BREVE RETRATO BIOGRÁFICO DA PRINCESA ISABEL para a causa de sua sua beat ifi ificcaç ação ão
HERM ES RODRIGU RIGUEES N ERY 2012
...a orientação segura para o melhor desenvolvimento de sua personalidad pers onalidad e, direcionando-a para a melhor realização como pessoa, foi sem dúvida, a influência influênc ia cris ristt ã, cuja cuja dout rina católica ela assimilou tão bem, e a viveu de um modo tão intenso e coerente, em todas as fases de sua vida... (pág. 5)
PART ARTEE I – Do nascim nascim ent o à abo lição d os escravos escravos
“ ‘O pensam pensam ento e a vida são são inseparáveis inseparáveis’’, do cont rário n ão se se é ‘possível compreender o que significa ‘católico’”. Com esta convicção, convicçã o, a prin ce cessa Isabel Isabel busc b uscou ou sem pre af irm ar a coerên coerên cia de vida.”” (p. 34) Nes vida. Nesta fo t o, a vemos com com seu fi lho Pedro d e Alcânt Alcântara: ara: educação educaç ão esmerada, esmerad a, a exemp lo d o que q ue recebera do s seus pais, pais, na infância...
” Rec ecebi ebi tudo. A Santa Santa Isabel Isabel é muit o bonita. M uito obr igada por t udo” 1
A Igreja Igreja celebra celebra em 29 de ju lho a m em ória de Santa Santa M arta, irm ã de Láz Lázaro, aro, que Jesus ress ressuscito uscito u em Betân ia. O Evangelho Evangelho aa m encion a tr ês vez vezes es.. É dela a afirm açã açãoo que exprime a fé solidíssima em Nosso Senhor, por ocasião da morte de Lázaro: “Se houvesse estado aqui, meu irmão não morreria!” 2 Foi à M arta qu em Jes esus us afirm afirm ou: “ Eu sou a Ress Ressur ur reição e a V ida” 3 . E a Jes Jesus us ela afirm afirm ou : “ Sei que t ud o o qu e pedires a Deus, Deus te concederá! ” 4 Um elo de pro fun da am iz izade ade e gratidão gratidão un iu a família família de Lázaro a Jesus. Mulher de temperamento forte, “Marta é toda dona de casa, ativa, solí olíci cita, ta, vigila vigilante, nte, cuidadosa, cuidadosa, tal qual a mu lher for te com o a encont ram os retratada no capítt ulo 31 d o Livro capí Livro d os Provér Provér bio s” 5 “ Uma m ulher virtuo virtuo sa, quem pode encontr encontr á-la? Superio r ao d as pérolas é o seu seu valor ” 6
Ao final do dia da festa de Santa Marta, do ano de 1846, no Paço Imperial da Quint Qu int a da Boa Vista, no Rio de Janeir Janeir o, ent ão capit al do País, País, nasceu D. Isa Isabel bel Crist Crist ina Leop old ina Augusta M icael icaelaa Gabr Gabr iela Rafaela Rafaela Gon Gon zag agaa de Bragança Bragança e Bour bo n, qu e dem onstrou nos três período período s em que ass assum iu a Regê Regência ncia do Paí Paíss, o quant o am ou o Brassil e d ireciono u sua ação em decis Bra decisões ões que express expressaram aram a sua sua convicção firm ís ísssim a na fé católica. E es esta ta fé a pr eparou e a orien to u p ara as assum ir a coerência de vid a, em fidelidade à fé que a sus sustent tent ou, e po r causa causa diss disso, perdeu o tr ono, vivendo a dor do m ais longo exílio exílio imp ingi ingido do a um a autorid ade política política bras brasileir ileira. a. Até m es esm m o no infort únio do ostrac ostracis ism m o, distant distant e da ter ra natal, ficou ficou evidente “ a devoção da princes princesaa pelo Bra Brassil e seu seu desejo desejo d e fazer fazer o bem ”. 7 1
Seus inim igos e det ratores, especialmen especialmen te os repu blica blicano no s de inspiração inspiração p ositivis ositivista ta e anticlerical foram implacáveis em lançar sombras sobre a sua vida, patrulhando-a ideo logica logicam m ent e, silenciando silenciando sob re suas recon recon hecidas virtu des pess pessoais e cívica cívicass, po is tem iam o seu seu reinado por justament e ela ela ter com provado ser ser um a governant governant e cris cristã. tã. Tem iam m ais ainda o seu seu reto rno, porq ue ela tinha a afeiçã afeiçãoo do povo, que a cham ou em vida de “A Redento Redento ra”. Quando lhe prop use useram ram recorrer às arm as para reto rnar ao Brassil, ela recusou, pois “con siderava o uso da força incom pat ív Bra ível el com o cristianismo ” 8 , do m es esm m o m odo como ag agiu iu em rela relaçã çãoo ao m oviment o abolicionis abolicionista, ta, evitando evitando a via da violência, para ob ter a liber tação do s es escra cravos. vos. “ Quand o a política deixará deixará de em pregar m eios que d im inuem a grandeza grandeza m oral do s po vos e das pess pessoas? oas? - Es Escreveu do exí exílio lio a João Alf redo Cor reia de Oliveira - É as asssim qu e t ud o se perde e q ue nó s no s perd em os. O senho r, porém , conhece m eus sent sent im ento s de cató cató lic licaa e b ras rasileir ileira”. a”. 9 Lembrando D. Pedro II, que falecera num hotel em Paris, em 1891, destacou : “Meu Pai, com seu prestígi pres tígio, o, teria provavelm provavelm ente recusado recusado a guerra civil civil com com o m eio de t orn ar a voltar à pátria.... lam pátria.. lam ento tu do q uanto poss possaa arm ar irm ãos contra irm ãos ãos......” 10 , pois ela ela “ant es de t ud o pen sava no s m ut ilados, nas viúvas e nos órfão s” 11 . Pod em os dizer dizer d a m enin a carioca, carioca, nascida nascida no Paço Paço de São São Cris Cristo to vão, que u m dia ascenderia as cenderia ao ao t rono bras brasilei ileiro ro p ara rege regerr com um cora coraçã çãoo cristão, cristão, o m es esm m o q ue Anto nio Vieira express expressara de Santa Santa Isabel Isabel d e Por Por t ugal, a qu em o n om e da n oss ossaa prin ces cesaa faz evocaçã evoca ção: o: “ Is Isabel abel não só só fo i filha de rei (.. (...).) m as que f ilha! qu e m ulher! que m ãe!” 1 2 Infância e edu caç ação ão p rivi rivilegia legiada da Com que zelo - para alguns até excessivo - D. Pedro II cuidou de suas filh as Is Isabel abel e Leop Leopold old ina, de modo mais especial àquela que ele quis dar estabilidade desde os primeiros anos, preparandoa com com m uita solici solicitu tu de para a missão missão que o des destino tino lhe reservav reservava, a, de um dia sucedê-l sucedê-loo n o governo de um a Nação Nação jovem jovem e pujante. O imp era erador dor t udo fez para evitar as t ur urbu bu lências sofrid as du rant rantee a infância tant o d o seu pai, D. D. Pedro Pedro I, quant o a sua próp ria, amb os tendo q ue ass assum ir o trono m uito jovem, em 2
meio a tantas ameaças que quase comprometeram a unidade nacional de um país continental. O nasci nascim m ento da princesa princesa Isabel Isabel “ foi recebido pelo Im perador com o coração coração em festa”. 13 . Dezes Dezesssete m es eses es antes, havia havia nascido nascido o p rim ogênit o, D. Afonso Pedro, Pedro, m as faleceu falec eu em 11 de junho de 1847. Um m ês depo is is,, em em 13 de julho, out ra men ina veio veio alegrarr o lar da fam ílília alegra ia imp erial, Leop Leop old ina Teres Teresa. a. E m ais ou t ro ir m ãoz ãozinho inho , em 1 9 de j juu l h o d e 1 8 4 8 , D. Ped r o A f o n so so,, q u e t a m b é m m o r r e u p r e co ce cem m e n t e , e m 9 d e j an e ir o de 1 850. D. Teresa Teresa Cris ristt ina e D. Pedro Pedro II ficaram ficaram ent ão com du as m eninas, destaca destacand nd ose Isabel desde pequena, não apenas por estar “investida na condição de herdeira presuntiva da coroa do Brasil” 14 , mas cham cham ando a atenção pela “t ernura m es escla clada da à bo nd ade sem lim ites e capaz dos m ais as asssinalados sacrifíc sacrifícios”. ios”. 15 . E também por “ um tem peram ento ardoro so e entu sia iassta” 16 , com com o o avô: “qu anto m ais ace acessa fosse fosse a peleja, m aior era o ânim o q ue sent sent ia para para nela pross prosseguir”, 17 com o revelou, m ais tarde, em tant os m om ento s de sua vida, es especia pecialm lm ente quand o abraçou a causa causa abolicionis abolicionista. ta.
Teve port anto o afeto dos pais, pais, num am biente que lhe favoreceu favoreceu a valorizaç valorização ão da fam ília lia,, do seu sentido unit ivo e im pres prescindí cindível vel na form aç ação ão da p es esssoa hu m ana. E alé além m disso, diss o, inesquecíveis as record record ações do Rio de Janeiro do s seus seus pr im eiros ano s de vid a, conform e ela m es esm m a cont cont a em seus es escritos critos Joi oies es et Triristesse stesse : “ Na m inha infância, infânci a, o parque era not ável principalmente principalmente pelas alamedas à som som bra das mangueiras, dos tamarindeiros e de outras árvores; pelas alamedas de bambuzais, cujas copas se uniam lá no alto, form ando um a verdadeira abóbada de catedral. E, E, ainda m enina, eu eu corria por elas 3
com m inha irm ã e m inhas amiguinhas... amiguinhas... No verão, nos nos m udávam os de São São Cris Cristóvão para Petrópolis. No arsenal da M arinha, emba rcávamos na galeota a vapor de m eu pai e pass passavam os uma hora n avegand o, por entr e ilhas verdejant es e pitor es escas cas,, até M auá, deixando at rás o Pão Pão de Açúcar Açúcar e a fort alez alezaa de Santa Santa Cruz, no alto do M orro, que guarda a ent rada do Rio. E diante de nós, erguiam erguiam - se as belas belas mon ta nhas denom inada s Serra d os Órgãos, cujos cum cum es lem bram tu bos de órgãos. Em Em M auá, to m ávam os o tr em e, duas hor as depois, es estáva táva m os em Petróp olis, a nossa nossa residência residência de verão, um a r es esidência idência deliciosa: deliciosa: jar dins florid os, canais canais que at raves ravessavam savam a cidade, bon itas casas, casas, colina s coberta s de bosques, bosques, mon ta nhas ao longe, algum as de gran ito, cujos flan cos o sol sol tin gia de rubr o ao enta rdecer rdecer... ...” ” 18
Hermes Vieira faz um retrato expressivo que indica aspectos marcantes da personalidade da p rincesa Is Isabel: “... a síntes síntesee predom inant e em D. Pedro Pedro I se caract caract eriz erizaa pela lat inidad e dos Bourbon s, calorosos calorosos,, decididos, deci didos, arrebata dos, enquan enquan to em D. Pedro Pedro II se se acrisolou acrisolou a au steridad e dos Habsburgos, refletidos, refletidos, mansos, discretos, de um certo modo graves, amigos da quietude e dos estudos. Por seu turno, a princessa herdou d o avô nítidos traços do seu prince seu tem peram ento, em que se condicionam condicionam a m aneira fort e de querer, a liberalid ade dos sentim sentim ento s e o gênio volunt arioso. Sua Sua im pet uosidade e a desenvoltu desenvoltu ra dos gesto gesto s corajosos e enérgicos, enérgicos, são são ain da at ribu to s que lhe vieram do avô, com do avô era a sua nat urez urezaa com unicat iva, alegre, expansiva, donde o seu gosto pelas festa festa s, pelas reuniões cheias cheias de vozes voz es e mo vim ento. Bem educada e instru ída, coisas coisas que falt aram ao avô, era correta nos seus seus m odos convenientes,, geridos por seu alto senso convenientes senso de m ora lidade. Destem Destem ida, tin ha ela a coragem e mesmo o desass des assom om bro d e colocar, colocar, sem sem subt erfú gios, o que apr azia aos seus se sent nt im ento s acim a dos preconceitos da época. Daí ter, certa certa f eita, religiosa que era, chegado a ajud ar suas criadas na lavagem de um a igreja, vass vassour a em pun ho, sem sem se lhe dar com com a es estrtr anheza que isto isto causara em m uita s pes pesssoas, inclusive nos meios políticos. Franca e leal consigo mesma, jamais faltara aos seus compromisso m ora is e sociais. sociais. Cara cterizava-a, distin distin ta m ente, a firm ez ezaa de convicção convicção e a indom abilid ade que sem sem pre pusera à prova , quando se decidia por alg um a coisa coisa e de que são são exem exem plos frisantes a preferência dada ao m édico fran cês que a a ssis istiu tiu nos seus seus parto s e a sua sanção sanção à lei qu e aboliu a es escravidão cravidão n o país. (...) Cremos até que se não fosse a diferença de sexo, a neta seguiria, pela impulsividade hereditár ia, a mesma carreira heróica do avô. Not e-s e-see bem: a carreira heróica, de bat alhado r decidido e audaza. Não a boêmia, cheia de lances quixotescos, que renteava, de quando em quando, pelos abismo s donde a sort e tan ta s e ta nta s vez vezes es o fo i buscar, buscar, pondo -lhe a salvo a existência existência inq uieta e 4
brilhant e. E se m aior não é a par ec ecença ença entre am bos é porque o s cuidados cuidados educacionais educacionais e as influências influências mesológicas, hauridos no dealbar de suas existências , lhes foram diametralmente opostas. O avô t ivera um a m eninice descuidada descuidada , fizera-se fizera-se hom em , por assim assim dize dizer,r, às própria s cus custa ta s de sua sua inclinação, sem nenhum freio pot ente que o d om inas inassse e orientass orientasse como conv convinha inha a um prínc príncipe”. ipe”. 19
O freio potente e a orientação segura para o melhor desenvolvimento de sua personalidade, direcion ando -a para a m elho r realizaçã realizaçãoo com o pessoa, pessoa, foi sem sem dú vida, a influência cris cristã, tã, cuja dou tr ina cató cató lic licaa ela as assim ilou t ão bem , e a viveu viveu de u m m odo tão intenso e coerent e, em to das as fas fases es de sua vida, cuja cuja m oral “ ins instiga tiga o gênio, aperfeiçoa o gos gosto to , germ germ ina e desenvolve as paix paixões ões hon es estas tas e vigor vigor iz izaa o p ensamen to ”. 20 . Vários Vários fatores con con correram para iss isso, e ela sou sou be cor res respo po nde r, de im ediato, a do çura com qu e Deus a ac acarinh arinh ou , desde desde o b erço, “com suas janelas art iculadas qu e dão para florestas flores tas,, pom are aress e jardins perpet uam ente em flor ”. 21 Foi batizada batizada em em 15 de no vemb ro de 1846, pelo p rópr io bispo do Rio de Janeiro, Janeiro, “com ág água ua provenient e do Rio Jordão, Jordão, na Palestina”. 2 2 Todo este cuidado foi para assegurar uma formação nada superficial, e que a princesaa paut as princes assse a sua condut a com o m ulher e governante, no s princípios princípios e valores valores cristãos. Conduta esta que não fosse apenas de fachada, mas que comprovasse em atit ud es as ex excels celsas as virt ud es de um a alma no bre, a frent e de um paí paíss de raiz e ident idade pro fun dam ent e cató cató lic lica. a. “A religião religião lhe penet rara o espírito espírito e lhe abr ira as as po rt as am plas de um m undo de m edita editaçõe çõess utilí utilísssimas imas,, notadamente p ara a vida vida de um a m ulher de sua condição, do seu p ort e, do seu gênio im pulsi pulsivo, vo, de sua volunt arios ariosidade” idade” 23 . A sua 5
educação foi exitosa pois não visou apen as t or ná-la um a m ulhe r culta e zelosa zelosa do s seus deveres, mas porque motivou-a a uma regra de vida que a aproximou, em alguns aspectos, a um de seus antepassados mais notáveis, cujo sangue real lhe corria nas veias. “São Luís também será proclamado santo por causa de suas virtudes e de sua vida cristã, cristã, em part icular sua sua vida conju ga gal”. l”. 2 4 Pross rossegue egue Her m es Vieira a respeit respeit o da p rincesa Is Isabel: “De caráter firme e impoluto, animada que sempre fora de um sentimento de dignidade incorrup t íve ível,l, jam ais abandon aria ela os hábit os e os ex exem em plos da infância e da m ocidade, fruídos no sadio e austero ambiente paterno, de tanta respeitabilidade e tão em harmonia com o seu feitio religioso, religios o, aprim orador de sua sua m oral. De tal sorte lhe foi at uante e benéfic benéficaa a educ educação ação recebida recebida que, ao for m ar o seu lar, lar, tim brara em pross prosseguir eguir nos mesm mesm os pass passos palmilhados na infância, trat ando a todos que se se lhe aproximavam com doçura e afabilidade. Não t inha, com com o a Imperat riz tam bém nã o tinha, nem protegidas nem validas. Diz Heitor Lyra: ‘Se cultivavam um círculo restrito de amigas, como as tem aliás todo o mundo, de uma forma meramente pessoal e privada, não lhes faziam, m es esm m o a esta esta s, outr as conce concesssões que não fossem fossem a de um pur o sentim sentim ento de am iz izade ade fra nca e desinter des inter es esssada, de pa rt e a part e, que se se reflet ia apena s no círculo círculo caseiro caseiro do Palácio, sem sem nenh um alcance lá f ora , na política ou na a dm inistração, m es esm m o nas dependências do Paço’ Paço’.. Foi Foi virt uosa por índole e convic convicção. ção. E com o o avô, possuía possuía um a qualid ade adm irável: não gu arda va rancor de pessoa pessoa algum a. Foram Foram am bos, m edularmente nobres”. nobres”. 25
Infância e educação Infância educação pr ivile ivilegia giada da em m uito ajudaram a princesa princesa Isabel Isabel a m oldar seu caráter com a fortaleza necessária para firmar uma personalidade resoluta, com percepção per cepção da realidade, capaz de pru p ru dên cia e ou sa sadia, dia, confo rm e as exigência exigênciass e desafios da vida pessoal pessoal e púb lica lica.. D. D. Pedro Pedro II sabia que “ o ú ltim o p ríncipe culto d a fam ílília ia fora D. José, irm ão de D. João, João, e por caus causaa dele se se for m ara provavelm ent e a suspeita suspeita de q ue um prínci príncipe pe instr instr uído m ais depress depressaa pod e sucum sucum bir ao contágio das idéia idéiass do t em po, à irreligião, irr eligião, à ‘fran ces cesia’”. ia’”. 26 . O fato é qu e “ educaç educação ão sis sistem atiz atizada, ada, obedecendo a p lanos de antem ão preparados preparados,, no objetivo de faz fazer er um rei rei,, nem o avô nem o pai tiveram tiveram de m odo inteiram ente adequado, daí o apreço de D. Pedro Pedro II à educaç educação ão das filhas, filhas, tend o escolhido es colhido para precep to ra a Con Con dess dessaa de Barral, decisiva decisiva para cultivar n o espírito das m eninas, es especial pecialm m ent e o de Isabel, Isabel, Deus “com o a causa universal” universal” 27 , pois “ um a balança balança 6
religiosa e política sustenta o equilíbrio” 2 8 das nações, vigorando-as no que tem de melhor, na medida em que legislação e vida estão de acordo com princípios que realm real m ente hum aniz anizam am a socie sociedade, dade, desbarbariz desbarbarizando-a ando-a e d ot ando-a de um a sensi sensibilidade bilidade expressa em instituições e arte que promovam o bem. Pela força do cristianismo o m und o d eix eixou, ou, po r exemp lo, de ter gl gladia adiadores, dores, m as o Brasil Brasil do século XIX XIX ainda tinh a escravos, e deixaria de tê-los pelo influxo da fé cristã, favorecido pela formação da princesa Isabel. “À medida em que foi tomando contato com a realidade foi, pro gres gresssivam ent e, abr abr indo o seu seu coração para m elho r agas agasalhar alhar os desa desafor for t un ados”.29 D. Luiza M arg argarida arida Por Por t ugal de Barro Barro s, m arqu es esaa de M on ferrat e cond es esssa de Barral e Pedra Branca, “chegou mesmo a exercer certa influência em nossa política devido a seus méritos intelectuais e seu brasileirismo sadio, muito contribuiu para o desenvolvimento cultural da princesa Isabel”. 30 M ulher culta e elegante, elegante, de grandes grandes atr ibut os pess pessoais oais,, sou sou be im prim ir na prin ces cesaa Is Isabel “ um a visão visão alegre da vida” 31 gosto apurado e a defen der suas convicções convicções,, com ho nestidade int electu al. “ Foi abolicionista, antes de quase todo mundo (...) Era inteligência e espírito, além de extremamente feminina.” 3 2 A condessa de Barral desempenhou papel relevante na infância e ado les lescência cência da pr inces incesa, a, escevendo escevendo sob re ela, destacou destac ou “ a sua sua inalterável bon dade e angélica candura”.33 Nela, D. D. Pedro Pedro II encontro u “ um a diretriz espiritu espiritu al perfeita” 34 , para cond conduzir uzir a filha a um a estat estat ura m oral capaz de torná-la uma governante que entendesse a alma do po vo b ras rasileiro ileiro e agiss agisse em seu b enefício. “N ão há exagero exagero em asseverar que a condessa poliu, por assim dizer, os s e n t i m e n t o s d a p r i n c e s a ” .35 O s c o n t e ú d o s d a f é im pregnar pregnaram am -s -see nela tão fo rtem ente e com um a consis consistência tência tão sólida sólida que u ltrapa ltrapasssou as expectativas do p ai, qu e acom acom panhava com com satis atisfaçã façãoo o m od o com o ela correspo correspo ndia ao que lhe era oferecido como valor de vida. D. Amélia, sua avó paterna, destacou aconselhand aconsel hand o: “ Um a das prim eiras cois coisas as qu e se deve ensinar às criança criançass é o catecism catecism o; a memória se exercita desde cedo sem inconvenientes e existem Compêndios de Dout rina bastant bastant e resum resum idos e adaptados à prim eira infância infância”.”.36 Tod o este esforço fo i recom pensa pensado do posteriorm ente, po is que ela alca alcançou nçou êxito na vida pessoal pessoal e glória na vida pública, pública, m es esm m o n a dor d a injustiça injustiça que sofreu da for m a com o fo i banida do Paí País, e 7
do muito que sofreu no exílio. “Apagada a sua estrela política, depois de vencida a to rm ent a da abolição - escreveu escreveu Assis Assis Chat eaubr iand - ela não t inh a a express expressão ão du ra, um a palavr palavraa am am arg argaa para julg julgar ar um fato ou um hom em do Brasil. Brasil. No m ais secreto do seu coração, coração, só só lhe encont ráv rávam am os a indulgência indulgência e a bon dade, e este este espírito espírito de cond ut a, esse desprendimento das paixões em que se viu envolvida, era a maior prova de fidelid ade, no exílio, exílio, à pát ria distant distant e. M ais de t rint a anos de separação separação forçada não m acularam a alvura dessa dessa t radiçã radiçãoo d e t olerância, de anistia aos agravos agravos do pas passsado, que ela herdara do tro nco paterno”. 37 A seiva católica, católica, entr anhada n o ser d e D. Isabel, Isabel, desde criança, encontrou nela terreno tão propício, e desenvolveu um amor tão verdadeiro para com com o ideário cristão. “ Hoje esto esto u às volt as com Saint Am bro is isee e Saint Saint Augustin” 38 , escrevia escrevia ao s 14 ano s. “O quanto lhe agradeci no meu interior por me ter ensinado, me ter dado mestres” 39 , escreveu escreveu a pr inces incesaa Isabel Isabel a seu pai, anos m ais tard e. “ Foi ele o m ais severo e o m ais atent o p rofess rofessor or das Princesa Princesass”.40 E foi correspon correspon dido pela filha, no afã de não desgostar os pais do investimento privilegiado que recebeu. “Papai se puder faça o favor de vir um bocadinho antes das 7 para eu repetir o meu grego”.4 1 Tudo era acom ac om panhado de m uito pert o, dia-adia-a-dia, dia, as as atividades atividades desenvolvidas desenvolvidas.. “A astro astro nom ia ficava para as no it es es estt relad reladas as”.”.42 Isabel, por ser a herdeira presuntiva da coroa, coro a, est est ava sob m aior vigilância. “ Estava a educação educação d as pr inces incesas as m uit o acim a da média da ministrada às moças do seu tempo. 43 E o pró prio pai decidiu decidiu “d ar um a educação de homem à sua filha mais velha” 44 , em em um progra program m a de mu ito rigor rigor.. “A menina chegava a ter quase quinze horas diárias de estudos divididos entre grego, latim, alemão, italiano, francês, Aula de Equitação inglês, literatura, filosofia, mitologia, histór ia universa un iversal,l, histó histó ria de Por ortt ugal, do Brasil, Brasil, da França, França, da Inglaterra, histór ia ant iga igass, medieval, moderna, eclesiástica, retórica, álgebra, geometria, cosmografia, física, química, economia política, geografia, geologia, mineralogia, astronomia, botânica, zoo oologia, logia, desenho, pint ura, piano e catecismo . As disc disciplinas iplinas eram organiz organizadas adas em fu função nção 8
de uma escala prescrita pelo Imperador de acordo com o dia da semana.” 4 5 O que im pres presssiona os ob servadores próxim os é com o ela correspondeu, correspondeu, com zelo precoce não apenas as obrigações estudantis, mas especialmente como foi assimilando o conteúd o, conscie consciente nte de q ue era p reci recisso en tend er a realidade realidade d o Paí País em que vivia vivia,, certa de que um dia teria de acert acert ar em suas decis decisões, ões, com o governant e, daí a necesssidade de o cuparneces cupar-sse m ais do que os out ros, a um es estu tu do concentrado d as m ais variadas varia das questõ questõ es do conh eci ecim m ento hum ano. E reconhecia as as dificuldades dificuldades e o q uanto era preciso preciso se es esforçar forçar para obt er no tas satisfa atisfató tó rias rias.. “Até “Até agora não t enh o t ido p on to na sagesse’ sagesse’ queixavaqu eixava-se se ao pai. ‘Sages ‘Sagesse se A B porqu por qu e fu i teim t eim osa. osa.”” 46 Os de deveres veres e exigências do cot idiano visav visavam am m ais do q ue o acúm ulo de conh eci ecim m ento, m as es esssencia encialm lm ent e a prática de virtud es es.. “ E não se pende qu e por ser D. Is Isabel filha do Im perador e h erdeira do t ron o lh e passas passasssem os m es estrtr es a m ão n a cabeça. cabeça. Nada disso. disso. (...) (...) Os Os professores professores eram igualm ent e fiscaliz fiscalizados ados pela aia”.47 E das im pr press essões ões da Con Con dess dessaa de Barral sob re a pr inces incesaa Isabel, Isabel, em carta à Im perat riz D. Terez Terezaa Cristina, Cristina, destaca que a “ sua in alterável bon dade e angéli angélica ca ca candu ndu ra ca cada da vez m ais a met em dent ro do m eu coraçã coração”. o”.48
D. Pedro II: zeloso pela educação das filhas
Em suas liç lições ões de calig caligrafia rafia e ditado s, em itia desde cedo op iniões mu ito pró prias, do s tem as qu quee os pro fes fesssores lhe apresent apresent ava avam m : “A eletricidade ainda serve à ilum inação. Enfim , é um dos m eios m ais út eis que Deus pôs a nosso nosso alcance alcance para o em prega pregarm rm os convenientemente”. 4 9 E ainda: “o vapor presta-nos os maiores serviços. Anima as m áquinas e faz em pou cos m inut os o que a força hum ana levaria levaria meses meses. A indústria deve-lhe relevantes serviços. serviços. Pelos cam cam inho s de ferro e pelo s barcos barcos a vapo vapo r o s produ to s de um país são muito mais brevemente exportados do que se nos servíssemos dos 9
antigos meios de t rans ranspor por te. E quant o n ão devem os agradec agradecer er ao Ente Ente Suprem o este este m ara aravil vilhoso hoso dom ”.50 Com o explica explica Daibert Daibert Jr.: “O Im perador parec parecia ia querer t rans ransm m itir à f ilha seu seu am or e respeito devotado às ciências, e ainda convencê-la da importância das mesmas no m undo em que vivi viviam”. am”.51 M as “d iferent e do pai, D. D. Isabel Isabel encarava os invento s e as tecn ologias com o ben çãos divinas ofecerid as aos ho m ens. Enq uant o o Im perado r, em cartrt a citada ca citada anter iorm ente , recom recom endava à filha honrar o s que se se aplicam aplicam às ciê ciência nciass nat urais, valoriz valorizando ando suas descober descober tas, a Princesa Princesa atr ibu ía res respo po nsabilidade, ho nra e valor va lor a Deus, Deus, por t er perm itido aos hom ens tal conhecimento conhecimento ”.52 As personagens histór ica icass de sua preferên cia express expressava avam m a sua sua “ perspect iva cristocênt cristocênt ica”53 de governo governo . As anotações de seus cadernos escolares evidenciam de modo explícito que “no pensam ent o d e D. Is Isabel, abel, a virt ude d a caridade caridade ganhava lugar de destaqu destaqu e ent re aquelas que conferiam reput aç ação ão e im ort ali alidade dade aos personagens personagens his histó tó ricos que serve de m odelo aos Príncipes Príncipes.. (... (...)) Valoriz Valorizava ava um m od elo de govern ante qu e, em sua épo ca ca,, encont rava rava-se, em geral geral,, bastant bastant e of usc uscado ado p elos preceitos ilust ilust rados. No conjun to de seus escrito escrito s, encontram -s -see um a série série de referências referências a personagens personagens próxim os ao m odelo de rei cristt ianís cris ianísssim o, cuja virt ud e pr incipal era o exercício exercício da caridade. A sabedo sabedo ria, quand o m encionada, era intep intep retada com com o benção divina”.54 O seu professor de latim e literatura, Visconde de Sapucaí percebeu logo cedo com o a princesa princesa Is Isabel foi im im prim indo u m pensa pensam m ento pes pesssoal sobre sobre o s com entários qu e fazia fazia dos textos de redação que lh e era solicitado solicitado int erp ret ar ar.. Ao expor sua opin ião sobre o papel do governante (a partir de tema proposto por Sapucaí) ela escreve: “Alexandre passou, César passou e, finalmente, Napoleão passou. E assim, todos passsaram , os m aiores ho m ens com pas com o os m ais peq uen os. Por isso, isso, devem os ocupar-nos na vida de fazerm fazerm os boas ações ações,, a fim de qu e se se o no sso corp o p as asssa, a nossa nossa m em ór ia não pass passa”. a”.55 Fic icaa evidente n os com com entários da princesa princesa “ a im por tância atribuída, pela herdeira do trono, aos valores cristãos na ação dos governantes e na sociedade governada po r eles” eles” 56 , m arca es esta q ue irá caracter caracter iz izar ar a ident idade, a vocação vocação e a m is isssão da princesa, princesa, ao ao lon go de t oda a sua vida, e cuja coerência coerência com o p ens ensam am ento cris cristão tão irá lhe custar custar m uito s dis disssabores abores,, m as tam bém a gratifica gratificaçã çãoo de um sentido de vida que a nor teo u em to das as as suas suas ações ações com o p es esssoa. “ Sapucai certam certam ente percebia que sua aluna era port adora de valores que a distinguia distinguia do pai. Percebia Percebia tam bém que o s ideais ideais cristãos cris tãos da m enina não eram expre expresssos com c om o m era form al alidade, idade, nem convi convivia viam m 10
harm onicamen te com os ideai ideaiss ilus ilustrados, trados, conform e o figurino herdado de Coim Coim bra ou Olinda. Oli nda. Ao cont cont rário, ga ganhavam nhavam suprem ac acia ia enqu anto fu ndam ento e m odo de percepção percepção da sociedade sociedade e d a política”.57 No ditado em por tu guês guês,, do caderno da Princes Princesaa D. Is Isabel, abel, nº 12, ela ex exort ort a com com o os hom ens devem es estam tam par a sua sua vida na histó histó ria: com o “ um a alm alm a pura, patriot a e caridosa” 58 , e excla exclam m a: “ Com o é b elo passar-s passar-see à posterid ade com a repu tação de São São Luiz, de Felipe Camarão!” Vidas exemplares marcadas por “pureza, patriotismo e caridade”. 59 Tais val valores ores não foram m encionados com com o um ex exercí ercício cio m eram ente ret órico, m as almejados por sua vida vida inteira, m es esm m o depo is de ter p erdido o t ron o, por justam justam ente ser fiel a t ais val valores ores.. Destaca Destaca tam bém sua adm iraç iração ão po r Hen rique Dia Diass “u m dos grandes grandes heróis do Brasil. Brasil. Era Era preto e sua valentia valentia não era m enor do que a dos prim eiros generais generais do seu te m po . Acho Acho u-se m uit as vez vezes es com Felipe Cam Cam arão e defend eu o Brasil Brasil cont ra a invasão invas ão h oland es esa. a. Ass Assis istt iu à segund a bat alha do s Guararapes, Guararapes, ficando ficando ferido . El-rei El-rei de Port uga ugall quis recom recom pensá pensá-lo -lo e deu-lhe um hábito de Cris Cristo to ”.60 De m odo m uito es especia peciall estava estava São Lu ís em suas devoções. devoções. Para Para ela, “ Luís é um dess desses es cristãos para quem a Paixão de Jesus é um aconteci ac ontecim m ento sem sem pre contempo râ râneo neo e q ue deve fazer parte da ação no presente, e não som ente n o qu al se se busque um pas passsado santo”. santo”. 61
Vida de intensa espiritualidade, leigo cristão, pai de família, rei cruzado e legislador, eis um m odelo que em polga a princes princesa Isabel, Isabel, desde de sde crian cr iança. ça. “ São Luís de Fran ça, o Rei Rei Luís IX (1214-1270), participou de duas cruzadas ao Oriente, era responsável por inúmeras fundações religiosas, conventos e hospitais. Destacou-se por sua devoção cristã e práticas caridosas destinad as aos doe nt es es,, pob res, cegos e indigentes. indigentes. Sua Sua condu ta, segundo segundo rela relato to s da época, era era orientada po r um a profu nda adm iraçã iraçãoo p ela Igreja Igreja e por seus m inis inistt ros. Apesar Apesar da distância crono lógica qu e separa separa o rei medieval do índio setecentista (Felipe Camarão), ambos destacaram-se na luta cont ra os inf infiéis iéis,, favore favorecendo cendo a expansão expansão cristã cató católica lica,, ass associados ociados a um pr projet ojet o político. p olítico. 11
Com o alm as pu ras ras,, patrio tas e carido carido sas as,, m ereciam res respeit peit o e adm iraç iração ão da Princesa. Princesa. D. Is Isabel abel parecia as asssociar o patr iot is ism m o ao recon hecim ent o cristão cristão ”.62 Ainda no m es esm m o caderno d e ditado em por t uguês, es escreveu creveu a Princes Princesa: a: “A caridade caridade é um a grande grande virtu de. Deus Deus nos diz no pr im eiro m andam ento : ‘Am ‘Am ai a Deus Deus sobre t udo e ao p róximo com o a t i m es esm m o’ o’.. Quanto s exe exem m plos de caridade caridade n os deu Jes Jesus us Cris Cristo to em sua vida. Deixai Deixai os m enin os vir a m im , diss disse ele um dia qu ando os discí discípu pu los desped desped iam umas crianças (...) como não considerar esta virtude uma das primeiras? Ela deve sobretudo existir nos soberanos para serem considerados como pais de seus súditos. São Luís, Luís, rei de d e França, Sant Sant a Isabel Isabel d e Por Por t ugal e Sant Sant o Este Estevão vão d a Hun gria são excelent es exem ex em plos desta desta virt ude”.6 3 Numa das cartas para a mãe, em 1859, a Princesa relata: “Ontem, comecei o trabalho p ara o M onsenhor Narci Narcisso. É um véu para um cá cálic lice. e. Em Em out ra carta carta contava: ‘O M onsenhor Narci Narcisso veio às 8 horas m enos algum algum a coisa. coisa. Alm Alm oçamo s e fom os à m is isssa às 9 ho ras ras.. Às 10 h oras partim os. Fez Fez-m -m e grande im press pressão ão os po bres cegos cegos (do (do Ins Instit tit ut o do s cegos)”. cegos)”.64 Para a princesa princesa Isabel, Isabel, com o apr eend eu d e um a das lições de Rod Rod rigues Basst os, a caridade Ba caridade cristã cristã “ não se con con fu nd e com filant rop ia. ia.”” 65 A caridade caridade vista sem sem pre como um ato muito pessoal, como referência a parábola do bom samaritano. Cada pessoa pess oa é cham ada a se se do ar ar,, a ter com paixã paixão, o, a ser ser o blat ivo. Sob o p ulso fort e da Con Con dess dessaa de Barral, foi p oss ossível ível um a educação educação “ para que a for m açã açãoo es espirit pirit ual d a pr inces incesaa cor res respo po nd es essse às suas respo respo nsabilidades sociais sociais”.”.66 E m uito ce cedo do des despert pert ou-lhe t am bém o apreço pela poesia, poesia, de sã influência. Nas pou ca cass ho ras de lazer lazer,, havia tem po para as m enin as recitarem vers versos os com com o estes, estes, do Vis Viscond cond e de Pedra Branca, pai da Cond ess essaa de Barral: “ Poe na virt virt ude Filha querida, De tua vida Todo o p rim or. Não d ês á sorte, Que tanto ilude, Sem a virtu de Algum valor” 67
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M ais do q ue a educaçã educaçãoo qu e recebeu, recebeu, eram at itud es cotidianas que im pacta pactavam vam o coraçãoo da pr inces coraçã incesa, a, qu e aprend eu cedo a discernir discernir os acon acon tecim ent os do dia-a-dia, dia-a-dia, os conflitos hum anos, e o m uito que se tinha de fazer fazer pelo bem do Brasil. Brasil. “ O carinho carinho com que os seus seus pais pais tratavam tratavam os necess necessitados que lhes batiam à por ta constantem ente, os repet idos exemp exemp los que d eles teve infu ndiram -lhe um a imp res resssão tão grande, aguçar aguçaram am lhe a clem clem ência com com t am anha força, qu e a levaram, ainda na ado ado les lescência, cência, a sent sent ir-s ir-see atraída pelos que sofriam a injunções da pobreza mais acentuada”. 68 Ness Nessee sent ido, conta Lourenço Luiz Lacombe: “Interessava-se também d. Isabel, junto ao pai, pelos pro blem as de seus pro fes fesssores: ‘O Valderato Valderato p rop ôs que, com o seu filhinh o está está sem pre doent e, e que ele, ass assim não p odem vir a Petró Petró polis com com es espírito pírito soss sosseg egado, ado, e que o s m édicos diz dizem em que lhe fará bem m udar de ares, ares, ele ele pede que os 26 m il réis réis que lhe dão to das as as sem sem anas para sua sua cond ução (m ultiplica ultiplicados dos por 4 fazem fazem 104$) lhe paguem com isto, is to, po r m ês ês,, um a cas casinha para ele com com sua fam ília durante o tem po de n oss ossaa estada estada em Petró polis polis’”. ’”.6 9 Sentido de fam ílília ia com com o fo rç rçaa unit iva A m ã e d a p r i n c e sa s a I sa sa b e l , a imperatriz D. Tereza Cristina “enfrentou sem queixas a dor e o p erigo” 70 do parto. “Dedicou a ser uma esposa diligente e obediente”.7 1 Viveu com o senso senso do dever o sentido transcendental do matrimônio, cuja entrega feita com solicitude lhe dava paciência nas exigências cotidianas, mas levezaa de consci levez consciência ência e alegria int erior. “A imperatriz vivia para a família e se sentia realizada fazendo felizes o marido e as filhas”. 72 D. Pedro II dava também uma especial atenção ao que ele considerava im p or t ant e: a co esão fam ilia r. “ No anivers aniversári árioo de D. D. Is Isabel abel,, em 1852, el elee cons constru tru iu um jarr d im esp ja espec ecia iall par p araa as fif i lh lhas as no n o t e r r e n o d e São Cri Crist stoo vã vãoo , com co m b an anco coss de d e ped p edra ra d ec ecoo ra radd o s com po porcelanas rcelanas e conchas”.73 Havia entre ent re eles, cont ínuas expr express essões ões de idílios: 13
“ M amãe, eu eu m ando este este am or-perfe or-perfeito ito repenicado. repenicado. A M ana e Eu m andamo s m uitas saudades, 28 de dez dezem em bro de 1 854... Isabel Isabel Cris Cristt ina”.74 Tocante a sensibilidade sensibilidade d a Princesa Princesa,, desde desde m enin a a reconhecer “ a beleza beleza com com o a expressão express ão visível visível do bem ”.7 5 Da m ãe lhe veio “ o gosto d a m úsic úsica, a, as as árias cantadas ao ao piano”.76 Além da extensa carga de estudos, havia “lições de bordados e flores (...) ‘M amãe não se es esqueça de m andar am am anhã as as flores da M m e. Dimer Dimer par paraa eu ter t em po de as faz fazer er para ficarem p ron tas do m ingo’ ingo’.. (.. (...).) Acabam os um ram o de f lores para servir servir am anhã na Igreja’”. Igreja’”.7 7 Rela elaçã çãoo d e inten so afeto com a m ãe, externada externada em ca cartrt as quas quasee que diárias, expressando mimos inesquecíveis: “mamãe nunca se esquece es quece de m im , no m eio das suas suas ocupações ocupações”.”.78 Ou ainda: ainda: “ Tenho n a m inha cabeceir cabeceiraa o seu seu retrato, a quem beijo continu adamen te (carta (carta de 13-3-57)”. 79 E m ais ais:: “ Recebi a sua sua carta, que m uito praz prazer er m e deu, de saber saber que m amãe está está boa de t odo da tosse; tosse; e vou vou d orm ir com com ela deb aix aixoo d o t raves ravessseiro”. 8 0 Destas rem inicências de infân cia Destas cia,, em 1857, destaca: destaca: “ Hoje, qu ando acordei, rezei rezei um Padre-Nos adre-Nossso e u m a Ave-M Ave-M aria pela pela intenção da M am ãe. O dia está está lindo, parece que Deus tam bém quis fes festejar tejar os anos da M am ãe”.81 Guilherme Auler conta que “ na quaresma de 1858, houve oportunidade para confidenciar: ‘Hoje fiz uma verdadeira penit ência ência;; com com o não m e deram senão peixe de lata, que n ão gosto gosto nada, não com i senão arroz de m anteig anteigaa e batatas. batatas. ‘Es ‘Esta t arde o t em po n os deu um a estiada estiada e fom os adorar o Sant Sant íssim o. Agora es está tá choven do m iudin ho (carta de 2-4-58)”.82 E prossegue: “ Da Sem Sem ana Santa Santa d es essse ano, é o seu ped ido : ‘M eus caros caros Pais Pais.. M il perd ões lhes peço de lhes ter ofend ido t antas vez vezes es.. Hoje a m inha confiss confissão duro u um a hora”.83 E aind a: “ Depois do jantar, fom os levar levar un s ram ram os e um prato de d oces ao Sr Sr. Bis Bispo, po, po rque ele faz ho je 77 ano s”.84 Em 29 de janeiro de 1860: “ De m anhã, às às 9 e m eia eia,, fom os ver ver na Igreja,, a sagraç Igreja sagração ão d e um a No ssa Senh Senh ora d as Dores, Dores, que a Tot Tot on ha d eu para a Igreja, e ou vim os lá lá missa”. missa”.85 Foi o sentido de família que lhe deu uma infância feliz, protegida, variada de descobert des cobert as as,, beleza beleza e afeto. “ O dia de ho je foi m uito bon ito (...) (...) Eu Eu lhe m ando es estes tes 14
m arro ns-g ns-glac lacês ês para M am ãe, po sto qu e Papai Papai não gosta gosta de castan castan has”.86 A 20 de abril de 1859 escreve escreveu: u: “ M uito obr ig igada ada por t udo que m e m andou . A ca caix ixaa e os doces doces,, e as as pulseiras, a caneta e a pena, e os brincos, tudo está muito bonito.” 87 E m ais ais:: “ Eu d ei para minh a prim a aquela cruz cruz com com um cora coraçã çãoo de b ichinhos, e para ele ele um beijabeija-flor flor em palhado (...) (...) Acabo Acabo de t om ar sor sor vete; desejava desejava que papai est est ives ivessse aqui para tom ar conosco!” 8 8 Dos present present es qu quee a m ãe lhe enviou, aos 13 anos, a Princesa respondeu: “gostei muito dos santinhos e lhe agradeço muito as outras c o is isa s q u e m e m a n d o u ” .8 9 Dias depois, agradece outra remessa de presentes: “os cocos, bichos e doces já Santa Isabel Isabel da Hun gria: prot eto etora ra dos chegaram. A imagem de lares, foi inspiração d a Princesa Princesa Isabel Isabel Nossa Senhora chegou perfeita”. 90 E ainda, cerca cerca de um m ês depo is is:: “ Recebi tu do. A Santa Santa Izabel Izabel é m uit o b on ita. M uito obriga obriga da por t udo”.91 A fé católi católica ca imp reg regnou nou em sua alm alm a jovem jovem , com com um tal enraiz enraizament ament o com o a semente lançada em terreno muito receptivo. Os seus sentimentos, pensamentos e visão de mundo solidificaram-se de modo inteiramente cristão. “O incentivo vinha certamente da mãe” 92 , de fé madura, “marcado por uma tradição napolitana (...) de apoio irrestr irrestr ito ao papa”.93 A pr inces incesaa Isabel, Isabel, ass assim com o São Luís Luís, sent sent iam -s -see m em bro s “d e um corpo, a Cris Cristand tand ade, que tinh a duas cabeç cabeças as,, o papa e o im perador ”.94 O poder espiritu es piritu al dando diret riz ao po der t em poral, sus sustent tent ando-o com seus princípios princípios e val val ores, tend o em vis vista ta “ as riqu ez ezas as de salvaçã salvação” o” 95 , e não apen as prosperidade m aterial aterial,, pois seus escritos de infância e adolescência, comprovam a sua convicção de que “a histó his tó ria não p ode ser regulada longe longe de Deus por estr estr ut uras sim ples plesm m ente m ateriai ateriaiss” 96 , pois “ se o coraçã coraçãoo do hom em não for bo m , então então nada pode t ornarornar-sse bom ”.97 Co Com m isso, teve “uma visão alegre da vida” 98 , da alegria que vinha do espírito das bemavent av ent uranças uranças,, experim experim entand o desde cedo, cedo, de m odo privileg privilegia iado, do, o quant o foi qu erida e am ada pelos pais pais. Viveu ass assim a express expressão ão concret a de um Deus exigente, exigente, com o for a 15
com Abraão, Jac Jacóó e M oisés oisés.. Um a alegria sadia, sadia, purificadora e s ant ifica ificador dor a, m anifes anifestada tada de form a a encantar a tanto s a sua sua volta, com c om quem irradia um a esperança es perança de vida, m es esm m o em m eio às dores e som som bras inevitáveis i nevitáveis.. “ Diante de u m a socieda s ociedade de cada vez ve z m ais s ecula ecularr , m arc arcada ada por in úm eros pro blem as s ociais e disput as po lílítt ico-part idárias, D. Is Isabel abel im aginava qu e um a sociedade melhor seria alcançada por m eio d a re-adoção re-a doção d e valores cris cristãos tãos c a t ó l i c o s ” . 9 9 Ta i s v a l o r e s l h e d e r a m segurança efetiva em meio à secularização crescente, com forças anticristãs que emergiam do IlIlum um inis inism m o e ganhava g anhavam m força depois da Revolução Francesa. Tronos eram derrubados por esta força hostil à Igreja, Ig reja, principalm princi palm ente na Euro E uro pa, m as “as escolhas e apostas da Princesa” 1 0 0 f i ze z e r am a m - n a ad a d o t a r u m a “ p o l ítí t i c a d o coração” 1 0 1 , afirm ada na convicçã convic çãoo d e que somente os valores cristãos lhe dariam “os suportes que julgava suficientemente estáveis”. 1 0 2 O cas casam ament ent o com Ga Gasst ão de Orl éans, o Con Conde de d’E d ’Euu Convicç onvicção ão esta esta m ais ac acent ent uada que a d o pai, e que Dom Pedro II cont cont ribu iu tam bém de m od o de cis cisivo ivo para o casam casam ent o da Princesa, Princesa, já aos 18 ano s. “ O m arido d e D. Is Isabel abel obviam ente precis precisav avaa ser ser u m prínci príncipe pe católico”.1 03 Bem sucedido na missão de educar as filhas, especialmente a que poderia lhe suceder no t rono , o Im Im perador preocup ou-se cuidados cuidadosam am ente e com pru dência, para acert ac ert ar na escolha escolha do genro, pois “o prob lem a do ca cassam ento da pr ince incessa Isabel Isabel apresentava-se sério e delicado e não podia ficar condicionado aos azares de um encont ro event ual. ual.”” 10 4 16
A prim eira sond sond ag agem em foi feita qu ando a princesa princesa tinh a 9 anos. “ Nada é m ais difíc difícilil que ca cassar um a jovem princes princesa, a, diziadizia-m m e ou tr o d ia a rainha rainha Vitó ria - escreve escreveuu o prínci príncipe pe Joinville a Dom Pedro II - Que responsabilidade! Ainda mais quando essa Princesa é herdeira herdei ra de um trono ”.1 05 Todas as propostas em análise reconheciam ao monarca brasileiro, brasil eiro, “ a excelent excel ent e ed ucaçã ucaçãoo qu e d es estes tes a vo s s as filhas. filhas. Tud Tud o is isss o m erece consideração!” 10 6 E a cada cada no va situ situ açã açãoo em es estt ud o, ouvia-se: ouvia-se: “ para qu e Isabel Isabel ache um m arido digno dela e cheio d as capaci capacidades dades necess necessárias para seu seu m arido, sendo ela t ão educada educa da e t ão distint distint a”.10 7 Nessaa delicada qu es Ness estão, tão, n ão se dava pr im az azia ia ao d es esejo ejo pess pessoal, oal, m as aos aos int eres ereses es da fam ílília ia - e nesse nesse caso caso aind a, aos do Paí aíss. As filhas depo sitaram to da a con fiança na escolha feita pelo pai, que não deixou de levar em conta também a preferência das pr incesas incesas.. Daibert Jr. sint sint et iz izaa com com o as coisas acont eceram : “Apó s mu itas idas e vind as as,, envio d e fot ografias ografias,, indicações de p erf is e recusas po r parte de alguns pretendent es es,, chegou-s chegou-see a um a prop os osta. ta. Acordou-se a vinda vinda p ara o Brassil do s pr íncipes Lou is Phillipe M arie Ferdin Bra Ferdin and Gasto Gasto n d ’Orleans ’Orleans,, o con de d ’E ’Eu, u, e de Lud w ig August August M aria Eud Eud o vo n Sachs Sachsen-C en-Cob ob urg-un d-Got ha, o Duq ue d e Sax Saxe. e. Os rapaz rapazes es eram primos e chegaram ao Rio de Janeiro em 2 de setembro de 1864. Segundo a narrat iva biográfica da pr óp ria Princesa Princesa D. Is Isabel, a int int enção inicial era prom over sua união com o Príncipe Augusto e a de sua irmã com Gaston. A troca de casais só se efet uo u apó s a chegada chegada dos pret end ent es es,, e a explica explicação ção para o fato fo i ass assim es esbo bo ça çada da pela Princes Princesa: a: ‘Deus e no ssos corações corações decidira decidiram m diferentem ente, e a 15 de o ut ubro de 1864 t inha eu a felicidade felicidade de d es esposar posar o cond e d’Eu’”. d’Eu’”.1 08 Uma felicida felicidade de que p erdurou p or t oda a vida, vida, testem tes tem unh ada por t odo s os que conviveram conviveram com eles,, de tal mo do se am eles am ara aram m e se se entend eram , tal a convergência convergência de ideais e d is isposiç posição ão d e enf rent ar j juu n t o s o s p r o b l e m a s e d e saf i o s, t al a al alee gr i a d e partilharr um amo r que deu certo, e m uito se deveu partilha deveu à bondade, à inteligência e à fé solidíssima da princesaa Is princes Isabel. abel. Am bo s se ajudaram ajudaram m ut uam ente, se com pletaram , em t odo s os sentido sentido s, no cam cam po afet ivo, pessoal, pessoal, das idéias, do s pr proj ojet et os, da visão visão política, na educação dos filhos, etc. Depois da 17
“frieza dos contratos diplomáticos”,10 9 “floriu um breve romance” 11 0 sustentado pela fidelidade e inten sidade de um a relação relação que causou causou adm iraç iração ão a mu ito s. Eles Eles realm ent e se am ara aram m ! “ Sob as graç graças as de um m atrim ônio verdadeiram ente vent uroso, pois fiz fizera era a amb os perm anentem ente felizes felizes,, desde desde o prim eiro encontro até a inconsola inconsolada da separaç eparação ão pela mo rt e, todo um m und o no vo foi revelado revelado à pr ince incessa Is Isabel para para o pleno encantamento de sua vida”.1 11 E mais uma vez Dom Pedro II acertara, garantindo a estabilidade matrimonial tão necessária, o que aumentou ainda mais a afeição e a gratidão gra tidão d a filha para com o pai. O zelo zelo para com com a educaçã educaçãoo e do m es esm m o m odo na escolha de seu marido, ficou uma marca indelével em seu coração, e que assegurou posteriorm ente a qu e ela fiz fizes essse o m es esm m o com os filhos e os netos. M ais tarde, em sua prim pr im eira visita visita a Lon Londres, dres, em 1865, d ava no t íc ícias ias ao pai: “ Com eça eçava va a gostar gostar da d a Inglater Inglater ra. Aliás,, afirm a, rom ânt ica: ‘Bas Aliás ‘Basta ta q ue Gasto Gasto n goste dela para eu t am bém gos gostar tar ’. E grata ao pai por pod er apreciar apreciar t udo aquilo qu e via, es escreve creve,, num a excl exclam am aç ação ão de louvo r: ‘Oh! Quanto lhe agra ag radeci deci no m eu interior de m e ter ensina ensinado do e de m e ter d ado m es estres tres de m odo que agora com com preendo a m aior parte das cois coisas as que vejo, ainda ainda qu e ignore ignore muito” 11 2 O jovem cond e d’Eu d’Eu chegara ao ao Brasil Brasil m arca arcado do pela do loro sa exper exper iência do exílio. exílio. Dele, Daibert Jr. nos dá o seguint e per fil: “Aos vint e e do is ano ano s, o príncipe francês, neto de Luís Felipe, Felipe, saíra saíra de seu país aos aos seis anos de idade e aind a não h avia ret or nado . Exilado Exilado na Inglaterra d es esde de a revolu ção de 1848, que destronou seu avô, aprendera a amar a França por meio das poucas recordações que guardara. (...) Refugiado na Inglaterra (...) vivendo no Palácio de Claremo nt, acostu acostu m ara ara-s -see a observar na sala sala de jantar jantar um retrato pintado da fam ília real britânica, sempre a vigiá-lo, lembrando-lhe sua condição de estrangeiro, vivendo de favores em um palá paláci cioo em pres prestado, tado, em um paí paíss que n ão era seu. seu. Em Em vivo contraste contraste com as es esparsa parsass vis visitas à luxuo luxuo sa cort e da rainh a Vitó ria, sua sua fam ília enfren tava um a grande gra nde cris crisee financeira, seguida seguida de inú m eros endividam ento s. As dificuldades no contato com as diferenças em um país estrangeiro eram muitas. Em diversos aspectos, a experiência vivida pelos Orléans na Inglaterra era tortuosa e difícil. (...) Impedido de pisarr em solo francês, Ga pisa Gassto n d e Orléans havia sido educado n a Inglater Inglater ra, onde pas passsou a infância e a adolescência. (...) A travessia do Atlântico trazia ao Brasil um príncipe m arc arcado ado por experiênc experiências ias de inúm eros cont cont atos com com m und os diferent diferent es do seu. O seu seu verdadeiro m und o, sua sua verdadeira pátr ia, era um a ausência ausência perm eada de lam lam ento s, de
D. Isabel Isabel e Con Con de d ’E ’Eu, u, D. Leop Leop ol din a e Duq ue d e Saxe, Saxe, com D. Pedro Pedro II e D. Thereza Thereza Crist Crist ina esquecimentos e de lembranças de uma família banida de sua terra e de seu trono. Despojados de seus bens materiais e simbólicos, os Orleáns tiveram que tentar reconquistá-los reconquistálos,, em um a Europ Europ a pós 1848, sus sustent tent ados por p arentes na intrincada rede de relações dinást dinást ica icass e fam iliares nas quais estavam estavam enred ados. Para Para Gas Gasto n, d epo is de ser ban ido d a França, França, edu edu ca cado do na Inglaterra, seguido seguido carreira m ilitar na Es Espanh a e
lutado no Marrocos, casar-se no Brasil poderia ser uma proposta interessante a um rapaz de 22 anos que procurava afirmar sua condição e sua identidade em mundos distantes do seu”.1 13 A pr inces incesaa Isabel Isabel se recorda em suas cart cart as o dia seguint seguint e a chegada de Ga Gassto n ao Rio de Janeiro, “do noss nossoo p rim eiro jantar e da conversa conversa na sala sala de m am ãe” 1 14 E ressalt ressalt a: “ Foi ness nesse dia que com ecei a te am am ar ternam ente e m uito ”.1 15 E depois depois:: “ M eu querido, hoje faz um ano que eu chorei de alegria alegria quando papai me cont ou qu e tu m e preferias”. preferias”.11 6 E m ais ais:: “ Hoje faz um ano q ue, nesta nesta m es esm m a hora, eu t ive a felic felicidade idade de receber o seu pedido de casamento”. 1 1 7 No dia das núpcias, “ela não pensou unicamente em si. Escreveu ao pai, solicitand o-lhe qu e, em h om enagem ao seu seu casam casam ent o, libert as assse dez escrav es cravos os palacianos, palacianos, oito do s quais t inh am sido criados pess pessoais dela. Os Os out ros do is eram era m um a m ãe e um a espos esposa” a”..1 18 Lac acom om be ainda conta conta qu e no dia do m atrimô nio, a princesaa Is princes Isabel reali realizzou o ut ro sonho, “ tam bém de am or, m as de am or pelos hum ildes e catt ivos, com eça ca eçava va aí, aí, exatam exatam ent e nesse nesse dia. É a pró pr ia D. Is Isabel, abel, que em carta d irigida ao Imperador confessa: ‘papai. Para o dia do meu casamento peço a papai que faça Joaninha retreta. Ela tem me servido muito bem (...) Peço-lhe também a carta de liberd ade a estes estes escrav escravos: os: M art a (negrinh a do qu art o). Ana Sou Sou za (m ãe); Francis Francisco co Cordeiro (preto do quart o), M aria d’Áustr Á ustr ia (m (m ulher), M inervina (lava (lavadeira) deira),, Florinda Florinda e M aria d’Aleluia A leluia (engom adeir adeira) a);; José José Luís Luís (preto que to cou t odo o t em po de n oss ossaa dança e que to ca ainda ainda no s dias de divert im ento ); Antonio Sant ’Ana (preto q ue serviu algum algum tem te m po )’ - E nu m P.S .S.. esclarec esclarecedo edo r: ‘Não ‘N ão sei se se papai q uer qu e a lavadeira lavadeira e a engom adeira fiquem servindo até eu p artir p ara a Euro Euro pa, mas enfim se papai quiser quiser, pode lhes dar a carta (de alforr ia) no d ia 15 para essa essa épo ca’. É a prim eira referência, nesse nesse sentid o, qu e se encon t ra na correspon dên cia da Princesa”. Princesa”.11 9 Dois dias dias depois da celebração, celebração, M acha achado do de Assis Assis des destacou tacou nu m a crônica no Diário do Rio de d e Jan Janeiro eiro : “ Um a das cois coisas as qu e fez m ais efeito nesta solenid solenid ade foi a ext ext rem a simplicidade com que trajava a noiva imperial”. 1 2 0 E acrescentou: “É impossível desconhecer des conhecer ao delicado delicado pensa pensam m ento que a este fato p res residiu, idiu, na idade e na cond iç ição ão de Sua Sua Alt ez eza: a: as suas graças nat ur urais ais,, as virt ud es do coração e o am or deste p aís aís,, são são o seu m elho r d iadem a e as suas suas jóias m ais cara carass”.1 21 Sete dias apó apó s o casam casam ent o, o con de d ’E ’Euu escrevia escrevia a sua sua irm ã: “ ’J ’Jun un to te envio’, disse ele, ‘uma carta de Isabel. Estou certo de que tu a amarás muito quando a
conheceres e t erás gra grande nde praz prazer er em sua com panhia. Porqu Porqu e ela é realment e bo a e do ce, e eu sou feliz com com ela”.1 22 A felicidade felicidade conjugal da princesa princesa Isabel Isabel e o conde d’E d’Euu fo i um ex exem em plo daquele continuum que favorece um a relaçã relaçãoo de conf ianç iançaa e cres crescente cente m aturidade, em to dos o s a sp sp e c t o s, s , e sp s p e c ia i a lm l m e n t e e sp sp i r i t u a l . Fo Fo i “ u m m a t r i m ô n i o v e r d ad a d e i r am am e n t e venturoso” 12 3 , por t er sido sido sus ustent tent ado até o fim , pela fé fé cristã. cristã. “A religiosidade religiosidade d a espo espo sa não fo i para ele mo tivo de estranhament estranhament o. Ao contrário (...) o catolicismo de D. Isabel trazia-lhe à m em ória lem lem branç branças as de sua sua m ãe, m ort a em 1857, quand o ele era um adoles adolescente. cente. Dela, o Príncipe Príncipe guardava guardava sem sem pre a im ag agem em de sua atitude de prostração, encostando a face no solo sempre que avistava a hóstia elevada. Nesse Nesse sent ido ido,, a fé de D. Isabel Isabel n ão lhe causava perturbação. Assim como sua mãe, ela sustentava uma devoção séria e reverente qu e, em certo sentido , traziatrazia-lhe lhe confort o quando com para parada da às expres expresssões religiosas religi osas encont radas em ou t ros países países”.”.12 4 A fé da princesa princesa era reconhecidam ent e um a convicç convicção ão sólid sólid a, não apenas int elec electt ual, m as daquela fé viva a m over os santo santo s. Is Issso a fez melho r ent ender a cultu ra e a histó histó ria de seu seu país, país, a com com preend er o quant o a fé católica católica m oldara a identidade e a vocação do Brasil, e a perspect perspect iva de um dia vir a govern governar ar a levava se se dedicar com com m ais afinco ao que ela sem sem pre considerou com o um sent entido ido de m is isssão, conj conjuga ugarr fé e política, legislação e vida, mesmo diante das forças ideológicas anticristãs que em ergiam e atacavam atacavam ca cada da vez mais m ais os pr princípios incípios e valores cristãos. cristãos. Entend eu tamb ém m uito cedo o qu e os es estu tu diosos fut uram ente iriam reconhecer com o um a das principai principaiss características da brasilidade: “o catolicismo foi o cimento da unidade nacional”.12 5 Dela pode-se dizer que a “sua espiritualidade é posta em prática com um zelo infinitam ente m ais sólido que o entu sias iasm m o rom ântico”.12 6 Se t inha o gos gosto to apurado e elegância, era de uma “ternura mesclada à bondade sem limites e capaz dos mais assinalados sacrifícios”.12 7 Era prát ica e realista, realista, daq uele realismo cris cristão, tão, cuja “ religiã religiãoo
lhe penetrara o espírito e lhe abrira as portas amplas de um mundo de meditações ut ilí ilísssim as as,, not adament e para a vida de um a m ulher d e sua sua condição, condição, do seu port e, do seu gênio im pu ls lsivo, ivo, de sua volun tar iosidade”.1 28 E t ais caracter ís ístt icas se apuraram no convíívio com conv com o conde d’Eu, d’Eu, ambo s com um profund o am or à Igreja Igreja.. M es esm m o depois de cassada, e até ca até a velhice, a princes princesa Isabel Isabel m anteve o “cará “caráter ter firm e e im polut o, anim ada que semp re fora de um sent im ento d e dignidade dignidade incorrup tível tível,, jam jam ais abandon aria ela os hábito s e os ex exem em plos da infância infância e da m ocidade, fruido s no sadio e austero austero am bient e paterno , de tanta respeitabilidade respeitabilidade e tão em harm onia com o seu feitio religios religioso, o, aprimorador de sua moral”. 1 2 9 Amor este transmitido aos filhos e aos netos, como descreveu sua neta, a condessa de Paris: “Quanto ao amor que unia meus avós, eu sempre me perguntei de que espécie era ele (...) Sempre vi meus avós juntos, mas nun ca os ouvi falar ou dis discutir cutir ent re si”. si”.13 0 E tam bém as am iz izades ades que cultivou ao longo da vida, espelhou espelhou a com preensã preensãoo deste continuum , ilum inado pelo m is istério tério cris cristão, tão, cuja fé fé sus sustent tent a tu do, e que dá sabor sabor à vida, sent ido com o direção a nos elevar elevar m oralm ente, para que saibamo saibamo s viver com com alegria ale gria as as prom is isssões da fé, pois “o elem ento fun dam ental do cris cristianis tianism m o é a alegria alegria (...).) que coexiste com um a existên (.. existên cia difícil difícil e q ue t or na p oss ossível ível que essa essa existên existên cia seja seja vivida” 13 1 , pois “q uem real realm m ente vive a fé com paci paciência ência e se se deixa form ar por ela é pur ific ificado ado p or m uito s revez revezes es e fraquezas fraquezas, e t orn a-s a-see bo m ”.1 32 A princesa pr incesa Is Isabel abel buscou b uscou confirm ar a confiança, a fidelidade, a franqu ez ezaa e to do s os atribu to s exc excels elsos os da am iz izade ade qu e ela tant o pr ez ezou ou , na relação relação com os pais, pais, depo is com o esposo, os filhos e os net os, e t am bém nos relacionam relacionam ento s oficiai oficiaiss no exercí exercício cio de sua função pú blic blica, a, ainda ainda m ais com os pob res e desfavorecido desfavorecido s da sociedade, sociedade, e com to do s ao seu redor. Uma foto da princesa Isabel numa das expo sições ho rt íc ícolas olas realizadas realizadas no Palácio de Cristal, Cristal, em Petr óp olis olis,, apresent apresent a-a junto com duas queridas am am ig igas as da infância e que foram por toda a vida, as Baronesas de M uritiba e de Loreto. Loreto. Lac acom om be conta conta que uma delas, “Amanda Paranaguá - a doce Am andinha, que seria m ais tarde Ba Baronesa ronesa de Loret Loret o” 13 3 , em 1862, enq uant o br incava no s jardins da cas casa, a, pro tagon iz izou ou o seguint e episódio: “ao menear pequenino alvião com que remexia a terra, sem ver que atrás
ficara Am andin ha, filh a do Con selheiro João Lustosa da Cun Cun ha Paranaguá, Paranaguá, feriu-a Isabel Isabel num dos olhos”. olhos”.13 4 Um ac acidente idente int eira eiram m ente não int encional e que em vez de queixas e rancores, rancores, aproxim aproxim ou ainda m ais as duas m eninas eninas,, num a am iz izade ade que cre cressceu com o tempo, até o final de vida, de ambas. Lacombe conta que “baldaram-se os esforços para lhe salvarem a vista. Amandinha (proibindo que lhe falassem disso) seria a mais afagada, afag ada, ter na e con stant e de suas am ig igas as’”. ’”.1 35 No cum prim ento s dos deveres cotidianos, nos es estt udo s e viag viagens ens que fizeram fizeram junt os, partilhando os desafios das decisões políticas, no desejado sonho de terem filhos (o prim eiro nasceu nasceu som ente onze anos depois do ca cassam ento ), no cuidado das criança criançass, acom ac om panhando depo is os estu estu dos e atividades da vida adulta, na saúde saúde e na d oença, na dor e na alegria, o casal d’Eu foi modelo de esposos, no melhor sentido unitivo da fam ília. M es esm m o no exí exílio, lio, pouco an tes de m or rer, a felicidade felicidade de recém -c -cas asada ada express expressaa em seus es escritos era era testem testem unh ada pelos net os. Em ca carta rta d e 8 de no vem bro de 1864 ela es escrev creveu eu ao pai: “Acho-m e com efeito m uito feli felizz, Gas Gasto to n é sem sem pre m uito bom e carinho ca rinho so para com com ig igo, o, eu tam bém tenh o feito m uito para ag agradar radar-lhe -lhe e creio creio que não tenh o desem desem penh ado m uito m al m inha tarefa, tarefa, ac acho-m ho-m e pois m uito feli felizz......” 13 6 A Guerra d o Paraguai Paraguai
Pou co depo is das alegria alegriass do casam casam ent o de Isabel Isabel e Gas Gastão (em 15 de o ut ub ro d e 1864), o Bra Brassil se viu envolvido na guer ra do Parag araguai uai (1864-1870), quand o Solano Lop ez violou a sob sob erania brasileira. brasileira. Reto rn ando da prim eira viagem viagem ao exter ior, a princesa e o cond e d’Eu d’Eu encon t raram o Paí Paíss m ob iliz ilizado ado com os volunt ários da Pátr Pátr ia, no pesa pesaroso roso conflito. Os acontecimentos tão inesperados, certamente angustiou a princesa, que
sofr eu pela apreensão apreensão de perd er o m arido no ca cam m po de batalha, recém recém -c -cas asada ada e sem sem filhos, ainda mais sendo a herdeira do trono e com os rumores de que Lopes am bicionas bicionassse tam bém des desposar posar um a das das filhas do Im perador brasilei brasileiro ro “ Não que lhe faltasse patriotismo” 13 7 , afirma Roderick J. Barman, mas D. Pedro II sabia que suas decisões, naquele complexo processo, não eram apenas de chefe de governo, mas tam bém de pai. Talve Talvezz po r iss isso n ão ten ha atend ido logo o s insi insissten tes pedido s do Conde d’Euu em ir para a frent e de batalha (pela d’E (pela sua sua condição condição só só po deria ir com com o com andanteem-chefe, o que também poderia criar sérios embaraços com os líderes militares brasileiros e provocar ainda uma crise política interna). Foi um período de grandes ten sões, pro vações “e t or m ent osas preo cupações cupações”” 13 8 , em que o Imperador teve de agir agir com p rud ência e sabedoria sabedoria no com plic plicado ado tabuleiro político político e m ilitar ilitar,, em m eio à um a guerra que era precis precisoo vencer e por fim o qu anto ant es es.. “O am or p ela pátr ia é um a bela qualidade - escreveu escreveu Isabel Isabel a Gas Gastão - e eu m e envergonharia de não o ter, es especial pecialm m ente pela m inha pátria pátria que sem sem pre nos tratou tratou bem ”.13 9 E qu ando a hora soo soo u inevit ável ável,, com com Cax axias ias enferm o e im poss possibilitado ibilitado d e cont inuar no com ando, e sendo n ece ecesssário ir em bu sca de Lopes nas selvas selvas paraguaias paraguaias,, para det ê-lo d efinit ivam ent e, D. Pedro Pedro II fez a convocaçã convoca çãoo de q ue t anto d es esejav ejavaa o conde d’Eu, com a m is isssão de po r ter m o à guerra, que já havia havia vitim ado a t antos. Chega Chegada da a ho ra, é certo certo que a p rinces rincesaa sofreu sofreu m uito, e expres ex presssou esta esta tão t oca ocante nte d ec ecla laraç ração ão de am or: “ ire ireii até até o fim do m undo com o m eu G a s t o n ” 140 e r e s i g n o u - s e , c o m o a f é requ eria, até até q ue chegou ao Brasil Brasil a not íc ícia ia da vitória, e a glória confirm ada do conde d’Eu à frente da difícil missão de capturar Solan o Lopes. E m ais si signif gnif icativo aind a foi o gesto de Gastão de Orléans, com o fim definit ivo da guerra, em libert ar os es escra cravos vos paraguaios parag uaios,, em em 2 de out ubro de 1869. Barm Ba rm an conta que “ D. Pedro II tom ou as ações ações do Parag Paraguai uai com com o um a afronta à nação e à sua sua pr óp ria, abuso que só a vitó ria to t al seria seria capaz capaz de com pen sar ar.. Em Em 10 de j juu l h o d e 1 8 6 5 e m b ar co u p a r a o Rio Gr Gran an d e d o Su l , l e v a n d o co n sisigo go o ge genn r o A u gu st . Deixou Deix ou u m a carta carta em que instava instava o conde d’Eu d’Eu a ir se se encontrar com ele na frente de bat alha as assim qu e chegas chegasse. Es Essa ordem , pois não era m eno s qu e um a orde m , Gas Gastão tão a cum cum priu celerem celerem ente. ente.”” 1 41 Is Isabel abel e Leopo Leopo ldina ficaram ficaram com a m ãe, na expectativa expectativa de
notícias e em oração. Cada carta recebida, é uma alegria inenarrável: “À minha bemam ada Isabel Isabel na ocasião ocasião da m inh a part ida para a província do Rio Rio Grande d o Sul” Sul” 14 2 escreveu es creveu Gastão Gastão no en velope en derere ça çado do à esposa, esposa, em 1º de agosto agosto de 1865 , com com sublim es recom endações endações:: “ Sê gentil, tem deferência pela pela tu a m ãe. Na minh a ausência ausência,, é a tu a prim eira obrigaç obrigação. ão. É a tu a obr ig igaç ação ão com Deus Deus,, cont cont ig igoo m es esm m a, com com ig igo, o, com com a hu m anid ade. Tod Tod as as no itites es e na m iss issa, a, reza pelo Bras Brasil, por m im e por t eu pai”.14 3 Ao que ela lhe respon respon deu: “ Eu t enho rezado rezado m uito a No sso Senh or, to do s ess esses dias, dias, po r t i, po r papai e pelo Bras Brasil”. il”.1 44 E acrescentou, cheia de sauda saudades des:: “ Tu és tão tão bo m , tão bom , me amas tanto, todo dia eu o reconheço com m ais e m ais gratidão”. 14 5 Certamente ela temeu perder o marido que t anto am av ava, a, e teve de recolher-s recolher-se em oração, no silêncio paciente, na ent rega do s seus afaz afazeres eres diário s, na obed o bed iên iência. cia. O fato é que “doeu a separação. (...) O instinto dizia quee a campanh qu cam panh a do Paraguai Paraguai havia de exigir exigir m aior sacrifício sacrifício seu. A princes pr incesaa devia resignar-se. resignar-se. (.. (...).) A Im Im perat riz e as du duas as filh as sent iram se m ais neces necesssárias árias,, m ais res respo po nsá nsáveis veis perant e o país país,, pelo exem plo de estoicism estoicism o q ue lhe pediam as outras esposas, todas...” 14 6 E es este te exemp lo a pr inces incesaa sou sou be d ar ar,, quando quan do veio a convocação de Gastão, Gastão, especialm especialm ent e no seu d es esenlace enlace final. “ D. Is Isabel abel se se sujeitou sujeitou às deter m inaç inações ões.. Se Se m orar com a m ãe era o que lhe ord enava enavam m o pai e o m arido, ela não o po ria resis resistt ência.. ‘As saudades tu as são bem grandes, m eu qu erido ’, escreveu escreveu a Gas Gastão alg algum um as ho ras dep ois de sua sua part ida. ‘Li ‘Li o t eu b ilhet e e vou tent ar fazer fazer o qu e m e pedes’ pedes’. No dia seguinte, seguinte, cont cont ou: ‘Eu ‘Eu do rm i bem com o teu retrato e o teu bilhete sob o t ra raves vessseiro’ eiro’.. As ca cartas rtas seguintes seguintes m ostram com que det erm inaç inação ão ela se se em pen ho u em realiz realizar ar os desejos do esposo, apesar apesar de sua existên existên cia reclusa reclusa e abor recida. (...) (...) Escreveu-lhe em 11 d e agosto agosto , acres acrescentan centan do : ‘Eu ‘Eu gosto t anto de f az azer er egisstro u t am bém , neste neste as cois coisas as para ti, gos gosto to tant o de te ser út il de algum algum m odo ’”.14 7 Regi período de dor, “o noivado de Martha, sua criada pessoal, que fora libertada da escra es cravidão vidão em hom enage enagem m ao cas casam ento da princesa”. princesa”.1 48 Ela lhe deu aind a 100$000
p a r a q u e M a r t h a l i b e r t a p u d e s s e “ c o m p r a r o e n x o v a l c o m o d i n h e i r o ” .149 Em 18 de setem bro de 1865, às 8 ho ras da no ite, a princesa princesa escreveu escreveu ao m arido ausente: “ Hoje faz um ano qu e, nesta nesta m es esm m a hora, eu eu t ive a felic felicidade idade de receber receber o t eu pedido de casam casam ent o n o salão salão d e on de acabo de sair para te es escrever crever.. Não p oss ossoo d eixa eixarr p as asssar o abençoado d ia de h oje sem es escreve creverr algum a coisa coisa nesta nesta h ora, um a cartinha separada. separada. Já derram ei algum algum as lág lágrim rim as as,, olhando para o lugar em que es estávamo távamo s há um ano, exatam ex atam ente nes neste te d ia e nesta nesta ho ra. (.(.....)) Oh, querido, eu n unca m e arrepend erei de te haver escolhido originalmente no meu coração e, depois, de te haver aceitado com tod o o cora coraçã ção, o, de te haver haver aceitado aceitado como m ari arido. do. Eu Eu t e amo m uito, querido; am am o-te mais a cada dia. Como eu gostaria de te ver aqui, meu amor!” 15 0 Barman destaca o qu ant o a prin ces cesaa Is Isabel viveu de m od o int enso “ a alegria alegria de ser ser espo espo sa”.1 51 E salienta que “D. Isabel tinha muita satisfação em executar a primeira de suas obrigações de espo es po sa, devo tan do a Gas Gastão tão ap oio in cond icional, afeto afeto , fidelidade e pro te ção. (.. (...).) Ao enviar ao ao sogro sogro um a fotografia de Gas Gastão com farda de voluntário da pátria, ela observou: ‘na m inha opinião ele fica fica charmant charmant [atr [atr aente] com es esssa farda’, farda’, e acrescento acrescento u num lampejo de cândida introspecção: ‘a verdade é que para mim, ele é sempre charmant ’. O cond e d ’E ’Euu n ão p ou pava elogios à espo espo sa”.15 2 Para o sogro, sogro, ela afirm afirm ou : “a cada ca da dia eu agradeç agradeçoo m ai aiss a Deus por tu do quanto encontrei no ca cassament o”.15 3 Encarava os deveres cotidiano s com o m eio de aprim oram ent o pessoal, pessoal, das m enores tarefas, tarefas, havia havia em penh o de sua sua parte em faz fazer er o m elhor elhor.. “A princes princesaa torn ou-s ou-see com com peten te no p apel de dona de casa (...) E Gastão perdoava prontamente as eventuais imperfeições da esposa, já que ela se dedicava de bom grado a uma ampla variedade de tarefas do m és éstt ica icass. Na cozinha, cozinha, prep arav aravaa coisas coisas com o com po t a de p ês êsssego e bo linho s. ServiaServiase da agulha e dos pincéis para criar obras de arte, algumas das quais decoravam a casa”. 15 4 Longe do m arido, escrevi escreviaa-lhe, lhe, dizendo dizendo : “ Eu qu ero t anto ser a m ãe do t eu filho, ter um fil filho ho de quem eu am a m o tanto, de quem eu amo ac acima ima de tudo, meu amor! !! Que saudades eu t enho de t i”.15 5 Em cas casa, a, a pr inces incesaa lhe escrevia: escrevia: “ Bem am ado do m eu coração. Onde estás neste m om ento? O dia foi foi tão longo sem sem ti. Quando Quando te verei de novo, m eu queridinho? Depois Depois da tu a partida, eu fiquei com m am ãe e Leopo Leopo ldina, e nós fom os rezar rezar na capela, capela, então, cada ca da qu al foi cuidar dos seus seus afaz afazeres eres.. M ais tarde, fom os para o m eu q uart o arru m ar as coisas”.15 6
Fidelidade e resignação marcaram aquele tempo de provação, seguido depois quando o conde d’Eu enfim substituiu Caxias para a captura de Lopes. “Isabel via a pessoa pess oa do m arido, o seu am or. (.. (...).) A pr inces incesaa não relut ou m ais ais.. Es Estran gulou n a sua sua do r cont ida o coração dem as asiadam iadam ent e fem inino . Chegara Chegara a vez vez de sacrificá-lo sacrificá-lo à razão razão de Est ado. O seu seu de ver era este este ; adivinh adivinh ara-o antes de casar; casar; e sup sup or to u-o u m qu art o de século. Calou-se. (...) O coração de Isabel pressent press ent ira os risc riscos os daquele fim de guerr a enfurecida.15 7 Ainda ant es de de ter Lopes, tivera de enfrentar as duras batalhas de Peribebui e de Campo Grande (esta imortalizada em tela de Pedro Américo). Com o térm ino da guerra, guerra, em 1º de m arç arçoo de 1870, a princesa Isabel viveu um dos “ m ais belos dias dias de sua vida, vida, porque o seu m arido foi arrebatado d e bor do - às 10 da manhã do dia 29 de março - como um herói. Em sua companhia varou a multidão delirant e. D. Pedro II e a Im perat riz lá es estavam tavam . A côrt e em peso. peso.”” 15 8 Foi um m om ento m em orável orável,, com com o aquele que viveria depois com as com em orações da Abolição. Abolição. “ Inegável é que o Brasil, Brasil, com com a vitó ria dessa dessa guerr a que nos ceifou ceifou vidas sem sem cont a e m uit o nos debilit ou fin anceiram ente, fez-s fez-see respeita respeita r de um a vez por t oda s diant e de seus seus viz vizinhos, inhos, além de t er dado ao m undo m ais um a prova d o denodo dos seus seus filhos, do heroísm heroísm o de suas forças m arítim as e terrestres. A dignidade com que nos portamos nesse conflito foi tanto maior quanto nem de leve cogitamos de impor tributos de vitória a nenhuma povoação ou cidade tomada, nem recolhemos indenização indeniz ação algum a do Paraguai, num a inequívoca inequívoca demonstração de que lutam os contr contr a o algoz que nos afronto u e agrediu, e não contra o seu seu povo, digno de t odo o res respeito peito e adm iração pelos sofrim entos que enfrentou”. 15 9
A guerra t rou xe à princesa princesa dor es incont áveis áveis,, e ainda viveria m ais ou t ras du as as,, a Guerra Franco-P Franco-Pru ru ssiana (em (em 1871) e a Prim eira Guer Guer ra M un dial (1914-19 (1914-19 18), em qu e combateram dois de seus filhos, ambos tendo perdido a vida, em consequência da grande con flagraç flagração. ão.
Viagens e leituras Em 10 de janeiro de 186 5, a pr inces incesaa Is Isabel e o cond e d’Eu d’Eu seguiram seguiram viagem p ara a Inglaterra, Inglaterra, “o nd e os Orléans, des deste te rrado s desde 1848, curt iam a saudade saudade d a pátr ia”.16 0 O net o d e Luís Luís Felipe estava im im pedid o d e ir a França, França, enqu ant o lá estivess estivesse Nap oleão IIIII.I. Ant es de em barcar para a Euro Euro pa, o casal casal fizera fizera esca escala la na Bahia e em Pern am bu co. Em Em Salva alvado do r fo ram recebido s pelo Arcebispo-Prim az do Bra Brassil, que os cas casara, ara, e visitaram visitaram as igrejas do Bonfim, da Conceição da Prata, de São Francisco e a da Ordem Terceira. Lac acom om be cont a que não ag agradou radou à princesa princesa a “quant idade de do urados” 16 1 da Igreja de São Francisco, Francisco, “sendo “ sendo a m ais rica” 16 2 Est iveram em Recife e Olinda, ond e tiveram efusiva acolhida po r part e do p ovo . No t eatro Sant Sant a Is Isabel, foi saudada saudada com os versos versos de Tob Tob ias Barreto: “ Larga a es espada, pada, ó M auricé auricéia, ia, / Tom a d’ouro o t eu laurel, / Rasga-te pét rea epopéia / Aos pés da gra nde Isabel. / Grande?... Gran de?... Sim Sim - essa essa gra nd ndez ezaa / Não é, não é ser princesa princesa / E sim do dons ns de m ais poss po ssuir.. uir....” 16 3 Com o vem os os,, o po vo reconhecia reconhecia em Is Isabel abel um a superioridade superioridade que vinha não apenas pela sua condição de princesa herdeira do trono, mas especialmente pelas virtudes e dons que possuía, e que era motivo de admiração. E comp letou o p oeta: ” É ser de heróis um renôvo, / Ser a es espp er a n ça d e u m p o v o , / Q u e a b r e a est r a d a d o p o r v i r, / É ser se r a f i l h a d e sá sább i o s.” 16 4 Na escolha escolha q ue faz faziam iam do s lugares lugares a serem vis visitado itado s prevalecia prevalecia as referên cia ciass da fé e do pat riot is ism m o. No cam inho d e Reci Recife fe para Olinda, Olinda, foram ao M os osteiro teiro d e São São Bento e à Igreja Igreja de Santa Santa Teres Teresa, a, e em Olinda est est iveram no t úm ulo d e João João Fernand es Vieira,
um dos heróis da restauraçã restauraçãoo p ernam bucana. Em Em Lis isboa, boa, estiveram estiveram com D. Amélia, viúva de D. Pedro Pedro I, ao qu e ela express expressou ou : “Acho a fisiono m ia da Isabel Isabel m uit o agradável e sim sim pática. Exprim Exprim e bo ndade e m uito juíz juízo, o, reflexão, reflexão, capac capacidade idade intelectual, e é u m a grande felicidade possuir possuir q ualidades tão raras de se encont rar em no ssos dias”. dias”.16 5 Aonde iam, causavam sempre a melhor impressão. D. Fernando, escrevendo a D. Pedro II, “com ent a as im press pressões ões deixadas deixadas pela princesa, princesa, que ‘ foram as m ais agra agradáveis dáveis e qu e form o d ela um gra grande nde concei conceito to . Vê-s Vê-see nela grande bo ndade, m uita int eli eligênci gência, a, as assim com o interesse interesse por t udo quant o interesse interesse m ereça ereça’”. ’”.16 6 D. Francisca, Francisca, irm ã de D. Pedr Pedr o II fala também “da alegria de conhecer minha cara sobrinha (...) Ela é bem agradável e m uit ís ísssim o am ável para to do s (.. (...).) Esto u con ten t íssim a de conh ecê-la e pass passar alguns tempos com ela’”.1 67 E há muitos out ros depo im ento s ness nessee sent sent ido. “ Ela não é bo nita - anot a o Príncipe Príncipe de Joinvi Joinville lle - (...) (...) M as é bo a, sim sim ples e lady like , com o d iz izem em os ingleses ingleses.. Conversa muito bem e não faz alarde ala rde d a educação educação q ue recebeu; enfim , ela ela agrada, agrada, não som ent e à Na Inglaterra, em Bos Boshy hy House, onde f icaram nossa família mas também ao a Pri Princesa ncesa Isabel e o conde con de d ’Eu pequeno grupo de pessoas que a viram’”. 16 8 E aind a acrescent acrescent a D. Francisca (a tia Chica): Chica): “ Cada vez gosto m ais da t ua filha; ela é bem amável, alegre e tão afetuosa e cheia de meios e de prendas. Ela é m uit íssim o ag agradáv radável”. el”.16 9 Por causa da Questão Christie, ela não pôde ser recebida oficialm oficia lm ente pela Rainha Rainha Vitór ia. M as a soberana soberana inglesa inglesa a acolheu acolheu inform alment e, a 21 de março de 1865, no Palácio de Windsor, tal foi a cordialidade com que foram recebidos,, que pod e o conde d ’E recebidos ’Euu vislum vislum brar que h avi aviam am part ido dela os bon s prop ósi ósito to s para o fim do lam entável incidente incidente com o Bras Brasil. Foi durant e a prim eira viag viagem em ao exterior que a pr inces incesaa Is Isabel escrev escreveu eu ao pai para agradec agradecer er “ no m eu int erior d e m e ter ensi ensinado nado e de m e ter dado m es estres tres de mo do qu e agora agora com com preend o a m aior parte das cois coisas as que vejo, vej o, ainda ainda qu e ignore m uito’”. 1 7 0 Em Londres, ela também surpreendeu pela sua j joo v i al alid id ad e e a le gr i a, o q u e e n ca cann t av avaa a t o d o s. E co n t o u a o p ai q u e f o r a a u m b a i l e oferecido pela rainha ingles inglesaa vestida vestida “ de p reta baiana e Gas Gasto n em m ouro ”.17 1 Era de receber as pess pessoas oas “com sorr is isoo n os lábios” 17 2 , sem sem form ali alissm o nem dis disssim ulaç ulação, ão, de
um a franqueza incom um , com com pensamen to pró prio, idéias idéias cla claras ras a respeito respeito das questões políticass e tam bém culturais política culturais,, sem sem pre afirm ando a ident idade católic católica, a, m es esm m o diante de interlocutores céticos ou de posições divergentes. Tinha o coração aberto e interessav interess ava-s a-see p elos m enor es problem as do m és ésticos, ticos, ouvindo os criados, criados, aconselhando, aconselhando, com o t am bém os m ais com plex plexos os desafios desafios políticos políticos,, que discorria discorria com des desenvoltu envoltu ra com a rainha da Inglaterra. Acabara de ler Ivanhoé, de Walter Scott, bem como deb ruçava-s ruçava-see no s livros de histó histó ria, econ econ om ia e po lílítt ica. Em sua pr im eira estada estada em Lon dres, o casal casal d ‘Eu ‘Eu de teve-se na leitura de u m livro de Luis Filipe de Orléans, conde de Paris, sobre as associações operárias inglesas, e fazend faz end o u m a análise análise sob sob re as cham adas trades-unions . Is Isabel e Gastão Gastão com part ilharam ent re sisi o conteú do d aquela obra, que chamo u a atenção para a orient aç ação ão política e ideológicaa do laboris ideológic laborism m o inglês e “a n aturez aturezaa clas classsis ista ta d o m ovim ento ”.17 3 Hoje, sabem sabem os com o o m ovim ento sindica indicall com com eçou a agi agirr com o um grupo d e press pressão, e com com o “ suces ucessso i n s t i t u c i o n a l d o m o v i m e n t o o p e r á r i o ” 1 74 , a l c a n ç o u u m n o t á v e l “ c r e s c i m e n t o organizacional” 1 75 , de ten dên cia socialis ocialista. ta. As as asssociações op erárias fom ent avam a hostilidade entre trabalhadores e patrões e faziam faziam d a greve, greve, um a “ verdadeira m áquina de guerra” 17 6 que “ prom ovem des desord ord ens nas indústrias e na socieda sociedade, de, por m eio de ações violent as as.. Pelo Pelo nú m ero d e seus seus volunt ários e por suas arm as já pod iam rivaliz rivalizar ar com os grandes Estados da Europa”. 17 7 Daibert Jr. conta que “o estudo havia sido elaborado ela borado pelo Conde d e Paris Paris com bas basee no s relatórios relatórios pro duzidos por u m a Com Com is isssão Real, instituída pelo governo inglês e composta por representantes dos diversos segment os da socie sociedade, dade, a fim de int errogar as partes em conflito”.17 8 E acresc acrescent ent a: “As soluçõ es apresentadas ao leito r eram to das volt adas para a consolidação da harm on ia entre os trabalhadores e os patrões. Caso as trade-unions trade-unions não não pudessem, ao ser redimidas de seus excessos, promover tal entendimento, era preciso substituí-las por associaç as sociações ões m ais capazes capazes de as assegurar segurar a conciliação.” co nciliação.” 17 9 Diant Dia nt e do pr oblem a do t rabal rabalho ho n o Bras Brasil, quand o desde 1810, a família família imp erial m anifes anifesto to u o pro pó sito em abolir a escravidão, escravidão, era precis precisoo p reparar as condições sociais sociais para que o libert o fosse fosse sujeito sujeito d e direitos, com opo rt unidades de educaçã educaçãoo e t rabal rabalho ho com jus justa ta rem uneraçã uneração. o. Es Este des desafio afio D. Is Isabel ass assum iria posterior posterior m ente com o u m a causa prioritária, mas que as soluções não viessem como as que viram na Inglaterra, qu e favorecess favorecessem um a ideolo gia clas classsis ista, ta, de viés m arxis arxista. ta. M as viu a p rincesa Is Isabel na idéia de associaç associações ões um m eio po ssível de pro m over a gradual abolição, sem sem violência
e pela via parlam ent ar ar.. E ness nessee sentid o, para não seguir o s equ ív ívocos ocos que já ocor riam na Inglaterra, esperava esperava est est im ular a organizaçã organizaçãoo d o p roces rocessso abo lici licion on is ista, ta, pr im eiro para a com com pra de alforrias do m aior núm ero po ssível de escra escravos vos,, depois no pró prio supor te para sua sua no va con con dição de vida com o liber to . E nada m ais express expressivo ivo para iss isso do qu e viabilizar viabiliz ar t al pro ces cessso p or m eio d as já exist exist ent es irm andades religiosas religiosas leig leigas as,, para qu e, com os princípios e valores valores cris cristão tão s, pud es esssem chegar a um a m elho r solução às no vas questões sociais decorrentes das profundas mudanças suscitadas pela revolução industrial. De fato, ela desejou a solução católica, qu e anos depois o papa Leão XIII explicitaria na encíclica Rerum Novarum (1891). Novarum (1891). A princesa Isabel partilhou todas estas reflexões com seu m arido, es especi pecialment alment e durante a A solu solu çã çãoo católica para a questão do t rabalho no Brasil Brasil foi um a caus causaa priorit ária para a leitura do t rabal rabalho ho e d as prop ostas feitas pelo conde de Paris. “Entre os exemplos apresentados, o autor destaca experiências consideradas positivas em espécies de sociedades cooperativas aplicadas ao trabalho agrícola tanto em países europeus quanto nos Estados Unidos. Em todo o caso, os povos precisavam ser conduzidos por espíritos espíritos ilum ilum inados inados,, cond cond ut ores da liberdade. liberdade. O autor era de fato u m Orléans!” 18 0 Em 14 de julho de 1869 escreveu escreveu a princesa princesa Is Isabel ao m arido: “ Hoje eu t erm inei o livro de Paris Paris e ten ho a certeza certeza de qu e ficarás ficarás m uito content e. O livro livro é m uito interes interesssante. Eu n ão t inha idéias sob sob re os sindicatos sindicatos e agora agora esto esto u realm ent e infor m ada sob sob re eles”. eles”.18 1 Outro aspecto aspecto im por tant e ao ao concluir o estu estu do, foi a de que “ a princes princesa encont encont rou um a grande gra nde apologia da liberdade política política com com o m elhor for m a de enfrentar a questão”. questão”.18 2 A pró pria Igreja ia ia reflet indo as “ grandes inqu ietações e instabilidades” 1 83 do século XIX, XIX, e prop unh a o reform is ism m o em vez das rupt uras revolucionária revolucionáriass insufla insufladas das pelas pelas força forçass do anarquism anarquis m o e d o sociali socialissm o em erge ergentes. ntes. Tocqueville tam bém foi ou tra das leituras leituras do cassal d’Eu, ca d’Eu, qu e d eu subsídio subsídio para “ pen sar a respeito de n ovas con con figurações sociais sociais em curso. curs o. (...) (...) M es esm m o n ão sendo p artidária declarada declarada das idéia idéiass do aut or, certam ente a
princesa encontrava em suas pági princesa páginas nas ingre ingredientes dientes que lhe perm itiam ent rar em contato com os entendiment os divers di versos os que circul circulav avam am em seu t em po e interpretav interpretavam am a dinâmica da política e das sociedades pós-revolução francesa. Sob a orientação do m arido, colhia mais dados”. dados”.18 4 Em sua primeira visita a Europa, eles perceberam a evidência de que tais conf igurações se afastavam afastavam do s valores valores do cristianism cristianism o. O papa Pio IX (com po nt ifica ificado do de 1846 a 1878) apontava o tomismo como referência segura às novas influências filosóficas que visavam fazer ruir o p e n s am a m e n t o d a I g r e j a i n cl c l u si si v e n o cam ca m po socia ocial.l. “O pr oblem a da produ çã çãoo capit ca pit alis alista, ta, o f ato o perário, as m ud anças que eles acarretam, constituem a ‘questão ‘ques tão social’ e são são o pr incipal objet o da nova ciência cristã-social” 18 5 , que a pr incesa Isabel Isabel vai se int eress eressar ar cada vez m ais por entend er e to m ar inicia iniciativas tivas de acordo com o que propunha a Igreja, nessee sentid o. ness Com Leão XIII (papa de 1878 a 1903), a Igreja Igreja buscou ilum inar as no vas questões sociais com posições que c u l m i n a r ã o c o m a e n c í c l i c a Rerum Novarum (1891). Ainda antes, o casal Papa Leão Leão XIII: XIII: po nt ifi ca cado do de 1878 a 19 03 d’Eu procurou seguir as diretrizes do pensam pensa m ento socia ociall cristão, cristão, ond e “ no plano t eórico surgia surgia a idéia idéia de q ue o interes interessse social qualificava qualificava os interesses interesses individ uais e im im pu nh a suas suas regras regras à aut on om ia de cada um , indepen dent em ente dos vínculos vínculos das leis leis po sitivas itivas.. Revela Revelavava-sse a idéia fun dam ent al do pen sam ento social social cris cristão, tão, que era jus justam tam ente a da inserç inserção ão do ho m em num to do socia ociall que t inha por fim a plenitude d a vida individual” individual”..18 6 Leão XII XIIII afirm ou “ com o direito natural não restringível pelas leis positivas, o direito de associação” 18 7 , e diante das no vas qu es estõ tõ es era legít legít im o associar-s associar-se, e, em vis vista ta d o d es esafio afio em conciliar liberd ade e j juu st i ça ça..
O casal d’Eu esteve ainda na Bélgica, na Alemanha (em Aix-la-Chapelle, Essen, Dusseldorf, Gotha), Praga (capital da antiga Boêmia) e Viena. De lá escreveu ao pai: “Ainda não vi n ada de sem sem elhante ao Brasil Brasil quant o à nat urez ureza!” a!” 18 8 Pas asssara aram m por M uniqu e e de volta a Got ha, reto rnaram a Lon Lon dres. Em Em seguida, foram para a Es Espanh a (San (San Telm Telm o, Sevilha, Córdova (de onde anotou: “a Andaluzia é a mais bonita parte da Espanha” 18 9 M adri tam bém a encanto encanto u, seguindo seguindo d epois para para Lis Lisboa boa e Port Port o. Em Em Port ugal ugal,, “ou vira viram m m is isssa na ‘igreja ond e está está o coração coração de m eu Avô’ de cujo m onu m ento faz a princesa princesa um a reprod ução. E ex excl clam am a, num a express expressão realmen te f ilia ilial:l: ‘Lem ‘Lem brei qu e gosto gosto de Papai havia de ter, vindo comigo rezar perto do coração de seu Pai’. Em Coimbra os estt ud antes brasileiros es brasileiros com com pareceram à estação estação send send o a pr inces incesaa saudada saudada po r um deles deles,, net o do Ba Barão rão de Taquari. Taquari. Visitaram Visitaram a velha Universidade - on de for am recebido s com solenidade - e a Igreja de Santa Clara, sendo aguardados pelas religiosas, que lhes m ostrara ostraram m o corpo m um ific ificado ado da rainha rainha Santa Santa Is Isabel, cuja m ão puderam beijar”.19 0 Em M afra afra,, “o ca carrilhão rrilhão do convento surpreendeu -os to ca cando ndo o Hino Naci Nacional onal Bras Brasilei ileiro. ro. Em Quelu z a lem brança de Pedro Pedro I em ocion ou -a, vis visitan itan do, na Câm Câm ara de D. Quixot e, ‘o ‘o quarto e a cam cam a onde ele morreu’”.1 91 De volt a ao Bras Brasil, il, depois de pass passar no vam ent e em Pern am bu buco co e Bahia, exc exclam lam ou qu quando ando chegou à sua cas casa das Laranjeiras e ao “ no sso j jar ar d i m ” 19 2 : “Qu e gosto gosto t ive de tornar-m e a ver ver no Rio”. Rio”.19 3 Com as viagens e leituras que em preend eu, D. Is Isabel abel “se empenhava em registrar o que via, adquirindo a bagag bagagem em que j juu l ga gavv a n e ce cessá ssárr i a a o e xe xerr cí cícicioo de seu se u f ut uro o fífíci cio” o” 1 9 4 , com com o governante cristã. A primeira Regência Em 29 de julho de 1860, com apenas 14 anos, a prin ces cesaa Isabel Isabel fez o juram ent o p erant e as Câm aras aras,, ass assum indo solenem ente o com prom is issso d e “ m anter a religiã religiãoo católica católica apostó apostó lic licaa rom ana, observa observarr a Constituição política da Nação brasileira e ser obediente às leis e ao imperador”. 19 5 Estava ela “ to da graciosa graciosa no seu vest vest ido d e gaz gazee branca bor dado, sobre ou t ro d e cetim
da m es esm m a cor, cor, ten do pend ida ao colo fresco fresco e ró seo a grã-cruz grã-cruz do cruzeiro” cruzeiro” 19 6 , tornandose a herd eira presunt presunt iva do t rono . Entr Entr ou na adolescênc adolescência ia com com um a vida socia sociall bastant bastant e restrita, até o seu casamento, ao que “um visitante europeu relatou com assombro; ‘Imagine que essas essas pob res princes princesas as nun ca foram a um baile nem a um teatro e ardem de vontade de ir”. 1 97 Na época do juramento, os boletins da princesa registravam peralt ices da idade, m as qu e, arrep arrep end ida, escreveu escreveu aos pais: pais: “ M il perdõ es lhes peço de lhes ter ofen dido tant as vez vezes es.. Hoje a m inha confiss confissão dur ou um a hora”.19 8 Depo is do cas casam am ent o, “ a pr inces incesaa pass passava aos aos po ucos a ocup ar espaços espaços e a t raça raçarr o caminho que julgava natural rumo ao Terceiro Reinado. Inteirava-se dos assuntos po lílítt icos icos.. Dava curso curso a sua for m aç ação”. ão”.19 9 Tinha idéias pró prias prias,, e as m anifes anifestava tava de m od o m uito aberto . Cont Cont a Daibert Daibert Jr. que “ em viag viagem em pelas Água Águass Virtuo sas de Cam Cam panha, D. Is Isabel observava, observava, de u m a janela, janela, o t um ulto das eleiç eleições ões que sucederam sucederam a queda do Gabinet Ga binet e Zaca Zacarias rias em 1868. N aquela localidade, a polícia polícia am eaç eaçava ava prender os eleitores da oposição, caso se atrevessem a votar. Os liberais se abstiveram. As eleições, como em tant as out ras loca localida lidades des,, gara garant nt ira iram m a vitória conservadora conservadora no preenchim ento das vagas vag as.. Incom Incom odada com o epis episódio, ódio, pergunt av avaa ao pai: ‘quando o voto será livre?’” livre?’” 20 0 A ele tam bém fiz fizera era um a “ recom endação favoráv favorável el a um juiz que h avi aviaa pass passado sete sete ano s lotado nos distritos ‘mais miseráveis’” 20 1 e que “ foi m ot iva ivada da pelo contato pes pesssoal. ‘É um a pess pessoa de um a caridade caridade extrem extrem a’ que, tendo encontrado um doente em Cam panha, ‘lev ‘levou-o ou-o para sua casa, casa, deu-lhe sua cam cam a e do rm iu no chão’ chão’.. ‘Deus queira que seja atendido’ em seu pedido de transferência transf erência para um lug lugar ar m elhor ”.20 2 Aos poucos, ela foi posicionando sua “política do coração” 2 0 3 diante dos temas e fatos que iam to m ando cont a do cenário nacional. Em sua tese tese de do ut orado, Daibert Jr. con con ta qu e “ sua visão visão católica, adquirida ao longo dos anos de sua infância e Cor oroa oa d e No ssa Senh Senhora ora adolescência, era mantida e, de certa forma, Aparecida, doada pela p ela 20 4 E destaca o quanto a reforçada na maturidade”. princes pr incesaa Isabel identidade católica da princesa Isabel foi se acentu ando em suas ações part iculares e pú blicas blicas::
“Aos vinte e um a nos de idade e já casada casada , D. D. Isabel Isabel com entava com a Im perat riz: ‘aceito ‘aceito com m uitís uitísssim o prazer prazer t udo o que m e vem vem de M am ãe, seja seja grande seja seja pequeno. O São São Pedro Pedro que M am ãe m e m andou m e fez tam bém m uito p raz razer er.. Gostaria Gostaria de ter agor a um São Luís Luís, rei de França, França, uma Sant a Isabel Isabel de Hung ria e um a Sant Sant a Teres Teresa’. a’. O apego a os sant sant os que, em em vida, haviam sido govern ant es devota dos ao catolicismo, contin uava a fazer part e dos valores da Princesa. Princesa. O episódio episódio a cima apar ece como um pequeno sinal sinal de que, em sua vida adulta, adulta, após o casamento, ela mantinha-se fiel aos seus preceitos e à visão católica de política e de sociedade. Nesse sentido, D. Isabel não acompa nhava o movim ento, perce percebido bido por Gilberto Gilberto Freyre em Sobrado Sobrado s e M ucambo s, em q ue as brasileiras do século século XIX XIX torn avam -s -see m enos devota s e ma is m und anas. Ela Ela não se enquad rava naquele perfil perfil de mulher m ais atr aída pelo pelo teatro do que pelo confessionário. Ao contrário, seu catolicism catolicis m o t endia a solidificar-s olidificar-see e a servir-lhe cada vez m ais com com o m odo d e significaç significação ão de si m es esm m a e das questõ questõ es que se colocavam à sua volt a. a.” ” 20 5
Ela levou muito a sério o juramento feito ainda no va e então p ôsôs-sse a cam cam inho. Depois do que vira no velho continente, especialmente na Inglaterra, a sua fé foi crescendo cres cendo e lhe dand o cada vez m ais sustent açã ação. o. Afinal, “o p ensam ent o e a vida são são inseparáveis” 20 6 , do contrário não se é “ poss possíível com com preend er o que sig ignifica nifica ‘ca ‘cató tó lic lico’”. o’”.202077 Com esta convicção, a princesa Isabel buscou sempre afirmar a coerência de vida. “Prosseguia, em especial, sua devoção às suas santas e rainhas homônimas. Aquela velha admiração da infância e adolescência não havia desaparecido. Ao contrário, D. Isabel Is abel nu tr ia um apreço especial especial por es essses personagens. Em sua pr im eira viagem viagem à Euro Euro pa fez questão de visitar o convento de Santa Clara e beijar as mãos de Sant a Isabel Isabel de Portugal,, cujo corp o en cont rava Portugal rava-s -see preservado em um ca caix ixão. ão. Da visita, visita, feita po r o ca cassião de sua lua-de-m lua-de-m el, a princes princesa tro uxe um pedaço do ves vestido tido da sant sant a, fato fato regi regisstrado em um a es espécie de diário de viagem .” 20 8
Outro episódio ilustra o quanto a devoção da prin ce cessa Isabel Isabel “ ia perdendo o caráter ca ráter p riva rivado do e com eça eçava va a se se t orn ar p ú b l i c a ” 209, a f i r m a n d o c o m m u i t a nat uralidade e plen a con con sciência ciência,, a força da sua fé: “ Em vis visita ita a Cax Caxam am bu , a prin ces cesaa tom ou a iniciativa iniciativa de pro m over a edificaç edificação ão de u m a igreja ded ica icada da a Sant Sant a Isabel Isabel d a Hun gria, sua sua hom ônim a e também anc ances estral. tral. À frente do empreendimento, D. Isabel doou a quantia inicial de cinco contos de réis. (...) A solenidade de lançamento da pedra fundamental da igreja foi realizada com a presença do casal casal d’Eu, d’Eu, no f inal do an o de 1 868. (...) (...) Esta seria um a ent re m uit as ou t ras demonstrações públicas de devoção da princesa ao longo do Segundo Reinado. Sua religiosidade religios idade d eixa eixava va ser ser expres expresssa apen as na pint ura d e q uadro s, nas rezas rezas dom és éstt ica icass ou na leit ura d e vida d e sant sant os. Pas Passsava ava,, ent ão, a ser ser m ater ializ ializada ada e apresentada ao grande gra nde púb lic licoo e em divers diversas as partes do Im pério. Sua Santa Isabel da Hungria saía do papel e ganhava ganhava um alt ar nos tró picos picos,, em um tem plo de es estilo neogótico. neogótico. Ao Ao m es esm mo tempo, promovia a primeira sessão dos membros da irmandade de Santa Isabel da Hungria, sob sob a presidência presidência de seu m arido.2 10 O tem plo cons con st ruído “ faz fazia ia parte de u m a prom es esssa para qu quee ela alc alcanças ançassse a benção da m aternida aternidade”. de”.21 1 Quando o casal casal d’Eu d’Eu se dirigiu dirigiu a Cax Caxam am bu, “ m ovim ento u t oda a cidade”. 2 12 No camin ho, “ a Princes Princesaa im per ial do Brasil Brasil parava na casa casa de p es esssoas pob res res,, m ostrando-s ostrando-see afável!” afável!” 2 13 E m ais: “ E as asssim pro sseguiu p elo Vale do Paraí araíba. ba. (...) (...) Em Em 1884, vo ltava a Guaratinguet á para cum cum prir a p rom es esssa, feita feita em 1868, em fav favor or do nas nasci cim m ento de seus filhos. Em Em agradecimento pela graça alcançada, varreu o templo da capela de Aparecida, guardando, prop osi ositalm talm ente, um po uco da poeira no corpet e de seu traje de via viagem. gem. Fazia parte da promessa. Ainda em agradecimento, doou à Virgem Aparecida uma requint ada coroa coroa d e ou ro, usada usada som som ente na grande solenidade solenidade de coro aç ação ão da santa, santa,
“...sua visão católica, adquirida ao longo dos anos de sua infância e adolescência, era mantida e, de certa forma, reforçada na maturidade...”
no ano de 1904. (... (...)) Na prim eira vis visita, ita, em em 1868, havia havia doado um m anto com brilhantes brilhantes.. Agora, ao ao p ag agar ar a pro m es esssa, entr ega egava va a coro coro a de seu reino aos pés da santa. Em Em t roca, levava leva va a santidade, santidade, dem arc arcada ada pela hum ildade representada representada pelo pó da igreja”. igreja”.21 4 O fato é qu e a pr inces incesaa Isabel Isabel “ acreditava que sua fé e suas práticas sustent ariam seu t rono”. 2 15 Ela em pen hava-s hava-see em ser o exem plo d aqui lo qu e prof es esssava ava,, para qu e a fé fo rt alecida alcanças alcançasssem as virt virt ud es desejadas desejadas para o exercício exercício da caridade. Seus Seus sant sant os de devoção lhe ensinaram o que o governante cristão tinha que ser capaz, e desse esforço ela adquiriu o respeito de muitos, pelas “excelentes qualidades pessoais que to dos lhe recon recon hecia heciam m e acatava acatavam m ”.21 6 Herm es Vieira ress ressalta tais qu alidades: “ adm irável em suas virt ud es es espirit pirit uais uais;; inatacável inatacável em sua sadia sadia m oralidade, de háb ito s sim ples, que a to rnava rnavam m super ior em suas ações ações e discreta discreta em suas m aneira aneirass - ela ela era um a personalidade q ue se imp un ha po r si m es esm m a e granjeava granjeava grandes grandes e sinceras sinceras sim pat ias por ond e pass passav ava, a, vencendo vencendo pela doçura do coraç coração ão qu antos com ela privas privassem ”.21 7 Muito próxima do clero, estimulou também as irmandades católicas leigas, pois “ ac acom om panhava de pert o as m ovim entações relig religios iosas as no Im pério”.2 18 E tam bém se envolvia pess pessoalm ente em m uito s afaz afazeres eres com sent ido d e m is isssão e aposto lado. “ Em Petr óp olis, consum ia-s ia-see em atividades religiosas religiosas.. Cant Cant ava no coral da igreja, part icipa icipava va de m is isssas as,, confissões, confissões, ado ado raçã raçãoo à h óstia, lim pava o t em plo, cuidava da ornamentação, entre outras atividades ligadas ao calendário litúrgico da religião
católica. católic a. M uit as vez vezes es,, pass passava o dia to do na igreja. Aproxim ava ava-s -see m uit o m ais do altar do qu e do t ron o. Suas Suas práticas com eça eçavam vam a ganhar ganhar eco e t am bém a incom incom odar m uita gente”. g ente”.2 1 9 Muitos na corte, diante de tais demonstrações e convicções da princesa Isabel, passsaram a se pas se preo cupar cupar,, pois sa sabiam biam qu e a religiosidade religiosidade do Im perado r “ não chegava a tanto”. 22 0 E a prin ces cesaa levava a sério sério dem ais as suas de devoçõ voçõ es, especialm ent e às rainh as e reis santo santo s. Os repu blicanos com com eçaram a t em er p elo Terceiro Terceiro Reinado Reinado . Heito r Lyra Lyra salientou que “politicamente apenas a toleravam”. 22 1 M as cheg chegaria aria o dia em que ela viria a sub sub st itu ir o Im perado r, e para eles eles,, a pr inces incesaa estar estar ia na cont cont ram ão da histór ia. Enq uant o Pio IX IX, acuado acuado p elos revolucionár ios, to rn ava ava-s -see “ pr is isione ione iro do Vaticano”, a pr inces incesaa Isabel Isabel aceitava o dogm a da infabilidad e papal. “ Os jorn ais lig ligados ados aos liberais liberais not icia iciavam vam,, com desc descon onfiança, fiança, a liga ligação ção da h erdeira do do tro no com o Vatica aticano. no. Es Estranhavam, p or ex exem em plo, o elogi elogioo e a ben çã çãoo enviados pelo Papa Papa àqueles (leia (leia-s -see D. Is Isabel) abel) que cont ribu íra íram m nas celebrações do m ês m ariano (m aio) em Pet etróp rópolis. olis. Question Questionava avam m o fato de d e que, em bo bora ra as as m es esm m as solenid olenidades ades religi religiosas osas ten ham ocorrido em várias cidades brasileiras, somente as de Petrópolis tenham merecido o reconh ecim eciment entoo e a benção do Sum o Pont Pont ífic ífice. e. (... (...)) M as D. Is Isabel abel parecia não se se im po portrtar ar (...)) Iden (... Identt ificava-s ificava-see com suas sant santas as rainh rainhas. as. Por isso, refo reforçava rçava sua cren crença ça no fat fatoo de que q ue orações or ações e devo ções and andavam avam jun juntt as com as pr práticas áticas de caridade e ação social. Ess ssaa era a sua sua polílítt ica po ica.. Desde Desde criança, estava estava acostum acostum ada com a ‘polí ‘po lítt ica do coraçã coração’ o’.. Achava Achava que qu e cum pr pria ia bem o seu seu papel prom ovendo boas ações. Na sua infância, sentia-se recompensa recom pensada da em recorrer ao pai em favor de alguém. Com entusiasmo, escrevia: ‘Papai (...) ontem um cadete na chácara disse-nos que nos queria pedir uma graça. M andam os saber saber o qu e era e diss disse que era passagem para sua prov pr ovíncia. íncia. Ele Ele cham a-se José José Sabin Sabin o de Brito e é Sergi Sergipano! pano! ’ Ass Assim com o suas santas de devoção, podia ser Sold ados m ort os duran te a Guerra Franco-Pruss Franco-Prussiana iana inte rces rcesssora junt o ao pai”. 22 2
Em no va viagem viagem à Euro Euro pa (1870-1871), o casal casal d’Eu d’Eu estava novam ent e na Inglaterr a, qu ando eclodiu a Guerra Franco-P Franco-Pru ru ssiana. Com a queda de N apoleão III foi pro cla clam m ada a Terceira República Francesa. A resistência dos soldados franceses, a fome e as hu m ilhações im po stas após a bat alha de Sedan, Sedan, tr ou xeram agud as apreen sões a to do s. A prin ces cesaa Isabel Isabel “ afinada com a rede de caridade d a aristo aristo crac cracia ia local, local, participo u d a organizaçã organiz açãoo d e bazares bazares em ben efíci efícioo d os refugiados da guer guer ra que con seguiram abrigo na Inglaterra. Fazia desenhos e enviava-os enviavaos para serem vend idos nos bazares baza res.. ‘Que Deus prot eja a pobr e França e toda a Europa’, exclamava angustiada. Para a irmã D. Leopoldina, conta sua participação em um concerto em St. Jam Jam es Hall Hall,, prom ovido coma m es esm m a final finalida idade de do bazar. Condoía-se das vítimas e horrorizava-se com os líderes em conflito”. 22 3 Pe r m a n e ce c e r am am o N a t a l e o A n o Novo de 1871 em Bushy House, a D. Leopoldina Leopoldina m orreu em Vie Viena, na, com com a nova residência do Duque de m es esm m a idade idad e de Sant Santaa Teres Teresinh inh a Nemours. No entanto, notícias do Palác alácio io Cob Cob urgo, em Viena, sob sob re o estado estado de saúde de D. Leop Leop old ina, tro uxeram no vas preocupações, exigindo que o casal d’Eu partisse partisse da Alem anh a. Ela havia cont raído t ifo e p iorava, a cada dia. Tinha acabado d e dar à lu z ao Príncipe Príncipe D. Luís Luís Gas Gastt ão, seu q uart o f ilho, afilhado da p rinces rincesaa Isabel. Isabel. Ao chegarem na capital austríaca austríaca a situ situ açã açãoo da du qu ez ezaa de Sax Saxee era m uit o grave. Lacom be cont a que o príncipe de Joinville Joinville inform ou “em ca carta rta ao Im perador: ‘Pôde ‘Pôde Is Isabel, abel, ao ao m enos ver sua irm ã, mas não sei se se ela a reconheceu’.. Ela reconheceu’ Ela mesma confess confessa ao duqu e de Nem ours: ‘Foi-m ‘Foi-m e perm itido vê-la e eu o fiz depo is do dia 4 em qu e ela se se confessou confessou e r ecebeu a extrem a-unção. (... (...)) Desde Desde então até o dia 7 ia vê-la pela manhã e à tarde, embora muitas vezes ela não se apercebessee de m inha p res apercebess resença’ ença’.. Afinal, depois de do loro sa expectativa, com un ica ica,, em papel tarjado de n egro, a notícia notícia fatal: ‘Eu ‘Eu n ão t enho ânim o d e fazer fazer n ada senão senão rezar rezar e chorar’”. 22 4 E ac acres rescenta centa que escrevendo escrevendo aos pais ela afirm ou: “Até aqui t inha t ido t anta
felicidade, felicida de, com com o dizia dizia a maninh a tam bém , que neste m und o era para para faz fazer recear! recear! ” 22 5 E então, foi to m ando ainda m ais cons consci ciência ência de qu e a dor e o sofrim ento são inerentes à pess pessoa hu m ana, a to da pessoa. pessoa. A perda de Leop Leop oldin a, sua com panh eira de infância, qu e viveu tant os m om ent os feliz felizes es com os pais pais, e m es esm m o nas ho ras de est est ud o e pass passeio, das em oções cotid ianas na vida de fam ília, a quem ela se se sent sent ia tão natu ralm ent e aberta a partilhar apreensões e alegrias, já não estava mais entre eles, e deixava filhos pequ enos. enos..... um a flor a se extinguir deixando deixando t ão doce perfum e! Certam Certam ente ela teria se recordado d e Leopo Leopo ldina, quando antes de m orrer, no exílio, exílio, recebera um retrato de Teres eresaa de Lis Lisieux, que n o Brasil Brasil se se t or naria sant sant a tão po pu lar lar,, e com a im agem de Santa Santa Terez erezinha inha nas m ãos ãos,, Isabel Isabel voltou seu p ensa ensam m ento àquela sua sua irm ã querida, qu e t am bém ent regou a alm a a Deus, com apenas 24 anos de idade. “As cerim ôn ias qu e seguiram seguiram seu tão calmo e angélico passamento não podiam ter sido mais dignas e tocantes. Acom Ac om panham os seu seu corp o até Coburgo on de está está dep osi ositado tado na pequ ena capela capela cató cató lic licaa ded ica icada da a Sant Sant o Agostinh o”, 22 6 esc escreveu reveu a princesa pr incesa Isa Isabe bell ao pai. Ainda abalada pelos acontecimentos, o casal d’Eu decidiu passar pela capital francesa. “Vimos Paris!” 2 27 , relata a princesa, em 20 de março de 1871, no exato m om ento em que a insurreiçã insurreiçãoo po pular instaurava instaurava a Com Com una de Paris Paris,, cuja cuja violência violência assumiu uma proporção assustadora. “De lá saímos por causa da revolução que com eça eçava. va. (... (...)) M oram os em cas casaa da Con Con dess dessaa [de Barral]” 22 8 , escreve escreve a p rin ces cesa. a. E relat a Daib ert Jr.: “ Pou cos dias apó s a part ida do d o casal, casal, a cas casaa da Con Con dess dessaa em Paris havia sido sido invadid a por soldados arm arm ados da Com Com una. Procurav Procuravam am inform aç ações ões sobre Orléa Orléans ns que haviam haviam se ho spedado lá. Um deles era identificado identificado com o surdo. Parec Parecee qu e haviam haviam confun dido Gassto n com um parente. Queriam fuzil Ga fuzilá-l á-lo. o. Os m em bros de sua fam fam ília lia,, em gera geral,l, eram eram um a am eaç eaçaa para os sonh sonh os revolunários da Com Com una apó s a queda de Napo leão. Dias Dias antes,, Barral antes Barral havia se escondido escondido em um ca cassebre ‘m uito pob re e m es esquinh quinh o’ após ter m andado um criado despistar despistar o s vigia vigiass qu e cercavam cercavam sua casa, casa, saindo saindo de lá com seus per t ences ences.. De m ãos vazias vazias e fin gindo pas passsear ear,, saí saíra ra do local sem sem ser p ercebida. Ant es disso, cuidara também de queimar as cartas recebidas de D. Isabel. Nas palavars da Con dess dessa, a, as as cenas vivenciadas lhe rem eter eteram am à prim eira revolução [d e 1789] . A situ situ açã açãoo era tensa. tensa. Os Os trilh os ent re Paris Paris e Versa Versalhes lhes haviam haviam sido destru ídos. Tend o p erdid o n a guerra para a Prúss Prússia, ia, a França França precisava precisava agora vencer o in im igo inter no : um a guerra
civil revolucionária que tentava impor um governo popular de certa inspiração socialista”. 2 2 9 Dentre as medidas introduzidas pelo governo da Comuna estavam a legalização dos sindicatos, a projeção da auto-gestão das fábricas, a readoação do calendário revolucion ário, a separação separação ent re Es Estado e Igreja, a seculariz secularizaçã açãoo d o ensino p úb lico, e também a profanação de imagens santas. Paris ficou convulsionada. A primeira experiência experiênc ia de um governo p opu lar na histó histó ria tivera um res resultado ultado des desas astro tro so. Tem Tem iase uma epidemia na cidade pela proliferação de cadáveres decorrentes da matança, com vinte m il fuzilados fuzilados,, e m ilhares de p ris risioneiros ioneiros deport ados e fugitivos. fugitivos. A revolução revolução provocou um tal deses desestabiliz tabilizaç ação ão e d es esordem ordem socia ocial,l, e um tal derram am ento de sangue, sangue, que reforçou os sentimentos da princesa Isabel Is abel de qu e aquela altern ativa (insuf (insuf lada pelos anarquistas e socialistas) não era de form a algum algum a a melho r resposta resposta às novas qu es estõ tõ es em ergent es do d es esarranjo arranjo social provocado pela revolução revolução ind us ustrtr ial ial.. M ais um a vez vez afirm ou -s -see no coração da princesa princesa de q ue a solução cató lic licaa era m ais realis realista ta e com com prom etida com o bem integral da pess pessoa hum ana e da socieda sociedade. de. No Brasil, Brasil, seria preciso preciso evitar q ue t ais influ ências ências,, int ensific ensificadas adas pr incipalm ent e após a guerra do Paraguai, provocassem novas instabilidades que pudessem comprometer a unidade nacional, que seu pai, o Imperador D. Pedro II, conseguira garantir até ent ão. E a questão da abolição abolição p oder ia ser ser u tiliz tilizada ada com com o p retexto para reprod uzi uzirr os equívocos equívocos ideológicos ideológicos que at orm entavam a Euro Euro pa, e que a Com Com una de Paris foi um ex exem em plo f lagra lagrant nt e da violência e dos m ales qu e tais ideo ideo logias anárqu ica icass poderiam ocasionar. Mais uma vez a solução católica pareceu-lhe o caminho mais acertado ac ertado para o enfrentam ento d aquela prob lem ática ática.. “A questão questão do elem ento servil começou a abalar tudo, e os velhos conservadores a explorá-la em seu interesse”.23 0 Para D. Is Isabel, abel, especialm especialm ent e, a part ir de e nt ão, era preciso preciso estar aten ta, po is aquele era o x da questão, e o futuro do Brasil dependeria de como resolver não apenas a lib ert aç ação ão d os escra escravos, vos, mas prin cipalm ente nas cond cond ições que deveriam ser oferecidas para que o libert o não se se tor nas nassse um r evolucionário, m as um sujeit o de deveres dever es e direit dir eit os sociais sociais,, inserido inserido nu m cont exto de efet iva inclusão inclusão social. social. Foi po r isso isso
que entendeu a questão questão da abolição abolição como “ um a m is isssão a cum cum prir” 2 31 , e foi categórica quando posteriormente constituiu o gabinete João Alfredo para esta finalidade, ao escrev es crever: er: “ m as is isto to antes de tu do”.23 2 A estada estada na Inglater Inglater ra e o fato d e ter p res resenciado enciado pessoalm pess oalm ent e a eclosão eclosão da Com Com un a de Paris Paris e de t er visto visto in loco os loco os horro res daqueles daqueles acont ecim ent os, fizeram fizeram a prin ces cesaa Isabel Isabel agir e a se se pr eparar aind a m ais para a m is isssão qu e a aguard aguard ava no Brasil. Brasil. De im ediato, a fé cató cató lica a m ot ivou socorrer os flagelados flagelados da Comuna, promovendo uma campanha de doações para amparar os atingidos e desassistidos. Com o desc d escreve reve Daib ert Jr.: “ Em 1º de m aio de 187 1, o casal casal cruza cruzava va a baía da Guanab Guanab ara, chegando ao Rio de Janeiro . D. Is Isabel abel pr eparavaeparava-sse para assum assum irir,, no final d aque le m es esm m o m ês ês,, a regência do Im pér io. Era Era preciso preciso fô lego. Seria Seria sua experiêncian no carg cargo. o. Barral, já recuperada do t raum a, tent ava tranq üiliz üilizar ar sua pup ila: Tem Tem V. A. ocasião ocasião de servir ao país, país, o Papá, Papá, e antes que tu do a Deus (.(.....)) Es Esto u m uito content e porq ue já vi realiz realizada ada em parte ‘la bo nn e ouvr e’ a t es esta ta da qual V. A. não se se puseram (sic) (sic) osten osten sivam ent e, m as qu e na realidade tanto lhe vai ao coração - ‘l’ouvre du pain! A Con Con dess dessaa se se referia aos donat ivos e à quan t ia em din heiro levantado pela Princesa Princesa j juu n t o a p e sso as d e se seuu cí círr cu l o so socicial al n o Br Brasi asi l, e n q u an t o v ia iajj av avaa p e l a Eur Eu r o p a . O d e st in o dos recursos era um só: os flagelados da França em convulsão. Ainda desse país, escrevera es crevera a pr inces incesaa para sua velha am ig igaa Am andin ha: ‘... ...deixe-m deixe-m e falar-lhe falar-lhe de um a ob ra de verdadeira verdadeira caridade. Você terá lido nos jornais a extrem a m is iséria éria a que estão estão reduzidos a maior parte dos habitantes de França, e estou certa que você não terá ficado fica do indiferent e a tant a infelicidade: infelicidade: aldeias aldeias inteiram ent e queim adas e seus seus habitant es pro vados de t ud o e até de ro upas. Aqui n a Inglaterra Inglaterra form ou -s -see ent re ou tras sociedades sociedades,, duas para socorrer essa pobre gente: uma de homens, outra de mulheres. Talvez no Brasil se possa fazer coisa semelhante e conto com você, seu pai e seu marido para darem alg algum um andam ento a iss isso. Foi Foi a viúva viúva do célebre escritor escritor f rancês M ont alemb ert quem m e escrev escreveu eu p edindo que víss víssem os se se do Bra Brassil não p odiam obt er algum algum auxí auxílio. lio.’’ D. Is Isabel abel funcionava com com o inter m ediária em um a corr corr ente d e solidariedade solidariedade que bu sca cava va atingir adept os no Bra Brassil. il.”” 23 2 E acrescenta: “A cort e de D. Is Isabel abel parece ter respon dido po sitivam ent e aos seus apelo apelo s, levados levados adiante adia nte pela viúva. Foram Foram leva levantado ntado s 45.000 45.000 f rancos rancos,, dos qu ais 30.000 foram dis distrtr ibuídos
ent re o s Bis Bispo po s de Dijon, d e Besançon, Besançon, d e Orléans e o Arcebis Arcebispo po de Rouen (.(.....)) O restant restant e foi tam bém des destinado tinado ao m es esm m o fim ca caritativo, ritativo, tendo sido sido repart ido, por out ras vias vias,, aos necessitado necessitado s franceses franceses.. Era Era essa essa a ob ra do pão, m encion ada pela pe la Con Con dess dessaa de Barral. Em m eio ao caos, caos, a princesa princesa confiava confiava na superioridade do cl clero ero com o u m gra grande nde ali aliado ado na resolução d os pro blem as sociais ociais.. Seu Seu p as assseio p ela Euro Euro pa conf irm ara-lhe a crença, j jáá nu n u t r id a há h á m u it o , de d e qu q u e a or o r d e m so socicial al sem se m a in f lu ê n ciciaa do d o cat c at o lilicicism sm o d e sm o r o n ar ia ia.. As últimas atitudes de Napoleão III e de Bismarck em relação à Igreja em seus respectivos territórios serviam-lhe de argumento. por outro lado, os excessos praticados pelos revolucionários da Comuna de Paris , acompanhados de seu declarado ant iclerical iclericalis ism m o, lhe causaram causaram rep ugnân cia. Os bispos franceses franceses po der iam ser bo ns canais de suas ações ações carit at ivas ivas”.”.2 3 4 Retornando ao Brasil, a princesa Isabel foi chamada a assumir 1ª Regência. Com a morte de sua irmã, D. Leop oldin a, a Im Im perat riz D. D. Thereza Thereza Cristina Cristina ficara doen te e precisou precis ou recorrer a t ratam ent os m édicos no exter ior ior.. Diante Diante disso, diss o, D. Pedr Pedroo II solicito u às Câm Câm aras a licença para a viagem e deixou o governo nas m ãos da filha, com com apenas 25 anos de idade. De im im edia ediato, to, a princesa princesa recusou recusou o aum ento de do tação que lhe o ferec fereceram eram para o período da Regênc Regência. ia. E as asssim que fez o juram ento no Senado, em 20 de m aio de 1871, pôs-s pôs-se a t rabal rabalhar har com ritm o e personali personalidade, dade, a afirm afirm ar suas suas opiniões própr ias e sabia da missão missão que t inha pela frente. “ Fique t ranquilo” 23 5 - respo respo nd eu D. Pedro Pedro II ao Visconde de Rio Branco, então chefe do gabinete - “tudo há de correr bem”. 2 3 6
Princesa Isabel Princesa Isabel ao pian o, em um dos muit os serões serões de arte realiza reali zado do s em sua casa, casa, em Petró po lis., du rant e o seu seu prim eiro período regencial. regencial.
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22. Ib. p. 41) 23. Hermes Vieira, Princesa Isabel – Uma Vida de Luzes e Sombras, p. 12, Edições GRD, São Paulo, 1990. 24. Jacqu Jacqu es Le Le Gof f, São São Luís, Luís, p. 40 , Edit Edit ora Record , Rio Rio d e Janeir Janeir o, 200 2. Hermes Vieira, Princesa Isabel – Uma Vida de Luzes e Sombras, p. 12, Edições GRD, São Paulo, 1990. 25.
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30. Ibidem . Roderick J. Barman, Princesa Isabel do Brasil – Gênero e Poder no Século XIX, p. 57, Editora UN ESP, São São Paulo Paulo,, 20 05 05.. 31.
32. (http:/ / w w w.l w.livra ivrariac riacultura. ultura.ccom .br/ image imagem m / capitulo/2 apitulo/2640435. 640435.pdf) pdf) Roderick J. Barman, Princesa Isabel do Brasil – Gênero e Poder no Século XIX, p. 65, Editora UN ESP, São São Paulo Paulo,, 20 05 05.. 33.
34. Hermes Vieira, Princesa Isabel – Uma Vida de Luzes e Sombras, p. 28, Edições GRD, São Paulo, 1990. 35. Ibidem . 36. Lourenço Luiz Lacombe, Isabel, a Princesa Redentora, p. 24, Instituto Histórico de Petrópolis, 1989. 37. Her m es Vieira, Princesa Isabel Isabel – Um a Vid a de Luzes Luzes e Som Som bras, p. 232 , Ediçõ Ediçõ es GR GRD, São São Paulo, 1990. 38. Lourenço Luiz Lacombe, Isabel, a Princesa Redentora, p. 37, Instituto Histórico de Petrópolis, 1989. Roderick J. Barman, Princesa Isabel do Brasil – Gênero e Poder no Século XIX, p. 70, Editora UN ESP, São São Paulo Paulo,, 20 05 05.. 39.
40. Lourenço Luiz Lacombe, Isabel, a Princesa Redentora, p. 22, Instituto Histórico de Petrópolis, 1989. 41. Ib. p. 40.
42. Pedro Calmo n, A Princes Princesaa Isabel, Isabel, a Redent Redent ora, p. 29, Com Com panh ia Edit Edit ora N acional, São São Paulo, 1941. 43. . Lour Lour enço Luiz Lacom Lacom be, Isabel, Isabel, a Prin Prin ces cesaa Redent Redent ora, p. 43, Instit ut o Histó rico d e Petr Petr ópo lis lis,, 1989. 44. Lourenço Luiz Lacombe, Isabel, a Princesa Redentora, p. 40, Instituto Histórico de Petrópolis, 1989. 45. Robert Daibert Junior, Princesa Isabel (1846-1921): A “Política do Coração” entre o Trono e o Altar, p. 75, Tes Tesee de Do ut orado apresentada ao Program a de Pós-gra Pós-graduação duação em Histór ia Social, Social, Inst Inst itu to de Filosofia e Ciências Sociais ociais,, da Univer si sidade dade Federal do Rio d e Janeiro, Janeiro, com o p art e do s requisitos necesssários à obtenção d o t ítu lo de Dout or em His neces Histó tó ria Socia Sociall – Orient ador: Prof. Dr Dr. José José M urilo de Carvalho, Rio de Janeiro, 2007. 46. Lourenço Luiz Lacombe, Isabel, a Princesa Redentora, p. 41, Instituto Histórico de Petrópolis, 1989. 47. Ibidem . 48. Ib. p. 43 49. Robert Daibert Junior, Princesa Isabel (1846-1921): A “Política do Coração” entre o Trono e o Altar, p. 76, Tes Tesee d e Dou to rado, Rio de Janeiro, 2 007. 50. Ib. p. 77. 51. Ib. 76. 52. Ib. p. 77. 53. Ib. p. 85. 54. Ib. p. 85) 55. Ib. p. 77-78. 56. Ib. p. 80. 57. Ib. p. 81. 58. Ibidem . 59. Ibidem . 60. Ib. p. 82. 61.. Jacqu 61 Jacqu es Le Le Gof G of f, São São Luís, Luís, p. 148 , Edit Edit or a Recor Recor d, Rio de Janeir Janeir o, 200 2. 62. Robert Daibert Junior, Princesa Isabel (1846-1921): A “Política do Coração” entre o Trono e o Altar, p. 84, Tes Tesee de Dout orado, Rio de Janeiro, 2007 .
63. Ib. p. 85. 64. Ib. p. 95. 65. Ib. p. 92. 66. Pedro Pedro Calm on , A Princesa Princesa Isabel, Isabel, a Redent Redent ora, p. 20, Com Com panh ia Edit Edit ora N acional, São São Paulo, 1941. 67. Ib. p. 21. 68. Hermes Vieira, Princesa Isabel – Uma Vida de Luzes e Sombras, p. 28, Edições GRD, São Paulo, 1990. 69. Lourenço Luiz Lacombe, Isabel, a Princesa Redentora, p. 39, Instituto Histórico de Petrópolis, 1989. 70. Robert Daibert Junior, Princesa Isabel (1846-1921): A “Política do Coração” entre o Trono e o Altar, p. 38, Tes Tesee de Dout orado, Rio de Janeiro, 20 07. 71. Ib. p. 40. 72. Ib. p. 50. 73. Ibidem . 74. Ib. p. 55. 75. João João Paulo II, Cart Cart a aos Art ista, 3. 76. Pedro Pedro Calm on, A Princesa Princesa Isabel, Isabel, a Redent Redent ora, p . 14, Com panh ia Edit Edit ora N acional, São São Paulo, 1941. 77. Lourenço Luiz Lacombe, Isabel, a Princesa Redentora, p. 40, Instituto Histórico de Petrópolis, 1989. 78. Guilherm e Auler, A Princesa Princesa e Petr Petr óp olis, p. 13, Petr Petr ópo lis, 1953. 79. Ibidem . 80. Ibidem . 81. Ib. p. 14. 82. Ib. p. 14-15. 83. Ib. p. 15. 84. Ib. p. 16. 85. Ibidem . 86. Ib. p. 15
87. Ibidem . 88. Ib. p. 18 89. Rob ert Daibert Junio r, Princes Princesaa Isabel Isabel (1846-1921): A “ Política do Coração” Coração” ent re o Tron Tron o e o Altar, p. 102, Tes Tesee de Dout orado, Rio de Janeiro, 2007 . 90. Ibidem. 91. Ibidem . 92. Ibidem . 93. Ib. p. 99. 94. Jacqu Jacqu es Le Le Gof f, São São Luís, Luís, p. 10 9, Edit Edit or a Recor Recor d, Rio de Janeir o, 200 2. 95. Jacqu Jacqu es Le Le Gof f, São São Luís, Luís, p. 107 , Edit Edit ora Record , Rio Rio d e Janeir Janeir o, 20 02. 96. Joseph Ratzinger, Jesus de Nazaré, 3ª reimpressão, p. 45, Editora Planeta do Brasil, São Paulo, 2007. 97. Joseph Joseph Ratzin ger, Jesus de N az azaré, aré, 3ª reim pr ess essão, ão, p. 45-4 6, Edit Edit or a Planet Planet a do Brasil, São São Paulo, 2007. 98. Roderick J. Barman, Princesa Isabel do Brasil – Gênero e Poder no Século XIX, p. 57, Editora UN ESP, São São Paulo Paulo,, 20 05 05.. 99. Robert Daibert Junior, Princesa Isabel (1846-1921): A “Política do Coração” entre o Trono e o Altar, p. 105, Tes Tesee de Dou to rado, Rio de Janeiro, Janeiro, 2007 . 100. Ibidem . 101. Ib. p. 19. 102. Ib. p. 105. 103. Ib. p. 109. 104. Lourenço Luiz Lacombe, Isabel, a Princesa Redentora, p. 54, Instituto Histórico de Petrópolis, 1989. 105. Ib. p. 62. 106. Ibidem . 107. Ib. p. 63. 108. Robert Daibert Junior, Princesa Isabel (1846-1921): A “Política do Coração” entre o Trono e o Altar, pp. 109 -110, Tes Tesee de Dout orado , Rio Rio d e Janeiro, Janeiro, 20 07. 109. Pedro Calmo n, A Princesa Isabel, Isabel, a Redent Redent ora, p. 4 4, Com Com panh ia Edit Edit ora N acional, São São Paulo, 1941.
110. Ibidem . 111 . Herm es Vieira, Princesa Isabel Isabel – Um a Vid a de Luzes Luzes e Som Som bras, p. 53, Ediçõ Ediçõ es GR GRD, São São Paulo, 1990. 112. Lourenço Luiz Lacom Lacom be, Isabel, Isabel, a Princesa Princesa Redent Redent ora, p. 101, Instit ut o Histór ico de Petró po lis lis,, 1989. 113. Robert Daibert Junior, Princesa Isabel (1846-1921): A “Política do Coração” entre o Trono e o Altar, pp. 110 -113, Tes Tesee de Dou to rado, Rio de Janeiro, Janeiro, 20 07. 113. Ib. p. 113. 114. Roderick J.J. Barm an, Princesa Princesa Isabel Isabel d o Brasil – Gênero e Poder no Século XIX, XIX, p. 88, Edito ra UN ESP, São São Paulo Paulo,, 20 05 05.. 115. Ibidem. 116. Ibidem . 117. Ib. p. 91. 118. Ibidem . 119. Lourenço Luiz Lacombe, Isabel, a Princesa Redentora, p. 83, Instituto Histórico de Petrópolis, 1989. 120 . Herm es Vieira, Princesa Isabel Isabel – Um a Vid a de Luzes Luzes e Som Som bras, p. 52, Ediçõ Ediçõ es GR GRD, D, São São Paulo, 1990. 121. Ibidem . 122. Ib. p. 53. 123.Ibidem. 124. Robert Daibert Junior, Princesa Isabel (1846-1921): A “Política do Coração” entre o Trono e o Altar, p. 114, Tes Tesee de Dou to rado, Rio de Janeiro, Janeiro, 2007 . 125. Gilbert o Freyre, Cas Casaa Grande & Senzala enzala,, p. 91-92, Global Edit Edit ora, 49ª edição, São São Paulo, Paulo, 200 4. 126 . Daniel-Rops, Histór ia da Igreja d e Cristo Cristo – III – A Igreja Igreja d as Cated rais e das Cru zadas, Capít ulo 1º - t rês Séculos Séculos de Cristandade, p . 15, Livraria Tava Tavares res M art ins, Por Por to , 1961. 127. . Her m es Vieira, Princesa Isabel Isabel – Um a Vid a de Luzes e Som Som bras, p. 27, Ediçõ Ediçõ es GR GRD, São São Paulo, 1990. 128. Ib. p. 12. 129. Ibidem . 130 . Isabel Isabel de Ó rlean s e Bragança, Bragança, Con Con dessa de Paris, De Tod Tod o Coração, p. 32 -33, Ed. Record Record , Rio Rio d e
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152. Ib. p. 122. 153. Ib. p. 123. 154. Ibidem . 155. Ib. p. 116. 156. Ib. p. 143. 157. Pedro Pedro Calm on, A Princes Princesaa Isabel, Isabel, a Redent Redent ora, p. 80 -83, Com Com panh ia Edit Edit ora N acional, São São Paulo, 1941. 158. Ib. p. 95. 159 . Herm es Vieira, Princesa Isabel Isabel – Um a Vid a de Luzes Luzes e Som Som br as, p. 90 , Ediçõ Ediçõ es GR GRD, São São Paulo, 1990. 160. Lourenço Luiz Lacombe, Isabel, a Princesa Redentora, p. 91, Instituto Histórico de Petrópolis, 1989. 161. Ib. pp. 93-94. 162. Ib. p. 93. 163. Pedro Calmo n, A Prin ces cesaa Isabel, Isabel, a Redent Redent ora, p. 5 3, Com Com panh ia Edit Edit ora N acional, São São Paulo, Paulo, 1941. 164. Ibidem . 165 Lourenço Luiz Lacombe, Isabel, a Princesa Redentora, p. 97, Instituto Histórico de Petrópolis, 1989. 166. Ib. p. 98. 167. Ib. p. 99. 168. Ibidem Ibidem , p. 99. 169. Ibidem . 170. Ib. p. 101. 171. Ibidem. 172. Roderick J. Barman, Princesa Isabel do Brasil – Gênero e Poder no Século XIX, p. 97, Editora UN ESP, São São Paulo Paulo,, 20 05 05.. 173. Edoardo Edoardo Grendi, Dicionário Dicionário d e Política Política (org. por No rbert o Bobb io, Nicola Nicola M atteucci e Gianfranco Gianfranco Pas asqu qu ino), Laborism o, p. 667; Edit ora Univer sidade d e Brasília Brasília,, Vol. 2, 4ª ed ição. 174. Ibidem .
175. Ibidem . 176. Robert Daibert Junior, Princesa Isabel (1846-1921): A “Política do Coração” entre o Trono e o Altar, p. 116, Tes Tesee de Dou to rado, Rio de Janeiro, Janeiro, 2007 . 177. Ibidem . 178. Ibidem . 179. Ibidem . 180. Ibidem . 181. Ib. p. 116-117. 182. Ib. p. 117. 183. Ibidem . 184 Ib. p. 117-118. 185. Gianni Gianni Ba Baget-B get-Bozz ozzo, o, Dicionário Dicionário de Política Política (org. por Nor bert o Bob bio, Nicola M atteucci e Gianfranco Pas asqu qu ino), Pensam Pensam ent o Social Cristão, Cristão, p . 919; Edit ora Universidade d e Brasília, Brasília, Vol. 2, 4ª edição. 186. Ibidem . 187. Ibidem . 188. Lourenço Luiz Lacom Lacom be, Isabel, Isabel, a Prin Prin ces cesaa Redent Redent ora, p. 104 , Instit Instit ut o Histór ico de Petróp olis, 1989. 189. Ib. p. 106. 190. Ib. p. 107. 191. Ib. p.107- 108. 192. Ib. p. 108. 193. Ibidem . 194. Robert Daibert Junior, Princesa Isabel (1846-1921): A “Política do Coração” entre o Trono e o Altar, p. 120, Tes Tesee de Dout orado, Rio de Janeiro, 20 07. 195. Roderick J.J. Barm an, Princesa Princesa Isabel Isabel d o Brasil – Gênero e Poder no Século XIX, XIX, p. 71 , Edit Edit ora UN ESP, São São Paulo Paulo,, 20 05 05.. 196 . Herm es Vieira, Princesa Isabel Isabel – Um a Vid a de Luzes Luzes e Som Som bras, p. 31, Ediçõ Ediçõ es GR GRD, São São Paulo, 1990. 197. Rod Rod erick J.J. Barm an, Princesa Princesa Isabel Isabel d o Brasil – Gênero e Poder no Século XI XIX, X, p. 74, Edit Edit ora UN ESP, São São Paulo Paulo,, 20 05 05..
198. Ib. p. 72. 199. Robert Daibert Junior, Princesa Isabel (1846-1921): A “Política do Coração” entre o Trono e o Altar, p. 126, Tes Tesee de Dout orado , Rio Rio d e Janeiro, Janeiro, 20 07. 200. Ib. p. 126-127. 201. Roderick J.J. Barm an, Princesa Princesa Isabel Isabel d o Brasil – Gênero e Poder no Século XI XIX, X, p. 135, Edit Edit ora UN ESP, São São Paulo Paulo,, 20 05 05.. 202. Ibidem . 203. Robert Daibert Junior, Princesa Isabel (1846-1921): A “Política do Coração” entre o Trono e o Altar, p. 19, Tes Tesee de Dout orado, Rio de Janeiro, 20 07. 204. Ib. pp. 132-133. 205. Ib. p. 133. 206. Joseph Joseph Ratzinger, Ratzinger, O Sal Sal da Terra Terra – O Cristianismo Cristianismo e a Igreja Cató Cató lica no lim iar do ter ceiro m ilênio – Um d i ál áloo go co m Pet e r See Seeww al aldd , p . 1 7 , Ed. Im ag agoo , 1 9 97 . 207. Ibidem . 208. Robert Daibert Junior, Princesa Isabel (1846-1921): A “Política do Coração” entre o Trono e o Altar, p. 133, Tes Tesee de Dou to rado, Rio de Janeiro, Janeiro, 2007 . 209. Ib. p. 134. 210. Ibidem . 211. Ibidem . 212. Ib. p. 135. 213. Ibidem . 214. Ibidem . 215. Ib. p. 136. 216 . Herm es Vie ira, Princesa Isabel Isabel – U m a Vid a de Luzes e Som Som br as as,, p. 111 , Ediçõ Ediçõ es GRD GRD,, São São Paulo, 1990. 217. Ibidem . 218. Robert Daibert Junior, Princesa Isabel (1846-1921): A “Política do Coração” entre o Trono e o Altar, p. 136, Tes Tesee de Dou to rado, Rio de Janeiro, Janeiro, 2007 . 219. Ibidem . 220. Ibidem .
221 . Herm es Vieira, Princesa Isabel Isabel – U m a Vid a de Luzes e Som Som br as as,, p. 111 , Ediçõ Ediçõ es GR GRD, São São Paulo, 1990. 222. Robert Daibert Junior, Princesa Isabel (1846-1921): A “Política do Coração” entre o Trono e o Altar, p. 136-137, Tes Tesee de Dout orado , Rio Rio d e Janeiro, Janeiro, 2007 . 223. Ib. p. 137- 138. 224. Lou Lou renço Luiz Lacom be, Isabel, Isabel, a Prin Prin ces cesaa Redent Redent ora, p. 139-140, Instit ut o Histór ico de Petr Petr óp olis, 1989. 225. Ib. p. 140. 226. Ibidem . 227. Robert Daibert Junior, Princesa Isabel (1846-1921): A “Política do Coração” entre o Trono e o Altar, p. 138, Tes Tesee de Dou to rado, Rio de Janeiro, Janeiro, 2007 . 228. Ibidem . 229. Ib. pp. 138-139. 230. Lourenço Luiz Lacom Lacom be, Isabel, Isabel, a Prin Prin ces cesaa Redent Redent ora, p. 149 , Instit Instit ut o Histór ico de Petróp olis, 1989. 231. Ib. p. 220. 231. Ibidem . 232. Robert Daibert Junior, Princesa Isabel (1846-1921): A “Política do Coração” entre o Trono e o Altar, p. 139-140, Tes Tesee de Dout orado , Rio Rio d e Janeiro, Janeiro, 20 07. 233. Ib. p. 141. 235. Pedro Calm Calm on, A Princes Princesaa Isabel, Isabel, a Redent Redent ora, p. 1 06, Com Com panh ia Edit Edit ora N acional, São São Paulo, 1941. 236. Ibidem .