAMA ("*"EIRA AG"IAR

cer e analisar o pensa%ento por tr=s da a;o cotidiana V Bunda%e: tal para poder%os criar as estratVgias de a;o e as aWes estrateBcas )ue utilizare%os< para sa9er%os co%o e )uais s;o as transi7::%aWes poss$6eis dentro da)uele espao institucional< )ue te% reaWes espec$Bicas< cotidiano singular< pensa%entos< 6alores e conBie7: 7%entos constitu$dos e )ue ser;o constituti6os do pensar e agir a7proBessores dessa institui;o7

ACOLIME*O E RESPO*SAILIJAJE *o pri%eiro %o%ento do grupo co% os proBessores< duas )uBr toes se destacara% para sere% enBrentadas: a necessidade de l#i%ento e de responsa9iliza;o do proBessor7 *o )ue se reBere K pri%eira )uest;o< Boi Bunda%entai )ue %ostr=sse%os dispon$6eis para ou6i los< n;o por)ue so%os ` 9onzin#os`7 %as por)ue te%os a clareza de )ue a realidade V co%plea< )ue a ati6idadede docente escolas p9licas atra6essada por u%a %ultiplicidade Batores0especial%ente )ue %arca% e nas constitue% Bor%as deVser>pensar e sentir dos proBessores7 Sendo assi%< para potencializar%os a a;o do proBessor< precisa%os escutar e con#ecer o )ue esse ele sente< co%o eplica os Batos )ue 6i6e< )uais s;o os pressupostos )ue orienta% sua a;o< para eplicitar%os as contradiWes 6i6idas e< ent;o< construir%os untos as alternati6as poss$6eis7 Os tra9al#os realizados unto a proBessores %ostra% o )uanto s;o %ltiplos e contradit5rios os senti%entos 6i6idos por eles< ou sea< culpa< %edo< rai6a< i%potência< desni%o s;o senti%entos )ue os aco%pan#a% no diaadia7 Precisa%os ent;o tocar nesses senti%entos para )ue sea% superados e para )ue outros ocupe% seu lugar< co%o a criati6idade< a pai;o< a potência< a reBle;o7 usca%os atingir esse o9eti6o criando u% espao de acol#i%ento dos li%ites< das diBiculdades< do rui%< para con#ecer%os ta%9V% o )ue os constitui< co%o esses aspectos surge% e se %antê% e< ent;o< co%o transBor%=los7

I*ER&E*TUO ("*O A PROXESSORES JA REJE PLICA777 H

O )ue pretende%os co% o acol#i%ento V gerar %o6i%entos no plano da su9eti6idade e isso re)uer u% espao propiciador de apropria;o de si %es%o< de autocon#eci%ento para )ue o proBessor se 6ea i%plicado7 Concorda%os co% C#aui )ue aBir%a )ue `So%ente )uando o deseo de pensar V 6i6ido e sentido co%o u% aBeto )ue au%enta nosso ser e nosso agir V )ue pode%os a6aliar todo o %al )ue nos 6e% de n;o sa9er` 0p7 4< p7 DF7 *esse processo< perce9e%os co%o interessante a realiza;o de ati6idades nas )uais eles possa% se colocar< epressando suas necessidades< pro9le%as< epectati6as< percep;o de si %es%o 0coisas )ue gostaria% )ue acontecesse na sua 6ida< tanto relati6o a 6ida proBissional< co%o de %odo geral7 Esse %o%ento V %uito propicio para con#ecer%os o grupo< para co%ear%os a criar u% espao acol#edor< espao este de6e ser 6isto co%o possi9ilitador de %aniBesta;o de idVias e epressWes de aBeti6idade7 Por)ue isso7 o acol#i%ento< se% nunca es)uecer )ue ele< o proBessor< V respons=6el por seus atos7 )ue ele V sueito e )ue te% a possi9ilidade de interBerir< atuar7 "%a das estratVgias utilizadas para atingir tal o9eti6o Boi pedir aos proBessores )ue desen#asse% u%a =r6ore< representando co%o eles se 6êe% na 6ida< colocando nos gal#os caracter$sticas pessoais positi6as e nas ra$zes caracter$sticas )ue poderia% ser %el#oradas< algo )ue ainda n;o V do eito )ue gostaria%7 Pedi%os u%a segunda =r6ore< representando essas caracter$sticas< especiBica%ente para a 6ida proBissional7 *ossa pr=tica te% %ostrado )ue< diante das diBiculdades 6i6idas 0ser proBessor da escola p9lica< o educador< %uitas 6ezes< se despotencializa< n;o se 6ê co%o sueito capaz de interBerir na realidade< n;o acreditando )ue deia rastros na sua pr=tica7 Esse %o6i%ento aca9a o le6ando a se ecluir da rela;o proBessor>aluno< co%o se isso Bosse poss$6el 0)uest;o a9ordada no pr5i%o ite%7 8 necess=rio< incenti6ar%os o proBessor a Bazer u% %o6i%ento e% 9usca dos %oti6os< dos neos entre seu presente< seus %oti6os< deseos e necessidades< sua #ist5ria de 6ida e a sociedade na )ual est= inserido7 Para )ue< ao ol#ar para sua pr=tica e para si< possa energarse n;o co%o ser natural< %as co%o #ist5rico e social7 IJ



&ER"S/A GALJ/I E 'A*JA MARIA ("*"EIRA AG"IAR

8 Bunda%ental ao proBessor a apropria;o dos deter%inan7r )ue o constitui< a clareza de )ue %uitas 6ezes suas certezas se 9aseadas e% dados da aparência< %as ta%9V% V Bunda%ental )ue produza a potência de agir< )ue recon#ea seu poder de constitui;i] de si %es%o< do aluno e do pr5prio espao educati6o7

APROPRIATUO JO AL"*O



I

Considera%os Bunda%ental esti%ular o proBessor a ol#ar paralP aluno concreto< de `carne e osso`7 Para isso< tal6ez sea necess=n recuperar suas #ist5rias co%o alunos< a pr5pria #ist5ria da e6olu=p dos %odos de 6ida< dos 6alores< da u6entude7 8 %uito co%u% | saudosis%o e% rela;o K Bor%a;o %oral )ue se tin#a< K )ualidai do ensino< etc7 E% lti%a instncia< esta%os propondo )ue o proBVX sor se torne u% in6estigador das )uestWes )ue constitue% e atra6< sa% sua pr=tica docente< participando desta Bor%a< do processo produ;o de sa9eres so9re seu pr5prio tra9al#o7 Essas )uestWes de6e% ser tratadas de %odo a Ba6orecer ao p:: Bessor u%a reBle;o )ue o le6e a apropriarse da din%ica constitu da realidade educacional atual< da realidade dos alunos e o6ens de #oe7 8 necess=rio )ue o proBessor )uestionese: )ue% V este o6e%Q ue escola V estaQ uais necessidades os %oti6a%Q ual sua #ist5riaQ uais suas percepWes so9re si e so9re o %undoQ E necess=rio Bazer co% o proBessor u% eerc$cio de reBlei6idade so9re o aluno da nossa cultura< do nosso %o%ento< )ue 6i6e outras necessidades< outros interesses e atri9ui sentidos diBerentes a atitudes e o9etos 0o uso do Ba%oso 9onV< por ee%plo7 O proBessor precisa estar disposto a recon#ecer seus alun: para negociar seus deseos7 Por ee%plo< e% u%a das discussWer de casos trazidos pelos proBessores para o grupo< Bica claro co%o a diBerena de atitude da proBessora pode e6itar o desgaste desnecess=rio no cotidiano7 "%a proBessora co%enta so9re u% aluno )ue escuta calman durante a aula7 Segundo a proBessora< o al^no ou6ia u% ogo de Bute9ol< Bazendo co%ent=rios e% 6oz alta< prc 




6ocando dispers;o nos outros alunos7 Ela descre6e essa situa;o co%o u%a aBronta pessoal< sentindose desaBiada< pois ele negouse a desligar o calman e a sair da sala< co%o solicitado por ela7 A proBessora contou )ue se sentiu desrespeitada< i%potente e co% %edo do aluno< pois este èra u% #o%e% %aior do )ue eu`7 Sua atitude Boi ignor=lo7 A proposta Beita para o grupo de proBessores Boi de discutir a situa;o considerando a %ultiplicidade de deter%inaWes 0esse aluno e essa escola s;o constru$dos socio#istorica%ente< o )ue nos Bez reconsiderar a particularidade da situa;o e perce9er a necessidade de aproi%ar%onos desse aluno e orient= lo7 *o encontro seguinte< a proBessora relata )ue ao re6i6er u%a situa;o se%el#ante co% o %es%o aluno< procurou con6ersar co% ele so9re o )ue esta6a escutando< %ostrando interesse por a)uilo )ue o interessa6a7 *a a6alia;o Binal dos encontros< essa proBessora relata )ue a tentati6a de aproi%a;o per%itiu se esta9elecesse a%izadee esse e respeito entre os dois eo ela pde con6ersar co% o aluno co%o )ue se sentia diante da situa;o pode co%preender )ue signiBica6a para ela o uso do aparel#o durante a aula7 Jurante 6=rios encontros< os proBessores relatara% di6ersos casos e% )ue a de%onstra;o de e%patia interpessoal 0constru$da no caso a partir de u% con#eci%ento dos processos de constitui;o dos sueitos en6ol6idos produz transBor%aWes nas relaWes e nas pessoas7

APROPRIATUO JA JIAL8ICA PROXESSOR>AL"*O Outra )uest;o a ser tra9al#ada co% os proBessores V a necessidade de co%preendere% a rela;o )ue esta9elece% co% os alunos co%o u%a rela;o de %edia;o< na )ual proBessor e aluno s;o constituti6os da rela;o7 *;o d= para i%aginar u% dos ele%entos co% %enor poder de interBerência7 Ele< proBessor< te% de se perce9er co%o ele%ento constituti6o das pr=ticas< percepWes e senti%entos dos alunos7

33 &ER"S/A GAIJI*I E ' A*JA MARIA ("*"EIRA AG"IAR

8Z A 6aloriza;o do tra9al#o docente de6e se dar aliada a dis.: ^ s;o de seu papel< sua responsa9ilidade co%o sueito )ue interBere m+ constitui;o do aluno7 Jiante disso< V Bunda%ental )ue se crie sir?Wes de reBle;o so9re o signiBicado de suas aWes< so9re o pape,7 : outro na constitui;o do sueito< so9re o car=ter social da const#;o da su9eti6idade7 Para )ue os proBessores se apropriasse% dessa rela;o< pe %os para )ue eles trouesse% `casos` para discutir%os estratVg7^ de a;o7 Jessa Bor%a< to%a%os o cotidiano escolar e a a;o do pro:z sor co%o ponto de partida para as reBleWes< tra9al#ando co% . pr=ticas cotidianas7 Entretanto< le%9ra%os< %ais u%a 6ez< )ue n;o pode%os ser ingênuos ao lidar%os co% as aWes rotineirascaindo dos proBessores se% a %ec7a;o te5rica< dos princ$pios e cr$ticos< i7si% na racionalidade tVcnica7 Acredita%os )ue aVticos< teoria de%ocr=ticos de6a ss elucidada< resgatada< apropriada< na rela;o dialVtica co% a pr=tica7 Isso posto< pode%os aBir%ar )ue opta%os por co%preender o proBessor na sua realidade escolar< por %eio de suas atitudes e co%porta%entos7 Para isso< a estratVgia de discutir `casos` V bastanlc interessante< pois V a oportunidade do proBessor n;o Bicar enclausurad1 no discurso institu$do< repetiti6o< para )ue< pela reBle;o< ele possa ro%per co% o cotidiano7 "%a outra possi9ilidade )uando tra9al#a%os co% as discussWes so9re casos V incenti6ar no proBessor a necessidade de estabelecer u%a outra rela;o co% o discurso do òutro`< co%preendendo 2ueL deseo do outro V t;o leg$ti%o )uanto o seu< )ue ta%9V% V inaca9ada alV% de perce9er )ue o outro V constituti6o da sua Bor%a de ser<, a consciência da inBriltra;o do outro`< )ue ao co%partil#ar s aWes< transBor%a o outro e V transBor%ado por ele7 "%a das estratVgias utilizadas para a discuss;o dos casos sido a reBle;o so9re eles e% grupo7 Pedi%os para os proBessoraQ descre6ere%< inicial%ente< e% u%a Bol#a de papel< u%a situa;o diB$cil enBrentada por eles no diaadia e a seguir< cada proBessor d:


3

grupo 0se% se identiBicar escre6ia< para cada caso< u%a solu;o )ue ele tentaria7 uando todos ti6esse% apontado suas sugestWes de solu;o para os pro9le%as< a9r$a%os cada papel e discut$a%os u% a u%< pro9le%a e solu;o7 Essa ati6idade %ostrouse 9astante interessante pelos de9ates )ue suscitou so9re o )ue cada proBessor ac#a6a poss$6el realizar ou n;o< considerando os sueitos en6ol6idos< as eperiências relatadas e a pr5pria identidade do proBessor7 Co% a discuss;o e% grupo< eles pudera% co%partil#ar e recon#ecer )ue %uitas diBiculdades e senti%entos 6i6idos s;o coleti6os e< portanto< as soluWes poderia% ser encontradas coleti6a%ente7 Outro saldo Bunda%ental dessa discuss;o Boi a oportunidade de reBletire% so9re o pr5prio processo de produ;o das 6i6ências e diBiculdades7 O proBessor< ao sa9er dere6er< estratVgias )ue solucionara% o pro9le%a 6i6ido de porsua seuautopercep;o< colega< ao eperi%ent=las e ao se pode 6i6er a transBor%a;o de suas aWes< co%o algo real e poss$6el7 *esse espao de discuss;o e reBle;o co% seus colegas de proBiss;o< o proBessor te% a oportunidade de alterar signiBicati6a%ente o papel )ue dese%pen#a< desconstruir posturas< re6er ideologias7 *osso o9eti6o V )ue o proBessor possa reconBigurar sua su9eti6idade< ol#ar para si %es%o< sua #ist5ria< suas necessidades< seus deseos< seus aBetos< perce9er o %undo e% )ue 6i6e< suas relaWes intersu9eti6as< para desencadear %udanas e% suas pr=ticas7 Xinalizando nossas reBleWes< pode%os dizer )ue a potencializa;o das aWes e a constru;o de proetos esti6era% presentes e% todo o su9teto de nossas inter6enWes< pois seu eio central V o Bortaleci%ento das condiWes necess=rias para )ue os proBessores possa% construir proetos )ue aponte% ca%in#os< n;o s5 para %el#ores alternati6as de atua;o e% sala< co%o para a escola co%o u% todo7 Co% isso< aBir%a%os a necessidade de apontare%< nas suas traet5rias de tra9al#o< u%a dire;o< u%a intencionalidade K inter6en;o< intencionalidade esta )ue de6er= consu9stanciarse na proposta de u% proeto< se% d6ida< pol$tico< posicionado< )ue articule Binalidade< o9eti6os< necessidades< 6alores< tVcnicas e instru%entos7

32 &ER"S/A GALJI*I E 'A*JA MARIA ("*"EIRA AG"IAR

e%os clareza da co%pleidade de tal proposta e de )ue a cor tru;o de proetos s5 se torna %eta poss$6el para os proBessores se u% longo percurso Bor percorrido< sendo )ue< nesse 9re6e relai: pude%os apresentar apenas algu%as `dicas`7 8 i%portante reaBir%ar )ue a potencializa;o do proBessor par7 a a;o planeada e cr$tica V algo )ue< se% d6ida< de6e atra6essar todos os %o%entos do tra9al#o7 A pro9le%atiza;o coleti6a das )uestWes escolares>educacionais< o )uestiona%ento da)uilo )ue parece Ba%iliar< o ro%pi%ento co% o i%pVrio da %es%ice< do institu$do< de6e% estar i%pregnados e% todas as ati6idades propostas< n;o per%itindo a preponderncia do la%ento< da desarticula;o< do desni%o )ue conser6a< %as de %odo a potencializar pr=ticas e 6alores geradores de supera;o7 [? Acredita%os )ue naseinter6en;o proBessores< a contri9ui;o da Psicologia V conseguir )ue os sueitos aproprie% eco% articu  le% a di%ens;o #ist5rica< social e institucional_ a di%ens;o su9eti6a { de sua eistência 0ou sea< as deter%inaWes )ue os constitue% e as > caracter$sticas espec$Bicas da realidade do tra9al#o do proBessor 0O > sea< a dialVtica proBessoraluno e o aluno concreto7 Este V o %o6i0 %ento de potencializa;o para )ue o proBessor construa u% proeto & proBissional criati6o7

REXERZ*CIAS ILLIOGRÁXICAS AG"IAR7'7 M7 (7  &ro*essor e Edu"a71o) Realidades em !o

34

CARLO< 7 ;/ misti*i"a71o &edag9gi"a ; realidades so"iais epro"essos ideol9gi"os na teoria da edu"a71o ( rad7 Rut# R7 (oseB< a#ar Editores< F< Rio de (aneiro< F7 CA"!< !+S+(0 edu"ador) Vida e !orte+ Ed7 Graal< Rio de (aneiro <7 CORELLA< !+S+(/ Es"ola e o 5onhe"imento+ Ed7 Cortez< 2a ed7< 7 J"ARE< *7  / indi
A PSICOLOGIA ESCOLAR *A IMPLEME*ATUO JO PRO(EO POL!ICOPEJAGbGICO JA REJE M"*ICIPAL JE E*SI*O JE G"AR"LOS: CO*SR"I*JO "M RAALO COLEI&O !itsno /pare"ida !aino /ntunes ?org+ e "olaoradores

Muitas ad%inistraWes %unicipais tê% contado< = #= algu% te%po< co% a presena de psic5logos nos )uadros das Secretarias de Educa;o7 A 6ariedade de atua;o nesse ca%po V %uito grande< coeistindo aWes Bunda%entadas nu%a a%pla di6ersidade de concepWes de #o%e%< sociedade< Educa;o< Psicologia e< so9retudo< Psicologia Escolar7 *;o seria poss$6el< #oe< arriscarse a deBinir< de %aneira generalizada< a atua;o da Psicologia Escolar na escola p9lica< ne% ta%pouco deli%itar e caracterizar de Bor%a un$6oca esse ca%po de tra9al#o7 al6ez a %aioria dos psic5logos< nesse ca%po< continue respondendo Ks de%andas %ais tradicionais< atuando nu% %odelo principal%ente de natureza cl$%coterapêutica7 respondendo Ks solicitaWes das escolas co%o< e% geral< se apresenta%7 Alguns tê% atuado especiBica%ente na assistência direta e espec$Bica aos alunos da Educa;o Especial e< nu%a perspecti6a %ais a6anada e ata< da Educa;o Inclusi6a< e%9ora 6oltada estrita%ente K assistência ao aluno7 Outros psic5logos< tal6ez e% %enor n%ero< est;o atuando -

A organiza;o Binal desse teto cou9e a Mitsuko Antunes< %as sua autoria V coleti6a7 Os respons=6eis pela ela9ora;o desse tra9al#o ser;o indicados nos respecti6os itens por eles ela9orados7

A PSICOLOGIA ESCOLAR *A IMPLEME*ATUO JO PRO(EO POLIICOPEJAGbGICO JA REJE M"*ICIPAL JE E*SI*O JE G"AR"LOS: CO*SR"I*JO "M RAALO COLEI&O !itsuo /pare"ida !aino /ntunes ?org+ e "olaoradores

Muitas ad%inistraWes %unicipais tê% contado< = #= algu% te%po< co% a presena de psic5logos nos )uadros das Secretarias de Educa;o7 A 6ariedade de atua;o nesse ca%po V %uito grande< coeistindo aWes Bunda%entadas nu%a a%pla di6ersidade de concepWes de #o%e%< sociedade< Educa;o< Psicologia e< so9retudo< Psicologia Escolar7 *;o seria poss$6el< #oe< arriscarse a deBinir< de %aneira generalizada< a atua;o da Psicologia Escolar na escola p9lica< ne% ta%pouco deli%itar e caracterizar de Bor%a un$6oca esse ca%po de tra9al#o7 al6ez a %aioria dos psic5logos< nesse ca%po< continue respondendo Ks de%andas %ais tradicionais< atuando nu% %odelo principal%ente de natureza cl$nicoterapêutica< respondendo Ks solicitaWes das escolas co%o< e% geral< se apresenta%7 Alguns tê% atuado especiBica%ente na assistência direta e espec$Bica aos alunos da Educa;o Especial e< nu%a perspecti6a %ais a6anada e rara< da Educa;o Inclusi6a< e%9ora 6oltada estrita%ente K assistência ao aluno7 Outros psic5logos< tal6ez e% %enor n%ero< est;o atuando -

A organiza;o Binal desse teto cou9e K Mitsuko Antunes< %as sua autoria V coleti6a7 Os respons=6eis pela ela9ora;o desse tra9al#o ser;o indicados nos respecti6os itens por eles ela9orados7

3H MIS"/O APARECIJA MA/I*O A*"*ES E COLAORAJORES

nu%a perspecti6a %ais pedag5gica< tendo co%o Boco o proces] ensinoaprendizage%< contri9uindo< co% o do%$nio dos con#ecin/]tos psicol5gicos< para u%a a;o %ais coleti6a e integrada co% cs de%ais proBissionais da Educa;o7 O presente teto te% co%o Binalidade epor o tra9al#o )ue h rir sendo realizado pela Psicologia Escolar na Rede Municipal de Ensino de Guarul#os< no Estado de S;o Paulo7 Este teto Boi escrito por %uitas pessoas7 odos educadores7 Entre eles psic5logos< pedagogos< Bonoaudi5logos< terapeu:^7ocupacionais7 8 u% esBoro coleti6o para socializar u% tra9al#o 2ae n;o est= aca9ado< ainda )ue = ten#a produzido %uitos resultad: pois est= e% processo de constru;o7 E< e% constru;o de6er= e^_ per%anecer< se de Bato a coerência co% seus pressupostos e prin.::pios Bor %antida7 Logo< deBendendo o tra9al#o coleti6o e a esta constru;o cont$nua de u%a a;o educacional co%pro%etida co% a transBor%a;o da escola< iniciati6a n;o poderia se apresentar de oi tra %aneira< a n;o ser escrito por %uitos proBissionais e se epon co%o processo e% constru;o7 Procurarse=< neste tra9al#o< socializar< co% todos a)ueles )ue se interessa% pela Educa;o< pela Psicologia e< particular%ente< co% a Psicologia Escolar< a eperiência )ue 6e% sendo realizada< desde o in$cio de 233< pelo Jeparta%ento de OrientaWes Educacionais e Pedag5gicas  JOEP< da Secretaria Municipal de Educa;o de Guarul#os7 O Proeto Pol$ticopedag5gico V a epress;o pedag5gica e o ele%ento articulador concreto das diretrizes da Secretaria de Educa;o para esta gest;o< pautandose nos seguintes princ$pios: de%ocratiza;o do acesso e per%anência do aluno e% todos os n$6eis de ensino< )ualidade de ensino< 6aloriza;o dos proBissionais da Educa;o e de%ocratiza;o da gest;o7 O reBerido proeto Bunda%entase no princ$pio de )ue todos tê% direito K escolariza;o e )ue esta de6e garantir eBeti6o acesso aos 9ens culturais produzidos #istorica%ente pela #u%anidade7 Co%o condi;o para concretizar esse o9eti6o< conce9ese o processo edu

A PSICOLOGIA ESCOLAR *A IMPLEME*ATUO JO PRO(EO777 3F

cacional co%o instncia Bunda%ental para a pro%o;o do desen6ol6i%ento integral e pleno do educando< e% suas di%ensWes sociais< culturais< cogniti6as< aBeti6oe%ocionais e B$sicas7 Assi%< o educando< considerado e respeitado co%o sueito singular e nico< ta%9V% o V co%o sueito coleti6o< e% seu processo de constitui;o e pelas %ltiplas %aneiras e epressWes pelas )uais se %aniBesta7 Ca9e K escola< portanto< pro6er as condiWes< na)uilo )ue l#e ca9e< para )ue esse processo se concretize7 Para tal< entendese o espao escolar co%o l5cus para )ue as %ltiplas %aniBestaWes da cultura #u%ana possa% eBeti6a%ente se desen6ol6er< co% 9ase nu%a proposta curricular )ue< respeitando e partindo da realidade concreta de eistência do aluno< propicie a articula;o entre os contedos tradicional%ente recon#ecidos co%o sendo de responsa9ilidade da escola e a)ueles )ue Baze% parte do processo de #u%aniza;o )ue< e%D7geral< s;o tidos co%o ètraescolares`< co%o as diBerentes epressWes da cultura e#u%ana Esse Proeto Pol$ticopedag5gico s5 pode ser eBeti6ado se alicerado nu% processo siste%=tico e cont$nuo de Bor%a;o dos educadores co% ele en6ol6idos7 8 nesse ca%po< so9retudo< )ue se desen6ol6e o tra9al#o ora eposto7 O Jeparta%ento de OrientaWes Educacionais e Pedag5gicas JOEP  V< no %9ito da estrutura da Secretaria da Educa;o< a instncia respons=6el por i%ple%entar< aco%pan#ar e a a6aliar o Proeto Pol$ticopedag5gico da Rede Municipal de Ensino7 Esse departa%ento V< atual%ente< Bor%ado pela un;o dos antigos Jeparta%ento de *or%as Vcnicas e Orienta;o Educacional  J*OE e o Jeparta%ento de Assistência Escolar  JAE7 Xaze% parte da proposta pedag5gica os proetos relati6os Ks Artes 0Canto Coral Cênico< Inicia;o Musical< &iolinos na Escola< *arra;o de ist5rias< Janas rasileiras< Artes Pl=sticas< etc_ Ks L$nguas Estrangeiras 0Italiano< Espan#ol< Inglês e Xrancês e K L$ngua rasileira de Sinais  LIRAS7 &ale destacar )ue< alV% da condi;o potencializadora do processo de desen6ol6i%ento e aprendizage% propiciado pela a)uisi;o de outra l$ngua< est= localizado no %unic$pio de Guarul#os o %aior aeroporto da A%Vrica do Sul< para o )ual #= de%anda cont$nua para pessoas )ue do%ina% l$nguas estrangeiras_ #=< alV% desses< ta%9V% os proetos te%=ticos 0Preser6a;o do Meio A%9iente_ Estudo do Meio< etc7 D

3 MIS"/O APARECIJA MA/(*O A*"*ES E COLAORAJORES

O J*OE era< atV o in$cio do ano de 233< constitu$do pedagogos< proBessorescoordenadores de Progra%a de Ensino  super6isores de ensino7 Eles desen6ol6ia% os seguintes tra9al#os:{ aco%pan#a%ento pedag5gico Ks unidades escolares_ reuniWes de p:nea%ento co% proBessores )ue presta6a% ser6io e% ncle:i con6eniados_ capacita;o para proBessores e diretores de escola: assessoria Ks oBicinas pedag5gicas_ corshopsJ ela9ora;o de coletnea de tetos< 6isando K aproi%a;o dos educadores co% reBerenciais te5ricos7 O JAE era constitu$do essencial%ente por psic5logos< contana7 ta%9V% co% Bonoaudi5logos< assistentes sociais< psicopedagogos< Bisioterapeutas< terapeutas ocupacionais e proBessores especializados7 a6ia três seWes tVcnicas: 0 SAE 0Se;o Vcnica de Assistência ao Ecepcional< respons=6el pelos *cleos deAlice Aten;o K Aprendizage% ao Jesen6ol6i%ento *AAJ < de Apoio Educacional ProBessora Ri9eiro  *AE  e deeEsti%ula;o Precoce  0este< #oe< pertencente K Secretaria da Sade_ 02 SAPX 0Se;o Vcnica de Assistência Psicol5gica e Xonoaudiol5gica_ e 04 SOIC 0Se;o Vcnica de Orienta;o e Integra;o Co%unit=ria< respons=6eis respecti6a%ente pelo atendi%ento Ks escolas e aos alunos co% deBiciências 0de escolas e classes especiais ou inclu$dos e% classes regulares< pela assessoria Ks escolas de educa;o inBantil e Bunda%ental e pelo atendi%ento e% orienta;o 6ocacional e seual a educandos adolescentes7 Assi%< a i%ple%enta;o do no6o Proeto Pol$ticopedag5gico de%andou u%a no6a Bor%a de organiza;o< i%plicando a necessidade de un;o dos dois departa%entos< co% a Bor%a;o de ncleos de tra9al#o< respons=6eis por cada u% dos seg%entos de ensino: Educa;o inBantil< educa;o Bunda%ental< educa;o de o6ens e adultos e educa;o inclusi6a7 A organiza;o do departa%ento e% ncleos de tra9al#o per%itiu )ue proBissionais co% diBerentes Bor%aWes< so9retudo psic5logos e pedagogos< passasse% a tra9al#ar coleti6a%ente< tendo< a partir de ent;o< co%o Boco a a;o pedag5gica relati6a a cada seg%ento escolar< )ue9rando< de Bor%a de%ocr=tica< a separa;o entre proBissionais e a estrutura #ierar)uizada )ue< e% itguns %on encontro er7  ^_leos7 er7 ^r integra7` ì[gate da$ i9eres e #7 77%ente ( A!:: nica dos tr7 zindo u%a io conBlito nento dos` ::ocesso Ti + ( aluno o:7 7 :JS ol#are[ :: _:no aprer^*esse ,(io< alguns pree _ outras secre` psic5logo`a9al#ar^ Alguns pe:? . dessa %  )uando : dos serra% : no6e especiBu 9al#o cc t[eiu[ _

A PSICOLOGIA ESCOLAR *A IMPLEME*ATUO JO PRO(EO777

3 

alguns %o%entos< e%perra6a o desen6ol6i%ento dos tra9al#os7 O encontro entre os di6ersos proBissionais deuse< pela co%posi;o dos ncleos< e% %eados de un#o de 233_ iniciouse< ent;o< o processo de integra;o das e)uipes a partir de reuniWes )ue possi9ilitara% o resgate das traet5rias pessoais e proBissionais de todos< re6elando sa9eres e #a9ilidades de cada u%< 6isando K integra;o e ao Bortaleci%ento dos 6$nculos7 A proposta da atual ad%inistra;o pro6ocou %udanas na din%ica dos tra9al#os< tanto de psic5logos )uanto de pedagogos< produzindo u%a certa desesta9iliza;o< sentida co%o desconBorto< gerando conBlitos e resistências< )ue Boi sendo %ini%izada co% o Bortaleci%ento dos 6$nculos pessoais< proBissionais e< so9retudo< pelo in$cio do processo de constru;o de u% plano coleti6o de inter6en;o7 Sendo o aluno o Boco principal dessa no6a proposta de tra9al#o< a integra;o dos so9 ol#ares proBissionais Ba6oreceu #u%ano7 a co%preens;o do processo ensino aprendizage% a 5tica do desen6ol6i%ento *esse %o%ento< e% conse)ência da reestrutura;o do tra9al#o< alguns proBissionais deiara% a =rea educacional< integrandose a outras secretarias do %unic$pio7 8 i%portante registrar )ue %uitos psic5logos e pedagogos< di6ersas 6ezes epressa6a% o deseo de tra9al#ar conunta%ente< de Bor%a institucionalizada e Bor%alizada7 Alguns pedagogos e psic5logos = desen6ol6ia% aWes conuntas_ dessa %aneira< a proposta 6eio ao encontro dessa de%anda< porV%< )uando da eBeti6a;o dos ncleos< Boi sentida u%a desestrutura;o dos sa9eres e Bazeres constitu$dos7 Assi%< a)ueles )ue per%anecera% Bora% aos poucos procurando co%preender e se integrar a esse no6o %o6i%ento7 A aten;o passaria a ser 6oltada para as )uestWes especiBica%ente pedag5gicas e iniciarseia a constru;o de u% tra9al#o coleti6o< co% 6=rios %o%entos de reBle;o e discuss;o a respeito da atua;o do grupo< constitu$do a partir de ent;o H7 H

Este #ist5rico Boi escrito a partir do teto srcinal dos proBissionais do *cleo de Educa;o Xunda%ental< )ue o ela9orou para epor seu processo de constitui;o e< por sua a%plitude< Boi a)ui apro6eitado para epor o processo de transBor%a;o do departa%ento co%o u% todo7

3 MS"/O APARECIJA MA/*O A*"*ES E COLAORAJORES

8 poss$6el )ue o relato dessa eperiência possa contri9uir co% algu%as pistas para a constru;o de u%a %odalidade de a;o da PsicologiEscolar )ue aponta para a possi9ilidade de concretiza;o de u% tra9al#7 coleti6o< co%pro%etido co% a transBor%a;o da realidade educacional7 Esse proeto n;o V algo aca9ado< encontrandose e% pleno prccesso de constru;o7 J6idas< e)u$6ocos e resistências ainda Bazer parte de seu cotidiano7 Co%o ta%9V% transBor%aWes< desco9ertae constata;o do potencial da Psicologia Escolar para contri9uir cor u%a educa;o p9lica de )ualidade< co%pro%etida co% as classe7populares7 Esperase )ue este tra9al#o 6en#a a dialogar co% %uitcoutros )ue 6ê% sendo realizados< contri9uindo co% a constru;o Cr aWes %ais de eBeti6as para a de%ocr=tica< transBor%a;oigualit=ria< da realidade educacion 9rasileira< na dire;o dadas constru;o u%a escola inclusi6a e cr$tica< e< particular%ente< relaWes entre Psicologia e Educa;o< %ais do )ue poss$6eis< certa%ente necess=ria Ser;o epostos< a seguir< os relatos das aWes desen6ol6idas pelos proBissionais )ue co%pWe% os ncleos de educa;o inBantil< educa;o Bunda%ental< educa;o de o6ens e adultos e educa;o inclusi6a7 8 Bunda%ental registrai < desde =< )ue as realizaWes desse ncleos n;o ocorre% de Bor%a isolada< %as o interc%9io V constante< sendo poss$6el dizer )ue V na instncia deno%inada Inte%cleo< )ue se co%pleta e concretiza o tra9al#o coleti6o de i%ple%enta;c do Proeto Pol$ticopedag5gico7 7 PSICOLOGIA ESCOLAR *A EJ"CATUO I*XA*ILF O *cleo de Educa;o InBantil Boi< co%o os de%ais< criado r ano de 233< co% a Binalidade de organizar a Bor%a;o continua F

Este teto Boi ela9orado e escrito por: Cleide Regina CARJIM< L$lian Canc:7 LIMA7 Luci Aparecida C7 Soares ROCA< Lucilene X7 eitoun OGLO"vA*< Lue7 Ri9eiro de SO"A< Maria Iraldina PIRES< Marisa Catarina JELORE*O< Prk PIRES< Roseli EERRA e Sandra SORIA7 psic5logas e pedagogas do JOEP< e Ro9(esus R"SE< assessor do *cleo de Educa;o InBantil7

A PSICOLOGIA ESCOLAR *A IMPLEME*ATUO JO PRO(EO777 

dos proBissionais de educa;o inBantil da Rede Municipal de Ensino de Guarul#os< co%o pre6ê a Lei de Jiretrizes e ases da Educa;o *acional  LJ -4>H< 9e% co%o auiliar na constru;o coleti6a do Proeto Pol$tico Pedag5gico dessa rede7 ra9al#a e% integra;o co% os ncleos de educa;o Bunda%ental< inclusi6a< ad%inistrati6o< super6is;o e de o6ens e adultos7 Co%posto por pedagogas e psic5logas< o ncleo te% co%o pressupostos de seu tra9al#o de Bor%a;o: [a constru;o coleti6a da proposta de educa;o inBantil no di=logo constante co% todos os proBissionais en6ol6idos_ i[a Bor%a;o interna dos proBissionais do ncleo< )ue V de Bunda%ental i%portncia para a organiza;o tra9al#os da Bor%a;o Pautados nasdos diretrizes da Secretaria de continuada7 Educa;o< anterior%ente descritas< Bora% ela9orados os princ$pios Bilos5Bicos e educacionais )ue norteia% todas as aWes e reBleWes do ncleo< )ue se deBine% por:  Con#ecer e respeitar as necessidades< interesses< o9eti6os de 6ida e as di%ensWes sociais< #ist5ricas< culturais< aBeti6oe%ocionais e interacionais de educadores e educandos_  Co%preender o educador co%o agente de seu processo de Bor%a;o e a Bor%a;o co%o u% processo de constru;o coleti6a e no )ual s;o 6alorizadas pr=ticas signiBicati6as dos educadores_  EnBatizar o 6$nculo educador>educando co%o Bunda%ento do processo educati6o_  Considerar a constru;o do con#eci%ento co%o produto da intera;o entre os seres #u%anos_  Conce9er a escola co%o instncia )ue de6e pro%o6er a socializa;o e a integra;o da di6ersidade cultural_  Conce9er o ser #u%ano co%o ser inaca9ado< e% processo constante de transBor%a;o e a educa;o< portanto< co%o u% ele%ento Bunda%ental no processo de constru;o cont$nua da identidade_  Considerar )ue a educa;o de6e desen6ol6er a Blei9ilidade do pensa%ento< da aBeti6idade e das relaWes #u%anas_

2

MIS"/O APARECIJA MAM*O A*"*ES E COLAORAJORES

 ABir%ar )ue a educa;o de6e enBatizar as potencialidades e as %aniBestaWes epressi6as e criati6as< n;o se atendo apenas ao cogniti6o e aos con#eci%entos aca9ados< %as ao desen6ol6i%ento #u%ano integral_  Conce9er a criana co%o sueito de todo processo educati6o:  Reiterar )ue a educa;o de6e pro6er condiWes para o desen6ol6i%ento das di6ersas di%ensWes e potencialidades #u%anas: o corpo< a e%o;o< a aBeti6idade< a %e%5ria< os sentidos< a cultura< a arte7 os 6alores< o te%po< o espao< o cogniti6o< o prazer< a alegria< o i%agin=rio< a seualidade< a epressi6idade< o %o6i%ento< entre outros_  Respeitar o te%po de 6ida da inBncia e seus direitos_  Considerar )ue a educa;o co%pro%etida co% o desen6ol6i%ento #u%ano de6e 9uscar per%anente%ente Bor%a;o da pessoa
A PSICOLOGIA ESCOLAR *A IMPLEME*ATUO JO PRO(EO777 4

o prazer e a alegria se integre% nu% cont$nuo processo de constru;o da identidade< da auto esti%a e da autoi%age% de nossas crianas7 "%a educa;o )ue se preocupe constante%ente co% a constru;o de u%a sociedade %el#or< %ais usta e Braterna7 Para tanto< Bora% esta9elecidos alguns o9eti6os e %etas para o tra9al#o:  Socializar< 6alorizar e siste%atizar as eperiências dos proBissionais da rede %unicipal7  Apri%orar os di=logos e o tra9al#o coleti6o da rede na constru;o do Proeto Pol$tico pedag5gico_  A%pliar a troca de 6i6ências< con#eci%entos e eperiências educacionais_  Contri9uir para a Bor%a;o per%anente de todos os educadores de crianas de zero a três anos_  Con#ecer e di6ulgar as eperiências signiBicati6as da rede na %odalidade da educa;o inBantil de zero a três anos_  Con#ecer a inBncia concreta )ue V atendida e o ide=rio de inBncia )ue possue% os educadores da Rede7 A estrutura;o do *cleo n;o Boi t;o linear )uanto parece ser< ne% se pode consider=la aca9ada7 E% sua #ist5ria coeiste% conBlitos< a6anos< diBiculdades< con)uistas e contradiWes7 odo esse %o6i%ento representa u% processo e% constru;o< u% di=logo per%anente )ue se esta9elece a partir da Bor%a;o da identidade proBissional de cada integrante na a;o conunta: u%a 9usca cont$nua de sua constitui;o co%o grupo interdisciplinar de Bor%a;o de educadores7 *esse %o6i%ento de intera;o cada u% pode< a seu pr5prio te%po< constituirse e redesco9rirse na sua identidade de educador e de Bor%ador< ressigniBicando suas identidades proBissionais< tantas 6ezes constru$das e reconstru$das na pr=is de cada u%7 As contradiWes Bora% surgindo e se re6elando e% %eio Ks diBiculdades e incoerências do tra9al#o7 As pessoas do grupo 6ira%se< %uitas 6ezes< Brente a )uestWes se%el#antes Ks enBrentadas co% a Bor%a;o de educadores: co%o tra9al#ar co% a di6ersidade de con#eci%entos e pr=ticas< co%o respeitar o te%po de cada u%< co%o

-

Mrrsu/O APARECIJA MA*O A*"*ES E COLAORAJORES

conciliar esse diB$cil processo de constitui;o do grupo e das identidades co% as de%andas da Bor%a;o de educadores< co%o integrar os sa9eres na discuss;o e na constru;o coleti6a da proposta de educa;o inBantilQ Sa9ese )ue V antiga a contri9ui;o da psicologia para a educa;o< principal%ente no )ue diz respeito K 9usca de no6os %Vtodos de ensino e a co%preens;o dos processos de desen6ol6i%ento e aprendizage%7 O di=logo entre esses dois sa9eres< preocupados co% a rela;o entre desen6ol6i%ento e aprendizage%< #= %uito 6e% 9uscando respostas para os desaBios do processo educati6o7 *o entanto< na pr=tica< )uando se une% proBissionais de ca%pos espec$Bicos do sa9er o di=logo n;o se esta9elece co% a %es%a Bacilidade7 uando se trata de deBender seus ca%pos de atua;o< a rela;o entre essesose%es%o torna tensa7 A integra;o poss$6el )uando a%9os constata% est;o enBrentando pro9le%a e passa% tornase a identiBicar as contri9uiWes de cada u% e )ue de seus sa9eres na 9usca de soluWes para os desaBios7 As a%arras s;o aBrouadas e u%a proposta interdisciplinar pode ser constru$da nesse processo7 E% 6erdade< o )ue une de Bato os 6=rios proBissionais V a responsa9ilidade social pela Bor%a;o de u%a sociedade %el#or7 Assi% Boi iniciado o processo de reBle;o so9re os princ$pios e Bunda%entos para u%a proposta de educa;o inBantil< co% as seguintes )uestWes: )ue sociedade< ser #u%ano e escola pretende%os audar a construirQ Jessa Bor%a< essa traet5ria iniciouse a partir da Bor%a;o de u%a linguage% co%u%< centrada na preocupa;o co% o desen6ol6i%ento #u%ano integral: co%o pode%os contri9uir para o apri%ora%ento da rela;o entre desen6ol6i%ento e aprendizage% das crianas )ue Bre)enta% as escolas de educa;o inBantil de Guarul#osQ Para isso7 Boi necess=rio u% in6esti%ento a%plo na Bor%a;o interna dos integrantes do ncleo< u%a reBle;o cont$nua a respeito da rela;o entre psic5logos< pedagogos e proBessores7 O tra9al#o Boi realizado por grupos de proBissionais< geral%ente duplas< coleti6izado nas reuniWes de integra;o das aWes do ncleo7

A PSICOLOGIA ESCOLAR *A IMPLEME*ATUO JO PRO(EO777 D

odas essas aWes s;o de 6aloriza;o #u%ana e proBissional< alV% de contri9uir para a a%plia;o da )ualidade do tra9al#o educacional das escolas7 À rês s;o os aspectos centrais da constru;o da proposta e% educa;o inBantil:  A Bor%a;o continuada_  O direito da criana Ko desen6ol6i%ento #u%ano integral_  As di%ensWes da rela;o entre desen6ol6i%ento e aprendizage%: o corpo< o %o6i%ento< a 9rincadeira< a e%o;o< a cultura e as artes7 Essa V u%a proposta e% constru;o a partir dos di=logos Bor%ati6os )ue se esta9elece% e% di6ersoscursos espaos: pedag5gicas< agentes desen6ol6i%ento inBantil 0AJIs< de reuniWes arte e educa;o 0teatro
H MS"/O APARECIJA MA/*O A*"*ES E COLAORAJORES

*a 6is;o da educa;o integral< preocupa;o central da reBerida proposta pedag5gica< a ciência psicol5gica e o psic5logo escolar tê% %uito a contri9uir< co% seus con#eci%entos so9re aBeti6idade< e%o;o< cogni;o< socializa;o< linguage%< desen6ol6i%ento e% geral< atitudes e posturas nas relaWes #u%anas7 A)ui tal6ez resida o cerne da participa;o do psic5logo na Bor%a;o per%anente de educadores7 O pedagogo = #= te%po assu%iu o papel de Bor%ador< ca9e ao psic5logo consolidar a incorpora;o desse ele%ento a sua identidade proBissional7 A integra;o de a%9os< no tra9al#o coleti6o< V prop$cia para essa transBor%a;o7 *a educa;o inBantil constatase )ue< no tra9al#o de reela9orar e transBor%ar as rotinas das escolas )ue atende% crianas de zero a três anos de idade< essa intersec;o tornase e6idente7 Planea%ento< a6alia;o< desen6ol6i%ento #u%ano e rela;o o cuidar e o educar eios Bundantes da concretiza;o do processo de i%ple%enta;o da entre interdisciplinariedade )ues;o est= se desen6ol6endo nas pr=ticas Bor%ati6as dos educadores do %unic$pio7

27 PSICOLOGIA ESCOLAR *A EJ"CATUO X"*JAME*AL < `e%os o direito de ser iguais se%pre )ue as diBerenas nos inBerioriza%< te%os o direito de ser diBerentes se%pre )ue a igualdade nos descaracteriza`7 ?Boa
Para descre6er o tra9al#o atual do *cleo de Educa;o Xunda%ental do JOEP< Bazse necess=rio recorrer K #ist5ria da Psi 

Este teto Boi ela9orado e escrito por: Ci9eli AROSA< Claudia Si%one Xerreira L"CE*A< Clarice Si%plicio de LACERJA< Cristina Pereira de OLI&EIRA7 Elisa9ete Capela JOM PEJRO< Lcia de X=ti%a COSA< Maria Aparecida Al9u)uer)ue de ALMEIJA< Maria Ar$ete astos PEREIRA< Maria eresa &itor C8SAR< *ereide &IIA*O< Reinaldo PASSIA*OO (R7< Renata JALLMA**7 Rita Aparecida Aguiar Luz GRIGOLEO7 Solange RuBino GOMES e Sueli Mariana de MEJEIROS< psic5logos e pedagogas do *cleo de Educa;o Xunda%ental do JOEP7 e por Maria Aparecida CO**< assessora desse ncleo7

A PSICOLOGIA ESCOLAR *A IMPLEME*ATUO JO PRO(EO777 F

cologia Escolar na Secretaria Municipal de Educa;o de Guarul#os7  O grupo de tra9al#o era co%posto por aproi%ada%ente trinta psic5logos< duas Bonoaudi5logas e duas assistentes sociais< pertencentes K Se;o Vcnica de Assistência Psicol5gica e Xonoaudiol5gica 0SAPX< co% #ist5rico de aWes signiBicati6as desen6ol6idas na =rea da Psicologia Escolar unto Ks unidades escolares do %unic$pio7 AtV ent;o o Boco do tra9al#o centra6ase< a priori no aluno co% `diBiculdades de aprendizage%` e e% sua Ba%$lia7 Muitas inter6enWes Bora% realizadas co% sucesso_ toda6ia< o n%ero de enca%in#a%entos Beitos pela e)uipe escolar< para o proBissionalpsic5logo au%enta6a constante%ente< o )ue le6a6a ao )uestiona%ento os #%ites dessasacontecia% aWes7 As inter6enWes so9re unto aos proBessores isolada%ente< de %aneira pontual e pouco Bor%alizada< deter%inadas tanto por aspectos institucionais co%o por caracter$sticas da atua;o pessoal dos proBissionais7 O grupo co%eou< gradati6a%ente< a perce9er a necessidade de a6anar nas inter6enWes unto Ks unidades escolares< pensando o processo ensinoaprendizage% a partir da rela;o entre os sueitos nele en6ol6idos7 Mo6idos pelo sucesso de algu%as aWes )ue = considera6a% a perspecti6a relacionai no processo educati6o e pelos con#eci%entos acu%ulados na pr=tica realizada unto K rede %unicipal de educa;o< iniciouse< interna%ente< na SAPX< u% intenso %o6i%ento de discuss;o e reBle;o so9re as pr=ticas 6igentes7 Xoise e% 9usca de sustenta;o te5rica 0Guirado< leger< entre outros< cul%inando co% a ela9ora;o de u% progra%a deno%inado /ssessoria Es"olar+ Esse progra%a Boi apresentado aos diretores de escola< e% < e passou a ser eio norteador das aWes desse grupo da Psicologia a partir de ent;o7 Considerando o processo de escolariza;o e n;o apenas os pro9le%as de aprendizage%< a /ssessoria Es"olar deslocou o eio da an=lise do Bracasso escolar do aluno para o conunto das relaWes

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MS"/O APARECIJA MA//O A*"*ES E COLAORAJORES

institucionais< #ist5ricas< psicol5gicas< pedag5gicas e sociais )ue constitue% o diaadia escolar7 *esse Bor%ato< a%pliouse o p9licoal6o en6ol6ido< a9rangendo todos os integrantes da e)uipe escolar: diretores< proBessores< Buncion=rios< alunos< pais e co%unidade7 I%plantado o &rograma de /ssessoria Boi realizado< por dois anos< o aco%pan#a%ento Ks unidades escolares7 *esse per$odo< a rotina de tra9al#o da SAPX Boi reorganizada para Ba6orecer encontros de estudos e discussWes e% su9grupos< considerando )uestWes escolares e Bunda%enta;o te5rica7 Contouse< ta%9V%< co% a super6is;o institucional< oBerecida pelo Instituto de Psicologia da "SP< coordenada por Adriana Marcondes e vara Sa;o7 E% 233< co% a %udana estrutural da secretaria< anterior%ente descrita< Bora% criados os ncleos por %odalidade de ensino: educa;o inBantil< educa;o Bunda%ental< educa;o de o6ens e adultos educa;o inclusi6a7 E% ncleosagora constituiuse a parceria da e)uipe de psic5logos co% ae e)uipe de pedagogos7 Ostodos no6ososgrupos< constitu$dos< tin#a%< inicial%ente< a proposta de atua;o co% as unidades escolares_ a este ncleo ca9eria prioritaria%ente a a;o na educa;o Bunda%ental7 *o segundo ano de gest;o< procurouse i%ple%entar u% Plano de Xor%a;o Per%anente para os Educadores< conte%plando as diretrizes< = %encionadas< da secretaria de educa;o7 Assi%< o *cleo de Educa;o Xunda%ental centrou co%o Boco de suas inter6enWes o suporte Ks unidades escolares por %eio das reuniWes pedag5gicas< deno%inadas Espa7os e Di6logos na 5onstru71o da Nossa Es"ola+ Esses encontros tê% sido realizados co% o o9eti6o de aproBundar os pressupostos te5ricos )ue Bunda%enta% a proposta de Ciclos de Xor%a;o> e%pos da &ida< a partir das pr=ticas educati6as dos proBessores da rede7 Para a e)uipe do *cleo de Educa;o Xunda%ental< era de etre%a i%portncia )ue esse %o6i%ento possi9ilitasse u% `reencontro` do educador co% sua pr=tica pedag5gica< co% u% ol#ar %ais aproBundado e Bunda%entado teorica%ente< para )ue ele pudesse dialogar co% seu Bazer pedag5gico< ressigniBicandoo

A PSICOLOGIA ESCOLAR *A IMPLEME*ATUO JO PRO(EO77 7 

e Ba6orecendo a di6ersidade e a Bor%a;o do educando co%o ser integral< isto V< e% suas di%ensWes 9iol5gicas< psicol5gicas< sociais< #ist5ricas e culturais7 Para esse processo de Bor%a;o per%anente< 6oltado para os educadores da rede< adotouse u%a a9ordage% 9aseada no di=logo< na reBle;o e na constru;o coleti6a do Proeto Pol$tieo pedag5gico7 *esse espao Bor%ati6o< os con#eci%entos e os sa9eres di6ersos poderia% circular e gan#ar no6as di%ensWes< e% )ue o o9eti6o principal seria a rela;o entre a teoria e a pr=tica7 A proposta de realizar Bor%a;o para toda a rede Boi< inicial%ente< desaBiadora e instigante para o grupo de proBissionais do *cleo de Educa;o Xunda%ental7 O in$cio Boi per%eado por receios e inseguranas< co% readapta;o das rotinas< parcerias e esta9eleci%ento de relaWes pessoais e proBissionais pr5i%as e s5lidas7 A partir dos eios norteadores: identidade e Bor%a;o< a%ais e)uipe< e% reuniWes< desen6ol6eu discussWes produti6astraet5ria< e eausti6as< na tentati6a de articular as solicitaWes e as necessidades dos educadores da rede e as diretrizes da secretaria de educa;o7 O retorno )ue se o9te6e< a partir do grande n%ero de inscriWes rece9idas< Boi para a e)uipe u%a grata surpresa e< ao %es%o te%po< desaBio< responsa9ilidade< co%pro%isso e Vtica para co% todos os educadores7 Posterior%ente< #ou6e e6as;o dos educadores< e% torno de -3Y dos inscritos7 Co%o #ip5teses para se tentar entender esse processo< destacase< entre outros Batores: Bor%a;o Bora do #or=rio de tra9al#o< distncia< #or=rio inco%pat$6el co% o pr5prio #or=rio de ser6io< oportunidade de %uitos outros espaos Bor%ati6os e a presena de u%a `cultura`< por parte dos educadores< e% `rece9er u% sa9er pronto` e n;o apenas u% espao< onde esse sa9er Bosse constru$do< a partir de u%a %etodologia dialVtica< de reBle;oa;oreBle;o7 Isso n;o se reBere a u%a )uest;o eclusi6a dos educadores< porV%< retrata o pr5prio %o6i%ento da sociedade e% suas contradiWes< desaBios e possi9ilidades para a pro%o;o de %udanas signiBicati6as e% nossas %aneiras de 6er< raciocinar< Bazer< pensar< sentir e construir o %undo7

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MS"/O APARECIJA MA*O A*"*ES E COLAORAJORES

Esse aspecto n;o Boi diB$cil apenas para os participantes: a e)uipe sentiuse insegura para lidar co% o no6o e co% o )ue n;o era total%ente pre6isto e prVdeBinido7 Xicou 9e% claro o desen6ol6i%ento de todo o grupo no processo< assi% co%o o delinea%ento do tra9al#o durante esse ca%in#ar< Bir%andose< nesse percurso )ue 6e% sendo %arcado por %o%entos de indagaWes e transBor%aWes internas< co% %uitos i%passes e incertezas< erros e acertos< )ue gan#a% no6os signiBicados e sentidos dentro do nosso pr5prio processo de Bor%a;o< de nossa identidade e traet5ria7 odo esse processo te% sido %arcado pelo desaBio e% articular< na pr=tica< os sa9eres da psicologia e da pedagogia7 O Boco do tra9al#o V a Educa;o: o pedag5gico co%o èssência do tra9al#o`_ portanto< V ine6it=6el )ue 6en#a% K luz angstias e receios so9re nossa identidade7 Esse V u% processo constru;o e de reconstru;o de nossa identidade co%o educadores< se% perder de 6ista nossadetraet5ria e especiBicidade proBissional7 Para lidar co% esses aspectos s;o necess=rias %uitas reBleWes a respeito do papel do psic5logo co%o educador< no %9ito da secretaria de educa;o7 Podese a6anar na %edida e% )ue essas reBleWes contri9ua% para %arcar o lugar de nossas inter6enWes< co%o ocorre% e para )ue dire;o elas con6erge%7 O ato de aprender e ensinar s;o %arcados por deseos dos sueitos nele en6ol6ido< pelas teorias e pr=ticas educati6as reBerentes a esse ato< e V nas relaWes desses sueitos co% seus deseos e nas suas interrelaWes< dadas a partir de u% conteto social< e% )ue a%9os< psic5logos e pedagogos< pode% de9ruarse co%o educadores7 AlV% das reuniWes pedag5gicas< eiste% outras aWes nas )uais o *cleo de Educa;o Xunda%ental< por %eio de seus proBissionais< est= en6ol6ido< co%o outros espaos Bor%ati6os< dentre os )uais a Xor%a;o de Gestores 0diretor de escola< proBessorcoordenador e proBessor assistente de dire;o< o Aco%pan#a%ento Integrado do ra9al#o Pedag5gico nas escolas e alguns proetos e% parceria co% outras secretarias e instncias go6erna%entais7

f / PSICOLOGIA ESCOLAR *A IMPLEME*ATUO JO PRO(EO777

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odas as etapas desses espaos Bor%ati6os: a ela9ora;o< a eecu;o< a a6alia;o e a siste%atiza;o s;o de responsa9ilidade da e)uipe do ncleo< desen6ol6endose pela parceria psic5logopedagogo so9 a coordena;o da e)uipe de Assessoria dos ncleos< Bor%ada< por sua 6ez< ta%9V% por psic5logos< pedagogas e u%a terapeuta ocupacional 7 Assi%< Bazer parte do processo de constru;o coleti6a desse Proeto Pol$ticopedag5gico< %o6i%ento instigante e inusitado e% nossa traet5ria< )ue procura i%ple%entar os ciclos de Bor%a;o so9 a perspecti6a dos e%pos da &ida< Bunda%entada no desen6ol6i%ento #u%ano e nas suas relaWes co% o processo ensinoaprendizage%< nos re%ete a esse encontro entre o nosso Bazer e a proposta da secretaria7 Isso nos Baz sentir presentes e inseridos nu% ca%po a%plo de atua;o< Ba6orecendo o tra9al#o conunto e rico< e% )ue nossos ol#ares e nossas inter6enWes< de psic5logos e pedagogos< n;o aparece% de %aneira Brag%entada e se% rela;o< %as s;o co%ple%entares< interrelacionados< contri9uindo signiBicati6a%ente para u%a educa;o de )ualidade na realidade so9re a )ual atua%os e co% a )ual so%os co%pro%etidos7

47 PSICOLOGIA ESCOLAR *A EJ"CATUO JE (O&E*S E AJ"LOS23

C

A gest;o da pol$tica p9lica para a educa;o de o6ens e adultos < no Munic$pio de Guarul#os est= Bunda%entada nas diretrizes da secretaria< anterior%ente descritas7 Sua i%ple%enta;o V de respon 

Celina Ca%argo artalotti< assessora do *cleo de Educa;o Inclusi6a< terapeuta ocupacional< co% Bor%a;o 6oltada K Psicologia e K Educa;o< por seu %estrado e doutorado 0e% curso e% Psicologia da Educa;o pela P"CSP7 23 Este teto Boi ela9orado e escrito por Sueli Ro%ero POLILLO< enaide #eodoro de OLI&EIRA< Eliana Pi6etti (ALOREO< Margarete Elisa9et# S'AXAI< (o;o Xausto de SO"A< M=rcia Al6es PACECO< Sil6ia Maria *OG"EIRA< Rosi%eire Pereira Lopes "E*O< psic5logos e pedagogas do *cleo de Educa;o de (o6ens e Adultos7

22 MIS"/O APARECIJA MAM*O A*"*ES E COLAORAJORES

sa9ilidade do *cleo de Educa;o de (o6ens e Adultos< constitu$do por proBissionais das =reas de Pedagogia e Psicologia7 Os psic5logos )ue escol#era% co%por esse grupo trazia% e% sua traet5ria proBissional a eperiência do tra9al#o co% a te%=tica da adolescência e os aspectos da escol#a proBissional< da seualidade< da rela;o co% a Ba%$lia e co% a escola7 Aliada ao ac%ulo de sa9eres produzidos por essa pr=tica< unto aos di6ersos espaos co%unit=rios< #a6ia u%a discuss;o so9re o papel da Psicologia nu%a secretaria de educa;o< e% 9usca da supera;o de u% %odelo cl$nico #istorica%ente constru$do7 A transBor%a;o e a supera;o de deter%inadas pr=ticas< )ue %uitas 6ezes encontra%se cristalizadas< s5 ocorre% a partir do %o%ento e% )ue os sueitos en6ol6idos)ue< se torna% capazes e se per%ita% so9re suas concepWes de #o%e% sociedade nesse caso< %o9ilizou o gruporeBletir a 9uscar estratVgias )ue apontasse% paraeoutras possi9ilidades: aproBunda%ento te5rico< super6is;o institucional e participa;o e% B5runs de discuss;o so9re pol$ticas p9licas7 A 6inda desses proBissionais para co%por o *cleo de Educa;o de (o6ens e Adultos encontrou u%a signiBicati6a identiBica;o co% o %o%ento de transi;o )ue ocorria co% eles K Vpoca< ou sea< a transBor%a;o de u% %odelo de educa;o de adultos )ue propun#a a suplência 0suprir a Balta da escolariza;o< para u% %odelo de educa;o integral< )ue considera os alunos o6ens e adultos e% seu te%po de 6ida< co% suas eperiências< 6i6ências< e%oWes< culturas< 6alores e traet5rias< na rela;o co% o %undo do tra9al#o e co%o sueito capaz de transBor%ar sua pr5pria #ist5ria e conse)ente%ente o %undo e% )ue 6i6e7 O desaBio de i%ple%entar u%a pol$tica de inclus;o social< de propiciar u%a Bor%a;o cidad; e de Bo%entar discussWes so9re a rela;o )ue pode ser esta9elecida entre a educa;o 9=sica e a educa;o proBissional< eigiu da e)uipe dos psic5logos 0e de pedagogos a %eta%orBose de suas identidades proBissionais< incorporando a identidade de educador K de psic5logo< sintetizando essas duas di%en


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soes< se% perder as atri9uiWes e os sa9eres espec$Bicos de suas Bor%aWes e de suas pr=ticas7 A ciência da psicologia< )uando posta a ser6io de u%a concep;o )ue pri6ilegia as possi9ilidades da transBor%a;o social a partir do sueito< de )ue a an=lise da realidade de6e considerar este %es%o sueito )ue dela participa< contri9ui para u%a educa;o li9ertadora< contrapondose K concep;o de Psicologia )ue se propWe a `%edir`< `)uantiBicar`< `nor%alizar`< àdaptar`< etc7 Ca%in#ar unto co% outros sa9eres na constru;o de u% curr$culo )ue 6aloriza o con#eci%ento do outro< na 9usca da supera;o de atitudes )ue inBantiliza% o educando< no Bortaleci%ento de sueitospes)uisadores 0proBessores< Bor%adores< proBissionais dos ncleos e educandos< 6e% possi9ilitando a re6is;o das concepWes de educa;o< de sociedade< de %undo do tra9al#o< pro%o6endo a %udanadede(o6ens paradig%as de atua;o7 O *cleo de Educa;o e Adultos te% Bocado sua aten;o na Bor%a;o de educadores 0proBessores< Bor%adores< diretores< assistentes de dire;o< proBessorescoordenadores< )ue pri6ilegia a reBle;o so9re o papel< a postura e as pr=ticas educati6as e% seus constituintes sociopol$ticoideol5gicos< 9uscando 6alorizar a ri)ueza do tra9al#o co% a di6ersidade cultural na constru;o da identidade do educando e< por)ue n;o dizer< ta%9V% do educador7 Assi%< a atua;o dos psic5logos desse ncleo n;o se reduz a identiBicar o aluno )ue n;o se adapta e para ele 9uscar soluWes de integra;o K realidade escolar< %as assu%e o co%pro%isso social co% u%a pr=tica li9ertadora e transBor%adora do ser #u%ano< podendo ser considerado u% agente social e cultural e< conse)ente%ente< de %udana7

2MS"/O APARECIJA MA*O A*"*ES E COLAORAJORES

-7 A PSICOLOGIA ESCOLAR *A EJ"CATUO I*CL"SI&A2 O *cleo de Educa;o Inclusi6a V Bor%ado por u%a e)uipe interdisciplinar< )ue te% por o9eti6o i%ple%entar as Jiretrizes da Educa;o Inclusi6a da Secretaria Municipal de Educa;o de Guarul#os  Jeparta%ento de OrientaWes Educacionais e Pedag5gicas 0JOEP7 Jurante a sua constitui;o< procurouse u%a clareza %aior )uanto K concep;o de educa;o inclusi6a< aos princ$pios norteadores do tra9al#o< 9e% co%o e% rela;o Ks suas co%petências co%o ncleo7 uscouse< se pode%os assi% dizer< nossa identidade grupai< atrelada K pol$tica de Bor%a;o de educadores i%plantada pela secretaria de educa;o< na gest;o 233>233-< )ue te% co%o eio: Identidade 4raet9ria 5urr$"ulo /
Este teto Boi ela9orado e escrito por: (oseBa de (esus MOREIRA< Maria Cec$lia Ra%os da Sil6a SA*OS< Maria J=lia PI*O< Marli dos Santos SI"EIRA< Rildo Xrancisco ROCA e il%a Sil6a dos Santos *ASCIME*O< psic5logos e pedagogos do *cleo de Educa;o Inclusi6a< co% a cola9ora;o do proBessor Marcelo Montes e de Celina Ca%argo artalotti< assessora do ncleo7

A PSICOLOGIA ESCOLAR *A IMPLEME*ATUO JO PRO(EO7 77

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e 6isual 0)ue ta%9V% conta% co% salas de recursos e co% r9ios glo9ais do desen6ol6i%ento< para )ue% o tra9al#o V dirigi so9 a perspecti6a de )ue à escola V para a criana< na dernidade< o principal agente de inser;o social`< co%o aBir%a :Ber7 A organiza;o dos atendi%entos est= pautada e% ati6idades lêuticas articuladas aos o9eti6os educacionais< )ue 6isa% ao csso e K per%anência da criana na rede escolar_ esta9elece ta% (n ati6idades )ue conte%ple% os eios 0escolaBa%$liacriana< Bor%a a possi9ilitar u% no6o ol#ar so9re a criana co% deBiciên 7 O tra9al#o unto Ks unidades escolares< alV% de possi9ilitar a cuss;o da e6olu;o dos se constitu$do ::o aos proBissionais< na atendi%entos< %edida e% )uete% se 9usca construirnu% u%ade a articula;o entre os diBerentes agentes en6ol6idos co% a crian 77 repensando %odelos de atua;o e inter6en;o< propondo aWes e r$leWes e< Binal%ente< pensando na criana co%o u% sueito )ue :erage e% diBerentes espaos7 Caracterizado co%o espao terapêuticoeducacional dirigido aos ^ anos %atriculados na rede %unicipal de educa;o )ue apresenta% )ueia escolar` de orde% cogniti6a< aBeti6a e>ou de socializa;o< )ue en#a% interBerir e% seu processo de escolariza;o< o *cleo de Aten+lo K Aprendizage% e Jesen6ol6i%ento 0*AAJ te% co%o o9eti6o realizar inter6enWes e atendi%entos dirigidos a todos os agentes i%plicados na produ;o dessa `)ueia`< )ue V produzida e% suas interrelaWes7 O *AAJ auilia o educando e% seu processo de inclus;o escolar< e6itando )ue u% `%au co%eo` se cristalize< caracterizandoe e% `Bracasso escolar`< %arcando< assi%< signiBicati6a%ente seu iestino pessoal e educacional7 A %ontage% dos tra9al#os oBerecidos Bazse a partir da a6alia;o das necessidades )ue o caso eige< podendo o educando 9eneBiciarse de atendi%ento interdisciplinar ludoter=pico< psicopedag5gico e Bonoaudiol5gico 0indi6idual ou e% grupo< alV% de grupo de leitura e escrita< de constru;o do 9rin)uedo do 9rincar< de pais< de espera de ateliê Inclusi6a de %sica7o9eti6a A inter6en;o co%entre a e)uipe escolar e% etodos os espaos do *cleo de eEduca;o a %edia;o o coleti6o escolar< o educando< a Ba%$lia e a co

2H MIS"/O APARECIJA MA/I*O A*"*ES E COLAORAJORES

%unidade< co% a perspecti6a de reduzir o soBri%ento ps$)uico e eBeti6ar a inclus;o escolar e : social7 . *a constru;o do ncleo< o ir e 6ir de idVias esta6a% se%pre presentes e os conBlitos aBlora6a%_ era% as diBerenas )ue possi9ilita6a% eercitar a escuta e )ue per%itia% a6anar para a to%ada de decisWes7 Surgiu< ent;o< a necessidade de outros recursos para a i%ple%enta;o do processo de inclus;o escolar7 O ncleo ela9orou e i%plantou o Proeto de A%plia;o K Rede de Apoio K Inclus;o ? 0salas de recursos< salas de apoio pedag5gico e classes especiais descentralizadas7 As salas de apoio pedag5gico e as salas de recursos tê% co%o o9eti6o desen6ol6er as #a9ilidades 9=sicas dos alunos )ue< por diBiculdades decorrentes de alteraWes do desen6ol6i%ento 0prioritaria%ente as deBiciências %entais os distr9ios glo9ais desen6ol6i%ento< apresenta% diBiculdades no processo deeescolariza;o< )ue n;odo pode% ser tra9al#adas< eclusi6a%ente< na sala de aula regular7 Jessa Bor%a< V i%portante ressaltar )ue s5 s;o atendidos nas salas de apoio os alunos co% diBiculdades no processo de escolariza;o< se estas n;o Bore% decorrentes de Batores co%o planea%ento< %etodologia de ensino< organiza;o curricular e rela;o proBessoraluno_ persistindo d6idas )uanto K pertinência de sua inser;o no progra%a< V realizada u%a a6alia;o pedag5gica pelo proBessor da sala de apoio< )ue in6estigar= a necessidade ou n;o de sua inser;o na reBerida sala7 Aos proBessores das salas de apoio< alV% do tra9al#o de inter6en;o pedag5gico unto aos alunos enca%in#ados< co%pete o papel de articulador das relaWes escolaBa%$liaco%unidade< co% o o9eti6o de pro%o6er u%a escuta )ue possi9ilite %udar o Boco do pro9le%a da criana para suas relaWes7 Assi%< o tra9al#o se concretiza a partir do di=logo co% os proBessores da sala regular< a Ba%$lia e proBissionais )ue est;o direta%ente ligados Ks crianas7 "%a 6ez por se%ana< o proBessor da sala de apoio te% o #or=rio dispon$ 22

A rede de apoio V u%a rede a%pla de ser6ios< instituiWes e recursos co%unit=rios7 *;o V u%a rede Bia< pois apoios di6ersos s;o necess=rios para diBerentes situaWes< sendo< portanto< constru$da a partir do cotidiano escolar7


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t para entrar e% contato co% a e)uipe das escolas adacentes< m a 6ez )ue as salas de apoio est;o regionalizadas7 *esse proeto #= as escolas>classes especiais< )ue possi9ilita% i nser;o escolar de alunos )ue anterior%ente n;o Bre)enta6a% `n#u% espao educacional7 Elas tê% co%o o9eti6o o car=ter tran :[rio de per%anência< n;o se conBigurando< e% #ip5tese algu%a< rm espaos de per%anência e>ou %anuten;o de #a9ilidades7 O en %in#a%ento de alunos das escolas regulares para as classes espe 7 :s ocorre ap5s estudos aproBundados )ue co%pro6e% a i%possi9i ade da per%anência desses na classe co%u%< respeitandose as peciBicidades de cada caso7deAssi%< educa;o especial n;o V rm:endida co%o %odalidade ensinoaparalela a outras %odalidades< m !S co%o u% ser6io de apoio K inclus;o escolar7 O tra9al#o de Bor%a;o de educadores enBoca 6alores< crenas< cnti%entos< %itos< concepWes< o9eti6ando repensar a pol$tica de riuca;o especial nesse conteto7 8 i%portante ressaltar )ue< no :rQcesso de constru;o desse tra9al#o< idealizar< planear< escre6er :a% apenas etapas e< certa%ente< n;o as %ais diB$ceis7 uestion= ionos< a todo %o%ento< se a escola estaria %o9ilizada a tra9a r co% a di6ersidade7 Assi%< o tra9al#o te% se desen6ol6ido e% u% cont$nuo %o6i mento do Bor%arse Bor%ando7 *essa perspecti6a< o *cleo de Edu _;o Inclusi6a 6e% atuando nos di6ersos espaos Bor%ati6os e co% diBerentes seg%entos do coleti6o escolar 0gestores< proBessores ordenadores< agentes de desen6ol6i%ento inBantil< e)uipe : 7erdisciplinar e proBessores7 O *cleo de Educa;o Inclusi6a pauta sua atua;o e% duas r andes Brentes: o atendi%ento espec$Bico Bor%a;o educadom [7 6isando sensi9iliza;o para u%a %entalidade inclusi6ista7e ara` =#ar ade inclus;o< entendendo )ueK esta perpassa pelas )uestWes pes: ais< signiBica antes de tudo tra9al#ar co% %udana de 6alores e pera;o de preconceitos7 Caracterizado co%o te%a trans6ersal< a 77est;o pri%ordial te% sido organizar os ser6ios de Bor%a )ue pose% responder a essa singularidade7

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de S;o Paulo 0"SP< %e%9ro da L: ipe Vcnica do Ser6io de Psicologia Escolar do Instituto de Psi:ogiada"SP Elenita de R&cio -ana!ac=i  8 psic5loga< doutora e% Edu:;o pela "ni6ersidade Estadual Paulista 0"nesp< "ampus de $ir$lia< proBessora aposentada do Jeparta%ento de Psicologia da  lesp ^"ampus de auru7 0arisa Eug/nia 0elillo 0eira  8 psic5loga< doutora e% : ecologia Escolar pela "SP< proBessora do Jeparta%ento de Psico=a da "nesp ^"ampus de auru7 0itsuo 0aino .ntunes E psic5loga< doutora e% Psico: gia Social pela PontiB$cia "ni6ersidade de S;o Paulo 0P"CQ< proBessora do Progra%a de Estudos P5s Graduados e%Cat5lica Educalo: Psicologia da Educa;o< da P"CSP7 Qerusa Galdini  E psic5loga< %estre e% Psicologia Social : a P"CSP7 anda 0aria Sun2ueira .guiar  8 psic5loga< doutora e%  icologia Social pela P"CSP< proBessora do Progra%a de Estudos : :[sGraduados e% Educa;o: Psicologia da Educa;o da P"CSP7

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