Noções de Barragem Disciplina: 6400 6400‐‐ Tópicos Especiais em Engenharia III . .
Outubro 2013
Conceito
Barrag Barr agen ens s sã são o es estr trut utur uras as co cons nstr truí uída das s em va vale les, s, de preferência transversalmente, com o objetivo de proporcionar o represamento de água
As ba barrragens são ut utiililizzadas par araa for orma maçção de rese serrvatór óriios (lagos) ara atender demandas de abastecimento de água, geração de energia elétrica e para acúmulo de rejeitos industriais (Moreira, 1981).
s arragens e erra são amp amen e u za as no ras e no mun o, po s sua estrutura não exige muito da fundação e ela pode ser utilizada em diferentes ti os de solo; orém, vem aumentando si nificativamente o uso de barragens barragens de enrocament enrocamentoo e CCR devido a sua esbeltez esbeltez e rapidez rapidez de construçã construçãoo.
aproveitamento hidrelétrico e isso é um incentivo para a geração deste tipo de energia. Contudo, a formação de reservatórios ocasiona grandes impactos ambientais e sociais, que precisam ser ponderados e avaliados . barragens são: – Ambientais; – sociais – econômicos.
O enchimento do reservatório inunda grandes regiões, podendo ocasionar danos irreparáveis para o meio ambiente, para a população e mudando as características das regiões afetadas pelo reservat r o.
Modelo Reduzido Sítio Pimentel AHE Belo Monte
Entretanto as obras de barramento trazem ro resso e conforto e são de grande importância para o desenvolvimento econômico do País.
As barragens precisam atender dois requisitos básicos que são: eficiência e . Uma ruptura em um sistema de barramento traz consequências catastróficas e prejuízos incalculáveis, e até mesmo perda de vidas humanas, daí a importância de uma construção bem dimensionada, segura e com monitoramento constante.
Em 2009, a enxurrada arrastou uma área de 80 quilômetros entre os municípios de Cocal e Buriti dos Lopes, no norte do Piauí.
Segundo Caputo (1987), barragens são estruturas cons ru as para se represar gua e um va e; n o se deve confundir com diques que são obras executadas ao ´ evitar o transbordamento para terrenos mais baixos. “As Barragens são estruturas construídas em vales e destinadas a fechá‐los transversalmente, proporcionando ass m um represamen o e gua , apu o, . s barragens podem ser resumidas quanto a sua finalidade em dois ru os ue são descritos a se uir:
. rio, ou seja, armazena água no período de afluência em relação à demanda Com esta operação, a amplitude de variação das vazões naturais do rio é reduzida, garantindo‐ se assim, vazões efluentes, nos períodos de estiagem, Estas barragens possuem diversas finalidades, entre elas o uso para aproveitamento hidroelétrico, que consiste em transformar a energia potencial hidráulica em energia elétrica, devido ao desnível criado pela estrutura de .
ormaç o e reserva r o para a as ec men o e gua constitui uma outra finalidade das barragens de regularização. Outro uso específico destas barragens é para represar a água de forma a se ter a possibilidade de navegação (Moreira, 1981).
s arragens e regu ar zaç o possuem, em gera , uma ou ma s as seguintes finalidades específicas. • Aproveitamento Hidrelétrico – Neste caso deve‐se considerar, como
benefício adicional à regularização, a formação de desnível, propiciando a criação de energia potencial hidráulica, que é trans orma a em energ a e tr ca.
• Nave a ão – Também neste caso há um benefício du lo: a . Para
usante, através da regularização do período de estiagem. b). Para montante, através do afogamento de eventuais corredeiras e cachoeiras.
• Abastecimento d’Água – Para fins industriais, de irrigação ou
doméstico entre outros.
2. “Barragens de retenção” As barragens de retenção são estruturas que são construídas com a finalidade de reter água, na ma or a as vezes para con ro e e c e as ore ra, 1981). Outro exemplo de barragem de retenção é a sua u zaç o para con enç o e res uos n us r a s ou sedimentos, amplamente utilizada na mineração .
Para o dimensionamento de um reservatório de contenção de cheias é necessário o conhecimento da onda de cheia efluente ao reservatório, e a descarga máxima permitida a jusante do mesmo.
Em muitos casos é comum uma barra em ossuir mais de uma finalidade, onde pode‐se apreciar que o volume de um reservatório ossui usos diversos como o de regularização para a geração de energias, assim como o controle de cheias e a re ulariza ão ara nave a ão.
Os estudos e projetos para a implantação final de uma barragem, são executados em quatro etapas de distinta cronologia, visando a otimização da bacia hidrográfica como um todo. Visa determinar a melhor divisão de queda da bacia so o pon o e v s a e aprove amen o m p o (energético, navegação, irrigação, controle de cheias, en re ou ros , assoc a o s segu n es m aç es físicas: cidades, estradas, jazidas, parques nacionais , . .
A dificuldade de otimização de todas estas variáveis prende‐se principalmente às possíveis variações futuras da importância relativa destas variáveis, uma vez que o bacia, com sua definição de quedas, e a implantação de todos os aproveitamentos é de cerca de 30 a 40 anos Na divisão de quedas, cada local de aproveitamento é definido em um trecho do rio, em geral de 1 a 5km, can o a e n ç o prec sa o e xo para a ase subseqüente (viabilidade). , , para cada local, as características de aproveitamento relativas as suas finalidades múltiplas e as respectivas estimativas de custos, em geral com uma precisão do 20%.
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Nesta fase é realizada a análise técnico‐ econômica dos possíveis eixos, dentro do trecho . Com esta informação é realizada a definição da me or a erna va o e xo para a arragem, assim como a definição do arranjo geral e a ‐ aproveitamento como um conjunto.
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feita a definição final da obra, são elaborados os memoriais descritivos, as especificações estruturas com a elaboração de plantas e cortes das estruturas e dos e ui amentos ermanentes é elaborado o cronograma de execução da obra assim como o orçamento final. Estas atividades são realizadas com o objetivo de levar a obra a licitação para sua adjudicação.
Etapa IV – Projeto Executivo É realizado o detalhamento do projeto básico conten o to os os pormenores para a execução de obras civis, montagens de equipamentos permanentes, fiscalização, teste de funcionamento e orienta ão ara treinamento de operadores.
‐ Índice Custo‐Benefício Energético uran e a ase e nven r o s o se ec ona as as me ores alternativas de divisão de quedas, ou seja, aquelas que resultem em máxima produção de energia elétrica, dentro dos limites estabelecidos para o custo unitário de referência. Em cada uma destas alternativas, os aproveitamentos deverão ser ordenados ‐ incorporado como próxima adição à configuração do sistema de referência. n ce custo‐ ene c o energ t co , expressos em US$/MWh, é definido como a relação entre o custo anual de cada a roveitamento e o benefício em ener ia firme obtido or sua operação integrada no sistema. O Manual de Inventário Hidrelétrico de Bacias Hidrográficas da Eletrobrás descreve o .
‐ Índice Ambiental É o valor numérico ue ex ressa a intensidade do impacto ambiental sobre a área de estudo, variando em uma escala contínua desde zero (mínimo impacto) até . considerando‐se os impactos sobre ecossistemas aquáticos e terrestres, modos de vida, organização territorial, base econômica e populações indígenas. No entanto, uma estimativa preliminar do impacto que um aprove amen o re r co r causar po e ser obtida pela relação entre a área inundada pelo
Os arranjos dos aproveitamentos são estudados para , ‐ topográficas locais, o provável apoio logístico em fase de constru ão, a ossibilidade de evacua ão de cheias durante a construção, a provável disponibilidade de materiais de construção, as condições gerais do ponto , calculada para o aproveitamento, a descarga calculada para o vertedouro e os resultados dos estudos especiais. O arranjo de um aproveitamento hidrelétrico é muito influenciado pelo tipo de vale, podendo este ser este enca xa o e es re o, sem ‐enca xa o ou a er o.
Em vales encaixados e estreitos é usual a execu ão de barra ens de concreto do ti o arco.
No caso de vales semi‐encaixados pode‐se o tar or barra ens do ti o ravidade, com contrafortes ou mesmo barragens de .
, ‐ se barragens do tipo gravidade de concreto (CCR) e barragens de terra
A escolha do tipo de barragem dependerá, principalmente, da , aspectos geológicos e geotécnicos, e da conformação topográfica do local da obra. Outros fatores igualmente importantes para a Disponibilidade de solo ou rocha: proveniente de escavações ‐ requeridas, disponíveis em quantidade e qualidade adequadas, segun o um uxo compa ve com a cons ruç o o arran o proposto; ‐ Natureza das fundações: barragens de enrocamento e de concreto somente deverão ser colocadas sobre fundação em rocha, enquanto que as de terra poderão ser colocadas em solo; e ‐ razoavelmente prolongados onera exageradamente a construção de aterro de solo compactado ou núcleos de argila porque .
Um local poderá ser considerado propício para construção de barragem de terra homogênea quando o reconhecimento de campo indicar que a rocha se encontra a grandes profundidades na rea em cons eraç o. sse t po e arragem ex ge menor declividade nos paramentos de montante e jusante e, portanto, . , pequenas e médias alturas.
barragem de enrocamento com núcleo de argila ou com face de concreto se o reconhecimento de cam o indicar na área selecionada, a existência de rocha sã e de boa qualidade ao longo do eixo, a pequena profundidade.
Esse tipo de barragem não necessita de condições especiais de fundação. Grandes volumes de escavação em rocha na casa de força, em canais e vertedouros são um bom indicativo para a utilização deste tipo de barragem. Além disso, se existirem períodos chuvosos ou excessiva umidade que prejudique a execução de núcleos de argila, ou a dificuldade na obtenção de material adequado para o núcleo, a solução com face de concreto é a mais indicada
, barragem nunca deve ser analisada isoladamente. A melhor solução, tanto relacionada à eficiência quanto à economia, deve levar em consideração todo o conjunto na etapa de otimização. As barragens podem ser classificadas quanto ao tipo de seção, como barragens homogêneas (terra), barragens zoneadas, barra em de enrocamento barra ens de concreto entre outras. O que predomina na seleção do tipo de barragem está associado diretamente ao arranjo geral do empreendimento, e também a disponibilidade dos diversos materiais de construção , .
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s arragens e erra ou e enrocamen o, quan o ex s em, constituem sempre uma das estruturas de um barramento. Deste modo, a escolha deste tipo de barragem visa a otimização do arranjo geral do barramento como um todo, e não a sua otimização isolada.
selecionadas, caso estas estruturas sejam analisadas isoladamente. Entretanto, apresentam, nítidas vantagens . • Assim sendo, os fatores predominantes na seleção do tipo de barragem de terra ou de enrocamento, são aqueles associados aos do arranjo geral do aproveitamento.
Como exemplo de barragem com seção homogênea cita‐se a Usina roe tr ca osana: uma arragem com . metros e comprimento, construída com a finalidade de geração de energia elétrica. ssa um om exemp o e a oç o e arragem e seç o homogênea empregada, principalmente, em regiões onde o vale é aberto.
Barragem de Rosana (CBDB, 2005)
As seções das barragens homogêneas requerem taludes mais abatidos para que se garanta a estabilidade do maciço, e como o nível de solicitação da fundação é menor em relação aos outros tipos de seções, ela é a mais adaptável a qualquer tipo de fundação, resultando em um menor custo em sua execução, desde que se disponha material para a sua construção em .
Barragem do Vigário (Cruz, 1996)
Mesmo sendo barragens executadas em solo, apenas com filtros e proteção de taludes empregando outro tipo material, essas seções podem ter zoneamentos com diferentes tipos de solo.
Esse zoneamento se dá em função dos materiais disponíveis na região e do seu melhor aproveitamento, e ainda, as condições de trabalhabilidade no espaldar de mon an e No espaldar de montante, até a zona central, é necessário a utilização de um . jusante esse material pode possuir características de permeabilidade menos rigorosas. Em termos de estabilidade das barragens, a compactação do maciço é fator fundamental, uma vez que a compactação dos solos, por meios mecânicos, conduz a redução rápida do seu índice de vazios. resistência ao cisalhamento, redução de recalques e resistência a erosão (Massad, 2003). A permeabilidade está relacionada com a umidade dos solos, por isso geralmente nas barragens de terra, costuma‐se criar um núcleo mais impermeável, utilizando uma compactação acima da umidade ótima, porém essa umidade deve ser limitada para que se evitem problemas como laminações que podem levar a um caminho preferencial de percolação.
. Apesar da denominação de homogênea, a seção destas barragens não são executadas com a utilização exclusiva de um único material; podem ser executadas também com o em re o de solos com actados com diferentes características. predominante, pois além do maciço a seção possui também filtro drenante e proteção de taludes de montante e jusante. É considerado como Montante o que está acima de um eixo de referência que corta a seção transversal do rio e Jusante é o que está abaixo deste mesmo eixo (CPFL, 2001). As barragens homogêneas, executadas em solo compactado, possuem no seu interior filtro drenante, e na sua fundação a jusante tapete drenante para controle de fluxo, subpressões e intercepto de fluxo pelo corpo da arragem.
Barragem zoneada se dá quando na seção da barragem não apresenta a predominância de um único material. A escolha desta seção se dá em função da otimização dos materiais . núcleo impermeável para se garantir a estanqueidade do barramento (ELETROBRÁS, 2003). A seção da barragem de São Simão, no leito do rio, é um exemplo
Barragem de São Simão, leito do Rio, Barragem e enrocamento More ra 1
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A barragem de São Simão localiza‐se no Rio Paranaíba, na Bacia do , . Nesta seção empregaram‐se diferentes materiais como cascalho, argila compactada, areia, material de transição, material para rip‐rap e random ue é um material não selecionado ue ode ser com osto or solo enrocamento e cascalho. Enrocamento é um material formado por blocos de rocha, lançados em camadas e compactados com equipamentos adequados, resultando em uma estrutura resistente e permeável.
Barragem de São Simão (CBDB, 2005)
Barr arragen agenss de enr enrocam ocamen entto é quan quand do há a pred predom omiinânc nância ia de mat materia eriall . Com o desenvolvimento de novas tecnologias, descobriu‐se que a seri seriaa bast bastan ante te efic eficie ient nte, e, reduz eduzin indo do‐‐se deste modo o recalque por molhagem. Durante a compactação o expediente de molhar o enroca enrocamen mento to tornou tornou‐‐se também um método eficiente de se conse uir densidades mais elevadas. , são mais mais está estávei veis, s, em função função do elevado elevado ângulo ângulo de atrito atrito do materia material,l, não havendo relatos de ruptura de seus taludes. Para a formação do reserv servaatório rio é neces cessári sário o uma est estanqueid eidade do barram rrameento, que é garantida com o uso de um núcleo argiloso ou com membrana externa impermeável.
Barragem de Itaúba, seção transversal na estaca 11 (Cruz, 1996)
e no mundo. mundo. Isso se deve a capac capacida idade de de tolerar tolerar talude taludess mais íngremes íngremes que as barragens de seção homogênea, e pela sua rapidez de execução. Cabe ressa ressalt ltar ar que que as as barr barrag agen enss de enroc enrocam amen ento to com com tal talud udes es mais mais incl inclin inad ados os só se apli apliccam em fun fundaç dação rocho ochosa sa ou com boa capaci pacida dade de de sup suport orte. Cres Cresce ce tamb também ém inte intere resse sse em estu estudo doss de nova novass tecn tecnol olog ogia iass na sua sua execu execuçã ção o, como como é o caso do uso de núcleo asfáltico para servir como material impermeável, já utiliza utilizado do em barragens barragens com núcleo núcleo de argilas. argilas.
UHE Foz do Chapecó. Barragem de Enrocamento com núcleo asfáltico.
A topografia e a geologia muitas vezes favorecem o emprego de barragens de enrocamento. A UHE Campos Novos é um outro exemplo de barragem que está . ‐ de enrocamento com face de concreto.
Vista aérea da barragem Campos Novos (CNEC, 2004)
O concreto também é um material amplamente utilizado na construção de barragens no país. Concreto gravidade Essas barragens são denominadas de barragens de concreto gravidade por serem executadas de tal forma que resistem, , aplicados pela água do reservatório (CPFL, 2001).
As barragens de Concreto Compactado a Rolo (CCR) também são de ravidade orém o seu rocesso construtivo é diferente neste caso o concreto é lançado em camadas pequenas e em seguida compactados com a utilização de um equipamento especial, geralmente um rolo compressor pesado (CPFL, . Segundo a Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP (2002), a primeira barragem construída totalmente utilizando a tecnologia de concreto compacta o aro o o a arragem e W ow Creec nos Esta os Un os no ano de 1984. Já noBrasil a primeira barragem construída totalmente em CCR foi a Barragem de saco Nova Olinda na Paraíba.
Também é uma barragem construída em concreto, curvada para montante e na direção do reservatório. A estrutura consegue transferir os esforços da gua o reserva r o empuxo para as om re ras ou margens, sso poss ve devido a sua geometria. Neste caso não é o peso próprio que resiste aos esforços o que possibilita , estrutura é utilizada em vales profundos e estreitos e quando o material de apoio nas margens (rocha) é de excelente qualidade (CPFL, 2001). A barragem de Funil é um exemplo clássico de barragem em arco no Brasil, de Furnas Centrais Elétricas, Sua concepção é de arco‐ gravidade (ABCP, 2002). Usina de Funil da Furnas Centrais Elétricas (ABCP, 2002)
Ao se pensar no arranjo geral de uma barragem, independente da finalidade, deve‐ se equilibrar ao máximo o uso de materiais resultantes da movimentação de volumes de corte de solo e rocha da própria obra. Quando os materiais disponíveis, resultantes das escavações obrigatórias, não satisfazerem às exigências quanto a características tecnológicas adequadas e volumes, se faz necessário o uso de áreas de empréstimo e bota‐fora (ELETROBRÁS, 2003). Materiais disponíveis As características dos materiais disponíveis é um dos fatores de grande . os materiais são potencialmente úteis para o emprego na seção da barragem, incluindo solos e rochas. Porém os materiais provenientes de escava ão nas roximidades da barra em serão os rimeiros a serem analisados e eventualmente utilizados, pois são, geralmente, mais econômicos (ELETROBRÁS, 2003).
Condições climáticas e de trabalhabilidade também são fatores limitantes na escolha da seção da barragem, pois as condições dos materiais quanto a umidade, em loco, n uenc am na ra a a a e, po en o co ocar ass m a guns ma er a s em vantagens ou desvantagens. , podendo assim atrasar os cronogramas. Para compensar a perda de horas trabalhadas pode ser exigido um número maior de equipamentos, ou que possam ser utilizados em condições climáticas adversas. E assim, nestas regiões, os materiais , caso do emprego de enrocamento. Fatores eoló ico‐ eotécnicos e to o ráficos A geologia e a topografia da região onde será implantada a obra de barramento também é um dos fatores limitantes a que tipo de seção será utilizado. A escolha do projeto se dá, principalmente, em função das condições geológicas da fundação e da conformação da região onde será implantado o barramento.
Para se conhecer as condições da fundação e se sondagens investigatórias. É muito importante essa investigação, pois as seções de barragens homogêneas são menos exigentes em taludes mais abatidos para que fique estável, enquanto que as barragens de enrocamento, que exigem mais da , taludes mais íngremes (ELETROBRÁS, 2003).
funcionamento de uma barragem. ‐ deram‐se devido a falta de um sistema eficiente de controle de fluxo (Massad, 2003). Por mais compactado que seja o material que compõe a estrutura de uma barragem , . , quanto à vazão e ao caminho preferencial (redes de fluxo), e deve ser direcionado de forma a não ocasionar problemas. 6.1 Permeabilidade A permeabilidade de um meio poroso pode ser descrita como a facilidade ou a dificuldade que os vazios ou poros oferecem à passagem da água. Uma permeabilidade alta significa facilidade de percolação. Essa “facilidade” depende das características tecnológicas de cada material (Cruz, 1996).
Como já citado anteriormente, sempre haverá passagem de água pelo maciço da barragem e este fluxo precisa ser conduzido adequadamente. A captação e condução desta água são feitas através de filtros, que precisam garantir um septo drenante total para que no talude de jusante n o a a uxo emergen e. Segundo Albuquerque (2003), os filtros visam uma otimização da barragem, en o como pr nc pa s a ores: renar a gua na ase a arragem, o m zar as redes de fluxo, vazões de percolação e gradiente de saída além de controle de percolação pela fundação. A evolução do sistema de drenagem interna de barragens de terra, segundo Massad (2003), seguiu a seguinte ordem: a) Inicialmente as barragens eram construídas sem filtros, onde o problema apresentado seria a emergência de água na face de jusante da seção, podendo assim ocasionar i in .
Seção sem filtro (Massad, 2003) b) Já a solução ilustrada na figura 6.2 teoricamente resolveria o problema se o solo com actado fosse isotró ico o ue não corres onde a realidade e continuando assim a possibilidade de formação de piping.
Seção com filtro horizontal e enrocamento de pé (Massad, 2003) . , chegou a uma combinação de filtro vertical e filtro horizontal. Essa combinação intercepta o fluxo da água antes que ele consiga sair no talude Isotrópico: Que apresenta as mesmas propriedades físicas em todas as direções.
de jusante. Se os filtros forem dimensionados de forma criteriosa, podem‐se eliminar pro emas e p p ng.
Seção com filtro horizontal e vertical (Massad, 2003) filtros inclinados para montante, que tem como vantagem, quando do rebaixamento rápido do N.A., a melhora da estabilidade do talude de montante. Nesta mesma figura mostra‐se o caso de filtros inclinados para jusante, que aumenta o caminho de , permeável. Mostra ainda uma solução proposta por Mello 1975 (apud Massad, 2003) que combina as vantagens dos dois casos anteriores. Conceitos mais recentes de filtros (Massad, 2003) •
Verifica‐se que mesmo nas soluções mais recentes se manteve o critério de Terza hi onde se em re a filtro horizontal untamente com outro filtro. formada por forças de percolação intensas, rupturas hidráulicas e trincas ocasionadas pordeformações diferenciais no corpo da barragem. Os filtros são essenciais nas barragens. A escolha do material filtrante, segundo Terzaghi, baseia‐se em dois critérios: a) O primeiro indica que o filtro deve ser mais permeável que o solo. D filtro >5*D15 solo b) O segundo critério limita o tamanho dos vazios do filtro de . D(filtro)>5*D85(solo)
Segundo Cruz (1996), o dreno vertical de uma barragem deve sempre ser levado a a a ura o n ve e gua m x mo. os renos nc na os s o indicados em barragens com maciço de altura superior a 20 ou 30 metros. Esses filtros possuem como função básica evitar que o material seja carreado de montante para jusante. Como a sua função é cicatrizante e sua capacidade de vazão é muito superior à vazão que é percolada pelo maciço, o filtro deve ser projetado obedecendo larguras mínimas construtivas , .
Figura 6.6: Barragem de Itumbiara – (Cruz, 1996)
O filtro horizontal possui um papel fundamental em um sistema de drenagem interna. sua unç o n o exc us vamen e mpe r o carreamen o e ma er a s a fundação, mas também promover a drenagem das águas de percolação através da fundação e do maciço (Sá, 1981). Os filtros horizontais podem ser dimensionados hidraulicamente de duas formas: ‐ Dimensionar a espessura do dreno para que o fluxo escoe livremente. Fluxo este, baseado na lei de Darc resultante do volume de ercola ão revisto sob determinadas condições de cargas hidráulicas. Determinar a es essura do filtro necessária com base em análise de ercola ão através do conjunto fundação, maciço compactado e filtro. O dreno horizontal deve ser contínuo e revestir toda a área da funda ão, leito do rio e ombreiras, sendo levado no mínimo até o N.A. máximo normal do reservatório. Lei de Darcy: Q= KiA Onde: K= coeficiente de permeabilidade; i= gradiente hidráulico; A= área.
A figura mostra o emprego de filtro horizontal em barragens de terra. Trata‐se da barragem de Passaúna, localizada na cidade de Curitiba no Estado do Paraná.
Barragem de Passaúna (Cruz, 1996)
Os fatores de se uran a convencionais em re ados em relação a vazão para filtros e drenos é muito . . Valores tão altos para fatores de segurança são expostos a seguir (Sá, 1981).
Incertezas com relação aos coeficientes de permeabilidade dos , •As permeabilidades variam em escala logarítmica; heterogêneos. . Colmatação é a obstrução dos vazios de um material drenante, ser causada pela precipitação de óxidos ferrosos ou pelo carreamento de finos do material a montante do filtro; •No caso de problemas com drenagem interna o seu reparo é muito difícil e oneroso; e •Incertezas com relação ao fluxo através da rocha.
De acordo com Cruz (1996), o fluxo pela fundação de barragens, mesmo em casos de funda ão em rocha ode ser maior em rela ão ao fluxo elo maciço. O sistema de drenagem da fundação é importante para o controle destes fluxos. É a resentada a se uir uma o ão ara se reduzir a ercola ão de fluxo pela fundação em rocha, e outra para esse controle quando a fundação é em solo. Esses sistemas são aplicados a fim de não sobrecarregar o sistema de drenagem interna da barragem. Ainda segundo Cruz (1996) uma solução que vem sendo utilizada extensamente no Brasil para o tratamento de fundação em rocha é a utiliza ão de in e ões de cimento ue visa à homo eneiza ão uanto a permeabilidade dos maciços rochosos. A calda de cimento é injetada na rocha geralmente utilizando caldas grossas(fator água/cimento 0,7:1,0 à 0,5:1,0) e com pressões baixas (15 a 25 kN/m²/m
Já para fundações em solo uma forma utilizada é a execução de trinc eiras e ve ação. Trata‐se e uma escavação oca iza a ao ongo a barragem até se atingir rocha ou um material com menor coeficiente de permeabilidade a fim de se diminuir a percolação pela fundação da estrutura. A compactação do solo. As trincheiras de vedação mais comuns são centrais.