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tal como os entende o filósofo moderno, são antes modos de consciência do que medidas lineares. 19. Os iniciados da Sabedoria Antiga não fossilizaram sua filosofia; eles tomaram cada fator da Natureza e o personificaram, deram-lhe um nome a edificaram uma figura simbólica para representá-la, assim como os artistas ingleses produziram por seus esforços coletivos uma Grã-Bretanha padrão - a Brittania -, uma figura feminina com um brasão, com o pavilhão militar, um leão aos seus pés, um tridente na mão, um elmo na cabeça e o mar ao fundo. Analisando essa figura como o faríamos com um símbolo cabalístico, compreendemos que cada um desses símbolos individuais do complexo hieróglifo tem um significado. As várias cruzes que constituem o pavilhão militar referem-se às quatro raças do Reino Unido. O elmo é o de Minerva, o tridente é o de Netuno; a precisaríamos de um capítulo especial para elucidar o simbolismo do leão. Na verdade, um hieróglifo oculto apresenta muitas afinidades com um brasão de arenas, e a pessoa que constrói um Hieróglifo opera da mesma forma que um heraldista que desenha um brasão. Na heráldica, todo símbolo teen um sentido exato, combinando-se com outros no brasão de armas para representar a família a os parentescos do homem que o ostenta a para falar-nos de sua posição na vida. Uma figura mágica é o brasão de armas da força que representa. 20. Construímos essas figuras mágicas para representar os diferentes modos de manifestação da força cósmica, em seus diferentes tipos a em seus diferentes níveis. Por serem figuras exatas, o iniciado pensa nelas como pessoas, sem se preocupar com seus fundamentos metafísicos. Conseqüentemente, para os propósitos da prática, elas são pessoas, pois seja o que possam ser na verdade, elas sofreram um processo de personalização, a as formas mentais foram construídas no plano astral para representá-las. Essas formas, por estarem carregadas de força, têm a natureza dos elementais artificiais; mas, sendo cósmica a força com que foram carregadas, elas são algo totalmente diferente do que aquilo que entendemos comumente como elementais artificiais, a por isso as atribuímos ao reino angélico a as chamamos de anjos ou arcanjos, de acordo com o seu grau. Um ser angélico, portanto, pode ser definido como uma força cósmica cujo veículo aparente de manifestação à consciência psíquica é uma forma construída pela imaginação humana. No ocultismo prático, essas formas são construídas com grande cuidado, prestando-se absoluta atenção aos detalhes do simbolismo, pois elas visam evocar a força requerida; todo aquele que teve a oportunidade de utilizá-las concordará em que elas são peculiarmente eficazes para os propósitos para os quais foram planejadas. Mantendo a imagem mágica na mente e vibrando o Nome que se lhe atribui tradicionalmente, podemos obter fenômenos notáveis.