Coleção Fábulas Bíblicas Volume 44
A FARSA DA CRUZ
E O FRACASSO
DE DEUS Mitologia e Superstição Judaico-cristã
JL
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Sumário 1 2 3 4 5
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Jesus Cristo morreu porque Deus fracassou ................................ 5 A terrível verdade sobre Jesus cristo .......................................... 6 A grande prova do fracasso total de Deus ................................... 7 Deus confessa sua total incompetência. ..................................... 8 O sacrifício de Jesus acaba com a onipotência de Deus. ..............11 1 - O sacrifício de Jesus só serviu para acabar com a onipotência de Deus >>> .......................................................................12
6 - A Farsa dos poderes impossíveis de Deus. .................................23 1 - Características do deus bíblico ..............................................24 1 2 3 4 5 6 7 8 9
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Onipotência .....................................................................24 Onisciência ......................................................................28 Onipresença ....................................................................30 Imutabilidade ..................................................................32 Sabedoria infinita .............................................................35 Justiça infinita ..................................................................37 Verdade Infinita ...............................................................40 Amor Infinito. ..................................................................42 Perfeição Absoluta. ...........................................................45
2 - Paradoxos e contradições >>> .............................................48 1 2 3 4 5
- Onipotência .....................................................................49 – Onibenevolencia ..............................................................52 - Onipresença ....................................................................54 – Onisciência .....................................................................55 - Perfeição absoluta ............................................................59
7 - O sacrifício de Jesus é uma novidade? .......................................61 Os dezesseis salvadores crucificados........................................62 1 - A “crucificação” de Krishna, Índia - 1.200 AEC .....................64 1.1 – Vida, Caráter, Religião e Milagres de Krishna ....................65 1.2 - Matsya .........................................................................67 2 - A “crucificação” do Buda Sakyamuni - 600 AEC. ...................69 3 - Thamuz, da Síria — 1.160 AEC..........................................72 4 - Wittoba - Índia, 552 AEC. .................................................74 5 – Iao - Nepal, 622 AEC........................................................76 6 - Esus - O Druida Celta, 834 AEC. .........................................76 7 - Quetzalcóatl - A Serpente Emplumada do México, 587 AEC. .77
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8 – Quirinus - O Salvador Crucificado Romano, 506 AEC ............78 9 - Prometeu Acorrentado... ou Crucificado? 547 AEC. ..............80 10 - Thulis do Egito - 1.700 AEC. ............................................81 11 - Indra do Tibet - 725 AEC. ................................................82 12 - Alceste (de Eurípedes): Uma mulher crucificada? - 600 AEC.84 13 - Atis da Frígia - 1.170 AEC. ...............................................84 14 - Crites da Caldeia - 1.200 AEC. .........................................84 15 - Bali de Orissa - 725 AEC. .................................................85 16 - Mitra da Pérsia - 600 AEC. ...............................................86 17 - A lista não acaba em 16 personagens. ..............................86 8 - Mais bobagens do Cristianismo >>> .........................................90 Mais conteúdo recomendado ...................................................91 Livros recomendados .............................................................92
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1 - Jesus Cristo morreu porque Deus fracassou
Esta é uma declaração tão inquestionável quanto devastadora para o mito de Jesus Cristo, pois não deixa a menor possibilidade de qualquer alternativa razoável e coerente. Se Jesus veio ao mundo, foi para consertar os erros de Deus. Não há outras opções.
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2 - A terrível verdade sobre Jesus cristo
Esta simples imagem extermina com a farsa de Jesus Cristo. O antigo testamento jamais falou de Jesus e o deus assassino e sádico do antigo testamento jamais teve filho ou fez qualquer referência a isso, exceto de maneira simbólica se referindo ao seu povo e nada além disso. Jesus Cristo é um filho fabricado (QUASE 1000 ANOS DEPOIS DO AT) pelo cristianismo >> para o deus judaico. Não há o que discutir sobre isto também. 6
3 - A grande prova do fracasso total de Deus
A Bíblia é clara sobre a origem de todos os problemas da humanidade e do mundo: a incompetência total de Deus no início da criação: Deus criou e viu que tudo era bom, mas não sabia que uma criatura sua colocaria tudo a perder. A criação deu muito errado desde o início e é disso que trata toda a Bíblia: relatar e explicar os fracassos de Deus, pois ele passa toda a Bíblia tentando consertá-los. A incompetência do deus bíblico como criador não pode ser questionada sem negar suas próprias confissões de fracasso em diversos versículos bíblicos. Ele mesmo confessa de maneira clara e explícita, sem margem para interpretações.
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4 - Deus confessa sua total incompetência.
Deus pensava ter criado tudo corretamente, mas depois descobriu que não sabia o que estava fazendo e pior: não sabia o resultado do que fazia antes de estar pronto, bem tipo: E disse o Senhor: “Bem, vamos ver no que vai dar esta merda!” 8
Gênesis 1:3-5 3 - E disse Deus: Haja luz; e houve luz. 4 - E VIU DEUS QUE ERA BOA A LUZ; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. 5 - E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro. Gênesis 1:10 E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; E VIU DEUS QUE ERA BOM. Gênesis 1:12-13 12 - E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; E VIU DEUS QUE ERA BOM. 13 - E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro. Gênesis 1:16-19 16 - E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas. 17 - E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra, 18 - E para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; E VIU DEUS QUE ERA BOM. 19 - E foi a tarde e a manhã, o dia quarto. Gênesis 1:21 E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; E VIU DEUS QUE ERA BOM. Gênesis 1:25 E fez Deus as feras da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil da terra conforme a sua espécie; E VIU DEUS QUE ERA BOM. Gênesis 1:31 E viu Deus tudo quanto tinha feito, E EIS QUE ERA MUITO BOM; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.
Para quem acha que um simples e único versículo é pouco para exterminar com a competência de Deus como criador, vejamos mais alguns: 9
Jeremias 15:6 Tu me deixaste, diz o SENHOR, e tornaste-te para trás; por isso estenderei a minha mão contra ti, e te destruirei; JÁ ESTOU CANSADO DE ME ARREPENDER. Amós 7:3 Então O SENHOR SE ARREPENDEU DISSO. Não acontecerá, disse o SENHOR. Amós 7:6 E O SENHOR SE ARREPENDEU disso. Nem isso acontecerá, disse o Senhor DEUS. Jonas 3:10 E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e DEUS SE ARREPENDEU do mal que tinha anunciado lhes faria, e não o fez. 1 Crônicas 21:15 E Deus mandou um anjo a Jerusalém para a destruir; e, destruindo-a ele, O SENHOR OLHOU, E SE ARREPENDEU DAQUELE MAL, e disse ao anjo destruidor: Basta, agora retira a tua mão. E o anjo do SENHOR estava junto à eira de Ornã, o jebuseu. 1 Samuel 15:35 E nunca mais viu Samuel a Saul até ao dia da sua morte; porque Samuel teve dó de Saul. E O SENHOR SE ARREPENDEU de haver posto a Saul rei sobre Israel. Jeremias 26:19 Mataram-no, porventura, Ezequias, rei de Judá, e todo o Judá? Antes não temeu ao SENHOR, e não implorou o favor do SENHOR? E O SENHOR NÃO SE ARREPENDEU DO MAL QUE FALARA CONTRA ELES? Nós, fazemos um grande mal contra as nossas almas.
Restou alguma dúvida sobre a total incompetência de Deus? Um deus perfeito, onipotente, onisciente e onipresente que vive se arrependendo e se irritando com o resultado de suas próprias ações? Isso é o retrado mais fiel possível da incompetência. Poderíamos citar aqui centenas de versículos que comprovam de maneira cabal a total incapacidade de Deus em corrigir seus próprios erros. 10
5 - O sacrifício de Jesus acaba com a onipotência de Deus.
O próprio Jesus Cristo diz que não é Deus, mas um enviado para consertar a criação fracassada de Deus. Não conseguiu.
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1 - O sacrifício de Jesus só serviu para acabar com a onipotência de Deus >>> O sacrifício expiatório de Jesus é um dos eixos centrais do cristianismo. Entretanto, poucos se dão conta do quanto este fato é prejudicial à sua fé.
Por quê? Pela simples razão de que este sacrifício é considerado uma obrigação, algo indispensável para a salvação.
Consegue perceber a ideia? É uma condição sem a qual não é possível algo que se considera uma obrigação. E justamente este é o início dos problemas para Deus. Por quê? Porque tal obrigação recairia não só no homem sujeito ao perdão e passível de ser salvo, mas no próprio Deus como ente que aceita o salvo. É uma obrigação compartilhada, o que cria vários dilemas:
1 - Primeiro
Quem define as regras para a salvação?
Se é Deus, ele poderia ter criado outras, se assim tivesse desejado, portanto, a ideia do sacrifício expiatório como condição indispensável para a salvação é incorreta. Além disso, como se supõe que a vontade de tal deus é de autoridade máxima, não é possível pensar que ele pudesse estar obrigado de alguma maneira a dizer e fazer o que faz. O contrário indicaria que este deus não é onipotente, pois existiriam motivos capaces de obrigá-lo a fazer algo, mesmo quando isto vá contra seus desejos. Quem não é capaz de cumprir seus desejos não
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pode ser considerado onipotente. Esta perspectiva é perigosa para a fé, se levada até as últimas consequências.
Por quê? Porque dizer que Deus faz algo e que não poderia ter feito diferente (como sugere o princípio antrópico, por exemplo) é negar que este deus possa fazer o que quer. Se por exemplo, nem todo modelo de universo fosse estável, nos veríamos obrigados a dizer que o deus cristão só é capaz de criar universos que funcionem. Isto limitaria sua liberdade de ação, e por consequência sua onipotencia. Se por azar do destino, deus decidisse criar um universo que não funcione, o faria com conhecimento disso (por seu atributo da onisciência) e utilizando seu poder e livre-arbítrio. Mas também indicaria que tudo o que decide, decidiu ou decidirá poderia ter feito diferente. Se dizem que ele pode fazer o que quer, mas que cria um universo que funcione porque assim o quer, caimos em mais problemas.
Em primeiro lugar, persiste o problema de que poderia têlo feito de outra forma e, já que é onipotente, poderia ter feito melhor. Negar isto seria negar de cheio a onipotência divina. Segundo, os motivos nunca se produzem sós. Se o deus cristão tem motivos para fazer algo, isto implica que algo o move a determinado juízo ou ação.
É bastante conhecida a ideia de que Jeová teria que ser um ente necessário e absoluto. Por isso, dizer que ele possa desejar algo iria contra seu atributo de absoluto. Mas se não pode desejar nem querer nada, tampouco se pode dizer que tenha liberdade de decisão, ou por extensão, liberdade alguma. Isto desbarataria a 13
crença em um deus onipotente. O fato de que o deus cristão deseje fazer algo de uma forma e não de outra revela por consequência duas coisas:
Primeiro, dependência, pois existiriam entes vivos ou não, concretos ou abstratos, capazes de influenciar seus juízos, e por consequência suas decisões jamais seriam livres e soberanas. Estes entes, mesmo se fossem criaturas criadas por ele, teriam interesses completamente diferentes do seu.
Segundo, preferência é um sentimento demasiado humano para poder atribuir-se a un ser que se designa como a primera causa, ente absoluto e todopoderoso. Além disso, o fato dele querer fazer algo de determinada maneira indicaria algum tipo de reflexão, emocional (gosto) ou intelectual (benefício, desempenho, etc.). Se prefere algo é por alguma razão. Mas isto seria dizer que Deus está preso a fatores externos e condicionado para fazer sua voluntade assim como para efetuar qualquer criação.
Recapitulemos até aqui. Se Deus é quem decide as regras para a salvação, ficamos com um destes cenários:
Que ele decidiu por conveniência, por gosto, por obrigação ou sem nenhuma razão. Se fora por conveniência, significaria que Deus não faz o que quer, mas o que pode, o que significa que não é onipotente, por estar limitado a fazer só o material e logicamente possível. Este tipo de onipotência escapa dos problemas da onipotência convencional, Mas pelo preço de deixar de sê-lo e converter-se em uma quase-onipotência. 14
Se foi por gosto, significaria que há algo que pode fazer com que o deus absoluto decida de uma maneira e não de outra.
A razão da preferência poderia ser intelectual (querer fazer só o possível, mesmo se pudesse fazer o impossível, por motivos como desempenho, durabilidade, etc.); ou emocional (preferência, empatia, valor estético, etc.). Todas estas indicariam uma dependência divina inconcebível, pois uma preferência intelectual poderia ser anulada com o uso da onipotência (se fosse real, poderia tornar possível o impossível e, por consequência, todas as opções apresentariam igual quantidade de vantagens e/ou desvantagens); da mesma forma que uma preferência emocional (todas as opções poderiam ser igualmente atrativas). Assim, o uso da onipotencia faz com que seja possível que todas as opções que a divindade tenha na hora de escolher fazer algo sejam iguais, por isso não poderia haver um apego emocional ou preferência intelectual para nenhuma em especial.
Por isso, a existência de um ente onipotente indica que se trata de um ser incapaz de decidir nem ter algum tipo de vontade. A onipotência anula o poder de decidir e esta anulação elimina a onipotência do mapa.
Ainda quando se use a desculpa de que Deus não iguala todas as opções e escolhe uma porque quer, está se recaindo no mesmo erro: 1. Toma uma decisão por algo, por consequência, por algo obrigatório.
um
motivo,
por
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2. Se é necessário que o deus judaico-cristão decida algo, logo esta decisão é uma obrigação. E como toda decisão é motivada, e por consequência causada; e como é a causa ou a necessidade, não a vontade do indivíduo a verdadeira razão para fazer algo, portanto, o deus em questão, ao tomar qualquer decisão, estaria perdendo sua liberdade. Inclusive se decidisse não decidir nada nunca, esta ação implicaria uma decisão, e esta teria um motivo, logo o problema persistiria. Se fosse por obrigação, outro seria o problema, pois não é Deus quem define as regras para a salvação. Mas vamos ver isto de outro ponto de vista: O que aconteceria se o deus cristão tivesse criado uma espécie de “decretos cósmicos” sobre de este tema, que nem ele mesmo pudesse violar? É uma perspectiva interesante que merece resposta. Se este tivesse sido o caso, poderíamos nos despedir da onipotência divina, pois no momento em que Jehová ditasse tais decretos existiria algo que ele não poderia fazer. Podemos também ver isto de outra perspectiva: Se em algum momento se põe limite à onipotencia, significa que esta está sujeita ao tempo. Mas isto contradiz o próprio conceito de onipotencia, pois um ser onipotente deveria ter sob seu controle o tempo e o espaço, criações suas. Isto demonstra que não é o fato de que em algum momento se possa renunciar ou limitar a onipotencia o que constitui uma verdadera objeção à mesma, mas a existência do próprio tempo. Ao existir o tempo a onipotencia se torna uma ideia impossível. Portanto, se o tempo existe, o onipotência não pod existir. Por quê? Porque se um ser denominado onipotente estiver sujeito aos caprichos de sua criação ou às suas possibilidades, faz com que a onipotência seja impossível. Um ser que pode potencialmente deixar de ser
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onipotente, na realidade nunca foi, por estar sujeito ao futuro e aos poderes da estatística. Por último, se tivesse decidido as regras da salvação sem nenhuma razão, estaríamos diante um cenario espantoso, pois a única explicação para que se decida algo neste caso é por efeitos do acso. E se este fosse o caso, um deus que joga a roleta russa com as almas humanas seria um ser tão desprezível como nunca existiu outro igual. Um ser como este não mereceria adoração, obediência ou submissão, mas luta, uma luta com toda a nossa força, a nossa vitalidade e o nosso conhecimento. Seria um ser de que deveríamos encontrar uma maneira de nos livrar. E se não houvesse razão para estas regras, poderiam ter sido umas ou outras, o que reforça mais o carácter maligno deste deus, pois podendo ser mais amoroso ao fazer a salvação universalmente acessível, se entregou voluntariamente à inação, ignorando o sofrimento de suas criaturas, ou mesmo alegrandose com ele. Devido a isto, não podemos descartar a ideia de um deus sádico e cruel. E mais, temos todos os motivos, lógicos e inclusive bíblicos, para apontar o deus cristão como uma das divindades mais cruéis da história.
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2 - Segundo Se não é Deus quem define as regras para a salvação, então o sacrifício de Jesus não estava sujeito à sua vontade. Assim descobrimos que há algo que escapa ao controle do deus cristão e, por consequência, elimina a ideia de sua onipotência. E mais, se fosse assim, Deus seria só mais ser sujeito a leis anteriores a sua existência, ditadas possivelmente por um deus mais poderoso. Se este é o caso, o deus cristão não seria digno de adoração. Examinemos um pouco mais tais leis. O caso do sacrifício expiatório praticado rotineiramente pelos judeus era de índole simbólica, pois anualmente se sacrificava um animal para expiar os pecados da totalidade do povo judeu. Ao contrário da história cristã, onde Jesus se identifica como o equivalente de Adão, e por isso se qualifica como sacrifício perfeito. Aqui vemos o primeiro problema: O sacrifício cristão não tem nada a ver com o judaico, pois no segundo a ideia de equivalência não era necessária (como seria de se esperar diante da perspectiva de um deus todo-poderoso e, por consequência, ator final do drama do perdão dos pecados); enquanto o primero é similar à obrigação de equilibrar a balança, o que evidencia a necessidade do deus cristão de ser uma espécie de controlador cósmico em vez do ser todo-poderoso em que se acreditava antigamente. Vemos um ser que está mais interessado em conservar o equilíbrio de poderes que em fazer cumprir sua vontade. São dois seres diferentes, duas tradições diferentes, sendo a cristã mais próxima das ideologias pagãs que da ideologia judaica. Logo, não se pode dizer com propriedade que a ideologia cristã do sacrifício redentor proceda diretamente da judaica, 18
embora esta última também tenha sido vítima do processo de paganização durante o exílio e das sucessivas conquistas. O principal problema com o sacrifício redentor é o seu próprio caráter equivalente. Por que um deus teria que aceitar únicamente um sacrifício equivalente? A ideia de equivalência destrói a de onipotência por muitas razões. A primeira é que se é necessário algo equivalente, a vontade de Jeová fica em segundo plano diante da necessidade de manter a ordem cósmica. Um ser todopoderoso põe sua vontade em primeiro lugar, mas um que não o seja, só poderá criar ou fazer sua vontade de acordo com determinada ordem. Qual é o comportamento de Deus/Jeová e qual é a sua descrição amis precisa? Se fosse realmente todopoderoso, poderia fazer inclusive o logicamente impossível. Se não o fosse, só poderia fazer o lógico, mantendo uma ordem e equilíbrio de energias em sua criação. O comportamento de Jeová encaixa melhor com a segunda opção, lamentavelmente para os crentes. Este comportamento faria de Deus nada mais que um super-cientista em vez de um ser trascendental. E se este fosse o caso, se realmente existissem deuses, podriamos dizer que estamos cada vez perto de ser como eles. A equivalência em si mesma apresenta muitos problemas. O fato de que o sacrifício teve que ser dessa maneira, indica que tudo o que existe é uma espécie de lei de equivalência, como a da alquimia. Se é assim, e tudo indica que o é, a necessidade de um sacrifício equivalente indica que o mal e o pecado são independentes da vontade e do poder do deus cristão, já que este não pode simplesmente eliminá-os por sua vontade. Uma razão a mais para descartar a onipotência deste ser. Também nos obriga a questionar: Se o mal não tem nada a ver com Deus, por que o bem teria que ser diferente? Talvez o bem e o mal tenham independência total dos desígnios deste deus, e por consequência não tem sentido afirmar a sua infinita bondade. Não 19
aprofundaremos este tema por enquanto, mas é uma ideia interessante e não tem nada de absurda. Dizer que Deus não deixa de ser onipotente por isso, mas que inexoravelmente cumpre as leis que ele mesmo instaurou, é inútil e uma idiotice. É tão inútil quanto dizer que foi por obrigação, pois esto invalidaria sua onipotência de uma vez por todas. Também é inútil dizer que o fez por gosto, conveniência ou sem nenhuma razão, opções que tratamos anteriormente. O fato é que se Deus instaurou leis que ele mesmo não pode ou não quer violar, logo está obrigado a cumprí-las, contradiz a ideia de que sua vontade é lei no universo, e por consequência seu livre-arbítrio, liberdade e onipotência. Por quê? Porque sua vontade está limitada por suas leis, e ele deve cumprí-las mesmo que não lhe agradem, porque assim o decidiu. E a única forma de resolver isto é dizer que em todo momento sua vontade está alinhada com as leis que emitiu, o que é impossível de afirmar e menos ainda de confirmar. Portanto, a onipotência de Jeová é um assunto de fé, pois só mediante esta é possível aceitar uma ideia tão cheia de contradições. Outro problema com a equivalência é a sua relação com a religião. Se a equivalência fosse válida, isto significaria que Jeová fez com que os judeus fizessem um sacrifício anual, assim como sacrifícios ocasionais totalmente em vão. Por quê? Porque se o sacrifício realmente deve ser equivalente para ser válido, logo o sacrifício ritual judaico era inútil (um animal pelos pecados de todo um povo). Mais ainda, este deus, por prescrever um sacrifício inútil, deixava que o efeito dos pecados dos judeus se acumulasse. Assim, não era de estranhar que supostamente de tempos em tempos eles se tornassem tão malvados e pecaminosos e que seu deus os castigasse entregando-os a seus enemigos. E esse é o assunto: Se seu deus era quem permitia e fomentava o aumento de sua maldade, não tinha a autoridade moral de julgá-los e achá20
los culpados, menos ainda de castigá-los. Um massacre de pessoas e animais pelo simples prazer da matança. Por outro lado, se o sacrifício judeu era válido (porque Deus nunca muda) como se afirma no antigo testamento, então o sacrifício de Jesus seria inútil, pois a equivalência não era necessária. E mais, o sacrifício judaico teria sido suficiente para apagar o pecado do mundo, e não se necessitaria do sacrifício de uma encarnação divina para que o homem fosse salvo. E mesmo que este fosse válido, e que a equivalência não fosse necessária, isso abriria a porta para outras formas de expiação que não necessitassem de tal carnificina para serem efetivas. Jeová poderia ter feito qualquer outra coisa antes de enviar seu filho para morrer. Então por que o faria? Por puro gosto. Portanto, a ideia de que só uma vida inocente servia como expiação é errônea e fruto da selvageria atávica e à ignorância dos antigos judeus, e herdada aos modernos cristãos, que fazem um uso espúrio da mesma. Deus poderia ter usado outro meio para a expiação? Sim. Se não fosse necessária a equivalência de sacrifícios, um simbólico (como o sacrifício de uma medida de farinha) teria sido suficiente. Pelo contrário, se esta não só fosse necessária, mas indispensável, e supondo que este deus tivesse o poder suficiente, uma entrega de energia de igual magnitude a que supostamente Jesus tinha, seria suficiente. Não haveria necessidade de criar uma encarnação divina, fazê-la crescer e sentir como os homens, para depois torturá-la e imolá-la ignobilmente. Com um simples acréscimo energético bastaria. Tudo isso teria servido mesmo sem considerar a onipotência de Jeová. Mas levando este último fator em conta, só teria sido necessário seu desejo para que o efeito do pecado fosse erradicado do universo. Se a onipotência é real, e este ser a possui, então sua vontade o trascende e tudo pode, e nada há que 21
não possa fazer. Por isto, dizer que o sacrifício de Jesus era indispensável para o perdão dos pecados não é mais que uma das muitas desculpas dos cristão para inventar uma diferença completamente artificial entre os salvos (crentes) e os maus (incrédulos); entre as criaturas feitas por seu deus (os não cristãos) e os filhos deste (os cristãos de determinada seita). Recapitulemos para terminar Se o sacrifício de Jesus é indispensável para a salvação e o perdão dos pecados, logo Jeová está obrigado por algo sobre o qual não tem controle. Portanto, sua suposta onipotência fica reduzida a nada, e seu papel seria o de apenas um controlador e zelador da criação, em vez do todo-poderoso ser que sempre cumpre sua vontade. Se o sacrifício não é indispensável, se poderia ter feito qualquer outra coisa para a salvação e o perdão, que não implique na morte de uma encarnação divina nem o massacre sistemático de animais para aplacar sua ira, seu ego ou seu apetite. Diante da perspectiva de um deus onipotente, mas impiedoso, e um deus quase-onipotente e de moral duvidosa, pergunta-se a cada crente teísta que possua ainda que seja um pouco de honestidade, intelectual e de qualquer outro tipo: Qual das duas opções prefere?
1. Um deus onipotente, mas impiedoso e mau? 2. Um deus quase-onipotente de moral duvidosa?
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6 - A Farsa dos poderes impossíveis de Deus.
Depois de desmascarada a farsa do sacrifício na cruz e antes que o crente da superstição judaico-cristã nos acuse de ofender ao seu deus, chamando-o de incompetente, satânico ou coisas do tipo, apesar de já termos demonstrado isso com versículos bíblicos, repetimos aqui as características básicas de Deus para que o próprio crente julgue se as ações de Deus DESCRITAS NA BÍBLIA são compatíveis com tais características fundamentais como a onisciência, a onipresença e a onipotência. Já adianto que não, não são nada compatíveis, mas absurdamente contraditórias e é muito fácil perceber através de uma leitura bem superficial da Bíblia. 23
Os poderes mágicos impossíveis como onipotência, onisciência e onipresença tornam a existência do deus judaico-cristão são mais que impossíveis, são uma piada.
1 - Características do deus bíblico É importante tratar de entender “O que é e como é esse Deus”, já que o conceito de Deus varia muito entre as pessoas. Para muitos Deus é somente uma espécie de “Energia Universal”, para outros, Deus somos nós mesmos e inclusive para muitos outros Deus poderia ser definido como a natureza que nos rodeia. Todas essas definições não são de nosso interesse; no Ocidente, quando alguém diz que é ateu e que não acredita em Deus se refere ao Deus Judaico-cristão, o Deus que nos descreve a Bíblia e que é adorado pela maioria da civilização ocidental. É sobre este Deus que tratamos no presente trabalho. Ainda que em essência a argumentação contra Deus se possa transferir ao resto dos Deuses que existem e existiram no mundo, não são de nosso interesse aqui e agora. Sei que a muitos cristãos não lhes agrada a ideia de “conceitualizar” o seu Deus, já que segundo eles a essência divina está acima disso e Deus é indefinível. Sem dúvida a melhor maneira de conhecer Deus é através do que a Bíblia nos diz sobre ele. Por sorte a Bíblia descreve em numerosas ocasiões como é Deus e que características possui o que deixa relativamente simples a nossa tarefa de defini-lo. Essas qualidades divinas são por todos conhecidas, mas é importante defini-las e estabelecer os limites correspondentes. Segundo a Bíblia algumas das características de Deus são:
1 - Onipotência 24
Começaremos agora a analisar as diferentes características ou qualidades que possui Deus com o objetivo de delimitar e conhecer de maneira mais clara como se apresenta este ser divino. Além disso, argumentaremos porque não acredito que Deus seja um ser onipotente nem acredito que Deus seja o criador de todas as coisas. Imagino que nenhum crente cristão se atreveria a duvidar desta qualidade divina, já que é uma das mais abundantes e claras em toda a Bíblia. Nomear todos os versículos bíblicos que afirmam que Deus é todo poderoso seria uma tarefa titânica. Todos os cristãos creem sem nenhuma dúvida que Deus é todo poderoso e que é o criador de todas as coisas. Só citaremos um versículo Bíblico para estarmos seguros desta qualidade: Genesis 17:1 1 - Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito.
Não há nenhuma razão para acreditar que do ponto de vista racional e lógico Deus seja um ser “todo poderoso” e “criador de todas as coisas”:
1 - A criação do mal Se for verdade o que diz a Bíblia, que Deus criou todas as coisas, então Deus também criou o mal e as calamidades humanas. Se pararmos para pensar, isto é contraditório porque se pode dizer que tudo o que Deus criou é bom e de suas criações não pode sair o mal. Ainda que não acreditem, na Bíblia se diz em várias ocasiões que Deus criou o mal e as calamidades: Isaías 45:6-7 6.Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro. 7.Eu
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formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu sou o Senhor, que faço todas estas coisas. Jó 42:11 11. Então vieram ter com ele todos os seus irmãos, e todas as suas irmãs, e todos quantos dantes o conheceram, e comeram com ele pão em sua casa; condoeram-se dele, e o consolaram de todo o mal que o Senhor lhe havia enviado; e cada um deles lhe deu uma peça de dinheiro e um pendente de ouro. Jó 5:18 18. Pois ele fere, mas dela vem tratar; ele machuca, mas suas mãos também curam. Gênesis 2:16 16 - E o Senhor Deus ordenou ao homem: "Coma livremente de qualquer árvore do jardim, 17 - Mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá".
Como podem ver nestes exemplos, sem dúvida Deus criou o mal e as enfermidades. Também é conhecido o ditado popular “o mal não existe, é só a ausência do bem”, isto não tem sentido, já que a Bíblia trata e nomeia o mal como algo bem definido e não como a ausência do bem.
2 - Literalidade Deus não pode “literalmente” ser o criador de todas as cosas. Há coisas que por definição Deus não as criou, o homem as criou. Por exemplo: Deus não criou o aço que não existe na natureza, pois é a combinação de ferro, carbono e outros tantos elementos. O homem criou o aço, não Deus. Claro que o crente dirá: “Mas Deus criou o ferro, o carbono e também o homem, portanto Deus é o criador indireto do aço e de todas as coisas que o homem inventa e fabrica”, aqui temos a palavra clave: “indireto”. Se a premissa 26
acima é correta: então Deus é o “Criador indireto de todas as coisas”, o que deixa a sua perfeição muito limitada.
3 - Lógica Um argumento que os nós ateus usamos com frequência para demostrar à falta de lógica ao afirmar que Deus é todo poderoso é o famoso argumento da “pedra pesada”. Se Deus é todo poderoso e pode criar o que deseje, Poderia Deus criar uma pedra tão pesada que nem ele mesmo pudesse levantá-la? Por simples lógica, Deus não pode fazê-lo. Isto seria o mesmo que afirmar que “Deus não pode evitar que a soma de uma unidade mais outra unidade de como resultado duas unidades”, esta é uma abordagem matemática básica e não pode ser quebrada nem mesmo por Deus. Diante disso os crentes responderão: “Deus só pode fazer coisas dentro da lógica”. Isso que dizer que Deus tem um limitante “A Lógica”, convertendo-se assim em um ser limitado a algo superior a ele e perderia sua essência perfeita. A característica divina ficaria assim: “Deus é o criador de todas as coisas logicamente possíveis”. 4 - Leis naturais Este é um argumento levantado por Bertrand Russell: “as leis naturais são independentes da criação divina” Deus deve acatar as leis naturais, portanto estão acima de Deus. Vejamos um par de exemplos: A lei da gravidade (9,8 mts/seg2) é a velocidade com que a terra atrai os objetos para o seu centro; e o oxigênio que forma o ar que respiramos (O2). A pergunta é a seguinte: Porque Deus criou as leis naturais assim e não de outra forma? Deus poderia ter feito a gravidade com valores mais baixos, desta forma poderia evitar milhões de mortes por quedas, fraturas, 27
acidentes etc. Também Deus poderia fazer-nos respirar nitrogênio e não oxigênio, já que o nitrogênio é mais abundante no ar que o oxigênio, assim evitaria milhares de mortes por asfixia. O crente cristão tem três possíveis respostas a isto:
“Deus fez dessa maneira por que era o melhor para o mundo”: O melhor? Tantas mortes por culpa da gravidade e tantas asfixias são o melhor que Deus poderia fazer? “Deus fez assim porque ele faz o que deseja”: isto equivale a dizer que “Deus faz o que lhe dá na cabeça” Que sentido tem adorar um Deus caprichoso que faz as coisas só porque lhe dá na telha? “Deus fez dessa maneira porque tinha que fazer assim”: Deus está submetido às leis naturais. Esta é a única maneira de que Deus poderia fazê-lo. Deus não poderia criar a gravidade com um valor menor ou nos fazer respirar nitrogênio porque as leis naturais o impediam. Ou seja, Deus deve cumprir e acatar essas leis naturais. Um Deus que está submetido a leis superiores a ele, perde sua essência de perfeição absoluta.
Existem inumeráveis razões que nos indicam que a onipotência de Deus está muito comprometida. Mas acredito que estas abordagens são suficientes para abrir uma base de opiniões a respeito com o crente cristão que deseje aprender mais sobre o Deus que adora.
2 - Onisciência Seguindo com a análise das qualidades de Deus veremos agora a característica mais polêmica e controversa de Deus: sua onisciência ou a capacidade de saber tudo. Tampouco acredito que algum crente seja capaz de pôr em dúvida esta qualidade. Deus 28
sabe tudo. Sabe nosso passado, conhece nosso presente e sabe o que nos acontecerá no futuro. Deus conhece tudo sobre todos nós e sobre o mundo. O problema desta característica celestial é que em muitas das minhas conversas com crentes cristãos parece que não entendem muito bem o que significa e tendem a mal interpretá-la. A melhor maneira de eliminar as dúvidas sobre isso é investigar o que diz a Bíblia a respeito. Existem vários versículos que esclarecem sobremaneira este ponto: Jó 14:16 16.Mas agora contas os meus passos; porventura não vigias sobre o meu pecado? Jó 23:10 10.Porém ele sabe o meu caminho; provando-me ele, sairei como o ouro. Jó 42:2 2.Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido. Salmos 44:21 21.Porventura não esquadrinhará Deus isso? Pois ele sabe os segredos do coração. Isaías 46:10 10.Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade. Jó 23:14 14.Porque cumprirá o que está ordenado a meu respeito, e muitas coisas como estas ainda têm consigo. Lucas 12:7 7.E até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos.
Como podem ver há muitíssimos versículos que asseguram que Deus sabe tudo. O problema começa quando se afirma que o homem tem “Livre arbítrio”, ou seja, que o homem tem liberdade 29
para escolher o que deseja. Este é um dos pontos mais quentes da conversação Ateu-Cristã. É muito difícil harmonizar a ideia de que podemos escolher livremente e que Deus já sabe todo nosso futuro e que nossa história está escrita de antemão. Sem dúvida, amigo crente, para você Deus já sabe quem será salvo e quem não será. Isso Deus sabe, já que sabe tudo. Mas como posso eu escolher se o meu destino já está escrito? Segundo essa premissa, não importa o que eu decida, sempre terminarei cumprindo o que Deus escreveu para mim. Não tenho saída. Muitos crentes tentam responder a isso dizendo: “Deus pode saber o nosso futuro, mas nós não sabemos”, saiba ele ou não isso não tem absolutamente nenhuma influência nos acontecimentos futuros, já que irremediavelmente acabarei cumprindo o que Deus quer. Além disso, existem também vários versículos que negam que Deus seja onisciente e que saiba tudo. É um tema espinhoso e controverso que se levará várias linhas para debatê-lo e o trataremos em numerosas oportunidades. Eu, por ser ateu não acredito que o meu destino esteja escrito nem em nada do tipo. Ninguém sabe o meu futuro. O futuro não existe, o vamos criando dia após dia através de nossas decisões. Considero-me um ser livre e não estou nesta vida para cumprir nenhum livro. Sei que você, amigo crente, se considera livre para escolher o que deseja, porém isso não contradiz tudo que existe na sua Bíblia sobre Deus e sua onisciência? Sim.
3 - Onipresença Deus está em toda parte, o tempo todo. Isto sabe qualquer crente. Mas lamentavelmente a Bíblia não é muito clara a respeito e existem poucos versículos que nos indicam isto de forma pontual. Ao dizer que Deus se encontra em todo lugar se assume outra característica divina: a Invisibilidade. Deus é em essência um ser invisível e etéreo. Claro, tem que ser; nada que seja visível está 30
em todo lugar ao mesmo tempo. A imaterialidade é um requisito obrigatório para cumprir esta premissa. As qualidades de onipresença e invisibilidade trazem consigo vários problemas ao tentar entender isto de forma racional. Apesar de que Deus está em todo lugar, a Bíblia nos diz que Deus foi visto de maneira precisa em várias oportunidades; inclusive até falou com várias pessoas em determinadas ocasiões; isto significa que para ser visto e escutado em um momento e lugar preciso deveria estar ali e não em todos os lugares. Também, fazer-se visível para várias pessoas sem dúvida deixou de ser invisível, já que as coisas invisíveis não se podem ver. É impossível dizer com toda segurança que Deus é invisível, já que foi visto em várias oportunidades: Gênesis 32:30 30.E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva. Êxodo 24:10-11 10.E viram o Deus de Israel, e debaixo de seus pés havia como que uma pavimentação de pedra de safira, que se parecia com o céu na sua claridade. 11.Porém não estendeu a sua mão sobre os escolhidos dos filhos de Israel, mas viram a Deus, e comeram e beberam. Êxodo 31:18 18.E deu a Moisés (quando acabou de falar com ele no monte Sinai) as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus. Êxodo 33:11 11.E falava o SENHOR a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo; depois se tornava ao arraial; mas o seu servidor, o jovem Josué, filho de Num, nunca se apartava do meio da tenda. Êxodo 33:23 23 - E, havendo eu tirado a minha mão, me verás pelas costas; mas a minha face não se verá.
1. Então, Deus é invisível ou não?
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2. Ou só é invisível às vezes?
Há outra coisa que atenta contra a invisibilidade e o caráter etéreo de Deus, é que Deus tem dedos, cara e costas (Gênesis 32:30; Êxodo 31:18; Êxodo 33:23) isto equivaleria a dizer que Deus está composto por algo físico que se pode ver o que atentaria contra a sua condição de ser espiritual o imaterial.
É muito difícil sustentar que Deus é um ser espiritual e invisível quando a própria Bíblia nos diz o contrário.
Como ponto final, quero fazer uma observação à maneira de piada: 1. Por que quando o crente quer referir-se a Deus sempre olha
ou aponta para cima, para o céu? 2. Se Deus está em todo lugar, não tem sentido buscá-lo no céu nem entre as nuvens – ELE ESTÁ EM TODO LUGAR. Ou não? 3. Curioso, não?
4 - Imutabilidade Uma qualidade divina que parece estar muito claramente estabelecida nas “Santas Escrituras”, mas que por sua vez a própria Bíblia se contradiz é a: Imutabilidade. Isto em poucas palavras é: “Deus é o mesmo desde sempre, ele não muda.”. Ser imutável significa ser sempre o mesmo, sem experimentar nenhum tipo de mudança ou alteração. Não mudam nem Deus, nem seus desígnios. A Bíblia nos diz em várias oportunidades que isto é correto, Deus não muda: Salmos 102:27 27.Porém tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim.
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Salmos 33:11 11.O conselho do SENHOR permanece para sempre; os intentos do seu coração de geração em geração. Tiago 1:17 17.Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. 1 Samuel 15:29 29.E também aquele que é a Força de Israel não mente nem se arrepende; porquanto não é um homem para que se arrependa. Malaquias 3:6 6.Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. Hebreus 13:8 8.Mas, do Filho, diz: O Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de equidade é o cetro do teu reino.
E muitos outros. Apesar de todos estes versículos que sem dúvida afirmam que Deus é Imutável, também em várias ocasiões a própria Bíblia parece afirmar o contrário que Deus muda de opinião e não é o mesmo desde sempre: Gênesis 6:6-7 6.Então se arrependeu o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração. 7.E disse o SENHOR: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de havê-los feito. Êxodo 32:14 14.Então o SENHOR arrependeu-se do mal que dissera que havia de fazer ao seu povo. Jonas 3:10 10.E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha anunciado lhes faria, e não o fez.
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2 Samuel 24:16 16.Estendendo, pois, o anjo a sua mão sobre Jerusalém, para destruíla, o SENHOR se arrependeu daquele mal; e disse ao anjo que fazia a destruição entre o povo: Basta, agora retira a tua mão. E o anjo do SENHOR estava junto à eira de Araúna, o jebuseu.
Podemos ver claramente duas coisas aqui: 1. Ou a Bíblia se contradiz em várias ocasiões, 2. Ou isso da “Imutabilidade Divina” é algo ambíguo e não
deve ser levado muito a sério. 3. Em qualquer dos casos Deus parece meio fora da casinha. Outro fator que compromete a Imutabilidade de Deus é o fato que no passado ele mesmo cometeu atos reprováveis e logo depois mudou de caráter com respeito às suas ações. Por exemplo, todos nós recordamos os fatos ocorridos durante o diluvio universal ou na destruição das cidades de Sodoma e Gomorra, ambos os fatos narrados no Gênesis. Nestas duas situações houve uma destruição total dos seres humanos incluindo crianças e animais inocentes, ao que parece foram realizados diretamente por Deus para erradicar o mal de ambos os lugares. Imagino que o crente estará de acordo comigo de que em ambos os fatos morreram crianças completamente inocentes dos pecados de seus pais. Claro, você também dirá que Deus teve suas razões para fazê-lo. Em todos os casos em várias oportunidades Deus no Antigo Testamento se nos apresenta como um Deus combativo e vingativo, que promoveu múltiplas guerras e inclusive assassinou em várias ocasiões pessoas por sua própria conta. Já no Novo Testamento vemos um Deus completamente diferente, um Deus que é todo amor e ternura e que parece esquecer seu passado quando era chamado “Deus dos Exércitos”.
Se isto não é mudar, não sei o que seria!
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5 - Sabedoria infinita A sabedoria de Deus é uma das características divinas mais conhecidas pelo crente. Deus é infinitamente sábio e nunca se equivoca. A Bíblia é bem específica em centenas de versículos. Jó 9:4 4.Ele é sábio de coração, e forte em poder; quem se endureceu contra ele, e teve paz? Jó 12:13 13.Com ele está a sabedoria e a força; conselho e entendimento têm. Isaías 40:28 28.Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento. Daniel 2:20 20.Falou Daniel, dizendo: Seja bendito o nome de Deus de eternidade a eternidade, porque dele são a sabedoria e a força;
Como é lógico pensar, a Bíblia ao ser totalmente inspirada por Deus, não tem erros; nem Jesus, a materialização física de Deus, tampouco se equivoca ou jamais se equivocou. Bom, descrever todos os erros e contradições da Bíblia levaria muito tempo, já que são muitos, descrever os erros de Jesus também, assim para não fazer um cansativo trabalho de análise citaremos apenas uns “pequenos equívocos” de Jesus tal como se encontra na Bíblia: Mateus 16:28 28 - Em verdade vos digo que alguns há dos que aqui estão que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino.
Isto, tomado de forma literal é um erro, pois morreram todos os dessa geração e Jesus ainda não voltou. Morreram várias gerações e o esperado regresso de Jesus não aconteceu. Claro, você como crente dirá: “não se deve entender isso de modo literal”, sim, é 35
fato que Jesus usava parábolas para exemplificar algumas partes de sua doutrina; porém quando fazia isso ele declarava antecipadamente. Em nenhuma parte se assume que isto é uma parábola. Outros crentes afirmam que a geração a que se refere o versículo não é literal e logo começam a procurar cálculos de anos e a fazer estranhas explicações do que poderia ser uma “geração”. Os próprios crentes tratam logo de consertar esse equívoco evidente, sem sucesso é claro. Mateus 12:40 40 - Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra.
Este é um dos equívocos mais claros e evidentes de Jesus-Deus. Neste versículo profetizou que ressuscitaria depois de três dias e três noites. Todos nós sabemos que Jesus esteve no túmulo no máximo por um dia e meio, morreu em uma tarde de sexta-feira e já na manhã de domingo foi ressuscitado. Para cumprir o que o verso diz ele tinha que ter saído do túmulo na manhã de segundafeira. Não há praticamente nenhuma explicação razoável para isso, a menos que você amigo cristão comece de novo a fazer cálculos para dar aos "três dias e três noites” significados diferentes. Marcos 7:14-15 14.E, chamando outra vez a multidão, disse-lhes: Ouvi-me vós, todos, e compreendei. 15.Nada há, fora do homem, que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai dele isso é que contamina o homem.
Eu sei que os crentes cristãos têm dado milhares de interpretações a estas palavras de Jesus, alguns dizem que se refere ao pecado, à palavra ou a centenas de outras coisas. Mas a verdade é que Jesus quis fazer uma comparação de qualquer uma destas interpretações possíveis com o que entra literalmente no homem 36
(comida, por exemplo) e o que sai (fezes). Certamente, Jesus ao possuir sabedoria infinita deveria saber que existem milhões de coisas que, quando ingeridas podem contaminar o corpo causando doenças e até a morte. Portanto, esta besteira de que "Nada existe fora do homem e que ao entrar nele o possa contaminar” é um erro gigantesco para um ser que se denomina Deus. Estes são apenas três exemplos e como dissemos anteriormente, citar todos seria tarefa impossível. Em muitas oportunidades analisaremos outros tantos erros com mais calma e atenção. Certamente que o leitor crente cristão deve ter muitas respostas premeditadas para poder a duras penas justificar todos estes erros, a desculpa mais comum utilizada nesses casos é: “a Bíblia necessita ser interpretada”, claro, com esta resposta podem responder a todos os erros que aparecem nas santas escrituras. Você amigo crente já usou esta desculpa alguma vez?
6 - Justiça infinita Agora comentaremos brevemente sobre uma característica divina que a meu modo de ver é uma das mais citadas na Bíblia, mas por sua vez é uma das que menos atenção recebe, “A Justiça eterna de Deus”. A “santa palavra” afirma em numerosas ocasiões que Deus é infinitamente justo e que dará a cada um, o que merece. Deuteronômio 10:17 17.Pois o SENHOR vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas; 1 Pedro 1:17
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17 - E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação, Gálatas 2:6 6 - E, quanto àqueles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me comunicaram; 1 João 3:7 7 - Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim como ele é justo. … e muitos outros.
Apesar de todos estes inumeráveis versículos que avaliam a justiça divina, às vezes paramos para pensar se isso tem algum fundamento. É verdade que deus é um ser justo e que sua criação é justa? Certamente é necessário muita ingenuidade para pensar que o mundo é ou alguma vez foi um lugar justo. Praticamente tudo o que nos rodeia está cheio de injustiças: vemos dia a dia como gente desonesta progride na vida enquanto gente honesta sofre desgraças não merecidas. Observamos como os desastres naturais tiram a vida de milhões de pessoas inocentes; sobretudo as maiores vítimas da injustiça humana, as crianças, são elas que normalmente sofrem as maiores consequências da falta de justiça a cada momento. Se o crente leitor ainda acredita que a história bíblica do dilúvio é correta, terá que admitir que neste caso tivessem que morrer crianças inocentes sem absolutamente nenhuma culpa dos erros de seus progenitores. Dessa história absurda surge uma grande dúvida, uma dúvida que deve corroer até o cérebro de muitos crentes: Por que se Deus é justo, tiveram que morrer crianças inocentes nesse dilúvio? Jamais se obteve uma resposta convincente de qualquer crente, mas certamente muitos se consolam com o conhecido autoengano de que “Deus é 38
misterioso e sabe o que faz”, mas lá no fundo sabem não é uma resposta para nada. Amigo crente, vejamos um exemplo clássico, que certamente você acredita que pode ocorrer: Vamos supor que um ateu qualquer, por exemplo, da Suécia (utilizo este país como exemplo porque é um dos países com maior porcentagem de ateus e menos crimes), esta pessoa ateia tem uma ficha de vida inatacável, nunca cometeu um crime nem qualquer coisa reprovável, bom esposo e grande pai, um bom amigo; com problemas e defeitos, claro, como todos nós, mas em termos gerais e diante da sociedade é um cidadão íntegro. Coloquemos no outro extremo, um assassino em série, violador e pedófilo (esta classe de criminosos lamentavelmente é comum) cuja vida é uma desgraça, tanto para ele como para os que o rodeiam e que por seus atos destruiu a vida de muitas pessoas. Imaginemos que ambos morrem. Coisa que certamente ocorrerá algum dia, mas o ateu morre sem aceitar Jesus como seu salvador e morre sendo ateu, apesar de ter sido bom em toda a sua vida; o assassino momento antes de morrer se arrepende e aceita Jesus em seu coração, claro, me refiro a uma conversão real, sincera e totalmente honesta, este assassino se arrepende de verdade de seus pecados. Segundo a crença cristã (e você como crente cristão estará de acordo) o ateu irá quase sem nenhuma dúvida ao inferno, ou ao lugar de condenação que exista, pela simples razão de que rompeu nada mais nada menos que o mandamento mais importante, “Amar a Deus sobre todas as coisas”. E no segundo caso, o do assassino arrependido, irá ao paraíso ou a seu equivalente de recompensa divina, por ele apenas ter tido a sorte de haver se arrependido a tempo. Estou certo de que o leitor cristão dirá: "Bem, cada um teve a oportunidade de escolher e escolheu”; concordamos, mas essa não é a discussão, o que se discute é se isto é justo ou não.
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Sejamos sinceros, parece-lhe justa a condenação do ateu decente e o prêmio do assassino arrependido? Sua resposta deveria oferecê-la aos familiares e seres queridos das vítimas do assassino.
7 - Verdade Infinita De fato, Deus não mente, ele é completamente verdadeiro e preciso em suas palavras. Sobre isso concordam todos os crentes, este é, sem dúvida, um atributo essencial de Deus. Vamos examinar brevemente alguns versos que dizem isso para ficarmos mais seguros: Tito 1:2 2.Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos; Romanos 3:4 4.De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras, E venças quando fores julgado.
1. OK, este ponto está claro agora. Deus não mente. 2. Correto?
Sem levar em conta as numerosas contradições e erros que poderia ter a Bíblia, as quais podem ser interpretadas como mentiras ou erros, há dois versículos que de fato confundem o leitor e parece que Deus mentiu de forma descarada, inclusive ele mesmo descobrindo o engano. Jeremias 7:22
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22.Porque nunca falei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, nem lhes ordenei coisa alguma acerca de holocaustos ou sacrifícios.
Este é um versículo bastante comprometedor para Deus, porque afirma que não decretou algumas ordens, das quais há milhares que confirmam que essas ordens foram dadas. Citar aqui todos os versículos onde Deus ordenou fazer holocaustos e sacrifícios seria um trabalho realmente esgotador devido à enorme quantidade deles. Mas isso não é necessário, pois o próprio Deus responde a si mesmo confessando que mentiu cinicamente. Ezequiel 20:25-26 25.Por isso também lhes dei estatutos que não eram bons, juízos pelos quais não haviam de viver; 26.E os contaminei em seus próprios dons, nos quais faziam passar pelo fogo tudo o que abre a madre; para assolá-los para que soubessem que eu sou o SENHOR.
Aqui o mesmíssimo Deus reconhece que havia ordenado holocaustos e sacrifícios, contradizendo o dito em Jeremias 7:22.
Mas uma das coisas mais curiosas sobre as “mentirinhas” de Deus é a famosa “primeira mentira”. Este é um argumento muito usado pelos ateus porque é interessante e sugestivo. Se perguntarmos a um crente medianamente informado sobre o Gênesis e a origem do homem segundo a Bíblia: Qual foi a primeira mentira? Acredito que depois de pensar um pouco responderia: “A primeira Mentira foi dita por Satanás a Eva”, e neste caso o crente estaria se referindo a Gênesis 3:4-5 (4.Então a serpente 41
disse à mulher: Certamente não morrereis. 5.Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal ...), Mas esta é a primeira mentira? Não, a primeira mentira é esta: Gênesis 2:16-17 (16.E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, 17.Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.), obviamente isto é mentira, no dia em que Adão comeu deste fruto não morreu. A prova está em Gênesis 5:3-5 (3.E Adão viveu novecentos e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e lhe pôs o nome de Sete. 4.E foram os dias de Adão, depois que gerou a Sete, oitocentos anos, e gerou filhos e filhas. 5.E foram todos os dias que Adão viveu novecentos e trinta anos, e morreu.), ou seja, ele viveu muito tempo depois que comeu o fruto da árvore. Como se pode ver, a primeira mentira foi dita pelo próprio Deus e não por Satanás como geralmente se costuma crer. Também sabemos que os crentes possuem milhares de desculpas para justificar isto, sejamos sinceros, não é algo muito suspeito?
Deus é o pai da mentira? Sim, sem dúvida!
8 - Amor Infinito.
Se existe uma frase que resume todos os sentimentos e pensamentos do cristão sincero, esta frase é: “Deus é amor.” Palavras retiradas de 1 João 4:8 (8.Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.). Tenho absoluta certeza 42
de que o cristão acredita nesta frase. O cristão devoto, leal e convencido possui Deus e Jesus como primeiro pensamento ao acordar e último ao dormir. Jamais duvida de sua existência por um momento sequer e nem ao menos por um momento passa por sua cabeça o pensamento de que Deus e Jesus não sejam puro amor e bondade. Ele “sabe” que Deus é bom e que os maus somos nós e nossas decisões. Deus jamais tem culpa de nosso comportamento.
Esse comportamento não muda até que o crente passe a ler a bíblia de forma imparcial e crítica, coisa que a grande maioria evita por medo de perder a fé, pois é cada vez mais comum a frase “Deixei de ser cristão depois de ler a Bíblia”.
Isso assusta os devotos, para eles perder a fé seria como perder o chão. Ele perceberá e será obrigado a admitir que haja no mundo muitos males dos quais o homem não tem culpa e terá que atribuir isso a Deus, o que é motivo de verdadeiro pânico em sua estreita forma bíblica de pensar. Serão obrigadas a usar as famosas desculpas: “Minha mente é limitada para entender a mente de Deus.” E a grande pérola, “Os caminhos de Deus são misteriosos”. A Bíblia diz em numerosas ocasiões que Deus é bondade, amor e misericórdia: João 3:16 16.Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Tito 3:4 4.Mas quando apareceu a benignidade e amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens, 1 Timóteo 4:4 4.Porque toda a criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças.
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Se pensarmos um pouco notaremos de que esta concepção de “O Deus bom” vem basicamente do Novo testamento, pois no Antigo Testamento Deus é um deus guerreiro e na maioria dos casos assassino e sanguinário. Números 31:17-18 17.Agora, pois, matai todo o homem entre as crianças, e matai toda a mulher que conheceu algum homem, deitando-se com ele. 18.Porém, todas as meninas que não conheceram algum homem, deitando-se com ele, deixai-as viver para vós. Deuteronomio 7:23 23.E o SENHOR teu Deus as entregará a ti, e lhes infligirá uma grande confusão até que sejam destruídas. Deuteronomio 28:63 63.E será que, assim como o SENHOR se deleitava em vós, em fazervos bem e multiplicar-vos, assim o SENHOR se deleitará em destruirvos e arruiná-los; e arrancados sereis da terra a qual passais a possuir. 1 Samuel 15:2-3 2.Assim fala o Senhor dos exércitos: Vou pedir contas a Amalec do que ele fez a Israel, opondo-se lhe no caminho, quando saiu do Egito. 3.Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos. Isaías 37:36 36.O anjo do Senhor apareceu no campo dos assírios e feriu cento e oitenta e cinco mil homens. No dia seguinte, de manhã, ao despertar, só havia lá cadáveres.
Vemos com assombro como Deus ordena fazer coisas verdadeiramente abomináveis e ele próprio assassinou com suas próprias mãos a muitas pessoas, assim como matanças onde morreram crianças inocentes (Sodoma, Gomorra e o Dilúvio Universal) O verdadeiramente surpreendente disso é que se Deus 44
é imutável, como afirmam as escrituras (Salmos 102:27 – Salmos 33:11 – Tiago 1:17 – 1 Samuel 15:29 – Malaquias 3:6 – Hebreus 13:8 etc.), porque muda de um Deus de guerra e assassino para um Deus de amor e bondade? Se Deus é imutável porque mudou? O que fez Deus mudar de opinião? Sempre que perguntarmos sobre isso a um cristão devoto ouviremos pérolas como “Deus não é responsável pelo mal, são os homens os culpados pelas tragédias do mundo.” Hoje até mesmo a grande maioria dos cristãos sabe que isso não é correto. A própria Bíblia nos diz que Deus é o criador do mal (Isaías 45:67 - Jeremias 18:11– Amós 3:6) e que os homens não causam todas as tragédias, como os desastres naturais (vulcões, terremotos e tsunamis), que são independentes da ação humana e têm ocorrido desde sempre e, claro, as vítimas inocentes desses desastres são inumeráveis. “Deus é amor” … pode ser… mas também, segundo a Bíblia, é um ser que cometeu muitos assassinatos, injustiças e abusos. Ao que parece se pode ser bom e mau ao mesmo tempo. Isso não é surpresa, assim somos todos nós, às vezes bons, às vezes maus, mas sempre tentando inclinar a balança para a bondade. Será que Deus é exatamente igual a nós? Pois a Bíblia afirma que “Fomos criados à sua imagem e semelhança”. Será que o correto não seria: “E criou o homem, deus à sua imagem e semelhança”. Tudo leva a crer que sim!
9 - Perfeição Absoluta. A “Perfeição” é a característica de Deus que resume todas as qualidades anteriores. Ao dizer que Deus é perfeito, se assume que é um ser isento de falhas e erros. Um estudo crítico da Bíblia vai nos dar dúvidas bastante sensatas sobre cada uma destas 45
qualidades, pelo que o termo “Perfeição Divina” se faz bastante débil, suscetível e duvidoso. A Bíblia nos diz em várias oportunidades que Deus é perfeito: Mateus 5:48 48.Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito. 2 Samuel 22:31 31.Os caminhos de Deus são perfeitos; a palavra do Senhor é pura. Ele é o escudo de todos os que nele se refugiam. Salmos 18:30 30.Os caminhos de Deus são perfeitos, a palavra do Senhor é pura. Ele é o escudo de todos os que nele se refugiam.
Se levarmos em conta todas as características e qualidades divinas se observa dramaticamente que Deus é tudo menos um ser perfeito, vejamos este assunto desde outra perspectiva: 1. Algo que seja “Perfeito” significa que está livre de erros, é algo que não necessita de nada devido ao seu grau de perfeição. 2. Deus, por ser uma criatura absolutamente perfeita não deveria precisar de nada, é um ser pleno e perfeito, sem mancha, portanto não necessita de absolutamente nada. 3. Sabemos que não é assim, Deus necessita desesperadamente de nós, deseja muitas coisas de nossa parte e temos a obrigação de dar-lhe ou pagaremos as consequências. Esta é uma pergunta que faço aos crentes: 1. Porque um ser que, em essência, é a perfeição absoluta necessita tantas coisas de nós? 2. Deus necessita que o adoremos, necessita que o veneremos, necessita de nossas orações, de nosso tempo, de nossas obras, enfim… Para um ser totalmente perfeito, necessita de muitas coisas! 46
Comentar todos os versículos bíblicos que indicam coisas que Deus quer e necessita, como rezas, orações, tributos, sacrifícios, holocaustos, mandamentos, estatutos, atividades e tantos mais, seria muito extenso e a maioria os crentes os conhece. Só comentaremos um que mostra como Deus deseja exasperadamente nossa humilhação 1 Pedro 5:6 6.Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele vos exalte no tempo oportuno.
De fato, se você é um cristão devoto e trata de ser uma “pessoa em Cristo”, é muito provável que desperdice grande parte de sua energia, tempo e inclusive dinheiro para agradar esse Deus tão perfeito que não necessita de nada, porém deseja desesperadamente um monte de coisas. Imaginemos Deus antes da criação do mundo. Um Deus totalmente perfeito que de repente necessita criar um mundo e enchê-lo de criaturas para que o adorem. É muito estranho isso! Já que em seu estado de perfeição não deveria querer ou necessitar de nada. O que levou Deus a criar este mundo e seus moradores se ele era perfeito? Além disso, recordemos que Deus é onisciente e que Deus já devia saber sobre as consequências deste mundo que criaria. Falando sério, amigo crente, Nunca havias pensado nisso? Nunca lhe passou pela cabeça estas coisas? Existem várias outras características sobre Deus, porém guiando-nos pela palavra da Bíblia, estas resumem muito bem o que queremos dizer quando falamos de Deus. Quando digo que “Não creio em Deus” digo implicitamente que não creio que Deus seja onipotente, nem que seja imutável, nem que seja amor ou perfeito, nem qualquer dessas características. Obviamente o amigo crente não estará de acordo, mas terá que conviver com o fato de que a Bíblia está a meu favor e contra as ideias do crente acerca de seu próprio Deus.
47
2 - Paradoxos e contradições >>>
Ao deus bíblico (e a qualquer outra deidade criada pela a mente humana) foi adicionada uma série de paradoxos que torna impossível a sua existência. Quando os autores destes seres mitológicos os criaram século após século, relato após relato, não perceberam que estavam compondo um personagem tão carente de lógica, que o crente teve que imaginar um ramo acadêmico que tentasse explica-lo; com raciocínios filosóficos obtusos e enredados com o objetivo de demostrar a si mesmo e ao resto das pessoas, que esse personagem que lhes haviam vendido não podia ser una mera fantasia (teologia). Se usarmos as qualidades do deus bíblico em particular: onipresença, onibenevolência, onisciência, onipotência, etc., podemos observar facilmente a impossibilidade de um ser com tais características. Este subproduto de divindades anteriores, chamado Deus (do grego Zeus) e composto por duas deidades distintas (El e Yavé) é um personagem impossível e autocontraditório. Ao crente religioso judaico-cristão atual só lhe resta como desculpa em defesa de suas crenças afirmarem que estas contradições são “mistérios” e o comportamento deste ser literário “um caminho misterioso” e “inescrutável”. (Já conhecemos a facilidade que possui esse tipo de pessoa para usar “tapa-furos” quando algo contraria suas crenças absurdas). Para comprovar se esse “ser” pode existir ou não, o que faremos é presumir que esse personagem literário existe e possui as qualidades que os autores que o compuseram lhe atribuem.
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1 - Onipotência
1 - Paradoxo da onipotência (M. H. Swan): 1. Poderia deus criar uma pedra que nem ele mesmo poderia
levantar? 2. Deus em sua infinita onipotência pode criar tal pedra, mas se o faz, deixará de ser onipotente, já que não poderá levantá-la. 2 - Adição ao paradoxo da onipotência (J. L. Cowan): 1. Ou Deus pode criar uma pedra que ele não pode levantar, 2.
3.
4. 5.
ou ele não pode criar uma pedra que não possa levantar. Se Deus pode criar uma pedra que não é capaz de levantar, então Deus não é onipotente (Já que ele não pode levantar a pedra em questão). Se Deus não pode criar uma pedra que ele não possa levantar, então Deus não é onipotente (Já que ele não pode criar a pedra em questão). Portanto Deus não é onipotente. Se Deus não é onipotente, não é Deus.
3 - Contradição da onipotência com a Onibenevolência: 1. Se o mal é a ausência do bem e devido a isso Deus não
pode atuar contra o mal, não é onipotente. puder atuar, mas não quer fazê-lo, onibenevolente.
2. Se
não
é
4 - Tentativas de solução
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Para que o problema fosse resolvido, diversas tentativas foram elaboradas. Por exemplo, poder-se-ia assumir que o deus onipotente também é capaz de aprender e progredir, logo Ele criaria a pedra inamovível e em seguida já teria poder suficiente para levantá-la, sendo assim omnipotente. Contudo este problema ainda não pode ser resolvido desta maneira, pois com uma pequena alteração do questionamento, a onipotência é colocada novamente em cheque: Deus poderia criar uma pedra que nunca poderia mover? Uma tentativa de solução relacionada ao problema, dentro dos padrões teológicos, é arbitrariamente decretar que "Deus está acima da lógica humana, não estando submisso a esta". Dessa forma, seria hipoteticamente possível que Deus fosse onipotente e sua existência poderia ser cabível com o paradoxo da onipotência. Mas tal afirmação é considerada uma variação da falácia argumento da ignorância. Tomás de Aquino tentou responder esta questão de forma elaboradamente complexa. Ele diz que a onipotência de Deus não está em fazer atos impossíveis, e sim poder fazer todos os atos possíveis (Quem criou as coisas impossíveis até para Deus?). Logo, há coisas que Ele mesmo não pode fazer, sem que com isso perca sua onipotência, segundo a definição dada pelo filósofo. Poder-se-ia citar outras capacidades impossíveis para Deus: 1. Deus não pode fazer eu alguém parado e correndo ao mesmo tempo (mesmo corpo) 2. Deus não pode fazer um círculo ser ao mesmo tempo um triângulo. 3. Deus não pode fazer alguém mais poderoso que Ele (dizer que pode é o mesmo que afirmar que Ele não tem poder extremo e que alguém pode ser superior a Ele) 4. Deus não pode fazer o passado deixar de ter existido. Já era, se aconteceu, não pode deixar de ter acontecido. 50
São Tomás de Aquino se expressa nas seguintes palavras: Deus, pela perfeição do seu poder, pode tudo, mas lhe escapa à potência o que não tem natureza de possível. (Quem criou a natureza do impossível?) Assim também, se atendermos à imutabilidade do seu poder, Deus pode tudo o que pôde; porém, certas coisas que, antes quando eram factíveis, tinham a natureza de possível, já não a têm quando feitas. E, então dizemos que não as pode, por não poderem elas ser feitas. Pode-se concluir que Tomás de Aquino afirma que a onipotência não existe, e que Deus não é onipotente. São Jerônimo diz: Deus, que pode tudo, não pode fazer que uma mulher violada seja não-violada. Para o caso do passado deixar de ter acontecido diz: "O poder de Deus, como dissemos, não abrange o que implica contradição. Ora, o passado não ter sido implica contradição. Pois, assim como a implica dizer que Sócrates está e não está sentado, assim também que esteve e não esteve sentado. Porque, se dizer que esteve sentado é enunciar um passado, dizer que não o esteve é enunciar o que não se deu. Por onde, não está no poder divino tornar inexistente o passado. E é o que diz Agostinho: Quem diz: se Deus é onipotente torne o feito não feito, não vê que diz: se é onipotente torne falso o que em si é verdadeiro. E o Filósofo: Deus só está privado de tornar o feito não feito". Ou seja, São Jerônimo afirma que Deus está submisso ao tempo e, portanto não tem poder sobre ele, então não sendo onipotente. Santo Agostinho diz: “Aquele que diz: ‘Se Deus é onipotente, faça que o que foi feito não tenha sido feito’, não percebe o que está dizendo: ‘Se Deus é onipotente que ele faça que o que é verdadeiro, enquanto tal, seja falso’.” “A Deus só lhe falta isso: tornar não feito o que foi feito”. Afirmação que recorre ao mesmo erro de São Jerônimo.
51
2 – Onibenevolencia
1 - Paradoxo do mal (Epicuro): 1. Ou Deus quer evitar o mal e não pode; 2. Ou Deus pode e não quer; 3. Ou Deus não quer e não pode; 4. Ou Deus pode e quer.
2 - Adição ao paradoxo do mal (Lactâncio): 1. Se Deus quer [evitar o mal] e não pode, então é impotente,
e isto contraria a condição de Deus. 2. Se Deus pode e não quer, então é mau, e isto é igualmente incompatível com Deus. 3. Se Deus não quer e não pode, então é mau e impotente, e, portanto, não é Deus. 4. Se Deus quer e pode… Então de onde vêm os males? E por que não acaba com eles? 3 - Paradoxo relativo à onisciência:
Deus poderia eliminar sua onisciência? Se puder eliminar sua onisciência isto contraria sua condição de Deus, já que uma das qualidades intrínsecas de Deus é sua onisciência. Se um deus não é onisciente não pode ser deus.
4 - Paradoxo relativo à sua eternidade e existência: 1. Deus poderia eliminar sua eternidade ou eliminar sua
existência? 52
2. Se puder, então não seria eterno. 3. Se não puder, então não seria onipotente. 4. Se Deus pode eliminar sua eternidade não é Deus. 5. Se
Deus não onipotente.
pode eliminar sua eternidade
não
é
5 - Paradoxo da autocontradição: 1. Deus poderia eliminar sua onipotência? 2. Se puder eliminar sua onipotência deixa de ser deus, já que
uma das qualidades para ser deus é ser onipotente. Um deus que pode NÃO ser onipotente não pode ser deus. 3. Se não puder eliminar sua onipotência não é onipotente. Um deus que não é onipotente não é deus. 6 - Contradição entre a Onibenevolência e a onipotência: 1. Se o mal é a ausência do bem e deus não atua contra o
mal, 2. Ou deus não pode atuar contra o mal porque não pode ter acesso (já que está ausente), então não é onipresente e tampouco é onipotente. 3. Ou deus não pode atuar contra o mal porque não quer, então não é onipotente e nem onibenevolente. 7 - Adição como contradição entre Onibenevolência e onipresença:
Ou deus não pode ter acesso ao mal porque não é onipresente. Ou deus não quer ter acesso ao mal porque não é onibenevolente (puro amor).
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3 - Onipresença
1 - Paradoxo e contradição entre onipresença e onipotência: 1. Deus poderia NÃO estar em todas as partes? 2. Se puder NÃO estar em todas as partes, não é onipresente. 3. Se NÃO puder NÃO estar em todas as partes, é onipresente,
mas NÃO é onipotente. 4. Se, ao ser onipresente não puder ser onipotente, para que chama-lo deus? 2 - Resposta à desculpa teológica sobre o paradoxo da onipresença: 1. Se o mal é a ausência do bem e o mesmo acontece com a
onipresença, Deus está ausente em certas partes. 2. Se existem certas partes onde esse deus está ausente, esse
deus NÃO é onipresente. 3 - Contradição com a Onibenevolência: 1. Poderia um ser onipresente e onibenevolente não atuar 2. 3. 4. 5.
contra o mal? Se deus é onipresente (está em todas as partes) e não atua contra o mal, não é um deus onibenevolente. Se deus é onipresente e não pode atuar contra o mal, não é onipotente. Se deus é onipresente e não quer atuar contra o mal, não é onibenevolente. Se não pode detectar o mal, não é onipresente nem onisciente. 54
6. Um deus com falta de alguma destas qualidades não é
deus. 4 - Extensão: 1. Se deus observa o mal e não atua, não é onibenevolente. 2. Se observar o mal e não puder atuar, não é onipotente. 3. Se observar o mal e for indiferente a ele, não é onisciente.
(Já que se fosse onisciente saberia que é o mal e também saberia todas as suas implicações)
4 – Onisciência
1 - Paradoxo da onisciência: 1. Se
deus criou todo o conhecimento e ele tinha conhecimento de antemão, isto implicaria em uma contradição circular: Deus não poderia ter sabido tudo antes que existisse nenhum conhecimento para saber.
2 - Paradoxo da predestinação (contradição com o arbítrio): 1. Se Deus pudesse saber tudo de antemão, seria necessário
crer que todos os acontecimentos possíveis de acontecer estariam predestinados. 3 - Contradição com a Onibenevolência e a onipresença: 1. Se deus sabe que vai acontecer algo ruim e não o evita,
não é onibenevolente. 55
2. Se deus sabe que vai acontecer algo ruim e o evita, o livre
arbítrio não existe. 3. Se deus sabe que vai acontecer algo ruim e não pode evitalo, não é onipotente. 4. Se deus não sabe que vai acontecer algo ruim, não é onisciente. Atuação 4 - Contradição de sua onisciência com o livre arbítrio: 1. Se deus atua de determinada forma para conseguir um fim
predeterminado (já que deus sabe de antemão que consequências terão), o livre arbítrio não existe. 2. Se deus não atua e com isso se consegue um fim predeterminado (que deus sabe que acontecerá ao não atuar), o livre arbítrio não existe. 5 - Contradição com sua equidade: 1. Se deus atua em determinado momento (sabendo, devido
à sua onisciência, o que acontecerá), mas não atua em outro, não é equitativo. 2. Se deus atua para conseguir uma determinada causa (sabendo, devido à sua onisciência, qual será o fim), não é equitativo e contradiz o livre arbítrio. 3. Se existe um deus e este não pode atuar, não é onipotente. 4. Se existe um deus e não quer atuar, não é onibenevolente.
Justiça e equidade
56
6 - Contradições com sua onisciência: 1. Se deus é onisciente e sabe o que vai acontecer de 2.
3. 4. 5. 6. 7. 8.
antemão, pode ser justo e equitativo? Se deus é eterno (está além do tempo e do espaço), não pode ser justo e equitativo e ao mesmo tempo onisciente já que, se ao atuar de determinada forma beneficiasse a uns prejudicando a outros, não poderia ser justo e equitativo. Se escolher a quem ajudar e a quem não ajudar, não é justo, nem equitativo, nem onibenevolente. Se não escolhe a quem ajudar (não ajudando ninguém), é justo e equitativo, mas não é onibenevolente. Se não pode escolher, não é onipotente. Se puder escolher, não é justo e nem equitativo. Se não pode ser justo e equitativo, não é onipotente. Se carecer de alguma destas qualidades, não é deus.
7 - Referência aos castigos:
Se deus dá o livre arbítrio, não pode realizar nenhum tipo de justiça. Se deus realiza qualquer tipo de justiça, não existe o livre arbítrio. Já que se existe o livre arbítrio, não existem causas negativas que o condicionem. Se deus não atua castigando, não existe justiça em seu comportamento. Se deus não pode realizar justiça, não é onipotente. Se deus não quer castigar (usando sua misericórdia algunos alegam que esta é infinita) não é justo. Se deus não é justo, não é deus. Se deus não pode ser justo, não é onipotente. Se deus usa sua onipotência para castigar, não é justo, nem equitativo e nem misericordioso. 57
Se deus castiga, não é onibenevolente. Se deus castiga sabendo de antemão que o faria (onisciência), não existe livre arbítrio.
8 - Relativo à sua misericórdia: 1. A misericórdia é a suspensão da justiça. Se a justiça é
suspensa em determinadas ocasiões, não existe equidade. 9 - Paradoxo teológico do bem e do mal: 1. Se o mal é a ausência do bem, o bem é a ausência do mal.
2.
3. 4. 5. 6.
Se o mal está ausente só existe o bem, se o bem está ausente, só existe o mal. Se deus existe e é onibenevolente, por que existe o mal? Se deus é onibenevolente e está em todas as partes (onipresença), por que nem tudo é bom? Se nem tudo é bom, deus é mau? Se for mau, não é onibenevolente? Se deus está em todas as partes (onipresença), também está no mal? Se deus está no mal, não é onibenevolente.
10 - Contradição com a relatividade:
Se o bem e o mal são relativos, deus também é relativo. Se deus é relativo, não pode ser equitativo. Se deus não pode ser relativo, não é onipotente. Se deus não é equitativo, é injusto. Se deus é injusto, não pode ser onibenevolente. Se deus não pode ser onibenevolente, não é onipotente. A Onibenevolência (amor infinito) é uma qualidade de Deus. Se este carece dela, não é Deus. 58
5 - Perfeição absoluta 1. Se deus existe, seu grau de perfeição deve medir-se (ou 2.
3.
4. 5. 6.
comparar-se) com respeito a coisas que são tangíveis. Se não existe nada para medir a perfeição desse deus, não se pode saber se é absolutamente perfeito ou se poderia existir algo mais perfeito ainda. Deus poderia ser absolutamente perfeito? Se a perfeição é um ideal (um estado inalcançável, mas infinitamente aproximável) significa que deus jamais poderá alcança-la. Se não pode alcança-la não é onipotente. Se existe a perfeição absoluta, não existe o ideal de perfeição. Se não podemos saber se existe a perfeição absoluta, não podemos definir deus com essa qualidade.
1 - Relativo à criação: 1. A perfeição absoluta não pode existir, já que a sua existência é autocontraditória com o ideal de perfeição. 2. Algo absolutamente perfeito pode criar algo imperfeito? 3. Se algo absolutamente perfeito cria algo imperfeito, significa que esse algo absolutamente perfeito falhou, logo não é absolutamente perfeito. 4. Se deus cria algo imperfeito, deus não é absolutamente perfeito. 5. Se deus não é absolutamente perfeito, não é deus. 6. Se deus é absolutamente perfeito, não é possível produzir nenhum tipo de paradoxo ou contradição relativa à sua existência.
59
2 - Conclusão A simples ausência ou contradição de uma só destas qualidades faz com que este personagem literário e imaginário (que segundo seus autores existe e as possui) seja uma impossibilidade. Não são apenas qualidades contraditórias entre si, mas, além disso, são qualidades autocontraditórias. Dito de outra forma, qualidades impossíveis de ter. 1. Qualidades inventadas pelas mentes que as imaginaram. 2. Apenas mentiras exageradas que se tornaram impossíveis
de explicar. Um exemplo simples à sua existência seria imaginar a possibilidade de existência de um quadrado redondo. Podemos criar o conceito, mas não podemos imaginar nem criar e nem demonstrar sua existência. E o conceito não deixa de existir como tal, talvez porque “é um mistério” ou “nossa mente é limitada e finita”. É bem mais sensato afirmar que são simples contradições, ainda que existam pessoas que prefiram acreditar em sua existência e, por essa razão, deveríamos então criar um ramo acadêmico para explicar porque devem existir quadrados redondos ou círculos quadrados? Bem, pasmem, já existe! Chama-se teologia!
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7 - O sacrifício de Jesus é uma novidade?
Com certeza, Não! A mitologia está cheia de super-heróis que se sacrificam pela humanidade e a maioria deles - para não dizer todos - anteriores a Jesus. É um mito recorrente e muito comum, se não o mais comum. Há tantos salvadores na história mitológica da humanidade, que após a nossa morte estaremos diante do dilema de escolher entre centenas ou milhares de paraísos para viver eternamente. A suposta passagem desses supostos salvadores pela Terra, não alterou para melhor um átomo no curso da evolução da humanidade, mas no caso específico do cristianismo alterou imensamente para pior, através da generalização da discriminação religiosa que levou milhões de vidas em nome de fantasias de loucos e ainda hoje causa mortes e crimes insanos. Além de uma infinidade de problemas de toda ordem “por motivos de fé”.
Quetzalcoatl, o cristo mexicano carregando sua cruz 500 anos antes de Jesus Cristo.
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Os dezesseis salvadores crucificados Adaptado do capítulo XVI do livro The World's Sixteen Crucified Saviors, de Kersey Graves [1875]
Esquerda: Crucificado irlandês pré-cristão de origem asiática. Direita: Um crucificado egípcio: a imagem, encontrada em um antigo templo em Kalabche, tal como a irlandesa, é muito anterior à Era Cristã. A crença na crucificação de Jesus Cristo é um dogma central da Igreja Católica Apostólica Romana e de outras igrejas cristãs [Ortodoxa, Evangélicas]. É uma crença imperativa: está no texto do Credo, a oração que é a declaração de fé dos cristãos seguidores do Vaticano. A crucificação em si é um ponto tão indiscutível quanto à ressurreição. No entanto, há controvérsias; muitos estudiosos põem em dúvida a veracidade histórica da crucificação. Um dos argumentos mais fortes é falta de documentação histórica sobre um fato que, do ponto de vista contemporâneo, deveria, na época, ter sido, de algum modo registrado, fosse por relato de historiadores, que são mínimos e altamente suspeitos de manipulação por parte da igreja; fosse por registros processuais da burocracia romana. As poucas 62
referências a Jesus, seus seguidores e sua crucificação, são consideradas suspeitas pelos analistas mais céticos. Entre os poucos textos antigos existe um trecho, sempre citado, atribuído ao historiador Flavio Josefo e, mesmo este, tem sua originalidade posta em dúvida. Outro argumento dos que questionam a veracidade da crucificação e até mesmo a existência do próprio Jesus é o fato do argumento, noético-religioso, ser recorrente na cultura de muitos povos. O crucificado perseguido e/ou injustiçado que voluntariamente se submete ao sacrifício da própria vida pela salvação do mundo, este crucificado é o personagem misterioso de uma história que tem sido contada muito antes da Via Crucis ter sido “percorrida” na Judeia. Neste texto, baseado no capitulo XVI do livro de The World's Sixteen Crucified Saviors de Kersey Graves [1875], o autor relaciona 16 casos histórico-mitológicos de crucificados salvadores do mundo. É um fato conhecido dos estudiosos, mas geralmente, desconhecido do público em geral, em cada contexto cultural, de cada país, de cada religião. As religiões locais não fazem nenhuma questão de falar dos salvadores de outros povos, exceto por intolerância e discriminação, sempre taxados automaticamente de falsos, senão como o próprio diabo. No caso do cristianismo católico [do Vaticano], o dogma da crucificação como um sacrifício inédito e exclusivo de Jesus, foi enfatizado desde os primórdios da Igreja, nas epistolas de São Paulo, o falso apóstolo. Tem sido característica de todas as religiões, especialmente as grandes religiões, a estratégia de persuasão através do medo [da punição divina pelos erros, pecados] e da imposição de dogmas inquestionáveis, dogmas que, por sua imperatividade, ou mesmo por causa dela, contêm algo de mágico. Acreditar no dogma de uma religião significa rejeitar os dogmas de todas as outras religiões e os líderes das grandes religiões sempre se empenharam em destruir ou ocultar quaisquer evidências, referências, conhecimento ou ensinamento relacionados a outras 63
religiões. Porque o atributo da Divindade Suprema deveria ser uma espécie de exclusividade, de ineditismo histórico e de ser [ontológico]. O Cristianismo não fugiu a regra, ao contrário. Os primeiros discípulos da religião nascente ocuparam-se em destruir monumentos representativos da crucificação de deuses orientais, pagãos, muito anteriores ao messias judeu. Por isso a insistência do apóstolo Paulo em proclamar o credo em somente um, somente aquele, Jesus crucificado (talvez inventado por ele, ou melhor, pelos que escreveram em seu nome). Entretanto, a memória histórica foi preservada muito antes e muito além dos muros de Roma ou Jerusalém. Para os hindus, o crucificado é Krishna, oitavo avatar de Vishnu, pessoa da Trindade dos brâmanes. Entre os persas, o crucificado é Mitra, o Mediador. Os mexicanos esperam, fervorosamente, o retorno do seu crucificado Quetzocoalt. Entre os caucasianos [no Cáucaso], o povo canta para o Divino Intercessor, que voluntariamente ofereceu a si mesmo em uma cruz para resgatar os pecados da Raça caída. Ao que tudo indica, muitas vezes, em diferentes épocas e lugares, o Filho de Deus, veio ao mundo, nascido de uma virgem e morreu, em uma cruz, pela salvação do Homem. O indiano Krishna é um dos mais antigos destes “crucificados”.
1 - A “crucificação” de Krishna, Índia - 1.200 AEC
Lord Krishna 8º Avatar de Vishnu Krishna pode ser considerado o mais importante e o mais exaltado personagem entre os Deuses Salvadores da Humanidade que se submeteram a uma existência em condição humana, sujeitos ao 64
sofrimento e à morte em sacrifício que resgata, anula, os pecados dos Homens. Enquanto outros Filhos de Deus encarnados tinham sua divindade limitada pela condição humana, Krishna, de acordo com as escrituras hindus, compreendia, em si mesmo, a totalidade de Ser Deus. As evidências da crucificação de Krishna são tão conclusivas quanto de outros Salvadores, ou seja, têm seus indicativos históricos, documentais, porém, considerados inconclusivos, mantém a saga da Cruz envolta em uma inevitável aura de lenda, fábula, MENTIRA E MANIPULAÇÃO. Moore, um escritor e viajante inglês, produziu uma vasta coleção de desenhos/pinturas representativos de esculturas e monumentos hindus, que juntos são denominados o Panteão Hindu. Uma das peças do acervo mostra uma divindade crucificada, suspensa em uma cruz; é o Deus-Filho de Deus Crucificado Hindu, "Nosso Senhor e Salvador" Krishna. Krishna crucificado tem os pés fixados no madeiro com pregos, inseridos na do mesmo modo como, relatado nos Evangelhos cristãos, aconteceu com Jesus. Existem várias representações deste Krishna crucificado [British Museum] e pouco comentado no ocidente. Ele aparece na mesma posição de Jesus e não raro é contemplado com um halo de glória que vem do céu. Em algumas figuras, aparecem somente as mãos cravadas. Em outras, somente os pés. No peito, em algumas destas imagens, destaca-se o coração do mesmo jeito que é feito nas imagens cristãs e, como outros ornamentos simbólicos, são evocados a pomba e a serpente, que também são emblemas cristãos relacionados à divindade [a pomba — o Espírito Santo; a serpente, símbolo complexo da Sabedoria, pode significar a tentação do conhecimento].
1.1 – Vida, Caráter, Religião e Milagres de Krishna 65
A história de Krishna-Zeus (porque Krishna também é chamado assim, ou Jeseus, como preferem alguns escritores) está contida, principalmente, no Bagavat Gita (Canto do Senhor), no livro da epopeia Mahabaratha. Este livro, o Bagavat, na Índia, é considerado de inspiração divina, tal como o Bíblia católica. Os sábios hindus afirmam que o Bagavat tem seis mil anos de idade. Como Jesus, Krishna teve origem humilde, (cresceu entre pastores de vacas) e foi perseguido por inimigos injustos. Entretanto, Krishna parece ter tido mais sucesso na propagação de sua doutrina; foi prestigiado por milhares de seguidores. Realizava milagres: curou leprosos, surdos e mudos, ressuscitou mortos; protegeu os fracos, consolou os tristes, elevou os oprimidos, expulsou e matou demônios. Em seu discurso, o Messias hindu dizia que não pretendia destruir a antiga religião; antes, devia purificá-la e pregar a doutrina restaurada.
Muitos dos preceitos doutrinários de Krishna reforçam a identidade entre o Filho de Deus hindu e o Messias cristão nascido na Judéia. Abaixo, alguns destes ensinamentos não deixam dúvida: ou Krishna era cristão, ou Jesus era krishnaísta ou ambos são uma única e mesma manifestação do Filho de Deus. São alguns dos ensinamentos de Krishna: 1. Aquele que não controla suas paixões não pode agir apropriadamente perante os outros. 2. O males infligidos aos outros seguem-nos, tal como sobras seguindo nossos corpos. 3. Os humildes são os amados de Deus. 4. A virtude sustenta o Espírito assim como os músculos sustentam o corpo. 5. Quando um pobre bater à sua porta atenda-o, procure fornecer o que ele precisa, porque os pobres são os escolhidos de Deus. (ATENÇÃO: No tempo de Krishna 66
não havia tantos "pobres" golpistas [!]... Meditemos e adaptemos...) 6. Estenda a mão aos desafortunados. 7. Não olhe a mulher com desejos impuros. 8. Evite a inveja, a cobiça, falsidade, mentira, traição, impostura, a blasfêmia, a calúnia e os desejos sexuais. 9. Sobre todas as coisas, cultive o amor ao próximo. 10.Quando você morre, deixa para trás e para sempre a riqueza mundana da sua personalidade limitada; mas suas virtudes e seus vícios seguem você. ... * A lista de preceitos krishnaístas semelhantes à doutrina cristã, especialmente como foi exposta no Sermão da Montanha, alonga-se em 51 tópicos.
1.2 - Matsya
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Matsya (em sânscrito मत ्स ्य, peixe) é o primeiro Avatar de Vishnu. Nessa encarnação, Vishnu assume o aspecto de um peixe. As escrituras nos contam que antes do universo ser criado, os quatro Vedas se encontravam perdidos no fundo do oceano, e eles eram necessários para que Brahma pudesse criar o universo, pois neles estava o conhecimento necessário para isso. E Vishnu era o único responsável de realizar tal tarefa. Quando Brahma dormia, o Asura Hayagriva quis tomar vantagem da circunstância e roubar dele os Vedas. Mas Vishnu pegou ele no ato, e tomou a forma de um peixe (Matsya) para trazer os Vedas à superfície antes que o 68
Demônio pudesse pegá-los. Como a noite de Brahma estava prestes a chegar, era necessário pegar todas as plantas, sementes, ervas e animais para que eles pudessem continuar existindo na próxima criação. Matsya então disse ao Sábio "Satyavrata" para coletar tudo o que fosse necessário. No começo da noite de Brahma, Vishnu derrotou o demônio Hayagriva e devolveu os Vedas à Brahma. Depois um barco pegou o Sábio, os vegetais e os animais e os levou pelas águas até que o novo universo fosse criado. Assim Matsya salvou a espécie humana da destruição.
2 - A “crucificação” do Buda Sakyamuni - 600 AEC. Buda, não é um nome próprio. Significa "Iluminado". Buda Sakyamuni é um dos Iluminados que viveram na Índia (e possivelmente, um entre os Iluminados que têm vivido no mundo). Sakyamuni, este sim, é um nome de família que serve para identificar este Buda específico, que viveu nos anos 600 AEC e que é o mundialmente mais famoso dos Budas, entre Budas indianos e chineses. A biografia do Buda Sakyamuni é razoavelmente bem documentada, mas sua crucificação é uma das mais desconhecidas entre as versões sobre a morte deste Mestre. Porém, existe. O Buda Sakyamuni teria sido condenado pelo ato simples de ter colhido uma flor de um jardim. Mais uma vez, a punição injusta e, novamente, "crucificado", em uma árvore cuja forma remete à cruz, é explicada como um resgate dos erros humanos que somente o próprio deus encarnado poderia oferecer. Ele sofre a punição no lugar nos homens, cumpre seu destino, conforme uma de suas biografias: “Por misericórdia, ele deixou o Paraíso e desceu à Terra porque estava cheio de compaixão pelos pecados e misérias 69
da raça humana. Ele veio para conduzir os homens por melhores caminhos e tomou seus sofrimentos em si mesmo, pagou por seus crimes e salvou o mundo que, de outra forma, na verdade, não poderia salvar-se por si mesmo”. [Prog. Rel. Ideas, vol. i. p. 86.] O Buda Sakyamuni também desceu ao Inferno e lá ficou durante três dias, ainda redimindo os pecadores, até a sua ressurreição, no terceiro dia. Depois da ressurreição e antes de ascender aos céus (porque nesta versão o Buda não morre, mas retorna ao reino de Deus, a Terra Búdica ou Terra Pura dos orientais), durante este tempo, o mestre Sakyamuni ainda transmitiu ao mundo preciosos ensinamentos no sentido da elevação do espírito humano. Segundo um escritor: “O objeto de sua missão era instruir os que se tinham desviado do Caminho e expiar os pecados dos mortais através de seu sofrimento pessoal. Deste modo, alcançaria, para toda a Humanidade, entrada no Paraíso. Ensinou que todos deveriam seguir seus preceitos e orar em seu nome. Seus seguidores se referiam a ele como o Deus de toda da Eternidade e chamavam-no Salvador do Mundo, Senhor de Misericórdia, o Benevolente, Dispensador da Graça, Fonte de Vida, Luz do Mundo, Luz da Verdade". “Sua mãe (Maya), era pura, pia e devota; jamais teve qualquer pensamento impuro, jamais foi impura em suas palavras e ações. Ela era muito estimada por suas virtudes. (Na composição desta figura mitológica a mãe de Buda Sakyamuni é representada sempre acompanhada por uma comitiva de donzelas). As árvores inclinavam-se à sua passagem, em meio à floresta; as flores se abriam a cada 70
passo da Mãe de Deus e todos a saudavam como Virgem Santa, Rainha dos Céus” (é absolutamente dispensável comentar a semelhança entre as Escrituras hindus e as Escrituras Judaico-Cristãs, até porque as semelhanças não se limitam à figura de Jesus). Contam as lendas que quando nasceu, o pequeno Sidarta Gautama (futuro Buda Sakyamuni), pôs-se de pé e proclamou: "Eu colocarei um fim aos sofrimentos e dores do mundo". Imediatamente, uma luz brilhou em torno do jovem Messias. O Buda Sakyamuni passou muito tempo em retiro, isolado, e tal como Cristo tentado 40 dias no deserto, também o Iluminado da Índia foi tentado pelo demônio, que lhe ofereceu todas as riquezas, (prazeres) e honras do mundo. Como mestre Iluminado, aos 28 anos, começou a pregar seu evangelho (difundir sua mensagem) e a curar os doentes. Está escrito que"...os cegos enxergavam, os surdos ouviam, os mudos falavam, os aleijados dançavam, os loucos ficavam sãos; e as pessoas diziam "Ele é a encarnação de Deus". ...Ele proclamou "Minha lei é a Lei da Graça para todos". Sua religião não conhecia raça, sexo, casta nem clero. O budismo, "fala de igualdade entre os homens, da irmandade que reúne toda a raça humana" (Max Muller). "Todos os homens, sem distinção de classe social, nascimento ou nação, todos, de acordo com o budismo, partilham do mesmo sofrimento neste vale de lágrimas e todos devem partilhar os sentimentos de amor, autodomínio, paciência, compaixão, misericórdia" (Dunkar). Klaproth, (um professor alemão de línguas orientais), diz que o budismo é uma religião orientada para o enobrecimento da raça 71
humana. "É difícil compreender como homens que não foram contemplados pela Revelação puderam alcançar conceitos tão elevados e chegar tão perto da verdade" (M. Leboulay). Dunkar diz que esse deus oriental "fala de autonegação, castidade, temperança, controle das paixões, tolerância à injustiça e aceitação da morte sem ódio pelos inimigos, solidariedade para o infortúnio alheio e indiferença ao próprio infortúnio". O missionário Spense Hardy escreveu sobre o budismo: "Existem preceitos especiais contra todo o vício, a hipocrisia, ira, orgulho, cobiça, avareza, maledicência e crueldade com animais. Entre as virtudes recomendadas, destacam-se o respeito aos pais, o cuidado com as crianças, a submissão à autoridade e às provações da vida, a gratidão, a moderação em todas as coisas, a capacidade de perdoar e não responder ao mal com o mal".
3 - Thamuz, da Síria — 1.160 AEC A história deste Salvador está dispersa em fragmentos de vários escritores. Uma versão completa deste personagem é, provavelmente, o relato de Ctesias (400 AEC), autor de Persika. Também foi crucificado como sacrifício pela expiação dos pecados dos homens. Parkhurst, autor cristão, refere-se a Thamuz como um precedente ao advento de Cristo. Sobre este Salvador, diz um texto grego: "Tenham fé, vocês, santos, seu Senhor está restaurado; Tenham fé na elevação do Senhor; e pelas dores que Thamuz sofreu nossa salvação foi alcançada". O Thammuz (*) histórico-mitológico está relacionado entre os deuses sumériobabilônicos regentes do mundo vegetal. Foi parceiro de Ishtar ou 72
Astarté. Segundo a tradição, ele retornou da morte e morre novamente, a cada ano (ENCYCLOPEDIA). Representa o apogeu e a decadência da vida terrena em seus ciclos naturais. Seu culto floresceu não somente na Mesopotâmia, mas também na Síria, Fenícia, Palestina. Thammuz é identificado com o egípcio Osíris e o grego Adônis (HUTCHINSON ENCYCLOPEDIA). Pesquisadores traçaram uma genealogia de Thammuz; ela está na Bíblia: Noé gerou Ham; Ham gerou Cuch; Cush, legendário fundador do Reino de Babilônia, gerou Nimrod. A partir daí a história ganha ares de primórdios da civilização. Depois da morte do pai, Cush, Nimrod, teria desposado a própria mãe, Semíramis, uma descendente daqueles que sobreviveram ao dilúvio. Uma vela para Baal: Casado com a mãe, Nimrod tornou-se um rei poderoso. Semelhante a Osiris, Nimrod foi assassinado e seu corpo, cujas partes retalhadas foram dispersas por todo o reino, foram novamente reunidas pela rainha Semíramis. Somente uma parte não foi resgatada: o pênis. A rainha declarou que o rei não mais retornaria ao convívio dos mortais, pois havia ascendido à sua morada celestial, o Sol, daí em diante seria chamado Baal, o deusSol. Semíramis proclamou que Baal estaria presente na terra na forma de chama, de toda chama acesa pelos seus devotos, fosse uma lâmpada, fosse uma vela. Thammuz: Thammuz foi o filho que Semíramis deu à luz depois da morte de Nimrod. Uma versão diz que a concepção foi imaculada; outra, que foi fruto do incesto da rainha com rei e filho Nimrod. De todo modo, a rainha declarou que Thammuz era a reencarnação de Nimrod e que ali estava o Salvador. Porém, logo se estabeleceu um culto à rainha, ela era a Mãe de Deus. A personagem Thammuz, misteriosa e persistente, atravessou tempo e fronteiras. Na Síria, em torno do ano 1160 AEC, viveu um Thammuz que foi crucificado. Sua identidade se perdeu na bruma das Eras, porém, tudo indica que foi um grande mestre, conforme os poucos testemunhos escritos, como o tratado de Julius Firmicius, Errore Profanarum Religionum (350 AEC.), onde é mencionado um Deus que "ressuscitou para a 73
salvação do mundo". Thammuz e os peixes: a palavra Tammuz é considerada composição de duas outras: TAM, significando PERFEITO; e MUZ, relativo a fogo/luz. Portanto LUZ PERFEITA ou LUZ DE PERFEIÇÃO. Muitos escritores antigos encontraram conexão entre Tammuz e o arcaico Bacchus Ichthys, ou seja, Baco Pescador. É uma relação curiosa com o cenário dos evangelhos cristãos onde Cristo escolhe seus primeiros apóstolos entre pescadores, onde se refere a Pedro como Pescador de Homens e realiza milagres como a pesca abundante e a multiplicação dos peixes.
4 - Wittoba - Índia, 552 AEC. Wittoba, Vithoba, Ballaji ou, ainda, Vitthal é outra das encarnações de Vishnu. Frequentemente identificado com Krshna, controverso, não se sabe ao certo se antecedeu Krishna ou se veio ao mundo depois de Krishna. Na obra Hindu Pantheon, de Moor, podem ser vistas representações de Wittoba com os pés 74
e as mãos marcados pelos cravos e o peito ornado com um coração, figura semelhante às de Jesus onde aparece o sagrado coração. Esse avatar (Wittoba) possui um templo esplêndido em sua honra situado em Punderpoor, com mais de mil anos de idade, visitado por milhões de peregrinos (TRUTH BE KNOWN).
O texto de Kersey Graves menciona um relato histórico sobre a crucificação desse avatar; segundo Higgins: "Ele é representado com as chagas dos pregos nas mãos e nas solas dos pés. Os cravos ou pregos, mas também martelos, tenazes (pinças) aparecem frequentemente em seu crucifixo e são objetos de adoração entre seus seguidores. De acordo com a Wikipedia, Vithoba é a forma coloquial de Vitthala, uma das manifestações de Vishnu [Krishna]. Vithoba de Pandharpur é, tradicionalmente, uma das mais importantes divindades nos estados indianos de 75
Maharashtra, Karnataka e Andhra Pradesh onde reúne milhões de devotos.
5 – Iao - Nepal, 622 AEC. Sobre a crucificação deste antigo Salvador um relato específico atesta que "...ele foi crucificado em uma árvore, no Nepal". O nome deste deus encarnado do Salvador do Oriente aparece frequentemente em livros sagrados de outras nações. Alguns supõem que Iao (pronunciado com Jao) é a raiz do nome do deus dos judeus, Jehovah.
6 - Esus - O Druida Celta, 834 AEC.
Godfrey Higgins (1772-1833) informa que os druidas celtas representam o deus Hesus sendo crucificado ladeado por um cordeiro e um elefante. Esta representação é anterior à Era Cristã. Na simbologia, o elefante (imagem que, de alguma forma deve ter sido importada da Ásia) corresponde à magnitude dos pecados humanos enquanto o cordeiro, de natureza inocente, é a inocência da vítima oferecida a Deus em sacrifício propiciatório. É o "Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo". Esus, no Pilar dos Barqueiros
76
* Conta a tradição que Hesus, um druida celta, foi o introdutor da religião e da cultura na Britânia. O relato mitológico informa que Hesus foi crucificado em um carvalho, a árvore da vida, mas seu espírito sobreviveu e o período de sua glória depois da morte foi chamado de Idade do Ouro. Tal como Jesus, Hesus é Filho de Deus e nasceu de uma virgem chamada Mayence, no século IX AEC... Mayence é representada envolta em luz e usando uma coroa de doze estrelas e tendo aos pés uma serpente. (Audrey Fletcher, 1999)
7 - Quetzalcóatl - A Serpente Emplumada do México, 587 AEC. A autoridade histórica em relação à crucificação deste deus mexicano (cultura asteca, tolteca e maia), sua execução sobre uma cruz como sacrifício propiciatório para a remissão dos pecados da raça humana, é um fato explícito, inequívoco, indelével. A evidência é tangível, gravada em aço, em placas de metal. Uma dessas placas tem a representação de Quetzalcóatl (cujo nome significa Serpente Emplumada) sendo crucificado em uma montanha; outra o mostra crucificado no céu. O deus mexicano foi pregado em uma cruz. Mexican Antiquities, (vol. VI, p 166) diz: "Quetzalcóatl está representado em ilustrações do Codex Borgia pregado na cruz." Algumas vezes, dois ladrões aparecem, crucificados, um de cada lado. Esse Salvador crucificado mexicano, tal como outros personagens históricomitológicos, é muito anterior à Era Cristã. No Codex Borgia, o relato vai além da crucificação; ali estão registrados todos os eventos notáveis da biografia da Serpente Emplumada: a morte, o sepultamento, a descida ao Inferno e a ressurreição no terceiro dia. Outra obra, o Codex Vaticanus B, contém a história de seu 77
nascimento imaculado, concebido por sua virgem mãe chamada Chimalman.
Quetzalcóatl carregando sua cruz.
Quetzalcóatl crucificado.
A trajetória de Quetzalcóatl tem outras similitudes com a vida de Jesus, o Cristo do Oriente Médio: os quarenta dias no deserto, o jejum e a tentação, sua purificação no templo, o batismo e a regeneração pela água, sua capacidade de perdoar os pecados humanos, a unção com os óleos/unguentos aromáticos pouco antes da crucificação etc.. "todas estas coisas e muitas outras mais encontradas nos relatos sagrados sobre esse deus mexicano são mais que curiosas, são misteriosas" (Lord Kingsborough, escritor cristão).
8 – Quirinus - O Salvador Crucificado Romano, 506 AEC A crucificação deste Salvador romano é brevemente noticiada por Higgins e também apresenta muitos paralelos com a biografia do Salvador judeu, não apenas as circunstâncias relacionadas à crucificação, mas também outras passagens de sua vida. 78
Como Jesus, Quirinus: 1) Foi concebido por uma virgem; 2) Foi perseguido pelo rei da época e do lugar; 3) Era de sangue real e sua mãe, era irmã do rei [aqui, coincide com a história de Krishna]; 4) Foi injustamente condenado à morte e crucificado; 5) Quando morreu, toda a Terra foi envolta na escuridão, tal como ocorreu na morte de Jesus, Krishna e Prometeu. QUIRINUS — In Deuses Solares como Salvadores Expiatórios Sun Gods as Atoning Saviours — Dr. M. D. Magee, 2001 (download) O deus Quirinus é uma figura que emerge da mitologia em torno da fundação da cidade de Roma e de seus fundadores, os gêmeos Rômulo e Remo. Os irmãos nasceram de Reia Silvia, uma virgem, princesa tornada vestal pelo irmão, o rei Amulius, que temia a disputa pelo trono. Reia Silvia foi fecundada por um deus, Marte. Quando nasceram, Rômulo e Remo, sequestrados pelo rei, foram abandonados para morrer, em uma cesta, ao sabor das águas do rio Tibre [semelhante à história de Moisés]. Segundo a lenda foram resgatados por uma loba que os amamentou e criou com a matilha até que foram acolhidos por pastores. Adultos, desentenderam-se na fundação de Roma. As narrativas são confusas, mas Rômulo (771 AEC. — 717 AEC.) passou à história como assassino do próprio irmão e fundador definitivo e primeiro rei de Roma. Mais tarde, Rômulo teria morrido de morte injusta, talvez, crucificado; ressuscitado, subiu aos céus e foi divinizado no imaginário popular como Quirinus. A festa dedicada a Quirinus, a Quirinália é no dia 17 de fevereiro. 79
9 - Prometeu Acorrentado... ou Crucificado? 547 AEC. Prometeu é um personagem da mitologia grega. Era um Titã, gigante, portanto. Ele roubou o fogo dos deuses e transmitiu os segredos da chama aos homens. Sua punição foi ser acorrentado no Cáucaso submisso à tortura de ter seu fígado devorado por uma águia. O fígado se reconstitui e a águia volta a atacar o herói, assim eternamente. Foi resgatado deste suplício pelo semideus, filho de Zeus, Héracles ou Hércules. Registros de um Prometeu crucificado (e não acorrentado) no Cáucaso (cordilheira, montanhas situadas na Eurásia, fronteira Europa/Ásia, entre os mares Negro e Cáspio) são fornecidos por Sêneca, Hesíodo e outros escritores. Segundo estes relatos Prometeu teve os braços abertos pregados numa trave de madeira para cumprir seu sacrifício. A versão mais popular atualmente, fala de um Prometeu acorrentado a uma rocha por 30 anos, é considerada por Higgins como uma fraude cristã. Escreve Higgins: "Eu tenho a referência dos registros que falam de Prometeu pregado a um madeiro, com cravos e martelo”. Outro escritor, Southwell, complementa: "Ele expôs a si mesmo à ira de Deus para salvar a raça humana". No Lempiere's Classical Dictionary, no Anacalypsis, de Higgins e em outras obras podem ser encontradas as seguintes particularidades sobre os momentos finais, a morte, de Prometeu: Toda a Natureza entrou em convulsão. A Terra tremeu, as rochas se abriram, as sepulturas se abriram e todo o Universo pareceu dissolver-se quando "Nosso Senhor e Salvador", Prometeu, ascendeu em Espírito. Southwell reafirma: "A causa de seu sofrimento foi seu amor pela humanidade". Em sua obra Syntagma, Taylor comenta que toda a história de Prometeu, crucificação, morte, sepultamento e ressurreição era encenada em Atenas cinco séculos antes do advento do Cristo judeu, o que prova a antiguidade do mito.
80
10 - Thulis do Egito - 1.700 AEC. Sobre este Salvador egípcio, também chamado Zulius, escreve *Mr.Wilkinson: "Sua história é curiosamente ilustrada em esculturas de 1.700 anos AEC que são encontradas em pequenas câmaras situadas a oeste do adytum dos templos, uma área restrita”.
Matéria Hieroglyphica, John Gardner Wilkinson The Topography of Thebes and General View of Egypt, John Gardner Wilkinson, Londres, 1835 (6 volumes)
* As anotações de Wilkinson estão agora na Biblioteca Bodleiana, Oxford, e formam um recurso inestimável para muitos dos mais recentes mapeados e gravados monumentos egípcios (datando de 1821-1856, antes das multidões de turistas e colecionadores sem escrúpulos roubar e destruir muitas das raridades insubstituíveis do Antigo Egito). Muito dos lugares que Wilkinson registrou foram posteriormente danificados ou perdidos por completo tornado todo o trabalho de Wilkinson de suma importância. Em sua sepultura figuram 28 flores de lótus representativas do número de anos que Thulis viveu sobre a Terra. Depois de sofrer morte violenta, ele foi sepultado, ressuscitou e subiu aos céus tornando-se o juiz dos mortos ou das almas no Além. Wilkinson acrescenta que Thulis veio do céu trazendo a Graça e a Verdade em benefício da raça humana. "A história deste Tulis, dado por Suidas (*), é muito marcante", diz Higgins. Ele cita Suidas:
"Thulis reinou sobre todo o Egito, e seu império se estendia até mesmo sobre o oceano. Ele deu seu nome a uma das suas ilhas (Ultima Thule)”. 81
"Mas a parte mais notável da história", diz Higgins "é que a palavra Tulis significa crucificado”.
Além disso, diz Higgins:
"Aqui no país dos africanos - no Egito, temos novamente o crucificado do Apocalipse. Thlui ou Tula é o nome dado pelos judeus a Jesus Cristo, ou seja, o crucificado".
William Henry:
“Jesus, o crucificado, significa Jesus de Tula? Eu percebo que a declaração Higgins pode soar como um choque para alguns. Irão dizer que eu estou conectando palavras e histórias não relacionadas. Acho que não. Eu dei a base para fazê-lo, e estabeleceram Tula como a fonte de todo mito e religião. Então por que não os mitos de Jesus também? O mais fascinante: a palavra do Antigo Testamento para "virgem" era "bethula”. Literalmente significa “casa” beth ou "receptáculo" de Tula”.
11 - Indra do Tibet - 725 AEC. Indra (Sânscrito) - Deus do firmamento, rei dos deuses. Uma divinidade védica. Indra significa: chefe, senhor, soberano, etc. Sua arma é o raio, que empunha com sua direita; governa o tempo e manda a chuva. Gerou místicamente a Arjuna, que era filho de Pându e Prithâ ou Kuntî, por outro nome. Porém, propriamente, Pându só era o pai putativo de Arjuna (como José era o de Jesus), já que ele foi místicamente engendrado pelo deus Indra (como Jesus foi por Deus).Um relato da crucificação do Deus e Salvador Indra pode ser encontrado em *Georgi, Thibetanum Alphabetum, p 230. A história foi registrada em lâminas nas quais 82
está representada a saga deste Salvador tibetano. À semelhança dos outros, também foi "pregado na cruz". Possui cinco chagas, cinco perfurações. A antiguidade deste mito é indiscutível.
Augustine Anthony GIORGI um eclesiástico italiano que nasceu em St Maur, na diocese de Rimini em 1711 e morreu em 04 de Maio de 1797 deixando: “Alphabetum Thibetanum”, 1761, enriquecido com dissertações valiosas sobre a história da mitologia, geografia e relíquias do Tibete, onde ele explica com grande habilidade os famosos manuscritos encontrados em 1721, perto do mar Cáspio por algumas tropas russas e enviados por Pedro I a M. Bignon) “Fragmentum Evangeli S. Joannis Greco-Copto Thebaicum seculi quarti” e “Roma”, 1789, além de cartas e dissertações sobre a crítica oriental e antiguidades.
Acontecimentos maravilhosos caracterizam o nascimento do Divino Redentor. Sua mãe, virgem, era de etnia negra assim como ele próprio. Também Indra veio do céu por compaixão e para o céu retornou depois de sua crucificação. Durante sua passagem na Terra, cultivou rigoroso celibato porque a castidade, segundo o mestre, é essencial para alcançar e manter a verdadeira santidade. Pregou o amor, a ternura para com todos os seres vivos. Ele andava sobre a água e levitava, mantinha-se suspenso no ar; podia prever eventos futuros com grande precisão. Praticava a mais devota contemplação, submetia-se a uma severa disciplina do corpo e da mente, subjugando, deste modo, as paixões, os desejos (segundo o budismo e também o cristianismo, fonte de toda a infelicidade humana). Indra foi adorado como o Deus que sempre existiu e existe por toda a eternidade e seus seguidores foram chamados Mestres Celestiais. 83
12 - Alceste (de Eurípedes): Uma mulher crucificada? - 600 AEC. O English Classical Journal (vol. XXXVII) publicou o relato curioso e raro de uma deusa crucificada: Alceste. De origem grega, sua descoberta é uma novidade na história das religiões e, possivelmente, é o único caso de divindade feminina que resgatou os pecados do mundo morrendo na cruz. Sua doutrina inclui o conceito da Santíssima ou Divina Trindade. *Entretanto, a tradição desta figura como divindade e sua "crucificação", é duvidosa senão, forçada. Na lenda mais conhecida (podem existir muitas outras), Alcestos ou Alceste, uma princesa, oferece a própria vida para prolongar a vida do marido. Perséfone, rainha do Hades, mundo dos mortos grego, comovida com sacrifício da esposa, concede que ressuscite mais bela do que nunca... (*nota do trad.)
13 - Atis da Frígia - 1.170 AEC. Este Messias, citado no Anacalypsis, (vol 2) de Higgins, também oferece o sacrifício da própria vida em resgate dos pecados da Humanidade. A frase em latim “suspensus lingo”, encontrada no relato de sua saga, indica a forma como morreu: suspenso em uma árvore, crucificado. *Atis também ressuscitou.
14 - Crites da Caldeia - 1.200 AEC.
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Nos textos sagrados dos caldeus (Mesopotâmia) existe o relato sobre o Deus Crite, também chamado de Redentor, o "sempre abençoado Filho de Deus", Salvador da Raça, "Aquele que oferece a si mesmo em expiação dos pecados" único sacrifício capaz de aplacar a ira de Deus; e quando Ele morreu, céu e terra foram sacudidos em violentas convulsões.
15 - Bali de Orissa - 725 AEC. Orissa é um estado indiano situado na costa leste daquele país. Também ali é contada a história de um Deus crucificado, conhecido por muitos nomes, sendo um deles, Bali, que significa "Segundo Senhor", em referência a segunda pessoa ou segundo membro da uma Trindade* que constitui o Deus Único. Em Anacalypsis, Higgins informa que monumentos muito antigos, representativos deste Deus crucificado podem ser encontrados entre as ruínas da magnífica cidade de Mahabalipuram.
85
16 - Mitra da Pérsia - 600 AEC. Este deus persa morreu na cruz para expiar os pecados humanos. A tradição estabelece o dia do nascimento de Mitra em 25 de dezembro. Foi crucificado em uma árvore. O relato, evidentemente, remete a Cristo e a Krishna.
17 - A lista não acaba em 16 personagens.
86
Existem ainda outros casos: Devatat do Sião, Ixion de Roma, Apolônio de Thiana da Capadócia, também morreram em circunstâncias messiânicas. Ixion, em 400 AEC, foi morto sobre uma roda que, enfim, simbolizou o mundo. Ele sofreu as aflições do mundo, pagou pelos pecados da Humanidade suspenso "em cruz" e por isso foi chamado espírito crucificado do mundo.
Cena da vida de Íxion
Tântalo, Sísifo e Íxion em seus respectivos castigos.
Íxion preso na roda.
Apolônio de Tiana Tiana, Capadócia - 13 de Março de 2 AEC. – Éfeso, 98 EC. - É outro caso de Salvador crucificado cuja biografia a literatura e os historiadores cristãos ignoraram ou censuraram justamente por causa da semelhança de suas vidas e mortes com a vida e morte do Cristo Jesus. Apolônio é uma figura singular entre os 87
Salvadores do mundo porque sua trajetória coincide cronologicamente com o tempo do suposto apostolado de Jesus.
Moeda com a figura de Apolônio
Os escritores cristãos cuidaram de omitir esses fatos e personagens temendo prejuízos na credibilidade do Cristianismo como religião original e única verdadeira. A crucificação de Jesus tornou-se um dogma que o cristianismo toma como exclusivo de sua história, sem precedentes. Entretanto, as origens pagãs do Messias crucificado que foram negadas não puderam ser apagadas. Uma referência do Mackey's Lexicon of Freemasonary (p.35) informa que os Maçons ensinavam (e ensinam), secretamente, que a doutrina da crucificação, expiação e ressurreição é muito anterior à Era Cristã. Acontecimentos rituais semelhantes integravam todos os antigos mistérios — mistérios no sentido de procedimentos religioso-metafísicos esotéricos, destinados a poucos Iniciados. A doutrina da salvação pela crucificação é de uma antiguidade que remonta às mais primitivas formas de religião, como a religião astrológica, devotada ao Sol. Nesta religião solar, orientada pelos ciclos da natureza em sua relação 88
com os astros, o mundo era salvo ou resgatado da treva e do frio pela crucificação do Sol ou pelo cruzamento — "crossification" — da órbita solar com a linha do equinócio, na entrada da primavera, trazendo o retorno da luminosidade e do calor, estimulando a geração em todas as coisas vivas. ... A negação dos Salvadores crucificados pagãos ou, ainda, conceber que suas histórias existem sendo, contudo meras fábulas, é um caminho perigoso para o cristianismo posto que nada impede o raciocínio mais superficial de questionar, do mesmo modo, a crucificação do Cristo Jesus como simples fábula, devido à sua absoluta falta de evidências históricas. De fato, o questionamento da Paixão foi levantado por figuras importantes da Igreja dos primeiros tempos. O bispo Irineu não acreditava na morte de Jesus na cruz e dizia que o Messias judeu tinha vivido até os cinquenta anos. Alegava o testemunho do mártir Policarpo que, por sua vez, afirmava que sua fonte era o próprio João, o Evangelista. A história da humanidade está recheada de loucos prometendo salvação, mas até o momento nenhum conseguiu salvar coisa alguma de coisa nenhuma.
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“Dois informadíssimos volumes de Karlheinz Deschner sobre a política dos Papas no século XX, uma obra surpreendentemente silenciada peols mesmos meios de comunicação que tanta atenção dedicaram ao livro de João Paulo II sobre como cruzar o umbral da esperança a força de fé e obediência. Eu sei que não está na moda julgar a religião por seus efeitos históricos recentes, exceto no caso do fundamentalismo islâmico, mas alguns exercícios de memória a este respeito são essenciais para a compreensão do surgimento de algumas monstruosidades políticas ocorridas no século XX e outras tão atuais como as que ocorrem na ex-Jugoslávia ou no País Basco”. Fernando Savater. El País, 17 de junho de 1995. “Este segundo volume, como o primeiro, nos oferece uma ampla e sólida informação sobre esse período da história da Igreja na sua transição de uma marcada atitude de condescendência com regimes totalitários conservadores até uma postura de necessária acomodação aos sistemas democráticos dos vencedores ocidentais na Segunda Guerra Mundial”.
312 páginas "Su visión de la historia de la Iglesia no sólo no es reverencial, sino que, por usar una expresión familiar, ‘no deja títere con cabeza’. Su sarcasmo y su mordaz ironía serían gratuitos si no fuese porque van de la mano del dato elocuente y del argumento racional. La chispa de su estilo se nutre, por lo demás, de la mejor tradición volteriana." Fernando Savater. El País, 20 de mayo de 1990
Gonzalo Puente Ojea. El Mundo, 22 de outubro de 1995. Ler online volume 1 e volume 2 (espanhol). Para comprar (Amazon) clique nas imagens.
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De una manera didáctica, el profesor Karl Deschner nos ofrece una visión crítica de la doctrina de la Iglesia católica y de sus trasfondos históricos. Desde la misma existencia de Jesús, hasta la polémica transmisión de los Evangelios, la instauración y significación de los sacramentos o la supuesta infalibilidad del Papa. Todos estos asuntos son estudiados, puestos en duda y expuestas las conclusiones en una obra de rigor que, traducida a numerosos idiomas, ha venido a cuestionar los orígenes, métodos y razones de una de las instituciones más poderosas del mundo: la Iglesia católica.
“Se bem que o cristianismo esteja hoje à beira da bancarrota espiritual, segue impregnando ainda decisivamente nossa moral sexual, e as limitações formais de nossa vida erótica continuam sendo basicamente as mesmas que nos séculos XV ou V, na época de Lutero ou de Santo Agostinho. E isso nos afeta a todos no mundo ocidental, inclusive aos não cristãos ou aos anticristãos. Pois o que alguns pastores nômadas de cabras pensaram há dois mil e quinhentos anos, continua determinando os códigos oficiais desde a Europa até a América; subsiste uma conexão tangível entre as ideas sobre a sexualidade dos profetas veterotestamentarios ou de Paulo e os processos penais por conduta desonesta em Roma, Paris ou Nova York.” Karlheinz Deschner.
"En temas candentes como los del control demográfico, el uso de anticonceptivos, la ordenación sacerdotal de las mujeres y el celibato de los sacerdotes, la iglesia sigue anclada en el pasado y bloqueada en su rigidez dogmática. ¿Por qué esa obstinación que atenta contra la dignidad y la libertad de millones de personas? El Anticatecismo ayuda eficazmente a hallar respuesta a esa pregunta. Confluyen en esta obra dos personalidades de vocación ilustradora y del máximo relieve en lo que, desde Voltaire, casi constituye un Género literario propio: la crítica de la iglesia y de todo dogmatismo obsesivamente
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1 – (365 pg) Los orígenes, desde el paleocristianismo hasta el final de la era constantiniana
2 - (294 pg) La época patrística y la consolidación del primado de Roma
3 - (297 pg) De la querella de Oriente hasta el final del periodo justiniano
4 - (263 pg) La Iglesia antigua: Falsificaciones y engaños
5 - (250 pg) La Iglesia antigua: Lucha contra los paganos y ocupaciones del poder
6 - (263 pg) Alta Edad Media: El siglo de los merovingios
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7 - (201 pg) Alta Edad Media: El auge de la dinastía carolingia
8 - (282 pg) Siglo IX: Desde Luis el Piadoso hasta las primeras luchas contra los sarracenos
9 - (282 pg) Siglo X: Desde las invasiones normandas hasta la muerte de Otón III
Sua obra mais ambiciosa, a “História Criminal do Cristianismo”, projetada em princípio a dez volumes, dos quais se publicaram nove até o presente e não se descarta que se amplie o projeto. Tratase da mais rigorosa e implacável exposição jamais escrita contra as formas empregadas pelos cristãos, ao largo dos séculos, para a conquista e conservação do poder. Em 1971 Deschner foi convocado por uma corte em Nuremberg acusado de difamar a Igreja. Ganhou o processo com uma sólida argumentação, mas aquela instituição reagiu rodeando suas obras com um muro de silêncio que não se rompeu definitivamente até os anos oitenta, quando as obras de Deschner começaram a ser publicadas fora da Alemanha (Polônia, Suíça, Itália e Espanha, principalmente).
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414 páginas LA BIBLIA DESENTERRADA Israel Finkelstein es un arqueólogo y académico israelita, director del instituto de arqueología de la Universidad de Tel Aviv y co-responsable de las excavaciones en Mejido (25 estratos arqueológicos, 7000 años de historia) al norte de Israel. Se le debe igualmente importantes contribuciones a los recientes datos arqueológicos sobre los primeros israelitas en tierra de Palestina (excavaciones de 1990) utilizando un método que utiliza la estadística ( exploración de toda la superficie a gran escala de la cual se extraen todas las signos de vida, luego se data y se cartografía por fecha) que permitió el descubrimiento de la sedentarización de los primeros israelitas sobre las altas tierras de Cisjordania.
Es un libro que es necesario conocer.
639 páginas EL PAPA DE HITLER: LA VERDADERA HISTORIA DE PIO XII ¿Fue Pío XII indiferente al sufrimiento del pueblo judío? ¿Tuvo alguna responsabilidad en el ascenso del nazismo? ¿Cómo explicar que firmara un Concordato con Hitler? Preguntas como éstas comenzaron a formularse al finalizar la Segunda Guerra Mundial, tiñendo con la sospecha al Sumo Pontífice. A fin de responder a estos interrogantes, y con el deseo de limpiar la imagen de Eugenio Pacelli, el historiador católico John Cornwell decidió investigar a fondo su figura.
El profesor Cornwell plantea unas acusaciones acerca del papel de la Iglesia en los acontecimientos más terribles del siglo, incluso de la historia humana, extremadamente difíciles de refutar.
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En esta obra se describe a algunos de los hombres que ocuparon el cargo de papa. Entre los papas hubo un gran número de hombres casados, algunos de los cuales renunciaron a sus esposas e hijos a cambio del cargo papal. Muchos eran hijos de sacerdotes, obispos y papas. Algunos eran bastardos, uno era viudo, otro un ex esclavo, varios eran asesinos, otros incrédulos, algunos eran ermitaños, algunos herejes, sadistas y sodomitas; muchos se convirtieron en papas comprando el papado (simonía), y continuaron durante sus días vendiendo objetos sagrados para forrarse con el dinero, al menos uno era adorador de Satanás, algunos fueron padres de hijos ilegítimos, algunos eran fornicarios y adúlteros en gran escala...
Santos e pecadores: história dos papas é um livro que em nenhum momento soa pretensioso. O subtítulo é explicado pelo autor no prefácio, que afirma não ter tido a intenção de soar absoluto. Não é a história dos papas, mas sim, uma de suas histórias. Vale dizer que o livro originou-se de uma série para a televisão, mas em nenhum momento soa incompleto ou deixa lacunas.
Jesús de Nazaret, su posible descendencia y el papel de sus discípulos están de plena actualidad. Llega así la publicación de El puzzle de Jesús, que aporta un punto de vista diferente y polémico sobre su figura. Earl Doherty, el autor, es un estudioso que se ha dedicado durante décadas a investigar los testimonios acerca de la vida de Jesús, profundizando hasta las últimas consecuencias... que a mucha gente le gustaría no tener que leer. Kevin Quinter es un escritor de ficción histórica al que proponen escribir un bestseller sobre la vida de Jesús de Nazaret.
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First published in 1976, Paul Johnson's exceptional study of Christianity has been loved and widely hailed for its intensive research, writing, and magnitude. In a highly readable companion to books on faith and history, the scholar and author Johnson has illuminated the Christian world and its fascinating history in a way that no other has.
La Biblia con fuentes reveladas (2003) es un libro del erudito bíblico Richard Elliott Friedman que se ocupa del proceso por el cual los cinco libros de la Torá (Pentateuco) llegaron a ser escritos. Friedman sigue las cuatro fuentes del modelo de la hipótesis documentaria pero se diferencia significativamente del modelo S de Julius Wellhausen en varios aspectos.
An Atheist Classic! This masterpiece, by the brilliant atheist Marshall Gauvin is full of direct 'counter-dictions', historical evidence and testimony that, not only casts doubt, but shatters the myth that there was, indeed, a 'Jesus Christ', as Christians assert.
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391 páginas PEDERASTIA EM LA IGLESIA CATÓLICA En este libro, los abusos sexuales a menores, cometidos por el clero o por cualquier otro, son tratados como "delitos", no como "pecados", ya que en todos los ordenamientos jurídicos democráticos del mundo se tipifican como un delito penal las conductas sexuales con menores a las que nos vamos a referir. Y comete también un delito todo aquel que, de forma consciente y activa, encubre u ordena encubrir esos comportamientos deplorables. Usar como objeto sexual a un menor, ya sea mediante la violencia, el engaño, la astucia o la seducción, supone, ante todo y por encima de cualquier otra opinión, un delito. Y si bien es cierto que, además, el hecho puede verse como un "pecado" -según el término católico-, jamás puede ser lícito, ni honesto, ni admisible abordarlo sólo como un "pecado" al tiempo que se ignora conscientemente su naturaleza básica de delito, tal como hace la Iglesia católica, tanto desde el ordenamiento jurídico interno que le es propio, como desde la praxis cotidiana de sus prelados.
Robert Ambelain, aunque defensor de la historicidad de un Jesús de carne y hueso, amplia en estas líneas la descripción que hace en anteriores entregas de esta trilogía ( Jesús o El Secreto Mortal de los Templarios y Los Secretos del Gólgota) de un Jesús para nada acorde con la descripción oficial de la iglesia sino a uno rebelde: un zelote con aspiraciones a monarca que fue mitificado e inventado, tal y como se conoce actualmente, por Paulo, quién, según Ambelain, desconocía las leyes judaicas y dicha religión, y quien además usó todos los arquetipos de las religiones que sí conocía y en las que alguna vez creyó (las griegas, romanas y persas) arropándose en los conocimientos sobre judaísmo de personas como Filón para crear a ese personaje. Este extrajo de cada religión aquello que atraería a las masas para así poder centralizar su nueva religión en sí mismo como cabeza visible de una jerarquía eclesiástica totalmente nueva que no hacía frente directo al imperio pero si a quienes oprimían al pueblo valiéndose de la posición que les había concedido dicho imperio (el consejo judío).
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