< P, 1?(. A sarx, portanto, "van+loriase& tanto da "ei& como da in$ra)ão dela, e em ambos os casos promete aquilo que não pode manter. :aulo distin+ue explicitamente entre o ob;ecto da a)ão e a sarx. ! centro da decisão não está na "carne&5 "Andai se+undo o spírito e não sereis levados a satis$azer os dese;os da carne& 'Cdg. I, 1P(. ! %omem cai na escravidão da carne quando se con$ia "carne& e naquilo que ela promete 'no sentido da "ei& ou da in$ra)ão da lei(. '4$. O. /ussner, #er Calaterbrie$, Herders %eolo+. ommentar zum 9, QY, Oreibur+ 1=DE, Herder, p. >PD< . e\ett, :aul6s Ant%ropolo+ical erms, A StudV o$ %eir Zse in 4on$lict Settin+s, Arbeiten zur Cesc%ic%te des antien udentums und des Zrc%ristentums, Y, eiden 1=D1 g Brill g, p. =I1?P(. >. :aulo sublin%a nas suas 4artas o carácter dramático daquilo que se realiza no mundo. 4omo os %omens, por sua culpa, se esqueceram de #eus, "por isso #eus os abandonou impureza se+undo os dese;os do seu cora)ão 'om. 1, 3E(, da qual prov*m ainda toda a desordem moral, que de$orma tanto a vida sexual 'ib. 1, 3E3D( como o $uncionamento da vida social e económica 'ib. 1, 3=>3( e at* cultural< de $ato, esses, "conquanto con%e)am bem o decreto de #eus de que são di+nos de morte os que tais coisas praticam não só as cometem, como tamb*m aprovam os que as praticam& 'ib. 1, >3(. Zma vez que, por causa de um só %omem o pecado entrou no mundo 'ib. I, 13(, "o deus deste mundo ce+ou as inteli+@ncias incr*dulas, para que não ve;am o esplendor do +lorioso evan+el%o de 4risto& '3 4or. E, E(5 e por isso tamb*m "a ira de #eus se mani$esta, do alto do c*u, contra toda a impiedade e in;usti)a dos %omens que ret@m a verdade cativa na in;usti)a" 'om. 1, 1N(. :or isso "a cria)ão mesma espera com impaci@ncia a revela)ão dos $il%os de #eus... e alimenta a esperan)a de ser tamb*m ela liberta da escravidão de corrup)ão, para entrar na liberdade da +lória dos $il%os de #eus& 'ib. 1=, 31(, aquela liberdade para a qual "4risto nos libertou& 'Cál. I, 1(. ! conceito de "mundo& em São oão tem diversos. si+ni$icados5 na sua primeira 4arta, o mundo * o lu+ar em que se mani$esta a tríplice concupisc@ncia '1 o. 3, 1I1P( e em que os $alsos pro$etas e os adversários de 4risto procuram seduzir os $i*is< mas os cristãos vencem o mundo +ra)as sua $* 'ib. I, E(5 o mundo, de $ato, desaparece ;untam ente com as suas concupisc@ncias e quem realiza a vontade de #eus vive eternamente 'c$. ib. 3, 1D(. '4$. :. Crelot, "/onde&, in5 #ictionnaire de Spiritualit*, Asc*t ique et mestique, doctrine et %istoire, g $ascicules PNP=(, Beauc%esne, p. 1P3N ss. ainda5 . /ateos, . Barreto, Tocabulario teolo+ico del van+elio de uan, /adrid 1=N?, dic. 4ristiandad, p. 31131I(. E. !s exe+etas levam observar embora, por P, vezes, :aulo o"o conceito "$ruto& se tamb*m s "obras da acarne& 'porque exemplo, om. 31< D,para I(, todavia $ruto dodespírito& nãoaplique * nunca c%amado "obra&. #e $ato para :aulo "as obras& são os atos próprios do %omem 'ou aquilo em que Qsrael depFe, sem razão, a esperan)a, de que ele responderá diante de #eus(. :aulo evita tamb*m o termo &, aret*< encontrase uma só vez, em sentido muito +eral, em Olp. E, N. 9o
mundo +re+o esta palavra tin%a um si+ni$icado demasiado antropoc@ntrico< particularmente os estóicos pun%am em relevo a autosu$ici@ncia ou autarquia da virtude. :elo contrário, o termo "$ruto do spírito& sublin%a a a)ão de #eus no %omem. ste "$ruto& cresce nele como o dom de uma vida, cu;o Gnico autor * #eus< o %omem pode, quando muito, $avorecer as condi)Fes aptas, para que o $ruto possa crescer e c%e+ar maturidade. ! $ruto do spírito, na $orma sin+ular, corresponde de al+um modo ";usti)a& do Anti+o estamento, que abra)a o con;unto da vida con$orme a vontade de #eus< corresponde tamb*m, em certo sentido, "virtude& dos estóicos, que era indivisível. Temolo por exemplo em $. I, =, 11. "! $ruto da luz consiste em toda a bondade, ;usti)a e verdade... não participeis das obras in$rutuosas das trevas...&. odavia, "o $ruto do spírito& * di$erente quer da ";usti)a& quer da "virtude&, porque ele 'em todas as suas mani$esta)Fes e di$erencia)Fes que se veem nos catálo+os das virtudes( cont*m o e$eito da a)ão do spírito, que na Q+re;a * $undamento e prática da vida do cristão. '4$. H. Sc%lier, #er Brie$ an die Calater, /eVer6s ommentar Cottin+en 1=D1 Tanden%oecuprec%t, pp. 33I3PE< !. Bauern$eind, aret* in5 %eolo+ical #ictionarv q$ t%e 9e\ estament, ed. C. ittel C. BromleV, vol. 1, Crand apids 1=DN, erdmans, p. PE?< W. atarie\iez, Historia Oilozo$ii, t, 1, Warsza\a 1=D?, :W9 pp. 131< . amla%, #ie Oorm der atalo+isc%en :aranese im 9euen estament, Wissensc%a$tlic%e Zntersuc%un+en zum 9euen estament, D, bin+en 1=PE, /%r, p. 1E(.
1981
Quarta-feira, 7 de :aneiro de 19;1 & contraosi"#o entre carne e Esírito e a @$ustifica"#o@ na fA 4aríssimos Qrmãos no piscopado e no Sacerdócio, Qrmãos e Qrmãs da vida reli+iosa, e todos vós, caríssimos Qrmãos e Qrmãs #epois da pausa devida s recentes $estividades, recome)amos %o;e os nossos encontros das quartas $eiras trazendo ainda no cora)ão a serena ale+ria do /ist*rio do nascimento de 4risto, que a litur+ia da Q+re;a neste período nos levou a celebrar e atualizar na nossa vida. esus de 9azar*, o /enino que dá va+idos na man;edoura de Bel*m, * o Terbo eterno de #eus que encarnou por amor do %omem 'o 1, 1I(. sta * a +rande verdade a que adere o cristão com pro$unda $*. 4om a $* de /aria Santíssima que, na +lória da sua intacta vir+indade, concebeu e +erou o Oil%o de #eus $eito %omem. 4om a $* de São os* que por le velou e ! prote+eu com imensa dedica)ão de amor. 4om a $* dos pastores que imediatamente acorreram +ruta da natividade. 4om a $* dos /a+os que ! entreviram no sinal da estrela e, depois de lon+as procuras, puderam contemplá16! e adorá16! nos bra)os da Tir+em /ãe. 0ue o novo ano se;a vivido por todos sob o si+no desta +rande ale+ria interior, $ruto da certeza de que #eus tanto amou o mundo que l%e deu o Seu Oil%o uni+*nito, para todo o que cr@ n6le não morra mas ten%a a vida eterna5 estes os votos que $ormulo por todos vós, que estais presentes nesta primeir a audi@ncia +eral de 1=N1, e por todos os que vos são caros 1. 0ue si+ni$ica a a$irma)ão JA carne... tem dese;os contrários ao spírito, e o spírito tem dese;os contrários carneJ 'Cál I, 1D(. sta per+unta parece importante, mesmo $undamental, no contexto das nossas re$lexFes sobre a pureza de cora)ão, de que $ala o van+el%o. odavia, a Autor da carta aos Cálatas abre diante de nós, a este respeito, %orizontes ainda mais vastos. 9esta contrapos i)ão da JcarneJ ao spírito 'spírito de #eus(, e da vida Jse+undo a carneJ vida Jse+undo o spíritoJ, está contida a teolo+ia paulina acerca da ;usti$ica)ão, isto *, a expressão da $* no realismo antropoló+ico e *tico da reden)ão operada por 4risto, que :aulo, no contexto ;á nosso con%ecido, c%ama tamb*m Jreden)ão do corpoJ. Se+undo a 4arta aos omanos N, 3>, a Jreden)ão do corpoJ tem ainda uma dimensão JcósmicaJ 're$erida a toda a cria)ão(, mas no centro dela está o %omem5 o %omem constituído na unidade pessoal do espírito e do corpo. precisamente neste %omem, no seu Jcora)ãoJ, e consequentemente em todo o seu comportamento, $ruti$ica a reden)ão de 4risto, +ra)as quelas $or)as do spírito que operam a J;usti$ica)ãoJ, isto *, $azem que a ;usti)a JabundeJ no %omem, como * indicado no Sermão da /ontan%a5 /t I, 3?, isto *, JabundeJ na medida que o próprio #eus quis e espera. 3. 7 si+ni$icativo que :aulo, $alando das Jobras da carneJ 'c$. Cal I, 1=31(, mencione não só Jprostitui)ão, impureza, desonestidade... embria+uez, or+iasJ R portanto tudo o que, se+undo um modo de compreender ob;ectivo, reveste o carácter dos Jpecados carnaisJ e do +ozo sensual li+ad o com a carne R, mas nomeie tamb*m outros pecados, a que nós seríamos levados a atribuir um carácter tamb*m JcarnalJ e JsensualJ5 Jidolatria, male$ícios, inimizades, contendas, iras, rixas, discórdias...J 'Cál I, 3?31(. Se+undo as nossas cate+orias antropoló+icas 'e *ticas(, nós estaríamos propensos antes a c%amar todas as JobrasJ aqui indicadas Jpecados do espíritoJ %umano, em vez de pecados da JcarneJ. 9ão sem motivo poderíamos entrever nelas, antes os e$eitos da Jconcupisc@ncia dos ol%osJ ou da Jsoberba da vidaJ, do que os e$eitos da Jconcupisc@ncia da carneJ. odavia, :aulo quali$icaas todas como Jobras da carneJ. Qsto entendese exclusivamente sobre o $undo daquele si+ni$icado mais amplo 'em certo sentido metonímico(, que nas cartas paulinas assume o termo JcarneJ, contraposto não só e não tanto ao JespíritoJ %umano, quanto ao spírito Santo que opera na alma 'no espírito( do %omem. >. xiste, portanto, uma analo+ia si+ni$icativa entre aquilo que :aulo de$ine como Jobras da carneJ e as palavras com que explica 4risto aos seus discípulos o que primeiro dissera aos $ariseus acerca da JpurezaJ e da JimpurezaJ ritual 'c$. /t 1I, 33?(. Se+undo as palavras de 4risto, a verdadeira JpurezaJ 'como tamb*m a JimpurezaJ( em sentido moral está no Jcora)ãoJ e prov*m Jdo cora)ãoJ %umano. 4omo Jobras impurasJ , no mesmo sentido, são de$inidos não só os Jadult*riosJ e as Jprostitui)FesJ, portanto os Jpecados da carneJ em sentido estrito, mas tamb*m os Jpropósitos malvados... os $urtos, os $alsos testemun%os e as blas$@miasJ. 4risto, se+undo ;á pudemos tamb*m veri$icar,da servese aquiSão do si+ni$icado tanto +eral como especi$ico da JimpurezaJ, 'e portanto indiretamente JpurezaJ(. :aulo exprimese de maneira análo+a5 as obras Jda carneJ são entendidas no texto paulino em sentido tanto +eral como especí$ico. odos os pecados são expressão da Jvida se+undo a carneJ, que está em contraste com a Jvida se+undo o spíritoJ. Aquilo que, em con$ormidade com a nossa conven)ão lin+uística 'aliás parcialmente ;usti$icada(, * considerado como Jpecado da carneJ, e, neste sentido, um dos sintomas, isto *, das atualiza)Fes da vida Jse+undo a carneJ e não Jse+undo o spíritoJ.
E. As palavras de :aulo escritas aos omanos JAssim, pois, irmãos, não somos devedores carne para que vivamos se+undo a carne. Se viverdes se+undo a carne, morrereis< mas, se pelo espírito $izerdes morrer as obras da carne, vivereisJ 'om N, 131>( R introduzemnos de novo na rica e di$erenciada es$era dos si+ni$icados, que os termos JcorpoJ e JespíritoJ t@m para si. odavia, o si+ni$icado de$initivo daquele enunciado * paren*tico, exortatório, portanto válido para o Jet%osJ evan+*lico. :aulo, quando $ala da necessidade de $azer morrer as obras do corpo com a a;uda do spírito, exprime exactamente aquilo de que $alou 4risto no Sermão da /ontan%a, apelando para o cora)ão %umano e exortandoo ao domínio dos dese;os, mesmo daqueles que se exprimem no Jol%arJ do %omem diri+ido para a mul%er com o $im de satis$azer a concupisc@ncia da carne. al supera)ão, ou se;a, como escreve :aulo, o J$azer morrer as obras do corpo com a a;uda do spíritoJ, * condi)ão indispensável da Jvida se+undo o spíritoJ, quer dizer, da JvidaJ que * antítese da JmorteJ de que se $ala no mesmo contexto. A vida Jse+undo a carneJ $ruti$ica, na verdade, a JmorteJ, isto *, comporta como e$eito a JmorteJ do spírito. :ortanto, o termo JmorteJ não si+ni$ica só morte corporal, mas tamb*m o pecado, que a teolo+ia moral c%amará mortal. 9as 4artas aos omanos e aos Cálatas alar+a continuamente o %orizonte do Jpecado morteJ, se;a para o Jprincípio da %istória do %omem, se;a para o seu termo. por isso, depois de catalo+ar as multi$ormes Jobras da carneJ, a$irma que Jos que as praticarem não %erdarão o eino de #eusJ 'Cál I, 31(. 9outra passa+em escrever á com semel%ante $irmeza5 JSabei o bem, nen%um imoral, impuro ou avaro R o qual * como um idólatra R terá %eran)a no eino de 4risto e de #eusJ '$ I, I(. amb*m neste caso, as obras que excluem de ter Jparte no reino de 4risto e de #eusJ R isto *, as Jobras da carneJ R v@m catalo+adas como exemplo e com valor +eral, embora no primeiro lu+ar este;am aqui os pecados contra a JpurezaJ no sentido especí$ico 'c$. $ I, >D(. I. :ara completar o quadro da contraposi)ão entre o JcorpoJ e o J$ruto do spíritoJ R * necessário observar que em tudo o que * mani$esta)ão da vida e do comportamento se+undo o spírito, :aulo v@ ao mesmo tempo a mani$esta)ão daquela liberdade, para a qual 4risto Jnos libertouJ 'Cál I, 1(. Assim precisamente escreve5 JTós, irmãos, $ostes c%amados liberdade. 9ão tomeis, por*m, a liberdade como pretexto para servir a carne. :elo contrário, $azeivos servos uns dos outros pela caridade, pois toda a ei se encerra num só preceito5 6Amarás ao teu próximo como a ti mesmo6J 'Cál I. 1>1E(. 4omo ;á precedentemente $izemos notar, a contraposi)ão JcorpospíritoJ, vida Jse+undo a carnevida Jse+undo o spíritoJ, penetra pro$undamente toda a doutrina paulina sobre a ;usti$ica)ão. ! Apóstolo das Centes, com excepcional $or)a de convic)ão, proclama que a ;usti$ica)ão do %omem se completa em 4risto e por 4risto. ! %omem conse+ue a ;usti$ica)ão na $* que opera por meio da caridadeJ 'Cál I, P(, e não só mediante a observ2ncia de cada uma das prescri)Fes da ei veterotestamentária 'em particular, da circuncisão(. A ;usti$ica)ão vem portanto Jdo spíritoJ 'de #eus( e não Jda carneJ. le exorta, por isso, os destinatários da sua carta a libertaremse da err-nea concep)ão JcarnalJ da ;usti$ica)ão, para se+uirem a verdadeira, isto *, a JespiritualJ. 9este sentido exortaos a consideraremse livres da ei, e ainda mais a serem livres com a liberdade, para a qual 4risto Jnos libertouJ. Assim, pois, se+uindo o pensamento do Apóstolo, conv*mnos considerar e sobretudo realizar a pureza evan+*lica, isto *, a pureza de cora)ão, se+undo a medida daquela liberdade para a qual 4risto Jnos libertouJ.
Quarta-feira, 1 de :aneiro de 19;1 & !ida se'undo o o Esírito fundada na !erdadeira liberdade 4aros Qrmãos e Qrmãs 1. São :aulo escreve na 4arta aos Cálatas5 JTós, irmãos, $ostes c%amados liberdade. 9ão tomeis, por*m, a liberdade como pretexto para servir a carne. :elo contrário, $azeivos servos uns dos outros pela caridade, pois toda a lei se encerra num preceito5 amarás ao teu próximo como a ti mesmoJ 'Cál I, 1>1E(. Há uma semana, detivemonos neste enunciado< todavia retomamolo %o;e, em rela)ão com o ar+umento principal das nossas re$lexFes. Se bem que a passa+em citada se re$ira primeiramente ao assunto da ;usti$ica)ão, todavia o Apóstolo tende explicitamente aqui para $azer compreender a dimensão *tica da contraposi)ão JcorpoespíritoJ, isto *, entre a vida se+undo a carne, e a vida se+undo o espírito. exatamente aqui toca ele o ponto essencial, desvelando quase as mesmas raízes antropoló+icas do Jet%osJ evan+*lico. Se, de $acto, Jtoda a eiJ 'lei moral do Anti+o estamento( Jencontra a sua plenitudeJ no mandamento da caridade, a dimensão do novo Jet%osJ evan+*lico não * senão apelo diri+ido liberdade %umana, apelo sua plena prática e, em certo sentido, mais plena Jutiliza)ãoJ da potencialidade do espírito %umano. 3. :oderia parecer que :aulo contrapFe somente a liberdade ei e a ei liberdade. odavia, uma análise apro$undada do texto demonstra que São :aulo na 4arta aos Cálatas sublin%a, primeiro que tudo, a subordina)ão *tica da liberdade quele elemento em que se completa toda a ei, ou se;a, ao amor, que * o conteGdo do maior mandamento do van+el%o. J4risto libertounos para que $icássemos livresJ, exatamente no sentido em que le nos mani$estou a subordina)ão *tica 'e teoló+ica( da liberdade caridade e relacionou a liberdade com o mandamento do amor. ntender assim a voca)ão liberdade 'JTós, irmãos, $ostes c%amados liberdadeJ5 Cál I, 1>( si+ni$ica con$i+urar o Jet%osJ, em que se realiza a vida Jse+undo o spíritoJ. xiste, de $acto, tamb*m o peri+o de entender a liberdade de modo err-neo, e :aulo apontao com clareza, escrevendo no mesmo contexto5 J9ão tomeis a liberdade como pretexto para servir a carne. :elo contrário, $azeivos servos uns dos outros pela caridadeJ 'ibid.(. >. :or outras palavras5 :aulo colocanos de sobreaviso a respeito da possibilidade de usarmos mal da liberdade, uso em contraste com a liberta)ão do espírito %umano realizada por 4risto, a qual contradi+a a liberdade com que J4risto nos libertouJ. #e $acto, 4risto realizou e mani$estou a liberdade que encontra a plenitude na caridade, a liberdade +ra)as qual somos Jservos uns dos outrosJ< por outras palavras5 a liberdade que se torna $onte de JobrasJ novas e de JvidaJ se+undo o spírito. A antítese e, em certo modo, a ne+a)ão de tal uso da liberdade dãose quando ela se torna para o %omem Jpretexto para servir a carneJ. A liberdade tornase, então $onte de JobrasJ e de JvidaJ se+undo a carne. #eixa de ser a aut@ntica liberd ade, para a qual J4risto nos libertouJ e tornase Jpretexto para servirmos a carneJ, $onte 'ou instrumento( de um especial J;u+oJ por parte da soberba da vida, concupisc@ncia dos ol%os e da concupisc@ncia da carne. 0uem deste modo vive Jse+ undo a carneJ, isto *, se su;eita R ainda que de modo não de todo consciente R tríplice concupisc@ncia, e em particular a concupisc@ncia da carne, deixa de ser capaz daquela liberdade para a qual J4risto nos libertouJ< deixa tamb*m de ser id-neo para o verdadeiro dom de si, que * $ruto e * expressão de tal liberdade. #eixa, al*m disso, de ser capaz daquele dom, que está or+anicamente relacionado com o si+ni$icado esponsal do corpo %umano de que tratamos nas precedentes análises do ivro do C@nesis 'c$. C*n 3, 3>3I(. E. #este modo, a doutrina paulina acerca da pureza, doutrina em que encontramos o $iel e aut@ntico eco do Sermão da /ontan%a, consentenos ver a Jpureza do cora)ãoJ evan+*lica e cristã, numa perspectiva mais ampla, e sobretudo permitenos relacionála com a caridade em que toda Ja lei encontra a sua plenitudeJ. :aulo, de modo análo+o ao usado por 4risto, con%ece um si+ni$icado duplo da JpurezaJ 'e da JimpurezaJ(5 sentido +en*rico e sentido especi$ico. 9o primeiro caso, o JpuroJ tudo o que * moralmente bom< JimpuroJ, pelo contrário, o que * moralmente mau. A$irmamno com clareza as palavras de 4risto se+undo /ateus 1I, 1N3?, citadas precedentemente. 9os enunciados de :aulo acerca das Jobras da carneJ, que ele contrapFe ao J$ruto do spíritoJ, encontramos a base para análo+o modo de entender este problema. ntre as Jobras da carneJ :aulo coloca o que * moralmente mau, ao passo que todo o bem moral * relacionado com a vida Jse+undo o spíritoJ. Assim, das da vida Jse+undo spíritoJ oindiretamente, comportamento con$orme quela virtude, que uma :aulo, namani$esta)Fes 4arta aos Cálatas, parece de$inirosobretudo mas ele que $ala de modo direto na primeira 4arta aos essalonicenses. I. 9os trec%os da 4arta aos Cálatas, que ;á anteriormente submetemos a análise pormenorizada, o Apóstolo menciona, em primeiro lu+ar, entre as Jobras da carneJ, Ja prostitui)ão, a impureza e a desonestidadeJ< todavia, em se+uida, quando a estas obras contrapFe Jo $ruto do spíritoJ não $ala diretamente da JpurezaJ, mas nomeia só o domínio de siJ, a encráteia. ste JdomínioJ podese recon%ecer
como virtude que diz respeito contin@ncia quanto a todos os dese;os dos sentidos, sobretudo na es$era sexual< contrapFese, portanto, Jprostitui)ão, impureza e desonestidadeJ e tamb*m Jembria+uezJ e s Jor+iasJ. :oderseia portanto admitir que o Jdomínio de siJ paulino cont*m o que * expresso no termo Jcontin@nciaJ ou Jtemperan)aJ, correspondente ao termo latino temperantia. m tal caso, encontrarnos íamos diante do con%ecido sistema das virtudes, que a teolo+ia posterior, em particular a escolástica, irá buscar, em certo sentido, *tica de Aristóteles. odavia, :aulo certamente não se serve, no seu texto, deste sistema. #ado que por JpurezaJ se deve entender o ;usto modo de tratar a es$era sexual se+undo o estado pessoal 'e não necessariamente um absterse absoluto da vida sexual(, então indubiam ente tal JpurezaJ * incluída no conceito paulino de JdomínioJ ou enráteia. :or isso, no 2mbito do texto paulino encontramos uma +en*rica e indireta men)ão da pureza, tanto quanto a tais Jobras da carneJ, como Jprostitui)ão, impureza e desonestidadeJ, o autor contrapFe J$ruto do spíritoJ R isto *, obras novas, em que se mani$esta Ja vida se+undo o spíri toJ. :ode deduzirse que uma destas obr as novas * precisame nte a JpurezaJ5 isto *, aquela que se contrapFe JimpurezaJ e tamb*m Jprostitui)ãoJ e JdesonestidadeJ. P. /as ;á na primeira 4arta aos essalonicenses, :aulo escreve sobre este assunto de modo explícito e inequívoco. emos nela5 Jsta * a vontade de #eus, a vossa santi$ica)ão5 que eviteis a impureza, que cada um de vós saiba possuir o seu corpo L1M com santidade e %onra, sem se deixar levar pelas paixFes desre+radas, como $azem os +entios que não con%ecem a #eusJ '1 ess E, >I(. depois5 J#eus não nos c%amou para a impureza, mas para a santidade. 0uem desprezar esses preceitos, não despreza a um %omem, mas a #eus que vos dá o Seu spírito SantoJ '1 ess E, DN(. mbora ainda neste texto ten%amos de contar com o si+ni$icado +en*rico da Jpureza66, identi$icada neste caso com a Jsanti$ica)ãoJ 'pois se nomeia a JimpurezaJ como antítese da Jsanti$ica)ãoJ(, apesar disso< todo o contexto indica claramente de que JpurezaJ ou de que JimpurezaJ se trata, isto * em que consiste o que :aulo c%ama aqui JimpurezaJ, e em que modo a JpurezaJ contribui para a Jsanti$ica)ãoJ do %omem. por isso, nas re$lexFes sucessivas, convirá retomar o texto da primeira 4arta aos essalonicenses, a+ora mesmo citado.
Quarta-feira, 21 de :aneiro de 19;1 Bntensifiquemos a nossa ora"#o ela unidade da B're$a 4aros irmãos e irmãs A semana de ora)Fes pela unidade dos cristãos '1N3I de aneiro(, que está em pleno curso, convida todos os baptizados a uma comum re$lexão e intensa ora)ão. :or isto dese;o, como todos os anos, dedicar as re$lexFes do encontro de %o;e a este assunto, ao qual atribuo +randíssima import2ncia. 1. sta semana de ora)Fes volta pontualmente a solicitar a consci@ncia dos cristãos para um exame diante de #eus, sobre o tema da recomposi)ão da plena unidade. Tolta tamb*m para recordar que a unidade * um dom de #eus e que, portanto, * necessário pedila intensamente ao Sen%or. ! $acto, al*m disso, de que os cristãos das diversas con$issFes se unam numa ora)ão comum R particularmente neste tempo ou na semana do :entecostes, mas quero esperar que isto aconte)a cada vez com mais $requ@ncia tamb*m noutras circunst2ncias R reveste um si+ni$icado absolut amente especial. !s cristãos descobrem de novo com lucidez crescente a parcial, mas verdadeira comun%ão existente, e encamin%amse ;untos, diante de #eus e com a Sua a;uda, para a plena unidade. ncamin%amse para esta meta come)ando precisamente pela ora)ão ao Sen%or, ]quele que puri$ica e liberta, que redime e une. A ora)ão pela unidade di$undese cada vez mais no mundo, tanto entre os católicos como entre os outros cristãos. stá a perder o carácter de acontecimento extraordinário e entra na vida normal das Q+re;as. A semana de ora)Fes * ;á recordada nos calendários e nas +uias litGr+icop astorais. 9este período tamb*m as paróquias mais pequenas são convidadas a esta ora)ão que deve envolver a comunidade cristã inteira. ste * um sinal positivo. 7 necessário, por*m, estarmos atentos para evitar que a ora)ão perca aquela $or)a perturbadora, que deve despertar a consci@ncia de todos perante a divisão dos cristãos, Jque não só contradiz abertamente a vontade de 4risto, mas escandaliza o mundo e pre;udica a santíssima causa da pre+a)ão do van+el%o a todas as criaturasJ 'c$. #ecr. Znitatis edinte+ratio, 1(. A colabora)ão instaurada no campo da ora)ão com o 4onsel%o ecum@nico das Q+re;as mostrouse $ecunda. A elabora)ão de textos apropriados sobre um tema concordado e a divul+a)ão dos mesmos $eita em con;unto, al*m de $acilitar uma divul+a)ão da ora)ão em zonas e ambientes que de outro modo seriam inacessíveis, o$erece um testemun%o de inten)ão e de a)ão comum dos cristãos para a unidade. xprime a comum vontade de ouvir atentamente a :alavra de #eus para $azer a Sua vontade. 3. sta semana de ora)Fes suscita anualmente tamb*m uma certa inquietude. evanos de $acto a veri$icar que, se ainda devemos implorar a unidade, se devemos procurála, a plena unidade de todos os cristãos ainda não $oi alcan)ada e encontramonos em $alta diante do Sen%or. amb*m esta inquietude, que s vezes * velada de amar+ura, me parece um sinal positivo. #everia impelirnos a um compromisso de $* e de amor, e busca da plena unidade. ! 4oncílio Taticano QQ recordou que a preocupa)ão pela recomposi)ão da unidade diz respeito a todos, pastores e $i*is, cada um se+undo a própria missão e as próprias capacidades, tamb*m na vida de cada dia 'c$. Znitatis edinte+ratio, I(. >. emos, contudo, tamb*m motivos $undamentais para a+radecer ao Sen%or. e$erindonos apenas a este Gltimo ano, podem salientarse acontecimentos e elementos extremamente positivos, densos de perspectivas e de esperan)as. anto nas rela)Fes com as Q+re;as do !riente como com as Q+re;as e comunidades eclesiais do !cidente, tamb*m a mim pessoalmente concedeu o Sen%or que me encontrasse, em oma ou durante as min%as via+ens, com tantos irmãos que desempen%am importantes missFes nas próprias Q+re;as. untos $alamos sobre a busca da unidade e notamos as di$iculdades ainda existentes, mas tamb*m compreendemos a comum vontade de continuar todos os es$or)os para este $im. ! Sen%or, que preenc%e as lacunas %umanas, $ará o resto. ! encontro $raterno e leal, em respeito recíproco, * essencial para o mGtuo con%ecimento e para um comum acordo sobre o restante camin%o a percorrer. ivemos encontros $ecundos. ouvado se;a o Sen%or, por isso. As rela)Fes ocom as Q+re;as ortodoxas re+istaram, um comissão acontecimento importante5 início o$icial do diálo+otamb*m teoló+ico medianteeste umaano, vasta mista.particularmente 9ela estão representadas todas as Q+re;as ortodoxas. ! diálo+o teoló+ico realizarseá assim com a Q+re;a ortodoxa no seu con;unto. As subcomissFes de estudo ;á pro+ramaram e iniciaram com solicitude o próprio trabal%o. A orienta)ão * positiva e construtiva. /as não preserva automaticamente o diálo+o de momentos de eventuais di$iculdades. Se %á quase um mil@nio as Q+re;as do !riente e do !cidente ;á não concelebram a ucaristia,, isto quer dizer que elas ;ul+aram +raves os problemas controversos. 9ão se pode reduzir tudo a
$actores %istóricos e culturais, embora estes ten%am tido um in$luxo +rave e delet*rio no pro+ressivo a$astamento entre !riente e !cidente. 7 necessário, portanto, que o diálo+o se;a amparado pela $ervorosa ora)ão de todos. ! diálo+o por si * c%amado a resolver todos os maiores problemas em aberto, que ten%am rela)ão com a $*< por outro lado constitui tamb*m um instrumento precioso para esclarecer mal entendidos e preconceitos recíprocos e tamb*m para concordar sobre aquelas le+ítimas variedades e diversidades compatíveis na unidade da $*. 9esta perspectiva de diálo+o, no contexto de rela)Fes $raternas com as Q+re;as do !riente, quis declarar os Santos orientais 4irilo e /etódio copadroeiros da uropa, ;untamente com São Bento. :ara c%e+ar plena unidade devemos todos %abituarnos a ter uma mentalidade reciprocamente aberta tanto para a tradi)ão oriental quanto para a ocidental. 9o ano passado, continuaram as rela)Fes com as Q+re;as pr*calcedónias, e tamb*m eu pessoalmente pude encontrarme com di+nos representantes das mesmas. #e i+ual modo, o diálo+o com as Q+re;as e comunidades eclesiais do !cidente prosse+ue o seu curso. Sobre temas essenciais para a vida da Q+re;a R como o batismo, a ucaristia e o minist*rio R, apro$undase um con$ronto positivo, quer em diálo+o multilateral quer em conversa)Fes teoló+icas bilaterais, que leva a esperar um supera)ão das +raves controv*rsias do passado. Sem dGvida, devemos estar certos, o que ampara estes passos delicados e este lento mas verdadeiro pro+resso * tamb*m e sobretudo a ora)ão dos cristãos, que pela unidade se eleva em todas as partes do mundo. :or isso vos convido a incluir na vossa ora)ão, tamb*m na quotidiana, a inten)ão da unidade. E. ste ano * proposto um tema rico de perspectivas espirituais e de implica)Fes eclesiais5 Jum Gnico spírito, diversos dons, um só corpoJ 'c$. 1 4or 13, >b1>(. São :aulo, ao escrever aos cristãos de 4orinto, que eram exuberantes de vitalidade com expressFes semel%antes aos $en-menos estáticos das assembleias reli+iosas pa+ãs, dá esclarecimentos sobre o modo de distin+uir os carismas verdadeiros dos $alsos. A recta $*, a adesão a esus 4risto, * a primeira norma da autenticidade dos mesmos. le a$irma que entre os crentes pode mani$estarse +rande variedade de dons, de servi)os e de atividades. A um * dada a palavra de sabedoria, a outro palavras de ci@ncia, a outro o dom da pro$ecia, a outros o poder dos mila+res e das curas, e a outros ainda a variedade das lín+uas ou a interpreta)ão das lín+uas 'c$. 1 4or 13, N1?(. Judo isto por*m R a$irma ele R o opera o mesmo e Gnico spírito, que distribui a cada um, con$orme entendeJ 'ibid. 11(. !s carismas aut@nticos prov@m de uma Gnica $onte. :ara os discernir, São :aulo indica outro crit*rio, o da unidade. sta variedade de carismas não deve +erar a anarquia, como se se tratasse de or+ul%osas expressFes do instinto %umano< pelo contrário, os aut@nticos carismas são orientados para consolidar e $ecundar a unidade. JA mani$esta)ão do spírito * dada a cada um para proveito comumJ 'Qbid. D(. :ara tornar mais compreensív el o seu pensamento, São :aulo recorda uma ima+em que os +re+os de 4orinto deviam compreender bem. !s $ilóso$os estóicos ;á tin%am utilizado a metá$ora do corpo para su+erir a rela)ão que cada indivíduo tem com a sociedade. Zsando a ima+em, São :aulo não $az uma simples compara)ão, mas con$erel%e novo conteGdo. :ara ele a comunidade * o 4orpo de 4risto. is o que escreve5 J:ois, assim como o corpo * um só e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora se;am muitos, constituem um só corpo, assim tamb*m 4risto. Ooi num só spírito que todos nós $omos baptizados, a $im de $ormarmos um só corpoJ 'Qbid. 131>(. 9a comunidade cristã a variedade dos dons recebidos deve ser colocada ao servi)o da edi$ica)ão do Gnico 4orpo de 4risto e do %arm-nico exercício da sua vitalidade. #este modo, não só os carismas não devem +erar $racturas ou oposi)Fes , mas devem estar ao servi)o da unidade. quando esta unidade * o$endida, * preciso usar todos os dons para a restabelecer. A unidade e a %arm-nica articula)ão $azem parte da saGde do corpo mesmo e da sua normal atividade. assim * necessário que todos os carismas, presentes %o;e em várias $ormas, se;am postos tamb*m ao servi)o da unidade a $im de proporcionar comunidade cristã as condi)Fes essenciais para anunciar e testemun%ar que esus 4risto * o Sen%or. I. :or estas razFes e at* a plena unidade entre os cristãos não ser alcan)ada, temos motivo de intensi$icar tamb*m nós a nossa ora)ão. Oazemol o brevemente a+ora, todos ;untos5 pe)ovos respondais5 J!uvino s, Sen%orJ. R :edimos ao Sen%or que $orti$ique em todos os cristãos a $* em 4risto, Salvador do inundo.
R :edimos ao Sen%or que, com os seus dons< ampare e oriente os cristãos no camin%o da plena unidade. R :edimos ao Sen%or o dom da unidade e a paz para o mundo. R !remos5 :edimose, Sen%or, os dons do eu spírito, $az que possamos penetrar a pro$undidade da Terdade toda inteira, e concedenos participemos tamb*m dos outros bens que u reservas para nós. nsinanos a superar as divisFes. nvianos o eu spírito para conduzir plena unidade todos os eus $il%os na caridade plena, em obedi@ncia ua vontade, por 4risto nosso Sen%or. Am*m.
Quarta-feira, 2; de :aneiro de 19;1 Santidade e reseito do coro na doutrina de S#o aulo 1. São :aulo escreve na primeira 4arta aos essalonicenses5 Jsta * a vontade de #eus5 A vossa santi$ica)ão< que eviteis a impureza< que cada um de vós saiba possuir o seu corpo em santidade e %onra, sem se deixar levar pelas paixFes desre+radas, como $azem os +entios, que não con%ecem a #eusJ '1 ess E, >I(. al+uns versículos depois, continua5 J#eus não nos c%amou para a impureza, mas para a santidade. 0uem desprezar estes preceitos, não despreza um %omem, mas #eus, que vos dá o Seu spírito SantoJ 'ibid. E, DN(. A estas $rases do Apóstolo $izemos re$er@ncia durante o nosso encontro do passado dia 1E de aneiro. odavia %o;e retomamolas porque são particularmente importantes para o tema das nossas medita)Fes. 3. A pureza, de que $ala :aulo na primeira 4arta aos essalonicenses 'E, >I.DN(, mani$estase no $acto de que o %omem Jsaiba possuir o seu corpo em santidade e %onra, sem se deixar levar pelas paixFes desre+radasJ. 9esta $ormula)ão cada palavra tem um si+ni$icado particular e merece, portanto, um comentário adequado. m primeiro lu+ar, a pureza * uma JcapacidadeJ, ou se;a, na lin+ua+em tradicional da antropolo+ia e da *tica5 um comportamento. neste sentido, * virtude. Se esta aptidão, isto * virtude, leva a evitar Ja impurezaJ, isto acontece porque o %omem que a tem sabe Jpossuir o seu corpo em santidade e %onra, sem se deixar levar pelas paixFes desre+radasJ. ratase aqui de uma capacidade prática, que torna o %omem apto a a+ir de determinada maneira e ao mesmo tempo a não a+ir de modo contrário. A pureza, para ser tal capacidade ou comportamento, deve obviamente estar radicada na vontade, no $undamento mesmo do querer e do a+ir consciente do %omem. omás de Aquino, na sua doutrina sobre as virtudes, v@ de modo ainda mais direto o ob;ecto da pureza na $aculdade do dese;o sensitivo, que ele c%ama appetitus concupiscibilis. :recisamente esta $aculdade deve ser, em particular, JdominadaJ, orientada e tornada capaz de a+ir de modo con$orme com as virtudes, a $im de que a JpurezaJ possa ser atribuída ao %omem. Se+undo tal concep)ão, a pureza consiste antes de tudo em conter os impulsos do dese;o sensitivo, que tem por ob;ecto aquilo que no %omem * corporal e sexual. A pureza * uma variante da virtude da temperan)a. >. ! texto da primeira 4arta aos essalonicenses 'E, >I( demonstra que a virtude da pureza, na concep)ão de :aulo, consiste tamb*m no domínio e na supera)ão das JpaixFes desre+radasJ< isto quer dizer que da sua natureza $az parte necessariamente a capacidade de conter os impulsos do dese;o sensitivo, isto * a virtude da temperan)a. 4ontemporaneamente, por*m, o mesmo texto paulino diri+e a nossa aten)ão para outra $un)ão da virtude da pureza, para outra dimensão sua R poderseia dizer R mais positiva que ne+ativa. :ois bem, a $un)ão da pureza, que o Autor da 4arta parece colocar sobretudo em realce, * não só 'e não tanto( a absten)ão da JimpurezaJ e daquilo que a ela conduz, portanto a absten)ão de JpaixFes desre+radasJ, mas, ao mesmo tempo, a posse do próprio corpo e, indiretamente, tamb*m do corpo dos outros em Jsantidade e %onraJ. stas duas $un)Fes, a Jabsten)ãoJ e a JposseJ estão em estreita rela)ão e são reciprocamente dependentes. #ado que, de $acto, não se pode Jpossuir o corpo em santidade e %onraJ, se $alta aquela absten)ão Jda impurezaJ e daquilo a que ela conduz, em consequ@ncia podese admitir que a posse do corpo 'próprio e, indiretamente, al%eio( Jem santidade e %onraJ con$ere adequado si+ni$icado e valor quela absten)ão. sta requer, de per si, a supera)ão de al+uma coisa que está no %omem e que nasce espontaneamente nele como inclina)ão, como atrativo e tamb*m como valor que atua sobretudo no 2mbito dos sentidos, mas, com muita $requ@ncia, não sem repercussFes sobre as outras dimensFes da sub;etividade %umana, e particularmente sobre a dimensão a$etivoemotiva. E. 4onsiderando tudo isto, parece que a ima+em paulina da virtude da pureza R ima+em que emer+e do con$ronto muito eloquente da $un)ão da Jabsten)ão J 'isto * da temperan)a( com a da Jposse do corpo em santidade e %onraJ R * pro$undamente ;usta, completa e adequada. alvez este completamento não se deva senão ao $acto de que :aulo considera a pureza não só como capacidade 'isto * comportamento( das $aculdades sub;ectivas do %omem, mas, ao mesmo tempo, como concreta mani$esta)ão da vida Jse+undo o spíritoJ, que aI,capacidade interiormente $ecundada e enriquecida por para aquilocom quetudo :aulo, na 4arta aosem Cálatas 33, c%ama %umana J$ruto do * espíritoJ. ! respeito, que nasce no %omem aquilo que * corpóreo e sexual, quer nele quer em cada outro %omem, varão e mul%er, demonstrase a $or)a mais essencial para manter o corpo Jem santidadeJ. :ara compreender a doutrina paulina sobre a pureza, * necessário entrar a $undo no si+ni$icado do termo JrespeitoJ, compreendido aqui, obviamente, como $or)a de ordem espiritual. 7 precisamente esta $or)a interior a con$erir plena dimensão pureza como virtude, isto * como capacidade de a+ir em todo aquele campo em que o %omem descobre, no próprio íntimo, os multíplices impulsos de JpaixFes desre+radasJ, a que al+umas vezes, por vários motivos, cede.
I. :ara compreender mel%or o pensamento do Autor da primeira 4arta aos essalonicenses será bom ter presente ainda outro texto, que encontramos na primeira 4arta aos 4oríntios. 9ela :aulo expFe a sua +rande doutrina eclesioló+ica, se+undo a qual a Q+re;a * o 4orpo de 4risto< ele aproveita a ocasião para $ormular a se+uinte ar+umenta)ão sobre o corpo %umano5 J#eus disp-s os membros no corpo, cada um con$orme entendeuJ '1 4or 13, 1N(< e, mais adiante5 Jpelo contrário, os membros do corpo que parecem mais $racos * que são os mais necessários< as partes do corpo que nos parecem menos %onrosas * que nós rodeamos da maior considera)ão, e os nossos membros menos decorosos são tratados com a maior dec@ncia, ao passo que os decorosos não precisam disto. :ois bem, #eus comp-s o corpo, dispensando maior considera)ão ao que dela carecia, para não %aver divisão no corpo, mas para os membros terem a mesma solicitude uns com os outrosJ 'ibid. 13, 333I(. P. mbora o ar+umento próprio do texto em questão se;a a teolo+ia da Q+re;a como 4orpo de 4risto, todavia, paralelamente a esta passa+em, pode dizerse que :aulo, mediante a sua +rande analo+ia eclesioló+ica 'que aparece noutras 4artas, e que retomaremos a seu tempo(, contribui, contemporaneamente, para apro$undar a teolo+ia do corpo. nquanto na primeira 4arta aos essalonicenses ele escreve sobre a posse do corpo Jem santidade e %onraJ, na passa+em a+ora citada da primeira 4arta aos 4oríntios quer mostrar este corpo %umano, precisamente como di+no de respeito< poderseia tamb*m dizer que dese;a ensinar aos destinatários da sua 4arta a ;usta concep)ão do corpo %umano. :ortanto esta descri)ão paulina do corpo %umano na primeira 4arta aos 4oríntios parece estar em estreita rela)ão com as recomenda)Fes da primeira 4arta aos essalonicenses5 J0ue cada um de vós saiba possuir o seu corpo em santidade e %onraJ '1 ess E, E(. ste * um ar+umento importante, talvez o essencial, da doutrina paulina sobre a pureza.
Quarta-feira, de
P. Toltando ainda Jdescri)ãoJ paulina do corpo na primeira 4arta aos 4oríntios 13, 1N3I, queremos c%amar a aten)ão para o $acto que, se+undo o Autor da 4arta, aquele particular es$or)o que tende a respeitar o corpo %umano e especialmente os seus membros mais J$racosJ ou Jmenos decorososJ, corresponde ao desí+nio ori+inal do 4riador ou se;a quela visão de que $ala o ivro do C@nesis5 J#eus, vendo toda a Sua obra, consideroua muito boaJ 'C*n 1, >1(. :aulo escreve5 J#eus comp-s o corpo, dispensando mais considera)ão ao que dela carecia, para não %aver divisão no corpo, mas para os membros terem a mesma solicitude uns com os outrosJ '1 4or 13, 3E3I(. A Jdivisão no corpoJ, cu;o resultado * que al+uns membros são considerados Jmais $racosJ, Jmenos %onrososJ, portanto Jmenos decorososJ, * ulterior expressão da visão do estado interior do %omem depois do pecado ori+inal, isto *, do %omem J%istóricoJ. ! %omem da inoc@ncia ori+inal, varão e mul%er, de quem lemos em C@nesis 3, 3I que Jestavam nus.., mas não sentiam ver+on%aJ, não sentia nem sequer aquela Jdivisão no corpoJ. A ob;ectiva %armonia, de que o 4riador dotou o corpo e que :aulo precisa como recíproco cuidado dos vários membros 'c$. 1 4or 13, 3I(, correspondia análo+a %armonia no intimo do %omem5 a %armonia do Jcora)ãoJ. sta %armonia, ou se;a precisamente a Jpureza de cora)ãoJ, consentia ao %omem e mul%er no estado de inoc@ncia ori+inal experimentarem simplesmente 'e num modo que ori+inalmente os $azia $elizes a ambos( a $or)a unitiva dos seus corpos, que era, por assim dizer, o JinsuspeitávelJ substrato da sua união pessoal ou communio personarum. D. 4omo se v@, o Apóstolo na primeira 4arta aos 4oríntios '13, 1N3I( relaciona a sua descri)ão do corpo %umano com o estado do %omem J%istóricoJ. 9os alvores da %istória deste %omem está a experi@ncia da ver+on%a relacionada com a Jdivisão no corpoJ, com o sentido de pudor por aquele corpo 'e em especial por aqueles seus membros que somaticamente determinam a masculinidade e a $eminilidade(. odavia, na mesma Jdescri)ãoJ, :aulo indica tamb*m o camin%o que 'precisamente sobre a base do sentido de ver+on%a( conduz trans$orma)ão de tal estado at* +radual vitória sobre aquela Jdivisão no corpoJ, vitória que pode e deve ser atuada no cora)ão do %omem. ste * precisame nte o camin%o da pureza, ou se;a do Jpossuir o próprio corpo com santidade e %onraJ. Ao JrespeitoJ, de que trata a primeira 4arta aos essalonicenses 'E, >I(, re$erese :aulo na primeira 4arta aos 4oríntios '13, 1N3I( usando al+umas locu)Fes equivalentes, quando $ala do JrespeitoJ ou se;a da estima para com os membros Jmenos %onrososJ, Jmais $racosJ do corpo, e quando recomenda maior Jdec@nciaJ no que se re$ere quilo que no %omem * considerado Jmenos decorosoJ. stas locu)Fes caracterizam mais de perto aquele JrespeitoJ sobretudo no 2mbito da conviv@ncia e dos comportamentos %umanos em rela)ão ao corpo< o que * importante quer em re$er@ncia ao JpróprioJ corpo, quer evidentemente s rela)Fes recíprocas 'especialmente entre o %omem e a mul%er, embora não limitadamente a elas(. 9ão temos dGvida al+uma que a Jdescri)ãoJ do corpo %umano na primeira 4arta aos 4oríntios tem um si+ni$icado $undamental para o con;unto da doutrina paulina sobre a pureza.
Quarta-feira, 11 de
esta JsantidadeJ exorta :aulo na primeira 4arta aos essalonicenses 'E, >I(, quando escreve que se deve Jpossuir o próprio corpo em santidade e %onraJ. I. 9o capítulo P da primeira 4arta aos 4oríntios, :aulo precisa pelo contrário a verdade sobre a santidade do corpo, condenando com palavras at* drásticas a JimoralidadeJ, isto * o pecado contra a santidade do corpo, o pecado da impureza5 J9ão sabíeis que os vossos corpos são membros de 4risto8 Qria eu, então, tomar os membros de 4risto para os $azer membros de uma prostituta8 #e modo al+umK 9ão sabeis que aquele que se ;unta com a prostituta tornase um mesmo corpo com ela8 :orque serão dois numa só carne, como diz a scritura. Aquele, por*m, que se une ao Sen%or constitui, com le, um só espíritoJ '1 4or P, 1I 1D(. Se a pureza *, se+undo o ensinamento paulino, um aspecto da Jvida se+undo o spíritoJ, isto quer dizer que o mist*rio da reden)ão do corpo nela $ruti$ica como parte do mist*rio de 4risto, iniciado na ncarna)ão e ;á atrav*s dela diri+ido a cada %omem. ste mist*rio $ruti$ica tamb*m na pureza, entendida como particular empen%o $undado na *tica. ! $acto de termos Jsido comprados por um +rande pre)oJ '1 4or P, 3?(, isto * pelo pre)o da reden)ão de 4risto, $az nascer precisamente um compromisso especial, ou se;a o dever de Jpossuir o próprio corpo em santidade e %onraJ. A consci@ncia da reden)ão do corpo actua na vontade %umana em $avor da absten)ão da JimpurezaJ, antes, a+e a $im de $azer adquirir uma adequada %abilidade ou capacidade, c%amada virtude da pureza. ! que resulta das palavras da primeira 4arta aos 4oríntios 'P, 1I1D( a propósito do ensinamento de :aulo sobre a virtude da pureza como realiza)ão da vida Jse+undo o spíritoJ, * particularmente pro$undo e tem a $or)a do realismo sobrenatural da $*. 7 necessário voltarmos a re$letir sobre este tema mais de uma vez.
Quarta-feira, de 0ar"o de 19;1 ia'em &ostólica ao E8tremo riente 1. A quarta$eira de 4inzas R a %odierna quarta$eira R constitui o início da 0uaresma. 9ós, impondo na $ronte as 4inzas em con$ormidade com tradi)ão antiquíssima, dese;amos mani$estar não só a transitoriedade do mundo visível e a lei da morte, qual neste mundo está su;eito tamb*m o %omem, mas, ao mesmo tempo, dese;amos mani$est ar a nossa prontidão em participar no mist*rio pascal de 4risto, que leva vitória sobre o pecado e sobre a morte. A litur+ia das 4inzas R a que preside o Bispo de oma, con$orme a tradi)ão na Q+re;a estacional de Santa Sabina no Aventin o R * o primeiro c%amamento para a conversão dos cora)Fes e para a entrada no camin%o da 0uaresma ';e;um de E? dias(, dentro do espírito da Q+re;a. scutando a sua voz, não tomeis duros os vossos cora)Fes, mas dia após dia tomaios mais sensíveis voz do Sen%or 4ruci$icado. 3. 9este dia, no limiar da 0uaresma, dese;o dar conta daquele particular servi)o pastoral do Bispo de oma, que $oi, na se+unda metade do m@s passado, a via+em ao xtremo !riente, iniciada a 1P e terminada a 3D de Oevereiro. ! motivo principal da via+em $oi o pedido do Arcebispo de /anila, 4ardeal aime . Sin, que me apresentou lo+o no princípio do meu servi)o na S* omana, de elevar pela primeir a vez aos altares um $il%o da Q+re;a nas Oilipinas, em rela)ão com o quarto centenário da exist@ncia e da atividade da S* piscopal de /anila. ste primeiro Beato da terra $ilipina, que obteve a +lori$ica)ão, $oi ouren)o uiz, lei+o e pai de $amília. untamente com outro +rupo de missionários, compos to por eclesiásticos e lei+os, %omens e mul%eres, pertencentes pela maior parte !rdem dos #ominicanos, e provenientes da span%a, da Oran)a, da Qtália e at* do apão, ouren)o uiz so$reu o martírio pela $* em 4risto, no ano de 1P>D. >. Assim pois, o motivo direto da min%a via+em esteve principalmente li+ado com o $acto do martírio, de que um dos participantes $oi um $il%o da Q+re;a nas Oilipinas< mas o $acto mesmo realizouse no apão, em datas que se se+uiram com pouca dist2ncia, em 1P>>, em 1P>E e em 1P>D. 0uis diri+irme ao xtremo !riente, s Oilipinas e ao apão, para prestar %omena+em aos mártires da $*, tanto aos vindos da vel%a uropa, como tamb*m aos indí+enas. A Q+re;a que se desenvolveu, a partir da 4ruz de 4risto no 4alvário, em todos os s*culos e em diversos lu+ares, atin+e a maturidade mediante o testemun%o da cruz, mediante o martírio pela $*, aceito R conscientemente, deliberadamente e com amor R pelos con$essore s de 4risto5 J9in+u*m tem amor maior que este5 dar a vida pelos próprios ami+os J 'o 1I, 1>(. A Q+re;a no xtremo !riente passou, no decurso dos s*culos, atrav*s do testemun%o da 4ruz, cresceu sobre o $undamento do san+ue do martírio, que derramaram quer os missionários provenientes da uropa, quer os con$essores de 4risto daquelas terras, atin+indo depressa a matura)ão da maior prova do amor. ste $undamento $oi ;á abundantemente lan)ado nos diversos países da sia e do xtremo !riente. E. , por isto mesmo, se as propor)Fes quantitativas nos levam a ol%ar para as Q+re;as locais do xtremo !riente e do 4ontinente Asiático, ainda como il%azin%as no mar das outras reli+iFes, das tradi)Fes e das culturas, todavia, ao mesmo tempo, as pro$undidades do $undamento, lan)ado mediante o martírio de tantos cristãos, permitenos ver nelas o cristianismo preparado ;á desde os $undamentos e maduro por causa do testemun%o da 4ruz de 4risto. ! meu pensamento e o meu cora)ão diri+iramse, durante os dias passados, de modo particular para este testemun%o e para este $undamento, não só para onde diretamente realizava a min%a pere+rina)ão, mas tamb*m para todos os territórios do +i+antesco 4ontinente e dos vastos arquip*la+os que o circundam. se a %istória de dois mil@nios parece dar talvez maior testemun%o das di$iculdades de um encontro recíproco entre o cristianismo e as tradi)Fes reli+iosas da sia e do xtremo !riente, todavia a eloqu@ncia deste $undamento não pode $icar sem eco. Ho;e, depois do 4oncílio Taticano QQ ol%amos para tudo isto com esperan)a ainda maior, tendo diante dos ol%os a #eclara)ão sobre as rela)Fes da Q+re;a 4atólica com as eli+iFes não cristãs. ul+amos pro$undamente que #eus no todos os qualquer %omens se;am salvos e c%e+uem ao con%ecimento da verdadeJ '1 Seu im amor 3, E(. paternal !l%amosquer com Jque respeito para emana)ão daquelas verdades, que se mani$estam tamb*m $ora do cristianismo. Ao mesmo tempo, não cessamos de pedir e atuar nesta dire)ão, para que a todos os povos se revele a plenitude do divino mist*rio da salva)ão, que está em 4risto esus. 9isto se encontra precisamente a missão da Q+re;a, que ela realiza continuamente Jem qualquer ocasião oportuna e inoportunaJ '3 im E, 3(, ale+randose tamb*m com a ale+ria daquele reban%ozin%o, porque ao :ai aprouve darl%e o Seu reino 'c$. c 13, >3(.
I. sta ale+ria $oi partil%ada tamb*m pelos meus Qrmãos e Qrmãs, que encontrei no decurso da min%a via+em. á no primeiro dia, em arac%i R cidade de mais de tr@s mil%Fes de %abitantes, situada no :aquistão R mais de 1?? mil cristãos se apertavam em redor dos seus Bispos, com o 4ardeal osep% 4ordeiro, Arcebispo de arac%i, $rente. P. #as Oilipinas * di$ícil dizer quanto baste e seria necessário dizer muito, mesmo que não $osse senão porque me $oi concedido determe lá mais lon+amente. odavia di$ícil seria contentarmonos só com o papel de um correspondente ou de um cronista. As Oilipinas são o país do xtremo !riente, em que a Q+re;a 4atólica lan)ou mais pro$undamente raízes e, para mais dizer, identi$icouse com a sociedade aborí+ena e elaborou muitas $ormas, quer tradicionais quer modernas, do apostolado e da pastoral. 4omo exemplo das $ormas tradicionais podemse recordar as várias maneiras da c%amada Jreli+iosidade popularJ, nas quais parece participar tamb*m a parte culta daquela sociedade. As $ormas modernas R particularmente as Zniversidades 4atólicas e tamb*m as escolas R come)aram a trabal%ar %á al+uns s*culos 'basta recordar a Zniversidade dos :adres #ominicanos( e continuam a desenvolverse< o mesmo vale no que diz respeito obra caritativa. /as, precisamente relacionado com esta situa)ão bem privile+iada da Q+re;a nas Oilipinas, impFese tamb*m o pensamento sobre os deveres particulares, que esta Q+re;a deve imporse no campo da van+eliza)ão do xtremo !riente< e muito * preciso pedir que ela descubra estas tare$as e se torne capaz de en$rentálas. D. A breve visita na il%a Cuam, no meio do arquip*la+o das /arianas, permite pensar com ale+ria nos resultados notáveis da evan+eliza)ão naquela re+ião do :ací$ico e $azer votos por que Ja palavra do Sen%or se;a anunciada s il%as mais a$astadasJ 'c$. er >1, 1?(. N. :articular eloqu@ncia teve a demora no apão. :ela primeira vez os p*s do Bispo de oma tocaram aquele arquip*la+o, em que a %istória do cristianismo se escreve desde os tempos de São Orancisco Yavier< primeiro, um período de intenso desenvolvimento< depois, lon+os anos de perse+ui)Fes san+rentas< isto mani$estou a estupenda prova de $idelidade dos 4ristãos aponeses, particularmente das re+iFes de 9a+asaqui. :or $im, o período contempor2neo, em que a Q+re;a pode de novo atuar sem obstáculos< período em que desenvolveu muitas institui)Fes e instrumentos modernos R recordemos as onze Zniversidades 4atólicas entre as quais a JZniversidade Sop%iaJ de óquio R e no qual, ao mesmo tempo, o processo de cristianiza)ão prosse+ue muito lentamente, muito mais lentamente do que no s*culo YTQ. 4ontudo, tamb*m estes poucos dias de demora me permitiram darme conta de como a Q+re;a e o cristianismo constituem certo ponto de re$er@ncia na vida espiritual da sociedade ;aponesa. :ode ser que este va+ar da cristianiza)ão nos nossos tempos derive das mesmas $ontes que a seculariza)ão do mundo ocidental li+ada com o processo intenso 'e unilateralK( da civiliza)ão cientí$ica e t*cnica. #e $acto, sob este ponto de vista, o apão encontrase entre os países mais pro+ressivos do mundo inteiro. tapa importante da visita ao apão $oi Hiroxima5 a primeira cidade vítima da bomba at-mica, a P de A+osto de 1=EI 'tr@s dias depois tamb*m 9a+asaqui(. anto a recorda)ão dos ind-mitos mártires ;aponeses dos s*culos passados, como tamb*m a eloqu@ncia de Hiroxima, o$ereceram a oportunidade de eu diri+ir os meus passos para o xtremo !riente, precisamente rumo ao apão. =. sta recente via+em $oi sem dGvida a mais lon+a das por mim $eitas at* a+ora, li+adas com o meu servi)o na S* de :edro. ! seu itinerário abran+eu quase todo o +lobo. Ainda na Gltima etapa tive a oportunidade de parar em Anc%ora+e, no Alasa, adorando a #eus com o Sacri$ício ucarístico, ;untamente com todos aqueles que, naqueles con$ins setentri onais do 4ontinente Americano, prestam testemun %o do Seu Amor e da Sua :resen)a at* Jaos extremos con$ins da terraJ 'Act 1, N(. 1?. Oalandovos de tudo isto na audi@ncia +eral de %o;e, primeira quarta$eira da 0uaresma, come)o por a+radecer as ora)Fes, que em tão lon+o camin%o me a;udaram< pe)o em se+uida, ;untamente convosco, que os $rutos da conversão e da esperan)a atin;am todos aqueles que, em todo o orbe terrestre, não cessam de procurar o osto do Sen%or 'c$. Sl 3Pg3D, N(.
Quarta-feira, 1; de 0ar"o de 19;1 outrina aulina da ure6a como @!ida se'undo o Esírito@ 1. 9o nosso encontro de %á semanas, concentramos a aten)ão sobre a passa+em da primeira 4arta aos 4oríntios, em que São :aulo c%ama ao corpo %umano Jtemplo do spírito SantoJ. screve5 J9ão sabeis porventura que o vosso corpo * templo do spírito Santo que %abita em vós, que recebestes de #eus, e que não vos pertenceis a vós mesmos8 que $ostes comprados por alto pre)oJ '1 4or P, 1=3?(. J9ão sabeis que os vossos corpos são membros de 4risto8J '1 4or P, 1I(. ! Apóstolo indica o mist*rio da Jreden)ão do corpoJ, realizada por 4risto, como $onte de um particular dever moral, que obri+a os cristãos pureza, aquela que o mesmo :aulo de$ine noutra passa+em como exi+@ncia de Jpossuir o seu corpo em santidade e %onraJ '1 ess E, E(. 3. odavia não descobriríamos at* ao $undo a riqueza do pensamento encerrado nos textos paulinos, se não notássemos que o mist*rio da reden)ão $ruti$ica no %omem tamb*m de modo carismático. ! spírito Santo que, se+undo as palavras do Apóstolo, entra no corpo %umano como no próprio JtemploJ, nele %abita e opera unido aos seus dons espirituais. ntre estes dons, con%ecidos na %istória da espiritualidade como os sete dons do spírito Santo 'c$. Qs 11, 3 se+undo os Setenta e a Tul+ata(, o mais con+enial virtude da pureza parece ser o dom da JpiedadeJ 'eusebeia, clonum pietatis( '1(. Se a pureza dispFe o %omem para Jmanter o próprio corpo com santidade e respeitoJ, se+undo lemos na primeira 4arta aos essalonicenses 'E, >I( a piedade, que * dom do spírito Santo, parece servir de modo particular pureza, adaptando o su;eito %umano quela di+nidade que * própria do corpo %umano em virtude do mist*rio da cria)ão e da reden)ão. Cra)as ao dom da piedade, as palavras de :aulo R J9ão sabeis que o vosso corpo * templo do spírito Santo que %abita em vós... e que não pertenceis a vós mesmos8J '1 4or P, 1=( R adquirem a eloqu@ncia de uma experi@ncia e tornamse viva e vivida verdade nas a)Fes. Abrem tamb*m o acesso mais pleno experi@ncia do si+ni$icado esponsal do corpo e da liberdade do dom li+ado com ele, no qual se desvelam o rosto pro$undo da pureza e o seu la)o or+2nico com o amor. >. mbora a conserva)ão do próprio corpo Jcom santidade e %onraJ se consi+a mediante a absten)ão da JimpurezaJ R e tal camin%o * indispensável R, todavia $ruti$ica sempre na experi@ncia mais pro$unda daquele amor, que $oi inscrito desde o JprincípioJ, se+undo a ima+em e semel%an)a do próprio #eus, em todo o ser %umano e portanto tamb*m no seu corpo. :or isso São :aulo termina a sua ar+umenta)ão da primeira 4arta aos 4oríntios no capítulo sexto com uma si+ni$icativa exorta)ão5 JClori$icai, pois, a #eus no vosso corpoJ 'v. 3?(. A pureza, como virtude, ou se;a, capacidade de Jmanter o próprio corpo com santidade e respeitoJ, aliada com o dom da piedade, como $ruto da perman@ncia do spírito Santo no JtemploJ do corpo, realiz a nele tal plenitude de di+nidade nas rela)F es interpessoais, que #eus mesmo * nisso +lori$icado. A pureza * +lória do corpo %umano diante de #eus. 7 a +lória de #eus no corpo %umano, atrav*s do qual se mani$estam a masculinidade e a $eminilidade. #a pureza brota aquela sin+ular beleza, que penetra toda a es$era da recíproca conviv@ncia dos %omens e consente que se exprimam a simplicidade e a pro$undidade, a cordialidade e a autenticidade irrepetível da con$ian)a pessoal. 'alvez se apresente depois outra ocasião para tratar mais amplamente este tema. ! la)o da pureza com o amor, e tamb*m o la)o da mesma pureza no amor R com aquele dom do spírito Santo que * a piedade R constituem a trama pouco con%ecida da teolo+ia do corpo, que merece todavia apro$undamento particular. Qsto poderá ser realizado no decurso das análises quanto sacramentalidade do matrim-nio(. E. A+ora uma breve re$er@ncia ao Anti+o estamento. A doutrina paulina acerca da pureza, entendida como Jvida se+undo o spíritoJ, parece indicar certa continuidade em rela)ão com os ivros JsapienciaisJ do Anti+o estamento. 9eles encontramos, por exemplo, a se+uinte ora)ão para obter a pureza nos pensamentos, palavras e obras5 JSen%or, pai e #eus da min%a vida... a$astai de mim a intemperan)a, e não se apodere de mim a paixão da impurezaJ 'Sir 3>, EP(. A pureza *, de $acto, condi)ão para encontrar a sabedoria e para se+uila, con$orme lemos no mesmo ivro5 Jncontrei, em mim mesmo, muita sabedoria, e nela $iz +randes pro+ressosJ 'Sir I1, 3?(. Al*m disso, poderseia tamb*m de al+um modo tomar em considera)ão o texto do ivro da Sabedoria 'N, 31( con%ecido pela litur+ia na versão da Tul+ata5 JScivi quoniam aliter non possum esse continens, nisi #eus det< et %oc ipsum erat sapientiae, scire, cuius esset %oc donumJ '3(. Se+undo este de contexto, tanto * de a pureza condi)ão quanto atextos sabedoria * condi)ão da pureza, como um domnão particular #eus. :arece queda;ásabedoria nos supercitados sapienciais se delineia o duplo si+ni$icado da pureza5 como virtude e como dom. A virtude está ao servi)o da sabedoria, e a sabedoria predispFe para acol%er o dom que prov*m de #eus. ste dom $orti$ic a a virtude e consente que se +ozem, na sabedoria, os $rutos de um proceder e de uma vida que se;am puros. I. 4omo 4risto na sua bemaventuran)a do Sermão da /ontan%a, a qual se re$ere aos Jpuros de cora)ãoJ, pFe em relevo a Jvisão de #eusJ, $ruto da pureza e em perspectiva escatoló+ica, assim :aulo por sua vez
real)a a sua irradia)ão nas dimensFes da temporalidade, quando escreve5 Judo * puro para os que são puros< mas, para os %omens sem $* nem inte+ridade, nada * puro< at* o seu espírito e a sua consci@ncia estão contaminados. #izem que con%ecem a #eus, mas ne+amn6! com as suas obras...J 'it 1, 1I ss.(. stas palavras podem re$erirse tamb*m pureza em sentido tanto +eral quanto especí$ico, como nota característica de todo o bem moral. :ara a concep)ão paulina da pureza, no sentido de que $alam a primeira 4arta aos essalonicenses 'E, >I( e a primeira 4arta aos 4oríntios 'P, 1>3?(, isto * no sentido da Jvida se+undo o spíritoJ, parece ser $undamental R como resulta do con;unto destas nossas considera)Fes R a antropolo+ia do renascimento do spírito Santo 'c$. tamb*m o >, I ss.(. la er+uese das raízes lan)adas na realidade da reden)ão do corpo, operada por 4risto5 reden)ão, cu;a expressão Gltima * a ressurrei)ão. Há pro$undas razFes para relacionar a temática inteira da pureza com as palavras do van+el%o, nas quais 4risto se re$ere ressurrei)ão 'e isto constituirá o tema da nova etapa das nossas considera)Fes(. Aqui pusemola em rela)ão com o Jet%osJ da reden)ão do corpo. P. ! modo de entender e de apresentar a pureza R %erdado da tradi)ão do Anti+o estamento e característico dos ivros JsapienciaisJ R era certamente uma indireta mas, apesar disso, real prepara)ão para a doutrina paulina acerca da pureza entendida como Jvida se+undo o spíritoJ. Sem dGvida aquele modo $acilitava tamb*m a muitos ouvintes do Sermão da /ontan%a a compreensão das palavras de 4risto, quando, explicando o mandamento J9ão cometerás adult*rioJ, se re$eria ao Jcora)ãoJ %umano. ! con;unto das nossas re$lexFes p-de deste modo demonstrar, ao menos em certa medida, com que riqueza e com que pro$undidade se distin+ue a doutrina sobre a pureza nas suas mesmas $ontes bíblicas e evan+*licas.
Notas 1( A eusebeía ou pietas no período %elenísticoromano re$eriase +eralmente venera)ão dos deuses 'como Jdevo)ãoJ(, mas conservava ainda o sentido primitivo mais lato do respeito para com as estruturas vitais. A eusebeía de$inia o comportamento recíproco dos consan+uíneos, as rela)Fes entre os c-n;u+es, e tamb*m a atitude que as le+iFes deviam a 4*sar ou a dos escravos para com os patrFes. 9o 9ovo estamento, só os escritos mais tardios aplicam a eusebeía aos cristãos< nos escritos mais anti+os esse termo caracteriza os Jbons pa+ãosJ 'Act 1?, 3.D< 1D, 3>(. assim a eusebeía %el*nica, como tamb*m o Jdonum pietatisJ, re$erindose embora, sem dGvida, venera)ão divina, t@m lar+a base para exprimir as rela)Fes inter%umanas 'c$. W. Ooerster, art. eusebeía, em5 J%eolo+ical #ictionarV o$ t%e 9e\ estamentJ, ed. C. ittelC. Bromi1eV, vol. TQQ, Crand apids 1=D1, erdmans, pp. 1DD1N3(. 3( sta versão da Tul+ata, conservada pela 9eovul+ata e pela litur+ia, citada várias vezes por Santo A+ostin%o '#e S. Tir+., par. E>< 4on$ess. TQ, 11< Y, 3=< Serm. 4Y, D(, muda todavia o sentido do ori+inal +re+o, que se traduz assim5 J4omo sabia que não podia obter a sabedoria, se #eus ma não desse...J.
Quarta-feira, 1 de &bril de 19;1 & fun"#o ositi!a da ure6a de cora"#o 1. Antes de concluir o ciclo de considera)F es sobre as palavras pronunci adas por esus 4risto no Sermão da /ontan%a, * necessário recordar essas palavras uma vez mais e retornar sumariamente o $io das ideias, de que estas constituír am a base. is o teor das palavras de esus5 J!uvis tes que $oi dito5 9ão cometer ás adult*rio. u, por*m, di+ovos que todo aquele que ol%ar para uma mul%er, dese;andoa, ;á cometeu adult*rio com ela, no seu cora)ãoJ '/t I, 3D3N(. São palavras sint*ticas, que exi+em apro$undada re$lexão, de modo análo+o s palavras em que 4risto se re$eriu ao JprincípioJ. Aos Oariseus, que R apoiandose na lei de /ois*s que admitia o c%amado ato de repGdio R l%e tin%am per+untado5 J7 permitido ao %omem repudiar a sua mul%er por qualquer motivo8J, le respondeu5 J9ão lestes que o 4riador, desde o princípio, $@los %omem e mul%er8 :or isso o %omem deixará o pai e a mãe, e unirseá a sua mul%er e serão os dois uma só carne... :ois bem, o que #eus uniu, não o separe o %omemJ '/t 1=, >P(. amb*m estas palavr as requereram uma re$lexão apro$undada, para extrair toda a riqueza nelas encerrada. Zma re$lexão deste +@nero consentiunos apresentar a aut@ntica teolo+ia do corpo. 3. Se+uindo a re$er@ncia que $ez 4risto ao JprincípioJ, dedicamos uma s*rie de re$lexFes aos relativos textos do ivro do C@nesis, que tratam precisamente daquele JprincípioJ. #as análises $eitas sur+iu não só uma ima+em da situa)ão do %omem R varão e mul%er R no estado de inoc@ncia ori+inal, mas tamb*m a base teoló+ica da verdade do %omem e a sua particular voca)ão que brota do eterno mist*rio da pessoa5 ima+em de #eus, encarnada no $acto visível e corpóreo da masculinidade ou $eminilidade da pessoa %umana. sta verdade encontrase na base da resposta dada por 4risto em rela)ão com o carácter de matrim-nio, e em particular com a sua indissolubilidade. 7 verdade sobre o %omem, verdade que $az penetrar as raízes no estado de inoc@ncia ori+inal, verdade que * necessário, portanto, entenderse no contexto daquela situa)ão anterior ao pecado, tal como procuramos $azer no ciclo precedente das nossas re$lexFes. >. Ao mesmo tempo, * preciso todavia considerar, entender e interpretar a mesma verdade $undamental sobre o %omem, o seu ser de varão e de mul%er, no prisma de outra situa)ão5 isto *, daquela que se $ormou mediante a ruptura da primeira alian)a com o 4riador, ou se;a, mediante o pecado ori+inal. 4onv*m ver tal verdade sobre o %omem R varão e mul%er R no contexto da sua pecaminosidade %ereditária. * precisamente aqui que nos encontramos com o enunciado de 4risto no Sermão da /ontan%a. 7 óbvio que na Sa+rada scritura da Anti+a e da 9ova Alian)a %á muitas narra)Fes, $rases e palavras, que v@m con$irmar a mesma verdade, isto *, a de trazer o %omem J%istóricoJ em si a %eran)a do pecado ori+inal< apesar disto, as palavras de 4risto, pronunciadas no Sermão da /ontan%a, parecem ter R com toda a sua concisa enuncia)ão R uma eloqu@ncia particularmente densa. #emonstramno as análises $eitas precedentemente, que $oram desvelando pouco a pouco o que está encerrado naquelas palavras. :ara clari$icar as a$irma)Fes relativas concupisc@ncia, * necessário tomar o si+ni$icado bíblico da concupisc@ncia mesma R da tríplice concupisc@ncia R e principalmente da concupisc@ncia da carne. ntão, pouco a pouco, c%e+ase a compreender porque de$ine esus aquela concupisc@ncia 'precisamente5 o Jol%ar dese;andoJ( como Jadult*rio cometido no cora)ãoJ. $etuando as análises respectivas, procuramos ao mesmo tempo compreender que si+ni$icado tin%am as palavras de 4risto para os seus imediatos ouvintes, educados na tradi)ão do Anti+o estamento, isto *, na tradi)ão dos textos le+islativos, como tamb*m pro$*ticos e JsapienciaisJ< e, al*m disso, que si+ni$icado podem ter as palavras de 4risto para o %omem de todas as outras *pocas, e em particular para o %omem contempor2neo, considerando os seus vários condicionamentos culturais. stamos persuadidos, de $acto, que estas palavras, no seu conteGdo essencial, se re$erem ao %omem de todo o lu+ar e de todos os tempos. 9isto está tamb*m o seu valor sint*tico5 a cada um anunciam elas a verdade que * para ele válida e substancial. E. 0ual * esta verdade8 Qndubitavelmente, * uma verdade de carácter *tico e portanto, a$inal, de uma verdade de carácter normativo, assim como normativa * a verdade contida no mandamento5 J9ão cometerás adult*rioJ. A interpreta)ão deste mandamento, dado por 4risto, indica o mal que * necessário evitar e vencer R precis amente o mal da concupisc@ ncia da carne R e ao mesmo tempo indica o bem a que a vitória sobre os dese;os abre camin%o. ste bem * a Jpureza de cora)ãoJ, de que $ala 4risto no mesmo contexto do Sermão da /ontan%a. #o ponto de vista bíblico, a Jpureza de cora)ãoJ si+ni$ica a liberdade de todo o +@nero de pecado ou de culpa e não só dos pecados que dizem respeito Jconcupisc@ncia da carneJ. odavia, do aqui ocupamonos de modo particular um dos aspectos daquela de JpurezaJ, o qual constitui o contrário adult*rio Jcometido no cora)ãoJ. Se de aquela Jpureza de cora)ãoJ, que tratamos, se entende se+undo o pensamento de São :aulo, como Jvida se+undo o spíritoJ, então o contexto paulino o$erecenos uma ima+em completa do conteGdo encerrado nas palavras pronunciadas por 4risto no Sermão da /ontan%a. 4ont@m uma verdade de natureza *tica, pFem de sobreaviso contra o mal e indicam o bem moral do comportamento %umano, aliás, levam os ouvintes a evitar o mal da concupisc@ncia e a adquirir a pureza de cora)ão, stas palavras t@m portanto si+ni$icado normativo e, tamb*m, indicador. #iri+indo para o bem da Jpureza de cora)ãoJ, indicam ao mesmo tempo, os valores a que o cora)ão
%umano pode e deve aspirar. I. #aqui a per+unta5 que verdade, válida para todo o %omem, está contida nas palavras de 4risto8 #evemos responder que está nelas encerrada não só uma verdade *tica, mas tamb*m a verdade essencial sobre o %omem, a verdade antropoló+ica. :or isso, exatamente, remontamos a estas palavras ao $ormular aqui a teolo+ia do corpo, em estreita rela)ão e, por assim dizer, na perspectiva das palavras preceden tes, em que se re$erira 4risto ao JprincípioJ. :odese a$irmar que, com a sua expressiva eloqu@ncia evan+*lica, consci@ncia do %omem da concupisc@ncia *, em certo modo, recordado o %omem da inoc@ncia ori+inal. /as as palavras de 4risto são realistas. 9ão procuram obri+ar o cora)ão %umano a voltar ao estado de inoc@ncia ori+inal, que o %omem ;á deixou atrás de si no momento em que cometeu o pecado ori+inal< pelo contrário, indicaml%e o camin%o para uma pureza de cora)ão, que l%e * possível e acessível tamb*m no estado da pecaminosid ade %ereditária. 7, esta, a pureza do J%omem da concupisc@ nciaJ, que todavia está inspirado pela palavra do van+el%o e aberto Jvida se+undo o spíritoJ 'em con$ormidade com as palavras de São :aulo(, * esta a pureza do %omem da concupisc@ncia, que está envolvido inteiramente pela Jreden)ão do corpoJ, realizada por 4risto. :recisamente por isto encontramos nas palavras do Sermão da /ontan%a a re$er@ncia ao Jcora)ãoJ, isto *, ao %omem interior. ! %omem interior deve abrirse vida se+undo o spírito, para que a pureza evan+*lica de cora)ão se;a por ele participada5 para que ele reencontre e realize o valor do corpo, libertado dos vínculos da concupisc@ncia mediante a reden)ão. ! si+ni$icado normativo das palavras de 4risto está pro$undamente radicado no seu si+ni$icado antropoló+ico, na dimensão da interioridade %umana. P. Se+undo a doutrina evan+*lica, desenvolvida de modo tão maravil%oso nas 4artas paulinas, a pureza não * só absterse da impudicícia 'c$. 1 ess E, >(, ou se;a temperan)a, mas, ao mesmo tempo, abre tamb*m o camin%o para uma descoberta cada vez mais per$eita da di+nidade do corpo %umano< o que está or+anicamente li+ado com a liberdade do dom da pessoa na autenticidade inte+ral da sua sub;etividade pessoal, masculina ou $eminina. #este modo a pureza, no sentido de temperan)a, desenvolvese no cora)ão do %omem que a cultiva e tende a descobrir e a a$irmar o sentido esponsal do corpo na sua verdade inte+ral. sta mesma verdade deve ser con%ecida interiormente< deve, de certo modo, ser Jsentida com o cora)ãoJ, para que as rela)Fes recíprocas do %omem e da mul%er R e mesmo o simples ol%ar R readquiram aquele conteGdo autenticamente esponsal dos seus si+ni$icados. * precisamente este conteGdo que no van+el%o * indicado pela Jpureza de cora)ãoJ. D. Se na experi@ncia interior do %omem 'isto *, do %omem da concupisc@ncia( a Jtemperan)aJ se desen%a, por assim dizer, como $un)ão ne+ativa, a análise das palavras de 4risto, pronunciadas no Sermão da /ontan%a e relacionadas com os textos de São :aulo, consentenos deslocar tal si+ni$icado para a $un)ão positiva da pureza de cora)ão. 9a pureza consumada o %omem +oza dos $rutos da vitória alcan)ada sobre a concupisc@ncia, vitória a que se re$ere São :aulo ao exortar a que Jse manten%a o próprio corpo com santidade e respeitoJ '1 ess E, E(. /ais, exatamente numa pureza assim consumada mani$estase em parte a e$icácia do dom do spírito Santo, de que o corpo %umano J* temploJ 'c$. 1 4or P, 1=(. ste dom * sobretudo o da piedade 'donum pietatis(, que restitui experi@ncia do corpo R especialmente quando se trata da es$era das rela)Fes recíprocas do %omem e da mul%er R toda a sua simplicidade, a sua limpidez e tamb*m a sua ale+ria interior. ste *, como se v@, um clima espiritual, bem diverso da Jpaixão e concupisc@nciaJ, sobre que escreve :aulo 'e que, por outro lado con%ecemos devido s precedentes análises< baste recordar o Sirácide 3P, 1>.1I1N(. Zma coisa *, de $acto, a satis$a)ão das paixFes, outra a ale+ria que o %omem encontra em possuirse mais plenamente a si mesmo, podendo deste modo tornarse, ainda mais plenamente, um verdadeiro dom para outra pessoa. As palavras pronunciadas por 4risto no Sermão da /ontan%a diri+em o cora)ão %umano precisamente para tal ale+ria. A elas * necessário con$iarmonos a nós mesmos, con$iarmos os nossos pensamentos e as próprias a)Fes, para encontrar a ale+ria e a o$erecer aos outros.
Quarta-feira, ; de &bril de 19;1 eda'o'ia do coro, ordem moral e manifesta"Ies afeti!as 1. 4onv*mnos a+ora concluir as re$lexFes e as análises baseadas nas palavras ditas por 4risto no Sermão da /ontan%a, com que se re$eriu ao cora)ão %umano, exortandoo pureza5 J!uvistes que $oi dito5 9ão cometerás adult*rio. u por*m di+ovos que todo aquele que ol%ar para uma mul%er, dese;andoa, ;á cometeu adult*rio com ela no seu cora)ãoJ '/t I, 3D3N(. #issemos repetidamente que estas palavras, escutadas uma vez pelos ouvintes, em nGmero limitado, daquele Sermão, se re$erem ao %omem de todos os tempos e lu+ares, e $azem apelo ao cora)ão %umano, em que se inscreve a mais interior e, em certo sentido, a mais essencial trama da %istória. 7 a %istória do bem e do mal 'cu;o início está li+ado, no ivro do C@nesis, com a misteriosa árvore do con%ecimento do bem e do mal( e, ao mesmo tempo, * a %istória da salva)ão, cu;a palavra * o van+el%o e cu;a $or)a * o spírito Santo, dado Aqueles que recebem o van+el%o com o cora)ão sincero. 3. Se o apelo de 4risto ao Jcora)ãoJ %umano e, ainda antes, a sua re$er@ncia ao JprincípioJ nos consentem construir ou pelo menos esbo)ar uma antropolo+ia, que podemos c%amar Jteolo+ia do corpoJ, tal teolo+ia *, ao mesmo tempo, peda+o+ia. A peda+o+ia tende a educar o %omem, pondo diante dele as exi+@ncias, motivandoas, e indicando os camin%os que levam s realiza)Fes delas. !s enunciados de 4risto t@m tamb*m este $im5 são enunciados Jpeda+ó+icosJ. 4ont@m uma peda+o+ia do corpo, expressa de modo conciso e, ao mesmo tempo, o mais possível completo. 0uer a resposta dada aos Oariseus quanto indissolubilidade do matrim-nio, quer a palavras do Sermão da /ontan%a a respeito do domínio da concupisc@ncia, demonstram R pelo menos indiretament e R ter o 4riador assinalado como característica do %omem o corpo, a sua masculinidade e $eminilidade< e que na masculinidade e $eminilidade l%e assinalou em certo sentido como característica a sua %umanidade, a di+nidade da pessoa, e tamb*m o sinal transparente da Jcomun%ãoJ interpessoal, em que o %omem mesmo se realiza atrav*s do aut@ntico dom de si. :ondo diante do %omem as inteli+@ncias con$ormes s características a ele con$iadas, o 4riador indica simultaneamente ao %omem, varão e mul%er, os camin%os que levam a assumilas e a realizálas. >. Analisando estes textosc%aves da Bíblia, at* raiz mesma dos si+ni$icados que encerram, descobrimos precisamente aquela antropolo+ia que pode ser denominada Jteolo+ia do corpoJ. * esta teolo+ia do corpo que $unda depois o mais apropriado m*todo da peda+o+ia do corpo, isto *, da educa)ão 'mel%or, da auto educa)ão( do %omem. ! que adquire particular atualidade para o %omem contempor2neo, cu;a ci@ncia no campo da bio$isiolo+ia e da biomedicina muito pro+rediu. odavia, esta ci@ncia trata o %omem sob determinado JaspectoJ e portanto * mais parcial que +lobal. 4on%ecemos bem as $un)Fes do corpo como or+anismo, as $un)Fes li+adas com a masculinidade e a $eminilidade da pessoa %umana. /as tal ci@ncia, de per si, não desenvolve ainda a consci@ncia do corpo como sinal da pessoa, como mani$esta)ão de espírito. odo o desenvolvimento da ci@ncia contempor2nea, relativo ao corpo como or+anismo, tem sobretudo o carácter do con%ecimento bioló+ico, porque * baseado na separa)ão, no interior do %omem, entre aquilo que * nele corpóreo e aquilo que * espiritual. 0uem se serve de um con%ecimento tão unilateral das $un)Fes do corpo como or+anismo, não * di$ícil que c%e+ue a tratar o corpo, de modo mais ou menos sistemático, como ob;ecto de manipula)Fes< em tal caso o %omem cessa, por assim dizer, de identi$icarse sub;etivamente com o próprio corpo, porque privado do si+ni$icado e da di+nidade derivantes de este corpo ser próprio da pessoa. ncontramonos aqui no limite de problemas, que muitas vezes exi+em solu)Fes $undamentais, impossíveis sem uma visão inte+ral do %omem. E. :recisamente aqui v@se claro que a teolo+ia do corpo, como a deduzimos desses textosc%aves das palavras de 4risto, se torna o m*todo $undamental da peda+o+ia, ou se;a, da educa)ão do %omem do ponto de vista do corpo, na plena considera)ão da sua masculinidade e $eminilidade. Aquela peda+o+ia pode ser entendida sob o aspecto de uma própria Jespiritualidade do corpoJ< o corpo, de $acto, na sua masculinidade ou $eminilidade, * dado como encar+o ao espírito %umano 'o que de maneira estupenda $oi expresso por São :aulo na lin+ua+em que l%e * própria( e por meio de uma adequada maturidade do espírito tornase, tamb*m ele, sinal da pessoa, de que a pessoa está consciente, e aut@ntica Jmat*riaJ na comun%ão das pessoas. :or outras palavras5 o %omem, atrav*s da sua maturidade espiritual, descobre o si+ni$icado esponsal, próprio do corpo. As palavras de 4risto no Sermão da /ontan%a indicam que a concupisc@ncia, de per si, não desvela ao %omem aquele si+ni$icado, antes pelo contrário, o o$usca e obscurece. ! con%ecimento $un)Fes corpo comoa or+anismo, relacionadas com a masculinidade epuramente $eminilidadeJbioló+icoJ da pessoa das %umana, só * do capaz de a;udar descobrir o aut@ntico si+ni$icado esponsal do corpo se camin%a a par e passo com uma adequada maturidade espiritual da pessoa %umana. Sem isto, tal con%ecimento pode ter e$eitos absolutamente opostos< isto * con$irmado por mGltiplas experi@ncias do nosso tempo. I. #este ponto de vista, * necessário considerar com perspicácia as enuncia)Fes da Q+re;a contempor2nea. Zma adequa da compreensão e interpreta)ão delas, como tamb*m a sua aplic a)ão prátic a 'isto *,
precisamente, a peda+o+ia(, requer aquela apro$undada teolo+ia do corpo que, a$inal, deduzimos sobretudo das palavrasc%aves de 4risto. 0uanto s enuncia)Fes contempor2neas da Q+re;a, * necessário tomar con%ecimento do capítulo intitulado J#i+nidade do matrim-nio e da Oamília e sua valoriza)ãoJ, da 4onstitui)ão pastoral do 4oncílio Taticano QQ 'Caudium et Spes, parte QQ, c. Q( e, em se+uida da ncíclica Humanae vitae de :aulo TQ. Sem qualquer dGvida, as palavras de 4risto, a cu;a análise dedicamos muito espa)o, tin%am como $im, apenas, a valoriza)ão da di+nidade do matrim-nio e da $amília< daí a $undamental conver+@ncia entre elas e o conteGdo de ambas as enuncia)Fes mencionadas, da Q+re;a contempor2nea. 4risto $alava ao %omem de todos os tempos e lu+ares< as enuncia)Fes da Q+re;a tendem a atualizar as palavras de 4risto, e por isso devem ser relida s se+undo os princípios daquela teolo+ia e daquela peda+o+ia que nas palavras de 4risto encontram raiz e apoio. 7 di$ícil realizar aqui uma análise +lobal das citadas enuncia)Fes do ma+ist*rio supremo da Q+re;a. imitar nosemos a re$erir al+umas passa+ens. is de que modo o Taticano QQ R pondo entre os mais ur+entes problemas da Q+re;a no mundo contempor2neo Ja valoriza)ão da di+nidade do matrim-nio e da $amíliaJ caracteriza a situa)ão existente neste campo5 A di+nidade desta institui)ão 'isto *, do matrim-nio e da $amília( não resplandece em toda a parte com i+ual bril%o. ncontrase obscurecida pela poli+amia, pela epidemia do divórcio, pelo c%amado amor livre e por outras de$orma)Fes. Al*m disso, o amor con;u+al * muitas vezes pro$anado pelo e+oísmo, pelo amor do prazer e pelas práticas ilícitas contra a +era)ãoJ 'Caudium et Spes, ED(. :aulo TQ, expondo na ncíclica Humanae vitae este Gltimo problema, escreve entre outras coisas5 J:odes e ainda temer que o %omem, %abituandose ao uso das práticas anticoncepcionais, acabe por perder o respeito da mul%er e '...( c%e+ue a considerála como simples instrumento de +ozo e+oísta e não ;á como sua compan%eira respeitada e amadaJ 'Humanae vitae, 1D(. 9ão nos encontramos porventura aqui na órbita da mesma solicitude, que uma vez ditara as palavras de 4risto sobre a unidade e a indissolubilidade do matrim-nio, como tamb*m as do Sermão da /ontan%a, relativas pureza do cora)ão e ao domínio da concupisc@ncia da carne, palavras desenvolvidas mais tarde com tanta perspicácia pelo Apóstolo :aulo8 P. 9o mesmo espírito, o Autor da ncíclica Humanae vitae, $alando das exi+@ncias próprias da moral cristã, apresenta, ao mesmo tempo, a possibilidade de cumprilas, quando escreve5 J! domínio do instinto, mediante a razão e a vontade livre, impFe indubitavelmente uma ascese R :aulo TQ usa este termo R para que as mani$esta)Fes a$etivas da vida con;u+al se;am se+undo a recta ordem e em particular para que se observe a contin@ncia periódica. /as esta disciplina, própria da pureza dos esposos, bem lon+e de pre;udicar o amor con;u+al, con$erel%e, pelo contrário, mais alto valor %umano. xi+e contínuo es$or)o 'precisamente esse es$or)o $oi c%amado acima JasceseJ(, mas +ra)as ao seu ben*$ico in$luxo os c-n;u+es desenvolvem inte+ralmente a sua personalidade enriquecendose de valores espirituais. la... $avorece a aten)ão para com o outro c-n;u+e, a;uda os esposos a banir o e+oísmo, inimi+o do verdadeiro amor, e apro$unda o seu sentido de responsabilidade...J 'Humanae vitae, 31(. D. 4ontentemonos com estas poucas passa+ens. las R particularmente a Gltima R demonstram de maneira clara quanto * indispensável, para uma adequada compreensão do ma+ist*rio da Q+re;a contempor2nea, aquela teolo+ia do corpo, cu;a base procuramos sobretudo nas palavras do próprio 4risto. 7 exatamente esta R como ;á dissemos R que se torna o m*todo $undament al de toda a peda+o+ia cristã do corpo. Oazendo re$er@ncia s palavras citadas, podese a$irmar que o $im da peda+o+ia do corpo está precisamente em $azer que Jas mani$esta)Fes a$etivasJ R sobretudo as Jpróprias da vida con;u+alJ R se;am con$ormes ordem moral, numa palavra, di+nidade das pessoas. 9estas palavras volta o problema da recíproca rela)ão entre o JecosJ e o Jet%osJ, de que ;á tratamos. A teolo+ia, entendida como m*todo da peda+o+ia do corpo, preparanos tamb*m para as novas re$lexFes sobre a sacramentalidade da vida %umana e, em particular, da vida matrimonial. ! van+el%o da pureza do cora)ão, ontem e %o;e5 concluindo nós com esta $rase o presente ciclo das nossas considera)Fes R antes de passar ao ciclo sucessivo, em que a base das análises serão as palavras de 4risto sobre a ressurrei)ão do corpo R, dese;amos ainda dedicar um pouco de aten)ão Jnecessidade de criar clima $avoráv el para a educa)ão da castidadeJ, de que trata a ncíclica de :aulo TQ 'c$. Humanae vitae, 33(, e queremos centrar estas observa)Fes sobre o problema do Jet%osJ do corpo nas obras da cultura artística, com particular re$er@ncia s situa)Fes que encontramos na vida contempor2nea. Sauda)Fes A uma pere+rina)ão de strasbur+o 'Oran)a( 7 com particular satis$a)ão que saGdo, entre os vários +rupos di+nos de m*rito, o dos pere+rinos de strasbur+o5 pais, pro$essores e alunos vieram ;untos, meditando as exi+@ncias da misericórdia, para
venerar os tGmulos dos Apóstolos :edro e :aulo, os quais, um e outro, experimentaram a ale+ria do perdão de 4risto. #ese;o que encontrem nesta camin%ada comum, vivida na $*, os meios exemplares de compreensão entre ;ovens e adultos con$orme ao espírito evan+*lico da misericórdia. !xalá possam partir mais $ortes para levar um espírito novo s rela)Fes no liceu, no col*+io, ou s suas $amíliasK Aben)ooos de todo o cora)ão. A um +rupo de personalidades de Tiena 'ustria( #iri;o especial sauda)ão de boasvindas aos dele+ados e aos consel%eiros da 42mara /unicipal de Tiena aqui presentes. 4omo distintos representantes dos vossos concidadãos, sacri$icais boa parte do vosso tempo e das vossas ener+ias em $avor do bem comum. s$or)ai svos por encontrar as mel%ores solu)Fes possíveis para cada um dos complexos proble mas que a vida comunitária, %o;e, apresen ta. #ese;aria, por isso que as vossas impressFes na cidade eterna, com a sua mensa+em desde a $or)a viva do van+el%o , vos proporcionassem luz e orienta)ão. 4oncedovos com prazer a especial b@n)ão de #eus assim como para o vosso trabal%o. A um +rupo de estudantes da diocese de /nster 'Aleman%a( SaGdo tamb*m cordialmente a numerosa pere+rina)ão da diocese de /nster, assim como o JCrupo de :ere+rinos de San ud+erus, N1J, provenientes da mesma diocese. enova)ão e apro$undamento da nossa vida reli+iosa si+ni$ica sempre revisão e observa)ão retrospectiva das $ontes ori+inárias da nossa $*. !xalá obten%ais em abund2ncia esta +ra)a no vosso encontro com os lu+ares sa+rados e se renovem o vosso 2nimo e as vossas $or)as na missão cristã dentro da própria $amília, da escola e da sociedade. :ara isso concedovos de cora)ão a vós e a todos os pere+rinos de lín+ua alemã aqui presentes, a B@n)ão Apostólica. Aos membros da Associa)ão 4ultural de !saa 'apão( Apresento as boasvindas a todos vós,, membros da Associa)ão cultural de !saa. SaGdo todos de cora)ão e, mediante as vossas pessoas, dese;o aben) oar todos os vossos irmãos e as vossas irmãs que estão no apão. A >?? eli+iosas do /ovimento dos Oocolarinos SaGdo a+ora com particular a$ecto as >?? eli+iosas pertencentes ao J/ovimento Qnternacional das eli+iosas do /ovimento dos OocolarinosJ, que vieram a oma, provenientes de I? 9a)Fes dos cinco 4ontinentes, para apro$undar , no 4entro /ariápolis de occa di :apa, o tema +eral deste ano5 JA vontade de #eusJ. 4omo ;á tive ocasião de dizer a precedentes +rupos de Oocolarinos, recordaivos nestes dias de ora)ão e de medita)ão que a Jvontade de #eus * a nossa santi$ica)ãoJ, se+undo as palavras do Apóstolo :aulo 'c$. 1 ess E, >(. Se $izerdes desta bela exorta)ão a razão de ser da vossa vida reli+iosa, o Sen%or certamente não deixará de vos enviar as suas luzes, as suas ener+ias e os seus con$ortos para aderirdes cada vez mais plenamente vontade divina, onde reside a nossa paz. Acompan%o estes votos com unta especial B@n)ão Apostólica. Aos #oentes 4aríssimos doentes, a min%a sauda)ão particularmente a$etuosa c%e+ue at* vós que sois aqueles que estais mais próximo do meu cora)ão pela dívida de recon%ecime nto que ten%o convosco5 penso, de $acto, no enorme dom das vossas ora)Fes e dos vossos so$rimentos que o$ereceis ao Sen%or pelo meu minist*rio. A vossa presen)a na S* de :edro * nestes dias particularmente si+ni$icativa, por coincidir com o período litGr+ico que nos introduz nas celebra)Fes da :aixão do Sen%or. 9ão vos esque)ais que a sexta$eira santa *e ressuscitado. só momento de passa+em para c%e+ar ale+ria da :áscoa, que * plenitude de vida em 4risto cruci$icado 4on$iaivos a le na vossa ora)ão quotidiana, con$iaivos a /aria, /ãe #olorosa. tamb*m a min%a recorda)ão ao Sen%or, qual uno de bom +rado a con$ortadora. B@n)ão, vos acompan%e sempre.
Quarta-feira, 15 de &bril de 19;1 coro %umano @tema@ das obras de arte A audi@ncia de %o;e cai no período da Semana Santa, a semana 6maiorJ do Ano itGr+ico, porque nos $az reviver de perto o mist*rio pascal, em que Ja revela)ão do amor misericordioso de #eus atin+e o seu v*rticeJ 'c$. ncic. #ives in /isericordia, N(. nquanto convido cada um a participar com $ervor nas celebra)Fes litGr+icas destes dias, $ormulo o voto de que todos recon%e)am com exulta)ão e recon%ecimento o dom irrepetível de termos sido salvos pela paixão e morte de 4risto. A %istória inteira da %umanidade * iluminada e +uiada por este acontecimento incomparável5 #eus, bondade in$inita, derramou esta com amor indizível por meio do supremo sacri$ício de 4risto. Ao mesmo tempo, portanto, que nos preparamos para elevar a 4risto, vencedor da morte, o nosso %ino de +lória, devemos elimin ar das nossas almas tudo o que possa oporse ao encontro com le. :ara ! ver atrav*s da $* * necessário, com e$eito, ser puri$icado pelo sacramento do perdão e sustentado pelo es$or)o perseverante de um pro$undo renovame nto do spírito e daquela interior conversão que * come)o em nós mesmos da Jnova cria)ãoJ '3 4or I, 1D(, de que 4risto ressuscitado * o prelGdio e o pen%or se+uro. ntão a :áscoa representará, para cada um de nós, um encontro com 4risto. 7 o que de cora)ão dese;o a todos. 1. 9as nossas precedentes re$lexFes R quer relativamente s palavras de 4risto, em que le $az re$er@ncia ao JprincípioJ, quer relativamente ao Sermão da /ontan%a, isto * quando le se re$ere ao Jcora)ãoJ %umano R procurámos, de modo sistemático, levar a que se ve;a como a dimensão da sub;etividade pessoal do %omem * elemento indispensável, presente na %ermen@utica teoló+ica, que devemos descobrir e pressupor nas bases do problema do corpo %umano. :ortanto, não só a realidade ob;ectiva do corpo, mas ainda muito mais, se+undo parece, a consci@ncia sub;ectiva e tamb*m a Jexperi@nciaJ sub;ectiva do corpo entram, a cada passo, na estrutura dos textos bíblicos, e por isso requerem ser tomados em considera)ão e encontrarem re$lexo na teolo+ia. :or conse+uinte, a %ermen@utica teoló+ica deve ter sempre em conta estes dois aspectos. 9ão podemos considerar o corpo como realidade ob;ectiva $ora da sub;etividade pessoal do %omem, dos seres %umanos5 %omens e mul%eres. 0uase todos os problemas do Jet%os do corpoJ estão li+ados ao mesmo tempo sua identi$ica)ão ontoló+ica como corpo da pessoa, e ao conteGdo e qualidade da experi@ncia, sub;ectiva, isto * ao mesmo tempo do JviverJ quer do próprio corpo quer nas rela)Fes inter %umanas, e em particular nesta perene rela)ão J%omemmul%erJ. amb*m as palavras da primeira 4arta aos essalonicenses, em que o Autor exorta a Jmanter o próprio corpo com santidade e respeitoJ 'isto *, todo o problema da Jpureza de cora)ãoJ( indicam, sem qualquer dGvida, estas duas dimensFes. 3. São dimensFes que dizem respeito diretamente aos %omens concretos, vivos, s suas atitudes e aos seus comportamentos. As obras da cultura, especialmente da arte, $azem que aquelas dimensFes, de Jser corpoJ e de Jexperimentar o corpoJ, se escondam, em certo sentido, para $ora destes %omens vivos. ! %omem encontrase com a Jrealidade do corpoJ e Jexperimenta o corpoJ tamb*m quando este se torna tema da atividade criativa, obra de arte e conteGdo da cultura. m princípio, * necessário recon%ecer que este contato se dá no plano da experi@ncia est*tica, em que se trata de contemplar a obra de arte 'em +re+o aist%ánomai5 ol%o, observo(. * necessário recon%ecer portanto, no caso determinado, que se trata do corpo ob;ectivado, $ora da sua identidade ontoló+ica, de modo diverso e se+undo os crit*rios próprios da atividade artística. odavia, o %omem, que * admitido a ter esta visão, está a priori demasiado pro$undamente li+ado ao si+ni$icado do protótipo, ou modelo, que neste caso * ele próprio R o %omem vivo e o vivo corpo %umano. stá demasiado pro$undamente li+ado para poder arrancar e separar completamente aquele ato, substancialmente est*tico, da obra em si e da sua contempla)ão, arrancandoa e separandoa daqueles dinamismos ou rea)Fes de comportamento e das valoriza)Fes, que diri+em aquela primeira experi@ncia e aquele modo de viver. ste ol%ar, por sua natureza, Jest*ticoJ, não pode, na consci@ncia sub;ectiva do %omem, ser totalment e isolado daquele Jol%arJ de que $ala 4risto no Sermão da /ontan%a5 pondo em +uarda contra a concupisc@ncia. >. Assim pois, a es$era inteira das experi@ncias est*ticas encontrase, ao mesmo tempo, no 2mbito do Jet%osJ docorpo. ustamente necessário pensar tamb*m nas necessidades de criar climaas $avorável pureza< este clima portanto pode, de*$acto, ser amea) ado não só aqui no modo mesmo em que decorrem rela)Fes e conviv@ncia dos %omens vivos, mas tamb*m no 2mbito das ob;ectiva)Fes próprias das obras de cultura, no 2mbito das comunica)Fes sociais5 quando se trata da palavra viva ou escrita< no 2mbito da ima+em, isto *, da representa)ão e da visão, quer no si+ni$icado tradicional deste termo quer no contempor2neo. #este modo atin+imos os diversos campos e produtos da cultura artística, plástica, de espetáculo, tamb*m a que se baseia nas t*cnicas audiovisuais contempor2neas. 9este campo, vasto e bem di$erenciado, * necessário que nos pon%amos uma per+unta luz do Jet%osJ do corpo, delineado nas
análises at* a+ora realizadas, sobre o corpo %umano como ob;ecto de cultura. E. Antes de tudo, observase que o corpo %umano * perene ob;ecto de cultura, no mais vasto si+ni$icado do termo, pela simpl es razão de o %omem mesmo ser su;eito de cultura e, na sua atividade cultural e criativ a, empen%ar a sua %umanidade incluindo por isso nesta atividade tamb*m o seu corpo. 9as presentes re$lexFes devemos por*m restrin+ir o conceito de Job;ecto de culturaJ, limitandonos ao conceito entendido como JtemaJ das obras de cultura e em particular das obras de arte. ratase, numa palavra, da tematiza)ão, ou da Job;ectiva)ãoJ, do corpo em tais obras. odavia * necessário $azer aqui desde ;á al+umas distin)Fes, mesmo que se;a maneira de exemplo. Zma coisa * o corpo vivo %umano5 do %omem e da mul%er, que de per si cria o ob;ecto de arte e a obra de arte 'como, por exemplo, no teatro, no bailado e, at* certo ponto, tamb*m durante um concerto(, e outra coisa * o corpo como modelo da obra de arte, como nas artes plásticas, escultura ou pintura. 7 possível colocar ao mesmo nível tamb*m o $ilme ou a arte $oto+rá$ica em sentido lato8 :arece que sim, embora do ponto de vista do corpo, qual ob;ectotema, se veri$ique nesse caso uma di$eren)a bastante essencial. 9a pintura ou escultura o %omemcorpo continua sempre a ser modelo, submetido especí$ica elabora)ão por parte do artista. 9o $ilme, e ainda mais na arte $oto+rá$ica, não * o modelo que * trans$i+urado, mas * reproduzido o %omem vivo5 e em tal caso o %omem, o corpo %umano, não * modelo da obra de arte, mas ob;ecto de uma reprodu)ão obtida median te t*cnicas apropriadas. I. 7 necessário notar desde ;á que a mencionada distin)ão * importante do ponto de vista do Jet%osJ do corpo, nas obras de cultura. acrescentase imediatamente que a reprodu)ão artística, quando se torna conteGdo da representa)ão e da transmissão 'televisiva ou cinemato+rá$ica(, perde, em certo sentido, o seu contato $undamental com o %omemcorpo, de que * reprodu)ão, e muitas vezes tornase ob;ecto Jan-nimoJ, assim como *, por exemplo, um an-nimo ato $oto+ra$ado, publicado nas revistas ilustradas, ou uma ima+em di$undida nos alvos de todo o mundo. al anonimato * o e$eito da Jpropa+a)ãoJ da ima+emreprodu)ão do corpo %umano, ob;etivizado primeiro com a a;uda das t*cnicas de reprodu)ão, que R como $oi acima recordado R parece di$erenciarse essencialmente da trans$i+ura)ão do modelo típico da obra de arte, sobretudo nas artes plásticas. !ra, tal anonimato 'que por outro lado * modo de JvelarJ ou JesconderJ a identidade da pessoa reproduzida(, constitui tamb*m um problema especí$ic o do ponto de vista do Jet%osJ do corpo %umano nas obras de cultura e particularmente nas obras contempor2neas da c%amada cultura de massa. imitemonos %o;e a estas considera)Fes preliminares, que t@m si+ni$icado $undamental para o Jet%osJ do corpo %umano nas obras da cultura artística. m se+uida estas considera)Fes tornarnosão conscientes de quanto elas estão intimamente li+adas s palavras, que pronunciou 4risto no Sermão da /ontan%a, comparando o Jol%ar dese;andoJ com o Jadult*rio cometido no cora)ãoJ. A extensão destas palavras ao 2mbito da cultura artística * de particular import2ncia, pois se trata de Jcriar um clima $avorável castidadeJ de que $ala :aulo TQ na sua ncíclica Humanae Titae. :rocuremos compreender este assunto de modo muito apropriado e essencial.
Quarta-feira, 22 de &bril de 19;1 & obra de arte de!e semre obser!ar a re'ularidade do dom e do recíroco dar-se 4aros Qrmãos e Qrmãs A ale+ria pascal está viva e presente em nós durante esta solene !itava, e a itur+ia $aznos repetir com $ervor5 J! Sen%or ressuscitou, como predisse< ale+remonos todos e exultemos, porque le reina eternamente, aleluiaJ. #ispon%amos, portanto, os nossos cora)Fes para a +ra)a e a ale+ria< levantemos o nosso sacri$ício de louvor para a vítima pascal, pois o 4ordeiro remiu o Seu reban%o e o Qnocente reconciliounos, a nós pecadores, com o :ai. 4risto, nossa :áscoa, ressusci tou e nós ressuscitamos com le, por causa de quem devemos procurar as coisas do 4*u, onde 4risto está sentado direita de #eus, e devemos tamb*m a$ei)oarnos s coisas lá de cima, se+undo o convite do Apóstolo :aulo 'c$. 4ol >, 13(. nquanto #eus nos $az passar, em 4risto, da morte para a vida, das trevas para a luz, preparandonos para os bens celestiais, devemos tender para metas de obras luminosas, na ;usti)a e na verdade. 7 camin%o lon+o este, que temos de percorrer, mas #eus $orti$ica e sustenta a nossa inabalável esperan)a de vitória5 a medita)ão do mist*rio pascal acompan%anos de modo particular nestes dias. 1. e$litamos a+ora R em rela)ão com as palavras de 4risto pronunciadas no Sermão da /ontan%a R sobre o problema do Jet%osJ do corpo %umano nas obras da cultura artística. ste problema tem raízes muito pro$undas. 4onv*m aqui recordar a s*rie de análises operadas em rela)ão com o apelo de 4risto para o JprincípioJ, e sucessivamente para o apelo por le $eito ao Jcora)ãoJ %umano, no Sermão da /ontan%a. ! corpo %umano R o nu corpo %umano em toda a verdade da sua masculinidade e $eminilidade R tem um si+ni$icado de dom da pessoa pessoa. ! Jet%osJ do corpo, isto *, a re+ularidade *tica da sua nudez, está por motivo da di+nidade do su;eito pessoal, intimamente li+ado quele sistema de re$er@ncia, entendido como sistema espons al. 9este, o dar de uma parte encontrase com a apropriada e adequada resposta da outra ao dom. sta resposta decide da reciprocidade do dom. A ob;ectiva)ão artística do corpo %umano na sua nudez masculina e $eminina, com o $im de $azer dele, primeiro, o modelo e, depois, tema da obra de arte, * sempre certa trans$er@ncia para $ora desta con$i+ura)ão ori+inal e para ele especí$ica da doa)ão interpessoal. Qsto constitui, em certo sentido, um desenraizar do corpo %umano para $ora desta con$i+ura)ão e um trans$erilo para a medida da ob;ectiva)ão artística5 dimensão especí$ica da obra de arte ou da reprodu)ão típica das t*cnicas cinemato+rá$icas e $oto+rá$icas do nosso tempo. m cada uma destas dimensFes R e em cada uma de modo diverso R o corpo %umano perde aquele si+ni$icado pro$undamente sub;ectivo do dom, e tornase ob;ecto destinado a um mGltiplo con%ecimento, mediante o qual os que ol%am para ele, assimilam ou mesmo, em certo sentido, se assen%oreiam do que evidentemente existe R mais, deve existir essencialmente a nível de dom, $eito de pessoa a pessoa R não ;á na ima+em mas no %omem vivo. :ara dizer a verdade, aquele Jassen%orearseJ realizase ;á a outro nível R isto *, ao nível do ob;ecto da trans$i+ura)ão ou reprodu)ão artística. odavia * impossível não reparar em que, do ponto de vista do Jet%osJ do corpo, pro$undamente entendido, sur+e aqui um problema. :roblema muito delicado, que tem os seus níveis de intensidade con$orme os vários motivos e circunst2ncias, quer por parte da atividade artística, quer por parte do con%ecimento da obra de arte ou da sua reprodu)ão. #e que se pon%a este problema não resulta, de $acto, que o corpo %umano, na sua nudez, não possa tornarse tema da obra de arte, mas só que este problema não * puramente est*tico nem moralmente indi$erente. 3. 9as nossas precedentes análises 'sobretudo em rela)ão com apelar 4risto para o JprincípioJ(, dedicamos muito espa)o ao si+ni$icado da ver+on%a, es$or)andonos por compreender a di$eren)a entre a situa)ão R e o estado R da inoc@ncia ori+inal, em que Jestavam ambos nus... mas não sentiam ver+on%aJ 'C*n 3, 3I( e, sucessivamente, entre a situa)ão R e o estado R da pecaminosidade, em que entre o %omem e a mul%er nasceu, ;untamente com a ver+on%a, a especí$ica necessidade da intimidade para com o próprio corpo. 9o cora)ão do %omem su;eito concupisc@ncia, serve esta necessidade, tamb*m indiretamente, para asse+urar o dom a possibilidade do darse recíproco. al necessidade $orma modo de operar do %omem comoe Job;ecto da culturaJ, no mais amplo si+ni$icado do termo. Setamb*m a culturaomostra tend@ncia explícita para cobrir a nudez do corpo %umano, certamente $álo não só por motivos climáticos, mas tamb*m em rela)ão com o processo de crescimento da sensibilidade pessoal do %omem. A anónima nudez do %omemob;ecto contrasta com o pro+resso da cultura autenticamente %umana dos costumes. :rovavelmente * possível con$irmar isto, mesmo na vida das popula)Fes c%amadas primitivas. ! processo de aper$ei)oar a pessoal sensibilidade %umana * certamente $ator e $ruto da cultura.
:or trás da necessidade da ver+on%a, isto *, da intimidade do próprio corpo 'sobre o qual in$ormam com tanta precisão as $ontes bíblicas em C*n >(, escondese uma norma mais pro$unda5 a do dom, orientada para as pro$undidades mesmas do su;eito pessoal e para a outra pessoa R especialmente na rela)ão %omemmul%er se+undo a perene re+ularidade do darse recíproco. #e tal modo, nos processos da cultura %umana, entendida em sentido lato, veri$icamos R mesmo no estado da pecaminosidade %ereditária do %omem R uma continuidade bastante explícita do si+ni$icado esponsal do corpo na sua masculinidade e $eminilidade. Aquel a ver+on%a ori+inal, con%ecida ;á pelos primeiros capítulos da Bíblia, * elemento permanente da cultura e dos costumes. :ertence +@nese do Jet%osJ do corpo %umano. >. ! %omem de sensibilidade desenvolvida ultrapassa, com di$iculdade e resist@ncia interior, o limite daquela ver+on%a. ! que se evidencia mesmo nas situa)Fes, que por outro lado são ;usti$icadas pela necessidade de despir o corpo, como, por exemplo, no caso dos exames ou das interven)Fes m*dicas. m particular, * necessário tamb*m recordar outras circunst2 ncias, como por exemplo as dos campos de concentra)ão ou dos locais de extermínio, onde a viola)ão do pudor corpóreo * m*todo conscientemente usado para destruir a sensibilidade pessoal e o sentimento da di+nidade %umana. m toda a parte R embora de maneiras diversas R recon$irmase a mesma lin%a de re+ularidade. Se+uindo a sensibilidade pessoal, o %omem não quer tornarse ob;ecto para os outros por meio da própria nudez an-nima, nem quer que o outro se torne para ele ob;ecto de maneira semel%ante. videntemente, tanto Jnão querJ quanto se deixa +uiar pelo sentimento da di+nidade do corpo %umano. Tários, de $acto, são os motivos que podem induzir, incitar e mesmo constran+er o %omem a proceder contrariamente quilo que exi+e a di+nidade do corpo %umano, li+ada com a sensibilidade pessoal. 9ão se pode esquecer que a $undamental Jsitua)ãoJ interior do %omem J%istóricoJ * o estado da tríplice concupisc@ncia 'c$. 1 o 3, 1P(. ste estado R e em particular a concupisc@ncia da carne R $azse sentir em diversos modos, quer nos impulsos interiores do cora)ão %umano quer em todo clima das rela)Fes inter%umanas e nos costumes sociais. E. 9ão podemos esquecer isto, nem sequer quando se trata da ampla es$era da cultura artística, sobretudo a de carácter visual e espetacular, como tamb*m quando se trata da cultura de JmassaJ, tão si+ni$icativa para os nossos tempos e li+ada com o uso das t*cnicas divul+ativas da comunica)ão audiovisual. Apresentase uma per+unta5 quando e em que caso esta es$era de atividade do %omem R do ponto de vista do Jet%osJ do corpo R * posta sob a acusa)ão de JpornovisãoJ, assim como a atividade literária, que era e * muitas vezes, acusada de Jporno+ra$iaJ 'este se+undo termo * mais anti+o(8 Zma e outra coisa veri$icam se quando * ultrapassado o limite da ver+on%a, ou se;a da sensibilid ade pessoal a respeito do que se li+a com o corpo %umano, com a sua nudez, quando, na obra artística ou mediante as t*cnicas da reprodu)ão audiovisual, * violado o direito intimidade do corpo na sua masculinidade ou $eminilidade R e em Gltima análise R quando * violada aquela pro$unda re+ularidade do dom e do recíproco darse, que está inscrita nesta $eminilidade e masculinidade atrav*s da inteira estrutura de ser %omem. sta pro$unda inscri)ão mesmo incisão R decide do si+ni$icado esponsal do corpo %umano, isto *, da $undamental c%amada que ele recebe para $ormar a Jcomun%ão das pessoasJ e para nela participar. Qnterrompendo neste ponto a nossa considera)ão, que dese;amos continuar na quarta$eira próxima, conv*m veri$icar que a observ2ncia ou a nãoobserv2ncia destas re+ularidades, tão pro$undamente li+adas com a sensibilidade pessoal do %omem, não pode ser indi$erente para o problema de Jcriar clima $avorável castidadeJ na vida e na educa)ão social.
Quarta-feira, 29 de &bril de 19;1 s limites Aticos nas obras de arte e na rodu"#o audio!isual 1. á dedicamos uma s*rie de re$lexFes ao si+ni$icado das palavras pronunciadas por 4risto no Sermão da /ontan%a, em que exorta pureza de cora)ão, $azendo notar o Jol%ar concupiscenteJ. 9ão podemos esquecer estas palavras de 4risto, mesmo quando se trata da vasta es$era da cultura artística, sobretudo a de carácter visual e espetacular, como tamb*m quando se trata da es$era da cultura Jde massaJ R tão si+ni$icativa para os nossos tempos Rli+ada com o uso das t*cnicas divul+ativas da comunica)ão audiovisual. #issemos ultimamente que a re$erida es$era da atividade do %omem * s vezes acusada de JpornovisãoJ, assim como no re$erente literatura * apresentada a acusa)ão de Jporno+ra$iaJ. Zm e outro $acto realizamse quando se ultrapassa o limite da ver+on%a, ou se;a, da sensibilidade pessoal a respeito do que se li+a com o corpo %umano, com a sua nudez, quando na obra artística, mediante as t*cnicas de produ)ão audiovisual, * violado o direito intimidad e do corpo na sua masculinidade ou $eminilidade, e R em Gltima análise R quando * violado aquele íntimo e constante destino para o dom e o recíproco darse, que está inscrito naquela $eminilidade e masculinidade atrav*s da inteira estrutura de Jser %omemJ. Aquela pro$unda inscri)ão, mel%or, incisão, decide do si+ni$icado esponsal do corpo, isto *, da $undamental c%amada que ele recebe para $ormar uma Jcomun%ão de pessoasJ e a participar nela. 3. 7 óbvio que nas obras de arte, ou nos produtos da reprodu)ão artística audiovisual, o sobredito destino constante para o dom, isto *, aquela pro$unda inscri)ão do si+ni$ica do do corpo %umano, pode ser violada só na ordem intencional da reprodu)ão e da representa)ão< tratase, de $acto, R como ;á precedentemente $oi dito R do corpo %umano como modelo ou tema. odavia, se o sentimento da ver+on%a e a sensibilidade pessoal são em tais casos o$endidos, isto acontece por causa da trans$er@ncia delas para o campo da Jcomunica)ão socialJ, portanto por causa de se tornar, por assim dizer, pGblica propriedade aquilo que, no ;usto sentir do %omem, pertence e deve pertencer estritamente rela)ão interpessoal, aquilo que está li+ado R como ;á antes se notou R Jcomun%ão mesma das pessoa sJ, e no seu 2mbito corresp onde verdade interior do %omem, portanto tamb*m verdade inte+ral sobre o %omem. 9este ponto não * possível concordar com os representantes do c%amado naturalismo, que ale+am o direito a Jtudo aquilo que * %umanoJ, nas obras de arte e nos produtos da reprodu)ão artística, a$irmando operarem de tal modo em nome da verdade realista acerca do %omem. 7 mesmo esta verdade sobre o %omem R a verdade inteira sobre o %omem R que exi+e tomarse em considera)ão quer o sentimen to da intimidade do corpo quer a coer@ncia do dom conexo com a masculinidade e $eminilidade do corpo mesmo, no qual se re$lete o mist*rio do %omem, próprio da estrutura interior da pessoa. al verdade sobre o %omem deve ser tomada em considera)ão tamb*m na ordem artística, se queremos $alar de um pleno realismo. >. 9este caso constatase portanto que a re+ularidade, própria da Jcomun%ão das pessoasJ, concorda pro$undamente com a área vasta e di$erenciada da Jcomunica)ãoJ. ! corpo %umano na sua nudez R como a$irmamos nas precedentes análises 'em que nos re$erimos a C*n 3, 3I( R entendido como mani$esta)ão da pessoa e como o seu dom, ou se;a sinal de con$ian)a e de doa)ão outra pessoa, cons ciente do dom, escol%ida e decidida a responder a ele de modo i+ualmente pessoal, tornase $onte de particular Jcomunica)ãoJ interpessoal. 4omo ;á $oi dito, esta * uma particular comunic a)ão na %umanidade mesma. ssa comunica)ão interpessoal penetra pro$undamente no sistema da comun%ão 'communio personarum(, ao mesmo tempo cresce a partir dele e desenvolvese corretamente no seu 2mbito. :recisamente por causa do +rande valor do corpo em tal sistema de Jcomun%ão J interpessoal, $azer do corpo na sua nudez R que exprime exatamente Jo elementoJ do dom R o ob;ectotema da obra de arte ou da reprodu)ão audiovisual, * problema não só de natureza est*tica, mas, ao mesmo tempo, tamb*m de natureza *tica. #e $acto, aquele Jelemento do domJ *, por assim dizer, suspenso na dimensão de uma recep)ão descon%ecida e de uma resposta imprevista, e com isto está de al+um modo intencionalmente Jamea)adoJ, no sentido de que pode tornarse ob;ecto an-nimo de Japropria)ãoJ, ob;ecto de abuso. xatamente por isso a verdade inte+ral sobre o %omem constitui, neste caso, a base da norma se+undo a qual se modela o bem ou o mal das a)Fes determinadas, dos comportamentos, dos costumes e das situa)Fes. A verdade sobre o %omem, sobre aquilo que nele R precisamente por motivo do seu corpo e do seu sexo '$eminilidademasculinidade( R * particularmente pessoal e interior, cria aqui limites precisos que não * lícito ultrapassar. E. stesou limites e observados pelo artista que do outros corpo %umano ob;ecto, modelo temadevem da obraserderecon%ecidos arte ou da reprodu)ão audiovisual. 9em ele$az nem responsáveis neste campo t@m o direito de exi+ir, propor ou $azer que outros %omens R convidados, exortados ou admitidos a ver, a contemplar a ima+em R violem aqueles limites ;untamente com eles, ou por causa deles. ratase da ima+em, na qual o que em si mesmo $orma o conteGdo e o valor pro$undamente pessoal, o que pertence ordem do dom e do mGtuo darse de pessoa a pessoa, *, como tema, desenrai zado pelo próprio subst rato aut@ntico, para se tornar, por meio da Jcomunica)ão socialJ, ob;ecto, e para mais, em certo sentido, ob;ecto an-nimo.
I. odo o problema da JpornovisãoJ e da Jporno+ra$iaJ, como resulta do que está dito acima, não * e$eito de mentalidade puritana nem de um moralismo apertado, como tamb*m não * produto de um pensamento carre+ado de maniqueísmo. ratase nele de uma importantíssima, $undamental, es$era de valores, diante dos quais o %omem não pode $icar indi$erente por motivo da di+nidade da %umanidade, do carácter pessoal e da eloqu@ncia do corpo %umano. odos aqueles conteGdos e valores, atrav*s das obras de arte e da atividade dos meios audiovisuais, podem ser modelados e apro$undados, mas tamb*m ser de$ormados e destruídos Jno cora)ãoJ do %omem. 4omo se v@, encontramonos continuamente na órbita das palavras pronunciadas por 4risto no Sermão da /ontan%a. amb*m os problemas, que estamos aqui a tratar, devem examinarse luz daquelas palavras, que tomam o Jol%arJ, vindo da concupisc@ncia, como um Jadult*rio cometido no cora)ãoJ. por isso dirseia que a re$lexão sobre estes problemas, importantes para Jcriar um clima $avorável educa)ão da castidadeJ, constitui um anexo indispensável a todas as precedentes análi ses, como as que, no decurso dos numerosos encontros das quartas$eiras, dedicamos a este tema.
Quarta-feira, ( de 0aio de 19;1 )esonsabilidade Atica do artista ao tratar o tema do coro %umano 1. 9o Sermão da /ontan%a pronunciou 4risto as palavras, a que dedicamos uma s*rie de re$lexFes durante quase um ano. xplicando aos Seus ouvintes o si+ni$icado próprio do mandamento J9ão cometerás adult*rioJ, 4risto assim se exprime5 Ju por*m di+ovos que todo aquele que ol%ar para uma mul%er, dese;andoa, ;á cometeu adult*rio com ela no seu cora)ãoJ '/t I, 3N(. :arece que as citadas palavras se re$erem tamb*m aos vastos campos da cultura %umana, sobretudo aos da atividade artística, de que se tratou ;á ultimamente, no decorrer de al+uns encontros das quartas$eiras. Ho;e conv*mnos dedicar a parte $inal destas re$lexFes ao problema da rela)ão entre o Jet%osJ da ima+em R ou da descri)ão R e o Jet%osJ da visão e da ausculta)ão, da leitura ou de outras $ormas de recep)ão co+noscitiva, com que se encontra o conteGdo da obra de arte ou da audiovisão entendida em sentido lato. 3. aqui voltamos uma vez mais ao problema ;á anteriormente assinalado5 se e em que medida o corpo %umano, em toda a visível verdade da sua masculini dade e $eminilidade, pode ser tema da obra de arte e, por isso mesmo, tema dessa especí$ica Jcomunica)ãoJ social, a que está destinada tal obra. sta per+unta re$erese ainda mais cultura contempor2nea de JmassaJ, relacionada com as t*cnicas audiovisuais. :ode o corpo %umano ser um tal modelotema, dado que nós sabemos estar li+ada com isto aquela ob;ectividade Jsem op)ãoJ que primeiro c%amamos anonimato, e parece trazer consi+o uma +rave e potencial amea)a da es$era inteira dos si+ni$icados, própria do corpo do %omem e da mul%er, por motivo do carácter pessoal do su;eito %umano e do carácter de Jcomun%ãoJ das rela)Fes interpessoais8 :odese acrescentar neste ponto que as expressFes Jporno+ra$iaJ ou JpornovisãoJ R apesar da sua anti+a etimolo+ia R apareceram na lin+ua+em, relativamente tarde. A tradicional terminolo+ ia latina serviase do vocábulo obscena, indicando de tal modo tudo o que não deve encontrarse diante dos ol%os dos espectadores, aquilo que %áde ser circundado por conveniente discri)ão, aquilo que não pode ser apresentado ao ol%ar %umano sem al+uma op)ão. >. Oazendo a precedente per+unta, damonos conta de que, de $acto, no curso de *pocas inteiras da cultura %umana e da atividade artística, o corpo %umano $oi e * um tal modelotema das obras de arte visíveis, assim como toda a es$era do amor entre o %omem e a mul%er. i+ado com ele, tamb*m o Jdarse recíprocoJ da masculinidade e da $eminilidade, nas suas expressFes corpóreas, $oi, * e será, tema da narrativa literária. al narra)ão encontrou o seu lu+ar tamb*m na Bíblia, sobretudo no texto do J42ntico dos c2nticosJ, que nos convirá retomar noutra circunst2ncia. /as, * necessário recon%ecer que na %istória da literatura ou da arte, na %istória da cultura %umana, este tema se mostra particularmente $requente e * particularmente importante. #e $acto, re$erese a um problema que em si mesmo * +rande e importante. /ani$estámolo desde o princípio das nossas re$lexFes, se+uindo os vestí+ios dos textos bíblicos, que nos revelam a ;usta dimensão deste problema5 isto *, a di+nidade do %omem na sua corporeidade masculina e $eminina, e o si+ni$icado esponsal da $eminilidade e masculinidade, inscrito em toda a estrutura interior R e ao mesmo tempo visível R da pessoa %umana. E. As nossas precedentes re$lexFes não pretendiam p-r em dGvida o direito a este tema. 0uerem só demonstrar que tratálo anda li+ado com uma particular responsabilidade de natureza não só artística, mas tamb*m *tica. ! artista, que se lan)a a este tema em qualquer es$era da arte ou mediante as t*cnicas audiovisuais, deve estar consciente da plena verdade do ob;ecto, de toda a escala de valores li+ados com ele< deve não só ter conta deles in abstrato, mas tamb*m viv@los ele mesmo corretamente. Qsto corresponde de i+ual modo quele princípio da Jpureza de cora)ãoJ, que em determinados casos * preciso trans$erir da es$era existencial das atitudes e comportamentos para a es$era intencional da cria)ão ou reprodu)ão artística. :arece que o processo de tal cria)ão tende não só ob;ectiva)ão 'e em certo sentido a uma nova Jmaterializa)ãoJ( do modelo, mas, ao mesmo tempo, a exprimir em tal ob;ectiva)ão o que pode c%amarse a ideia criativa do artista, na qual precisamente se mani$esta o seu mundo interior dos valores, portanto tamb*m o viver a verdade no seu ob;ecto. 9este processo realizase uma característica trans$i+ura)ão do modelo ou da mat*ria e, em particular, daquilo que * o %omem, o corpo %umano em toda a verdade da sua masculinidade ou $eminilidade. '#este ou ponto de vista,e como ;á mencionamos, uma bem convidado importante di$eren)a, por exemplo, entre o quadro a escultura a $oto+ra$ia ou o $ilme(. !%áespectador, pelo artista a ol%ar para a sua obra, comunica não só com a ob;ectiva)ão, e portanto, em certo sentido, com uma nova Jmaterializa)ãoJ do modelo ou da mat*ria, mas ao mesmo tempo comunica com a verdade do ob;ecto que o autor, na sua Jmaterializa)ãoJ artística, conse+uiu exprimir com os meios a ele próprios. I. 9o decurso das várias *pocas, come)ando da anti+uidade R e sobretudo no +rande período da arte clássica +re+a R %á obras de arte, cu;o tema * o corpo %umano na sua nudez, e cu;a contempla)ão
consente concentrarmonos, em certo sentido, na verdade inteira do %omem, na di+nidade e na beleza R tamb*m a JsuprasensualJ R da sua masculinidade e $eminilidade. stas obras trazem em si, quase oculto, um elemento de sublima)ão, que leva o espectador, atrav*s do corpo, ao inteiro mist*rio pessoal do %omem. m contato com tais obras, em que não nos sentimos determinados pelo seu conteGdo para Jol%ar dese;andoJ, de que $ala o Sermão da /ontan%a, aprendemos em certo sentido aquele si+ni$icado esponsal do corpo, que * o correspondente e a medida da Jpureza de cora)ãoJ. /as, %á tamb*m obras de arte, e porventura ainda mais vezes reprodu)Fes, que provocam ob;ec)ão na es$era da sensibilidade pessoal do %omem R não por motivo do seu ob;ecto, pois o corpo %umano em si mesmo tem sempre uma sua inalienável di+nidade R mas por motivo da qualidade ou do modo da sua reprodu)ão, $i+ura)ão e representa)ão artística. Sobre aquele modo e aquela qualidade podem decidir os vários coe$icientes da obra ou da reprodu)ão, como tamb*m mGltipla s circunst2ncias, muitas vezes de natureza mais t*cnica do que artística. 7 sabido que atrav*s de todos estes elementos se torna, em certo sentido, acessível ao espectador, como ao ouvinte ou ao leitor, a mesma intencionalidade $undamental da obra de arte ou do produto de relativas t*cnicas. Se a nossa sensibilidade pessoal rea+e com ob;ec)ão e desaprova)ão, $álo porque naquela $undamental intencionalidade, ;untamente com a ob;ectiva)ão do %omem e do seu corpo, descobrimos tornarse indispensável, para a obra de arte ou para a reprodu)ão dela, a sua contempor2nea redu)ão cate+oria de ob;ecto, de ob;ecto de J+ozoJ, destinado satis$a)ão da concupisc@ncia mesma. Qsto apresentase contra a di+nidade do %omem tamb*m na ordem intencional da arte e da reprodu)ão. :or analo+ia, * necessário dizer o mesmo, no que se re$ere aos vários campos da atividade artística R se+undo a respectiva especi$icidade R como tamb*m s várias t*cnicas audiovisuais. P. A ncíclica Humanae Titae de :aulo TQ 'n. 33( sublin%a a necessidade de Jcriar um clima $avorável educa)ão da castidadeJ< e com isto pretende a$irmar que, viver o corpo %umano em toda a verdade da sua masculinidade e $eminilidade, deve corresponder di+nidade deste corpo e ao seu si+ni$icado em construir a comun%ão das pessoas. :ode dizerse que esta * uma das dimensFes $undamentais da cultura %umana, entendida como a$irma)ão que nobilita tudo o que * %umano. :or isso dedicamos este breve esbo)o ao problema que, em síntese, poderia c%amarse do Jet%osJ da ima+em. ratase da ima+em que serve para uma sin+ular Jvisibiliza)ãoJ do %omem, e que * necessário compreender em sentido mais ou menos direto. A ima+em esculpida ou pintada Jexprime visualmenteJ o %omem< doutro modo o Jexprime visualmenteJ a representa)ão teatral ou o espetáculo de bailado, e doutro modo o $ilme< tamb*m a obra literária, sua maneira, tende a des$rutar ima+ens interiores, servindose das riquezas da $antasia ou da memória %umana. :ortanto o que aqui denominamos Jet%os da ima+emJ não pode ser considerado abstraindo da componente correlativa, que seria necessário c%amar Jet%os do verJ. ntre uma e outra componente está encerrado todo o processo de comunica)ão, independentemente da vastidão dos círculos que descreve esta comunica)ão, neste caso sempre JsocialJ. D. A cria)ão do clima $avorável educa)ão da castidade encerra estas duas componentes< re$erese, por assim dizer, a um circuito recíproco que se estabelece entre a ima+em e o ver, entre o Jet%osJ da ima+em e o Jet%osJ do ver. 4omo a cria)ão da ima+em, no sentido lato e di$erenciado do termo, impFe ao autor, artista ou reprodutor, obri+a)Fes de natureza não só est*tica mas tamb*m *tica, de maneira que o Jol%arJ, entendido se+undo a mesma vasta analo+ia, impFe obri+a)Fes quele que * receptor da obra. A aut@ntica e responsável atividade artística tende a ultrapassar o anonimato do corpo %umano como ob;ecto Jsem op)ãoJ, procurando 'como ;á $oi dito precedentemente(, atrav*s do es$or)o criativo, tal expressão artística da verdade sobre %omem na sua corporeidade $eminina e masculina, que se;a por assim dizer assinalada como tare$a ao espectador e, num raio mais vasto, a cada receptor da obra. #ele, por sua vez, depende se vai decidirse a realizar o próprio es$or)o para aproximarse de tal verdade, ou se vai $icar sendo apenas um Jconsumidor J super$icial das impress Fes, isto * al+u*m que des$ruta do encontro com o an-nimo temacorpo, só a nível da sensualidade, que rea+e de per si ao seu ob;ecto precisamente Jsem op)ãoJ. Aqui terminamos este importante capítulo das nossas re$lexFes sobre a teolo+ia do corpo, cu;o ponto de partida $oram as palavras pronunciadas por 4risto no Sermão da /ontan%a5 palavras com valor para o %omem de todos os tempos, para o %omem J%istóricoJ, e com valor para cada um de nós. As re$lexFes sobre a teolo+ia do corpo não seriam todavia completas, se não considerássemos outras palavras de 4risto, quer dizer, aquelas em que le apela para a $utura ressurrei)ão. A elas portanto, nos propomos dedicar o próximo ciclo das nossas considera)Fes.
0uarta$eira, 1> de /aio de 1=N1
:o#o aulo BB foi !ítima de um atentadoJ m atentado sua essoa, B're$a e a todos aqueles que, crist#os ou n#o, s#o conscientes do !alor da !idaK & sua obra %umanit/ria, a sua disonibilidade e !ontade de reunir toda a %umanidade numa só família, onde reine a a6 e a tranquilidade, n#o odem ser i'noradas nem sequer or aqueles que n#o rofessam o nosso credoK & consci*ncia A arte de todos nósK :ublicamos o texto do discurso que Sua Santidade estava para pronunciar na Audi@ncia Ceral de 1> de /aio, dia de 9ossa Sen%ora de Oátima5
& imortLncia do ensinamento social arte inte'rante da conce"#o crist# da !ida 1. 9as semanas passadas, durante os nossos encontros nas Audi@ncia s Cerais das quartas$eir as, expus um ciclo de catequese baseada nas palavras de 4risto no Sermão da /ontan%a. Ho;e, diletos irmãos e irmãs em 4risto, dese;o iniciar uma s*rie de re$lexFes sobre outro tema para salientar di+namente uma data que merece ser escrita com letras de ouro na %istória da Q+re;a moderna5 1I de /aio de 1N=1. 4ompletamse, de $acto, =? anos desde que o meu :redecessor eão YQQQ publicou a $undamental ncíclica social erum 9ovarum, que não só $oi vi+orosa e premente condena)ão da Jimerecida mis*riaJ em que se encontravam os trabal%adores de então, no $im do primeiro período da aplica)ão da máquina industrial no campo da empresa, mas colocou sobretudo os $undamentos para uma ;usta solu)ão daqueles +raves problemas da conviv@ncia %umana que se expressam com o nome de Jquestão socialJ. 3. :orque recorda ainda a Q+re;a, depois de tantos anos, a ncíclica erum 9ovarum8 /uitas são as razFes. :rimeiro que tudo a erum 9ovarum constitui e * a J/a+na 4%arta da atividade social cristãJ, como a de$iniu :io YQQ 'adiomensa+em para os I? anos da erum 9ovarum, #iscursos e adiomensa+ens 1=E3(< e :aulo TQ acrescentou que a sua Jmensa+em continua a inspirar a ac)ão em $avor da ;usti)aJ '!cto+es ima Adveniens, 1( na Q+re;a e no mundo contempor2neo< ela * tamb*m demonstra)ão irre$utável da ativa e esclarecida aten)ão da Q+re;a pelo mundo do trabal%o. A voz de eão YQQQ levantouse cora;osa, em de$esa dos oprimidos, dos pobres, dos %umildes e dos explorados, e não $oi senão o eco da voz d6Aquele que tin%a proclamado bemav enturados os pobres e os que t@m $ome de ;usti)a. ! :apa, se+uindo o impulso e o convite Jda consci@ncia do seu Apostólico /inist*rioJ 'c$. erum 9ovarum, 1(, $alou5 não só tin%a para isso o direito, mas tamb*m e sobretudo o dever. ! que de $acto ;usti$ica a interven)ão da Q+re;a e do seu Supremo :astor, nas questFes sociais, * sempre a missão recebida de 4risto para salvar o %omem na sua inte+ral di+nidade. >. A Q+re;a * por voca)ão c%amada a ser em toda a parte a tutora $iel da di+nidade %umana, a mãe dos oprimidos e dos mar+inalizados, a Q+re;a dos $racos e dos pobres. 0uer viver toda a verdade contida nas Bemaventuran)as evan+*licas, sobretudo na primeira, JBemaventurados os pobres de espíritoJ< quis ensinar a praticála, assim como $ez o seu #ivino Oundador que veio Jpraticar e ensinarJ 'c$. Act 1, 1(. 4omo observava no ano passado no meu discurso aos operários de São :aulo no Brasil, Ja Q+re;a, quando proclama o van+el%o, sem aliás abandonar o seu encar+o próprio de evan+eliza)ão, procura obter que todos os aspectos da vida social em que se mani$esta a in;usti)a so$ram trans$orma)ão no sentido da ;usti)aJ '#iscurso aos operários em São :aulo, n. >< > de ul%o de 1=N?(. A Q+re;a está consciente desta sua alta missão5 por isso inserese na %istória dos povos, nas suas institui)Fes, na sua cultura, nos seus problemas e nas suas necessidades. 0uer ser solidária com os seus $il%os e com toda a %umanidade, partil%ando das di$iculdades e an+Gstias, e tornando próprias as le+ítimas exi+@ncias de quem so$re ou * vítima da in;usti)a. Oorte com as eternas palavras do van+el%o, ela denuncia tudo o que o$ende o %omem na sua di+nidade de Jima+em de #eusJ 'C*n 3, 3P( e nos seus direitos $undamentais, universais, invioláveis e inalienáveis< tudo o que l%es di$iculta a maior aplica)ão se+undo o plano de #eus. Oaz isto parte do seu servi)o pro$*tico. E. 4om muita razão a$irmou :io YQ que a erum 9ovarum apresentou %umanidade um ma+ní$ico ideal social, %aurindoo nas $ontes sempre vivas e vitais do van+el%o 'c$. 0uadra+esimo Anno, 1P(. Se+undo as orienta)Fes do basilar documento leonino, os meus venerados :redecessores não deixaram, em numerosas circunst2ncias, de rea$irmar esse direito e esse dever da Q+re;a, de dar diretrizes morais num campo, como o sócioecon-mico, que tem rela)Fes diretas com o $im reli+ioso e sobrenatural da sua missão. ! 4oncílio Taticano QQ retomou esse ensinamento acentuando que J* missão de toda a Q+re;a a;udar
os %omens para que se tornem capazes de bem construir toda a ordem temporal e de a ordenar para #eus por meio de 4ristoJ 'Apostolicam Actuositatem, D(. Oica assim claro o primeiro +rande ensinamento da celebra)ão deste nona+*simo aniversário5 o de rea$irmar o direito e a compet@ncia da Q+re;a para Jexercitar sem obstáculos a sua missão entre os %omens e dar o seu ;uízo moral tamb*m sobre coisas que dizem respeito ordem política, quando isto se;a requerido pelos direitos $undamentais da pessoa e pela salva)ão das almasJ 'Caudium et Spes, DP(5 o de tornar cada vez mais consciente as Q+re;as locais, os sacerdot es, os reli+iosos e as reli+iosas, e os lei+os, do seu direitodever de se es$or)arem pelo bem de cada %omem, e de serem a todo o momento os de$ensores e os promotores da aut@ntica ;usti)a no mundo. I. eparando com ol%ar sereno nos acontecimentos %istóricosociais que se se+uiram no mundo do trabal%o, desde aquele lon+ínquo /aio de 1N=1, devemos recon% ecer com satis$a)ão que +randes passos $oram dados e se realizaram +randes trans$orma)Fes com a $inalidade de tornar a vida das classes operárias mais em concord2ncia com a di+nidade das mesmas. A erum 9ovarum $oi levedura e $ermento destas $ecundas trans$orma)Fes. :or meio dela in$undiu o omano :ontí$ice na alma operária o sentimento e a consci@ncia da própria di+nidade %umana, civil e cristã< $avoreceu o nascimento de associa)Fes sindicais operárias nos vários países< admoestou os +overnantes e as na)Fes dos seus deveres para com os $racos e pobres, convidando os stados cria)ão de uma política social, %umana e inteli+ente, que levou ao recon%ecimento, $ormula)ão e ao respeito dos direitos do trabal%o e ao trabal%o para todos os cidadãos. P. A erum 9ovarum reveste em se+uida, para a Q+re;a, particular import2ncia, pois constitui ponto de re$er@ncia din2mica da sua doutrina e da sua a)ão social no mundo contempor2neo. #urante s*culos, das suas ori+ens at* %o;e, a Q+re;a sempre se encontrou e en$rentou com o mundo e os seus problemas, iluminandoos com a luz da $* e da moral de 4risto. Qsto $avoreceu que se ori+inasse e proclamasse, atrav*s da %istória, um corpo de princípios de moral social cristã, con%ecido %o;e como #outrina Social da Q+re;a. 7 m*rito do :apa eão YQQQ ter sido o primeiro a procurar darl%e um carácter or+2nico e sint*tico. 4ome)ou assim, por parte do /a+ist*rio, a nova e delicada missão, que * tamb*m +rande obri+a)ão, de reelaborar, para um mundo em contínua mudan)a, um ensinamento capaz de responder s modernas exi+@ncias e não menos s rápidas e contínuas trans$orma)Fes da sociedade industrial< e, ao mesmo tempo, capaz de tutelar os direitos quer da pessoa %umana quer das ;ovens na)Fes que entram a $azer parte da 4omunidade Qnternacional. D. ste ensinamento social R como $iz notar em :uebla R Jnasce, luz da :alavra de #eus e do /a+ist*rio aut@ntico, da presen)a dos cristãos no meio das situa)Fes mudáveis do mundo, em contato com as exi+@ncias que delas prov@mJ '#iscurso inau+ural, QQ, D(. ! seu ob;ecto * e continua a ser a di+nidade sa+rada do %omem, ima+em de #eus, e a tutela dos seus direitos inalienáveis< a sua $inalidade, a realiza)ão da ;usti)a, entendida como promo)ão e liberta)ão inte+ral da pessoa %umana, na sua dimensão terrena e transcendente< o seu $undamento, a verdade sobre a mesma natureza %umana, verdade apreendida da razão e iluminada pela evela)ão< a sua $or)a propulsiva, o amor como preceito evan+*lico e norma de a)ão. Oor;adora de uma concep)ão sempre atual e $ecunda do viver social, a Q+re;a, ao desenvolver neste Gltimo s*culo, com a colabora)ão dos sacerdotes e lei+os competentes, o seu ensinamento social, de natureza reli+iosa e moral, não se limita a o$erecer princípios de re$lexão, orienta)Fes, diretrizes, veri$ica)Fes ou apelos, mas apresenta tamb*m normas de ;uízo e diretrizes para a a)ão que todo o católico * c%amado a colocar na base da sua iluminada experi@ncia para traduzilas depois, de $acto, em cate+orias ativas de colabora)ão e compromisso 'c$. van+elii 9untiandi, n. >N(. #in2mica e vital, a #outrina Social, como toda a realidade viva, compFese de elementos duradouros e supremos, e de elementos contin+entes que l%e permitem a evolu)ão e o desenvolvimento em sintonia com as ur+@ncias dos problemas decisivos, sem l%es diminuir a estabilidade e a certeza nos princípios e nas normas $undamentais. N. ecordando o nona+*simo aniversário da ncíclica leonina,do naensinamento esteira e no social re$lexocomo do /a+ist*rio dos meus :redecessores, dese;o portanto rea$irmar a import2ncia parte inte+rante da concep)ão cristã da vida. Sobre este assunto não deixei , nos $requ entes encontros com os meus Qrmãos no piscopado, de recomendar solicitude pastoral deles a necessidade e a ur+@ncia de sensibilizar os próprios $i*is sobre o pensamento social cristão, para que todos os $il%os da Q+re;a se;am não só instruídos na doutrina, mas tamb*m educados para exercer a a)ão social.
Qrmãos e Qrmãs. Toltaremos ainda mais lon+amente aos vários temas e problemas, que o aniversário da ncíclica erum 9ovarum evoca. :ara concluir esta min%a re$lexão de %o;e, quero responder interro+a)ão apresentada no início. Sim, a ncíclica erum 9ovarum tem ainda %o;e a sua vitalidade e a sua validez estimulante e operante para o :ovo de #eus, embora ten%a aparecido no lon+ínquo 1N=1. ! tempo não a esvaziou mas aprovoua< tanto assim que os cristãos a sentem tão $ecunda que tiram dela cora+em e a)ão, para os novos desenvolvimentos da ordem social em que o mundo do trabal%o está interessado. 4ontinuemos portanto a viverl%e o espírito com 2nimo e +enerosidade, apro$undando com amor ativo os camin%os tra)ados pelo atual /a+ist*rio social e interpretando com +enialidade criativa as experi@ncias dos novos tempos.
&os $o!ens Casais 0ueridos ;ovens 4asais, 9ossa Sen%ora JTir+em /ãeJ e JOil%a do seu Oil%oJ '#ante, :araíso, >>, 1( $oi tamb*m sposa a$etuosa, mei+a e $iel de os*, o carpinteiro de 9azar*. com ele compartil%ou a t@nue recorda)ão da anti+a +randeza de descendentes de #avid, e tamb*m e sobretudo a %umildade do presente, e peso do destino e a dura realidade de todos os dias. A Tir+em comparticipou com os* na via+em a Bel*m, na $u+a para o +ipto e na pobreza. A mul%er, que divide com o marido as provas da vida, será o apoio mais válido e o coe$iciente mais elevado da sua $elicidade. assim tamb*m o marido. Sede $elizes, queridos ;ovens 4asais. #eus vos acompan%e.
Quarta-feira, 11 de No!embro de 19;1 ala!ras essenciais ara a teolo'ia do coro 1. etomamos %o;e, depois de uma pausa um tanto lon+a, as medita)Fes $eitas %á tempos, que de$inimos como re$lexFes sobre a teolo+ia do corpo. Ao continuar, conv*m, desta vez, re$erirmonos s palavras do van+el%o, quando 4risto $ala sobre a ressurrei)ão5 palavras que t@m import2ncia $undamental para entender o matrim-nio no sentido cristão e tamb*m Ja renGnciaJ vida con;u+al pelo Jreino dos c*usJ. A complexa casuística do Anti+o estamento no campo matrimonial não somente levou os Oariseus a diri+iremse a 4risto para %e expor o problema da indissolubilidade do matrim-nio 'c$. /t 1=, >= /c 1?, 3 13( mas tamb*m, outra vez, os Saduceus para ! interro+ar sobre a lei do c%amado levirato '1(. ste colóquio * reproduzido concordemente pelos sinópticos 'c$. /t 33, 3E>?< /c 13, 1N3D< c 3?, 3DE?(. Ainda que todas as tr@s reda)Fes se;am quase id@nticas, notams e todavia entre elas al+umas di$eren)a s leves, mas, ao mesmo tempo, si+ni$icativas. :orque o colóquio * re$erido em tr@s versFes R as de /ateus, /arcos e ucas R requerse análise mais apro$undada, pois ele compreende conteGdos que t@m um si+ni$icado essencial para a teolo+ia do corpo. Ao lado dos dois outros importantes colóquios R isto * aquele em que $az re$er@ncia 4risto ao JprincípioJ 'c$. /t 1=, >=< /c 1?, 313(, e o outro em que tem em vista a intimidade do %omem 'o Jcora)ãoJ(, indicando o dese;o e a concupisc@ncia da carne como $onte do pecado 'c$. /t I, 3D>3( R o colóquio que nos propomos a+ora submeter a análise, constitui, diria, a terceira componente do tríptico das enuncia)Fes do próprio 4risto5 tríptico de palavras essenciais e constitutivas para a teolo+ia do corpo. 9este colóquio esus re$erese ressurrei)ão, desvelando assim urna dimensão completamente nova do mist*rio do %omem. 3. A revela)ão desta dimensão do corpo, estupenda no seu conteGdo R mas li+ada com o van+el%o relido o seu con;unto e at* ao $undo R mani$estase no colóquio com os Saduceus, Jos quais a$irmam que não %á ressurrei)ãoJ '/t 33, 3>( '3(< vieram ter com 4risto para %e expor um assunto que R se+undo ;ul+avam R con$irma o bom $undamento da posi)ão por eles tomada. ste ar+ume nto devia contradiz er Ja %ipótese da ressurrei)ãoJ. ! raciocínio dos Saduceus * o se+uinte5 J/estre, /ois*s prescreveunos que, se morresse o irmão de al+u*m, deixando a mul%er e não deixando $il%os, seu irmão teria de casar com a viGva para proporcionar descend@ncia ao irmãoJ '/c 13, 1=(. !s Saduceus repetem aqui a c%amada lei do levirato 'c$. #t 3I, I1?( e, atendose prescri)ão desta anti+a lei, apresentam o se+uinte JcasoJ. Jram sete irmãos, e o primeiro casou e morreu sem deixar $il%os. ! se+undo casou com a viGva e morreu tamb*m sem deixar $il%os, e o mesmo aconteceu ao terceiro< e todos os sete morreram sem deixar descend@ ncia. Oinalmente, morreu a mul%er. 9a ressurrei)ão, de qual deles será ela mul%er8 :orque os sete a tiveram por mul%erJ '/c 13, 3?3>( '>(. >. A resposta de 4risto * uma das respostasc%aves do van+el%o, em que * revelada R exatamente a partir dos raciocí nios puramente %umanos e em contraste com eles R outra dimensão da questão, isto * a que responde sabedoria e pot@ncia do próprio #eus. #e maneira análo+a, por exemplo, se tin%a apresentado o caso da moeda do tributo com a ima+em de 4*sar e da rela)ão correta entre o que, no 2mbito do poder, * divino e o que * %umano 'Jde 4*sarJ( 'c$. /t 33, 1I33(. #esta vez esus responde assim5 J9ão andareis en+anados por descon%ecerdes as scrituras e o poder de #eus8 0uando ressuscitarem dentre os mortos, nem casarão, nem se darão em casamento, mas serão como an;os nos c*usJ '/t 13, 3E3I(. sta * a resposta basilar do JcasoJ, isto * do problema que nele está incluído. 4risto, con%ecendo as ideias dos Saduceus, e intuindo as suas aut@nticas inten)Fes, retoma, em se+uida, o problema da possibilidade da ressurrei)ão, ne+ada pelos Saduceus mesmos5 J, acerca da ressurrei)ão dos mortos, não lest es no livro de /ois*s, no episódio da sar)a, como #eus l%e $alou , dizendo5 u sou o #eus de Abraão, o #eus de Qsaac e o #eus de acob8 9ão * #eus de mortos, mas de vivosJ '/c 13, 3P 3D(. 4omo se v@, 4risto cita o próprio /ois*s a quem $izeram re$er@ncia os Saduceus, e termina a$irmando5 JAndais muito en+anadosJ '/c 13, 3D(. E. sta a$irma)ão conclusiva, 4risto repetea ainda uma se+unda vez. #e $acto, a primeira vez pronuncioua no princípio da exposi)ão. #isse nesta altura5 Jstais en+anados, porque descon%eceis as en+anados scrituras e por o poder de #eusJ5 assim lemos em /ateus '33, 3=(. em /arcos5 J9ão andareis descon%ecerdes as scrituras e o poder de #eus8J '/c 13, 3E(. 4ontudo, a mesma resposta de 4risto, na versão de ucas '3?, 3D>P(, * destituída de tom pol@mico, daquele Jestais em +rande erroJ. :or outro lado, ele proclama a mesma coisa pois introduz na resposta al+uns elementos que não se encontram em /ateus nem em /arcos. is o texto5 Jesus respondeul%es5 !s $il%os deste mundo casam e são dados em casamento, mas aqueles que $oram ;ul+ados di+nos de participar do outro mundo e da ressurrei)ão dos mortos, nem se casam, nem são dados em casamento, porque ;á não podem morrer< são semel%antes aos
an;os e, sendo $il%os da ressurrei)ão, são $il%os de #eusJ 'c 3?, >E>P(. 0uanto possibilidade mesma da ressurrei)ão, ucas R como os dois outros sinóptic os R re$erese a /ois*s, ou se;a passa+em do ivro do kxodo >, 3P, em que de $acto se narra que o +rande le+islador da Anti+a Alian)a tin%a ouvido da sar)a, que Jardia no $o+o e não se consumiaJ, as se+uintes palavras5 Ju sou o #eus do teu pai, o #eus de Abraão, de Qsaac e de acobJ 'kx >, P(. 9a mesma passa+em, quando /ois*s per+untou o nome de #eus, ouviu a resposta5 Ju sou Aquele que souJ 'kx >, 1E(. Assim, pois, $alando da $utura ressurrei)ão dos corpos, 4risto recorre ao poder mesmo do #eus vivo. m se+uida, teremos de considerar, de modo mais particularizado, este assunto. 9otas 1( sta lei, encerrada no #euteron-mio 3I, D1?, diz respeito aos irmãos que %abitavam sob o mesmo tecto. Se um deles morria sem deixar $il%os, o irmão do de$unto devia tomar como esposa a viGva do irmão $alecido. A crian)a nascida deste matrim-nio era recon%ecida como $il%a do de$unto, para que não $icasse extinta a sua estirpe e $osse conservada na $amília a %eran)a 'c$. >, =1E, 13(. 3( 9o tempo de 4risto, os Saduceus $ormavam, dentro do ;udaísmo, uma seita li+ada ao círculo da aristocracia sacerdotal. ] tradi)ão oral e teolo+ia elaboradas pelos Oariseus, contrapun%am eles a interpreta)ão literal do :entateuco, que ;ul+avam $onte principal da reli+ião ;avista. #ado que nos livros bíblicos mais anti+os não %avia men)ão da vida de al*m campa, os Saduceus re;eitavam a escatolo+ia proclamada pelos Oariseus, a$irmando que Jas almas morrem ;untamente com o corpoJ 'c$. osep%, Antiquitates udaicae, YTQQ 1E, 1P(. As concep)Fes dos Saduceus não nos são todavia diretamente con%ecidas, porque todos os seus escritos se perderam depois da destrui)ão de erusal*m no ano de D?, quando a seita mesma desapareceu. scassas são as in$orma)Fes a respeito dos Saduceus< tomamolas dos escritos dos seus adversários ideoló+icos. >( !s Saduceus, diri+indose a esus para um JcasoJ puramente teórico, atacam ao mesmo tempo a primitiva concep)ão dos Oariseus sobre a vida depois da ressurrei)ão dos corpos< insinuam na verdade que a $* na ressurrei)ão dos corpos leva a admitir a poliandria, contrastante com a lei de #eus.
Quarta-feira, 1; de No!embro de 19;1 & alian"a de eus com os %omens reno!a a realidade da !ida 1. Jstais en+anados, porque descon%eceis as scrituras e o poder de #eusJ '/t 33, 3=( assim disse 4risto aos Saduceus, que recusando a $* na $utura ressurrei)ão dos corpos %e tin%am exposto o caso se+uinte5 J!ra, entre nós, %avia sete irmãos. ! primeiro casou e morreu sem descend@ncia, deixando a mul%er a seu irmãoJ 'se+undo a lei mosaica do JleviratoJ(< Jsucedeu o mesmo ao se+undo, depois ao terceiro, e assim at* ao s*timo. #epois de todos eles, morreu a mul%er. 9a ressurrei)ão, de qual dos sete será ela mul%er8J '/t 33, 3I3N(. 4risto replica aos Saduceus a$irmando, no principio e no $im da sua resposta, que eles estão em +rande erro, não con%ecendo nem as scrituras nem o poder de #eus 'c$. /c 13, 3E< /t 33, 3=(. Sendo o colóquio com os Saduceus re$erido pelos van+el%os sinópticos todos tr@s, con$rontemos brevemente os textos que nos interessam. 3. A versão de /ateus '33, 3E>?(, embora não $a)a re$er@ncia sar)a, concorda quase inteiramente com a de /arcos '13, 1>3I(. Ambas as versFes cont@m dois elementos essenciais5 1( a enuncia)ão sobre a $utura ressurrei)ão dos corpos, 3( a enuncia)ão sobre o estado dos corpos dos %omens ressur+idos L1M. stes dois elementos encontramse tamb*m em ucas '3?, 3D>P( L3M. ! primeiro elemento, relativo $utura ressurrei)ão dos corpos, anda ;unto, especialmente em /ateus e em /arcos, com as palavras diri+idas aos Saduceus, se+undo as quais eles não con%ecem Jnem as scrituras nem o poder de #eusJ. al a$irma)ão merece ser considerada em particular, pois exactamente nela especi$ica 4risto as bases mesmas da $* na ressurrei)ão, a que $izera re$er@ncia ao responder questão apresentada pelos Saduce us com o exemplo concreto da lei mosaica do levirato. >. Sem dGvida, os Saduceus tratam o assunto da ressurrei)ão como um tipo de teoria ou de %ipótese, susceptível de ser ultrapassado L>M. esus demonstral%es primeiro um erro de m*todo5 não con%ecem as scrituras< e depois um erro de m*rito5 não aceitam o que * revelado pelas scrituras não con%ecem o poder de #eus , não cr@em n6Aquele que se revelou a /ois*s na sar)a ardente. 7 resposta muito si+ni$icativa e muito precisa. 4risto encontrase aqui com %omens, que se ;ul+am experimentados e competentes int*rpretes das scrituras. A estes %omens isto * aos Saduceus esus responde que só o con%ecimento literal da scritura não * su$iciente. A scritura, de $acto, * sobretudo meio para con%ecer o poder do #eus vivo, que nela se revela, assim como se revelou a /ois*s na sar)a. 9esta revela)ão le c%amou a Si mesmo Jo #eus de Abraão, o #eus de Qsaac e de acobJ LEM daqueles portanto que tin%am sido os pro+enitores de /ois*s na $*, que brota da revela)ão do #eus vivo. odos os quais estão ;á mortos %á muito tempo< contudo 4risto completa a re$er@ncia a eles com a a$irma)ão de que #eus Jnão * #eus dos mortos, mas dos vivosJ. sta a$irma)ãoc%ave, em que interpreta 4risto as palavras diri+idas a /ois*s pela sar)a ardente, pode ser compreendida só admitindo a realidade de uma vida, a que a morte não pFe $im. !s pais de /ois*s na $*, Abraão, Qsaac e acob são para #eus pessoas vivas 'c$. c 3?, >N5 Jpois para le, todos estão vivosJ(, embora, se+undo os crit*rios %umanos, devam ser contados entre os mortos. eler corretamente a scritura, e em particular as sobreditas palavras de #eus, quer dizer con%ecer e acol%er com a $* o poder do #ador da vida, que não está vinculado pela lei da morte, dominadora na %istória terrena do %omem. E. :arece que se deve interpretar deste modo a resposta de 4risto sobre a possibilidade da ressurrei)ão LIM, dada aos Saduceus, se+undo a versão de todos os tr@s Sinópticos. Tirá o momento em que a resposta, nesta mat*ria, será dada por 4risto com a própria ressurrei)ão< por ora, todavia, le apela para o testemun%o do Anti+o estamento, demonstrando como descobrir nele a verdade sobre a imortalidade e sobre a ressurrei)ão. 7 necessário $az@lo não nos detendo unicamente no som das palavras, mas subindo tamb*m ao poder de #eus, que por aquelas palavras * revelado. 4itar Abraão, Qsaac e acob naquela teo$ania concedida a /ois*s, da qual nos $ala o livro do kxodo '>, 3P(, constitui testemun%o que o #eus vivo dá queles que vivem Jpara leJ5 queles que, +ra)as ao seu poder, t@m a vida, ainda que, cin+indo nos s dimensFes da %istória, seria necessário %á muito tempo contálos entre os mortos. I. ! si+ni$icado pleno deste testemu n%o, a que esus se re$ere no seu colóquio com os Saduceus, poder seia 'sempe luz do Anti+o estamento( apreender doemodo se+uinte5 Aqueleseque * Aquele que vive e queunicamente * a Tida constitui a inexaurível $onte da exist@ncia, da vida, assim corno revelou no JprincípioJ no C@nesis 'c$, C*n. 1>(. mbora, por causa do pecado, a morte corporal se ten%a tornado a sorte do %omem 'c$. C*n. >, 1=( LPM, e embora o acesso árvore da Tida '+rande símbolo do ivro do C@nesis( l%e ten%a sido proibido 'c$. C*n. >, 33(, todavia, o #eus vivo, contraindo a sua Alian)a com os %omens 'Abraão :atriarcas, /ois*s, Qsrael(, renova continuamente, nesta alian)a, a realidade mesma da Tida, descobrel%e de novo a perspectiva e em certo sentido abre novamente o acesso árvore da Tida. untamente com a Alian)a, esta vida, cu;a $onte * o próprio #eus, * participada queles mesmos %omens
que, em consequ@ncia da ruptura da primeira Alian)a, tin%am perdido o acesso árvore da Tida, e nas dimensFes da sua %istória terrena tin%am sido su;eitos morte. P. 4risto * a Gltima palavra de #eus sobre este assunto< de $acto, a Alian)a, que com le e por le * estabelecida entre #eus e a %umanidade, abre uma in$inita perspectiva de Tida5 e o acesso árvore da Tida se+undo o plano ori+inal do #eus da Alian)a * revelado a cada %omem na sua de$initiva plenitude. Será este o si+ni$icado da morte e da ressurrei)ão de 4risto, será este o testemun%o do mist*rio pascal. odavia o colóquio com os Saduceus decorre na $ase pr*pascal da missão messi2nica de 4risto. A narra)ão do colóquio se+undo /ateus '33, 3E>?( /arcos '13, 1>3D(, e ucas '3?, 3D>P( mani$esta que esus 4risto o qual várias vezes, em particular nos colóquios com os discípulos, tin%a $alado da $utura ressurrei)ão do Oil%o do %omem. 'c$. por ex. /t 1D, =.3>< 3?, 1= e paral.( no colóquio com os Saduceus, pelo contrário, não usa este ar+umento. As razFes são óbvias e claras. ! colóquio * com os Saduceus, Jos quais a$irmam que não %á ressurrei)ãoJ 'como insiste o evan+elista(, isto * pFem em dGvida a possibilidade mesma dela e entretanto consideramse experimentados na scritura do Anti+o estamento e seus int*rpretes quali$icados. 7 por isso que esus se re$ere ao Anti+o estamento e, com base nele, demonstra l%es que Jnão con%ecem o poder de #eusJ LDM. D. A respeito da possibilidade da ressurrei)ão, 4risto recorre precisamente quele poder, que a par e passo acompan%a o testemun%o do #eus vivo , que * o #eus de Abraã o, de Qsaac e de acob e o #eus de /ois*s. ! #eus, que os Saduceus Jpriva mJ deste poder, ;á não * o #eus verdadeiro dos seus :ais, mas o #eus das suas %ipóteses e interpreta)Fes. 4risto, pelo contrário, veio dar testemun%o ao #eus da Tida em toda a verdade do Seu poder, que se aplica na vida do %omem. 9otas L1M mbora o 9ovo estamento não con%e)a a express ão Ja ressurrei)ão dos corposJ 'que aparecerá a primeira vez em São 4lemente5 3 4lem =, 1, e em ustino. #iál N?, I( e use a expressão Jressurrei)ão dos mortosJ, entendendo com ela o %omem na sua inte+ridade, * todavia possível encontrar em muitos textos do 9ovo estamento a $* na imortalidade da alma e a sua exist@ncia tamb *m $ora do corpo 'e$. por ex.5 c 3>, E>< Olp 1, 3>3E< 3 4or I, PN(. L3M ! texto de ucas cont*m al+uns elementos novos a respeito dos quais se trava a discussão dos exe+etas. L>M 4omo * sabido, no ;udaísmo daquele período não $oi claramente $ormulada uma doutrina acerca da ressurrei)ão< existiam só as diversas teorias lan)adas pelas várias escolas. !s Oariseus, que se davam especula)ão teoló+ica, desenvolveram ener+icamente a doutrina sobre a ressurrei)ão, vendo alusFes a ela em todos os livros do Anti+o estamento. ntendiam todavia a $utura ressurrei)ão de modo terrestre e primitivo, prenunciando por exemplo enorme crescimento da col%eita e da $ertilidade na vida depois da ressurrei)ão. !s Saduceus, pelo contrário, polemizavam com tal conceito, partindo da premissa de que o :entateuco não $ala da escatolo+ia. 7 necessário tamb*m ter presente que, no s*culo Q, o c2none dos livros do Anti+o estamento não tin%a sido ainda estabelecido. ! caso apresentado pelos Saduceus ataca diretamente a concep)ão $arisaica da ressurrei)ão. #e $acto, os Saduceus ;ul+avam que a se+uia tamb*m 4risto. A resposta de 4risto corri+e i+ualmente quer as concep)Fes dos Oariseus, quer as dos Saduceus. LEM sta expressão não si+ni$ica J#eus que era %onrado por Abraão, Qsaac e acobJ, mas J#eus que tomava cuidado dos patriarcas e os libertavaJ. sta no livro kxodo5 P5 >,e1I.1P< E, I,* sempre contexto da promessa Qsrael5$órmula o nomevolta do #eus de do Abraão, de>,Qsaac de acob pen%or eno+arantia desta liberta)ão.de liberta)ão de J#eus de Y * sin-nimo de socorro, de sustentáculo e de abri+o para QsraelJ. ncontrase sentido semel%ante no C@nesis E=, 3E5 J#eus de acob :astor e :edra de Qsrael, #eus dos teus :ais que te a;udaráJ 'e$. C*n E=, 3E, 3I< c$. tamb*m5 C*n 3E, 3D< 3P, 3E< 3>, 1>< >3, 1?< EP, >(. 4$. . #reV$us, !.:., 6ar+ument scripturaire de *sus en $aveur de la r*ssurection des morts '/4 YQQ, 3P
3D(, evue Biblique PP '1=I=( 31N. A $órmula J#eus de Abraão, Qsaac e acobJ, em que são citados todos os tr@s nomes dos :atriarcas, indicava na exe+ese ;udaica, contempor2nea de esus, a rela)ão de #eus com o :ovo da Alian)a como comunidade. 4$. . llis esus, %e Sadducees and 0umran, 9e\ estament Studies 1?, '1=P>PE( 3DI. LIM 9o nosso modo contempor2n eo para tornar compreensível este texto evan+*lico , o raciocínio de esus diz respeito só imortalidade< se, de $acto, os patriarcas vivem depois de terem morrido ;á a+ora, antes da ressurrei)ão, escatoló+ica do corpo, então a veri$ica)ão de esus diz respeito imortalidade da alma e não $ala da ressurrei)ão do corpo. /as o raciocínio de esus $oi diri+ido nos Saduceus que não con%eciam o dualismo do corpo e da alma, aceitando apenas a bíblica unidade psico$ísica do %omem que * Jo corpo e a respira)ão de vidaJ. :or isso, se+undo eles, a alma morre ;untamente com o corpo. A a$irma)ão de esus, se+undo a qual os patriarcas vivem, podia si+ni$icar para os Saduceus unicamente a ressurrei)ão com o corpo. LPM 9ão nos detemos aqui sobre a concep)ão da morte no sentido puramente veterotestamentário, mas tomamos em considera)ão a antropolo+ia teoló+ica no seu con;unto. LDM ste * o ar+umento determinante que prova a autenticidade da discussão com os Saduceus. Se a perícope constituísse Jacrescento póspascal da comunidade cristãJ 'como ;ul+ava por exemplo . Bultmann(, a $* na ressurrei)ão dos corpos apoiarseia no $acto da ressurrei)ão de 4risto, que se impun%a como $or)a irresistível, como o $az compreender por exemplo São :aulo. 'c$. 1 4or 1I, 13(. 4$. . eremias, 9eutestamentlic%e %eolo+ie, Q eil, Cuterslo% 1=D1 '/o%n(< c$. al*m disso Q. H. /ars%all, %e Cospel o$ ue, xeter 1=DN, %e :aternoster :ress, p. D>N. A re$er@ncia ao :entateuco %avendo no Anti+o estamento textos que tratavam diretamente da ressurrei)ão 'como por ex. Qs 3P, 1= ou #an 13, 3 testemun%a ter decorrido a conversa realmente com os Saduceus, que ;ul+avam o :entateuco Gnica autoridade decisiva. A estrutura da controv*rsia demonstra que esta era uma discussão rabínica, se+undo os clássicos modelos em uso nas academias de então. 4O. . e /oVne, !SB, es Sadduc*eus, :aris 1=D3 'Cabalda(, p. 13E s.< , o%meVer, #as van+elium des /arus, Cttin+en 1=I=, 1I, p. 3ID< #. #aube, 9e\ estament and abbinic udaism, ondon 1=IP, pp. 1IN1P>< . ademaers, S, a bonne nouvelle de *sus selon St /arc, Bruxelles 1=DI, Qnstitut d6tudes %*olo+iques, p. >1>.
Quarta-feira, 2 de e6embro de 19;1 & forma"#o da antroolo'ia teoló'ica 1. J0uando ressuscitarem dentre os mortos, nem casarão nem se darão em casamentoJ '/c 13, 3I(. 4risto pronuncia estas palavras, que t@m si+ni$icadoc%ave para a teolo+ia do corpo, depois de a$irmar, no colóquio com os Saduceus, que a ressurrei)ão * con$orme ao poder do #eus vivo. odos os tr@s van+el%os Sinópticos trazem o mesmo enunciado, mas a versão de ucas di$erenciase nal+uns particulares da de /ateus e de /arcos. ssencial * para todos a veri$ica)ão de que, na $utura ressurrei)ão, os %omens, depois de readquirirem os corpos na plenitude da per$ei)ão própria da ima+em e semel%an)a com #eus R depois de os readquirire m na sua masculinidade e $eminilid ade R Jnão tomarão mul%er nem maridoJ. ucas no capítulo 3?, >E>I exprime a mesma ideia com as palavras se+uintes5 J!s $il%os deste mundo casam e são dados em casamento< mas aqueles que $orem ;ul+ados di+nos de participar do outro mundo e da ressurrei)ão dos mortos, nem se casam, nem são dados em casamentoJ. 3. 4omo resulta destas palavras, o matrim-nio, aquela união em que, como diz o ivro do C@nesis, Jo %omem... se unirá a sua mul%er e os dois serão uma só carneJ '3, 3I( R união própria, do %omem desde o JprincípioJ R pertence exclusivamente Ja este mundoJ. ! matrim-nio e a procria)ão não constituem, pelo contrário, o $uturo escatoló+ico do %omem. 9a ressurrei)ão perdem, por assim dizer, a sua razão de ser. Aquele Joutro mundoJ, de que $ala ucas '3?, >I(, si+ni$ica o remate de$initivo do +@nero %umano, o encerramento quantitativo daquele círculo de seres, que $oram criados ima+em e semel%an)a de #eus, para que, multiplicandose atrav*s da con;u+al Junidade no corpoJ de %omens e mul%eres, su;eitassem a si a terra. Aquele Joutro mundoJ não * o mundo da terra, mas o mundo de #eus que, con$orme sabemos pela primeira 4arta de :aulo aos 4oríntios, o enc%erá inteiramente, tornandose, Jtudo em todosJ '1 4or 1I, 3N(. >. 4ontemporaneamente aquele Joutro mundoJ, que se+undo a revela)ão * Jo reino de #eusJ, * tamb*m a de$initiva e eterna JpátriaJ do %omem 'c$. Olp >, 3?(, * a Jcasa do :aiJ 'o 1E, 3(. Aquele Joutro mundoJ, como nova pátria do %omem, sur+e de$initi vamente do mundo atual, que * temporal R submetido morte, ou se;a destrui)ão do corpo 'c$. C*n >, 1=5 Jem pó te %ásde tornarJ( R atrav*s da ressurrei)ão. A ressurrei)ão, se+undo as palavras de 4risto re$eridas pelos Sinópticos, si+ni$ica não só a recupera)ão da corporeidade e o restabelecimento da vida %umana na sua inte+ridade, mediante a união do corpo com a alma, mas tamb*m um estado completamente novo da vida %umana mesma. ncontramos a con$irma)ão deste novo estado do corpo na ressurrei)ão de 4risto 'c$. om P, I11(. As palavras transmitidas pelos Sinópticos '/t 33, >?< /c 13, 3I< c 3?, >E>I( de novo soarão nessa altura 'isto * depois da ressurrei)ã o de 4risto( queles que as tin%am ouvido, diria quase com nova $or)a probante, e ao mesmo tempo adquirirão o carácter de unia promessa convincente. odavia por ora detemonos nestas palavras na sua, $ase Jpr*pascalJ, baseandonos só na situa)ão em que $oram pronunciadas. 9ão %á qualquer dGvida de que ;á na resposta dada aos Saduceus, 4risto desvela a nova condi)ão do corpo %umano na ressurrei)ão, e $álo propondo exatamente uma re$er@ncia e um con$ronto com a condi)ão de que o %omem tin%a sido participante desde o JprincípioJ. E. As palavras J9em casarão nem se darão em casamentoJ parecem ao mesmo tempo a$irmar que os corpos %umanos, recuperados e tamb*m renovados na ressurrei)ão, manterão a sua peculiaridade masculina ou $eminina e que o sentido de ser, no corpo, varão ou mul%er será no Joutro mundoJ constituído e entendido de modo diverso daquilo que $oi Jdesde o princípioJ e depois em toda a dimensão da exist@ncia terrena. As palavras do C@nesis, Jo %omem deixará o pai e a mãe para se unir sua mul%er< e os dois serão uma só carneJ '3, 3E(, constituíram, desde o princípio, aquela condi)ão relativamente masculinidade ou $eminilidade, estendendose tamb*m ao corpo, que ;ustamente * necessário de$inir Jcon;u+alJ e ao mesmo tempo JprocriativaJ e J+enerativaJ< ela, de $acto, está li+ada com a b@n)ão da $ecundidade, pronunciada por #eus 'lo%im( na cria)ão do %omem Jvarão e mul%erJ 'C*n 1, 3D(. As palavras pronunciadas por 4risto sobre a ressurrei)ão consentemnos deduzir que a dimensão de masculinidade e $eminilidade R isto * o ser, no corpo, de varão e de mul%er R será de novo constituída ;untamente com a ressurrei)ão do corpo no Joutro mundoJ. I. 7 possível dizer al+uma coisa ainda mais pormenorizad a sobre este tema8 Sem dGvida, as palavras de 4risto re$eridas pelos Sinópticos 'especialmente na versão de c 3?, 3DE?( autorizamnos a isto. emos nelas, com e$eito, que Jaqueles que são $orem ;ul+ados di+nos de participar do outro mundo e da ressurrei)ão dos mortos... ;á não podem morrer< semel%antes aos an;os e, sendo $il%os da ressurrei)ão, são $il%os de #eusJ '/ateus e /arcos re$erem só que Jserão como an;os nos c*usJ(. sse enunciado consente sobretudo deduzir uma espiritualiza)ão do %omem se+undo uma dimensão diversa daquela da vida terrena 'e at* diversa da do mesmo JprincípioJ(. 7 óbvio que não se trata aqui de trans$orma)ão da natureza do %omem na an+*lica, isto * puramente espiritual. ! contexto indica claramente que o %omem conservará no Joutro mundoJ a própria natureza %umana psicossomática. Se $osse diversamente, não teria sentido $alar de ressurrei)ão.
essurrei)ão si+ni$ica restitui)ão verdadeira vida da corporeidade %umana, que $oi su;eita morte na sua $ase temporal. 9a expressão de ucas '3?, >P( por nós citada %á instantes 'e na de /t 33, >? e de /c 13, 3I( tratase certamente da natureza %umana, isto * psicossomática. A compara)ão com os seres celestiais, usada no contexto, não constitui novidade al+uma na Bíblia. Al*m do mais, ;á o Salmo, exaltando o %omem como obra do 4riador, diz5 J4ontudo, criastelo pouco in$erior aos an;osJ 'Sl N, P(. 7 necessário supor que na ressurrei)ão esta semel%an)a se tornará maior5 não atrav*s de uma desencarna)ão do %omem, mas mediante outro +@nero 'poderseia mesmo dizer5 outro +rau( de espiritualiza)ão da sua natureza somática R isto * mediante outro Jsistema de $or)asJ no interior do %omem. A ressurrei)ão si+ni$ica nova submissão do corpo ao espírito. P. Antes de nos aplicarmos a desenvolver esse ar+umento, conv*m recordar que a verdade sobre a ressurrei)ão teve si+ni$icadoc%ave para a $orma)ão de toda a antropolo+ia teoló+ica, que poderia ser considerada simplesmente como Jantropolo+ia da ressurrei)ãoJ. e$letir sobre a ressurrei)ão $ez que omás de Aquino pusesse de parte na sua antropolo+ia meta$ísica 'e ao mesmo tempo teoló+ica( a concep)ão $ilosó$ica plat-nica sobre a rela)ão entre a alma e o corpo e se aproximasse da concep)ão de Aristóteles '1(. A ressurrei)ão, de $acto, asse+ura, pelo menos indiretamente, que o corpo, no con;unto do composto %umano, não está só temporalmente unido alma 'como sua JprisãoJ terrena, como ;ul+ava :latão( '3(, mas que ;untamente com a alma constitui a unidade e inte+ridade do ser %umano. Assim de modo preciso ensinava Aristóteles '>(, diversamente de :latão. Se São omás na sua antropolo+ia aceitou a concep)ão de Aristóteles, $@lo atendendo verdade sobre a ressurrei)ão. A verdade sobre a ressurrei)ão a$irma, com e$eito, com clareza que a per$ei)ão escatol ó+ica e a $elicidade do %omem não podem entenders e com um estado da alma sozin%a, separada 'se+undo :latão5 liberta( do corpo, mas * preciso entend@la como o estado do %omem de$initiva e per$eitamente Jinte+radoJ atrav*s de uma união tal da alma com o corpo, que quali$ica e asse+ura de$initivamente a re$erida inte+ridade per$eita. 9este ponto interrompemos a nossa re$lexão a respeito das palavras pronunciadas por 4risto sobre a ressurrei)ão. A +rande riqueza dos conteGdos encerrados nestas palavras levanos e retomálas nas $uturas considera)Fes.
Quarta-feira, 9 de e6embro de 19;1 & erfeita reali6a"#o da essoa 1. J9a ressurrei)ão nem os %omens terão mul%eres, nem as mul%eres maridos, mas serão como an;os de #eus no c*uJ '/t 33, >?< analo+amente /c 13, 3I(. JSão semel%antes aos an;os, e, sendo $il%os da ressurrei)ão, são $il%os de #eusJ 'c 3?, >P(. :rocuremos compreender estas palavras de 4risto relativas $utura ressurrei)ão, para delas tirarmos conclusFes sobre a espiritualiza)ão do %omem, di$erente da espiritualiza)ão da vida terrena. :oderseia aqui $alar tamb*m de um per$eito sistema de $or)as nas rela)Fes recíprocas entre o que no %omem * espiritual e o que * corpóreo. ! %omem J%istóricoJ, em se+uida ao pecado ori+inal, experimenta uma mGltipla imper$ei)ão deste sistema de $or)as, que se mani$esta nas bem con%ecidas palavras de São :aulo5 J!utra lei ve;o nos meus membros, a lutar contra a lei da min%a razãoJ 'om D, 3>(. ! %omem Jescatoló+icoJ estará livre dessa Joposi)ãoJ. 9a ressurrei)ão o corpo voltará per$eita unidade e %armonia com o espírito5 o %omem ;á não experimentará a oposi)ão entre o que nele * espiritual e o que * corpóreo. A Jespiritualiza)ãoJ si+ni$ica não só que o espírito dominará o corpo mas, diria, que ele penetrará inteiramente no corpo, e que as $or)as do espírito penetrarão nas ener+ias do corpo. 3. 9a vida terrena, o domínio do espírito sobre o corpo R e a simult2nea subordina)ão do corpo ao espírito R pode, como $ruto de um perseverante trabal%o sobre nós mesmos , exprimir uma person alidade espiritualmente amadurecida< todavia, o $acto de as ener+ias do espírito conse+uirem dominar as $or)as do corpo não tira a possibilidade mesma da recíproca oposi)ão entre elas. /as a Jespiritualiza)ãoJ, a que aludem os van+el%os sinópticos '/t 33, >?< /c 13, 3I< c 3?, >E>I( nos textos aqui analisados, encontra se ;á $ora de tal possibilidade. 7 portanto uma espiritualiza)ão per$eita, em que * completamente eliminada a possibilidade de Joutra lei lutar contra a lei da... razãoJ 'c$. om D, 3>(. ste estado que R como * evidente R se di$erencia essencialmente 'e não só quanto ao +rau( daquilo que experimentamos na vida terrena, não si+ni$ica todavia al+uma Jdesencarna)ãoJ do corpo nem, por conse+uinte, uma Jdesumaniza)ãoJ do %omem. Antes, ao contrário, si+ni$ica a sua per$eita Jrealiza)ãoJ. #e $ato, no ser composto, psicossomático, que * o %omem, a per$ei)ão não pode consistir numa recíproca oposi)ão do espírito e do corpo, mas numa pro$unda %armonia entre eles, na salva+uarda do primado do espírito. 9o Joutro mundoJ, tal primado será realizado e mani$estarseá numa per$eita espontaneidade, privada de qualquer oposi)ão por parte do corpo. odavia isto não se entende como de$initiva JvitóriaJ, do espírito sobre o corpo. A ressurrei)ão consistirá na per$eita participa)ão de tudo o que no %omem * corpóreo naquilo que nele * espiritual. Ao mesmo tempo consistirá na per$eita realiza)ão do que no %omem * pessoal. >. As palavras dos Sinópticos asse+uram que o estado do %omem no Joutro mundoJ será não só estado de per$eita espiritualiza)ão, mas tamb*m de $undamental Jdiviniza)ãoJ da sua %umanidade. !s J$il%os da ressurrei)ãoJ R como lemos em ucas 3?, >P não só Jsão i+uais aos an;osJ, mas tamb*m Jsão $il%os de #eusJ. :odese tirar daí a conclusão de o +rau da espirituali za)ão, próprio do %omem Jescatoló+icoJ, ter a sua $onte no +rau da sua Jdiviniza)ãoJ< incomparavelmente superior quela que se pode conse+uir na vida terrena. 7 necessário acrescentar que se trata não só de um +rau diverso, mas em certo sentido doutro +@nero de Jdiviniza)ãoJ. A participa)ão na natureza divina, a participa)ão na vida interior de #eus mesmo, penetra)ãoe permea)ão daquilo que * essencialmente %umano por parte do que * essencialmente divino, atin+irá então o seu au+e, pelo qual a vida do espírito %umano c%e+ará a tal plenitude que antes l%e era absolutamente inacessível. sta nova espiritualiza)ão será portanto $ruto da +ra)a, isto * de #eus se comunicar, na sua mesma divindade, não só alma, mas a toda a sub;etividade psicossomática do %omem. Oalamos aqui da Jsub;etividadeJ 'e não só da JnaturezaJ(, porque aquela diviniza)ão deve entenderse não só como um Jestado interiorJ do %omem 'isto *5 do su;eito(, capaz de ver #eus J$ace a $aceJ, mas tamb*m como nova $orma)ão de toda a sub;etividade pessoal do %omem medida da união com #eus no Seu mist*rio trinitário e da intimidade com le na per$eita comun%ão das pessoas. sta intimidade R com toda a sua intensidade sub;ectiva R não absorverá a sub;etividade pessoal do %omem, antes, pelo contrário, $ála á ressaltar numa medida incomparavelmente maior e mais plena. E. A Jdiviniza)ãoJ no Joutro mundoJ, indicada pelas palavras de 4risto, trará ao espírito %umano tal J+ama de experi@nciaJ da verdade e doaoamor, quetempo o %omem nuncaexperi@ncia poderia atin+ir na vida terrena. 0uando da ressurrei)ão, demonstra mesmo que nesta escatoló+ica da verdade e do4risto amor,$ala unida visão de #eus J$ace a $aceJ, particip ará tamb*m, a seu modo, o corpo %umano. 0uando 4risto diz que os que participarem na $utura ressurrei)ão não tomarão mul%er nem marido 'c$. /c 13, 3I(, as Suas palavras R como ;á antes $oi observado R a$irmam não só o $im da %istória terrena li+ada ao matrim-nio e procria)ão, mas parecem tamb*m desvelar o novo si+ni$icado do corpo. 7 porventura possível, neste caso, pensar R a nível de escatolo+ia bíblica R no descobrimento do si+ni$icado JesponsalJ do corpo, sobretudo como si+ni$icado Jvir+inalJ de ser, quanto ao corpo, %omem ou mul%er8 :ara responder a esta
per+unta, que deriva das palavras re$eridas pelos Sinópticos, conv*m penetrar mais a $undo na ess@ncia mesma do que será a visão beatí$ica do Ser #ivino, visão de #eus J$ace a $aceJ na vida $utura. 7 necessário tamb*m deixarmonos +uiar por aquela J+ama de experi@nciaJ da verdade e do amor, que ultrapassa os limites das possibilidades co+noscitivas e espirituais do %omem na temporalidade, e de que ele se tornará participante no Joutro mundoJ. I. sta Jexperi@ncia escatoló+icaJ do #eus Tivo concentrará em si não só todas as ener+ias espirituais do %omem, mas, ao mesmo tempo, desvel arl%eá, de modo vivo e experimental, Jo comunicars eJ de #eus a tudo o que * criado e, em particular, ao %omem< o que * mais pessoal JdarseJ de #eus, na sua mesma divindade, ao %omem5 quele ser, que desde o princípio traz em si a ima+em e semel%an)a d6le. Assim, portanto, no Joutro mundoJ o ob;ecto da JvisãoJ será aquele mist*rio oculto da eternidade no :ai, mist*rio que no tempo $oi revelado em 4risto, para completarse incessantemente por obra do spírito Santo< aquele mist*rio tornarseá, se assim nos podemos exprimir, o conteGdo da experi@ncia escatoló+ica e a J$ormaJ da inteira exist@ncia %umana na dimensão do Joutro mundoJ. A vida eterna deve entenderse em sentido escatoló+ico, isto * como plena e per$eita experi@ncia daquela +ra)a 'c%aris( de #eus, da qual o %omem se torna participante por meio da $* durante a vida terrena, e que pelo contrário deverá não só revelarse queles que participarão do Joutro mundoJ em toda a sua penetrante pro$undidade, mas ser tamb*m experimentada na sua realidade beati$icante. Aqui suspendemos a nossa re$lexão centrada sobre as palavras de 4risto relativas $utura ressurrei)ão dos corpos. 9esta Jespiritualiza)ãoJ e Jdiviniza)ãoJ, em que o %omem participará na ressurrei)ão, descobrimos R numa dimensão escatoló+ica R as mesmas características que quali$icavam o si+ni$icado JesponsalJ do corpo< descobrimolo no encontro com o mist*rio de #eus Tivo, que se desvela mediante a visão d6le J$ace a $aceJ.
Quarta-feira, 1( de e6embro de 19;1 &s ala!ras de Cristo sobre a ressurrei"#o comletam a re!ela"#o do coro 1. J9a ressurrei)ão... nem os %omens terão mul%eres, nem as mul%eres maridos, mas serão como an;os de #eusJ '/t 33, >?, analo+amente /c 13, 3I(. J... São semel%antes aos an;os e, sendo $il%os da ressurrei)ão, são $il%os de #eusJ 'c 3?, >P(. A comun%ão 'communio( escatoló+ica do %omem com #eus, constituída +ra)as ao amor de uma per$eita união, será alimentada pela visão, J$ace a $aceJ, da contempla)ão daquela comun%ão mais per$eita, porque puramente divina, que * a comun%ão trinitária das :essoas divinas na unidade da mesma divindade. 3. As palavras de 4risto, re$eridas pelos van+el%os sinópticos, consentemnos deduzir que os possuidores do Joutro mundoJ conservarão R nesta união com o #eus vivo, que brota da visão beatí$ica da Sua unidade e comun%ão trinitária R não só a sua aut@ntica sub;etividade, mas a adquirirão em medida muito mais per$eita que na vida terrena. 9isto será, al*m disso, con$irmada a lei da ordem inte+ral da pessoa, se+undo a qual a per$ei)ão da comun%ão não só * condicionada pela per$ei)ão ou maturidade espiritual do su;eito, mas tamb*m, por sua vez, a determina. Aqueles que participarem no Jmundo $uturoJ, isto * na per$eita comun%ão com o #eus vivo, +ozarão de uma sub;etividade per$eitamente madura. Se nesta per$eita sub;etividade, conservando embora no seu corpo ressuscitado, isto * +lorioso, a masculinidade e a $eminilidade, Jnão tomarã o mul%er nem maridoJ, isto explicase não só com o $im da %istória, mas tamb*m R e sobretudo R com a Jautenticidade escatoló+icaJ da resposta quele JcomunicarseJ do Su;eito #ivino, que $ormará a beati$icante experi@ncia do dom de Si mesmo por parte de #eus, absolutamente superior a toda a experi@ncia própria da vida terrena. >. ! recíproco dom de si mesmo a #eus R dom, em que o %omem concentrará e exprimirá todas as ener+ias da própria sub;etividade pessoal e ao mesmo tempo psicossomática R será a resposta ao dom de Si mesmo por parte de #eus ao %omem '1( . 9este recíproco dom de si por parte do %omem, dom que se tornará, at* ao $undo e de$initivamente, beati$icante, como resposta di+na de um su;eito pessoal ao dom de si por parte de #eus, a Jvir+indadeJ ou mel%or o estado vir+inal do corpo mani$estarseá plenamente como simples complemento escatoló+ico do si+ni$icado JesponsalJ do corpo, como o sinal especí$ico e a expressão aut@ntica de toda a sub;etividade pessoal. Assim portanto, aquela situa)ão escatoló+ica, em que Jnão tomarão mul%er nem maridoJ, tem o seu sólido $undamento no estado $uturo do su;eito pessoal, quando, em se+uida visão de #eus J$ace a $aceJ, nascer nele um amor de tal pro$undidade e $or)a de concentra)ão sobre #eus mesmo, que absorverá completamente a sua inteira sub;etividade psicossomática. sta concentra)ão do con%ecimento 'JvisãoJ( e do amor sobre #eus mesmo R concentra)ão que só pode ser a plena participa)ão na vida5 interior de #eus, isto * na mesma ealidade r initária R será ao mesmo tempo a descoberta, em #eus, de todo o JmundoJ das rela)Fes, constitutivas da sua perene ordem 'JcosmosJ(. al concentra)ão será sobretudo a redescoberta de si por parte do %omem, não só na pro$undidade da própria pessoa, mas tamb*m naquela união que * própria do mundo das pessoas na constitui)ão psicossomática delas. 4ertamente * uma união de comun%ão. A concentra)ão da consci@ncia e do amor sobre #eus mesmo, na comun%ão trinitária das pessoas pode encontrar uma resposta beati$icante naqueles que se tornarem participantes do Joutro mundoJ, só atrav*s do realizarse da comun%ão recíproca comensurada s pessoas criadas. por isso pro$essamos a $* na Jcomun%ão dos SantosJ 'communio sanctorum( e pro$essamola em rela)ão or+2nica com a $* na Jressurrei)ão dos mortosJ. As palavras com que a$irma 4risto que no Joutro mundo... não tomarão mul%er nem maridoJ, estão na base destes conteGdos da nossa $*, e, ao mesmo tempo, requerem uma adequada interpreta)ão precisamente sua luz. #evemos pensar na realidade do Joutro mundoJ, nas cate+orias da redescoberta de unia nova e per$eita sub;etividade de cada um, e ao mesmo tempo da redescoberta de uma nova, per$eita inters ub;etividade de todos. #e tal modo, esta realidade si+ni$ica o verdadeiro e de$initivo complemento da sub;etividade %umana, e, nesta base, o de$initivo complemento do si+ni$icado JesponsalJ do corpo. A total concentra)ão da sub;etividade criada, remida e +lori$icada, sobre #eus mesmo não a$astará o %omem deste complemento, antes R pelo contrário R vos introduzirá e vos consolidará nela. :odese dizer, por $im, que deste modo a realidade escatoló+ica se tornará $onte da per$eita atua)ão da Jordem trinitáriaJ no mundo criado das pessoas. I. As palavras com que apela 4risto para a $utura ressurrei)ão R palavras con$irmadas de modo sin+ular pela Sua ressurrei)ão R completam o que nas presentes re$lexFes costumamos c%amar Jrevela)ão do corpoJ. al revela)ão penetra em certo sentido no cora)ão mesmo da realidade que experimentamos, e esta realidade * sobretudo o %omem, o seu corpo, o corpo do %omem J%istóricoJ. m i+ual tempo, esta revela)ão consentenos ultrapassar a es$era desta experi@ncia em duas dire)Fes. :rimeiro que tudo, na dire)ão daquele JprincípioJ, ao qual 4risto $az re$er@ncia no Seu colóquio com os Oariseus a respeito da indissolubilidade do matrim-nio 'c$. /t 1=, >=(< em se+undo lu+ar, na dire)ão do Joutro mundoJ, para o qual
o /estre c%ama a aten)ão dos seus ouvintes em presen)a dos Saduceus, que Ja$irmam que não %á ressurrei)ãoJ '/t 33, 3>(. stes dois Jampliamentos da es$eraJ da experi@ncia do corpo 'se assim se pode dizer( não são completamente inacessíveis para a nossa compreensão 'obviamente teoló+ica( do corpo. ! que o corpo %umano * no 2mbito da experi@ncia %istórica do %omem não * de todo interrompido por aquelas duas dimensFes da sua exist@ncia, reveladas mediante a palavra de 4risto. P. 7 claro que se trata aqui não tanto do JcorpoJ em abstrato, mas do %omem que * espiritual e corpóreo ;untamente. :rosse+uindo nas duas dire)Fes, indicadas pela palavra de 4risto, e li+andonos de novo experi@ncia do corpo na dimensão da nossa exist@ncia terrena 'portanto na dimensão %istórica(, podemos $azer certa reconstru)ão teoló+ica do que poderia ser a experi@ncia do corpo em base ao JprincípioJ revelado do %omem e tamb*m daquilo que ele será na dimensão do Joutro mundoJ. A possibilidade de tal reconstru)ão, que amplia a nossa experi@ncia do %omemcorpo, indica, pelo menos indiretamente, a coer@ncia da ima+em teoló+ica do %omem nestas tr@s dimensFes, que ;untamente concorrem para a constitui)ão da teolo+ia do corpo. Ao interromper, por %o;e, as re$lexFes sobre este tema, convidovos a diri+ir os vossos pensamentos para os dias santos do Advento que estamos a viver. 9ota 1( J9a concep)ão bíblica '...( tratase de uma imortalidade Jdialó+icaJ 'ressuscita)ãoK(, quer dizer que a imortalidade não deriva simplesmente da óbvia verdade de o indivisível não poder morrer, mas do ato salvador daquele que ama, que tem poder de o $azer< por isso o %omem não pode desaparecer totalmente, porque * con%ecido e amado por #eus. Se todo o amor postula a eternidade, o amor de #eus não só a quer, mas exercitaa e *a. ... #ado que a imortalidade apresentada pela Bíblia não deriva da $or)a própria de quanto de per si * indestrutível, mas de ser acol%ido no diálo+o com o 4riador, por este $acto devese c%amar ressuscita)ão...J '. atzin+er, Jisurrezione della carne R aspetto teolo+icoJ, em5 Sacramentum /undi, vol. D, Br*scia 1=DD, /orcelliana, pp. 1P?1P1(.
1982
Quarta-feira, 1. de :aneiro de 19;2 alor rimeiro e definiti!o do coro %umano 1. J0uando ressusc itarem... nem casarão, nem se darão em casamento , mas serão como an;os nos c*usJ '/c 13, 3I, analo+amente /t 33, >?(. J... São semel%antes aos an;os e, sendo $il%os da ressurrei)ão, são $il%os de #eusJ 'c 3?, >P(. As palavras, com que se re$ere 4risto $utura ressurrei)ão R palavras con$irmadas de maneira sin+ular pela Sua própria ressurrei)ão R, completam o que nas presentes re$lexFes nos %abituamos a c%amar Jrevela)ão do corpoJ. al revela)ão penetra, por assim dizer, no cora)ão mesmo da realidade que experimentamos, e esta realidade * sobretudo o %omem, o seu corpo5 o corpo do %omem J%istóricoJ. Ao mesmo tempo, tal revela)ão consentenos ultrapassar a es$era desta experi@ncia em duas dire)Fes. :rimeiro, na dire)ão daquele JprincípioJ ao qual $az re$er@ncia 4risto na sua conversa com os Oariseus a respeito da indissolubilidade do matrim-nio 'c$. /t 1=, >N(< depois, na dire)ão do Jmundo $uturoJ, para o qual o /estre diri+e os espíritos e os seus ouvintes, em presen)a dos Saduceus que Ja$irmam que não %á a ressurrei)ãoJ '/t 33, 3>(. 3. 9em a verdade, sobre aquele JprincípioJ de que $ala 4risto, nem a verdade escatoló+ica, podem ser atin+idas pelo %omem só com os m*todos empíricos e racionalistas. odavia, não * acaso possível a$irmar que o %omem traz, em certo sentido, estas duas dimensFes no $undo da experi@ncia do próprio ser, ou antes que ele de al+um modo está encamin%ado para elas como para dimensFes que ;usti$icam plenamente o si+ni$icado mesmo do seu ser corpo, isto *, do seu ser %omem JcarnalJ8 nquanto, depois, dimensão escatoló+ica, não * acaso verdade que a morte mesma e a destrui)ão do corpo podem con$erir ao %omem um eloquente si+ni$icado a respeito da experi@ncia em que se realiza o sentido pessoal da exist@ncia8 0uando 4risto $ala da $utura ressur rei)ão, as Suas palavras não caem no vácuo. A experi @ncia da %umanidade, especialmente a experi@ncia do corpo, permitem ao ouvinte unir quelas palavras a ima+em da sua nova exist@ncia no Jmundo $uturo J, a que a experi@ncia terrena $ornece o substrato e a base8 Zma correspondente reconstru)ão teoló+ica * possível. >. :ara a constru)ão desta ima+em R que, quanto ao conteGdo, corresponde ao arti+o da nossa pro$issão de $*5 Jcreio na ressurrei)ão dos mortosJ R concorre em +rande medida o con%ecimento de que existe uma rela)ão entre a experi@ncia terrena e toda a dimensão do JprincípioJ bíblico do %omem no mundo. Se no princípio #eus Jos criou varão e mul%erJ 'C*n 1, 3D(, se nesta dualidade relativa ao corpo previu tamb*m tal unidade que Jserão uma só carneJ 'C*n 3, 3E(, se li+ou esta unidad e b@n)ão da $ecundi dade ou se;a da procria)ão 'c$. C*n 1, 3=(, e se a+ora, $alando da $utura ressurrei)ão diante dos Saduceus, 4risto explica que Jno outro mundo Jnem casarão nem se darão em casamentoJ R então * claro que se trata aqui de um desenvolvimento da verdade sobre o %omem mesmo. 4risto indica a Sua identidade, embora esta identidade se realize na experi@ncia escatoló+ica de modo diverso a respeito da experi@ncia do JprincípioJ mesmo, e de toda a %istória. odavia, o %omem será sempre o mesmo, tal como saiu das mãos do seu 4riador e :ai. 4risto diz5 J9em casarão, nem se darão em casamentoJ, mas não a$irma que este %omem do Jmundo $uturoJ ;á não será varão e mul%er como o $oi Jdesde o principioJ. 7 portanto evidente que o si+ni$icado de ser, quanto ao corpo, varão ou mul%er no Jmundo $uturoJ deve procurarse $ora do matrim-nio e da procria)ão, mas não %á qualquer motivo para o procurar $ora daquilo que 'independentemente da b@n)ão da procria)ão( deriva do mist*rio mesmo da cria)ão e que em se+uida $orma tamb*m a mais pro$unda estrutura da %istória do %omem sobre a terra, dado que esta %istória $oi pro$undamente compenetrada pelo mist*rio da reden)ão. E. 9a sua situa)ão ori+inal, o %omem portanto está só e ao mesmo tempo tornase varão e mul%er5 unidade dos dois. 9a sua solidão JrevelaseJ a si como pessoa, para JrevelarJ, ao mesmo tempo, na unidade dos dois a comun%ão das pessoas. 9um ou noutro estado, o ser %umano constituise como ima+em e semel%an)a de #eus. #esde o princípio o %omem * tamb*m corpo entre os corpos e na unidade dos dois tornase varão e mul%er, descobrindo o si+ni$icado JesponsalJ do seu corpo medida de su;eito pessoal. m se+uida, o sentido de ser corpo e, em particular, de ser no corpo varão e mul%er, está li+ado com o matrim-nio e a procria)ão 'quer dizer, com a paternidade e a maternidade(. odavia, o si+ni$icado ori+inal e $undamental de ser corpo, como tamb*m de ser, enquanto corpo, varão e mul%er R isto * precisamente aquele si+ni$icado JesponsalJ está unido o %omem ser comonão pessoa e c%amado vida Jin o communione personarumJ. !R matrim-nio e aa procria)ão emcriado si mesma determinam de$initivamente si+ni$icado ori+inal e $undamental do ser corpo nem do ser, enquanto corpo, varão e mul%er. ! matrim-nio e a procria)ão dão só realidade concreta quele si+ni$icado nas dimensFes da %istória. A ressurrei)ão indica o encerramento da dimensão %istórica. eis que as palavras Jquando ressuscitarem os mortos... nem casarão nem se darão em casamentoJ '/c 13, 3I( exprimem univocamente não só qual si+ni$icado não terá o corpo %umano no Jmundo $uturoJ, mas consentemnos tamb*m deduzir que o si+ni$icado JesponsalJ do corpo, na ressurrei)ão para a vida $utura, corresponderá de modo per$eito quer ao %omem, como varão
mul%er, ser pessoa criada Jima+em e semel%an)a de #eusJ, quer a esta ima+em se realizar na comun%ão das pessoas. Aquele si+ni$icado JesponsalJ de ser corpo realizarseá, portanto, como si+ni$icado per$eitamente pessoal e comunitário ao mesmo tempo. I. Oalando do corpo +lori$icado atrav*s da ressurrei)ão para a vida $utura, temos no espírito o %omem, varãomul%er, em toda a verdade da sua %umanidade5 o %omem que, ;untamente com a experi@ncia escatoló+ica do #eus vivo 'com a visão J$ace a $aceJ(, experimentará precisamente tal si+ni$icado do próprio corpo. Será esta uma experi@ncia completamente nova, e ao mesmo tempo não será de nen%um modo al%eada por aquilo em que o %omem Jdesde o principioJ teve parte e tamb*m não por aquilo que, na dimensão %istórica da sua exist@ncia, constituiu nele a $onte da tensão entre o espírito e o corpo, relativa sobretudo precisamente ao si+ni$icado procriativo do corpo e do sexo. ! %omem do Jmundo $uturoJ encontrará, nessa nova experi@ncia do próprio corpo, exatamente a realiza)ão daquilo que trazia em si, perene e %istoricamente, em certo sentido, como %eran)a e mais ainda como encar+o e ob;ectivo, como conteGdo do Jet%osJ. P. A +lori$ica)ão do corpo, como $ruto escatoló+ico da sua espiritualidade divinizante, revelará o valor de$initivo daquilo que desde o princípio devia ser sinal distintivo da pessoa criada no mundo visível, como tamb*m meio do recíproco comunicarse entre as pessoas e uma aut@ntica expressão da verdade e do amor, pela qual se constrói a communio personarum. Aquele perene si+ni$icado do corpo %umano R a que a exist@ncia de cada %omem, +ravado pela %ereditariedade da concupisc@ncia, trouxe necessariamente uma s*rie de limita)Fes, lutas e so$rimentos R então se desvelará de novo, e se desvelará em tal simplicidade e esplendor ;untamente, de maneira que todo o participante do Joutro mundoJ encontrará, no seu corpo +lori$icado, a $onte da liberdade do dom. A per$eita Jliberdade dos $il%os de #eusJ 'c$. om N, 1E( alimentará, com aquele dom, tamb*m cada uma das comun%Fes que $ormarão a +rande comunidade da comun%ão dos santos. D. 7 demasiado evidente que R sobre a base das experi@ncias e con%ecimentos do %omem na temporalidade, isto * Jneste mundoJ R * di$ícil construir uma ima+em plenamente adequada do Jmundo $uturoJ. odavia, não %á ao mesmo tempo dGvida de que, com a a;uda das palavras de 4risto, * possível e alcan)ável certa aproxima)ão pelo menos desta ima+em. Servimonos desta aproxima)ão teoló+ica, pro$essando a nossa $* na Jressurrei)ão dos mortosJ e na Jvida eternaJ, como tamb*m a $* na Jcomun%ão dos santosJ, que pertence realidade do Jmundo $uturoJ. N. Ao concluirmos esta parte das nossas re$lexFes, conv*m veri$icar uma vez mais que as palavras de 4risto re$eridas pelos van+el%os sinópticos '/t 33, >?< /c 13, 3I< c 3?, >E>I( t@m si+ni$icado determinante não só pelo que respeita s palavras do ivro do C@nesis 's quais 4risto se re$ere noutra circunst 2ncia(, mas tamb*m naquilo que se relaciona com toda a Bíblia. stas palavras consentemnos, em certo sentido, ler novamente R isto * at* ao $undo R todo o si+ni$icado revelado do corpo, o si+ni$icado de ser %omem, isto * pessoa JencarnadaJ, de ser enquanto corpo varãomul%er. stas palavras permitemnos compreender o que pode si+ni$icar, na dimensão escatoló+ica do Joutro mundoJ, aquela unidade na %umanidade, que $oi constituída Jno princípioJ e que as palavras de C@nesis 3, 3E 'J! %omem... unirseá a sua mul%er e os dois serão uma só carneJ(, pronunciadas no ato da cria)ão do %omem como varão e mul%er, pareciam orientar se R se não completamente, pelo menos sobretudo R para Jeste mundoJ. #ado que as palavras do ivro do C@nesis eram quase o limiar de toda a teolo+ia do corpo R limiar sobre que se baseou 4risto no seu ensinamento sobre o matrim-nio e sobre a indissolubilidade dele R então * necessário admitir que as Suas palavras, re$eridas pelos Sinópt icos, são como um novo limiar desta verdade inte+ra l sobre o %omem, que encontramos na :alavra revelada de #eus. 7 indispensável que nos deten%amos neste limiar, se queremos que a nossa teolo+ia do corpo R e tamb*m a nossa Jespiritualidade do corpoJ cristã R possam servirse dela como de uma ima+em completa.
Quarta-feira, 27 de :aneiro de 19;2 & ressurrei"#o de Cristo A resosta ao ine!it/!el da morte do coro 1. #urante as precedentes Audi@ncias re$letimos sobre as palavras de 4risto acerca do Joutro mundoJ, que sur+irá ;untamente com a ressurrei)ão dos corpos. ssas palavras tiveram resson2ncia especialmente intensa no ensinamento de São :aulo. ntre a resposta dada aos Saduceus, transmitida pelos van+el%os sinópticos 'c$. /t 33, >?< /c 13, 3I< c 3?, >I>P(, e o apostolado de :aulo, realizouse antes de tudo o $acto da ressurrei)ão do mesmo 4risto e depois uma s*rie de encontros com o essuscitado, entre os quais se deve mencionar, como Gltimo anel, o acontecimento ocorrido perto de #amasco. Saulo ou :aulo de arso que, uma vez convertido, se tornou o Japóstolo dos +entiosJ, teve tamb*m a sua experi@ncia póspascal, análo+a dos outros Apóstolos. 9a base da sua $* na ressurrei)ão, que ele exprime sobretudo na primeira 4arta aos 4oríntios '4apítulo 1I(, está certamente aquele encontro com o essuscitado, que se tornou início e $undamento do seu apostolado. 3. 7 di$ícil aqui resumir e comentar adequadamente a estupenda e vasta ar+umenta)ão do 1IX capítulo da primeira 4arta aos 4oríntios em todos os seus particulares. 7 si+ni$icativo que, respondendo 4risto R com as palavras re$eridas pelos van+el%os Sinópticos R aos Saduceus que Jne+am %aver ressurrei)ãoJ 'c 3?,3D(, :aulo, por seu lado, responde ou antes polemiza '6em con$ormidade com o seu temperamento6( com aquele s que o atacam '1(. 4risto, na sua respos ta 'pr*pascal( não $azia re$er@ncia própria ressurrei)ão, mas apelava para a $undamental realidade da Alian)a veterotestamentária, para a realidade do #eus vivo, que está na base da convic)ão acerca da possibilidade da ressurrei)ão5 o #eus vivo Jnão * um #eus dos mortos mas dos vivosJ '/c 13, 3D(. :aulo na sua ar+umenta)ão póspascal sobre a $utura ressurrei)ão apela sobretudo para a realidade e para a verdade da ressurrei)ão de 4risto. /ais, de$ende tal verdade mesmo como $undamento da $* na sua inte+ridade5 J... Se 4risto não ressuscitou, * vã a nossa pre+a)ão e vã tamb*m a vossa $*... /as nãoK 4risto ressuscitou dos mortosJ '1 4or 1I, 1E.3?(. >. Aqui nos encontr amos na mesma lin%a da revela)ão5 a ressurrei)ão de 4risto * a Gltima e a mais plena palavra da autorevela)ão do #eus vivo como J#eus não dos mortos mas dos vivosJ '/c 13, 3D(. 7 a Gltima e mais plena con$irma)ão da verdade sobre #eus, que desde o princípio se exprime por meio desta revela)ão. A ressurrei)ão, al*m disso, * a resposta do #eus da vida inevitabilidade %istórica da morte, a que o %omem $oi submetido desde o momento da ruptura da primeira Alian)a, morte que, ;untamente com o pecado, entrou na sua %istória. al resposta acerca da vitória +an%a sobre a morte, * explicada pela primeira 4arta aos 4oríntios 'capítulo 1I( com sin+ular perspicácia, apresentando a ressurrei)ão de 4risto como o início daquela realiza)ão escatoló+ica, em que por le e n6le tudo voltará ao :ai, tudo. %e será submetido, isto *, entre+ue de$initivamente, para que J#eus se;a tudo em todosJ '1 4or 1I, 3N(. então R nesta de$initiva vitória sobre o pecado, sobre o que contrapun%a a criatura ao 4riador R será tamb*m vencida a morte5 J! Gltimo inimi+o a ser destruído será a morteJ '1 4or 1I, 3P(. E. m tal contexto estão inseridas as palavras que podem ser consideradas síntese da antropolo+ia paulina relativa ressurrei)ão. * sobre estas palavras que será conveniente determonos aqui mais lon+amente. emos, de $acto, na primeira 4arta aos 4oríntios 1I, E3EP, acerca da ressurrei)ão dos mortos5 JSemeiase na corrup)ão e ressuscitase na incorrup)ão. Semeiase na i+nominia e ressuscitase na +lória. Semeiase na $raqueza, ressusci tase na $or)a. Semeiase corpo natural e ressuscitase corpo espiritual. Se %á corpo natural, tamb*m o %á espiritual. :or isso, está escrito5 6! primeiro %omem, Adão, $oi $eito alma vivente< o Gltimo Adão * espírito vivi$icante. /as não * o espiritual que vem primeiro, * sim o natural< o espiritual vem depoisJ. I. ntre esta antropolo+ia paulina da ressurrei)ão e a que deriva do texto dos van+el%os sinópticos '/t 33, >?< /c 13, 3I< c 3?, >I>P(, existe coer@ncia essencial, só que o texto da primeira 4arta aos 4oríntios está mais desenvolvido. :aulo apro$unda o que tin%a anunciado 4risto, penetrando, ao mesmo tempo, nos vários aspectos daquela verdade que nas palavras escritas pelos Sinópticos tin%a sido expressa de modo conciso e substancial. 7, al*m disso, si+ni$icativo para o texto paulino que a perspectiva escatoló+ica do %omem, baseada sobre a $* Jna ressurrei)ão dos mortosJ, está unida com a re$er@ncia ao JprincípioJ como tamb*m com a pro$unda consci@ncia da situa)ão J%istóricaJ do %omem. ! %omem, a quem :aulo se diri+e na primeira 4arta aos experi@ncia 4oríntios * que se opFe 'comoexperi@ncia os Saduceus( possibilidade ressurrei)ão, tem ainda a sua 'J%istóricaJ( do corpo, e desta resulta, com toda ada clareza, que o corpo * JcorruptívelJ, Jd*bilJ, JanimalJ e Ji+nóbilJ. P. al %omem, destinat ário do seu escrito R se;a na 4omunidade de 4orinto se;a tamb*m, diria, em todos os tempos R :aulo con$rontao com 4risto ressuscitado, Jo Gltimo AdãoJ. Oazendo assim, convidao, em certo sentido, a se+uir os rastos da própria experi@ncia póspascal. Ao mesmo tempo recordal%e Jo primeiro AdãoJ, isto *, levao a diri+irse ao JprincípioJ, quela primeira verdade acerca do %omem e do
mundo, que está na base da revela)ão do mist*rio do #eus vivo. Assim, portanto, :aulo reproduz na sua síntese tudo o que anunciara 4risto, quando apelou, em tr@s momentos diversos, para o JprincípioJ no colóquio com os Oariseus 'c$. /t 1=, >N< /c 1?, 3=(< para o Jcora)ãoJ %umano, como lu+ar de luta com as concupisc@ncias no interior do %omem, durante o sermão da /ontan%a 'c$. /t I, 3D(< e para a ressurrei)ão como realidade do Joutro mundoJ, no colóquio com os Saduceus 'c$. /t 33, >?< /c 13, 3I< c 3?, >I>P(. D. Ao estilo da síntese de :aulo pertence portanto o $acto de ela lan)ar as suas raízes no con;unto do mist*rio revelado da cria)ão e da reden)ão, do qual ela parte e, em cu;a luz unicamente, ela encontra a sua explica)ão. A cria)ão do %omem, se+undo a narrativa bíblica, * uma vivi$ica)ão da mat*ria mediante o espírito, +ra)as qual Jo primeiro %omem Adão... $oi $eito alma viventeJ '1 4or 1I,EI(. ! texto paulino repete aqui as palavras do livro do C@nesis 3, D, isto *, da se+unda narrativa da cria)ão do %omem 'c%amada5 narrativa ;avista(. 7 sabido pela mesma $onte que esta ori+inária Janima)ão do corpoJ so$reu uma corrup)ão por causa do pecado. mbora, neste ponto da primeira 4arta aos 4oríntios, o Autor não $ale diretamente do pecado ori+inal, todavia a s*rie de de$ini)Fes que atribui ao corpo do %omem %istórico, escrevendo que * Jcorruptível... d*bil... animal... i+nóbil...J, indica su$icientemente o que, se+undo a revela)ão, * consequ@ncia do pecado, aquilo que o mesmo :aulo c%amará noutra passa+em Jservid ão da corrup)ãoJ 'om N, 31(. A esta Jservidão da corrup)ãoJ está submetida indiretamente toda a cria)ão por causa do pecado do %omem, o qual $oi posto pelo 4riado r no meio do mundo visível para que Jdominas seJ 'c$. C*n 1, 3N(. Assim, o pecado do %omem tem dimensão não só interior, mas tamb*m JcósmicaJ. se+undo tal dimensão, o corpo R que :aulo 'em con$ormidade com a sua experi@ncia( caracteriza como Jcorruptível... d*bil... animal... i+nóbil...J. R exprime em si o estado da cria)ão depois do pecado. sta cria)ão, de $acto, Jtem +emido e so$rido as dores do parto at* %o;eJ 'om N, 33(. odavia, como as dores do parto estão unidas ao dese;o do nascimento, esperan)a de um %omem novo, assim tamb*m toda a cria)ão espera Jcom impaci@ncia a revela)ão dos $il%os de #eus... e alimenta esperan)a de ser, tamb*m ela, libertada da escravidão da corrup)ão, para entrar na liberdade da +lória dos $il%os de #eusJ 'om N, 1= 31(. N. Atrav*s de tal contexto JcósmicoJ da a$irma)ão contida na 4arta aos omanos R em certo sentido, atrav*s do Jcorpo de todas as criaturasJ R procuramos compreender at* ao $undo a interpreta)ão paulina da ressurrei)ão. Se esta ima+em do corpo do %omem %istórico, tão pro$undamente realista e adequada experi@ncia universal dos %omens, esconde em si, se+undo :aulo, não só a Jescravidão da corrup)ãoJ, mas tamb*m a esperan)a, semel%ante quela que acompan%a Jas dores do partoJ, isto acontece porque o Apóstolo encerra nesta ima+em tamb*m a presen)a do mist*rio da reden)ão. A consci@ncia daquele mist*rio desprendese exatamente de todas as experi@ncias do %omem que se podem de$inir como Jescravidão da cria)ãoJ< e desprenderse , porque a reden)ão opera na alma do %omem mediante os dons do spírito5 J... amb*m nós próprios, que possuímos as premissas do spírito, +ememos i+ualmente em nós mesmos, a+uardando a $ilia)ão adoptiva, a liberta)ão do nosso corpoJ 'om N, 3>(. A reden)ão * o camin%o para a ressurrei)ão. A ressurrei)ão constitui o termo de$initivo da reden)ão do corpo. etomaremos a análise do texto paulino da primeira 4arta aos 4oríntios nas nossas se+uintes re$lexFes. 9ota 1( !s 4oríntios eram provavelmente a$li+idos por correntes de pensamento derivadas do dualismo plat-nico e do neopita+orismo de inspira)ão reli+iosa, do estoicismo e do epicurismo< todas as $iloso$ias +re+as, aliás, ne+avam a ressurrei)ão do corpo. :aulo tin%a ;á experimentado em Atenas a rea)ão dos Cre+os contra a doutrina da ressurrei)ão, durante o seu discurso no Areópa+o 'c$. Act 1D, >3(.
Quarta-feira, 1+ de 0ar"o de 19;2 9a 0uaresma, tempo propicio re$lexão e conversão, entro %o;e no tema da vir+indade ou celibato por amor do reino dos 4*us, pela sua rela)ão com a teolo+ia do corpo. Se bem que pare)a 4risto ter tratado do assunto separadamente, no colóquio com os $ariseus sobre o matrim-nio tamb*m se l%e re$ere, de modo explícito. 9ão para contrapor matrim-nio e vir+indade, mas para real)ar um especial valor, que %áde ser descoberto e captado como voca)ão, só por al+uns, como uma esp*cie de excep)ão quilo que * a re+ra comum na vida presente. ratase, de $ato, de um consel%o, mais do que de um mandamento< dom a acol%er para dar uma orienta)ão vida, na perspectiva do estado escatoló+ico< 4risto, por*m, não o re$ere primariamente ao 4*u, mas ao princípio, ao mist*rio da cria)ão. #om carism ático, não a todos destinado5 . . . mas só queles aos quais $oi concedido '/att%. 1=, 11(. Ho;e e sempre adoremos a #eus e rezemos pelos que receberam tal dom.
Quarta-feira, 17 de 0ar"o de 19;2 9este tempo da 0uaresma tempo de conversão, de penit@ncia re$letimos sobre a vir+indade ou celibato por amor do eino dos 4*us, pela sua rela)ão com uma teolo+ia do corpo %umano. 9o van+el%o, esus 4risto $ala de uma renGncia ao matrim-nio, não pela incapacidade, con+@nita ou provocada, de procriar e de realizar os outros $ins da união con;u+al, mas como ato voluntário, a exi+ir es$or)o espiritual, por um $im sobrenatural5 por amor do eino dos 4*us. Qsso não encontrava a seu $avor a prática corrente e a tradi)ão entre os ouvintes, para os quais, se+undo a mentalidade do Anti+o estamento, o matrim-nio era um estado privile+iado. /as 4risto $oi bem claro sobre o valor e sentido de tal renGncia, que viria a constituir riqueza espiritual da Q+re;a. :ara que cres)ais no apre)o de tal riqueza, douvos a B@n)ão Apostólica.
Quarta-feira, 2 de 0ar"o de 19;2 Sobre o tema do sentido do corpo %umano, luz da evela)ão, meditamos no valor da contin@ncia por amor do reino dos 4*us. esus 4risto, com $actos e palavras, rompendo com a tradi)ão do Anti+o estamento, veio mani$estar e proclamar5 na perspectiva desse reino, que * do outro mundo da ressurrei)ão, a pessoa %omem ou mul%er pode abra)ar a contin@ncia per$eita, para nela se exprimir a $ecundidade espiritual, elevada ordem sobrenatural, por um dom proveniente do spírito Santo. 4oncebido e nascido da Tir+em /aria, em cu;o matrim-nio com São os* se veri$ica uma contin@ncia sin+ular e uma per$eita comun%ão de pessoas, 4risto Sen%or, sobretudo com o próprio exemplo, deixou Q+re;a uma ima+em nova ta contin@ncia do %omem, com o seu corpo, a amar e a servir o reino, em tensão para a +lória do 4*u e para a comun%ão dos santos. m pen%or da esperan)a pascal, douvos a B@n)ão Apostólica.
Quarta-feira, .1 de 0ar"o de 19;2 ratando ainda do sentido do corpo %umano e da sua reden)ão, re$le timos %o;e no valor do celibato e da vir+indade, abra)ados por amor do reino dos 4*us. Ao proclamar tal valor , 4risto, sem se ater tradi)ão do Anti+o estamento quanto ao matrim-nio, p-s em realce a sua $inalidade e motiva)ão. :ara escol%er conscientemente viver em contin@ncia per$eita 4risto $oi bem claro * necessário serse motivado por uma $inalidade esclarecida, entendida só pelos c%amados. 7 uma decisão pessoal, por motivos sobrenaturais, que tem de assentar numa $* pro$unda e levar a identi$icarse com a verdade e a realidade do reino dos 4*us. 7 uma voca)ão excepcion al e exi+ente, mas válida e importante para o testemun%o e servi)o do reino< e quem a se+ue tem uma participa)ão particular no mist*rio da eden)ão 'do corpo(. #ese;ovos uma $rutuosa Semana Santa, com a min%a B@n)ão Apostólica.
Quarta-feira, 7 de &bril de 19;2 e$letimos sobre a contin@ncia per$eita, por amor do reino dos 4*us. /esmo sendo um convite solidão por #eus, ela respeita inte+ralmente o ser %omem ou mul%er, bem como a dimensão do amor, que * a comun%ão de pessoa com outrem. A contin@ncia per$eita não diminui nem o$usca o valor do matrim-nio< * abra)ada para realizar uma voca)ão, por uma via diversa e at* de mais plena comun%ão intersub;etiva com os outros, a re$letir a ima+em e semel%an)a de #eus, num aspecto trinitário. Ao escol%er o camin%o da contin@ncia per$eita, com a renGncia que esta comporta, o %omem ou a mul%er t@m consci@ncia de realizarse plenamente como dom para os outros, numa participa)ão especial e pro$unda no mist*rio da eden)ão. Ao dese;arvos os mel%ores $rutos espirituais da Semana Santa, para tardes parte nas ale+rias da :áscoa, douvos a min%a B@n)ão Apostólica.
Quarta-feira, 1 de &bril de 19;2 SaGdovos cordialmente, dese;ando que a :áscoa, a certeza e ale+ria da +loriosa essurrei)ão do Sen%or perdurem em vós, com coerente vida e testemun%o do amor cristão, iluminado pela esperan)a. 4ontinuamos a re$lexão sobre a contin@ncia per$eita por amor do reino dos 4*us, com o seu valor peculiar. xcluídas interpreta)Fes maniqueias e tudo o que l%e * contrário, a contin@ncia $rente ao matrim-nio, se+undo 4risto, são duas situa)Fes pessoais, que não se contrapFem, nem dividem as pessoas na comunidade em per$eitas e imper$eitas ou menos per$eitas. São op)Fes vitais em que a per$ei)ão * a$erida pela medida da caridade, que en+loba a vida toda< uma e outra escol%a contin@ncia per$eita e matrim-nio se baseiam no amor esponsal, como doa)ão de si a outrem, sempre animada pela caridade. 9o caso de quem abra)a a contin@ncia esse amor %áde expressar se em paternidade ou maternidade no sentido espiritual, pela $ecundidade do spírito Santo. 9a luz ;ubilosa de 4risto, nossa :áscoa, douvos a B@n)ão Apostólica.
Quarta-feira, 21 de &bril de 19;2 Zma suda)ão a$etuosa aos pere+rinos e ouvintes de lín+ua portu+uesaK m especial aos Crupos provenientes do io de aneiro e São :aulo, Brasil. 9o clima do /ist*rio :ascal, para todos dese;o que perdurem a ale+ria e a paz de 4risto ressuscitadoK 4ontinuando a re$letir sobre a contin@ncia por amor do reino dos 4*us, sabemos que ele * para todos, casados ou não5 todos são c%amados a trabal%ar na vin%a do Sen%or. 0uando 4risto $ala da contin@ncia per$eita por amor do reino dos 4*us não indica em que consiste este reino, nem determin a como trabal%ar nele. #iz apenas que a contin@ncia per$eita s vezes * exi+ida, mas não indispensável para o reino dos 4*us. #eve ser escol%ida não por cálculo, como uma coisa pessoalmente vanta;osa, mas pelo valor que possui em si mesma, de acordo com o plano de #eus. ! reino dos 4*us constitui a plena realiza)ão das aspira)Fes de todos os %omens. :ara aqueles que optam pela contin@ncia per$eita, a descoberta de rela)ão esponsal de 4risto com a Q+re;a adquire uma dimensão particular. 4risto pFe esta voca)ão na perspectiva do outro mundo, situandoa, por*m no tempo, numa participa)ão mais plena na sua obra redentora. 0ue vossa vida se;a sempre iluminada pela ideia do reino dos 4*us, com a min%a B@n)ão Apostólica.
Quarta-feira 2; de &bril de 19;2 9estes encontros semanais estamos a considerar o si+ni$icado teoló+ico do corpo. ! cora)ão %umano * capaz de aceitar exi+@ncias em vista de um ideal. ! ideal que exi+e a contin@n cia per$eita * o amor para com 4risto, esposo da Q+re;a e esposo das almas. Qmplica renGncia< mas renGncia $eita por amor. A mentalidade contempor2nea se acostumou a $alar de instinto sexual, aplicando realidade %umana o que * característico dos animais. Qsto não * correto. Sendo animal, o %omem * tamb*m racional. :ara exprimir a sexualidade %umana não basta pois o princípio naturalístico. A Bíblia nos revela o sentido esponsal do corpo, em cu;a base se encontra não apenas o instinto, mas a consci@ncia da liberdade do dom. 0ue possais apreciar o valor do corpo, visto como dom, na perspectiva do amor. 4om a min%a B@n)ão Apostólica.
Quarta-feira, 5 de 0aio de 19;2 stamos a considerar a renGncia consciente e voluntária ao matrim-nio, proposta por 4risto por amor do reino dos 4*us. exata mente por se tratar de uma renGncia conscie nte, * preciso que o %omem se d@ conta daquilo que escol%e e tamb*m daquilo a que renuncia. A própria renGncia implica a a$irma)ão de um valor, que no caso * o si+ni$icado esponsal do corpo %umano. A c%ave para compreender a sacramentalidade do matrim-nio * o amor esponsal de 4risto para com a Q+re;a. A própria contin@ncia per$eita por amor do reino dos 4*us, enquanto renGncia, nos leva descoberta de um dom. 9a próxima semana, como sabeis, prezados ouvintes de lín+ua portu+uesa, estarei de via+em em pere+rina)ão a Oátima e visita pastoral a terras de :ortu+al. :e)ovos que me acompan%eis desde ;á com a ora)ão. neste m@s de /aria, invocando para todos a prote)ão de 9ossa Sen%ora de Oátima, douvos a min%a B@n)ão Apostólica.
Quarta-feira, 2. de :un%o de 19;2 etomando estes encontros semanais o seu carácter %abitual, após um período de via+ens pastorais, voltamos a re$letir sobre o tema da vir+indade e do matrim-nio. 7 um assunto que parece preocupava as primeiras +era)Fes cristã s, como transparece nas 4artas de São :aulo. ! Apóstolo teve de tratar dele em vários momentos, tanto sob o ponto de vista moral como pastoral. As considera)Fes de %o;e incidem sobre a primeira pístola aos 4oríntios. Oicase com a impressão que al+u*m teria pedido um esclarecimento a São :aulo< e ele responde, de maneira muito clara5 a decisão de abra)ar a contin@ncia o celibato ou a vir+indade por amor do eino dos c*us, situase num plano de liberdade pessoal. 9ão se trata de escol%er entre o bem e o mal, mas entre o que * bem e o que * mel%or. A contin@ncia per$eita não * imposta por um mandamento do Sen%or< para isso %á apenas o consel%o. 0ue o Sen%or a todos a;ude a compreender a import2ncia e responsabilidade de escol%a livre do estado de vidaK 4om a min%a B@n)ão Apostólica.
Quarta-feira, 7 de :ul%o de 19;2 4ontinuamos a re$letir, baseandonos na pístola de São :aulo aos 4oríntios, sobre a contin@ncia per$eita, escol%ida por amor do eino dos c*us, no celibato ou na vir+indade. 0uem $az esta escol%a * para a+radar a #eus, no $undo, por um motivo de amor, que estará na continuidade do diálo+o da salva)ão, iniciado por #eus. ratase de uma atitude de amor que assenta na inte+ra)ão interior da pessoa, liberta de divisFes do cora)ão e preocupada primeiro que tudo em a+radar ao Sen%or. Assim, não se deixará imer+ir nos problemas 4risto e do pessoais, seu 4orpo,mas queviv@losá * a Q+re;a.de molde a inserilos na +rande corrente do amor e do so$rimento de Qsto supFe a santidade, com as suas componentes de separa)ão e de estado %abitual< isto *, de realidade possuída, como dom, a ditar coer@ncia moral, num comportamento marcado pela pureza de um modo de estar no mundo e de usar dele, diverso do que sucede no matrimonio. ste, por*m, permanece com o seu valor próprio.
Quarta-feira, 2 de :ul%o de 19;2 4ontinuamos a meditar, com São :aulo, sobre a di+nidade do corpo %umano, su;eito pecaminosidade, por $or)a da concupisc@ncia. /as em vista do eino dos c*us, tanto para os que se unem em matrim-nio que $azem bem como para os que abra)am a contin@ncia per$eita que $azem mel%or %á o dom de #eus, a +ra)a, que $az com que o corpo se torne templo do spírito Santo, a ser sempre %onrado. #ivisando al*m duma meta$ísica do transitório da ima+em deste mundo que passa o Apóstolo apresenta a teolo+ia de uma +rande expectativa, que existe para todos, no outro mundo que não passa5 o destino $inal de toda a pessoa %umana. amb*m o matrim-nio, e não apenas a vir+indade ou o celibato por amor do eino dos c*us, deve ser vivido luz desta voca)ão de$initiva do %omem. São :aulo, sem maniqueismo, $ala do corpo do %omem e da mul%er, con$orme $oi plasmado por #eus ao princípio, em $idelidade palavra de 4risto no van+el%o. 4om tacto de pastor e com realismo, explica as diversas situa)Fes pessoais, sem contrapor, mas distin+uindo o estado matrimonial do estado de contin@ncia, luz da vida $utura, incutindo a esperan)a, $undada na realidade da ressurrei)ão com 4risto, para a vida que não passa.
Quarta-feira, 21 de :ul%o de 19;2 /editamos %o;e, ainda com São :aulo, sobre a vida em matrim-nio e em contin@ncia per$eita, luz da reden)ão do corpo %umano. 9o enquadramento da :alavra de #eus sobre a corrup)ão, entrada no mundo após o pecado, e sobre a eden)ão, prometida desde o princípio e realizada em esus 4risto o Apóstolo aponta os $undamentos de esperan)a, enxertada no cora)ão do %omem5 esperan)a da reden)ão antropoló+ica e cósmica. 4risto, o edentor, veio revelar o %omem ao próprio %omem, com palavras e com a sua morte e ressurrei)ão< e São :aulo, na luz do mist*rio pascal, explicita esta revela)ão do %omem redimido, pela vitória escatoló+ica sobre a morte, e pela vitória, no tempo, sobre o pecado< nisto está a $onte de inspira)ão e de cora+em para lutar contra a tríplice concupisc@ncia, para c%e+ar vitória, com 4risto, sobre o mal. A esperan)a de eden)ão de$initiva deve iluminar a di+nidade do ser %umano, com o corpo, sempre dotado de sentido esponsal, pelos camin%os de uma liberdade amadurecida em doa)ão pessoal quer no matrim-nio, quer no estado de contin@ncia per$eita por amor do eino dos c*us para realizar uma voca)ão nobre e altíssima. Ao dese;ar a todos que bril%e em sua vida a esperan)a da eden)ão, quero saudar, em especial, o 4oral da 42mara de 9iterói, do Brasil5 muito +rato pela vossa presen)a aqui e pela beleza e vida com que enriquecestes este encontro. 4ontinuai a semear a ale+ria e a esperan)a nos cora)Fes dos %omens, a a;událos a elevaremse para o #eusAmor e a comun+arem os ideais da $raternidade, da paz e do amor.
Quarta-feira, 2; de :ul%o de 19;2 4ontinuamos a re$letir, luz da evela)ão, sobre o si+ni$icado do corpo %umano. Ho;e entramos num capítulo novo, analisan do um trec%o con%ecido usado na itur+ia da celebra)ão do matrim-nio da 4arta aos $*sios. 9ele, diretame nte, tratase da vida em casal e recomendase aos esposos5 Sede submissos uns aos outros, no temor de 4risto< as mul%eres, aos maridos como ao Sen%or< e os maridos, por sua vez, amem as próprias mul%eres, como 4risto ama a sua Q+re;a. A doutrina desta passa+em bíblica deve ser entendida no con;unto e como coroamento daquilo que na :alavra de #eus se ensina, desde o princípio, sobre o corpo %umano, criado com a masculinidade e a $eminilidade, ordenadas para o dom interpessoal e a união no matrim-nio. stará neste trec%o expressa ou con$irmada a verdade de o matrim-nio ser um sacramento8 A respostaentra terána dede$ini)ão ser devidamente enquadrada +radual. Ho;e realidade bastará real)ar queouo se;a, corpo,real)ar, de al+uma maneira, de Sacramento5 sinal evisível de uma invisível< uma vez mais, a di+nidade do corpo %umano se+undo #eus. 0ue todos saibamos %onrar e respeitar tal di+nidade, em nós e nos outrosK m pen%or dos $avores divinos, douvos a B@n)ão Apostólica
Quarta-feira, de &'osto de 19;2 4ontinuando o tema de re$lexão destes encontros semanais na perspectiva de uma teolo+ia do corpo %umano retomamos a pístola aos $*sios, para nela enquadrar o texto sobre os deveres da vida em $amília5 Sede submissos uns aos outros, no temor de 4ristoK. A 4arta aos $*sios apresenta o plano eterno da Salva)ão do %omem, em esus 4risto, 4abe)a da Q+re;a que * o seu 4orpo, na qual a %umanidade * c%amada por #eus a viver uma vida nova, animada pelo spírito Santo. * para levar esta vida nova que servem as diretrizes dadas ao lon+o do escrito5 um con;unto de normas morais para todo o %omem, situado na comunidade cristã e na $amília. 7 em Q+re;a e na $amília, de $acto, que o %omem deve realizar a voca)ão cristã de baptizado e de ser social num constante combate espiritual. :ara vencer, ele precisa de ser $ortalecido pelo Sen%or, pelo vi+or do seu poder, alcan)ado mediante toda a esp*cie de ora)Fes e de sGplicas. 4om o pensamento em prece, por todas as $amílias cristãs, pelas vossas $amílias, douvos a B@n)ão Apostólica.
Quarta-feira, 11 de &'osto de 19;2 4ontinuamos a re$letir sobre o sentido da norma dada para os c-n;u+es cristãos, na pístola aos $*sios5 sede submissos uns aos outros, no temor de 4risto. ste temor, que deve inspirar as rela)Fes mGtuas maridoesposa, não quer dizer medo< mas sim, rever@ncia ou piedade, dimanante da consci@ncia pro$unda do mist*rio de 4risto< e, sendo uma instru)ão moral, deve tomarse no con;unto da exposi)ão, para se entender o que si+ni$ica ser submisso5 ambos os c-n;u+es, em p* de i+ualdade, ol%os $ixos no modelo, que * a rela)ão de amor 4ristoQ+re;a, devem viver com amor a doa)ão pessoal recíproca, no temor de 4risto. e$letindo usos e costumes e usando uma lin+ua+em diversos da mentalidade de %o;e, a mensa+em do texto, o $undo doutrinal continua atual, na luz daquele desí+nio eterno de #eus sobre o %omem ;á considerado mist*rio revelado na %umanidade de esus 4risto, que abran+e tamb*m o matrim-nio5 /arido e esposa devem viver e cultivar uma rela)ão mGtua de amor ima+em, análo+a rela)ão de amor entre 4risto e a sua Q+re;a.
Quarta-feira, 1; de &'osto de 19;2 4ontinuamos a re$letir sobre o texto da pístola aos $*sios em que se compara a rela)ão de amor %omem mul%er, no matrim-nio, com a rela)ão de amor de 4risto para com a sua Q+re;a5 expressã o e realiza)ão no tempo, do eterno amor de #eus para com o %omem. Qnserido neste mist*rio salví$ico, vislumbramse aí as bases da sacramentalidade do matrim-nio. /as a primeira verdade que sobressai no texto em análise * esta5 4risto, 4abe)a do seu 4orpo, que * a Q+re;a, amaa incessantemente, como Salvador< e a Q+re;a, por sua vez, recebe de 4risto o dom da Salva)ão, $ruto de um amor levado at* Gltima prova com que o mesmo 4risto se o$ereceu ao :ai e se entre+ou por ela e sentese obri+ada a viver esse amor redentor e esponsal. ratase de uma analo+ia, destinada a ilustrar a verdade essencial do matrim-nio, para inculcar uma obri+a)ão moral5 o matrim-nio corresponderá voca)ão cristã dos c-n;u+es, na medida em que nele se re$letir o amor de 4risto para com a Q+re;a e, em reciprocidade, o amor da Q+re;a para com o mesmo 4risto.
Quarta-feira, 25 de &'osto de 19;2 4ontinuamos a re$letir sobre o amor %umano dos esposos, luz dos ensinamentos do capítulo quinto da pístola aos $*sios. Supondo a analo+ia principal, %o;e detemonos noutra compara)ão suplementar, usada com o mesmo $im5 real)ar o amor de 4risto para com a Q+re;a e $azer ver as características e imperativos do amor con;u+al. ratase da analo+ia da rela)ão existente entre a 4abe)a, que se personi$ica em 4risto, e o seu 4orpo, que * a Q+re;a< e dizse que tamb*m no matrim-nio o %omem * cabe)a da mul%er< e a mul%er, por seu turno, * corpo do %omem. A necessária união mGtua da cabe)a com o corpo, a sustentar a %armonia da pessoa %umana na sua inte+ridade, * o termo de compara)ão para a rela)ão de amor daqueles que se unem para $ormar uma só carne. 9esta analo+ia não $ica obscurecida a individualidade das pessoas, com a própria sub;etividade< como no caso de 4risto, 4abe)a da sua Q+re;a, le continua distinto, após terse unido a ela, com amor redentor e esponsal, para a tornar santa. al a puri$ica)ão ou santi$ica)ão da Q+re;a come)a no Batismo, início de uma nova vida com #eus em amor, pelo qual cada pessoa, por 4risto, se torna participante, no tempo e numa perspectiva escatoló+ica, do eterno amor de #eus para com o %omem, inte+rada na Gnica Q+re;a santa.
Quarta-feira, 1M de Setembro de 19;2 4ontinuamos a re$letir, se+uindo a doutrina da pístola aos $*sios, sobre a analo+ia do vínculo esponsal entre 4risto e a sua Q+re;a, e aquele outro vínculo que une os esposos no matrim-nio. A compara)ão da Q+re;a a uma esposa, bela e sem de$eitos, leva a pensar, prevalentemente, na aus@ncia de de$eitos morais. 9o quadro da metá$ora, de $acto, salientamse os atributos e qualidades morais que devem +uiar as rela)Fes de amor entre o marido e a mul%er. ratase de um amor solícito pelo bem inte+ral de outrem< embora vincando mais a solicitude do marido pelo bem da mul%er, acentuase a unidade moral, que levará a uma certa identi$i ca)ão de um com o outro, mantendo cada qual a própria sub;etividade. nesta solicitude e unidade at* identi$ica)ão em plano moral, o corpo %umano * imediatamente ob;ecto de desvelo amoroso de parte a parte, excluindo o ódio, a divisão e o desamor, por causa da di+nidade pessoal, da di+nidade do mesmo corpo %umano. A compara)ão usada da Q+re;a como corpo de 4risto, por le muito amada deverá criar na consci@ncia dos ouvintes da pístola aos $*sios um sentido pro$undo de al+o de sa+rado a marcar sempre o corpo %umano, em particular o corpo daqueles que se uniram para $ormar uma só carne, para a santidade do matrim-nio.
Quarta-feira, ; de Setembro de 19;2 e$letimos %o;e sobre um +rande mist*rio de que São :aulo $ala na carta aos $*sios. ! Apóstolo pFe a união do esposo e da esposa em re$er@ncia união de 4risto com a Q+re;a. :or esta analo +ia diz que este mist*rio * +rande. raz em si uma boa nova e, ao mesmo tempo, inicia a obra da salva)ão, como $ruto da +ra)a que santi$ica o %omem para a vida eterna, na união com #eus. Aqui se encontra a base da sacramentalidade do matrim-nio, enquanto mani$esta e realiza no %omem, por meio de um sinal, este +rande mist*rio da salva)ão. #ouvos a min%a b@n)ão para que toda a vossa vida se;a marcada pela união com #eus.
Quarta-feira, 15 de Setembro de 19;2 amor do o!o escol%ido do Sen%or, sinal do amor que une os c3n$u'es 1. stamos en$rentando o texto da 4arta aos $*sios I, 33>>, que, por al+um tempo, estamos considerando por causa de sua import2ncia para a questão do casamento e sacramento. m todo o seu conteGdo, come)ando com o primeiro capítulo, a 4arta *, acima de tudo, o Jmist*rio escondido desde tempos anti+os em #eusJ, como um dom para o %omem para sempre. JBendito se;a o #eus e :ai de nosso Sen%or esus 4risto, que nos aben)oou em 4risto com toda a b@n)ão espiritual nos c*us, porque nos escol%eu nele antes da $unda)ão do mundo para sermos santos e irrepreensíveis diante dele, e predestinounos caridade para a ado)ão de $il%os por esus 4risto, de acordo com o prazer da sua vontade, para louvor da +lória de sua +ra)a. :ara isso $eznos bemvindos no seu bemamado J'$ 1, >P(. 3. At* a+ora não se $ala do mist*rio escondido Jdurante s*culosJ '$ >, =( em #eus. As se+uintes $rases introduzir o leitor $ase de realiza)ão do mist*rio da %istória %umana5 o dom, para que ele JidadesJ em 4risto, tornase uma parte real dos %omens no mesmo 4risto J, no qual temos reden)ão por $or)a do seu san+ue, a remissão dos pecados, se+undo as riquezas da sua +ra)a, superabundante que derramou sobre nós em per$eita sabedoria e prud@ncia. :ara eles deramnos o mist*rio da sua vontade, se+undo o seu beneplácito, que $oi proposto em 4risto, na plenitude do tempo, sintetizando todas as coisas, nos c*us e na terra, le J'$ 1, D?1?(. >. Assim, o eterno mist*rio passou de um estado de Joculta)ão de #eus, a revela)ão ea $ase de realiza)ão. 4risto, no qual a %umanidade tem sido JidadesJ escol%idos e aben)oados Jcom todas as b@n)ãos espirituais,J :ai de 4risto, destinados, de acordo com o pro;eto J#eus eterno, para que nle, como o c%e$eJ $oram recapitulou todas as coisas nos c*us e na terra J, na perspectiva escatoló+ica revela o mist*rio eterno e * $eito para os %omens. :ortanto, o autor da 4arta aos $*sios, na continua)ão da 4arta, convida aqueles a quem esta revela)ão veio, e todos aqueles que aceitaram a $*, para moldar sua vida no espírito de verdade con%ecida. #e maneira especial, pediu o mesmo para os esposos cristãos, maridos e esposas. E. :ara a maior parte do contexto, a 4arta se a instru)ão, ou par*nese. ! autor parece $alar principalmente de dois aspectos morais da voca)ão dos cristãos, tornando, entretanto, continuaram sendo $eitas para o mist*rio ;á está no trabal%o em si atrav*s da reden)ão de 4risto, e trabal%ar e$icazmente em todas pelo batismo . le escreve5 J9ele, voc@ tamb*m, voc@ ouve a palavra da verdade, o evan+el%o da nossa salva)ão, que crestes, $ostes selados com o selo da promessa do spírito SantoJ '$ 1, 1>(. Assim, os aspectos morais da voca)ão cristã permanecem li+ados não só com o eterno mist*rio da revela)ão divina em 4risto e sua aceita)ão pela $*, mas tamb*m a ordem sacramental que, mesmo quando eles aparecem em primeiro plano em toda a da 4arta, no entanto, parece estar presente nele discretamente. Al*m disso, não pode ser de outra $orma, como o Apóstolo escreve aos cristãos, pelo batismo, eles se tornariam membros da comunida de da i+re;a. #este ponto de vista, a passa+em da 4arta aos $*sios cap. I, 333>, discutido at* a+ora, parece ter uma import2ncia particular. 9a verdade, lan)a uma luz especial sobre a rela)ão essencial do mist*rio do sacramento, e, especialmente, a natureza sacramental do matrim-nio. I. 9o cora)ão do mist*rio * 4risto. 9ele, nele, precisamente, a %umanidade tem sido eternamente aben)oada Jcom todas as b@n)ãos espirituaisJ. 9ele, em 4risto, a %umanidade tem sido escol%ido Jantes da cria)ão do mundoJ, escol%ido Jin loveJ e predestinado para a adop)ão de crian)as. 0uando, mais tarde, com a Jplenitude dos temposJ, o eterno mist*rio toma lu+ar no tempo, tamb*m tem lu+ar na le e por le em 4risto e por 4risto. Atrav*s de 4risto revela o mist*rio do amor divino. :or meio dele e nele * $eito5 n6le Jtemos a reden)ão atrav*s da virtude do seu san+ue, o perdão dos pecados ...J '$ 1, D(. Assim, os %omens que aceitam pela $* o dom que * o$erecido em 4risto, tornarse partícipes do mist*rio eterno realmente, mas a+indo sobre eles sob o v*u da $*. ste dom sobrenatural dos $rutos da reden)ã o comprada por 4risto, de acordo com $*sios I, 33>>, a natureza de uma $onte de noivas 4risto Q+re;a, como a rela)ão con;u+al entre marido e mul%eres. :ortanto, não só os $rutos da reden)ão são uma dádiva, mas acima de tudo, * 4risto5 le deu a Si mesmo Q+re;a como sua noiva. P. #evemos per+untar se tal analo+ia neste momento permitenos penetrar mais pro$undamente e, mais precisamente na subst2ncia a esta questão, especialmente desde a passa+em JclássicaJ 4arta do aosmist*rio. $*sios #evemos 'I, 333>( per+untarnos não aparece nas $ormas abstratas e isolado, mas umque continuum, em certo sentido, uma continua)ão das declara)Fes de Anti+o estamento, apresentando o amor do povo de #eusav*Qsrael, escol%ido por le, de acordo com a analo+ia. ste primeiro dos textos dos pro$etas em seus discursos $oram $eitos semel%an)a do amor esponsal para caracterizar um modo particular que o Sen%or nutre amor por Qsrael, o amor que parte do povo escol%ido não * o entendimento e correspond@ncia 9a verdade, * a in$idelidade e trai)ão. A mani$esta)ão da in$idelidade e trai)ão $oi principalmente a idolatria, a adora)ão dos deuses estran+eiros.
D. 9a verdade, na maioria dos casos $oi destaque dramaticamente e que, precisamente a in$idelidade de sua trai)ão, c%amado de Jadult*rioJ de Qsrael, mas sobre a base de todas estas declara)Fes dos pro$etas * a cren)a explícita o amor do povo escol%ido do Sen%or pode e deve ser comparado ao amor que une o marido mul%er, o amor que deve unir os c-n;u+es. Se citar inGmeras passa+ens dos textos de Qsaías, !s*ias, zequiel 'al+uns deles $oram mencionados acima, para analisar o conceito de Jadult*rioJ com base nas palavras de 4risto no Sermão da /ontan%a(. 9ão posso esquecer que a %eran)a do Anti+o estamento tamb*m pertence o J42ntico dos 42nticosJ, onde a ima+em do amor esponsal * descrito, * verdade, sem a analo+ia típica dos textos pro$*ticos, que mostrou que o amor a ima+em do amor do Sen%or a Qsrael, mas sem o elemento ne+ativo em outros textos, * o tema de Jadult*rioJ, ou in$idelidade. Assim, a analo+ia do marido e da esposa, o que permitiu o autor da 4arta aos $*sios de$i nir o relacioname nto entre 4risto ea Q+re;a tem uma rica tradi)ão nos livros da Anti+a Alian)a. Analisando esta analo+ia com o texto JclássicoJ da 4arta aos $*sios, não podemos deixar de re$erirse a essa tradi)ão. N. :ara iluminar esta tradi)ão no momento em que nos limitamos a citar uma passa+em de Qsaías. #iz o :ro$eta5 J9ão ten%a medo, voc@ não $icará con$uso, não tem ver+on%a, voc@ não vai ser insultado. u esque)o a ver+on%a da ;uventude e perder a memória do opróbrio da tua viuvez. :orque o seu marido * o seu 4riador, que * c%amado de Sen%or dos x*rcitos, e o teu edentor, o Santo de Qsrael, que * o #eus de todo o mundo. Sim, o Sen%or te c%amou como a mul%er desamparada e desolada. A esposa da ;uventu de, pode ser repudiada8, #iz o vosso #eus. #urante uma %ora, por um instante eu abandonei, mas meu +rande amor c%amálo de volta. g...g. le não deve desviar mais do que a misericórdia e min%a alian)a de paz será constante, diz o Sen%or, que te ama J'Qs IE, ED. 1?(. 9o capítulo se+uinte, come)ará a análise do que a passa+em de Qsaías.
Quarta-feira, 22 de Setembro de 19;2 #iri;o a+ora a min%a sauda)ão aos pere+rinos e ouvintes de lín+ua portu+uesa 'de :ortu+al, do Brasil, de An+ola, de /o)ambique e de São om* e :ríncipe(. 4om palavras de boas vindas quero deixarvos uma mensa+em tirada da carta de São :aulo aos $*sios. ! :ro$eta Qsaías mostrara como o próprio #eusav*, em toda a sua ma;estade de 4riador e Sen%or, * c%amado esposo do povo eleito. 9esta expressão percebese um +rande a$eto, como $undamento estável para uma alian)a de paz. #eus não aparece apenas como 4riador, mas tamb*m como edentor de seu povo. São :aulo mostra como este edentor, que * o Oil%o muito amado do :ai, revela o amor salví$ico na sua doa)ão Q+re;a. 7 o mist*rio que estava escondido em #eus e que a+ora se mani$esta em 4risto. #ese;andovos bom proveito nesta vossa estada em oma, douvos a min%a B@n)ão.
Quarta-feira, 29 de Setembro de 19;2 4om a ale+ria de recebervos nesta :ra)a de São :edro, quero re$leti r convosco sobre o amor, como dom total e irrevo+ável de #eus $eito ao %omem, em 4risto. #e acordo com a carta de São :aulo aos $*sios, a analo+ia do matrim-nio, no qual se encarna o amor esponsal, a;uda a entender o mist*rio da +ra)a, enquanto realidade eterna em #eus e $ruto %istórico de reden)ão da %umanidade em 4risto. 9este sentido, o sinal visível do matrim-nio, posto em rela)ão com o sinal visível da união de 4risto com a Q+re;a, dá ao plano eterno do amor de #eus uma dimensão %istórica, tornandoo $undamento de toda a ordem sacramental. ste * o +rande sinal, isto * o +rande sacramento de que $ala São :aulo. #ese;andovos uma $eliz estada em oma, sob a prote)ão dos Santos Arcan;os, douvos a min%a B@n)ão Apostólica.
Quarta-feira, ( de utubro de 19;2 4om as boasvindas, dese;o transmitirvos um pensamento acerca do plano eterno de #eus para com o %omem. São :aulo, na carta aos $*sios, diz que este plano precede a cria)ão. 9ele se inclui a inoc@ncia ori+inária do %omem, criado como varão e mul%er, semel%an)a de #eus, para ser santo e imaculado diante dele. A própria realidade da cria)ão está pois permeada pela ado)ão do %omem em 4risto. A reden)ão, realizada mediante o san+ue, tornase a $onte de +rati$ica)ão sobrenatural do %omem depois do pecado. ! corpo %umano, atrav*s do matrim-nio, destinase a tornar visível o invisível. raz para a realidade do mundo o mist*rio escondido desde a eternidade em #eus. 9este sentido o matrim-nio $az parte inte+rante e, at* se poderia dizer, central do sacramento da cria)ão.
Quarta-feira, 1. de utubro de 19;2 4om ale+ria de acol%ervos nesta audi@ncia, quero deixarvos um pensamento sobre o +rande mist*rio de que $ala São :aulo na carta aos $*sios. ratase de um plano de #eus, escondido desde a eternidade e realizado no tempo. :Fe em continuidade o sacramento primordial da +rati$ica)ão sobrenatural do %omem na cria)ão e a nova +rati$ica)ão $eita pela eden)ão de 4risto. ! sacramento da cria)ão representa uma +rati$ica)ão ori+i nária, que consti tui o %omem, desde o início, em estado de inoc@ncia e ;usti)a. ! sacramento da eden)ão, ao inv*s, concede ao %omem principalmente a remissão dos pecados. /as mesmo assim com a superabund2ncia da +ra)a. ! sacramento da eden)ão, em base ao amor esponsal de 4risto para com a Q+re;a, tornase uma permanente, $undamental e vivi$icante dimensão da própria vida da Q+re;a. ste * pois o +rande mist*rio de 4risto e da Q+re;a, um mist*rio eterno, realizado por 4risto que se deu a si mesmo Q+re;a, unindose a ela com um amor indissolGvel, como se unem os esposos no matrim-nio.
Quarta-feira, 2+ de utubro de 19;2 Ao darvos as boasvindas a esta audi@ncia, dese;o transmitirvos tamb*m um breve pensamento sobre o sacramento do matrim-nio. 4risto aponta para o matrim-nio como o protótipo de todos os sacramentos. Qnstituído desde o início, pelo 4riador, tornase tamb*m parte inte+rante da nova economia da salva)ão, ou se;a, da nova ordem de sinais salví$icos que tem sua ori+em na eden)ão. A nova economia sacramental sur+e da +rati$ica)ão esponsal da Q+re;a por parte de 4risto. 9ão se diri+e mais ao %omem em sua ;usti)a e inoc@ncia ori+inais, mais ao %omem atin+ido pelo pecado, submetido concupisc@ncia. :or este motivo o seu ol%ar não * mais puro. 4risto $ala do adult*rio do cora)ão, para $azer nos compreender o matrim-nio como Sacramento da 9ova Alian)a, que implica um novo modo de a+ir para o cristão. 4om os votos de todo o bem, douvos, extensiva s pessoas que vos são queridas e que se recomendam s vossas ora)Fes, a min%a B@n)ão.
Quarta-feira, 27 de utubro de 19;2 Ao saudarvos neste encontro, +ostaria que levásseis um pensamento de $* extraído da carta aos $*sios. São :aulo ao exprimir a rela)ão esponsal de 4risto com a Q+re;a a;udanos a compreender que a Q+re;a * o +rande sacramento, o novo sinal da Alian)a e da +ra)a que brota do Sacramento da eden)ão, assim como o matrim-nio brota do sacramento da cria)ão. 7 neste +rande sacramento de 4risto e da Q+re;a que o casal cristão deve plasmar sua própria vida e voca)ão. São :aulo nos $ala tamb*m da reden)ão do corpo, como $onte de esperan)a. 7 $onte de esperan)a para este mundo pela nova cria)ão com que 4risto estabele ce o matrim-nio na sua unidade e indissolubilidade queridas por #eus desde o princípio< e * $onte de esperan)a para a eternidade quando os $il%os de #eus se encontrarão na +lória celestial.
Quarta-feira, 2 de No!embro de 19;2 4om as min%as sauda)Fes em 4risto, continuando a re$lexão sobre a pístola aos $*sios, enquadrandoa %o;e na perspectiva da palavra de 4risto relatada no van+el%o de São /ateus, dese;o darvos um pensamento acerca da sacramentalidade do matrim-nio e comportamento moral por ela ditado, luz do mist*rio da eden)ão. esus 4risto, de $acto, re$erindose institui)ão matrimonial pelo 4riador, ao princípio, e con$irmandoa, abrea a)ão salví$ica de #eus e dá uma norma de comportamento para os %omens5 a di+nidade do corpo %umano, baseada na di+nidade pessoal do %omem e da mul%er, a imporl%es um modo de a+ir, em que se deve a$irmar e salva+uardar a indissolubilidade da alian)a e da união con;u+al. 4om e$eito, a eden)ão, proporcionada ao %omem como +ra)a da 9ova Alian)a com #eus em 4risto, * ao mesmo tempo $onte de normas *ticas, que %e demarcam um camin%o e l%e apontam uma tare$a, a realizar em conson2ncia com o querer e o a+ir de #eus. :or isso, o matrim-nio, como Sacramento, como sinal e$icaz da a)ão salví$ica divina, deverá levar o %omem a participar, e isso de modo consciente, na realidade da reden)ão do corpo. 4om votos dos $avores divinos, para os pere+rinos a oma e para todos, douvos, de cora)ão, a B@n)ão Apostólica.
Quarta-feira, 1M de e6embro de 19;2 A todos saGdo, com a$eto em 4risto. /editamos sobre o matrim-nio, como * apresentado na Sa+rada scritura na 4arta aos $*sios, luz do van+el%o e das pístolas paulinas aos 4oríntios e aos omanos. nquanto Sacramento, expressão e$icaz do poder salví$ico de #eus, o matrim-nio realiza um eterno desí+nio divino, mesmo depois do pecado e apesar da concupisc @ncia5 como sacrame nto da eden)ão, * proporcionado ao %omem como dom especial, a $acultarl%e o comportamento moral adequado com as obri+a)Fes *ticas da vida em casal< e como sacramento da Q+re;a, com a característica da indissolubilidade, * tamb*m sinal da palavra do spírito, em apelo para que o %omem e a mul%er modelem a sua conviv@ncia de acordo com a vontade de #eus, valendose da $or)a do mist*rio da reden)ão do corpo. Qsto comporta a esperan)a, que %áde iluminar o quotidiano dos c-n;u+es e leválos a dominar a concupisc@ncia e a buscar uma vida se+undo o spírito< a buscar a di+nidade e nobreza de vida em casal, marcada sempre pela consci@ncia da santidade das novas vidas que aí se transmitem e, precisamente, pela esperan)a5 uma esperan)a que está no mundo e não * do mundo, mas sim do :ai< e uma esperan)a que não se con$ina s dimensFes do %omem %istórico, mas l%e dá abertura para o seu $im escatoló+ico, ultraterreno, luz da verdade da ressurrei)ão dos corpos. nquadrado nesta perspectiva, o matrim-nio sacramental encerra o +erme do $uturo extratemporal, da vida $utura do %omem, tão lembrada neste tempo do Avento, que * tempo de esperan)a. 0ue 4risto em todos avive a esperan)a5 * o que vos dese;o, ao dar a B@n)ão Apostólica.
Quarta-feira 15 de de6embro de 19;2 Nucial e si'nificado redentor do coro em todas as esferas da !ida 1. ! autor da 4arta aos $*sios, como vimos, $ala de um J+rande mist*ri oJ, ;untamente com o sacramento primordial, atrav*s da continuidade do plano salví$ico de #eus. le tamb*m se re$ere ao Jcome)oJ, como 4risto disse, em conversa com os $ariseus 'c$. /t 1=, N(, citando as mesmas palavras5 J:or isso deixará o %omem pai e mãe e se une sua esposa, e os dois serão uma só carne J'Cen 3, 3E(. sta J+rande mist*rioJ *, acima de tudo, o mist*rio da união de 4risto com a Q+re;a, o Apóstolo mostra a semel%an)a da unidade do casal5 Ju aplicála a 4risto e Q+re;aJ '$ I, >3(. stamos na zona da +rande analo+ia, onde o casamento como um sacramento, por um lado, o or)amento e, por outro, redescoberto. Assumese como um sacramento do %omem come)o, com o mist*rio da cria)ão. m vez disso, * redescoberto como resultado do amor esponsal de 4risto e da Q+re;a, li+ada ao mist*rio da reden)ão. 3. ! autor da 4arta aos $*sios, abordando os c-n;u+es são incentivados a dar $orma s suas rela)Fes mGtuas sobre o modelo da união esponsal entre 4risto ea Q+re;a. :odese dizer que Jassumindo o si+ni$icado do sacramento do matrim-nio primeiramente envia reaprender o sacramento $undamental da união esponsal entre 4risto e a Q+re;a5J Tós maridos, amai vossas mul%eres como 4risto amou a Q+re;a e deul%e santo ... J'$ I, 3I3P(. ste convite do Apóstolo dos esposos cristãos t@m motiva)ão completa em si mesmas, atrav*s do casamento como um sacramento, participa)ão no amor salví$ico de 4risto, que se expressa, ao mesmo tempo que o amor esponsal da Q+re;a. ] luz da 4arta aos $*sios, precisamente atrav*s da participa)ão neste amor salví$ico de 4risto * con$irmada ao renovar o casamento como um sacramento do início, como a dizer, o sacramento no qual o %omem e mul%er, c%amada a tornarse Juma carneJ, participar no amor criador de #eus. participando tanto por isso, criado ima+em de #eus, tem sido c%amado no 2mbito desta ima+em para uma união particular 'personarum comun%ão( e, por essa união $oi aben)oada desde o início com a b@n)ão da $ertilidade 'c$. Cen 1, 3N(. >. oda essa estrutura ori+inal e estável do casamento como um sacramento do mist*rio da cria)ão, de acordo com o texto JclássicoJ da 4arta aos $*sios '$ I, 31>>( * renovada no mist*rio da reden)ão, uma vez que esse mist*rio assumiu o aspecto da +rati$ica) ão de noiva por parte da Q+re;a de 4risto. sta $orma ori+inal e estável do casamento * renovada quando o casal recebe o sacramento da Q+re;a, que bene$iciam da nova pro$undidade da +rati$ica)ão do %omem por #eus, que revelou e aberta ao mist*rio da reden)ão, porque J 4risto amou a Q+re;a e deul%e para santi$icar ... J'$ I, 3I3P(. le renova a ima+em ori+inal e estável do casamento como um sacramento, quando os c-n;u+es cristãos, conscientes da verdadeira pro$undidade da reden)ão do corpo J ;oinJ no temor de 4risto J'$ I, 31(. E. A ima+em paulina do casamento, associado com o J+rande mist*rioJ de 4risto e da Q+re;a, traz a dimensão redentora da dimensão do casamento de amor. m certo sentido, li+a estas duas dimensFes numa só. 4risto tornouse o sposo da Q+re;a, a Q+re;a se casou e sua esposa, porque Jse entre+ou por elaJ '$ I, 3I(. Atrav*s do casamento como um sacramento 'como um dos sacramentos da Q+re;a(, estas duas dimensFes do amor, o casamento e a redentora, ;untamente com a +ra)a do sacramento, entrar na vida dos c-n;u+es. ! si+ni$icado esponsal do corpo em sua masculinidade e $eminilidade, que se mani$estou em primeiro lu+ar no mist*rio da cria)ão sobre o m*rito da inoc@ncia ori+inal do %omem, ;untase ima+em da 4arta aos $*sios, com o si+ni$icado de reden)ão, e assim, con$irmase e, em certo sentido Jrec*mcriado.J I. Qsso * importante em rela)ão ao casamento, a voca)ão cristã dos maridos e mul%eres. ! texto da 4arta aos $*sios 'I, 31>>( $ala diretamente com eles e conversar sobre tudo com eles. 9o entanto, essa li+a)ão do si+ni$icado esponsal do corpo com o seu si+ni$icado JsalvadorJ * i+ualmente essencial e válido para a %ermen@utica do %omem em +eral, para o problema $undamental de compreens ão e de autocompreensão do ser no mundo. !bviamente, não podemos excluir esse problema questionando o si+ni$icado de ser um corpo, no sentido de ser, como um corpo, %omem e mul%er. stas questFes $oram levantadas no 2mbito da análise do povo início, no contexto do livro de C@nesis. m certo sentido, que exi+iu que contexto $oi criado. al como exi+ido pela expressão JclássicoJ da 4arta aos $*sios. se o J+rande mist*rioJ da união de 4risto com a Q+re;a nos obri+a a amarrar o si+ni$icado esponsal do corpo com o seu si+ni$icado redentor, neste contexto, os c-n;u+es a resposta per+unta sobre o si+ni$icado de JserJ um corpo, não só eles, mas principalmente eles levam este texto da 4arta do Apóstolo. P. A ima+em paulina do J+rande mist*rioJ de 4risto e da Q+re;a tamb*m $ala indiretamente de Jcontin@ncia para o reino dos c*usJ, em que ambas as dimensFes do amor, casamento e redentor, ;untese uns aos outros de uma $orma di$erente o casamento, com base em propor)Fes variadas. 9ão * o amor esponsal, com o qual 4risto amou a Q+re;a, sua sposa J, e se entre+ou por elaJ, da mesma $orma que a maior encarna)ão do ideal da Jcontin@ncia para o reino dos c*usJ 'c$. /t 1=, 13(8 9ão * possível encontrar o seu próprio apoio em tudo que J%omens e mul%eres escol%em o mesmo ideal, eles querem vincular a dimensão esponsal do amor redentor com o taman%o, dependendo do modelo do próprio 4risto8 les querem
con$irmar com sua vida que o si+ni$icado esponsal do corpo Jde sua masculinidade ou $eminilidade,J pro$undamente +ravada na estrutura $undamental da pessoa %umana, abriu um novo camin%o, por 4risto e seu exemplo de vida, a esperan)a, ;untamente com o res+ate do corpo. :ortanto, a +ra)a do mist*rio da reden)ão de $ato a dar $rutos tamb*m tem uma maneira especial, com a c%amada contin@ncia Jpara o reino dos c*us.J D. ! texto da 4arta aos $*sios 'I, 33>>( não mencionálos explicitamente. ste texto * diri+ido ao c-n;u+e e * construído de acordo com a ima+em do casamen to, o que explica, por analo+ia, a união de 4risto e da união da Q+re;a na reden) ão e do amor con;u+al, ao mesmo tempo. 7 este amor , e que dá vida como uma expressão viva do mist*rio da reden)ão, talvez não se;a superior ao círculo dos destinatários da 4arta, circunscrito pela analo+ia do casamento8 9ão cubra todo o %omem e, em certo sentido, toda a cria)ão, como denota o texto paulino sobre a reden)ão do corpo J, na 4arta aos omanos 'c$. om N, 3>(8 ! ma+num sacrammentum Jneste sentido * mesmo um novo sacramento do %omem em 4risto e na Q+re;a sacramentoJ do %omem e do mundo, assim como a cria)ão do %omem, mac%o e $@mea na ima+em de #eus, $oi o sacramento ori+i nal do %omem e do mundo. 9este novo sacramen to da reden)ão está incluído or+anicamente casamento, como $oi incluído no sacramento ori+inal da cria)ão. N. ! %omem, que Jdesde o inícioJ ol%ar * masculino e $eminino, para o si+ni$icado de sua exist@ncia eo si+ni$icado da sua %umanidade, atin+indo o mist*rio da cria)ão atrav*s da realidade da reden)ão. Há tamb*m a resposta questão essencial sobre o si+ni$icado do corpo %umano, o si+ni$icado de masculinidade e $eminilidade da pessoa %umana. A união de 4risto com a Q+re;a permitenos compreender como o si+ni$icado esponsal do corpo * preenc%ido com o si+ni$icado de reden)ão, e isso em várias es$eras da vida e em di$erentes situa)Fes, não apenas no casamento ou a Jcontin@ncia &'ou se;a, a vir+indade ou celibato(, mas tamb*m, por exemplo, no so$rimento multi$orme %umano, ainda mais5 o nascimento e mesmo morte do %omem. Atrav*s do J+rande mist*rioJ, que * a 4arta aos $*sios, por meio da nova alian)a de 4risto com a Q+re;a, o casamento está incluído novamente neste sacramento Jdo %omem que abra)a o universo, no sacramento do %omem e do mundo, +ra)as s $or)as da reden)ão do corpo J* inspirado no amor esponsal de 4risto e da Q+re;a para a medida do cumprimento $inal no reino do :ai. ! casamento como um sacramento ainda está vivo e revi+orante parte do processo de salva)ão.
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Quarta-feira +5 de $aneiro de 19;. sacramento do matrim3nio 1. J... u te amo ... como a esposaJ, Ju, ..., eu amo voc@, ..., como um maridoJ 5 estas palavras estão no centro do litur+ia do casamento como um sacramento da Q+re;a. stas palavras são pronunciadas, inserindoos na noiva e do consentimento do noivo com a se+uinte $órmula5 J... :rometo ser $iel na ale+ria e na tristeza, na saGde e na doen)a, e para amar e %onrar todos os dias da min%a vida.J 4om estas palavras, o casal ao mesmo tempo em que receb@lo como um sacramento, que ambos são ministros. anto %omens como mul%eres, administrar o sacramento. les $azem isso diante de testemun%as. testemun%a quali$icada * o padre, enquanto ele aben)oa o casamento e presidiu a litur+ia do sacramento. estemun%as, em um sentido. são tamb*m todos os participant es no ritual das $adas, e Jo$icialmenteJ al+uns '+eralmente duas(. c%amado explicitamente. les devem testemun%ar que o casamento $oi celebrado antes de v #eus * con$irmada pela Q+re;a. 9a ordem normal das coisas, o casamento sacramental * um ato pGblico pelo qual duas pessoas, um %omem e uma mul%er, se a sociedade da Q+re;a em marido e mul%er, ou se;a, o próprio ob;ecto voca)ão e casamento. 3. ! casamento como um sacramento * contratada pela palavra, que * um sinal sacramental devido ao seu conteGdo5 Ju quero voc@ como uma mul%er, um marido e prometo ser $iel na ale+ria e na tristeza, na saGde e na doen)a, e para amar e %onrar todos os dias da min%a vida. J 9o entanto, esta palavra sacramental * o Gnico sinal de casamento. o casamento * distinto de sua consuma)ão, na medida em que, sem essa consuma)ão, o casamento ainda não está constit uído em sua plena realidade. ! $ato de que o casamento ten%a sido contratada, mas não consumado 'ratum consummatum não( corresponde observa)ão de que não $oi plenamente constituído como o casamento. 9a verdade, as palavras Ju quero voc@ como uma mul%er marido J não se re$erem apenas a uma determinada realidade, mas só pode ser $eito atrav*s das rela)Fes con;u+ais. sta situa)ão 'rela)ão con;u+al( * de$inido de outro modo, desde o início da institui)ão do 4riador5 J:or isso deixará o %omem pai e mãe e se unirá sua mul%er, e eles se tornam uma só carneJ 'Cn 3, 3E(. >. Assim, as palavras do %omem contra a mul%er expressa a sua vontade de se tornar Juma só carneJ, como a verdade eterna estabelecida no mist*rio da cria)ão, nos voltamos para a realidade que corresponda a essas palavras. 0ualquer elemento * importante sobre a estrutura do sinal sacramental, que deve dedicar o resto de todas estas considera)Fes. Zma vez que o sacramento * o sinal pelo qual se expressa e ao mesmo tempo servindo a realidade de poupan)a de +ra)a e de alian)a, devemos a+ora considerar o aspecto do sinal, enquanto as discussFes anteriores $oram dedicados realidade da +ra)a e da alian)a. ! casamento como um sacramento da Q+re;a, * contratado pelas palavras dos ministros, isto *, os rec*m casados5 palavras que si+ni$icam e indicar, na ordem prevista, o que 'ou mel%or que( os dois decidiram ser, #oravante, para si e uns com os outros. As palavras do rec*mcasados são parte inte+rante da estrutura do sinal sacramental, não só para o que eles si+ni$icam, mas, em certo sentido, tamb*m com e determinou que eles si+ni$icam. ! sinal sacramental * constituído sob a $orma intencional, na medida em que *, simultaneamente, na ordem real. E. :ortanto, o sinal do sacramento do matrim-nio * constituída pelas palavras do rec*mcasados, uma vez que representam a JrealidadeJ que eles próprios são. !s dois, como um %omem e uma mul%er, para ser ministros do sacramento no momento do casamento, são plena e real sinal visível do sacramento em si. As palavras não ditas por si só, constituir o sinal sacramental do matrim-nio, se não correspondem sub;etividade %umana do noivo e da noiva, enquanto a consci@ncia corporal, associ ada masculinidade e $eminilidade do marido e a esposa. Aqui temos de trazer de volta mente toda a +ama de análise sobre o ivro do C@nesis 'c$. Cn 1, 3( $eitas anteriormente. A estrutura do sinal sacramental ainda * verdade em sua ess@ncia o mesmo que Jem princípioJ. A determina)ão, em certo sentido, a lin+ua+em corporal J, em que o %omem cl e uma mul%er, que atrav*s do casamento deve ser uma só carne, neste si+no expressam a doa)ão recíproca de masculinidade e $eminilidade, como a base da união con;u+al de pessoas I. ! sinal do sacramento do matrim-nio * constituída pelo $ato de que as palavras do rec*mcasados adquirir a mesma lin+ua+em corporal Jque oJ princípio Jem qualquer caso, dar uma expressão concreta e irrepetível. umacomo expressão intencional ao um nível do intelecto e da consci@ncperene ia e cora)ão. As palavrasles Judão te amo uma mul%er como maridoJ, trazem comvontade, eles ;ustamente e cada vez mais Gnico e irrepetível, a lin+ua+em corporal Je tamb*m colocálo no contexto da comun%ão de pessoasJ u prometo ser $iel nos bons e nos maus momentos, na doen)a e na saGde, e para amar e %onrar todos os dias da min%a vida. J Assim, a Jlin+ua+em corporalJ perene e crescendo novamente, não * apenas o substrato J, mas, em certo sentido, o conteGdo que institui a comun%ão das pessoas. :essoas %omem e mul%er, por si só tornarse um dom recíproco. ornamse como um dom de sua masculinidade e $eminilidade, a descoberta do si+ni$icado esponsal do corpo ea intera)ão re$erindose a si próprios de $orma
irreversível para a vida. P. Assim, o sacramento do matrim-nio como um sinal para compreender as palavras do rec*mcasados, palavras que dão um novo aspecto de sua vida na puramente pessoal 'e interpessoais comunnio personarum(, baseado na lin+ua+em do corpo. J A administra)ão do sacramento consiste nisto5 que, no momento do casamento do le+ume e mul%eres, com as palavras certas ea releitura da lin+ua+e m corporal JpereneJ, são um sinal, um sinal ori+inal, que tamb*m * si+ni$icativa para o $uturo5 Jcada dia da min%a vidaJ, ou se;a, at* a morte. Qsto * visível e e$icaz, sinal da alian)a com #eus em 4risto, isto *, de +ra)a, para que o sinal deve tornarse parte deles como Jdom típicoJ 'nas palavras da :rimeira 4arta aos 4oríntios, sete , D(. D. Ao $ormular a questão das cate+orias sócio;urídico, podemos dizer que entre o casal rec*mcasado tem proporcionado um conteGdo contextos alian)a de casamento. amb*m podese dizer que, como resultado desse pacto, tornase socialme nte recon%ecidas como c-n;u+es, e, portanto, tornouse o +erme da $amília como $undamental o es$or)o social. sta maneira de pensar *, obviamente, em conson2ncia com a realidade %umana do casamento, aliás, tamb*m * essencial no reli+ioso e moralreli+ioso. 9o entanto, do ponto de vista da teolo+ia do sacramento , a c%ave para a compreensã o do casamento ainda * a realidade do sinal, com o qual o casamento * a base da alian)a entre #eus e o %omem em 4risto e da Q+re;a 5 * da ordem sobrenatural do vínculo sa+rado que exi+e car@ncia. 9este casamento * sinal visível e e$icaz. !ri+inado no mist*rio da cria)ão tem o seu novo lar no mist*rio da reden)ão, servindo a Junião dos $il%os de #eus na verdade e na caridadeJ 'Caudium et Spes, 3E(. A litur+ia do sacramento do matrim-nio dá lu+ar a esse sinal, diretamente, durante o rito sacramental, com base em toda sua expressão eloquente e, indiretamente, ao lon+o da vida. Homem e mul%er, como c-n;u+es, este si+no tem uma vida e permanecem em que o sinal at* a morte.
Quarta-feira $aneiro 12, 19;. 1K &nalisamos a'ora a sacralidade do casamento sob o asecto do sinalK 0uando dizemos que a estrutura do casamento como um sinal sacramental, se, essencialmente, tamb*m a Jlin+ua+em corporalJ re$erimonos tradi)ão bíblica. ste tem suas ori+ens no livro de C@nesis 'especialmente 3, 3>3I( e, $inalmente, culmina com a 4arta aos $*sios 'c$. $ I, 313>(. !s pro$etas do Anti+o estamento tin%am um papel na $orma)ão dessa tradi)ão. Ao analisar os textos de !s*ias, zequiel, #euteroQsaías e outros pro$etas, nós encontramos no camin%o deste +rande analo+ia, cu;a Gltima expressão * o anGncio da nova parceria na $orma de um noivado entre 4risto e a Q+re;a 'c$. $ I, 313>(. 4om base nessa tradi)ão, * possível $alar de uma Jpro$ecia especí$ica do corpo, tanto pelo $ato de que nós encontramos essa analo+ia particularmente nos :ro$etas, como ol%ar para o próprio conteGdo do mesmo. Aqui a pro$ecia Jdo corpoJ si+ni$ica precisamente a lin+ua+em do corpo. J 3. A analo+ia parece ter duas camadas. 9a primeira camada e $undamental, os :ro$etas apresentada a compara)ão da alian)a entre #eus e Qsrael como um casamento 'que tamb*m nos permitem compreender o próprio casamento como uma alian)a entre marido e mul%er( 'c$. :v 3, 1D , 3 /al, 1E(. 9este caso, a iniciativa da Alian)a * nascido de #eus, Sen%or de Qsrael. ! $ato de que, como 4riador e Sen%or, le estabelece primeira alian) a com Abraão e /ois*s, atesta uma escol%a particular. para isso, os pro$etas, assumindo todo o conteGdo ;urídico e moral da Alian)a. ir mais $undo, revelando a dimensão de que incomparavelmente mais +rave do que a simples JcompactaJ. #eus, na escol%a de Qsrael, ;untouse com o seu povo atrav*s do amor e da +ra)a. em sido relacionada com o vínculo particular pro$undamente pessoal e, portanto, Qsrael, embora se;a um povo, * apresentado nesta visão pro$*tica da Alian)a como uma mul%er JouJ mul%er Jem um sentido, então, como uma pessoa5 J... Seu marido * o seu 4riador< g S9H! dos x*rcitos * o seu nome, g e teu edentor, o Santo de Qsrael g, que * o #eus de todo o mundo ... g le diz o vosso #eus ... g n lon+e de voc@ meu amor g e meu pacto de paz se;a abalado J'Qs IE, I .. P 1?(. >. ! Sen%or * o Sen%or de Qsrael, mas tamb*m se tornou sua esposa. !s livros do Anti+o estamento testemun%am a ori+inalidade de todo o JdomínioJ do Sen%or sobre o seu povo. !s outros aspectos do domínio do Sen%or, Sen%or da Alian)a, o :ai de Qsrael, acrescentando um novo revelada pelos :ro$etas, isto *, o +rande taman%o deste domínio J, que * a dimensão esponsal . Assim, o absoluto * o domínio absoluto do amor. Sob esta $orma, a quebra da alian)a não si+ni$ica apenas a viola)ão do JpactoJ com a autoridade suprema do e+islador, mas a in$idelidade e trai)ão5 * um +olpe que per$urou seu cora)ão, mesmo pai, marido e Sen%or. E. Se a analo+ia usada pelos :ro$etas , podese $alar de estratos, * em certo sentido, o primeiro e mais $undamental da camada. #esde a alian)a do Sen%or para Qsrael * na natureza da rela)ão do casamento, como o pacto con;u+al, que a primeira camada da analo+ia revela o se+undo, que * precisamente a lin+ua+em do corpo. J m primeiro lu+ar, pensar a lin+ua+em em sentido ob;etivo5 comparar os pro$etas da Alian)a para o casamento, são encamin%ados para o sacramento primordial $ala C@nesis 3, 3E, onde o %omem e a mul%er se tornam, por livre escol%a, Ja uma só carne. J 9o entanto, o modo de expressão característica dos pro$etas, o $ato de que, assumindo a Jlin+ua+em corporalJ, no sentido ob;etivo, transmitir simultaneamente o seu si+ni$icado sub;etivo, isto *, por assim dizer, permite que o próprio corpo para $alar. 9os textos pro$*ticos da Alian)a, com base na analo+ia da união esponsal dos c-n;u+es, J$alaJ do próprio corpo, $ala a sua masculinidade ou $eminilidade, $alar a lin+ua+em misteriosa de presente pessoal, conversar, en$im, e isso acontece mais $requentemente, tanto com a lin+ua+em de $idelidade, amor, isto *, como com a de in$idelidade con;u+al, isto * com o adult*rio. J I. Sabese que $oi a vários pecados do povo escol%ido e, especialmente, as in$idelidades $requentes relacionadas com um culto a #eus, isto *, as diversas $ormas de idolatria que os pro$etas deu a oportunidade de tais declara)Fes. ! :ro$eta de Jadult*rioJ Qsrael tornouse uma maneira especial de !s*ias, que esti+matizado não só em palavras mas tamb*m de al+uma $orma com os actos de si+ni$icado simbólico5 JTai, toma por mul%er uma prostituta e ter $il%os prostitui)ão, as prostitutas, porque aquela terra, lon+e do Sen%or J'!s*ias 1, 3(. !s*ias en$atiza o esplendor da Alian)a do noivado, em que o sen%or maridomul%er parece sensível, e severo. ! adult*rio JeJ prostitui)ão Jde Qsrael constitui um claro contraste comamar, o la)operdoar, nupcial, mas que exi+ente * baseada na alian)a, assim como, analo+amente, o casamento entre %omem e mul%er. P. zequiel similarmente esti+matizados idolatria, adult*rio, usando o símbolo de erusal*m 'c$. z 1P( e, em outra passa+em, de erusal*m e Samaria 'c$. z 3>(5 Ju passei com voc@ e me ol%ou. Ooi o seu tempo ... tempo de amor, eu ;uro que li+ado a voc@ e eu alian)a conti+o, diz o Sen%or #eus, e voc@ se tornou meu J'zequiel 1P, N(. J/as voc@ se or+ul%ar de sua beleza e sua $ama e se entre+ou ao vício,
o$erecendo sua nudez para todos os que passavam, dandote a elesJ 'zequiel P, 1I(. D. !s textos pro$*ticos no corpo %umano, $ala uma lin+ua+em Jque não * o autor. Seu autor * o %omem como mac%o ou $@mea, como marido ou esposa, o %omem ea sua voca)ão comun%ão eterna das pessoas. 9o entanto, o %omem não * capaz, num certo sentido, para expressar essa lin+ua+em sem corpo sin+ular de sua exist@ncia pessoal e sua voca)ão. Ooi $ormado a partir de Jo inícioJ para que as palavras mais pro$undas do espírito5 as palavras de amor, doa)ão, $idelidade, exi+e uma lin+ua+em adequada do corpo. J isso não pode ser expresso plenamente. Sabemos que a partir do van+el%o que esta re$erese tanto o casamento e contin@ncia Jpara o reino dos c*us.J N. !s :ro$etas, inspirados como portavoz para a Alian)a de a%\e% com Qsrael, que trata ;ustamente com esta Jlin+ua+em corporalJ para expressar a pro$undidade da alian)a de casamento, como al+o que contradiz. lo+io $idelidade, esti+matizar, em vez disso, a in$idelidade como J$alarJ o adult*rio, porque, se+undo cate+orias *tic as, contrastandose bem e do mal moral. ! contraste entre o bem eo mal * central para o et%os. !s textos pro$*ticos nesse campo tem um si+ni$icado essencial, como ;á vimos em nossas re$lexFes anteriores. /as parec e que a Jlin+ua+em corpor alJ como os pro$etas, não * apenas uma lin+ua+em de et%os, um elo+io de lealdade e pureza, mas a condena)ão de Jadult*ri oJ e da prostitui)ão J. 4om e$eito, para cada lín+ua, como uma expressão do con%ecimento, as cate+orias da verdade e da mentira 'isto *, $also( são essenciais. 9os textos dos pro$etas que revelam a analo+ia da alian)a do Sen%or para Qsrael no casamento, o corpo diz a verdade atrav*s da $idelidade e do amor con;u+al, e quando o adult*rio JcometidoJ, ele está, cometendo $alsi$ica)ão. =. Qsto não * para substituir a *tica com distin)Fes ló+icas. Se os textos pro$*ticos indicam $idelidade con;u+al ea castidade como JverdadeJ, e adult*rio, no entanto, a prostitui)ão, e nãoverdade, como Jlin+ua+em corporal $alseJ, isso ocorre porque no primeiro caso, o su;eito 'f Qsrael como a esposa( * concordante com o correspondente si+ni$icado esponsal do corpo %umano 'por causa de sua masculinidade ou $eminilidade( na estrutura de toda a pessoa, enquanto no Gltimo caso, o mesmo assunto e está em contradi)ão colisão com este si+ni$icado. :or conse+uinte, podemos dizer que a ess@ncia do casamento como um sacramento, * a Jlin+ua+em do corpo, reler, na verdade. 7 precisamente por, na prática, o sinal sacramental.
Quarta-feira 2( de $aneiro de 19;. 1. ! sinal de casamento como um sacrame nto da Q+re;a * cada vez mais, dependendo da dimens ão que * bom desde o início J, enquanto ele está na base do amor esponsal de 4risto e da Q+re;a como expressão Gnica c alian)a Gnica entre Jeste %omemJ e Jesta mul%erJ, que são ministros do casamento como um sacramento de sua voca)ão e sua vida. Ao dizer que o sinal do casamento como um sacramento da Q+re;a * baseada na Jlin+ua+em corporalJ, nós usamos a analo+ia 'attributionis analo+ia(, tentamos esclarecer e acima. 7 óbvio que o corpo, como tal, Jnão $alarJ, mas o %omem $ala, relendo o que exi+e ser expressa precisamente, com base no JcorpoJ da masculinidade ou $eminilidade do su;eito pessoal, al*m disso, com base em que o %omem só pode ser expresso atrav*s do corpo. 9este sentido, o %omem%omem ou mul%er, não só $ala a lin+ua+em do corpo, mas em certo sentido, permite que o corpo $ala Jpara eleJ e Jparte deleJ, diria eu, em seu nome e com sua autoridade pessoais. Assim, o conceito de Jpro$ecia do corpoJ parece ser in$undado5 o JproJ $eta J, na realidade, * aquele que $alaJ por JeJ de Jem nome e autoridade da pessoa. 3. !s rec*mcasados estão cientes disso quando, ao entrar no casamento, $azer o sinal visível. m vista da vida em comum e pela voca)ão matrimonial, o primeiro sinal, um sinal de casamento como sacramento ori+inal da Q+re;a, será preenc%ido continuamente pelo pro$eta Jdo corpo.J !s corpos do casal $alam JparaJ e JdeJ cada um deles $alar em nome da autoridade e da pessoa, cada pessoa, envolvendo o diálo+o con;u+al, típico de sua voca)ão baseados na lin+ua+em do corpo, reler tempo oportuno e contínuo, e deve ser relido na verdadeK !s esposos são c%amados a construir a sua vida e vivendo como Jcomun%ão de pessoasJ com base nesse idioma. #esde que a lin+ua+em * um con;unto de si+ni$icados, os c-n;u+es, atrav*s da sua conduta e comportamento, atrav*s de suas a)Fes e expressFes 'Jmani$esta)ão de a$etividadeJ5 c$. Caudium et Spes, E=( são c%amados a tornarse o autores destes si+ni$icados de Jlin+ua+em corporalJ, pelo qual, por conse+uinte, são construídas e continuamente apro$undamento amor, lealdade, %onestidade ea união que o casamento continua a ser uma indissolGvel at* a morte. >. ! sinal de casamento como um sacramento da Q+re;a está repleta desses si+ni$icados, os autores são marido e mul%er. odos estes si+ni$icados estão come)ando V. em certo sentido, são Jpro+ramados consentimentoJ de $orma sint*tica civil, a $im de construir, em se+uida, mais analítico, dia após dia o mesmo sinal, identi$icandose com ele na dimensão da vida. xiste uma rela)ão direta entre a reler, na verdade, todo o si+ni$icado da Jlin+ua+em corporalJ ea subsequente utiliza)ão dessa lin+ua+em na vida con;u+al. 9a Gltima área %umanos masculino e $eminino * o autor dos si+ni$icados de Jlin+ua+em corporalJ. Qsto implica que esse tipo de lin+ua+em, ele * o autor, corresponde verdade que $oi reras+ado. 4om base na tradi)ão bíblica, $alamos aqui da pro$ecia Jdo corpo.J Se os seres %umanos%omem e mul%er no casamento 'e, indiretamente, em todos os sectores da mutualidade( dá sentido ao seu comportamento em con$ormidade com a verdade $undamental da lin+ua+em do corpo, então ele tamb*m J* na verdade . 4aso contrário, mentir e $azer a lin+ua+em do corpo $also. E. Se ol%armos para a lin%a de vista da autoriza)ão, que, como ;á dissemos, o$erece ao casal uma participa)ão especial na missão pro$*tica da Q+re;a, enviada pelo próprio 4risto, podemos usar desta $orma, tamb*m a distin)ão bíblica entre pro$etas Jverdadei rosJ pro$etas e J$alsoJ. Atrav*s do casamento como um sacramento da Q+re;a, o %omem ea mul%er são c%amados a dar uma $orma explícita, usando corretamente a lin+ua+em do corpo J o testemun%o do amor con;u+al e da procria)ão, o testemun%o di+no deJ pro$etas +enuínos J. 9este sentido * ;usto e +randeza de consentimento no sacramento da Q+re;a. I. 0uestFes relativas ao sinal sacramental do matrimónio * o caráter pro$undamente antropoló+ico. !s $ormados em antropolo+ia teoló+ica e, em particular, o que, desde o início destas considera)Fes, nós de$inimos como Jteolo+ia do corpoJ. :ortanto, para continuar esta análise, devemos sempre nos ol%os das considera)Fes precedentes, que dizem respeito análise das palavrasc%ave de 4risto 'dizer Jpalavras c%aveJ porque em aberto, como a c%ave, cada uma das dimensFes da antropolo+ia teoló+ica, especialmente a teolo+ia do corpo(. :or estar nessa base a análise do sinal sacramental do matrim-nio, que mesmo após o pecado ori+inal sempre participam %omens e mul%eres como Jo %omem %istórico,J devemos sempre lembrar que o %omem %istórico, masculino e $eminino, * ao mesmo tempo, o J%omem daJ luxGria, comoque tal, *todo e mul%er cair na %istória sacramento, um %omem sinal visível da alian)a e da +ra)a.da salva)ão e estão envolvidos nela, mediante o :ortanto, no contexto destas re$lexFes sobre a estrutura sacramental do sinal. casamento, devemos considerar não apenas o que 4risto disse sobre a unidade ea indissolubilidade do casamento, citando o JprincípioJ, mas tamb*m 'e mais(, con$orme expresso no Sermão da /ontan%a, quando ele apelou para Jo cora)ão %umano.
Quarta-feira 2( de $aneiro de 19;. 1. ! sinal de casamento como um sacrame nto da Q+re;a * cada vez mais, dependendo da dimens ão que * bom desde o início J, enquanto ele está na base do amor esponsal de 4risto e da Q+re;a como expressão Gnica c alian)a Gnica entre Jeste %omemJ e Jesta mul%erJ, que são ministros do casamento como um sacramento de sua voca)ão e sua vida. Ao dizer que o sinal do casamento como um sacramento da Q+re;a * baseada na Jlin+ua+em corporalJ, nós usamos a analo+ia 'attributionis analo+ia(, tentamos esclarecer e acima. 7 óbvio que o corpo, como tal, Jnão $alarJ, mas o %omem $ala, relendo o que exi+e ser expressa precisamente, com base no JcorpoJ da masculinidade ou $eminilidade do su;eito pessoal, al*m disso, com base em que o %omem só pode ser expresso atrav*s do corpo. 9este sentido, o %omem%omem ou mul%er, não só $ala a lin+ua+em do corpo, mas em certo sentido, permite que o corpo $ala Jpara eleJ e Jparte deleJ, diria eu, em seu nome e com sua autoridade pessoais. Assim, o conceito de Jpro$ecia do corpoJ parece ser in$undado5 o JproJ $eta J, na realidade, * aquele que $alaJ por JeJ de Jem nome e autoridade da pessoa. 3. !s rec*mcasados estão cientes disso quando, ao entrar no casamento, $azer o sinal visível. m vista da vida em comum e pela voca)ão matrimonial, o primeiro sinal, um sinal de casamento como sacramento ori+inal da Q+re;a, será preenc%ido continuamente pelo pro$eta Jdo corpo.J !s corpos do casal $alam JparaJ e JdeJ cada um deles $alar em nome da autoridade e da pessoa, cada pessoa, envolvendo o diálo+o con;u+al, típico de sua voca)ão baseados na lin+ua+em do corpo, reler tempo oportuno e contínuo, e deve ser relido na verdadeK !s esposos são c%amados a construir a sua vida e vivendo como Jcomun%ão de pessoasJ com base nesse idioma. #esde que a lin+ua+em * um con;unto de si+ni$icados, os c-n;u+es, atrav*s da sua conduta e comportamento, atrav*s de suas a)Fes e expressFes 'Jmani$esta)ão de a$etividadeJ5 c$. Caudium et Spes, E=( são c%amados a tornarse o autores destes si+ni$icados de Jlin+ua+em corporalJ, pelo qual, por conse+uinte, são construídas e continuamente apro$undamento amor, lealdade, %onestidade ea união que o casamento continua a ser uma indissolGvel at* a morte. >. ! sinal de casamento como um sacramento da Q+re;a está repleta desses si+ni$icados, os autores são marido e mul%er. odos estes si+ni$icados estão come)ando V. em certo sentido, são Jpro+ramados consentimentoJ de $orma sint*tica civil, a $im de construir, em se+uida, mais analítico, dia após dia o mesmo sinal, identi$icandose com ele na dimensão da vida. xiste uma rela)ão direta entre a reler, na verdade, todo o si+ni$icado da Jlin+ua+em corporalJ ea subsequente utiliza)ão dessa lin+ua+em na vida con;u+al. 9a Gltima área %umanos masculino e $eminino * o autor dos si+ni$icados de Jlin+ua+em corporalJ. Qsto implica que esse tipo de lin+ua+em, ele * o autor, corresponde verdade que $oi reras+ado. 4om base na tradi)ão bíblica, $alamos aqui da pro$ecia Jdo corpo.J Se os seres %umanos%omem e mul%er no casamento 'e, indiretamente, em todos os sectores da mutualidade( dá sentido ao seu comportamento em con$ormidade com a verdade $undamental da lin+ua+em do corpo, então ele tamb*m J* na verdade . 4aso contrário, mentir e $azer a lin+ua+em do corpo $also. E. Se ol%armos para a lin%a de vista da autoriza)ão, que, como ;á dissemos, o$erece ao casal uma participa)ão especial na missão pro$*tica da Q+re;a, enviada pelo próprio 4risto, podemos usar desta $orma, tamb*m a distin)ão bíblica entre pro$etas Jverdadei rosJ pro$etas e J$alsoJ. Atrav*s do casamento como um sacramento da Q+re;a, o %omem ea mul%er são c%amados a dar uma $orma explícita, usando corretamente a lin+ua+em do corpo J o testemun%o do amor con;u+al e da procria)ão, o testemun%o di+no deJ pro$etas +enuínos J. 9este sentido * ;usto e +randeza de consentimento no sacramento da Q+re;a. I. 0uestFes relativas ao sinal sacramental do matrimónio * o caráter pro$undamente antropoló+ico. !s $ormados em antropolo+ia teoló+ica e, em particular, o que, desde o início destas considera)Fes, nós de$inimos como Jteolo+ia do corpoJ. :ortanto, para continuar esta análise, devemos sempre nos ol%os das considera)Fes precedentes, que dizem respeito análise das palavrasc%ave de 4risto 'dizer Jpalavras c%aveJ porque em aberto, como a c%ave, cada uma das dimensFes da antropolo+ia teoló+ica, especialmente a teolo+ia do corpo(. :or estar nessa base a análise do sinal sacramental do matrim-nio, que mesmo após o pecado ori+inal sempre participam %omens e mul%eres como Jo %omem %istórico,J devemos sempre lembrar que o %omem %istórico, masculino e $eminino, * ao mesmo tempo, o J%omem daJ luxGria, comoque tal, *todo e mul%er cair na %istória sacramento, um %omem sinal visível da alian)a e da +ra)a.da salva)ão e estão envolvidos nela, mediante o :ortanto, no contexto destas re$lexFes sobre a estrutura sacramental do sinal. casamento, devemos considerar não apenas o que 4risto disse sobre a unidade ea indissolubilidade do casamento, citando o JprincípioJ, mas tamb*m 'e mais(, con$orme expresso no Sermão da /ontan%a, quando ele apelou para Jo cora)ão %umano .
1984
0uarta$eira 3> de maio de 1=NE CLntico dos CLnticos 1. #urante o Ano Santo $al%ou o tópico sobre o desenvolvimento do amor %umano no plano divino. A+ora eu concluo este assunto com al+umas considera)Fes, especialmente no tocante ao ensino da Humanae vitae, colocando al+umas re$lexFes sobre o 42ntico dos 42nticos Je do livro de obias. 9a verdade, penso que tudo que eu tentar explicar nas próximas semanas * o culminar de tudo o que ;á expliquei. A questão do amor esponsal entre o %omem e a mul%er se, em certo sentido, esta parte da Bíblia com toda a tradi)ão da analo+ia J+randeJ que, atrav*s dos escritos dos pro$etas, reuniramse no 9ovo estamento, particularmente na 4arta aos $*sios 'c$. $ I, 313>(, cu;a explica)ão interrompido no início do Ano Santo. sse amor tem sido ob;ecto de numerosos estudos exe+*ticos, opiniFes e %ipóteses. 0uanto ao seu conteGdo, aparentemente Jpro$anoJ, as posi)Fes $oram variadas5 enquanto um lado * $requentemente desencora;adas a ler o outro tem sido a $onte que tem inspirado os maiores escritores místicos, e os versos da 4an)ão dos 42nticos J$oi inserida na litur+ia da Q+re;a L1M. 4om e$eito, embora a análise do texto deste livro obri+anos a colocar o seu conteGdo $ora da +rande analo+ia pro$*tica, no entanto, não pode ser dissociada da realidade do sacramento primordial. Toc@ não pode reler mais do que na lin%a do que está escrito nos primeiros capítulos do C@nesis, como prova de princípio JdesteJ princípio Jem que 4risto se re$eriu em conversa com o crítico $ariseus 'c$. /t 1= , E( L3M. ! J42ntico dos 42nticosJ *, certamente, em lin%a com o sacramento que, atrav*s da Jlin+ua+em do corpo, constitui o sinal visível da participa)ão de %omens e mul%eres no pato da +ra)a e do amor, #eus o$erece ao %omem. ! J42ntico dos 42nticosJ mostra a riqueza da lin+ua+em, cu;a primeira expressão ;á está em C@nesis 3, 3>3I. 3. #esde os primeiros versos da can)ão J9ós imediatamente na atmos$era em torno do poemaJ, onde o marido e a mul%er parecem moverse dentro do círculo tra)ado pela radia)ão do amor. As palavras dos c-n;u+es, seus movimentos, seus +estos, corresponde ao movimento dentro do cora)ão. Somente atrav*s do prisma do movimento podese entender a Jlin+ua+em do corpo, com o qual a descoberta * $eita de que o primeiro %omem deu expressão ao que tin%a sido criado como umJ a;uste auxiliar semel%ante a ele J'c$. Cen 3 3? e 3>(, e tin%am sido tomadas , como o texto bíblico, um de seus Jre$or)osJ 'costela Jsu+ere tamb*m o cora)ão(. sta análise baseiadescoberta e de C@nesis 3 adquire no 42ntico dos 42nticos Ja riqueza da lin+ua+em do amor %umano. 0ue no capítulo 3 do C@nesis 'vv. 3>3I( $oi expresso apenas em poucas palavras, simples e essencial, aqui * desenvolvido como um amplo diálo+o, ou mel%or, um duo, que se entrela)am as palavras do marido com a esposa e se complementam. As primeiras palavras do %omem em C@nesis, cap. 3, 3>, em vista da mul%er criados por #eus, expressa o espanto e admira)ão, de $ato, o sentido da $ascina)ão. * esse $ascínio, temor e admira)ão os $luxos de $orma mais ampla nos versos do 42ntico dos 42nticos J. os $luxos de onda :lacid e %omo+@neo do come)o ao $im do poema. >. /esmo uma análise super$icial do texto do 42ntico dos 42nticos pode perceber que está expresso no $ascínio mGtuo, a lin+ua+em do corpo. J anto o ponto de partida como a c%e+ada deste $ascínio mGtuo, espanto e admira)ão, são na verdade a $eminilidade da mul%er e da masculinidade do marido na experi@ncia direta de sua visibilidade. As palavras de amor que o $oco acentuado, portanto, o JcorpoJ, não só porque ela própria * a $onte de $ascínio mGtuo, mas tamb*m e sobretudo porque direta e imediatamente parar a atra)ão para o outro pessoa para o Jeu outroJ, do sexo $eminino ou masculino, que en+endra o amor com a inspira)ão interior do cora)ão. ! amor tamb*m desencadeia uma experi@ncia particular de beleza, que incide sobre o que * visível, mas que, simultaneamente, envolve a pessoa inteira. A experi@ncia de complac@ncia beleza ra)as, que * recíproco. JToc@s são as mul%eres mais bonitas ...J '0tV 1, N(, disse que o marido, e subscrever as palavras da esposa5 Ju ten%o continua uma tez mente, escura,retornando mas bela, em $il%as erusal*mJ '4t poema. 1, I( Aspalavras masculino repetido asde cinco can)Fes do ecoaramdonoc%arme expressFes similares da esposa. E. stas são as metá$oras que podem nos surpreender %o;e. /uitos deles são retirados da vida dos pastores, e de outras re+iFes parecem indic ar o status do marido L>M. A análi se dessa lin+ua+em po*tica * deixada para os especialistas. ! $ato demonstra como usar a metá$ora no nosso caso, a Jlin+ua+em corporalJ que procuram apoio e con$irma)ão no mundo visível. sta *, sem dGvida, uma Jlin+ua+emJ que *
reler em simult2neo com o cora)ão e os ol%os do marido no ato de concentra)ão especial especialmente o JeuJ $eminino Jda esposa. ste JeuJ $ala atrav*s de todas as características do sexo $eminino, dando ori+em a esse estado de espírito pode ser descrito como $ascínio, encanto. sta $@mea JQJ * expresso quase sem palavras, mas a Jlin+ua+em corporalJ * expressa sem palavras ecoam as palavras do marido rico, em seu discurso c%eio de poesia e metá$oras de transporte, que testemun%am a experi@ncia beleza, um amor de complac@ncia. Se as metá$oras da 4an)ão Jol%ar para esta beleza de uma analo+ia com as várias coisas do mundo visível 'neste mundo, que * o mundoJ em si Jo marido(, ao mesmo tempo, parecem indicar a $al%a de cada uma delas particul ar Judo o que voc@ * linda meu amor, e não %á nen%uma $al%a em voc@J Son+ 'E, D(5 esta expressão o marido termina sua mGsica, deixando todas as metá$oras, para ir uma atrav*s da qual a lin+ua+em J o corpo Jparece expressar o que * mais característico da $eminilidade e do inteiro da pessoa. 4ontinue a análise do 42ntico dos 42nticos Jna próxima audi@ncia +eral. 9otas L1M JA mGsica * para leválo, então, simplesmente porque ela * tão clara5 uma can)ão de amor %umano.J sta declara)ão por . WinandV osb, expressa a convic)ão crescente nGmero de exe+etas '. WinandV, e 4antique des 4antique. :oeme d6amour *crit mov@lo no Sa+esse, /aredsous 1=P?, pp. 3P(. /. #ubarle acrescentou5 JA exe+ese católica, que tem muitas vezes insistiu no sentido óbvio de textos bíblicos em passa+ens de +rande import2ncia do+mática não deve ser abandonado de 2nimo leve, quando se trata de cantar.J e$erindose a senten)a de C. Cerleman, #ubarle continua5 JA can)ão celebra o amor entre %omem e mul%er, sem qualquer mistura de elementos mitoló+icos, mas apenas considerando o seu nível e seu caráter especí$ico. 7 implicitamente sem insistir ensino, equivalente a $* ;avista ' e as $or)as sexual $oram colocados sob a prote)ão de divindades estran+eiras e não atribuiu ao Sen%or a si mesmo, que apareceu como superar essa área(. ! poema, então, estava implícito em %armonia com as cren)as da $* de Qsrael. J! mesmo espírito aberto, ob;etivo, e não especi$icamente reli+iosa em rela)ão beleza $ísica e do amor sexual * encontrado novamente em qualquer reprodu)ão do documento avista. stes várias semel%an)as mostram que o pequeno livro não * tão isolada em toda a literatura Bíblia, como por vezes se diz '#ubarle A/, e 4antique dans des 4antique r*cent l6xe+ese Jin5 Aux +rands 4arre$ours *v*lation et de l6Ancien estament xe+ese de l 6J ec%erc%es Biblique JTQQQ, ouvain , 1=PD, pp. 1E=, 1I1(. L3M Qsto obviamente não exclui a possibilidade de $alar de um sentido mais completo Jno 42ntico dos 42nticos. Te;a, por exemplo, Jovers em @xtase de amor que eles dão a impressão de ocupar e preenc%er o livro inteiro, como os ;o+adores só ...J 7 por isso que :aulo em ler as palavras do C@nesis5 J:or isso o %omem deixará seu pai e sua mãe e se unirá sua mul%er e eles se tornam uma só carne J'$ I, >1(, não ne+a o sentido re al e imediato das palavras que se re$erem ao casamento %umano, mas acrescenta a este primeiro sentido, mais uma pro$unda, com uma re$er@ncia imediata5 Ju aplicála a 4risto e a sua Q+re;aJ, cantando que J* este +rande mist*rioJ '$ I, >3( ... JAl+uns leitores do 42ntico dos 42nticos $oram liberados imediatamente ver os seus poemas de amor desencarnado. squeceramse de amantes, ou con+elados na $ic)ão, no intelectuais c%ave ... aumentaram as correla)Fes minGsculo ale+órico de cada $rase palavra ou a ima+em ... Qsto não * o camin%o. Aquele que cr@ no amor %umano do casal, que tem que pedir perdão do corpo, não tem o direito de voltar ... :or outro lado, disse que o amor %umano pode encontrálo a revela)ão de #eus J'. AlonsoSc%el,J 42ntico das 4antici Qntroduzione Jem5 a Bibbia, :arola di #io per noi Scritta. esto u$$iciale della 4Q, vol. QQ, orino 1=N?, /arietti, pp. E3I E3D(. L>M :ara explicar a inclusão de uma can)ão de amor no c2non bíblico, os exe+etas ;udeus, e desde os primeiros s*culos A# 4. vimos no 42ntico dos 42nticos como uma ale+oria do amor do Sen%or para com Qsrael, ale+oria %istóri a do povo eleito, que exprime o amor, e a ale+oria medieval da Sabedori a #ivina ou e douma %omem queda procuralo. exe+ese cristã dos :adres cedo se estender essa id*ia a 4risto e Q+re;a 'c$. Hipólito e !rí+enes(, ou a alma individual do cristão 'c$. S. Cre+ório de 9issa( e /aria 'c$. Santo Ambrósio( e tamb*m sua Qmaculada 4oncei)ão 'c$. ic%ard de São Tictor(. São Bernardo $oi no 42ntico dos 42nticos um diálo+o entre a :alavra de #eus com a alma, e isso levou ao conceito de San uan de la 4ruz no 4asamento.
A Gnica exce)ão nesta tradi)ão $oi %eodore /opsuestia, no s*culo QT, que viu no 42ntico dos 42nticos J, um poema que canta o amor %umano de Salomão, para a $il%a de Oaraó. m vez disso, utero apontou ale+oria de Salomão e seu reino. 9os Gltimos s*culos, novas %ipóteses sur+iram, por exemplo, * considerado o J42ntico dos 42nticos como um drama de lealdade na posse de uma mul%er para um pastor, apesar de todas as tenta)Fes, ou como uma cole)ão de mGsicas executadas durante ritos populares de casamentos ou ritual mítico, que re$letia o culto de Adonisammuz. le ;á $oi visto no 42ntico a descri)ão de um son%o, re$erindose tanto s ideias anti+as sobre o si+ni$icado dos son%os, bem como para a psicanálise. 9o s*culo YY, tornouse mais anti+as tradi)Fes ale+órico 'c$. Be a(, ol%ando de novo para o 42ntico dos 42nticos na %istória de Qsrael 'c$. ouon icciotti(, e um midras% desenvolvidos 'como obert c%amadas em seu comentário, o que constitui uma JsomaJ da interpreta)ão da can)ão(. 9o entanto, ao mesmo tempo, come)ou a ler o livro no seu sentido mais óbvio, como um poema exaltando o amor natural do ser %umano 'c$. o\leV, ;ovem, aurin(. ! primeiro a mostrar como este si+ni$icado está li+ado ao contexto bíblico de c%. C@nesis 3, $oi arl Bart%. #ubarle parte da premissa de que um amor $iel e $eliz %umana revela ao %omem os atributos do amor divino, e Tan den !udenri;n visto no 42ntico dos 42nticos Jo avan)o do senso comum que aparece na 4arta aos $*sios I 3>. /urp%V, sem qualquer explica)ão ale+órica e meta$órica, en$atiza que o amor %umano, criado e aben)oado por #eus pode ser o tema de um livro bíblico inspirado. #. notas Vs que o conteGdo do 42ntico dos 42nti cos J* ao mesmo tempo, sexual e sa+rado. 0uando nós desconsiderar a se+unda característica, voc@ come)a a tentar cantar como uma composi)ão puramente secular erótica, e quando voc@ i+norar a primeira, cai na ale+oria. Só unindo esses dois aspectos, podese ler o livro de $orma ;usta. Ao lado das obras dos autores acima mencionados e, especialmente, no que diz respeito a um esbo)o da %istória da exe+ese do 42ntico dos 42nticos, c$. H. H. o\leV, JA interpreta)ão do 42ntico dos 42nticosJ, em5 ! servo do Sen%or e outros ensaios sobre o Tel%o estamento, ondres g utter\ort% 1=I3 g pp. 1=1 3>>< A./. #ubarle, Je 4antique des 4antique de l6dans l6xe+ese do Anti+o estamentoJ, em Aux +rands 4arre$ours *v*lation et de l6xe+ese de l6Ancien estament, ec%erc%es Biblique TQQQ, ouvain 1=PD, #escl*e de Brou\er, pp. 1>=1I1, #. Vs e plus be au canto da cria)ão 4ommentaire du 4antique des 4antique na lectio divina I1, :aris 1=PN, #u 4er$, pp. >1>I< /. H. :apa. 42ntico dos 42nticos, %e Anc%or Bible, 4idade ardim 9. ., 1=DD, #oubledaV, pp 11>3>E.
Sauda)Fes SaGdo os pere+rinos da span%a e de várias na)Fes latinoamericanas, nomeadamente na pere+rina)ão da Cuatemala, que deixou uma lembran)a dentro de mim por causa da min%a visita pastoral. 9a min%a ora)ão diária pedir ao Sen%or para a reconcilia)ão e a paz são uma realidade permanente na área das Am*ricas. /in%as mel%ores re$ere tamb*m aos reli+iosos e reli+iosas presentes neste encontro. 4onvido voc@ a $azer sua vida um dom total e +enerosa para com #eus e a i+re;a.
Quarta-feira +( de $un%o de 19; & !erdade sobre o amor, e8ressa no CLntico dos CLnticos 1. amb*m %o;e, re$letir sobre o 42ntico dos 42nticos para entender mel%or o sinal sacramental do matrim-nio. A verdade do amor proclamado pelo 42ntico dos 42nticos não pode ser separada da lin+ua+em do corpo. J A verdade do amor certamente $az a mesma lin+ua+em do corpo J* reler em verdade. sta * tamb*m a verdade sobre a aborda+em pro+ressiva do casal que cresce atrav*s do amor e proximidade si+ni$ica tamb*m a inicia)ão no mist*rio da pessoa, mas sem envolver a viola)ão 'c$. 4an não 1, 1>1E 1P.( . A verdade sobre a proximidade cada vez maior de que o casal atrav*s do amor se desenvolve na dimensão sub;etiva Jdo cora)ãoJ de a$eto e sentimento, que l%e permite descobrir em si mesmo, o outro como um dom e, em certo sentido do J+ostoJ sim 'c$. 9ão * possível 3, >P(. Atrav*s dessa proximidade, o marido vive mais plenamente a experi@ncia do dom que, pela $@mea JQJ, anexa expressão e do si+ni$icado esponsal do corpo. As palavras do %omem 'c$. 9ão * possível D, 1N( cont@m não apenas uma descri)ão po*tica do ser amado, a sua beleza $eminina, em que os sentidos estão parados, mas $ala do dom e da pessoa doados. A mul%er sabe que ela está camin%ando para o Jdese;oJ do marido e vai ao encontro com a presteza de si o dom 'c$. 9ão * possível D, =1?. 111>(, porque o amor que os une *, por natureza espiritual e sensual ao mesmo tempo. , base ado neste amor, * $eito releitura do si+ni$icado do corpo na verdade, o %omem e a mul%er devem estar em sinal comum de dom recíproco de si, o que coloca o selo em sua vida. 3. 9o 42ntico dos 42nticos, a Jlin+ua+em do corpo * inserido em um processo Gnico de atra)ão mGtua entre %omem e mul%er, expressa em troca $requente para $alar da busca c%eia de nostal+ia, a aplica)ão a$etuoso 'c$. 9ão * possível 3, D( e a reunião recípro ca dos c-n;u+es 'c$. 4an6t I, 3(. Qsto dál%es ale+ria e paz, e parece induzir a uma busca contínua. Zm deles tem a impressão de que, para atender, para vir ;unto, en$rentando o muito próximo, ainda tendendo constantemente para uma coisa5 dar ao c%amamento de al+o al*m do conteGdo do momento e transcende os limites do eros, como * visto nas palavras a lin+ua+em comum do corpo J'c$. 4an6t 1, DN, 3, 1D(. sta pesquisa tem uma dimensão interior5 J! cora)ão está acordadoJ, mesmo durante o sono. ste dese;o nasce do amor, sobre a base da Jlin+ua+em corporalJ * uma pesquisa +lobal da beleza, pureza livre de toda a manc%a5 a busca da per$ei)ão que cont*m, por exemplo, a síntese da beleza %umana, beleza a alma e o corpo. 9o 42ntico dos 42nticos ros revela a $ace %umana sempre em busca do amor e quase nunca satis$eitos. ! eco desta preocupa)ão permeia os versos do poema5 Ju muito aberta a min%a amada, g aberto, e o meu amado * ido ;á. g u estou procurando e não pode encontrálo, g eu li+ar e responderJ 'Son+ I, P(. J/eninas, em erusal* m, eu te con;uro g se voc@ encontrar meu amado ... di+a a ele que voc@ vai dizer 8..., g u sou doente de amorJ '4t I, =(. >. ntão al+uns versículos do 42ntico dos 42nticos ros apresentado como a $orma do amor %umano, no qual atuam ener+ia do dese;o. nelas está enraizada consci@ncia, isto *, a certeza sub;etiva de mGtuo, $iel e exclusivo de pertencer. /as, ao mesmo tempo, muitos outros versos do poema nos obri+a a re$letir sobre a causa da pesquisa e as preocupa)Fes que acompan%am a consci@ncia de ser um dos outros. sta preocupa)ão, que * tamb*m parte da natureza de eros8 Se assim $or, essa preocupa)ão tamb*m indicam a necessidade de autoaper$ei)oamento. A verdade do amor se expressa na consci@ncia de pertencer a outro, o resultado do dese;o mGtuo e de pesquisa, e a necessidade de extra)ão e pesquisa, o resultado da adesão recíproca. 9este necessidade interna nesta din2mica de amor, indiretamente revela a quase impossibilidade de roubar e posse da pessoa por outra. A pessoa * al+u*m que ultrapassa todas as medidas de propriedade e domínio, a posse e a saciedade, que brotam da mesma lin+ua+em do corpo J. Se o marido e a esposa reler essa lin+ua+em, da luz da verdade inte+ral da pessoa e dorecíproco amor, sempre de que o a apro$undamento amplitude da sua composi)ão * o dom que o v@m amor* convic)ão revelado J$orte como morteJ, isto *, volta para os limites da Jlin+ua+em corporalJ para superálos. A verdade do amor e da verdade dentro do dom recíproco c%ama do, em certo sentido, continuamente marido e mul%er atrav*s dos meios de expressão de mGtua perten)a e mesmo al*m destes meios para conse+uir o que constitui o nGcleo o dom de pessoa para pessoa. E. Se+uindo os tril%os das palavras tra)adas pelos versos do 42ntico dos 42nticos, parece que estamos nos
aproximando, então, a dimensão em que o eros J* inte+rada tamb*m por uma outra verdade do amor. S*culos mais tarde, luz da morte e ressurrei)ão de 4risto, proclamar essa verdade, :aulo de arso, nas palavras da pístola aos 4oríntios5 J! amor * paci@ncia, * +entil, não inve;oso, não or+ul%oso, não se inc%a, não * rude, não procura seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não $ol+a com a in;usti)a, a verdade * o prazer , tudo desculpa, tudo cr@, tudo espera, tudo suporta. caridade nunca cai J'1 4or 1>, EN(. A verdade sobre o amor, expresso nos versos do 42ntico dos 42nticos J* con$irmada luz destas palavras de :aulo8 9o Son+ lemos, por exemplo, sobre o amor, que a sua inve;a J*J cruel como a sepultura J'4t N, P(, a 4arta paulina, lemos queJ a caridade não * +anancioso. J 0ue tipo de relacionamento são expressFes de amor8 ! relacionamento * o amor que * $orte como a morte J, o 42ntico dos 42nticos, o amor queJ nunca se deteriora J, se+undo a 4arta de São :aulo8 9en%um multiplicar essas per+untas, não abra a análise comparativa. 9o entanto, parece que o amor, abrese diante de nós em duas perspectivas5 como se isso, se o eros J%umanoJ $ec%a o próprio %orizonte, $oi aberto ainda, atrav*s das palavras de :aulo, para um outro %orizonte de amor que $ala outra lín+ua, o amor que parece vir de outra dimensão da pessoa e, c%amadas para outra comun%ão. sse amor eros $oi c%amado pelo nome de Ja+apeJ e * totalmente a+ape, puri$icando. emos, assim, concluir estas breves medita)Fes sobre o 42ntico dos 42nticos, para apro$undar o tema da Jlin+ua+em corporalJ. 9este contexto, o 42ntico dos 42nticos J* um ori+inal inteiramente. Sauda)Fes a+ora uma consa+rada calorosa sauda)ão e encora;amento em sua vida ao Sen%or para os reli+iosos do Cuardian An+els Santo, que permaneceu em oma para um curso de renova)ão espiritual. 4om a min%a cumprimentar os pere+rinos do /*xico e os de várias cidades da span%a. u oro por suas inten)Fes e todos vós a min%a b@n)ão cordial.
Quarta-feira 27 $un 19; Hi!ro de Gobias 1. 4omentando, nas Gltim as semanas, o 42ntico dos 42ntic os, notei como o sinal sacramental do matrim-nio * base ado em Jlin+ua+em corporalJ que o %omem e a mul%er expressam a verdade que * própria. A partir deste ponto que quero discutir %o;e al+umas passa+ens do livro de obias. 9a %istória do casamento de Sara obias * tamb*m a expressão JirmãosJ por que parece que no casamento * o amor enraizado natureza $raternal, uma outra expressão que tamb*m * semel%ante can)ão. 4omo voc@ se lembra, a dupla de marido e mul%er, que decla ram amor um ao outro, * J$orte como a morte Son+J 'N, P(. 9o ivro de obias encontrar a $rase, dizendo que ele amava Sara Je $urou seu cora)ãoJ 'ob P, 1=(, uma situa)ão que con$irma a veracidade das palavras de amor J$orte como a morte . 3. :ara entender mel%or, voc@ deve ir a al+uns detal%es que são explicados no contexto da natureza especí$ica do livro de obias. emos ali que Sara, $il%a de a+uel, anteriormente tin%a sido Jdada a sete maridos 'ob P, 1>(, mas todos morreram antes de ;untarlo. Qsso tin%a acontecido nas mãos do espírito do mal e do ;ovem obias tin%a razão para temer a morte semel%ante. Assim, o amor de obias teve que en$rentar desde a primeira vez que o teste de vida e morte. As palavras de amor J$orte como a morteJ, que pronuncia o casal, no 42ntico dos 42nticos no transporte do cora)ão, pe+ue aqui o caráter de um ensaio re al. Se o amor * $orte como mostra a morte, isto * particularmente verdadeiro no sentido de que obias e ;unto com ele, Sara van sem %esita)ão a esse teste. /as este teste de vida e morte termina a vida, porque, durante os testes da noite de nGpcias, o amor, sustentada pela ora)ão, parece mais $orte que a morte. >. ste teste de vida e morte tem outro si+ni$icado que nos $az entender o amor e a união dos noivos. 9a verdade, eles, ;untos como marido e mul%er, estão na situa)ão em que as $or)as do bem e do mal estão lutando uns contra os outros e medidos. ! marido e a mul%er duo a partir do 42ntico dos 42nticos não parece de todo perceber esta dimensão da realidade. !s c-n;u+es dos Son+ viver e expressarse em um mundo ideal ou JabstratoJ, que parece não %aver controle das $or)as ob;etivo do bem e do mal. 7 a $or)a e a verdade interior do amor que atenuam a luta em curso no %omem e em torno dele8 A plenitude da verdade e essa $or)a do amor em si, parece, no entanto, * di$erente e dá a impressão de que ela tende vez que a experi@ncia levanos ao livro de obias. A verdade e o poder do amor se mani$esta na capacidade de colocar entre as $or)as do bem e do mal, lutando no %omem e em torno dele, porque o amor tem con$ian)a na vitória do bem e está pronto para $azer tudo , de modo que a propriedade expira. :or conse+uinte, a verdade do amor dos c-n;u+es do livro de obias não * con$irmada pelas palavras ditas pela lín+ua de transporte amor como no 42ntico dos 42nticos, mas pelas escol%as e a)Fes que tomam todo o peso da exist@ncia %umana na união de ambos. A lin+ua+em do corpo J, aqui, parece usar a expressão das escol%as e atos que brotam do amor, porque a+ora termina. E. !ra)ão de obias 'obias N, IN(, que *, acima de tudo, as ora)Fes de louvor e a+radecimento, após a ora)ão, colocou a Jlin+ua+em corporalJ no domínio dos termos essenciais da teolo+ia da corpo. 7 uma lin+ua+em Job;etivadoJ invadida, e não pelo poder emocional da experi@ncia, como para a pro$undidade e +ravidade da verdade da própria exist@ncia. !s c-n;u+es pro$essar esta verdade ;untos, em uníssono, ao #eus da alian)a5 J#eus de nossos pais.J :ode se dizer que, neste aspecto, a lin+ua+em do corpo Jse torna a lín+ua dos ministros do sacramento, ciente de que a alian)a do casamento se mani$esta e mist*rio que tem sua $onte no próprio #eus. 9a verdade, a alian)a do casamento * a ima+em, eo sacramento primordial da alian)a de #eus com o %omem, a ra)a %umana, que nasceu da alian)a do amor eterno. obias e Sara terminar sua $rase com as se+uintes palavras5 JSede misericordiosos para mim e para ela e conceder vida lon+aJ 'ob N, D(. 7 aceitável 'com base no contexto(, que t@m diante de seus ol%os a perspectiva de comun%ão perseverar at* o $im de seus dias, uma perspe ctiva que se abre diante deles com prov a de vida e morte, e durante os primeiros noite de nGpcias. Ao mesmo tempo, visto atrav*s dos ol%os da $*, a santidade da sua voca)ão, no qual, atrav*s da união dos dois, construído sobre a verdade mGtuo de Jlin+ua+em corporalJ deve atender a c%amada de #eus contida no mist*rio do :rincípio. , portanto, per+untar5 Jem misericórdia de mim e ela.J
I. !s c-n;u+es do 42ntico dos 42nticos declarar um ao outro, com palavras de $o+o, o amor %umano. !s rec*mcasados no livro de obias pedir a #eus para saber a resposta de amor. Ambos encontram seu lu+ar no que * o sinal sacramental do matrim-nio. Ambos participam da $orma)ão do sinal. :odemos dizer que, tanto atrav*s da lin+ua+em Jdo corpo, reler tanto a dimensão sub;etiva da verdade do cora)ão %umano, e na dimensão daJ verdade Job;etivaJ de viver em comun%ão, tornase a lin+ua+em da litur+ia. A ora)ão do livro rec*mcasados obias certamente parece con$irmar isso de uma maneira di$erente do que ele $az do 42ntico dos 42nticos, e tamb*m para que, sem dGvida, pro$undamente comovido. Sauda)Fes 0ueridos irmãos e irmãs a+ora uma sauda)ão especial aos Qrmãs A+ostinianas /issionárias de Cava, que a+rade)o a visita. u tamb*m +rupos de boasvinda s de várias paróquias de span%a, bem como +rupos de estudantes de Tic, Barcelona, Burriana, Ouente de 4antos e /olins de ei. 4om a min%a lembran)a cordial pere+rinos $ranciscano que vieram da 4ol-mbia ao $alar de tudo o que a min%a sincera b@n)ão.
Quarta-feira + de $ul%o de 19; amor con$u'al, lu6 da Carta aos EfAsios 1. Ho;e vamos nos re$erir ao texto clássico do capítulo I da 4arta aos $*sios, que revela as ori+ens da eterna Alian)a no amor do :ai, e tanto a institui)ão a sua nova e de$initiva em esus 4risto. ste texto nos leva a uma dimensão de Jlin+ua+em corporalJ poderia ser c%amado de JmísticaJ. 9a verdade, $alar de casamento como um J+rande mist*rioJ 'este * um +rande mist*rio J, $ I, >3(. enquanto este mist*rio ocorre na união esponsal de 4risto edentor com a sua Q+re;a e a Q+re;a como noiva com 4risto 'J/as eu apliquei de 4risto e da Q+re;aJ, $ I, >3(, apesar de uma veri$ica)ão $inal nas dimensFes escatoló+icas, por*m, o autor da 4arta aos $*sios não %esita em estender a analo+ia a união de 4risto com a Q+re;a sobre o amor con;u+al, deline ado em uma tal absoluta JeJ escatoló +ico J, o sinal sacramental do pato con;u+al entre %omem e mul%er, que sãoJ su;eitos uns aos outros no temor de 4risto J'$ I, 31(. 9ão %esite em estender essa analo+ia lin+ua +em corpo místicoJ ;o+ado na verdade do amor con;u+al e da união con;u+al dos dois. 3. emos de recon%ecer a ló+ica deste belo texto, que libera o nosso pensamento radicalmente elementos de uma conta maniqueísta ou não pessoal do corpo e, ao mesmo tempo, aproximar a lin+ua+em do corpo J, contida no sinal sacramental do matrim-nio , o taman%o real da santidade. !s sacramentos santidade inserido no campo da %umanidade do %omem, penetrar na alma e no corpo, $eminilidade e da masculinidade do su;eito pessoal, com a $or)a da santidade. Qsso se expressa na lin+ua+em da litur+ia5 * expressa e $ez real. A litur+ia, a lín+ua litGr+ica, levantando a alian)a do casamento entre %omem e mul%er, com base na Jlin+ua+em corporalJ interpretada na verdade, as dimensFes do Jmist*rioJ e, ao mesmo tempo, permitir que tal pato * $eito nas dimensFes acima, atrav*s da lin+ua+em do corpo. J sta $ala o sinal do sacramento do matrim-nio, que, em lin+ua+em litGr+ica, interpessoal exprime um evento carre+ado de conteGdo pessoal intensa, atribuídos aos dois Jat* a morte.J ! sinal sacramental, não apenas as J$ieriJ, o nascimento de casamento, mas constrói todo o seu JesseJ, dura)ão5 um e outro, na realidade sa+rada e sacramental, com base na dimensão da Alian)a e Cracia, na dimensão da cria)ão e da reden)ão. Assim, a lín+ua litGr+ica depende de ambos, %omem e mul%er, amor, $idelidade e %onestidade con;u+al por meio da lin+ua+em do corpo. J os pela unidade indissolGvel do matrim-nio e da lin+ua+em corporal J. Atribuída a tare$a de todos os sacro Jda pessoa e da comun%ão de pessoas, tamb*m a $eminilidade e masculinidade respectivos ;ustamente essa lin+ua+em. >. 9este contexto, a$irmamos que a expressão se torna lín+ua litGr+ica do corpo. J Qsto destaca uma s*rie de eventos e tare$as que $ormam a JespiritualidadeJ do casamento, o seu et%os J. 9a vida cotidiana dos c-n;u+es desses $atos tornamse obri+a)Fes e responsabilidades sobre os $atos. stes $atos, bem como os compromissos, são de natureza espiritual, mas são expressos ao mesmo tempo com a lin+ua+em do corpo. J ! autor da 4arta aos $*sios escreve a este respeito5 J... os maridos devem amar suas próprias mul%eres, como seu próprio corpo ...J '$ I, >>(, 'f Jcomo a si mesmoJ p I, >>(, J/ul%eres e rever@ncia ao maridoJ '$ I, >>(. Ambos $inalmente ser Job;ecto de um outro no temor de 4ristoJ '$ I, 31(. A Jlin+ua+em corporalJ como a continuidade ininterrupta da lin+ua+em litGr+ica se expressa não só o interesse e a satis$a)ão mGtua do 42ntico dos 42nticos, mas tamb*m como uma pro$unda experi@ncia de JsacroJ parece estar imerso na mesma masculinidade e $eminilidad e atrav*s da dimensão do mVsterium J5 ma+num mVsteriumJ da 4arta aos $*sios, que tem suas raízes precisamente no come)o J, ou se;a, no mist*rio da cria)ão do %omem, mac%o e $@mea ima+em de #eus , con%ecido como JcedoJ para ser um sinal visível do amor criativo de #eus. E. #esta $orma, entã o, que Jo medo de 4ristoJ e JrespeitoJ de que o autor $ala de $*sios, não * nada, mas uma $orma espiritualmente maduro mGtua que3>3I(. *, o %omem por $eminilidade e masculinidade mul%er atraente se mani$esta no livrodadeatra)ão C@nesis 'Cn 3, Qmediatamente, o mesmo apelo como $luxo de tempo parece deslizar atrav*s dos versículos do 42ntico dos 42nticos de encontrar, em circunst2ncias muito di$erentes, o seu mais conciso e $ocado no ivro de obias. A maturidade espiritual desta atra)ão não * apenas a $rui)ão do dom do temor de um dos sete dons do spírito Santo, de que São :aulo $alounos na :rimeira 4arta aos essalonicenses '1 essalonicenses E, E D( .
Al*m disso, a doutrina de S. :aulo sobre a castidade como Jvida no spíritoJ 'c$. om N, I(, permitenos 'em especial com base na :rimeira 4arta aos 4oríntios, cap. P( interpretar esse respeito J Jno sentido carismático, ou como um dom do spírito Santo. I. A 4arta aos $*sios, para incentivar os c-n;u+es para que eles estão su;eitos uns aos outros Jno temor de 4ristoJ '$ I, 31( e, em se+uida, induzir ao JrespeitoJ no relacionamento con;u+al aparece destaque, de acordo com a tradi)ão paulina castidade, como virtude e como um dom. Assim, por $or)a e ainda mais com o dom 'JTida no spíritoJ( espiritualmente maduro atra)ão mGtua de masculinidade e $eminilidade. anto os %omens e mul%eres lon+e do dese;o são a verdadeira dimensão da liberdade de entre+a, combinado com a $eminilidade e da masculinidade no verdadeiro si+ni$icado esponsal do corpo. Assim, a lín+ua litGr+ica, isto *, a lin+ua+em do sacramento e do mVsterium J$ez em sua vida e de viverJ lin+ua+em corporal Jem qualquer pro$undidade, simplicidade e beleza at* então descon%ecida. P. ste parece ser o si+ni$icado inte+ral do sinal sacramental do matrim-nio. 9a lin+ua+em +estual do corpo atrav*s da J os %omens e mul%eres v@m ao encontro do mVsteriumJ +rande J, trans$ira a luz do mist*rio que a luz da verdade e da beleza, expressa na lin+ua+em litGr+ica emJ an+ua+e corpo J, ou se;a, lin+ua+em da prática do amor, $idelidade e %onestidad e con;u+al, ou se;a, no et%os que tem suas raízes na reden)ão do corpoJ 'c$. om N, 3>(. 9esta lin%a, a vida con;u+al se torna, em certo sentido, a litur+ia. Sauda)Fes 0ueridos irmãos e irmãs A+ora saGdo os reli+iosos a+ostinianos /issionário do Sa+rado 4ora)ão /ercedarias e presentes nesta audi@ncia, bem como os diversos +rupos de pere+rinos vindos de paróquias em várias partes da span%a, especialmente os ;ovens estudantes da cidade de Almeria, orrente, Burriana, #enia, /adrid e es+rima. 4om uma calorosa palavra de encora;ame nto em sua vida cristã e da actividade apostólica de membro do +rupo Jempo > 6do Barcelona. SaGdo com a$ecto os pere+rinos colombiana das paróquias de San uis Beltran, San Silvestre, Oelipe e San San Cabriel de Bo+otá. 0ue a vossa vinda a oma renovar sua $* e sua $idelidade a 4risto e Q+re;a. :ara todos vós a min%a b@n)ão cordial.
Quarta-feira +1 de a'osto de 19; & aternidade e a maternidade resons/!eis lu6 da audium et Ses e umanae itae 1. 9ós escol%emos para o tema de %o;e da Jpaternidade responsávelJ, luz da 4onstitui)ão Caudium et Spes e da encíclica Humanae vitae. A 4onstitui)ão conciliar, resolver o problema, se limita a reiterar as premissas $undamentais, o documento papal, no entanto, vai mais lon+e, dando a essas instala)Fes e que conten%am mais especí$ico. ! texto do 4onsel%o diz5 J... 0uando se trata, então, do amor con;u+al com a transmissão responsável da vida, o comportamento moral não depende apenas da inten)ão sincera e avalia)ão das motiva)Fes, mas ser determinado por crit*rios ob;etivos, tomados da natureza da pessoa e seus atos, preservar o sentido da mGtua doa)ão e da procria)ão %umana no amor verdadeiro * impossível sem cultivar sinceramente a virtude da castidade con;u+al J'Caudium et Spes, I1(. o 4onsel%o acrescenta5 JOundado nestes princípios, não * lícito aos $il%os da Q+re;a para ir por camin%os que o ma+ist*rio, para explicar a lei divina, $al%a em controle de natalidadeJ 'Caudium et Spes, I1(. 3. Antes dessa passa+em 'c$. Caudium et Spes, I?(, o 4onsel%o ensina que o casal %umano e cristão responsavelmente exercer as suas $un)Fes e, com rever@ncia dócil a #eus J'Caudium et Spes, I?(. ! que si+ni$ica que5 J:or acordo mGtuo e do es$or)o comum, irá $ormar uma opinião em lin%a reta, ol%ando tanto no seu próprio bem pessoal e o bem dos $il%os, ;á nascidos ou ainda por vir, discernir as circunst2nc ias de tempo e do estado de vida, tanto material como espiritual e, $inalmente, tendo em conta o bem da $amília, da sociedade temporal e da própria Q+re;a J'Caudium et Spes, I?(. 9este ponto palavras são particularmente importantes para determinar, mais precisamente, o caráter moral de uma Jpaternidade responsávelJ. 9ós lemos5 Jste ;ul+amento, em Gltima análise, devem $ormar os c-n;u+es pessoalmente diante de #eusJ 'Caudium et Spes, I?(. continua5 Jm suas a)Fes, os esposos cristãos estão conscientes de que não pode proceder como ac%ar mel%or, mas deve sempre pautarse pela consci@ncia, que deve obedecer lei divina em si, obediente ao /a+ist*rio da Q+re;a , que autenticamente interpreta que a le+isla)ão luz do van+el%o. ssa lei divina revela o si+ni$icado pleno do amor con;u+al, prote+e e promove o verdadeiro lado %umano J'Caudium et Spes, I?(. >. A 4onstitui)ão conciliar, mas apenas lembrando as premissas essenciais para a Jpaternidade responsávelJ, os destaques em um inequívoco totalmente, especi$icando os elementos constitutivos da parentalidade tal, ou se;a, o ;ul+amento maduro em sua consci@ncia pessoal rela)ão com a lei divina, autenticamente interpretada pelo /a+ist*rio da Q+re;a. E. A ncíclica Humanae vitae, com base nas mesmas instala)Fes, mais avan)ado, o$erecendo orienta)Fes especí$icas. Qsto * principalmente sobre como de$inir Jpaternidade responsávelJ 'Humanae vitae, 1?(. :aulo TQ * clari$icar este conceito, caro e excluindo os vários aspectos de anteced@ncia, reduzindoas a um dos JparcialJ, como $azem aqueles que $alam exclusivamente do controle de nascimento. 9a verdade, desde o início, :aul TQ * +uiado em sua ar+umenta)ão para um conceito %olístico 'c$. do %omem Humanae Titae, D( e de amor 'c$. con;u+al Humanae Titae, N, =(. I. Toc@ pode $alar sobre a responsabilidade no exercício do paternos e maternos, sob di$erentes aspectos. Assim, ele escreve5 Jm rela)ão aos processos bioló+icos, paternidade responsável si+ni$ica con%ecimento e respeito das suas $un)Fes, a inteli+@ncia descobre, no poder de dar a vida, leis bioló+icas que $azem parte da pessoa %umanaJ 'Humanae vitae, 1? .( 0uando se trata, obviamente, a dimensão psicoló+ica do Jimpulso do instinto e da paixão, paternidade responsável si+ni$ica o necessário domínio que devem exercer sobre aqueles a razão e a vontadeJ 'Humanae vitae, 1?(. As premissas acima aspectos intrapessoais e acrescentandol%es Jas condi)Fes econ-micas e sociais, devemos a paternidade implementado, quer+raves com aedelibera)ão ponderada +enerosa recon%ecer de ter uma que $amília +rande, comresponsávelJ ou decisão, *tomada por motivos respeito pela lei moral,e para evitar um novo nascimento para al+um tempo ou inde$inidamente J'HT 1?(. #aqui resulta que a concep)ão de uma Jpaternidade responsávelJ está contida a disposi)ão não só para evitar um Jnovo nascimentoJ, mas tamb*m a crescer a $amília de acordo com crit*rios de prud@ncia. A esta luz a partir do qual * necessário examinar e decidir a questão da Jpaternidade responsávelJ * sempre
central Job;ectivo ordem moral estabelecida por #eus, que * a consci@ncia de verdadeiro direito int*rpreteJ 'Humanae vitae, 1?(. P. !s c-n;u+es, nesta área, cumprem Jinte+ralmente com seus deveres para com #eus, para si, seus $amiliares e a sociedade em uma ;usta %ierarquia de valoresJ 'Humanae vitae, 1?(. Toc@ não pode, portanto, $alar de Ja+ir de acordo com sua própria vontade.J m contraste, os c-n;u+es devem Jcon$ormar sua conduta com a inten)ão criadora de #eusJ 'Humanae vitae, 1?(. 9esta base, a ncíclica baseia a sua ar+umenta)ão sobre a Jestrutura íntima do ato con;u+alJ e sobre Ja li+a)ão inseparável entre os dois si+ni$icados do ato con;u+alJ 'c$. HT 13(, que ;á $oi discutido anteriormente . ! princípio da moralidade rela)ão con;u+al tornase, portanto, a $idelidade ao plano divino mani$estado na Jestrutura íntima do ato con;u+alJ e Ja li+a)ão inseparável entre os dois si+ni$icados do ato con;u+alJ. Sauda)Fes A+ora, a min%a cordial sauda)ão a todos os presentes a lín+ua espan%ola. specialmente o reli+ioso, +rupos paroquiais e os ;ovens de span%a, /*xico e outros países latinoamericanos. :ara todos eu dou min%as boasvindas a este encontro e aben)oo.
Quarta-feira +; de a'osto de 19; 0oralmente lícitas e ilícitas de acordo com a doutrina da B're$a, o controle da natalidade 1. #issemos anteriormente que o princípio da moralidade con;u+al, a Q+re;a ensina '4oncílio Taticano QQ, :aulo TQ( * o crit*rio de $idelidade ao plano divino. Se+undo este princípio, a encíclica Humanae vitae cuidadosamente distin+ue entre o que * moralmente ilícito modo de controle de natalidade ou, mais precisamente, a re+ula)ão da $ertilidade, e moralmente reta. :rimeiro, * moralmente Jinterrup)ão ilícita direta do processo +enerativo ;á iniciadoJ 'JabortoJ( 'HT 1E(, a Jesteriliza)ãoJ diretos JeJ qualquer a)ão, ou em previsão do ato con;u+al, ou na realiza)ão, ou o desenvolvimento das suas consequ@ncias naturais, se propon%a, como $im ou como meio, tornar impossível a procria)ão J'Humanae vitae, 1E(, por isso todos os meios de contracep)ão. :elo contrário, * moralmente admissível Jo recurso aos períodos in$ec undosJ 'Humanae vitae, 1P(5 J:ortanto, se para espa)ar os nascimentos existem motivos s*rios, decorrentes de condi)Fes $ísicas ou psicoló+icas dos c-n;u+es, ou de circunst2ncias externas, a Q+re;a ensina que então * lícito ter em conta os ritmos naturais imanentes s $un)Fes +eradoras para usar do matrim-nio só nos períodos in$ecundos e re+ular a natalidade sem o$ender os princípios morais ... J 'Humanae vitae, 1P(. 3. A encíclica sublin%a maneira especial Jentre os dois casos %á uma di$eren)a essencialJ 'Humanae vitae, 1P(, ou se;a, uma di$eren)a de natureza *tica5 J9o primeiro, os c-n;u+es usu$ruem le+itimamente de uma disposi)ão natural na se+unda , impedem o desenvolvimento dos processos naturais J'Humanae vitae, 1P(. Qsto leva a dois tipos de a)Fes avalia)ão *tica, por outro lado, mesmo o oposto5 a re+ula)ão natural da $ertilidade * moralmente correto, a contracep)ão não * moralmente reta. sta di$eren)a essencial entre as duas a)Fes 'maneiras de a+ir(, diz respeito a sua classi$ica)ão *tico intrínseco, enquanto que o meu predecessor :aulo TQ diz que Jtanto em um e outro caso, os c-n;u+es concordam com a vontade positiva de evitar $il%os para razFes plausíveis J, e ainda escreve5J ol%ando para a +arantia de que contin uará J'Humanae vitae, 1P(. 4om estas palavras, o relatório recon%ece que, embora $azendo uso da contracep)ão pode ser inspirado por JrazFes plausíveisJ, mas isso não muda o status moral * base ado na estrutura do ato con;u+al como tal. >. :odese observar, neste ponto, que os c-n;u+es que dependem de re+ula)ão natural da $ertilidade pode não ter razFes válidas que $oi discutido anteriormente, mas esta * uma questão *tica de lado, pois * o sentido moral de Jpaternidade responsávelJ. Assumindo que as razFes de decidir não procriar são moralmente corretas, * o problema moral de como a+ir no caso, e isso se expressa em um ato que, de acordo com a doutrina da Q+re;a, transmitidas na encíclica J, tem seu estatuto intrínseco positivo moral ou ne+ativamente. A primeira, positiva, corresponde re+ula)ão da $ecundidade JnaturalJ, a se+unda * ne+ativa a contracep)ão Jarti$icialJ. E. odos os ar+umentos anteriores são resumidos na declara)ão da doutrina contida na Humanae vitae, advertindo que o normativo e pastoral, ao mesmo tempo. 9a dimensão normativa tentativas para especi$icar e clari$icar os princípios morais da a)ão, na dimensão pastoral * essencialmente para ilustrar a possibilidade de a+ir de acordo com estes princípios 'J! potencial da observ2ncia da lei divinaJ, Humanae vitae, 3?( . 9ós vivemos sobre a interpreta)ão do conteGdo da encíclica. :ara esse e$eito voc@ precisa ver este conteGdo, esse con;unto de normaspastoral, luz da teolo+ia do corpo que emer+e da análise de textos bíblicos. I. A teolo+ia do corpo * menos uma teoria, mais uma peda+o+ia evan+*lica cristã especí$ica do corpo. Qsso decorre da natureza da Bíblia, e especialmente do van+el%o como uma mensa+em de salva)ão, revela que o verdadeiro bem do %omem, a modelo bemvi da esta na terra, tendo em vista a esperan)a do mundo $uturo. A ncíclica Humanae lon+o desta do %omem como pessoa do sexo mascuvitae, lino eao $eminino, sobr elin%a, o queresponde conv*m per+unta di+nida dedo doverdadeiro %omem e bem da mul%er quando se trata do importante problema de transmissão da vida na vida de casado. 9esta edi)ão, vamos dedicar uma maior re$lexão. Sauda)Fes
SaGdo com a$eto a todas as pessoas e +rupos de espan%ol, de span%a e de vários países e da Am*rica atina. 0ue a sua visita ao tGmulo do Apóstolo :edro, em que rea$irmam a sua $* e $azer voc@ viver mais intensamente em comun%ão com a Q+re;a. odos os de cora)ão concedo a min%a B@n)ão Apostólica.
Quarta-feira 29 de a'osto de 19; controle da natalidade na tradi"#o da doutrina e r/tica crist# 1. A ncíclica Humanae vitae, demonstrando a maldade moral da contracep)ão, enquanto apoia plenamente o controle de natalidade natural, e, neste sentido, a ado)ão de paternidade e maternidade responsáveis. #evem ser excluídos aqui que pode ser descrito como JresponsáveisJ do ponto de vista *tico, a procria)ão em que a contracep)ão * usado para a re+ula)ão da $ecundidade. ! verdadeiro conceito de Jpaternidade responsávelJ, pelo contrário, está li+ada ao controle de natalidade %onesto do ponto de vista *tico. 3. emos a esse respeito5 JZma prática %onesta da re+ula)ão da $ecundidade exi+e, acima de todos os c-n;u+es adquirir e manter $ortes convic)Fes sobre os verdadeiros valores da vida e da $amília, e tamb*m uma tend@ncia para procurar um per$eito autocontrole . ! domínio do instinto pela razão e livre arbítrio, imposta sem qualquer dGvida, um asceta, de modo que as mani$esta)Fes a$etivas da vida con;u+al se;am con$ormes com a ordem certa e especialmente para observar a contin@ncia periódica. sta disciplina, própria da pureza dos esposos, lon+e de pre;udicar o amor con;u+al, con$erel%e um maior valor %umano. xi+e es$or)o contínuo, mas sob a sua in$lu@ncia ben*$ica, marido e mul%er desenvolver plenamente suas personalidades, sendo enriquecido com os valores espirituais ... J 'HT 31(. >. A encíclica, em se+uida, ilustra as consequ@ncias deste comportamento não só para os próprios esposos, mas tamb*m para toda a $amília como comunidade de pessoas. Ser reestudar esta questão. A encíclica sublin%a que o controlo da natalidade %onesto exi+@ncias *ticas das partes, acima de tudo uma $amília particular e comportamento procriativo, ou se;a, exi+e maridos Jadquirir e manter $ortes convic)F es sobre os verdadeiros valores da vida e da $amíliaJ ' Humanae vitae, 31(. 9esta base, $oi necessário a uma análise +lobal da questão, assim como o Sínodo dos Bispos de 1=N? 'J#e c%ristianae muneribus $amiliae(. ntão, a doutrina do problema particular de moralidade con;u+al e $amiliar, que * a encíclica Humanae vitae, encontrou seu lu+ar e ótica adequada no contexto total da xorta)ão Apostólica Oamiliaris 4onsortio. A teolo+ia do corpo, especialmente como uma peda+o+ia do corpo, está enraizada em um sentido na teolo+ia da $amília e, por sua vez, conduz a ela. sta peda+o+ia do corpo, cu;a c%ave * a encíclica Humanae vitae * apenas explicado no contexto de uma visão inte+ral adequada dos valores da vida e da $amília. E. 9o texto acima, o :apa :aulo TQ se re$ere castidade con;u+al, por escrito, que a observ2ncia da contin@ncia periódica * a $orma de autocontrole, que expressa Ja pureza dos espososJ 'Humanae vitae, 31(. 9a empresa a+ora uma análise mais pro$unda do problema, devemos ter toda a doutrina da pureza, entendida como vida espiritual 'c$. Cal I, 3I(, ;á discutido anteriormente, a $im de compreender bem as respectivas indica)Fes da encíclica sobre o tema da Jcontin@ncia periódicaJ. 9a verdade, esta doutrina ainda * o motivo real, a partir do qual o ensinamento de :aulo TQ de$ine o controle da natalidade e da paternidade responsável e eticamente %onesto. mbora a Jre+ularidadeJ de contin@ncia * aplicado neste caso o c%amado Jritmo naturalJ 'Humanae vitae, 1P(, no entanto, a contin@ncia em si * uma postura permanente e moral, a virtude e, portanto, todos os maneira de se comportar, +uiado por ela, tem caráter virtuoso. !s pontos encíclica de $orma bastante clara que esta não * apenas sobre uma certa JarteJ, mas de *tica no sentido estrito da palavra como a moralidade de um comportamento. :ortanto, oportuna encíclica sublin%a, em primeiro lu+ar, a necessidade de observar esse comportamento na ordem estabelecida pelo 4riador e, por outro, a necessidade de imediata razFes *ticas. I. 0uanto ao primeiro ponto dizia5 Jusu$ruto '...( o dom do amor con;u+al, respeitando as leis do processo +enerativo, si+ni$ica recon%ecer, não árbitros das $ontes da vida %umana, mas sim os administradores do plano estabelecido pelo 4riadorJ 'Human ae vitae, 1>(. JA vida %umana * sa+radaJ, como lembrou o nosso predecessor de s. m. oão YYQQQ na ncíclica /ater et /a+istra J,J #esde a sua cria)ão revela a a)ão criadora de #eus J'AAS I>, 1=P1, c$. Humanae vitae, 1>(. 0uanto motiva)ão imediata, a ncíclica JHumanae exi+e Jaos espa)o %á razFes +raves, decorrentes psicoló+icasvitaeJ dos c-n;u+es ounascimentos de circunst2ncias externas ...J 'Humanae vitae, 1P(. de condi)Fes $ísicas ou P. 9o caso de um re+ulamento moralmente correto da $ertilidade que * implementado pela contin@ncia periódica * claramente a prática da castidade con;u+al, ou se;a, uma determinada atitude *tica. 9a lin+ua+em bíblica, diríamos que * sobre a vida do spírito 'c$. Cal I, 3I(. ! re+ulamento moralmente correta * tamb*m c%amada de Jcontrole de natalidade naturalJ, que pode ser
explicado como cumprir a lei JnaturalJ. :or Jlei naturalJ que si+ni$ica Jordem da naturezaJ no campo da procria)ão, como * entendido pela razão certa5 esta ordem * a expressão do plano do 4riador para o %omem. * precisamente isso que a encíclica, ;untamente com toda a tradi)ão da doutrina e prática cristã en$atiza maneira especial5 o caráter virtuoso da atitude que se mani$esta com a re+ulamenta)ão JnascimentoJ natural, não * determinado tanto a $idelidade a uma Jlei natural impessoalJ como $onte de aplica)ão da lei 4riador pessoa e o Sen%or se mani$esta neste ato. #este ponto de vista, reduzida a mera re+ularidade bioló+ica, separado da Jordem naturalJ, ou se;a, o Jplano do 4riador,J distorce o pensamento real da Humanae vitae 'c$. encíclica Humanae Titae, 1E( . ! documento assume que a re+ularidade bioló+ica, certamente, de $ato, encora;a os indivíduos competentes para estudar e aplicar uma ainda mais pro$unda, mas sempre entendeu esta re+ularidade como a expressão da Jordem da naturezaJ, isto *, o plano providencial do 4riador , cu;a $iel execu)ão * o verdadeiro bem do indivíduo. Sauda)Fes 0ueridos irmãos e irmãs A+ora, quero saudar todos os pere+rinos de lín+ua espan%ola, provenientes de span%a e al+uns países da Am*rica atina. m primeiro lu+ar, as $re+uesias de BanVoles e 4aada :ozo, e em especial ao 4risto eV de amora, que queria comemorar aqui o 3I aniversário da sua cria)ão, em voc@ eu a+radecer a todos os paroquianos este +esto de comun%ão com o Sucessor de :edro. Zma sauda)ão especial aos representantes da Oedera)ão 9acional de 4%arros e a compan%ia a*rea, que celebra o I? aniversário de sua $unda)ão. Sua presen)a $azme reviver os momentos inesquecíveis passou no /*xico, que em sua camin%ada no mundo que podem ser portadores da paz e da $elicidade. :ara todos vós e s vossas $amílias de dar a min%a B@n)ão Apostólica.
Quarta-feira 1+ de outubro de 19; & esiritualidade do matrim3nio lu6 da umanae itae 1. 4ontinue dando $orma a espiritualidade do matrim-nio luz da encíclica Humanae vitae. #e acordo com a doutrina contid a em con$ormidade com as $ontes bíblic as e toda a tradi)ão, o amor * Ja partir do ponto de vista sub;etivo J $or)a J, ou se;a, a capacidade do espírito %umano, que *J teoló+ico J'ou mel%or, Jteoló+icaJ(. ste, então, a $or)a * dada ao %omem para participar do amor com que #eus ama o mist*rio da cria)ão e da reden)ão. 7 o amor que Jse delicia com a verdadeJ '1 4or 1>, P(, ou se;a, que expressa a ale+ria espiritual 'o J$ruiJ A+ostin%o( de qualquer valor re al5 a ale+ria como a ale+ria do 4riador, que inicialmente era de que era Jmuito bomJ 'Cn 1, >1(. Se as $or)as da luxGria tentar separar a lin+ua+em do corpo Jda verdade, isto *, tentar $alsi$icálo, no entanto, o poder do amor * con$irmada mais uma vez que a verdade, para que o mist*rio da reden)ão o corpo pode dar $rutos nela. 3. ! mesmo amor que torna possível e, certamente, torna o diálo+o con;u+al * $eita de acordo com a verdade inte+ral da vida dos c-n;u+es, *, por sua vez, a $or)a, ou a capacidade moral, ativamente orientada para a plenitude do bem e, por isso mesmo, a cada boa verdade. :ortanto, sua missão * salva+uardar a unidade indivisível do Jdois si+ni$icados do ato con;u+alJ, de que * a encíclica 'Humanae vitae, 13(, ou se;a, prote+endo tanto o valor da verdadeira união dos c-n;u+es 'isto *, a comun%ão pessoal( como a da paternidade responsável 'em sua maturidade e di+na do %omem(. >. #e acordo com a lin+ua+em tradicional, o amor e a J$or)a superiorJ, coordena as a)Fes da pessoa, marido e mul%er, no 2mbito das $inalidades do casamento. mbora nem a 4onstitui)ão 4onciliar, nem a encíclica abordar a questão, empre+ando a lin+ua+em utilizada no passado, no entanto, que para tentar relacionar as expressFes tradicionais. Amor, poder, maior que os %omens e as mul%eres recebem de #eus, ;unto com a consa+ra)ão JparticularJ do sacramento do matrim-nio, comporta e$eitos de coordena)ão adequada, se+undo a qual Jo ensinamento tradicional da Q+re;a * constituída a moral 'ou mel%or, Jteoló+ica e moral( a vida dos c-n;u+es. A doutrina da 4onstitui)ão Caudium et Spes, como a da encíclica Humanae vitae, a mesma moral esclarecido com re$er@ncia ao amor, entendido como um poder superior que l%e dá conteGdo adequado e valor de atos con;u+al como a verdade dos dois si+ni$icados, unitivo e procriador, respeitando a sua indivisibilidade. 4om esta nova aborda+em, a doutrina tradicional sobre a $inalidade do casamento 'e sua %ierarquia( * con$irmada e apro$undada, tanto do ponto de vista da vida interior dos c-n;u+es, ou a espiritualidade do matrim-nio e da $amília. E. A $un)ão do amor, que * Jderramado em nossos cora)FesJ 'm I, I( do casal como a $or)a espiritual $undamental de sua alian)a de casamento, *, como ;á $oi dito, para prote+er tanto o valor da verdadeira comun%ão de c-n;u+es, como a paternidade verdadeiramente responsável. ! poder do amor verdadeiro, no sentido teoló+ico e *tico * mani$esto que o amor se li+a corretamente Jos dois si+ni$icados do ato con;u+al, excluindose não só na teoria, mas sobretudo na prática, aJ contradi)ão Jque poderia ocorrem neste domínio. sta Jcontradi)ãoJ * a causa mais comum de oposi)ão ncíclica Humanae Titae e do ensinamento da Q+re;a. :recisamos de uma boa análise apro$undada, não só teoló+ico mas tamb*m antropoló+ica 'que tentamos $azer em todo este debate( para demonstrar que não neste caso para $alar de Jcontradi)ãoJ, mas apenas a di$iculdade J. 9o entanto, a encíclica sublin%ase essa di$iculdade passim. isso decorre do $ato de que o poder do amor no %omem * enxertado luxGria insidioso5 em seres %umanos de amor atin+e a tripla concupisc@ncia 'c$. 1 o 3, 1P(, em particular com o dese;o do carne, o que distorce a verdade de Jlin+ua+em corporalJ. , portanto, o amor não está pronto para ser na verdade da Jlin+ua+em corporalJ, se não atrav*s da domina)ão da concupisc@ncia. I. Se o elemento essencial da espiritualidade dos c-n;u+es e dos pais que J$or)aJ essencial que os c-n;u+es devem ser removidas permanentemente da Jconsa+ra)ãoJ sacramental J* o amor, esse amor, tal como resulta do texto da encíclica 'c$ . Humanae vitae, 3?(, *, por natureza li+ada castidade, que mani$estase como autocontrole, ou se;a, como um continente5 em particular, como a contin@ncia periódica. 9a lin+ua+em bíblica, parece aludir a isso, o autor da 4arta aos $*sios, quando em suas palavras JclássicoJ encora;a os c-n;u+es para ser Job;ecto de um outro no temor de 4ristoJ '$ I, 31( .
:rovavelmente a encíclica Humanae vitae * precisamente o desenvolvimento desta verdade bíblica sobre o casamento cristão e espiritualidade da $amília. 9o entanto, para tornar ainda mais claro, precisamos de uma análise mais pro$unda da virtude da contin@ncia e seu especial si+ni$icado para a verdade da lin+ua+em comum do corpo na vida con;u+al e 'indiretamente( na +rande área de rela)Fes recíprocas entre %omens e mul%eres. 9ós vamos realizar esta análise re$lexFes sucessivas na quarta$eira. Sauda)Fes 0ueridos irmãos e irmãs A+ora eu quero a min%a cordial sauda)ão a todos os pere+rinos de lín+ua espan%ola. Zma das irmãs Servas de /aria do +rupo Jenova)ão no spírito do /*xico e da 4ol-mbia 4ursil%o. Ser sempre $iel ao seu apostolado vocacional. SaGdo tamb*m os +rupos de várias paróquias e or+aniza)Fes católicas da span%a, /*xico e Cuatemala. Oalando a todos os pere+rinos de di$erentes países, dar a min%a B@n)ão Apostólica, com carin%o.
Quarta-feira 2 de outubro de 19; irtude da contin*ncia 1. Oalando como anunciou, %o;e nós come)amos a análise da $or)a de contin@ncia. ! JcontinenteJ, que $az parte do mais +eral virtude da temperan)a, * a capacidade de dominar, controlar e diri+ir os impulsos de natureza sexual 'concupisc@ncia da carne( e suas consequ@ncias na sub;etividade psicossomática do %omem. sta capacidade, como um $ornecimento contínuo da vontade, merece ser c%amado de virtude. Sabemos que a partir da análise anterior que a concupisc@ncia da carne, e o dese;o JparenteJ de natureza sexual que levanta, aparec e com um impulso especí$i co no campo de reativa)ão somáti cas e, al*m disso, com um psicoemotiva pulso de excita)ão sensual. ! assunto pessoal, para come)ar a aproveitar esta din2mica e entusiasmo, deve trabal%ar com uma pro+ressiva autoeduca)ão da vontade, sentimentos, emo)Fes, que se desenvolveu a partir de +estos simples, em que * relativamente $ácil de conduzir decisão interna. Qsso pressupFe, naturalmente, a percep)ão clara dos valore s expressos na norma e a matura)ão posterior de $ortes convic)Fes, se acompan%ada da respectiva presta)ão de vontade, dar lu+ar $or)a correspondente. sta * precisamente a virtude da contin@ncia 'autocontrolo(, que se mani$esta como condi)ão básica tanto para a lin+ua+em comum do corpo permanece na verdade, como para os c-n;u+es Jestão su;eitos uns aos outros no temor 4risto J, de acordo com as palavras bíblicas '$ I, 31(. sta Jsubmissão mGtuaJ si+ni$ica a aplica)ão comum para a verdade da Jlin+ua+em corporalJ, no entanto, a submissão Jno temor de 4ristoJ dá o dom do temor de #eus 'o dom do spírito Santo( que veio com menos de contin@ncia. 3. Qsto * muito importante para uma compreensão adequada da virtude da contin@ncia e, em especial a c%amada Jcontin@ncia periódicaJ, que * a encíclica Humanae vitae. A cren)a de que a virtude da contin@ncia Jse opFeJ a concupisc@ncia da carne * ;usto, mas não está totalmente concluída. la não está completa, principalmente se considerarmos que esta $or)a não aparece e a+ir no abstrato e, portanto, de $orma isolada, mas sempre em conexão com o virtutum nexo outro '( em con;unto e, em se+uida, com prud@ncia, ;usti)a, cora+em e acima de tudo com a caridade. ] luz destas considera)Fes, * $ácil entender que a contin@ncia não se limita a resistir concupisc@ncia da carne, mas por essa resist@ncia, tamb*m se abre para os valores mais pro$undos e mais maduras, que são inerentes ao si+ni$icado esponsal o or+anismo na sua $eminilidade e da masculinidade, bem como para a verdadeira liberdade do dom na interrela)ão das pessoas. ! mesmo dese;o da carne, que visa acima de tudo, prazer carnal e sensual, $az o %omem, em certo sentido, ce+o e insensível aos valores mais pro$undos que nascem do amor e ao mesmo tempo, constituem o amor na verdade interior que * bom. >. #esta $orma tamb*m revela o caráter essencial da castidade con;u+al na sua li+a)ão or+2nica com o JpoderJ de amor que * derramado no cora)ão dos c-n;u+es ;unto com a consa+ra)ão Jdo sacramento do matrim-nio. Al*m disso, tornase claro que o convite para c-n;u+es de modo que eles são Jsu;eitas a um outro no temor de 4ristoJ '$ I, 31(, aparece para abrir o espa)o interior em que ambos estão se tornando mais sensível a valores mais pro$undos e mais maduras, que estão relacionadas com o si+ni$icado esponsal do corpo e da verdadeira liberdade do dom. Se a castidade con;u+al 'e castidade em +eral( se mani$esta, em primeiro lu+ar, como a capacidade de resistir concupisc@ncia da carne, então lentamente se revela como a capacidade Gnica de perceber, amar e compreender os sentidos de Jlin+ua+em corporalJ , permanecem completamente descon%ecidas para a cobi)a em si, e que, pro+ressivamente, enriquecer o diálo+o c-n;u+es noivas, puri$icandola, apro$undála e, ao mesmo tempo, simpli$icandoo. :ortanto, o ascetismo da contin@ncia, que $ala a encíclica 'Humanae vitae, 31(, não levará ao empobrecimento das mani$esta)Fes de a$eto, mas $álos espiritualmente mais intensa e, portanto, envolve enriquecimento. E. 9a análise desta $orma contin@ncia na din2mica dessa virtude 'antropoló+icos, *ticos e teoló+icos(, notamos o desaparecimento da contradi)ão aparente J* muitas vezes op-sse ncíclica Humanae vitae e da doutrina da Q+re;a sobre moralidade con;u+al. !u se;a, %averia Jcontradi)ãoJ 'como aqueles criados tal ob;e)ão( entre os dois si+ni$icados do ato con;u+al, unitivo e procriador si+ni$icado 'c$. HT 13(, de modo que se não $osse le+al dissociar, os c-n;u+es seriam privados do direito união con;u+al, quando eles não estavam autorizados a procriar com responsabilidade.
A ncíclica Humanae vitae * uma resposta a esta contradi)ão aparente Jse * estudado pro$undamente. ! :apa :aulo TQ, com e$eito, con$irma que não %á nen%uma contradi)ão J, mas apenasJ um problema Jli+ado a todos, a situa)ão interna doJ %omem de dese;o J. 9o entanto, precisamente por causa dessa di$iculdade J, * atribuído ao compromisso interior e asc*tica dos c-n;u+es, a verdadeira ordem da vida de casado, ol%ando para o que sãoJ apoiadas e consa+rados J'HT 3I( pelo sacramento da casamento. I. A ordem da vida de casado tamb*m si+ni$ica %armonia sub;etiva entre paternidade 'responsável( e de comun%ão pessoal, %armonia criada pela castidade con;u+al. 9a verdade, os $rutos amadurecem dentro dela contin@ncia. Atrav*s desse amadurecimento dentro do ato con;u+al se torna a import2ncia e di+nidade que * peculiar em seu si+ni$icado potencial procriador, simultaneamente, adquirir um si+ni$icado próprio todas as mani$esta)Fes de a$eto J'HT 31(, que servem para expressar a comun%ão pessoal dos c-n;u+es na propor)ão da riqueza sub;etiva da $eminilidade e da masculinidade. P. 4om base na experi@ncia e tradi)ão, a encíclica demonstra que o ato con;u+al * tamb*m uma Jmani$esta)ão de a$etividadeJ 'HT 1P(, mas uma Jmani$esta)ão de carin%oJ especial, pois ao mesmo tempo, tem um si+ni$icado potencial procriador. :or conse+uinte, * destinada a expressar a união pessoal, mas não só isso. A encíclica, por sua vez, embora indiretamente, indica várias Jmani$esta)Fes de a$etividadeJ, e$icazes apenas para expressar a união pessoal dos c-n;u+es. ! ob;etivo da castidade con;u+al e, mais precisamente ainda, contin@ncia, não só em prote+er a import2ncia e a di+nidade do ato con;u+al, em con;u+a)ão com o si+ni$icado potencial de procria)ão, mas tamb*m prote+er a import2ncia e a di+nidade da característica ato con;u+al, na medida em que * expressivo da união interpessoal, descobrindo na consci@ncia e experi@ncia de todos os maridos outras expressFes possíveis Jde carin%oJ, expressando a sua pro$unda comun%ão. 9a verdade, não * mal para a comun%ão dos c-n;u+es, no caso de, por razFes ;ustas, devem absterse do ato con;u+al. , ainda, que esta comun%ão, construído continuamente, dia após dia, de acordo com as mani$esta)Fes de carin%o J, constitui, por assim dizer, um campo amplo, que, com condi)Fes adequadas, a decisão madura de um ato con;u+al moralmente reta. Sauda)Fes A+ora eu saGdo a todos e os +rupos de lín+ua espan%ola. m particular, os membros das diversas institui)Fes e movimentos que $ormam a Oamília 4laretiana, reunidos em oma para o carisma próprio do estudo. 0ue este encontro mais estreitos la)os espirituais e a;událo a colaborar mel%or no minist*rio, se+uindo a inspira)ão do Santo António /aria 4laret, cu;a $esta * celebrada %o;e. Al*m disso, saGdo e encora;ovos a sua vida cristã, os participantes na pere+rina)ão or+anizada pela 4on+re+a)ão das Qrmãs /issionárias dos :obres n$ermos em Barcelona. +rande incentivo para entre+a Q+re;a aos sacerdotes da 4ol-mbia que são acompan%adas por al+uns dos seus bispos e al+uns lei+os, participaram da recente aposentadoria de padres. :ara voc@ e todos $alando que eu dou a min%a b@n)ão cordial.
Quarta-feira .1 de outubro de 19; & !irtude da contin*ncia lu6 da umanae itae 1. 4ontinuamos a análise da contin@ncia, luz dos ensinamentos contidos na encíclica Humanae vitae. /uitas vezes pensava que a contin@ncia causa tensFes internas do %omem ser libertado. ] luz da análise, a contin@ncia, totalmente compreendida, mas que ele * a Gnica maneira de libertar o %omem de tais tensFes. 4ontin@ncia não si+ni$ica mais do que o es$or)o espiritual que tende a expressar a Jlin+ua+em corporalJ, não só com a verdade, mas a verdadeira riqueza das mani$esta)Fes Jde a$eto.J 3. 7 esse es$or)o * possível8 m outras palavras 'e, sob outro aspecto( de volta aqui a questão sobre a oportunidade Jpara a prática da norma moralJ, lembrou e con$irmada pela Humanae vitae. sta * uma das questFes mais básicas 'e a+ora tamb*m um dos mais ur+entes( no campo da espiritualidade con;u+al. A Q+re;a está plenamente convencido da verdade do que a$irma o princípio da paternidade e da maternidade responsáveis, no sentido explicado cateques e anterior J, e isso não só para demo+rá$icoJ, mas por razFes essenciais. Apelamos a paternidade e maternidade responsável, que correspondem di+nidade dos c-n;u+es, como pais, a verdade da sua pessoa e do ato con;u+al. #e lá vem a rela)ão íntima e direta que li+a esta dimensão, com toda a espiritualidade do matrim-nio. ! :apa :aulo TQ na Humanae vitae, que mani$estou, por outro lado, ale+ou muitos moralistas e cientistas permitiu que mesmo os nãocatólicos, * precisamente neste campo, tão pro$undo e essencialmente %umano e pessoal, a re$er@ncia deve ser $eita principalmente %omem como pessoa, o su;eito que decide sobre si mesmo, e não os JmeiosJ para $azer Job;etoJ 'manipula)ão( e JdespersonalizadoJ. 7, portanto, aqui si+ni$ica verdadeiramente J%umanistaJ do desenvolvimento e do pro+resso da civiliza)ão %umana. >. 7 esse es$or)o * possível8 odos os problemas da encíclica Humanae vitae não se limita apenas dimensão bioló+ica da $ertilidade %umana 'a questão dos Jritmos naturais de $ertilidadeJ(, mas remonta sub;etividade do próprio %omem, que JeuJ pessoal, qual * o mac%o ou $@mea. á durante os debates do 4oncílio Taticano QQ, em rela)ão ao capítulo da Caudium et Spes sobre a Jdi+nidade do matrim-nio e da $amília e sua avalia)ãoJ, $alou sobre a necessidade de uma análise apro$undada das rea)Fes 'e tamb*m emo)Fes( associados com a intera)ão de masculinidade e $eminilidade do ser %umano. sse problema não pertence a biolo+ia tanto para a psicolo+ia5 da biolo+ia e da psicolo+ia vai para o campo da espiritualidade con;u+al e $amiliar. 9a verdade, aqui o problema está em estreita li+a)ão com o modo de compreender a virtude da contin@ncia, isto *, o autocontrole e, em particular a contin@ncia, periódica. E. Zma análise cuidadosa da psicolo+ia %umana 'isto *, tanto sub;etivo e autoanálise, após a análise torna se um Job;etoJ acessível a ci@ncia %umana(, leva a al+umas a$irm a)Fes. 9a verdade, nas rela)Fes interpessoais que expressa a in$lu@ncia mGtua entre a masculinidade e a $eminilidade são liberados no tema psicoemocional no ser %umano JQJ, com uma rea)ão que pode quali$icar como Jemo)ãoJ, uma outra rea)ão que pode e deve ser c%amado de Jemo)ãoJ. mbora esses dois tipos de rea)Fes aparecem ;untos, * possível distin+uir experimentalmente e Jdi$erenciarJ pelo conteGdo ou o seu ob;eto J. A di$eren)a ob;etiva entre os dois tipos de rea)Fes * o $ato de que a excita)ão * acima de tudo corporal Je, nesse sentido, JsexualJ, enquanto a emo)ão, mesmo quando levantada pela rea)ão mGtua de masculinidade e $eminilidade, re$erese principalmente para a outra pessoa entendida na sua totalidade. :odese dizer que esta * uma emo)ão Jprovocada pela pessoaJ em rela)ão sua masculinidade ou $eminilidade. I. ! que dizemos aqui sobre a psicolo+ia das rea)Fes mGtuas de masculinidade e $eminilidade, que a;uda a compreender o papel da virtude da contin@ncia, da qual temos $alado. ste não * apenas ou mesmo principalmente, a capacidade de JabsterseJ, isto *, dominar as rea)Fes mGltiplas que se entrela)am na in$lu@ncia mGtua entre a masculinidade e a $eminilidade, esta $un)ão poderia ser de$inida como Jne+ativaJ . /as %á uma outra $un)ão c%amamos JpositivoJ( em autodo mínio, e * a capacidade para diri+ ir as rea)Fes respectivos, tanto 'que no conteGdo e node caráter. Ooi dito que, no domínio das rea)Fes mGtuas de masculinidade e $eminilidade, a excita)ão JeJ emo)ão Jsur+em não só como duas experi@ncias di$erentes e di$erente do Jeu %umano, mas muitas vezes aparecem ;untos na domínio da mesma experi@ncia que dois elementos di$erentes do mesmo. #ependendo das circunst2ncias di$erentes da natureza dentro e $ora da propor)ão mGtuo em que estes dois elementos aparecem em uma certa experi@ncia. ]s vezes, uma delas prevalece claramente, outros, em vez %á
equilíbrio entre eles. P. 4ontin@ncia, e %abilidade para liderar a emo)ão JeJ emo)ão Jno campo de in$lu@ncia mGtua entre a masculinidade e a $eminilidade, tem a $un)ão essencial de manter o equilíbrio entre a comun%ão com o qual os c-n;u+es mutuamente dese;am exprimir a sua união só íntimo e com a qual 'pelo menos implicitamente( %ost paternidade responsável. 9a verdade, a Jexcita)ãoJ e Jemo)ãoJ que pode pre;udicar, pelo su;eito, a orienta)ão e o caráter da lin+ua+em comum do corpo. J A emo)ão * expressa principalmente sob a $orma de prazer sensual e corporal, ou que tende para o ato con;u+al 'dependendo do ritmo natural da $ertilidade J( inclui a possibilidade de procria)ão. 4ontudo, a excita)ão causada por outro ser %umano como pessoa, apesar de, em seu conteGdo emocional * determinada pela $eminilidade ou masculinidade do JoutroJ não tendese ao ato con;u+al, mas apenas para outras Jmani$esta)Fes de carin%o J, que se expressa no si+ni$icado esponsal do corpo, e que, no entanto, não implica o seu si+ni$icado 'potencialmente( de procria)ão. 7 $ácil entender as implica)Fes desse resultado para o problema da paternidade responsável. São consequ@ncias de natureza moral. Sauda)Fes a+ora eu quero a min%a cordial sauda)ão a todos os pere+rinos de lín+ua espan%ola a partir de vários países da Am*rica atina e span%a. em particular muitos membros do +rupo vieram a oma para a+radecer a min%a recente visita a span%a. Qr para todos $alando, ;untamente com a min%a recorda)ão na ora)ão, a min%a a$etuosa B@n)ão apostólica.
Quarta-feira 1 de no!embro de 19; Castidade con$u'al 1. ] luz da ncíclica Humanae vitae, a pedra $undamental da espiritualidade do casamento * o amor derramado nos cora)Fes dos c-n;u+es como um dom do spírito Santo 'c$. om I, I(. sposos recebem o sacramento esse dom, ;untamente com uma consa+ra)ão JparticularJ. ! amor está vinculado a castidade con;u+al, mani$estandose como a contin@ncia, $az com que a ordem interior da vida con;u+al. A castidade * a vida no $im do cora)ão. sta ordem permite o desenvolvimento das mani$esta)Fes de carin%o Jna propor)ão e no próprio si+ni$icado deles. Assim, con$irmase tamb*m a castidade con;u+al como Ja vida do spíritoJ 'c$. Cal I, 3I(, nas palavras de São :aulo. ! Apóstolo tin%a em mente não só as ener+ias inerente do espírito %umano, mas acima de tudo, a in$lu@ncia santi$icadora do spírito Santo e seus dons especiais. 3. 9o centro da espiritualidade do matrim-nio *, portanto, a castidade, não apenas como uma virtude moral '$ormada pelo amor(, mas ao mesmo tempo, como relacionados com os presentes sob o spírito Santo, acima de tudo com o dom de respeito o que vem de #eus 'pietatis J#on( . ste dom está na mente do autor da 4arta aos $*sios, quando ele exorta os esposos a ser Job;ecto de um outro no temor de 4ristoJ '$ I, 31(. Assim, a ordem interior da vida con;u+al, que permite que as mani$esta)Fes Jde carin%oJ para desenvolver de acordo com sua propor)ão correta e si+ni$icado, * o resultado não só da $or)a em que a prática de casal, mas tamb*m os dons do spírito Santo com quem eles trabal%am. A ncíclica Humanae vitae, em al+umas passa+ens do texto 'especialmente 31, 3P(, quando se lida com o ascetismo determinado estado civil, ou se;a, o es$or)o para alcan)ar a virtude do amor, a castidade e a contin@ncia, $ala indiretamente dos dons do spírito Santo, para que os c-n;u+es tornamse sensíveis extensão de seu amadurecimento na virtude. >. Qsso corresponde voca)ão %umana para o casamento. stes JdoisJ, que, nas palavras das mais anti+as da Bíblia Juma só carneJ 'Cen 3, 3E(, tal união não pode $azer o seu próprio nível de pessoas 'communio personarum(, se não pelas $or)as do espírito e precisamente o spírito Santo que puri$ica, dá a vida, apóia e re$or)a a $or)a do espírito %umano. J7 o spírito que vivi$ica, a carne para nada aproveitaJ 'o P, P>(. #aqui resulta que as lin%as essenciais da espiritualidade do casamento são re+istrados JprecoceJ na verdade bíblica sobre o casamento. sta espiritualidade tamb*m * JcedoJ para abrir os dons do spírito Santo. Se a ncíclica JHumanae vitaeJ encora;a os c-n;u+es para uma ora)ão JpersistenteJ e na vida sacramental 'dizendo Jvamos todos para a $onte da +ra)a e da caridade na ucaristia< recorram com %umilde perseveran)a misericórdia de #eus, que * dado no sacramento da penit@ncia, JHumanae vitae, 3I(, que $az lembrar o spírito Santo queJ dá vida J'3 4or > P (. E. !s dons do spírito Santo, e especialmente o dom do respeito por aquilo que * sa+rado, parece ter aqui uma import2ncia $undamental. 9a verdade, um dom sustenta e desenvolve os c-n;u+es uma sensibilidade Gnica para todos os que, na sua voca)ão e vivendo ;untos * o sinal do mist*rio da cria)ão e da reden)ão5 por tudo o que * um re$lexo de criado a sabedoria e o amor de #eus. ntão, esse dom parece come)ar a %omens e mul%eres, em particular tão pro$unda, em rela)ão aos dois si+ni$icados inseparáveis do ato con;u+al de $alar da encíclica 'Humanae vitae, 13( em rela)ão ao sacramento do matrim-nio. espeito os dois si+ni$icados do ato con;u+al só pode ser plenamente desenvolvido com base em uma re$er@ncia completa para a di+nidade pessoal da pessoa %umana que * inerente masculinidade e $eminilidade, e inseparavelmente com re$er@ncia di+nidade pessoal da nova vida que podem sur+ir a partir da união con;u+al entre %omem e mul%er. ! dom do respeito por aquilo que * criado por #eus se expressa ;ustamente nessa re$er@ncia. I. espeito o duplo si+ni$icado do ato con;u+al no casamento, nasce do respeito pelo dom da cria)ão de #eus, mani$estase como salvadora medo5 medo de quebrar ou de+radar o que * nela o sinal do mist*rio divino da cria)ão e reden)ão. A partir desse medo $ala com o autor da 4arta aos $*sios5 JSu;eitai um ao outro no temor de 4ristoJ '$ I, 31(. Se esse medo está associado imediatamente salvando o Jne+ativoJ da contin@ncia 'ou se;a, a resist@ncia em rela)ão concupisc@ncia da carne(, tamb*m * mostrado, e cada vez mais, como este submaduros como sensibilidade c%eio de rever@ncia para com os valores essenc iais da união con;u+al5 a Jdois si+ni$icados do ato con;u+alJ 'ou $alando na lin+ua+em da análise anterior, a verdade interior da lin+ua+em comum do corpo(. 4om base em uma re$er@ncia exaustiva a esses dois valores $undamentais, o que si+ni$ica a união do casal
* o tema se encaixa o que si+ni$ica a paternidade responsável. ! dom do respeito por aquilo que #eus tem certamente criou a Jcontradi)ão aparenteJ nesta área está desaparecido e que a di$iculdade vem do dese;o +radualmente ser superada +ra)as maturidade da virtude e o poder do dom do spírito Santo . P. Se este * o problema dos c%amados abstin@ncia periódica 'por exemplo, o uso de Jm*todos naturaisJ(, o dom do respeito pelo trabal%o de a;uda a #eus, por si só, para conciliar a di+nidade %umana com o ritmo Jnatural $ertilidade J, ou se;a, a dimensão bioló+ica da $eminilidade e da masculinidade dos c-n;u+es< dimensão que tamb*m tem seu próprio si+ni$icado da verdade da lin+ua+em comum do corpo na vida con;u+al. #esta $orma, de modo que não no sentido bíblico, mas sobretudo no Jor+2nicoJ re$erese Junião con;u+al no corpoJ encontra o seu camin%o atrav*s da vida %umana madura Jpelo spíritoJ . oda a prática %onesta da re+ula)ão da $ecundidade, tão intimamente li+ada paternidade responsável * parte da espiritualidade cristã do matrim-nio e da $amília, e apenas viver Jem espíritoJ * real e aut@ntico interior. Sauda)Fes a+ora quero apresentar as min%as cordiais sauda)Fes a todos os pere+rinos de lín+ua espan%ola. :articularmente, o +rupo de reli+iosos do Hospital Sa+rado 4ora)ão de esus em oma para participar de um curso de $orma)ão. :e)o ao Sen%or que $a)a cada vez mais +eneros a sua dedica)ão vida reli+ios a e servi)o $ecundo para seus irmãos. SaGdo tamb*m o +rupo de Administra)ão da 4ompan%ia A*re a da Tenezuela, da Am*rica atina e os ;ovens que participam de um seminário internacional sobre J4oopera)ão cristãJ. Qr para todos os pere+rinos aqui a partir de vários países da Am*rica atina e span%a, ;unto com as min%as ora)Fes, min%a a$etuosa b@n)ão apostólica.
Quarta-feira 21 de no!embro de 19; s dons do Esírito Santo na !ida dos c3n$u'es 1. 4ontra o pano de $undo a doutrina contida na encíclica Humanae vitae, tentamos desen%ar um esbo)o da espiritualidade con;u+al. 9a vida espiritual dos c-n;u+es a+em os dons do spírito Santo, e em particular a pietatis donum, isto *, o dom de respeitar o que * obra de #eus. 3. ste presente, ;unta mente com o amor e a castidade a;uda a identi$ic ar, no con;unto da vida con;u+al, o ato, que, pelo menos potencialmente, o si+ni$icado esponsal do corpo se une com o si+ni$icado de procria)ão. /etas incluem, entre os possíveis Jmani$esta)Fes de carin%oJ, si+ni$icando sin+ular, de $ato, excepcionais, de que o ato5 a sua di+nidade e a responsabilidade consequente +raves relacionados com ela. :ortanto, a antítese da espiritualidade con;u+al * constituída, em certo sentido, a $alta dessa compreensão sub;etiva, li+ada prática e a mentalidade contraceptiva. Al*m disso, este * um pre;uízo enorme do ponto de vista da cultura interna do %omem. A virtude da castidade con;u+al e, mais ainda, o dom de respeito que vem de #eus, $orma a espiritualidade dos c-n;u+es, a $im de prote+er a di+nidade deste ato particular desta Jmani$esta)ão de carin%oJ, onde a verdade a Jlin+ua+em corporalJ pode ser expresso apenas pela salva+uarda do potencial reprodutivo. A paternidade responsável, a avalia)ão espiritual, de acordo com a verdade do ato con;u+al na consci@ncia e vontade de ambos os c-n;u+es, que nessa mani$esta)ão Jde carin%oJ, depois de considerar as circunst2ncias internas e externas, em especial bioló+ica, expressando a sua vontade de amadurecer paternidade e da maternidade. >. espeito o trabal%o de #eus, certamente contribui para tornar o ato do casamento não * diminuída ou privadas de interioridade no con;unto da vida con;u+al, que não se torne JcustomJ e de expressálo plenamente adequada conteGdo pessoais e *ticos, mesmo conteGdo reli+ioso, ou se;a, a rever@ncia ma;estade do 4riador, o Gnico repositório e $inal da $onte da vida e do amor esponsal do edentor. udo isto cria e se expande, por assim dizer, o espa)o interior da liberdade do dom recíproco, o que revela plenamente o si+ni$icado esponsal de masculinidade e $eminilidade. ! obstáculo a essa liberdade vem a compulsão interior da luxGria, voltado para o eu JoutroJ como ob;eto de prazer. espeito por aquilo que #eus criou livres desta restri)ão, livre de tudo o que reduz o outro JeuJ ob;eto simples5 suporta a liberdade interior do dom. E. Qsso só pode ser conse+uido atrav*s de uma compreensão pro$unda da di+nidade pessoal de ambos o JeuJ $eminino e masculino, sobre a coexist@ncia mGtua. sta compreensão espiritual * o resultado $undamental do dom do spírito que leva a pessoa a respeitar o trabal%o de #eus. A partir deste entendimento e, portanto, indiretamente desse dom, que recebem o verdadeiro si+ni$icado da união de todas as mani$esta)Fes de a$eto J, que são as coisas do passado da união con;u+al. sta união se mani$esta atrav*s do ato con;u+al somente em determinadas circunst2ncias, mas pode e deve demonstrar continuamente a cada dia atrav* s de várias mani$e sta)Fes de a$eto J, que são determinados pela capacidade deJ emo)ão Jdesinteressada doJ eu J rela)ão $eminilidade e, inversamente, em rela)ão masculinidade. A atitude de respeito pela obra de #eus, o spírito Santo inspira na c-n;u+es, tem um si+ni$icado enorme para essas mani$esta)Fes de a$eto J, como ela vai em simult2neo com a capacidade de pro$unda satis$a)ão, a admira)ão dos desinteressados aten)ão para o JvisívelJ, enquant o a JbelezaJ invisív el Jda $eminilidade e da masculinidade e, $inalmente, um pro$undo a+radecimento pelo dom desinteressado doJ outro J. I. udo isso decide sobre a identidade espiritual do que * masculino ou $eminino, o que * JcorporalJ e ainda pessoal. sta identidade espiritual tornase consciente da Junião atrav*s do corpoJ com a prote)ão da liberdade interior do dom. At* as mani$esta)Fes Jde carin%oJ c-n;u+es a;udar uns aos outros a permanecer na união, e ao mesmo tempo, estas mani$esta)Fes Jem cada prote+er a pazJ das pro$undezas J, em certo sentido, a resson2ncia interna de castidade Cuiado pelo dom do respeito por aquilo que #eus criou. ste e universal deindoor. aten)ãoSó neste pessoaclima em sua masculinidade e $eminilidade, o climadom, idealuma parapro$unda a comun%ão pessoal de comun%ão da procria)ão casalcriando maduro adequadamente descrever como JresponsávelJ. P. A ncíclica JHumanae vitaeJ nos permite desen%ar um contorno de espiritualidade con;u+al. 7 a atmos$era %umana e sobrenatural que, dada a ordem Jbioló+icaJ e, por sua vez, com base na castidade sustentada pelo pietatis Jdonum %armonia se re$lete no casamento, no que diz respeito ao que a encíclica c%amada si+ni$ica Jdupla do ato con;u+alJ 'Humanae vitae, 13(. ssa %armonia si+ni$ica que os c-n;u+es
vivem ;untos na verdade interior da Jlin+ua+em corporalJ. A ncíclica Humanae vitae proclama esta conexão indivisível entre verdade Je do amor. Sauda)Fes a+ora quero apresentar as min%as cordiais sauda)Fes a todos os pere+rinos de lín+ua espan%ola. m particular, a Qrmãs Oranciscanas /issionárias da /ãe do #ivino :astor, que $ez um curso de espiritualidade para o 3I aniversário da pro$issão reli+iosa. 4onvidovos, queridos irmãos, para sempre manter a sua lealdade e +enerosa dedica)ão ao Sen%or e sua voca)ão missionária. SaGdo tamb*m o incentivo e na vida cristã sui componentes da pere+rina)ão de 4anet de /ar 'Barcelona(. odos os pere+rinos da span%a e vários países latinoamericanos, vá a min%a a$etuosa b@n)ão apostólica.
Quarta-feira 2; de no!embro de 19; & reden"#o do coro e da sacralidade do casamento 1. odos os catequese que come)ou %á mais de quatro anos e concluído %o;e, pode aparecer sob o título J! amor %umano no plano divinoJ ou, mais precisamente, J! res+ate do corpo e da sacralidade do casamentoJ. odos eles são divididos em duas partes. A primeira parte * dedicada análise das palavras de 4risto que se;am adequadas para abrir este item. stas palavras $oram amplamente discutidos na totalidade do texto do van+el%o, e, após vários anos de re$lexão, decidiuse destacar os tr@s textos que são estudados na primeira parte da catequese. !cupa o primeiro lu+ar no texto em que 4risto se re$ere ao Jcome)oJ em conversa com os $ariseus sobre a unidade e indissolubilidade do matrim-nio 'c$. /t 1=, N, /c 1?, P=(. #epois, %á as palavras de 4risto no Sermão da /ontan%a sobre a JluxGriaJ como Jadult*rio cometido no cora)ãoJ 'c$. /t I, 3N(. , $inalmente, v@m as palavras transmitidas por todos os van+el%os sinópticos em que 4risto se re$ere ressurrei)ão do corpo no Joutro mundoJ 'c$. /t 33, >?, /c 13, 3I, ucas 3?, >I(. A se+unda parte da catequese dedicada análise do sacramento da 4arta aos $*sios '$ 333>( que conduz ao princípio Jbíbli coJ da união expressa nestas palavras do ivro do C@nesis5 J... um %omem deixa seu pai e mãe e se unirá sua mul%er e os dois se tornam uma só carne J'Cen 3, 3E(. A catequese da primeira e se+unda partes repetidamente utilizado o termo Jteolo+ia do corpoJ. m certo sentido, esta * uma palavra Jtrabal%oJ. A introdu)ão do termo e do conceito da Jteolo+ia do corpo era necessária para apoiar o tema daJ reden)ão do corpo e da natureza sacramental do matrim-nio Jem uma base mais alar+ada. 4om e$eito, * necessário notar, uma vez que o termo Jteolo+ia do corpoJ vai al*m do conteGdo das re$lexFes que $oram $eitas. stas re$lexFes não abran+em muitos aspectos de seu ob;eto pertencente teolo+ia do corpo 'por exemplo, o problema do so$rimento e da morte, tal como cobrada na mensa+em bíblica.( #eve ser dito claramente. amb*m * necessário recon%ecer explicitamente, que as re$lexFes sobre o tema da Jreden)ão do corpo e da natureza sacramental do casamentoJ pode ser bem $eito a partir do momento que a luz da revela)ão realmente a$eta o corpo %umano 'ou se;a, sobre a base da Jteolo+ia do corpo(. sta *, aliás, con$irmad o nas palavras do ivro do C@nesis vir a ser os dois se tornam uma só carne J, palavras que são semanticamente ori+inal e na base do nosso assunto. 3. e$lexFes sobre o sacramento do matrim-nio $oram desenvolvidos tendo em conta as duas dimensFes essenciais deste sacramento 'como em todos os outros(, ou se;a, a dimensão da alian)a e de +ra)a, e do taman%o do sinal. Atrav*s destas duas dimensFes que nos propusemos continuamente nas re$lexFes sobre a teolo+ia do corpo, ;untamente com as palavrasc%ave de 4risto. :ara as re$lexFes que temos realizado tamb*m no $inal deste ciclo de catequese, estudo da encíclica Humanae vitae. A doutrina contida neste documento ensino contempor2neo da Q+re;a em rela)ão com a sacralidade do matrim-nio e tamb*m com todos os problemas da teolo+ia bíblica do corpo, concentrandose em Jpalavras c%aveJ de 4risto. m certo sentido, podemos dizer que todas as discussFes sobre o res+ate do corpo e da santidade do casamento J* um extenso comentário sobre a doutrina contida na mesma encíclica Humanae vitae. ste comentário parece bastante necessária. 9a verdade, ao responder a al+umas per+untas de %o;e, no campo da moral con;u+al e $amiliar, a encíclica tem sur+ido, enquanto outras questFes, como sabemos, a natureza, biom*dicas. /as tamb*m 'ou mel%or, especialmente( são questFes de natureza teoló+ica, pertencem ao campo da antropolo+ia e da teolo+ia que temos c%amado de Jteolo+ia do corpoJ. e$lexFes $oram $eitas para en$rentar as questFes suscitadas no 2mbito da encíclica Humanae vitae. A rea)ão produzida a encíclica rea$irma a import2ncia e a di$iculdade das per+untas. les tamb*m destacaram clari$ica)ão do :aulo TQ, que indicou a possibilidade de exposi)ão, a verdade cristã neste sector. ea$irmou tamb*m a xorta)ão Apostólica Oamiliaris consortio, $ruto do Sínodo dos Bispos, em 1=N?, J#e c%ristianae muneribus $amiliaeJ. ste documento cont*m um apelo em especial aos teólo+os, para desenvolver mais plenamente os aspectos bíblicos e personalista da doutrina contida na Humanae vitae. omando as questFes levantadas pelos meios encíclica $ormular e procurar respostas em con;unto. A doutrina contida na Oamiliaris 4onsortio c%amadas tanto para a $ormula)ão das questFes como a busca de uma resposta adequada, o $oco sobre os aspectos bíblicos e personalista. sta doutrina tamb*m indica a
dire)ão do desenvolvimento da teolo+ia do corpo, a dire)ão do desenvolvimento e, portanto, tamb*m a dire)ão de sua realiza)ão e apro$undamento pro+ressivo. >. A análise da Bíblia $ala do modo de raiz na revela)ão da doutrina proclamada pela Q+re;a contempor2nea. Qsso * importante para o desenvolvimento da teolo+ia. ! desenvolvimento, ou curso de teolo+ia, de $ato ocorre continuamente indo estudo revelou depósito. ! enraizamento da doutrina proclamada pela Q+re;a ao lon+o da tradi)ão e da revela)ão divina mesmo está sempre aberta para as questFes levantadas pelo %omem e mesmo dos mais coerentes com a ci@ncia moderna e da cultura %o;e. :arece que neste setor o desenvolvimento marcante da antropolo+ia $ilosó$ica 'especialmente da antropolo+ia que está na base da *tica( * muito próximo s questFes levantadas pela encíclica Humanae vitae sobre a teolo+ia e, especialmente, *tica teoló+ica. A análise dos aspectos pessoais da doutrina contida neste documento * um sentido existencial para determinar qual o pro+resso real, ou se;a, o desenvolvimento do %omem. 9a verdade, toda a civiliza)ão moderna, especialmente na civiliza)ão ocidental, %á uma tend@ncia, mas tamb*m bastante explícita, para medir essa evolu)ão com a escala de JcoisasJ, ou se;a, os bens materiais. A análise dos aspectos pessoais da doutrina da Q+re;a, contida na encíclica de :aulo TQ, revela um $orte apelo para medir o pro+resso do %omem com a dimensão da pessoa J, ou se;a, o que * um bem do %omem enquanto %omem, o que corresponde sua di+nidade essencial. ! exame dos aspectos pessoais leva convic)ão de que a encíclica apresenta um problema principal em termos de desenvolvimento aut@ntico do %omem, na verdade, em +eral, tal desenvolvimento * medido pela escala de *tica e não apenas a JarteJ. E. A catequese dedicada encíclica Humanae vitae são apenas uma $ra)ão, o $inal dos quais t@m lidado com a reden)ão do corpo e a sacramentalidade do matrim-nio. Se eu c%amar a aten)ão mais especi$ica mente na Gltima cateques e, $a)oo não só porque o assunto em si está vinculado mais estreitamente com os nossos contempor2neos, mas sobretudo porque nele as questFes que sur+em no sentido permear todos os nossos pensamentos. :ortanto, esta parte $inal não ten%a sido arti$icialmente adicionados ao con;unto, mas * or+2nico e uni$ormemente combinados. m certo sentido, o partido colocou por Gltimo no re+ime +eral, * de uma só vez no início deste con;unt o. Qsso * importante do ponto de vista da estrutura e m*todo. #a mesma $orma, o momento %istórico, parece ter o seu si+ni$icado, na verdade, esses catequese come)ou no tempo de prepara)ão para o Sínodo dos Bispos em 1=N? sobre o tema do casamento e da $amília 'J#e muneribus c%ristianae $amiliaeJ(, e concluído após publica)ão da xorta)ão Apostólica JOamiliaris 4onsortioJ, que * o trabal%o deste Sínodo. 7 sabido que o Sínodo de 1=N?, tamb*m se re$eriu ncíclica JHumanae vitaeJ e rea$irmou o seu ensino inte+ral. n$im, o destaque parece ser essencial em todas essas re$lexFes, pode ser especi$icado da se+uinte $orma5 para resolver as questFes levantadas pela ncíclica JHumanae vitaeJ, especialmente na teolo+ia, para $ormular tais per+untas e procurar responder, * necessário encontrar o contexto bíblicoteoló+ico que queremos dizer quando $alamos de Jreden)ão do corpo e da natureza sacramental do matrim-nioJ. 9este espa)o voc@ vai encontrar as respostas para as questFes perenes da consci@ncia de %omens e mul%eres, e tamb*m as per+untas di$íceis do nosso mundo contempor2neo no que diz respeito ao casamento e procria)ão. Sauda)Fes A+ora, saGdo cordialmente todos os povos e +rupos de lín+ua espan%ola aqui presentes. specialmente os pere+rinos da diocese de San Orancisco 'Ar+entina(, acompan%ado pelo bispo A+ostin%o Herrera. Zma palavra de Tivei encora;amento para voc@ Qrmãs da 4ompan%ia terceiro está+io. com ale+ria e +enerosidade a sua voca)ão.de erminais de Santa eresa durante o odos os pere+rinos da span%a, Ar+entina e outras na)Fes latinoamericanas será a min%a B@n)ão Apostólica.